R.A.T.C Roberts Apperception Test for Children
I. Administração
Idades – 5 aos 15 anos
“Tenho aqui uma série de imagens que te vou mostrar uma de cada vez. Quero que inventes uma história sobre cada gravura. Diz-me o que está a acontecer, o que aconteceu antes e como a história acaba. Diz-me o que as pessoas estão a falar e o que estão a sentir. Usa a tua imaginação e lembra-te que não há respostas certas ou erradas.”
Para as crianças mais pequenas podemos dizer: “Quero que me contes uma história com princípio, meio e fim. Diz-me o que as pessoas estão a fazer, sentir e pensar.” Durante a aplicação do teste pode-se dar alguns esclarecimentos: -
no caso da criança perguntar se ainda tem que fazer este, a resposta deve ser “é contigo”.
-
No caso da criança parar de contar a história deve-se perguntar “ainda estás a pensar na história ou queres passar à seguinte?”
-
Nos 2 primeiros cartões se a criança não aborda todos os aspectos deve-se perguntar:
II. Codificação
O que está a acontecer?
O que aconteceu antes?
O que está a sentir?
A. Escalas adaptativas
1. Depender dos outros (REL):
1 – procura assistência ao lidar com conflito – intrapsíquico ou problema externo 2 – procura ajuda para completar uma tarefa 3 – pede permissão 4 – solicita aprovação, interacção ou pede algo material
percepção do sistema de suporte como responsivo e disponível (elevação pode indicar
dependência exagerada)
cartões : 4, 7, 11, 16
2. Suporte – outros (SUP-O):
1 – dá um objecto a alguém ou faz algo pedido 2 – compreende, aceita, conforta, ama, ou outro tipo de interacção positiva 3 – acredita ou está orgulhoso de alguém 4 – dá conselhos, explica algo ou encoraja 5 – ajuda ou toma conta de alguém
complementa a escala anterior dado que reflecte a percepção da criança do seu sistema
de suporte
cartões: 2, 5, 10 / quando estas respostas surgem nos cartões 1, 3, 4, 6, 7, 8, 11, 12, 16 é
significativo dado que implica projecção que não é óbvia.
3. Suporte – criança (SUP-C):
1 – mostra apropriada auto-confiança, assertividade, perseveranção, adiamento de gratificação ou coloca limites auto-impostos 2 – experiencia sentimentos positivos (se esta escala e a anterior surgirem na mesma resposta só uma deve ser codificada – escolher o mais saliente ou o que for menos óbvio em relação ao cartão)
interpretar conforme a sub-escala
cartões: 3, 7, 9, 11 (1ª sub-escala) / 5, 7, 10, 16 (2ª sub-escala)
4. Limite setting (LIM):
1 – discussão ou limitação de setting apropriada 2 – restrição de uma necessidade da criança ou prazer 3 – disciplina física ou verbal 4 – punição geral indefinida
colocação de limites razoáveis por parte dos pais e de outras figuras de autoridade, em
resposta à violação de regras ou de expectativas. Elevação pode significar uma excessiva preocupação da criança em agradar as figuras de autoridade ou com o respeito das normas sociais. Redução pode reflectir ausência de envolvimento parental.
Cartões: 1, 8, 13, 14
Sub-escalas: ♠
Disciplina instrutiva-construtiva: Nível mais adequado de educação – envolve discussão, explicação, entendimento e instrução.
♠
Punição efectiva-apropriada : Punição adequada ao comportamento.
♠
Punição inapropriada / abusiva: Quando a punição é demasiada ou é fisicamente abusiva. A inclusão de palmadas nas histórias representa uma área a melhorar em termos educativos. A codificação desta escala é vulgarmente também codificada ATY.
Codifica-se limite setting porque apesar da desadequação da punição a criança compreendeu que o comportamento inadequado tem consequências. ♠
Resposta não-efectiva: Esta sub-escala não é codificada limite setting. Representa estilos parentais não efectivos – indiferença, raiva, indecisão, gritar (quando não são seguidos de punição aceitável).
5. Identificação de problemas (PRO):
1 – articula um problema específico 2 – confronta um obstáculo 3 – experiencia ou exibe sentimentos ou comportamentos contraditórios 4 – tem dificuldades em conformar-se com as expectativas 5 – experiências de desastre ambiental
constitui um elemento importante na resolução de problemas. Requer capacidade verbal,
reduzida defensividade e capacidade de conceptualizar os outros em interacções dinâmicas. Reduzido score pode indicar alguma ansiedade, negação dos conflitos ou reduzida capacidade verbal.
Surge em qualquer cartão, dado que representa precisamente a capacidade de formular
conceitos para além dos sugeridos nos cartões. Sub-escalas: ♠ Nível 1 (não codificado): descrição breve de uma reacção emocional ou
comportamento, sem explicação suficiente ou consciência da sua causa (“rapariga vai atirar a cadeira porque está furiosa com a mãe”). ♠ Nível 2 : descreve adequadamente as características físicas, concretas da situação mas
com projecção, explicação ou interpretação limitada. ♠ Nível 3: nível mais elaborado de identificação de problemas – incluiu não só
consciência dos sentimentos, conflitos ou problemas, mas também abstracções relacionadas com o problema (procurar palavras como saber, pensar, decidir, confuso).
6. Resolução 1 (RES 1):
1 – salta do problema para a conclusão sem etapas intermédias 2 – incluiu satisfação de desejos não-realistas 3 – incluiu um problema que subitamente deixa de existir
tendência para procurar soluções irrealistas, de carácter mágico. Nas crianças mais velhas
o aparecimento destas respostas pode significar elevada defensividade, ingenuidade, denegação, ou incapacidade para se envolver em resoluções de problemas complexos.
São esperadas resoluções em todos os cartões.
UNR – não resolvida MAL – mal adaptada Sub-escalas: ♠ Nível 1 – resolução mágica ou irrealista (apropriado para crianças até aos 6 anos). ♠ Nível 2 – resolução realista, mas sem as fases de resolução necessárias à resolução 2.
7. Resolução 2 (RES 2):
1 – resolução construtiva de sentimentos internos 2 – resolução construtiva de problema externo 3 – solução harmoniosa de problemas interpessoais (não descreve o processo de resolução inteiramente, mas incluiu consciência do processo – a partir dos 8 anos)
reflecte capacidade para resolver problemas de forma construtiva
Sub-escalas:
♠ Nível 1 – incluiu um problema, uma resolução construtiva e alguma consciência do
processo de resolução de problemas, mas não existe resolução de sentimentos. ♠ Nível 2 – resultado incluiu resolução construtiva de comportamentos e sentimentos.
8. Resolução 3 (RES 3):
Deve ser codificada se o processo de resolução de problemas é totalmente explicado e se incluiu: 1 – identificação de sentimentos ou problemas 2 - procura de ajuda ou entendimento 3 - auto-confiança ou ajuda de outros 4 - expressão de atitudes positivas 5 - novo insight ou capacidade 6 - um novo principio que possa ser aplicado a futuras situações (a partir dos 13 anos)
Implica uma capacidade de resolução de problemas que transcende o problema actual.
Exige que a criança tenha maturidade emocional, auto-consciência, capacidade de raciocinar abstractamente e resolver problemas complexos. É muito raro que uma criança de qualquer amostra clínica tenha respostas desta natureza. (tipicamente estas respostas são também sup-o ou sup-c)
B. Escalas Clínicas
1. Ansiedade (ANX):
1 – medo, apreensão, surpresa 2 – duvida acerca de si próprio ao lidar com dificuldades internas ou externas 3 – culpa, arrependimento, embaraço 4 – doença, morte, acidentes
cartões: 2, 12, maioritariamente. Também surgem nos cartões: 4, 7, 14.
2. Agressão (AGG):
1 – raiva 2 – ataque verbal ou físico 3 – destruição de objectos 4 – acting out ou comportamento mal-adaptativo
cartões 9, 13, 14 (se nestes cartões não surgir agressão deve-se cotar ATY). Também
surgem respostas agressivas nos cartões: 3, 6, 8, 11, 12
3. Depressão (DEP):
1 – tristeza, infelicidade, pena ou choro 2 – resignação, falta de esperança ou incapacidade de funcionar adequadamente 3 – manifestações físicas de depressão (fadiga, apatia, excesso de sono)
cartões: 2, 12
4. Rejeição / Recusa (REJ):
1 – separação prolongada dos outros, divórcio 2 – auto-rejeição, rejeição por outros, ser ignorado ou deixado de parte 3 – ciúmes 4 – discriminação social 5 – não gostar ou não aceitar outra pessoa
Não se codifica no cartão 15 a rapariga pede ao rapaz para sair. Codifica-se MAL, se a
personagem rejeitada foge.
Cartões: 5, 6, 10, 16
5. Não-Resolvido (UNR):
Codifica-se sempre que a criança não resolve problemas ou sentimentos relacionados
com a história.
Há três possibilidades de resolução: não-resolvido; RES 1; RES 2; RES 3; MAL.
C. Indicadores Clínicos
Para crianças com mais de 7 anos mais do que um score ATY, MAL ou UNR, recusa (REF) é clinicamente significativo.
1. Resposta atípica (ATY):
1 – distorção perceptiva de uma figura 2 – distorção de um tema ou emoção sugerido 3 – negação clara de um aspecto óbvio da figura 4 – pensamento ilógico (típico do processo primário) 5 – ideação ou acção homicida ou suicida, violência física 6 – morte de personagem presente no estímulo 7 – abuso ou negligência infantil, conteúdo sexual 8 – material clínico (abuso de drogas, comportamento inadaptativo) 9 – conteúdo irrealista (monstros, fantasmas, excepto se o personagem estiver a sonhar) 2. Resultado mal-adaptativo (MAL):
1 – isolamento ou outra forma de inibir resolução de conflito 2 – acção inapropriada ou inaceitável
3 – negação, reacção fóbica ou histérica 4 – resposta autocrática a situação problemática 5 – enganar ou manipular outros 6 – fisicamente destrutivo 3. Recusa (REF):
Recusa verbal ou nã-verbal em elaborar história. É atípico em crianças bem-adaptadas,
com mais de 6 anos.
Desenvolvimento cognitivo insuficiente, bloqueamento emocional, comportamento
desafiante ou oposicional.
4. Sem score:
1 – inabilidade em projectar material – semelhante em termos interpretativos à anterior Em termos de nível de projecção é: 1- se descreve uma situação ou objectos 2- se descreve uma acção As crianças com menos de 6 anos pode dever-se a insuficientes capacidades cognitivas. (Não é recusa mas não há material codificável)
Características prototípicas de casos clínicos
A. Características de crianças bem-adaptadas:
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Um ou menos em ATY e MAL
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Sem recusas ou sem score
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Histórias completas que transcendem as características óbvias do estímulo
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Abertura e ausência de defensividade em resposta a situações como “ter medo” ou “ter ciúmes”
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Capacidade de identificar problemas a um nível cognitivo apropriado para a idade
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Histórias com níveis apropriados de resolução para a idade e com resultados construtivos
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Sup-o elevado, temas positivos e interacções positivas
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Sup-c elevado. Percepção positiva do sistema de suporte
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Lim apropriado e construtivo
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Scores moderados em todas as escalas clínicas. Uma escala clínica elevada pode ser relativamente pouco significativa desde que as capacidades de resolução de problemas sejam elevadas
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Agressão presente reflecte respostas agressivas típicas e não hostilidade extrema ou violência
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Capacidade de perceber e confrontar os problemas de forma realista
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As histórias tendem a ser consistentes com a imagem
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As histórias revelam criatividade, riqueza de conteúdo e várias perspectivas e alternativas
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Comportamento apropriado durante o teste
B. Características clínicas de um estado de crise:
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Uma ou mais escalas clínicas elevadas, que podem indicar que a criança está a ser inundada por emoções não controladas
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Elevação de não-resolvido
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Elevação da escala de depressão
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Perseveração de temas relacionados com a crise (ex.: divórcio) e projecção desse tema em cartões que não o elicitam vulgarmente
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Sup-c e Sup-o baixo
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Scores de resolução abaixo do que seria de esperar
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Depender dos outros pode ser baixo ou alto, depende como a criança percebe o sistema de suporte. De qualquer forma o facto de Sup-o ser baixo indica que este sistema não é percebido como capaz de resolver os problemas ou nem sequer está disponível
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Ausência de patologia severa indicado por ATY e MAL, que indica uma perturbação de longo-termo (nem o teste da realidade, nem o pensamento está perturbado)
C. Características clínicas de ansiedade excessiva:
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Elevação muito acentuada da escala de ansiedade
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Elevação da escala de depressão ou rejeição associadas com ansiedade
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Agressão no nível normal ou abaixo, tendência para internalizar sentimentos, negar a agressão e projectar a agressão para outras figuras
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Baixo ATY e MAL, sem perturbações perceptivas ou conteúdo bizarro
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Resolução na norma ou ligeiramente abaixo, mas indicando potencial de resolução de problemas
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Identificação de problemas nas normas ou elevado
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O sistema de suporte pode ser percebido como positivo, mas inadequado ou incapaz de ajudar (depender dos outros pode ser elevado, mas Sup-o é baixo)
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Durante o teste, elevada insegurança ou auto-consciência
D. Características clínicas de hiperactividade:
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Scores baixos nas escalas de resolução, ou elevado não resolvido (UNR). Baixa capacidade para lidar com os sentimentos
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Reduzido score na identificação do problema
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Depender dos outros e Sup-o baixo (reduzido apoio do sistema de suporte)
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Baixo Sup-c
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Limite setting acima da média
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Elevação das escalas clínicas (particularmente da depressão e da agressão)
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Os indicadores variam, MAL tende a revelar acting out ou impulsividade
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Excessiva actividade durante o teste
E. Características clínicas da desordem de aprendizagem:
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Níveis de projecção reduzidos. O conteúdo dos scores é semelhante aos das crianças mais novas, frequentemente com uso somente da descrição física
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Níveis elevados da escala de depressão
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Elevados scores em rejeição e não-resolvido (UNR)
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A ansiedade e a agressão varia conforme o tipo de reacção da criança à desordem
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Scores baixos em depender dos outros e Sup-o – sistema de suporte inadequado
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Baixo score em Sup-c
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Baixo score em RES 1 e RES 2 – reduzida capacidade de resolver problemas construtivamente
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Sem indicações de desordem de pensamento (ATY)
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MAL varia conforme a tendência para reagir com acting out
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Comportamento durante o teste em conformidade com o tipo de desordem
F. Características clínicas de abuso sexual:
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Histórias que incluem temáticas sexuais
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Histórias que incluem violência extrema, incluindo homicídio
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Elevado score em MAL, tendência para acting out
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Temas como estigmatização, traição, vitimização e impotência
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Elevado Sup-o que reflecte a tendência da criança para fantasiar um sistema de suporte protector, mas que não reflecte suporte real
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As escalas clínicas é semelhante a outras crianças de amostras clínicas, dependendo da reacção da criança ao abuso
G. Características clínicas da desordem desafiante de oposição
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Escala de agressão elevada
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Outras escalas clínicas elevadas, que indicam problemas emocionais
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Elevado ATY pode indicar agressão violenta
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MAL – acting out que intensifica ou prolonga o problema
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Scores de resolução de problemas reduzidos
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Identificação de problema reduzido – consciência limitada dos sentimentos e comportamentos em si mesmo e nos outros
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LIM elevado – dificuldade com as regras familiares e os estilos parentais
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Sup-o reduzido
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Sup-c médio ou elevado – tendência para a auto-afirmação e para decidir independentemente do sistema de suporte
H. Características clínicas da personalidade agressiva antisocial:
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Agressão mais elevada que qualquer outra escala clínica
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ATY reflecte violência, hostilidade, abuso físico ou punição abusiva
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Recusas e sem score que indicam uma resistência a contar histórias
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MAL, reflecte histórias que terminam com acting out ou morte
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LIM elevado – necessidade de controlo externo
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Depender de outros e Sup-o – sistema de suporte inadequado
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Sup-c pode ser alto (nos adolescentes pode reflectir uma falsa maturidade) ou baixo (reduzida maturidade com baixa auto-estima)
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Scores de resolução baixos – problemas ao nível dos coping skills e da resolução de problemas
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Conteúdo descreve relações familiares perturbadas
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História de dificuldades académicas e sociais na escola
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Comportamento de oposição durante o teste, incluindo por vezes falta de emotivação, impulsividade, desafios ao examinador, etc
I. Características clínicas da depressão:
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Depressão elevada
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Outras escalas clínicas elevadas, nomeadamente rejeição e ansiedade
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Não-resolvido (UNR) elevado – desânimo acerca da possibilidade de resolver problemas
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ATY, reflectindo conteúdos suicidas. Sem presença de perturbações de pensamento
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ATY no cartão 4 baseado na resposta de morte (ou a morrer), que representa desânimo
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MAL reflecte morte de personagem principal, conteúdo suicida ou conteúdo passivoresistentes
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Escalas adaptativas reduzidas – sistema de suporte ausente, como surge indicado em depender dos outros e Sup-o
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Sup-c reduzido
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Scores de resolução reduzidos
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Identificação de problema elevado ou médio (para crianças com nível médio de inteligência)
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Pouca energia, apatia, esforço mínimo
J. Características clínicas da desordem de pensamento:
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ATY elevado
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Ideias bizarras, fragmentadas, não usuais, socialmente inapropriadas ou implausíveis
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Perturbações que apontam no sentido de desordem de pensamento, como por exemplo perda de coerência, passagem de um assunto a outro, não relacionado
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Interpretação perceptiva desadequada das figuras
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Afecto inapropriado, como reacções emocionais não relacionadas com o conteúdo do cartão
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Indicações de perda de coerência do self, que pode ser indicado na redução de Sup-c ou nas escalas de resolução
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Motivação perturbada, dificuldade em manter o interesse na tarefa, resolução limitada dos sentimentos e problemas, com depressão ou falta de energia
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Interacções sociais perturbadas, que ultrapassa os problemas interpessoais normais e pode envolver isolamento, desvinculação emocional, preocupações egocêntricas, ideias ilógicas e fantasias. A ausência de depender dos outros e Sup-o pode permitir a identificar estes problemas dentro do sistema de suporte da criança
K. Características clínicas da negligência parental:
(neste caso concreto com comportamentos aditivos da mãe) -
Incapacidade para projectar material codificável, tendência para perceber as figuras a um nível concreto
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Qualidade do conteúdo e verbalizações de menor qualidade do que seria de esperar para a sua idade, mas mais elaboradas que em caso de atraso mental
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Respostas sem codificação
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Em casos graves surgem ATY por interpretação deficiente das imagens
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Resolução de problemas reduzido e níveis reduzidos de resolução – incapacidade de resolver problemas
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Reduzido controlo dos impulsos – desenvolvimento precário do ego
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Desordens de aprendizagem com desempenho mais reduzido do que o nível intelectual permitiria
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Comportamento activo durante o teste – dificuldade em manter a atenção na tarefa
L. Características clínicas de atraso mental:
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Tendência para elaborar somente descrições concretas. Atenção aos detalhes físicos. Elevado número de sem codificação e respostas que são codificadas somente ATY
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Elevado ATY
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ATY incluiu interpretação errónea das figuras, outras da actividade
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Perseverações de conteúdos simples ao longo dos cartões
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Elevado número de UNR – incapacidade de contar uma história completa
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Atitude geral de cooperação, sem recusas
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Escalas adaptativas reduzidas
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Reduzida riqueza e variedade de conteúdo
Procedimentos interpretativos
1. Indicadores clínicos: - Frequência e conteúdo Ex.: respostas agressivas – quem são os agressores?, quem são as vitimas?) 2. Escalas clínicas: - Frequência e conteúdo 3. Escalas adaptativas: -
Depender dos outros – da utilização do sistema de suporte à hiperdependência. Verificar também a quem a criança pede ajuda e se utiliza os recursos internos da família.
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Suporte-outros – grau como a criança percebe o sistema de suporte como positivo (ver em conjunto com a anterior para avaliar a responsividade do sistema de suporte). Verificar que auxilia e quem não o é. O evitamento destes scores nos cartões 2, 5 e 10 é significativo.
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Suporte-criança – esta escala representa a auto-estima e auto-suficiência
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Limite-setting – percepção da disciplina em casa e na escola. Reflecte também o entendimento que a criança tem das consequências do comportamento inadequado. Combinações destas respostas com ATY identifica punição abusiva.
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Identificação de problema – nível de entendimento dos seus conflitos e dos sentimentos. Importância terapêutica.
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Nível de resolução – Nível 1: típica dos 6 e 7 anos; Nível 2: típica dos 8 aos 12 anos e Nível 3: dos 13 aos 15 anos. As crianças das amostras clínicas raramente têm scores de nível 3.
4. Análises de conteúdo: Procurar temas incomuns ou recorrentes. Procurar identificar capacidades criativas da criança que possam terapêuticamente ser redireccionadas se necessário.
5. Comportamento durante o teste