ALEICXO CECCONELLO
Processamento de imagem do município de Sorriso – MT Projeto apresentado ao curso de Geografia, para
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Dourados, MS Novembro de 2009
SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1 CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE SORRISO – MT........................................................................................................................ 1.1 Localização.................................................................................................. 1.2 Solos ............................................................................................................ 1.3 Relevo .......................................................................................................... 1.4 Hidrografia ................................................................................................... 1.5 Vegetação .................................................................................................... 1.6 Clima ............................................................................................................ 2 AQUISIÇÃO E PROCESSAMENTO DA IMAGEM ......................................... 2.1 Escolha da imagem a ser processada ...................................................... 2.1.1 Captura de imagens CBERS ..................................................................... 2.1.2 Recorte da imagem CBERS no Impima .................................................... 2.1.3 Capturando e importando um mosaico da NASA ...................................... 2.1.4 Atribuição de cores .................................................................................... 2.1.5 Trabalhando as imagens no Spring ........................................................... 2.1.6 Segmentação ............................................................................................ 2.1.7 Classificação e mapeamento ....................................................................
CONCLUSÃO....................................................................................................... REFERÊNCIAS ................................................................................................... 3 4 4 4 5 5 5 6 6
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INTRODUÇÃO As técnicas de Sensoriamento Remoto empregadas nesse trabalho permitiram que se obtivessem imagens de uma determinada área do município de Sorriso no Mato Grosso. Adiante, o trabalho traz como conteúdo o relato de todo processo feito para obtenção dessas imagens e seu processamento para estudo das suas diferentes características como áreas de mata, área urbana e usos do solo. O texto descreve também algumas características geográficas da área, relacionada à imagem trabalhada. Essa descrição das atribuições feitas à imagem é necessária para que se entenda o que se quer mostrar ou estudar ao observá-las. Esse processo só foi possível com a aquisição das imagens dos satélites CBERS
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fornecidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e o auxílio das imagens da NASA (satélites LANDSAT) para referenciá-las.
1 CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE SORRISO-MT
1.1 Localização O município de Sorriso localiza-se na área central do estado do Mato Grosso, mais especificamente a uma latitude de 12°32’43” sul e a uma longitude de 55°42’41” oeste. Está a uma altitude de 365 metros. Este município tem sua economia baseada na agropecuária, destacando maior importância ainda na agricultura, pois carrega o título de maior produtor nacional de soja.
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(Mapa do estado do Mato Grosso, destacando em vermelho o município de Sorriso)
Um dos motivos para a escolha da área foi justamente este, de mostrar, dentre outros, o potencial agrícola responsável pelo rápido crescimento e desenvolvimento do município. Importante descrever, para que se tenha uma idéia, algumas características da região à qual pertence à área de estudo, como solos, relevo, clima, vegetação e hidrografia.
1.2Solos Na região do município de Sorriso, os solos são classificados como Latossolo Vermelho-Amarelados, sendo profundos, porém com baixa fertilidade na maioria das áreas com exceção de alguns pontos favorecidos por uma concentração maior de matéria orgânica e argila, como nas margens do rio Teles Pires, que atravessa o município. Existe uma falsa ideia de que essas terras são de alta fertilidade, pois realmente existe uma fertilidade superficial mantida pela floresta. Quando esta é retirada, geralmente dando lugar à lavouras de arroz ou pastagens, sua fertilidade se esgota em pouco tempo, sendo necessário, para produção, altas doses de fertilizantes.
1.3 Relevo A área de Sorriso está localizada entre o Maciço do Brasil Central e a depressão da Bacia Amazônica. Característica dessa região são áreas planas, com
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suaves declividades, pois se encontra em uma superfície levemente rampeada que se estende desde o Escudo Central, com altitudes que variam em torno de 600 a 800 metros, até a Depressão Amazônica que tem altitudes menores que 100 metros. Lembrando que a área descrita está a 365 metros.
1.4Hidrografia Pertence à Bacia Amazônica seguindo a seguinte hierarquia, do afluente para o rio principal: o Rio Teles Pires, que banha o município, é afluente e formador, junto com o Rio Juruena, do Rio Tapajós, na ponta norte do Mato Grosso, esse último, por sua vez, atravessa o estado do Pará e deságua no Rio Amazonas. Portanto essa área, bem como grande parte do Mato Grosso, faz parte da Bacia do Amazonas.
1.5Vegetação A cobertura vegetal original dessa área está associada ao cerrado do Brasil central na sua maior parte, porem em alguns pontos existe vegetações chamadas Deciduais, cujas formações florísticas dependem da estação do ano devido à quantidade de chuvas. a proximidade com a floresta amazônica permite que se encontre algumas espécies vegetais características dela. Com a ocupação acelerada da região, consequentemente, se perdeu grande parte da composição vegetal, substituída pelas culturas agrícolas.
1.6 Clima Localizada no centro da vasta extensão territorial de Mato Grosso, a área de Sorriso tem uma diversidade de climas associados à latitude tropical e equatorial, fornecendo à região uma grande potencialidade hídrica, distribuída de forma desigual dentre as estações do ano, tendo um acúmulo que gira em torno de 1800 a 2000 mm por ano. A concentração maior está entre os meses de novembro a março, favorecendo assim a agricultura. A amplitude térmica não oscila muito durante o ano, apesar de sofrer influência do clima equatorial. O aquecimento proveniente desse tipo de clima é
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compensado pela grande quantidade de chuva que o mesmo proporciona ao local. Não há influencia significativa de clima de origem polar, o que garante mais ainda a baixa amplitude térmica da região. 2
AQUISIÇÃO E PROCESSAMENTO DA IMAGEM
2.1 Escolha da Imagem a ser processada Os critérios que foram levados em conta na escolha da imagem a ser trabalhada não foram simplesmente aleatórios. Apesar de ter objetivo principalmente didático, para que o aluno aprenda, essa escolha se deu pelas características do local e pela facilidade de obtenção das imagens, tanto dos satélites CBERS quanto dos LANDSAT. Diferente seria se a intenção fosse trabalhar com uma área prédefinida. 2.1.1 Captura da Imagem CBERS Depois de já cadastrado no catálogo de imagens do CBERS, foi realizada busca no site: http://www.dgi.inpe.br/CDSR e feito o pedido de imagem de Sorriso MT, a após recebê-las no e-mail, feito os download dos arquivos. Foram baixadas nas bandas 2, 3 e 4 (só estavam disponíveis estas e a banda 5 para download) e salvas em uma pasta.
2.1.2 Recorte da imagem CBERS no Impima Originalmente a imagem, depois de baixada, veio em escala muito grande, abrangendo área muito maior que a que se queria trabalhar. Foi preciso então, recortar as três bandas no programa Impima, para que fosse importada posteriormente ao Spring. Usando a amostra 1 para os pixels e fixando as mesmas coordenadas x1, x2 e y1, y2 para as três bandas (2, 3 e 4). 2.1.3 Capturando e Importando um Mosaico da NASA
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A necessidade de se importar a imagem LANDSAT da NASA existe para que se retifique a do CBERS, atribuído os pontos, para que essa última (CBERS) fique georreferenciada. O Mosaico da NASA que está disponível para download no site: https://zulu.ssc.nasa.gov/mrsid, na projeção UTM, também foi baixado, após escolhido o quadrante que envolve o município de Sorriso – MT (folha S-21-202000). A imagem foi recortada no programa GeoExpress, o mais próximo possível do tamanho da imagem CBERS e importada para o Spring. 2.1.4 Atribuição de cores As cores foram atribuídas para que facilitasse a visualização das três bandas da imagem CBERS, pois se apresentam, originalmente, em diferentes tons de cinza, mas cada banda do satélite reflete melhor um comprimento de onda. Para melhor representar então, essa imagem, foram atribuídas as seguintes cores às suas respectivas bandas: Azul na banda 2 = Dessa forma refletiu melhor a água, necessário para identificar o rio e as partes úmidas como área de várzea e solos arados ou expostos; Vermelho na banda 3 = Reflete as construções destacando a área urbana e malha asfáltica; Verde na banda 4 = Nessa banda os comprimentos de ondas refletidos das áreas verdes como matas e vegetações aparecem na com verde. Se atribuir o verde na banda 3, as matas, por exemplo, aparecem na cor vermelha. Portanto a imagem ficou na seguinte configuração: B2, R3 e G4. 2.1.5 Trabalhando as Imagens no Spring Ao importar as duas imagens para este programa, foi feito o registro da CBERS para diminuir os erros e enquadrá-la nas coordenadas corretas, baseandose na imagem LANDSAT. Os pontos foram selecionados para registrar a CBERS e a margem de erro, deles todos, somada foi de 0.314 pixels. Para isso foi criado, no inicio, um banco de dados no Spring e toda alteração na imagem era salva automaticamente.
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2.1.6 Segmentação Com a Imagem já referenciada no Spring, foi aplicada a Segmentação para agrupar dados semelhantes. O limiar de similaridade aplicado foi de 10, e para área de 30, assim a imagem segmentada recebeu a denominação de seg 10 – 30. Dessa forma a imagem ficou dividida em 50 classes.
2.1.7 Classificação e Mapeamento Das 50 classes resultantes da segmentação, foram associadas a oito categorias. A essas foram atribuídas as seguintes cores e denominações: Classe 1: azul escuro.......................Rio Classe 2: verde escuro.....................Mata Classe 3: vermelho...........................Área Urbana Classe 4: marrom claro....................Área Urbana adensada
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Classe 5: verde claro........................Pastagem Classe 6: amarelo............................Agricultura Classe 7: marrom escuro.................Solo exposto Classe 8: roxo..................................Várzea
O quadrante dessa área foi referenciado dentro das seguintes coordenadas geográficas: Long. 1: o 55°48’15.76...........Long. 2: o 55°40’40.82 Lat. 1: s 12°35’59.06……….Lat. 2: s 12°29’52.41
CONCLUSÃO As técnicas empregadas no processamento de imagens de satélite são bastante complexas e necessita de um tempo maior e o exercício contínuo para que se realize trabalhos bem feitos. É provável que em um primeiro trabalho, a fim didático, existam erros que não seriam admissíveis a nível profissional. A conclusão desse processo todo que envolve programas nunca trabalhados antes, despertou o
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interesse em fazer novos projetos a fim de aperfeiçoar as técnicas de aprendizado do sensoriamento remoto. O quadrante foi selecionado nessa dimensão com a intenção de mostrar o máximo de informações diversas na área próxima a cidade de Sorriso, contendo área urbana, matas, rio e áreas agrícolas mecanizadas. A escolha da área a ser processada também pode ser reflexo da falta de experiência com as técnicas, já que poderia se trabalhar numa escala maior que abrangesse maior quantidade de área, para demonstrar, por exemplo, as áreas de plantio de soja com relação às áreas de matas originais no município. É justo lembrar que foi importante o apoio técnico para realização desse trabalho e a disponibilidade de acesso aos computadores do Laboratório de Geoprocessamento.
REFERENCIAS EMBRAPA. Rede hidrográfica. Núcleo de Monitoramento Ambiental e de Recursos Naturais por Satélite. Campinas, 1991.
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Moreira, M. A. Fundamentos do Sensoriamento Remoto. São José dos Campos, 2001. INPE. Imagem. Disponível em < www.dgi.inpe.br/CDSR>. Acesso em 07.11.2009. Informações sobre satélites. Disponível em . Acesso em 23.11.2009.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FCH – FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE GEOGRAFIA - BACHARELADO
ALEICXO CECCONELLO
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Dourados, MS Novembro de 2009