Proposta de Intervenção Pedagógica

Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Proposta de Intervenção Pedagógica

Apicultura Actual Sandra Fazendeiro [email protected]

I.Designação do curso O curso terá a seguinte designação: “Apicultura Actual”.

II.Diagnóstico de Necessidades da Formação Na região onde nos inserimos, à semelhança de outras regiões nacionais, a actividade apícola é, frequentemente, uma actividade complementar às outras actividades desenvolvidas nas explorações agrícolas ou um passatempo de fim-de-semana, no caso dos apicultores, que têm uma actividade profissional não relacionada com a agricultura. Considera-se, de modo geral, ser esta uma das razões para a falta de apicultores profissionalizados no território português. Por se tratar de uma actividade predominantemente familiar não é incentivada a interacção com outros produtores ou com os técnicos apícolas, e não é muito vulgar que apicultores já com alguma experiência ou apicultores ”curiosos” invistam tempo e dinheiro na sua própria qualificação, por exemplo, através da frequência de acções de formação profissional.

III.Justificação da Acção Sendo o sector apícola, um dos sectores primários onde se nota a inexistência de mão-deobra devidamente qualificada é necessário apostar na formação e profissionalização dos apicultores, de modo a que os que ainda não o fizeram adaptem a sua actividade às exigências actuais dos mercados agrícolas, e procedam aos ajustes necessários para cumprimento das regras de boas práticas e legislação em vigor. Considera-se que os conhecimentos adquiridos através desta acção de formação, os formandos ficarão aptos a produzir produtos de alta qualidade e seguros para consumo humano.


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IV.Objectivos a atingir No final da acção de formação, os formandos deverão ser capazes de:  Identificar os diferentes indivíduos presentes numa colmeia (rainha, zangão e obreira);  Conhecer as diferentes funções de cada individuo numa colmeia;  Identificar os produtos que uma colmeia oferece;  Conhecer os diferentes tipos de colmeias;  Identificar e reconhecer as condições ideias para a localização e instalação de um apiário, optimizando assim as produções de mel;  Conhecer a legislação inerente à instalação de apiários.

V.Conteúdos Programáticos

Módulo1.Biologia da abelha (4Horas) 

Como nascem as abelhas;

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Anatomia das abelhas;

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A rainha;

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As obreiras;

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Os zangões;

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As diferentes funções das abelhas numa colmeia.

Módulo2.Os produtos da colmeia e seus benefícios na saúde humana (2Horas) 

Mel

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Pólen

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Própolis

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Apitoxina (veneno das abelhas)

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Geleia real

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Cera


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Módulo 3. Diferentes tipos de colmeia (4 Horas) 

Conhecer e identificar a constituição de uma colmeia;

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Identificar os três tipos de colmeia mais utilizadas em Portugal (Reversível, Langstroth e Lusitana);

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Reconhecer as vantagens e desvantagens de cada colmeia.

Módulo 4. Instalação de um apiário (6 horas) 

Identificar as condições ideais para a localização e instalação de um apiário, atendendo a:  Escolha do local  Exposição adequada (locais com boa exposição solar…)  Flora apícola  Recursos naturais  Acessos

Módulo 5. Legislação apícola (2Horas) 

Conhecer o Decreto-Lei 203/2005, nomeadamente no que diz respeito a:  Registo da actividade apícola e declaração de existências;  Implantação de apiários;  Densidade de implantação;  Contra-ordenações

VI.Metodologias da realização da acção 1.A acção de formação terá a duração total de 18 horas teórico-práticas. 2.Ao longo das sessões serão desenvolvidas as seguintes actividades: 2.1 Apresentação e discussão dos tópicos programáticos incluídos em cada módulo; 2.2 Saídas para o campo com o intuito de observar e trabalhar num apiário já instalado, procurando colmatar os conhecimentos adquiridos nas sessões teóricas;


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2.3 Realização de uma ficha final em cada módulo para aplicação de conhecimentos.

VII.Requisitos exigidos pela entidade formadora para a frequência da acção Os formandos são preferencialmente apicultores com necessidade de formação ou trabalhadores agrícolas que pretendam iniciar a actividade apícola.

VIII.Regime de avaliação dos formandos definido pela entidade formadora No início da formação será feita uma avaliação diagnóstica com o intuito de se verificar o nível de conhecimento dos formandos. Em cada módulo haverá uma avaliação formativa, onde os formandos poderão identificar as suas dificuldades e ao mesmo tempo podem ser avaliados quanto ao seu interesse, participação e empenho em cada módulo. No final de cada módulo será realizada uma avaliação sumativa, através de um teste escrito, onde os formandos deverão aplicar os conhecimentos adquiridos nos módulos ministrados. A avaliação final dos formandos terá em atenção: Domínio dos conteúdos programáticos:10% Empenho nas actividades ao ar livre:30% Assiduidade do formando:10% Participação do formando:10% Teste final de conhecimentos:40%


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IX.Modelo de avaliação da acção A avaliação por parte dos formandos, é feita através do preenchimento de um inquérito sobre os conteúdos abordados, textos de apoio, metodologia utilizada pelo formador, utilidade dos conteúdos dos diferentes módulos, utilização de recursos didáticos, dinâmica e duração das sessões e relações interpessoais.

X.Recursos Didáticos Para a realização deste curso, o centro de formação deverá disponibilizar uma sala de acordo com o número de formandos inscritos, com computador, vídeo projector, quadro, marcadores, apagadores e ainda disponibilizar transporte para as saídas de visita a apiários assim como equipamento (fato de apicultor) adequado para que os formandos estejam protegidos das picadas de abelhas.

XI.Bibliografia FNAP, 2009.Manual de boas práticas na produção de mel. MOREIRA,L. E FARINHA, N., 2011. Guia Prático da Biologia da Abelha. BOGDANOV, S., 2006.Contaminants of bee products. Apidologie. Decreto-Lei 203/2005


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