Escola Profissional Dr. Francisco Fernandes Curso de Educação e Formação de Adultos Portaria nº 80/2008, alterada pela Portaria 74/2011 de 30 de junho Projeto cofinanciado pelo Fundo Social Europeu Agente em Geriatria - Nível 2 Ano Letivo: 2013/2014
AGENTE EM GERIATRIA
UFCD 3544 – Saúde da pessoa idosa - prevenção de problemas (25 horas) Formador: Carlos Aguiar Funchal, 17 de Julho de 2014
AGENTE EM GERIATRIA UFCD 3544 – Saúde da pessoa idosa - prevenção de problemas Conteúdos PROMOÇÃO DA SAÚDE Conceito de saúde Exercício físico Hábitos Tóxicos Higiene corporal Alimentação e nutrição Higiene do meio físico e social Vacinas Controlo da medicação PROBLEMAS DE SAÚDE (PROF. VANDA) MÉTODOS E TÉCNICAS APLICADOS AO DOENTE TERMINAL Critérios de inclusão Degradação funcional - Métodos de avaliação e prevenção CUIDADOS EM FASE TERMINAL A Higiene O conforto e apoio Atuação após a morte
Objetivos • Reconhecer a importância dos fatores que contribuem para a promoção da saúde. • Reconhecer os problemas de saúde mais comuns na terceira idade. (Prof. Vanda) • Identificar o estado do doente terminal em domicílio, aplicando os métodos e as técnicas de avaliação e prevenção. • Prestar cuidados, sob orientação, ao idoso em fase terminal.
AGENTE EM GERIATRIA UFCD 3544 – Saúde da pessoa idosa - prevenção de problemas
Brainstorming Grupo 1
Saúde
Grupo 3
Grupo 2
10 minutos + 9 (3 minutos cada apresentação )
Conceito de Saúde Organização Mundial de Saúde
Saúde (1946): “Estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”. O "bem-estar social" da definição veio de uma preocupação com a devastação causada pela guerra, assim como de um otimismo em relação à paz mundial. A OMS foi ainda a primeira organização internacional de saúde a considerar-se responsável pela saúde mental, e não apenas pela saúde do corpo.
Criada após o final da Segunda Guerra Mundial.
completo bem-estar faz com que a saúde seja algo inatingível
Saúde Atualmente Lennart Nordenfelt definiu, em 2001, a saúde como um estado físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as circunstâncias.
Definição Saúde atual da OMS “A medida em que um indivíduo ou grupo é capaz, por um lado, de realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com o meio ambiente. A saúde é, portanto, vista como um recurso para a vida diária, não o objetivo dela; abrange os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas, é um conceito positivo.”
Saúde Atualmente Saúde não é o contrário de doença, saúde é um conceito subjetivo
e que vai de encontro às necessidades e expectativas de cada um. Relaciona-se sempre com outro conceito: Qualidade de Vida.
Promoção da Saúde •
A Promoção da Saúde tem por objetivos evitar a emergência e o estabelecimento de estilos de vida que aumentem o risco de doença. Ao prevenir padrões de vida social, económica ou cultural que se sabe estarem ligados a um elevado risco de doença, promove-se a saúde e o bem-estar e diminui-se a probabilidade de ocorrência de doença no futuro.
• Determinantes da Saúde:
Promoção da Saúde Constituição da República Portuguesa (CRP) Artigo 64.º Saúde 1. Todos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover.
2. O direito à proteção da saúde é realizado: a) Através de um serviço nacional de saúde universal, geral e tendencialmente gratuito; 3. Para assegurar o direito à proteção da Saúde, incumbe prioritariamente ao Estado: a) Garantir o acesso de todos os Cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação.
Promoção da Saúde •
Estilos de vida Saudáveis
Exercício Físico
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a prática de atividade física regular reduz o risco de mortes prematuras, doenças do coração, acidente vascular cerebral, cancro do cólon e mama e diabetes tipo 2;
Atua na prevenção ou redução da hipertensão arterial, diminui o risco de obesidade, auxilia na prevenção ou redução da osteoporose,
promove bem-estar, reduz o stress, a ansiedade e a depressão.
Exercício Físico
Especialmente em crianças e jovens, a atividade física interage positivamente com as estratégias para adoção de uma dieta saudável, previne o uso do tabaco, do álcool, das drogas, reduz a violência e promove a integração social;
O rápido crescimento das doenças crónicas associadas à inatividade física vem sendo registado tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, estimando-se que a inatividade física seja responsável por aproximadamente 2 milhões de mortes no mundo.
Exercício Físico
A idade avançada não é razão suficiente para deixar de fazer exercício físico e nem deve ser um impedimento para começar a praticá-lo. A prática regular de exercício físico torna-se mais importante com o avançar da idade; O exercício pode ajudar a pessoa idosa a manter-se ativa e a viver mais tempo de forma independente. Também pode fazer com que os idosos mais frágeis se fortaleçam e estejam mais em forma; O idoso não necessita de fazer um exercício demasiado vigoroso, a chave principal é realizar os exercícios físicos de forma moderada e regular. Quanto mais exercício a pessoa idosa praticar, maiores serão os benefícios.
Exercício Físico Exercício, porquê? Fortalece o coração; Melhora a circulação; Reduz a tensão arterial; Reduz os níveis de colesterol total e do colesterol “mau” (LDL) e aumenta o nível do colesterol “bom” (HDL); Fortalece os músculos e aumenta a flexibilidade; Torna os ossos mais densos e mais fortes; Melhora o equilíbrio e a coordenação; Ajuda a prevenir quedas e fraturas;
Queima calorias e ajuda a manter o peso ideal; Ajuda a controlar a glicemia e a prevenir ou controlar a diabetes; Melhora o funcionamento do sistema imunitário; Incrementa o nível de endorfinas; Melhora as faculdades mentais; Favorece o sono; Reduz a possibilidade de obstipação;
Exercício Físico MODERADO OU INTENSO? Exercício aeróbico moderado
Exercício aeróbico vigoroso
Andar de bicicleta;
Subir uma encosta de bicicleta;
Pedalar em bicicleta estática;
Subir escadas ou encostas;
Dançar;
Cavar;
Jardinagem – cortar a relva e passar o ancinho; Golfe, sem carrinho; Passar uma esfregona ou esfregar o chão;
Esquiar em descida; Excursionismo; Jogging;
Remar;
Retirar a neve com uma pá;
Nadar;
Nadar várias distâncias;
Ténis (pares);
Ténis (individual).
Andar rapidamente em plano.
Exercício Físico para idosos com perturbações Artrite – começar com alongamentos e exercícios de fortalecimento. Podem acrescentar, gradualmente, exercícios aeróbicos. Devem consultar sempre um médico ou fisioterapeuta. Os alongamentos devem ser efetuados cinco a sete dias por semana, com cinco repetições (uma ou duas vezes por dia); Coronariopatia – é necessário realizar uma prova de esforço para determinar o programa de exercícios. Para idosos que tiveram um ataque cardíaco ou angioplastia, as atividades iniciam-se no hospital durante a reabilitação. O exercício aeróbico é o principal objetivo para as pessoas com coronariopatia. Também podem ser recomendados os alongamentos e exercícios de fortalecimento; Demência – consultar sempre médico (a pessoa ou um familiar). O idoso com demência deve realizar os exercícios acompanhados e controlados por um auxiliar de geriatria. A atividade física regular pode proporcionar um sentido de realização e também um efeito calmante que pode melhorar o sono da pessoa idosa com demência; Diabetes – os idosos diabéticos devem submeter-se a uma exploração física completa, realizada pelo seu médico. Se os pés, por exemplo, perderam a sensibilidade aconselha-se a natação ou bicicleta estática. O exercício melhora a resposta do corpo à insulina e torna os medicamentos, para tratar a diabetes, mais eficazes. A atividade física deve ser realizada com o idoso diabético sempre acompanhado e nunca sozinho. Depois do exercício verificar a pele dos pés para se assegurar que não existem lesões que possam causar infeção;
Exercício Físico para idosos com perturbações Doenças pulmonares – o exercício deverá se iniciar lentamente e aumentar, gradualmente. O exercício melhora a maneira como o corpo utiliza o oxigénio. O idoso que sofre de doença pulmonar pode começar por exercitar os braços e as pernas enquanto está sentado. Seguidamente, caminhar de um quarto para outro, depois fora de casa e, posteriormente, distâncias maiores. Recomendam-se exercícios aeróbicos com pouco impacto e exercício dirigido à parte superior do corpo;
Doença de Parkinson – a pessoa idosa com doença de Parkinson deverá ser examinada por um médico, antes de iniciar qualquer atividade física. Os exercícios podem ajudar a prevenir a diminuição da força, da resistência e da rigidez muscular. Os alongamentos são proveitosos. Caminhar e praticar ioga são boas escolhas. Aconselha-se a praticar o exercício cedo, pela manhã; Acidente Vascular Cerebral – o exercício inicia-se no hospital com a fisioterapia. Os exercícios de fortalecimento são importantes, pois podem reforçar um membro afetado, permitindo que seja mais utilizado. A bicicleta estática, o tapete rolante e os exercícios aeróbicos na água são uma boa escolha. É importante referir que a prática de atividade física numa pessoa idosa que sofreu um AVC pode contribuir para reduzir o risco de acidentes vasculares cerebrais subsequentes.
Hábitos tóxicos Consumo de Substâncias (Álcool)
O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem o seu consumo permitido e incentivado pela sociedade; A mortalidade e a limitação da condição funcional associada ao consumo de bebidas alcoólicas superam aquelas associadas ao tabagismo. Calcula-se que, mundialmente, o álcool esteja relacionado com 6,2 % de mortes prematuras e perdas de anos de vida com independência dos países em desenvolvimento; Nas últimas décadas, o consumo de álcool tem aumentando em todo o mundo, sendo que a maior parte deste aumento acontece em países em desenvolvimento.
Hábitos tóxicos Consumo de Substâncias (Álcool)
Embora o consumo moderado de determinadas bebidas alcoólicas possa trazer benefícios para a saúde, o consumo excessivo pode provocar cirrose, pancreatite, AVC, demência, miocardite, desnutrição, HTA, EAM, e certos tipos de cancros, estando também intimamente associado a causas externas morbimortalidade, como acidentes de trânsito e violência (OMS, 2007);
A estas patologias, deve somar-se o impacto social e familiar do alcoolismo, sendo também já bastante conhecida a associação do início precoce do alcoolismo com a sua manutenção e severidade na vida adulta.
Hábitos tóxicos Consumo de Substâncias (Tabaco)
O tabagismo é, hoje, amplamente reconhecido como uma doença crónica gerada pela dependência da nicotina, estando inserido na Classificação Internacional de Doenças da OMS.
Trata-se do mais importante fator de risco isolado de doenças graves e fatais, atribuindo-se ao consumo de tabaco: 45% das mortes por doença coronária, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crónica, 25% das mortes por doença cerebrovascular e 30% das mortes por cancro.
Hábitos tóxicos Consumo de Substâncias (Tabaco)
Cerca de 90% dos casos de cancro do pulmão ocorrem em fumadores e a mortalidade por este tipo de cancro entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre os não fumadores;
90% dos fumadores começam a fumar antes dos 19 anos, sendo que 15 anos é a idade média de iniciação. Cem mil jovens começam a fumar no mundo a cada dia e 80% deles vivem em países em desenvolvimento.
Hábitos tóxicos Consumo de Substâncias (Drogas)
Segundo um estudo liderado pelo Professor de Neuropsicologia da Universidade da Beira Interior:
O consumo crónico de estupefacientes, mesmo das chamadas drogas leves, pode provocar alterações permanentes de personalidade e deterioração das funções cognitivas. Os consumidores crónicos de drogas manifestam alterações de personalidade que os tornam mais irresponsáveis, mais irritáveis, impulsivos, egocêntricos e com tendência para cometer atos ilícitos, violência familiar e comportamentos de risco.
Hábitos tóxicos Consumo de Substâncias (Drogas)
No que concerne às funções básicas da mente, como a memória, atenção, concentração, os dados são ainda preliminares, mas remetem para um forte indicador de prejuízo funcional nas capacidades intelectuais de toxicodependentes crónicos;
As alterações ao nível da personalidade podem ser verificadas ao fim de três a quatro anos de consumo, no caso dos adolescentes em franco desenvolvimento, ou mais tempo, no caso dos adultos com características personalísticas já bem marcadas e que iniciem o consumo de substâncias na idade adulta.
Higiene Corporal A higiene pessoal, cuidado básico para a saúde e bem-estar do ser humano, é uma atividade incorporada na rotina diária desde a infância e difere entre culturas e épocas. Entende-se por higiene pessoal higiene corporal e íntima, oral, do couro cabeludo e unhas;
Quando os cuidadores se deparam com alguma oposição do idoso ao banho, o primeiro passo deve ser tentar descobrir o porquê. Ele poderá ter receio de sofrer uma queda, estar apresentando algum tipo de dor ou estar muito cansado ou, ainda, não achar necessário o banho diário, pois não fez isso a vida toda.
Higiene Corporal As pessoas idosas realmente necessitam de banho diário?
A frequência do banho depende das necessidades apresentadas pelas pessoas idosas;
O auxílio à higiene corporal é, geralmente, uma das principais atividades desenvolvidas pelos cuidadores, pois a pessoa idosa apresenta dificuldades para tomar banho sozinha; Existem várias razões que podem gerar essa necessidade, tais como efeitos de doenças existentes; diminuição de força e energia; presença de dor ou desconforto; incapacidade de aceder a determinadas partes do corpo (pés, pernas, costas); medo de se magoar durante o procedimento (insegurança pessoal); confusão mental, dificuldade de compreensão, esquecimento do que deve ser realizado e como.
Higiene Corporal
O banho tem muitos objetivos, incluindo limpar a pele; remover as bactérias; eliminar e prevenir os odores corporais; estimular a circulação e a movimentação articular; prevenir as úlceras de pressão; promover o conforto e a sensação de bem-estar; O primeiro objetivo do cuidado com a pele da pessoa idosa é a sua hidratação. A hidratação da pele ajuda na prevenção da formação de feridas, pois permite que a pele seja mais resistente e tenha uma recuperação mais rápida quando lesada; O momento do banho também é indicado para uma observação mais detalhada da pele da pessoa idosa, permitindo identificar lesões, descamação, mudanças de coloração (descorada, avermelhada, azulada), presença de regiões quentes ao toque, edemas, hematomas e equimoses.
Higiene Corporal Cuidados durante o banho Dirigir-se ao idoso utilizando o seu nome preferido, demonstrando respeito e reforçando sua identidade pessoal; Nunca utilizar apelidos sem autorização ou termos demasiadamente afetuosos ou ainda diminutivos que podem parecer infantis; Conversar com a pessoa idosa antes do banho, explicando o que será feito e como; Preparar o ambiente do banho, separando os materiais necessários, fechando as portas e janelas e aquecendo o ambiente; Permitir que o idoso escolha os artigos a serem utilizados no banho, assim como as roupas que vestirá depois; Tranquilizá-lo e confortá-lo com contato físico gentil e delicado, principalmente se ele apresentar défices sensoriais; Respeitar a sua intimidade e privacidade;
Higiene Corporal Evitar interrupções durante a execução do banho; Cuidado com as unhas das mãos e dos pés. O cuidado com as unhas deve ser realizado, preferencialmente, após o banho, pois elas estarão mais hidratadas e amolecidas. Caso sejam muito espessas, endurecidas e quebradiças, colocá-las, durante cerca de 10 minutos, imersas em uma solução de água morna com sabão neutro. Este processo facilitará o corte, que deve ser em linha reta e não muito rente à pele (evitando lesões, que podem originar processos inflamatórios ou infeciosos). Após o corte, limá-las e passar por água. Por fim, secar cuidadosamente as regiões interdigitais. As cutículas não devem ser retiradas, para evitar ferimentos e infeções;
Os pés são os responsáveis pela sustentação do corpo, postura e marcha, fundamentais para a maior independência da pessoa idosa. Inicialmente, devem ser cuidadosamente inspecionados (temperatura, estado da pele, sensibilidade, circulação, presença de deformidades – joanetes, calosidades etc. – micoses interdigitais e onicomicoses). Devem ser secos cuidadosamente, sem esfregar, especialmente as regiões interdigitais, para evitar a contaminação por fungos; exercitá-los, para prevenir contratura e atrofias musculares e estimular a circulação, realizando movimentos de rotação e extensão; auxiliar na colocação de meias limpas e folgadas (sem furos ou remendadas com costuras duras), para mantê-los aquecidos, proporcionando sensação de conforto; ajudar na colocação de sapatos, verificando a sua adaptação aos pés (para evitar lesões).
Higiene Corporal Produtos para o cuidado com a pele utilizados no banho Sabão – Serve para a limpeza da pele. Pode ser comum ou antialérgico; Óleo de banho – Geralmente é colocado na água do banho para deixar a pele mais macia e prevenir que seque. Seu uso, no entanto, pode deixar o local do banho escorregadio, aumentando o risco de quedas; Cremes e loções – Deixam a pele mais macia e previnem que esta fique seca. Os cuidadores devem estimular as pessoas idosas a autoaplicarem essas substâncias, auxiliando-as apenas nas regiões do corpo que elas têm dificuldade para alcançar; Talco – Os idosos, geralmente, têm o hábito de utilizá-lo para refrescar a pele e prevenir a fricção entre duas superfícies que ficam em contato (entre as coxas e abaixo das mamas, por exemplo); no entanto, não é recomendado; Desodorizante – É aplicado na região axilar após o banho, para prevenir o odor corporal. O seu uso deve ser evitado em peles irritadas ou lesadas e recomendam-se os desodorizantes sem perfume.
Higiene Corporal Tipos de banho Banho de chuveiro – As pessoas idosas podem tomar banho de chuveiro em pé ou sentadas, dependendo da sua condição física. Colocar sempre um tapete antiderrapante antes de a pessoa idosa entrar no recinto; ter a certeza de que o piso do banheiro está seco, para impedir quedas; não aplicar óleo de banho na pele da pessoa durante o banho, para evitar que o piso fique escorregadio; certificar-se de que a temperatura da água do banho está apropriada, usando e proceder aos ajustes necessários antes de iniciar o banho; se a pessoa idosa for capaz de se tomar banho sozinha, ficar próximo enquanto ela o faz; evitar correntes de ar, fechando a porta; a instalação de barras de apoio no interior aumenta a segurança da pessoa idosa durante o banho; Banho na cama – É adequado para os idosos que não são capazes de se tomar banho sozinhos e não podem ou têm muita dificuldade em se dirigir à casa de banho. Idosos inconscientes, incapacitados (física ou mentalmente) ou muito enfraquecidos são potenciais candidatos a esse tipo de banho. O banho no leito pode ser constrangedor para a pessoa, pois aumenta o seu sentimento de dependência, diminui a sua autonomia e existe pouca privacidade. Garantir a privacidade do idoso, executar o procedimento rápida e eficientemente e conversar com ele enquanto procede ao banho pode minimizar esses sentimentos; Banho parcial – É dado na cama ou na casa de banho. A face, mãos, axilas, pescoço, nádegas e genitália são, normalmente, as áreas higienizadas. A higiene oral pode ser feita nesse momento.
Higiene Corporal Reunir o material
Gestão do ambiente Adaptar temperatura; Adaptar ventilação; Fechar portas e janelas; Manter privacidade.
Princípios básicos Organizar o material; Ajustar a altura da cama - Diminui a tensão sobre os músculos dorsais do prestador de cuidados; Lavar as mãos - Diminui a transmissão de microrganismos; Calçar as luvas, se necessário; Posicionar a pessoa em decúbito dorsal; Manter a pessoa confortável durante o banho.
Roupa de cama e da pessoa; Toalhas de banho; Esponjas de banho; Bacia com água; Material de higiene oral; Sabão; Escova de cabelo; Luvas; Desodorizante; Creme hidratante; Fralda descartável (se necessário); Saco de sujos; Saco para a roupa suja; Tesoura; Avental plástico.
Alimentação e Nutrição
Uma alimentação adequada mantém sempre os mesmos fundamentos básicos, mas em cada fase da vida, existem alguns cuidados específicos. Assim, quando falamos de alimentação para pessoas idosas, devemos considerar as alterações que ocorrem nos seus organismos, bem como as mudanças do estilo de vida; Com o avançar da idade, as alterações na visão, no paladar, no olfato, na audição e no tato podem levar à perda de apetite, fazendo com que a pessoa idosa coma menos. Também a ausência total ou parcial de dentes dificultam a deglutição e mastigação, fazendo com que o idoso tenha de mudar os seus hábitos alimentares; Alterações da estrutura e função, do estômago e do intestino, também podem diminuir a digestão e a consequente absorção dos nutrientes.
Alimentação e Nutrição Funções dos alimentos Os alimentos são classificados em três grandes grupos, de acordo com a quantidade de nutrientes que possuem e a função que exercem – energéticos, construtores e reguladores.
Os alimentos energéticos têm a função de fornecer energia (combustível) para que possamos andar, falar, respirar, etc. Possuem grandes quantidades de hidratos de carbono e gorduras e, quando a energia que fornecem não é consumida, acumula-se na forma de gordura corporal.
Alimentos ricos em hidratos de carbono: os cereais e derivados – arroz, milho, farinhas, pão, entre outros; feculentos e derivados – batata, batata-doce, inhame, entre outros; açúcares e doces; Alimentos ricos em gorduras: de origem vegetal – óleos vegetais, azeite, margarina, amendoim, nozes, abacate, entre outros.
Alimentação e Nutrição Os alimentos reguladores têm várias funções no organismo, como aumentar a resistência às infeções; proteger a pele, a visão e os dentes; contribuir para o bom funcionamento intestinal e facilitar a digestão e o aproveitamento dos alimentos.
Estes alimentos são ricos em vitaminas, minerais e fibras. Frutas (laranja, abacaxi, melancia, morangos, frutas secas, entre outros); Hortaliças – verduras (agrião, alface, couve, espinafres, entre outros); Legumes (pepino, pimentão, beringela, cenoura, entre outros); Cereais integrais e derivados (arroz integral, aveia, gérmen de trigo, entre outros).
Alimentação e Nutrição Os alimentos construtores são os que têm a função de “construção” do corpo, isto é, de fabricar mais matéria viva para o organismo.
Pertencem a este grupo os alimentos ricos em proteínas: Leite; Queijo; Ovos; Carne; Peixe; Soja; Ervilha; Lentilha; Feijão.
Alimentação e Nutrição
A água é o principal componente do organismo. Está em todos os líquidos e células do corpo humano, transporta os nutrientes e lubrifica
as articulações. É encontrada na forma pura, em preparações líquidas (sumos e chás) e na maioria dos alimentos. Apesar de ser um nutriente de grande importância na alimentação dos idosos, eles costumam ingeri-la em pouca quantidade, alegando que não sentem sede ou que esquecem de beber. Recomenda-se o consumo de seis a oito copos de água ou líquidos por dia.
Alimentação e Nutrição Com o objetivo de auxiliar a orientação nutricional criou-se a roda dos alimentos
Alimentação e Nutrição Cuidados com a refeição da pessoa idosa
Sentar confortavelmente à mesa em companhia de outras pessoas, sejam elas da família, amigos ou o próprio cuidador, proporciona mais prazer com a alimentação e favorece o apetite. Deixar o prato com aparência agradável (bonito, aromático e apetitoso); Tentar variar a alimentação diariamente, para não causar monotonia;
Não substituir alimentos na forma sólida por sopas e purés se o idoso não tiver problemas para mastigar; Se a pessoa idosa apresentar problemas nos dentes ou não os tiver, não deixe de incluir carnes, legumes, verduras e frutas na alimentação; Servir pouca quantidade de alimentos em cada refeição, para facilitar a digestão;
Alimentação e Nutrição Evitar o uso exagerado de sal, tentando substituí-lo por ervas aromáticas; Dar preferência aos óleos vegetais no preparo e cozedura dos alimentos;
Procurar comprar os alimentos da estação, principalmente frutas e verduras, pois têm melhor qualidade e menor custo; Tentar manter a regularidade no horário das refeições; Preferencialmente, não substituir o jantar por lanche, prática muito comum entre os idosos.
ADAPTAÇÃO DOMICILIÁRIA E PREVENÇÃO DE ACIDENTES Quedas As quedas são uns dos principais problemas com os idosos. São muito frequentes em pessoas com necessidades físicas ou mentais, mas também ocorrem em pessoas sãs. Uma baixa incidência de quedas é indicativo de cuidados de saúde de qualidade.
Quedas Fatores de Risco • • • • • • • • •
Fraqueza muscular Problemas de equilíbrio Problemas visuais Necessidade de urinar frequentemente Movimentos e reflexos mais lentos Andar cambaleante Calçado mal ajustado Roupas inadequadas Má utilização de cadeiras de rodas de andarilhos • Manobras para chamar a atenção
Quedas Causas • • • • • • • •
Causas Alterações da visão Alterações da audição Alterações nas articulações Alterações na tensão arterial Efeito de medicamentos Ambiente desconhecido Pavimento e calçado (molhado, chinelos) • Mobiliário e escadas
Quedas Prevenção • Prática de exercício • Vigilância da medicação para evitar erros e possíveis excessos • Sapatos bem ajustados e antiderrapantes • Evitar o uso de chinelos • Não usar camisas de noite nem robes compridos • Cobertores e colchas não devem ser compridos • Limpar o chão caso esteja molhado e não permitir que o idoso ande sobre superfícies húmidas.
Atropelamentos Cuidados a ter na prevenção de atropelamentos em idosos: • Circular sempre no passeio e colocar-se sempre no lado direito • Caso não haja passeio, circular do lado esquerdo, de frente para os veículos • Quando caminhar em grupo andar em fila • Atravessar sempre num local seguro: passadeiras, junto a sinais luminosos
• Evitar atravessar junto a obstáculos como carros e caixotes do lixo • Entrar e sair de viaturas sempre pelo lado direito
• Ao caminhar à noite usar colete refletor.
Incêndios Cuidados a ter para prevenção de Incêndios • Ter atenção aos equipamentos de grande consumo, tais como máquinas de lavar grande consumo, tais como máquinas de lavar roupa ou aquecedores • Não sobrecarregar as tomadas, pois pode provocar sobreaquecimento ou curto-circuito • Não colocar os aquecedores junto aos móveis e não os utilizar para secar roupa • Nunca deixar os equipamentos de queima em funcionamento quando tiver de se ausentar.
Vacinação • A vacinação dos idosos é uma medida preventiva importante e que não deve ser descurada, uma vez que são um grupo particular da população no qual as doenças infeciosas causam elevadas taxas de morbilidade e mortalidade. • O sistema imunitário perde alguma eficácia, e o idoso fica mais suscetível às doenças infeciosas. Existe ainda o facto de alguns idosos poderem ter uma patologia crónica e que com uma simples infeção respiratória pode agravar ou descompensar. Ao contrário do que acontece com a criança, não existe um calendário de vacinação obrigatório para o idoso e a medicina preventiva é muitas vezes negligenciada.
Vacinação • Vacinas recomendadas – antigripal (SNS), antipneumónica e antitetânica/antidiftérica.
Vacinação • A gripe é uma infeção comum que surge habitualmente durante os meses frios do ano, mas é sobretudo nos idosos que se pode tornar uma infeção grave. A vacinação contra a gripe pode reduzir significativamente a incidência da gripe nos idosos e diminuir o número de hospitalizações por descompensação de doentes crónicos, nomeadamente os cardíacos.
Vacinação • Assim, recomenda-se a vacinação de todos os indivíduos com mais de 65 anos de idade e todos os doentes crónicos (diabéticos, nefropatias graves, insuficiência cardíaca), independentemente da idade, devendo ser administrada no início do Outono (Setembro/Outubro), uma vez que as epidemias ocorrem normalmente entre Novembro e Abril. Quem deve ser imunizado
DOENÇAS CRÓNICO DEGENERATIVAS Doença de Alzheimer • A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência. É uma doença neuro degenerativa cujo curso desenvolve-se, em média, ao longo de 5 a 10 anos de forma progressiva e incurável. • O conceito de demência remete para uma alteração global e persistente do funcionamento cognitivo, suficientemente grave para ter repercussões na vida profissional, social e familiar do indivíduo. • De acordo com a OMS, a demência caracteriza-se por “uma diminuição progressiva da memória e da capacidade de ideação suficientemente marcada para limitar as atividades da vida quotidiana, que tenha surgido pelo menos há 6 meses e associada a uma perturbação de uma das seguintes funções: linguagem, cálculo, avaliação, alteração do pensamento abstrato, praxia, gnosia ou modificação da personalidade.”
DOENÇAS CRÓNICO DEGENERATIVAS Doença de Parkinson É uma doença degenerativa, crónica e progressiva, que acomete em geral pessoas idosas. Ocorre devido a uma diminuição do neurotransmissor – dopamina que provoca sintomas principalmente a nível motor. Os sinais e sintomas são: • Tremor em repouso; • Rigidez • Bradicinesia – Hipocinesia; • Postura fletida; • Perda dos reflexos posturais.
DOENÇAS CRÓNICO DEGENERATIVAS As atividades a desenvolver com o doente com Parkinson são: • Ensinar o cliente a colocar os pés no chão com os calcanhares primeiro ao andar e aumentar o tamanho da passada; • Ensinar o cliente a balançar os braços ao andar para melhorar o equilíbrio; • Facilitar a comunicação não-verbal se for o caso; • Orientar aspiração de vias aéreas quando necessário (posições de conforto e drenagem);
• Orientar o uso de utensílios especialmente concebidos para facilitar o seu manejo (nutrição);
DOENÇAS CRÓNICO DEGENERATIVAS As atividades a desenvolver com o doente com Parkinson são: • Estimular o auto cuidado de modo gradual (higienização que for possível), e hidratação da pele; • Estimular a independência e quando necessário, oferecer dispositivos auxiliares; • Para ajudar o cliente com tremores graves pedir para se sentar numa cadeira e usar os braços para manter-se estável; • Implementar diariamente um programa de exercícios para aumentar a força muscular; • Banhos mornos e massagens frequentes conduz ao relaxamento dos músculos e alivia as cãibras.
DOENÇAS CRÓNICO DEGENERATIVAS
Trabalho de Grupo:
O QUE É A DEMÊNCIA? COMO AUXILIAR A PESSOA IDOSA COM LIMITAÇÕES COGNITIVAS? Como agir perante a Deambulação excessiva, as Perguntas repetitivas, a Apatia ou Tristeza, a Agressividade ou Inquietude, Sair na rua e não saber voltar para casa?
CONTROLO DA MEDICAÇÃO Erros de medicação Idosos que tomam em média 3 a 4 vezes ao dia comprimidos diferentes e em horários diferentes têm grande possibilidade de errar a medicação.
• Erro na dose do medicamento • Erro no horário da toma • Troca do medicamento.
CONTROLO DA MEDICAÇÃO Na maioria das vezes, os idosos usam em casa medicamentos que são vendidos nas seguintes formas: • Líquida: medicamentos usados em gotas, suspensões, soluções, xaropes e aerossóis. • Sólida: comprimidos, cápsulas, drágeas e pastilhas.
Forma líquida: a contagem exata do número de gotas e a visualização correta dos mililitros (mL) nos medidores (conta-gotas, colheres, copinhos) são fundamentais.
CONTROLO DA MEDICAÇÃO Medidas importantes • Colocar os medicamentos numa caixa com tampa; • Usar caixas diferentes para medicação oral, inalatória e produtos de tratamento; • Nunca tentar administrar medicamentos por via oral a alguém que esteja a dormir ou inconsciente; • Os três certos – Medicamento certo; Hora/dia certo; Dose certa; • Administrar os medicamentos pelo método correto; • Nunca administrar medição cujo prazo de validade ultrapassado; Nem aquela alterada na cor ou forma normal.
esteja
CONTROLO DA MEDICAÇÃO Medidas importantes • Se os medicamentos forem receitados por médicos diferentes, questionar o médico ou o farmacêutico se é seguro tomar os medicamentos em simultâneo; • Leia atentamente a bula do medicamento, prestando atenção aos itens relativos à dose, contraindicações, reações adversas, precauções, interações com outros medicamentos e conservação. • Falar com o enfermeiro/médico/farmacêutico se ocorrerem alterações no idoso após início de nova medicação – prurido, náusea, vómito, palpitação/taquicardia, edemas (inchaço) etc.;
CONTROLO DA MEDICAÇÃO Medidas importantes • Mantenha o medicamento na embalagem original e em local fresco e seco, mesmo após sua abertura (para verificar prazo de validade, lote e não misturar com outros comprimidos). • Se o idoso está confuso ou tem tendência a automedicar-se – deixar os medicamentos fora do alcance do idoso! • Cuidado: a dose de um medicamento considerada normal para um adulto pode causar intoxicação e sérios danos à saúde de uma criança, idoso ou paciente com doença cardíaca, hepática ou renal. • Evite a prática de automedicação pelo idoso. • Nunca recomende um medicamento a outra pessoa nem aceite recomendações desse tipo.
CONTROLO DA MEDICAÇÃO Administração de medicamentos por via oral Como administrar? • Lavar as mãos antes de mexer no medicamento; • A maioria dos medicamentos orais deve ser imediatamente engolida; • As pastilhas são chupadas ou mastigadas e não engolidas; • As cápsulas ou comprimidos devem ser ingeridos com um copo de água; • Sugerir que beba um pouco de água antes de tomar o comprimido – Lubrifica a boca e ajuda a engolir; • Evitar dar leite com os comprimidos, exceto se há indicação contrária; • Não dar medicamentos quando o cliente está deitado;
CONTROLO DA MEDICAÇÃO Administração de medicamentos por via oral Como administrar? • Se não há indicação para dar medicamento em jejum, este deve ser sempre dado com o estômago com comida (sólidos, líquidos, sublinguais; • Verificar se o medicamento foi engolido. Dificuldades na deglutição • Oferecer um pouco de água antes (para lubrificar a boca e garganta); • Colocar os comprimidos na parte de trás da língua da pessoa e dar mais água (pelo menos meio copo); • Misturar os comprimidos com puré de maçã, compota, gelado – Algo suficientemente substancial para empurrar o comprimido; • Alguns comprimidos podem ser triturados de depois misturados com a comida – Verificar essa possibilidade com um profissional de saúde; • Questionar sobre a existência do medicamento em forma líquida; • Se o medicamento líquido tem mau sabor juntar com um sumo.
CONTROLO DA MEDICAÇÃO Ao acompanhar o idoso em uma consulta médica em que for dada uma receita, certifique-se de que percebe os seguintes aspetos: • Qual o nome do medicamento e por que será usado? • Qual o nome da doença que esse medicamento trata? • Quantas vezes por dia o medicamento deve ser tomado?
• Quando e como tomar (horário, antes ou após as refeições, usar com água ou leite)?
CONTROLO DA MEDICAÇÃO • Por quanto tempo o medicamento deve ser utilizado (até a próxima consulta, por 15 dias)? • Quanto tempo o medicamento demora para fazer efeito? • Se houver esquecimento da tomada do medicamento, o que deve ser feito?
CONTROLO DA MEDICAÇÃO • Quais os efeitos indesejados que podem aparecer? Caso apareçam, o que deve ser feito? • Durante o tratamento, pode-se ingerir álcool? E usar outros tipos de medicamentos? • O medicamento pode interferir nas atividades do dia a dia, como tomar banho sozinho, dirigir, assistir à televisão, cozinhar, sair de casa sozinho?
CONTROLO DA MEDICAÇÃO
CONTROLO DA MEDICAÇÃO
Preparação da medicação oral do cliente X e Y (caixas individuais para uma semana)
Preparação da medicação oral do cliente X e Y (caixas individuais para uma semana) Cliente X TERAPEUTICA Cardiologista
JEJUM
Furosemida, 40 mg
½ comp.
Perindopril arginina, 5 mg Cloridrato de amiodarona (Cordarone), 200 mg 5-mononitrato de isossorbida (Imdur), 60 mg Aminofilina (Filotempo), 225m g Varfarina sódica, 5 mg
Sinvastatina, 20 mg Neufrologista Calcitriol, 0.25 microgramas
PEQ. ALM.
ALMOÇO
LANCHE
JANTAR
½ comp. ½ comp. 1 comp. 1 comp. 1/4 comp. às Segundas e ½ restantes dias. ½ comp. Às Segundas, Quartas e Sextas Paracetamol, 1 gr (em SOS, se dor).
DEITAR
Preparação da medicação oral do cliente X e Y (caixas individuais para uma semana) Cliente Y TERAPEUTICA Cardiologista
JEJUM
PEQ. ALM.
Trimetazidina, 20 mg
1 comp.
Losartan, 50 mg Cloridrato de Verapamilo, 40mg (Isoptin, 40mg) Rosuvastatina, 5 mg
1 comp. 1 comp.
Neurologista Fluvoxamina, 100 mg + 50 mg
Bromozepam, 6 mg
Clozapina, 25 mg
Ciamemazina, 40 mg/ml
ALMOÇO
LANCHE
JANTAR
DEITAR
1 comp. às Terças, Quintas e Domingos. 1 comp. de 100mg + 1 comp de 50 mg 1 comp. às Quartas e Sábados 1 comp. às Segundas e Quintas 5 gotas todos os dias.
MÉTODOS E TÉCNICAS APLICADOS AO DOENTE EM ESTADO TERMINAL O cuidado prestado a pessoas com doenças crónicas, potencialmente letais, é, em geral, eficaz para fazê-las viver mais tempo. No entanto, existem muitas falhas ao proporcionar apoio e consolo, na planificação de cuidados, bem como, em explicar qual a razão que muitas decisões tomadas são contrárias aos desejos de quem previamente os expressou. Quando se pergunta a pessoas com doenças crónicas potencialmente letais os objetivos que têm, conclui-se que, frequentemente, estes são simples e podem compreender os seguintes:
Alívio da dor e de outros sintomas incómodos; Intervenção, sempre que possível, nas decisões relativas aos cuidados; Ter a certeza que os seus desejos previamente expressos serão cumpridos e respeitados;
Sentido de conclusão e alívio de qualquer carga sobre a família e amigos.
CUIDADOS TERMINAIS Os cuidados terminais reservam-se às pessoas com uma expetativa de vida inferior a seis meses. A equipa multidisciplinar (médicos, enfermeiros, assistentes, etc.) oferece uma vasta gama de serviços, desde a assistência médica até à atenção pessoal (banho, higiene pessoal e vestir). A equipa ajuda, também, a família a sentir-se mais cómoda com a assistência que dispensam aos seus ente queridos na sua última etapa da vida e proporciona apoio psicológico e espiritual. A pessoa é livre de suspender os cuidados terminais.
CUIDADOS PALIATIVOS Segundo a OMS em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002, "Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipa multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais".
O sofrimento físico não é inevitável, uma vez estabelecido o diagnóstico de uma doença crónica potencialmente letal. A pessoa tem direito a esperar um controlo adequado dos sintomas e dos efeitos secundários toleráveis do tratamento. Todavia, a pessoa que apresenta sintomas que não respondem bem ao tratamento, por vezes, tem de optar entre o alívio destes sintomas e os efeitos secundários que poderiam apresentar-se ao intensificar o tratamento ou ao juntar outros.
CUIDADOS PALIATIVOS: Critérios de Inclusão Quem são os destinatários? -
Não têm perspetiva de tratamento curativo. Doentes em que a doença progride rapidamente e sem perspetiva de cura Não se destinam a doentes com doença aguda, em recuperação ou convalescença nem com incapacidades de longa duração.
Quais as doenças que requerem cuidados paliativos? Não há uma lista de doenças, no entanto, algumas doenças são integradas nos cuidados paliativos: - Cancro - Sida - Doenças neurológicas degenerativas com evolução rápida
CUIDADOS PALIATIVOS: Critérios de Inclusão
Quando e quanto tempo duram os cuidados paliativos e o doente pode beneficiar deles? -
São direcionados para a fase final da vida, mas não só à fase agónica, por isso os doentes podem ser tratados durantes dias, semanas ou mesmo meses.
-
Atualmente defende-se que os mesmos deverão iniciar-se no início de uma doença crónica, pois asseguraria que os problemas da qualidade de vida serão tidos em conta.
SINAIS DE UMA MORTE PRÓXIMA SINAIS DE UMA MORTE PRÓXIMA É habitual que as pessoas passem mais tempo a dormir. Modificações ao nível da atenção
Quanto estão acordadas, podem estar menos atentos ou interativas. A confusão ou desorientação são frequentes.
Reduzido interesse por comidas e bebidas
Ausência de urina
Os indivíduos próximos da morte rejeitam grande parte da comida, embora possam aceitar ou pedir líquidos. Quando a pessoa deixa de urinar, a morte, de modo geral,
chega em poucos dias ou semanas. As mãos e os pés ficam frios e azulados. Estas modificações
Alterações da pele
são sintomas de que a morte chegará, provavelmente, dentro
de horas ou dias. A respiração pode tornar-se rápida e superficial. Pode ouvirse um estertor quando a pessoa respira. Este ruído é causado
Modificações da respiração
pela acumulação de secreções, como a saliva, que o moribundo não consegue deglutir e pela relaxação da musculatura da garganta. O doente não se apercebe deste ruído, mas pode angustiar os familiares.
REDUZIR O SOFRIMENTO DOR A dor é um sintoma frequente em indivíduos com uma doença crónica letal. Tanto a doença e alguns tratamentos como também algumas circunstâncias próprias da agonia (imobilidade, obstipação ou úlceras por pressão) podem causar a dor. Os analgésicos são um elemento importante do tratamento. No entanto, a eficácia do tratamento farmacológico, muitas vezes, melhora com massagens e aplicação de calor. A companhia, o estímulo emotivo e o aconselhamento espiritual são alguns dos fatores que reduzem a ansiedade, a ira, a depressão, o medo, a insónia e a solidão que agravam a dor.
REDUZIR O SOFRIMENTO DIFICULDADE RESPIRATÓRIA E TOSSE
Muitas complicações podem causar dificuldade respiratória e tosse – infeções, propagação do cancro, acumulação de líquidos nos pulmões, derrame de líquido em redor do coração ou no abdómen ou embolia pulmonar. Alguns tratamentos também podem contribuir para esta dificuldade na fase terminal. Tratar a dificuldade respiratória e a tosse comporta o tratamento das causas subjacentes. Assim, qualquer tratamento que estimule o problema, como a administração intravenosa de líquidos, pode necessitar de ser suspenso. Quando não é possível tratar, facilmente, a causa subjacente, a pessoa sentirse-á melhor se estiver sentada e respirar ar fresco num ambiente tranquilo, podendo mesmo haver necessidade de O2 contínuo.
REDUZIR O SOFRIMENTO PROBLEMAS DIGESTIVOS
As náuseas e vómitos têm numerosas causas, incluindo os fármacos opiáceos e anticancerosos, obstipação, infeção, úlceras na boca, esófago ou estômago, obstrução do estômago ou intestino, insuficiência hepática e renal, entre outras. Uma pessoa com náuseas pode apreciar pequenos bocados de gelo. Os antieméticos são, por norma, úteis. A acupunctura e a acupressão parecem ser eficazes contra as náuseas. A perda de apetite pode ter origem na dificuldade de mastigar devido à secura ou às feridas na boca, infeções ou à dificuldade em deglutir como consequência de um tumor. A doença pode causar o consumo de proteínas e gorduras do organismo. Estas modificações provocam uma perda significativa de peso numa pessoa moribunda. Os problemas da boca são devidos a úlceras provocadas por fármacos, desidratação e escassa higiene. O tratamento consiste em tomar pequenos sorvos de água ou outros líquidos, na limpeza dos dentes duas vezes por dia e em lavagens da boca com uma solução anestésica.
REDUZIR O SOFRIMENTO PROBLEMAS DIGESTIVOS
A obstipação aparece pois a pessoa se encontra inativa ou imóvel, desidratada, tem uma dieta pobre em fibras e consome fármacos que provocam a obstipação. Geralmente, controla-se ao solucionar a causa subjacente – andar de forma regular, chupar lâminas de gelo e utilizar uma cadeira com urinol ao lado da cama. O aumento de consumo de fibra deve ser evitado nos doentes terminais, visto que o seu reduzido consumo de líquidos pode fazer com as fibras se tornem inúteis ou até prejudiciais. A diarreia é menos frequente que a obstipação. É causada por fármacos, cancro ou por cirurgia do estômago e do intestino, dado que acelera o movimento dos alimentos no trato digestivo e reduz a absorção.
REDUZIR O SOFRIMENTO ÚLCERAS POR PRESSÃO As úlceras por pressão surgem devido à posição imóvel que a pessoa moribunda se mantém durante longos períodos de tempo. Estas são mais fáceis de prevenir do que tratar. A prevenção passa por mudar frequentemente de posição e proteger as zonas de risco – calcanhares, tornozelos, ancas e região lombossacral. O tratamento implica a redução da pressão, a frequente mobilização, a aplicação de medicamentos, a eliminação dos tecidos mortos e a manutenção de uma nutrição correta.
PRURIDO O prurido afeta como consequência da incontinência, sudação, escassa higiene, desidratação, secura da pele, dermatite e outras perturbações cutâneas, bem como insuficiência hepática ou renal. O tratamento consiste na correção da causa latente e a aplicação de cremes humectantes e corticosteroides e a administração de fármacos (anti-histamínicos).
REDUZIR O SOFRIMENTO CANSAÇO O cansaço é comum e deve-se a fatores como a dor, perturbações do sono, anemia, baixo nível de oxigénio no sangue, insuficiência de um órgão, fármacos, infeção e depressão. Normalmente é preferível deixar o doente descansar o tempo que este necessitar.
ANSIEDADE
A ansiedade é frequente nos pacientes com doenças crónicas em fase terminal. Representa uma resposta normal a sintomas físicos ou à perspetiva de morrer. Pode ser aliviada com apoio emocional e consolo por parte dos familiares e dos profissionais de saúde, com atividades relaxantes ou através da oração, no caso dos doentes crentes.
REDUZIR O SOFRIMENTO DEPRESSÃO Embora a depressão seja comum no fim da vida, esta nunca deve ser considerada normal. Na fase terminal, é tão grave como em qualquer outro período da vida e pode privar a pessoa da energia e do interesse necessários para comunicar com os familiares e amigos. Na maioria dos casos, aliviar a dor e as náuseas reduz a depressão e permite à pessoa um maior controlo sobre as decisões terapêuticas e sobre o seu meio. Por vezes é necessário a toma de antidepressivos. CONFUSÃO A confusão repentina (delírio) é frequente na fase terminal. Os fármacos utilizados contribuem para o delírio. Em muitos doentes, no entanto, a confusão reflete alterações do cérebro e do corpo que são uma parte natural de morrer. O tratamento consiste em manter a pessoa segura, com alguém que o acompanhe o maior tempo possível. Tratar a febre e a desidratação, bem como criar um ambiente calmo, com poucas alterações, pode ser uma ajuda.
MANTER O CONTROLO SOBRE AS DECISÕES INSTRUÇÕES ANTECIPADAS O testamento vital permite indicar os desejos pessoais sobre os cuidados médicos, na eventualidade da pessoa não conseguir se exprimir. Em muitos casos, quando não existem disposições escritas, vários membros da família são responsáveis pela tomada de decisões. É preciso ter em atenção que os desejos da família podem não ser os mesmos que os da pessoa moribunda. Para evitar problemas, os familiares devem respeitar as preferências da pessoa relativamente ao tratamento, em vez de imporem as suas.
MANTER O CONTROLO SOBRE AS DECISÕES PAZ E RESOLUÇÃO O prognóstico de morte faz com que a pessoa se interrogue sobre questões essenciais como – O que fiz na vida? A minha vida teve sentido? O que acontecerá depois da morte? – Algumas pessoas encontram a resposta a estas perguntas nas tradições espirituais e nas crenças religiosas. Outras orientam-nas para a sua família ou o seu trabalho. Entretanto, outras não encontram alívio nestas considerações e confrontam-se com uma crise espiritual, religiosa ou pessoal. Paz e coragem no final da vida são importantes tanto para a pessoa doente como para a família. O aproximar da morte comporta sensações de impotência, negação, raiva, incerteza e nostalgia. Uma morte pacífica, caraterizada pelo carinho, pelo amor, pela possibilidade de despedir-se e pela resolução dos conflitos e sentimentos não expressos, ajuda a reduzir estas reações.
Formas ativas de por fim à vida e formas de morte assistida. Eutanásia Formas ativas de pôr fim à vida
Suicídio assistido Homicídio
Intervenção passiva: abstenção ou suspensão do tratamento de suporte de vida:
-
A pedido do doente
-
Sem pedido do doente/família
Intervenção activa: administração do tratamento que encurta o tempo de vida:
Formas de morte assistida -
Controlo sintomático da dor com efeito de encurtar o tempo de vida;
-
Sedação paliativa
CUIDADOS EM FASE TERMINAL HIGIENE Proporcionar higiene e conforto; Estimular a circulação, a respiração da pele e o exercício; Manter a integridade da pele; Fazer observação física da pessoa; Favorecer / estimular a independência da pessoa. Algumas pessoas idosas, doentes ou com incapacidades podem, por vezes recusar tomar banho. A pessoa poderá ter dificuldade em mover-se e medo da água ou de cair, pode ainda estar deprimida, sentir dores, tonturas ou mesmo sentir-se envergonhada de ficar exposta à outra pessoa, especialmente se o cuidador for do sexo oposto. É preciso que o cuidador tenha muita sensibilidade para lidar com essas questões. Respeite os costumes da pessoa cuidada e lembre que confiança conquistase com carinho, tempo e respeito.
CUIDADOS EM FASE TERMINAL TIPOS DE BANHO Banho de Chuveiro
Banho de Banheira
Banho na Cama
O banho de chuveiro pode ser feito com a pessoa sentada numa cadeira de plástico com apoio lateral colocada sobre tapete antiderrapante, ou em cadeiras próprias para banhos, disponíveis no comércio.
Cuidados Básicos Verificar indicações e precauções específicas em relação ao movimento e posicionamento; Verificar entubações e localização dos cateteres e sondas (soros, algálias); Avaliar a necessidade do banho.
CUIDADOS EM FASE TERMINAL Cuidados de Higiene
Simulação do procedimento técnico: Banho na cama ao doente em estado terminal.
CONFORTO E APOIO A comunicação é um dos pilares em cuidados paliativos, funcionando como estratégia terapêutica de intervenção no sofrimento e controlo de sintomas associados á doença avançada e terminal.
Reduzir a incerteza; Melhorar os relacionamentos; Indicar ao doente/família uma direção.
Para uma comunicação eficaz o National Institute for Clinical Excellence (2004) defende a existência de uma relação de proximidade entre uma boa comunicação e a prestação de apoio emocional. A comunicação eficaz permite aos doentes uma tomada de decisão devidamente informada e consciente, possibilitando uma melhor qualidade de vida e uma melhor experiência no que diz respeito à perceção dos cuidados recebidos.
CONFORTO E APOIO A mensagem primordial que um doente pretende ouvir num momento de incerteza é segundo alguns autores: “independentemente do que venha a acontecer, nós nunca o abandonaremos.”
Comunicar em cuidados paliativos é muito importante e difícil, implicando a utilização e desenvolvimento de perícias básicas, nomeadamente: ouvir, observar e tomar consciência dos nossos próprios sentimentos.
CONFORTO E APOIO
As principais queixas de insatisfação apresentadas pelos doentes/famílias relativamente aos profissionais de saúde são: desvalorização das opiniões do doente/família, informação pobre, insensibilidade na transmissão da mesma e dificuldade do profissional se aperceber da perspetiva do doente/família.
Alguns autores referem que a falta de formação em cuidados paliativos pelos profissionais é um dos motivos que levam os profissionais a falharem neste pilar fundamental em cuidados paliativos.
CONFORTO E APOIO Como tratar a pessoa nos últimos momentos de vida… - Continuar a tocar-lhe e tranquiliza-lo - Falar calmamente e com tranquilidade - Proporcionar conforto mantê-lo seco, com os lábios hidratados - Elevar a cabeceira da cama se a respiração for difícil ou levantar o tronco com almofadas
ACTUAÇÃO APÓS A MORTE No momento da morte as funções corporais irão cessar, isto é, não haverá respiração nem pulsação; os olhos ficam fixos numa direção (podem estar abertos ou fechados); a boca pode ficar ligeiramente aberta e ainda pode haver eliminação de urina pela bexiga ou de fezes pelos intestinos. Material necessário Compressas; Esponja; Bacia; Ligaduras; Água; Sabão; Toalhas; Fralda; 2 Lençóis Brancos; Adesivo; Luvas.
Procedimentos Realizar higiene ao corpo; Colocar fralda descartável; Colocar algodão ou compressas nos ouvidos e nariz; Fechar olhos com adesivo; Amarrar pés e mãos com ligadura; Colocar um lençol como em “envelope”; Identificar a pessoa; Encerrar boca com ligadura.
ASPETOS AFETADOS PELO PROCESSO DE LUTO Fisicamente
Mentalmente
Emocionalmente
Aperto no peito e palpitações; Perda de energia e fraqueza; Falta de ar; Nervosismo; Crises de choro; Perda de apetite ou tendência para comer mais; Maior consumo de álcool e drogas.
Falta de concentração; Confusão; Pensamentos constantes sobre a pessoa falecida; Pesadelos e sonhos de perda.
Raiva, frustração e choque; Negação, culpa, solidão e isolamento; Saudade.
ASPETOS AFETADOS PELO PROCESSO DE LUTO Espiritualmente
Socialmente
Culpar a vida e não entender o sentido da vida; Querer morrer; Culpar ou perder a crença espiritual
Perda de interesse pelas atividades das outras pessoas; Medo de estar só Precipitar-se em novas relações; Não se sentir à vontade com amizades anteriores.
APOIO À FAMÍLIA • Quando morre um ente querido, é natural que o cuidador e as pessoas próximas do doente passem por várias fases de luto, sendo que é fundamental entender que cada pessoal vivencia o luto de uma maneira diferente, não devendo ser criticada pela forma como reage. • A perda de alguém significativo para a pessoa pode levar ao esgotamento, sendo um momento complicado e duro de se viver, por vezes, a pessoa numa fase inicial fica em estado de choque e sentimentos de culpa surgem, a maioria das vezes sem qualquer razão.
APOIO À FAMÍLIA • Para o cuidador, a morte da pessoa cuidada é um momento de grande perda, pois, ao contrário do que muitas vezes pensamos, o principal dependente é o cuidador em relação à pessoa doente. O tempo vivido naquela situação faz com que o cuidador tenha esquecido o que é ser por si só, sem ser como pessoa que cuida de outro. Talvez seja um dos principais fatores que levam a uma saudade tremenda por parte de quem cuidou…
Visualização filme
“Mar a Dentro” Reflexão e discussão da opinião pessoal acerca do dilema ético: Eutanásia
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