Índice
Modulo 7 Transformações das Primeiras Décadas do Século XX 1. Um novo novo equ equilíb ilíbrio rio glo global bal;; 2. Con Constr struçã ução o do Modelo Modelo Soviétic Soviético; o; 3. egr egressão essão do demolib demoliberalis eralismo; mo; !. Muta Mutaç"es ç"es nos nos Com#or Com#ortamen tamentos tos e na na Cultura; Cultura; $. %o %ortug rtugal al no #rime #rimeiro iro #&s' #&s'guer guerra; ra; Agudizar das Tensões políticas e Sociais a partir dos anos 30 1. ( )rande )rande de#r de#ressão essão e o seu im#a im#acto cto Social; Social; 2. (s o#ç o#ç"es "es tot totali alit*r t*rias ias;; 3. ( resist resist+ncia +ncia das democr democracias acias libera liberais; is; !. ,imen ,imensão são Social Social e %olític %olítica a da cultur cultura; a; $. %ort ortuga ugall- /stad /stado o 0ovo. 0ovo. Degradação do Amiente !nternacional 1. (n (nte tece cede dent ntes es;; 2. rr rradiaçã adiação o do asci ascismo smo #elo mundo mundo;; 3. 0ov 0ovos os avanç avanços os do asc ascism ismo. o.
Modulo 8
"ascimento e a#rmação de um no$o %uadro geopolítico 1. ( econs econstruçã trução o do #&s' #&s'guer guerra; ra; &' em#o da )uerra 4ria 5 a consolidação de um Mundo 6i#olar; 3. (7r (7rmação mação de novas novas #ot+nci #ot+ncias as 819$$'19 819$$'19:<. :<. Portugal do autoritarismo ( democracia
Modulo 9
)im do Sistema !nternacional da *uerra+)ria e Persist,ncia da Dicotomia "orte+Sul 1. 4im 4im do Mund Mundo o Soviét Soviético ico;; 2. s #&los #&los de desenvo desenvolvimen lvimento to econ&m econ&mico. ico. -iragem para uma "o$a .ra 1. 0ov 0ovo o mode modelo lo econ econ&mi &mico; co;
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As transformações das primeiras primeiras décadas do século XX Um noo e!uil"#rio glo#al ( %rimeira )uerra Mundial decorreu entre 191! e 191=. /m 1919 começaram a celebrar'se os #rimeiros acordos da #a> 8#artici#ando a#enas os #aíses vencedores<. ( Conerencia da %a> teve lugar em %aris em 1919? onde #retendia? assim? lançar as bases de uma nova /uro#a? através do estabelecimento de uma nova ordem internacional que garantisse a conviv+ncia #ací7 #ací7ca ca entr entre e as naç" naç"es es?? surg surgind indo o um novo novo ma ma#a #a geo# geo#ol olít ític ico o da /uro /uro#a #a.. (s #rinc #rinci# i#ai aiss transormaç"es ocorridas oram o desmembramento dos im#érios? criação de novos #aíses e alteração de ronteiras(#&s a transormação do im#ério russo 8domínio do c>ar< num estado soviético 8revolução bolc@evique? 191: é a ve> dos restantes im#érios 8(lemão? (ustro'@Angaro e tomano< inlBndia? /st&nia? /st&nia? se desmor desmorona onarem rem e darem darem origem origem a no$os no$os estado estados+n s+naç ação/ ão/ 4inlBndia? et&nia et&nia e itu ituBn Bnia ia 8que 8que a>i a>iam am #art #arte e da Assi Assia< a? %ol& ol&nia nia?? C@eco C@ecosl slov ov*q *qui uia? a? Dung Dungri ria? a? Eugosl*via 8da Fustria<; s #aíses vencedores 8tais como a 4rança? a t*lia? a 6élgica< viram as suas ronteiras am#liadas ao contr*rio dos #aíses derrotados 8como a Fustria? (leman@a? 6ulg*ria? urquia aos quais oram retirados vastos territ&rios. Com o desa#arecimento dos im#érios? a maior #arte dos estados o#tam #ela democracia liberal sob a orma de regimes re#ublicanos 8G eHceção da Assia soviética< ( (leman@a oi a grande #erdedora- #erdeu 1I1 da sua #o#ulação? 7cou desmilitari>ada 8eHército e armamento redu>ido #erdeu todas as col&nias? oi'l@e retirada territ&rios? mas sentiu sentiu'se 'se?? sobret sobretudo udo?? alvo alvo de uma grande grande @umil@a @umil@ação ção?? #ois #ois oi consid considera erada da a #rinci #rinci#al #al res#ons*vel #ela guerra e oi obrigada a #agar indemni>aç"es aos #aíses vencedores.
A $ociedade das %ações /m (bril de 1919 surgiu? sob #roJeto do #residente Kilson e com a es#erança de que não @ouvesse outro conLito mundial? a Sociedade das 0aç"es 8S,0<. ( S,0 tin@a como obJetivos #rinci#ais manter a #a> e omentar a entreaJuda a nível internacional? através da coo#eração econ&mica e 7nanceira entre os estados membros? #romoção do desarmamento e a resolução dos conLitos #ela via #ací7ca. /sta organi>ação? no entanto? estava condenada ao racasso? #oiss #aíses vencidos oram eHcluídos? quer dos tratados de #a>? quer da S,0; (lguns dos #aíses vencedores não estavam satiseitos com as resoluç"es dos tratados de #a>; s /U( não integraram a S,0? contribuindo #ara o descrédito da organi>ação. Como mo co cons nseq equ+ u+nc ncia ia?? a S,0 S,0 most mostrrou's ou'se e inca inca#a #a>> de dese desem# m#en en@a @arr o #a#e #a#ell de Co organi>adora da #a>.
A dif"cil recuperaç&o recuperaç&o da 'uropa e a depend(ncia depend(ncia em relaç&o aos 'UA 'UA ,urante a guerra? os /U( eram o #rinci#al ornecedor em bens e serviços G /uro#a. 0o 7nal da guer guerra ra?? #era #erant nte e uma uma /uro /uro#a #a dest destro roça çada da 8est 8estav ava a arru arruina inada da?? tant tanto o materi material al co como mo @umanamente a #erda da @egemonia euro#eia agravou'se em avor da ascensão dos /U(. 0o #erí eríodo #&s'guerra erra?? a /uro#a enre rentou graves #ro #roblema mass como a ina inaçã ção1 o1 des$alorização da moeda1 desemprego1 en#m1 um colapso econ2mico . /videnciou igualmente grandes di7culdades em reconverter a economia? o que agravou a sua de#end+ncia em relação aos /U(? aumentando os níveis de endividamento. ( desvalori>ação
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As transformações das primeiras primeiras décadas do século XX Um noo e!uil"#rio glo#al ( %rimeira )uerra Mundial decorreu entre 191! e 191=. /m 1919 começaram a celebrar'se os #rimeiros acordos da #a> 8#artici#ando a#enas os #aíses vencedores<. ( Conerencia da %a> teve lugar em %aris em 1919? onde #retendia? assim? lançar as bases de uma nova /uro#a? através do estabelecimento de uma nova ordem internacional que garantisse a conviv+ncia #ací7 #ací7ca ca entr entre e as naç" naç"es es?? surg surgind indo o um novo novo ma ma#a #a geo# geo#ol olít ític ico o da /uro /uro#a #a.. (s #rinc #rinci# i#ai aiss transormaç"es ocorridas oram o desmembramento dos im#érios? criação de novos #aíses e alteração de ronteiras(#&s a transormação do im#ério russo 8domínio do c>ar< num estado soviético 8revolução bolc@evique? 191: é a ve> dos restantes im#érios 8(lemão? (ustro'@Angaro e tomano< inlBndia? /st&nia? /st&nia? se desmor desmorona onarem rem e darem darem origem origem a no$os no$os estado estados+n s+naç ação/ ão/ 4inlBndia? et&nia et&nia e itu ituBn Bnia ia 8que 8que a>i a>iam am #art #arte e da Assi Assia< a? %ol& ol&nia nia?? C@eco C@ecosl slov ov*q *qui uia? a? Dung Dungri ria? a? Eugosl*via 8da Fustria<; s #aíses vencedores 8tais como a 4rança? a t*lia? a 6élgica< viram as suas ronteiras am#liadas ao contr*rio dos #aíses derrotados 8como a Fustria? (leman@a? 6ulg*ria? urquia aos quais oram retirados vastos territ&rios. Com o desa#arecimento dos im#érios? a maior #arte dos estados o#tam #ela democracia liberal sob a orma de regimes re#ublicanos 8G eHceção da Assia soviética< ( (leman@a oi a grande #erdedora- #erdeu 1I1 da sua #o#ulação? 7cou desmilitari>ada 8eHército e armamento redu>ido #erdeu todas as col&nias? oi'l@e retirada territ&rios? mas sentiu sentiu'se 'se?? sobret sobretudo udo?? alvo alvo de uma grande grande @umil@a @umil@ação ção?? #ois #ois oi consid considera erada da a #rinci #rinci#al #al res#ons*vel #ela guerra e oi obrigada a #agar indemni>aç"es aos #aíses vencedores.
A $ociedade das %ações /m (bril de 1919 surgiu? sob #roJeto do #residente Kilson e com a es#erança de que não @ouvesse outro conLito mundial? a Sociedade das 0aç"es 8S,0<. ( S,0 tin@a como obJetivos #rinci#ais manter a #a> e omentar a entreaJuda a nível internacional? através da coo#eração econ&mica e 7nanceira entre os estados membros? #romoção do desarmamento e a resolução dos conLitos #ela via #ací7ca. /sta organi>ação? no entanto? estava condenada ao racasso? #oiss #aíses vencidos oram eHcluídos? quer dos tratados de #a>? quer da S,0; (lguns dos #aíses vencedores não estavam satiseitos com as resoluç"es dos tratados de #a>; s /U( não integraram a S,0? contribuindo #ara o descrédito da organi>ação. Como mo co cons nseq equ+ u+nc ncia ia?? a S,0 S,0 most mostrrou's ou'se e inca inca#a #a>> de dese desem# m#en en@a @arr o #a#e #a#ell de Co organi>adora da #a>.
A dif"cil recuperaç&o recuperaç&o da 'uropa e a depend(ncia depend(ncia em relaç&o aos 'UA 'UA ,urante a guerra? os /U( eram o #rinci#al ornecedor em bens e serviços G /uro#a. 0o 7nal da guer guerra ra?? #era #erant nte e uma uma /uro /uro#a #a dest destro roça çada da 8est 8estav ava a arru arruina inada da?? tant tanto o materi material al co como mo @umanamente a #erda da @egemonia euro#eia agravou'se em avor da ascensão dos /U(. 0o #erí eríodo #&s'guerra erra?? a /uro#a enre rentou graves #ro #roblema mass como a ina inaçã ção1 o1 des$alorização da moeda1 desemprego1 en#m1 um colapso econ2mico . /videnciou igualmente grandes di7culdades em reconverter a economia? o que agravou a sua de#end+ncia em relação aos /U(? aumentando os níveis de endividamento. ( desvalori>ação
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da moeda e a inLação surgiram #ois @ouve um recurso G emissão massiva de notas de modo a a>er ace Gs dívidas? o que #rovocou uma desvalori>ação que se reLetiu numa subida generali>ada de #reços 8inLação agravando mais as condiç"es de vida das #o#ulaç"es. s /U( iniciaram? então? um #eríodo de #ros#eridade? são os designados oucos (nos 2N #or viver um clima de euoria? otimismo e con7ança no uturo. /m consequ+ncia? os #aíses euro#eus 7cam mergul@ados em dívidas ao estado americano que a7rmou a sua su#remacia. ( eventual recu#eração da /uro#a deveu'se * aJuda dos /U(. 4atores da #ros#eridade (méricaaOlorismo e da concentração ca#italista de em#resas; (doção do aOlorismo /stabi bili lida dade de mone monet* t*ria ria co cons nseg egui uida da atra atravé véss dos dos lucro lucross obti obtido doss co com m as lin@ lin@as as de /sta 7nanciamento G /uro#a e ao en&meno do ,&lar ga#N 8 ,&lar? sen@or do mundoN<.
*onstruç&o do Modelo $oiético A +eoluç&o +eoluç&o de ,eereiro ,eereiro de 1917 1917 -+eoluç&o -+eoluç&o .urguesa/ .urguesa/ 0s antecedentes da +eoluç&o +ussa de 1917
im#ério russo era c@e7ado #elo c>ar 0icolau sob a orma de uma autocracia? isto é? detin@a o #oder absoluto? o que #rovocava desagrado;
(o deender a liberali>ação do regime? o descontentamento do #ovo maniestou'se sob v*rias ormas? surgiram as #rimeiras assembleias de o#er*rios? os sovietes sendo a evolução e volução de 19$ 8,omingo Sangrento< Sangrento< uma delas? que originou uma certa abertura #olitica #or #arte do c>ar 8convocou eleiç"es #ara o %arlamento 8,uma criou #artidos #olíticos e aboliu certos #rivilégios #rivil égios da nobre>a<;
( soc socied iedade ade russa russa era com#os com#osta ta maiorita maioritariam riament ente e #or cam#on cam#onese eses? s? a burgue burguesia sia ansiava #ara moderni>ar o #aís e #or um governo #arlamentar? o o#erariado era um gru#o minorit*rio.
/m 4evereiro de 191:? estavam reunidas as condiç"es #ara acontecer uma revolução? onde a 8daí a se desi design gnar ar evolu evoluçã ção o 6urg 6urgue uesa< sa? #ond #ondo o 7m ao urguesia urguesia ascende ascende ao poder poder 8daí c>arismo e instaurando um regime re#ublicano na Assia. Assia. s revolu revolucio cion*r n*rios ios eHigem eHigem a abdica abdicação ção de 0icola 0icolau u e ormam ormam um )overn )overno o %rovis %rovis&ri &rio? o? constituído #or PerensQO e enine 8que governam sob uma re#ublica de ti#o liberal<. Reremos que ser* de#osto #ela revolução socialista de utubro de 191:? eita #elos comunistas.
A 4e$olução de 5uturo de 6768 94e$olução So$iética: 0o #eríodo entre 4evereiro e utubro de 191:? a agitação social não diminuiu. E* não @avia c>ar? mas a Assia continuava na guerra e os #roblemas econ&micos mantin@am'se. ( nível #olítico? a Assia vivia numa dualidade de #oderes 8os governos liberais? #or um lado? e os sovietes? #or outro? que eram contra o )overno %rovis&rio<. /m consequ+ncia? em 5uturo de 67681 os olc;e$i%ues1 com o apoio dos so$ietes1 onde o )ove )overn rno o %rov %rovis is&r &rio io oi subs substi titu tuído ído #elo #elo conduz conduzira iram m ( 4e$ol 4e$oluçã ução o So$iét So$iética ica? onde Consel@o Consel@o dos Comiss*rios Comiss*rios do %ovo? %ovo? #residido #residido #or enine. enine. rotsQO rotsQO e /staline /staline também oram 7guras im#ortantes na revolução. ( Assia transormou'se numa e#ublica não #arlamentar e deu'se deu'se início início a uma guerra guerra civil civil 8/He 8/Herc rcito ito Rermel@ ermel@oN oN 5 comunis comunistas tas?? /Herc /Hercito ito 6ranco 6rancoNN 5 liberais<.
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/sta revolução oi res#ons*vel #ela retirada da Assia da guerra? e a nível ideol&gico oi res#ons*vel #ela im#lementação dos #rincí#ios marHistas? através de enine. (s suas ideias e a sua ação originaram o marHismo'leninismo. s re#resentantes do #roletariado conquistavam o #oder #olítico.
.olc3ei!ues 4ação maiorit*ria de #artido social'democrata usso. ,irigidos #or enine? mantiveram'se 7rmes na deesa da luta de classes e da ditadura do #roletariado. Menc3ei!ues acão minorit*ria que se mostrava ade#ta do reormismo que se contra#un@a ao bolc@evismo radical. Mar4ismo5leninismo (#licação #r*tica das ideias de MarH #or enine. ,eendia que o #roletariado era o que conquistava o #oder 8ditadura do #roletariado e igualava o #oder do /stado ao %artido Comunista 8%artido nico<.
+eoluç&o de ,eereiro 6$ +eoluç&o de 0utu#ro ,eereiro iberalismo 8%rinci#io ideol&gico<; 4im da autocracia do C>ar e do #oder da democracia? im#lantação de um regime liberal #arlamentar? deesa dos direitos individuais- liberdade? #ro#riedade? manutenção da Assia na guerra 8bJetivos<; )ol#e de estado na sequ+ncia de maniestaç"es #o#ulares 8(cão revolucionaria<; 6urguesia 8(#oio social<; 0utu#ro MarHismo'leninismo 8%rinci#io ideol&gico<; do #roletariado? atribuição do #oder ao congresso dos sovietes? ,itadura nacionali>ação da #ro#riedade? 7m da #artici#ação da Assia na guerra 8bJetivos<; nsurreição dos sovietes dirigida #elo #artido bolc@evique 8(cão revolucionaria<; #erariado? cam#esinato? sectores da #equena burguesia 8(#oios sociais<.
Modelo de 'stado 6' Mar4ismo5leninismo ,esenvolvimento te&rico e a#licação #r*tica das ideias de MarH e /ngls na Assia #or enine. Caracteri>aram'se #or enati>ar #a#el do #roletariado? rural e urbano? na conquista do #oder? #ela via revolucionaria. denti7cação do estado com o %artido Comunista? considerando a vanguarda do #roletariado. ecurso G orça e G viol+ncia na concreti>ação da ditadura do #roletariado. &' ( estrutura do %artido Anico est* na base da organi>ação da sociedade e do #oder do estado. 3' (doção de um sistema ederativoIUSS em que a soberania é #artil@ada entre v*rios territ&rios cada um com o seu governo e #arlamentos #rrios. 0 centralismo democrático ( organi>ação do /stado comunista da Assia Soviética denominou'se de centralismo democr*tico? sistema que assentava nos seguintes #rincí#ios
odos os cor#os dirigentes são eleitos de baiHo #ara cima? enquanto as suas decis"es são de cum#rimento obrigat&rio #ara as bases;
(#enas o %artido Comunista era #ermitido? #ois considerava'se que era o Anico ca#a> de re#resentar o #roletariado? ou seJa? #roibiam'se todos os outros;
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/stado era controlado #elo %artido Comunista.
'tapas da +eoluç&o $oiética *omunismo de uerra -1917519)1/ /Hternamente- )uerra com a (leman@a leva G assinatura do tratado de #a> em 6rest' itovsQ. ( Assia com este tratado quer sair da guerra? a consequ+ncia oi de #erda de territ&rio acentuada. ncentivo G criação da 3T nternacional? visando a união de todos os #artidos comunistas. nternamente )uerra Civil entre menc@eviques 8brancos< e bolc@eviques 8vermel@os<. Criação do eHército vermel@o comandado #or rotsQO. /stabelecimento do estado de #artido Anico. %artido comunista. •
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A %'P -%oa Politica 'con:mica; 19)15192/ ( 0/% consistiu numa $iragem da economia ? no sentido de superar a terrí$el crise econ2mica @erdada da guerra civil. Considerando que o comunismo teria de ser construído com base no #rogresso econ&mico? enine #assou a defender medidas do tipo capitalista #ara estimular a produção /stabeleceu um im#osto a #agar? em ve> dos cam#oneses entregaram todos os seus eHcedentes; %ermitiu a venda direta dos #rodutos dos cam#oneses; /liminou o trabal@o obrigat&rio.
estabelecimento da liberdade de comércio interno e liberdade de em#resa.
( 0/% 81921'192:< resultou numa mel@oria assinal*vel dos níveis de #rodução.
0 socialismo num s: pa"s -19)8519<2/
Coletivi>ação e #lani7cação da economia 8#lanos quinquenais<.
Coletivi>ação da agricultura que #assa a assentar em duas ormas de #ro#riedade PolQ@o>es- Coo#erativas de #rodução agrícola. SvQ@o>es- uintas do /stado? cultivadas #or assalariados.
,esenvolvimento da ind
egresso ao radicalismo? estalinismo.
A regress&o do demoli#eralismo no 1= p:s5guerra Principais consequências:
/levado nT de #erdas @umanas e grande nT de mutilados? inv*lidos e &rãos. Modi7caç"es territoriais? criada de novos estados resultantes da ragmentação dos im#érios e da ced+ncia de territ&rios #or #arte da (leman@a. ,estruição econ&mica na /uro#a devido Gs elevadas #erdas materiais e G de#end+ncia ace aos /U(. %erda da @egemonia econ&mica da euro#a e conversão dos /U( na #rimeira #ot+ncia mundial.
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s anos que se seguiram * %rimeira )uerra Mundial trouHeram * /uro#a profundas di#culdades econ2micas e 7nanceiras. /sta situação leva a um descontentamento generalizado que se tradu> em greves e o espírito re$olucion=rio estende'se #or todo a /uro#a? isto é? o deses#ero das #o#ulaç"es #erante a crise leva G #rocura de no$as soluções políticas e ( adesão de pro>etos políticos e?tremistas ? quer de esquerda? quer de direita. s #artidos de esquerda intensi7cavam a sua ação? denunciando os males do ca#italismo. 0a Aleman;a ? #roclamou'se uma re#Ablica socialistaN. Mesmo na )rança1 na *rã+retan;a e na !t=lia? a onda re$olucion=ria de es%uerda se e> sentir? ins#irada #ela !!! !nternacional de @osco$o undada em 1919? que deendia a união do o#erariado a nível internacional? im#ondo o socialismo no mundo. /stes acontecimentos denunciavam as democracias liberais e a sua inca#acidade em resolver os #roblemas econ&micos e sociais. 0o entanto? em #aíses como a (leman@a e a t*lia? o medo ao olc;e$ismo levou a que se a#oiasse soluções políticas de e?trema+direita ? levando G adesão de regimes autorit=rios e fascistas . ( emerg+ncia dos autoritarismos? con7rmava a regressão do demoliberalismo.
Mutações nos *omportamentos e na *ultura As transformações da ida ur#ana 0o início do século VV? @avia cerca de 1= grandes nAcleos urbanos 8ondres? %aris? Moscovo? etc.<. /sta crescente concentração populacional #rovocou signi7cativas alterações na $ida e nos $alores tradicionais? ou seJa? um novo modo de viver e de conviver no meio da multidão. (dquire'se no$as formas de sociailidade? tendo o crescimento urbano originado a criação de novos com#ortamentos que se massi7caram 8isto é? generalização dos mesmos @*bitos e gostos<. ( racionali>ação e a redução do tem#o de trabal@o? assim como a mel@oria do nível de vida #ermitiram dis#or de din@eiro e tem#o #ara o di$ertimento e prazer? a>endo com que a con$i$,ncia entre os se?os se tornasse mais ousada e livre 8que rom#ia com#letamente com as antigas regras sociais<. (dere'se G #r*tica do des#orto e ao uso do autom&vel.
Antecedentes da crise de alores 1. Clima de incerteza e pessimismo gerado #ela 1T)uerra Mundial e #elas crises subsequentes. 2. Conrontar 8dicotomia< Clima de mentalidade con#ante e racionalista ; Clima de incerteza e pessimismo . 3. Massi7cação da vida urbana oncentração urana 8metrole e megaloles<; Sociedade de massasI cultura de massas ; ,esagregação das solidariedades e desenrai>amento individual; Alienação do traal;o abril é o termo marHista #ara designar o trabal@o automati>ado im#osto #ela m*quina. trabal@o #assou a ser an&nimo e abstrato em que através da automati>ação se dissocia o o#er*rio do obJeto que #rodu>. Anomalia Social/ (nomalistas- @ereges arianos q quem c@amavam @omens sem lei? desregrados. %erda do sentido da ordem social estabelecida.
A crise dos alores tradicionais s tempos de otimismo? de con7ança na #a>? na liberdade? no #rogresso e bem'estar que caracteri>aram a viragem do século1 ruíram subitamente com o eclodir da Primeira Página >
*uerra. ( morte de mil@"es de soldados? a miséria e a destruição visíveis gerou um sentimento de desalento e descrença no uturo? que aetou toda a sociedade. %or outro lado? a massi7cação urbana? a laici>ação social que terminara com a inLu+ncia da greJa? e as novas conceç"es cientí7cas e culturais são igualmente res#ons*veis #ela rutura no padrão de $alores e comportamentos sociais tradicionais . ,eu'se uma #rounda crise de consci,ncia ? que atinge toda a conduta social? alando'se assim duma anomia social 8aus+ncia de regras sociais<. /sta crise de valores acentuou ainda mais as mudanças que J* estavam em curso. A emancipaç&o da mul3er ( crescente presença da mul;er em todos os sectores de atividade? mais notada a partir da Primeira *uerra? #ro#orcionava uma relati$a independ,ncia econ2mica e esteve na origem de uma conscienciali>ação de que o seu #a#el no #rocesso econ&mico não tin@a corres#ond+ncia a um estatuto social e #olítico dignos. 0o início do século VV? organi>aram'se numerosas associações de sufragistas que lutaram #elo direito de participação na $ida politica? etc. Contudo? s& no 7nal dos anos 2 oi recon@ecido G mul@er o direito ao voto e de eHercício de unç"es #oliticas. /manci#adas e libertas de todos os #reconceitos? as mul@eres #assam a adotar no$os comportamentos sociais ? requentar estas e clubes noturnos? #raticar des#orto? umar e beber livremente? etc. ( valori>ação do cor#o e da a#ar+ncia condu>iu ao a#arecimento de uma nova mul@er que usava o cabelo curto 8G garçonete< e com as saias mais curtas e ousadas.
Anti positiismo e as noas conceções cient"?cas %ositivismo im#usera a ideia de que a ci+ncia tin@a a res#osta #ara todos os #roblemas da Dumanidade. Mas? no início do século VV? veri7ca'se uma reação anti'racionalista e anti' #ositivista que abriu novos camin@os #ara o #ensamento? devido Gs teorias de alguns cientistas ace G ci+ncia
@ntuicionismo ,outrina que a> da intuição o instrumento do #rrio con@ecimento da verdade. termo est* sobretudo ligado G 7loso7a de 6ergson #ara o qual a ra>ão J* não é a via eHclusiva #ara atingir o con@ecimento.
istoricismo e +elatiismo - ,istingue as ci+ncias eHatas? ormula leis gerais das ci+ncias @umanas e descrevem actos individuais. @istoriador recria o #assado através da imaginação 8o con@ecimento na @istoria e nas ci+ncias @umanas é relativo e subJetivo<.
Psicanálise a teoria #sicanalítica? de Sigmund 4reud? que consistia em técnicas #sicanalíticas; conversa com o #aciente? inter#retação dos son@os? an*lise dos atos al@ados #ara tra>er esses recalcamentos G consci+ncia 8/go #ara o libertar dos seus #roblemas.
odas estas novas teorias #"em em causa as verdades absolutasN que sustentavam o #ositivismo? inLuenciando os com#ortamentos no quotidiano? #ois nada mais é visto como absoluto mas como question*vel e discutível. A reação anti positivista é composta pelos elementos acima mencionados, juntamente com o indeterminismo, o acaso e a intervenção divina.
As anguardas ruturas com os cBnones das artes e da literatura 0as #rimeiras décadas do século VV @ouve uma re$olução imensa nas artes ? criando'se uma estética inteiramente nova? que rompia com as tradições #ara mostrar uma nova visão da realidade. /sse movimento cultural 7cou con@ecido como o @odernismo 8que Página 7
revolucionou as artes #l*sticas? a arquitetura? a literatura e a musica<. (s #rinci#ais vanguardas artísticas oram-
1 '4pressionismo (rte muito ligada a sentimentos de angAstia e crítica social onde se evidencia um acentuado #essimismo? isto é? desenvolviam uma tem*tica #esada? como o deses#ero? morte? seHo? miséria social. ) ,auismo (gressão da cor? colorismo muito intenso. %retendia transmitir serenidade e não a realidade? então utili>ava a cor com total liberdade. 2 *u#ismo )eometri>ação? re#resentação de v*rios Bngulos do mesmo obJeto? destruindo com as leis tradicionais da #ers#etival e da re#resentação; ,uturismo eJeita o moralismo e o #assado? baseando'se ortemente na velocidade? dinamismo e movimento. < A#stracionismo rans7guração do real. eJeita o tema ligado * realidade concreta? * descrição do visível. > Cada"smo uotidiano? #rovocação e sarcasmo. Caracteri>a'se #ela o#osição * arte em si? #elo ceticismo absoluto? #ela im#rovisação. 7 $urrealismo %sican*lise e inconsciente. ealça o #a#el do inconsciente na atividade criativa? combina o abstrato com o #sicol&gico? #rocura abstrair'se da racionalidade. @odernismo/ eivindica a liberdade de criação estética constrangimentos em es#ecial os #reconceitos académicos.
re#udiando
todos
os
-anguarda cultural/ Movimento inovador no cam#o artístico? liter*rio ou em qualquer outra *rea da cultura que reJeita os cBnones estabelecidos e anteci#a tend+ncias #osteriores.
Portugal no Primeiro P:s5guerra ( 1W e#Ablica %ortuguesa vigorou de 191 a 192X e oi um período conturado #elos graves #roblemas sociais? econ&micos e #olíticos que? no entanto? também se a>iam sentir #or toda a /uro#a? mergul@ada em difíceis condições de $ida a#&s o #rimeiro conLito mundial 8191!'191=<. (ssim? o conteHto #olítico'econ&mico'social que %ortugal atravessava? não fa$oreceu em nada a 1W e#Ablica? que sendo vista inicialmente como a salvação? ra#idamente deiHou de o ser? #or não res#onder Gs quest"es levantadas #ela crise.
,atores de decl"nio da 1D +epE#lica •
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Ci?culdades econ:micas Com a entrada de %ortugal na )uerra? a situação econ&mica agravou'se bastante? em que se assistia a uma indAstria atrasada e insu7ciente? ao #redomínio da agricultura? ao aumento do custo de vida? G balança orçamental de7cit*ria? G alta de bens essenciais que levou G subida dos #reços? G desvalori>ação da moeda e a consequente inLação e aumento da dívida. @nsta#ilidade pol"tica ( ameaça de #erda das col&nias #ortuguesas constituiu um dos as#etos que leva G #artici#ação na )uerra Mundial? tra>endo consigo a instabilidade #olítica. (s diverg+ncias internas eram requentes? o #rrio %artido e#ublicano subdividiu'se em v*rios #artidos e os governos continuavam a suceder'se. ( instabilidade governativa era ineg*vel? visto que em 1X anos de regime? @ouve !$ governos. ( constante tentativa de derrubar o regime não aJudava. @nsta#ilidade social ( subida do custo de vida #rovocou um grande descontentamento social? ou seJa? o regime re#ublicano #erdeu muito a#oio? #rinci#almente das classes médias e do o#erariado. Douve uma grande agitação social? veri7cando'se vagas grevistas e movimentos anti're#ublicanos. ( e#Ablica #erdeu? ainda? grande #arte do su#orte Página 8
#o#ular devido Gs suas medidas anticlericais 8se#aração total entre o /stado e a greJa o que teve eeitos catastr&7cos sobre a o#inião #Ablica? maioritariamente cat&lica.
,atores ideol:gicos ,esenvolvimento da doutrina do Bintegralismo lusitanoC1 movimento anti#arlamentar e antire#Ablico? deensor do regresso aos valores tradicionais da #*tria tais como igreJa? monarquia e amília. Com um ambiente destes? tornou'se *cil o derrue da 6 4ep<lica através de um golpe de estado militar? que se deu a 2= de Maio de 192X. /ste gol#e #Ys 7m * e#Ablica %ortuguesa e deu'se início a um regime de Ditadura @ilitar que se manteve até 1933? altura em que é instaurado o .stado "o$o de Salazar ? e d*'se início a uma nova vida #olítica em %ortugal.
Modernismo em Portugal ( #rolieração de inovaç"es ormais e a diversidade de eH#eriencias de vanguarda em inAmeras correntes liter*rias e artísticas atingiram também a cultura #ortuguesa. %a Fiteratura 1 4ernando %essoa? M*rio de S* CarneiroN? (lmada 0egreiros introdu>iram o modernismo em %ortugal em sintonia com as vanguardas euro#eias dando l@e uma certa originalidade nacional orçada #elo regime 8re#Ablica? Sidonismo? ,itadura militar e /stado 0ovo<. ) /m 1913 em isboa ormou'se o nAcleo modernista que em 191$ lançou a revista r#@eu. evelaram'se tend+ncias v*rias 8@ibridismo< que vão desde a #erman+ncia do simbolismo e do decadentismo até Gs tend+ncias inovadoras como o uturismo. 2 ( geração de r#@eu combate o academismo reagindo contra o imobilismo culturalIdecadentismo da é#oca através da agressão do sarcasmo e até da automarginali>ação. /m 192: surge a revista %resença que dando a con@ecer a obra dos modernistas do r#@eu revelou um regresso ao neo'romantismo. (dvogava o não com#rometimento #olítico.
0 agudiGar das tensões politicas e sociais a partir dos anos 2H A rande depress&o e o seu impacto $ocial 0os anos 3? viveu'se uma tr*gica crise capitalista ? iniciada nos .EA mas alargada ao resto do mundo? a que se deu o nome de *rande DepressãoN. /sta crise desencadeou'se a #artir do cras; bolsista de 0ova orque 81929 que teve origem nos seguintes atores0a especulação olsista ; Consumismo desenreado; 4acilidade de crédito; ivre #rodução; 0a crise de superprodução 8o estilo de vida americano oi generali>ado? dando'se a quebra #rogressiva das com#ras aos /U( #elo aumento da #rodução euro#eia? o que originou uma acumulação de stocFs ? ou seJa? su#er#rodução<. cras@ da bolsa #rovocou a ruína de imensos investidores? o que signi7cou a ruína dos bancos 8al+ncia<. Muitas em#resas acabaram #or alir? o que #rovocou elevados índices de desem#rego. Douve uma diminuição do consumo? os #reços dos #rodutos agrícolas registaram uma quebra acentuada e destruíram'se #roduç"es? levando G al+ncia na agricultura? na indAstria? nos trans#ortes e noutros serviços. ( nível social? teve eeitos desastrosos? desem#rego? miséria e delinqu+ncia e reduç"es salariais.
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( grande depressão não atingiu apenas os .EA . s #aíses que estavam dependentes de empréstimos e crédito dos /U( 8Fustria? (leman@a e os que e?porta$am matérias+ primas 8(ustr*lia? 6rasil? Zndia< também soreram? o que originou uma crise a nível mundial 8eHceção eita? * E4SS1 que não seguia o modelo econ2mico capitalista levando ao declínio do comércio mundial e #ersist+ncia da deLação. /m suma? os anos 30 oram tem#os de #rounda miséria e angustia- diminuição de investimento? #rodução? consumo? as al+ncias? e o desem#rego? além da queda dos #reços 8deLação<. ( gravidade da crise eHigiu? medidas de intervenção do /stado na economia? instalando a descrença no ca#italismo liberal.
As 0pções Iotalitárias otalitarismos é o sistema #olítico que se opõe = democracia ? #ois concentra todos os #oderes 8legislativo? eHecutivo e Judicial< nas mãos de um c;efe incontestado e de um s& #artido e que subordina os direitos individuais aos interesses do /stado? que se considera dono absoluto da verdade. emos como regimes totalit=rios o caso da 4
ada #or uma emerg,ncia de totalitarismos 8tanto de esquerda como de direita<. R*rios fatores contribuíram #ara a sua im#lantação( crise econ&mica e social 8)rande ,e#ressãoN<; ressentimento resultante da @umil@ação #rovocada #ela derrota na guerra ou #or uma vit&ria sem recom#ensas; receio do avanço no comunismo 8no caso dos regimes de direita<; ( ragilidade das democracias liberais.
,ascismo e %aGismo -Ieorias e práticas/ ( ideologia ascista oi liderada #ela !t=lia 9fascismo: e Aleman;a 9nazismo: ? que tin@a como características totalitarismo? a #rima>ia do /stado sobre o individuo e o anti#arlamentarismo? ao contr*rio do sistema #luri#artid*rio? #resente nas democracias? im#un@a'se o #artido Anico; culto do c3efe - s líderes ascistas são vistos como @omens #rovidenciais ou su#er' @omens? simboli>ando o /stado totalit*rio e encarnando a 0ação? sendo res#ons*veis #elo seu destino culto da força e da iol(ncia - ( o#osição #olítica é considerada um entrave? #or isso? deve ser aniquilada #ela re#ressão #olicial? logo? a viol+ncia est* na ess+ncia dos regimes? valori>a'se o instinto e ação; ( autarcia como modelo econ2mico - m#lementação de uma #olítica econ&mica de intervenção do /stado #ara se atingir um ideal de auto'su7ci+ncia e acabar com o desem#rego? obtido através do @eroísmo e em#en@o do #ovo trabal@ador; nacionalismo e?agerado - ,evia'se sacri7car tudo #ela #*tria; Etilização da censura ? #olícia #olítica e #ro#aganda como meio de diundir os ideais do regime.
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(ssim? os regimes nazi+fascistas o#un@am'se ao liberalismo e * democracia #ois deendiam que o individuo e os seus interesses deveriam subJugar'se ao interesse su#remo do /stado e não o contr*rio. s ascismos atribuíam G raque>a da democracia a incapacidade em dar resposta = gra$e crise econ2mica . ,eendia? #or isso? a edi#cação de um .stado forte e a instauração do #artido Anico. .stalinismo 8Assia Soviética? USS< a#resenta dierenças dos outros regimes totalit*rios na medida em que? é um regime socialista e de eHtrema'esquerda 8s ascismos são de eHtrema'direita e o#"em'se ao socialismo<. 0o entanto? os princípios =sicos são os mesmos. 4ascismo o#un@a'se aos #rincí#ios socialistas? ou seJa? reJeitava a luta de classesN? #orque dividia a 0ação e enraquecia o /stado. Contra#un@a'l@e um outro sistema baseado no entendimento entre as classes ? suJeito ao interesse do /stado? conceção que condu>iu ao corporati$ismo'
,ascismo -19))519 Sistema #olítico instaurado #or 6enito Mussolini? em 1922. Su#rime as liberdades individuais? deende a su#remacia do /stado? e é #roundamente totalit*rio? autorit*rio e ditatorial? ou seJa? anti'democr*tico e anti'socialista. termo ascismo tamém pode ser aplicado a todos os regimes autorit=rios de direita que se seguiram ao ascismo italiano 8como o na>ismo<. %aGismo -1922519 Sistema #olítico im#osto na (leman@a? criado #or (dol Ditler. Tem os mesmos princípios %ue o fascismo? acrescenta'se? #orém? o racismo e anti+ semitismo que oi #raticado de orma violentíssima. %roclamou a su#erioridade da raça alemã? negando com#letamente outras etnias 8daí as #erseguiç"es aos Judeus<. 'lites e o en!uadramento das massas nos regimes fascistas As elites eram com#ostas #or membros considerados su#eriores? que tin@am de ser res#eitadas #elas massas 8#o#ulaç"es<. ( ideologia ascista diundiu'se através da #ro#aganda? de modo a levar as #o#ulaç"es a aceitar os $alores fascistas. Surgiram diversas organi>aç"es com a 7nalidade de incutir os ideais ascistas nas #o#ulaç"es 8ou seJa? en%uadrar as massas <5rganizações de >u$entude - (s crianças até ao estado adulto integravam organi>aç"es onde l@es eram incumbidos os valores ascistas? como o culto do c@ee e do /stado; Partido Gnico - ( 7liação no %artido 4ascista 8t*lia< ou no %artido 0a>i 8(leman@a< #ermitia aos cidadãos o desem#en@o de cargos #Ablicos? e o acesso a um estatuto su#erior. A iol(ncia nos fascismos ( ideologia ascista defendia a $iol,ncia? #ois ac@ava que era nessa situação que o @omem desenvolvia as suas qualidades. (ssim? oi utili>ada #elos ascistas #ara c@egar ao #oder? assim como #ara se manterem no #oder. ( viol+ncia ascista consolidou'se através do estabelecimento das seguintes organi>aç"es-
@ilícias armadas- )ru#os armados que aterrori>avam qualquer orma de o#osição #olitica; Polícias políticas - ue assegurava que não @ouvesse qualquer ti#o de re#ressão ao regime; Página 11
ampos de concentração - Criados na (leman@a? eram locais onde as vítimas do regime ascista eram suJeitas a trabal@os orçados? a tortura e ao assassínio em cBmaras de g*s. 6iol(ncia racista naGi desrespeito pelos direitos ;umanos atingiu os cumes do @orror com a viol+ncia do seu racismo. Ditler colocou a raça ariana 8alemães e austríacos< como superior (s restantes. /sta sua tese oi desenvolvida na sua obra Mein Pam#? e obteve grande recetividade #or #arte dos na>is? o que levou ao maior desres#eito #elos direitos @umanos. bcecado #elo a#ereiçoamento da raça arianaN? #romoveu uma BseleçãoC de arianos 8altos? louros? ol@os a>uis<. %ara tal? deveriam ser eliminados os BimperfeitosC1 #ara além dos Judeus 8de7cientes? vel@os? doentes incur*veis? @omosseHuais #ara se mel;orar a raça 9eugenismo:'
5s >udeus tornaram'se o alvo #reerido da perseguição nazi 8#ois eram considerados cul#ados #ela derrota alemã na guerra e #elos #roblemas econ&micos soridos< e soreram na #ele uma das maiores @umil@aç"es e torturas na Dist&ria. 8 anti+semitismo- termo que designa o &dio aos Judeus<. %assaram a não poder e?ercer nen;uma pro#ssão ? nem requentar lugares #Ablicos? oram obrigados a viver em guetos 8bairros se#arados e a usar uma estrela amarela #ara serem ra#idamente identi7cados. ,urante os anos da Segunda )uerra Mundial os na>is causaram a morte de cerca de X mil@"es de Judeus através da sua #olítica de genocídio 8eHtermínio em massa< dos Judeus. %ela dimensão das crueldades cometidas nos cam#os de concentração? este genocídio 7cou con@ecido como Holocaust
0 'stalinismo .stalinismo é uma outra vertente do totalitarismo ? que 7cou con@ecida a#&s a morte de enine 8192!<. novo líder? .staline ? im#Ys a sumissão $iolenta dos indi$íduos ao /stado e ao c@ee e em#en@ou'se na construção de uma sociedade socialista igualit*ria? este regime durou de 67&H a 67I3 . ,urante este regime? a economia soviética assentou em dois #ostulados( coleti$ização dos campos 8%ondo 7m * 0/%? /staline ordenou que se eH#ro#riassem as #ro#riedades criadas durante a 0/%? #ara dar origem a quintas coletivas 8QolQ@o>es o que originou orte o#osição #or #arte dos QulaQs 8#ro#riet*rios agrícolas levando /staline a #ersegui'los e de#ort*'los. /staline deendia a coletivi>ação dos meios de #rodução? #ois no seu entender? era o que #ro#orcionava uma eetiva igualdade social; ( plani#cação econ2mica ? /staline estabeleceu metas de #rodução #ara a economia? através dos #lanos quinquenais 8$ em $ anos<. Cada #lano de7nia os obJetivos a atingir e os meios necess*rios #ara o eeito. Como consequ+ncia? temos o desenvolvimento de alguns sectores de indAstria #esada e dos trans#ortes. Plano Quinquenal 1!"#$1!%%&: ncremento da indAstria #esada? 1º desa#arecimento da iniciativa #rivada? Coleta 7scal? mão'de'obra es#eciali>ada e #or Altimo 7Hação e disci#lina dos o#er*rios.
"ºPlano Quinquenal 1!%%$1!%#&: 4omento da indAstria ligeira e dos bens de
consumo 8vestu*rio e calçado<.
%ºPlano Quinquenal 1!%!$1!'(&: 4omento da indAstria #esada? @idrelétrica e
química. /sta #olítica econ&mica era ortemente marcada #elo inter$encionismo do /stado e da limitação ao eHtremo da iniciativa #rivada. sto #ermitiu ao #aís recu#erar do atraso
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econ&mico e atingir acentuados níveis de crescimento da produção agrícola e industrial ? atores que #ermitiram * USS a7rma'se como das grandes pot,ncias mundiais . /m termos pol)ticos? /staline im#Ys um regime totalitarista eHtremamente re#ressivo? #ois até * sua morte? /staline #erseguiu os seus o#ositores e im#Ys a sua su#remacia? através dos seguintes #ontosussi7cação de todas as regi"es que com#un@am a USS? ou seJa? adoção #or todas as e#Ablicas da mesma língua? costumes? ti#o de regime e constituição. Mono#oli>ação do #oder #olitica #elo #artido Comunista que assentava no centralismo democr*tico. /nquadramento e arregimentação dos cidadãos em organi>aç"es quer ossem Jovens 8#ioneiros e Euventudes Comunistas< que ossem os #rrios. ntegração de crianças e Jovens em organi>aç"es estalinistas e o#er*rios em sindicatos de 7liação obrigat&ria. %artido Comunista controlava tudo. culto da #ersonalidade de /staline? através da #ro#aganda #olítica. e#ressão? censura e de#uraç"es %urgas #eri&dicas dentro do %artido? eliminando os elementos que o criticavam; s elementos considerados indeseJ*veis eram condenados a cam#os de trabal@o orçado 8)ulag<; %olícia #olítica 80PR,<; Controlo a#ertado do /Hercito Rermel@o 86olc@eviques<.
A resist(ncia das democracias li#erais 0 interencionismo do 'stado ( dimensão que a crise de 1929 alcançou? e> a#arecer o#ini"esIteses de economistas como Eo@n PeOnes? que deendem que a Anica solução é uma maior intervenção do /stado? #ondo em causa o sistema ca#italista. s /U( o#tam #ela teoria de PeOnes? que deendia que ao /stado deveria caber um #a#el ativo de organi>ador da economia e regulador do mercado? através do 0e[ ,eal 8designação dada * #olitica im#lementada nos /U(? a #artir de 1933? que através de reormas econ&micas e sociais? combateu a de#ressão dos anos 3 #osto em #r*tica #or 4ranQlin oosevelt 8#residente dos /U( na altura<. (s medidas im#lementadas #ela 0e[ ,eal 833'3!< oram-
*arácter econ:mico Controlo da banca? da #rodução agrícola e industrial; Controlo dos serviços de trans#orte e da #rodução da energia elétrica; (umento dos sal*rios do o#erariado mel@orando o seu #oder de com#ra; ,esvalori>ação do ,&lar e controlo da inLação. *arácter $ocial Construção de estradas? vias érreas? escolas? @os#itais #ara combater o desem#rego; ,istribuição de din@eiro aos mais #obres; nstituição de reormas #or vel@iceIinvalide>? 4undo de desem#rego e garantia de um sal*rio mínimo e de liberdade sindical? edução #ara ! @oras de trabal@o semanal.
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( 0e[ ,eal #ermitiu uma recuperação econ2mica ? su#erando a crise que aetou o mundo ca#italista. liberalismo econ&mico passou a aceitar o inter$encionismo estatal como estratégia de sobreviv+ncia.
Cimens&o $ocial e Pol"tica da cultura *ultura de massas 0o #rincí#io do seculo VV? emerge a cultura de massas' rata'se de uma cultura comum G maioria da #o#ulação? cuJos gostos se uniormi>am? orientando'se #ara o consuma maciço dos mesmos bens culturais. s dois atores que contribuíram #ara esta ;omogeneização cultural oi a generali>ação do ensino que dotou os cidadãos de um mesmo conJunto de saberes? valores e gostos e o segundo? é o desenvolvimento dos meios de comunicação de massas? os media'
A cultura ao seriço dos 'stados s eeitos da comunicação de massas são mAlti#los e #roundos? os media tin@am uma im#ortBncia decisiva na transmissão de $alores culturais e sociais ? a im#rensa? a r*dio e o cinema oram meios de comunicação #rivilegiados da cultura de massas. ( im#rensa era submetida a uma severa censura #elos regimes autorit*rios que a usavam como meio de divulgação da política go$ernamental . s Jornais no /stado 0ovo tin@am muita circulação #rinci#almente de eição conservadora. Com o im#acto da r*dio? esta veio a ser o veículo #rivilegiado da propaganda politica . (s estaç"es de r*dio multi#licaram'se sendo #rivadas ou estatais? no ano de 1939 a maior #arte dos lares americanos tin@a r*dio? e assim Doover e oosevelt utili>aram este meio de #ro#aganda na sua cam#an@a #olitica. s regimes totalit*rios da t*lia e da (leman@a oram grandes utili>adores da r*dio? #enetrando assim intimamente em todos os lares. cinema oi o meio de diusão de modelos socioculturais ? modelando a o#inião #Ablica? inculcando'l@es os $alores dominantes' cinema oi o grande construtor de son@os? moldando assim os es#íritos dos es#ectadores #ara a aceitação dos mesmos valores que as #ersonagens aceitavam. /ste meio oi utili>ado como arma de guerra durante a &J*uerra @undial'
Portugal 0 'stado %oo al como aconteceu noutros #aíses? cuJos regimes oram inLuenciados #ela ideologia ascista? também em %ortugal se veri7cou a progressi$a adoção do modelo italiano através da edi7cação do /stado 0ovo. ,esigna'se? assim? #or /stado 0ovo? o regime totalit*rio de ti#o ascista que vigorou em %ortugal de 1933 a 19:!? caracteri>ado #or ter um /stado orte? com su#remacia sobre os interesses individuais? anti'liberal? anti'democr*tico e anti'#arlamentar? autorit*rio e nacionalista. /m 192=? oi nomeado #ara o governo? a 7m de eHercer unç"es de ministro das 4inanças? Ant2nio de 5li$eira Salazar que? devido * sua ação? conseguiu um saldo #ositivo #ara o orçamento de /stado? tendo sido nomeado c@ee do governo em 1932 devido a esse milagre econ&micoN? #assando a controlar todos os sectores 8daí a que o regime seJa normalmente denominado #or Sala>arismo<. .ste pro>eto político de Salazar 81933< caracteri>ou'se #or diversos as#etos-
*arácter anti democrático ,eendia um .stado forte 8ditatorial? autorit*rio? anti'#arlamentar e anti'democr*tico que recusa$a as lierdades indi$iduais e a soerania popular - udo no /stado? nada 4ora do /stadoN. Sala>ar oi um orte opositor da democracia lieral e do pluripartidarismo . Página 1
0o entanto? também negava os ideais marHistas e a luta de classes. 0a sua tica? o interesse de todos devia sobre#or'se Gs conveni+ncias individuais. (ssim? os direitos individuais dos cidadãos não eram res#eitados. s o#ositores #olíticos eram #erseguidos e encerrados em #ris"es #olíticas? o que demonstra o car*cter repressi$o do regime salazarista . s meios re#ressivos utili>ados #elo regime eram a censura e as #olícias #olíticas. %restava'se o culto ao c;efe ? isto é? destacava'se a 7gura de Sala>ar? considerado Salvador da %*triaN? que a #ro#aganda #olítica alimentava. Davia um #artido Anico? a União 0acional.
*arácter conserador e nacionalista /m relação ao conservadorismo? Sala>ar em#en@ou'se na recuperação dos $alores que considerava undamentais? como *eus, P+tria, am)lia, Pa- ocial, /oralidade, Autoridade, que não podiam ser postos em causa . ( base da nação era a família? o @omem era o trabal@ador e o #a#el da mul@er oi redu>ido. /m#en@ou'se também na deesa de tudo o que osse tradicional e genuinamente #ortugu+s? revestindo de im#ortBncia a ruralidade e rebaiHando a sociedade industriali>ada. ,eu #roteção es#ecial G greJa? baseado no lema KDeus1 P=tria1 )amíliaK' car*cter nacionalista destacou'se? #ois louvou e comemorou os @er&is e o #assado glorioso da %*tria? valori>ou as #roduç"es culturais #ortuguesas e incutiu os valores nacionalistas através das milícias de enquadramento das massas. (lém disso? o regime sala>arista utili>ava as col&nias em #roveito dos interesses da nação? seguindo os #arBmetros de7nidos #elo (cto Colonial de 193. *arácter *orporatiista /stado 0ovo mostrou'se em#en@ado na unidade da nação e no fortalecimento da "ação' ,eendia? assim? que os indivíduos a#enas tin@am eHist+ncia #ara o /stado se integrados em organismos ou cor#oraç"es #elas unç"es que desem#en@am e os seus interesses @armoni>am'se #ara a eHecução do bem comum. *arácter @nterencionista ( estabilidade 7nanceira tornou'se numa #rioridade. /stado 0ovo a#ostou num modelo econ&mico ortemente intervencionista e aut*rquico? que se e> sentir nos v*rios sectores da economiaAgricultura- %ortugal era um #aís maioritariamente rural? assim? #retendia'se tornar %ortugal mais independente da aJuda estrangeira? criando'se incentivos G es#eciali>ação em #rodutos como a batata? vin@o? etc. Um grande obJetivo de Sala>ar? era tornar a economia #ortuguesa isolada de #ossíveis crises econ&micas eHternas. ( construção de barragens levou a uma mel@or irrigação dos solos. !ndado? #ois a iniciativa #rivada de#endia em larga medida? da autori>ação do /stado. 4uncionava assim? como um tra$ão = li$re+concorr,ncia . Mais do que o desenvolvimento industrial? #rocurava'se evitar a sobre #rodução? a queda dos #reços? o desem#rego e agitação social. 5ras P<licas- in@a como #rinci#al obJetivo o comate ao desemprego e a modernização das infra+estruturas do país' ( intervenção ativa do /stado e>'se sentir através da edi7cação de #ontes? eH#ansão das redes telegr*7ca e tele&nica? obras de alargamento nos #ortos? construção de barragens? eH#ansão da eletri7cação? construção de ediícios #Ablicos 8@os#itais? escolas? tribunais<. ( #olítica de construção de obras #Ablicas oi a#roveitada 8#oliticamente< #ara incutir no #ovo #ortugu+s a ideia de que Sala>ar era im#rescindível G moderni>ação material do %aís. Página 1<
0 proJeto cultural do +egime 0o conteHto de um regime de ti#o totalit*rio? a cultura portuguesa encontra$a+se suordinada ao .stado e servia de instrumento de propaganda política . /stado 0ovo com#reendeu a necessidade de uma produção cultural sumetida ao regime1 #or isso? #ela via da #ersuasão o /stado 0ovo concebeu um #roJeto que vai instrumentali>ar os artistas #ara a #ro#aganda do seu ideal. ( este #roJeto cultural c@amou'se de BPolítica de .spíritoC' 4oi o meio encontrado #ara mediatizar o regime? em que era #ro#orcionado uma atmosera saud*velN G im#osição dos valores nacionalistas e #atri&ticos. udo servia #ara divulgar as tradiç"es nacionais e engrandecer a civili>ação #ortuguesa 8restauro de monumentos? estas #o#ulares? #eças de teatro? cinema? etc.< Sala>ar deendia que as artes e as letras de$eriam inculcar no po$o ? o amor da #*tria? o culto dos @er&is? as virtudes amiliares? a con7ança no #rogresso? ou seJa? o ide*rio do /stado 0ovo.
0 en!uadramento das massas enquadramento das massas era eito através de organi>aç"es milicianas tais como A Fegi&o Portuguesa ,estinava'se a deender o #atrim&nio da 0açãoN? o /stado Cor#orativo e a ameaça bolc@evista. Servia de enquadramento e arregimentação dos adultos. A Mocidade Portuguesa /ra de inscrição obrigat&ria #ara os estudantes dos ensinos #rim*rio e secund*rio? e destinava'se a ideologi>ar a Juventude? incutindo'l@e os valores nacionalistas e #atri&ticos do /stado 0ovo.
Cegradaç&o do Am#iente @nternacional Antecedentes ,i7culdades econ&micas derivadas dos eeitos da )rande ,e#ressão; ,i7culdades #olíticas dos regimes democr*ticos; (desão crescente Gs soluç"es totalit*rias.
@rradiaç&o do ,ascismo pelo Mundo %a 'uropa egimes autorit*rios em v*rios #aíses? alguns dos quais se começaram a estruturar nos anos 2. (leman@a- Ditler c@egou ao #oder em 1933? dissolveu o #arlamento e abandonou a S,0. Fustria- ascensão do #artido #r&'na>i? que levou G aneHação #ela (leman@a. C@ecoslov*quia- Cai na orbita do na>ismo. /s#an@a general 4ranco? a#&s a vit&ria na guerra civil 8193X'1939 estabelece o regime ,itatorial 4ranquismo.
%outros *ontinentes (mérica atina )etAlio Rargas toma o #oder em 193? na sequ+ncia de um gol#e militar. /m 193: aboliu os #artidos #olíticos e instituiu um regime de ti#o ascista designado /stado 0ovoN. /Htremo riente- 0o Ea#ão o im#erador Diro@ito? no #oder desde 192X? interrom#eu o #rocesso de democrati>ação e estabeleceu um regime absoluto. Página 1>
esitações face ao imperialismo fascista
nca#acidade da Sociedade das 0aç"es 8S,0< em a>er rente G #olítica im#erialista do Ea#ão? da t*lia e da (leman@a.
( 4rança e a )rã'6retan@a receosas de um novo conLito cederam ace G #olítica militarista e im#erialistas de Ditler e dos seus aliados.
%oos aanços do e4pansionismo fascista -1929/ ( t*lia de Mussolini aneHa a (lbBnia. ( (leman@a estabelece um #acto de não'agressão com a USS. ( (leman@a invade a %ol&nia? a 1 de Setembro. ( )rã'6retan@a e 4rança declararam'l@e guerra. nício de )uerra Mundial 83 de Setembro de 1939<.
%ascimento e A?rmaç&o de um %oo Kuadro eopol"tico A +econstruç&o do p:s5guerra A de?niç&o das áreas de inLu(ncia (inda decorria a 2W )uerra Mundial? e J* os (liadosN 5 /U(? USS? nglaterra '? con7antes na vit&ria? #rocuravam estratégias #ara estabelecer uma nova ordem internacional? e de7nir os termos da #a> que se avi>in@ava? através da reali>ação de coner+ncias? onde se c@egaram a alguns #ontos*onfer(ncia de @alta -,eereiro de 19 %ro#osta de criação de uma organização mundial que omentasse a coo#eração entre os #ovos? que seria a 5"E 8rgani>ação das 0aç"es Unidas<; Desmemramento da Aleman;a e con7*'la aos (liados? consequentemente destruindo o regime nazi 8estabelecimento da democracia na /uro#a< e im#osição G (leman@a o #agamento das re#araç"es da )uerra; ,e7nição das ronteiras da %ol&nia.
*onfer(ncia de Potsdam -ul3o de 19; com o obJetivo de con7rmar as resoluç"es em alta Con7rmação da Bdesnazi#caçãoC e a di$isão em L partes 8#ela USS? /U(? nglaterra e 4rança< da (leman@a e da Fustria Detenção dos criminosos de guerra nazis ? que eram Julgados no ribunal de 0uremberga; /s#eci7cação das indemni>aç"es G (leman@a? isto é? o ti#o e o montante.
0o 7nal do conLito? estava de7nido um novo ma#a #olítico euro#eu? marcada #ela emerg,ncia de duas grandes pot,ncias ? vencedoras da )uerra? #erante uma /uro#a destruída e desorgani>ada? emergindo? então? um no$o desen;o geopolítico que se sustenta na ormação de de#nição de duas grandes =reas de inu,ncia - em 67L7 d*'se a criação de duas Aleman;as ; ,e um lado a e#Ablica 4ederal da (leman@a 84( resultante da Junção das tr+s zonas de ocupação ocidentais 84rança? nglaterra e /U(<;
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/ do outro a e#Ablica democr*tica da (leman@a 8,( corres#ondente G zona de ocupação So$iética . ( divisão da /uro#a reorçou a descon7ança e condu>iu ao endurecimento de #osiç"es entre os dois blocos geo#olíticos? que marcaria o #eríodo da uerra ,ria. ( rutura entre os /U( e a USS deveu'se G e?tensão da inu,ncia so$iética na /uro#a de este? ou seJa? a e?tensão do comunismo pro$ocou a crítica das democracias da /uro#a cidental e dos /U(.
0rganiGaç&o das %ações Unidas ( 5"E oi criada em 19!$ na cidade de São 4rancisco? onde contou com os delegados de $1 naç"es? segundo o #roJeto de oosevelt. 0a Carta das 0aç"es Unidas estão contidos os o>eti$os que #residiram G sua criação
@anter a paz e a segurança internacionais 8#ara evitar novos conLitos<; Desen$ol$er relações de amizade entre as nações 8baseada no #rinci#io de igualdade entre os #ovos<; 4ealizar a cooperação internacional 8#ara #romover e estimular o res#eito #elos direitos @umanos<; Marmonizar os esforços das nações #ara concreti>ar estes obJetivos 8servir como mediador<.
As %oas regras da economia @nternacional Davia consci+ncia de que estava eminente uma grave crise econ&mica? #ois os #aíses euro#eus encontravam'se arruinados e desorgani>ados. (ssim? em 19!!? na Coner+ncia de 6retton Koods? um gru#o de economistas reuniu'se a 7m de estabelecer uma nova ordem econ&mica e 7nanceira internacional e relançar o comércio com base em moedas est*veis. (s #rinci#ais diretri>es econ&micas que resultaram da coner+ncia oram
A criação do )undo @onet=rio !nternacional que dava assist+ncia 7nanceira aos #aíses em di7culdades; Sistema @onet=rio !nternacional que assentou o d&lar como moeda'c@ave; anco !nternacional #ara a econstrução e ,esenvolvimento que a#oiava #roJetos de reconstrução das economias; .stailidade monet=ria #ossível a #artir do estabelecimento de taHas de cBmbio 7Has que os dierentes #aíses se com#rometiam a res#eitar.
(#esar de todos os esorços #ara desenvolver a economia mundial? a /uro#a continuava r*gil. Com receio que a crise euro#eia se estendesse aos /U(? os americanos decidiram tomar medidas imediatas. Surge? assim? o Plano @ars;all 967L8:1 que consistiu na aJuda #restada #elos /U( G /uro#a a#&s a Segunda )uerra Mundial? como os obJetivos de entar travar o avanço do comunismo; ecu#eração dos #aíses da /uro#a cidental; Contrariar a quebra das im#ortaç"es /uro#eias. /ste #rograma de auHílio oi acol@ido com entusiasmo #ela generalidade dos #aíses? e oi verdadeiramente essencial G recu#eração euro#eia. %ara o#eracionali>ar esta aJuda? oi criada a 5.. 8rgani>ação /uro#eia de Coo#eração /con&mica que servia #ra super$isionar a distriuição dos undos do %lano Mars@all.
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/m 67L7? d*'se a res#osta da USS ao %lano Mars@all? com a criação do Plano @oloto$ e 5@.5"? que estabeleceu as estruturas de cooperação econ2mica da .uropa de Neste. ( divisão do mundo em dois 0locos anta2nicos consolidou3se e os tem#os da )uerra 4ria estavam cada ve> mais #r&Himos.
0 Iempo da uerra ,ria N a consolidaç&o de um Mundo .ipolar B*uerra )riaC é a eH#ressão que se atribui ao clima de tensão político+ideol2gico que no 7nal da Segunda )uerra Mundial se instalou entre as duas su#er#ot+ncias 8/U( e USS e que se estende até ao 7nal da década de = 819=$<. 0o entanto? nunca @ouve um conLito direto? caracteri>ando'se a#enas #ela corrida aos armamentos? ameaças e movimentos de es#ionagem? conLitos locais? etc. /ra uma Bguerra de ner$osC1 sustentada #elo antagonismo de duas conceç"es dierentes de organi>ação #olítica 845A 6 7i0eralismo$8apitalismo9 5 6 ocialismo$8omunismo<. (ssim? no tem#o da )uerra 4ria? assistiu'se * consolidação de um mundo ipolar .
,e um lado? um loco liderado pelos .EA ? #oliticamente ade#to da democracia liberal? #luri#artid*ria e economicamente deensor do modelo capitalista 8assente na livre iniciativa e na livre concorr+ncia<.
,o outro lado? o loco liderado pela E4SS ? deensora do regime socialista? cuJo modelo econ&mico assentava nos #rincí#ios da coletivi>ação e #lani7cação estatal da economia.
0 mundo capitalista Pol"tica de alianças acentuar das tens"es #olíticas condu>iu * formação de alianças militares que simboli>aram o antagonismo militar? ou seJa? os /U( e a USS #rocuraram estender a sua inLu+ncia ao maior nAmero #ossível de #aíses. Criou'se a 5rganização do Tratado do AtlOntico "orte 95TA":1 liderado #elos /U( e sendo o obJetivo #rinci#al a segurança coletiva? isto é? ter a ca#acidade de res#osta #erante a um ataque armado? em res#osta? oi constituído o Pacto de -ars2$ia? liderado #ela USS? #ara a deesa militar do seu bloco. A prosperidade econ:mica e a sociedade de consumo 0o decorrer de 2$I3 anos a#&s a guerra? os #aíses euro#eus recu#eraram e viveram uma eHcecional recuperação econ2mica1 a #rodução industrial cresceu? @ouve uma revolução nos trans#ortes? cresceu o nAmero de em#resas? a agricultura moderni>ou'se? o sector terci*rio eH#andiu'se? etc. /ste desenvolvimento econ&mico e> nascer a sociedade de consumo ? isto é? as #o#ulaç"es são incitadas a com#rar um n
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A a?rmaç&o do 'stado5Proid(ncia ( )rande ,e#ressão J* tin@a demonstrado a im#ortBncia de um .stado econ2mico e socialmente inter$enti$o . /stado torna'se? #or esta via? o #rinci#al agente econ&mico do #aís? o que l@e #ermite eHercer a sua unção reguladora da economia. #aís #ioneiro do Kel[are State? isto é? o .stado do em+estar 9.stado Pro$id,ncia:1 oi o eino Unido? onde cada cidadão tem asseguradas as suas necessidades =sicas . (o /stado caber* a tarea de corrigir as desigualdades? daí o seu intervencionismo. (s medidas #rinci#ais do /% oram a nacionali>ação da economia e o garantir de reormas que abrangesse situaç"es como maternidade? vel@ice? doenças. /ste conJunto de medidas visa um du#lo obJetivo- #or um lado reduz a miséria e o mal+estar social; #or outro? assegura uma certa estailidade = economia. .stado+Pro$id,ncia oi um acto da #ros#eridade econ&mica.
0 mundo comunista 0 e4pansionismo soiético (#&s a 2W )uerra? a USS oi res#ons*vel #ela implantação de regimes comunistas ? ins#irados no modelo soviético? #or todo o mundo? ou seJa? estendeu a sua inLu+ncia G /uro#a? Fsia e Frica. s #aíses euro#eus que aderiram ao modelo soviético oram a 6ulg*ria? (lbBnia? oménia e %ol&nia. /stes novos #aíses socialistas receberam a designação de democracias populares 8designação atribuída aos regimes em que o %artido Comunista? a7rmando re#resentar os interesses dos trabal@adores? se im#"em como %artido nico? controlando as instituiç"es do /stado<. Como res#osta G (0? a USS cria o Pacto de -ars2$ia ? com obJetivos id+nticos- a assist+ncia mAtua entre os #aíses membros. s países asi=ticos que soreram inLu+ncia soviética oram a Mong&lia? C@ina e Coreia. #onto ulcral da eH#ansão comunista na América Natina foi ua ? onde um #un@ado de revolucion*rios sob o comando de 4idel Castro e do C@e )uevara derrubaram o governo a#oiado #elos /U(.
0pções e realiGações da economia de direç&o central 0o 7nal da 2W guerra? a economia soviética estava arrasada. %ara a7rmar o seu #a#el de su#er#ot+ncia? obtido com a vit&ria? @avia que recu#erar e ra#idamente. %ara tal? oi recu#erada a #lani7cação econ&mica? onde oi dado #rioridade G india certos atores im#ortantes? como o risco no investimento? o que revelou ser um entrave ao #rogresso.
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,estes bloqueios econ&micos resultou a estagnação da economia so$iética . (#esar de inAmeras tentativas de a ultra#assar? estes bloqueios acabarão #or condu>ir G al+ncia dos regimes comunistas euro#eus? no 7m dos anos =. A e?tinção da Enião So$iética deu+se a 6776.
A?rmaç&o de noas pot(ncias -19<<5197H/ s #aíses que adquiriram o estatuto de novas #ot+ncias oram o apão1 a omunidade .con2mica .uropeia 967I8 Q Tratado de 4oma: e a 4ep<lica da ;ina'
"o >apão deu'se o Milagre Ea#on+s 8anos XI: devido aos seguintes atores Crescimento do %06; Métodos avançados de #rodução? automati>ação e roboti>ação; Crescimento da #rodução autom&vel; )randes em#resas do ti#o #aternalistas; ecusa da #olítica de rearmamento; /levada mão'de'obra quali7cada e satisação da #o#ulação; m#ortação e a#ereiçoamento de tecnologias; Manutenção de uma balança comercial avor*vel; Crescimento de outros sectores tais como a construção naval? electr&nica? siderurgia? electricidade e indAstrias químicas; udo isto levou o Ea#ão a emergir como nova #otencia mundial.
"a 4ep<lica Popular da ;ina deu'se a libertação ace G de#end+ncia da USS. correu a mobili>ação de toda a #o#ulação e todos os recursos ísicos e morais? veri7cando'se o rom#imento com tradiç"es e mentalidades seculares. Sendo que em 19X$ origina'se a re$olução ultural do #onto de vista material? como o obJetivo de moderni>ação da agricultura? da indAstria? da ci+ncia e da tecnologia? do #onto de vista ideol&gico ins#irado no maoísmo.
Portugal do autoritarismo O democracia @mo#ilismo pol"tico e crescimento econ:mico do p:s5guerra a 197 %oliticamente? a#&s a Segunda )uerra Mundial? %ortugal manteve a mesma feição autorit=ria? ignorando a onda democr=tica que inundava a /uro#a. 0o que se reere G economia? viveu'se um #eríodo conturbado na medida em que o atraso do país era e$idente ? em termos econ&micos? sociais e #olíticos. ( estrutura agraria industrial é arcaica? veri7cando'se a estagnação dos dierentes sectores econ&micos? devido G alta de incentivos G moderni>ação tecnol&gica. udo isto a> aumentar a taHa de emigração? visto que a sociedade esta em#obrecida? mas a alta de liberdades individuais? re#ressão #olicial e censura é um dos maiores #roblemas sociais. ( questão colonial veio a revelar se um #roblema devido Gs avultadas des#esas militares com a guerra.
'stagnaç&o do mundo rural e o surto industrial Página )1
(#esar de a agricultura ser o sector dominante? era pouco desen$ol$ida ? caracteri>ada #or ai?os índices de produti$idade ? que a>ia de %ortugal dos #aíses mais atrasados da /uro#a. #rinci#al #roblema consistia na dimensão das estruturas fundi=rias ? no 0orte #redominava o miniAndio? que não #ossibilitava mecani>ação; no Sul estendiam'se propriedades imensas 8latiAndios que se encontravam suapro$eitadas. dé7ce agrícola oi aumentando? e ao longo dos anos X e : e assistiu'se a um ele$ado ,?odo rural e emigração ? #ois as #o#ulaç"es #rocuravam mel@ores condiç"es de vida? condenando a agricultura a um quase desa#arecimento. 4ace a esta situação? a #artir de 19$3? oram elaborados Planos de )omento para o desen$ol$imento industrial. 5 ! Plano 967I3+67IH: e o !! Plano 967I7+67RL: davam continuidade ao modelo de autarcia e G substituição de im#ortaç"es? mas não contavam com o a#oio dos #ro#riet*rios. \ s& a #artir de meados dos anos X? com o Plano !ntercalar de )omento 967RI+67R8: e o !!! Plano 967RH+6783:1 que o /stado 0ovo delineia uma no$a política econ2mica/ ,eende'se a #rodução industrial orientada #ara a eH#ortação; ,*'se #rioridade G industrialização em relação G agricultura; /stimula'se a concentração industrial ; (dmite'se a necessidade de re$er a lei do condicionamento industrial que colocava entraves G livre concorr+ncia. grande ciclo sala>arista a#roHimava'se do 7m. 0o decurso do %lano? o nosso #aís viria a integrar'se na economia europeia e mundial ? integrando a /4(? a 6, e a )(. ( adesão a estas organi>aç"es marca a inversão na #olítica da autarcia do /stado 0ovo. /sta #olítica con7rmou a consolidação de grandes gru#os econ&micos e 7nanceiros em %ortugal e o acelerar do #rocesso industrial.
'migraç&o /nquanto nas décadas de 3 e ! a emigração oi bastante redu>ida? a década de R0 tornou'se no período de emigração mais intenso da nossa ;ist2ria ? #elos seguintes motivos( #olítica industrial #rovocou o esquecimento do mundo rural? logo? sair da aldeia era uma orma de fugir ( miséria s #aíses euro#eus que necessitavam de mão'de'obra? paga$am com sal=rios superiores; ( #artir de X1? a emigração oi? #ara muitos Jovens? a ão? a maior #arte da emigração e>'se clandestinamente . /stado #rocurou salvaguardar os interesses dos nossos emigrantes? celebrando acordos com os #rinci#ais #aíses de acol@imento. %aís #assou? #or esta via? a receber um montante muito consider*vel de divisas- as remessas dos emigrantes. ( al acto? que muito contribuiu #ara o e%uilírio da nossa alança de pagamentos e para o aumento do consumo interno? indu>iu o )overno a despenalizar a emigração clandestina e a su#rimir alguns entraves.
A ur#aniGaç&o surto industrial tradu>iu'se no crescimento do sector terci=rio e na progressi$a uranização do país . ,*'se o crescimento das cidades e a concentração #o#ulacional. /m isboa e %orto? as maiores cidades #ortuguesas? #ro#agam'se su
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assim? o crescimento urbano teve também efeitos positi$os? contribuindo #ara a e?pansão do sector dos ser$iços e #ara um maior acesso ao ensino e aos meios de comunicação'
A radicaliGaç&o das oposições e o so#ressalto pol"tico de 19<8
/m 19!$? a grande maioria dos #aíses euro#eus esteJavam a $it2ria da democracia sobre os ascismos. %arecia? assim? que estavam reunidas todas as condiç"es #ara Sala>ar também o#tar #ela democratização do país. Sala>ar encenou ? então? uma viragem #olítica? aparentando uma maior aertura ? a 7m de #reservar o #oder(nteci#ou a revisão constitucional? dissolveu a (ssembleia 0acional e convocou eleiç"es anteci#adas? que Sala>ar anunciou tão livres como na livre nglaterraN. /m 19!$? os #ortugueses oram convidados a a#resentar listas de candidatura Gs eleiç"es legislativas 8#ara eleger os de#utados da (ssembleia 0acional<. ( oposição democr=tica 8conJunto dos o#ositores ao regime no segundo #&s'guerra< concentrou'se em torno do @ED 9@o$imento de Enidade Democr=tica:1 criado no mesmo ano. im#acto deste movimento? que d* início G c@amada o#osição democr*tica? ultra#assou todas as #revis"es.
5posição Democr=tica/ /H#ressão que designa o conJunto de orças #olíticas @eterodoHas 8mon*rquicos? re#ublicanos? socialistas e comunistas< que? de orma legal ou semi'legal? se o#un@am ao /stado 0ovo? adquirindo visibilidade? ace aos constrangimentos im#ostos Gs liberdades #elo regime? em é#ocas eleitorais. %ara garantir a legitimidade no acto eleitoral? o MU, ormula algumas e?ig,ncias ? que considera undamentais? como o adiamento das eleições por R meses 8a 7m de se instituírem #artidos #olíticos a reformulação dos cadernos eleitorais e a lierdade de opinião1 reunião e de informação . (s es#eranças racassaram J* que nen@uma das reivindicaç"es do Movimento oi satiseita e este desistiu #or considerar que o acto eleitoral não #assaria de uma arsa. ( a#reensão das listas #ela %,/ #ermitiu #erseguir a o#osição democr*tica. /m 19!9? aquando das eleiç"es #residenciais? a oposição democr=tica a#oiou o candidato "orton de @atos? que concorria contra o candidato do regime? ^scar Carmona. /ra a #rimeira ve> que um candidato da o#osição concorria G %resid+ncia da e#Ablica e a cam#an@a voltou a entusiasmar o %aís mas? no entanto? ace a uma severa re#ressão? 0orton de Matos a#resentou também a sua desist,ncia #ouco antes das eleiç"es. /m 67IH ano de novas eleiç"es #residenciais? o )overno #ensou ter controlado a situação até que? em 19$=? a candidatura de Mumerto Delgado a novas eleiç"es #residenciais desencadeou um terramoto político. ( sua coragem em criticar a ditadura ? a#elidou'o de Bgeneral sem medoC' anAncio do seu #ro#&sito de não desistir das eleiç"es e a orma destemida como anunciou a sua intenção de demitir Sala>ar caso viesse a ser eleito? 7>eram da sua cam#an@a um acontecimento Anico no que res#eita G mobili>ação #o#ular. ,e tal orma que o governo #rocurou limitar'l@e os movimentos? acusando'o de #rovocar Bagitação social1 desordem e intran%uilidade p<licaC' resultado revelou mais uma vit&ria esmagadora do candidato do regime 8(mérico om*s mas desta ve>? a crediilidade do *o$erno #cou profundamente aalada . Sala>ar começou a tomar consci+ncia de que se estava a tornar diícil continuar a enganar a opinião p<lica . ( cam#an@a de Dumberto ,elgado dese> qualquer ilusão sobre a #retensa abertura do regime sala>arista. Dumberto ,elgado oi assassinado #ela %,/ em 19X$.
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A !uest&o colonial ornou'se diícil #ara o )overno %ortugu+s manter a sua política colonial . ,e#ois da segunda guerra mundial? e com a a#rovação da arta das "ações Enidas ? o /stado 0ovo viu'se obrigado a rever a sua #olítica colonial e a #rocurar soluç"es #ara o uturo do nosso im#ério. /m termos ideol&gicos? a Bmística do impérioC é substituída #ela ideia da Bsingularidade da colonização portuguesaC . s #ortugueses tin@am mostrado uma grande ca#acidade de ada#tação G vida nas col&nias onde não @avia racismo e as raças se misturavam e as culturas se es#al@avam. /sta teoria era con@ecida como luso'tro#icalismo. 0o campo >urídico? a #artir de 19$1? desa#arece o conceito de col&nia? que é substituído #elo de pro$íncia ultramarina e desa#arece o conceito de m#ério %ortugu+s? substituído #or Eltramar Portugu,s. ( #resença #ortuguesa em Frica não soreu #raticamente contestação até ao início da guerra colonial. /Hceção eita ao %artido Comunista %ortugu+s que no seu congresso de 19$: 8ilegal recon@eceu o direito G inde#end+ncia dos #ovos coloni>ados. /ntretanto? em 19X1? no seguimento da eclosão das primeiras re$oltas em Angola? começam a notar'se algumas di$erg,ncias nas posições a tomar sobre a questão do Ultramar. Conrontam'se? então? & teses di$ergentes- a integracionista e a federalista . A 6 defendia a #olítica até aí seguida? lutando #or um Ultramar #lenamente integrado no /stado #ortugu+s; a & considera$a não ser #ossível? ace G #ressão internacional e aos custos de uma guerra em Frica? #ersistir na mesma via. ,eendia a #rogressiva autonomia das col2nias e a constituição de uma federação de .stados que garantisse os interesses #ortugueses. s deensores da tese ederalista c@egaram a #ro#or ao %residente a destituição de Salazar . ,estituídos acabaram #or ser eles? saindo reorçada a tese de Sala>ar? que ordenou que o /Hército %ortugu+s avançasse #ara a (ngola? dando início a uma guerra que se #rolongou até G %ueda do regime? em 19:!.
A luta armada negar da #ossibilidade de autonomia das col&nias aricanas? e> eHtremar as #osiç"es dos movimentos de libertação que? nos anos $ e X? se oram ormando na Frica #ortuguesa. .m Angola? em 19$$? surge a U%( 8União das %o#ulaç"es de (ngola< que? : anos mais tarde? se transorma na 40( 84rente de ibertação de (ngola<; o M%( 8Movimento %o#ular de ibertação de (ngola< orma'se em 19$X; e a U0( 8União #ara a nde#end+ncia otal de (ngola< surge em 19XX. ( guerra inicia'se em (ngola a 19X1.
.m @oçami%ue? a luta é dirigida #ela 4/M 84rente de ibertação de Moçambique< undada em 19X2. ( guerra estende'se a Moçambique em 19X! ' "a *uiné? distingue'se o %()C 8%artido #ara a nde#end+ncia da )uiné e Cabo Rerde< em 19$X e a guerra alastrou'se G )uiné em 19X3. %ortugal viu'se envolvido em duras frentes de atal;a que? G custa de elevadíssimos custos materiais e ;umanos? c@egou a sur#reender a comunidade internacional. 0 isolamento internacional ( carta das nações unidas estabeleceu que todas as naç"es tin@am o direito = sua autodeterminação. Contudo? %ortugal recusou+se a aceitar esta ideia di>endo que as #rovíncias ultramarinas a>iam #arte de %ortugal.
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al #ostura condu>iu? inevitavelmente? ao desprestígio do nosso país ? que oi eHcluído de v*rios organismos das 0aç"es Unidas e alvo de sanç"es econ&micas #or #arte de diversas naç"es aricanas. ( recusa de todas as oertas e #lanos 8como a aJuda americana #or eHem#lo remeteu %ortugal #ara um isolamento ? evidenciado na eH#ressão de Sala>ar? Borgul;osamente s2sC'
A Primaera Marcelista /m 19X=? Sala>ar oi substituído @arcello aetano ? no cargo de #residente do Consel@o de Ministros? que e> reformas mais lierais #ara a democratização do regime. 0os #rimeiros meses o novo governo até deu sinais de abertura? #eríodo este con@ecido #or BPrima$era @arcelistaC 8alargou o sur*gio eminino #or eH.<. Contudo? o oscilar entre indícios de renovação e seguir as lin@as do sala>arismo? resultou no fracasso da tentati$a reformista. ( %,/ mudou o seu nome #ara ,)S e diminuiu? ao início? a virul+ncia das suas #erseguiç"es. 0o entanto? ace ao movimento estudantil e o#er*rio? #rendeu? sem @esitaç"es? os o#ositores ao regime; ( Censura #assou a c@amar'se /Hame %révio; se este? inicialmente? tolerou algumas críticas ao regime ? cedo se veri7cou que atuava nos mesmos moldes da Censura; ( oposição não tin;a lierdade de concorrer Gs eleiç"es e a #olítica Marcelista era criticada como sendo incapaz de e$oluir #ara um sistema mais democr*tico. udo isto levou * revolução de 2$ de (bril de 19:!.
Ca +eoluç&o O esta#iliGaç&o da democracia 0 Moimento das ,orças Armadas e a eclos&o da +eoluç&o #roblema da guerra colonial continua$a por resol$er . %erante a recusa de uma solução #olítica #elo )overno Marcelista? os militares entenderam que se tornava urgente pr #m ( ditadura e abrir o camin@o #ara a democratização do país' ( 4e$olução de &I de Aril de 678L #artiu da iniciativa de um gru#o de o7ciais do eHército #ortugu+s 5 5 @o$imento dos apitães 96783:1 liderado #or Costa )omes e S#ínola? que tin@a em vista o derrue do regime ditatorial e a criação de condiç"es avor*veis G resolução política da questão colonial. /stes acontecimentos deram orça Gqueles que? dentro do Movimento 8agora #assava'se a designar #or @)A Q @o$imento das )orças Armadas acreditavam na urg,ncia de um golpe militar que? restaurando as liberdades cívicas? #ermitisse a tão deseJada solução #ara o #roblema colonial. ,e#ois de uma tentativa #reci#itada? em Março? o M4( #re#arou minuciosamente a operação militar que? na madrugada do dia &I de Aril de 678L ps #m ao .stado "o$o.
0peraç&o ,im5+egimeQ ( o#eração militar teve início com a transmissão? #ela r*dio? das canç"es'sen@a? que #ermitia Gs unidades militares saírem dos quartéis #ara cum#rirem as miss"es que l@es estavam destinadas. A resist,ncia terminou cerca das 1=@? quando Marcello Caetano se rendeu paci#camente ao general S#ínola. /ntretanto? J* o gol#e militar era aclamado nas ruas #ela #o#ulação #ortuguesa? cansada da guerra e da ditadura? transormando os acontecimentos de isboa numa e?plosão social #or todo o #aís? uma aut+ntica revolução nacional que? #elo seu car=cter pací#co? 7cou con@ecido como a B4e$olução dos ra$osC' ( %,/ oi a Altima a render'se na man@ã seguinte.
A camin3o da democracia Página )<
0 desmantelamento das estruturas do 'stado %oo ato revolucion*rio #ermitiu que se desse início ao #rocesso de desmantelamento do .stado "o$o. 0o #rrio dia da revolução? %ortugal viu'se sob a autoridade de uma Eunta de Salvação 0acional? que tomou de imediato medidas
#residente da e#Ablica e o #residente do Consel@o oram destituídos? bem como todos os governadores civis e outros quadros administrativos; ( %,/',)S? a egião %ortuguesa e as rgani>aç"es da Euventude oram eHtintas? bem como a Censura 8/Hame %révio< e a (cão 0acional %o#ular; s #resos #olíticos oram perdoados e liertados e as #ersonalidades no eHílio #uderam regressar a Portugal; niciou'se o processo da independ,ncia das col2nias e organização de eleições #ara ormar a assemleia constituinte que iria a#rovar a no$a constituição da 4ep<lica . ( Eunta de Salvação 0acional nomeou #ara %residente da e#Ablica o (nt&nio de S#ínola? que escol@eu (delino #ara c@e7ar o governo #rovis&rio.
Tensões políticas ideol2gicas na sociedade e no interior do @)A 0 per"odo $p"nola
s tem#os não foram f=ceis #ara as novas instituiç"es democr*ticas. %assados os #rimeiros momentos de entusiasmo? seguiram'se dois anos politicamente muito conturados? originando gra$es confrontações sociais e políticas. a#idamente começaram as reivindicaç"es? as greves e as maniestaç"es inLuenciadas #elos #artidos da esquerda. governo #rovis&rio mostrou'se incapaz de go$ernar o país e demitiu'se? o que e> com que o #oder #olítico se dividisse em dois p2los opostos ,e um lado o grupo apoiante do general Spínola que #rocurava controlar o movimento #o#ular que #odia originar outra ditadura? desta ve> de eHtrema'esquerda; ,o outro lado a comissão coordenadora do @)A e os seus a#oiantes que deendia a orientação do regime #ara um socialismo revolucion*rio. desec@o destas tens"es culminou com a demissão do pr2prio general Spínola ? a#&s o al@anço da convocação de uma maniestação nacional em seu a#oio? e a nomeação de outro militar1 o general osta *omes1 como Presidente da 4ep<lica'
A radicaliGaç&o do processo reolucionário 0o #eríodo entre a demissão de Spínola 9Setemro 678L: e a a#rovação da nova onstituição da 4ep<lica 9678R:? %ortugal viveu uma situação #olítica revolucion*ria re#leta de antagonismos sociais. ,urante estes dois anos? o #oder esteve entregue ao M4(? a -asco *onçal$es ? que assumiu uma #osição de e?trema+es%uerda e uma orte ligação ao %artido Comunista. ( data'c@ave é 66 de @arço de 678I- tentando contrariar a orientação es%uerdista da revolução? (nt&nio de S#ínola tentou um gol#e militar 8racassado<. /m res#osta? a M4( cria o onsel;o da 4e$olução? ligado ao %C%? que #assa a uncionar como 2rgão e?ecuti$o do @)A e tornou'se o verdadeiro centro do #oder 8concentra os #oderes da Eunta de Salvação 0acional e do Consel@o de /stado e #ro#"e'se orientar o Processo 4e$olucion=rio em urso + P4. que condu>iria o %aís rumo ao socialismo'
As eleições de 197< e a iners&o do processo reolucionário ,as eleiç"es de 19:$? sai vitorioso o Partido Socialista ? que #assa a reclamar maior inter$enção na atividade governativa. Rivem'se os tem#os do 6er&o Kuente de 197 em que esteve iminente o conronto entre os partidos conser$adores e os partidos de es%uerda. \ em #leno Rerão uenteN que um gru#o de 9 o7ciais do #rrio Consel@o da evolução? encabeçados #elo maJor Melo (ntunes? crítica abertamente os sectores mais radicais do M4(- contestava o clima de anarquia instalado? a desagregação econ&mica e social e a decom#osição das estruturas do /stado. /m consequ+ncia? Rasco )onçalves oi demitido. /ra o 7m da fase e?tremista do #rocesso revolucion*rio. ( revolução regressava aos #rincí#ios democr*ticos e #luralistas de 2$ de (bril? que serão con7rmados com a onstituição de 678R'
Politica 'con:mica anti5monopolista e interenç&o do 'stado a n"el econ:mico5?nanceiro Página )>
s tem#os da %/C tin@am em vista a con%uista do poder e o reforço da transição ao socialismo . (ssim? nessa altura? tomaram'se um conJunto de medidas que assinalaram a $iragem ideol2gica no sentido do mar?ismo+leninismo 5 inter$encionismo estatal 8em todos os sectores da economia as nacionalizações 8o /stado a#ro#riou'se dos bancos? dos seguros? das em#resas? etc.? #assando a ter mais controlo da economia a reforma agr=ria 8#rocedeu'se G coletivi>ação dos latiAndios do Sul e G eH#ro#riação e nacionali>ação #elo /stado e a constituição de Unidades Coletivas de %rodução 8UC%<. )raças ao #artido comunista oi a#rovada a legislação #ara a reorma agr*ria com #roteção dos trabal@adores e dos gru#os econ&micos mais desavorecidos através das novas leis laborais? sal*rio mínimo nacional? aumento de #ens"es e reormas.<
A opç&o constitucional de 197> ,e#ois de um ano de trabal@o? a (ssembleia Constituinte terminou a Constituição? a#rovada em &I de Aril de 678R. ( constituição consagrou um regime democr=tico e pluralista ? garantindo as lierdades indi$iduais e a #artici#ação dos cidadãos na vida #olítica através da votação em eleiç"es #ara os dierentes &rgãos. (lém disso? con7rmou a transição para o socialismo como o#ção da sociedade #ortuguesa. Mantém? igualmente? como &rgão de soberania? o Consel@o da evolução considerado o garante do #rocesso revolucion*rio? este &rgão continuar* a uncionar em estreita ligação com o #residente da e#Ablica? que o encabeça. ( nova constituição entrou em vigor no dia 2$ de (bril de 19:X? eHatamente dois anos a#&s a evolta dos CravosN. ( Constituição de 19:X oi? sem dAvida? o documento fundador da democracia portuguesa.
0 recon3ecimento dos moimentos nacionalistas e o processo da descoloniGaç&o 0 processo descoloniGador ( nível interno? a inde#end+ncia #ura e sim#lesN das col&nias col@ia o a#oio da maioria dos #artidos que se legalizaram depois do &I de Aril e também nesse sentido se orientavam os a#elos das manifestações que enc@iam as ruas do #aís. \ nesta conJuntura que o Consel@o de /stado recon@ece Gs col&nias o direito ( independ,ncia. ntensi7cam'se? então? as negociaç"es com os movimentos aos quais Portugal recon;ece legitimidade para representarem o po$o dos res#ectivos territ&rios. 0o entanto? %ortugal encontrava'se num a posição muito fr=gil ? quer #ara im#or condiç"es quer #ara a>er res#eitar os acordos. ,esta orma? não oi #ossível assegurar? como #revisto? os interesses dos %ortugueses residentes no Ultramar. 4ruto de uma descoloni>ação tardia e a#ressada e vítimas dos interesses de #ot+ncias estrangeiras? os territ&rios aricanos não tiveram um destino eli>.
,im do $istema @nternacional da uerra5,ria e Persist(ncia da Cicotomia %orte5$ul 0 ?m do mundo soiético A 'ra or#atc3e N uma noa pol"tica 0o início dos anos =? a União Soviética encontrava'se numa situação #reocu#ante. 4oi na conJuntura de crise que surge @iF;ail *oratc;e$ ? eleito secret*rio'geral do %CUS em 19=$. Sem querer #or em causa a ideologia e o sistema #olítico vigente? )orbatc@ev entendeu? no entanto? ser necess*rio iniciar
Um processo de reestruturação econ2mica ? perestroiFa 8assiste'se a uma descentrali>ação da economia? através da ada#tação da economia #lani7cada a uma economia de mercado? onde #assa a ser recon@ecida a li$re iniciati$a e a li$re concorr,ncia <;
Uma política de transpar,ncia ? glasnot 8oi recon@ecida a lierdade de e?pressão? aboliu'se a censura e acabou'se com as #erseguiç"es #olíticas? visando a participação mais ati$a dos cidadãos na vida #olítica<.
%ara além da reconversão econ&mica e a abertura democr*tica? )orbatc@ev também #retendia uma apro?imação ao mundo ocidental ? nomeadamente no sentido do desarmamento? #ara se c@egar a um clima internacional est=$el .
0 colapso do mundo soiético Página )7
/ntretanto? as reormas liberais em#reendidas #or )orbatc@ev tiveram grande impacto nos #aíses de este euro#eu. 0o ano de 19=9? uma $aga democratizadora varre o este? assistindo'se a uma su$ersão completa do sistema comunista/ 0a %ol&nia? C@ecoslov*quia? 6ulg*ria? oménia? etc.? os #artidos comunistas #erdem o seu lugar de #artido AnicoN e reali>am'se as #rimeiras eleiç"es livres do #&s'guerra. (ssim? a Bcortina de ferroC que se#arava a /uro#a? começa a dissi#ar'se- as ronteiras com o cidente são abertas e? nesse mesmo ano? cai o @uro de erlim ? reuni7cando a (leman@a 8antes dividida em duas #elo muro<. (inda é anunciado? o 7m do %acto de Rars&via e? #ouco de#ois? a destituição do CM/C0.
( C@ecoslov*quia di$ide+se em duas re#Ablicas 5 ( e#Ablica C@eca e a /slov*quia.
rigem de no$os estados independentes ? através da eHtinção da Eugosl*via? como a /slovénia? 6&snia'Der>egovina? Cro*cia.
0esta altura? a dinBmica #olítica desencadeada #ela perestroiRa tornara'se J* incontrol*vel? condu>indo? também? ao #m da pr2pria E4SS. )orbatc@ev nunca #retendia o 7m do comunismo ou do socialismo? tenta #arar o #rocesso #ela orça? a>endo com que o a#oio da #o#ulação se concentre em 6oris eltsin? que é eleito #residente da e#Ablica da Assia? em Eun@o de 91 8que toma a medida eHtrema de #roibir as atividades do #artido comunista<. 0o utono de 91? a maioria das re#Ablicas da União declara a sua inde#end+ncia. /m 21 de ,e>embro? nasce o7cialmente a C/ 5 Comunidade de /stados nde#endentes? G qual aderem 12 das 1$ re#Ablicas que integravam a União Soviética. .sta$a consumado1 assim1 o #m do loco so$iético e da E4SS'
0s pro#lemas da transiç&o para a economia de mercado ( transição #ara a economia de mercado mostrou+se difícil e teve um impacto muito negati$o na vida das #o#ulaç"es. %erante o 7m da economia #lani7cada e dos subsídios estatais? muitas empresas faliram? contribuindo #ara o desemprego; ( continuada escasse> dos bens de consumo? a #ar da liberali>ação dos #reços? estimulou uma inLação galo#ante 8subida de #reços que não era acom#an@ada #or uma subida de sal*rios? lançando a #o#ulação na miséria. s #aíses de este viveram também? de orma dolorosa? a transição #ara a economia de mercado. Pri$ados dos importantes susídios %ue receiam da Enião So$iética ? soreram uma brusca regressão econ2mica . ,e acordo com o 6anco Mundial a #obre>a es#al@ou'se e cresceu a um ritmo mais acelerado do que em qualquer lugar do mundoN. ( #ercentagem de #obres ele$ou+se de & para &6U da #o#ulação total. caos econ2mico instalou+se e agravaram'se as desigualdades sociais .
0s p:los de desenolimento econ:mico
0os 7nais do seculo VV estabeleceram'se novos #olos de desenvolvimento econ&mico no Mundo constituídos #ela ríade 8/stados Unidos? Comunidade /uro#eia e /s#aço Fsia'%ací7co< tendo em comum a economia de mercado.
A 3egemonia dos 'UA Com o cola#so do bloco soviético? os /U( #assaram a reunir todas as condiç"es #ara se a7rmarem como a grande superpot,ncia mundial . ( @egemonia que os /U( det+m sobre o resto do mundo alicerça'se numa incontestada capacidade militar ? numa pr2spera situação econ2mica e no dinamismo cientí#co e tecnol2gico que evidencia. #oder americano a7rmou'se a#oiado #elo gigantismo econ&mico e #elo in$estimento maciço no comple?o industrial militar . s /U( t+m sido considerados os _#olícias do mundo_? devido ao #a#el #re#onderante e ativo que t+m desem#en@ado? a7rmando a sua supremacia militar . ( sua @egemonia assenta? igualmente? na prosperidade da sua economia. s /U( a7rmam'se como os maiores eH#ortadores? devido ao dinamismo das suas em#resas de bancos? turismo? cinema? mAsica. sector prim=rio não oi? #orém? abandonado. /m resultado da elevada #rodutividade? os /U( mant+m'se como os maiores eH#ortadores de #rodutos agrícolas. ( sua ind
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,urante a #resid+ncia de 6ill Clinton? tornou'se #rioridade o desen$ol$imento do sector comercial? #rocurando'se estimular as relaç"es econ&micas com a região do Sudoeste (si*tico criando a AP. + ooperação .con2mica Vsia+Pací#co ? e esti#ulou a livre circulação de ca#itais e mercadorias entre os /U(? Canad* e MéHico através da "A)TA Q Acordo de omércio Ni$re da América do "orte. 4inalmente? a @egemonia dos /U( resulta também da sua ca#acidade de inovar? reLeHo do progresso cientí#co+tecnol2gico que evidencia. São os que mais investem na in$estigação cientí#ca ? desenvolveram os tecnopolos 8#arques tecnol&gicos? em#resas ligadas G tecnologia<. sector terci=rio ocu#a um enorme #eso na economia americana 8cerca de :$ `<.
A Uni&o 'uropeia ,esde a sua criação? em 19$:? que a União /uro#eia 8naquela altura? C//< tem vindo a consolidar'se quer #ela integração de novos estados'membros? quer #elo a#roundamento do seu #roJeto econ&mico e #olítico. (ssim? integraram'na "os anos 80 5 nglaterra? rlanda e ,inamarca 819:3< 5 .uropa dos 7 ; "os anos H0 5 )récia 819=1 %ortugal e /s#an@a 819=X< 5 .uropa dos 6& ; "os anos 70 5 Fustria? Suécia? 4inlBndia 8199$< 5 .uropa dos 6I. ecentemente entraram os %aíses 6*lticos- C@i#re? e#Ablica C@eca? /slovénia? /slov*quia? Dungria? %ol&nia? et&nia? ituBnia? Malta 8 .uropa dos &I<. ( #rinci#al obJetivo da C// era a união aduaneira? concreti>ada em X=. 0o início dos anos = vigorava a /uro#a dos 9? #orém? o #roJeto euro#eu encontrava'se estagnado .
,ecidido a relançar o #roJeto euro#eu? Eacques ,elors? concentrou'se na reno$ação da ..- /m 19=X oi assinado o ato Gnico .uropeu ? que #revia o estabelecimento de um mercado
/m 92 celebrou'se o Tratado da Enião .uropeia 8ratado de @aastric;t < que estabelece uma União /uro#eia 8U/ undada em tr+s #ilares- o comunit=rio? de cari> econ&mico e? de longe? o mais desenvolvido; o da política e?terna e da segurança comum 8%/SC e o da cooperação nos domínios da Justiça e dos assuntos internos. 4oi instituída a cidadania europeia e de7niu'se o obJetivo da adoção da moeda e #aíses inauguram o7cialmente o euro? que com#letou a integração das economias euro#eias. euro entra em vigor em 22.
Ci?culdades da uni&o pol"tica +m sido muitos os obst*culos G criação de uma /uro#a #olítica- os #aíses que não se identi7cam na totalidade com o #roJeto euro#eu? ou os que resistem Gs medidas que im#licam a #erda da soberania nacional? a integração de mais #aíses 8conJugar interesses de #aíses dierentes que não tem avorecido o camin@o de uma /uro#a mais unida? a inca#acidade da /U de resolver quest"es como o desem#rego? etc.
0 'spaço econ:mico da Ssia5Pac"?co milagre >apon,s dos anos $ e X deu início a um #rocesso de desen$ol$imento econ2mico que iria? nas décadas seguintes? contagiar outros #aíses asi*ticos. Com eeito? o sucesso do Ea#ão serviu de incentivo e de modelo ao desenvolvimento dos B%uatro dragõesC- Dong Pong; Singa#ura; Coreia do Sul; ai[an. s quatro drag"es compensaram a escassez de recursos naturais com o esorço de uma mão+de+ora arata e aundante ? com o a#oio do /stado 8que investiu altamente no ensino? tendo em vista a quali7cação #ro7ssional da #o#ulação? a#ostou em políticas protecionistas com vista a atrair os ca#itais estrangeiros e na eH#ortação de bens de consumo<. /m resultado? estes #aíses conseguiram #rodu>ir? a preços imatí$eis ? #rodutos de consumo corrente que in$adiram os mercados ocidentais ? #romovendo sectores como o da ind
#arte do Ea#ão e dos quatro drag"esN que? em troca? e?porta$am ens manufacturados e tecnologia. /ste intercBmbio deu origem a uma nova eta#a de crescimento? mais integrado? do #&lo econ&mico da Fsia %ací7co. crescimento teve? no entanto? custos ecol2gicos e sociais muito altos - a Fsia tornou'se a região mais #oluída do Mundo e a sua mão'de'obra #ermaneceu? maioritariamente? #obre e eH#lorada.
A !uest&o de Iimor imor oi dos #oucos casos na Fsia onde se instaurou uma democracia através de um #rocesso de autodeterminação. /m 19:!? a B4e$olução dos ra$osC agitou também imor este? que se #re#arou #ara encarar o uturo sem %ortugal. 0a il@a? onde não tin@am ainda surgido movimentos de libertação? nasceram tr,s partidos políticos/ ( EDT 9Enião Democr=tica Timorense: ? que deendia a união com %ortugal num quadro de autonomia; ( AP5D.T! 9Associação Popular Democr=tica Timorense: ? avor*vel G integração do territ&rio da ndonésia; / a )4.T!N!" 9)rente 4e$olucion=ria de Timor Neste !ndependente: ? com um #rograma inde#endentista? ligado aos ideais de esquerda.< /sta Altima? em 678I? declara? unilateralmente? a inde#end+ncia do territ&rio? mas em 0ovembro? o go$erno indonésio ordena a sua in$asão #or tro#as suas. imor resiste? e a sua resist+ncia continuou ativa nos anos H0? encabeçada #or Xanana *usmão 8líder da 4/0<. /m 6776? a consci+ncia da comunidade internacional oi des#ertada? através do visionamento de imagens de um massacre a civis timorenses. 0o 7m da década? a ndonésia aceita 7nalmente que o #ovo timorense decida o seu destino através de um reerendo? que 7ca marcado #ara (gosto de 6777. reerendo? su#ervisionado #or uma missão das "ações Enidas ? a U0(M/? deu uma inequívoca vit&ria G inde#end+ncia? mas desencadeou uma escalada de terror #or #arte das milícias #ro'indonésias. Uma onda de indignação e de solidariedade #ercorreu então o Mundo e condu>iu ao envio de uma força de paz multinacional ? #atrocinada #elas 0aç"es Unidas. ( 2 de Maio de 22 nasce o7cialmente a 4ep<lica Democr=tica de Timor Neste.
ModerniGaç&o e a#ertura da *3ina O economia de mercado arranque da C@ina #ara o #rocesso de modernização e aertura ( economia de mercado teve início nos 7ns da década de :? altura em que Deng assumiu o #oder. íder c@in+s iniciou um #rocesso de grandes reformas econ2micas? lançando as bases do desenvolvimento agrícola? industrial e técnico da C@ina. Seguindo uma #olítica #ragm*tica? ,eng dividiu a C@ina em & =reas geogr=#cas distintas interior? essencialmente rural? #ermanecia resguardado da inLu+ncia eHterna; e o litoral abrir'se'ia ao ca#ital estrangeiro? integrando'se #lenamente no mercado internacional.
sistema agr=rio oi reestruturado. /ntre 19:9 e 19=3 as terras oram descolecti$izadas e entregues aos cam#oneses? estes que #odiam? então? comerciali>ar os seus #rodutos num comércio livre. (ssim? a #rodução agrícola c@inesa cresceu I0U em a#enas $ anos. sector industrial oi altamente modi7cado em fa$or da e?portação . /m 19=? as cidades de S@en>@en? u@ai? S@antou e Viamen? #assaram a ser BWona .con2micas .speciaisC ? eram avor*veis ao neg&cio #ois o in$estimento estatal esta$a aí concentrado .
6iragem para uma %oa 'ra %oo modelo econ:mico ,atores de crise do 'stado5%aç&o .stado'"ação surge como um dos #rinci#ais legados do lieralismo . ns#irados no #rincí#io das nacionalidades eclodem no séc. VV na /uro#a e na (mérica atina movimentos Página 2H
revolucion*rios que originam v*rios /stados. 0o séc. VV os /stados'0ação tornam'se o elementos estruturador da ordem política internacional. A sua a;rmação decorre de di
' ,esmembramento dos im#érios autorit*rios a seguir ao 7nal da )uerra Mundial; ' Movimentos de descoloni>ação que caracteri>am o 2T #&s guerra; ' ,esmoronamento da USS e da /uro#a de este nos anos 9; =o entanto este vê3se em crise devido aos seuintes
(celeração da crescente mundiali>ação e da uni7cação dos mercados que retirou ao /stado'0ação a centralidade na #rodução de equilíbrios econ&micos? sociais e #olíticos; /stado'0ação v+'se su#erado #or entidades su#ranacionais ou ultra#assado #or quest"es transnacionais 8migraç"es? a segurança e o ambiente<; ConLitos étnicos que #"em em causa o #rrio /stado nação; 0acionalismos se#aratistas.
*onte4tualiGe a adoç&o de pol"ticas econ:micas neoli#erais ( adoção de políticas neolierais leva ao estímulo dos rendimentos #rivados? G #ou#ança e ao aumento do investimento? redu>indo as des#esas do .stado+Pro$id,ncia @avendo mais estimulo ao trabal@o e G #rocura de em#rego. A opção de pol)ticas econ2micas neoli0erais devem3se a estes
6' +igor ?nanceiro 'Combate ao des#esismo; 'controlo da inLação; &' 6aloriGaç&o da iniciatia priada 5iberali>ação dos #reços; 'reduç"es 7scais; 3' @nestimento tecnol:gico ' Maior rentabili>ação; lo#aliGaç&o 5ivre circulação de #rodutos? ca#itais? #essoas e de7nição de estratégias em#resariais G escala mundial 8transnacionais<. 5rientação econ2mica desen$ol$ida por 4onald 4eagan e @argaret T;atc;er na década de 67H0 0a década de 19=? 4onald 4eagan 9nos .stados Enidos: e @argaret T;atc;er 9na !nglaterra: oram os deensores obstinados do neolieralismo e #useram termo G #olítica econ&mica e social do /stado'#rovid+ncia. ( sua orientação econ&mica oi desenvolvida através de uma nova doutrina econ&mica o neolieralismo1 que #ro#on@a reerguer o ca#italismo. /sta doutrina era orientada #or @edidas de rigor como a redução da inLamação e o equilíbrio orçamental. /sta doutrina visava diminuir os encargos do estado na vida social e econ&mica e #ara isso #rocedeu G #rivati>ação das em#resas? a restrição do em#rego #elo estado e os cortes na segurança social. .stado "eolieral valori>a a iniciativa #rivada? incentiva a livre concorr+ncia e a com#etividade e em nome do livre Jogo da oerta e da #rocura? liberali>a os #reços ao em#res*rio aliviando assim os im#ostos e a acilidade de contratar e des#edir mão'de'obra. /sta #olítica neoliberal reLete as tend+ncias econ&micas vividas nos anos = camin@ando #ara a gloalização da economia'
uestões transnacionais Q Desa#o ao .stado "ação ( e?plosão das realidades étnicas1 as migrações1 as %uestões amientais e o terrorismo denominam+se por %uestões transnacionais e estas constituem um desa7o #ara o /stado'0ação #orque não são resolvidas estatalmente? ou seJa? são resolvidas G escala internacional com os v*rios /stados e eHigindo a intervenção de outras instBncias como é o caso da 0U e das organi>aç"es su#ranacionais? regionais e não'governamentais. Página 21