PONTO 1 – ELEMENTOS DE LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA REPRESENTAÇÃO AUDIOVISUAL DRAMATURGIA DO FILME
ELEMENTOS DA LINGUAGEM CINEMATOGRAFICA Dentro de uma perspectiva normativa, certamente não ideal, podemos considerar como elementos da linguagem cinematográfica a planificação, a montagem, o som, assim como a cenografia, a cor, o desenvolvimento temporal da imagem, a narrativa. A questão que se impõe, nessa abordagem, é a consideração de mudanças e transformações na captura e exibição que vêm modificar a definição de cinema. Christian Metz: “reproduç~o ou criaç~o, o cinema estaria sempre aquém ou além da linguagem”, em virtude do que h| de “abundante nessa linguagem t~o diferente de uma língua, subjugada tão profundamente às inovações i novações da arte quanto às aparências perceptivas dos objetos representados. Estetas franceses: “opor o cinema { linguagem verbal, defini-lo defini-lo como novo meio de express~o” (j.a.) + universalidade Abel gance: gance: “a música da luz” : “como na tragédia formal do século XVIII, ser| necessário designar regras estritas, uma gramática internacional, para o filme do futuro.” “a linguagem das imagens, que nos reconduz { ideografia das escritas primitivas, ainda não não est| determinada porque nossos olhos n~o s~o feitos para ela”. Canudo (1927): “o cinema vai formar uma língua verdadeiramente universal de características ainda insuspeitadas” Epstein: (delluc): fotogenia. “o cinema permanece, antes de mais nada, uma art e da imagem. E tudo o que não é ela, deve aceitar sua função prioritária. O cinema falado abalou muito essa soberania sem partilha da imagem” Bela Balázs (1931): (1931) : “o poder criador da m|quina de filmar”: “quais os elementos mercê dos quais o filme se torna uma linguagem particular? estes elementos elementos são: o primeiro plano, o enquadramento, enquadramento, a montagem”. Cineastas soviéticos [VGIK]: papel preponderante da montagem na constituição de uma “linguagem cinematogr|fica”. “para os formalistas russos só existe linguagem cinematográfica quando existe transformação artística do mundo real. Essa transformação só pode intervir se vinculada ao emprego de certos procedimentos expressivos, que resulta de uma intenção de comunicar um significado” (j.a) “cinelinguagem” poetika kino (1927): ensaio de tynianov: “ no cinema o mundo visível é dado não enquanto tal, mas em sua correlação semântica. Se não fosse isso, o cinema seria apenas uma fotografia viva”. Essa correlação semântica é dada por meio de uma transfiguração estilística: “a correlação dos personagens e das coisas na imagem; a correlação dos personagens entre si, no todo e em parte; o que foi convencionado chamar a
‘composiç~o da imagem’, o }ngulo da tomada e a perspectiva em que s~o registrados e, finalmente, a iluminação”. É pela mobilizaç~o desses par}metros formais que o cinema transforma seu material de base, a imagem do mundo visível, em elemento sem}ntico da sua linguagem própria.” (j.a.) As gramáticas do cinema, aparecidas a partir dos anos 30, queriam normatizar, dando a conhecer as “leis fundamentais ou regras imut|veis que regem a construç~o do filme”. Robert Bataille: “ A gram|tica cinematogr|fica estuda as regras que presidem a arte de transmitir corretamente as ideias por uma sucessão de imagens animadas, formando um filme” Marcel Martin (1955) vincula o aparecimento da linguagem cinematográfica à descoberta progressiva dos procedimentos de expressão fílmica. (j.a.). a linguagem cinematográfica constituiu-se historicamente graças a contribuição histórica de Griffith, Eisenstein. A linguagem cinematográfica é duplamente determinada: primeiro, pela história, depois, pela narratividade. “aplicado ao cinema, o conceito de linguagem é bastante ambíguo” “ele constata que o cinema-linguagem, quando se limita a ser simples veículo de ideias ou de sentimentos, esconde em si o fermento de sua própria destruição como arte, pois tende a se tornar um meio que já não carrega sua finalidade em si” (j.a.) jean mitry REPRESENTAÇÃO VISUAL: Marcel Martin: A ambiguidade da relação entre o real objetivo e sua imagem fílmica é uma das características fundamentais da expressão cinematográfica e determina em grande parte a relação do espectador com o filme, relação que vai da crença ingênua na realidade do real representado à percepção intuitiva ou intelectual dos signos implícitos como elementos de uma linguagem.