Perigos Químicos, Biológicos e Radioactivos Materiais e agentes químicos, biológicos e radioactivos podem, por acidente ou por outros motivos serem dispersados no ar, na água ou em objectos e superfícies com as quais possa existir contacto. A forma mais comum de acidentes com estes produtos são os derrames, ou seja acidentes em que os recipientes que os contêm são quebrados existindo uma fuga destes agentes. Convém diferenciar estes agentes pois a forma como eles actuam e portanto como se deve actuar em caso de emergência é também diferenciada. Refira-se que, principalmente, no caso de agentes químicos e radioactivos estes podem estar presentes em quantidades que configuram um perigo imediato para as pessoas expostas ou estarem em níveis que apenas geram perigo após a exposição prolongada. Estes níveis dependem do agente em causa. No entanto no âmbito desta publicação serão abrangidos os casos em que o perigo de exposição é imediato pois estes é que configuram situações de emergência. Os acidentes com químicos são caracterizados por um despoletar rápido de sintomas nas pessoas expostas (geralmente na ordem de minutos a horas). As manifestações no ambiente exposto também são geralmente identificáveis, como sejam, resíduos dos produtos, odor forte ao químico, plantas mortas e folhas queimadas, insectos e pequenos animais mortos ou com sintomas. No caso dos agentes biológicos geralmente os sintomas nas pessoas expostas demoram dias a semanas a aparecer. Devido a esta demora no aparecimento de sintomas a origem do agente torna-se mais difícil de identificar e geralmente não se identificam no ambiente exposto traços identificativos do agente. Se o agente for contagioso entre pessoas a área afectada pode expandir-se rapidamente devido à migração de indivíduos afectados. As emergências com agentes biológicos são mais raros mas por vezes surgem surtos de doenças em humanos, animais e até plantas que requerem o uso de medidas de controlo. No caso de acidentes com elementos radioactivos os sintomas demoram muitas vezes dias a semanas para aparecerem e não existem traços identificáveis no ambiente. Os materiais radioactivos não são identificáveis pelos sentidos, não têm cor ou cheiro. A identificação do nível de perigo, tipo de agente (caso seja de origem desconhecida), área afectada requer a utilização de equipamento especializado. Nestes casos é importante identificar o nível de radiação e determinar se representa um perigo imediato ou a longo prazo em termos de exposição. Devido ao atraso no aparecimento dos sintomas é possível a migração de pessoas e equipamentos infectados alargando a área afectada.
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AGENTES QUÍMICOS Os agentes químicos podem ser de origem natural ou fabricados pelo homem. Em ambos os casos podem ser extremamente prejudiciais para a saúde humana. No entanto o perigo depende da dose a que se está submetido. Os efeitos na saúde dependem da toxicidade do químico, forma de contacto e da natureza e extensão da exposição ao químico. Refira-se que cada substância química tem uma forma diferente de actuar no organismo originando sintomas e reacções diferentes. Efeitos de Agentes Químicos Os agentes químicos podem ter diferentes efeitos no ser humano conforme as suas características. De forma superficial observem-se os diferentes efeitos que podem ocorrer: Anestésicos e narcóticos – ocorrem quando os químicos são capazes de anular a actividade nervosa, produzem um efeito sedante que leva o ser humano a um estado próximo do sono. Este tipo de efeito regista-se geralmente na presença do químico desaparecendo quando cessa a exposição ao químico. Asfixiante – ocorre quando o agente químico impede a respiração. Este efeito pode dever-se a dois fenómenos distintos, a dispersão do agente diminui a quantidade de oxigénio disponível ou impede a respiração anulando a capacidade do corpo fornecer oxigénio ao sangue. Cancerígenos – são agentes que provocam cancro ou fazem aumentar a possibilidade de este ocorrer nas pessoas expostas. Estes agentes não produzem o efeito de forma imediata mas no entanto a exposição a estes agentes fará com grande certeza com que ocorram doenças cancerosas nas pessoas expostas no futuro. A lista dos agentes químicos cancerígenos é muito longa e diversa incluindo agentes que actuam por inalação, por ingestão e por via cutânea. Mutagénicos – são agentes que provocam problemas genéticos que se manifestam nas gerações seguintes. Actuam alterando a cadeia genética. Também estes agentes não têm um efeito imediato nas pessoas expostas podendo apenas causar problemas na sua descendência.
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Teratogénicos – são agentes que provocam alterações e anomalias em fetos. Estes efeitos incluem malformações, deformações, morte do feto, etc. Em muitos casos estes problemas só ocorrem quando a mulher é exposta ao agente enquanto grávida e por vezes pouco antes de engravidar (dependendo do agente).
Corrosivos – actuam sobre os tecidos humanos destruindo-os e degradando-os. Exemplos deste tipo de produtos são ácidos.
Irritantes – produzem reacções adversas, por vezes bastante violentas, quando em contacto com a epiderme ou mucosas.
Pneumoconióticos – afectam os pulmões, podem-no fazer com efeitos imediatos ou prolongados conforme o agente e a quantidade deste. Geralmente os efeitos ocorrem a longo prazo por exposição prolongada. Estes tipos de agentes são pós sólidos, pelo qual a única forma de exposição é por inalação. Apenas como exemplo deste tipo de agentes pode referir-se o amianto que provoca asbestose ou o berílio que provoca a beriliose. Sensibilizantes – são produtos químicos que originam reacções alérgicas, como por exemplo, a asma ou dermatites.
Sistémicos – são capazes de alterar o funcionamento de um ou mais órgãos no corpo humano, por vezes afectam o funcionamento de sistemas inteiros. Existem produtos químicos que afectam, por exemplo, as funções hepáticas (tetracloreto de carbono), renais (cádmio) ou ainda que afectam o sistema nervoso (chumbo).
Os produtos químicos provocam muitas vezes lesões nos locais onde entram em contacto com o corpo, geralmente a pele ou as mucosas (nariz, boca, tracto respiratório, etc). Entre estes produtos encontram-se os corrosivos e os irritantes. Para além deste efeito localizado existem produtos que entram na corrente sanguínea e
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afectam outras partes do corpo. Entre estes encontram-se os que produzem efeitos sistémicos. A forma como entram em contacto com o corpo é também um elemento muito importante. Geralmente o corpo humano pode ser exposto a agentes químicos das seguintes formas: Via respiratória – A via de penetração dos agentes químicos mais comum é a respiratória. A inalação de vapores ou gases químicos junto com o ar é um dos maiores riscos no caso de emergências com produtos químicos. Os filtros naturais do corpo humano existentes no nariz, boca e aparelho respiratório são ineficazes no caso de vapores ou gases químicos. Os agentes químicos, conforme a sua natureza, podem deste modo provocar irritação e alergias no aparelho respiratório impedir a oxigenação ou até entrar na corrente sanguínea através dos pulmões. Via dérmica – O contacto dos químicos com a pele pode também ter consequências para a saúde. O contacto com agentes corrosivos e irritantes pode destruir a pele provocando queimaduras, feridas, dermatites, etc. Existem agentes químicos que podem penetrar a pele, mesmo sem causarem feridas, e entrar na corrente sanguínea por este meio. A pele apresenta uma grande extensão além de que reveste todo o corpo, deste modo, a sua protecção é vital no caso de emergências com produtos químicos. Via digestiva – A ingestão de agentes químicos pode ocorrer, no caso de emergências com químicos esta via não será das mais preocupantes desde que mínimas medidas de segurança sejam tomadas. O cuidado com os alimentos é neste caso fundamental. Caso ocorra ingestão de químicos, o aparelho digestivo é bastante sensível pelo que os danos podem ser graves, os químicos também podem aceder à corrente sanguínea através do aparelho digestivo. Via parentérica – É a via de penetração directa do agente químico no corpo através de feridas, chagas, etc. Esta via é mais preocupante no caso de agentes biológicos, ainda assim deve ser acautelada devido ao facto de os agentes terem acesso directo à corrente sanguínea.
Os recipientes que contêm produtos químicos devem ter indicações específicas da perigosidade e efeitos na saúde que estes podem ter. Relativamente à sinalética não se diferenciam todos os efeitos que os químicos podem ter no organismo mas são utilizados símbolos que permitem identificar facilmente a sua perigosidade. Alguns dos símbolos utilizados são apresentados na Figura 1. Relativamente aos
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seus perigos toxicológicos interessam mais para esta publicação as substâncias com indicação de tóxicas, nocivas e corrosivas uma vez que as explosivas, combustíveis e inflamáveis representam perigos ligados a incêndios.
Muito Tóxico (T+) ou Tóxico (T)
Nocivo (Xn), Irritante (Xi) ou Sensibilizante
Facilmente Inflamável (F) ou Extremamente inflamável (F+)
Corrosivo (C)
Perigoso para o Ambiente (N)
Figura 1: Símbolos toxicológicos
Figura 2: Sinal de aviso da presença de substâncias tóxicas
Estes símbolos são utilizados na rotulagem dos recipientes que contêm os produtos. Apresenta-se em seguida a esquematização dos rótulos dos produtos químicos de acordo com a directiva 67/548/CEE. Existem frases normalizadas que indicam que tipos de perigos existem e medidas preventivas devem ser utilizadas no manuseamento do produto em questão. Estas são conhecidas por frases R e frases S e são apresentadas em anexo.
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Os efeitos toxicológicos são tidos em conta na rotulagem e identificação da sua perigosidade. De acordo com a sua perigosidade a substância será: Muito tóxicas: substâncias e preparações que, quando inaladas, ingeridas ou absorvidas através da pele, mesmo em muito pequena quantidade, podem causar a morte ou riscos de doenças agudas ou crónicas; Tóxicas: substâncias e preparações que, quando inaladas, ingeridas ou absorvidas através da pele, mesmo em pequena quantidade, podem causar a morte ou riscos de doenças agudas ou crónicas; Nocivas: substâncias e preparações que, quando inaladas, ingeridas ou absorvidas através da pele, podem causar a morte ou riscos de doenças agudas ou crónicas; Corrosivas: substâncias e preparações que, em contacto com tecidos vivos, podem exercer sobre estes uma acção destrutiva; Irritantes: substâncias e preparações não corrosivas que, em contacto directo, prolongado ou repetido com a pele ou as mucosas, podem provocar uma reacção inflamatória; Sensibilizantes: substâncias e preparações que, por inalação ou penetração cutânea, podem causar uma reacção de hipersensibilização tal, que uma exposição posterior à substância ou à preparação produza efeitos nefastos característicos; Cancerígenas: substâncias e preparações que, por inalação, ingestão ou penetração cutânea, podem provocar cancro ou aumentar a sua incidência; Mutagénicas: substâncias e preparações que, por inalação, ingestão ou penetração cutânea, podem produzir defeitos genéticos hereditários ou aumentar a sua frequência; Tóxicas para a reprodução: substâncias e preparações que, por inalação, ingestão ou penetração cutânea, podem causar ou aumentar a frequência de efeitos prejudiciais não hereditários na progenitura ou atentar às funções ou capacidades reprodutoras masculinas ou femininas;
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Perigosas para o ambiente: substâncias e preparações que, se penetrarem no ambiente, representam ou podem representar um risco imediato ou diferido para um ou mais componentes do ambiente. As abreviaturas utilizadas para identificar as diversas categorias de perigo são as seguintes: explosivo: E oxidante: O extremamente inflamável: F+ facilmente inflamável: F inflamável: R10 muito tóxico: T+ tóxico: T nocivo: Xn corrosivo: C Irritante: Xi sensibilizante: R42 e/ou R43 cancerígeno: Carc. Cat. (1,2 ou 3) mutagénico: Muta. Cat. (1,2 ou 3) tóxico para a reprodução: Repr. Cat. (1,2 ou 3) perigoso para o ambiente: N e/ou R52, R53, R59,
Figura 3 Exemplo de rótulo de produto químico
AGENTES BIOLÓGICOS Os agentes biológicos são microrganismos (vírus, bactérias, etc) ou endoparasitas humanos susceptíveis de causar doenças, alergias, infecções ou toxicidade em seres humanos. As vias de contacto são semelhantes às dos agentes químicos, nomeadamente:
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Via respiratória – o contágio efectua-se pelo nariz ou boca inalando aerossois com o agente biológico. Esta é uma via que permite um contágio bastante rápido na população. Os agentes que se podem propagar por esta via são os mais perigosos em termos de contágio. Via dérmica – o contágio é efectuado através da pele quando em contacto com fluidos ou superfícies contendo o agente biológico.
Via digestiva – O contágio é efectuado pela boca ou aparelho digestivo geralmente pelo consumo de alimentos onde esteja presente o agente biológico.
Via parentérica – O agente entra no organismo através de feridas ou chagas acedendo à corrente sanguínea.
Refira-se que nem todos os agentes biológicos se podem propagar através da totalidade destas vias, podendo apenas propagar-se por uma ou mais ou em determinados casos serem pouco contagiosos. Obviamente que quanto mais fácil for o contágio do agente maior o risco que ele apresenta para as populações, principalmente no caso do contágio por via respiratória. A perigosidade do agente também varia com as consequências para a saúde das pessoas contaminadas. Um mesmo agente pode apresentar maior ou menor perigosidade conforme a via de contacto com o organismo. Por exemplo, a transmissão do antraz (uma bactéria) entre pessoas é muito improvável, deste modo o perigo do seu contágio na população é quase inexistente. No entanto se for espalhado, por exemplo numa acção terrorista, e entrar em contacto com pessoas a sua perigosidade depende da via de contacto. Se for inalado é espectável a morte em perto de 100% das pessoas. Se for ingerido, por exemplo em alimentos contaminados, é espectável a morte de 50% das pessoas contaminadas. Se entrar apenas em contacto com a pele pode causar a morte de 20% das pessoas infectadas sem tratamento, no entanto o tratamento é simples e permite salvar a totalidade das pessoas. Refira-se que o antraz pode entrar em contacto com pessoas que tratam de animais e por via natural 95% das infecções são cutâneas e a infecção por inalação é muito pouco provável, se for utilizado em bioterrorismo e for 8
espalhado no ar procurando infectar as pessoas por inalação é possível com 10 kg de antraz, se for espalhado em áreas urbanas e em condições favoráveis, matar dezenas de milhar de pessoas em 2 semanas. Refira-se no entanto que já existe uma vacina de prevenção eficaz em cerca de 90% dos casos.
Figura 4: Indicação de risco biológico
Os agentes biológicos são classificados, conforme o seu nível de risco infeccioso, nos seguintes grupos: Agente biológico do grupo 1 - o agente biológico cuja probabilidade de causar doenças no ser humano é baixa; Agente biológico do grupo 2 - o agente biológico que pode causar doenças no ser humano e constituir um perigo para os trabalhadores, sendo escassa a probabilidade de se propagar na colectividade e para o qual existem, em regra, meios eficazes de profilaxia ou tratamento; Agente biológico do grupo 3 - o agente biológico que pode causar doenças graves no ser humano e constituir um risco grave para os trabalhadores, sendo susceptível de se propagar na colectividade, mesmo que existam meios eficazes de profilaxia ou de tratamento; Agente biológico do grupo 4 - o agente biológico que causa doenças graves no ser humano e constitui um risco grave para os trabalhadores, sendo susceptível de apresentar um elevado nível de propagação na colectividade e para o qual não existem, em regra, meios eficazes de profilaxia ou de tratamento.
AGENTES RADIOACTIVOS A radiação é uma forma de energia, a radiação pode ser originada por produtos feitos pelo homem (ex. raios X) ou de materiais radioactivos naturais radioactivos (ex. urânio presente no solo). A radiação pode ter diversos efeitos na saúde humana, as consequências da exposição a radiações podem apenas manifestar-se após vários anos, dependendo do nível de exposição. O corpo humano é exposto diariamente e ao longo da sua vida a radiações, as emergências relacionadas com radioactividade devem-se geralmente a acidentes em centrais nucleares, transporte de materiais radioactivos ou incidentes terroristas. A contaminação ocorre quando partículas radioactivas se libertam e entram em contacto com outros elementos ou seres humanos (na pele, inalados ou ingeridos). Desde esse momento a pessoa fica exposta à radiação, pois essas partículas libertam 9
radiação e estão em contacto com o corpo ou mesmo no seu interior. A exposição à radiação pode ocorrer quando as partículas radioactivas entram em contacto com a pessoa internamente ou externamente, geralmente a contaminação é mais grave quando é interna, isto é, as partículas encontram-se no interior no organismo. Adoptase por vezes o termo exposição quando se é apenas exposto a radiação ou para o contacto externo com partículas radioactivas e contaminação para o contacto interno com partículas radioactivas. A propagação de contaminação radioactiva pode ocorrer se partículas radioactivas forem transportadas pelo ar e água e no caso de pessoas transportarem partículas nas suas roupas e pele. No caso de contaminação interna esta pode propagar-se a outros indivíduos através de fluidos corporais.
Figura 5: Indicação de risco radioactivo (radiações ionizantes)
PROTECÇÃO Estes tipos de agentes podem actuar de muitas formas e ter muitos efeitos, deste modo, apresentam-se de forma resumida alguns equipamentos de protecção e sua eficácia. Protecção respiratória A inalação de agentes químicos, biológicos e radioactivos é uma forma de exposição e contaminação bastante rápida e que pode ocorrer com grande probabilidade em muitas emergências. A protecção respiratória deve ser sempre assegurada e a forma como se efectua deve ser ponderada criteriosamente. A protecção respiratória pode ser realizada por equipamentos que purificam o ar ou equipamentos que fornecem ar ou oxigénio de fonte não contaminada. Os primeiros têm filtros que purificam o ar da atmosfera contaminada, os segundos têm fontes de ar ou oxigénio independentes da atmosfera contaminada (garrafa ou atmosfera não contaminada) Estes dois tipos de equipamentos dividem-se em: Equipamentos filtrantes máscaras autofiltrantes descartáveis máscara + filtro (protege rosto e olhos) semi-máscara + filtro (cobre fossas nasais e boca) 10
boquilha+filtro Equipamentos isolantes autónomos não autónomos ou semiautónomos
Máscaras Respiratórias Descartáveis / Respiradores São máscaras que cobrem no essencial a boca, o nariz e o queixo. A máscara tem capacidade de filtro filtrando o ar da atmosfera eliminando agentes nocivos. Estas máscaras são mais utilizadas para agentes biológicos, pós, fumos e partículas radioactivas. Não devem ser utilizadas no caso de agentes químicos pois estes frequentemente estão na atmosfera como vapores ou gases não sendo adequado este tipo de equipamento de protecção. A EN149 classifica os filtros para máscaras nas classes FFP1, FFP2 e FFP3 (FFP – Filtering Face Piece). A classificação é realizada conforme o factor de protecção que é função da máxima concentração admissível de agente para a qual a máscara pode ser utilizada. As máscaras FFP1 devem ser utilizadas no para protecção contra poeiras e pós de baixa toxicidade (ex. cimento, celulose, algodão) e as FFP3 quando as agentes sejam tóxicos e para concentrações superiores (ex. bactérias, fungos, amianto), as FFP2 são para situações intermédias. O factor de protecção é definido tendo em conta o Valor Limite Tolerável ou Valor Limite de Exposição (TLV ou VLE), isto é, um factor de protecção de 5 indica que a máscara protege até concentrações 5xTLV. CLASSIFICAÇÃO DE RESPIRADORES Classe
FFP1 FFP2
FFP3
Eficácia
Poeiras Poeiras, pós finos nocivos, fumos, fibras (vidro, amianto, etc), aerossóis nocivos Partículas carcinogénicas, partículas radioactivas, bactérias, vírus, esporos, aerossóis
Fuga para o interior
Factor de protecção
22%
4
8%
10
2%
50
Figura 6: Exemplo de máscaras descartáveis/respiradores
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Este tipo de máscaras não deve ser utilizado sempre que a atmosfera contenha menos de 17% de oxigénio, se a atmosfera contiver níveis de agente nocivo superior ao aconselhado pelo filtro ou tiver outros agentes que possam por em causa a saúde das pessoas no imediato. Além disso a sua eficiência é muito prejudicada se não for bem ajustado à cara, deste modo, os operadores não devem utilizar barba ou apresentarem cicatrizes que impeçam um bom ajuste do equipamento. A utilização destas máscaras deve limitar-se a situações em que o agente perigoso se apresenta na forma de partículas (fumos, pós, aerossóis, etc) não devendo ser utilizadas na protecção contra vapores químicos (ex. vapores orgânicos) a não ser com concentrações muito baixas e caso o fabricante indique que as máscaras oferecem esse tipo de protecção. Além disso o filtro vai colmatando e requerendo um maior esforço ao utilizador para respirar e permitindo a entrada de mais ar contaminado em volta da máscara, é conveniente ir trocando de máscara em trabalhos mais prolongados.
Figura 7 Exemplo de uma protecção respiratória insuficiente.
Máscaras e Semi-Máscaras Respiratórias São máscaras que têm melhor ajuste à face devido a terem uma membrana em borracha. Deste modo, têm melhor selagem sendo mais eficazes. Contêm filtros que purificam o ar que entra. As máscaras não fornecem oxigénio limitando-se a filtrar o ar disponível pelo qual não devem ser utilizadas se o oxigénio disponível no ambiente for inferior a 17%. Outra questão deve-se ao facto de existirem filtros apropriados para cada tipo de agente, logo, num ambiente em que não seja conhecido o agente presente não se deve utilizar este tipo de máscaras. Estes são eficazes contra poeira e partículas mas também contra vapores e gases, dependendo do filtro. Para obviar à limitação de os filtros serem específicos para cada tipo de agente existem máscaras que permitem utilizar mais do que um filtro em série e também filtros que fornecem protecção contra mais do que um tipo de agente, por exemplo os que combinam a protecção contra partículas e um tipo de químico são muito comuns. Também devem ser utilizadas quando as quantidades de agente nocivo presente são baixas, pois se forem muito elevadas o filtro irá saturar rapidamente perdendo eficácia. Refira-se que o nível de protecção destes filtros é de cerca de 10 vezes o 12
limite de exposição aconselhável. O factor de protecção considerado é de 50. Deste modo este tipo de máscaras não é aconselhável quando os derrames sejam muito grandes com elevadas concentrações de agente nocivo no ar ou a intervenção tenha que ser prolongada no tempo. No caso de ser um agente com cheiro identificável a perda da capacidade filtrante será notada, cuidados redobrados devem ser tidos quando os agentes nocivos apresentem nenhum ou pouco odor. Os filtros devem ser trocados com regularidade pois vão perdendo eficácia, com a colmatação é necessário maior esforço do utilizador para respirar e tornando mais fácil a entrada de ar contaminado. Quando os agentes são irritantes devem-se escolher máscaras que cubram toda a face em especial os olhos.
Figura 8: Exemplo de máscaras respiratórias (semi-máscara e máscara)
Figura 9: Exemplo de filtros para máscaras
IDENTIFICAÇÃO DE FILTROS Código
A AX B E
Cor
Protecção Contra gases e vapores orgânicos em que o ponto de ebulição é superior a 65º (solventes e hidrocarbonetos) Contra gases e vapores orgânicos em que o ponto de ebulição é inferior a 65º (solventes e hidrocarbonetos) Contra gases e vapores inorgânicos, (excepto o monóxido de carbono) Contra o dióxido de enxofre (SO2) e determinados gases e vapores ácidos (ver instruções fabricante)
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K Hg-P3 NO-P3 P
Contra o amoníaco (NH3 e seus derivados orgânicos) Contra os vapores de mercúrio Óxidos de Azoto Partículas e pós
EFICÁCIA DE FILTROS Tipo
Protecção 80% de retenção P1
Partículas
94% de retenção P2 99,95% de retenção P3 Classe 1 Filtros de baixa capacidade (10 vezes o valor-limite, sem ultrapassar 100 ppm)
Gases
Classe 2 Filtros de capacidade média (100 vezes o valor-limite, sem ultrapassar 5000 ppm) Classe 3 Filtros de alta capacidade (100 vezes o valor-limite, sem ultrapassar 10000 ppm)
Dentro destes equipamentos também existem os respiradores motorizados, estes têm uma ventoinha que faz passar o ar pelo filtro tornando a respiração do utilizador mais fácil. Este tipo de respiradores pode estar associado a diferentes protecções faciais (máscaras, capacetes, etc) e inclusive pode o conjunto ventilador e filtro ser transportado às costas ou na cintura. Os respiradores mecanizados diminuem o esforço em respirar do utilizador, diminuem a pressão negativa assim criada e portanto torna-se menos critico o ajuste facial aumentando a segurança. Como desvantagens tem o facto de funcionarem com bateria pelo que se deve ter cuidado em verificar o nível de carga desta. Não podem ser utilizados em atmosferas com deficiência em oxigénio. Estes equipamentos têm factores de protecção a variar entre os 25 e os 100.
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Figura 10: Respirador motorizado transportado à cintura
Equipamentos com abastecimento de oxigénio A atmosfera tem normalmente cerca de 21% de oxigénio, situações de ambientes em que a percentagem de oxigénio se situe abaixo dos 19,5% consideram-se ambientes com deficiência de oxigénio. Sempre que a percentagem de oxigénio se situe abaixo dos 17% devem ser utilizados equipamentos com fornecimento de oxigénio autónomo. Um exemplo são derrames de quantidades importantes de químicos em ambientes fechados. Sempre que não exista certeza da quantidade de oxigénio presente no ar deve optar-se por este tipo de equipamentos. Estes equipamentos também devem ser utilizados para níveis muito elevados de agente nocivo na atmosfera, sempre que se ultrapassa o limite em que o perigo para a saúde é imediato este tipo de equipamentos é preferível. No caso de que para além do derrame químico exista a necessidade de combater um incêndio também se devem utilizar este tipo de equipamentos. Exemplos destes tipos de problemas são os incêndios em fábricas de químicos, pesticidas, etc. Estes equipamentos dividem-se em dois grupos principais: Equipamentos semiautónomos - com abastecimento por linha de ar, estes equipamentos fornecem ar limpo ao utilizador através de uma fonte estática como seja um compressor ou garrafas de ar comprimido. Permitem utilizações prolongadas com elevada protecção, são equipamentos leves e confortáveis para o utilizador. Podem funcionar por fluxo contínuo (pressão positiva) ou conforme a necessidade do utilizador. Deve ter-se sempre em atenção a fonte de ar puro pois se falhar o pessoal corre risco de vida. O facto do o ar ser fornecido por uma mangueira faz com que a liberdade de movimentos do pessoal fique muito diminuída. O factor de protecção é de até 10.000 TLV. É desejável o equipamento incluir uma pequena garrafa de emergência para ser utilizada para fuga caso haja problemas com a fonte ou a linha de ar. Equipamentos autónomos – Fornecem ar ao utilizador através de uma garrafa que este carrega nas costas. Geralmente utiliza-se uma semi-máscara ou máscara completa, quando inspira o equipamento fornece-lhe o ar puro conforme as suas necessidades. Este tipo de equipamentos é o que oferece maior protecção aos utilizadores. Têm a vantagem de oferecer maior liberdade de movimentos aos utilizadores permitindo que se movam livremente, é no entanto mais pesado obrigando a um maior esforço. A autonomia dos
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equipamentos é de cerca de 40 minutos o que pode causar incómodos em tarefas mais prolongadas.
Figura 11: Esquema de equipamentos com abastecimento de oxigénio (autónomos e semiautónomos)
Os equipamentos autónomos podem ser de circuito aberto ou de circuito fechado. Os primeiros são designados por ARICA (Aparelho Respiratório Isolante de Circuito Aberto) e são os geralmente utilizados pelos bombeiros e outros profissionais em emergências químicas e combate a incêndios. Neste tipo de equipamentos o ar exalado pelo utilizador é libertado para a atmosfera. Nestes aparelhos a garrafa tem que ter uma mistura respirável que é geralmente ar comprimido (cerca de 78% de nitrogénio, 21% de oxigénio e 1% de outros gases). Os aparelhos de circuito fechado são utilizados aplicações militares e também em equipas especializadas de emergência. Neste tipo de aparelhos o ar exalado continua dentro do circuito não existindo descargas para a atmosfera sendo eliminado o CO2. Estes aparelhos utilizam oxigénio líquido ou químico ou outras misturas gasosas contendo oxigénio. O aparelho retém o CO2 do ar exalado (através de absorventes químicos próprios) e corrige a mistura juntando oxigénio mantendo deste modo a mistura respirável. Estes equipamentos permitem uma maior autonomia para o mesmo volume de oxigénio transportado pelo utilizador embora apresentem alguns riscos acrescidos para a saúde do mesmo.
Figura 12: Equipamentos autónomos
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Figura 13: Equipamentos semiautónomos
Figura 14: Equipamento semi-autonómo com garrafa de emergência.
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Critérios de Escolha do Equipamento de Protecção
Partículas (fumos, poeiras, aerossóis, etc) Factor de Protecção Tipo de Equipamento* (xTLV) Máscara respiratória descartável 5 Semi-máscara respiratória com filtro para partículas
10
25
50
1000
2000
10000
Semi-máscara respiratória com filtro para partículas Máscara respiratória descartável Máscara respiratória com capuz ou capacete com filtro para partículas de elevada eficiência (HEPA) e ventilador Equipamentos semi-autónomos Máscara respiratória com filtro para partículas de elevada eficiência e ventilador Equipamentos autónomos (ARICA) Equipamentos semi-autónomos com capacete ou capuz Equipamentos com abastecimento de ar limpo (autónomos ou semi-autónomos) com funcionamento por pressão negativa Equipamentos com abastecimento de ar limpo (autónomos ou semi-autónomos) com funcionamento por pressão negativa desde que equipados com máscara completa Equipamentos autónomos (ARICA) com máscara completa
* Equipamentos com valores de protecção elevados podem ser utilizados em situações de menor exigência.
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Gases e Vapores Factor de Protecção (xTLV) 10
25
50
Tipo de Equipamento* Semi-máscara respiratória com filtro apropriado Equipamentos com abastecimento de ar limpo (autónomos ou semi-autónomos) com semi-máscara Máscara respiratória com capacete ou capuz com filtro apropriado e ventilador Equipamentos semi-autónomos com capacete ou capuz em fluxo contínuo Máscara respiratória com filtro apropriado Semi-máscara ou máscara respiratória com filtro apropriado e ventilador Equipamentos com abastecimento de ar limpo (autónomos ou semi-autónomos) com funcionamento por pressão negativa desde que equipados com máscara completa Equipamentos semi-autónomos com máscara ou semimáscara em fluxo contínuo
1000
Equipamentos com abastecimento de ar limpo (autónomos ou semi-autónomos) com funcionamento por pressão negativa
2000
Equipamentos com abastecimento de ar limpo (autónomos ou semi-autónomos) com funcionamento por pressão negativa desde que equipados com máscara completa
10000
Equipamentos autónomos (ARICA) com máscara completa
* Equipamentos com valores de protecção elevados podem ser utilizados em situações de menor exigência.
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Combinação Partículas e Gases Factor de Protecção (xTLV)
10
25
50
Tipo de Equipamento* Semi-máscara ou máscara respiratória com filtros apropriados (combinados) Equipamentos com abastecimento de ar limpo (autónomos ou semi-autónomos) com semi-máscara Máscara respiratória com capacete ou capuz com filtros apropriados (combinados) e ventilador Equipamentos semi-autónomos com capacete ou capuz em fluxo contínuo Máscara respiratória com filtros apropriados (combinados) Semi-máscara ou máscara respiratória (com boa selagem) com filtros apropriados (combinados) e ventilador Equipamentos com abastecimento de ar limpo (autónomos ou semi-autónomos) com funcionamento por pressão negativa desde que equipados com máscara completa Equipamentos semi-autónomos com máscara ou semimáscara em fluxo contínuo
1000
Equipamentos com abastecimento de ar limpo (autónomos ou semi-autónomos) com funcionamento por pressão negativa
2000
Equipamentos com abastecimento de ar limpo (autónomos ou semi-autónomos) com funcionamento por pressão negativa desde que equipados com máscara completa
10000
Equipamentos autónomos (ARICA) com máscara completa
* Equipamentos com valores de protecção elevados podem ser utilizados em situações de menor exigência.
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Bibliografia Byrnes, M., King D., Tierno Jr, P., (2003) “Emergency Response Public Protection and Nuclear, Chemical, Biological Terrorism”, CRC Press, Boca Raton Ellison, D. (2000) “Handbook of Chemical and Biological Warfare Agents”, CRC Press, Boca Raton IDICT, (2005) “Curso de Formação para o Desempenho de Funções de Segurança e Higiene no Trabalho por Trabalhadores Designados”, Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho, Lisboa Mendes, Paula (2007) “Agentes Químicos Perigosos – Algumas Directrizes Práticas para Implementação da Legislação”, Revista Tecnometal n.º 168, AIMMAP, Porto Miguel, Alberto (2007) “Manual de Higiene e Segurança do Trabalho”, 10ª Edição, Porto Editora, Porto Molino Sr., Louis (2006) “Emergency Incident Management Systems Fundamentals and Applications”, John Wiley & Sons, Hoboken NIOSH, (2004) “NIOSH Respirator Selection Logic”, Department of Health And Human Services, National Institute for Occupational Safety and Health, Cincinnati NIOSH, (2005) “NIOSH Pocket Guide to Chemical Hazards”, Department of Health And Human Services, National Institute for Occupational Safety and Health, Cincinnati OECD, (2003) “OECD Guiding Principles for Chemical Accident Prevention, Preparedness and Response Guidance for Industry (including Management and Labour), Public Authorities, Communities, and other Stakeholders”, OECD Publications Service, Paris OSHA, (2002) “Respiratory Protection”, OSHA 3079, Occupational Safety and Health Administration, OSHA Publications Office, Washington Töpfer, Hans-Joachim (2000) “Pocket Handbook Nuclear Biological Chemical (NBC) Defence”, Alfred Kärcher GmbH & Co., Winnenden
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ANEXO 1: Frases de Segurança Códigos S 1 S 2 S 3 S 4 S 5 S 6 S 7 S 8 S 9 S 10 S 11 S 12 S 13 S 14 S 15 S 16 S 17 S 18 S 20 S 21 S 22 S 23 S 24 S 25 S 26 S S
27 28
S S S S S
29 30 33 34 35
S S S S S
36 37 38 39 40
S S
41 42
S
43
S
44
S
45
S
46
S
47
S S S S S S S
48 49 50 51 52 53 54
S
55
S
56
Frases de Segurança Conservar bem trancado Manter fora do alcance das crianças Conservar em lugar fresco Manter longe de lugares habitados Conservar em... (líquido apropriado a especificar pelo fabricante) Conservar em... (gás inerte a especificar pelo fabricante) Manter o recipiente bem fechado Manter o recipiente ao abrigo da humidade Manter o recipiente num lugar bem ventilado Manter o conteúdo húmido Evitar o contacto com o ar Não fechar o recipiente hermeticamente Manter longe de comida, bebidas incluindo os dos animais Manter afastado de... (materiais incompatíveis a indicar pelo fabricante) Conservar longe do calor Conservar longe de fontes de ignição - Não fumar Manter longe de materiais combustíveis Abrir manipular o recipiente com cautela Não comer nem beber durante a utilização Não fumar durante a utilização Não respirar o pó Não respirar o vapor/gás/fumo/aerossol Evitar o contacto com a pele Evitar o contacto com os olhos Em caso de contacto com os olhos lavar imediata abundantemente em água e chamar um médico Retirar imediatamente a roupa contaminada Em caso de contacto com a pele lavar imediata e abundantemente com... (produto adequado a indicar pelo fabricante) Não atirar os resíduos para os esgotos Nunca adicionar água ao produto Evitar a acumulação de cargas electrostáticas Evitar choques e fricções Eliminar os resíduos do produto e os seus recipientes com todas as precauções possíveis Usar vestuário de protecção adequado Usar luvas adequadas Em caso de ventilação insuficiente usar equipamento respiratório adequado Usar protecção adequada para os olhos/cara Para limpar os solos e os objectos contaminados com este produto utilizar ...(e especificar pelo fabricante) Em caso de incêndio e/ou explosão não respirar os fumos Durante as fumigações/pulverizações, usar equipamento respiratório adequado (denominação(ões) adequada(s) a especificar pelo fabricante) Em caso de incêndio usar... (meios de extinção a especificar pelo fabricante. Se a água aumentar os riscos acrescentar "Não utilizar água") Em caso de indisposição consultar um médico (se possível mostrar-lhe o rótulo do produto) Em caso de acidente ou indisposição consultar imediatamente um médico (se possível mostrar-lhe o rótulo do produto) Em caso de ingestão consultar imediatamente um médico e mostrar o rótulo ou a embalagem Conservar a uma temperatura inferior a... ºC (a especificar pelo fabricante) Conservar húmido com... (meio apropriado a especificar pelo fabricante) Conservar unicamente no recipiente de origem Não misturar com... (a especificar pelo fabricante) Usar unicamente em locais bem ventilados Não usar sobre grandes superfícies em lugares habitados Evitar a exposição – obter instruções especiais antes de usar Obter autorização das autoridades de controlo de contaminação antes de despejar nas estações de tratamento de águas residuais Utilizar as melhores técnicas de tratamento antes de despejar na rede de esgotos ou no meio aquático Não despejar na rede de esgotos nem no meio aquático. Utilizar para o efeito um local apropriado para o tratamento dos resíduos
22
S S S S S
57 58 59 60 61
S
62
Utilizar um contentor adequado para evitar a contaminação do meio ambiente Elimina-se como resíduo perigoso Informar-se junto do fabricante de como reciclar e recuperar o produto Elimina-se o produto e o recipiente como resíduos perigosos Evitar a sua libertação para o meio ambiente. Ter em atenção as instruções específicas das fichas de dados de Segurança Em caso de ingestão não provocar o vómito: consultar imediatamente um médico e mostrar o rótulo ou a embalagem
23
ANEXO 2: Frases de Risco Códigos R 1
Explosivo em estado seco
Frases de Risco
R
2
Risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de ignição
R
3
R
4
Grande risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de ignição Forma compostos metálicos explosivos muito sensíveis
R R
5 6
Perigo de explosão em caso de aquecimento Explosivo em contacto e sem contacto com o ar
R
7
Pode provocar incêndios
R
8
Perigo de incêndio em caso de contacto com materiais combustíveis
R
9
Perigo de explosão se misturado com materiais combustíveis
R
10
Inflamável
R
11
Facilmente inflamável
R
12
Extremamente inflamável
R
13
Gás liquefeito extremamente inflamável
R
14
Reage violentamente com a água
R
15
Reage com a água libertando gases extremamente inflamáveis
R
16
Explosivo se misturado com substâncias comburentes
R
17
Inflama-se espontaneamente em contacto com o ar
R
18
R
19
Pode formar misturas de ar-vapor explosivas/inflamáveis durante a utilização Pode formar peróxidos explosivos
R
20
Nocivo por inalação
R
21
Nocivo em contacto com a pele
R
22
Nocivo por ingestão
R
23
Tóxico por inalação
R
24
Tóxico em contacto com a pele
R
25
Tóxico por ingestão
R
26
Muito tóxico por inalação
R
27
Muito tóxico em contacto com a pele
R
27 a
R
28
Muito tóxico por ingestão
R
29
Em contacto com a água liberta gases tóxicos
R
30
Pode inflamar-se facilmente durante o uso
R
31
Em contacto com ácidos liberta gases tóxicos
R
32
Em contacto com ácidos liberta gases muito tóxicos
R
33
Perigo de efeitos cumulativos
Muito tóxico em contacto com os olhos
R
34
Provoca queimaduras
R
35
Provoca queimaduras graves
R
36
R
36 a
Irritante para os olhos
R
37
Irritante para as vias respiratórias
R
38
Irritante para a pele
R
39
Perigo de efeitos irreversíveis muito graves
R
40
Possibilidade de efeitos irreversíveis
R
41
Risco de lesões oculares graves
R
42
Possibilidade de sensibilização por inalação
R
43
Possibilidade de sensibilização em contacto com a pele
R
44
Risco de explosão se aquecido em ambiente fechado
Lacrimogéneo
24
R
45
Pode causar cancro
R
46
Pode causar alterações genéticas hereditárias
R
47
Pode causar má formações congénitas
R
48
Risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada
R
49
Pode causar cancro por inalação
R
50
Muito tóxico para os organismo aquáticos
R
51
Tóxico para os organismo aquáticos
R
52
Nocivo para os organismo aquáticos
R
53
A longo prazo pode provocar efeitos negativos no ambiente aquático
R
54
Tóxico para a flora
R
55
Tóxico para a fauna
R
56
Tóxico para os organismos do solo
R
57
Tóxico para as abelhas
R
58
A longo prazo pode provocar efeitos negativos no meio ambiente
R
59
Perigoso para a camada do ozono
R
60
Pode comprometer a fertilidade
R
61
Risco durante a gravidez com efeitos adversos para à descendência
R
62
Possíveis risco de comprometer a fertilidade
R
63
R
64
Possíveis riscos, durante a gravidez, de efeitos indesejáveis na descendência Pode causar danos nos bebés alimentados com o leite materno
R
65
Nocivo: pode causar danos nos pulmões se ingerido
25
ANEXO 3: Frases Combinadas R
Códigos 14/15
R
15/29
R R R R R R R R R R R R R R R R R R
20/21 20/22 20/21/22 21/22 23/24 23/25 23/24/25 24/25 26/27 26/28 26/27/28 27/28 36/37 36/38 36/37/38 37/38 39/23 39/24
R R
39/25 39/23/24
R
39/23/25
R
39/23/24/25
R
39/26
R
39/27
R
39/28
R
39/26/26
R
39/27/28
R
39/26/27/28
R R R R
40/20 40/21 40/22 40/20/21
R R
40/20/22 40/21/22
R
40/20/21/22
R R
42/43 48/20
R
48/21
R
48/22
R
48/20/21
R
48/20/22
R
48/21/22
R
48/20/21/22
Frases Combinadas Reage violentamente com a água, libertando gases extremamente inflamáveis Em contacto com a água, liberta gases tóxicos e extremamente inflamáveis Nocivo por inalação e contacto com a pele Nocivo por inalação e por ingestão Nocivo por inalação, por ingestão e em contacto com a pele Nocivo em contacto com a pele e por ingestão Tóxico por inalação e contacto com a pele Tóxico por inalação e por ingestão Tóxico por inalação, por ingestão e em contacto com a pele Tóxico em contacto com a pele e por ingestão Muito tóxico por inalação e contacto com a pele Muito tóxico por inalação e por ingestão Muito tóxico por inalação, por ingestão e em contacto com a pele Muito tóxico em contacto com a pele e por ingestão Irrita os olhos e as vias respiratórias Irrita os olhos e a pele Irrita os olhos, a pele e as vias respiratórias Irrita as vias respiratórias e a pele Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves em contacto com a pele Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por ingestão Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação e contacto a pele Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação e ingestão Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação, contacto com a pele e ingestão Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves em contacto com a pele Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por ingestão Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação e contacto a pele Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação e ingestão Muito tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação, contacto com a pele e ingestão Nocivo: possibilidade de efeitos irreversíveis por inalação Nocivo: perigo de efeitos irreversíveis em contacto com a pele Nocivo: perigo de efeitos irreversíveis por ingestão Nocivo: perigo de efeitos irreversíveis por inalação e contacto a pele Nocivo: perigo de efeitos irreversíveis por inalação e ingestão Nocivo: perigo de efeitos irreversíveis em contacto com a pele e ingestão Nocivo: perigo de efeitos irreversíveis por inalação, contacto com a pele e ingestão Possibilidade de sensibilização por inalação e contacto com a pele Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por inalação Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por contacto com a pele Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por ingestão Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por inalação e em contacto com a pele Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por inalação e por ingestão Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada em contacto com a pele e por ingestão Nocivo: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por inalação, contacto com a pele e ingestão
26
R
48/23
R
48/24
R
48/25
R
48/23/24
R
48/23/25
R
48/23/24/25
R
50/53
R
51/53
R
52/53
Tóxico: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por inalação Tóxico: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por contacto com a pele Tóxico: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por ingestão Tóxico: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por inalação e em contacto com a pele Tóxico: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por inalação e por ingestão Tóxico: perigo de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por inalação, em contacto com a pele e ingestão Muito tóxico para os organismos aquáticos, pode provocar a longo prazo efeitos negativos no meio ambiente aquático Tóxico para os organismos aquáticos, pode provocar a longo prazo efeitos negativos no meio ambiente aquático Nocivo para os organismos aquáticos, pode provocar a longo prazo efeitos negativos no meio ambiente aquático
27