PERFIS INDUSTRIAIS
PIPOCA DOCE
Este perfil industrial faz parte do Programa “ Ação Integrada de Desenvolvimento em Municípios Mineiros” implementado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em p arceria com o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (INDI), visando desp ertar empresários em potencial, interessados em iniciar um empreendimento de pequeno port e. O INDI, empresa vinculada à Secretaria de Estado d e Desenvolvimento Econômico (SEDE) e mantida pela Cemig e pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), tem por ob jetivo a consolidação do parque industrial mineiro. A série “Perfis Industriais” apresenta sugestões para a implantação de empreendimentos produtivos e de serviços, que podem ser executados a partir da aplicação de capitais relativamente pequenos. Cada estudo constitui um passo inicial, podendo os interessados na implantação de determinado empreendimento procurar o INDI e os escritórios regionais da Cemig, p ara que sejam analisados mais detalhadamente os aspectos que exigirem maior aprof und am ent o. O INDI está sempre à disposição do empresário para fornecer informações compl ementares, realizar pesquisas adic ionais ou prestar assistência, tanto na fase de elaboração do projeto quanto em seu acompanhamento junto aos ó rgãos do Governo.
FÁBRICA DE PIPOCA DOCE Este perfil apresenta instruções para implantação de uma fábrica para a produção de pipoca doc e de alta qualidade. Descreve o processo de produção e apresenta um fluxograma e "layout" básico da fábrica. Os dados apresentados são ind icativos e servem de base para a análise do empresário sobre a viabilidade do investimento.
ASPECTOS GERAIS A pipoca é um alimento obtido pelo aquecimento à alta temperatura e pressão do milho desgerminado (também chamado d e canjica ou canjicão). Não é necessário que o empreendimento se localize próximo ao fornecedor de matéria-prima. No entanto, existem problemas para a aquisição do milho desgerminado devido ao pequeno número de fornecedores que dominam o mercado. Por essa razão, é import ante manter um estoq ue adequado de mat ériaprima, para evitar interrupções no processo produtivo. Uma alternativa pode ser a compra de milho integral, mais fácil de ser obtido no mercado, e executar o processo de desgerminação na própria empresa. Todavia, é necessária a utilização de equipamento apropriado (canjiqueira). O mercado de pipoca doce exige qualidade e apresenta tendência de procura por pacotes d e maiores dimensões (75 g). Os principais canais de distribuição são as redes de supermercados e os atacadistas do ramo de produtos alimentícios. O energético comumente utilizado no processo de fabricação é o GLP - Gás Liqüefeito de Petróleo.
REQUISITOS PARA PRODUÇÃO • Capacidade de produção: • 200 fardos/dia de 50 pacotes de 75 g; • 400 fardos/dia de 50 pacotes de 15 g; • 2 turnos de 8 horas em 260 dias/ano.
• Galpão: 150 m 2. • Máquinas e equipamentos principais:
PROCESSO PRODUTIVO Etapas: 1. O milho desgerminado é colocado dentro dos canhões. Os canhões são aquecidos e posteriormente destravados para a saída da pipoca. • A pipoca expandida é obtida através do contato do milho, desgerminado e aquecido, com a temperatura ambiente. 2. Após a obtenção da pipoca, é conveniente passar o produto na peneira centrífuga para separar o refugo e aproveitar o produto de melhor qualidade.
• 6 máquinas de estourar (canhões); • 5 melaceadores ou drajeadeiras; • s il os ; • máquina empacotadeira; • balança; • instalações industriais diversas; • 1 veículo.
• Matérias-primas, material de embalagem, insumos:
3. A pipoc a apresenta, ainda, um teor de umidade que compromete sua qualidade, pois poderá murchar e tornar-se pouco comerciável. • Para que o produto fique bem seco, faz-se necessária a utilização de um secador. 4. O produto adquire sua característica principal, ou seja, o sabor adocicado, através da mistura do melado à pipoca. Esse processo é realizado no melaceador.
• milho desgerminado; • aç úc ar ; • filme plástico;
• O melado é produzido misturando-se açúcar e água na proporção de 2 x 1, aquecendo-se até desaparecer o grânulo d o açúcar.
• sacolas plásticas; • gás GLP;
• O melaciamento deve ser feito a quente.
• energia elétrica.
• Mão-de-obra necessária • 4 operadores de canhão; • 8 operadores de drajeadeiras; • 4 empacotadores; • 1 motorista, 1 ajudante, 1 auxiliar administrativo; • 1 gerente (proprietário).
• O rendimento médio é na proporção de 2,5 litros de melaço para 60 litros de pipoca. 5. A pipoca, já melaceada, é depositada em silos, para posterior envasamento. • A embalagem do produto deve ser de polipropileno, para manter a qualidade, evitar a penetração de umidade, mantendo por mais tempo as características do produto.
PLANO DE INVESTIMENTO
5.
Custos variávies anuais (variam proporcionalmente ao volume de produção e vendas): • matérias-primas • mão-de-ob ra direta e encargos • materiais secundários • embalagens • insumos • impostos • fretes • comissões sobre vendas
6.
Custos anuais totais: • custos fixos + custos variáveis.
7.
Custo unitário do produto (rateio dos custos fixos e custos variáveis diretos): • compreende a soma entre: custo fixo unitário (custo fixo ÷ unidades produzidas) + custo variável direto unitário (matériasprimas, embalagens, mão-de-obra direta, insumos ÷ unidades produzidas).
8.
Custo de comercialização (custos percentuais que incidem sobre o preço de venda): • (%) impostos; • (%) comissões; • (%) expedição.
9.
Margem de lucro (lucro desejado) • percentual definido de acordo com a política de vendas da empresa; • deve levar em conta aspectos de mercado e concorrência.
10.
Preço de venda (PV): PV = custo unitário do produto 1 - (custo de c omercialização em % + margem de lucro em %)
11.
Receitas operacionais (resultam da projeção das vendas durante o ano): • quantidade de produtos destinados à venda x preço de venda estimado.
12.
Lucro operacional: • receitas operacionais - custo s anuais totais.
Estão relacionados a seguir os itens a serem considerados no levantamento de recursos necessários para investimento e projeção anual de receitas, custos e lucros. 1.
2.
Investiment o fixo (necessário para a operação da empresa): • terreno; • galpão; • máquinas e equipamentos; • móveis e utensílios; • veículos; • eventuais (10% d o valor do investimento fixo). Capital de giro (recursos necessários para a empresa iniciar e manter sua at ividade operacional): • caixa mínimo (recursos para despesas rotineiras); • matérias-primas, embalagens e materiais secundários; • financiamento das vendas; • insumos e serviços básicos; • mão-de-obra.
3.
Investimento total: • investimento fixo + capital de giro
4.
Custos fixos anuais (ocorrem independentemente da produção e vendas): • salários + encargos sociais (mão-de-o bra indireta) • “pró-labore”; • contabilidade; • depreciação; • aluguéis • manutenção • material de expediente • outros (3% sobre a soma).