(P-403)
A ESTRADA DOS CONTAINERS Autor
H. G. EWERS
Tradução
RICHARD PAUL BISNETO
Revisão
ARLINDO_SAN (De acordo, dentro do possível , com o Acordo Ortográfico válido desde 01/01/200 01/01/2009) 9)
Os cale calend ndár ário ioss regi regist stra ram m os prim primei eiro ross dias dias do mê mêss de novembro do ano 3.431. Mais de um ano já passou desde o dia em que foi executado o projeto Laurin. Para as pessoas de fora e os que não estão informados, a Terra Terra e os outro outross planet planetas as do Siste Sistema ma da Humani Humanidad dadee foram foram destru destruíd ídos, os, juntam juntament entee com o Sol, Sol, numa numa treme tremenda nda erupç erupção ão de energia. Mas os que vivem no Sistema Solar sabem que não é nada disso. Foram transferidos exatamente cinco minutos para o futuro, fazendo com que as frotas da coalizão anti-solar não encontrem nada e evitando uma luta fratricida entre os homens. Perry Perry Rhoda Rhodan, n, Admi Adminis nistr trad ador or do Impéri Império o Solar Solar,, efetu efetuou ou cons consci cien ente tem mente ente uma uma reti retira rada da esp espetac etacul ular ar,, para para evit evitar ar o derramamento de sangue. O lance cósmico faz parte do Plano Solar dos Quinhentos Anos. A Terra desaparece, para operar no anonimato. Os inimigos da Terra — com o Imperador Dabrifa Dabrifa à frente — fazem todos os esforços para assumir a herança da Humanidade, que acreditam ter desaparecido. A base de seus esforços é o planeta Olimpo, governado por Anson Argyris, imperador dos livres-mercadores e guardião do caminho que leva ao Sistema Ghost. O planeta Olimpo deve ser atacado, pois é o entroncamento principal da misteriosa Estrada dos Containers...
= = = = = = = Personagens Principais: = = = = = = = — Administrador-Geral do Império Solar da Humanidade.
Perry Rhodan
— Encarregado da segurança pessoal de Perry Rhodan.
Coronel Hubert Coronel Hubert S. S. Maurice Anson Argyris Anson Argyris
— Um ser que é meio robô, meio humano.
Dabrifa — Um ditador dado a ataques de raiva.
— Amigo íntimo e companheiro de bebedeiras de Dabrifa.
Gideon Olath
— Marechal-Solar e Chefe da Segurança do Império Solar.
Galbraith Deighton Kuszo Tralero
— O principal agente de Dabrifa.
Lupo Cazzuli —
Chefe de um comando suicida que sai para examinar a estrada dos containers .
1 O Coronel Hubert Maurice apertou a tecla geral. Ouviu-se um clique ligeiro. Em sessenta sessenta e três minitelas minitelas brilharam brilharam os símbolos símbolos de sessenta sessenta e três membros do Grupo de Segurança Administrador-Geral. Maurice pigarreou. Seu rosto aristocrático não revelava qualquer emoção. O chefe do GSAG contemplou as telas de símbolos pelo canto do olho. Enquanto mostrassem os símb símbol olos os corr corret etos, os, não não havi haviaa mo moti tivo vo para para aument aumentar ar a vigi vigilâ lânc ncia ia.. Mas Mas o corone coronell especialista em segurança contemplou com muito mais atenção a grande cúpula de comando do tender da frota, ou melhor, do antigo tender. Fazia cerca de treze meses que o antigo tender tipo Dinossauro fora retirado de seu serviço específico, sendo preparado sistematicamente para outra tarefa. As espe espess ssas as sobr sobran ance celh lhas as prat pratea eada dass de Maur Mauric icee trem tremer eram am de form formaa qu quas asee imperceptível quando uma das telas de repente começou a pulsar num ritmo regular. Foi a única reação visível do chefe do GSAG diante da sinalização do fato de que um objeto espacial se aproximava. Em segu seguid idaa um umaa vo vozz indi indife fere rent ntee anun anunci ciou ou pelo pelo alto alto-f -fal alan ante te do sist sistem emaa de comunicação geral: — Manobra de superposição concluída. Original saiu. Ação B 3 sendo iniciada. É só. — Obrigado — respondeu Maurice com a voz fria. Seus olhos, que costumavam ficar encobertos e escondidos entre as pálpebras semicerradas, começaram a movimentar-se. O especialista em segurança olhou para o símbolo projetado em uma das telas. — Chamando chefe do setor círculo externo. A partir deste momento vale a ordem XQ 1155. Entendido? — Chefe de setor círculo externo falando — respondeu outra voz fria e indiferente. — Entendido. Executando ordem XQ 1155. É só. Hubert Maurice virou a cabeça ao chiado ligeiro do sinal da porta. Um movimento quase imperceptível mas muito bem calculado dos olhos sobre a superfície aparentemente inútil de metal cinza-fosco, dois feixes de fótons conduzidos em fibras de vidro finíssimas, tiveram a direção modificada, sendo obrigados a entrar em contato... As duas metades da escotilha blindada abriram-se com um chiado. Um homem esbelto que trajava o uniforme simples do grupo de segurança, com o distintivo de tenente-coronel no braço esquerdo, entrou na sala de controle central e distribuid distribuidor or de tempo normativo. normativo. Ficou esperando esperando depois de ter cumprimentado cumprimentado o chefe em silêncio. O Coronel Maurice interrompeu todas as comunicações e virou o rosto para seu substituto. Ninguém mais precisava ouvir o relato do tenente-coronel. Ninguém devia conhecer as instruções secretas que o chefe do GSAG fornecia a seu substituto. Desde que existem os serviços de segurança e organizações parecidas, seu êxito dependeu em grande parte do fator segredo, e grande parte de seus fracassos pode ser atribuída ao contrário.
As pesadas escotilhas fecharam-se e o Coronel Maurice respirou aliviado. Por uma fração de segundo entregou-se à ilusão de poder transmitir a outra pessoa o peso tremendo da responsabilidade. Mas Hubert Selvin Maurice voltou a controlar-se. Bem ereto e com movimentos elásticos, percorreu o trecho curto que o separava do elevador antigravitacional. Não tomou tom ou conheci conhecimen mento to das instal instalaçõ ações es de teste teste automá automáti tico. co. Nem tod todas as podiam podiam ficar ficar escondidas dele, que era um especialista. Um homem como ele era obrigado a ignorar muita coisa para ainda sentir-se como um ser humano. O po poço ço do elev elevado adorr anti antigr grav avit itac acio iona nal. l. A desci descida da suav suave. e. Uma Uma este esteir iraa rola rolant ntee deslizando em silêncio. Hube Hubert rt Se Selv lvin in Maur Mauric icee era era some soment ntee o chef chefee do GS GSAG AG,, mais mais nada nada,, qu quan ando do atravessou a última escotilha blindada e entrou na cúpula de comando do tender. Nos fundos da grande sala um homem alto virou a cabeça. Parecia haver um brilho irônico nos olhos cinzentos encimados por uma testa alta, enquanto fitavam o Coronel Maurice. Maurice não ligou. Continuou com o rosto indiferente ao apresentar-se. Em comp compen ensaç sação ão exam examin inou ou cada cada cent centím ímet etro ro quadr quadrad adoo de seu seu inte interl rloc ocut utor or com com um umaa insistência penetrante. Perry Rhodan — o interlocutor de Maurice era o Administrador-Geral em pessoa — pigarreou indignado. — Não me olhe assim, Coronel! — cochichou para não deixar embaraçado o homem responsável por sua segurança, o que aconteceria se os outros oficiais também o ouvissem. Hubert Maurice tomou a liberdade de exibir um sorriso respeitoso. Não era um sorriso presunçoso, mas mostrava que o especialista em segurança se sentia superior a certas ninharias. — Permita, senhor! — disse. Antes que Perry Rhodan pudesse formular qualquer protesto, Maurice lhe tirou a arma energética muito enfeitada que trazia no cinto. Com a segurança de quem sabe que está apenas cumprindo seu dever, Hubert Selvin Maurice trocou o magazin quase vazio de Rhodan por outro cheio. Só se podia imaginar o que se passava neste instante na cabeça de Maurice. Sem dúvida estava formulando pensamentos que o responsável pelas armas de Rhodan não apreciaria muito. Numa situação destas a gente não se podia permitir nenhum descuido! Não havia dúvida. Era a primeira vez em sua longa história que a humanidade solar se encontrava numa situação como esta. Fazia cerca de treze meses que o Sistema Solar com seus nove planetas, várias luas e inúmeros planetóides deixara de existir para a galáxia. Desaparecera, parecendo ter-se desmanchado no nada juntamente com seu sol, isto pouco depois que se passou a falar às escondidas nas misteriosas descobertas feitas na vala de Tonga e pouco antes que as forças da Aliança Anti-Solar quisessem atacar o sistema. Mas para os cerca de vinte e cinco bilhões de habitantes dos planetas do Sistema Solar este continuava a existir. Tinha uma existência tão real como sempre tivera. Mas no princípio parecia que o Sistema Solar só existia num isolamento perfeito, cercado pelo brilho brilho avermelhado avermelhado do hiperespaço, hiperespaço, permanecendo permanecendo exatamente exatamente cinco minutos no futuro futuro — cinco minutos que o universo extra-solar nunca poderia alcançar, pois de um lado e de outro o tempo passava mantendo a velocidade sempre constante de um fenômeno da natureza...
Sem dúvida o fato de a humanidade, uma vez confrontada com os fatos, ter decidido livremente e por grande maioria a favor do isolamento no futuro, depunha a favor de seu elevado grau de maturidade. A única alternativa seria uma guerra fratricida interestelar, com bilhões de mortos, mutilados, abusados e psiquicamente destruídos. Mas decidir contra a guerra fratricida e a favor da paz é uma coisa. A aceitação das restrições que isso implica é outra coisa. Certas coisas consideradas tão naturais que ninguém se preocupava em discuti-las, como a liberdade das viagens interestelares, um sistema de comunicações interestelares que funcionava perfeitamente, a livre escolha do local de trabalho no meio de milhares de mundos colonizados, tudo isso deixara de existir de repente. Ninguém podia abandonar o esco escond nder erij ijoo no futu futuro ro sem sem um umaa li lice cenç nçaa espe especi cial al e ningu ninguém ém podia podia entr entrar ar nele nele.. As hipe hiperc rcom omun unic icaç açõe õess com com ou outr tros os sist sistem emas as sola solare ress colo coloni niza zado doss pelo pelo ho home mem m não não funcionavam mais. Em resumo: a humanidade votara contra a guerra fratricida interestelar e a favor do isolamento, mas levou algum tempo para dar-se conta das consequências. O homem de cuja segurança pessoal o Coronel Hubert Maurice devia cuidar previra tudo há mais de quinhentos anos. Evidentemente não fora o último. O trabalho de planejamento fora realizado por várias gerações. Gerações de cientistas e gerações de cérebros positrônicos. Estava tudo consumado. Tens Tensõe õess psíqu psíquic icas as surgi surgira ram, m, fora foram m orie orient ntada adass e resol resolvi vida das. s. As info inform rmaç açõe õess documentadas do tempo normal fizeram com que os vinte e cinco bilhões de habitantes do Sistema Solar tivessem certeza de que sua decisão fora acertada, que revertia em benefício de todos os seres humanóides da galáxia. Havia mais. Os três maiores impérios ligados ao da humanidade, que eram a Liga Carsualense, o Império de Dabrifa e a União Galáctica Central, foram entrando progressivamente numa fase de desenvolvimento, criada indiretamente por seus mandantes quando decidiram a guerra contra os mundos centrais solares e sua liquidação. De repente os três impérios, completamente dominados pelo militarismo, não tiveram um inimigo comum. Com isso desapareceram os fatores que, numa típica lógica aparente imperialista-militar, os tinham obrigado a cooperar. O que fazem três lobos gulosos quando de repente o urso desaparece diante de suas bocas? Devag Devagar ar,, mas mas inex inexor orav avel elme ment nte, e, a alia alianç nçaa foifoi-se se desf desfaz azend endo, o, nu num m proc proces esso so percebido somente por aqueles que podiam ver atrás dos bastidores. E a Segurança Solar via atrás dos bastidores. A human humanid idad adee sola solarr test testem emun unhou hou o apar aparec ecim imen ento to do doss frut frutos os de sua sua deci decisã são, o, assistindo a uma evolução contra os ditadores, a favor dos oprimidos. Aconteceu aquilo que poucos acreditavam. A humanidade solar sentiu-se unida por uma conspiração. Uma conspiração da liberdade contra a opressão, da paz contra a guerra, a favor do homem da rua em toda parte em que existiam seres humanos, uma conspiração dirigida contra os ditadores. Naturalm Naturalmente ente os homens que habitavam habitavam os planetas planetas solares solares no fundo continuaram continuaram os mesmos. Não se tornaram de repente melhores, mais nobres ou amadurecidos que os homens que viviam nos mundos extra-solares. Mas possuíam uma coisa que os outros não possuíam: a consciência coletiva de uma conspiração generalizada de proporções incríveis. Em virtude disso formou-se um código de honra. Era uma honra viver no Sistema Ghost e seria desonroso pôr em perigo o segredo da humanidade solar por meio de atos egoístas ou irrefletidos.
Era assim — ou mais ou menos assim — que pensava a imensa maioria da humanidade solar. Era claro que, como em toda parte, havia minorias sem um espírito de tolerância que lhes permitisse aceitar as decisões da maioria e observar a regra democrática segundo a qual aqueles que são derrotados numa eleição devem empenhar-se para levar avante as decisões da maioria. Poucos sabiam disso tão bem como o Coronel Hubert S. Maurice. Ele sabia que no Império Solar também existiam muitos grupos de fanáticos e conspiradores, e que a vida de Perry Rhodan, cuja proteção lhe fora confiada, correria perigo assim que ele, Hubert Maurice, ou algum de seus colaboradores, relaxasse na vigilância. *** Maur Mauric icee passo passouu entr entree do dois is ho home mens ns que conversavam aos cochichos. O menor deles, de cabeça muito grande e ombros tortos, era Homer G. Adams. O outro era o Marech Marechal al do Impéri Impérioo Reginal Reginaldd Bell, Bell, um homem apaixonado nos debates, apesar do posto elevado que ocupava e da idade avançada — cerca de 1.500 anos. Regi eginal nald Bel Bell int interro errom mpeupeu-se se no meio eio da pal palav avra ra e olho olhouu fixa fixame ment ntee para para o espe especi cial alis ista ta em segurança que se afastava. O Coronel Maurice voltou a reboque de um técnico de arma armame ment ntos os de cabe cabeça ça mu muit itoo ruiv ruiva, a, qu quee segu segura rava va um capacete prateado. Ao passar, Hubert Maurice pisou no pé de Bell, pediu desculpas automaticamente e parou à frente do Administrador-Geral. A um gesto seu o técnico entregou-lhe o capacete. Maurice examinou-o e passou-o para Rhodan. — Faça o favor, senhor! Rhodan fitou o coronel com uma expressão de espanto. — Para que serve isso? — Faça o favor de colocar, senhor — cochichou Hubert Maurice. Um único pingo de suor saiu do meio dos cabelos bem cuidados. Era um sinal de que um homem como o Coro Corone nell Maur Mauric icee tamb também ém possu possuía ía nerv nervos. os. — Trat Trataa-se se de um ativ ativad ador or de camp campoo emocional. Maurice acrescentou em voz ainda mais baixa, quase quas e imperceptível: — Olimpo anunciando presença de grupo de agentes inimigos. Perry Rhodan leu as palavras nos lábios de Maurice e empalideceu ligeiramente. Sem dúvida já esperara que isso acontecesse. Mas acontecia antes da hora. Deviam ser agentes do serviço secreto do Império de Dabrifa. Não adiantava perguntar a Maurice o que o ativador de campo emocional tinha que ver com isso. O que vinha a ser mesmo esse ativador? Basta! Mais atrás brilhavam as luzes de controles das objetivas da televisão solar. — Muito obrigado — cochichou o Administrador-Solar com o sorriso vago do estadista que nunca sabe exatamente por quantas pessoas está sendo observado. O Coro Corone nell Hube Hubert rt S. Maur Mauric icee afas afasto touu-se se sem dize dizerr um umaa pala palavr vraa e torn tornouou-se se invisível, como costumava dizer. Sabia tornar-se insignificante, ocupando uma posição
marginal marginal e fazendo fazendo com que as pessoas pessoas que não soubessem quem era nem notassem sua presença. Para os espectadores da televisão solar nos planetas, luas e planetóides do sistema, Hubert Maurice era quando muito um figurante quase imperceptível em meio aos atores. Gowan R. Nuriman, senador especializado em psicologia econômica e representante de Homer G. Adams, adiantou-se discretamente. Atrás dele e a seu lado havia cinco cavalheiros em ternos convencionais, sorrindo jovialmente para as objetivas de televisão. Quem os visse não diria que traziam escondidos junto ao corpo armas e equipamentos capazes de pôr fora de ação um exército inteiro do século vinte. Sua tarefa era apenas criar uma parede viva entre as objetivas e o Administrador-Geral. Experiências amargas tinham sido colhidas até com coisas aparentemente inofensivas como uma objetiva de televisão. Nada disso escapou à atenção de Maurice. Maurice. Era um homem que sabia parecer frio e indiferente, mas nunca se entregara a ilusões. Naquele momento temia pela vida de Rhodan. A maldição do destino, conforme Hubert Selvin Maurice costumava exprimir-se num acesso de cinismo, o brindara com a capacidade genial das extrapolações. E Maurice tremia ao pensar que poderia chegar o momento em que o homem que dera à humanidade a constituição mais liberal de toda a história e os ideais mais humanistas, deixasse de existir. A possibi possibilid lidade ade de um atenta atentado do bem-su bem-suced cedido ido sempre sempre estava estava present presente. e. Havia Havia motivos de sobra para isso. Somente durante o tempo do isolamento relativo do Sistema Solar quatro conspirações tinham sido descobertas e desmontadas pela Segurança Solar. Tinham Tinham sido organizadas organizadas por mili militari taristas, stas, para quem o Administr Administrador-Ge ador-Geral ral deveria ter um pulso mais enérgico; por seitas e grupos de gângsteres que queriam exercer sua influência na política do Império. Hubert Maurice usava lentes de contato cromáticas, mas fechou ligeiramente os olhos quando a superfície do sol entrou no campo das objetivas da parede panorâmica da cúpula. Naquele lugar, na altura da órbita de Mercúrio, a luz do sol filtrada parecia uma torren torrente te de cobre cobre derret derretido ido,, encurv encurvando ando-se -se consta constante nteme mente nte sob o efeit efeitoo dos fluxos fluxos energéticos, turbilhonando e estendendo seus dedos por vezes para o espaço cósmico. Máquinas escondidas nas profundezas da nave voltaram a entrar em funcionamento. Um raio raio finí finíssi ssimo mo de cobr cobree derr derret etid idoo saiu saiu trem tremen endo do da super superfí fíci ciee revol revolta ta do So Sol, l, mudando de cor ao saltar para o antigo tender da frota e saindo do campo de visão dos homens reunidos na sala de comando. O zumbido das máquinas tornou-se mais grave. “Que coisa estranha! ”, pensou Hubert S. Maurice. O raio de sangramento quase não foi notado, apesar de ser o início do acontecimento mais revolucionário do século, talvez até do milênio. Gowan R. Nuriman encontrava-se no foco de pelo menos uma dezena de objetivas. Seu rosto largo irradiava irradiava otimismo e alegria alegria enquanto explicava explicava aos espectadores espectadores o que estava acontecendo naqueles segundos. — Todos devem ter-se perguntado nos últimos treze meses o que será feito do tremendo potencial econômico dos mundos solares. Muitos devem ter-se dado conta de que o intercâmbio de mercadorias interestelar não pode ser feito através da eclusa temporal. Se fosse, o esconderijo da humanidade solar — Gowan exibiu um sorriso típico de conspirador — não permaneceria em segredo por muito tempo. Deve-se evitar pelo menos o trânsito de espaçonaves entre o tempo normal e o tempo de Ghost. Por isso Marte já não pode desempenhar o papel de maior entroncamento interestelar.
O senador Nuriman fez uma pausa para aumentar o efeito do que viria em seguida. Ficou satisfeito ao notar a corrente de ar saída do bocal móvel, que resfriou sua testa. Afinal, Nuriman não se apresentara diante de seu chefe Adams por ser um bom psicólogo econômico, mas para evitar que eventuais máquinas infernais acopladas às objetivas de televisão matassem o primeiro-senador de finanças do Império. — Como devem ter aprendido nos registros da história do Império — prosseguiu Gowan R. Nuriman —, há mais de mil anos o clã dos livres-mercadores galácticos colonizou um sistema situado fora da área de soberania do Império Solar. Trata-se de um pequeno sol vermelho que possui dois planetas. O sol recebeu o nome Boscyk, tirado do chamado chamado imperador imperador Lovely Boscyk, Boscyk, fundador fundador do clã dos livres-me livres-mercador rcadores. es. O primeiro primeiro planeta foi considerado inaproveitável. Ao segundo os livres-mercadores deram o nome de Olimpo. O Administrador-Geral Perry Rhodan deu ordem, com base nos seus poderes especiais especiais e num tratado tratado celebrado celebrado com o chefe de governo de Olimpo de então e hoje, o patriarca Anson Argyris, para que o planeta fosse transformado num posto secundário ao lado do entroncamento galáctico de Marte. Homer G. Adams lançou um olhar de advertência para Nuriman, que passou a resumir sua exposição. — Os detalhes poderão ser encontrados nas notícias minuciosas publicadas pela imprensa. Peço licença para anunciar a presença do primeiro-senador de Finanças, que lhes dirigirá algumas palavras. Hubert S. Maurice cruzou os braços sobre o peito. Lançou um olhar indiferente para a figura encurvada do lendário gênio financeiro Homer G. Adams, olhando em seguida para o rosto de Perry Rhodan, alterado pelos reflexos luminosos, para finalmente fixar-se nas nas colu coluna nass lumi lumino nosas sas verm vermel elha hass qu quee saía saíam m trem tremen endo do do doss bloc blocos os de proj projeç eção ão da plataforma do tender para unir-se em silêncio a seiscentos metros de altura no arco do mais moderno teletransmissor. Cabeça ça de abut abutre re!!”, pens “Cabe pensou ou Maur Mauric icee sem sem qu quer erer er.. Estr Estrem emec eceu eu.. Fo Fora ra um umaa associação de ideias nascida no subconsciente, ao ver Homer Gershwin Adams virar a cabeça. Era verdade que dificilmente haveria um crânio mais feio que o do Primeiro-Senador de Finanças, mas nem por p or isso ele merecia um apelido tão depreciativo. A associação de ideias desapareceu no mesmo instante. Os arcos do transmissor do dist distri ribui buidor dor de temp tempoo norma normall alca alcanç nçar aram am a inte intens nsid idade ade máxi máxima ma.. Se Seus us refl reflex exos os modificaram o rosto de Adams. Mas não foi só. Fazia mil e quinhentos anos que este imortal não conhecia nada além do trabalho em benefício da humanidade. Para ele não havia nada mais belo do que viver momentos como este, em que podia colocar mais uma obra gigantesca aos pés da humanidade. — Com a presente abro — exclamou Homer Gershwin Adams com a voz aguda — a estrada dos containers. containers. É o caminho caminho que leva do futuro futuro ao presente presente de nossos irmãos e irmãs, e ao mesmo tempo um caminho que conduz do lado deles para o nosso, para junto de nós, que nos transferimos voluntariamente ao Sistema dos Fantasmas para evitar o caos galáctico!... “ Nunca pensouu Huber Hubertt S. Nunca pense penseii que que algué alguém m pudess pudessee entusi entusias asmar mar-se -se tanto tanto”, penso Maurice admirado e um tanto divertido com os arroubos poéticos do Senador de Finanças. De repente Perry Rhodan apareceu ao lado de Homer G. Adams. Ao lado da figura um tanto aleijada do senador de Finanças o Administrador-Geral parecia um gigante. Seu simbionte Whisper voltara a transformar-se numa manta curta que cobria seus ombros. Tremia como que numa brisa ligeira, expondo seus cerca de duzentos sensores nervosos
que imitavam o brilho cintilante de inúmeros microdiamantes. Perry Rhodan levantou a mão. O Coronel Maurice teve a impressão vaga de que por uma fração de segundo o Administrador-Geral o fitara com uma expressão irônica. Mas era possível que estivesse enganado. O ruído dos pesados conversores de energia e geradores de campo cresceu até tornar-se parecido com um trovejar distante. De repente viram-se cinco objetos gigantescos flutuando no espaço. Hubert Selvin Maurice engoliu em seco. Fora tudo muito rápido para os sentidos humanos imperfeitos. Maurice notara o tremor dos arcos do transmissor, vira a agitação cinza-escuro sem forma do campo de desmaterialização querendo modificar-se, mas aí tudo já tinha passado. As objetivas das câmeras de TV giravam de um lado para outro, alcançando tudo e todos. — Caros cidadãos cidadãos do Sistema Sistema Solar! — principiou principiou Perry Rhodan com uma risada. — O que estão vendo nas telas são cinco containers vindos de cinco planetas diferentes de nosso sistema. Cada um tem duzentos metros por trezentos, e milhões deles viajarão nas próximas semanas entre o tempo normal e o tempo de Ghost. O rosto de Rhodan tremeu quando o abismo da eclusa temporal se “ formou” do lado de fora. Era claro que ela não se formou de verdade, uma vez que existia há treze meses. Na verdade só acabara de sair com o planeta Mercúrio detrás do disco do sol. O rosto de Maurice também tremeu. A visão da eclusa temporal — ou da janela do tempo, como também era chamada — era sublime e amedrontadora ao mesmo tempo. Sublime porque se tratava de uma conqu conquis ista ta grand grandio iosa sa da ciên ciênci cia, a, e amed amedro ront ntad ador oraa porqu porquee desp desper erta tava va um umaa séri sériee de angústias primitivas enraizadas nas profundezas da mente humana. — Imaginem que uma sonda lhes permitisse ver a saída musculosa vermelho brilhante brilhante e gosmenta gosmenta do estômago estômago humano, cujos nervos tivessem sido estimulados estimulados por meio de processos químicos a desenvolver um máximo de atividade: os movimentos convulsivos, o abrir e fechar da boca do estômago... “Não pensem que isso lhes mostraria como é a janela do tempo. Quando muito a descrição permitirá que imaginem as associações que a visão direta da janela do tempo provocará em seu subconsciente...” Os cinco containers gigantes enfileiraram-se um atrás do outro. Foi graças às linhas de força dos geradores de sucção e pressão. Também foram eles que fizeram os containers voar cada vez mais depressa para a janela do tempo, e desaparecer nela. O Coronel Maurice fechou os olhos por alguns instantes e tentou imaginar como seria o resto do caminho através da eclusa temporal. Conhecia as impressões variadas a que o ser humano estava exposto naquele lugar. Objetivamente voava-se — o que vem a ser outro conceito pouco apropriado, usado somente porque ainda não existe outro — através de cinco setores ou etapas. Era o setor vermelho vivo logo atrás da entrada, o setor vermelho brilhante, um setor amarelo brilhante e finalmente um setor branco ofuscante. Ninguém sabia qual era o diâmetro do túnel energético, nem seu comprimento. Provavelmente não possuía nem uma coisa nem outra, no sentido convencional das palavras. As dimensões encontradas neste setor eram bem diferentes das que valiam num plano existencial fixo. Só se sabia que “ depois ” do setor branco ofuscante vinha aquilo
que costumava ser chamado de espaço e tempo normal, embora para a humanidade solar ele já não o fosse. Hubert Maurice ouviu as explicações do Administrador-Geral, mas na verdade não as ouviu. Levou alguns instantes para dar-se conta da grandeza assustadora e sublime da revolução mental que a nova situação fatalmente iria produzir nos cérebros dos homens... Os cinco containers voltaram a aparecer nos monitores da cúpula de comando. A transmissão era feita a partir de estações de observação e controle situadas no interior da eclu eclusa sa temp tempor oral al.. O Coro Corone nell Maur Mauric icee viu viu os cont contai ainer nerss se prec precip ipit itan ando do pelo pelo setor setor vermelho vivo. Os recipientes gigantes não possuíam nenhum sistema de propulsão nem trip tripul ulaç ação ão.. Não Não passa passava vam m de envol envoltó tóri rios os cujo cujo inte interi rior or só serv servia ia para para a gu guar arda da de determinadas mercadorias. A locomoção era feita por uma estrada de energia criada por projetores. Tratava-se de um campo de força incrível, que começava no futuro para transferir qualquer objeto por ele alcançado em velocidade uniforme, através do tempo e do espaço, até chegar ao tempo “ normal ”. ”. Era claro que a polarização do fenômeno podia ser invertida. — É agora! — exclamou alguém que se encontrava ao lado de Hubert. — O setor vermelho! Não é uma coisa fascinante? Maurice levou alguns segundos para compreender que o homem se dirigira a ele. Ergueu as sobrancelhas, sorriu vagamente e respondeu: — O que o senhor acha fascinante? O homem encarou-o como quem não tinha compreendido. — O quê?... — perguntou, perplexo. — O que eu acho... — Sacudiu a cabeça e deixou Maurice em paz. Não era que o chefe do GSAG não tivesse vontade de conversar, mas tinha de ficar atento atento principalm principalmente ente em tudo que cercava cercava o Administra Administrador-Ge dor-Geral ral — e aqui surgira um fator que deixava o especialista preocupado. Fazia cerca de dez segundos que uma mulher muito atraente — atraente não pelo ext exteri erior, or, mas mas po porr caus causaa das das eman emanaç açõões ment mentai aiss — tent entava ava cheg chegar ar pert pertoo do Administrador-Geral. Parecia que fazia questão de fazer isso sem chamar a atenção, e por isso ficou praticamente indefesa contra a discreta operação de isolamento dos oficiais da Segurança. Mas sua obstinação deixava intrigado o chefe do GSAG. O Coronel Hubert S. Maurice atravessou rápida e discretamente a cúpula de comando. Para a mulher devia ter aparecido de repente, como um fantasma. Ficou parado à sua frente, com um cubo trivídeo apresentando uma projeção fiel de Perry Rhodan na mão. Hubert Maurice leu vagamente, mas de uma forma que ninguém deixaria de notar. — Se quiser um... Não chegou a pronunciar o resto da frase. A mulher estendeu a mão e seus dedos tocaram a camada de contato do cubo especialmente preparado. Houve uma modificação evidente em seu rosto. Parecia que enrijecera, enquanto os olhos se tornavam escuros como um lago nas montanhas antes da trovoada. A mulher seguiu documente o especialista em segurança para uma sala blindada ao lado, cujas paredes se iluminaram numa incandescência fria assim que a escotilha blindada se fechou atrás dos dois. — Pode dá-la a mim, madame — disse Hubert Maurice em tom calmo. A mulher continuou com o rosto impassível. — Não compreendi...
— Compreendeu, sim. Quero a bomba de efeito moral. Esta sala está cercada por um campo antipsi, e sua bomba só será detonada se o mecanismo detectar o modelo de ondas cerebrais do Administrador-Geral, e mais algumas coisas. A mulher deixou cair os ombros. — Como é que o senhor sabia? O rosto de Maurice assumiu uma expressão séria. — Não sabia. As pessoas que a mandaram foram muito inteligentes. No momento a senhora está sob os efeitos perturbadores de dois fluxos paracin orientados em sentido contrário. Por isso não vai acreditar em mim. Um destes fluxos parte do cubo trivídeo. Maurice limitou-se a dar de ombros quando viu a mulher deixar cair o cubo. — Não adianta. A senhora chamou minha atenção por ser tão obstinada. Na verdade é uma fã apaixonada de Perry Rhodan. Por isso usaram-na, porque não podia trair-se pelas emanações mentais hostis. Usaram a hipnose para obrigar seu inconsciente a aceitar algumas ordens sugestivas. Primeiro, falar pessoalmente com Rhodan; em segundo lugar, aproximar-se a não mais de um metro dele. Em minha opinião o exame da bomba de efeito moral mostrará que ela teria detonado a alguns metros do Administrador-Geral. Haveria um pânico em torno dele, uma situação confusa seria apresentada nas telas de bilhões de lares terranos, e o pânico se instalaria em todos os planetas solares. Maurice segurou a mulher pelo braço e fez um sinal amável em direção à porta, que acabara de abrir-se silenciosamente. s ilenciosamente. — Vamos, madame! O Coronel Hubert S. Maurice mal chegou em tempo para ver os cinco containers gigant gig antes es atrave atravessar ssarem em o últ últim imoo trecho trecho da zona branca branca ofusca ofuscante nte,, para para em seguid seguidaa entrarem no campo de desmaterialização do teletransmissor externo, situado no fim da eclusa temporal. Perry Rhodan levantou instintivamente sua pulseira versátil, na qual havia um conversor de tempo. — Hoje é o dia 2 de novembro de 3.431, 21:37 h, tempo de Ghost, senhor — disse Maurice em tom monótono. — O último container chegou ao planeta Olimpo às 21:32 h, tempo normal, isto é, há cinco minutos. — O senhor está enganado — respondeu o Administrador-Geral com uma evidente indiferença. — Se nos basearmos no tempo de Ghost, o container só chegará lá daqui a cinco minutos. minutos. Mas conheço o senhor e sei que há uma coisa bem diferente diferente atrás de seu jogo de palavras. Maurice sorriu, viu um sinal discreto de um dos homens e pediu ao Administrador-Geral que o acompanhasse. A sala com isolamento acústico ficava embaixo da cúpula de comando do antigo tender. O Coronel Maurice usou um aparelho especial para controlar as instalações de segurança tripositrônicas, fitou o Administrador-Geral e começou a falar enfatizando as palavras. — O senhor deu permissão para que Mrs. Shanja Moissejew participasse da inauguração oficial do distribuidor de tempo normal. Por quê? Rhodan ficou com a testa vermelha. Maur Mauric icee aban abando dono nouu a atit atitud udee form formal al como como se foss fossee um umaa másc máscar araa qu quee não não combinava com ele. Tossiu embaraçado e enxugou o suor da testa. — Desculpe o tom rude — disse.
Era bem verdade que o tom em que foram ditas estas palavras não permitia a menor dúvida de que considerava o pedido de desculpas uma perda de tempo indigna de homens de seu gabarito. Sem querer Perry Rhodan foi obrigado a rir. — Está bem, coronel. Vamos ao que importa. A dama em questão é presidente de uma instituição de caridade. Não existem dúvidas sobre sua integridade. Conheço-a muito bem e sei o que já fez. Pediu permissão para participar da inauguração. Concedi uma permissão especial... Só então o Administrador-Geral se deu conta de que não estava conversando simplesmen simplesmente te com uma pessoa de sua intimidade, intimidade, mas com alguém responsável responsável por sua segurança pessoal. Neste caso... — Será que desconfia de Mrs. Moissejew, coronel? — perguntou em tom de ameaça. — Vi-o sair da cúpula com ela, mas... — Mas o senhor felizmente não chegou a ver — disse Maurice em tom solene e inabalável — que a dama trazia junto ao corpo uma bomba de efeito moral cujo detonador tinha sido ajustado para as ondas cerebrais do senhor. Rhodan cerrou os punhos e encarou fixamente o chefe do GSAG. A veia de sua testa inchou, mostrando que estava com raiva. — Coronel Maurice!... Hubert Maurice recuou ainda mais, psicologicamente, para dentro de sua concha. — Peço que não me interrompa, senhor. É claro que Mrs. Moissejew é inocente e... bem... O sorriso que apareceu de repente no rosto de Perry Rhodan deixou-o intrigado. Passou dois dedos embaixo do colarinho. — O que eu quis dizer é que a dama não é culpada do complô. Foi submetida a um tratamento mecanohipnóticq e parassugestivo, justamente porque seus fluxos mentais diante do senhor têm um sentido altamente positivo, o que superou as interferências insignificantes provocadas pelos comandos hipnossugestivos. — Não se esqueça de que é um ser humano, coronel! — advertiu Rhodan em tom sério. — Não é que não me interesse pelos detalhes técnicos, mas estou preocupado principalmente com Mrs. Moissejew. Como vai ela? Hubert Selvin Maurice franziu as sobrancelhas. Sentiu-se ofendido. — Senhor!... — Maurice pigarreou. — É claro que está bem. Está sendo tratada com toda consideração que merece. Depois que o perigo que ameaçava a primeira vítima foi afastado, passei a dedicar-me exclusivamente à segunda vítima, que não é outra senão Mrs. Moissejew. Perdoe, senhor. Maurice olhou para a parede que começara a piscar a breves intervalos. Maurice examinou determinados setores dessa parede. Os receptores sub-eletrônicos registraram os mo movi vime ment ntos os de seus seus olho olhos, s, refo reforç rçar aram am os resp respec ecti tivo voss im impu puls lsos os-e -est stím ímul uloo e conduziram-nos a um computador. A ordem que não chegou a ser formulada em palavras foi modulada, compreendida — e cumprida. Tudo isto só durou alguns instantes, no sentido literal da palavra. O Coronel Maurice voltou a dirigir-se ao Administrador-Geral. — Chegou uma mensagem de hipercomunicador importante de Marte, senhor. Mandei suspender o isolamento desta sala para estabelecer comunicação. Antes que Perry Rhodan pudesse dar uma resposta, Maurice passou os dedos por um console de comando que acabara de sair da parede. Uma tela trivídeo embutida na
parede iluminou-se. Mostrou uma sala com inúmeras instalações de comunicação e exam exame, e, e dent dentro ro dela dela um umaa mu mulh lher er lour loura, a, de estat estatur uraa medi median ana, a, conv conven enie ient ntem emen ente te maquiada, com um pulôver azul brilhante embaixo da capa de laboratório. (Os pulôveres azuis brilhantes eram o último grito da moda. Imitavam os pelos brilhantes dos blues, seres inteligentes que possuíam um império situado no setor leste da galáxia, abalado pelas lutas intestinas.) — É a Dra. Marly Khoto, major da Segurança Solar, senhor — disse Maurice ao Administrador-Geral. — É claro que a Segurança Solar cuidou imediatamente do caso. A Dra. Marly Khoto sorriu. — Conforme manda o regulamento, coronel. Parecia haver nestas palavras uma agressividade reprimida. — Pode falar! — disse Perry Rhodan. — Vamos ao que importa. A mulher-major da Segurança Solar jogou o cabelo para trás, num movimento inimitável da cabeça. — Sobre o caso Moissejew. Por enquanto foram presas doze pessoas. Ao que tudo indica, indica, o ataque ataque partiu partiu de um grupo que faz parte do Sindi Sindicato cato dos Técnicos Técnicos Portuários. Portuários. Trata-se do grupo Petrowitch, ligado a uma organização de gângsteres. — Quais foram os motivos? — perguntou Rhodan. A Dra, Marly Khoto deu de ombros. — Em nossa opinião foi o medo da perda de influência em virtude da reciclagem parcial dos técnicos portuários e sua descentralização. Ao que parece o atentado deveria afet afetar ar o sist sistem emaa de cont contai aine ners rs,, cria criand ndoo um umaa assoc associa iaçã çãoo subco subconsc nscie ient ntee entr entree sua inauguração e a situação de pânico. Foi um efeito psicologicamente muito bem planejado, senhor. Mas não teria adiantado nada para a organização de gângsteres. A evolução histórica não pode ser detida. — Fico-lhe muito grato — disse Rhodan. Rho dan. A Dra. Khoto quis dizer mais alguma coisa, mas a ligação foi cortada abruptamente e sem aviso. A projeção tridimensional do rosto de Reginald Bell apareceu na tela de trivídeo. — Desculpe, Perry — disse o Marechal de Estado depois de olhar ligeiramente para Maurice. — Nosso cronograma está sendo atrapalhado. Já estamos à sua espera na Tao. Rhodan confirmou com um aceno de cabeça. Cerrou os lábios ao ver a expressão de desespero no rosto do Coronel Maurice. — Quer a segurança seja perfeita, quer não seja — disse, adiantando-se ao protesto do coronel —, desta vez o cronograma ocupa o primeiro lugar. Já vamos, Bell.
2 O pequeno sol vermelho vermelho estava pendurado pendurado sobre o horizonte oeste como o saco de ovos cor de sangue de um scalderly entremeado por inúmeros fios nervosos. Camadas de nuvens filamentosas de cor verde-cinza aproximavam-se imperceptivelmente do norte, encobrindo quase completamente o disco solar vermelho pálido. O Imperador Anson Argyris estava de pé na plataforma do elevado oeste de seu palácio, contemplando o pôr-do-sol da estrela de Boscyk. Os raios avermelhados que atravessavam os buracos nas nuvens pareciam apalpar o rosto de Argyris, dando-lhe o aspect aspectoo de uma escult escultura ura de granit granito. o. Grosse Grosseiro iro,, lançan lançando do sombra sombrass cinze cinzenta ntas, s, com reflexos ofuscantes — e imóvel. Um hayhonder passou batendo ruidosamente as asas, com o bico voltado para a frente, contemplando o homem solitário parado na plataforma elevada com o crânio trêmulo e os olhos amarelos brilhantes, antes de subir mais para perder-se nas sombras da noite que desciam rapidamente sobre o planeta. Em torno dele acendiam-se as paredes luminosas das luminárias suspensas do palácio imperial, transformando a noite de Olimpo em dia. Vozes subiram dos jardins. Mas em cima da plataforma continuava tudo escuro. Anson Argyris cruzou os braços musculosos sobre o peito largo e soltou uma silenciosa risada de desprezo. De repente virou-se e abaixou o corpo numa postura de combate. Mas logo voltou a descontrair-se. O animal malhado de verde e amarelo tinha algo de um urso terrano, e também de um tigre. No tamanho correspondia à soma de um tigre e de um urso. O ani animal mal enco encost stou ou a cabeç abeçaa eno norm rmee com com as orel orelha hass curt curtaas e trêm rêmula ulas carinhosamente no quadril de Argyris. O imperador pôs as mãos, que não eram muito menores que as patas do maorghy , atrás das orelhas deste e massageou com força o lugar. O animal respondeu com um aaaooaah surdo. O som parecia vir diretamente do submundo imaginário do planeta Olimpo. Anson Argyris riu. O riso transformou-se numa gargalhada profunda, retumbante, estrondosa. Interrompeu-se abruptamente, agachou-se e fitou os olhos cor de âmbar do maorghy. O gigante do mundo dos homens cochichou carinhosamente ao ouvido do gigante do mundo animal. Uma ponte espiritual de profunda compreensão parecia unir os dois seres. Neste instante o sinal da porta soou. O animal deu alguns saltos silenciosos, desaparecendo na sombra, tornando-se invisível, mas continuando lá, para ajudar o amigo humano caso este precisasse. — Que houve? — perguntou Anson Argyris, indignado. Sua voz foi captada e transmitida por microfones supersensíveis. — É um sujeito chamado de Coronel Maurice, senhor — respondeu a voz vinda da escuridão. — Diz que é urgente e que o senhor sabe do que se trata. — Muito bem — respondeu Argyris. — Desligue a barreira. faça-se se a luz luz ”, de tão depressa que a Até parecia que outra pessoa dissera “ faça plataforma foi inundada por uma claridade branco-amarelada.
O maorghy levantou resmungando atrás de um grupo de arbustos e saiu calmamente em direção à entrada camuflada de seu alojamento. Sabia que naquele momento sua presença só poderia incomodar. Havia alguns insetos voando em torno da esfera brilhante branco-amarelada que descansava sobre um re-puxo de energia saído do lago coberto de rosas do mar, subindo sub indo trinta metros acima da plataforma. O imperador Anson Argyris lançou mais um olhar por cima da borda desprotegida desprotegida da plataforma, contemplando os terraços que ficavam trezentos metros abaixo dele, descendo cada vez mais até confundir-se com os pomposos jardins do palácio. Finalmente desprendeu-se do panorama e saiu em direção a um templo terrano antigo. No interior daquilo que parecia um templo havia coisas que seu exterior nunca faria supor. Uma destas coisas era a saída dupla do poço do elevador antigravitacional, cujos campos energéticos polarizados, juntamente com as partículas de pó suspensas no ar, provocavam uma cintilância característica no ar. Argyris ultrapassou a borda do poço do elevador, cuja polarização fora dirigida para baixo. Enquanto descia lentamente, fechou a bainha magnética da camisa colorida e justa, feita de um material sintético. Praguejou em voz baixa quando os pelos retorcidos e negros do peito se prenderam entre as bainhas magnéticas. Em seguida verificou a arma versátil que trazia no coldre aberto preso ao quadril direito. Ficou satisfeito ao notar que como sempre bastava o simples acionamento da arma para que ela saltasse para a mão direita. Finalmente bateu carinhosamente na gigantesca fivela, em cujo interior zumbia o microgerador siganês, de forma imperceptível ao ouvido humano. Os homens da guarda pessoal estavam à sua espera na plataforma inferior. Argyris enxotou os dois homens armados com um simples gesto. Seus lábios grossos crisparam-se num sorriso de deboche quando os viu encolherem a cabeça. Em seguida foi ao escritório. Tratava-se de uma série de salões que tinham uma semelhança surpreendente com os recintos encontrados nas espaçonaves interestelares mais sofisticadas ou nos centros de pensamento dos governos planetários. Olha Ol hando ndo atra atravé véss de um umaa pare parede de tran transpa spare rent nte, e, Argy Argyri riss cont contem empl plou ou um umaa sala sala semicircular. Podia ser a sala de comando de um ultracouraçado, com a diferença de que não servia para controlar armamentos, armamentos, mas mecanismos mecanismos e conjuntos conjuntos energético energéticoss usados no comércio galáctico. Duas escotilhas blindadas abriram-se. Argyris deixou que a esteira rolante o levasse para junto da porta. Percorreu os últimos metros a pé. Quando entrou na sala de recepção luxuosamente decorada, um homem que estava sentado numa poltrona levantou. Era um homem alto e magro, com a expressão do rosto controlada e olhos inteligentes, que não se abalava por pouca coisa. Um movimento ligeiro de uma das sobrancelhas foi o único sinal de que os pensamentos se agitavam atrás da testa do homem. O Imperador Anson Argyris ficou parado a alguns metros do homem. Finalmente abriu os braços robustos e exclamou com a voz retumbante: — Seja bem-vindo na corte do Imperador Argyris, Coronel Maurice! *** Hubert Selvin Maurice ficou tão duro que até parecia que egolira um tubo de aço rígido. Esmagou o boné novinho do uniforme embaixo do braço esquerdo, enquanto
fitava com os olhos arregalados o gigante barbaramente trajado que acabava de atravessar a escotilha blindada. Não era verdade! Não podia ser! Esse cara de pelo menos dois metros, robusto e de nuca saliente, com os pelos esparramando pela camisa, o rosto grosseiro e o nariz de boxeador, os cabelos negros separados por uma trilha de dois centímetros caindo sobre os ombros, uma reminiscência de uma época bárbara bárbara que há muito pertencia pertencia ao passado, passado, seria seria o herdeiro herdeiro do Imperador Imperador Lovely Boscyk e do Rei Roi Danton?... Como se não bastasse, o monstro abriu os braços, arreganhou a boca e exibiu duas fileiras de enormes dentes amarelos. — Seja bem-vindo na corte do Imperador Argyris, Coronel Maurice! — berrou o tipo repugnante. Hubert Maurice estava para sofrer um colapso nervoso, fato que exprimiu como de costu costume me,, ergu erguend endoo um umaa das das sobr sobran ance celh lhas as.. Sentia uma antipatia instintiva contra qualquer tipo de domínio feudal. Maurice pigarreou discretamente. — Bom dia, Mr. Argyris — disse em tom solene, com a cortesia de quem quer manter distância. Examinou as grosseiras ombreiras verde-azuladas e refletiu se realmente podiam ser de hovalgônio puro. As duas pontas trançadas da barba de Anson Argyris estavam presas embaixo delas. Em qualquer outra pessoa isso provocaria uma impressão ridícula, mas com Argyris não acontecia a mesma coisa. Naquel Naquelee moment momentoo havia havia uma expres expressão são azeda azeda no rosto do Imperador Anson Argyris. — Parece que não gostou de meu título, coronel — observou contrariado. Hubert S. Maurice olhou-o de lado, enquanto acompanhava o imperador em direção a uma porta. — Acho que os sentimentos de cada um não estão em discussão — respondeu numa fria recriminação. — Meu chefe pediu-me que me certificasse de sua identidade antes de — Maurice pigarreou —, bem, antes de desincumbir-me de minha tarefa. De repente o rosto de Anson Argyris assumiu uma expressão sombria. — Seu chefe já deveria saber!... — disse com a voz apagada, mas logo fez um gesto de resignação. — Acompanhe-me, Coronel Maurice! Maurice teve de fazer um esforço para acompanhar Argyris. O rei e patriarca dos livres-mercadores caminhava depressa. Levou o visitante por vários corredores e o fez atravessar um pavilhão. Finalmente entraram numa sala à prova de escuta. As escotilhas blindadas se fecharam. Anson Argyris ficou mais alguns instantes de pé no centro da sala, ficando de costas para o Coronel Maurice. Maurice ouviu um forte rangido. Anson Argyris virou-se rapidamente. Hubert Selvin Maurice engoliu em seco. Soubera desde o início. Recebera instruções minuciosas. Mas não fora informado sobre o aspecto exterior do Imperador Argyris, isto por vários motivos. Mas o interior era inconfundível. Tratava-se de um robô do tipo Vario 500, ou ao menos de sua parte p arte mais importante!...
— Pode... bem... pode fechar a máscara — gaguejou Hubert Maurice. Maurice sentia-se embaraçado, mas como especialista de segurança não deixaria de aproveitar a oportunidade de examinar atentamente a parte do robô Vario que estava à vista. O robô voltou a fechar sua biomáscara do Imperador Anson Argyris. Maurice continuou a examinar atentamente a cabeça do imperador. Era a primeira vez que via uma cabeça humana sem cérebro, não se considerando as cabeças nas quais havia cérebros que não serviam para nada. O cérebro de Anson Argyris ficava no tronco do robô. O robô voltou a fechar a biomáscara, provocando um ruído que fez doer os dentes de Maurice. — Está satisfeito, coronel? — perguntou Anson Argyris. Hubert S. Maurice ficou com os olhos semicerrados enquanto prestava atenção ao tom da voz do robô. Virou a cabeça e olhou fixamente para Argyris, mas logo se deu conta de que seus esforços seriam inúteis. Mas sabia que o assunto tinha de ser examinado a fundo. Era responsável pela segurança de Perry Rhodan. Qualquer fato de instabilidade, por menor que fosse, que não se enquadrasse perfeitamente no esquema de segurança, tinha de ser eliminado. — Tire as mãos de cima do dispositivo de autodestruição, Coronel Maurice — disse Argyris em tom delicado. — Corto-lhe os braços na altura dos ombros antes que consiga aproximar-se a dez centímetros. Só existe um homem capaz de dominar-me: seu chefe, o primeiro-mecânico de emoções. Maurice deixou os braços molemente pendurados junto ao corpo. — Está vendo? — perguntou Argyris. — Sou um robô, mas não se esqueça de que não sou somente isto. Meu cérebro é formado por duas componentes: a componente positrônica e o plasma celular orgânico comprimido do mundo dos Cem Sóis. — Já sei. — Maurice falava com voz abafada. — Se não o interpretei mal, o senhor quer dizer que além de ser s er uma criatura pensante o senhor senho r também sente... — Isso o surpreende? — perguntou o Imperador Anson Argyris em tom de recriminação. — Preste atenção, jovem. O senhor ainda não tinha sido concebido quando Perry Rhodan e eu elaboramos o plano dos quinhentos anos. É possível que o senhor represente a maior garantia da segurança pessoal de Rhodan, mas o que se passa em seu subconsciente e suas verdadeiras motivações não lhe dizem respeito. — Alguém seria capaz de compreender tudo? — perguntou Hubert Maurice, numa tentativa de superar alguns instantes de insegurança com uma frase vazia. Anson Argyris deu uma risada. Foi uma risada cheia e grave, mas não mais estrondosa. — Caro jovem, acabo de perceber que estou me superestimando. De repente compreendi por que o Administrador-Geral não lhe deu todas as informações a meu respei respeito. to. Ora! Ora! Galbra Galbraith ith Deight Deighton on deve deve ter detect detectado ado uma dissonâ dissonânci nciaa em mi minhas nhas emoções, o que o levou a elaborar um plano complicado para fazer um ajuste em minha mente. Huber Hubertt S. Maur Mauric icee calo calouu-se se.. Sa Sabi biaa que era era a melh melhor or coisa coisa que podia podia faze fazerr no momento. — Rhodan sabia e ainda sabe — prosseguiu Anson Argyris em tom pensativo — quee os merc qu mercad ador ores es gal galácti áctico coss de Ol Olim impo po nu nunc ncaa aban abando dona nari riam am po porr sua sua caus causaa a organização social que eles mesmos escolheram. Afinal, faz mais de mil anos que ele mesmo lhes concedeu o direito da autodeterminação. Os livres-mercadores preferem o
sistema de governo patriarcal. O primeiro patriarca sempre é chamado de imperador, e este exerce o poder absoluto com mais nove patriarcas. — Perry Rhodan nunca teria confiado essa tarefa a um robô sem alma. Mas como por vários motivos tinha de confiar num robô, pelo menos fez com que o monstro tivesse sentimentos humanos e mantivesse uma ligação emocional com os súditos. O imperador sacudiu lentamente a cabeça. — Cheguei a sentir-me como homem a tal ponto que tive a impressão de que minha dignidade humana tinha sido ofendida quando o senhor pediu que me identificasse. — Sinto muito — murmurou Hubert H ubert Maurice. — Nunca imaginei... — Não há motivo para ficar sentido — objetou o Imperador Anson Argyris. — Conheço seu chefe e sei que foi tudo bem planejado para provocar um ligeiro choque psíquico que me restituísse o equilíbrio entre o cérebro positrônico e o grupo de células. Hubert Selvin Maurice acenou com a cabeça. Olhou com uma expressão pensativa para as botas de couro pretas de Argyris, que ficavam bem justas nos pés. Finalmente levantou a cabeça. — Se é assim — disse em tom nasal —, acho que posso assumir o risco de colocá-lo em contato com o Administrador-Geral. *** Devia ser a milésima vez que o Imperador Anson Argyris se perguntava por que sentia uma simpatia tão forte com o terrano Perry Rhodan, quando vários mundos os separavam. E pela milésima vez não encontrou nenhuma resposta a esta pergunta. Por alguns instantes seu consciente plasmático sentiu a dormência ligeira que se manifestava toda vez que o ser s er telepático do planeta Khusal espionava sua mente. Argyris gostava da estranha criatura. Admirava o brilho sedoso, que só se exibia em todo o esplendor quando Whisper cobria os ombros de Rhodan como uma manta. Em comparação com a cintilância sobrenatural de cerca de duzentos sensores nervosos, até mesmo um cristal de hovalgônio lapidado pareceria fosco. Perry Rhodan levantou os olhos, impaciente, quando Anson Argyris interrompeu sua fala. Como nada escapava ao cabeçote detector hipersensível instalado no crânio da máscara do robô, a reação do imperador foi imediata. Ativou o transmissor de imagens amplificadas da Estação Espacial Quintetto One. Argyris não precisou mexer-se por um milímetro que fosse. Bastou que o controle remoto montado montado em seu tronco oval irradiasse irradiasse o respectivo respectivo impulso de comando comando dirigido dirigido à sala de observação. No mesmo instante houve uma modificação com a parede livre. Centenas de milhares de segmentos móveis mudaram de posição, formando uma reprodução em escala reduzida do abaulamento de Olimpo, tal qual era “ visto” de Quintetto One. — Eis aí o campo de visão do continente principal — explicou Anson Argyris. — Talvez o senhor já saiba que este continente tem mais ou menos a mesma superfície que o continente terrano da Ásia. São exatamente 44.362 milhões de quilômetros quadrados. O equador divide o continente em duas partes quase iguais. Argyris emitiu outra ordem. A parede voltou a ficar quase plana, enquanto a ampliação setorial enquadrava um gigantesco planalto do continente principal. Do lado sul deste planalto havia um círculo amplo de portos espaciais. No interior deste anel
portu portuári árioo havia havia uma gig gigant antesc escaa área área reserv reservada, ada, uma superfí superfície cie circul circular ar de bordas bordas vermelhas brilhantes que limitava com outras áreas fortificadas. No interior do círculo viam-se cinco objetos cilíndricos grandes. Eram os cinco containers de grande porte que há poucas horas tinham atravessado o distribuidor de tempo normal do Sistema Ghost. — Normalmente os containers que chegam aqui seguem viagem imediatamente — explicou Anson Argyris. — Os que o senhor está vendo no interior do círculo de tran transm smis issã sãoo fica ficara ram m lá po porr orde ordem m expr expres essa sa mi minh nha, a, para para qu quee po poss ssaa faze fazerr um umaa demonstração do processo de transporte. Desta vez Argyris não irradiou sua ordem para o computador de controle do sistema de transmissão, mas diretamente para o centro de distribuição de containers. Feita a transmissão, os cinco containers começaram a movimentar-se, sustentados e impelidos impelidos por campos campos energético energéticoss invisíveis. invisíveis. Estes campos campos energético energéticoss eram irradiados irradiados por uma rede de trilhos trilhos energéticos energéticos extremamen extremamente te complicada complicada e de malhas muito finas, finas, rede esta que se fixava no revestimento da área. De repente surgiram arcos de transmissão em vários lugares. Os containers foram entrando um após o outro no campo de desmaterialização de outro transmissor. — É o meio mais simples e rápido de transportar as mercadorias para os respectivos depósitos — disse Argyris. — É uma pena, senhor, que não fique mais tempo em Olimpo. Poderia assistir a uma demonstração que mostrasse o verdadeiro desempenho do sistema. Perry Rhodan sorriu, mostrando que compreendera. O que estava sendo feito em Olimpo era uma coisa formidável. E Anson Argyris contribuíra muito para que o trabalho fosse bem-sucedido. Não era de admirar que se orgulhasse disso. — Vou dar uma olhada na transmissã transmissãoo em hipervídeo, hipervídeo, Argyris. — Rhodan mudou de assunto. — Tem alguma novidade a respeito dos agentes que seu pessoal descobriu em Olimpo? Estão ligados a Dabrifa? Anson Argyris acenou com a cabeça. — Infelizmente só pudemos identificar três deles, senhor. Parece que não são muito importante importantes. s. Parece que o grupo-tarefa grupo-tarefa propriamente propriamente dito está à espera espera de alguma coisa que eles mesmos ainda não sabem o que é. — Deu ordem para que fossem observados discretamente? Argyris soltou uma risada abafada. — Parece que o senhor também subestima a capacidade genial de seu principal mecânico de emoções. O Administrador-Geral ergueu as sobrancelhas. Não apreciava o tom íntimo usado por seu interlocutor. — Sou perfeitamente capaz de avaliar sua capacidade, Argyris — respondeu. — Tenho conhecimento de que o Marechal Solar Deighton usou seus melhores elementos nessa tarefa. É um caso que fica na competência da Segurança Solar. — Não me leve a mal, senhor — disse o imperador no tom de quem pede desculpas. — Acontece que Galbraith Galbraith Deighton Deighton foi mais longe do que o senhor pensava. pensava. Pediu-me que mandasse observar os agentes de Dabrifa de forma a chamar sua atenção. Quer que percebam que meu pessoal está de olho neles, para não notar que estão sendo observados pelos homens de Deighton. — Compreendi — disse Rhodan. Teve de sorrir ao imaginar o rosto mentalizado de seu principal mecânico de emoções. O cérebro de Galbraith Deighton era capaz de prever as coisas de uma forma que chegava a ser assustadora. Num lugar em que outras pessoas
enxergariam na melhor das hipóteses dois lances e dois contralances, ele incluía com a maior calma dez ou mais lances do adversário em seus planos estratégicos. Nem se dava conta de que para outras pessoas isso seria muito complicado. — Ainda bem que Deighton já parece ter um plano definido. Fico satisfeito especialmente porque o senhor colabora tanto com ele. Vou voltar ao Sistema Solar. Rhodan ficou de pé. Parecia que seu olhar atravessava Anson Argyris. Por alguns instantes iludiu-se, pensando que poderia ficar num lugar de que gostasse, por mais tempo que exigisse seu trabalha Resignado, deixou cair os ombros. Toma Tomara ra sua sua deci decisã sãoo ao apre aprese sent ntar ar-s -see como como cand candid idat atoo na últi última ma elei eleiçã çãoo de Administrador-Geral. A decisão do eleitorado transformara sua decisão numa obrigação inexorável, na obrigação de empenhar todas as suas forças e capacidades em benefício da humanidade solar. Rhodan estendeu a mão para Argyris. O robô que usava a máscara de patriarca dos livres-mercadores compreendeu. Retribuiu o aperto de mão sem dizer uma palavra. Fluxos invisíveis quase idênticos uniam os dois seres. As vibrações do contato mental ainda estavam ressoando no grupo celular de Argyris muito tempo depois que as escotilhas blindadas voltaram a fechar-se atrás do Administrador-Geral do Império Solar. *** O bloqueio do bloco biopon foi levantado imediatamente a um sinal que anunciou a chegada perto da bioestação. O cérebro positrônico e o plasma celular voltaram a transformar-se numa unidade funcional, numa coletividade mecânico-biológica. A cápsula abriu-se. Anson Argyris levantou. A cortina energética mortal tremeluzia à sua frente. Argyris caminhou calmamente em sua direção. Pouco antes de atingi-la estendeu as mãos e as colocou sobre as partes eletronicamente assinaladas dos batentes de aço da porta. O computador da porta “ olhou” através de canais hiperenergéticos, diretamente para dentro da mente de Argyris, comparando seu conteúdo com os dados armazenados em sua memória. Era um guarda que não podia ser enganado. Além de verificar a identidade dos visitante visitantes, s, conferia conferia sua ati atitude tude mental em relação relação à humanidade. humanidade. Se a mente mente de Argyris Argyris tivesse sido influenciada por algum grupo de criminosos — o que era praticamente impo im poss ssív ível el — no sent sentid idoo de qu quee o patr patria iarc rcaa tive tivess ssee a inte intenç nção ão de prej prejud udic icar ar a humanidade, ele teria sido paralisado imediatamente. E qualquer imitação de Argyris seria destruída sem contemplação. A cortina energética desapareceu. Anson Argyris não foi obrigado a virar a cabeça para dar ordem à cápsula transportadora para que aguardasse sua volta em determinado setor do estacionamento. Dentro de alguns segundos a galeria ficou vazia. Em sua extremidade surgiu uma ligeira cintilância verde. Era o campo de distribuição hiperenergético a partir do qual o computador da cápsula escolhia o caminho a ser seguido em cada caso. Os construtores das instalações não tinham cometido o erro de instalar um poço antigravitacional vertical que levasse à bioestação. O segredo escondido nela era muito importante para ser protegido somente com os meios convencionais. O campo de distribuição, que ficava em cima, era separado do que ficava a cerca de quinhentos metros de profundidade por um
verd verdad adei eiro ro labi labiri rint ntoo de gal galeria eriass e po pont ntos os de tran transm smis issã são, o, no qu qual al a pess pessoa oa não não familiarizada ficaria perdida pelo resto da vida. O Imperador Anson Argyris deixou que a esteira energética o conduzisse através do pavilhão das verificações finais. Percebeu apenas no subconsciente os inúmeros raios de rastreamento que o atingiam. No íntimo já se preparava para um novo papel. A chamada eclusa de serviço abriu-se com um chiado. Era usada somente na saída, e por isso a outra eclusa abriu-se imediatamente. Anson Argyris entrou na bioestação. Examinou atentamente a fileira de corpos pendurados pendurados pelos ombros. Estavam presos em alças alças especiais, especiais, à prova de abalos, abalos, alguns com os olhos abertos, outros com eles fechados. Argyris olhou para dentro do corpo mais próximo, que estava com o tronco aberto. Os órgãos, tais como o estômago, os pulmões e o coração eram protegidos por uma folha transparente contra a penetração de poeira e germes germes patogên patogênic icos. os. Manguei Mangueiras ras finas inas aba abastec steciiam as cham chamad adaas másc máscar aras as-c -casu asulo loss com com ox oxig igên ênio io,, alim alimen ento toss e subs substâ tânc ncia iass vita vitais is,, removendo os dejetos de seu metabolismo. Anson Argyris parou ao chegar à décima oitava máscara. Exam Examiino nouu o rost rostoo cor cor de éban ébano, o, o cabe cabelo lo negr negro-a o-azu zula lado do curto e os lábios entreabertos. — Jargo Capothan... — murmurou Argyris. O corpo magro de Capothan co m os memb membro ross esbe esbelt ltos, os, os movimen movimentos tos elásticos e
a postura orgulhosa transmitiam constantemente à síntese entre cérebro positrônico e orgânico a experiência de um máximo de autoconfiança. Nos tempos de inatividade física o cérebro positrônico e o plasma celular de Vario 500 se tinham comunicado várias vezes, criando experiências de sonhos nas quais Jargo Capothan caminhava quase nu sob os raios escaldantes, em meio a uma estepe cujo capim quase lhe chegava à cabeça, com a lança massai na mão, prestando atenção ao rugido surdo do leão que os amigos tangiam em sua direção. Anson Argyris empertigou-se. Dali a pouco aproximou-se uma alça. Grampos especiais prenderam os ombros do patriarca, de uma forma suave e implacável. O corpo de Argyris abriu-se com um chiado.
O coração em convulsões e os pulmões, que se encheram e voltaram a esvaziar-se, foram afastados do corpo. A abertura no tronco aumentou. Vario 500 desfizera o contato com o corpo de Argyris. Encolheu o cabeçote de rastreamento e as juntas das pernas e dos braços em forma de telescópio. Desta forma ativou automaticamente um equipamento antigravitacional montado no corpo oval do robô. Vario 500 saiu do corpo do imperador. De todo lado aproximaram-se braços mecânicos, levaram o corpo do robô, testaram a solidez do composto de atronital e completaram a reserva de combustível nuclear. Depois disso o robô, que continuava com a cabeça e os membros encolhidos, saiu voando em direção ao corpo de Jargo Capothan, que estava aberto. Entrou nele. A abertura do corpo fechou-se e os pontos de estímulo do envoltório do robô ativaram a circulação da biomáscara. O coração iniciou seu trabalho de bombeamento. Os pulmões ench encher eram am-s -see de ar, ar, enri enriqu quec ecen endo do o sang sangue ue com com o ox oxig igên ênio io.. Os cond condut utor ores es qu quee abasteciam o robô foram caindo aos poucos. O suporte deslizou, levando Jargo Capothan a um pedestal. Uma vez lá, os grampos que prendiam seus ombros se soltaram, enquanto o corpo ainda era sustentado por campos energéticos de apoio. Jargo Capothan abriu os olhos. Seu rosto negro crispou-se num sorriso. Mexeu os dedos das mãos e dos pés, e os ombros. Até parecia que um homem conservado despertava para uma nova vida. Na verdade as quarenta e oito biomáscaras do vário-robô não eram humanas, e não possuíam uma individualidade própria. Não passavam de grupos celulares biologicamente criados, cuja forma exterior humanóide era mantida, e cujo interior consistia em órgãos artificiais que transformavam o corpo-máscara num sistema de auto-abastecimento biológico, desde que fosse guiado pelo cérebro do vário-robô. Jargo Capothan fitou com uma expressão indiferente o corpo aberto de Anson Argyris, que era puxado pela barra de suporte como um animal recém-abatido. Capot Capotha hann veri verifi fico couu suas suas vest vestes es e equi equipa pame ment ntos os.. Toda Todass as másc máscar aras as estav estavam am completamente revestidas e equipadas. A máscara de Capothan usava os trajes de um príncipe dos livres-mercadores galácticos. Era um conjunto de couro negro com manta vermelha, um cinto largo, e a fivela enorme com a cabeça do lendário Roi Danton gravada nela. A fivela servia para duas coisas. Primeiro, identificava seu portador como livre-mercador com o direito de residir em Olimpo. Além disso continha vários aparelhos por meio dos quais se podia ativar um campo defensivo. Finalmente as emanações desses aparelhos sobrepunham-se às emanações residuais dos equipamentos do robô. Um brilho arrojado apareceu apareceu nos olhos de Jargo Capothan. Capothan. — Vamos lá, príncipe! — murmurou em tom obstinado. — À zona portuária antiga! *** O nome do estabelecimento era Atlântida, o que não impedira seu proprietário de lhe dar o aspecto aspecto de um templo grego antigo. antigo. Mas era possível que o banco de dados do projetor de fachada só permitisse esta imagem. Jargo Capothan mandou parar o planador robotizado aberto e olhou atentamente em volta. Quase nada escapava aos seus sentidos robóticos. Por isso não demorou a descobrir que devia haver uma cápsula de transmissor escondida bem por perto. O esconderijo
ficava a quatrocentos metros no máximo, mas como não havia nenhum cérebro pensante nas imediações, Capothan adiou o exame da cápsula. — Espere por mim. Não saia daqui — ordenou ao computador do planador robotizado. Jarg Jargoo desc desceu eu e cami aminh nhou ou com com mo movi vim ment entos elá elásti sticos cos para para a ent entrada rada do esta estabe bele leci cime ment ntoo cham chamad adoo At Atlâ lânt ntid ida. a. Dois Dois nobre nobress saír saíram am dele dele.. Cump Cumpri rime ment ntar aram am respe respeit itos osam ament entee ao ver ver a fivel fivelaa-di dist stin inti tivo vo do prín prínci cipe pe,, mas mas logo logo cont contin inua uara ram m sua conversa. O bar propriamente dito era uma sala semicircular com cerca de trinta metros de raio. Três quartas partes da parede dos fundos eram tomadas por um balcão de madeira natural muito limpo. Como acontecia em quase todos os estabelecimentos que recorriam à tradição para atrair fregueses, o serviço atrás do balcão era executado somente por seres humanos. Mas os fregueses que ocupavam as mesmas tinham de contentar-se com os mecanismos automáticos. Capothan foi devagar para junto do balcão. Sorriu amavelmente e sacudiu a cabeça quando um grupo de astronautas quis convidá-lo para um jogo de pôquer. Apoiou confortavelmente o antebraço sobre o balcão. — Céu claro! — disse uma voz rouca a título de cumprimento. — Pouso sem incidentes incidentes — respondeu respondeu Capothan Capothan automatic automaticament amente, e, para só depois depois disso olhar para o homem que acabara de cumprimentá-lo. Devia ter entre sessenta e oitenta anos. Parecia não ter nascido no planeta Terra, pois o couro cabeludo brilhava num verde pálido, o que só acontecia nos seres humanos nascidos em mundos iluminados por uma estrela gigante azul. Um par de olhos castanhos fitou Capothan de dentro de um rosto tostado pelo sol e amarrotado. “ Até que é um cara simpático”, pensou Capothan. — Mersin Chusa — apresentou-se o homem. — Sou navegador espacial de primeira classe. — Príncipe Jargo Capothan — disse a máscara de Capothan por ocasião do váriorobô. — Já fui armador de naves, hoje sou um experimentador. — Experimentador?... — Experimento como gastar minha fortuna — respondeu Capothan em tom seco. — É uma experiência condenada ao fracasso. Chusa deu uma gargalhada rude. — Se tivesse arranjado filhos ou fixado residência num lugar em que são cobrados impostos... Capothan acompanhou a gargalhada. De acordo com o código não escrito dos astronautas, o fato de ser príncipe o colocava bem acima de um navegador espacial de primeira classe, motivo por que não podia permitir que Mersin Chusa o convidasse. Fez um sinal para um dos barmen e perguntou a Chusa se queria tomar um simultan com ele. O rosto de Chusa ficou ainda mais enrugado. O fundo dos olhos castanhos brilhou. Simultan era uma bebida não-alcoólica que, segundo se dizia, uma vez consumida em quantidades suficientes, garantia um perfeito intercâmbio de pensamentos, desde que a situação inicial fosse favorável. Infelizmente não havia ninguém capaz de garantir que fosse assim, pois os homens que tinham sido internados em neuroclínicas, depois de tomar simultan, nunca falavam sobre isso... — Então?... — perguntou o Príncipe Capothan em tom de expectativa.
Mersin Chusa estava refletindo. Finalmente sacudiu os ombros, num gesto de aparente indiferença. — Por que não? — respondeu em tom obstinado. Capothan sorriu, levantou a mão e mostrou dois dedos ao barman, colocando a outra mão sobre eles. Era um gesto entendido em todos os cantos do universo, onde se sabia o que era simultan. O barman conhecia Jargo Capothan, ou Vario 500, de antigas visitas ao Atlântida. Por isso não teve coragem de contestar o príncipe dos livres-mercadores. Mas fez questão de repetir o pedido em voz alta, num tom de evidente desprezo. Somente os idiotas toma tomava vam m simu simult ltan an!! Capo Capoth than an cont contin inuo uouu com com o rost rostoo im impa pass ssív ível el.. Al Algu guns ns do doss frequentadores do estabelecimento já tinham percebido o que iria acontecer. Dois homens tomando simultan juntos eram quase a mesma coisa que um par se desafiando para um duelo com armas mortais. Naturalmente o robô Vario 500 não seria capaz de pôr em perigo um homem se não fosse necessário. Mas seu cabeçote de rastreamento descobrira que Mersin Chusa usava um compensador de ondas cerebrais. Tratava-se de um aparelho que protegia o portador até certo ponto contra os telepatas e os parassugestores. Em Olimpo o uso destes aparelhos não era proibido, mas nenhum homem normal pensaria em arranjar um. Custava pelo menos 60.000 solares, e ninguém precisava dele, a não ser que tramasse alguma coisa que o fizesse temer o controle pelos telepatas. Acrescentando a isto a cápsula de transmissor escondida perto dali, Jargo Capothan achou que o fato era tão importante que valia a pena arriscar uma experiência. O dono do estabelecimento, um senhor de meia-idade com um sorriso amável no rosto, aproximou-se do balcão. Cumprimentou o Príncipe Capothan e o navegador Chusa, e passou a dedicar-se à cerimônia de preparação do simultan. Seus esforços produziram dois cálices do tamanho de um antebraço humano, cheios de um líquido amarelo, que fumegava ligeiramente e exalava um cheiro esquisito. Jargo Capothan levantou seu copo e, olhando por cima das bordas, contemplou os olhos de Chusa. Teve a impressão de ver neles os primeiros sinais de pânico e perguntou--se se podia expor seu interlocutor a tamanho risco. Mas Mas sabi sabiaa qu quee não não havi haviaa como como vo volt ltar ar atrá atrás, s, a não não ser ser qu quee qu quis ises esse se fica ficar r desmoralizado. Neste caso seria obrigado a deixar de usar a máscara de Capothan. — Boa viagem! — disse rapidamente e encostou o cálice aos lábios. — Muitos sonhos! — exclamou Mersin Chusa. A mão que segurava o cálice tremia, mas também o encostou aos lábios. Vario 500 transferiu o comando das funções físicas à componente positrônica de seu cérebro. A componente orgânica tentou criar uma disposição para a embriaguez, embora o plasma celular pos-bi fosse por sua natureza praticamente imune a este tipo de influência. Mas depois de alguns segundos o cérebro orgânico continuou a adaptar os centros de percepção a este tipo de estímulo superior. O consciente do plasma celular atravessou os estágios de aparente liberação, abrindo de certa forma o leque do espectro de percepções. Jarg Jargoo Capo Capoth than an — ou seu seu cons consci cien ente te plas plasmá máti tico co celu celullar — abso absorv rveu eu um umaa condensação confusa de energia consciente que tremia de medo. Mas parecia que por enquanto Mersin Chusa ainda acreditava que não precisava trair-se para escapar ao constrangimento.
O consciente plasmático celular expeliu alguns impulsos vagos para uma categoria espacial superior. Os impulsos atingiram em cheio o consciente de Chusa, fazendo com que as reações de pânico se descontrolassem. Os freq freque uent ntad ador ores es qu quee prese presenc ncia iava vam m o fenô fenôme meno no não não vira viram m nada nada disso disso.. O fenômeno ocorreu num plano p lano imaterial de cuja existência a maior parte nem desconfiava. Mas viram perfeitamente o corpo de Jargo Capothan ficar rígido de repente e tombar. Mersin Chusa continuava a segurar uma pequena arma paralisante na mão direita. O navegador espacial estava com os olhos arregalados, enquanto seus lábios espumavam. Aos poucos os espectadores espectadores começaram começaram a compreender compreender o que estava acontecendo, acontecendo, mas preferiram não atacar Chusa. Sentiam-se ameaçados pela arma paralisante. Dentro de mais alguns instantes uma bolha energética luminosa desceu entre Chusa e o livre-mercador que parecia ter sido paralisado. Mersin Chusa caiu na bolha mais do que saltou. A cápsula de transmissor desapareceu no mesmo instante — e Mersin Chusa com ela. Nem ele nem qualquer uma das outras pessoas viram a mão esquerda do homem “ paralisado ” atirar uma minúscula placa de metal para dentro da cápsula do transmissor. Trat Tratav avaa-se se de um rast rastre read ador or de temp tempo, o, qu quee regi regist stra rari riaa o cami caminho nho da cáps cápsul ulaa de transmissor através do espaço e do tempo. Enquanto o planador-ambulância levava o corpo “ paralisado ” de Jargo Capothan à clínica mais próxima, o hipertransmissor do robô já estava transmitindo as ordens que mais tarde levariam à descoberta da operação-comando mais sofisticada já encenada em toda a história conhecida da humanidade... *** — Chusa não pertence ao grupo de agentes por nós descoberto. Não foi constatado nenhum contato seu com este grupo. A voz do rastreador de tempo silenciou. O Imperador Anson Argyris acenou com a cabe cabeça ça.. Pa Pare reci ciaa pens pensat ativ ivo. o. A másc máscar araa de Capo Capoth than an vol volta tara ra a fica ficarr pendu pendura rada da na bioestação. Fazia três dias que houvera o encontro com o homem que usava o nome Mersin Chusa. A placa de marcação que Jargo Capothan atirara dentro da cápsula do transmissor continuava a funcionar. No fundo seu funcionamento era bastante rudimentar. Toda vez que a cápsula do transmissor era usada, um dos segmentos da placa se desprendia e ficava no lugar em que a cápsula materializara por último. Bastava um simples transmissor de sinais em código para fazer com que este segmento emitisse sinais goniométricos. O único problema era que nem Argyris nem seus subordinados sabiam onde a cápsula tinha materializado. Tinham de vasculhar uma área relativamente grande, irradiando impulsos de ativação, o que naturalmente não passaria despercebido por muito tempo a Chusa. Por isso Anson Argyris resolveu recorrer recorrer a um especialista especialista muito competente competente para localizar os rastros no tempo. Permanecia constantemente cinco segundos abaixo do nível do presente ou, em outras palavras, cinco segundos no passado, onde não poderia ser visto por Mersin Chusa. Era bem verdade que também não podia vê-lo. Um intervalo temporal de apenas cinco segundos não podia ser superado pelos sentidos humanos. Mas a placa de rastreamento de tempo era capaz disso. A forma como ela funcionava era um segredo de Argyris, que preparava as placas num aparelho por ele mesmo concebido e fabricado, onde ficavam presas no tempo normal normal por meio de uma camada camada protetora protetora invisível. invisível. Esta camada camada desmanchavadesmanchava-se se uma
hora depoi hora epoiss qu quee o resp respeectiv ctivoo segm segmen entto se desp desprrendi endia, a, e est este segm segmen ento to caí caía automaticamente cinco segundos no passado, onde era detectado pelo rastreador de tempo de Argyris, permitindo que se reconstituísse exatamente o caminho que levava a Mersin Chusa. Anson Argyris não se sentia muito bem dentro da própria pele, independentemente do fato de que esta pele não passava de uma máscara. As experiências com o tempo continuavam rigorosamente proibidas no Império Solar, embora Anson Argyris soubesse que os cientistas do Império nunca se tinham ocupado tão intensamente com o fenômeno da viagem do tempo como nos últimos quinhentos anos. Sem dúvida ainda continuavam a trabalhar nisso. Mas havia uma grande diferença entre isso e as investigações privadas, que facilmente podiam ser usadas para fins reprováveis, já que não eram controladas. Na verdade Argyris nunca tivera a intenção de realizar experiências com o tempo — até que durante os cálculos para a construção de um novo computador dera por acaso com uma pista que o levara levara ao princípio princípio da transferênc transferência ia no tempo. Talvez Talvez o Imperador Imperador Anson Argyris, ou melhor, Vario 500, teria comunicado sua descoberta imediatamente à Segurança Solar, se não tivesse percebido em tempo que o princípio por ele descoberto não lhe permitia viajar mais que exatamente cinco segundos para o passado. Não sabia por que era assim, mas queria descobrir antes de entrar em contato com a Segurança Solar. Enquanto isso não acontecia, usava sua máquina do tempo para fazer pesquisas no inte intere resse sse da human humanid idade ade,, sem sem sabe saberr qu quee havi haviaa um umaa prog progra rama maçã çãoo secr secret etaa no setor setor posit positrôn rônico ico de seu cérebr cérebroo que nunca nunca permit permitiri iriaa que contra contraria riasse sse os int intere eresses sses da humanidade. — Algum serviço para mim? — perguntou o rastreador do tempo. Argyris examinou o símbolo de identificação de seu interlocutor e respondeu com um sorriso: — Não há novas instruções. Continue mantendo distância!... O sistema de alto-falantes transmitiu uma risadinha. A palavra distância só podia mesmo soar esquisita quando se falava numa transferência no tempo, ao menos para um ser humano. Anson Argyris levou um microssegundo para compreender isso. O fato deixou-o confuso, tal qual acontecia com tantas reações humanas emocionalmente impregnadas. Os homens eram mesmo seres esquisitos. Possuíam inteligência e capacidade de aprender para tirar suas conclusões definitivas sobre os segredos do universo, mas às vezes deixavam que seus atos se inspirassem nos sentimentos, a tal ponto que já não se podia falar no domínio da força da inteligência. — É só! — disse Argyris e desligou o hipercomunicador. Depois disso ficou sentado uns cinco minutos, de olhos fechados, numa poltrona em concha. Estava concentrado exclusivamente na apresentação que se seguiria, conforme ele mesmo costumava dizer ironicamente. Esta apresentação somente era apresentada daquela forma porque assim provocava reações emocionais e intelectuais bem calculadas na massa dos espectadores. O roteiro fora escrito por terranos e para terranos, mas o papel principal tinha de ser desempenhado por um ser cujo consciente era controlado na proporção de cinquenta por cento por uma componente cerebral positrônica. Um ser humano poderia permitir que o desempenho do papel causasse nele uma espécie de embriaguez, deixando que a programação propriamente dita ocupasse um lugar menos importante. Dali a trinta minutos o Imperador Anson Argyris entrou no estúdio principal do transmissor de hipervídeo de Trade City, que era a capital do planeta Olimpo.
Tudo tinha sido preparado. Argyris manipularia pessoalmente as teclas compridas embutidas nas braçadeiras da pesada poltrona giratória enfeitada por um docel, dando início às várias fases do espetáculo. Era claro que diante dos recursos técnicos do vario robô isso era um procedimento rudimentar, mas não podia deixar de ser executado, senão o robô revelaria sua verdadeira identidade. Argyris endireitou-se na poltrona. Acenou com a cabeça e o chefe da equipe técnica do hipervídeo Trade City apertou uma placa de controle luminosa, fechando um contato. As estações retransmissoras de hipervídeo entraram em funcionamento em todos os pontos da galáxia. Recebiam as transmissões do estúdio de hipervídeo de Trade City, refo reforç rçav avam am-n -nas as e as irra irradi diav avam am.. A pot potên ênci ciaa do trans transmi misso ssorr era era tama tamanh nhaa que se sobrepunha à de qualquer transmissor de hipervídeo normal. Em todos os lugares da galá galáxi xiaa os rece recept ptor ores es de hipe hiperv rvíd ídeo eo do doss sere seress human humanos os que perma permane neci ciam am liga ligado doss mostraram o símbolo desconhecido do hipervídeo de Trade City. Um locutor anunciou o início da transmissão e disse que o Imperador Anson Argyris faria um pronunciamento muito importante. Depois disso as telas mostraram a imagem de vídeo tridimensional e colorida do livre-mercador. Inclusive na grande tela instalada na residência de certo imperador, situada na capital do planeta Nosmo... *** O Impera Imperador dor Dabrif Dabrifaa contro controlav lavaa perfei perfeitam tament entee a expres expressão são do rosto. rosto. Quando Quando,, depois de um jogo caótico de cores, a tela de hipervídeo mostrou de repente um símbolo desconhecido, tridimensional e abstrato, com as letras luminosas HTC em primeiro plano, sua única reação foi um estreitamento das pupilas. O imperador acabara de assistir à reprise de seu discurso programático dirigido aos cidadãos do Império de Dabrifa. O Marechal Marechal Espacial Gideon Olath, companheiro companheiro de bebedeiras bebedeiras e homem de confiança confiança do ditador, estava sentado a seu lado. Olath colocou o copo violentamente sobre a mesa. O gesto era abrupto como o de um indivíduo ligeiramen ligeiramente te tocado pelo álcool álcool e fez com que fosse derramado derramado um pouco do caro conhaque velho. — Que diabo!... — principiou. Um olhar de recriminação de Dabrifa fez com que ele se calasse. Olath lutou desesperadamente para vencer uma crise de soluços e agarrou-se às braçadeiras da poltrona. Dabrifa prestou atenção às palavras do locutor do Hipervídeo Trade City, que anunciava o pronunciamento do Imperador Anson Argyris. A imagem imagem tridimensional tridimensional de Argyris Argyris apareceu apareceu na tela de hipervídeo hipervídeo.. O Imperador Imperador Dabrifa franziu o sobrecenho. O título o fizera concluir que só podia tratar-se do patriarca supremo dos livres-mercadores da estrela de Boscyk. Anson Argyris não era nenhum desconhecido, mas desta vez o velho atleta parecia ter em mente uma coisa especial. Mas nem por isso Dabrifa ficou preocupado. Naturalmente o patrão dos livres-mercadores receberia um protesto enérgico contra a intromissão de seu programa nas transmissões de hipervídeo de Dabrifala, mas não se podia esperar nada de sensacional do livre-mercador. Por isso as palavras do imperador, que se seguiram, atingiram o imperador de Dabrifa com a violência de um golpe físico.
Dabrifa saltou da poltrona e olhou com uma expressão de ódio para a tela de imagens. Seu amigo íntimo Olath praguejou e ficou mexendo no fecho de seu cinto. — ...e ...e Pe Perr rryy Rhod Rhodan an me inve invest stiu iu,, na qu qual alid idad adee de Admi Admini nist stra rado dorr-Ge Gera rall democr democrati aticam cament entee eleit eleitoo e reconh reconheci ecido do pela pela humani humanidade dade,, na condiç condição ão de herdei herdeiro ro político de sua pessoa e herdeiro econômico da humanidade solar... Anson Argyris levantou uma folha azul brilhante, colocando-a numa posição em que era alcançada pela objetiva. Dabrifa viu que se tratava de uma folha de carrudos, um material caro e praticamente indestrutível, que possuía uma qualidade especial: registrava o modelo de vibrações cerebrais de qualquer pessoa que encostasse a palma da mão nele, por pelo menos dez minutos. O Imperador Dabrifa não demorou a ver o selo de impulsos cerebrais de Perry Rhodan. Estudara-o inúmeras vezes, para ver se descobria uma falha no psicograma de seu adversário mais importante. — Naturalmente os documentos e o selo do Administrador-Geral poderão ser examinados por qualquer pessoa que tiver interesse nisso — prosseguiu o Imperador Anson Argyris. — Além disso existe um registro em várias cópias do testamento de Perry Rhodan, cuja parte econômica também pode ser conferida. O Imperador Dabrifa podia ser considerado um demagogo e ditador sem escrúpulos, que não tinha o menor respeito pelos seres humanos, mas sua mente trabalhava com a rara clareza do gênio. No íntimo já imaginava o que viria depois das palavras de introdução do patriarca dos livres-mercadores. Foi rapidamente para perto do receptor e apertou uma tecla. Todas as palavras que Argyris pronunciasse dali em diante seriam armazenadas num computador positrônico, que faria uma análise minuciosa. Dabrifa ficou com o rosto pálido e rígido, enquanto Argyris relatava os antecedentes de sua herança. Segundo seu relato, tanto Perry Rhodan como os cientistas do Império Solar tinham percebido em tempo que um perigo vindo do passado ameaçava o Sistema Solar. Um sorriso esperto brincou em torno dos lábios de Dabrifa. Graças ao seu serviço secreto, já tinha conhecimentos de grande parte dos fatos que o imperador dos livres-merca -mercador dores es estava estava expondo expondo,, como como por exempl exemploo os aconte acontecim ciment entos os que se tinham tinham verificado na vala de Tonga, no planeta Terra, e o encontro de um neandertalense conservado vivo. Além disso Dabrifa conhecia os fatores de suspeita que apontavam para a existência de uma arma de tempo longo desconhecida, vinda do passado. Finalmente ele mesmo presenciara o fim dos planetas solares, ao menos acreditava ter testemunhado a destruição da humanidade solar. — Acont Acontec ecee — pross prosseg egui uiuu Anson Anson Argy Argyri riss — qu quee Rhoda Rhodann aind aindaa conseg consegui uiuu transformar muitos planetas secretos em novos centros econômicos da humanidade. Foi realizado um dispêndio incrível para restaurar o potencial econômico do Sistema Solar em outros lugares. Foi uma restauração também no sentido tecnológico, que naturalmente se baseou nas conquistas mais recentes da pesquisa científica. “Infelizmente não foi possível salvar a humanidade. A catástrofe que se abateu sobre ela chegou muito cedo. Mas a continuidade do sistema econômico foi garantida. Quero comunicar a todos os seres humanos da galáxia que a produção nos planetas secretos já foi iniciada. Tudo que costumavam receber há cerca de treze meses dos planetas solares poderá ser adquirido a partir deste momento no planeta Olimpo, com a mesma qualidade, a preços menores e com rigorosa observância dos prazos de entrega.” Dabrifa viu, pelo canto dos olhos, Gideon Olath levantar cambaleante e apontar a arma energética portátil para o receptor de hipervídeo, sem destravá-la. Dabrifa tirou-lhe
a arma da mão antes que pudesse corrigir o equívoco. Olath caiu de costas na poltrona. — Mas... — balbuciou — ...você tem de d e fazer alguma coisa. O rosto de Dabrifa crispou-se numa expressão de ódio. Perdeu completamente o autocontrole por alguns instantes. Pegou a garrafa de conhaque cheia pela metade e quebrou-a na cabeça de Olath. Gideon Olath ficou emitindo sons desconexos por alguns instantes, antes de ficar calado. O Imperador ficou de pé à frente do receptor, com as pernas afastadas e os braços cruzados sobre o peito. p eito. Os dentes mastigavam distraidamente o lábio inferior. O sangue chiava nos ouvidos de Dabrifa. Primeiro o ditador sentira-se invejoso e contrariado, mas depois de algum tempo chegou a experimentar uma sensação de triunfo. Foi quando pensou em tirar a herança do velho patriarca e usá-la em proveito do império de Dabrifa. Mas ao ouvir Anson Argyris falar, Dabrifa convenceu-se cada vez mais de que subestimara a perspicácia de Rhodan. O patriarca dos livres-mercadores fez questão de deixar bem claro que as chances de um eventual ladrão seriam s eriam mínimas. O Imperador Dabrifa assistiu à transmissão vinda do planeta Olimpo. Viu os cont contai aine ners rs do tama tamanho nho de um umaa espa espaço çona nave ve mate materi rial aliz izar arem em inin ininte terr rrup upta tame ment ntee no gigantesco transmissor para serem transportados rapidamente e sem incidentes aos doze portos espaciais, pelos trilhos condutores invisíveis. Uma vez cheios os depósitos de carga dos portos espaciais, os portões da superfície de Olimpo se abriram, deixando passar os outros containers. Ainda outros containers entraram em transmissores de pequena distância, para rematerializar praticamente no mesmo instante nos depósitos espalhados por todo o continente principal do planeta Olimpo. O hipervídeo também apresentou uma amostra das mercadorias transportadas: aparelhos sofisticados, instrumentos, elementos de computador e outros objetos que há séculos eram exportados pelos mundos solares. Uma frota de cinco mil espaçonaves de grande porte apareceu de repente sobre os ppor orto toss espa espaci ciai aiss de Ol Olim impo. po. Eram Eram veíc veícul ulos os carg cargue ueir iros os,, mas mas não não apre aprese sent ntav avam am os símbolos ou os nomes dos lugares de origem. Pousaram nos doze portos espaciais. As escotilhas de carga abriram-se. Em seguida a galáxia assistiu a uma demonstração da perfeita manipulação de carga em grande escala. Dentro de quarenta e sete minutos as naves cargueiras foram descarregadas e recarregadas. Decolaram quarenta e oito minutos depois de terem chegado. Nesta fase da transmissão o Imperador Anson Argyris permaneceu em silêncio. De repente sua imagem voltou a ser projetada nas telas. Com um sorriso amável convidou as pessoas interessadas a fazerem uma visita ao planeta Olimpo para ver o que havia lá. Fez uma menção ligeira às taxas portuárias, que fez estremecer Dabrifa. Em seu império e nos outros eram quinze vezes mais elevadas. Representavam Representavam uma fonte de renda apreciável apreciável para os respectivos Estados. Ou melhor, já tinham representado, pois tinham de ser reduzidas para evitar que os comerciantes independentes e as grandes companhias de comércio corressem para o planeta do Imperador Argyris. Argyris ainda informou que os transportes pelo transmissor seriam completamente gratuitos, o que fez Dabrifa ranger os dentes numa raiva impotente. Mas continuou a assistir à transmissão quando foi mostrado o raio azul pálido por meio do qual uma estação situada no polo norte de Olimpo retirava energia do pequeno sol vermelho para abastecer o sistema de transmissores de Olimpo.
O Imperador Dabrifa cerrou os punhos e respirou profundamente três vezes. Em segu seguid idaa redu reduzi ziuu o vo volu lume me do som som de seu seu hipe hiperv rvíd ídeo eo e diri dirigi giuu-se se ao cons consol olee do hipercomunicador para entrar em contato com o chefe de seu serviço de informações. Este teria de encontrar um motivo muito bom para justificar o fato de não ter descoberto absolutamente nada do que estava sendo preparado em Olimpo. Depois de uma ligeira conversa pelo hipercomunicador, Dabrifa voltou para junto da mesa. Viu que Gideon Olath sangrava de um corte na cabeça. Seu rosto assumiu uma expressão de repugnância. Ativou o sistema visual de sua guarda pessoal e deu ordem aos dois guardas que entraram na sala para que levassem Olath ao posto médico do palácio, para que recebesse o necessário tratamento. Depois esperou. Ficou um pouco mais calmo. Olhou com uma expressão pensativa para o patriarca dos livres-mercadores que aparecia na tela de hipervídeo. — Hoje você está por cima, cara — cochichou em tom de ameaça. — Mas você ainda se arrependerá de ter sido tão arrogante. Era exatamente o que o Imperador Anson Argyris queria conseguir com sua apresentação, entre outras coisas...
3 — Senhoras e senhores, a Glyaton acaba de pousar no porto espacial XI do planeta Olimpo. São zero hora e e dezesseis do dia primeiro de janeiro de 3.432, tempo padrão. Desejamos-lhes um Ano Novo próspero e feliz, em nome do comandante e da tripulação. Os lábios de Kuszo Tralero crisparam-se num sorriso irônico. “Se tiver sorte, serei bem-sucedido ”, pensou num acesso de amarga auto-ironia, “mas se não for bem-sucedido, serei muito infeliz .” Kuszo examinou-se atentamente no espelho portátil. Outros homens de sua idade costumavam apresentar gordurinhas reveladoras de prosperidade, mas em seu corpo não havia um grama de gordura supérflua. Era um home ho mem m de om ombr bros os larg largos os,, quadr quadris is estr estrei eito tos, s, com com a circ circul ulaç ação ão e mu musc scul ulat atur uraa bem bem treinadas. Tralero puxou a gravata, colocou as luvas pretas e ajeitou o chapéu. Depois pegou uma pasta estreita e saiu do camarote sem olhar para trás. Exibindo o rosto indiferente do homem de negócios que já viu tudo que vale a pena ser ser vist visto, o, dei deixo xouu qu quee a est esteira eira rolan olantte o tran transp spor orta tass ssee ao po poço ço de elevad evador or antigravitacional mais próximo. Desceu trinta e oito andares, atravessou a grande câmara da eclusa e pôs os pés na rampa energética que o conduziria ao sistema subterrâneo do porto espacial. Em quase todas as bifurcações havia uma marcação com o nome de Trade City. Kuszo Tralero examinou os anúncios luminosos instalados nas paredes das salas e corredores. Quase todas as empresas comerciais da galáxia que se prezavam possuíam um estabelecimento nesse lugar. Tralero subiu na primeira esteira transportadora que encontrou pela frente. A esteira terminava dali a cem metros, junto a um transmissor de passageiros. A única coisa que se tinha de fazer para chegar a Trade Center era entrar no campo de desmaterialização. O processo podia ser comparado com a passagem por um simples portão, salvo quanto à ligeira dor provocada pela desmaterialização e rematerialização. De um dos lados ficava o porto espacial e do outro lado a cidade Trade City. A distância que separava um da outra tinha sido comprimida com um ondular escuro e vago. Tralero admirou-se com a súbita mania de filosofar. Será que estava envelhecendo? Deu uma risada áspera. Mas já estava no terminal de recepção do transmissor instalado na cidade. Também ficava no subsolo. Havia placas indicando as diversas maneiras de se chegar a determinados lugares de Trade City. Podia-se subir à superfície no elevador e subir numa esteira rolante ou pegar um táxi aéreo. Mas também se podiam usar as esteiras rolantes subterrâneas ou um planador dirigido por um controle central. Kuszo Tralero foi para junto da estrada mais próxima. A largura da estrada devia ser de trezentos metros. Planadores passavam perto dele, alguns ocupados, outros vazios, mas nenhum deles ficou parado. Tralero sentiu a resistência suave da barreira energética de segurança. Levantou a mão. No mesmo instante o fluxo de veículos que passava junto a ele modificou-se. Um dos planadores saiu do meio da massa e parou perto de Tralero. A porta lateral abriu-se, fazendo com que uma passagem do mesmo tamanho se abrisse na barreira energética.
Tralero embarcou no planador. — Hotel Eridanus! — ordenou à central de comunicação. O planador retornou ao fluxo de tráfego, acelerou e deslocou-se durante cerca de dez minutos em meio aos outros veículos. De repente desceu por uma rampa suave. Os outros planadores ficaram para trás. O veículo atravessou um túnel iluminado, entrou num sistema de distribuição por andares e parou junto a um ponto de desembarque. Kuszo Tralero desembarcou e a placa frontal de um aparelho automático instalado na parede iluminou-se. Uma voz automática mal modulada perguntou se Kuszo desejava alguma coisa. — Quero ir à recepção — respondeu Tralero. Uma abertura formou-se na parede, ao lado do aparelho automático. A luz amarela de um poço entrou na sala. — Faça o favor de usar o poço energético! — disse o aparelho com a voz rouca. Tralero entrou na luminosidade amarela. No mesmo instante foi atingido por campos energéticos invisíveis e arrrastado em alta velocidade para dentro do túnel que subia obliquamente. Mas não sentiu nada. Os campos energéticos de compensação faziam com que a pessoa que usasse o elevador tivesse a impressão de estar suspenso, imóvel, dez milímetros acima do chão, fosse qual fosse a posição e a velocidade. Mas quem conheceu muito bem o princípio de funcionamento dos poços energéticos era capaz de perceber os detalhes insignificantes que lhe permitiam tirar conclusões sobre a posição e velocidade. Dali a dez segundos Kuszo Tralero Tralero sentiu-se empurrado empurrado suavemente para o hall da recepção do hotel. Deu seu nome ao computador-recepcionista e indicou seus desejos quanto à ala preferida. Foi informado que sua bagagem já estava na área de distribuição e que ele poderia ocupar o apartamento 3.747. Havia um retângulo luminoso no balcão a sua frente. Tralero colocou a mão sobre ele, fazendo com que o computador registrasse seus impulsos individuais e os transmitisse à fechadura do apartamento. Finalmente Tralero chegou ao apartamento e mudou de roupa. Era quase uma hora, quando mesmo em Trade City a maior parte das pessoas estava dormindo. Kuszo Tralero tomou um banho, deixou que os raios coloridos o enxugassem e ligou o tanque de dormir. Entrou confortavelmente na abertura da parede, foi atingido pelos campos energéticos que vibravam ligeiramente e o fizeram adormecer balançando, enquanto a iluminação se tornava cada vez mais fraca. Quando acordou, ligou a luz do tanque de dormir. Sentiu-se como se flutuasse numa nuvem cor-de-rosa. — Quer levantar, senhor? — perguntou o computador do apartamento. — No Hotel Eridanus basta manifestar seus desejos, e eles serão cumpridos. “ Desde que se possa pagar ”, ”, pensou Tralero num assomo de ironia. — Por favor, quero fazer a barba, tomar um banho e fazer uma massagem de corpo inteiro — decidiu. — Tomar um banho, fazer a barba e uma massagem inteira — disse o computador, retificando em tom delicado mas firme a sequência dos procedimentos. Dali a meia hora Kuszo saiu do tanque de dormir. Estava descansado, sua pele tinha uma cor rosada e ele se sentia muito bem. Mandou servir um desjejum com champanhe e entr entrou ou em cont contat atoo com com um umaa firm firmaa de corr corret etag agem em para para pedi pedirr ofer oferta tass de edif edifíc ício ioss comerciais até trezentos andares, para fundar um estabelecimento comercial. Combinaram uma hora. Kuszo Tralero entrou pontualmente no transmissor do hotel e materializou quase no mesmo instante no terminal de recepção da firma de corretagem.
Mas nem por isso cumpriu a hora marcada. E, por estranho que possa parecer, na firma de corretagem ninguém se preocupou com isso. Não era necessário cumprir uma hora marcada somente para disfarçar. Tralero viajara no transmissor para a agência para passar rápida e discretamente a outro transmissor. Quan Quando do mate materi rial aliz izou ou de no novo vo,, havi haviaa do dois is ho home mens ns atl atlétic éticos os à sua sua espe espera ra.. Esco Escolt ltar aram am---no no em silê silênc ncio io e apre aprese sent ntar aram am-s -see ao seu seu supe superi rior or,, para para qu quee foss fossee identificado. O superior contemplou demoradamente o cartão lançado pelo detector de ondas cerebrais. — Parece que alguma coisa o deixou espantado — observou Kuszo Tralero depois de algum tempo, em tom alegre. — O cartão ficou em branco — murmurou seu interlocutor. — Deveria mandar prendê-lo, mas... Tralero sorriu. — O senhor sabe raciocinar. Obedeça ao branco. Foi este o hipergrama que o Imperador lhe mandou transmitir. — De fato. Mas pensei que se tratasse de um homem que usa o nome Branco. — Em vez disso recebeu o cartão de visita dele — retrucou Tralero. — Hum! Gostaria que me dissesse como se faz para... — Nada de perguntas supérfluas! — ordenou Kuszo Tralero em tom enérgico. Seu interlocutor estremeceu e o rosto de Kuszo abriu-se num sorriso conciliador. — Não devo falar sobre isso. Tralero deixou-se cair numa poltrona. De repente seu rosto assumiu uma expressão séria. — O Imperador quer que entremos em ação ainda nesta semana. Depois de amanhã uma nave dos saltadores pousará em Olimpo. Entre sua carga destinada a um planeta industrial secreto do tal do Argyris estão, entre outros, cinco dos nossos melhores agentes. — Outro grupo de agentes — gemeu o interlocutor de Kuszo. — Posso garantir que aqui em Olimpo não conseguimos descobrir onde... — Não será em Olimpo — disse Tralero. — Nosso grupo vai dar uma olhada no próprio planeta secreto. E um dia esse patrão dos livres-mercadores se espantará ao notar que seu transmissor fica vazio de repente. *** O telecomunicador ligou-se e uma voz automática rangeu: — Coronel Maurice, favor comparecer ao gabinete do chefe! Hubert Selvin Maurice saltou da poltrona giratória e com um movimento rápido varreu uma pilha de folhas com símbolos de cima do console de comando. Maurice soltou um palavrão. Deixou que as folhas ficassem onde estavam, deu uma volta para não pisar nelas e apressou-se em chegar à porta. O Administrador-Geral estava só em seu gabinete. Levantou os olhos à entrada de Hubert Maurice. — Sente, coronel, por favor! — disse em tom amável. Hubert Selvin Maurice sentou no canto da poltrona mais próxima. — É melhor sentar direito — pediu Perry Rhodan em tom indiferente. — É possível que o que tenho a lhe dizer abale seu equilíbrio psíquico. Maurice ficou vermelho e escorregou para trás na poltrona, até atingir o encosto.
— Pois não, senhor... O rosto de Rhodan assumiu uma expressão séria. — Rece Recebi bi no notí tíci cias as de Deig Deight hton, on, Corone Coronell Maur Mauric ice. e. O prim primei eiro ro-m -mec ecâni ânico co de emoções já está na pista de quatorze grupos de agentes. Parece que há muita gente interessada em saber onde ficam os mundos de produção secretos que o patriarca dos livres-mercadores herdou de mim. — Não se podia esperar outra coisa, senhor — observou Maurice. O Administrador-Geral acenou com a cabeça. — Um deta detalh lhee inte intere ressa ssant ntee é qu quee do dois is do doss grupo gruposs de agen agente tess pert perten ence cem m ao Imperador Dabrifa. E isso deixa preocupado não somente a Deighton, mas também a mim, coronel. — A mim também, senhor — disse Hubert S. Maurice. Perry Rhodan franziu as sobrancelhas. Parecia aborrecido. — Pare de fazer-se de ingênuo, coronel. Prezo-o muito para cair nessa. Para Galbraith Deighton o senhor quase chega a ser um gênio. — Em que área, senhor? — perguntou Maurice. — Deixe para lá! O senhor já ressaltou que elogios da boca de um superior o deixam desconfiado. Rhod Rhodan an incl inclin inou ou-s -see e enca encaro rouu firm firmem ement entee o chef chefee do Grupo Grupo de Se Segur guran ança ça Administrador-Geral. — O primeiro grupo de agentes de Dabrifa se descuidou a ponto de ser detectado dois dias depois de ter chegado a Olimpo. Passamos a observá-lo. Depois de algum tempo Deighton deixou que os agentes de Dabrifa percebessem que estavam sendo observados. Diante disso um dos agentes de Dabrifa se expôs “ por acaso ”. O que se deve concluir daí, coronel? Hubert Maurice descontraiu-se e cruzou as pernas. Era um tema bem ao seu gosto. — Ora, a Segurança Solar naturalmente esperava que Dabrifa enviasse agentes para Olimpo. Logo, saiu à sua procura. Se eles se camuflassem muito bem, a Segurança Solar redobraria de esforços. Logo, fizeram com que fosse bem-sucedida. Quando o serviço secreto de Dabrifa percebeu que só estávamos fazendo um jogo de gato e rato com seu grupo de agentes, resolveram lançar outra o utra isca. Maurice deu de ombros. — Acho que ambas as coisas são furadas, senhor. Os mundos industriais secretos de que se fala são tão importantes para Dabrifa que ele estará disposto a pagar um preço muito alto para descobrir sua posição. Acho que dentro em breve mais um grupo de agentes de Dabrifa entrará em atividade, e isso de forma tão sofisticada que alguém será levado a acreditar que se trata do grupo de ação propriamente dito. Na verdade o serviço secreto de Dabrifa agirá com outras pessoas e num lugar bem diferente. Os três grupos serão sacrificados para que o quarto tenha uma chance. O Administrador-Geral sorriu. — Foi mais ou menos o que disse o primeiro-mecânico de sentimentos. Por isso resolveu prolongar sua permanência em Olimpo. Quer dirigir pessoalmente a ação de identi identific ficaçã açãoo e captur captura. a. Como Como é um homem homem cuidad cuidadoso, oso, natura naturalme lmente nte não se jul julga ga infalível. Considerou a possibilidade de o serviço secreto de Dabrifa conseguir enganar seus colaboradores. Por isso pediu que formasse um comando de defesa especial para o distribuidor de tempo normal. Indiquei o senhor como chefe desse comando. Maurice empertigou-se. — Senhor, sou responsável por sua segurança pessoal!...
— Quanto a mim, estou completamente satisfeito com sua atuação como chefe do GSAG GS AG — respo responde ndeuu Rhod Rhodan. an. — Mas Mas depoi depoiss qu quee ouvi ouvi suas suas deduç deduçõe õess bril brilha hant ntes es concordei com Deighton. O senhor é o homem indicado para a tarefa, coronel. Hubert Selvin Maurice deixou cair os ombros. Parecia desanimado. — Às vezes não é bom despertar uma impressão positiva, senhor. Pelo que conheço do Imperador Dabrifa, ele não desanimará por causa de eventuais insucessos. Enviará novos grupos de agentes para Olimpo. E eu vigiarei o distribuidor de tempo normal até minha aposentadoria. O Administrador-Geral soltou uma gostosa gargalhada. — Está se fazendo de ingênuo mais uma vez, para arrancar a informação sobre o tempo pelo qual deverá dirigir o comando de defesa do ditribuidor de tempo normal. — Quem cuidará do senhor se eu não estiver aqui? — perguntou perguntou Maurice com um suspiro. — Desculpe a crítica, mas o senhor é tremendamente leviano no que diz respeito à sua segurança. Ainda há pouco ia vestir um conjunto tal qual saiu da passadeira automática, sem que fosse examinado antes!... — Eu sei! — Rhodan fez um gesto de pouco caso. — O senhor é mesmo um fanático de segurança. — Existem inúmeras possibilidades de preparar as vestes de alguém de forma que matem — respondeu Hubert Maurice em tom professoral. — Podem ser microbombas térmicas do tamanho de uma partícula de pó, filamentos venenosos que se orientam pelo odor do corpo e penetram na pele, para citar somente duas possibilidades. — Por favor, coronel, já chega! — pediu Perry Rhodan com um sorriso. — Prometo que não terá de ficar no distribuidor mais de trinta dias. Durante este tempo acontecerá alguma coisa que trará a decisão. É ao menos o que acredita Deighton. Dentro de trinta dias no máximo Deighton voltará e mandará revezá-lo. — Rhodan pigarreou ao notar a expressão indagadora no olhar de Maurice. — Não tente arrancar outras informações de mim. O senhor sabe perfeitamente que na luta entre os serviços secretos às vezes é melhor que a mão esquerda não saiba o que faz a direita. — Compreendo — respondeu Hubert Maurice e levantou. — Permita que me recolha à minha sala de comando. Preciso dar instruções minuciosas ao meu substituto. Posteriormente lhe entregarei a lista das coisas de que precisa o comando de defesa do distribuidor de tempo normal. Maurice fez continência relaxadamente e retirou-se da sala na qual tantas vezes deixara o Administrador-Geral um tanto confuso. “ Desde Desde quando quando”, pensou Rhodan, “meus meus colabora colaborador dores es recorrem recorrem a mim para arranjar as coisas de que precisam? ” *** Lupo Cazzuli estava muito pálido quando tirou o capacete do transmissor de informações. Aos poucos o atordoamento ligeiro que costuma manifestar-se durante qualquer processo de transmissão de conhecimentos foi cedendo. Cazzuli virou a cabeça e fitou os companheiros um por um. O rosto estreito e sardento de Abram Noel, o rosto largo cor de café de Hit Clarin, o rosto amarelo de Mantu San e o rosto de duende de Chillu Ross. Lupo Cazzuli ficou satisfeito ao notar que os rostos de seus companheiros também pareciam assustados.
— Eles não podem fazer isso conosco — cochichou Mantu San com a voz apagada. — As chances de sucesso são tão reduzidas que poderíamos engolir logo nossas cápsulas de veneno. — Não se afobe! — pediu a voz potente do Marechal Espacial Olath, que se encontrava perto da porta. Gideon Olath tinha o aspecto que os soldados e cidadãos do império de Dabrifa estavam acostumados a ver nele. Era um homem baixo, muito resistente, em quem o uniforme de marechal assentava muito bem, e que despertava um otimismo entusiástico, principalmente graças ao seu sorriso triunfante. Mas ninguém sabia como costumava ser o marechal quando tomava suas bebidas juntamente com o Imperador Dabrifa. Os cinco agentes especiais levantaram de um salto e perfilaram-se. Olath fez um gesto condescendente. — Deixemos de lado as formalidades. Estamos a sós. — Olath olho houu demoradamente para Mantu San, e seu rosto contraiu-se num largo sorriso compreensivo. — É exatamente a reação que eu esperava. Gideon deixou-se cair numa poltrona. — Sentem Sentem,, camara camaradas das!! Vamos Vamos falar falar franca francamen mente. te. Se sua reação reação tives tivesse se sido sido diferente, eu poderia ter minhas dúvidas quanto ao seu senso de responsabilidade. O marechal inclinou-se e deu um soco nas costelas de Cazzuli. — Um bom agente especial deve ser muito exato nos seus cálculos, não é? Sem querer Cazzuli teve de sorrir, embora achasse que Olath estava fingindo um pouco. Registrou no subconsciente o fato de o Marechal Espacial Gideon Olath estar fazendo um jogo falso com eles. Hit Clairon soltou uma estrondosa gargalhada. — Essa é boa, chefe! Tem certeza de que nossos cérebros não sofrerão um dano permanente? Se formos congelados a baixa temperatura e demorarmos muito para ser descongelados... Gideon Olath estreitou os olhos para que ninguém visse o brilho zangado que surgiu neles. Faria Clairon pagar por ter manifestado dúvidas sobre a viabilidade de seu plano. Além disso não sabia como esse cara se atrevia a chamá-lo de chefe. Os colaboradores do chefe desaparecido, Perry Rhodan, costumavam tomar esse tipo de liberdade. Dali a pouco Olath não permitiria mais que isso acontecesse. — Ainda bem que o senhor acompanha meu raciocínio, Hit — disse. — Posso tranquilizá-lo. Foi tudo recalculado três vezes, por cérebros positrônicos diferentes. O choque de rematerial rematerializaç ização ão que se verificará verificará no planeta planeta de destino destino ativará ativará o dispositivo dispositivo automático dos recipientes de congelamento que deverá despertá-los. A única coisa que terão de fazer depois disso é dar uma olhada, montar o transmissor e colocá-lo em funcionamento. Aí já teremos descoberto as coordenadas aproximadas do terminal de recepção do transmissor, graças às ondas de choque. Assim que a luz verde de seu transmissor se acender, vocês passarão por ele. O resto fica por conta da frota. — Parece simples — disse Abram Noel calmamente enquanto virava o rosto estreito para Olath. — Mas o que faremos se as naves rastreadoras não conseguirem acompanhar as ondas de choque até o terminal de recepção do transmissor, ou se não for o terminal certo?... — Simplesmente aguentar. — Gideon Olath passou a falar mais baixo. — Metade de no noss ssaa frot frotaa espa espaci cial al está está para parada da pert pertoo de Ol Olim impo po,, real realiizand zandoo op oper eraç açõe õess de rastreamento. Será apenas uma questão de tempo que todos os planetas em que existem
terminais de recepção tenham sido localizados. Vocês só vão facilitar nosso trabalho. Se necessário daremos um jeito de tirá-los de lá. O marechal levantou. Apertou as mãos dos agentes especiais com o rosto radiante. — Tudo de bom, rapazes! Lupo Lupo Cazz Cazzul ulii olhou olhou com com um umaa expr express essão ão pens pensat ativ ivaa para para o mare marech chal al espa espaci cial al enquanto ele se retirava. — Não sei — murmurou, como quem fala consigo mesmo. — Tenho a impressão de que para o Marechal Olath não faz a menor diferença que voltemos ou sejamos torrados... — Lupo! — cochichou Chillu Ross assustado. — Você enlouqueceu? Isso é sabotagem. Deveria denunciá-lo. — Isso mesmo! Hit Clairon adiantou-se e deu um soco no estômago de Cazzuli, que se encurvou. Clairon deu-lhe um golpe de quina de mão na nuca. Cazzuli ainda conseguiu fazer um rolamento por cima do ombro, embora já tivesse perdido os sentidos quando seu corpo tocou o chão. — Por que fez isso, Hit? — perguntou Abram Noel. Hit Clairon massageou a mão. Olhava com uma expressão de indiferença para o homem inconsciente. — Quem se comporta como um sabotador deve ser tratado como tal. — Hit olhou para os outros. De repente gritou: — O que queriam que fizesse? Denunciá-lo? Castiguei-o e assim resolvi o assunto entre nós. Não acham que nós mesmos poderemos endireitá-lo? — Falaremos sobre isso depois que tiver sido concluída a operação — decidiu Abram Noel em tom calmo. — Tenho certeza de que Lupo saberá dar conta do recado. Provavelmente só lhe deu uma coisa na língua. Os outros acenaram com a cabeça. Estavam satisfeitos porque alguém tomara uma decisão, tirando a responsabilidade de cima de seus ombros. Hit Clairon colocou Cazzuli no sofá, abriu o fecho magnético de seu uniforme e abanou a mão perto de seu rosto para renovar o ar. Dali a alguns minutos Lupo Cazzuli recuperou os sentidos. Ergueu-se sobre o sofá, aceitou sem dizer uma palavra o copo de água que Hit lhe ofereceu e esvaziou-o. — Vamos ao depósito de equipamentos — disse Abram Noel. Cazzul Cazzulii levant levantou, ou, apoiad apoiadoo por Hit Clairo Clairon. n. Ninguém Ninguém falou sobre sobre o incide incidente nte.. Fizeram de conta que não acontecera nada — ou que ficando quieto o assunto estaria resolvido. No império de Dabrifa a roda da história tinha sido girada alguns séculos para trás. *** Desta vez Anson Argyris Argyris não dirigiu dirigiu sua cápsula cápsula transportad transportadora ora para a bioestação bioestação.. Levou-a a um conjunto de salas secretas que ficava bem perto dali. Saiu da cápsula e foi obrigado a atravessar uma eclusa de controle. Só depois disso pôde entrar no centro de comando secreto do primeiro-mecânico emocional Galbraith Deighton. Deighton estava de pé à frente da ligação positrônica de seu centro de comando. Virou-se à entrada do patriarca dos livres-mercadores. — Receba minhas boas-vindas, majestade! Como vai sua preciosa saúde?
Argyris soltou uma estrondosa gargalhada. — Justamente o senhor vem me fazer essa pergunta! E chama-me de majestade. Por que não me chama simplesmente de vario-robô? — Porque as coisas não são tão simples — respondeu Deighton em tom sério. — O senhor não é um simples robô, mas uma criatura dupla, um ser humano no corpo de um robô e com um cérebro positrônico adicional. — Quem está simplificando as coisas é o senhor — disse Argyris. — Ainda bem que não sou um homem. Às vezes vocês homens chegam a assustar a gente. Galb Galbra rait ithh Deig Deight hton on conv convid idou ou o visi visita tant ntee a ocup ocupar ar um umaa pol poltr trona ona em conch concha. a. Também sentou. — Logo a mim o senhor vem dizer isso, Argyris! Quando via uma massa humana assumir um consciente de massa, como por exemplo numa manifestação de protesto, sempre sentia calafrios diante dos abismos que se abrem diante da gente. Mas de outro lado também vi mais de uma vez a população de um planeta subir às culminâncias do espírito... Galbraith suspirou. — De qualquer maneira não é fácil conviver com as emoções dos seres humanos. Para o senhor as coisas não são tão difíceis. Deighton mudou de assunto. — Como vão os negócios? Infelizmente não tenho tempo para cuidar disso. Nos últi último moss dias dias Ol Olim impo po sofre sofreuu um umaa verd verdad adei eira ra inva invasão são de agen agente tess secr secret etos os do doss mais mais variados grupos de força. Até penso em reservar um subúrbio nobre exclusivamente para os agentes inimigos. Assim eles pelo menos ficariam entre si. A maior parte deles de qualquer maneira colhe seu material na imprensa ou na bolsa de mercadorias. Anson Argyris sorriu. Deighton era dado a um certo exagero, mas não deixava de ser verdade que muitos grupos de força pouco importantes enviavam seus agentes secretos para Olimpo, quando estes não tinham a menor ideia a respeito da atividade secreta. Mas havia algumas exceções, entre outras os grupos de agentes do império de Dabrifa. A Liga Carsualense e a União Galáctica Central também se mostraram muito ativas. Ultimamente as três potências até chegavam a concentrar grandes contingentes de naves em torno de Olimpo. — Estou satisfeito — respondeu Argyris. — Ontem o movimento de mercadorias chegou a cerca de nove bilhões de toneladas. E olhe que só usamos sessenta por cento da capacidade dos containers. Todas as civilizações astronáuticas da galáxia mantêm sua representação comercial em Trade City. Há uma semana tive de dar meu consentimento para um plano de ampliação da cidade. Os arranha-céus comerciais, os edifícios dos bancos e os palácios das embaixadas estão quase todos alugados. Constantemente as comp compan anhi hias as ou gover governo noss inte intere rest stel elar ares es entr entram am em cont contat atoo cono conosco sco,, pedi pedind ndoo que coloquemos edifícios à sua disposição. Os que já estão estabelecidos aqui procuram edifícios maiores, mais belos e suntuosos. A Liga Comercial Governamental do império de Dabrifa, por exemplo, vai ocupar ocu par um edifício-torre de quase mil metros de altura. — Eu sei — disse Deighton com um u m sorriso e acenou com a cabeça. — Também sei que os funcionários da Liga Comercial pretendem instalar um restaurante ao ar livre na cobertura do edifício. Já saiu ao ar livre a algumas centenas de metros de altura, Argyris? — Lá sopra um vento bem forte — disse Argyris em tom seco. — A mil metros de altura a ventania seria tamanha que arrancaria a camisa da gente.
— Arrancaria a gente de cima da cobertura — corrigiu Deighton em tom seco. — O senho senhorr sabi sabiaa que a emba embaix ixad adaa do im impé péri rioo de Dabr Dabrif ifaa opera opera um tran transm smis issor sor não não registrado? — Não!... — exclamou Argyris e sacudiu a cabeça. — Não é possível. Meus colaboradores já teriam notado. — Nem poderiam ter notado, meu chapa. O serviço secreto de Dabrifa foi muito esperto. Toda vez que o transmissor secreto é posto em funcionamento, o transmissor licenciado de pequena distância também o é, com a mesma intensidade. Os desvios insign insignifi ifican cantes tes nas amostr amostras as da transm transmiss issão ão só puderam puderam ser detect detectado adoss com nossa nossa aparelhagem mais recente. — Não vai fazer nada para impedir isso? Não podemos deixar passar uma coisas dessas. O primeiro-mecânico emocional deu de ombros. — Fico pensando. Acho que o mais importante é não me precipitar. Quem sabe se um dia não precisaremos desse transmissor? *** De repente Lupo Cazzuli percebeu que Gideon Olath os enganara. Tentou fixar esta ideia, mas o frio horrível paralisou seu cérebro e apagou sua mente. Cazzuli e seus quatro companheiros não perceberam quando a nave dos saltadores pousou num porto espacial de Olimpo e quando foi descarregada. Pela marcação dos recipientes especiais e segundo os conhecimentos de carga, a nave trazia uma carga de proteínas concentradas comprimidas e congeladas. A mesma foi colocada num grande container, juntamente com a de outras três naves cargueiras dos saltadores, e levada em direção ao transmissor de grande distância. No caminho para o transmissor os containers foram examinados com detectores especiais, para verificar se havia armas ou passageiros clandestinos em seu interior. Era um controle de rotina. Os detectores não eram capazes de diferenciar um ser humano de uma porção de proteínas comprimidas. Nem mesmo os detectores supersensíveis de ondas cerebrais acusavam a presença de seres humanos. Os cinco agentes especiais do império de Dabrifa estavam clinicamente mortos. O container em cujo interior se encontravam os agentes desapareceu no campo de desmaterialização do transmissor de containers, para p ara materializar no terminal de recepção da eclusa temporal. Com Com o choqu choquee da rema remate teri rial aliz izaç ação ão foi foi ativ ativad adoo o dispo disposi siti tivo vo auto automá máti tico co qu quee despertava os homens. Descongelaram quase tão depressa como tinham congelado, enquanto uma série de aparelhos recarregava a energia de suas células e punha em funcionamento seu organismo. Aos poucos a mente de Lupo Cazzuli voltou a funcionar. Reagiu novamente aos estímulos exteriores transmitidos pelo sistema nervoso. Cazzuli percebeu que o recipiente em cujo interior se encontrava estava sendo movimentado. Tentou lembrar-se dos últimos pensamentos que ocuparam sua mente antes que fosse congelado, mas não conseguiu. Mas lembrava-se perfeitamente das ordens que lhe tinham sido dadas. Será que todos os controles já tinham sido acionados? Provavelmente, senão a carga não teria sido remetida ao planeta-destino e ele não teria sido despertado pelo dispositivo automático.
“ Pensei que fosse mais difícil ”, ”, pensou Lupo Cazzuli. “ Nem posso acreditar que correu tudo conforme o plano. ” Cazzuli julgou mais prudente deixar seu traje espacial aberto por enquanto. O sistema rudimentar de ventilação funcionava perfeitamente, e não podia ser detectado. O equipamento sofisticado de um traje espacial moderno, por outro lado, emitia grande quantidade de radiações. O pior era a falta absoluta de contatos com o mundo exterior. Cazzuli e seus companheir companheiros os deveriam deveriam sair do recipient recipientee assim que notassem notassem que ele não estava estava sendo movimentado mais. Até lá não deviam correr o risco de usar o rádio. Finalmente, depois de um tempo que lhe parecera infinitamente longo, Cazzuli sentiu um solavanco. O pequeno aparelho que trazia no pulso mostrava que o container co ntainer se encontrava em estado de relativa imobilidade. Lupo Cazzuli girou o corpo e estendeu a mão para agarrar o mecanismo de abertura. De repente sobressaltou-se. Seu telecomunicador de bolso emitiu o sinal de chamada. A voz que saiu do alto-falante não pertencia a nenhum dos companheiros. — Aqui fala o comando de defesa do distribuidor de tempo normal — repetiu a voz, falando em intercosmo. — Os cinco passageiros clandestinos que se encontram no container DKO 6776 deverão abandonar seu esconderijo e sair pela escotilha de carga dianteira, com os braços para cima. Não adianta querer oferecer resistência. Os senhores têm dez minutos. Esgotado este prazo, atacaremos. Atenção! Aqui fala o comando de defesa do distribuidor de tempo normal... A intimação foi repetida. Lupo Cazzuli ficou atordoado. Como poderiam ter sido descobertos de repente, depois que tinham chegado sãos e salvos ao transmissor do planeta-destino? E o que vinha a ser o distribuidor do tempo normal? — Aqui fala Abram Noel — sussurou uma voz transmitida com a potência mínima. — Vamos sair, companheiros, entrando antes em formação de ataque. Em frente! Cazzuli obedeceu sem pensar. Fechou o traje de combate, examinou o equipamento energético, segurou o desintegrador e acionou o mecanismo de abertura. Contemplou amargurado o revestimento do recipiente mais próximo. Estava preso. Quando os recipiente recipientess especiais especiais tinham sido colocados colocados no container container em Olimpo, Olimpo, outros outros recipientes foram colocados acima e ao lado do d o seu. — Tenham juízo — prosseguiu a voz do inimigo. — O container encontra-se numa plataforma antigravitacional em pleno espaço. Podemos destruí-lo numa explosão ou esperar que acabe o ar dentro dele. O Imperador Dabrifa não poderá ajudá-los. — Sua frota já vem vindo! — gritou Hit Clairon o mais alto que pôde. — Um choque de transmissor pode ser detectado. O outro riu. Parecia achar graça nas palavras ameaçadoras de Clairon, embora Cazzuli não soubesse por quê. As pessoas incumbidas da vigilância de um planeta industrial não seriam capazes de enfrentar um contingente da frota do império de Dabrifa. — Onde estão vocês? — perguntou Noel furioso. — Eu o vejo, Chillu. Mas o que é feito de Hit, San e Lupo? — O recipiente em que estou ficou entalado — respondeu Cazzuli deprimido. — Tentarei abrir caminho com o desintegrador. Hit Clairon informou que levaria apenas alguns segundos para libertar-se, mas Mantu San e Chillu Ross enfrentavam um problema parecido com o de Lupo Cazzuli.
— Aqui fala o Coronel Maurice! — disse outra voz. — Senhores agentes de Dabrifa. Não adianta quererem esperar auxílio de sua frota. Jamais uma nave do império de Dabri Dabrifa fa cons conseg egui uirá rá cheg chegar ar aqui aqui,, a não não ser ser em form formaa de sucat sucataa term termic icam ament entee comprimida. Prometo que não serão punidos pun idos se se entregarem sem oferecer resistência. — Ele está mentindo! — gritou Clairon. — Alô, Coronel Maurice, seu espertalhão! Quer nos convencer de que nada nos acontecerá e de que poderemos voltar para casa se nos entregarmos? — Responderei à sua pergunta, apesar de ser muito tola — respondeu a voz de Maurice. — E claro que não poderão ir para casa. Se permitíssemos isso, poderíamos contar ao tal do Dabrifa onde fica nosso planeta industrial secreto. A única coisa que prometo é que não serão punidos. Por aqui a vingança não é muito apreciada. Mas certamente serão presos. Enqua Enquant ntoo isso isso Lupo Lupo Cazz Cazzul ulii avan avança çava va lent lentam amen ente te usan usando do o desi desint nteg egra rador dor.. Gaseificava a matéria que lhe fechava o caminho e espremendo-se pelo tubo que abria. De repente soou um grito que terminou abruptamente. Abram Noel soltou uma risada de triunfo. — Peguei um deles — gritou g ritou pelo telecomunicador. — Foram vocês que quiseram quiseram assim! — afirmou afirmou a voz do Coronel Maurice. Maurice. Desta vez não soava irônica nem apaziguadora. Havia nele um tom de dureza e inflexibilidade. — Atacar, pessoal! Depois de algum tempo o Coronel Maurice acrescentou em voz mais baixa: — Aqueles que jogarem fora as armas e saírem com as mãos para cima serão poupados. É só! Lupo Cazzuli só percebeu no subsconsciente. Acabara de atravessar a parede do container. Avançou fungando para a abertura. Fechou os olhos por alguns instantes ao ver o que havia do lado de fora. Uma luminosidade vermelha fraca à sua direita, um fogo piscando mais ao longe, e à esquerda um sol borbulhante que o ofuscava. Cazzuli olhou para baixo. Viu que o recipiente estava apoiado numa plataforma antigravitacional. Um homem que usava traje espacial empurrou-se da plataforma e foi subindo. Cazzuli fez pontaria e disparou o desintegrador. Errou o alvo, porque o homem mudara de direção por meio de um jato saído dos equipamentos instalados em sua mochila. No mesmo instante os raios energéticos ofuscantes vindos de dois lugares diferentes saíram na direção em que estava Cazzuli. O agente especial foi obrigado a recuar às pressas. Enquanto os raios térmicos soldavam a abertura pela qual pretendia sair, Lupo Cazzuli pôs-se a refletir sobre a estranha luminosidade vermelha que tinha visto do lado de fora. Estivera praticamente em toda parte, menos junto ao sol bem próximo e ao fogo intermitente. O espaço cósmico não podia ser assim! Mas que mais poderia ser? A luminosidade vermelha fosca estendia-se ao infinito tal qual fazia a escuridão do espaço com os bilhões de estrelas. De estrelas?... Não havia estrelas lá fora! Lupo Cazzuli sentiu medo. Rastejou para trás pelo túnel estreito que abrira a tiro no meio da carga. Chegou perto de seu recipiente especial e sentiu-se tentado a ficar escondido nele, fechar os olhos e fazer de conta que aquilo não passava de um pesadelo.
Mas sabia que não estava sonhando. Era realidade, embora em parte fosse uma realidade incompreensível. Outro grito soou no telecomunicador instalado em seu capacete, um grito longo que terminou num estertorar. — Chillu! — gritou Abram Noel. — Chillu! — Seguiu-se um palavrão. — Pegaram Chillu! — disse Noel finalmente. — Meu traje espacial está furado!... Estas palavras foram ditas por uma voz rouca, alterada a ponto de tornar-se irreconhecível. Devia ser por causa da falta de pressão no traje espacial. A pessoa devia estar morrendo. — Quem foi? — perguntou Mantu San. — Digam seus nomes! — gritou Noel. — Foi Hit — constatou Cazzuli com a voz apagada. — Onde está, Hit? Vamos ajudar. Ouviu? Seríamos incapazes de abandonar um companheiro. — Des... desculpe, Lu... A voz transformou-se num cochicho incompreensível antes de silenciar de vez. — Não adianta sacrificarmo-nos também — cochichou Mantu San. — Vocês ouviram, Abram, Lupo? — Cale-se! — berrou Abram Noel. Quase chegava a uivar. — Covarde miserável! Você conspurca nossa honra e a honra dos cidadãos leais do império de Dabrifa! Mantu calou-se. Lupo também ficou calado. Não sabia o que dizer. Para ele Mantu San falhara. Mas de outro lado os argumentos de Abram lhe causavam repugnância. Não eram sinceros. Novamente alguém cochichou. Cazzuli teve de esforçar-se para compreender o que estava sendo dito. Sentiu um calafrio na espinha. — ...bem! — cochichou Mantu San com a voz apagada. — Não quero que ninguém diga que sou um covarde. Nem mesmo você, Abram. Lutarei até o fim para que o maior núme nú mero ro po poss ssív ível el de inim inimig igos os mo morr rraa comigo. comigo. — Mantu Mantu soluçou soluçou e exclamou: exclamou: — Viva o imperador de Dabrifa! — Deve ter enlo nlouq uquuecido — murmurou Lupo. Em segu seguid idaa apon aponto touu o cano cano do desin sintegrado dorr para cima. Cerrou firm firmem emen ente te os lábi lábios os qu quan ando do o raio raio dissolvente esverdeado começou a abrir uma passagem. Não per perman manecer ecerei ei inati ativo “ Nã ”, ”, pensou, obstinado. “Meu lugar é junto aos companheiros. Está tudo perdido, tão perdido que a única solução será a morte.”
O raio do desintegrador alcançou o vazio. Lupo Lupo Cazz Cazzul ulii tirou rou o dedo edo do acionador e começou a subida...
4 O oficial que controlava os tiros pôs os dedos em várias placas luminosas, que escureceram. Virou o rosto e fitou o Coronel Maurice com uma expressão resignada. — Não se pode fazer nada, senhor. Os agentes de Dabrifa dispõem de uma excelente proteção contra raios narcotizantes e armas psicológicas. Só posso recomendar que sejam usadas armas mortais. Hubert S. Maurice pigarreou. — Isso já foi feito. Dois dos nossos homens e dois homens de Dabrifa tombaram. Isso me deixa infeliz, e não é somente porque dois dos nossos morreram. Os agentes de Dabrifa também são humanos e os criminosos não são eles, mas as pessoas que inocularam em sua mente uma ideologia de ódio contra todos aqueles que são apontados como inimigos. O oficial de controle de tiro suspirou. sus pirou. — De qualquer maneira temos de dar o golpe, senhor. A concentração de massa junto ao distribuidor de tempo normal poderia causar uma modulação dos impulsos do transmissor. — Poderia! — exclamou Maurice. — Acho que isso não vai acontecer nem em mil anos. Mas teoricamente isso infelizmente pode verificar-se dentro de segundos. Pois bem! Vamos lá... O coronel recuperou o autocontrole. Voltou a ser o Hubert Selvin Maurice que sempre fora. Apertou a tecla do telecomunicador. — Retirar comando de ataque! — Retribuiu com um sorriso irônico o olhar de espanto do oficial de controle de fogo. — Tentaremos decompor o container com tiros bem dosados de canhões desintegradores, para que os agentes fiquem desabrigados. Ningué Ninguém m correr correráá um perigo perigo desnec desnecessá essário rio.. Não podere poderemos mos evitar evitar que os ini inimi migos gos morram se fizerem questão, mas temos de evitar que levem consigo mais alguns dos nossos. É só. Hubert Maurice fez um sinal para o oficial de controle de tiro. — Mostre o que sabe. E lembre-se de que o container deve ser desmanchado em peças portáteis, não os agentes de Dabrifa. — Farei o que estiver ao meu alcance — respondeu o oficial de controle de tiro com a voz apagada. O sangue começou a brotar em sua testa enquanto programava a mira positrônica e colocava a plataforma antigravitacional de artilharia numa posição favorável. O Coronel Maurice sabia que estava exigindo muito daquele homem, mas não via uma maneira melhor de aproximar-se dos agentes inimigos, que sempre voltavam a retirar-se para dentro do container. Os recipientes guardados nele já estavam separados por uma rede de túneis. Provavelmente uma dezena de soldados da Segurança Solar encontrariam a morte se tivessem de pôr fora de ação os três agentes de Dabrifa que continuavam vivos. O oficial de artilharia acionou a bateria de canhões desintegradores. Maurice sentou. Os pedaços do container foram caindo. Os destroços tinham de ser afastados por meio de raios de impulsão, uma vez que os raios do desintegrador não possuíam nenhuma energia de impacto.
O coronel ficou nervoso quando viu que o inimigo não tentava sair nem parecia disposto a entregar-se. De repente os rastreadores entraram em funcionamento. Um homem saiu em alta velocidade entre os destroços e correu em direção à posição de artilharia, disparando uma arma energética e de desintegração. No mesmo instante o oficial de artilharia interrompeu o contato que ativava a bateria; só olhara um segundo para o homem que se aproximava. Foi um segundo demais. Antes que a bateria de desintegradores suspendesse o fogo, o homem atravessou um raio. Provavelmente não sentiu nada, de tão rápido que morreu. Mas Hubert Maurice experimentou um ligeiro mal-estar. — Prossiga no bombardeio! — ordenou. O oficial de artilharia obedeceu. Parecia atordoado. Golpes breves de energia desintegrado desintegradora ra continuavam continuavam a atingir atingir o container, container, gaseificando gaseificando as paredes paredes e os suportes suportes dos recipientes recipientes guardados nele. As pausas entre os tiros eram bastante prolongadas prolongadas para que o inimigo pudesse recuar. Se agissem conforme se esperava de pessoas que se encontravam encontravam em sua situação, situação, no fim do bombardeio bombardeio deveriam deveriam estar num pequeno setor do container. Quan Quando do cheg chegou ou a fase fase final final,, o Coro Corone nell Maur Mauric icee fech fechou ou o traj trajee de comb combat ate. e. Pensativo, pegou a arma energética na mão, mas voltou a guardá-la no cinto. Mas pôs a arma paralisante em cima da poltrona. Tirou do armário uma arma de alta pressão que lançava minúsculas agulhas narcotizantes. As agulhas tinham de atravessar um traje espacial, mas só abriam buracos insignificantes, que eram fechados prontamente pelo material elástico. Maurice ficou de pé ao lado da poltrona do oficial de artilharia, com a arma de alta pressão na mão, enquanto via o núcleo da nuvem de destroços ser aberto de vez pelos raios de impulsão. O rastreamento paramecânico acusou alguma coisa. Havia dois homens escondidos na confusão de um aparelho esfacelado. — Um transmissor! — exclamou o oficial de artilharia. — É o que resta de um minitransmissor — retificou Maurice. — Será que o colega Gideon Olath realmente foi ingênuo a ponto de acreditar que poderia acompanhar as ondas de choque justamente deste container e trazer seus homens de volta por meio do transmissor? — Não sei se é mesmo uma ingenuidade — objetou o oficial de artilharia. — Afinal, Olath não poderia imaginar que só existe um terminal de recepção de transmissor, e que este se encontra no campo de absorção de uma eclusa temporal, de tal maneira que o choque da rematerialização escapa em direção ao futuro, não podendo ser detectado no tempo normal? — É isso mesmo — respondeu Maurice, embora já mantivesse a mente ocupada com a luta que se aproximava. — Se alguma coisa me acontecer, o senhor estará no comando. Maurice fez um sinal ligeiro e entrou no poço do elevador antigravitacional. Percorreu rapidamente os cinquenta metros que o separavam da eclusa de passageiros. O processo de saída automática durou quase o mesmo tempo. A escotilha externa foi aberta. Maurice empurrou-se e disparou pelo espaço. Usava a mão esquerda para controlar o sistema de propulsão pulsatório, enquanto a direita segurava a arma pressurizada. Não tirava os olhos do esconderijo dos dois agentes de
Dabrifa. Permaneciam imóveis e a bateria instalada na plataforma antigravitacional suspendera o fogo. Soldados espaciais da Segurança Solar aproximaram-se de todos os lados. Ninguém precisava dar-lhes ordens. Sabiam qual era o objetivo e tinham sido treinados para resolver os detalhes. Maurice fez um movimento com o queixo para ligar o telecomunicador instalado no capacete. — Aqui fala mais uma vez o Coronel Maurice. Estou me dirigindo aos dois agentes de Dabrifa que ainda estão vivos. Desistam. Não têm a menor chance. Sua morte não serviria para nada. O receptor transmitiu uma risada áspera. Será que era novamente o fanático? — Essas palavras só poderiam ser ditas por um parasita decadente sem fibra. E uma coisa dessas quer ser coronel! Coronel de que exército? O senhor não passa de um guarda de fábrica num planeta industrial. — Mesmo que fosse assim — contestou contestou Maurice — minha tarefa tarefa ainda seria mais útil que a sua. — Daqui a pouco vou pegá-lo, senhor! — gritou um soldado espacial. Maurice viu um lampejo junto ao transmissor destruído. O campo superenergético do soldado espacial inchou — e arrebentou. Hubert Maurice pôs rapidamente a mão na chave do telecomunicador, mas o grito horrível que se seguiu foi mais rápido. — Então... — disse a voz debochada do fanático. — Quem quer ser o próximo? — Eu! — resmungou Maurice. — Ninguém mais se exporá ao perigo. Tiro os dois dali. E vou tirá-los vivos! O coro corone nell acel aceler erou ou e passo passouu em alta alta velo veloci cida dade de po porr baix baixoo do trans transmi misso ssor, r, permanecendo ao alcance dos tiros dos agentes. Ficou de costas. Um lampejo surgiu em cima dele, mas seu campo superenergético era capaz de absorver um único raio despejado pela arma. Maurice disparou a carga de agulhas narcotizantes, mas não teve certeza se acertara o alvo. Freou quando se encontrava a trezentos metros, fez meia-volta e saiu novamente em alta velocidade em direção ao transmissor. O inimigo devia ter a impressão de que queria passar em cima dele. Era ao menos o que Maurice esperava. Quando se encontrava a uns cem metros do transmissor, mudou de rumo. Disparou par paraa baix baixo, o, freo freouu ao máxi máximo mo de sua sua capa capaci cidad dadee e foi foi exat exatam amen ente te na dire direçã çãoo do transmissor. Ouviu um palavrão pelo transmissor e sorriu. Não sabia se o inimigo se deixaria enganar. Ao que parecia, conseguira surpreendê-lo. Mas ainda corria perigo. Para ele o transmissor despedaçado não passava de um fragmento sem contornos definidos. Não viu nenhum movimento na mancha escura. Disparou duas vezes por simples suspeita, mas não notou nenhuma reação. Finalmente pousou no meio da confusão de metais esfacelados e retorcidos. Sentou na sombra e esperou. Depois de algum tempo ouviu o ruído de uma respiração ofegante pelo receptor de telecomunicador. Dali a alguns instantes saiu da sombra. Hubert S. Maurice estava prevenido e reagiu com a necessária rapidez. Seu receptor de telecomunicação transmitiu um gemido abafado, seguido de um suspiro fraco. Maurice encolheu-se quando uma peça desmontada se tornou incandescente a poucos metros do lugar em que estava. Dali a pouco outra peça ficou incandescente mais longe dali. O atirador invisível disparava sua arma ao acaso.
O coronel soltou um forte suspiro de alívio quando o agente de Dabrifa finalmente cometeu o erro que selaria seu destino. Disparou um verdadeiro enxame de agulhas narcotizantes. A sequência característica de um gemido abafado e um suspiro fraco mostrava que o veneno agira prontamente. O Coronel Hubert Maurice sorriu. Pensou no que faria se os agentes de Dabrifa não tivessem revelado indiretamente seu número, através de suas conversas. Do jeito que estavam as coisas, sabia que a luta chegara ao fim. — O trab rabalho alho termi ermino nouu — diss dissee lacon aconiicam cament ente. — Mande andem m um umaa plac placaa antigravitacional para transportar dois homens inconscientes. Além disso revistem e removam os destroços. É só. *** Kuszo Tralero convocara os chefes de seção do serviço secreto de Trade City. No vão da mesa circular via-se uma estrutura metálica cintilante, que girava de forma diferente nos vários planos, emitindo uma série ininterrupta de estalos e zumbidos. Representava uma das numerosas proteções contra qualquer forma indesejável de escuta. Tralero ficou andando de um lado para outro, obrigando os ouvintes a segui-lo constantemente com os olhos. Estava nervoso. E tinha seus motivos para isso. Parou abruptamente. — A mi missão ssão Recipi Recipient entee Congel Congelado ado provav provavelm elment entee falhou falhou,, senhore senhores. s. Nossos Nossos sensores de transmissão voadores não detectaram um único choque de rematerialização, e os cinco agentes especiais ainda não puderam comunicar-se conosco. Um dos chefes de seção ergueu a mão num gesto hesitante. — Pois não! — disse d isse Kuszo Tralero em tom impaciente. — Será que os planetas industriais secretos podem ficar em outra galáxia, senhor? Tralero franziu o sobrecenho, mas logo se deu conta de que a pergunta não fazia sentido. Franziu a testa, aborrecido. — Peço que pensem primeiro e perguntem depois, senhores. Não é necessário mais nada para responder à pergunta. Em minha opinião só existe uma possibilidade de conseguir os dados secretos sobre os mundos industriais. — Imperador Argyris... — cochichou outro chefe de seção. Tralero sorriu. Até parecia um gorila arreganhando os dentes. — É isso mesmo! — exclamou. — O patriarca dos livres-mercadores afirmou ser o único que conhece conhece as posições dos mundos industriais industriais secretos. secretos. Não acredito acredito nisso. Um grupo de coordenadas cosmonáuticas é um conjunto muito complexo para que se possa lembrar mais de cinco ou seis, e mesmo para isso precisa-se de uma memória fotográfica. Argyris certamente não será capaz de dar as coordenadas, mas deve saber onde estão armazenadas e como se faz para p ara obtê-las. — Dizem que Argyris é capaz de envolver-se num campo de supercarga — objetou um homem gordo. — Isso não seria nenhum problema. Há pouco tempo descobrimos um meio de destruir os campos individuais com mais facilidade. Mas não temos a intenção de matar Argyris. O imperador ligou um aparelho de registro. — Brain Trust! Os chefes de seção tentaram descontrair-se. Kuszo Tralero também sentou numa poltrona, fechou os olhos e concentrou-se para relaxar toda a musculatura. Demorou
apenas alguns segundos para que experimentasse a sensação pretendida de consistir exclusivamente do consciente. Era uma fantasia, mas nem por isso deixava de ser útil. — Temos que dominar Argyris num momento em que esteja sozinho. A caçada das quartas-feiras seria uma boa oportunidade. Toda quarta-feira Argyris vai caçar ursos sapon nas florestas das montanhas do Norte. — Não podemos esperar tanto tempo — decidiu Tralero. — Ele não tem uma amante? — Que se saiba não. Se tiver, ele mantém isso em segredo. — Ele viaja duas vezes do palácio para o edifício em que fica a cooperação econômica cósmica e vice-versa. É uma estranha organização. Usa um título pomposo. — Tolice! Não passa de propaganda. — Al Além ém disso disso a organ organiz izaç ação ão mant mantém ém liga ligaçõ ções es com com inúm inúmer eras as organ organiz izaç açõe õess comerciais. Mas sabemos pouco a seu respeito. — Vamos ao que importa. Nestas viagens o planador de Argyris atravessa três vezes lugares vazios com pouco tráfego. Seria possível sequestrá-lo. — Quanto tempo dura a viagem? — Trinta ou quarenta minutos. Os dados exatos foram armazenados. — É um tempo uniforme? — Mais ou menos. — Neste caso não serve. Logo darão pela sua falta, antes que possamos escondê-lo. Faz cerca de um ano que os livres-mercadores galácticos possuem uma polícia e um serviço secreto muito eficiente, o que não combina com sua mentalidade. — É verdade! — exclamou Kuszo Tralero em tom pensativo. — Só mesmo a Segurança Solar fez um trabalho mais ou menos equivalente, em sua época. Esquisito! Será que os livres-mercadores foram treinados por essa organização? — A gente deveria entrar no palácio do imperador e... — Espere aí!... — exclamou Tralero. — Vamos examinar a última sugestão. Não é nada má. A única coisa que temos de fazer é arranjar arranjar o sósia que desempenhe desempenhe ao menos por algum tempo o papel de Anson Argyris. — É isso aí! — Uma ideia genial! — Um robô-sósia. Que tal? — Concordo — disse Tralero. Olhou para o homem que acabara de apresentar a sugestão. — O senhor fica encarregado de providenciar para que o robô-sósia esteja pronto amanhã de manhã. *** — O quê?... — gritou Anson Argyris, estupefato. — Essa gente quer fabricar um sósia-robô de um robô?... Deixou-se cair na poltrona mais próxima. Os lábios do primeiro-mecânico de emoções tremiam de uma forma esquisita. — O senhor é o primeiro robô que vejo completamente estupefato, Argyris. O mecânico de emoções emoções fez um gesto contemporizador contemporizador quando viu Anson Argyris arregalar os olhos. — Por favor, não leve isto ao pé da letra. O senhor sabe — voltara a ficar bem sério — que para um homem como eu, treinado treinado para captar e analisar as emoções dos outros, outros, torna-se muito mais difícil habituar-se ao fenômeno Anson Argyris. Sei que aquilo que
representa Anson Argyris não passa de uma biomáscara sem alma, mas quando o senhor a usa ela entra numa estranha fusão com seu consciente... O mecânico de emoções interrompeu-se e passou a mão pela testa. — O senhor compreende? — Naturalmente. — Pois então sabe mais que eu. Nem sei por que estou admirado. O que eu quis dizer é que seu consciente se identifica com a biomáscara toda vez que o senhor a usa. Quando está... bem... quando está sem a biomáscara, o senhor se idêntica com seu corpo de robô? — Pelo contrário. Aí tenho a impressão de que meu consciente fica exposto. Sempre faço o possível para terminar quanto antes o processo de troca das máscaras. — Já percebi isso há muito tempo. Repito: o senhor é um fenômeno. Pelo menos para mim não é menos humano que um homem organicamente produzido. — Obrigado, senhor. Galbraith Deighton sacudiu a cabeça. — Não poderia ter deixado de dizer isso ao senhor, e não foi para bajular. Outra coisa, Anson. Quer ser meu amigo? Anson Argyris sobressaltou-se. Seu rosto de biotecido tremeu. Deighton levantou-se e estendeu a mão. — Se quer ser meu amigo, aperte esta mão. — Deighton sorriu ligeiramente. — Com cuidado, por favor. Tenho a constituição muito fraca. Argy Argyri riss este estend ndeu eu cuid cuidad adosa osame ment ntee a mão mão enorm enormee e segu seguro rouu suave suaveme ment ntee a do mecânico de emoções. Sacudiu-a ligeiramente. — Meu nome é Galbraith. Para os amigos é Gal — disse Deighton. — Gal... — murmurou Argyris. — Pode chamar-me de Argy? — Argyris sorriu. — Assim meu nome soa mais humano. Os dois soltaram uma estrondosa gargalhada. Mas logo lembraram suas obrigações. — Vamos sentar, Argy — disse Galbraith Deighton. — Onde estávamos? — Você fez uma apresentação do cristal de armazenamento do Brain Trust dos agentes de Dabrifa. Gostaria de fazer uma pergunta, Como conseguiu chegar perto dele? O rosto do primeiro-mecânico de emoções abriu-se num sorriso largo. — Meus colegas usam um novo sistema de proteção criado pela elite científica do império de Dabrifa. O homem colabora com a Segurança Solar. Está satisfeito? — Sem dúvida. — Anson Argyris sacudiu a cabeça. — Ainda não me conformo com a ideia de que estes caras querem criar um sósia de robô. — Bem, eles nem desconfiam que você é um robô. Desculpe. O que eu quis dizer é que eles nem desconfiam de que parte de você é formada de unidades funcionais de um robô. As trilhas mentais sempre acabam de impor-se. Não me leve a mal se acontecer de novo, Argy. — Chega. Não precisa ajoelhar à minha frente, Gal. Quer dizer que, se interpretei corretamente sua tática, devo dizer que eles me sequestrem. Você certamente já se deu cont contaa de qu quee logo logo sere sereii desm desmas asca cara rado do.. Quer Quer dize dizerr qu quee tere tereii de liqu liquid idar ar meus meus sequestradores. — Você usa uma linguagem muito crassa, Argy — respondeu Galbraith Deighton confuso. — Não é que queira moralizar em torno do assunto, mas a segurança de vinte e cinco bilhões de seres humanos que habitam o Sistema Solar está em perigo, e todo aquele que ameaça esta segurança tem de ser eliminado. Naturalmente você tentará pegar
seus sequestradores vivos. Mas são caras duros e treinados nas lutas. Não será fácil subjugá-los. — Compreendi — disse Argyris com a voz apagada. — Evidentemente levarei uma boa quantidade de hiperamnesim forte. Se os caras me deixarem chegar perto, eu os privarei da memória para que não possam contar lá adiante quem eu sou. — As respe respect ctiv ivas as seri sering ngas as pres pressur suriz izada adass já fora foram m prep prepar arad adas as — respo responde ndeuu Deighton. O mecânico de emoções levantou as mãos e deixou-as cair pesadamente sobre a mesa. — É claro que poderíamos evitar o sequestro, Argy. Mas parece que Kuszo Tralero é um sujeito inteligente, que sabe o que quer. Se a tentativa falhar, ele inventará outra coisa. coisa. E não podemos arriscar-nos arriscar-nos a deixar que um dia consiga consiga o que quer. Não há nada perfeito, nem mesmo o sistema defensivo da d a Segurança Solar. — Entendi — disse Anson Argyris e olhou para o relógio. — Vou subir. Daqui a quarenta minutos mais ou menos irei à Cooperação Cósmica, ou melhor, à General Cosmic Company . Se não tiver notícias minhas é porque os outros trabalharam melhor que eu. Deighton franziu a testa. — Eu deveria deveria ficar ofendido. Se não soubesse soubesse que você trabalha trabalha melhor que todos os agentes de Dabrifa juntos, não deixaria que entrasse na armadilha. Outra coisa. Há tempos mencionei um transmissor não licenciado instalado na embaixada de Dabrifa. Neste meio-tempo descobrimos que se trata de um transmissor especialmente construído, entre outras coisas, para a fuga. Distingue-se dos transmissores licenciados por irradiar um campo energético verde. Se algum dos agentes quiser usar esse transmissor, deixe-o. Meu pessoal estará à sua espera no terminal de recepção. Argyris sorriu. — Desconfio que hoje muita gente terá uma boa surpresa. *** Anson Anson Argy Argyri riss entr entrou ou na câma câmara ra de test testes es.. Cent Centen enas as de raio raioss veri verifi fica cador dores es atingiram seu corpo e atravessaram-no à procura de coisas erradas. O microrreator instalado na fivela de vinte centímetros de diâmetro mereceu uma atenção toda especial. Era necessário que emitisse constantemente, mesmo trabalhando em ponto morto, um volume suficiente de radiações para abafar os raios emitidos pela aparelhagem propriamente dita do robô. Era o único ponto fraco do vario-robô — ou da vario-combinação, como se deveria dizer. Não era possível desmascará-lo por causa do peso. O núcleo robótico de seu corpo pesava cinquenta e dois quilos, aos quais se devia acrescentar o peso da biomáscara. Juntando o peso de Anson Argyris, o peso chegava a oitenta e nove quilos. — Teste concluído. Resultado satisfatório — rangeu a voz automática do robô de testes. — Combinação em condições de uso. — Satisfatório!... — indignou-se Anson. — Até parece que mal e mal estou em condições de entrar em ação, não é mesmo? — Os circ circui uito toss form formad ador ores es da vo vozz tamb também ém func funcio iona nam m sati satisf sfat ator oria iame ment ntee — respondeu o computador. — Funcionam muito bem! — gritou Argyris e apoiou as mãos nos quadris. Os alto-falantes camuflados emitiram um chiado e a voz automática voltou a soar.
— Por favor, saia da câmara de testes, que permanecerá provisoriamente fechada por defeito no equipamento de registro de som. O imperador Argyris soltou uma estrondosa gargalhada e saiu. Há tempos tentava abalar o computador de testes, um autômato impertinente e sem alma. Conseguira pela primeira vez. O computador chamara-o de senhor!... Argyris foi para a frente do espelho e examinou a barba muito negra. Passou a mão por ela e deu de ombros. — Quem enfrenta o perigo não pode admirar-se se alguns fios da barba forem torcidos — murmurou. Os guardas fizeram continência quando saiu do palácio pelo portão principal. Seu planador particular já estava suspenso sobre o revestimento de fibra de vidro da rua. Argyris saltou para o assento dianteiro, conforme era esperado de um patriarca com a sua estatura. O campo de sustentação foi comprimido alguns centímetros e o planador balançou um pouco. Anson Argyris colocou os cintos de segurança e ligou o propulsor de pulsações. As massas de ar superaquecidas e comprimidas chiaram ao sair dos dois bocais de jato de propulsão. Argyris segurou as duas alças da direção. Costumava dirigir seu próprio planador, apesar do computador-piloto muito eficiente que ficava junto ao painel. O veículo desceu pela rampa e foi para a estrada pública de planadores. Anson Argyris conduziu-o para a faixa especial destinada aos veículos autoconduzidos. A faixa servia para proteger as pessoas sensatas que desistiam voluntariamente de dirigir seus veloze velozess planado planadores res.. A veloci velocidad dadee elevad elevadaa fazia fazia com que consta constante ntemen mente te houvess houvessee acidentes por falha humana. Mas o homem não é um ser permanentemente racional. Por isso havia um tráfego muito intenso na faixa reservada. Por um momento a consciência plasmática separou-se da consciência positrônica A consciência positrônica assumiu o comando dos processos e movimentos orgânicos, enquanto a consciência plasmática processava as observações óticas transmitidas pelos receptores do robô. Muito orgulhosa, contemplou os contornos da cidade Trade City, que crescia diariamente. Os grandes arranha-céus subiam como dedos gigantescos de metal, plástico e glassite, verdadeiros monumentos da força e da fraqueza humanas. Não era prático erguer erguer constr construçõ uções es dessa dessa alt altura ura,, mas mas o homem homem tin tinha ha uma tendênc tendência ia irresi irresistí stível vel de responder ao desafio constante do Universo por meio de atos e gestos orgulhosos. E os edifícios gigantescos eram uma manifestação do orgulho e da confiança do ser humano. O consciente plasmático voltou a unir-se ao consciente positrônico. O planador corria a quatrocentos e sessenta quilômetros por hora. Ninguém passou à sua frente. Nem poderia. O planador de Argyris, autoconduzido, era muito mais eficiente que os veículos dirigidos pelos ocupantes. Anson desacelerou ao ver as embocaduras iluminadas do túnel Varuzzi a poucos quilômetros de distância. O fluxo de tráfego costumava criar fortes turbulências nessas entradas e saídas. Estas turbulências manifestavam-se por meio de um rugido semelhante ao de uma ressaca. O planador de Argyris entrou num redemoinho e foi sacudido como que por um punho punho imagin imaginári ário. o. Mas log logoo passou. passou. Levou Levou cinco cinco min minuto utoss atrave atravessan ssando do um tún túnel. el. Argyris voltou a sair dele e seguiu para a direita. Atingiu uma bifurcação na qual quase não havia nenhum tráfego e entrou em outro sistema de túneis. De repente a luz de chamada do telecomunicador se acendeu. Anson Argyris franziu a testa e apertou a tecla para ativar o aparelho.
— Pois não... — disse em tom delicado. O sinal de identificação do primeiro-mecânico de emoções apareceu na tela. A voz de Deighton se fez ouvir. — Aqui fala Gal. Recebi informações de que Dabrifa pretende enviar mil naves de guerra para cá. Conte com uma intervenção... — E daí? — perguntou Argyris contrariado. — Se isso acontecer, Amant chamará a frota de Ghost. — Amant era seu secretário. — Qual é mesmo o motivo de você ter chamado, Gal? Galbraith Deighton deu uma risadinha. — Chamei para convencê-lo a bancar o mártir. Se você arrebentar tudo por lá, Dabrifa fará uma gritaria que será ouvida em toda a galáxia e terá um pretexto para a intervenção que planeja. Você tem de ser a vítima; não deverá sair vitorioso. — Muito bem pensado — disse Argyris. — Quer dizer que deverei deixar que me cortem em pedaços para em seguida atravessar a rua correndo e gritando por socorro. E minha imagem? O que será feito dela? — Conheço você e sei que saberá representar o papel de vítima de tal forma que sua imagem ainda será melhorada, Argy. Mas chega. Acaba de chegar um chamado de meu chefe. Anson Argyris desligou o telecomunicador. Refletiu algum tempo e sacudiu a cabeça rindo. Já sabia o que deveria fazer para que os agentes da embaixada de Dabrifa fossem apontados em público como gângsteres brutais. Parecia que Perry Rhodan resolvera participar do planejamento da operação. De fato, Galbraith Deighton só tinha um chefe: o Administrador-Geral, que costumava substituir no Sistema Solar. Argyris acreditava que Rhodan concebera um lance muito mais amplo contra o ditador Dabrifa do que os outros imaginavam. Com isso a responsabilidade de Argyris naturalmente aumentava. Argyris voltou a concentrar-se no caminho. Dentro de alguns minutos deveria chegar ao lugar em que os agentes de Dabrifa pretendiam realizar o ataque e a troca de Argyris por seu sósia. O lugar ficava num velho túnel de planadores, construído num tempo em que Trade City ainda não existia. Houvera um centro de pesquisas nesse lugar. O centro tinha sido esvaziado e inutilizado. O velho túnel que passava por baixo dele estava fora de uso, uma vez que havia vias de tráfego melhores. Graças a uma veia romântica de Argyris, ele costumava passar duas vezes por dia pelo velho túnel, que costumava ficar às escuras. Ele e Deighton eram os únicos que sabiam quais eram seus verdadeiros motivos para fazer isso. Podia parecer uma piada, mas o fato era que seus sequestradores o espreitavam nas imediações do terceiro grande segredo da humanidade solar. Anson Argyris ligou os potentes potentes holofotes do planador planador assim que entrou entrou no trecho de túnel não iluminado. Seus lábios crisparam-se num sorriso irônico. Havia um planador de luxo tombado no meio do túnel. Pela cúpula transparente via-se uma jovem dama inconsciente, pendurada nos cintos de segurança. Parecia tudo verdadeiro. Era uma jovem curiosa que entrara no túnel secundário e se esquecera de ligar os faróis de seu planador. Com o impacto repentino da escuridão perdeu o controle do veículo, colidiu com a parede parede do túnel — e foi quanto bastou. Será Será que ela imaginava imaginava que atrás das paredes do túnel havia um verdadeiro arsenal para garantir a segurança do patriarca dos livresmercadores que passava por ali duas vezes por dia? Provavelmente não. Mas se Argyris
não soubesse que pretendiam sequestrá-lo, ela e seus cúmplices a essa hora já seriam prisioneiros da Segurança Solar. O Imperador Anson Argyris reagiu conforme era de esperar de um cavalheiro. Parou, desceu do planador e correu para socorrer a dama inconsciente. Assim que abriu a saída de emergência que ficava na parte traseira da carlinga, seus sensores detectaram o potente gás dos nervos. Levaram uma fração de segundo para analisá-lo e concluíram que se tratava do Nonvilin S. A componente positrônica de seu cérebro ativou no mesmo instante seus conhecimentos sobre os efeitos específicos desse gás e fez com que Anson Argyris agisse imediatamente de acordo com isso. O consciente plasmático teve vontade de esparramar-se de risos quando os sensores do robô viram o chão do planador abrir-se para deixar sair o sósia do Imperador Anson Argyris. O que mais o divertiu foi o fato de que os agentes de Dabrifa tinham colocado ombreiras legítimas de hovalgônio no falso Anson Argyris. Não brilhavam no mesmo fogo azul-esverdeado que as do patriarca, mas sem dúvida tratava-se de um material que valia a metade das ombreiras originais. E isto bastaria para comprar uma pequena frota espacial. Dali em diante tudo correu sem incidentes. O sósia-robô correu para dentro do planador de Argyris e decolou. Dois homens que usavam trajes espaciais leves colocaram Argyris no espaço que ficava embaixo da carlinga. Um sistema de ventilação entrou em funcionamen funcionamento, to, retirando retirando o gás dos nervos. nervos. A jovem dama retirou retirou os filtros das narinas, narinas, atirou-os com um gesto de desprezo no eliminador de lixo e apertou uma tecla. Os girotrons zumbiram, levantando o veículo de luxo, que quase não sofrerá nenhuma avaria. O planador descreveu uma curva e voltou ao túnel principal. Uma vez lá, acelerou fortemente. Anson Argyris estava sendo levado ao centro do serviço secreto de Dabrifa em Olimpo. *** Argyris viu pelo cabeçote de rastreamento que estava sendo levado a uma garagem subterrânea. Uma vez lá, foi colocado num recipiente de plástico, subiu pelo elevador antigravitacional e foi colocado num transmissor. Quando rematerializou no respec respectiv tivoo termin terminal al de recepçã recepção, o, seus seus senso sensore ress fora foram m po post stos os a func funcio iona narr a plena plena capaci capacidad dade. e. Regist Registrar raram am grande grande número de fontes de energia atômica, campos energéticos gerados por armas e raios de rastreamento. Sem dúvida estava sendo submetido a um minucioso exame. Se descobrissem quem era, seria destruído imediatame imediatamente. nte. Pelo menos tentariam tentariam.. Nes Neste te caso caso só teri eria um umaa cha chance nce de
sobrevivência se descobrisse pelo menos uma fração de segundo antes dos outros que fora desmascarado. Só assim teria tempo de ativar seu potente campo superenergético e acionar as armas energéticas de grande potência instaladas em seus braços. Sent Se ntiu iu-s -see aliv alivia iado do ao not notar ar que fina finalm lmen ente te fora fora colo coloca cado do numa numa plat plataf afor orma ma gravitacional e estava sendo levado a um laboratório. Uma seringa chiou. O líquido, muito bem distribuído, foi impelido para dentro da corrente sanguínea da biomáscara. O setor positrônico de seu cérebro sabia que deveria demorar de quinze e vinte segundos até que os efeitos paralisantes do gás fossem neutralizados. Dali a dezesseis segundos ativou os comandos que mexiam os membros. Era de esperar que num sujeito robusto como Anson Argyris o tempo da reativação não fosse muito longo. Assim que Argyris abriu os olhos, dois homens fortes seguraram seus braços e o atiraram numa poltrona anatômica. No mesmo instante saíram fitas das braçadeiras da poltrona e envolveram o corpo de Argyris. De acordo com seu papel, Argyris olhou em volta, furioso, e gritou para os dois homens: — Que é isso? Vocês não sabem que quem priva um livre-mercador de sua liberdade tem de pagar um preço muito alto com isso? Os dois homens sorriram debochados, mas não disseram nada. Um terceiro homem entrou. Estava discretamente trajado, mas o corpo bem treinado, os olhos inteligentes e um traço cínico que brincava em torno dos seus lábios mostravam que se tratava de um agente muito experimentado. O homem saltou para cima da placa antigravitacional que permanecia suspensa à frente da poltrona anatômica. A um movimento quase invisível de seus olhos os outros dois desapareceram. Dali a instantes ouviu-se um zumbido fraco. O homem que estava de pé na placa antigravitacional sorriu de uma forma esquisita. Não era um sorriso frio nem ameaçador, mas simplesmente indefinível, anormal. — Meu nome é Kuszo Tralero — disse o homem com a voz suave como veludo, que lembrava o ronronar gostoso de um gato. — Peço desculpas por estar sendo tratado dessa forma. — O homem soltou um profundo suspiro. — Como vê, majestade, muitos dos meus colegas esquecem este gesto de cortesia. Espero que o senhor, que é um homem que sabe viver, saiba apreciá-lo. Anson Argyris reprimiu no último instante o impulso que o levaria a dobrar confortavelmente as pernas. Arrebentaria as fitas de aço. Afinal, o Vario 500 tinha mais força que um galutense. Argyris viu o brilho sagaz nos olhos de Kuszo Tralero. Perguntou a si mesmo se o agente de Dabrifa queria experimentá-lo. O Imperador Anson Argyris deu uma risada malvada. — Retribuirei sua cortesia mandando decepar sua cabeça com uma espada muito preciosa de meus antepassados. Diga qual é o resgate. Talvez concorde, talvez não. De uma forma ou de outra, o senhor não aproveitará nada. Mas se cair de joelhos neste momento, pedindo perdão e compaixão e removendo estes cintos, talvez permita que continue vivo. Tralero acenou com a cabeça. Parecia satisfeito. O agente secreto, que era muito esperto, provocara uma reação típica de Argyris, para p ara certificar-se de que era ele mesmo. — Muito bem, Argyris. Deixemos de representar. Os dedos de Tralero mexeram com um aparelho que trazia no pulso esquerdo.
— Está vendo este aparelho, Argyris? É um controle remoto com o qual posso matá-lo, causar-lhe dores, extrair a inteligência de seu cérebro ou apagar sua memória. Depende principalmente do senhor que eu use uma destas possibilidades ou não. “Vai usar mesmo! ”, pensou Argyris num acesso de ironia. — Está bem. Vamos pôr as cartas na mesa. Estou em seu poder. O que espera conseguir de mim? — Uma informação. Quero saber como farei para conseguir as coordenadas dos mundos que os abastecem. — O senhor me surpreende. Não quer mais nada? Kuszo Tralero estreitou os olhos, mas prosseguiu com a voz surpreendentemente calma. — O senhor é muito arrogante. Tudo bem. Vejamos como reage à dor... Tralero colocou o dedo polegar num dos botões do aparelho que trazia no pulso. Literalmente no último instante o conjunto formado pelo cérebro positrônico e pelo plasma celular interpretara corretamente o comportamento de Tralero. Anson Arg Argyris entesou sou os músc úsculos e deu par partida em seu prop propuulsor sor antigravitacional. Saiu da poltrona como um projétil, roçou em Kuszo Tralero e parou abruptamente junto à porta. Virou-se e ainda viu duas trilhas energéticas se apagarem sobre as braçadeiras da poltrona anatômica. Sua análise comportamental fora correta. Kuszo Tralero desconfiara da identidade do prisioneiro e tentara irradiá-lo através de um transmissor escondido na poltrona. Argyris teria sido arremessado para o hiperespaço, ou então teria parado num lugar em que as potencialidades de seu corpo de robô seriam inúteis. — Quase cheguei a subestimá-lo, Tralero — disse Anson em voz baixa. — É uma pena que um homem inteligente como o senhor esteja do lado errado. A propósito. Pode levantar, mas não faça nada de que possa arrepender-se. Há uma arma termointervalar e um desintegrador de alta potência apontados para o senhor. Argyris franziu o sobrecenho ao ver que Tralero não se mexia. Argyris roçara seu corpo ao fugir precipitadamente da poltrona, atirando-o ao chão. Só entã entãoo pens pensou ou qu quee talv talvez ez po pode deri riaa ter ter feri ferido do o inim inimig igo. o. Apro Aproxi ximo mouu-se se cautelosamente do corpo que jazia encurvado, agarrou o ombro esquerdo com mão de ferro e virou-o violentamente. O Imperador Anson Argyris engoliu em seco. Kuszo Tralero estava morto, com o lado esquerdo do crânio completamente despedaçado. Argyris fez seus cálculos. Deu uma risada amarga. O resultado só poderia ter sido este mesmo. Dada a aceleração que desenvolvia ao saltar da poltrona, atingira o agente de Dabrifa com a força de uma marreta. Normalmente isso não teria acontecido. Argyris costumava fazer seus cálculos antes de fazer qualquer coisa. Mas não tivera tempo porque Tralero tentara pegá-lo de surpresa. — Sinto muito, meu chapa — murmurou Argyris. — Você me obrigou a fazer isso. O imperador virou-se abruptamente e foi para junto da porta ao ouvir um barulho surdo. Seu rosto assumiu uma expressão pensativa. A sala na qual se encontrava era completamente à prova de escuta. Possuía um isolamento isolamento acústico acústico perfeito. Era o que provavam seus rastreador rastreadores. es. Como se explicava explicava então que um ruído vindo de fora penetrasse nesse recinto? Ou melhor, qual não deveria ser o volume deste ruído para atravessar o isolamento acústico de uma sala especialmente pro prote tegi gida da?? A respo respost staa veio veio quase quase no mesm mesmoo inst instan ante te.. Um im impa pact ctoo trem tremend endoo fez fez
estremecer a porta blindada perto da qual se encontrava Anson Argyris. Seguiu-se outro impacto que despedaçou a porta. Argyris recuou junto à parede. Uma combinação de tanque voador e robô de combate aproximou-se ruidosamente desl desliz izand andoo sobr sobree este esteir ira. a. Os pu punho nhoss de aço aço pres presos os aos aos longo longoss braç braços os tent tentac acul ular ares es tentaram atingir o livre-mercador. Os impulsos saídos das armas energéticas desviaram-se matraqueando em seu campo hiperenergético. Anson Argyris ergueu os braços. Disparou a arma termointervalar e o desintegrador de alta potência ao mesmo tempo. O monstro monstro de aço envolveu-se envolveu-se num campo defensivo defensivo branco-azul branco-azulado ado e precipitouprecipitou-se sobre Argyris, provavelmente na intenção de esmagá-lo. Anson subiu ao teto e voou por cima do monstro. Dois projéteis-foguetes saíram das armas que trazia embutidas nas pernas. Romperam o campo defensivo do monstro, penetraram penetraram em sua blindagem e explodiram explodiram dentro de alguns alguns segundos, segundos, quando Argyris Argyris já estava em segurança. O edifício da embaixada de Dabrifa foi levantado seis centímetros e meio para voltar com um estrondo aos campos de ancoragem. As placas de vidro arrebentaram, máquinas pesadas atravessaram o teto dos recintos situados mais embaixo e alguns camp campos os ener energé géti tico coss de coma comando ndo do comp comput utado adorr de ajust ajustee de um trans transmi misso ssorr não não licenciado confundiram-se. O imperador Anson Argyris correu de uma sala para outra, de um andar para outro. Os agentes secretos do ditador Dabrifa defenderam-se corajosamente, mas acabaram fugindo um após o outro. Com exceção de um homem que se suicidou ao ver-se acuado, Argyris conseguiu fazer com que todos os agentes de Dabrifa entrassem no transmissor destinado à fuga. Argy Argyri riss sabi sabiaa que os ho home mens ns da Se Segu gura ranç nçaa So Sola larr espe espera ravam vam no term termin inal al de recepção do transmissor. Esperaram em vão. Nunca se soube mesmo o que aconteceu com os trinta e oito agentes de Dabrifa que entraram no transmissor de fuga. Algum tempo depois um cientista de Nosmo e outro de Olim Ol impo po enco encont ntra rara ramm-se se nu num m loca locall neut neutro ro,, para para desc descob obri rirr o qu quee era era feit feitoo do doss desaparecidos. A hipótese mais provável foi a de que houve uma falha no computador de ajuste, em virtude da qual os infelizes foram arremessados ao hiperespaço depois de desmaterializados, onde provavelmente foram absorvidos pela estrutura energética do conjunto... *** A forte explosão ocorrida no edifício da embaixada do império de Dabrifa ajudara nos planos de Anson Argyris e Galbraith Deighton. Quando o Imperador Argyris saiu cambaleando do portal da embaixada, havia ppla lanad nador ores es do corp corpoo de bombe bombeir iros os e do grup grupoo de ambul ambulân ânci cias as pisc piscand andoo as luze luzess vermelhas. A polícia fez recuar os curiosos que se acumularam no local, mas não impediu a ação das plataformas antigravitacionais das grandes companhias de televídeo que cercaram o edifício, mantendo as câmeras ligadas, à espera de novas sensações. Argyris passou por seis funcionários armados da embaixada, que impediram a entr entrad adaa do doss bo bomb mbei eiro ros, s, e até até do doss médi médico coss e de seus seus ajuda ajudant ntes es.. Pa Pare reci ciaa qu quee nem nem desconfiavam de que Anson Argyris fora raptado por seus colegas e causara toda a confusão. Só viram alguém fugir da embaixada. Como era condenável e proibido sair por
decisão própria do império de Dabrifa, tentaram deter o homem que julgavam ser um desertor. Houve um conflito que foi filmado por pelo menos trinta câmeras de televídeo. Viu--se alguns homens armados da embaixada de Dabrifa investirem brutalmente contra um único homem que, segundo tudo indicava, fora sequestrado e tentava fugir. Era ao menos o que se deduzia dos gritos pedindo socorro. Finalmente alguns civis não identificados intervieram no conflito, permitindo que o homem acuado tivesse um pouco de folga. A multidão que se aglomerava à frente da embaixada já reconhecera o Impera Imperador dor Anson Anson Argyri Argyris. s. Os liv livres res-me -merca rcador dores es que se encont encontrav ravam am na mul multid tidão ão soltaram gritos indignados. Sem dúvida teriam tomado a embaixada de assalto, se a polícia não os impedisse. Mas a notícia espalhou-se pela cidade com uma velocidade tremenda. Antes que chegasse aos últimos habitantes de Trade City, a população de milhares de planetas foi informada pelo hipervídeo. O imperador Dabrifa não pôde interferir com a necessária rapidez para modificar seu seu plan planoo de inte interv rven ençã ção. o. Este Este plan plano, o, qu quee acab acabar araa de rece recebe berr a apro aprova vaçã çãoo do doss cosmopsicól cosmopsicólogos ogos do ditador, ditador, transformou-se transformou-se num bumerangue, bumerangue, graças à indignação indignação que se espalhou por toda a galáxia. Anson Argyris abandonou o local do tumulto numa ambulância. Não pediu que o levassem a uma clínica, mas diretamente ao seu palácio. Antes de chegar lá, informou Deighton de que um grupo de quinhentas belonaves de Dabrifa se aproximava. Argyris estava correndo para seu centro de comando no palácio quando um ultracouraçado da classe galáxia desceu no porto espacial de Trade City com os jatopropulsores rugindo. Uma vez no centro de comando, Anson Argyris ativou o sistema de transmissão de imagem do porto espacial. Não se tratava de um dos doze portos que faziam parte do sistema de transporte de containers, mas de um porto de passageiros que ficava na capital do planeta. Argy Argyri riss cerr cerrou ou fort fortem ement entee os lábi lábios os.. O ultr ultrac acour ouraç açad adoo com com seus seus doi doiss mi mill e quinhentos metros de diâmetro erguia-se ao céu como uma montanha gigantesca de aço... Perto dela os gigantescos edifícios de Trade City pareciam insignificantes. Argyris ativou a ampliação setorial e leu o nome n ome da nave: Dabrifala. Dabrifala era o nome da capital do império de Dabrifa. A intervenção fora realizada abertamente, sem a menor aparência de legalidade. O sinal da porta soou. Anson Argyris acionou o mecanismo de abertura. Virou-se sorrindo ao ver entrar dois homens: Galbraith Deighton e o Coronel Hubert S. Maurice. Maurice fez uma continência solene, mas logo se descontraiu. — Fico satisfeito em vê-lo bem-disposto, Mr. Argyris — disse. — Segundo as notícias transmitidas pelo hipervídeo, o senhor foi torturado e gravemente ferido na embaixada de Dabrifa. O senhor teria sido internado numa clínica. Argyris deu de ombros. — Se fosse um homem, não teria sobrevivido ao sequestro, Coronel Maurice. — Anson pigarreou.— Sua presença em Olimpo me surpreende. Pensei que estivesse vigiando o distribuidor de tempo normal do sistema Ghost. — De certo tempo para cá tenho de mudar com certa frequência de local de trabalho — respondeu Hubert Maurice. O coronel falou na operação realizada pelo serviço secreto de Dabrifa, que tentara introduzir cinco agentes especiais naquilo que se acreditava ser o
planeta secreto. — Os dois prisioneiros ficaram abalados quando souberam a verdade. O Administrador-Geral em pessoa conversou com eles. Um deles provavelmente terá de submeter-se a um tratamento de conversão de personalidade. Parece que o outro é capaz de mudar de ideia por iniciativa própria. O coronel olhou ligeiramente para as telas do sistema de transmissão de imagens do porto espacial. Havia milhares de livres-mercadores reunidos em torno da Dabrifala. Sacudi Sacudiam am ameaça ameaçador doram ament entee os punhos punhos fechad fechados os e gritav gritavam am insult insultos. os. A Dabrif Dabrifala ala disparou uma salva para o ar com os canhões energéticos de pequeno calibre de estibordo. — Há mais quinhentas naves menores circulando trezentos quilômetros acima de Trade City — informou Deighton. — Acho que daqui a pouco o Imperador Dabrifa apresentará um ultimato para que aceitemos a proteção de suas forças espaciais. — Seus aliados não vão gostar — disse Argyris Argyris em tom irônico. irônico. — A propósito: o que é feito de meu sósia-robô? — Mandamos desativá-lo — disse Deighton. — Foi um tipo muito rudimentar. Nem se deram ao trabalho de instalar um microrreator na fivela de seu cinto. Deighton apontou para as telas de imagens. — Isso encheu as medidas. Anson Argyris virou a cabeça. Viu a Dabrifala disparar uma salva de projéteis narcotizantes contra os manifestantes. Os livres-mercadores tombaram sem sentidos. Depois disso os canhões narcotizantes do ultracouraçado passaram a ser disparados contra as plataformas sobre as quais se encontrava o pessoal do televídeo. Uma delas devi deviaa estar estar sendo sendo diri dirigi gida da manua manualm lmen ente te.. Bala Balanç nçou ou e caiu caiu depoi depoiss qu quee o pilo piloto to foi foi narcotizado. Arrebentou-se de encontro ao piso do porto espacial. — Dabrifa ainda se arrependerá de ter feito isso! — garantiu Argyris. Em seguida ligou o intercomuni intercomunicador. cador. O rosto sorridente sorridente de Phyl Amant apareceu na tela. Amant era seu secretário. Além disso exercia as funções de chefe da polícia secreta de Olimpo. — Pois não, patriarca... — O código do pedido de socorro já foi preparado? — perguntou Argyris. Phyl Amant inclinou ligeiramente a cabeça. — Está tudo preparado, preparado, patriarca patriarca.. Vejo que o Coronel Coronel Maurice está com o senhor. senhor. Será que isso significa que o Administrador-Geral em pessoa... — O Administrador-Geral encontra-se no tempo normal, junto à frota — respondeu Maurice. — Envie o pedido de socorro codificado, e o primeiro contingente da frota aparecerá aqui dentro de algumas horas. Amant sorriu amavelmente. — Dabrifa terá uma surpresa, coronel. Maurice retribuiu o sorriso. — Não será o único, Amant. Muita gente ficará espantada. *** Dali a quatro horas e meia. O comandante da Dabrifala acabara de anunciar a leitura de um ultimato, quando as naves que circulavam sobre Trade City o avisaram de que um grupo de mil belonaves de grande porte se aproximava. Dali a instantes veio um chamado da nave-capitânia do grupo. Mas o comandante da Dabrifala Dabrifala nem desconfiava desconfiava de que dali em diante todas as mensagens mensagens trocadas com a
nave que acabara de fazer o chamado seriam transmitidas pelo hipervídeo de Trade City para todos os recantos habitados da galáxia. A tela de hipercomunicação da Dabrifala mostrou o rosto moreno-claro de um homem magro. O comandante da Dabrifala teve a impressão de que já o conhecia. — Não adianta ficar quebrando a cabeça — disse o homem magro sorrindo. — Sou mesmo o General Riekhouse, comandante da décima primeira frota de guerra do Império Solar. O senhor é o General Bencraft Leitmeritz. Muito bom dia. Poderia ter a gentileza de dar ordem para que suas quinhentas naves antiquadas se afastem de Trade City? Preciso do lugar para as mil naves sob meu comando. — Riekhouse!... — exclamou Leitmeritz, perplexo. Naturalmente conhecia os colegas de outros impérios, inclusive do Império Solar. Mas sempre acreditara que a nave do Império fora destruída juntamente com o Sistema Solar. — Não me olhe como se fosse um fantasma — disse Vasga Riekhouse em tom sarcástico. — Estou vivo. Daqui a pouco poderá certificar-se disto. Farei minha nave-capitânia, a Terrânia, pousar perto da sua. — Não... não é possível! — balbuciou Bencraft Leitmeritz. — O planeta Olimpo está... quer dizer, o império de Dabrifa... Dab rifa... — O império de Dabrifa quis agarrar o planeta Olimpo — completou o General Vasga Riekhouse. Sacu Sa cudi diuu a cabe cabeça ça.. Se Seus us olho olhoss cast castan anhos hos expr exprim imia iam m comp compai aixã xãoo pelo pelo cole colega ga enganado. — Coitado do Dabrifa — disse com um suspiro. — Sofrerá um colapso nervoso quando o senhor voltar para Nosmo sem ter conseguido nada. E seu amigo íntimo Olath! Certamente Dabrifa o enfiará num estabelecimento de desintoxicação alcoólica, onde deveria estar há muito tempo. Não compreendo que o chefe de um serviço secreto possa fazer tão feio. Leitmeritz respirava com dificuldade. Fez um sinal para seu substituto, para que este este leva levass ssee as qui quinhe nhent ntas as nave navess a exec execut utar arem em um umaa mano manobr braa de desvi desvio. o. Bencr Bencraf aftt Leitmeritz não era nenhum gênio, mas conhecia seu trabalho e não seria capaz de tentar enfrentar as naves muito mais poderosas do Império. As naves do Império! Em toda a galáxia ninguém imaginara que ainda existissem naves de guerra do Império Solar, quanto mais frotas inteiras!... — Sei qual é a pergunta que quer fazer, colega Leitmeritz — disse Riekhouse e ajeitou a barba. — O Imperador Anson Argyris dará a resposta assim que tenha saído da clínica. É outra coisa que não dá para compreender. Será que o serviço secreto de Dabrifa imagi magina nava va mesmo smo qu quee po pode deri riaa sequ seques esttrar rar o chef hefe de go gove vern rnoo de um plan planet etaa independente, e ainda por cima maltratá-lo? Tenho a impressão de que Dabrifa está se transformando num megalomaníaco... O rosto do General Leitmeritz mudou de cor. O Imperador Anson Argyris acenou com a cabeça. Parecia satisfeito. Ligou o sistema de transmissão de imagens do porto espacial de Trade City. O ultracoura ultracouraçado çado Terrânia estava pousando. Desceu a apenas algumas centenas centenas de metros da Dabrifala. O silêncio quase completo com que foi realizado o pouso era um sinal evidente evidente de sua superioridade superioridade sobre a Dabrifala, Dabrifala, que causara causara um rugido rugido tremendo. tremendo. Além Além disso disso via-se via-se perfei perfeitam tament entee que seus seus canhões canhões conver conversore soress repre represent sentava avam m um armamento muito mais potente. Finalmente a Terrânia parecia mais bem cuidada. Não se
tinha a impressão de que se tratava de uma nave cujo sistema de origem deixara de existir. Antes pelo contrário. — Está na hora, Argy A rgy — disse Galbraith Deighton pelo intercomunicador. Anson Argyris acenou com a cabeça. Ligou os aparelhos de recepção e transmissão de imagens e som, que irradiariam seu discurso diretamente para o hipervídeo de Trade City, que o faria chegar a todos os homens na galáxia. — Como Como vêem vêem,, prez prezad ados os espe espect ctad ador ores es,, estou estou perf perfei eita tame ment ntee recu recupe pera rado. do. O Imperador Dabrifa talvez não se sinta muito satisfeito por eu ter recusado a hospitalidade de seus subordinados. Em compensação convido-o a visitar-me oportunamente em minha residência. Argyris soltou seu inimitável riso de bárbaro. — De outro lado sinto-me muito grato porque Dabrifa, em sua generosidade, colocou quinhentas de suas melhores naves de guerra à disposição do planeta Olimpo, para proteger-nos contra os ataques dos invejosos. “Não poderia imaginar que, além da herança econômica do Império Solar, Perry Rhodan me confiou as inúmeras naves de guerra que escaparam à destruição do sistema. “Mas os livres-mercadores fazem muita questão da qualidade. Por isso prefiro recorrer recorrer às unidades unidades supermoderna supermodernass e eficientes eficientes da antiga antiga primeira primeira frota de combate do Império Solar, atual frota onze de Olimpo, para proteger-nos.” Argyris ativou uma ligação com o comandante da Dabrifala. — Alô, General Leitmeritz! — gritou em tom amável. — Por favor, não se ofenda. Acontece que os habitantes de Trade City e naturalmente também os de outros planetas ficam preocupados com as quinhentas naves estacionadas perto deles, ainda mais que estas naves praticamente estão reduzidas a sucata. É possível que uma delas caia e cause devastações. — O senhor!... — fungou fung ou Bencraft Leitmeritz indignado. — Minhas naves... — ...s ...são ão bem bem velh velhas as,, eu sei sei — diss dissee Argy Argyri riss em tom tom cont contem empo pori riza zado dor. r. — Compreendemos perfeitamente sua situação. Mas não se deve insistir quando alguém não quer a visita da gente. E o fato é que não o convidei, General Leitmeritz. — Por favor, ouça-me! — disse Leitmeritz em tom de súplica. — Naturalmente! — exclamou Argyris com uma estrondosa gargalhada. — Se quiser, as naves da décima terceira frota de combate terão todo prazer em ajudá-lo a sair daqui. Quer que entre em contato com o General Riekhouse? — Não é necessário — retrucou Bencraft Leitmeritz. Estava pálido, mas parecia ter compreendido que a vergonha que estava passando só podia aumentar a cada segundo que permanecia em Olimpo. — Compreendi, Patriarca Argyris. Como não precisa de nossa ajuda, partiremos dentro de trinta minutos. — Desejo-lhe tudo de bom, general — respondeu o Imperador Argyris. — Mais uma pergunta... — disse Leitmeritz em tom hesitante. — Quantas naves de guerra o senhor possui ao todo? — É uma boa pergunta, mas prefiro não responder — retrucou Anson Argyris, dando ao seu rosto uma expressão de segredo. — Sabe por quê? — Não. Por que é? — Porque não quero ser cruel — respondeu Argyris Argyris em tom seco. — Não gostaria que nosso querido Imperador Dabrifa passasse mais noites de insônia... O Imp mper erad ador or Anso Ansonn Argy Argyrris sorr sorriiu ao ver ver Ben Bencraf craftt Lei Leitmeri merittz desl desliigar gar apressadamente. Virou-se e fitou Galbraith Deighton. — Acha que vai dar certo, Gal?
O primeiro-mecânico de emoções do Império Solar acenou com a cabeça. — A avalanche está descendo o morro, Argy. O ridículo mata. É o que diz um velho provérbio terrano. E não há nada mais ridículo que a impotência de alguém que quer governar pela força.
*** ** *
Um ser, meio homem, meio robô, ao qual seus criadores tinham dado o nome de Vario 500, realizou uma missão sem derramamento de sangue, destinada a abal abala ar o regi regime me de forç força a do Im Impe pera rado dorr Dabr Dabrif ifa, a, expondo-o ao ridículo. No próximo volume da série Perry Rhodan será apresentada outra figura importante do século trinta e cinco. Trata-se de Tipa Riordan, uma misteriosa mulher crepuscular. A história tem por título A Dama Pirata.
Visite o Site Oficial Perry Rhodan: www.perry-rhodan.com.br O Projeto Tradução Perry Rhodan está aberto a novos colaboradores. Não perca a chance de conhecê-lo e/ou se associar: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?rl=cpp&cmm=66731 http://www.orkut.com.br/M http://www.orkut.com.br/Main#CommMsg ain#CommMsgs.aspx? s.aspx? cmm=66731&tid=52O1628621546184O28&start=1