26 de Outubro de 2016
Análise XP
PEC 241 - Impactos Bolsa e Dólar Resolvemos atualizar nossas projeções, em relação ao relatório PEC 241 – Impactos Bolsa e Dólar, enviado no dia 4 de outubro, onde trabalhávamos com um Ibovespa entre 62 e 65 mil pontos e um dólar na casa de R$ 3,13. De lá pra cá, ocorreram alguns fatos extremamente relevantes que trouxeram um maior omismo as nossas projeções, vamos a eles: a) Aprovação da PEC 241 em dois turnos na Câmara , com uma votação bem acima das expectavas e necessárias, demonstrando uma
Câmara mais próxima ao Planalto e que outras Reformas terão uma maior chance de aprovação, caso da Reforma da Previdência; e b) Nocias em relação a Petrobras – Acreditamos Acreditamos que a introdução de uma Metodologia Metodologia de Preços de Combusveis e a votação votação de
mudança do PréPré-sal – nesse caso a mudança da obrigatoriedade para preferência nos blocos. Essas nocias geram uma mudança de paradigma, devido a menor interferência governamental na maior companhia controlada pelo Tesouro. Isso demonstra maior segurança para atração de invesmentos por parte dos invesdores estrangeiros, nos deixando mais confortáveis com a nossa revisão, tanto para o Ibovespa, quanto para o dólar. Situação Atual
Antes de apresentar a principal medida em debate, nesse semestre, para iniciar a retomada da estabilidade da dívida brasileira, é importante ter o gráco abaixo em mente. Ele mostra na linha vermelha a trajetória explosiva explosiva da dívida brasileira, caso nada s eja feito, caminhando para um quadro de insolvência. Vemos que em um cenário base, linha azul, na qual assumimos que a PEC 241 e a Reforma da Previdência serão aprovadas, a relação é parcialmente controlada. No entanto, é importante notar que a linha verde é aquela que representa a estabilidade total da dívida. Assim reforçamos que o dever do governo do presidente Michel Temer é iniciar uma nova era de administrações com mentalidades compromeda com a saúde scal do país. Os próximos governos ainda terão que connuar o rearranjo scal do país para que o problema seja sanado.
Fonte: Ministério da Fazenda, Elaboração XP
PEC 241
A PEC 241, ou como cou conhecida a “PEC do teto de gastos”, propõe que, a parr de 2017, as despesas primárias da União quem limitadas ao que foi gasto no ano anterior corrigido pela inação. Sendo a inação dos 12 meses anteriores (entre julho e junho), medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Sendo assim, as despesas de 2018 serão as mesmas de 2017, corrigidas apenas pela inação de 2017, e assim por diante. A proposta tem duração de 20 anos, no entanto, podem ter a regra revisada a parr do 10º ano. A medida evitaria um aumento das despesas desenfreado, desenfreado, ajudando a levar a dívida pública para uma trajetória sustentável. A regra tem a vantagem de ser clara, permindo antecipar o comportamento dos gastos, abrindo espaço para se discur, de verdade, o orçamento federal.
Celson Plácido
Analista, CNPI
Um dos pontos mais polêmicos, gastos com saúde e educação, terão funcionamento disnto. Em 2017 os gastos com saúde e educação terão piso mínimo de 15% e 18% da receita líquida, respecvamente. respecvamente. Em 2018 os gastos seguirão como todos todos os setores, corrigidos p ela inação.
Relatório XP
26 de Outubro de 2016
Como funciona a PEC?
O primeiro passo para a aprovação da PEC foi a apresentação da proposta ao Congresso, onde passou por uma análise pela Comissão de Constuição e Jusça e Cidadania (CCJ). Uma avaliação técnica, que decidiu pela admissibilidade da proposta, por ela cumprir todos os r equisitos para tramitar na Câmara. O passo seguinte, depois de aprovada na CCJ, foi encaminhar o texto para uma comissão especial para avaliar o conteúdo da PEC. Essa comissão teve até 40 sessões do Plenário para votar a proposta. Votado na comissão, o texto seguiu para o Plenário, onde foi aprovada em dois turnos, com intervalo de cinco sessões entre um e outro. Para a aprovação eram necessários 308 votos, o que é equivalente a 3/5 dos deputados. O governo teve 366 e 359 votos favoráveis em cada turno. Depois de aprovada na Câmara, a PEC segue agora para o Senado, onde também deve ser votada pela CCJ e, em seguida, pelo Plenário, também em dois turnos. Se o texto for alterado, volta para a Câmara, onde deve ser votado novamente em dois turnos. A pr oposta só se tornará lei quando o mesmo texto, sem qualquer alteração, for aprovado nas duas Casas legislavas (Câmara e Senado) A perspecva é que o Senado conclua a votação até o nal de novembro. Conclusão Com esse cenário em mente, a aprovação nal caminha para ocorrer ainda em 2016, provavelmente em novembro. Acreditamos que a aprovação deve ter um efeito muito posivo junto aos invesdores. Será extremamente simbólico a aprovação da medida, pois representará a primeira grande medida na direção de um governo compromedo com a responsabilidade scal. Isso deve provocar uma valorização cambial, se estabelecendo em um patamar entre R$/US$ 3,00 e R$/US$ 3,10.
Fonte: Bloomberg
A aprovação nal também melhorará o humor do invesdor com a bolsa, provocando uma elevação do nível atual para um patamar entre 65.000 e 68.000, pois acreditamos numa queda do risco país, resultando num custo de capital menor, queda de juros no mercado domésco, uma melhora da conança, tanto do consumidor quanto do empresariado. Em suma, um cenário mais benigno para o país.
Fonte: Bloomberg
26 de Outubro de 2016
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