Rudolf Steiner
O mistério dos Temperamentos As bases anímicas anímicas do comportamento humano humano
Texto compilado por C. Englert-Faye, a partir de três conferências conferên cias do Autor
Traduço de Andrea !a"n
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O mistério dos temperamentos Quando Quando se trata de saber lidar com a vida, temos de auscultar auscultar seus mistérios, mistérios, e estes situam-se detrás do mundo sensível.
#ma opinio muito difundida e $ustificada em todos os campos da %ida espiritual "umana & a de 'ue o maior enigma do "omem, em sua %ida f(sica, & o pr)prio "omem. E podemos mesmo di*er 'ue grande parte de nossa ati%idade cient(fica, de nossa maneira de pensar e outros muitos modos de refletir do ser "umano ocupa-se em decifrar esse enigma do "omem, em c"egar a con"ecer um pouco em 'ue consiste a essência da nature*a "umana. As Ciências +aturais e a Ciência Espiritual procuram, a partir de diferentes enfo'ues, resol%er esse grande mist&rio encerrado na pala%ra !E. +o fundo, toda pes'uisa s&ria das Ciências +aturais procura alcançar seu o$eti%o final na reunio de todos os processos naturais, a fim de compreender o con$unto das leis f(sicas externas. E toda Ciência Espiritual procura, por isso, as fontes da existência, para entender, para decifrar a essência e a destinaço do ser "umano. Se &, ento, indiscuti%elmente certo 'ue o maior enigma do "omem & em geral o pr)prio "omem, pode-se di*er 'ue perante a %ida esta afirmaço ainda pode ser aproftmndada e 'ue, por outro lado, & preciso ser sempre ressaltada a sensaço e o sentimento 'ue cada um de n)s tem em cada encontro com outra pessoa/ o de 'ue, no fundo, cada ser "umano &, por sua %e*, um enigma para os outros e para si mesmo, por causa da nature*a e da essência peculiar a cada um. 0eralmente 0eralmente,, por&m, por&m, 'uando se fala desse enigma "umano "umano tem-se tem-se em %ista o "omem em geral, o "omem sem diferenciaço com respeito a esta ou a'uela indi%idualidade1 e certamente nos surgem muitos prolemas ao 'uerermos con"ecer o "omem no 'ue "2 de geral em sua essência. !o$e, por&m, no nos ocuparemos do enigma geral da existência, mas sim do enigma, no menos significati%o para a %ida, 'ue cada ser "umano nos prop3e ao nos defrontarmos com ele. 4ois 'uo infinitamente di%ersos so os "omens em seu 5mago mais profundo6 Ao oser%ar a %ida "umana com ol"ar arangente, de%emos ficar especialmente atentos a este enigma indi%idual do ser "umano, por'ue toda a nossa %ida social, o nosso comportamento de pessoa para pessoa de%e depender mais de como, em cada caso isolado, somos capa*es de aproximar-nos, no s) com a ra*o, mas com o sentimento e a sensiilidade, desse enigma 7nico 'ue & cada "omem com 'uem cru*amos muitas %e*es todos os dias e com 'uem fre'8entemente temos de lidar. Como & dif(cil compreender com clare*a os diferentes aspectos das pessoas com 'uem nos defrontamos, e 'uantas cois coisas as depe depend ndem, em, na %ida %ida,, da clar claraa comp compre reens enso o 'ue 'ue temo temoss das das pess pessoa oass com 'ue 'ue entramos em contato6 S) paulatinamente & 'ue nos podemos aproximar da soluço do enigma totalmente indi%idual do ser "umano, enigma esse do 'ual cada pessoa nos mostra uma particularidade, pois existe um grande espaço entre o 'ue c"amamos de nature*a "umana em geral e a'uilo com 'ue nos deparamos em cada "omem em particular. particular. A Ciência Espiritual 9 ou, como se costuma c"am2-la "o$e, Antroposofia 9 tem uma tarefa especial em relaço a esse enigma indi%idual 'ue & o "omem. +o s) por'ue nos de%e esclarecer sore o 'ue & o "omem de um modo geral, mas tam&m por'ue de%e constituir um con"ecimento 'ue penetre em nossa %ida cotidiana imediata, em todas as nossas sensaç3es e em todos os nossos sentimentos. Assim como nossos sentimentos e sensaç3es sensaç3es têm sua mais ela expresso expresso no procedimento procedimento para com o pr)ximo, pr)ximo, tam&m o fruto da Ciência Espiritual, do con"ecimento da Ciência Espiritual, mostra-se em sua forma mais ela na compreenso 'ue, graças a tal con"ecimento, ad'uirimos de nossos semel"antes. Segundo a Ciência Espiritual ou Antroposofia, 'uando, na %ida, nos defrontamos com um ser "umano, de%emos sempre le%ar em consideraço 'ue o 'ue podemos perceer dele exteriormente & apenas uma parte, um memro :ou parcela; da entidade "umana. #ma
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%iso superficial, materialista do "omem certamente considera como sendo o "omem todo s) o 'ue perceemos dele externamente, e mais o intelecto ligado a essa percepço externa. A Ciência Espiritual, por&m, mostra-nos 'ue a entidade "umana & algo muito, muito muito complex complexo. o. E muitas muitas %e*es %e*es,, 'uand 'uandoo nos aprofu aprofunda ndamos mos nessa nessa comple complexid xidade ade da nature*a "umana, podemos tam&m %er cada indi%(duo so uma lu* correta. A Ciência Espiritual de%e indicar-nos o cerne mais (ntimo do "omem, do 'ual podemos %er com os ol"os e tocar com as mos apenas a expresso externa, o en%olt)rio externo. E podemos ter a esperança de tam&m c"egarmos a aprender a compreender o aspecto exterior 'uando pudermos penetrar no interior espiritual. E a(, no grande espaço existente entre o 'ue se c"ama de nature*a "umana em geral e o 'ue se nos defronta em cada ser "umano em particular, %emos tam&m muita coisa semel"ante em grupos "umanos inteiros. A essas semel"anças pertencem as 'ualidades da entidade "umana 'ue "o$e constituem o tema de nossas oser%aç3es, e 'ue normalmente c"amamos de temperamento do "omem.
para %ermos 'ue existem tantos enigmas 'uanto pessoas. ?entro dos tipos 2sicos, dos mati*es 2sicos, temos uma tal multiplicidade e di%ersidade entre os "omens 'ue em se poder di*er ser dentro da tendência 2sica caracter(stica da nature*a "umana denominada temperamento 'ue se expressa o %erdadeiro enigma da existência. E & 'uando o enigma inter%&m na %ida pr2tica imediata 'ue o mati* 2sico da nature*a "umana desempen"a seu papel. @uando nos defrontamos com uma pessoa, sentimos 'ue alguma coisa dessa tendência 2sica %em ao nosso encontro. 4or isso, s) podemos esperar 'ue a Ciência Espiritual ten"a o necess2rio a di*er tam&m sore a essência dos temperamentos 9 por'ue, mesmo tendo de admitir 'ue os temperamentos rotam do (ntimo do "omem, eles se expressam exteriormente nele em tudo o 'ue nos aparece diante dos ol"os. enigma "umano, por&m, no & decifrado pela oser%aço exterior da +ature*a1 s) podemos aproximar-nos da coloraço peculiar da essência "umana 'uando saemos o 'ue a Ciência Espiritual tem a di*er sore o "omem. +o fundo, a %erdade & 'ue todo "omem se nos apresenta com seu temperamento pr)p pr)pri rio1 o1 entr entret etan anto to podem podemos os dist distin ingu guir ir dete determi rmina nado doss grup grupos os de temp temper eram ament entos os.. Referim eferimo-n o-nos, os, segund segundoo o aspect aspectoo princi principal pal,, aos 'uatro 'uatro temper temperame amento ntoss "umano "umanos/ s/ o sang8(neo, o col&rico, o fleum2tico e o melanc)lico. E mesmo 'ue essa di%iso no se$a em exata, no caso de a aplicarmos aplicarmos a indi%(duo indi%(duoss isolados 9 os temperamentos temperamentos,, em cada indi%(duo, esto mesclados das maneiras mais di%ersas, de modo a s) podermos di*er 'ue nestes ou na'ueles aspectos de uma pessoa predomina este ou a'uele temperamento mesmo mesmo assim assim di%ida di%idamos mos generi genericam camen ente te as pesso pessoas as em 'uatro 'uatro grupos grupos,, segund segundoo seus seus temperamentos. pr)prio fato de 'ue o temperamento do "omem se mostra, por um lado, como algo tendente ao indi%idual, como algo 'ue fa* serem os "omens diferentes uns dos outros, e por outro lado os re7ne no%amente em grupos, pro%ando-nos 'ue o temperamento de%e ser algo ligado tanto ao mais (ntimo cerne da essência "umana como nature*a "umana em geral. 4ortanto, o temperamento do "omem & algo 'ue aponta para duas direç3es. E por isso, se 'uisermos descorir o segredo, por um lado ser2 necess2rio nos perguntarmos/ at& 'ue ponto o temperamento indica o 'ue existe na nature*a "umana em geralB 9 e, por outro lado/ como & 'ue ele aponta para o cerne da entidade "umana, para o %erdadeiro 5mago do "omemB Ao formu formula larmo rmoss essa essa perg pergun unta ta,, & natu natura rall 'ue 'ue a Ciên Ciênci ciaa Espi Espiri ritu tual al nos nos pare pareça ça competente para dar os esclarecimentos, $2 'ue nos de%e le%ar ao mais (ntimo cerne da entidade "umana1 sempre 'ue na Terra nos defrontamos com um "omem, ele se nos apresenta como fa*endo parte de uma generalidade e, por outro lado, como uma entidade independente. independente. Segundo a Ciência Espiritual, o "omem se situa dentro de duas correntes de %ida 'ue se encontram 'uando ele entra na existência terrena. E assim estamos no centro das consideraç3es consideraç3es 'ue a Ciência Ciência Espiritual Espiritual fa* sore a nature*a nature*a "umana. Saemos ento 'ue, em primeiro lugar, temos no "omem a'uilo 'ue o situa em sua corrente "eredit2ria. Essa corrente & a'uela 'ue nos fa* ascender, de um indi%(duo em particular, a seus pais, a%)s e demais antepassados. Ela mostra as 'ualidades 'ue ele "erdou de pai, me, a%)s, antecedentes e assim por diante. E essas caracter(sticas ele as transmite no%amente a seus descendentes. A'uilo 'ue flui dos antepassados para cada indi%(duo & denominado, na 3
%ida e na ciência, como caracter(sticas e 'ualidades "erdadas. "omem, portanto, situase no 'ue podemos c"amar de corrente "eredit2ria1 e & saido 'ue ele carrega consigo, at& at& no 5mag 5magoo de seu seu ser ser, 'ual 'ualid idad ades es 'ue 'ue de%e de%emo moss cons consid ider erar ar como como deri deri%a %ada dass da "ereditariedade. !2 muita, muita coisa 'ue pode ser esclarecida a respeito do "omem 'uando, por assim di*er, con"ecemos seus ancestrais. !2 uma grande %erdade 'ue se expressa nas seguintes pala%ras de 0et"e 9 profundo con"ecedor da alma 9a respeito de sua pr)pria personalidade/ Vom Vater hab ich die Statur, Des Lebens ernstes Fhren, Vom !tterchen die Frohnatur "nd Lust #um Fabulieren.
?e meu pai ten"o a estatura, e a s&ria conduta na %ida1 da me*in"a a nature*a alegre e o pra*er de faular.
Demos a( como 0et"e, esse grande con"ecedor do ser "umano, precisa remeter-se s 'ual 'ualid idad ades es mora morais is 'uan 'uando do 'uer 'uer refe referi rirr-se se s 'ual 'ualid idad ades es "erd "erdad adas as.. Tudo udo o 'ue 'ue encontramos nos descendentes como pro%eniente dos antepassados nos esclarece, num determinado aspecto, a respeito de um indi%(duo em particular, mas s) num determinado aspecto. A'uilo 'ue ele "erdou de seus pais s) nos mostra um lado da entidade "umana. #ma concepço materialista atual gostaria, certamente, de procurar tudo o 'ue & poss(%el e imagin2%el a respeito do "omem em sua corrente "eredit2ria1 gostaria at& mesmo de fa*er pro%ir da "ereditariedade a essência espiritual do "omem, as 'ualidades espirituais do "omem, e no se cansa de explicar 'ue at& as 'ualidades geniais de uma pessoa se tornam tornam explic explic2%e 2%eis is 'uand 'uandoo se encont encontram ram %est( %est(gio gios, s, ind(ci ind(cios os delas delas neste neste ou na'uel na'uelee ancestral. Tal Tal concepço 'uer, 'uer, por assim di*er, di*er, considerar a personalidade "umana como a soma soma do 'ue 'ue se enco encont ntra ra dist distri riu u(d (doo nos nos ante antepa pass ssad ados os.. @uem @uem pene penetr trar ar mais mais profundamente na nature*a "umana perceer2 'ue, al&m das caracter(sticas "erdadas, encontramos em cada pessoa algo 'ue s) podemos classificar di*endo/ isso &o 'ue "2 de mais inerente a algu&m1 no podemos di*er, mesmo ap)s exausti%a oser%aço, 'ue esse algo pro%en"a desse ou da'uele antepassado. A'ui a Ciência Espiritual entra em cena e nos di* o 'ue tem a di*er sore isso. !o$e s) podemos traçar um esoço a respeito, apenas esoçar os resultados da Ciência Espiritual. A Ciência Espiritual nos di* 'ue o "omem realmente est2 dentro de uma corrente 'ue podemos c"amar de corrente da "ereditariedade, das caracter(sticas "erdadas. A isso, por&m, ainda se acrescenta, nele, algo diferente, 'ue & o mais (ntimo cerne espiritual da entidade "umana. Assim, a'uilo 'ue o "omem trouxe do mundo espiritual une-se com o 'ue o pai, a me, os antepassados l"e podem dar. Com o 'ue flui dentro da corrente das geraç3es une-se algo distinto, 'ue no pro%&m dos ascendentes diretos do "omem 9 os pais 9 e nem dos antepassados, mas sim de outras regi3es 9 algo 'ue %em de existência em existência. 4or um lado, di*emos 'ue isto ou a'uilo o ser "umano ot&m de seus antepassados1 'uando, por&m, oser%amos um ser "umano se desen%ol%endo desde sua inf5ncia, %emos 'ue do cerne de sua nature*a se desen%ol%e o 'ue & fruto de %idas anteriores, nunca podendo ter sido "erdado de seus antepassados. A'uilo A'uilo 'ue %emos no "omem ao penetrarmo penetrarmoss no fundo fundo de sua alma, n)s s) podemos podemos explic2-lo 'uando con"ecemos uma grande e arangente lei 'ue, na %erdade, & apenas a conse'8ência de muitas leis naturais. Essa lei, "o$e em dia muito re$eitada, & a lei das repetidas %idas terrenas. sso nada mais & seno o caso especial de uma lei uni%ersal geral, a lei da reencarnaço, da sucesso de %idas. sto no parece to paradoxal 'uando refletimos sore o seguinte/ ser%emos um mineral sem %ida, um cristal de roc"a. Ele tem uma forma regular. regular. Se & destru(do, nada resta de sua forma 'ue possa passar para outros cristais de roc"a. no%o cristal nada recee de sua forma. @uando ascendemos do mundo mineral ao %egetal, torna-se claro 'ue uma planta no se pode originar da mesma lei 'ue rege o cristal de roc"a. #ma planta s) pode surgir 'uando pro%&m de uma planta-me, de uma planta 4
ancestral. +este caso, a forma & conser%ada e transferida para o outro ser. Ascendendo ao mundo animal, descorimos 'ue ocorre uma e%oluço da esp&cie. Demos 'ue, $2 no s&culo , grandes resultados foram otidos na descoerta dessa e%oluço. Demos no s) 'ue uma forma resulta de outra, mas tam&m 'ue cada animal, no %entre da me, repete mais uma %e* as formas anteriores, as fases inferiores de e%oluço 'ue seus ancestrais ti%eram. +os animais temos um progresso da esp&cie. +o "omem temos no s) um progresso da esp&cie, um desen%ol%imento do gênero, mas tam&m uma e%oluço da indi%idualidade. A'uilo 'ue o "omem, ao longo de sua %ida, ad'uire atra%&s de educaço, de experiência, no se perde 9 assim como no se perde, no reino animal, a se'8ência de ancestrais. Dir2 Dir2 um temp tempoo em 'ue 'ue o cern cernee da enti entida dade de "uma "umana na ser2 ser2 reco recon" n"ec ecid idoo como como decorrente de uma existência anterior. anterior. A entidade entidade "umana ser2 recon"ecida como fruto de uma existência anterior. anterior. Essa lei percorrer2 um camin"o singular no mundo. Ter2 Ter2 a mesma sorte 'ue uma outra lei. As resistências a 'ue essa teoria ter2 de se acostumar sero %encidas, %encidas, assim como foram superadas superadas as opini3es, opini3es, de eruditos dos s&culos s&culos passados, passados, de 'ue um ser %i%o poderia surgir de um ser no-%i%o. At& o s&culo D inclusi%e, eruditos e leig leigos os no no tin" tin"am am d7%i d7%ida da algu alguma ma de 'ue 'ue de cois coisas as comun comuns, s, sem sem %ida %ida,, pude pudess ssem em desen%ol%er-se no s) animais inferiores como tam&m min"ocas, e 'ue at& mesmo peixes pudessem surgir do lodo comum dos rios. A primeira pessoa 'ue defendeu energicamente 'ue um ser %i%o s) poderia surgir de outro ser %i%o foi o grande naturalista italiano Francesco Redi :GHIJ-GHKJ;, mostrando 'ue o %i%ente s) decorre do 'ue tem %ida. Esta & uma lei 'ue & apenas precursora de outra lei/ a de 'ue o an(mico-espiritual decorre do an(mico-espiritual. Redi foi atacado por causa dessa doutrina e s) a muito custo escapou do destino de 0iordano
destin destino. o. ?epend ?ependend endoo desta desta ou da'uel da'uelaa aço aço pratica praticada da anteri anteriorm orment ente, e, ele pro%oc pro%ocaa a reaço e desse modo se sente en%olto em no%a %ida. Assim, ele tra* de encamaç3es anteriores o cerne da entidade "umana e o en%ol%e com o 'ue l"e & fornecido pela "erança. Sem d7%ida isso & mencionado por ser importante, $2 'ue de fato, em nossa &poca atual, "2 pouca inclinaço para recon"ecer este cerne da entidade "umana, ou para encarar a id&ia da reencarnaço como algo 'ue no &apenas um pensamento fant2stico. !o$e em dia considera-se isso como uma l)gica inferior, e sempre se ou%ir2 do pensador materialista a seguinte o$eço/ tudo o 'ue existe no "omem pro%&m totalmente da corrente "eredit2ria. l"em ento para seus antepassados, e os Sen"ores descoriro 'ue este ou a'uele traço, esta ou a'uela peculiaridade se encontram neste ou na'uele antepassado, e 'ue podemos explicar cada aspecto e 'ualidade 'uando os procuramos nos ancestrais. A Ciência Espiritual tam&m pode assinalar este fato e, na %erdade, $2 se referiu a ele. 4or exemplo, numa fam(lia de m7sicos o talento musical & "erdado, e assim por diante1 tudo isso apoiaria a doutrina da "ereditariedade. P2 foi proferida a seguinte lei/ o gênio raramente se manifesta no in(cio de uma geraço1 o gênio estaria no fim de uma corrente "eredit2ria, e isso de%eria ser uma pro%a de 'ue a genialidade se "erda. 4arte-se a( do seguinte ponto de %ista/ um "omem tem uma determinada 'ualidade, & um gênio. Doltamos ento s faculdades caracter(sticas de um gênio1 procuramos no passado, em seus ancestrais1 encontramos em algum antepassado ind(cios da mesma 'ualidade, escol"emos da'ui e dali1 num deles encontramos uma 'ualidade, num segundo outra, e assim por diante, e desse modo mostramos como, finalmente, tudo conflui para o gênio surgido no fim da geraço, e conclu(mos da( 'ue a genialidade & "erdada. 4ara 'uem pens pensaa logi logica came ment nte, e, isso isso pode poderi riaa no m2xi m2ximo mo pro% pro%ar ar o cont contr2 r2ri rio. o. sso sso pro% pro%aa 'ue 'ue encontramos as 'ualidades do gênio em seus ancestrais. E o 'ue & 'ue isso pro%aB +ada seno 'ue o cerne da entidade "umana pode conseguir reali*ar o tanto 'ue o instrumento do corpo l"e permite. Q como se pro%asse 'ue 'uando um "omem cai n>2gua sa( mol"ado. Realmente, no & uma concluso mais ril"ante do 'ue 'uando algu&m nos c"ama a atenço para o fato de 'ue se um "omem cai n>2gua sai mol"ado. Q natural 'ue ele asor%a o elemento no 'ual foi mergul"ado. Temos os elementos 'ue conflu(ram na corrente "eredit2ria e 'ue so transmitidos, afinal, por pai e me para um indi%(duo 'ue desceu do mundo espiritual1 e & astante )%io 'ue esses elementos este$am carregados das 'ualidades dos ancestrais. "omem se re%este precisamente de en%olt)rios 'ue l"e foram dados por seus antepassados. 'ue foi alegado como pro%a poderia ser considerado mais em funço de 'ue a genialidade no & "erdada 9 pois se o fosse de%eria mostrar-se no in(cio das geraç3es, e no no fim de urna corrente "eredit2ria. Caso se 'uisesse mostrar 'ue o gênio tem fil"os e netos 'ue "erdam as 'ualidades geniais, ento se poderia pro%ar 'ue a genialidade & "eredit2ria1 mas este, $ustamente, no & o caso. Q uma l)gica de pernas curtas 'uerer fa*er remontar as 'ualidades espirituais de um ser "umano sua cadeia de antecedentes. ?e%emos fa*er remontar as 'ualidades espirituais 'uilo 'ue o "omem tra* consigo de suas encarnaç3es anteriores. Se ol"armos agora para a corrente pela 'ual passa a lin"a "eredit2ria, %eremos 'ue o "omem & acol"ido na corrente da existência, onde ot&m certas 'ualidades/ %emo-lo diante de n)s com caracter(sticas da fam(lia, do po%o, da raça. s di%ersos fil"os de um casal casal tra*e tra*em m consig consigoo tais tais 'ualid 'ualidade ades. s. @uand @uandoo pensa pensamos mos numa numa %erdadei %erdadeira ra essên essência cia indi%idual do ser "umano, somos le%ados a di*er 'ue o n7cleo an(mico-espiritual do ser "umano nasce dentro da fam(lia, do po%o, da raça1 ele se re%este do 'ue l"e foi dado pelos antepassados, mas tra* consigo 'ualidades puramente indi%iduais. Assim, somos le%ados a indagar como se estaelece a "armonia entre o n7cleo essencial do ser "umano 9 'ue tal%e* ten"a ad'uirido "2 muitos s&culos esta ou a'uela 'ualidade 9 e a capa externa 'ue agora o en%ol%e e 'ue tra* consigo as caracter(sticas da fam(lia, do po%o, da raça e assim por diante. 4ode nisto existir uma "armoniaB +o se tratar2 de algo indi%idual no sentido mais ele%ado, 'ue & tra*ido com o "omem e no contradi* o 'ue & "erdadoB Surge assim a grande pergunta/ como pode a'uele 'ue pro%&m de outros mundos, 'ue precisa procurar para si pai e me, unir-se ao f(sico-corp)reo 9como pode ele re%estir-se das caracter(sticas f(sicas pelas 'uais o "omem & colocado na corrente corr ente "eredit2riaB Demos, portanto, no "omem com 'ue nos defrontamos no mundo, a confluência de duas correntes. 4or um lado, %emos nele o 'ue ele recee de sua fam(lia1 por outro lado, 6
o 'ue & desen%ol%ido a partir da essência mais (ntima do ser "umano 9 uma 'uantidade de predisposiç3es, 'ualidades, aptid3es interiores e destino exterior. Q preciso conseguir um e'uilirio. Essas duas correntes confluem1 todo "omem & composto dessas duas correntes. Demos assim 'ue o "omem precisa adaptar-se, por um lado, a essa sua essência mais (ntima e, por outro, 'u(lo 'ue l"e & dado pela lin"a "eredit2ria. Demos 'ue ele tra*, em alto grau, os traços fisionmicos de seus antepassados1 poder(amos, por assim di*er, compor o "omem como o resultado da se'8ência de seus antecedentes. Como de in(cio o n7cleo essencial nada tem a %er com o 'ue & "erdado, precisando apenas adaptar-se ao 'ue l"e & mais apropriado, compreendarnos tam&m 'ue & necess2rio existir uma certa intermediaço para a'uilo 'ue tal%e* ten"a %i%ido s&culos atr2s num mundo totalmente diferente1 e compreendamos 'ue o n7cleo essencial do "omem precisa ter, de certa forma, um parentesco na direço descendente 9 'ue de%e existir um elo, um %(nculo entre o pr)prio ser "umano indi%idual e a nature*a gen&rica em 'ue ele & inserido por nascimento, atra%&s de fam(lia, po%o e raça. Entre esses dois aspectos 9 o 'ue tra*emos de nossas %idas anteriores e o 'ue fam(lia, antecedentes e raça imprimem em n)s 9 existe uma intermediaço, algo 'ue apesar de conter mais 'ualidades gerais &, ao mesmo tempo, capa* de ser indi%iduali*ado. A'ui A'uilo lo 'ue 'ue se colo coloca ca entr entree a lin" lin"aa "ere "eredi dit2 t2ri riaa e a lin" lin"aa 'ue 'ue repr repres esen enta ta noss nossaa indi%idualidade expressa-se pela pala%ra =temperamento>. +a'uilo 'ue se nos apresenta no temperamento do ser "umano temos algo 'ue, de certa maneira, & como 'ue uma fisi fision onom omia ia de sua sua indi indi%i %idu dual alid idad adee mais mais (nti (ntima ma.. Assi Assim m comp compre reen ende demo moss como como a indi%i indi%idu duali alidad dade, e, atra%& atra%&ss das das 'ualid 'ualidade adess do tempe temperame ramento nto,, tinge tinge as caract caracter( er(sti sticas cas transmitidas de geraço em geraço. temperamento fica entre o 'ue tra*emos de indi%idual e o 'ue pro%&m de nossa lin"a "eredit2ria. As duas correntes, ao se unirem, tingem uma outra. Elas se tingem mutuamente. Assim como o a*ul e o amarelo se unem formando o %erde, as duas correntes se unem, no "omem, formando o 'ue se c"ama de temperament temperamento. o. A'uilo 'ue estaelece estaelece uma ligaço ligaço entre todas as 'ualidades 'ualidades interiore interiores, s, 'ue o "omem trouxe de suas encarnaç3es precedentes, e o 'ue a lin"a "eredit2ria l"e tra*, re7ne-se so o conceito de temperamento. "omem se situa entre as caracter(sticas "erdadas e o 'ue seu n7cleo essencial interior asor%eu. Q como se, ao descer, descer, esse n7cleo essencial se en%ol%esse com uma nuance espiritual do 'ue o espera l2 emaixo 9 de modo 'ue, na medida em 'ue mel"or se a$usta como en%olt)rio para o "omem, o n7cleo essencial "umano se tinge segundo a'uilo em 'ue ser2 inserido por nascimento e segundo uma 'ualidade 'ue tra* consigo. Q a( 'ue se manifestam o elemento an(mico do "omem e as caracter(sticas naturais "erdadas. +o meio est2 o 'ue & o temperamento, entre a'uilo a 'ue o "omem se liga em sua se'8ência de ancestrais e a'uilo 'ue ele tra* consigo de suas encarnaç3es anteriores. temperamento e'uilira o eterno com o passageiro. Esse e'uil(rio ocorre conforme entram em relaço uns com os outros, de forma em defi defini nida da,, o 'ue 'ue con" con"ece ecemo moss como como mem memro ross da natu nature re*a *a "uma "umana na.. Entr Entret etant anto, o, s) entendemos como isso ocorre no caso particular 'uando colocamos diante dos ol"os a nature*a "umana completa, no sentido da Ciência Espiritual. S) na Ciência Espiritual se pode encontrar o mist&rio do temperamento "umano. Esse "omem, com 'uem nos defrontamos na %ida como confluência dessas duas correntes, n)s o con"ecemos como uma entidade tetramemrada. ?e modo 'ue podemos di*er, 'uando contemplamos o "omem completo, 'ue esse "omem completo consiste em corpo fisico, corpo et&rico ou das forças plasmadoras, corpo astral e eu. Ento em primeiro lugar, para a Ciência Espiritual, no corpo 'ue nossos sentidos exteri exteriore oress podem podem percee perceerr no "omem, "omem, no 7nico 7nico corpo corpo 'ue um pensa pensarr materi materialista alista recon"ece, temos apenas um memro da entidade "umana 9 o corpo fisico, 'ue o "omem tem em comum com reino mineral. con$unto das leis fisicas, a'uilo 'ue o "omem tem em comum com toda a nature*a exterior, a soma das leis 'u(micas e f(sicas, isso na Ciência Espiritual denominamos corpo f(sico. Acima desse, por&m, recon"ecemos memros superiores supra-sens(%eis da nature*a "umana, 'ue sao igualmente to reais e essenciais 'uanto o corpo f(sico externo. Como primeiro primeiro memro supra-sens(%e supra-sens(%el, l, & parte integrante integrante do "omem o corpo et&rico, et&rico, 'ue fica unido ao corpo f(sico durante toda a %ida1 & na morte 'ue ocorre a separaço de amos. Este segundo memro da nature*a "umana 9 corpo et&rico ou %ital, como & c"amado na Ciência Ciência Espiritual Espiritual :poder(amos :poder(amos tam&m c"am2-lo corpo do sistema glandular; glandular; 9 $2 no & 7
%is(%el aos nossos ol"os exteriores, como tampouco o so as cores para o cego de nascença. as ele existe, realmente existe, e & percept(%el 'uilo 'ue 0et"e c"ama de ol"os do esp(rito, sendo at& mesmo mais real 'ue o corpo f(sico externo, por ser um construtor, um plasmador do corpo f(sico. ?urante todo o tempo entre nascimento e morte, este corpo et&rico ou %ital & um lutador constante contra a decomposiço do corpo f(sico. Todo produto natural mineral 9 um cristal, por exemplo 9 & constitu(do de tal forma 'ue se mant&m continuamente por si pr)prio, atra%&s das forças de sua pr)pria sust5ncia. as no & isso o 'ue ocorre no corpo f(sico de um ser %i%o/ nele as forças f(sicas atuam de modo tal 'ue destroem a forma da %ida, tal como podemos oser%ar depois da morte, 'uando as forças f(sicas destroem essa forma da %ida. corpo et&rico ou %ital luta constantemente para 'ue isso no aconteça durante a %ida, para 'ue o corpo f(sico no siga as leis e as forças f(sicas e 'u(micas. Como terceiro memro da entidade "umana recon"ecemos o portador de tudo o 'ue & pra*er e sofrimento, alegria e dor, instintos, impulsos, paix3es, dese$os e tudo o 'ue de sensaç3es e representaç3es nos como%e, at& representaç3es do 'ue c"amamos de ideais &ticos, etc. sto n)s c"amamos de corpo astral. +o estran"em esta expresso. 4oder(amos 4oder(amos c"am2-lo tam&m de corpo do sistema ner%oso. A Ciência Espiritual o %ê como uma realidade. Pustamente esse corpo dos impulsos e dese$os no &, para a Ciência Espiritual, um efeito do corpo f(sico, mas a causa desse corpo1 ela sae 'ue esse memro an(micoespiritual construiu o corpo f(sico. P2 temos, assim, três memros da entidade "umana, recon"ecendo como sendo o memro mais ele%ado do "omem 9 'ue o coloca acima de todos os outros seres e o distingue como o coroamento da Criaço na Terra 9 o memro portador do eu "umano, 'ue a força da autoconsciência confere ao "omem de maneira to enigm2tica, mas tam&m to re%eladora. corpo f(sico, o "omem o tem em comum com todo o meio amiente %is(%el1 o corpo et&rico, com as plantas e os animais1 o corpo astral, com os animais. 'uarto memro, por&m 9 o eu 9 pertence apenas a ele1 com o eu ele fica acima de todas as outras criaturas. +)s classificamos este 'uarto memro como sendo o portador do eu, como sendo a'uilo 'ue, na nature*a "umana, capacita o "omem a di*er eu de si pr)prio, a c"egar independência. independência. A'uilo 'ue %emos fisicamente, e 'ue o intelecto 9'ue est2 ligado aos sentidos f(sicos 9 pode con"ecer, &apenas uma expresso desses 'uatro memros da entidade "umana. Assim, a expresso do eu, do %erdadeiro portador do eu, & o sangue em sua circulaço. Esta sei%a muito especial & expresso do eu. A expresso f(sica do corpo astral & no "omem, por exemplo, entre outras, o sistema ner%oso. A expresso do corpo et&rico, ou parte dessa expresso, & o sistema glandular, e o corpo f(sico se expressa nos )rgos sensoriais. Este Estess 'uat 'uatro ro mem memro ross se nos nos apre aprese senntam tam na enti entidad dadee "uma "umana na.. Assi Assim, m, ao contemplarmos o "omem completo podemos di*er 'ue esse "omem completo consiste em corpo f(sico, corpo et&rico, corpo astral e eu. corpo f(sico, 'ue o "omem tra* consigo de forma a ser %is(%el aos ol"os f(sicos, %isto de in(cio por fora, mostra nitidamente em si mesmo os sinais da "ereditariedade. Tam&m as caracter(sticas 'ue %i%em no corpo et&rico, nesse lutador contra a decadência do corpo f(sico, fa*em parte da corrente "eredit2ria. Agora c"egamos ao corpo astral, 'ue por suas caracter(sticas est2 muito mais ligado ao n7cleo essencial do "omem. E 'uando nos dirigimos ao n7cleo mais (ntimo do ser "umano, ao %erdadeiro eu, encontramos o 'ue %ai de encarnaço a encarnaço e 'ue nos parece um mediador interno, irradiando suas 'ualidades essenciais para o exterior. 4elo fato de terem de ligar-se, esses corpos se adaptam com a entrada do "omem no mundo f(sico. E todos esses 'uatro memros da nature*a "umana — o eu, o corpo astral, o corpo et&r et&ric icoo e o corp corpoo f(si f(sico co — interagem mutuamente da forma mais di%ersificada. #m memro sempre exerce influência sore o outro. Atra%&s dessa aço rec(proca entre corpo astral e eu, entre corpo f(sico e corpo et&rico, atra%&s dessa confluência das duas correntes, surgem na nature*a "umana os temperamentos. Eles so, portanto, algo 'ue depende da indi%idualidade "umana, 'ue se incorpora na lin"a "eredit2ria geral. Se o "omem no pudesse moldar sua essência interior desse modo, todo descendente seria 1
1
Expresso usada por 0et"e no Fausto. :+.R.; 8
apen apenas as o resu result ltad adoo de seus seus ante antepa pass ssad ados os.. E o 'ue 'ue ent entoo & form formad ado, o, o 'ue 'ue atua atua indi%iduali*ando, indi%iduali*ando, & a força do temperamento1 a( reside o mist&rio dos temperamentos. Em toda a nature*a "umana, todos os diferentes memros essenciais interagem mutuamente, ficando numa atuaço rec(proca. 4elo fato de as duas correntes conflu(rem no "omem 'uando este penetra no mundo f(sico, surge uma mistura %ariada dos 'uatro memros essenciais do "omem, otendo um deles, por assim di*er, o dom(nio sore os outros e imprimindo neles seu mati*. Conforme predomine especialmente este ou a'uele memro, deparamo-nos com um "omem 'ue tem este ou a'uele temperamento. Se as forças, ou se$a, se os di%ersos meios de poder de um ou de outro predominam, tendo preponder5ncia sore os outros, disso depende a coloraço t(pica da nature*a "umana, 'ue c"amamos de %erdadeira coloraço do temperamento. A essência ar'uetipicamente eterna do ser "umano, a 'ue %ai de encarnaço a encarnaço, & %i%ida em cada no%a encarnaço de modo a pro%ocar uma determinada aço rec(proca dos 'uatro memros da nature*a "umana 9eu, corpo astral, corpo et&rico e corpo f(sico —; e a partir de como esse essess 'uat 'uatro ro mem memro ross inte intera rage gem m surg surgee o mati mati** do "ome "omem, m, 'ue 'ue c"am c"amam amos os de temperamento. @uando o n7cleo essencial do "omem "ou%er tingido o corpo f(sico e o et&rico, o 'ue surgir2 da tingidura atuar2 sore cada um dos outros memros, de modo 'ue a maneira como o "omem se nos apresenta com suas caracter(sticas depender2 de estar o n7cleo essencial atuando mais fortemente no corpo f(sico, ou de estar o corpo f(sico atuando mais fortemente. Segundo sua nature*a o "omem poder2 influenciar um dos 'uatro memros, e com a reaço nos demais surge o temperamento. @uando o n7cleo essencial "umano camin"a para a reencarnaço, por esta particularidade est2 apto a incorporar um certo excedente de atuaço em um ou outro memro essencial. Assim, tanto ele pode incorporar em seu eu um determinado excedente de força como pode, de%ido a determinadas experiências em sua %ida anterior, anterior, influenciar com isso seus outros memros. Se por seus eus desti stinos nos o eu do "omem omem se fort fortal alec ecee a pon ponto de suas suas forç forçaas predominarem na nature*a "umana tetramenrada e reinar sore os outros memros, surge o temperamento col&rico. @uando ele sucume em especial s forças do corpo astral, ento atriu(mos ao "omem um temperamento sang8(neo. @uando o corpo et&rico ou %ital atua em excesso sore os outros memros, imprimindo soremaneira sua nature*a ao "omem, surge o temperamento fleum2tico. E 'uando o corpo f(sico, com suas leis, & especialmente predominante na nature*a "umana, de modo 'ue o n7cleo essencial no & capa* capa* de supera superarr deter determin minada adass dure* dure*as as desse desse corpo, corpo, tratatrata-se se de um temper temperame amento nto melanc)lico. Q $ustamente na maneira como o eterno e o efêmero se mesclam 'ue temos a relaço dos memros entre si. Tam&m $2 foi dito 'ue os 'uatro memros se expressam externamente no corpo f(sico. Temos, assim, uma grande parte do corpo f(sico como uma expresso imediata do princ(pio %ital f(sico do "omem. corpo f(sico, como tal, s) se expressa no corpo f(sico1 & por isso 'ue, no melanc)lico, & o corpo f(sico 'ue d2 a tonalidade exterior. exterior. Assim, temos de considerar o sistema glandular como a expresso f(sica do corpo et&rico. corpo et&rico se expressa fisicamente no sistema glandular. glandular. 4or esse moti%o, no fleum2tico & o sistema glandular 'ue confere a tonalidade ao corpo f(sico. sistema ner%oso 9 na %erdade, a parte ati%a dele 9 temos de considerar como a expresso expresso f(sica do corpo astral. corpo astral encontra encontra sua expresso expresso f(sica f(sica no sistema ner%oso1 por isso, no sang8(neo & o sistema ner%oso 'ue imprime a nota ao corpo f(sico. sangue, em sua circulaço, a força de pulsaço do sangue, & a expresso do %erdadeiro eu. eu se expressa na circulaço sang8(nea, pela atuaço predominante do sangue1 & atra%&s do sangue (gneo, %eemente, 'ue ele se manifesta de modo especial. ?etal"ando mais sutilmente a relaço existente entre o eu e os outros memros do "omem, supon"amos 'ue o eu exerça um dom(nio, exerça um poder especial sore a %ida das sensaç3es e representaç3es, sore o sistema ner%oso1 supon"amos 'ue num "omem tudo pro%en"a de seu eu, 'ue tudo o 'ue ele sente ele sente com intensidade por'ue seu eu & forte forte,, e ent entoo c"am c"amamo amoss isso isso de temp temper eram amen ento to col& col&ric rico. o. Assi Assim, m, tudo tudo o 'ue 'ue caracteri*a o eu atuar2 como a 'ualidade preponderante. Q por isso 'ue no col&rico pre%alece o sistema sang8(neo. temperamento col&rico se mostrar2 atuante num sangue com pulsaço %igorosa1 com isso o elemento de força entra em cena no "omem, pelo fato de ter uma influência 9
especial sore seu sangue. +um "omem assim 9 em 'uem espiritualmente o eu e, por assim di*er, fisicamente o sangue & atuante 9 %emos a força mais (ntima manter sua organi*aço com rouste* e energia. E ao se defrontar assim com o mundo exterior, ele dese$ar2 fa*er %aler a força de seu eu. Essa & a conse'8ência desse eu. Com isso o col&rico se comporta como um "omem 'ue 'uer impor o seu eu em todas as circunst5ncias. ?a circulaço do sangue deri%a toda a agressi%idade do col&rico, tudo o 'ue est2 relacionado com a nature*a %oliti%a forte do col&rico. @uando no "omem prepondera o corpo astral, a expresso f(sica estar2 nas funç3es do sistema ner%oso 9 esse instrumento do soe-e-desce de sensaç3es e sentimentos ondulantes. E o 'ue o corpo astral reali*a & a %ida em pensamentos, imagens, de modo 'ue o "omem, se agraciado com o temperamento sang8(neo, ter2 a disposiço de %i%er no soe-e-desce de sensaç3es e sentimentos ondulantes, nas imagens de sua %ida de representaç3es. Q preciso 'ue fi'ue clara para n)s a relaço do corpo astral com o eu. Entre o sistema ner%oso e o sang8(neo atua o corpo astral. Assim, pode-se 'uase pegar com as mos o modo de ser dessa relaço. Se existisse apenas o temperamento sang8(neo, somente sistema ner%oso iria atuar, predominando especialmente como expresso do corpo astral, e ento o "omem teria urna %ida oscilante de imagens e representaç3es 9 um caos caos de imag imagen enss asce ascend nden ente tess e desc descen ende dent ntes es.. Ele Ele estari estariaa entr entreg egue ue a toda todass as flutuaç3es, de sensaço em sensaço, de imagem em imagem, de representaço em representaço. Algo assim ocorre 'uando o corpo astral & predominante 9 portanto, no sang8(neo, 'ue de certa maneira est2 entregue a sensaç3es, imagens flutuantes, $2 'ue nele o corpo astral e o sistema ner%oso pre%alecem. 'ue no permite 'ue as imagens se mesclem fantasiosamente so as forças do eu. E s) pelo fato de estas estarem su$ugadas pelo eu & 'ue surgem a "armonia e a ordem. Se o "omem no as domasse com seu eu elas iriam flutuar para cima e para aixo, no se podendo notar 'ue o "omem exerce algum dom(nio sore elas. +o f(sico & o sangue 'ue, em essência, imp3e limites ati%idade do sistema ner%oso. A circulaço sang8(nea, o sangue 'ue flui no "omem & o 'ue, por assim di*er, p3e freio no 'ue se expressa no sistema ner%oso1 ele & o refreador da %ida flutuante de sensaç3es e sentimentos, & o domador da %ida ner%osa. Seria ir longe demais eu l"es mostrar, mostrar, em todos os detal"es, como o sistema ner%oso e o sangue esto relacionados, e como o sangue & o refreador dessa %ida representati%a, 'ue acontece 'uando o domador no est2, 'uando o ser "umano est2 anêmico, 'uando l"e falta sangueB Sem entrar em 'uest3es 'ues t3es psicol)gicas mais sutis, os Sen"ores podem concluir 9 a partir do simples fato de 'ue, 'uando o sangue do "omem se torna ralo, isto &, 'uando l"e faltam gl)ulos %ermel"os, ele est2 facilmente entregue ao %ai%&m desenfreado de toda a sorte de imagens fant2sticas, at& iluso e s alucinaç3es 9, os Sen"ores podem concluir 'ue o sangue & o domador do sistema ner%oso. ?e%e reinar um e'uil(rio entre o eu e o corpo astral, ou, fisiologicamente falando, entre o sistema sang8(neo sang8(neo e o sistema sistema ner%oso, a fim de 'ue o "omem no se torne escra%o escra%o de seu sistema ner%oso, isto &, de sua oscilante %ida de sensaç3es e sentimentos. Se o corpo astral tem uma atuaço um tanto excessi%a, se "2 um predom(nio do corpo astral e de sua expresso, o sistema ner%oso 9 'ue o sangue, na %erdade, refreia, mas sem poder le%ar a um estado de e'uilirio completo 9, d2-se ento a'uele caso espec(fico em 'ue a %ida "umana se apresenta de modo a um "omem sentir, por alguma coisa, um interesse efêmero 'ue ele transfere rapidamente para uma outra, no conseguindo deterse numa coisa s). A conse'8ência disso & 'ue esse "omem pode entusiasmar-se facilmente por algo 'ue l"e %em do mundo exterior, mas no l"e & posto um freio para torn2-lo constante interiormente1 o interesse despertado passa depressa. +esse entusiasmo s7ito e nessa passagem fuga* de uma coisa para outra %emos a expresso do corpo astral predominante, o temperamento sang8(neo. sang8(neo no consegue demorar-se numa impresso, no consegue fixar-se numa imagem, no prende seu interesse a um o$eto. Ele passa de uma impresso %i%a a outra, de uma percepçao a outra, de uma id&ia a outra, mostrando uma %oluilidade dos sentidos. 4odemos oser%ar isso soretudo na criança sang8(nea1 e pode causar-nos preocupaço o fato de 'ue nela o interesse facilmente desperta, facilmente uma imagem começa a atuar, a causar logo uma impresso, mas 'ue no entanto essa impresso desaparece rapidamente. @uando numa pessoa predomina com especial intensidade o corpo et&rico ou %ital 9 a'uele 'ue regula interiormente os processos de crescimento e %ida e a expresso desse 10
corpo et&rico, a'uele sistema 'ue causa no "omem o em-estar ou o mal-estar 9, essa pessoa ento se sente tentada a 'uerer permanecer comodamente em seu interior. corpo et&rico & o corpo 'ue tem uma esp&cie de %ida interior, ao passo 'ue o corpo astral se expressa em seu interesse %oltado para fora e o eu & o portador do nosso atuar e do nosso 'uerer dirigidos ao exterior. @uando, ento, esse corpo et&rico 9 'ue age como corpo %ital e mant&m e'uilirada cada funço, o 'ue se expressa como em-estar geral 'uando essa %ida interior apoiada em si mesma pre%alece 9, 'uando pre%alece essa %ida 'ue 'ue caus causaa de pref prefer erên ênci ciaa esse esse emem-es estar tar,, pode pode ocor ocorre rerr 'ue 'ue esse esse "omem "omem %i%a %i%a de preferência nesse em-estar interior, interior, sentindo-se to em, 'uando em seu organismo tudo est2 em ordem, 'ue se sinta pouco impelido a dirigir seu interior para fora, estando pouco disposto a desen%ol%er um 'uerer %igoroso. @uanto mais confort2%el se sente um "omem em seu interior, mais conson5ncia criar2 entre o exterior e o interior. @uando & esse o caso, 'uando isso & alme$ado em excesso, estamos lidando com um fleum2tico. +o melanc)lico %imos 'ue o corpo f(sico, ou se$a, o memro mais denso da entidade "umana, torna-se sen"or dos outros. "omem de%e ser sen"or de seu corpo f(sico tal como de%e ser sen"or de uma m2'uina caso 'ueira utili*2-la. Entretanto, sempre 'ue esse memro mais denso se torna o sen"or, o "omem sente 'ue no pode domin2-lo, no consegue mane$2-lo 9 pois o corpo f(sico & o instrumento 'ue o "omem de%e dominar atra%&s de seus outros memros superiores. S) 'ue agora esse corpo f(sico domina, op3e resistência aos outros. +esse caso, o "omem fica to incapa* de usar plenamente seu instrumento f(sico 'ue os outros memros sofrem uma iniiço, surgindo uma desarmonia entre o corpo f(sico e os demais. Assim se apresenta o sistema f(sico, 'ue est2 endurecido, 'uando atua em excesso. "ornem no pode tornar m)%el o 'ue de%eria. "omem interior no tem poder sore seu sistema f(sico1 ele sente ost2culos internos. Estes se p3em em e%idência 'uando ele precisa des%iar toda a sua força para esses ost2culos interiores. 'ue no pode ser dominado & o 'ue causa sofrimento e dor1 isso fa* com 'ue o "omem no possa %er o mundo circundante de modo despreocupado. Essa dependência cria uma fonte de afliço interior, 'ue ele sente como dor e contrariedade, como disposiço triston"a. Somos muito facilmente tocados dolorosa e sofridamente pela %ida. Certos pens pensam amen ento toss e id&i id&ias as come começa çam m a torn tornar ar-s -see cons consta tant ntes es11 o "omem "omem começa começa a fica ficarr pensati%o, melanc)lico. Sempre existe, a(, um emergir da dor. Essa disposiço surge unicamente do fato de o corpo f(sico opor resistência comodidade interna do corpo et&rico, moilidade do corpo astral e firme*a decis)ria do eu. E se compreendermos assim, a partir de um con"ecimento sadio, a nature*a dos temperamentos, muitas coisas se tornaro claras na %ida1 e tam&m ser2 poss(%el mane$ar de modo pr2tico o 'ue antes no pod(amos. Doltemos nosso ol"ar para o 'ue se nos apresenta de forma direta na %ida6 A'uilo 'ue %emos como uma mistura dos 'uatro memros essenciais do "omem se nos manifesta de forma clara e definida na imagem exterior. exterior. ser%emos agora como o temperamento se expressa no exterior do "omem. Tomemos, por exemplo, o col&rico, 'ue tem um centro forte e firme em seu interior. @uando o eu predomina, o "omem 'uer impor-se a todas as resistências exteriores, 'uer soressair-se. Esse eu & o refreador. Tais imagens so imagens da consciência. corpo f(sico & formado segundo seu corpo et&rico1 o corpo et&rico, segundo seu corpo astral. Este, por assim di*er, conformaria o "omem da maneira mais %ariada. as pelo fato de o eu, atra%&s da força do sangue, opor-se a esse crescimento, & mantido o e'uil(rio entre a plenitude e a %ariedade de crescimento. 4ortanto, 'uando "2 um excesso do eu este pode dete deterr o cresc crescim imen ento to.. Ele Ele realm realmen ente te det& det&m m os outro outross mem memro ross do "ome "omem m em seu seu cresci crescimen mento, to, no permi permitin tindo do 'ue o corpo corpo astral astral e o corpo corpo et&ric et&ricoo se desen desen%ol %ol%am %am corretamente. s Sen"ores podem recon"ecer palpa%elrnente, no temperamento col&rico, no crescimento exterior, em tudo o 'ue se nos apresenta externamente, a expresso da'uilo 'ue atua interiormente, a %erdadeiramente profunda nature*a energ&tica do "omem, do eu encerrado em si mesmo. Dia de regra, col&ricos se mostram como se ti%essem o crescimento detido. s Sen"ores podem encontrar na %ida muitos exemplos disso, tal como, na "ist)ria cultural, o fil)sofo Po"ann 0ottlie Fic"te, o col&rico alemo. P2 exteriormente ele era recon"ec(%el como tal. Fic"te tin"a a aparência externa de 'uem ti%esse sido refreado em seu crescimento. Ele re%ela%a assim, nitidamente, 'ue os outros memros essenciais "a%iam sido detidos pelo excesso de eu. +o & o corpo astral, com sua capacidade plasmadora, 'ue predomina, mas sim o eu, o refreador, o limitador das forças 11
formati%as. 4or isso %emos, %ia de regra, neste "omem de %ontade altamen te %igorosa, em 'ue o eu ps um freio li%re força formadora do astral, uma figura pesada, aixa. Tomemos um outro exemplo cl2ssico de col&rico/ +apoleo, o pe'ueno caporal, 'ue permaneceu to pe'ueno por'ue o eu dete%e os outros memros essenciais. s Sen"ores têm a( o prot)tipo do crescimento detido do col&rico. 4odem %er, ento, como essa força do eu atua a partir do esp(rito, de forma 'ue a essência mais (ntima do "omem se manifesta na configuraço externa. Examinem a fisionomia do col&rico6 Comparem-na com a do fleum2tico 9 'uo difusos so os traços deste, 'uo pouco se poderia atriuir essa forma da testa ao col&rico6 !2 um )rgo em 'ue se e%idencia notoriamente se o corpo astral ou se o eu predomina na atuaço formadora/ & no ol"o, na firme e segura maneira de ol"ar do col&rico. Dia de regra, %emos como essa fulgurante lu* interna, 'ue %ira tudo luminosamente para o interior, interior, s %e*es se expressa em ol"os negros como o car%o de%ido de%i do a uma certa lei/ pelo fato de o col&rico exercer essa atraço para o interior com a força do eu, ele no deixa ao corpo astral a possiilidade de colorir o 'ue em outros "omens & colorido. ser%em tam&m o "omem em todo o seu comportamento. @uem & %ersado no assunto c"ega a recon"ecer pelas costas 'uem & col&rico. passo firme anuncia, por assim di*er, o col&rico. Tam&m no passo %emos a expresso da força %igorosa do eu. +a criança col&rica $2 podemos %er o passo firme, como se ela no apenas pusesse seu p& no c"o, mas pisasse com tanta força por 'uerer forçar o passo mais um pouco c"o adentro. "omem todo todo & uma reproduço reproduço de seu ser ser mais (ntimo, (ntimo, 'ue se d2 a con"ecer con"ecer dessa maneira. Q claro 'ue no se trata de afirmar 'ue o col&rico & pe'ueno e o sang8(neo grande. S) podemos comparar a figura do "omem com seu pr)prio crescimento. Trata-se de saer 'ual & a relaço do crescimento com a configuraço toda. se ser% r%em em o sang sang8( 8(ne neo6 o6 se ser% r%em em o ol"a ol"arr pecu peculi liar ar $2 se re%e re%ela land ndoo na crian criança ça sang8(nea, 'ue rapidamente se fixa em algo mas rapidamente tam&m torna a des%iar-se1 trata-se de um ol"ar alegre. Alegria interior e felicidade ril"am nesse ol"ar, onde se expressa o 'ue %em das profunde*as da nature*a "umana, do m)%el corpo astral, 'ue predomina no sang8(neo. Ele atuar2 nos demais memros com a moilidade 'ue l"e & inerente, e tam&m tornar2 a configuraço exterior do "omem to m)%el 'uanto poss(%el. Sim, Sim, podemo podemoss recon" recon"ece ecerr toda toda a fision fisionomi omiaa extern externa, a, a config configura uraço ço permane permanente nte e tam&m o gesto como a expresso do corpo astral m)%el, fuga* e fluido. +o sang8(neo o corpo astral tem tendência a formar, plasmar. interior se exteriori*a1 & por isso 'ue o sang8(neo & eselto e flex(%el. At& na figura eselta, no es'ueleto, %emos a moilidade interior do corpo astral do "omem todo. Ela se expressa, por exemplo, nos m7sculos esguios. sso tam&m & %is(%el na'uilo 'ue o "omem manifesta exteriormente. esmo 'uem no & clari%idente pode, $2 pelas costas, recon"ecer se a pessoa & sang8(nea ou col&rica. 4ara isso no & necess2rio ser um cientista espiritual. @uando %emos um col&rico andando, podemos oser%ar 'ue ele pisa como se no s) 'uisesse tocar o c"o a cada passo, mas como se o p& ainda de%esse penetrar um pouco no c"o. +o sang8(neo, ao contr2rio, temos um andar le%e e saltitante. +o andar saltitante, dançante da criança sang8(nea, %emos a expresso do m)%el corpo astral. temperamento sang8(neo se distingue com especial %igor na idade infantil. De$am como a( a plasticidade se manifesta. Tam&m na configuraço externa encontramos caracter(sticas mais sutis. En'uanto no col&ri col&rico co temos temos traços traços fisio fisionm nmico icoss em tal"ad tal"ados, os, no sang8( sang8(neo neo temos temos traços traços faciai faciaiss m)%eis, expressi%os, mut2%eis. E da mesma maneira encontramos na criança sang8(nea uma certa possiilidade interior de modificar a fisionomia. At& na cor dos ol"os podemos identificar o sang8(neo. +o col&rico, a interioridade da nature*a do eu, sua interioridade fec"ada, se nos apresenta em seus ol"os negros. ser%ando o sang8(neo, em 'uem a nature*a do eu no est2 to profundamente arra(gada, em 'uem o corpo astral despe$a toda a sua moilidade, predominam os ol"os a*uis. Estes ol"os a*uis esto intimamente ligados lu* interior do "omem, 'ue & uma lu* in%is(%el, com a lu* do corpo astral. Assi Assim m pode poderi riam am ser ser menc mencio iona nada dass muit muitas as cara caract cter( er(st stic icas as 'ue 'ue e%id e%iden enci ciam am o temperamento em seu aspecto exterior. Q $ustamente pela nature*a 'uadrimemrada do "omem 'ue aprendemos a compreender esse enigma an(mico dos temperamentos. E & 2
2
+aturalmente o Autor considera a'ui o tipo f(sico germ5nico. :+.E.; 12
realmente a partir de um profundo con"ecimento da nature*a "umana nos tempos antigos 'ue nos foi transmitido o con"ecimento dos 'uatro temperamentos. Ao compreendermos assim a nature*a "umana, saendo 'ue o exterior & apenas a expresso do espiritual, aprendemos at& nas aparências externas a compreender o "omem em seu con$unto, o "omem em todo o seu %ir-a-ser, e aprendemos a recon"ecer o 'ue de%emos fa*er com relaço a n)s mesmos e criança 'uanto ao temperamento. A educaço precisa prestar particular atenço ao temperamento 'ue est2 'uerendo desen%ol%er-se. Tanto para a sae saedo dori riaa de %i%e %i%err 'uan 'uanto to para para a peda pedago gogi gia, a, & impr impres esci cind nd(% (%el el um %erd %erdad adei eiro ro con"ecimento %i%o da nature*a dos temperamentos, sendo 'ue amas gan"ariam imensamente com ele.
Como & importante nos empen"armos em considerar 'ue os temperamentos podem excede exceder-s r-se, e, sendo sendo 'ue o 'ue se nos aprese apresenta nta numa numa unilat unilatera erali lidad dadee pode pode tam&m tam&m exceder-se a ela6 @ue seria do mundo sem os temperamentosB E se todos os "omens ti%essem s) um temperamentoB Seria o 'ue se pode imaginar de mais tedioso6 Sem os temperamentos o mundo seria no s) tedioso no sentido sensorial, mas tam&m no sentido superior. Toda a multiplicidade, a ele*a e toda a ri'ue*a da %ida so poss(%eis somente graças aos temperamentos. Acaso no %emos como toda a grandiosidade da %ida pode ser reali*ada $ustamente graças unilateralidade dos temperamentos, e como estes podem exceder-se na unilateralidadeB +o nos causa preocupaço a criança, por %ermos 'ue o col&rico c"ega a des%iar-se at& maldade, o sang8(neo at& fri%olidade, o melanc)lico at& depresso, e assim por dianteB +o ser2 especialmente na 'uesto educacional e tam&m na auto-educaço 'ue o con"ecimento e a apreciaço do temperamento têm %alor fundamental para o educadorB +o podemos cair na tentaço de suestimar o %alor do temperamento s) por ser ele uma 'ualidade unilateral. +a educaço, no se trata de igualar, de ni%elar os temperamentos, e sim de condu*i-los pelos camin"os corretos. ?e%e ficar-nos claro 'ue o temperamento le%a unilateral(dade, e 'ue o mais radical do temperamento melanc)lico consiste na loucura, o do fleum2tico na deilidade mental, o do sang8(neo na alienaço mental, o do col&rico em todos os ata'ues da nature*a "umana doentia 'ue %o at& f7ria %iolenta. Atra%&s do temperamento & ati%ada muita ela multiplicidade, pois os opostos se atraem1 dess dessee modo modo,, no enta entant nto, o, & muit muitoo f2ci f2cill um ende endeus usam amen ento to da unil unilat ateral eralid idad adee do temp temper eram amen ento to caus causar ar dano danoss no per( per(od odoo entre entre o nasc nascim imen ento to e a morte morte.. Em cada cada temperamento existe $ustamente um perigo pe'ueno e um grande de degeneraço. +o col&rico existe, na $u%entude, o perigo de seu eu ser moldado pela nature*a irasc(%el, sem 'ue a pessoa consiga dominar-se. Este & o perigo menor. menor. perigo maior & a osesso, 'ue, partindo do eu, 'uer perseguir um 7nico o$eti%o, se$a ele 'ual for. +o temperamento sang8(neo, o perigo menor & 'ue a pessoa possa cair na %oluilidade. perigo maior & os altos e aixos em 'ue as sensaç3es oscilam %irem resultar em alienaço mental. perigo menor do fleum2tico & a falta de interesse pelo mundo exterior1 o perigo maior &a idiotia, a deilidade mental. perigo menor do temperamento melanc)lico & a depresso, a possiilidade de 'ue o "omem no supere o 'ue emerge do pr)prio interior, e o perigo maior & a loucura. @uan @uando do nos nos aper aperce cee emo moss de tudo tudo isso isso,, %emo %emoss 'ue 'ue no guia guiarr e cond condu* u*ir ir dos dos tempe temperame ramento ntoss reside reside uma tarefa tarefa tremen tremendam dament entee importa importante nte da pr2tic pr2ticaa da %ida. %ida. E importante, para o educador, poder perguntar a si mesmo/ @ue faria %ocê, por exemplo, com uma criança sang8(neaB E ento temos de tentar aprender, aprender, a partir do con"ecimento de toda a essência do temperamento sang8(neo, como proceder. proceder. @uando se fala a respeito de outros ros aspectos da educaço infantil, tam&m a( & nece ecess2rio tra tratar tar pormenori*adamente do temperamento. as para condu*ir um temperamento de%e-se respeitar o princ(pio fundamental de 'ue & preciso contar sempre com o 'ue existe, no com o 'ue no existe. Temos emos dian diante te de n)s n)s uma uma crian criança ça de temp temper eram amen ento to sang sang8( 8(ne neo, o, 'ue 'ue pode poderi riaa facilmente degenerar em %oluilidade e falta de interesse pelas coisas importantes e, por outro lado, r2pido interesse por outras coisas. A criança sang8(nea & a criança 'ue compreende as coisas facilmente mas tam&m 'ue rapidamente as es'uece, sendo-l"e dif(cil fixar-se num assunto $ustamente pelo fato de se desinteressar rapidamente dele, passando a outro. sso pode desemocar na mais terr(%el unilateralidade, cu$o perigo podemos perceer ao mergul"armos nas profunde*as da nature*a "umana. +o caso de uma criança assim, 'uem pensa de forma materialista %ir2 logo com uma receita, di*endo/ 'uando %ocê tem de educar uma criança sang8(nea, de%e p-la em contato com outras crianças. #ma pessoa, por&m, 'ue pense no sentido realista correto dir2/ 9 Se os Sen"ores pretendem, no caso da criança sang8(nea, atuar nas forças 'ue ela asolutamente no 14
possui, nada iro conseguir com essa criança. 4odero ainda esforçar-se o mais poss(%el para para dese desen% n%ol ol%e %err os outro outross comp compon onen ente tess da natu nature re*a *a "uma "umana na 9 ela ela no no os tem tem predominantes. Se uma criança possui temperamento sang8(neo, no podemos a$ud2-la em seu desen%ol%imento impondo-l"e interesse força1 no se pode inculcar nela algo 'ue no se$a do temperamento sang8(neo. +o de%emos de%emos perguntar/ o 'ue fa* falta criança, cr iança, o 'ue de%emos impor a ela pela forçaB 'ue de%emos perguntar &/ %ia de regra, o 'ue & 'ue uma criança sang8(nea possuiB E & com isso 'ue de%emos contar. contar. E ento diremos o seguinte/ no & tentando inculcar nessa criança alguma 'ualidade oposta 'ue modificamos essa 'ualidade. @uanto a essas coisas 'ue esto fundamentadas na nature*a mais (ntima do "omem, de%emos le%ar em consideraço o fato de s) podermos %erg2-las. Sendo assim, contamos no com o 'ue a criança no tem, mas com o 'ue ela tem. Pustamente nessa nature*a sang8(nea contamos com a moilidade do corpo astral1 no tentemos impor a ela o 'ue pertence a um outro memro da nature*a "umana. +um sang8(neo 'ue se tornou unilateral temos $ustamente de sondar esse seu temperamento. Se 'uisermos proceder corretamente $unto a essa criança, teremos de reparar num aspecto. ra, a 'uem tem %erdadeira experiência e%idencia-se primeiro 'ue, por mais sang8(nea 'ue se$a a criança, %ia de regra existe algo 'ue desperta seu interesse 9 existe um intere interesse sse,, um intere interesse sse %erdad %erdadeir eiroo para para cada cada crianç criançaa sang8( sang8(nea nea.. Em geral geral seu interesse ser2 facilmente atiçado por este ou a'uele o$eto, interesse 'ue rapidamente ela tornar2 a perder. as existe um interesse 'ue pode ser constante, at& para a criança sang8(nea. 'ue re%ela isto & a pr2tica1 resta apenas encontr2-lo. E temos de dedicar nossa atenço 'uilo 'ue encontramos, 'uilo pelo 'ue ela se interessa especialmente. E a'uilo 'ue significa alguma coisa para a criança, a'uilo pelo 'ue a criança no passa com %oluilidade, temos de tentar apresentar a ela como uma coisa especial, de modo 'ue seu temperamento se estenda sore o 'ue no l"e & indiferente1 a'uilo 'ue para ela & apaixonante de%emos tentar apresentar-l"e so uma lu* especial 9 ela de%e aprender a fa*er uso de sua sang8inidade. 4odemos atuar de modo 'ue, antes de mais nada, tudo se ligue ao 'ue & sempre poss(%el de ser encontrado, 'ue nos liguemos $ustamente s forças presentes na criança. +o & com castigos e con%ersas con%incentes 'ue ela consegue interessar-se duradouramente por alguma coisa. 4or coisas, o$etos, acontecimentos, ela no mostrar2 facilmente algo al&m de um interesse passageiro, inst2%el1 mas por uma personalidade especialmente ade'uada criança sang8(nea 9 isso a experiência mostrar2 9 existir2 um interesse constante, permanente, por mais %ol7%el 'ue ela se$a. Se formos n)s a personalidade certa, ou, 'uando poss(%el, se for sua compan"eira, $2 surgir2 o interesse.
sore a criança, tal como as coisas do mundo em geral atuam sore o temperamento. 4ortanto, & importante escol"er, para uma criança sang8(nea, essas coisas perante as 'uais ela pode ser sang8(nea. Se recorrermos ao 'ue existe e no ao 'ue no existe, %eremos 9 a pr2tica da %ida o mostrar2 9 'ue de fato a força sang8(nea, 'uando se torna unilateral, deixa-se realmente cati%ar pelas coisas importantes. sso & atingido como 'ue por um camin"o indireto. Q om 'uando o temperamento & desen%ol%ido $2 na criança de maneira correta, mas muitas %e*es tam&m o adulto de mais idade precisa tomar nas mos sua pr)pria educaço. En'uanto os temperamentos se mantêm em limites normais, representam a'uilo 'ue fa* a %ida ela, %ariada e grandiosa. @uo tediosa seria a %ida se todas as pessoas fossem iguais 'uanto ao temperamento6 as, para compensar uma unilateralidade de temperamento, ami7de at& a pessoa de mais idade precisa tomar nas mos sua auto-educaço. Tampouco nesse caso podemos 'uerer inculcar, pela força, um interesse duradouro por 'ual'uer coisa 'ue se$a, e sim di*er/ Acontece 'ue sou um sang8(neo1 agora estou procurando para mim, na %ida, coisas pelas 'uais eu possa me interessar de passagem, "a%endo a $ustificati%a de eu no me apegar a elas e de me ocupar $ustamente com a'uilo em 'ue, com toda a ra*o, r a*o, eu possa perder o interesse logo no momento seguinte. Supon"amos 'ue uma pessoa ten"a receio de 'ue, em seu fil"o, o temperamento col&rico se expresse de modo unilateral. +o se pode, por&m, indicar a mesma receita aplic2%el criança sang8(nea1 o col&rico no conseguir2 facilmente sentir amor pela personalidade de uma pessoa. Q por meio de algo em diferente 'ue temos de conseguir c"egar a ele, 'uanto atuaço de uma pessoa sore outra. 4or&m na criança col&rica tam&m existe um camin"o indiret reto por onde sempre se pode condu*ir o desen%ol%imento. Eis a( o 'ue condu* a educaço com segurança/ respeito e estima por urna autoridade. 4ara a criança col&rica temos, sinceramente, de ser dignos de respeito e estima, no mais ele%ado sentido da pala%ra. +o se trata, no caso, de nos tornarmos 'ueridos por nossas 'ualidades pessoais, como no caso da criança sang8(nea1 o 'ue importa & a criança col&rica sempre poder acreditar 'ue o educador sae o 'ue fa*. ?e%emos mostrar entendermos das coisas 'ue ocorrem em torno da criança. +o podemos dar parte de fracos. ?e%emos cuidar para 'ue a criança col&rica nunca sinta no poder oter urna informaço, um consel"o para o 'ue de%e fa*er. ?e%emos cuidar para ter nas mos as r&deas firmes da autoridade, nunca demostrando ignorar como agir. A criança precisa sempre acreditar 'ue o educador sae 9 do contr2rio, ele $2 perdeu a partida. Se amor pela personalidade & a pala%ra m2gica com relaço criança sang8(nea, respeito e consideraço pelo %alor de urna pessoa so as pala%ras m2gicas no caso da criança col&rica. @uando temos de educar uma criança col&rica, de%emos cuidar para 'ue acima de tudo tudo essa essa crianç criançaa desen desen%ol %ol%a, %a, desdo desdore re suas suas grande grandess forças forças interi interiore ores. s. Q necess necess2ri 2rioo familiari*ar a criança com o 'ue l"e possa tra*er dificuldades na %ida exterior. @uando a criança col&rica ameaça degenerar numa unilateralidade, ao educ2-la & necess2rio proporl"e especialmente o 'ue & dif(cil de superar1 & necess2rio c"amar sua atenço para os ost2culos da %ida, colocando diante dela coisas dificeis de serem %encidas. ?e%em ser postas em seu camin"o, em especial, coisas 'ue l"e ofereçam resistência. Resistências, dificuldades, de%em ser deixadas no camin"o da criança col&rica. ?e%emos procurar no tornar sua %ida to f2cil. ?e%emos criar ost2culos, de modo 'ue o temperamento col&rico no se$a se$a reprim reprimido ido,, mas possa possa $ustam $ustament entee expres expressar sar-se -se atra%& atra%&ss do confron confronto to com determinadas dificuldades 'ue ela tem de superar. +o de%emos aafar o temperamento col&rico da criança pela força e com castigos, e sim apresentar-l"e coisas com as 'uais ela precise usar de energia, nas 'uais a expresso do temperamento col&rico se$a $ustificada. A criança col&rica tem de aprender, por necessidade intr(nseca, a lutar com o mundo o$e o$eti ti%o %o.. 4or isso isso de%e de%emo moss proc procur urar ar orga organi ni*a *arr o ami amien ente te de modo modo 'ue 'ue esse esse temp temper eram amen ento to col& col&ri rico co poss possaa esgo esgota tarr-se se ao ter ter de super superar ar ost ost2c 2cul ulos os 9 send sendoo particularmente om se ela puder super2-los em coisas insignificantes, em agatelas, deixando-se a criança fa*er 'ual'uer coisa em 'ue ten"a de usar uma força imensa, em 'ue o temperamento col&rico se expresse de modo especial, em 'ue, na %erdade, os ost2culos %ençam, em 'ue a força empregada se dissol%a em nada. Com isso ela ad'uire respeito pelo poder das coisas 'ue se op3em ao 'ue & %i%ido no temperamento col&rico. 4or outro lado, temos a'ui mais um camin"o indireto pelo 'ual o temperamento 16
col&rico pode ser educado. Antes de mais nada, & necess2rio despertarmos a %eneraço, o sent sentime iment ntoo de admi admiraç raço o,, colo coloca cand ndoo-no noss dian diante te da crian criança ça de modo modo a desp desper erta tarr realmente respeito nela ao mostrar-l"e 'ue podemos superar as dificuldades 'ue ela mesma ainda no consegue superar 9a %eneraço, o respeito pelo 'ue o educador & capa* de fa*er, pelo 'ue ele & capa* de superar diante da dificuldade enfrentada. Eis o recurso correto/ respeito pela capacidade do educador 9 & esse o camin"o para nos aproximarmos da criança col&rica na educaço. uito dif(cil tam&m & lidar com a criança melanc)lica, 'ue & preciso fa*er 'uando sentimos receio da ameaçadora unilateralidade do temperamento melanc)lico, $2 'ue no podemos inculcar na criança o 'ue ela no possuiB Temos Temos de considerar 'ue ela cont&m em si a força para prender-se aos ost2culos, para apegar-se s resistências. Se 'uisermos condu* condu*ir ir essa essa partic particula ularid ridade ade de seu temper temperame amento nto no rumo rumo correto correto,, precis precisaremo aremoss des%iar essa força de dentro para fora. +esse caso, & de especial import5ncia no pretendermos dissuadila, de um modo ou de outro, de seu desgosto e de sua dor 9 pois ela tem $ustamente uma disposiço para isso, para esse ensimesmamento, pelo fato de o instrumento f(sico l"e oferecer resistência. 4recisamos contar especialmente com o 'ue existe1 precisamos culti%ar o existente. 4ara o educador da criança melanc)lica, ser2 especialmente necess2rio considerar importante mostrar a ela 'ue existe sofrimento no mundo. Se 'uisermos posicionar-nos como educadores dessa criança, teremos de ac"ar nisso o ponto de %inculaço. %inculaço. A criança melanc)lica melanc)lica & predispost predispostaa ao sofrimento1 sofrimento1 ela tem capacidade para sentir dor, dor, desengano1 isso est2 arraigado ar raigado em seu (ntimo, no podendo ser extinto força 9 por&m pode ser des%iado. Tam&m nesse caso "2 uma maneira de proceder/ antes de mais nada, temos de mostrar criança melanc)lica 'ue o "omem, de um modo geral, consegue suportar o sofr sofrim imen ento to.. ?eix ?eixem emoo-la la expe experi rime ment ntar ar,, na %ida %ida exte exteri rior or,, uma uma dor dor $ust $ustif ific icad ada, a, um sofrimento $ustificado, para 'ue ela %en"a a saer 'ue existem coisas com as 'uais experimentamos dor. Q isso o 'ue importa. Se os Sen"ores 'uiserem alegr2-la, ela se recol"er2 para dentro de si mesma. +o de%emos ac"ar 'ue temos de alegrar a criança ou tentar anim2-la. +o de%emos distra(-la1 dessa forma os Sen"ores endurecero sua melancolia, sua dor interior. Se a le%arem para onde ela possa encontrar pra*er, ela apenas se tomar2 mais e mais introspecti%a. @uando tentamos curar o $o%em melanc)lico, & soretudo om no rode2-lo de compan"ia alegre, e sim deix2-lo %i%enciar uma dor $ustificada. ?istraiam-na mostrando-l"e, ao mesmo tempo, 'ue o sofrimento existe. Ela de%e %er 'ue na %ida "2 coisas com as 'uais podemos experimentar dor. esmo 'ue no de%amos ausar disso, nas coisas externas & importante impor tante suscitar uma dor 'ue a distraia. A criança melanc)lica no & f2cil de condu*ir. as tam&m nesse caso temos, mais uma %e*, um rem&dio m2gico. Assim como para a criança sang8(nea as pala%ras m2gicas so amor personalidade e para a col&rica estima e apreciaço do %alor do educador, educador, para a criança melanc)lica o importante & 'ue os educadores se$am personalidades de certa forma pro%adas pela %ida, atuando e falando a partir de pro%aç3es %i%idas. A criança tem de sentir 'ue o educador realmente passou por sofrimentos. ?eixem 'ue a criança percea, numa s&rie de circunst5ncias da %ida, os pr)prios destinos desta. desta. melanc)lico & mais feli* 'uando pode crescer ao lado de uma pessoa 'ue tem muito a di*er graças s experiências sofridas1 temos a( uma atuaço de alma para alma da forma mais prop(cia. @uando, @uando, pois, ao lado de uma criança criança melanc)lica melanc)lica est2 uma pessoa 'ue, em oposiço oposiço s suas tendências para a triste*a, tendências originadas s) em seu (ntimo, uma pessoa, repito, 'ue sae falar de c2tedra das dores e dos sofrimentos 'ue o mundo exterior l"e proporcionou, ento a criança se reergue com essa con%i%ência, com esse sentimento con$unto da dor $ustificada. #ma pessoa 'ue, com sua narrati%a, pode fa*er com 'ue o melanc)lico c"egue a sentir como ela foi pro%ada pelo destino, essa tra* um grande eneficio a esse tipo de criança. Tam&m 'uanto ao 'ue, por assim di*er, preparamos para o amiente 'ue circunda a criança, no de%emos deixar de considerar suas disposiç3es. 4or isso, & 7til prepararmos para ela 9 por mais es'uisito 'ue isto possa parecer 9 ost2culos e dificuldades reais, de modo 'ue em determinados casos ela possa experimentar dor e sofrimentos $ustificados. A mel" mel"or or educ educaç açoo para para tal tal crian criança ça ocor ocorre re 'uan 'uando do o dire direci cion onam amen ento to %em %em des% des%ia iarr o sentimento sentimento de dor e triste*a, triste*a, de forma 'ue o elemento elemento existente existente como disposiç disposiçoo possa possa desdorar-se em ost2culos e dificuldades externas. Assim a criança, a alma da criança 17
tomar2, pouco a pouco, outros rumos. Tam&m na auto-educaço podemos utili*ar isso1 de%emos sempre deixar 'ue se$am %i%i %i%ida dass as disp dispos osiç iç3e 3ess exis existe tent ntes es,, as forç forças as exis existe tent ntes es em n)s, n)s, e no no repr reprimiimi-la lass artificialmente. Se o temperamento col&rico, por exemplo, expressa-se to fortemente em n)s 'ue se nos tornou um ost2culo, de%emos dar li%re curso a essa força 'ue arigamos arigamos procurando procurando coisas coisas em 'ue, so certo aspecto, aspecto, possamos possamos gastar nossa energia, energia, em 'ue noss nossas as forç forças as a nada ada cond condu* u*am am 9 coi coisas sas 'ue se$ se$am insi nsignif gnifiican cantes, tes, desimportantes. Se, por outro lado, somos melanc)licos, ento & con%eniente procurar as dores e os sofrimentos externos $ustificados da %ida, para termos oportunidade de gastar nossa melancolia no mundo exterior1 & assim 'ue nos e'uiliramos. 4assemos ao temperamento fleum2tico. Com uma criança fleum2tica teremos s&rias dificuldades caso a educaço nos ten"a confiado a tarefa de nos comportarmos, perante ela, de modo an2logo. Q dif(cil conseguir uma influência sore o fleum2tico. 4or&m existe um camin"o camin"o indire indireto. to. A(, no%ame no%amente nte o menos menos acerta acertado, do, o totalm totalment entee errado errado seria seria 'uerermos sacudi-lo de seu sossego, seria pensarmos 'ue podemos inculcar-l"e, forçar-l"e diretamente algum interesse. +o%amente temos de contar com o 'ue ele possui. Existe uma coisa 'ual o fleum2tico sempre se apega, principalmente 'uando & criança. Se n)s, apenas com uma educaço s2ia, fi*ermos a'uilo de 'ue a criança precisa para reerguer-se, poderemos conseguir muito. Q necess2rio 'ue a criança fleum2tica ten"a muita con%i%ência com outras crianças. Se para as outras crianças $2 & om ter compan"eiros, para a criança fleum2tica & parti particul cular arme ment ntee om. om. Ela Ela prec precis isaa de comp compan an"e "eir iros os 'ue 'ue ten" ten"am am os mais mais di%e di%ers rsos os intere interesse sses. s. +uma +uma crianç criançaa fleum2t fleum2tica ica,, nada nada existe existe a 'ue 'ue possa possamos mos apelar apelar.. Coisas Coisas e acontecimentos raramente a interessam. 4or isso de%e-se le%2-la ao con%(%io com crianças da mesma idade. Ela pode ser educada pela con%i%ência com os interesses 9 e, de preferência, muitos interesses 9 de outras personalidades. Se ela se mant&m indiferente ao 'ue est2 ao seu redor, redor, seu interesse pode ser atiçado pela atuaço 'ue nela exercem os interesses de seus compan"eiros. S) & poss(%el inflamar seu interesse mediante esta atuaço sugesti%a particular/ atra%&s dos interesses dos outros. ?espertar o pr)prio interesse comp compar arti til" l"an ando do dos dos inte intere ress sses es dos dos outr outros os,, con% con%i% i%en endo do com com os inte intere ress sses es de seus seus compan"eiros, eis o 'ue %ale na educaço do fleum2tico, assim como compaixo e con%i%ência com o destino "umano de um outro %ale para o melanc)lico. ais uma %e*/ estimulaço atra%&s dos interesses dos outros & o meio correto de educar o fleum2tico. Assim como o sang8(neo de%e ter afeto por uma personalidade, o fleum2tico de%e ter ami*ade e relacionamento com o maior n7mero poss(%el de crianças cr ianças de sua idade. Este & o 7nico camin"o para despertar a força adormecida nele. +o so as coisas por si mesmas 'ue atuam sore o fleum2tico. +o & atra%&s de um assunto da tarefa escolar ou dom&stica 'ue os Sen"ores conseguiro interessar o pe'ueno fleum2tico, e sim atra%&s do camin"o indireto, passando pelos interesses de outras almas de crianças da mesma idade. Q $ustamente 'uando as coisas se refletem em outras pessoas 'ue esses interesses se refletem na alma da criança fleum2tica. 4rocuremos ento rode2-la de coisas e propiciar acontecimentos em 'ue a fleuma se$a oportuna. ?e%emos dirigir a fleuma para os o$etos certos, diante dos 'uais se possa ser fleum2tico. Com isso podem ser otidos, por %e*es, magn(ficos resultados $unto criança pe'uena. as tam&m nas pessoas de mais idade, 'uando se nota 'ue a fleuma tende a expressar-se de modo unilateral, a auto-educaço pode ser tomada nas mos desta forma, tentando-se oser%ar pessoas e seus interesses. E existe ainda outra atitude, medi medidda 'ue 'ue a pes pessoa soa & cap capa* de usar sar inte ntelect lectoo e ra* ra*o/ o/ procu rocura rarr coi coisas sas e acon aconte teci cime ment ntos os 'ue 'ue l"e l"e se$a se$am m extre extrema mame ment ntee indi indifer feren ente tes, s, fren frente te aos aos 'uai 'uaiss se$a se$a $ustificado ser fleum2tico. Dimos no%amente como no m&todo educati%o aseado na Ciência Espiritual temos de construir em cima do 'ue se tem, e no do 'ue no se tem. 4odemos, odemos, assim, di*er 'ue para o sang8(neo sang8(neo & mel"or crescer crescer so a direço de uma mo firme, tendo uma pessoa a mostrar-l"e os lados externos do car2ter e podendo, atra%&s disso, desen%ol%er o amor pessoal. +o s) amor, mas respeito e %eneraço pelo 'ue uma personalidade & capa* de fa*er & o mel"or para o col&rico. #m melanc)lico pode-se considerar de grande sorte se puder crescer condu* ido pela mo de uma pessoa com destino amargo. Q no distanciamento correspondente, produ*ido pela no%a %iso, pela 18
compaixo nascida com a autoridade, & no compartil"ar do destino $ustificadamente doloroso 'ue encontramos o 'ue o melanc)lico necessita. Ele se desen%ol%e em 'uando pode %i%enciar nem tanto o afeto por uma personalidade, nem tanto o respeito e a %eneraço pela capacidade de uma personalidade, mas o compartil"ar dos sentimentos relati%os a sofrimento e destino doloroso $ustificados. P2 o fleum2tico & uma pessoa da 'ual podemos nos aproximar mel"or 'uando despertamos nele a simpatia pelos interesses de outras personalidades, 'uando ele se pode entusiasmar pelos interesses de outras pessoas. U sang8(neo de%e de%e poder desen%ol%er desen%ol%er amor e afeto afeto por uma personalidade. personalidade. U col& col&ric ricoo de%e de%e pode poderr dese desen% n%ol ol%e %err %ene %eneraç raço o e respe respeit itoo pela pelass capa capaci cida dade dess da personalidade. U melanc)lico melanc)lico de%e poder poder desen%ol%er desen%ol%er um coraço coraço compassi%o compassi%o para com o destino do outro. U Ao fleum2tico se de%e mostrar um pro%eito pro%eito nos interesses interesses de outros. outros. Demos assim, nesses princ(pios educati%os, como a Ciência Espiritual interfere nas 'uest3es pr2ticas da %ida $ustamente ao falarmos dos aspectos (ntimos dela, pois & $ustamente nestes aspectos (ntimos da %ida 'ue a Ciência Espiritual e%idencia sua pr2xis, seu lado eminentemente pr2tico. A arte de %i%er gan"aria infinitamente caso fossem adotad adotados os estes estes con"ec con"ecime imento ntoss real(s real(stic ticos os da Ciênci Ciênciaa Espiri Espiritua tual. l. @uand @uandoo se trata trata de conseguir %i%er em, precisamos auscultar da %ida os seus segredos, e estes esto por tr2s do sensorial. S) a %erdadeira Ciência Espiritual & capa* de elucidar e pe netrar de tal modo os temperamentos "umanos 'ue podemos mane$2-la de modo a ser%ir ao em e %erdadeira felicidade na %ida, na %ida de um $o%em e na %ida de uma pessoa de mais idade. Tam&m a'ui o "omem pode tomar a auto-educ auto-educaço aço em suas mos. ra, 'uando se trata de tomar em nossas mos a auto-educaço, os temperamentos tam&m podem sernos astante 7teis. 4erceemos, com nosso intelecto, 'ue nossa sang8inidade est2 rincando um ocado conosco e ameaça degenerar num modo de %ida irresoluto1 n)s corremos de uma coisa para outra. sso pode ser enfrentado 9 & s) seguirmos o camin"o correto. as o sang8(neo no c"ega ao o$eti%o di*endo a si mesmo/ %ocê tem um temp temper eram amen ento to sang sang8( 8(ne neo, o, %ocê %ocê tem tem de perd perder er esse esse "2i "2ito to.. inte intele lect ctoo apli aplica cado do diretamente &, nesse campo, muitas %e*es um ost2culo. Em compensaço, ele consegue muito agindo indiretamente. intelecto &, neste caso, a força an(mica mais fraca de todas. todas. Contra forças an(micas an(micas mais fortes como so os temperamen temperamentos, tos, o intelecto intelecto pode muito pouco1 s) pode atuar indiretamente. E se a pessoa ainda aconsel"ar in7meras %e*es pr)pria consciência 'ue se concentre um pouco em alguma coisa, ento seu temperamento sang8(neo continuar2 sempre a pregar-l"e peças. Ela s) pode contar com a força 'ue tem. 4or tr2s do intelecto de%em existir outras forças. 4ode o sang8(neo contar com 'ual'uer coisa al&m de seu temperamento sang8(neoB E mesmo na auto-educaço, & necess2rio tentarmos fa*er o 'ue o intelecto poderia fa*er espontaneamente. A pessoa precisa contar com sua sang8inidade1 auto-repress3es no so frut(feras. importante & mostrar sang8inidade seu de%ido lugar. ?e%emos tentar no ter interesse por certas coisas pelas 'uais normalmente temos. 4odemos, por meio do intelecto, proporcionar a n)s mesmos experiências pelas 'uais o re%e interesse do sang8(neo & leg(timo. Se ele proc procur uraa colo coloca carr-se se arti artifi fici cial alme ment ntee na posiç posiço o de se conf confro ront ntar ar com com o 'ue 'ue no no l"e l"e interessa, tanto mel"or. @uando pro%ocamos, mesmo em pe'uena escala, tais condiç3es em 'ue o interesse passageiro & oportuno, ento $2 ser2 pro%ocado o necess2rio. Ao insistir nesse exerc(cio perceemos 'ue esse temperamento desen%ol%e a força para se transformar. ?o mesmo modo, o col&rico pode se autocurar de um modo espec(fico se oser%armos a 'uesto so o ponto de %ista da Ciência Espiritual. Com o temperamento col&rico, & con%eniente escol"er coisas tais, pro%ocar por meio do intelecto condiç3es tais 'ue frente 19
a elas no adiante nos enfurecermos, no adiante nos le%armos ad absurduni por nossa f7ria. @uando ento o col&rico repara 'ue sua f7ria interior 'uer desafogar-se, precisa tentar encontrar um om n7mero de coisas em 'ue se$a necess2ria pouca força para serem superadas1 ele precisa tentar pro%ocar situaç3es externas f2ceis de dominar e tentar sempre gastar suas energias de modo mais %eemente em acontecimentos e fatos insi insign gnif ific icant antes es.. Se ele ele proc procur urar ar essa essass cois coisas as insig insigni nifi fica cant ntes es 'ue 'ue no no l"e l"e ofer oferec ecem em resistência, poder2, por sua %e*, guiar seu temperamento col&rico unilateral na direço correta. @uando nos damos conta de 'ue nossa melancolia pode le%ar unilateralidade, de%emos tentar criar, criar, para n)s, ost2culos exteriores $ustificados e 'uerer des%end2los em toda a sua amplitude, amplitude, a fim de des%iar des%iar para assuntos assuntos exteriores exteriores o 'ue possu(mos possu(mos em n)s de dor e capacidade para a dor. sso o intelecto consegue. 4ortanto, o temperamento melanc)lico no de%e passar ao largo da dor e do sofrimento1 pelo contr2rio, de%e $ustamente procur2-los, de%e sofrer com eles, para 'ue sua dor se$a des%iada para as coisas e os acontecimentos certos. Se somos fleum2ticos, no tendo interesse por nada, ento & om 'ue nos ocupemos com a maior 'uantidade poss(%el de o$etos desinteressantes, 'ue nos cer'uemos da maior 'uantidade poss(%el de fontes de t&dio, de modo a nos entediarmos profundamente. Assim curaremos radicalmente nossa fleuma, perderemos completamente esse "2ito. 4ortanto o fleum2tico fa* em em pensar, com o intelecto, 'ue de%e ter interesse por alguma coisa, 'ue de%e procurar coisas 'ue $ustifi'uem por no serem causadoras de preocupaço na pessoa. Ele de%e procurar ocupaç3es em 'ue a fleuma se$a $ustificada, em 'ue ele possa esgotar sua fleuma. Com isso superar2 sua fleuma, mesmo 'uando esta ameaça degenerar em unilateralidade. Contamos, assim, com o 'ue existe, e no com o 'ue no existe. A'ueles, por&m, 'ue se denominam realistas acreditam, por exemplo, 'ue o mel"or para um melanc)lico & se procurar o 'ue de%e ser traal"ado de modo oposto. 4or&m 'uem pensa %erdadeiramente de modo real apela para o 'ue $2 existe nele. Assim os Sen"ores %êem 'ue & $ustamente a Ciência Espiritual 'ue no nos afasta do real e da %erdadeira %ida1 'ue a cada passo ela iluminar2 nosso camin"o em direço s %erdades, sendo ela 'ue nos pode dar, tam&m, orientaço na %ida sore como le%ar em consideraço tudo o 'ue & %erdadeiro. Fantasiosas so as pessoas 'ue crêem ter de permanecer presas s aparências externas. Temos de procurar ra*3es mais profundas se 'uisermos penetrar nessa realidade, sendo 'ue ad'uiriremos uma compreensao para a multiplicidade da %ida ao entrarmos em tais consideraç3es. +osso sentido pr2tico se tornar2 cada %e* mais indi%idual se no formos forçados a adotar a receita geral Docê no de%e extinguir %oluilidade com seriedade6, e sim %er 'uais so as 'ualidades 'ue de%em ser ati%adas no "omem. Se o ser "umano & o maior enigma da %ida, e se n)s temos a esperança de 'ue esse enigma "umano nos se$a decifrado, temos de recorrer Ciência Espiritual, a 7nica 'ue pode decifr2-lo. +o apenas o ser "umano em geral & para n)s um enigma1 cada pessoa com 'uem nos defrontamos na %ida, %ida, cada cada no%a no%a indi%i indi%idua dualid lidade ade nos nos prop3e prop3e um no%o no%o enigma enigma,, 'ue certam certament entee no podemos decifrar refletindo sore ele com nosso intelecto. 4recisamos c"egar at& indi%idualidade. E ento tam&m poderemos deixar a Ciência Espiritual atuar a partir de nosso n7cleo essencial mais (ntimo 9 poderemos fa*er da Ciência Espiritual o impulso m2ximo da %ida. En'uanto continuar apenas sendo teoria, ela no ter2 %alor algum. 'ue de%e & ser aplicada na %ida do ser "umano. camin"o para isso & poss(%el, por&m & em longo. Ele se torna iluminado para n)s 'uando condu* realidade. Ento nossas maneiras de %er se transformam, e n)s perceemos uma transformaço dos con"ecimentos. Q um precon preconcei ceito to acredit acreditar ar 'ue os con"eci con"ecimen mentos tos de%am de%am perman permanece ecerr astr astrato atos1 s1 'uando 'uando penetram penetram no 5mito 5mito espiritual espiritual eles permeiam permeiam todo o nosso traal"o traal"o de %ida, %ida, toda a %ida fica permeada por eles. Ento nos confrontamos com a %ida de maneira a ad'uirir con"ecimentos sore a indi%idualidade, 'ue se aprofunda at& ao sentimento e sensaço e a( se expressa, possuindo grande respeito e estima. odelos so f2ceis de recon"ecer. E & f2cil 'uerer dominar a %ida segundo modelos, por&m ela no se deixa tratar como tal. Ento asta apenas um con"ecimento, transformado num sentimento 'ue de%emos ter 20
para com a indi%idualidade do "omem, para com a indi%idualidade na %ida toda. A( nosso con"ecimento, por assim di*er, espiritual consciente influir2 em nosso sentimento, de modo a poder formar um $u(*o correto sore o enigma 'ue se nos apresenta em cada pessoa em particular. Como Como deci decifr frar ar o enig enigma ma 'ue 'ue cada cada pess pessoa oa nos nos aprese apresent ntaB aB +)s +)s o deci decifr frare aremo moss defrontando-nos com essa pessoa de modo a estaelecermos "armonia entre n)s e ela. E permeando-nos assim com saedoria de %ida 'ue poderemos decifrar o principal enigma da existência, ou se$a, cada ser "umano em particular. +o ser2 desfiando id&ias e conceitos astratos 'ue o decifraremos. enigma "umano geral pode ser decifrado por meio imagens. P2 o enigma indi%idual no & decifr2%el desfiando-se id&ias e conceitos astratos1 o 'ue de%emos fa*er & colocarnos diante de cada pessoa em particular, particular, manifestando-l"e compreenso imediata. sso s) & poss(%el 'uando saemos o 'ue existe no fundo da alma. A Ciência Espiritual & algo 'ue flui lenta e paulatinamente para dentro de toda a nossa alma, de modo a tornar a alma recepti%a no s) para as grandes conex3es, mas tam&m para os detal"es mais sutis. +a Ciência Espiritual ocorre 'ue, 'uando uma alma se encontra diante de outra e esta exige amor, o amor l"e & oferecido. Se ela exige uma outra coisa, outra coisa l"e ser2 dada. Q assim 'ue criamos, atra%&s de tal saedoria de %ida, fundamentos sociais. sto & decifrar um enigma a cada momento. +o & mediante serm3es, exortaç3es, discursos moralistas 'ue a Antroposofia atua, mas mediante a criaço de um fundamento social em 'ue o ser "umano possa con"ecer o ser "umano. A Ciência Espiritual constitui, assim, o fundamento da %ida1 e o amor & a flor e o fruto de uma %ida assim animada pela Ciência Espiritual. 4or isso esta pode afirmar estar criando algo 'ue %em a ser a ase para o mais elo o$eti%o do prop)sito do "omem/ o %erdadeiro e leg(timo amor "umano. Em nosso sentir fraternal, em nosso amor, amor, na maneira como nos colocamos diante de cada pessoa em particular, em nossa conduta de%er(amos aprender, atra%&s da Ciência Espiritual, a arte de %i%er. Se deix2ssemos a %ida e o amor afluir para o sentimento e para a sensaço, a %ida "umana seria uma ela expresso dos frutos dessa Ciência Espiritual. So todos os aspectos, c"egamos a con"ecer as pessoas indi%idualmente 'uando as recon"ecemos por meio da Ciência Espiritual. Foi desse modo 'ue $2 aprendemos a con"ecer a criança/ pouco a pouco aprendemos a considerar e a apreciar na criança o peculiar, peculiar, o enigm2tico da indi%idualidade, e aprendemos tam&m como lidar, lidar, na %ida, com este indi%idual 9 pois a Ciência Espiritual, por assim di*er, no nos d2 somente indicaç3es racionais gerais, mas nos orienta em nosso comportamento para com a pessoa, a fim de decifrar os enigmas 'ue nela esto para ser decifrados/ amar o ser "umano como de%emos am2-lo am2-lo se 'uiser 'uisermos mos no apenas apenas estud2 estud2-lo -lo intel intelectu ectualm alment ente, e, mas deix2deix2-lo lo atuar atuar totalmente sore n)s, deixar 'ue nosso con"ecimento da Ciência Espiritual pon"a asas em nossos sentimentos, em nosso amor. Esta & a %erdadeira ase 'ue pode proporcionar o %erdadeiro, o fecundo e leg(timo amor "umano. Esta & a ase 'ue nos fa* descorir o 'ue temos de procurar como sendo o n7cleo essencial mais (ntimo de cada indi%(duo. E permeando-nos assim com o con"ecimento espiritual, nossa %ida social ser2 regida de modo 'ue cada um, ao se defrontar com o outro com estima e consideraço e com penetraço no enigma "umano, aprender2 como descorir e regular sua con duta perante o ser "umano. S) 'uem %i%e a priori em astraç3es pode falar em conceitos ins(pidos1 mas 'uem aspira ao %erdadeiro con"ecimento o encontrar2, como encontrar2 o camin"o para o seu pr)ximo 9 ac"ar2 a soluço do enigma do pr)ximo em seu pr)prio comportamento, em seu pr)prio procedimento. Assi Assim m deci decifr fram amos os o enig enigma ma indi indi%i %idu dual al 'ue 'ue & o modo modo como como n)s n)s mesm mesmos os nos nos comportamos perante os outros. +)s s) encontramos o n7cleo essencial do outro com uma concepço de %ida pro%eniente do esp(rito. Ciência Espiritual de%e ser uma pr2tica de %ida, um fator espiritual de %ida, inteiramente pr2xis, inteiramente %ida, e no uma p2lida teoria cin*enta. Estes so con"ecimentos 'ue podem atuar dentro de todas as firas do ser "umano, 'ue podem dominar cada maneira particular de agir na %ida. E assim 9 e isso pode ser mostrado especialmente nesta oser%aço das peculiaridades (ntimas dos "omens, dos temperamentos 9, & assim 'ue a Ciência Espiritual se con%erte em %erdadeira arte de %i%er. Q assim 'ue se inflama o 'ue "2 de mais elo entre dois seres "umanos, 'uando 21
ol"amos nos ol"os do outro e no s) entendemos como penetrar o enigma, mas tam&m como amar/ deixar fluir amor de uma indi%idualidade para outra. ?e pro%as te)ricas a Ciência Espiritual no precisa1 a %ida l"e fornece suas pro%as. cientista espiritual sae 'ue a tudo se pode o$etar com um pr) e um contra. As %erdadeiras pro%as so a'uelas 'ue a %ida nos tra*, e a %ida s) pode mostrar, passo a passo, a %erdade do 'ue pensamos ao oser%ar o "omem atra%&s do con"ecimento da Ciência Espiritual 9 pois esta consiste num processo cogniti%o "armnico, %i%idamente fer%oroso, penetrando nos mais profundos mist&rios da %ida.
Respostas a perguntas $Ao %inal da con%er&ncia pro%erida em 'erlim, em ( de mar)o de *++ /is /iste tem m tamb também ém pess pessoa oass em 0ue 0ue nenh nenhum um temp temper eram amen ento to se mani mani%e %est sta. a. 1 0ue 0ue predomina nelas2
sso & %erdade. !2 pessoas em 'ue, por assim di*er, no se destaca um mati* tempe temperame ramenta ntall espec( espec(fic fico. o. +o entant entantoo o oser% oser%ado adorr perspi perspica* ca* poder2 poder2 desco descori rirr 'ue toda%ia existe, em certo sentido, um temperamento. 4recisamos ter em claro 'ue, ao se desen%ol%er um tema dessa ordem, nem tudo o 'ue & pertinente pode ser dito. Sendo assim, caso se 'uisesse esclarecer certos fenmenos da %ida eu de%eria tam&m explicarl"es, por outro lado, os complicados temperamentos particulares 9 teria de mostrar-l"es como como,, na %erd %erdad ade, e, em toda toda pess pessoa oa cert certas as pecu peculi liar arid idad ades es de um de seus seus memro memross Vontol)gicosW se salientam, possuindo ela, portanto, um e%idente temperamento. Contudo pode acontecer muito em de um outro lado da entidade "umana atuar sore outros aspectos da pessoa. Sendo assim, 'uem estudasse as disposiç3es temperamentais de +apole +apoleo o poderia poderia desco descorir rir 'ue 'ue com relaç relaçoo a deter determina minadas das coisas coisas ele ele de%e de%e ter-se ter-se portado de modo em fleum2tico, tanto 'ue podemos di*er o seguinte/ nuances dos 'uatro temperamentos podem ser encontradas em toda pessoa, salientando-se $ustamente o 'ue pro%&m de um excedente espec(fico. @uando eu disse, a respeito do corpo astral, 'ue este funciona em excesso 9 isto no e'ui%ale a di*er 'ue ele atua exercendo um dom(nio incondicional sore os demais 9, isso significa 'ue nessa pessoa ele atua al&m de sua medida normal. 4ode ser 'ue o corpo astral atue em excesso por no se encontrar inserido na "armonia correta, mesmo no corpo corpo fisico fisico.. Ento Ento os excesso excessoss podem podem neutral neutrali*a i*ar-s r-se, e, manife manifesta stando ndo-se -se algo algo como como a asoluta ausência de temperamento 9 'ue consiste no e'uilirio de aspectos existentes de um ou de outro lado. Com uma oa capacidade de oser%aço an(mica, sempre se poder2 perceer na pessoa um temperamento rele%ante. m 0ue consiste o %en3meno do e4oísmo2
Eu de%eri de%eriaa profer proferir ir muitas muitas palest palestras ras para para explic explicar ar corret corretame amente nte esse esse tema. tema. ego(smo & o 'ue, por um lado, fa* do "omem uma indi%idualidade. Ele se desmanc"aria caso no pudesse sinteti*ar o seu ser. +uma pessoa 'ue exagera no princ(pio do eu, por&m de modo modo di%e di%ers rsoo do 'ue 'ue no temp temper eram amen ento to col& col&ri rico co,, o ego( ego(sm smoo nada nada mais mais & sen senoo "ipertenso do princ(pio da indi%idualidade. Su$a* nature*a "umana o fato de a energia 'ue poderia condu*ir um "omem a uma meta tam&m poder ser exagerada. E com isso ele pode tornar-se uma pessoa li%re. Que temperamentos indicam os olhos cin#entos2
?e%o apelar um pouco sua ene%olência. sso no pode ser colocado a'ui de modo to exato, pois necessitaria de muitas "oras. S) posso responder-l"e sem poder di*er a orig origem em.. 4orta ortant nto, o, eu gost gostar aria ia de come coment ntar ar o segu seguin inte te// ao perg pergun unta tarr sor soree a correspondência entre ol"os cin*entos e o temperamento, o Sen"or de%eria le%ar em 22
conta 'ue, %ia de regra, os ol"os cin*entos têm uma certa nuance tendente a uma ou outra cor. cor. Existem ol"os de tom cin*a-es%erdeado, cin*a-acastan"ado, cin*a-acastan"ado, cin*a-a*ulado. cin *a-a*ulado. Em gera gerall os ol"o ol"oss de tom tom cin* cin*aa-a* a*ul ulad adoo pode podem m indic indicar ar um temp temper eram amen ento to melanc)lico, os es%erdeados um temperamento fleum2tico. sso, por&m, no de%e ser tomado como padro. A melancolia melancolia é uma doen)a nervosa2 nervosa2
'ue eu descre%i "o$e como temperamento melanc)lico no & designado como melancolia. +este mês de março eu falarei sore 'uest3es de sa7de , 'uando ento se oferecer2 suficiente oportunidade para esclarecimentos, nesse sentido, a 'uem dese$e fa*er perguntas. 3
Em conferência p7lica proferida a seguir em uni'ue :H.X.GKOK;, so o t(tulo @uest3es de sa7de lu* da Ciência Espiritual, inclusa em 5o und 6ie %indet man den 7eist2, 0A-+r. LJ. IY ed. ?ornac", GKNM. :+.E.;
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