1 FACULDADE CATÓLICA DE UBERLÂNDIA
Cristiane Pereira Rodrigues Débora Pereira Inácio Josane Aloise Herckert Samuel Juliana Gomes Nogueira Sousa Macsuelma Jansen Marcelo Luiz Pereira Matheus Silva Lima Nayara Gomes Neusa Alves da Silva
RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO: PERSPECTIVA MODERNIZADORA
UBERLÂNDIA 2010
2 CRISTIANE PEREIRA RODRIGUES DÉBORA PEREIRA INÁCIO JOSANE ALOISE HERCKERT SAMUEL JULIANA GOMES NOGUEIRA SOUZA MACSUELMA JANSEN MARCELO LUIZ PEREIRA MATHEUS SILVA LIMA NAYARA GOMES NEUSA ALVES DA SILVA
RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO: PERSPECTIVA MODERNIZADORA
Trabalho apresentado ao curso de Serviço Social da Faculdade Católica de Uberlândia como como requis requisito ito parcia parciall para para avalia avaliação ção na disciplina Fundamentos Históricos Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II. Orientadora: Juliana Maria Batistuta Teixeira Vale
UBERLÂNDIA 2010
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SUMÁRIO 1. Introdução .......... ............... .......... .......... .......... ......... ......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... ......... ......... ..... 2. A vertente estudada em relação a trajetória histórica do movimento de reconceituação reconceituação no Brasil .............................................. ..................................................................... ........................................... .................... 3. A formulação da perspectiva modernizadora ...... ......... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ... 4. Documento de Araxá – Teorização do Serviço Social .... ........................................................................ 4.1. Natureza do Serviço Social .......... ............... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... ......... .... 4.1.1. Objetivos do Serviço Social .......... ............... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... ..... 4.1.2. Funções do Serviço Social ...... ......... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ...... ....... 4.2. Adequação da Metodologia às funções do Serviço Social .... ...................................................... 4.3. Serviço Social e realidade brasileira na perspectiva modernizadora .......... 5. Documento de Teresópolis: cristalização da perspectiva modernizadora ...... 5.1. Relatório do Grupo A .......... ............... ......... ......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... ........ ... 5.2. Seminário de Teresópolis Relatório B .................................................................. 6. Conclusão .......... ............... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... ..... Referências .......... ............... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... ......... ......... .......... .......... .......... .......... .......... .........
1. Introdução
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4 O presente estudo tem como ponto de partida a análise da formulação da perspectiva modernizadora, juntamente com as vertentes de pensamentos pensamentos que deram origem a tal discussão. A importância de se discutir esses temas está na necessidade de fazermos um breve retrospecto histórico nos fatos que culminaram no movimento de reconceituação do agir profissional do Serviço Social no Brasil, sendo esse nosso objetivo principal, por tanto, destacaremos dois acontecimentos históricos e decisivos para a síntese desse movimento, o “Seminário de Teorização do Serviço Social” em Araxá (MG) e o “Seminário de Teorização do Serviço Social” em Teresópolis (RJ), que resu result ltar aram am em dois dois docu docume ment ntos os esse essenc ncia iais is,, que que cons consol olid idar aram am o movi movime ment ntoo de reconceituação da profissão no Brasil, os quais analisaremos mais detalhadamente no decorrer deste texto.
2. A vert verten ente te estu estuda dada da em rela relaçã çãoo à traj trajet etór ória ia hist histór óric icaa do movi movime ment ntoo de reconceituação reconceituação no Brasil Nos anos 60 o Serviço Social vai questionar seus referenciais devido à conjuntura histórica vivida que intensificou os movimentos políticos culturais. Sob esta atmosfera surge um amplo movimento de Reconceituação em vários níveis como o teórico, o metodológico, o técnico/operativo e o ideopolítico. Este movimento impõe aos Assistentes Sociais a necessidade de construir um novo projeto profissional que irá se compro compromet meter er com as demand demandas as e intere interesse ssess dos trabal trabalhad hadore oress e das camad camadas as populares usuárias usuárias das políticas públicas, públicas, além de uma uma necessária validação validação teórica. teórica. Irão marcar este processo as experiências de grupos de Assistentes Sociais da esquerda Católica e dos projetos de Educação de base e de organização popular em comunidades urbanas e rurais, estes inspirados pela educação para a libertação e pelo método de Alfabetização de Paulo Freire. Cabem a este processo três momentos distintos: a vertente Modernizadora que cobre a segunda metade dos anos 60, a inspirada na fenomenologia que surge um decênio após a primeira e a vertente Marxista que se localiza na abertura dos anos 80. A verten vertente te Modern Moderniza izador doraa será será o objeto objeto deste deste presen presente te estudo estudo e se carac caracter teriza iza pela pela incorpora incorporação ção de abordage abordagens ns funcional funcionalistas istas,, estrutural estruturalistas istas e mais tarde sistêmica sistêmicass (positivismo), o positivismo pode ser considerado o mais conservador, possui uma objetividade cientifica, mas busca a neutralidade, busca uma ciência social desligada das classes sociais, das posições políticas, dos valores morais, das ideologias, das visões
5 de mundo. Vê o indivíduo como único na formação de um todo, onde cada indivíduo exerce uma função específica e sua má execução irá significar um desregramento da mesma. O núcleo central do Serviço Social nesta perspectiva é a tematização do mesmo como como interv interveni enient ente, e, dinam dinamiza izador dor e integr integrado adorr no proce processo sso de desen desenvol volvim viment ento, o, aceitando como inquestionável inquestionável a ordem sócio-política advinda do golpe militar de Abril, retornando assim ao tradicionalismo e dotando a profissão de referências e instrumentos capazes de atender as demandas advindas desta ordem estando em sincronia com a mesma.
3. A formulação da perspectiva modernizadora O processo de renovação do Serviço Social no Brasil tem sua primeira expressão a partir do desenvolvimento da perspectiva modernizadora iniciada no encontro de Porto Alegre, em 1865. Mas só dois mais tarde, em 1967, tem sua formulação afirmada, com os resultados obtidos no primeiro “Seminário de Teorização do Serviço Social”, em Araxá (MG) entre os dias 19 e 26 de março daquele ano, e mais tarde um pouco em 1970 pelo segundo evento desse tipo em Teresópolis (RJ), nos dias 10 a 17 de janeiro. Esses Esses encont encontros ros deram deram origem origem a dois dois doc docume umento ntoss import important antíss íssimo imoss para para o movimento de reconceituação iniciado com a perspectiva modernizadora da profissão, são eles o “Documento de Araxá” e o “Documento de Teresópolis”. Poré Porém, m, a pers perspe pect ctiv ivaa mode moderni rniza zado dora ra não não se cont contev evee apen apenas as a esse essess dois dois documentos, houve ainda grande influência de trabalhos de profissionais e docentes que discutiram o tema, entre a metade da década de sessenta e o final da década de setenta, dos quais o estudioso que mais se destacou foi Lucena Dantas. Mas vamos nos conter neste estudo, a falar sobre esses dois documentos que tivera tiveram m fundam fundamen ental tal import importânc ância ia na formul formulaçã açãoo do Serviç Serviçoo Social Social voltad voltadoo para para a realidade brasileira. Já que até então eram seguidos modelos de países capitalistas centrais e agências internacionais como a ONU, que não se adequavam ao contexto brasileiro. Não podemos deixar de citar, no entanto, a tendência desenvolvimentista desses documentos, naturalmente influenciados pelo ideário de desenvolvimento econômicosocial e político decorrente do governo golpista de abril de 1964, que acoplaria mais
6 tarde, a noção de segurança em seu discurso ideológico. Portanto os resultados obtidos em Araxá e Teresópolis mostraram-se bem sincronizados com o regime vigente.
4. Documento de Araxá – Teorização do Serviço Social 4.1. Natureza do Serviço Social Esse capítulo realiza uma analise dos objetivos distantes e operacionais do Serviço Social, em busca de mudança social. O documento de Araxá foi um resultado r esultado de um ato de reflexão de 38 Assistentes Sociais, que teve como ponto de partida a apreciação da profissão: “Como prática institucionalizada, o Serviço Social se caracteriza pela ação junto a indivíduos como desajustamentos familiares e sociais. Tais desajustamentos muitas vezes decorrem de estruturas sociais inadequadas” (CBCISS, 1986:24). Uma discussão foi realizada ao questionar se o Serviço social é uma ciência autônoma, um conjunto define como “Ciência Social Aplicada”, devido à utilização dos conhecimentos conhecimentos de outras ciências, para intervir na realidade social, outro grupo sustenta a posiç posição ão de indep independ endênc ência ia para para o Serviç Serviçoo Social Social que possu possuii um conhe conhecim ciment entoo científico, normativos e transmissíveis, em torno de um objetivo comum, e o ultimo grup grupoo afirm afirmaa que que o Serv Serviç içoo Soci Social al é uma uma ciên ciênci ciaa quan quando do sint sintet etiz izaa as ciên ciênci cias as psicossociais. psicossociais. Devido aos elementos incluídos ao definir Serviço Social, a questão fica em aberto, aberto, para ocorrer ocorrer um consenso consenso e caracteriz caracterizar ar o Serviço Serviço Social é necessári necessárioo ligar ligar ao conhec con hecime imento nto especu especulat lativo ivo e prátic prático, o, é con consid siderá erá-lo -lo como como uma uma técnic técnicaa social social que influencia influencia o comporta comportamento mento humano e o meio nos seus inter-relacio inter-relacioname namentos. ntos. Com o processo de transformação dos conceitos de Serviço Social e sua sistematização como disc discip ipli lina na,, foi foi poss possív ível el afirm afirmar ar a exis existê tênc ncia ia de comp compon onen ente tess esse essenc ncia iais is como como instrumentos de intervenção na realidade social que atua na base das inter relações do binômio individual da sociedade, sociedade, com sua teorização a partir da “práxis”, ou seja, o Serviço Social que pesquisa e identifica os princípios ligados à prática sistematiza sua teoria. Com a análise critica do “modus operandi” o Serviço Social possui ferramentas para elaboração da teoria e para disciplina. Com a evolução no Brasil ocorre o aparecimento do Estado como paternalista coincidente com as origens do Serviço
7 Social. Foi um fator para realizar um sistema instituições sociais com o objetivo de propor programas assistências de caráter imediatista, contribuindo para uma imagem de que o Serviço Social realizava atividades de prestações sociais assistenciais dificultando a anal analis isee crit critic icaa em que que o Serv Serviç içoo Soci Social al pode poderia ria busc buscar ar uma uma ação ação cent centra rada da de preferência nas estruturas sociais, dessa forma assumiu o papel de contribuir para organização das técnicas, para atuação social de diretriz operacional nesse contexto histórico que vivencia uma linha assistencialista da mesma, foi em busca de um apelo ao Serviço Social para ações preventivas. Dessa forma reconhece que os caracteres corretivos, preventivo e promocional são uma particularidade do Serviço Social e específicos e comuns a outras ciências teóricas prática com uma linha de simultaneidade e não de opção sem ênfase na realidade ambiental e social. Caráter corretivo: intervenção na realidade com o objetivo de remover as causas que impede ou dificulta o desenvolvimento do indivíduo a partir da atuação do Serviço Social, com atuação de micro e macroestrutura. Caráter preventivo: é um processo de intervenção que busca evitar as causas de desajuste inserindo, com a possibilidade de atuação preventiva como uma decorrência do caráter do Serviço Social. Caráter promocional: promover e capacitar o individuo para o mesmo atingir a plena realização realização de suas potencialidades. potencialidades. Com esses caracteres com atuação adequada aos contextos, o Serviço Social é chamado para atuar com o papel de modificar o contexto, onde o mesmo deve orientarse no sentido de consciência dos problemas sociais em busca do desenvolvimento do país, com o desenvolvimento desenvolvimento mundial constituem a inserção da profissão na realidade dos mesmos países ou região. Dessa forma com o novo foco do Serviço Social em romper o condicionamento de sua atuação é incorporado novos métodos e processos.
4.1.1. Objetivos do Serviço Social. Ocorre a distinção entre dois objetivos: o objetivo remoto do Serviço Social e seus objetivos operacionais. Objetivo remoto do Serviço Social pode ser considerado como provimento de recursos em busca do do desenvolvimento, desenvolvimento, a valorização e a melhoria melhoria de condições do ser
8 humano humano,, ou seja, seja, um embas embasame amento nto teóric teóricoo do Serviç Serviçoo Socia Sociall para para enriq enriquec uecer er o conteúdo. Ex.: Declaração Universal dos Direitos do Homem, das Nações Unidas. Objetivos operacionais: a) Identificar e tratar problemas ou distorções residuais que impedem o indivíduo estimular a continua elevação de seus padrões; b) Colher elementos e elaborar dados referentes a problemas ou disfunções que esteja a exigir reformas das estruturas e sistemas sociais; c) Criar condições para tornar efetiva a participação consciente de indivíduos, grupos, comunidades e populações para provocar mudanças necessárias; d) Implan Implantar tar e dinam dinamiza izarr sistem sistemas as e equip equipame amento ntoss que que permit permitam am realiz realizaçã açãoo dos dos objetivos.
4.1.2. Funções do Serviço Social De acordo com os objetivos do Serviço Social ocorrem as suas funções em diferentes níveis de atuação: a) Polí Políti tica ca Soci Social al:: prom promov over er o proc proces esso so de form formul ulaç ação ão da polí políti tica ca soci social al,, quan quando do ause ausent nte, e, ou de sua sua dina dinami miza zaçã çãoo para para prov provoc ocar ar refo reform rmul ulaç ação ão necess necessári áriaa para para oferec oferecer er subsí subsídio dio ao emba embasam sament entoo dessa dessa polític políticaa como como canais aos objetivos a serem atingidos. b) Planejamento: traz o conhecimento para contribuir com a criação de condi ondiçções que que perm permit itaam a parti articcipa ipação ção popu opular lar no proc rocesso sso de planejamento. c) Administra Administração ção dos Serviços Serviços Sociais: Sociais: promove promoverr a participa participação ção de pesquisa pesquisass operacionais para levar os usuários a participar da programação social dos serviços. d) Serv Serviç iços os de aten atendi dime ment ntos os dire direto to corre correti tivo vo,, prev preven enti tivo vo e prom promoc ocio iona nal, l, destinados a indivíduos, grupos, comunidades, populações e organizações: traba trabalha lha com o indivi individuo duo que aprese apresenta nta proble problemas mas ou dificu dificulda ldades des de integração social através de mobilização de suas potencialidades individuais, visando a sua integração numa perspectiva de desenvolvimento.
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4.2. Adequação Adequação da Metodologia às funções do Serviço Social O documento de Araxá veio para atender aos reclamos dos profissionais do Serviço Social. De início, a idéia seria formar cinco grupos com temas diferentes que seriam levados ao plenário para serem discutidos. Houve maior interesse em discutir sobre os conceitos básicos e metodologia por parte dos participantes. Este documento vai romper com a exclusividade do tradicionalismo e vai dar lugar ao transformismo, porém sem o interesse de ser definitivo. O Serviço Social atua como intervenção entre o homem e a sociedade através de pesquisas e identificação de questões sociais que muitas vezes é causada por estruturas inadequadas. Para a elaboração da teorização do Serviço Social é fundamental a análise crítica. Os encontros regionais questionaram também sobre a falta de orientação científica da metodologia do Serviço Social, e para se chegar à adequação à realidade requer formação filosófica. No Brasil, também se observa a princípio que o Serviço Social era como uma assistência imediata, uma imagem vinda desde o passado ligado à caridade, o que dificultou o foco do Serviço Social como estrutura social, desencadeando a passagem do quadro quad ro assisten assistenciali cialista sta para ações ações preventiva preventivas, s, consistin consistindo do em intervenç intervenções ões com o objetivo de remoção de causas, evitando os desajustes, propondo elementos que possam se eliminados. O caráter promocional de Serviço Social consiste na habilitação da população, levando-os a atingir a plena realização do que é capaz. O Serviço Social atua sob novas linhas de teoria, o de levar a população a se conscientizar conscientizar sobre os problemas sociais, por exemplo. O documento determina a relação entre o objetivo remoto e os objetivos operacionais da profissão. O objetivo remoto pode ser considerado como a principal estrutura de recursos para o desenvolvimento do ser humano. Na falta de uma teoria formulada sobre a universalidade da condição humana, é aceito a Declaração Universal dos Direitos do Homem, resultado de um acordo feito entre representantes de várias culturas, necessitando-se de investigações sistemáticas, ou seja, organizado sobre a matéria.
10 Os objetivos operacionais são a identificação e tratamento dos problemas sociais, a coleta de elementos e elaboração de dados sobre os problemas, criação de condições para integração do indivíduo em uma sociedade melhor, implantação de sistemas e equipamentos que permitam a realização dos seus objetivos. O Serviço Social de caso deve ser aplicado aplicado de forma a capacitar capacitar o indivíduo a inte integr grar ar-se -se em sua sua comu comuni nida dade de e em seu seu dese desenv nvol olvi vime ment nto, o, seto setore ress os quai quais, s, o profissional trata-os à base do relacionamento Assistente Social/cliente. A aplicação do Serviço Social de caso deve ocorrer juntamente com o de Grupo, deve também ser vinculada ao desenvolvimento de projetos com objetivo de eliminar ou prevenir os problemas identificados identificados nos tratamentos de de casos. O Serviço Serviço Social de Grupo é preventiv preventivoo e terapêuti terapêutico, co, capacita capacita o indivíduo indivíduo a melhorar seu relacionamento social e analisar a melhor solução para seus problemas pessoais, de grupo e de comunidade. comunidade. Possui uma linha sociológica sociológica moralizadora. O processo de desenvolvimento de comunidades possui ampla diversidade profissional, nem sempre, constituída por assistentes sociais, estes recebem treinamento e base teórica para formação do Assistente Social. O desenvolvimento de comunidade visa visa capac capacita itarr a pop popula ulação ção para para integr integrar-s ar-see no desen desenvol volvim viment entoo atrav através és de ação ação organizada. As ações eram impostas. A busca por maiores rendimentos no Serviço Social resultou em várias formas de abordagem como a integração dos processos de Serviço Social, de programas e projetos, das técnicas dos processos em programas e da docência com o exercício profissional e pesquisa. Apesar da administração não ser atribuída ao assistente social, ele desempenha funções administrativas, que é utilizada como apoio a execução de suas atividades, e por esse esse moti motivo vo,, está está a exig exigir ir estu estudo doss no camp campoo da admi admini nist stra raçã çãoo volt voltad adaa para para a problemática específica específica do Serviço Social. Social. O documento de Araxá conduz a adequação da metodologia das funções do Serviço Social que são realizadas em dois níveis: o da micro e o da macroatuação. A microatuação é essencialmente operacional e na macroatuação as funções são integradas ao nível de política e planejamento para o desenvolvimento. O documento faz uma distinção entre infra-estrutura social, econômica e física, dando prioridade à infra-estrutura social compreendida como básica, de importância fundamental, merecendo prioridade igual e não inferior a assegurada para a solução dos problemas da infra-estrutura infra-estrutura econômica e física.
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4.3. Serviço Social e realidade brasileira na perspectiva modernizadora O processo de modernização do Serviço Social tem sua marca no reflexo de movimentação político e social, marcando o esforço da categoria profissional em torno da sistematização da prática em meio a um período mais rígido da ditadura militar entre o ano de 1969 a 1974, no qual, as ações profissionais passaram a ser questionadas quanto a sua eficácia mediante a realidade social brasileira, assim como também os fundament fundamentos os teóricos teóricos e metodoló metodológicos gicos que fundamen fundamentavam tavam sua prática. O período período embas embasad adoo em um model modeloo repres repressor sor e autori autoritár tário io impunh impunhaa ao Assist Assistent entee Socia Sociall a operacionalizar operacionalizar os interesses do Estado. A nece necess ssid idad adee do conh conhec ecim imen ento to da real realid idad adee bras brasil ilei eira ra é pres pressu supo post stoo fund fundam amen enta tall para para que que o serv serviç içoo soci social al nela nela poss possaa inse inseri rirr adeq adequa uada dame ment ntee sua sua reformulação da teoria/prática, com um planejamento para intervenção da realidade brasileira, com vistas das necessárias mudanças mudanças no aspecto econômicos, econômicos, tecnológicos, sócio-cul sócio-culturai turaiss e político-ad político-adimini iministrati strativos. vos. Nesta cono conotaçã taçãoo de desenvolv desenvolvimen imentos tos o serviço social entende que o homem deve ser nele simultaneamente, simultaneamente, agente e objeto, em busca de sua promoção humana num sentido de totalidade, propiciando o desenvolvimento desenvolvimento não só a uma parte da população, mas de cada individuo. O serviço social, como técnica, dispõe de uma metodologia de ação que utiliza diversos processos, sendo eles: - Serviço social de casos no qual é um conjunto de conhecimento teórico-práticos identificável e transmissível, torna-se urgente focalizar alguns aspectos referentes a sua utilização utilização adequada adequada a realidade realidade brasileira, brasileira, mais do que propriamente propriamente uma atenção atenção particularizada a sua teoria. - Serviço social de grupo se modificou em conseqüência da evolução histórica do processo, tradicionalmente, ação do assistente social se concentrava no grupo e nele circunscrevia seu limite, hoje busca um ajuste efetivo da clientela no processo social mais amplo tendo a natureza do processo como sócio-educativo podendo ter caráter terapêutico e/ou preventivo. O desenvolvimento de comunidade é um processo interprofissional que visa a capa capaci cita tarr a comu comuni nida dade de para para inte integr graa-se se no dese desenv nvol olvi vime ment ntoo atra atravé véss de ação ação organizadora, para atendimento de suas necessidades necessidades e realizações.
12 Esses processos foram considerados até o momento, os modelos de ação do serviço social em sua intervenção na realidade social, mas recente se inicia a utilização também de processo de trabalho com população de maneira mais sistematizada, a fim de romper com a ausência de referencias teóricas e metodológicas na profissão e rever os elementos característicos a essa realidade elaborando e incorporando novos métodos ondee se tem dois ond dois difere diferente ntess níveis níveis de atuaçã atuação: o: a micro microatu atuaç ação ão inseri inserida da no rotulo rotulo tradicional que visa o indivíduo com seus desajustamentos familiares e sociais, e a macroatuação inserida no rotulo moderno que visa o processo de desenvolvimento pensado globalmente, para a realização integral do homem, conforme a realidade social a ser estudada, O serviço social deve estabelecer critérios de prioridade e a definição de opções adequadas as exigências da realidade econômico-social. O documento de Araxá de 1967 comenta sobre a realidade brasileira e o serviço social, mas não discute a realidade, ele deixa ao Assistente Social, um breve comentário para o avanço da teorização do Serviço Social dentro de uma linha conservadora, no quall o mesmo qua mesmo possa possa desen desenvol volver ver um trabal trabalho ho de acord acordoo com a realid realidad adee social social brasileira. O documento estabelece uma relação entre “objetivo remoto e objetivos operacionais” da profissão. É nessa perspectiva de globalidade que o documento de Araxá, tem o propósito de adequação da metodologia das funções do serviço social, tendo na macroatuação o ponto essencial para se alcançar essa nova perspectiva, mas tendo a clareza para se combinar a micro e a macroatuação, quando assim for necessário. Como vimos o Serviço Social e a realidade brasileira, no documento de Araxá não, rompe com o tradicionalismo, mas a um avanço sobre esse tradicionalismo na esfera de teorização do serviço social dentro de uma linha conservadora.
5. Documento de Teresópolis: cristalização da perspectiva modernizadora Em 1970 1970,, foi foi real realiz izad adoo em Tere Teresó sópo poli liss (RJ) (RJ),, um semi seminá nári rioo para para estu estuda darr a metodologia do serviço social. Esse evento foi idealizado para ser uma continuidade do histórico Seminário de teorização do Serviço Social, realizado em Araxá (MG), em 1967. O seminá seminário rio reuniu reuniu 35 Assiste Assistente ntess Sociai Sociais, s, que dividi divididos dos em dois dois grupos grupos,, inseri inseriram ram a metodologia empregada dentro de um esquema cientifico e introduziram algumas mudanças na termologia tradicional. Ao contrario do seminário de Araxá, o de Teresópolis não produziu um documento final, foi o Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de
13 Serviços Sociais, empresa que realizou o evento, que publicou os relatórios de cada grupo separadamente.
É impo import rtan ante te ress ressal alta tarr que que o traç traçoo cons conser erva vado dorr ganh ganhou ou uma uma roup roupag agem em modern moderniza izante nte,, o que criou criou con condiç dições ões para para proce processa ssarr sua adapta adaptação ção à autocr autocrac acia ia burguesa, reforçando marcas históricas da profissão. Não obstante, contraditoriamente, foi exatamente o processo que a incompatibilizou, posteriormente, com o segmento profissional crítico fortalecido em decorrência da crise e da ditadura. A “perspectiva modernizadora” teve sua hegemonia. Posta em questão, no plano da idéia, a partir da segunda metade do ano de 1970, juntamente com a crise da ditadura militar e de todos os instrumentos e instituições que foram funcionais a ela. Os limites de tal perspectiva foram exaustivamente criticados pela “intenção “intenção de ruptura”. Os núcleos temáticos da perspectiva modernizadora no Serviço Social foram principalmente desenvolvidos e aprofundados no I Seminário Regional LatinoAmericano do Serviço Social, realizado em maio de 1965, em Porto Alegre, iniciando o processo de reconceituação reconceituação na América Latina, prosseguiu no Seminário de Araxá (MG) em março de 67 e se afirmou no Seminário de Teresópolis (RJ), em janeiro de 1970.. Os docu 1970 document mentos os resultante resultantess consolida consolidaram ram as tendência tendênciass sócio-pol sócio-política íticass deste deste modelo no período da ditadura militar. Todas estas mobilizações influem profundamente na busca de propostas que, no entanto, ficam aprisionadas pelo desenvolvimento, pela perspectiva do ajuste e da adaptação. Este seminário de Teresópolis foi organizado também pelo CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais), com o propósito de analisar a questão da metodologia profissional do Serviço Social. Neste sentido as idéias apresentadas por Lucena Dantas são as mais relevantes, por causa da coerência e competência teórica deste profissional. Para Dantas o método profissional é o método científico aplicado: que opera através do diagnóstico e da intervenção planejada. No positivismo considera-se que só existe um método para conhecer a realidade. Nesta formulação aparece o papel de razão instrument instrumental al (técnica, (técnica, formal, formal, abstrata, abstrata, calculista calculista). ). A intervenç intervenção ão profission profissional al está comandada por uma racionalidade calculista (cálculo de custos e benefícios), de um indivíduo que opera em um mundo coisificado. Esta racionalidade possibilita também um maior controle por parte das grandes burocracias das práticas profissionais.
14 O positivismo opera com uma racionalidade auto-limitada, que no caso da ação social, significa separar os meios dos fins. A esfera dos meios é, ou pode ser objeto de análise racional (ou cálculo racional), mas a esfera dos fins, dos valores, não pode ser objeto de análise racional. A prát prátic icaa prof profis issi sion onal al coma comand ndad adaa por por esta esta pers perspe pect ctiv ivaa é uma uma prát prátic icaa de verific verificaç ação ão de hipóte hipótese. se. O Assist Assistent entee Social Social ope opera ra atrav através és do desen desenvol volvim viment entoo de projetos, nos quais está embutida uma hipótese (explícita ou implicitamente), a hipótese do projeto que estabelece uma relação entre duas ou mais variáveis. Na prática do Assi Assist sten ente te Soci Social al,, este este modif modific icaa uma uma ou mais mais vari variáv ávei eiss (cha (chama mada dass variá variáve veis is indepe independe ndente ntes), s), atravé atravéss das ativid atividad ades es do projet projeto, o, para para alcanç alcançar ar um determ determina inado do resultado (variável dependente). No texto de Teresópolis, o “moderno” triunfa completamente sobre o “tradicional”, sendo que o dado relevante é que a perspectiva modernizadora se afirma não apenas como concepção profissional geral, mas, sobretudo como pauta interventiva. Dantas considera que a questão da metodologia de ação constitui a parte central e atual da Teoria Geral do Serviço Social e afirma que a definição de um modelo de prática do Serviço Social adequado à problemática social brasileira depende, grandemente, da soluç solução ão do seu proble problema ma metodo metodológ lógico ico.. Sua preten pretensão são con consis siste, te, exatam exatament ente, e, em oferecer uma “introdução à metodologia do Serviço Social” voltada para que a prática profissional se desenvolva e adquira um nível mínimo de cientificidade. Dantas busca recu recupe pera rarr os méto método doss prof profis issi sion onai aiss tradi tradici cion onai aiss (Cas (Caso, o, Grup Grupoo e Co Comu muni nida dade de), ), redefinidos segundo as variáveis de intervenção, entendidas enquanto uma dada ordem de fenômenos sociais com que a prática profissional lida de maneira recorrente e sistemática; nesta redefinição, conserva a legitimação das práticas tradicionais, mas as amplia largamente, inserindo no seu marco (e/ou possibilitando a inserção de) práticas suscetíve suscetíveis is de serem comandadas comandadas pelas pelas exigênci exigências as do processo processo da “moderniz “modernizaçã açãoo conservadora”. A contribuição de Dantas se dá por conduzir ao limite o transformismo até então subjacente à perspectiva modernizadora, sendo que conferiu a esta uma organicida organicidade de teórica, teórica, de fundo fundo estrutural estrutural-func -funcional ionalista, ista, com viés da moderniza modernização ção conservadora embasando inteiramente a angulação desenvolvimentista, na qual o papel profissional está enquadrado enquadrado pela dominância tecnoburocrática. tecnoburocrática. O doc docum ument entoo de Teres Teresópo ópolis lis compõ compõe-s e-see de dois dois grupos grupos de profis profissio sionai naiss participantes, que se concentraram na reflexão sobre os temas “Concepção científica da prática do Serviço Social” Social” e “Aplicação “Aplicação da metodologia metodologia do Serviço Social”. Social”.
15 No estudo do primeiro tema o Grupo A tem na elaboração desse esquema, insistente consideração “da globalidade e do inter-relacionamento das necessidades humanas” em que certos condicionantes básicos para a prática do Serviço Social não decorr decorrem em de cada cada um dos níveis níveis encar encarado adoss isolad isoladame amente nte,, mas mas das carac caracter teríst ística icass centrais da sociedade brasileira, país subdesenvolvido subdesenvolvido e em crise motivada por uma fase de transição e mudanças. No que se toca a situação do Serviço Social, o grupo vai mais longe: supõe três níveis de atuação, prestação direta de serviços, administração de serviços sociais e o seu planejamento e, em seguida lista o conjunto de disciplinas sociais que podem subsidiar a intervenção em cada um deles. Nos dois relatórios, tirando as suas diferenças, há um denominador comum: a concepção científica da prática do Serviço Social é assumida com uma intervenção. Em real realid idad ade, e, o cará caráte terr cien cientí tífi fico co da prát prátic icaa é iden identi tifi fica cado do a uma uma raci racion onal alid idad adee manipuladora, que pode ser desmontada em operações singulares e regulares passíveis de controle burocrático-administrativo, em ambos os relatórios, a “concepção científica da prática do Serviço Social” é efetivamente reduzida ao estabelecimento de conexões superficiais entre dados empíricos da vida social e à intervenção metódica sobre eles, consideradas aquelas conexões. A apli aplica caçã çãoo da meto metodo dolo logia gia do Serv Serviç içoo Soci Social al do Grup Grupoo A form formul ulaa uma uma sequê sequênci nciaa do proced procedime imento nto metod metodoló ológic gicoo de interv intervenç enção ão do Serviç Serviçoo Social Social que configura a própria metodologia genérica investigação/diagnóstico e intervenção, já o Grupo B vai mais além definindo a metodologia aplicável no nível do planejamento e só depois cuidou da aplicável nos níveis de administração e prestação de serviços diretos. As diferenças entre as colocações dos dois grupos são acessórias de fato, o destaque visível é para o maior aprofundamento realizado pelo Grupo B, ambos dão perfeita conseqüência, conseqüência, no tratamento da aplicação da metodologia do Serviço Social e ao encaminhamento contido na concepção cientifica da prática da profissão. As form formul ulaç açõe õess cons consti titu tuti tiva vass do Do Docu cume mento nto de Tere Teresó sópo poli lis, s, apre apreci ciad adas as globalmente, possuem um tríplice significado no processo de renovação do Serviço Social Social no Brasil Brasil,, apo aponta ntam m para para a requa requalifi lificaç cação ão do Assist Assistent entee Social Social,, define definem, m, nitidamente o perfil sócio-técnico da profissão e a inscrevem conclusivamente no circuito da “modernização conservadora” e, com toda essa carga, repõem em nível mais complexo os vetores que deram à tônica na elaboração de Araxá. As reflexões de Teresópolis cristalizam a tendência, já expressa no documento de 1967, à redefinição do papel sócio-técnico do Assistente Social, ao situá-lo como um
16 “funcionário de desenvolvimento”, Teresópolis propõe tanto uma redução quanto uma verticalização de seu saber e do ser lazer. A redução está ligada à própria condição “funcionária” do profissional: as tradicionais indagações valorativas são deslocadas pelo privilégio da eficácia manipulativa, e o Assistente Social é investido de um estatuto básica e extensamente extensamente executivo, mas longe de atribuições terminais e sem subalternidade. A verticalização compreende precisamente a apropriação ideal de um elenco mais operativo de técnicas de intervenção, com a conseqüente valorização da ação prático-imediata. O Documento de Teresópolis equivale à plena adequação do Serviço Social à ambiência própria da “modernização conservadora” conduzida conduzida pelo Estado ditatorial em benefício do grande capital e às características sócio-econômicas sócio-econômicas e políticoinstitucionais do desenvolvimento capitalista ocorrente em seus limites.
5.1 Relatório do Grupo A Analisando o estudo do documento de Teresópolis, precisamente o grupo A no qual se refere à Concepção Científica da Prática do Serviço Social e a Aplicação da metodologia do Serviço Social. O condicionamento estudado no grupo A, foi inspirado por Lebret, que por sua vez construiu um quadro geral de sete níveis, a partir de “necessidades “necessidades básicas” e das “necessidades sociais,” o grupo de estudantes desenvolveu uma sistemática de trabalho dividida em cinco etapas, sendo: 1- Levantamento de fenômenos significativos observados na prática do Serviço Social; 2- Identificação das Variáveis significativas para o Serviço Social nos fenômenos observados; 3- Possíveis funções do serviço Social. 4- Redução das funções; f unções; 5- Classificação das funções. O grupo na elaboração desse esquema insiste na consideração da globalidade e do inter-relacionamento das necessidades humanas e em que certos condicionamentos básicos para a prática do Serviço Social, obtendo uma ação profissional voltada para a intervenção da realidade.
Quadro geral de níveis e alguns exemplos: Fenômenos
Variáveis
Possíveis funções
Funções reduzidas
17 Nível Biológico e de Equipamentos Sanitário
Subn Subnut utri riçã çãoo
Tabu Tabuss alim alimen enta tare ress
Intro Introdu duçã çãoo e/ou e/ou substituição de valores no comportamento alimentar e higiênico.
De substituição de padrões
Nível Doméstico e Familiar
Distorções no comportamento sexual.
Iniciação sexual prematura e/ou inadequada
Orie Orient ntaç ação ão fami famili liar ar
De educ educaç ação ão de base
Nível Educacional Educacional
Alto índice de analfabetismo.
Dificuldade de acesso às informações.
Nível Residencial Residencial
Problemas de infraestrutura urbana (água, esgoto, transporte, comunicação, comunicação, etc.).
Nível CívicoMunicipal
Alienação de faixas da população em relação à vida municipal.
Ignorância em relação às leis.
Inserção e integração no tempo e no espaço.
Conscientizadora.
Nível SócioCultural
Individualismo.
Ausência de consciência de classe e de consciência de comunidade.
Desenvolvimento Desenvolvimento de convivência de classe, consciência de nação, etc.
Desenvolvimento de convivência de classe, consciência de nação, etc.
Nível de Segurança Segurança
Riscos sociais sociais (doenças, velhice, acidentes de trabalho, morte, etc.)
Desconhecimento do sistema previdenciário.
Programas de extensão previdenciária para para integração da mãode-obra marginalizada.
De pesquisa de necessidades.
Participação nos Assistencial. programas de formação profissional A falta de recursos Incentivo á Mobilizadora. relativos á formação de mutirão educação, saúde, em caráter supletivo lazer e bem-estar. para complementar complementar ações públicas, construções e melhoria da casa própria.
Classificação das funções: Função em Serviço Social, se definiu pela intervenção das práticas assistenciais desenvolvidas desenvolvidas pelos "agentes da assistência” e "visitadores sociais” procurando emergir
18 com as necessida necessidades des humanas, humanas, necessida necessidades des individuai individuaiss e necessida necessidades des familiares familiares através de encaminhamentos, aconselhamento aconselhamento e visitas domiciliares. Estas funções são concebidas em microatuação (compreende os serviços diretos atra atravé véss dos dos proc proces esso soss de caso casos, s, grup grupoo e dese desenv nvol olvi vime ment ntoo e comu comuni nida dade de)) e macro macroatu atuaç ação ão (criaç (criação ão de recurs recursos os,, políti política ca social social)) e dividi divididas das em funçõ funções es fins fins e funções meios, podendo ser divididas em educativas (que preparam as populações para participarem do esforço do desenvolvimento desenvolvimento e concorrem para romper estruturas mentais rígidas, valores e comportamentos de resistência à mudança) e curativas (são necessárias para responder as necessidades básicas de populações marginalizadas ou carentes). Quadro classificatório das funções
Funções Fins
Em microatuação
Em macroatuação Funções Meios
Em micro e macroatuação
Educativas: mobilizadora, educação de base, Substituição de padrões, conscientizadora, socializadora Curativas: terapêutica, assistencial. Criação de recursos, política social. Assessoria, pesquisa, planejamento, administração, política social.
Sua finalização ocorreu reiterando a necessidade de uma visão global, onde conheceríamos a diversidade de manifestação dos fatos sociais em cada região do Brasil, postos o enquadramento dos fenômenos levantados “no princípio da Causação Circular Acumulativa” (Myrdal), o que leva a ser considerado no estudo metodológico do Serviço social e a moldura do subdesenvolvimento. subdesenvolvimento. Na intervenção profissional do Serviço Social podem-se destacar os seguintes fenômenos: Coletivo, individual sendo eles de forma particular ou coletivo, que se exige uma intervenção simultânea aos níveis de estrutura e particular, na qual detém processos definidos de ação coerentes com a fenomologia da variável identificada. Na configuração da investigação-diagnóstico (entrevistas, contatos individuais, visi visita tass domi domici cili liar ares es)) fazfaz-se se com com que que haja haja uma uma form formul ulaç ação ão na seqü seqüên ênci ciaa do
19 procedimento metodológico de intervenção de Serviço Social e que a partir destas reflexões, podemos analisar os subsídios propostos. Investiga Investigação/ ção/diagn diagnóstic óstico: o: Levantam Levantamento ento de necessida necessidades, des, levantam levantamento ento de vari variáv ávei eiss sign signif ific icat ativ ivas as de toda todass as nece necess ssid idad ades es,, veri verifi fica caçã çãoo da rele relevâ vânc ncia ia do fenômeno, fenômeno, verificaçã verificaçãoo de interdepe interdependênc ndência ia das variáveis variáveis,, formulaçã formulaçãoo de hipóteses hipóteses,, determinação, com base nas hipóteses formuladas, das funções, das escalas ou níveis de atuação, das formas de atuação.
Intervenção Montagem de plano de intervenção nas variáveis, implantação e execução do plano, avaliação. avaliação. Compreende-se que é de estrema importância ressaltar que ao procedimento metodológico que não tenha por objetivo a intervenção, mas que visa à verificação da validade dos conhecimentos do Serviço Social e/ou a produção de novos conhecimentos com vistas à formação de sua teoria, conduzindo a investigação cientifica na profissão. E que o relatório do grupo A, menciona as necessidades básicas e sociais, abrangendo num todo, as relações com os fenômenos sociais sendo, a infra-estrutura, a insegurança, insegurança, o desemprego e concluindo o nível de vida profissional dos assistentes sociais. 5.2 Seminário de Teresópolis Relatório B
O relatório B tinha por finalidade o Estudo do Serviço Social nos seus aspectos teóricos e práticos para avaliar o progresso feito no sentido de um caminhar para cientificidade, os documentos no relatório B, refletiram o pensamento dos profissionais naquela época, isso constituiu um marco histórico do Serviço Social. O grupo rupo B, com insp inspir iraç açãão disti istinnta, ta, tam também bém apli apliccada numa uma lógi lógicca desenvolvimentista, construiu um quadro de fenômenos e variáveis, segundo o critério das necessidades e problemas que podem ser objeto da atenção do Serviço Social. O trabalho desenvolveu a partir de um modelo teórico capaz de delimitar todos os fenômenos e variáveis significativas para a prática do serviço social.
20 2.1.1 FENOMENOS E VARIAVÉIS SGINIFICATIVOS PARA A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL. O estudo do grupo B começou pelo exame dos problemas e necessidades dos níveis de vida e sistemas de relações sociais, a conceituação dos níveis de vida e a delimi delimitaç tação ão dos setore setoress das das necess necessida idades des que os compõe compõem, m, foram foram result resultado adoss das investigações do Uneted nations Resarch institute for Social Development (UNRISD). Segundo os estudos feitos pelo instituto, os níveis de vida foram conceituados como níveis de atendimento das necessidades humanas, classificadas em 06 setores que são: saúde, alimentação, habitação, educação, segurança nacional social e lazer. 2.1.2 CONHECIMENTOS JÁ ELABORADOS PELAS CIÊNCIAIS SOCIAIS Ao analisar as áreas de conhecimento no que se toca a situação de Serviço Social, o grupo vai um pouco mais longe, adota um esquema de três níveis de atuação (prestação direta de serviços, administração de serviços sociais e o planejamento), em seguida faz uma lista do conjunto de disciplinas sociais que são: economia, psicologia, psicologia social, dinâmica de grupo e antropologia cultural, etc., são as ciências que poderia contribuir com a intervenção em cada um deles. deles. Dian Diante te das das situ situaç açõe õess soci sociai aiss prob proble lema mas, s, o grup grupoo suge sugere re a adoç adoção ão de procedimentos lógicos, lógicos, tanto em fases fases que predomina predomina o conhecimento conhecimento como de ação. ação. 2.1. 2.1.33 CONH CONHEC ECIM IMEN ENTO TO JÁ ELAB ELABOR ORAD ADOS OS OU QU QUE E O POSS POSSAM AM SER, SER, NO CAMP CAMPO O DA PROF PROFIS ISSÃ SÃO, O, PELO PELO PROF PROFIS ISSI SION ONAL AL OU POR POR QU QUAL ALQU QUER ER CIENTISTA SOCIAL. Quanto Qua nto à enu enume meraç ração ão dos con conhec hecime imento ntoss teve teve como como base base metod metodoló ológic gicaa as constatações constatações de fato no campo profissional. O objetivo era abrir novas perspectivas para as investigações no campo profissional nas áreas de conhecimento como: elemento básico e preliminar ao estudo do Serviço Social, conhecimento em Serviço Social, relacionam-se a profissão em suas atividades teóricas e práticas, conhecimento sobre o serviço social tem como objeto de investigação específica.
21 ESPECIFICAÇÕES DA METODOLOGIA DO SERVIÇO SOCIAL SEGUNDO OS CRITERIOS MAIS USADOS. SISTEMA-CLIENTE Discutidos os métodos de serviço social pela corrente tradicional, inspirado pelo modelo americano, e como os formulários do Seminário de Araxá e pelo Instituto de Serviço Social de São Paulo, a metodologia do Serviço Social não pode ser feita somente a partir de identificação do Sistema-Cliente. Segundo esse critério “Sistema-Cliente”, limita a questão quase que exclusiva ao nível da pratica direta, impedindo outros níveis de atuação. PROCEDIMENTO LÓGICO FACE À SITUAÇÃO SOCIAL PROBLEMA Reconhecimento das dificuldades das situações sociais ditas como problema, como critério específico da metodologia, enquanto questão levada ao debate do objeto do Serviço Social. Apesar de o objeto determinar o método, esse fato não impede que se trate o problema metodológico e que o tratamento das duas questões podem e devem ser conduzidas juntas num esclarecimento mútuo dos diversos problemas, como critérios específicos, por considerar que a questão do objeto ainda não está suficientemente nítida na teoria teoria da profis profissão são.. E con conclu cluii com a prescr prescriçã içãoo das segui seguinte ntess ope operaç raçõe õess que conf config igur uram am a apli aplica caçã çãoo meto metodo doló lógi gica ca:: no diag diagno nost stic ico, o, iden identi tific ficar ar e desc descre reve ver, r, classificar, explicar e compreender, prever tendências, na intervenção e preparação da ação, execução e avaliação, igualmente neste plano, as diferenças entre as colocações dos grupos grupos são meram merament entee acess acessóri órios, os, o destaq destaque ue é para para maior maior aprofu aprofunda ndame mento nto realizado pelo grupo B. Como resultado das reflexões, a ser utilizado no estudo no próximo item: Temos Aplicação: TEMA 3: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DO SERVIÇO SOCIAL 3.1 Metodologia aplicável ao nível de planejamento; 3.2 Metodologia aplicável ao nível de administração em serviço social; 3.3 Metodologia aplicável ao nível de prestação de serviço social.
22 3.1. O planejamento foi considerado como o procedimento que orienta a tomada de decisões políticas racionais com vistas ao desenvolvimento. O papel do serviço social nesse processo se desdobra na sua presença efetiva nas etapas técnicas de: a) Elaboração de planos. b) Estabelecimento Estabelecimento através de suas organizações representativas. representativas. Compõe-se de quatro etapas, de natureza política, técnica, administrativa e técnico-administrativa. Foi estudado só o papel do serviço social na etapa técnica de elaboração dos planos. a) Identifica Identificação ção de neces necessida sidades des e aspira aspiraçõe ções; s; b) Identificação de recursos; recursos; c) Dia Diagnós gnósti tico co;; d) Formulaç Formulação ão de objetivos objetivos e defini definição ção de metas metas e prioridad prioridades; es; e) Estabele Estabelecimen cimento to de padrões padrões e normas normas de sistem sistemas as e serviço serviços; s; f) Detalh Detalhame amento nto de de progr program amas as e proj projeto etos. s. No processo de planejamento, a intervenção se situa em dois momentos: decisão e execução, o primeiro visa a etapa de elaboração de planos (de natureza técnica) o segund segundoo a etapa etapa de implan implantaç tação ão (de nature natureza za admini administr strati ativa) va).. A metodo metodolog logia ia e o conteúdo conteúdo do planejam planejamento ento social estão ainda ainda em elaboraç elaboração, ão, inclusive inclusive para o setor setor de serviços sociais no planejamento integrado. 3.2. 3.2. METO METODO DOLO LOGI GIA A APLI APLICÁ CÁVE VEL L AO NÍVE NÍVEL L DE AD ADMI MINIS NISTR TRAÇ AÇÃO ÃO EM SERVIÇO SOCIAL Para fins de estudo, foram elaboradas as seguintes conceituações: conceituações: Diagnóstico – Conjunto de operações visando à coleta e à interpretação de dados, à luz de hipóteses para determinação dos objetivos dos programas, metas e projetos. 3.3. Metodologia aplicável ao nível da prestação de serviços diretos. Esse Esse proc proced edim imen ento to lógi lógico co foi foi adot adotad adoo como como hipó hipóte tese se de traba trabalh lhoo para para a exploração de diagnóstico e da intervenção do serviço social ao nível da prestação de serviços diretos.
23 O RELATORIO FINAL Os Assistentes Sociais que escreveram o Documento de Teresópolis, conscientes da responsabilidade assumida, reconhecem que o assunto deve ser objeto de estudos e refl reflex exõe õess futu futura ras. s. A maté matéria ria por por gran grande de dema demais is,, não não pode pode ser ser sufi sufici cien ente teme ment ntee aprofundada num encontro de sete dias, por isso o Seminário não esgotou o assunto de grande valor. O CBCISS submete a critica dos Assistentes Sociais os resultados do Seminário de Teresópolis e espera haver contribuído de certa forma para o desenvolvimento desenvolvimento de um Serviço Social que responda cada vez mais às necessidades necessidades do cidadão brasileiro.
6. Conclusão Concluímos que na perspectiva modernizadora o Serviço Social teve que se adequa adequarr como como instru instrumen mento to de interv intervenç enção ão numa numa perspe perspecti ctiva va desen desenvol volvim vimen entist tista, a, exigida pelo processo sócio-político emergente no pós-64. Neste processo o Serviço Soci Social al era era vist vistoo como como inte interv rven enie iente nte,, dina dinami miza zado dorr e inte integr grad ador or no proc proces esso so de desenvolvimento, mas sem contestar a ordem vigente, que exigia novos espaços sócio profissionais, mas estes deveriam estar de acordo com a racionalidade burocrática, sendo impedido o questionamento. questionamento. Os dois dois docu docume ment ntos os form formul ulad ados os nest nestaa pers perspe pect ctiv iva, a, o de Arax Araxáá e o de Teresópolis, buscam a teorização do Serviço Social, mas o primeiro não discute as questões políticas e não faz um diagnóstico da realidade. Busca a teorização, mas está limitada ao desenvolvimentismo, não rompe com o tradicionalismo, se mantendo na ação interventiva. Já o de Teresópolis vem para cristalizar a perspectiva modernizadora reafirmando a tendência de Araxá. O Assistente Social aparece como funcionário do desenvolvimento desenvolvimento com um papel sócio-técnico. Todo um esforço de Reconceituação do Serviço Social fica limitado em uma modern moderniza ização ção con conser servad vadora ora ond ondee as verdad verdadeir eiras as neces necessid sidad ades es do usuári usuárioo estão estão vinculadas à ideologia burguesa, levando a uma manipulação de pensamento. Quando não discutimos a perspectiva política da questão social, continuamos vendo a mesma como um problema individual do usuário, e não conseguimos abranger as estruturas da mesm mesma, a, que que estã estãoo envo envolv lvid idas as em uma uma ques questã tãoo mais mais abra abrang ngen ente te e estru estrutu tura rall da
24 sociedade, e assim continuamos à mercê do tradicionalismo. Não há como mudar este contexto sem uma crítica discussão sobre as estruturas sócio-políticas num todo.
Referências NETTO, Jose Paulo. Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 6º edição São Paulo: Cortez, 2002. Teorização do serviço social/Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais. Rio de janeiro: Agir, 1984. Teorização do Serviço Social: Documento Documento do Alto da Boa Vista/ Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais. Rio de janeiro: Agir, 1988. MARTINELLI, Maria Lúcia; YAZBEK, Maria Carmelita; RAICHELIS, Raquel . O Serviço Social brasileiro em movimento: fortalecendo f ortalecendo a profissão na defesa dos direitos. Revista Serviço Social & Sociedade , São Paulo, n. 95, p. 5-31, set. 2008.