UNIOESTE ± UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CECE ± CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS DEQ ± DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA DISCIPLINA ± PROJETOS E PROCESSOS DA INDÚSTRIA QUÍMICA DOCENTE ± CAMILO FREDDY MENDOZA MOREJON
PRODUÇÃO DA ARGAMASSA ACADÊMICO ± BRUNO HENRIQUE TAVARES BORBOREMA
Tópicos Abordados
Histórico; Definições gerais; Classificação em relação à vários critérios; Argamassa industrializada; Possíveis composições da argamassa industrializada; Processo de transformação.
Histórico
Primeiras argamassas foram descobertas em Yftah´el, Galiléia, hoje estado de Israel, com mais de 10000 anos de existência. Eynan, Jericó, denota-se a presença de cal e gesso nas construções e nas cabeças de estátuas modeladas. Na mesma época, em Çatal Hüyüc, Turquia, usou-se gesso como reboco de paredes. Argam Ar gamas assa sass hi hidr dráu áuli lica cass fo fora ram m enc encon ontr trad adas as na nass ci cist ster ernas nas de Jerusalém (mão-de-obra fenícia). Romanos desenvolveram a formulação e o fabrico das argamassas, selecionando os componentes ideais. Naquela época, a argamassa era feita através de cozedores. A maioria das argamassas romanas utilizavam unicamente a cal como ligante (argamassa aérea).
Histórico
A co cons nstr truç uçãão da gra rannde Rom omaa (pop opul ulaar) er eraa frá rági gil, l, nã nãoo permitindo edifícios de grande porte. Nas obras públicas e do Império, os romanos utilizavam outra argamassa, com material pozolânico, que combinados com a cal, formavam compostos estáveis (silicatos de cálcio). Construções de abóbadas e arcos abobadados .
Histórico
1812: Collet-Descotils descobre que cozinhando calcários siliciosos e combinando com a cal, dá propriedades hidráulicas. 1826: primeira indústria de cal hidráulica artificial em Moulineaux, França.
Cozinhava calcário e argila. Processo muito caro para a época. Otimização do processo: fornos sofisticados com temperatura acima de 1000ºC. Melhorou-se os níveis de hidraulicidade. Endurecimento da argamassa se dava pela perda de água contida na estrutura coloidal. Problema: criação de vazios, o que originava fissuras. Solução: implementação do saibro e do cimento na produção da argamassa.
Histórico
Entre 1950 e 1960: Na Europa Central e EUA, a nova indústria de construção com maior exigência em qualidade e rapidez de execução obrigou a substituição da mistura de canteiro de obra pela industrializada. 1990: Surgimento da industrialização nacional da argamassa.
Definições Gerais
Argamassas: são materiais de construção compostos de aglomerantes, agregados, água e aditivos, com propriedades de plasticidade, aderência, retenção de água, homogeneidade, compacidade, resistência à infiltração, à tração e à compressão e durabilidade. Aglomerantes: tem a finalidade de aglutinar materiais, influenciando a resistência do material resultante (cimento e cal hidratada); Obtenção: basicamente através de uma mistura homogênea de um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) e água. Pode conter aditivos químicos ou minerais. Agregados: são materiais que combinado com os aglomerantes, dão propriedades para a argamassa (cal virem, areia, gesso, etc.)
Trabalhabilidade e Aspectos Reológicos das Argamassas
Trabalhabilidade: Propriedade das argamassas no estado fresco que determina a facilidade com que elas podem ser misturadas, transportadas, aplicadas, consolidadas e acabadas. Resultante da conjunção de diversas outras propriedades:
Consistência: maior ou menor facilidade da argamassa deformar-se sob ação de cargas; Plasticidade: tendência a conservar-se deformada após a retirada das tensões de deformação; Retenção de água e de consistência: capacidade de manter sua trabalhabilidade quando sujeita a solicitações que provocam perda de água; Coesão: forças físicas de atração existentes entre as partículas sólidas da argamassa e as ligações químicas do aglomerante.
Trabalhabilidade e Aspectos Reológicos das Argamassas
Trabalhabilidade: Resultante da conjunção de diversas outras propriedades:
Exsudação: tendência de separação da água da argamassa, de modo que a água sobe e os agregados descem. Argamassas de consistência fluida apresentam maior tendência à exsudação. Densidade de massa: relação entre a massa e o volume do material. Adesão inicial: união inicial da argamassa no estado fresco ao substrato.
Retração:
Variação de volume da pasta aglomerante. Ocorre retração na perda de água, no excesso de sua composição. Reações químicas de hidratação do cimento e pela secagem.
Trabalhabilidade e Aspectos Reológicos das Argamassas
Aderência: Resistência e a extensão do contato entre a argamassa e uma base. Sempre deve ser especificado o material em que será aplicada.
Tipos de Argamassas
Argamassa de assentamento de alvenaria: Funções: Unir as unidades da alvenaria e ajudar a resistir aos esforços laterais; Distribuir uniformemente as cargas atuantes na parede por toda a área resistente dos blocos; Absorver deformações naturais a qual a alvenaria estiver sujeita; Selar as juntas. Propriedades: Trabalhabilidade (consistência, plasticidade e retenção de água); Aderência; Capacidade de absorver deformações; Resistência mecânica.
Tipos de Argamassas
Argamassa de assentamento de alvenaria:
Figura 01 ± Assentamento de alvenaria (Fonte: Panorama M. C., 2010)
Tipos de Argamassas
Chapisco: Funções: Garantir aderência entre a base e o revestimento de argamassa; Contribuir com a estanqueidade da vedação. Propriedade: Aderência.
Contrapiso: Função: Regularizar a superfície para receber acabamento (piso). Propriedades: Aderência; Resistência mecânica.
Tipos de Argamassas
Contrapiso:
Figura 02 ± Contrapiso (Fonte: Construção e Cia, 2009)
Tipos de Argamassas
Emboço e camada única: Funções: Proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação do itemperismo; Integrar o sistema de vedação dos edifícios contribuindo com diversas funções (estanqueidade, etc.); Regularizar a superfície dos elementos de vedação e servir como base para acabamentos decorativos. Propriedades: Trabalhabilidade (consistência, plasticidade e adesão inicial); Aderência; Baixa permeabilidade à água; Capacidade de absorver deformações; Resistência mecânica.
Tipos de Argamassas
Argamassa colante (assentamento de revestimento cerâmico): Funções: ³colar a peça cerâmica ao substrato; Absorver deformações naturais que o sistema de revestimento cerâmico estiver sujeito. Propriedades: (retenção de água, tempo em aberto, Trabalhabilidade deslizamento e adesão inicial); Aderência; Capacidade de absorver deformações ± principalmente para fachadas.
Tipos de Argamassas
Emboço e camada única, Argamassa colante:
Figura 03 ± Revestimentos em geral (Fonte: Weber, 2010)
Tipos de Argamassas
Argamassa de rejuntamento (das juntas de assentamento das peças cerâmicas): Funções: Vedar as juntas; Permitir a substituição das peças cerâmicas; Ajustar os defeitos de alinhamento; Absorver pequenas deformações do sistema. Propriedades: Trabalhabilidade (consistência, plasticidade e adesão inicial); Baixa retração; Aderência; Capacidade de absorver deformações ± principalmente para fachadas.
Tipos de Argamassas
Argamassa de rejuntamento (das juntas de assentamento das peças cerâmicas):
Figura 04 ± Assentamento de pedras e cerâmicas (Fonte: Marmorex, 2007)
Tipos de Argamassas
Argamassa de reparo de estruturas de concreto: Função: Reconstituição geométrica de elementos estruturais em processo de recuperação . Propriedades: Trabalhabilidade; Aderência ao concreto e armadura originais; Baixa retração; Resistência mecânica; Baixa permeabilidade e absorção de água; Durabilidade.
Tipos de Argamassas
Argamassa de reparo de estruturas de concreto:
Figura 05 ± Aplicação da argamassa de reparo de estruturas de concreto (Fonte: Revista Téchne, 2010)
Classificação Com Relação a Vários Critérios
Quanto à natureza do aglomerante: Argamassa aérea: Preparada com aglomerante aéreo, que endurece por reação com o ar atmosférico. Argamassa hidráulica: Preparada com aglomerante hidráulico, que endurece por reações que envolvem a água. Quanto ao tipo de aglomerante: Argamassa de cal: Preparada com cal como único aglomerante. Encontram-se dois tipos de cal, sendo a cal virgem (deve passar por um processo de hidratação) e a cal hidratada (comprada pronta). Argamassa de cimento: Preparada com cimento Portland como único aglomerante. Possui alta resistência e boa trabalhabilidade.
Classificação Com Relação a Vários Critérios
Quanto ao tipo de aglomerante: Argamassa de cimento e cal: Preparada com proporções adequadas de cada componente, deixando a mistura mais completa. A cal é plastificante. O cimento é resistente e aumenta a velocidade do endurecimento. Indicada para usos em alvenaria. Argamassa de gesso: mistura de gesso e areia (1:3). Primeira camada do acabamento (a pasta de gesso é utilizada sobre a argamassa). à mistura cimento e cal. Argamassa de cal e gesso: idem Propriedades do gesso bem como da cal. Acabamentos.
Classificação Com Relação a Vários Critérios
Quanto ao número de aglomerantes: Argamassa simples: Possui um único aglomerante. Argamassa mista: Possui dois ou mais aglomerantes. Quanto à consistência da argamassa:
Argamassa seca: a pasta aglomerante somente preenche os vazios entre os agregados, deixando-os ainda em contato. Devido ao atrito entre as partículas, tem-se uma massa ³áspera . Argamassa plástica: uma fina camada de pasta aglomerante ³molha a superfície dos agregados, dando uma boa adesão entre eles com uma estrutura pseudo-sólida. Argamassa fluída: as partículas do agregado estão imersas no interior da pasta aglomerante, sem coesão interna e com tendência de depositar-se por gravidade. Os grãos de areia não oferecem resistência ao deslizamento.
Classificação Com Relação a Vários Critérios
Quanto à consistência da argamassa:
Figura 06 ± Variações das consistências da argamassa (Fonte: CABRAL,2009)
Classificação Com Relação a Vários Critérios
Quanto à plasticidade da argamassa:
Argamassa pobre ou magra: áspera. Argamassa média ou cheia: plástica. Argamassa rica ou gorda: muito plástica.
Quanto à densidade da argamassa (no estado fresco):
Argamassa leve: densidade menor que 1,4g/cm . Aplicada para isolamento térmico e acústico. Apresenta vermiculita, perlita e argila expandida como principais agregados. Argamassa normal: densidade entre 1,4 a 2,3g/cm . É a argamassa mais utilizada (convencional). Apresenta areia de rio (quartzo) e calcário britado como principais agregados. Argamassa pesada: densidade maior que 2,3g/cm com aplicação em blindagem de radiação. Apresenta barita (sulfato de bário) como principal agregado.
Classificação Com Relação a Vários Critérios
Quanto à forma de preparo ou fornecimento: Argamassa preparada na obra: a mistura do(s) aglomerantes, agregados, adições (pó calcário, saibro, solo fino, etc.), aditivos químicos, etc. Produz-se no canteiro de obras. Mistura semipronta para argamassa: a mistura preparada no canteiro de obras já é basicamente pronta. Necessitando apenas a adição de água. industrializada:: proveniente da dosagem controlada Argamassa industrializada em instalação própria, de aglomerante(s) de origem mineral, agregado(s) miúdo(s) e eventualmente, adição(ões) em estado seco e homogêneo. O usuário somente necessita adicionar a quantidade de água requerida .
Argamassa Industrializada
Mais cara que a argamassa virada no canteiro, porém, é mais ³rica em propriedades; Há argamassas específicas para cada tipo de utilização: Argamassa para fachada: deve ter a propriedade de resistir ao sol, umidade e vento (adição de polímeros, celulose e cimento). para revestimento de banheiros: deve ter a Argamassa propriedade de resistir a umidade, apenas (adição de polímeros).
Vantagens do Uso da Argamassa Industrializada
Elimina em até 80% as perdas, em comparação às argamassas feitas em obra. Produção com controle de qualidade. Aumento da produtividade da mão-de-obra (liberando espaço no canteiro de obras, já que com o uso da argamassa industrializada, a quantidade de insumos no canteiro seria reduzido). O tempo em que o operário perde para levar o carrinho de areia para ser misturado com o cimento e a água significa um acréscimo de 30% sobre o custo de cada saco de areia. Melhora a logística do canteiro, reduzindo o espaço de estoque.
Possíveis Composições da Argamassa Industrializada
Argamassa básica: Areia: Cimento; Cal. Argamassa ³completa : É a argamassa básica com aditivos químicos, que tendem a alterar positivamente as propriedades do produto.
Areia
Se a areia estiver diferente às normas exigidas pela indústria, a argamassa poderá apresentar uma rugosidade diferente da prevista. Deve ter granulometria adequada e estar limpa. É o insumo mais difícil de controlar, devido a: Granulometria; Constituição. Umidade. Tipos: Areia seca:
Possui teor de inchamento próximo a zero; Granulometria perfeita para argamassas para teto, pois há vazios reduzidos entre os grãos; Retração no produto industrializado é mínima; Com osi ão: 95% de uartzo.
Areia
Tipos: Areia fina: Jazida de arenito (Campo Largo/PR); Granulometria perfeita para argamassas para teto. Areia média: Granulometria adequada para argamassa de assentamento. Areia grossa: Granulometria adequada para argamassa para contrapiso.
Cimento
Aglomerante hidráulico (endurece com a presença de água); Dois tipos empregados: CP-III e CP-B. Motivos: Ecologicamente corretos; Alta resistência; Durabilidade alta; Tipos: CP-III:
Impermeável; Alta durabilidade; Alta resistência à expansão; É o mais ecológico de todos os cimentos produzidos no brasil. Aplicações: Argamassas de assentamento e de revestimento.
Cimento
Tipos: CP-B:
Um dos tipos de cimento mais utilizados no Brasil; Composição de 6 a 14% de pozolana; Rica em silicatos vítreos. Possuem elevado teor de sílica reativa (SiO2), capaz de reagir com o óxido de cálcio (CaO), dando origem a silicatos amorfos de caráter cimentante. Cor natural esbranquiçada. Aplicações: Argamassas de assentamento e revestimento.
Cal
Função de aglomerante aéreo (endurece na presença de ar); Propriedades: Melhora na trabalhabilidade; Aumento da resistência à penetração; Aumento da capacidade de retenção de água. Tipos: Cal hidratada:
Resistência à compressão varia com a adição da cal hidratada. diminui essa resistência tornando-a compatível com as exigências estruturais comuns feitas para as alvenarias. Maior deformabilidade (melhor absorção das acomodações iniciais da estrutura); É o plastificante mais recomendável na adição das argamassas.
Cal
Tipos: Cal hidratada:
Uso normalizado pela ABNT; Diminuição do custo do metro cúbico da argamassa (permite usar uma maior quantidade de agregados para uma mesma quantidade de cimento); Hidratação completa; Alcalina (pH maior que 11,5), o que torna o meio mais asséptico; Cor branca, que clareia as misturas, tornando-as mais refletivas aos raios solares, transmitindo menos calor e diminuindo a iluminação artificial; Deve obedecer os padrões estipulados pela NBR 7175.
Cal
Tipos: Cal virgem:
Hidratação parcial; Muito desperdício: Trincas e quedas do material. Pouco utilizada.
Aditivos Químicos
Apenas algumas empresas utilizam; Caro e poucas empresas produzem no Brasil (CIMENTAL FERMAFLEX); Grande parte é importado (FUNCTIONAL PRODUCTS, KERNEOS, DOW CORNING, ARINOS QUÍMICA, ROHM AND HAAS); Devem ser usados em quantidades inferiores a 5% em volume; Caracterizam propriedades especiais ao produto: Retentores de água: finalidade de impedir que a evaporação seja rápida, colaborando para a aderência do produto: TOPCELL 7950, ESTEARATO DE CÁLCIO, PERAMIN® CONPAC500, PERAMIN® SMF10, GLUCONATO DE SÓDIO, MECELLOSE.
Aditivos Químicos
Caracterizam propriedades especiais ao produto: Incorporador de ar: AGNIQUE® SLS2490CC, AERANTE 50. Diminuição do tamanho da partícula: proporciona uma melhor interação entre os componentes: ALUMINA ATIVA, PERAMIN® CONPAC500. Acelerador de cura: secagem rápida: CARBONATO DE LÍTIO, FORMIATO DE CÁLCIO, ALUMINA ATIVA. Retardador de cura: prolonga o tempo de uso: ÁCIDO CÍTRICO, ÁCIDO TARTÁRICO, CIRATO DE SÓDIO. Aumento da aderência: VAEPOL DM4, STARLOSE L, FORMIATO DE CÁLCIO, VAEPOL DM1, VAEPOL AS-7, VAEPOL DM2. Aumento da flexibilidade: VAEPOL DM4, VAEPOL DM1, VAEPOL AS-7, VAEPOL DM2.
Aditivos Químicos
Caracterizam propriedades especiais ao produto: . Hidrofugantes: BIOCIDA EM PÓ, ROCIMA 363 Aumento da resistência: CARBONATO DE LÍTIO, VAEPOL AS-7. Impermeabilizante: SHP50, ESTEARATO DE ZINCO. Plastificante: não deixa sobrar água, o que, em caso contrário poderá ocasionar fissuras: PERAMIN® SMF10.
Outros Constituintes
Dependendo da região onde a argamassa será produzida, a constituição da mesma poderá ter compostos a mais, garantindo a plasticidade: Saibro; Barro; Argila; Caulim;
Processo de Transformação
Genericamente:
Processo de Transformação
Aplicando o modelo generalizado para a produção da argamassa para revestimento:
Processo de Transformação
Aplicando o modelo generalizado para a produção da argamassa para revestimento:
Processo de Transformação
Fluxograma em blocos do processo de transformação:
Recepção e Armazenamento da Matéria--Prima Matéria
Recepção e Armazenamento da Matéria--Prima Matéria -Prima
Areia seca transportada até a indústria (no ponto de recebimento) através de caminhões; Transporte para o silo por mei eioo de tr tran ansp spor orttad ador or po por r canecas.
Figura 07 ± Transportado Transportadorr por canecas (Fonte: Transporte de Granéis, 2008)
Figura 08 ± Desenho esquemático es quemático de um transportador por canecas de uma coluna (Fonte: Transporte Transporte de Granéis, 2008)
Recepção e Armazenamento da Matéria--Prima Matéria -Prima
Forma construtiva: quadrada, retangular ou redonda. Cone inferior: projetado para o total escoamento da areia seca.
Figura 09 ± Desenho esquemático de um silo para o armazenamento de areia com até 300 ton. (Fonte: Sementsilo, 2009)
Figura 10 ± Silo S ilo retangular (Fonte: Astra, 2006)
Recepção dos Insumos (Cimento, Cal Hidratada) e Embalagens
Recepção dos Insumos (Cimento, Cal Hidratada) e Embalagens
O Cimento, a cal hidratada e as embalagens chegam à indústria através do transporte de caminhões; O Cimento e a cal hidratada são armazenados em silos, sendo transportados através de transportadores por caneca; Nos silos: Proteção das itempéries. Embalagens analisadas segundo a NBRarmazenad NBRarmazenadas as em um de ósi ósito. to.
Figura 11 ± Silo para armazenamento do cimento e cal hidratada (Fonte: Simentsilo, 2009)
Recepção e Armazenamento dos Insumos (Aditivos Químicos)
Recepção e Armazenamento dos Insumos (Aditivos Químicos)
Transporte dos aditivos químicos até a indústria através de caminhões; Nem sempre os aditivos são da mesma empresa, o que pode acarretar em lotes com entrega em períodos distintos; Cada aditivo passa pela ³sua respectiva balança (pesagem manual) e é armazenado. Cada um em um silo.
Figura 12 ± Balança utilizada para a pesagem dos aditivos químicos (Fonte C&F Balanças, 2004)
Preparação da Matéria Matéria--Prima
Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:
Preparação da Matéria Matéria--Prima (Peneiramento)
Peneira vibratória inclinada: Função: classificar e separar a areia fina e média da seca; A areia é lançada sobre a caixa de entrada, que por sua vez transporta o material para a superfície de peneiramento onde encontra-se uma tela (chapa perfurada), tendo-se então a classificação. Processo contínuo ou batelada (devido à disponibilidade dos fornecedores da matéria-prima).
Preparação da Matéria Matéria--Prima (Peneiramento)
Figura 13 ± Peneira vibratória Inclinada (Fonte: Price Maq, 2010) Figura 14 ± PVI (Fonte: Price Maq, 2010)
Preparação da Matéria Matéria--Prima
Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:
Preparação da Matéria Matéria--Prima (Moagem)
Moinho de bolas: triturar a areia seca, de modo a diminuir a Função: granulometria; Funcionamento:
Rotação horizontal propulsionado por um motor. Bolas de aço; Princípio de funcionamento: a força centrífuga causada pela rotação do tambor eleva as bolas de aço até certa altura, e então o impacto da queda mói a areia seca.
Preparação da Matéria Matéria--Prima (Moagem)
Figura 15 - Moinho de bolas (Fonte: Henan Liming Heavy Industry Science e Technology (Break Day), 2010)
Preparação da Matéria Matéria--Prima
Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:
Preparação da Matéria Matéria--Prima (Secagem)
Secador Rotativo: Função: diminuir o teor de umidade da areia seca. Para os processos mais complexos, deve-se ter ausência de umidade na areia seca. Princípio de funcionamento: Tambor que gira na horizontal; Várias pás que provocam um determinado passo de avanço durante a rotação; A rotação provoca o levantamento do material, na qual facilita a troca térmica entre os gases quentes e a areia seca; O fluxo dos gases quentes é em contra-corrente, em relação ao fluxo da areia seca; Após a secagem, a areia seca passa pelo bocal de descarga, na qual será pesada, e posteriormente armazenada.
Preparação da Matéria Matéria--Prima (Secagem)
Figura 16 ± Desenho esquemático de um secador rotativo (Fonte: Almix, 2007)
Figura 17 ± Secador rotativo (Fonte: Engenharia Térmica, 2008)
Preparação da Matéria Matéria--Prima
Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:
Preparação da MatériaMatéria-Prima e Insumos (Análise Qualitativa)
Feita no laboratório; Quantidade de material analisado: aproximadamente 1,5kg; Cada composto apresenta uma norma da ABNT que indica a quais compostos devem estar contidos na amostra.
Areia seca: NBR 7211:1983
Cimento: NBR: 5735:1991
Cal hidratada: NBR 7175:1992
Algumas análises: Resíduo orgânico; pH; Umidade; Granulometria. Os materiais analisados são descartados (resíduo sólido).
Preparação da MatériaMatéria-Prima e Insumos (Análise Qualitativa)
Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:
Preparação da MatériaMatéria-Prima e Insumos (Análise Qualitativa)
Balança: Funções: contabilizar a quantidade que vai para o processo de transformação. Contabilizar a quantidade perdida, através de resíduos. Balança individual. Os materiais são transportados para silos individuais.
Transformação
Dosagem, pré-misturação e misturação:
Transformação (Dosagem)
Dosagem: Função: Transportar do silo ao pré-misturador uma quantia determinada do material.
Para 1m de argamassa, utiliza-se 100kg de cal hidratada. Proporções (areia:cimento:cal):
3:1:1; 4:2:1.
Para os aditivos químicos, o total da mistura não deve exceder 5% em volume.
Transformação
Dosagem, pré-misturação e misturação:
Transformação (Pré(Pré-Misturador)
Pré-misturador: homogeneidade Função: das misturas; Dois pré-misturadores:
Areia e aditivos químicos; Cimento e cal hidratada.
Da análise do controle de qualidade, percebeu-se que a qualidade da argamassa é melhor quando há pré misturadores.
Figura 18 ± Misturador de eixo duplo (Fonte: Concrete Mixers, 2010)
Figura 19 ± Eixo duplo (Fonte: Concrete Mixers, 2010)
Transformação
Dosagem, pré-misturação e misturação:
Transformação (Misturador)
Misturador de eixo duplo:
Funções:
Homogeneização; Padronização do traço;
Figura 20 ± Misturador de eixo duplo (Fonte: BHS, 2010) Figura 21 ± Misturador em ação (Fonte: BHS, 2010)
Acabamento
Controle de qualidade, ensacadeira e depósito:
Acabamento (Controle de Qualidade)
Feitas em laboratório, de acordo com a NBR 13749/1996 (argamassa para revestimento): Resistência à compressão; Densidade de massa aparente no estado endurecido; Resistência à tração na flexão; Coeficiente de capilaridade; Densidade de massa aparente no estado fresco; Retenção de água; Resistência potencial de aderência à tração.
Acabamento (Controle de Qualidade)
Figura 22 ± Controle de qualidade da argamassa
Acabamento
Controle de qualidade, ensacadeira e depósito:
Acabamento ((Ensacadeira Ensacadeira))
As embalagens que estavam armazenadas no depósito (recebimento dos insumos) são transportadas até a ensacadeira. Função: envolver e proteger o produto da variação de temperatura, umidade e no transporte (batidas). Funcionamento:
durante o enchimento do produto, o corte de fluxo é feito mecanicamente, através do sensor indutivo. O temporizador elétrico defasa o corte do solta saco, evitando a queda do produto no chão. Automaticamente o tombador retira o saco do bico, lançando-o na esteira.
Acabamento ((Ensacadeira Ensacadeira))
Figura 23 ± Ensacadeira ER 5000 (Fonte: Sat Paraná, 2009)
Figura 24 ± Ensacadeira ES 5000 (Fonte: Sat Paraná, 2009)
Acabamento
Controle de qualidade, ensacadeira e depósito:
Acabamento (Depósito)
Após embalado, o produto segue para o depósito através do transporte por esteira.
Função: proteção contra itempéries. O produto fica armazenado no depósito até algum cliente desejar o produto, na qual será transportado até o remetente através de transporte rodoviário (expedição).
Expedição
Processo de Transformação
Fluxograma de equipamentos para a argamassa para revestimento:
Processo de Transformação
Fluxograma de blocos para a argamassa para reboco:
Processo de Transformação
Fluxograma de equipamentos para a argamassa para reboco: