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As Colônias Espirituais e a Codificação “Tudo “Tudo deve estar em harmonia, no mundo espi espiri ritu tual al,, como como no mund mundo o mate materi rial al;; aos aos homens corpóreos, são necessários objetos mate materi riai ais; s; aos aos Espí Espíri rittos, cujo ujo corp corpo o é fluídico fluídico,, são necessários necessários objetos objetos fluídicos, fluídicos, os objetos materiais não lhes serviriam, não mais do que os objetos tos fluídicos não serviriam aos homens corpóreos”. corpóreos”. (KARDEC).
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Copyright 2014 2014 by Paulo da Silva Neto Sobrinho (Paulo Neto) Belo Horizonte, MG. Capa: http://1.bp.blogspot.com/http://1.bp.blogspot.com/b0JRh0oG0uk/UUzyqhog2SI/AAAAAAAAHcs/YB3qxyJqkgg/s1600/vitormoi nhos_.jpg
Revisão: João Frazão de Medeiros Lima Hugo Alvarenga Novaes Diagramação: Paulo Paulo Neto Net o site: www.paulosnetos.net e-mail:
[email protected]
Belo Horizonte, maio/2014.
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RESUMO: RESUMO: Estudo desenvolvido para confirmar a reali realidad dadee das colôni colônias as espiri espiritua tuais is menci menciona onadas das por por Andr Andréé Luiz uiz. Na Codi odifica ficaçã ção o, os mund mundos os transitórios, destinado a Espíritos errantes, têm características – plano espiritual, planeta estéril – bem semelhantes às que se vê nas descrições das colônias. Lista dos que confirmam sua existência: a) Estudiosos: Estudiosos: Léon Léon Deni Denis, s, Ernes Ernesto to Bozz Bozzano ano,, Jame Jamess Arthu Arthurr Find Findla layy, Sir Sir Oliv Oliver er Lodg Lodge, e, Arthu Arthurr Conan Doyle, J. Herculano Pires, Cairbar Schutel, Raymund A. Moody, Bill e Judy Guggenheim e Richard Simonetti; b) Médiuns: Médiuns: Yvonne A. Pereira, Rev. G. Vale Owen, Emanuel Swedenborg, Andrew Jackson Davis, Heigorina Cunha; James Van Praagh e médiuns do Grupo Irmã Scheilla; c) Espíritos: Espíritos: João Lúcio (Wagner da Paixão), André Luiz Luiz (Chi (Chicco Xavier vier), ), Eça Eça de Que Queirós irós (Wan (Wanda da Canutti), Admastor (Gilson Freire), Zílio (Nelson Moraes), Joanna de Ângelis (Divaldo Franco), Luís Feli Felipe pe (Zé Araújo Araújo), ), Mons. Mons. Robe Robert rt Hugh Benson Benson (Anthony Walbrook).
Borgia)
e
Lester
Coltman
(Lilian
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Agradecimentos
Aos amigos Ademir Xavier, Xavier, Ari Campos Vilela, Astolfo Olegário Ol egário de Oliveira Filho, Elio Mollo, Felipe Lúcio da Silva Neto, Net o, Fred Fred Corné Cornélio lio,, Hugo Hugo Alv Alvaren arenga ga Nov Novae aes, s, João Frazão de Medeiros Lima, Jorge Luiz Hessen, José Antônio Sola Gomes, Moisés de Cerqueira Pereira, Márcio Rogério Horii e Ricardo Malta, agradecemos a todos pelo apoio e incentivo na presente pesquisa. Temos, os, ta tam mbém, ém, que que agrad gradec ecer er aos Amig Amigos os Esp Espirit iritu uais que, ue, além lém da ins inspira iração para a montagem do texto, nos inspiraram na escolha de algum lgumas as obra obrass sobr sobree o assu assunt nto, o, fa fato toss tã tão o nítidos que só nos cabe reconhecer. Que Jesus, o nosso Mestre, continue a nos amparar (os de cá e os de lá) na divulgação dos seus ensinamentos.
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Índice Apresentação..................................................................7 Prefácio..........................................................................8 1. Introdução................................................................12 2. O mundo invisível.......................................................14 3. As colônias espirituais e a codificação...........................25 4. Estudiosos como outras fontes.....................................54 5. Médiuns do Grupo Irmã Scheilla (SP)............................78 6. Autores espirituais que as mencionam..........................83 7. A prática mediúnica de médiuns as confirmam...............94 8. Nas EQMs surgem referências às construções no mundo espiritual.....................................................................102 9. Conclusão................................................................106 Referências bibliográficas..............................................115
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Apresentação -------- Mensagem original -------Assunto: RES: As Colônias espirituais e a Codificação Data: Fri, 23 May 2014 12:46:25 – 0300 De: José Sola
Para: Amigo Paulo Neto; Tirando a máxima apresentada por você, elaborada pelos cabo cabocl clos os mine mineir iros os,, toda todass as dema demais is máxim máximas, as, ta tanto nto quant quanto o as questões de O Livr Livro o dos dos Espí Espíri rito toss, e ta tam mbém bém as info inform rmaç açõ ões transmitidas pela Yvonne Pereira, eu já as conhecia meu grande amigo. Mas devo confessar-lhe que seu texto está maravilhoso, e não afirmo que está maravilhoso pelas palavras nele apresentadas, mas pela lógica, pela racionalidade, e pelo bom senso, por você apresentado. Para que eu lhe respondesse esse texto de forma detalhada, me obrigaria a escrever um livro. Você me conhece a sinceridade, e sabe que se não tivesse suste sustent ntaç ação ão lógi lógica, ca, eu te info inform rmar aria ia,, embo embora ra lhe lhe resp respei eita tand ndo o o imen imenso so conhe conheci cimen mento to que que possu possui, i, pois pois eu me questi question ono o a mim mim mesmo em tudo o que digo, ou escrevo, e não iria poupá-lo de minha crítica. Amigo Paulo Neto, seu texto está ótimo, meus parabéns. Cont Contin inue uemo moss trab trabal alha hand ndo o sem sempre, pre, esto estou u com com você, ocê, na defesa de um espiritismo lógico e racional. Um forte abraço, meu amigo. José Sola
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Prefácio O último quartel do Século XV viveu um momento ímpar na história da Humanidade. Falava-se na Europa da exis ex istê tênc ncia ia de outr outraas te terrras, as, de outr outros os povos ovos,, além além do Atlântico e uma rota alternativa para as Índias era procurada, um caminho que não estivesse na posse de povos claramente hostis aos negócios negócios europeus. europeus. Como decidir decidir quanto quanto investir investir e quan quando do inv investi estirr na busc buscaa por por nov novas te terr rras as,, se não não havi haviaa meios de se positivamente saber onde e como seriam esses novos continentes? Vivia-se um momento de expectativa e corr orriam iam solta ltas as est estória óriass de viagen gens fantásticas, de encontros com animais terríveis no oceano, de tempestades que dizimavam frotas inteiras de navios. E sobre as terras, havia boatos dos mais variados tipos, de terras com palácios construídos em ouro, de seres que devoravam homens, de criaturas estranhas e povos muito diferentes dos europeus… Passa o tempo e eis que, agora, no último quartel do século XIX, novos exploradores descobrem um novo mundo, tão perto e ao mesmo tempo tão dist istante da mesma humanidade carnal que um dia se aventurou em busca de outras terras mais além. Separado pelo espesso e não menos
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temível oceano da morte, a busca e estudo sistemático de um mundo além da vida se inicia com Allan Kardec em outras bases bases.. Ne Nesse sse novo novo mund mundo, o, como como seria seriam m seus seus habi habita tant ntes es?? Como se vestem e como moram? Haveria casas, palácios, materiais nunca vistos na Terra? Como se organizariam as cole coleti tivi vida dade dess dese desen ncar carnada nadas, s, qua qual ser seria a base de sua organização organização?? Almas Almas afins e com os mesmos interesses, interesses, como elas se reúnem para realizar suas tarefas e quais são essas tarefa tare fas? s? Ques Questõ tões es que que se colo coloca cam m como como as mesm mesmas as dos dos antigos exploradores navais, agora surgem naturalmente com a constatação inequívoca da continuidade da vida após a morte. Nas conversas conversas e debates debates que surgem surgem em torno dessas dessas expectativas, surge o grupo dos céticos que se escoram na falta de evidências diretas e que contestam relatos esparsos e evidências colhidas muitas vezes privadamente sob condições especiais. O mundo sempre viu a atuação de grupos céticos e tamb ta mbém ém,, no Espir Espirit itism ismo, o, eles eles prov provoc ocar ariam iam um deba debate te em torno torno dos dos infor informe mess traz trazid idos os por por mais mais varia ariados dos grupo gruposs de estudos. Nesse contexto se coloca o tema desta obra de Paulo Neto, “ As As colônias espirituais e a codificação”. codificação”. Fazendo um paralelo com as estórias dos navegadores que colhiam relatos de terras distantes, Paulo Neto faz uso de diversos informes, tantos tantos da bibliograf bibliografia ia mediúnica mediúnica nacional nacional como espiritual espiritualista, ista, para traçar um quadro. Tal Tal imagem converge para a realidade das das estr estrut utur uras as palpáv lpáveeis do Mundo undo Espi Espirritua ituall e par para a real realid idad adee da ex exis istê tênc ncia ia das das “col “colôn ônia iass espi espirritu ituais” ais”.. Ne Ness ssee
10 estudo, nada do que foi explorado por Kardec, tanto nas diversas obras da codificação como na sua “Revista “ Revista Espírita” Espírita” se coloca contra essa conclusão. conclusão. Porém, Porém, isso não impede que céticos continuem a exigir mais provas ou se escorem em retórica erguida em torno de interpretações equivocadas do “critério da concordância universal”. universal”. Os relatos reunidos aqui pelo Paulo Neto contribuem para formar uma imagem que vai na direção dessa conclusão, demonstrando que o critério da concordância – que poderia ter sido aplicado pelos antigos navegadores também na caracterização das novas terras – pode ser aplicado em outro nível. Trata-se de uma tarefa de busc buscaa met meticu iculosa losa,, de ex exp plor loração ação de mens ensage agens que que já cheg chegar araam a nós nós por por div diverso ersoss veícul ículos os med mediún iúnicos icos,, em diferentes culturas desde então. Embora não esteja dito nos textos tos kardequian ianos ex expl plic icit itam amen ente te nos nos te term rmos os dess dessas as descrições, descrições,
a
existência
de
cidades
e
aglomerações
estruturadas no mundo espiritual pode ser admitida como garantida. Mas, também estão ausentes da codificação outros fenôm fe nômeno enoss psíq psíqui uicos cos que que fora foram m desco descober bertos tos a poste posterio riori, ri, demonstrando que a previsã isão por Kardec do caráter prog progre ress ssiv ivo o do Esp Espirit iritis ismo mo est está plena lenam mente ente em curs curso. o. Deixando extremismos de lado, isso aumenta ainda mais a impo import rtâância da obr obra de Karde ardec, c, porq porque ue dem demons onstra tra sua sua exccelênc ex lência ia como método de explor loração, além de obra pioneira. Dian Diante te dess desses es rela relato toss e con conve verg rgên ênci ciaa de opin opiniõ iões es,, como se posicionar diante da realidade da morte? Nós que
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aind aindaa nos nos fixam fixamos os dema demasi siad ado o em aspe aspecto ctoss ex exter ternos nos,, não não devemos também nos levar pelas aparências. O que ocorrerá fora de nós depende exclusivamente de como somos dentro de nós. Diferente do mundo material, onde sofremos com imposições externas, no Mundo Maior a condição em que esta estare remo moss depe depend nder eráá de como como te tem mos apren prend dido ido a ser e pensar dentro de nós. nós. Assim, em vez de se desprezar os relatos detalhados do Mundo Espiritual devemos neles ver as obras e criações dos próprios ios Espírit írito os a reflet letir ou exteriorizar no espaço e no fluido universal suas próprias criações mentais. Nesse sentido, a Lei Maior que nos guia não nos obrigará a nada. Nenhum tormento aguarda o criminoso além de sua própria consciência já incendiada pela culpa. Da mesma forma, nenhum descanso prêmio seguirá a morte do justo, que já aprendeu a cultuar a paz dentro de si mesmo. Essa ssa é, assim, im, a dife iferenç ença capita ital que existe iste entre as descrições da vida futura no Espiritismo e as antigas crenças no céu e inferno de então. Nunca houve prova mais garantida da indefectível justiça Divina. Ademir Xavier PhD em Física
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1. Introdução Quando
ouvimos
companheiro iros,
estudios iosos
da
Doutrina dos Espíritos, dizerem que as colônias espirituais menc mencion ionad adas as por por Andr Andréé Luiz, Luiz, via via psico psicogr graf afia ia de Fran Francis cisco co Cândido Xavier (1910-2002), não existem ficamos a pensar se somos nós que estamos equivocados, ou são eles que estão certos?! Isso Isso nos preoc reocu upa sobr sobrem emaaneir neiraa vist visto o ser nosso osso objetivo objetivo o de não fugir fugir dos conceitos emanados emanados das obras obras da Codificação Espírita; mais ainda: quando vamos às tribunas, nas casas espíritas, fazer estudos de temas evangélicos ou dout doutri rin nário ários, s, o que que fa fala lamo moss ness nessas as opor oportu tuni nida dade des, s, para ara muitas pessoas, é visto como se fosse tudo ponto doutrinário, já que nos veem como que falando em nome da Doutrina, como como se tivés ivésse sem mos dela dela uma uma proc procu uração ção, e não não com como interpretando seus postulados. Há uma orientação de Erasto que não podemos nos esquecer dela; caso contrário, repudiaremos qualquer nova ideia: Na dúvi dúvida da,, abst abstéém-te, -te, diz diz um de voss ossos antigos provérbios; não admitais, pois, senão o
13 que que vos vos é de uma ev evid idên ênci ciaa cert certa. a. Desde que uma opinião nova surge, por pouco que ela vos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógica; o que a razão e o bom senso reprovam, reprovam, rejeitai-o ousadamente; mais vale vale repe repeli lirr dez dez verd verdad ades, es, do que admi admiti tirr uma única mentira, uma única teoria falsa. falsa. Com efeito, sobre essa teoria, poderíeis edificar todo um sistema que desabaria ao primeiro sopro da verdade, como um monumento edificado sobre uma areia movediça; ao passo que, se rejeitais hoje certas verdades, porque elas não vos são demonstradas lógica e claramente, logo um fato brutal, ou uma demonstração irrefutável, virá vos afirmar a sua autenticidade. (KARDEC, 1993f, p. 242, grifo nosso).
Então, devemos ter mente aberta para o novo; porém, deve devemos mos anal analisá isá-l -lo, o, pass passan ando do-o -o pelo pelo crivo crivo da lógica lógica e da razã razão, o, para para ev evita itarr que que seja sejamo moss fa faci cilm lmen ente te enga engana nado doss por por idei ideias as esta estapa pafú fúrd rdia ias. s. É impo import rtan ante te,, ta tamb mbém ém,, abd abdicar icar da ojeriza gratuita que, às vezes, temos por coisas que julgamos fora da Codificação, pois pode estar lá e ainda não as vimos. Fazemos nossas estas palavras de Allan Kardec (1804-1869): “Apelo “Apelo para todos os adversários de boa-fé e os adjuro a que digam se se deram ao trabalho de estudar o que criticam”. (KARDEC). Há uma frase que aprendemos, no interior das Minas Gerais, que é bem verdade e que merece a reflexão de todos nós: “Não se deve jogar fora a água da bacia com a criança dentro”.
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2. O mundo invisível A iniciativa de estudar o tema surgiu quando estávamos lendo a obra Devassando o invisível , de Yvonne do Amaral Pereira (1900-1984), em que a autora, no Capítulo I, “Nada de novo…” novo…”, apresenta vários argumentos para defender de fender a realidade das colônias espirituais, contrapondo-se, ao que se deduz do teor do texto, aos que, na sua época (a Introdução é datada de dez/1962), não as aceitam como realid realidad ade; e; não não é, porta portant nto, o, uma uma obra obra medi mediún única ica;; refle reflete, te, apen apenas as,, a opin opiniã ião o pess pessoa oall da médi médium um,, calc calcad adaa nas nas suas suas experiên exper iênci cias as prov provin inda dass do ex exer ercíc cício io de sua sua medi mediun unida idade, de, notadamente a de emancipação consciente de sua alma. O que achamos fantástico é a menção que Yvonne faz de personalidades renomadas terem comungado com essa ideia; entre elas, e de um modo especial, cita nada menos que Léon Denis (1846-1927), que sabemos ter sido o continuador de Kardec, após o seu desencarne. Yvonne A. Pereira tece várias considerações, quanto à poss possib ibililid idad adee de ex exis isti tire rem m colô colôn nias ias no mund mundo o espi espiri ritu tuaal; dentre elas destacamos:
15 Desde esde o adve advent nto o da Dout Doutri rina na Espí Espíri rita ta,, os nobres habitantes do mundo espiritual que se têm comunicado com os homens, através de grande variedade de médiuns, afirmam ser a Terra um pálido reflexo do Espaço. “O Livro dos Médiuns”, de Alla Allan n Karde ardec, c, no belo belo capí capítu tulo lo VIII VIII – “Do “Do Laboratório do Mundo Invisível” – é fecundo em explicações que oferecem base para estudos e conclusões muito profundas quanto à vertiginosa intensidade do plano invisível, a possibilidade de realizações, ali, por assim dizer, “materiais”, que as entidades desencarnadas sempre afirmaram e que nos últimos tempos vêm confirmando com insistência e pormenores dignos de atenção. E no precioso compêndio “A Gênese”, também de Allan Kardec, lemos o seguinte, no capítulo XIV, sob o título – Ação dos Espíritos sobre os fluidos – Criações fluídicas – Fotografias do pensamento: pensamento: “Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bemdizer zer, a atmos tmosfe fera ra dos dos sere seress espi spiritua ituaiis; o elemento donde eles tiram os materiais sobre que opera peram; m; o meio meio onde onde ocor ocorre rem m os fenô fenôme meno noss espe especi ciai ais, s, perc percep eptí tívveis eis à visão visão e à audi audiçã ção o do Espírito, mas que escapam aos sentidos carnais, impre impressi ssioná onáve veis is somente somente à matér matéria ia tangív tangível; el; o meio eio onde onde se form formaa a luz luz pecu peculiliar ar ao mund mundo o espiritual, diferente, pela causa e pelos efeitos, da luz ordinária; finalmente, o veículo do pensamento, como o ar o é do som. “Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. (O grifo é nosso.) Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, um a forma, um a coloração determinada; mudam-lhes as propriedades, como um quí químic mico muda muda a dos dos gas gases ou de outros tros corpos combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual”.
16 (Parágrafos 13 e 14.) E, no pará parágr graf afo o 3, dess dessee mesm mesmo o capí capítu tulo lo,, encontraremos: “No estado de eterização, o fluido cósmico não é unif unifor orme me:: sem sem deix deixar ar de ser ser et etér éreeo, sofr sofree modif odific icaç açõe õess tã tão o va vari riad adas as em gêne gênero ro e mais mais numerosas talvez do que no estado de matéria tangív tangível el.. Essas Essas modif modifica icaçõe çõess consti constitue tuem m fluid fluidos os dist distin into toss que, que, embo embora ra proc proced eden ente tess do mesm mesmo o princípio, são dotados de propriedades especiais e dão dão luga lugarr aos aos fenô fenôme meno noss pecu peculiliare aress ao mundo mundo invisível. Dentro da relatividade de tudo, esses fluidos têm para os Espíritos, que também são fluídicos, uma aparência tão material, quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados, e são, para eles, o que são para nós as substâncias do mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam para para prod produz uzir irem em dete determ rmina inado doss efei efeito tos, s, como como fazem os homens com os seus materiais, ainda que por processos diferentes”. Os próp própri rios os Espír Espírit itos os dito ditoss sofr sofred edor ores es,, at atéé mesmo os criminosos, que se costumam aprese apresentar ntar em bem dirigi dirigidas das sessõe sessõess prátic práticas, as, narram acontecimentos reais, positivos, que no Invisível se sucedem, um modo de viver e de agir, no Espa Espaço ço,, mui muito dist distan anci ciad ado o daqu daquel elee esta estado do vago, go, inde indefi finí nívvel, inexp nexprress essivo ivo, que que mui muitos tos ente entend ndeem seja seja o únic único o ve verd rdad adei eiro ro,, quan quando do a Revelação propala, desde o início, um mundo de vida vi da intens intensa, a, mundo mundo real real e de reali realida dade dess, onde onde o trab trabal alho ho se desd desdo obra bra ao infi infini nitto e as realizações não conhecem ocasos. Nas entrelinhas de grande grandess e concei conceituad tuadas as obras obras doutr doutriná inária rias, s, existem claras alusões a sociedades, ou “colônias”, “colônias”, organizadas no Além-Túmulo, Além-Túmulo, onde avultam cida cidade des, s, casa casas, s, palá paláccios, ios, jard jardin ins, s, etc., etc., etc. […]. (PEREIRA, 1987a, p. 10-12, grifo do original) .
Esses argumentos são pertinentes e, s.m.j., condizem com o que se poderia esperar de um estudioso em defesa de seu ponto de vist ista, ou seja, basear-se nas obras da
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Codificação. A surpresa maior veio na sequência, quando Yvonne cita Léon Denis: Na erud erudit itaa e enca encant ntad ador oraa obra obra “De “Depois pois da Morte”, do eminente colaborador de Allan Kardec, Léon éon Deni Denis, s, o qual qual,, como como sabe sabem mos, os, além além de primoroso escritor foi um grande inspirado pelos Espíritos de escol, à página 235 da 7ª edição (FEB), Cap. XXXV, a exposição dessa tese não somente é fecunda e expressiva, como também mescl mesclad adaa de gran grande de bele beleza za,, como como tudo tudo o que que passou por aquele cérebro e aquela pena. Diz Léon Denis, na citada obra: “O Espírito, pelo poder da sua vontade, opera sobre os fluidos do Espaço, combina-os e os dispõe a seu gosto, dá-lhes as cores e as formas que convêm ao seu fim. É por meio dess desses es flui fluido doss que que se ex exec ecut utam am obra obrass que que desa desafi fiam am tod toda comp compar araç ação ão e toda toda anál anális ise. e. Construções aéreas, de cores brilhantes, de zimb zimbór ório ioss resp respla land ndec ecen ente tes: s: circ circos os imensos onde se reúnem em conselho os delegados delegados do Universo; Universo; templos de vastas vastas proporções, donde se elevam acordes de uma harmonia divina; quadros variados, luminosos: reproduções de vidas human manas, vidas de fé e de sac sacrif rifício, cio, apostolados dolorosos, dramas do Infinito (1). (1). Como Como desc descrev rever er magn magnif ific icên ênci cias as que que os próprios Espíritos se declaram impotentes para expr ex prim imir ir no voca vocabul bulári ário o human humano? o? É ness nessas as mora mo rada dass fluí luídi diccas que que se oste ostent ntam am as pompas das festas espirituais. espirituais. Os Espíritos pur puros, os, ofu fusc scan anttes de luz, uz, se agrup grupam am em famílias. Seu brilho e as cores variadas de seus invó invólu lucro cross perm permit item em medi medirr a sua elev elevaçã ação, o, determinar os seus atributos”. (Os grifos são nossos.). E aind aindaa outr outros os trec trecho hoss dess dessee belo belo volu volume me trazem azem info inform rmaç açõe õess a resp respeeito do assu assunt nto o, bastando que o leiamos com a devida atenção,
18 bem assim vários capítulos de outra obra sua – “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”. Em outro magnífico livro do grande Denis – “No Invisível” –, à página 470, no cap. XXVI, da 3ª edição (FEB), há também este pequeno trecho, prof profund undo o comp comple lexo xo,, suge sugest stiv ivo, o, desc descor orti tinan nando do afirmações grandiosas: “Dante Alighieri é médium incomparável. Sua Sua “Div “Divin inaa Comé Comédi dia” a” é uma uma pere peregr grin inaç ação ão atravé atravéss dos mundos mundos invisív invisíveis eis.. Ozanã, o principal autor católico que já analisou essa obra obra geni genial al,, reco reconhe nhece ce que o seu plano é calc calcad ado o nas gr gran ande dess linh linhas as da inic inicia iação ção nos nos mi misstéri térios os antig ntigos os,, cujo cujo pr priincí ncípio, io, como é sabido, era a comunhão com o oculto” oculto”. (Os grifos são nossos.) Assi Assim m se ex expr pres essa sa o grand grandee insp inspir irad ado o Léon Léon Denis, em suas obras, e, se mais não transc nscrev revemos aqui, será por por econ conomia de espaço, que precisaremos atender. Do exposto, no entanto, deduziremos que a “Divina Comédia” não apresenta tão somente fantasias, como imaginaram os próprios eruditos, mas ocorrências reai reaiss do Além Além--Túmul Túmulo, o, que que o poet poetaa visi vision onári ário o mesclou de divagações, talvez propositadamente, numa numa época época de incomp incompree reensõ nsões es e precon preconcei ceitos tos ainda mais intransigentes que os verificados em nossos dias (2). _______ _______ (1) São essas reproduções de vidas humanas que os Inst Instrruto utores res Espi Espiri ritu tuai aiss dão dão a ve verr aos aos médiu édiuns ns,, no Espaço, durante o sono letárgico, ou desdobramento, e dos quais se originam os romances mediúnicos, sempre tão atraentes. Vide capítulo VI. (2) Dante Alighieri – Ilustre poeta e pensador italiano, nascido em 1265 e falecido em 1321, autor do poema épic épico o “Div “Divina ina Comé Comédia dia””, consid consider erad ado o “uma “uma das mais mais altas altas concep concepçõe çõess do espír espírit ito o humano humano””. Esse Esse poem poemaa contém as ideias e a filosofia filosofia da Idade Média e se divide em três pontos: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso, e figura uma viagem do poeta ao Mundo Invisível. Pode-se acrescentar que essa obra imortal criou a poesia e a linguagem italianas.
(PEREIRA, 1987a, p. 12-14, grifo do original).
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Apresentar Léon Denis como defensor da causa foi algo como que um tiro certeiro no alvo, porquanto não há o que se falar de serem antidoutrinárias as colocações dele e, muito menos, que tenha dito um absurdo, produto de sua imaginação. Mas Yvonn Mas vonne, e, ao apre aprese sent ntar ar argu argume mento ntoss filos filosófi ófico cos, s, baseada em Denis, não para por aí; com outro personagem, ela busca a vertente científica, ao trazer as considerações do sábio italiano Ernesto Bozzano (1862-1943): Os prec preciiosos osos volum olumes es escr escriitos pel pelo sábi sábio o psiqui psiquista sta italia italiano no Ernest Ernesto o Bozzano Bozzano,, produto produto de severa análise científica, são férteis em apontar esses mesmos locais do Invisível, revelados por Espíritos desencarnados de adiantamento moralespiritual normal, cujas comunicações, psicografadas por vários médiuns desconhecidos uns dos outros, alguns até completamente alheios ao Espiritismo, foram examinadas e cien cienti tifi ficam camen ente te anal analis isada adass por por aque aquele le ilus ilustr tree autor autor.. Ser-no Ser-nos-á s-á impossí impossível vel transc transcrev rever er,, aqui, aqui, muitos trechos de Bozzano a respeito, visto que em suas obras encontramos fartas observações em torno da tese em apreço. Limitar-nos-emos a citar alguns trechos do interessante livro “A Crise da Morte”, onde substancioso noticiário encontraremos sobre o assunto, além de alguns “detalhes fundamentais” da sua análise sobre comu comuni nica caçõ ções es com com Espí Espíri rito toss dese desenc ncar arna nado dos. s. Assim é que, no “Décimo-quarto caso”, analisando uma uma das das comu comuni nica caçõ çõees inse inseri rida dass no mes mesmo volume lume,, Bozz Bozzan ano o obse obserrva que que – a pai paisag sagem “astral” se compõe de duas séries de objetivações do pens pensam amen ento to,, bem bem dist distin inta ta uma da outr outra. a. A primeira é permanente e imutável, por ser a objetivação do pensamento e da vontade de entidades espirituais muito elevadas, prepostas prepostas ao governo das esferas esferas espirituais espirituais inferiores; inferiores; a outra é, ao contrário, transitória e
20 muito mutável; seria a objetivação do pensam nsameento nto e da vonta ontade de de cada cada entida tidade de dese desenc ncar arna nada da,, cria criado dora ra do seu seu próp própri rio o mei meio imediato”. imediato”. (3) (Os grifos são nossos.) À página 153 da referida obra, nas “Conclusões” relativas ao último caso, leremos o seguinte, no “detalhe fundamental” nº 6: “Terem-se “Terem-se achado (os Espíritos recémdesencarnados) num meio espiritual radioso e maravilhoso (no caso de mortos moralmente normais), e num meio tenebroso e opressivo (no caso de mortos moralmente depravados)”. No “detalhe” nº 7: “Terem “Terem reconhecido que o meio espiritual era um novo mundo objetivo, substancial, real, análogo ao meio terrestre espiritualizado” espiritualizado”. No “detalhe” nº 8: “Haverem aprendido que isso era devido ao fato de que, no mundo espiritual, o pensamento constitui uma força criadora, por meio da qual todo Espírito existente no mund mundo o ‘ast ‘astra ral’ l’ pod pode repr reprod oduz uzir ir em torno de si o meio de suas recordações” recordações”. No “detalhe” nº 12: “Terem “Terem aprendido que os Espír Espírit itos os dos dos mortos gravitam fatalmente e automaticamente para a esfera espiritual que lhes convém, por virtude da lei de afinidades” afinidades”. (Os grifos são nossos.) E ponderamos nós: Se os Esp Espíritos dos mort ortos fatalm lme ente e automa tomatticamen mente gravitam para a esfera espiritual que lhes convém, convém, é que tais ais esfe esferras ex exiistia stiam m mesmo esmo antes de eles para lá gravitare arem, cria riadas, as, certamente, por outros Espíritos, com os quais pass passarã arão o a cola colabo bora rarr, na medi medida da das das próp própri rias as forças. Com efeito. No “detalhe secundário” nº 4, do mesmo caso, Bozzano analisa: “Acham-se de acordo
(as
almas
dos
21 mortos) em afirmar que, embora os Espíritos tenham a faculdade de criar mais ou menos bem, pela força do pensamento, o que lhes seja necessário, todavia, quando se trata de obras bras comp compllex exas as e impo import rtan ante tes, s, a ta tare refa fa é confiada a grupos de Espíritos que nisso se especializaram”. Dentre as comuni unicaç cações analisada adas por por Boz Bozzan zano, ressal ssalta tarremos mos as conce oncedi dida dass pelo pelo Espíri Espírito to do inesqu inesquecí ecível vel artist artistaa cinem cinemato atográ gráfic fico o Rodolfo Valentino, falecido em Agosto de 1926, à sua sua espo sposa Na Nata tach chaa Rambo ambow wa, nas nas sess sessõ ões real realiz izad adas as em Nice Nice,, na Fran França ça,, e consi conside dera radas das cientificamente muito importantes, nas quais são citados pormenores desse mundo espiritual, e que muito edificam os estudiosos. Não nos furtaremos ao prazer de oferecer ao leitor um substancioso trech recho o das das mesm mesmas as comu comuni nica caçõ ções es.. Assi Assim m se expressa o Espírito do célebre “astro”, através da psicog psicograf rafia ia do médiu médium m nortenorte-ame americ ricano ano,, Jorge Jorge Benjamim Wehner, dirigindo-se à sua esposa: – “Aqui, tudo o que existe parece constituído em virtude das diferentes modalidades pelas quais se manifesta a força do pensamento. Afirmam-me que a substância sobre que se exerce a força do pensamento é, na realidade, mais sólida e mais durável durável do que as pedras e os metais no meio terrestre. terrestre. Muita uitass difi ificul culdad dades enco ncontr ntrais, ais, natu natura rallment mente, e, para ara conc conceb eber er seme semelh lhan ante te coisa, que, parece, não se concilia com a ideia que se pode formar das modalidades em que deverá manifestar-se a força do pensamento. Eu, por minha parte, imaginava tratar-se de criações formadas de uma matéria vaporosa; elas, porém, são, ao contrário, mais sólidas e revestidas de cores mais vivas, do que o são os obje objeto toss sóli sólido doss e colo colori rido doss do meio meio terrestre… As habitações são construídas por por Espír Espírit itos os que que se espec especia iali liza zara ram m em modelar, pela força do pensamento, essa matéria espiritual. espiritual. Eles as constroem sempre tais como as desejam os Espíritos, pois que tomam às subconsciências destes últimos os
22 gabaritos mentais de seus desejos”. (Os grifos são nossos.) ______ ______ (3) Certa vez, durante um transporte em corpo astral, tivemos ocasião de visitar, no Espaço, conduzida pelo Espírito de nossa mãe, uma tia falecida havia três anos, Sra. Ernestina Ferraz, de quem fôramos muito amiga e de quem quem rece recebê bêra ramo mos, s, semp sempre re,, muit muitas as prov provas as de dedicação e ternura maternal, sobre a Terra. Recebeunos em “um meio imediato”, segundo as expressões de Bozzano, criado por ela própria, pois havia um salão de visitas idêntico ao de sua antiga residência terrena, com o ve velh lho o piano iano de car carva valh lho o que que fora ora seu (ou (ou a sua sua reprodução reprodução fluídica), e que, presentemente, se encontra em nosso poder. Aberto, com a partitura no local devido, o piano fluídico era dedilhado por sua irmã caçula, Luísa, também já falecida, a qual ela própria educara, inclusive ensinando-lhe música. Tal a realidade da criação que, talvez perturbada com a situação frisante, exclamamos, algo vexada: – Oh, Oh, titia titia!! O seu seu pian piano o está está nece necess ssita itado do de um reparo… reparo… está desafinado… desafinado… mas prometo que o mandarei consertar… E ela, prontamente: – Nã Não o te inco incomo mode des, s, minh minhaa filh filha, a, com com este este meu meu piano… Presentemente, o piano, devidamente conservado, é mantido como recordação da boa amiga que tanto nos serviu.
(PEREIRA, 1987a, p. 14-17, grifo do original).
Bom; o apoio de Bozzano é importante, porquanto foi um dos cient cientis istas tas que, que, lá nos nos primó primórd rdios ios da Codif Codifica icaçã ção, o, estudou as manifestações dos Espíritos. Pensa que a Yvonne parou?! Nada, pois ainda apresenta um novo personagem; trata-se do rev. rev. George Vale Owen (1869-1931), religioso e médium inglês: Um livro ainda mais antigo do que as obras de Bozzano - “A Vida Além do Véu” – obtido também mediunicamente pelo pastor protestante Rev. G. Vale Owen, Owen, tornou tornou-se -se célebr célebree no assunto assunto,, pois pois
23 que que o Espír Espírit ito o da geni genito tora ra do próp própri rio o médi médium um narra ao filho, em comunicações periódicas, as mesmas construções fluídicas do mundo espi espiri ritua tual, l, isto isto é, jardi jardins, ns, estr estrada adass pito pitore resc scas, as, habitações, cidades, etc. semelhante médium é, certamente, insuspe speito, visto que, como prot protes esta tant nte, e, seri seriam am bem bem outr outras as as idei ideias as que que alimenta ntaria quan uanto à vida espiritual. al. Tais comunicações, em sua maioria, datam do ano de 1913. 913. Conv Convém ém del delicia iciarm rmos os,, aind ainda, a, as noss nossas as alma almass com algu alguns ns pequ pequen enos os tre trecho chos de tã tão o interessante livro: – “Pode agora fazer-me o favor de descrever sua casa, paisagens, etc.?” – Pergunta o Rev. Vale Owen ao Espírito de sua mãe. E este responde: – “É a Terra aperfe rfeiçoada. da. Certo rto, o que que chamais quarta dimensão, até certo ponto existe aqui, mas não podemos descrevê-la claramente. Nós temos montes, rios, belas florestas, e muitas casas; tudo foi preparado pelos que nos precederam. Trabalhamos, atualmente, por nossa vez, construindo e regulando tudo para os que, ainda durante algum tempo, têm que continuar a sua luta na Terra. Quando eles vierem, encontrarão tudo pronto e preparado para recebêlos”. – “O tecido e a cor do nosso vestuário tomam a sua qualidade do estado espiritual e do caráter de quem o usa. (O grifo é nosso.) O nosso ambiente é parte de nós mesmos e a luz é um impor mporta tant ntee comp compon onen ente te do noss nosso o ambi ambien entte. Entretanto, é de poderosa aplicação, debaixo de certas condições, como poderemos ver naqueles salões”. – “Não teriam de ser demolidas (as edificações), para aproveitar-se depois o material em nova construção. Seria ele aproveitado com o prédio em pé. O tempo não tem ação de espécie alguma sobre as nossas edificações. Elas não se desf desfaz azem em nem nem se arru arruín ínam am.. Sua Sua dura durabi bililida dade de depende apenas da vontade dos donos, e, enquanto eles quiserem, o edifício ficará de pé, poden podendo do ser alter alterado ado ou modif modifica icado do consoa consoante nte
24 seus desejos. – “…porque “…porque estas esferas são espirituais e não materiais “. (Grifo nosso.) E o livro todo assim prossegue, em revelações bela belass e simp simple les, s, lógi lógica cass e edif edific ican ante tes, s, o que que confi confirm rmaa o noti notici ciár ário io de muito muitoss médi médiun uns, s, que que tamb ta mbém ém chegam chegam a ve veri rifi fica carr ta tais is real realid idad ades es do mundo invisível durante seus desdobramentos em espírito. (PEREIRA, 1987a, p. 17-18, grifo do original).
Portanto, com esses três autores citados, a médium Yvonne A. Pereira conseguiu nos convencer da realidade das colô colôni nias as espi espiri ritu tuaais, is, ou cons constr truç uçõe õess diver iversa sass no mund mundo o espiritual. Sim, ela com as provas apresentadas, venceu o nosso “achismo”. A nosso ver, o que ela apresenta vem, judiciosamente, corroborar muitas coisas relacionadas ao tema citadas nas obras inspiradas pelo Espírito André Luiz, que, ultimamente, têm sido questionadas por vários companheiros, que, talvez, não tenham atentado pelo que Léon Denis, Ernesto Bozzano e Georg Georgee Vale Owen Owen apre aprese senta ntam m em suas suas respec respectiv tivas as obra obras, s, conforme exposto nos apontamentos de Yvonne. Depo Depois is de apr apresen esenta tarr algun lgunss trec trecho hoss da obra obra de Yvonn onne Perei ereirra, ire iremos mos ver se na Codi Codiffica icação ção pode podem mos encontrar “espaço” para defender essa ideia.
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3. As colônias espirituais e a codificação Alguns companheiros têm as obras de Kardec como se nela nelass a dou doutrin trinaa esti estive vess ssee comp comple leta ta e acab acabad ada; a; poré porém, m, parece-nos, não ser bem esse o pensamento do Codificador: Mas, dir-se-á, ao lado destes fatos [referindose às manifestações espíritas] tendes uma teoria, uma uma dout doutri rina na;; quem vos diz que essa teoria não sofrerá variações; variações; que a de hoje será a mesma em alguns anos? Sem dúvida, ela pode sofrer modificações em seus detalhes, em consequência de novas observaçõe ções. Mas estan tando o princípio doravante adquirido, não pode variar e ainda menos ser anulado; aí está o essencial. essencial. Desde Copérn pérniico e Galileu, calcul culou-se melhor o movimento da Terra e dos astros, mas o fato do movimento permaneceu com o princípio. (KARDEC, 2000c, p. 40, grifo nosso). […] As lacunas que a teoria atual pode ainda encerrar se encherão do mesmo modo. O Espiritismo está longe de ter dito a última palavra, quanto às suas consequências, mas é inabalável em sua base, porque esta base se assenta sobre os fatos. fatos. (KARDEC, 2000c, p. 41, grifo nosso). O Livro dos Espíritos não é um tratado comp comple leto to do Espi Espiri riti tism smo o; não faz senão colocar-lhe as bases e os pontos fundamentais, que devem se desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação. (KARDEC, 1993j, p.
26 223, grifo nosso). Se bem que o Espiritismo não haja dito ainda a sua última palavra sobre todos os pontos, ele se aproxima de seu complemento, e o momento não está longe em que lhe será necessário dar uma base forte e durável, suscetível, no entanto, de receber todos os desenvolvimentos que as circu circunst nstân ânci cias as ulte ulteri rior ores es compo comport rtar arem em,, e dando toda segurança àqueles que se perguntam quem lhe lhe tomará as rédea deas depois de nós. nós. (KARDEC, 1993j, p. 370, grifo nosso). O programa da Doutrina não será, pois, invariável senão sobre os princípios passados ao estado de verdades constatadas; constatadas; para os outros, ela não os admitirá, como sempre o fez, senão a título de hipó hipóte tese sess até até a conf confir irma maçã ção o. Se lhe for demons monstr trad ado o que que ela está está no err erro sobr sobree um ponto nto, ela se modifi ificará cará sobr sobree esse sse pont ponto o. (KARDEC, 1993j, p. 377, grifo nosso). Além disso sso, con convé vém m notar que em part parte e alguma o ensino espírita foi dado integralmente; integralmente; ele diz diz resp respeeito a tã tão o grande ande número de observações, a assuntos tão difer diferent entes, es, exigin exigindo do conheci conhecime mento ntoss e aptidõ aptidões es mediúnicas espe specia ciais, que impos possív sível era acharem-se reunidas num mesmo ponto todas as condições necessárias. […]. A rev revelaç elação ão fazfaz-se se assi assim m parc parcia ialm lmen ente te em diversos lugares e por uma multidão de intermediários e é dessa maneira que pross rosseg egu ue ainda inda,, pois pois que que nem nem tudo tudo foi foi revelado. revelado. (KARDEC, 2007e, p. 49, grifo nosso). […] Caminhando de par com o progresso, o Esp Espirit iritis ismo mo jama jamais is será será ultra ltrapa pass ssad ado, o, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem estar em erro acerca de um ponto onto qualq ualque uer, r, ele ele se mo modi difficar icará á ness nesse e ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará. aceitará. (KARDEC, 2007e, p. 54, grifo nosso).
Existem mais considerações de Kardec, mas essas aqui
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citadas já são suficientes para se perceber que o Espiritismo não é uma Doutrina acabada e nem fechada; pode (e deve), sim, sim, incor incorpo pora rarr novo novoss pont pontos os que que não não fora foram m defini definido doss no início da Codificação e, se for o caso, modificar-se naquilo em que a Ciência provar que ele está errado. Fora isso, ainda devemos considerar que o ensino dos Espíritos também é progressivo, conforme confor me Kardec disse: O Espir Espirit itis ismo mo,, hoje hoje,, proj projet etaa luz luz sobre sobre uma uma imens mensid idaade de pont ponto os obsc obscur uro os; não não a lanç lança, a, poré porém, m, inco incons nsid ider erad adam amen ente te.. Com Com admir dmiráv ável el prudência se conduzem os Espíritos, ao darem suas instruções. Só gradual e sucess sucessiv ivam amen ente te consid consider erar aram am as di diver versa sass partes já partes já conhecidas da Doutrina, deixando as outras partes para serem reveladas à medida que se for tornando oportuno fazê-las sair da obscuridade. obscuridade. Se a houvessem apresentado completa desde o primeiro momento, somente a reduzido número de pessoas se teria ela mostrado acessível; houvera mesmo assustado as que não se achassem preparadas para recebê-la, do que resultaria ficar prejudicada a sua propagação. Se, pois ois, os Esp Espíri íritos tos ainda não não dizem tudo ostensivamente, ostensivamente, não é porque haja na Doutrina mistérios em que só alguns privilegiados possam penetrar, nem porque eles coloquem a lâmpada debaixo debaixo do alqueire; alqueire; é porque cada coisa tem de vir no momento oportuno. oportuno. Eles dão a cada ideia deia te temp mpo o para para amadu madure rece cerr e pro propaga pagarr-se se,, antes que apresentem outra, e aos acontecimentos o de preparar a aceitação dessa outra. (KARDEC, outra. (KARDEC, 2007c, p. 370-371, grifo nosso).
É bom lembrar que Jesus disse “Tenho “Tenho ainda muito a vos dizer, mas não podeis suportar agora” agora” (Jo 16,12); ora, se o Mestre, com toda a sua capacidade de se fazer entender, sentiu que não conseguiria fazer com que seus discípulos o
28 entendessem, é de se esperar que todos os Espíritos que estavam envolvidos na Codificação, sob a coordenação do Espírito de Verdade, também não iriam se fazer entender, face as suas imperfeições humanas. Adem demais, is, te temo moss que que sep separar arar o que que é cont contrrário ário a pontos doutrinários daquilo que não veio a fazer parte da Codi Codifficaç icação ão,, por por não não te terr sido sido lev levado ado à cons consid ider eraç ação ão dos dos Espíritos ou por motivos da própria evolução do conhecimento humano, pois são duas situações completamente diferentes. Parece-nos que alguns companheiros estão tomando da resposta à pergunta 87, para dizer que não há colônias, umbral, etc.; assim, vamos transcrevê-la com a respectiva pergunta: 87. Ocupam os Espíritos uma determinada e circunscrita no espaço? espaço?
região
“Estão por toda parte. Povoam infinitamente os espaços infinitos. Tendes Tendes muitos deles de contínuo a vosso sso lado, observando-vos e sobre bre vós atuando, sem o perceberdes, pois que os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de Seus Seus desí desígn gniios pro provide videnc ncia iaiis. Ne Nem m todo todos, s, porém, vão a toda parte, por isso que há regiões interditas aos menos adiantados.” adiantados.” (KARDEC, 2007a, p. 102).
A afirm irmação ção de não hav haver regiã egião o dete determ rmin inaada e circunscrita no espaço nada tem a ver com a existência ou não das colôn lônias ias espir spirit itu uais, is, que, atualme lmente, tantos ntos companheiros atacam; porém, ao que tudo indica, eles estão
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levando em consideração o conceito, então vigente à época, de “cé “céu” e “infe inferrno” loc localiza izados, os, ou sej seja, como loc locais circunscritos, como sendo um espaço físico delimitado. Fácil perceber isso pelo que os Espíritos disseram em resposta à pergunta 1012: 1012. Haverá 1012. Haverá no Universo lugares circunscritos para as penas e gozos g ozos dos Espíritos segundo seus merecimentos? “J “Já resp respon ond demos emos a esta esta perg ergunta unta.. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição dos Espíritos. Cada um tira de si mesmo o princípio de sua felicidade ou de sua desgraça. E como como eles estão por toda parte, parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado existe especialmente destinado a uma ou outra coisa. coisa. Quanto aos encarnados, esses são mais ou menos felizes ou desgraçados, conforme é mais ou menos adiantado o mundo em que habitam.” habitam.” – De acordo, então, com o que vindes de dize dizer, r, o infe inferno rno e o para paraís íso o não não ex exis iste tem, m, ta tais is como o homem os imagina? “São simples alegorias: por toda parte há Espíritos ditosos e inditosos. Entretanto, conforme tamb ambém já disse ssemos, os Esp Espírit írito os de uma mesma ordem se reúnem por simpatia; mas podem reunir-se onde queiram, queiram, quando são perfeitos.” (KARDEC, 2007a, p. 530-531, grifo nosso).
Ao que comenta Kardec: A loca locallizaç ização ão abso absolu luta ta das das regi regiõe õess das das penas e das recompensas só na imaginação do homem existe. existe. Provém da sua tendência a mate materi riaalizar izar e circ circun unsc scre revver as coisa oisas, s, cuja cuja essência infinita não lhe é possível compreender. (KARDEC, 2007a, p. 531, grifo nosso).
30 VêVê-se, port ortanto, que o foco oco é a ide ideia de “céu” e “inferno” como locais de pena e gozo g ozo eternos; et ernos; logo, não deve ser tomada a resposta da pergunta 87, aqui mencionada ao afir af irma mare rem m “Já respo responde ndemos mos a esta esta perg pergun unta ta””, como como algo algo contrário contrário às informações informações sobre as colônias colônias espirituais, espirituais, vindas de várias fontes, conforme procuraremos demonstrar neste estudo, a possibilidade da existência delas. Ente Entend ndem emos os que as colô colôni nias as estã estão o em comp comple leta ta semelhança com as características dos mundos transitórios, referi referidos dos nas quest questões ões 234 a 236 236 de O Livro dos Espíritos, Espíritos, que são apenas acampamentos temporários. 234. Há, de fato, como já foi dito, mundos que servem de estações ou pontos de repouso aos Espíritos errantes? “Sim, há mundos particularmente destin destinado adoss aos seres seres errantes errantes,, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, temporária, espécies de bivaques, de campos onde descansem descans em de uma demasiada longa erraticidade, estado este sempre um tanto penoso. São, entre os outros mundos, posições intermédias, graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos Espíritos que a elas podem ter acesso e onde eles gozam de maior ou o u menor men or bem-estar bem -estar..” a) - Os Espíritos que habitam esses mundos podem deixá-los deixá-los livremente? “Sim, os Espíritos que se encontram nesses mundos podem deixá-los, a fim de irem para onde devam ir. Figurai-os como bandos de aves que pousam numa ilha, para aí aguardarem que se lhes refaçam as forças, a fim de seguirem seu destino.” 235. Enqu Enquan anto to perm perman anec ecem em nos nos mund mundos os transitórios, os Espíritos progridem?
31 “Certamente. Os que vão a tais mundos levam o objetivo de se instruírem e de poderem mais facilmente obter permissão para passar a outros luga lugare ress melh melhor ores es e chega chegarr à perf perfei eiçã ção o que que os eleitos atingem.” 236. Pela sua natureza especial, os mundos trans ransiitório rios se cons onservam per perpetuamente destinados aos Espíritos errantes? “Não, a condição ção deles é mera eramente ente temporária. temporária.” a) – Esse Essess mund mundos os são são ao mesm mesmo o te temp mpo o habitados por seres corpóreos? “Não; estéril é neles a superfície. Os que os habitam de nada precisam.” precisam.” b) – É permanente essa esterilidade e decorre da natureza especial que apresentam? “Não; são estéreis transitoriamente. transitoriamente.” c) – Os mundo mundoss dessa dessa cate catego gori riaa care carece cem m então de belezas naturais? “A Natureza reflete as belezas da imensidade, que não são menos admiráveis do que aquilo a que dais o nome de belezas naturais.” d) – Sendo transitório o estado de semelhantes mundos, a Terra pertencerá algum dia ao número deles? “Já pertenceu.” pertenceu.” e) - Em que época? “Durante a sua formação.” formação.” (KARDEC, 2007a, p. 180-182, grifo nosso).
Dentro do que foi dito, os mundos transitórios são planetas estéreis, onde Espíritos errantes vivem tem te mpor poraria riament mente, e,
não não
há
Espír spírit itos os
encar ncarna nado doss
nele neles. s.
Entendemos que, sendo habitações temporárias, haverá neles construções, compatíveis com a matéria do plano espiritual,
32 par para as at ativ ivid idad ades es que que os Espí Espíri rito toss err errante antess poss possam am se instruir, desenvolvendo-se intelectual e moralmente, e que elas, certamente, serão, para nós, fluídicas, embora, para os Espíritos errantes, sejam materiais. Emb Embora possa ser algo lgo que todo todoss nós sab sabemos, achamos ser ser necessá essárrio def efin inir ir o que sejam Esp Espírit írito os errantes, para se evitar maiores confusões. Excetuando-se os Espírit íritos os puros, ros, todos dos outros ros Esp Espíri íritos tos que não não estã estão o encarnados e encarnados e que aguardam a sua vez de reencarnar são designados de Espíritos errantes. (vide perguntas 223 a 233 de O Livro dos Espíritos). Espíritos). Então, fica claro que, nos mundos transitórios, não havendo Espíritos encarnados, os que lá se encontram estão na condição de Espíritos desencarnados, ou seja seja,, Espí Espírritos itos err errante antes. s. E send sendo o esse essess mund mundos os esté estére reis is,, certamente, que, se houver alguma construção neles, há que ser de matéria etérea, ou em algum estado que nós, pelo que entendemos o que seja matéria, não a compreendemos, por falta de parâmetro. Uma informação interessante, com a qual se pode ver que as coisas são mais complexas do que aparentam, é que […] O Sol não Sol não seria mundo habitado por seres corpó rpóreos, mas simp simple lesm smen ente te um luga lugarr de reunião reunião dos Espíritos Espíritos superiores, os quais de lá irradiam seus pensamentos para os outros mundos, mundos, que que eles les diri dirige gem m por por inte interm rméd édiio de Espíritos menos elevados, transmitindo-os a estes por por meio meio do flui fluido do univ univer ersa sal. l. […]. […]. (KAR (KARDE DEC, C, 2007a, p. 150, grifo nosso).
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Tomarem omaremos, os, agora agora,, da obra obra O Céu e o Inferno Inferno para análise de alguns de seus trechos: […] Além lém diss isso, em vez de perdi rdidos nas profundezas do Espaço, estão ao redor de nós; o mundo corporal e o mundo espiritual identificamse em perpétuas relações, assistindo-se mutuamente. (p. 28). Existem, Existem, portanto, portanto, dois mundos: mundos: o corporal , composto de Espíritos encarnados; e o espiritual , formado dos Espíritos desencarnados. Os seres do mundo corporal, devido mesmo à materialidade do seu seu envo envolt ltór ório io,, estã estão o liga ligado doss à Terra erra ou a qualquer globo; o mundo espiritual ostenta-se ostenta-se por toda parte, em redor de nós como no Espa Espaço ço,, sem sem lim imit ite e algu algum m desi design gnad ado o. Em razão mesmo da natureza fluídica do seu envoltório, os seres que o compõem, em lugar de se locomo comovverem peno penosa same ment ntee sobr sobree o solo solo,, transp nspõem as distânci ncias com a rapidez do pensamento. A morte do corpo não é mais que a ruptura dos laços que os retinham cativos. (p. 32). O mundo espiritual tem esplendores por toda toda part parte e, har harmonias e sen sensaçõe ções que que os Espíri Espíritos tos inferi inferiore ores, s, submet submetid idos os à influê influênci nciaa da matéria, não entreveem sequer, e que somente são acessíveis aos Espíritos purificados. (p. 33). O Espírito progride igualmente na erraticidade, erraticidade, adquirindo conhecimentos espe specia ciais que que não não pode poderria obte terr na Terra, rra, e modificando as suas ideias. […]. (p. 36). 12. A felicidade dos Espíritos bem-aventurados não consis consiste te na ociosi ociosidade dade contem contempla plati tiva, va, que seria, como temos dito muitas vezes, uma eterna e fastidiosa inutilidade. A vida espiritual em todos os seus graus é, ao contr contrár ário io,, uma uma cons constan tante te ativ ativid idad ade, e, mas atividade isenta de fadigas. fadigas . (p. 37). 15. 15. Todas odas as inte inteliligê gênc ncias ias conco concorr rrem em,, pois pois,, para ara a obra bra geral, qual qualqu quer er que seja seja o grau
34 atingido, e cada uma na medida das suas forças, seja no estado de encarnação ou no espiritual. Por toda parte a atividade, atividade , desde a base ao ápice da escala, instruindo-se, coadj coadjuv uvan ando do-s -see em mútuo mútuo apoi apoio, o, dando dando-se -se as mãos para alcançarem o zênite. (p. 38). 25º – Espíritos há mergulhados em densa treva; treva; outros se encontram em absoluto insul nsulam amen ento to no Espa Espaço ço,, at ator orme ment ntad ados os pela ignorância da própria posição, como da sorte que os aguarda. Os mais culpados padecem torturas muito mais pungentes por não lhes entreverem um termo. Alguns são privados de ver os seres queridos, e todo todos, s, ger geralme alment nte, e, passa passam m com com inte intens nsida idade de relativa pelos males, pelas dores e privações que a outre outrem m ocasi ocasiona onaram ram.. Esta situação perdura até que o desejo de reparação pelo arr rrep epen end dim imen entto lhes lhes trag traga a a calm calma a para para entrever a possibilidade de, por eles mesmos, pôr um termo à sua situação. situação. 26º – Para o orgulhoso relegado às classes inferiores, é suplício ver acima dele colocados, cheios de glória e bem-estar, os que na Terra desprezara. desprezara. O hipócrita vê desvendados, penetrados e lidos por todo o mundo os seus mais secretos pensamentos, sem que os possa ocultar ou diss dissiimula mular; r; o sáti sátiro ro,, na impo impotê tênc ncia ia de os saciar, tem na exaltação dos bestiais desejos o mais atroz tormento; vê o avaro o esbanjamento inevitável do seu seu tesouro, enquant uanto o que o egoísta, desam samparado de todos, sofre as consequências da sua atitude terrena; nem a sede nem a fome lhe serão mitigadas, nem amigas mãos se lhe estenderão às suas mãos súplices; e pois que em vida só de si cuidara, ninguém dele se compadecerá na morte. (p. 105-106). (KARDEC, 2007d, passim 2007d, passim,, grifo nosso).
Acreditamos que tudo o que acima é falado pode, sim, servir de base para que a vida no mundo espiritual não seja apenas uma bela tela com “anjos tocando harpa”; é ativa e
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com com reai reaiss poss possib ibililid idad ades es de apre aprend nder ermo moss muit muitas as cois coisas as,, quando nele estamos, no intervalo das reencarnações: “Por toda a parte, no mundo espiritual, atividade, em nenhum ponto a ociosidade ocio sidade inútil”. inútil”. (KARDEC, 2007e, p. 251). O que é mais importante na obra O Céu e o Inferno vem agor gora. Trata ta-s -see de uma uma mensa ensag gem ass assinad inadaa pela pela Condess Condessaa Pa Paula ula,, classif classifica icada da por Kardec ardec entre entre os Espírit Espíritos os felizes. Depois de destacar d estacar as qualidades morais da Condessa, informando que ela havia falecido aos 36 anos de idade, no ano de 1851, que “um de seus parentes, parentes, evocou-a doze anos depois pois de falec lecida ida, e obte bteve, em resp espost osta a diver iversa sass perguntas, a seguinte comunicação (2)”: “Tendes “Tendes razão, amigo, em pensar que sou feliz. Assim é, efetivamente, e mais ainda do que a linguagem pode exprimir, conquanto longe do seu últi último mo grau grau.. Ma Mass eu est estive ive na Terra erra entr entree os felizes, pois não me lembro de haver aí experimentado um só desgosto real. Juventude, homenagens, saúde, fortuna, tudo o que entre vós outros constitui felicidade eu possuía! O que é, no entanto, essa felicidade comparada à que desfruto aqui? Esplêndidas Esplêndidas festas terrenas em que se ostentam os mais ricos paramentos, o que são elas comparadas a estas asse assembl mblei eias as de Espír Espírito itoss respl resplend endent entes es de brilho que as vossas vistas não suportariam, suportariam, brilho que é o apanágio da sua sua pureza? Os vossos palácios de dourados salões, que são eles eles compa comparad rados os a estas estas morad moradas as aére aéreas as,, vastas regiões do Espaço matizadas de cores que obum obumbr brar ariiam o arco arco-í -írris? is? Os vo voss ssos os passeios, a contados passos nos parques, a que se reduzem, comparados aos percursos da imensidade, mais céleres que o raio? “Hori “Horizon zontes tes nebul nebulosos osos e limi limitad tados, os, que que
36 são, comparados ao espetáculo de mundos a moverem-se no Universo infinito ao influxo do Altíssimo? E Altíssimo? E como são monótonos os vossos concertos mais harmoniosos em relação à suave melodia que faz vibrar os fluidos do éter e todas as fibras d'alma! E como são tristes e insípidas as vossas maiores alegrias comparadas à sensação inefável de felicidade que nos satura todo o ser como um eflúv flúviio benéfic fico, sem mescla de inquietação, de apreensão, de sofrimento?! Aqui, tudo ressumbra amor, confiança, sinceridade: por toda parte corações amantes, amigos por toda parte! “Nem invejosos, nem ciumentos! É este o mundo em que me encontro, meu amigo, e ao qual chegareis infalivelmente, se seguirdes o reto caminho da vida. “A felicidade uniforme fatigaria, no entanto, e assim não acrediteis que a nossa seja extreme de peri peripé péci cias as:: nem nem conc concer erto to per perene, ene, nem nem fest festaa inte interm rminá ináve vel, l, nem beat beatíf ífic icaa cont contem empl plaç ação ão por por toda a eternidad dade, porém rém o movimento, a atividade, a vida. “A “As ocupações, posto sto que isenta ntas de fadiga, ga, reveste stem-se -se de persp erspe ectivas e emoções variáveis e incessantes, pelos mil incidentes que se lhes filiam. Tem cada qual sua sua mi miss ssão ão a cump cumpri rir, r, seus seus pr prot oteg egid idos os a velar, velar, amigos terrenos a visitar, visitar, mecanismos na Natu Nature reza za a di diri rigi gir, r, alm lmas as sofr sofred edor oras as a consolar; e é o vaivém, não de uma rua a outra, porém, de um a outro mundo; reunindo-nos, separando-nos para novamente nos juntarmos; e, reunidos em certo erto pont ponto, o, comu comuni nica camo mo-n -nos os o trab trabal alho ho realizado, feli elicitando-n o-nos pelo peloss êxi êxitos obti obtido dos; s; ajus ajusta tamo mo-n -nos os,, mutu mutuam amen ente te nos nos assi assist stiimo moss nos nos caso casoss di diffícei íceiss. Fina Finalm lmen ente te,, asse assegu guro ro--vos que que ning ningué uém m tem te temp mpo o para para enfadar-se, por um segundo que seja. Presentemente, a Terra é o magno assunto das noss nossas as cogi cogita taçõ ções es.. Que Que movi movime ment nto o entr entree os Espíritos! Que numerosas falanges aí afluem, a fim de lhe auxilia liarem o progr rogre esso e a
37 evolução! Dir-se-ia evolução! Dir-se-ia uma nuvem de trabalhadores a destrinçarem uma floresta, sob as ordens de chefes experimentados; abatem uns os troncos secul secular ares es,, arra arranca ncamm-lh lhes es as raíz raízes es prof profund undas as,, desbastam outros o terreno; amanham estes a terra, semeando; edificam aqueles a nova cidade sobre as ruínas carunchosas de um velho mundo. Neste comenos reúnem-se os chefes em conf nfeerênci ncia e transm nsmitem suas ordens por mensageiros, em todas as direções. A Terra deve regenerar-se, em dado tempo – pois importa que os desígnios da Providência se realizem, e, assim, tem cada cada qual qual o seu papel apel.. Nã Não o me jul julgue gueis simples expectadora desta grande empresa, o que me enver envergo gonha nhari ria, a, uma uma vez vez que que todos odos nel nela trabalham. trabalham. Impo Import rtan antte miss missão ão me é afet afeta, a, e grandemente me esforço por cumpri-la, o melhor possível. Não foi sem luta que alcancei a posição que ora ocupo na vida espiritual; e ficai certo de que a minha última existência, por mais meritória que porventura vos pareça, não era por si só e a tanto suficiente. Em várias existências passei por provas de trabalho e miséria que voluntariamente havia escolhido para fortalecer e depurar o meu Espí Espíri rito to;; dessa dessass prov provas as tive tive a dita dita de triu triunfa nfarr, vindo a faltar, no entanto, uma, porventura de todas a mais perigosa: a da fortuna e bem-estar materiais, Nessa consistia o perigo. E antes de o tent te ntar ar,, eu quis quis senti sentirr-me me assaz assaz forte forte para para não sucumbir. Deus, tendo em vista as minhas boas intenções, concedeu-me a graça do seu auxílio. Muitos Espíritos há que, seduzidos por aparências, pres pressur suros osos os esco escolh lhem em essa essa prov prova, a, mas, mas, frac fracos os para para afro afront ntar ar-l -lhe he os peri perigo gos, s, deix deixam am que que as seduções do mundo triunfem da sua inexperiência. “Trabalhadores! “Trabalhadores! estou nas vossas fileiras: eu, a dama nobre, ganhei como vós o pão com o suor do meu meu rost rosto o; satu sature reii-me me de priv privaç açõe ões, s, sofr sofrii reveses e foi isso que me retemperou as forças da alma; do contrário eu teria falido na última prova, o que que me te teri riaa deix deixad ado o par para trás trás,, na minh minhaa carreira. “Como eu, também vós tereis a vossa prova da riqueza, mas não vos apresseis em pedi-la muito
38 cedo. E vós outros, ricos, tende sempre em mente que a verdadeira fortuna, a fortuna imorredoura, não existe na Terra; procurai antes saber o preço pelo qual podeis alcançar os benefícios do TodoPoderoso. Paula, na Terra Condessa de ***” de ***” _______ _______ (2) (2) Dest Destaa comun comunic icaç ação ão,, cujo cujo orig origin inal al é em alem alemão ão,, extraímos os tópicos que interessam ao assunto de que nos ocupamos, suprimindo os de natureza exclusivamente familiar.
(KARDEC, 2007d, p. 238-240, grifo nosso).
Fizemos questão de transcrever tudo, porquanto, além das “moradas aéreas”, a Condessa informa outras part particu icula lari rida dades des da vida vida espir espiritu itual. al. Aqui Aqui,, entã então, o, podem podemos os afirmar, com segurança, que na Codificação tem, sim, aquilo que alguns confrades querem combater como se não fosse doutrinário. Mais algumas informações informações merecem ser transcritas transcritas de O Céu e Inferno, Inferno, por terem algo de útil ao nosso estudo: – P. Que Que regi regiõ ões habi habita taiis? Acas Acaso o algu algum m
planeta? – R. Tudo Tudo que que não não seja seja plane laneta ta,, constitui o que chamais Espaço e é neste que permaneço. permaneço. O homem não pode, contudo, calcular, fazer uma ideia, sequer, do número de grada gradaçõe çõess desta desta imens imensida idade. de. Que infini infinidad dadee de escalas nesta escada de Jacob que vai da Terra ao Céu, isto é, do aviltamento da encarnação em mund mundo o infe inferi rior or,, como como esse esse,, at atéé a depu depura raçã ção o compl complet etaa da alma alma!! Ao lugar em que ora me enco encont ntro ro não não cheg chega a senã senão o depo depois is de uma uma série enorme de provas, ou, por outra, de encarnações. encarnações. (KAR (KARDE DEC, C, 2007d 007d,, p. 232, 232, grif grifo o nosso).
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O Espírito identificado como “um médico russo”, entre os vários felizes que Kardec apresenta, afirma que reside num lugar no espaço, demonstrando também haver graduações no plano espiritual. – P. E como como Espí Espíri rito to,, agor agora, a, tendes tendes ainda ainda ocupações? ocupações? – R. Acrediteis então que os Espíritos ficassem inativ inativos? os? A inação inação,, a inutil inutilida idade de ser-no ser-nos-i s-iaa um suplício. A minha miss ssão ão é guiar centros ros espíritas a os quais inspiro bons pensame samen ntos, tos, ao mes mesmo tempo que me esfo esforç rço o por por neut neutra rali liza zarr os suge sugeri rido doss por por maus Espíritos. Espíritos. (KARDEC, 2007d, p. 236, grifo nosso).
Dessa comunicação de Bernardin, podemos confirmar que os Espíritos de condições mais elevadas trabalha, e, no caso caso em ques uestã tão o, sua sua missã issão o é ser ser prot protet etor or de Ce Cent ntro ross Espíritas. Kardec comentando a situação de Claire, um espírito sofredor, diz: Esses Espíritos, Espíritos, quando desencarnado, não pode podem m pronta prontamen mente te adqui adquiri rirr a deli delica cade deza za dos dos sentimentos e, durante um tempo mais ou menos longo, ocup ocupar arão ão as cama camada dass infe inferi rior ores es do mundo espiritual, espiritual, tal como acontece na Terra: ass assim perm perman aneecerã cerão o enqu enquan anto to rebel ebelde dess ao progresso, mas, como o tempo a experiência, as tribulações e misérias das sucessivas encarnações, chegará o momento de conceberem algo algo de melh melhor or do que que entã então o poss possuí uíam am;; […]. […]. (KARDEC, 2007d, p. 311, grifo nosso).
Ao menciona ionarr as camadas infe inferriore ioress do mundo
40 espiritual, Kardec sanciona a existência de níveis vibracionais diferenciados ou, em outras palavras, esferas espirituais, que atraem atra em par para si os Espí Espíri rito toss que que se asse asseme melh lham am às suas suas características ou vibrações. Para confirmar seu pensamento, Kardec Kardec indaga do Espírito S. Luís: Que devemos entender por trevas em que se acham mergulhadas certas almas sofredoras? sofredoras? Serão as referidas tantas vezes na Escritura? Obtendo como resposta: Sim, efetiv efe tivame amente nte,, as desig designada nadass por Jesus Jesus e pelos pelos profetas em referência ao castigo dos maus. […]. (KARDEC, 2007d, p. 311, grifo nosso).
Evocado, novamente, o Espírito Claire, vejamos o que ela disse: Eis-me aqui. Também eu posso responder à perg pergunt unta a rela relati tiva va às treva trevas, s, pois pois vagu vaguei ei e sofri por muito tempo nesses limbos onde tudo tudo é solu soluço ço e mi misé séri rias as.. Sim, Sim, ex exis isttem as trev revas visí visívveis de que que fala fala a Esc Escritu ritura ra,, e os desgraçados que deixam a vida, ignorantes ou cul culpado pados, s, depo depois is das das prov provaç açõe õess te terr rren enas as são são impe mpelid lidos a fri fria reg região ião, inco nconsc nscient ientes es de si mesmos e do seu destino. Acr Acreditando ndo na pere pereni nida dade de dess dessaa situ situaçã ação, o, a sua lingu linguag agem em é ainda a da vida que os seduziu, e admiram-se e espan espanta tamm-se se da profun profunda da soli solidã dão: o: trevas trevas são, são, pois, esses lugares povoados e ao mesmo temp tempo o dese desert rtos os,, espaços em que erram obscuros Espíritos lastimosos, sem consolo, sem afeições, sem socorro de espécie alguma. […] As trevas para o Espírito são: a ignorância, o vácuo, o horror ao desconhecido… Não posso continuar… Claire. Claire . (KARDEC, 2007d, p. 313-314, grifo nosso).
Aqui se confirma o que foi dito antes em relação às
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cam camada adas inf inferio eriore ress do mundo undo esp espirit iritu ual, que, que, em nad nada diferem
daquilo
que,
na
literatura
André
Luiz,
se
convencionou chamar de Umbral. Vej ejaamos mos o diálo iálogo go com com um Esp Espírit írito o que que come comete teu u suicídio: – Vede edes o vosso osso aman amantte, com o qual qual vos suic suiciidast dastees? – R. Na Nada da vejo, jo, nem mesm esmo os Espí Espíri rito toss que que comi comigo go erra erram m neste neste mund mundo. o. Que noit oite! Que Que noi noite! E que que véu esp espess sso o me circunda a fronte! […]. Acreditais na perenidade dessa situação? – R. Oh! Oh! Sempr empree! Semp Sempre re!! Ouço Ouço às veze vezess riso risoss inf inferna ernais is,, vo voze zess horr horren enda dass que que brada radam: m: sempre assim! assim! (KARDEC, 2007d, p. 329, grifo nosso).
A pobre coitada dessa alma além de viver nas trevas, ainda ouvia vozes dizendo que permaneceria para sempre nessa condição. Outro Espírito de suicida clamou ouvir vozes, trata-se de Félicien, que, a certa altura de sua comunicação, reclama: […] […] orai orai,, prin princi cipa palm lmen ente te,, para para que que me ve veja ja livre livre desse dessess hórridos companheiros que aqui estã estão o junt junto o de mi mim, m, obse obsedi dian ando do-m -me e com com gritos, sorrisos e infernais motejos. motejos. Eles me cham chamam am de cov covard arde, e com razã azão, porq porque ue é covardia renunciar à vida. […]. (KARDEC, 2007d, p. 344, grifo nosso).
Os relatos que temos nas obras de André Luiz também nos nos dão dão cont contaa de situ situaç açõe õess bem bem seme semelh lhan ante tes, s, inc inclusi lusivve, acontecida com o próprio autor espiritual, que confessa que
42 ouvia vozes a dizer-lhe: “Suicida! Suicida! Criminoso infame!” (XAVIER, (XAVIER, 1995, p. 21). Na
Revista
Espírita
1865 ,
encontramos
comunica icação ass assina inada pelo espír spíriito Mesm esmer,
uma
da qual
transcrevemos este pequeno trecho: O mundo dos invisíveis é como o vosso; em luga ugar de ser mater terial e gross rosse eiro iro, é fluídico, etéreo, da natureza do perispírito, perispírito, que que é o ve verda rdade deir iro o corpo corpo do Espír Espírit ito, o, haurid haurido o nesses meios moleculares, como o vosso se forma de coisas mais palpáveis, tangíveis, tang íveis, materiais. O mundo dos Espíritos não é o reflexo do voss osso; é o vos vosso que que é uma uma gross rosse eira ira e muito imperfeita imagem do reino de alémtúmulo. (KARDEC, 2000c, p. 160, grifo nosso).
Trazem azemos os algo algo que que Karde rdec diss dissee que, que, julg julgam amos os,, confirma tudo isso: “Consideramos, “Consideramos, pois, o mundo dos Espíritos como o duplo do mundo corpóreo, corpóreo, como como uma fraçã fração o da Human Humanida idade de […]. […].” (KAR (KARDEC DEC,, 1993i, 1993i, p. 110, 110, grifo grifo nosso). Em O Livro dos Espíritos, Espíritos, na resposta à pergunta “Os “Os Espíritos das diferentes ordens se acham misturados uns com os outros?” (nº (nº 278), lemos: Sim e não. Quer dizer: eles se veem, mas se disti stingue nguem m uns uns dos dos outro tros. Evi Evita tamm-se se ou se aproximam, conforme a simpatia ou a antipatia que reciprocamente uns inspiram aos outros, tal qual qual sucede entre entre vós. Constituem um mundo do qual ual o voss osso é pálido refl eflexo. xo. Os Os da mesma categoria se reúnem por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias, famílias ,
43 unidos pelos laços da simpatia e pelos fins a que visam: os bons, pelo desejo de fazerem o bem; os maus, pelo de fazerem o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se acharem entre os que se lhes assemelham. assemelham. (KARDEC, 2007a, p. 205, grifo nosso).
Explicando, Kardec compara: Tal uma grande cidade onde os homens de todas as classes e de todas as condições se veem e enco encont ntrram, sem sem se conf confun undi dire rem m; onde onde as sociedades se formam pela analogia dos gostos; onde onde a virt virtud udee e o víci vício o se acot acoto ove vela lam, m, sem sem trocarem palavra. (KARDEC, 2007a, p. 205).
Ora, se, como dito, o nosso mundo é um pálido reflexo do mundo esp espirit iritu ual, onde os Esp Espírit íritos os se reú reúnem por afinidade, formando grupos ou famílias, não é todo improvável; aliás, para nós, é até lógico, constituírem locais ou mesmo cidades para isso. No artigo “Confissão de Voltaire”, publicado na Revista Espírit Espíritaa 1859 1859, Kardec ardec just justif ifica ica a sua sua publ publica icaçã ção, o, dize dizend ndo, o, entre outras coisas, que “comunicação que aqui inserimos com tanto maior bom grado porque ela apresenta um lado emin emineente ntemente nte ins instrutiv tivo do ponto de vist ista espírit íritaa” (KARDEC, 1993e, p. 234), dela transcrevemos apenas dois parágrafos, porque têm a ver com o nosso tema: Foi, eu o digo, zombador e desconfiado que abordei o mundo espírita. Primeiro eiro fui cond conduz uzid ido o para para long longe e das das habi habita taçõ ções es dos dos Espíritos, Espíritos, e percorri o espaço imenso. Em segui guida, me foi foi perm permit itid ido o lanç lançar ar os olho olhoss sobr obre as cons consttruçõe ções mar maravilh ilhosas osas das
44 morada mora dass espí espíri rita tass e, com com efei efeito to,, elas elas me pareceram pareceram surpreendentes surpreendentes;; fui impelido, aqui e ali, por uma força irresistível; tive que ver, e ver até que minha alma transbordasse pelos espl esplen endo dore res, s, e derr derrot otad adaa dian diante te do pode poderr que contro ntrola lavva ta tais is mara aravilh vilhas as.. Enfi Enfim, m, qui quis me esconder e me agachar no oco das rochas, mas não pude. Foi nesse momento que meu coração começou a sen sentir tir uma uma nece necess ssid idad adee de ex expa pand ndiir; uma uma associação qualquer tornou-se urgente, porque eu queimava para dizer o quanto fora induzido ao erro, não por outros, mas pelos meus próprios sonhos. Não me restava mais a ilusão quanto à minha importância pessoal, porque eu não sentia senã senão o muit muito o o quan quanto to era era pouc poucaa cois coisaa ness nessee grand grandee mundo mundo dos Espírit Espíritos. os. Estava, enfim, de tal modo caído de desgosto e de humilhação, que me foi permitido permitido juntar-me a alguns dos habitantes. habitantes. Foi dali ali que que pude ude con contemplar a posição que me fizera na Terra, e o que disso resultou, para mim no mundo espírita. Eu vos deixo ixo o acr acredita ditarr se essa ssa aprec precia iaçã ção o foifoi-me me riso risonh nha. a. (KAR (KARDE DEC, C, 1993 1993e, e, p. 237237-2 238, 38, grif grifo o nosso).
Segu Seguee-se se em nota nota algun lgunss come coment ntár ário ioss de Karde ardec, c, destacamos este: Nunca talvez talvez um quadro mais grandioso e mais mais im impr pres essi sion onan ante te foi foi dado dado do mund mundo o espírita, espírita, e da infl influê uênc ncia ia das das ideia deiass te terr rres estr tres es sobre as ideias de além-tumulo. […]. (KARDEC, 1993e, 238, grifo nosso).
Ora, não resta dúvida de que Kardec não estranhou a existência de habitações e construções no mundo espiritual, aliás, pelas considerações que fez, estava de pleno acordo com essas informações do Espírito Voltaire. Há aind ainda, a, na Revista Espírita 1859, 1859, um artigo sob o
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títu título lo de “Mús “Músic icaa de alémlém-tú túmu mulo lo””, onde onde cons consta ta que, ue, na reunião da Sociedade Espírita de Paris, realizada a 08 de abril, os espíritos dos compositores Mozart e Chopin foram evocados. Da parte em que relata o diálogo com Chopin, transcrevemos: 20. Estais bem errante? – R. Sim; quer dizer que não pertenço a nenhum planeta exclusivamente. 21. E vosso ossoss execut ecutan ante tes, s, estã estão o ta tam mbém bém errantes? – Errantes como eu. 22. (A Moza Mozart rt)) Terí eríeis a bond bondaade de nos nos explicar car o que que Chopin aca acaba de dizer? – R. Conc Conceb ebo o vosso vosso espan espanto to;; toda todavi via, a, dissemo-vos que há mundos mundos partic particular ularmen mente te atribu atribuídos ídos aos seres errantes, mundos nos quais podem habitar temp empora orariamente; esp spé écies de acam acampa pamen mentos tos,, de campo camposs para para repou repousar sar seus espíritos fatigados por uma longa errat erratici icidad dade, e, estado estado sempre sempre um pouco pouco penoso penoso.. (KARDEC, 1993e, p. 125, grifo nosso).
Tendo
em
vista
essa
referência
a
mundos
inte interm rmed ediá iári rios os ou tran transi sitó tóri rios os,, dest destin inad ados os aos aos Esp Espírit íritos os err errantes, es, ou seja, os que se enco ncontra tram na dimen mensão são espir espiritu itual al agua aguard rdan ando do nov nova enca encarn rnaç ação ão,, Kardec ardec,, visa visand ndo o aprofundar a questão, resolve, numa outra oportunidade, fora da Sociedade, questionar ao Espírito Santo Agostinho sobre eles, eles, de cujas cujas cons conside idera raçõe çõess pode podemo moss resu resumir mir (KAR (KARDE DEC, C, 1993e, p. 126): – ocup ocupam am posi posiçõ ções es inte interm rmed ediá iári rias as entr entree os outr outros os mundos; – neles os Espíritos têm o objetivo de se instruírem;
46 – têm posição transitória e são destinados a Espíritos errantes; – não são habitados por seres corpóreos; – têm superfície estéril, condição temporária; – durante a sua formaç mação a Terr erra foi um desse essess mundos. Kardec, ao final, faz a seguinte consideração: Essa Essa comun comunic icaç ação ão confi confirm rma, a, uma uma ve vezz mais mais,, essa grande verdade que nada é inútil na Natu Na ture reza za;; cada ada cois coisaa te tem m seu seu obje objeti tivvo, sua sua dest destin inaç açãão; nada ada está está no vazio, zio, tudo tudo está está habitado, a vida está por toda parte. (KARDEC, 1993e, p. 126-127, grifo nosso) .
Sim, caro leitor, a impressão que teve de já ter visto isso antes é correta, pois, tudo aqui dito, foi parar em O Livro dos Espíritos, Espíritos, nas questões 234 a 236, que mencionamos um pouco atrás. Ora, se no Universo há planetas em formação que servem de abrigo a Espíritos errantes, por que não poderia haver, ao redor dos planetas, várias comunidades (colônias espi espirritua ituais is)) par para abri abrigo go dos dos Esp Espírit íritos os vinc vincul ulad ados os a esse esse plan planet eta, a, entr entree uma enca encarn rnaç ação ão e outr outra, a, como como as noss nossas as atuais estações espaciais? Sobre o “ao redor dos planetas” é bom lembrar que exist ex istem em toda toda uma uma popu populaç lação ão de Espíri Espírito toss dese desenc ncar arna nado doss ainda inda vinc vincu ulad lados a cad cada um dele deles. s. Vej ejam amos os,, na Revista
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Espírita 1865 , essa fala de Kardec: Se bem que os Espíritos estejam por toda a parte, os mundos são os lares onde se reúnem de preferência, em razão da analogia que existe entre eles e aqueles que os habitam. habitam. Ao redor dos mundos avançados são mui muitos tos os Espí Espíri rito toss supe superi rior ores es;; ao redo redorr dos dos mundos atrasados pululam os Espíritos inferiores. A Terra é ainda um destes últimos. Cada globo tem, pois, de alguma sorte, a sua população própria em Espíritos encarnados e desencarnados, desencarnados, que se alimenta, em maior part parte, e, pela pela enca encarn rnaç ação ão e dese desenc ncar arna naçã ção o dos dos mesmos Espíritos. Essa população é mais estável nos mundos inferiores, onde os Espíritos são mais apegados à matéria, e mais flutuante nos mundos superiores. (KARDEC, 2000c, p. 72, grifo nosso).
Espe Espera ram mos que não não ente entend ndaam que essa essa vida ida dos Espírit íritos os vinculados à Terr erra consis nsiste te apenas em fica icar aguardando “numa fila” sua nova oportunidade de encarnar: Os Espí Espíri rito tos, s, que que form formam am a popu popula laçã ção o invisível do nosso globo, globo, onde eles já viveram e onde cont contin inua uam m a im imis iscu cuir ir-s -se e na noss nossa a vida, vida, estã estão o natu natura ralm lmen ente te iden identi tifi fica cado doss com com os noss nossos os hábi hábito tos, s, cuja cuja lemb lembra rança nça conse conserv rvam am na erraticidade. […]. (KARDEC, 2007e, p. 417, grifo nosso).
Ainda na Revista Espírita 1865 , no parágrafo anterior ao acima citado, encontramos: […] Os Espíritos felizes, atraídos uns para os outros pela semelhança das ideias, dos gostos, dos senti ntimento ntos, form formam am vasto astoss grup grupos os ou famí famílilias as homo homogê gêne neas as,, no seio seio das das quai quaiss cada cada individualidade irradia suas próprias qualidades, e se penetra dos eflúvios serenos e benfazejos que
48 emana manam m do conj conjun unto to,, cujo cujoss memb membro ross ora ora se dispe dispersa rsam m para para ocupare ocuparem-s m-see de suas suas missõe missões, s, ora se reúnem num ponto qualq lqu uer do espa espaço ço para para dare darem m cont conta a do resu result ltad ado o de seus trabalhos, trabalhos, ora se reúnem ao redor de um Espírito de uma ordem mais elevada, para rece recebe bere rem m seus seus cons conseelhos lhos e suas suas inst instru ruçõ ções es.. (KARDEC, 2000c, p. 72, grifo nosso).
Sobre a questão de se reunirem, vejamos o que está na Revista Espírita 1859: 1859: Considerando-se o número infinito de mundos que povoam povoam o Unive Universo rso e o número número incalc incalculáv ulável el de seres que os habitam, conceber-se-á que os Espíritos têm com que se ocuparem; mas essas ocupações não lhes são penosas; cumprem-nas com alegria, voluntariamente e não por const nstrangimento nto, e sua sua felicidade está stá em triunfa triunfarem rem naquil naquilo o que empree empreende ndem; m; ningué ninguém m sonha com uma ociosidade eterna que seria um verdadeiro suplício. Quando as circunstâncias o exig exigem em,, reún reúnem em-se -se em consel conselho ho,, deli deliber beram am sobre o caminho a seguir, segundo os acontecimentos, dão ordens aos Espíritos que lhes são subordinados, e, em seguida, vão para onde o dever os chama. Essas assembleias são mais ou menos gerais ou particulares, segund undo a importância do assunto; nenhum lugar especial e circunscrito está destinado a essas reuniões: o espaço é o domínio dos Espíritos; toda todav via, ia, de pr pref efer erên ênccia, ia, di diri rig gem-s em-se e aos glob lobos onde onde estã estão o os seus seus obje objeti tivo voss. Os Espí Espíri rito toss enca encarna rnado doss que que aí estã estão o em miss missão ão,, nelas tomam parte segund undo sua sua elevação ção; enquan quanto to seus seus corp corpo os repo repous usam am,, vã vão o haur hauriir conselhos entre os outros Espíritos, frequentemente, receber ordens sobre a conduta que devem ter como homens. Em seu despertar, não têm, é verdade, uma lembrança precisa do que se passou, mas têm a intuição, que os faz agirem como por sua própria iniciativa. (KARDEC, 1993e, p. 91, grifo nosso).
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Se de “preferência, dirigem-se aos globos onde estão os seus objetivos”, não vemos razão alguma para não terem criado as colônias espirituais espirituais ao redor dos planetas, para que a assistência que prestam a seus habitantes seja realizada de maneira mais eficiente. Percebemos que, em parte, a resistência em acreditar em construções no plano espiritual, está no fato em que se fazz analo fa nalog gia, ia, ainda inda que inc inconsc onscie ien nte, com com as te terr rren enas as,, esquecendo-se de que a matéria do plano espiritual não é a mesma que temos na Terra. É preciso recorrermos à obra O Livro dos Espíritos: Espíritos: 22. Define Define-s -see gera geralm lmen ente te a maté matéri riaa como como sendo – o que tem extensão, o que é capaz de nos impressionar os sentidos, o que é impenetrável. São exatas estas definições? “Do vosso ponto de vista, elas o são, porque não falais senão do que conheceis. Mas a maté matéri ria a exis existe te em esta estado doss que que ig igno nora rais is.. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria.” (KARDEC, 2007a, p. 73, grifo nosso).
Port Portan anto to,, não não podem podemos os conce concebe berr as const constru ruçõe çõess do plano espiritual como as a s que temos aqui na Terra. Terra. Na Revista Espírita 1866, 1866, Kardec argumenta: No nosso mundo tudo é matéri matériaa tangív tangível el;; no mundo invisível tudo é, podendo-se assim se exprimir, matéri quer dize dizerr, matéria a in intang tangíve ível l ; quer intangível para nós que não percebemos senão
50 por por órgã órgãos os mate materi riai ais, s, mas mas tang tangív íve el para para os seres desse mundo que percebem percebem pelos seus sentidos sentidos espiri espirituai tuaiss. Tudo é fluídico nesse mundo, homens e coisas, e as coisas ali são tão reais, relativamente, quanto as coisas materiais o são para nós. […]. (KARDEC, (KA RDEC, 1993i, p. 244).
Inte Intere ress ssaante é Karde ardecc te terr ta tam mbém bém se ref efer erid ido o a “coisas” no mundo espiritual, pois se lá só existisse seres espirituais – nada mais além deles –, isso não faria sentido algum. Em A Em A Gênese, Gênese, Capítulo XIV, “Os fluidos”, a matéria do mundo espiritual é denominada de fluidos espirituais: Não é rigorosamente exata a qualificação de fluidos espirituais, espirituais, pois que, em definitivo, eles são sempre matéria mais ou menos quintessenciada. quintessenciada. De realmente espiritual, só a alma alma ou princ princíp ípio io inte intelilige gent nte. e. Dá-se Dá-se-lh -lhes es essa essa denominação por comparação apenas e, sobretudo, pela afinidade que eles guardam com os Espíritos. Pode dizer-se que são a matéria do mundo espiritual, razão por que são chamados fluidos espirituais. (KARDEC, 2007e, p. 316, grifo nosso).
Um pouco mais à frente te,, descrevendo como os Espíritos manipulam os fluidos espirituais, esclarece-nos: 13. – Os fluidos espirituais, espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem-dizer, a atmosfera dos seres espirituais; o elemento donde eles tiram os mater materia iais is sobre sobre que que oper operam am;; o meio onde ocorrem os fenômenos especiais, perceptíveis à visão visão e à audição do Espírito, Espírito, mas que escapam escapam aos sent entid ido os car carnais, impress essionáveis somente à matéria tangível; tangível; o meio onde se
51 forma a luz peculi uliar ao mundo espi spiritual, difere ferent nte, e, pel pela caus causaa e pel pelos efei feitos tos da luz luz ordinária; finalmente, o veículo do pensamento, como o ar o é do som. 14. – Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o home homem. m. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam co m eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma colo colora raçã ção o dete determ rmin inad adas as;; muda mudamm-lh lhes es as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segun segundo do cert certas as leis leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual. (KARDEC, 2007e, p. 322, grifo nosso).
Agindo com o pensamento e a vontade os Espíritos pode podem m cria criarr as cons constr tru uções ções de que prec precis isaam no pla plano espir espiritu itual al.. Aliá Aliás, s, eles, eles, quan quando do se mani manife festa stam, m, pode podem m ser cham chamad ados os de “alm “almas as pena penada das” s”,, nunc nuncaa “alm “almas as pela pelada das” s”,, porquanto a vestimenta, com que sempre se apresentam, é da mesma sma maté térria con constitut tutiva iva do mundo em que se encontram,
ainda
que
alguns
façam
isso
de
forma
inconsciente. A própria questão de outros mundos habitados já é, para muitos de nós, algo ilusório, que vale a pena transcrever os dois parágrafos que iniciam o artigo “As habitações do plan planet etaa Júp Júpiter iter”” assi assina nado do pelo pelo médi médium um Victo ictori rien en Sard Sardou ou (1831 831-1908 908), sob sobre o qual Kardec teceu comentários ios elogiosos:
52 Um gran grande de moti motivo vo de espa espant nto o para para cert certas as pess pessoa oas, s, conv conven enci cida dass aliá aliáss da ex exiistên stênci ciaa dos dos Espíritos (não vou aqui me ocupar das outras), é que tenham, como nós, suas habitações e suas cidades. Não me pouparam as críticas: “Casas de Espíritos em Júpiter!… Que gracejo”… – Gracejo, se assim se o deseja; nada tenho com isso. Se o leitor não encontra aqui, na verossimilhança de explicações, uma prova suficiente de sua verdade; se não não está stá surp surpre reso so,, com como nós, nós, quan quanto to ao perfeito acordo dessas revelações espíritas com os dados mais positivos da ciência astronômica; se não não vê, num numa palavra, senão uma hábil misti istifi fica caçã ção o nos nos deta detalh lhes es que que segu seguem em e nos nos desenhos que os acompanham, convido-o a se expl ex pliicar car com com os Espí Espíri rito tos, s, dos dos quai quaiss não não sou sou senã enão um instr nstrum umeento nto e o eco eco fie fiel. Que Que ele ele evoque Palissy ou Mozart ou um outro habitante dessa morada bem-aventurada, que o interrogue, que que cont contro rolle minh minhas as afir afirma maçõ ções es pela pelass suas suas,, enfim, que discuta com ele: porque, por mim, não faço senão apresentar aqui o que me foi dado, senão repetir o que me foi dito; e para esse papel absolutamente passivo, creio-me ao abrigo tanto da censura como também ta mbém do elogio. […] Como nós, e melhor do que nós, os habitantes de Júpiter têm seus lares comuns e suas suas famí famílilias, as, grupo gruposs harmô harmôni nico coss de Espí Espíri rito toss simpáticos, unidos no triunfo depois de sê-lo na luta: daí as habitações tão espaçosas, as quais se pode aplicar, com justiça, o nome de palácios. Ainda como nós, esses Espíritos têm suas festas, suas suas ceri cerimô môni nias as,, suas suas reun reuniõ iões es públ públic icas as:: daí daí certos edifícios especialmente destinados a esses usos. É preciso prever, enfim, encontrar nessas regiões superiores toda uma Humanidade ativa e laboriosa, como a nossa, submetida como nós às suas leis, às sua suas necessidades, aos seus deveres; mas com essa diferença de que o progresso, rebelde aos nossos esforços, torna-se uma conquista fácil para os Espíritos desligados, como como eles eles o são são, de noss nossos os víci vícios os te terr rres estr tres es.. (KARDEC, 2001a, p. 223).
Embora a situação aqui seja de planeta habitado, vê-
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se que o material das suas construções não corresponde em nada ao que trabalhamos aqui na Terra. Ademais, até os dias de hoje a Ciência ainda não referendou a vida em Júpiter, o que nos leva a concluir que a dimensão que os seres de lá habitam não é a mesma que a nossa.
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4. Estudiosos como outras fontes Primeiramente, destacaremos quatro personagens, os quais colocaremos em ordem de publicação de suas respectivas obras: 1º) 1916 – Raymond: uma prova da existência da alma Sir Sir Oliver Lodg dge e (185 (1851-1 1-194 940) 0),, cien cientis tista ta ing inglês, lês, pesq pesqui uiso sou u os fe fenô nôme meno noss medi mediú único nicos, s, te tend ndo, o, inc inclusi lusive ve,, a oportunidade de comunicar com seu filho Raymond; daí o título da obra, de cujas informações extraímos: L.L. – Lembra-se dum duma sessã ssão em casa, sa, quando me disse que tinha muit uita coisa a transmitir? F. – Sim. O que ele queria era dizer sobre o lug lugar em que se enco encont ntra ra.. Mas não pôde soletrar; muito trabalhoso. E sentiu-se abatido no começo. Você não se sente tão real como a gente daqui, e as paredes agora, para ele, aparecem transp anspar areentes ntes.. A grande coisa que o fez reconciliar-se com o novo ambiente foi que tudo parece sólido e substancial. substancial. A primeira ideia que teve depois de despertar (diz ele) foi de “estar passando”. passando”. Um segundo ou dois com tudo em sombr mbras, as, tud tudo vapor poroso oso e vago. go. É como omo sentiu. A primeira pessoa que o procurou cá foi o
55 vovô vovô.. E depo depois is outr outras as;; sobr sobree algum algumas as apen apenas as ouvira falar. Todas pareceram-lhe tão sólidas que dificilmente dificilmente podia admitir a dmitir tivessem passado. Eu vivo numa morada (diz ele) construída de tijolos – e há árvores e flores, e o chão é sólido. sólido. Se a gente ajoelhar-se na lama, aparentemente suja a roupa. O que ainda não compreendo é que a noite não siga o dia, como no plano plano terres terrestre tre.. Pa Parec recee algum algumas as ve veze zess ficar ficar escuro, quando ele quer que seja escuro, mas o tempo entre a luz e as trevas não é sempre o mesmo. Não sei se está achando isto maçante. (p. 114). Feda – […]. Ele diz que agora não tem necessidade de comer. Mas vê pessoas que a têm; diz que a essas é dado alguma coisa com as apar aparên ênccias ias dos dos alim alimen ento toss terr terres estr tres es.. As criaturas daqui procuram prover-se de tudo que é preciso. Um camarada chegou outro dia e quis um charut ruto. Jul Julgou que eles jamais poderiam fornecer-lhe isso. Mas há aqui laboratórios que manufaturam todo tipo de coisas. Não como fazem na terra, com a matéria sólida, mas com ess ssê ências, éteres, gases. es. Não é o mesmo que no plano terrestre, mas fizeram algo que parecia charuto. charuto. Ele (Raymond) não experimentou nenhum, porque não pensa nisso, o senho enhorr sab sabe. Ma Mass o cama camarrada ada lanç lançou ou-s -see ao charuto. Ao começar a fumá-lo, fartou-se logo; tev evee quat quatro ro,, e agor agoraa não não olha olha nem nem para para um. um. Parece que não tiram mais nenhum gosto disso, e gradualmente vão largando. Logo que chegam querem coisas sas. Alguns querem carne; outros bebidas fortes; pedem whisk isky com soda oda. Não pens ense que estou exag exager eran ando do,, quand quando o di digo go que que aqui aqui podem podem manufaturar estas coisas. coisas. Ele ouviu falar de bêbados que por meses e anos querem beber, mas não viu nenhum. Os que tenho visto, diz ele, não querem mais beber – como aconteceu com sua roupa, que nas novas condições em que está ele, dispensa. (p. 120-121). 120-121). (LODGE, 2012, passim 2012, passim,, grifo nosso).
56 Um pouco mais à frente, Oliver Lodge, faz a seguinte observação, relacionada com essa última transcrição: Sei que alguns dos relatos podem parecer absu absurd rdos os.. Espe Especi cia alm lmen ente te os que que fala falam m da situação no “outro lado” – asserções que não são nem evidenciais, nem verificáveis, verificáveis , e que por isso somos tentados a suprimir ou a fazer que não não surj surjam am.. Em outr utra par parte des deste livro ivro dou dou minhas razões para proceder de modo contrário, anotando-as como surgem. […]. (LODGE, 2012, p. 124, grifo nosso).
Transc ranscrev reverem eremos os essas essas razões razões,, mas mas contin continua uando ndo as descrições de Raymond: Raymond: Feda – Diz ele: ele: É um lugar tão sólido que ainda não venci os obstáculos. Admiravelmente Admiravelmente real. Ele falou a seu pai de um rio; o mar ainda não vi viu u. Enc Encontrou água gua, mas não não sabe se encontrará o mar. Está cada dia fazendo novas descobertas. Muita coisa é nova, mas não para os que já de algum tempo aqui vivem. Ele entrou numa biblioteca com seu avô – o vovô William – e também com alguém de nome Richard, e diz que os livros são os mesmos que vocês leem. Agora Agora,, uma cois coisa a extr extrao aord rdin inári ária: a: Há lá obra obrass que que aind ainda a não não fora foram m publ public icad adas as no plan pl ano o terr terres estr tre e. Foi informado – apenas informado, não sabe por si – de que esses livros aparecerão um dia, livros como os que já apareceram; e que a matéria desses livros será impressa no cérebro de algum homem que ficará como o autor. (p. 127). Lady Lodge – Ha aí ruas, então? Feda – Sim. Raymond gostou de ver ruas e casas. casas. Em certo tempo pensei que podiam ser criações do nosso pens ensamento. Todo odos gravitam para um lugar que lhes é
57 adequado. adequado. Mãe, não há juiz nem tribunal – só gravitação. Tenho visto chegar rapazes cheios de más ideias ideias e vícios. vícios. Vão para um lugar em que eu não quero ero ir – mas não é exatamente o inferno. inferno. Mais parecido a um reformatório. Lugar onde lhes é dado ensejo de melhoria; quando almejais algo melhor, tendes oportunidade de o conse consegui guirr. Eles Eles gravi gravitam tam juntos, juntos, mas ficam ficam tão enfast astiados… Aprende ndei a ajudar-vos a vós mesmos mesmos e imediatam imediatamente ente sereis ajudados. ajudados. Muito igual ao voss sso o mun mundo aí; só que não há deslealdade nem injustiça; uma lei comum age para todos e para cada um. um . (p. 139). (LODGE, 2012, passim 2012, passim,, grifo nosso).
E, finali finalizan zando do,, trazem trazemos os as consider consideraçõ ações es de Lodge Lodge mencionadas um pouco atrás: Objeções contra a substância das comunicações No concernente à substância das comunicações recebidas do “outro lado”, a dificuldade maior é a explicação da semelhança entre as condições do “além” e das da terra; e surge a pergunta: Como é isso poss possíível? el? Minh Minhaa respo espost staa é simp imples: les: provavelmente, por causa da identidade do observador . Não dogmatizo, mas raciocino que no quantum a personalidade humana permanece a mesma esma,, o seu seu pode poderr de inte interp rpre reta taçã ção o será será o mesmo que costumava ser aqui. Em consequência, se interpretamos de certa maneira o nosso mundo material, dessa mesma maneira inte interp rpre reta tare remo moss um mund mundo o eté tére reo o – semp sempre re atrav través és de sent sentid idos os que que apen apenas as dife diferi rirã rão o em detalhes. O mundo externo, como o percebemos, está na dependência dos nossos poderes de percepção e interpretação. Do mesmo modo um quadro, ou qualquer obra de arte. A coisa em si – seja qual for a significação disto – talvez jamai mais a conheçamos. Admito que a proposição constitui uma dificuldade, mas a evidência do ponto vem se firmando desde
58 Swedenborg: o “outro mundo” será sempre repr repres esen enta tado do como como extr extrao aord rdin inar aria iame ment nte e semelhante ao nosso; e embora isto leve ao ceticismo, ceticismo, admito que corresponde corresponde a alguma realidade. Esse realidade. Esse outro mundo parece consistir na contraparte etérea deste. Ou melhor: só há um mundo, do qual vemos o aspecto material e eles veem o aspecto imaterial. A razão disto estará na similari similaridade, dade, ou identidad identidade, e, do observad observador or.. Um sist sistem emaa nerv nervos oso o inte interp rpre reta ta,, ou apre aprese sent ntaa ao espírito cada estímulo proveniente do exterior do modo espe specíf cífico ao qua qual está acostu stumado, qualquer que seja a natureza real desse estímulo. Uma pancada nos olhos, ou a pressão sobre a reti retina, na, é inte interp rpre reta tada da como como luz; luz; a irri irrita taçã ção o do nerv nervo o audi auditi tivvo é inte interp rpre reta tada da como como som. som. Quer Quer dizer que só dum modo mais ou menos costumário é que podemos interpretar as coisas. Entremos em detalhes. A acusação de adm dmit itir irm mos o fuma fumarr e o beber eber,, como como em voga, entre os habitantes do outro mundo, pare parece ce-no -noss pr profu ofunda ndame ment nte e inju injusti stifi fica cada da e fals falsa. a. Uma Uma cita citaçã ção o dest destac acad ada a do contex contexto to frequentemente leva a erronias. erronias. O que meu livro revela, implica de maneira clara que eles, no além, não ocupam o seu tempo com isso; nem que isso seja coisa natural no ambiente. Basta o bom bom sens senso o para para a inter nterpr pret etaç ação ão do caso caso.. Se exis ex iste tem m lá comu comuni nida dade des, s, clar claro o que que não não serã serão o fixas, fixas, ou estaci estacionár onárias ias,, constan constantem tement entee estarão estarão recebendo elementos novos. Meu filho é representado como dizendo que quando elementos novos chegam e ainda se acham em estado de tonteira, dificilmente reconhecem onde se encon ncontr tram am;; e que que pedem dem toda toda a sort sortee de coisas – ainda muito influenciados pelos desejos da terra. Ora, ou muito me engano ou isto é uma lição ortodoxa: os desejos das pessoas sensuais podem persistir e tornar-se parte da sua punição. Sobre o assunto alguém me mandou uma citação do Diár Diáriio Espi Espiri ritu tual al,, de Swed Sweden enbo borg rg,, vol. ol. 1, parágrafo 333: “As almas dos mortos levam do corpo a sua natureza, e por isso continuam a julgar-se no
59 corpo. Manifestam desejos e apetites, como o de comer e outros; de modo que estas coisas pert perten ence cent ntes es ao corp corpo o fica ficam m impre mpress ssas as na alma. Assim as almas retêm a natureza que levam do mundo; e só com a marcha march a do tempo ap perdem. erdem.” ” (LODGE, 2012, p. 188-190, grifo nosso).
O “L.L “L.L”” e “F” “F”, resp respec ecti tivvamen amente te,, sign signif ific icam am Lion Lioneel Lodg Lodge, e, irm irmão de Ray aymo mond nd e Feda, eda, cont contro role le da médi médium um,, atra at ravé véss da qual qual Ray aymo mond nd passa passavva as suas suas mens mensag agens ens e informações ao pai. 2º) 1926 – História do Espiritismo Arthur Conan Doyle (1859-1930), Doyle (1859-1930), foi um escritor e médi médico co brit britân ânico ico,, nasc nascido ido na Escóc Escócia, ia, criad criador or do detet detetiv ivee Sherloc lock
Holme lmes, cujos roma omances polici iciais o fizeram
mundialmente conhecido. O sueco Emanuel Swedenborg (1688-1772), sua visão do mundo espiritual: Verificou que o outro mundo, para onde vamos amos após após a mo mort rte, e, consi onsist ste e de várias rias esferas, esferas, representando outros tantos graus de luminosidade e de felicidade; cada um de nós irá para aquela a que se adapta a nossa condição espiritual. Somos julgados automaticamente, por uma lei espiritual das similitudes; o resultado é determinado pelo resultado global de nossa vida, de modo que a absolvição ou o arrependimento no leit leito o de mort mortee tê têm m pouc pouco o prov provei eito to.. Ne Nessa ssass esfe esfera rass ve veri rifi fico cou u que que o cená cenári rio o e as cond condiç içõe õess dest destee mund mundo o eram eram repr reprod oduz uzid idas as fiel fielme mente nte,, do mesmo modo que a estrutura da sociedade. Viu casa casass onde onde vi vivi viam am famí família lias, s, templ templos os onde onde prati aticavam o cul culto, auditór tórios ios ond onde se
60 reun reunia iam m para para fins ins soci sociai ais, s, palá paláci cios os onde onde deviam morar os chefes. chefes. (DOYLE, 1990, p. 38, grifo nosso).
Andrew Jackson Davis (1826-1910), natural de Nova Iorque, EUA: […] Viu uma vida semelhante à da Terra, uma vida que pode ser chamada semi semima mate teri ria al, com com pr praz azer eres es e obje objeti tivo voss adequados à nossa natureza, que de modo algum se havia transformado transformado pela morte. morte. Viu estudo para os estudiosos, tarefas geniais para os enérgicos, arte para os artistas, beleza para os amantes da Natureza, repouso para os cansados. Viu fases graduadas da vida espiritual, através das quais lentamente se sobe para o sublime e para o celestial. […]. (DOYLE, 1990, p. 68, grifo nosso).
Do Capítulo 25, intitulado “O Depois da morte visto pelos espíritas”, espíritas”, transcrevemos este trecho da fala de Doyle: As condições de vida no além normal — e seria um refle flexo da justi stiça e da misericórdi rdia da Inteligência Central se o além normal não fosse tamb ambém o feliz alé além — são são descri critos com como extraordinariamente felizes. O O ar, as vistas, as casas, o ambiente, as ocupações, tudo tem sido descrito com tantos detalhes e geral eralme ment nte e com com o come coment ntá ário rio de que que as palavras não são capazes de lhes pintar a gloriosa realidade. realidade. Pode ser que haja algo de parábola e de analogia nessas descrições, mas o auto autorr se incl inclin ina a a lhes lhes dar dar inte inteir iro o val valor e acredita que a “Summerland”, como Davis a chamou, ou, é tão real e obj objeti etiva aos seus habitantes quanto o nosso mundo para nós. nós. Fácil é levantar uma objeção: “Por que, então, não a vemos?” Mas devemos imaginar que uma vida etérica se exprime em termos etéricos e que,
61 exatamente como nós, com com cinco inco sentidos materiais, nos afinamos com o mundo material, eles com seus corpos etéricos, se afinam com as vistas e os sons do mundo ndo etéric rico. Aliás o vocábulo “éter” só é usado por conveniência, para expr xprimir mir algo lgo muit muito o mai mais sut sutil que que a noss nossaa atmosf atmosfer era. a. Absol Absoluta utamen mente te não temos temos prova prova de que o éter dos físicos seja também o meio no mundo espiritual. Pode haver outras em comparação com o ar. O céu céu esp espirit iritua uall, pois pois,, pare parecceria eria uma uma sublimada e etérica reprodução da Terra e da vida terrena, em condições melhores e mais elevadas. elevadas. “Em “Embaixo — como em cima, dizia Parac araceelso lso, e fez fez soar soar a nota nota fu fund ndam amen enta tall do univ univers erso, o, quand quando o o proc procla lamo mou. u. […]” […]”.. (DOY (DOYLE LE,, 1990, p. 476-477, grifo nosso).
Antes de passar para o próximo caso, vejamos o que José José He Hercu rculan lano o Pires Pires (191 (19144-19 1979 79), ), na obra obra O Espírito e o Tempo, Tempo, diz sobre Swedenborg: O que que faz Swe Swedenborg org um prec recurs rso or doutrinário do Espiritismo é a sua posição em face do mundo espiritual, que ele considera de maneira quase positiva. positiva. Após a morte, os homens vão para esse mundo, e não são julgados por tribunais, mas por uma lei que dete determ rmin inaa as cond condiç içõ ões em que que passa passarão rão a vive vi ver, r, em pl plan anos os superi superiore oress ou infe inferi riore ores, s, nas diferentes “esferas” da espiritualidade. espiritualidade. Anjos e demônios nada mais eram, para ele, do que seres humanos desencarnados, em diferentes fases fases de evoluçã evolução. o. Suas descrições do mundo espi espiri ritu tual al assem assemel elha ham-s m-se e basta bastant nte e às que que enc encontr ontram amos os nas nas comu comuni niccaçõ ações dada dadass a Kardec ou recebidas atualmen mente pelos los nossos nossos médiuns médiuns.. O Inferno não era lugar de cast castig igo o et eter erno no,, mas mas plan plano o infe inferi rior or,, de que que os espí espíri rito toss podi podiam am subi subirr para para os mais mais elev elevad ados os,, purificando-se. A Terra, um mundo de depuração espiritual. (PIRES, 2003, p. 105, grifo nosso).
62 Nesse capítulo 25, percebe-se que Doyle fazia suas pesquisas tendo, inclusive, realizado reuniões mediúnicas: No gr grup upo o domé domést stic ico o do auto autorr, o Espí Espírrito ito íntimo falou de sua vida no além, respondendo à pergunta: “Que faz você?” – “Ocupo-me o-me de mús música, de cr criianç ança, aman amando do e cuid cuidan ando do de uma uma porç porção ão de outr outras as coisas. Mais muito mais do que na velha Terra. Nada aborrece a gente aqui. E isto torna tudo mais feliz e mais completo.” – “Fale “Fale acerca da morada. morada.” – É bonita nunca vi uma casa na Terra que se comparasse com ela. ela. Tantas flores! – Um mundo de cores em todas as direções; e tem perfumes tão maravilhosos, cada qual diferente, mas tão agradáveis!” – “Vê outras casas?” – “Não; se o fizesse estragaria a paz. A gente só as vezes procura a natureza. Cada casa é um oásis, oásis, se assim posso dizer dizer. Além, há cenários maravilhosos e outras casas cheias de gente querid querida, a, suave, suave, brilhan brilhante, te, risonh risonha, a, alegr alegre, e, pelo pelo simples fato de viver em tão maravilhoso ambiente. Sim, é belo. Nenhuma mente terrena pode conceber a luz e a maravilha disso tudo. As cores são muito mais delicadas e, de um modo geral, a vida doméstica é muito mais radiosa.” Outro resumo do Grupo Doméstico do autor, talvez seja permitido, de vez que as mensagen m ensagenss fora foram m mis mistur turad adas as com muit muitas as pr prov ovas as que que inspiram a mais completa confiança naqueles confiança naqueles que estão ligados aos fatos: “Pelo amor de Deus sacuda essa gente, esses cabe cabeçu çudo doss que que não não quer querem em pens pensar ar.. O mund mundo o necessita desse conhecimento. Se ao menos eu tivesse tido tal conhecimento na Terra! ele teria alterado a minha vida — o Sol teria brilhado sobre o meu caminho sombrio, se eu tivesse conhecido o que está à minha frente. “Nada é chocante aqui. Não há atravessadores. Esto Estou u inte intere ressa ssado do em muit muitas as cois coisas, as, a maio maiori riaa
63 delas humanas, o desenvolvimento do progresso humano e, acima de tudo, a regeneração do plano terreno. Sou um dos que trabalham pela causa braço a braço convosco. “Nada temais. A luz será tanto maior quanto maio maiorr a escu escuri ridã dão o que que tiver iverde dess at atra rave vess ssad ado. o. Voltarei muito breve, se Deus quiser. Nada poderá opor-se. Nem as forças das trevas prevalecerão um minuto contra a Sua luz. Todo o trabalho em mass massaa será será va varri rrido do.. Apoia Apoiaii-vo voss ainda ainda mais mais em nós, porque a nossa capacidade de ajuda é muito grande.” — “Onde estais?” — “É tão difícil explicar-vos as condições aqui. Estou onde mais desejava estar, isto é, com os meus entes queridos, onde posso estar em íntimo contacto com todos no plano terreno.” — “Tendes “Tendes alimento?” alimento?” — “Não no vosso sentido, mas muito mais fino. Tão amáveis essências e tão maravilhosos frutos, além de outras coisas que não tendes na Terra! “Muita coisa vos espera com as quais ficareis surpreendidos — tudo belo e elevado e tão suave e luminoso. A vida foi uma preparação para esta esfer esfera. a. Sem aquel aquelee treina treinamen mento to não teria teria sido sido capaz de entrar neste mundo glorioso de maravilhas. É na Terra que aprendemos as lições e neste mundo está a nossa maior recompensa o nosso verdadeiro e real lar e a vida — o Sol depois da chuva.” (DOYLE, 1990, p. 479-481, grifo nosso).
Confirma-se, como se vê, as informações da existência de casas, alimentação, trabalho, etc. Doyle, demonstra ter pesquisado muito a vida no além: O assunto é tão enorme que apenas pode ser tocado em termos gerais num só capítulo. O leitor é remetido para a maravilhosa literatura que se desenvolveu, dificilmente conhecida pelo mundo,
64 em torno do assunto. Livros como o “Raymond”, de Oliver Lodge; “A Vida Além do Véu”, de Vale Owen; “A Testemunha”, de Mrs. Platts; “O Caso de Lester Coltman”, de Mrs rs.. Wal Walbr broo ook k e muit muitos os outr outros os dão dão uma uma clara e sólida ideia dessa vida do Além. Além . Lend Lendo o essa essass numer numeros osas as descr descriç içõe õess da vida vida depois da morte, a gente naturalmente pergunta até onde podem ser acredi acreditad tadas. as. É confortador verificar quanto são são concordes, o que constitui um argumento em favor da verdade. verdade. Poderiam contestar q ue tal concordância se deve ao fato de derivarem, todas, conscientemente ou não, de uma fonte comum. Mas é uma suposição inconsistente. Muitas delas vêm vê m de gent gentee que que abso bsoluta lutame ment ntee não não podia odia conh conhec ecer er os pont pontos os de vist vistaa dos dos outr outros os,, mas mas ainda concordam, até nos mínimos detalhes. […] (DOYLE, 1990, p. 481, grifo nosso).
3º) 1931 – No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada. explicada. James Arthur Findlay (1883-1964), Findlay (1883-1964), foi presidente da Psychi Psychicc News, News, uma uma revi revist staa brit britân ânic ica, a, líde líderr esp espírit írita, a, e era era conhecido como orador, orador, conferencista, e pesquisador. pesquisador. Durante cinco anos ele fez um estudo especial dos fenômenos de voz direta por meio de John C. Sloan. (www.answers.com/topic/j (www.answers.com/topic/j-arth arthur ur-f -fin indl dlay ay). ). Esse Esse auto autorr é menc mencio iona nado do por por Yvonn vonne. e. A Pereira. Nesse esse outr outro o esta estado do de cons consci ciên ênci cia a, os seres se encontram em ambientes mais ou menos idên idênti tico coss aos aos que aqui aqui nos nos acha achamo mos. s. Crescem árvores e desabrocham flores, flores, não sujeitas, poré porém, m, à mort morte, e, conf confo orme rme a ente entend ndem emos os na Terra. Os vegetais nã o deperecem; desmaterializam-se e desaparecem das vistas. Os ambientes do mundo etéreo são, em grande
65 parte, parte, condicionados condicionados pelos pensamentos pensamentos dos seus habitantes, de forma que, por exemplo, suas casas e modo de viver são, em larga escala escala,, obra deles deles.. Isto, Isto, esclar esclarece ecem-m m-me, e, não quer quer dize dizerr que que o próx próxim imo o plan plano o da vida vida seja seja puramente efeito de projeções mentais, porqua quanto os que lá viv vivem expe xperimenta ntam sens sensaçõ ações es,, quai quaiss as ex expe peri rime ment ntam amos os.. Podem Podem perceber, tocar e cheirar as flores, apanhá-las e, por onde quer que andem, encontram amigos e com eles conversam. Todos os que estão em um plano, disseram-me, podem ver e tocar as coisas que nesse plano existam. Esta a resposta que invariavelmente recebi, sempre que tentei saber se o outro plano é objetivo ou subjetivo. Há muitos planos; mas, em cada um deles, só os que ali se acham experimentam as mesm mesmas as sens sensaç açõe õess. Verifi rifiqu queei por por mim mim própri prio que os Espí spíritos que que me falava lavam m a ninguém mais podiam ver, embora se achassem todos na mesma sala. […] Não é um mundo de sonho o deles; é um mundo de objetiva realidade, vivamente real. Todas as coisas, a música, a arte, os trabalhos construtivos se praticam num grau de elevação, que não nos é possível apreender. Reina grande atividade. Cada um tem o seu labor a executar. executar. Servir aos outros e amar são os padrões éticos que lá prevalecem, num grau muito mais elevado do que aqui. É universal a linguagem, de sorte que todos se entendem uns aos outros. Em geral, vivem juntos os de cada naci naciona onali lida dade de terr terren ena a e fala falam m a líng língua ua de que aqui usaram; usaram; há, porém, uma linguagem comum a todos. Insistiam muito os meus info inform rmant antes es num pont ponto: o: em que, que, entr entree eles eles,, é rígida a disciplina, disciplina, obedecendo todos aos que exercem autoridade. Cada um se acha submetido a Espíritos mais elevados, cujas determinações e instruções têm que ser atentamente obedecidas. É um Estado bem ordenado e governado. governado. Não há noite como a concebemos e a luz que os banha não lhes promana do nosso Sol. Se quiserem repousar, repousar, podem atenuar a luz, sem que jamais se produza a escuridão, como a experimentamos. Perguntados como se
66 nutrem, disseram-me que comem e bebem exatamente como nós e têm do comer e do beber as mesmas sensações que nós, nós, se bem a comida e bebida sejam diferentes daquilo que por esses nomes designamos. Gozam de muito maio maiorr libe liberda rdade de de movi movime ment ntos os,, vist visto o que que se deslo slocam cam de um lugar gar para outro com uma rapidez que nos escapa à compreensão. (FINDLAY, 2002, p. 128-130, grifo nosso).
E,
provavelme lmente,
diri irigind indo-se
aos
inc incrédu édulos los,
arrematou Findlay: “Unicamente os ignorantes afirmam que só é real o que sentimos, que nada existe fora dessa ordem de sensaçõ s ensações” es”.. (FINDLAY ( FINDLAY,, 2002, 2 002, P. 131). 131 ). Em uma sessão realizada a 4 de dezembro de 1923, Findlay dialogando com o Espírito manifestante, faz-lhe várias perguntas, das quais destacamos estas três, que tocam mais diretamente o nosso estudo: P. – Comeis e saboreais o vosso alimento? R. – Comemos e bebemos, sim; porém, não como entendeis o beber e o comer. Para nós, é uma condição mental. Saboreamos mentalmente o que comemos, não corporalmente, como vós. P. – Assemelha-se à nossa a vossa vegetação? R. – De certo modo, mas é muito mais linda. P. – Como são as vossas casas? R. – São quais as queremos. queremos. As vossas aí são primeiro concebidas em mente, depois do que se junta a matéria física para construí-las de acordo com o que imaginastes. imaginastes. Aqui, temos o poder de moldar, a substân substância cia etérea etérea,, confo conforme rme pensam pensamos. os. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas nossas mente mentess. Pensamos mos e constru truímos. os. É uma questão de vibração do pensamento e, enqua quanto, mantivermos essas vibrações,
67 conservaremos o objeto que, durante todo esse tempo empo,, é obje bjetiv tivo par para os nosso ossoss sent sentiidos. dos. (FINDLAY, 2002, 137,140-141, grifo nosso).
Essas explicações são bem oportunas e podem nos ser servir vir para ara ente entend nder erm mos melho elhorr com como são são as cois coisas as no Mundo Espiritual. 4º) 1932 – A – A Vida em outro mundo Cairbar de Souza Schutel (1868-1938), Schutel (1868-1938), “em 1904, toma contato com o Espiritismo, e, a partir daí, foram 34 anos como espírita convicto, onde, ao mesmo tempo em que se dedicava à divulgação do Espiritismo, exercitava a prática da carida caridade” de” (Orelh (Orelhas as da obra). obra). Transc ranscrev reverem eremos os alguma algumass coisas de sua obra, porquanto são relevantes para o nosso estudo. No Capítulo “No outro lado da morte”, Schutel inicia dizendo: Da importante revista inglesa Beyond colhemos a seguinte mensagem espírita, que é do nosso dever adicionar a esta obra, pois se acha de plena conformidade com o que sabemos sobr obre a vida no out outro mundo ndo. (SCH (SCHUTE UTEL, L, 2011, p. 61, grifo nosso).
Dessas citações, transcreveremos o seguinte trecho: “Algumas pessoas se comprazem em fazer casas dessas coisas sas encan ncanttador doras. Temos maravilhosos edifícios, salas para conferências e assim por diante, que são admiráveis de serem vistos, como nas visões que o Evangelista João descreve nas Revelações, com paredes de pedras
68 preciosas, portões de pérolas e ruas de ouro. “Esses lugares maravilhosos são muito inte intere ressa ssant ntes es para para sere serem m visi visitad tados os,, como como,, na Terra, se vai ver bel belos e notá notávveis palá paláccios; os; naturalme naturalmente, nte, os daqui são muito mais belos para conferências, reuniões e música do que qual qualqu quer er edif edifíc ício io por por mi mim m vi vist sto o na Terr Terra. a. Para mim, porém, as belezas naturais das árvores, montanhas, flores e rios, que são todos tão perfeitos, perfeitos, dão mesmo um encanto e eu sempr empree gost osto de proc procur urar ar esse essess luga lugare ress gloriosos da Natureza, quando me sinto inclinado a ficar pesaroso, como algumas vezes acontece. O admiráv admirável el e agradáv agradável el efeito efeito da luz atravé atravéss das árvores, árvores, ou brilhando sobre as ondas prateadas de gloriosos mares, ou brincando nos rios, como nunca tive a dita de ver na Terra, é tudo tão maravilhoso! Os rios são gloriosos, tão perfe perfeit itame amente nte puros puros e incorr incorrupt uptos, os, que dentro dentro deles, podemos andar, sentar na água e senti-la cobrir-nos e dela sairmos refrescados e revigorados; e, ainda mais, a água, evaporandose em cont contat ato o com com o bri brilho lho sola solarr, não não deix deixaa sensação nenhuma desagradável. “Tudo “Tudo isso é tão delicioso que só afago um desejo sejo:: a vossa ssa partic ticipação em tudo que desperta o prazer de viver intensamente a vida celeste”. (SCHUTEL, 2011, p. 63-64, grifo nosso).
Agora, veremos a opinião do próprio Schutel: Por isso, o Mundo Espiritual é provido de meios que fornecem à vida do além-túmulo as condições indi indisp spen ensá sáve veis is para para a trans transiç ição ão.. Por Por ex exem empl plo, o, dizem as entidades do Espaço que lá existem hosp hospit itai aiss onde onde são são trat tratad ados os aqu aqueles eles que que passam por longa enfermidade, enfermidade, e os quais, por condições de atraso, não percebem o Mundo dos Espíritos em sua realidade. Aí são curados, e, depois, instruídos sobre a nova situação, até que se adaptem ao meio em que se acham. […]. Assim Assim também também sucede com a alimentação. alimentação.
69 Aos entes muito materializados, que chegam ao Mundo Espiritual sem compreenderem a trans transfo form rmaç ação ão porqu porquee passa passara ram, m, e têm ainda ainda sensação de fome e sede, lhes são ministrados alimentos em insta stalações especiais, especiais, até que, adaptados ao meio em que iniciaram a nova vida, compreendam que não têm mais necess cessid idaades desses ali alimentos, que que julgavam precisos para sua manutenção. Naturalmente, os alimentos assemelham-se muito aos que lhes eram usuais na Terra, mas são feitos de matéria peculiar ao Mundo dos Espíritos e Espíritos e de acordo com o corpo fluídico, ou seja, o organismo perispiritual de cada um. (SCHUTEL, 2011, p. 66-67).
Acrescentaremos ainda o que, imediatamente a seguir, Schutel ressalta sobre isso: Não podía odíamo moss deixa eixarr de narr narrar ar toda todass essas particularidades do Mundo Espiritual, que não deixam de ser lógicas, lógicas, de acordo com a lei da ev evo olução ção, que não admite brusc uscas transições e que proporciona, sempre, períodos inte interm rmed ediá iári rios os para para suavi suaviza zarr as muda mudança nçass que que ocasi ocasion onam am gran grande de abal abalo, o, e maio maiorr pertu perturb rbaçã ação o ainda ocasionariam, se fossem excluídos os meios precisos para essas transições. Isso tudo demonstra que o Mundo Espiritual não é uma concepção abstrata, uma miragem, um vácuo inconcebível, sem sanção da inteligência, mas, sim, um meio concreto, onde se encontram as condições indispensáveis para as adaptações e o progresso do Espírito. Já havíamos recebido essas revelações revelações há muitos anos; contudo, tínhamos conservado as mesmas como lição de caráter puramente familiar, e sujeita, portanto, à observação: observação : é sabido que as revelações da Verdade têm caráter coletivo; se, de fato, a nossa procedesse dessa fonte, outros também recebê-la-iam em todo o mundo. mundo. Se isso isso aconte aconteces cesse, se, julgarí julgaríamo amoss essas essas revelações transcendentais realmente dignas de
70 atenção e até de experimentações novas, como outros médiuns, para sua melhor confirmação. Com efeito, em diversas obras inglesas, norte-americanas e francesas, vemos, hoje, a reprodução detalhada dessas mensagens! O Plano espiritual desenterra o oculto e concorre para que conheçamos o futuro que nos espera, assim como nos dá a conhecer, desde já, em que consiste a outra vida e quais os meios facultados, nessas regiões, aos entes que nos são caros, para a aquisição de uma felicidade duradoura e de um progresso para a Luz e a Verdade. (SCHUTEL, 2011, p. 67-68, grifo nosso).
Essas falas de Schutel são claras demais, que não será nece necess ssár ário io nenh nenhum um come coment ntár ário io,, a não não ser ser ress ressaaltar ltar que, que, aquilo que lhe foi revelado e que guardou em segredo, foi confirmado por outras fontes, razão pela qual ele resolveu divulgar. Vejamos, agora, dois estudiosos mais recentes. rece ntes. 1º) Em J. Herculano Pires, Pires, na obr obra O Espírito e o Tempo, Tempo, depa deparramos amos com com esta estass ex exp plica licaçõ ções es sobr sobree o plan plano o espiritual: […] Como esse sse processo se pas passa entre mundos de dimensões materiais diferentes, Rhine concordou em chamá-los de extrafísicos, o que na verdade não está certo, pois o plano espiritual também possui densidade física e a própria Física foi obrigada a reconhecer essa realidade em nossos dias. dias. […]. (PIRES, 2003, p. 194, grifo nosso). […] O espí espíri rito to libe libert rto o pass passa a a vi vive verr no plano espiritual, que se constitui de matéria em estado rarefeito. rarefeito. Esse mundo semimaterial tem várias hipóstases, sendo que a mais inferior só existe com o plano material, interpenetrado
71 com ele. Por isso os espíritos convivem conosco no mesmo espaço cósmico ocupado pelo planeta. Assim, os espíritos influem sobre nós e nós sobre eles. eles. Não podem podemos os perce percebêbê-lo loss pelos pelos sentid sentidos os fís físicos icos,, mas mas pode podem mos vê vê--los e ouvi uvi-lo -los pel pelo espí spírito rito,, embo mbora te tenh nham amos os a impre mpress ssãão de percebê-los pelos sentidos. […]. (PIRES, 2003, p. 209, grifo nosso).
A surpresa maior foi que encontramos, justamente, em Herculano Pires a confirmação das colônias espirituais, já que muitos companheiros companheiros que o tomam tomam como ícone maior de coerência doutrinária, não as aceita. Vejamos a comprovação em sua obra O mistério do bem e do mal , da qual transcrevemos o capítulo 26: Descrições da vida espiritual nas zonas inferiores do espaço Regiões em que os espíritos continuam apegados às formas da vida material – “Ação e Reação”, de André Luiz, uma contribuição dos espíritos para as comemorações do centenário .
O prim primei eiro ro cent centen enár ário io do Espir Espirit itis ismo mo te teve ve,, também as suas comemorações no outro lado da vida. Não foi apenas em nosso plano material, neste reverso da vida em que nos arrastamos, apegados à densidade da matéria grosseira, que o grand grandee aconte acontecim ciment ento o desper desperto tou u entusi entusiasm asmos. os. Embora o advento do Espiritismo nos pareça um fato específico do nosso mundo, pois a doutrina veiio para ve para orien rienta tarr os home homens ns enca encarn rnad ados os,, a verdade é que esse fato se refere também aos planos espirituais. E o que é mais importante: esse fato tem tanta significação para nós, quanto para os Espíritos. Todos os que militam no movimento espírita sabem que os Espíritos participam ativamente dos traba abalhos lhos doutr outriinári nário os. Na Nad da mais mais natu naturral, al, portanto, do que a sua intensiva participação nas
72 comemoraçõe ções do centenário rio. Uma prova concreta dessa participação acaba de ser dada pela publicação de mais um livro psicografado por Franci ancisc sco o Cândi ândido do Xavier vier,, livro vro que que traz traz no prefácio de Emmanuel, as seguintes frases: “Um século de trabalho, de renovação e de luz. Para contr ntribui buir nas homenagens gens ao memoráv áveel acon aconte teci cime mento nto,, graf grafou, ou, Andr Andréé Luiz Luiz,, as págin páginas as deste livro” liv ro”.. Como se vê, “Ação e Reação”, novo livro de André Luiz, que a Federação Espírita Brasileira acaba de publicar, é uma contribuição espiritual para as comemorações do centenário. E que excelente excelente contribuição! contribuição! O títu título lo é sufic suficie ient ntee para para indi indica carr o cont conteú eúdo do.. Andr Andréé Luiz Luiz faz faz uma uma ampla exposição do problema de ação e reação, atravé atravéss de exempl exemplos os colhid colhidos os diret diretame amente nte nas zonas sombri brias em que vivem os espíritos sofredores. Os livros de André Luiz, que já constituem volumosa coleção, valem por um verdadeiro trabalho de ilustração dos princípios espíritas, por meio de relatos de episódios vividos nos planos espirituais. espirituais. Em Nosso Lar, primeiro volume da série, temos a descrição porm pormen enor oriz izad ada a de uma uma cida cidade de esp espirit iritua uall, dest destin inad adaa à prep prepar araç ação ão das das cria criatu tura rass para para a espiritualidade superior. superior. Em Os Mensageiros, a descrição descrição dantesca das zonas de sofrimento, sofrimento, regi regiões ões purga purgato tori riais ais ou infe infern rnai aiss – como queiram –, em que se arrastam as almas dos que não souberam compreender as oportunidades da encarnação terrena. Mensageiros são os Espíritos superiores, que descem às zonas sombrias ou à própria face da terra para trazerem socorro às criaturas entregues ao desespero, à angústia, ao remors morso o e a tod todas as form formas as de sofr sofrim imen ento to espiritual. Em “Ação e Reação” os fatos se passam, também, numa zona espiritual densamente carregada de influências materiais. materiais . Em meio a uma região aparentemente abandonada, em que as “almas brutas bru tas e bravas”, bravas”, a que se refere Dante,
73 rugem, choram, esbravejam e gemem, perdidas nas sombras e resgatadas pela ventania de suas própr rópriias iniqu niquid idaades, des, ergue rgue-s -see um conj conjun unto to arquitetônico que oferece asilo, conforto e cura aos que se puseram em condições de ser socorridos, ou seja, aos Espíritos que começaram a se arrepender de seus erros. “O estabelecimento estabelecimento – diz André Luiz – situado nas regiões inferiores, era bem uma espécie de Mosteiro São Bernardo, em zona castigada por natureza hostil, com a diferença de que a neve, quase constante em torno do célebre convento encravado nos desfiladeiros, entre a Suíça e a Itália, era ali substituída pela sombra espessa, que, que, naqu naqueela hor hora, se adens densaava ao redo redorr da instituição, como se tocada por ventania incessante.” Para os que não conhecem os princípios da Doutrina Espírita e não estão familiarizados com descrições das zonas espirituais mais próximas da crosta terrestre, tudo isso pode parecer ilusório, imaginário, pouco provável. Mas os que sabem que os Espíritos não são mais do que hom omen enss desenc encarnad nados e que, com omo o os homens terrenos, vivem a sua vida, executam os seus trabalhos e realizam as suas suas cons constr truç uçõe ões, s, comp compre reen end dem bem as descrições de André Luiz. Luiz. Há quem não admita a existência de coisas tão conc concre reta tass no plan plano o espi espiri ritu tual al.. Andr Andréé Luiz Luiz se refere, porém, às zonas inferiores, aquelas em que os Espíritos, ainda demasiado apegados às formas da vida material, al, não conse nseguiram “libertar-se em espírito”. espírito”. É edificante ver, em “Ação e Reação”, como os Espíritos Superiore ores tra trabalham ness ssa as regiões, prest restan ando do sua sua ass ssis istê tênc ncia ia cari carid dosa osa aos irmãos que se tra transv sviiaram nas send endas egoístas da vida terrena. terrena. (PIRES, 1992, p. 7274, grifo nosso).
O que vemos aqui é que Herculano Pires, além de sancionar as obras de André Luiz, as tinha em alta
74 consideração. São justamente as obras que têm informações importantes sobre a vida dos Espíritos no plano espiritual, e que alguns confrades querem desprezar. Inclusive, a obra Ação e Reação, Reação, motivo de seu artigo, fala do Umbral, não aceito por esses confrades: Sabíamos que a morte do corpo denso era sempre o primeiro passo para a colheita da vida e, por isso, não ignorávamos que o ambiente era dos mais favoráveis à nossa investigação construtiva, construtiva, porque porque o imenso Umbral, à saída do campo terrestre, vive repleto de homens e mulheres que vararam a grande fronteira, em plena conexão com a experiência carnal. carnal . (XAVIER, 1987a, p. 58, grifo nosso). […] O que, porém, existe, de fato, é o imenso Umbral, Umbral, situado entre a Terra e o Céu, dolorosa região de sombras, erguida e cultivada pela mente humana, em geral rebelde e ociosa, desvairada e enfermiça. enfermiça. […]. (XAVIER, 1987a, p. 256, grifo nosso).
Acreditamos que a posição de Herculano Pires, como sendo o “melhor metro que mediu Kardec”, deve ser levada em consideração para se aceitar ou não as informações de André Luiz, que vieram complementar as encontradas nas obras da Codificação. O exposto aqui corrobora, em tudo, o que se pode encon encontr trar ar nas nas narr narrat ativ ivas as de Andr Andréé Luiz, Luiz, embo embora ra isso isso não não signifique que aceitamos tudo quanto vem dele, pois sempre há que se basear na lógica e no bom senso, conforme nos recomendou Kardec. 2º) Richard Richard Simonetti Simonetti (193 (19355- ), escri escritor tor espír espírita ita,,
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cuja opin opiniã ião o é, para nós, impor mporttante, uma vez que o cons consid ider eram amos os port portad ador or de um conh conhec ecim imen ento to dout doutrrinár inário io invejável e, principalmente, por ser uma pessoa sensata. Na Revista Internacional de Espiritismo, Espiritismo, na coluna Pinga-Fogo, Simonetti escreve o artigo “André Luiz – refutações”, no qual responde a várias questões; dentre elas destacamos: 1. Há quem situe fantasiosa a obra de André Luiz, alegando que ele situa o mundo espiritual igual ao plano físico. Seria Seria interessant interessantee destacar destacar a questão questão 27 de O Livro dos Espíritos, Espíritos , em que o mentor espiritual informa que há dois elementos constitutivos do Univ niverso: Espí spírito e matéria. O Espí spírit rito é denom nominaç inação ão cole oletiv tiva dos ser seres pens pensan ante tes. s. Consequentemente tudo o mais é matéria. 3. Send Sendo o o Espí Espíri rito to uma uma luz luz que que irra irradi dia, a, conforme está na questão 88 de O Livro dos Espíritos, não deveria ser de outra natureza o universo além-túmulo? Ante Antess de qual qualqu quer er consi conside dera raçã ção o sobr sobree esse esse assunt unto é preciso lembrar rar a existênci ncia do perispírito, veículo de manifestação do Espírito no plano em que atua o seu elo com o corpo, na reenc reencarna arnação ção.. Consid Considera erando ndo que ele ele também também é feito de matéria, igualmente quintessenciada, sua existência justifica o conteúdo da obra de André Luiz. 4. Justifica 4. Justifica por quê? Se o perispírito é feito de matéria, é óbvio que ocupa lugar no espaço, deve viver num mundo de dime dimens nsõe ões, s, onde onde não não ve vejo jo porqu porquee inex inexis isti tire rem m pais paisage agens, ns, obje objeto tos, s, cida cidade des, s, casas casas,, edif edifíc ício ioss e tudo o mais que guarde semelhança com a Terra. Aliás, é lugar-comum dizer-se que o plano físico é uma cópia do plano espir piritual. Enqua quanto a televisão engatinhava na Terra, na década de 40 do século passado, André Luiz já falava desses aparelhos no livro Nosso Lar, com um detalhe:
76 comun comunic icar aram am-s -see os Espí Espíri rito toss via via TV, TV, algo algo que que somente nas últimas décadas se popularizou em nosso plano. 5. Atendendo ao controle universal das manifestações, não seriam, em princípio, motivo de dúvi dúvida da aquel quelas as rev revelaçõ laçõees por por um únic único o médium? Um não, dois, já que o médium Waldo Vieira colaborou na psicografia de alguns livros de André Luiz. Por outro lado, antes de Chico Xavier, muitos médiuns reportavam-se ao assunto. A monume monumenta ntall obra obra Memórias de um Suicida, Suicida, que descr descrev evee um mundo mundo espi espiri ritua tuall seme semelh lhan ante te ao plano físico, foi psicografada por Yvonne Pereira a part partiir da déca década da de 20, 20, muit muito o ant antes do livro ivro Nosso Lar, de 1943. Na atualidade, em qualquer Cent Ce ntro ro Espí Espíri rita ta bem bem ori orienta entado do,, com com médi médiun unss discip ciplinado nados, s, temos relatos semelhan lhanttes comp compon ondo do um imen imenso so cont contro rolle univ univer ersa sall das das manifestações. 8. Há alguma referência de Kardec às cidades espirituais? É preciso considerar que o trabalho de Kardec foi foi de síntes ntese. e. Nã Não o obsta bstant ntee, há na Rev evis ista ta Espírita de agosto de 1858, interess ressaantes coment mentár áriios de Vict Victor oriien Sard Sardo ou, escr scritor itor,, teat te atró rólo logo go,, memb membro ro da Acade Academi miaa Fran France cesa sa de Letr Letras. as. Era Era médi médium um pict pictóg ógra rafo fo e fez fez dese desenho nhoss notáv notávei eiss sobr sobree habit habitaç açõe õess de outr outros os mundo mundos, s, como Júpiter, reportando-se à vida espiritual, já que nos planetas de nosso sistema solar não há vida vida bioló ológica gica.. Kard ardec des desta taco cou u a cond condiição ção intelectual de Sardou, sem refutar suas explicações, o que significa que não as considerou fantasiosas. (SIMONETTI, 2014, p. 223).
Simonetti, ao escrever esse artigo, certamente, o fez por perceber que o tema causa polêmica acirrada, em nosso meio, razão zão pela qual resolve lveu contribu ibuir com seus conhecimentos.
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Para que não mais existam dúvidas sobre o assunto em foco, recomendamos todas as obras aqui mencionadas e o livro Colônias Espirituais, Espirituais, mesmo sem ter transcrito nada dele aqui, no qual a autora, Lúcia Maria Farias Loureiro de Souza (1944- ) ou, simplesmente, Lúcia Loureiro, apresenta uma profunda pesquisa sobre esse instigante assunto.
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5. Médiuns do Grupo Irmã Scheilla (SP) Temos em mãos o livro Alvorada livro Alvorada Nova, produzido Nova, produzido por uma equipe de oito médiuns do Grupo Irmã Scheilla, sob a coordenação de Abel Glaser (?- ), que, a certa altura dessa obra, diz: “Esta, como dissemos, não é uma obra psicografada integralmente. É fruto do trabalho conjunto de encarnados e desencarnados (GLASER, 2000, p. 22), razão pela qual estamos colocando num tópico à parte, justamente, pela singularidade dessa sua origem. Na “Apresentação” o médium Divaldo Pereira Franco (1927- ), afirma sobre o conteúdo da obra: […] Estou edificado, renovado com as lições ministradas pelo nosso amado Cairbar Schutel e demais mais MENS MENSAG AGEI EIRO ROS S da Colônia Colônia “Alvora “Alvorada da Nova”. Nova”. Os nossos Amigos Espirituais já haviam escrito por meu intermédio a respeito desse Lar ampliado, ampliado, o que nos levou a denominar uma das nossas Escolas de 1º Grau com essa desinência. Isso dá-me muita alegria e agradeço ao Alto a sua concessão de amor. (GLASER, 2000, p. 13, grifo nosso).
A Colôn lônia Espirit iritu ual “Alvo lvorada Nov Nova” te tem m com como coordenador o Espírito Cairbar Schutel que, segundo o que
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consta consta dessa dessa obra, obra, partic participou ipou at ativa ivamen mente te das inform informaçõe açõess repassadas do grupo. Todo o livro trata da “[..] descrição, o funcion func ionam amen ento to,, a hist histór ória ia,, a doutr doutrina ina,, a admi adminis nistr traç ação ão,, a finalidade finalidade e as característ características icas da Cidade Espiritual” Espiritual” (GLASER, (GLASER, 2000, p. 188); portanto, como não temos como transcrevê-lo no todo, recomendamos a você, caro lei leitor; apenas transcreveremos algumas coisas que vão corroborar o que aqui citamos de outras fontes. […] ao final de 1986, vários médiuns do Grupo Irmã rmã Sche Scheiilla, lla, do Lar Lar Esco Escola la Ca Cair irba barr Schu Schute tel, l, começaram a receber mensagens de Cairbar a respeito respeito de uma cidade cidade espiritual, espiritual, sendo que ao mesmo mesmo tempo tempo a vi vidê dênc ncia ia dos dos medi median aneir eiros os teve acesso a imagens desta colônia. colônia. […]. (p. 17). Por consenso as reuniões tiveram início em 4 de março de 1987. […]. (p. 17). […] Muitas psicografias e desenhos mediúnicos foram elaborados. […]. (p. 19). Todas as linhas foram idealizadas por Cairbar Schute Schutel, l, em inúmer inúmeras as mensag mensagens ens descri descritas tas ou psicografadas pelos médiuns e organizadas por mim. […]. (p. 20). […] temos hoje importante projeto a discutir: vamos vamos colo colocar car em pauta pauta as novas técnicas de alimentação na colônia e novos novos proce processo ssoss para fomentar a produção de frutos. Discutiremos ainda projetos apresentados pelo Seto Setorr de Medi Medici cina na para para a im impl plan anta taçã ção o de novo novo soro, soro, espec especia ialm lmen ente te extr extraí aído do do mel mel vegetal, no trabalho com os doentes inte intern rna ados dos na Casa Casa de Repo Repous uso o. A pauta incluirá também, por fim, os pedidos e requerimentos de vários habitantes desta colônia. […]. (p. 56-57). Essa Essa reun reuniã ião o se real realiz izaa na sala sala pró própri pria do
80 últ últim imo o anda andarr do Préd Prédio io Cent Centra rall, a q u a l é volteada por luz proveniente da colônia que vaza os cristais das paredes e adentra a cúpula. (p. 57). Enc Encerr errando ando a paut pauta, a, pas passam sam a trat tratar ar das das reivindicações dos habitantes da colônia, voltadas para os mais diversos assun suntos, tais como tra transp nsporte ortess, inst insta alaçã lação o de apar aparel elho hoss de telefonia, telefonia, autorização de visitas a Espíritos em estágio em outros pontos da colônia ou fora dela, entre outros. […]. (p. 59). Alvorada Nova é exemplo dessa assertiva. Para melhor conhecê-la, comecemos por falar que se trata de uma com comunid unida ade com cerca de duze duzent ntos os mi mill habi habita tant ntes es,, loca locallizad izadas as em região umbralina, na quarta camada ao redor da cr cros ostta terr terres estr tre e, no mesmo grau de inclinação da cidade de Santos – Estado de São Paulo, aulo, dese desenv nvol olve vendo ndo-s -see diut diuturn urnam amen ente te sob sob a orientação da Superioridade Divina. (p. 59-60). Inicialmente, vê-se o Prédio Central, localizado no centro do grande círculo, onde se instal instalaa a “Coord “Coordena enador doria ia Centra Central” l” liderada por Cairbar Schutel. Schutel. (p. 65). […] por um acesso lateral, pode-se chegar a um bosque com belas árvores, flores e um lago cristalino. cristalino. […]. (p. 65). Alvo Alvora rada da Nova Nova é circundada por um muro protetor protetor sobre o qual existem nove torres, sendo que duas delas ladeiam o portão de entrada. […]. (p. 66). Do lado ado de fora fora de Alvo Alvora rada da Nova Nova pode pode-s -see vislumbra vislumbrarr uma plataforma onde se espera o trem que trem que seguirá ao Posto de Socorro em região umbralina. umbralina. A paisagem ao redor é semelhante à da Crosta. Na composição percebe-se que é um transportador magnético, flutuante sobre trilhos especiais. (p. 73). A Cida Cidad de Esp Espiri iritual tual possu ossuii dois ois Posto ostoss de Socorro, […].
81 Nos Postos desenvolve-se um trabalho sério, inte tens nso o e árdu árduo o, que que cons consiiste na rece recepç pçãão, distri distribui buição ção,, recicl reciclage agem m e encami encaminham nhament ento o de entid entidade adess sofred sofredor oras as e obsess obsessor oras as resgat resgatada adas. s. […]. (p. 75). […] Ainda nesse prédio [Prédio Central] estão a bib ibllioteca, a sala de reuniões das Coord Coordena enador dorias ias e os aposen aposento toss de Cairbar Cairbar.. (p. 112). […] Cuida para que a alim imen enta taçã ção o da Colônia Colônia seja sempre suficiente para atender às necessidades de cada se que lá habita, desen senvolvendo um trabalho de divi divisã são o de alimentos por todas as áreas de concentração de Espí Espírritos, tos, desd esde o hosp hospit ita al até a Casa da Criança, Criança, com programa alimentício próprio para cada setor. […]. (p. 123). Por todas as dependências de Alvorada Nova existem muitas flores e muito verde, verde, tendo em vista que os Espíritos que aí vivem, não sendo apegados à massa material, vibram muito com a magnífica criação de Deus, dela podendo desfrutar a todo o instante, sem prejudicá-la. […]. (p. 150). O muro que protege Alvorada Nova tem quinze metros de altura, é maciço e emite uma potente vibração magnética de proteção. […]. (p. 156). […] é onde os moradores de Alvorada Nova costumam desfrutar as mais agradáveis sensações de bem-estar. bem-estar. Em seu topo encontra-se um enorme lago de águas fluí fluídi dica cass e calmantes. […]. As águas do lago caem por várias cachoeiras, cachoeiras, formando cortinas transparentes que perpassam o verde lateral dessa superfície. […]. (p. 158). Dispõe ela de inúmeras moradas para seus habitantes, habitantes, entre várias alamedas, todas arborizadas, constituindo os Setores Habit Habitaci aciona onais, is, em número número de quatro quatro.. As casas são são simp simple less mas mas conf confor ortá táve veis is,, com muita natureza ao redor e higienização plena.
82 Cada habitante com créditos suficientes pode desfrutar de uma moradia para si e sua família. Alvo lvorada Nov Nova tem o sis sistema ema de crédi éditos tos cham chamad ado o “U.A “U.A.” .” (Uni (Unida dade de de Amor) Amor).. Essa denominação sugerida pelo próprio Cairbar, que achou por bem fundir num só significado amor e amor e trabalho, trabalho, foi ratificada por todos os habitantes da colônia […]. (p. 168-169). 168-169). […] Alvorada Nova não é a única colônia espiritual existente em torno da Terra. Terra. Sob a égide de Jesus, o trabalho é amplo e conjunto entre entre os dois dois plano planos, s, desenv desenvolv olvend endo-s o-see para para o progresso da Humanidade. Um número incalculável de colônias espirituais e postos de socorro existem, existem, e continuam sendo criados, circundando este planeta; todas as obras do bem existe istent ntees no plan plano o mate materrial traba abalham lham em conjunto com elas. (p. 188-189). (GLASER, 2000, passim 2000, passim,, grifo nosso).
A correlação entre as obras obras de autoria autoria de André André Luiz e o que está descrito no livro Alvorada livro Alvorada Nova, Nova, de onde extraímos o acima foi transcrito, é algo indiscutível.
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6. Autores espirituais que as mencionam Pode Podemo moss acresc acrescen enta tarr que que essa essa info inform rmaçã ação o sobre sobre a existência das colônias espirituais é encontrada em outros autores espirituais como, por exemplo: a) João João Lúcio Lúcio na psico icograf afia ia da obra bra Em Novo Novoss Horizontes, Horizontes, por Wagner Gomes da Paixão (1962- ); b) Eça Eça de Quei Queiró róss, em em Getú Getúlilio o Varga argass em dois dois mundos, mundos, pela pena de Wanda Wanda Albertina Canutti (1932-2004); c) Adamastor, Adamastor, em em Ícaro redimido: a vida de Santos Dumo Dumont nt no Plan Plano o Espir Espirit itua ual l , pelo pelo médiu médium m Gilso Gilson n Teixeir eixeiraa Freire (1953- ); d) Zílio, Zílio, em em Um roqueiro no além, além, psicografado por Nelson Moraes (1940- ); e) Joanna de Ângelis, Ângelis, em em No limiar do infinito, infinito, via Divaldo P. Franco. Nesta última obra, temos o capítulo 12 intitulado
“A
vida
espírita
ou
espiritual”,
do
qual
transcrevemos o seguinte trecho: Sendo a vida na Terra, suas edificações e paisagens paisagens um símile mais condensado e algo mais gros rosseir seiro o do que que existe no mun mundo
84 espírita ou espiritual, facilmente se comp compre reen ende derá rá que que o prog progre ress sso o na regi região ão das das caus causas as tran transc scen ende de em bele beleza za as real realiz izaç açõ ões, es, superando em emoções e efeitos tudo quanto a imaginação pode conceber. Desd Desdee os síti sítios os mais mais grot grotes esco coss e somb sombri rios os,, onde se fixam os núcleos de depuração compulsória para os que dilapidam, irresponsáveis, os preciosos dons da existência, até aos altos círculos de felicidade nas vibrações circu ircunv nviz izin inha hass da Terr Terra, a, há uma uma infi infini nita ta variedade de vilas e cidades, círculos espirituais e postos de socorro onde vivem os que se vinculam ao planeta generoso, generoso, que nos serve de berço e escola de progresso nos inte interv rval alos os de uma uma para para outr outraa reen reenca carn rnaç ação ão.. Plasmados pelas mentes que as moldam no fluido universal, universal, são populosos centros de vida em que o amor estua, verdadeiros céus […]. Não se tratam de lugares hipotéticos, ou de cen centro tros onde nde cam campeia a ociosidade em apose posen nta tad doria demorada, ou de pai paisage sagen ns fantasistas para o repouso da inutilidade. Há atividades febricitantes em que o culto ao traba abalho lho foment mentaa o progr rogreesso das das ment mentes es e aprimora os sentimentos. De forma alguma são mundos quiméricos, imateriais, sobrenaturais, sobrenaturais, mas searas de ação objetiva objetiva,, organizaçõ organizações es promovidas promovidas pelo espírito espírito humano, distantes ainda dos mundos da divina benção. […]. Per Perfeit feita ament mente e lóg lógica ica a ocor ocorrê rênc ncia ia da multiplicidade das Cidades e Colôn lônias Espirituais no mundo das causas. causas. […]. Metró etrópo pole less trab trabal alha hada dass em subs substâ tân ncia cia sutil, plástica e de fácil moldagem às mentes ditosas, ditosas, constituem os painéis de incomparável dita onde onde reina einam m a paz, az, a ventu enturra plena ena e a felicidade sem jaça. Há incontáveis instituições beneficentes e socorristas no além-túmulo, além-túmulo, que se afervoram
85 no auxílio aos que transitam na Terra e partem do corpo após a desencarnação, […]. Legiões de abnegados e caridosos mensageiros do Senhor recolhem em Institutos de recuperação e aperfeiçoamento os desencarnados em dor, […]. Educandários e hospitais de retificação, à semelh elhança dos que existem stem na Terra, ra, melhor organizados e mais aprimorados, aprimorados, se abrem convidativos, como santuá tuários de reco recollhime himent nto o e corr correç eção ão para para a elev elevaç ação ão dos dos caídos […]. Conforme existem na Terra conglomerados conglomerados e organ ganizações ões hum humana anas par para albergar gar a imensa legião de criaturas, no plano espiritual sucedem-se, múltiplos, múltiplos, acolhedores como ninhos de ventura […]. Ninguém se surpreenda, portanto, que a vida espiritual seja refletida nas comunidades terr terren enas as,, que que são são cópi cópias as im impe perf rfei eita tass das das sociedades vigentes nos círculos superiores do Orbe e nos planetas onde planetas onde a vida estua sem sombra bra, sem sem dor, sem morte rte, sem ade adeus… us… (FRANCO, 2000, p. 97-102, grifo nosso).
f) Luís Felipe, Felipe, em em Cidades Espirituais, Espirituais, pelo médium José Fernando Araújo, ou simplesmente, Zé Araújo (1964- ), de Blum lumena enau, SC. A pecu peculiliar arid idaade é que o Zé Ara Araújo újo é médium mecânico (ARAÚJO, 2014, p. 10), cujo trabalho de “Cartas do Além”, Além”, em sessões de psicografia públicas, consolando parentes e amigos dos que já “partiram”, a quem tivemos a honra de conhecer pessoalmente. Essa obra foi publicada em abril de 2014, ou seja, bem recente, da qual transcrevemos os seguintes trechos: Aqui na Colônia Nova Esperança a força que imprime as cores e as edificações são edificações são formadas a partir dos dos anseios e da forma rma como cada ada
86 habitante vibra e consegue alcançar dentro dos mundos particulares e seu estado de “crença”. (p. 17). A Colônia Nova Esperança em seus primórd pri mórdios ios era apenas apenas colônia colônia correcio correciona nal, l, onde onde havi haviam am espí espíri rito toss um ta tant nto o endur endurec ecid idos os e ainda presos no orgulho de casta e no apego aos bens materiais. Em uma uma época distante aqui aqui exis existi tia a um hospital que hospedava por longo tempo espíritos que, em grande apego às suas enferm enfermida idade des, s, ficav ficavam am alime alimenta ntando ndo uma longa longa vitimização, e eram tratados para se recuperarem. […]. (p. 19). […] Sim, essas paragens que foram nominadas como “umb “umbra rais is”” ou regiõe regiõess infe inferio riores res,, são apenas os estados conscienciais e de forte influência nos pequenos mundos plasmados e id ide entificad cados por estes stes tantos tos irmão mãos terrenos que terrenos que se atraem num mesmo diapasão de anseios e crenças. Essas crenças geralmente são alimentadas de maneira tão forte que passam a fazer parte integral da mente desencarnada. (p. 23). A conversa no aero bonde chegava ao fim, Sila se expressava com uma clareza e vivacidade que me mantinha conectado aos seus esclarecimentos. Nosso aero bonde chegara à estação central, central, onde tínhamos que descer e ir de enco encont ntro ro ao pr préd édio io muito muito bem bem instal instalado ado bem no centro da colônia, dividindo os setores Norte – Sul – Leste e Oeste. (p. 61). Para um breve esclarecimento do que aprend aprendemo emoss aqui. aqui. As cidades e as colônias e comunidades aqui concentradas, fazem parte dos tantos mundos transitórios que transitórios que recebem, por por afin afinid idad adee e outr outros os muit muitos os fat fator ores es,, os que que deixam o corpo físico em condições necessárias pra habitar o “Complexo Morada Nova”. […]. Nas cid cidades ades com com uma atmo atmosf sfer era a mais mais baix baixa a há grand grande e semel semelha hanç nça a com com a Terr Terra. a. Muitas casas, jardins, bosques, montanhas,
87 rios cristalinos e até animais. animais. Porém a matéria que constitui tudo isso não isso não é a mesma matéria do pl plan ano o físi físico co.. Trat Trataa-se se de uma uma maté matéri ria a espiritual espiritual mais sutil e constituída constituída pela forma pensamento e vibratória de seus ocupantes. ocupantes. Nas “cidades baixas” – assim são chama hamad das as que que fica icam bem próxi róximo mo às faixas vibratórias da Terra – podemos dizer que que é uma uma cópi cópia a muit muito o perf perfei eita ta do plano lano físico. físico. Nelas a grande diferença é que a matéria que que form formaa as cida cidade dess baix baixas as é elab laborad oradaa por por substâncias e material astral. (p. 71). Fui me recuperando, e todos os dias tomava um caldo fluídico e sessões energizantes, que aos pouco poucoss foram foram nos reconfo reconfortan rtando do e fortal fortalece ecendo ndo nossas energias. (p. 73). (ARAÚJO, 2014, passim 2014, passim,, grifo nosso).
Quando falamos dos Mundos Transitórios dissemos que eles tinham uma semelhança com as colônias, pois é isso que o Espí Espírrito ito Luís Luís Felip elipee cor corrobo roborra, com o dito ito acim acimaa, que fazemos questão de ressaltar: […] As cidades e as colônias e comunidades aqui concentradas, fazem parte dos tantos mundos transitórios transitórios que recebem, por por afin afinid idad adee e outr outros os muit muitos os fat fator ores es,, os que que deixam deixam o corpo físico […]. (ARAÚJO, 2014, p. 71, grifo nosso).
g) Monsenhor Robert Hugh Benson Benson (1871-1914), padr padree cató católilico co,, que repo report rtou ou ao médi médium um ing inglês lês Antho nthony ny Borgia (1896-1989), a vida no plano espiritual, como se vê na obra A vida nos mundos invisíveis, invisíveis, da qual transcrevemos alguns trechos, suficientes para se ter uma ideia do que ele recebeu de informações sobre a vida no plano espiritual:
88 […] Grande foi minha surpresa ao notar que vesti vestia a as roupa roupass habit habitua uais is,, exa exatam tament entee as mesma esmass que que usav usavaa quan quando do me movi movime ment ntav avaa livremente pela casa em boa saúde. […]. (p. 15). Tão logo me vi em minha nova condição, e tão rapidamente como tudo sucedeu, percebi a meu lado um sacerdote ex-colega, ex-colega, cujo passamento se dera alguns anos antes. […] Expressou seu grande prazer em rever-me, e de minha parte prev previi a junç junção ão de muit muitos os fios fios que que se havi haviam am rompido com a sua morte. (p. 16). […] Então o meu amigo propôs que saíssemos, desde que ali nada mais havia a fazer, e que ele me cond conduz uzir iria ia a um apra aprazí zíve vell luga lugarr prep prepar arado ado espe especi cial alme ment ntee para para mim. mim. Fez refe referê rênc ncia ia a um lugar, mas apressou-se em acrescentar que na reali alidade ade eu ia para a minha própria casa, onde me sentiria imediatamente no lar. lar. […]. (p. 17). […] Descortinei então o velho lar em que vivi na terra; o meu velho lar… mas com uma diferença: fora melhorado de uma forma que ninguém teria podido fazer em sua reprodução terrestre. terrestre. Como logo me pareceu, a casa estava antes rejuvenescida, do que que restau restaurad rada, a, mas foram foram os jardins à sua volta que mais me atraíam a atenção. (p. 18). […] Antes de me responder, sugeriu que, como tinha inha eu cheg chegad ado o rece recent nteement mentee às regi regiõ ões espirituais, era acons onselhável desca scansa nsar primeiro ou, primeiro ou, pelo menos, não me fatigar muito com observações. […]. (p. 20). […] A paisagem era banhada por um belíssimo resplendor celestial, e eu podia notar inúmeras inúmeras casas de vário rios tipos, pitore orescamente localizadas, como a minha, entre árvores e jardins. jardins. Acomodamo-nos na relva macia, e eu me estirei, como se deitasse num finíssimo leito. Meu Me u guia guia pergu pergunt ntou ou-m -mee se esta estava va cansad cansado. o. Eu não não tinh tinha a a sens sensaç ação ão comu comum m do cans cansad ado o terreno, mas sentia ainda algo como a necessidade de repouso do corpo. corpo. Disse-me que essa necessidade era proveniente da minha última doença, e que, se quisesse, podia passar
89 por um profundo sono. […]. (p. 20). […] […] À noss nossaa fren frente te esten stend dia-s ia-see um camp campo o intermináv nável. Nout Noutrra direção via-se o que parecia ser uma uma cidade de im impo pone nent nte es edifícios. edifícios. […]. (p. 28). Via-se à distância uma igreja aparentemente construída nas linhas usuais; usuais; deci decidi dimo moss segu seguir ir naque naquela la dire direção ção,, obse observ rvand ando o outras coisas sas da pai paisag sagem. Fomos por um caminho que acompanhava em certos pontos um riacho, cuja água cristalina cristalina brilhava à luz do sol celestial. […]. (p. 28). […] Notei então que aquele pequeno curso de água ia se alargando, até adquirir as dimensões de um lago de proporções regulares. regulares. […]. (p. 31). […] […] Rute Rute desco descobri briu u um imponente edifício, em terr terra as bem arbo arbori riza zada dass, que também despe desperto rtou u minha minha curiosi curiosidad dade. e. Apelam Apelamos os para para o nosso guia, e Edwin nos contou que era um lar para repouso, destinado àqueles que chegass assem ao espírito depoi pois de longa nga enf enfermi ermida dade de ou que que havi haviam am tido tido vi viol olen ento to passamento. passamento. […] Construído ao estilo clássico, tinha dois ou três andares, e era completamente aberto por todos os lados. […]. (p. 37). Ao nos aprox aproxima imarmo rmoss da cidade, cidade, foi possível avaliar a sua enorme extensão. Nem preciso dizer que era totalmente diversa de tudo que jamais víramos. Cons onsistia stia de grand ande núme úmero de majestosos edifícios, rodeados de magníficos jardins e árvores, árvores, onde brilhavam, aqui e acolá, espe espelh lhos os de água gua, lím ímp pid ida a como como cr cris ista tall, refletindo, além das cores já conhecidas na terra, outras mil tonalidades jamais vistas. (p. 45). Comp Compar arad ados os com com as estr estrut utur uras as te terre rrenas nas,, os edifícios não eram muito altos, altos, mas apenas extremament extremamentee amplos. amplos. É impossível descrever de que materiais se compunham, por serem essencialmente espirituais. espirituais. […]. (p. 46). […] […] Muit Muitas as alma almass carid caridos osas as tinh tinham am entr entrad ado o naqueles reinos para tentar efetuar uma salvação das sombras. Algumas tinham sido bemsucedidas, outras não. […]. (p. 78).
90 Assim como os reinos superiores tinha criado todas odas aque aquela lass bele beleza zas, s, os morad morador ores es dest destes es planos inferiores tinha nham edificado as condições atrozes da sua vida espiritual. Não havia luz, nem calor, nem vegetação, nem beleza. beleza. […]. (p. 79). […] Nossos meios de locomoção pessoal são feitos através de pens ensamentos, os, e podemos aplicar esses mesmos métodos ao que o mundo chama de objetos inanimados. […]. (p. 87). Desv Desvie ieii-me me um pouc pouco o do que que me prop propunh unhaa contar-lhes, mas é imperativo dar ênfase a certos asp aspect ectos da minh minhaa narr narraativ tiva, porq porque ue muitas almas na terra ficam chocadas ao saber que o mund mundo o esp espirit iritua uall é um mund mundo o sóli sólid do e substancial, substancial, com pessoas reais e vivas. […]. (p. 102). […] Este stes magníficos magníficos edifícios edifícios apresentam todos todos os sinais sinais de eterni eternidad dade. e. Os materiais de que que são são constr construí uídos dos são são imp imper erec ecív ívei eiss. As supe superf rfíc ície iess de pedr pedraa são são tã tão o limp limpas as e fres frescas cas como o dia em que foram erguidas. Nada há para as polu poluir ir,, nenh nenhum umaa at atmo mosf sfer eraa carr carreg egad adaa de fuma fu maça ça para para corr corroê oê-l -las, as, nem nem ve vent ntos os e chuva chuvass para desgastar as obras de decoração externa. Os mater materia iais is de que que são feito feitoss perte pertenc ncem em ao mundo espiritual e portanto têm uma beleza que não é terrena. terrena. (p. 105). Deve-s Deve-see lembr lembrar ar que o ato de construir no mund mundo o espi espiri ritu tua al é esse essenc ncia ialm lmen ente te uma operação de pensamentos. pensamentos. […]. (p. 109). O mund mundo o espiritual está stá dividido em esferas ou reinos. reinos. […]. (p. 117). As esferas do mundo do espírito estão coloc colocada adass numa numa série de zonas formando um número de círculos concêntricos à volta da terra. terra. […]. (p. 117). Os reino reinoss infe inferi riore oress da escur escurid idão ão estã estão o situ situad adas as perto perto da terra terra,, e penetram na sua parte mais baixa. […]. (p. 117). Cada esfera é completamente invisível a todos todos os habi habitan tante tess das das suas suas infe inferi rior ores es,, e
91 isso pelo menos é que forma os nossos limites. […]. (p. 120). (BORGIA, 1991, passim 1991, passim,, grifo nosso).
As descrições nessa obra têm uma similitude muito forte com tudo que encontramos encont ramos sobre o mundo espiritual nas obras de André Luiz, que, se não fosse indicada a autoria, certamente seriam confundidas com alguma deste. h) Lester Coltman, Coltman, oficial que morreu em 1917, na Batalha de Cambrai, 1ª Guerra mundial, corresponde com sua tia Lilian Walbrook (?-), médium mecânica. Suas mensagens iniciaram no final do ano de 1922. Esse caso é citado por Doyle, do qual Schutel extraiu para seu livro A Vida no outro mundo, mundo, de onde transcrevemos: “Acho “Acho perfeitamente explicável e natural o interesse dos seres terrenos em averiguar a forma de que são constituídos os lugares e os estab tabelecimentos tos em que vivemos emos e trabalhamos; trabalhamos; mas, não é fácil fazer uma descr scrição, na lingua guagem terren rena. A minha nha existência servirá de exemplo para a dedução de outros modos de vida, segundo o temperamento e a inteligência de cada um. “M “Meu trab rabalho cont contiinua aqui como se iniciou na Terra, ou seja, no terreno científico. científico. “Para progredir em meus estudos, visito frequ equente ntemen mente um laboratór atóriio, onde encontro fa faccilidad dades tão completas como extraordinárias para a realização de experiências. “Te “Tenh nho o casa casa pr próp ópri ria, a, verd verdad adei eira rame ment nte e bela bela,, com com uma grand grande e bi bibl bliot iotec eca a, na qual existe toda a classe de livr ivros de consulta: históricos, científicos, de Medicina, e de todos os gêneros da Literatura. Para nós, estes livros são tão interessantes como para vós, os da Terra.
92 “Tenho “Tenho uma sala de música com toda a sorte de instrumentos. instrumentos. “Tenho “Tenho quadros de rara beleza e móveis de gosto apurado. apurado. “Atualmente “Atualmente vivo só, mas recebo com com frequ frequênc ência ia a vi visi sita ta de amigo amigos; s; també também m os visito em suas casas, casas, e, se alguma vez me sucede sobrevir ligeira tristeza, vou, então, visitar aqueles a quem mais eu quis na Terra. “D “Das minhas janelas admiro uma paisagem paisagem extraordinariam extraordinariamente ente bela, bela, que se esten stend de ao lon longe em suav suavees ondul dulaçõ ações, es, e, próximo à minha, existe uma casa comunal ond onde viv ivem em em feli felizz harm harmon oniia vári vários os dos dos Espíritos que trabalham no laboratório. laboratório. “O meu ajudante principal é um chinês antigo, muito competente em análises químicas. É, como se disséssemos, o chefe da casa. E uma alma admirável, goza de grandes simpatias e é dotado de profunda filosofia. “E muito difícil vos falar do trabalho no mundo dos Espíritos. Cada um tem sua missão, segundo suas possibilidades. possibilidades. “Quando um Espírito chega diretamente da Terra, ou de qualquer outro mundo material, tem de aprender tudo o que não aprendeu na existência precedente, com o fim de se aproximar da perfeição. “Se ele fez sofrer seus semelhantes sofrerá. Se tem grande talento, o aperfeiçoará aqui, pois, se vós aí tendes boa música ou outra qualquer classe de arte arte ou ciên ciênci cia, a, as daqu daquii aind aindaa são são mui muito melhores. “A Música é uma das mais poderosas forças forç as do noss nosso o mund mundo o para para se alca alcanç nçar ar a perf perfei eiçã ção o do Espírito. “H “Há aqui magníficas escolas para inst instruç rução ão dos dos Espír Espírit itos os de cr cria ianç nças as.. Ne Nellas permanecem até aprenderem tudo o que se refere à Terra e aos demais mundos, bem assim a todos os reinos que se acham sob o cetro de Deus. “Aqueles “Aqueles que aqui receberam instrução como Espíritos de crianças, quando chegam a ir para o
93 vosso mundo, ostentam o mais refinado e belo dos caracteres. “Os que passaram sua existência material em trabalhos físicos, têm de aprender tudo, enquanto aqui qui perm permaanec necem. O trabalho é uma coisa maravilhosa, e os que se tornam discípulos de Espí Espíri rito tos, s, apre aprend ndem em cons consid ider erav aveelmen lmente te.. Os Espí Espíri rito toss lite terrat atos os se conv conver erte tem m em gran grande dess oradores e falam e ensinam com palavras eloquentes. “Aq “Aqui ui tamb também ém há livr livros os,, mas de gêner nero diferente dos vossos. “O que estudou leis na Terra entrará na escola dos Espíritos para se aperfeiçoar na Justiça. “O soldado que professe culto à verdade e à honra, guiará os Espíritos de qualquer de nossas esferas em suas lutas pela fé em Deus”. (SCHUTEL, 2011, p. 102-104, grifo nosso).
Gost Gostar aría íamo moss de ress ressaaltar ltar que dess dessaa list listaa há, há, pelo pelo menos, dois médiuns mecânicos, tipo de mediunidade que mereceu o seguinte comentário de Kardec: “É preciosa esta faculdade, por não permitir dúvida algu lguma sobre a independên dência do pensamento daquele que escr escrev eve” e”.. (KARDEC, 2007b, p. 230). Cump Cumpre re-n -nos os escl esclar arec ecer er que, que, apesa pesarr de algu alguns ns dos dos médiun médiunss citado citadoss terem terem psicog psicograf rafado ado vários vários outros outros autore autoress esp espirit iritua uais is,, som somente ente tom tomamos um autor utor espi espirritu itual por por médium,
para
evitar
possíveis
questionamentos,
especialmente, de pessoas que podem querer atribuir tudo ao médium e não aos Espíritos que por p or ele se manifestaram.
94
7. A prática mediúnica de médiuns as confirmam Yvonne
A.
Pereira
deve
ser
a
primeira
a
mencionarmos, porquanto ela, na sua atividade mediúnica, foi levada ao plano espiritual, tendo, portanto, uma visão que, nós nós outr outros os,, sem sem a fa facu culd ldaade de ema emancip ncipaç ação ão da alma lma, comumente denominada de desdobramento, não cons conseg egui uimo moss perceb perceber er.. Podemo odemoss compa compará rá-la -la ao prim primeir eiro o “peixinho vermelho” dos personagens perso nagens que aqui mencionamos. De sua obra Memórias de um suicida, suicida, transcrevemos este trecho no qual menciona o Espírito Camilo Cândido Botelho: […] Daí em diante, ora em sessões norm normaalment mentee organi ganiza zada das, s, ora em reuni euniõe õess íntimas, levadas a efeito em domicílios part partic icul ulare ares, s, ou no silê silênc ncio io do meu meu apos aposen ento to,, alta altass hora horass da noit noite, e, davadava-me me apon aponta tame ment ntos os,, notic noticiár iário io perió periódic dico, o, escrit escrito o ou ve verbal rbal,, ensaio ensaioss literários, verdadeira reportagem relativa a casos de suicídio e suas tristes consequências no AlémTúmulo, na época verdadeiramente atordoadores para mim. Porém, muito mais frequentemente, arrebatava-me, ele e outros amigos e protetores espirituais, do cárcere corpóreo, corpóreo, a fim fim de, por por essa essa form formaa cômo ômoda e efic eficiiente ente,, ampli pliar ditado ados e experiênci ncias. Então, meu Espírito alçava ao convívio do mundo invisível e as mensagens já não eram escr escrit itas, as, mas mas narradas, mostradas, exibidas à minha minha faculd faculdade ade mediún mediúnica ica para que, ao
95 despertar, maior facilidade eu encontrasse para compreender aquele que, por mercê inestimável do Céu, me pudesse auxiliar a descrevê-las, pois eu não era escritora para fazer por mim mesma! Estas páginas, portanto, rigorosamente, não fora foram m ps psic icog ogra rafa fada das, s, pois pois eu vi via a e ouvi ouvia a nitidamente as cenas aqui descritas, obser observa vava va as perso persona nagen gens, s, os loca locais, is, com clare lareza za e cert certez eza a abs bsol olut uta as, com omo o se os visitasse e a tudo estivesse presente e não como se apenas obtivesse notícias através de simples narrativas. narrativas. […]. (PEREIRA, 1987b, p. 9, grifo nosso).
Heigorina Cunha (1923-2013), é outra médium em que o mundo espiritual lhe descortinou as vistas, conforme seu relato: […] no dia 2 de março de 1979, quando vivi a mais fascinante experiência de minha vida. Vi-me saindo do corpo, conduzida por um Espírito que não pude identificar, identificar, seguindo para uma cidade espiritual que depois soube tratar-se da cidade “Nosso Lar”, Lar”, da qual André Luiz, no livro que leva o mesmo nome traça-lhe um perfil magnífico e esclarecedor. Via a cidade com alguns detalhes, guardando, ao despertar, toda a recordação da expe experi riên ênci cia a daqu daquel elaa noit noitee mara maravi vilh lhos osa, a, quando o Espírito que me acompanhava convidoume a regressar à Terra. Não podia perder a visão de tão belo aco aconte ntecime imento nto e, assi assim, m, res resolvi olvi des desenhar nhar,, retratando o que me foi possível conhecer naquela rápi rápida da visi visita ta.. (CUN (CUNHA HA,, 198 1989, p. 25-2 25-26, 6, grif grifo o nosso).
Aquilo tudo que ela viu está registrado na sua obra Cidade no Além. Além. Certamente, aqui temos mais um “peixinho vermelho”. Daqui a pouco, caro leitor, você entenderá porque
96 estamos fazendo essa relação. Encontramos na obra Espíritos entre nós, nós, do médium norte norte-a -ame meri rica cano no Jame Jamess Van Praa Praagh gh (195 (19588- ), escri escritor tor e produtor de televisão, trechos que vêm confirmar tudo quanto estamos vendo em outros autores. Vejamos alguns trechos do capítulo 5, intitulado “O Mundo dos Espíritos”: Já me perg pergunt untar aram am inúm inúmer eras as ve veze zes: s: “Onde “Onde fica o mundo dos espíritos?” espíritos?” Infelizmente, Infelizmente, não há uma uma resp respos osta ta simp simple less para para essa essa ques questã tão. o. Pa Para ra compre mpreen ende derr onde nde fica fica o mun mundo esp espiri iritual tual,, devemos mudar nosso modo de pensar. O mundo espiritual não é um local geográfico, não é algo que possa ser encontrado em um mapa. mapa. O mundo espiritual é, na verdade, um estado de ser energético. O Universo é feito de ondas eletromagnéticas. Nós talvez não estejamos fisicamente conscientes dessas energias, mas sabemos que elas existem porqu porquee ve vemo moss imag imagen enss na te tele levi visã são, o, ouvim ouvimos os vozes no celular e ingerimos alimentos preparados no forno de micro-ondas. Essas ondas são precisamente sintonizadas em uma determinada frequência para que possam funcionar da maneira adequada. Assi Assim m como como as onda ondass elet eletro roma magné gnéti tica cass do universo universo físico, físico, o mundo espiritual é formado por milhares, talvez milhões de dimensões ener energé géti tica cas, s, e cada cada uma uma tem sua sua pr próp ópri ria a vibração. vibração. Essas vibrações se sobrepõem umas às outras, e assim, penetram no nosso mundo físico. Assim como a internet, as dimensões espirituais podem interagir com pessoas do mundo inteiro sem que ninguém tenha que sair da privacidade de seu lar. Talvez não tenhamos consciência da multiplicidade de vibrações que nos cercam, mas elas existem mesmo assim. Infelizmente, a maior parte das pessoas não tem capacidade de entrar em sintonia com essas vibrações sem passar por algum tipo de treinamento.
97 As dimens dimensõe õess espiri espiritua tuais is são semel semelhant hantes es à mensagem que existe na Bíblia, em João 14:3: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não foss fossee assim assim,, eu vo-l vo-lo o te teri riaa dito dito..” Acred Acredit ito o que essas “moradas” a que o evangelista se refere são as várias dimensões espirituais. Como médium, tenho a capacid ida ade de penet enetrrar ness nessas as dimensõ dim ensões, es, aument aumentando ando minhas minhas vib vibraçõ rações es para para atingir atingir frequên frequência ciass mais mais altas altas.. Assi Assim, m, posso ser um canal entre o plano mais baixo do mund mundo o físi físico co e as vibr vibraç açõe õess mais mais rápi rápida dass do mundo espiritual invisível. Todos nós podemos ser canais se nos esforçarmos para isso. Uma das maneiras mais ráp rápidas de aumentar essa ssas vibrações é por meio da meditação. Dimensões espirituais Há muito muitoss anos, anos, tive a honra de conhecer Mark Mark Macy Macy,, cient cientis ista ta e pesqu pesquis isado adorr muit muito o dedicado que, assim como eu, estava interessado em apresentar provas detalhadas de que existe vida após a morte. Até hoje grande parte de seu trabalho não foi analisada com a devida atenção. Macy estava na vanguarda das investigações sobre os diversos meios pelos quais um espírito pode se comunicar com os vivos. Ele estava envolvido com a World Instrumental TransCommunicat Communication ion (Transco (Transcomunicaçã municação o Instrumenta Instrumentall Mundial), uma organização de pesquisadores que uti utiliza lizavva div diversa ersass te tecn cno ologi logias as,, como como rádi rádio o, televisão e computadores, para fomentar mensagens e comunicação com o mundo espiritual. Estu Estude deii o tra trabalh balho o de Macy Macy por por muitos anos e acredito acredito que grande parte das informações informações que ele coletou se parece parece muito com com as desc descri riçõ ções es espi espiri ritu tuai aiss que que rece recebi bi através de meu próprio trabalho psíquico. psíquico. […]. Quando Quando abandon abandonamo amoss nosso nosso corpo corpo físico físico no momento da morte, entramos em uma dimensão de sintonia muito fina. Como já disse no capítulo anteri anterior or,, a experiência de entrar no mundo espiritual é diferente de pessoa para pessoa, pessoa, dependendo do sistema de crenças de cada uma, do nível de conhecimento e do grau de evolução
98 espir piritua tual. À med medida que passamo samoss pel pelos plan pl anos os astr astrai aiss inf inferio eriore ress e nos nos mo move vemo moss para as dimensões superiores, as experiências se tornam ainda mais rarefeitas. rarefeitas. Pensamentos e sentimentos têm sua intensidade amplificada. Espíritos viajam através de várias dimensões até atingirem aquelas que coincidem com seu nível de compreensão. c ompreensão. […] No entanto, nas nas dimensões espirituais, gravitamos em direção a uma mentalidade semelhante à nossa e à de outros que têm os mesmos pontos de vista e se encontram no mesmo nível de evolução evolução.. O lugar onde vamos parar depois da morte é criado por nós mesmos, por meio de nossos pensamentos, palavras e atos e pela pela mane maneiira como omo viv vivemos emos na Terra. ra. Se seguimos o caminho de uma determinada religião, religião, por exempl mplo, fica ficam mos junt junto o com com outro utross que que compartilham a mesma crença. […]. O plano astral inferior Quando uma pesso essoa a se desf esfaz de seu seu corpo físico no momento da morte, o fio de prat pr ata a que que ante antess liga ligava va o corp corpo o etér etéreo eo ao físic físico o é rompi rompido do.. O que resta é uma exata réplica do corpo físico, por porém mais leve e vibrante. A primeira dimensão além do reino físico é o pl plan ano o astr astral al infe inferi rior or,, que que vi vibr bra a muit muito o próx pr óxiimo ao domí domíni nio o terr terren eno o e se loca locali liza za entre a Terra e as esferas mais elevadas. elevadas. É o primeiro com que os espíritos se deparam e onde geralmente ficam pouco tempo. Muitos espíritos já comunicaram que esse nível é cinzento, e pouco iluminado. No plano astral inferior, tudo o que se pensa é visto visto e ouvid ouvido o com com muita muita clareza. clareza. Os espíritos não podem esconder seus próprios pensa pensamen mentos tos como como os humano humanoss faze fazem m. Na verdade, o plano astral inferior é tão intenso sob o ponto de vista mental que amplifica todos os pensamentos e emoções. Com frequência eu me refiro a esse plano como nossa lata de lixo
99 ment menta al e emoc emocio iona nall. Quando ndo os espírit ritos decidem permanecer no plano astral inferior, eles se transfo sformam mam em criações coletivas de determinados aspectos dos humanos que estão ligad gados de modo obsessivo ivo a emoções não reso resolv lvid idas as e freque frequent ntem emen ente te nega negati tivas vas,, como como raiva, depressão, desespero, solidão, culpa, vício, crueldade ade e ódio. O plano astr stral inferior é deprim primeente nte porq porque ue os espí espíri rito toss pare parece cem m se ali alimenta entarr da nega negati tivvidade dade asso associ ciaada a essa ssa criação coletiva. É como se os espíritos estiv stives esse sem m pres presos os a uma uma ment mental aliidade dade muit muito o arra arraig igada ada.. Devi Devido do ao fat fato o de os pensa pensame ment ntos os permanecerem conosco em nossa jornada, nossos pontos de vista também ficam. Crenças, gostos, desgostos e julgamentos continuam como eram ante antes. s. Nã Não o há mil milagre agress ou reve revela laçõ ções es tota totais is quando morremos. […] Além Além de o pl plan ano o astr astral al infer nferio iorr ser ser formado por nossos próprios pensamentos e emoções negativas coletivas, nós também o alim imen enta tamo moss cont contin inua uame ment nte e com com nossa ossa negatividade. negatividade. Isso inclui formas de lazer nega negati tivvas. as. Filme ilmess vio violento entos, s, pro programas amas de tele te levi visã são o e músic músicaa que que exa exage gera ram m os medo medoss e compor mporta tame ment ntos os cruéi ruéiss das pesso essoas as podem dem parecer excitantes, mas só servem para exacerbar o comp omportame amento mais primitivo da nossa ssa sociedade. Os criadores dessas imagens negativas podem estar sob a influência de espíritos do plano astr astral al mais mais baix baixo. o. Tudo udo é ener energi gia, a, e ener energi gias as nega negati tivvas, as, com como medo medo,, raiv aiva e ódi ódio, fica ficam m registradas no plano astral inferior. Como em um círc círcul ulo o vici vicios oso o, essa essass form formas as de pens pensam amen ento to reto retorna rnam m como como assom assombr braç açõe õess durant durantee anos anos e anos, reforçando o medo e o ódio. […]. As dimensões astrais mais elevadas Do mesmo modo que há uma progressão natural da vida na Terra, também existe uma progressão natural da vida após a morte. morte. À medida que um espírito expande sua consciência e se desenvolve, ele passa de um plano existencial para outro. Nessa progressão, vai se
100 tornan nando menos interessad sado nas que questões terrenas e menos preocupado com elas. Muito uitoss espí espíri rito toss ingr ingres essa sam m na luz luz das das dimensõ ensões es espiri irituais mai mais elevadas e chegam a um lugar que costumo chamar de Terra do Verão. Essa dimensão é quase tão real quanto a Terra. É um mundo de edifícios e casas incríveis, co m cores inco incomp mpre reen ensí síve veis is para para ment mentes es terre errena nas. s. Muitos espíritos nesses reinos relatam que as casas em que moram parecem exatamente iguais às casas da Terra, exceto pelo fato de serem absolutamente perfeitas. perfeitas. Eles Eles freq freque uent ntem emen ente te rela relata tam m que que cada cada casa casa é localizada em um terreno absolutamente pro proporc porcio iona nall ao ta tama manh nho o da casa casa.. Em outr outras as palavras, não existe crescim cimento urbano exage exa gerad rado. o. Quando pensamos na nossa casa perfeita na Terr rra a, inconscienteme emente criamos o lar que corresponde a ela no nível astral mais elevado. Assistentes espirituais no plano mais alto da dimensão astral ajudam a dar formas a essas residências por meio da combinação dos n o s so s pensamentos com os poderes mentais deles. deles. Quando chegamos ao céu, nosso novo lar já nos espera, em sintonia perfeita com nossa individualidade. Além lém dess dessas as casas asas,, as di dime mens nsõe õess mais mais elevadas também incluem prédios maiores, como salas de concerto, museus e bibliotecas. bibliotecas. Nossos sonhos e desejos podem se tornar realidade no plano astral. As maiores obras da huma humani nida dade de são são criad criadas as prim primei eira rame ment ntee no plan plano o astr astral al mais mais ele eleva vado do.. Muit Muitos os cien cienti tist stas as espir spiriituai tuaiss trab trabal alha ham m junt juntos os ness nessee domí domín nio, io, concentrando suas energias para que novas ideias sejam filtradas até atingir as mentes humanas. A dimensão astral mais elevada também é um luga lugarr de insp inspir iraç ação ão divi divina na,, pois pois está stá livre ivre de dese desejo joss te terr rren eno os e de conf confllito itos. Os espí espíri rito toss dess dessas as dime dimens nsõ ões se reún reúnem em por por amor amor,, para para expandir seus horizontes mentais e espirituais. É um esta estado do de ser ser em que que ment mentes es bril brilha hant ntes es
101 concebem concebem incríveis incríveis criações criações artísticas. artísticas. Qualquer Qualquer coisa capaz de fazer o coração se alegrar está localizada aqui. E, finalmente: espíri espíritos tos local localiz izad ados os nas nas dim imen ensõ sões es mais mais eleva levada dass pode podem m visit isita ar outros localizados nas dimensões inferiores, mas estes não podem subir até as dimensões mais mais elev elevad adas as enquanto suas almas não estiverem prontas. Espíritos altamente evoluídos têm consciência do que acontece no nível físico e com frequência visitam a família e os amigos na Terra, para ajudá-los ou protegê-los. (PRAAGH, 2009, p. 61-71, grifo nosso).
Não devemos desprezar as experiências dos médiuns, especialmente, quando elas corroboram o que encontramos em outros e como resultado de pesquisas. E aqui, aquela frase que dissemos no início se aplica muito bem: “Não se deve jogar fora a água da bacia com a criança dentro” d entro”..
102
8. Nas EQMs surgem referências às construções no mundo espiritual Finalizando o nosso conjunto de provas, traremos duas pesq pesqui uisa sass rela relaci cion onad adas as às EQMs EQMs (Exp (Exper eriê iênc ncia ia de Quas Quasee Morte), que confirmam essas descrições do mundo espiritual: 1ª) Dr. Raymond A. Moody Jr. Jr. (1944- ), médico psiquiatra e pesquisador consagrado das EQMs (Experiência de Quase Morte), com sua obra Reflexões sobre a vida depois da vida, vida, na qual consta o item “Cidades de Luz”, dentro do Capítulo “Novos Elementos”, Elementos”, de onde transcrevemos: Declarei em Vida ida depo depois is da vida vida não não ter encontrado um único caso em que fosse descrito um “céu” – pelo menos sob a forma de alguma apresentação tradicional de tal lugar. Entretanto, desd desdee entã então o tenho enho conv conver ersa sado do com com inúmeros indivíduos que falam, co m notável consistência, consistência, de terem visto relances de outros camp campos os de ex exis istê tênc ncia ia que que bem bem pode poderi riam am ser ser chamados chamados de “celestiais” “celestiais”.. Julgo interessante a ocorrência, em diversos desses relatos, de uma mesma expressão: “uma cidade de luz”. Neste, e em vários outros aspectos, as imagens com com as quai quaiss são são desc descri rita tass as cena cenass pare parece cem m lembrar trechos da Bíblia. (MOODY JR, 1987, p. 27-28, grifo nosso).
Por oportuno, citaremos um trecho de um dos
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depoimentos relatados na obra, em que uma mulher descreve sua experiência: “À “À di distâ stânc ncia ia… … pude pude avis avista tarr uma uma cida cidade de.. Prédios… prédios separados uns dos outros. Eram polidos, brilhantes. As pessoas eram felizes ali. Água límpida, que refletia a luz, repuxos… creio que o melhor meio de descrever seria dizer 'uma cidade de luz'… Esplendorosa. Tudo Tudo brilhava, uma maravilha… Mas se eu entr ntrasse asse nela nela,, crei creio o que que jama jamaiis te teri riaa voltado… Disseram-me que, se eu entrasse ali, não poderia regressar… que a opção era exclusivamente minha.” (MOODY JR, 1987, p. 30, grifo nosso).
Acred credit itaamos mos que as “Ci “Cidade dadess de Luz” que estão aparece recen ndo nas pesquisa isas do Dr. Moo Moody Jr. Jr. são uma confirmação irrefutável de tudo quanto foi dito aqui nesse estudo. 2ª) Bill (?- ) e Judy Guggenheim (?-) autores (?-) autores da obra Um alô do céu: um vasto campo de pesquisa – comu comuni nica caçã ção o póspós-mo mort rtee – conf confir irma ma a vida ida e o amor amor são são eternos, eternos, onde relatam o resultado de suas pesquisas com 2000 pessoas, entre homens, mulheres e crianças. Algumas pessoas que tiveram uma experiência de quase-m quase-mort ortee demor demorada ada ou que explor explorar aram am o Além durante Além durante algumas experiências fora do corpo relatam que este é composto por um número ilim imiitado de graduaçõe ções sut sutis de nível. Apar Aparen ente teme ment nte, e, se esten stend de dos dos reino einoss mais mais alto altos, s, br bril ilha hant ntes es e cele celest stia iais is,, repl replet etos os de amor amor e luz, luz, pass passan ando do pelo peloss níve níveis is médi médio, o, mais cinzentos ou escuros, até os mundos inferiores, praticamente desprovidos de luz, amor ou calor emocional. emocional.
104 Esse Essess rei reinos nos pode podem m ser ser ente entend ndid idos os como níveis de consciência ou níveis ní veis de amor, amor, ou seja, o “cenário” exterior correspondente à consciência espiritual ou à habilidade de amar por parte dos habitantes locais. Aqueles que amam realmente a Deus e buscam servir ao próximo, habitam os níve níveis is mais mais alto altoss e clar claros, os, repl replet etos os de bele beleza za indescritível, enquanto os outros que são egoístas e autocentrados se condenam, ao menos temporariamente, temporariamente, às regiões baixas e escuras. […]. Como Como é o para paraís íso? o? De aco acordo rdo com com algun lgunss relat latos de EQMs EQMs e de outras tras font fontees, fal falta tam m palavras adequadas para descrever a beleza, a alegria, o amor, a harmonia, a luz e o elevado sent entimento nto de vida no reino ino parad aradis isííaco aco. As comunid comunidade adess incluem incluem cidade cidadess magníf magnífica icass e belos elos camp campos os.. As flor flores es,, as pl plan anta tass e as árvores têm cores e uma vibração além de quai quaisqu squer er outras outras exist existent entes es na Terra Terra.. Por todo todoss os lados, lados, água faiscante e refrescante, cantar de páss ssar aros os,, músic úsica a cativ tivante ante e borb orbole oletas voan oando por por todo o lado. Até mesm mesmo o os anim anima ais de esti estima maçã ção o, a quem amamos, estarão esperando por nós. Embora os recém-chegados poss ssa am desca descans nsar ar tanto tanto quan quanto to quise quiserem rem após a transição, o local fervilha de atividades objetivas. Existem edifícios majestosos de arquitetura graciosa, escolas de aprendizagem, bibliotecas, alojamentos para cura, centros espirituais de toda espécie e muito mais. mais . Os habitantes valorizam muito o conhecimento e são incentivados a estudar temas de própria escolha, que englo englobam bam virtual virtualmen mente te todos todos os assunto assuntos, s, mas os favoritos são: artes, músicas, natureza, ciências, medic dicina e todo tipo de estud tudos espir spiriituai tuais, s, os quai quais, s, por por sua sua ve vez, z, deve devem m ser ser passados adiante, por meio de inspiração, aos que ainda habitam no planeta. As almas evoluem espiritualmente, aspi aspira ram m avan avança çarr até até nív ívei eiss mais mais alto altoss de consc consciê iênc ncia ia.. Lá, Lá, como como aqui, aqui, o cr cres esci cime mento nto espiritual é alcançado com maior rapidez por
105 meio do serviço ao próximo. próximo. Os resi reside dent ntes, es, sob sob a ex expe peri rien ente te orie orient ntaçã ação o de prof profes esso sore ress e mestre mestress muito muito ev evolu oluíd ídos, os, escol escolhem hem sua própri própriaa forma de servir e recebem extenso treinamento. Muit uitos esc escolhe olhem, m, por por comp compaaixão ixão,, ajud ajudar ar os moradores dos reinos menos elevados, incluindo os mais baixos e mais escuros. Ningu inguém ém,, não não im impo port rta a a cr crue ueld ldad ade e ou maldade do crime aqui cometido, jamais é esquec esquecido ido ou desampa desamparado rado.. No instante em que alguém sente remorso sinc sinceero por ter prejudicado outrem ou demonstra um mínimo de consc consciê iênci nciaa espi espiri ritu tual al,, assi assist stên ênci ciaa imed imedia iata ta e enco encora raja jame ment nto o são são disp dispen ensa sado doss para para ajud ajudar ar aquele espírito a se mover adiante e a começar a árdua ascensão aos níveis superiores da vida após a mort morte. e. Entr Entret etan anto to,, este este algu alguém ém deve deve esta estarr disposto a aceitar plena responsabilidade pessoal por toda a mágoa, toda a dor e sofrimento que ele ou ela possa ter causado, o que, apar aparen ente teme ment nte, e, é um proc proces esso so ex extre trema mame ment ntee doloroso do ponto de vista emocional, mental ou espiritual. (GUGGENHEIM, 2008, p. 318-320, grifo nosso).
É impressionante a semelhança do que encontramos nas obras de André Luiz e que, também, são confirmadas por outras fontes, como as que aqui estamos apresentando. Estes pesquisadores – Moody e Bill & Judy, estão, na verdade, consolidando cientificamente tudo, ou quase tudo, que hoje já sabemos do mundo espiritual, mesmo que isso não agrade a muitos confrades.
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9. Conclusão Lembramo-nos de que Charles Richet (1850-1935), na obra A obra A grande esperança, esperança, cita a seguinte frase de Lavoisier: “Não há pedras que caem do céu, porque no céu não existem pedras”. (RICHET, 1999, p. 78). Será que, muitos de nós espíritas, não estamos agindo como Lavoisier? De nossa parte, ficamos totalmente convencidos da realidade das colônias espirituais, porquanto não podemos desprezar tudo quanto foi aqui levantado. Na verdade, além do que encontramos nas obras da Codificação, bastava, para nós, a opinião de dois ícones da Dou Doutrina ina, que são Léon éon Den Denis e Ernes nesto Boz Bozzano, que representam, nessa pesquisa, a base filosófica e científica para aceitarmos a realidade delas. Entretanto, como surgem questionamentos, às vezes até justos, ampliamos nossa pesquisa, visando dar ao leitor a oportunidade de conhecer um pouco mais do assunto, que, certamente, não pode ser levado à conta de fruto imaginativo do autor espirit iritu ual André Luiz, visto a exist istência de construções na dimensão espiritual estar presente em obras de vários outros médiuns, médiuns, espalhados espalhados mundo mundo afora, afora, inclusive inclusive
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algumas algumas delas anteriores às de André Luiz. Portanto Portanto,, a nosso ver, cumpre-se muito bem o CUEE, se não levarmos em conta de que há, sim, menção de construções no plano espiritual em obras da Codificação espírita. e spírita. Veja-se Veja-se esta lista:
Personagens
Localidade residência/trabalho (1) residência/trabalho (1)
Estudiosos Léon Denis
Tous – França
Ernesto Bozzano
Gênova – Itália
James Arthur Findlay,
Glasgow – Escócia
Sir Oliver Lodge
Londres – Inglaterra
Arthur Conan Doyle
Crowborough – Inglaterra
J. Herculano Pires
São Paulo, SP – Brasil
Cairbar Schutel
Matão, SP – Brasil
Raymund A. Moody
Las Vegas, Nevada – EUA
Bill e Judy Guggenheim
Long Island, New York, New Jersy, - EUA
Richard Simonetti
Bauru, SP – Brasil
Médiuns Yvonne A. Pereira
Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Rev. G. Vale Owen
Birmingham – Inglaterra
Emanuel Swedenborg
Estocolmo – Suécia
Andrew Jackson Davis
Boston – EUA
108 Heigorina Cunha
Sacramento, MG – Brasil
James Van Praagh
Los Angeles – EUA
Psicografias Wagner da Paixão
Belo Horizonte, MG – Brasil
Chico Xavier
Pedro Leopoldo, MG – Brasil (2)
Wanda Canutti
Araraquara, SP – Brasil
Gilson Freire
Belo Horizonte, MG – Brasil
Nelson Moraes
São Paulo, SP – Brasil
Divaldo Franco
Feira de Santana, BA – Brasil
José Araújo
Blumenau, SC – Brasil
Anthony Borgia
Londres – Inglaterra
Lilian Walbrook
Londres – Inglaterra
Abel Glaser (3)
São Paulo, SP – Brasil
(1) Dentro do que pudemos levantar, pode ser que as cidades não sejam exatamente as mencionadas, os países, estes, sim, podem ser considerados. (2) A cidade em que foram psicografadas as principais obras de André Luiz. (3) Coordenou grupo de oito médiuns, que receberam mensagens do Espírito Cairbar Schutel.
Como
se
vê,
temos
vários
médiuns,
pesqu pesquisad isadore ores/es s/estud tudioso iososs e médiun médiunss psicóg psicógra rafos fos de várias várias cidades e países, entre eles alguns médiuns mecânicos; se tudo isso não atender ao CUEE, que nos sejam apresentados argumentos convincentes, contrários à existência das colônias espirituais.
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Concordamos
plenamente
com
o
professor
univer universitá sitário rio John John Domini Dominicc Crossa Crossan n (1934(1934- ), que disse, disse, no seu estudo para descobrir o Jesus histórico: “Um material encontrado em, pelo menos, duas fontes independentes do primeiro estrato não pode ter sido inventado por nenhuma delas”. (CROSSAN, 1994, p. 32). Não temos a pretensão de convencer os céticos, que mais parecem bibliólatras que se a informação não estiver literal literal no texto bíblico, recusam-na recusam-na por mais lógica e racional racional que seja. Lembramo-nos
aqui
da
hist istorinh inha
do
peixi ixinho
vermelho, constante do livro Libertação, Libertação, contada por Emma Emman nuel, el, que não te tem m com como não não a tran transc scre revver para ara finalizar esse estudo: A lenda egípcia do peixinho vermelho No centro de formoso jardim, havia grande lago, adornado de ladrilhos azul-turquesa. Alim Alimen entad tado o por por dimi diminut nuto o cana canall de pedr pedra, a, escoava suas águas, do outro lado, através de grade muito estreita. Ness Ne ssee redu reduto to aco acolhed lhedor or,, vivi viviaa toda toda uma uma comunidade de peixes, a se refestelarem, nédios e sati satisfe sfeit itos os,, em comp complilica cadas das loca locas, s, fresca frescass e sombri mbrias as.. Ele Eleger geram um dos dos conci oncida dadã dão os de barbatanas para os encargos de rei, e ali viviam, plen plenam amen ente te despr despreo eocu cupa pado dos, s, entre entre a gula gula e a preguiça. Junt Junto o dele deles, s, porém, ém, hav havia um peixin ixinh ho vermelho, menosprezado de todos. Não conseguia pescar a mais leve larva, nem refugiar-se nos nichos barrentos.
110 Os outros, vorazes e gordalhudos, arrebatavam para si todas as formas larvárias e ocupa upavam, dis displicentes, todos os lugar gares consagrados ao descanso. O peixinho vermelho que nadasse e sofresse. Por isso mesmo era visto, em correia constante, pers perseegui guido pela pela caní canícu cula la ou at ator orme ment ntad ado o de fome. Não encont contrrando pouso uso no vastí stíssi ssimo domicílio, o pobrezinho não dispunha de tempo para muito lazer e começou a estudar dar com bastante interesse. Fez o inventário de todos os ladrilhos que enfeitavam as bordas do poço, arrolou todos os buraco buracoss nele nele existe existente ntess e sabia, sabia, com precis precisão ão,, onde se reuniria maior massa de lama por ocasião dos aguaceiros. Depois de muito tempo, à custa de longas perquirições, encontrou a grade do escoadouro. A fren rente da imprev revist ista oportun tunidad dade de aventura benéfica, refletiu consigo: - “Não será melhor pesquisar a vida e conhecer outros rumos?” Optou pela mudança. Apesar de macérrimo pela abstenção completa de qual qualqu quer er confo confort rto, o, perde perdeu u vá vári rias as esca escama mas, s, com grande sofrimento, a fim de atravessar a passagem estreitíssima. Pron Pronunc uncian iando do voto votoss reno renova vado dore res, s, av avanç ançou ou,, otim otimis ista ta,, pelo pelo rego rego d’ág d’água, ua, encan encantad tado o com com as nov novas pai paisag sagens, ens, rica ricass de flor flores es e sol que que o defrontavam, e seguiu, embriagado de esperança... Em breve, alcançou grande rio e fez inúmeros conhecimentos. Encontrou peixes de muitas famílias diferentes, que com ele simpatizaram, instruindo-o quanto aos percalços da marcha e descortinando-lhe mais fácil roteiro. Embevecido, contemplou nas margens homens e anim animai ais, s, emba embarc rcaç açõe õess e pont pontes es,, palá paláci cios os e veículos, cabanas e arvoredo.
111 Habitu Habi tuad ado o com com o pouc pouco, o, vivi viviaa com com ex extre trema ma simpl mplicid icidad ade, e, jam jamais ais perd erdendo endo a leveza eza e a agilidade naturais. Cons Conseg egui uiu, u, dess dessee mod modo, at atin ingi girr o ocea oceano no,, ébrio de novidade e sedento de estudo. De iníc início io,, poré porém, m, fasci fascinad nado o pela pela paix paixão ão de observar, aproximou-se de uma baleia para quem toda a água do lago em que vivera não seria mais que dim diminuta uta ração; impressionad nado com o espetáculo, abeirou-se dela mais que devia e foi tragado com os elementos que lhe constituíam a primeira refeição diária. Em apuros, o peixinho aflito orou ao Deus dos Peixes, rogando proteção no bojo do monstro e, não obstante as trevas em que pedia salvamento, sua prece foi ouvida, porque o valente cetáceo come começo çou u a solu soluçar çar e vomi vomito tou, u, rest restit itui uind ndoo-o o às correntes marinhas. O pequeno viaja ajante, agradeci decid do e feliz, proc procur urou ou comp companh anhia iass simpá simpáti ticas cas e apre aprend ndeu eu a evitar os perigos e tentações. Plenamente transformado em suas concepções do mundo, passou a reparar as infinitas riquezas da vida. vida. Encon Encontro trou u plant plantas as lumi lumino nosa sas, s, anima animais is estranhos, estrelas móveis e flores diferentes no seio das águas. Sobretudo, descobriu a existência de muitos peixinhos, estudiosos e delgados tanto quanto ele, junto dos quais se sentia maravilhosamente feliz. Vivia, agora, sorridente e calmo, no Palácio de Coral que elegera, com centenas de amigos, para residência ditosa, quando, ao se referir ao seu começo laborioso, veio a saber que somente no mar as criaturas aquáticas dispunham de mais sólida garantia, de vez que, quando o estio se fizesse mais arrasador, as águas de outra altitude continuaria a correr para o oceano. O peixinh xinho o pensou sou, pensou nsou… … e sentindo imensa compaixão daqueles com quem convivera na infân infânci cia, a, deli delibe bero rou u cons consagr agrar ar-s -see à obra obra do progresso e salvação deles. Não Nã o seri seriaa justo justo regr regres essa sarr e anunc anuncia iarr-lh lhes es a verdade? Não seria nobre ampará-los, prestando-
112 lhes a tempo valiosas informações? Não hesitou. Forta ortallecid cido pela gen generos erosiidade dade de irmão rmãoss benfe benfeit itor ores es que que com com ele ele vivi viviam am no Pa Palá láci cio o de Coral, empreendeu comprida viagem de volta. Tornou ao rio, do rio dirigiu-se aos regatos e dos regatos se encaminhou para os canaizinhos que o conduziram ao primitivo lar. Esbelto e satisfeito como sempre, pela vida de estudo e serviço a que se devotava, varou a grade e procurou, ansiosamente, os velhos companheiros. Estimulado pela proeza de amor que efetuava, supôs que o seu regresso causasse surpresa e entusi entusiasmo asmo gerais gerais.. Certo Certo,, a coleti coletivid vidade ade intei inteira ra lhe celebraria o feito, mas depressa verificou que ninguém se mexia. Todos os peixes cont ontinua nuavam pesados e ociosos, repimpados nos mesmos ninhos lodac lodacen ento tos, s, prot proteg egid idos os por por flor flores es de lótu lótus, s, de onde saíam apenas para disputar larvas, moscas ou minhocas desprezíveis. Gri Gritou tou que que volt voltar araa a casa casa,, mas mas não não houv houvee quem lhe prestasse atenção, porquanto ninguém ali, havia dado pela ausência dele. Ridi Ridicu cula larrizado zado,, pro procuro curou, u, entã então o, o rei de guelra guelrass enorme enormess e comunic comunicouou-lhe lhe a revela revelado dora ra aventura. O soberano, algo entorpecido pela mania de grandeza, reuniu o povo e permitiu que que o mensageiro se explicasse. O benfeitor desprezado, valendo-se do ensejo, esclareceu, com ênfase, que havia outro mundo líquido, glorioso e sem fim. Aquele poço era uma insignificân cância que podia desap saparecer, de momento para outro. Alé Além do esco scoadouro uro próx próxim imo o desd desdob obra rava vamm-se se outr outraa vida vida e outr outraa experiência. Lá fora, corriam regatos ornados de flores, rios caudalosos repletos de seres diferentes e, por fim, o mar, onde a vida aparece cada vez mais mais rica rica e mais mais surp surpre reen ende dent nte. e. Desc Descre reve veu u o serviço de tainhas e salmões, de trutas esqualos. Deu notícias de peixe-lua, do peixe-coelho e do
113 galo-do-mar. Contou que vira o céu repleto de astros sublimes e que descobrira árvores gigant gigantes escas, cas, barcos barcos imenso imensos, s, cidade cidadess praie praieir iras, as, monstros temíveis, jardins submersos, estrelas do oceano e ofereceu-se para conduzi-los ao Palácio de Coral oral,, onde nde viv viveriam iam todo todos, s, pró prósper speros os e tranqu nquilos. Finalmente os informou de que semel semelhant hantee felici felicidade dade,, porém porém,, tinha tinha igual igualmen mente te um preço. Deveriam todos emagrecer, convenientemente, abstendo-se de devorar tanta larva e tanto verme nas locas escuras e aprendendo a trabalhar e estudar tanto quanto era necessário à venturosa jornada. Assim que terminou, gargalhadas estridentes coroaram-lhe a preleção. Ninguém acreditou nele. Alguns oradores tomaram a palavra e afir afirmar maram am,, sole solene nes, s, que que o peix peixinh inho o ve verm rmel elho ho delirava, que outra vida além do poço era franca francamen mente te imposs impossíve ível, l, que aquel aquelaa histó história ria de riac riacho hos, s, rios rios e ocea oceano noss era era mera mera fant fantas asia ia de cérebro demente e alguns chegaram a declarar que falavam em nome do Deus dos Peixes, que trazia os olhos voltados para eles unicamente. O sobe soberrano ano da comuni munida dade de,, para ara mel melhor hor ironizar o peixinho, dirigiu-se em companhia dele até a grade de escoamento e, tentando, de longe, a travessia, exclamou, borbulhante: – “Não vês que não me cabe aqui nem uma só de minhas barbatanas? Grande tolo! Vai-te daqui! Não nos perturbes o bem-estar… Nosso lago é o centro do Universo… Ninguém possui vida igual à nossa!…” Expu Expuls lso o a golp golpes es de sarc sarcas asmo mo,, o peix peixin inho ho realizou a viagem de retorno e instalou-se, em defi defini niti tivo vo,, no Pa Palá láci cio o de Cora Coral, l, agua aguarda rdand ndo o o tempo. Depois de alguns anos, apareceu pavorosa e devastadora seca. As águas desceram de nível. E o poço onde vivia viam os peixes pacho chorrentos e vaidosos sos esvaziou-se, compelindo a comunidade inteira a perecer, atolada na lama… (XAVIER, 1987b, p.7-
114 11).
Comp Compar aram amos os os médiu édiuns ns – Yvon vonne, ne, He Heig igor orin inaa, e muitos outros – que percebem nitidamente a realidade do mundo mundo espirit espiritua uall ao persona personagem gem peixin peixinho ho vermel vermelho ho dessa dessa histó istórria, ia, pois pois,, mesm esmo eles les te tend ndo o rela relata tad do o que viram iram,, ninguém acredita neles. Infelizmente, é algo que se aplica bem a um grupo de céticos que encontramos no Movimento Espírita.
Paulo da Silva Neto Sobrinho Mar/2014. (versão 13 – mai/2014).
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Paulo da Silva Neto Sobrinho, é natural de Guanhães,
MG. Forma ormado do em Ciên iência cias Con Contá tábe beis is e Admin dminis istr traação de Empresas pela Universidade Católica (PUC-MG). Aposentou-se como Fiscal de Tributos pela Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais. Ingressou no movimento Espírita em Julho/87. Escreveu vários artigos que foram publicados em alguns sites Espíritas na Internet, entre eles: O Portal do Espírito: www.portalespirito.com/ Grupo de Apologética Espírita: www.apologiaespirita.org Panorama Panorama Espírita: www.panoramaespirita.com.br Autor utor dos liv livros: ros: A Bíblia à Moda da Casa, Alma dos anim animai aiss: está estági gio o ante anteri rior or da alma alma huma humana na?? Espi Espiri riti tism smo, o, princípios, práticas e provas e Os Espíritos comunicam-se na Igreja Católica. Católica. •
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Belo Horizonte, MG www.paulosnetos.net e-mail: [email protected] Tel: (31) 3296-8716