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Abdul Gafar Daúdo
Apresentação Este portfólio apresenta um conteúdo diversificado da Zoologia Sistemática e Filogenética, em que foi usada a metodologia baseada na comunicação directa, através das aulas dadas pelo docente, que cujo estas foram leccionadas com uma linguagem acessível e objectiva. Além disso, os temas aqui tratados e as necessidades de desenvolver as informações ou temas, usou-se algumas obras.
A cerca de mim Nome do estudante: Abdul Gafar Daúdo Idade: 32 anos, Sexo: Masculino Local de estudo: Universidade Pedagógica – Delegação de Montepuez. Curso: Biologia, 1º ano. Sou uma pessoa que apesar de viver em um mundo conturbado, acredita em dias melhores. Alguém autêntico que luta pelos seus objectivos e não desiste dos seus sonhos. Objectivos relacionados a esta cadeira Obter o suficiente de conhecimentos sobre: •
O reino animal e seu desenvolvimento, facilitando na organização desses animais usando o sistema natural de classificação;
•
Fases da evolução da taxonomia, facilitando a percepção do grau parentesco dos animais.
•
O desenvolvimento evolutivo dos animais ao passar dos tempos e o desenvolvimento dos diferentes órgãos durante essa evolução;
Objectivos do portfólio académico
Aprender a aprender, fazendo;
Levar o aluno ao universo da pesquisa, desenvolvendo o gosto pela leitura;
Propiciar o registo, análise e acompanhamento das acções quotidianas no diário de aprendizagem.
―Abrir um portfolio bem feito é
como abrir uma arca do tesouro.‖ (Shores e Grace, 2001)
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ndice Introdução ao estudo ds Zoologia Sistemática e Filogenetica …………………………… ... 1
Diversidade de sistemas de classificação…………………………………………..…….. 10 Protozoários ……………………………………………………………………….…….... 21 Metazoários ……………………………………………………………………………......39 Filo dos Radiatas (Cnidários e Ctenophora) ………………………………………… .…...52 Classe Cubozoa e Classe Sciphozoa ………………………………………………….…...59
Filo Platyhelminthes – Classe tubellaria …………………………………………….…….73 Filogenia dos Protostômios– Filo Molusca ………………………………………….…...79 .….… .84 Classe Gastrópode e Classe Cephalopode ………………………………………… Filogenia e História natural dos protostômios …………………………………… .……... 88
Filo Annelida – Classe Polichaeta, Oligochaeta e Hirundinea …………………….…….. 90 Filo Artrópoda ou articulata– Subfilo Quelicerata ………………………………….……95 Classe Crustácea e Classe dos Insectos …………………………………………….……105
Filo hemichordata ………………………………………………………………….….... 117 Filo Echinodermata ………………………………………………………………….…..124 Estudo do Filo Chordata e Subfilo Urochordata………………………………….…….132 Subfilo Cefalochordata ……………………………………………………………….…138 Superfamilia Tetrapoda ……………………………………………………………....….152 Classe Mammalia ………………………………………………….…………………….166 Conclusão …………………………………………………………………………... …..170 Auto-avaliação …………………………………………………………………………..171 Bibliografia ……………………………………………………………………………...172
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Dia: 27- Julho - 2011
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Introdução ao estudo da Zoologia Sistemática e filogenética A zoologia é parte da biologia que estuda os animais sob todos os aspectos. Nesse contexto, esta disciplina é adequada, pois apresenta um enfoque evolutivo– ecológico que destina-se a analisar a história zoológica das espécies focalizando os animais, suas diversas formas, estruturas, órgãos e sistemas com características que permitem a adaptação dos grupos de animais nos diversos meios, possibilitando o entendimento de como os seres vivos estão classificados, sua manutenção e as relações que ocorrem entre eles e o ambiente, possibilitando um equilíbrio dinâmico do ecossistema. Zoologia Sistemática e Filogenética, encarrega-se em procurar os diferentes seres vivos existentes, dar nome, e aqueles que não existiam, descobrir e dar o seu respectivo nome. Aplica-se em vários momentos desde a existência do homem, usamos ela na medida em que tentamos descobrir o animal, (sua srcem, evolução, habitat, alimentação, entre outros).
Zoologia Sistemática é o ramo da zoologia que se ocupa na organização, caracterização e denominação dos grupos de animais. A zoologia sistemática sub divide-se em (2) dois grupos:
Taxonomia ―é o capítulo da sistemática que tem por fim, entre outros, a
organização, definição e ordenação de grupos de animais‖ (MATEUS, 1986:43). Assim pode-se dizer que a Taxonomia é o ramo da ciência que trata da ordenação (classificação) e denominação (nomenclatura) dos seres vivos, agrupando-os de acordo com o seu grau de semelhança. Tem dois objectivos principais: considerar organismos estruturalmente relacionados e separá-los pelas respectivas espécies, descrevendo as características que distinguem uma espécie da outra; e ordenar as espécies, por categorias taxonómicas do género ao reino.
A nomenclatura zoológica ―é a aplicação de nomes distintos a cada uma das
classes reconhecidos numa dada classificação zoológica ‖ (SIMPSON, 1962:13). Portfólio de Zoologia S&F
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Assim, Nomenclatura é uma parte da zoologia sistemática que se ocupa nas regras da nomenclatura dos diferentes animais segundo as regras taxonómicas.
Sistema de Classificação e sua Evolução A Zoologia Sistemática começa com a srcem do homem. Os primeiros homens classificavam os seres vivos segundo as suas necessidades, esse tipo de classificação é conhecida como classificação empírica ou prática, pois o homem ia lidar-se directamente com o objecto ou com o animal (semelhanças morfológicas). O mais importante para os nossos antepassados era organizar as plantas e os outros animais em comestíveis ou não, perigosos ou não, úteis ou sem interesse, o tipo de critérios que e m forma os chamados sistemas de classificação práticos. Assim, por motivos óbvios, essas classificações, chamadas práticas, foram abandonadas. O sistema natural actual de classificação emprega todos os dados disponíveis: estrutura, embriologia, fisiologia, distribuição, entre outros.
A primeira tentativa conhecida de classificação foi feita pelo filósofo grego Aristóteles (384- 322 a.C.). Mais tarde, Teofrasto, um discípulo de Aristóteles (372 à 287 a.C.), veio classificar as plantas bem como os animais em aéreos, terrestres e aquáticos, este usou o meio como características de classificação. Descreveu todas as plantas conhecidas no seu tempo: ao classificar as plantas, um dos critérios utilizados foi o tamanho; ele as dividia em árvores, arbustos, subarbustos e ervas. Com a evolução do tempo Aristóteles trabalhou principalmente com animais e classificou várias centenas de espécies. Ele dividia os animais em dois grandes grupos: os com sangue e os sem sangue. De Aristóteles até o começo do século XVIII houve pouco progresso. Foram elaborados alguns sistemas de classificação mas com pouco sucesso. Os critérios eram arbitrários, alguns Biólogos classificavam os animais de acordo com seu modo de locomoção, outros conforme o ambiente em que ele vivia, e outros.
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Classificação Artificial As primeiras classificações eram consideradas artificiais, pois utilizavam critérios que não reflectiam as possíveis relações de parentesco entre os seres vivos.
Classificação Natural Hoje em dia classificações são naturais, pois procuram agrupar os seres vivos de acordo com o maior número possível de semelhanças, tentando estabelecer relações de parentesco evolutivo entre os mesmos. As classificações naturais assim como as artificiais são racionais, pois são sistemas de ordenação e classificação dos seres vivos segundo as suas características. Considerando-se o imenso número de idiomas e dialectos espalhados pelo mundo, torna-se absurdo o número de nomes diferentes pelos quais são chamados os animais. Assim, em 1735, o sueco Karl Von Linné, desenvolveu um sistema de categorias hierárquicas que, com algumas modificações, é usada hoje. No entanto, ele não levou em conta as relações de parentesco evolutivo entre seres vivos, pois acreditava que as espécies existentes na Terra tinham sido criadas uma a uma por Deus e que, desde o instante da criação até então, elas teriam permanecido sem qualquer alteração. Esse princípio da imutabilidade, denominado fixismo, era crença generalizada entre os naturalistas da época de Linnaeus. O critério básico da classificação de Lineu era a semelhança anatómica entre os organismos, pois as espécies eram consideradas tipos padrões e imutáveis, conceito este chamado de fixismo. Ainda não havia surgido a teoria da evolução biológica, hoje universalmente aceita, pelo menos no mundo científico. Com a aceitação da teoria evolutiva, as espécies deixaram de ser vistas como grupos estáticos de seres vivos. No sistema proposto por Linnaeus a espécie é a unidade de classificação e pode ser definida como sendo ―um grupo de organismos que se acasalam na Natureza e cujos descendentes são férteis‖.
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O actual sistema de classificação dos organismos também considera a espécie como unidade de classificação. As diferentes categorias de classificação, chamadas de categorias taxonómicas, foram ampliadas. Linnaeus elaborou um sistema de classificação onde havia 5 categorias: Reino (mais geral) - Classe - Ordem - Género - Espécie (unidade de classificação). Actualmente são sete categorias hierárquicas obrigatórias constantes deespécies semelhantes, que eram agrupadas em um mesmogénero; os géneros semelhantes são agrupados numa mesma família; famílias semelhantes são reunidas numa ordem ; ordens semelhantes são agrupadas em uma classe; classes semelhantes são agrupadas em um filo ou divisão, e filos ou divisões semelhantes são agrupadas em umreino. As categorias podem ser representadas, da mais ampla para a mais restrita, da seguinte maneira: Reino
Filo
Classe
Ordem
Família
Género
Espécie
Além dessas categorias, muitas vezes são utilizadas categorias intermediárias, tais como subfilo, infraclasse, superordem, superfamília, subgénero, subespécie. Actualmente as categorias reconhecidas no ICZN (Código Internacional da Nomenclatura Zoológica), acrescentadas algumas categorias são: Reino
Filo
Superclasse
Classe
Subclasse
Coorte
Superordem
Ordem Subordem Superfamília Familia Subfamília Tribo Genero Subgenero Especie Subespecie.
Classificação horizontal É aquela cuja classificação dos seres vivos é feita em critérios não evolutivos. Classificação Vertical ou Filogenética ou ainda Felética Aquela classificação dos seres vivos que aceita os processos evolutivos. Para além dessas classificações, existe a chamadaFenética, em que esta não segue os princípios evolutivos, pois na altura ou no momento da construção da arvore filogenética ou genética, não cumpre com algumas regras do processo evolutivo. Portfólio de Zoologia S&F
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Fig. 1. Sistemas de classificação dos seres vivos Sistema de classificação dos seres vivos
Classificação prática (baseada no interesse
Classificação racional (baseada nos caracteres dos
humano)
seres vivos)
Artificial (considera poucas características)
Natural (considera maior número de caracteristicas possiveis)
Horizontal ou fenética (previlegia as características estruturais dos organismos e não têm em conta o factor tempo)
Vertical/Filogenética/Cladis tica (previlegia as relações de parentesco entre os seres vivos e tem em conta o factor tempo)
Fonte: Adaptado pelo autor 2011.
Conceitos Para o padre John Ray, espécie do latim Specie é um grupo de indivíduos que possuem algumas características comuns, cujas essas devem ser dos seus ancestrais. Lineu veio a definir como sendo: Um conjunto de indivíduos activos, que tem em comum muitas características anatómicas, fisiológicas, bioquímicas e comportamentais, com a capacidade de cruzar entre si e dar descendentes férteis.
Espécie é “A unidade de classificação usada pelos biólogos é chamada espécie, porém
a palavra é usada para animais e vegetais tão semelhante que não só tenha as mesmas características estruturais, como também possam ser cruzadas livremente na natureza e produzir descendentes férteis‖ (SAMPAIO e MACHADO, s/d : 14) . Assim, Espécie são indivíduos que, além das características genéricas, têm em comum outras características pelos quais se assemelham entre si, são capazes de cruzar entre si e dar descendentes férteis e se distinguem dos das demais espécies. Portfólio de Zoologia S&F
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Sistemática: Utiliza os dados de diversos ramos do conhecimento para agrupar os seres vivos de acordo com o seu grau de parentesco e a sua história evolutiva. O seu objectivo é procurar as relações evolutivas entre os organismos e expressar essas relações em sistemas taxonómicos.
Classificação zoológica ―é a ordenação dos animais em classes (ou conjuntos) na base dos seus parentescos, ou seja, de associação por contiguidade, por semelhanças ou por ambas‖ (SIMPSON, 1962:10).
Categoria taxonómica ―é uma classe cujos membros são todos os taxons colocados a
um determinado nível numa classificação hierárquica‖ (SIMPSON, 1962:22). Taxon ―é um grupo de organismos reais reconhecido como uma unidade formal a qualquer nível de uma classificação hierárquica‖ (SIMPSON, 1962:22). Filo - é agrupamento mais elevado geralmente aceites em cada um dosReinos em que os seres vivos foram divididos tendo em conta os seus traços evolutivos e a sua estrutura e ancestralidade. Cada filo representa o agrupamento mais alargado geralmente aceite de seres vivos que partilham certas característicasevolutivas comuns.
Ordem é a categoria taxonómica que agrupa famílias relacionadas filogeneticamente, distinguíveis das outras por diferenças marcantes, e que é a principal subdivisão das classes.
Família - Reúne géneros semelhantes e estas estão reunidas em classes e as classes em Divisão.
Género ―é uma categoria sistemática que contém uma ou mais espécies de presumível
srcem filogenética comum que se separa de outras unidades similares por limites marcados‖ (MATEUS apud MAYR, 1986:43). Em outras palavras, género é o agrupamento de espécies semelhantes ou parecidas entre si, que signifiquem relações genéticas. Portfólio de Zoologia S&F
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Reino ―é a categoria superior da classificação científica dos organismos introduzida por Lineu no século XVIII‖ (http://pt.wikipedia.org) Classe - é a categoria taxonómica que agrupa ordens relacionadas filogeneticamente, distinguíveis das outras por diferenças marcantes,e que é a principal subdivisão dos filos.
Regras básicas de nomenclatura Zoológica Em 1735, o sueco Carl von Linné, botânico e médico, conhecido simplesmente por Lineu, lançou seu livro Systema Naturae, no qual propôs regras para classificar e denominar animais e plantas. Porém, foi somente na 10ª edição do seu livro, em 1758, que ele sugeriu uma nomenclatura mais simples, onde cada organismo seria conhecido por dois nomes apenas, seguidos e inseparáveis. Surgiu assim a nomenclatura binomial, a qual é ainda hoje utilizada. As regras para a denominação científica dos seres vivos foram firmadas posteriormente, no I Congresso Internacional de Nomenclatura Científica, em 1898. A denominação científica dos animais segue certas regras definidas, as quais são esboçadas no Código Internacional de Nomenclatura Zoológica.―Nomes científicos são
latinizados, mas podem ser derivados de qualquer outra língua ou de nomes de pessoas ou lugares; a maioria dos nomes é derivada de palavras latinas ou gregas e geralmente refere-se a alguma característica do animal ou do grupo denominado ‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:05). Por convenção, os nomes genéricos e específicos são latinizados, enquanto o nome das famílias, ordens, classes e outras categorias não o são, embora tenhamletra inicial
maiúscula. As principais regras da nomenclatura científica estão resumidas a seguir: O nome dos animais deve ser escrito em latim de srcem ou, então, latinizados.
Sendo obrigatório dois nomes no mínimo. O primeiro é do gênero e o segundo á da espécie (Binominal). Ex.:Felis catus. Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binomial, sendo o
primeiro termo para designar o seugénero e o segundo, a sua espécie. Considera-se Portfólio de Zoologia S&F
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um erro grave usar o nome da espécie isoladamente, sem ser antecedido pelo género. O nome do gênero deve ser escrito sempre com a inicial maiúscula; O nome relativo à espécie deve ser um adjectivo escrito com inicial minúscula,
salvo raríssimas excepções: nos casos de denominação específica em homenagem a pessoa célebre. Por exemplo no Brasil, há quem escreva:Trypanosoma Cruzi, já que o termo Cruzi é a transliteração latina do nome de Oswaldo Cruz, uma homenagem a esse grande sanitarista brasileiro. Em trabalhos científicos, após o nome do organismo é colocado, por extenso ou
abreviadamente, o nome do autor que primeiro descreveu e denominou, sem qualquer pontuação intermediária, seguindo-se depois uma vírgula e data da primeira publicação. Exemplos: Cachorro: Canis familiaris Lineu ou L., 1758. Ancilóstoma: Ancylostoma duodenale Creplin ou C., 1845. Quando existe subgênero, o seu nome deve ser colocado depois do nome do gênero,
entre parênteses e deve ser sempre escrito com inicial maiúscula. Ex.:Anopheles (Nyssurhynchus) darling. A designação para espécies é binomial, mas para subespécies é trinomial. Por
exemplo: Mycobacterium tuberculosis hominis (tuberculose humana), Mycobacterium tuberculosis bovis (tuberculose bovina), Mycobacterium tuberculosis avis (tuberculose aviária). Em zoologia, a família é denominada pela adição do sufixoidae ao radical
correspondente ao nome do género-tipo (género mais característico da família). Para subfamília, o radical adotado é inae. Exemplos: Gato - gênero: Felis; família: Felidae; subfamília: Felinae. Lei da prioridade. Adopta-se sempre o nome primeiramente usado para descrever
a espécie, desde que tenha sido publicado e acompanhado por uma indicação, definição e descrição, e o autor tenha aplicado os princípios da nomenclatura binária; Todo nome científico deve estardestacado no texto. Pode ser escrito emitálico, se
for impresso, ou sublinhado se for em trabalhos manuscritos. A substituição de nomes científicos é permitida somente em casos excepcionais,
adotando para esses casos uma notação especial, já convencionada, que indica tratar-se de espécime reclassificado. Desta forma, se a posição sistemática de um organismo é modificada, o nome científico deve assumir a seguinte forma: Portfólio de Zoologia S&F
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menciona-se o nome do organismo já no novo género e, a seguir, entre parênteses, o nome do primeiro autor e a data em que a denominou; só então, fora dos parênteses, coloca-se o nome do segundo autor e a data em que reclassificou o espécime. Assim, a denominação da formiga saúvaAtta sexdans (Lineu, 1758) Fabricius, 1804, indica que Fabricius mudou de género o animal inicialmente descrito e "batizado" por Lineu. Ao publicar a descrição de uma nova espécie, é prática comum designar um
espécime-tipo, descrevê-lo e indicar em que colecção foi colocada.
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Dia: 01- A osto - 2011
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Marcação de um trabalho com o tema Classificação científica de vinte animais
Diferentes, segundo critérios naturais, e a sua entrega será no dia 15-08-11. Diversidade em Sistema de Classificação Podemos distinguir seis sistemas de classificação diferentes: classificação em dois reinos, classificação em três reinos, classificação em quatro reinos, classificação em cinco reinos, classificação em seis reinos e classificação em três domínios.
Aristóteles Até ao séc. XIX dizia-se que os seres vivos se dividiam em plantas e animais. O sistema de classificação em dois reinos, de Aristóteles e Lineu, separava os seres em dois reinos distintos: as plantas e os animais, tendo em conta:
O tipo de nutrição (autotrófica – plantas e
heterotrófica – animais); A morfologia (sem forma – plantas e com forma – animais); Fig. 2 – Os dois reinos.
A locomoção (as plantas são fixas e os animais
não);
Os constituintes das células (as plantas têm parede celular celulósica e os animais têm outros constituintes no interior das células).
A vantagem deste sistema de classificação é a sua simplicidade que tornava a classificação óbvia e bem definida para os seres macroscópicos, embora tivesse uma limitação perante a classificação dos fungos, que não se encaixavam no reino das plantas.
Haeckel Ernst Heinrich Philipp August Haeckel (1834 – 1919), naturalista foi o primeiro a propor (1866) uma divisão para os ―micróbios‖. Portfólio de Zoologia S&F
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Haeckel separou as formas de vida em três reinos Plantae, Protista e Animalia - e representou-os como uma árvore (Fig. 3). Basicamente afirmou que os seres vivos se dividiam em plantas, animais e seres microscópicos a que deu o nome de protista. Este sistema de classificação não foi aceite de forma geral, uma vez que, o próprio Haeckel estava relutante em quebrar a antiga tradição dos dois reinos. Fig. 3 – Os três reinos.
Chatton Edouard Chatton , em 1937, devido às bactérias terem umas estrutura celular diferente propôs a divisão em dois domínios: Procariota e Eucariota. Nesta classificação os procariotas não têm núcleo organizado enquanto as células dos eucariotas têm o núcleo individualizado por uma membrana.
Copeland Herbert F. Copeland (1902–1968), em 1956, propõe 4 reinos: Monera, Protista, Plantae e Animalia. Ele retira ao reino dos protistas designado por Haeckel as bactérias e as cianobactérias (algas azuis) criando um reino novo para elas, o reino Monera. Fig. 4 – Os quatro reinos de Copeland.
Whittaker
A classificação feita por Whittaker em 1969, reconhece cinco reinos: Plantae, Animalia, Fungi, Protista e Monera. Whittaker propõe inicialmente, dois critérios de classificação:
Organização celular: unicelulares ou multicelulares;
Modo de nutrição: Autotróficos (fotossíntese); heterotróficos (ingestão e absorção).
Plantae - Seriam eucariontes, nutrição por absorção, fotossintetizantes, autotróficos, pluricelulares (pinheiro, samambaia, entre outros). Portfólio de Zoologia S&F
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Animalia - Seriam eucariontes, pluricelulares, nutrição por ingestão, ocasionalmente alguns parasitas, por absorção, heterótrofos (minhoca, sapo, homem). Fungi - Seriam eucariotas, nutrição por absorção, (heterótrofos), unicelulares e pluricelulares, (cogumelos, leveduras, bolores de pau).
Protistas - Seriam eucariotas, pluricelulares e unicelulares, nutrição por ingestão ou absorção, heterotróficos alguns fotossintéticos, autotróficos, (algas e protozoários).
Monera - Unicelulares, procariotas, nutrição por absorção e ingestão, autotróficos e heterotróficos (bactérias e cianobacterias);
Fig. 5 – Os cinco reinos de Wittaker (1969).
Depois destes dois critérios foram acrescentados mais dois, que fizeram constituir a classificação de Whittaker (modificada). Assim o sistema passou a ter os seguintes critérios:
Organização celular: unicelulares ou multicelulares;
Modo de nutrição: Autotróficos (fotossíntese e quimiossíntese); heterotróficos (ingestão e absorção).
Tipo de células: Procarióticas e eucarióticas;
Interacção nos ecossistemas: Produtores, consumidores, macroconsumidores e microconsumidores.
Whittaker substituiu as relações filogenéticas (evolutivas) por uma classificação ecológica, tornando a sua classificação mais simples e objectiva. Portfólio de Zoologia S&F
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Carl Woese O sistema de classificação em seis reinos, construído por Woese em 1977 teve como principal mudança, em relação ao sistema de cinco reinos, a divisão do reino Monera em dois novos reinos: Eubacteria e Archaebacteria. Carl Woese procedeu a esta divisão por comparação genética, nomeadamente, por comparação do Rna ribossómico. Os seres considerados no grupo Archaebacteria teriam adquirido características de seres eucariontes enquanto os seres incluídos no grupo Eubacteria eram apenas procariontes. Este sistema de classificação é mais complexo do que os anteriores mas, por outro lado, esta classificação é mais rigorosa, uma vez que considera as relações filogenéticas dos seres.
Fig. 6 – Os seis reinos que Carl Woese propôs (1977).
Carl Woese e colaboradores, em 1990, propõe 3 domínios: Bactéria, Archaea e
Eucarya. Tiveram grande aceitação. De realçar que existe uma base comum, a partir do qual surgem os restantes por evolução. Woese e os seus colegas usaram as investigações realizadas a nível do genoma e concluíram que o grupo dos seres procariontes se pode dividir em dois. Assim, obtemos três grandes domínios: Bactéria, Archaea e Eukarya. Como critérios para esta classificação, Carl Woese utilizou a comparação genética. Esta classificação tem em vista apenas as relações filogenéticas entre os seres, o que a torna mais complexa, por outro lado, é uma classificação mais abrangente uma vez que divide todos os seres em três grandes domínios.
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Fig. 7 – Os três Domínios que Carl Woese propôs em 1990. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
Tabela 1. Diversidade dos Sistemas de Classificação Haeckel (1894) Três reinos
Lineu (1758) Dois reinos
Protista
Plantae Plantae
Copeland (1956) Quatro reinos
Whittaker (1959) Cinco reinos
Woese (1977) Seis reinos Eubacteria
Bactéria
Archaebacteria
Archaea
Monera
Monera
Protista
Protista
Protista
Fungi
Fungi
Plantae
Plantae
Animalia
Animalia
Plantae
Animalia Animalia Animalia Fonte: Adaptado pelo autor 2011.
Woese (1990) Três domínios
Eukarya
Reino Animal O Reino Animal foi definido segundo características comuns a todos os animais: organismos eucariotos, multicelulares, heterotróficos e que obtém seus alimentos por ingestão de nutrientes do meio. Mesmo dentro de critérios tão amplos, podemos encontrar excepções , em função de factores diversos, como a adaptação de organismos a meios de vida especiais. É o que ocorre por exemplo com certos endoparasitas que perderam a capacidade de ingestão de nutrientes, passando a obtê-los por absorção directa. Algumas características gerais dos grupos (táxons) situados logo abaixo do reino, os filos, são muito utilizadas na tentativa de se entender a filogenia do Reino Animal. Essas características, frequentemente encontradas durante o desenvolvimento Portfólio de Zoologia S&F
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embrionário e não apenas no organismo adulto são: níveis de organização do corpo, simetria, disposição das estruturas relacionadas com a digestão, número de folhetos germinativos e presença de celoma. No reino animal, encontra-se alguns sub-reinos, o Protozoa, e Metazoa. No sub-reino Protozoa podemos encontrar os protistas e no subreino Metazoa encontramos subdivididos em dois reinos: Filo Parozoa e Filo Porífera ou Esponjas. O sub-reino Eumetazoa é representado por todos animais com simetrias radiais e bilaterais (Radiatas e Bilaterios). Nos radiatas encontramos os filos cnidários, poríferos e cnetophora; e nos bilatérios encontramos todos os demais animais, especificamente agrupados em: acelomados, pseudocelomados e celomados. Nos acelomados encontram-se os filos: Mesozoa; Platelmintos ou platyhelminthes; Nemeltina e Quinathostomida.
Nos pseudocelomados encontramos os filos: Gastrostricha; Rotífera; Kinorihincha; Acantocephala; Nemátodos; Nematomorphas; e Entapoeta.
Nos Celomados temos dois grandes grupos: Protóstomios, que engloba os filos: Bryozoa, Phoronida, Brachiophoda,
Molusca, Anelida, artrópodes e Onicophora.
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Deuterostómios, encontramos os filos: Echinodermata, Hemichordata,
Cordados, e Caetagnata. Podemos distinguir dois grandes grupos entre os eumetazoários, com relação ao desenvolvimento do tubo digestivo:protostômios e deuterostômios. Nos protostômios, a primeira abertura do tubo digestivo, surgida durante o desenvolvimento embrionário, diferencia-se em boca e, nos deuterostômios, em ânus. Sãoprotostômios os nemátodas, anelídeos, moluscos e artrópodes; sãodeuterostômios os equinodermos e cordados.
Era de Surgimento de Animais Desde a srcem da terra, idade estimada em cerca de 4,6 bilhões de anos, a mesma do sistema solar, calculada a partir do estudo de meteoritos, passaram-se quatro Eras. Da mais antiga a mais recente são: Pré-cambriana, Paleozóica, Mesozóica e a Cenozóica. As eras, por sua vez, podem ser subdivididas em etapas menores denominadas períodos, e esses, em épocas. Dessa forma, as Eras se subdividem em: Arqueozóica → com apenas um período: Pré-cambriano; Paleozóica → com 6 períodos: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano,
Carbonífero e Permiano; Mesozóica → com 3 períodos: Triássico, Jurássico e o Cretáceo; Cenozóica → com 2 períodos: Terciário (épocas – Paleoceno, Eoceno,
Oligoceno, Mioceno e Plioceno) e Quaternário (época– Pleistoceno e Recente); Portanto, a história da Terra divide-se em várias etapas, que correspondem às principais fases de seu desenvolvimento. Na passagem da Era Pré-Cambriana para a Paleozóica ocorreu uma súbita expansão e diversificação dos animais. O marco divisor entre a Paleozóica e a Mesozóica representa a extinção de muitos grupos de animais e vegetais. E a transição da Mesozóica para a Cenozóica caracterizase pelo desaparecimento de grandes répteis e de vários animais marinhos.
Era Arqueozóica Período Pré-cambriana (4,6 bilhões a 570 milhões de anos atrás). Portfólio de Zoologia S&F
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De acordo com as datações humanas quanto a terra ela teria 4,6 bilhões de anos. A primeira parte de sua história é, de um modo geral, denominadaPré-cambriano. Os cientistas criaram uma escala de tempo que divide a história da Terra em eras. Estas eras, por sua vez, são divididas em períodos, os quais se dividem em épocas. A mais longa dessas divisões temporais foi a era Pré-cambriana. Ela se estendeu desde o início da Terra, cerca de 4,6 bilhões de anos, até aproximadamente 570 milhões de anos atrás. O pré-cambriano não era bem conhecido e sua duração foi subestimada por muito tempo por vários motivos que dificultaram seu estudo. Entre eles os principais foram: a impossibilidade de datação absoluta; falta de fosseis; intenso metamorfismo de suas rochas; reciclagem da maior parte da crosta pré-cambrianas. As ideias que sustentam são:
No começo desta era, o planeta Terra era até 3 vezes mais quente do que hoje. Começam a aparecer as primeiras células (organismos unicelulares).
A Terra é constantemente atingida por meteoros.
Milhares de vulcões estavam em actividade.
Era Paleozóica Intervalo de tempo que se estende de 570 a 245 milhões de anos atrás, quando surgiram na Terra os primeiros peixes, planta, animais terrestres e anfíbios. ―Esta Era é chamada também de Era primária, ou simplesmente primário. É nela que
aparecem os primeiros vertebrados. Surgem os peixes e anfíbios. Estes últimos passam da água para a terra e, mais tarde, srcinam os répteis ‖ (SOARES, 1997:301). Período Câmbrico: (há cerca de 500 à 570 milhões de anos) e durou cerca de 70 milhões de anos. Sem grandes perturbações tectónicas, o Câmbrico apresenta, nas suas rochas mais antigas, um grande número de fósseis com partes duras e já com certo grau de evolução. Caracterizou-se por uma explosão evolutiva da vida marinha. São várias as ideias que sustentam a explosão cambriana, uma delas, dizia:
Existiu uma descontinuidade dos segmentos da terra existentes.
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Provavelmente os animais que surgiram na água doce, teriam emigrado para a água salgada, pois o sal permite a conservação ou manter a forma do animal assim como dos fosseis.
A outra sustenta que existiu uma mortalidade massiva dos animais que na altura existiam, primeiro ocorreu a evolução dos animais eucariontes, autotróficos que evoluíram e passaram a ser herbívoros.
Sustenta também que existiu uma mudança na composição química dos oceanos, que permitiu a precipitação dos esqueletos, que se encontram com o carbonato de cálcio.
Período Ordovícico: (há cerca de 350-450 milhões de anos) A vida era essencialmente marinha: nessa época surgiram os peixes, cnidários, moluscos, trapodermes. As únicas plantas conhecidas do Ordovícico são as algas marinhas. Uma glaciação matou 55% das espécies há 450 milhões de anos.
Período Devoniano: (há 250 à 300 milhões de anos). A evolução dos animais aquáticos no período valeu-lhe também o nome de idade dos peixes. A vegetação, modesta no início do período, desenvolveu-se gradualmente e foram aparecendo no final do Devoniano, grande número de invertebrados marinhos que desapareceu sem que se conheça o motivo. E ainda nesse período os primeiros répteis, apareceram massivamente os peixes e alguns anfíbios. Assim, a Era Paleozóica caracteriza-se por:
Início do surgimento dos primeiros animais vertebrados nos mares, são peixes bem primitivos.
O surgimento dos primeiros anfíbios a partir da saída dos peixes da água, durante um longo processo. Começou, desta forma, surgirem os primeiros animais anfíbios.
Os trilobitas foram os animais típicos desta era. No final desta fase começam a surgir diversas espécies de répteis que deram srcem aos dinossauros;
Milhares de espécies de insectos surgem nesta era.
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Era Mesozóica Segunda das três principais eras geológicas da Terra. Ocorrida cerca de 200 a 65 milhões de anos atrás, abrangeu os períodos Triásico, Jurássico e Cretácico. Entre 200 e 65 milhões de anos atrás, reinaram na Terra os dinossauros, quando então uma grande calamidade astronómica, no Golfo do México, matou-os de uma vez, sobrando apenas as tartarugas, os crocodilos e os mamíferos.
Período Permiano / Triásico: iniciou-se há cerca de 200 milhões de anos e durou quase 40 milhões de anos. Presentes na Terra desde o período Carbónico, os répteis só dominaram os continentes a partir do Triásico, quando a falta de competição provocou uma evolução explosiva da classe. No período surgiram os primeiros dinossauros, de início pequenos e bípedes.
Período Jurássico: iniciado há cerca de 180 milhões de anos. Havia na Terra imensas regiões pantanosas e outras desérticas. Na fauna, predominavam os répteis, entre os quais a espécie mais numerosa era a dos dinossauros.
Período Cretáceo: iniciado há cerca de 150 milhões de anos, durou cerca de 77,6 milhões de anos caracteriza-se pela fauna de dinossauros bizarros, tartarugas e crocodilos, répteis voadores, mamíferos como os marsupiais e primatas e os insectívoros, os triconodontes e os multituberculados. O fim do Cretáceo marcou uma época de crise para a vida, tal como no fim da era Paleozóica. Um intenso vulcanismo iniciou-se, levando a um aquecimento global. Os dinossauros diminuíram em 90%. Outros grupos de animais decresceram gradualmente e os dinossauros e os répteis voadores extinguiram-se abruptamente no fim do período, devido ao impacto do asteróide na península do Yucatán, no Golfo do México. Essa extinção em massa atingiu também os mamíferos triconodontes e as aves com dentes. Mas as tartarugas, crocodilos e até sapos e salamandras sobreviveram ao impacto.
Era Cenozóica Era geológica que compreende os períodos Terciário e Quaternário. Nela, a fauna e a flora adquiriram suas formas actuais. Iniciada há aproximadamente 50 milhões de anos, estende-se até a actualidade (SOARES, 1997:301). Há cerca de 3,6 milhões de anos a Portfólio de Zoologia S&F
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África secou desaparecendo assim as matas onde viviam os hominídeos, fazendo surgir o género Homo adaptado a caminhar nos campos.
Época Pleistocenos foi o período em que exclusivamente surgiu o homem. A Era Cenozóica caracteriza-se por:
No começo desta era, há aproximadamente 65 milhões de anos, ocorre a
extinção dos dinossauros. Grande desenvolvimento das espécies de animais mamíferos, que se tornam maiores, mais complexos e diversificados
Por volta de 3,9 milhões de anos atrás surge, no continente africano, o Australopithecus (espécie de hominídeo já extinta);
Surgimento do homo sapiens por volta de 130 mil a 200 mil anos atrás.
Tabela 2. Quadro resumo das Eras de Surgimento dos Animais(para se observar a ordem cronológica dos factos, a tabela deve ser lida de baixo para cima).
PERÍODOS
ÉPOCAS
Recente
INÍCIO (x1000 ANOS)
REGISTO DE VIDA ERA CENOZÓICA Homem moderno
30
Quaternário Pleistoceno
Terciário
Precursores do homem
1 000
Plioceno
Carnívoros e macacos antropóides
10 000
Mioceno
Baleias, macacos pequenos
25 000
Oligoceno
Grandes mamíferos herbívoros
40 000
Aparecimento de plantas com flores
55 000
Primeiros mamíferos com placenta compácta
65 000
Eoceno Paleoceno
ERA MESOZÓICA Cretáceo
-
Jurássico
-
Triássico
-
Extinção dos dinossauros, flora com aspecto moderno Domínio dos Dinossauros. Mamíferos primitivos. Aparecimento das aves Aparecimento dos Dinossauros. Surgem os primeiros mamíferos
135 000 190 000 225 000
ERA PALEOZÓICA
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INÍCIO (x1000 ANOS)
PERÍODOS
ÉPOCAS
REGISTO DE VIDA
Permiano
-
Florestas de coníferas (pinheiros)
280 000
Carbonífero
-
Primeiros répteis. Florestas primitivas de grandes pteridófitas
345 000
Devoniano
-
Peixes numerosos. Aparecem os anfíbios.
345 000
Siluriano
-
Primeiras plantas e invertebrados terrestres.
440 000
Ordoviciano
-
Primeiros peixes primitivos
500 000
Cambriano
-
Fauna de invertebrados marinhos.
570 000
ERA ARQUEOZÓICA Aparecimento da vida. Organismos primitivos. Poucos fósseis. Predomínio de unicelulares. Fonte: SOARES, 1997:300, fig.517.
Pré-cambriano
-
1 000 000
Protózoarios Protozoários são seres unicelulares, na maioria heterotróficas, mas com formas autotróficas e com mobilidade especializada que ocorrem como células isoladas ou em colónias de células. Apresentam dimensões predominantemente microscópicas. Sua denominação deriva do grego protos e zoon, que significam, respectivamente, "primeiro" e "animal". Esse termo, consagrado até hoje, foi criado para agrupar organismos eucariotos unicelulares com características próprias dos animais, tais como a capacidade de deslocamento e heterotrofia. Os protozoários, seres cujo tamanho pode variar entre 2 e 1000 μm, são organismos
exclusivamente unicelulares, ou seja, formados por uma única estrutura celular, sendo a maioria heterotrófica. Portanto, não consegue converter (sintetizar) matéria orgânica a partir da inorgânica, necessitando absorver os nutrientes do meio externo.
(http://www.brasilescola.com/biologia/protozoarios.htm). Assim, podemos dizer que os protozoários são animais unicelulares, em que uma única célula desempenha todas funções vitais, facto pelo qual os protozoários são mais complexos funcionalmente, e são inferiores em relação a sua estrutura, vivem em todos ambientes, alguns são de vida livre e outros são parasitas, alguns podem formar Portfólio de Zoologia S&F
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colónias. Estruturalmente e funcionalmente a única célula de um protozoário é mais complexa que a célula de animal (metazoário) e por este motivo estes organismos estão classificados no reino protista.
Características Gerais dos Protozoários Pequenos geralmente unicelulares, alguns em colónias de poucos a muitos indivíduos
semelhantes; simetria ausente, bilateral, radial ou esférica. Forma de célula geralmente constante, oval, alongada, esférica, ou outra, variada em
algumas espécies e mudando com o ambiente ou com a idade em muitos. Núcleo distinto, único ou múltiplo, outras partes estruturais como organelas, sem
órgãos ou tecidos Locomoção por flagelos, cílios, pseudópodes ou movimentos da própria célula. Algumas espécies com envoltórios protectores ou tecas, muitas espécies produzem
cistos ou esporos resistentes para sobreviver a condições desfavoráveis e para dispersão. Modo de vida: Livres, comensais, naturalísticas ou parasitas.
Nutrição e Digestão dos Protozoários Nutrição variada:
Holofíticos ou autotróficos: são os que, a partir de grãos ou pigmentos citoplasmáticos (cromatóforos), conseguem sintetizar energia a partir da luz solar (fotossíntese);
Holozóicos ou heterotróficos: ingerem partículas organicas, digerem-nas (enzimas) e, posteriormente, expulsam os metabólitos. Essa ingestão se dá por fagocitose (ingestão de partículas sólidas) ou pinocitose (ingestão de partículas líquidas);
Saprozóicos: "absorvem", substancias inorganicas, já decompostas e dissolvidas em meio líquido; Mixotróficos: quando são capazes de se alimentar por mais de um dos métodos acima descritos.
(www.terravista.pt/bilene/5547/biologia/Celula/Protoz23.htm). Portfólio de Zoologia S&F
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Os autótrofos fazem fotossíntese e se alimentam como se fossem plantas, outro são heterótrofos e se alimentam comendo diversos alimentos principalmente matéria orgânica em decomposição, folhas mortas, animais mortos, fezes etc. Sua forma de nutrição é muito diferenciada, pois podem ser predadores ou filtradores, herbívoros ou carnívoros, parasitas ou mutualistas mas, a principal forma de alimentação deles é a nutrição saprófita. A digestão é intracelular, por meio de vacúolos digestivos, sendo que o alimento é ingerido ou entra na célula por meio de uma "boca", o citóstoma. A célula desses micro-organismos unicelulares é muito especializada, e cadaorganela tem uma função vital. Nas espécies de vida livre há formação de vacúolos digestivos. As partículas alimentares penetram por uma abertura pré-existente na membrana, o citóstoma com ajuda dos pseudópodes. Já no interior da célula ocorre digestão graças ao vacúolos digestivo que possuem enzimas, e os resíduos sólidos não digeridos são expelidos em qualquer ponto da periferia graças ao vacúolo contráctil, que permite eliminação dos alimentos desnecessários ao organismo do próprio animal. Dependendo da sua actividade fisiológica, algumas espécies possuem fases bem definidas. Assim, temos: Trofozoíto: É a forma activa do protozoário, na qual ele se alimenta e se reproduz,
por diferentes processos. Cisto/Quisto: É a forma de resistência ou inactiva. O protozoário secreta uma parede
resistente (parede cística) que o protegerá quando estiver em meio impróprio ou em fase de latência. Frequentemente há divisão nuclear interna durante a formação do cisto. Gâmeta: É a forma sexuada, que aparece em algumas espécies. O gâmeta masculino
é o microgameta, e o feminino é o macrogameta. (www.terravista.pt/bilene/5547/biologia/Celula/Protoz23.htm)
Respiração Podemos encontrar dois tipos fundamentais: Aeróbicos: são os protozoários que vivem em meio rico em oxigênio; Portfólio de Zoologia S&F
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Anaeróbicos: quando vivem em ambientes pobres em oxigênio.
(www.terravista.pt/bilene/5547/biologia/Celula/Protoz23.htm).
Reprodução dos Protozoários Os protozoários possuem reprodução assexuada e a reprodução sexual ou mini-sexual.
Assexuada
Divisão binária ou cissiparidade; Brotamento ou gemulação; Esquizogonia: é uma fissão múltipla; o núcleo se divide múltiplas vezes antes da célula se dividir. Após a formação de vários núcleos, uma pequena porção do citoplasma se concentra ao redor de cada núcleo e então, uma única célula se separa em células-filhas. (www.terravista.pt/bilene/5547/biologia/Celula/Protoz23.htm).
Sexuada Existem dois tipos de reprodução sexuada:
Conjugação: união temporária de dois indivíduos, com troca mútua de materiais nucleares;
Singamia ou fecundação: união de microgameta e macrogameta formando o ovo ou zigoto, o qual pode dividir-se para fornecer um certo número de esporozoítos. O processo de formação de gametes recebe o nome de gametogonia e o processo de formação dos esporozoítos recebe o nome de esporogonia (TORTORA, 2000).
Importância Os protistas em geral ocupam um importante papel nas cadeias alimentares das comunidades naturais, onde existe água livre. Os autótrofos (algas) são abundantes nas águas salgadas e doces, assim como em associações simbióticas com animais, de vários níveis de organização, e protozoários. Alguns grupos em particular formam uma parte importante na dieta de numerosos animais. Há protozoários saprófiticas e também que Portfólio de Zoologia S&F
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ingerem bactérias, fazendo uso de substâncias e organismos envolvidos na decomposição final das cadeias alimentares, e assim, fazendo recircular a matéria orgânica, purificam o ambiente como decompositores (esgotos). Naturalmente, existem alguns protozoários que podem provocar doenças no homem.
Classificação dos Protozoários Os protozoários encontram-se no reino Protista (organismos unicelulares eucariotos, coloniais ou não). Os Mastigophora são provavelmente os mais primitivos, os Ciliata os mais avançados estruturalmente e os Sporozoa são provavelmente morfologicamente simplificados, mas também muito especializados, como um resultado do seu modo de vida estritamente parasitário.
Tabela 3. Principais grupos dos protozoários Protozoários que se locomovem através de projecções celulares denominadas pseudópodos (Entamoeba histolítica). Protozoários que se locomovem através de flagelos (Trypanosoma cruzi e Mastigophora Trichonympha). Protozoários que se locomovem utilizando cílios (Paramécium) Ciliophora Protozoários que não possuem estrutura locomotora (Plasmodium vivax, Sporozoa causador da malária). Fonte: adaptado a partir de ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:08
Sarcodina
Fig. 8 - Representantes dos quatro filos de protozoários (em diferentes graus de ampliação. A classificação dos protozoários leva em conta o tipo de estrutura locomotora presente na célula (pseudópodos, flagelos ou cílios) ou sua ausência, como ocorre nos esporozoários. Fonte: http://www.brasilescola.com/biologia/protozoarios.htm
Filo Rhizopoda ou Sarcodina O filo Rhizopoda, também chamado Sarcodina, compreende os protozoários que se locomovem por meio de expansões citoplasmáticas, os pseudópodos (do gregopseudos, Portfólio de Zoologia S&F
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falso, e podos, pé), também utilizados na captura de alimento. O representante deste filo é a Amoeba Proteus (Ameba comum) de água doce limpa que contenha uma vegetação verde. O termo "sarcodíneo" (do grego sarkos, carne) refere-se ao aspecto "carnudo", consistente, porque a amiba é constituída por uma massa carnosa do protoplasma, gelatinosa, clara, incolor, flexível de forma irregular e passa por frequentes mudanças de forma. Já o termo "rizópodo" (do grego rhiza, raiz) refere-se ao aspecto, às vezes ramificado, dos pseudópodos de certas amebas. (http://www.geocities.ws/pri_biologiaonline/filo_rhizopoda.html). Os sarcodíneos são protozoários que se locomovem através de pseudópodes, são de vida livre e se reproduzem por divisão binária, este grupo é dividido em: amebas, foraminíferos, radiolários e heliozoários. (http://educacao.uol.com.br/biologia/ult1698u93.jhtm) A Ameba parece ser a de vida mais simples do reino protista, uma célula independente com núcleo e citoplasmas, mas com poucas organelas permanentes. Apesar de sua aparente simplicidade, ela pode mover-se, capturar, digerir e assimilar alimento complexo, eliminar resíduos não digeridos, respirar, produzir secreções e excreções, responder a mudanças (estímulos) de vários tipos e reproduzir-se. A ameba apesar de ser constituída por uma única célula, realiza todas as actividades fisiológicas e vitais sem ter muitas partes estruturalmente diferenciadas para faze-lo. Assim, os foraminíferos são protozoários que apresentam uma carapaça calcária externa, formada por diversas câmaras e com inúmeras perfurações. Por cada um desses orifícios são emitidos os pseudópodes. Muitas espécies fósseis são utilizadas como indicadores na busca por poços petrolíferos. Os radiolários e os heliozoários apresentam pseudópodes extremamente finos e projetados, como raios, ao redor da célula. Eles possuem uma estrutura de sustentação interna, composta por inúmeras placas e espículas de sílica. Os radiolários são exclusivamente marinhos; já os heliozoários podem ser encontrados tanto na água doce como na salgada. (http://educacao.uol.com.br/biologia/ult1698u93.jhtm). Portfólio de Zoologia S&F
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Características ecológicas
Hábitos bentônicos, com raras excepções.
Amebas: habitat aquático, substratos úmidos; ectocomensais em animais aquáticos; parasitas em peixes, artrópodos, moluscos, mamíferos, humanos (Entamoeba histolytica).
Tecamebas: água doce (dulcícolas).
Foraminíferos: marinhos, vários são planctônicos.
Simetria, forma, celularidade 1. Assimétricos, podem ser simétricas. Forma variável. 2. Plasmalema, ecto e endoplasma. Locomoção A Ameba move-se formando e estendendo projecções temporárias digitiformes ou pseudópodes (gr. Pseudos = falso + podes =pé ) em qualquer lugar do seu corpo. A este movimento chama-se por movimento Ameboide, ocorre em muitos protozoários e também nos amebócitos de esponjas e os glóbulos broncos do sangue dos vertebrados. É provável que o movimento ameboide não seja só de um tipo, mas que seja diferente nos vários organismos que o utilizam, na mesma proporção em que os pseudópodos variam. Mas afirma que os movimentos da ameba são o resultado de mudanças no protoplasma coloidal, de ― sol ― fluido à condição de ― Gel‖mais sólida e vice-versa. Trabalhos recentes sugerem que as conduções de sol e gel são devidas ao relaxamento e a contracção de proteínas de cadeias longas. Com isso o movimento ameboide é mais parecido com a contracção muscular. Movimento amebóide, rastejamento, rolamento ou ambulatório são várias formas de locomoção dos sarcondíneos. As amebas e tecamebas podem usar os pseudópodos (lobo ou filópodos); os foraminíferos podem usar os reticulópodos, mas esta não é a principal função deste tipo de pseudópodes.
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Aspectos Importantes de Locomoção
Fixação ao substrato, possivelmente põe uma secreção;
Transformação do plasmagel em plasmassol na extremidade posterior e o processo oposto na extremidade anterior do protozoário;
Um aumento na força elástica do plasmagel à medida que ela passa para atrás.
Construção da membrana plasmática e do Gel pode ser parte da locomoção. A fixição faz-se melhor em superfícies ásperas mas depende da natureza do líquido que circunda o protozoário e de suas condições fisiológicas.
Nutrição É holozóica, raramente saprozóica. A ingestão de bactérias, outros protozoários, diatomáceas e rotíferos pode se dar por fagocitose (engolfamento, armadilha mucosa em reticulópodos ou raramente pinocitose). A digestão se dá em vacúolos e pode se iniciar extra-celularmente, no caso dos foraminíferos. A dejeção se dá por um citoprocto que não tem posição fixa.
Respiração e Excreção A água na qual a Ameba vive contém oxigénio dissolvido. Este oxigénio difunde-se através da membrana celular. O metabolismo resultante na produção de produtos de excreção tais como dióxido de carbono e ureia que são eliminados para o bem estar do organismo, e esta eliminação ocorre através da membrana celular a este processo chama-se excreção. O vacúolo contráctil serve em parte para a excreção, mas a sua principal função é regular o conteúdo de água no corpo celular do animal.
Reprodução Os sarcodíneos apresentam reprodução assexuada, por divisão binária. Esta reprodução é muito simples. Uma Ameba cresce até atingir determinado tamanho, quando se divide ao meio, srcinando duas amebas-filhas. A superfície da célula vai sofrendo uma constrição mediana enquanto que seu núcleo se divide por mitose. Portfólio de Zoologia S&F
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Assim que a divisão do núcleo se processa, ocorre o estrangulamento do citoplasma, resultando dois indivíduos.
Assexual por divisão binária ou múltipla (no caso dos foraminíferos).
Sexual com singamia (foraminíferos) ou hologamia (amebas).
Diversidade dos sarcodíneos No género amoeba existem muitas espécies que diferem daAmeba proteus em tamanho, forma dos pseudópodes e outros aspectos. Esses e membros de outros género de protozoários amebóides habitam em águas doce, salobras e salgada. Ainda outros produzem uma carapaça ou teca para encerrar o corpo celular (ex; Arcella ) que secreta uma teca espessa temos o caso daDiffugia que constrói uma taca de grãos de areia ou outras partículas estranhas cimentadas entre si.
A ordem Amoerida inclui algumas amebas comensais ou parasitas espécies do género Entamoeba habitam o intestino de baratas e Cupins e as do género Entamoeba vivem principalmente no trato digestivo de vertebrados terrestres. Seis tipos de Amebas podem ocorrer no homem:Entamoeba gingivalis vive na boca; E. coli vive intestino; E. histilytica esta é patogénica e pode produzir a moléstica conhecida como disenteria amebiana.
A ordem Foramnírera tem habitado nos mares à vários séculos e as suas carapaças têm-se acumulado como depósitos de fundo que se tornaram estratos rochosos.
A ordem Heliozoa, são esféricos, o corpo celular pode ser nu ou envolvido por uma matriz gelatinosa ou por uma carapaça perfurada.
A ordem Radiolária, assemelham-se de certa forma aos helizoários, mas o citoplasma é dividido em porções externa e interna por uma cápsula central e o esqueleto é de Sílica ou de sulfato de estrôncio.
A ordem Mycetozoa (Myxomycetes dos Botânicos) vivem em Madeira ou outros vegetais em decomposição, em lugares húmidos na terra.
Filo Mastigophora ou flagelados ―Os flagelados são também chamados de Mastigóforos (mastix = flagelo; phoros = portar,
ter) e têm estrutura interna semelhante a dos flagelos das células dos demais eucariontes. Portfólio de Zoologia S&F
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Eles correspondem a centríolos modificados e alongados, e diferem dos flagelos dos procariontes, que são formados só por proteínas‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN,
2006:13). Os protozoários flagelados são divididos em dois grupos: os fitoflagelados, que geralmente contém clorofila e são fotossintéticos e que, normalmente são estudados juntamente com as algas, e os zooflagelados que não possuem clorofila e realizam sua nutrição de modo heterotrófico. Todos os componentes da classe apresentam um ou mais flagelos. Os flagelados são caracterizados por apresentar um ou mais flagelos longos e delicados em alguns ou em todos os estágios do ciclo vital. Os flagelos servem para a locomoção e captura de alimento e podem ser receptores sensitivos. O corpo celular é usualmente de forma definida oval, longa ou esférica, coberto por uma película firme e com armadura em certos grupos de flagelados. Muitas espécies contêm plastídeos com pigmento coloridos e alguns com clorofila podem sintetizar alimento com o auxílio da luz solar e são frequentemente classificados como plantas. Muitos flagelos são de vida livre e solitários, outros são sésseis e alguns formam colónias de poucos até milhares de indivíduos abundam em água doce e salgada onde com as diatomáceas fornecem grande parte do suprimento de alimento para os animais aquáticos diminutos, diversas espécies habitam o solo e muitos outros são parasitas do homem e de todos os tipos de animais e alguns causam molestias de grande importância. A sua reprodução é mais frequente a divisão binária, outras por divisão múltipla ainda há reprodução sexual em pelo menos dois grupos. Os flagelados de vida livre podem enquistar para evitar condições desfavoráveis. Alguns sarcodinas possuem flagelos e as vezes alguns Mastigophora tem estágios ameboides, assim estas duas classes são bem proximamente relacionadas e por isso colocadas no subfilo sarcomastigophora. O representante comum desta classe é a Euglena, um flagelado comum, solitário, de vida livre, que contém clorofila e pode ser cultivada facilmente no laboratório. Ela é de Portfólio de Zoologia S&F
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forma constante com uma extremidade anterior arredondada que habitualmente se desloca dirigida para frente; possui aextremidade posterior ou oposta é pontiaguda. A forma do corpo é mantida por uma membrana de revestimento fina e flexível, a
película marcada por espaçamentos paralelos espirais. Locomoção O flagelo bate para trás e para frente para arrastar a Euglena através da água, com uma rotação em espiral, seguindo ela um caminho recto. A Euglena pode também rastejar por movimentos espirais do corpo, as vezes realiza ―movimentos Euslenóides‖
vermiformes, por expansões e contracções locais. A Euglena reage positivamente á luz, nadando na direcção de uma fonte de intensidade favorável.
Nutrição Alguns flagelados de vida livre, capturam pequenos organismos, os quais são tomados dentro da citofaringe e digeridos e vacúolos digestivos no citoplasma, mas tal nutrição holozóica é rara ou ausente na Euglena. A Euglena utiliza a nutrição holozóica pela qual alimentos são sintetizados dentro do corpo por fotossíntese através da acção da clorofila na presença da luz. A Euglena subsiste também por nutrição saprofitica absorvendo materiais dissolvidos na água onde ela vive.
Reprodução Em culturas vivas a Euglena reproduz-se frequentemente por fissão binária longitudinal, onde o núcleo divide-se em dois por mitose então as organelas anteriores (flagelo, bleferoplasto, citofaringe, reservatório e estigma) são duplicadas e o organismo fende-se em dois longitudinalmente. A Euglena também possui estágios inactivos, quando se torna imóvel e enquista-se. A
Euglena gracilis em água quente pode enquistar-se temporariamente como uma medida de protecção sem passar por nenhuma mudança. A Euglena também pode perder o flagelo, enquistar e depois dividir-se por divisão longitudinal. O enquistamento é estimulado por falta de alimento ou pela presença de clorofila. Portfólio de Zoologia S&F
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Outros Mastigophoras Muitos membros da subclasse phytomastigophora, à qual o género Euglena pertence são de vida livre, coloridos por cromatóforos e de nutrição holofitica. Espécies de
ordem Dinoflagelata são principalmente marinhas e geralmente possuem dois flagelos, uma armadura de substâncias semelhante à celulose, com duas ou mais placas. A ordem volvocida inclui vários flagelados de água doce (paleodorina, pleudorina,
volvo, entre outros) que formam colónias flutuantes. OVolvox globator produz macrogâmeta (células sexuais femininas) e microgâmeta (células sexuais masculinas), as células somáticas podem sintetizar alimento e cooperar na natação mas não podem reproduzir-se e eventualmente morrem como faz o corpo do animal superior. O Trypanosoma brucei, T. congolense e T. vivax ocorrem em antílopes e outros mamiferos de caça da África e são transportados por moscas tsé-tsé. O T. gambiense e T. rhodesiense são os agentes causadores de dois tipos da doença do sono humana, a primeira resulta numa morte lenta, enquanto que a Segunda mata em poucas semanas, ambos são transportados por mosca tsé-tsé, T. gambiense directamente de homem para homem, T. rhodesiense por via de um terceiro hospedeiro, o antílope. A ordem Hypermastigida compreende espécies com muitos flagelos e vivem no
intestino da barata (Cryptocercus) e é exemplo de mutualismo, digerem a Madeira da qual o seu hospedeiro se alimenta para estes e para si mesma. Eliminando estes do intestino do seu hospedeiro, o hospedeiro morrerá em 10 ou mais dias mesmo comendo Madeira.
Filo ciliaphora Os ciliados são protozoários que possuem cílios, estruturas utilizadas na locomoção e captura de alimento. Os cílios, que também ocorrem em algumas células eucariotas multicelulares, têm a mesma estrutura interna dos flagelos, diferindo destes com relação ao comprimento (os cílios são bem mais curtos), número e batimento.
Paramecium caudatum, um protozoário de vida livre, é um exemplo de ciliado bastante comum que aparece em lagos de água doce. Portfólio de Zoologia S&F
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Os ciliados (em Latim cilium = cilios) possuem cílios durante toda a vida, os quais servem para locomoção e captura de alimento. Em baixo da película externa existe um sistema completo de grânulos basais e de fibrilas, universalmente presente para o funcionamento dos cílios da superfície. Cada espécie possui forma constante e característica, e a maioria delas têm um macronúcleo ou mais, relacionado com as funções vegetais ou de rotina e um ou mais micronúcleo pequenos importantes na reprodução. Os ciliados são os protozoários mais especializados por terem várias organelas para realizar processos vitais particulares. Isto resulta em divisão de trabalho entre as partes do organismo. No total os ciliados são os protozoários mais carecidos com os animais de vida livre, alguns são comensais ou parasitas em outros animais, alguns são sésseis.
Locomoção Os cílios batem para trás, para deslocar o paramecium para frente. Quando nadando para frente o paramecium encontra um estimulo Químico desfavorável ele executa uma reacção de repulsa, o batimento ciliar inverte-se, o animal move-se para trás numa curta distância, e os cílios do sulco oral trazem amostras de água e quando esta não conter mais estímolos indesejadas o animal move-se novamente para frente. A reacção é semelhante ao encontrar um objecto sólido: inverte, gira, vai para frente ate encontrar um caminho livre.
Alimentação e Digestão O Paramecium alimenta-se de bactérias, pequenos protozoários e algas. O batimento constante dos cílios no Sulco oral, inpulciona uma corrente contendo alimentos na direcção do citoestoma. O alimento é reunido na extremidade posterior da citofaringe em um vacúolo aquoso. O vacúolo atinge um determinado tamanho, constringe-se e começa a circular no endoplasma como um vacúolo digestivo, um outro começa a se formar no seu lugar. Os conteúdos dos vacúolos são ácidos inicialmente e depois tornam-se alcalinos, como na amiba o alimento é digerido pela acção das enzimas secretadas pelo endoplasma. Este Portfólio de Zoologia S&F
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processo continua até que o material digerido seja absolvido pelo protoplasma circundante e/ou armazenado ou usado para actividades vitais de crescimento.
Respiração e excreção O oxigénio dissolvido na água circundante difunde-se através da película e dai por todo o organismo. O dióxido de carbono e restos orgânicos resultantes do metabolismo são provavelmente excretados por difusão na direcção oposta. O dióxido de carbono produzido pelos protozoários na respiração serve para as algas, com a sua clorofila sintetizarem materiais orgânicos e produzem oxigénio necessário ao paramecium. Os vacúolos contráctil regulam o conteúdo da água do corpo e podem servir na excreção de restos nitrogenados como ureia e amónia. Quando cada vacúolo atinge um certo tamanho, ele contrai-se e descarrega para o exterior provavelmente através de um poro. O rítimo de descarga do vacúolo varia com a temperatura e é mais rápido no animal inactivo do que no que este nadando, e é mais rápido em água com escasso suprimento de sais dissolvido do que com concentração mais fortes. A película funciona como uma membrana semipermeável.
Reprodução O paramecium reproduz-se por divisão e também por vários tipos de reorganização nuclear, conjugação e outras formas.
Divisão binária Na divisão binária o micronúcleo divide-se por mitoses em dois micronúcleos que se movem para extremidades opostas da célula e o macronúcleo divide-se transversalmente por amitose, uma Segunda faringe forma-se dois vacúolos contrácteis, aparece então um sulco transversal que divide o citoplasma. Os dois Paramecium resultantes são de tamanho igual, cada um contendo um conjunto de organelos celulares. Crescem até tamanho completo antes que outra divisão ocorra.
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Um único Paramecium da srcem assim a 2; 4; 8; 16, …2n indiv íduo. Todos aqueles
que resultam da divisão, reprodução uniparental de um único indivíduo são conhecidos como um clone. O rítimo de multiplicação depende de condições externas e de alimento, idade de cultura e densidade da população, também de factores internos de hereditariedade e fisiologia.
Conjugação Conjugação ou seja união parcial transitória de dois indivíduos na qual se trocam mutuamente núcleos, de modo que depois de realizada a separação, os núcleos dos exconjugantes possuam uma nova guarnição cromossómica combinada. A conjugação encontra-se apenas nos ciliados. Dois animais na maior parte das vezes com a mesma forma, encontram-se um a outro, pela região oral, e ai se forma uma ponte citoplasmática, uma característica própria dos ciliados é a presença de dois núcleos, o macronúcleo ou núcleo vegetativo e o micronúcleo ou núcleo germinativo responsável pela conjugação. Os parceiros de conjugação são hermafroditas, e fornecem núcleos gaméticos de duas espécies que se comportam diferentemente. Os Paramecium só se conjugam quando pertencem a diferentes tipos de emparelhamento, isto diz respeito as qualidades bioquímicas dos cílios. A conjugação difere da união sexual pois a progénese (filho) não é produto directo da fusão, depois da conjugação cada individuo continua, divisão assexual. A conjugação é um processo que possibilita transferência hereditária pois os dois ex-conjugantes são simetricamente modificados pela troca de materiais nuclear (cromossomas). Em algumas espécies de Paramecium, verifica-se em determinadas condições do meio, autogamia-autofecundação. Outros tipos de reorganização nuclear são hemixia, na qual apenas o macronúcleo se divide e citogamia, semelhante a conjugação mas sem troca mutual de pronúcleos.
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Outros Paramecium As espécies de natação livre são em geral de forma elipsoidal a esférica, enquanto formas rastejadoras são frequentemente achatados. O filo ciliophora é dividida em 4 subclasses conhecidas com base da estrutura ciliar e distribuições dos cílios no corpo. Subclasse Holotrichia, como Paramecium, são uniformemente ciliados e não têm membranelas adorais, em geral enquistam-se. Esta é a maior subclasse. ―São protozoários que possuem cílios simples por toda a superfície domicroorganismo
ou ás vezes apenas em algumas partes dele, sendo a presença de cílios simples o que os identifica.
Cílios
adorais,
mais
complexos,
são
geralmente
ausentes‖.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciliophora). As espécies são diversas em formas e vivem em vários tipos de água ou são parasitas. O
Balantidium coli é um ciliado parasita, comum no intestino dos porcos que ocorre raramente no homem. O alojamento, desenvolvimento e a reprodução no homem é provocada provavelmente por cistos levados a boca pelas mão e com alimentos, invadem de algumas vezes a parede intestinal e produz úlceras. Este è o único ciliado patogénico ao homem. Subclasse Peritrichia distingue-se por uma região oral disciforme conspicuamente
ciliada, com poucos ou sem cilios em outros lugares. Possui na extremidade oposta da célula uma estrutura para fixação temporária ou permanente a objectos na água. Algumas espécies são coloniais e outras secretam uma carapaça ou lórica, dentro da qual o organismo pode retrair-se.Ex: o género vortícella comum em água doce. Subclasse suctória: Os adultos desta subclasse são protozoários sésseis que tem ―tentáculos‖ protoplasmático delicados, porém não tem nem cílios nemcitóstoma. Subclasse Spirotrichia “são protozoários que apresentam cílios esparsos e compostos, apresentam notáveis cílios adorais e formam muitas membranelas
começando à direita e passando para a esquerda em torno do peristômio. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciliophora). Caracteriza-se pela presença de cílios altamente desenvolvidos em redor da boca.
Contém além de muitas espécies de vida livre, algumas de estrutura peculiar que Portfólio de Zoologia S&F
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habitam partes do trato digestivo de mamíferos e herbívoros. Estes animais digerem amidos, gorduras e proteínas do alimento do hospedeiro, são provavelmente apenas comensais, sem benefício ou prejuízo para seus hospedeiros.
Esporozoários ou apicomplexa Os representantes deste filo são parasitas comuns de animais, tais como vermes, equinodermos, insectos e vertebrados. Podem ser parasitas intra ou extracelular (ou ambos), isso dependerá da espécie em questão. Os representantes dofilo apicomplexa são responsáveis pela malária, que é uma doença parasitária, eleita a nº 1 da humanidade. Também são chamados deEsporozoários (RUPPERT, 2005).
Apicomplexa (do latim apex, ponta ou topo + complex, trançado + a, sufixo) é um grande grupo taxonómico de protozoários, caracterizados pela presença de um complexo apical em algum dos estágios do seu ciclo de vida. São exclusivamente parasíticos e não apresentam flagelos nem pseudópodes, a não ser em certos gâmetas. São geralmente identificados com osesporozoários (filo Sporozoa, reino Protoctista). (http://pt.wikipedia.org/wiki/Apicomplexa). Estes, são protozoários parasitas caracterizados pela ausência de estruturas empregadas na locomoção nas formas adultas. Obtém alimento por absorção direta dos nutrientes dos organismos que parasitam. Muitas espécies têm ciclos vitais complicados, com algumas fases se desenvolvendo num hospedeiro e outras em hospedeiros diferentes. Pode ocorrer uma fase reprodutiva sexuada durante o ciclo vital (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:19). Muitas espécies são nocivas ao homem causando doenças como a malária causada pelo Plasmodium que é introduzido no homem por meio deesporozoítos através da picada do mosquito do gêneroAnopheles. Possui duas formas de reprodução assexuada: a divisão múltipla e a esporogonia. Para lembrar, a divisão múltipla é aquela onde a célula inicial sofre várias divisões mitóticas sem que o citoplasma se divida. Quando as divisões nucleares cessam, uma membrana plasmática circunda cada núcleo juntamente com parte do protoplasma da célula inicial. Formam-se assim, várias células-filhas com um só núcleo de pequeno tamanho que são, então, liberadas. Portfólio de Zoologia S&F
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A esporogonia é um tipo de reprodução, característica dos esporozoários, tendo sido responsável pelo nome do grupo. Na esporogonia formam-se várias células que lembram esporos, por isso denominadas esporozoítos. Esse tipo de reprodução ocorre logo após a formação do zigoto, durante o ciclo reprodutivo dos esporozoários. O zigoto geralmente sofre um encistamento e, invariavelmente, uma divisão meiótica, srcinando quatro esporozoítos com metade do número cromossómico do zigoto. Por mitoses sucessivas, essas células multiplicam-se srcinando muitos outros esporozoítos, que são finalmente liberados do quisto.
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Metazoários Reconhece-se que o ramo da Biologia que estuda os seres vivos pertence ao Reino Animalia ou Metazoa e estes apresentam características comuns e divergentes, dentre estas características vale ressaltar o modo de vida, a diversidade, nome vulgar, morfologia, fisiologia e ecologia.
Animais Deuterostómios - são aqueles em que o blastóporo ou seja a boca primitiva se transforma em ânus e a boca abre-se num outro lugar. O sistema nervoso deles é em muitos grupos ainda com características primitivas mas na forma mais evoluída já temos um sistema nervoso desenvolvido com localização dorsal. O celoma está sempre presente, encontramos também neles um esqueleto mesodérmico e também uma simetria bilateral.
Teoria que Sustenta a Origem e Evolução dos Metazoários Todas as teorias expostas são úteis e intelectualmente estimuladoras, mas entretanto são especulativas, pois não existe evidência fóssil necessária para a construção da srcem dos Metazoários que ocorreu a mais de um bilião de anos. O reino Metazoa pode ser monofilético, ou seja ter srcem a partir de um único ancestral, ou ser e ou polifilético.
Teoria da Endosimbiose A Teoria da Endosimbiose, criada por Lynn Margulis, propõe que organelas ou organóides, que compõem as células eucariontes tenham surgido como consequência de uma associação simbiótica estável entre organismos. Mais especificamente, esta teoria diz que os cloroplastos e as mitocôndrias (organelas celulares) dos organismos eucariontes (com um verdadeiro núcleo celular) têm srcem num procarionte autotrófico – provavelmente um antepassado das cianobactéria actuais - que viveu em simbiose dentro de outro organismo, também unicelular, mas provavelmente de maiores
dimensões, obtendo assim protecção e fornecendo ao hospedeiro a energia fornecida pela fotossíntese. (http://mundosatuais.blogspot.com/2010/05/teoria-da-endosimbiose.html) Portfólio de Zoologia S&F
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Teoria Sincial/ Teoria da celularizacao Hadzi e Hanson, sugerem que animais multicelulares teriam se srcinado a partir de um grupo de protistas ciliados, com simetria bilateral e com uma vida no fundo de água, rastejando com a sua cavidade oral, voltada para o substrato e mais tarde teria ocorrido uma formação de uma semi-menbrana interna dos núcleos recém formados na superfície, isto é, esta nova camada epidérmica envolveria uma massa interna (endoderme) resultando um organismo semelhante a um platelminto acelomado (sem celoma). Esta teoria ostenta uma srcem difilética para metazoários. Os poríferos teriam sua srcem em um grupo de protistas e todos os outros metazoários teriam se srcinado de platelmintos acelomados. A teoria sincicial é suportada devido a similaridade existente entre ciliados e acelomadoss tais como: pequeno tamanho, semelhança na localização, semelhança no hábito alimentar, bilateralidade, presença de muitos cilios em uma mesma célula, entre outros.
Teorias Coanoflagelados (coloniais) ou t eoria de planuloide Esta teoria defende que os animais evoluíram de colónias de protistas flagelados primitivos nos quais a condição de metazoários, Surgiu pela indução de células em tecidos, começando com as células reprodutivas. As evidências que sustentam esta teoria sugerem:
Os espermatozóides flagelados ocorrem em todos os metazoários;
Células somáticas monociliadas / ou flageladas são comuns aos metazoários busais, especialmente em esponjas e alguns cnidários.
Teoria das Plantas É uma teoria que leva em consideração as plantas ostentando que os protozoários surgiram das plantas que mudaram a sua forma de nutrição (fotossíntese) para a ingestão.
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Filo Porífera Acredita-se que os primeiros animais que surgiram na face da Terra tenham sido os poríferos. Várias são as hipóteses sobre a srcem dos animais. Uma das mais aceitas propõe que eles teriam derivado de protistas flagelados coloniais, dando srcem primeiramente à linhagem dos parazoários (sub-reino Parazoa), representada pelos poríferos, e depois à linhagem dos eumetazoários. (http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/bioporifero.php).
Características Gerais As esponjas são os primeiros animais pluricelulares da escala zoológica, portanto, os metazoários mais atrasados; seu nome nos revela que as paredes do corpo são perfuradas por inúmeros poros, por onde penetra a água conduzindo nutrientes, gases e gâmetas. Embriologicamente falando, os poríferos, são diblásticos, acelomados, consequentemente não apresentando órgãos, e aneuromiários, isto é, sem sistemas nervoso e muscular; são assimétricos, embora alguns já tenham simetria radial. Vivem isolados ou em colónias, sendo fixos na fase adulta; são desprovidos de gónadas, no entanto, apresentam gâmetas; são fluorescentes, devido a simbiose com algumas algas obrigando a viver em águas limpas para permitir a penetração dos raios solares usadas na fotossíntese das algas (AMARAL e MENDES, s/d: 133). ―Eles são muito próximos a uma colónia celular, pois cada célula alimenta-se por si
própria. Existem mais de 15.000 espécies modernas de esponjas conhecidas, e muitas outras são descobertas a cada dia. O registo fóssil data as esponjas desde a era précambriana‖ (SAMPAIO e MACHADO, s/d : 28) Segundo DE ARAUJO e BOSSOLAN (2006:27), ―Excepto 150 espécies são de água doce, as esponjas são animais marinhos. Elas abundam em todos os mares sempre que houver rochas, conchas, madeira submersa ou coral para fornecer um substrato, necessário à fixação, embora existam espécies que vivem sobre areia ou lodo. A maioria prefere águas relativamente rasas, porém alguns grupos vivem em águas profundas‖.
Estrutura A estrutura de uma esponja é simples: tem a forma de um tubo ou saco, muitas vezes ramificado, com a extremidade fechada presa ao substrato. A extremidade aberta é Portfólio de Zoologia S&F
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chamada ósculo, (à abertura principal do esponjocélio, na extremidade livre do corpo dos animais do filo Porífera - as esponjas). Como uma estrutura muito simples, as esponjas alimentam-se e respiram por filtração: a água entra no esponjocélio através de orifícios na parede do corpo (os hóstia) e sai pelo ósculo. ―A parede do esponjocele é forrada por células flageladas (os coanócitos) que,
juntamente com as contracções da parede, criam a corrente de renovação da água. A cavidade interior é a esponjocele‖ (SAMPAIO e MACHADO, s/d : 29) . As paredes são perfuradas por buracos microscópicos, chamados óstios, para permitir que a água flua para dentro da espongiocele trazendo oxigénio e alimento. A parede das esponjas é formada por duas camadas de células, com o interior formado pela matriz extracelular que, neste grupo, se denomina mesênquima. Assim, as esponjas apresentam inúmeros poros, óstios ou ostíolos, por onde a água penetra, por tanto, o fluxo de água é portanto o seguinte: Meio externo → poro inalante → átrio → ósculo → meio →
externo; a espongiocela é um canal simples ou múltiplo que se presta à circulação da água e o ósculo é a abertura superior através da qual saem a água e os produtos nitrogenados, como a amónia. Junto ao ósculo, encontramos as espículas para a sustentação e, na extremidade oposta, encontramos o disco pedal para a fixação (AMARAL e MENDES, s/d: 131).
Fig. 9 – Estrutura dos poríferos Fonte:http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/bio porifero.php
A parede do corpo das esponjas é formada por diversos tipos de células, sustentadas por elementos esqueléticos de vários tipos:
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Pinacócitos – células achatadas de revestimento da parte externa, formando uma espécie de epiderme designada pinacoderme (embora não seja um verdadeiro tecido), são finas, coriáceas e estreitamente ligadas; Amebócitos– células livres de vários tipos que se deslocam por movimentos
amebóides, presentes no mesênquima ou mesogleia (substância gelatinosa localizada entre as camadas de pinacócitos e coanócitos) e que são responsáveis pelo crescimento e capacidade de regeneração, pois podem srcinar todos os restantes tipos de célula (excepto os coanócitos) e produzir as espículas do esqueleto. Estas células podem, ainda, transferir os nutrientes presentes na mesogleia para as restantes células e retirar os produtos de excreção para o espongiocélio. São, ainda, responsáveis pela formação dos gâmetas;
(http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/bioporifero.php) Coanócitos – localiza-se do lado do meso-hilo, revestindo o átrio, encontra-se a
camada dos coanócitos, os quais tem uma estrutura muito similar à dos protozoários coanoflagelados. O coanócito é uma célula ovóide, com uma extremidade adjacente ao meso-hilo e a extremidade oposta projectada para dentro do átrio, apresentando esta um colarinho contráctil. São células responsáveis pelo movimento de água através da esponja e pela obtenção de alimento. células flageladas (ou do colarinho) com uma expansão membranosa em forma de colarinho, que revestem o espongiocélio e outras câmaras vibráteis internas das esponjas. (http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/bioporifero.php) O movimento dos seus flagelos cria a corrente de água que traz nutrientes e gases. Os nutrientes são filtrados pelo ―colarinho‖ da célula, que não é uma estrutura sólida, mas
antes um conjunto de pequenos bastonetes erectos e separados por espaços. Qualquer partícula orgânica ou microrganismo plantônico aprisionado no colarinho é encaminhado para baixo, em direcção ao corpo celular e endocitado, ocorrendo uma digestão intracelular, em vacúolos digestivos. Posteriormente os nutrientes são difundidos para a mesogleia ou célula a célula. Porócitos – células dotadas de um poro central, designado poro inalante, que as
atravessa de lado a lado. Localizam-se a espaços regulares na parede do corpo da esponja, sendo através delas que a água penetra no espongiocélio. Estas Portfólio de Zoologia S&F
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microscópicas aberturas podem ser reguladas pelo animal contraindo-se, formando uma espécie de tecido muscular (SAMPAIO e MACHADO, s/d : 29). Nesta ordem de ideia, os poros são formados por porócitos, na qual tem a forma de um tubo que se estende desde a superfície externa até o átrio. A cavidade do tubo forma os poros inalantes, ou óstios, que podem se abrir ou fechar por contracção. O porócito é derivado de um pinacócito através do surgimento de uma perfuração intracelular. Abaixo da pinacoderme encontra-se uma camada chamadameso-hilo (ou mesênquima) que é constituída por uma matriz protéica gelatinosa contendo material esquelético e células amebóides, ou seja, células que possuem movimentos amebóide e são capazes de se diferenciarem em outros tipos de células. O esqueleto, que é relativamente complexo, fornece a estrutura de sustentação para as células vivas do animal. Assim, o esqueleto para todo o filo das esponjas, pode ser composto por espículas calcáreas, silicosas, fibras protéicas de espongina ou então por uma combinação das duas últimas. As espículas podem ser de várias formas, importantes para a identificação e classificação das espécies. Espículas monoáxonas têm o formato de agulhas ou bastonetes podendo ser rectas ou curvas, com extremidade afiladas ou ainda em forma de gancho. Apesar das espículas frequentemente se projectarem através da pinacoderme, o esqueleto se localiza primariamente no meso-hilo. O meso-hilo contém também fibras colagéneas dispersas, mas algumas esponjas podem ter fibras grossas de colágeneo chamadas esponginas (proteína fibrosa). Algumas esponjas são muito resistentes e têm uma consistência semelhante à borracha devido a quantidade de espongina presente no esqueleto. As esponjas de banho possuem apenas espongina no esqueleto (http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-porifera/filo-
porifera-1.php). Vários tipos de células amebóides estão presentes no meso-hilo:
Arqueócitos - são células grandes com núcleo também grandes, com capacidades fagocitárias que participam na digestão. Também são capazes de se diferenciarem em outros tipos de células c(élulas totipotentes);
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Colêncitos - células fixas, ficam ancoradas por fibras citoplasmáticas e que secretam as fibras de colagéneo dispersas;
Lofócitos - são móveis e que também secretam tais fibras de colagéneo;
Esclerócitos - secretam as espículas;
Espongiócitos - secretam o esqueleto de espongina.
Anatomia das esponjas A estrutura morfológica dos poríferos é bem peculiar, bem caracterizada por sistemas de canais para a circulação de água, numa forma que se relaciona com o caráter séssil (fixo) do grupo. Existem três tipos estruturais:
Tipo asconóide ou Áscon
–
A forma primitiva dos espongiários é a de um tubo ou
vaso, fixado no substrato. Na extremidade apical aparece uma grande abertura (o ósculo) que serve para a saída da água que continuamente atravessa o corpo da esponja. A parede do corpo é provida de um grande número de poros (daí o nome de porífera), através dos quais penetram água e partículas alimentares. Nos áscon, bem como nos outros dois tipos, não existem órgãos diferenciados, mas, distinguem-se diversos tipos celulares adaptados a determinadas funções. A parede do corpo é formada por duas camadas celulares. A camada mais externa é dermal, de srcem ectodérmica, e a mais interna, denominada gastral, tem srcem endodérmica. Entre as duas camadas celulares, há um mesênquima gelatinoso. A cavidade central do corpo é chamada átrio ou espongiocele. Nas duas camadas celulares e no mesênquima, encontramos os seguintes tipos celulares:Pinacócito, Coanócitos, Porócitos, Miócitos e Amebócitos.
(http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-porifera/filo-porifera-
4.php). Tipo siconóide ou Sícon: é o tipo intermediário, no qual distinguimos dois tipos de canais: inalantes e exalantes. ―Apresentam os primeiros estágios de dobramento da parede do corpo, incluem o conhecido gênero Sycon. Na estrutura siconóide, a parede
do corpo torna-se dobrada horizontalmente formando protuberâncias digitiformes ‖ (AMARAL e MENDES, s/d: 132). Este tipo de desenvolvimento produz bolsas externas estendendo-se para dentro a partir do exterior e evaginações que se estendem para fora a partir do átrio. Neste tipo os coanócitos ficam restritos as evaginações as quais são Portfólio de Zoologia S&F
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chamadas canais radiais ou flagelados. As envaginaçãos da pinacoderme chamam-se
canais aferentes, sendo estes revestidos por pinacócitos. Os dois canais se comunicam através de aberturas chamadas prosópilas – equivalentes aos poros do tipo asconóide. Na estrutura siconóide a água flui através dos canais aferentes, prosópilas, canais flagelados, átrio e ósculo.
Tipo lêucon ou Leuconáide: também chamado de rágon. ―É o tipo mais complexo.
Entre os canais inalante e exalante encontramos a câmara vibrátil que se comunica com outras câmaras e desemboca no átrio‖ (AMARAL e MENDES, s/d: 132). Esponjas leuconóides possuem câmaras vibráteis, formadas por coanócitos. Estes são os únicos locais onde os coanócitos estão presentes, em lêucon. As câmaras vibráteis são assim denominadas devido à vibração produzida pelo batimento dos flagelos das células com colarinho. Os canais que ligam o exterior às câmaras vibráteis são denominados inalantes ou aferentes. Já os canais que promovem a comunicação destas câmaras com a espongiocela são chamados de exalantes ou eferentes. Em leuconóides, todos os canais, a espongiocela e a camada externa do corpo do animal são revestidos por pinacócitos. Devido ao sistema de canais mais desenvolvido, o mesênquima toma quase todo o espaço do corpo, ficando a espongiocele reduzida. Muitas esponjas (a maioria) são constituídas segundo a arquitetura leuconóides, fato que põe em evidência a eficácia desse tipo de estrutura. As esponjas leuconóides são compostas por uma massa de câmaras flageladas e canais hídricos e podem atingir um tamanho considerável. Fig. 10 – Tipos morfológicos das esponjas Fonte: http://lifebiologia.blogspot.com/ 2010/10/filo-porifera.html
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Nutrição As esponjas se alimentam de material em partículas extremamente fino. Estudos efectuados em três espécies de esponjas jamaicanas mostraram que 80% da matéria orgânica filtrável consumida por estas esponjas tem um tamanho inferior àquele que pode ser resolvido pela microscopia comum. Os outros 20% constituem bactérias, dianoflagelados e outros pequenos seres planctônicos. Aparentemente, as partículas de alimento são selecionadas principalmente com base em seu tamanho, sendo retiradas no curso de sua passagem pelas câmaras flageladas. Apenas partículas menores que um certo tamanho podem entrar nos poros dérmicos, essas são partículas finalmente filtradas pelos coanócitos. A captação de partículas resulta provavelmente do fluxo de água através das microvilosidades que compõem o colarinho (http://lifebiologia.blogspot.com/2010/10/filo-porifera.html). ―Partículas grandes (5 a 50 µm) são fagocitadas por células que revestem os canais
inalantes. Partículas com dimensões bacterianas ou ainda menores (menor que 1 µm) são removidas e engolfadas pelos coanócitos‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:32). Revestimento Segundo AMARAL e MENDES (s/d: 132), ―A pele das esponjas apresenta dois tipos
de células: o pinacócito, que são células achatadas, e o coanócito, com colarinho e flagelo. A posição de ambas depende do tipo de esponja‖. Sustentação ―A sustentação é realizada pelas espículas, que representam o endoesqueleto mineral
(calcário ou silicoso), srcinado a partir de células especiais da mesogléia, os escleroblastos ou esclerócitos‖ (AMARAL e MENDES, s/d: 133). Há também o endoesqueleto orgânico formado por células denominadas espongioblastos ou espongiócitos, que fabricam uma proteína chamada espongina. Quimicamente é uma escleroproteína como a do cabelo, da unha ou do chifre.
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Morfologia dos poríferos A estrutura morfológica dos poríferos é bem simples, bem caracterizada por sistemas de canais para a circulação de água, numa forma que se relaciona com o caráter séssil (fixo) do grupo, isto é, só há dois sistemas nas esponjas: o tegumentário e o Esquelético. ―Não há nos poríferos: sistemas digestivo, circulatório, respiratório, excretor e
reprodutivo, além do nervoso e muscular‖ (AMARAL e MENDES, s/d: 133). Sistema nervoso Não existe sistema nervoso ou são difusos. Nas esponjas (Poríferos) não há células sensitivas ou nervosas definidas mas as esponjas reagem ao toque, especialmente ao redor do ósculo, e os estímulos são conduzidos lentamente de célula a célula. As reacções são localizadas e a coordenação é em função da transmissão de substâncias mensageiras por difusão no meso-hilo ou por células amebóides se locomovendo. Pode também
ocorrer
entre
células
fixas
que
estejam
em
contacto
(http://lifebiologia.blogspot.com/2010/10/filo-porifera.html).
Nutrição A esponja nutre-se de partículas de matéria orgânica e de plâncton, ou seja, diminutos organismos existentes na água. Os coanócitos capturam o alimento por fagocitose, formando vacúolos digestivos, portanto a digestão é exclusivamente intracelular como nos protozoários. Dos coanócitos, o alimento passa para os amebócitos, que o distribuem a outras células. ―A esponja não possui boca nem cavidade digestiva, logo é um animal filtrador‖
(AMARAL e MENDES, s/d: 133).
Excreção ―As trocas gasosas ocorrem por simples difusão entre a água que entra e as células do
animal. As excretas nitrogenadas (particularmente amónia) saem do organismo junto com a corrente de água. Não há, portanto, sistema circulatório ‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:32).
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A excreção é feita pelo ósculo em forma de amónia. Também pode ocorrer pela pele (excreção cutânea).
Circulação ―Esta ocorre no interior do átrio, onde a água circula graças aos batimentos flagelares
dos coanócitos e as partículas alimentares se movimentam de célula para célula, principalmente devido aos amebócitos‖ (AMARAL e MENDES, s/d: 133). Respiração O oxigénio e o gás carbónico entram e saem por difusão das células (respiração cutânea) e são levados pela corrente de água.
Reprodução As esponjas apresentam reprodução sexuada e assexuada.
Assexuada
Brotamento: surge um broto no corpo da esponja formados por amebócitos (estatócitos), que pode se soltar e dar srcem à um novo indivíduo.
Gemulação: ocorre na família Espongilidae espécies de água doce. Formam-se gêmulas, estruturas de resistência que se formam no interior do corpo da esponja. São compostas por células indiferenciadas e protegidas por um envoltório rígido. As gêmulas resistem à época de seca dos rios, perdurando após a morte da esponjamãe. Na época das chuvas, desenvolvem-se e srcinam novos indivíduos.
Fragmentação: pequenos fragmentos de uma esponja podem dar srcem a novos indivíduos, pois as esponjas possuem um grande poder de regeneração.
Sexuada A maior parte das esponjas é hermafrodita. Os gâmetas são formados em células chamadas gonócitos, que são derivadas dos amebócitos. Os espermatozóides saem da esponja pelo ósculo e penetram em outra esponja pelos poros, junto com a corrente de água. Portfólio de Zoologia S&F
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São capturados pelos coanócitos e transferidos até os óvulos presentes no meso-hilo onde ocorre a fecundação, que é portanto, interna (na mesogléia), e promovem a fecundação. Do ovo surgirá uma larva ciliada, de vida livre, que abandona a esponja e nada até se fixar em um substrato e dar srcem a um novo indivíduo. (http://www.slideshare.net/andreapoca/porferos-449596). ―Depois de se fixar através da extremidade anterior, a larva sofre uma reorganização
interna comparável à gastrulação de outros animais‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:32). Logo, conclui-se que as esponjas provavelmente constituem um ramo evolutivo precoce que não deu srcem a outros grupos, pois poderiam ter srcem independente dos protozoários flagelados.
Classificação A classificação das esponjas actuais baseia-se, fundamentalmente, nos seus tecidos moles e, também, no esqueleto mineralizado. No estado fóssil apenas se conserva o esqueleto mineralizado, daí que a sua classificação se baseie na composição do esqueleto, na forma das espículas e no tipo de rede esquelética por elas gerado. Classe Demospongea Esponjas com esqueleto de esponjina, silicioso ou misto. Espículas mono, tetraxónicas (dêsmas) ou poliaxónicas, mas nunca triaxónicas, normalmente, de duas dimensões (micro e macroscleras). Quando o esqueleto ésilicioso e se encontra fundido emrede
litistida ou pétrea é frequente srcinarem fósseis bem preservados. Organismos marinhos, salobros e dulcícolas. ―Todas as Demospongiae são leuconóides. As maiores esponjas conhecidas pertencem a
essa classe. Exemplo: Spheciospongia com mais de 1 m de diâmetro e altura. Há representantes de água doce‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:33).
Classe Hyalospongea (= Hexatinellida) ―Os representantes dessa classe são conhecidos como esponjas-de-vidro. O nome
Hexactinellida vem do fato que as espículas são do tipo com seis pontas ou hexáctinas. Portfólio de Zoologia S&F
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Além disso, frequentemente algumas espículas estão fundidas formando um esqueleto que pode ser reticulado, constituído por longas fibras silicosas. Por isso elas são então chamadas de esponjas-de-vidro. A forma siconóide é dominante ‖ (DE ARAUJO e
BOSSOLAN, 2006:33). Estas esponjas marinhas de profundidade apresentam esqueleto silícico, normalmente formado por espículas triaxónicas, hexarradiadas, frequentemente fundidas em rede. Espículas, normalmente, de duas dimensões (micro e macroscleras). É frequente srcinarem fósseis bem preservados, pois o esqueleto é silícios e pode encontrar-se fundido em rede. Classe Calcispongea (= Calcária) ―Os membros dessa classe, conhecidos como esponjas calcáreas, distinguem-se por
possuírem espículas compostas de CaCO3. Nas outras classes as espículas são invariavelmente silicosas. Os três graus de estruturas (Ascon, Sycon e Leucon) são encontrados. A maioria das espécies tem menos de 10 cm de altura ‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:33). Esponjas marinhas com esqueleto calcário, calcítico. Espículas tipicamente monoaxónicas e/ou tetraxónicas, normalmente separadas, não srcinando redes. Tipicamente, apresentam espículas de uma única dimensão. Classe Sclerospongea Esponjas coloniais com esqueleto basal calcário laminar coberto por tecido vivo que segrega microscleras siliciosas e fibras de espongina. Em muitas destas esponjas existem sistemas de canais dendríticos que confluem em elevações à superfície da colónia.
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Filo dos Radiatas (Cnidaria e Ctenophora) Os filos cnidaria e ctenophora, são muito relacionados e já foram considerados um único filo, o dos coelenterata. Esses dois filos que compartilham de certos aspectos fundamentais comuns, não encontrados em outros filos. Ambos os filos compreendem animais diploblásticos de organização do grau de tecidos, sem órgãos ou sistemas de órgãos, com um padrão de simetria radial ou biradial. Nenhum outro filo invertebrado apresenta esta combinação de aspectos. As duas camadas de tecidos são separadas por uma mesogleia (camada não-viva) semelhante a uma gelatina, com uma variação na sua espessura. Outro aspecto semelhante e a cavidade gastrovascular central, o único aspecto interno. Estes dois filos destinguem-se das esponjas porque, ambos têm camadas de tecidos verdadeiros consequentemente, estes são os primeiros metazoa como também sua cavidade interna principal é uma cavidade digestiva. Apesar dos dois filos serem superficialmente semelhantes, de compartilharem de algumas semelhanças morfológicas fundamentais, de terem sido agrupados anteriormente em um único filo, existem diferenças suficientes entre eles para colocalos em filos separados. Principais diferenças entre os cnidários e ctenóphora são:
Os cnidários tem nematocitos enquanto que os ctenoforos não os apresentam (excepto uma espécie);
Os ctenoforos tem fileiras de placas ciliadas, poros anais e um complexo de órgão dos sentidos, os cnidários não apresentam.
Os cnidários são polimorficos com diversos estágios de polipo e medosa enquanto os ctenoforos são exclusivamente monomorficos.
Os ctenóforos tem um desenvolvimento especiais do embrião que cujo estas não são encontrados nos cnidários.
(http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-cnidaria/filo-cnidaria-1.php).
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Filo Cnidários ou Coelenterata O filo Cuidaria inclui as hidras, as medusas ou águas-vivas, os corais e anémonas-domar. O nome de cnidários provém do grego Knide, que significa ―urtiga‖, sugere a existência de células urticantes chamadas cnidoblastos, para defesa e captura de alimentos e também o surgimento de uma cavidade gástrica ou entérica; em termos embriológicos eles são diblásticos, acelomados, protostômios e neuromiários (com sistemas nervoso e muscular) e são exclusivamente aquáticos, principalmente marinhos. (AMARAL e MENDES, s/d: 134). O filo era também chamado Coelenterata (das palavras gregas coela ― ‖, o mesmo que
cela = espaço vazio e enteros = intestino), que, srcinalmente, incluía os pentes do mar, actualmente considerado um filo separado, composto por animais também gelatinosos como as medusas, mas com algumas características próprias. ―Nos cnidários nota-se o início de uma organização tecidual. Existe uma boca, circundada por tentáculos, e uma cavidade digestiva, chamada cavidade gastrovascular.
O antigo nome celenterados provém de cele, que significa cavidade e
entero que quer dizer intestino. Já a denominação Cnidaria provém de estruturas (células) de defesa características do filo, chamadas cnidócitos ‖ (DE ARAUJO e
BOSSOLAN, 2006:34). ―A importância médica dos celenterados está relacionada com a hipnotoxina, proteína
de natureza cáustica que pode matar um indivíduo por choque anafilático ‖ (AMARAL e MENDES, s/d: 134). Os cnidários também são de pequena actividade económica, alguns corais são usados em joalharia e arte decorativa, os nematocistos de certas citomedusas e sifonóforos ocasionalmente queimam banhistas e alguns são altamente perigosos.
Características gerais
Simetria radial ao redor de um eixo oral-aboral, sem cabeça ou segmentação.
Corpo com 2 camadas de células, uma epiderme externa e uma gastroderme interna, com pouca ou muita mesogleia intercalada; nematocitos em uma das duas ou em ambas as camadas (diblásticos).
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Esqueleto calcário, córneo ou ausente; fibras musculares nos epitélios.
Boca circundada por tentáculos moles e ligada a uma cavidade digestiva (gastrovascular) em forma de saco, que pode ser ramificada ou dividida por septos; sem ânus.
Sem órgão circulatórios, respiratórios ou excretores.
Uma rede difusa de células nervosas não polimerizadas na parede do corpo e sem sistema nervoso central; alguns com manchas ocelares ou estatocistos.
Reprodução especialmente com brotamento (assexuada) no estágio fixo (polipo) e com reprodução sexuada por gâmetas no estágio de medusa; são minóicos ou dióicos; alguns com gônadas simples, mas sem ductos genitais;
Clivagem holoblástica; uma larva ciliada, a planula; a boca forma-se do blastóporo.
Cnidocitos contendo nematocistos (organelas urticantes) presentes em todos e empregados na captura de alimento e na defesa.
As qualidades urticantes dos cnidários eram conhecidas por Aristóteles, que considerava estes organismos como intermediários entre plantas e animais. Durante muito tempo foram incluídos nos zoophyta (gr.animais-plantas) juntamente com formas variadas desde esponjas até ascidias. Quando a sua natureza animal foi estabelecida no SEC XVIII, Lineu e outros classificaram-nos com os equinodermos como radiata devido a sua simetria. Leuckart em 1847 reuniu as esponjas, cnidarios e ctenoforos como oscoeleterata e somente em 1888 Hatsechek separou-os como filos distintos,porífera, cnidária e
ctenophora. Morfologia ―Os membros deste filo podem apresentar-se em duas formas estruturais distintas: medusa, a
qual é de vida livre e pólipo, que vive fixo em substratos (rochas, conchas). O pólipo pode, em certas circunstâncias, se deslocar através de movimentos tipo “mede-palmos” e por cambalhotas (por exemplo, as hidras)‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:34).
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Assim, o plano corporal dos cnidários apresenta dois padrões básicos, o pólipo e a medusa. A forma pólipo tem o eixo de simetria oral-aboral alongado, conferindo-lhe a forma coluna ou cilíndrica. Os pólipos podem ser solitários ou formar extensa colônias, são de habito sedentário e se encontram fixos ao substrato através de um disco aboral adesivo. Nas medusas, o eixo oral-aboral é curto e o corpo alarga-se, tomando a forma de sino, campânula ou cubo. As medusas são geralmente de vida livre (exceção das estauromedusas) podendo ser planctônicas ou excelentes nadadoras pelágicas. Muitas espécies de cnidários podem apresentar as duas formas em seu ciclo de vida, apresentando uma alternância de gerações (metagenesis). Os pólipos podem ser de um único tipo que desenvolve todas a funções vitais (alimentação, reprodução, defesa, etc) ou pode haver vários tipos diferentes de pólipos em uma mesma colônia com funções especificas, isto se denomina polimorfismo (gastrozooides com função alimentícia, dactilozooides para defesa, gonozooides para reprodução, entre outras). Uma característica que distingue os cnidários dos outros animais é sua estrutura simples, que, em principio, se diferencia pouco após da fase de gástrula. São animais basicamente diploblásticos que apresentam simetria radial primaria e externa retida na forma adulta. O eixo antero-posterior da larva se torna o eixo oral-aboral do adulto, e a boca, única abertura corporal, é rodeada por tentáculos. A cavidade digestiva, ausente nos poríferos, é uma novidade evolutiva dos eumetazoários já presente nos cnidários, denominada cavidade gastrovascular ou celêntero, um saco simples ou dividido em câmaras, bolsas ou canais.
Descrição de um pólipo ―Na forma jovem, o animal ostenta um aspecto tubular ou de cilindro. Na porção
inferior há um disco basal para fixação, enquanto que na extremidade oposta localizase a boca, sustentada pelo hipóstoma e rodeada por um conjunto de tentáculos, que podem ser ocos ou maciços‖ (AMARAL e MENDES, s/d: 135). A cavidade interna tem função digestiva e recebe várias designações: cavidade gástrica, entérica ou gastrovascular, não tendo ramificações. Os pólipos são geralmente fixos, desprovidos de esqueleto e com pouca mesogléia. Estes não possuem verso.
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Sistema digestivo ―Surge pela primeira vez na escala evolutiva, porém o tubo digestivo é incompleto, isto
é, falta o ânus. A digestão é primeiro extracelular e depois intracelular‖ (AMARAL e MENDES, s/d: 135). Sendo assim, a digestão é extra e intracelular. O corpo dos celenterados possui uma abertura que tem a função de boca. É rodeada por tentáculos e está ligada a uma extensa cavidade digestória, saculiforme, simples ou dividida por septos.
Sistema Respiratório - Não possuem órgãos especializados para a respiração. A respiração é aeróbia.
Sistema nervoso ―Surge pela primeira vez na escala zoológica. Embora não haja sistema nervoso
central (SNC), há uma rede de protoneurônios na mesogléia, formando o sistema nervoso do tipo difuso. Há ainda arco reflexo simples ‖ (AMARAL e MENDES, s/d: 135). O sistema nervoso dos celenterados é do tipo difuso ou reticular, constituído por células nervosas que estão interligadas umas as outras formando uma rede nervosa. Não possuem cérebro, as células nervosas estão localizadas na mesogléia.
Reprodução - Geralmente ocorre por metagênese (alternâncias de gerações) na qual a fase assexuada é representada pelo pólipo e a fase sexuada é representada pela medusa (SOARES, 1997:367).
Descrição de uma medusa Na fase adulta o animal ostenta forma de guarda-chuva ou cogumelo.
Umbrela - É a parte mais volumosa da medusa, que corresponde ao pano do guardachuva.
Manúbrio ou cabo - É a parte tubulosa da medusa, que corresponde ao cabo do guardachuva. Na extremidade livre fica a boca, que serve como porta de entrada dos alimentos e também de saída de catabólitos, funcionando, portanto, como se fosse o ânus. Portfólio de Zoologia S&F
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Véu ou craspedon - É um órgão que favorece a locomoção. As medusas que o possuem são ditas craspédotas, como as da classe Hydrozoa, e as que não o possuem são chamadas acraspédotas, como as da classe Scyphozoa.
Tentáculos ou braços orais - São formações alongadas que se prendem na umbrela e que se localizam geralmente ao redor da boca.
Modos de vida As medusas são móveis, planctônicas e sempre solidárias.
Fig. 11- Estrutura de um pólipo e da medusa.
A célula característica do filo é chamada cnidócito . Esta tem a função de defesa e captura de alimento. Localiza-se por toda a epiderme, mas é particularmente abundante nos tentáculos. Os cnidócitos são células ovóides que contêm no seu interior uma cápsula com um tubo enrolado chamada nematocisto. Quando ocorre algum tipo de estímulo mecânico ou químico, os cnidócitos descarregam os nematocistos que podem prender, paralisar ou inocular substâncias tóxicas na presa. Existem vários tipos de nematocistos, entre eles ospenetrantes, os volventes e glutinantes.
Classificação científica O filo Cnidária está dividido em quatro classes de organismos: Cubozoa - as medusas em forma de cubo; Hydrozoa - as hidras, algumas medusas, a garrafa-azul e os corais-de-fogo; Portfólio de Zoologia S&F
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Scyphozoa- as verdadeiras água-vivas; Anthozoa - as anêmonas-do-mar e corais verdadeiros;
Os cnidários alimentam-se de crustáceos, peixes, larvas de insectos. A estrutura está muito relacionada com a forma e o modo de vida desse grupo de animais. Uma característica marcante desse grupo é a presença de células modificadas que promovem a defesa do animal e constituem a captura de alimentos.
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Classe Cubozoa (cubomedusas ou vespas-do-mar) A maioria dos animais desta classe, são tóxicos. Abundam em mares tropicais e subtropicais. Os cubopólipos das espécies com ciclos habitam emestuários e mangais; a cubomedusa mais perigosa aos seres humanos é encontrada na Austrália. As sinapomorfias da classe são: forma cubóide da medusa, presença develário (dobra da subumbrela, semelhante ao véu da hidromesas, mas posicionado mais internamente e apresenta canais gastrovasculares).
Morfologia Externa
Medusa é cubóide, com face aboral e arestas levemente arredondada;
No lado interno da margem umbrelar, observa-se o velário com canais do sistema gastrovascular conectados com as bolsas gástricas;
Quatro ropálios com estatocisto , um par de océlos simples ou olhos complexos (cristalino, córnea e retina);
Quatro pedálios (expansões de mesogléia rígida próximos à margem umbrelar);
Em cada pedálio insere-se um ou váriostentáculos com anéis de nematocistos;
O manúbrio no centro da cavidade subumbrelarnão se estende em braços orais. Também existem quatro pares de projecções cónicas mesogleais de função desconhecida.
Morfologia Interna
A boca na extremidade do manúbrio contornada por quatro lábios triangulares.
O estômago abre-se em quatro bolsas gástricas, separadas por septos onde se inserem as gônadas;
No interior do pedálio existe um canal gastrovascular que se ramifica para cada lobo e tentáculos;
O sistema nervoso é bem definido, com um anel nervoso marginal, nervos
radiais e um plexo subumbrelar com oito gânglios (provável centro nervoso).
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Fig. 12 – Chiropsalmus quadrumanus. A – Vista lateral. B – Corte longitudinal
Classe Hydrozoa Nesta classe encontram-se um grande número de cnidários. Entretanto eles são animais isolados ou coloniais, muito pequenos e pouco conhecidos que apresentam duas formas: Hidopolipos e hidromeduzas. (AMARAL e MENDES, s/d: 136). Os hidrozoários podem apresentar tanto a forma polipóide como medusóide, ou então as duas durante o ciclo de vida. Dentre os membros mais estudados, são destacados aHydra, que é de água doce, na qual desapareceu o estágio medusóides;Obelia que apresenta os dois estágios (pólipo e medusa) durante o seu ciclo de vida e a caravela portuguesa ( Physalia). Esta última, nada mais é do que uma colónia natante com uma estrutura flutuante - o flutuador cheio de gás. (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:35). Nos hidrozoários a mesogleia jamais é celular, a gastroderme não apresenta nematocistos e as gônadas são epidérmicas ou, se gastrodérmicas, os óvulos e espermatozóides são emitidos directamente para o exterior e não para dentro da cavidade gastrovascular. Estas características servem como união de todos os membros desta classe. O corpo dos hidrozoários é como se fosse um saco alongado com parede espessa; a parte inferior a princípio estreitada. Se alarga em disco pedal adesivo e a parte superior em cone elevado, apresentando na extremidade um orifício, a boca, em torno da qual há
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uma coroa de seis a dez tentáculos mais longos que o corpo. O número de tentáculos difere entre as espécies e aumenta com a idade e tamanho do indivíduo.
Podem ter a forma de pólipo, de medusa ou ambas durante o seu cicio de vida;
A mesogleia nunca é celular;
A gastroderme não possui nematocistos;
As gônadas são epidérmicas. Os óvulos e espermatozóides são liberados no exterior
e nunca na cavidade gastrovascular; Podem ser solitários ou coloniais.
Modo de vida As hydras vivem em água doce, fria, limpa e geralmente permanentes de lagos e tanques; fixando-se a pedras, gravetos ou vegetação aquática. Nutrem-se de pequenos animais que passam ao alcance de seus tentáculos muito distensíveis e retrácteis, com os quais elas paralisam esses animais, através do veneno cnidocistos, e os prendem para transporta-los a boca. A hydra geralmente é fixa mas pode deslocar-se por deslizamento graças ao seu pé, ou, então executando cambalhotas, fixando-se pela boca e deslocando o disco basal de seu suporte.
Estrutura celular e função A parede do corpo e dos tentáculos consiste de apenas duas camadas de células, uma epiderme externa fina de células cúbicas de função principalmente protectora e sensitiva e internamente uma gastroderme mais espessa de células altas servindo principalmente à digestão. Entre as duas células há uma fina mesogleia acelular que fornece apoio elástico para o corpo e os tentáculos. Ambas as camadas são compostas de vários tipos de células, que são: epitélio muscular, glandular ou digestivas, intersticial, cnidocitica e sensitivo. 1- Células epitélio musculares - funcionam como músculos longitudinais que contraem para encurtar o pedúnculo do corpo e os testículos. As células epitélio digestivas da gastroderme são a principal parte do revestimento do intestino e Portfólio de Zoologia S&F
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funcionam activamente na digestão do alimento. Fibrilas contrateis ao redor da boca e da base dos tentáculos funcionam como esfíncteres para fechar estas aberturas. 2- Células glandulares - secretam um muco pegajoso com a qual a hidra se fixa a objectos na água, estas células podem também produzir uma bolha de gás, elas estão espalhadas na gastroderme onde secretam as enzimas que digerem o alimento. 3- Células intersticiais - são células pequenas arredondadas, indiferenciadas, com um núcleo grande encontradas entre as bases das células epidérmicas. Elas têm o potencial de produzir todos os outros tipos celulares, tais como cnidocitos e gâmetas. Portanto são básicas para a regeneração e substituição de todas as partes do corpo. Segundo DE ARAUJO e BOSSOLAN (2006:35) “Os cnidocitos, são células
especializadas que contém o aparelho urticante único dos cnidários o nematocisto‖, a hidra possui quarto tipos de nematocistos que são:
Os penetrantes têm um longo tubo filiforme enrolado que contém na base três espinhos, quando descarregado o tubo filiforme explode para fora para perfurar a pele de pequenos animais e injectar um líquido (hipnotoxina) que paralisa a presa.
Os volventes contém um fio curto e espesso em uma só volta, na descarga, este enrola-se fortemente em tomo das cerdas da presa.
Os glutinantes estreptolineos ovais, tem um longo fio que contém espinhos diminutos e pode-se enrolar após a descarga.
Os pequenos glutinantes estereolineos descarregam um fio recto não armado.
Os primeiros dois tipos são de particular valor na captura de presas, os outros produzem uma secreção pegajosa possivelmente usada na locomoção, bem como na apreensão do alimento. Substâncias de pequenos crustáceos, vermes e larvas das quais a hidra se alimenta, difundidas na água, muitas vezes provocam descarga nesses animais. Em alguns casos apresentam um fio que é causado pelo aumento da pressão osmótica dentro da cápsula. O tubo filiforme quando descarregado, o cnidocito não pode formar outro nematocisto, essas partes voltam para o intestino e são digeridas sendo substituídas por novas células e cápsulas que se formam. Portfólio de Zoologia S&F
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4- Células sensitivas nervosas - espalhadas pela epiderme, são mais numerosas nos tentáculos, perto da boca e ao redor do disco basal, um pequeno número ocorre na gastroderme. A base das células sensitivas liga-se às células nervosas que formam uma rede na epiderme, adjacente a mesogleia. Não há gânglio central ou cerebelo como ocorre nos platelmintes e outros metazoarios superiores.
Locomoção O líquido de cavidade gastrovascular funciona como esqueleto Hidraulico. A hidra vive fixa pelo seu disco basal a objectos na água, mas é capaz de dobrar-se para realizar movimentos para captura de presas e para mudar a sua localização. Pode-se mover de várias formas. Frequentemente dobra-se fixando os tentáculos ao substrato pelo uso de nematocistos glutinantes, e move o disco basal para um novo local, liberta os tentáculos e novamente assume uma posição vertical, Algumas vezes ela caminha invertida, usando tentáculos como pernas; pode ainda deslizar ao longo do substrato por uma acção semelhantes a pseudópodes. Ocasionalmente usa uma bolha de gás secretada em muco para flutuar na superfície.
Alimentação As hydras são carnívoras, alimentando-se principalmente de pequenos crustáceos. O contacto da presa com os tentáculos provoca a descarga dos nematocistos, que envolvem e paralisam a presa levando-a até a boca. Expansões, contracções da parede do corpo e movimentos vibráteis dos flagelos das células digestivas põem estas secreções em contacto com todas as partes do alimento; partes moles destes tornam-se separadas e liquefeitas, enquanto que porções mais duras (como quitina) não são afectadas.
Digestão Parte da digestão é completada na cavidade gastrovascular e os materiais parcialmente digeridos são absorvidos pelas células da gastroderme onde a digestão é intracelular. Resíduos indigeriveis saem pela boca que funciona também como ânus. O alimento absorvido principalmente o glicogénio é armazenado localmente em células da Portfólio de Zoologia S&F
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gastroderme, de onde as necessidades de epiderme são provavelmente supridas por difusão. Materiais armazenados tendem a concentrar-se onde o metabolismo é activo, onde há brotos ou gônadas em formação.
Respiração e excreção - Estes animais não têm órgãos respiratórios nem excretores– acontece a difusão pela parede de corpo. Sistema nervoso - Muito primitivo. As células nervosas estão dispostas em uma rede, abaixo da epiderme e principalmente ao redor da boca. Reprodução 1- Assexuada: por gemação (brotamento). Apresentam grande capacidade de regeneração. 2- Sexuada: quase todas as hidras são dióicas. As células reprodutivas se srcinam de células intersticiais, que se agrupam para formar ovários e testículos. Cada ovário produz apenas um óvulo que fica exposto. Após a fecundação o ovo forma uma casca e se desprende damãe, dando srcem a uma nova hidra. Em Hydra a maioria é dióica e a reprodução ocorre principalmente no outono. Existem células especiais na epiderme do pólipo que dão srcem aos óvulos e espermatozóides. No caso do óvulo, após seu aumento de tamanho, há ruptura da epiderme, expondo-o ao meio exterior. Dentre muitos espermatozóides liberados na água, um único fecunda o óvulo. Após a fecundação o ovo é recoberto por uma capa quitinosa. Quando completase esse processo, o embrião encapsulado destaca-se do corpo parental e permanece em sua cápsula protetora durante todo o inverno. Somente na primavera a cápsula amolece e a hidra jovem emerge. Em Obelia existem as formas polipóides e medusóides. Neste género ocorre metagênese, ou seja, há alternância de gerações entre pólipos e medusas. O pólipo produz assexuadamente medusas livre-natantes, normalmente dióicas. Estas se reproduzem sexuadamente através da liberação de espermatozóides e óvulos na água. Após a fecundação forma-se uma larva ciliada plânula que se fixa a um substrato e desenvolve novamente um pólipo adulto.
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Forma de pólipo
Hydra- género solitário de água doce.
Nas colónias: epiderme, mesogleia, gastroderme e cavidades gastrovasculares continua a todos os membros. Fixação por estolo ou hidroliza.
Crescimento - monopodial e simpodial.
Hidroides com cobertura quitinosa de sustentação (perisarco).
Polimosfismo: gastrozooide — alimentação; dactilozooides — defesa; gonozooides — reprodutores.
Forma de medusa
Pequenas, formadas por uma umbrella com véu (hydromedusas)
Na boca possui cnidocitos e se abre no manubrio.
Do estômago saem 4 canais radiais que se unem a um canal circular, que se situa na margem da umbrella.
Seu sistema muscular, é mais especializado e restrito a epiderme que tem como função a natação.
Sistema nervoso: dois anéis próximo a umbrella (ocelos e estatocistos).
Classe Scyphozoa Segundo AMARAL e MENDES (s/d:136) Nesta classe ― compreende animais isolados,
que apresentam duas formas: cifopolipos e cifomedusas sendo a forma predominante a meduza‖. Neste contexto, o representante mais conhecido é a Aurélia aurita (medusa), esta encontra-se numa forma côncava, possui tentáculos e encontram-se separados por oito tentáculos, no manubrio encontram-se estruturas de sustentação do animal, que podem ser chamados de braços. Na boca encontramos a faringe que se liga com a cavidade gastrovasular. Certamente na superfície oral côncava está a boca, em um curto manubrio, entre quatro braços orais ponteagudos, os quais são sulcados e possuem nematocistos ao longo dos seus bordos. Uma curta faringe através do manubrio liga-se a cavidades gastrovascular.
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Saindo da ultima há 4 bolsas gástricas contendo filamentos gástricos tentaculiformes delicados com nematocistos. As células que fazem parte da rede nervosa, da Aurélia são chamadas manchas ocelares (captar luz), apresentam um estatocisto (pigmentos), que captam a luz. Apresenta ainda as facetas que fazem uma recepção química do próprio impulso e participam na alimentação. Muitos canais radiais estendem-se das bolsas através da mesogleia até um canal anelar na margem do sino. Há 4 gônadas em forma de U, uma no assoalho de cada bolsa gástrica. A rede nervosa é melhor desenvolvida na margem do sino. Cada órgão sensitivo compreende:
Uma mancha ocelar pigmentada sensível à luz.
Um estatocisto oco, externo ao canal circular, que contem grânulos calcários diminutos e da direcção dos movimentos natatórios.
Duas facetas sensitivas, uma lateral e outra mediana, provavelmente quimioreceptores relacionados com o reconhecimento do alimento. A superfície externa é coberta pela epiderme, o revestimento do sistema digestivo e canais da boca para dentro, os tentáculos gástricos e as gônadas são de gastroderme.
Historia Natural O representante desta classe é a Aurelia que pode ocorrer isoladamente ou em grandes grupos. Flutua calmamente e pode nadar fracamente por contracções rítmicas do sino, mas esta depende muito das correntes e ondas. São animais que se movimentam livremente em água, graças aos músculos que passam nas bermas do próprio animal. O alimento começa dos invertebrados, peixes, crustáceos e dos seus próprios inimigos, todo alimento entra pela boca e segue a cavidade gastrovascular, a digestão é intracelular, a captura do alimento é auxiliada pelos nematocistos, a entrada e retirada dos alimentos é feita pela boca. (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:37) Portfólio de Zoologia S&F
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A respiração e a excreção são presumivelmente realizadas pela totalidade da superfície do corpo. A rede nervosa serve para coordenar as contracções propulsoras dos sinos e acção dos lobos orais.
Reprodução e Ciclo de vida Nos scyphozoarios, os sexos são iguais mas separados. Os espermatozóides das gônadas (testículos) de um macho são lançados na água saindo pela boca e graças a essa água são levados ao interior do animal e entram na cavidade gastrovascular de uma fêmea para fecundar os óvulos produzidos em suas gônadas (ovários). Os zigotos emergem para alojar-se nos braços orais, onde cada um se desenvolve, em uma larva plânula ciliada. Este escapa para nadar durante um certo tempo, então instalase e fixa-se no fundo do mar, onde perde dois cílios transformando-se em um pólipo diminuto em forma de trombeta (cifistoma) com disco basal, boca e tentáculos. Do brotamento srcina-se uma medusa e um pólipo, que passa a ser chamado de estrobilação, que é por divisão transversal, e a outra por fissão transversal que dão srcem a uma medusa chamada efira, essas após srcinarem medusas, começam a se reproduzir assexuadamente.
Classe Anthozoa Nestes organismos o estágio medusóide está completamente ausente. São as anêmonasdo-mar, os corais escleratínios (produtores de esqueletos externos de CaCO3) e octocorais característicos com oito tentáculos. É a maior classe dos cnidários. Apresentam cavidade gastrovascular mais especializada que as outras classes, com várias divisões de um mesentério longitudinal, fixados na parede do corpo, o que aparentemente auxilia na circulação de água e na digestão de presas maiores. (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:38)
Fig. 12. Estrutura de uma anêmona-do-mar. A) Corte longitudinal. B) Corte transversal. Portfólio de Zoologia S&F
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O pólipo dos antozoários é mais especializado e a presença de mesogléia celular, cavidade gastrovascular septada, cnidócitos nos filamentos gástricos e gônodas gastrodérmicas, indicam que eles estão filogeneticamente relacionados mais intimamente com os Scyphozoa que os Hydrozoa. Anêmonas-do-mar são antozoários solitários familiares e ocorrem em todo o mundo em águas costeiras. Elas praticamente vivem presas a substratos duros na região litoral. Os antozoários formadores de corais são constituídos de colónias de pólipos.
História Natural As anémonas-do-mar vivem fixas alguma superfície firme mas podem rastejar lentamente com seu disco pedal. Os cílios dos tentáculos e disco também batem para conservar as superfícies livres de detritos. Uma corrente de água desce pela sifonoglife para circular na cavidade gastrovascular com finalidades respiratórias e para conservar o corpo turgido, e uma corrente que sai sobe por qualquer lugar da faringe. O alimento consiste de moluscos crustáceos e outros invertebrados e peixes, paralisados pelos nematocistos e levados pelos tentáculos até a boca, passa para a cavidade gastrovascular e é dirigido por enzimas secretadas pelos filamentos e é absorvido pela gastroderme. Restos não digeridos são eliminados pela boca. A digestão é intra e exra-celular e os alimentos não digeridos são lançados pela boca ao exterior, vivem em simbiose com as algas, estas fornecem matéria orgânica (carbono orgânico) aos anthozoários, por sua vez os anthozoários protegem as algas dos seus inimigos, fornecem-lhes potássio, nitrogénio e dióxido de carbono. Esta simbiose obrigou os anthozoários a viverem em ambientes limpos e não profundos, visto que as algas precisam dos raios solares para a fotossíntese. Anémonas podem ter sexos separados ou ser hermafroditas. As gónadas localizam-se na camada gastrodermica dos septos; a fecundação pode ocorrer na cavidade gastrovascular ou externamente na água do mar. O zigoto desenvolve-se em uma blástula sólida e depois em uma típica larva plânula, após a fixação a larva forma tentáculos e torna se uma anémona em miniatura; determinadas anémonas Epiactis ( ) incubam seus jovens em bolsas externas na coluna.
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Anémonas também se reproduzem assexuadamente: Por fissão longitudinal ou transversal e por laceração de pedal (partes do disco pedal) são deixadas à medida que a anémona se move, estas crescem formando novas anémonas. A maioria dos tipos de anémonas é fixa em rochas, conchas ou outras superfícies, mas a também podem movimentar-se se necessário; algumas formas infimas Booceroides ( )
Cerianthus) podem nadar, batendo seus tentáculos e alguns tipos delgados Edwardza, ( cavam no fundo, deixando apenas os tentáculos e o disco oral expostos. A classe anthozoários apresenta algumas subclasses: Zoonthidae - constituída por anémonas solidárias e são cesseis. São os que
possuem doze ou mais que doze septos e doze ou mais que doze tentáculos, é nessa subclasse a que pertencem a maioria dos recifes, e apresenta as ordens:
Ceriantharia – Compostas por anémonas solitárias, adaptadas ao substrato móvel;
Zooanthidea – Não é um coral, a maioria é colonial apresentando zooxantelas comensais (Palythoa).
Machephoraria – Os membros desta ordem são os principais construtores de recifes, crescendo como massas rígidas capazes de resistir ao constante embate das ondas e a maior ordem da classe Anthozoa. Produzem um esqueleto de carbonato de cálcio; alguns são solitários mas a maioria é colonial.
Octocorallia - são animais com oito septos e oito tentáculos.
Geogonacea - o corpo contem um eixo central composto por uma substancia orgânica.
Pennatulacea - colónia cujo esqueleto possui espiculas calcariasRenilla ( ).
Os Recifes de Coral ―Os recifes de coral são formações rochosas calcárias que dão suporte a um amplo
conjunto de plantas e animais marinhos, e alguns destes organismos de recife secretam carbonato de cálcio que forma a maior parte do recife‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:39).
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De todos os organismos secretores de CaCO 3, os corais escleratínios são os mais importantes. As exigências ambientais desses animais também descrevem os limites de distribuição do recife. Corais formadores de recifes contém algas simbióticas que necessitam de luz para a fotossíntese. Consequentemente, a distribuição vertical dos recifes é restringida pela profundidade de penetração de luz. Assim, os recifes são encontrados apenas em lugares onde a água circulante contenha pequenas quantidades de material em suspensão, ou seja, águas de baixa turgidez e baixa produtividade.
Os tipos principais de recifes de coral são:
Recifes em franja: projectam-se directamente em direcção ao mar, a partir da praia.
Recifes em barreira: são separados da massa terrestre por uma laguna.
Atóis ou circular: repousam sobre ápices ovais de vulcões submersos. Usualmente circulares ou ovais com uma laguna central e partes da plataforma do recife podem emergir como uma ou mais ilhas.
O recife mais grande ou mais conhecido é o recife de barreiraGreat Barrier Reef (grande barreira de recifes) localizado na Austrália que chega a atingir os 2000km de comprimento.
Filo Ctenophora Do Grego Ktenos = pente + phoros = portador, compreende espécies de animais marinhas de natação livre com corpo gelatinoso transparente. São chamados ctenoforos devido as placas ciliadas do corpo. Eles mostram alguma semelhança com medusas dos cnidários e antigamente foram classificados com eles, mas são distintos em estrutura e em biologia.
Características gerais Simetria birradial (radial + bilateral) em torno de um eixo oral-arboral, 3 folhetos germinativos com muita mesogleia, sem segmentação.
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Corpo mais ou menos esférico (chato em algumas), geralmente com oito series externas de placas ciliadas, sem nematocistos (excepto emEuchlora), tentáculos com células adesivas (coloblastos).
Epidemie e gastroderme celulares, mesogleia com amebocitos e células musculares (pode ser considerada celular, quando o animal for triploblastico).
Sistema digestivo com boca, feringe de Epidemie invaginada e estomago com ramificações para um elaborado sistema de canais.
Sistema nervoso difuso, com um órgão sensitivo arboral (estatocisto).
São hermafroditos, células reprodutoras formadas do endoderme dos canais digestivos, desenvolvimento com um distinto tipo larval, o cidipidio, sem desenvolvimento sexual.
Poros anais terminam o trato digestivo.
Principais semelhanças com os cnidários:
Simetria radial básica;
Partes dispostas ao redor de um eixo oral-aboral;
Uma cavidade gastrovascular com ramos;
Sem espaços internos excepto o sistema de órgão;
Principais diferenças com os Ctenophoras Os Ctenophoras possuem:
Oito series de placas ciliadas;
Músculos mesenquimáticos ou mesodermicos;
Organização mais alta do sistema digestivo com poros anais.
Nematocistos ausentes (excepto emEuchlora);
Desenvolvimento em mosaico;
Uma região sensitiva aboral.
História natural A grande parte dos ctenoforos são animais planctonicos que passam sua vida livremente nas águas abertas dos oceanos.
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O Género Cestum (cinto-de-venus) é um dos ctenoforos com um metro de comprimento e nada graças às ondulações.
Broe é um representante de um grupo diferente de ctenoforos, daqueles sem tentáculos. Tem uma boca enorme e ligeramente engole presas como se fosse uma baleia ao capturar suas presas. Ctenoforos abundam nos mares quentes, alguns em regiões temperados ou árcticas, encontram-se em águas superficiais, alguns vivem em profundidades variadas. No escuro emitem luminescência de baixo das placas ciliadas. Alimentam-se de animais platónicos pequenos, larvas de moluscos e de crustáceos, ovos de peixes e pequenos peixes. A digestão é rápida iniciando-se extracelularmente na faringe e completando-se intracelularmente nas células que revestem os canais digestivos. Os ctenoforos são minóicos, sendo óvulos e espermatozóides, produzidos pelo revestimento endodérmico dos canais digestivos em baixo das placas ciliadas. Os óvulos são eliminadas através da boca e a fecundação ocorre na água, sendo o seu desenvolvimento em dois aspectos:
O padrão de clivagem, após as duas clivagens iniciais, e único é chamado de padrão birradial, desenvolvendo-se o embrião como uma estrutura em forma de prato;
Em muitas vezes as larvas que resultam do desenvolvimento se reproduzem como larvas, depois regridem e tornam-se sexualmente maduras, reproduzindose novamente como adultos fenómenos chamados dissogenia.
Todos os ctenoforos passam por um estágio larval denominado cidipidio, com metamoforse ou então desenvolvem-se directamente no adulto.
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Filo platyhelminthes Platelmintos (do grego platys = chato; helminthes = verme) ―são animais do filo
Platyhelminthes, pertencente ao reino Animalia. São considerados vermes, tais como o são considerados os dos filos Nematelmintes e Anelidea ‖ (SAMPAIO e MACHADO, s/d:137). Características Gerais
São vermes achatados dorso-ventralmente, segmentado ou não, com a forma de uma folha, devido à ausência de sistema digestivo/circulatório.
São triblásticos e acelomados;
São neuromiários do tipo hiponeuros, ou seja, o sistema nervoso localiza-se abaixo do tubo digestivo e são protostômios, isto é, a boca é derivada do blastóporo da gástrula;
Ausência de ânus;
Apresentam simetria bilateral, sendo hermafroditas em geral, com vida livre ou parasitas;
A presença de protonefrídeos (um conjunto de células-flamas) com função de excreção. Têm como habitat ambientes muito húmidos, em águas doce e no mar, como também parasitam alguns animais.
Sistema respiratório e circulatório - São privados de sistema respiratório e circulatório. Nas espécies de vida livre a respiração é aeróbia, sendo que as trocas são feitas por difusão através do epitélio permeável. Já nos parasitas a respiração é anaeróbia. Pela ausência do sistema circulatório, as ramificações do sistema digestivo auxiliam a distribuição do alimento.
Sistema digestivo - Não apresenta abertura na ingestão, portanto é incompleto. Se constitui de boca, faringe e intestino ramificado que termina emfundo cego. Os cestóides não possuem sistema digestivo. A digestão é extra e intracelular. Sistema nervoso - São os primeiros animais com um sistema nervoso central que é formado por um anel nervoso, ligados a cordões longitudinais ou por um par de gânglios cerebróides e encontram-se na parte anterior dos platelmintos. Portfólio de Zoologia S&F
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Sistema excretor - A excreção é feita por células-flama (ou solenócitos ou protonefrídios). Estruturas típicas dos platelmintos, ascélulas-flamas eliminam os excretos para a superfície corpórea.
Reprodução - Geralmente são hermafroditas outros são monóicos, sendo que alguns se reproduzem por partenogênese. O corpo desses animais é constituído por três camadas: Primeiramente, há a epiderme uniestractificada. Abaixo desta, há duas camadas musculares, sendo a primeira composta por músculos circulares e a segunda por músculos longitudinais. A esse conjunto dá-se o nome de tubo músculo-dermático. Tal tubo actua na protecção, locomoção e como esqueleto. Nos platelmintos de vida livre, a epiderme apresenta cílios, relacionados com a locomoção. Já nos parasitas, há a cutícula envolvendo o tubo músculo-dermático, conferindo-lhe resistência à acção dos sucos digestivos. ―A porção do corpo que primeiro entra em contacto com o meio é onde se localizam boa
parte dos órgãos sensoriais é chamada região anterior. A extremidade oposta é denominada região posterior. A parte superior do corpo chama-se dorsal e a inferior, ventral‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:39).
Características Evolutivos Presença do sistema bilateral; Sistema nervoso formado por gânglios; Presença da mesoderme que produz a musculatura; Presença de gônadas que possuem condutos, que são as ramificações onde passa
o sémen.
Características que leva os platelmintos serem infe riores aos bilatérios
Ausência de celoma;
Tubo digestivo ramificado para diferentes partes do corpo, apresentando assim, uma digestão intra-celular.
Ausência de ânus
O facto de serem hermafloditas.
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Classificação Este filo encontra-se distribuído em quatro classes, a saber: Turbellaria (Turbelários) - Platelmintos de vida livre, com epitélio ciliado (Ex: a
planária (Digesia tigrina e Geoplana sp.). Trematoda (Trematódios) - Vermes parasitas com epiderme não-ciliada e uma
ou mais ventosas (Ex: Schistosoma mansoni). Cestoda (Cestódios) - Formas parasitas com corpo dividido em anéis ou proglotes (Ex: Taenia solium. E). Monogénea
Classe turbellaria ―Os turbelários apresentam a forma de uma folha, são aquáticos (dulcícolas), de vida
livre, locomovendo-se graças aos cílios epidérmicos, contracções musculares e mucosidade produzida por células especiais ‖ (SAMPAIO e MACHADO, s/d : 137). São de água doce e salgada, poucas vezes dependem do sol, vivem nas pedras, por baixo das folhas, as vezes enterrados ao solo, são de vida livre, movem-se por meio de cílios, o representante mais comum é a planaria, é inactiva durante o dia devido a luz solar e activa durante a noite.
Morfologia do género euplanária Segundo SAMPAIO e MACHADO (s/d:137) As planárias ―possuem uma cabeça
triangular devido às expansões laterais, ditas aurículas, para tacto e quimiorrecepção‖.
Boca: É uma abertura que funciona também como ânus.
Faringe Protáctil: É uma estrutura tubular e alongada, que serve para capturar alimentos.
Ocelos (olhos): São estruturas fotorreceptoras (promovem apercepção da luz), porém não formam imagens, apenas captam luminosidade. Aurículas: São duas projecções laterais quimiorreceptoras (percebem a presença de substâncias químicas na água).
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Cílios: São filamentos localizados na epiderme da região ventral, que contribuem juntamente com o muco secretado por glândulas, na locomoção por deslizamento.
Poro Genital: É o orifício por onde ocorre a troca de espermatozóides durante a fecundação cruzada.
São vermes pouco planos com um corpo pouco mole, podem atingir 5-25cm de comprimento, possuem a forma triangular, na parte anterior e posterior, na cabeça encontram-se as manchas
pocelares,
e
outros órgãos dos sentidos, Fig. 13. Estrutura de uma Planária.
encontra-se uma região
cefálica, no centro da cauda encontra-se a boca na parte posterior, possuem uma faringe móvel que ajuda na captura dos alimentos, possuem órgãos copuladores localizados depois da boca, a ramificação do tubo digestivo em três, deu srcem a ordem triclatida. ―Há pigmentação dorsal e cílios ventralmente, além de células especiais no tegumento,
denominado rabdites, com função defensiva, intervindo na captura de presas (pequenos “vermes” e moscas aquáticas)‖ (SAMPAIO e MACHADO, s/d:137).
Historia Natural das Planarias ―As planárias são predominantemente carnívoras. O intestino é em fundo cego, com a
boca servindo tanto para a ingestão quanto para a egestão. As ramificações presentes no intestino (divertículos laterais) aumentam a superfície para a digestão e distribuição dos alimentos. Isto compensa a ausência de um sistema interno de circulação ‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:44). Assim, estes alimentam-se de peixes, crustáceos, moluscos vivos ou mortos, capturados pela boca, a captura de alimentos em algumas espécies como mesostoma pelo processo de apunhalamento do seu próprio pénis, que se encontra em forma de estilete (músculos). A digestão é portanto inicialmente extracelular e posteriormente intracelular e os alimentos não digeridos são lançados pela boca por ausência de ânus. A Planária apresenta a região dorsal bastante pigmentada e a região ventral mais clara. Portfólio de Zoologia S&F
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Sistema Respiratório: Ausente, com respiração por difusão cutânea directa (através da epiderme) nos de vida livre e anaeróbia nos parasitas.
Sistema Circulatório: Ausente, sendo a distribuição dos alimentos feita por difusão pelo intestino ramificado.
Sistema Excretor: Presente, sendo feita pelas células-flama ou solenócitos ou protonefrídios. São animais Amoniotélicos (excretam amônia). 1- Poro excretor 2- Canal excretor 3- Células flama
Fig.14 - Sistema excretor da Planária
Sistema Nervoso: Presente do tipo ganglionar, sendo constituído por um par de gânglios cerebrais, com dois cordões nervosos longitudinais comunicados por comissuras transversais.
Fig.15 - Sistema nervoso da Planária
Reprodução São hermafroditas e outras são dióicas, porém realizam fecundação recíproca; são ovíparas e o desenvolvimento é directo, portanto, não há larvas. O sistema de órgão do macho é formado por vários testículos, possuem um pénis musculoso (em forma de estilete), apresentam uma vesícula seminal (bolsa de espermatozóides). O sistema da fêmea é composto por dois ovários onde se produzem gâmetas femininas, dois ovidutos que vão transportar
óvulos,
duas
glândulas
vitelinas, uma vagina que se abre após o poro genital e uma bolsa de cópula ou
Fig.16 - Sistema reprodutor da Planária
receptáculo seminal.
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Em algumas espécies das planárias apresentam grande capacidade regenerativa, tanto que, se cortadas no sentido transversal ou longitudinal, cada uma das partes gera novas planarias, isto é, pode ocorrer a reprodução assexuada por constrição do corpo: laceração ou esquizogênese.
Fig. 17 - Fecundação interna cruzada
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Fig. 18 - Reprodução assexuada por constrição
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Filogenia dos Protostómios Etimologicamente, do grego protos = primitivo; stoma = boca. São todos os animais que durante o seu desenvolvimento embrionário, o blastóporo permanece com função de boca (SOARES, 1997:206). Protostómios, no seu ciclo de vida possuem uma larva designada tricófora, com características de uma folha, possuem cílios em forma de cintas, se a larva possuir uma cinta é chamada procófora, duas ou três metacófora, acima de três policófora, tem um tubo completo, pois os blastóporos são responsáveis pela forma.
Filo Molusca Do latim molis = mole (animais de corpo mole), não são segmentados, formados por uma cabeça anterior, possuem um manto, também conhecido por massa visceral dorsal (protege as vísceras), possui um pé ventral, em algumas espécies na camada externa encontramos uma camada calcária ou concha calcária, em alguns animais essa concha encontra-se internamente (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:61).
Características gerais Os moluscos de maneira geral apresentam o corpo constituído das seguintes partes:
cabeça, região onde se localizam a boca e os órgãos sensoriais (olhos e tentáculos), em algumas formas, como polvo, esta região é bem desenvolvida e em outros, como os mexilhões, é muito reduzida; pé ventral, órgão musculoso relacionado com a locomoção (que pode ser por deslizamento, escavação e natação); massa visceral
dorsal, área onde encontram-se os órgãos de digestão, excreção e reprodução. Recobrindo a massa visceral existe o manto (dobra carnosa da epiderme) que geralmente é responsável pela formação da concha. Entre o corpo e o manto há um espaço denominado cavidade do manto ou cavidade palial. Nesse espaço, situam-se as brânquias. Na cavidade abrem-se ainda os sistemas digestivo, excretor e reprodutor. Segundo DE ARAUJO e BOSSOLAN (2006:61) ―As características básicas dos representantes do filo podem ser resumidas em animais de corpo mole, não segmentado, com simetria bilateral, triblásticos, celomados, trato digestivo completo, sistema circulatório aberto, com presença de sistema respiratório, excretor e nervoso ‖. Portfólio de Zoologia S&F
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Os moluscos vivem no meio aquático, terrestre e orgânico. Em sua maioria, vivem no mar, fixos sobre as rochas, como as ostras e os mariscos, ou nadando activamente, como os polvos e as lulas, ou ainda, enterrados na areia, como os dentálios.
São invertebrados triblásticos de corpo mole, isto é, apresenta três folhetos germinativos (endoderme, mesoderme e ectoderme), celomados do tipo esquizocélicos, neuromiários do tipo hiponeuros e protostômios;
São de simetria bilateral, em algumas classes corpo enrolado, uns com conchas outros sem conchas;
Possuem uma vida livre e, raramente, parasitária (larva gloquídia);
São em geral móveis (ostras e mariscos são fixos) e apresentam rádula, que é uma língua provida de dentículos para a trituração, exclusiva dos moluscos, excepto os pelecípodos.
Não possuem a segmentação, a concha pode ser interna, externa ou ausente;
A região cefálica é desenvolvida, excepto nos bivalves e escapophora;
Muitos possuem os órgãos de tacto e olfacto, possuem olhos que desempenham uma função complexa que se assemelha com uma máquina fotográfica;
Possui estatocistos com função de equilíbrio; Alguns são hermafroditas e pouco são protambricos.
Classificação Este filo apresenta sete classes que têm a morfologia, hábitos e costumes diferentes que varia de classe para classe. Essa classificação tem a ver com o número de placas que compõem a própria concha e posição do pé ventral, que são órgãos de locomoção, fixação ou escavação. Aplacophora - são animais com corpo vermiforme achatados, não possuem
conchas nem pé ventral. Polyplacophora - são achatados dorsoventralmente, principalmente na parte da
cabeça, possuem oito placas. Monoplacophora são achatados, possuem uma única concha. Gastopodes são moluscos que apresentam os primeiros manifestos de
desenvolvimento da cefalização, o seu corpo encontra-se retorcido, a massa
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visceral encontra-se enrolada, num sentido anti-orario, possuem um pé na posição da cabeça, o seu pé é rastejante e largo (Ex: lesmas). Bivalva são todos moluscos que possuem duas conchas, com a capacidade de
fechar e abrir, como uma dobradiça, o seu corpo é um pouco mole e um dos representantes é a amêijoa. Scaphopoda são moluscos com o hábito de escavarem a terra, o seu corpo
encontra-se em forma de tubos, possuem fendas que ajudam na escavação, o género mais conhecido é o dentallium. Cephalopoda são moluscos com um sistema cefalizado, o seu pé encontra-se
dividido em braços, a sua concha é muito reduzida, e em alguns casos não existe (lula, polvo). Encontram-se cerca de 35mil, diz-se que eles encontram-se distribuídos no tempo e no espaço. No tempo, porque encontram-se cerca de 35mil fosseis, e no espaço é que eles vivem desde a praia até as grandes profundidades. Alguns vivem na areia, nas rochas, por baixo das folhas e alguns são pelágicos.
Revestimento A epiderme é simples, ou seja, possui uma única camada de células rica em glândulas de muco e ciliada em geral. A massa visceral é revestida por uma dobra da pele, o manto ou pálio. Este contém glândulas que secretam a concha. Na região posterior do animal, o manto faz uma dobra que delimita uma cavidade entre ele e a massa visceral, chamada cavidade palial ou cavidade do manto, onde encontramos o ânus, as brânquias e, às vezes, o pneumóstoma, os poros de excreção e a abertura genital. A concha corresponde a um exoesqueleto e os moluscos podem ser univalvos, quando há apenas uma concha. Se ela for externa, como na maioria, chama-se exoconcha; se for interna, como na lula, formando uma pena transparente (gládio, pena ou siba), chama-se endoconcha. Às vezes, podem apresentar duas conchas. Neste caso, são ditos bivalvos. (SAMPAIO e MACHADO, s/d:155).
Digestão - O tubo digestivo é completo e a maioria apresenta na boca uma estrutura característica do grupo, que é a rádula. Com essa língua munida de dentículos Portfólio de Zoologia S&F
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quitinosos, o animal raspa algas e outros alimentos. A rádula não aparece nos bivalvos filtradores como a ostra e o mexilhão. A digestão é, via de regra, extracelular.
O sistema circulatório - Na maioria dos moluscos, a circulação é aberta (também chamada lacunar) ou hemocélica, como nos artrópodos.―O coração tricavitário (duas
aurículas e um ventrículo) é um órgão musculoso dorsal que recebe o sangue oxigenado proveniente das brânquias e o impulsiona por um sistema ramificado de vasos e de lacunas (hemoceles), nas quais estão mergulhados os órgãos ‖ (SAMPAIO e MACHADO, s/d:155). A excreção - É graças aos nefrídeos ou rins que se encontram em número de um, dois ou três pares ou órgãos de Bojanus, situados na câmara pericárdica.―Cada nefrídio é uma espécie de funil, longo e dobrado, que retira as excreções da cavidade pericárdica
e dos vasos sanguíneos que circulam em sua proximidade ‖ (SAMPAIO e MACHADO, s/d:155). Pelo conduto do nefrídio as excreções são eliminadas do corpo do animal.
A respiração
–
É graças a várias brânquias (ctenídeos), possui um pulmão que se
encontra na cavidade do manto ou palial (SAMPAIO e MACHADO, s/d:155). Em alguns moluscos terrestres (lesma) e nos transmissores da esquistossomose e fasciolose (Biomphalaria e Lymnea) a respiração é pulmonar, isto é, realizada pela própria cavidade palial. Esta funciona como um pulmão primitivo, tendo um orifício para a entrada de oxigénio e saída de gás carbónico, o pneumóstoma. Os moluscos primitivos não têm sistema respiratório; portanto, a respiração é cutânea ou tegumentar.
O sistema nervoso - É do tipo ganglionar ventral descentralizado, muito desenvolvido, mostrando vários pares de gânglios unidos por cordões nervosos, possui três pares de gânglios, um cerebral, um pedal (na parte do pé) e outro ao nível do manto. – Gânglios cerebróides: localizam-se na cabeça e são centros sensoriais. – Gânglios pedais ou pediosos: localizam-se nos pés e comandam a locomoção. – Gânglios pleurais: enervam o manto.
Mas segundo SAMPAIO e MACHADO (s/d:155), estes apresentam mais um par de gânglios, Os Gânglios viscerais: enervam os órgãos internos e têm função vegetativa. Portfólio de Zoologia S&F
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A reprodução - Os moluscos em geral são dióicos (sexos separados), embora os caracóis terrestres sejam monóicos. A fecundação é recíproca, cruzam interna ou externamente, sendo, portanto, ovíparos ou ovulíparos.
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Gastropodes A classe Gastropoda é a maior classe de moluscos, sendo representada pelos caracóis, e lesmas. Compreende formas marinhas, de água doce e terrestres. A cabeça é bem desenvolvida, com dois pares de tentáculos sensoriais, um deles provido de olhos nas extremidades. O pé é grande, musculoso e serve para locomoção, enquanto que a massa visceral fica encerrada dentro da concha. Nas formas terrestres, junto à abertura da concha há um orifício que comunica o meio externo com a cavidade do manto denominado poro respiratório ou pneumostoma. Nestas espécies, o manto é vascularizado e funciona como um verdadeiro ―pulmão‖. Podemos observar ainda o
ânus e o poro excretor. ―A concha, quando presente, é tipicamente uma espiral cônica compostas de voltas
tubulares que contém a massa visceral do animal. As voltas se dão em torno de um eixo central denominado columela. A última volta termina numa abertura, da qual projetam-se a cabeça e o pé do animal vivo‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:66). A evolução dos gastrópodes envolveu principalmente quatro fases: Fase da cefalização, aqui eles começaram a reunir os primeiros órgãos dos
sentidos; De alongamento do corpo, num sentido dorsoventralmente; Espiralização da concha; e Torção do corpo, esta é muito importante pois, junta-se a fase de espiralização
para dar forma do corpo. A classe Gastropoda subdivide-se em três subclasses com hábitos diferentes: Prosobranquias, são de todos caracóis que tem a forma de respiração por
brânquias; Opistobranquias, são de todos caracóis que mostram a distorção do corpo (em
90o), sendo este um facto importante na resistência do animal, a concha é ausente e em outros é reduzida; Pulmonata, são de todos caracóis que a sua respiração é levada a cabo graças aos
pulmões, também há distorção do corpo é presente em 180º (caso de lesmas). Portfólio de Zoologia S&F
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Morfologia do Caracol do Jardim Possui uma cabeça carnosa, com
dois
tentáculos
onde
encontramos um par de olhos, a sua cabeça une-se directamente ao pé (ventral), todos estes elementos (cabeça, pé e tentáculos) podem entrar no interior da concha através do Fig. 19 – Estrutura do caracol do jardim
músculo columilar.
Existe um epitélio mucoso que permite a segregação do muco que garante o movimento do corpo, segrega também uma substância que permite uma cobertura ao animal evitando a dissecação, possui um poro genital próximo da cabeça do lado direito. O sistema digestivo é completo (uma boca e um ânus), apresenta uma faringe muscular que participa no processo digestivo, possui uma rádula, um intestino dobrado, um estoma, duas glândulas salivares, um pulmão que participa no processo respiratório que se encontra circundado por vários vasos que desempenham várias funções, como, purificação do sangue, levam o sangue do coração as diferentes partes do corpo, das diferentes partes do corpo ao coração, passando pelos pulmões. O caracol apresenta uma aurícula e um ventrículo, apresenta ainda um grupo de gânglios, a destacar: Cerebral (encontramos no cérebro); Oral (encontramos na boca); Visceral (nas vísceras) e Pedal (no pé).
Historia Natural Os caracóis terrestres, são mais activos durante a noite, e no tempo húmido. Estes deslocam lentamente graças a um músculo que se encontra no pé (columear) que cujo esta é caracterizado como distorção lenta. Vivem por baixo das folhas, troncos, pedras entre outros objectos. Alimentam-se de pequenos insectos à sua volta (vivos ou mortos), sendo esses, emulcionados antes de ingeridos, em alguns momentos eles fecham a sua concha (por epifragma) ficando nos buracos para evitar a perda de água no interior do
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animal, esta fechadura é chamada epifragma (separa o meio ambiente do interno evitando a dissecação do animal).
Reprodução De acordo com DE ARAUJO e BOSSOLAN (2006:64), O desenvolvimento é directo nos cefalópodes e caracóis terrestres; entretanto, é indirecto nos: – Gastrópodes aquáticos - Larvas véliger e trocófora. – Pelecípodes - Larvas gloquídia e véliger. – Anfineuros e escafópodes - Larva trocófora.
Nos polvos e lulas, o macho usa um dos tentáculos para transferir uma bolsa de espermatozóide para a fêmea - o espermatóforo. Nos hermafroditas é rara a auto-fecundação, sendo mais comum a fecundação recíproca. Em algumas espécies, o indivíduo produz, inicialmente, só gâmetas masculinos, funcionando como macho; a seguir, produz gâmetas femininos, funcionando como fêmea. Essa gônada denomina-se ovotestis. Assim, a reprodução do caracol é mista (são hermafroditas), o mesmo animal possui dois sexos (masculino e feminino), uma gônada comum nos dois designada ovotestis, um pénis muscular e uma vagina que se encontra em comunicação com a cavidade interna do manto, existe um flagelo, que até então não se conhece a sua função, mas acredita-se que seja um acumulador do sémen masculino, a vagina também está directamente ligada a massa visceral. A cópula é recíproca, em alguns momentos o desenvolvimento é directo (logo sai o caracol), e em outra é indirecta, permitindo o aparecimento de uma larva designada procófora em que se desenvolve passando para a segunda fase designada larva veligera (é a fase intermédia entre larva pocófora e trocofora), com varias características, a mais conhecida é semelhante a uma vela.
Importância São largamente utilizados na culinária, conhecidos como frutos-do-mar (ostras, mexilhões, polvo e lulas) ao lado dos crustáceos (camarões e siris). Alguns caramujos Portfólio de Zoologia S&F
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terrestres também são comestíveis, como é o caso do escargot. Além disso, os moluscos fornecem pérolas, para a fabricação de jóias, e conchas, que são transformadas em botões, colares e outros adornos, e, até mesmo, em cabos de guarda-chuva ou de revólver.
Classe cephalopoda ―Os cefalópodes formam um grupo muito especializado dentro dos moluscos. A classe é
representada pelos polvos, lulas, argonautas, náutilos, entre outros, todos são marinhos. A maioria apresenta adaptações para um modo de vida mais activo, são predadores e nadam com relativa rapidez‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:67). Todos os animais desta classe, apresentam um cérebro desenvolvido devido o seu tipo de locomoção. O tamanho destes varia de 6-70cm de comprimento e até alguns atingem o comprimento de 16-20m. Os polvos e as lulas são os mais evoluídos dos moluscos, inclusive mostrando vestígio de cérebro e olhos semelhantes aos dos vertebrados. A massa visceral é globosa no polvo e alongada
na
lula;
o
pé
Fig. 20 – Estrutura do polvo
transforma-se em oito tentáculos no polvo e dez na lula, que são usados na locomoção e captura de presas. O nome cefalópodos srcina-se do fato de os tentáculos com ventosas saírem diretamente da cabeça (SAMPAIO e MACHADO, s/d:153-154). A concha é muito reduzida ou ausente, nas lulas e sépias ela é interna e transparente, denominada pena. Nos náutilos é externa, espiralada e dividida em câmaras por septos. A primeira câmara contém o animal e as outras apresentam um gás cuja quantidade regula a flutuabilidade e, consequentemente, a profundidade do animal. A locomoção rápida neste grupo é feita por jato-propulsão, isto é, o animal expele a água presente na cavidade do manto por contracções musculares através de um sifão exalante, que junto com os tentáculos representam uma modificação do pé, impulsionando o corpo do animal. Portfólio de Zoologia S&F
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Morfologia e História natural As manchas que encontramos por cima da lula são chamadas de manto, cujos cromóforos são responsáveis pela coloração dos mesmos. Na estrutura da lula encontramos o colar que divide a cabeça e o manto, é desse colar que a água penetra no interior do animal transportando o O2 para a respiração e essa água é responsável pela locomoção do animal. O sifão representa o pé ventral desses animais. Os tentáculos encontram-se na parte da cabeça, representados por dois tentáculos e oito braços com ventosas em cada uma. Os tentáculos tem como função, a captura dos alimentos, e os braços ajudam na locomoção e alimentação. Na boca, encontramos a rádula que ajuda na trituração e digestão dos alimentos. Mas no interior, o animal, apresenta uma bolsa de tinta que tem a função de protecção contra inimigos, ainda na parte interna, encontramos uma estrutura de cor esbranquiçada, denominado tecido adiposo que está em forma de um saco com água, este tem a função de dar equilíbrio ao animal. ―Na pele das lulas existem estruturas denominadas cromatóforos que têm como função
permitir ao animal mudar de cor e, confundindo-se com o ambiente tornando-se pouco visíveis aos seus predadores e as suas presas‖ (JONASSE e XAVIER, 2002:130). No polvo esta característica é ausente o que lhe dá maior flexibilidade. Como mecanismo de defesa, os polvos bem como as lulas possuem uma bolsa de tinta. Quando em perigo, eles secretam na água um líquido de cor preto, formando uma cortina que encobre a visão do atacante o que lhe possibilita a fuga. Na parte interna, apresenta uma concha interna que tem a função de dar forma e proteger os órgãos internos do animal. As lulas podem ser luminescentes graças a algumas células chamadas fotóforos, que encontramos distribuídos no manto. Os cefalópodos locomovem-se por jato-propulsão, isto é, a saída de água dá-se através de um sifão. Eles defendem-se por camuflagem e, ainda, por eliminação de tinta, facilitando a sua fuga, pois essa secreção confunde o inimigo.
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Fig. 21 – Estrutura da lula – (A) Face dorsal (B) Face ventral e (C) Dissecação da lula
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Filo annelida ―Os anelídeos são animais de corpo alongado, segmentado, triploblásticos,
protostômios e celomados, ou seja, com a cavidade do corpo cheia de um fluido onde o intestino e os outros órgãos se encontram suspensos ‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:72). Podemos dizer ainda que anelídeos são de todos os invertebrados que se caracterizam por apresentarem o corpo metamerizado, ou seja, formado por anéis ou segmentos (metâmeros). Tem como principais representantes a Minhoca, Sanguessuga, Eunice, Nereis. Os oligoquetas e os poliquetas possuem celomas grandes, mas, nas sanguessugas, o celoma está preenchido por tecidos e reduzido a um sistema de estreitos canais; em alguns arquianelídeos o celoma está completamente ausente. O celoma pode estar dividido numa série de compartimentos por septos. Em geral, cada compartimento corresponde a um segmento e inclui uma porção dos sistemas nervoso e circulatório, permitindo-lhes funcionar com relativa independência. Cada segmento está dividido externamente em um ou mais anéis, é coberto por uma cutícula segregada pela epiderme e, internamente, possui um fino sistema de músculos longitudinais (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:72). A maioria dos anelídeos possui, em cada segmento, um par de sedas, mas os Polychaeta (as minhocas marinhas) possuem ainda um par de apêndices denominados parápodes (ou ―falsos pés‖).
Na extremidade anterior do corpo, antes dos verdadeiros segmentos - a cabeça -, encontra-se o protostômio onde se encontram os olhos e outros órgãos dos sentidos. Por baixo, encontra-se o peristômio, onde está a boca. A extremidade posterior do corpo é o pigídio ou telson, onde está localizado o ânus e os tecidos que dão srcem a novos sedimentos durante o crescimento, se o novo sedimento que surge é designado acron.
Principais estruturas dos Anelídeos: Clitelo: Órgão que produz um casulo, dentro do qual serão eliminados óvulos maduros. O casulo, então, desliga-se do clitelo e desloca-se para a extremidade anterior da Portfólio de Zoologia S&F
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minhoca; ali recebendo espermatozóides de outra, ocorre a fecundação dos óvulos. Assim, apesar de hermafrodita, a minhoca realiza fecundação cruzada . Após a fecundação, o casulo separa-se do corpo. Em seu interior, os óvulos fecundados se desenvolvem e srcinam minhocas jovens.
Parapódios: Também chamados de pés laterais; são expansões laterais do corpo, relacionadas com a locomoção.
Cerdas: São estruturas filamentosas que auxiliam na locomoção e na fixação do animal. Tiflosole: Dobras da parede intestinal que servem para aumentar a superfície de absorção dos alimentos.
Características gerais Os anelídeos apresentam o corpo cilíndrico e Metamerizado. São animaistriblásticos (possuem ectoderme, mesoderme e endoderme), celomados (a cavidade do corpo é totalmente revestida pelo celoma), esquizocelomados e protostômios (blastoporo evolui srcinando a boca). Então, possuem um intestino muscular com boca e ânus (completo).
Possuem também simetria bilateral, sendo monóicos. Em geral e a musculatura é dupla; uma longitudinal e outra Circular. O celoma funciona como se fosse um esqueleto Hidrostático. Os anelídeos são de vida livre, comensais, Ectoparasitas ou endoparasitas. Ocorrem na água doce ou Salgada e em solos húmidos. O tamanho varia de milímetrostubifex ( sp.) Até 3 metros de comprimento. Apresentam um prostômio (lobo carnoso recobrindo a boca) pré-segmentar, contendo um gânglio nervoso, e um pigídio (região posterior não segmentada). A parede do corpo muscular, frequentemente com camada muscular completa e quatro blocos de músculos longitudinais. Esses animais têm um sistema circulatório fechado composto por um vaso sanguíneo Fig. 22 – Sistema circulatório dos anelídeos Portfólio de Zoologia S&F
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dorsal que leva o sangue no sentido da cauda e outro ventral, que o traz na direcção oposta. A minhoca apresenta dez corações laterais. O sangue apresenta os pigmentos hemoglobina (vermelho), hemocianina (azul), clorocruorina (verde) e hemoeritrina (marron).
O tubo digestivo é presente, do tipo completo,
com
digestão
extracelular.
Apresentam papo, moela, tiflosole e dois cecos gástricos. Esta é especializado, Fig. 23 – Sistema digestivo dos anelídeos devido à variedade das dietas, uma vez que muitas espécies são predadoras, outras alimentam-se por filtração, outras ainda ingerem sedimentos, dos quais o intestino tem de separar a parte nutritiva; finalmente, as sanguessugas alimentam-se de sangue de outros animais, por sucção. A excreção é levada a cabo graças aos metanefrídeos e protonefrideos.
Sistema Excretor é presente, sendo feita por nefrídios (um par em cada segmento do corpo; retiram as excretas do celoma e as lançam na superfície do corpo do animal). São animais
Amoniotélicos (excretam amônia).
Fig. 24 – Sistema excretor dos anelídeos
O sistema nervoso é presente, do tipo ganglionar ventral. Apresenta os gânglios cerebróides, sub-faringeanos e uma cadeia nervosa ganglionar ventral. É formado por um cordão ventral, a partir do qual saem nervos laterais em cada segmento.
Sistema Reprodutor: Presente, com reprodução
sexuada
por
fecundação
A
externa ou interna. São monóicos ou dióicos. O desenvolvimento pode ser directo ou indirecto, havendo a formação da larva trocófora. Para os poliquetas realizam a esquizogênese,
Fig. 25 – (A) troca de espermatozóides nos anelídeos e (B) a larva tricófora
B
que é um tipo de reprodução assexuada.
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Classificação O Filo Annelida apresenta 3 grandes classes: Polychaeta (gr.Polys = muito + chaíte = cerdas), Oligochaeta (gr. Oligo = poucos + chaíte = cerda) e Hirudinea (Lt. Hirudo = sanguessuga) ou Achaeta (sem cerdas) e dois grupos menores. Os Oligochaeta e os Hirudinea pertencem à actual Classe Clitellata, mas muitos autores consideram-nos classes distintas.
Classe Polychaeta São anelídeos que apresentam muitas cerdas e parapódios,
órgãos
desenvolvidos,
dos
e
sentidos
cerdas
bem
numerosas
(geralmente no parapódio), porém, não possuem
clitelo.
Apresentam
respiração
Fig. 26 – Estrutura de um polichaeta
branquial, sendo que as brânquias localizamse nos parapódios. São animais marinhos, dióicos, em que as gônadas aparecem como um inchaço durante a estação de reprodução. Os gâmetas são descarregados no celoma e postos fora do corpo com o nefrídeo ou em consequência da parede do corpo que se rompe. São de fecundação externa, desenvolvimento indirecto, apresentando a larva trocófora. A maioria é marinha. Algumas espécies são sedentárias (fixas), vivem nos tubos enterrados na areia ou na lama, e o alimento fica preso no muco ou pela acção ciliar. Outros são predadores activos, móveis que capturam o corpo morto de animais nas maxilas unidas a suas faringes.
Outros
ainda
pastam
em
corais
e
algas.
Esses, têm os papéis ecológicos essenciais, servindo em um lado como predadores em invertebrados pequenos, e na outra como alimento para peixes e invertebrados maiores. (Ex.: Eunice, nereis).
Classe Oligochaeta São anelídeos que apresentam poucas cerdas. Apresentam clitelo, entretanto, não apresentam parapódios nem cabeça diferenciada do restante do corpo. São animais
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Fig. 27 – A Minhoca
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aquáticos, alguns são terrestres de solo húmido, monóicos, de fecundação externa e cruzada e desenvolvimento directo. O principal representante desse grupo é a minhoca. Ela tem a pele coberta por uma fina película e produz uma substância viscosa; esse muco diminui o atrito com o solo, protege a pele do contacto com possíveis substâncias tóxicas e mantém a humidade, que é fundamental para a respiração cutânea. A minhoca desempenha um papel importante na fertilidade do solo. Ela cava "túneis", actua como arado, aumentando a aeração e a circulação da água. Além disso, as suas fezes contêm, substâncias nutritivas que se misturam com a terra e agem como adubo, fertilizando o solo (JONASSE e XAVIER, 2002:114).
Classe Achaeta ou Hirudinea São anelídeos que caracterizam-se por não apresentarem cerdas nem parapódios, porém, possuem clitelo. São animais hermafroditos, monóicos, de fecundação interna e cruzada e desenvolvimento directo (sem larva). E ( x.: Sanguessuga). Fig. 28 – Sanguessuga
Têm um número fixo dos segmentos (geralmente 34), um corpo dorso-ventralmente aplainado, uma ventosa anterior e posterior (geralmente), nenhum parapódio, e geralmente nenhuma cerda. O celoma não é subdividido por septos na maioria das espécies e é preenchido com o músculo e tecido conjuntivo. A maioria das sanguessugas é encontrada em habitats de água doce, mas algumas são marinhas e algumas são terrestres (mas elas requerem ambientes mornos, húmidos). As sanguessugas podem ser predadoras ou parasitas. As espécies parasitas fixam-se no hospedeiro através de ventosas. Então, por meio de pequenos dentes, ―raspam‖ a pele da vítima, provocando hemorragia e sugando o sangue libertado.
Tabela: 4 - Principais Diferenças entre as Classes de Anelídeos: Características Parapódios Clitelo Respiração Número de sexos Exemplos
Poliquetos Presente Ausente Branquial Dióicos Nereis
Oligoquetos Ausente Presente Cutânea Monóicos Minhoca
Hirudíneos Ausente Presente Cutânea Monóicos Sanguessuga
Fonte: Adaptado pelo autor, 2011. Portfólio de Zoologia S&F
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Filo Artrópoda /Articulata O Phylum Arthropoda (grego arthros = articulação + podes= pés) contém parte dos animais conhecidos, mais de 1.500.000 espécies, e muitos deles com inúmeros indivíduos. Fazem parte deste filo, os caranguejos, o camarão, os insectos, as
aranhas, os escorpiões, pulgas, centopeias, mil pés e outras formas menos familiares e fosseis. As diferentes espécies estão adaptadas a viver no ar, na terra, no solo, na água doce, salubre ou salgada. Outros são parasitas de plantas ou de animais. É o único filo de invertebrados com numerosos membros adaptados a vida terrestre; e os insectos são os únicos invertebrados voadores.
Origem e Evolução Os artrópodes são protostómios (blastóporo contribui para a formação da boca) e relacionam-se claramente com os anelídeos, mas não se sabe se os artrópodes surgiram dos anelídeos ou se ambos surgiram de um ancestral comum e acredita-se que essa ultima hipótese seja mais aceite. Entretanto, pode ser evidenciado pela presença de metameria, pela mesma organização do sistema nervoso e, primitivamente, pela presença de um par de apêndices por segmento, também observado nos poliquetos (os parapódios) (DE
ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:80).
Características Gerais dos Artrópodes.
Membros locomotores articulados.
São triblásicos, celomados, e com simetria bilateral.
Têm o corpo segmentado e dividido em três partes: cabeça, tórax e abdome. Pode ocorrer fusão da cabeça com o tórax; nesse caso o corpo apresenta-se dividido em duas partes: cefalotórax e abdómen.
Sistema digestivo completo; a excreção ocorre através de estruturas especiais: túbulos de Malpighi, nos insectos, nos quilópodes e nos diplópodes; glândulas coxais, nas aranhas; glândulas verdes, nos crustáceos.
Sistema respiratório completo, a respiração acontece através de brânquias, traquéias ou pulmotraquéias.
Sistema nervoso ganglionar, bem desenvolvido. Com gânglios pares, cordões nervosos ventrais com gânglios concentrados em cada segmento, os órgãos de
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sentido constituído por antenas e pêlos sensitivos (tácteis e receptores químicos), olhos simples e compostos, órgãos auditivos (insectos) e estatocistos órgãos de equilíbrio (crustáceos). O sistema nervoso, os olhos e outros órgãos de sentidos por serem relativamente grandes e bem desenvolvidos, respondem rapidamente aos estímulos.
A circulação é aberta, isto é, o sangue circula primeiramente por vasos e, a seguir, é projectado para lacunas no meio dos tecidos, de onde volta depois para os vasos. O sangue tem características mistas de sangue e linfa, daí preferivelmente ser chamado de hemolinfa.
São organismos geralmente dióicos (com sexos separados). A fecundação é interna; o desenvolvimento pode ser directo ou indirecto, com metamorfose ou não.
Apresentam órgãos dos sentidos bem aperfeiçoados e situados na cabeça.
A excreção se faz por meio dos tubos de Malpighi (na maioria deles), estruturas mais evoluídas que as nefrídias de uma minhoca.
Órgão dos sentidos muito especializado situados na cabeça (órgãos auditivos, olhos e antenas).
Alguns sofrem metamorfose durante o seu desenvolvimento. São dotados de um exoesqueleto, que contém quitina (polissacarídeo). O exoesqueleto é produzido pela epiderme e limita o crescimento do animal; por isso ocorrem mudas ou ecdises. Nos crustáceos é comum o exoesqueleto apresentar-se impregnado de sais de cálcio, que lhe conferem maior resistência. A maioria dos artrópodes passa por 4 a 7 mudas até atingir o estágio adulto. A pele abandonada recebe o nome de exúvia.
Antes da nova muda se formar, o velhoé ―solto‖ por enzimas especializadas e um novo é formado por baixo dele, embora permanecendo mole. Quando o novo está formado, o exoesqueleto velho abre-se dorsalmente em locais predeterminados e o animal sai lentamente. Enchendo o corpo de ar ou água para o expandir ao máximo, o animal espera que o novo exoesqueleto seque e endureça, período em que está muito vulnerável. A nova cobertura se endurece por transformações químicas e não unicamente pela exposição ao ar ou a água. As mudas provocam, portanto, um crescimento descontínuo. Devido ao peso limitante do exoesqueleto, não existem artrópodes de grande tamanho (nenhum insecto ultrapassa os 27cm de comprimento).
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Os artrópodes têm capacidade deautotomia e também são capazes de regenerar partes perdidas.
Autotomia é a capacidade de auto amputação voluntária das patas toráxicas, no caso de aprisionamento o animal auto-amputa o membro preso através de um plano de rotura definido. Segundo AMARAL e MENDES (s/d:157), Regeneração ―é a capacidade dos seres
vivos de recuperar partes perdidas ‖. Assim, apêndices e olhos podem ser regenerados em menor proporção que outros animais inferiores (como os cnidários e lombrizes de terra). Esta capacidade de regeneração é maior em animais jovens.
Classificação dos Artrópodes Os artrópodos, conforme a divisão do corpo, número de patas, antenas e aparelho bucal, podem ser divididos em cinco classes principais: os insetos, os crustáceos, os
aracnídeos, os quilópodos e diplópodos. Trabalho independente (Procurar saber mais sobre as relações dos artrópodes com o homem). Apesar dos artrópodes competirem com o Homem por alimento e provocarem doenças, são essenciais para a polinização de muitas plantas e são também utilizados como alimento e para a produção de produtos como a seda, o mel e a cera.
Estrutura e funcionamento dos olhos facetados ou composto Possui uma superfície externa redonda, coberta por uma cutícula transparente, a córnea, a qual está dividida numas 2500 facetas microscópicas. A faceta é o extremo externo de uma unidade visual de forma cónica, oomatídeo. Cada um destes consiste em: 1) faceta de córnea ou lente; 2) duas células corneogenas que segregam a lente; 3) córnea cristalina formada por quatro células córneas; 4) células pigmentarias distais a volta do cone 5) uma reticula cónica grande formada por 8 células que formam um rabdoma; 6) células pigmentárias basais a volta da retina; e 7) uma célula de tapete. Este olho forma imagem em mosaico ou por oposição, devido a luz das diferentes partes do objecto é registada em omatídeos diferentes. Portfólio de Zoologia S&F
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Subfilo Chelicerata /Quelicerada ( aranhas e formas afins) Os Cheliceratas (gr. Chele=pinça+keros=corno) compõem um grupo variado de aranhas, caraças, escorpiões, etc. Os membros deste grupo diferem na forma do corpo e a natureza dos seus apêndices. São animais terrestres de vida livre e de pequeno tamanho.―Nenhum quelicerado possui
antenas, sendo o único subfilo dos artrópodes no qual elas se encontram ausentes. O primeiro par de apêndices são estruturas alimentares, chamadas quelíceras. O segundo par são os pedipalpos e encontram-se modificados para realizar diferentes funções nas diversas classes. Os pedipalpos são geralmente seguidos de 4 pares de patas ‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:85-86). Existem 3 classes de quelicerados, sendo duas delas pequenas (Merostomata e Pycnogonida) com espécies marinhas, mas a maioria dos quelicerados é terrestre e pertence à classe Arachnida.
Características Gerais
Corpo geralmente formado por cefalotórax e um abdómen diferentes (excepto em Acarina), tipicamente com seis pares de apêndices articulados. Quelíceros, pedipalpos e quatro pares de patas todas no cefalotórax, sem antenas ou mandíbulas.
Peças orais e tubo digestivo especialmente adaptados para chupar e em alguns casos com glândulas venenosas.
Respiração por sacos pulmonares, traqueias e sacos brânquias.
Respiração através de tubos de malpighi que são pares por glândulas coxais ou por ambos.
Sistema nervoso com gânglios dorsais (cérebro) e cordão nervoso ventral formado por gânglios pares ou bem concentrado parte anterior, olhos normalmente simples e
pares; pelos tácteis no corpo. Geralmente os sexos são separados; uma única abertura sexual na parte anterior do abdómen. Fecundação interna; na maior parte ovíparos com desenvolvimento directo ou com fases larvais.
Geralmente terrestres e solitários de vida livre de predadores ou parasitas.
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Classe Merostomata São quelicerados aquáticos, caracterizados por cinco ou seis pares de apêndices abdominais modificados como brânquias e por um télson em forma de esporão na extremidade do corpo. Este grupo ―caracteriza-se por ter uma carapaça que protege o cefalotórax do animal, um segundo par de pedipalpos e télson, um apêndice espinhoso que se projecta na zona posterior e lembra uma cauda. Os merostomados são artrópodes exclusivamente aquáticos‖ (http://pt.wikipedia.org/wiki/Merostomata).
O grupo é dividido em duas classes: Eurypterida (extintos) e Xiphosura, sendo a última representada pelos límulos.
Classe Pycnogonida (aranhas-do-mar) Já foram descritas mais de 1000 espécies, todas incluídas numa única ordem. A classe constitui-se de pequenos artrópodes bentônicos marinhos (menores que 6cm de comprimento), sendo considerados por muitos zoólogos como não relacionados com os demais quelicerados e, até mesmo, com outros artrópodes. O primeiro apêndice (o quelíforo) é quelado de modo semelhante à quelícera ou pinça, o segundo (o palpo) pode ser homólogo ao pedipalpo. A maioria das espécies possui 4 pares de patas locomotoras. Entretanto, há aquelas com 5 ou 6 pares. As pernas são bem desenvolvidas e podem ser longas. O cefalotórax não tem carapaça e apresenta dois olhos simples. O abdómen não é segmentado e é desprovido de apêndices. Não há órgãos excretores ou para trocas gasosas. Os adultos alimentam-se principalmente de esponjas, cnidários e briozoários.
Classe Arachnida /aracnideos Fazem parte desta classe as aranhas, os escorpiões, ácaros, caraças e outros. São terrestres geralmente com dois pares de peças bucais (queliceros e pedipalpos) e quatro pares de patas. Abundam mais em zonas quentes e secas. Muitas possuem glândulas e unhas venenosas, através das quais matam insectos e outros pequenos animais, cujos líquidos e tecidos servem de alimento. Portfólio de Zoologia S&F
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As aranhas e alguns outros aracnídeos possuem também outras glândulas especiais que segregam finos filamentos de seda. Esta é usada na construção de ninhos (teias) e caixas para ovos ou para outros fins.
Tabela: 5 – Ordens dos aracnideos: Ordem Araneídeos Escorpinídeos Acarinos
Divisão do Corpo Cefalotórax e abdômen Cefalotórax, abdome e pós-abdômen Cefalotórax fundido com abdômen
Fonte: Adaptado pelo autor, 2011.
Exemplos Aranhas Escorpiões Carrapato
Ordem Aranae: onde estão incluídas as aranhas. Esta ordem é constituída por mais de 20,000 sp. Habitam em varios lugares, desde o nível do mar as montanhas mais altas, desertos, florestas, entre rochas, junto as cascas, etc. Provavelmente os primeiros aracnídeos eram aquáticos, mas, actualmente, os viventes são terrestres. Esta migração de um ambiente aquático para o terrestre exigiu algumas modificações fundamentais, como:aumento e impermeabilidade da cutícula, as brânquias
foliáceas modificaram-se em pulmões foliáceos e traqueias, desenvolvimento de apêndices especializados à locomoção terrestre, entre outras. (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:88).
Morfologia externa da aranha. Corpo formado por cefalotórax e abdómen, redondeados e não segmentados e unidos através de uma cintura delgada ou pedúnculo. Oito olhos simples situados anteriormente e com seis pares de apêndices na parte ventral do cefalotórax. Cada
uma
das
Fig. 29 – Estrutura externa da aranha
quelíceras
possui um segmento basal e uma unha terminal, com um conduto, perto do extremo, que se comunica com uma glândula venenosa situada dentro do cefalotórax. O pedipalpo é usado para mastigar o alimento. E nos machos o extremo de pedipalpo converte-se em Portfólio de Zoologia S&F
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recipiente para transferir esperma. Há quatro pares de patas locomotoras formadas cada uma por sete peças e que terminam em duas ou três unhas dentadas. Todas as partes externas estão cobertas por uma cutícula com numerosos pêlos, alguns de natureza sensorial. As aberturas externas são: boca situada entre os maxilares e ventralmente no cefalotórax; abertura genital antero-ventral do abdómen; abertura por uma placa; 4 entradas aos sacos pulmonares e cada lado da abertura genital um espiráculo diante do ânus que se comunica com a traqueia; 2-3 pares de fileiras as vezes unidas cada uma com tubos numerosos donde sai a seda segregada por glândulas localizadas no abdómen; o ânus que é terminal.
Organização interna Sistema digestivo: boca, esófago, estômago
chupador,
estômago
principal com pares de bolsa, sendo uma dorsal e uma cada pata; o intestino recto, dentro do abdómen; glândula digestiva multiramificada
Fig. 30 – Estrutura interna da aranha
(fígado) recto, bolsa estercoral e
(vista lateral)
ânus. É do tipo completo e a digestão é extra-celular e extra-intestinal, nas aranhas, onde seus sucos digestivos são injetados no corpo das presas (local onde é feita a digestão do animal). Ela não devora a presa, apenas pode absorver líquidos. Injeta-lhe saliva e depois aspira o líquido resultante da digestão dos órgãos da presa.
Sistema circulatório: parecido ao dos insectos; o coração é um tubo comprido e estreito, muscular e contráctil, situado dorsalmente dentro do abdómen, com três pares de aberturas ou ostíolos, rodeado por um pericárdio tubular. Do coração sai uma aorta caudal, para trás e uma aorta anterior envia artérias pares ao esófago, patas, olhos e glândulas do veneno. O sangue que é incolor, contém corpúsculos incolores e hemocianina dissolvida com pigmento respiratório. O coração bombeia o sangue através da aorta e aos seios que existem entre os tecidos. Daqui passa Portfólio de Zoologia S&F
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aos pulmonares para a aereação ou oxigenação e volta pelas veias pulmonares à cavidade pericárdica, entrando de novo no coração através dos ostíolos. A respiração se verifica através de sacos pulmonares peculiares dos aracnídeos. Constituem 15 a 20 lâminas horizontais foliáceas que contém finos vasos sanguíneos. O ar que entra pela abertura externa do abdómen, circula entre as lâminas, onde ocorre o intercâmbio entre o oxigénio e o dióxido de carbono. As traqueias são parecidas as dos insectos, mas só se encontram no abdómen. A excreção se realiza através de tubos de malpighi, que se comunica posteriormente com intestino e um a dois pares de glândulas coxais situadas na base do cefalotórax, que descarregam o seu produto entre as patas. O sistema nervoso é concentrado e está formado por um gânglio bilobulado sobre o esófago, que se comunica com uma grande massa nervosa central, de onde irradiam nervos a todos os órgãos. Os olhos são simples, com uma lente quitinosa, uma capa epitelial, bastões ópticos e células retinais. Os pedipalpos são sensitivos (para o facto). Bom sentido para o olfacto.
Reprodução: os sexos são separados e frequentemente desiguais em tamanho, sendo as fêmeas maiores. Os machos têm dois grandes testículos ventrais de cada lado do abdómen, debaixo do intestino, reunidos pelos vasos eferentes enrolados a uma vesícula seminal única que conduz a abertura genital. Na fêmea os dois ovários são grandes e ocos, cada um com um oviduto sai á vagina, única. Dois receptáculos seminais estão em comunicação com a vagina.
Reprodução da aranha O palpo no macho consiste de um reservatório bulboso do qual se estende um ducto ejaculatório. Os machos quando alcançam a maturidade sexual, tecem uma pequena teia na qual depositam uma gotícula de esperma que logo recolhem na cavidade dos seus pedipalpos. Com os palpos cheios, o macho procura uma fêmea para acasalar, mas a corte não depende só disso. Podem realizar uma dança nupcial antes de transferir o esperma, introduzindo os seus pedipalpos na abertura vaginal da fêmea. Ela pode ou não matar e comer o macho depois do acasalamento. (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:92). Portfólio de Zoologia S&F
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Mais tarde esta constrói um saco almofadado onde guarda os ovos. Outras espécies transportam a prole dentro do abdómen. Dos ovos nascem indivíduos aos 10 a 14 dias. Estes indivíduos permanecem no saco durante 2 a 6 semanas, ainda após a primeira muda. Os machos passam por até 5 mudas antes da maturidade, e as fêmeas 7 a 8. Nas sucessivas mudas, as aranhas mudam de forma, tamanho e cor.
Outros aracnideos. Os escorpiões são compridos, com pedipalpos grandes, terminados em pinça e um abdómen comprido terminado numa unha venenosa, e formado por 12 segmentos. Habitam
em
regiões
quentes
e
secas,
escondem-se debaixo de pedras ou em orifícios pouco profundos durante o dia e durante a noite correm livremente para capturar insectos, aranhas e outros escorpiões que empregam Fig. 31 – Estrutura dum escorpião
como alimento. Pegam o alimento com os pedipalpos; aos animais maiores os paralisam
(vista externa ventral)
picando-lhes. O acasalamento é procedido por uma dança nupcial e a fêmea produz descendência viva. Os ácaros e carrapatos (Ordem Acarina),―são animais dióicos com fecundação cruzada
e interna, como todos os aracnídeos, porém com desenvolvimento indireto, portanto sujeitos a metamorfoses. A larva é hexápode ‖ (AMARAL e MENDES, s/d:159). O corpo é indivisível, isto é, com a cabeça, o tórax e o abdómen completamente fusionados e sem segmentação. O tegumento é membranoso ou coriáceo, algumas vezes com placas duras. Uma região anterior comprida e estreita, as vezes articuladas com o corpo, contém as peças orais. As oito patas estão colocadas lateralmente ao corpo e geralmente tem cerdas.
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Os sexos estão separados. Na maior parte das espécies nasce do ovo uma larva hexapoda que se alimenta e muda. Os ácaros abundam no solo, o húmus, os alimentos armazenados, águas salgadas, doces, nas plantas em decomposição, outros chupam sangue ou vivem na pele, sangue ou outros tecidos dos vertebrados terrestres. Os carrapatos se alimentam do sangue dos répteis, aves e mamíferos. Quando encontram um hospedeiro, as peças orais perfuram a pele, e faringe chupadora engole sangue que se conserva liquido pela acção de um anticoagulante salivar. Seu estômago dilata-se até encher. Produzem larva eclodidas de ovos escondidos no solo. As larvas eclodidas trepam arbustos a espera de hospedeiros apropriados. Depois que acham um alimento, alimentam-se deixam-se cair e mudam. Os carrapatos podem ficar até um ano sem comer se não encontram hospedeiro.
Algumas relações dos aracnídeos com o homem:
A viúva negra (provoca doenças ao homem quando picado, pois, é venenosa).
Os ácaros são aracnídeos de importância médica, pois alguns são causadores de doenças como a sarna, asma, alergias e outros, como os carrapatos, são transmissores de algumas doenças como a sarna e outras doenças da pele no homem.
Ácaros provocam doenças em plantas.
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Classe Crustácea Carcinologia: É a ciência que estuda os crustáceos. Os crustáceos são animais principalmente aquáticos, raramente terrestres, de respiração branquial, que excretam através das glândulas verdes. Em geral, o corpo divide-se em cefalotórax e abdómen, sendo tetráceros, isto é, portadores de quatro antenas, olhos compostos, ocelos, estatocisto, ostocisto e um número variável de patas; embora os mais conhecidos branquiados sejam decápodos, ou seja, possuam dez patas. Quanto ao sexo, são dióicos, com fecundação cruzada e externa, muito raramente interna (craca) e o desenvolvimento directo ou, na maioria dos casos, indirecto (AMARAL e MENDES, s/d:158). Os crustáceos (do latim crusta, ‗crosta‘) são artrópodes caracterizados principalmente pelo corpo protegido por uma crosta formada pelo espesso exoesqueleto quitinoso (casca de camarão), a qual ainda é frequentemente impregnada de sais calcários (casca de siri). Durante a muda para o crescimento, os crustáceos largam a sua crosta e, durante um certo período, apresentam-se desprotegidos. Os crustáceos com exoesqueleto em forma de concha dura incluem as pulgas de água, caranguejos, camarão, etc. A maioria, são marinhos (costeiros), poucos são terrestres de lugares húmidos. Alguns carecem de exoesqueleto no abdómen (Pagums sp) e servem-se de conchas abandonadas de caracóis. Estes artrópodes apresentam grande diversidade de formas e tamanhos.
Características principais
Corpo revestido por uma crosta quitinosa frequentemente impregnada de sais calcários.
Divisão do corpo em dois segmentos: ocefalotórax (cabeça e tórax) e o abdómen.
Presença de dois pares de antenas (sãotetráceros), sendo um par de antenas e um par de antênulas, ambos com funções sensoriais de tacto e olfacto.
Olhos pedunculados ou sésseis. Número de patas variável de acordo com as espécies, notando-se, contudo, a distinção entre patas ambulacrárias ou andadoras (grandes e situadas no cefalotórax) e patas natatórias (pequenas e situadas nos anéis do abdómen).
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Respiração branquial realizada por brânquias situadas na base das patas ambulacrárias. Excreção feita por glândulas verdes ou antenais, localizadas na parte anterior do corpo (região da cabeção), abrindo-se para o exterior na base de uma saliência rígida e pontiaguda chamada rostro.
Circulação aberta (lacunosa) e sangue com hemocianina (pigmento respiratório de cor azul contendo cobre) dissolvida no plasma.
Reprodução sexuada e evolução por etapas commudas periódicas.
Subdivisão em duas subclasses: Entomostraca (microcrustáceos ou espécies minúsculas) e Malacostraca (crustáceos mais desenvolvidos).
Morfologia externa Para estudar a morfologia externa dos crustáceos vamo-nos servir do camarão como exemplo, cujo este pertence na ordem decápoda.
Fig. 32 – A, Morfologia externa do camarão (malacostraco). B, um apêndice torácico.
Em geral o corpo do camarão está dividido em duas partes: O cefalotórax (cabeça), que é coberto pela carapaça e que tem muita importância na classificação do camarão e o abdómen (cauda). A Cabeça é formada pela fusão de 5 segmentos, cada um deles com 1 par de apêndices bifurcados. Há 2 pares de antenas (tetráceros), 1 par de mandíbulas e 2 pares de maxilas.
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O Tórax apresenta segmentos com número variável, podendo estar fundidos ou não. Seus apêndices são divididos em dois grupos, Maxilípedes e pereópodes. Os
Maxilípedes servem para a apresentação de alimento e ainda funcionam como elementos tácteis, quimioreceptores e respiratórios. Os pereópodes, ou patas locomotoras, formam nos primeiros segmentos, a pinça ou quela, usada para ataque ou defesa. No Abdômen, os segmentos não são fundidos e seus apêndices são:Pleiópodes e Urópodes. Os Pleiópodes são natatórios e, nos machos, o primeiro par é transformado em órgão copulador; os Urópodes são chamados também natatórios, formados por lâminas alargadas, que nas fêmeas, protegem os ovos. O último segmento é oTelson. A morfologia externa das lagostas é muito semelhante a do camarão.
Sistema Digestivo - ―O sistema digestivo dos crustáceos é
composto por boca ventral situada entre as mandíbulas onde e triturado e ingerido. O alimento digerido no estômago e absorvido no intestino, lançado no sangue e distribuído por todo o corpo; o não digerido é
Fig. 33 – Morfologia interna do lagostim macho.
eliminado pelo ânus‖ (JONASSE e XAVIER, 2002:119). Sistema circulatório - O aparelho circulatório é dotado de um coração dorsal que leva o sangue para todos os órgãos. Ao chegar nos diversos órgãos, o sangue abandona os vasos e cai em lacunas, onde ocorrem trocas gasosas, ficando o sangue carregado de CO2 e resíduos tóxicos. Das lacunas dos órgãos, o sangue é levado às brânquias onde ocorre a oxigenação do sangue e libertação do CO2. O sangue oxigenado segue por lacunas até o coração, onde penetra por fendas nele presentes, sendo bombeado e redistribuído ao corpo.
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Sistema Sensorial - Os órgão sensoriais são bem desenvolvidos. Os olhos podem ser simples ou compostos, sésseis ou pedunculados. Os olhos compostos são formados por muitas unidades, os omatídeos. Há órgãos de equilíbrio, os estatocistos, na base das antenas e órgão tácteis e olfactivos, especialmente na região da cabeça.
Reprodução - Alguns branquiopodes são partenogenéticos. A maioria das espécies, apresentam sexos separados, sendo normal a cópula entre um macho e fêmea sexualmente maduros. Assim o camarão apresenta órgãos sexuais externo masculino e feminino, que se distinguem muito bem nos adultos e, com um pouco de dificuldade, também nos jovens. Nas fêmeas esta formação exterior encontra-se na região ventral do cefalotórax entre o último par de pereópodes tem o nome de télico. Nos machos, existe opetasma, situado no primeiro segmento abdominal no meio do primeiro par de pleópodes. Após a cópula os parceiros separam-se e os ovos são fecundados externamente ficando apegados por uma matriz mucosa ao seu abdómen. Dos ovos podem surgir seres jovens semelhantes aos adultos, caso em que se dirá que é um desenvolvimento directo, porém, nas formas larvais fala-se de desenvolvimento indirecto dependendo da espécie. Há muitas larvas e a mais simples énauplio, com apenas 3 pares de patas, desta segue a
zoéia depois a larva mísis que já é semelhante ao adulto que sofre uma última metamorfose transformando-se no camarão. É um desenvolvimento indirecto. (JONASSE e XAVIER, 2002:120). Os crustáceos possuem glândulas sexuais ou gônadas, femininas e masculinas que se chamam ovários e testículos, respectivamente, como nos outros amimais iremos estudar apenas as gônadas femininas que são as mais visíveis e sobre as quais se baseia o estudo da reprodução. Os ovários situam-se dorsalmente nas cavidades cefalotoráxicas e abdominal. No camarão, os ovários são constituídos por 3 partes: lobo anterior, lobo mediano ou
médio e o lobo posterior.
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Nas lagostas e lagostins, os sexos também se diferenciam externamente, mas apenas pela existência de orifícios sexuais nos pereópodes. Os femininos encontram-se na base do terceiro par de pereópodes e os masculinos na base do quinto par. No caso dos caranguejos, o sexo e determinado pela forma do abdómen. As fêmeas possuem um abdómen largo que e utilizado para o transporte de ovos Nos machos, o abdómen e estreito e alguns dos seus segmentos encontram-se fundidos (unidos).
Classificação Os artrópodes podem ser classificados em cinco classes principais, usando como critério o número de patas.
Tabela: 6 – Classe dos artrópodes Nª de patas 6 8 10 1 par / segmento 2 par / segmento
Classe Insectos Aracnídeos Crustáceos Quilópodes Diplópodes
Exemplos Barata, mosquito Aranha, escorpião Camarão, siri Lacraia Piolho de cobra
Existem mais de 25 ordens, das quais se destacam: Decapoda - (com dez patas locomotoras, caranguejo, lagosta, camarão, etc) Isopoda - (cochinilhas de humidade, ex.Ligia sp) Stomatopoda - (camarão, louva-a-deus)
Classificação anotada. Os grupos indicados por um punhal ( ) são extintos e conhecido apenas a partir de fósseis.
1. Ordem Lipostraca 2. Ordem Anostraca
8. Ordem Haplopoda 9. Ordem Notostraca
3. Ordem Spinicaudata 4. Ordem Laevicaudata
10. Ordem Kazacharthra 11. Ordem Amphipoda (Scuds
5. Ordem Ctenopoda 6. Ordem Anomopoda 7. Ordem Onychopoda Portfólio de Zoologia S&F
ou
nadadores lado) 12. Ordem Palaeostomatopoda. 13. Ordem Hoplostraca. Curso de Biologia
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14. Ordem Archaeostraca.
15. Ordem Monstrilloida.
16. Ordem Siphonostomatoida. 17. Ordem Poecilostomatoida.
28. Ordem Myodocopida.
18. Ordem Cyclopoida. 19. Ordem Harpacticoida. 20. Ordem Mormonilloida.
29. Ordem Beyrichicopida. 30. Ordem Phosphatocopida. 31. Ordem Leperditicopida.
21. Ordem Misophrioida.
32. Ordem Bradoriida.
22. Ordem Calanoida. 23. Ordem Arguloida (piolhos de peixes).
33. Ordem Rhizocephala. 34. Ordem Ascothoracica.
24. Ordem Podocopida. 25. Ordem Platycopida.
35. Ordem: Branchiopoda (cladóceros [pulgas de água 36. Ordem: Ostracoda (seedshrimps)
26. Ordem Cladocopida. 27. Ordem Halocyprida.
Fonte: (http://translate.google.co.mz/translate?hl=ptPT&langpair=en|pt&u=http://www.uv.es/EBRIT/macro/macro_5001_59_5.html)
Importância dos crustáceos Dois aspectos de importância básica, fonte de alimento e equilíbrio biológico em ecossistemas aquáticos.
Classe dos insectos (Entomologia - ciência que estuda os insectos). Os insectos (do lat. Insecto, `o que tormenta, persegue, incomoda´) ― são os mais
numerosos animais da escala zoológica; somam mais de 850.000 spp. já catalogadas. Apresentam o corpo dividido em cabeça, tórax e abdómen; são de habitat principalmente terrestre, respiram por traqueias e excretam por túbulos de Malpighi‖ (AMARAL e MENDES, s/d:157). Fazem parte desta classe os gafanhotos, moscas, piolhos, borboletas, abelhas, mosquitos etc. São terrestres, não habitam no mar, são os mais abundantes e estão amplamente distribuídos, são os únicos invertebrados com a capacidade de voo.
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Neste contexto, a maioria é dotada de asas (alguns dípteros ou, a maioria, tetrápteros) embora algumas e poucas espécies sejam ápteros, como as pulgas, piolhos e as formigas, outros são díceros e hexápodos.
Características gerais. 1. O corpo é dividida em cabeça, tórax e abdómen. A cabeça possui um par de antenas e peças orais mastigadoras, chupadoras ou lambedoras; o tórax possui 3 pares de patas articuladas — os insectos são hexápodos (possuem seis patas) e normalmente dois, um ou nenhum par de asas. O abdómen é constituído por 11 segmentos com as patas terminais modificadas em órgãos genitais. 2. As patas são estruturas especializadas com determinadas funções, como correr (formigas), agarrar e imobilizar vítimas (louva-a-deus), saltar (pulgas), nadar (besouros-de-água). 3. Corpo revestido por um envoltório proteico contendo quitina que constitui o
exoesqueleto desses animais. 4. A cabeça tem sempre um par de antenas (animaisdíceros). Com função táctil e olfactiva. 5. Olhos prestando-se para a orientação do voo (abelhas), para a localização de presas (libélulas). 6. Embora existam espécies ápteras (sem asas, como as formigas, o piolho, a pulga, a traça) e dípteras (como as moscas e mosquitos, que apresentam apenas um par de asas), a grande maioria, entretanto, possui dois pares de asas (tetrápteros). As asas nesses animais, contribui para aumentar sua adaptação à vida terrestre. 7. Respiração através de traqueias ramificadas que levam o oxigénio dos espiráculos pares (furos) situados ao lado do tórax e do abdómen, directamente aos tecidos; alguns com brânquias, traqueias ou sanguíneas. 8. O tubo digestivo e formado por um intestino anterior, médio e posterior, boca e glândulas salivares.
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9. Coração grande, com aorta inferior, sem capilares, nem veias, cavidade corporal em forma de hemocele (celoma reduzido). O sistema circulatório compõe-se de vasos finos e um grande vaso dorsal com diversas câmaras contrácteis, que funcionam como se fossem vários corações em série. A hemolinfa é projectada em direcção à cabeça e, depois, se difunde para lacunas nos tecidos (hemocelos), que correspondem à cavidade celomática desses animais. Posteriormente, o sangue retorna ao vaso dorsal. Sangue sem pigmento respiratório. 10. Apresentam peças bucais preparadas para mastigar (baratas e gafanhotos), para lamber (abelhas), para sugar (borboletas), para picar (pernilongos). 11. Excreção por tubos de Malpighi, canalículos que retiram os produtos finais do metabolismo diretamente de celoma (que nestes animais é representado por cavidades no meio dos tecidos— hemocelos — por onde circula a hemolinfa) e os derramam na porção posterior do intestino. 12. Sistema nervoso constituído por gânglios supra e infra-esofagicos. Os órgãos de sentido são olhos simples e compostos; quimioreceptores para o olfacto nas antenas e para o sabor por volta de boca e pêlos tácteis. Alguns possuem órgãos para a emissão de sons e de recepção dos mesmos. 13. Produzem ácido úrico como principal excreta nitrogenado.
Morfologia externa O exoesqueleto protéico contendo quitina é formado pela camada mais externa da epiderme. Pela sua natureza rígida, oferece uma razoável protecção ao animal contra predadores e perda excessiva de água. Assim, Fig. 34 – Morfologia externa da abelha.
periodicamente, há necessidade de substituição daquela espécie de "armadura" por outra maior. O animal se despe do seu exoesqueleto (que, já largado no ambiente, recebe o nome deexúvia), expande-se aumentando o seu volume e, imediatamente, reinicia a actual dimensão. Esse fenómeno é chamado muda ou ecdise e tem o seu mecanismo controlado pelas glândulas protorácicas. Portfólio de Zoologia S&F
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A cabeça é o centro sensorial do animal. Nela estão localizados seus principais órgãos dos sentidos: as antenas e os olhos. As antenas são órgãos quimioreceptores, que apresentam também as funções olfactivas e tácteis (BARROS, 58:1988). Os olhos podem ser ocelos (distinguem a luz e a sombra, porém não formam imagens) ou olhos compostos ou facetados (formados por pequenas unidades chamadas
omatídeos, que se dispõem radiadamente formando um globo grande) estes formam imagens, com eles os insectos conseguem ver com nitidez (BARROS, 58:1988). O tórax é o centro locomotor dos insectos. É formado por três segmentos: protórax,
mesotórax e metatórax, com um par de patas por segmento. Cada pata é constituída pelos seguintes artículos: coxa, trocanter, fémur, tíbia e tarso. As asas são estruturas vivas ligadas ao tórax (meso e metatórax), mas não são membros verdadeiros e sim uma expansão lateral do tegumento. Em suas nervuras passam vasos, traqueias e lacunas sanguíneas. Os tipos de asa são: Membranosas: finas e transparentes (moscas); Pergamináceas: finas, opacas, flexíveis e coloridas (barata); Élitros: espessas e opacas (besouro); Hemiélitros: são sem nervura e consistência na base e membranosas na ponta.
O abdómen é o centro de nutrição dos insectos, desprovido de apêndices e com uma segmentação nítida. Os últimos segmentos são transformados, revelando adaptações para a copulação e a postura de ovos. Existem abertura das traqueias, denominadas
espiráculos ou estigmas, localizadas lateralmente. Em alguns, existe um aguilhão ou ferrão injector de substância irritante, de efeito muito doloroso ou mesmo paralisante sobre pequenos animais. Morfologia interna Sistema Digestivo - é do tipo completo e divide-se em três partes: anterior (estomodeu) de srcem ectodérmica; médio Portfólio de Zoologia S&F
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Fig. 35 – Morfologia interna da abelha. 1º ano
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(mesodeu) de srcem mesodérmica e posterior (proctodeu) de srcem ectodérmica. O Estomodeu e o Proctodeu têm revestimento quitinoso. Possui boca, faringe, esófago, papo, moela, estômago, intestino, ânus, e como órgãos anexos, as glândulas salivares. O aparelho bucal é adaptado ao tipo de alimentação do animal, podendo sertriturador (gafanhoto, besouro, barata), sugador, em forma de tromba ou probóscida (borboletas), picador-sugador (mosquitos, pulgas) e sugador-lambedor (moscas); picador (cigarra e piolho) (BARROS, 58:1988).
Sistema nervoso - compõe-se de gânglios, sendo que os localizados na cabeça se fundem para formar uma espécie de cérebro. Há dupla rede de gânglios que se dispõem ventralmente ao longo do corpo. Por isso, dizemos que o sistema nervoso dos insectos é ventral, em contraste com os animais superiores (vertebrados), cujo sistema nervoso tem um cordão longitudinal dorsal, representado pela medula raqueana.
Sistema Sensorial - A visão dos insectos (olhos simples e compostos) distingue cores até ultravioleta; a sensibilidade auditiva é percebida pelos pêlos e órgão cordotonais das patas; a sensibilidade olfactiva situa-se nas antenas; a sensibilidade gustativa está nos palpos bucais e a sensibilidade táctil em cerdas de apêndices.
Reprodução - Quanto à reprodução, os insectos são dióicos (unissexuados), podendo ou não ocorrer dimorfismo sexual (macho diferente da fêmea). A fecundação é interna, São quase todos ovíparos. Certas moscas e os pulgões são vivíparos. Quanto ao desenvolvimento, classificam-se em:
Ametábolos (do grego a = não; metabolos = mudança). O ovo eclode e libera um indivíduo jovem com forma semelhante ao adulto, não havendo, portanto, metamorfose. Ex: a traça.
Hemimetábolos (do grego hemi = metade). São os insectos com metamorfose incompleta: o ovo eclode e libera uma ninfa, que é destituída da asas e órgãos sexuais desenvolvidos; à medida que as mudas ou ecdises se processam, a ninfa transforma-se na forma adulta, denominada imago. Ex: o gafanhoto.
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Holometábolos (do grego holo = total). Insetos, como abelha, borboleta, mosca e besouro, com metamorfose completa: o ovo eclode e libera uma larva. A larva ingere grande quantidade de alimento e realiza mudas até srcinar a pupa ou casulo ou crisálida: Estes nascem com as mesmas características que terão quando adultos, faltando-lhes apenas o crescimento, o caso das traças (SOARES, 1997:369).
A forma adulta dos insectos recebe o nome de imago. Chama-se larva a forma jovem muito diferente do imago. A ninfa é a forma jovem dos insectos hemimetábolos (um pouco parecida com imago). Pupa é a forma intermediária entre larva e o imago nos holometábolos (do grego holo, ‗todo‘, ‗tudo‘, e metabole, ‗mudança‘). A muda, nos insectos, é desencadeada pelo harmónio ecdisona, cuja produção é estimulada pelos
harmónios cerebrais. Existe, entretanto, um outro harmónio— harmónio juvenil — que impede a transformação da larva em pupa, ou desta em imago. Para que a metamorfose ocorra é necessário que a taxa de harmónio juvenil na hemolinfa seja muito pequena ou nula. Caso contrário, o animal realiza a muda, mas passa apenas de uma fase da larva para outra fase de larva.
Outros insectos Sistema nervoso formado por um par de gânglios por segmento, mas em algumas moscas adultas e noutros casos os gânglios são concentrados na parte anterior do corpo. Muitos ortopteros podem produzir sons, e mesmo alguns hemipteros, algumas borboletas nocturnas, alguns mosquitos e moscas, etc. O mecanismo de produção de sons e em alguns casos o produzem ao voar (batimento das asas) A produção da luz e uma particularidade dos pirilampos e outras formas.
Voo - Os insectos, as aves e os morcegos são os únicas animais com a capacidade de realizar o verdadeiro voo. As asas dos insectos são órgãos únicas formados como expansões do tegumento e são amplamente diferentes das asas formadas a partir das extremidades dos vertebrados. O voo dos insectos lhes permite, estender a área, de procurar alimento, dispersar-se e colonizar novos territórios, fugir de inimigos, etc.
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Relação com o homem Servem de alimento para o homem; mel por exemplo. Vestuário através da lã; transmitem doenças ao homem e alguns animais domésticos; limpeza (necrófagos) de sujidade; podem constituir pragas; picadas (vespas, mosquitos, abelhas, etc).
Classificação dos insectos A classe dos insectos, se distribuem em mais de 26ordens:
Trabalho independente (investigar sobre as restantes ordens dos insectos). Tabela 7 - Ordens dos insetos Ordem Archaeognatha ou Microcoryphia (traças saltadeiras )
Ordem Thysanopter (tripes)
Ordem Thysanura (traças dos livros )
Ordem Hemiptera (percevejos, pulgões, cigarras, cigarrinhas, cochonilhas, moscasbrancas, psilídeos).
Ordem Ephemeroptera (ephemeras)
Ordem Siphonaptera (pulgas, bichos-do-pé,)
Ordem Plecoptera (perlópteros ou perlários) Ordem Odonata (libélula)
Ordem Neuroptera (formigas-leão, crisopídeos, crisopas) Ordem Mecoptera (panorpatos, moscas-escorpião)
Ordem Orthoptera (gafanhotos, grilos, esperanças)
Ordem Tr ichoptera (friganeídeos, friganas)
Ordem Embioptera (oligoneuros ou néticos)
Ordem Lepidoptera (mariposas e borboletas)
Ordem Grylloblattodea (insectos pequenos das regiões frias do hemisfério norte)
Ordem Coleoptera (besouros)
Ordem Phasmatodea (bichos-pau)
Ordem Strepsiptera (estrepsípteros, ripípteros)
Ordem Mantodea (louva-a-deus, põe-mesas, benditos) Ordem Dermaptera (tesourinhas, lacrainhas, bichascadelas)
Ordem Díptera (moscas, mutucas, pernilongos, mosquitos, borrachudos,) Ordem Megaloptera (formigas-leão, sialídeos)
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Ordem Blattodea (barrata)
Ordem Psocoptera (piolhos-dos-livros ou psócidos )
Ordem Isoptera (cupins)
Ordem Phthyraptera (piolhos mastigadores (detritívoros) ou sugadores (hematófagos)). Ordem Hymenoptera (abelhas, formigas, vespas, moscasde-serra, formigas-feiticeiras,)
Ordem Zoraptera (zorápteros)
Adaptado pelo autor, 2011.
Tabela: 8 - Principais Diferenças entre as Classes dos Artropodes: Insecta Habitat principal Asas Divisão do corpo Número de patas Antenas Respiração Exemplos
Terrestre
Crustacea Água salgada ou doce
Arachnida
Chilopoda
Diplopoda
Terrestre
Terrestre
Terrestre
Ausentes, um par e dois pares Cabeça, tórax e abdómen
Ausentes
Ausentes
Ausentes
Ausentes
Cefalotórax e abdómen
Cefalotórax e abdómen
Seis
Variável
Oito
Um par Traqueal
Dois pares Branquial Caranguejo, craca, camarão
Ausentes Pulmotraqueal
Cabeça e tronco Muitas: um par em cada anel Um par Traqueal
Cabeça, tórax e abdómen Muitas: dois pares em cada anel Um par Traqueal
Aranhas, carrapatos
Centopéias ou lacraias
Embuá ou piolhode-cobra
Barata, pulga, cupim
Fonte: Adaptado pelo autor, 2011– a partir de SOARES, 1997:373.
Trabalho independente (falar de todos aspectos relacionados com o filo Hemichordatos).
Filo Hemichordata O filo Hemichordata é composto por espécies exclusivamente marinhas, de corpo mole e cilíndrico. Apresentam características morfológicas que os assemelham remotamente aos cordados. A classe Pterobranchia compreende colónias de pequenos zoóides tubícolas, que habitam preferencialmente águas profundas e algumas espécies ocorrerem em águas rasas. A importância ecológica dos hemicordados é desconhecida e a possibilidade de descobrir-se novas espécies parece remota, pois as larvas platónicas possuem vida muito longa, o que acarreta ampla distribuição geográfica. Os Hemicordados pertencem ao grupo dos deuterostómios e são enterocélios, com segmentação radial. Apresentam características tanto de equinodermes como de Portfólio de Zoologia S&F
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cordados, assim, o modelo estrutural de cordados é sugerido por terem armaduras branquiais e um cordão nervoso dorsal tubular e curto. As semelhanças com equinodermes observam-se nas características larvais. As armaduras branquiais faringeas, também características dos cordados, utilizaram-se inicialmente para filtrar a comida e secundariamente para a respiração, sendo comparável aos protocordados.(ibdem).
Estrutura
Os hemicordados são animais marinhos, até há pouco tempo considerado um subfilo dos cordados, em função da posse das armaduras branquiais e uma notocorda rudimentar. Actualmente aceita-se que a chamada notocórdia dos hemicordados é realmente um divertículo bocal (denominado de estomacorda, significando cordaboca) sem homologia com a notocorda dos cordados, dando-se-lhe então a categoria de um separado filo.
Os representantes da classe Pterobranchia são de menor tamanho, de 5 a 14 mm, sem incluir o pedúnculo.
Conhecem-se 70 espécies de Enteropneustos e 3 pequenos géneros de Pterobranchios
Os hemicordados têm a estrutura tricelómica típica dos deuterostómios
Características gerais
―A classe Enteropneusta engloba espécies solitárias, de corpo vermiforme,
comumente alcançando mais (http://biolegal.blogspot.com).
de
1
metro
de
comprimento ‖
Para RUPPERT; FOX, & BARNES (2005:1002),― Os representantes da classe
Enteropneuta apresentam umas dimensões entre 10 e 45cm de comprimento‖.
Alguns são coloniais e vivem em tubos secretados por eles mesmos.
Os hemicordados são vermiformes bentónicos, de águas pouco profundas.
Corpo mole, frágeis, vermiforme, compácto, com um pedúnculo de fixação;
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Corpo dividido em probóscide, colar e tronco, uma cavidade celómica na probóscide, mas dividido em dois; divertículo bucal na parte posterior da probóscide;
Os enteropneustos são de vida livre, hábitos escavadores, os pterobranchios são sésseis, maioritariamente coloniais, e vivem em tubos que eles segregam.
Sistema circulatório com vasos dorsal e ventral e um coração dorsal;
Sistema
respiratório
mediante
armaduras
branquiais,
numerosas
em
enteropneustos, poucos ou nenhuns em Pterobranchios, que comunicam a faringe com o exterior, igual ao que ocorre nos cordados.
Sem nefrídeos, um glomérulo único conectado com os vasos sanguíneos que podem ter funções excretoras
Nervo plexo subepidérmico, engrossado para formar dois cordões nervosos, dorsal e ventral, com um anel conectivo no colar; corda nervosa dorsal de oco anel em alguns (RUPPERT; FOX, & BARNES, 2005:1002).
Sexos separados nos enteropneustos, com gónadas projectadas dentro da cavidade corporal; nos Pterobranchios pode dar-se reprodução sexual ou assexual (em alguns) por gemulação; larva em alguns enteropneusta.
Classe Enteropneusta Enteropneusta é uma classe de animaishemicordados, que inclui cerca de 70 espécies. São animais marinhos, de vida livre, que vivem enterrados no lodo ou na areia normalmente próximos a maré. Medem poucos centímetros de comprimento (~ 10 cm) mas podem atingir tamanhos maiores.
Características anatómicas
Duas aberturas de saídas (uma de expulsão e outra para filtração)
Probóscide e colar coberto por epitélio ciliado que conduz a água e os nutrientes para a boca.
Notocorda presente no período de larva, desaparecendo na fase adulta.
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Fig. 36 – Hemichordato de vida livre.
Forma e função O corpo dos enteropneusta divide-se numa probóscide, num colar curto e um tronco largo (protosoma, mesosoma e metassoma) Probóscide – costuma ser curto, mais ou menos cónico prende-se dorsalmente ao colarinho por um pedúnculo delgado, porém vigoroso. Esta é a parte mais activa do animal. Projecta-se sobre a lama e analisa o meio que o rodeia, recolhendo alimento por meio de muco que mantém constantemente na sua superfície. Este alimento é transportado por correntes ciliares a um sulco na extremidade anterior do colar e dirigido para a boca, na zona ventral, donde é ingerido. Partículas de grande tamanho podem ser destruídas, cobrindo a boca com a extremidade do colar. (RUPPERT; FOX, & BARNES, 2005:1004). Podem tirar a probóscis pela abertura do tubo para se alimentarem. Os resto de alimento são expulsos pela abertura posterior do tubo, acumulando-se nuns moldes espirais muito peculiares que nos permitem uma rápida localização das galerias. Colarinho – ―é um cilindro curto que se abre anteriormente para formar a grande boca.
Envolve e sobrepõe o pedúnculo e a extremidade posterior da preboiscinde ‖. (RUPPERT; FOX, & BARNES, 2005:1002) O par de cavidades celómicas do colar comunica também mediante por com o exterior, tomando água por estes poros dos sacos celómicos da probóscide e do colar, estes podem tornar-se turgentes, facilitando assim a acção de escavação de galerias. Tronco – constitui a maior parte do corpo. Da anterior a posterior, suas três secções são denominadas branquiogenital, hepática e intestinal.
Locomoção - As contracções da musculatura corporal permitem expulsar o excesso de água através das armaduras branquiais, reduzindo assim a pressão hidrostática e permitindo o avanço do animal. Portfólio de Zoologia S&F
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Sistema branquial - A Respiração é através de fendas faríngicas, em forma de U, assim, uma fila de poros branquiais dispõem-se dorsoventralmente a cada lado do tronco, por trás do colar. Abrem as câmaras branquiais, mas acredita-se que há algum intercâmbio gasoso, por trás do colar. Abrem as câmaras branquiais, mas acredita-se que há algum intercâmbio gasoso no epitélio muscular branquial, assim como na superfície corporal. Mediante correntes ciliares, se mantém um transporte constante de água, desde a boca, através da faringe, saindo pelas armaduras, e as câmaras branquiais para o exterior.
Tubo digestivo e alimentação - Os hemicordados alimentam-se principalmente pelas correntes ciliares e pelo muco que produzem. Por detrás da cavidade bucal há uma grande faringe donde, dorsalmente se dispõem as armaduras branquiais em forma de U. Ao não serem verdadeiras brânquias, a função respiratória do aparelho branquial da faringe parece ser expelir o alimento. As partículas alimentares expelidas no muco e levadas até à boca pela acção dos cílios da probóscide e o colar separam-se da água branquial que sai através das armaduras branquiais, e são dirigidas posteriormente à zona ventral da faringe, para, através do esófago passar ao intestino, donde tem lugar a digestão e a absorção.
Faringe: fendas faríngicas (respiração, eliminação de água e alimentação), dividida em canal branquial e alimentar.
Esôfago: fendas esofágicas (eliminação de água).
Cecos hepáticos: digestão extracelular, digestão intracelular e armazenagem.
Intestino: formação de fezes.
Ânus: eliminação de fezes.
Aparelho circulatório e excretor - Um vaso mediodorsal sobre o digestivo conduz o sangue, em frente para baixo da garganta, no colar das veias, expandem-se até à cavidade e à vesícula cardíaca, situada sobre o divertículo bocal. O sangue entra numa rede de cavidades sanguíneas que constituem o glomérulo que rodeia parcialmente estas estruturas. Acredita-se que o glomérulo realiza as funções de excreção. O sangue é conduzido à região caudal pelo vaso ventral, disposto por baixo do digestivo, passando por extensas veias ao digestivo. O sangue é incolor. Portfólio de Zoologia S&F
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Sistema nervoso e sensorial
O sistema nervoso está constituído parcialmente por um complexo subepitelial de células nervosas e fibras que estão em contacto com células epiteliais.
Os engrossamentos deste complexo, formam os cordões nervosos dorsal e ventral, que se juntam na parte posterior do colar mediante anel conectivo.
O cordão dorsal continua e prolonga-se pelo colar, emitindo fibras à rede da
probóscide. O cordão do colar é oco, e em algumas espécies, contém células nervosas gigantes que emitem fibras que se põem em contacto com nervos do tronco.
Este complexo nervoso primitivo faz lembrar o sistema nervoso dos equinodermes e dos cnidários
Os receptores sensoriais incluem células neurosensoriais em toda a epiderme (especialmente na probóscide, um órgão ciliado preoral com funções quimioreceptoras) e células fotoreceptoras.
Reprodução e desenvolvimento -
Os sexos estão separados. As gônadas dispõem-se em filas dosolaterais e ambos os lados na parte anterior do tronco.
-
A fecundação é externa, e em algumas espécies desenvolve-se uma larva tornaria ciliada, que um certos estádios lembra a larva bipinaria dos equinodermes, pelo, que no princípio se considerou larva de equinoderme.
-
Machos com gônadas laranjas e fêmeas com gônadas cinza ou verde.
Classe Pterobranchia A classe Pterobranchia compreende colónias de pequenos
zoóides
tubícolas,
que
lembram
superficialmente briozoários. Vinte e duas espécies encontram-se descritas. Habitam, preferencialmente, águas profundas e parecem ser mais abundantes em águas circum-antárticas. Fig. 37 – Hemichordato de vida séssil.
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(http://www.sabedoria.ebrasil.net/db/biologia/estudos/biologia/biologiag/hemichordata
.php.htm). O modelo básico da classe é muito semelhante ao dos Enteropneustos, mas há certas diferenças estruturais em relação com o modo de vida sedentária dos Pterobranchios.
Características
Os pterobranchios são animais pequenos, geralmente não excedem os 5mm de comprimento, ainda que o pedúnculo possa ser mais largo. A probóscide tem forma de escudo e a sua base tem cinco a nove pares de braços com tentáculos que contém um prolongamento da cavidade celómica do mesossoma, como no lofóforo. Sulcos ciliados dos braços e dos tentáculos recolhem alimento. Algumas espécies são dióicas e outras monóicas, mas pode também dar-se reprodução assexual por gemação (gemulação).
São sésseis, normalmente formando grandes colonias e vivendo em tubos secretados por eles.
Sistema Digestivo composto por: Cílios e muco na região bucal; Faringe grande (apresenta as fendas faringeanas em forma de ―U‖); Esôfago; Intestino e Ânus.
Sistema Circulatório é representado por: Coração dorsal, Vaso dorsal (que conduz o fluxo sanguíneo para a região anterior) e Vaso ventral (que conduz o fluxo sanguíneo para a região posterior).
Sistema Respiratório: é graças a Fendas Faringeanas. Sistema Excretor: não apresenta nefrídios e apresenta um glomérulo único ligado aos vasos sanguíneos.
Sistema Nervoso apresenta:é caracterizado pela presença de cordão nervoso dorsal, cordão nervoso ventral e cordão nervoso dorsal oco na região do colarinho. Sistema Reprodutor: Aqui, os novos indivíduo reproduzem-se por gemulação a partir de um estolho rastejante basal, que se ramifica pelo substrato, assim teremos:
Sexuada com fecundação externa;
Assexuada através de brotamento.
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Dia: 03 - Outubro - 2011
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Introdução a Echinodermata Filo Echinodermata ―Os equiodermes (gr. Echinos, ouriço/espinho + derma, pele), compreende
exclusivamente marinhos, não existindo as espécies dulcícolas nem terrestres ‖ (SOARES, 1997:375), fazemparte deste filo, as estrelas-do-mar (classe asteroideos), os ofiuros (ofiuroideos), ouriços e dólares do mar (echinoideos), lírios do mar (crinoideos) e pepinos do mar (holoturoidea) além de várias classes extintas. Todos são celomados, com simetria bilateral na fase embrionária e pentaradial na fase adulta, e a maior parte possuem um endoesqueleto duro com espinhas externas. Na sua maioria são de vida livre e de movimentos lentos, uns poucos são pelágicos, mas nenhum é parasitário ou colonial. ―São destacáveis entre os animais por não apresentarem cabeça; terem um
esqueleto interno; suas larvas apresentarem simetria bilateral e sofrerem metamorfose para gerar animais adultos de simetria radial e, finalmente, por terem uma subdivisão interna do celoma que é usada na locomoção e na captura de alimento. São animais de sexos separados (dióicos), sem dimorfismo sexual‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:112). Alguns equinodermes são empregues como alimento e seus ovos foram empregues em varies experimentos. As estrelas-do-mar podem prejudicar os criadores de amêijoas e ostras. Os ouriços, dependendo da sua abundância, são usados como indicadores ecológicos, ou seja permitem ver a saúde em que se encontra um ecossistema. A inexistência de cabeça ou plano bilateral de simetria nesses animais, torna os termos dorsal e ventral, anterior e posterior, lado direito e esquerdo completamente impróprios. Assim, designa-se em face oral (onde situa-se a boca) e aboral (face oposta à boca) (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:112). Os espinhos são móveis e podem auxiliar o movi-mento, além de lhes proporcionar protecção. Possuem umsistema ambulacral, exclusivo desse filo. No corpo dos equinodermas mais comuns, há algumas projecções externas, tais como: Portfólio de Zoologia S&F
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Espinhos: projecções do endoesqueleto; longos ou curtos, móveis (como os ouriços) ou não (como nas estrelas-do-mar);
Pés ambulacrais (do latim, ambulare - caminhar): projecção de um sistema interno de canais no qual circula a água do mar filtrada por uma placa porosa, o
madrepórito. Esses pés atravessam pequenos orifícios do endoesqueleto para poderem se projectar externamente, e ajudam o animal a se locomover com flexibilidade;
Pedicelários - projecções da pele que terminam em pinças. Servem para protecção e defesa; podem ser venenosas (ouriços) ou não (estrelas); mantém o corpo do animal.
Papilas - elevações muito pequenas da pele fina; realizam trocas gasosas. Características gerais Uma das características mais marcantes é a presença de um complexo sistema de lâminas, canais e válvulas, denominado sistema aquífero. Este sistema relaciona-se com a locomoção, secreção, respiração, circulação e até mesmo com a percepção do animal.
São animais de vida livre,
Simetria bilateral enquanto larva e formato pentarradial nos adultos.
São triblásticos e celomados.
Corpo sem cabeça nem segmentação.
Possuem endoesqueleto calcário.
Dotados de sistema aquífero.
Animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indirecto; produzem larvas ciliadas.
Não possuem sistema excretor especializado.
Têm sistema digestivo completo.
Anatomia e fisiologia O corpo não revela segmentação. Desprovidos de cabeça, eles têm um sistema nervoso elementar, com um anel nervoso ao redor esófago, do qual partem nervos radiais que se dirigem os braços ou para os lados (nos que não têm braços). Portfólio de Zoologia S&F
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A superfície do corpo dos equinodermos é recoberta por uma epiderme ciliada, sob a qual encontramos o endoesqueleto, formado por placas calcárias soldadas ou articuladas, geralmente repletas de espinhos. Possuem também células tácteis e olfactivas espalhadas por toda a superfície do corpo dos equinodermos. Nas estrelas-domar, encontram-se grupos de células fotorreceptoras que actuam como minúsculos olhos nas extremidades dos braços. Nos ouriços e estrelas, podemos encontrar pequenas pinças, as pedicelárias, que se prestam à defesa contra os inimigos, captura de alimentos ou para limpeza. Ainda encontramos as brânquias e os pódios para respiração e locomoção. ―O tubo digestivo é completo, excepto nos ofiúros, onde falta o ânus. Cumpre ressaltar
que, nos equinóides, a boca é provida de um forte aparelho mastigador, a lanterna-de-
aristóteles (devido à sua semelhança com uma antiga lanterna grega), formada por cinco longos dentes acoplados numa estrutura calcária fortes e afiados. Nos crinóides, o tubo digestivo curva-se em U, em suma: boca e ânus estão lado a lado‖(AMARAL e MENDES, s/d:160). Assim, o tubo digestivo desses animais é simples, normalmente completo (alguns sem ânus) e não apresenta um sistema excretor especializados. Os catabólitos são eliminados pelos pódios, hidropulmões ou ânus. Nos equinodermos, a respiração é feita, com frequência, no sistema ambulacrário, ainda que nos asteróides e equinóidos existam pápulas, enquanto nos holoturóides, a respiração é realizada na árvore respiratória ou hidropulmão, onde a água é constantemente renovada. Os equinodermos apresentam um sistema nervoso pouco desenvolvido, que acompanha anatomicamente o sistema ambulacrário, podendo ser dorsal e ventral. O sistema circulatório é ausente ou reduzido ao fluido celômico; celoma recoberto por um peritoneo ciliado, geralmente grande, com amebócitos livres no seu líquido; parte do celoma larvário se converte num sistema vascular hídrico que costuma a ter vários pés tubulares para a locomoção, a captura do alimento e para a respiração.
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Sexos separados (dióicos) (com raras excepções); iguais externamente; gônadas grandes com condutos simples; ovos abundantes, normalmente fecundados no mar; larvas microscópicas, ciliadas, transparentes e normalmente nadadoras com notáveis metamorfoses. São poucas as espécies vivíparas, algumas também reproduzem-se assexuadamente por divisão e muitas espécies realizam a regeneração com muita facilidade. Entre as estrelas, até mesmo o fragmento de um braço pode reconstituir um animal inteiro.
Origem e evolução Os equinodermes e os celenterados tenham sido anteriormente colocados no grupo radiados na classificação, é lógico que teria sido classificado dessa maneira, estes são superiores e que constituem um grupo isolado, pois são de organização mais complexa entre os animais de simetria radial. Razões exclusivas, como o sistema vascular hídrico, o endoesqueleto calcário e os pedicelários (pinças na superfície corporal para captura de alimento e limpeza do corpo), provavelmente provam a sua antiga srcem, por estes já terem se diferenciado no cambriano, levando a estes a serem os mais primitivos e superiores em relação aos celenterados. Alguns biólogos consideram que os equinodermes são uma forma regressiva, srcinada de um tipo que teria sido mais avançado e activo devido ao facto de as larvas terem simetria bilateral e são de vida livre, enquanto que os adultos são de simetria radial e a ausência de cabeça, estas são adaptações que permitem aos animais sedentários achar o alimento em todos os lados. Os equinodermes têm muitas Características dos cordados: ex: a boca forma-se de uma evaginação ectodérmica; o mesoderme forma-se a partir de evaginações do intestino primitivo (e não a partir de células neoplásticas especiais como nos anelídeos e moluscos).
Fig.37 – Alguns representantes do filo equinodermata. (1) Estrela-do-mar, (2) holoturia (pepino do mar), (3) ouriço-do-mar, (4) asteróide, (5) crinóides ou lírios-do-mar.
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As classes dos equinodermos Classe Crinoidea (Crinóidea) Animais fixos, dotados de um pedúnculo, com mentos semelhantes a rizóides, que servem para fixação nas rochas. Dez tentáculos ramificados que lhes dão aspecto de flor. Conhecidos vulgarmente como lírios-do-mar (Antedon meridionalis). Alguns são flutuantes, com certa capacidade para nadar.
Classe Ophiuroidea (Ofiuóidea) Os ofiúros também apresentam o corpo em forma de estrela, todavia, não há mais a continuação do celoma do disco central para os braços, que aqui são móveis, isto é, articulados. Ainda possuem nos braços espinhos curtos ou longos. A boca é inferior e não há ânus, portanto o tubo digestivo é incompleto. Sem pedicelárias. São livres, corpo achatado em forma de moeda com cinco tentáculos serpentiformes muito móveis, unidos a um disco central. Conhecidos comoserpentes-do-mar (Ophiura cinerea) ou estrela-serpente. (AMARAL e MENDES, s/d:160).
Classe Echinoidea (Equinóidea) Os equinóideos ―possuem o corpo meio esférico, sem braços, com espinhos longos e
móveis, no ouriço, ou achatado e discoidal, com espinhos curtos e fixos, na bolacha-domar‖ (AMARAL e MENDES, s/d:160). Assim, nos ouriços-do-mar apresentam o corpo semi-esférico ou globoso, desprovido de braços ou tentáculos, mas recoberto de espinhos grandes e numerosos com certa mobilidade. A boca é ventral, fechada por cinco dentes, que constituem a lanterna-dearistóteles, para a mastigação e o ânus é dorsal. Com pedicelárias. É a única classe que apresenta as placas calcárias fusionadas e fixas.
Classe Holothuroidea (Holoturóidea) As holotúrias, possuem corpo alongado, mais ou menos cilíndrico, desprovido de espinhos, braços e pedecelas; mole, com alguns pequenos tentáculos— brânquias — ramificados ao redor da boca, isto é, A boca está rodeada por tentáculos, que são os pés
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ambulacrários modificados e, na extremidade posterior, está o ânus. O pepino-do-mar tem hidropulmões para respiração e excreção. Vulgarmente, são os pepinos-do-mar, que vivem no meio das rochas ou sobre a areia no fundo do mar, mas não muito longe da costa, em pequenas profundidades.
Classe Asteroidea (estrelas-do-mar) As estrelas-do-mar abundam na maioria das costas, especialmente nas rochosas e nos canais. As diferentes espécies vivem entre a linha das marés ate profundidades consideráveis, sobre a areia e o lado. Elas apresentam movimentos discretos dos braços ou deslocando-se mesmo sem mexê-los, apenas com expansões e retracções dos pés ambulacrários, que formam fileiras, aos pares, na face inferior de cada braço. Possuem manchas ocelares (órgãos visuais) nas extremidades dos braços e abaixo desses, encontramos o sulco ambulacrário de onde saem os pés ambulacrários. ―As estrelas são carnívoras, ingerem ostras, corais, lesmas, e, às vezes, peixes. Elas são
capazes de usar a pressão de sucção por longo tempo, obrigando a ostra a relaxar o músculo, abrindo as duas valvas. Aí elas injectam o estômago no interior das conchas, realizando uma digestão exógena‖ (AMARAL e MENDES, s/d:160). Morfologia da estrela-do-mar O corpo está formado por um disco central e cinco braços triangulares. Os eixos dos braços são denominados raios e os espaços entre os braços, inter-raios. Na superfície superior possui várias espinhas calcárias
Fig.38 – Estrutura externa da estrela-do-mar.
que formam parte do esqueleto.
(1) Face aboral, (2) Face oral
―O corpo é coberto por espinhos fixos, que se prestam à defesa, à locomoção e à escavação. Entre os espinhos, encontramos as pápulas, que são as brânquias moles
para respiração, e as pedícelas, que são estruturas de defesa e captura de alimentos.‖ (AMARAL e MENDES, s/d:160). O ânus é um pequeno orifício localizado próximo ao centro da superfície superior e perto dele está o madrepórito, redondo. A boca está no centro da superfície oral ou Portfólio de Zoologia S&F
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inferior, rodeada por uma membrana peristomática branda. A superfície oral de cada braço está recorrida por um sulco ambulacrário médio rodeado de grandes espinhas; dele sobressaem vários pés tubulares ou ambulacrários dispostos em 4 (ou duas) series. No extremo de cada braço há um pequeno tentáculo mole (táctil) e uma mancha ocelar sensível a luz. Todo corpo está coberto por uma epiderme ciliada.
Fig.39 – Estrutura interna da estrela-do-mar.
Debaixo está a mesoderme, que forma e contém o endoesqueleto, uma armadura de vários ossiculos calcários de várias formas definidas e dispostos segundo uma estrutura regular. Estes ossiculos estão unidos entre si por um tecido conjuntivo e fibras musculares. Dentro de esqueleto encontra-se o grande celoma delimitado por um epitélio ciliado que contém os órgãos internos. Está cheio de liquido, semelhante a linfa que cujo esta contém amebócitos livres e contribui na circulação, respiração e excreção.
O sistema vascular hídrico / ambulacrário É parte do celoma especializado constituído por 1) madreporito (pequena lâmina circular com numerosos orifícios), de aspecto de coador pelo qual pode entrar água do mar, localizada na face aboral junto ao orifício retal; 2) o condutopétreo (por onde circula a água do mar que entra pela placa madrepórica) que se comunica com 3) o
conduto anelar ou anel periesofagiano (conduto circular que dá prosseguimento ao canal pétreo) situado a volta da boca, do qual 4) saem cincocondutos radiais que cada canal radial emite numerosas ampolas, das quais partem os pés embulacrários na qual se dirigem um a cada braço. Deste último conduto saem 5) numerosos condutos laterais, um a cada 6) pé ambulacrário. Existem os corpos de Tiedemann, que produzem os amebócitos livres existentes no líquido que enche o sistema. Este líquido e músculos nas paredes do corpo permitem a flexibilidade do corpo. O sistema digestivo é composto pelaboca; estômago em forma de saco formado por duas partes; um intestino delgado curto que conduz ao ânus (a excreção é assegurada pelo intestino delgado e a boca). Portfólio de Zoologia S&F
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O sistema circulatório sanguíneo está reduzido e é difícil de vê-lo. Compreende vasos que rodeiam a boca e 5 vasos radiais, um em cada braço, situados debaixo do conduto radial do sistema vascular hídrico. O sistema nervoso compreende um nervo circum-oral com cordões nervosos radiais nos braços. E varies nervos que enervam a epiderme, peritónio órgãos internos e pés ambulacrário. Alimentação: as estrelas-do-mar alimentam-se de moluscos, crustáceos, e outros invertebrados. Os peixes podem ser capturados, assim sendo, são carnívoros. (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:116). Reprodução: As estrelas-do-mar são dióicas. No celoma de cada braço há um par de gônadas, cada uma das quais possui um pequeno conduto que se abre na parte superior do disco central. A princípios do verão os óvulos e os espermatozóides são expulsos no mar onde ocorre a fecundação. A clivagem é rápida e total, a invaginação produz uma gástrula que mais tarde vem a ser a larva bilateralmente simétrica, depois de algumas semanas a larva se fixa a extremidade, tornando-se um pendúculo. Logo após ocorre uma metamorfose, mas nenhuma parte é eliminada. Em algumas estrelas-do-mar os estágios larvais são abreviados e os jovens emergem como adultos em miniatura. As estrelas-do-mar são capazes deautotomia. Os seus braços regeneram-se rapidamente.
Autotomia é a capacidade que algunsanimais possuem de liberar partes do corpo, ou uma auto-mutilação usada como meio de defesa, podendo essas partes regenerar-se ou não após um período de tempo.
Tabela 8. As classes dos equinodermatas e características das mesmas. Classe Crinoidea
Em português Crinóides
Características Alguns, fixos no fundo do mar (com tentáculos móveis); outros, flutuantes ou natantes.
Exemplos Lírios-do-mar
Ophiuroidea Asteroidea
Ofiuróides Asteróides
Serpentes-do-mar Estrelas-do-mar
Echinoidea
Equinóides
Livres,finos, corpolongos em forma de medalha braços e muito móveis com 5 Livres, com formato de estrela (número de braços variável) Livres, semi-esféricos e alguns cobertos de espinhos grandes Poucos movimentos, vivendo junto às rochas no fundo da água
Holothuroidea Holoturóides
Ouriços-do-mar, bolachas-do-mar Pepinos-do-mar
Fonte: (SOARES, 1997:375).
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Estudo do filo chordata e Subfilo Urochordata Filo chordata Os cordados ―são os mais evoluídos de todos os animais da escala zoológica. O nome é
proveniente de um delgado bastonete de células, fibroso e flexível, situado na região dorsal, a notocorda, presença obrigatória no período embrionário ao lado da faringotremia e do tubo nervoso dorsal. Embriologicamente estes são triblásticos, celomados enterocélicos, neuromiários epineuros e deuterostômios‖ (AMARAL e MENDES, s/d:160). Os animais pertencentes a este filo, apresentam simetria bilateral, são dióicos, vivem nos mais diferentes hábitats e são providos de corpo segmentado. O filo chordata (gr. Chorda = cordão) é o maior filo e ecologicamente mais significante da linha de evolução dos deuterostomia. Compreende alguns grupos invertebrados, bem como todos os animais vertebrados. Ocorre em todos os habitats, marinho, de água doce e terrestre. Todos os cordados são vertebrados e compreendem os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. A presença de uma corda dorsal é a principal característica do filo. (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:119).
Filogenia dos chordatas
Fig. 40 - Árvore filogenética dos chordatas
Características gerais dos Chordata As principais características dos cordados são:
Presença de notocordio ou notocorda (cordão dorsal) durante o desenvolvimento embrionário. Algumas espécies o conservam por toda a vida.
Cordão nervoso único e também dorsal (lembre-se de que os invertebrados tem uma dupla cadeia ganglionar nervosa ventral).
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Fendas branquiais na faringe durante o desenvolvimento embrionário. Alguns as conservam por toda a vida.
Além dessas particularidades, que definem os cordados, eles também apresentam algumas características comuns com outros seres, tais como:
Simetria do corpo bilateral (animais filactérios ou artiozoários);
Todos triploblasticos com celoma bem desenvolvido; Circulação fechada e sangue com hemoglobina em quase todas as espécies;
Tubo digestivo completo, com glândulas anexas;
Presença de fendas na faringe;
Coração ventral com presença de vasos sanguíneos;
Celoma desenvolvido;
Esqueleto interno ósseo ou cartilaginoso.
Em determinados momentos do ciclo vital, os cordados apresentam:
Uma notocorda dorsal, ou uma estrutura dela derivada, a coluna vertebral. A corda assemelha-se a um bastonete, é elástica, ímpar e percorre dorsalmente todo o corpo. A corda é a estrutura de suporte do esqueleto axial.
Um tubo nervoso dorsal oco.
Fendas faríngeas durante algum estágio do ciclo vital.
O esqueleto, quando presente, é um endoesqueleto formado no mesoderma.
Sistema circulatório fechado com um coração ventral (excepto em Urochordata).
Sexos geralmente separados (alguns hermafroditos ou protândricos); ovíparos, vivíparos ou ovovivíparos.
Cauda pós-anal, primariamente importante para a propulsão no meio aquático. Cauda projectando-se atrás do ânus, persistente ou não no adulto. Dela resta apenas um vestígio - o cóccix, formado de um conjunto de vértebras pequenas no fim da coluna vertebral - restou nos seres humanos.
As quatro características (a negrito) formam-se no embrião jovem de todos os cordados. Elas persistem, podem ser alterados ou podem desaparecer no adulto. Portfólio de Zoologia S&F
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Nos grupos de invertebrados, as características morfológicas sempre foram definidas a partir do estudo de animais adultos. Nos cordados, no entanto, a caracterização do grupo deve ser procurada na fase embrionária. É nessa fase que todo o cordado apresenta as quatro características típicas do grupo:notocorda dorsal, tubo nervoso dorsal, fendas
branquiais (faríngeas) e cauda pós-anal (endoesqueleto). Na fase adulta dos vertebrados são mais complexos, essas estruturas ou desaparecem, como é o caso da notocorda e das fendas na faringe, ou sofrem consideráveis modificação, como é o caso do tubo nervoso, que passa por uma grande expansão, levando à diferenciação do encéfalo e da medula espinhal.
Tabela 9: Divisões do Filo Chordata e suas particularidades Subfilos
Classes e suas principais características
APENDICULARIA: diminutos, semelhantes a girinos; túnica temporária; 2 fendas branquiais UROCHORDATA ou TUNICATA ASCIDIACEA: Ascídias. Túnica com músculos dispersos; Notocorda e tubo nervoso apenas na muitas fendas branquiais larva; THALIACEA: Salpas. Túnica com faixas musculares circulares. CEPHALOCHORDATA ou ACRANIA Notocorda e tubo nervoso ao longo de todo o corpo e persistentes; fendas branquiais persistentes.
VERTEBRATA ou CRANIOTA Com crânio, arcos viscerais e encéfalo.
Superclasse
PISCES Nadadeiras pares, brânquias, pele com escamas
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ANFIOXOS: Delgados semelhante a peixes, segmentados; epiderme uniestratificada, sem escamas; muitas fendas branquiais. Peixes primitivos OSTRACODERMI (extinto): encouraçados. Escamas grandes, frequentemente fundidas formando escudo cefalotorácico CYCLOSTOMATA: Ciclóstomos. Pele sem escamas; boca sugadora; 5 a 16 pares de brânquias
PLACODERMI (extinto): Peixes primitivos. Mandíbulas primitivas; fendas branquiais completas na frente do hióide CHONDRICHTHYES: Tubarões e raias. Pele com escamas placóides; esqueleto cartilaginoso; 5 a 7 pares de brânquias em fendas separadas OSTEICHTHYES: Peixes ósseos. Pele com escamas ciclóides ou ctenóides; 4 pares de brânquias em uma cavidade comum coberta por opérculo.
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Superclasse
TETRAPODA Extremidades pares, pulmões, pele cornificada, esqueleto ósseo.
AMPHIBIA: Anfíbios. Pele húmida, mole, sem escamas externas. REPTILIA: Répteis. Pele seca, com escamas ou escudos AVES: Aves. Pele com penas; extremidades anteriores transformadas em asas; homeotermos. MAMMALIA: Mamíferos. Pele com pêlos; homeotermos; amamentam os filhotes.
Fonte: (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:120).
Subfilo Urochordata Muito tempo foi necessário para classificar correctamente estes animais estranhos. Embora conhecidos desde o tempo de Aristóteles, apenas em 1866, e após um estudo cuidadoso do seu desenvolvimento larvar, foi estabelecida a sua posição correcta dentro dos cordados. Mas foi Aristóteles quem os descreveu primeiro como animais. Os urocordados (gr. oura = cauda + chorda = cordão), O subfilo dos Urocordados ou
Tunicados é constituído pelas classesAscídia, Appendicularia e Thaliacea. Comporta aproximadamente 1250 espécies de indivíduos solitários ou coloniais, caracterizados pela presença de uma túnica (Tunicata, tunicados), por vezes espessa, de uma substância quimicamente semelhante à celulose. (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:121). São todos marinhos, uns de vida livre e outros, após um curto período larvar de vida livre, vivem fixos. Podem ser solitários, coloniais ou formar extensos grupos debaixo da mesma túnica. Variam desde formas microscópicas a outras com 30 cm de diâmetro. A
Fig. 41 – Estrutura de uma ascídia (estágio larval e adulta)
túnica é composta por uma substância denominada tunicina.
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Características morfológicas e fisiológicas Os tunicados obtém o alimento pela acção dos cílios que se encontram em fileiras nas suas faringes. Os cílios batem formando uma corrente de água que entra na faringe e as partículas microscópicas são capturadas em uma secreção mucosa. As larvas de tunicados apresentam com todas as características básicas dos cordados. As larvas são transparentes e livre-natantes. A cauda contém uma notocorda de sustentação, um tubo nervoso dorsal e pares seriados de músculos segmentados laterais. A extremidade anterior apresenta três glândulas mucosas ou adesivas.
Tegumento: o corpo é coberto por um manto cuticular celulósico segregado pelo epitélio. Sistema vascular e sanguíneo : Há um aparelho circulatório com vasos sanguíneos. O trato digestivo é completo, com boca, seguida das fendas faríngeas (ou fendas branquiais) perfuradas abrindo-se num átrio, endóstilo, intestino e ânus, isto é, a água entra pelo sifão Inalante e cai nas fendas branquiais, onde ocorre a retenção de partículas alimentares, saindo pelo sifão exalante e das fendas branquiais as partículas alimentares passam para a faringe e desta para o estômago, onde ocorre digestão química, daqui, as partículas passam para o intestino, onde ocorre absorção de nutrientes, e, por fim, as fezes são eliminadas pelo ânus (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:116). Sifão inalante → fendas faríngeas (digestão física) → estômago (digestão química) → intestino (maior absorção para as células) → abrema → cifão exalante (exclusão do
material desnecessário).
Sistema nervoso e sensitivo - Os tunicados constituem um subfilo dos cordados, cujo sistema nervoso, no estágio larval, é composto por fibras nervosas dorsais e um cordão nervoso, que na maioria dos casos fica na cauda do animal. Uma vez fixada a um suporte, uma rocha, por exemplo, a larva perde a notocorda e o tubo nervoso dorsal, o que se perpetua na fase adulta. Nos tunicados existe um cérebro, gânglios, um olho mediano e vários otólitos.
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Os gânglios controla as contracções musculares e o movimento dos cílios da faringe, mas não controlam os batimentos cardíacos.
Reprodução - Os indivíduos são hermafroditas sexuadamente,
e
reproduzem-se
também
podem
reproduzir-se assexuadamente por gemiparidade. A fecundação acontece na água. A sua fecundação é externa e a possibilidade de ser cruzada é grande
em
colónias.
Após
o
nascimento, o desenvolvimento é indirecto, passando por metamorfoses. A larva primária fixa-se ao substrato e, depois, ocorre o desenvolvimento metamorfósico.
Fig. 42 – Desenvolvimento metamorfósico de um
Ecologia - Todos urocordados são
tunicado e esquema de organização interna de um adulto.
marinhos. Depois de umas horas ou dias de vida livre a larva prende-se verticalmente por suas glândulas adesivas a uma rocha ou superfície dura, onde permanece a vida inteira. Tunicados são habitantes de águas razas, mas algumas formas encontram-se em águas profundas. Em alguns adultos desenvolveu-se a vida colonial. São filtradores.
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Cephalochordata ―Os cefalocordados são cordados que possuem corda dorsal que se estende de um
extremo para o outro e que persiste no estado adulto. São livres e apresentam formações para a locomoção, tem o corpo achatado lateralmente, apresentando na região dorsal e ventral uma expansão em forma de barbatana ‖ (JONASSE e XAVIER, 2002:137). O subfilo dos Cefalocordados (Cephalochordata ou Acrania) é constituído basicamente pelo género Branchiostoma. Este grupo já foi chamado deAnfioxos, nome já em desuso. Estes animais possuem todas as características de base dos cordados. O corpo é muito parecido ao de um peixe e vive na areia, mantendo somente a parte anterior do corpo para fora. A pouca actividade natatória que apresentam é dividida à contração de blocos musculares denominados miótomos. As
fendas
branquiais
são
desenvolvidas e abrem-se na cavidade denominada átrio, a qual se abre ao meio externo por um orifício - o atrióporo. A água com partículas
Fig. 43 – Morfologia externa doBranchiostoma
alimentares penetra pela boca. Nas
lanceolatum.
fendas, o alimento segue para o tubo digestivo, sendo os restos alimentares eliminados pelo ânus. A água, ao passar pelas fendas, cai no átrio e sai pelo atrióporo. O anfioxo apresenta sexos separados e desenvolvimento externo. Estima-se em cerca de 20 à 30 o número de espécies que o compõem este filo de dimensões não superiores a 10cm, cujo corpo é delgado, longo, comprimido lateralmente, afilado nas duas extremidades e não tem cabeça distinta. Possui uma
nadadeira dorsal mediana ao longo de quase todo o corpo e anadadeira pré-anal do atrióporo ao ânus, sendo constituídas por câmaras contendo curtos raios de tecido conjuntivo. A cauda tem uma nadadeira membranosa. Aboca é ventral, na extremidade anterior, o ânus fica perto da base da nadadeira caudal e oatrióporo é uma abertura adicional na frente do ânus.
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Possuem uma nadadeira dorsal e uma nadadeira pré-anal do atrióporo ao ânus, sendo constituídas por câmaras contendo curtos raios de tecido conjuntivo. Na região caudal nota-se uma nadadeira membranosa, O tegumento é uma epiderme mole.
Sistema vascular e sanguíneo: aproxima-se ao dos cordados superiores, mas falta-lhe o coração. Além dos vasos sanguíneos definitivos, há espaços abertos de onde o sangue incolor escapa para os tecidos. O trato digestivo é simples, começa com o capuz oral (vestíbulo) que apresenta cirros bucais. A boca, que se encontra na parte posterior do vestíbulo. Atrás da boca fica a grande faringe comprimida, com muitas fendas faríngeas diagonais nos lados. Seguese o intestino reto que termina no ânus. A respiração é graças a passagem de água, contendo oxigénio, da faringe, através das
fendas faríngeas em cada lado, para dentro do átrio; as fendas situam-se entre as traves branquiais que contêm vasos sanguíneos. O aparelho excretor compreende aproximadamente 100 pares de pequenos nefrídios ciliados nos vestígios dorsais do celoma acima da faringe. O sistema nervoso situa-se acima da notocorda que consiste de um tubo nervoso simples com um pequeno canal central. A parte anterior, ligeiramente maior, forma uma
vesícula cerebral mediana, com uma fosseta olfactiva, uma pequena mancha ocelar não-sensitiva de pigmento preto. Encontramos ainda
Fig. 44 – Morfologia interna doBranchiostoma
lanceolatum.
dois pares de nervos centrais.
Reprodução: possuem sexos separados, sendo a fecundação externa. Ao contrário dos urocordados, os cefalocordados conservam no adulto as características típicas dos cordados, com notocorda dorsal estendendo-se até a ponta da cauda. O cordão nervoso acompanha dorsalmente a notocorda e a faringe é ampla e com inúmeras fendas branquiais diagonais. Portfólio de Zoologia S&F
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Ecologia e modo de vida Demonstram uma vida semi-séssil, enterram-se na areia a pouca profundidade da superfície das águas nas costas marinhas sobretudo tropicais. Locomovem-se por movimentos típicos de virar várias vezes o corpo auxiliado pelas nadadeiras.
Subphylum Vertebrata (Animais com coluna vertebral) ―Os vertebrados compreendemos cordados que desenvolvem coluna vertebral, cujo este não se forma a partir do notocórdio, pelo que as células embrionárias do notocórdio
degeneram e são progressivamente substituídas por células de tecido ósseo provenientes do mesoderma, dando lugar/então, a fonação das vértebras. A principal característica, portanto, de todos os vertebrados é a presença de coluna vertebral no individuo adulto‖ (SOARES, 1997:377). Este subfilo encontra-se subdividido em sete classes (três classes são de peixes e as outras são anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Os vertebrados têm um endoesqueleto de cartilagem ou de osso, com vértebras
Fig. 45 – Exemplo de animais com
rodeando o cordão nervoso dorsal.
coluna vertebral
Algumas características comuns dos vertebrados
A presença de tecido ósseo;
Animais com crânio ossificado e outro com crânio cartilagíneo.
A presença de brânquias e as repetitivas fendas branquiais;
Coluna vertebral;
Um coração com posição ventral; Tem sangue com um aristrócito que esta associado a hemoglobina.
A presença de um fígado como um acessório do aparelho digestivo. E o fígado caracteriza-se por ser complexo.
Sistema hormonal complexo;
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Tem um tegumento (pele) com várias camadas.
Tem um cérebro grande dividido em várias regiões;
A reprodução é sexual, todavia existem alguns peixes hermafroditas.
Os vertebrados mostram todas as 3 características dos Cordados em algum momento das suas vidas. O notocorda do embrião é substituído pela coluna vertebral no
adulto. A coluna vertebral é constituída por segmentos rígidos individuais (vértebras) que circundam um cordão nervoso dorsal oco. O cordão nervoso é a única característica exclusiva dos Cordados que persiste ao longo de toda vida de todos Cordados. Coluna vertebral, que é parte de um endoesqueleto flexível mas forte, é evidência de que os vertebrados são segmentados. O esqueleto dos vertebrados é tecido vivo (cartilagem ou osso) e cresce junto com o animal.
Origem e evolução dos Vertebrata. Os primeiros vertebrados eram semelhantes a peixes. Os peixes são aquáticos e por isso respiram por brânquias. Tem barbatanas e a pele encontra-se coberta por escamas. A forma larval da lampraia mais recente, que se parece a uma lança, pode se assemelhar aos primeiros vertebrados: ela tem as três características dos Cordados (como a larva dos tunicados), também tem um coração de duas câmaras, um cérebro com três lobos, e outros órgãos internos semelhantes a aqueles dos vertebrados.
Classificação Dividimos os vertebrados em dois grandes grupos: o grupo dos peixes e o grupo dos tetrápodes. Os peixes podem ser divididos em dois grupo (superclasses): Superclasse Agnata e Superclasse Gnatostomata Esta divisão dos peixes em dois grupos vai nos conduzir a outra subdivisao, Agnata que significa sem maxila esta é um grupo primitivo e muito activo, subdivide-se em duas classes: Classe Ostracodermi e Classe Cyclostomata O grupo do Gnatostomata que significa com maxila podemos encontrar para além dos peixes, os mamíferos, Aves e Repteis. Portfólio de Zoologia S&F
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Classe Lampraias (Cyclostomata) (gr. Cyclos = circular; stoma = boca) São peixes com corpo alongado, semelhante a enguias, sem mandíbulas, predadores de outros peixes, que nadam livremente. As Lampraias desovam na água doce e muitos vivem inteiramente na água doce. Algumas Lampraias migram para o mar, mas devem regressar a água doce dos rios para reproduzir. As Lampraias têm uma boca redonda chupadora que não possui mandíbulas.
Tabela 10: Principais características, semelhanças e diferenças com outros vertebrados. Características principais
Semelhanças com outros Vertebrados Presença de encéfalo Ausência de mandíbulas; Nervos cranianos pares Presença de apêndices pares; Olhos Olho pineal; Ouvidos internos Uma narina; Vértebras segmentadas Aberturas branquiais Sistemas de órgãos Notocorda persistente Células sanguíneas vermelhas e brancas.
Diferenças com outros Vertebrados
Cabeça pouco diferenciada Sem mandíbulas verdadeiras Extremidades pares, cinturas, costelas ou ductos genitais ligados à gônadas.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2011.
A B
Fig. 46 – A, Estrutura da boca da lampraia.B, Morfologia externa da lampraia truta lacustre.
Classe Myxini (feiticeira) Os membros da classe Myxini, tem um crâneo parcial mas não possuem vértebras. O seu esqueleto é cartilaginoso. Não possuem mandíbulas, e por essa razão eram classificados junto com as Lampraias nos Agnatha (sem mandíbulas) ou Cyclostomata (boca redonda).
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Caracteristicas principais
Pele com glândulas de muco;
Sem nadadeira dorsal;
Boca mordedora com duas fileiras de dentículos eversíveis;
Sem cerebelo;
Órgãos sensoriais: paladar, olfato , audição;
Olhos degenerados;
Dióicos – apresentam as duas gônadas no mesmo indivíduo;
Sem fase larval
Fig. 47 – (a), Estrutura da feiticeira. (b), Morfologia interna da feiticeira.
Diferenças entre Feiticeiras e Lampraias Tabela 11: Principais semelhanças e diferenças entre Feiticeiras e Lampraias. Feiticeiras
Lampraias
Sem nadadeiras Boca mordedora Sem cerebelo Olhos degenerados Duas gônadas (1 funcional)
Nadadeiras medianas Disco oral (ventosa) Com pequeno cerebelo Olhos desenvolvidos Gônada ímpar
Sem estágio larval
Estágio larval longo (larva amocete)
Fonte: Adaptado pelo autor, 2011. Portfólio de Zoologia S&F
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Estudo do Subfilo Gnatosthomata Esta linha evolutiva engloba os cordados mais conhecidos popularmente:anfíbios,
peixes, répteis, aves e mamíferos. A característica principal que partilham entre si é a presença de mandíbulas na boca. Desenvolveram um arco maxilar no esqueleto visceral. Talvez a maior de todas as inovações surgidas durante a história evolutiva dos vertebrados tenha sido o desenvolvimento da mandíbula que, manipulada por músculos e associada a dentes, permitiu aos peixes primitivos arrancar grandes pedaços de algas e animais maiores, explorando novas fontes de alimentos. Sem as mandíbulas, os cordados estavam restritos à filtração, à sucção do alimento ou a captura de pequenos invertebrados. A maior vantagem competitiva sobre os agnatas levou esses últimos quase à extinção. A região das fendas branquiais tem como elementos esqueléticos de sustentaçãoos
arcos branquiais. A mandíbula srcinou-se de uma modificação no primeiro arco branquial, sendo que a parte superior do arco deu srcem à maxila, que fica em contacto como crânio, e a parte inferior srcinou a mandíbula. O segundo arco branquial, denominado arco hióide, passou a sustentar a mandíbula e mantê-la unida ao crânio. Os arcos branquiais restantes continuaram com sua função srcinal de sustentação das brânquias. O hábito predador, derivado do surgimento das mandíbulas, veio associado a muitas modificações no corpo desses animais, tornando-os activos e ágeis nadadores.
O surgimento das nadadeiras pares As nadadeiras pares foram a segunda importante inovação, porque proporcionaram aos vertebrados a uma natação direccionada, precisa e controlada, já que actuam como estabilizadores, aplicando forças sobre a coluna.
Entre as principais características dessa superclasse Ganthostomata, destacam-se:
Um desenvolvido endoesqueleto axial e apendicular, constituído por dezenas ou centenas de vértebras fusionadas à coluna vertebral;
Uma peculiar morfologia craniana;
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Um sistema muscular composto por três tipos de tecidos (estriado esquelético, estriado cardíaco e liso);
Sistema tegumentar corpóreo formado por duas camadas coesas (a epiderme externa e a derme interna);
Um sistema nervoso central (encéfalo e a medula espinhal) e um sistema nervoso periférico (nervos e gânglios nervosos);
Um sistema circulatório fechado, onde o sangue circula necessariamente no interior de vasos sanguíneos, podendo o coração ser formado por duas, três ou quatro cavidades, dependendo da classe taxonômica;
Peixes → um átrio e um ventrículo; Anfíbios → dois átrios e um ventrículo; Répteis → dois átrios e dois ventrículos que não são totalmente separados; Aves e mamíferos → dois átrios e dois ventrículos completamente separados.
Sistema respiratório diversificado, sendo as trocas gasosas mediadas por
estruturas cutâneas, branquiais ou pulmonares. Sistema excretor diferenciando, organismo uricotélicos (eliminam ácido úrico), ureotélicos (eliminam ureia) e os amonioltélicos (eliminam amônia), dependendo das condições do meio onde vivem.
Reprodução sexuada por oviparidade, ovoviviparidade ou viviparidade, podendo o desenvolvimento ser direto ou indireto (formas larvais), conforme o grupo.
Grupo dos Peixes (Pisces) Classe Placoderme Tipos de peixes extintos (fósseis) do Silúrico e Devónico. O seu corpo era também coberto por uma placa córnea endurecida. O passo mais importante na sua evolução, quando comparados com os Ostracodermi, foi o desenvolvimento de mandíbulas. A maioria vivia primariamente na água doce e, talvez mais tarde nos mares.
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Fig. 48 –Alguns representantes dos placodermis do devoniano.Bothriolepis canadensis (a esquerda) e Dunkleosteus armour (a direita).
Classe Chondrichthyes Acredita-se que os dois grupos atuais mais importantes, Chondrichthyes e Osteichthyes, surgiram no final do Devoniano e final do Siluriano respectivamente. Sendo assim, os tubarões e formas similares apareceram no planeta Terra na Era Paleozóica, Período Devoniano, cerca de 408 milhões de anos atrás. O nome Chondrychthyes (do grego chondros, cartilagem, e ichthyos, peixe) reflete a característica distintiva mais marcante desses animais: o esqueleto formado por tecido cartilaginoso, e não por tecido ósseo. O esqueleto cartilaginoso desses animais é composto por uma cápsula craniana portadora de mandíbulas, arco branquial, coluna vertebral com grandes restos da corda e as cinturas dos pares de barbatanas. Os representantes dessa classe são os tubarões, as quimeras e as raias. Os Condricties ―São peixes de esqueleto
cartilaginoso, quase exclusivamente marinhos. Não possuem beixiganatatória,
Fig. 49 – Escamas placóides ampliadas; A. vista superficial; B. Secção mediana apresentam nadadeiras pares e impares, de uma escama. boca ventral e fendas branquiais
descobertos‖ (SOARES, 1997:378). A maioria dos representantes é marinha, embora haja alguns de água doce. Como aquisição em relação aos ciclóstomos, possuem mandíbula, nadadeiras pares e mais desenvolvidas e um esqueleto melhor estruturado. O corpo é recoberto por escamas. Em relação aos seus ancestrais, os peixes cartilagíneos mantêm restos da placa externa da cobertura do corpo, mas apenas sob forma deescamas placóides, existentes.
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Os peixes cartilagíneos não dispõem de uma cobertura (opercular) das brânquias, o que torna as 5 fendas branquiais visíveis por fora.
Fig. 50 – Estrutura interna de Cacção.
Principais características dos Peixes cartilagíneos
Grandes (entre 90cm a 12 metros) existindo diferenças notáveis entre cações (Squalus, até 90cm), tubarões (entre 2,5 e 18 metros);
Para natação possuem diferentes tipos de nadadeiras, sustentadas por raios. A nadadeira caudal é heterocerca (lobo superior é maior que o inferior);
Corpo fusiforme ou deprimido dorsoventralmente;
Nadadeira caudal heterocerca (dificerça em quimeras);
Nadadeiras peitorais e pélvicas em pares;
2 Nadadeiras dorsais medianas;
Nadadeiras pélvicas transformadas em Clásperes;
Boca ventral, 2 bolsas olfatórias, com dentes de esmalte;
A pele (tegumento) é rija com escamas placóides ou nuas em elasmobrânquios e nua em quimeras;
Endoesqueleto cartilaginoso (notocorda persistente mas reduzida)
Crânios sem suturas;
Fisiologia
Notocorda persistente; muitas vértebras, completas e separadas, cinturas peitoral e pélvica presentes.
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Coração apresenta 2 câmaras (1 aurícula e 1 ventrículo), com seio venoso e cone arterial, contém apenas sangue venoso;
Glóbulos vermelhos são nucleados e ovais;
Respiração por brânquias presas às paredes opostas de cinco a sete pares de bolsas branquiais, tendo cada bolsa uma abertura independente em forma de fenda; sem bexiga natatória;
Exibem dez pares de nervos cranianos;
Excreção dá-se por meio de um tipo de rins mesonéfricos e o principal produto de excreção (nitrogenada) das larvas é a amônia, da maioria dos adultos é a uréia;
Temperatura do corpo é variável;
Sexos são separados e a fecundação é interna, podendo ser quanto ao nascimento ovíparos ou ovovivíparos, sem metamorfoses.
Ecologia e hábitos alimentares Os dentes dos elasmobrânquios refletem seus hábitos alimentares. Os dos tubarões são triangulares e com bordas serrilhadas usadas para cortar, rasgar ou talhar; A maioria das raias habitam o fundo e seus dentes geralmente são pequenos, obtusos e em forma de um ladrilho; são usados para quebrar e triturar. Alimentam-se de algas marinhas, invertebrados e peixes. As grandes nadadeiras peitorais são usadas para a natação. As raias vivem no fundo do mar junto ao chão; as suas barbatanas peitorais estão expandidas assemelhando-se a asas; eles nadam lentamente. Algumas raias posuem espinhos venenosos. As raias eléctricas alimetam-se de peixes que já foram estonteados pelo choque eléctrico de mais de 300v. Os tubarões-serra tem uma serra comprida na parte anterior que é usada para abrir caminho entre cardumes de outros peixes.
Classe Osteichthyes Os gregos antigos conheciam os peixes como ichthyes, sendoictioologia o estudo científico dos peixes; o nome comum peixe deriva do latim,pisces. Os peixes mais típicos ou peixes ósseos têm esqueleto ósseo, são cobertos com escamas dérmicas, geralmente têm corpo fusiforme, nadam por meio das nadadeiras e respiram por Portfólio de Zoologia S&F
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brânquias. Várias espécies habitam todos os tipos de água, doce, salobra, salgada, quente ou fria. Os peixes têm sido um armazém de alimento protéico para a humanidade desde a antiguidade e muitas espécies fornecem recreação agradável para pescadores amadores. (http://probiokelinton.wordpress.com/2009/07/26/classe-osteichthyes/) Trata-se, aqui, dos peixes ósseos que congregam a maior parte das espécies de peixes. O esqueleto ósseo não constitui nova conquista do grupo; pois, eles herdaram dos ancestrais Placodermes e Ostracodermes. O seu corpo, constituído por cabeça, tronco e cauda, está coberto de escamas ósseas
dérmicas.
Fig. 51 – Extrutura externa do peixe.
Principais características dos Peixes ósseos Tamanho do corpo: Nos peixes ósseos assiste-se praticamente a ocorrência de todos os tamanhos imaginários. O corpo dos peixes ósseos é geralmente fusiforme. Os esturjões preservaram a cartilagem. Para além das escamas, encontramos na superfície as nadadeiras, órgãos de natação. As nadadeiras, quanto ao tipo (ósseo ou cartilagíneo) e forma, podem variar. Estas possibilitam ocupar e explorar a água na sua total dimensão vertical e horizontal. A cauda é geralmente hocerca (lobos simétricos). A pele dos peixes ósseos possui muitas glândulas mucosas.
Tipos de Escamas Os peixes apresentam quatro tipos básicos de escamas. Portfólio de Zoologia S&F
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Tabela 12: Principais tipos de escamas. Ctenóides: Típica dos peixes ósseos, são finas e crescem por toda vida, possuem pequenas projeções formando uma coroa de minúsculos espinhos, que conferem aos peixes uma aparência áspera.
Placóides : Encontradas em tubarões e arraias, possuem pequenos dentículos dérmicos voltados para trás, o que deixa sua pele áspera, com apar ência de uma lixa.
Ciclóides : típica de peixes
Ganóides : Não ocorrem
ósseos, crescem toda vida do peixe, são porlisas, não possuindo projeções.
em peixes brasileiros, rômbicas, esmaltadas são e brilhantes.
Fonte: Adaptado pelo autor, 2011.
A boca é terminal e a localização varia de espécie por espécie acompanhando os hábitos alimentares. Os dentes e as mandíbulas estão presentes e também variam no seu desenvolvimento de acordo com a alimentação. Os olhos são grandes e desprovidos de pálpebras. Os restos da notocorda persistem em muitos casos
Fisiologia dos peixes ósseos Sistema
sanguineo
e
vascular:
possuem um coração com 2 câmaras (ventrículo e aurícula) com seio venoso e cone arterial, contendo só o sangue venoso; 4 pares de arcos aórticos; glóbulos
Fig. 52 – Sistema circulatório do peixe.
vermelhos nucleados.
Respiração: na maioria das espécies é branquial (pares
de
implantadas
brânquias em
arcos
branquiais ósseos), dentro de uma câmara que disposta em cada lado da cabeça, coberta por uma Fig. 53 – Estruturas branquiais de um peixe ósseo. A, brânquias na câmara branquial com o opérculo cortado. B, filamentos branquiais com a direcção do sangue. C, partes de um filamento. D, posição dos filamentos branquiais durante a respiração. Portfólio de Zoologia S&F
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estrutura óssea chamada opérculo; geralmente está presente uma bexiga natatória. Em outras formas ocorreram modificação para se formar uma espécie de pulmão (nos Dipnoi);
Sistema nervoso e sensorial: com lobos ópticos e um cerebelo muito desenvolvido; os órgãos sensoriais equiparáveis aos cartilagíneos; com linha lateral, estatolitos para orientação e equilíbrio, etc.
Excreção: rins mesonéfricos para excreção de amônia e ureia. Reprodução: dióicos, geralmente ovíparos (ou ovovivíparos), de fecundação externa, algumas vezes com incorporação de larvas bem distintas dos adultos.
Digestão: Possuem mandíbulas e maxilares com muitos dentes, pequenos e cônicos. Não há glândulas salivares. O alimento que é mastigado vai para a faringe, esôfago, estômago e intestino. O que não foi absorvido é eliminado pelo ânus.
Sistemática São divididos em: Sarcopterygii (peixes com nadadeiras carnosas, lobadas) e Actinopterygii (peixes
com nadadeiras raiadas).
Fig. 54 – Meia secção ilustrando as principais estruturas internas do peixe.
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Dia: 17 - Outubro - 2011
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Superfamilia Tetrapopda (Tetrapodes) Esta superclasse ―Reúne vertebrados terrestres, com quatro patas e respiração
pulmonar na fase adulta‖ (AMARAL e MENDES, s/d:165). Este grupo dos vertebrados compreende animais com 4 extremidades (patas) locomotoras, independentemente das transformações que estas tenham sofrido em adaptação ao tipo de locomoção nos diferentes meios. Os Anfíbios que são os únicos Tetrápodes anamniotas ou anamniados (Anamniota), isto é o embrião não apresenta
âmnio; todos outros Tetrápodes sãoamniados. Classe Amphibia Herpetologia é o ramo da biologia que estuda répteis e anfíbios. Anfíbios (do grego amphi - ambos, dos dois modos e bios - vida) ―são animais poiquilotérmicos. São os Tetrápodes mais antigos aparecidos na Terra; foram descritas
mais de 4000 espécies‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:136). Eles dominam a vida nos ambientes de terra seca e aquática. Principais características dos Anfíbios A maioria é dotada de quatro membros tetradáctilos para a locomoção em terra.Os (
Gimnofionos, como a Cecília ou Cobra-cega, são Ápodes). Pele húmida e glandular, sem escamas externa. ―Nos anfíbios, a pele é lisa, fina, coberta de muco, ricamente vascularizada, sem escamas, placas ou qualquer outro anexo, apta para a respiração cutânea, eu nesses animais chega a ser mais importante
que a respiração pulmonar‖ (DE ARAUJO e BOSSOLAN, 2006:136). Esqueleto: os anfíbios têm o crânio largo e achatado, se comparado a maioria dos peixes. Como não existe palato secundário, as coanas se abrem na região anterior do tecto da boca. Em alguns pode não haver nenhum dente, enquanto em outros podem estar ausentes apenas na mandíbula. O número de vértebras é bastante variável (10 à 200).
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Fisiologia dos anfíbios Respiração: para a vida anfíbia desenvolveram brânquias e respiração cutânea. Há diferenças entre as três ordens.
Sistema sanguineo e vascular: Coração com três cavidades: duas aurículas e um ventrículo. O sangue arterial, que entra na aurícula ou átrio esquerdo, e o sangue venoso, que chega à aurícula ou átrio direito, vão se juntar no nível do ventrículo único. Por isso, diz-se que a circulação desses animais é fechada, dupla, porém incompleta (há mistura de sangue arterial com sangue venoso);
Sistema nervoso e sensorial: A maioria dos Anfíbios desenvolveu um ouvido médio e membrana timpânica.
Actividades estacionais: Anfíbios precisam evitar temperaturas extremas e a seca porque não têm regulação da temperatura do corpo. Durante o inverno rãs e salamandras aquáticas hibernam no fundo de lagos e rios que não congelam; sapos e salamandras terrestres enterram-se ou vão até abaixo da linha de congelamento. Durante a hibernação todos os processos vitais são reduzidos. Reprodução: é a variedade de modos de reprodução e de cuidado parental exibida. A maioria das espécies de anfíbios deposita ovos: na água, na terra ou
podem eclodir em larvas aquáticas ou em miniaturas dos adultos terrestres. Desenvolvimento por metamorfoses: larva chama-se girino, com brânquias (inicialmente externas e depois internas) e com nadadeira caudal. Adultos com pernas e pulmões. A fecundação é externa, na água, onde se dá a fertilização. Não há cópula verdadeira. Possuem capacidade de regeneração.
Fig. 55 – Desenvolvimento embrionário da salamandra.
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Sistemática dos Amphibia Derivam de um ancestral semelhante a um peixe. Estão descritas três ordens:
Anura (sem cauda) Exs.: sapo, rã e perereca. Ordens
Urodela (com cauda) Exs.: salamandra, proteus e tritão. Apoda (sem patas) Ex.: cobracega (Caecilia).
Ordem Urodela ou Caudata: são as salamandras; com cauda bem desenvolvida; mebros sempre presentes, mas podem estar reduzidos; corpo é alongado; quase todas elas são aquáticas; cerca de 350 espécies, praticamente do Hemisfério Norte. As salamandas são conhecidas por manterem as características larvares no adulto ( pedomorfose): linha lateral funcional, ausência de pálpebras e presença de
Fig. 56 – Representante da Ordem Caudata (salamandra).
brânquias externas.
Ordem Anura: os Anuros compreendem os sapos, as rãs e as pererecas. Uma característica principal é a locomoção por salto. A outra é o desaparecimento da cauda larval no adulto, daí o nome
anura, sem causa. Anuros são cosmopolitas (estão praticamente em todo globo terrestre), com cerca de 3500 espécie. Muitas espécies de anuros são comestíveis e entram na gastronomia internacional
Fig. 57 – Representante da Anura (Rana esculenta).
Ordem
(Rana esculenta).
Ordem Gymnophiona ou Apoda: parecidos com as cobras, sem patas locomotoras (apoda significa desprovido de pernas, patas). Fazem parte as cobras-cegas ou cecílias. Fig. 58 – Representante da Ordem Apoda (cecilias)
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Classe Reptilia (Sauropsida) Os Répteis têm sua srcem nos Anfíbios labiritodontes e vêm desde o Carbónico. Com os Répteis começa a evolução dos Amniota totalmente relacionados com a vida na terra seca. O seu nome relacionase com o modo de locomoção, rastejante, embora não se possa generalizar. Além do âmnio, eles possuem o corion (protege o amnio) e o alantóide (trocas gasosas e excreção de excretas embrionárias). O desenvolvimento ocorre sem estágios
Fig. 59 – Tipos de répteis vivos. A, Crocodylia.
larvares.
B e D, Lepidosauromorpha. C, Chelonia.
Principais características O Tegumento: Os répteis são vertebrados que apresentam a pele seca e recoberta por escamas, uma vez que os pulmões são mais eficientes, dispensando, portanto, a respiração cutânea. Ela protege contra a perda de água e facilita a vida na terra firme.
Esqueleto: bem desenvolvido, com extremidades igualmente bem desenvolvidas exceptuando alguns taxa. Geralmente têm 5 dígitos (lagartos, crocodilos, quelónios) ou são ápodos (serpentes). Exceptuando os quelónios com boca parecida com o das aves, a cabeça e a boca dos restantes membros estão bem desenvolvidas. Completamente ossificado; crânio com um côndilo. Os rins metanefros eliminam ácido úrico (uricotélicos), substância praticamente insolúvel em água, que confere às fezes uma tonalidade esbranquiçada.
Sistema sangíneo e vascular: A circulação é fechada, dupla e incompleta, fazendo transição de três para quatro câmaras: duas aurículas e um ventrículo parcialmente dividido; com glóbulos vermelhos nucleados. A maioria possui dois átrios e um ventrículo (com o septo de Sebatier quase separandoo em dois); os crocodilianos já possuem quatro cavidades, mas, mesmo assim, o sangue venoso e arterial se misturam através de um orifício - Forâmen de Panizza. Portfólio de Zoologia S&F
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Locomoção: possuem dois pares de extremidades providas de 5 dedos com garras córneas. Podem correr, rastejar, trepar e nadar. Respiração: pulmonar, mas tartarugas, crocodilos, algumas serpentes podem permanecer algumas horas de baixo da água, prendendo a respiração, um fenómeno chamado bradicardia.
A temperatura corporal: é variável (poiquilotérmico, ou pecilotérmico), de acordo com o ambiente; Reprodução: geralmente com órgãos copuladores bem desenvolvidos e praticam a cópula, isto é, são dióicos, com fecundação cruzada e interna, desenvolvimento direto e principalmente ovíparos (os ovos apresentam casca calcária), mas podendo ser ovovivíparos (cobras venenosas) e até vivíparos (sucuri). Quanto à sua ecologia, os répteis encontram-se em todos ecossistema e desenvolveram vários hábitos alimentares.
Sistemática dos Répteis A sistemática actual não inclui formas
extintas.
Durante
o
Mesozóico foram os vertebrados mais dominantes e ocuparam a maioria dos habitats. Existem em registos fósseis os Dinossauros e os Pterodáctilos. Não há uma explicação plausível acerca da sua extinção. Outros répteis do préhistórico
são
Pterosauria,
Plesiosauria e Elchthyosauria.
Fig. 60 – Algumas formas de Répteis extintos do Mesozóico.
Presentemente temos: 1. Ordem Chelonia ou Testudines: Na classificação zoológica, tártarugas, cágados e jabutis estão reunidos na ordem Chelonia, com as seguintes características:
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Corpo grande, encaixado em uma "concha" firme de carapaça dorsal (arredondada) e outra ventral (plana, chamada plastrão), unidas pelos lados e cobertas por placas poligonais ou pele coriácia; ausência de dentes, possuem no entanto maxilar e mandibula com bainhas córneas; são vértebras torácicas e costelas usualmente fundidas com a carapaça; Apresentam quatro patas, terminadas em dedos, garras ou nadadeiras, pois ou são terrestres, como o jabuti, ou aquáticos na maior parte da tempo, como as tartarugas e
Fig. 61 – Tartaruga.
os cágados; São ovíparos (ovos postos pela fêmea em buracos que elas escavam e depois cobrem) que durante a embriogénese, o sexo em algumas espécies é determinado pela temperatura a que este é exposto no ninho; vivem em água doce, salgada ou na terra. (AMARAL e MENDES, s/d:166).
2. Ordem Crocodilia – que contém jacarés, crocodilos, caimões e gaviais; apenas 21 espécies sobreviveram até à actualidade. Possuem narinas na extremidade do focinho e desenvolveram um palato secundário que desloca as passagens de ar para a porção posterior da boca. Uma aba de tecido, que se srcina da base da língua, pode formar um selo à prova da água entre a boca e a garganta. Desse modo, um Crocodilo pode respirar somente com as narinas expostas, sem inalar água. Eles são animaissemi-aquáticos. Além disso eles desenvolveram as maxilas fortes, nos quais se acham ancorados poderosos dentes e apresentam igualmente patas bem desenvolvidas. Crocodilos possuem tipicamente umaarmadura corporal dérmica e a cauda, pesada e lateralmente achatada, impulsiona seu corpo na água, enquanto as patas são mantidas contra suas laterais. A força muscular da cauda, aliada a da massa da água, tornaram num mecanismo eficaz de captura de presa. Animais excelentemente predadores, os Crocodilos são animais terrestres adaptados
à viver na água, ocupando sobretudo águas doces. A maioria é encontrada em regiões tropicais e subtropicais, embora existam três espécies que penetram na zona temperada.
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Tal como as tartarugas, os Crocodilos depositam os ovos na zona da praia (rios e costas marinhas); são ovíparos, mas também existem os ovovivíparos (raramente vivíparos). O seu desenvolvimento é directo. Quanto à sua estrutura externa e hábitos, os Crocodilidae diferem pouco entre si.A maior variação entre os Crocodilia actuais reside no formato da cabeça; Jacarés e os caimães são formas de focinho largo; Os crocodilos incluem uma variedade de larguras de focinho; Há ainda crocodilos que possuem focinhos muito estreitos: crocodilo cubano,
jacaré
chinês,
Fig. 62 – Ilustração das principais diferenças
crocodilo entre os Crocodilia: (a) crocodilo cubano; (b) jacaré chinês; (c) crocodilo americano; (d) gavial.
americano e o gavial.
Sistemática actual dos Crocodilia A ordem Crocodilia compreende as seguintes famílias: Alligatoridae:
Aligator (Alligator mississippiensis),
jacaré e caimão (Caiman crocodilus); são formas de água doce; ocorrem na América Central, no Mexico,
Fig. 63 – Caiman crocodilus.
América do Sul, China;
O Aligator é o maior em comprimento de todos os Crocodilia e dentro dos Reptilia é superado pelo Pitão e Anaconda. Crocodylidae: crocodilo de água salgada (dos estuários, pântanos de
mangais, baixas de rios), atingem mais de 7 metros;Crocodilus
niloticus. É um predador excelente. Esbeira-se nos rios a espera de suas presas, constituidas por todo tipo de mamíferos;
Fig. 64 – Crocodilus niloticus sp.
também come aves e peixes. Gavialidae:
com o gavial dos rios do Norte da Índia. Fig. 65 – Gavialidae.
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3. Ordem Lepidosauria - tuatara, lagartos, serpentes, cobras-de-duas-cabeças, iguanas. Varanos, camaleões e gecos. Trata-se de um grupo bem distinguível das outras duas ordens já estudadas. O seu esqueleto está muito modificado; a sua anatomia de partes moles é igualmente diferente. Oórgão de Jacobson tem seu ápice de desenvolvimento em serpentes e lagartos e é ligado ao tecto da boca e não ao canal nasal.
Características gerais O ouvido do grupo sofre consideráveis alterações. Nas serpentes desaparecem o tímpano, o ouvido médio e a trompa de Eustáquio. As vibrações recebidas são transmitidas por meio do quadrado à columela e então ao ouvido interno. Nos lagartos desenvolveu-se bastante um ouvido médio. O Tecto do crânio é arqueado e não mais achatado como nos anfíbios. 2 pares de membros locomotores situam-se no mesmo plano do corpo (ventral), o que justifica a locomoção por rastejamento do ventre no solo. Não só, as cobras dispensaram por completo os membros e rastejam com ajuda da contracção muscular. Os membros estão providos de 5 dedos terminando em garras córneas e adaptadas para correr, rastejar ou trepar. Em alguns casos as pernas assemelham-se a remos (tartarugas marinhas), ficaram reduzidos (alguns lagartos), ou como se disse estão ausentes (alguns lagartos e todas as serpentes). A pele é tipicamente seca e frequentemente encoberta ou por escamas (cobras e lagartos), placas dérmicas e carapaças (tartarugas). O crescimento é feito através de mudas periódicas sob a indução hormonal. Todo o grupo realiza espiração pulmonar, mas respiração cloacal em tartarugas marinhas; O seu sistema digestivo é completo, com glândulas bem desenvolvidas, como fígado e pâncreas, terminando em cloaca; exibem pálpebras mais moveis que as dos anfíbios, excepto os organismos cavadores.
Sistemática dos Lepidosaurira Na classificação actual, o taxonLepidosauria pode ser considerado como superordem, ao qual se subordinam as ordens:
Sphenodontia (com a tuatara, único vivente, que ocorre em ilhas da Nova Zelândia) e
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Squamata (lagartos, serpentes, cobra-de-duas-cabeças,
iguanas, varanos,
camaleões e gecos). Aqui, interessam-nos os Squamata.
Ordem Squamata Mostram numerosos caracteres derivados no crânio, esqueleto pós-craniano e tecidos moles. O mais evidente destes é a perda da barra temporal inferior e do osso quadrado-jugal , que formava parte dessa barra. Essa modificação faz parte de uma série de mudanças estruturais do crânio, que contribuem para o desenvolvimento de uma complexidade de movimentos. Nas serpentes, a flexibilidade do crânio foi aumentada ainda mais, através da perda da segunda barra temporal. O órgão de Jacobson tem seu ápice de desenvolvimento nas serpentes e nos lagartos e é ligado ao tecto da boca e não ao canal nasal. Para sua defesa e predação muitas espécies desenvolveram venenos que variam na sua constituição química e, em consequência, na forma de acção. A Naja mossambica é sem dúvida uma das serpentes mais venenosas em Moçambique. Venenos desta e de outras serpentes matam a presa de 40 kg de massa em apenas 10 minutos. Mas, os venenos são também muito úteis na indústria farmacêutica.
Sistemática da ordem Squamata Tradicionalmente reconhecem-se as seguintes subordens: Subordem Lacertilia (Sauria): lagartos como a cobra-de-vidro, a cobra-de-duascabeças, o camaleão, a lagartixa, a iguana. Apresentam o corpo revestido por escamas que são trocadas de tempos em tempos. Perdem a cauda com facilidade, porém regeneram-se com maior facilidade ainda. Vivem no meio terrestre e alimentam-se de insetos, portanto são insectívoros. Subordem Ophidia: cobras ou serpentes.(AMARAL e MENDES, s/d:167). Esses animais em alguns tempos podem trocar de escamas; A lingua é bifurcada; Grande capacidade para abrir a boca; Costelas flutuantes - sem o osso externo (podem engolir grandes presas); Com órgão de Jacobson - olfacto, e fossetas loreais - sensíveis às radiações infravermelhas, ou seja, ao calor irradiado pelo corpo da vítima. Portfólio de Zoologia S&F
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Diferenças com as serpentes: Salvo excepções, exibem quatro patas, pálpebras nos olhos, e ouvidos externos. Com mais de 5000 espécies conhecidas actualmente, os lagartos ocorrem em todos os continentes, excepto na Antártida e existem em diversos tamanhos, desde alguns centímetros, como alguns geckos, até 3 metros, como o dragão-de-komodo. São geralmente carnívoros, alimentando-se de insetos ou pequenos mamíferos, mas também há lagartos omnívoros ou herbívoros, como as iguanas. Algumas formas são venenosas, ex. o monstro-de-gila.
Sistemática da subordem Lacertilia: A lista de famílias dos lagartos é enorme. Aqui, eis algumas delas.
Família Corytophanidae - basiliscos
Família Iguanidae - iguanas
Família Agamidae - agâmidas
Família Chamaeleonidae - camaleões
Família Gekkonidae - geckos ou lagartixas
Família Varanidae - lagartos varanos e monitores Família Helodermatidae - Monstro-de-gila
Diferenças entre Crocodilo e Jacaré Parecidos, mas nem tanto Quatro diferenças anatômicas distinguem os dois maiores répteis do planeta – o Crocodilo e o Jacaré. Os crocodilos e os jacarés pertencem a mesma classe de répteis a classe Crocodiliana porem são de familias diferentes.Os crocodilos pertencem a familia Crocodilidae e os jacarés a Alligatoridae. CROCODILO
Escamas do ventre com poros glandulares
Dentes superiores alinhados com os inferiores
Cabeça afilada
Os dentes têm todos o mesmo tamanho e nenhum deles aparece com a boca fechada JACARÉ
Cabeça larga e arredondada
Dentes superiores desalinhados com os inferiores
O quarto dente de cada lado do maxilar inferior é bem maior que os outros e aparece mesmo com a boca fechada
Escamas do ventre sem poros glandulares
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Dia: 24 - Outubro - 2011
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Classe das Aves Aves ―são vertebrados amniotas, alantoidianos e homeotérmicos, caracterizados
principalmente pelo corpo coberto de penas, por terem os maxilares transformados em bico e desprovidos de dentes e pela presença de ossos pneumáticos, isto é, ossos longos parcialmente ocos em contacto com os sacos aéreos dos pulmões‖ (SOARES,1997:381). Existem outros animais com a capacidade de voo (ex. insectos, morcegos). Mas o grande distintivo deste grupo é a capacidade primária de voo, graças à existência de penas, formações epidérmicas queratinosas que desempenham várias funções:voo, isolamento,
protecção do corpo, regulação térmica, entre outras. Nenhuma outra classe animal possui penas. A capacidade de voar possibilita às aves a ocupação de muitos habitats jamais ocupados por outros animais. As Aves ocupam todos os continentes, a terra e as águas salgadas e doces. Elas ocuparam, por assim dizer, também o ar.
Características gerais das aves
Corpo coberto de penas: só crescem em certas áreas da pele chamadasptérilas, entre as quais há espaços vazios,aptérios;
Fig. 66 – Quatro tipos de penas (a esquerda), áreas providas de penas, na galinha doméstica (a direita).
Tipo de penas: Penas de contorno: revestimento externo e contorno do corpo da ave; Plumas: penas macias de isolamento; Portfólio de Zoologia S&F
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Filoplumas: minúsculas penas filiformes com poucas barbas e bárbulas; Cerdas: penas modificadas em forma de pêlo, perto das narinas e em torno da boca; Plumas pulverulentas: que impermeabilizam as penas (em garças, gaviões, papagaios).
Presença de dois pares de extremidades, o primeiro transformado em asas e o segundo em patas para locomoção terrestre, ou mesmo para preensão de objectos. Os pés possuem geralmente 4 dedos;
Esqueleto especializado para o voo: forte e totalmente ossificado; muitos ossos fundidos, dando rigidez; ossos porosos ou pneumáticos (facilitam a aerodinâmica); Fig. 67 – Esqueleto de um galo doméstico.
A boca é um bico prognato (que se projeta) rodeado de uma bainha córnea e desprovida de dentes (pelo menos nas aves viventes). Os bicos estão adaptados a diferentes hábitos de alimentação, não só, eles desempenham várias outras tarefas.
Fig. 68 – Diferentes tipos de bicos nas aves.
O coração das aves possui 4 câmaras (2 aurículas, 2 ventrículos separados); o arco aórtico (sistémico) direito persistente; glóbulos vermelhos nucleados, ovais e biconvexos.
A respiração é por pulmões compactos, muito eficientes, presos às costelas e ligados a sacos aéreos de paredes finas. Com a sua respiração evoluiu uma caixa vocal na base da traquéia.
Excreção por meio de rins metanéfricos e o ácido úrico é o principal produto;
Temperatura do corpo essencialmente constante (homeotermia);
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Fecundação interna; ovos com muito vitelo, envolvidos por uma casca calcária dura e depositados externamente para a incubação; desenvolvimento directo com cuidados-com-a-prôle por um ou por ambos os progenitores. Os filhotes de galinhas, codornizes, patos, aves litorâneas e outras sãonidífugos, i.e. aptos para abandorarem o ninho logo após a eclosão. É o contrário das aves que precisam de ser alimentadas e receberem cuidados no ninho nidícolas ( ).
O habitat primário das aves foi a terra, mas conquistaram mais tarde a água (ex. Pinguins). Elas encontram-se espalhadas por todos os continentes. Muitas aves realizam migrações até intercontinentais, graças ao seu sistema de orientação bastante desenvolvido, que os ajuda a encontrarem os locais onde passam os períodos adversos e regressarem à srcem sem erros. Fig. 69 – Morfologia interna do periquito.
Evolução e sistemática das Aves As aves srcinaram-se de répteis, com os quais formam o grupo Sauropsida. Estes animais provavelmente corriam rapidamente com suas pernas posteriores. No sistema actual das aves reconhecem-se duas subclasses: 1. Archaeornithes: fósseis 2. Neornihes: todas
com características de répteis,Archaeopteryx;
aves actuais agrupadas nas seguintes superordens:
a. Odontognathae: aves b. Impennes: Pinguins, c. Neognathae: aves
dentadas com o géneroHerperornis
na ordem Sphenisciformes
típicas agrupadas em perto de 30 ordens.
Algumas ordens de aves de Moçambique
•
Struitiformes: Procellariiformes:
Albatrozes
•
Sphenisciformes:
Pinguins
•
Pelecaniformes:
Pelicanos
•
Ciconiiformes:
Cegonhas
•
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Avestruzes,
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Anseriformes: Falconiformes: Galliformes:
Patos
Pombos e rolas
•
Columbiformes: Psittaciformes: Strigiformes:
•
Passeriformes:
Pássaros (maior grupo de aves actuais)
• • • • •
Falcões e outras aves de rapina Galinhas, faisões, etc. Papagaios Mochos, corujas
Struthio camelus
Spheniscus demersus
Diomedea exulans
Avestruz (Struthionidae,
Pinguim do cabo (Spheniscidae, Albatroz-viageiro Diomedeidae,
Struthioniformes)
Sphenisciformes)
Apus horus
Procellariiformes)
Nectarinia kilimensis
Andorinha-das-barreiras
Beija-flor (Nectariniidae,
(Apodidae, Apodiformes)
Passeriformes).
Ciconia nigra
Asio capensis
(Ciconiidae,
(Strigidae, Strigiformes) (Numididae,
Cegonha-preta
Coruja-dos-pântanos
Ciconiiforme)
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Bycanistes brevis
(Bucerotidae, Coraciiformes)
Numida meleagris
Galinha-do-mato
Sagittarius serpentarius
Secretário (Sagittariidae, Falconiformes)
Galliformes)
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Dia: 26 - Outubro - 2011
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Classe mammalia Os mamíferos (do latim mamma - mama e feros - portador), com cerca de 4.500 - 5000 espécies actuais, abundam por quase todo o globo terrestre, explorando amplamente os recursos da Terra, os mares e mesmo no ar.
Mamíferos são de todos os animais vertevrados que o seu corpo é revestido por pêlos e, a presença, nas fêmeas, de glândulas mamárias como características básicas do seu corpo, para além dessas exite outra particularidade desses animais, sendo este, o desenvolvimento do útero nas fêmeas, que torna possível abrigar a sua cria durante toda a formação embrionária (SOARES, 1997:381). Neste contexto, existem 3 características principais em todos os mamíferos:
A presença de 3 ossos/ossículos no ouvido médio, o estribo, bigorna e martelo, que tem a função de melhorar a audição.
Presença de pêlos, os quais contribuem para a manutenção da temperatura corpórea e sensorial. Os pêlos podem ser reduzidos ou completamente ausentes em alguns mamíferos adultos.
A presença de glândulas mamálrias em número par, que deu srcem ao nome da classe, tendo como função, a produção de leite para amamentação dos seus filhotes, nos primeiros dias das suas vidas.
Características gerais De um modo geral, as principais características dos mamíferos são:
Presença de mamas em número par, com localização variável;
Presença de pêlos em algum estágio da vida, os quais podem ser reduzidos ou completamente ausentes em alguns mamíferos adultos.
São endotérmicos; Presença de glândulas cutâneas (sebáceas e sudoríparas) em certas regiões do corpo; Além da formação do âmnio e do alantóide, durante o desenvolvimento embrionário, também ocorre a formação da placenta, um anexo que permite as trocas respiratórias e nutritivas entre o feto e a mãe, contribuindo para que
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aquele passe todo o seu período de desenvolvimento no interior do útero materno, garantindo que seja livre dos perigos do meio exterior;
Respiração pulmonar, presença de diafragma separando a cavidade torácica da cavidade abdominal;
Encéfalo altamente desenvolvido;
Crânio com dois côndilos occipitais, o que não permite uma rotação tão ampla da cabeça sobre o pescoço; irculação dupla e completa. Coração com quatro cavidades distintas.;
C
Boca com dentes nas mandíbulas e maxilas, língua usualmente móvel, olhos com pálpebras móveis, ouvidos com pavilhões externos carnosos;
U
ma bexiga urinária, que excreta um líquido fluído (urina).
Funções dos pêlos
Isolamento térmico do corpo;
Função sensorial (tacto);
Camuflagem para a defesa ou atracção deoutros animais;
Defesa contra estranhos (os pêlos que se encontram em forma de espinhos).
Evolução Os mamíferos surgiram na Terra no mesmo período que evoluíram os répteis Synapsida no período de triassico. Depois da estinção dos répteis maiores, foi quando esses desenvolveram, pois, já não existia o grupo de seres que os dominava (os dinossauros), assim, os mamíferos abundaram na terra.
Evolução provável dos mamíferos Aves Peixes →Anfíbios →Répteis
Mamíferos
Caracteristicas que demonstram a evolução dos mamíferos
Possuíam dentes cobertos por esmalte;
Maior capacidade de locomoção rápida;
Cuidado pariental;
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O cérebro que se encontra mais desenvolvido e grande (a qual deriva o alto grau de coordenação em todas as atividades, pela aprendizagem e pela memória retentiva (sua inteligência));
Maior capacidade de regulação da temperatura do corpo, devido aos pêlos e pelo facto de possuir maior metabolismo e a divisão do coração em quatro cavidades (a separação completa dos sangues venoso e arterial no coração tornando possível a temperatura regulada do corpo);
A presença de glândulas mamárias;
Os lábios dos mamíferos possuem capacidade de um fecho hermeneultico.
Fisiologia O aparelho digestivo dos mamíferos é formado por: boca, faringe, esófago, estômago, intestinos, órgãos anexos (fígado e pâncreas), mas, nos ruminantes, o estômago tem quatro cavidades: pança, barrete, olhoso e coagulador; O aparelho respiratório é formado por pulmões e vias respiratórias; O sistema circulatório é formado de vasos sanguíneos (veias e artérias) e coração com quatro cavidades (duas aurículas e dois ventrículos). A circulação do sangue transporta o oxigénio e o alimento para as células e carrega o gás carbónico e os resíduos que serão eliminados. Para estes animais o sangue venoso não se mistura com o arterial. A excressão (eliminação de resíduos) é graças a transpiração, fezes e urina. O aparelho urinário é formado pelos rins e vias urinárias. Nos vertebrados, uma série de glândulas endócrinas (tireóide, hipófise, etc.) produz secreções internas ou hormônios transportados pelo sangue, que regulam processos do corpo, crescimento e reprodução. Os sexos são separados e cada um tem um par de
gônadas que descarregam as células sexuais através de ductos que se abrem perto do ânus ou cloaca (AMABIS e MARTHO, 2006). Classificação Existem três subclasses dos mamíferos:
Prototheria género Monotremata representada por aqueles que apresentam algumas caracteristias remotas aos répteis como, fecundacao é interna, depois a fêmea retira os
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ovos e os filhotes podem receber leite da mãe assim como dos machos pois os machos também possuem mamas desenvolvidas. (Ornitorrinco e équidnas). Metatheria muito conhecida, mas está em extinção com o género Marsupialia, so encontram-se na Australia pois não existem animais desnvolvidos, a característica principal é a presença de uma bolsa na parte ventral com funcao de completar completar o desenvolvimento do indivíduo, com 272 especies (gambá, coalas, cangurus, cuícas).
Eutheria com serca de 4000 especies, a principal característica é a presença da placenta que garante o cuidado parental o filhote desenvolve-se no interor e a placenta é responsável pelas trocas gasosas e de substancias entre mãe e meio ambiente e a sua permanência do varia de espécie para espécie.
Alguns géneros A tabela a seguir mostra alguns representantes das subclasses de Mammalia.
Tabela 13: Principais representantes das subclasses de Mammalia. SUBCLASSE
ORDENS
EXEMPLOS
Prototheria Metatheria
Monotremata Marsupialia Cetacea Artiodactyla Perissodactyla Chiroptera Rodentia Lagomorfa Carnivora Prossimia Simia Hominia Proboscidia Pinnipedia
Ornitorrinco e équidnas Gambá, coalas, cangurus, cuícas Baleia, golfinho Porco, boi, girafas Cavalos, antas Morcegos Rato, capivara, esquilo, castor Coelho, lebre Gato, cão, leão Lêmures Macaco Homem Elefantes Leões-marinhos, focas, preguissa
Eutheria
Fonte: Adaptado a partir do SOARES (1997:332).
Obs.: Nos Eutheria não estão colocadas todas as ordens, mas apenas as mais popularmente conhecidas.
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Conclusão Chegar até aqui foi uma longa caminhada, mas sei que ele é tão pequeno em relação ao caminho que ainda terei que percorrer. Estar nesses últimos meses estudando sobre a Zoologia Sistemática e Filogenética, foi uma experiência única, pois, pude perceber sobre a enorme diversidade dos seres vivos, desde a sua srcem e evolução, a partir dos poríferos até aos mamíferos. Este processo tão rico que é a aprendizagem, me trouxe um novo olhar e uma transformação na minha forma de pensar, não só acerca das questões da aprendizagem, mas muito além dos conceitos e teorias. Dizer que, foi óptimo o facto de estar em conjunto com os meus colegas, em constante contacto com um professor, neste caso o professor Zacarias Rosalina João da Silva, que nos motivou bastante, e forneceu-nos inúmeros conhecimentos que estão patentes neste portfólio. Realmente, essa foi uma experiência enriquecedora, que me despertou curiosidade, inquietações e desejos de continuar. Por isso, a minha jornada não terminou, e espero que este trabalho também não pare por aqui!
“Olha para o futuro, não é o fim do mundo; Nada é pra sempre e muito menos por acaso; se nem sempre o planejado sai como esperado;
É só uma chance pra melhorar as próxima s!” (Adaptado pelo autor, 2011)
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Auto avaliação Vejo que com o tempo, fui aprendendo, consequentemente fazendo o meu máximo para que melhore minhas notas, cumprindo com um dos objectivos de estudante. Nesse semestre, demorei um pouco a entender a matéria. Fiz alguns trabalhos e provas, dos quais fui bem e outros mal. Procurei muito ajuda de colegas e de pessoas de fora pra conseguir entender, mas me dedico e vou me dedicar cada vez mais. É só com a persistência que com o tempo, aprendemos a ser responsáveis. Agradeço aos meus colegas que estão do meu lado sempre e você dr. Zacarias, pela explicação excelente que nos proporcionou durante as aulas desta cadeira.
Obrigado!
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Bibliografia AMABIS, José Mariano e MARTHO, Gilberto Rodrigues.Fundamento da Biologia
Moderna, 4ªed, Moderna, São Paulo, 2006. AMARAL, Luis e MENDES, Fernando.Biologia, s/ed, ICONE Ltda, Brasil-SP, 2005. BARROS, Carlos. Os Seres Vivos, 33aed, Ática S.A, São Paulo, 1988. De ARAUJO, Ana Paula Ulian e BOSSOLAN, Nelma Regina Segnini. Biologia II– Noções de Taxonomia e Classificação - Introdução à Zoologia, São Carlos, 2006. DOS SANTOS, Cecília Helena Vechiatto, Denise Estorilho Baganha, et al.Biologia
Ensino Médio, 2a ed, Ícone Audiovisual Ltda, 2007, Brasil. JONASSE, Florência Celeste e XAVIER, José Luis,Biologia 11ª Classe, s/ed, Escola e Autores, 2002, Moçambique. MATEUS, Amilcar. Fundamentos da zoologia sistemática, s/ed, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1986. RUPPERT, E.; FOX, R.S. & BARNES, R.D . Zoologia dos Invertebrados – Uma
abordagem funcional-evolutiva. 7ª ed. Roca, São Paulo, 2005. SAMPAIO, Maria Isabel e MACHADO, Letícia.Zoologia Geral e Comparada, 1a ed, FTC EaD, s/d, São Paulo. SANTO Maristela do Espirito, Fisiologia Animal Comparada, 1ª Ed, 2007, Sp-Brasil. SIMPSON, George Gaylord. Princípios da Taxonomia Animal , 2ª ed, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1962. SOARES, José Luís, Biologia, 9ªed, Scipione ltda, São Paulo, 1997. TORTORA, G. J., et al. Microbiologia. 6ª ed., Artemed, 2000, Porto Alegre.
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Referências da internet
http://www.fag.edu.br/professores/karin/.../01.%20Hemichordata.ppt http://pt.wikipedia.org/wiki/Enteropneusta http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria http://www.brasilescola.com/biologia/protozoarios.htm www.terravista.pt/bilene/5547/biologia/Celula/Protoz23.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Merostomata. http://www.geocities.ws/pri_biologiaonline/filo_rhizopoda.html http://educacao.uol.com.br/biologia/ult1698u93.jhtm http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciliophora. http://pt.wikipedia.org/wiki/Apicomplexa. http://mundosatuais.blogspot.com/2010/05/teoria-da-endosimbiose.html http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/bioporifero.php http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-porifera/filo-porifera-1.php. http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-porifera/filo-porifera-4.php. http://lifebiologia.blogspot.com/2010/10/filo-porifera.html. http://www.slideshare.net/andreapoca/porferos-449596. http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-cnidaria/filo-cnidaria-1.php. Obs.: De referir que as datas destas bibliografias são as mesmas que constam no trabalho, depednendo do assunto e a data que se tratou o assunto.
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