PESQUISA PARTICIPANTE E PESQUISA AÇÃO: ALTERNATIVAS DE PESQUISA OU PESQUISA ALTERNATIVA
Roberto Jarry Richardson. http://jarry.sites.uol.com.br/pesquisaparticipdef.htm acesso em 10 07 2007 Para entende entenderr o signific significado, ado, caracte característi rísticas cas e importân importância cia da pesquisa pesquisa partici participant pantee devemos nos remetermos a sua evolução, particularmente, no últimos vinte anos. America Latina dos sessenta, apresentava-se como um continente rico em processos de modernização modernização social e programas de desenvolvimento. desenvolvimento. O Banco Mundial, a Aliança para o Progresso, o Corpo de Paz enviavam recursos humanos com o intuito de colaborar com as políticas de desenvolvimento dos nossos paises. paises.Esse Essess profissi profissionai onaiss e técnico técnicoss incorpora incorporavam-s vam-see as equipes equipes nacionai nacionaiss e junt juntos os decidiam sobre possíveis estratégias de ação. Foram épocas de muita discussão sobre parti particip cipaçã açãoo sóciop sóciopolí olíti tica ca e econô econômi mica, ca, o conce conceit itoo de margi marginal nalid idade ade aparec aparecia ia,, constantemente nos documentos, discursos, conferencias e outras. Procurava -se incorporar os grupos "excluídos" das esferas de decisão às ações a eles destinadas. Pretendia-se transformar objetos das ações em sujeitos históricos. Muitos cientist cientistas as sociais sociais que partici participaram param nesses nesses programas programas de desenvol desenvolvime vimento nto tomaram tomaram consciência das limitações e abusos dos modos convencionais de perceber, tratar e reconstruir a realidade social. Emergem, assim, formas alternativas de pesquisa com rótulos variados: pesquisa-ação, pesquisa participante, pesquisa militante, etc. Todas tem em comum a procura de processos de investigação comprometidos com transformações sociais. Marcela Gajardo refere-se a cientistas sociais europeus que assinalam, como próprios aos processos de pesquisa participante, os seguintes aspectos: a) São baseados baseados nas necessid necessidades ades de grupos grupos social social poli politic ticamen amente te marginal marginalizad izados. os. Seu objetivo e o de trabalhar com os grupos excluídos, em situações comuns de trabalho e estudo e trocar informações para colaborar na mudança das condições de dominação.
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Procura realizar este objetivo em colaboração com grupos relativamente homogêneos, do ponto de vista social e local. b) O ponto de partida, o objeto e a meta da pesquisa participante são o processo de aprendizagem dos que fazem parte da pesquisa. Suposições teóricas não examinadas. Pelo contrario contrario,, o trabalho trabalho científic científicoo e entendi entendido do como contribu contribuição ição prática prática para a transformação transformação social, como contribuição contribuição à democratização. democratização. Incentiva-se uma tomada de consciência dos grupos sociais marginalizados, em relação a sua situação e necessidades, para que estas possam melhorar mediante a organização e a ação política. c) Ao invés de se manter distancia entre o pesquisador e o grupo que vai ser examinado, tal como se exige nas ciências sociais tradicionais, propõe-se a interação. interação. Isso significa, significa, para o pesquisador, trabalhar, talvez viver, no grupo escolhido, a fim de elaborar perspect perspectivas ivas e experime experimentar ntar ações ações que perdurem, perdurem, inclusive inclusive depois depois de termina terminado do o projeto. d) No desenrolar do estudo, aspira-se a uma comunicação o mais possível horizontal entre todos os participantes. Isso pressupõe que as metas e o desenvolvimento desenvolvimento do projeto não sejam previamente determinados, mas que se elaborem com a intervenção de todos os participantes participantes e que, no decorrer da pesquisa, possam ainda ser mudados. e)Utiliza o dialogo dialogo como meio de comunicação comunicação mais importante no processo conjunto conjunto de estudo e coleta de informação. Tenta, por isso, desligar-se da linguagem das ciências sociais, acessível somente aos iniciados. Sustenta que a ciência exerce poder e que a informação e o conhecimento são suscetíveis de manipulação, com o fim de legitimar situações de dominação ou criar estados de dependência.
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Assim, a pesquisa participante enfatiza a socialização do saber, tentando romper com o monopólio do conhecimento, conhecimento, através da participação dos sujeitos na analise e solução de seus problemas. Portanto, diferença fundamental entre a pesquisa participante e a pesquisa "tradicional" e o controle sobre a produção e uso do conhecimento. Na pesquisa "tradicional" o pesquisador assume a responsabilidade responsabilidad e de elaborar o problema, decidir os aspectos metodológicos, coletar informações, analisar os dados e disseminar os resultados. Em contrapartida, o enfoque da pesquisa participante aponta para:
a) promoção da produção coletiva coletiva de conhecimentos, conhecimentos, rompendo o monopólio do saber e da inform informaç ação, ão, permi permitin tindo do que ambos ambos se transf transform ormem em em patrim patrimôni ônioo dos grupos grupos marginalizados;
b) promoção da analise coleta na ordenação da informação e no use que dela se possa fazer;
c) promoção da analise critica, critica, utilizando ainformação ordenada e classificada, classificada, a fim de determinar as raízes e as causas dos problemas e as vias de solução para os mesmos;
d) estabelecimento de relações entre problemas individuais e coletivos, funcionais e estruturais, como parte da busca de soluções conjuntas para os problemas enfrentados." (Gajardo, p.47)
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O pesquisador passou a ser um "animador" responsável da analise critica e construção da realidade.
A Pesquisa Ação:
As origens do conceito pesquisa-ação remontam à década dos trinta. Kurt Lewin, professor alemão que em 1933 teve que abandonar a Universidade de Berlim para instalar instalar-se -se nos Estados Estados Unidos Unidos da América América do do Norte Norte,, elabor elaborou ou a pesquisa pesquisa-açã -ação. o. Como dizia Lewin, "Quando falamos de pesquisa, estamos pensando em pesquisa-ação, isto e, uma ação em nível realista, sempre acompanhada de uma reflexão autocrítica objetiva e de uma avaliação dos resultados. Como o objetivo é aprender, não devemos ter medo de enfrentar as próprias insuficiências. Não queremos ação sem pesquisa, nem pesquisa sem ação" (Barbier,1985,p.38) (Barbier,1985,p.38)
Desde o seu inicio a pesquisa-ação se orientou para a solução dos problemas surgidos pelo crescimento industrial, modernização e outros. No caso de Lewin, a preocupação concentrou-se nos problemas da inserção de fabricas em zonas rurais, cuja mão-de-obra era incapaz de atingir os altos padrões de produção das regiões industriais do Norte dos EUA. Mas, o seu propósito não era conscientizar conscientizar os operários com relação à situação de vida, senão adaptá-los às condições de trabalho das fábricas.
Os estudos de pesquisa-ação multiplicaram-se durante e depois da Segunda Guerra Mundial, procurando alternativas de pesquisa que valorizassem a ação humana. No entanto,é preciso reconhecer que Kurt Lewin praticamente ignorou um outro tipo de
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procura as classes populares porque somente elas podem transformar a situação de exploração produzida pelo capitalismo.
Na América Latina, a pesquisa-ação adquire força em fins da década dos sessenta, contextualizada por uma forte crítica à suposta unidade do método entre ciências sociais e naturais, à visão parcial e unidimensional da realidade social, à separação entre o científico e o político, e à marginalização de grupos do desenvolvimento econômico e social latino-americano. Existe diferença entre a pesquisa participante e a pesquisa-ação? Mich Michel el Thio Thioll llen entt (198 (1985) 5) ofer oferec ecee um umaa cara caract cter eriz izaç ação ão gera gerall da pesq pesqui uisa sa-a -açã ção, o, distinguindo-a da pesquisa participante. A primeira, alem da participação, supõe uma forma de ação planejada de caráter social, educacional, técnico ou outro, que nem semp sempre re se enco encont ntra ra em prop propos osta tass de pesq pesqui uisa sa part partic icip ipan ante te.. Mas, Mas,am amba bass busc buscam am alternativas à pesquisa convencional. O autor define pesquisa-ação como "...um tipo de pesquisa social com base empírica que e concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e na qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participante". Do ponto de vista cientifico, "a pesquisa-ação e uma proposta metodológica e técnica que oferece subsídios para organizar a pesquisa social aplicada sem os excessos da postura convencional ao nível da observação, processamento de dados, experimentação, etc. Com ela, se introduz uma maior flexibilidade flexibilidade na concepção e na aplicação aplicação dos meios de investigação investigação concreta" (Thiollent, op. cit. p.24). Para Michel Thiollent e outros, características fundamentais da pesquisa-ação são: - a participação participação das pessoas implicadas implicadas nos problemas pesquisados e uma ação destinada a
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proce processo sso de inv invest estiga igaçã ção. o. Logic Logicame amente nte,, essa essa post postura ura tem tem conseq conseqüên üênci cias as para para a organ organiz izaçã açãoo e realiz realizaç ação ão da pesqu pesquisa isa e determ determina ina difere diferença nçass funda fundamen menta tais is com com a pesqu pesquis isaa "tradi "tradici ciona onall ou "conve "convenci nciona onal". l". Não existe existe a relaç relação ão sujei sujeito to-obj -objet etoo de pesquisa: tanto pesquisadores quanto "usuários" são sujeitos ativos de um processo; a formulação do problema, objetivos, objetivos, possíveis possíveis hipóteses, coleta de dados, etc., são discutidos e analisados pelo grupo como um todo papel dos pesquisadores se refere basicamente a preservar o caráter cientifico da pesquisa(analise sistemática e critica da realidade), portanto, a metodologia tem um importante papel a desempenhar.
Assim, a pesquisa-ação e considerada uma estratégia metodológica da pesquisa social na qual ha uma ampla interação entre pesquisadores e pessoas implicadas na situação investigada; dessa interação surgem os problemas a serem pesquisados o objeto da pesquisa pesquisa e a situação situação e os problemas problemas encontrados encontrados;o ;o objetiv objetivoo consist consistee em resolver resolver ou esclarecer esses problemas; ha um acompanhamento permanente de toda a atividade dos atores da situação; e, a pesquisa não se limita apenas a uma ação, mas procura aumentar o conhecimento de todas as pessoas envolvidas no processo.
Situação atual e possibilidades
As caracte característ rísticas icas históric históricas, as, culturai culturaiss e sóciopol sóciopolíti íticas cas do contexto contexto determin determinam am os fatores que facilitam ou obstaculizam obstaculizam as possibilidades possibilidades reais da pesquisa alternativa. alternativa. As experiências conhecidas no Brasil e no resto da América Latina refletem nos seus resultados e limitações as contradições do momento histórico no qual se desenvolvem. Concordando com Maria Tereza Sirvent (1985), nas sociedades caracterizadas por uma
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clima geral de autoritarismo, paternalismo institucional, arbitrariedades, desemprego e fome. Além disso, e fundamentalmente, na medida em que a abertura democrática ou os projetos participativos, participativos, não impliquem impliquem em ideologias ideologias de modificação modificação das estruturas do poder social, político e econômico, essas experiências isoladas serão permitidas pelo esquema esquema de poder poder vigente vigente.. Mas, no momento que cresçam e desenvol desenvolvam vam grupos comprometidos com transformações sociais, os projetos passam a ser uma ameaça contra esse poder. Indubitavelmente, e muito fácil acabar com experiências isoladas. Na década dos oitenta, a América Latina experimentou transformações importantes. Na maioria maioria dos países países ressurgem ressurgem regimes polí polític ticos os democrát democráticos icos,, deixando deixando para atrás atrás a época do autoritarismo militar. Além disso, aprofundou-se um processo de contestação às tendências modernizadoras e participantes próprias à expansão capitalista, as quais não conseguiram criar sociedades mais jutas, nem capazes de alcançar um crescimento que diminuísse a fome e a miséria. Pelo contrario, os modelos de desenvolvimento vigentes, contribuíram a aumentar a exploração e pobreza dos povos latino-americanos. Concomitante a esse questionamento da modernização e do modelo capitalista existente, desenvolveram-se, na América Latina. Experiências que baseadas num processo de produção e disseminação do conhecimento, procuram aumentar a capacidade própria dos setores populares na descoberta de modelos alternativos. O intelectual que participa dessas dessas experi experiên ência ciass consta constata ta que os parad paradigm igmas as e metodo metodolog logias ias util utiliz izada adass para para interpret interpretar ar a realidad realidadee social social mostram-se mostram-se inadequ inadequados ados para trabalh trabalhar ar os processo processoss
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Hoje, Hoje, ningu ninguém ém pode pode duvid duvidar ar da contri contribui buição ção dessa dessa pesqu pesquisa isa alte alterna rnati tiva va para para a construção de uma nova ciência e uma sociedade mais justa.
Problemas da Pesquisa Participante
A pesquisa participante, conto prática em processo de consolidação, apresenta diversos problemas. Estes problemas permitem uma variedade de reflexões que abarcam desde as técnicas e a concepção do método, ate os aspectos epistemológicos que orientarão a construção de um novo conhecimento. Entre aquelas reflexões interessa-me destacar as seguinte seguintes: s: - os problemas problemas teóricos teóricos da pesquisa pesquisa alternat alternativa iva e a definiçã definiçãoo da pesquisa pesquisa participante como estratégia metodológica.
Problemas teóricos
Seguindo as idéias de Justa Espeleta (1986) chama a atenção nos projetos de pesquisa participante, a linguagem. Uma linguagem que pretende denominar a realidade de “outro” modo e que procura constituir-se ao mesmo tempo em linguagem crítica.
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- refere-se habitualmente habitualmente a uma interação entre pessoas. Por outro lado, ‘construção do conhecimento” pode referir-se tanto i gênese da teoria como a síntese que o pesquisador chegava fazer de alguns saberes populares; ‘pesquisa”, enfim, pode ser permutada por método ou por técnicas. Um out outro ro aspec aspecto to a consid considera erarr a freqüe freqüente nte transp transposi osição ção de cate categor gorias ias estru estrutu turai raiss (sistema social, classe, reprodução) para a analise de situações situações particulares, específicas. Situações que a linguagem funcionalista funcionalista designa como microsociais um grupo de mães, um grup grupoo de camp campon ones eses es,, um bair bairro ro.. A tran transp spos osiç ição ão colo coloca ca um prob proble lema ma epistemológico a adequação das categorias ao nível e ao tipo de processos a estudar. Este problema é importante, tanto para a teoria como para a metodologia. É comum ver trabalhos de pesquisa participante que utilizam o conceito de classes sociais no sentido positivista, procurando atributos ‘‘materiais’’ ‘‘materiais’’ para identificar identificar e situar pessoas na ‘‘escala” social, que tem pouco a ver com o conceito marxista de classes, onde a questão é mais complexa, se historia e se situa em termos de relações históricas de dominação. Além disso. conceitos gramscianos como “bom senso”. “senso comum” ou ‘‘int ‘‘intel elec ectua tuall orgâni orgânico co”” são são de uso uso freqüe freqüente nte nesta nesta produç produção ão,, indiv individ idual ualiz izand andoo categorias criadas para a escala do movimento social ou personalizando - pela via de atributos “objetivos” - categorias cuja definição teórica tem conhecidos compromissos com significações muito precisas e ausentes deste uso. O intelectual, por exemplo, que ‘‘devolve” o conhecimento mais elaborado, recolhido nos setores populares, costuma chamar-se, por este fato, de “intelectual orgânico”. Evidentemente este não é o sentido outorgado por Gramsci à categoria intelectual orgânico.
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Conseqüência dessa falta de teorização surge, por exemplo, uma séria confusão entre observaçã observaçãoo particip participant antee e pesquisa pesquisa partici participant pante. e. Existem Existem muit muitos os especia especialist listas as em pesquisa participante que sugerem que dita pesquisa deveria expressar a conjunção da observação participante com a participação em pesquisa. Nestes momentos devemos fazer referência a dois grandes pensadores: Malinowski e Marx. Bronislaw Malinowski, Malinowski, antropólogo inglês inglês (1884-1942) foi o elaborador da observação participante que o levou a uma teoria, o funcionalismo. funcionalismo. Karl Marx, foi quem introduziu a dimensão política para o uso uso da ou a part partic icip ipaç ação ão da pesq pesqui uisa sa.. Não Não pode podemo moss nega negarr que que a obse observ rvaç ação ão parti particip cipant antee e a úni única ca técni técnica ca que possi possibil bilit itaa a inter interaç ação ão entre entre o pesqu pesquis isado adorr e os sujeito sujeitos, s, permiti permitindo ndo uma abordagem abordagem pessoal. pessoal. Mas, quando quando Malinows Malinowski ki procurava procurava compreender as sociedades primitivas estava satisfazendo uma necessidade do Império Britânico para ajustar a sua administração, no sentido de consolidar a dominação política e econômica. Como afirma Espeleta. “o saber de Malinowski um saber que se imbrica numa necessidade necessidade histórica de dominação. dominação. Um saber não só útil, senão necessário ao poder’’ Pelo contrário, como já se sabe, Marx opta pela perspectiva histórica dos explorados. A revolução social é a sua meta. Mudar a sociedade implica construir um novo conhecimento sobre ela e, nesse processo, vai-se construindo o método, Em resumo, Malinowski, procura ordenamentos e Marx o movimento da sociedade. O pri prime meir iro, o, util utiliz izaa um umaa técn técnic ica, a, a obse observ rvaç ação ão part partic icip ipan ante te,, para para inve invest stig igar ar os ordenamentos das sociedades primitivas. O segundo, insiste no compromisso histórico da pesquisa social com a transformação da sociedade capitalista. Assim, podemos constatar as diferenças fundamentais entre a pesquisa
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Diversos autores consideram a pesquisa participante uma estratégia metodológica. Isto gera diversos problemas que prejudicam o avanço da pesquisa alternativa. Devemos lembrar que as críticas à pesquisa convencional se dão particularmente no campo epistemológico do empirismo e positivismo das Ciências Sociais. Logicamente, os supostos epistemológicos influem nos supostos metodológicos. Em geral, o empirismo e o positivismo positivismo aplicado às Ciências Sociais refletem uma visão atomista do homem e da sociedade. sociedade. Em outras palavras, o elemento mais importante um siste sistema ma soci social al é o ind indivi ividuo duo,, sendo sendo preci preciso so conhe conhecer cer as suas suas opi opiniõ niões, es, atitu atitudes des,, costumes costumes,, etc. A tot totalid alidade ade se resume resume a soma das indi individu viduali alidade dades. s. O exemplo exemplo mais claro claro desse desse critério critério e a teoria teoria da amostrag amostragem em
aplicad aplicadaa às ciência ciênciass human humanas. as. Em
geral, geral, uma amostra deve ser representat representativa iva de uma população população ou universo. universo. Como se trabalha com amostras? amostras? Geralmente Geralmente se aplicam questionários questionários ( 50 ou mais pessoas) que inclu incluem em div divers ersas as pergun pergunta tass relac relacio ionad nadas as ao proble problema ma pesqui pesquisad sado. o. Após Após colet coletar ar e codificar codificar os dados, analisa-se a informação, somando as opiniões opiniões de cada respondente, respondente, considerando-as considerando-as como como opiniões opiniões do grupo. grupo. Este Este é um pressuposto pressuposto epistemológico epistemológico não aceito pelos cientistas sociais que trabalham com pesquisa alternativa: o importante é o conh conhec ecim imen ento to cole coleti tivo vo,, a ação ação,, reaç reação ão e opin opiniã iãoo do grup grupoo ante ante um umaa situ situaç ação ão determinada. determinada. Portanto, toda amostragem que se baseia em princípios princípios de individualidade individualidade não se adequa à pesquisa alternativa, seja ação ou participante. Um outro pressuposto epistemológico do empirismo e positivismo que se reflete na pesquisa convencional é o “aparencialismo”(seguindo o conceito de Jacobo Waiselfiz) pelo qual se limita a capacidade de conhecer à aparência imediata dos fenômenos. em uma perspectiva deliberadamente externa e coisificada. Ao limitar a análise ao nível imed im edia ia
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aspe aspect ctos os epis episte temo moló lógi gico cos, s, teór teóric icos os e meto metodo doló lógi gico coss da pesq pesqui uisa sa e da ciên ciênci ciaa convencional; e procuram alternativas de compreensão da realidade social. Assim, a pesquisa alternativa, incluindo a pesquisa participante, a pesquisa ação, etc., não se define apenas por uma metodologia participativa. É uma outra concepção de ciência, com supostos teóricos e epistemológicos críticos que evidentemente levam a uma pesquisa que procura contribuir à transformação social.
A Ciência e a Pesquisa Alternativa
Ao longo longo deste deste trabalho trabalho,, diversos diversos críticas críticas à ciência ciência convencion convencional al tem sido feitas: feitas:-- a definição, aos aspectos epistemológicos, aos aspectos teóricos, à metodologia, técnicas e outros. Logo a seguir, tentar-se-á descrever alguns aspectos fundamentais da ciência que deve orientar a pesquisa alternativa.
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em termos abstratos. Os fenômenos devem ser enfocados na sua totalidade, sem dela abstraí-los. Segundo se sabe, a produção social ocorre sempre nesses contextos totais e esta configurada por eles. Não se pretende afirmar que em todo trabalho científico, a formação social global (deva ser analisada, é impossível. Isso significa que as analises feitas feitas de qualquer qualquer fenômen fenômenoo social social,, devem devem incorpora incorporar, r, como elemento elemento fundamen fundamental tal a inserção desse fenômeno na formação social total. Em outras palavras, um determinado fenômeno deve ser visto a luz das principais estruturas o tendências de uma formação social. Nesta visão totalizante, a formação social o concebida como um conjunto de relações sociais, historicamente, em desenvolvimento Retomando a forma de análise total tot aliz izant ante, e, o pesqu pesquisa isador dor deve deve traba trabalha lharr a relaçã relaçãoo exist existent entee entre entre as tendê tendênci ncias as fundamentais da formação social e suas formas, historicamente, espec!ficas. Analisar umaa ou outr um outraa das das poss possib ibil ilid idad ades es (o fund fundam amen enta tall ou o espe especí cífi fico co)) é um trab trabal alho ho incompleto. incompleto. A análise deve mostrar as formas específicas específicas de manifestação das tendências fundamentais de uma formação social para fazer isto, é preciso passar da complexidade das observações a um modelo conceitual da formação, o qual identifica os componentes essenciais e secundários, situe acontecimentos, e identifique as principais tendências. Existe, assim, um processo de interação entre a observação empírica e a formação do modelo conceitual. Isto não e uma interação unilateral dominada pelo empirismo ou o teoricismo, ambos configuram a pesquisa.
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espaço, mas do fato histórico, social, objetivo de que “nós pensamos. Este nós, colocado na origem da reflexão gnosiológica gnosiológica representa o abandono das especulaç ões metafísicas. Com efeito, ao reconhecer na origem da teoria do conhecimento um “nós’’, não um “eu’’, parte-se de uma situação objetiva, de um fato concreto e social que fixa e qualifica a posição de cada individuo num processo histórico. O “nós” implica a inclusão do individuo num processo objetivo, exterior a ele e a qualquer outro homem, cuja validade não precisa de confirmação, porque o próprio homem e a confirmação dele. A existência histórica do individuo, é conhecida e fornece o ponto de partida para o raciocínio que procura entender o conhecimento, não por uma evidência interior, mas por uma experiência exterior, social e histórica. O individuo pode ignorar o processo históric histórico, o, mas o processo processo histórico histórico não ignora ignora a ele, ele, esse processo processo que contribu contribuii à formação cultural do homem, pela qual se pode questionar, interpretar e transformar a realidade social a que pertence. Assim, o conhecimento deve ser construído partindo não da subjetividade subjetividade humana, mas da objetividade, objetividade, da existência existência concreta do mundo em transformação permanente. O individuo cria a própria consciência no âmbito de uma consciência social que o envolve, antecede e condiciona. Após das reflexões feitas anteriormente, vale a pena formular alguns princípios que se identificam com as bases científicas da pesquisa alternativa:-
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- A im impo port rtân ânci ciaa de estu estuda darr a prod produç ução ão mate materi rial al como como cond condiç ição ão para para a compreensão de todos os aspectos da realidade; - o estudo da totalidade como condição para compreender todos os aspectos da sociedade(econômico, político, e social); - a necessidade necessidade de estudar as classes sociais como unidade básica da sociedade, sociedade, num contexto de antagonismo dessas classes; - a necessidade de estudar as relações sociais que caracterizam as classes sociais; - o estudo da estrutura interna, da lógica, dessas relações sociais; - a necessidade de estudar o presente e o passado histórico das relações sociais, procuran procurando do os princípi princípios os que permitem permitem a manifest manifestação ação dessas dessas estrutura estruturass (relações (relações sociais).
A aplicação dos princípios formulados, permitem estabelecer três critérios
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3º - Cons Consid ider erar ar o fenô fenôme meno no soci social al como como algo algo dete determ rmin inad adoo hist histor oric icam amen ente te.. A determinação das estruturas é um processo. Portanto o fenômeno deve ser estudado no presente e no seu passado.
A util utiliza izaçã çãoo deste destess princí princípi pios os permi permite te escla esclarec recer er mui muitos tos probl problema emass da pesqui pesquisa sa particip participante ante.. Por exemplo, exemplo, quem participa participa?? De quê? Sabemos Sabemos que esse quem” é um sujeito histórico. histórico. Não é um indivíduo isolado isolado que somado a outros indivíduos forma um grupo ou uma sociedade. sociedade. É um ser social, “produtor” de conhecimento conhecimento que compartilha compartilha as suas suas práti práticas cas,, em dete determi rminad nados os conte context xtos, os, para para transf transform ormar ar a realid realidade ade a que pertence. De que participa? Participa da produção material em uma realidade total com relações sociais que caracterizam as classes de uma determinada formação social. Assim, ‘‘quem participa? De quê? Um sujeito histórico e social que protagoniza
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