Colecção Formação Modular Automóvel
REDE ELÉCTRICA E MANUTENÇÃO DE FERRAMENTAS ELÉCTRICAS
COMUNIDADE EUROPEIA Fundo Social Europeu
Referências
Colecção
Título do Módulo
Coordenação Técnico-Pedagógica
Direcção Editorial
Autor
Formação Modular Automóvel
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas CEPRA – Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel Departamento Técnico Pedagógico CEPRA – Direcção
CEPRA – Desenvolvimento Curricular
Maquetagem
CEPRA – Núcleo de Apoio Gráfico
Propriedade
Instituto de Emprego e Formação Profissional Av. José Malhoa, 11 - 1000 Lisboa
1ª Edição
Depósito Legal
Portugal, Lisboa, Fevereiro de 2000
148454/00
© Copyright, 2000 Todos os direitos reservados IEFP
“Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, cofinanciado pelo Estado Português, e pela União Europeia, através do FSE” “Ministério de Trabalho e da Solidariedade – Secretaria de Estado do Emprego e Formação”
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Índice
ÍNDICE DOCUMENTOS DE ENTRADA OBJECTIVOS GERAIS .......................................................................................... E.1 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS................................................................................ E.1 PRÉ-REQUISITOS ................................................................................................. E.3
CORPO DO MÓDULO 0 – INTRODUÇÃO.................................................................................................. 0.1 1 - REDE ELÉCTRICA ........................................................................................... 1.1 1.1 - CONDUTORES E CABOS................................................................................................ 1.1 1.1.1 - CONDUTORES........................................................................................................ 1.2 1.1.2 - CABOS..................................................................................................................... 1.4 1.2 - QUADRO ELÉCTRICO..................................................................................................... 1.4 1.2.1 - FUSÍVEIS ................................................................................................................. 1.4 1.2.2 - INTERRUPTOR DE CORTE GERAL ....................................................................... 1.6 1.2.3 - DISJUNTORES ........................................................................................................ 1.6 1.2.4 - DISJUNTOR DIFERENCIAL .................................................................................... 1.8 1.3 - TOMADAS ........................................................................................................................ 1.9 1.3.1 - TOMADAS MONOFÁSICAS .................................................................................... 1.9 1.3.2 - TOMADAS TRIFÁSICAS........................................................................................ 1.10 1.4 - ILUMINAÇÃO.................................................................................................................. 1.11 1.4.1 - INTERRUPTORES................................................................................................. 1.11 1.4.2 - LÂMPADAS............................................................................................................1.11 1.4.3 - MUDANÇA DE LÂMPADAS................................................................................... 1.13 1.4.4 - NÍVEIS DE ILUMINAÇÃO ...................................................................................... 1.14
2 - RISCOS E CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DA REDE ELÉCTRICA.................. 2.1 2.1 - DISJUNTORES................................................................................................................. 2.2 2.2 - DISJUNTORES DIFERENCIAIS....................................................................................... 2.2
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Índice
3 - MANUTENÇÃO DE FERRAMENTAS ELÉCTRICAS ...................................... 3.1 3.1 - TIPOS DE FERRAMENTAS ............................................................................................. 3.1 3.1.1 - LÂMPADA EM SÉRIE .............................................................................................. 3.4 3.1.2 - MULTÍMETRO.......................................................................................................... 3.5 3.1.3 - VERIFICAÇÃO ELÉCTRICA .................................................................................... 3.5 3.1.4 - LUBRIFICAÇÃO ....................................................................................................... 3.9 3.2 - MANUTENÇÃO .............................................................................................................. 3.10 3.2.1 - CRITÉRIOS DE REPARAÇÃO .............................................................................. 3.12 3.3 - COMPONENTES ELECTRÓNICOS............................................................................... 3.12 3.4 - ELEMENTOS DE DESGASTE RÁPIDO......................................................................... 3.12 3.5 - GARANTIAS ................................................................................................................... 3.12
4 - RISCOS E CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS ELÉCTRICAS................................................................................................... 4.1 4.1 - CORRECTA UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS ELÉCTRICAS .................................... 4.1 4.1.1 - INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA ............................................................................ 4.1
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................C.1
DOCUMENTOS DE SAÍDA PÓS-TESTE............................................................................................................ S.1 CORRIGENDA E TABELA DE COTAÇÃO DO PÓS-TESTE................................ S.4
ANEXOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS ......................................................................................A.1 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS.............................A.3
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Objectivos Gerais e Específicos do Módulo
OBJECTIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
No final deste módulo o formando deverá ser capaz de:
OBJECTIVOS GERAIS
Descrever os principais componentes da rede eléctrica de uma oficina de reparação automóvel, utilizá-la racionalmente e identificar as anomalias mais comuns. Deverá ainda identificar os principais componentes das ferramentas eléctricas, efectuar a sua manutenção e referir os cuidados a ter na sua utilização.
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS Identificar os componentes da rede eléctrica de uma oficina de reparação automóvel. Distinguir os tipos de tomadas utilizadas. Rearmar o quadro eléctrico em caso de disparo dos equipamentos de segurança. Efectuar a substituição de lâmpadas. Enunciar os cuidados a ter para a prevenção do curto-circuito.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
E.1
Objectivos Gerais e Específicos do Módulo
Efectuar a manutenção das ferramentas eléctricas.
Descrever o processo de reparação de avarias das ferramentas eléctricas.
Distinguir falhas eléctricas nas ferramentas.
Distinguir falhas mecânicas nas ferramentas.
Enunciar os cuidados a ter para a prevenção do choque eléctrico.
Enunciar as regras de segurança na utilização das ferramentas eléctricas.
E.2
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Pré-Requisitos
PRÉ-REQUISITOS COLECÇÃO FORMAÇÃO MODULAR AUTOMÓVEL Construç ã o da Insta la ç ã o Elé c tric a
Compone nte s do S iste ma Elé c tric o e sua S imbologia
Ele c tric ida de Bá sic a
Ma gne tismo e Ele c troma gne tismo - Motore s e G e ra dore s
Tipos de Ba te ria s e sua Ma nute nç ã o
Te c nologia dos S e mi- Condutore s Compone nte s
Circ . Inte gra dos, Mic roc ontrola dore se Mic roproc e ssa dore s
Le itura e Inte rpre ta ç ã o de Esque ma s Elé c tric os Auto
Ca ra c te rí stic a s e Func iona me nto dos Motore s
Distribuiç ã o
Cá lc ulos e Curva s Ca ra c te rí stic a s do Motor
S iste ma s de Admissã o e de Esc a pe
S iste ma s de Arre fe c ime nto
Lubrific a ç ã o de Motore s e Tra nsmissã o
Alime nta ç ã o Die se l
S iste ma s de Alime nta ç ã o por Ca rbura dor
S iste ma s de Igniç ã o
S iste ma s de Ca rga e Arra nque
S obre a lime nta ç ã o
S iste ma s de Informa ç ã o
Lâ mpa da s, Fa róis e Fa rolins
Foc a ge m de Fa róis
S iste ma s de Aviso Ac ústic os e Luminosos
S iste ma s de Comunic a ç ã o
S iste ma s de S e gura nç a P a ssiva
S iste ma s de Conforto e S e gura nç a
Embra ia ge m e Ca ixa s de V e loc ida de s
S iste ma s de Tra nsmissã o
S iste ma s de Tra va ge m Hidrá ulic os
S iste ma s de Tra va ge m Antibloque io
S iste ma s de Dire c ç ã o Me c â nic a e Assistida
G e ome tria de Dire c ç ã o
Ó rgã os da S uspe nsã o e se u Func iona me nto
Dia gnóstic o e Re p. de Ava ria s no S iste ma de S uspe nsã o
V e ntila ç ã o Forç a da e Ar Condic iona do
S iste ma s de S e gura nç a Ac tiva
S iste ma s Ele c trónic os Die se l
Dia gnóstic o e Re pa ra ç ã o e m S iste ma s Me c â nic os
Unida de s Ele c trónic a s de Coma ndo, S e nsore s e Ac tua dore s
S iste ma s de Inje c ç ã o Me c â nic a
S iste ma s de Inje c ç ã o Ele c trónic a
Emissõe s P olue nte s e Dispositivos de Controlo de Emissõe s
Aná lise de G a se s de Esc a pe e O pa c ida de
Dia gnóstic o e Re pa ra ç ã o e m S iste ma s c om G e stã o Ele c trónic a
Dia gnósic o e Re pa ra ç ã o e m S iste ma s Elé c tric os Conve nc iona is
Roda s e P ne us
Ma nute nç ã o P rogra ma da
Te rmodinâ mic a
G a se s Ca rbura nte s e Combustã o
Noç õe s de Me c â nic a Automóve l pa ra GPL
Constituiç ã o e Func iona me nto do Equipa me nto Conve rsor pa ra G P L
Le gisla ç ã o Espe c í fic a sobre GPL
P roc e ssos de Tra ç a ge m e P unc iona me nto
P roc e ssos de Corte e De sba ste
P roc e ssos de Fura ç ã o, Ma ndrila ge m e Rosc a ge m
Noç õe s Bá sic a s de S olda dura
Me trologia
Re de Elé c tric a e Ma nute nç ã o de Fe rra me nta s Elé c tric a s
Re de de Ar Comp. e Ma nute nç ã o de Fe rra me nta s P ne umá tic a s
Fe rra me nta s Ma nua is
OUTROS MÓDULOS A ESTUDAR Introduç ã o a o Automóve l
De se nho Té c nic o
Ma te má tic a (c á lc ulo)
Fí sic a , Q uí mic a e Ma te ria is
O rga niza ç ã o O fic ina l
LEG ENDA
Módulo em estudo
Pré-Requisito
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
E.3
Introdução
0 – INTRODUÇÃO
A electricidade é um importante meio de transmissão de energia limpa e de fácil utilização. A sua função nas instalações de uma oficina de reparação automóvel estende-se à propulsão, iluminação aquecimento, refrigeração, áudio, vídeo e computadores. É importante conhecer a rede eléctrica de uma oficina, de modo a utilizá-la correctamente e aproveitar todas as suas potencialidades. As ferramentas eléctricas são, actualmente, indispensáveis, pela sua capacidade de realizar trabalho, a custos relativamente baixos. Neste módulo pretende-se o conhecimento da rede eléctrica de uma oficina, segundo o ponto de vista do utilizador, sendo necessário transmitir alguns conceitos acerca do seu funcionamento, e que conduzam à sua correcta utilização.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
0.1
Rede Eléctrica
1 – REDE ELÉCTRICA A protecção assegurada por uma rede eléctrica está condicionada pelo grau de protecção dos componentes eléctricos utilizados, como os quadros eléctricos, tomadas, interruptores, armaduras, etc. Entre os graus de protecção mais utilizados nas oficinas de reparação automóvel, podemos citar o ( índice de protecção ) IP-30, o IP-41 e o IP- 43. IP-30: grau de protecção utilizado para instalações interiores, escritórios e nas instalações domésticas. IP-41: grau de protecção a utilizar em instalações em ambientes sujeitas à humidade e poeiras. IP-43: os componentes com este grau de protecção têm uma construção estanque, sendo utilizados em ambientes muito húmidos, como pos exemplo as estações de serviço. Os quadros eléctricos com o grau de protecção IP-43 devem estar sempre abrigados, não podendo estar ao ar livre.
1.1 – CONDUTORES E CABOS Os metais mais utilizados na fabricação dos condutores são o cobre e o alumínio. O cobre tem melhores propriedades eléctricas, sendo metal mais utilizado nas instalações eléctricas. O alumínio, devido ao seu mais baixo preço e menor peso, é utilizado na transmissão de energia, sendo vantajosa a sua utilização nas grandes secções. A resistência que um condutor oferece à passagem da corrente eléctrica, diminui quando aumenta a secção, e aumenta com o aumento do comprimento. A resistividade é um valor determinado para cada material, em que a sua resistência vem expressa em ohms por milímetro quadrado de uma secção condutora com um metro de comprimento ( ohm x mm2/m ). O alumínio apresenta uma resistividade 64% maior do que a do cobre, o que para manter a resistividade da rede, obriga a um aumento de 64% na secção condutora em alumínio. O isolamento dos condutores consiste numa ou mais camadas de materiais isolantes. Entre os mais utilizados podemos citar o PVC e o polietileno reticulado, derivados da borracha, papel e fibras têxteis. Para melhorar as propriedades de isolamento e de resistência mecânica, os condutores podem ter ainda bainha, blindagem e armadura, em elementos têxteis, nylon e elementos metálicos. Para altas potências os condutores podem ainda ser isolados em fibras embebidas em óleo.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
1.1
Rede Eléctrica
As intensidades de corrente admissíveis para um determinado condutor variam com a sua secção normalizada, com a montagem ao ar ou embebida e com o tipo de material da alma condutora e do isolamento. Como no exemplo mostrado na figura 1.1, as correntes admissíveis em cada condutor são referidas em ampéres, em função da secção da alma condutora referida em milímetros quadrados.
Fig. 1.1 - Intensidades de corente admissíveis
Para que um condutor se distinga dos outros e para permitir uma maior eficiência na colocação e na reparação de uma instalação eléctrica, o isolamento de cada condutor pode apresentar cores diferentes. De acordo com o regulamento em vigor, as cores de identificação são as seguintes:
Condutores de fase: preto e/ou castanho Condutor neutro: azul claro Condutor de protecção: verde e amarelo ( terra )
1.1.1 – CONDUTORES Um fio condutor é um elemento metálico utilizado para o transporte de energia eléctrica. Se este elemento metálico estiver exposto, chama-se “condutor nu”. Se o elemento metálico for revestido por uma substância isolante chama-se “condutor isolado”. Os condutores dividem-se em:
1.2
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Rede Eléctrica
CONDUTORES UNIFILARES: nestes, o elemento metálico ou “alma condutora” é constituído por um único fio, sendo utilizado como condutor rígido. Como exemplo de utilização dos condutores unifilares, podemos citar os cabos dos telefones e as ligações de grande potência, como as das cabines de pintura. Alma Condutora
Isolamento
Fig. 1.2 - Condutores unifilares isolados
CONDUTORES MULTIFILARES: a alma condutora é constituída por vários fios agrupados em contacto, sendo utilizada como condutor flexível. Alma Condutora
Isolamento
Fig. 1.3 - Condutores multifilares isolados.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
1.3
Rede Eléctrica
1.1.2 – CABOS Um cabo é um conjunto de dois ou mais fios condutores, reunidos numa mesma bainha e isolados entre sí. Existe uma nomenclatura para fios e cabos condutores, que permite a sua identificação. Como exemplo de utilização dos cabos, podemos citar os cabos coaxiais para sinais de áudio, vídeo e informática. A figura 1.4 mostra um cabo coaxial.
Fig. 1.4 - Cabo coaxial
TERMINAIS São elementos que complementam as pontas dos condutores, facilitando a ligação eléctrica e a fixação ao aparelho. Existem no mercado em vários formatos, adequados aos diferentes tipos de ligação.
Fig.
1.5 Modelos de terminais.
1.2 – QUADRO ELÉCTRICO 1.2.1 – FUSÍVEIS Os fusíveis destinam-se à protecção dos circuitos eléctricos e dos equipamentos. Em caso de curto-circuito acidental, a intensidade na linha aumenta bruscamente, aquecendo os condutores, o que poderia provocar um incêndio. Os fusíveis são constituídos por um pequeno fio, de cobre ou de chumbo, instalados nas linhas de saída dos quadros eléctricos.
1.4
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Rede Eléctrica
Têm a função de derreter quando o aumento da intensidade na linha ultrapassa o valor nominal do fusível, interrompendo o circuito eléctrico. Actualmente os fusíveis estão a ser substituídos pelos disjuntores, que apresentam maior precisão e segurança. Percutor
Fusível Novo Fusível Fundido
Fig. 1.6 - Fusíveis industriais
A figura 1.6 mostra fusíveis pertencentes à portinhola ou do quadro geral. Neste tipo de fusíveis o ruptor sobressai do corpo do fusível quando este dispara, assinalando visualmente que o fusível está fundido. Estes fusíveis devem ser verificados somente por pessoal devidamente qualificado, que dispõe de ferramentas adequadas para a sua remoção. Fig. 1.7 - Fusível para porta-fusíveis
A figura 1.7 mostra um fusível para baixas intensidades, geralmente 3 ou 4 amperes, destinado à protecção dos sinalizadores da presença de fase.
Fig. 1.8 - Porta-fusíveis tripolar
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
1.5
Rede Eléctrica
1.2.2 – INTERRUPTOR DE CORTE GERAL
É um interruptor de segurança que assegura o corte em carga, simultaneamente das fases e do neutro, por acção manual sobre um manípulo. A figura 1.9 mostra um interruptor tetrapolar de corte geral.
Manípulo
Paínel Interruptor
Fig. 1.9 - Interruptor de corte geral
1.2.3 – DISJUNTORES
Actualmente as instalações eléctricas utilizam disjuntores em lugar de fusíveis. Têm funções semelhantes às dos fusíveis, sendo mais precisos nos valores máximos de intensidade a suportar pelo circuito. Os disjuntores são aparelhos de corte, comando e protecção com actuação automática contra a sobreintensidade. Os sistemas de disparo dos disjuntores magnetotérmicos podem ser: disparo térmico e disparo por curto-circuito. DISPARO TÉRMICO: é mais lento a actuar e ocorre quando existem sobrecargas no sector protegido. DISPARO POR CURTO-CIRCUITO: é mais rápido e ocore quando se dá um curto-circuito. Na figura 1.10 exemplificam-se as curvas de disparo para disjuntores magnetotérmicos a várias intensidades. Na horizontal podemos ler o valor da intensidade em amperes e na vertical o tempo em segundos.
1.6
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Rede Eléctrica
Fig. 1.10 – Curvas de disparo de disjuntores magnetotérmicos
Quanto ao número de fases a proteger, os disjuntores podem ser divididos em: disjuntores monopolares, disjuntores bipolares, disjuntores tripolares e disjuntores tetrapolares. DISJUNTORES MONOPOLARES: só cortam a fase onde estão aplicados. A figura 1.11 mostra um disjuntor monopolar.
Fig. 1.11 - Disjuntor monopolar
DISJUNTORES BIPOLARES: cortam uma fase e um neutro simultaneamente. A figura 1.12 mostra um disjuntor bipolar.
Fig. 1.12 - Disjuntor bipolar
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
1.7
Rede Eléctrica
DISJUNTORES TRIPOLARES: cortam as três fases simultaneamente, em caso de disparo numa das fases. A figura 1.13 mostra um disjuntor tripolar.
Fig. 1.13 - Disjuntor tripolar
DISJUNTORES TETRAPOLARES: cortam simultaneamente as três fases e o neutro, em caso de disparo. A figura 1.14 mostra um disjuntor tetrapolar.
Fig. 1.14 - Disjuntor tetrapolar
Com a aplicação de disjuntores não são necessárias substituições de fusíveis, apenas voltar armar o disjuntor depois de solucionar a causa do disparo.
1.2.4 – DISJUNTOR DIFERENCIAL O disjuntor diferencial deve estar sempre presente em cada sector do quadro eléctrico, a seguir ao interruptor de corte geral. O disjuntor diferencial detecta diferenças de corrente entre o neutro e as fases. Se estas diferenças de corrente existirem, o disjuntor diferencial dispara e desliga o sector, efectuando assim a protecção indirecta do utilizador dos circuitos eléctricos. É importante referir que o disjuntor diferencial não interfere com a linha de terra.
1.8
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Rede Eléctrica
Existe uma gama de correntes diferenciais que determina a sensibilidade ao disparo do disjuntor diferencial a utilizar. Como exemplo temos os disjuntores diferenciais de 30 mA, 63 mA, 300 mA, 500 mA, etc.
Fig. 1.15 – Quadro geral
1.3 - TOMADAS As tomadas são pontos de entrega de energia, permitindo a ligação de fichas eléctricas adequadas. Consistem nos alvéolos para a introdução dos terminais, a ligação a terra, um encaixe que fixa o corpo da ficha e uma tampa de protecção contra água, sujidade e introdução acidental de objectos. Existem vários tipos de tomadas eléctricas nas instalações de uma oficina mecânica. A forma das tomadas está estudada de maneira a prevenir que equipamentos para voltagens diferentes das indicadas sejam ligados na mesma tomada.
1.3.1 - TOMADAS MONOFÁSICAS Estas tomadas têm dois alvéolos e mais uma ligação para a terra. A diferença de potencial entre os dois alvéolos é de 220 V. Para assegurar a protecção contra humidades e projecção de partículas, utilizam-se tomadas do tipo “schuko”, como a mostrada na figura 1.16
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
1.9
Rede Eléctrica
Tomada “IP – 30”
Tomada “Schuko”
Fig. 1.16 - Tomadas monofásicas, com tampa e sem tampa
Nas tomadas monofásicas estão incluídas também as tomadas destinadas ape-
Cor de sinalização
nas à ligação de computadores, no escritório e na própria oficina. Como ilustrado na figura 1.17, estas tomadas tem uma cor diferenciada de sinalização. Do mesmo modo existem tomadas especiais para outros equipamentos especiais. Fig. 1.17 - Tomada monofásica com cor de sinalização
1.3.2 - TOMADAS TRIFÁSICAS
Estas tomadas são utilizadas em instalações de maior potência. Podem ter 3, 4 ou 5 alvéolos, conforme as ligações para o neutro e para a terra. A diferença de potencial entre dois alvéolos é de 380 V. A figura 1.18 mostra uma tomada trifásica de 5 alvéolos.
Fig. 1.18 - Tomada trifásica de 5 alvéolos
1.10
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Rede Eléctrica
1.4 – ILUMINAÇÃO 1.4.1 - INTERRUPTORES
São aparelhos accionados manual ou mecanicamente, destinados a cortar e a restabelecer a passagem da corrente eléctrica. Existe no mercado uma grande variedade de interruptores, que trabalham segundo os mesmos princípios de funcionamento. Quando ligamos um interruptor, fechamos um circuito e a corrente eléctrica passa por este caminho. Neste momento salta uma pequena faísca, chamada “sobre-corrente de fecho”, entre os contactos do interruptor. Para assegurar a protecção contra humidades e projecção de partículas, utilizam-se
interruptores
do
tipo
“schuko”, como o mostrado na figura 1.19.
Fig. 1.19 - Interruptores para iluminação
Da mesma forma, quando desligamos um interruptor, abrimos um circuito e a corrente eléctrica deixa de passar por este caminho. Neste momento salta uma pequena faísca, chamada “sobrecorrente de abertura”, entre os contactos do interruptor. Estas faíscas representam algum perigo em ambientes com acumulação de gases combustíveis ou acumulação de vapores de produtos inflamáveis, tais como a gasolina, tintas e diluentes. Existem molas aplicadas no interior dos interruptores, para provocar a abertura e o fecho rápido dos contactos de forma a reduzir ao mínimo a produção de faíscas.
1.4.2 – LÂMPADAS Transformam a energia eléctrica em energia luminosa. Existem vários tipos de armaduras, adequadas à aplicação das lâmpadas, obedecendo a critérios de luminosidade e aos graus de protecção inicialmente referidos.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
1.11
Rede Eléctrica
LÂMPADAS INCANDESCENTES São geralmente constituidas por um Gás Inerte
filamento metálico, que é envolvido por um gás inerte no interior de uma
Bainha Metálica
ampola de vidro e por uma bainha metálica que efectua os contactos eléctricos e a fixação do conjunto. A corrente eléctrica, ao passar pelo filamento,
torna-o
incandescente,
emitindo luminosidade. São utilizadas em conjunto com deflectores e campânulas adequadas, de maneira a aproveitar ao
Filamento Ampola de Vidro
máximo a energia luminosa emitida. Fig. 1.20 - Lâmpada incandescente
LÂMPADAS FLUORESCENTES Estas lâmpadas contém dois filamentos que são percorridos pela corrente eléctrica, numa ampola em forma de cilindro comprido, e funcionam por um sistema em que a passagem de uma corrente eléctrica vai excitar um gás que emite luminosidade que é aumentada por uma camada de pó fluorescente aplicada no interior do cilindro de vidro. Estas lâmpadas são ligadas indirectamente à rede eléctrica através de um transformador adequado, chamado balastro. A instalação inclui ainda um sistema auxiliar de partida da lâmpada, chamado arrancador.
Fig. 1.21 - Armadura fluorescente
1.12
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Rede Eléctrica
LÂMPADAS DE VAPOR DE MERCÚRIO São lâmpadas constituidas por duas ampolas de vidro, sendo a do interior a produzir a luminosidade. Têm bases roscadas semelhantes às lâmpadas incandescentes. Dão boa iluminação, com consumos inferiores aos das lâmpadas incandescentes, porém a sua luz dificulta a diferenciação de cores. A figura 1.22 mostra uma lâmpada de vapor de mercúrio. Base Disco deflector de calor Resistor de partida Electrodos Principais Lides Tubo de arco
Suporte do tubo
Suporte do tubo
Eletrodo auxiliar Bulbo externo
Fig. 1.22 - Conslâmpada de
tituição de uma vapor de mercúrio
LÂMPADAS DE HALOGÉNEO São lâmpadas incandescentes de construção específica, em que a ampola é fabricada em quartzo. Nunca devemos tocar directamente com os dedos na ampola de uma lâmpada de halogéneo, porque pode causar manchas na lâmpada.
1.4.3 MUDANÇA DE LÂMPADAS Verificar se o disjuntor correspondente à esta área de iluminação está desligado. Escolher uma lâmpada de características semelhantes a que está fundida e efectuar a substituição.
LÂMPADAS INCANDESCENTES As lâmpadas incandescentes são substituídas desenroscando a lâmpada até que saia do casquilho e aplicando a lâmpada nova, que deve ser enroscada até ao fim e levar um leve aperto.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
1.13
Rede Eléctrica
LÂMPADAS FLUORESCENTES As lâmpadas fluorescentes são substituídas rodando a lâmpada um quarto de volta sobre o seu eixo e puxando para fora no sentido da ranhura existente nos casquilhos, e aplicando a lâmpada nova no sentido contrário. Verificar se a lâmpada fluorescente tem dificuldades em acender ou se começa a ficar queimada nas extremidades junto aos filamentos, em caso afirmativo, o arrancador não deve estar a funcionar bem, pelo que deve ser substituído. A substituição do arrancador é feita, rodando um quarto de volta o arrancador no sentido contrário aos ponteiros do relógio e puxando para fora do casquilho. O arrancador é geralmente uma peça barata, tem uma vida útil limitada, e ao fim desta deve ser substituído. Ao fim da aplicação liga-se novamente o disjuntor da iluminação. É conveniente haver em stock na oficina, pelo menos uma lâmpada de cada, das mais utilizadas, para as substituições.
LÂMPADAS DE HALOGÉNEO Deve ser utilizado o plástico que protege a lâmpada ou um pano para manipular a lâmpada durante a substituição. A corrente eléctrica do sector deve ser sempre desligada antes de substituir uma lâmpada de halogéneo, para evitar o risco de queimaduras e de rebentamentos.
1.4.4 – NíVEIS DE ILUMINAÇÃO Os níveis de iluminação são medidos em LUX e variam em função da precisão do trabalho a realizar em cada área. - A iluminação dos locais de trabalho deve ser adequada às operações e tipos de trabalhos a realizar. - Os locais de trabalho devem ser iluminados com luz natural, recorrendo-se à luz artificial complementarmente, quando aquela seja insuficiente. - Devem evitar-se grandes variações de iluminação entre zonas contíguas.
1.14
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Rede Eléctrica
De acordo com a tabela internacional de iluminação, a fugura 1.23 mostra os níveis de iluminação recomendados para as oficinas de reparação automóvel:
ACTIVIDADE
MÍNIMO
MÁXIMO
Oficina
250 LUX
500 LUX
Bancada de trabalho
500 LUX
1000 LUX
Zona de lubrificação
250 LUX
-
Lavagem
250 LUX
500 LUX
Estacionamento
100 LUX
-
Exposição
500 LUX
1000 LUX
Fig. 1.23 – Níveis de iluminação recomendados
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
1.15
Riscos e Cuidados na Utilização da Rede Eléctrica
2 – RISCOS E CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DA REDE ELÉCTRICA O corpo humano é um bom condutor de corrente eléctrica, com resistência variável. Sua sensibilidade geralmente começa a uma corrente de 2 miliamperes e acima destes valores torna-se perigosa. A noção de perigo é mais comumente transmitida pela noção de “tensão perigosa”. A figura 1.24 mostra as tensões perigosas, em função da resistência do corpo.
Resistência do corpo ohm
Tensão perigosa
Pequena: 1000 ohm
Acima de 25 V
Normal: 5000 ohm
Acima de 125 V
Elevada: 10000 ohm
Acima de 250 V
Tab.2.1 - Tensões perigosas
Lembre-se: para que haja perigo basta que dois pontos do corpo humano estejam submetidos a uma diferença de potencial. Como os nossos pés estão sobre o solo, basta outro ponto de contacto em tensão, para que se estabeleça um circuito e que o corpo seja atravessado por uma corrente eléctrica. A figura 1.25 exemplifica um choque eléctrico.
Fig. 2.1 - Choque eléctrico resultante da diferença de potencial
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
2.1
Riscos e Cuidados na Utilização da Rede Eléctrica
2.1 - DISJUNTORES Os disjuntores têm uma vida útil limitada, cujo fim pode ser indicado pelo seu disparo cada vez mais frequente, ou ainda pela ausência de disparo. Nunca devemos substituir um disjuntor por um de intensidade superior. Na instalação de máquinas novas deve ser prevista uma nova linha para cada máquina, e não a substituição do disjuntor por um de maior intensidade para proteger o conjunto de máquinas.
2.2 – DISJUNTORES DIFERENCIAIS Os disjuntores diferenciais têm um botão de teste, que permite a verificação peródica do seu correcto funcionamento, como mostrado na figura 1.26. Estes disjuntores devem ser testados periodicamente.
Fig. 2.2 – Disjuntor diferencial
2.2
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Manutenção de Ferramentas Eléctricas
3 – MANUTENÇÃO DE FERRAMENTAS ELÉCTRICAS A manutenção das ferramentas eléctricas engloba todas as tarefas destinadas à solução de avarias e problemas de funcionamento. O primeiro passo na manutenção de qualquer ferramenta eléctrica é verificar se o fio de alimentação está em perfeitas condições. Pedir ao serviço responsável na empresa, a ficha técnica da ferramenta a reparar, onde estão referidas todas as informações necessárias à sua correcta manutenção. Proceder à desmontagem cuidadosa da ferramenta, marcando sempre as posições relativas dos conjuntos mecânicos e eléctricos. Verificar individualmente os componentes para determinar as necessidades de substituição. A avaliação económica entra neste ponto com a consideração entre se é mais adequado comprar os componentes avariados e reparar a máquina, ou comprar outra nova. Actualmente a maior parte das ferramentas eléctricas têm o corpo em plásticos especiais. Estes materiais apresentam dificuldades em ser colados em caso de fracturas, são mais sensíveis ao desgaste e necessitam de maiores cuidados ao apertar os parafusos, pois podem danificar os furos roscados no plástico. Controle as avarias antes de utilizar a ferramenta - deve verificar cuidadosamente se os dispositivos de protecção e todas as peças funcionam correctamente. Verifique se os componentes móveis estão presos ou partidos, se todas as outras peças estão intactas e bem montadas. E ainda se estão reunidas todas as condições para um bom funcionamento.
3.1 - TIPOS DE FERRAMENTAS As ferramentas manuais eléctricas são geralmente constituídas por um corpo (carcaça) metálico ou plástico, que tem as funções de dar resistência, permitir uma boa empunhadura e conter os componentes internos da ferramenta. Apresentam no seu interior um motor eléctrico, comandado directamente por um botão liga-desliga, ou por um variador electrónico de velocidade. No exterior da ferramenta apresentam um fio eléctrico para a ligação à tomada. Externamente possuem ainda uma bucha ou porta-ferramenta destinada à aplicação das ferramentas que, accionadas pela máquina, vão executar os trabalhos previstos.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
3.1
Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Mais recentemente têm surgido no mercado as ferramentas eléctricas "sem-fio" que apresentam um pequeno acumulador de electricidade recarregável, dispensando uma ligação permanente à rede eléctrica.
Escova
Comutador
Escova
Fig. 3.1 - Representação do comutador e escovas. O motor eléctrico destas ferramentas é construído de maneira a ser leve e potente, sendo constituído basicamente por um estator e por um veio móvel electrificado chamado rotor. A corrente eléctrica passa entre ambos por meio de “escovas”como mostrado na figura 1.27. Estas escovas são feitas de material macio e condutor de electricidade, geralmente de um carvão especial, tendo uma ligação eléctrica com um terminal. São fixadas mecanicamente no estator, sendo pressionadas por uma mola contra palhetas, em cobre, numa parte do induzido chamada comutador ou colector. Parafuso
Porta-escova
Mola Escova
Fig. 1.28 - Porta-escova, escova e mola
3.2
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Rolamento
Comutador
Rotor Anilha
Rolamento
Anilha Isolante
Fig. 1.29 - Rotor e rolamentos
Rolamento
Ventilador
Soldas
Rolamento
Veio
Pinhão Espiras
Espirar
Espirar
Fig. 1.30 – Rotor de uma rebarbadora
Bobinas do Estator Ligações eléctricas
Fig. 1.31 – Bobinas do estator
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
3.3
Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Bobinas do estator Comutador
Porta-escovas Estator Mola Porta-escovas Mola
Escova
Mola
Veio
Fig. 1.32 - Motor de ferramenta eléctrica
3.1.1 – LÂMPADA EM SÉRIE A lâmpada em série é um auxiliar muito útil na manutenção de todas as ferramentas eléctricas, destinando-se a verificar a passagem da corrente eléctrica nas ligações e localizar eventuais interrupções da passagem ou curto-circuitos. A lâmpada de série é composta por uma pequena lâmpada, de voltagem igual à das tomadas da rede eléctrica (220V), ligada de forma a que um dos condutores vai directamente à tomada e o outro passa pela lâmpada, tendo ambos pontas de provas nas extremidades. A lâmpada em série não deve ser utiLâmpada
lizada em componentes com voltagem nominal inferior à da rede eléctrica, nem em pilhas ou placas electrónicas. A figura 1.33 mostra uma lâm-
Ponta de
Ficha
pada em série.
Casquilho
Fig. 1.33 - Lâmpada em série
3.4
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Manutenção de Ferramentas Eléctricas
3.1.2 – MULTÍMETRO
O multímetro é o aparelho adequado para a verificação de circuitos nas ferramentas eléctricas. Deve ser utilizado numa das escalas de resistência ( Ohms ) ou na escala de comprovação de continuidade por campainha. Este aparelho é o mais indicado para a reparação das ferramentas eléctricas “sem-fio”, devido à baixa voltagem e à corrente contínua utilizadas. Placas electrónicas ou baterias podem avariar ao serem testadas com a lâmpada de série. A figura 1.34 mostra um multímetro.
Escalas Resistência
Fig. 1.34 - Multímetro
3.1.3 – VERIFICAÇÃO ELÉCTRICA Com o multímetro posicionado numa das escalas de resistência e a ferramenta eléctrica DESLIGADA da rede, verificar todo o circuito eléctrico da ferramenta, começando num dos terminais da ficha, até completar todo o circuito no outro terminal da ficha, pela seguinte ordem: Se ambos os percursos eléctricos fazem contacto desde cada terminal da ficha, até ao ponto de utilização no interior da ferramenta.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
3.5
Manutenção de Ferramentas Eléctricas
O multímetro deve indicar valores baixos de resistência apenas num dos pontos de chegada do circuito a partir do terminal da ficha. Se indicar baixa resistência no outro, revela curto-circuito.
Entre os dois pólos do interruptor, na sua posição livre, não deve haver passagem de corrente, o que corresponde no multímetro à indicação de resistência infinita. Entre os dois pólos do interruptor, quando carregado com o dedo, deve passar corrente, o que corresponde no multímetro à indicação de resistência muito baixa.
- Se nas duas posições do interruptor, o multímetro indicar uma resistência muito baixa, o interruptor está em curto-circuito ou bloqueado na posição “ligado”.
- Se nas duas posições do interruptor, o multímetro indicar uma resistência infinita, o interruptor não faz contacto ou está bloqueado na posição “desligado”.
Porta-escova
Ventilador
Comutador
Pólos-saída
Engrenagens Massa polar
Interruptor
Pólos de entrada
Fig. 1.35 – Berbequim eléctrico
3.6
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Verificar desde o ponto de entrega de corrente, no interior da ferramenta, se esta chega a cada uma das escovas e se passa das escovas ao comutador. Esta comprovação deve ser feita para cada uma das escovas, tendo o cuidado de desligar uma das ligações eléctricas das bobinas do estator. Efectua-se encostando uma das pontas de prova do multímetro ao colector, na palheta do comutador em contacto com a escova a ser verificada e a outra ponta de prova ao ponto de entrega de corrente.
- Se durante esta verificação o multímetro indicar baixa resistência, confirma haver passagem de corrente, ou seja, esta parte do circuito está correcta.
- Se durante esta verificação o multímetro indicar uma resistência muito elevada, a passagem de corrente faz-se com dificuldade, ou seja, existem problemas de contacto. Devem então ser verificadas as escovas, a tensão das molas e o estado da superfície do comutador.
Continuidade do estator: aproveitando que a ligação de uma das escovas foi desligada no ensaio anterior, colocam-se as pontas de prova do multímetro sobre as ligações de cada bobina do estator, e efectua-se a leitura dos valores da resistência indicados pelo multímetro.
- Se o multímetro indica uma resistência muito baixa, uma ou ambas as bobinas estão em curto-circuito. - Se o multímetro indica uma resistência da ordem das centenas de ohms, as bobinas estão a funcionar correctamente. - Se o multímetro indica uma resistência infinita, uma ou ambas as bobinas estão em circuito aberto.
Se neste ponto do ensaio, todas as continuidades estiverem correctas e ainda assim a ferramenta funcionar mal, ou não funcionar, devem ser verificadas as continuidades do rotor e do estator:
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
3.7
Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Verificar a continuidade do rotor, rodando o rotor lentamente, com as pontas de prova do multímetro sobre os contactos das escovas, desde que um dos contactos com o estator esteja desligado. O multímetro geralmente indica uma resistência entre 100 a 500 ohms ao longo deste ensaio. - Se o multímetro indica uma resistência da ordem das centenas de ohms, o rotor pode estar bom, mas deve ser ensaiado em relação ao curto-circuito ao veio. - Se o multímetro indica uma resistência muito baixa em uma ou mais posições do comutador, o rotor tem espiras em circuito aberto, devendo ser verificadas as soldaduras do rotor, como um último passo antes da sua definitiva substituição. - Se o multímetro indica uma resistência infinita em uma ou mais posições do comutador, o rotor tem espiras em curto-circuito, devendo ser substituido.
Fig. 1.36 - Verificação do comutador com o multímetro
Ensaio de curto-circuito ao veio, do comutador do rotor: este ensaio efectua-se com a lâmpada em série ligada à tomada. Colocar uma das pontas de prova da lâmpada em série sobre o veio, enquanto a outra percorre o comutador, como mostrado na figura 1.37. - Se a lâmpada permanece apagada ao longo do ensaio, o rotor tem as espiras e o comutador devidamente isolados do veio.
3.8
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Manutenção de Ferramentas Eléctricas
- Se a lâmpada acende ao longo do ensaio, existe curto-circuito entre o comutador ou as espiras e o veio, o que pode provocar o disparo de disjuntores e representar um perigo para o operador da ferramenta.
Fig. 1.37 - Verificação de curto-circuito ao veio, com a lâmpada em série
Ensaio de curto-circuito das bobinas ao estator: este ensaio efectua-se com a lâmpada em série ligada à tomada. Colocar uma das pontas de prova da lâmpada em série sobre cada uma das massas polares, enquanto a outra percorre as ligações das bobinas. - Se a lâmpada permanece apagada ao longo do ensaio, as bobinas estão devidamente isoladas das massas polares. - Se a lâmpada acende ao longo do ensaio, uma ou ambas as bobinas estão em curto-circuito com as massas polares.
3.1.4 – LUBRIFICAÇÃO A lubrificação dos veios, casquilhos e peças deslizantes, deve ser feita com óleo fino, aplicado em pequenas quantidades quando a ferramenta eléctrica for aberta para manutenção.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
3.9
Manutenção de Ferramentas Eléctricas
A lubrificação e substituição das massas consistentes das redutoras deve ser sempre efectuada após uma limpeza adequada destes mecanismos, com um pano que não deixe fios, e de uma inspecção visual ao estado de desgaste das superfícies dentadas e dos rolamentos de apoio. A figura 1.38 mostra os pontos de lubrificação de um berbequim eléctrico. Óleo fino
Não lubrifica
Óleo fino
Massa consistente
Fig. 1.38 – Lubrificação do berbequim eléctrico
3.2 – MANUTENÇÃO A manutenção das ferramentas eléctricas pode ser resumida num conjunto de passos: Inspecção visual da ferramenta, que vai determinar o tipo de falhas existente: São falhas são mecânicas: peças partidas, porta ferramentas avariados, encravamentos, veios partidos, casquilhos desgastados, etc. São exemplos de falhas eléctricas: fios interrompidos ou cortados, fugas de corrente eléctrica, curto-circuitos, interrupção do cicuito por desgaste excessivo nas escovas ou no colector, etc. Abertura da ferramenta, soltando os parafusos com as chaves adequadas, desligar e retirar as escovas do suporte, deixando o motor acessível, e só depois efectuar a desmontagem do motor. Deve ser verificado o estado de desgaste das escovas de carvão, que é um dos elementos consumíveis, e do comutador em cobre.
3.10
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Limpeza do interior da ferramenta eléctrica, sempre com um pincel ou escova macia, retirar todo o pó e impurezas acumuladas. O comutador e escovas devem ser limpos com um pano que não deixe pelos, embebido com um pouco de alcool. Nunca utilizar a pistola de ar comprimido nem diluentes na limpeza das ferramentas eléctricas. Verificações eléctricas: Com o multímetro e a lâmpada em série, verificar todos os caminhos de passagem da corrente eléctrica, desde um terminal da ficha até ao outro, em busca de interrupções ou de curto-circuitos, de acordo com o explicado anteriormente. Verificar se os fios eléctricos precisam ser substituídos, se as escovas asseguram bom contacto e se o colector está desgastado. Verificar se todos os componentes mecânicos estão intactos, se estão a deslizar bem e a cumprir a sua função. A ferramenta deve ser lubrificada, com pequenas quantidades de óleo fino ou de massa consistente, conforme o lubrificante de origem utilizado pelo fabricante. A seguir é fechada, tendo o cuidado de que os parafusos que apertam no corpo plástico da ferramenta não sejam apertados exageradamente para não moerem as roscas no corpo da ferramenta (macheado). Verificação com a ferramenta montada, antes de ligar à corrente, se a ferramenta cumpre todas as condições necessárias ao bom funcionamento, efectuando então a verificação com a ferramenta ligada à rede eléctrica, e experimentando a ferramenta em serviço. Abertura da ferramenta, soltando os parafusos com as chaves adequadas, desligar e retirar as escovas do suporte, deixando o motor acessível, e só depois efectuar a desmontagem do motor. Deve ser verificado o estado de desgaste das escovas de carvão, que é um dos elementos consumíveis, e do comutador em cobre.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
3.11
Manutenção de Ferramentas Eléctricas
3.2.1– CRITÉRIOS DE REPARAÇÃO Se o rotor estiver queimado, ou se as bobinas do estator estiverem queimadas, devem ser ponderados os custos da reparação em comparação com os custos de aquisição de uma ferramenta nova de características semelhantes. Dado que são as peças mais caras, podem ter um custo elevado em comparação ao valor de uma ferramenta eléctrica usada.
3.3– COMPONENTES ELECTRÓNICOS Em algumas ferramentas eléctricas existem dispositivos electrónicos para a variação da velocidade. Actuam por corte da onda sinusoidal, reduzindo a energia fornecida ao motor. O operador escolhe a velocidade de trabalho mais adequada para o serviço com um simples rodar de um botão.
3.4 – ELEMENTOS DE DESGASTE RÁPIDO Existem elementos de desgaste rápido, substituíveis, devido ao movimento rotativo de alguns componentes. Geralmente desgastam-se as escovas, casquilhos e rolamentos, que encontram-se à venda para reposição.
3.5– GARANTIAS As ferramentas eléctricas que estejam dentro do prazo de garantia nunca devem ser abertas, nem modificadas, pois estes actos dão origem à perda da garantia. Todas as avarias, não-cumprimento de especificações e falhas de funcionamento devem ser comunicadas ao fornecedor da ferramenta ou ao representante da marca, de forma a manter válida a garantia. Se for necessário entregar a ferramenta para reparação, deve ser devolvida de preferência na embalagem original, com o documento de garantia e cópia do documento de compra.
3.12
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Riscos e Cuidados na Utilização de Ferramentas Eléctricas
4 – RISCOS E CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS ELÉCTRICAS 4.1 - CORRECTA UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS ELÉCTRICAS Ao utilizar ferramentas eléctricas cumpra sempre as precauções básicas de segurança a fim de diminuir o risco de incêndio, de choque eléctrico e de danos pessoais.
Fig. 4.1 - Símbolo de riscos eléctricos
4.1.1 INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA
Mantenha limpa a área onde está a trabalhar. Ambiente de trabalho – não utilize ferramentas eléctricas à chuva, nem em locais húmidos. As superfícies molhadas são boas condutoras de electricidade. Previna os choques eléctricos: evite o contacto com superfícies ligadas à terra como, por exemplo, canalizações e radiadores de aquecimento.
Mantenha as outras pessoas afastadas, não deixe que contactem com as ferramentas ou com as extensões eléctricas.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
4.1
Riscos e Cuidados na Utilização de Ferramentas Eléctricas
Desligue sempre a ferramenta eléctrica antes de mudar acessórios como lâminas, brocas ou ajustar qualquer peça.
Evite ligações involuntárias: não transporte a máquina ligada, ou com o dedo sobre o interruptor. Assegure-se de que o interruptor está desligado quando liga a ficha na tomada.
Uso de extensões no exterior: ao usar a ferramenta eléctrica ao ar livre, utilize extensões apropriadas para este efeito.
Verifique se existem peças danificadas antes de prosseguir o trabalho. Qualquer peça danificada deverá ser cuidadosamente verificada para se avaliar a possibilidade de continuação do trabalho. Todas as peças danificadas devem ser reparadas ou substituídas. Não utilize uma ferramenta caso o interruptor esteja avariado.
Não utilize ferramentas eléctricas portáteis perto de líquidos inflamáveis, gases ou substâncias explosivas. Os motores destas ferramentas produzem normalmente faíscas. Lembre-se que no seu local de trabalho pode haver combustíveis.
Não é necessário ligar à terra as ferramentas equipadas com “Duplo Isolamento”. Todas as ferramentas equipadas de origem com fichas de dois pernos, sem ligações à terra, permitem o uso de extensões sem que tenha de se preocupar com esta ligação.
4.2
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Riscos e Cuidados na Utilização de Ferramentas Eléctricas
Fig. 4.2 - Símbolo de duplo isolamento
Verifique sempre se a voltagem da corrente eléctrica é igual à indicada na placa de características da máquina.
Utilize ferramentas adequadas ao trabalho a realizar. Não utilize ferramentas eléctricas e dispositivos com fraca capacidade em trabalhos que exijam maior potência. Utilize roupa adequada, não use roupa larga ou jóias. Estas podem agarrarse às peças móveis. Se tem cabelos compridos, proteja-os. Em trabalhos com muita poeira utilize máscaras de respiração. Não transporte as ferramentas pelo fio eléctrico, nem puxe pelo fio para as desligar da tomada. Proteja o fio das arestas cortantes, do calor e de óleos.
Fixe a peça a trabalhar, utilizando o torno de bancada ou outros dispositivos de fixação. Com a peça segura terá as mãos livres para manobrar a ferramenta eléctrica.
Não trabalhe em desequilíbrio, evitando ter o corpo em posições desconfortáveis. Assegure uma postura correcta e mantenha sempre o equlíbrio. Trate as ferramentas com cuidado – mantenha as ferramentas limpas e afinadas para trabalhar melhor e com mais segurança. Verifique regularmente o fio eléctrico, se estiver danificado, substitua-o. Mantenha as empunhaduras secas e livres de gorduras e de óleos.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
4.3
Riscos e Cuidados na Utilização de Ferramentas Eléctricas
Desligue a ficha da tomada quando a ferramenta eléctrica não está em uso, antes da manutenção ou da mudança de acessórios. Não deixe as chaves de aperto metidas na ferramenta. Antes de ligar, verifique se as chaves e ferramentas de ajuste foram retiradas. Esteja sempre atento: observe o seu trabalho, proceda com cuidado e evite trabalhar com ferramentas eléctricas se estiver muito cansado. Escolha a velocidade ideal da máquina para cada tipo de trabalho. Consulte as tabelas indicativas do fabricante. Nunca utilize uma rebarbadora sem que esteja instalado o dispositivo de protecção do disco.
Em serras eléctricas, nunca utilize lâminas partidas ou defeituosas. Depois de desligar, não tente parar a máquina fazendo pressão lateral sobre a lâmina.
Lâminas bem afiadas conservam melhor o motor da máquina, aumentando assim o seu período de vida útil. Evite forçar a lâmina durante o corte. Nas serras de recorte com movimento pendular, não use os módulos pendulares para o corte de metais: pode partir a lâmina ou danificar a máquina.
4.4
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Bibliografia
BIBLIOGRAFIA
AUGÉ, R. – Electricidade Ed. Paraninfo.
Catálogo RS - 1998
BLACK & DECKER – Catálogos Técnicos
COFAP – Noções Básicas de Electricidade I
GAISBERG, S. – Manual Para o Montador Electricista, Ed. AEG.
KOHLER, Werner M. – Instrumentos de Medida y Su Uso Marcombo, Ediciones Técnicas.
LEGRAND – Catálogo Técnico 1999/2000
MATIAS, José – Guia de Laboratório de Electricidade, Plátano Editora.
SCHMIDT, Walfredo – Equipamento Eléctrico Industrial, Editora Mestre Jou.
VASSALO, Francisco Ruiz – Manual de Ferramentas Para o Electricista, Plátano Editora.
VASQUEZ, José Ramirez – Instalações Eléctricas I e II, Plátano Edições Técnicas.
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
C.1
Pós-Teste
PÓS-TESTE Assinale com X a resposta correcta. Apenas existe uma resposta correcta para cada questão.
1 – Os interruptores destinam-se a cortar e a restabelecer a passagem da corrente eléctrica. Quando ligamos ou desligamos um interruptor:
a) Saltam pequenas faíscas inofensivas na presença de gasolina, tintas e diluentes
b) Não saltam quaisquer faíscas
c) Saltam pequenas faíscas que podem ser perigosas com a acumulação de vapores inflamáveis
d) Devemos calçar luvas de borracha
2 –As tomadas são pontos de entrega de energia eléctrica. A cor de sinalização das tomadas destinadas aos computadores está estudada:
a) De maneira a podermos ligar equipamentos de grande potência nestas tomadas
b) De maneira a ter três buracos
c) De maneira a indicar que aquela linha destina-se à ligação somente de computadores e de equipamento informático
d) De maneira a combinar com as paredes
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
S.1
Pós-Teste
3 –Após o disparo de um disjuntor, devemos:
a) Voltar a armar rapidamente o disjuntor ........................................................................ b) Substituir os fusíveis .................................................................................................... c) Substituir os disjuntores ............................................................................................... d) Voltar a armar o disjuntor, após solucionar a causa do disparo ..................................
4 –Na mudança de uma lâmpada devemos:
a) Manter ligado o disjuntor para observarmos se a lâmpada nova está boa ............... b) Desligar o disjuntor da zona e aplicar uma lâmpada de características semelhantes c) Desligar o disjuntor da zona e mudar também o reflector ......................................... d) Apertar muito a nova lâmpada, para que esta não caia ............................................
5 – Os disjuntores utilizados para proteger os circuitos eléctricos:
a) Disparam quando a intensidade na linha ultrapassa o valor nominal do disjuntor, devendo ser rearmado após a solução do problema b) Disparam quando a intensidade na linha está abaixo da intensidade nominal do fusível c) Disparam quando a intensidade na linha ultrapassa o valor nominal do disjuntor, devendo ser substituído d) Mantém a ligação eléctrica em caso de curto-circuito
6 – A lubrificação dos veios, casquilhos e peças deslizantes das ferramentas eléctricas, deve ser feita: a) Com óleo fino em grandes quantidades b) Com óleo fino em pequenas quantidades, e massa consistente, após uma limpeza c) Após limpeza com um pano que deixe muitos fios d) Todos os dias sem qualquer limpeza
S.2
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Pós-Teste
7 – Em caso de avaria de uma ferramenta eléctrica que esteja dentro do prazo de garantia, o procedimento correcto é: a) Abrir a ferramenta para procurar a avaria b) Substituir o fio de alimentação, pois pode estar interrompido c) Verificar se está em curto-circuito d) Entregar a ferramenta ao representante da marca, na embalagem original, e com os documentos de garantia e de compra
8) Como exemplos de falhas eléctricas nas ferramentas podemos citar: a) Os circuitos interrompidos e os curto-circuitos ............................................................ b) Os fios e correias cortados .......................................................................................... c) A falta de electricidade na rede.................................................................................... d) O interruptor prender na posição “ligado” ...................................................................
9) Como exemplos de falhas mecânicas nas ferramentas eléctricas podemos citar: a) O corpo da ferramenta estar muito arranhado ............................................................ b) A ferramenta dá choques quando em uso................................................................... c ) Encravamento devido ao desgaste excessivo dos casquilhos ................................... d) A ferramenta está em curto-circuito, disparando os disjuntores quando ligada..........
10) Na prevenção do choque eléctrico devemos ter os seguintes cuidados a) Utilizar extensões sem ligação à terra ......................................................................... b) Trabalhar à chuva ou em locais húmidos .................................................................... c) Utilizar ferramentas com duplo isolamento .................................................................. d) Trabalhar encostado a grades, canalizações e radiadores de aquecimento ..............
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
S.3
Corrigenda do Pós Teste
CORRIGENDA E TABELA DE COTAÇÃO DO PÓS-TESTE
S.4
Questão Nº
Corrigenda
Cotação
1
C
2
2
C
2
3
D
2
4
B
2
5
A
2
6
B
2
7
D
2
8
A
2
9
C
2
10
C
2
Total
20
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
Exercícios Práticos
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
EXERCÍCIO PRÁTICO Nº 1: MUDANÇA DE UMA LÂMPADA FLUORESCENTE
Equipamento necessário: -
Luminária fluorescente.
-
Lâmpada fluorescente e arrancador novos.
-
Escadote, se necessário.
Tarefas a executar: 1. Desligue o disjuntor daquela zona. 2. Rode a lâmpada antiga sobre o seu eixo um quarto de volta, puxar no sentido da ranhura, e retirar a lâmpada. 3. Observe se a lâmpada extraída está queimada junto às extremidades. 4. Com base na análise feita, defina se é preciso mudar o arrancador. 5. Em caso afirmativo, rode o arrancador no sentido anti-horário, extraia e aplique o novo arrancador no sentido inverso. 6. Aplique a nova lâmpada fluorescente, empurre no sentido da ranhura, e rode um quarto de volta. 7. Ligue o disjuntor da zona. 8. Verifique se a lâmpada acende, e se arranca com facilidade
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
A.1
Exercícios Práticos
EXERCÍCIO PRÁTICO Nº 2: ENSAIO DE CURTO-CIRCUITO AO VEIO
Equipamento e material necessários: -
Induzido de uma ferramenta eléctrica.
-
Lâmpada em série.
-
Bancada com tampo em madeira ou suporte isolante.
-
Luvas em borracha.
Tarefas a executar: 1. Coloque o induzido sobre a bancada ou no suporte. 2. Calce as luvas em borracha. 3. Ligue a lâmpada em série à tomada. 4. Coloque uma das pontas de prova sobre o veio do induzido. 5. Com a outra ponta de prova percorra o comutador, podendo girar o induzido. 6. Com base na lâmpada em série ter ou não acendido, conclua se existe curto-circuito ao veio. 7. Desligue a lâmpada em série da tomada e arrume todo o material utilizado.
A.2
Sistemas de Travagem Hidráulicos
Critério de Avaliação dos Exercícios Práticos
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS EXERCÍCIO PRÁTICO Nº 1 – MUDANÇA DE UMA LÂMPADA FLUORESCENTE.
TAREFAS A EXECUTAR
NÍVEL DE EXECUÇÃO
GUIA DE AVALIAÇÃO
Desliga o disjuntor.
2
Retira a lâmpada.
3
Observa se a lâmpada está queimada
3
nas extremidades. Conclui se é preciso mudar o arranca-
4
dor. Muda o arrancador.
2
Aplica a nova lâmpada
3
Liga o disjuntor.
1
Verifica se a lâmpada e o arrancador
2
funcionam. CLASSIFICAÇÃO
20
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
A.3
Critério de Avaliação dos Exercícios Práticos
EXERCÍCIO PRÁTICO Nº 2 –ENSAIO DE CURTO-CIRCUITO AO VEIO.
TAREFAS A EXECUTAR
NÍVEL DE EXECUÇÃO
Coloca o induzido sobre a bancada ou
GUIA DE AVALIAÇÃO 2
suporte. Calça as luvas.
2
Liga a lâmpada em série.
2
Coloca uma ponta de prova sobre o
2
veio do induzido. Com a outra ponta percorre o colector.
3
Conclui se existe curto-circuito ao veio.
6
Desliga a lâmpada em série e arruma
3
todo o material utilizado. CLASSIFICAÇÃO
A.4
Rede Eléctrica e Manutenção de Ferramentas Eléctricas
20