PORTUGUÊS PARA PROVAS E CONCURSOS
34 Coordenação Edilson Mougenot Bonfim
MARCELO PAIVA
PORTUGUÊS PARA PROVAS E CONCURSOS de acordo com as regras do novo acordo ortográfico
2010
ISBN 978-85-02-08121-5 obra completa ISBN 978-85-02-08121-5 volume 34 Rua Henrique Schaumann, 270, Cerqueira César — São Paulo — SP CEP 05413-909 PABX: (11) 3613 3000 SACJUR: 0800 055 7688 De 2ª a 6ª, das 8:30 às 19:30
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Paiva, Marcelo Português para provas e concursos: de acordo com as regras do novo acordo ortográfico / Marcelo Paiva. – São Paulo : Saraiva, 2010. – (Coleção curso & concurso) 1. Português – Concursos I. Título. II. Série. 09-00904
CDD-469.076
Índice para catálogo sistemático: 1. Português : Concursos
469.076
Diretor editorial Antonio Luiz de Toledo Pinto Diretor de produção editorial Luiz Roberto Curia Editora Manuella Santos Assistente editorial Daniela Leite Silva Produção editorial Ligia Alves Clarissa Boraschi Maria Preparação de originais Maria Lúcia de Oliveira Godoy Raphael Vassão Nunes Rodrigues Arte, diagramação e revisão de provas Know-How Editorial Serviços editoriais Carla Cristina Marques Elaine Cristina da Silva Capa Guilherme Pinto
Data de fechamento da edição: XX-X-2009.
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Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Saraiva. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Nota do Editor
A fim de melhor atender aos anseios dos estudantes e candidatos a concursos, temos a satisfação de oferecer a nova edição, inteiramente reformulada, da coleção Curso & Concurso , que apresenta as seguintes mudanças: 1. Novo formato — semelhante ao de caderno universitário —, que torna a leitura e o transporte da obra mais fáceis; 2. Numeração dos volumes para facilitar a localização dos temas; 3. Novo projeto gráfico, com uso de cores para facilitar a identificação dos pontos mais importantes de cada matéria; 4. Proposição de questões de concurso no final de cada capítulo, com o intuito de permitir ao leitor revisar as matérias e fixar os conceitos abordados, privilegiando o seu aprendizado. As respostas estão no final do livro. Convém frisar que nem todos os capítulos contêm questões, uma vez que os autores procuraram abordar os temas mais solicitados em concursos públicos e no exame da Ordem. As mudanças objetivam aprimorar a coleção, sendo as considerações do leitor uma constante fonte de renovação da obra, por isso nos colocamos à inteira disposição para sugestões e comentários no seguinte endereço eletrônico:
[email protected]. Agradecemos a todos aqueles que nos prestigiam por meio da leitura das obras da coleção Curso & Concurso. A Editora
Apresentação
A finalidade deste material é ser prático, dinâmico e direto para facilitar seu estudo e sua aprovação. Leciono há 30 anos para provas e concursos e percebo que o candidato perde muito tempo com conteúdos que não são exigidos pelas bancas organizadoras. Assim, espero que você aprenda o que necessita para gabaritar as questões no dia da prova. O conteúdo foi organizado para que você obtenha o conhecimento necessário e se sinta seguro em relação às regras de nosso idioma com centenas de exercícios. Geralmente, o candidato acredita que deve estudar de forma abrangente o conteúdo de uma matéria. Essa abrangência, no entanto, tem limite. Este livro não objetiva preparar você para uma vida acadêmica com especialização em nosso idioma. Nosso interesse é sua aprovação. Para isso, todo o conteúdo foi preparado com base em centenas de provas de diversas bancas organizadoras. Os assuntos são apresentados em linguagem simples e direta. Após a parte teórica de cada capítulo, o livro oferece a prática, com diversas questões de concursos. Primeiro estude o conteúdo, depois faça muitos e muitos exercícios. Leia e releia sempre que necessário. Desejo que você definitivamente aprenda o português direcionado para concurso público. Acompanho milhares de candidatos e sei que a prática é fundamental para o sucesso na aprovação. No final do livro, acrescentei uma série de exercícios das últimas provas de diferentes bancas organizadoras. Bom estudo!
Marcelo Paiva
Índice
Nota do Editor ............................................................................................................................................. Apresentação ................................................................................................................................................
5 7
Capítulo I — Sinais — Acentuação gráfica .....................................................................
13
Regras para indicar a sílaba tônica ............................................................................................................. Quanto à tonicidade ............................................................................................................................ Quanto aos encontros vocálicos ......................................................................................................... Regra do acento diferencial................................................................................................................. Trema ................................................................................................................................................... Praticando ................................................................................................................................................... Crase ............................................................................................................................................................ Casos em que ocorre a fusão da preposição “a” com ........................................................................ Casos que merecem atenção redobrada ............................................................................................. Crase facultativa .................................................................................................................................. Praticando ...................................................................................................................................................
13 13 14 14 15 15 17 17 18 19 19
Capítulo II — Morfologia....................................................................................................
25
A estrutura da palavra................................................................................................................................. Processos de formação das palavras ................................................................................................... Derivação..................................................................................................................................... Composição ................................................................................................................................ Onomatopeia .............................................................................................................................. Abreviação ................................................................................................................................... Hibridismo .................................................................................................................................. Neologismo ................................................................................................................................. Praticando ................................................................................................................................................... Classes de palavras ...................................................................................................................................... Substantivo .......................................................................................................................................... Tipos de substantivos ................................................................................................................. Gênero dos substantivos............................................................................................................. Plural dos substantivos ...............................................................................................................
25 26 26 26 26 26 26 26 27 30 31 31 31 31
Adjetivo ................................................................................................................................................
33
Tipos de adjetivos .......................................................................................................................
33
Variações dos adjetivos ...............................................................................................................
33
Conjunção............................................................................................................................................
33
Pronome ..............................................................................................................................................
34
Pronome pessoal .........................................................................................................................
34
Pronome possessivo ....................................................................................................................
34
Pronome demonstrativo ............................................................................................................
34
Pronome indefinido....................................................................................................................
36
Pronome relativo ........................................................................................................................
36
Praticando ...................................................................................................................................................
38
Colocação pronominal ...............................................................................................................
45
Praticando ...................................................................................................................................................
46
Verbo ....................................................................................................................................................
47
Classificação dos verbos .............................................................................................................
47
Tempos verbais ...........................................................................................................................
48
Vozes verbais ...............................................................................................................................
48
Locução verbal ............................................................................................................................
49
Formas rizotônicas e arrizotônicas ............................................................................................
49
Praticando ...................................................................................................................................................
49
Capítulo III — Análise sintática .........................................................................................
56
Período simples ...........................................................................................................................................
56
Sujeito ..................................................................................................................................................
56
Praticando I .................................................................................................................................................
58
Tipologia verbal ...................................................................................................................................
59
Verbo intransitivo .......................................................................................................................
59
Verbo transitivo direto ...............................................................................................................
59
Verbo transitivo indireto ............................................................................................................
59
Verbo transitivo direto e indireto ..............................................................................................
60
Verbo de ligação ..........................................................................................................................
60
Praticando II................................................................................................................................................
60
Adjunto adnominal .............................................................................................................................
61
Complemento nominal .......................................................................................................................
61
Praticando III ..............................................................................................................................................
62
Agente da passiva.................................................................................................................................
62
Adjunto adverbial ................................................................................................................................
63
Praticando IV ..............................................................................................................................................
63
Aposto..........................................................................................................................................................
64
Vocativo.......................................................................................................................................................
64
10
Português Praticando V................................................................................................................................................
64
Funções do se .......................................................................................................................................
64
Praticando VI ..............................................................................................................................................
65
Tipos de predicado ..............................................................................................................................
65
Questões de prova .......................................................................................................................................
66
Período composto .......................................................................................................................................
71
Orações coordenadas ..........................................................................................................................
72
Orações coordenadas assindéticas .............................................................................................
72
Orações coordenadas sindéticas.................................................................................................
72
Praticando I .................................................................................................................................................
72
Orações subordinadas .........................................................................................................................
74
Orações subordinadas substantivas ...........................................................................................
75
Praticando II................................................................................................................................................
76
Orações subordinadas adjetivas .................................................................................................
77
Praticando III ..............................................................................................................................................
77
Orações subordinadas adverbiais...............................................................................................
77
Praticando IV ..............................................................................................................................................
78
Orações reduzidas ...............................................................................................................................
79
Questões de prova .......................................................................................................................................
79
Concordância ..............................................................................................................................................
83
Concordância verbal ...........................................................................................................................
83
Praticando ...................................................................................................................................................
86
Concordância nominal .......................................................................................................................
93
Praticando ...................................................................................................................................................
94
Regência.......................................................................................................................................................
98
Principais regências .............................................................................................................................
99
Praticando ...................................................................................................................................................
100
Pontuação ....................................................................................................................................................
108
Uso da vírgula ......................................................................................................................................
108
Uso de ponto e vírgula ........................................................................................................................
109
Uso de dois-pontos .............................................................................................................................
110
Aspas ....................................................................................................................................................
110
Travessão..............................................................................................................................................
110
Praticando ...................................................................................................................................................
110
Capítulo IV — Semântica e ortografia .............................................................................
121
Dúvidas comuns ..................................................................................................................................
121
Praticando ...................................................................................................................................................
125
Capítulo V — Questões de interpretação de texto ........................................................
128
Texto I — Ganhamos a guerra, não a paz .................................................................................................
128
11
Texto II — Ciência e esoterismo ................................................................................................................
130
Texto III .......................................................................................................................................................
131
Texto IV .......................................................................................................................................................
134
Texto V ........................................................................................................................................................
134
Texto VI .......................................................................................................................................................
135
Texto VII — A liberdade e o consumo ......................................................................................................
136
Texto VIII ....................................................................................................................................................
138
Texto IX .......................................................................................................................................................
139
Texto X ........................................................................................................................................................
141
Texto XI — As marcas do bem ..................................................................................................................
142
Texto XII .....................................................................................................................................................
144
Texto XIII — O anônimo...........................................................................................................................
145
Texto XIV ....................................................................................................................................................
147
Texto XV .....................................................................................................................................................
147
Texto XVI ....................................................................................................................................................
148
Capítulo VI — Novo acordo ortográfico..........................................................................
149
Principais alterações....................................................................................................................................
150
O novo alfabeto ...................................................................................................................................
150
Trema ...................................................................................................................................................
150
Acentuação gráfica ..............................................................................................................................
150
Palavras com diferenças de pronúncia ...............................................................................................
150
Acentuação gráfica por outros motivos .............................................................................................
150
Alterações ortográficas devido à fonética ...........................................................................................
151
Hífen ....................................................................................................................................................
151
Uso de minúscula ................................................................................................................................
153
Uso de maiúscula ou minúscula .........................................................................................................
153
Respostas ......................................................................................................................................................
12
155
Capítulo
I Sinais — Acentuação Gráfica
Poucas línguas no mundo fazem uso de acento gráfico. A Língua Portuguesa tem necessidade deste sinal por três motivos: identificar a sílaba tônica (oxítona, paroxítona ou proparoxítona), a sonoridade da vogal (aberta, fechada ou nasal) ou indicar a crase. Estes são os acentos em nosso idioma: — Agudo (´): indica a vogal tônica aberta. — Grave (`): indica a ocorrência de crase. — Circunflexo (^): indica a vogal tônica nasal ou fechada (lâmpada, gênero, bônus, robô). — Til (~): indica a nasalidade em a e o (cristã, pães, cãibra; corações, põem).
crescente: ministério, ofício, previdência, homogêneo, ambíguo, Ásia, Rondônia. b) O novo acordo ortográfico passa a aceitar acento agudo ou circunflexo nas palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais e ou o são seguidas de consoantes nasais grafadas m ou n , conforme o seu timbre aberto ou fechado nas pronúncias: académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/ fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo, Amazónia/Amazônia, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue.
REGRAS PARA INDICAR A SÍLABA TÔNICA
2. Paroxítonas: são acentuadas quando termi-
Quanto à tonicidade 1. Proparoxítonas: todas as palavras proparo-
xítonas recebem acento: sábado, ônibus, câmara, chácara, árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, público, rústico, último. Observações:
a) Seguem esta regra as proparoxítonas eventuais, ou seja, as terminadas em ditongo
nam em: — i(s): júri(s), táxi(s), lápis, tênis; — us: bônus, vírus, Vênus; — ã(s), ão(s): órfã, ímã, órfãs, órgão, órgãos, — — — — — — —
bênção, bênçãos; om, ons: radom (ou radônio), iâmdom, nêutron, elétron, nêutrons; um, uns: fórum, álbum, fóruns, álbuns; l: estável, estéril, difícil, cônsul, útil; n: hífen, pólen, líquen; r: açúcar, éter, mártir, fêmur; x: látex, fênix, sílex, tórax; ps: bíceps, fórceps.
rem seguidos de nh, não repetirem a vogal
Observações:
e não formarem sílaba com consoante que não seja o “s”: ensaísta, saída, juízes, país, baú(s), saúde, reúne, amiúde, viúvo . Rainha
a) A regra de acentuar paroxítonas terminadas em i ou r não se aplica aos prefixos terminados nessas letras: anti-, semi-, hemi-, arqui-, super-, hiper-, alter, inter - etc. b) As paroxítonas terminados em en não recebem acento seguidas de “s”: liquens, hi fens, itens, homens, nuvens etc.
(precede “nh”), xiita (repetição de vogal) e juiz (forma sílaba com consoante que não seja o “s”) não recebem acento. b) O acordo ortográfico retira o acento dos hiatos tônicos paroxítonos após ditongo: feiura, baiuca . Se o termo não for paroxítono, o acento se mantém: Piauí . c) O acordo ortográfico retira o acento dos hiatos -eem e -oo (s ).
3. Oxítonas: são acentuadas quando termina-
das em: — a(s): guaraná, atrás, Amapá, Pará; — e(s): tevê, clichê, cortês, português, pajé,
convés; — o(s): complô, robô, avô, avós, após; — em, ens: armazém, armazéns, também, (ele) provém, (eles) detêm. Observação:
As palavras tônicas que possuem apenas uma sílaba (monossílabos) terminadas em a , e e o seguem também essa regra: pá, pé, pó, (tu) dás, três, mês, (ele) pôs, má, más ; assim também os monossílabos verbais seguidos de pronome: dá -la, tê -lo, pô -la etc.
1. Regra dos ditongos abertos tônicos Os ditongos ei , eu e oi têm a primeira vogal acentuada graficamente quando são abertos e tônicos: pa péis, réis, mausoléu, céus, corrói, heróis . Com o acordo
idéia
ideia
jibóia
jiboia
heróico
heroico
voo enjoo abençoo creem leem
Antes
Acordo
apazigúe averigúe
apazigue averigue
Regra do acento diferencial O acordo ortográfico altera significativamente a regra do acento diferencial. Antes, a regra valia para os seguintes casos: — têm (eles) para distingui-lo de tem (ele), e vêm (eles), distinto de vem (ele); (vale nos derivados: eles detêm, provêm, distinto de detém, provém (ele)); — pôde (pretérito perfeito), distinto de pode (presente); — fôrma (substantivo), distinto de forma (verbo formar ); — vocábulos tônicos (abertos ´ / fechados ^) que têm homógrafos átonos:
ortográfico, deixam de ser acentuadas as palavras paroxítonas com esse ditongo na sílaba tônica. Acordo
Acordo
vôo enjôo abençôo crêem lêem
d) O acordo ortográfico não permite mais o acento na vogal u tônica dos encontros gue , gui , que , qui .
Quanto aos encontros vocálicos
Antes
Antes
Observação:
Apenas as paroxítonas deixam de receber acento. Continuam com o acento as oxítonas: réu, herói, céu, chapéu etc.
tônicos
átonos
2. Regra dos hiatos
côa, côas (v. coar )
coa, coas (com a, com as)
a) Hiatos em i e u tônicos, com ou sem s , recebem acento agudo quando não fo-
pára (v. parar )
para (preposição)
péla, pélas (v. pelar e s.f.)
pela, pelas (por + a, por + as)
14
Português pélo (v. pelar ), pêlo, pêlos
pelo, pelos (por + o, por + os)
péra, péras (pedra), pêra
pera (forma arcaica)
pôla(s) (vegetal)
pola(s) (forma arcaica de por + a)
pólo(s) (eixo, jogo); pôlo(s) (gavião)
polo(s) (forma arcaica de por + o)
pôr (verbo)
por (preposição)
6. heróico 7. réu 8. escarcéu 9. bóia 10. jibóia 11. idéia 12. assembléia 13. boléia 14. vôo 15. abençôo 16. enjôo 17. eles crêem 18. eles vêem 19. eles relêem 20. eles têm 21. eles vêm 22. Piauí 23. feiúra 24. apazigúe 25. pára 26. pólo 27. pêra 28. pôde (passado) 29. tranqüilo 30. líqüido
O acordo mantém apenas os seguintes casos obrigatórios: — têm (eles) para distingui-lo de tem (ele), e vêm (eles), distinto de vem (ele); (vale nos derivados: eles detêm, provêm, distinto de detém, provém (ele)); — pôde (pretérito perfeito), distinto de pode (presente); — pôr (verbo), para diferenciar da preposição por.
Dois casos facultativos: fôrma e dêmos (usados em Portugal).
Trema O trema (diérese) foi retirado de nosso idioma. Observe as alterações: Antes
Acordo
tranqüilo cinqüenta pingüim
tranquilo cinquenta pinguim
Observação:
Conserva-se, no entanto, o trema em palavras derivadas de nome próprios estrangeiros: Müller, Hübner.
PRATICANDO
A
Assinale os termos que devem sofrer modificação na acentuação com o novo acordo ortográfico:
1. céu 2. herói 3. chapéu 4. Galiléia 5. geléia 15
B
De acordo com as novas regras de acentuação, julgue as próximas questões.
1
Todas as palavras estão corretas em: a) raiz, raízes, saí, saístes, apoio, heroi, Grajau b) carreteis, pôde, pára, funis, índio, hifens, atrás c) pôr, jiboia, voo, juriti, ápto, âmbar, difícil, almoço d) órfã, feiura, creem, afável, cândido, caráter, Cristovão
e) chapéu, rainha, releem, heroico, apazigue, fóssil, conteúdo
2
3
4
b) c) d) e)
Há erro de acentuação gráfica na alternativa: a) destituído, diluído, conteúdo, país, maçã, pera, abençoo b) item, hífen, baiuca, fenómeno, árduo, bênção, biquíni c) francês, inglês, inglesa, jibóia, apazigue, génio, pólo d) benefício, benemérito, bíblico, preveem, assembleia e) tamanduá, seda, apoia, ideia, céu, bebé
Todas as palavras devem ser acentuadas em: a) balaustre, Jacarei, faisca, judaismo, heroi, pode (verbo no passado) b) cairdes, leem, galileia, feiura, baia, baus, juizes c) caistes, sairam, atraiu, Jau, averigue, voo d) atrairam, Piaui, pera, tem, tainha, raizes, constituia e) item, hifen, hifens, Avai, Itau, raiz, raizes
Assinale a alternativa que se apresenta incorreta quanto à acentuação: a) baú, Itu, urubu, enjoo, jiboia, descreem 16
rubrica, gótico, tênis, ideia, cómodo, pode ítem, balaústre, ilustre, feiura, corrói herói, heroico, boia, boi, académico aquém, ímã, irmã, armazém, voo
5
A alternativa que apresenta erro quanto à acentuação gráfica em um dos vocábulos é: a) lápis — júri b) bônus — hífen c) ânsia — série d) raízes — amável e) baú — bambú
6
Nas alternativas abaixo, a acentuação gráfica está correta em todas as palavras, exceto: a) jesuíta, caráter, abençoo, glória, polo b) viúvo, sótão, ideia, céu, céltico, chapéu c) baínha, raiz, juiz, juízo, hifen d) náufrago, espádua, Amazónia, tónico e) gráfico, flúor, preveem, veem
7
O _______ era grande. Os exportadores de _______ tentavam, inutilmente, _______. a) prejuízo — têxteis — reduzi-lo b) prejuizo — tésteis — reduzilo c) prejuizo — têxteis — reduzí-lo
Português d) prejuizo — téxteis — reduzí-lo e) prejuízo — testis — reduzi-lo
8
constatamos que está (estão) corretamente grafada(s) conforme o novo acordo ortográfico: a) apenas a palavra n. 1 b) apenas a palavra n. 2 c) apenas a palavra n. 3 d) todas as palavras e) nenhuma das palavras
Indique a única alternativa em que nenhuma palavra é acentuada obrigatoriamente: a) lapis, canoa, abacaxi, jovens, pera, assembleia, reu b) ruim, sozinho, aquele, traiu, ideia, enjoo, apazigue c) saudade, onix, grau, orquidea, Piaui, chapeu d) flores, açucar, album, virus, hifen, polen e) voo, legua, assim, tenis, veem, creem
CRASE Crase é a fusão de duas vogais em uma só. Embora exista na versificação literária a crase poética, nosso interesse será apenas a contração indicada pelo acento grave.
Casos em que ocorre a fusão da preposição “a” com: 1. O artigo feminino “a” ou “as”
9
10
Fiz referência a + a revista = Fiz referência à revista. prep. + art.
Se ela crê, eles não _______ Se ela vê, eles não _______ Opostos em tudo, eles _______ apenas os pais em comum. a) creem — vêm — tem b) crêem — vêm — têm c) creem — vem — têm d) creem — veem — têm e) crêem — vêem — têm
2. Locuções adverbiais, prepositivas ou con juntivas femininas
Encontro você às dez horas. Todos estavam à vontade em casa. Estou à disposição. Às vezes, ele me encontra em casa. O amante saiu às pressas da casa. Quem vive à espera de facilidades encontra falsidades. Amo mais você à medida que a conheço. Observação:
Dadas as palavras: 1 — apóiam 2 — bainha 3 — abençôo,
Em alguns casos, o acento grave evita ambiguidade na construção. Observe: O rapaz cheirava a bebida (aspirava o cheiro da bebida ). 17
O rapaz cheirava à bebida ( exalava o cheiro da ). bebida ).
Ela fez comida à moda mineira. Ela fez uma comida à mineira.
Encontrou a prima a tia (construção com ambiguidade). Encontrou a prima à tia (construção sem ambiguidade).
2. Antes de “a qual” e “as quais”
Observe bem cada caso a seguir para entender quando existe o acento grave ou não. Primeiro, demonstrarei com termo masculino e, depois, com feminino. Haverá acento grave quando algum termo da oração interna pedir a preposição “a”. O livro o qual comprei sumiu. O livro ao qual me refiro sumiu.
A presença do acento grave indica que “a tia” é objeto direto preposicionado na segunda construção. 3. Os pronomes demonstrativos “aquela”, “aquele”, “a”, “as”
A revista a qual comprei sumiu. A revista à qual me refiro sumiu.
Fiz referência a + aquele rapaz. = Fiz referência àquele rapaz. Fiz referência a + aquela menina. = Fiz referência àquela menina. Fiz referência a + aquilo. = Fiz referência àquilo. Fiz referência a + a (aquela) que saiu. = Fiz referência à que saiu. Fiz referência a + as (aquelas) que saíram. = Fiz referência às que saíram.
As leis as quais escrevemos são legítimas. As leis às quais nos submetemos são legítimas. 3. Crase antes de nomes de lugares
Ocorrerá crase, portanto acento grave, se houver necessidade do artigo “a” para a localidade e termo anterior que peça a preposição “a”. Vou a Brasília. Venho de Brasília.
Observação:
É comum o candidato encontrar certa dúvida no uso do acento grave antes do pronome relativo “que”. Procure substituir a expressão por “a aquela que” ou “a aquelas que”.
Observe que não ocorreu crase, pois “Brasília” não pede o artigo “a”. Vou à Bahia. Venho da Bahia.
Esta caneta é igual à que comprei. (Esta caneta é igual a + aquela que comprei)
Ocorreu crase, pois “Bahia” pede o artigo “a”. Vou a São Paulo. Vou a Lisboa. Vou à África. Vou à Inglaterra.
Falei tudo à menina de bolsa e à que entrou. (Falei tudo à menina de bolsa e a + aquela que entrou)
Casos que merecem atenção redobrada:
4. Com a palavra “casa”
1. Na expressão “à moda de”, expressa ou subentendida
A ocorrência do acento grave dependerá se a palavra, no contexto, solicitar ou não a presença do artigo “a” e ocorrer termo que peça a preposição pr eposição “a”. No sentido de “lar” sem qualificação, não há artigo “a”.
Ele se veste à moda de Caetano Veloso. Ele se veste à Caetano Veloso. 18
Português Vou a casa. Venho de casa.
Observações:
a) Quando o nome aparecer determinado por uma qualidade ou característica, o artigo será obrigatório. Falei o assunto à Denise, minha irmã. Refiro-me à Paula, minha esposa.
Qualificada a palavra, o acento grave se torna obrigatório. Vou à casa de meu melhor amigo. Venho da casa de meu melhor amigo.
b) Quando o nome aparecer determinado por sobrenome, a indicação é não empregar artigo. Falei do assunto a Denise Moura. Refiro-me a Rosa Paula Rodrigues.
5. Com a palavra “terra”
A palavra “terra” em nosso idioma pode representar, dependendo do contexto, sentidos diversos: terra firme (em oposição à água); lugar determinado; planeta; e, finalmente, o solo. Nos três últimos casos, a regra a ser observada é a geral. No primeiro caso, no entanto, não ocorre crase, pois o vocábulo não pede o artigo “a”. Os marinheiros foram a terra visitar a família (terra firme). Vou à terra natal (lugar determinado). Da Lua à Terra (planeta). Todos têm direito à terra (solo).
2. Pronome possessivo adjetivo
Falei a/à minha secretária. Refiro-me a/à minha secretária. Observação:
Cuidado com o pronome possessivo substantivo, que pedirá crase. Falei à minha secretária e não à sua.
6. Com a palavra “distância”
3. Expressão “até”
A locução adverbial “a distância” não recebe o acento grave quando não estiver determinada. Se houver determinação e termo que peça a preposição “a”, haverá crase. Sedex a distância. Curso a distância. Fique à distância de dois metros (com determinação).
Observe, primeiro, a expressão “até” seguida de palavra masculina. Vou até o teatro. Vou até ao teatro. Como se observa, o uso da preposição “a” não é obrigatório. Se o artigo for feminino, o uso do acento grave se torna opcional. Vou até a esquina. Vou até à esquina.
Observação:
Não recebe acento grave quando aparece em construções como a seguir: Fique a dois metros de distância. Fique a cem metros de distância.
PRATICANDO Escolha a opção correta para completar as lacunas.
Crase facultativa
1
1. Nomes de mulheres
Falei do assunto a/à Denise. Refiro-me a/à Paula. 19
Ela estava _____ disposição e pediu _____ todos que _____ ouvissem com atenção. a) a — a — à b) à — à — à
c) a — à — a d) à — a — a e) à — a — à
2
O presidente retorna _____ Brasília daqui _____ pouco. a) a — a b) há — há c) a — há d) à — há e) há — a
3
Diga _____ elas que estejam daqui _____ pouco _____ entrada principal. a) à — há — a b) à — a — a c) a — há — à d) a — a — à e) a — a — a
4
Peço _____ Vossa Senhoria _____ solução _____ respeito do problema ocorrido. a) à — a — à b) à — a — a c) a — a — à
d) a — a — a e) à — à — a
20
5
Informe _____ todos que o diretor não autorizou _____ medida, pois não foi encaminhada corretamente _____ diretoria. a) a — a — a b) à — à — a c) a — à — a d) à — a — à e) a — a — à
6
Informe _____ secretaria que o relatório chegou e solicite _____ encarregada o código do arquivo _____ que se deve juntar. a) a — a — a b) a — à — à c) à — a — à d) à — à — à e) à — à — a
7
Assinale a frase incorreta. a) Trata-se de uma tradição há muito inserida nas práticas legislativas do País e que não deve estar condicionada à deliberação do plenário.
Português b) A publicação constitui a forma pela qual se dá ciência da promulgação da lei à sociedade. c) O presidente vai à sala de reuniões às oito horas dar as informações à todos. d) Com respeito às questões operacionais colocadas pela necessidade de divulgação das leis, é preciso avaliar os custos de implantação de novos parques gráficos. e) Andava à toa pelas ruas, à procura de fictícios amigos.
8
9
d) Peço à V. Exª. que considere os fatos em questão. e) Não insista em ir à terra agora: o próximo porto está próximo.
Não se empregará a crase na frase: a) Referiu-se a pessoas que não cheguei a conhecer. b) Fui visitá-lo as quinze horas, mas não o encontrei. c) Compareci a festa em que se coroou a rainha Sissi. d) Dirigiram-se a Policlínica para uma visita a doentes. e) A tarde, iremos a casa de meus pais.
Assinale a alternativa correta. a) O ministro não se prendia à nenhuma dificuldade burocrática. b) O Presidente ia a pé, mas a guarda oficial ia à cavalo. c) Ouviu-se uma voz igual à que nos chamara antes. 21
10
Afeito _____ solidão, esquivava-se _____ comparecer _____ comemorações sociais. a) à — a — a b) à — à — a c) à — a — à d) a — à — a e) a — a — à
11
Preencha as lacunas da frase abaixo e assinale a alternativa correta: “Comunicamos _____ Vossa Senhoria que encaminhamos _____ petição anexa _____ Divisão de Fiscalização, que está apta _____ prestar _____ informações solicitadas.” a) a — a — à — a — as b) à — a — à — a — às c) a — à — a — à — as d) à — à — a — à — às e) à — a — à — à — as
12
Somente _____ longo prazo será possível ajustar-se o mecanismo _____ finalidade _____ que se destina.
a) b) c) d) e)
a—à—a à —a —à à—à—à à —a —a à—à—a
13
Entregue a carta _____ homem _____ que você se referiu _____ tempos. a) aquele — à — á b) àquele — à — há c) aquele — a — a d) àquele — à — à e) àquele — a — há
14
Quanto à necessidade ou não de utilização do sinal de crase, está inteiramente correta a frase: a) Quem está à alguma distância de Campo Grande não pode avaliar à contento o mérito da polêmica à que se refere o texto. b) Não é aqueles que se instalam nos gabinetes oficiais que cabe a interdição do uso de uma língua à cuja preservação estejam devotados milhares de falantes. c) Quem visa à restringir a utilização de uma língua das minorias deveria também se ater à toda e qualquer má utilização das chamadas línguas oficiais. d) As decisões que se tomam à revelia do interesse das populações são semelhan-
tes àquelas tomadas na vigência dos atos institucionais da ditadura militar. e) Quem se manifeste contrário à uma única manifestação de arbitrariedade está manifestando sua hostilidade à todas as medidas arbitrárias.
15
22
Quanto à necessidade ou não de utilização do sinal de crase, a frase inteiramente correta é: a) O processo correrá às expensas do denunciante, a menos que a isto se oponha a autoridade do Ministro, de cuja decisão nenhuma parte poderá vir a recorrer. b) Em meio as atribulações do processo, uma das testemunhas recusou-se a comparecer a sessão, alegando à autoridade judicial, num simples bilhete à lápis, que estava acamada. c) À despeito de haver provas contundentes, o juiz decidiu inocentar àquela velha senhora, a quem não falta malícia: viram quando se pôs à soluçar? d) Sem advogado, o rapaz ficou à deriva, enquanto o juiz designava como sua defensora à jovem bacharel, que ainda não se submetera à uma prova de fogo, como aquela. e) Ele ficou à distância, em meio as profundas hesitações que a ausência da testemunha lhe provocou: se ela não chegasse, poderia ele aspirar à que fosse adiada a sessão?
Português
16
17
fira a absolvição de Amina um significado maior do que o de uma concessão.
O acento indicativo da crase está corretamente empregado em: a) Especificamente à ele, transgressor confesso, muito interessava a leitura dos direitos do réu. b) Não sabia que até o réu tem direito à compulsar os autos durante o interrogatório. c) A sociedade pede lucidez àqueles que podem alterar as regras dos rituais democráticos. d) Esse texto deve ser indicado à todas as pessoas que lidam com o Direito. e) Sociedades pós-modernas quebram formalismos à torto e à direito.
Há plena observância da necessidade de utilização do sinal de crase em: a) Não espantou à maioria das pessoas que o caso de Amina tenha chegado à uma solução tão feliz, pois acreditavam que o tribunal nigeriano seria sensível à pressões internacionais. b) Pouco à pouco, a Anistia Internacional e outras organizações congêneres vão ascendendo àquele mais alto patamar de respeitabilidade, à que sempre fizeram jus. c) Não se impute à corte nigeriana qualquer culpa pelo fato de se ater às leis do país, pois é a estas, e não a outras, que lhe cabe dar cumprimento. d) Aqui e ali se verifica, à toda hora, algum tolerado desacato às nossas leis; que faríamos se os nigerianos nos conclamassem a cessação dessa permanente afronta às nossas normas legais? e) Tendo em vista à condenação do acusado de sodomia a morte por apedrejamento, e à falta de indícios positivos, não se con23
18
A população de miseráveis não tem acesso _______ quantidade mínima de alimentos necessária _______ manutenção de uma vida saudável, equivalente _______ uma dieta de 2.000 calorias diárias. a) a — à — a b) à — à — a c) à — à — à d) à — a — a e) a — a — à
19
O Brasil é um país favorável _______ ascensão social, ao contrário dos países ricos, onde quem chega _______ uma posição social de prestígio já parte de condições favoráveis _______ essa situação. a) a — a — à b) a — à — à c) à — à — à d) à — a — a e) à — à — a
20
O pobre homem fica _______ meditar, _______ tarde, indiferente _______ que acontece ao seu redor. a) à — a — aquilo b) a — a — aquilo c) a — à — àquilo d) à — à — aquilo e) à — à — àquilo
21
Assinale a opção que deveria apresentar sinal de crase. a) Refiro-me a alunas estudiosas. b) Refiro-me a esta aluna aqui. c) Refiro-me a todas as alunas. d) Refiro-me a uma aluna em especial. e) Refiro-me aquela aluna.
22
Assinale a opção que deveria apresentar sinal de crase. a) Dirigi a palavra a você. b) Dirigi a palavra a Vossa Majestade. c) Dirigi a palavra a Senhora. d) Dirigi a palavra a minhas tias. e) Dirigi a palavra a quem reclamava.
24
23
Assinale a opção que deveria apresentar sinal de crase. a) Faço alusão a meu pai. b) Faço alusão a várias cidades. c) Faço alusão a primeira aluna da turma. d) Faço alusão a alguma aluna. e) Faço alusão a essa cidade aí.
24
Assinale a opção que deveria apresentar sinal de crase. a) No verão, vamos a casa de meus tios. b) No verão, vamos a Minas Gerais ou a Goiás. c) No verão, vamos a Fortaleza e a Manaus. d) No verão, vamos a Lisboa. e) No verão, vamos para a Bolívia e para a Venezuela.
25
Assinale a opção que deveria apresentar sinal de crase. a) Saiu a andar a pé. b) Levam as moças a uma fuga. c) Ficou a discorrer a respeito dos estudos. d) A professora não chegou a tempo. e) Só as primeiras horas da noite pôde assistir a cerimônia.
Capítulo
II Morfologia
A ESTRUTURA DA PALAVRA Os elementos que compõem uma palavra chamam-se morfemas ou elementos mórficos e podem ser lexicais ou gramaticais. Os lexicais contêm o sentido básico da palavra, e os gramaticais indicam noções de gênero, número, pessoa, modo, tempo. Assim, em “bela” o morfema lexical é bel-. O “a” é morfema gramatical que designa o gênero. As palavras que apresentam o mesmo morfema lexical (radical) são chamadas cognatas e pertencem à mesma família etimológica. Houve uma época em que os concursos públicos exigiam muito o conhecimento do assunto. Atualmente, poucas bancas o cobram em suas provas, mas algumas vezes o assunto aparece. Os elementos mórficos são os seguintes: Radical: é o elemento básico da palavra, responsável por sua significação primária. A ele podem ser acrescidos outros elementos mórficos. Exemplos: legalizar (radical: legal); alto (radical: alt). Vogal temática: é a vogal acrescentada ao radi-
cal. Serve de base para o acréscimo de desinências. Aparece em nomes (substantivos e adjetivos), em pronomes e em verbos. Exemplos: rosa (vogal temática: a); amas (vogal temática: a).
Nos verbos, a vogal temática indica a que con jugação pertence o verbo: cantar — vogal temática -a (1a conjugação) vender — vogal temática -e (2a conjugação) partir — vogal temática -i (3a conjugação) O verbo “pôr” e seus derivados não apresentam esse elemento. Antigamente, a forma do verbo “pôr” era “poer”, por isso pertence à 2a conjugação. Em algumas formas (põe, pões, põem), ainda pode ser encontrada a vogal temática. Tema: é o radical acrescido da vogal temática. Exemplos: pedra (radical: pedr; vogal temática: a); amar (radical: am; vogal temática: a; tema: ama). Desinência: são elementos de valor gramatical
que aparecem no final da palavra. As desinências podem ser: — Nominais : indicam o gênero (-a) e o número (-s) dos substantivos e adjetivos. Exemplos: menina (a é desinência de gênero); cafés (s é desinência de número). — Verbais : indicam tempo, modo, número e
pessoa nas formas verbais. Exemplos: amas (-s é desinência número-pessoal); amava (-va é desinência modo-temporal).
Afixos: são elementos de valor gramatical que
6.
se juntam ao radical, modificando seu significado. Podem ser prefixos (aparecem antes do radical) ou sufixos (depois do radical). Exemplos: infeliz (prefixo in-); desleal (prefixo des-); lealdade (sufixo -dade); utilizar (sufixo -izar). Vogais e consoantes de ligação : são fonemas
que não têm valor significativo, mas apenas facilitam a pronúncia das palavras. Exemplos: gasômetro (vogal de ligação: ô); cafezinho (consoante de ligação: z).
Prefixal e sufixal : é feita com o emprego de prefixo e sufixo, mas a inclusão não é simultânea: des lealdade, in felizmente , i legalidade , des conhecimento, des animado. Alguns gramáticos a consideram também com o nome de progressiva. Cuidado para não confundir com a parassintética. Na progressiva, sempre se consegue retirar ou o prefixo ou o sufixo. Na parassintética, não, pois os dois se incorporam à palavra ao mesmo tempo.
Composição
É a união de duas ou mais palavras que formam uma nova. Divide-se em: 1. Justaposição: unem-se palavras sem qualquer alteração no som original: beija-flor, guarda-chuva, amor-perfeito, madrepérola, pontapé, passatempo. 2. Aglutinação: unem-se palavras com alteração no som original: planalto (plano + alto), embora (em boa hora), carroça (carro da roça), outrora (outra + hora), aguardente (água + ardente), fidalgo (filho de algo).
Processos de formação das palavras Palavras novas surgem diariamente em nossa idioma. Seis são os processos principais de formação de palavras: derivação, composição, onomatopeia, abreviação, hibridismo e neologismo. Derivação
É a formação de uma palavra nova a partir de um outro vocábulo. Divide-se em: 1. Prefixal: inclusão de um prefixo: in feliz, re tornar, contra por, des leal, intro meter. 2. Sufixal: inclusão de um sufixo: jornaleiro , sulista, civilizar , guerrear . 3. Parassintética: inclusão simultânea de prefixo e sufixo: a noitecer , es pernear , empobrecer, des pedaçar , des almado, sub terrâneo. 4. Regressiva: é a redução de uma palavra. Ocorre principalmente com substantivos abstratos derivados de verbo: luta (lutar), atraso (atrasar), venda (vender), combate (combater), ataque (atacar), desprezo (desprezar). Existem alguns casos em que o substantivo concreto deriva regressivamente de outro substantivo: boteco (botequim), sarampo (sarampão), burro (burrico), aço (aceiro), bença (bênção), malandro (malandrim), espora (esporão), transa (transação). 5. Imprópria: consiste na mudança da classe gramatical da palavra: Foi um comício monstro (o substantivo passa a adjetivo). O viver é difícil (o verbo passa a substantivo). Eles falavam alto (o adjetivo passa a advérbio). Misericórdia! (o substantivo passa a interjeição).
Onomatopeia
Palavra que reproduz ou procura reproduzir sons: tique-taque, tlintlim, pingue-pongue, tilintar, zunir. Abreviação
Redução de uma palavra, desde que não interfira na compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneumático), foto (fotografia), auto (automóvel), cine (cinema/cinematógrafo). Hibridismo
União de palavras cujos radicais provêm de línguas diferentes: automóvel (grego + latim), burocracia (francês + grego), alcoômetro (árabe + grego), zincografia (alemão + grego). Neologismo
Palavras novas na língua, derivadas ou formadas de outras já existentes: mensalão, internéticos etc. 26
Português ções de moral política (FISIOLOGISMO, oportunismo, narcisismo, ilegitimidade...). III — A laranja ajuda a regular o metabolismo e a combater a anemia. Muita gente DESCONFIA do valor nutritivo do suco pronto para beber em comparação com a laranja espremida na hora. IV — Sabemos que Minas, Paraná e São Paulo, os Estados que levaram mais a sério o DESAFIO de melhorar suas escolas primárias, são justamente aqueles que estão disparando na frente. Os vocábulos destacados são formados pelos processos: a) I. sufixação; II. aglutinação; III. sufixação; IV. derivação imprópria b) I. sufixação; II. justaposição; III. parassíntese; IV. prefixação c) I. derivação imprópria; II. sufixação; III. sufixação; IV. derivação regressiva d) I. derivação imprópria; II. sufixação; III. prefixação; IV. derivação regressiva e) I. sufixação; II. justaposição; III. sufixação; IV. prefixação
PRATICANDO
1
A sequência de vocábulos em que se observa o mesmo processo de formação de europeia , refazer e malmequer , respectivamente, é: a) desventura — vice-rei — tragicômico b) histórica — auriverde — suprarrenal c) prosaico — corpulento — contrapeso d) inquisitorial — emigrar — pernilongo e) esforço — reavaliar — sempre-viva
2
Assinale a opção em que se faz a análise correta dos elementos mórficos, em maiúsculo: a) sentimentos, emancipação: -MENTO, -ÇÃO: sufixos formadores de substantivos a partir de adjetivos b) minuciosa, empresarial: -OSA, -AL: sufixos formadores de adjetivos a partir de substantivos c) irreversível, desprotegidas: -I, -DES: prefixos expressando afastamento, separação d) pesquisa, americana: -A: desinência de gênero feminino e) psicanalista, masculinizar: vocábulos formados por dois radicais
4
3
Observe os termos em maiúsculo das frases a seguir: I — É bom lembrar que os CÉSARES contemporâneos vêm efetivamente tentando impor uma ruptura conservadora diante de grave impasse socioeconômico. II — Os críticos, mesmo os mais autorizados, refugiam-se, superficialmente, em considera27
Na construção “Foram-se embora”, o vocábulo “embora” pertence ao processo de formação: a) composição por justaposição b) composição por aglutinação c) derivação prefixial d) derivação sufixial e) parassintetismo
5
fiscal que Israel devia à Autoridade Nacional Palestina.
Ao crítico deu ele o RONROM. Processo pelo qual se formou a palavra destacada: a) derivação prefixial b) derivação parassintética c) regressiva d) composição por aglutinação e) onomatopeia
6
Assinale a alternativa em que nem todas as palavras apresentem sufixo de grau diminutivo: a) poemeto — maleta b) rapazola — bandeirola c) viela — ruela d) lugarejo — vilarejo e) menininho — carinho
7
O valor semântico de DES não coincide com o do par centralização/DEScentralização apenas em: a) Despregar o prego foi mais difícil do que pregá-lo. b) “Belo, belo, que vou para o Céu...” — e se soltou, para voar: descaiu foi lá de riba, no chão muito se machucou. c) Enquanto isso ele ficava ali em Casa, em certo repouso, até a saúde de tudo se desameaçar. d) A despoluição do rio Tietê é um repto urgente aos políticos e à população de São Paulo. e) O governo de Israel decidiu desbloquear metade da renda de arrecadação 28
8
Assinale a alternativa em que foi corretamente utilizada a palavra da mesma família ou de PRESCRIÇÕES, ou de PROSCRITO. a) Repousei, tomei os remédios que o médico PROSCREVEU, e logo minha obediência foi recompensada: recebi alta e pude voltar ao futebolzinho no quintal. b) A lei PRESCREVE a pena de morte para o delito de que eu o incriminei; espero que seja cumprida, pois assim me apossarei de toda a sua fortuna. c) A volta do PRESCRITO agitou a pequena cidadezinha do velho oeste; quereria ele vingar-se dos seus inimigos? d) A PROSCRIÇÃO do padre confessor me apavorou: eu teria de rezar mil pais-nossos, mil ave-marias e quinhentos credos, além de acender uma vela para cada vez que estivera com a vizinha. e) O casamento não está de todo PRESCRITO de nossa tribo, mas é inegável que ele contraria o que ordena nosso guru: “Amem fisicamente a todos que puderem”.
9
As palavras molheira , saleiro e sujeira são formadas pela adição de um mesmo sufixo ao radical. Assinale a alternativa que NÃO apresenta o mesmo sufixo. a) roupeiro b) queira
Português c) mosquiteiro d) fofoqueira e) lixeira
10
11
12
d) entrega — estupidez — sobreviver e) antepor — exportação — sanguessuga
13
A palavra “aguardente” formou-se por: a) hibridismo b) aglutinação c) justaposição d) parassíntese e) derivação regressiva
14
Que item contém somente palavras formadas por justaposição? a) desagradável — complemente b) vaga-lume — pé-de-cabra c) encruzilhada — estremeceu d) supersticiosa — valiosas e) desatarraxou — estremeceu
15
“Sarampo” é: a) forma primitiva b) formado por derivação parassintética c) formado por derivação regressiva d) formado por derivação imprópria e) formado por onomatopeia
Assinale a alternativa em que o prefixo da palavra indica DUPLICIDADE. a) circunlóquio b) ambivalência c) contradizer d) adjacente e) transporte
Assinale a alternativa em que se observa o mesmo processo de formação de palavras que ocorre em empobrecer . a) apogeu b) apelar c) circular d) crucifixo e) apedrejar
Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo: a) ajoelhar — antebraço — assinatura b) atraso — embarque — pesca c) o jota — o sim — o tropeço 29
16
17
18
d) Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se entenderam. e) Dr. Osmírio andaria desorientado , senão bufando de raiva.
Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à sequência numérica encontrada: ( ) aguardente 1) justaposição ( ) casamento 2) aglutinação ( ) portuário 3) parassíntese ( ) pontapé 4) derivação sufixal ( ) os contras 5) derivação imprópria ( ) submarino 6) derivação prefixal ( ) hipótese a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1 b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6 c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6 d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6 e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6
Indique a palavra que foge ao processo de formação de chapechape : a) zunzum b) reco-reco c) toque-toque d) tlim-tlim e) vivido
Em que alternativa a palavra destacada resulta de derivação imprópria? a) Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a votação . b) Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto secreto... Bobagens , bobagens! c) Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continuariam sendo uma farsa!
19
Assinale a série de palavras em que todas são formadas por parassíntese: a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer b) solução, passional, corrupção, visionário c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente d) biografia, macróbio, bibliografia, asteroide e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo
20
As palavras couve-flor, planalto e aguardente são formadas por: a) derivação b) onomatopeia c) hibridismo d) composição e) prefixação
CLASSES DE PALAVRAS A Nomenclatura Gramatical Brasileira divide as palavras em dez classes: substantivo, adjetivo, conjunção, pronome, verbo, advérbio, preposição, artigo, numeral e interjeição. Analisaremos neste capítulo as cinco primeiras. 30
Português
Substantivo
Biforme: — Flexão na desinência: amigo-amiga, ba-
Nome de todos os seres que existem ou supomos existir: janela, muro, trabalho, Deus, alma.
rão-baronesa. — Heterônimos: cavalheiro-dama, cavalo-égua.
Tipos de substantivos Observações:
— Comum: refere-se a todos os seres da mes— — — — — — —
1. Cólera é nome feminino em qualquer sentido: ira ou doença. 2. Personagem e usucapião são nomes femininos pela origem, porém já se encontram também como masculinos em diversos dicionários. 3. As siglas que se usam como nomes próprios têm o gênero do nome inicial da locução. Assim Detran (Departamento de Trânsito) é palavra masculina e Cica (Companhia Industrial de Conservas Alimentícias) é palavra feminina. 4. Milhão é nome masculino: um milhão de pessoas; muitos milhões de ações.
ma espécie: país, aluno, cidade. Próprio: refere-se a um ser específico: Brasil, Marta, Brasília. Simples: possui apenas um radical: amor. Composto: possui mais de um radical: amor-perfeito. Primitivo: termo que dá origem a outros termos: amor. Derivado: origina-se de um termo primitivo: amizade. Concreto: ser de existência independente: casa, vaca, homem. Abstrato: termo que depende de outro para existir: amor, alegria.
Plural dos substantivos
Observações:
1. 2.
3.
Deus, alma, fada, bruxa são substantivos concretos. São substantivos abstratos aqueles que indicam ações (trabalho, casamento, ameaça), estado ou qualidade (riqueza, sonho, morte, inteligência, esperteza). Os substantivos coletivos são classificados como comuns.
Quanto à flexão de número, os substantivos podem estar no singular ou no plural. Regral geral: substantivos terminados em vogal ou ditongo fazem o plural acrescentando-se -s ao singular: casas, companheiros, pais, leis. Incluem-se na regra geral os substantivos terminados em vogal nasal representada pela letra -m. Muda-se o -m por -n e acrescenta-se o -s: bens, sons.
Gênero dos substantivos Regras especiais
Podem ser divididos em dois gêneros: masculino e feminino. A flexão de gênero se divide em uniforme ou biforme.
1. Os substantivos terminados em -ão formam o plural de três formas:
a) A maioria altera a terminação -ão em -ões: coração-corações, leão-leões. b) Alguns poucos substantivos alteram a terminação -ão em -ães: alemão-alemães. c) Todos os substantivos paroxítonos terminados em -ão e alguns oxítonos com a mesma terminação simplesmente acrescentam o -s: bênção-bênçãos, órgão-órgãos, irmão-irmãos.
Uniforme: — Epicenos (macho-fêmea): a cobra, o tatu,
a onça. — Comuns de dois (o-a): cliente, colega,
dentista, jornalista, jovem. — Sobrecomuns (sem flexão de gênero): a criança, a vítima, o cônjuge, o ídolo. 31
e) Os substantivos paroxítonos terminados em -il alteram a terminação por -eis: fóssil-fósseis, réptil-répteis.
Observações:
1. 2.
Os monossílabos tônicos chão, grão, mão e vão fazem o plural com o -s. Alguns substantivos finalizados em -ão aceitam diferentes formas: ermitão (ermitães, ermitãos ou ermitões), vilão (vilãos ou vilões) etc.
4. Plural nos diminutivos formados com o sufixo -Zinho(a) ou -zito(a)
Tanto o substantivo primitivo como o sufixo vão para o plural: balãozinho-balõezinhos, florzinha-florezinha.
2. Plural com alteração de timbre da vogal tônica
Alguns substantivos cuja vogal tônica é “o” fechado, além de receberem o -s no plural, alteram também o “o” fechado para aberto: corpo, fogo, imposto, jogo, tijolo etc. Tal alteração recebe o nome de metafonia.
5. Substantivos de um só número
Existem substantivos que são empregados apenas no plural: anais, fezes, primícias, óculos. 6. Substantivos compostos
3. Substantivos terminados em consoantes
a) Quando o substantivo composto é formado por palavras que se unem sem o auxílio do hífen, forma o plural como se fosse uma palavra só: pontapé-pontapés, vaivém-vaivéns. b) Quando os termos se unem por hífen e são variáveis, os dois vão para o plural: obra-prima — obras-primas, couve-flor — couves-flores. c) Quando o primeiro termo do composto é verbo ou palavra invariável e o segundo é palavra variável, apenas o segundo aceita o plural: guarda-chuva — guarda-chuvas, bate-boca — bate-bocas. d) Quando os termos se ligam por preposição, só o primeiro aceita o plural: pé de moleque — pés de moleque. e) Quando o segundo termo da expressão é um substantivo que funciona como determinante específico, apenas o primeiro pode variar (mais culto) ou os dois sofrem variações (coloquial): salário-família — salários-família ou salários-famílias. f) Nas onomatopeias, apenas o último elemento sofre variação: o reco-reco — os reco-recos, o tique-taque — os tique-taques.
a) Os substantivos terminados em -r, -z e -n formam o plural acrescentando -es ao termo singular: mar-mares, reitor-reitores, rapaz-rapazes, raiz-raízes, dólmen-dólmenes. Observação:
O plural de caráter é caracteres, com deslocamento da vogal tônica. Também alteram a vogal tônica no plural os termos espécimem, Júpiter e Lúcifer: especímenes, Jupíteres e Lucíferes. b) Os substantivos oxítonos terminados em -s formam o plural acrescentando -es. Os demais substantivos terminados em -s são invariáveis: o país — os países, o lápis — os lápis. Os paroxítonos terminados em -x também são invariáveis: os tórax. c) Os substantivos terminados em -al, -el, -ol e -ul alteram no plural o -l por -is: animalanimais, papel-papéis, álcool-álcoois. Excetuam-se os termos mal e cônsul : males e cônsules . Também o termo real constitui uma exceção, mas atualmente aplicamos a regra geral: reis ou reais .
Observações:
a) No passado, usava-se apenas parabém. Hoje, empregamos no plural: parabéns. b) Existem substantivos que possuem uma só forma para singular ou plural: conta-gota, ourives, pires, porta-aviões, oásis etc.
d) Os substantivos terminados em -il alteram o -l em -s: funil-funis, ardil-ardis. 32
Português c) As siglas fazem o plural mediante o acréscimo de -s, sem o emprego de apóstrofo: IPVAs, CPIs.
c) Os adjetivos compostos indicadores de cor não variam quando um dos elementos é substantivo: carro cor-de-rosa, carros cor-de-rosa. Da mesma forma, não ocorre variação com o termo simples: camisa cinza, camisas cinza. d) O plural de surdo-mudo é surdos-mudos. e) Alguns adjetivos compostos não sofrem qualquer variação no plural: azul-marinho, azul-celeste. f) Adjetivos terminados em -io fazem o superlativo com dois “ii”: sério — seriíssimo. g) É comum usar-se o adjetivo com valor de substantivo. Basta incluir um artigo antes dele: A bonita chegou.
Adjetivo É a palavra que indica qualidade, defeito, estado, característica ou origem de um substantivo. Tipos de adjetivos — Uniforme: uma só forma para os dois gê-
neros: jovem, alegre, feliz. — Biforme: uma forma para cada gênero: bom, boa. — Simples: possui apenas um radical: estudioso. — Composto: possui mais de um radical: anglo-germânico.
Conjunção Termo que liga termos ou orações e estabele relação de subordinação ou coordenação. As conjunções classificam-se em: Coordenativas — aquelas que ligam duas orações independentes ou dois termos que exercem a mesma função sintática dentro da oração. Apresentam cinco tipos: 1. aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda; 2. adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, todavia, contudo, antes (= pelo contrário), não obstante, apesar disso; 3. alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer; 4. conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso; 5. explicativas (justificação): pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.
Variações dos adjetivos — Gênero: masculino (bom) ou feminino
(boa). — Número: singular (bom) ou plural (bons). — Grau:
a) comparativo de igualdade: Ele é tão alto quanto eu. b) comparativo de superioridade: Ele é mais alto do que eu. c) comparativo de inferioridade: Ele é mais baixo do que eu. d) superlativo absoluto analítico: Ele é muito esperto. e) superlativo absoluto sintético: Ele é espertíssimo. f) superlativo relativo de superioridade: Ele é o mais esperto. g) superlativo relativo de inferioridade: Ele é o menos esperto.
Subordinativas — ligam uma oração que de-
pende de outra para fazer sentido. Dividem-se em: 1. causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que; 2. comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos) que; 3. condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não), a menos que; 4. consecutivas (consequência, resultado, efeito): que (precedido de tal, tanto, tão
Observações:
a) Os adjetivos compostos fazem o feminino com variação apenas do último termo: acordo luso-brasileiro, festa luso-brasileira. b) Os adjetivos compostos fazem o plural com variação apenas do último termo: política social-democrata, políticas social-democratas. 33
5. 6.
7. 8. 9.
etc. — indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que; conformativas (conformidade, adequação): conforme, segundo, consoante, como; concessiva: embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que; temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), até que; finais: a fim de que, para que, que; proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (tanto menos).
3.
A língua culta prefere “entre si” a “entre eles” sempre que for possível a posposição do pronome mesmos. Caso o sujeito da construção não esteja na terceira pessoa do plural, usa-se “entre eles”.
Os amigos conversavam entre si (entre si mesmos). Nada ocorreu entre eles .
4.
O pronome oblíquo “o”, “a” e suas variações adquirem a forma “lo”, “la” e suas variações quando pospostos a formas verbais terminadas em “r”, “s” e “z”.
Encontrar + o = encontrá-lo. Fizemos + o = fizemo-la. Fez + as = fê-las.
Pronome Termo que substitui ou acompanha um substantivo. Ao substituir o substantivo, recebe o nome de pronome substantivo. Ao substituir o adjetivo, recebe o nome de pronome adjetivo.
Encontraram + o = encontraram-no.
Pronome pessoal
6.
5.
Definição: como o próprio nome esclarece, este
pronome está relacionado, geralmente, a pessoas. No entanto, designa também coisas. Observe o quadro abaixo: Retos
Tônicos
eu
me
mim, comigo
tu
te
ti, contigo
ele, ela
o, a, lhe, se
si, consigo
nós
nos
nós, conosco
vós
vos
vós, convosco
eles, elas
os, as, lhes, se
si, consigo
7.
Características
1.
Os pronomes tônicos “com nós” e “com vós” se usam apenas quando precedem palavra de ênfase.
O prefeito deseja falar conosco. O prefeito deseja falar com nós (inadequado). O prefeito deseja falar com nós mesmos (adequado).
Oblíquos Átonos
Se a forma verbal termina em som nasal, o pronome se transforma em “no” e suas variações, sem omissão de letra.
Os pronomes pessoais do caso reto exercem naturalmente a função sintática de sujeito.
Em alguns casos, o pronome pessoal do caso oblíquo átono exerce a função sintática de sujeito. Isso ocorre na oração infinitivo-latina e, também, recebe o nome de su jeito do infinitivo. A gramática define que tais construções ocorrem com seis verbos: mandar, fazer, deixar, ver, ouvir e sentir. Esses verbos aparecem acompanhados de pronome átono e seguidos de um verbo no infinitivo. Observe o modelo a seguir.
mandar fazer
Ele saiu. Nós voltamos. Elas chegaram.
deixar
+ pronome átono + verbo no infinitivo
ver
2.
Os pronomes pessoais do caso oblíquo exercem naturalmente a função sintática de complemento.
ouvir sentir
Mandei-o voltar. = Mandei que ele voltasse.
Maria encontrou-nos . O prefeito nos convidou. 34
Português Alguém disse os assuntos aos jornalistas. = Alguém lhos disse os assuntos.
Fi-lo ficar. = Fiz que ele ficasse. Deixe-nos explicar. = Deixe que nós expliquemos.
8.
A mesma regra vale para os pronomes “me”, “te”, “nos” e “vos”.
Embora o pronome pessoal do caso reto exerça a função de sujeito, pode aparecer na função de complemento, quando ao lado do pronome “todo” e variações.
Pronome possessivo
Todos eles encontrei no quarto chorando.
9.
Definição: é o pronome que apresenta ideia de posse: meu, teu, seu, nosso, vosso, seus e variações.
Os verbos pronominais não devem ser empregados com o pronome “se” na indicação de sujeito indeterminado (estudaremos mais o assunto em análise sintática).
Características
1.
Não se deve arrepender pelo que se fez (inadequado).
2.
Ninguém deve arrepender-se pelo que fez (adequado).
Os pronomes possessivos concordam em gênero e número com seus referentes. Os pronomes oblíquos átonos “me”, “te”, “nos”, “vos”, “lhe” (e variações) podem indicar posse, quando ligados a substantivo e podem ser substituídos por pronome possessivo.
Posso beijar-lhe o rosto. = Posso beijar o seu rosto.
10. Quando um mesmo pronome oblíquo está relacionado a dois ou mais verbos, deve-se usar o complemento apenas junto ao primeiro.
Quebraram-me o estojo. = Quebraram o meu estojo.
3.
Nós o encontramos e o abraçamos (inadequado). Nós o encontramos e abraçamos (adequado).
Antes de nomes que indicam partes do corpo, peças de vestuário e estados da razão não há necessidade de possessivo quando se referem à própria pessoa a que se faz referência.
Machuquei o dedo (adequado).
11. Quando o pronome átono está na função de objeto direto e é seguido por aposto, este deve ser preposicionado.
Machuquei o meu dedo (inadequado). Ela perdeu o juízo (adequado).
Encontrei-o, ao verdadeiro ladrão, na casa da namorada.
Ela perdeu o seu juízo (inadequado).
4. 12. O pronome “nós” assume o papel de singular em duas situações: plural majestático ou plural de modéstia. Na verdade, é uma pessoa que se manifesta no plural.
É facultativo o uso do artigo antes do pronome possessivo.
Encontrei minha / a minha namorada.
5.
Nós seremos maiores do que tudo, disse o rei (plural majestático).
O uso do artigo antes do possessivo pode alterar o sentido da construção.
Aquela casa é minha (induz-se a pensar que tenho outras casas também).
Nós somos agradecidos a você, disse o ministro (plural de modéstia).
Aquela casa é a minha (induz-se a pensar que é a minha única casa).
13. A contração de dois pronomes pessoais oblíquos em funções sintáticas diferentes pode ocorrer da seguinte maneira:
Pronome demonstrativo
Não enviaram a revista a ele. = Não lha enviaram.
Definição: o pronome demonstrativo (este, esse,
Não enviaram o livro a ela. = Não lho enviaram.
aquele e variações) tem diversas funções dentro da 35
construção: pode indicar a pessoa do discurso, o tempo, o referente adequado, retomar ou antecipar ideia presente no texto etc.
Hoje é quinta-feira e neste fim de semana viajarei (próximo fim de semana).
c) Em relação a momento futuro distante, usa-se “esse, essa ou isso”:
Características
1. Em relação à pessoa do discurso, deve-se empregar o pronome demonstrativo da seguinte forma: a) este, esta, isto: refere-se à pessoa que fala ou escreve (apresenta a ideia do aqui). b) esse, essa, isso: refere-se à pessoa que ouve ou lê (apresenta a ideia do aí). c) aquele, aquela, aquilo: refere-se à pessoa que se encontra distante (apresenta a ideia do lá).
Um dia você será capaz de entender o que ocorreu. Nesse dia, você me perdoará.
d) Em relação a momento passado recente, usa-se “esse, essa ou isso”: Nesse fim de semana, fui a São Paulo (último fim de semana). Nessa reunião, fiquei feliz (reunião que ocorreu recentemente).
Este relatório que seguro. Esse relatório que você segura.
e) Em relação a tempo passado muito distante, usa-se “aquele, aquela ou aquilo”:
Aquele relatório que se encontra na outra sala.
Aquele fim de semana foi maravilhoso (fim de semana distante).
2. Em relação à posição da ideia a que se refere, deve-se empregar da seguinte forma: a) este, esta, isto: em relação a uma ideia que ainda aparecerá no texto (termo catafórico).
Naquela reunião, fiquei feliz (reunião que ocorreu há muito tempo).
Quero lhe contar isto: não volte mais aqui.
4. Para diferenciar referentes citados anteriormente, usa-se “este, esta ou isto” para indicar o mais próximo ao pronome e usa-se “aquele, aquela e aquilo” para indicar o mais distante.
b) esse, essa, isso: em relação a uma ideia que já apareceu no texto (termo anafórico). Não volte mais aqui. Era isso que eu queria lhe contar.
O processo e o parecer já chegaram. Este (o parecer) está ótimo, mas aquele (o processo) ainda está incompleto.
3. Em relação a tempo, deve-se empregar da seguinte forma: a) Em referência a um momento atual, usa-se “este, esta ou isto”:
5. Outros usos estilísticos: a) Ao iniciar uma oração, desacompanhado de substantivo, que retoma ideia anterior e pode ser substituído por “isso”, pode-se empregar “este, esse ou aquele”:
Este dia está maravilhoso (dia atual). Esta semana está maravilhosa (semana atual). Este mês está maravilhoso (mês atual). Este ano está maravilhoso (ano atual). Este assunto que conversamos (assunto atual).
Não estudei o necessário. Este (ou “esse”) foi meu pecado.
b) Podem-se colocar os pronomes “este” ou “esse” e suas variações após o substantivo para indicar ênfase:
b) Em relação a momento futuro próximo, usa-se também “este, esta ou isto”: Agora pela manhã chove, mas esta noite promete ser bonita (próxima noite).
Encontrei uma linda e inteligente mulher há alguns anos em São Paulo, mulher esta (ou “essa”) que se tornou minha esposa.
Esta reunião de hoje à tarde será interessante (a reunião está próxima de ocorrer). 36
Português c) Os pronomes “este, esse ou aquele — e variações”, quando contraídos com a preposição “de” e pospostos a substantivos, devem ser empregados sempre no plural: Ele resolveu um problema daqueles.
O livro que comprei é bom. que = equivale a livro. A casa onde moro é bonita. onde = equivale a casa.
Pronome indefinido
— Variáveis: que, quem, onde, como, como, quando. — Invariáveis: o qual, cujo, quanto (após os indefinidos tudo, todo e tanto).
Refere-se a pessoas ou coisas de maneira imprecisa ou indefinida. — Invariáveis: algo, alguém, nada, ninguém, tudo, cada, outrem, que, quem. — Variáveis: algum, nenhum, todo, muito, pouco, certo, diverso, vário, outro, quanto, tanto, qual, qualquer, um (quando isolado).
Características
1.
São locuções pronominais indefinidas: todo mundo, cada um, cada qual, qualquer um, todo aquele que, seja qual for, seja quem for, um ou outro, um e outro etc.
O processo que você leu está interessante (adequado). O processo de que você precisa está interessante (adequado).
Características
1.
O processo sobre que você comentou está interessante (inadequado).
O pronome “cada” funciona sempre como adjetivo, não devendo ser usado como pronome substantivo.
O processo sobre o qual você comentou está interessante (adequado).
Comprei dois livros a R$ 15,00 cada (inadequado). Comprei dois livros a R$ 15,00 cada um (adequado).
2.
O pronome “que” pode se relacionar com coisa ou pessoa. Quando precedido de preposição com mais de uma sílaba (sobre, contra, perante etc.), usa-se o pronome “o qual”, “a qual”, “os quais”, “as quais”.
2.
Embora muito empregado, é inadequado, segundo a norma culta, o uso de uma palavra negativa e os pronomes indefinidos.
A preposição “sem” ou “sob” deve ser usada com o pronome “o qual” e suas variações.
O juiz perdeu a caneta sem a qual não conseguia escrever coisa alguma.
Não tenho problema nenhum (inadequado).
O sol sob o qual estamos está forte.
Não tenho problema algum (adequado).
3. 3.
O plural “todos” (e variações), quando aparece antes de um nome, deve sempre estar acompanhado de artigo. A regra não vale quando antecede outro pronome.
Todos os relatórios já chegaram (adequado). Todos relatórios já chegaram (inadequado).
Quando ocorrerem dois termos anteriores ao pronome relativo e este produzir ambiguidade em relação ao termo exato a que se refere, deve-se usar o pronome “que” para indicar o mais próximo e “o qual” — e suas variações — para indicar o mais distante.
O amigo do deputado que está em Brasília é alto (“que” se refere a “deputado”).
Todas essas coisas me fazem bem (adequado).
O amigo do deputado o qual está em Brasília é alto (“o qual” se refere a “amigo”).
Pronome relativo
O filho do deputado que tem cinco anos está em Brasília (“que” se refere a “filho”, pois não existe ambiguidade).
Definição: é aquele que se relaciona com um
termo que o antecede. 37
problemas nacionais: _______________ se preocupam com a fundamentação científica, enquanto ____________ se guia mais pelos interesses políticos. a) aqueles — este b) esses — aquele c) estes — esse d) estes — aquele e) aqueles — aquele
O filho do deputado o qual tem cinco anos está em Brasília (“o qual” se refere a “filho”, pois não existe ambiguidade).
4.
O pronome “quem” deve ser usado apenas relacionado a pessoas e antecedido por preposição.
Ela é a namorada a quem dedico toda a atenção de minha vida. Ele é o promotor de quem preciso.
5.
É chamado de “relativo indefinido” o pronome que aparece sem nome antecedente.
Quem não estuda não entende o assunto.
6.
O pronome relativo que exprime posse e se relaciona tanto com o termo anterior como com o posterior deve ser representado por “cujo” e suas variações. Não existe “cujo o”, “cuja a” e “o cujo”. A única possibilidade de ocorrer “a cuja” é quando se tratar de um “a” preposição.
2
Usando os pronomes de tratamento adequados, complete as lacunas do texto: Por favor, passe _______ caneta que está aí perto de você; _______ aqui não serve para _______ desenhar. a) aquela — esta — mim. b) esta — esta — mim. c) essa — esta — eu. d) essa — essa — mim. e) aquela — esta — eu.
3
Aponte a opção em que muito é pronome indefinido: a) O soldado amarelo falava muito bem. b) Havia muito bichinho ruim. c) Fabiano era muito desconfiado. d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão. e) Muito eficiente era o soldado amarelo.
O carro cujo dono está trabalhando é grande. O artigo cuja editora é nova ficou bom. O prédio cujos moradores saíram é branco.
7.
O pronome relativo “onde” só pode ser usado para indicar lugar.
A escola onde estudei fechou (adequado). A situação onde me encontro é terrível (inadequado). A situação em que me encontro é terrível (adequado).
8.
“Quando” funciona como pronome relativo sempre que antecedido por uma ideia de tempo e equivale a “em que”.
Chegará o momento quando resolveremos o problema.
PRATICANDO
1
Assinale a opção que completa adequadamente as lacunas da frase seguinte: Os pesquisadores e o Governo frequentemente assumem posições distintas ante os 38
Português
4
5
6
Na frase: “Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela”, o pronome possessivo está reforçado para: a) ênfase b) elegância e estilo c) figura de harmonia d) clareza e) n.d.a.
7
Pronome empregado incorretamente: a) Nada existe entre eu e você. b) Deixaram-me fazer o serviço. c) Fez tudo para eu viajar. d) Hoje, Maria irá sem mim. e) Meus conselhos fizeram-no refletir.
8
“Se é para _______ dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre _______.” a) mim, eu e tu b) mim, mim e ti c) eu, mim e ti d) eu, mim e tu e) eu, eu e ti
9
A única frase em que há erro no emprego do pronome oblíquo é: a) Eu o conheço muito bem. b) Devemos preveni-lo do perigo. c) Faltava-lhe experiência. d) A mãe amava-a muito. e) Farei tudo para livrar-lhe desta situação.
10
Assinale a opção em que o pronome pessoal está empregado corretamente: a) Este é um problema para mim resolver. b) Entre eu e tu não há mais nada.
Assinale a opção que apresenta o emprego correto do pronome, de acordo com a norma culta: a) O diretor mandou eu entrar na sala. b) Preciso falar consigo o mais rápido possível. c) Cumprimentei-lhe assim que cheguei. d) Ele só sabe elogiar a si mesmo. e) Após a prova, os candidatos conversaram entre eles.
Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome pessoal: a) Ele entregou um texto para mim corrigir. b) Para mim, a leitura está fácil. c) Isto é para eu fazer agora. d) Não saia sem mim. e) Entre mim e ele há uma grande diferença.
39
c) A questão deve ser resolvida por eu e você. d) Para mim, viajar de avião é um suplício. e) Quanto voltei a si, não sabia onde me encontrava.
11
12
Assinale o item em que há erro quanto ao emprego dos pronomes se , si ou consigo : a) Feriu-se quando brincava com o revólver e o virou para si. b) Ele só cuidava de si. c) Quando V. Sa. vier, traga consigo a informação pedida. d) Ele se arroga o direito de vetar tais artigos. e) Espere um momento, pois tenho de falar consigo.
Marque a opção em que houve substituição incorreta do termo destacado . a) Daria a eles uma resposta adequada. Dar-lhes-ia uma resposta adequada. b) Enviamos o presente aos nossos amigos . Enviamos-lhes o presente. c) Mandamos as crianças saírem. Mandamos-as saírem. d) Não pediria isso a você em hipótese alguma. Não lho pediria em hipótese alguma.
40
13
Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser uniformes e biformes. Assinale a alternativa que apresenta adjetivos uniformes: a) português, cristão b) feliz, espanhol c) ateu, judeu d) comum, feliz e) corajoso, brincalhão
14
O plural dos adjetivos compostos está correto nas seguintes alternativas: 1 — Olhos castanho-claros 2 — Vestidos azuis-celestes 3 — Meninos surdos-mudos 4 — Ternos azul-marinho 5 — Camisas verde-musgo a) 1, 2, 4, 5. b) 2, 3, 4, 5. c) 1, 3, 4, 5. d) 3 e 4. e) Todas estão corretas.
15
Assinale a alternativa em que o adjetivo está flexionado no grau superlativo absoluto sintético: a) O garoto é tão inteligente quanto sua irmã. b) O aluno é o mais inteligente da sala. c) A cerveja está geladíssima . d) O político é muito influente . e) O leite está melhor que o café.
Português
16
17
18
Marque a 2ª coluna de acordo com a 1ª. 1) amargo ( ) docílimo 2) semelhante ( ) simílimo 3) doce ( ) amaríssimo 4) dócil ( ) dulcíssimo 5) frágil ( ) fragílimo a) 4, 2, 1, 3, 5 b) 2, 1, 3, 5, 4 c) 4, 2, 3, 1, 5 d) 3, 2, 4, 1, 5 e) 1, 5, 3, 4, 2
19
O item em que há um adjetivo em grau superlativo absoluto é: a) Está chovendo bastante. b) Ele é um bom funcionário. c) João Brandão é mais dedicado que o vigia. d) Sou o funcionário mais dedicado da repartição. e) João Brandão foi tremendamente inocente.
20
Assinale a única alternativa que possui substantivo sobrecomum. a) crocodilo b) colega c) cavalheiro d) indivíduo e) imperador
21
Marque a alternativa que possui apenas substantivos femininos: a) formicida, conde, poeta b) cal, ênfase, guaraná c) matinê, apêndice, imperador d) barão, omoplata, caneta e) derme, gênese, alface
22
Assinale a alternativa em que o plural metafônico está incorreto :
O plural de terno azul-claro e terno verdemar é: a) ternos azuis-claros; ternos verdes-mares b) ternos azuis-claros; ternos verde-mares c) ternos azul-claro; ternos verde-mar d) ternos azul-claros; ternos verde-mar e) ternos azuis-claros; ternos verde-mar
“... onde predomina o corte de cabelo afro-oxigenado .” A concordância do adjetivo destacado acima com o substantivo a que se refere manteve-se correta em: a) cabelos afros-oxigenados b) cabeleiras afras-oxigenadas c) cabelos afros-oxigenados d) cabeleiras afra-oxigenadas e) cabelos afro-oxigenados
41
a) b) c) d) e)
23
fogo (ô), fogos (ó) olho (ô), olhos (ó) jogo (ô), jogos (ó) esforço (ô), esforços (ô) bolo (ô), bolos (ô)
c) abaixos-assinados d) quebra-mares e) pães de ló
26
A alternativa que apresenta um substantivo invariável e um variável, respectivamente, é: a) vírus — revés b) fênix — ourives c) ananás — gás d) oásis — alferes e) faquir — álcool
27
Assinale o par de frases em que as palavras destacadas são substantivo e pronome, respectivamente: a) A imigração tornou-se necessária . / É dever cristão praticar o bem. b) A Inglaterra é responsável por sua economia. / Havia muito movimento na praça. c) Fale sobre tudo o que for preciso. / O consumo de drogas é condenável. d) Pessoas inconformadas lutaram pela abolição. / Pesca-se muito em Angra dos Reis. e) Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. / Não entendi o que você disse.
Assinale a alternativa em que os substantivos estão flexionados no plural incorretamente : a) más-línguas, bananas-maçã b) cachorros-quentes, pombos-correio c) grão-duques, tico-ticos d) bananas-maçãs, altos-falantes e) terças-feiras, pés de moleque
24
Assinale a alternativa que contenha substantivos, respectivamente, abstrato , concreto e concreto : a) fada, fé, menino b) fé, fada, beijo c) beijo, fada, menino d) amor, pulo, menino e) menino, amor, pulo
25
O substantivo composto que está indevidamente escrito no plural é: a) mulas sem cabeça b) cavalos-vapor 42
Português
28
29
30
d) Não se aborreça, que estamos aqui para ouvi-lo. e) Não compareceu, porque não foi avisado.
Observe as palavras destacadas da seguinte frase: “Encaminhamos a V. Senhoria cópia autêntica do Edital n. 19/82”. Elas são, respectivamente: a) verbo, substantivo, substantivo b) verbo, substantivo, advérbio c) verbo, substantivo, adjetivo d) pronome, adjetivo, substantivo e) pronome, adjetivo, adjetivo
Assinale a opção em que a locução destacada tem valor adjetivo: a) “Comprei móveis e objetos diversos que entrei a utilizar com receio .” b) “Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos.” c) “Pediu-me com voz baixa cinquenta mil reis.” d) “Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as serras...” e) “Resolvi abrir o olho para que vizinhos sem escrúpulos não se apoderassem do que era delas.”
Aponte a alternativa em que a palavra destacada é conjunção explicativa: a) Como estivesse cansado, não foi trabalhar. b) Assim que fores ao Rio, não te esqueças de avisar-me. c) Retirou-se antes, já que assim o quis. 43
31
Em “Orai porque não entreis em tentação”, o valor da conjunção do período é de: a) causa b) condição c) conformidade d) explicação e) finalidade
32
As expressões destacadas correspondem a um adjetivo, exceto em: a) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo . b) Demorava-se de propósito naquele complicado banho. c) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira. d) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga sem fim. e) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça .
33
No trecho: “E o azul , o azul virginal onde as águias e os astros gozam, tornou-se o azul
espiritualizado...”, as palavras destacadas correspondem morfologicamente, pela ordem, a: a) adjetivo — pronome relativo — substantivo — pronome relativo b) substantivo — pronome relativo — substantivo — pronome reflexivo c) adjetivo — advérbio — substantivo — pronome reflexivo d) substantivo — advérbio — advérbio — pronome relativo e) adjetivo — conjunção — substantivo — pronome
34
Na frase “As negociações estariam meio abertas só depois de meio período de trabalho”, as palavras destacadas são, respectivamente: a) adjetivo — adjetivo b) advérbio — advérbio c) advérbio — adjetivo d) numeral — adjetivo e) numeral — advérbio
35
Assinale a alternativa em que aparecem substantivos simples, respectivamente, concreto e abstrato: a) água — vinho b) Pedro — Jesus c) Pilatos — verdade d) Jesus — abaixo-assinado e) Nova Iorque — Deus
44
36
Na frase: “Passaram dois homens a discutir, um a gesticular e o outro com a cara vermelha”, o termo a está empregado, sucessivamente, como: a) artigo, preposição preposição b) pronome, preposição, artigo c) preposição, preposição, artigo d) preposição, pronome, preposição e) preposição, artigo, preposição
37
“Podem acusar-me: estou com a consciência tranquila.” Os dois pontos do período acima poderiam ser substituídos por vírgula, explicando-se o nexo entre as duas orações pela conjunção: a) portanto b) e c) como d) pois e) embora
38
Assinale a alternativa correspondente à classe gramatical da palavra a , respectivamente: Esta gravata é a que recebi; Estou disposto a tudo; Fiquei contente com a nota; Comprei-a logo que a vi. a) artigo — artigo — preposição — preposição b) preposição — artigo — pronome demonstrativo — artigo c) pronome demonstrativo — preposição — artigo — pronome pessoal
Português d) pronome pessoal pessoal — preposição — artigo — pronome pessoal e) nenhuma das alternativas
39
40
verbo (ênclise). Embora a próclise seja muito comum na linguagem oral, o texto escrito dá preferência à ênclise. Meu pai me recomendou o livro (oral). Meu pai recomendou-me o livro (escrito). Lembre-se de que não se deve iniciar uma oração com pronome átono. A próclise predomina sobre a mesóclise, que predomina sobre a ênclise.
Assinale a alternativa cuja relação é incorreta: a) Sorria às crianças que passavam passavam — pronome relativo b) Declararam que nada b) nada sabem — conjunção integrante c) Que alegre alegre manifestação a sua — advérbio de intensidade d) Que enigmas enigmas há nesta vida — pronome adjetivo indefinido e) Uma ilha que não consta no mapa — e) conjunção coordenativa explicativa
Uso de próclise
1. 2. 3. 4. 5.
Interrogações: Quem te contou o fato? Exclamações: Eu te amo! Negações: Ninguém me ama mais. Frases optativas: Deus te conduza! Pronome relativo: O rapaz que te contou o caso. 6. Pronome indefinido: Tudo te fizeram de mal. 7. Pronome demonstrativo: Isso lhe revelaram. 8. Conjunção subordinativa: Quero que me contem tudo. 9. Gerúndio antecedido da preposição “em”: Em se tratando disso. 10. Advérbio: Sempre te amei. Uso de mesóclise
Em “A gente não pode dormir / com os oradores e os pernilongos ”, ”, a expressão destacada pode indicar ideia de: a) companhia a) b) instrumento b) c) consequência c) d) modo d) e) causa e)
Com verbo no futuro do indicativo, desde que não ocorra atração para próclise: Dar-te-ei meu livro. Contar-te-ia o segredo. Observações
1. Sujeito expresso pode atrair próclise. O Presidente pediu-me o material. O Presidente me pediu o material. 2.
Conjunção coordenativa pode atrair próclise. Ela saiu tarde, mas te encontrou. Ela saiu tarde, mas encontrou-te. Colocação pronominal
3. Verbo no infinitivo sempre aceita ênclise. Nunca te contar. Nunca contar-te.
O pronome átono pode ficar antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) ou após o 45
4.
Expressão intercalada (mesmo que separada por vírgulas) não interrompe a atração de próclise. Quero que, ainda hoje, me tragam o livro.
13. O local onde me encontraram era longe. 13. O 14. O 14. O local onde encontraram-me era longe. 15. Isso 15. Isso lhe perguntaram. 16. Isso 16. Isso perguntaram-lhe. 17. Nada 17. Nada me foi possível. 18. Nada 18. Nada foi-me possível. 19. Gostaria 19. Gostaria de que me fizessem um favor. 20. Gostaria 20. Gostaria de que fizessem-me um favor. 21. Em 21. Em se querendo o livro. 22. Em 22. Em querendo-se o livro. 23. Alexandre 23. Alexandre lhe contou o segredo. 24. Alexandre 24. Alexandre contou-lhe o segredo.
5.
Nas locuções verbais e tempos compostos, pode-se colocar o pronome átono após o primeiro ou o segundo verbo. Quero te contar tudo. Quero contar-te tudo. Após particípio não existe ênclise. Tinha contado-te (inadequado). Tinha te contado (adequado). Havendo atração de próclise, o pronome átono pode ficar antes da locução verbal ou depois dela. Não te quero contar. Não quero contar-te.
25
Indique a opção com colocação pronominal incorreta. a) Preciso que venhas ver-me. b) Procure não desapontá-lo. c) O certo é fazê-los sair. d) Sempre negaram-me tudo. e) As espécies se atraem.
26
Assinale a frase em que a colocação do pronome pessoal oblíquo está incorreta: a) Essas vitórias pouco importam; importam; alcançaalcançaram-nas os que tinham mais dinheiro. b) Entregaram-me a encomenda encomenda ontem, ontem, resta agora a vocês oferecerem-na ao chefe. c) Ele me evitava constantemente! Ter-lhe-iam falado a meu respeito? d) Estamos nos sentindo desolados: temos prevenido-o várias vezes e ele não nos escuta.
6.
Dois atrativos de próclise permitem a colocação do pronome átono após o primeiro ou após o segundo. Quero que não te contem. Quero que te não contem.
PRATICANDO Julgue se o item está certo ou errado. 1. Não te te julgo, nem te quero julgar. julgar. ConheConheço-te de ontem. 2. Ela já contou-me tudo isso. 3. Seria-nos mui conveniente receber tal orientação. 4. Você é a pessoa que delatou-me. 5. Este casamento não deve realizar-se. 6. Ninguém havia lembrado-me de fazer fazer reservas para a viagem. 7. Não mais justifica-se tal atraso. 8. Bons ventos ventos levem-no levem-no para o seu destino. 9. O meu propósito era não encontrá-lo. 10. Ela 10. Ela chegou e perguntou-me algo. 11. Quem 11. Quem te perguntou o assunto? ass unto? 12. Quem 12. Quem perguntou-te o assunto? 46
Português e) O Presidente cumprimentou o Vice dizendo: — Fostes incumbido de difícil missão, mas cumpriste-la com denodo e eficiência.
27
a) b) c) d) e)
A frase em que a colocação do pronome pronome átono está incorreta é: a) A ferrovia ferrovia integrar-se-á nos demais demais sistemas viários. b) A ferrovia deveria-se integrar integrar nos demais sistemas viários. c) A ferrovia não tem se integrado nos demais sistemas viários. d) A ferrovia estaria integrando-se integrando-se nos demais sistemas viários. e) A ferrovia não consegue integrar-se nos demais sistemas viários.
30
Ter-me-ão elogiado. Tinha-se lembrado. Teria-me lembrado. Temo-nos esquecido. Tenho-me alegrado.
A colocação do pronome oblíquo está incorreta em: a) Para não não aborrecê-lo, aborrecê-lo, tive de sair. b) Quando sentiu-se sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda. c) Não me submeterei submeterei aos seus caprichos. d) Ele me olhou olhou algum tempo comovido. comovido. e) Não a vi vi quando entrou.
Verbo
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Termo que exprime ação, estado ou fenômeno. Flexão de número: singular ou plural. Flexão de pessoa: indica a pessoa do discurso (primeira, segunda ou terceira). Flexão de modo: indica a maneira como o fato se realiza (indicativo, subjuntivo ou imperativo). Flexão de tempo: indica o momento em que se realiza o fato (presente, pretérito ou futuro).
Assinale a alternativa correta: a) A solução agradou-lhe. b) Eles diriam-se injuriados. c) Ninguém conhece-me bem. d) Darei-te o que quiseres. e) Quem contou-te isso?
Classificação dos verbos — Regulares: não sofrem modificação no
29
radical durante a conjugação. Observe a conjugação do verbo cantar : canto, cantas, canta, cantamos, cantais, cantam. — Irregulares: sofrem modificação do radical na conjugação. Observe a conjugação
Indique a estrutura verbal que que contraria contraria a norma culta: 47
—
—
—
—
—
do verbo ouvir : ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem. Defectivos: não possuem todas as conjugações. Observe a conjugação do verbo abolir (não existe a primeira pessoa): ____, aboles, abole, abolimos, abolis, abolem. Abundantes: possuem mais de uma con jugação. Observe o verbo aceitar : aceitado e aceito. Auxiliares: acompanham a conjugação do verbo principal. É o que ocorre com o verbo ser no exemplo: Ele é aplaudido por todos. Pessoais: possuem sujeito. Observe o verbo haver com sujeito: Todos haviam tomado a decisão. Impessoais: não possuem sujeito. Observe, agora, o verbo haver sem sujeito: Há dois dias que chove.
momento futuro, mas ligado a um momento passado; 9. futuro do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura. Vozes verbais
Relação entre o sujeito e o verbo. São três as vozes verbais: — Voz ativa: o sujeito é agente em relação ao verbo. Lucas comprou o livro (o sujeito pratica a ação). — Voz passiva: o sujeito é paciente em relação
ao verbo. Divide-se em analítica e sintética. — Analítica (possui locução verbal): O livro foi comprado por Lucas. — Sintética (possui partícula apassivadora): Comprou-se o livro.
Tempos verbais
Quanto aos tempos verbais, apresentam os seguintes valores: 1. presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou época em que se fala; 2. presente do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala; 3. pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado; 4. pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída, ou era costumeira no passado; 5. pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não concluída no passado; 6.
— Voz reflexiva: o sujeito é agente e paciente
ao mesmo tempo. Lucas cortou-se. Observações:
a) A voz recíproca pertence à voz reflexiva. Ocorre quando um sujeito faz ação a outro sujeito: Lucas e Isabela beijaram-se. b) Alguns verbos usados em sentido denotativo (nascer, morrer, viver, dormir, acordar, sonhar etc.) não possuem voz verbal em algumas construções, porque não há relação de agente ou paciente com o verbo. Por exemplo, na construção “Paulo acordou” não há ação do sujeito sobre o verbo. c) Algumas construções podem confundir o candidato. Em “João levou uma surra”, temos um verbo com sentido passivo, mas não existe no caso voz passiva. Voz passiva não aceita objeto direto. No caso, o sujeito é classificado como “sujeito em passividade”. d) Apenas verbos com objeto direto na ativa aceitam a transformação da oração em voz passiva. A voz passiva não aceita objeto direto, mas obrigatoriamente pede um verbo transitivo direto na ativa.
pretérito mais-que-perfeito do indicati vo: indica um fato real cuja ação é anterior
a outra ação já passada; 7.
8.
futuro do presente do indicativo: indica
um fato real situado em momento ou época vindoura; futuro do pretérito do indicativo: indica um fato possível, hipotético, situado num 48
Português a) b) c) d)
Locução verbal
Conjunto verbo auxiliar + verbo principal. Em análise sintática, a locução verbal corresponde a apenas um verbo. Vou sair = locução verbal. Ela está cantando = locução verbal. Ela está a cantar = locução verbal. Quando o infinitivo pode ser transformado em uma oração, não ocorre locução verbal. Trata-se, na verdade, de período composto. Observe: Roberto finge aprender o assunto. = Roberto finge que aprende o assunto. Penso estar feliz. = Penso que estou feliz. Ela acredita entender tudo. = Ela acredita que entende tudo. Em tais casos, existem duas orações.
Mostra a ti — decide-te — desanime Mostre a ti — decida-te — desanimes Mostra a ti — decida-te — desanimes Mostra a ti — decide-te — desanimes
3
Depois que o sol se _________, haverão de _________ as atividades. a) pôr — suspender b) por — suspenderem c) puser — suspender d) puser — suspenderem
4
Não se deixe dominar pela solidão. _______ a vida que há nas formas da natureza, _______ atenção à transbordante linguagem das coisas e _______ o mundo pelo qual transita distraído. a) Descobre — presta — vê b) Descubra — presta — vê c) Descubra — preste — veja d) Descubra — presta — veja
5
Se _______ a interferência do Ministro nos programas de televisão e se ele _______, não ocorreriam certos abusos. a) requerêssemos — interviesse b) requiséssemos — interviesse
Formas rizotônicas e arrizotônicas
Formas rizotônicas são aquelas que têm a vogal tônica no radical. Formas arrizotônicas são aquelas com a vogal tônica fora do radical. Amo = rizotônica Amemos = arrizotônica.
PRATICANDO
1
2
A forma correta do verbo submeter-se na primeira pessoa do plural do imperativo afirmativo é: a) submetamo-nos b) submeta-se c) submete-te d) submetei-vos
_________ mesmo que és capaz de vencer; _________ e não _________. 49
c) requerêssemos — intervisse d) requizéssemos — interviesse
6
7
8
Se ________ o livro, não ________ com ele; ________ onde combinamos. a) reouveres — fiques — põe-no b) reouveres — fiques — põe-lo c) reaveres — fica — ponha-o d) reaveres fique — ponha-o
9
Se ele se ______ em sua exposição, ______ bem. Não te _______. a) deter — ouça-lhe — precipites b) deter — ouve-lhe — precipita c) detiver — ouve-o — precipita d) detiver — ouve-o — precipites
10
Os habitantes da ilha acreditam que, quando Jesus _______ e _______ todos em paz, haverá de abençoá-los. a) vier — os ver b) vir — os ver c) vier — os vir d) vier — lhes vir
11
Os pais ainda ______ certos princípios, mas os filhos já não ______ neles e ______ de sua orientação. a) mantém — creem — divergem b) manteem — creem — divergem c) mantêm — creem — divergem d) mantém — creem — divirgem
12
Se todas as pessoas _______ boas relações e _______ as amizades, viveriam mais felizes. a) mantivessem — refizessem b) mantivessem — refazessem
Se eles _______ suas razões e _______ suas teses, não os _______. a) expuserem — mantiverem — censura b) expuserem — mantiverem — censures c) exporem — manterem — censures d) exporem — manterem — censura
Se o __________ por perto, __________; ele __________ o esforço construtivo de qualquer pessoa. a) veres — precavenha-se — obstrue b) vires — precavém-te — obstrui c) veres — acautela-te — obstrui d) vires — acautela-te — obstrui
50
Português c) mantiverem — refizerem d) mantessem — refizessem
13
14
15
_______ graves problemas que o _______, durante vários anos, no porto, e impediram que _______, em tempo devido, sua promoção. a) Sobreviram — deteram — requeresse b) Sobreviram — detiveram — requisesse c) Sobrevieram — detiveram — requisesse d) Sobrevieram — detiveram — requeresse
16
A locução verbal que constitui voz passiva analítica é: a) Vais fazer essa operação? b) Você teria realizado tal cirurgia? c) Realizou-se logo a intervenção. d) A operação foi realizada logo.
17
O seguinte período apresenta uma forma verbal na voz passiva: “As pessoas comprometidas com a corrupção deveriam ser punidas de forma mais rigorosa”. Qual a alternativa que apresenta a forma verbal ativa correspondente? a) deveria punir b) puniria c) puniriam d) deveriam punir
18
A oração “O alarma tinha sido disparado pelo guarda” está na voz passiva. Assinale a alternativa que apresenta a forma verbal ativa correspondente: a) disparara b) fora disparado c) tinham disparado d) tinha disparado
Eu não _______ a desobediência, embora ela me _______; portanto, não _______ comigo. a) premio — favoreça — contes b) premio — favorece — conta c) premio — favoreça — conta d) premeio — favoreça — contas
Se ao menos ele ______ a confusão que aquilo ia dar! Mas não pensou, não se ______, e ______ na briga que não era sua. a) prevesse — continha — interveio b) previsse — conteve — interveio c) prevesse — continha — interviu d) previsse — conteve — interviu
51
19
A oração “O engenheiro podia controlar todos os empregados da estação ferroviária” está na voz ativa. Assinale a forma verbal passiva correspondente: a) podiam ser controlados b) seriam controlados c) podia ser controlado d) controlavam-se
22
Saí de lá com a certeza de que os livros me seriam enviados por ele, sem falta, na data marcada. a) iria enviar b) foram enviados c) enviará d) enviaria
20
Assinale a oração que não tem condições de ser transformada em passiva. a) As novelas substituíram os folhetins do passado. b) O diretor reuniu para esta novela um elenco especial. c) Alguns episódios estão mexendo com as emoções do público. d) O autor extrai alguns detalhes do personagem de pessoas conhecidas.
23
Em meio àquele tumulto, ele ia terminando o complicado trabalho. a) foi terminando b) foi sendo terminado c) foi terminado d) ia sendo terminado
24
Seria bom que o projeto fosse submetido à apreciação da equipe, para que se retificassem possíveis falhas. a) submeteram — retifiquem b) submeter — retificar c) submetessem — retificassem d) se submetesse — retifiquem
25
Se fôssemos ouvidos , muitos aborrecimentos seriam evitados . a) ouvíssemos — estaríamos b) formos ouvidos — serão evitados
Nos exercícios n. 21 a 25, passe a frase dada, se for ativa, para a voz passiva, e vice-versa. Assinale a alternativa que, feita a transformação, substitui corretamente a forma verbal grifada, sem que haja mudança de tempo e modo verbais.
21
Não se faz mais nada como antigamente. a) é feito b) têm feito c) foi feito d) fazem
52
Português c) nos ouvissem — se evitariam d) nos ouvissem — evitariam
26
27
Transpondo para a voz passiva a frase: “Haveriam de comprar, ainda, um trator maior”, obtém-se a forma verbal: a) comprariam b) comprar-se-ia c) teria sido comprado d) ter-se-ia comprado e) haveria de ser comprado
Leia a seguinte passagem na voz passiva: “O receio é substituído pelo pavor, pelo respeito, pela emoção...”. Se passarmos para a voz ativa, teremos: a) O pavor e o respeito substituíram-se pela emoção e o receio. b) O pavor e o receio substituem a emoção e o respeito. c) O pavor, o respeito e a emoção são substituídos pelo receio. d) O pavor, o respeito e a emoção substituem-se. e) O pavor, o respeito e a emoção substituem o receio.
53
28
Assinale a frase que não está na voz passiva: a) “Esperavam-se manifestações de grupos radicais japoneses de esquerda e de direita...”. b) “Foram salvos pelo raciocínio rápido de um agente do serviço secreto... .” c) “Vocês se dão pouca importância nessa tarefa.” d) “Documentos inúteis devem ser queimados em praça pública.” e) “Devem-se estudar estas questões.”
29
Transpondo para a voz ativa a frase: “Os ingressos haviam sido vendidos com antecedência”, obtém-se a forma verbal: a) venderam b) vendeu-se c) venderam-se d) haviam vendido e) havia vendido
30
Transpondo para a voz passiva a frase: “Eu estava revendo, naquele momento, as provas tipográficas do livro”, obtém-se a forma verbal: a) ia revendo b) estava sendo revisto c) seriam revistas d) comecei a rever e) estavam sendo revistas
31
Transpostos para a voz passiva, os verbos do texto “Que miragens vê o iluminado no fundo de sua iluminação? (...) E por que nos seduz a ilha?” (Carlos Drummond de Andrade), assumem, respectivamente, as formas: a) eram vistas e somos seduzidos b) são vistas e fomos seduzidos c) foram vistas e somos seduzidos d) são vistas e somos seduzidos e) foram vistas e fomos seduzidos
32
O verbo da oração “Os pesquisadores orientarão os alunos” terá, na voz passiva, a forma: a) haverão de orientar b) haviam orientado c) orientaram-se d) terão orientado e) serão orientados
33
“Explicou que aprendera aquilo de ouvido.” Transpondo para a voz passiva, o verbo assume a seguinte forma: a) tinha sido aprendido b) era aprendido c) fora aprendido d) tinha aprendido e) aprenderia
54
34
Transpondo para a voz ativa a frase “Os livros seriam postos em um líquido desinfetante”, obtém-se a forma verbal: a) vão pôr b) íamos pôr c) põem-se d) vão ser postos e) poriam
35
Transpondo para a voz passiva a oração “Os colegas o estimavam por suas boas qualidades”, obtém-se a forma verbal: a) eram estimadas b) tinham estimado c) fora estimado d) era estimado e) foram estimadas
36
Transpondo para a voz passiva a frase: “A assembleia aplaudiu com vigor as palavras do candidato”, obtém-se a forma verbal: a) foi aplaudido b) aplaudiu-se c) foram aplaudidas d) estava aplaudindo e) tinha aplaudido
Português
37
“O farol guiava os navegantes”. Transpondo esta frase para a voz passiva, o verbo apresentará a forma: a) guiava-se b) iam guiando c) eram guiados d) guiavam e) foram guiados
38
Assinale o trecho que não contém erro na voz passiva: a) Lamentamos que o pouco tempo disponível venha a prejudicar o processo que foi iniciado de forma tão incorreta. b) No quarto, já tinham sido espalhados vários colchões pelo chão, para acomodar os parentes que vinham de longe. c) À distância, viam-se pequenos pontos de luz, a denunciar a presença de casas por ali. d) Assim que começou a cursar medicina, sentiu-se atraído para a área de neurologia. e) A lembrança de sua convivência conosco ia sendo afastada à medida que os afazeres iam nos absorvendo.
55
39
“Um prólogo a um livro de versos é cousa que se não lê , e quase sempre com razão.” (Sílvio Romero) O verbo “lê”: a) está na voz passiva e seu sujeito é “que” b) está na voz ativa, seu sujeito é “cousa” e seu objeto direto é “versos” c) está na voz reflexiva, e o sujeito “versos” pratica e recebe a ação, ao mesmo tempo d) sugere reciprocidade de ação, pois há troca de ações entre os “versos” e quem os lê e) funciona acidentalmente como verbo de ligação, com predicativo oculto
40
A forma passiva correspondente ao enunciado “Vi, no claro azul do céu, um papagaio de papel, alto e largo”, é: a) O garoto viu, no claro azul do céu, um papagaio de papel, alto e largo. b) Um papagaio de papel, alto e largo, estava sendo visto pelo menino, no claro azul do céu. c) No claro azul do céu, era visto um papagaio de papel, alto e largo, por mim. d) Alto e largo, um papagaio de papel foi visto por mim no claro azul do céu. e) Foi visto pelo menino, no claro azul do céu, um papagaio de papel.
Capítulo
III Análise Sintática
Sintaxe (do grego syntáxis = arranjo, disposição) é a parte da gramática que estuda a palavra em relação às outras dentro de uma frase. Analisar sintaticamente um texto é observar e classificar as funções desempenhadas por palavras e orações no período. Frase é um enunciado de sentido completo. Frases nominais não apresentam verbo. Frases verbais são as que possuem verbos. Atenção! = frase nominal Casa vazia e quieta. = frase nominal Encontrei a casa vazia e quieta. = frase verbal A frase pode conter uma ou mais orações. O Brasil venceu mais um jogo (uma oração = período simples). O Brasil venceu os jogos, portanto é o campeão (duas orações = período composto).
PERÍODO SIMPLES Sujeito Aquilo ou aquele sobre o qual se declara ou se refere a oração. Sujeito simples: possui apenas um núcleo. O rapaz cantou a música. Os rapazes cantaram a música.
Sujeito composto: possui mais de um núcleo. O rapaz e a moça cantaram a música. Sujeito indeterminado: Existe um sujeito na oração, mas não se consegue identificá-lo. Duas são as formas para que o sujeito seja indeterminado: a) Com o verbo na terceira pessoa do plural sem referência ao sujeito no contexto. Compraram o livro ontem. b) Com o pronome se como índice de indeterminação do sujeito. Caiu-se na rua. Precisa-se de vocês agora. Só se é feliz aqui. Nunca se foi tão elogiado pelo diretor. Observações:
1.
O sujeito indeterminado nunca está representado em forma de palavra na oração por pronome ou termo indefinido. Observe: Alguém saiu com a menina = sujeito simples e não indeterminado. 2.
Dúvida terrível para quase todos os candidatos é a diferença entre o “se” no papel de
Português c) Verbo fazer quando indica tempo decorrido. Faz dez anos que estou casado.
índice de indeterminação do sujeito e o “se” como partícula apassivadora. Observe. A partícula apassivadora (ou pronome apassivador) só existe com verbo transitivo direto (ou transitivo direto e indireto) e indica voz passiva sintética (assunto que aprenderemos mais à frente). A regra afirma que, ao ocorrer um “se” como partícula apassivadora, pode-se transformar a frase em voz passiva analítica. O sujeito na frase sempre estará determinado. Comprou-se a revista = a revista foi comprada. Machucou-se o dedo = o dedo foi machucado.
d) Verbo ser ou estar em situações de tempo, distância ou clima. São dez horas agora. De Brasília a São Paulo, são mais de 900km. Está frio hoje. e) Algumas expressões também são impessoais em nosso idioma: já passa de, chega de, basta de, trata-se de, vai para (relacionada a tempo). Já passa das dez! Chega de bobagem! Basta de tolices! Trata-se de problemas sérios. Vai para dez anos que não viajo.
O sujeito no primeiro exemplo é “a revista” e, no segundo, “o dedo”. O índice de indeterminação do sujeito ocorre geralmente com os verbos intransitivo, transitivo indireto ou mesmo de ligação. O sujeito é sempre indeterminado. Não se pode transformar a construção em voz passiva analítica. Observe: Vive-se em São Paulo. Gosta-se de livros. Está-se triste hoje.
Observações:
1.
Os verbos impessoais, quando acompanhados de auxiliares, transmitem a estes sua impessoalidade. Observe: Há pessoas na sala. Deve haver pessoas na sala. Faz dias frios. Deve fazer dias frios. Há respostas no final. Há de haver respostas no final.
Como você pode perceber, não se consegue descobrir quem vive em São Paulo, quem gosta de livros ou quem está triste hoje. Principalmente, não se consegue transformar em voz passiva analítica. Não se pode escrever ou dizer “Em São Paulo é vivido”, “De livros é gostado” ou “Triste é estado hoje”.
Oração sem sujeito: é a oração que possui verbo impessoal. Quase todos os verbos de nossa língua possuem sujeito dentro de uma frase, ou seja, são pessoais. No entanto, em alguns casos, ocorrem verbos sem sujeito. Observe alguns exemplos. a) Verbos que indicam fenômenos da natureza. Ontem ventou muito. Faz invernos rigorosos em Campos do Jordão.
2.
Os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais. Quando, porém, ocorrem em construções com sentido figurado, possuem sujeito. Choveu muito. = impessoal. Choveu dinheiro. = pessoal com sujeito simples — dinheiro.
b) O verbo haver com o sentido de existir, acontecer, ocorrer e tempo decorrido . Há livros interessantes em casa. Em Brasília, houve festas no Natal. Há semanas que não encontro você.
3.
Nas orações comparativas é comum aparecer o sujeito com o verbo subentendido. Observe: Isabela é mais bonita do que a amiga (duas orações). 57
4.
Embora condenado por alguns gramáticos, o sujeito oculto aparece em algumas provas. Observe o sujeito do verbo “comprar” nos dois exemplos a seguir. Comprei o livro ontem (sujeito oculto desinencial). Lígia saiu e comprou o livro ontem (sujeito oculto contextual).
a) simples b) composto c) elíptico (oculto) d) indeterminado e) inexistente (oração sem sujeito) ( ) 1. Boa saúde é fundamental. ( ) 2. Voltaram Ricardo e Alexandre. ( ) 3. Consideram-me egoísta por não concordar com você. ( ) 4. Cantou-se demais em casa. ( ) 5. Ventou bastante naquela noite. ( ) 6. Terminei a confusão ontem mesmo. ( ) 7. Ontem, no clube, falaram muito de você. ( ) 8. Magoa-me que não tenhas vindo mais cedo. ( ) 9. Alguém saiu com a menina ontem. ( ) 10. Tímidas pareciam suas atitudes na festa. ( ) 11. Faz calor em Brasília. ( ) 12. Grandes e bonitas eram as montanhas no Chile. ( ) 13. Deseja-se o livro ainda hoje. ( ) 14. Perdeu -se o jogo e a cabeça na Argentina. ( ) 15. Necessitava-se de ajuda na Argentina. ( ) 16. Encontraram-se diamantes na Chapada dos Veadeiros. ( ) 17. Ouvi-te chegar tarde. ( ) 18. Encontrei-te na rua. ( ) 19. Um mascarado assaltou o banco. ( ) 20. Brasil e Argentina são os favoritos.
5.
A locução expletiva “é que” e suas variações não apresentam sujeito. Madalena é que é inteligente. Paulo Honório foi que fez aquilo. Seremos nós que falaremos com o diretor. 6.
Algumas bancas organizadoras de provas classificam o sujeito oracional como sujeito simples. Convém que você volte cedo (o sujeito de “convém” é assim classificado como oracional ou simples). 7. Os verbos deixar, mandar, fazer, ver, ou vir e sentir apresentam algumas vezes uma oração como complemento, cujo sujeito pode ser representado por um pronome átono. É o chamado sujeito do infinitivo, que ocorre na oração infinitivo-latina. Observe a construção desenvolvida e, depois, reduzida na oração infinitivo-latina. Lucas deixou o irmão sair. Lucas: sujeito de “deixou”. o irmão: sujeito de sair. o irmão sair: objeto direto oracional de “deixou”.
B Lucas deixou-o sair. Lucas: sujeito de “deixou”. o: sujeito de sair. o sair: objeto direto oracional de “deixou”.
PRATICANDO I
A
Identifique e classifique o sujeito dos verbos destacados nas orações abaixo: 58
Identifique o “se” como partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito. a) Partícula apassivadora b) Índice de indeterminação do sujeito ( ) 1. Quebrou-se a porta. ( ) 2. Comprou-se a porta. ( ) 3. Necessita-se da porta. ( ) 4. Comeu-se a torta ( ) 5. Comeu-se da torta. ( ) 6. Está-se feliz aqui.
Português ( ( ( ( ( (
) ) ) ) ) )
7. 8. 9. 10. 11. 12.
Verbo transitivo direto
Está-se aqui. Vive-se bem em Florianópolis. Perdeu-se o título. Ama-se muito o rapaz. Bebeu-se o vinho. Bebeu-se do vinho.
Verbo que pede complemento direto. Paula comprou um livro. Rosália encontrou o quadro. Observações:
a) Objeto direto pleonástico: ocorre redundância do objeto em relação ao mesmo verbo para enfatizar o termo ou por vício linguístico. O livro, Pedro comprou-o.
Tipologia verbal Verbo intransitivo Verbo que apresenta ação e não pede complemento verbal. É muito comum aprendermos como “verbo que apresenta sentido completo”. Tal regra não é adequada para concursos. Paula saiu. João acordou.
b) Objeto direto preposicionado: o autor, por estilo, inclui uma preposição no complemento direto. Mário comeu do bolo e bebeu do suco. Ele ofendeu a todos presentes. Desta água não beberei; deste pão não comerei.
Observações:
a) Cuidado com alguns verbos (andar, ficar, ser, estar, continuar, permanecer etc.) que ora funcionam como intransitivo ora como de ligação, dependendo do texto. Alexandre andou no parque (intransitivo). Alexandre andava preocupado (ligação). Ricardo ficou em casa (intransitivo). Ricardo ficou feliz com a notícia (ligação). Eu sou como você (intransitivo). Eu sou alto (ligação). Denise está na sala (intransitivo). Denise está bonita (ligação). Rafael continua no hospital (intransitivo). Rafael continua quieto (ligação).
c) Objeto direto interno: ocorre relação semântica desnecessária entre o verbo e seu complemento. Marta chorou lágrimas. Maria dormiu um sono tranquilo. d) São considerados verbos transobjetivos aqueles que exigem, além de um objeto, um predicativo. Observe: Considero minha namorada linda. Considero = verbo transitivo direto. minha namorada = objeto direto. linda = predicativo do objeto.
Verbo transitivo indireto b) Cuidado com os verbos ir, chegar e voltar, pois são naturalmente verbos intransitivos. Guilherme foi a São Paulo. Isabela voltou de Salvador. Lucas chegou a Porto Alegre.
Verbo que pede complemento indireto (com preposição). Lúcia gosta de bons livros. Todos precisam de amigos. Observações:
Observação:
a) Objeto indireto pleonástico: redundância do complemento em relação ao mesmo verbo por ênfase ou vício linguístico. Ao pai, não lhe conto mais nada.
Os termos que aparecem após os verbos nos exemplos acima são adjuntos adverbiais e não objetos indiretos. 59
b) Adjunto adnominal ou objeto indireto? Posso tocar-lhe a face (adjunto adnominal). Dei-lhe meu coração (objeto indireto).
São três horas. Está frio.
PRATICANDO II O adjunto adnominal, quando pronome átono, poderá ser substituído por um pronome possessivo e estará ligado semanticamente a um substantivo. Alguns gramáticos consideram este pronome átono como objeto indireto de posse ( não podendo ser classificado apenas como objeto indireto). O objeto indireto, quando pronome átono, sempre estará relacionado a um verbo para completar o sentido.
A
Classifique os verbos conforme o código abaixo. a) de ligação b) intransitivo c) transitivo direto d) transitivo indireto e) transitivo direto e indireto ( ) 1. O Brasil é o melhor. ( ) 2. Compraram a mercadoria. ( ) 3. Ela tem presentes de couro. ( ) 4. O rei virou mendigo. ( ) 5. As meninas permanecem bonitas. ( ) 6. O advogado enviou o processo ao juiz. ( ) 7. Bruna saiu ontem de São Paulo. ( ) 8. Ciro ficou chateado. ( ) 9. Ciro ficou no parque. ( ) 10. Rodrigo está com os filhos. ( ) 11. Rodrigo está feliz com os filhos. ( ) 12. Otávio veio de Salvador. ( ) 13. Edilson chorou lágrimas de alegria. ( ) 14. Edilson chorou muito ontem. ( ) 15. Acariciei-lhe o cabelo com amor. ( ) 16. Dei-lhe o livro com amor. ( ) 17. Rafael contou-me tudo. ( ) 18. Rafael quebrou-me o dedo ontem. ( ) 19. O livro foi-me útil na prova. ( ) 20. O professor resolveu-lhe o problema.
B
Classifique os termos destacados conforme o código abaixo. a) objeto direto b) objeto direto preposicionado c) objeto direto pleonástico d) objeto direto interno e) objeto indireto f) objeto indireto pleonástico g) predicativo do sujeito h) predicativo do objeto
c) Alguns verbos admitem dois objetos indiretos. A aluna se queixou da carteira ao diretor. O amigo se desculpou da brincadeira a todos.
Verbo transitivo direto e indireto Verbo que pede complemento direto e indireto. João enviou o livro ao pai. Berenice ofereceu aos convidados o bolo.
Verbo de ligação Denota estado, qualidade ou condição. Paula é linda = estado permanente. Paula está linda = estado transitório. Paula ficou linda = mudança de estado. Paula continua linda = continuidade de estado. Paula parece linda = aparência. Observações:
1.
Todo verbo de ligação apresenta predicativo do sujeito.
2.
Toda locução que indicar estado do sujeito indica também um predicativo. Daniel está com sono. Maria ficou pra tia. 3.
O predicativo que ocorre com verbo de ligação impessoal pode ser classificado como neutro. 60
Português ( ) 1. Os alunos descobriram tudo. ( ) 2. Os filhos precisam de permissão para algumas coisas. ( ) 3. Depois de muito trabalho, cumpriu com as obrigações. ( ) 4. Os professores dormiram o sono dos justos e humildes. ( ) 5. O livro, eu ainda o comprarei. ( ) 6. A nós, resta-nos ainda uma saída. ( ) 7. As mulheres, espertas, sempre descobrem os melhores partidos. ( ) 8. O pai deu por encerrada a confusão. ( ) 9. Vaidosa, já não o era mais aos trinta anos. ( ) 10. Aos vencedores deram medalhas de ouro. ( ) 11. Os torcedores chamaram aos atletas de mercenários. ( ) 12. Nesse triste caso, a ambos cabe a culpa. ( ) 13. Os candidatos apareceram sorridentes depois da prova. ( ) 14. As meninas anseiam pelos melhores rapazes. ( ) 15. Venceram os paulistas aos cariocas naquela batalha. ( ) 16. Gosto de você feliz. ( ) 17. Ofereceram-lhe melhor salário. ( ) 18. Basta-nos paz e promessa de melhores dias. ( ) 19. Você sempre nos enganou com seu jeito ingênuo. ( ) 20. Os romanos adoravam a Júpiter.
abstratas, quando estas dependem de um complemento para o entendimento da oração. Paula tem necessidade de livros. Ele é bom em Física. O professor agiu favoravelmente aos alunos. O complemento nominal aparece sem preposição quando representado por pronome átono. Tudo lhe foi desagradável. Sou-lhe grato por tudo. O livro me foi útil. Para diferenciar o complemento nominal do adjunto adnominal, observe se a expressão em dúvida funciona como agente ou paciente do substantivo a que está ligada. O amor do pai é grande (adjunto adnominal, pois o pai é agente). O amor ao pai é grande (complemento nominal, pois o pai é paciente). Observações:
1.
Procure não confundir objeto indireto e complemento nominal. O primeiro está ligado um verbo; o segundo, a um nome. Lembrou-se do livro = “do livro” está ligado a verbo = objeto indireto. A lembrança do livro = “do livro” está ligado a nome = complemento nominal. 2.
Procure não confundir agente da passiva e complemento nominal. O primeiro é agente da locução verbal passiva; o segundo completa o sentido do nome abstrato. A compra de presentes pelo pai me agradou = “pelo pai” está ligado a nome. Os presentes foram comprados pelo pai = “pelo pai” está ligado a uma locução verbal.
Adjunto adnominal Termo ou expressão que caracteriza o substantivo. Geralmente, os adjuntos adnominais são artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos. Observe os termos destacados a seguir. As minhas bonitas primas de São Paulo compraram duas revistas novas.
Observe a diferença: O livro foi escrito pelo professor = agente da passiva. A aluna estava apaixonada pelo professor = complemento nominal.
Complemento nominal Termo preposicionado que completa o sentido de palavras (substantivos, adjetivos ou advérbios) 61
Aquilo me foi difícil. = Aquilo foi difícil para mim. Sou-lhe grato. = Sou grato a você.
No primeiro caso, temos voz passiva analítica. Basta passar para voz ativa. O livro foi escrito pelo professor = O professor escreveu o livro.
PRATICANDO III No segundo caso, não se consegue passar para voz ativa.
A
3.
É comum a confusão entre adjunto adnominal e complemento nominal. Se a expressão em dúvida estiver ligada a um adjetivo ou advérbio, será sempre complemento nominal. Ele é bom em matemática. = complemento nominal. Ele estava longe de casa. = complemento nominal. Se a expressão estiver ligada a um substantivo abstrato, precisaremos aplicar uma regra de agente ou paciente. A doação do amigo foi generosa. = adjunto adnominal. A doação ao amigo foi generosa. = complemento nominal. No primeiro caso, a expressão “do amigo” é agente em relação substantivo, ou seja, o amigo fez a doação. Quando a expressão ligada a substantivo abstrato é agente, trata-se de adjunto adnominal. No segundo caso, a expressão “ao amigo” é paciente, ou seja, completa o sentido da palavra. O amigo receberá a doação. Neste caso, tem-se complemento nominal. 4.
Pronome átono ligado a adjetivo é sempre complemento nominal. Aquilo me foi difícil. Sou-lhe grato.
Classifique os termos destacados, conforme o código abaixo. a) adjunto adnominal b) complemento nominal ( ) 1. A construção da ponte foi demorada. ( ) 2. O gosto de Joana por doces é imenso. ( ) 3. A oferta dos amigos foi generosa. ( ) 4. A oferta aos amigos foi generosa. ( ) 5. Ela estava ávida por amor. ( ) 6. Independentemente do assunto, ele gabaritava a prova. ( ) 7. O direito do brasileiro é real. ( ) 8. O direito ao voto é real. ( ) 9. A compra do imóvel se tornou realidade ontem. ( ) 10. A compra de meu presente estourou o orçamento. ( ) 11. A compra de natal por meus pais estourou o orçamento. ( ) 12. Estou feliz com a situação. ( ) 13. Quebro-te a cara se não voltares. ( ) 14. Ser-me-á muito útil todo o material. ( ) 15. A certeza da vitória estimulava-me. ( ) 16. A certeza dos jogadores era evidente. ( ) 17. A oferta do dinheiro veio em boa hora. ( ) 18. A oferta do amigo veio em boa hora. ( ) 19. Quero lhe beijar a boca. ( ) 20. Isto lhe foi terrível.
Agente da passiva A voz verbal pode ser dividida em: — Voz ativa: o sujeito é agente em relação ao verbo. Iuri comprou a moto.
Nos dois casos acima, o pronome átono está ligado a adjetivo. Pode-se facilmente substituir o pronome átono por um tônico e perceber a relação entre os termos.
— Voz passiva: o sujeito é paciente em relação ao verbo. A voz passiva pode ser analítica 62
Português (quando apresenta locução verbal) e sintética (quando apresenta o “se” como partícula apassivadora). A moto foi comprada por Iuri = voz passiva analítica. Comprou-se a moto = voz passiva sintética.
Eu a pedi em casamento. = finalidade Vive de esmolas. = meio Ele foi de avião. = instrumento Falamos sobre o assunto. = referência ou assunto Advérbios interrogativos: Como chegou? = modo Onde estava o aluno? = lugar Quando ela chegou? = tempo Por que ela chegou? = causa Quanta demora? = intensidade
— Voz reflexiva: o sujeito pratica e recebe a ação ao mesmo tempo. Fabiana cortou-se. — Voz recíproca: um sujeito faz a ação para outro sujeito. Iuri e Fabiana beijaram-se.
PRATICANDO IV
A
Agora, podemos entender melhor o agente da passiva. Ele indica aquele ou aquilo que pratica a ação na voz passiva analítica. A aluna foi elogiada pelo professor. O Brasil foi eleito o melhor time do mundo pelos melhores técnicos.
Adjunto adverbial É o termo modificador do verbo, adjetivo ou outro advérbio. O candidato estudou muito. O candidato é muito bom. O candidato escreve muito bem. O advérbio exprime basicamente ideias de circunstância: afirmação, negação, dúvida, modo, tempo, lugar, intensidade, causa, companhia, condição, concessão, finalidade, meio, instrumento, referência. Ele é com certeza nosso melhor jogador. = afirmação O jogo será realizado agora. = tempo Todos o esperavam aqui. = lugar Ela comenta muito o assunto. = intensidade Ela fugiu com o barulho. = causa O amigo saiu com o irmão. = companhia Passarei com muito estudo . = condição Apesar da chuva, houve jogo. = concessão 63
Classifique os termos destacados conforme o código abaixo. a) objeto direto b) objeto indireto c) adjunto adnominal d) complemento nominal e) adjunto adverbial f) agente da passiva ( ) 1. Quem faz tudo correto não teme a Deus. ( ) 2. Os jovens não discordaram dele. ( ) 3. Depois da operação, correu ao espelho para ver como ficou a plástica. ( ) 4. Era conhecido de todos o seu temperamento. ( ) 5. A aluna sempre foi boa em Matemática. ( ) 6. O juiz decidiu contrariamente ao esperado. ( ) 7. Algumas pessoas dizem palavras sem sentido. ( ) 8. Não devemos perder a esperança em dias melhores. ( ) 9. A descoberta do Brasil foi um grande acontecimento político na Europa. ( ) 10. Consta que foi uma descoberta dos portugueses. ( ) 11. As colunas da ponte são de ferro. ( ) 12. Raios de brilho fazem-me lembrar de você. ( ) 13. Os alunos têm aversão à análise sintática.
( ) 14. Ninguém resiste aos encantos da natureza. ( ) 15. O pedido foi feito por alunos.
Observação:
Vocativo nunca é sujeito. Roberto, faça a prova! (Roberto não é o sujeito sintático.)
Aposto PRATICANDO V
É o termo ou expressão que explica, especifica, enumera, resume ou distribui. O núcleo de um aposto será um substantivo ou palavra na função de substantivo. Marcela, filha mais velha de meu irmão, é muito bonita.
A
Tipos de aposto a) explicativo: Lula, o presidente do Brasil, nasceu no Nordeste. b) especificativo: Minha irmã Denise mora em São Paulo. c) enumerativo: Comprei duas coisas ontem: um carro e uma casa . d) resumitivo ou recapitulativo: Dinheiro, poder, glória, nada o seduzia mais. e) distributivo: Paula e Marta são bonitas. Esta é brasiliense; aquela, carioca. Observações:
1.
Não se deve confundir aposto com predicativo. O aposto tem valor de substantivo, e o predicativo tem valor de adjetivo. José, feliz, chegou. = predicativo José, homem feliz, chegou. = aposto 2.
Não exerce a função de aposto, termo ou expressão antecedido por conjunção. Quando homem feliz, José sorria. = oração adverbial Como amigo, confio-lhe o segredo. = oração adverbial
Classifique os termos destacados conforme o código abaixo. a) adjunto adnominal b) predicativo c) adjunto adverbial d) aposto e) vocativo ( ) 1. Os meus livros estão em dois quartos separados. ( ) 2. Ela é bonita demais. ( ) 3. Estou sem palavras. ( ) 4. A rainha do campo fez sucesso. ( ) 5. A rainha no campo fez sucesso. ( ) 6. O São Paulo, o melhor time do Brasil, será campeão novamente. ( ) 7. Isabela, volte para mim! ( ) 8. Os alunos inteligentes já entenderam tudo. ( ) 9. Os alunos, inteligentes, já entenderam tudo. ( ) 10. Meu primo José voltou. ( ) 11. Meu primo, José, voltou. ( ) 12. A caneta, o lápis, a borracha, tudo era novo. ( ) 13. Comprei algumas coisas: um carro e uma casa. ( ) 14. O coração, sede dos mistérios, é tão mesquinho. ( ) 15. Serenai, verdes mares! ( ) 16. Ouviremos a palestra do dia.
Vocativo
Funções do se
É o termo que indica um chamamento. Também recebe o nome de “apóstrofe”. Alunos, voltem à sala! Deus, ó Deus, ouça-me!
O termo se pode desempenhar diversos papéis dentro de um texto. Dessa maneira, observe com muita atenção o contexto para ter certeza de sua função. 64
Português
1. Conjunção Não sei se ela já voltou do cinema. Se ela chegar cedo, peça para falar comigo. 2. Termo expletivo ou de realce Os amigos foram-se embora. Acenou para todos e sumiu-se na multidão. 3. Pronome reflexivo Isabela cortou-se ontem. O aluno julgava-se bonito. 4. Pronome recíproco Isabela e Lucas encontraram-se em Brasília. Os carros chocaram-se na estrada. 5. Sujeito do infinitivo Rafael deixou-se ficar mais um pouco em casa. 6. Partícula apassivadora Não se viam os rapazes no parque. Oferecer-se-á um troféu ao vencedor.
4. Perguntaram-me se sabíamos ler. ___________________________________
5. Estudou-se o assunto. ___________________________________
6. Ela se suicidou ontem. ___________________________________
7. Aos inimigos não se perdoa. ___________________________________
8. Perdoa-se o erro. ___________________________________
9. Fizeram-se as reformas da casa. ___________________________________
10. Trabalha-se dia e noite. ___________________________________
11. Maria se faz de boba. ___________________________________
12. A menina sorria e olhava-se no espelho. ___________________________________
13. Os atletas cumprimentaram-se com entusiasmo. ___________________________________ 14. Vão-se os anéis, ficam os dedos.
7. Índice de indeterminação do sujeito Dormiu-se bem ontem. Nem sempre se é feliz. Precisa-se de você.
___________________________________ 15. Nunca soube se era verdade ou não.
8. Parte integrante do verbo Os alunos se queixavam da falta de aulas aos domingos. Ela se arrependeu de não ter ido à praia.
___________________________________
16. Se não estudar, não garanto o resultado.
___________________________________ 17. Em sonho, Paula viu-se entrar no céu.
PRATICANDO VI
___________________________________
18. Se gosta dela, por que não a procura?
___________________________________ 19. Guerra se faz com armas.
Classifique o se nos períodos abaixo. 1. Se subiu, ninguém sabe, ninguém viu. ___________________________________
2. Falam que ela se feria de propósito. ___________________________________
3. Se vai ou fica, todos querem saber. ___________________________________
___________________________________ 20. Não se é ministro, se está ministro. ___________________________________
Tipos de predicado São três os tipos de predicado. 65
Verbal: o núcleo é o verbo; não se apresenta predicativo na oração. Isabela saiu. Bruna comprou o carro. Rafael precisa de dinheiro. Lígia enviou o texto aos alunos.
c) intransitivo — transitivo indireto d) transitivo direto — intransitivo e) transitivo indireto — intransitivo
Nominal: ocorre em oração com verbo de ligação, e o núcleo é o predicativo. Teresa é linda. Márcia está contente.
3
Em todas as alternativas o verbo dar é transitivo, exceto em: a) Tereza dava jantares com mesinhas. b) Ninguém estava mais disposto a dar a pele, a se consumir. c) Aceitava, mas dava-lhe o troco. d) Laura deu uma noiva linda, olhos azuis, cabelos pretos. e) Pediu à Eugênia que me desse umas aulas.
4
“Quando percebi que o doente expirava, recuei aterrado e dei um grito, mas ninguém me ouviu.” A função sintática das palavras doente, grito, ninguém e me, é respectivamente: a) sujeito, objeto direto, objeto direto, objeto indireto b) objeto direto, sujeito, objeto direto, sujeito c) sujeito, objeto indireto, sujeito, objeto direto d) objeto indireto, objeto direto, sujeito, ob jeto direto e) sujeito, objeto direto, sujeito, objeto direto
Verbo-nominal: o núcleo é um verbo, e a oração apresenta sempre um predicativo (do sujeito ou do objeto). Os alunos chegaram alegres. O pai considera a filha linda.
QUESTÕES DE PROVA
1
2
Assinale a frase cujo sujeito se classifica do mesmo modo que o da frase “Faz muito calor no Rio o ano inteiro”. a) Devia haver mais interesse pela boa formação profissional. b) Falaram muito mal dos estimuladores de conflitos. c) Vive-se bem o clima da montanha. d) Almejamos dias melhores. e) Haviam chegado cedo os candidatos.
Classifique os verbos quanto à predicação na frase: “Não agradou ao dono da casa o café que a criada fez.” a) transitivo indireto — transitivo direto b) transitivo indireto — transitivo indireto 66
Português
5
6
7
d) predicativo, objeto direto, objeto indireto e) adjunto adnominal, objeto indireto, ob jeto direto
Aponte a análise sintática correta do termo destacado. “Em todas as ruas, cruzavam-se amigos e inimigos anunciando em clima desafinado.” a) objeto direto b) sujeito simples c) sujeito composto d) sujeito indeterminado e) adjunto adverbial
Assinale o item em que a função não corresponde ao termo destacado. a) Comer demais é prejudicial à saúde — complemento nominal. b) Jamais me esquecerei de ti — objeto indireto. c) A vida da cidade é muito agitada — complemento nominal. d) Ele foi cercado de amigos sinceros — agente da passiva. e) Não tens interesse pelos estudos — complemento nominal.
No texto: Acho-me tranquilo — sem desejos, sem esperanças. Não me preocupa o futuro. Os termos destacados são, respectivamente: a) predicativo, objeto direto, sujeito b) predicativo, sujeito, objeto direto c) adjunto adnominal, objeto direto, sujeito 67
8
Em “Retira-te, criatura ávida de vingança!”, o sujeito é: a) te b) inexistente c) oculto d) criatura e) indeterminado
9
Na oração “Mas uma diferença houve”, o su jeito é: a) agente b) indeterminado c) paciente d) inexistente e) oculto
10
Identifique a alternativa em que o verbo não é de ligação. a) A criança estava com fome. b) Pedro parece adoentado. c) Ele tem andado confuso.
d) Ficou em casa o dia todo. e) A jovem continua sonhadora.
11
Em “Chamou-se um eletricista para a instalação dos fios?”. O termo destacado é: a) objeto direto b) sujeito c) predicativo do sujeito d) objeto indireto e) agente da passiva
12
“Usando do direito que lhe confere a Constituição ”, as palavras destacadas exercem a função, respectivamente, de: a) objeto direto e objeto indireto b) sujeito e objeto indireto c) objeto direto e sujeito d) sujeito e sujeito e) objeto indireto e sujeito
13
d) Nada quero. e) n.d.a.
Assinale a alternativa em que nada funciona como sujeito. a) Nada vi. b) Nada somos. c) Nada me perturba. 68
14
Assinale a alternativa em que ocorre sujeito composto. a) Deus, Deus, que farei? b) Os livros contemplei, os quadros e as outras obras. c) Nós, os homens do futuro, venceremos. d) Foram João e Maria. e) Ontem foi João e José, hoje.
15
“Não se fazem motocicletas como antigamente.” O termo em destaque funciona como: a) objeto direto b) objeto indireto c) adjunto adnominal d) vocativo e) sujeito
16
Em “Abandona-me, elemento indesejável”, o sujeito é: a) oculto b) me c) indeterminado
Português d) inexistente e) elemento indesejável
17
“Que há entre a vida e a morte?” a) O sujeito do verbo haver é o pronome que. b) Tem-se uma oração sem sujeito. c) O sujeito está oculto. d) O sujeito é indeterminado. e) O sujeito é “a vida e a morte”.
18
_______ fazer cinco meses que não a vemos; _______ existir motivos imperiosos para sua ausência, pois se não os _______ ela já nos teria procurado. a) Vai — deve — houvessem b) Vai — devem — houvessem c) Vão — deve — houvessem d) Vai — devem — houvesse e) Vão — devem — houvessem
19
d) Os primeiros sete anos Jacó serviu a Labão. e) Jacó serviu a Labão os primeiros sete anos.
“Serviu Jacó os primeiros sete anos a Labão.” Na ordem direta: a) Serviu os primeiros sete anos Jacó a Labão. b) A Labão serviu os primeiros sete anos Jacó. c) Os primeiros sete anos serviu Jacó a Labão. 69
20
A partícula apassivadora está exemplificada na alternativa: a) Fala-se muito nesta casa. b) Grita-se nas ruas. c) Ouviu-se um belo discurso. d) Ria-se de seu próprio retrato. e) Precisa-se de um dicionário.
21
Classifique o “se” na frase: “Ele queixou-se dos maus tratos recebidos”. a) partícula integrante do verbo b) conjunção condicional c) pronome apassivador d) conjunção integrante e) símbolo de indeterminação do sujeito
22
O se é índice de indeterminação do sujeito na frase: a) Não se ouvia o sino. b) Assiste-se a espetáculos degradantes. c) Alguém se arrogava o direito de gritar.
d) Perdeu-se um cão de estimação. e) Não mais se falsificará tua assinatura.
23
— Olhe aqui, vou atender a você, mas não faça mais isso, ouviu? É muito feio pedir dinheiro para os outros. Na sua idade eu já dava duro e ajudava em casa.” (Drummond) A vírgula separando a expressão em Botafogo foi usada para separar: a) palavra de mesma função sintática b) uma expressão explicativa c) o aposto d) oração adverbial com verbo oculto e) o adjunto adverbial
O se é pronome apassivador em: a) Precisa-se de uma secretária. b) Proibiram-se as aulas. c) Assim se vai ao fim do mundo. d) Nada conseguiria se não fosse esforçado. e) Eles se propuseram um acordo.
24
“Ele observou-a e achou aquele gesto feio , grosseiro , masculinizado .” Os termos destacados são: a) predicativos do objeto b) predicativos do sujeito c) adjuntos adnominais d) objetos diretos e) adjuntos adverbiais de modo
25
A respeito do seguinte texto, faça o que se pede: “O lotação ia de Copacabana para o centro, com lugares vazios, cada passageiro pensando na vida; é o gênero de transporte onde menos viceja a flor da comunicação humana. Quando, em Botafogo, ouvia-se a voz de um senhor atrás: 70
26
Em “E quando o brotinho lhe telefonou , dias depois, comunicando que estudava o modernismo, e dentro do modernismo sua obra, para que o professor lhe sugerira contato pessoal com o autor, ficou assanhadíssimo e paternal a um tempo”, os verbos assinalados são, respectivamente: a) transitivo direto, transitivo indireto, de ligação, transitivo direto e indireto b) transitivo direto e indireto, transitivo direto, transitivo indireto, de ligação c) transitivo indireto, transitivo direto e indireto, transitivo direto, de ligação d) transitivo indireto, transitivo direto, transitivo direto e indireto, de ligação e) transitivo indireto, transitivo direto e indireto, de ligação, transitivo direto
27
No período “... a nacionalidade viveu da mescla de três raças que os poetas xingaram de
Português tristes : as três raças tristes ”, as unidades subli-
nhadas exercem, respectivamente, as funções sintáticas de: a) adjunto adverbial — objeto direto — predicativo do objeto — aposto b) objeto indireto — sujeito — predicativo do objeto — adjunto adverbial c) objeto direto — objeto direto — adjunto adnominal — adjunto adverbial d) adjunto adverbial — objeto direto — ad junto adnominal — aposto e) adjunto adverbial — sujeito — adjunto adverbial — adjunto adverbial
28
Não serei o poeta de um mundo caduco .”; “Entre eles considero a enorme realidade.”; “Não serei o cantor de uma mulher.”; “O tempo é a minha matéria .” As expressões sublinhadas nos versos do texto exercem, respectivamente, as funções de: a) adjunto adnominal — adjunto adverbial — complemento nominal — predicativo do sujeito b) complemento nominal — adjunto adverbial — complemento nominal — predicativo do sujeito c) predicativo do sujeito — núcleo do predicado — adjunto adnominal — predicativo do sujeito d) predicativo do sujeito — núcleo do predicado — complemento nominal — predicativo do sujeito e) complemento nominal — adjunto adverbial — adjunto adnominal — predicativo do sujeito
29
“Nesse momento começaram a feri-lo nas mãos, a pau.” Nessa frase o sujeito do verbo é: a) nas mãos b) indeterminado c) eles (determinado) d) inexistente ou eles: dependendo do contexto e) n.d.a.
30
Observe a palavra destacada: “Quem diz o que quer ouve o que não quer.” Sua função sintática é: a) sujeito b) complemento nominal c) partícula expletiva d) predicativo e) objeto direto
PERÍODO COMPOSTO O período composto é formado por duas ou mais orações que se relacionam de forma coordenada ou subordinada. Na coordenação não ocorre dependência sintática entre elas. Exemplo: Isabela comprou o livro, / foi ao escritório / e terminou o trabalho. Na subordinação, pelo contrário, há relação de dependência sintática entre as orações. Exemplo: Lucas quer / que você volte ao escritório. 71
Orações coordenadas
Tens razão, contudo não expresses abertamente suas ideias. Ele estudou muito, e mesmo assim não entendeu o assunto.
As orações, na coordenação, podem estar ligadas por conjunções ou simplesmente justapostas, isto é, sem conjunção. Exemplo: Alexandre estudou muito, portanto entendeu o assunto (conjunção conclusiva: portanto). Alexandre estudou muito, brincou pouco, alimentou-se mal (orações justapostas).
3. Alternativas (expressam alternância, exclusão, escolha). Ou você estuda muito ou ficará sem o emprego que deseja. Os preços ora sobem, ora baixam.
No período composto por coordenação, as orações podem ser classificadas como sindéticas e assindéticas. 1. Assindéticas quando estão apenas justapostas, sem conjunção. 2. Sindéticas quando se unem por meio de conjunções.
4. Conclusivas (expressam dedução, conclusão). Ele sempre estudou muito, logo sempre teve boas notas. O lago está na minha fazenda: por conseguinte me pertence. Ele é teu irmão; trata-o, portanto, com amizade. 5. Explicativas (expressam explicação, motivo, razão). Amemos, porque o amor é um santo escudo. O cavalo estava cansado, pois arfava muito. Decerto alguém o agrediu, pois o nariz dele sangra.
Orações coordenadas assindéticas As orações coordenadas assindéticas são separadas por vírgula, ponto e vírgula ou dois-pontos. Exemplo: Ricardo andava, falava, ria. Guilherme comprou todos os brinquedos; os filhos choravam no carro; a esposa esperava ansiosa em casa. Encontrei-o em casa: estava triste.
PRATICANDO I
1
Orações coordenadas sindéticas As orações coordenadas sindéticas apresentam conectivos e podem ser divididas em cinco casos. 1. Aditivas (expressam sequência de pensamento em que algo é acrescentado à ideia anterior). Denise falava muito e gesticulava freneticamente. Os espíritos tranquilos não se confundem nem se atemorizam. O candidato não só gabaritou Português como também Informática. Tanto leciono como sou fazendeiro. Ela não só é bonita mas também inteligente. 2. Adversativas (expressam contraste, oposição). O time jogou melhor, mas o resultado foi adverso. 72
Classifique as orações coordenadas abaixo. a) assindética b) aditiva c) adversativa d) alternativa e) conclusiva f) explicativa ( ) As horas passam, os homens caem, a poesia fica. ( ) Não faz pacto com a ordem; é, pois, um rebelde. ( ) O moleque Nicanor arregalou os olhos e eu pensei em tudo. ( ) Quer ele volte, quer não volte. ( ) A Grécia o seduzia, mas Roma o conquistou. ( ) Insisti no oferecimento, e ele não aceitou. ( ) Não é chuva, nem é gente, nem é vento com certeza.
Português ( ) Estava frio, mas ela não o sentia. ( ) O bode tinha descido com o senhor, ou tinha ficado na ribanceira? ( ) Ou eu me engano muito, ou a égua manqueja. ( ) Camarada, espere um pouco, que isto acaba já. ( ) O vento bateu forte, a chuva caiu a noite toda.
2
Assinale a opção que contém oração coordenada sindética. a) “Esfregou as mãos finas, esgaravatou as unhas sujas.” b) “Naquela noite, jantei sozinho, pois Albérico viajara para Malhadas da Pedra.” c) “A campainha retiniu, entraram no camarote.” d) “Furta cavalos e bois, marca-os de novo, recorta sinais de orelha com habilidade.” e) “Dona Tonica não lustrava as unhas, disso sabiam todos.”
3
Marque a alternativa que contenha erro na classificação do período: a) A máquina calou-se, dobraram-se as pastas, o juiz levantou-se (coordenação). b) O mormaço adormentara ainda mais o povoado (período simples). c) Quando tocou a primeira valsa, Luís entrou no salão (subordinação). d) Desviei-me para não incomodar o sujeito que vinha atrás de mim (subordinação). e) Tio Emílio sabia que o homem tinha vindo expresso para entabular conversa (coordenação).
73
4
Classifique as orações de acordo com o código: 1. assindética 2. aditiva 3. adversativa 4. alternativa 5. conclusiva 6. explicativa I — Recebeu o dinheiro da pensão, mas gastou tudo. II — Ora faz frio, ora faz calor. III — Pagou a dívida, portanto não deve mais nada. IV — Devolva-me o livro, pois estou precisando dele. V — Saíram cedo e ainda não chegaram ao destino. VI — Partiram tristes, depois retornaram felizes. A sequência obtida é: a) 3, 4, 6, 2, 1, 5 b) 3, 4, 5, 6, 1, 2 c) 3, 4, 5, 6, 2, 1 d) 3, 4, 5, 2, 6, 1 e) 3, 4, 1, 5, 2, 6
5
Não se preocupe que breve estarei de volta. Comece com: Breve estarei... a) para que b) logo que c) porém d) logo e) senão
6
Não posso atendê-lo, porque não é lícito o que requereu. Comece com: Requereu o que não é lícito... a) depois b) porém c) em que d) visto que e) portanto
7
Assinale a alternativa que possui uma oração coordenada explicativa. a) Não vou sair à noite, porque vou fazer uma prova importante amanhã. b) Ora estudava direito, ora estudava português. c) Não só estudava como também ensinava. d) Viajou para Lisboa, contudo não se esquecia São Paulo. e) Conseguimos a aprovação, portanto podemos comemorar.
8
Aponte a alternativa em que ocorre oração coordenada sindética adversativa. a) Ou você resolve o exercício, ou fica sem nota. b) Ele não resolveu o exercício, logo ficou sem nota. c) Resolva o exercício, porque você ficará sem nota. d) Ele preferia ficar sem nota a resolver o exercício. e) Ele ficou sem nota, mas não resolveu o exercício.
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“Podem acusar-me: estou com a consciência tranquila.” Os dois-pontos do período poderiam ser substituídos por vírgula, explicitandose o nexo entre as duas orações pela conjunção: a) portanto b) e c) como d) pois e) embora
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Assinale a alternativa que contém período composto por coordenação e subordinação. a) A vida para ele será a eterna tortura entre o medo dos homens e a vingança de Deus. b) Agora eles sabem que a fome dá um direito que passa por cima de qualquer direito dos outros. c) O trenzinho recebeu em Maguari o pessoal do matadouro e tocou para Belém. d) A mestra das letras apresentou aquele riso de moça nova e juro que senti seu bafo de flor na sala toda.
Orações subordinadas A oração é subordinada quando completa o sentido da principal. Observe o exemplo. Rafael contou ao irmão que ospais haviam saído. Rafael contou ao irmão: oração principal. que os pais haviam saído: oração subordinada. Em alguns casos, as orações coordenadas podem assumir também o papel de principal. Observe: 74
Português Eu não disse nada, mas achei que tinham razão.
Outros exemplos: Parece que a situação melhorou. Acontece que não o encontrei em casa . Não se sabia se ela vinha. Sabe-se que ele é inteligente. Quem avisa amigo é. Ignora-se como se deu o acidente . Convém que fiquemos aqui.
Existem no período três orações: Eu não disse nada: oração coordenada assindética. mas achei: oração coordenada sindética ad versativa em relação à anterior e principal em relação à posterior. que tinham razão: oração subordinada substantiva objetiva direta.
2. Objetiva direta (desempenha a função de ob jeto direto do verbo da oração principal). Isabela ignora o assunto (o assunto: objeto direto de ignora). Isabela ignora quem é o rapaz (quem é o rapaz : objeto direto de ignora).
Num período composto pode haver mais de uma oração principal. Observe: Luísa sabe que a vida é bela, mas também não ignora que os problemas existem. Luísa sabe: oração principal de “que a vida é bela”. não ignora: oração principal de “que os problemas existem”.
Outros exemplos: Juliana esperou que o amigo a encontrasse . O cliente perguntou quanto ficaria a conta. Não sabemos onde ela está. Eu sei por que ela veio. Não posso dizer qual rapaz faltou. Adriana me perguntou de quem era o retrato .
Como se percebe, a oração subordinada é a que depende da principal, completando ou ampliando o significado. Quando se apresenta desenvolvida, vem, geralmente, ligada por conjunção ou pronome relativo. Jorge quer que você entenda o assunto (“que” é uma conjunção). Encontrei a revista que você perdeu (“que” é um pronome relativo).
3. Objetiva indireta (desempenha a função sintática de objeto indireto do verbo da oração principal). Não gosto da menina (da menina: objeto indireto de gosto). Não gosto de quem saiu (de quem saiu : objeto indireto de gosto).
Orações subordinadas substantivas Quando a oração subordinada desempenha a função sintática característica de um substantivo, recebe o nome de oração subordinada substantiva. 1. Subjetiva (desempenha a função do sujeito do verbo da oração principal) Andrea saiu (Andrea: sujeito de saiu). Quem estava cansado saiu (Quem estava cansado: sujeito de saiu).
Outros exemplos: Não me oponho a que você viaje . Lembra-se de quem passou. Aconselho-o a que trabalhe mais. Daremos o prêmio a quem o merecer .
A sua participação é necessária (A sua participação: sujeito de é necessária). Que você participe é necessário (Que você participe: sujeito de é necessário). É necessário que você participe (que você participe: sujeito de É necessário).
4. Completiva nominal (desempenha a função sintática de complemento nominal de um vocábulo da oração principal). A menina tem necessidade do resultado (do resultado: complemento nominal de necessidade). 75
A menina tem necessidade de saber o resultado (de saber o resultado: complemento nominal de necessidade).
A aluna foi elogiada de quantos a amavam (de quantos a amavam: agente da passiva da oração anterior).
Outros exemplos: Ele estava ansioso por que voltasses. Tenho muito receio de que nos encontrem. Tenho dúvida sobre quem você é. Sou grato a quem ensina.
Outros exemplos: O quadro foi comprado por quem o fez . A obra foi apreciada por quantos a viram . O candidato estava rodeado de quem não dese ja a sua eleição. Seremos julgados por quem nos criou.
5. Predicativa (desempenha a função de predicativo). Seu receio era a chuva (a chuva: predicativo do sujeito de Seu receio). Seu receio era que a chuva caísse (que a chuva caísse: predicativo de Seu receio).
PRATICANDO II Classifique as orações subordinadas substantivas abaixo: a) subjetiva b) objetiva direta c) objetiva indireta d) completiva nominal e) predicativa f) apositiva g) agente da passiva ( ) Ela deseja que você se recupere. ( ) Os homens sempre se esquecem de que somos todos mortais. ( ) Convinha a todos que você partisse. ( ) Era preciso que ninguém desconfiasse. ( ) O Pascoal tinha medo de que ela voltasse. ( ) O problema foi que chegaste tarde. ( ) Ela viu que o dinheiro terminara. ( ) Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. ( ) Ela tinha necessidade de que todos usassem camisas brancas. ( ) É claro que eles virão. ( ) Sabe-se que é um golpe. ( ) Todos gostaram de que tenha voltado. ( ) Tive a impressão de que algo explodiu. ( ) Disse-me algo terrível: que ia casar. ( ) O livro foi escrito por quem não entende de futebol.
Outros exemplos: O fato foi que o preço aumentou muito . Ele era quem eu esperava . Meu desejo é que me deixem em paz . Não sou quem você pensa. Lucas foi quem trabalhou mais. A esperança era que ele voltasse para mim.
6. Apositiva (desempenha a função sintática de aposto em relação a algum termo da oração principal). Só desejo uma coisa: o livro ( o livro: aposto de uma coisa). Só desejo uma coisa: que você volte para mim (que você volte para mim : aposto de uma coisa). Outros exemplos: Só lhe peço isto: honre seu nome. Reconheço-lhe uma qualidade: você é honesto. Só uma coisa sabemos: nada sabemos.
7. Agente da passiva (desempenha a função sintática de agente da passiva da oração principal). A aluna foi elogiada pelo pai (pelo pai: agente da passiva da oração anterior). 76
Português
Orações subordinadas adjetivas
O livro que comprei é bom. O livro de que gosto é bom. O livro a que me refiro é bom. O livro por que anseio é bom. Este é o título a que toda moça bonita aspira .
As orações subordinadas adjetivas são as que têm a função de adjetivo. São introduzidas, geralmente, pelos pronomes relativos e referem-se a um termo antecedente, que pode ser um substantivo ou pronome. Observe o exemplo. A menina bonita comprou o livro (bonita é ad jetivo de menina). A menina que é bonita comprou o livro (que é bonita é uma oração adjetiva de menina).
PRATICANDO III
Há lembranças que nos comovem (oração ad jetiva introduzida por pronome relativo). Os benefícios persistem na memória de quem os faz (oração adjetiva introduzida por pronome indefinido). Admiro o modo como ele trabalha (oração ad jetiva introduzida por advérbio).
As orações adjetivas podem ser divididas em explicativas ou restritivas. Os rapazes, que são altos, saíram (todos os rapazes são altos e todos saíram). Os rapazes que são altos saíram (apenas os rapazes altos saíram).
Classifique se a oração adjetiva é restritiva ou explicativa. Choupana onde se ri vale mais que palácio onde se chora. ___________________________________ Brasília, que é a capital do Brasil, é bonita. ___________________________________ A Capela Sistina, onde foram realizadas todas as eleições papais nos últimos séculos, era simples. ___________________________________ O Brasil que você conhece é maravilhoso. ___________________________________
Orações subordinadas adverbiais São as orações que desempenham a função de ad junto adverbial da oração principal. Dividem-se em: 1. Causais: exprimem a causa do que se afirma na oração principal. Joel se julga muito importante porque é rico. Como hoje é Natal, oremos. Visto que a vida é uma curta viagem , procuremos fazê-la bem. Ela saiu da sala, porque você pediu.
Exemplos de orações adjetivas explicativas: Deus, que é nosso pai, nos salvará. Leda, que nasceu bonita, está no trabalho. O Sol, que é a maior estrela de nossa sistema, é bonito. Minha namorada, que é bonita, já chegou.
2. Consecutivas: exprimem a consequência do que se declara na oração principal. Estou tão cansado que não sairei à noite . Choveu tanto que inundou as ruas. Essa mulher fala que é um turbilhão. A aluna maquiou-se de sorte que ninguém a reconheceu.
Exemplos de orações adjetivas restritivas: Os animais que são grandes assustam as crianças. O colégio em que estudei era bom. O jornal que você trouxe está molhado. Observação
As orações adjetivas são precedidas de preposição (ou locução prepositiva) sempre que necessária pela regência.
3. Comparativas: expressam a ideia de comparação em relação à oração principal. 77
Você é bonita como uma flor do meu jardim . O tricolor paulista é como um trator no gramado. Nada valoriza tanto quanto a honestidade . Trata o amigo cautelosamente como se um dia tivesse de ser teu inimigo .
Levantei-me cedo a fim de chegar a tempo no trabalho. Estudo para passar na prova. Rezemos porque não nos surpreendam os dias ruins.
9. Proporcionais: exprimem um fato simultâneo e dinâmico ao da oração principal Quanto mais caminho, mais cansado fico. À medida que estudo o assunto , mais me interesso por ele. O diabo é tanto mais diabólico quanto mais respeitável. A estrela era mais bem vista ao passo que o Sol se punha.
Como se percebe em alguns exemplos, o verbo se encontra subentendido. 4. Concessivas: exprimem um fato contrário à oração principal, mas não suficiente para anular a ideia desta. Embora não tenha estudado , entendeu tudo. Apesar de ter saído tarde , chegou a tempo. Vou dizer toda a verdade, nem que me prendam.
Principais conectivos adverbiais: — Causa: porque, visto que, pois, que, como, porquanto, haja vista. — Consecutiva: tão... que, tal... que, tanto... que, de modo que, por conseguinte, de forma que. — Comparativa: como, mais que, menos que, assim como, tal qual. — Concessiva: embora, ainda que, se bem que, apesar de que, conquanto, posto que, mesmo que. — Condicional: se, caso, uma vez que, salvo, sem que, desde que. — Conformativa: conforme, segundo, consoante, como. — Final: para que, a fim de que, de sorte que, de modo que, porque. — Proporcional: à medida que, à proporção que, quanto mais, quanto menos. — Temporal: quando, mal, logo que, assim que, sempre que, depois que.
5. Condicionais: exprimem uma condição ou hipótese necessária para que se realize a ideia da oração principal. Se você estudar muito , entenderá o assunto. Ela o amará, se você agir assim. Desde que não chova fora da estação , o plantio dará ótimos frutos. Trabalha, e estarás salvo. Segue-me, e terás o Reino do Céu. 6. Conformativas: exprimem a ideia de conformidade em relação à ideia da oração principal. Cada um colhe conforme semeia. O futebol, como o conhecemos hoje, surgiu na Inglaterra. Segundo ela pensa, tudo é simples. Devemos crescer, consoante prescreve a vida.
PRATICANDO IV
7. Temporais: expressam tempo em relação à oração principal. Quando encontrar você, darei o livro que comprei. A gente vive somente enquanto ama. Mal vem ao mundo, o homem já começa a sofrer.
Classifique a oração adverbial conforme o código abaixo: a) causal b) consecutiva c) comparativa d) concessiva
8. Finais: exprimem a finalidade da oração principal. 78
Português e) f) g) h) i) ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( (
condicional temporal proporcional conformativa final ) A aula foi interrompida porque faltou giz. ) Nunca chegará ao fim por mais depressa que ande. ) Nada dói tanto como um sorriso triste de criança. ) O professor falou tanto que ficou rouco. ) Como todos tivessem terminado o trabalho, foi-lhes permitido sair. ) Iremos à festa se não chover. ) Amanhã haverá aula embora seja sábado. ) Era total a serenidade da tarde que se percebia o sino distante. ) Tudo terminou conforme tínhamos visto. ) Quanto mais tento encontrar solução, mais os problemas surgem. ) Ele será bem-vindo, desde que peça desculpa. ) Como ela estava feia, não foi à escola. ) Como eu havia dito, ela era feia. ) Ele ficou bonita como a primeira luz da manhã. ) Estudou muito para que fosse aprovado. ) A inundação aumentava à medida que subiam as águas. ) O rapaz ficou pálido quando viu a noiva.
Dizem que estiveram lá. Dizem ter estado lá. Se fizeres assim, conseguirás. Fazendo assim, conseguirás. Quando soube disso, voltou. Sabendo disso, voltou. Não falei porque não tinha certeza. Não falei por não ter certeza. Depois que terminei a prova, fui para casa. Terminada a prova, fui para casa. Como se observa, os primeiros exemplos apresentam orações desenvolvidas; os segundos, orações reduzidas. — Oração reduzida de infinitivo: É necessário ter paciência. — Oração reduzida de gerúndio: Havia ali crianças, pedindo esmolas. — Oração reduzida de particípio: Abertas as portas, ela saiu.
QUESTÕES DE PROVA
1
Orações reduzidas Oração reduzida é a que se apresenta sem conectivo e com o verbo em forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio). Observe: O presidente afirmou que não há problemas na economia (oração desenvolvida). O presidente afirmou não haver problemas na economia (oração reduzida). Outros exemplos: Penso que estou preparado. Penso estar preparado. 79
Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que estava para ser mãe ”, a oração destacada é: a) objetiva indireta b) completiva nominal c) predicativa d) conclusiva e) explicativa
2
3
4
d) É preciso que você nos apoie. e) Importa apenas que sejamos felizes.
Há oração subordinada substantiva apositiva em: a) Na rua, perguntou-lhe em tom misterioso: onde poderemos falar à vontade? b) Ninguém reparou em Olívia: todos andavam como pasmados. c) As estrelas, que vemos através das folhagens, parecem grandes olhos curiosos. d) Em verdade, eu tinha fama e era valsista emérito: não admira que ela me preferisse. e) Sempre desejava a mesma coisa: que a sua presença fosse notada.
Assinale a opção em que há oração na função de objeto direto. a) É evidente que tal indivíduo verá bloqueadas suas oportunidades de ascensão social. b) Não é difícil aumentar essa lista. c) Não é igualmente difícil extrapolar dessa situação individual suas consequências sociais. d) É bem possível que aí se encontre uma das fontes últimas dessa submissão a crítica de parte de nosso povo. e) Sabemos que muita coisa está fundamentalmente errada com o nosso sistema escolar.
Em todas as alternativas, há uma oração subordinada substantiva subjetiva, exceto em: a) Esperam que tomemos uma atitude. b) Parece que o tempo voa. c) Bom seria que todos participassem. 80
5
O período que apresenta uma oração subordinada adjetiva restritiva é: a) O conde agarrou minha mão e num italianismo estropiado de napolitano sussurrou que morria de paixão. b) O velho não ouvia ninguém quando ficava assim inspirado. c) Calou-se, mas continuou a dedilhar o violão. d) Fadul ouviu com atenção, prosseguiu na caminhada de ofertas e cobranças. e) Maria conheceu o moço que começou a frequentar a casa no domingo.
6
Assinale a alternativa que contém oração subordinada adverbial concessiva. a) Já que está aqui, faça-me um favor. b) Embora eu não mereça, faça-me um favor. c) Se eu mereço, faça-me um favor. d) Luto para que me faça um favor. e) Pedi tanto um favor que fiquei rouco.
7
No período “não bate para cortar”, a oração “para cortar” em relação a “não bate” é:
Português a) causa b) modo c) consequência d) explicação e) finalidade
8
9
Classifique as orações em destaque do período seguinte: “Ao analisar o desempenho da economia brasileira , os empresários afirmaram que os resultados eram bastante razoáveis , uma vez que a produção não aumentou, mas também não caiu”. a) principal, subordinada adverbial final b) principal, subordinada substantiva objetiva direta c) subordinada adverbial temporal, subordinada adjetiva restritiva d) subordinada adverbial temporal, subordinada objetiva direta e) subordinada adverbial temporal, subordinada substantiva subjetiva
“Sabendo que seria preso, ainda assim saiu à rua.” a) reduzida de gerúndio, conformativa b) subordinada adverbial condicional c) subordinada adverbial causal d) reduzida de gerúndio, concessiva e) reduzida de gerúndio, final
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Em “O moço ficou tão emocionado que chorou”, a oração subordinada é uma adverbial a) comparativa b) proporcional c) consecutiva d) causal e) temporal
11
Em que período há oração subordinada substantiva completiva nominal? a) Era preciso que ninguém desconfiasse do nosso conluio para prendermos o Pedro Barqueiro. b) Para encurtar a história, patrãozinho, achamos Pedro no rancho, que só tinha três divisões. c) Quando chegamos, Pedro estava no terreiro debulhando milho, que havia colhido em sua rocinha. d) Pascoal me fez um sinal, eu dei a volta e entrei pela porta do fundo para agarrar o Barqueiro pelas costas. e) Tanto eu como Pascoal tínhamos medo de que o patrão topasse Pedro nas ruas da cidade.
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Em qual opção está incorreta a análise do período “Jejuo o materialismo, logo amo”? a) O período é composto por coordenação. b) A segunda oração possui adjunto adverbial. c) A primeira oração é coordenada assindética.
d) O predicado das duas orações é verbal. e) O verbo da segunda oração é intransitivo.
13
14
“O homem que confessa a sua ignorância revela-a uma só vez; o homem que tenta ocultá-la revela-a muitas vezes.” Assinale a análise incorreta. a) Período composto por coordenação e subordinação. b) Os pronomes relativos exercem função de sujeito. c) A primeira oração adjetiva possui dois adjuntos adnominais. d) A segunda oração adjetiva não possui complemento verbal. e) As orações principais não possuem predicativo.
Aponte a alternativa em que a oração destacada estiver analisada incorretamente. a) “O homem não é uma ilha que possa viver isolado.” (principal) b) “O homem que não comete erros geralmente nada fez.” (adjetiva) c) “Tremo pela minha pátria quando penso que Deus é justo.” (temporal e principal) d) “Eduquem-se os meninos e não será preciso castigar os homens.” (subjetiva reduzida de infinitivo) e) “A máscara é tão bonita que sinto medo de tudo.” (causal)
82
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Teimou em contratar os serviços de uma empresa, se bem que não houvesse necessidade . Substituindo a oração destacada, comece com: Não havia necessidade... a) porém b) portanto c) ainda que d) porque e) visto que
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Em qual das orações o “se” é conjunção subordinativa integrante? a) Ela se morria de ciúmes pelo patrão. b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. c) O aluno fez-se passar por doutor. d) Precisa-se de pedreiros. e) Não sei se o vinho está bom.
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Espere até tarde, que ele aparecerá . Substituindo a oração destacada, comece com: Ele aparecerá... a) assim que b) enquanto c) quando d) portanto e) para que
Português
18
d) O público aplaudia euforicamente para que o circo continuasse a apresentação. e) Realizou os exercícios de acordo com as instruções do mestre.
Qual o período composto por coordenação e subordinação? a) Se não és generoso na penúria, não serás generoso na abundância. b) O silêncio diz mais que o longo discurso. c) Palavras fortes e amargas indicam uma causa fraca. d) Tudo que é débil é velho; tudo que é forte é bom. e) Mudamos de paixões, mas não vivemos sem elas.
CONCORDÂNCIA Concordância verbal Regra geral: o verbo concorda com o sujeito em relação a número e pessoa.
19
Casos que merecem nossa atenção: 1. Sujeito composto posposto ao verbo aceita a concordância com o núcleo mais próximo ou com o conjunto. Chegou o relatório e o processo. Chegaram o relatório e o processo.
No período: “Ainda que fosse bom jogador, não ganharia a partida”, a primeira oração encerra ideia de: a) causa b) concessão c) finalidade d) condição e) proporção
2.
Sujeito composto formado por palavras sinônimas aceita a concordância com o núcleo mais próximo ou com o conjunto. A honestidade e a probidade faz (ou fazem) bem à sociedade. 3.
Sujeito composto formado por pessoas gramaticais diferentes concorda o verbo com o conjunto se possuir primeira pessoa. Paula, Pedro, tu e eu saímos. 4.
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Sujeito composto formado por pessoas gramaticais diferentes sem a primeira pessoa concorda o verbo com o conjunto ou com a terceira pessoa do plural. Paula e tu andais (ou andam).
Dentre as orações abaixo, uma é subordinada causal. Assinale-a. a) Mesmo que parta antes, precisarei do resultado da prova. b) Chegamos tão cedo que o portão da faculdade ainda estava fechado. c) Já que possuo pouco dinheiro, não poderei viajar.
5.
Sujeito composto formado por verbos no infinitivo mantém o verbo da oração principal no singular. Andar e sorrir faz bem à saúde. 83
6.
Sujeito composto formado por verbos no infinitivo com ideias contrárias leva o verbo da oração principal para o plural. Rir e chorar fazem bem à vida.
Comprou-se o carro. Compraram-se os carros. 10. Verbo acompanhado de índice de indeterminação do sujeito permanece no singular sempre. Precisa-se de novos projetos. Gosta-se de livros.
7.
Sujeito composto formado por verbos substantivados entra na regra geral. O andar e o sorrir fazem bem à saúde. 8.
Verbo impessoal é aquele que não possui sujeito e é empregado na terceira pessoa. São verbos impessoais: a) Fenômenos da natureza: Ventou muito ontem. Choveu à noite.
11. Palavras que terminam com “s” não determinadas mantêm o verbo no singular. Campinas é um bom lugar para se morar. O lápis se tornou indispensável para a tarefa. Os óculos são indispensáveis para algumas pessoas. Os Estados Unidos foram responsáveis pela guerra.
b) O verbo haver no sentido de ocorrer, existir, acontecer ou tempo decorrido: Houve muitos acidentes na estrada. Há processos sobre a mesa. Haverá espetáculos interessantes em Santos. Há dias não chove.
12. Coletivos partitivos (a maioria, a minoria, grande parte, metade de), seguidos de ad juntos adnominais no plural, concordam o verbo com o núcleo ou com o adjunto. A maioria dos alunos está (ou estão) interessados. Grande parte dos relatórios apresenta (ou apresentam) erros.
c) O verbo fazer no sentido de tempo decorrido ou clima: Faz dez dias que não vejo você. Faz invernos rigorosos na Argentina.
13. O pronome “que” não interfere na concordância. O rapaz que saiu é inteligente. O juiz que determinou a sentença está correto.
d) O verbo ser e o verbo estar no sentido de tempo, clima, estação do ano e distância: São dez horas. É primavera. Está calor. São trezentos quilômetros de Brasília a Goiânia.
14. O pronome “quem” faz com que o verbo concorde com o pronome ou com o substantivo que o antecede. Fui eu quem fez (ou fiz) o trabalho ontem.
e) As expressões “já passa de”, “basta de”, chega de”: Já passa das dez. Basta de bobagens. Chega de tarefas.
15. A união de dois pronomes com sentido partitivo mantém o verbo no singular quando o núcleo da expressão está no singular. Qual de nós entregou o trabalho? Algum deles saiu.
9. Verbo acompanhado de partícula apassivadora concorda com o sujeito. 84
Português 16. O verbo aceita a concordância com o núcleo ou com o adjunto quando a união de dois pronomes possui o núcleo no plural. Quais de nós entregaram (ou entregamos) o trabalho.
22. Concordância com infinitivo. I — Na oração infinitivo-latina. Mandei-os entrar. Deixai vir a mim os convidados. II — No caso de voz passiva formada com infinitivo regido de preposição “de”. Coisas difíceis de dizer (= serem ditas). Livros fáceis de ler (= serem lidos).
17. Pronome de tratamento concorda com o verbo na terceira pessoa do singular. Vossa Excelência entregou o trabalho ontem. 18. A expressão “um dos que” leva o verbo para o plural. Quando ocorre a expressão com substantivo no adjunto adnominal, o verbo pode concordar com o núcleo ou com o adjunto. Um dos que saíram. Um dos rapazes que voltou (ou voltaram).
Nota: O pronome “se” fica elíptico na expressão. III — Infinitivo regido de preposição equivalendo a gerúndio. Estava a falar. IV — Quando o infinitivo regido de preposição vier antes do verbo principal com sujeito próprio ou não, é preferível o emprego pessoal. Para julgarem melhor, estudaram horas. Na certeza de estarmos com direito, fazemos o pedido.
19. A expressão “mais de um” mantém o verbo no singular. O plural só ocorre se houver sujeito composto com a expressão ou se houver reciprocidade. Mais de um processo já foi liberado. Mais de um processo, mais de um relatório chegaram cedo. Mais de um advogado encontraram-se no corredor.
Nota: Se o verbo principal vier em primeiro lugar, não há obrigatoriedade de emprego pessoal. Estudaram horas para julgar melhor. Fazemos o pedido na certeza de estar com o direito.
20. A expressão “um e outro” e suas variações aceita o verbo no singular ou no plural. Se houver reciprocidade, o plural se torna obrigatório. Um e outro delegado chegou (ou chegaram). Uma e outra menina se abraçaram na festa.
V — Quando o infinitivo é empregado como sujeito. Ganharmos é difícil. VI — Quando o infinitivo está na voz passiva, reflexiva ou recíproca é uso corrente personalizá-lo. Esperou esgotarem-se os prazos. A testemunha viu esbofetearem-se os réus.
21. A expressão “um ou outro” e suas representações com substantivos mantêm o verbo no singular com ideia de exclusão. O verbo vai para o plural com ideia de adição. São Paulo ou Santos será campeão do Brasil em 2012. Uva ou manga me agradam sempre.
VII — Quando o infinitivo vier com o verbo “parecer”. As causas parecem justificar os meios. As causas parece justificarem os meios. 85
VIII — Quando entre o verbo principal e o infinitivo vier o sujeito representado por substantivo no plural, usa-se o infinitivo pessoal. Os astrônomos viram as estrelas caminharem no céu.
c) Fui eu quem _______ um manifesto contra as irregularidades dessa repartição. (encabeçou/encabecei) d) _______ haver campanhas educativas sobre o trânsito de nossa cidade. (Deveria/Deveriam) e) Quantos de nós _______ realmente dispostos a ajudar o próximo? (estarão/ estaremos)
Nota: Se o infinitivo vier junto do verbo principal, a variação não é obrigatória. Os astrônomos viram caminhar as estrelas no céu. Os astrônomos viram caminharem as estrelas no céu. IX — Muitas vezes, o infinitivo vem distanciado do verbo principal. Neste caso, para determinar a pessoa, usamos o pessoal. Receberam os desembargadores, há dias, os autos a que me referi no memorial para julgarem o caso.
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Leia as frases a seguir e assinale a opção correta. I — Todos estavam meios cansados, porque já era meio-dia e meia e fazia muito calor. II — Fazem trinta anos que nos conhecemos. III — Nenhum dos presentes à festa souberam dizer se houveram tiros dentro ou fora da casa, durante o assalto. Quanto à concordância nominal e verbal: a) Apenas I está correta. b) Apenas II e III estão corretas. c) Todas estão corretas. d) Apenas II está correta. e) Todas estão incorretas.
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Observe a concordância verbal: 1 — Algum de vós conseguirei a bolsa de estudo? 2 — Sei que pelo menos um terço dos jogadores estavam dentro do campo naquela hora. 3 — Os Estados Unidos são um país muito rico. 4 — No relógio do Largo da Matriz bateu cinco horas: era o sinal esperado.
PRATICANDO
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Assinale a concordância verbal errada : a) Já é uma hora da tarde e ele ainda não chegou. b) Fazia três anos que ele viajara para Belém. c) Na reunião só havia cinco representantes do Sindicato. d) Deve existir pelo menos mais três documentos guardados. e) Qual dos três cientistas ganhará o prêmio este ano?
Assinale a opção em que a NORMA CULTA admite SÓ UMA concordância verbal: a) A maioria dos jovens _______ acompanhando pelos jornais as notícias sobre a Croácia. (vem/vêm) b) Naquela guerra entre quadrilhas, ______ um dos chefes e alguns moradores das proximidades. (morreu/morreram) 86
Português a) b) c) d) e)
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6
Somente a frase 1 está errada. Somente a frase 2 está errada. As frases 2 e 3 estão erradas. As frases 1 e 4 estão erradas. As frases 2 e 4 estão erradas.
Preencha os espaços em branco e assinale a opção adequada: Já ______ anos, _______ neste local árvores e flores. Hoje, só _______ ervas daninhas. a) fazem — havia — existe b) fazem — havia — existe c) fazem — haviam — existem d) faz — havia — existe e) faz — havia — existem
Qual a alternativa em que as formas dos verbos bater, consertar e haver nas frases abaixo são usadas na concordância correta? I — As aulas começam quando ________ oito horas. II — Nessa loja ________ relógios de parede. III — Ontem ________ ótimos programas na televisão. a) batem — consertam-se — houve b) bate — consertam-se — havia c) bateram — conserta-se — houveram d) batiam — conserta-se-ão — haverá e) batem — consertarei — haviam
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7
Dos itens abaixo, o que contém erro de concordância é: a) Duas léguas é muito para quem vai a pé e é quase nada para quem vai de carro. b) Ainda pode haver obstáculos para aprovação do projeto. c) “Todas se houveram muito bem.” (letra de samba). d) O Fábio trabalhava com consertos em gerais. e) Grande quantidade de candidatos desistiu de fazer a prova.
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Das frases abaixo, a que contém erro de concordância é: a) Grande número de jornais divulgaram os resultados. b) A maioria das empresas optaram por esse método. c) Hão de existir métodos tão bons quanto esse ou melhores. d) Conferida a carta de cobrança e o ofício destinado à TELERJ, a secretária parou para tomar um cafezinho. e) Devem fazer quatro meses que não fechamos negócios com empresas dessa região.
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Das frases abaixo, a que contém erro de concordância é: a) Analisando o poema de Mário de Andrade e a carta que ele escreveu a Bandeira, percebe-se uma relação de intertextualidade entre ambos.
b) Sempre hão de existir descontentes. c) Vai fazer cinco meses que me dedico a esta pesquisa. d) A maioria dos professores foram favoráveis ao projeto. e) Os dois primeiros itens tem como objetivo sensibilizar o leitor para os perigos da ambiguidade.
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c) Contornados a situação interna do partido e o impasse criado com a declaração ambígua do senador, podem os membros da comissão falar novamente em uníssono. d) Existem cerca de 170 mil espécies de dicotiledôneas estudadas até hoje. e) Uma série de características exclusivas dos vertebrados constituirão o tema do próximo capítulo.
Do ponto de vista da concordância, a frase correta é: a) Há de existir outras oportunidades como aquelas. b) Não deverão, em qualquer dessas hipóteses, haver prejuízos significativos. c) Nossa empresa negocia com produtos químicos em gerais. d) Superados a crise conjugal e o problema do inventário, Eduardo pôde dedicar-se com mais afinco ao projeto. e) O trabalho de catequese que tem feito os modestos missionários enviados à nossa região é um exemplo de humildade e labor a ser seguido por todos nós.
Dentre as frases abaixo, colhidas em situação real de comunicação, a que apresenta erro de concordância é: a) Devem ter havido outros motivos para o impeachment . b) De todas as lutas que houve nesse período, essa é a de que a História dos livros didáticos menos se lembra. 88
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Assinale a opção que admite a variação de concordância feita entre parênteses: a) Deve haver mais vagas do que candidatos (devem). b) A maior parte funciona bem (funcionam). c) A multidão corria desesperadamente (corriam). d) A maioria dos presentes aprovou a ideia (aprovaram). e) Há de haver outras soluções (hão).
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Assinale a opção incorreta. a) Na juventude tudo são alegrias. b) Os Estados Unidos são um país populoso. c) Convêm descobrir as fórmulas secretas. d) Os Lusíadas são o grande poema épico de Portugal. e) Oitenta por cento dos alunos estão bem preparados.
Português
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Assinale a opção em que a conjugação do verbo HAVER desrespeita a norma culta. a) Mesmo assim, os adultos houveram por bem recomendar cautela a todos. b) Dessa maneira, não haveria arrependimentos nem lamentos. c) Naquela situação de tensão, os garotos se houveram com muita discrição e elegância. d) Todos eles já haviam vivido situações de tensão anteriormente. e) Eles sabiam que deviam haver punições para os que violassem as regras.
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Assinale o item em que há erro de concordância verbal, segundo a norma culta. a) Diríamos que há importantes distinções a fazer entre discurso e história. b) Haveremos de refletir sobre o lugar particular do índio na cultura. c) Os missionários já haviam amansado o índio e o tornado submisso. d) Há vários séculos as línguas indígenas têm tradição apenas oral. e) Devem haver vantagens para o índio no contato com o civilizado.
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b) A catequese, a pacificação torna o índio assimilável e oportunizam o avanço do branco. A catequese, a pacificação tornam o índio assimilável e oportunizam o avanço do branco. c) Na literatura missionária, mais de um relato faz distinção entre índio “civilizado” e índio “selvagem”. Na literatura missionária, mais de um relato fazem distinção entre índio “civilizado” e índio “selvagem”. d) Nem o mulato nem o caboclo perde sua identidade frente ao branco, como acontece com o indígena. Nem o mulato nem o caboclo perdem sua identidade frente ao branco, como acontece com o indígena. e) Muitos de nós brasileiros reconhecem que a concepção de nossa identidade vem do branco europeu. Muitos de nós brasileiros reconhecemos que a concepção de nossa identidade vem do branco europeu.
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Assinale a opção em que um dos pares fere as regras de concordância da norma culta. a) N. Elias é um dos autores que opõe o conceito de civilização ao de cultura para definir o que é nação ocidental. N. Elias é um dos autores que opõem o conceito de civilização ao de cultura para definir o que é nação ocidental. 89
Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal: a) Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram. b) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém foram demitidos. c) José chegou ileso aseu destino, embora houvessem muitas ciladas em seu caminho. d) O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara sua petição. e) Fomos nós quem resolvemos aquela questão.
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c) Não há terremoto na Ásia, rodada de demissões ou pacotaço capazes de (remover/removerem) tamanho otimismo. d) Carla Perez, com outras celebridades da TV, (divide/dividem) hoje com astros do Cinema Novo a “Ilha de Caras”. e) (Persiste/Persistem) atualmente apenas a axé music, o neo-sertanejo e o pagode.
A concordância verbal está correta na opção: a) Quando os telefonemas cessaram, era quase duas horas da manhã. b) Não falta motivos para anúncios exóticos. c) Está sendo esperado, nesta semana, o instrutor e o coordenador do curso. d) Fazem três semanas que compraste o carro e já queres vendê-lo. e) Aparelhos de tevê, gravadores, máquina, tudo estavam à venda.
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A opção em que há erro de concordância verbal, segundo as normas da língua culta, é: a) Descobriram-se muitos inventos novos na última década. b) É preciso que se realizem esforços para se atingir um plano de desenvolvimento integrado. c) Foi necessário que estendesse as providências até alcançar os menos favorecidos. d) Nada se poderia realizar sem que se tomassem novas medidas. e) Desenvolveu-se o novo projeto de que todos estavam necessitados.
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A opção em que apenas uma das formas verbais entre parênteses pode ser empregada, segundo as normas cultas de concordância verbal é: a) Uma lista extensa de manifestações e produtos (gravita/gravitam) em torno de 68. b) Talvez não (haja/hajam) muitas diferenças entre a atual pasteurização do país e a dos anos 60. 90
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Para se atender às normas de concordância, é preciso corrigir a forma verbal sublinhada na frase: a) Não nos parece que sejam irrelevantes quaisquer medidas que visem à preservação de línguas utilizadas pelas minorias. b) Que não se meça esforços para se preservar ou resgatar um fato cultural que ajude a compreender o nosso passado histórico. c) Tem havido muitas pressões para garantir os direitos das minorias, tais como a utilização e a veiculação de línguas que resistem ao desaparecimento. d) As populações a quem interessa preservar seus direitos históricos devem unir-se e mobilizar-se contra medidas autoritárias. e) Caso politicamente não convenha às autoridades do Ministério das Comunicações proibir o programa “Nheengatu”, este será mantido em sua forma original.
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A concordância está feita corretamente em: a) Os poucos anos de escolaridade do trabalhador são insuficientes para um bom uso das inovações tecnológicas.
Português b) O número de postos de trabalho geralmente aumentam quando as empresas elevam a produtividade. c) Os trabalhadores que perdem o emprego pode ser admitido em novos postos, dependendo do nível de escolaridade. d) Existe vários efeitos que é resultante da aplicação da tecnologia, capazes de gerar novos empregos. e) A recuperação de novos postos de trabalho nas empresas são possíveis para candidatos com formação adequada a eles.
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As normas de concordância estão inteiramente respeitadas na frase: a) Muitos julgam imprescindíveis que se consulte os especialistas para que se avalie com precisão os livros de uma velha biblioteca. b) Qualquer um dos que entram desprevenidos numa velha biblioteca podem se defrontar com surpresas de que jamais se esquecerá. c) Mesmo que hajam passado cem anos, as fotos revelam instantâneos de um presente perdido, no qual não se contava com os efeitos do tempo. d) Nada do que se lê nos grandes livros, mesmo quando extinta a época em que foram escritos, parecem envelhecidos para quem os compreende. e) Lá estão, como se fosse hoje, a imagem das jovens e sorridentes senhorinhas daqueles tempos, inteiramente alheias ao passar do tempo.
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O verbo indicado entre parênteses adotará, obrigatoriamente, uma forma no plural, ao se flexionar na seguinte frase: a) À grande maioria dos livros de uma biblioteca _______ (caber) um destino dos mais melancólicos. b) É comum que livros antigos, na perspectiva de um herdeiro pouco afeito às letras, _______ (representar) mais um incômodo do que uma dádiva. c) _______ (costumar) haver muitas surpresas para quem se propõe a vasculhar uma antiga biblioteca. d) Pouca gente, tendo o compromisso de avaliar uma biblioteca, _______ (saber) separar com rigor os livros valiosos dos que não o são. e) _______ (ocorrer) a muitos imaginar que uma velha biblioteca valerá mais pela quantidade do que pela qualidade dos livros.
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A frase em que há pleno atendimento às normas de concordância verbal é: a) Deve espantar-nos que sejam consideradas crimes, na Nigéria, atitudes que, entre nós, são passíveis de uma simples censura moral? b) É possível que venha a ocorrer, imediatamente após o caso de Amina Lawall, julgamentos relativos à mesma infringência das leis muçulmanas. c) Muitos acreditam que não se deveriam admitir, em nome dos direitos humanos, a aplicação da pena máxima contra desvios de ordem moral. d) É polêmica a proposta de que se confira a um tribunal internacional poderes para
intervir em normas jurídico-religiosas estabelecidas em culturas milenares. e) Caberiam aos cidadãos ocidentais, cujas leis se estabeleceram em sua própria tradição cultural, o direito de intervirem nos códigos de outros povos?
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a) Ao percalço que _______ (haver) de enfrentar, responderam os romeiros com um ato de fé. b) Aos romeiros não _______ (convir) dificultar as coisas para a Providência divina. c) Tem gente que só diante dos grandes perigos é que _______ (persignar-se). d) Aqueles a quem não _______ (mover) a fé abalam-se pelo temor. e) Não _______ (queixar-se) das águas fortes quem as cruza com fé maior.
Quanto às normas de concordância verbal, está inteiramente correta a frase: a) Einstein não deseja que se acusem os físicos de se omitirem quanto às suas responsabilidades depois da guerra, para cujo fim deram importante contribuição. b) A todos aqueles que ajudaram a criar a nova e terrível arma devem-se responsabilizar por toda e qualquer omissão diante da construção do futuro da humanidade. c) Não cabem aos físicos, de fato, tomar as medidas que redundem no efetivo controle da utilização da nova arma, o que não significa que eles devam se omitir sobre o assunto. d) Se a quaisquer dos físicos fossem permitido tomar decisões quanto à utilização da nova arma, provavelmente haveria nelas mais sensatez do que nas dos políticos. e) Não se impute aos físicos todas as responsabilidades por alguma desastrosa utilização da nova arma, pois não pertencem a eles as iniciativas políticas.
O verbo indicado entre parênteses deverá se flexionar numa forma do plural para preencher adequadamente a lacuna da frase: 92
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O verbo indicado entre parêntenses deverá se flexionar numa forma do plural para completar corretamente a lacuna da frase: a) Por mais que se _______ (haver) beneficiado com o progresso, os caboclos não deixaram de sofrer algumas de suas desvantagens. b) Em todas as vezes que se _______ (falar) dos benefícios do progresso, costuma-se omitir o quanto ele pode ser prejudicial. c) Até mesmo às fraldas descartáveis _____ (ter) acesso, agora, a mulher que vive em Aracampinas. d) Entre as novidades com que se _______ (entusiasmar) o morador de Aracampinas estão a televisão e o telefone. e) Pouca gente _______ (poder) censurar a atração que têm os moradores pelas novidades que chegaram a Aracampinas.
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A frase que está inteiramente de acordo com as normas da concordância verbal é:
Português
Concordância nominal
a) A corrupção dos povos que saem da infância e da juventude parecem fazer parte do nosso destino histórico, segundo o pessimista Rousseau. b) Constituem os males da humanidade um desafio invencível para qualquer providência de natureza jurídica. c) De acordo com Rousseau, devem-se discriminar o que é a vontade geral, diante do que é a vontade de todos. d) Quanto mais contra-sensos houverem na interpretação de Rousseau, menos compreendido será o filósofo. e) Nas teses de Rousseau, a reforma dos costumes sempre tiveram mais importância do que quaisquer remédios jurídicos.
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Teoricamente, o nome concorda com seu referente em gênero e número. Na prática, devemos tomar cuidado com alguns casos. 1. Adjetivo posposto a substantivos concorda com o núcleo mais próximo ou com o conjunto. Se os substantivos forem antônimos, o adjetivo concorda com o conjunto. Comprei livro e revista nova (ou novos). Sinto por ele amor e ódio eternos. 2.
Adjetivo anteposto a substantivos concorda apenas com o núcleo mais próximo. Comprei novo livro e revista. 3.
Em alguns casos, o adjetivo posposto a substantivos concorda obrigatoriamente com o mais próximo por questões semânticas. Touro e vaca leiteira me agradam. 4.
Em alguns casos, o adjetivo posposto a substantivos concorda obrigatoriamente com o conjunto por questões semânticas. Considero o rapaz e a menina responsáveis.
Para completar corretamente a lacuna da frase, o verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural em: a) Não se _______ (dever) atribuir às ideias de Rousseau qualquer grau de ingenuidade. b) Quando se _______ (administrar) aos males da humanidade apenas um remédio jurídico, os efeitos são insignificantes. c) Nunca _______ (faltar) às teorias de Rousseau a preocupação com o destino dos povos. d) O moralismo e o desejo de justiça social de Rousseau sempre o _______ (estimular) a pensar criticamente. e) Foram muitos os pensadores a quem Rousseau _______ (influenciar) com suas preocupações morais.
5.
Quando o adjetivo anteposto a substantivos se refere obrigatoriamente ao con junto, pode concordar com o núcleo mais próximo (regra geral) ou com o conjunto. Considero responsável (ou responsáveis) o rapaz e a menina. 6. O termo “quite” concorda com o referente. Estou quite. Estamos quites. 7. O termo “leso” concorda com o referente. Crime de lesa-pátria. Crime de leso-patriotismo. 8.
A expressão “um e outro” seguida de substantivo e adjetivo mantém o substantivo no singular e leva o adjetivo para o plural. Um e outro deputado federais saíram. 93
9. “Obrigado” concorda com o referente. Homem diz obrigado, e mulher diz obrigada.
Encontrei processos o mais intrigantes possível. Encontrem-me tão rápido quanto possível.
10. Ostermos “mesmo”, “próprio”, “só”, “junto”, “anexo”,“incluso”,“bastante”e“meio”,quando adjetivos, concordam com o referente. Eles mesmos saíram. Elas mesmas saíram. Nós próprios chegamos. Estou só. Estamos sós. A carta seguiu anexa. O livro seguiu anexo. Comprei bastantes livros. Bebi uma garrafa e meia.
13. Dois ou mais adjetivos podem concordar com um mesmo substantivo. As polícias civil e militar. As bandeiras brasileira e inglesa O primeiro e o segundo grau. O primeiro e segundo graus. Se o artigo aparecer também antes do segundo adjetivo, a concordância será feita assim: A polícia civil e a militar. A bandeira brasileira e a grega. 14. A expressão “adjetivo + de” concorda normalmente com o termo a que se refere. Coitado do rapaz. Coitados dos rapazes.
Observação
As expressões “mesmo”, “só”, “anexo”, “bastante” e “meio” são invariáveis quando advérbios. O juiz determinou mesmo a sentença. Eles só fizeram o trabalho hoje. A prova seguiu em anexo. Os livros seguiram em anexo. Elas estão bastante tristes com o problema. Os funcionários ficaram meio chateados com a demora do pagamento.
15. Adjetivo ou pronome que se refira a substantivos de gêneros diferentes concordará com o masculino. Bruna e Lucas saíram cedo. Eles estão bonitos para a festa.
PRATICANDO
1
11. O predicativo do sujeito fica invariável quando o sujeito não está determinado. Se o sujeito estiver determinado, concorda com ele. Água é bom. A água é boa. É proibido entrada. É proibida a entrada. É necessário reunião. É necessária a reunião. 12. O termo “possível” fica invariável se fizer parte de uma expressão superlativa no singular (o mais, o menos, o pior, o melhor etc.) ou se estiver ao lado de “quanto”. 94
“Ainda é tempo de restaurar e melhorar as instituições e seus serviços em defesa da pró pria sociedade.” O item em que a concordância do termo destacado está correta é: a) Eles próprio fizeram o plano. b) As própria funcionárias desmentiram o Ministro. c) Ela dizia para si própria que não agira bem. d) Nós próprias fizemos a carta, diziam os funcionários. e) Elas própria redigiram o documento.
Português
2
3
4
a) Encontrei _______ as portas e o portão. (abertos, abertas) b) Julguei-as _______ alunas. (melhor, melhores) c) As cartas e os telegramas seguem _______. (anexos, anexas) d) Ganhei _______ livros. (bastante, bastantes) e) Ficarão _______ a tua face e os teus lábios. (rubra, rubros)
A concordância nominal das duas frases está correta em: a) Devemos analisar os defeitos e as virtudes verdadeiras . Devemos analisar os defeitos verdadeiros e as virtudes verdadeiras . b) O pivete não tem ação e julgamento éticos . O pivete não tem julgamento e ação éticas . c) Eram doentias o crime e a brutalidade. O crime e a brutalidade eram doentios . d) A senhora e o adolescente eram violentos . A senhora e a adolescente eram violentos . e) Ele pesquisa o comércio e as finanças brasileiros . Ele pesquisa as finanças e o comércio brasileiras .
Nas alternativas abaixo, a que contém erro no emprego do plural é: a) O governo está estudando novas medidas econômico-financeiras. b) Ao dar prioridade à educação, teremos cidadãos mais conscientes. c) Havia provas bastantes do crime. d) Quaisquer soluções seriam bem recebidas. e) A reunião iria examinar os pró e os contra da questão.
A alternativa em que a lacuna pode ser preenchida, de acordo com a norma culta, por qualquer uma das duas formas nominais indicadas entre parênteses é: 95
5
Só está correta , quanto à concordância, a expressão da alternativa: a) sentimentos anglos-saxões b) conferências latino-americana c) sentimentos anglos-saxão d) civilizações greco-latina e) conferências latino-americanas
6
Há erro de concordância nominal, segundo a norma culta, em: a) Ele pulou longos capítulos e páginas. b) Considerou perigosos o argumento e a decisão. c) Remeto-lhe anexo as duplicatas. d) Bastantes alunos foram aprovados. e) Pedro e Tereza partiram sós.
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d) Ficaram decepcionados a juíza, o padre e o réu. e) A discórdia, por qualquer motivos, é sempre um mal.
“Essas coisas, elementares para quem vive drama judicial, escapam...” Das alterações pro-
cessadas na passagem destacada, a que apresenta erro de concordância nominal é: a) Essas coisas o mais elementares possível escapam. b) Essas coisas as mais possível elementares escapam. c) Essas coisas o quanto possível elementares escapam. d) Essas coisas o quanto elementares possível escapam. e) Essas coisas as mais elementares possíveis escapam.
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“Criou-se entre nós a ideia equivocada de que um homem só está bem vestido quando abafa o corpo com um paletó e aprisiona a garganta com uma gravata, esse indefectível adereço de cores, tamanhos e estampas variados.”
Dentre as alterações processadas na passagem acima, a que não se acha correta é: a) ______ cores, tamanhos e estampas variadas b) ______ tamanhos, estampas e cores variados c) ______ variadas cores, tamanhos e estampas d) ______ variadas tamanhos, cores e estampas e) ______ variados cores, tamanhos e estampas
A concordância nominal está incorreta no exemplo da seguinte alternativa: a) Os acordos lusos-brasileiros ficaram pre judicados depois dos últimos acontecimentos. b) Os governos brasileiro e espanhol concluíram um acordo comercial. c) Tínhamos por ele elevada estima e respeito. d) Envio anexas à carta as declarações de renda. e) Cerveja é bom.
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A única frase em que há erro de concordância nominal na palavra grifada é: a) Essas consultas não ficam baratas. b) As crianças não devem ficar descalças. c) Anexas seguem as informações solicitadas. 96
Assinale a frase em que a concordância nominal está incorreta : a) Ela mesmo, meia desconfiada, agradeceu o prêmio. b) É necessário prudência quando conduzimos veículos c) Descobertas médico-científicas contribuem para o bem da humanidade. d) Compreendidos os problemas mais difíceis, a prova tornou-se fácil. e) Anexo à fotografia estava o bilhete que ela me deixou.
Português
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d) desaparecida, bastante, necessário e) desaparecidos, bastante, necessária
Assinale a alternativa em cuja frase a concordância verbal está incorreta . a) O pessoal, ansioso por melhoria, comemorou as promoções. b) Após o desempate, Antônio ou João conseguirão o primeiro lugar. c) Do centro da cidade até minha casa são seis quilômetros. d) Realizam-se no mesmo dia todas as provas escritas. e) Dois meses foi muito tempo de espera e de estudo.
Quanto à concordância nominal, a única frase certa é: a) Eles mesmo preencherão a declaração de bagagem. b) Seguem anexo as provas do processo. c) Estamos quite com o fisco. d) A mercadoria estava meio escondida. e) É proibido a entrada de frutas cítricas no país.
Anúncios de animais e carteira _______ são _______ frequentes, porém é _______ a oferta de gratificação para que os donos não tenham prejuízo. Assinale o conjunto que completa, corretamente, a frase acima: a) desaparecida, bastantes, necessário b) desaparecidos, bastante, necessário c) desaparecidos, bastantes, necessária 97
15
Há erro de concordância em: a) atos e coisas más b) dificuldades e obstáculo intransponível c) cercas e trilhos abandonados d) fazendas e engenho prósperas e) serraria e estábulo conservados
16
Indique a alternativa em que há erro: a) Os fatos falam por si sós. b) A casa estava meio desleixada. c) Os livros estão custando cada vez mais caro. d) Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis. e) Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça.
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Assinale a frase que encerra um erro de concordância nominal: a) Estavam abandonadas a casa, o templo e a vila. b) Ela chegou com o rosto e as mãos feridas. c) Decorrido um ano e alguns meses, lá voltamos.
d) Decorridos um ano e alguns meses, lá voltamos. e) Ela comprou dois vestidos cinza.
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a) b) c) d) e)
A frase em que a concordância nominal contraria a norma culta é: a) Há gritos e vozes trancados dentro do peito. b) Estão trancados dentro do peito vozes e gritos. c) Mantêm-se trancadas dentro do peito vozes e gritos. d) Trancada dentro do peito permanece uma voz e um grito. e) Conservam-se trancadas dentro do peito uma voz e um grito.
Aponte a alternativa correta: a) Considerou perigosos o argumento e a decisão. b) É um relógio que torna inesquecível todas as horas. c) Já faziam meses que ela não a via. d) Os atentados que houveram deixaram perplexa a população. e) A quem pertence essas canetas?
anexas — possíveis — meio anexas — possível — meio anexo — possíveis — meia anexo — possível — meio anexo — possível — meia
21
Vai _______ à carta minha fotografia. Essas pessoas cometeram crime de _______-patriotismo. Elas _______ não quiseram colaborar. a) incluso — leso — mesmo b) inclusa — leso — mesmas c) inclusa — lesa — mesmas d) incluso — leso — mesmas e) inclusas — lesa — mesmo
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Assinale a alternativa em que há erro de concordância: a) Tinha os olhos e a boca abertos. b) Haviam ratos no porão. c) Tu e ele permanecereis na mesma sala. d) Separamo-nos ela e eu. e) Ouviam-se passos lá fora.
REGÊNCIA
Vão _________ à carta várias fotografias. Paisagens as mais belas _________. Ela estava _________ narcotizada.
Regência é o estudo da relação entre termos sobre a necessidade ou não no uso de preposição. 98
Português
Consistir: VTI com a preposição “em”. Custar: VTI com a preposição “a” (ser custoso, ser difícil); TDI com a preposição “a” (causar). Desobedecer: VTI com a preposição “a”. Dignar-se: VTI com a preposição “de”. Equivalente: regência nominal com a preposição “a” ou “de”. Esquecer: VTD ou VTI com pronome e preposição “de”. Falta: regência nominal com a preposição “a”. Faltar: VTI com a preposição “a” (ausentar-se, inexistir). Impedir: VTDI com dupla regência: algo a alguém ou alguém de algo. Implicar: VTD (acarretar); VTI com a preposição “com” (perturbar). Lembrar: mesma regra de esquecer. Obedecer: VTI com a preposição “a”. Pagar: VTDI com a preposição “a”. Objeto direto é a coisa e objeto indireto é a pessoa. Perdoar: VTDI com a preposição “a”. Objeto direto é a coisa e objeto indireto é a pessoa. Preferência: regência nominal com a preposição “a” ou “por”. Preferir: VTDI com a preposição “a”. Nunca usar “prefiro mais” e prefiro algo do que outra coisa. Preferível: regência nominal com a preposição “a”. Presente: regência nominal com a preposição “a” com nomes abstratos e preposição “em” com nomes concretos. Presidir: VTD ou VTI com a preposição “a”. Prevenir: VTD (evitar); VTDI com a preposição “de” (avisar). Proceder: VTI com a preposição “a” (dar sequência, realizar). Proibir: VTDI com dupla regência: algo a alguém ou alguém de algo. Querer: VTD (desejar); VTI com a preposição “a” (estimar). Renunciar: VTD ou VTI com a preposição “a”. Reparar: VTD (consertar); VTI com as preposições “em” ou “para” (observar).
Algumas vezes, um determinado termo necessita de uma preposição para se unir a outro termo. Outras vezes, a relação ocorre sem tal necessidade. Ela é diferente termo regente
de todos os demais. termo regido
Ele gostava termo regente
de livros dramáticos. termo regido
Principais regências Acostumado: regência nominal com a preposição “a” ou “com”. Agradar: VTD (fazer carinho, presentear); VTI com preposição “a” (satisfazer). Agradecer: VTDI — o objeto direto é sempre coisa, e o indireto é sempre pessoa. Ajudar: VTD ou VTI com a preposição “a”. Ansioso: regência nominal com a preposição “de”, “por” ou “para”. Anuir: VTI com a preposição “a”. Aspirar: VTD (sorver, inspirar); VTI com a preposição “a” (desejar). Assíduo: regência nominal com a preposição “em”. Assistir: VTD (prestar assistência); VTI com a preposição “a” (ver, ter direito); VI (morar). Atenção: regência nominal com a preposição “a” ou “para”. Atender: VTD ou VTI com a preposição “a” para pessoa; VTI com a preposição “a” para coisa. Atingir: VTD (alcançar o alvo). Avisar, certificar, cientificar, informar: VTDI (com dupla regência: algo a alguém ou alguém de algo). Chamar: VTD e VTI com a preposição “a” (considerar); VTD (convocar, fazer vir); VTDI com a preposição “a” no sentido de repreender. Chegar, ir, sair, vir: Intransitivo. Compartilhar: VTD Comunicar: VTDI com a preposição “a”. Consentir: VTI com a preposição “em” (concordar); VTDI com a preposição “a” (permitir). 99
Residente, situado, sito, domiciliado: aceitam a preposição “em”. Responder: VTDI com a preposição “a”. Satisfazer: VTD ou VTI com a preposição “a” (solicitar). Suceder: TI com a preposição “a” (substituir). Sobressair: VTI com preposição “em”. Não é verbo pronominal. Torcer: VTI com a preposição “por”. Visar: VTD (pôr o visto); VTI com a preposição “a” (objetivar).
d) Costumo obedecer a preceitos éticos. e) A enfermeira assistiu irrepreensivelmente o doente.
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Assinale a alternativa em que há erro de regência verbal. a) Os padres das capelas que mais dependiam do dinheiro desfizeram-se em elogios à garota. b) As admoestações que insisti em fazer ao rábula acabaram por não produzir efeito algum. c) Nem sempre o migrante, em cujas faces se refletia a angústia que lhe ia na alma, tinha como resolver a situação. d) Era uma noite calma que as pessoas gostavam, nem fria nem quente demais. e) Nem sempre o migrante, cujas faces refletiam a angústia que lhe ia na alma, tinha como resolver a situação.
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Indique a alternativa correta. a) Sempre pago pontualmente minha secretária. b) Você não lhe viu ontem. c) A sessão fora assistida por todos os críticos. d) Custei dois anos para chegar a doutor. e) O ideal a que visavam os parnasianos era a perfeição estética.
PRATICANDO
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Assinale a alternativa que contém as respostas corretas. I — Visando apenas os seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda uma família. II — Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro. III — Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque, embora fosse tão humilde. IV — Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeitavam a sala, desmaiou. a) II, III, IV b) I, II, III c) I, III, IV d) I, III e) I, II
Assinale o item em que há erro quanto à regência: a) São essas as atitudes de que discordo. b) Há muito já lhe perdoei. c) Informo-lhe de que paguei o colégio. 100
Português
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c) Esta é uma medida que assiste aos moradores da Vila Olímpia. (caber) d) Estudantes brasileiros assistem na Europa, durante um ano. (morar)
Assinale a alternativa que apresenta incorreção quanto à regência: a) Nós nos valemos dos artifícios que dispúnhamos para vencer. b) Ele preferiu pudim a groselha. c) O esporte de que gosto não é praticado no meu colégio. d) Sua beleza lembrava a mãe, quando apenas casada. e) Não digo com quem eu simpatizei, pois não lhe interessa.
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Assinale a alternativa que apresenta um desvio em relação à regência verbal. a) Simpatizei com toda a diretoria e com as novas orientações. b) Há alguns dos novos diretores com os quais não simpatizamos. c) A firma toda não se simpatizou com a nova diretoria. d) Somente o tesoureiro não simpatizou com a nova diretoria.
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Assinale a alternativa em que o significado do verbo apontado entre parênteses não corresponde à sua regência. a) Com sua postura séria, o diretor assistia todos os funcionários dos departamentos da empresa. (ajudar) b) No grande auditório, o público assistiu às apresentações da Orquestra Experimental. (ver)
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Os trechos a seguir constituem um texto. Assinale a opção que apresenta erro de regência. a) Desde abril, já é possível perceber algum decréscimo da atividade econômica, com queda da produção de bens de consumo duráveis, especialmente eletrodomésticos, e do faturamento real do comércio varejista. b) Apesar da queda da inflação em maio, espera-se aceleração no terceiro trimestre, fenômeno igual ao observado nos dois últimos anos, em decorrência da concentração de aumentos dos preços administrados. c) Os principais focos de incerteza em relação às perspectivas para a taxa de inflação nos próximos anos referem-se a evolução do preço internacional do petróleo, o comportamento dos preços administrados domésticos e o ambiente econômico externo. d) Desde maio, porém, entraram em foco outros fatores: o racionamento de energia elétrica, a intensificação da instabilidade política interna e a depreciação acentuada da taxa de câmbio. e) A mais nova fonte de incerteza é o choque derivado da limitação de oferta de energia elétrica no País, pois há grande dificuldade em se avaliar seus efeitos com o grau de precisão desejável.
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d) Trata-se de leis severas _______ muitos democratas irão aspirar. (que) e) Trata-se de leis severas _______ muitos democratas chegarão a antipatizar. (com que)
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das frases a seguir: I — Saíram daqui _______ pouco, mas voltarão daqui _______ pouco, pois moram apenas _______ dois quilômetros de distância. II — _______ foram suas amigas? _______ estarão agora? a) há — a — a — Aonde — Onde b) há — há — à — Onde — Onde c) há — a — a — Aonde — Aonde d) a — a — à — Para onde — Por onde e) a — há — há — Por onde — Aonde
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Escolha a preposição adequada para ligar o termo regido ao regente: a) Estávamos ansiosos _______ ver o jogo. (a) b) Carlos está apto _______ o trabalho. (com) c) Mostrou-se solícita _______ todos os colegas. (por) d) O cantor era procedente _______ Paris. (de) e) Tinha antipatia _______ algumas pessoas. (com)
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Observe as frases a seguir: I — Logo veio a insinuação _______ “algo poderia estar rolando”. II — O jeitinho, a malandragem, a certeza _______ Deus nasceu aqui. III — No dia tinha pressentimento _______ ia vencer a corrida. IV — O Senador lembra-se de pedir-lhe _______ devolvesse o livro. As lacunas devem ser preenchidas por: a) I. que; II. de que; III. que; IV. para que b) I. de que; II. que; III. de que; IV. que c) I. de que; II. de que; III. de que; IV. que
Eis o professor _______ méritos os alunos prestam homenagem. a) cujos os b) em cujos c) cujos d) de cujos e) a cujos
A frase que NÃO se completa adequadamente com a forma entre parênteses está na opção: a) Trata-se de leis severas _______ convém à sociologia do direito investigar. (que) b) Trata-se de leis severas, _______ estudo só pode ser feito por esses sociólogos. (cujo) c) Trata-se de leis severas _______ a sociologia do direito deve cuidar. (de que) 102
Português d) I. que; II. que; III. de que; IV. que e) I. de que; II. de que; III. de que; IV. para que
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d) de cujo; por que; a que; de que; sobre o qual e) de que; a que; de cujo; sobre o qual; por que
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Quanto ao emprego dos pronomes relativos e à regência, julgue os itens: I — Os recursos de que disponho no momento são precários. II — O cavalheiro cujo escritório estivemos é advogado. III — Os elementos que ele conta para elaborar sua tese são muito bons. a) Todas as afirmações estão corretas. b) Apenas I está correta. c) Apenas III está correta. d) Apenas II está correta. e) Todas estão incorretas.
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Quanto à regência, julgue os itens: I — O autor, contra cuja obra todos se manifestaram, concederá entrevista. II — A cidade, cujas estradas os caminhões transitam, está precária. III — O livro, entre cujas páginas deixei aquela fotografia tão querida, desapareceu. a) Todas as afirmações estão corretas. b) Apenas I e III estão corretas. c) Todas estão incorretas. d) Apenas II está correta. e) Apenas II e III estão corretas.
Assinale a alternativa incorreta quanto à regência verbal e/ou nominal. a) Admirou-se de ver o amigo tão desanimado com a gravidade de seus problemas e incapaz de resolvê-los. b) Os assessores pediram ao presidente para que lhes dispensasse mais cedo, porque iriam viajar. c) Ninguém se lembrou de avisá-la de que a reunião tinha sido adiada para a semana seguinte. d) Todos acabaram tendo de auxiliá-lo na execução da tarefa que lhe fora atribuída. e) A quantia de que dispúnhamos não foi suficiente para cobrir algumas despesas.
Assinalar a alternativa que completa corretamente as lacunas das seguintes frases: As flores _______ aroma tanto gosto, são efêmeras. Este foi o motivo _______ não lhe telefonei antes. A pesquisa _______ me refiro foi desenvolvida na Itália. São precários os meios _______ dispomos. Este é um fato _______ não deve haver dúvidas. a) de que; sobre o qual; por que; a que; de cujo b) a que; de que; sobre o qual; de cujo; por que c) por que; de cujo; de que; sobre o qual; a que 103
a) O homem _______ quem conversei há pouco. b) O livro _______ que lhe falei há pouco. c) A criança _______ quem aludi há pouco. d) O tema _______ que escrevi há pouco. e) A fazenda _______ que estive há pouco.
18 Preencha
convenientemente as lacunas das frases seguintes, indicando o conjunto obtido: 1. A planta _______ frutos são venenosos foi derrubada. 2. O estado _______ capital nasci é este. 3. O escritor _______ obra falei morreu ontem. 4. Este é o livro _______ páginas sempre me referi. 5. Este é o homem _______ causa lutei. a) em cuja, cuja, de cuja, a cuja, por cuja b) cujos, em cuja, de cuja, cujas, cuja c) cujos, em cuja, de cuja, a cujas, por cuja d) cujos, cujas, cuja, a cujas, por cuja e) cuja, em cuja, cuja, cujas, cuja
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Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da seguinte frase: “O controle biológico de pragas, _______ o texto faz referência, é certamente o mais eficiente e adequado recurso _______ os lavradores dispõem para proteger a lavoura sem prejudicar o solo.” a) do qual, com que b) de que, que c) que, o qual d) ao qual, cujos e) a que, de que
Assinale a opção em que o verbo exige a mesma preposição que referir-se em “... a boneca de pano a que me referi”: 104
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Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas da frase: “As mulheres, _______ olhos as lágrimas caíam, assistiram a uma cena _______ não gostavam.” a) cujos — que b) em cujos — que c) de cujos — de que d) cujos — de que e) de cujos — que
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Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do período ao lado: “Não nos interessa _______ eles vêm, _______ moram, nem _______ pretendem ir.” a) donde — onde — aonde b) aonde — onde — aonde c) donde — aonde — aonde d) de onde — aonde — onde e) donde — aonde — onde
Português
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O funcionário _______ ele se referiu é pessoa _______ se pode confiar. a) que — da qual b) a que — quem c) a quem — em que d) do qual — que e) o qual — em que
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Assinale a única frase cuja lacuna não deve ser preenchida por um pronome relativo preposicionado: a) O relator da emenda constitucional apresentou proposições _______ todos simpatizavam. b) Recordaram com carinho a ponte _____ trocaram o primeiro beijo. c) Fui ver hoje o filme _______ mais gosto. d) Guimarães Rosa é o escritor brasileiro _______ mais gosto. e) Esta é a região _______ vi ao chegar aqui.
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Preencha as lacunas I — O livro _______ me refiro não está traduzido. II — Os candidatos . _______ cartões foram extraviados, poderão fazer a prova. Os termos que completam, respectivamente, as lacunas das frases acima são: a) que — cujos os b) ao qual — dos quais c) onde — cujos d) a que — cujos e) que — dos quais
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A desigualdade jurídica do feudalismo _______ alude o autor se faz presente ainda hoje nos países _______ terras existe visível descompasso entre a riqueza e a pobreza. Tendo em vista o emprego dos pronomes relativos, completam-se corretamente as lacunas da sentença acima com: a) a qual — cujas b) a que — em cujas c) à qual — em cuja as d) o qual — por cujas e) ao qual — cuja as
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_______ você estima o orçamento _______ solicitei? a) Quanto — em que lhe b) Quanto — por que lhe c) Em quanto — que lhe
O auxiliar judiciário, _______ méritos não se discutem, merece confiança. a) de cujos b) em cujos c) cujos d) cujos os e) por cujos
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d) Em quanto — de que o e) Em quanto — que o
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O que devidamente empregado só não seria regido de preposição na opção: a) O cargo _______ aspiro depende de concurso. b) Eis a razão _______ não compareci. c) Rui é o orador _______ mais admiro. d) O jovem _______ te referiste foi reprovado. e) Ali está o abrigo _______ necessitamos.
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Os encargos _______ nos obrigaram são aqueles _______ o diretor se referia. a) de que — que b) a cujos — cujos c) por que — que d) cujos — cujo e) a que — a que
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c) de que — o qual d) às quais — cujo e) que — em cujo
As mulheres da noite _______ o poeta faz alusão ajudam a colorir Aracaju, _______ coração bate de noite, no silêncio. A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima é: a) as quais — de cujo b) a que — no qual 106
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Alguns demonstram verdadeira aversão _______ exames, porque nunca se empenharam o suficiente _______ utilização do tempo _______ dispunham para o estudo. a) com — pela — de que b) por — com — que c) a — na — que d) com — na — que e) a — na — de que
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Assinale o período em que foi empregado o pronome relativo inadequado: a) O livro a que eu me refiro é Tarde da Noite . b) Ele é uma pessoa de cuja honestidade ninguém duvida. c) O livro em cujos dados nos apoiamos é este. d) A pessoa perante a qual comparecemos foi muito agradável. e) O moço de cujo lhe falei ontem é este.
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Sendo o carnaval uma das festas _____ mais gosto, achei preferível ir ao baile ______ via jar para a praia.
Português a) b) c) d) e)
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que — à que — do que das quais — que de que — a de que — do que
Embora pobre e falto _______ recursos, foi fiel _______ ele, que _______ queria bem com igual constância. a) em — a — o b) em — para — o c) de — para — o d) de — a — lhe e) de — para — lhe
Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas do seguinte período: “Era um tique peculiar _______ cavalariço o de deixar caído, _______ canto da boca, o cachimbo vazio ______ fumo, enquanto alheio _______ tudo e solícito apenas _______ animais, prosseguia _______ seu serviço.” a) ao — ao — de — a — com os — em b) do — no — em — de — dos — para c) para o — no — de — com — pelos — a d) ao — pelo — do — por — sobre — em e) do — para o — no — para — para com os — no
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Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada: O projeto, _______ realização sempre duvidara, exigiria toda a dedicação _______ fosse capaz. a) do qual a, que b) cuja a, da qual c) de cuja, de que d) que sua, de cuja e) cuja, a qual
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Preencha as lacunas I — A arma _______ se feriu desapareceu. II — Estas são as pessoas _______ lhe falei. III — Aqui está a foto _______ me referi. IV — Encontrei um amigo de infância _______ nome não me lembrava. V — Passei por uma fazenda _______ se criavam búfalos. a) que, de que, à que, cujo, que b) com que, que, a que, cujo qual, onde c) com que, das quais, a que, de cujo, onde d) com a qual, de que, que, do qual, onde e) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja
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A frase totalmente correta quanto à regência é: a) A imagem do país como guardião de bens da humanidade pode motivar a população de conservar suas construções. b) O paradeiro daquele específico fóssil provocou-lhe a pôr em discussão a atitude dos museus.
c) O convite aos legítimos herdeiros daquela prática a democratizarem seu saber emocionou-os bastante. d) A ocorrência de delitos ao patrimônio nacional é sempre demonstração da necessidade de maior eficiência. e) A demissão contra funcionários negligentes é atitude saudável, útil quando se tenta pulverizar o comportamento indesejável.
O relatório apresentou informação inadequada, pouca novidade, nomes incompletos. João, Maria, Pedro saíram. 2. Separar o vocativo. Senhor, gostaria de que me visitasse algumas vezes. 3. Separar o aposto explicativo. O São Paulo, o melhor time do Brasil na atualidade, será campeão novamente. Lula, atual presidente do Brasil, estará em Belo Horizonte amanhã. 4.
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Separar palavras ou expressões interpositivas: por exemplo, ou melhor, isto é, por assim dizer etc. Ela precisava de duas cartas, ou melhor, três. Ela não falou, isto é, falou pouco.
É adequado o emprego do elemento destacado na frase: a) O advogado cujo é muito conhecido desenvolverá um tema polêmico. b) É preciso distinguir os bons jornalistas com àqueles que só querem a fama. c) Deverá despertar polêmica a palestra cujo tema dá título ao texto. d) O papel de que a imprensa deve exercer é o de informar com isenção. e) As pessoas cuja a conduta é honesta nada têm a temer.
5. Indicar elipse do verbo. João tem 30 anos; Maria, 26. 6. Separar a localidade da data. Brasília, 16 de janeiro de 2005. 7. Separar a oração adjetiva explicativa. Minha esposa, que é psicóloga, nasceu em Brasília. 8.
Pode ocorrer vírgula antes da conjunção “e” em alguns casos: a) Orações com sujeitos diferentes (facultativo). Josebaldo saiu, e Josebalda leu o livro. b) Ideia adversativa ou conclusiva (indicada). Ela saiu, e já voltou. Ela estudou muito o ano inteiro, e passou em primeiro lugar.
PONTUAÇÃO A pontuação é de fundamental importância no estudo de nosso idioma e em sua expressão adequada. Ela constitui um conjunto de sinais gráficos para facilitar a leitura e compreensão do texto.
c) Polissíndeto (facultativa). E cantava, e pulava, e corria.
Uso da vírgula 1.
d) Para enfatizar o último elemento de uma coordenação. Comprei um livro, uma revista, e um carro.
Separar termos coordenados de uma construção. 108
Português e) Antes de vice-versa. Ele nunca presenteou a esposa, e vice-versa.
12. Separar o autor da obra. Machado de Assis, Dom Casmurro.
f)
13. Destacar palavras ou expressões isoladas. Atitude, não apenas palavras, é o que quero.
Antes das expressões “e nem”, “e nem ao menos”, “e nem sequer”. Ela não sabe falar inglês, e nem sequer bem o português.
14. Separar palavras repetidas. Quero ficar com você juntinho, juntinho.
9. Ideia adversativa, conclusiva ou explicativa. Ela estudou muito, porém não passou. Ela estudou muito, portanto passou. Ela passou no concurso, pois já está trabalhando no órgão público.
15. Separar elementos de um provérbio. Tal pai, tal filho. 16. Após “sim” ou “não” em respostas. Sim, sou feliz.
10. Na ordem indireta, temos as seguintes situações: a) Sujeito ou objeto deslocado não pedem vírgula. Chegou o relatório ontem. É importante que ela volte. Comprou a bola João.
Uso de ponto e vírgula 1.
Quando há omissão da conjunção na ideia adversativa, conclusiva ou explicativa. Minha casa não é grande; a sua casa é imensa. 2.
Quando ocorre descolamento da conjunção na oração coordenada. Minha casa não é grande; a sua casa, porém, é imensa.
b) Se houver pleonasmo representado por nome e pronome, haverá vírgula. O livro, o deputado comprou-o. c) Pode-se colocar uma vírgula com o objeto anteposto. O livro, o deputado comprou.
Pode-se escrever também usando vírgula entre as orações. Minha casa não é grande, a sua casa, porém, é imensa.
d) Predicativo do sujeito deslocado pede vírgula. Paula, bonita, saiu.
3.
Entre orações coordenadas que já possuem vírgula em seu interior. Minha casa não é grande; porém a sua casa, imensa.
e) Adjunto adverbial descolado pede vírgula quando se deseja enfatizá-lo. Orações adverbiais deslocadas sempre terão vírgula. Ontem, ela me trouxe o livro (vírgula facultativa). Quando ela chegou ontem, fiquei feliz (vírgula obrigatória).
Pode-se escrever também usando vírgula entre as orações. Minha casa não é grande, porém a sua casa, imensa. 4. Separar termos coordenados em coluna. A ONU determinou as seguintes ações:
11. Separar os elementos de uma obra. Português Jurídico, 6ª edição, p. 184. 109
a) campanha mundial para arrecadar alimentos; b) participação de todas as nações para arrecadar recursos financeiros; c) envio de médicos voluntários ao local da tragédia.
José de Alencar destacou: “O Brasil é maior do
que todos os problemas”. 2.
Indicar estrangeirismo, arcaísmo, neologismo ou ênfase. Pode-se também usar outro destaque para tais casos (sublinhar, negrito, itálico). Estamos no “hall” do hotel. Ele disse “nonada” para tudo. Ela é “muito” bonita.
5.
Separar orações coordenadas longas ou curtas em trecho longo. “Ser ético é ser íntegro em seus princípios; ser intolerante com corrupção; ser exemplo por meio de sua atitude; ser sábio em suas decisões.”
3. Indicar ironia. A “sabedoria” do rapaz era impressionante.
Uso de dois-pontos 4. Indicar citação de obras. “Memórias Póstumas de Brás Cubas” foi escrito por Machado de Assis.
1. Antes de uma citação direta. Lula finalmente declarou: “Sou corintiano, porém gostaria de torcer pelo São Paulo”.
Travessão
2. Antes ou depois de enumeração. Comprei três coisas: livros, revistas, jornais. Livros, revistas, jornais: tudo o que quero.
1. Introduzir orações de elocução. Vamos! — gritou o general.
3. Antes de ideia explicativa ou conclusiva. Ela estudou, estudou, estudou: passou em primeiro lugar. Ela já saiu: não está aqui. Sei apenas isto: nada sei.
2. Destacar uma palavra ou expressão. Eu só penso em uma pessoa — você.
Aspas
4. Início de diálogo. — Por que você voltou? — perguntou o amigo. — Não sei ainda — respondeu o inseguro rapaz.
3. Substituir as vírgulas em explicação. Brasília — a capital do Brasil — é linda.
1. No início e no fim de transcrição direta. Machado de Assis afirmou: “Tudo acaba”.
5. Indicar os extremos de um percurso. A viagem São Paulo-Porto Alegre foi rápida.
Observação:
Orienta o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa que a pontuação em relação a aspas deve seguir a seguinte regra:
PRATICANDO
1
a) Período iniciado e terminado por aspas mantém o ponto antes das últimas aspas. “O Brasil é maior do que todos os problemas.” b) Período iniciado sem aspas mantém o ponto após as aspas. 110
Assinale a pontuação correta. a) Quando criança, ele sonhava que seria, um homem famoso e reconhecido, no mundo todo. b) Quando, criança, ele sonhava que iria ser um homem famoso, e reconhecido no mundo todo.
Português c) Quando criança, ele sonhava que iria ser um homem famoso e reconhecido no mundo todo. d) Quando criança ele sonhava que, iria ser um homem famoso e, reconhecido no mundo todo. e) Quando criança ele sonhava, que iria ser um homem famoso e, reconhecido no mundo todo.
2
3
Assinale a pontuação correta. a) É agradável estar deitado numa rede, à noite sozinho, a olhar, a marcha das estrelas. b) É agradável, estar deitado numa rede à noite sozinho, a olhar a marcha, das estrelas. c) É agradável estar deitado numa rede, à noite sozinho, a olhar a marcha das estrelas. d) É, agradável, estar deitado numa rede à noite, sozinho, a olhar, a marcha das estrelas. e) É, agradável estar deitado numa rede, à noite, sozinho, a olhar, a marcha das estrelas.
Sobre a pontuação do período “A menina, conforme as ordens recebidas, estudou”, é correto afirmar que: a) Há erro na colocação das vírgulas. b) A primeira vírgula deve ser omitida. c) A segunda vírgula deve ser omitida. d) A forma de colocação das vírgulas está correta. e) Deve-se omitir a pontuação.
111
4
Em que período a vírgula foi empregada para separar oração adverbial que inicia período? a) “Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada”. b) “Se a manhã seguinte não fosse chuvosa, outra seria a disposição de Sofia”. c) “No quarto de vestir, Sofia levantou o pé e mostrou ao marido o joelho pisado”. d) Amanhã, voltarei cedo. e) Logo ela, logo ela.
5
No período “A mim parece, disse o alienista, que os loucos têm raros momentos de lucidez”, o emprego de vírgulas justifica-se porque: a) Estas separam orações coordenadas assindéticas. b) Trata-se de aposto e elas se isolam. c) Separam uma expressão explicativa. d) Separam uma oração intercalada. e) Foi propositadamente cometido erro de divisão de frase, visando a dar estilo pessoal.
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“Sentiu o comportamento de Julieta (1) analisou-o (2) viu suas reações diante de cada farda (3) e compreendeu que ninguém lhe provocava maior emoção que um marinheiro.” No período, as vírgulas são obrigatórias nos parênteses de número(s): a) 1 b) 1 e 2 c) 1, 2 e 3
d) 2 e) 2 e 3
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pode-se assegurar que a guerra está concluída. e) Creio, porém, que ainda admitidas as exagerações do “jornal do Comércio” pode-se assegurar que a guerra está concluída.
Das seguintes redações abaixo, assinale a que não está pontuada corretamente. a) Os meninos, inquietos, esperavam o resultado do pedido. b) Inquietos, os meninos esperavam o resultado do pedido. c) Os meninos esperavam, inquietos, o resultado do pedido. d) Os meninos inquietos esperavam o resultado do pedido. e) Os meninos, esperavam inquietos, o resultado do pedido.
Assinale a alternativa que apresenta o período devidamente pontuado. a) Creio, porém, que, ainda admitidas as exagerações do “jornal do Comércio”, pode-se assegurar que a guerra está concluída. b) Creio porém, que ainda admitidas as exagerações do “jornal do Comércio”; pode-se assegurar que a guerra está concluída. c) Creio, porém, que ainda admitidas as exagerações do “jornal do Comércio, pode-se assegurar que a guerra está concluída. d) Creio porém que, ainda admitidas as exagerações do “jornal do Comercio”, 112
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Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta. a) O sinal, estava fechado; os carros, porém não pararam. b) O sinal, estava fechado: os carros porém, não pararam. c) O sinal estava fechado; os carros porém, não pararam. d) O sinal estava fechado: os carros porém não pararam. e) O sinal estava fechado; os carros, porém, não pararam.
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“Estes os meus verdadeiros rendimentos, (1) senhor; (2) salários e dividendos não computados na declaração. (3) Agora estou confortado porque confessei; (4) inventei depressa uma rubrica para incluir esses lucros e taxe-me sem piedade. (5) Multe, se for o caso; pagarei feliz. Atenciosas saudações.” Estão numerados cinco sinais de pontuação. Assinale a opção contendo o número do sinal que permite, gramaticalmente, sua substituição por dois-pontos.
Português a) b) c) d) e)
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(1) (2) (3) (4) (5)
“Considerando as razões apresentadas, penso, que a solicitação será deferida.” No texto, uma das vírgulas separa erradamente: a) a oração principal e a oração subordinada substantiva objetiva direta. b) o sujeito e o objeto indireto. c) o predicado e a oração subordinada substantiva objetiva indireta. d) o predicativo do sujeito e o gerúndio. e) a oração subordinada adverbial causal e a oração principal.
“O homem, pássaro e lesma, oscila entre o desejo de voar e o desejo de arrastar”; empregou-se a vírgula a) por tratar-se de antítese. b) para separ aposto. c) para separa uma oração adjetiva de valor restritivo. d) para separar vocativo. e) para indicar a elipse de um termo.
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Assinale a alternativa em que o texto está corretamente pontuado. a) Eram frustradas, insatisfeitas; além disso, seus conhecimentos eram duvidosos. b) Eram frustradas; insatisfeitas, além disso seus conhecimentos eram duvidosos. c) Eram frustradas, insatisfeitas, além disso, seus conhecimentos eram duvidosos. d) Eram frustradas, insatisfeitas, além disso seus conhecimentos eram duvidosos. e) Eram frustradas insatisfeitas; além disso seus conhecimentos eram duvidosos.
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Assinale a pontuação correta. a) A lua, surgiu brilhante, mas, ele não pôde vê-la pois havia adormecido. b) A lua surgiu brilhante, mas ele não pôde vê-la, pois havia adormecido. c) A lua surgiu, brilhante mas, ele, não pôde vê-la pois, havia adormecido. d) A lua surgiu, brilhante mas, ele, não pôde vê-la pois havia, adormecido. e) A lua surgiu, brilhante, mas ele não pôde vê-la, pois havia, adormecido.
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O uso dos dois-pontos procede em todas as opções, exceto em: a) Fiquem calmos: ainda há muitas outras oportunidades para todos. b) São palavras de Albert Einstein: “O homem está aqui para o bem do homem”. c) Para vencer é necessário somente isto: competência e esforço.
d) Eis os principais problemas nacionais: desnutrição, analfabetismo e má distribuição da renda. e) Uns assistem às aulas atenciosamente: outros, com total desinteresse.
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A alternativa em que há erro no uso da vírgula é: a) Fui à Faculdade, não o encontrei, porém. b) Depois falaram, o professor, os pais, os alunos e o diretor. c) No dia 15 de novembro, feriado nacional, foi proclamada a República. d) Pelé, o atleta do século, está preocupado com a violência dos estádios. e) Chirac, que é Presidente da França, ainda não suspendeu as experiências nucleares.
Assinale o período de pontuação correta. a) De que se queixa, se sua vida parece um mar de rosas? b) De que, se queixa, se sua vida parece um mar de rosas? c) De que se queixa se, sua vida, parece um mar de rosas? d) De que, se queixa, se sua vida parece, um mar de rosas? e) De que se queixa se sua vida, parece: um mar de rosas!
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“Uma ordem, um estatuto pairava sobre os destroços...” A vírgula foi empregada para separar. a) o adjunto adverbial antecipado b) orações de mesmo valor sintático c) termos de mesmo valor sintático d) orações de valor sintático diferente e) termos de valor sintático diferente
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Assinale a pontuação correta. a) Não há duvida, de que a passagem do real para o imaginário, nasce da tendência para a fantasia, e para o mistério. b) Não há duvida de que a passagem do real para o imaginário nasce da tendência para a fantasia e para o mistério. c) Não há duvida de que a passagem, do real para o imaginário, nasce da tendência, para a fantasia e para o mistério. d) Não há duvida, de que a passagem do real, para o imaginário, nasce da tendência para a fantasia, e para o mistério. e) Não há duvida de que a passagem do real para o imaginário nasce, da tendência, para a fantasia e para o mistério.
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Assinale a alternativa que contenha emprego incorreto da vírgula. a) Arrumou as malas, saiu, lançou-se na vida. b) Os visados éramos nós, e eles foram violentamente torturados. c) Eu contesto, a justiça que mata.
Português d) Preciso ouvir, disse o velho ao menino, a causa desse ressentimento. e) O período consta de dez orações, porque esse é o numero exato de verbos.
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por vírgulas, a coerência do texto fica prejudicada. e) Os parênteses que isolam a expressão “denominado sobras” (terceiro período) podem, sem prejuízo para o texto, ser substituídos por travessões ou por vírgulas.
Em relação ao emprego dos sinais de pontuação no texto abaixo, assinale a opção correta. O modo solidário de produção e distribuição parece à primeira vista um híbrido entre o capitalismo e a pequena produção de mercadorias. Mas, na realidade, ele constitui uma síntese que supera ambos. A unidade típica da economia solidária é a cooperativa de produção, cujos princípios organizativos são: posse coletiva dos meios de produção pelas pessoas que as utilizam para produzir; gestão democrática da empresa ou por participação direta (quando o número de cooperadores não é demasiado) ou por representação; repartição da receita líquida entre os cooperadores por critérios aprovados após discussões e negociações entre todos; destinação do excedente anual (denominado sobras) também por critérios acertados entre todos os cooperadores. A cota básica do capital de cada cooperador não é remunerada, somas adicionais emprestadas à cooperativa proporcionam a menor taxa de juros do mercado (Paul Singer). a) Se a expressão “à primeira vista”(primeiro período) estivesse entre vírgulas, o período ficaria gramaticalmente prejudicado. b) O sinal de dois-pontos (terceiro período) justifica-se por anteceder citação de depoimento alheio ao autor do texto. c) As três ocorrências do sinal de ponto e vírgula (terceiro período) têm justificativas gramaticais diferentes. d) Se o emprego dos primeiros parênteses (terceiro período) for substituído
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Em relação ao texto, assinale a opção incorreta . Ao contrário da generalização teórica de que mercados tendem a um equilíbrio entre procura e oferta, a partir do qual todos os agentes teriam apenas de reiterar a mesma conduta para continuar participando da divisão social do trabalho, a realidade histórica indica que os mercados apenas passam de um desequilíbrio a outro, em função de fatores naturais e sociais — quantidades de chuva e sol, guerras, expedições, invenções etc. — que afetam a posição relativa de cada agente, beneficiando alguns e arruinando outros (Paul Singer). a) A expressão “do qual” está sintaticamente articulada e refere-se a “contrário”. b) A palavra “reiterar” está sendo empregada com o sentido equivalente ao de iterar. c) A preposição “a” em “a outro” pode ser, sem prejuízo para a correção do período, substituída pela preposição para. d) Os travessões que isolam exemplos no texto podem ser substituídos por parênteses sem alterar a coerência e a correção do período. e) Após o segundo travessão, inicia-se uma oração de caráter restritivo.
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pre ser donos de mais alguma coisa, o que nos leva a crer que, os que são donos de todas as coisas são os “Donos do Brasil”. c) O que também leva a maioria das pessoas, seja por inveja, seja por uma sensação de in justiça, a hostilizar os empresários, os banqueiros, os fazendeiros, os ricos, os herdeiros, os que são donos das coisas, enfim. d) Curiosamente, essa mesma hostilidade, não ocorre em relação aos que são donos de um talento qualquer, como compor música ou jogar futebol, embora não raro esses “artistas” possam ser donos de mais coisas do que os que são hostilizados como proprietários. e) Talvez seja porque todos nós podemos aspirar a vir a ter aquilo que, os sem um talento explícito, conseguiram ter, e certamente, nenhum de nós imaginaria ser possível vir a ter o talento de um Chico Buarque ou de um Ronaldinho.
Assinale a opção incorreta quanto ao emprego dos sinais de pontuação. a) O governo conseguiu uma vitória importante na área dos acidentes de trabalho: o Programa Nacional de Redução dos Acidentes Fatais do Trabalho reduziu em 34,27% o número de mortes entre 1999 e 2001. b) Os ministros comemoraram a redução que só foi possível, devido à ação integrada desenvolvida pelo governo, e amparada no engajamento de toda a sociedade. c) O governo continuará agindo para reduzir ainda mais o número de acidentes e de mortes. Um decreto já encaminhado para exame do Presidente da República, por exemplo, reclassifica os 593 setores da economia de acordo com o grau de risco que oferecem aos trabalhadores. d) Hoje, as empresas contribuem com alíquotas de 1% a 3% sobre a folha de salários para o custeio do acidente de trabalho, de acordo com a atividade que desenvolvem. e) Ao analisar os dados dos últimos quatro anos, a Previdência constatou que muitos segmentos estão classificados erradamente, ou seja, são responsáveis por um grande número de acidentes, mas estão listados, por exemplo, na área de menor risco, com alíquota mínima.
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Marque o segmento do texto transcrito com total correção das regras de pontuação. a) É crença geral, que os donos do Brasil são aqueles que são donos de alguma coisa: donos de casas, apartamentos, empresas, fazendas, títulos, ações etc. b) É compreensível que assim seja porque todos nós, seres humanos queremos sem116
Marque o segmento do texto transcrito com total correção das regras de pontuação. a) Sabem quais as duas palavrinhas mais proferidas entre economistas e empresários hoje em dia? Volatilidade e instabilidade. b) A impressão que tenho é que estamos todos à espera de tal estabilidade para, aí sim podermos agir e fazer acontecer. c) Acontece que, ninguém sabe, exatamente, o que é estabilidade nos dias de hoje. d) Alguém arrisca um palpite de quando irá acabar, ou pelo menos diminuir, a crise Argentina? Ou ainda, quando teremos paz no Oriente Médio? e) Ninguém sabe. E, quando temos indícios, que nos levam a acreditar que teremos
Português maior estabilidade mundial surgem outros acontecimentos como o atentado terrorista em 11 de setembro.
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porque vão receber uma consultoria que indicará as medidas para melhorar a produção, de forma a permitir que futuramente recebam o selo de qualidade. c) A premiação permite, que as empresas utilizem os produtos selecionados em ações promocionais, colaborando com o aumento das exportações brasileiras. As empresas selecionadas receberão um diploma e um troféu na cerimônia. d) O projeto tem como objetivo — além de destacar a qualidade e o nível de competitividade internacional do produto brasileiro, dar oportunidade de melhoria dos processos e produtos para as empresas brasileiras, que já exportam ou pretendem exportar. e) O “Brasil Premium” faz parte do Programa de Promoção Comercial do Brasil no exterior: lançado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Até o final de agosto, estarão abertas as inscrições, para o ciclo de premiação de 2003. A expectativa é que aumente o número de produtos premiados.
Marque o segmento transcrito com erro de pontuação. a) Amélia, a mulher de verdade, morava num subúrbio do Rio de Janeiro e sustentava sozinha oito filhos, trabalhando como lavadeira. b) Mário Lago nem chegou a conhecê-la. c) Na verdade, ouvir falar dela na casa de Aracy de Almeida. d) Almeidinha, irmão da cantora gostava de falar numa tal Amélia, que “lavava, passava e chuleava...”. e) Um dia, Mário ouviu e pensou: “Isso dá samba”. Deu mesmo. Ai que saudade da Amélia nasceu em 1942 de uma parceria com o compositor Ataulfo Alves e tornou-se a composição mais conhecida de Mário Lago.
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Assinale a opção em que o trecho apresenta pontuação correta. a) Foi realizada pelo Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior, a cerimônia de premiação do “Brasil Premium”. Dez empresas tiveram seus produtos selecionados pelo concurso, que tem o objetivo de promover o produto nacional no mercado externo. b) As empresas cujos produtos não foram classificados também serão beneficiadas, 117
Em relação ao uso dos sinais de pontuação, assinale o trecho correto. a) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, mediante ações que previnam riscos e corrijam os desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. b) Como premissas básicas das ações, preconizadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal destacam-se: o planejamento, o controle, a transparência e a responsabilização. c) A Secretaria do Tesouro Nacional tem, entre suas competências as atribuições de
normatizar o processo, de registro contábil dos atos e fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e das entidades da Administração Pública Federal. d) É também, a Secretaria do Tesouro Nacional que vai consolidar os Balanços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e ainda, promover a integração com as demais esferas de governo em assuntos de administração financeira e contábil. e) A LRF cria condições para a implantação de uma nova cultura gerencial na gestão dos recursos públicos e, incentiva o exercício pleno da cidadania, especialmente no que pertine à participação do contribuinte, no processo de acompanhamento da aplicação dos recursos e de avaliação dos seus resultados.
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ria interessante a atuação permanente do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Está inteiramente correta a pontuação da seguinte frase adaptada do texto: a) Na chapada do Araripe, com seus 9000 km2, a fiscalização dos fósseis está a cargo única e exclusivamente, de dois geólogos. b) Uma boa maneira de destruir as formas, que poderiam ser úteis para o desenvolvimento da ciência, é deixá-las fora do controle, de especialistas. c) Considerando o que ocorre no Brasil — merece destaque, o descaso com as obras do Aleijadinho; elas estão se esfacelando, ao sabor de intempéries. d) A verdade, é que: todo patrimônio, não só na área paleontológica, deveria merecer zelo e permanente. e) Diante de um fóssil, a preocupação é com o valor científico do achado, por isso se118
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A pontuação está totalmente correta na frase: a) Alterações — em qualquer campo do conhecimento — podem ser: bem-vindas, desde que não impliquem, perdas. b) Alterações em qualquer campo do conhecimento, podem ser bem-vindas desde que não impliquem perdas. c) Alterações, em qualquer campo do conhecimento, podem ser bem-vindas, desde que não impliquem perdas. d) Alterações em qualquer campo do conhecimento podem ser bem-vindas, desde que: não impliquem perdas. e) Alterações, em qualquer campo do conhecimento podem ser bem-vindas desde que, não impliquem perdas.
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Assinale a opção correta em relação à pontuação: a) Precisando de meu auxílio por favor não hesite em chamar-me. b) Precisando, de meu auxílio, por favor não hesite em chamar-me. c) Precisando de meu auxílio, por favor, não hesite em chamar-me. d) Precisando de meu auxílio por favor não hesite, em chamar-me. e) Precisando, de meu auxílio por favor, não hesite, em chamar-me.
Português
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d) Matias cônego honorário e pregador efetivo, estava compondo um sermão, quando começou, o idílio psíquico. e) Matias, cônego honorário e, pregador efetivo, estava compondo um sermão quando começou o idílio psíquico.
Assinale a opção correta em relação à pontuação: a) Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. b) Cada qual, tem o ar que Deus, lhe deu. c) Cada qual, tem o ar, que Deus lhe deu. d) Cada qual tem o ar, que Deus, lhe deu. e) Cada qual tem, o ar que Deus lhe deu.
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Assinale a opção correta em relação à pontuação: a) Apesar de toda a atenção o fato passou despercebido a todos. b) Apesar de, toda a atenção, o fato, passou despercebido a todos. c) Apesar de, toda a atenção o fato passou, despercebido a todos. d) Apesar de toda a atenção o fato, passou despercebido, a todos. e) Apesar de toda a atenção, o fato passou despercebido a todos.
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Assinale a alternativa em que o texto está pontuado corretamente : a) Matias, cônego honorário e pregador efetivo, estava compondo um sermão quando começou o idílio psíquico. b) Matias cônego honorário, e pregador efetivo estava compondo um sermão quando começou o idílio psíquico. c) Matias, cônego honorário e pregador efetivo, estava compondo um sermão, quando começou o idílio psíquico. 119
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Assinale o período que está pontuado corretamente : a) Solicitamos aos candidatos que respondam às perguntas a seguir, importantes para efeito de pesquisas relativas aos vestibulares. b) Solicitamos aos candidatos, que respondam, às perguntas a seguir importantes para efeito de pesquisas relativas aos vestibulares. c) Solicitamos aos candidatos, que respondam às perguntas, a seguir importantes para efeito de pesquisas relativas aos vestibulares. d) Solicitamos, aos candidatos que respondam às perguntas a seguir importantes para efeito de pesquisas relativas aos vestibulares. e) Solicitamos aos candidatos, que respondam às perguntas, a seguir, importantes para efeito de pesquisas relativas aos vestibulares.
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Assinale a correta : a) O fogo, está apagado; defendeu-se a moça; mas, o almoço está pronto.
b) O fogo está apagado, defendeu-se a moça. Mas, o almoço, está pronto. c) O fogo está apagado... defendeu-se, a moça; mas o almoço está pronto. d) O fogo está apagado? Defendeu-se a moça. Mas o almoço, está pronto. e) O fogo está apagado — defendeu-se a moça. Mas o almoço está pronto.
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Assinale a opção correta em relação à pontuação: a) Quem foi, que me disse, que o Pedro estava à procura, de uma gramática de alemão? b) Quem foi que, me disse, que o Pedro, estava à procura de uma gramática, de alemão? c) Quem foi que, me disse que o Pedro estava à procura de uma gramática de alemão? d) Quem foi que me disse que o Pedro estava à procura de uma gramática de alemão? e) Quem foi, que me disse que o Pedro, estava à procura de uma gramática, de alemão?
Assinale a opção correta em relação à pontuação: a) Cada qual, busca a salvar-se, a si próprio. b) Cada qual busca, a salvar-se a si próprio. c) Cada qual, busca a salvar-se a si, próprio. d) Cada qual busca, a salvar-se, a si próprio. e) Cada qual busca a salvar-se a si próprio.
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Assinale a opção correta em relação à pontuação: a) Justamente no momento em que as coisas iam melhorar, ele pôs tudo a perder. b) Justamente no momento em que as coisas iam melhorar, ele pôs tudo, a perder. c) Justamente, no momento, em que as coisas iam melhorar, ele pôs tudo a perder. d) Justamente no momento, em que as coisas iam melhorar, ele pôs tudo, a perder. e) Justamente, no momento em que as coisas iam melhorar ele pôs tudo, a perder.
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Assinale a opção correta em relação à pontuação: a) Prezados colegas deixemos agora a boa conversa, de lado! b) Prezados colegas deixemos agora, a boa conversa de lado! c) Prezados colegas, deixemos agora, a boa conversa de lado! d) Prezados colegas deixemos agora a boa conversa de lado! e) Prezados colegas, deixemos agora a boa conversa de lado!
Capítulo
IV Semântica e Ortografia
Semântica é o estudo do sentido das palavras. Alguns tópicos relevantes no estudo da semântica são: — Sinonímia: relação de significados iguais ou semelhantes entre termos de nosso idioma: próximo e perto; bonito e lindo, cômico e engraçado. Dentro de uma contexto, deve-se observar se a alteração de vocábulos altera ou não o sentido do texto original. — Antonímia: relação de significados opostos, contrários: perto e longe; bonito e feio; bom e ruim. — Homonímia: palavras que possuem som e(ou) grafia idênticos As palavras homônimas se dividem em: 1. Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) — gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) — conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar). 2. Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) — sela (verbo) / cessão (substantivo) — sessão (substantivo) / cerrar (verbo) — serrar ( verbo). 3. Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) — cura
(substantivo) / verão (verbo) — verão (substantivo) / cedo (verbo) — cedo (advérbio).
— Paronímia: palavras parecidas, mas com significados diferentes: absolver e absorver; comprimento e cumprimento; despercebido (não notado) e desapercebido (desacautelado); descrição e discrição. — Polissemia: palavras que possem diferentes significados dependendo do contexto: manga, vara, carteira. — Denotação: palavra empregada em seu sentido de dicionário: comprei uma joia para minha namorada. — Conotação: palavra empregada em sentido figurado: você é joia. — Neologismo: palavras novas na língua: mensalão, valerioduto, sexonhei. — Arcaísmo: palavras em desuso na língua.
Dúvidas comuns A cerca de / acerca de / há cerca de A cerca de significa a uma distância de : Belo Horizonte fica a cerca de setecentos quilômetros de Brasília. Acerca de significa sobre , a respeito de : Falavam acerca do processo.
Há cerca de significa faz aproximadamente : Há cerca de duas semanas, o processo foi protocolado.
Abaixo-assinado / abaixo assinado Abaixo-assinado refere-se a documento particular assinado por várias pessoas, contendo reivindicação, pedido, manifestação de protesto ou de solidariedade: Sugeriu um abaixo-assinado para solicitar a permanência do diretor no cargo. Abaixo assinado refere-se a pessoa que assina abaixo: O candidato, abaixo assinado, requer...
A fim de / afim de A fim de é locução prepositiva. Indica finalidade e equivale a para : Estamos aqui a fim de trabalhar. Afim/afins são adjetivos e referem-se ao que apresenta afinidade, parentesco: Ele se tornou inelegível por ser parente afim do prefeito.
Ao encontro de / de encontro a Ao encontro de significa em busca de , em favor de , encontrar-se com , corresponder ao desejo de : Houve entendimento, pois a opinião da maior parte dos estudantes ia ao encontro das propostas da direção. De encontro a significa oposição , contra , em contradição : Houve divergência, pois a opinião da maior parte dos estudantes ia de encontro às propostas da direção.
À medida que / na medida em que À medida que é locução proporcional e significa à proporção que , ao passo que , conforme : A opinião popular mudava à medida que se aproximava a eleição. Na medida em que é locução causal e significa porque , porquanto , uma vez que , pelo fato de que : Na medida em que foi constatada a sua inconstitucionalidade, o projeto foi arquivado. São incorretas as formas à medida em que e na medida que .
Ao invés de / em vez de Ao invés de significa ao contrário de e encerra a ideia de oposição: Os juros, ao invés de baixarem, sobem. Em vez de significa em lugar de , ao contrário de : Estudou Direito Penal em vez de Direito Constitucional. Em caso de dúvida, use em vez de.
A partir de Emprega-se no sentido de a começar , a datar de : Esta lei entra em vigor a partir da data de sua publicação. No sentido de com base em, prefira considerando, baseando-se em, tomando-se por base: Os estudos foram feitos considerando as leis vigentes.
Ao nível de / em nível (de) No sentido de nessa instância , usa-se em nível (de): Isto ocorreu em nível ministerial ou em nível de ministério. Ao nível de é usado no sentido de à mesma altura : A cidade de Santos está ao nível do mar. A expressão a nível de constitui modismo e não deve ser usada.
A princípio / em princípio A princípio tem o sentido de “inicialmente”, “no começo”. Em princípio tem o sentido de “em tese”, “teoricamente”. A princípio não gostei da cidade, porém com o tempo passei a me adaptar muito bem. Ela a princípio não gostava do namorado. O campeonato ainda não terminou. Em princípio o São Paulo será campeão novamente. A princípio, ele agiu sem maldade. = No início, ele agiu sem maldade. Em princípio, ele agiu sem maldade. = Teoricamente, ele agiu sem maldade.
Através de / por meio de No sentido de meio ou instrumento , use por, mediante, por meio de, por intermédio de: O réu pronunciou-se por meio de advogado. A locução prepositiva através de deve ser usada como significado de um lado para outro , de lado a lado , por entre , no decurso de : Via as pessoas na rua através da janela. 122
Português
Demais / de mais Demais é advérbio e significa em demasia ou excesso : Trabalhou demais. Está bom demais. Pode ser ainda pronome indefinido: Os demais permaneceram sentados. De mais opõe-se a de menos : Ganhou dinheiro de mais. Demais pode também ser conjunção explicativa e significa além disso . Nesse sentido também se empregam as formas ademais, ao demais, de mais a mais e demais disso: Demais disso, espera-se o uso correto da urna eletrônica.
b) à medida que , à proporção que : Enquanto se apuravam os votos, a vitória ficava mais certa; c) ao passo que : Você se saiu bem nos exames, enquanto eu me saí mal. O emprego da partícula que seguida à conjunção enquanto torna-se excessivo, por isso deve ser evitado.
Face a / em face de A expressão face a, embora muito comum, não é dicionarizada. Assim sendo, empregue em face de, que significa perante , defronte , em frente de , diante de , em virtude de : Adoto este parecer em face da jurisprudência. Não se admite também o emprego da expressão em face a , entretanto existe fazer face a , significando opor-se , custear , suprir : Trabalhou muito para fazer face às despesas do curso.
Dentre / entre Dentre é a combinação das preposições de e entre e significa do meio de . Emprega-se quando há exigência das duas preposições, o que ocorre com verbos como tirar , sair , surgir : Dentre os processos, tirou apenas um. Dentre os candidatos, saiu vitorioso o mais comunicativo. Mais uma irregularidade surgiu dentre as inúmeras já constatadas. Nos demais casos, empregue entre: Entre as autoridades estava o presidente da República. Ele é o mais carismático entre os líderes.
Há / a Há (verbo haver) significa existir , fazer (= tempo decorrido), realizar-se , acontecer : Voto em Brasília há (faz) dois anos. Há (existem) muitos eleitores nesta seção eleitoral. Há (realizam-se) reuniões semanais. A é preposição: Daqui a dois meses encerra-se o prazo para as inscrições.
Dia a dia Apresenta, com o novo Acordo, tanto o sentido de sucessão de dias , cotidiano quanto o de um dia após o outro . Assim, não existe mais em nosso idioma “dia-a-dia”. Observe os exemplos: O meu dia a dia é cansativo. Dia a dia começo a entender a situação.
Haja vista A expressão haja vista é invariável e significa veja : Haja vista os exemplos já mencionados. Insipiente / incipiente Insipiente significa ignorante , insensato , imprudente : O homem insipiente não conhece os seus próprios direitos. Incipiente significa que está no começo , princi piante : Lançada a semente, a terra revolvida facilita a vida incipiente das plantas.
Eminente/iminente Eminente significa elevado , nobre , sublime : O eminente líder apresentou sua defesa. Iminente significa próximo , imediato : O perigo era iminente e inevitável. Enquanto Emprega-se a conjunção enquanto nos seguintes sentidos: a) quando , no tempo em que , durante o tempo que : Permaneci naquele emprego enquanto era útil à empresa;
Junto a A locução junto a deve ser empregada no sentido de ao lado de , perto de , adido a : O segurança posicionou-se junto ao réu. O embaixador brasileiro junto a Portugal será homenageado. Nos demais 123
empregos, usa-se a preposição que o verbo pedir: O sindicato mantém as negociações com (e não junto a) a diretoria. Solicitou providências do (e não junto ao) ministério. Entrou com recurso no (e não junto ao) TSE.
b) Vou ao gabinete do chefe e com o mesmo tratarei desse assunto (neste caso, substitua o mesmo por ele). c) O processo foi analisado por dois juristas e os mesmos conhecem profundamente o assunto (neste caso, substitua e os mesmos por que ). ).
Mais bem / mais mal Empregam-se as formas mais bem e mais mal antes de particípio: O processo estava mais bem instruído do que se esperava. Este parecer está mais mal redigido que o outro. Melhor e pior empregam-se como formas comparativas dos advérbios bem e mal e dos adjetivos bom e mau : Escreve melhor (advérbio) do que fala. O melhor (adjetivo) currículo será escolhido.
Onde / aonde / donde Onde, como advérbio interrogativo, significa em que lugar , em qual lugar . Usa-se em referência a situação estática: O eleitor vota onde? O eleitor vota na zona eleitoral. Aonde (a + onde) significa a que lugar , lugar a que ou ao qual . Usa-se em referência a situação dinâmica e com verbos que pedem a preposição a , como ir a , chegar a : Ele foi aonde? Ele foi ao tribunal. Donde (de + onde) significa de qual lugar , de que lugar , daí . É usado para indicar situações de procedência, origem, causa, conclusão. A forma de onde também é correta: As reclamações vieram donde? (ou de onde?)
Mandato / mandado Mandato significa procuração , delegação , missão , ordem de superior para inferior , poderes políticos outorgados pelo povo a alguém para governar nação, estado ou município ou representá-lo no Legislativo :
O deputado não concluiu o seu mandato. Mandado, como substantivo, quer dizer incumbência , mandamento , ordem emanada de autoridade judicial ou administrativa : O oficial de justiça apresentou-lhe o mandado de prisão.
Por que / por quê / porque / porquê 1. Emprega-se por que: a) em frases interrogativas diretas e indiretas, pois o que é pronome interrogativo equivalente a qual , qual razão , qual motivo e flexões: Por que (por qual) maneira o identificaram? Por que (por qual) motivo não houve votação?; b) quando equivale a pelo qual e suas variações: Esse é o motivo por que (pelo qual) foi advertido. Desconhecemos as razões por que (pelas quais) o processo foi arquivado; c) em construções em que o por é regido por verbo, substantivo ou adjetivo e o que é conjunção integrante, equivalendo a para que : Ansiavam por que houvesse melhoria salarial. Estávamos esperançosos por que a reforma fosse logo promulgada. 2. Emprega-se por quê no final de frases: A sessão não se realizou, por quê? Está alegre e não sabe por quê. 3. Emprega-se porque quando conjunção: Prepare-se porque as eleições estão chegando. O processo foi arquivado porque não havia provas.
Mesmo(s) / mesma(s) Mesmo pode ser empregado como: a) pronome demonstrativo, quando tem o sentido de idêntico , em pessoa : Tinha o mesmo jeito de sempre. Ela mesma foi à delegacia; b) substantivo, apenas no sentido de a mesma coisa : Ele disse o mesmo ao juiz; c) advérbio, equivalendo a exatamente , justamente , até , ainda , realmente , verdadeiramente : Mesmo os advogados discordaram da sentença. Trabalhou muito mesmo. Constitui erro o uso do demonstrativo mesmo em substituição a outro tipo de pronome ou a um substantivo: a) O ministro pediu vista do processo, pois o mesmo precisava analisar melhor a questão (neste caso, omita o mesmo ). ). 124
Português
4. Emprega-se porquê quando substantivado e equivalente a causa , motivo , razão : Sabendo um porquê do caso, saberemos todos os porquês.
Vultuosa é da família de vultuosidade (estado de inchação do rosto, particularmente dos lábios e dos olhos): A face vultuosa do homem chamava a atenção das pessoas.
Se não / senão Emprega-se: a) se não quando se é conjunção e inicia oração subordinada condicional, equivalendo a caso não , quando não : O acusado, se não (caso não ) comparecer, será prejudicado. São problemas que, se não (quando não ) resolvidos, complicam a situação; b) senão quando esta palavra equivale a exceto , salvo , a não ser , de outro modo , do contrário , mas , mas sim, mas também: Esta eficácia não se opera unicamente em favor do eleitor, senão (a não ser ) também dos partidos. Confessa, senão (do contrário ) serás preso.
PRATICANDO Indique a opção destacada correta (algumas opções podem apresentar as duas corretas). 1. À medida que / Na medida em que estudo, mais aprendo. 2. O juiz proferiu proferiu a sentença sentença a partir dos / com base nos argumentos apresentados. 3. A princípio / Em princípio não gostei da cidade, porém com o tempo passei a me adaptar muito bem. 4. A princípio / Em princípio todos são inocentes. 5. Ela me viu através / por meio da janela de vidro. 6. O sangue corre através / por meio das veias. 7. Ela foi foi me me conhecendo conhecendo melhor através / por meio dos anos. 8. O projeto será regulamentado regulamentado através / por meio de novas leis. 9. Não gostava dele enquanto / na condição de ministro da Fazenda. 10. Face o / Em face do ocorrido, os argumentos não se sustentam. 11. O 11. O relatório não ficou pronto, haja visto / haja vista o prazo curto solicitado. 12. O 12. O trabalho foi melhor / mais bem elaborado. 13. Deixarei 13. Deixarei o processo junto ao / no protocolo. 14. O 14. O parecer chegou e o mesmo / ele apresenta erros de conteúdo. 15. A meu ver / ao meu ver, o processo está encerrado. 16.. O réu gastou uma soma vu 16 vulto ltosa sa / vult vultuo uosa sa. 17. Devido 17. Devido ao mau / mal tempo, não poderei viajar hoje.
Tampouco / tão pouco Tampouco é advérbio de sentido negativo e significa também não , nem sequer . Por isso dispensa o acompanhamento da partícula nem: Não compareceu à sessão eleitoral, tampouco se justificou. Em tão pouco, o advérbio tão modifica a palavra pouco , que pode ser advérbio ou pronome indefinido: Argumentou tão pouco (advérbio) que não convenceu os eleitores. Revelou tão pouco (pronome indefinido) interesse pelo assunto. Como pronome indefinido, pouco flexiona-se concordando com o substantivo a que se refere: Tomou tão poucas decisões. Tão só / tão somente /tão só Tão só e tão somente são advérbios e constituem formas reforçadas do advérbio somente: Reuniram-se tão só / tão somente para votar o projeto. Em tão só, tão é advérbio de intensidade (tanto ) e modifica o adjetivo só ( solitário, único, isolado ): ): Esta comunidade vivia tão só que criou regras próprias de convivência. Vultosa / vultuosa Vultosa é da família etimológica de vulto (volume) e significa volumosa , grande , robusta : Vendeu o terreno por vultosa soma. 125
18. Mandei 18. Mandei imprimir a propaganda a cores / em cores. 19. Tenho 19. Tenho bastante / bastantes assuntos para conversar com você. 20. Os 20. Os candidatos não sabiam por que / porque estavam ali. 21. O 21. O campeonato carioca já não é mais organizado, tão pouco / tampouco honesto. 22. Todos 22. Todos estão ao par / a par dos últimos acontecimentos. 23. Face à / Em face de nova legislação, não haverá mais feriado. 24. Não 24. Não concordo. As ideias vêm de encontro aos / ao encontro dos meus interesses. 25. O 25. O local se situa ao lado do prédio onde / aonde trabalha o senador. 26. O 26. O local se situa ao lado do prédio onde / aonde você foi ontem. 27. Tudo 27. Tudo foi concluído no prazo, haja visto / haja vista o esforço de todos. 28. Você 28. Você sabe que é proibido entrada / a enc olégio. trada de estranhos ao colégio. 29. Solicitamos 29. Solicitamos (diretoria) a esta / essa presidência que nos apresente a solução. 30. Informei-lhe 30. Informei-lhe de que / que não receberia visitas hoje. 31. Ficou 31. Ficou clara / claro, pela interpretação do texto, a arrogância da personagem. 32. El 32. Elee deve voltar, uma vez que haviam / ha via dúvidas sobre o caso. 33. A princípio / Em princípio, ele não gostou do livro, mas depois adorou. 34. Em 34. Em relação ao assunto acerca / a cerca dos últimos resultados. 35. O 35. O jogador do Botafogo joga muito mau / mal. 36. Todos 36. Todos sabem que você realizou um mau / mal negócio naquele dia. 37. Minha 37. Minha irmã não sabe falar inglês, tampouco / tão pouco meu irmão. 38. Tenho 38. Tenho tão pouco / tampouco interesse no livro. 39. Em face do / Face ao ocorrido, não viajarei no feriado.
40. Ela 40. Ela concordou. Sua opinião veio de encontro à / ao encontro da minha. 41. Por quê / Por que a prova foi difícil? 42. Segue 42. Segue o termo de recisão / rescisão do contrato. 43. Para 43. Para saudar / saldar a dívida, você precisará trabalhar muito. 44. O rádio informou ser eminente / imi44. nente a ocorrência de chuvas na região. 45. O 45. O eminente / iminente professor retornou à sua rotina. 46. Os 46. Os trabalhadores que infligirem / infringirem as regras serão punidos. 47. Já 47. Já houveram / houve rumores sobre você. 48. A 48. A prova foi difícil por quê / por que ? 49. Ela soube agir com muita descrição / 49. discrição. 50. Em princípio / A princípio não haverá reunião amanhã. 51. Não 51. Não sei porque / por que ela não entendeu o assunto. 52. Ele 52. Ele foi considerado melhor preparado / mais bem preparado para a função. 53. Comprei 53. Comprei oitocentas / oitocentos gramas de queijo. 54. A 54. A casa já foi quitada a / há cinco anos. 55. O 55. O jogador foi punido afim de / a fim de servir de exemplo. 56. O 56. O diretor não quer mais porquês / por quês. 57. Essas 57. Essas são as razões por que / porque não o visitei. 58. As 58. As mudanças ainda não foram absolvidas / absorvidas pelos alunos. 59. Ele 59. Ele está ao ponto de / a ponto de sofrer punições. 60. Devemos 60. Devemos condenar toda descriminação / discriminação racial e religiosa. 61. Concordo 61. Concordo com tudo, pois vem de encontro ao / ao encontro do que defendo. 62. Sempre 62. Sempre tive dúvidas acerca de / a cerca de seus atos. 126
Português
63. Ao invés de / Em vez de ir nadar, estudou. 64. A menina viu tudo através da / por meio da porta de vidro. 65. Temos de agir com cautela e muita descrição / discrição. 66. A princípio / Em princípio, todos irão à festa amanhã. 67. Não se preocupem, pois já estou ao par / a par de tudo. 68. Ele cometeu o crime a cerca de / há cerca de dois anos. 69. Deve-se infringir / infligir penas aos infratores contumazes. 70. A empresa impetrou um mandato / mandado de segurança.
71. Estou fazendo a prova sozinho, a fim / afim de mostrar o que sei. 72. Estou à procura de uma resposta há cerca de / a cerca de vinte minutos. 73. Ontem, a Assembleia realizou duas seções / sessões extraordinárias. 74. Os ladrões abandonaram uma vultuosa / vultosa soma no carro. 75. O mandado / mandato de prisão deve conter a assinatura do juiz. 76. O juiz infligiu / infringiu dura pena ao réu. 77. Ele mora onde / aonde você foi ontem. 78. A nível de / Em nível de Brasília, a qualidade de vida é boa. 79. Senão / Se não voltar cedo, não conseguirá estudar.
127
Capítulo
V
Questões de Interpretação de Texto
TEXTO I — GANHAMOS A GUERRA, NÃO A PAZ Os físicos se encontram numa posição não muito diferente da de Alfred Nobel. Ele inventou o mais poderoso explosivo jamais conhecido até sua época, um meio de destruição por excelência. Para reparar isso, para aplacar sua consciência humana, instituiu seus prêmios à promoção da paz e às realizações pacíficas. Hoje(*), os físicos que participaram da fabricação da mais aterradora e perigosa arma de todos os tempos sentem-se atormentados por igual sentimento de responsabilidade, para não dizer culpa. E não podemos desistir de advertir e de voltar a advertir, não podemos e não devemos relaxar em nossos esforços para despertar nas nações do mundo, e especialmente nos seus governos, a consciência do inominável desastre que eles certamente irão provocar, a menos que mudem sua atitude em relação uns aos outros e em relação à tarefa de moldar o futuro. Ajudamos a criar essa nova arma, no intuito de impedir que os inimigos da humanidade a obtivessem antes de nós, o que, dada a mentalidade dos nazistas, teria significado uma inconcebível destruição e escravização do resto do mundo. Entregamos essa arma nas mãos dos povos norte-americano e britânico, vendo neles fiéis depositá-
rios de toda a humanidade, que lutavam pela paz e pela liberdade. Até agora, porém, não conseguimos ver nenhuma garantia das liberdades que foram prometidas às nações no Pacto do Atlântico. Ganhamos a guerra, não a paz. As grandes potências, unidas na luta, estão agora divididas quanto aos acordos de paz. Prometeu-se ao mundo que ele ficaria livre do medo, mas, na verdade, o medo aumentou enormemente desde o fim da guerra. Prometeu-se ao mundo que ele ficaria livre da penúria, mas grandes partes dele se defrontam com a fome, enquanto outras vivem na abundância. (...) Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade e fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos destinos. Do contrário, a civilização humana estará condenada. (Albert Einstein, Escritos da maturidade . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994) (*) Este texto foi escrito em 1945, logo depois do fim da II Guerra Mundial.
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Ao escrever esse texto, o grande físico Albert Einstein preocupou-se sobretudo em formular uma grave advertência contra a) a pacificação do mundo por meio da ação de governos totalitários.
Português
b) a perigosa instabilidade gerada pelo Pacto do Atlântico. c) o novo potencial belicoso da situação de pós-guerra. d) o poder de devastação representado pelo invento de Alfred Nobel. e) o espírito do armistício assinado pelas grandes potências.
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a) numa advertência contra os preocupantes riscos representados pela iminente reorganização dos nazistas. b) na conscientização dos vitoriosos quanto à necessidade de se entenderem e de assumirem suas responsabilidades diante do futuro. c) no cumprimento das exigências feitas pelos cientistas quando se propuseram a elaborar as condições do Pacto do Atlântico. d) na manutenção das auspiciosas condições políticas do pós-guerra, marcadas pela derrota dos nazistas. e) na constituição de um novo tratado que, indo de encontro ao Pacto do Atlântico, represente um esforço de real pacificação.
Considere as seguintes afirmações: I — A criação e a entrega da mais aterradora e perigosa arma de todos os tempos aos norte-americanos e britânicos se deram em meio a uma perigosa e disputada corrida armamentista. II — Einstein mostra-se insatisfeito quanto aos termos em que se configurou o Pacto do Atlântico, um acordo em si mesmo tímido e incapaz de gerar bons resultados. III — Einstein inclui-se entre os responsáveis pelo término da guerra e pela derrota dos nazistas, mas declina de qualquer responsabilidade quanto a uma futura utilização da nova e devastadora arma. Em relação ao texto, está correto apenas o que se afirma em a) I b) II c) III d) I e II e) II e III
A atitude de vigilância, para a qual Einstein convoca a todos nesse texto, deve materializar-se, conforme deseja o grande físico, 129
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Quanto à sua construção interna, as frases Ganhamos a guerra, não a paz e As grandes potências, unidas na luta, estão agora divididas têm em comum a) um jogo entre alternativas. b) uma relação de causa e efeito. c) a formulação de uma condicionalidade. d) a articulação de uma hipótese. e) a exploração de antíteses.
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Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma expressão do texto em: a) numa posição não muito diferente da de Alfred Nobel = em atitude inteiramente similar à de Alfred Nobel.
b) para aplacar sua consciência humana = para obliterar seu juízo sobre a humanidade. c) dada a mentalidade dos nazistas = em que pese a consciência dos nazistas. d) vendo neles fiéis depositários = reconhecendo-os como confiáveis guardiões. e) consciência do inominável desastre = concepção inevitável da tragédia.
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Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com conhecimentos ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre você, sua vida, seus problemas, seu futuro... O problema com o esoterismo é que não temos nenhuma prova concreta, científica, de que certos fenômenos realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas até o momento — fotos, depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações estatísticas de dados — misteriosamente se recusam a sobreviver quando testadas no laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada. Uma das grandes armas da ciência contra o charlatanismo é justamente a possibilidade de repetirmos certos experimentos tantas vezes quantas desejarmos. Os cientistas não precisam “acreditar” nos resultados de outros cientistas; basta repetir o experimento em seu próprio laboratório, sob condições idênticas, e os mesmos resultados devem ser encontrados. Seria realmente fascinante se houvesse uma força desconhecida que pudesse influenciar nosso comportamento (ou pelo menos indicar tendências) a partir de um arranjo cósmico em que nós, como indivíduos, participássemos ativamente, uma espécie de astronomia personalizada. Mas, para mim, mais fascinante ainda é seguir os passos de outros cientistas e dedicar toda uma vida ao estudo dos fenômenos naturais, armado apenas com inspiração e razão. Ao compreendermos um pouco mais sobre o mundo à nossa volta, estaremos, também, compreendendo um pouco mais sobre nós mesmos e sobre nosso lugar neste vasto e misterioso Universo.
Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade e fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos destinos. Observa-se que, na construção do período acima, se empregou o verbo: a) poder como auxiliar do verbo criar . b) criar como auxiliar do verbo prevalecer . c) motivar como auxiliar de prevalecer . d) criar como auxiliar do verbo poder . e) poder como auxiliar do verbo prevalecer .
TEXTO II — CIÊNCIA E ESOTERISMO A astrologia é muito mais popular do que a astronomia. Um número muito maior de pessoas abre um jornal ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc. também são extremamente populares. Como físico, não cabe a mim explicar o porquê dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que chamamos fenômenos naturais.
(Marcelo Gleiser. Retalhos cósmicos . São Paulo: Companhia das Letras, 1999)
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Observando-se alguns dos recursos utilizados na construção do texto, verifica-se que a) o emprego das aspas em “poderes” justifica-se do mesmo modo que em “provas”. b) a falta de marca pessoal na linguagem garante a objetividade da demonstração.
Português
c) as expressões “astronomia personalizada” e “basta repetir o experimento” são manifestações da ironia do autor. d) o emprego das aspas em “acreditar” deve-se à ênfase atribuída a uma ação afirmativa dos cientistas. e) o emprego da palavra “inspiração”, no final do texto, revela que o autor reviu e retificou sua posição contrária ao esoterismo.
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Na argumentação que desenvolve em seu texto, o autor se vale dos seguintes procedimentos: I — Não aceita a suposta popularização das crenças de natureza esotérica, considerando-a uma manipulação dos charlatões que têm interesse em propagar seus falsos poderes. II — Afirma que os fenômenos esotéricos não são comprovados quando submetidos a testes rigorosamente científicos ou a análises largas e detalhadas. III — Admite que a ciência é menos atraente que as práticas esotéricas, já que ela não se propõe a desvendar as grandes incógnitas do nosso Universo. IV — Conclui que a ciência também tem seus encantos, embora aceite que os que a praticam não costumam se valer dos conhecimentos já conquistados dentro da tradição científica. Em relação ao texto, está correto apenas o que se afirma em a) I b) II c) III d) I e II e) III e IV
Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma expressão do texto em: a) ao menos oferecer uma conjectura = pleitear, mesmo assim, uma comprovação b) seu aspecto pessoal, privado = sua verdade íntima, inconfessável c) arranjo cósmico = pretexto universal d) sob o escrutínio do cientista = pela análise minuciosa do cientista e) armado apenas com inspiração e razão = tão somente com a fé e a perseverança
TEXTO III O Brasil entrou no século XXI justificando o lugar comum do século passado: continua sendo um país de contrastes. Isso é o que revelam os números iniciais do Censo 2000, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No último ano da década passada, em comparação com o primeiro — 1991 —, muito mais brasileiros estavam estudando, tinham carros, eletrodomésticos, telefones, luz, água encanada, esgoto e coleta de lixo, e muito menos brasileiros morriam antes de completar um ano de vida. A mortalidade infantil caiu 38%: de 48 por mil nascimentos para 29,6. A queda foi maior do que os especialistas haviam pro jetado no início da década. Isso, a despeito de a maioria da população continuar vivendo com rendimentos franciscanos: pouco mais da metade dos 76,1 milhões de membros da população economicamente ativa ganhava até dois salários mínimos por mês (ou R$ 302,00 à data do recenseamento e R$ 400,00 hoje) e apenas 2,4% ganhavam mais de vinte salários mínimos, ou seja, R$ 4.000,00 — um salário relativamente modesto nas sociedades desenvolvidas. Por esse ângulo, pode-se dizer que o Brasil é um país igualitário: ostenta a dramática igualdade na pobreza. 131
Os números agregados escondem que o consumo se distribui de forma acentuadamente desigual pelo território e entre os diversos grupos de renda. Enquanto no Sul e no Sudeste os domicílios com carro somam mais de 40%, no Norte e no Nordeste não chegam a 15%. De certo modo, quem pode consumir bens duráveis acaba consumindo por si e por quem não pode. O desequilíbrio regional e social do consumo acompanha, obviamente, a concentração da capacidade aquisitiva. Os dados que apontam para a intolerável persistência da igualdade na pobreza entre os brasileiros têm relação manifesta com o desempenho da economia. Se é verdade que, em matéria de expansão dos benefícios sociais e do acesso a bens indispensáveis no mundo contemporâneo, como o telefone, os anos 1990 foram uma década ganha, no que toca ao crescimento econômico foram uma década das mais medíocres, desde a transformação do País em sociedade industrial. Entre 1991 e 2000, o Brasil cresceu, em média, parcos 2,7% ao ano. Mesmo em 1994, o melhor ano do período, o Produto Interno Bruto (PIB) não chegou a 6% — muito abaixo dos picos registrados na década de 1970, a do “milagre brasileiro”. É óbvio que a retomada do desenvolvimento é condição sine qua para a elevação da renda do povo.
de bens duráveis por uma população que não tem poder aquisitivo. e) a falsidade do resultado de certas pesquisas, cujos dados desvirtuam a realidade, especialmente a da classe social mais desfavorecida.
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Considere as afirmativas abaixo, a respeito do texto. O Censo 2000 I — indica o avanço do Brasil, idêntico ao de algumas sociedades desenvolvidas, especialmente quanto à garantia de emprego, apesar de um valor modesto para o salário-mínimo. II — apresenta índices positivos de melhoria na qualidade de vida do povo brasileiro, ao lado de disparidades acentuadas, em todo o território nacional. III — assinala um aumento geral do poder aquisitivo do povo brasileiro, reduzindo a um mínimo as diferenças regionais. Está correto o que se afirma somente em: a) I e II b) II e III c) I d) II e) III
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A afirmação no segundo parágrafo: “Por esse ângulo, pode-se dizer que o Brasil é um país igualitário”. É correto afirmar que a conclusão acima tem um caráter a) acentuadamente irônico, pela constatação que se segue a ela.
(Adaptado de O Estado de S. Paulo , maio 2002)
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De certo modo, quem pode consumir bens duráveis acaba consumindo por si e por quem não pode. A afirmação acima aponta para a) a melhoria real do padrão de vida da população brasileira, registrando existência de consumo mesmo entre os mais pobres. b) resultados estatísticos aparentemente otimistas, mas que deixam de mostrar dados pouco animadores da situação econômica e social da população brasileira. c) um equilíbrio final da capacidade de consumo da população nas várias regiões brasileiras, igualando os resultados de cada uma delas. d) o paradoxo que resulta dos dados do último censo, pois eles indicam o consumo 132
Português
b) bastante otimista, por ter sido possível constatar melhorias na distribuição de renda. c) de justificado orgulho, pela melhoria da qualidade de vida no Brasil. d) de extremo exagero, considerando-se os dados indicativos do progresso brasileiro. e) pessimista, tendo em vista a impossibilidade de aumento do salário-mínimo.
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d) pela continuidade da mesma ideia, desenvolvida em ambos. e) por uma ressalva, marcada pelo uso da expressão a despeito de.
A queda foi maior do que os especialistas haviam projetado no início da década. O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica, no contexto, a) uma incerteza em relação a um fato hipotético. b) um fato consumado dentro de um tempo determinado. c) a repetição de um fato até o momento da fala. d) uma ação passada anterior a outra, também passada. e) uma ação que acontece habitualmente.
O segundo parágrafo do texto está ligado ao primeiro a) por tratar-se de uma explicação das afirmações apresentadas de início. b) pela condição imposta no início desse segundo parágrafo, em relação aos dados observados no Censo. c) por ser uma síntese do que vem sendo desenvolvido. 133
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Há, no texto, relação de causa e efeito entre a) retomada do desenvolvimento e elevação da renda do povo. b) a década do “milagre brasileiro” e a persistência da situação de pobreza do povo. c) situação econômica do Brasil no século XX e a que se apresenta no início do século XXI. d) queda dos índices de mortalidade infantil e valor do salário-mínimo. e) consumo maior no Sul e no Sudeste e acentuadamente menor no Norte e no Nordeste.
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A mortalidade infantil caiu 38%: de 48 por mil nascimentos para 29,6. O emprego dos dois pontos assinala a) uma restrição à afirmação do período anterior. b) a ligação entre palavras que formam uma cadeia na frase. c) a inclusão de um segmento explicativo. d) a citação literal do que consta no relatório do IBGE. e) a brusca interrupção da sequência de ideias.
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tem-nos conduzido muito mais a novas tragédias — não raro, aproximando-se da barbárie — do que a ações burlescas; ou ao menos há uma certa identificação entre ambas, sendo aquelas mais penosas do que estas. Se tomarmos a globalização como referência, a pantomima atribuída a ela não difere muito de sua face trágica. Mas a última excede a primeira à medida que revela o ângulo visível de sua aparente inocência. Só se percebe o que acontece, efetivamente, quando os olhos (e a razão) dão conta da realidade em toda sua crueza.
Os números iniciais do Censo 2000 revelam melhorias. A queda das taxas de mortalidade infantil foi maior do que o esperado. Boa parte da população brasileira continua vivendo na pobreza. As frases acima formam um único período, com correção e lógica, em: a) Se as taxas de mortalidade infantil entraram em queda maior do que era esperada, a população brasileira continua vivendo na pobreza, apesar das melhorias que o Censo 2000, revelam em seus dados iniciais. b) A população brasileira em boa parte continua vivendo na pobreza, os números iniciais do Censo 2000 revelam as melhorias, onde as taxas de mortalidade infantil em queda, maior do que se esperava. c) Com a queda das taxas de mortalidade infantil, e os números iniciais do Censo 2000 revela que foi maior que o esperado, mas boa parte da população brasileira continua vivendo na pobreza. d) Os números iniciais do Censo 2000 melhoraram, com a queda das taxas de mortalidade infantil, que foi maior do que se esperavam, onde boa parte da população brasileira continua vivendo na pobreza. e) Boa parte da população brasileira continua vivendo na pobreza, conquanto os números iniciais do Censo 2000 revelem melhorias, como a queda das taxas de mortalidade infantil, maior do que o esperado.
(Fernando Magalhães. A globalização e as lições da história )
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Em relação ao sentido das palavras e expressões do texto, assinale a opção correta. a) A palavra “barbárie” está associada à ideia de barbarismo, ou seja, à inadequação de linguagem. b) A expressão “burlescas” está associada à ideia de heroicas. c) A palavra “pantomima” está sendo utilizada em seu sentido conotativo de vanguarda, modernidade. d) A expressão “à medida que” pode ser substituída por à proporção que, sem prejuízo gramatical para o período. e) A expressão “sua crueza” refere-se à palavra “razão”.
TEXTO V Li que a espécie humana é um sucesso sem precedentes. Nenhuma outra com uma proporção parecida de peso e volume se iguala à nossa em termos de sobrevivência e proliferação. E tudo se deve à agricultura. Como controlamos a produção do nosso próprio alimento, somos a primeira espécie na história do planeta a poder viver fora de seu ecossistema de nascença. Isso nos deu mobilidade e a
TEXTO IV A farsa — se existe rigorosamente — é, no momento atual, o menor problema que temos de enfrentar. Sabemos, hoje, que a repetição histórica 134
Português
sociabilidade que nos salvaram do processo de seleção, que limitou outros bichos de tamanho equivalente. É por isso que não temos mudado muito, mas também não nos extinguimos.
cial) e da veracidade (mundo subjetivo). Ocorre que simultaneamente com a racionalização do mundo vivido, que permitiu esse aumento de autonomia, a modernidade gerou outro processo de racionalização, abrangendo a esfera do Estado e da Economia, que acabou se automatizando do mundo vivido e se incorporou numa esfera “sistêmica”, regida pela razão instrumental. A racionalização sistêmica, prescindindo da coordenação comunicativa das ações e impondo aos indivíduos uma coordenação automática, independente de sua vontade, produziu uma crescente perda de liberdade.
(Luiz Fernando Verissimo. Recursos humanos. In: O desafio ético . Org. Ari Roitman, com adaptações)
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Considerando as ideias do texto, assinale as inferências como verdadeiras (V) ou falsas (F) e marque a correta opção em seguida. ( ) Mede-se o sucesso pela capacidade de sobrevivência e proliferação. ( ) Se a espécie humana tivesse outro peso e volume não teria sobrevivido. ( ) Viver fora do ecossistema de nascença depende da capacidade de criar o próprio alimento. ( ) O processo de seleção das espécies é que limita a mobilidade e a sociabilidade. ( ) A história da espécie humana poderia ser outra se não houvesse agricultura. ( ) Poucas mudanças trazem como consequência a não extinção da espécie. A sequência correta é: a) V, V, V, F, F, V b) V, F, F, V, V, F c) F, F, V, V, F, V d) F, V, F, V, V, F e) V, F, V, F, V, F
TEXTO VI A racionalidade comunicativa se tornou possível com o advento da modernidade, que emancipou o homem do jugo da tradição e da autoridade, e permitiu que ele próprio decidisse, sujeito unicamente à força do melhor argumento, que proposições são ou não aceitáveis, na tríplice dimensão: da verdade (mundo objetivo), da justiça (mundo so135
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De acordo com o texto, na modernidade: a) a racionalização comunicativa valorizou o trabalho. b) o homem pôde decidir quais seriam os novos valores aceitáveis. c) o advento da racionalidade emancipou o homem do jugo da tradição e da autoridade. d) o homem, ao perder a tradição, perdeu a autoridade. e) a racionalidade impeliu o homem ao jugo da tradição.
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A racionalização do mundo vivido permitiu: a) a tríplice dimensão da verdade. b) a aceitação da autoridade. c) a valorização do trabalho. d) um aumento da autonomia. e) a busca da justiça social.
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A modernidade gerou dois processos de racionalização: a) a do mundo vivido e a sistêmica. b) a subjetiva e a objetiva. c) a instrumental e a da Economia. d) a da tradição e a da autoridade. e) a da comunicação e a do mundo vivido.
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A racionalização regida pela razão institucional: a) veio explicar a tradição e a autoridade. b) é imprescindível para a comunicação humana. c) impõe aos indivíduos a comunicação das ações. d) ganhou dimensão maior por causa do Estado. e) fez decrescer a liberdade.
choque os melhores neurônios da filosofia, mas não foram as únicas a galvanizar controvérsias. Mas vivemos hoje em uma sociedade em que a maioria já não sofre agressões a essas liberdades tão vitais, cuja conquista ou reconquista desencadeou descomunais energias físicas e intelectuais. Nosso apetite pela liberdade se aburguesou. Foi atraído (corrompido?) pelas tentações da sociedade de consumo. O que é percebido como liberdade para um pacato cidadão contemporâneo que vota, fala o que quer, vive sob o manto da lei (ainda que capenga) e tem direito de mover-se livremente? O primeiro templo da liberdade burguesa é o supermercado. Em que pesem as angustiantes restrições do contracheque, são as prateleiras abundantemente supridas que satisfazem a liberdade do consumo (não faz muitas décadas, nas prateleiras dos nossos armazéns ora faltava manteiga, ora leite, ora feijão). Não houve ideal comunista que resistisse às tentações do supermercado. Logo depois da queda do Muro de Berlim, comer uma banana virou ícone da liberdade no Leste Europeu. A segunda liberdade moderna é o transporte próprio. BMW ou bicicleta, o que conta é a sensação de poder sentar-se ao veículo e resolver em que direção partir. Podemos até não ir a lugar algum, mas é gostoso saber que há um veículo parado à porta, concedendo permanentemente a liberdade de ir, seja aonde for. Alguém já disse que a Vespa e a Lambretta tiraram o fervor revolucionário que poderia ter levado a Itália ao comunismo. A terceira liberdade é a televisão. É a janela para o mundo. É a liberdade de escolher os canais (restritos em países totalitários), de ver um programa imbecil ou um jogo, ou estar tão perto das notícias quanto um presidente da República — que nos momentos dramáticos pode assistir às mesmas cenas pela CNN. É estar próximo de reis, heróis, criminosos, superatletas ou cafajestes metamorfoseados em apresentadores de TV. Uma “liberdade” recente é o telefone celular. É o gostinho todo especial de ser capaz de falar com qualquer pessoa, em qualquer momento, onde quer que se esteja. Importante? Para algumas pessoas, é uma revolução no cotidiano e na profissão. Para
TEXTO VII — A LIBERDADE E O CONSUMO Quantos morreram pela liberdade de sua pátria? Quantos foram presos ou espancados pela liberdade de dizer o que pensam? Quantos lutaram pela libertação dos escravos? No plano intelectual, o tema da liberdade ocupa as melhores cabeças, desde Platão e Sócrates, passando por Santo Agostinho, Spinoza, Locke, Hobbes, Hegel, Kant, Stuart Mill, Tolstoi e muitos outros. Como conciliar a liberdade com a inevitável ação restritiva do Estado? Como as liberdades essenciais se transformam em direitos do cidadão? Essas questões puseram em 136
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outras, é apenas o prazer de saber que a distância não mais cerceia a comunicação, por boba que seja. Há ainda uma última liberdade, mais nova, ainda elitizada: a internet e o correio eletrônico. É um correio sem as peripécias e demoras do carteiro, instantâneo, sem remorsos pelo tamanho da mensagem (que se dane o destinatário do nosso attachment megabáitico) e que está a nosso dispor, onde quer que estejamos. E acoplado a ele vem a web, com sua cacofonia de informações, excessivas e desencontradas, onde se compra e vende, consomem-se filosofia e pornografia, arte e empulhação. Causa certo desconforto intelectual ver substituídas por objetos de consumo as discussões filosóficas sobre liberdade e o heroísmo dos atos que levaram à sua preservação em múltiplos domínios da existência humana. Mas assim é a nossa natureza, só nos preocupamos com o que não temos ou com o que está ameaçado. Se há um consolo nisso, ele está no saber que a preeminência de nossas liberdades consumistas marca a vitória de havermos conquistado as outras liberdades, mais vitais. Mas, infelizmente, deleitar-se com a alienação do consumismo está fora do horizonte de muitos. E, se o filósofo Joãosinho Trinta tem razão, não é por desdenhar os luxos, mas por não poder desfrutá-los.
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Nos itens abaixo, o emprego da conjunção OU (em maiúsculas) só tem nítido valor alternativo em: a) “Quantos foram presos OU espancados pela liberdade de dizer o que pensam?” b) “A segunda liberdade moderna é o transporte próprio, BMW OU bicicleta...” c) “... de ver um programa imbecil ou um jogo, OU estar tão perto das notícias...” d) “... só nos preocupamos com o que não temos OU com o que está ameaçado.” e) “É estar próximo de reis, heróis, criminosos, superatletas OU cafajestes...”
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“Como conciliar a liberdade com a inevitável ação restritiva do Estado?”; nesse segmento do texto, o articulista afirma que: a) o Estado age obrigatoriamente contra a liberdade. b) é impossível haver liberdade e governo ditatorial. c) ainda não se chegou a unir os cidadãos e o governo. d) cidadãos e governo devem trabalhar juntos pela liberdade. e) o Estado é o responsável pela liberdade da população.
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“O primeiro templo da liberdade burguesa é o supermercado. Em que pesem as angustiantes restrições do contracheque , são as prateleiras abundantemente supridas que satisfazem a liberdade do consumo...”; o segmento destacado corresponde semanticamente a:
(Cláudio de Moura Castro)
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O primeiro parágrafo do texto apresenta: a) uma série de perguntas que são respondidas no desenrolar do texto. b) uma estrutura que procura destacar os itens básicos do tema discutido no texto. c) um questionamento que pretende despertar o interesse do leitor pelas respostas. d) um conjunto de perguntas retóricas, ou seja, que não necessitam de respostas. e) umas questões que pretendem realçar o valor histórico de alguns heróis nacionais.
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a) as despesas do supermercado são muito pesadas no orçamento doméstico. b) os salários não permitem que se compre tudo o que se deseja. c) as limitações de crédito impedem que se compre o necessário. d) a inflação prejudica o acesso da população aos bens de consumo. e) a satisfação de comprar só é permitida após o recebimento do salário.
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d) nos países totalitários todos os canais são do sistema de TV a cabo. e) nos países totalitários, a TV não sofre censura governamental.
TEXTO VIII Leia atentamente o texto a seguir para responder às duas primeiras questões. “Os principais problemas da agricultura brasileira referem-se muito mais à diversidade dos impactos causados pelo caráter truncado da modernização, do que à persistência de segmentos que dela teriam ficado imunes. Se hoje existem milhões de estabelecimentos agrícolas marginalizados, isso se deve muito mais à natureza do próprio processo de modernização, do que à sua falta de abrangência”.
“Não houve ideal comunista que resistisse às tentações do supermercado”; com esse segmento do texto o autor quer dizer que: a) todo ideal comunista se opõe aos ideais capitalistas. b) a ideologia comunista sofre pressões por parte dos consumidores. c) os supermercados socialistas são menos variados que os do mundo capitalista. d) o ideal comunista ainda resiste à procura desenfreada por bens de consumo. e) as tentações do supermercado abalaram as estruturas capitalistas.
(Folha de S.Paulo , Editoral, fev. 2001)
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“É a liberdade de escolher os canais (restritos em países totalitários )...”; o segmento destacado significa que: a) nos países totalitários a censura impede o acesso à programação capitalista. b) o número de canais disponíveis é bem menor do que nos países não totalitários. c) a televisão, nos países totalitários, é bem de que só poucos dispõem. 138
Podemos afirmar, de acordo com o texto acima, que: a) O processo de modernização deve tornar-se mais abrangente para implementar a agricultura. b) Os problemas da agricultura resultam do impacto causado pela modernização progressiva do setor. c) Os problemas da agricultura resultam da inadequação do processo de modernização do setor. d) Segmentos do setor agrícola recusam-se a adotar processos de modernização. e) Os problemas da agricultura decorrem da não modernização de estabelecimentos agrícolas marginalizados.
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deixa de dar um belo recado para quem julga que as informações sejam essenciais em si mesmas. De que valem elas, se não nos orientam para algum tipo de ação? Embora informadíssimos, perdemos o mundo quando apenas nos dispomos a soletrá-lo.
No trecho “à persistência de segmentos que dela teriam ficado imunes”, a expressão “teriam ficado” exprime: a) Desejo de que esse fato não tenha ocorrido. b) A certeza de que a imunidade à modernização é própria de estabelecimentos agrícolas marginalizados. c) A certeza de que esse fato realmente não ocorreu. d) A hipótese de que esse fato tenha ocorrido. e) A possibilidade de a imunidade à modernização ser decorrente de certos segmentos.
(Celso de Oliveira, inédito)
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É correto afirmar que o autor do texto deu a seguinte interpretação ao verso “soletram o mundo, sabendo que o perdem”, de Carlos Drummond de Andrade: a) Quem se fixa nas notícias de jornal sabe que esse pode ser um modo de afastar do mundo, em vez de participar dele. b) As notícias do mundo, para serem de fato compreendidas, não podem ser lidas apressadamente. c) Os homens que leem jornal metodicamente acreditam que esse é um modo ativo de participar do que ocorre no mundo. d) Quando desabituados à leitura, os homens soletram o mundo, não podendo por isso compreender bem as notícias de um jornal. e) Os fatos noticiados num jornal só se tornam relevantes se forem analisados em seus mínimos elementos.
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Considere as seguintes afirmações: I — As informações dadas sobre o poeta Carlos Drummond de Andrade, no terceiro parágrafo, aproximam-nos dos “homens que voltam para casa”, de que fala em um de seus poemas. II — O autor do texto afirma que as informações sobre os fatos essenciais não costumam ser publicadas. III — A expressão “meros contempladores de vida” caracteriza a quem apenas “percorre
TEXTO IX Num de seus poemas, Carlos Drummond de Andrade refere-se à rotina dos “homens que voltam para casa”, que “levam o jornal embaixo do braço”, depois de mais de um dia de trabalho. Sugere o poeta que esses homens cansados, depois do jantar, vão ao jornal e “soletram o mundo, sabendo que o perdem”. “Soletram o mundo”: é um belo modo que Drummond encontrou para expressar seu ponto de vista. Num jornal, a vida não é a vida, é um conjunto de letras impressas, que nos cabe apenas soletrar. Quem passa os olhos pelas notícias não vive os fatos, apenas percorre as letras, as sílabas, as palavras em que os fatos se converteram. Daí se entende por que o poeta concluiu: “sabendo que o perdem”. Sim, parece que a simples leitura do jornal, longe de ser uma forma de participarmos do mundo, é um modo de perdê-lo. Por quê? Porque, diante das notícias de jornal, somos meros contempladores da vida, assistindo sentados à variedade do noticiário. Estar bem informado não é, ainda, viver. O poeta Carlos Drummond de Andrade, funcionário público, homem tímido, de hábitos metódicos e rotineiros, conhece de perto esse estado de pura observação das coisas, forma de perder o mundo, não 139
as letras, as sílabas, as palavras em que os fatos se converteram”. Está correto somente o que vem afirmando em a) I b) II c) I e II d) I e III e) II e III
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b) O termo “esse estado” é sujeito de “conhece”. c) O termo “informadíssimos” refere-se ao sujeito de “perdemos”. d) As formas verbais “deixa” e “julga” têm o mesmo sujeito. e) As formas verbais “valem” e “orientam” têm distintos sujeitos.
Indique a afirmação correta, considerando o sentido do conjunto do texto. a) A expressão “hábitos metódicos” seria contraditória se utilizada para caracterizar a rotina dos “homens que voltam para casa” e “vão ao jornal”. b) A expressão “longe de ser”, utilizada no segundo parágrafo, poderia ser substituída por “não deixa de ser”, sem prejuízo para o que afirma o autor. c) Asexpressões “metódico” e“rotineiro” caracterizam uma pessoa volúvel em seus atos. d) A frase “Estar bem informado não é, ainda, viver” afirma o contrário do que diz o último período do texto. e) O “belo recado” a que se refere o autor, no ultimo parágrafo, tem como destinatário todo aquele que acha que o essencial é estar bem informado.
Quanto à função sintática, e dentro do terceiro parágrafo: a) “funcionário público” e “homem tímido” têm classificações diferentes. 140
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A frase em que o termo destacado tem a função de complemento verbal é: a) Somos meros contempladores da vida. b) Soletrar notícias não é o mesmo que participar dos fatos. c) O poeta conhece de perto esse estado da pura observação das coisas. d) As informações não são essenciais em si mesmas. e) Assistimos sentados à variedade do noticiário.
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No período “Embora informadíssimos , perdemos o mundo quando apenas nos dispomos a soletrá-lo”, a oração em destaque conservará o mesmo sentido e o mesmo valor sintático se substituirmos embora pela expressão: a) desde que estejamos b) porque estamos c) uma vez que estejamos d) mesmo estando e) já que estamos
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TEXTO X
a) b) c) d) e)
“Desde os seus primeiros dias, o ano de 1919 trouxe uma inusitada excitação às ruas de São Paulo. Era alguma coisa além da turbulência instintiva, que o calor um tanto tardio do verão quase tropical da cidade naturalmente incitava nos seus habitantes. De tal modo esse novo estado de disposição coletiva era sensível, que os paulistanos em geral, surpresos consigo mesmos, e os seus porta-vozes informais em particular, os cronistas, se puseram a especular sobre ele”. (Autor desconhecido)
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Considere as seguintes afirmativas sobre o uso de artigos no texto. I — Se suprimíssemos o primeiro artigo “os” do texto, isso não acarretaria qualquer erro, já que a ocorrência de artigo antes de possessivo não é obrigatória na língua portuguesa. II — Se substituíssemos o artigo “uma”, no primeiro período, por “a”, isso não acarretaria qualquer alteração de significado, porque ambos desempenham a mesma função semântica e são do mesmo gênero gramatical. III — Se suprimíssemos o artigo “um”, no segundo período, isso não acarretaria qualquer erro, porque no contexto pode-se usar igualmente “um tanto” e “tanto”. Podemos afirmar que estão corretas: a) apenas I b) apenas II c) apenas III d) apenas I e III e) todas estão corretas
Assinale a opção que apresenta sinônimos convenientes para as palavras “inusitada”, “turbulência” e “sensível” sem alterar significativamente os respectivos sentidos. 141
estranha, ventania, perceptível exagerada, perturbação, suscetível estranha, perturbação, suscetível exagerada, ventania, perceptível estranha, perturbação, perceptível
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O trecho “De tal modo... sensível”, no último período, pode ser reescrito de várias maneiras. Assinale aquela em que há alteração do significado original. a) Era de tal modo sensível esse novo estado de disposição coletiva. b) De tal modo era sensível esse novo estado de disposição coletiva. c) Esse novo estado de disposição coletiva era de tal modo sensível. d) Esse novo estado de disposição coletiva de tal modo era sensível. e) De tal modo sensível esse novo estado era de disposição coletiva.
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Assinale a opção correta sobre a razão do uso das duas últimas vírgulas do texto acima. a) Marcam a separação de adjunto adverbial deslocado. b) Marcam a separação de itens de uma série. c) Marcam um vocativo. d) Marcam um aposto. e) Marcam um sujeito deslocado.
TEXTO XI — AS MARCAS DO BEM
solidárias. Um dos exemplos é o programa Crer para Ver. Mantido pela Fundação Abrinq Pelos Direitos da Criança, financiou, em 1998, projetos em 1.103 escolas públicas, localizadas em 16 estados, atendendo a 154.000 crianças. Todas as ideias vieram da comunidade e foram submetidas a análise de um comitê técnico. O dinheiro para manter o programa foi captado com a venda de cartões de Natal. As experiências vividas no trabalho comunitário enriquecem também o dia a dia dentro das empresas. Essa troca é possível porque algumas corporações liberam empregados para ir a campo e fazer trabalho social. Os motivos que levam as empresas a adotarem posturas solidárias não são necessariamente humanitários, mas é inegável que seus projetos aglutinam pessoas dispostas a doar parte de seu tempo e experiência a quem nasce com a sina de perdedor em uma cidade cada vez mais excludente. O consumidor está atento e prefere as marcas de quem faz o bem. No Brasil, ainda não existem dados sobre isso, mas, nos Estados Unidos, pesquisas mostram que mais de 60% das pessoas optam por artigos de fabricantes “politicamente corretos”. Os benefícios à imagem são inegáveis. O diferencial competitivo também. Do lado dos colaboradores, há mais envolvimento.
Nos anos 30, Charles Chaplin empenhava toda a sua criatividade na produção de filmes como Tempos Modernos. Na obra, que se passa durante a Depressão Econômica, o genial Carlitos torna-se operário de uma grande indústria e vira líder grevista por acaso. O filme é uma crítica à industrialização desenfreada, às relações desumanas nas linhas da produção e ao descaso com os deserdados em geral, especialmente os operários. A engraçada — nem por isso pouco ácida — crítica de Carlitos já não cabe a um grupo de empresas que, nos anos mais recentes, introduziram nos seus planos estratégicos a preocupação com a responsabilidade social. Essa nova postura pressupõe o resgate de valores, como o humanitarismo e a solidariedade, além de adoção de princípios éticos na sua relação com empregados, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente. São empresas que abandonaram a posição acomodada de doar um chefe, periodicamente, a instituições em apuros. Essa postura foi substituída por outra, “na qual o aprendizado coletivo é um dos itens mais importantes”, na definição de Guilherme Leal, presidente do conselho consultivo do Instituto Ethos, entidade fundada recentemente para aglutinar empresários que compartilham ideias parecidas, quando o assunto é responsabilidade social. Nessa nova concepção de apoio, o dinheiro quase nunca chega sozinho às entidades sociais. Junto com ele, os empresários transferem o aprendizado que acumulam ao longo dos anos no próprio gerenciamento de seus negócios. “Queremos fortalecer as entidades que apoiamos”, diz Antônio Meireles, diretor-presidente de uma das empresas associadas ao Instituto Ethos. Há, pelo menos, duas consequências dessa postura, que está muito distante do “paternalismo” e da caridade descompromissada. Uma delas é o surgimento de instituições bem gerenciadas e que, por isso mesmo têm mais condições de captar recursos na sociedade. Par destacá-las já existe até um prêmio, o “Bem Eficiente”. O apoio a projetos que nascem na própria comunidade é propriedade das empresas socialmente
(Ícaro Brasil , n. 172, dez. 1998 — com adaptações.)
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Com referência à tipologia textual, o texto: a) é fundamentalmente argumentativo; o redator posiciona-se favoravelmente ao comprometimento de empresas com os problemas sociais, pelo resgate de valores humanitários e solidários. b) é essencialmente a descrição do programa Crer para Ver , pois quantifica as metas alcançadas ao longo de um ano de atividades. c) compara, narrando a história do tratamento dado à questão social nas últimas seis décadas, os resultados de pesquisas acerca do assunto no Brasil e nos Estados Unidos da América. d) é principalmente dissertativo, porque desenvolve o assunto das relações desumanas
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na sociedade industrial contemporânea, exemplificando com iniciativas no sentido da solução desse problema. e) é uma propaganda do Instituto Ethos, pois visa estimular os empresários a adquirirem seus produtos incentivando o consumo.
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De acordo com as ideias do texto, assinale a opção correta. a) Charles Chaplin, com “filmes como Tem pos Modernos ”, criticava as causas da Depressão Econômica: a industrialização desenfreada, as relações de trabalho desumanas e o descaso com os empregados. b) Atualmente, não há mais espaço para a crítica de Carlitos, pois as empresas “introduziram nos seus planos estratégicos a preocupação com a responsabilidade social”. c) O “dinheiro quase nunca chega sozinho às entidades sociais”: em geral, os próprios empresários o levam. d) O programa Crer para Ver , por ter sido criado por empresas, não constitui um exemplo de “experiências vividas no trabalho comunitário”. e) Embora as razões das empresas não tenham sempre caráter humanitário, a postura empresarial solidária por elas adotada leva o consumidor a optar por produtos ligados a esse tipo de ação.
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Segundo o texto, são politicamente corretas: a) todas as experiências vividas no trabalho comunitário, iniciando com Carlitos, na década de 30. b) todas as razões que levam as empresas a adotarem postura solidária. c) as ações de empresas preocupadas com a responsabilidade social que, fugindo da postura paternalista, propõem o humanitarismo e a solidariedade. d) as trocas que algumas corporações fazem com os empregados, liberando-os da carga horária contratual para a prestação de serviços de assistência social. e) somente as iniciativas que visam ao bem-estar da empresa e também dos empregados e de seus familiares.
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No texto, não se estabelece nenhuma relação entre: a) trabalho e alienação b) capital e educação c) industrialização e desumanização d) economia e ética e) empresariado e responsabilidade social
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Não serão respeitadas as ideias do texto caso se substitua: a) “empenhava” por aplicava b) “desenfreada” por descomedida c) “descompromissada” por descomprometida
d) “análise” por apreciação e) “liberam” por concedem
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da na correria; os velhos guardam alguma ansiedade no olhar, nos modos, na lentidão aflita de quem se sente fora do compasso. Na calmaria das cidades pequeninas, é como se a velhice de cada um reafirmasse a que vem das montanhas e dos horizontes, velhice quase eterna, pousada no tempo. Vejam-se as roupas dos velhinhos interioranos: aquele chapéu de feltro manchado, aquelas largas calças de brim cáqui, incontavelmente lavadas, aquele puído dos punhos de camisas já sem cor — tudo combina admiravelmente com a enorme jaqueira do quintal, com a generosa figueira da praça, com as teias no campanário da igreja. E os hábitos? Pica-se o fumo de corda, lentamente, com um canivete herdado do século passado, enquanto a conversa mole se desenrola sem pressa e sem destino. Na cidade grande, há um quadro que se repete mil vezes ao dia, e que talvez já diga tudo: o velhinho, no cruzamento perigoso, decide-se, enfim, a atravessar a avenida, e o faz com aflição, um braço estendido em sinal de pare aos motoristas apressados, enquanto amiúda o que pode o próprio passo. Parece suplicar ao tempo que diminua seu ritmo, que lhe dê a oportunidade de contemplar mais demoradamente os ponteiros invisíveis dos dias passados, e de sondar com calma, nas nuvens mais altas, o sentido de sua própria história. Há, pois, velhices e velhices — até que chegue o dia em que ninguém mais tenha tempo para de fato envelhecer.
Assinale a opção correta quanto à regência e ao emprego do sinal indicativo da crase: a) O filme de Carlitos traça a crítica à um processo de industrialização desenfreado. b) O texto manifesta-se contrário às relações desumanas nas linhas de produção e à indiferença para com as camadas deserdadas, na sociedade em geral. c) A crítica de Carlitos não se sustenta frente a mais de uma dezena de empresa que, às vezes, introduzem para os seus planos estratégias visando a minimização dos problemas atinentes as conjunturas sociais. d) A contribuição pecuniária quase nunca chega sozinha àquelas entidades sociais favorecidas; junto com ela, as empresas transferem na aprendizagem acumulada no longo dos anos. e) O apoio à iniciativas pertinentes a própria comunidade é prioridade junto as entidades socialmente solidárias.
(Celso de Oliveira)
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TEXTO XII Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente velhos que os das metrópoles. Não se trata da idade real de uns e outros, que pode até ser a mesma, mas dos tempos distintos que eles parecem habitar. Na agitação dos grandes centros, até mesmo a velhice parece ainda estar integra144
A frase “Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente velhos que os das metrópoles” constitui uma: a) impressão que o autor sustenta ao longo do texto, por meio de comparações. b) impressão passageira, que o autor relativiza ao longo do texto c) falsa hipótese, que a argumentação do autor demolirá. d) previsão feita pelo autor, a partir de observações feitas nas grandes e nas pequenas cidades.
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e) opinião do autor, para quem a velhice é mais opressiva nas cidadezinhas que nas metrópoles.
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e) No ritmo em que as coisas vão, a própria velhice talvez não venha a ter tempo para tomar consciência de si mesma.
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Indique a afirmação incorreta em relação ao texto. a) Roupas, canivetes, árvores e campanário são aqui utilizados como marcas da velhice. b) O autor julga que, nas cidadezinhas interioranas, a vida é bem mais longa que nos grandes centros. c) Hábitos como o de picar fumo de corda denotam relações com o tempo que já não existem nas metrópoles. d) O que um velhinho da cidade grande parece suplicar é que lhe seja concedido um ritmo de vida compatível com sua idade. e) O autor sugere que, nas cidadezinhas interioranas, a velhice parece harmonizar-se com a própria natureza.
Indique a alternativa em que se traduz corretamente o sentido de uma expressão do texto, considerado o contexto. a) “parecem muito mais plenamente velhos” = dão a impressão de se ressentirem mais dos males da velhice b) “guardam alguma ansiedade no olhar” = seus olhos revelam poucas expectativas c) “fora do compasso” = num distinto andamento d) “a conversa mole se desenrola” = a explanação é detalhada e) “amiúda o que pode o próprio passo” = deve desacelerar suas passadas
TEXTO XIII — O ANÔNIMO
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O sentido do último parágrafo do texto deve ser assim entendido: a) Do jeito que as coisas estão, os velhos parecem não ter qualquer importância. b) Tudo leva a crer que os velhos serão cada vez mais escassos, dado o atropelo da vida moderna. c) O prestígio do que é novo é tão grande que já ninguém repara na existência dos velhos. d) A velhice nas cidadezinhas do interior é tão harmoniosa que um dia ninguém mais sentirá o próprio envelhecimento.
Tão logo o carteiro entregou a correspondência, Eduardo foi em busca daquilo que a experiência já lhe ensinara. Certamente estaria ali: a carta anônima. De fato, não tardou a encontrar o envelope, àquela altura familiar: o seu nome e endereço escritos em neutra letra de imprensa, e nenhuma indicação de remetente (alguns missivistas anônimos usam pseudônimo. Aquele não fazia concessões: nada fornecia que pudesse alimentar especulações com respeito à identidade). Com dedos um pouco trêmulos — a previsibilidade nem sempre é o antídoto da emoção — Eduardo abriu o envelope. Continha, como sempre, uma 145
única folha de papel ofício manuscrita em letra de imprensa. Como de hábito, começava afirmando: “Descobri teu segredo”. Nova linha, parágrafo, e aí vinha a acusação. No presente caso: desonestidade. “Todos acham que você é um homem sério, correto”, dizia a carta, “mas nós dois sabemos que você não passa de um refinado patife. Você está roubando seu sócio, Eduardo. Há muito tempo. Você vem desviando dinheiro da firma para a sua própria conta bancária. Você disfarça o rombo com supostos prejuízos nos negócios. Seu sócio, que é um homem bom, acredita em você. Mas a mim, você não engana, Eduardo. Eu sei de tudo que você está fazendo. Conheço suas trapaças tão bem como você”. Eduardo não pôde deixar de sorrir. Boa tentativa aquela, do missivista anônimo. Desonestidade na firma, isto não é tão incomum. Com um sócio tão crédulo como era o Ênio, Eduardo de fato não teria qualquer dificuldade em subtrair dinheiro da empresa. Só que ele não estava fazendo isso. Em termos de negócios, era escrupulosamente honesto. Mais que isto, muitas vezes repassara dinheiro para a conta de Ênio — um trapalhão em matéria de finanças — sem que este soubesse. Honesto — e generoso. Contudo, como certos caçadores tão pertinazes quanto incompetentes, o autor da carta anônima atirara no que vira e acertara no que não vira. Eduardo enganava Ênio, sim. Mas não na firma. Há meses — em realidade, desde que aquela história das cartas anônimas começara — tinha um caso com a mulher do sócio, Vera: grande mulher. Claro, não poderia garantir que não sentia um certo prazer em passar para trás o amigo que sempre fora mais brilhante e mais bem-sucedido do que ele, mas, de qualquer forma, isto nada tinha a ver com a empresa. Desonestidade nos negócios? Não. Tente outra, missivista. Quem sabe na próxima você acerta. Tente. Tente já. Sentou à mesa, tomou uma folha de papel ofício e escreveu, numa bela, mas inconspícua letra de imprensa: “Descobri teu segredo”.
Julgue os itens a seguir como Verdadeiro ou Falso, considerando o sentido das palavras do texto. ( )
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(Moacyr Scliar)
( )
Para a leitura compreensiva se efetivar, um dos passos essenciais é o entendimento do vocabulário utilizado. 146
52. O vocábulo “concessões” (primeiro parágrafo) está utilizado denotativamente, com o sentido de privilégios; da mesma forma, “especulações” (primeiro parágrafo) traz o sentido de negociações. 53. Contextualmente, “antídoto” (segundo parágrafo) significa droga, veneno. 54. As palavras “desonestidade” (terceiro parágrafo) e “pertinazes” (quinto parágrafo) estão empregadas como antônimos de probidade e de volúveis, respectivamente. 55. O termo “crédulo” (quarto parágrafo) apresenta conotações de religiosidade, significando crente, devoto. 56. A palavra “inconspícua”(últimoparágrafo) tem o significado de ilegível, indecifrável. 57. Infere-se do texto que o remetente era o próprio destinatário das cartas. 58. O título “O Anônimo” é, em face do conteúdo do texto, um emprego irônico dessa palavra. 59. O narrador faz suposições acerca da identidade do remetente, ao registrar, como texto da carta, a seguinte ideia: “nós dois sabemos que você não passa de um refinado patife” (terceiro parágrafo). 60. Infere-se do texto que são comuns casos de desonestidade profissional, mas tal acusação não pode ser aplicada a Eduardo. 61. No sexto parágrafo, depreende-se do texto que Eduardo sentia um complexo de inferioridade profissional perante Ênio. 62. A história acerca das cartas anônimas, conforme contada pelo autor, apresentando-se na forma de uma narrativa curta, densa, pode exemplificar o que é conhecido por crônica. 63. O trecho entre aspas situado no terceiro parágrafo possui várias marcas de oralidade: registros típicos da língua falada, transpostos para a língua escrita.
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64. O texto apresenta algumas expressões típicas da linguagem vulgar, como, entre outras, “patife”, “trapaças”, “trapalhão”. 65. Os trechos registrados entre aspas no texto estão dispostos na forma de discurso indireto. 66. As passagens descritivas são predominantes nos quatro últimos parágrafos. 67. Em “Eduardo foi em busca daquilo ” (primeiro parágrafo), o termo destacado refere-se ao que “a experiência já lhe ensinara” (primeiro parágrafo). 68. Embora o texto seja narrativo como um todo, predomina a descrição. 69. O uso de frases curtas ao lado das frases de maior extensão, principalmente no sexto parágrafo, é um recurso estilístico ligado ao ritmo da prosa, utilizado para dar densidade ao texto, prendendo o interesse do leitor. 70. Ao destacar a figura feminina com “Vera: grande mulher” (sexto parágrafo), o narrador dá duas informações, simultaneamente: que ela era valorosa e também robusta. 71. Com a passagem “Desonestidade nos negócios? Não” (sexto parágrafo), o autor usa de um recurso estilístico denominado apóstrofe.
Rurais Sem-Terra (MST) o que alguns buscam em entidades e organizações como as novas seitas e igrejas: esperança. Mais pragmaticamente, trabalho, comida, teto e, se sobrar, educação e saúde. (Correio Braziliense — com adaptações)
Em relação ao emprego dos elementos no texto, julgue os itens a seguir. ( ) 72. A palavra “franjas”, no primeiro parágrafo, está empregada em sentido figurado e significa periferia , ou seja, a região mais afastada do centro urbano, em geral carente em infraestrutura e serviços urbanos, e que abriga os setores de baixa renda da população. ( ) 73. A palavra “redenção”, no segundo parágrafo, significa salvação eterna , perdão , fé . ( ) 74. As palavras “vácuo ” e “saúde ”, que aparecem no texto, são acentuadas com base na mesma regra ortográfica. ( ) 75. A expressão “Queimaram asas feito mariposas”, no segundo parágrafo, constitui uma metáfora do insucesso, do fracasso, da melancolia, da nostalgia, da saudade . ( ) 76. O vocábulo “teto” está empregado metonimicamente, significando casa , moradia , habitação . ( ) 77. A repetição intencional da preposição sem, no início do terceiro parágrafo, constitui um recurso estilístico de ênfase. ( ) 78. A expressão “Mais pragmaticamente”, no terceiro parágrafo, significamais objetivamente, mais concretamente, de forma mais direcionada para a ação prática.
TEXTO XIV Em qualquer acampamento ou ocupação de sem-terra que se visite, uma constatação é inevitável: grande parte dessas pessoas que vivem embaixo de lonas pretas nas estradas e fazendas saiu das fran jas sujas e maltrapilhas das grandes cidades. Expulsos do campo por um processo cruel de concentração de terras, milhões de trabalhadores rurais buscaram redenção sob o gás néon (o termo, de origem grega, significa novo) das metrópoles. Queimaram asas feito mariposas. Caíram numa espécie de vácuo social — a favela intransponível. Sem emprego, sem saúde, sem teto, sem instrução, esse povo desgraçado pelo descaso das autoridades descobriu no Movimento dos Trabalhadores
TEXTO XV É comum e procedente o comentário de que a justiça e o povo estão separados por um grande abismo, o que torna praticamente impossível ao cidadão leigo, mesmo aquele com grau de instrução superior à média do País, compreender os assuntos inerentes ao Judiciário. Uma das razões que contribuem para esse triste distanciamento — que se confunde com seus próprios efeitos e, por isso, engendra um círculo vicioso — reside na falta de cultura jurídica do povo brasileiro. Falta 147
de cultura jurídica não no sentido de que as pessoas leigas não têm o desejável tirocínio para entender os meandros, o tecnicismo e os termos próprios do Direito, o que realmente não têm. Refiro-me ao fato de que o brasileiro não tem o costume de interessar-se por assuntos relativos à função judiciária do Estado.
uma pergunta: se todas as atividades ficassem com a iniciativa privada e o Estado fosse reduzido a uma única atividade, qual seria essa atividade? A justiça, administrar a Justiça. E isso pressupõe segurança. Se o Estado abdicar de uma dessas funções, ele simplesmente deixa de ser Estado. A palavra Estado existe desde Maquiavel e significa uma nação com um governo institucionalizado e dotada de estabilidade. Estado e estabilidade têm a mesma raiz. Um Estado que deixa de ter estabilidade deixa ser Estado. E um Estado que deixa de ter segurança pública deixa de ter estabilidade.
(Rogério Schietti Machado Cruz. Direito e Justiça, Correio Braziliense )
Com relação às ideias do texto, julgue os itens abaixo. ( ) 79. Mesmo os cidadãos com formação específica em Direito têm dificuldade de compreender os assuntos relativos ao judiciário. ( ) 80. A falta de cultura jurídica do povo brasileiro é razão, e também efeito, do distanciamento entre a justiça e o cidadão. ( ) 81. Os leigos não têm experiência prática suficiente para entender os procedimentos, o tecnicismo e os termos próprios dos trâmites judiciários. ( ) 82. É lamentável que o brasileiro não desenvolva o costume de se interessar pelos assuntos referentes à função judiciária do Estado. ( ) 83. O judiciário cria, voluntariamente, um círculo vicioso entre as pessoas leigas e os meandros do tecnicismo. ( ) 84. “procedentes” (primeiro parágrafo) significa frequente, antigo . ( ) 85. “leigo” (primeiro parágrafo) significa alheio a um assunto, desconhecedor . ( ) 86. “inerentes” (primeiro parágrafo) significa prioritários, especializados . ( ) 87. “engendra” (segundo parágrafo) significa gera, produz . ( ) 88. “tirocínio” (segundo parágrafo) significa vaticínio, tiromancia.
(Flávio Bierenbach. Folha de S.Paulo )
Quanto às ideias do texto, julgue os itens. ( ) 89. Os recursos dos estados são inversamente proporcionais aos recursos da União. ( ) 90. Pode-se inferir que a “redução das atividades públicas” é decorrência de uma preocupação neoliberal de Estado mínimo. ( ) 91. Quanto mais antigo o Estado, mais atividades são deixadas à iniciativa privada. ( ) 92. Nação com governo institucionalizado + estabilidade = Estado. ( ) 93. Se há estabilidade, há segurança pública; se há Estado, há segurança pública e estabilidade. ( ) 94. No primeiro período, o uso do acento gráfico na forma verbal “têm” indica que, no texto, o verbo está concordando com o sujeito simples “União”. ( ) 95. Respeita-se a ideia de negação e a correção gramatical ao se substituir “nenhuma” por “alguma” no primeiro período. ( ) 96. Para respeitar as regras de pontuação, se, no lugar da expressão “uma pergunta”, for usada a expressão “a seguinte pergunta”, então uma vírgula deve ser usada no lugar dos dois-pontos. ( ) 97. Pelo sentido textual, a forma verbal subentendida no início da oração “A justiça, administrar a justiça” é “seria”. ( ) 98. O pronome “isso” em “E isso pressupõe segurança” tem a função textual de retomar e resumir as ideias expressas pela pergunta anterior.
TEXTO XVI Os estados e a União não têm recursos para coisa nenhuma. Hoje em dia, com essa preocupação neoliberal de Estado mínimo, de redução das atividades públicas, de sucateamento da máquina pública, eu faço 148
Capítulo
VI Novo Acordo Ortográfico
O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa é um documento internacional firmado entre os países lusófonos com o objetivo de unificar a ortografia para o idioma. Foi assinado por representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, ao fim de uma negociação entre a Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras iniciada em 1980. Timor-Leste aderiu ao Acordo em 2004. O Acordo visa à padronização e à simplificação do sistema ortográfico. Vários aspectos são enumerados como fundamentais para a reforma, pois a existência de duas ortografias oficiais é prejudicial ao idioma em um mundo globalizado. A padronização unificará a expressão da Língua em termos científicos e jurídicos internacionalmente, no estudo do idioma por instituições educacionais em todos os continentes, na linguagem de trabalho por organismos internacionais. Além disso, o governo brasileiro e o português esperam que o idioma, finalmente, se torne uma das línguas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU). O castelhano deve ser citado como exemplo do objetivo esperado. Embora o idioma apresente variação na pronúncia e no vocabulário entre a Espanha e a América hispânica, sua ortografia é única e regu-
lada pela Associação de Academias da Língua Espanhola. Também o inglês, o francês e diversos outros idiomas possuem ortografia única. As diferenças no uso da linguagem existem, mas as normas ortográficas são padronizadas. Das grandes línguas ocidentais, apenas o Português mantinha-se dividido. Outra razão diz respeito ao próprio valor histórico e dinâmico da língua. Apesar das diferenças semânticas e fonéticas, o idioma é um só, com características diferentes por seus falantes. É certo que existem inúmeras diversidades entre o idioma no Brasil e em Portugal. No entanto, a base linguística é a mesma e muitos são os pontos convergentes. O Acordo busca ampliar o vocabulário e as regras de forma a possibilitar diferentes formas de expressão. Não se busca um retrocesso, mas um avanço. Assim como no Brasil há diversidades fonéticas e vocabulares imensas entre suas regiões, também o português reflete diversidades entre os países lusófonos. Isso não impede a uniformidade ortográfica no Brasil. Também não deve impedir a padronização entre nações. A crítica de que os idiomas são diferentes não é correta. O uso do vocabulário e de construções sintáticas é amplo e permite diferentes formas de expressão.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
Portugal cómodo fenómeno tónico génio bebé António Académico Amazónia
O novo alfabeto As letras “k”, “w” e “y” passarão a ser oficialmente incorporadas ao alfabeto da língua portuguesa. Os dicionários já registram há muito essas letras, que figuram em palavras como kafkiano , wagneriano , hollywoodesco etc. etc., e os países africanos possuem muitas palavras escritas com elas, como kizomba. Assim, o alfabeto da língua portuguesa passa legalmente a ser formado por vinte e seis letras: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z.
Brasil cômodo fenômeno tônico gênio bebê Antônio Acadêmico Amazônia
Acentuação gráfica por outros motivos Com relação à acentuação gráfica das palavras, o Novo Acordo estabelece regras de acentuação com base na posição da sílaba sí laba tônica (oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas, considerando oxítonos os monossílabos tônicos). O Acordo reduz o número de palavras acentuadas e só modifica as regras de palavras paroxítonas. Modificação 1: o acento gráfico nos ditongos abertos tônicos, “ói” e “éi” nas palavras paroxítonas desaparece. Nos vocábulos oxítonos, ele se mantém.
Trema Outra regra consiste na completa eliminação da diérese (mais conhecida por trema) em palavras formadas por qu e e gu em em que o u é é pronunciado de forma frequên uência cia e átona, como em freq e linguiça , respectivamente. Portugal já havia retirado o sinal. A mudança afeta a ortografia no Brasil. Apenas nomes próprios estrangeiros e seus derivados aceitam o trema em tal caso.
Antes
Acentuação gráfica
Acordo
idéia
ideia
jibóia
jiboia
heróico
heroico
Modificação 2: o hiato “oo(s)” das palavras pa-
Poucos idiomas no mundo fazem uso de regras tão complexas na acentuação gráfica de suas palavras como o português. As divergências entre Brasil e Portugal eram muitas. As reformas de 1971 (Brasil) e 1973 (Portugal) avançaram bastante, mas não unificaram as regras de acentuação. Optou-se, no novo acordo, por aceitar dupla grafia em alguns casos e eliminar o acento em outros.
roxítonas deixa de receber acento circunflexo. Antes
Acordo
abençôo
abençoo
enjôo
enjoo
vôo
voo
Modificação 3: o hiato “eem” das formas verbais dos verbos crer, dar, ler, ver (e seus derivados)
deixa de receber acento circunflexo.
Palavras com diferenças de pronúncia
Antes crêem dêem
Algumas palavras são pronunciadas em Portugal com o som tônico aberto e recebem acento agudo. No Brasil, a pronúncia é fechada e o acento é o circunflexo. O Acordo passa a permitir as duas grafias como corretas no idioma.
descrêem lêem prevêem relêem vêem
150
Acordo creem deem descr eem leem preveem releem veem
Português Observação: os acentos nas formas “têm”, “vêm”
leiro, facilita a aprendizagem e o ensino da ortografia nas escolas. Estudos indicam que haverá, em Portugal, alteração de aproximadamente 0,54% dos vocábulos. Embora a quantidade possa parecer pequena, muitas dessas palavras são de uso frequente no dia a dia lusitano.
e derivados não sofrem alteração. Apenas as formas verbais que dobram o “e”: eles têm, eles vêm, eles retêm. Modificação 4: os hiatos tônicos formados por
“i” e “u” deixam de receber acento após ditongo quando paroxítonas.
Antes
Acordo
accionamento
acionamento
coleccionador
colecionador
Antes
Acordo
leccionar
lecionar
feiúra
feiura
acção
ação
baiúca
baiuca
colecção
coleção
fracção
fração
acta
ata
Observação: quando oxítonas, a regra continua
a mesma: Piauí.
activar
Modificação 5: não se acentua mais a vogal “u” tônica dos encontros gue, gui, que, qui. Antes
Acordo
apazigúe
apazigue
averigúe
averigue
rencial nas palavras homógrafas heterofônicas. No entanto, o Acordo prevê dois acentos diferenciais obrigatórios (pôde e pôr) e dois facultativos (fôrma e dêmos). Acordo
pára
para
pólo
polo
pêra
pera
c ôa
coa
dialecto
dialeto
adopção
adoção
adoptar
adotar
óptimo
ótimo
Mantêm-se inalterados vocábulos em que a pronúncia da consoante for percebida: ficcional, perfeccionismo, convicção, sucção, bactéria, néctar, núpcias, corrupção, opção, adepto, inepto, erupção, rapto, opcional, egípcio. De forma a contemplar as diferenças fonéticas, existem abundantes casos de exceções previstas no Acordo. Admite-se, assim, a dupla grafia em muitas palavras: facto-fato, secção-seção, aspeto-aspecto, amnistia-anistia, dicção-dição, sector-setor, caraterística-característica, intersecção-interseção, olfacto-olfato, académico-acadêmico, bónus-bônus, ingénuo-ingênuo, abdómen-abdômen.
Modificação 6: não se coloca mais acento dife-
Antes
ativar
Hífen
Alterações ortográficas devido à fonética
A convenção anterior revelava dificuldade extrema na aplicação das regras de uso do hífen. O Acordo simplifica as regras. Modificação 1 : elimina-se o hífen nas formações por prefixação e recomposição em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o elemento seguinte começa por “r” ou “s”, dobrando-se as consoante consoantes. s.
O Novo Acordo privilegia o critério fonético sobre o critério etimológico. É o que ocorre com a supressão, do lado luso-africano, das chamadas consoantes mudas em palavras como ato (e não acto), direção (e não direcção), ótimo (e não óptimo). Esta supressão, há muito consagrada do lado brasi151
Academia Brasileira de Letras, em sua nota explicativa sobre o Acordo, considerou que também os prefixos “re”, “pre”, “pro” devem constituir exceções à regra e não possuem hífen quando o termo seguinte começa por vogal igual: reeleição, preencher, proótico etc.
Antes
Acordo
auto-realização
autorrealização
auto-redenção
autorredenção
auto-retrato
autorretrato
auto-satirizar
autossatirizar
auto-serviço
autosserviço
auto-sugestão
autossugestão
Antes
Acordo
auto-suficiência
autossuficiência
Agro-industrial
agroindustrial
auto-suficiente
autossuficiente
Anti-aéreo
antiaéreo
auttoau o-ssust sten entá táv vel
auttos au osssust ste ent ntáv áve el
Auto-estrada
autoestrada
co-réu
corréu
co-redator
corredator
Co-autor
coautor
co-responsável
corresponsável
Co-acusado
coacusado
co-segurado
cossegurado
Coo-ad adm ministra s traçã ção o
coa co adm dmin inis istr traç ação ão
co-seno
cosseno
Co-arrendatário
coarrendatário
co-signatário
cossignatário
Co-avalista
coavalista
anti-racional
antirracional
Co-obrigação
coobrigação
anti-radiação
antirradicação
Extra-escolar
extraescolar
anti-realismo
antirrealismo
Extra-oficial
extraoficial
anti-regimental
antirregimental
Auto Au to-a -ate tend ndim imen ento to
auto au toat aten endi dime ment nto o
anti-religioso
antirreligioso
Auto-acusação
autoacusação
anti-roubo
antirroubo
Auto-ajuda
autoajuda
anti-semita
antissemita
Auto-estima
autoestima
anti-social
antissocial
Auto-imposição
autoimposição
semi-racional
semirracional
Auto-imune
autoimune
semi-real
semirreal
Con ontr tra a-i -in ndicaçã c ação o
con co ntr trai aindi dic caç ação ão
semi-reta
semirreta
Cont Co ntra ra-e -esc scri ritu tura rado do
cont co ntra raes escr crit itur urad ado o
semi-secular
semissecular
semi-suspenso
semissuspenso
Contra-escritura
contraescritura
supra-racional
suprarracional
Con ontr tra a-i -in ndicaçã c ação o
con co ntr trai aindi dic caç ação ão
supra-realizado
suprarrealizado
Contra-inquérito
contrainquérito
supra-sumo
suprassumo
Contra-inf or ormar
contrainformar
mega-sena
megassena
Contra-inquirido
contrainquirido
ultra-som
ultrassom
Cont Co ntra ra-i -int nter erpe pela lado do
cont co ntra rain inte terp rpel elad ado o
ultra-rápido
ultrarrápido
Contra-oferta
contraoferta
Contra-opção
contraopção
Con ontr traa-al almir iran ante te
con co ntr traa-a alm lmir iran ante te
Microondas
micro-ondas
Modificação 2: elimina-se o emprego do hífen
nas formações por prefixação e recomposição em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o elemento seguinte começa por vogal diferente daquela. Exemplo: autoatendimento, agroindustrial etc.
Modificação 3: palavras compostas que designam espécies na área da botânica e da zoologia, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento, escrevem-se sempre com hífen: couve-flor, erva-doce, feijão-verde, bem-me-quer, formiga-branca. Modificação 4: ligações da preposição “de” com as formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo “haver” não recebem hífen: hei de, hás de, há de, hão de.
Emprega-se, no entanto, o hífen sempre que, nas formações por prefixação ou recomposição, o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o elemento seguinte começa por vogal igual àquela: semi-interno, arqui-inimigo etc. O Acordo previa apenas uma exceção: o prefixo “co”, que não teria hífen mesmo com as vogais semelhantes: cooperação, cooperar etc. No entanto, a 152
Português
Uso de minúscula
Uso de maiúscula ou minúscula
O Novo Acordo sistematiza a utilização de minúscula em início de palavra. Assim, e como já acontece nos nomes dos dias das semana, escrevem-se com inicial minúscula:
O Novo Acordo prevê o emprego opcional de maiúscula ou minúscula em início de palavra nos seguintes casos: a) Títulos de livros ou obras equiparadas, devendo o primeiro elemento ser sempre grafado com maiúscula inicial, assim como os nomes próprios aí existentes: As pupilas do senhor reitor ou As Pupilas do Senhor Reitor ; A ilustre casa de Ramires ou A Ilustre Casa de Ramires . b) Formas de tratamento, expressões que ex-
a) Meses do ano: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro. b) Pontos cardeais e colaterais: norte, sul, este, oeste, nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste, és-nordeste, és-sudeste, nor-noroeste, nor-nordeste, oés-noroeste, oés-sudoeste, su-sudeste, su-sudoeste. Observação: mantém-se inicial maiúscula nas abreviaturas dos pontos cardeais e colaterais, assim como na designação de regiões com os mesmos pontos: O avião virou-se para N. O Sul está em festa. c) Designações usadas para mencionar alguém cujo nome se desconhece ou não se quer mencionar e que são sinônimas de sujeito, pessoas, indivíduo: fulano, beltrano, sicrano.
c)
primem reverência, hierarquia, cortesia: Senhor Professor ou senhor professor; Vossa Senhoria ou vossa senhoria. Nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas escolares: Português ou português; Língua e Cultura Portuguesa ou língua e cultura portuguesa.
d) Logradouros públicos, templos ou edifícios: Avenida da Liberdade ou avenida da Liberdade.
153
Respostas
Capítulo I — Sinais — Acentuação gráfica
Praticando A: 4, 5, 6, 9, 10, 11,12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 23, 24, 25, 26, 27, 29, 30. Praticando B: 1-E, 2-C, 3-A, 4-C, 5-E, 6-C, 7-A, 8-B, 9-D, 10-E.
Crase Praticando: 1-D, 2-A, 3-D, 4-D, 5-E, 6-E, 7-C, 8-A, 9-C, 10-A, 11-A, 12-A, 13-E, 14-D, 15-A, 16-C, 17-C, 18-B, 19-D, 20-C, 21-E, 22-C, 23-C, 24-A, 25-E.
Capítulo II — Morfologia — Estrutura e formação de palavras
Praticando: 1-D, 2-B, 3-D, 4-B, 5-E, 6-E, 7-B, 8-B, 9-B, 10-B, 11-E, 12-B, 13-B, 14-B, 15-C, 16-E, 17-E, 18-D, 19-A, 20-D.
Classes de palavras Praticando: 1-A, 2-C, 3-B, 4-D, 5-D, 6-A, 7-A, 8-C, 9-E, 10-D, 11-E, 12-C, 13-D, 14-C, 15-C, 16-A, 17-D, 18-E, 19-E, 20-D, 21-E, 22-D, 23-D, 24-C, 25-C, 26-A, 27-E, 28-C, 29-E, 30-D, 31-E, 32-B, 33-B, 34-B, 35-C, 36-C, 37-D, 38-C, 39-E, 40-E. Colocação pronominal Praticando: 1-C, 2-E, 3-E, 4-E, 5-C, 6-E, 7-E, 8-E, 9-C, 10-C, 11-C, 12-E, 13-C, 14-E, 15-C, 16-E, 17-C, 18-E, 19-C, 20-E, 21-C, 22-E, 23-C, 24-C, 25-D, 26-D, 27-B, 28-A, 29-C, 30-B. Verbo Praticando: 1-A, 2-D, 3-C, 4-C, 5-A, 6-A, 7-B, 8-D, 9-D, 10-C, 11-C, 12-A, 13-D, 14-A, 15-B, 16-D, 17-D, 18-D, 19-A, 20-C, 21-D, 22-D, 23-D, 24-C, 25-D,
26-E, 27-E, 28-C, 29-D, 30-E, 31-D, 32-E, 33-C, 34-E, 35-D, 36-C, 37-C, 38-D, 39-A, 40-D.
Capítulo III — Análise sintática Período simples
Praticando I: Questão A: 1-A, 2-B, 3-D, 4-D, 5-E, 6-C, 7-D, 8-A, 9-A, 10-A, 11-E, 12-A, 13-A, 14-B, 15-D, 16-A, 17-A, 18-C, 19-C, 20-B. Questão B: 1-A, 2-A, 3-B, 4-A, 5-B, 6-B, 7-B, 8-B, 9-A, 10-A, 11-A, 12-B.
Praticando II: Questão A: 1-VL, 2-VTD, 3-VTD, 4-VL, 5-VL, 6-VTDI, 7-VI, 8-VL, 9-VI, 10-VI, 11-VL, 12-VI, 13-VTD, 14-VI, 15-VTD, 16-VTDI, 17-VTDI, 18-VTD, 19-VL, 20-VTD. Questão B: 1-A, 2-E, 3-E, 4-D, 5-C, 6-F, 7-G, 8-H, 9-G, 10-E, 11-H, 12-E, 13-G, 14-E, 15-B, 16-H, 17-E, 18-E, 19-A, 20-B. Praticando III: 1-B, 2-A, 3-A, 4-B, 5-B, 6-B, 7-A, 8-B, 9-B, 10-B, 11-A, 12-B, 13-A, 14-B, 15-B, 16-A, 17-B, 18-A, 19-A, 20-B. Praticando IV: 1-A, 2-B, 3-E, 4-F, 5-D, 6-D, 7-C, 8-D, 9-D, 10-C, 11-C, 12-B, 13-D, 14-B, 15-F. Praticando V: 1-A, 2-B, 3-B, 4-A, 5-C, 6-D, 7-E, 8-A, 9-B, 10-D, 11-D, 12-D, 13-D, 14-D, 15-E, 16-A. Praticando VI: 1-conjunção, 2-pronome reflexivo, 3-conjunção, 4-conjunção, 5-partícula apassivadora, 6-parte integrante do verbo, 7-índice de indeterminação do sujeito, 8-partícula apassivadora, 9-partícula apassivadora, 10-índice de indeterminação do sujeito, 11-pronome reflexivo,
Capítulo IV — Semântica e ortografia
12-pronome reflexivo, 13-pronome recíproco, 14expletivo, 15-conjunção, 16-conjunção, 17-sujeito, 18-conjunção, 19-partícula apassivadora, 20-índice de indeterminação do sujeito. Questões de prova: 1-A, 2-A, 3-D, 4-E, 5-C, 6-C, 7-A, 8-C, 9-D, 10-D, 11-B, 12-C, 13-C, 14-D, 15-E, 16-A, 17-B, 18-D, 19-E, 20-C, 21-A, 22-B, 23-B, 24-A, 25-E, 26-D, 27-A, 28-B, 29-B, 30-E.
1. À medida que estudo, mais aprendo. 2. O juiz proferiu a sentença com base nos argumentos apresentados. 3. A princípio não gostei da cidade, porém com o tempo passei a me adaptar muito bem. 4. A princípio/Em princípio todos são inocentes. 5. Ela me viu através/por meio da janela de vidro. 6. O sangue corre através/por meio das veias. 7. Ela foi me conhecendo melhor através/por meio dos anos. 8. O projeto será regulamentado por meio de novas leis. 9. Não gostava dele na condição de ministro da Fazenda. 10. Em face do ocorrido, os argumentos não se sustentam. 11. O relatório não ficou pronto, haja vista o prazo curto solicitado. 12. O trabalho foi mais bem elaborado. 13. Deixarei o processo no protocolo. 14. O parecer chegou e ele apresenta erros de conteúdo. 15. A meu ver, o processo está encerrado. 16. O réu gastou uma soma vultosa. 17. Devido ao mau tempo, não poderei viajar hoje. 18. Mandei imprimir a propaganda em cores. 19. Tenho bastantes assuntos para conversar com você. 20. Os candidatos não sabiam por que estavam ali. 21. O campeonato carioca já não é mais organizado, tampouco honesto. 22. Todos estão a par dos últimos acontecimentos. 23. Em face de nova legislação, não haverá mais feriado. 24. Não concordo. As ideias vêm de encontro aos meus interesses. 25. O local se situa ao lado do prédio onde trabalha o senador. 26. O local se situa ao lado do prédio aonde você foi ontem. 27. Tudo foi concluído no prazo, haja vista o esforço de todos. 28. Você sabe que é proibido entrada de estranhos ao colégio. 29. Solicitamos (diretoria) a essa presidência que nos apresente a solução.
Período composto Praticando I: 1-A/E/B/D/C/B/B/C/D/D/F/A, 2-B, 3-E, 4-C, 5-D, 6-E, 7-A, 8-E, 9-D, 10-D. Praticando II: B/C/A/A/D/E/B/C/D/A/A/C/D/F/G. PraticandoIII: restritiva/explicativa/explicativa/restritiva. Praticando IV: causal/concessiva/comparativa/consecutiva/causal/condição/concessiva/consecutiva/ conformativa/proporcional/condicional/causal/ conformativa/comparativa/finalidade/proporcional/temporal. Questões de prova: 1-B, 2-E, 3-E, 4-A, 5-E, 6-B, 7-E, 8-D, 9-D, 10-C, 11-E, 12-B, 13-D, 14-E, 15-A, 16-E, 17-D,18-D, 19-B, 20-C. Concordância verbal 1-D, 2-D, 3-E, 4-D, 5-E, 6-A, 7-D, 8-E, 9-E, 10-D, 11-A, 12-D, 13-C, 14-E, 15-E, 16-C, 17-E, 18-C, 19-C, 20-B, 21-B, 22-A, 23-C, 24-B, 25-A, 26-A, 27-A, 28-A, 29-B, 30-D. Concordância nominal 1-C, 2-A, 3-E, 4-A, 5-E, 6-C, 7-B, 8-A, 9-E, 10-D, 11-A, 12-B, 13-D, 14-E, 15-D, 16-D, 17-A, 18-E, 19-A, 20-A, 21-B, 22-B. Regência 1-A, 2-C, 3-D, 4-E, 5-A, 6-C, 7-C, 8-C, 9-A, 10-E, 11-D, 12-D, 13-C, 14-B, 15-D, 16-B, 17-B, 18-C, 19-E, 20-C, 21-C, 22-A, 23-C, 24-E, 25-C, 26-D, 27-B, 28-C, 29-C, 30-E, 31-D, 32-E, 33-E, 34-D, 35-D, 36-A, 37-C, 38-C, 39-C, 40-C. Pontuação 1-C, 2-C, 3-D, 4-B, 5-D, 6-B, 7-E, 8-A, 9-E, 10-B, 11-A, 12-B, 13-A, 14-B, 15-E, 16-B, 17-A, 18-C, 19-B, 20-C, 21-E, 22-A, 23-B, 24-C, 25-A, 26-D, 27-B, 28-A, 29-E, 30-C, 31-C, 32-A, 33-E, 34-C, 35-A, 36-E, 37-D, 38-E, 39-A, 40-E. 156
Português
30. Informei-lhe que não receberia visitas hoje. 31. Ficou clara, pela interpretação do texto, a arrogância da personagem. 32. Ele deve voltar, uma vez que havia dúvidas sobre o caso. 33. A princípio, ele não gostou do livro, mas depois adorou. 34. Em relação ao assunto acerca dos últimos resultados. 35. O jogador do Botafogo joga muito mal. 36. Todos sabem que você realizou um mau negócio naquele dia. 37. Minha irmã não sabe falar inglês, tampouco meu irmão. 38. Tenho tão pouco interesse no livro. 39. Em face do ocorrido, não viajarei no feriado. 40. Ela concordou. Sua opinião veio ao encontro da minha. 41. Por que a prova foi difícil? 42. Segue o termo de rescisão do contrato. 43. Para saldar a dívida, você precisará trabalhar muito. 44. O rádio informou ser iminente a ocorrência de chuvas na região. 45. O eminente professor retornou à sua rotina. 46. Os trabalhadores que infringirem as regras serão punidos. 47. Já houve rumores sobre você. 48. A prova foi difícil por quê? 49. Ela soube agir com muita discrição. 50. Em princípio não haverá reunião amanhã. 51. Não sei por que ela não entendeu o assunto. 52. Ele foi considerado mais bem preparado para a função. 53. Comprei oitocentos gramas de queijo. 54. A casa já foi quitada há cinco anos. 55. O jogador foi punido a fim de servir de exemplo. 56. O diretor não quer mais porquês. 57. Essas são as razões por que não o visitei. 58. As mudanças ainda não foram absorvidas pelos alunos. 59. Ele está a ponto de sofrer punições.
60. Devemos condenar toda discriminação racial e religiosa. 61. Concordo com tudo, pois vem ao encontro do que defendo. 62. Sempre tive dúvidas acerca de seus atos. 63. Em vez de ir nadar, estudou. 64. A menina viu tudo através da porta de vidro. 65. Temos de agir com cautela e muita discrição. 66. Em princípio, todos irão à festa amanhã. 67. Não se preocupem, pois já estou a par de tudo. 68. Ele cometeu o crime há cerca de dois anos. 69. Deve-se infligir penas aos infratores contumazes. 70. A empresa impetrou um mandado de segurança. 71. Estou fazendo a prova sozinho, a fim de mostrar o que sei. 72. Estou à procura de uma resposta há cerca de vinte minutos. 73. Ontem, a Assembleia realizou duas sessões extraordinárias. 74. Os ladrões abandonaram uma vultosa soma no carro. 75. O mandado de prisão deve conter a assinatura do juiz. 76. O juiz inflingiu dura pena ao réu. 77. Ele mora aonde você foi ontem. 78. Em nível de Brasília, a qualidade de vida é boa. 79. Se não voltar cedo, não conseguirá estudar.
Capítulo V — Questões de interpretação de texto 1-C, 2-A, 3-B, 4-E, 5-D, 6-E, 7-A, 8-B, 9-D, 10-B, 11-D, 12-A, 13-D, 14-E, 15-A, 16-C, 17-E, 18-D, 19-E, 20-B, 21-D, 22-A, 23-E, 24-D, 25-B, 26-A, 27-B, 28-B, 29-B, 30-C, 31-D, 32-A, 33-D, 34-E, 35-C, 36-B, 37-D, 38-A, 39-E, 40-E, 41-D, 42-A, 43-E, 44-C, 45-A, 46-E, 47-B, 48-A, 49-B, 50-E, 51-C, 52-F, 53-F, 54-V, 55-F, 56-F, 57-V, 58-V, 59-F, 60-V, 61-V, 62-V, 63-V, 64-F, 65-F, 66-V, 67-F, 68-F, 69-V, 70-F, 71-F, 72-V, 73-F, 74-F, 75-F, 76-V, 77-V, 78-V, 79-F, 80-V, 81-V , 82-F, 83-F, 84-F, 85-V, 86-F, 87-V, 88-F, 89-F, 90-V, 91-F, 92-V, 93-V, 94-F, 95-V, 96-F, 97-V, 98-F.
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