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Ficha Técnica
Copy opyright right © 2006 by Dra Dragons gonsteel teel Entertain Enterta inm m ent, LCC LCC. All right rightss reserve re served. d. Copy Co py right © Bra Brandon ndon Sande Sanderson. rson. All rights rights reserve rese rved. d. Copy opyright right © 2008 by Dra Dragons gonsteel teel Entertain Enterta inm m ent, LCC LCC. All right rightss reserve re served. d. Todos os dire direit itos os reserva re servados dos.. Tradução para a língua portuguesa © 2013 Texto Editores Ltda. The final e mpire Título original: Mistbor original: Mistbornn – The Diretor edito editorial: rial: Pascoal Pa scoal Soto Soto Editora executiva: Tainã Bispo Produção editorial: Pamela Oliveira, Renata Alves e Maitê Zickuhr Prepar Pr eparaç ação: ão: Caroli Carolina na Cos osta ta Revisão: Mariana Pires Diagram aç ação: ão: Deborah Debora h Takaish Takaishii Capa apa:: Rico Rico Bac Bacellar ellar Ilustração de capa: Marc Simonetti Diretor de produção gráfica: Eduardo dos Santos Gerente Ger ente de produ produçã çãoo gráfica: gráf ica: Fábio Fábio Menezes Menezes Dados Inter Internacionai nacionaiss de Catalo Catalogaçã gaçãoo na Publ P ublicaç icação ão (C ( CIP IP)) Angélica Ilac Ilacqua qua CR CRB B-8/705 -8/70577 Sande anderson, rson, Brandon Bra ndon Mist Mi stborn born – Nascidos Na scidos da Bruma Brum a : o im im pér pério io final final / Bra Brandon ndon Sanderson; tradução de Márcia Blasques. – São Paulo : LeYa, 2014. 608 p. (Mistborn, v. 1) ISBN 9788580448634 Título original: Mistborn: the final empire 1. Ficção fantástica americana I. Título II. Blasques, Márcia III. Série 14-0079 CDD 813 Índices para catálogo sistemático: 1. Ficção fantástica americana
2014 TEXTO EDITORES LTDA. Uma editora do Grupo LeYa Rua Desembargador Paulo Passaláqua, 86 01248-010 – Pacaembu – São Paulo – SP www.leya.com.br
Para Beth Sanderson, Sande rson, que vem lendo fantasia há mais tempo do que eu tenho estado vivo, e me merec recee plenamente ter um neto ne to tão tão doido doido quanto quanto ela.
AGRADECIMENTOS AGRADECIMENTO S
Mais uma vez Mais vez,, me m e vej o obrigado obrigado a agradece agra decerr ao a o meu m eu m ar aravil avilhos hosoo agente, Jos Joshua hua Bil Bilm m es, e ao igualm igualmente ente incrível incrível editor, editor, Mosh Moshee Feder eder.. Eles fizer fizeram am um trabalh trabalhoo fenome fe nomenal nal com est estee li livro, vro, e estou orgulhoso de ter a oportunidade de trabalhar com eles. Como sempre, meus incansáveis grupos de escrita proporcionaram fee feedback dbackss e encorajj am ento const encora constantes: antes: Alan Lay to ton, n, Janette Janette Lay to ton, n, Kay ly lynne nne ZoBell ZoBell,, Nate Hatfield, Hatfield, Bry Bry ce Cund undick ick,, Kimball Larsen e Em Emiily Scorup. Agradeço Agradeç o também tam bém aos leito leitore ress críticos críticos,, que vira viram m uma versão muito mais primitiva deste livro e me ajudaram a dar a forma que ele tem agora, incluindo Krista Olson, Benjamin R. Olson, Micah Demoux, Eric Ehlers, Izzy Whiting, Stacy Whitman, Kristina Kugler, Megan Kauffman, Sarah Bylund, C. Lee Player, Ethan Skarstedt, Jillena O’Brien, Ryan Jurado e o grande Peter Ahlstrom. Há também algumas pessoas em particular às quais eu gostaria de agradecer. Isaac Stewart, que fez o mapa para este romance, um recurso inestimável tanto no departamento de ideias id eias quanto quanto com di dica cass visu visuais. ais. Hea Heath ther er Kirby tin inha ha excelentes e xcelentes conselho conselhoss a oferec ofer ecer er para aj udar com o misterioso funcionamento interno da mente de uma jovem mulher. A revisão feita por Cher herst stii Stapely Stapely e Ka Kayy leena Richin ichinss foi muito satis satisfa fatóri tória. a. Além disso, gostaria de agradecer a algumas pessoas muito importantes que trabalharam nos bastidores dos livros que você compra. Irene Gallo, diretora de arte da Tor, fez um trabalho Elantris ris têm brilhante – é por c a usa dela que tanto este e ste livro quanto qua nto Elant têm capas maravilhosas. E David Moench, do departamento de publicidade da Tor, que foi muito além do dever para fazer de um sucesso. Aos dois, os meus agradecimentos. lantris um lantris Finalmente, como sempre, sou grato à minha família pelo seu constante apoio e entusiasmo. Gostaria de agradecer, particularmente, ao meu irmão, Jordan, por seu entusiasmo, apoio e lealdade. leald ade. Confi onfira ra o trabalho dele dele em e m m eu site: site: www.brandonsanderson.com
Às vezes ve zes me preoc preocupo upo em não ser o herói he rói que todos acham que sou. Os filósofos me asseguram que este é o momento, que os sinais foram cumpridos. Mas ainda me pergunto se não pegaram o homem errado. Tantas pessoas dependem de mim. Dizem que tenho o futuro do mundo inteiro nas mãos. O que pensariam se soubessem que o seu campeão – o Herói das Eras, seu salvador – duvidou de si mesmo? Talvez não ficassem nem um pouco surpresos. De certo modo, é isso o que mais me preocupa. Tal Talve vez, z, em seus se us corações, eles ele s duvidem duvidem – assim assim como eu. e u. Quando me olham, olham, vee v eem m um menti me ntiros roso? o?
PRÓLOGO
Caíam cinzas do céu. Lorde Tresting franziu o cenho, contemplando o céu avermelhado do meio-dia, enquanto os criados se adiantavam, abrindo o guarda-sol sobre ele e seu distinto convidado. As chuvas de cinzas não eram incomuns no Império Final, mas Tresting esperava evitar manchas de fuligem em seu elegante casaco novo e em sua túnica vermelha, recém-chegados de barco pelo canal, vindos vi ndos da da própria Luthadel. Luthade l. Feliz Felizm m ente, não nã o havia m ui uito to vento; vento; o guar guardada-sol sol seria ef eficaz. icaz. Tresting estava parado ao lado de seu convidado em um pequeno pátio na colina, com vista paraa os c a m pos. Centena par Centenass de pe pessoas ssoas em bata batass m ar arrons rons tra trabalha balhavam vam sob a c inz inzaa que ca caía, ía, cuidando das plantações. Havia lentidão em seus esforços – mas, é claro, esse era o jeito dos skaa. Os camponeses eram um grupo indolente e improdutivo. Eles não reclamavam, é claro; sabiam sabi am qual era seu lugar lugar.. Em vez di diss sso, o, simplesme simplesment ntee trabalh traba lhavam avam de cabeç c abeçaa bai ba ixa, cumprin cum prindo do suas su as obrigaçõe obrigaçõess com apati a patiaa silencio silenciosa. sa. Um chi c hicotear cotear breve bre ve de um ca capataz pataz os obri obrigava gava a ac acelera elerar r por alguns a lguns m om omee ntos ntos,, ma m a s assim que o capa c apataz taz se se af afasta astava, va, voltavam voltava m a o seu langor. langor . Tresting voltou-se para o homem ao seu lado na colina. – Quem Que m im imaa ginar ginaria ia que m il anos trabalhando traba lhando nos ca c a m pos os ter teriam iam deixa deixado do um pouco m a is eficientes que isto – comentou. O obrigador se virou, erguendo uma sobrancelha – um movimento feito para realçar seu traço mais característico, as tatuagens intrincadas que marcavam a pele que rodeava seus olhos.
As tatuagens eram enormes, perpassando sua sobrancelha até alcançar as laterais de seu nariz. Um perfeito prelado – um obrigador muito importante, na verdade. Tresting tinha seus obrigadores pessoais na mansão, mas estes eram servidores menores, com poucas marcas ao redor re dor dos ol olhos hos.. Este Este home homem m havi haviaa chega chegado do de Luthadel Luthadel no mesmo me smo barc ba rcoo que trouxera trouxera os novo novoss trajes traj es de Tresti Tresting. ng. – Você Você devia ve verr os skaa skaa da cida cidade de,, Tre Tr e sti sting ng – o obrigador obr igador diss dissee , voltando-se voltando- se pa para ra obser observar var os trabalhadores. – Os daqui são, na verdade, bem aplicados comparados aos de Luthadel. Vocês têm mais... controle direto aqui sobre seus skaa. Quantos você diria que perde por mês? – Ah, A h, m e ia dúz dúzia, ia, m a is ou m e nos – Tr Tresting esting respondeu. re spondeu. – Alguns A lguns por espa espanca ncam m ento, outros de exaustão. – E fugitivos? fugitivos? – Nunc Nuncaa ! – Tr Tresting esting gar garaa nti ntiu. u. – Qua Quando ndo her herde deii e sta ter terra ra do m e u pai, havia a lguns fugitivos... mas executei suas famílias. Os restantes perderam o ímpeto rapidamente. Nunca entendi os homens que têm problemas com seus skaa; acho essas criaturas fáceis de controlar, desde des de que se se tenha a m ão adequadament adequadame ntee firme. firm e. O obrigador assentiu, parado silenciosamente em sua túnica cinza. Parecia satisfeito – o que era uma coisa boa. Os skaa não eram propriedade de Tresting, na verdade. Como todos os skaa, eles pertenciam ao Senhor Soberano; Tresting apenas arrendava os trabalhadores de seu Deus, assim como pagava pelos serviços de Seus obrigadores. O obrigador olhou para baixo, checando o relógio de bolso, e então ergueu o olhar para o céu. Apesar da chuva de cinzas, o sol estava brilhante, reluzindo um cintilante vermelho carm ca rm esim por trás da da escurid e scuridão ão esfumaç esfum açada ada das da s altu alturas. ras. Tresting Tresting pegou pegou um um lenço e secou a testa, testa, grato pela sombra do guarda-sol que o protegia do calor do meio-dia. – Mui Muito to bem , Tre Tresti sting ng – diss dissee o obrigador . – Tra Transm nsmit itire ireii sua proposta a o Lorde Ve nture nture,, comoo soli com solicit citado. ado. Ele Ele rec r eceber eberáá um relato favorável de m in inha ha parte par te sobre sobre suas oper operaç ações ões aqui. aqui. Tresting conteve um suspiro de alívio. Era dever do obrigador testemunhar qualquer contrato ou acordo comercial entre nobres. Na verdade, até mesmo um obrigador menor, como os que Tresting empregava, podia servir como testemunha – mas era muito mais significativo impressionar o obrigador do próprio Straff Venture. O obrigador se voltou para ele. – Pa P a rtire rtireii pelo canal ca nal esta e sta tarde. tar de. – Tão Tã o cedo? ce do? – Tresti Tre sting ng perguntou. per guntou. – Nã Nãoo gostar gostaria ia de fic ficar ar pa para ra j anta antar? r? – Nã Nãoo – o obriga obrigador dor re respondeu. spondeu. – Em Embora bora e u tenha outro assunto que dese desejj o discuti discutirr c om você. Não vim apenas por ordem do Lorde Venture, mas para... investigar alguns assuntos para o Cantão da Inquisição. Há rumores de que você gosta de se divertir com suas mulheres skaa. Tresting sentiu um calafrio. O obrigador sorriu; provavelmente pretendia parecer tranquilizador, mas Tresting só conseguiu achá-lo misterioso. – Nã Nãoo se pre preoc ocupe, upe, Tr Tresting esting – o obrigador dis disse. se. – Se houvesse um umaa pre preocupa ocupaçç ão quanto a suas ações, um Inquisidor de Aço teria sido enviado no meu lugar. verdadeira quanto verdadeira Tresting assentiu lentamente. Inquisidor. Ele nunca tinha visto uma dessas criaturas não humana hum anas, s, mas m as tinha tinha ouvi ouvido... do... hist histórias. órias. – Estou sa sa ti tisfe sfeit itoo com c om re relaç laçãã o às à s suas aç a ç ões com c om as m ulher ulheres es skaa skaa – o obrigador obriga dor prosseguiu, pr osseguiu, observando os campos. – O que vi e ouvi aqui indica que você sempre limpa sua sujeira. Um homem como você – eficiente, produtivo – chegaria longe em Luthadel. Mais alguns anos de trabalho, alguns acordos comerciais inspirados, e quem sabe? O obrigador obrigador se virou, virou, e Trest Tre stin ingg se pegou so sorrindo rrindo.. Não era er a um a prom essa, nem m esm esmoo um
endosso – os obrigadores eram, em sua grande maioria, mais burocratas e testemunhas do que sacerdotes –, mas ouvir tal elogio de um dos servos do próprio Senhor Soberano... Ele sabia que alguns nobres consideravam os obrigadores perturbadores – alguns até os consideravam um incômodo – mas, neste momento, Tresting teria beijado seu distinto convidado. Tresting se voltou para os skaa, que trabalhavam silenciosamente sob o sol sangrento e os lentos flocos de cinzas. Tresting sempre fora um nobre do campo, vivendo de sua plantação, sonhand so nhandoo em tal talvez vez se m udar para par a Lut Luthadel. hadel. Ouvira Ouvira falar f alar dos bail bailes es e das fest fe stas, as, do glam glam our e da intrig in triga, a, e is isso so o entusiasm entusiasmava ava.. Tenho que comemorar esta noite , pensou. Havia aquela garota na décima quarta choupana que vinha observando há algum tempo... Sorriu novamente. Mais alguns anos de trabalho, dissera o obrigador. Mas será que Tresting poderia poder ia a pre pressar ssar iss isso, o, se tra trabalha balhasse sse um pouco m a is duro? dur o? Sua populaç populaçãã o sk skaa a vinha c re resce scendo ndo ultimamente. Se os pressionasse um pouco mais, talvez pudesse produzir uma colheita extra neste verão e cumprir seu contrato com Lorde Venture com folga. Tresting assentiu enquanto observava a multidão de preguiçosos skaa, alguns trabalhando com suas enxadas, outros de joelhos, separando a cinza da colheita. Não tinham queixa. Não tinham ti nham espera esperança. nça. Mal ousavam ousavam pensar. Era ass a ssim im que devia ser, pois pois eram era m sk skaa aa.. Eram ... Tresting congelou quando um dos skaa levantou a cabeça. O homem encontrou seus olhos, havia uma faísca – não, uma chama – de desafio em sua expressão. Tresting nunca vira algo assim, não no rosto de um skaa. Deu um passo para trás instintivamente, um calafrio percorreu sua espi e spinha nha enquanto e nquanto o estranho e alti altivo vo skaa skaa sus sustentava tentava seu olhar. E sorria. Trest Tre stin ingg afastou af astou o olhar olhar.. – Kurdon! Kur don! – excla e xclam m ou. O corpulento capataz subiu correndo a encosta. – Sim Sim,, me m e u senhor? senhor ? Trest Tre stin ingg se virou, apontando para ... Franziu o cenho. Onde aquele skaa estava? Trabalhando de cabeças baixas, com seus corpos manchados de fuligem e suor, era difícil distingui-los. Tresting se deteve, procurando. Achou que sabia qual era o lugar... um ponto vazio, onde agora não havia ninguém. Mas, não. Não podia ser. O homem não podia ter desaparecido no grupo tão rapidamente. Onde teria ido? Devia estar lá, em algum lugar, trabalhando com a cabeça agora devidamente baixa.. Mesm o assim, baixa assim , aquele aque le m om omento ento de a par paree nte provoca pr ovocaçç ão era e ra im imper perdoáve doável.l. – Meu senhor? se nhor? – Kurdon perguntou per guntou nova novam m ente ente.. O obrigador estava parado ao seu lado, observando-o curiosamente. Não era aconselhável deixar deix ar o homem home m saber que um dos sk skaa aa agira de m odo tão tão ousado. ousado. – Faça Faç a os ska ska a da ala sul tra trabalha balhare rem m um pouco m a is duro – Tre T resti sting ng ordenou, orde nou, apontando. a pontando. – Vej o que que est e stão ão m oros orosos os,, mesm m esmoo para sk skaa aa.. Bata Bata em e m algu alguns ns deles. Kurdon deu de ombros, mas ma s assenti assentiu. u. Não havia havia exatam ente uma ra razzão para o açoite açoite – mas m as ele não precis prec isava ava de uma para dar chi c hicotadas cotadas nos nos tra trabalh balhadores. adores. Eles El es era e ram m , afin af inal al de cont c ontas, as, apenas apena s skaa skaa.. Ke lsier Kels ier havia escutado e scutado históri histórias. as. Ouvira sussurros de épocas, há muito tempo, em que o sol não era vermelho. Épocas em que o céu não era tomado por fumaça e cinzas, quando as plantas não lutavam para crescer, e quando os skaa não eram escravos. Um tempo anterior ao Senhor Soberano. Esses dias, no entanto, entant o, estavam estavam quase esquecidos. esquecidos. Até Até as a s lendas lendas ficavam ficava m ca cada da vez mais ma is vagas.
Kelsier observou o sol, seus olhos seguiam o gigante disco vermelho que se arrastava na direção do horizonte ocidental. Ficou em pé, em silêncio, por muito tempo, sozinho nos campos vazios vaz ios.. O trabalho tra balho do dia dia term inara inara;; os sk skaa haviam si sido do conduzid conduzidos os de volta volta par paraa suas choupanas. choupana s. Logo chegariam as brumas. Finalmente, Kelsier suspirou e se virou para seguir seu caminho através dos sulcos e trilhas tecidas em meio aos grandes montes de cinzas. Ele evitava pisar nas plantas – embora não soubesse ao certo por que se dava a esse trabalho. As lavouras mal pareciam valer o esforço. Descoradas, com folhas marrons ressecadas, as plantas pareciam tão deprimidas quanto o povo que cuidava delas. As choupanas dos skaa surgiram sob a luz escassa. Kelsier podia ver as brumas que começavam a se formar, nublando o ar e dando às construções montanhosas uma aparência surreal e intangível. As choupanas permaneciam desprotegidas; guardas não eram necessários, pois ne nenhum nhum sk skaa a se a ventura venturava va a sair depois que a noit noitee c hega hegava va.. O m e do que ti tinham nham das brum a s era er a m uit uitoo grande. gra nde. Terei de curá-los disso algum dia , Kelsier pensou enquanto se aproximava de uma das construções const ruções m aiores. Abriu Abriu a port portaa e se esg e sgueirou ueirou par paraa dent dentro. ro. A conversa parou imediatamente. Kelsier fechou a porta e se voltou com um sorriso para confrontar uma sala com cerca de trinta skaa. Uma fogueira queimava debilmente ao centro, e o grande caldeirão ao lado estava cheio de água salpicada de vegetais – os primórdios de uma refeição noturna. A sopa estaria insípida, é claro. Ainda assim, o cheiro era sedutor. – Boa noit noitee pa para ra todos – Kelsi Ke lsiee r diss dissee , sorrindo, sorr indo, colocando coloc ando a m ochila no chão, c hão, aos seus pés, e se apoiando na porta. – Como foi f oi o dia de vocês? voc ês? Suas palavra palavrass quebrar quebraram am o sil silêncio, êncio, e as mul m ulhere heress retom retom ar aram am os prepar preparati ativos vos para o jant ja ntar ar.. Um grupo de homens sentado em uma mesa rústica, no entanto, continuou observando Kelsier com expressão descontente. descontente. – Nosso dia foi c heio de tra traba balho, lho, viaj a nte – diss dissee Te pper pper,, um dos m em bros do conse conselho lho skaa sk aa.. – Algo que que você conseguiu evitar evitar.. – O tra traba balho lho no cam ca m po nunca nunc a m e agr agraa dou, realm re alm e nte – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – É duro dem a is para par a a minha pele delicada. – Ele sorriu, erguendo as mãos e os braços cheios de camadas e mais cam ca m adas de finas cicatrizes. cicatrizes. Elas cobriam cobriam su suaa pele, correndo corr endo longi longittudi udinalme nalment nte, e, como c omo se alg a lguma uma besta ti tive vesse sse raspa r aspado do as garr ga rraa s repetidam re petidam e nte pelos pe los seus braç br aços. os. Tepper bufou. Era jovem para ser membro do conselho, provavelmente mal chegara aos quarenta anos – no máximo era cinco anos mais velho do que Kelsier. No entanto, o homem esqueléti esquel ético co sustent sustentava ava um ar de quem gos gostava tava de est e star ar no comando. com ando. – Isso não é hora par paraa levianda leviandades des – Tepper Te pper diss dissee com seve severida ridade. de. – Quando Q uando acolhe a colhem m os um viajante, esperamos que ele se comporte e evite suspeitas. Quando você se afastou dos campos nestaa m anhã, podi nest podia ter vali valido do um um a surra para os hom homens ens ao seu redor. – É ver verdade dade – Ke Kelsi lsiee r dis disse. se. – Mas esse essess hom homee ns tam bém poder poderiam iam ter sido surra sur rados dos por estar no lugar lugar er erra rado, do, por por parar par ar tem tempo po demais dem ais,, ou por toss tossir ir enquanto enquanto um ca capataz pataz está passando. passando. Uma vez vi um homem ser espancado porque seu amo afirmou que ele havia “piscado de m aneira imprópria”. imprópria”. Tepper estreit estreitou ou os olh olhos os e enrije e nrijece ceuu a pos postu tura ra,, o braço braç o apoiado apoiado na m esa. Sua Sua expressão era er a inflexível. Kelsier suspirou, revirando os olhos. – Tudo bem . Se Se quiser que eu e u vá em e m bora bora,, eu vou. Colocou a mochila no ombro e abriu a porta, despreocupado. Uma densa bruma imediatamente começou a entrar pela porta, passando preguiçosamente
pelo cor corpo po de Ke Kelsi lsiee r, se ac acum umulando ulando e se ar arra rastando stando pelo chã chãoo c om omoo um a nim nimal al he hesit sitante ante.. Várias pessoas arquejaram horrorizadas, ainda que a maioria estivesse aturdida demais para emitir qualquer som. Kelsier ficou parado por um momento, contemplando as brumas densas, com su suas as correntes corr entes incons inconsttantes ilu ilum m in inadas adas frac fr acam am ente pelas brasas da fogu f ogueira. eira. – Fe Fe che a porta porta.. – As palavra pala vrass de Tepper Te pper e ra ram m um umaa súplica, súplica , não um a ordem or dem . Kelsier Kelsi er fez como lhe lhe pediram , fechando fec hando a porta e inter interrom rompendo pendo o fluxo fluxo de de bruma brum a branca. bra nca. – A brum a não nã o é o que você vocêss pensam pensa m . Você Voc ê s a tem te m em dem a is. – Hom H omee ns que se a ventura venturam m pe pela la brum a pe perde rdem m suas alm a lmaa s – um a m ulher suss sussurr urrou. ou. Suas palavra pala vrass leva levantava ntavam m um umaa questã questão. o. Te ria Ke Kelsi lsiee r ca cam m inhado pela pelass brum a s? O que, e ntão, ter teria ia acont ac ontec eciido com sua alma? alm a? Ke lsier ier pensou pe nsou.. Se vocês v ocês soubessem soubessem,, Kels – Bem Bem,, ac acho ho que iss issoo signi signific ficaa que e u vou fic ficaa r. – Ele fe fezz sinal par paraa que um m e nino lhe trouxesse um banco. – É bom, também... teria sido uma pena partir antes de partilhar minhas novidades. Mais de uma pessoa se animou com o comentário. Essa era a verdadeira razão pela qual o toleravam – a razão pela qual os tímidos camponeses acolheram um homem como Kelsier, um skaa que desafiava a vontade do Senhor Soberano viajando de plantação em plantação. Ele podia ser um re renegado negado – um perig per igoo para to toda da a com comuni unidade dade –, mas m as trazia trazia notíci notícias as do mundo lá lá fora. f ora. – Ve nho do norte – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – De ter terra rass onde o toque do Senhor Sober oberaa no é m enos notado. – Falou com voz clara, e as pessoas se inclinaram inconscientemente em sua direção enquanto trabalharam. No dia seguinte, as palavras de Kelsier seriam repetidas para as várias centenas de pessoas que viviam nas outras choupanas. Os skaa podiam ser subservientes, mas eram er am fofoquei fofoqueiros ros incuráve incuráveis is.. – Se Se nhore nhoress locais loca is governam governa m no Oeste Oe ste – Kelsier K elsier diss dissee –, e e stão longe dos punhos de fe ferr rroo do Senhor Soberano e seus obrigadores. Alguns desses nobres distantes estão descobrindo que skaa feli fe lizzes são m elho elhore ress tra trabalh balhadores adores do que skaa skaa m alt altra rattados. Um home homem m , Lorde Renoux, Renoux, chegou mesmo a ordenar que seus capatazes parassem com os espancamentos não autorizados. Sus ussu surra rra-se -se por aí a í que que ele e le está pensando pensando em pagar sal salár ário io para os sk skaa de sua plantaç plantação, ão, com o os que os ar artesãos tesãos da cid c idade ade pod podem em ganhar. – Bobage Bobagem m – Tepper Te pper c om omee ntou. – Mi Minhas nhas de desculpas sculpas – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – Nã Nãoo sabia que o bom Teppe epperr ti tinha nha esta estado do na proprieda propr iedade de de Lorde Renoux re recc ente entem m e nte. Qua Quando ndo você j antou c om e le pe pela la últ últim imaa ve vezz, e le lhee contou algo que lh que não m e di disse? sse? Tepper corou: os skaa não viajavam, e certamente não jantavam com lordes. – Você Você m e tom tomaa por um tol tolo, o, viaj a nte – Te Te pper fa falou lou –, ma m a s sei o que está fa fazze ndo. Você Você é aquele a que chamam de Sobrevivente; essas cicatrizes em seus braços o denunciam. É um encrenqueiro, viaja pelas plantações semeando o descontentamento. Come nossa comida, nos contaa su cont suas as grandes gra ndes hist históri órias as e m enti entira ras, s, e ent e ntão ão desapare de saparece ce,, deixando deixando que pessoas pessoas com c omoo eu lidem lidem com as falsas esperanças que você dá aos nossos filhos. Kelsier ergueu uma sobrancelha. – Vam os lá, bom Te pper – diss dissee . – Suas pre preocupa ocupaçç ões são c om ompletam pletam ente infundada infundadas. s. Veja, não tenho intenção de comer sua comida. Trouxe a minha. – Com isso, Kelsier jogou a mochila no chão, diante da mesa de Tepper. A bolsa de tecido mole caiu de lado, despejando uma variedade de alimentos no solo. Pães finos, frutas e até mesmo alguns embutidos grossos ficaram à vista. Uma fruta vermelha rolou pelo chão de terra batida e se chocou suavemente contra o pé de Tepper. O skaa de meia-idade a observou aturdido.
– Isso é com c omida ida de nobre nobre!! Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Mais ou m enos. Sa be, par paraa um hom homee m de re renom nomaa do pre prestí stígio gio e re reputaç putação, ão, seu Lorde Tresting tem um incrível mau gosto. Sua despensa é uma vergonha para um nobre em sua posiçç ã o. posi Tepper empalideceu ainda mais. – É onde você e steve e sta tar tarde de – suss sussurr urrou. ou. – Você foi a té a m ansã ansão. o. Você ocê... ... roubou do amo!! amo – De fa fato to – Kelsier conf confirm irmou. ou. – E devo de vo acre ac resce scentar ntar que e m bora o gosto de seu senhor se nhor para pa ra comid com idaa sej sejaa depl deplorável, orável, seu olho olho para so sold ldados ados é m ui uito to mais ma is im im pressi pressionant onante. e. Entrar furti furtivam vamente ente na m ansão durante durante o dia dia foi um um belo desaf desafiio. Tepper ainda encarava a bolsa de comida. – Se Se os capa c apataz tazee s encontra enc ontrare rem m iss issoo aqui... – Be Be m , sugiro sugiro que fa façç am iss issoo desapar desa paree c er er,, então entã o – Kelsi Ke lsier er diss dissee . – Eu apostaria apostar ia que tem um gosto um pouco melhor do que essa sopa aguada. Duas dezenas de pares de olhos famintos estudavam a comida. Se Tepper pretendia prosseguir prosse guir c om a discussão, não foi rá rápido pido o suficie suficiente, nte, pois seu sil silêê ncio foi int intee rpr rpreta etado do c om omoo consentimento. Em poucos minutos, o conteúdo da mochila tinha sido inspecionado e distribuído, e a panela de sopa seguiu borbulhando, ignorada, enquanto os skaa se banqueteavam com uma refe re feiiçã çãoo muito muito mais m ais exót exótica. ica. Kelsier se acomodou, recostando-se na parede de madeira da choupana e observando as pessoass de pessoa devora vorare rem m a com ida. Ele ti tinha nha dit ditoo a ver verdade dade:: o c onteúdo da despe despensa nsa er eraa deprimentemente mundano. No entanto, esse era um povo que se alimentava com nada mais do que sopa e mingau desde a infância. Para eles, pães e frutas eram iguarias raras – comidas apenass quando apena quando ficavam velh velhas, as, e era e ram m traz trazid idas as pelos cr criiados da da m ansão. – Sua Sua história foi f oi inter interrom rom pida, j ovem – um sk skaa a m a is velho obser observou, vou, cam ca m bale baleaa ndo para par a se sentar sent ar em um banco ao lado de Kelsier Kelsier.. – Ah, A h, suspeito que have haverá rá tem po para pa ra c ontar m ais tarde ta rde – Ke K e lsi lsiee r dis disse. se. – De D e pois que todas as evidências do do meu m eu furto tenham tenham si sido do propriam propriamente ente devoradas. Não quer nada? – Não, Nã o, obrigado obriga do – o velho disse. – Da últ últim imaa vez que expe experim rimee ntei com c omida ida de senhor senhoree s, tive tive dores no estômago por três dias. Novos sabores são como novas ideias, jovem; quanto mais velho você fica, mais indigestos são para seu estômago. Kelsier fez uma pausa. O velho não tinha um aspecto imponente. Sua pele curtida e a cabeça careca faziam-no parecer mais frágil do que sábio. Mesmo assim, ele tinha que ser mais forte do que parecia; poucos skaa rurais chegavam a essa idade. Muitos senhores não permitiam que os idosos ficassem em casa durante a jornada de trabalho, e os açoites frequentes, que fazziam parte da vida de um sk fa skaa aa,, cobravam um preç preçoo ter terrív rível el dos anciãos. – Qual Qua l é m e sm smoo seu nom e? – Kelsier pe perguntou. rguntou. – Mennis. Kelsier se voltou para Tepper. – Então, bom Mennis, me m e diga um umaa cois c oisaa . Por P or que deixa que ele e le lidere? lidere ? Mennis deu de ombros. – Qua Quando ndo se che chega ga à m inha idade idade,, é pre precc iso ter m uit uitoo cuida cuidado do c om onde se gasta sua energi ener gia. a. Algum Algum as batalhas simplesme simplesment ntee não valem a pena. – Havi Ha viaa uma ins nsin inuaçã uaçãoo nos ol olhos de de Mennis; Menni s; ele est e stava ava se refe re ferind rindoo a algo maio ma iorr do que sua própria disput disputaa com Tepper. – Está satisfe satisfeit itoo c om iss isso, o, entã então? o? – Ke Kelsi lsiee r pe perguntou, rguntou, a pontando com a ca cabeç beçaa na dire direçç ão da choupana e de seus ocupantes meio famintos e sobrecarregados de trabalho. – Está satisfeito
com esta vida vida cheia c heia de açoit a çoites es e tra rabalh balhoo sem fim? – Ao m enos é um umaa vida – Mennis diss dissee . – Se i o que o desc descontentam ontentam e nto, o tra trabalho balho m au pago e a s re rebeliões beliões tra trazze m . A a tenç tenção ão do Se nhor Sober oberano ano e a ira do Min Minist istéé rio de Aç Açoo podem ser bem m ais terrívei terríveiss do do que que al a lgu gum m as chibat chibatadas. adas. Hom Hom ens como você pregam a m ud udança, ança, m as m e pergunt pe rgunto: o: essa é um a batal ba talha ha que realm re almente ente podem podem os lut lutar ar?? – Você j á e stá lut lutando, ando, m e u bom Mennis. E está per perde dendo ndo ter terrive rivelm lmee nte. – Ke Kelsi lsiee r de deuu de ombros. – Mas o que eu sei? Sou só um viajante miserável, que veio comer sua comida e impressionar seus jovens. Menniss balançou Menni balançou a cabeç c abeça. a. – Você Voc ê zom omba ba,, ma m a s Tepper Teppe r pode esta estarr cer c erto. to. Tem o que sua vis visit itaa nos traga tra ga sofr sofrim imento. ento. Kels Ke lsier ier sorriu. – P or iss issoo não o c ontra ontradiss disse... e... ao m enos não quanto a ser e ncr ncree nqueiro. – Fez um umaa pa pausa, usa, então abriu mais o sorriso. – De fato, diria que me chamar de encrenqueiro é provavelmente a única úni ca cois coisaa ce certa rta que Tepper Te pper disse disse desde que eu e u cheguei aqui. aqui. – Com Comoo faz fa z iss isso? o? – Mennis perguntou, per guntou, fr fraa nz nzindo indo o cenho. ce nho. – O quê? quê ? – Sorr Sorrir ir tanto. – Ah, sou só uma um a pessoa pe ssoa fe f e li lizz. Mennis olhou para as mãos de Kelsier. – Sabe Sabe,, só vi cicatriz cica trizes es com c omoo essas e ssas em e m um umaa única pe pessoa... ssoa... e ela e stava m orta orta.. Se Se u corpo c orpo foi f oi entregue ao Lorde Tresting como prova de que sua punição havia sido cumprida. – Mennis olhou paraa Ke par Kelsi lsier er.. – Ele foi f oi pego falando fa lando de re rebelião. belião. Tre Tr e sti sting ng o enviou para par a a s Mina Minass de Haths Ha thsin, in, onde trabalhou até morrer. O rapaz durou menos de um mês. Kelsier olhou para suas mãos e antebraços. Ainda ardiam às vezes, embora ele soubesse que a dor est e stava ava apena apenass em su suaa m ente. Olhou Olhou para Menni Menniss e sorriu. sorriu. – Você Voc ê per pergunta gunta por que sorr sorrio, io, bom Mennis Me nnis?? Bem Bem,, o Senhor Senhor Sober oberaa no acha ac ha que re reivi ivindicou ndicou o riso e a alegria apenas para si. Estou pouco disposto a deixar que seja assim. Essa é uma batalha bata lha que nã nãoo requer re quer m uit uitoo esforç esf orço. o. Mennis encarou Kelsier e, por um momento, este pensou que o velho sorriria de volta. Mas, depoiss de um tem depoi tempo, po, Menni Menniss apenas sacudiu a cabeça ca beça.. – Não Nã o sei. Só Só não... Um grito o interrompeu. Veio de fora, talvez do norte, embora as brumas distorcessem o som. As pessoas na choupana ficaram em silêncio, ouvindo os fracos gritos agudos. Apesar da distância e da bruma, Kelsier podia ouvir a dor contida naquele som. Kelsier queimou estanho. Era simples para ele, agora, depois de anos de prática. O estanho estava com outros metais alomânticos engolidos anteriormente dentro de seu estômago, esperando que ele os invocasse. Buscou dentro de si com sua mente e tocou o estanho, recorrendo a poderes que mal compreendia. O estanho se acendeu dentro dele, queimando seu estômago como uma bebida quente engolida com muita rapidez. O poder alomântico percorreu seu corpo, melhorando seus sentidos. A sala ao seu redor se tornou viva, a fogueira embotada adquiriu um brilho ofuscante. Ele podia sentir a textura da madeira do banco embaixo de si. Podia sentir o sabor dos restos de pão que comera mais cedo. E, mais importante, podia escutar os gritos com audição sobrenatural. Havia duas pessoas gritando. Uma era uma mulher mais velha, a outra, uma mulher mais jovem – talvez uma criança. cr iança. Os gritos gritos da da m ais jovem est estavam avam ficando cada ca da vez mais ma is di dist stantes. antes. – P obre Jess – diss dissee um umaa m ulher que esta estava va per perto to de dele, le, a voz re ressoando ssoando na a udiçã udiçãoo
ampliada de Kelsier. – Aquela criança é uma maldição. É melhor que um skaa não tenha filhas bonitaa s. bonit Tepper assentiu. – Lorde L orde Tre Tresti sting ng m a ndar ndaria ia busca buscarr a ga garota rota c e do ou tar tarde. de. Todos sabíam sa bíam os disso. Jess Je ss sabia sa bia disso. – Ainda assi a ssim m , é um a pena pe na – outra m ulher disse. Os gritos continuaram ao longe. Queimando estanho, Kelsier conseguiu calcular a distância com prec precis isão. ão. A voz dela se m ovi oviaa na di dire reçã çãoo da m ansão do lorde. lorde. Os sons sons lib liber erar aram am algo dentro dentro dele, e ele sentiu sentiu seu rosto rosto queimar queima r de ra raiv iva. a. Kels Ke lsier ier se virou. – Alguma Algum a vez ve z Lorde Tre Tresti sting ng devolve as garota ga rotass depois que term ter m ina com c om ela elas? s? O velho Menni Menniss negou negou com a cabeç c abeça. a. – Lorde Tr Tresting esting é um nobre c um umpridor pridor das leis... e le m a nda m a tátá-las las depois de algum algumaa s semanas. sem anas. Não quer cham cha m ar a atençã atençãoo dos dos Inqui Inquisi sidores. dores. Essa era a ordem do Senhor Soberano. Ele não podia permitir crianças mestiças correndo por aí – cr crianç iançaa s que pudesse pudessem m ter poder poderee s que os sk skaa a não de dever veriam iam seque sequerr im imaa ginar que existiam... Os gritos se esvaneceram, mas a fúria de Kelsier aumentou. Os berros o fizeram lembrar de outros gritos. Os gritos de uma mulher do passado. Ele se levantou abruptamente, e o banco caiu ca iu no chão at a trá ráss dele. dele. – Cuidado, Cuidado, ra r a paz – Mennis disse, disse, apre a preensivo. ensivo. – Lem Le m bre bre-se -se do que e u disse disse sobre despe desperdiç rdiçaa r energi ener gia. a. Você Voc ê nun nunca ca consegu conseguirá irá organizar organizar essa sua rebeli re belião ão se for m orto esta esta noi noitte. Kelsier olhou para o velho. Então, em meio aos gritos e à dor, se forçou a sorrir. – Nã N ã o estou e stou aqui para pa ra li lider deraa r um umaa re rebelião belião e ntre você vocês, s, m eu bom Mennis. Só quero quer o causa c ausar r alguns problemas. – E que bem be m iss issoo faria fa ria?? O sorriso de Kelsier aumentou. – Novos tem pos e stão c hega hegando. ndo. Sobre obreviva viva um pouco m ais e poder poderáá ver gra grandes ndes acontecimentos no Império Final. Agradeço a todos pela hospitalidade. Com is isso so,, abriu a porta porta e ca cam m in inhou hou a passos largos em m eio à bruma. brum a. Mennis permaneceu acordado nas primeiras horas da manhã. Parecia que quanto mais velho ficava, mais difícil era dormir. O que era particularmente o caso quando estava preoc pre ocupado upado com c om algum algumaa coisa coisa,, com o o frac fr acaa sso do viaj viaj a nte em e m re retorna tornarr à c houpana houpana.. Mennis esperava que Kelsier tivesse recuperado o juízo e decidido seguir seu caminho. Mas essa expectativa parecia improvável; Mennis tinha notado o fogo nos olhos de Kelsier. Era uma pena que um sobre sobrevivente vivente das Mi Mina nass e ncontr ncontrasse asse a m orte a qui, e m um umaa plantaç plantação ão qualque qualquer, r, tentando tent ando proteger proteger um umaa garot ga rotaa que todo o resto j á havi ha viaa dado da do como m ort orta. a. Como Lorde Tresting reagiria? Dizia-se que ele era particularmente severo com quem interrompesse suas diversões noturnas. Se Kelsier tivesse conseguido perturbar os prazeres do amo, Tresting poderia facilmente resolver punir o restante dos skaa por associação. Depois de um tempo, os outros skaa começaram a acordar. Mennis permaneceu deitado no chão duro – os oss ossos os doíam doíam,, as cos c ostas tas reclam rec lamavam avam , os mús m úsculo culoss se exauriam e xauriam –, tentando tentando dec deciidi dir r se valia a pena se levantar. Ele quase desistia todo dia. Todo dia era um pouco mais difícil. Um dia simplesmente ficaria na choupana, esperando que os capatazes viessem matar aqueles que estavam muito doentes ou muito velhos para trabalhar. Mas, hoje não. Ele podia ver o medo nos olhos dos skaa – eles sabiam que as atividades
noturnas de Kelsier trariam problemas. Precisavam de Mennis; olhavam para ele. Ele tinha que se levantar. E, então, ele se levantou. Assim que começou a se mover, as dores da idade diminuíram levemente, e ele pôde sair da choupana e caminhar na direção dos campos, apoiando-se em um hom ho m em m ais j ov ovem em . Foi quando quando notou notou um che cheiro iro no ar. ar . – O que é iss isso? o? – ele per perguntou. guntou. – Você Voc ê e stá sentindo cheiro che iro de fum f umaa ça ça?? Shum – o rapaz em quem Mennis se apoiava – parou. Os vestígios da bruma noturna tinham se desvanecido, e o sol vermelho se erguia atrás da habitual cortina de nuvens escuras. – Sem pre sint sintoo che cheiro iro de fum a ça ult ultim imaa m e nte – Shum re respondeu. spondeu. – As Mont Montaa nhas de Cinzas estão violentas este ano. – Nã N ã o – Mennis disse, fic ficaa ndo cada c ada vez m a is apre a preee nsiv nsivo. o. – Isso é dife difere rente. nte. – Ele se volt voltou ou paraa o norte, par norte , onde um grupo de sk skaa aa se re r e unia. Deixou De ixou Shum Shum par paraa se aproxim a proximar ar da a glom glomer eraç açãã o, seus pés levantavam o pó e as cinzas enquanto se movia. No m e io das pessoa pessoas, s, e ncontr ncontrou ou Jess. Sua filha, a quela que todos a c re redit ditaa vam ter sid sidoo levada por Lorde Tresting, estava ao seu lado. Os olhos da jovem estavam vermelhos pela falta de sono, sono, mas m as parecia pare cia ilesa. ilesa. – Ela voltou pouco pouco depois de pois que a leva levara ram m – a m ulher e xpli xplica cava. va. – Ela volt voltou ou e bateu ba teu na porta porta,, chorando na bruma. Flen tinha certeza de que era apenas um espectro da bruma que a personifica per sonificava, va, m a s e u ti tinha nha que deixá deixá-la -la entr entraa r! Nã Nãoo m e im importa porta o que ele diz diz,, não vou abandoná-la. Eu a expu e xpuss à luz do sol sol e ela não desapare desapa rece ceu. u. Isso Isso prova prova que ela não é um espectro da bruma bruma!! Mennis se afastou da multidão crescente, cambaleando. Ninguém percebia? Nenhum capataz veio separar o grupo. Nenhum soldado veio fazer a contagem matutina. Algo estava muito errado. Mennis continuou indo para o norte, caminhando desesperadamente em direção à mansão. Quando chegou, outros já haviam notado a coluna de fumaça retorcida pouco visível à luz da manhã. Mennis não tinha sido o primeiro a chegar na beira do pequeno platô da colina, mas o grupo abriu caminho quando ele se aproximou. A mansão havia desaparecido. Só restava uma mancha enegrecida, que ardia já sem chamas. – Pe P e lo Se Se nhor Soberano! Sobera no! – Mennis Me nnis sussu sussurr rrou. ou. – O que aconte a contecc eu aqui? a qui? – Ele m atou todos eles. Mennis se virou. Quem falava era a filha de Jess. Seu olhar fixo na casa destruída, sua expressão era de satisfação. – Estava Estavam m m ortos quando e le m e ti tirou rou de lá – ela diss disse. e. – Todos ele eles... s... os soldados, os capatazes, os lordes... mortos. Até mesmo Lorde Tresting e seus obrigadores. O amo me deixou sozinha e foi investigar quando os barulhos começaram. Quando saí, eu o vi deitado em seu próprio própr io sangue sangue,, com fe ferida ridass de punhal no peito. O hom homee m que m e salvou a ti tirou rou um umaa tocha na construção quando saímos. – Este hom homee m – Mennis Me nnis perguntou per guntou – tinha cic cicaa triz trizes es na nass m ãos e nos braç br aços os que subiam a té os cotovelos? A garota assentiu em silêncio. – Que ti tipo po de dem de m ônio era este hom homee m ? – um dos ska ska a m urm urou, incom odado. – Um e spec spectro tro da brum a – outro suss sussurr urrou, ou, a par parente entem m e nte e squec squecendo endo que Ke Kelsi lsiee r ti tinha nha saído à luz do dia. Mas ele e ntr ntrou ou na bruma, bruma, Mennis pensou. E c omo c onseguiu uma façanha de dessas ssas?? Lorde
Tresting tinha mais de duas dúzia de soldados! Será que Kelsier tinha um bando de rebeldes escondido? Novv os tempos e stã stãoo As palavras de Kelsier na noite anterior ressoaram em seus ouvidos. No chegando... – Mas, e quanto a nós? – Te pper per perguntou, guntou, ater a terror roriz izado. ado. – O que vai a conte contecc er quando o Senhor Soberano souber disso? Ele vai pensar que fomos nós! Vai nos mandar para as Minas, ou talvez enviar seus koloss para nos matar imediatamente! Por que aquele encrenqueiro faria algo assim? Será que ele não entende o dano que causou? – Ele entende e ntende – Mennis disse. disse. – Ele nos aviso a visou, u, Tepper Te pper.. Ele veio ve io causar ca usar problem a s. – Mas, por quê? quê ? – P orque ele sabia que j a m ais nos re rebela belaría ríam m os por c onta própr própria, ia, entã entãoo não nos deu escolha. Tepper Tepp er em pal paliideceu. pensou. Não posso Senhor Soberano, Soberano, Mennis pensou. Não posso fazer iss isso. o. Mal M al consi c onsigo go me m e lev levantar antar de manhã – não posso salvar salvar essas e ssas pessoas. pessoas. Mas que outra escolha e scolha havia? Mennis se virou. – Reúna o povo, Te pper pper.. Te m os que fugir ante antess que a notí notícc ia deste desa desastre stre c hegue aos ouvidos do Senhor Soberano. – Pa P a ra onde irem ire m os? – Par P araa a s cave c averna rnass ao a o leste le ste – Mennis re r e spondeu. – Os O s viaj ante antess dize dize m que há sk skaa a re rebe beldes ldes se escondendo lá. Talvez nos aceitem. Tepper empalideceu ainda mais. – Mas... vam va m os ter que viaj ar por dias. dia s. Passar Pa ssar a s noites noites na bruma. bruma. – Podem P odem os faz fa ze r isso – Mennis Mennis ponderou ponder ou – ou ficar fica r aqui a qui e m orr orrer er.. Tepper ficou paralisado por um momento, e Mennis pensou que a comoção de tudo aquilo tinha ti nha sido sido dem dem ais par paraa ele. e le. Depois Depois de um tem po, no entanto entanto,, o hom homem em m ais jovem saiu corr correndo endo paraa re par reunir unir os dem ais, com c omoo lhe fora f ora orde ordenado. nado. Mennis suspirou, olhando para a coluna de fumaça e amaldiçoando Kelsier silenciosamente em su suaa ment m ente. e. Novos tem pos, realm re alm e nte.
PRIMEIRA PARTE O SOBR SOBREVIV EVIVENTE ENTE DE HATHSIN
Eu me c onsi onsidero dero um home homem m de pri princ ncípi ípios. os. Mas, M as, que home homem m não se c onsi onsidera dera assi assim? m? Até o assassino, eu notei, acha suas ações “morais” de certo modo. Outra pessoa, ao ler minha história, talvez me considere um tirano religioso. Poderia me chamar de arrogante. O que faz com que a opinião desse homem seja menos válida do que a minha? Acho Ac ho que tudo se resume re sume a um fato: no final final,, eu e u sou aquele que tem os ex e x érc ércit itos. os.
Caíam cinzas do céu. Vin observou os flocos aveludados flutuarem no ar. Vagarosamente. Sem cuidado. Livres. As nuvens de fuligem caíam como flocos de neve negra, descendo sobre a escura cidade de Luthadel. À deriva, nas esquinas, sendo sopradas e enroladas pela brisa, formando pequenos redem re demoi oinho nhoss sobre sobre os paralelepípedos paralelepípedos.. Par P arec eciam iam tão indi indife fere rent ntes. es. Com Com o seria ser assi assim m? Vin sentou-se silenciosamente em um dos mirantes da horda – uma alcova oculta, construída entre os tijolos de um dos lados da guarita. De dentro dela, um membro da horda podia obser observa varr a rua busca buscando ndo sin sinaa is de per perigo. igo. Vin não esta estava va e m ser serviço; viço; o m ira irante nte er eraa simplesmente um dos poucos lugares onde conseguia ficar sozinha. E Vin gostava da solidão. Quando se está sozinho, ninguém pode te trair . Palavras de Reen. Seu irmão lhe ensinara tantas coisas, e reforçara seus ensinamentos fazendo o que sempre É a única mane maneira ira de v ocê aprende aprenderr. Qualquer um prom e ter teraa que fa faria ria – tra traindo-a indo-a e le m esm o. o. É ode te trair, Vin. Qualquer um. As cinzas continuavam a cair. Às vezes, Vin imaginava que era como a cinza, ou o vento ou a própria bruma. brum a. Algo sem pensam pensamento ento,, capaz ca paz de sim sim pl plesm esmente ente ser ser , sem pensar, se importar, ou se m agoar. Ass Assim im ela e la conseguia conseguia ser... liv livre re.. Ela ouviu um barulho a uma curta distância, e o alçapão ao fundo da pequena câmara se
abriu. – Vin! – Ulef diss dissee , e nfia nfiando ndo a c abe abeça ça dentr dentroo do a posento. – Aí está você você!! Fa z me m e ia hora que Cam Cam on está está à su suaa procura. procura . Foi por isso isso que me e scondi scondi.. – Devia De via se pre prepar paraa r – Ulef U lef diss dissee . – O golpe está e stá prestes pre stes a com c omee ça çar. r. Ulef era um garoto desengonçado. Gentil, à sua maneira; ingênuo, se é que alguém que crescera no submundo poderia ser realmente chamado de “ingênuo”. É claro que isso não significava que ele não pudesse traí-la. Traição não tinha nada a ver com amizade; era um simples ato de sobrevivência. A vida era dura nas ruas, e se um skaa ladrão quisesse evitar ser capt ca pturado urado e exec execut utado, ado, tinha tinha que ser práti prático. co. E a crueldade c rueldade era er a a m ais prá práti tica ca das em oções. Outro Outro dos di dito toss de Ree Reen. n. – E aí? a í? – Ulef per perguntou. guntou. – Você Voc ê devia ir. Camon Cam on está fur furios ioso. o. E quando ele não está? No está? No entanto, Vin assentiu, saindo do confinamento apertado – embora reconfortante – do mirante. Ela esbarrou em Ulef e pulou para fora do alçapão, entrando em um corredor, e, em seguida, em uma despensa degradada. O aposento era um dos muitos do fundo da loja que servia de fachada para o esconderijo. O covil da horda em si estava escondido em um túnel escavado em uma pedra sob a construção. Ela deixou o edifício pela porta dos fundos, com Ulef logo atrás de si. O golpe aconteceria a algumas quadras dali, em uma área mais rica da cidade. Era uma ação intrincada – uma das m ais compl com plexas exas que Vin tin tinha ha visto visto.. Presumindo Pr esumindo que que Camon Cam on não fosse fosse preso, a rec r ecom ompensa pensa seria realmente grande. Se fosse capturado... bem, dar golpes em nobres e em obrigadores era uma profiss prof issãã o m uit uitoo a rr rrisca iscada– da– m a s ce certa rtam m e nte er eraa m elhor do que tra traba balhar lhar nas for forjj a s ou nas tecelagens. Vin saiu do beco, entrando em uma rua escura e repleta de casebres de uma das muitas favelas skaa da cidade. Skaa doentes demais para trabalhar se esgueiravam nas esquinas e sarjetas, com as cinzas espalhando-se ao seu redor. Vin manteve a cabeça baixa e ergueu o capuz ca puz da capa ca pa para se proteger proteger dos flocos que ainda ainda caíam c aíam . Livre L ivre.. Não, Não, nunca serei se rei liv liv re. Ree Re e n se assegurou disso disso quando partiu. partiu. – Aí está e stá você voc ê ! – Cam Camon on apontou a pontou um dedo gordo e quadr quadraa do para pa ra o rosto dela. de la. – Onde O nde você estava? Vin não deixou que o ódio ou a revolta transparecessem em seus olhos. Simplesmente olhou paraa ba par baixo, ixo, dando a Cam Camon on o que e le e sper sperava ava ver ver.. Ha H a via outra outrass form f orm as de ser for forte. te. Essa li liçç ão ela tinha aprendido por conta própria. Camon resmungou um pouco, então levantou a mão e lhe deu um tapa na cara. A força do golpe jogou Vin contra a parede, e sua bochecha ardeu de dor. Ela caiu contra a madeira, mas suport su portou ou o cast ca stig igoo em si silêncio lêncio.. Apenas outro outro hem atoma atoma.. Ela era e ra forte o bast ba stante ante para par a lid idar ar com isso. Tinha aguentado isso antes. – Ouç Ouçaa – Cam Camon on sib sibil ilou. ou. – Este é um golpe im importa portante. nte. Va le m il ilhar hares es de boxes: va vale le ce cem m vezes mais do que você. Não vou admitir que estrague tudo. Entendeu? Vin assentiu. Camon observou-a por um momento, com o rosto rechonchudo vermelho de raiva. Enfim, afast af astou ou o ol olhar, m urm urmurando urando consi consigo mesmo. me smo. Ele estava aborrecido com alguma coisa – algo mais do que simplesmente Vin. Talvez tivesse ouvido falar da rebelião skaa que ocorrera no norte há vários dias. Um dos lordes das províncias, província s, The Them m os Tre Tresti sting, ng, a par paree ntem e nte for foraa assa assassi ssinado, nado, e sua m a nsão com pletam e nte queim quei m ada. Tais Tais per pertturbaçõe urbaçõess eram era m rui ruins ns par paraa os negócios negócios;; deixavam deixavam a aris a risto tocr crac acia ia mais m ais aler alerta, ta, e
menos ingênua. Isso, por sua vez, podia reduzir seriamente os ganhos de Camon. Está procurando alguém para c ast astigar igar , Vin pensou. Ele sem sempre pre fi ficc a ne nervoso rvoso antes de um olpe.. Ela olhou para Camon, sentindo gosto de sangue em seu lábio. Deve ter transparecido olpe alguma confiança, pois ele a olhou de canto de olho, e sua expressão ficou sombria. Levantou a mão, como se fosse bater nela novamente. Vin usou usou um pouco da Sorte. Gastou apenas um pouco; precisaria do restante para o golpe. Direcionou a Sorte para Cam on, acalma aca lmando ndo o nervosi nervosismo smo dele. O líd íder er da horda fez f ez um um a pausa – alheio ao toque toque de Vin Vin,, mas ainda assim sentindo seu efeito. Permaneceu imóvel por um instante; e então suspirou, voltand vol tando-se o-se para par a o outro outro lado e abaix a baixando ando a m ão. Vin limpou o lábio enquanto Camon se afastava. O ladrão parecia muito convincente em seus trajes de nobre. Era uma roupa elegante como Vin jamais vira – ele usava uma camisa branc bra ncaa c om um c olete verde ve rde-e -escur scuroo com c om botões de ouro esculpido e sculpido por cim c imaa . O ca c a sac sacoo negro ne gro era e ra comprid com prido, o, segui seguindo ndo a m oda atual, atual, e ele usava um chapé chapéuu negro par paraa combinar. c ombinar. Os anéis em seus dedos reluziam, e ele carregava inclusive um belo bastão de duelo. De fato, Camon era muito bom e m im imit itaa r um nobre nobre;; quando se tra tratava tava de de desem sem pe penhar nhar um pape papel,l, poucos ladr ladrões ões er eram am m ais competent compe tentes es do que que ele. e le. Presu Pre sum m in indo-s do-see que cons c onsegui eguiria ria controlar controlar seu tem tem pera peram m ento ento.. O aposento aposento em si não era er a impressi im pressionant onante. e. Vin ficou ficou em pé enqu e nquanto anto Cam Cam on grit gritava ava com os outros membros da horda. Eles tinham alugado uma das suítes no último andar do hotel local. ão era e ra m ui uito to lu luxuo xuoso so – mas m as essa era er a a id ideia. eia. Cam Cam on int inter erpretaria pretaria o papel de “Lorde “ Lorde Jedue”, um nobre do campo que se deparara com problemas financeiros e fora a Luthadel para conseguir alguns contra contrato toss finais e desespera desespe rados dos.. O aposento principal havia sido transformado em um tipo de sala de audiências, com uma grande mesa atrás da qual Camon estava sentado, e paredes decoradas com obras de arte baraa tas. Dois hom ens e stava bar stavam m e m pé a o lado la do da m e sa, vestidos form for m alm ente com o m ordom os; eles int inter erpretariam pretariam os criados de Camon. Cam on. – Que balbúrdia é e ssa? – um hom homee m per perguntou, guntou, entr entraa ndo no a posento. Era a lt ltoo e ve vesti stiaa uma camisa cinza simples e calça, com uma espada fina presa na cintura. Theron era o outro líder lí der do bando – este este gol golpe pe em e m parti particular cular era e ra,, na verdade, ver dade, ideia ideia dele. Havia trazid trazidoo Cam Cam on como com o parcc e iro; prec par pr ecisava isava de a lguém par paraa int inter erpre pretar tar Lorde Jedue Jedue,, e todos sabiam sabia m que Cam Camon on era e ra um dos melhores. Camon levantou os olhos. – He Hein? in? Balbúrdia? Ah, iss issoo é só um pe pequeno queno problem a de discipl disciplina. ina. Nã Nãoo se pre preocupe ocupe,, Theron. – Camon pontuou suas palavras com um aceno displicente; havia uma razão para ele interpretar tão bem um aristocrata. Era tão arrogante que poderia ter pertencido a uma das Grandes Casas. Theron estreitou o olhar. Vin sabia o que o homem provavelmente estaria pensando: estava decidindo o quão arriscado seria enfiar uma faca nas costas gordas de Camon depois que o golpe estivesse acabado. Finalmente, o líder mais alto da gangue e afastou o olhar de Camon para mirá-lo em Vin. – Quem Que m é essa? e ssa? – Só Só um m em bro da m inha horda – Ca Ca m on disse. disse. – Pe P e nsei que não nã o prec pre c isaría isaríam m os de m ais ninguém. ninguém . – Bem Bem,, pre precisa cisam m os de dela la – Cam Camon on diss dissee . – Ignor Ignoree -a -a.. A m inha pa parte rte da oper operaa çã çãoo não compet com petee a vo você cê.. Theron encarou Vin, obviamente notando seu lábio ensanguentado. Ela afastou o olhar. Mas os olhos de Theron permaneceram nela, percorrendo todo seu corpo. Ela usava uma simples
camisa branca com botões e um macacão. Na verdade, ela não era muito atraente; era magricela e tinha um rosto juvenil, provavelmente não aparentava seus dezesseis anos. Embora alguns algu ns home homens ns pre prefe feris rissem sem esse tipo tipo de m ul ulher. her. Elaa pensou em us El usar ar um pou pouco co de sua Sort Sortee nele, ne le, mas ma s ele, enfim, se afasto a fastou. u. – O obrigador obriga dor está e stá quase qua se aqui a qui – Theron Ther on disse. disse. – Está pronto? pr onto? Cam on revirou os ol olhos hos,, aj eit eitando ando o corpanzil corpanzil na cadeira c adeira atrás da m esa. – Está tudo perfe per feit ito. o. Deixe De ixe com c omigo, igo, Theron! Ther on! Volt V oltee par paraa seu aposento a posento e esper e speree . Theron franz fra nziu iu o cenho, deu meia-vol m eia-volta ta e sai saiuu do quar quarto to,, murm m urmurando urando consig consigoo mesm m esmo. o. Vin perscrutou o aposento, observando a decoração, os criados, a atmosfera. Finalmente, aproximou-se da mesa de Camon. O chefe da gangue estava sentado, folheando uma pilha de papéis, papé is, apare apa rentem ntem e nte tentando tenta ndo decidi dec idirr quais qua is colocar coloca r sobre a m e sa. – Ca Ca m on – disse disse Vin V in em voz baixa –, os criados cr iados estão e stão elegante ele gantess dem a is. Cam on franz fra nziu iu o ce cenho nho,, levantando levantando a cabeç c abeça. a. – O que é que você voc ê e stá balbuciando? balbuc iando? – Os c ria riados dos – Vin re repetiu, petiu, a inda fa falando lando em voz bem baixa baixa.. – Lorde Jedue deve esta estar r desesperado. Ele Ele ter eria ia algum algum as roupas elegantes dos dos bons bons tem tempos pos,, mas m as não seria capaz c apaz de manter m anter tais criados opulentos. Ele usaria skaas. Camon olhou fixamente para ela, e fez uma pausa. Fisicamente, havia pouca diferença entre nobres e skaas. Os criados que Camon empregara, no entanto, estavam vestidos como nobres menores – tinham permissão para usar coletes coloridos, e ficavam parados de modo confiante. – O obriga obrigador dor tem que pensa pensarr que você e stá quase na m iséria – Vin diss dissee . – Enc Encha ha o aposento com um bando de skaas no lugar desses. – O que você sabe sabe?? – Ca Ca m on respondeu, re spondeu, observandoobser vando-aa com desdé desdém m. – O suficie suficiente. nte. – Ela im imee diatam ente lam e ntou o que diss dissee ; ti tinha nha soado re rebelde belde de dem m ais. Camon ergueu a mão adornada com joias, e Vin se preparou para outro tapa. Não podia se dar ao luxo de usar mais Sorte. Havia restado muito pouco. Mas Camon não bateu nela. Em vez disso, suspirou e pousou a mão gorducha em seu ombro. – P or que ins insist istee em m e provoc provocaa r, Vin? Você conhe conhece ce a s dívi dívidas das que seu irm irmãã o deixou quando fugiu. Percebe que um homem menos misericordioso do que eu teria te vendido para os cafetões há muito tempo? O que acharia de servir na cama de algum nobre até que ele se cansasse de você e mandasse executá-la? Vin olhou olhou para os pés. O aperto de Camon aumentou, seus dedos machucavam sua pele entre o pescoço e o ombro, ela gemeu de dor contra sua vontade. E ele sorriu com a reação. – Hone Honestam stamee nte, não sei por que te m ante antenho nho na gangue gangue,, Vin – e le dis disse, se, a um umenta entando ndo a pressão pre ssão dos dedos. – De Devia via ter m e li livra vrado do de você há m e ses, quando seu irm irmãã o m e tra traiu. iu. Im agin aginoo que que eu e u tenha tenha um cora coraçã çãoo muito muito generoso. generoso. Ele finalmente a soltou, e fez um sinal para que ela ficasse em um dos cantos do aposento, untoo a uma unt um a planta planta alt a lta. a. Ela fez fe z com comoo ordenado, acomodand acom odando-se o-se de m odo a ter uma boa visão visão de todo o quarto. Assim que Camon afastou o olhar, ela esfregou o ombro. Ape Apenas nas outra dor. dor. Posso lidar com a dor . Cam on ficou sentado sentado por por al a lgun gunss mome m oment ntos os.. E então, como com o era de se espera esperar, r, fez fe z si sinal nal para os dois dois “c “criados” riados” ao a o seu lado. – Você Voc ê s dois! dois! – disse disse . – Estão bem be m ve vesti stidos dos dem a is. Vistam a lgo que os faça fa ça par paree c er c ria riados dos skaa sk aa.. E tragam m ais seis seis hom hom ens com vocês quando vol volttar arem em .
Em pouco tempo, o aposento estava arranjada como Vin tinha sugerido. O obrigador chegou che gou pouco pouco depois depois.. Vin observou o Prelado Laird entrar arrogantemente no aposento. Com a cabeça raspada, como todos os obrigadores, e usando uma túnica cinza-escura. As tatuagens ao redor de seus olhos o identificavam como prelado, um burocrata sênior do Cantão das Finanças do Ministério. Um grupo de obrigadores menores vinha atrás dele, as tatuagens de seus olhos eram muito menos intrincadas. Camon se levantou quando o prelado entrou, em sinal de respeito – algo que até o mais alto dos nobres das Grandes Casas devia demonstrar para um obrigador da posição de Laird. O prelado pre lado não fe fezz qualquer qua lquer re reve verê rência ncia ou e xpre xpressou ssou cum prim primee nto, ape apenas nas a vanç vançou ou e sentou-se à mesa diante de Camon. Um dos membros da horda caracterizado de criado se apressou em oferec ofer ecer er vi vinho nho gelado gelado e frutas f rutas par paraa o obrigado obrigador. r. Laird pegou uma fruta, e o criado permaneceu obedientemente parado, segurando a travessa como se fosse uma peça da mobília. – Lorde Jedue – La Laird ird fina finalm lmente ente dis disse se –, fic ficoo fe feli lizz que, fina finalm lmee nte, tenha tenham m os a oportunidade de nos conhecer. – Eu digo o mesm me smo, o, Vossa Gra G raçç a – Cam on disse. disse. – P or que, m ais um umaa vez, nã nãoo pôde ir à sede do Cantão e , em vez diss disso, o, pediu que e u o visitasse aqui? – Meus j oe oelhos lhos,, Vossa Gr Graç açaa – Cam Camon on e xpli xplicou. cou. – Meus m édic édicos os re recc om omenda endara ram m que e u viajasse o mínimo possível. E porque voc vocêê e stava apree apreensivo nsivo – e c om razão – sobre e ntr ntrar ar e m uma fort fortaleza aleza do inistério,, Vin pensou. inistério – Entendo Ente ndo – La Laird ird fa falou lou –, j oe oelhos lhos fra fr a cos. Um a tribut tributoo infeli infe lizz em um hom homee m que li lida da c om transporte. – Não Nã o tenho que ac acom ompa panhar nhar as viage viagens, ns, Vossa Vossa Gra G raçç a – Cam on disse, inclinando a c abe abeça ça.. – Apenas Ape nas orga or ganiz nizáá -la -las. s. Bom,, Vin pensou. Assegure Bom Assegure-se -se de pe permanec rmanecer er subservie subserviente, nte, Ca Camon. mon. Você prec precisa isa parec parecer er desesperado. Vin precisava que aquele golpe fosse bem-sucedido. Camon a ameaçava e a espancava – mas a considerava seu amuleto da sorte. Ela não tinha certeza se ele sabia o porquê de seus planos func funcionar ionaree m tão bem quando e la e stava por per perto, to, m a s e le a par paree ntem ente fa fazzia a conexão. Isso a tornava valiosa – e Reen sempre dizia que a maneira mais segura de se manter vivo vi vo no submundo era e ra se tornando indispensável. indispensável. – Entendo – Laird La ird falou fa lou novame novam e nte. – Bem, Bem , tem o que nosso encontro enc ontro tenha ac acontec ontecido ido ta ta rde dem ais para seus propósit propósitos. os. O Cantão Cantão das da s Fin Finanç anças as j á votou sua sua propos pr oposta. ta. – Tão Tã o rápido? rá pido? – Camon Cam on perguntou, per guntou, c om surpr surpree sa genuína. ge nuína. – Sim – La Laird ird re respondeu, spondeu, tom tomaa ndo um gole do vinho, a inda sem disp dispee nsar o cr criado. iado. – Deciidi Dec dim m os não não ace a ceit itar ar seu contra contrato to.. Cam on ficou aturdid aturdidoo um m om omento ento.. – Sint Sintoo ouvir isso, isso, Vossa Graç Gr açaa . pensou. Isso significa que ele ainda está em posição de negociar . Lair L airdd veio ve io encontr enc ontrá-lo á-lo,, Vin pensou. negociar . – De fa fato to – Camon Cam on prosseguiu, pr osseguiu, perc per c ebe ebendo ndo o m esm o que Vin –, o que torna a c irc ircunstânc unstância ia parti par ticc ular ularm m e nte infe infeli lizz, um umaa ve vezz que e u e stava disp disposto osto a fa fazze r a o Min Minist istéé rio um umaa ofe oferta rta ainda melhor. Laird ergueu uma um a das da s sobrance sobrancelh lhas as tatuadas. tatuadas. – Duvido que isso importe. impor te. Há um m em bro do Conselho que crê c rê que o Cantão re r e ce ceber beria ia um
serviço m elho serviço elhorr se encontráss encontrássem em os um um a casa c asa m ais estável estável para trans transport portar ar nos nosso so povo povo.. – Esse ser seria ia um e rr rroo gra grave ve – Cam Camon on diss dissee c alm a m ente ente.. – Se j a m os fra f ranc ncos, os, Vossa Vossa Gr Graa ça ça.. Ambos sabemos que este contrato é a última chance da Casa Jedue. Agora que perdemos o contrato com Farwan, não podemos nos dar ao luxo de trazer nossos barcos para Luthadel. Sem o auxíllio do Min auxí Minis istério tério,, m in inha ha ca casa sa est e stáá ec econo onom m ica cam m ente cond c ondenada enada.. – Isso é m uit uitoo pouco para pa ra m e per persuadir, suadir, Vossa V ossa Senhoria – disse disse o obrigador. obr igador. – Mesm o? – Cam Camon on per perguntou. guntou. – P e rgunte a si m esm o, Vossa Gr Graa ç a: quem o ser serviria viria m elho elhor? r? A casa c asa com c om dez dezenas enas de cont c ontra rato toss para di divi vidi dirr sua atenção, a tenção, ou a casa c asa que vê seu contra contratto como a última esperança? O Cantão das Finanças não encontrará parceiro mais obsequioso do que o desesperado. Deixe que meus barcos sejam os que transportarão seus acólitos do norte, deixee que m eus sold deix soldados ados os escolt escoltem em , e você não se decepcionará. dec epcionará. pensou. Bom,, Vin pensou. Bom – Eu... entendo ente ndo – o obrigador dis disse, se, agora a gora pre preocupa ocupado. do. – Eu e staria disp disposto osto a a ssi ssinar nar um contr contrato ato e stendido com você vocês, s, com um pre preçç o fixo de cinquent cinq uentaa box boxes es por cabeça ca beça a vi viagem agem , Vos Vossa sa Graça Gra ça.. Os seus seus acól ac ólit itos os poderiam poderiam vi viaj aj ar em nos nosso soss barcc os quando quisessem , e teria bar te riam m a s escolt esc oltas as nece ne cessár ssárias ias à sua disposiç disposiç ã o. O obrigador obrigador ergueu er gueu uma so sobrance brancellha. – Isso é m eta etade de da tar tarifa ifa a nter nterior. ior. precisa isa ma – Eu lhe fa f a lei – Ca Ca m on disse. disse. – Estam os desesper dese sperados. ados. Minha ca c a sa sa prec mant nter er os barc barcos os em funcionamento. Cinquenta boxes não nos darão lucro, mas não importa. Uma vez que tenhamos o contrato do Ministério nos dando estabilidade, poderemos assinar outros contratos paraa e nche par ncherr nossos cofre cof res. s. Laird ficou pensativo. Era um acordo fabuloso – do tipo que normalmente teria levantado suspeitas. Contudo, a apresentação de Camon criara a imagem de uma casa à beira do colapso financeiro. O outro líder da horda, Theron, passara cinco anos construindo, enganando e falseando para criar aquele momento. O Ministério seria negligente em não considerar a oportunidade. Era exatam ente o que que Laird La ird estava estava perc percebendo. ebendo. O Min Minis istério tério do Aço não era apena apenass a força forç a da burocracia e da autoridade legal no Império Final – era como uma casa nobre em si. Quanto mais riqueza tivesse, quanto melhores fossem seus contratos mercantis, mais influência os vários Cantões do Ministério teriam entre si – e com as outras casas nobres. No e ntanto, La L a ird a inda esta estava va obviam obviamee nte e m dúvida. Vin podia ver a e xpre xpressão ssão e m seus olhos, a suspeita que ela conhecia tão bem. Ele não assinaria o contrato. Agora,, Vin pensou. É Agora ve z. pensou. É a minha vez Vin usou sua Sorte em Laird. Ela a alcançou hesitantemente – sem nem mesmo ter certeza do que estava fazendo ou do porquê conseguia fazer aquilo. Mesmo assim, seu toque era instintivo, treinado por anos de prática sutil. Ela tinha dez anos de idade quando percebeu que as outras pessoas não podiam fazer o que ela fazia. Voltou a pressionar as emoções de Laird, atenuando-as. Ele ficou menos desconfiado, menos temeroso. Dócil. Suas preocupações se desfizeram, e Vin pôde ver uma calma sensação de cont c ontrol rolee come c omeça çando ndo a se firma f irmarr nos ol olhos dele. Mesmo assim, Laird ainda parecia indeciso. Vin usou um pouco mais de força. Ele inclinou a cabeça, parecendo pensativo. Abriu a boca para falar, mas ela pressionou novamente, usando desesperadam desesperada m ente seu último último bocado boca do de Sorte. Sorte. Ele fez outra pausa. – Mui Muito to bem – fina finalm lmente ente diss dissse. se. – Le Levar varee i essa nova proposta a o Con Conselho. selho. Talve alvezz possamos possam os chegar che gar a um ac acordo. ordo.
Se alguém estiver lendo essas palavras, saiba que o poder é um fardo pesado. Tente não ficar reso em suas correntes. As prof profec ecia iass de Terris Terris preveem preve em que eu e u terei o poder de salvar o mundo. Elas sugere sugerem, m, no entant e ntanto, o, que terei te rei poder para destr de struí-lo uí-lo també também. m.
a opinião de Kelsier, a cidade de Luthadel – trono do Senhor Soberano – era uma visão tenebrosa. A maioria dos edifícios tinha sido construída com blocos de pedra, com telhados de telha para os ricos, e simples telhados pontiagudos de madeira para os demais. As estruturas ficavam pró próxi xim m as umas uma s das das out outras, fazendo fazendo com com qu quee parece parecess ssem em atarrac atarracadas, adas, apesar apesar de terem três andares de altura, em geral. As construções residenciais e comerciais eram uniformes na aparência; esse não era um lugar que chamasse a atenção para si mesmo. A menos, é claro, que se fosse membro da alta nobreza. Intercaladas por toda a cidade, havia cerca de uma dúzia de fortalezas monolíticas. Intrincada Intri ncadas, s, com fil fileiras eiras de to torre rress em form ato de lanças pontiagu pontiagudas das ou arcadas arc adas profundas, essas essas marca de uma família da alta eram as casas da alta nobreza. De fato, essa era considerada a marca nobreza: qualquer família que pudesse se dar ao luxo de construir uma fortaleza e manter uma presenç pre sençaa de a lt ltoo nível em Luthade Luthadell era er a consider consideraa da perte pe rtence ncente nte a um umaa Gr Grande ande Casa. A m aior parte dos espaços aberto abe rtoss da cid c idade ade estava situ situada ada ao redor r edor dess de ssas as fortalezas. fortalezas. Essas Essas manchas de espaço entre as residências eram como clareiras em uma floresta, e as fortalezas comoo mont com m ontanhas anhas que se ergui e rguiam am so sobre bre o restante restante da pais paisagem agem . Mont Montanhas anhas negras. Com Comoo o resto da ci c idade, as a s fortalezas fortalezas era e ram m m ancha anchadas das por incont incontáveis áveis anos de chuvas de cin c inzzas. Todas as estruturas em Luthadel – praticamente todas as que Kelsier já vira – eram enegrecidas em algum grau. Até mesmo a muralha da cidade, sobre a qual Kelsier se encontrava agora, estava enegrecida por uma pátina de fuligem. Essas construções eram, em
gera l, m ais escuras na parte super geral, superio ior, r, onde onde as a s cinz cinzas se acum ac umul ulavam avam , mas m as a água á gua das chuvas chuvas e as as brum a s noturnas noturna s ar arra rastava stavam m a s m a ncha nchass par paraa os para pa rape peit itos, os, fa f a ze ndo-a ndo-ass escor e scorre rerr pela pelass par paree des. Como tinta escorrendo sobre uma tela, a escuridão parecia rastejar pelas laterais dos edifícios em uma gradação gra dação irregul irregular. ar. As ruas, é claro, eram completamente negras. Kelsier permaneceu esperando, analisando a cidade enquanto um grupo de skaa operários trabalhava nas ruas abaixo, limpando os últimos montes de cinzas. Eles os conduziriam até o rio Channerel, que cortava o centro da cidade, ogando as pilhas de cinzas na correnteza para que não se acumulassem e enterrassem a cidade. Kelsier às vezes se perguntava por que todo o império não era um único e grande monte de cinzas. Supunha que, eventualmente, a cinza acabaria se transformando em terra com o tempo. Mesmo assim, uma quantidade absurda de trabalho era necessária para manter as cidades e os cam ca m pos li lim m pos o bastante bastante para sere serem m us usados. ados. Felizmente, sempre havia skaa suficientes para fazer o trabalho. Os operários vestiam casacos e calças simples, manchados de cinzas e surrados. Assim como os trabalhadores das plantações plantaç ões que e le de deixar ixaraa par paraa trá tráss há vár várias ias sem ana anas, s, e les tra trabalha balhavam vam c om m ovim ovimee ntos submissos e controlados. Outros grupos de skaa passaram pelos operários, respondendo ao toque dist di stante ante dos sin sinos os que que m ar arca cavam vam a hora, cham c hamando-os ando-os para para os tra trabalh balhos os mat ma tut utin inos os nas nas forj as ou moinhos. O principal produto de exportação de Luthadel era o metal; a cidade era a sede de centenas de forjas e refinarias. No entanto, a correnteza do rio proporcionava locais excelentes paraa a instalação par instalaç ão de m oinhos oinhos,, tanto para par a m oer grã grãos os quanto para par a fazer f azer tec tecidos idos.. Os skaa continuavam trabalhando. Kelsier se afastou, olhando ao longe, na direção do centro da cidade, onde o palácio do Senhor Soberano pairava como algum tipo de inseto imenso e cheio de espinhos. Kredik Shaw, a Colina das Mil Torres. O palácio tinha várias vezes o tamanho da fortalezaa de um nob fortalez nobre re e era e ra,, notavelme notavelment nte, e, o maior m aior edifício edifício da da cid c idade. ade. Outra chuva de cinzas começou enquanto Kelsier contemplava a cidade, os flocos caíam levemente nas ruas e construções. Tem havido muita chuva de cinzas ultimamente , ele pensou, contente por ter uma desculpa para erguer o capuz de sua capa. As Montanhas de Ci Cinzas nzas dev devee m e sta starr ativas. ativas. Era improvável que alguém em Luthadel o reconhecesse – três anos tinham se passado desde sua captura. Mesmo assim, o capuz era uma segurança. Se tudo desse certo, chegaria um momento em que Kelsier iria querer ser visto e reconhecido. Por enquanto, o anonimato era, provavelm prova velm ente ente,, me m e lhor. Depoiss de Depoi de um tem po, uma fig figura ura se aproxi a proxim m ou pela pela muralha. m uralha. O hom hom em , Dockso Dockson, n, era m ais baixo do que Ke Kelsi lsiee r, e ti tinha nha um rosto quadr quadraa do que par paree c ia c om ombinar binar c om sua c onst onstit ituiçã uiçãoo moderadamente atarracada. O capuz da capa, de um marrom indefinível, cobria seus cabelos negros, e ele usava a mesma barba curta que mantinha desde que o seu rosto começara a ter pelos vinte vinte anos a nos atrás. atrá s. Ele, El e, ass a ssim im com c omoo Kelsier, Kelsier, usava usava tra rajj es nobre nobres: s: colet coletee col c olori orido, do, ca casaco saco escuro e scuro e calça c alça,, e uma um a capa ca pa fin f inaa para se proteger das da s cinzas. cinzas. A roupa não nã o era er a lu luxuo xuosa, sa, mas m as era e ra arist aristocrá ocráti tica ca – indi indica cati tivo vo da classe média de Luthadel. A maioria dos homens nascidos nobres não era rica o suficiente paraa ser c onsi par onsider derada ada par parte te da dass Gr Graa ndes Casas – m as nobre nobrezza , no Im pér pério io Final, nã nãoo se tra tratava tava apenas de dinheiro. Tinha a ver com linhagem e história; o Senhor Soberano era imortal e, aparentemente, ainda se lembrava dos homens que o apoiaram durante os primeiros anos de seu reinado. Os descendentes desses homens, não importava o quão pobres tivessem se tornado, sempre seri seriam am favorecid favorecidos os.. A roupa impedia que os patrulheiros fizessem muitas perguntas. No caso de Kelsier e Dockson, naturalmente, os trajes eram uma mentira. Nenhum deles era realmente nobre –
embora, tecnicamente, Kelsier fosse mestiço. De muitas maneiras, no entanto, isso era pior do que ser um simples skaa. Dockson se aproximou de Kelsier e se inclinou sobre as ameias, apoiando os braços fortes sobre a pedra. – Está alguns a lguns dias atra a trasado, sado, Kell Ke ll.. – Dec De c idi fa fazze r um a s parada par adass a m a is na nass pla pla ntaç ntações ões ao a o norte. norte . – Ah – Dock Doc kson disse. disse. – Então você voc ê tem algo a ver com a m orte de Lorde Tresting. Tresting. tem algo Kels Ke lsier ier sorriu. – PodeP ode-se se dize dize r que sim. – O assassinato a ssassinato dele ca c a usou bastante com c omoçã oçãoo entre entr e a nobre nobrezza loca loc a l. – Essa e ra a int intenç ençãã o – Ke Kelsi lsiee r re respondeu. spondeu. – Ainda que, par paraa ser honesto, e u não e sti stivesse vesse planejj ando nada plane na da tão tã o dram dra m ático. Foi m a is um ac a c idente do que qualque qualquerr outra coisa coisa.. Dockso Dock sonn ergueu e rgueu uma um a so sobrance brancellha. – E com c omoo é que se m ata “ a cide cidentalm ntalmee nte” um nobre e m sua m ansã ansão? o? – Co Com m um umaa fa faca ca no peito – Ke Kelsi lsiee r diss dissee despr despreoc eocupada upadam m ente ente.. – Ou m e lhor, um par de facas no peito. É sempre bom se precaver. Dockkson revirou Doc re virou os olhos. – A m orte dele não é exa exatam tam ente um umaa per perda, da, Dox – Ke Kelsi lsier er prosseguiu. – Mesm Mesmoo e ntre a nobreza, Tresting tinha reputação de ser cruel. – Nã Nãoo m e im importo porto c om Tre Tresti sting ng – Doc Dockkson re respondeu. spondeu. – Só e stou pensa pensando ndo no gra grauu de insanidade que me levou a planejar outro trabalho com você. Atacar um lorde provinciano em sua mansão, cercada por guardas... Honestamente, Kell, eu quase tinha me esquecido do quão imprudentee você pod imprudent podee ser. ser . – Im prude prudente? nte? – Kelsi Ke lsier er pe perguntou rguntou com um umaa gar gargalha galhada. da. – Aquil A quiloo não foi f oi im im prudê prudênc ncia... ia... foi f oi só um um a pequena diver diversão. são. Você devia ver o que que est estou ou planejando fazzer! planejando fa Dockso Dock sonn parou por por um m om omento ento,, e ent e ntão ão riu tam tam bém bém.. – P e lo Se nhor Sober oberaa no, é bom ter você de volt volta, a, Ke Kell ll!! Rec Recee io que tenha m e torna tornado do um tanto quanto entediante nesses últimos anos. – Vam Va m os conserta conse rtarr isso – Kelsier prom ete eteu. u. Ele respirou fundo, as cinzas caíam levemente ao seu redor. As equipes de limpeza já estavam de volta ao trabalho nas ruas abaixo, varrendo a cinza negra. Uma patrulha de guardas passou atrá a tráss de Ke Kelsi lsiee r e Doc Dockkson, cum c umprim primee ntando-os. Am bos esper e sperar aram am , em e m sil silêê ncio, até que os home homens ns se afast af astassem assem.. – É bom esta estarr de volt voltaa – Ke Kelsi lsiee r fina finalm lmee nte diss dissee . – Há algo fa fam m il iliar iar e m Luthade Luthadel... l... ainda a inda que sej a um deprime depriment ntee poço de aus a usterid teridade. ade. Já organizou organizou a reuni r eunião? ão? Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. – Nã Nãoo podem os com eç eçaa r a té esta noit noitee , no e ntanto. E c om omoo você c onseguiu entr entrar ar,, a fina final? l? Eu tinha homens vigiando os portões. – Humm Hum m ? Ah, eu e u entrei entre i sorr sorraa teira teiram m ente na noite passada pa ssada.. – Mas, com c omo... o... – Dock Doc kson parou. par ou. – Ah, cer c erto. to. Vai custar c ustar para pa ra e u me m e ac acostu ostum m a r com c om iss isso. o. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Não Nã o vej o por quê. quê . Você Voc ê tra trabalha balha com os brumosos brum osos o tem tem po todo. – Sim im,, m a s iss issoo é dife difere rente nte – Doc Dockkson diss dissee . Ele fe fezz um a c eno par paraa im impe pedir dir outro argume ar gument nto. o. – Não é necessário nec essário,, Kell. Kell. Só Só diss dissee que vai va i cust custar para eu m e acost a costum umar ar.. – Tudo bem . Quem Que m ve vem m e ssa noite? – Bem , Brisa e Ha Ham m e starã starãoo lá, lá , é cla claro. ro. Eles estão e stão bastante ba stante cur curiosos iosos sobre sobre e sse seu se u trabalho tra balho misterioso. Sem mencionar que estão incomodados por eu não ter contado a eles sobre o que
você andou fazendo f azendo nos últi últim m os anos. – Bom Bom – Kelsi Ke lsiee r disse, com c om um sorr sorriso iso.. – DeixeDe ixe-os os im im a ginar ginar.. E quanto ao a o Arapuc Ar apucaa ? Dockso Dock sonn negou com a cabeç c abeça. a. – O Ar Araa puca e stá m orto. O Min Minist istéé rio fina finalm lmee nte o ca capturou pturou há a lguns m ese eses. s. Ne Nem m se incom in com odaram em m andá-lo para as a s Min Minas: as: ele ele foi f oi deca decapi pitado tado no mesmo me smo inst instante. ante. Kelsier fechou os olhos, suspirando profundamente. Parecia que o Ministério do Aço capt ca pturava urava to todo do mundo com o tem tem po. Kelsi Kelsier er às vezes vezes achava a chava que a vi vida da de um sk skaa aa brum brumos osoo não era tanto sobre sobreviver, mas sobre escolher o momento adequado para morrer. – Isso nos de deixa ixa sem um e sfum a ça çador dor – Ke Kelsi lsier er diss dissee , fina finalm lmente ente,, a brindo os olhos olhos.. – Algum Algu m a sug sugestão? estão? – Ruddy Ruddy – Dock Doc kson respondeu. re spondeu. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Não. Nã o. Ele é um bom esf esfum umaa ç ador ador,, ma m a s não é um hom homem em bom o suficiente. suficie nte. Dockkson sorriu. Doc sorr iu. – Nã Nãoo é um hom homee m bom o suficie suficiente nte pa para ra esta estarr em um umaa gangue de ladr ladrõe ões... s... Ke Kell ll,, eu sentii falta falta de trabalhar com você. Tudo bem bem.. Quem, Quem , então? então? realmente sent realmente Kelsier Kelsi er penso pensouu por um m om omento ento.. – O Tre Tr e vo continua com c om aque aquela la loja loj a ? – Pe P e lo que sei, sim – Dock Doc kson disse disse lentam lenta m ente ente.. – Ele provave pr ovavelm lmee nte é um dos me m e lhores Esfum Esf umaç açador adoree s da cidade c idade.. – Im a gino que sim – Dock D ockson son disse. disse. – Mas... não nã o é difícil difíc il tra trabalha balharr com c om e le? – Ele não é tão ruim – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – Nã Nãoo de depois pois que se a costum costumaa c om ele ele.. Além dis disso, so, acho ac ho que que el e le pod podee ser... ser ... propí propício cio para esse trabalho em parti particular. cular. – Muit Muitoo bem – Doc Dockkson diss dissee , dando de om ombros. bros. – Vou c onvidá-lo. Ac Acho ho que um de seus paree ntes é um olho de estanho. par e stanho. Quer Que r que o convide tam bém ? – Pa P a re recc e bom – Kelsi Ke lsiee r concor c oncordou. dou. – Certo – Doc Dockkson disse. – Bom, a lém de desses, sses, tem os apena a penass Ye Ye den. P re resum sumindo indo que a inda estejaa in estej interessado. teressado..... – Ele estará e stará lá – Kelsi Ke lsiee r afirm a firm ou. – É me m e lhor que estej e stejaa – Dock Doc kson falou. fa lou. – Ele Ele ser seráá o único únic o a nos pagar pa gar,, afina a final.l. Kelsier concordou e, em seguida, franziu o cenho. – Você Voc ê não m e ncionou Marsh. Mar sh. Dockson Dock son deu de om ombros. bros. – Eu te avise avisei.i. Se u irm irmãã o nunca apr aprovou ovou nossos m é todos todos,, e a gora gora... ... bem , você conhe conhece ce Marsh. Ele não vai querer ter mais nada com Yeden e a rebelião, muito menos com um bando de criminosos como nós. Acho que teremos que encontrar outra pessoa para se infiltrar entre os obrigadores. – Não Nã o – Kelsi Ke lsiee r disse. – Ele fa f a rá iss isso. o. Só Só tenho que dar da r um a passada pa ssada por lá para pa ra pe persua rsuadi-lo. di-lo. – Se você diz diz.. – Doc Dockkson fic ficou ou em sil silêê ncio, e os dois fic ficar araa m pa para rados dos por um m om omento, ento, inclinados sobre as ameias, observando a cidade suja de cinzas. Dockso Dock sonn finalm finalm ente balançou a ca cabeça beça.. – Isso é insano, não? nã o? Kels Ke lsier ier sorriu. – Pa P a re recc e bom , não é? é? Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. – Fa Fa ntásti ntástico. co. – Se rá um tra trabalho balho c om omoo nenhum outro – Ke Kelsi lsiee r com entou, olhando par paraa o norte – na
direção do edifício retorcido no centro da cidade. Dockson se afastou da muralha. – Te Te m os poucas pouca s horas hora s antes a ntes da re reunião. união. Há H á a lgo que quer queroo m ost ostra rarr a você você.. Acho Ac ho que a inda há tempo. tem po..... se se nos apre apress ssar arm m os os.. Kelsier se voltou, curioso. – Be Be m , eu ia dar um a bronca no meu me u irm irm ão puritano. puritano. Mas... Mas... ia dar – Isso vai valer va ler a pena – Dock Doc kson prome prom e teu. Vin se sentou no canto do covil principal do esconderijo. Manteve-se nas sombras, como sempre; sem pre; quanto quanto mais m ais fica ficass ssee fora da vista, vista, mais m ais os out outros ros a ig ignorariam norariam . Não podia podia se dar ao luxo luxo de gastar a su suaa Sorte Sorte m antendo as mãos m ãos dos dos hom hom ens long longee dela. de la. Mal Mal tivera tivera tem po de de regene r egenera rarr o que usara alguns dias antes, durante o encontro com o obrigador. A turba habitual ocupava as mesas da sala, jogando dados ou discutindo golpes menores. A fumaça de uma dezena de cachimbos se acumulava no teto do aposento, e as paredes tinham manchas escuras de incontáveis anos do mesmo tratamento. O chão também. Como a maior parte par te das da s gangues gangue s de ladrõe ladr ões, s, o grupo de Cam on não era e ra c onhec onhecido ido por seu asseio. a sseio. Havia uma porta no fundo da habitação e, atrás dela, uma escada de pedra em caracol que dava em um bueiro falso em um beco. Essa sala, assim como muitos outros esconderijos na capital imperial de Luthadel, não devia existir. Gargalh Gar galhadas adas rudes vinham vinham da part par te da frente fr ente do aposento aposento,, onde onde Cam on estava estava sent sentado ado com meia dezena de comparsas, desfrutando de uma tarde típica com cerveja e piadas grosseiras. A mesa de Camon ficava ao lado do bar, cujas bebidas superfaturadas eram simplesmente uma outra forma de Camon explorar aqueles que trabalhavam para ele. Os criminosos de Luthadel haviam havi am apre aprendi ndido do muito muito bem com as lições lições da nob nobre rezza. Vin tentou o seu melhor para ficar invisível. Seis meses antes não teria acreditado que sua vida podia realmente ficar pior sem Reen. Mesmo assim, apesar da ira agressiva de seu irmão, ele impedia que outros membros da gangue cruzassem o caminho de Vin. Havia um número relativamente pequeno de mulheres nas gangues de ladrões; as que se envolviam com o submundo acabavam, em geral, como prostitutas. Reen sempre dizia que uma garota tinha que ser durona – mais durona, inclusive, do que um homem – se quisesse sobreviver. Você acha que algum líder de gangue vai querer um peso como você no grupo? , ele dizia. em eu quero que ro traba trabalh lhar ar com você v ocê,, e sou seu irmão. irmão . Suas costas ainda latejavam; Camon a chicoteara no dia anterior. O sangue estragaria sua camisa, e ela não tinha como comprar outra. Camon já vinha ficando com o seu pagamento para quitar as dívidas que Reen deixara para trás. Mas eu e u sou fort fortee , ela pensou. Essa era a ironia. Os espancamentos já quase não doíam mais, pois as agressões frequentes de Reen fizeram com que Vin se tornasse resiliente e, ao mesmo tempo, ensinavam-na como paree c er paté par patéti ticc a e quebr quebraa da. Os e spanc spancam am e ntos er eraa m , de c er erto to m odo, a utodestruti utodestrutivos. vos. Os hematomas e vergões se curavam, mas cada nova chibatada a tornava mais dura. Mais forte. Camon se levantou. Buscou no bolso do colete e tirou seu relógio de ouro. Acenou para um de seus companheiros e, então, examinou o aposento, procurando por... ela. Seus olhos se fixaram em Vin. – Che Chegou gou a hora hor a . Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. Hora Hora de quê? quê ? O Cantão das Finanças do Ministério era uma estrutura imponente – mas, então, tudo
relacionado ao Ministério do Aço tendia a ser imponente. Alto e quadrado, o edifício tinha uma imensa janela circular na frente, mas os vidros eram escuros do lado de fora. Havia dois grandes estandartes pendurados nas laterais da janela, o tecidoo verm elho manchado tecid ma nchado de fuligem fuligem proclam proclamava ava lo louvo uvore ress ao Senhor Senhor Soberano. Soberano. Camon estudou o prédio com um olhar crítico. Vin podia sentir a apreensão dele. O Cantão das Finanças dificilmente era o gabinete mais ameaçador do Ministério – o Cantão da Inquisição, ou mesmo o Cantão da Ortodoxia, tinha reputação muito mais sinistra. Contudo, entrar voluntariamente em qualquer gabinete do Ministério... colocar-se nas mãos dos obrigadores... bem , era er a algo a lgo a se fa f a zer de depois pois de pensar pe nsar ser seriam iam e nte no assunt a ssunto. o. Camon respirou profundamente e deu um passo adiante, batendo seu bastão de duelo contra as pedras enquanto caminhava. Vestia seu elegante traje de nobre e estava acompanhado por m eia dúzia dúzia de m em bros da da gangu ganguee – inclui incluindo ndo Vin Vin – atuando como com o “criados “c riados”. ”. Vin seguiu Camon degraus acima, então parou quando um dos membros da gangue se adiantou para abrir a porta para seu “amo”. Dos seis criados, apenas Vin parecia não saber nada sobre o plano de Camon. Estranhamente, Theron – o suposto parceiro de Camon no golpe ao Ministério – não podia ser visto em parte alguma. Vin entrou no edifício do Cantão. Uma vibrante luz vermelha com centelhas azuladas entrava pela janela circular. Um único obrigador, com tatuagens de nível médio ao redor dos olhos, sentava-se atrás de uma mesa ao fundo do comprido vestíbulo. Cam on se aproximou, batendo batendo o bastão bastão cont c ontra ra o carpete ca rpete enqu e nquanto anto andava. – Sou Sou Lorde Jedue – disse. disse. O que está fazendo, Camon? Vin Camon? Vin pensou. Você insistiu com Theron que não se reuniria com o Prelado Laird Laird no gabinete do Cantão. Cantão. E agora aqui está você. voc ê. O obrigador assentiu, fazendo uma anotação em seu livro de registro. Em seguida, apontou paraa o lado. par – P ode leva levarr um c ria riado do com você pa para ra a sala de e sper spera. a. Os outros deve devem m pe perm rm ane anece cer r aqui. O bufar de desprezo de Camon indicava o que pensava da proibição. O obrigador, no entanto, não tirou os olhos de seu livro. Camon ficou parado por um momento, e Vin não conseguiu perceber se ele estava genuinamente zangado ou apenas interpretando o papel de um nobre arrogante. Finalmente, apontou para Vin. – Venha Ve nha – ele e le disse, virando-se vira ndo-se e ca c a m inhando em e m dire direçã çãoo à porta por ta indicada. indica da. A sala, do lado de dentro, era luxuosa e cômoda, havia vários nobres descansando enquanto espera esp eravam vam.. Cam Cam on escol escolheu heu uma cadeira e se acomodo ac omodou, u, apont apontando ando para para uma m esa com c om vi vinh nhoo e bolos de frutas. Vin serviu-lhe obedientemente uma taça de vinho e um prato de comida, ignorando ig norando a própria própria fome f ome.. Cam on começ com eçou ou a com er o bolo bolo ansi ansios osam am ente, sabore saboreando-o ando-o em si silênci lêncio. o. Ele está e stá ne nervoso. rvoso. Ainda mais nerv nervoso oso do que antes. – Assim que e ntra ntrarm rm os, não diga nada na da – Cam on murm m urm urou. – Você Voc ê está tra traindo indo Theron Ther on – Vin sussurr sussurrou. ou. Cam on assent a ssentiu iu.. – Mas, com c omo? o? P or quê? quê ? O plano de Theron era complexo na execução, mas simples no conceito. Todo ano, o Ministério transferia seus novos obrigadores acólitos das instalações de treinamento do norte para o sul, em Luthadel, para a instrução final. Theron descobrira, no entanto, que esses acólitos e seus supervisores traziam consigo grandes quantidades de fundos do Ministério – disfarçados de bagage baga gem m – para par a ser seree m guar guarda dados dos em Luthade Luthadel.l.
O banditismo era muito difícil no Império Final, graças às constantes patrulhas ao longo das rotas do canal. No entanto, se alguém estivesse administrando os barcos que os acólitos usavam, um roubo seria possível. Se arranjado no momento certo... com os guardas distraídos com os passage passa geiros... iros... um hom homee m poder poderia ia conseguir c onseguir um bom lucr lucro, o, e então e ntão culpar c ulpar toda a bandidage ba ndidagem m. – A gangue de The Theron ron e stá fr fraa c a – Cam Camon on diss dissee em voz baixa baixa.. – Ele investi investiuu m uit uitos os recursos neste golpe. – Mas o retorno re torno que terá te rá... ... – Vin le le m brou. – Nunca Nunc a virá se eu pega pegarr o que puder agor agoraa e fugir – Cam on disse, sorrindo. sorr indo. – Convencer Convenc erei ei os obrigadores a me darem um montante para manter minha caravana de barcos funcionando, então desaparece desapare cerei rei e deix deixar arei ei que Theron lide lide com c om o desastre desastre quand quandoo o Min Minis istério tério perc perceber eber que foi enganado. Vin deu um passo para trás, levemente surpresa. Preparar um embuste como esse deveria ter custado a Theron milhares e milhares de boxes – se o acordo falhasse agora, ele estaria arruinado. E, com o Ministério em seu encalço, ele nem teria tempo de buscar vingança. Camon teria um lu lucr croo rápido, rápido, ao m esm esmoo tem tem po que que se veria ve ria livre livre de um de seus mais m ais poderoso poderososs rivais. rivais. Theron foi um tolo em meter Camon nisso, nisso , ela pensou. Mas, claro, o montante que Theron prom e ter teraa pa pagar gar a Cam Camon on e ra a lt lto; o; e le prova provavelm velm ente pre presum sumira ira que a ganâ ganânc ncia ia de Cam Camon on garantiria sua honestidade até que o próprio Theron pudesse dar um golpe nele. Camon tinha simplesmente agido mais rápido do que qualquer um, até mesmo Vin, poderia esperar. Como Theron poderia saber que Camon minaria o golpe, em vez de esperar e tentar roubar toda a bolada dos barcos bar cos da c ar araa vana vana?? m ais uma traição, traição , ela pensou, enjoada. Por issoo ainda O estômago de Vin revirou. É revirou. É só mais enjoada. Por que iss me incomoda tanto? Todo Todo mundo trai todo todo mundo. Assim é a vida.. v ida.. Ela queria encontrar um canto em algum lugar apertado e isolado para se esconder. Sozinha. Todo mundo vai trair você. Todo mundo. mundo . Mas não havia para onde ir. Finalmente, um obrigador menor entrou e chamou Lorde Jedue. Vin seguiu Camon enquanto eles eram conduzidos à sala de audiências. O homem que os esperava lá dentro, sentado atrás da mesa de audiências, não era o Prelado Pr elado Laird. Camon se deteve à porta. A sala era austera, mobiliada apenas com a mesa e um carpete cinza simples. As paredes de pedra não tinham adornos, e a única janela tinha pouco mais que um palmo de largura. O obrigador que esperava por eles tinha uma das tatuagens ao redor dos olhos mais intrincadas que Vin já vira. Ela não sabia ao certo a posição que os desenhos indi in dica cavam vam,, mas m as eles se est e stendi endiam am por trá tráss das orelhas orelhas e até a tes testa ta do obrigado obrigador. r. – Lorde Lor de Jedue – o estra estranho nho obrigador obr igador diss disse. e. Como La Laird, ird, usava usa va túni túnicc a c inz inzaa , m a s era e ra m uit uitoo diferente dos severos e burocráticos homens com quem Camon já havia tratado. Este homem eraa esg er e sgui uioo e m us usculo culoso so,, e sua cabeça ca beça ra rasp spada ada e triangular triangular lhe lhe dava um ar quase predatório. predatório. – Pe P e nsei que m e encontra e ncontraria ria com o Pre P relado lado Laird La ird – Camon Cam on disse, disse, ainda a inda sem entr entraa r na sala sala.. – O P re relado lado La Laird ird foi c ham a do par paraa re resol solve verr outros assuntos. Eu sou o Sum umoo P re relado lado Arriev, líder do conselho que está revendo sua proposta. Você está tendo a rara oportunidade de se dirigir diretamente a mim. Normalmente não atendo os casos pessoalmente, mas a ausência de Laird fez nece necess ssár ário io que eu me m e ocupasse de algum algum as de suas taref tarefas. as. Devíamos víamos ir. Agora. Os inst instin intos tos de Vin deixaram deixar am -na tensa. tensa. De Camon ficou parado por um longo momento, e Vin percebeu que ele estava considerando as possibilidades. Fugir agora ou assumir o risco por um prêmio maior? Vin não queria saber de prêm prê m ios; só queria quer ia viver. viver . Ca Ca m on, no entanto, enta nto, não havia se tornado torna do líder líder de gangue ga ngue sem se m c orr orree r um
risco ocasional. Ele entrou lentamente no aposento, com os olhos cautelosos enquanto se sentava diante di ante do obrigador. – Bem , Sumo Sum o Pre P relado lado Ar Arrie rievv – Cam Camon on falou, f alou, com c om voz cuidadosa. cuidadosa . – P re resum sumoo que, que , um a vez que eu tenh tenhaa si sido do cham ado para out outra ra re reuni união, ão, o cons c onselho elho está está consi considera derando ndo minha minha oferta? – Estamos, Estam os, de fato f ato – o obrigador obriga dor confirm c onfirm ou. – Embora Em bora eu deva de va adm a dmit itir ir que alguns mem m em bros do conselho estejam apreensivos quanto a tratar com uma família tão próxima do desastre econô ec onôm m ico. O Mini Minist stér ério io,, em gera gerall, prefere prefe re ser cons c onser ervador vador em su suas as operações operaç ões finance financeiras. iras. – Entendo. – Mas – Ar Arrie rievv prosse prosseguiu guiu – há outros no c onselho que e stão ba bastante stante a nsi nsiosos osos e m ti tira rar r proveit prove itoo das vantage va ntagens ns que você voc ê nos ofere ofe recc eu. – E com c om que grupo gr upo o senhor se identifica identifica,, Vossa Gra G raçç a? – Eu, a té o m om omee nto, não nã o m e de decidi. cidi. – O obriga obrigador dor se inclinou para pa ra fr frente ente.. – E é por iss issoo que observei que você tem uma oportunidade rara. Convença-me, Lorde Jedue, e você terá seu contrato. – Ce Ce rta rtam m ente o Pre P relado lado Laird La ird esboçou e sboçou os detalhes deta lhes de nossa oferta ofe rta – Ca Ca m on disse. disse. – Sim Sim,, ma m a s gosta gosta ria de ouvir seus se us argum ar gumentos entos pessoalm pessoa lmee nte. Satisfa Satisfaça ça-m -m e . Vin franziu o cenho. Ela permanecera no fundo do aposento, parada perto da porta, ainda m eio convencida convencida de que devia fugir. fugir. – Então? – Arrie Ar rievv perguntou. per guntou. – P re recisa cisam m os deste c ontra ontrato, to, Vossa Gr Graa ça – Cam Camon on com e çou. – Se m e le, não ser seree m os capazes de continuar nossas operações pelo canal. Seu contrato nos dará um período de estabilidade muito necessário... uma chance para manter nossas embarcações por um tempo, enquanto procuramos outros contratos. Arriev est e studo udouu Cam Cam on por por um m ome oment nto. o. – Você c e rta rtam m e nte c onsegue fa fazze r m elhor do que iss isso, o, Lorde Jedue Jedue.. La Laird ird diss dissee que você provar que foi muit m uitoo persuasi per suasivo... vo... deixedeixe-m m e ouvi ouvi-lo -lo provar que m er erec ecee nos nosso so patrocíni patrocínio. o. Vin preparou sua Sorte. Podia fazer com que Arriev ficasse mais inclinado a acreditar... mas algo a conteve. A situação parecia errada. – Som Somos os sua m elhor e scolha scolha,, Vossa Vossa Gra Gr a ç a – Camon Cam on falou. fa lou. – Os senhore senhor e s teme tem e m que m inha casa ca sa venha a sofrer sofre r um colaps colapsoo econômico? econôm ico? Bem , nesse nesse caso, c aso, o que vocês têm têm a perder? per der? Na pior das hipót hipóteses, eses, meus me us barc barcos os deix deixar arão ão de navegar, navega r, e vocês você s ter terão ão de encont enc ontra rarr outro outro mer m erca cador dor com quem lidar. No entanto, se seu patrocínio for suficiente para manter minha casa, então vocês encontraram encontrara m um cont contra rato to de de long ongoo prazo prazo invej invejável. ável. – Entendo – Ar Arrie rievv diss dissee , despr despree ocupa ocupado. do. – E por que o Min Minist istéé rio? P or que não fa fazze r contrato com outro? Certamente há outras opções para seus barcos... outros grupos que agarrariam tais tarifas. Camon franziu o cenho. – Nã N ã o se tra trata ta de dinheiro, Vossa Gr Graa ç a, m a s de vit vitória ória... ... de dem onst onstra rarr conf confianç iança... a... o que ganharíamos ao assinar um contrato com o Ministério. Se confiarem em nós, outros também o farão. farã o. Eu prec Eu preciso iso do seu apoio. – Camon suava agora. Provavelmente estava começando a se arrepender deste golpe. Teria sido traído? Estaria Theron por trás desta estranha reunião? O obrigador esperou em silêncio. Ele podia destruí-los, Vin sabia. Se sequer suspeitasse que estavam tentando enganá-lo, podia entregá-los ao Cantão da Inquisição. Mais de um nobre entrara ent rara em um edi edifíci fícioo do Cant Cantão ão e j am ais retorn retornara ara.. Rangendo os dentes, Vin alcançou e usou sua Sorte no obrigador, tornando-o menos desconfiado. Arriev sorriu.
– Be Be m , você m e convenc c onvenceu eu – dec de c lar larou, ou, repentinam re pentinam e nte. Camon suspirou de alívio. Arriev Arr iev pross pr osseguiu: eguiu: – A sua últ últim imaa c ar arta ta suger sugeria ia que pre precisa cisava va de trê trêss m il boxes com o adia adiantam ntam e nto par paraa renov re novar ar seus equipam equipamento entoss e reto re tom m ar as operações opera ções fl f luvi uviais. ais. Procure o escriba, no salão salão principal principal,, paraa fina par finali lizza r a pape papelada lada e re requis quisit itar ar os fundos necessá nec essários. rios. O obrigador obrigador pegou um um a fol f olha ha grossa grossa de papel burocr burocráti ático co de um umaa pilha pilha e est estam am pou um um sel seloo na parte de baixo. baixo. Ofereceu-a Oferec eu-a a Camon Cam on.. – Se Se u contrato. contra to. Camon abriu um sorriso. – Sa bia que vir a o Min Minist istéé rio ser seria ia um umaa e scolha sábia – diss dissee , a ce ceit itaa ndo o c ontra ontrato. to. Ficou paraa do, saudando par sa udando re respeitosam speitosamee nte o obrigador obr igador,, então e ntão fe fezz sina sinall para pa ra que Vin abrisse a brisse a porta par paraa ele. Ela assim o fez. Algo fez. Algo está errado. Ela ficou parada à port porta, a, enqu e nquanto anto e rrado. Algo está muito errado. errado . Ela Camon saía, olhando para o obrigador. Ele ainda estava sorrindo. Um obri obrigador gador feliz feliz er eraa sem pre um m au sinal. sinal. Contudo, ninguém os deteve enquanto passavam pela sala de espera com seus ocupantes nobres. Camon selou e entregou o contrato para o escriba indicado, e nenhum soldado apareceu paraa pre par prendêndê-los los.. O e scr scriba iba puxou um peque pequeno no c ofr ofree c heio de m oeda oedass e e ntre ntregou-o gou-o a Cam Camon on com um gest gestoo indi indife fere rent nte. e. Então, simplesmente saíram do edifício do Cantão, e Camon se reuniu com os outros criados com óbvio alívio. Nenhum grito de alarme. Nenhum soldado correndo. Estavam livres. Camon conseguira enga enganar nar tanto o Min Minis istério tério quanto outro outro líder líder de gangue. ga ngue. Aparentemente. Kelsier enfiou outro dos bolinhos com cobertura de frutas vermelhas na boca, mastigando com satisfação. O ladrão gordo e sua criada magricela passaram pela sala de espera, a caminho da saída. O obrigador que os recebera permaneceu em sua sala, aparentemente aguardando a próximaa re próxim r e união. – Be Be m ? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. – O que você ac acha? ha? Kelsier olhou para os bolinhos. – São bem gosto gostosos sos – diss dissee , pega pegando ndo m ais um um.. – O Min Minist istéé rio sem pre teve um gost gostoo excelent exce lente... e... faz senti sentido do que que ofere ofe reça çam m peti petiscos scos de de primeira. prim eira. Dockkson revirou Doc re virou os olhos. – Da ga garota rota,, Kell Ke ll.. Kelsier sorriu enquanto empilhava quatro bolinhos nas mãos, e acenou com a cabeça na direção da porta. A sala de espera do Cantão estava ficando cheia demais para discutir assuntos delicados. A caminho da saída, ele parou e disse ao obrigador secretário ao canto que eles precc isava pre isavam m re reage agendar ndar a re reunião. união. Então os dois atravessaram a câmara de entrada – passando pelo gordo chefe de gangue, que estava falando f alando com um escriba. Kels Ke lsier ier saiu, levantou levantou o capuz para se proteger das da s cinzas cinzas e abriu caminho pela rua. Parou diante de um beco, posicionando-se onde ele e Dockson pudessem obser obs ervar var as portas do edifício do Cantão. Cantão. Kels Ke lsier ier m asti astigou gou seus seus bolinh bolinhos os com sati satisfa sfaçã ção. o. – Com Comoo você a descobr de scobriu? iu? – perguntou, per guntou, entre denta dentadas. das. – Seu irm irmãã o – Doc Dockkson re r e spondeu. – Cam on tentou te ntou engana e nganarr Mar Marsh sh há uns m e ses, e levou a garota com ele, também. Na verdade, o pequeno amuleto da sorte de Camon está ficando
consideravelmente famoso nos círculos certos. Ainda não sei ao certo se ele sabe o que ela é ou não. Você sabe como os ladrões podem ser supersticiosos. Kelsier assentiu, limpando as mãos. – Com Comoo você sabia que e la estaria e staria a qui hoje? hoje ? Dockson Dock son deu de om ombros. bros. – Alguns subornos nos lugar lugares es c e rtos. Ve nho obser observando vando a gar garota ota desde que Mar Marsh sh a mostrou para mim. Queria que você tivesse a oportunidade de vê-la atuar com seus próprios olhos. Do outro lado da rua, a porta do edifício do Cantão finalmente se abriu, e Camon desceu os degraus cercado por um grupo de “criados”. A garota, pequena e de cabelos curtos, estava com ele. Kelsier franziu o cenho ao vê-la. Ela demonstrava ansiedade em seus passos, e se sobressal so bressaltava tava sem pre que alguém fazi faziaa um m ovi ovim m ento rápido. rápido. A later lateral al dire direit itaa de seu ros r osto to ainda ainda estava levemente descolorida por causa de um hematoma parcialmente curado. Kelsier observou o arrogante Camon. Tenho que inventar algo particularmente adequado ara me aproximar deste deste homem homem.. – Coit Coitadinha adinha – Dock Doc kson murm m urm urou. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Logo ela e stará li livre vre dele dele.. É incrível incr ível que ninguém a tenha te nha descobe de scoberto rto antes. a ntes. – Se Se u irmã irm ã o estava c e rto, então? e ntão? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Ela é, é , no míni m ínim m o, uma um a Brum osa, e se Marsh Ma rsh diz que ela e la é m a is do do que isso, estou inclinado inclinado a acreditar nele. Estou um pouco surpreso em vê-la usar a alomancia em um membro do Ministério, especialmente dentro de um edifício do Cantão. Eu apostaria que ela nem ao menos sabe que est e stáá usando suas suas habi ha bili lidade dades. s. – Isso é possível? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Alguns m iner ineraa is encontra e ncontrados dos na água podem ser queim queimaa dos, m a s dã dãoo a pena penass um pouco de poder. Essa é uma das razões pela qual o Senhor Soberano construiu sua cidade aqui... há muitos metais no solo. Eu diria que... Kelsier se calou, franzindo o cenho levemente. Algo estava errado. Ele olhou na direção de Camon e sua gangue. Eles ainda podiam ser vistos à distância, cruzando a rua e em direção ao sul. Uma figura apareceu à porta do edifício do Cantão. Esguia, com um ar confiante, tinha as tatuagens de um sumo prelado do Cantão das Finanças ao redor dos olhos. Provavelmente o mesmo homem com quem Camon havia se reunido há pouco. O obrigador caminhou para fora do edifício edifício,, e um segun segundo do hom hom em saiu atrás atrás dele. de le. Ao lado de Kel Ke lsi sier er,, Dockso Docksonn repent re pentin inam am ente se enri e nrijj ec eceu. eu. O segundo homem era alto, de constituição robusta. Quando se virou, Kelsier pôde ver que um pino grosso de metal havia sido martelado em cada um de seus olhos. Os eixos eram tão largos quanto os do globo ocular, e compridos o suficiente para que suas pontas afiadas se proj eta etassem ssem quase dois ce c e ntí ntím m e tros para pa ra for foraa da par parte te de trá tráss do c râ rânio nio ra r a spado do hom homee m . As cabeças dos pregos brilhavam como dois discos prateados, saindo dos espaços onde os olhos deveriam deveri am est estar. ar. Um Inquisidor de Aço. – O que aquilo está fazendo aqui? – Dockson perguntou. aquilo está – Fique c alm o – Ke Kelsi lsier er diss dissee , tentando for forçç a rr-se se a fa fazze r o m esm o. O Inquisid Inquisidor or olhou na direção deles, seus olhos cravados observaram Kelsier, antes de se voltarem na direção que
Camon e a garota tinham tomado. Como todos os Inquisidores, ele tinha tatuagens intrincadas – a m aio aioria ria delas delas negras, com uma um a aus a usttera linh nhaa verm vermelh elhaa – que que o ident identificavam com comoo um m em bro de alt a ltaa patente do Cantão da Inqui I nquisi siçã ção. o. – Ele não está a qui por nossa ca causa usa – Kelsi Ke lsier er dis disse. se. – Não Nã o estou e stou queimando queim ando na nada... da... e le ac acha ha que somos mer m eros os nobres nobres comuns com uns.. – A garota ga rota – Dock Doc kson disse. disse. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Você Você dis disse se que Cam Camon on vem ve m tra trabalha balhando ndo nesse ne sse golpe contra c ontra o Ministér Ministério io há a lgum tem po. Bem, a garota deve ter sido detectada por um dos obrigadores. Eles são treinados para reconhecer quando um alomântico altera as suas emoções. Dockson franziu o cenho, pensativo. Do outro lado da rua, o Inquisidor falou algo com o outro obrigador, e os dois homens se viraram e começaram a seguir o caminho tomado por Cam on. Não havia pressa no cam in inhar har deles de les.. – Deve De vem m ter m anda andado do que alguém a lguém os seguisse seguisse – Dock Doc kson disse. disse. – Este é o Minist Ministéé rio – Kelsi Ke lsier er lem brou. – Devem De vem ter m a ndado pelo pe lo me m e nos dois. dois. Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. – Cam on os c onduz onduzirá irá dire diretam tam e nte a o seu se u esconde e sconderij rijo. o. Dezena D ezenass de hom homee ns m orr orree rã rão. o. Não N ão são as pessoas pessoas m ais admiráveis admirá veis,, mas... m as... – Combatem Comba tem o Im pé pério rio Final, Final, do seu se u jeito j eito – Kelsi Ke lsiee r disse. – Além dis disso, so, não estou disposto disposto a deixar deix ar que uma pos possí sível vel Nascida Nascida da Bruma Brum a escape e scape de nós. nós. Quero fal fa lar com aquela garota. Você Você conseguee dar um j eit consegu eitoo naqueles batedores? batedores? – Eu diss dissee que ti tinha nha fic ficado ado e ntediante ntediante,, Ke Kell ll – Doc Dockkson fa f a lou. – Nã Nãoo desle desleixado. ixado. P osso lidar com um par de lacaios do Ministério. – Muito Muito bem be m – Kelsi Ke lsiee r disse, enfia e nfiando ndo a m ã o no bolso da ca c a pa e ti tira rando ndo um peque pequeno no fra fr a sco. Uma coleção de flocos de metal boiava em uma solução de álcool dentro dele. Ferro, aço, estanho, peltre, cobre, bronze, zinco e latão – os oito metais alomânticos básicos. Kelsier tirou a tampa tam pa e engol engoliu iu o conteúdo conteúdo em um úni único co gole. gole. Guardou o frasco, fra sco, agora vaz vazio io,, lim lim pando a boca. boca . – Vou dar da r um j eito naquele naque le Inquis I nquisidor. idor. Dockson pareceu apreensivo. – Vai Va i te te ntar enf enfre rentántá-lo? lo? Kelsiier m eneou a cabeç Kels cabeçaa negat negatiivam vament ente. e. – É pe perigoso rigoso dem a is. Só vou dist distra raí-lo. í-lo. Agor Agoraa va vam m os... nã nãoo quer queree m os que os bate batedore doress encontrem o esconderijo. Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. – A ge gente nte se vê no c ruzam ruzamee nto Quinz Quinzee – diss dissee ante antess de seguir pe pelo lo bec becoo e de desapa sapare rece cer, r, dobra dob rando ndo uma esqui esquina. na. Kelsier deu dez segundos de vantagem para seu amigo, antes de alcançar os metais em seu interio in teriorr e quei queim m á-los á-los.. Seu Seu corpo c orpo se se encheu e ncheu de força f orça,, clarez clare za e pod poder. er. Kelsier sorriu; e então, queimando zinco, aumentou seu poder e se apoderou com firmeza das emoções do Inquisidor. A criatura se deteve imediatamente, deu meia-volta e olhou na dire di reçã çãoo do edifício do do Cantão. Cantão. Ke lsier ier pensou. Vamos fazer fazer uma perseguição perseguição agora, voc vocêê e eu e u , Kels
Chegamos a Terris no começo desta semana e, tenho que dizer, achei a zona rural linda. As randes montanhas ao norte – com seus cumes repletos de neve e mantas florestais – se erguem como deuses guardiões sobre esta terra de verde fertilidade. Minhas próprias terras ao sul são, em eral, planas; acho que pareceriam menos lúgubres se tivessem algumas montanhas para modificar o terreno. O povo aqui é formado principalmente por pastores – embora madeireiros e lavradores não ejam incomuns. É uma terra pastoral, com certeza. Parece estranho que um lugar tão marcadamente agrícola tenha produzido as profecias e teologias nas quais o mundo inteiro se baseia atualmente.
Camon contou as moedas, colocando os boxes de ouro um por um no pequeno cofre em sua mesa. Ele ainda parecia um pouco atordoado, e tinha motivo para tanto. Três mil boxes eram uma soma fabulosa de dinheiro – muito mais do que Camon ganharia, mesmo em um ano muito bom.. Se us c om bom ompar parsas sas m ais próxim próximos os senta sentava vam m -se à m esa com ele ele,, a ce cerve rvejj a e a s risada risadass corriiam so corr solltas. Vin sentou-se no canto, tentando entender seu sentimento de pavor. Três mil boxes. O Ministério jamais teria liberado tal soma tão rapidamente. O Prelado Arriev parecia astuto demais para ser tão facilmente enganado. Cam on jogo j ogouu outra outra m oeda no cofre c ofre.. Vin não não sabia se ele e le estava sendo tol toloo ou esperto com tal demonstração de riqueza. As gangues do submundo operavam sob um acordo estrito: todos rece re cebi biam am uma parte dos ganhos ganhos de acordo a cordo com a sua posiçã posiçãoo no grupo grupo.. Ainda Ainda que algum algum as vezes vezes fosse tentador matar o líder da gangue e pegar todo o seu dinheiro, um líder bem-sucedido gerava mais riquezas para todos. Matá-lo prematuramente significaria cortar ganhos futuros – sem m encionar atrair a ira dos out outros ros mem me m bros da gangue.
Mesmo assim, três mil boxes... era o suficiente para tentar até mesmo o mais sensato dos ladrões. Estava tudo errado. Tenho que dar o fora daqui , Vin decidiu. Sair de perto de Camon e do covil, caso alguma coisa aconteça. aconteça . Mas... partir? Por conta própria? Nunca estivera sozinha antes; sempre tivera Reen. Fora ele quem a levara de cidade em cidade, unindo-se a diferentes gangues de ladrões. Ela adorava a soli so lidão. dão. Mas a ideia de est e star ar por conta conta própri própria, a, lá fora, f ora, na cidade, a horrori horrorizzava. Por is isso so jam ja m ais fugira fugi ra de Reen; por por isso isso ficara ficar a com Cam on. Nãoo podia ir. Mas ti Nã tinha nha que ir. Le Levantou vantou a ca cabeç beçaa e m seu c a nto, exa e xam m inando a sala sala.. Nã Nãoo havia muitas pessoas na gangue pelas quais sentisse algum tipo de ligação. Mas havia alguns que lamentaria ver feridos, se os obrigadores realmente atacassem o grupo. Alguns homens que não tinham tentado abusar dela ou – em casos muito raros – que a tinham tratado com certa gentileza. Ulef estava no topo da lista. Ele não era um amigo, mas era o mais próximo disso, agora que Reen se fora. f ora. Se ele e le fosse fosse com ela, ent e ntão, ão, ao a o menos, m enos, ela ela não estaria sozin sozinha. ha. Cautelos Cautelosam am ente, Vin se levantou e caminhou pela lateral da sala até onde Ulef estava sentado, bebendo com alguns dos outros membros mais jovens da gangue. Puxou a manga m anga de Ulef. Ele se virou virou na dire direçã çãoo dela, dela, levemente levem ente bêbado. – Vin? – Ulef – ela suss sussurr urrou. ou. – Prec Pr ecisam isamos os ir. ir. Ele franz fr anziu iu o cenho. – Ir? Ir ? Ir par paraa onde? onde ? – Embora Em bora – Vin sussurr sussurrou. ou. – Para Pa ra for foraa daqui. da qui. – Agora? Agora ? Vin assentiu, assentiu, im im pac paciente. iente. Ulef olhou para seus amigos, que estavam rindo entre si e lançando olhares sugestivos para Vin e Ulef. Ulef corou. c orou. – Você Voc ê quer ir para pa ra a lgum lugar lugar,, só você e eu? – Não Nã o para par a iss issoo – Vin disse. disse. – Eu só... tenho que deixar de ixar o covil. E não quero que ro estar e star sozinha. sozinha. Ulef fra f ranz nziu iu o cenho. Inclinou Inclinou-se -se para pa ra perto dela, tin tinha ha um leve odor de cer c ervej vej a no hálit hálito. o. – O que e stá ac a c ontec ontecee ndo, Vin? – perguntou per guntou em voz baixa baixa.. Vin fez uma pausa. – Eu... ac acho ho que algo vai va i aconte a contecc er er,, Ulef U lef – ela e la sussu sussurr rrou. ou. – Algo com c om os obrigadore obr igadores. s. Eu só não quero ficar fica r no covil covil neste neste m ome oment nto. o. Ulef ficou em si silêncio lêncio por um m om omento ento.. – Tudo bem – finalm fina lmente ente diss dissee . – Quanto Qua nto te te m po isso isso vai levar? leva r? – Não Nã o sei – Vin falou. fa lou. – Até o anoitecer anoitec er,, pelo m enos. Mas Ma s temos tem os que ir. Agora ir. Agora.. Ele assentiu lentamente. – Espere Espe re aqui um ins instante tante – Vin V in sussurr sussurrou, ou, virando-se vira ndo-se.. Ela deu um umaa olhada e m Cam Camon, on, que estava rindo de uma de suas próprias piadas. Então, caminhou discretamente pelo aposento m ancha anchado do de de cin c inzzas e fum fumaç açaa até a té o fundo fundo do covi covil.l. Os alojamentos da gangue em geral consistiam de um corredor simples e comprido, forrado com sacos de dormir enfileirados. Era abarrotado e desconfortável, mas era muito m elho elhorr que os frios frios becos nos quais quais ela ela dormira durant durantee seus anos vi viaj ando com Ree een. n. Becos Be cos c om os quais eu e u talvez talve z tenha te nha de me acostumar novame nov amente nte , ela pensou. Sobrevivera a eles ant a ntes. es. Podi P odiaa fazer f azer isso de de novo novo..
Aproximou-se de seu colchão de palha, os sons abafados dos homens rindo e bebendo soavam no outro aposento. Vin se ajoelhou, recolhendo suas poucas posses. Se algo acontecesse com a gangu ga ngue, e, não poderia voltar voltar ao a o covil. covil. Jam Jamais. ais. Mas não podi podiaa levar o saco de dorm ir agora – seria óbvio demais. Sendo assim, restava apenas a pequena caixa com seus objetos pessoais: um seixo de cada cidade que visitara, os brincos que Reen dizia terem sido dados pela mãe de Vin a ela, e um pedaço de obsidiana do tamanho de uma moeda grande. Estava quebrado em um padrãã o irr padr irregula egularr – Ree Reenn o c ar arre rega gava va consigo c om omoo um ti tipo po de a m uleto da sorte. Er Eraa a única coisa que tinha deixado para trás quando fugiu da gangue seis meses antes. Abandonando-a. Como sempre disse que faria, faria , Vin disse para si mesma, severa. Nun Nuncc a pense penseii que e le realmente fugiria – e foi exatamente por isso que ele teve que partir. Ela segurou a obsidiana na mão e guardou os seixos nos bolsos. Colocou os brincos nas orelhas – er eram am m ui uitto simples. simples. Pouco mais m ais que um rebit r ebite, e, não valia valia a pena serem sere m roubado roubados, s, e era e ra por iss issoo que ela não ti tinha nha re recc e io de deixá deixá-los -los no quarto. qua rto. Além Alé m diss disso, o, Vin ra r a ra ram m e nte os usava, usa va, por m edo que que o enfeit enfe itee a deix deixasse asse mais m ais fe fem m in inin ina. a. Ela não tinha dinheiro, mas Reen tinha lhe ensinado como furtar e mendigar. Ambos eram difíceis no Império Final, especialmente em Luthadel, mas ela encontraria um jeito, tinha que encontrar. Vin deixou a caixa e o saco de dormir e voltou para o aposento comum. Talvez estivesse exagerando; talvez nada acontecesse com a gangue. Mas, se acontecesse... bem, se havia uma coisa que Reen lhe ensinara, era como salvar o próprio pescoço. Levar Ulef era uma boa ideia. Ele tinha contatos em Luthadel. Se algo acontecesse com a gangue de Camon, Ulef provavelm prova velm ente c onseguiria tra traba balho lho para a m bos em ... Vin congelou assim que entrou na sala principal. Ulef não estava na mesa onde o tinha deixado. deix ado. Em vez di diss sso, o, estava estava para parado do furtiv furtivam am ente próxim próxim o à ent e ntra rada da da sala. Perto Pe rto do do bar. Per P ertto de... Camon. – O que é iss isso? o? – Cam Camon on se leva levantou, ntou, o rosto ver verm m e lho com c omoo a luz do sol. Ele E le e m purr purrou ou o bancoo pa banc para ra longe, e ntão c am bale baleou ou e m sua dire direçç ã o, e m bria briagado. gado. – Está fugindo? Va Va i m e tra trair ir com o Ministério, é? Vin correu para a saída de emergência, tropeçando desesperadamente nas mesas e nos outros out ros mem m em bros da da gangu gangue. e. Cam on arrem arre m esso essouu o banco banco de m adeira, at a tin ingi gindo ndo-a -a nas costas costas e lançando lança ndo-a -a ao chão. c hão. A dor dor irrompeu entre seus ombros; vários membros da gangue gritaram quando o banco ricocheteou nela e bateu no assoalho. Vin entrou em transe. Então... algo dentro dela – algo que conhecia, mas não entendia – lhe deu forças. Sua cabeça parou de rodopiar, sua dor se converteu em concentração. Ela se levantou levant ou desaj desaj eit eitadam adam ente. Camon estava lá. Deu-lhe uma bofetada no rosto assim que ela ficou em pé. Sua cabeça virou-se com o golpe, torcendo o pescoço tão dolorosamente que ela mal sentiu quando caiu no chão mais uma vez. Camon se inclinou, agarrando-a pela frente da camisa e erguendo-a, ao mesmo tempo em que levantava o punho. Vin não parou para pensar ou falar; só havia uma coisa a fazer. Usou toda a sua Sorte em um único e furioso esforço, empurrando-a contra Camon, acalmando a fúria dele. Camon oscilou. Por um momento, seus olhos se suavizaram. Ele a abaixou ligeiramente. Então a raiva retornou aos seus olhos. Dura. Aterrorizante. – Puta P uta m a ldi ldita ta – Cam Camon on murm m urm urou, agar a garra rando-a ndo-a pelos ombros om bros e sac sacudindo-a. udindo-a. – Aquele Aque le seu se u irmão traidor nunca me respeitou, e você é igual. Fui bondoso demais com vocês dois. Eu devia
ter... Vin tent tentou ou se se libertar, libertar, m as o aperto de de Camon Cam on era fi f irm e. Bus Buscou cou desespera desesperadam damente ente a aj a j uda de outros membros da gangue – mas sabia o que encontraria. Indiferença. Eles se viraram, com os rostos envergonhados, mas não solidários. Ulef ainda estava parado perto da mesa de Camon, olhando para baixo, culposamente. Em sua mente, Vin imaginou ter ouvido uma voz sussurrando para ela. A voz de Reen. Tola! impiedade é a mais lógi lógica ca das emoções. emoç ões. Você Voc ê não tem amigos no submundo submundo.. Nunca Nunca terá nenhum amigo no submundo! Ela tentou escapar mais uma vez, mas Camon bateu nela novamente, jogando-a ao chão. O golpe gol pe a aturdi aturdiu, u, e ela e la engasgou, engasgou, o ar esca escapava pava de seus pul pulm m ões. pensou, com a m ente confusa. Ele confusa. Ele não me matará. Precisa Apenas Ape nas suporte suporte,, ela pensou, Prec isa de mim m im.. No e ntanto, e nquanto se vira virava va,, sem for forçç as, viu Cam Camon on inclinando-se sobre e la na sala sombria, o rosto dominado por uma fúria embriagada. Ela sabia que desta vez seria diferente; não seria uma si sim m pl ples es surra. El Elee pensava que ela pretend pre tendiia entregá-lo ao Mi Mini nist stério. ério. Estava Estava fora de si. Havia uma um a expressão assassin assassinaa em seus olh olhos os.. Por favor! Vin favor! Vin pensou, com desespero, buscando sua Sorte, tentando fazê-la funcionar. Não houve hou ve respos r espostta. A Sort orte, e, tal com o era, er a, falhara. f alhara. Camon se abaixou, murmurando para si mesmo enquanto a agarrava pelos ombros. Ele levantou levant ou um um braç braçoo – a mão m ão car c arnud nudaa se fec f echou hou em out outro ro punho, punho, os m ús úsculo culoss fica ficara ram m tens tensos os,, uma raiv ra ivos osaa got gotaa de su suor or escorreu escorr eu por seu queixo, queixo, acertando ace rtando-a -a na bochecha. bochec ha. A poucos m etros etros,, o alçapão alçapã o da escada e scada sacudi sacudiuu e se abriu viol violentam entamente. ente. Cam Cam on parou, com o braço braç o ainda ainda ergui e rguido do enquanto enquanto ol olhava hava para par a a port portaa e para quem quer que fosse fosse o infeliz infeliz m em bro da gangue que escolh escolher eraa m om omento ento tão tão inoport inoportuno uno par paraa re reto tornar rnar ao covi c ovil.l. Vin aproveitou a distração. Ignorando o recém-chegado, tentou se libertar do controle de Camon, mas estava fraca demais. Seu rosto ardia onde ele lhe batera, e sentia gosto de sangue nos lábios. Seu ombro tinha sido estranhamente torcido, e a lateral de seu corpo doía por causa da queda. Ela arranhou a mão de Camon, mas sentiu-se subitamente fraca, sua força interior falhara exatamente como sua Sorte. Suas dores de repente pareciam maiores, mais insupo in suportáve rtáveis is,, m ais... exi e xigentes. gentes. Virou-se em direção à porta, de forma desesperada. Estava perto – dolorosamente perto. Quase escapar e scapara. a. Só Só mais m ais um um pou pouco... co... Então ela viu o homem parado, em silêncio, na entrada. Era desconhecido para ela. Alto e de rosto aquilino, tinha cabelos loiros claros e vestia trajes de um nobre descontraído, com a capa penduraa da. Tinha, talvez, uns trinta e cinc pendur cincoo anos. Nã Nãoo usava c hapé hapéu, u, ne nem m ca carr rrega egava va um ba bastão stão de duelo due lo.. E parecia muito, muito furioso. – O que é iss isso? o? – Ca Ca m on exigiu saber. sabe r. – Quem Q uem é você voc ê ? Como ele passou pelos vigias? Vin vigias? Vin pensou, lutando para voltar ao seu juízo. Dor. Podia lidar com a dor. Os obrigadores... eles o enviaram? O recém-chegado olhou para Vin, e sua expressão se suavizou ligeiramente. Então olhou paraa Cam par Camon, on, e seus se us olhos olhos ficara fica ram m som sombrios. brios. As dem dem andas furiosas furiosas de de Camon Cam on foram in interrom terrompi pidas das quando quando ele ele foi f oi j ogado para trá ráss como se tivess tivessee si sido do golp golpea eado do por por um a forç forçaa pod poder eros osa. a. Seu braço braç o foi arrancado arra ncado do ombro om bro de Vin, e el e le despencou no chão, fazendo o assoalho sacudir. A sala ficou em silêncio. Tenho que fugi fugir r , Vin pensou, forçando-se a ficar de joelhos. Camon gemeu de dor a alguns
metros de distância, Vin rastejou para longe dele, escondendo-se embaixo de uma mesa desocupada. desocup ada. O covi covill tin tinha ha uma um a saí saída da secre sec retta, um alçapã alçapãoo ao lado da parede pare de ao a o fundo. fundo. Se Se pudesse pudesse rastej rast ej ar até lá... lá... De repente, Vin sentiu uma paz arrebatadora. A emoção invadiu-a como um peso repentino, suas emoções silenciaram, como se esmagadas por uma mão poderosa. Seu medo desapare des apareceu ceu como c omo uma vel velaa que se apaga, e até mesmo m esmo a do dorr pareceu pare ceu perder importância. importância. Ela se acalmou, perguntando-se por que estivera tão preocupada. Levantou-se e parou diante di ante do alçapão. alçapã o. Ela Ela respi respira rava va pesadam pesada m ente, ainda ainda um pou pouco co atu a turdid rdida. a. Camon acabou de tentar me matar! , a parte lógica de sua mente a alertou. E algo mais m ais está e stá em oções não corre c orresp spond ondiiam à su suaa lógi ógica ca.. Senti Sentiaa-se... se... atacando o covil. Tenho que fugir! Mas suas emoções serena. sere na. Despreocupada. Despreoc upada. E pouco pouco m ais do do que curiosa. curiosa. Alguém acabara de usar a Sorte nela. Vin a reconheceu de certa forma, ainda que nunca tivesse sentido a Sorte sobre si antes. Parou ao lado da mesa, apoiando-se na madeira, e se virou lentamente. O intruso ainda estava paraa do à porta de e ntra par ntrada da.. Obse Observa rvando-a ndo-a c om olhar c ríti ríticc o, entã entãoo sorr sorriu iu de m odo que a desarmou. O que está acontecendo? O recém-chegado finalmente entrou na sala. O restante da gangue de Camon permaneceu sentado nas mesas. Pareciam surpresos, mas estranhamente despreocupados. Ele está usando a Sorte e m todos eles. e les. Mas... M as... como c omo consegue c onsegue faz fazee r isso isso com c om tantos ao mesmo me smo Vin nunca fora capaz de acumular Sorte suficiente para fazer mais que dar empurrões tempo? Vin tempo? breve bre vess e oca oc a sion sionaa is. Assim que o intruso entrou na sala, Vin pôde ver, finalmente, que uma segunda pessoa estava parada na escada atrás dele. Este segundo homem era menos imponente. Era mais baixo, com uma barba escura por fazer e cabelo liso e curto. Também vestia trajes de nobre, embora o seu tiv tivesse esse um corte m enos elegante. elegante. No outro lado da sala sala,, Cam Camon on gem eu e se sentou, segur seguraa ndo a ca cabeç beça. a. Olhava pa para ra os recém-chegados. – Mestre Doc Dockkson! O que... que ... ah, bem be m , isso isso é um a surpre sur presa! sa! – De fa fato to – disse disse o homem hom em m a is ba baixo ixo – Dockson. Dockson. Vin franziu o cenho ao perceber que sentia uma leve familiaridade nesses homens. Rec econh onhec ecia-os ia-os de al a lgum lu lugar. gar. O Cantão das Finanças. Estavam sentados na sala de espera quando Camon e eu partimos . Camon ficou em pé, cambaleante, estudando o loiro recém-chegado. Olhou para as mãos do hom hom em , am bas cobertas de estranhas cicatrizes cicatrizes sobre sobrepos postas. tas. – Pe P e lo Se Se nhor Soberano... Sobera no... – Ca Ca m on sussurr sussurrou. ou. – O Sobre Sobrevivente vivente de Ha Hathsi thsin! n! Vin franziu franziu o cenho. O tít títul uloo era er a est estra ranho nho par paraa ela. Ela deveria dever ia conhecer conhece r est e stee home homem m ? Seus ferime fe riment ntos os ainda ainda doíam doíam , apesar da paz que que sent sentiia, e su suaa ca cabeça beça estava ato a tordoada. rdoada. Ela se inclinou inclinou sobre so bre a m esa para par a se apoi a poiar ar,, mas ma s não não se sentou. sentou. Quem quer que o recém-chegado fosse, Camon obviamente o achava importante. – Ora Or a , Mestre Ke Kelsi lsiee r! – Camon Cam on exclam exc lam ou. – Essa é um umaa honra honr a ra r a ra ra!! O recém rec ém -chegado – Kelsi Kelsier er – balançou balançou a cabeça. ca beça. – Sa Sa be, não nã o estou rea re a lm lmee nte interessado intere ssado em e m ouvir você. você . Camon deixou escapar um “ai” “ ai” de de dor ao ser atirado para trás novamente. Kelsier não fez nenhum gesto perceptível para executar o golpe. Mesmo assim, Camon despencou no chão, comoo se jogado com j ogado por por uma um a força f orça in invi visí sível. vel. Cam on ficou em si sillêncio, e Kels Ke lsier ier perscruto per scrutouu a sala.
– O resta r estante nte de você vocêss sabe quem e u sou? Muitos dos membros da gangue assentiram. – Bom Bom.. Vim a té este e ste covil c ovil porque você vocês, s, me m e us am igos, e stão em e m dé débit bitoo com igo. A sala estava em silêncio, exceto pelos gemidos de Camon. Finalmente, um dos homens falou. – Nós... estam os, Mestre Ke Kelsi lsier er?? – De fa fato, to, e stão. Ve j a m , Mestre Doc Dockkson e eu a ca cabam bam os de salva salvarr suas vidas. Se u lí líder der incom in com petent petentee deix deixou ou o Mini Minist stér ériio das Fin Finança ançass cerc ce rcaa de um a hora atrás, a trás, retornando diretam diretamente ente paraa este esc par esconder onderij ijo. o. Foi seguido por dois bate batedore doress do Min Minist istéé rio, por um pre prelado lado de a lt ltaa patente... pate nte... e por um único Inquis I nquisidor idor de Aç Aço. o. Ninguém fa falou. lou. ... Vin pensou. pensou. Ela Ela estava ce certa rta – só não tinha tinha sido rápida o bast ba stante. ante. Se havi ha viaa um Oh, Senhor ... Inquisidor... – Eu m e e nca ncarr rree guei do Inquisidor – Ke Kelsi lsiee r dis disse. se. Fe z uma um a pa pausa, usa, deixa deixando ndo que a re reaç ação ão ecoasse no ar. Que tipo de pessoa podia afirmar tão despreocupadamente que se “encarregara” de um Inquisidor? Os rumores diziam que esses seres eram imortais, que podiam ver a alma de um homem, e que eram guerreiros imbatíveis. – Exijo Exij o pagam paga m e nto pelos se se rviç rviços os prestados pre stados – Kelsier fa falou. lou. Cam on não se se levant levantou ou desta desta vez ve z; caíra com forç forçaa e estava obviam obviam ente desorientado. desorientado. A sala perm per m a nec neceu eu e m sil silêê ncio. Finalm inalmente ente,, Mi Milev lev – o hom homee m de pele esc escura ura que e ra o segundo no comando depois de Camon – pegou o cofre com os boxes do Ministério e se adiantou, oferecendo-o a Kelsier. – O dinheiro que Cam Camon on pegou do Ministério Ministério – Mile Mile v explicou. – Trê Tr ê s mil m il boxes. pensou. Isso é mais do que só Sorte – ou iss Milev e stá tão ansio ansioso so e m agradá-lo agradá-lo,, Vin pensou. Isso isso, o, ou algum tipo de Sorte que nunca fui capaz de usar . Kelsier Kelsi er fez um um a pausa, então aceit ace itou ou o cofr cofree de m oedas. – E você é? – Milev, Milev, Mestre Ke Kelsi lsiee r. – Bem , líder da gangue Mil Milev ev,, consi c onside dera rare reii este pa pagam gam ento sati sa tisfa sfatório... tório... se você voc ê fiz fizee r outra coisaa por mim. cois m im. Milev fez uma pausa. – E o que seria se ria?? Kelsier meneou a cabeça na direção de um quase inconsciente Camon. – Dê um j eito nele. nele . – É clar c laroo – Milev Milev disse. – QueroQue ro-oo vivo, Mil Milee v – Kelsi Ke lsiee r disse, levantando leva ntando um dedo. – Mas Ma s não quero que ro que e le apre a precc ie isso. Milee v assentiu. Mil a ssentiu. – Nós o fa fare rem m os m endiga endigar. r. O Se nhor Sober oberaa no de desapr saprova ova a prof profiss issãã o... Cam Camon on não ter teráá tempo tem po bom bom aqui em Lut Luthadel. hadel. E Milev vai despe despejá-lo já-lo de qualquer modo, assi assim m que vir que e sse tal de Kelsi Kelsier er não está restando atenção. – Bom Bom – Kelsi Ke lsiee r disse. E abriu a briu o cofr c ofre, e, contando c ontando alguns a lguns boxes de ouro. – Você Voc ê é um hom homem em perspica per spicazz, Milev. Milev. Rápido nos reflexos ref lexos e não se deixa int intim imidar idar fa facc il ilm m e nte com c omoo os outros. outros. – Já lidei com brum osos antes, Mestre Ke Kelsi lsiee r – Milev disse. disse. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Dox – disse disse , dirigindo-se dirigindo-se a seu com c ompanhe panheiro iro – onde tere te rem m os a nossa re r e união desta de sta noite noite ?
– Estava pensa pensando ndo que podíam os usar a loj lojaa do Tre T revo vo – disse disse o segundo se gundo homem hom em . – Dific Dificil ilm m e nte um loca locall neutro ne utro – Ke Kelsi lsiee r com entou. – Espec Especialm ialmente ente se e le dec decidi idirr não se untar unt ar a nós. – É verdade ver dade.. Kels Ke lsier ier ol olhou hou para Mi Milev. lev. – Estou plane planejj a ndo um tra traba balho lho nesta áre á reaa . Ser Seria ia vantaj va ntaj oso ter ter o apoio de a lguns m ora oradore dores. s. – Ele segur segurou ou um umaa pil pilha ha que par paree c ia ser de um umaa c ente entena na de boxes. – P re recisa cisam m os usar seu esconderijo est estaa noi noite. te. Isso Isso pode pode ser arra a rranj njado? ado? – É clar c laroo – Milev Milev disse, pegando pega ndo as m oeda oedass ansiosame ansiosam e nte. – Bom Bom – Kelsi Ke lsiee r disse. – Agora Agor a , saiam saia m . – Sa Sa ir? – Milev Milev perguntou, pe rguntou, hesitante. – Sim Sim – Kelsi Ke lsiee r diss dissee . – Le L e ve seus hom ens, incluindo seu anti a ntigo go líder, e saia saia.. Quero Que ro ter um umaa conversa em e m parti particular cular com c om a Senhora Vin. A sala ficou em silêncio novamente, e Vin sabia que não era a única a se perguntar como Kelsier Kelsi er sabi sabiaa seu nome. nome . – Bem Bem,, você vocêss ouviram ! – Mil Milev ev exc exclam lam ou. Fe z um a c eno pa para ra que um grupo de bandidos pegasse pega sse Cam Camon, on, e ntão m a ndou o re resto sto da gangue e sca scada da ac acim ima. a. Vin os viu par parti tir, r, fic ficando ando m a is apreensiva. Esse Kelsier era um homem poderoso, e seu instinto lhe dizia que homens poderosos eram er am perigo perigoso sos. s. Ele Ele sabia sabia da Sorte dela? Obvi Obviam am ente; que que outra outra ra razzão teria para par a querer quer er fa falar lar em em parti par ticc ular com ela ela?? Como esse Kelsier vai tentar me usar?, usar? , ela pensou, esfregando o braço que batera no assoalho. – A propósit propósito, o, Milev – Ke Kelsi lsier er fa falou, lou, tranquil tra nquilam am e nte. – Quando Q uando digo “em “e m par parti ticc ular ular”, ”, quer queroo dizer que não quero ser espiado pelos quatro homens que estão nos observando pelos mirantes na paree de do fundo. par f undo. Fa Fa ç a a ge genti ntileza leza de levále vá-los los com você a té o beco. be co. Millev em pali Mi palidece deceu. u. – É clar c laro, o, Mestre Ke Kelsi lsiee r. – Bom. E, no be beco, co, você e ncontra ncontrará rá os c orpos dos dois e spiõ spiõee s do Min Minist istéé rio. Faç açaa a gentiilez gent lezaa de se encar e ncarre regar gar dos cadávere ca dáveress por por nós. Milev Mi lev assent a ssentiu iu,, dando m eiaeia-vol volta. ta. – E... Milev Milev – Kelsi Ke lsier er a c re resce scentou. ntou. Milev se virou novamente. – Assegur A sseguree-se se de que ne nenhum nhum de seus hom homee ns nos traia tra ia – Ke K e lsi lsiee r diss dissee c a lm lmaa m ente ente.. E Vin sentiu de novo uma compressão renovada em suas emoções. – Esta gangue já tem a atenção do Ministério do Aço... não faça de mim outro inimigo. Milev assentiu bruscamente e desapareceu escada acima, fechando a porta atrás de si. Momentos mais tarde, Vin ouviu passos vindos do mirante; então, tudo ficou em silêncio. Ela estava sozin sozinha ha com c om um home homem m que era e ra – por algum algum m ot otiv ivoo – tão singu singularm larmente ente impress impre ssio ionant nantee que podia intimidar uma sala inteira de degoladores e ladrões. Ela lançou um olhar para a porta fechada. Kelsier a observava. O que ele faria se ela corresse? Ele afi afirma rma ter matado um Inquisido Inquisidor r , Vin pensou. E... usou a Sorte. Tenho que fi ficc ar só o tempo suficiente suficiente para descobrir descobrir o que ele sab sabe. e. O sorriso sorriso de Kels Ke lsier ier foi se alargando alarga ndo,, até que, finalment finalme nte, e, com c omeç eçou ou a rir. – Isso foi muito divertido, Dox. muito divertido, O outro homem, a quem Camon chamara de Dockson, bufou e caminhou na direção da entrada. Vin ficou tensa, tensa, mas m as ele não nã o se aproxim aproxim ou dela, dela, em e m vez di diss sso, o, cam inho nhouu até o bar. bar .
– Você e ra insu insuportá portáve vell o suficie suficiente nte a ntes, Ke Kell ll – Doc Dockkson disse. – Nã Nãoo sei c om omoo vou li lidar dar com essa sua nova reputação. Pelo menos, não sei como vou lidar com isso e manter o rosto sério. – Você Voc ê está com invej a. – É, e sto stouu – Doc Dockkson dis disse. se. – Estou c om um umaa invej a tre trem m e nda de dessa ssa sua ha habil bilidade idade de intimidar criminosos sem importância. E, se for útil pra você, acho que foi muito duro com Camon. Kelsier se aproximou de uma das mesas e se sentou. Sua alegria diminuiu levemente quando disse: – Você Voc ê viu o que que ele esta estava va fa f a ze ndo com a gar garota. ota. – Na ver verda dade, de, não vi – Doc Dockkson diss dissee , sec secaa m ente ente,, re rem m e xendo nas m e rc rcador adorias ias do bar bar.. – Alguém estava bloqueando a porta. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Olhe par paraa e la, Dox. A c oit oitadinha adinha foi espa espanca ncada da até quase per perder der os sentidos. Não N ão tenho nenhuma simpatia pelo homem. Vin permaneceu onde estava, atenta aos dois homens. Conforme a tensão do momento diminuía, seus ferimentos começavam a latejar de novo. A ferida entre seus ombros pulsava – este seria um grande hematoma – e o bofetão em seu rosto também queimava. Ela ainda estava um pouco tonta. tonta. Kelsier a estava observando. Vin cerrou os dentes. Dor. Ela podia lidar com a dor. – P re recc isa de a lguma c ois oisaa , c ria rianç nça? a? – Doc Dockkson per perguntou. guntou. – Um lenç lençoo úm úmido ido par paraa e sse rosto, talvez? Ela não respondeu e, em vez disso, continuou olhando para Kelsier. Vamos. Diga o que quer comigo. Faça sua jogada. Dockson finalmente deu de ombros, e se enfiou embaixo do bar por um momento, em ergin ergindo do po porr fim com c om um par de garrafas. garra fas. – Algo bom? bom ? – Kelsi Ke lsiee r perguntou, pe rguntou, virando-se. virando- se. – O que você ac acha? ha? – Doc Dockkson per perguntou. guntou. – Mesm o e ntre ladr ladrões, ões, Cam Camon on nã nãoo er eraa exatam ente conhecido por por seu refin ref inam am ento ento.. Tenho meias me ias que que valem m ais do do que que est e stee vinho. vinho. Kelsier suspirou. – Dê-m Dê -m e um a taç taçaa m e sm smoo assim. assim . – E olhou nova nova m ente pa para ra Vin. – Quer Que r algum a lgumaa cois c oisaa ? Vin não respon re spondeu. deu. Kels Ke lsier ier sorriu. – Não Nã o se pre pr e ocupe ocupe.. Som Somos os muit m uitoo me m e nos assusta assusta dore doress do que seus am a m igos ac acham ham . – Não Nã o acho a cho que fosse fossem m am igos de dela, la, Kell Ke ll – Dock Doc kson disse, disse, atrá a tráss do bar. bar . – Boa obser observaç vaçãã o – Ke Kelsi lsiee r c oncor oncordou. dou. – De qualque qualquerr m odo, cria c riança nça,, você voc ê nã nãoo prec pr ecisa isa ter m edo de nós nós.. Só Só do bafo do Dox. Dockkson revirou Doc re virou os olhos. – Ou das da s pia pia das do Kell Ke ll.. Vin permaneceu em silêncio. Podia se fazer de fraca, como fizera com Camon, mas seus instintos lhe diziam que esses homens não responderiam bem a essa tática. Então permaneceu onde estava, avaliando a situação. A serenidade caiu sobre ela novamente. Encorajando-a a ficar calma, confiante, a fazer sim si m pl plesm esmente ente o que os homens home ns sugeriam sugeriam... ... Perm rmanece aneceuu ond ondee estava. estava. Não!! Pe Não Kelsier ergueu uma sobrancelha. – Isso é inesper ine sperado. ado.
– O quê? quê ? – Dock Doc kson perguntou per guntou enquanto servia ser via uma um a taç taçaa de vinho. – Nada Na da – Kelsi Ke lsiee r disse, estudando e studando Vin. – Quer Que r um a bebida be bida ou não, nã o, moç m oça? a? – Dockson Dockson perguntou. per guntou. Vin não disse nada. Toda sua vida, desde que podia se lembrar, tivera sua Sorte. Isso a tornava forte, e lhe dava uma vantagem sobre os outros ladrões. Era provavelmente o motivo pelo qual a inda esta estava va viva. Mesm o assi a ssim m , todo esse e sse tem po, ela e la nunca souber souberaa re reaa lm lmente ente o que aquilo era ou por que podia usá-lo. Sua lógica e instinto lhe diziam agora a mesma coisa – que precc isava desc pre descobrir obrir o que aque aquele le home hom e m sabia sabia.. Quaisquer que fossem os planos dele, de como pretendia usá-la, ela precisava suportar. Tinha Ti nha que descobrir como com o ele ficara fica ra tão poderoso. poderoso. – Ce Ce rve rvejj a – disse, finalm f inalmente ente.. – Ce Ce rve rvejj a? – Kelsier per perguntou. guntou. – Só isso? isso? Vin assentiu, observando-o cuidadosamente. – Eu gosto. gosto. Kelsier coçou o queixo. – Tere Te rem m os que trabalha tra balharr nisso – disse. disse. – Enfim Enf im,, sente-se sente -se.. Hesitante, Vin se aproximou e se sentou do lado oposto de Kelsier na pequena mesa. Seus ferimentos latejavam, mas não podia se dar ao luxo de mostrar fraqueza. A fraqueza matava. Tinha Ti nha que fingi fingirr ignorar ignorar a dor. Pelo P elo menos me nos,, sentada sentada como c omo est e stava, ava, sua cabeça ca beça se orientara orientara.. Dockson se juntou a eles logo depois, dando a Kelsier uma taça de vinho e a Vin uma canecaa de cervej canec ce rveja. a. Ela Ela não bebeu. bebeu. – Quem Que m é você voc ê ? – Ela perguntou, pe rguntou, em voz ba baixa. ixa. Kelsier ergueu uma sobrancelha. – Você Voc ê é direta dir eta,, hein? Vin não respon re spondeu. deu. Kelsier suspirou. – Isso é dem de m a is pa pa ra o meu m eu ar a r de m ist istéé rio intriga intrigante. nte. Dockson Dock son bufou bufou discre discretam tamente. ente. Kels Ke lsier ier sorriu. – Meu nom nomee é Ke Kelsi lsiee r. Sou o que você c ham a ria de um lí líder der de gangue gangue... ... m as c om omando ando uma gangue que não é como qualquer outra que você provavelmente tenha conhecido. Homens como Camon, assim como sua gangue, gostam de se considerar predadores, alimentando-se da nobreza e das várias vá rias organiz or ganizaç ações ões do Minist Ministér ério io.. Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. – Pre P reda dadore dores, s, não. Coletor Coletoree s. Alguém poderia pensar que, talvez, tão perto do Senhor Soberano, coisas como gangues de ladrões não poderiam existir. Mas Reen lhe mostrara que o contrário era verdade: a poderosa e rica nobreza se reunia em torno do Senhor Soberano. E onde existisse poder e riqueza, também existiria corrupção – especialmente porque o Senhor Soberano tendia a policiar a nobreza muito menos do que fazia com os skaa. Isso tinha a ver, aparentemente, com seu apreço pelos antepassados. De qualquer modo, gangues como a de Camon eram os ratos que se alimentavam da corrupção da cidade. E, como ratos, eram impossíveis de serem completamente exterminados – especialmente em uma cidade com a população de Luthadel. – Col Coletor etoree s – Ke Kelsi lsiee r dis disse, se, sorr sorrindo; indo; a par paree ntem e nte ele sorr sorria ia m uit uito. o. – Essa é um umaa descrição apropriada, Vin. Bem, Dox e eu somos coletores também... só que de uma maior qualidade quali dade.. Som Somos os mais ma is bem educ educados, ados, pode-se di dizzer er... ... ou, talvez talvez,, só mais ma is am bicio biciosos sos..
Ela franz fr anziu iu o cenho. – Você Voc ê s são nobres? nobre s? – Oh, Senhor, não nã o – Dock Doc kson disse. disse. – Ou, pelo pe lo me m e nos – Kelsier dis disse se – não nã o puros-sangues. puros-sa ngues. – Os m e sti stiçç os supost supostaa m e nte nã nãoo existem – Vin diss dissee c uidadosam e nte. – O Mini Ministério stério os caça. Kelsier ergueu uma sobrancelha. – Mestiços com o você? você ? Vin sentiu sentiu um choque. Como...? – Ne N e m m e sm smoo o Min Minist istéé rio do Aç Açoo é infa infalí lível, vel, Vin – Ke Kelsi lsiee r diss disse. e. – Se não notar notaram am você você,, podem não ter te r notado nota do outros. Vin ficou pensati pe nsativa. va. – Milev. Milev. Ele os cha c ham m ou de brum br umosos. osos. Esse Esse s são um ti tipo po de alom a lomââ nti nticc o, certo? ce rto? Dockson Dock son olhou olhou para par a Ke Kels lsier. ier. – Ela é obser observa vadora dora – o homem hom em m a is ba baixo ixo disse, disse, com c om um a ce ceno no aprec apr eciativo. iativo. – De fa fato to – Ke Kelsi lsiee r c oncor oncordou. dou. – O hom homem em nos c ham ou de brum oso, Vin... e m bora a denominação tenha sido um pouco apressada, uma vez que nem Dox nem eu somos, tecnica tecni cam m ente, brumoso. Temos Tem os,, no entanto, entanto, nos nos associado associado um bocado com eles. Vin per perm m anec aneceu eu em e m si silêncio lêncio por por um m ome oment nto, o, sob sob escrutíni escrutínioo dos doi doiss hom hom ens. alom alom ancia. O poder místico da nobreza, garantido a eles pelo Senhor Soberano há alguns milhares de anos, como recompensa por sua lealdade. Era a doutrina básica do Ministério; até mesmo uma skaa como Vin sabia disso. A nobreza tinha a alomancia e privilégios por causa de seus ancestrais; os skaa sk aa er eram am pun puniidos pela mesm m esmaa raz r azão. ão. Mas a verdade, no entanto, era que ela não sabia exatamente o que era a alomancia. Ela sempre deduziu que tivesse algo a ver com combate. Dizia-se que um “brumoso”, como eram cham ados, era perigo perigoso so o suficient suficientee para m atar um grupo int inteiro eiro de ladrões. Mas Mas os skaa skaa que el e la conhecia falavam do poder em vozes sussurradas, incertas. Antes desse momento, ela nunca paraa ra par par paraa pensa pensarr na possi possibil bilidade idade de ser se r simplesm sim plesmente ente o mesm m esm o que sua Sorte orte.. – DigaDiga-m m e , Vin – Ke Kelsi lsiee r pe perguntou, rguntou, inclinando-se na dire direçã çãoo dela c om int intee re resse. sse. – Você percc e be o que fe per fezz c om aque aquele le obrigador obr igador no Cantã Cantãoo das Finanç Finançaa s? – Usei Use i minha m inha Sorte – Vin re r e spondeu em e m voz ba baixa. ixa. – Eu a uso para par a torna tornarr a s pessoas pe ssoas m e nos zangadas. – Ou me m e nos desconfia desc onfiadas das – Kelsi Ke lsiee r disse. – Mais fác fá c e is de de se engana e nganar. r. Vin assentiu. Kelsier ergueu um dedo em riste. – Você Voc ê tem m uit uitoo o que apre a prender nder.. Téc Té c nica nicas, s, regra re grass e exer e xercc ícios. Uma Um a lição, liçã o, no entanto, enta nto, não pode esper e sperar ar.. Nun usee a alo a lom m ancia em ocio ocional nal em um obri obrigador. gador. Todo Todoss eles são tre trein inados ados para Nuncc a us reconhecer quando suas emoções estão sendo manipuladas. Mesmo a alta nobreza é proibida de ou empurrar as emoções de um obrigador. Você foi a razão pela qual aquele intendente uxar ou chamou o Inquisidor. – Reze para pa ra que a cr criatura iatura nunca enc encontre ontre seu ra rastro stro novam nova m e nte, m oça – Dock Doc kson disse disse em voz baixa, bebendo seu vinho. Vin em pali palidece deceu. u. – Você Voc ê não m a tou o Inquisidor? Inquisidor? Kelsiier m eneou a cabeç Kels cabeçaa negat negatiivam vament ente. e. – Eu só o dist distra raíí um pouco... o que j á foi per perigoso igoso o ba bastante, stante, devo a c re resce scentar ntar.. Nã Nãoo se preoc pre ocupe, upe, m uit uitos os dos rum ore oress sobre ele eless não nã o são ver verda dadeir deiros. os. Agora A gora que ele pe perde rdeuu seu ra rastro, stro, não será capaz de encontrá-la novamente.
– Muito Muito provavelm provave lmente ente – Dock Doc kson com e ntou. Vin ol olhou hou para o hom hom em m ais baix baixoo com apre apreensão. ensão. – Muito provavelm prova velm e nte – Kelsier K elsier conc concordou. ordou. – Há H á m uit uitaa s coisas c oisas que não sabe sabem m os sobre os Inquisidores... eles não parecem seguir regras normais. Aqueles pregos em seus olhos, por exemplo, poderiam matá-los. Nada do que aprendi sobre alomancia jamais me forneceu uma explicação sobre como essas criaturas continuam vivendo. Se houvesse apenas um mero Caçador de brumosos no seu encalço não precisaríamos nos preocupar. Um Inquisidor... bem, é bom m ante anterr os olhos abertos. abe rtos. É claro, cla ro, você voc ê j á par paree c e bastante ba stante boa nis nisso. so. Vin sentiu-se incômoda por um momento. Depois de um tempo, Kelsier acenou com a cabeça para a sua sua caneca de cerveja. cer veja. – Você Voc ê não está e stá bebendo. be bendo. – Você Voc ê s podem ter c oloca olocado do alguma algum a coisa aí a í – Vin diss disse. e. – Ah, nã nãoo há nec necee ssi ssidade dade a lgum lgumaa de que eu coloque a lgo na sua bebida – Ke Kelsi lsiee r dis disse, se, sorrindo e tirando um objeto do bolso do casaco. – Afinal, você vai beber o líquido misterioso destee fra dest frasco sco volunt voluntar ariam iamente. ente. Ele colocou o pequeno frasco sobre a mesa. Vin franziu o cenho, observando o líquido dentro dele. Havia um resíduo escuro no fundo. – O que é iss isso? o? – ela per perguntou. guntou. – Se Se eu e u lhe disse disse sse, não nã o seria ser ia m ist ister erioso ioso – Ke Kelsi lsiee r disse com c om um sorr sorriso iso.. Dockkson revirou Doc re virou os olhos. – O fra f rasco sco está e stá cheio c heio de um umaa solução soluçã o de álcool á lcool e alguns a lguns floc flocos os de m e tal, Vin. – Metal? – ela per perguntou, guntou, franz fra nzindo indo a sobrance sobra ncelha. lha. – Dois D ois dos oito m eta etais is alom a lomââ nti nticc os básicos bá sicos – Ke Kelsi lsiee r c onfirm ou. – P re recc isam isamos os fazer f azer a lguns testes. Vin enca encarou rou o frasco. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Você Voc ê pre precc isa beber bebe r isso se quise quise r saber sa ber m a is sobre sobre e ssa sua tal ta l Sorte Sorte.. – Você Voc ê bebe m eta etade de prim pr imee iro – Vin falou. fa lou. Kelsier ergueu uma sobrancelha. – Um pouco para pa ranoica noica,, pelo que vej o. Vin não respon re spondeu. deu. Finalmente, ele suspirou, pegou o frasco e tirou a tampa. – Agite prime prim e iro – Vin disse. disse. – Pa P a ra pe pegar gar um pouco do sedim se dimento. ento. Kelsier revirou os olhos, mas fez como lhe foi pedido, sacudindo o frasco e bebendo metade do conteúdo. Colocou-o de volta na mesa com um ruído seco. Vin fez uma careta. Olhou para Kelsier, que sorriu. Ele sabia que a cativara. Mostrara seu submeterr aos poderosos é ter a c hance de poder,, inst poder instigar igaraa -a c om e le. A única razão para se submete aprender, para algum dia tomar o que eles têm. Palavras têm. Palavras de Reen. Vin estendeu a mão, pegou o frasco e engoliu seu conteúdo. Ela se sentou, esperando alguma transformação mágica ou uma onda de poder – ou mesmo sinais de envenenamento. ão senti se ntiuu nada. nada . Que... decepcionante. decepcionante . Ela fez uma careta, recostando-se na cadeira. Só por curiosidade, alcançou alca nçou a sua Sorte. E sentiu sentiu seus seus olhos olhos se se ar arre regalare galarem m de surpresa. Estava Est ava lá, como com o um enorm e normee tesouro tesouro doura dourado. do. Um arm az azenam enam ento de de poder tão incrível incrível que que ia além da sua compreensão. Ela sempre precisara ser econômica com sua Sorte, mantendo uma reserva, usando pequenos bocados com parcimônia. Agora sentia-se como uma mulher
faminta convidada para o banquete de um alto nobre. Ficou imóvel, aturdida, observando a imens ime nsaa riq riquez uezaa em seu interio interior. r. – Então – instou instou Kelsi Ke lsiee r. – Experim Expe rimente ente-a -a.. Aca Ac a lm lmee a m im im.. Vin tocou timidamente sua recém-encontrada massa de Sorte. Pegou um pouco e a dirigiu paraa Ke par Kelsi lsier er.. – Bom. – Ke Kelsi lsiee r se inclinou par paraa fr free nte, a nsio nsioso. so. – Mas nós j á sabíam os que podia fa fazze r isso. Agora, um teste de verdade, Vin. Você consegue fazer o inverso? Você pode aplacar minhas emoções, mas pode inflamá-las também? Vin cerrou as sobrancelhas. Nunca usara sua Sorte desse jeito; nem mesmo sabia que era possíve possí vel.l. Por que ele e le estava e stava tão ansi a nsioso? oso? Desconfiadamente, Vin alcançou sua fonte de Sorte. Ao fazê-lo, notou algo interessante. O que interpretara inicialmente como uma fonte maciça de poder eram, na verdade, duas fontes de poder dis disti tintas. ntas. Havia Ha via tipos dife difere rentes ntes de Sorte. Oito. Ele disse que havia oito deles. Mas... o que os outros fazem? Kelsier ainda estava esperando. Vin alcançou a segunda e desconhecida fonte de Sorte, fazzendo como fa com o fizer fizeraa antes e dirigi dirigindo ndo-a -a para ele. Kelsier Kelsi er so sorriu rriu mais m ais ampl am plam am ente, e re recli clinou nou-se -se na ca cadeira, deira, olhando olhando para Dock Dockso son. n. – Aí está. Ela fe fezz. Dockson sacudiu a cabeça. – P a ra ser honesto, Ke Kell ll,, não sei bem o que pensa pensar. r. Ter um de você vocêss por a í j á é basta bastante nte inquietante. Mas dois... Vin os observa observava va com c om os olhos olhos estre estreit itos, os, em dúvi dúvida. da. – Dois o quê? – Mesm o e ntre a nobre nobrezza, Vin, a alom anc ancia ia é ra razzoave oavelm lmee nte ra rara ra – Ke Kelsi lsiee r explicou. – É verdade que é uma habilidade hereditária, e a maior parte de sua linhagem de poder está entre a alta nobreza. No entanto, a casta, por si só, não garante força alomântica. Muitos altos nobres só têm acesso a uma única habilidade alomântica. Pessoas assim, que só podem empregar a alomancia aloma ncia em e m um de seus oito oito aspec aspecto toss básicos, básicos, são são cham c hamadas adas de Brum rumos osas. as. Essas Essas habilid habilidades ades às às vezes podem ser encontradas em um skaa; mas só se esse skaa tiver sangue nobre de seus antepassados próximos. Em geral, é possível encontrar um brumoso entre... ah, cerca de dez mil skaa mestiços. Quanto melhores, mais próximos e mais nobres sejam os antepassados, mais provável prová vel que o ska ska a sej se j a um brum oso. – Quem Que m er eram am seus pais, pa is, Vin? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. – Você Voc ê se lem le m bra dele deles? s? – Eu E u fui cr criada iada pe pelo lo m e u m e io-irm ão, Ree Reenn – Vin disse e m voz baixa, desc desconfor onfortáve tável.l. Isso I sso não era algo que discutia com outras pessoas. – Ele fa f a lava sobre sua m ã e e seu se u pai? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. – De ve vezz e m quando – e la adm it itiu. iu. – Ree Reenn diz dizia ia que nossa m ãe er eraa um umaa puta. Nã Nãoo por escolha, mas o submundo... – Ficou em silêncio. Sua mãe tentara matá-la uma vez, quando ela era muito jovem. Recordava-se vagamente do acontecimento. Reen a salvara. – E quanto a seu pai, pa i, Vin? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. Vin levantou a cabeç c abeça. a. – É um alto prelado pre lado do Ministério Ministério do Aço. Aç o. Kelsier assobiou suavemente. – Agora, Agora , isso é que é uma levem levemente ente irônica irônica violaçã violaçãoo de conduta. conduta. isso é Vin olhou para a mesa. Finalmente, estendeu a mão e deu um bom gole da caneca de cerveja. Kels Ke lsier ier sorriu.
– Mui Muitos tos int intende endentes ntes c om posi posiçç ão no Mini Ministério stério são a lt ltos os nobre nobres. s. Se u pai lhe deu um dom raro ra ro nesse seu sangue. sangue. – Então... sou uma um a dessa dessass Brum Brum osas que você m e ncionou? Kelsiier m eneou a cabeça. Kels cabeç a. – Na ver verdade dade,, não. Ve j a bem , é iss issoo que a torna tão int inter eressa essante, nte, Vin. Brum Brumosos osos só têm acesso a uma habilidade alomântica. Você acaba de provar que tem duas. E, se tem acesso a, pelo m enos, duas das oit oito, o, então e ntão tem te m ac acesso esso às de dem m ais tam ta m bém . É assim que func funciona... iona... se você é um a alo a lom m ânti ântica ca,, ou você você tem uma só habi habili lidade dade ou tem tem to todas das elas. Kelsier se inclinou para frente. – Voc Você, ê, Vin, é o que em ger geraa l se c ham a Na Nascida scida da Brum Brumaa . Mesm Me smoo entre e ntre a nobre nobrezza, iss issoo é incrivelmente raro. Entre os skaa... bem, digamos que só conheci um outro skaa nascido da brum a em toda a m inha vida. De algum modo, a sala pareceu ficar mais silenciosa. Mais tranquila. Vin encarou sua caneca com olhos distraídos e incomodados. Nas incomodados. Nascc ida da Bruma Bruma.. Ela tinha ouvido as histórias, é claro. As lendas. Kelsier e Dockson sentavam-se em silêncio, deixando-a pensar. Finalmente, ela falou. – Então... o que tudo isso isso signi signific fica? a? Kels Ke lsier ier sorriu. – Signi ignific ficaa que você você,, Vin, é um umaa pessoa m uit uitoo e spec special. ial. Você tem um poder que m uit uitos os altos nobres invejam. Um poder que, se você tivesse nascido aristocrata, a tornaria uma das pessoass mais pessoa m ais letais e influentes do Im I m pér pério io Final. Final. Kelsier Kelsi er incli nclinou nou-se -se para pa ra fre frent ntee nov novam am ente. – Mas, você não nasc nascee u a ristocra ristocrata, ta, Vin. Nã Nãoo é nobre nobre.. Nã Nãoo tem que j ogar sob as re regra grass deles... e isso isso a torna ainda mais poderosa. mais poderosa.
Aparente mente, Aparenteme nte, a próxima etapa da minha missão nos lev levará ará ao planal planalto to de Te rri rris. s. Diz-se que é um lugar frio e implacável – uma terra em que as próprias montanhas são feitas de gelo. Nossos Nos sos c ria riados dos c omuns não conse conseguirã guirãoo fazer e ssa v iagem. Provav Provavee lmente tere teremos mos que contratar alguns carregadores de Terris para levar os nossos pertences.
– Voc ocêê e scutou o que ele dis disse! se! Ele está plane planejj ando um tra traba balho. lho. – Os olhos de Ulef brilhava brilhavam m de entusiasmo. – Fico me perguntando qual das Grandes Casas ele vai atacar. – Se rá um umaa da dass m a is poder poderosas osas – diss dissee Dist Distee n, um dos princ principais ipais ra rastrea streadore doress de Cam Camon. on. ão tinha uma mão, mas sua visão e audição estavam entre as mais aguçadas da gangue. – Kelsier nunca se incomoda de fazer servicinhos. Vin estava sentada, em silêncio, sua caneca de cerveja – a mesma que Kelsier lhe dera – azia quase cheia sobre a mesa repleta de gente. Kelsier deixara os ladrões voltarem para o esconderijo por um in inst stante, ante, antes que que a reuni r eunião ão come c omeça çass sse. e. Vin, no no entanto, entanto, ter teria ia prefer pref eriido ficar sozinha. A vida com Reen a acostumara à solidão – deixar que alguém se aproxime demais é o m esm esmoo que que dar da r m elho elhores res oportuni oportunidades dades para que essa pessoa pessoa a tra raia. ia. Mesmo depois depois do desapar desaparec ecime iment ntoo de Reen, Vin se se m anteve afa a fast stada. ada. Não Nã o teve teve von vontade tade de parti par tir; r; m a s tam bém não sentiu nec necee ssi ssidade dade de se a proxim proximaa r dos outros m e m bros da ga gangue. ngue. Eles, El es, por sua sua vez vez,, se m os ostrara traram m perf perfeit eitam am ente dispos disposttos a deixá-la em e m paz paz.. A posiçã posiçãoo de Vin era precc á ria pre ria,, e a ssociar ssociar-se -se a e la poder poderia ia m a ncha ncharr um umaa re reputaç putação. ão. Só Ulef tentar tentaraa algum algumaa aproxiim aç aprox ação ão am igável gável.. Se deixar alguém se aproximar de você, isso só vai machucar mais quando esta pessoa a trair , Ree Reenn pareceu parece u suss sussurrar urrar em su suaa m ent ente. e. Ulef tinha sido realmente seu amigo? Ele certamente a entregara com bastante rapidez. Além disso, os outros membros da gangue aceitaram a surra de Vin e seu súbito resgate sem
proble m a algum problem algum,, sem m e nciona ncionarr a tra traiçã içãoo dela ou a re recc usa deles de les em e m a j udáudá-la. la. Fiz Fize ra ram m a pena penass o quee era qu e ra de se esp e spera erar. r. – O Sobre obrevivente vivente não tem se im importado portado c om nenhum nenhum trabalho ultimamente – comentou Harmon, um arrombador mais velho, de barba descuidada. – Mal foi visto em Luthadel alguns meses durante os últimos anos. De fato, não tem dado nenhum golpe desde... – Este é o prim primeir eiro? o? – Ulef per perguntou guntou ansi a nsiosam osam ente ente.. – O prim primee iro desde que e sca scapou pou das Minas? Então tende a ser algo espetacular! – Ele fa falou lou algum algumaa c ois oisaa sobre iss isso, o, Vin? – Dist Distee n per perguntou. guntou. – Vin? – Ge Gesti sticc ulou c om o braçç o atarr bra ata rraa ca cado do na direç dire ç ã o dela, dela , para par a cha cham m a r sua a tenç tenção. ão. – O quê? – ela per perguntou, guntou, er erguendo guendo a c a beç beçaa . Ela ti tinha nha se li lim m pa pado do li ligeir geiraa m e nte de desde sde o espancam espanca m ento de de Cam on, depoi depoiss de finalment finalme ntee ac aceit eitar ar o lenço de Dock Doc kso sonn para ti tira rarr o sangu sanguee do rosto. Não havia o que fazer quanto aos hematomas, no entanto. Ainda latejavam. Felizmente, nada est e stava ava quebrado. – Kelsi Ke lsiee r – Dist D isten en re r e petiu. – Ele falou fa lou algo sobre sobre o traba tra balho lho que está e stá planej plane j a ndo? Vin negou com a cabeça. Pousou o olhar sobre o lenço ensanguentado. Kelsier e Dockson tinham saído há pouco tempo, prometendo retornar depois que ela tivesse algum tempo para pensarr sobre a s coisa pensa coisass que havia haviam m lhe c ontado. Mas ha havia via um umaa ins insinuaç inuação ão em suas pa palavr lavraa s – uma oferta. Qualquer que fosse o trabalho que estavam planejando, ela estava convidada a parti par ticc ipar ipar.. – Por P or que ele e scolheu você par paraa ser int inter erm m e diár diária ia dele dele,, Vin? – Ulef per perguntou. guntou. – Ele fa falou lou algo a esse respeito? r espeito? Isso era o que a gangue tinha presumido – que Kelsier a escolhera para ser o contato dele com a gangu ga nguee de Cam on. on..... de Milev. Milev. Havia duas facções no submundo de Luthadel. Havia as gangues normais, como a de Camon, e havia as... especiais especiais.. Grupos compostos por elementos extremamente habilidosos, extrem am ente audacios a udaciosos os,, ou extre extrem m am ente talentos talentosos os.. Alom Alom ânti ânticos. cos. As duas facções do submundo não se misturavam; os ladrões comuns deixavam seus superiores em paz. Contudo, algumas dessas gangues de brumosos contratavam uma equipe de ladrões normais para fazer algum trabalho mundano, e escolhiam um intermediário para trabalhar trabalh ar nas duas gangues. gangues. Daí a dedução de Ulef sobre Vin. Os membros da gangue de Milev notaram a falta de resposta dela e se voltaram para outro assunto: os brumosos. Eles falavam de alomancia em um tom baixo e inseguro, e ela ouvia, desconfortável. Como ela podia estar associada a algo a que tinham tal pavor? Sua Sorte... sua alomancia... era algo pequeno, algo que usava para sobreviver, mas algo realmente sem importância. pensou, olhando para sua reserva de Sorte. Mas, tal poder... poder... pensou, – O que Ke Kelsi lsiee r tem fe feit itoo nos últim últimos os anos?, eu m e per pergunto gunto – Ulef c om omee ntou. Ele pare pa recc er eraa um pouco desconfortável perto dela no começo da conversa, mas passara rapidamente. Ele a tinha traído, mas esse era o submundo. Não havia amigos. Não parec parecee ser assi assim m e ntr ntree Kelsi Kelsier er e Doc Dockk son. Eles parec parecee m confiar um no outr outroo . Uma fachada? Ou seriam eles simplesmente uma dessas raras equipes em que os membros não se preoc pre ocupava upavam m com tra traiçõe ições? s? O ponto mais inquietante a respeito de Kelsier e Dockson fora a franqueza deles para com ela. Pareciam dispostos a confiar em Vin, e até mesmo a aceitá-la, dentro de um espaço de tempo relativamente curto. Isso não podia ser genuíno – ninguém sobrevivia no submundo com tais táticas. Apesar disso, a atitude amistosa deles era desconcertante. – Dois anos... a nos... – diss dissee Hr Hrud, ud, um ba bandido ndido cala c alado do e de rosto acha a chatado. tado. – Ele deve ter pa passado ssado
todo esse tempo planejando o golpe. – Deve De ve ser um belo golpe, rea r ealm lmee nte... – Ulef Ule f com c omee ntou. – Fa Fa lem -m e sobre sobr e ele – disse disse Vin, V in, em voz baixa baixa.. – Kelsi Ke lsiee r? – Disten Disten perguntou. pe rguntou. Vin assentiu. – Não Nã o se fala f ala sobre Ke Kelsi lsier er lá no sul? Vin balançou a cabeça negativamente. – Ele er eraa o me m e lhor líder de ga gangue ngue de Luthade Luthadell – Ulef e xpli xplicc ou. – Um a lenda lenda,, me m e sm smoo entre e ntre os brumosos. Roubou algumas das Grandes Casas mais ricas da cidade. – E? – Vin perguntou. per guntou. – Alguém o traiu tra iu – Harm Har m on disse, disse, em e m voz baixa baixa.. É claro c laro,, Vin pensou. – O própr próprio io Senhor Sober oberaa no captur c apturou ou Kelsier K elsier – Ulef U lef diss dissee . – Mandou Ke Kelsi lsiee r e sua e sposa e scapouu. Ele escapou das Minas, Vin! É o único que já fez paraa as Min par Minaa s de Ha Hathsi thsin. n. Mas ele escapo isso. – E a esposa de dele? le? – Vin perguntou. per guntou. Ulef olhou para Harmon, que negou com a cabeça. – Ela não nã o conseguiu. conse guiu. Então ele também també m perdeu pe rdeu alguém. alguém . Como Como consegue c onsegue sorr sorrir ir tanto? tanto? Tão Tão honestamente? honestame nte? – Foi lá que e le c onseguiu aquela a quelass cica c icatriz trizes, es, sabe – Dist D isten en diss dissee . – Aque Aquelas las nos braç br aços. os. Ele as consegui conseguiu nas Min Minas, as, nas rochas de uma um a parede par ede escar e scarpada pada que teve que escalar esca lar para fugi fugir. r. Harm Har m on bufou. bufou. – Não N ão foi assi a ssim m . Ele m atou um Inquisidor enquanto e nquanto esca e scapa pava... va... foi assi a ssim m que ele conse conseguiu guiu as cicatriz c icatrizes. es. – Ouvi dize dize r que foi lut lutaa ndo contra c ontra um dos m onstros que guar guardam dam a s Minas – Ulef U lef dis disse. se. – Elee enfiou a m ão na boca do m ons El onsttro e o estrangul estrangulou ou pelo pelo lado de dentro dentro.. Os dentes arranharam seus braços. Disten Dis ten fra f ranz nziu iu o cenho. ce nho. – Com Comoo é possível estrangular estra ngular alguém a lguém pe pelo lo lado lado de de dentro? ntro? Ulef deu de ombros om bros.. – Foi Foi o que ouvi. – Este hom homee m não é norm al – Hrud H rud m urm urou. – Algo A lgo acontec ac ontecee u com c om ele nas Minas, algo a lgo mau. Ele não era um alomântico antes. Entrou nas Minas como um skaa normal, e agora... bem, é um brumoso, com certeza... se é que ainda é humano. Tem estado tempo demais nas brumas, mais do que qualquer um. Alguns dizem que o Kelsier verdadeiro está morto, que aquilo usando seu rosto é... uma outra coisa. Harm on balançou balançou a cabeç cabeçaa negativam negativament ente. e. – Isso é tolice dos ska ska a rura r urais. is. Todos nós já j á esti e stivem vem os nas brum a s. – Nã Nãoo na nass brum br umas as for foraa da c idade – Hr Hrud ud insi insisti stiu. u. – Os espe especc tros da dass brum a s estã estãoo lá for fora. a. Eles El es capt ca pturam uram um home homem m e pegam seu rosto, rosto, tão tão cer c erto to quant quantoo o Senhor Senhor Soberano. Soberano. Harmon revirou os olhos. – Hrud H rud e stá ce c e rto sobre sobr e um umaa c oisa – Dist Distee n com c omee ntou. – Esse E sse hom homem em não é hum humano. ano. P ode não ser um espectro da bruma, mas tampouco é um skaa. Ouvi dizer que ele faz coisas, coisas eles pod que só eles podem em fa fazzer er.. Os que saem à noite. noite. Você Vocêss viram viram o que que el e le fez f ez com Cam on. – Nascido Na scido da brum br umaa – Ha H a rm on murm m urm urou. Nascido Nas cido da bruma. bruma . Vin ouvira o termo antes que Kelsier o mencionasse, é claro. Quem não ouvira? Mas os rumores sobre os nascidos da bruma faziam as histórias sobre os Inquisidores e os
brum osos par paree c er erem em ra racc ionais. Diz Diziaia-se se que os Na Nascidos scidos da Brum Brumaa er eram am a ra rautos utos da dass brum a s, dotados de grandes poderes dados pelo Senhor Soberano. Só altos nobres podiam ser Nascidos da Bruma; dizia-se que faziam parte de uma seita secreta de assassinos que servia ao Senhor Soberano e que só saíam à noite. Reen sempre lhe ensinara que eles eram um mito, e Vin presum pre sumira ira que ele e le estava e stava ce certo. rto. Como ela podia ser o que ele dizia? E Kelsi Kelsiee r diz que e u – assi assim m c omo e le – sou um dele deles. s. Como Filh lhaa de um umaa prostit prostitut uta, a, ela e la não era er a ninguém ninguém.. Não era e ra nada. Nuncc a c onfi Nun onfiee e m um home homem m que lhe dá boas notí notícias cias,, Reen sempre dizia. É a forma mais antiga, anti ga, mas a mais m ais fácil, fácil, de enganar alguém . Contudo, ela tinha a sua Sorte. Sua alomancia. Ainda podia sentir as reservas que o frasco de Kelsier lhe dera, e testara seus poderes nos membros da gangue. Sem se limitar a um pouco de Sorte por dia, ela e la descobriu desc obriu que que podia produzir produzir efeitos ef eitos m ui uito to mais ma is surpre surpreende endentes. ntes. Vin estava começando a perceber que seu antigo objetivo de vida – simplesmente sobre sob reviv viver er – era er a insípi insípido. do. Havia m ui uito to mais ma is que podia podia fazer. f azer. Ela tinha tinha sido escrava escr ava de Reen; Ree n; tinh tinhaa sido escrava de Camon. Seria uma escrava desse Kelsier também, se isso a conduzisse a uma eventual liberdade. Em sua mesa m esa,, Milev Milev olhou olhou o relógio relógio de bolso bolso e se levantou. – Tudo bem , todo mundo para pa ra for fora. a. A sala começou a se esvaziar para dar lugar à reunião de Kelsier. Vin ficou onde estava; Kelsier deixara bem claro para os demais que ela estava convidada. Ficou em silêncio por um momento, a sala pareceu muito mais confortável agora que estava vazia. Os amigos de Kelsier começa com eçaram ram a chegar al a lgu gum m tem po depo depoiis. O primeiro homem a descer as escadas tinha a constituição de um soldado. Usava uma camisa solta, sem mangas, que deixava exposto um par de braços bem esculpidos. Era impress impre ssiionant onantem em ente mus m usculo culoso so,, mas m as não mac m aciço, iço, e tin tinha ha o cabelo ca belo raspado, raspado, bem re rent ntee à pele. O homem que o acompanhava estava bem-vestido, em trajes nobres – colete púrpura, botões dourados doura dos e c a sac sacoo negro ne gro –, com c ompletado pletado c om um cha chapéu péu de a bas c urta urtass e ba bastão stão de duelo. Era mais velho do que o soldado, e um pouco corpulento. Ele tirou o chapéu ao entrar na sala, revelando o cabelo negro e bem penteado. Os dois homens conversavam amigavelmente enquanto caminhavam, mas pararam quando a viram na sala vazia. – Ah, e ssa de deve ve ser a nossa int inter erm m e diár diária ia – diss dissee o hom homem em be bem m -ve -vesti stido. do. – Ke Kelsi lsiee r j á chegou, minha querida? – Falava com ela com familiaridade, como se fossem amigos de longa data. De repente, r epente, sem querer querer,, Vin descobri descobriuu que gostava gostava deste deste homem hom em bem bem-vesti -vestido do e arti a rticulado. culado. – Não N ão – disse, em voz baixa. Em Embora bora a j a rdineir rdineiraa e a ca cam m isa de tra trabalho balho lhe c a íss íssem em bem , ela repentinamente desejou ter algo mais bonito. O porte deste homem parecia exigir uma atmosfera m ais form formal. al. – De Devíam víam os sabe saberr que Ke Kell ll c hega hegaria ria atr atraa sado à sua própr própria ia re reunião união – o sol solda dado do dis disse, se, sentando-se em uma das mesas no meio da sala. – De fa fato to – diss dissee o hom homem em bem -ve -vesti stido. do. – Im agino que o a tra traso so dele nos dê a c hanc hancee de tom to m ar algu algum m a bebida... – DeixeDe ixe-m m e tra tr a ze r algo a lgo – disse disse Vin rapidam ra pidamee nte, fica f icando ndo em pé. – Muit Muitoo gentil de sua par parte te – o hom homee m ele elegante gante diss dissee , e scolhendo um umaa c a deir deiraa per perto to do soldado. Sentou-se de pernas cruzadas, com o bastão de duelo ao lado, a ponta contra o chão, uma m ão apoiada apoiada na parte de de cima. cim a. Vin se aproxim aproxim ou do do bar e com começ eçou ou a procurar pelas bebidas. bebidas. – Brisa... Brisa... – o soldado disse em e m tom de adver a dvertênc tência ia quando qua ndo Vin escolheu esc olheu uma um a das da s garra gar rafa fass de vinh vi nhoo mai ma is caras cara s de de Camon Cam on e começou com eçou a servir servir uma um a taça. taça .
– Hum...? Hum ...? – o homem hom em bem -ve -vesti stido do disse, disse, ergue e rguendo ndo uma um a sobra sobr a nce ncelha. lha. O soldado acenou com a cabeça na direção de Vin. – Ah, tudo bem – o homem hom em bem -ve -vesti stido do disse, disse, suspirando. suspira ndo. Vin parou, mei me ia taça taç a servi ser vida, da, e fra f ranz nziu iu o cenho ce nho levem levemente. ente. O que estou fazendo? – Juro, Ham Ha m – o homem hom em bem -ve -vesti stido do rec re c lam ou – você é ter terrive rivelm lmee nte rígi r ígido do às vez ve zes. – Só porque você conse consegue gue empurrar alguém alguém próximo a você não significa que deva fazer isso, Brisa. Vin ficou parada, desconcertada. Ele... usou Sort Sortee em mim. mim. Quando Kelsier tentou m anip anipul uláá-la, la, ela sentira sentira o toque toque dele e fora ca capaz paz de de re resi sist stir. ir. Desta Desta vez vez,, no entanto entanto,, nem m esm esmoo percc e ber per beraa o que estava e stava fa fazze ndo. Encarou o homem, estreitando os olhos. – Nascido Na scido da Brum a . O homem hom em bem bem-vest -vestid ido, o, Bris Brisa, a, gargalho gargalhou. u. – Dific Dificil ilm m e nte. Ke Kelsi lsiee r é o único sk skaa a nasc nascido ido da brum a que você conhe conhece cerá rá,, quer querida... ida... e reze para nunca estar em uma situação em que encontre um nascido nobre. Não, sou só um ordinário e humilde brumoso. – Humil Hum ilde? de? – Ham pe perguntou. rguntou. Brisa deu de ombros. Vin olhou a taça meio cheia de vinho. – Você Voc ê puxou m in inhas has em oções. Com Com... ... alom alomancia, ancia, quero dizer dizer.. puxou m – Eu as empurrei – Puxar faz com que a pessoa fique menos empurrei,, na verdade – Brisa explicou. – Pux ar faz confiante e mais determinada. Empurrar as emoções, suavizando-as, torna a pessoa mais confiante. – Sej a com o for for,, você m e contr controlou olou – Vin fa falou. lou. – Você m e fe fezz pegar pe gar um umaa bebida par paraa você. – Ah, eu não diria que a fi fizz fazer isso – Brisa disse. – Só alterei suas emoções levemente, coloca colo cando ndo-a -a em um est e stado ado mental m ental em que estaria estaria m ais di disp spos osta ta a faz fa zer o que que eu e u quer queria. ia. Ham coçou o queixo. queixo. – Não Nã o sei, Brisa. É um a questão int inter eressa essante. nte. Ao influenc influenciar iar a s em oçõe oçõess dela, dela , você voc ê ti tirou rou sua capacidade ca pacidade de escolh escolha? a? Se, Se, por exem e xempl plo, o, ela m atass atassee ou roubasse roubasse sob seu seu cont c ontrole, role, o cri cr im e seria dela ou seu? Brisa revirou os olhos. – Na ve verda rdade de nã nãoo há nenhum a questã questãoo a í. Você Você nã nãoo de devia via se pre preocupa ocuparr c om essa essass coisa coisas, s, Hammond... vai acabar ferindo o seu cérebro. Eu a encorajei, só que por meios irregulares. – Mas... – Não Nã o vou disc disc uti utirr isso com você você,, Ham Ha m . O homem hom em corpul corpulento ento sus suspi pirou, rou, parece pare cendo ndo um um pou pouco co cont c ontrar rariado iado.. – Vai m e tra trazze r um umaa bebida bebida?? – Brisa per perguntou guntou espe espera rançosa nçosam m e nte, olhando pa para ra Vin. – Digo, Dig o, você você j á est e stáá de pé, pé , e vai ter ter que vir vir nessa dire direçã çãoo para se sentar de qualquer qualquer m aneira... Vin exam in inou ou suas suas em oções. Senti Sentiaa-se se anorm alm almente ente impulsi impulsionada onada a fa fazzer o que que o homem hom em pedia?? Ele pedia Ele a e stava m a nipul nipulando ando novam e nte? Por fim fim,, simplesm sim plesmee nte se af afaa stou do bar, bar , deixando de ixando a bebi bebida da onde est e stava. ava. Brisa suspirou. Mas não se levantou para pegar a taça. Vin se aproximou da mesa de modo hesitante. Estava acostumada com sombras e cantos – perto per to o basta bastante nte par paraa e scuta scutar, r, m a s longe o suficie suficiente nte pa para ra fugir. Mas não podia se esc esconder onder desses homens – não enquanto a sala estivesse tão vazia. Então, ela escolheu uma cadeira na
mesa ao lado da que os dois homens estavam e se sentou cautelosamente. Precisava de informação – enquanto permanecesse ignorante, estaria em grande desvantagem neste novo mundo de gangues de brumosos. Brisa gar gargalhou. galhou. – Nervosinha Ne rvosinha você, voc ê, hein? he in? Vin ignorou ignorou o comentár com entário. io. – Você – Vin diss dissee , a c ena enando ndo c om a c abe abeça ça par paraa Ha Ham m . – Você é um um... ... um brum oso também? Ham assent assentiu iu.. – Sou Sou um bruta brutam m onte. Vin franz fra nziu iu o ce cenho, nho, confusa. – Eu queimo queim o peltre – Ham Ha m explicou. Mais um um a vez ve z, Vin olhou olhou para ele int intrigada rigada.. – Ele c onsegue fic ficaa r m a is for forte, te, m inha quer querida ida – Bris Brisaa e xpli xplicc ou. – Ele ac acee rta c ois oisaa s, especialmente pessoas, que tentam interferir no que o resto de nós está fazendo. – É m uit uitoo m a is do que iss issoo – Ham H am fa falou. lou. – Eu supervisiono supe rvisiono a segur seguraa nça ge gera rall dos trabalhos, tra balhos, fornecendo fornec endo ao meu m eu líder líder homens hom ens fortes e guerreiro guerre iross quando quando necess nece ssár ário io.. – E e le vai tentar te a borr borree c er c om filosofia bar baraa ta quando não e sti stiver ver fa fazze ndo isso – Bris Brisaa acrescentou. Ham suspirou. – Bris Brisaa , honestam hone stamente ente,, à s vez ve zes eu não sei por que e u... – fic ficou ou em e m sil silênc êncio io quando qua ndo a porta se abriu novam novamente ente e outro hom homem em entrou entrou.. O recém-chegado vestia um casaco marrom e sem graça, calça marrom e uma camisa branc bra ncaa simples. sim ples. Mas seu rosto r osto e ra m uit uitoo ma m a is dist distint intoo do que suas sua s roupas. roupa s. Era nodoso e distorc distorcido, ido, como um pedaço retorcido de madeira, e seus olhos brilhavam com o grau de insatisfação desaprovadora que só os velhos velhos dem demons onsttra ram m . Vin não não cons c onsegui eguiuu calcul ca lcular ar su suaa idade – era er a j ovem o bastante para não andar encurvado e velho o suficiente para fazer Brisa, já de meia-idade, paree c er j uvenil. par O recé re cém m -c -chegado hegado olhou olhou para Vin e os outros outros bufando desdenho desdenhosam samente, ente, cam in inhou hou até uma um a m esa do outro outro lado da sala e se sentou. sentou. Seus Seus passos passos eram m arc arcados ados por por um ní níti tido do coxear. Brisaa suspi Bris suspirou. rou. – Vou sentir fa f a lt ltaa do Ara A rapuca puca.. – Todos Todos nós vam va m os – Ha H a m diss dissee e m voz baixa. – Mas Ma s Tre Tr e vo é m uit uitoo bom . Já tra trabalhe balheii com c om ele antes. Bris risaa observou o recém rec ém -c -chegado. hegado. – Fico Fico pensando pe nsando se c onsi onsigo go que ele m e traga uma um a bebi bebida.. da.... ele m Ham deu um um a gargalhada. gargalhada. – Pa P a gar garia ia para pa ra ver você tentar tentar.. – Tenho Te nho certe ce rtezza que sim – Brisa fa f a lou. Vin ol olhou hou o recém rec ém -c -chegado, hegado, que que parec par ecia ia perfeit perfe itam am ente satisfeit satisfeitoo em ig ignorar norar ela e la e os outros outros doiss homens. doi hom ens. – O que e le é? é? – O Tre Tr e vo? – Brisa Brisa perguntou. pe rguntou. – Ele, m inha querida que rida,, é um esf esfum umaa ç ador ador.. É ele e le quem que m im impede pede que o resto de nós seja descoberto por um Inquisidor. Vin mordeu o lábio, digerindo a nova informação enquanto observava Trevo. O homem a olhou com uma cara feia e ela desviou o olhar. Ao se virar, percebeu que Ham a observava. – Gosto de você voc ê , crianç cr iançaa – disse. – Os outros inte inte rm ediá ediários rios com quem tra trabalhe balheii ou estavam estava m
intimidados demais para conversar conosco ou com ciúmes por nos intrometermos em seu território. – De fa fato to – Brisa c oncor oncordou. dou. – Você não é com o e ssas m igalhas. É cla claro ro que e u ter teria ia gostado muito mais se você tivesse me trazido aquela taça de vinho... Vin o ignorou, olhando para Ham. – Migalha Migalha?? – É c om omoo a lguns dos m e m bros m a is c heios de si de nossa socie socieda dade de c ham a m os ladr ladrões ões menores – Ham explicou. – Chamam vocês de migalhas, já que tendem a se envolver em... proj etos menos m enos inspira inspirados. dos. – Se Se m ofe ofensa, nsa, é c lar laroo – Brisa Brisa assegur a ssegurou. ou. – Ah, e u j a m ais m e ofe ofender nderia... ia... – Vin fe fezz um umaa pa pausa, usa, sentindo um dese desejj o irr irregula egularr de agradar o homem bem-vestido. Ela encarou Brisa. – Pare com isso! – Viu só – Brisa Brisa com c omee ntou, olhando olhando para pa ra Ha Ham m . – Ela ainda a inda tem a ca capac pacidade idade de escolha. e scolha. – Você Voc ê não tem te m j eito. pensou. Então Kelsier Eles presumem presume m que sou uma inte inte rme rmediár diária ia,, Vin pensou. Então Kelsier não contou c ontou para eles e les o que sou. Por quê? quê? Falta de tempo? Ou o segredo era valioso demais para ser compartilhado? Quão confiáveis eram esses homens? E, se achavam que ela era uma simples “migalha”, por que estavam sendo tão gentis com ela? – Quem Que m m ais estam e stamos os espera espe rando? ndo? – Brisa Brisa perguntou, pe rguntou, olhando para par a a porta. por ta. – Além Alé m de Ke K e ll e Dox, quero quer o dizer dizer.. – Yede Ye denn – Ham Ha m fa falou. lou. Bris risaa fra franz nziiu o cenho ce nho,, com um umaa express e xpressão ão az a zeda. – Ah, sim. sim . – Concor Concordo do – Ham Ha m c om omentou. entou. – Mas eu e u apostaria apostar ia que ele sente o mesm m esm o a nosso respeito. re speito. – Não Nã o sei nem ne m por que e le foi f oi convidado – Brisa disse. disse. Ham deu de de ombro om bros. s. – Tem Te m algo a ver c om o plano de Ke Kell ll,, é óbvio. – Ah, o fam fa m oso “plano” – Brisa Brisa fa f a lou, pensativo. – Que tra balho será ser á esse esse... ... ? Ham balançou a cabeça. – Kell Ke ll e sua m aldita dram dra m a ti ticc idade idade.. – De fa fato. to. A porta se abriu alguns momentos depois, e o homem sobre quem falavam, Yeden, entrou. Era um tipo despretensioso, e Vin teve dificuldades em entender por que os outros dois estavam tão descontentes com a presença dele. Baixo, com cabelos castanhos encaracolados, Yeden estava vestido com o traje cinzento e simples de um skaa e um casaco marrom de operário, remendado e manchado de fuligem. Ele avaliou o ambiente com ar de desaprovação, mas não era nem de perto tão abertamente hostil quanto Trevo, que ainda estava sentado do outro lado da sala, fazendo cara feia para quem quer que olhasse em sua direção. Não é uma gangue muito grande grande,, Vin pensou. Com Kelsier e Dockson, são apenas seis. É claro, Ham Ha m ti tinha nha dito dito que que lidera liderava va um grupo de de “Brut “Brutam am ont ontes”. es”. Seriam os hom hom ens nessa nessa re reuni união ão apenas representantes? Líderes de grupos menores e mais especializados? Algumas gangues trabalhavam assim. Brisa conferiu seu relógio de bolso mais três vezes antes que Kelsier finalmente chegasse. O líder lí der de gangu ganguee e nascid nascidoo da bruma brum a irrom peu pela porta porta com c om seu alegre entu entusi siasm asmo, o, segui seguido do por por Dockson. Ham ficou em pé imediatamente, sorrindo de orelha a orelha e apertando as mãos de Kelsier. Brisa ficou em pé também, e, ainda que seu cumprimento fosse um pouco mais reservado, Vin tinha que admitir que nunca tinha visto um líder de gangue ser tão alegremente
rece re cebi bido do por por seus hom hom ens. – Ah – Kelsi Ke lsier er diss dissee , olhando para par a o outro lado da sala sala.. – Trevo Tre vo e Ye Y e den tam ta m bém estã estãoo aqui. Então, Ent ão, estamos estam os to todos dos.. Bom... Bom... odeio odeio que que m e faç f açam am espera esperar. r. Brisa ergueu uma sobrancelha enquanto ele e Ham voltavam a se sentar em suas cadeiras. Dockso Dock sonn se sentou sentou na mesm m esmaa m esa. – Se Se rá que vam va m os rece re ceber ber a lgum lgumaa expli e xplicc aç ação ão pelo pe lo seu atra atr a so? – Dock Doc kson e eu e u estávam estáva m os visit visitando ando m eu irm ir m ão – Kelsier K elsier e xpli xplicou, cou, cam c am inhando para pa ra a parte pa rte da frente do covil. Ele se virou e se apoiou contra o bar, perscrutando a sala. Quando seus olhos pousaraa m e m Vin, ele piscou. pousar – Se Se u irmã irm ã o? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – Mar Marsh sh vem pa para ra a re reunião? união? Kelsier Kelsi er e Dock Doc kso sonn troca trocara ram m um ol olhar. har. – Não Nã o esta e sta noite noite – Ke K e lsi lsier er diss dissee . – Mas se j untar untaráá à ga gangue ngue em e m a lgum m om omee nto. Vin obser observou vou os out outros. ros. Estava Estavam m cé céti ticos. cos. Tensão entre Kelsier e seu irmão, talvez? Brisa ergueu o bastão de duelo, apontando a ponta para Kelsier. – Muito Muito bem be m , Kelsi Ke lsiee r, você m ante anteve ve esse plano em e m “ segr segredo” edo” por oito mese m eses. s. Sabe Sabem m os que a coisa é grande, sabemos que está animado e todos estamos adequadamente aborrecidos com você com c om tant tantos os segre segredos dos.. Então, Então, por que não vai em fre frent ntee e nos conta conta o que é? é? Kelsier sorriu. Endireitou o corpo, acenando com a mão na direção do sujo e simples Yeden. – Ca Ca vale valeiros, iros, conheç conhe ç a m seu novo patrã pa trão. o. Esta foi, aparentemente, uma declaração surpreendente. Ele?? – Ham per – Ele – pergunt guntou. ou. – Ele Ele – Kelsier disse, assentindo. – O quê? – Ye den pe perguntou, rguntou, fa falando lando pela prim primeir eiraa vez. – Você tem a lgum problem a em trabalh rabalhar ar com alg alguém uém qu quee tem m oral de de verdade? – Não Nã o é iss isso, o, m e u ca c a ro – Brisa diss disse, e, c oloca olocando ndo o bastão ba stão de duelo no c olo. – É só que, que , bem be m , ava m eu tinha tinha a est e stranha ranha impressão im pressão de que você não gost não gostava m ui uito to de tipos tipos como com o nós. – Nã Nãoo gost gostoo – Yede edenn re respondeu spondeu ter term m inantem e nte. – Você ocêss são e goís goístas, tas, indi indiscipli sciplinados nados e vira vi rara ram m as cos c ostas tas para o rest re stoo dos sk skaa aa.. Se Se vest vestem em bem bem,, mas, m as, por dentro, dentro, são tão suj suj os quant quantoo as cinzas. Ham bufou. – Já posso ver que esse e sse traba tra balho lho vai ser ótimo para a m oral da da gangue. gangue. ótimo para Vin observava em silêncio, mordendo o lábio. Yeden era obviamente um skaa trabalhador, provavelm prova velm ente um m em bro de um umaa for forjj a ou de um umaa fá fábric bricaa têxtil têxtil.. Que cone conexão xão ele ter teria ia com c om o submundo? E... como podia se dar ao luxo de contratar os serviços de uma gangue de ladrões, especialmente especialm ente uma um a apare a parent ntem em ente tão especializ especializada quant quantoo a equi e quipe pe de Kelsi Kelsier er?? Talvez Kelsier tenha notado que estava confusa, pois ela o pegou encarando-a enquanto os demais dem ais contin continuavam uavam conversando. – Ainda e sto stouu um pouco c onfuso – Ha Ham m diss disse. e. – Yede eden, n, e stam stamos os basta bastante nte c ientes do que pensa dos ladr ladrões. ões. Então... Entã o... por que nos contratar contra tar?? Yeden se cont c ontorce orceuu um pouco. – Porque P orque – disse disse finalm f inalmente ente – todos sabe sabem m que você voc ê s são efic e ficientes. ientes. Brisa gar gargalhou. galhou. – Desa D esaprova provarr nossa m ora orall não nã o o im impe pede de de fa fazzer uso de nossas habil ha bilidade idades, s, pelo pe lo que vej o. Então, Ent ão, que traba trabalh lhoo é ess e sse? e? O que a re rebelião belião skaa skaa quer de nós? pensou, u, um um a parte par te da conversa estava fora de lugar. lugar. Havi Ha viaa duas facções fac ções Rebelião Re belião skaa? Vin skaa? Vin penso no submundo. A maior parte era formada por ladrões, gangues, prostitutas e mendigos que
tentavam tent avam so sobreviv breviver er fora do padrão da cult cultura ura sk skaa aa.. E, então, havia os rebeldes. Pessoas que trabalhavam contra o Império Final. Reen sempre os chamara de tolos – um sentimento compartilhado pela maioria das pessoas que Vin conhecera, fossem skaa ou do submundo. Todos os olhos se voltaram lentamente para Kelsier, que se inclinara contra o bar novamente. – A rebe r ebeli liãã o ska ska a, corte c ortesia sia de seu se u líde líder, r, Ye Y e den, nos contra c ontratou tou para a lgo muito espec espe c ífico. – O quê? quê ? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – Roub Roubo? o? Assassinato? – Um pouco dos dois – Kelsi Ke lsiee r dis disse. se. – E, ao a o m e sm smoo tem po, nenhum ne nhum dele deles. s. Cavaleiros, Cava leiros, esse e sse não será um trabalho normal. Será algo diferente de tudo o que qualquer gangue tenha tentado. Vamos ajudar Yeden a derrubar o Império Final. Silêncio. – Pe P e rdã rdão? o? – Ham Ha m pe perguntou. rguntou. – Você m e ouviu bem be m , Ha Ham m – Ke Kelsi lsier er dis disse. se. – Esse é o traba tr abalho lho que venho plane planejj ando... a destruição do Império Final. Ou, pelo menos, de seu governo central. Yeden nos contratou para lhe fornecermos um exército e proporcionarmos uma oportunidade favorável para ele controlar a cidade. Ham recostou-se no assento, trocando um olhar com Brisa. Ambos se voltaram para Dockso Dock son, n, que que assent assentiu iu sol solenem enem ente. Por P or um lo longo ngo momento mom ento,, a sala perm anec aneceu eu em e m si silêncio lêncio;; até que foi quebrado quebrado quando Yede Yedenn começ com eçou ou a rir lugub lugubrem rem ente consigo consigo mesmo. me smo. – Eu nunca de devia via ter c oncor oncordado dado c om iss issoo – Ye den diss dissee , ba balanç lançaa ndo a ca cabeç beçaa . – Agor Agoraa que você disse, eu percebi o quão ridículo soa. – Co Confie nfie em m im im,, Yede edenn – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – Estes hom homens ens têm o há hábit bitoo de leva levarr adia adiante nte planos que pare pa recc em ridículos à prim pr imee ira vis vista. ta. – Isso pode ser ve verda rdade de,, Ke Kell ll – Brisa dis disse. se. – Mas, neste c aso, e stou de a c ordo c om nosso amigo desaprovador. Derrubar o Império Final... é algo que os rebeldes skaa vêm tentando há milhares de anos! O que o faz pensar que podemos conseguir alguma coisa onde esses homens falharam? Kels Ke lsier ier sorriu. – Tere Te rem m os êxito porque tem te m os visão, visão, Brisa. Isso I sso é o que sem pre fa falt ltou ou à re r e belião ska ska a . – Com Comoo é? – Yeden Yede n disse, disse, indignado. – É ver verdade dade,, infeli infe lizzm e nte – Ke Kelsi lsier er c onfirm ou. – A re rebelião belião conde condena na pessoa pessoass com c omoo nós por causa de nossa ganância, mas mesmo com toda sua elevada moral (a qual, a propósito, eu respeito), nunca conseguiu nada. Yeden, seus homens se escondem em florestas e montanhas, planejj ando c om plane omoo vão vã o algum a lgum dia se er erguer guer e li lide dera rarr um umaa guer guerra ra gloriosa contr contraa o Im I m pé pério rio Final. Mas não têm ideia de como desenvolver e executar um plano adequadamente. A express expre ssão ão de Yeden Ye den ficou som sombria. bria. – E você não tem id ideia eia do que está fal fa lando. você não – Ah? – Ke K e lsi lsier er dis disse, se, despr despree ocupa ocupado. do. – DigaD iga-m m e , o que sua re rebelião belião a lca lcançou nçou e m m il anos de luta? Onde estão seus êxitos e vitórias? No Massacre de Tougier, três séculos atrás, onde sete mil rebeldes skaa foram assassinados? No ataque ocasional a um barco no canal ou no sequestro de um ofici oficial al nobre nobre m enor? Yeden corou. c orou. – É o m e lhor que conse conseguim guimos os com c om a s pessoa pessoass que tem os! Nã Nãoo culpe m e us hom ens pelos fracassos deles... culpe o resto dos skaa. Nunca conseguimos que eles nos ajudassem. Há mil anos são explorados; não lhes sobra nenhum espírito. Já é difícil o bastante conseguir que um em mil nos escute, ainda mais fazer com que se rebelem!
– P a z, Ye den – Ke Kelsi lsier er fa falou, lou, e rgue rguendo ndo um umaa m ã o. – Nã Nãoo e sto stouu tentando ins insult ultar ar sua coragem. Estamos do mesmo lado, lembra? Você veio especificamente até mim porque estava tendoo problem tend problemas as em rec recrutar rutar pessoas pessoas para seu exérc exé rciito to.. – E estou e stou lam e ntando ca c a da vez ve z m a is esta dec de c isão, ladrã ladr ã o – Yeden Ye den disse. – Bem Bem,, você j á nos pagou – Ke Kelsi lsiee r re recor cordou. dou. – Então é um pouco tar tarde de pa para ra volt voltaa r atr atráá s agora. Mas nós lhe daremos esse exército, Yeden. Os homens nesta sala são os mais capazes, m ais espertos espertos e m ais habili habilidos dosos os alom alom ânti ânticos cos da cidade. Você verá verá.. A sala ficou em silêncio novamente. Vin permaneceu sentada a sua mesa, assistindo à interação com o cenho franzido. Qual é seu jogo, Kelsier? Kelsier? As palavras dele sobre derrubar o Império Final eram obviamente uma fachada. Parecia mais provável para ela que ele pretende pre tendesse sse engana e nganarr a re rebelião belião ska ska a . Mas... se ele e le j á ti tinha nha sido pago, por que conti c ontinuar nuar a fa f a rsa rsa?? Kelsier Kelsi er se virou virou para Bris risaa e Ham . – Tudo bem , cava c avalheiros. lheiros. O que a cha cham m? Os dois homens se entreolharam. Finalmente, Brisa falou. – P e lo Senhor Sober oberaa no, nunca fui de re recc usar um desa desafio. fio. Mas, Ke Kell ll,, eu questiono seu raciocí ra ciocíni nio. o. Você tem ce certez rtezaa de que pod podem em os fazer fazer is isso so?? – Tenho ce certe rtezza – Ke Kelsi lsier er a ssegurou. – As tentativas a nter nteriore ioress de de derr rrubar ubar o Se nhor Soberano falharam por falta de organização e planejamento adequados. Nós somos ladrões, cavalh ca valheiros eiros... ... e somos som os ladrões ladrões ext e xtra raordi ordinariam nariamente ente bons. bons. Podem P odemos os roubar roubar o impossív impossível el e enganar o impassível. Sabemos como pegar uma tarefa colossal, dividi-la em pedaços administráveis, e depois lidar com cada um desses pedaços. Sabemos como conseguir o que queremos. Essas habillid habi idades ades nos tornam tornam perf perfeit eitos os par paraa est e staa tar aref efaa em parti particular. cular. Brisa fra f ranz nziu iu o cenho. ce nho. – E... quanto estão e stão nos pagando paga ndo para par a conse conseguir guir o impossí im possíve vel? l? – Trinta m il boxes – Yeden Ye den falou. f alou. – Metade Meta de agora a gora,, me m e tade quando entre e ntregar garee m o exér e xércc it ito. o. – Trinta m il il?? – Ham Ha m pe perguntou. rguntou. – Par P araa um umaa oper operaç açãã o tão grande gr ande?? Isso mal m al vai va i cobrir cobr ir nossas despesas. Precisaremos de um espião infiltrado na nobreza para ficar atento aos rumores, precc isare pre isarem m os de m uit uitos os e sconde sconderij rij os, sem m enc encionar ionar um lugar gra grande nde o suficie suficiente nte par paraa esconder e trein treinar ar um exér exércit citoo intei inteiro... ro... – Nã Nãoo a dianta ba barga rganhar nhar agor agora, a, ladr ladrãã o – Yede edenn re repli plicou. cou. – Trinta m il podem pode m não par parec ecer er muito para tipos como você você,, mas é resultado de décadas de economias de nossa parte. Não podem os pagar paga r m a is porque porque não tem te m os mais m ais nada. na da. – É um bom tra trabalho, balho, cava c avaleiros leiros – Dock D ockson son observou, obser vou, juntando-se j untando-se à c onver onversa sa pela prim primeir eiraa vez. – Sim im,, bem , é tudo m agníf agnífico ico – Bris Brisaa fa falou. lou. – Eu m e c onsi onsider deroo um c am a ra rada da razoavelmente bom. Mas... isso parece um pouco altruísta demais. Para não dizer estúpido. – Be Be m ... – Kelsi Ke lsier er diss dissee – pode haver ha ver um pouco m a is niss nissoo para par a nós... Vin levantou a cabeça, e Brisa sorriu. – O tesouro do Senhor Sober oberano ano – Ke Kelsi lsiee r explicou. – O plano, a té a gora gora,, é propor proporcc ionar a Yeden um exército e uma oportunidade para tomar a cidade. Assim que ele tomar o palácio, ficaráá com o tesouro ficar tesouro e us usar aráá os fundos fundos para assegurar seu poder poder.. E o principal principal desse desse teso tesouro.. uro.... – É o atium do Se Se nhor Soberano– Sobera no– Brisa Brisa com c ompletou. pletou. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Nosso acordo ac ordo com c om Ye den nos gara ga rante nte m e tade da dass reser re servas vas de a ti tium um que enc encontra ontrarm rm os no palácio, palá cio, não nã o importa im porta o quão vastas va stas sej a m . Atium. Vin ouvira falar do metal, mas nunca vira nenhum de verdade. Era incrivelmente raro, ra ro, supos suposttam ente usado apenas a penas pela nob nobre rezza.
Ham est estava ava so sorrind rrindo. o. – Bem Bem,, a gora – dis disse se lentam ente – iss issoo é quase um prê prêm m io gra grande nde o basta bastante nte par paraa ser tentador. – Supõe-se Supõe- se que os estoqu e stoquee s de a ti tium um sej a m e norm e s – Ke Kelsi lsier er fa falou. lou. – O Senhor Sober oberaa no precisa isa só vende o metal em pequenas porções, cobrando quantias exorbitantes da nobreza. Ele prec m ant anter er uma reserva imens ime nsaa para se assegurar assegurar do cont control rolee do merc m ercado, ado, e para ter certez c ertezaa de ter riquez riqu ezaa suficiente suficiente para em er ergências. gências. – É verdade ver dade... ... – Brisa Brisa com c omee ntou. – Mas, tem ce certe rtezza de que quer que r tentar te ntar algo assi a ssim m tão pouco pouc o tempo depois... do que aconteceu da última vez que tentamos entrar no palácio? – Fare Far e m os difere dife rente nte desta vez – Ke Kelsi lsier er fa falou. lou. – Cava Cavalheiros, lheiros, ser seree i fra f ranc ncoo com c om você vocês. s. Esse não será um trabalho fácil, mas pode mas pode dar dar certo. O plano é simples. Vamos encontrar um jeito de neutralizar a Guarnição de Luthadel, deixando a área sem força policial. Então, lançaremos a cidade ao caos ca os.. – Te m os m uit uitas as opçõe opçõess par paraa fa fazze r iss issoo – Doc Dockkson dis disse. se. – Mas podem os fa falar lar sobre iss issoo mais tarde. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Então, no m e io do c aos, Ye den m a rc rchar haráá c om seu e xér xércc it itoo par paraa Luthade Luthadell e tom tomaa rá o palácio, palá cio, fa fazzendo o Senhor Sober oberaa no prisioneiro. Enquanto Yede edenn se asse assegura gura da c idade idade,, nós pegam pega m os o a ti tium um.. Da Dare rem m os m eta etade de pa para ra ele e desa desapar paree c er eree m os c om a outra m e tade tade.. De Depois pois disso, é trabalho dele conservar aquilo do que conseguiu se apoderar. – P a re recc e um pouco pe perigoso rigoso par paraa você você,, Yede edenn – Ha Ham m obser observou, vou, olhando par paraa o lí líder der rebelde. Elee deu El de u de ombros om bros.. – Talvez Ta lvez.. Mas se por algum m il ilaa gre c onseguirm os o controle do palác pa lácio, io, então tere te rem m os feit fe itoo algo que nenhum nenhum a outra outra re rebeli belião ão skaa skaa alca alcançar nçaraa ant a ntes. es. Para Pa ra m eus hom homens, ens, não não é só uma quest questão ão de riqueza... nem mesmo de sobrevivência. Se trata de fazer algo grandioso, algo maravilhoso, dar espera esperança nça aos skaa skaa.. Mas, não espero que ent e ntendam endam esse tipo tipo de coi c oisa. sa. Kelsier lançou um olhar tranquilizador para Yeden, o homem fungou e voltou a se sentar. Será que ele usou alomancia? alomancia? Vin se perguntou. Ela já tinha visto acordos entre gangue e empregadores antes, e parecia que Yeden estava muito mais nas mãos de Kelsier do que o contrário. Kelsier Kelsi er se volto voltouu para Ham e Bris risa. a. – Há m uit uitoo m a is nisso nisso tudo tudo do que um umaa simple simpless dem de m onst onstra raçã çãoo de ousadia ousadia.. Se conseguirm c onseguirm os roubar aquele atium, será um golpe poderoso na fundação financeira do Senhor Soberano. Ele depende do dinheiro que o atium proporciona – sem isso, pode ficar sem meios para pagar seus exércitos. Mesmo que ele escape e scape da nos nossa sa arm ar m adil adilha ha – ou se se decidi de cidirm rm os to tom m ar a cid c idade ade quand quandoo ele se for, para evitar ter que lidar com ele –, o Senhor Soberano estará financeiramente arruinado. ão conseguirá mandar seus soldados tomarem a cidade de Yeden. Se isso funcionar bem, a cidade cid ade est e stará ará em caos de qualq qualquer uer m aneira, e a no nobrez brezaa est e stará ará frac fracaa dem ais para rea r eagi girr con c onttra as forças rebeldes. O Senhor Soberano ficará confuso e incapaz de reunir um exército grande o bastante. basta nte. – E os kolos koloss? s? – Ham Ha m per perguntou, guntou, em voz baixa baixa.. Kelsier Kelsi er fez um um a paus pa usa. a. – Se e le envia enviarr e ssas cria c riatura turass contra c ontra sua própr própria ia c apital, a de destruiçã struiçãoo que iss issoo ca c a usar usaráá ser seráá ainda mais perigosa do que a instabilidade financeira. Em meio ao caos, os nobres das províncias vão se rebelar re belar e se declarar declar ar re reis is,, e o Senhor Senhor Soberano Soberano não terá tropas necess nece ssár árias ias par paraa col c olocáocá-lo loss
na linha. Os rebeldes de Yeden serão capazes de manter Luthadel, e nós, meus amigos, ficaremos ricos, muito ricos. Todo mundo consegue o que quer. – Você está se esque esquecc e ndo do Mi Minist nistér ério io do Aç Açoo – Tre Trevo vo exc exclam lam ou, quase e squec squecido ido e m um ca cant ntoo da sala. – Os Inqui Inquisi sidores dores não nos deix deixar arão ão arre a rrem m essar sua bela teocrac teocr acia ia no caos. Kelsier Kelsi er fez um um a paus pa usaa e ser volto voltouu para o hom hom em re reto torcido. rcido. – Te re rem m os que enc encontra ontrarr um j e it itoo de li lidar dar com o Mini Ministério. stério. Tenho alguns planos a esse respeito. De qualquer modo, problemas como este são coisas com as quais nós, como gangue, teremos que lidar. Temos que nos livrar da Guarnição de Luthadel; não há como fazer alguma coisa enquanto eles estiverem policiando as ruas. Temos que encontrar um jeito adequado de atira ati rarr a cidade ao caos, c aos, e uma m aneira de m anter os obrig obrigadores adores fora do nos nosso so cam in inho. ho. Mas, se planejj ar plane arm m os bem , c onseguire onseguirem m os pe persua rsuadir dir o Senhor Sober oberaa no a e nviar a guar guarda da do palá palácio... cio... talvez até os Inquisidores... para a cidade, a fim de restaurar a ordem. Isso deixará o palácio exposto, dando a Yeden a oportunidade perfeita para atacar. Depois disso, não importa o que aconteça com o Ministério ou com a Guarnição: o Senhor Soberano não terá dinheiro suficiente paraa m ante par anterr o controle c ontrole de seu impér im pério. io. – Nã Nãoo sei, Ke Kell ll – Bris Brisaa fa falou, lou, balanç ba lançaa ndo a c a beç beçaa . Sua irre irrever verêê ncia ti tinha nha sido dom inada inada;; paree c ia esta par estarr honestam e nte c onsi onside dera rando ndo o plano. – O Senhor Sober oberaa no c onsegue a quele a ti tium um de al a lgum lugar. E se ele e le sim sim pl plesm esmente ente extrair m ais ais?? Ham assent assentiu iu.. – Ninguém nem ao m enos sabe sa be onde e stá a m ina de a ti tium um.. ninguém – – Eu não diria ninguém – Kels Ke lsier ier di disse, sse, abrin abr indo do um sorriso sorriso.. Bris risaa e Ham trocara rocaram m um ol olhar. har. – Você Voc ê sabe sabe?? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – É clar c laroo – Kelsi Ke lsiee r disse. – Passe P asseii um a no da m inha vida trabalha tra balhando ndo lá. – As Mina Mina s? – Ham Ha m pe perguntou, rguntou, surpreso. surpre so. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – É por isso que o Se Se nhor Soberano Sobera no se assegur a sseguraa de que ninguém sobre sobreviva viva ao a o trabalho tra balho lá; ele e le não pode permitir que seu segredo vaze. Não é só uma colônia penal, não é só um buraco do inferno para onde os skaa são mandados para morrer. É uma mineração. – É clar c laro... o... – Brisa Brisa com c omentou. entou. Kelsier Kelsi er endi endire reit itou ou o corpo, afast afa stando-se ando-se do bar e ca cam m in inhando hando na dire direçã çãoo da mesa m esa de Ham Ha m e Brisa. – Tem os um umaa c hanc hancee a qui, c a valhe valheiros. iros. Um a cha chance nce de fa fazze r a lgo gra grande... nde... a lgo que nenhuma outra gangue de ladrões jamais fez. Roubar o próprio Senhor Soberano! E mais. As Minas Mi nas quase quase m e m atara ataram m , e eu e u tenho tenho vist vistoo as coisas... coisas... de de m odo di dife fere rent ntee desd de sdee que fugi fugi.. Eu vejo vej o skaa sk aa trabalhand trabalhandoo sem espera esperança. nça. Vej Vej o gangues de ladrões tentando tentando sobreviv sobreviver er com as sobra sobrass da aris ar isto tocr crac acia, ia, frequent fre quentem em ente m orrendo – assim assim com o outros outros sk skaa aa – no proce process sso. o. Vej Vej o a rebe rebeli lião ão skaa tentando resistir com tanto empenho ao Senhor Soberano sem nunca fazer qualquer progree sso. A re progr rebelião belião fa falha lha porque é desa desajj e it itaa da e dispersa dispersa.. Toda vez que um umaa de suas peç peças as consegue impulso, o Ministério do Aço a esmaga. Essa não é a maneira de derrotar o Império Final, cavalh cava lheiros. eiros. Mas Mas com c om uma equi equipe pe pequena, especiali especializzada e alt altam am ente dotada, dotada, pod podem em os ter ter uma esperança. Podemos atuar sem grande risco de nos expor. Sabemos como evitar os tentáculos do Ministério do Aço. Entendemos como a alta nobreza pensa, e sabemos como explorar expl orar seus mem me m bros bros.. Podem os fazer fazer is isso so!! Parou Pa rou di diant antee da m esa de Brisa Brisa e Ham . – Nã N ã o sei, se i, Kell Ke ll – Ham Ha m ponder ponderou. ou. – Nã Nãoo é que e u estej e stejaa discorda discordando ndo dos seus m oti otivos. vos. É só que.... isso que.. isso par parec ecee um pou pouco co imprudent im prudente. e.
Ke lsier Kels ier sorriu. – Se Se i que pare pa recc e. Mas Ma s você e stá dentro dentr o me m e sm smoo assim, assim , não está? e stá? Ham fe fezz uma pausa, então então ass a ssenti entiu. u. – Você Você sabe que e u me m e j untar untaree i à sua gangue ga ngue não im importa porta qual sej se j a o trabalho. tra balho. Este pa pare recc e maluco, assim com a maioria dos seus planos. Só... só me diga uma coisa. Você está falando sério sobre derrubar o Senhor Soberano? Kelsier Kelsi er assent assentiu iu.. Por P or alg a lguma uma razão, Vin Vin estava quase tentada a ac acre redi ditar tar nele. Ham ass assent entiiu firmem firme m ent ente. e. – Tudo bem , então. e ntão. Estou dentro. – Brisa? Brisa? – Kelsier pe perguntou. rguntou. O homem bem bem-vest -vestiido balançou balançou a cabeç cabeça. a. – Não Nã o tenho cer c ertez tezaa , Kell Ke ll.. Isso é um pouco extre e xtrem m o, até m esm o para par a você você.. – P re recc isam isamos os de você você,, Bris Brisaa – Ke Kell ll fa f a lou. – Ninguém pode abrandar uma uma multidão como você. Se Se vam os formar forma r um exér exércit cito, o, pre precisam cisamos os de de seus alomânt alomâ nticos icos... ... e de seus pod poder eres. es. – Be Be m , isso isso é verda ve rdade de – Brisa Brisa concor c oncordou. dou. – Mesmo Mesm o assim... assim ... Kelsier sorriu e colocou algo sobre a mesa – a taça de vinho que Vin servira para Brisa. Ela nem sequer notara que Kelsier a pegara no bar. – Pe P e nse no desaf de safio, io, Brisa Brisa – Kelsier K elsier dis disse. se. Brisa olhou para a taça, então ergueu os olhos para Kelsier. Então, ele finalmente gargalhou, pegando pega ndo o vinho. vinho. – Tudo bem . Estou dentro. – É im impossí possíve vell – um umaa voz rouc roucaa diss dissee a o fundo da sala sala.. Tre Trevo vo esta estava va senta sentado do de bra braços ços cruzados, olhando para Kelsier com expressão carrancuda. – O que você está realmente planejj ando, Ke plane K e lsi lsier er?? – Estou E stou sendo honesto – Ke Kelsi lsier er re respondeu. spondeu. – P lane lanejj o tom tomaa r o a ti tium um do Senhor Sober oberaa no e derrubar derr ubar seu im im pério. – Você Você nã nãoo pode fa fazzer iss issoo – o hom homee m diss dissee . – É idi idioti otice ce.. Os Inquisid Inquisidore oress vão vã o nos pendura pe ndurar r com ganchos atravessados atravessados em nos nossas sas gargantas. – Talve Talvezz – Kelsi Ke lsier er a dm dmit itiu. iu. – Mas pense na re recom com pensa se tiverm tiver m os êxito. Riquez Riquezas, as, poder pode r e terrass nas quais terra quais os sk skaa pos possam sam vi viver ver com comoo homens home ns,, não como c omo escr escravos. avos. Trevo bufou ruidos ruidosam am ente. Então Então se levant levantou, ou, derr derruband ubandoo a ca cadeira deira no chão. c hão. – Nenhum Ne nhumaa re recom com pensa ser seria ia suficiente suf iciente.. O Senhor Sober oberaa no tentou matá m atá-lo -lo uma um a vez... vej o que não ficará satisfeito até que ele consiga. – Com isso, o homem mais velho se virou e saiu m anca ancando ndo da da sala, batendo a porta atrás de si si.. O covi c ovill ficou em si silêncio. lêncio. – Be Be m , acho ac ho que pre pr e c isare isarem m os de outro esfum e sfum a ç ador – Dock Doc kson disse. disse. – Vam Va m os deixá-lo deixá- lo sa sa ir assi a ssim m ? – Yeden Ye den exigi e xigiuu saber. sabe r. – Ele sabe de tudo! Bris risaa com c omeç eçou ou a rir. – Você Voc ê não dever de veria ia ser se r o virtuoso deste pequeno pe queno grupo? gr upo? – Virtude não tem nada a ver c om iss issoo – Yede edenn fa falou. lou. – De Deixar ixar a lguém pa partir rtir a ssi ssim m é tolice! Ele pode trazer os obrigadores até nós em minutos. Vin assent assentiu iu,, concordando, m as Kelsier Kelsier apena apenass negou negou com a cabeç c abeça. a. – Eu não tra trabalho balho a ssi ssim m , Yede eden. n. Con Convidei videi Tre Trevo vo par paraa um umaa re reunião união na qual de deli line neei ei um plano perigoso: pe rigoso: um que m uit uitos os cham c ham a ria riam m de e stúp stúpido. ido. Não Nã o vou m anda andarr assa assassi ssináná-lo lo porque e le decidiu que era perigoso demais. Se você faz as coisas assim, logo ninguém sequer vai querer ouvir seus planos. – Além Alé m diss dissoo – Doc Dockkson disse disse –, não nã o convidaría c onvidaríam m os alguém a lguém par paraa um umaa re reunião união a m e nos que
confiássemos que a pessoa não nos trairia. Impossí Im possívv el , Vin pensou, franzindo o cenho. Ele devia estar blefando para manter o moral da ganguee em alt gangu alta: a: ningu ninguém ém er eraa de tanta tanta confiança. Afin Af inal, al, os out outros ros não tinham tinham di dito to que que o fra f raca cass ssoo de Kelsier, alguns anos antes – o acontecimento que o mandara para as Minas de Hathsin –, ocorrera por causa de uma traição? Ele provavelmente mandara assassinos seguir Trevo neste exato mome m oment nto, o, vig vigiand iando-o o-o para ter cer c ertez tezaa de que ele não nã o vá até a té as aut a utorid oridades. ades. – Muito bem be m , Ye den – Ke Kelsi lsier er diss dissee , volt voltaa ndo aos a os negócios. ne gócios. – Eles a c eitar eitaraa m . O plano e stá de pé. pé . Ainda Ainda está dentro? de ntro? – Você Voc ê devolve devolverá rá o dinheiro da re rebelião belião se eu disser que não? nã o? – Yeden Ye den perguntou. pe rguntou. A única resposta foi uma risadinha de Ham. A expressão de Yeden ficou mais sombria, m as ele apenas balançou balançou a cabeça c abeça.. – Se Se eu e u tivesse tivesse outra opçã opção... o... – Ah, par paree de re recc lam a r – Ke Kelsi lsier er fa falou. lou. – Você é ofic oficialm ialmee nte par parte te de um umaa gangue de ladrões agora, ent e ntão ão você bem que podia podia vir vir at a té aqui e se sentar cono c onosco. sco. Yeden se deteve por um momento, então suspirou e foi se sentar à mesa de Brisa, Ham e Dockson. Kelsier continuava em pé próximo a eles. Vin estava sentada na mesa ao lado. Kelsier se virou, olhando na direção de Vin. – E você, você , Vin? stouu e m suas mãos. O Ela fez uma pausa. Por pausa. Por que e stá me perguntando? Ele já sabe que e sto trabalho não importa, contanto que eu saiba o que ele sabe . Kelsier Kelsi er espera esperava, va, na expectati e xpectativa. va. – Estou de de ntro – Vin disse, disse, pre pr e sum sumindo indo que que er eraa o que e le queria que ria ouvir. Deve ter presumido corretamente, pois Kelsier sorriu, e acenou para a última cadeira na mesa. Vin susp suspirou, irou, mas ma s fez fe z o que ele e le indicava indicava,, levantando-se e ocupando o último último assent a ssento. o. – Quem Que m é a cr crianç iançaa ? – Yede Ye denn perguntou. per guntou. – Um a interm inter m e diár diária ia – Brisa disse disse . Kelsier ergueu uma sobrancelha. – Na ve verda rdade, de, Vin V in é um ti tipo po de nova re recc ruta ruta.. Meu irm ã o a pegou pe gou abrandando suas as emoções em oções abrandando su há al a lgun gunss meses. m eses. – Abranda Abr andadora dora,, é? é ? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – Ac Acho ho que sem se m pre tem os espaço espa ço para pa ra m a is um. – Na N a ver verdade dade – Ke K e lsi lsiee r obser observou vou –, par paree c e que ela pode tumultuar as as emoções das pessoas também. Brisa se surpreendeu. – Sé Sé rio? – Ham Ha m per perguntou. guntou. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Dox e e u a testam te stamos os há algum a lgumaa s horas. hora s. Brisa gar gargalhou. galhou. – E eu aqui dizendo dizendo que e la prova provavelm velm ente nunca conhe conhecc er eria ia outro nascido na scido da brum a a lém de você. – Um segundo na nascido scido da brum a na e quipe... – Ha Ham m dis disse, se, de for form m a apr apree cia ciati tiva. va. – Bem Bem,, isso is so aum aumenta enta as noss nossas as chances chanc es de algum algum a m aneira aneira.. – O que e stá você diz dizee ndo? – Ye den balbuc balbuciou. iou. – Os sk skaa aa não podem ser Na Nascidos scidos da Bruma. Nem tenho certeza se os Nascidos da Bruma existem! Eu existem! Eu certamente jamais encontrei algum. Bris risaa ergueu e rgueu uma so sobrance brancelh lhaa e colo colocou cou a m ão no om om bro de Yeden. – Você Você de devia via tentar te ntar não fa falar lar tanto, meu m eu am igo – sugeriu. suger iu. – Pa P a re rece cerá rá m uit uitoo menos m enos estúpi e stúpido do
assim. Yeden se livrou da mão de Brisa, e Ham gargalhou. Vin, no entanto, permaneceu calada, considerando as implicações do que Kelsier dissera. A parte sobre roubar as reservas de atium eraa tentadora, mas er m as tomar toma r a cidade para par a faz f azer er is isso so?? Ser eriiam esses hom hom ens assim assim tão ousados? ousados? Kelsier pegou uma das cadeiras da mesa, sentando-se ao revés e apoiando os braços no encosto. – Tudo bem – dis disse. se. – Te m os um a gangue gangue.. P lane lanejj a re rem m os os detalhes de talhes na próxim próximaa re reunião, união, mas quero que todos pensem no trabalho. Tenho alguns planos, mas quero mentes frescas analisando anali sando nos nossa sa tarefa tare fa.. Prec Pr ecis isam am os dis discuti cutirr m eios de de ti tira rarr a Guarnição de Lut Luthadel hadel da ci c idade, e de criar caos suficiente para que as Grandes Casas não consigam mobilizar suas forças para deter o exérc exé rcit itoo de Yeden, quando este atacar. ataca r. Os mem me m bros do grupo, grupo, exce exceto to Yeden, assentiram assentiram.. – Antes de enc encer erra rarm rm os por hoj hojee , no e ntanto – Ke Kelsi lsier er prosseguiu – há m a is uma um a pa parte rte do plano sobre a qual quero que ro inform infor m á -los. – Mais? – Bris Brisaa per perguntou guntou com um umaa risadinha risadinha.. – Roub Roubaa r a for fortuna tuna do Senhor Sober oberaa no e derrubar seu império não é o suficiente? – Não Nã o – Kelsi Ke lsiee r re r e spondeu. – Se eu e u tiver tiver a oportunidade oportunidade,, vou ma m a tátá-lo. lo. Silêncio. – Ke Kelsi lsiee r – Ha Ham m diss dissee lentam ente ente.. – O Se nhor Sober oberaa no é a Centelha do Inf Infini inito. to. É um pedaçç o do próprio peda própr io Deus. Você Voc ê não nã o pode m a tátá-lo. lo. Até me m e sm smoo capturá-lo deve ser impossível. capturá-lo deve Kelsier não respondeu. Seus olhos, no entanto, transpareciam determinação. É isso isso, Vin pensou. Ele te m que estar louc louc o . pensou. Ele tem – O Se nhor Sober oberaa no e eu – Ke Kelsi lsiee r fa falou lou em e m voz baixa – tem os um umaa dívi dívida da par paraa a c er ertar tar.. Ele tirou Mare de mim, assim como quase tirou a minha sanidade. Admito que parte dos meus m ot otiv ivos os para levar est e stee plano adiante adiante é m e vingar vingar dele. Vam os ti tira rarr o gover governo, no, a casa c asa e a fortu f ortuna na dele. No entanto, para que isso funcione, temos que nos livrar dele. Talvez aprisioná-lo em seu próprio própr io calabouç ca labouço; o; ou, pelo pe lo menos, m enos, tirá-lo tirá -lo da cida cidade de.. Mas Ma s posso pensar pensa r em algo m uit uitoo m e lhor do que qualquer qualquer uma um a dess de ssas as opções. Lá no fundo fundo daquelas daquelas min m inas as para ond ondee ele e le me m e m andou andou,, eu tive tive um estalo que despertou meus poderes alomânticos. Agora eu tenho a intenção de usá-los para matá-lo. Kelsier Kelsi er levou a m ão ao a o bols bolsoo do casaco casac o e pegou pe gou alguma alguma cois coisa. a. Colo Colocou-a cou-a so sobre bre a m esa. – No norte norte,, e les têm um umaa lenda – Ke Kelsi lsiee r diss disse. e. – Diz Diz-se -se que o Se nhor Sober oberano ano nã nãoo é imortal, não completamente. Diz-se que pode ser morto com o metal certo. O décimo primeiro m etal. Est Estee m etal. Todo odoss os ol olhos hos se voltaram voltaram para o objeto obje to so sobre bre a m esa. Era uma fina barra de m etal, talvez talvez tão longo e fino quanto o dedo mindinho de Vin, com lados retos. Era de uma cor branca pratea pra teada. da. – O déc dé c im imoo prime prim e iro me m e tal? – Brisa Brisa perguntou, pe rguntou, incerto. ince rto. – Nunca Nunc a ouvi falar fala r dessa de ssa lenda. lenda . – O Senhor Sober oberaa no a suprim suprimiu iu – Kelsi Ke lsier er e xpli xplicou. cou. – Mas Ma s ela ainda pode ser se r enc e ncontrada ontrada,, se se souber onde procurar. A teoria alomântica fala sobre dez metais: os oito metais básicos e dois altos metais. Há mais um, no entanto, desconhecido da maioria. Muito mais poderoso do que os outros dez de z. Brisa fra f ranz nziu iu o cenho, ce nho, cético. Yeden, no entanto, parecia intrigado. – E este e ste me m e tal pode, de a lgum m odo, ma m a tar o Se Se nhor Soberano? Sobera no? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Essa é a sua fr fraa queza. O Mini Ministério stério do Aço A ço quer que a c re redit ditem em os que e le é im imorta ortal,l, m a s
m esm esmoo ele pode pode ser m orto orto... ... por por um alomâ alomânt ntico, ico, ao queim queimar ar is isso so.. Ham est estendeu endeu a m ão, pegando pegando a fi f ina barra de metal m etal.. – Onde você c onseguiu isso? isso? – Ao A o norte nor te – Kelsier K elsier fa falou. lou. – Em um umaa ter terra ra per perto to da P enínsula Distante, um umaa ter terra ra onde a s pessoass ainda se lem bra pessoa bram m de com c omoo seu anti a ntigo go reino re ino era er a cham c ham a do antes ante s da Asce Asc e nçã nção. o. – Com Comoo funciona? func iona? – Brisa Brisa perguntou. pe rguntou. – Não Nã o tenho muit m uitaa ce certe rtezza – Ke K e lsi lsier er diss dissee fr fraa nca ncam m ente ente.. – Mas pretendo pre tendo descobr de scobrir. ir. Ham obs obser ervou vou o metal m etal com cor de porcelana, girando-o entre entre os dedos. dedos. Vin pensou. O Senhor Soberano era uma força, como os ventos Matar o Senhor Soberano? Soberano? Vin ou as brumas. Não se podia matar essas coisas. Elas sequer estavam realmente vivas. Elas eram.. simplesmente eram – De qualque qualquerr for form m a – Ke Kelsi lsiee r prosseguiu, pega pegando ndo o m eta etall que Ha Ham m lhe devolve devolvera ra –, vocês não precisam se preocupar com isso. Matar o Senhor Soberano é tarefa minha. Se isso se mostrar impossível, daremos um jeito de enganá-lo para que saia da cidade, e então vamos roubá-lo embaix em baixoo de seu nariz na riz.. Só Só achei ac hei que que vocês deviam saber o que est e stou ou planej planej ando. Eu me associei a um louco louco,, Vin pensou, resignada. Mas aquilo realmente não importava – não enquanto ele lhe ensinasse alomancia.
Nem ao menos me nos entendo e ntendo o que de devo vo faz fazee r. Os O s filósofo filósofoss de Terris afirmam afirmam que sabere sabereii qual é o meu dever quando o momento chegar, mas este é um consolo vago. As Profund Profundee zas deve de vem m ser destruíd destruídas, as, e, e , aparentem aparentemente ente,, e u sou o único que pode fazer isso. las devastam o mundo, mesmo agora. Se não detê-las logo, não sobrará nada além de ossos e pó.
– AA-há! há! – A figura triunfa triunfante nte de Ke Kelsi lsiee r em e rgiu atr atrás ás do ba barr de Cam Camon, on, c om um a r de satisfação no rosto. Ele ergueu o braço e colocou uma garrafa de vinho empoeirada sobre o balcão. balc ão. Dockson olhou para ele com divertimento. – Onde enc encontrou ontrou isso? isso? – Em um dos com par parti tim m entos secre sec retos tos – Kelsi Ke lsiee r disse, limpa ndo o pó da garr ga rraf afaa . – Ache Ac heii que eu e u tinha tinha encontr e ncontrado ado todos – Dockson Dockson com e ntou. – E encontrou. e ncontrou. Mas Ma s um dele deless tinha tinha um fundo fa f a lso. Dockson começou a rir. – Esperto. Esper to. Kelsier Kelsi er assent assentiu iu,, abrindo a garra ga rrafa fa e servi servindo ndo trê trêss taças. taça s. – O truque é nunca nunc a para pa rarr de proc procura urar. r. Sempre há outro segredo. Sempre há Elee pegou El pe gou as trê trêss taç taças as e foi se se j unt untar ar a Vin V in e Dock Dockso sonn na m esa. Vin aceitou a taça hesitantemente. A reunião terminara há algum tempo, e Brisa, Ham e Yeden tinham ido embora para ponderar sobre o que Kelsier lhes dissera. Vin achava que também devia partir, mas não tinha para onde ir. Dockson e Kelsier pareciam dar por certo que ela permaneceria com eles. Kelsier tomou um longo gole do vinho tinto e sorriu. – Ah, esse e sse é muito melhor. muito melhor.
Dockson assentiu, Dockson assentiu, concordando, concorda ndo, mas m as Vin não provou pr ovou a bebi be bida. da. – Vam Va m os prec pre c isar de outro esfum esf umaa ç ador – Dock Doc kson observou. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Os dem a is pa pare rece cem m ter leva levado do numa num a boa, boa , no entanto. enta nto. – Brisa Brisa ainda a inda está e stá indeciso indec iso – Dock Doc kson com e ntou. – Ele não dar daráá par paraa trá trás. s. Brisa gost gostaa de um desa desafio, fio, e nunca e ncontra ncontrará rá um m a ior do que este – Kelsier sorriu. – Além disso, ficaria louco em saber que estamos fazendo um trabalho do qual não faz parte. – Mesm Me smoo assi a ssim m , ele e le e stá ce c e rto em e m fic ficaa r apr apree e nsi nsivo vo – Doc Dockkson disse. – Eu m e sm smoo estou e stou um pouco preoc pr eocupado. upado. Kelsier assentiu, concordando, e Vin franziu o cenho. Então, eles e les estão e stão falando falando sério sé rio sobre sobre o lano? Ou ainda é uma encenação, por que estou aqui? Os dois homens pareciam bem competent com petentes. es. Mas der derrubar rubar o Im I m pério Fin Final? al? Era m ais fácil fác il impedir as brumas brum as de flu f luir ir ou deter deter o nascer do sol. – Quando Qua ndo o restante re stante dos seus am a m igos vai chega c hegar? r? – Dockson Dockson perguntou. per guntou. – Em a lguns dias – Ke Kelsi lsiee r re respondeu. spondeu. – Tem os que c onseguir outro esf esfum umaa ç ador a té lá. Também vou precisar de mais um pouco de atium. Dockson franziu o cenho. – Já? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Ga Gastei stei quase tudo c om ompra prando ndo o Co Contra ntrato to de Or Oree Seur eur,, e usei o últ últim imoo boca bocado do que m e restou na plantação de Tresting. Tresting . O nobre que fora morto em sua mansão há uma semana. Como Kelsier estaria envolvido? E o que Kelsier tinha mesmo dito antes sobre o atium? Ele tinha afirmado que o Senhor Soberano mantinha controle sobre a alta nobreza mantendo o monopólio do metal. Dockson Dock son coçou a bar barba ba sob o queixo. – Nã N ã o é fá fácc il conseguir conse guir ati a tium um,, Ke K e ll ll.. Levou Le vou quase qua se oit oitoo m ese esess para pa ra plane planejj a r o roubo r oubo daquele da quele pouco que você ti tinha. nha. – Isso porque você teve que ser se r deli de licc ado – Ke K e lsi lsiee r disse, com c om um sorr sorriso iso mali ma licc ios ioso. o. Dockson olhou para Kelsier com leve apreensão. Kelsier apenas alargou o sorriso, e Dockson Dock son finalment finalme ntee re revi virou rou os olhos, olhos, suspirando. suspirando. Ele, então, olhou para Vin. – Você Voc ê não tocou toc ou na sua bebida bebida.. Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. Dockso Dock sonn esperou por uma expl expliica caçã çãoo e, depois depois de um tem po, Vin Vin foi forçada a re resp spond onder. er. – Não Nã o gosto gosto de beber be ber na nada da que e u me m e sm smaa não tenha te nha pre pr e par paraa do. Kelsier gargalhou. – Ela m e fa f a z lem bra brarr de Ve Vent. nt. – Vent? Vent? – Dock Doc kson disse, disse, fa fazze ndo uma um a ca care reta. ta. – A garota ga rota é um pouco par paraa noica noica,, m a s não nã o é má. Eu juro, aquele homem era tão desconfiado que até a batida de seu próprio coração o tão má. tão deixava sobressalt sobressaltado. ado. Os dois homens gargalharam. Vin, no entanto, só se sentiu mais desconfortável com o ambiente amigável. O que esperam de mim? Vou ser um tipo tipo de aprendiz? aprendiz? – Bem Bem,, entã entãoo – Doc Dockkson disse –, vai m e diz dizer er a gora c om omoo plane planejj a c onseguir um pouco de atium? Kelsier abriu a boca para responder, mas as escadas rangeram com o som de alguém descendo. Kelsier e Dockson se viraram; Vin, é claro, havia se posicionado de modo a ver as duas entra entradas das da sala sala sem ter que se mover. m over.
Vin esperava que o recém-chegado fosse um dos membros da gangue de Camon, enviado paraa ve par verr se Ke Kelsi lsiee r havia ter term m inado a re reunião união no covil. E por iss issoo ela fic ficou ou com pletam e nte surpresa quando a porta se abriu para revelar o rosto mal-humorado e retorcido do homem cham ado Trevo. Kels Ke lsier ier sorriu, seus seus olhos olhos brilhava brilhavam m. Ele não está e stá surpr surpree so. Satisf Satisfee it ito, o, talv talv ez, mas m as não surpreso. surpreso. – Trevo Tre vo – Kelsi Ke lsier er diss dissee . Trevo ficou parado na porta de entrada, encarando os três de modo impressionantemente desaprovador. Por fim, entrou na sala, mancando. Um adolescente magro e de aparência estranha o seguia. O garoto pegou uma cadeira para Trevo e a colocou na mesa de Kelsier. Trevo se acomodou, resmungando levemente consigo mesmo. Finalmente, olhou para Kelsier com os olhos ol hos estrá estrábicos bicos e o nariz na riz enr enrugado. ugado. – O abra a brandador ndador foi em e m bora bora?? – Brisa? Brisa? – Kelsier pe perguntou. rguntou. – Sim Sim,, ele e le se foi. Trevo grunhiu. Então olhou para a garrafa de vinho. – Sirva Sirva-se -se – Kelsi Ke lsier er fa falou. lou. Trevo fez sinal para que o garoto apanhasse uma taça para ele no bar, e voltou-se para Kelsier. – Eu tinha que ter ce certe rtezza – disse. disse. – Nunca Nunc a c onfie e m si mesm m esm o quando qua ndo um abr abraa ndador está por perto... pe rto... especia espe cialm lmee nte um c om omoo ele. ele . – Você Você é um e sfum aç açaa dor, Tre Tr e vo – Kelsi Ke lsier er lem brou. – Ele não pode fa fazzer m uit uitoo com c om você você,, não se não deixar. Trevo deu de ombros om bros.. – Nã Nãoo gost gostoo de a bra brandador ndadores. es. Nã Nãoo é só a lom lomanc ancia... ia... hom homens ens a ssi ssim m ... bem , não se pode confiar que não se est e stáá sendo mani ma nipul pulado ado quando eles estão estão por pert per to. Com Com cobre ou sem sem cobre. – Eu não rec r ecorr orree ria a algo assi a ssim m par paraa ar arre rebanha banharr a sua lea le a ldade – Kelsi Ke lsiee r assegurou. a ssegurou. – Foi o que ouvi – Tre Trevo vo dis disse, se, enqua enquanto nto o gar garoto oto lhe ser servia via um umaa taç taçaa de vinho. – Eu ti tinha nha que ter certeza, no entanto. Tinha que pensar nas coisas sem que Brisa estivesse por perto. – Ele fez uma careta, embora Vin tivesse dificuldade em determinar o porquê, então pegou a taça e tom to m ou metade me tade de um só gol gole. e. – Bom vinho – diss dissee , grunhindo. E olhou par paraa Ke Kelsi lsier er.. – Então a s m inas re realm alm e nte o deixaram louco, hein? – Com Completam pletam e nte – Kelsi Ke lsiee r disse, sério. sé rio. Trevo sorriu, embora em seu rosto a expressão tivesse um aspecto decididamente retorcido. – Pre P retende tende seguir em e m fr free nte com c om iss isso, o, então? entã o? Co Com m e sse tal traba tra balho? lho? Kelsier assentiu de modo solene. Trevo Tre vo tom tom ou o rest re stoo do vinho. vinho. – Então, Entã o, j á tem um esf esfum umaa ça çador. dor. Nã Nãoo pelo pe lo dinheiro, no entanto. e ntanto. Se você estiver re reaa lm lmee nte falando sério sobre derrubar este governo, então estou dentro. Kels Ke lsier ier sorriu. – E não sorria sor ria par paraa m im – Trevo Tre vo repli re plicc ou. – Odeio Ode io isso. isso. – Eu não ousaria ousa ria.. – Be Be m – Dock Doc kson disse, disse, servindo-se ser vindo-se outra taç taçaa –, isso resolv re solvee o problem a do esfum e sfum a ça çador. dor. – O que não fa fazz muit m uitaa dife difere rença nça – Tre Tr e vo disse. – Você ocêss vão vã o fra f raca cassar ssar.. Passe P asseii a vida inteira tentando esconder brumosos do Senhor Soberano e de seus obrigadores. No fim, ele sempre os
encontra. – E por que se importa im porta em e m nos aj udar udar,, então? entã o? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. – P orque – Tre Trevo vo re respondeu, spondeu, leva levantando-se ntando-se – o Senhor Sober oberaa no vai m e pega pegarr c edo ou tarde. Pelo menos, desse jeito, poderei cuspir na sua cara quando isso acontecer. Derrubar o Im pér pério io Final. inal..... – ele sorriu. – Tem Tem esti estilo. lo. Vam os, gar garot oto. o. Tem Tem os que que deix de ixar ar a loja loj a pront pr ontaa para pa ra os visitantes. Vin os viu partir, Trevo mancando porta afora, o garoto a fechando atrás dos dois. Então olhou para Kelsier. – Você Voc ê sabia que e le ia voltar. voltar . Elee deu de om El ombros bros,, ficando em pé e se espreguiça espreguiçando ndo.. – Esper Esperava ava que sim. As pessoa pessoass são atr atraída aídass pela vis visãã o. O tra trabalho balho que estou propondo... bem , não nã o é o tipo tipo de coisa que se deixa de ixa de lado; ao a o me m e nos não se você é um ve velho lho entediado, entedia do, que está aborrecido aborre cido com a vida. Agora Agora,, Vin, Vin, presumo que sua gangue sej a dona de to todo do esse esse edi e difício fício,, certo? Vin assentiu. – A loja loj a no andar anda r de cim a é um umaa fa facha chada da.. – Bo Bom m – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , c onfe onferindo rindo seu re relógi lógioo de bols bolsoo e , em seguida seguida,, entr entree gandogando-oo par paraa Dockson. – Diga aos seus amigos que eles podem voltar para o covil; as brumas já devem estar chegando. – E nós? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. Kels Ke lsier ier sorriu. – Nós vam os para par a o telhado. te lhado. Como Com o disse, disse, pre pr e ciso conseguir c onseguir um pouco de a ti tium um.. Durante o dia, Luthadel era uma cidade enegrecida, manchada pela fuligem e pela luz vermelha do sol. Era dura, distinta e opressiva. À noite, no entanto, as brumas a embaçavam e obscureciam. As fortalezas dos altos nobres transfo ransform rmavam avam -se em e m si sillhu huetas etas fantasma fantasmagó góricas ricas am eaç eaçadoras. adoras. As ruas pareciam m ais est estreit reitas as com a névoa, cada uma delas se tornando um beco solitário e perigoso. Mesmo nobres e ladrões ficavam apreensivos ao sair à noite – era necessário um coração forte para encarar o silêncio agourento e nebuloso. A escura cidade era, à noite, um lugar para os desesperados e os destem dest em id idos os;; era um umaa terra ter ra de m is istério térioss mut m utantes antes e criatu c riatura rass estra estranhas. nhas. Criaturas estranhas como eu, eu , Kelsier pensou. Ele estava sentado no parapeito do telhado do covil. Os edifícios se erguiam nas sombras da noite ao redor dele, e as brumas faziam tudo paree c er se m over e m udar na e scur par scuridão. idão. Luz Luzes es fr fraa ca cass bril br ilhava havam m e m um umaa ou outra j a nela nela,, m a s os pequenos ponto pontoss de ilum ilumin inaç ação ão era e ram m enc encol olhid hidos os e ass a ssust ustados. ados. Uma brisa fria varreu o telhado, movendo a bruma, fazendo-a roçar na bochecha úmida de Kelsier como uma respiração exalada. Em tempos passados – antes que tudo desse errado –, ele sempre procurava por um telhado na noite anterior a um trabalho, desejando contemplar a cidade. Não percebeu que estava seguindo o velho costume esta noite, até que olhou para o lado, esperando espera ndo que que Mare Mar e est estiv ivesse esse ali a li,, como com o sempre sem pre ti tinha nha est e stado. ado. Em vez disso, encontrou apenas o ar vazio. Sozinho. Silencioso. As brumas a substituíram. Pobremente. Ele suspirou e se virou. Vin e Dockson estavam atrás dele. Ambos pareciam apreensivos por estarem expostos às brumas, mas estavam lidando com seus temores. Não se conseguia chegar m ui uito to long ongee no subm subm und undoo sem apre aprender nder a tol oler erar ar o medo m edo das brumas. bruma s. Kelsier Kelsi er apre aprendera ndera a faz f azer er m ui uito to m ais do do que que isso. isso. Havia Havia est e stado ado em m eio a el e las tantas tantas vezes vezes nos últimos anos que estava começando a se sentir mais confortável à noite, dentro do obscuro
abraço abra ço da bruma, brum a, do que que de dia. dia. tem que – Kell Ke ll – Dockson Dockson disse disse –, você voc ê tem que ficar na borda desse jeito? Nossos planos podem ser um pouco loucos, mas prefiro que não terminem com você estatelado nos paralelepípedos lá embaixo. Kels Ke lsier ier sorriu. sorriu. Ele Ele ainda não pensa e m mim c omo um nascido da bruma bruma,, pensou. Vai levar algum tempo para que todos se acostumem. Anos antes, ele tinha se tornado o mais famoso líder de gangue de Luthadel, e fizera isso sem nem ao menos m enos ser ser um alo a lom m ânti ântico. co. Mar Maree era e ra um olho de estanho, estanho, mas m as ele e Dock Doc kso son.. n.... eram era m apenas homens normais. Um era um mestiço sem poderes e o outro, um skaa fugido das plantações. plantaç ões. Junto Juntos, s, havia haviam m coloc colocaa do as Gr Grande andess Casas de j oe oelhos lhos,, rouba roubando ndo ousada ousadam m e nte os homens mais poderosos do Império Final. Agora Kelsier Kelsier er eraa m ais, m ui uito to m ais. Ant Antig igam am ente, sonh sonhava ava com c om a aloma alomancia, ncia, desejando desej ando ter ter um poder como o de Mare. Ela morrera antes que ele tivesse o estalo que lhe apresentou seus poderes. poder es. Ela nunca ver veria ia o que e le viria a fa fazze r com c om ele eles. s. Antes, a alta nobreza o temia. Fora necessária uma armadilha do Senhor Soberano em pessoa pa para ra c aptur apturar ar Ke Kelsi lsiee r. Agor Agoraa ... o própr próprio io Im pér pério io Final ser seria ia sac sacudido udido ante antess que e le terminasse. Estudo Est udouu a cidade m ais uma vez vez,, inalando inalando as brumas, bruma s, e desceu desce u do parapeit para peito, o, aproxim aproxim ando-se de Dockson e Vin. Não carregavam luzes; a luz ambiente das estrelas, diluída pelas brumas, era suficiente na maioria das vezes. Kelsier tirou o casaco e o colete, entregando-os a Dockson, depois tirou a camisa de dentro da calça, deixando que a longa peça caísse frouxamente. O tecido era escuro o suficiente para não denunciá-lo à noite. – Muito Muito bem – Kelsi Ke lsiee r disse. – Quem Que m e u deveria deve ria tentar tentar?? Dockson franziu o cenho. – Tem Te m ce certe rtezza que quer fa fazze r isso? Kels Ke lsier ier sorriu. Dockson suspirou. – As Casas Urba U rbain in e Tenie eniert rt fora f oram m a ti tingidas ngidas re r e ce centem ntem e nte, em e m bora não tenha tenham m leva levado do seu se u atium. – Qual Qua l casa ca sa é a m a is forte for te neste ne ste m om omee nto? – Kelsi Ke lsiee r per perguntou, guntou, abaixando-se aba ixando-se e desf desfazendo azendo os nós de sua mochila, que repousava aos pés de Dockson. – Quem ninguém pensaria em atingir? Dockson Dock son fez um um a pausa. pa usa. – Os O s Ventur Venturee – disse fina finalm lmee nte. – Eles E les têm e stado no topo nos últim últim os anos. a nos. Mantêm Ma ntêm um umaa força armada de várias centenas de homens, e a nobreza local da casa inclui umas boas duas dezenas de brumosos. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Be Be m , é aonde a onde irei, ire i, então. Eles Ele s certa ce rtam m e nte têm a lgum atium atium.. Ele abriu a mochila e tirou uma capa cinza-escura. Grande e envolvente, a capa não era feita de uma única peça de tecido – em vez disso, era confeccionada com centenas de tiras compridas como fitas. Eram costuradas nos ombros e no peito, mas a maior parte ficava penduraa da, separ pendur se paraa da um a da outra, outra , com o flâm flâ m ulas sobrepostas. sobre postas. Kelsier colocou a peça e as tiras de tecido se retorceram e enroscaram, quase como as brum a s. Dockson inspirou suavemente. – Nunca Nunc a esti e stive ve tão tã o perto per to de alguém a lguém vestiss vestissee um umaa dessa dessas. s. – O que é iss isso? o? – Vin per perguntou, guntou, sua voz baixa ba ixa par paree c ia quase a ssom ssombra brada da nas brum a s da
noite. – Um a ca capa pa dos nascidos nasc idos das brum br umas as – Dock Doc kson disse disse . – Todos eles e les vestem ve stem e ssas coisas... c oisas... é um ti tipo po de... sinal sinal de fil f iliaç iação ão ao a o clube deles. de les. – É c onfe onfecc ciona cionada da e c olorida pa para ra e sconde sconderr a pessoa na brum a – Ke Kelsi lsier er e xpli xplicc ou. – E alerta os guardas da cidade e os outros nascidos das brumas a não o incomodarem. – Ele deu m eia-vo eia-vollta, deixando deixando a capa ca pa se agi a gittar dram dramati aticam cam ent ente. e. – Acho que que cai c ai bem em m im . Dockkson revirou Doc re virou os olhos. – Muito Muito bem be m – Kelsi Ke lsiee r disse, abaixa a baixando-se ndo-se e pega pegando ndo um cinto de tec tecido ido da m ochila. – Casa Venture Ventu re.. Há algo que que eu e u precis prec isee saber? – Supost upostaa m ente ente,, lorde Ve nture tem um c ofr ofree e m seu e stúd stúdio io – Doc Dockkson fa falou. lou. – É onde provavelm prova velm ente m a ntém seu estoqu e stoquee de ati a tium um.. Você Voc ê enc encontra ontrará rá o estúdio no ter terce ceiro iro andar a ndar,, a trê tr ê s salas da sacada da ala sul. Tome cuidado, pois a Casa Venture mantém cerca de uma dezena de matabrumas além das tropas normais e de brumosos. Kelsier assentiu, amarrando o cinto – não tinha fivela, mas duas pequenas bainhas. Tirou um par de a daga dagass de c ristal da m ochila, c onfe onferiu riu o cor corte te e as guar guardou dou em e m um umaa da dass bainhas. ba inhas. Tirou os sapatoss e as sapato a s meias, m eias, ficando descalço nas pedras pedra s geladas. Com Com os sapatos sapatos,, se foi tam tam bém o últi últim mo pedaçç o de m eta peda etall em sua pessoa, pe ssoa, exce e xceto to pela bolsa de m oeda oedass e pelos pe los trê trêss frasc fr ascos os com m eta etais is em seu cin c into. to. Ele selecio selec ionou nou o maio ma ior, r, engol e ngoliu iu o conteúdo e est e stende endeuu o frasco fra sco vazio vazio para par a Dock D ockson. son. – É isso? isso? – Kelsi Ke lsier er pe perguntou. rguntou. Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. – Boa Boa sorte. sor te. Ao lado dele, Vin observava os preparativos de Kelsier com intensa curiosidade. Ela era uma coisinha silenciosa e pequena, mas ocultava uma intensidade que ele achava impress impre ssiionant onante. e. Era para paranoi noica ca,, é verdade, ver dade, mas m as não tím tím id ida. a. pensou. Mas não esta noite. Você terá sua chance, criança, criança , ele pensou. – Be Be m – ele diss dissee , pegando pega ndo uma um a m oe oeda da da bols bolsaa e j ogandoogando-aa do alto do edifício. – Acho Ac ho que vou indo. Encontrarei vocês novamente na loja do Trevo daqui a pouco. Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. Kelsier deu meia-volta e se aproximou do parapeito. Então, saltou do edifício. A bruma se encaracolou no ar que o cercava. Ele queimou aço, o segundo dos metais alomânticos básicos. Luzes azuis translúcidas ganharam vida ao seu redor, visíveis apenas aos seus olhos. Cada uma conduzia-se do centro de seu peito até uma fonte de metal próxima. As linhas eram todas relativamente fracas – um sinal de que indicavam fontes pequenas de metal: dobradiças de portas, pregos e outros objetos. O tipo de fonte de metal não importava. Queimar ferro ou aço apontaria linhas azuis para todos os tipos de metal, presumindo que estivessem próximos próxim os o suficiente e fossem f ossem gra grandes ndes o bastante ba stante para pa ra ser serem em notados. Kelsier escolheu a linha que apontava diretamente para baixo, na direção de sua moeda. empurrou a Queimando aço, ele empurrou a m oed oeda. a. Sua queda parou imediatamente, e ele foi atirado ao ar na direção contrária à linha azul. Virou-se de lado escolhendo o fecho de uma janela e empurrou contra ele, inclinando-se para o empurrou contra lado. O impulso cuidadoso o dirigiu para cima, sobre a borda do edifício diretamente do outro lado da rua r ua do covi c ovill de Vin. Kelsier aterrissou com um passo ágil, caindo agachado e correndo pelo teto pontiagudo do edifício. Ele se deteve na escuridão, perscrutando o ar agitado. Queimou estanho, e o sentiu ganhar vida em seu peito, amplificando seus sentidos. De repente, as brumas pareciam menos densas. Não era er a a noi noite te ao redor dele que tinha tinha ficado mais m ais clar clara; a; mas m as sua sua capac c apaciidade perce per cept ptiv ivaa que simplesmente aumentara. Na distância, ao norte, ele distinguiu vagamente uma grande
estrutura. A fortaleza Venture. Kelsier Kelsi er deix deixou ou seu seu est e stanho anho aceso ac eso – que que queimava queim ava lent lentam am ente, e el e le provavelme provavelment ntee não nã o teria que se preocupar que acabasse. Ao se levantar, as brumas se enroscaram levemente em seu corpo. Girando e se retorcendo, formando uma correnteza leve e escassamente perceptível em torno dele. As brumas o conheciam; o reclamavam. Podiam sentir a alomancia. Ele saltou, empurrando contra uma chaminé de metal abaixo de si, e pegando impulso para empurrando contra dar um amplo salto horizontal. Jogou uma moeda enquanto saltava, e a peça pequena de metal tremulou através da escuridão e da névoa. Ele empurrou empurrou contra a moeda antes que ela alcançasse o chão, a força de seu peso a enviou para baixo em um só golpe. Assim que ela atingiu os paralelepípedos, o empurrão de Kelsier o jogou para cima, transformando a segunda empurrão de metade de seu salto em um arco gracioso. Kelsier aterrissou em outro telhado de madeira pontiagudo. Empurrar aço e puxar ferro foram as primeiras coisas que Gemmel lhe ensinara. Quando você você empurra algo, é como se dissera . E não dá para mudar o quanto arremessasse seu peso contra essa coisa , o velho lunático dissera. você pesa – você é um alomântico, não algum tipo de místico do norte. Não puxe nada que pese empu purre rre algo menos do que você, a menos que queira que a coisa venha voando até você, e não em mais pesado pesado do que voc você, ê, a menos me nos que que queira ser ser arremess arreme ssado ado na outra outra direç direção ão . Kelsier coçou suas cicatrizes, e apertou a capa de bruma ao redor do corpo enquanto se agachava no telhado, os veios da madeira raspando seus pés descalços. Ele frequentemente desejava que queimar estanho não aumentasse todos os seus sentidos – ou, pelo menos, não todos de uma vez. Precisava melhorar a visão para enxergar na escuridão, e fazia um bom uso da audição aguçada também. Mas queimar estanho fazia a noite parecer ainda mais gelada para sua pele super supersensível, sensível, e seus pés pé s regist re gistra ravam vam ca cada da pedrisco pe drisco e sul sulcc o de m a deir deiraa que tocava toc avam m. A fortaleza fortaleza Ventu Venture re se ergueu er gueu diante diante dele. Compa Comparada rada com a cid c idade ade lú lúgub gubre, re, parec par ecia ia arder arde r de luz. Os altos nobres mantinham calendários diferentes das pessoas normais; a capacidade de dispor, e até mesmo desperdiçar, lâmpadas de óleo e velas permitia que os ricos não se curvassem aos caprichos das estações do ano ou do sol. A fortaleza era majestosa – o que podia ser visto apenas por sua arquitetura. Ainda que fosse rodeada por uma muralha defensiva, a fortaleza em si era mais uma construção artística que uma forti fortificaç ficação. ão. Robu Robust stos os pil pilar ares es se arqueava a rqueavam m nas latera laterais is,, am para parando ndo j anelas intri intrincada ncadass e pináculos delicados. Os brilhantes vitrais se estendiam ao longo das paredes do edifício retangular, e reluziam com as luzes vindas de dentro, dando às brumas ao redor um resplendor matizado. Kelsier Kelsi er quei queim m ou ferro, fer ro, inflam inflamando-o, ando-o, e buscou gra grandes ndes fontes fontes de m etal na noite. noite. Ele Ele estava longe demais da fortaleza para usar itens pequenos como moedas ou dobradiças. Precisava de um ponto de apoio maior para cobrir esta distância. A maior parte das linhas azuis era fraca. Kelsier notou duas pessoas se movendo em um lento padrão à frente – provavelmente um par de guardas em pé no telhado. Kelsier podia sentir suas placas peitorais e armas. Apesar de suas preocupações com os alomânticos, a maior parte dos nob nobre ress ainda ainda arm a rm ava seus sol soldados dados com m etal. Os brumosos brumosos que que pod podiam iam empurrar ou ou puxar metais eram pouco comuns, e nascidos das brumas eram ainda mais raros. Muitos lordes achavam pouco prático deixar soldados e guardas relativamente sem defesas a fim de enfrentar um segm segmento ento tão tão pequeno da pop popul ulaç ação. ão. Não, Nã o, a m a ioria dos a lt ltos os nobre nobress usava outros m e ios par paraa li lida darr c om alom ânticos. Ke Kelsi lsiee r sorriu. Dockson dissera que Lorde Venture mantinha um esquadrão de matabrumas; se isso fosse verdade, Kelsier provavelmente se encontraria com eles antes que a noite acabasse. Ele ignorou
os soldados por um momento e, em vez disso, se concentrou em uma linha azul sólida apontando na direção do telhado imponente da fortaleza. Provavelmente era forrado de bronze ou cobre. Kelsier avivou seu ferro, inspirou profundamente e puxou a li linha. nha. puxou a Com um tranco súbito, foi jogado pelo ar. Kelsier Kelsi er cont contin inuou uou a queimar queima r fer f erro, ro, puxando na direção da fortaleza com uma velocidade puxando-se se na extraordinária. Alguns rumores afirmavam que os nascidos das brumas podiam voar, mas era ar e empurrar metais em geral parecia menos com voar do que um exagero melancólico. Pux melancólico. Puxar com cair – só que na direção errada. Um alomântico tinha que puxar com com força para conseguir um impulso adequado, e isso o fazia ser arremessado na direção de sua âncora em velocidades assombrosas. Kelsier arrancou na direção da fortaleza, as brumas se enroscando ao seu redor. Ele passou facilmente pela muralha que a cercava, mas seu corpo caiu levemente na direção do solo enquanto se movia. Era seu maldito peso novamente; ele o movia para baixo. Até mesmo as m ais veloz velozes es flechas flecha s se se torciam levem levemente ente em di direç reção ão ao a o solo solo enquant enquantoo voavam voavam . A resistência de seu peso significava que, em vez de ser disparado em direção ao telhado, ele traçaria um arco. Ele se aproximou da muralha da fortaleza vários metros abaixo do telhado, aindaa viajando aind viaj ando a uma um a velocidade velocidade terrível terrível.. Inspirando profundamente, Kelsier queimou peltre, usando-o para ampliar sua força física da mesma maneira que o estanho ampliara seus sentidos. Girou seu corpo no ar, atingindo a paree de de pe par pedra dra com os pés. Mesm o seus músculos m úsculos fortalec for talecidos idos prote protestara staram m contr contraa o trata tr atam m ento, mas ele atingiu a parede sem quebrar nenhum osso. Ele, então, se soltou do telhado imediatamente, jogando uma moeda e empurrando empurrando-- a assim que começou a cair. Escolheu uma fontte de m etal ac fon aciim a de su suaa cabeça c abeça – uma do doss reforços de de aram a ram e de um dos vi vitrais – e a puxou puxou.. A m oeda ace a certou rtou o chão e su subi bitam tamente ente conseguiu conseguiu suport suportar ar seu peso. peso. Kelsier Kelsier lançou-s lançou-see para cima, empurrando empurrando a moeda e puxando puxando a janela ao mesmo tempo. Então, apagando os dois m etais etais,, deixou deixou que o impul im pulso so o lança lançass ssee atravé atravéss das brumas brum as escuras e scuras pelos últi últim m os metros me tros ac acima ima dele. Com a capa se agitando silenciosamente, ele alcançou a borda da passagem de serviço da ala superior superior da fortalez fortaleza, a, passando por por cima c ima do parapei parape ito de de pedra e pou pousando sando sem sem fa fazzer barulh barulhoo na saliência. Um assu assust stado ado guarda estava a m enos de três passos passos de distância. distância. Kelsier Kelsier avançou a vançou sobre sobre ele em um segundo, saltando no ar, puxando ar, puxando levemente levemente a placa peitoral de aço do guarda e fazendo o hom hom em perder o equil equilíb íbrio rio.. Kelsier Kelsier sacou uma um a das da s adagas de cris c risttal, perm iti tindo ndo que a forç forçaa de seu empurrão de aço o lançasse na direção do guarda. Ele pousou com os dois pés no peito do empurrão de sold so ldado, ado, incli inclinou nou-se -se e o acertou ac ertou com um gol golpe pe ref r eforça orçado do pelo pelo peltre. peltre. O guarda caiu, com a garganta cortada. Kelsier pousou com agilidade ao lado dele, seus ouvidos aguçados na noite, tentando captar sons de alarme. Não houve nenhum. Kelsier deixou o guarda gorgolejando até a morte. O homem era provavelmente um nobre menor. O inimigo. Se, em vez disso, fosse um soldado skaa – obrigado a trair seu povo em troca de algumas moedas... Bem, daí Kelsier teria ficado ainda mais feliz em enviar um homem desses dess es para a eterni e ternidade. dade. Ele empurrou empurrou a placa no peitoral do moribundo, saltando da passarela de pedra até o telhado. O telhado de bronze sob seus pés estava gelado e escorregadio. Kelsier correu por ele, indo em direção ao lado sul do edifício, procurando pela sacada que Dockson mencionara. Não estava muito preocupado em ser localizado; um dos propósito desta noite era roubar algum atium, o décimo primeiro e mais poderoso dos metais alomânticos conhecidos. O outro propósito, no entant ent anto, o, era causar c ausar uma com comoção. oção.
Ele encontrou a sacada com facilidade. Comprida e larga, era provavelmente usada como sala de estar, para entreter pequenos grupos. Mas estava silenciosa naquele momento – vazia, com exceção de dois guardas. Kelsier se agachou silenciosamente em meio às brumas da noite na sacada, sac ada, a ca capa pa cin c inzzenta enrol e nrolada ada o ocultava, ocultava, os dedos dedos dos dos pés enganchados na borda m etáli etálica ca do telhado. Os dois guardas conversavam abaixo distraidamente. Hora de fazer um pouco pouc o de barulho. barulho . Kelsier pousou entre os guardas. Queimando peltre para fortalecer o corpo, ele estendeu o braçç o e , com fe bra feroc rocidade idade,, empurrou empurrou aço simultaneamente contra os dois homens. Posicionado como estava, no centro, seu empurrão empurrão atirou os guardas em direções opostas. Os homens gritaram de susto quando a súbita força os arremessou para trás, jogando-os do parapeito da sacada para par a a escuri escuridão. dão. Os guarda guardass gritavam gritavam enquant enquantoo caíam ca íam.. Kelsier Kelsier abriu as portas portas da saca sacada, da, deixando deixando que que uma muralha de bruma, com seus tentáculos se arrastando à sua frente, entrasse com ele para reclamar a sala escura. A terce terc e ira sala sala,, Kelsier pensou, avançando meio agachado. A segunda sala era uma estufa silenciosa. Os canteiros baixos continham arbustos cultivados e pequenas árvores espalhavam-se pela sala sala,, e um umaa da dass pare pa rede dess tinha j a nela nelass que iam do chão c hão ao teto para pa ra pe perm rm it itir ir a passa passage gem m de luz do sol para as plantas. Embora estivesse escuro, Kelsier sabia que as plantas seriam de cores ligeiramente diferentes do marrom típico – algumas seriam brancas, outras avermelhadas, e talvez até umas amarelas claras. Outras plantas que não as marrons eram raridades, cultivadas e mantidas pela nobreza. Kelsier caminhou rapidamente pela estufa. Parou diante da primeira porta, notando seu contorno iluminado. Apagou o estanho para evitar que sua visão aguçada fosse cegada quando entrassee na sala ilum entrass ilum in inada, ada, e abriu a porta. Entrou Ent rou abaixado, pis pisca cando ndo cont contra ra a luz, luz, em pun punhando hando um um a adaga a daga de cr cris istal tal em ca cada da m ão. A sala, no entanto, estava vazia. Era obviamente um estúdio; lanternas ardiam em cada parede ao lado de estantes de livros, e havia uma escrivaninha no canto. Kelsier guardou suas adagas, queimando aço e procurando fontes de metal. Havia um grande cofre no canto da sala, mas este era muito óbvio. Na verdade, uma outra forte fonte de metal brilhava dentro da parede leste. Kelsier se aproximou, correndo os dedos pelo reboco. Como muitas paredes em fortalezas nobres, esta era decorada com um mural. Criaturas exóticas repou re pousavam savam so sobb um sol verm elho elho.. A parte fals fa lsaa da pare parede de m edia menos m enos de de dois dois palm palm os e est e stava ava disposta de modo que suas fendas fossem escondidas pelo mural. Sempre há outro segredo, segredo , Kelsier pensou. Não se preocupou com tentar descobrir como abrir o esconderijo. Simplesmente queimou aço, estendeu a mão e puxou a débil fonte de metal puxou a que ele presumiu ser o mecanismo de trava do alçapão. A fonte resistiu no início, puxando puxando-oo contra a parede; ele queimou peltre e pressionou com mais força. A fechadura rompeu e o painell se abriu, paine a briu, revela re velando ndo um peque pequeno no cofre cof re e scondido na pare pa rede. de. Kelsier sorriu. Parecia pequeno o suficiente para um homem aprimorado pelo peltre carre ca rregar, gar, presumi presum indo que pudess pudessee ser tirado da da parede. par ede. Ele deu um pulo, puxando puxando ferro contra o cofre, e investiu os pés contra a parede, um de cada ca da lado la do do painel aberto. abe rto. Cont Continu inuou ou a puxar a puxar , mantendo m antendo-se -se no mesm m esmoo lugar, lugar, e aviv avivou ou seu seu peltre peltre.. A força forç a inundo inundouu suas suas pernas, e ele e le avivou avivou seu seu aço a ço também tam bém,, puxando o cofre. puxando o Fez um grande esforço, gemendo levemente. Era um teste para ver quem cedia primeiro – o cofre ou suas suas pernas. O cofre se moveu no suporte. Kelsier puxou Kelsier puxou com com mais força, os músculos protestando. Por
um bom tempo, nada aconteceu. Mas então o cofre estremeceu e saiu da parede. Kelsier caiu empurrando o cofre para que este saísse de seu caminho. Ele paraa trá par trás, s, queim a ndo aç açoo e empurrando aterrissou desajeitadamente, o suor escorrendo de sua testa enquanto o cofre se estatelava no chão de m adeira, arrancando arr ancando algu algum m as lascas. lascas. Um par de guardas guar das sobressal sobressaltado tadoss entrou correndo na sala. puxando uma das espadas dos – Bem na hora – Ke Kelsi lsiee r obser observou, vou, er erguendo guendo um umaa m ão e puxando soldados. A arma saiu da bainha, girando no ar e voando com a ponta voltada na direção de Kelsier. Ele apagou seu ferro, dando um passo para o lado e pegando a espada pelo cabo assim que o impulso a fez passar por ele. – Um na nascido scido da brum br umaa ! – O guarda gua rda gritou. Kelsier Kelsi er so sorriu rriu e avançou a vançou com um pul pulo. o. O guarda desembainhou uma adaga. Kelsier a empurrou empurrou,, arrancando a arma das mãos do homem, e a girou, separando a cabeça do guarda de seu corpo. O segundo guarda praguejou, arrancando as amarras de sua placa peitoral. Kelsier empurrou empurrou sua própria espada enquanto completava uma manobra. A espada se soltou de seus dedos e silvou rápida na direção do segundo guarda. A armadura do homem se empurrasse – no mesmo momento em que o cadáver do soltou – impedindo que Kelsier a empurrasse primee iro guarda prim gua rda ca caiu iu no chão. chã o. No m om omee nto seguinte, seguinte, a e spada de Ke Kelsi lsiee r afundou a fundou no peit pe itoo agora a gora desarm ado do segundo segundo guar guarda. da. O homem hom em tit itubeou ubeou,, em si silêncio lêncio,, e então caiu ca iu.. Kelsier se desviou dos cadáveres, sua capa farfalhando. Sua ira era tranquila, não era feroz como na noite em que matara Lorde Tresting. Mas ele ainda sentia, sentia na coceira das cicatrizes e na lembrança dos gritos da mulher que amara. No que dizia respeito a Kelsier, qualquer homem que apoiasse o Império Final perdia o direito à vida. Ele inflamou o peltre, fortalecendo seu corpo, então se agachou e levantou o cofre. Vacilou por um segundo sob seu peso, m a s re recc uper uperou ou o e quil quilíbrio íbrio e tom tomou ou o ca cam m inho de volt voltaa par paraa a sacada. Talvez o cofre tivesse atium; talvez não. Mas ele não tinha tempo de procurar por outras opções. Estava no meio do caminho, já na estufa, quando ouviu passos atrás de si. Ele se virou e viu o estúdio inundado de silhuetas. Havia oito, cada uma usando uma túnica cinza solta e carregando escudo e bastão bastão de duelo, em vez de espada. Os matabrum m atabrumas. as. Kelsier deixou o cofre cair no chão. Os matabrumas não eram alomânticos, mas eram treinados para lutar contra brumosos e nascidos das brumas. Não tinham um único pedaço de m etal no corpo, e estariam prepar preparados ados par paraa seus truques. truques. Kelsier deu um passo para trás, se alongando e sorrindo. Os oito homens se espalharam pelo estúdio, movendo-se com precisão silenciosa. Isso vai v ai se se r intere interessant ssantee . Os matabrumas avançaram, lançando-se aos pares. Kelsier sacou as adagas, desviando do primee iro ata prim ataque que e c orta ortando ndo o pe peit itoo de um de deles. les. Mas o m a tabr tabrum umaa saltou par paraa trá tráss e a fa fasto stouu Kelsier Kelsi er com um gol golpe pe de seu bastão. bastão. Kelsier avivou o peltre, deixando que suas pernas fortalecidas o jogassem para trás em um empurrou contra seus poderoso poder oso salto. Com um umaa m ã o, pegou um punhado de m oeda oedass e a s empurrou oponentes. Os discos de metal dispararam, zumbindo no ar, mas seus inimigos estavam prepa pre para rados dos para par a iss isso: o: eles ergue e rguera ram m seus escudos e scudos e a s moeda m oedass ace ac e rta rtara ram m a m a deir deiraa , arr a rranc ancando ando lascas, mas deixando os homens ilesos. Kelsier observou que mais matabrumas entravam na sala, avançando contra ele. Eles não esperavam espera vam prol prolong ongar ar a luta– luta– a tática tática deles ser seria ia a de at a tac acar arem em j unt untos os,, de uma vez vez,, esperando um
fim rápido para a batalha, ou, pelo menos, esperando conseguir detê-lo até que os alomânticos pudessem pudesse m a c orda ordarr e se j untar a eles. e les. Kelsi Ke lsiee r olhou o cofre cof re de re r e lanc lancee enqua enquanto nto aterrissava ater rissava.. Nãoo podia par Nã parti tirr sem e le. Tam bém pre precc isava ter term m inar a lut lutaa ra rapidam pidamee nte. Inf Inflam lam a ndo o peltre,, pulou par peltre paraa fr frente ente,, tentando um golpe e xper xperim imenta entall do punhal, m as não conse conseguiu guiu atravessar as defesas de seus oponentes. Mal conseguiu se esquivar a tempo de evitar ser atingido na cabeça ca beça pela pont pontaa de um bast bastão. ão. Três matabru m atabrum m as o atacaram atacar am po porr trás, im im pedi pedind ndoo sua sua ret re tirada para a sacada. sac ada. Ótimo Ke lsier ier Ótimo,, Kels pensou, tentando te ntando fica f icarr de olho nos oito oito home hom e ns ao a o m e sm smoo tem po. Eles a vanç vançaa vam com pre precc isão cuidadosa, cuid adosa, trabalhando trabalhando em e m equi equipe. pe. Rangendo os dentes, Kelsier avivou seu peltre mais uma vez; percebeu que estava ficando sem re reservas. servas. Entre Entre os oit oitoo metais m etais bási básicos, cos, o peltre peltre era e ra o que queim queim ava m ais rápido. rápido. Não tenho tempo para me preoc preocupar upar c om iss issoo agora agora.. Os homens atrás dele atacaram, e Kelsier pulou para sair do caminho deles – puxando – puxando o o cofre para se jogar no centro da sala. Ele assim que atingiu o chão perto do cofre, lançando-se no ar angulosamente. Encolheuempurrou assim empurrou se, passou por cima da cabeça de dois atacantes e aterrissou no solo ao lado de um canteiro de árvores ár vores bem cult cultiivadas. Girou, Girou, avivando avivando seu peltre peltre e er erguend guendoo o braço braç o para se defender def ender do golp golpee que previra. O bastão de duelo acertou seu braço. Uma explosão de dor percorreu seu antebraço, mas seus ossos fortalecidos pelo peltre resistiram. Kelsier continuou se movendo, dirigindo sua outra m ão para fre frent ntee e cr cravando avando uma adaga no peit peitoo do opo oponent nente. e. O homem retrocedeu, surpreso, o movimento arrancou a adaga da mão de Kelsier. Um segundo matabrumas atacou, mas Kelsier se abaixou e soltou a bolsa de moedas do cinto com sua mão livre. O matabrumas se preparou para bloquear a outra adaga de Kelsier, mas ele levantou levant ou a outra outra m ão, batendo com a bolsa bolsa de m oedas no escudo escudo do hom homem em . empurrou as Então empurrou as m oedas lá dentro. dentro. O m atabrum atabrumas as gritou, gritou, a força forç a do intenso intenso empurrão de aço o jogou para trás. Kelsier avivou empurrão de seu aço, empurrando com tanta força que também foi jogado para trás – e para longe dos dois empurrando com homens que tentavam atacá-lo. Kelsier e seu inimigo se afastaram, lançados em direções opostas. Kelsier colidiu contra a parede, mas continuou empurrando empurrando,, esmagando seu oponente – bolsaa , escudo bols esc udo e tudo mais m ais – contra contr a um a das j a nela nelass da estu e stufa fa.. O vidro se quebrou, as faíscas de luz das lanternas do estúdio brincaram com seus fragmentos. O rosto desesperado do matabrumas desapareceu escuridão afora, e a bruma – silencio si lenciosa, sa, mas m as sini sinist stra ra – com eç eçou ou a se esguei esgueira rarr pela pe la j anela dest destruíd ruída. a. Os outros seis homens avançaram implacavelmente, e Kelsier foi obrigado a ignorar a dor em seu braço enquanto se esquivava de dois golpes. Ele girou seu corpo, afastando-se e roçando em um arbusto, mas um terceiro matabrumas o atacou, acertando o bastão na lateral de seu corpo. O ataque lançou Kelsier contra o canteiro. Ele tropeçou e caiu perto da entrada do estúdio iluminado, derrubando sua adaga. Gemeu de dor, rolando para ficar de joelhos e segurando a área atingida. O golpe teria quebrado as costelas de qualquer outro homem. Mesmo ele ficaria com um hematoma imenso. Os seis homens avançaram, espalhando-se para cercá-lo. Kelsier se levantou com dificuldade, a visão estava ficando nublada pela dor e pelo esforço. Ele trincou os dentes e pegou um dos frascos com metal que lhe sobravam. Engoliu o conteúdo com um só gole, repondo o peltre,, e, peltre e , então, e ntão, queim ou estanho. e stanho. A luz quase o ce c e gou, e a dor e m seu bra braçç o e na later lateraa l de seu corpo pareceu repentinamente mais aguda, mas a explosão de sentidos ampliados clareou sua
mente. Os seis matabrumas avançaram em um ataque súbito e coordenado. Kelsier sacudiu a mão ao seu lado, queimando ferro e procurando metal. A fonte mais próximaa e ra um grosso peso próxim pe so de pa papel pel pra pratea teado do em e m um umaa m e sa dentr dentroo do estúdio. Kelsi Ke lsier er atr atraa iu a peçaa par peç paraa si e se virou com o bra braço ço e rguido na dire direçç ão dos hom homee ns que o a tac tacava avam m , adota adotando ndo uma postura ofensiva. – Muito Muito bem – grunhiu. Kelsiier queimou aço com um lampej Kels lam pejoo de força. A peça retang retangul ular ar foi f oi lançada de sua sua m ão, risca ris cando ndo o ar. O m atabrum atabrumas as m ais próximo próximo levantou levantou o escudo, mas ma s sua sua re resp spos ostta foi muito muito lenta. lenta. A peça acertou o ombro do homem, fazendo um ruído como se algo estivesse sendo triturado, e ele caiu no chão, gritando. Kelsier se virou de lado, desviando de um golpe de bastão, e colocando um matabrumas empurrando a peça na direção dele. O peso de entre si e o homem caído. Ele queimou ferro, empurrando papell voou pe pape pelos los ar ares, es, a c er ertando tando o segundo m a tabr tabrum umas as na têm pora pora.. O hom homee m despe despencou ncou enquantoo a peça enquant pe ça flut flutuava uava no ar. ar . Um dos homens praguejou, avançando para atacar. Kelsier empurrou o peso de papel ainda empurrou o no ar, afastand af astando-o o-o de si – e do matabrum m atabrumas as que avançava ava nçava com o escudo erguido. erguido. Kelsi Kelsier er ouv ouviiu o peso ac acee rta rtarr o chã chãoo atr atrás ás de si, e e stendeu a m ão – queim ando peltre –, de detendo tendo o ba bastão stão do m atabrum atabrumas as no mei me io do gol golpe. pe. O matabrumas grunhiu, lutando contra a força ampliada de Kelsier, que não se preocupou em lh lhee tira tirarr a arm a rm a; em vez di diss sso, o, puxou o peso de papel bruscamente, lançando-o em direção às puxou o próprias própr ias c ost ostaa s, e m ve velocidade locidade letal. Ele se virou no últ últim imoo ins instante, tante, usando seu im impuls pulsoo par paraa girar o matabrumas – colocando-o no trajeto da peça de metal. O hom hom em caiu. Kelsier avivou o peltre, posicionando-se para se defender de um novo ataque. De fato, um bastãoo estalou bastã esta lou contra seu om bro. Ele c a iu de joelhos j oelhos assim que a m a deir deiraa o atingiu, atingiu, mas m as queim que imou ou puxou o estanho para se manter consciente. A dor e a lucidez cintilaram em sua mente. Ele puxou o peso de papel – arra ar rancando-o ncando-o das costas costas do hom hom em m ort ortoo – e deu um pass passoo para o lado, lado, deixando deixando que que a arma improvisada passasse por ele. Os dois matabrumas mais próximos se agacharam cautelosamente. O peso rompeu o escudo de um dos homens, mas Kelsier não continuou a empurrar para não perder o equilíbrio. Em vez disso, ele queimou ferro, trazendo a peça de volta para si. Ele desviou, extinguindo o ferro e sentindo a peça passar voando acima dele. Houve um estalo quando o peso de papel colidi coli diuu com o hom hom em que se esgueirava esgueirava por cima dele. Kelsier girou, queimando ferro e, em seguida, aço para arremessar o metal na direção dos últimos dois homens. Eles se afastaram, mas Kelsier puxou puxou o peso de papel, derrubando-o no chão, à fre frent ntee deles de les.. Os hom hom ens olhara olharam m o obj obj eto com apre apreensão, ensão, dist distraindo raindo-se -se enqu e nquanto anto Kelsi Kelsier er corria e saltava, impulsionando-se contra o metal e passando por cima de suas cabeças. Os matabrumas praguejaram, virando. Quando Kelsier aterrissou, ele puxou puxou a peça novamente, fazendo-a esmagar a cabeça de um dos sujeitos por trás. O matabruma caiu sem fazer ruído. O metal girou algumas vezes na escuridão, e Kelsier o agarrou no ar, a superfície fria do objeto estava coberta de sangue. As brumas vindas da janela quebrada fluíam em seus pés, enrolando-se em suas pernas. Ele abaixou a mão, apontando-a na dire di reçã çãoo do úl últtimo matabrum m atabrumas. as. Em alg algum um lugar lugar da sala, sala, um ho hom m em caído gem gemeu. eu. O último último m atabrum atabrumas as deu um pass passoo para trás, sol solto touu a ar arm m a no chão c hão e fugi fugiu. u. Kelsier Kelsier sorriu
e abaix a baixou ou o bra braço. ço. De repente, o metal foi arrancado de seus dedos, cruzando a sala e arrebentando outra anela. Kelsier Kelsier praguej ou, dando m eia-volt eia-voltaa para par a ver um grupo aind aindaa m aior de homens home ns entrando no estúdio. Eles usavam trajes nobres. Alomânticos. Vários deles ergueram as mãos e uma chuva de moedas foi jogada contra Kelsier. Ele queimou aço, empurrando empurrando as moedas para longe. As janelas se espatifaram e a madeira se quebrou assim que a sala foi pulverizada pelas moedas. Kelsier sentiu um puxão puxão em seu cinto quando seu último frasco de metal foi arrancado, puxado puxado para a outra sala. Vários homens corpulentos avançaram agachados, andando sob as moedas atiradas. Brutamontes – brumosos que, como Ham, podiam queimar peltre. Hora de ir embora e mbora,, Kelsier pensou, repelindo outra onda de moedas e trincando os dentes por ca causa usa da dor no bra br a ç o e na later lateral al de seu c orpo. Ele olhou de re relanc lancee par paraa trá trás; s; tinha tinha a lguns segundos, mas não conseguiria chegar à sacada. Enquanto mais brumosos avançavam, Kelsier insp in spirou irou profund profundam am ente e corr correu eu na di dire reçã çãoo da parede par ede de vidro vidro quebrada. Ele saltou saltou nas brumas, bruma s, gira gi rando ndo no no ar enquant enquantoo caía, ca ía, estendendo estendendo o bra braço ço para par a puxar o o cofre com firme firmezza. Ele deu um tranco no ar, balançando na lateral do prédio como se estivesse preso ao cofre por um umaa cor corre rente. nte. Se nti ntiuu que o c ofr ofree e stava desliz deslizaa ndo, ra rangendo ngendo c ontra o chã chãoo da e stu stufa fa enquanto o peso de Kelsier o puxav o puxavaa. Ele se chocou contra a parede do edifício, mas continuou a uxar , apoiando-se na parte superior do peitoril de uma janela. Ele aplicou mais força, ficando de cabeça ca beça para baixo baixo no vão da da j anela, anela, puxando o cofre. puxando o O cofre apare apareceu ceu na borda do andar de cima. cim a. Est Estrem ece eceuu e cai ca iu pela pela j anela, despen despencando cando diretamente sobre Kelsier. Ele sorriu, apagando o ferro e impulsionando-se contra o edifício com suas su as pernas, per nas, atira atirando ndo-se -se nas na s brumas bruma s como com o um m er ergul gulhador hador insano. insano. Caiu Caiu de cos c ostas tas na escuri e scuridão, dão, m al vendo o rost rosto irado do brum brumos osoo que perscrut perscr utava ava pela j anela quebrada. quebra da. Kelsier puxou Kelsier puxou o cofre cuidadosamente, movendo-se no ar. As brumas se enroscavam em torno dele, obscurecendo sua visão, fazendo com que sentisse como se não estivesse caindo – m as sim sim pl plesm esmente ente parado para do no no meio me io do nada. nada. empurrou,, lançando-se para Ele estendeu o braço em direção ao cofre, girou no ar e o empurrou cima. O cofre se espatifou contra o chão de paralelepípedos. Kelsier o empurrou empurrou levemente, reduzindo sua velocidade até conseguir parar no ar a alguns palmos do solo. Flutuou nas brumas por um m om omento, ento, a s tiras tira s de sua c a pa se e nrosc nroscaa vam e a git gitaa vam a o vento, e se deixou c air ao lado do do cofre. cofre . A caixa-forte se rompera com o impacto. Kelsier arrancou a porta estilhaçada, os ouvidos melhorados pelo estanho escutaram os gritos de alarme vindos do edifício acima. Dentro do cofre, ele encontrou uma pequena bolsa de pedras preciosas e um par de cartas de crédito no valor de dez mil boxes. Guardou tudo no bolso. Apalpou o interior, repentinamente preocupado que o trabalho desta noite tivesse sido em vão. Então seus dedos encontraram – uma pequena algibeira bem no fundo. Ele a abriu, revelando um punhado de esferas de metal pequenas e escuras. Atium. Suas cicatrizes arderam, as lembranças do tempo que passou nas minas retornaram-lhe à mente. Segurou a algibeira com força e ficou em pé. Com divertimento, percebeu uma forma reto re torc rcid idaa no chão c hão a uma pequena distância distância dali – os restos restos mutilado mutiladoss do mat ma tabrum abrumas as que j ogara pela j ane anela. la. Kelsi Ke lsier er c a m inhou até ele e le e re recupe cuperou rou sua bols bolsaa de m oeda oedass com um puxão de ferro. fer ro. puxão de Não,, esta noite Não noite não foi um desperdício despe rdício.. Mesmo que não tivesse encontrado o atium, qualquer noite noi te que term inava com c om um grupo de de nob nobres res m orto ortoss era um êxit êxito, o, na opini opinião ão de Kelsi Kelsier er..
Segurou a bolsa de moedas em uma mão e a algibeira de atium na outra. Manteve o peltre queimando – sem a força que o metal dava ao seu corpo, ele provavelmente cairia no chão por caus ca usaa da dor dos ferimento ferim entoss – e se em e m brenhou na na noi noite, te, dirigi dirigindo ndo-se -se para par a a loja loj a de Trevo.
É ve v e rdade, eu e u nunca nunc a quis isso. isso. Mas M as alguém tem que de deter ter as Profundezas. E, aparentem aparentemente ente,, Terris é o único lugar em que isso pode ser feito. Sobre esse fato, no entanto, não tenho que aceitar a palavra dos filósofos. Posso sentir nosso objetivo agora, posso senti-lo, embora os outros não possam. Ele... pulsa, em minha mente, lá longe, nas montanha m ontanhas. s.
Vin despertou no quarto silencioso, a luz vermelha da manhã se esgueirando pelas frestas nas venezianas. Ficou na cama por um instante, inquieta. Algo estava errado. Não era o fato de que estava acordando em um lugar desconhecido – viajar com Reen a acostumara a um estilo de vida vi da nômade. nôm ade. Levou Le vou um in inst stante ante para perc perceber eber a font f ontee de seu desconforto. desconforto. O quarto quar to estava estava vaz vazio. io. Nãoo só vazio, Nã vazio, mas m as estava e stava abe aberto. rto. Sem Sem aglom aglomee ra raçç ões. E era e ra... ... confortá conf ortável. vel. Ela estava e stava de deit itaa da em um colchão de verdade, apoiado por colunas, com lençóis e uma colcha macia. O quarto era decorado com um robusto armário de madeira e tinha até mesmo um tapete redondo. Outra pessoa talvez tivesse tivesse acha a chado do o côm odo aperta ape rtado do e austero a ustero m as, para pa ra Vin, pare par e c ia luxuoso. Ela se sentou, franzindo o cenho. Parecia errado ter um quarto só para si. Sempre tinha estado amontoada, em quartos cheios de beliches, repletos de membros da gangue. Mesmo enquanto viajava, dormia em becos de mendigos ou em cavernas de rebeldes, e Reen estava lá com ela. Sempre fora forçada a lutar para ter privacidade. Dada agora com tanta facilidade, paree c ia desvaloriz par de svalorizaa r os anos a nos que passar pa ssaraa sabor saboree ando seus se us breves bre ves m om omentos entos de solidão. Saiu da cama, sem se preocupar em abrir as venezianas. A luz do sol era fraca, o que significava que ainda era de manhã cedo, mas já podia ouvir pessoas se movendo no corredor. Aproxim Aproxi m ou-s ou-see da porta, abriu-a um pou pouco co m ais e esp e spre reit itou. ou. Depois de deixar Kelsier na noite anterior, Dockson levara Vin para a loja de Trevo. Como
era muito tarde, Trevo os levara direto para quartos separados. Vin, no entanto, não fora para a cama imediatamente. Esperara até que todos tivessem ido dormir, então escapuliu para insp in spec eciionar os arredores. arr edores. A residência era mais uma pousada do que uma loja. Embora houvesse uma sala de exposições expos ições em baix baixoo e um umaa grande oficina nos fundos fundos,, o primeiro prime iro andar do edi e difício fício era dominado por vá vários rios c orr orredor edores es c om ompridos pridos com quar quartos tos de hóspede hóspedes. s. Ha Havia via um segundo anda andar, r, onde a s portass era porta e ram m m ais espaç e spaçaa das, o que indi indica cava va que os quartos qua rtos era e ram m m a iore iores. s. Ela não proc procurou urou por alçapões ou paredes falsas – o barulho poderia ter acordado alguém –, mas sua experiência lhe dizia que esse não seria um covil adequado se não tivesse ao menos um sótão secreto ou alguns esconderijos. De modo geral, ficou impressionada. As ferramentas de carpintaria e os projetos semiiac sem acabados abados no no tér térre reoo indi indica cavam vam um umaa fachada fa chada de trabalho re resp speit eitável. ável. O covil covil era seguro, bem abastecido e bem mantido. Observando pela fresta da porta de seu quarto, Vin distinguiu um grupo de cer c erca ca de seis home homens ns jovens e em e m briagados vi vindo ndo do do corredor corre dor opos oposto to ao que el e la est estava. ava. Usavam roupas simples, e desceram as escadas na direção da oficina. pensou. Essa é a fachada Aprendizes de carpinteiro carpinteiro,, Vin pensou. Essa fac hada de Trev revoo – ele e le é um skaa sk aa artesão. artesão . A maioria dos skaa vivia como escravos rurais; até mesmo aqueles que moravam na cidade eram, em ger geral, al, obrigados a fazer f azer traba trabalh lhos os mis m iser eráve áveis is.. Cont Contudo, udo, alguns alguns poucos poucos e talento talentosos sos sk skaa ti tinham nham perm per m iss issão ão pa para ra ter um c om oméé rc rcio. io. Ainda e ra ram m sk skaa a ; era e ram m m a l pagos pa gos e sem pre esta estavam vam suj sujee it itos os aos caprichos dos nobres. Mas desfrutavam de uma certa liberdade que a maioria dos skaa invejava. Era provável que Trevo fosse um mestre carpinteiro. O que levaria um homem assim – que, pelos padrões skaa, tinha uma vida maravilhosa – a arriscar se unir ao submundo? Ele é um brumoso brumoso,, Vin pensou. Kelsi Kelsier er e Doc Dockson kson o c hamaram de “e sfumaçador” sfumaçador”.. Ela provavelm prova velm ente ter teria ia que desc descobrir obrir o que iss issoo sign significa ificava va por conta própr própria; ia; sua expe experiê riência ncia lhe dizia que um homem poderoso como Kelsier negaria conhecimento a ela o máximo possível, prendendo pre ndendo-aa c om inform a ç ões eventua e ventuais. is. O conhec c onhecim imee nto era er a o que a li ligava gava a e le – ser seria ia pouco pouc o esperto soltá-lo rápido demais. Pass Pa ssos os soara soaram m do lado lado de fora, f ora, e Vin conti continuo nuouu a esp e spiar iar pela fre f rest sta. a. – Voc Vocêê va vaii quere que rerr esta estarr pronta pronta,, Vin – Doc Dockkson disse, enqua enquanto nto passava pa ssava pela porta dela dela.. Ele vestia camisa e calça de nobre e já parecia desperto e limpo. Deteve-se, continuando a falar. – Há um banho esperando por você no aposento no fim do corredor, e consegui que Trevo lhe arranjasse algumas mudas de roupa. Devem servir bem o bastante até que consigamos algo mais apropriado. Leve o tempo que desejar no banho... Kell planejou uma reunião para esta tarde, m as não pod podem em os com começ eçar ar at a té que Bris Brisaa e Ham cheguem. Dockson sorriu, observando-a pela fresta da porta, e seguiu corredor abaixo. Vin corou por ter sido pega pega.. Esses homens home ns são observ observadores. adores. Tenho que me m e lembrar disso. disso. O corredor ficou em silêncio. Vin se esgueirou porta afora e se dirigiu para o aposento indicado, e ficou meio surpresa ao descobrir que realmente havia um banho quente esperando por e la. Fra ranz nziu iu o c enho, e stud studaa ndo as a s pare pa redes des a zulej a das e a banhe banheira ira de m e tal. A á gua e stava perfum per fum a da, à m oda das da s senhoras senhora s nobres. nobre s. Esses home homens ns parec parecee m mais nobres do que skaa , Vin pensou. Não tinha certeza do que pensarr sobre iss pensa isso. o. Contudo, Contudo, eles obviam ente e sper speraa vam que ela e la fiz f izee sse o que lhe disse disse ssem , então entã o fechou fe chou a porta, tra trancou-a, ncou-a, tirou tirou a roup r oupaa e ent e ntrou rou na banheira. Ela exalava um cheiro engraçado. Mesmo que o odor fosse fraco, Vin ainda captava lufadas de si mesma de vez em quando.
Era o cheiro de uma nobre de passagem, o cheiro de uma gaveta perfumada, aberta pelos dedos nodosos de seu irmão. O cheiro ficou menos evidente conforme a manhã passava, mas ainda a preoc pre ocupava upava.. Isso a dis disti tinguiria nguiria dos outros sk skaa a . Se e ste bando e sper sperava ava que ela tom tomaa sse banhos com re regul gular arid idade, ade, ela e la ter teria ia que que pedir que que os perfumes perfum es fossem fossem re rem m ovi ovidos dos.. A refeição da manhã esteve mais de acordo com suas expectativas. Várias mulheres skaa de idades distintas trabalhavam na cozinha da loja, preparando rocamboles da baía – rolos de pão finos e achatados, recheados com cevada e vegetais cozidos. Vin ficou parada na porta da cozinha, vendo as mulheres trabalharem. Nenhuma delas cheirava como ela, embora fossem de longe lo nge mui m uito to m ais limpas limpas e bem be m ar arrum rumadas adas do que que a m édia dos sk skaa aa.. Na ver verdade dade,, havia ha via um a e stranha sensa sensaçã çãoo de li lim m peza em e m todo o edifício. edifíc io. Não Nã o perc pe rcee ber beraa na noite anterior, por causa da escuridão, mas o chão estava completamente limpo. Todos os trabalhadores – as mulheres na cozinha e os aprendizes – tinham os rostos e as mãos limpos. Isso era estranho para Vin. Ela estava acostumada com os próprios dedos enegrecidos pelas cinzas; com Ree een, n, se se algu algum m a vez lavass lavassee o ros r osto to,, tinha tinha que rapi ra pidam dam ente esfregar esfre gar cin c inzzas nele novamente. novam ente. Um rost rostoo limpo limpo se destac destacava ava nas ruas. olhando o chão. c hão. A Não há cinzas nos c antos antos,, pensou, olhando A sala é sempre sem pre varri v arrida da.. Nunca vivera em um lugar desses antes. Era quase como c omo viver viver na casa ca sa de um nob nobre re.. Olhou as mulheres da cozinha mais uma vez. Elas usavam vestidos simples, brancos e cinzas, cinz as, com lenços nas cabeças, cabeç as, e cabelo ca beloss pre preso soss em com comprid pridos os ra rabos bos de cavalo ca valo que caíam ca íam pelas costas. Vin passou os os dedos pelos pelos próprios ca cabelos. belos. Ela Ela os mantin m antinha ha curtos c urtos,, com o os de de um gar garot otoo – seu c orte a tual, irre irregular gular,, for foraa fe feit itoo por um dos m e m bros da gangue gangue.. Nã Nãoo e ra c om omoo e ssas mulheres – nunca fora. Sob as ordens de Reen, Vin vivia de modo que os outros membros da ganguee pensassem nela prim gangu prim eiro como com o ladrã ladrãoo e depois depois como garot gar ota. a. Mas o que sou agora? agora? Perfumada pelo banho, ainda que vestindo a calça marrom e a camisa de botões de um aprendiz, sentia-se claramente fora de lugar. E isso era ruim – se ela se sentia estranha, então certamente parecia estranha. Outra coisa a mais que a faria se destacar. Vin se virou, olhando a oficina. Os aprendizes já se ocupavam de seus afazeres matutinos, trabalhando em várias peças de móveis. Eles ficavam ao fundo da sala, enquanto Trevo trabalhava trabalh ava na sala de expos exposição ição principal, principal, fazendo fazendo o acabam ac abam ento final final das peças. peça s. A porta de trás da cozinha se abriu de repente. Vin deslizou institivamente para o lado, virando as costas contra a parede e espiando dentro da cozinha. Ham parou na porta da cozinha, emoldurado pela luz vermelha do sol. Vestia uma camisa solta e colete, ambos sem mangas, e trazia vários pacotes grandes. Não estava sujo de fuligem – ningu ni nguém ém da gangue, nas poucas vezes vezes que Vin os vira vira,, jam j am ais fica ficava. va. Ham atravessou a coz c ozin inha ha e foi par paraa a ofi oficina. cina. – Então – disse disse , soltando soltando os pacotes pac otes no chão chã o –, alguém algué m sabe qual é m eu quarto? qua rto? – Vou per perguntar guntar a o Mestre Cl Claa dent – um dos a pre prendiz ndizee s re respondeu, spondeu, se dirigi dirigindo ndo à sala da frente. Ham so sorriu, rriu, espreguiça espreguiçando ndo-se, -se, e se virou par paraa Vin Vin.. – Bom Bom dia, Vin. Sabe Sabe,, você não pre pr e cisa se esconde e sconderr de m im im.. Estam os no me m e sm smoo tim tim e. Vin relaxou, mas ma s ficou ficou onde onde est e stava, ava, ao a o lado lado de uma um a fil f ileira eira de ca cadeiras deiras quase ter term m inadas. – Você Voc ê vai viver a qui tam tam bém ? – É sem pre bom fic ficaa r por per perto to do esf esfum umaa ça çador dor – Ha Ham m e xpli xplicou, cou, vira virando-se ndo-se e desaparecendo na cozinha. Retornou um momento depois com quatro grandes rocamboles empilhados. – Alguém sabe onde está e stá Kell Ke ll?? – Dorm Dor m indo – Vin Vin disse. disse. – Ele c hegou tarde ta rde noit noitee passada pa ssada,, e ainda a inda não nã o levantou. leva ntou.
Ham gru grunh nhiiu, dando dando um um a m ordi ordida da em um rocam bo bolle. – E Dox? – No N o quarto qua rto dele, de le, no segundo se gundo andar a ndar – Vin V in responde r espondeu. u. – Le Levantou vantou c e do, desce de sceuu para pa ra c om omee r algum algu m a coi c oisa sa e vol volto touu lá para cim cima. a. – Não Nã o acresce ac rescent ntou ou que que sabi sabia, a, por ter esp e spiado iado pelo pelo bura buraco co da fechadura fe chadura,, que ele e le estava sentado em su suaa escr escriv ivanin aninha, ha, rabi ra biscando scando alguns alguns papéis. papéis. Ham ergueu uma so sobrancelh brancelha. a. – Você Voc ê sem pre contr controla ola onde está todo mundo assi a ssim m? – Sim Sim.. Ham fez uma pausa, e gargalhou. – Você Voc ê é um a c ria rianç nçaa estranha e stranha,, Vin. – Ele pegou pe gou seus pacotes pac otes quando o apre a prendiz ndiz re retornou, tornou, e os dois subiram as escadas. Vin ficou onde estava, ouvindo seus passos. Eles pararam na metade do primeiro corredor, talvez a poucas portas de distância do quarto dela. O cheiro de cevada cozida chamou sua atenção. Vin olhou para a cozinha. Ham tinha voltado vol tado para bus busca carr comida. c omida. Teria ela e la perm iss ssão ão de faz fa zer o mesmo? me smo? Tentando parecer confiante, Vin entrou na cozinha. Havia uma pilha de rocamboles em uma travessa, provavelmente para ser repartida entre os aprendizes enquanto trabalhavam. Vin pegou dois dois.. Ne Nenhum nhumaa das m ulher ulheres es fe fezz obj objee ç ão; na ve verda rdade, de, a lgum lgumas as dela delass até m e sm smoo a cumprimentaram respeitosamente com a cabeça. Sou uma pessoa importante agora, agora , pensou, com um pouco de desconforto. Será que sabiam que ela era... uma Nascida das Brumas? Ou estava sendo tratada com respeito simplesmente porque e ra um umaa convidada c onvidada?? Depois de um tempo, Vin pegou um terceiro rocambole e fugiu para seu quarto. Era mais comida do que provavelmente conseguiria comer; no entanto, ela pretendia tirar a cevada e guardar o pão, que que se cons c onser ervaria varia bem se precis prec isasse asse dele mais m ais tar tarde. de. Alguém bateu em sua porta. Vin respondeu, abrindo-a com um movimento cuidadoso. Um ovem estava parado do lado de fora – o garoto que estivera com Trevo no covil de Camon na noite noi te ant a nter erior. ior. Magro, alto e de aspecto desengonçado, estava vestido de cinza. Talvez tivesse uns catorze anos, em bora sua altura altura o fizesse fizesse parece pare cerr m ais velho velho.. Pare Pa recia cia nervos ner vosoo por por alg a lgum um m ot otiv ivo. o. – Sim Sim?? – Vin perguntou. per guntou. – Ah... Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – O que foi? – Você Você é agua aguarda rdada da – disse com c om um for forte te sotaque do leste. leste . – Lá L á e m c im ima, a, com o que estã estãoo fazendo. Com o Mestre Jumps, no segundo andar. Ah, tenho que ir. – O garoto enrubesceu, deu meia-volta e saiu correndo, subindo as escadas. Aquiloo dev devia ia fazer algum sentido? sentido?,, Vin ficou parada na porta do quarto, desconcertada. Aquil perguntou-se. per guntou-se. Ela espiou pelo corredor. Parecia que o garoto esperava que o seguisse. Finalmente, ela decidiu fazê-lo, subindo as escadas com cautela. Algumas vozes podiam ser ouvidas de uma porta aberta no final do corredor. Vin se aproximou e espiou. Encontrou um aposento bem decorado, com um tapete elegante e cadeiras aparentemente confortáveis. Uma lareira queimava na lateral da sala, e as cadeiras estavam disp di spos ostas tas em fre frent ntee a um grande quadro negro apoiado apoiado em um cavalete. c avalete. Kelsier estava de pé, apoiando um cotovelo na lareira de tijolo e segurando uma taça de vinho. Inclinando-se um pouco, Vin pôde ver que ele estava conversando com Brisa. O
abra ndadorr chegara abrandado c hegara bem depoi depoiss do do meio me io-di -dia, a, e se apropri a propriara ara de metade m etade dos aprendiz aprendizes de Trevo Tre vo paraa desc par descaa rr rree gar suas posses. posse s. Vin observa obse rvara ra de sua j a nela e nquanto os apre a prendiz ndizee s ca c a rr rree gava gavam ma bagage baga gem m – dis disfa farç rçaa da de ca caixas ixas com peda pedaçç os de m a deir deiraa – para pa ra o quarto qua rto de Brisa. Ele m esm o não se se incom incomod odara ara em aj ud udar. ar. Ham estava lá, assim como Dockson, e Trevo estava sentado em uma grande cadeira estofada e o mais longe possível de Brisa. O garoto que buscara Vin estava sentado em um banco ao lado de Trevo, Tre vo, e obviam obviam ente se esforçava esforça va para não olhar olhar para par a ela. e la. Na últi últim m a cadeira c adeira ocupada estava o homem chamado Yeden, vestido – como anteriormente – em trajes de um trabalhador skaa sk aa com comum um.. Ele Ele est e stava ava sent sentado ado sem apoi apoiar ar as costas, costas, como com o se desaprovasse desaprovasse o est e stofam ofam ento ento.. Seu Seu rostoo estava rost estava m ancha anchado do de de ful f uliigem , como com o Vin Vin esperava espera va de um trabalh trabalhador ador skaa skaa.. Havia duas cadeiras vazias. Kelsier notou Vin parada na porta e lhe deu um de seus sorrisos cativantes. – Be Be m , aí está e stá ela. e la. Entre. Entre . Vin perscrutou a sala. Havia uma janela, embora as venezianas estivessem fechadas, oculttando a escuridão ocul escuridão que se apro a proxi xim m ava. As úni únicas cadeiras c adeiras eram as que formavam form avam um m eio círculo ao redor de Kelsier. Resignada, ela avançou e se sentou na cadeira vazia ao lado de Dockson. Era muito grande para ela, por isso ela se sentou com as pernas dobradas sob o corpo. – Estamos Estam os todos todos aqui – Kelsi Ke lsiee r disse. – Pa P a ra quem é a última ca cadeir deiraa ? – Ham Ha m per perguntou. guntou. Kels Ke lsier ier sorriu sorr iu,, piscou, piscou, mas m as ignorou ignorou a per pergunt gunta. a. – Tudo bem , vam os conve conversa rsar. r. Te m os um umaa bela tar taree fa diante de nós, e quanto ante antess começa com eçarm rmos os a esb e sboçar oçar um pl plano, ano, m elh elhor. or. – Pe P e nsei que você voc ê tivesse um plano – Yeden Ye den disse, incom odado. – Tenho um umaa ideia ger geraa l – Ke Kelsi lsiee r dis disse. se. – Se i o que é nec necee ssár ssário io fa fazze r, e tenho a lgum lgumas as ideias id eias de como c omo faz f azer er iss sso. o. Mas Mas não se reúne r eúne um grupo como ess e ssee si sim m pl plesm esmente ente para di dizzer o que cada um tem que fazer. Precisamos trabalhar nisso juntos, começando com uma lista de problem proble m a s com os quais prec pre c isam isamos os lida lidarr se quiserm os que o plano funcione f uncione.. – Bem – Ha Ham m com e çou –, deixe deixe-m -m e ente entender nder a ideia ger geral al prim primee iro. O plano é re reunir unir um exército para Yeden, causar o caos em Luthadel, tomar o palácio, roubar o atium do Senhor Soberano e, então, levar o governo ao colapso? – Ba Ba sica sicam m e nte – Kelsi Ke lsiee r concor c oncordou. dou. – Então – Ha Ham m prosseguiu – nosso m a ior problem a é a Gua Guarniç rnição. ão. Se quiserm os lanç lançaa r Luthadel Lut hadel ao caos, c aos, não podem podem os ter ter vi vint ntee m il so solldados aqui para m anter a paz paz.. Sem Sem m encionar o fato de que as tropas de Yeden nunca tomarão a cidade enquanto houver algum tipo de resistência armada nas muralhas. Kelsier Kelsi er assent assentiu iu.. Pegando Pe gando um um pedaç pedaçoo de giz, giz, ele escre e screveu veu Guarnição de Luthadel no no quadro negro. – O que m a is? – Pre P recc isam isamos os pensar pensa r em e m um m odo de causa c ausarr o caos c aos em e m Luthade Luthadell – Brisa Brisa diss dissee , gesti ge sticc ulando com a taça de vinho na mão. – Seus instintos estão corretos, meu caro. É aqui que o Ministério mantém seus quartéis generais e as Grandes Casas governam seus impérios mercantis. Precisaremos derrubar Luthadel se quisermos acabar com a capacidade do Senhor Soberano paraa gover par governar nar.. – P or fa falar lar e m nobre nobrezza há há,, a inda, outro ponto – Doc Dockkson fa falou. lou. – Todas as Gr Graa ndes Casas têm guardas na cidade, sem mencionar seus alomânticos. Se vamos entregar a cidade a Yeden, temos tem os que que lid idar ar com esses nobres. nobres. Kelsier assentiu, escrevendo Caos e Grandes Casas Casas ao lado de Guarnição de Luthadel no
quadro-negro. – O Mini Ministério stério – Tre Trevo vo lem brou, a funda fundando ndo tanto em sua c a deir deiraa e sto stofa fada da que Vin quase não pôde ver o seu rosto irritado. – Não haverá mudança de governo enquanto os Inquisidores de Aço tiverem algo a dizer sobre isso. Ministéé rio rio no Kelsier Kelsi er ac acre rescento scentouu Minist no quadro. – O que m a is? – O a ti tium um – Ha Ham m fa falou. lou. – Voc ocêê pode tam bém e scr screve everr iss issoo a í e m cim a ... pre precisa cisare rem m os tomar o palácio rapidamente, quando a desordem generalizada começar, e nos assegurar de que ninguém mais tenha a oportunidade de se apoderar do tesouro. Kelsier assentiu, escrevendo Atiu escrevendo Atium: no quadro. m: assegurar o te te souro souro no – Pre P recisa cisam m os pensar pe nsar e m um m odo de re reunir unir as a s tropas tropa s para pa ra Yede edenn – Brisa a c re resce scentou. ntou. – E temos que ser silenciosos, mas rápidos, e treiná-los em algum lugar onde o Senhor Soberano não possa encontrá e ncontrá-los. -los. – Tam bé bém m pre precisa cisam m os ter ce certe rtezza de que a re rebelião belião sk skaa a está pronta par paraa assum assumir ir o control cont rolee de Luthadel Luthadel – Dock Doc kso sonn acresce ac rescent ntou. ou. – Toma Tomarr o palácio e se ent e ntrinchei rincheira rarr nele será uma façanha faç anha espetacular, espetacular, mas m as é bo bom m qu quee Yeden e seu pov povoo real rea lm ent entee est e stej ej am pron pronttos para para go governar vernar depois que tudo estiver acabado. e Re Tropas e Tropas Rebelião belião skaa foram skaa foram acrescentados no quadro. – E – Ke Kelsi lsier er fa falou lou – vou a c re resce scentar ntar “Senhor Sober oberaa no”. P re recisa cisam m os, ao m e nos, ter um plano par paraa ti tirá rá-lo -lo da c idade idade,, c aso a s outras opçõe opçõess fa falhem lhem . – De Depois pois de esc escre rever ver Senhor na lista, lista, ele se virou para o grupo. – Esquec Esquecii algum algum a coisa? Soberano na Soberano – Bem – Yede edenn diss dissee sec secaa m e nte – j á que você e stá li listando stando problem a s que tem os que supera su perar, r, devia escre e screver ver aí que est e stam am os todo todoss loucos loucos de de pedra. Se bem que duvido duvido que que pos possam samos os consertar conser tar isso. isso. O grupo começou a rir, e Kelsier escreveu Ati Atitude tude ruim de Yede edenn no quadro. Então deu um passo para pa ra trá trás, s, olhando olhando para pa ra a lista lista . – Quando Qua ndo se reduz r eduz a algo a lgo assim, não nã o pare par e c e tão tã o terríve ter rível,l, não é? é? Vin franziu o cenho, tentando decidir se Kelsier tentava fazer uma brincadeira ou não. A lista não era só assustadora – era perturbadora. Vinte mil soldados imperiais? As forças e os poderes poder es da a lt ltaa nobre nobrezza? O Mini Ministério? stério? Ac Acre redit ditaa vava-se se que um Inquisid Inquisidor or de Aç Açoo e ra m a is poderoso poder oso do que mil m il sold soldaa dos. Mais desconfortável, no entanto, era a naturalidade com que todos consideravam as questões. Como podiam sequer pensar em resistir ao Senhor Soberano? Ele era... bem, ele era o Senhor . Governava todo o mundo. Era o criador, o protetor e o punidor da humanidade. Salvaraos das Profundezas e trouxera as cinzas e as brumas como castigo pela falta de fé das pessoas. Vin não era particularmente religiosa – ladrões inteligentes sabiam que era melhor evitar o Ministério do Aço – mas até ela conhecia as lendas. E, mesmo assim, o grupo observava a lista de “problemas” com determinação. Havia uma alegria sombria neles – como se compreendessem que era mais fácil fazer o sol nascer à noite do que que de derrubar der rubar o Im pério Fin Final. al. Mas, ainda ainda assim assim , eles iam tent tentar ar.. – Pe P e lo Se Se nhor Soberano Sobera no – Vin sussurr sussurrou. ou. – Vocês Voc ês estão e stão falando fa lando sério sério.. Realmente pretendem fazer isso. – Não Nã o use o nom e de dele le em e m vão, Vin V in – Kelsi Ke lsier er c om omee ntou. – Até m esm o a blasfê blasfêm m ia o honra. honr a. Quando am aldi aldiçoa çoa usando o nome dess dessaa criatu c riatura ra,, você você o reconh rec onhec ecee como c omo seu deus. Vin ficou em si silênci lêncio, o, recos rec ostand tando-se o-se em su suaa cadeira c adeira,, um pouco estarrecida. estarre cida. – De D e qualque qualquerr m odo – Ke Kelsi lsiee r prosse prosseguiu, guiu, sorrindo sorr indo levem leve m e nte –, alguém a lguém tem a lgum lgumaa ideia
de como superar esses problemas? Sem contar a atitude de Yeden, é claro. Todos sabemos que ele é um ca caso so perdid perdido. o. A sala ficou em silêncio e pensativa. – Ideias? Ide ias? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. – Pontos de vista? Im pre pressões? ssões? Brisa negou com a cabeça. – Agor Agoraa que e stá tudo esc escrito rito a í, não posso deixa deixarr de m e per perguntar guntar se a ga garota rota não tem razzão. É uma taref ra tarefaa ass a ssus ustado tadora ra.. – Mas pode Mas pode ser ser feita – Kelsier assegurou. – Vamos começar discutindo sobre como causar um tumulto na cidade. O que podemos fazer de tão ameaçador a ponto de atirar a nobreza no caos, e talvez até conseguir que a guarda do palácio saia da cidade, se expondo às nossas tropas? Algo que distraia o Ministério e o Senhor Soberano enquanto preparamos nossas tropas para o ataque? – Be Be m , uma um a revoluç r evolução ão gera ge rall entre a populaç populaçãã o é o que m e vem ve m à m ente – Ham Ha m dis disse. se. – Não Nã o vai funciona f uncionarr – Yede Y edenn disse disse com c om fir firm m e za . – P or que nã não? o? – Ha Ham m per perguntou. guntou. – Você sabe c om omoo o povo é tra tratado. tado. Vivem e m pardieiros, par dieiros, trabalha tra balham m em fá fábric bricaa s e forj f orj as o dia todo, e m e tade dele deless ainda estáá fam f am in inta. ta. ainda est Yeden negou negou com a cabeça. ca beça. – Voc ocêê nã nãoo e ntende ntende?? A re rebelião belião vem tentando fa fazzer com que os sk skaa a desta cida cidade de se levantem há mil anos. anos. Nunca deu certo. Eles são muito submissos; não têm vontade ou esperança paraa re par resis sisti tir. r. É por iss issoo que tive que re recc orr orree r a você vocêss para par a c onseguir um e xér xércc it ito. o. A sala ficou f icou em si silêncio. lêncio. Vin, Vin, no entanto, assenti assentiuu lentamente. lentam ente. Ela via – sentia – sentia.. Não Nã o se lutava lutava contra cont ra o Senhor Senhor Soberano. Soberano. Mesmo vivendo vivendo como com o ladra ladra,, encolhida encolhida e à m ar argem gem da sociedade, ela sabia disso. Não haveria rebelião. – Tem o que ele e stej stejaa c er erto to – Ke Kelsi lsier er c oncor oncordou. dou. – Os sk skaa aa nã nãoo vão se re rebe belar lar,, não no estado atual. Se vamos derrubar este governo, teremos que fazê-lo sem a ajuda das massas. Podemos provavelmente recrutar nossos soldados entre eles, mas não podemos contar com o povo em ger geraa l. – Podem P odem os causar ca usar um desa desastre stre de a lgum tipo? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – Um incê incêndio, ndio, ta ta lvez lvez?? Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Isso talvez int intee rr rrom ompa pa o com ér ércio cio por um tem po, m as duvido que tenha o ef efeito eito que queremos. Além disso, o custo em vidas skaa seria alto demais. Os cortiços é que queimariam, não as fortalezas de pedra dos nobres. Brisaa suspi Bris suspirou. rou. – Então, o que quer que faç f açaa m os? Kels Ke lsier ier sorriu, seus olhos olhos reluziram reluziram . – E se puserm puse rm os as Gra Gr a ndes Casas Casa s umas um as contra c ontra a s outra outras? s? Brisa se deteve. – Um a guer guerra ra e ntre a s c a sas... – diss dissee , tom tomaa ndo um gole de vinho, pensativo. pe nsativo. – Fa z tem po desde que a cidade padeceu com algo assim. – O que signi signific ficaa que as tensõe tensõess ti tiver veram am basta bastante nte tem po par paraa se a cum ular – Ke Kelsi lsiee r comentou. – A alta nobreza está ficando cada vez mais poderosa... o Senhor Soberano mal tem controle sobre ela agora, e com isso temos a chance de estilhaçar seu comando. As Grandes Casas de Luthadel são a chave: elas controlam o comércio imperial, sem mencionar que escraviz escr avizam am a grande m aiori aioriaa dos skaa skaa.. Kelsier apontou para o quadro, movendo os dedos entre as linhas em que estava escrito Caos e Grande Grandess Casas Casas. – Se puder puderm m os c oloca olocarr as ca casas sas de Luthade Luthadell um umaa s c ontra a s outra outras, s, podem os de derr rrubar ubar a
cidade. Os nascidos nascidos das brumas bruma s começ com eçar arão ão a assass assassin inar ar os chefes chefe s das casas. Fort Fortunas unas vão entra entrar r em colapso. Não demorará muito até que haja uma guerra aberta nas ruas. Parte de nosso contrato com Yeden é dar-lhe a oportunidade de tomar a cidade. Vocês conseguem pensar em algo melhor do que isso? Brisa assent a ssentiu iu,, com um sorriso sorriso.. – Tem Te m estil estilo... o... gosto gosto da ideia ide ia de que os nobres nobr es m a tem uns aos outros. – Você Voc ê sem gostaa quando outros outros faz fa zem o trabalho traba lho,, Brisa Brisa – Ham Ha m observou. sempre pre gost – Meu c ar aroo a m igo – Bris Brisaa re repli plicou cou –, o princ principal ipal obj objee ti tivo vo da vida é e ncontra ncontrarr m eios de conseguir consegu ir que que out outros ros façam faç am o trabalho trabalho por você você.. Sabe Sabe algu algum m a cois coisaa sobre economia e conomia bási bá sica ca?? Ham ergueu uma so sobrancelh brancelha. a. – Na ve verda rdade, de, eu... e u... – Era um umaa pergunta pe rgunta re retórica tórica,, Ham Ha m – Brisa Brisa interrom inter rom peu, revir r eviraa ndo os olhos. olhos. – Essas são as a s me m e lhore lhores! s! – Ham Ha m re respondeu. spondeu. – A filosofia fic ficaa pa para ra m a is tarde, tar de, Ha Ham m – Ke K e lsi lsiee r fa falou. lou. – Vam Vam os nos conce c oncentra ntrarr na tar taree fa fa.. O que acham ac ham da m in inha ha sugestão? sugestão? – P ode func funcionar ionar – Ha Ham m diss dissee , re recc ost ostaa ndo-se em seu asse assento. nto. – Mas não vej o c om omoo o Senhor Soberano Soberano deixará as coi c oisas sas chegarem chega rem tão long longe. e. – É nosso trabalho traba lho assegura asse gurarr que ele não tenha opçã opçãoo – Ke K e lsi lsier er dis disse. se. – Ele é c onhec onhecido ido por deixar a nobreza disputar, provavelmente para mantê-los sem equilíbrio. Vamos atiçar as tensões e, de al a lgu gum m m od odo, o, força forçarr a Guarni Guarniçã çãoo a sair. Quando Quando as Casas Casas começar come çarem em a lutar lutar seri seriam am ent ente, e, o Senhor Soberano Soberano não consegu conseguirá irá faz f azer er nada para detê-las.. detê-las.... exceto, exc eto, talvez talvez,, m andar os guar guardas das do palácio palá cio para pa ra as rua r uas, s, o que é e xata xatam m e nte o que quer queree m os que ele e le fa f a ç a. – Ele tam bém poder poderia ia m anda andarr um exé exérc rcit itoo de kolos kolosss – Ham Ha m adve advertiu. rtiu. – É ve verda rdade de – Kelsier K elsier conc concordou. ordou. – Mas Ma s eles e les estão e stão posicionados posiciona dos a um umaa dis distânc tância ia m oder oderaa da daqui. É uma falha que precisamos explorar. Soldados koloss fazem grunhidos maravilhosos, mas precc isam ser m a nti pre ntidos dos longe da dass c idade idadess civili civilizzada adas. s. O c entr entroo do Im pér pério io Final e stá e xpost xposto, o, ainda que o Senhor Soberano esteja confiante de sua força. E por que não estaria? Ele não enfrenta uma ameaça séria há séculos. A maioria das cidades só precisa de um pequeno número de forças policiais. – Vinte mil m il hom homee ns dific dificil ilm m e nte pode ser cha cham m ado de “ peque pequeno no núme núm e ro” – Brisa Brisa dis disse. se. – P ode, em e sca scala la nac nacional ional – Ke Kelsi lsier er diss dissee , e rgue rguendo ndo um dedo. – O Senhor Sober oberaa no mantém a maior parte de suas tropas nas fronteiras do império, onde as ameaças de rebeliões são mais fortes. É por isso que vamos acertá-lo aqui, em Luthadel... e é por isso que teremos êxito. – Pre P resum sumindo indo que conseguire c onseguirem m os lidar lidar c om a Gua Guarniç rniçãã o – Dock Doc kson observou. Kelsier assentiu, virando-se para escrever Guerra das Casas embaixo Casas embaixo de Grandes Casas e Tudo bem bem , então. Vamos Vam os falar sobre sobre a Guarnição. Gua rnição. O que vamos vam os fazer fazer a ess e ssee respeit r espeito? o? Caos.. – Tudo Caos – Bem – Ha Ham m dis disse, se, e spec speculando ulando – hist historic oricaa m ente ente,, a m elhor m ane aneira ira de li lidar dar c om um grande gra nde cont c ontin ingente gente de sol soldados dados é tendo seu próprio contingente contingente de sol soldados. dados. Vam os conseguir conseguir um exército para Yeden... por que não os deixamos atacar a Guarnição? Não é esse o objetivo de reuni re unirr um exér exércit citoo em prime primeiiro lugar? lugar? – Isso nã nãoo vai func funcionar ionar,, Ha Ham m m ond – Bris Brisaa dis disse, se, olhando par paraa sua taç taçaa de vinho vazi vaziaa e estendendo-a estend endo-a para o garoto garoto sentado sentado ao lado lado de Trevo, que que imediat im ediatam am ente correu corre u para enchê-la. e nchê-la. – Se quiserm quiser m os derrota der rotarr a Gua Guarniç rniçãã o – Brisa prosseguiu pr osseguiu – precisa pre cisam m os que nossa forç f orçaa tenha elo menos o menos o mesmo tamanho. Provavelmente vamos querer uma muito maior, já que nossos homens serão recém-treinados. Podemos conseguir reunir um exército para Yeden... podemos até mesmo organizar um grande o bastante para manter a cidade por um tempo. Mas
conseguiremos um grande o bastante para enfrentar a Guarnição dentro das fortificações? É melhor desistir agora, se esse for o nosso plano. O grupo ficou em silêncio. Vin se retorceu em sua cadeira, olhando um homem de cada vez. As palavras de Brisa tiveram um efeito profundo. Ham abriu a boca para dizer algo e a fechou novamente, recostando-se para reconsiderar. – Tudo bem – Ke Kelsi lsiee r fina finalm lmente ente dis disse. se. – Volt oltaa re rem m os à Gua Guarniç rnição ão da daqui qui a pouco. Va m os pensarr no nosso própr pensa próprio io exé exérc rcit ito. o. Co Com m o podem os re reunir unir um grupo de tam a nho subst substanc ancial ial e escondê-lo esc ondê-lo do Senhor Sober Soberano? ano? – De novo, isso isso será ser á difícil – Brisa Brisa dis disse. se. – Há H á um umaa boa ra r a zã o para par a que o Se Se nhor Soberano Sober ano se sint si ntaa seguro no Domíni Dom ínioo Centra Central.l. Há patrulhas constantes constantes nas na s estradas estrada s e nos canais, ca nais, e dificilm dificilm ente alguém consegue passar um dia viajando sem encontrar uma aldeia ou uma plantação. Não é o tipo de lugar onde se pode formar um exército sem chamar a atenção. – A re rebe beli liãã o tem a quela quelass ca caver verna nass a o norte – Doc Dockkson diss dissee – P odem os e sconde sconderr a lguns homens home ns lá. lá. Yeden em pal paliideceu. – Você Voc ê s sabem sobre as cavernas Arguois? sabem sobre Kels Ke lsier ier re revirou virou os olhos. olhos. – Até m e sm smoo o Senhor Sober oberaa no sabe sobre e las, Ye den. Só que os re rebe beldes ldes não são perigoso per igososs o suficiente par paraa que ele e le se incom ode com c om iss isso. o. – Qua Quantas ntas pessoa pessoass você tem , Ye den? – Ha Ham m per perguntou. guntou. – Em Luthade Luthadell e nos ar arre redore dores, s, inclui in cluindo ndo as cavernas? caver nas? O que temos tem os par paraa come c omeça çar? r? Yeden deu de ombros om bros.. – Talvez Ta lvez tre trezze ntos ntos... ... incluindo incluindo mulher m ulheree s e cria c riança nças. s. – E quantos você ac acha ha que essa essass caver ca verna nass conseguem conse guem c om omporta portar? r? – Ham per perguntou. guntou. Yeden deu de ombros novamente. – As caver ca vernas nas podem pode m c om omporta portarr um grupo gra gr a nde, ce c e rta rtam m e nte – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou. – Talvez dez mil. Eu já estive lá. A rebelião vem escondendo pessoas nelas há anos, e o Senhor Soberano nunca nun ca se preocupo pre ocupouu em dest destruí-l ruí-las. as. – P osso imagina im aginarr por quê. – Ha Ham m diss disse. e. – Lutar em c a ver vernas nas é um negóc negócio io desagr de sagraa dáve dável,l, especialmente para o agressor. O Senhor Soberano gosta de manter as derrotas a um mínimo... não deixa de ser vaidoso. De qualquer modo, dez mil é um número decente. Poderia tomar o palácio palá cio com c om fa facc il ilidade idade... ... talvez até toma tom a r a c idade idade,, se conquis c onquistar tarm m os as m ura uralhas. lhas. Dockson Dock son se se vol volto touu para par a Ye Yeden. den. – Quando Qua ndo você pediu um exé exérc rcit ito, o, que tam ta m a nho estava pensa pensando? ndo? – De Dezz mil m il pare pa recc e um bom núm númer ero, o, e u suponho – Yede edenn re respondeu. spondeu. – Na ver verdade dade... ... é um pouco m aior do que eu e u estava esta va pensando. pe nsando. Brisa inclinou inclinou a taça taç a li ligeira geiram m ente, agi a gitando tando o vinho. vinho. – Ode O deio io ser do contra c ontra novam ente ente... ... esse e sse c ost ostum umaa ser o trabalho tra balho de Ha Ham m m ond. Mas Ma s pre pr e ciso voltar ao problema anterior. Dez mil homens. Isso não vai nem assustar a Guarnição. Estamos faland fa landoo de vinte vinte mil m il so solldados bem bem ar arm m ados e bem trein treinados. ados. – Ele tem te m ra razzã o, Kell Ke ll – Dockson Dockson disse. disse. Ele ti tinha nha encontr e ncontrado ado um c a der derninho ninho em algum lugar lugar,, e come c omeçar çaraa a toma omarr notas notas da reunião. reunião. Kelsier franziu o cenho. Ham assent assentiu iu.. – De qualque qualquerr ângulo que se olhe, Ke Kell ll,, a Gua Guarniç rniçãã o é um osso duro de roe roer. r. Talve alvezz devêssemos nos concentrar na nobreza. Talvez consigamos causar caos suficiente para que a Guarnição não consiga controlar a situação.
Kelsier nego Kelsi negouu com a cabeça c abeça.. – Duvido. O prim primee iro deve deverr da Gua Guarniç rniçãã o é m a nter a orde ordem m na c idade idade.. Se não puder puderm m os lidar li dar com c om esses sold soldados, ados, nunca nunca cons c onsegui eguire rem m os estabelec estabelecer er o caos ca os.. – Ele fez fe z uma pausa, e olhou olhou paraa Vin. – O que acha par a cha,, Vin? Algum Algumaa sugestão? Ela gelou. Camon nunca pedira sua opinião. O que Kelsier queria dela? Endireitou-se levemente na cadeira, percebendo que os outros membros da gangue haviam se voltado para ela. – Eu... – Vin disse disse lentam lenta m e nte. – Ah, não nã o intim intimide ide a c oit oitaa dinha, Kelsi Ke lsier er – Brisa Brisa dis disse se com c om um a ce ceno no de m ã o. Vin assentiu, mas Kelsier não cedeu. – Não, Nã o, de ver verdade dade.. Diga o que e stá pensando, pe nsando, Vin. V in. Se Se você tem um ini inim m igo muit m uitoo ma m a ior lhe am ea eaçando, çando, o qu quee vo você cê faria? – Bem – ela e la disse lentam le ntam e nte. – Nã Nãoo se lut lutaa c ontra e le, isso é c er erto. to. Mesmo Mesm o que você venç vençaa de al a lgum j eit eito, o, estar estaráá tão ferido fe rido e quebrado quebra do que que não poder poderáá lutar lutar cont contra ra m ais nin ninguém guém.. – Faz senti se ntido do – Doc Dockkson disse. – Mas podem os não nã o ter e scolha. Te m os que nos livrar livra r de desse sse exércit exér citoo de algum m odo odo.. – E se ele saísse da c idade idade?? – ela per perguntou. guntou. – Isso I sso funcionar func ionaria? ia? Se Se e u tivesse que li lidar dar c om alguém algu ém grande, eu tentar tentaria ia dist distra raíí-lo prime primeiro, iro, para forç forçáá-lo lo a m e deixar em e m paz paz.. Ham gargalhou. – Fa ze r c om que a Gua Guarniç rniçãã o deixe Luthade Luthadel? l? Boa Boa sorte. O Se nhor Sober oberaa no envia a lguns esquadrões para patrulha às vezes, mas a única vez que se soube que toda a Guarnição saiu da cidade foi quando a rebelião skaa irrompeu em Courteline, há meio século. Dockso Dock sonn negou com a cabeç c abeça. a. – A ideia de Vin é boa dem a is para pa ra ser de deixada ixada de lado tão fa facc il ilm m e nte, a cho. De ver verdade dade,, não podemos lutar contra a Guarnição. Pelo menos não enquanto estiver entrincheirada. Então, precc isam pre isamos os faz fa ze r os soldados deixare deixa rem m a cidade c idade de algum a lgum m odo. – Sim – Brisa diss dissee . – Mas ser seria ia nec necee ssár ssária ia um umaa c rise e spec specífica ífica,, que exigisse o envolvimento da Guarnição. Se o problema não for suficientemente ameaçador, o Senhor Soberano não vai enviar enviar to toda da a Guarnição. E se for f or perig per igos osoo demais, dem ais, ele vai va i se se rec r ecol olher her e envi e nviar ar os koloss. – Um a re r e belião em e m um umaa das da s cidades cidade s próxima próxim a s? – Ham Ha m suger sugeriu. iu. – Isso nos de deixa ixa c om o m e sm smoo problem a de a ntes – Ke Kelsi lsier er obser observou, vou, nega negando ndo com a cabeça ca beça.. – Se Se não conseguirm conseguirm os que que os skaa skaa daqui se rebelem re belem,, não conseguire conseguirem m os que que os de fora f ora da cidade cidade o faç façam am . – E se fiz fizee rm os a lgum ti tipo po de simula simulaçç ão? – Ha Ham m per perguntou. guntou. – Assum Assumindo indo que conseguirem consegu iremos os reunir reunir um grupo de de so sold ldados ados bastante bastante grande. gra nde. Se Se eles fingirem fingirem atac atacar ar algu algum m lu lugar gar aqui per perto to,, talvez talvez o Senhor Senhor Soberano Soberano envi e nviee a Guarnição para pa ra aj udar. – Duvido que e le os e nvie pa para ra prote proteger ger outra c idade – Bris Brisaa diss dissee . – Nã Nãoo se iss issoo o de deixar ixar exposto em Luthadel. O grupo ficou em silêncio, pensando novamente. Vin olhou ao redor, percebeu Kelsier encarando-a. – O quê? quê ? – ele per perguntou. guntou. Elaa se encol El e ncolheu heu um pouco, abaixando abaixando a cabeça ca beça.. – A que dist distânc ância ia estão e stão as Minas de Ha Haths thsin? in? – ela fina finalm lmee nte perguntou. pe rguntou. A gangue se deteve. Fin inalm almente, ente, Brisa garga ga rgalho lhou. u. – Ah, isso sim é sim é tortuoso. A nobreza não sabe que as Minas produzem atium, então o Senhor
Soberano não pode fazer muito alvoroço... não sem revelar que há algo muito especial naquele lugar. Isso significa: nada de koloss. – Eles E les não c hega hegaria riam m a tem po, de qualque qualquerr m odo – Ha Ham m diss dissee . – As Minas estão e stão ape apena nass a alguns dias de viagem. Se estivessem ameaçadas, o Senhor Soberano teria que responder rapidamente. A Guarnição seria a única força capaz de agir. Kelsier Kelsi er so sorriu, rriu, seus seus olhos olhos estavam em cham as. – E não ser seria ia nec necee ssár ssário io um gra grande nde exé exérc rcit itoo par paraa a m e aç açar ar a s Min Minaa s, tam pouco. Mi Mill homens poderiam fazer isso. Nós os mandamos para o ataque e, quando a Guarnição partir, marchamos com a nossa segunda (e maior) força e tomamos Luthadel. Quando a Guarnição percc e ber que foi engana per e nganada da,, não nã o conseguirá c onseguirá volt voltar ar a tem po de nos impe im pedir dir de tom tomar ar a s m ura uralhas lhas da cidade. – Mas sere ser e m os capa ca pazze s de m antê antê-la -las? s? – Yeden Ye den perguntou, pe rguntou, apre apr e ensivo. Ham assent assentiu iu ansios ansiosam am ente. – Com de dezz mil m il ska ska a, é possí possível vel def defee nder a c idade c ontra a Gua Guarniç rniçãã o. O Senhor Sober oberaa no teria que m andar cham ar seus kol kolos oss. s. – Mas, e ntão, j á ter terem em os o a ti tium um – Ke Kelsi lsier er diss dissee . – E a s Gr Grande andess Casas não esta estarã rãoo em condições condi ções de nos deter. deter. Estarão enfra e nfraquecidas quecidas e frá f rágeis geis por por causa c ausa das lutas lutas inter internas. nas. Dockso Dock sonn rabisca rabiscava va furiosam furiosam ente em e m seu caderno. ca derno. – P re recisa cisare rem m os usar a s c a ver vernas nas de Ye den, entã então. o. Elas estã estãoo próxim próximas as dos dois a lvos lvos,, e muito mais perto de Luthadel do que as Minas. Se nosso exército partir dali, pode chegar antes que a Guarnição volte das Minas. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. Dockson Dock son continuou continuou a ra rabis bisca car. r. – Te re reii que c om omee ç ar a estoc estocar ar suprim suprimee ntos na naquela quelass ca caver verna nas, s, talvez fa fazze r um umaa viage viagem m paraa c hec par hecaa r as a s condições condiçõe s no loca local.l. – E com c omoo vam va m os levar leva r os solda solda dos para par a lá? – Ye Ye den per perguntou. guntou. – As ca c a ver vernas nas fic ficam am a um umaa semana sem ana de viagem da cidade... e os sk skaa aa não tem tem perm is issão são de viaj viaj ar por cont c ontaa própria. – Já consegui c onsegui alguém algué m que nos aj udar udaráá com iss issoo – Kelsi Ke lsiee r disse, escr e scree vendo vendo Atacar Atacar as Minas M inas de Hathsin, Hathsin, embaixo de Guarnição de Luthadel , no quadro. – Tenho um amigo que pode nos fornecer uma fac fachada hada para levar os barc barcos os para para o norte, norte, pelo pelo canal. – Supondo – Ye den fa falou lou – que você c onsi onsiga ga c um umprir prir sua prom essa ini inicc ial. Eu lhe pague pagueii paraa que m e re par reúna úna um e xér xércc it ito. o. Dez De z mil m il home hom e ns é um núm númer eroo grande gr ande,, m as você ainda não m e explicou como vai conseguir reuni-los. Já lhe contei os problemas que tivemos tentando recrutar em Lut Luthadel. hadel. – Nã Nãoo pre precc isam isamos os que a populaç população ão e m ge gera rall nos a poie – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – Só um umaa peque pequena na porcee ntage porc ntagem m dela dela.. Há a proxim proximada adam m e nte um m il ilhão hão de tra trabalha balhadore doress em Luthade Luthadell e nos arredores. Essa, na verdade, deverá ser a parte mais fácil do plano, já que estamos na presença de um dos m aiores Abrandadores do m und undo. o. Bris Brisa, a, est e stou ou contando contando com você e seus alom alom ânti ânticos cos paraa for par forçç ar um umaa bela be la seleç se leção ão de re recr crutas. utas. Brisa tomou seu vinho. – Kelsier K elsier,, m e u bom hom homee m . Gostaria G ostaria que nã nãoo usasse usa sse pala palavra vrass com c omoo “for “ forçç a r” a o se re refe ferir rir aos meus m eus talento talentos. s. Eu apenas encoraj e ncoraj o as pessoas. pessoas. – Be Be m , você pode encor e ncoraa j a r um e xér xércc it itoo para par a nós? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. – Quanto Qua nto tem tem po tenho? – Brisa Brisa perguntou. pe rguntou. – Um ano – Kelsi Ke lsiee r fa falou. lou. – Pre Pr e tende tendem m os coloca coloc a r o plano em e m e xec xecuçã uçãoo no próxim pr óximoo outono. Presumindo que o Senhor Soberano reúna suas forças para atacar Yeden uma vez que tomemos a cidade, bem que poderíamos obrigá-lo a fazer isso no inverno.
– De Dezz m il hom e ns – Bris Brisaa diss dissee , c om um sorr sorriso iso –, re reunidos unidos de um umaa populaç população ão re resis sistente, tente, em m enos de um ano. Certam Certament entee seri seriaa um desafi desafio. o. Kelsier gargalhou. – Vindo de você você,, isso é tão tã o bom quanto um sim. Co Com m e c e por Luthade Luthadel,l, depois passe pa sse para pa ra a s cidades ao redor. Prec Pr eciisam samos os de pessoas pessoas próxim próxim as o bastant bastantee para par a serem ser em re reuni unidas das nas cavernas. caver nas. Brisa assentiu. – Ta Ta m bém pre precc isare isarem m os de a rm a s e suprim suprimee ntos – Ha Ham m diss dissee . – E ter teree m os que tre treinar inar os homens. – Já tenho um plano par paraa conse conseguir guir a s ar arm m as – Ke Kelsi lsiee r re respondeu. spondeu. – Voc ocêê c onsegue encontrar alg a lguns uns home homens ns que que se encar e ncarre reguem guem do tre trein inam am ento ento?? Ham pensou por um momento. – P rova rovavelm velm ente ente.. Con Conhe heço ço a lguns sk skaa a soldados que lut lutaa ra ram m e m um umaa das Cam Campanha panhass de Repr epressão essão do Senhor Sober Soberano. ano. Yeden em pal paliideceu. – Traidore Tra idores! s! Ham deu de de ombro om bros. s. – A m a ioria dele deless não tem orgulho do que fe fezz – diss dissee . – Mas a m aior aioria ia tam bém gost gostaa de comer com er.. É um m und undoo difícil difícil,, Yeden. – Meu povo não nã o vai trabalha tra balharr com c om e sses home hom e ns – Yeden Yede n assegurou. asse gurou. – Eles têm tê m que tra trabalha balharr – Kelsi Ke lsiee r dis disse se c om seve severida ridade. de. – Um gra grande nde núm númer eroo de re rebeliões beliões skaa fracassa porque os homens são mal-treinados... e não vou deixar que esses homens sejam m assacra assacrados dos porqu porquee nunca lhes ensinara ensinaram m qual pon ponta ta da espada segurar. segura r. Kelsier Kelsi er fez um um a paus pa usa, a, então olhou olhou para Ham . – Mesm Me smoo assi a ssim m , sugiro que enc encontre ontre hom homens ens que e stej stejam am desgostosos com o Im I m pér pério io Final Final pelo que e ste os for forçç ou a fa fazze r. Nã Nãoo c onfio e m hom homee ns c uj ujaa lea lealdade ldade só pode ser m e dida pe pela la quantidade quanti dade de m oeda oedass nos bol bolsos sos.. Ham assentiu, e Yeden ficou quieto. Kelsier se virou e escreveu Ham: Treinar e Bris Brisa: a: embaixo de Tropas ecrutar embaixo Tropas,, no quadro. – Estou int inter eressa essado do no seu plano par paraa c onseguir ar arm m as – Bris Brisaa c om omee ntou. – Como, exatam ente, pretende arm a rm ar dez m il home homens ns sem sem levant levantar ar as suspeit suspeitas as do Senhor Senhor Soberano? Soberano? El Elee muito cuidadoso m ant antém ém um cont control rolee muito cuidadoso do fluxo dos armamentos. – P odem os fazer f azer a s arm a rm a s – Tre Trevo vo disse. – Te Te nho m a deir deiraa extr extraa o suficiente suf iciente par paraa fa fabric bricar ar um par de bastões de combate por dia. Provavelmente conseguiria fazer algumas flechas também. – Agr Agraa deç deçoo a ofe oferta rta,, Tre Trevo vo – Ke Kelsi lsier er fa falou. lou. – E a cho que é um umaa boa ideia. Mas vam os precc isar de m ais do que bastõe pre bastões. s. Pre P recisa cisare rem m os de e spada spadas, s, escudos e scudos e ar arm m a dura duras... s... e pre precc isam isamos os deles rapidamente, para começar os treinamentos. – Com Comoo vai faz fa ze r, então? e ntão? – Brisa Brisa perguntou. pe rguntou. – As A s Gra Gr a ndes Casas têm ac acee sso às à s arm a rm a s – Ke Kelsi lsier er re respondeu. spondeu. – Não N ão têm proble problem m a a lgum em ar arm m ar seus séqui séquito toss pessoais pessoais.. – Quer Que r que roube roubem m os deles? dele s? Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Nã Não, o, por um umaa ve vezz vam os fa fazzer as c oisas de m a neir neiraa m ais ou m enos lega legal... l... vam os comprar com prar nos nossas sas arm as. Ou mel me lhor, vam vam os ter um nob nobre re so soli lidário dário par paraa comprá c omprá-las -las por por nós. nós. Trevo riu asperamente. – Um nobre soli solidár dário io à ca c a usa dos ska ska a? Nunca va vaii acontec ac ontecer er.. – Bem , “nunca “ nunca”” ac acontec ontecee u até a té agor agoraa – Kelsi Ke lsier er dis disse, se, despr despree ocupa ocupado. do. – P orque j á e ncontr ncontrei ei
alguém alg uém para nos ajudar. A sala ficou f icou em si silênci lêncio, o, exceto exce to pelos pelos estalos estalos da da lenh lenhaa na larei lare ira ra.. Vin se se re reto torc rceu eu levem ente na cadeira, olhando para os demais. Pareciam chocados. – Quem Que m ? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – O nom nomee de dele le é Lorde Renoux – Ke Kelsi lsier er dis disse. se. – Chegou à á re reaa há poucos dias. Está hospedado hos pedado em Fell ellis ise... e... ele não nã o tem in influ fluência ência su suficient ficientee para se est e stabelec abelecer er em Lut Luthadel. hadel. Além Além disso, acho que é prudente manter as atividades de Renoux um pouco afastadas do Senhor Soberano. Vin inclinou a cabeça. Fellise era uma pequena cidade suburbana, a uma hora de Luthadel; Reen e ela haviam trabalhado lá antes de se mudarem para a capital. Como Kelsier recrutara este Lorde Renoux? Ele teria subornado o homem, ou era algum tipo de golpe? – Ouvi falar fa lar de Renoux – Brisa disse lentam lenta m e nte. – É um lorde do oeste; oe ste; tem m uit uitoo poder pode r no Domínio Distante. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Rec Recee ntem ente ente,, Lorde Renoux de decidiu cidiu tentar ele elevar var sua fa fam m íl ília ia à um umaa posi posiçç ão na a lt ltaa nobreza. A história oficial é a de que veio ao sul a fim expandir suas atividades mercantis. Ele acredita que, ao enviar bom armamento do sul para o norte, conseguirá ganhar dinheiro suficiente (e fazer contatos suficientes) para construir uma fortaleza em Luthadel até o fim da década. A sala ficou em silêncio. – Mas – Ham Ha m diss dissee lentam le ntam e nte – essas e ssas arm ar m a s virão para pa ra nós, em ve vezz dis disso. so. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Tere Te rem m os que fa f a lsi lsific ficar ar os regis re gistros tros de envio, e nvio, de qualquer qualque r form f orm a . – Essa é... é ... uma um a fa f a c hada basta bastante nte am a m biciosa, Kell Ke ll – Ham Ha m c om omee ntou. – A fam fa m íl ília ia de um lorde trabalhando do nosso lado. odeia nobres. – Mas – Brisa disse disse , parec par ecee ndo confuso conf uso –, Kelsier, Kelsier , você odeia nobres. – Este é dife difere rente nte – Kelsi Ke lsier er re respondeu spondeu com c om um sorr sorriso iso a stut stuto. o. A gangue estudou Kelsier. Não gostavam da ideia de trabalhar com um nobre; Vin podia percc e ber iss per issoo com cla clare rezza. E prova provavelm velm ente ente,, nã nãoo fa fazzia dife difere rença nça que Renoux fosse tão poderoso. poder oso. De repente, Brisa gargalhou. Reclinou-se em sua cadeira, tomando o resto de seu vinho. – Seu louco m a ldi ldito! to! Você o m a tou, nã não? o? Renoux... você o m a tou e o subst substit ituiu uiu por um impostor. O sorriso de Kelsier se alargou. Yeden praguejou, mas Ham simplesmente sorriu. – Ah. Agora Agor a isso fazz senti sentido. do. Ou, pelo menos me nos,, faz fa z senti sentido do se você é Ke Kels lsier, ier, o Audacioso. Auda cioso. isso fa – Renoux vai va i se estabe e stabelec lecee r de m a neir neiraa per perm m ane anente nte em e m Fellis ellisee – Kelsi Ke lsiee r contou. – Ele E le será se rá nossa fachada, se precisarmos fazer algo de maneira oficial. Eu o usarei para comprar armas e suprimentos, por exemplo. Brisa assentiu, pensativo. – Eficiente. Efic iente. – Eficiente? Efic iente? – Yeden Yede n perguntou. per guntou. – Você m atou um nobre nobre!! E um m uit uitoo importa im portante. nte. – Você e stá plane planejj a ndo de derr rrubar ubar todo o im impér pério, io, Ye Ye den – Ke Kelsi lsiee r obser observou. vou. – Renoux nã nãoo vai ser a última baixa aristocrática nesta pequena diligência. – Sim Sim,, ma m a s faz fa ze r alguém a lguém se passar pa ssar por ele? e le? – Yede Yedenn perguntou. pe rguntou. – Isso I sso me m e par paree ce um pouco arriscado. – Você nos c ontra ontratou tou porque quer queria ia re result sultados ados e xtra xtraordiná ordinários, rios, m e u c ar aroo – Bris Brisaa diss dissee ,
bebe ricaa ndo seu vinho. – Em nosso ra beberic ram m o, re result sultados ados e xtra xtraordiná ordinários rios re requer querem em riscos extraordinários. – Nós os m ini inim m iz izaa m os o m á xim ximoo possí possível, vel, Ye den – Ke Kelsi lsier er a ssegurou. – Meu ator é muito bom.. Contudo, bom Contudo, esse é o tipo tipo de re r e cur curso so necessá nec essário rio para pa ra fa fazze r este e ste traba tra balho. lho. – E se eu e u ordenar orde nar que você voc ê não re r e c orr orraa a algum dele deles? s? – Yeden Ye den perguntou. pe rguntou. – Você Você pode canc c ancela elarr o traba tr abalho lho a qualquer qua lquer m om omento ento – Dock Doc kson disse, disse, sem se m ti tira rarr os olhos de seus registros. – Mas enquanto este estiver em execução, Kelsier tem a palavra final nos planos, objetivos e procedimentos. É assim que trabalhamos; e você sabia disso quando nos contratou. Yeden sacudi sacudiuu a cabeça ca beça com pes pesar. ar. – Be Be m ? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. – Conti Continuam nuam os ou não? A decisã de cisãoo é sua, sua , Yeden. Ye den. – Sint intaa -se li livre vre pa para ra coloc colocaa r um fim niss nisso, o, am igo – Bris Brisaa diss dissee com um umaa voz prestati pre stativa va.. – ão tema nos ofender. Eu, particularmente, encaro favoravelmente qualquer dinheiro dado de graça. Vin viu Yeden empalidecer levemente. Em sua opinião, ele tinha sorte de Kelsier não ter simplesmente tirado seu dinheiro e o esfaqueado no peito. Mas ela estava ficando cada vez mais convencidaa de que não era convencid er a ass a ssim im que as a s coisas coisas funcionavam funcionavam por aqui. aqui. – Isso é loucura louc ura – Yeden Ye den disse. – Tentar Te ntar der derruba rubarr o Senhor Sober oberaa no? – Brisa Brisa perguntou. pe rguntou. – Be Be m , sim sim , na re r e alidade alidade,, é. – Tudo bem – Yeden Ye den disse, suspirando. – Va m os continuar. – Bom – Ke Kelsi lsiee r diss disse, e, e scr scree vendo vendo Kelsi Kelsiee r: Equipamento Equipame nto embaixo de Tropas Tropas.. – A fachada de Renoux também nos fornecerá uma “entrada” na alta sociedade de Luthadel. Essa será uma vantagem muito importante... precisamos manter um acompanhamento cuidadoso das políticas das Grandes Gra ndes Casas Casas se quiserm quiserm os ini iniciar ciar uma guerra guerra.. – Essa guer guerra ra da dass c asa asass pode nã nãoo ser tão fá fácc il de c om omee ça çarr quanto você pensa pensa,, Ke Kelsi lsiee r – Brisa o alertou. a lertou. – O atual grupo de alt a ltos os nobre nobress é cui c uidadoso dadoso e discriminador. discrim inador. Kels Ke lsier ier sorriu. – Então é bom que você este estejj a a qui para par a aj udar udar,, Brisa. É um e spec specialis ialista ta em e m conse conseguir guir que as pessoas façam o que você quer. Juntos, você e eu planejaremos como virar os membros da alta nobreza uns contra os outros. As grandes guerras entre as casas parecem acontecer a cada dois séculos, mais ou menos. A competência do grupo atual só vai torná-las mais perigosas, por tão di isso que não deve ser tão difícil fícil irri irritá-las. tá-las. Na verdade, ve rdade, eu e u já j á come c omece ceii o processo. processo..... Brisa ergueu uma sobrancelha e olhou para Ham. O Brutamontes grunhiu, pegando uma m oeda de ouro de dez box boxes es e j ogand ogando-a o-a do outro outro lado da da sala na direção direçã o de Brisa. Brisa. – O que foi isso? isso? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. – Fiz izee m os um umaa a post postaa – Brisa diss dissee – sobre Ke Kelsi lsiee r e star ou não e nvolvi nvolvido do nos eve eventos ntos da noite noi te pass pa ssada ada.. – Eventos Eve ntos?? – Yeden Ye den perguntou. pe rguntou. – Que eventos? e ventos? – Alguém a tac tacou ou a Casa Ve nture – Ha Ham m diss dissee . – Há rum ore oress de que trê trêss na nascidos scidos das brum a s fora for a m e nviados para par a assassinar a ssassinar o próprio pr óprio Stra Straff ff Ve Venture nture.. Kelsiier fez um Kels um a ca careta. reta. – Trê Três? s? Stra Straff ff c er ertam tam e nte tem um umaa opini opiniãã o ele elevada vada de si m esm o. Ne Nem m c hegue hegueii pe perto rto de Sua Senhoria. Fui lá atrás do atium... e para ter certeza de que seria visto. – Ventur enturee não tem um c ulpado a inda – Brisa continuou. – Mas, c om omoo um Na Nascido scido das Brumas estava envolvido, todo mundo está presumindo que foi uma das outras Grandes Casas. – Essa e ra a ideia – Ke Kelsi lsiee r dis disse, se, fe feli lizz. – A a lt ltaa nobre nobrezza leva os ata ataques ques de nasc nascidos idos das brum a s muit m uitoo a sér sério. io. Te Te m um ac acordo ordo tác tácit itoo de não usar os nascidos na scidos das da s brum as par paraa a ssassinar uns aos outros. Mais uns poucos ataques desses, e os verei se atracar como animais assustados.
Ele se virou, acrescentando no quadro Brisa quadro Brisa:: planejar e Kelsi Kelsier: er: desorde desordem m geral , embaixo de Grandes Cas Casas as.. – De qualque qualquerr m odo – Ke Kelsi lsiee r prosse prosseguiu guiu –, pre precc isam isamos os fic ficaa r de olho na polí políti ticc a loca locall e descobrir quais Casas estão fazendo alianças. Isso significa que temos que infiltrar um espião em alguns de seus eventos e ventos.. – Isso é re r e alm e nte nec ne c essá essário? rio? – Yeden Ye den perguntou, pe rguntou, desconfor desc onfortáve tável.l. Ham assent assentiu iu.. – É um proc procee dim dimento ento padr padrãã o pa para ra qualquer trabalho em Luthadel, na verdade. Se existe algum algu m a informaç inform ação ão a ser cons c onsegui eguida, da, ela sairá dos lábio ábioss dos dos poderosos poderosos da cort c orte. e. Sempre Sem pre vale a pena m a nter um pa parr de ore orelhas lhas atento a tento passeando passe ando por e sses círc c írculos. ulos. – Bem Bem,, iss issoo vai ser fá fácc il – Brisa diss dissee . – É só tra trazze r o seu im imposto postorr e fa fazzer com que frequent fre quentee as fest fe stas. as. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Infe Inf e li lizzm ente ente,, Lorde Renoux não poderá pode rá vir a Luthade Luthadell em pessoa pessoa.. Yeden franziu o cenho. – Por P or que não? Se Se u impost im postor or não nã o passa por um exa exam m e m inucioso? – Ah, ele se par parec ecee c om Lorde Renoux – Ke Kelsi lsier er a firm ou. – Ex Exatamente atamente como Lorde Renoux, na verdade. Só não podemos deixar que chegue perto de um Inquisidor... – Ah – Brisa disse disse , troca troc a ndo um olhar com c om Ha Ham m . – Um daqueles daqueles.. Tudo bem, então. – O quê? quê ? – Yeden Ye den perguntou. pe rguntou. – O que isso significa significa?? – Você Voc ê não quer que r saber sa ber – Brisa Brisa dis disse. se. – Não Nã o quero? quer o? Brisa negou com a cabeça. – Sabe o quão quã o inquieto você voc ê fic ficou ou só porque por que Ke Kelsi lsier er dis disse se que troc trocou ou Lorde Lor de Renoux por um impostor? Bem, isso é quase uma dúzia de vezes pior. Confie em mim... quanto menos você souber, so uber, mais m ais confortável confortável ficará. ficar á. Yeden olhou para Kelsier, que sorria abertamente. Yeden empalideceu, e recostou-se em sua cadeira. – Você Voc ê prova provave velm lmee nte está e stá cer c erto, to, eu ac a c ho. Vin franziu o cenho, olhando para os outros. Pareciam saber sobre o que Kelsier estava faland fa lando. o. Teria que estudar estudar est e stee Lorde Renoux em algu algum m m om omento ento.. – De qualque qualquerr m odo – Ke Kelsi lsier er diss dissee – tem os que infilt infiltra rarr algué alguém m nos eventos e ventos socia sociais. is. Dox, portanto, porta nto, vai int intee rpr rpreta etarr o sobrinho e he herde rdeiro iro de Renoux, um m em bro da fa fam m íl ília ia que recentemente ganhou as graças dele. – Espere Esper e um m om omee nto, Kell – Dockson Dockson disse. disse. – Você Voc ê não m e fa falou lou sobre sobre iss isso. o. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Va m os prec pr ecisar isar de a lguém par paraa ser nosso inform infor m ante c om a nobre nobrezza. P re resum sumii que você se encaixass e ncaixassee no papel. – Nã Nãoo pode ser eu – Doc Dockkson dis disse. se. – Fiquei m a rc rcaa do com o tra trabalho balho de Eiser Eiser,, há a lguns meses. Kelsier franziu o cenho. – O quê? quê ? – Yeden Ye den perguntou. pe rguntou. – Quero Que ro saber sa ber sobre o que estão e stão falando fa lando desta de sta vez ve z. – Isso signi signific ficaa que o Min Minist istéé rio está proc procura urando ndo por e le – Bris Brisaa diss dissee . – Ele fingiu ser um nobre, e eles descobriram. Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. – O própr próprio io Se nhor Sober oberaa no m e viu e m um umaa oca ocasião, sião, e e le tem um umaa m em ória infa infalí lível. vel. Mesmo que eu consiga consiga evitáevitá-llo, alguém alguém vai me re reconhece conhecerr m ais cedo ou m ais tar tarde. de.
– Então... – Yeden Ye den disse. – Então – Ke Kelsi lsier er re respondeu spondeu – pre precc isam isamos os de outra pessoa pa para ra int intee rpr rpreta etarr o her herdeir deiroo de Lorde Renoux. – Não Nã o olhe para pa ra m im – Yede Ye denn disse, disse, apre a preee nsiv nsivo. o. – Confie e m m im – Ke Kelsi lsier er diss dissee , sec se c o – ninguém e stá pensa pensando ndo em e m você você.. Tre T revo vo está e stá for foraa de questão questão também tam bém ... ele ele é um ar artesão tesão sk skaa local m ui uito to proem proem inent nente. e. – Estou fora for a tam bé bém m – Brisa disse. – Já tenho vários vá rios pseudônimos pseudônim os entre entr e a nobre nobrezza . Eu talvez ta lvez pudesse usar um dele deles, s, m as nã nãoo poder poderia ia ir a nenhum dos ba bail ilee s ou fe festas stas im importa portantes... ntes... ser seria ia m ui uitto embaraç em baraços osoo encont encontrar alg alguém uém qu quee m e con c onhecesse hecesse com um no nom m e diferente. diferente. Kels Ke lsier ier fr franz anziu iu o cenho, ce nho, pensativo. pensativo. – Eu poderia poder ia fa f a ze r isso – Ham fa falou. lou. – Mas, Mas, com c omoo vocês você s sabem sabe m , não sou m uit uitoo bom a tor. – E quanto ao m e u sobrinho? – Tre Trevo vo dis disse, se, ac acena enando ndo c om a c abe abeça ça pa para ra o ga garoto roto ao seu lado. Kels Ke lsier ier observou obser vou o garoto. – Com Comoo você se cham c ham a , filho? – Lesti Le stibourne bournes. s. Kelsier ergueu uma sobrancelha. – Que nom nomee ! Nã N ã o tem um ape apeli lido? do? – Num tenho inté ago gora. ra. inté a – Va m os ter que tra trabalha balharr niss nissoo – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – Voc ocêê sem pre fa fala la na gíria das rua ruass do leste? O garoto deu deu de om bros bros,, obvi obviam am ente nervoso em ser o cent ce ntro ro das atenções. – Foi Foi onde vivi de desdi sdi minino minino. Kelsier olhou para Dockson, que balançou a cabeça. – Não Nã o acho a cho um a boa ideia, Kell. K ell. – Concordo. – Ke Kelsi lsiee r voltou-se par paraa Vin e sorr sorriu. iu. – Acho Ac ho que só nos resta re sta você voc ê . Quão Quã o boa é em imitar uma nobre? Vin empalideceu levemente. – Meu irm ã o me m e deu algum a lgumaa s liçõe lições. s. Mas, nunca tentei de ver verdade dade... ... – Vai se da darr bem – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , e scr screve evendo ndo Vin: infi embaixo de Grandes Casas. infiltrada ltrada embaixo Casas. – Muito bem. Yeden, você provavelmente já começou a planejar como vai manter o controle de todo to do o im im pér pério io assim assim que isso isso estiver estiver term in inado. ado. Yeden assentiu. Vin sentiu um pouco de pena do homem, vendo o quanto do plano – a pura ousadia dele – parecia oprimi-lo. Mesmo assim, era difícil sentir simpatia pelo homem, dela e considera consi derando ndo o que que Kels Ke lsier ier acabar ac abaraa de di dizzer so sobre bre a parte dela em m tud tudoo aquilo. aquilo. Fazer o papel de uma nobre? nobre?,, ela pensou. Certamente havia alguém que poderia fazer um trabalho trab alho me m e lhor lhor... ... A atenção atençã o de Bris Brisaa ain a inda da estava em e m Yede Yedenn e em e m seu óbvi óbvioo desconforto. desconforto. – Não Nã o fique f ique tão tã o solene, solene , m eu ca caro ro a m igo – Brisa diss dissee . – O m a is prováve prová vell é que você nunca precc ise pre ise gove re almente ente a cid c idade. ade. As chances cha nces de serm ser m os todo todoss capturados e executados e xecutados m ui uitto governar rnar realm antes que que isso isso aconteç aconteçaa são bem m aiores. Yeden deu um sorriso amarelo. – E se não nã o form for m os? O que os impede impe de de m e apunha apunhalar lar e tom ar o impér im pério io para par a você voc ê s? Brisa revirou os olhos. – Som omos os ladr ladrões, ões, m e u ca caro, ro, nã nãoo polí políti ticc os. Um a naç nação ão é um umaa m e rc rcaa doria c om ompli plica cada da demais para valer nosso tempo. Assim que tivermos nosso atium, estaremos felizes.
– Se Se m m e nciona ncionarr ricos r icos – Ham Ha m a c re resce scentou. ntou. – As duas palavr pa lavraa s são sinônim sinônim os, Ham Ha m m ond – Brisa Brisa com c omee ntou. – Além A lém dis disso so – Ke Kelsi lsiee r dis disse se par paraa Yede edenn –, não vam os te dar o im pér pério io inteiro. Esper Esperaa m os que ele se esfacele uma vez que Luthadel se desestabilize. Você terá essa cidade e, provavelm prova velm ente ente,, um bom peda pedaçç o do Dom íni ínioo Centra Central... l... pre presum sumindo indo que suborne os exé exérc rcit itos os loca lo caiis em troca de apoi apoio. o. – E... o Senhor Senhor Sober oberaa no? – Yeden Ye den perguntou. pe rguntou. Kels Ke lsier ier sorriu. – Ainda esto e stouu planej plane j a ndo lidar lidar c om e le pessoalm pe ssoalmente ente... ... só tenho que de descobr scobrir ir com c omoo faz fa zer o décimo primeiro metal funcionar. – E se não nã o conseguir? conse guir? – Bem – Ke Kelsi lsiee r fa falou, lou, e scr scree vendo Yeden: Preparativos e Governo embaixo de Re Rebelião belião no quadro –, vamos tentar descobrir um jeito de enganá-lo para que saia da cidade. Talvez k aa aa no consigam consi gamos os que que ele e le vá com seu exércit exér citoo para as Minas Minas para assegurar as a s coisas coisas por por lá. – E daí? – Yeden Ye den perguntou. pe rguntou. – Da Daíí você de descobr scobree um j eito de li lidar dar c om ele – Ke Kelsi lsiee r re respondeu. spondeu. – Você não nos contratou para matar o Senhor Soberano, Yeden: isso é só um bônus que pretendo dar, se puder. – Eu não m e pre preocupa ocuparia ria muito muito com isso, Yeden – Ham acrescentou. – Ele não poderá fazer muita coisa sem fundos ou exércitos. É um alomântico poderoso, mas de jeito algum é onipotente. Brisa sorriu. – Se bem que, se se pensa pensarr bem , pseudodivindades host hostis is e destrona destronada dass provave pr ovavelm lmente ente são vizzinhas desagradávei vi desagradáve is. Você terá ter á que descobrir o que faz fa zer com ele. Yeden não pareceu gostar muito da ideia, mas não continuou a discussão. Kels Ke lsier ier se virou. – É isso, isso, então. entã o. – Ah – Ha Ham m diss dissee –, e quanto a o Min Minist istéé rio? Não Nã o devía devíam m os a o m e nos tentar desc descobrir obrir um eito de ficar fic ar de olho naqueles Inqui I nquisi sidores? dores? Kels Ke lsier ier sorriu. – Vam Va m os deixar m e u irmã irm ã o lidar lidar c om e les. – O inferno infe rno que vai – uma um a nova voz fa falou lou do fundo da sala. sa la. Vin ficou em pé, sobressaltada, se virando e olhando para a porta coberta de sombras. Havia um homem parado na entrada. Alto e de ombros largos, tinha uma rigidez escultural. Usava roupas modestas – camisa e calças simples, com um casaco skaa solto. Seus braços estavam cr cruz uzados ados em um gest gestoo de insati insatisfaç sfação, ão, e ele tinha tinha um rost rostoo duro e quadrado que parecia pare cia um pouco fam il iliiar ar.. Vin olh olhou ou novam novamente ente para par a Kelsi Kelsier er.. A similar similarid idade ade er eraa óbv óbvia. ia. – Marsh? Mar sh? – Yeden Ye den disse, fica f icando ndo em pé. – Marsh, Ma rsh, é você! Ele prometeu que você faria parte do trabalho, mas eu... bem... bem-vindo de volta! O rosto rosto de Marsh perm anec aneceu eu impass im passív ível. el. – Nã N ã o tenho te nho ce c e rte rtezza se e stou “de volt voltaa ” ou não, nã o, Ye Ye den. Se você vocêss não nã o se im importa portam m , gostaria gostar ia de falar fa lar a só sóss com o meu m eu irmãoz irm ãoziinho nho.. Kelsier Kelsi er não parece pare ceuu int intimidado imidado com o tom tom duro de de Marsh. Fez Fez um um ac aceno eno para o grupo. grupo. – Term Te rm inam os por hoje, hoj e, pessoal. pe ssoal. Os outros se levantaram lentamente, mantendo-se o mais longe possível de Marsh enquanto parti par tiaa m . Vin os seguiu, fe fecha chando ndo a porta e desc descee ndo as esc escaa das pa para ra dar a im impre pressão ssão de que estava se retirando para seus aposentos.
Menos de três minutos mais tarde, ela estava novamente à porta, ouvindo cuidadosamente a conversa que acont a contec ecia ia lá dentro.
Rashek é um home homem m alt altoo – com comoo a maiori maioriaa dos Terrisanos errisanos.. É jove jovem m dem demais ais para me merec recer er tanto respeito dos outros carregadores. Ele tem carisma, e as mulheres da corte provavelmente o descreve descre veri riam am como c omo bonito, bonito, com um tipo tipo rude rude de beleza. No entanto surpr surpree eendende-me me que alguém preste atenç atenção ão e m um home homem m que fal falaa c om tant tantoo ódio. Nunca viu Khlennium, mas a amaldiçoa. Ele não me conhece, mas eu posso ver a raiva e a hostil host ilidade idade em e m seus se us olhos. olhos.
Três anos não tinham mudado muito a aparência de Marsh. Ele ainda era a pessoa severa e imponentee que Kelsi imponent Kelsier er conhecia desd de sdee a infância. Ainda Ainda tinha tinha aquel a quelee brilho brilho de decepçã dec epçãoo em seus olho ol hos, s, e falava com o mesmo m esmo ar a r de des desaprov aprovaçã ação. o. No e ntanto, de ac acordo ordo c om Doc Dockkson, a s atitudes de Mar Marsh sh havia haviam m m udado m uit uitoo de desde sde aquele dia, três anos antes. Kelsier ainda achava difícil acreditar que seu irmão desistira da lidera li derança nça da rebeli r ebelião ão skaa skaa.. Ele sempre sem pre fora m ui uito to apaixonado apaixonado por por seu trabalho. Aparentemente, a paixão havia esmaecido. Marsh deu um passo adiante, observando as palavra pala vrass no quadr quadro-ne o-negro gro com olhar c rítico. Suas roupa roupass e stava stavam m leve levem m e nte m a ncha nchada dass de cinza, embora seu rosto estivesse relativamente limpo para um skaa. Ele ficou parado por um instante, olhando as anotações de Kelsier. Finalmente, Marsh se virou e jogou uma folha de papel na cadeira c adeira ao lado de de Kels Ke lsier. ier. – O que é iss isso? o? – Kelsi Ke lsiee r perguntou, pe rguntou, pegando pega ndo a folha. f olha. – Os nom e s dos onze onze hom homee ns que você a ssassino ssassinouu noite noite pa passada ssada – Marsh Mar sh disse. disse. – Pense P enseii que pelo me m e nos ia ia quer querer er sabe saber. r. Kelsier Kelsi er j ogo ogouu o papel papel na lareira ac acesa. esa. – Eles serviam ser viam ao Im I m pér pério io Final. Final. – Era Eram m homens homens,, Kelsier – Marsh replicou. – Tinham vidas, famílias. Vários deles eram
skaa. – Traidore Tra idores. s. – P e ssoas – Mar Marsh sh diss dissee . – P e ssoas que e stava stavam m só tentando fa fazze r o m e lhor c om o que a vida vi da lhes deu. me deu a – Bem Bem,, e sto stouu fa fazze ndo a m e sm smaa c oisa – Ke Kelsi lsiee r dis disse. se. – E, fe feli lizzm ente ente,, a vida me habilidade de empurrar homens como eles do alto de edifícios. Se eles querem me enfrentar comoo nobres, com nobres, ent então ão também po podem dem m orrer como c omo nobres. nobres. A express e xpressão ão de Marsh ficou sombria. sombria. – Com Comoo pode ser se r tão tã o irreve irre vere rente nte com c om um umaa coisa c oisa dessas? dessa s? – P orque orque,, Mar Marsh sh – Ke Kelsi lsiee r re respondeu spondeu –, o hum humor or é a única c ois oisaa que m e re restou. stou. Hum or e determinação. Marsh bufou. – Voc ocêê devia e star c ontente – Ke Kelsi lsiee r c om omee ntou. – De Depois pois de dé déca cadas das ouvindo os seus sermões, eu finalmente decidi fazer algo útil com meus talentos. Agora que está aqui para aj udar, tenho tenho certez cer tezaa de que... – Não Nã o esto e stouu aqui para pa ra a j udar – Marsh Mar sh o inter interrom rom peu. – Então por que veio? – P a ra lhe fa fazze r um umaa per pergunta. gunta. – Mar Marsh sh a vanç vançou, ou, par paraa ndo bem diante de Ke Kelsi lsier er.. Eles tinham quase a mesma altura, mas a personalidade austera de Marsh sempre o fizera parecer um pouco mais alto. – Como ousa fazer isso? – Marsh perguntou em voz baixa. – Eu dediquei a minha vida para derrubar o Império Final. Enquanto você e seus amigos ladrões festejavam, eu escondi esc ondiaa fugit fugitivo ivos. s. Enquanto Enquanto planej ava avam m roubos insi insigni gnifica ficantes, ntes, eu organi orga nizzava re revol voltas. tas. Enquanto Enquanto vivi vi viam am na luxúria, luxúria, eu via via pess pe ssoas oas coraj os osas as morre m orrendo ndo de fome. fom e. Marsh apontou para Kelsier, batendo com o dedo em seu peito. – Como ousa? Como ousa? Como ousa tentar roubar a rebelião para um de seus “trabalhinhos”? Como ousaa us ous usar ar este sonho sonho como m eio de enriquec enriquecer er?? Kelsier Kelsi er em purrou o dedo do irmã irmão. o. – Não Nã o é disso que se tra trata. ta. – Ah é ? – Mar Marsh sh per perguntou, guntou, ba batendo tendo na pala palavra vra atium atium no quadro. – Por que esses jogos, Kelsier? Por que enrolar Yeden, fingindo aceitá-lo como seu “empregador”? Por que agir como se você se importasse importasse com os sk skaa aa?? Am Ambos bos sabem sabemos os atrás do que que você est e stá. á. Kelsier travou a mandíbula, um pouco de seu bom humor havia desaparecido. Ele sem sempre pre conseguiu fazer isso comigo. comigo . – Você nã nãoo m e c onhec onhecee m ais, Mar Marsh sh – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , e m voz ba baixa. ixa. – Isso não é pelo dinhei di nheiro... ro... já ti tive ve m ais riquez riquezaa do que que qual qualquer quer homem hom em pod poderia eria gast gastar ar.. Este Este trabalh trabalhoo é di dife fere rent nte. e. Marsh se aproximou, observando os olhos de Kelsier, como se buscasse a verdade neles. – Você Voc ê sem pre foi um bom m e nti ntiroso roso – disse disse finalm f inalmee nte. Kels Ke lsier ier re revirou virou os olhos. olhos. – Ótimo, Ótim o, pense pe nse o que quis quisee r. Mas Ma s não m e venha com ser serm m ões. De D e rr rrubar ubar o impér im pério io pode ter te r sido seu sonho no passado. Mas agora você se tornou um bom skaa, resignado em sua oficina e fazzendo reverênc fa reve rênciias para par a os nobres nobres que o visit visitam am . – Eu enc encar aree i a re reaa li lidade dade – Mar Marsh sh c om omee ntou. – Algo que você nunca foi bom e m fa fazze r. Mesmo que esteja falando sério sobre este plano, vai falhar. Tudo o que a rebelião já fez (as incursões, os roubos, as mortes) não serviu para nada. Nossos melhores esforços não chegaram sequer a ser um leve incôm incôm odo para o Senhor Senhor Soberano. Soberano. – Ah – Kelsi Ke lsiee r diss dissee – m a s ser um incôm incômodo odo é algo no qual e u sou muito bom. De fato, sou
muito mais do que um “leve” incômodo: as pessoas me dizem que posso ser completamente irritant irri tante. e. Eu poderia m ui uito to bem bem us usar ar esse talento talento por uma um a boa causa, c ausa, não é? é? Marsh suspirou, suspirou, dando meiam eia-vol volta. ta. – Isso não é sobre um umaa “ ca causa” usa”,, Ke Kelsi lsiee r. É sobre vinganç vingançaa . É sobre você você,, com o tudo sempre é. Eu posso acreditar que você não está atrás do dinheiro... e até mesmo que você pretende pre tende e ntre ntregar gar a Ye den e sse e xér xércc it itoo pe pelo lo qual qua l ele e le apa apare rentem ntem e nte está te paga pagando. ndo. Mas não acre ac redi ditto que se import im porte. e. – É aí que você se enga engana, na, Mar Marsh sh – Ke Kelsi lsiee r diss dissee em voz baixa. – É a í que você sem pre se enganou ao meu m eu resp re speit eito. o. Marsh franz fr anziu iu o cenho. – Talvez Ta lvez.. Sej Sej a c om omoo for, for , com o isso isso com eç eçou? ou? Ye Yede denn foi até você ou você foi até a té ele? e le? – Isso im importa porta?? – Ke Kelsi lsiee r per perguntou. guntou. – Olhe, Mar Marsh. sh. P re reciso ciso de a lguém par paraa se infil infiltra trarr no Mini Mi nist stér ério io.. Esse Esse pl plano ano não vai a lu lugar gar algu algum m se não cons c onsegui eguirm rm os achar um j eit eitoo de ficar f icar de olho olho naqueless Inqui naquele I nquisi sidores. dores. Marsh se vi virou. rou. – Você Voc ê re reaa lm lmente ente e sper speraa que eu o aj a j ude? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – É por iss issoo que você ve veio io até aqui, não nã o importa im porta o que diga. Você Você m e dis disse se um umaa vez que e u poderia poder ia fa fazze r coisas gra grandios ndiosaa s se m e a pli plicc asse a a lgum obj objetivo etivo que vale valesse sse a pe pena. na. Bem Bem,, é o que estou estou fazendo fazendo agora... e você vai aj udar. – Já não é a ssi ssim m tão fác f ácil il,, Kell Ke ll – Mar Marsh sh falou, fa lou, sacudindo sac udindo a ca c a beç beça. a. – Alguma Algum a s pessoas pessoa s estão e stão dife di fere rent ntes es agora. Outras... Outras... se foram . Kelsier deixou a sala ficar em silêncio. Até a chama da lareira estava começando a morrer. – Sint Sintoo falt fa ltaa dela tam bém . – Tenho c er ertez tezaa que sim... m a s tenho que ser honesto c om você você,, Ke Kell ll.. Ape Apesar sar do que ela fez... às vezes desejo que não tivesse sido você aquele que sobreviveu às Minas. – Desej De sej o o me m e sm smoo todos os dia dia s. Marsh se virou, estudando Kelsier com olhos frios e perspicazes. Os olhos de um buscador. O que quer que tenha vist vistoo reflet ref letid idoo em Kelsi Kelsier er deve ter fin f inalm almente ente mer m erec ecid idoo sua sua aprovaçã a provação. o. – Esto E stouu indo – Marsh Ma rsh diss dissee . – Mas, por a lgum m oti otivo, vo, você voc ê re reaa lm lmee nte pa pare recc e since sincero ro desta vez.. Voltarei vez Voltarei para ouv ouvir ir o plano plano maluco m aluco que você está tram ando. Então. Então..... bem, bem , verem vere m os os.. Kelsier Kelsi er so sorriu. rriu. No fundo fundo,, Mar Marsh sh er eraa um bom homem hom em – mui m uito to m elho elhorr do que que Kels Ke lsier ier j am ais fora. Quando Marsh se virou em direção à saída, Kelsier captou um movimento nas sombras atrás da porta. Ele imediatamente queimou ferro, e as linhas azuis translúcidas brotaram de seu corpo, conectando-o às fontes próximas de metal. Marsh, é claro, não tinha nenhum em seu corpo – nem mesmo moedas. Percorrer os setores skaa da cidade podia ser muito perigoso para um homem home m qu quee parecesse pare cesse mi m ini nim m am ent entee próspero. próspero. Alguém mais, no entanto, ainda não tinha aprendido a não carregar metal consigo. As linhas azuis eram finas e fracas – não atravessavam bem a madeira – mas eram fortes o suficiente paraa fa par fazze r que Ke Kelsi lsier er loca locali lizza sse a five fivela la do cinto de um umaa pessoa no c orr orree dor, a fa fastando-se stando-se rapidamente da porta com passos silenciosos. Kelsier sorriu para si. A garota era incrivelmente habilidosa. Mas o tempo que passara nas ruas, no entanto, também tinha deixado cicatrizes profundas nela. Com sorte, ele seria capaz de encorajar as habilidades dela enquanto a ajudava a curar suas feridas. – Voltarei Voltare i am anhã – Marsh Mar sh disse, disse, enquanto e nquanto abria a bria a porta. por ta. – Só nã nãoo ve venha nha m uit uitoo ce cedo do – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , c om um umaa pis piscc a dela dela.. – Te nho algum algumaa s c oisas
paraa fa par fazze r esta e sta noite. noite. Vin esperava em silêncio no quarto escuro, ouvindo os passos que desciam as escadas. Agachou-se atrás da porta, tentando determinar se o som de passos continuava a descer ou não. O corredor ficou em silêncio, e ela finalmente deu um suspiro silencioso de alívio. Umaa bati Um batida da soou soou na porta, a alg a lguns uns ce cent ntíme ímetros tros de sua cabeç c abeça. a. O sobressalto quase a fez cair no chão. Ele chão. Ele é bom! pe nsou. u. bom!,, ela penso Rapidamente despenteou o cabelo e esfregou os olhos, tentando fazer parecer que estava dormindo.. Puxou a cam dormindo c am isa para fora da calça ca lça e esp e sper erou ou até até que outra outra bat ba tid idaa soasse soasse ant a ntes es de abrir a port porta. a. Kelsier Kelsi er estava apoi a poiado ado em um batent batente, e, sua silhuet silhuetaa er eraa re recortada cortada pela luz da única única lant lanter erna na no corredor. corre dor. Ergueu Ergueu uma um a sobrancelh sobrance lhaa ao a o ver seu est e stado ado desalinhado desalinhado.. – Sim Sim?? – Vin perguntou, per guntou, tenta tentando ndo parec par ecee r sonolenta. – Então, o que a chou de Mar Marsh? sh? – Não Nã o sei – Vin respondeu. re spondeu. – Não Nã o vi muita cois c oisaa ante antess que nos coloca c olocasse sse para pa ra for fora. a. Kels Ke lsier ier sorriu. – Não Nã o vai adm a dmit itir ir que peguei pe guei você voc ê , não é? é? Vin quase sorriu de volta. O treinamento de Reen veio ao seu socorro. O homem que quer que confie nele é aquele a quem você mais deve temer . temer . A voz de seu irmão quase parecia sussurrar em sua mente. E ficara mais forte desde que conhecera Kelsier, como se seus instintos estivess esti vessem em à prova. Kelsier Kelsi er a observou por por um m ome oment nto, o, e se afasto af astouu da porta. porta. – Coloque Coloque a ca cam m isa para pa ra de dentro ntro da ca c a lça e m e sig sigaa . Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Pa P a ra onde vam va m os? – Com Comee ça çarr seu se u treinam tre inam ento. – Agora? Agora ? – Vin perguntou, per guntou, olhando as a s venez vene ziana ianass escura esc urass de seu se u quarto. quar to. – É clar c laroo – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou. – É uma noit noitee perf pe rfee it itaa par paraa um peque pequeno no passeio. passe io. Vin alisou sua roupa, juntando-se a ele no corredor. Se ele realmente pretendia começar a lhe ensinar ela não reclamaria, não importa que horas fossem. Eles desceram a escada em direção ao térreo. A oficina estava escura, os projetos de móveis inacabados jazendo nas sombras. sombr as. A coz c ozin inha, ha, no ent e ntanto, anto, estava ilum ilum inada. – Só Só um m inut inutoo – Kelsi Ke lsiee r disse, dirigindo-se para pa ra a coz c ozinha. inha. Vin se deteve em meio às sombras da oficina, deixando que Kelsier entrasse sozinho na cozinha. Ela mal podia ver o interior do cômodo. Dockson, Brisa e Ham estavam sentados com Trevo e seus aprendizes ao redor de uma mesa comprida. Havia vinho e cerveja, embora em pequenas peque nas quanti qua ntida dades, des, e os homens hom ens fa f a ziam um umaa re refe feiçã içãoo simples, simple s, com bolo de ce c e vada e vege vegetais tais cozidos. As gargalhadas ecoaram na oficina. Não eram risos ásperos, como os que frequentemente vinham vi nham da m esa de Cam on. Era Era algo mai ma is suave suave – algo indi indica cati tivo vo de uma um a al a legria genuína, genuína, de um prazzer be pra bem m -hum ora orado. do. Vin não tinha certeza do que a afastava do aposento. Ela hesitou – como se a luz e o bomhumor fossem uma barreira – e, em vez de entrar na cozinha, permaneceu na oficina, solene e silenciosa. Observava da escuridão, contudo, e sem conseguir controlar completamente a sua ansiedade. Kelsier voltou alguns minutos mais tarde, carregando sua mochila e um pequeno pacote de tecido. tecid o. Vin Vin olhou olhou o pac pacot otee com curios curiosid idade, ade, e ele o ent e ntre regou gou par paraa ela com c om um so sorriso rriso..
– Um pre presente sente.. O tecido sob os dedos de Vin era liso e macio, e ela rapidamente percebeu o que era. Deixou que o material cinza escorregasse por seus dedos, revelando uma capa de Nascido das Brumas. Como o vestuário que Kelsier usara na noite anterior, era todo confeccionado por tiras de tecid tec idoo separadas. separa das. – Você Voc ê par paree ce surpr surpresa esa – Kelsi Ke lsiee r observou. obse rvou. – Eu... achei ac hei que ti tinha nha que m e re rece cerr isso de algum a lgumaa m ane aneira ira.. – O que há para pa ra m e re rece cer? r? – Kelsier disse, pegando pe gando sua própr própria ia ca c a pa. – É o que você é, Vin. V in. Ela fez uma pausa, então atirou a capa sobre os ombros e a amarrou. Era... diferente. Grossa e pesada nos ombros, mas leve e solta ao redor dos braços e pernas. As tiras eram costuradas no topo, permitindo que ela puxasse o manto com firmeza se desejasse. Sentia-se... envolvida. envolvi da. Protegida. P rotegida. – Com Comoo se sente? se nte? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. – Be Be m – Vin disse disse simplesm sim plesmee nte. Kelsier assentiu, pegando vários frascos de vidro. Deu dois para ela. – Beba um um;; guar guarde de o outro par paraa a lgum lgumaa ne nece cessi ssidade dade.. Most Mostra rare reii com o m ist istura urarr novos frascos mais tarde. Vin assentiu, assentiu, bebendo o primeiro prim eiro fra f rasco sco e guarda guardando ndo o segundo segundo no cinto. cinto. – Mande Mandeii fa fazzer a lgum lgumas as roupa roupass novas par paraa você – Ke Kelsi lsier er c ontou. – Você pre precisa cisa cr criar iar o hábito de usar coisas que não tenham metal: cintos sem fivelas, sapatos que possa calçar e tirar facilmente, calças sem botões. Se quiser ousar, talvez mais tarde arranjemos algumas roupas de mulher. Vin corou de leve. Kels Ke lsier ier riu r iu.. – Estou brinca br incando. ndo. Mas você e stá e ntra ntrando ndo e m um novo m undo... pode vir a de descobr scobrir ir que há situações em que será melhor parecer menos um ladrão de gangue e mais uma jovem senhora. Vin assentiu, seguindo Kelsier, que se dirigia para a porta da frente da loja. Kelsier abriu a porta,, re porta revela velando ndo um umaa par parede ede de e scur scuras as brum a s inconstantes, e entr entrou ou nela nelas. s. Respirando profundam prof undam e nte, Vin o seguiu. Kelsier fechou a porta atrás deles. A rua de paralelepípedos parecia abafada para Vin, as brum a s torna tornavam vam tudo um pouco úm úmido. ido. Nã Nãoo conse conseguia guia e nxer nxerga garr e m nenhum a dire direçç ão, e os limites das ruas pareciam desvanecer no nada, como se fossem caminhos para a eternidade. Acima, Acim a, não havi haviaa cé céu, u, apenas redem r edem oi oinho nhoss de cin c inzza so sobre bre cinz cinza. a. – Muito Muito bem, bem , vam os com eç eçaa r – Kelsier K elsier fa falou. lou. A voz dele pareceu alta na rua silenciosa e vazia. Havia confiança em seu tom, algo que – confrontado confront ado com as brumas bruma s ao seu seu redor re dor – Vin Vin certam cer tamente ente não sentia. sentia. – Sua prim primee ira li liçç ão – Ke K e lsi lsier er prosse prosseguiu, guiu, andando a ndando pe pela la rua rua,, seguido por Vin – não é sobre alomancia, mas sobre atitude. – Varreu com a mão o espaço à sua frente. – Isso, Vin. Isso é nosso.. A noite, as brumas... nos pertencem. Os skaa as evitam como se fossem a morte. Os nosso ladrões e soldados saem na noite, mas também a temem. Os nobres fingem indiferença, mas as brum a s os de deixam ixam de desconf sconfortá ortáve veis. is. – Ele se virou, olhando par paraa ela ela.. – As brum a s são nossas amigas, Vin. Elas te escondem, te protegem... e te dão poder. De acordo com a doutrina do Ministério – algo raramente compartilhado com os skaa –os nascidos das brumas são descendentes do único homem que se manteve fiel ao Senhor Soberano nos dias que antecedera antece deram m a Ascenção. Asce nção. Outra Outrass lendas lendas diz dizem que estam estam os até m esm esmoo além do poder poder do Senhor Senhor Soberano, algo algo nascido nascido no di dia em e m que as brumas brum as pisara pisaram m a terra ter ra pela primeira prime ira vez. vez.
Vin assentiu levemente. Era estranho ouvir Kelsier falar tão abertamente. Edifícios repletos de skaa adormecidos se erguiam dos dois lados da rua. Mesmo assim, as venezianas escuras e o ar si silencioso lencioso faziam faziam com que Vin sentisse sentisse com c omoo se ela e la e Ke Kels lsier ier esti estivessem vessem soz sozinh inhos. os. Soz Sozinh inhos os na cidade m ais densam densamente ente povoada, povoada, mais m ais abarrotada do Império Im pério Fin Final. al. Kelsier continuou a caminhar, a vivacidade de seu passo contrastava com a penumbra escura. – Nã Nãoo devía devíam m os nos pre preoc ocupar upar com os soldados? – Vin per perguntou, guntou, em voz baixa baixa.. Suas gangues gangu es sem pre ti tinham nham que ficar fica r atent a tentas as às à s patrulhas patrulhas noturnas noturnas da Guarnição. Gua rnição. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Mesm o que fôsse fôssem m os desc descuidados uidados o basta bastante nte par paraa que nos loca locali lizza ssem , ne nenhum nhumaa patrulha patr ulha im impe peria riall ousaria ousar ia incom incomodar odar um Na Nascido scido das da s Bruma Brum a s. Eles ve veem em nossas ca c a pas e finge fingem m que não nos viram. Lembre-se: praticamente todos os nascidos das brumas são membros das Grandes Casas – o resto pertence a casas menores de Luthadel. Em ambos os casos, são indivíduos importantes. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Então os guardas guar das simplesm sim plesmee nte ignoram ignora m os nascidos nasc idos das brum br umas? as? Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – É fa falt ltaa de e duca ducaçç ão re reconhe conhece cerr que a figura a coc cocora orada da que você vê no telhado é, na verdade, um alto senhor muito distinto e próspero... ou mesmo uma alta senhora. Os nascidos das brum a s são sã o tão tã o ra r a ros que as c asa asass não nã o podem pode m se dar a o luxo de pe perm rm it itir ir pre precc once onceit itos os de gêne gênero ro em relação a eles. De qualquer modo, a maior parte dos nascidos das brumas tem duas vidas: a de aristocrata da corte, e a de alomântico furtivo e espião. As identidades dos nascidos das brum a s são segr segree dos be bem m guar guardados dados das ca casas: sas: os rum ore oress sobre quem são os nasc nascidos idos das brum a s sem pre são o ce c e ntro das fofoc f ofocaa s da alt a ltaa nobreza. nobr eza. Kelsier Kelsi er entrou em out outra ra rua, com c om Vin atrá atráss dele, dele, ain a inda da um pou pouco co nervos ner vosa. a. Não Nã o tinha tinha certez ce rtezaa sobre onde ele a estava levando; era fácil se perder na noite. Talvez ele não estivesse indo para algum lugar, mas apenas acostumando-a às brumas. – Muito Muito bem be m – Kelsi Ke lsier er dis disse se – vam va m os fam fa m il iliar iariz izáá -la c om os m eta etais is básicos. P ode sentir suas sua s reservas re servas de metal? m etal? Vin se se deteve. de teve. Ao se conc concentra entrar, r, pôde distin distingui guirr oito fontes de poder di dife fere rent ntes es dentro de ntro de si – cada uma maior, inclusive, que as duas que notara no dia em que Kelsier a testara. Ela tinha estado reticente em usar sua Sorte desde esse dia. Começava a perceber que vinha usando uma arma que nunca compreendera de verdade – uma arma que acidentalmente chamara a atenção de um Inquisidor de Aço. – Com Comee ce por queim que imáá-los, los, um um de cada c ada ve vezz – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou. – Queim Que imar ar?? – É com c omoo cham cha m am os quando se ati a tiva va um a habil ha bilidade idade a lom lomââ nti nticc a – Ke K e lsi lsiee r expli e xplicou. cou. – Você V ocê “queima” o metal associado com um determinado poder. Você vai ver o que quero dizer. Come omece ce com os m etai etaiss que que ainda ainda não con c onhece. hece. Trabal Tra balharem harem os com as em oções de de abrandar e em outro momento. tumultuar em Vin assentiu, parando no meio da rua. Hesitante, ela alcançou uma de suas novas fontes de poder.. Um a dela poder delass lhe era e ra leve levem m e nte fam f am il iliar iar.. Te Te ria usado essa e ssa fonte f onte antes, a ntes, sem per perce ceber ber?? O que será que ela faria? Só tem um jeito de descobrir... Incerta sobre o que exatamente devia fazer, Vin agarrou a fonte de poder e tentou usá-la. Imediatamente, sentiu uma onda de calor dentro do peito. Não era desconfortável, mas era clara e distinta. Junto com o calor, veio algo mais – uma sensação de rejuvenescimento e poder.
Sentia-se... mais sóli mais sólida algum m odo odo.. da,, de algum – O que a c ontec ontecee u? – Kelsi Ke lsier er pe perguntou. rguntou. – Eu m e sint sintoo dife difere rente nte – Vin re respondeu. spondeu. Le Leva vantou ntou a m ão, e e ra com o se o seu m e m bro tivesse reagido rápido demais. Os músculos estavam retesados. – Meu corpo está estranho. Não m e sinto sinto m ais cansada, m e si sint ntoo alerta. – Ah – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – É peltre peltre.. Aum enta suas ha habil bilidade idadess física físicas, s, torna você m a is for forte, te, m ais apta apta a re resi sist stir ir à fadi fa diga ga e à dor. Você vai reagi rea girr m ais rapidam rapidamente ente quando esti estiver ver queimando queim ando peltre,, e seu peltre se u corpo cor po ficará fica rá m ais resis re sistente. tente. Vin flexio flexionou nou os músculos músculos,, experime e xperiment ntando-os ando-os.. Não Nã o pareciam pare ciam m aiores, mas m as ela e la podia podia sent sentir ir a força deles. E não eram só seus músculos – era tudo nela. Seus ossos, sua carne, sua pele. Ela recorr re correu eu à su suaa re reserva, serva, e pôd pôdee sent senti-l i-laa di dim m in inui uindo ndo.. – Estou ficando fica ndo sem – disse. disse. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – O peltre queim queimaa re relativam lativamente ente rá rápido. pido. O fr frasc ascoo que lhe dei foi m e dido para pa ra dura durarr c e rc rcaa de dez minutos de queima contínua... mas terminará mais rápido se você o inflamar com frequência e mais devagar se você for cuidadosa com o uso. – Inflam Inf lam ar ar?? – Você Você pode queim queimaa r os meta m etais is com um pouco m ais de vigor se tentar – Kelsi Ke lsiee r expli e xplicou. cou. – Isso o faz acabar aca bar m ais rápido, rápido, e é di difícil fícil de m anter, mas m as pode pode lhe dar um impul impulso so extra. Vin franziu o cenho, tentando fazer como ele dizia. Aplicando uma pressão, ela conseguiu agitar agit ar as cham as em seu peito peito,, inflam inflamando ando o pelt peltre re.. Era com comoo o ar inalado antes antes de um sal salto to ous ousado. ado. Uma Um a corre c orrent ntee súbita súbita de força forç a e pod poder er.. Seu Seu corpo ficou tenso como o esperado e, por um momento, ela se sentiu invencível. Então passou, e seu corpo relaxo re laxouu lentam lentam ente. Interessante Inte ressante,, Vin pensou, notando o quão rápido seu peltre queimara naquele breve momento. – Agor Agoraa , há a lgo que você pre precc isa sabe saberr sobre os m eta etais is alom ânticos – Ke Kelsi lsier er fa falou, lou, enquanto avançavam pela bruma. – Quanto mais puros, mais efetivos são. Os frascos que prepa pre para ram m os c ontêm m e tais tot totalm alm e nte puros, pre prepar paraa dos e vendidos e spec specifica ificam m e nte par paraa alomânticos. As ligas – como o peltre – são ainda mais complicadas, já que as porcentagens de m etal precis precisam am ser mi m ist sturadas uradas com precis precisão ão para fornecer po poder der m áxi áxim m o. Na verdade, se se você não for cuidadosa ao comprar seus metais, pode acabar com uma liga totalmente errada. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Quer Que r dizer dizer que alguém a lguém pode m e e ngana nganar? r? – Nã Nãoo int intee nciona ncionalm lmente ente – Ke Kelsi lsier er fa falou. lou. – A questã questãoo é que a m a ioria dos ter term m os que a s pessoass usam pessoa usa m – palavr pa lavraa s com c omoo “latão” “ latão”,, “peltre “ peltre”” e “br “bronz onze” e” – é re realm alm e nte m uit uitoo vaga va ga.. O pe pelt ltre re,, por exem e xem plo, é gera ge ralm lmee nte ac a c eito com c omoo uma um a li liga ga de e stanho com c om c hum humbo, bo, e talvez um pouco de cobre ou prata, dependendo do uso e das circunstâncias. O pe pelt ltre re alomântico, alomântico , no entanto, é uma liga de noventa e um por cento de estanho e nove por cento de chumbo. Se você quiser ter a força máxima do seu metal, tem que usar essas porcentagens. – E... se queim que imaa r a porc porcee ntage ntagem m e rr rraa da? – Vin perguntou. – Se a m ist istura ura e sti stiver ver só um pouco for foraa do per perce centual, ntual, você ainda conse conseguirá guirá ti tira rarr poder dela. – Kelsier explicou. – Mas se estiver muito fora, queimá-la a deixará doente. Vin assentiu assentiu lentam lentam ente. – Eu... ac acho ho que j á queim e i e sse m e tal a ntes. De vez em quando, e m quantidade quantidadess m uit uitoo pequenas. peque nas. – Meta Metais is re residuais siduais – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – podem ser e ncontra ncontrados dos na á gua c ontam inada por
metais ou nos utensílios de peltre. Vin assent assentiu iu.. Alguma Algumass das caneca cane cass do covil covil de Camon Cam on eram era m de peltre. peltre. – Muito Muito bem – Kelsi Ke lsiee r prosseguiu. pr osseguiu. – Apague o peltre e vam va m os para par a o próxim pr óximoo meta m etal.l. Vin fez o que lhe era pedido. A retirada de poder fez com que se sentisse fraca, cansada e exposta. – Agor Agoraa – Ke Kelsi lsiee r fa falou lou – você deve ser c apa apazz de notar um umaa e spéc spécie ie de em pa pare relham lham e nto entre suas reservas de metal. – Com Comoo os dois dois me m e tais em oc ocionais ionais – Vin comentou. com entou. – Exatam Exa tam e nte. Encontre Enc ontre o m eta etall ligado ligado ao a o peltre. peltre . – Posso P osso se se nti nti-lo -lo – Vin falou. fa lou. – Há H á dois me m e tais para pa ra ca cada da poder – Kelsier K elsier diss disse. e. – Um empurra outro puxa;; o segundo, empurra,, o outro puxa em geral, é uma liga do primeiro. No caso das emoções – um dos poderes mentais externos –, você puxa você com zin inco co e empurra com latão. Você Você acaba a caba de usar usar pel pelttre para empurrar seu seu corpo. puxa com empurra com Essee é um dos podere Ess poderess físicos físicos inter internos nos.. – Com Comoo Ham Ha m – Vin disse. disse. – Ele queim a pelt pe ltre re.. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Brum Brumosos osos que podem queim queimaa r peltre são c ham a dos de Brutam Brutamontes. ontes. Um ter term m o rude rude,, admit adm ito.. o.... mas ma s eles tend tendem em a ser pess pessoas oas bastante bastante rudes. Noss Nossoo quer querid idoo Ham m ond é uma um a exceç e xceção ão à regra. re gra. – Então, o que o outro me m e tal físico inte inte rno fa f a z? – Experim Exper imee nte e desc descubra ubra.. Vin experimentou ansiosamente, e o mundo ao seu redor ficou repentinamente mais brilhante. Ou... bem , nã nãoo exa exatam tam e nte brilhante. P odia ve verr m e lhor e m a is longe, m a s a s brum a s ainda estavam lá. Estavam só mais... translúcidas. A luz ambiente ao redor dela parecia mais reluzente de algum modo. Havia outra outrass mudanças. mudança s. Podia Podia sentir sentir suas roupas. roupas. Perc Pe rcebeu ebeu que sem pre fora f ora capaz c apaz de de sentisentilas, mas normalmente as ignorava. Agora, no entanto, sentia-as mais próximas. Podia sentir as texturas, text uras, e est e stava ava agudam agudamente ente ciente dos lugares lugares em e m que o tecido lh lhee apertava. a pertava. Estava com fome. Também isso estivera ignorando – mas agora sua fome estava mais prem pre m e nte. Notava a pele m ais úm úmida, ida, e podia sentir os c heir heiros os de ter terra ra,, fuligem e re resídu síduos os misturados no ar. – O e stanho a m pli pliaa seus sentidos – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , sua voz repentinam re pentinam ente par paree c endo m uit uitoo alta. – E é um dos metais que queima mais devagar; o estanho do frasco é o suficiente para m anter você por hora horas. s. A maio ma ioria ria dos nascid nascidos os das brumas bruma s deixa deixa o estanho estanho aceso ac eso sem sem pre que sai nas brumas; bruma s; ac acendi endi o meu me u assim assim que deixamos deixam os a loja. loja . Vin assentiu. A riqueza de sensações era quase esmagadora. Ela podia ouvir rangidos e brigass na e scur briga scuridão, idão, e iss issoo a deixa deixava va c om vontade de saltar ala alarm rm a da, c er erta ta de que algué alguém m estava se esg e sgueirando ueirando atrás dela. Vai custar para eu me acostumar com isso . – DeixeDe ixe-oo queim que imando ando – Kelsi Ke lsier er diss dissee , ac a c ena enando ndo para pa ra que c a m inhasse ao a o lado dele de le enquanto e nquanto seguiam pela rua. – Você vai querer se acostumar aos sentidos aumentados. Só não o inflame o tempo todo. Você não só vai acabar com ele muito rápido, como avivar metais de modo constante faz... coisas estranhas com as pessoas. – Estranhas? Estranha s? – Vin perguntou. per guntou. – Os me m e tais – especia espe cialm lmente ente o estanho e stanho e o pelt pe ltre re – esti e sticc am seu corpo. c orpo. Infla I nflam m ar os me m e tais só fazz com que estiquem fa estiquem aind aindaa m ais ais.. Estiq Estique ue m ui uito to,, durante durante m ui uito to tem tem po, e as coi c oisas sas começ com eçam am a se quebrar.
Vin assentiu, sentindo-se desconfortável. Kelsier ficou em silêncio, e continuaram a caminhar, para que Vin explorasse suas novas sensações e o mundo detalhado que o estanho revelava. Antes, sua visão ficava reduzida a uma minúscula porção da noite. Agora, no entanto, via toda a cidade envolta em uma manta de bruma instável e rodopiante. Podia distinguir as fortalezas como pequenas e escuras montanhas ao longe, e podia ver os pontos de luz nas janelas, como buracos de agulha na noite. E, acima... via luzes no céu. Ela se deteve, olhando maravilhada. Eram fracas, borradas até mesmo para seus olhos melhorados pelo estanho, mas conseguia distingui-las de leve. Centenas delas. Milhares delas. Tão pequenas pequenas como com o brasas de de vel velas as recém rec ém -apagadas. – São estrela e strelass – Kelsi Ke lsiee r com entou, andando a ndando ao a o lado dela. de la. – Nã N ã o é possí possíve vell vê-las vê- las com c om m uit uitaa frequência, fre quência, mesm m esmoo com o estanho. estanho. Só Só nas noit noites es particular particularm m ente claras. clara s. As pess pessoas oas costuma costumavam vam olhar para cima e vê-las todas as noites... isso foi antes que as brumas chegassem, antes que as Montanhas de Cinzas cuspissem cinzas e fumaça no céu. Vin olhou para ele. – Com Comoo você sabe dis disso? so? Kels Ke lsier ier sorriu. – O Se nhor Sober oberaa no tentou com c om m uit uitoo em e m penho e sm smaga agarr as m e m ória óriass daquele da queless dias, m a s algumas ainda permanecem. Ele se virou, sem ter realmente respondido à pergunta dela, e continuou a andar. Vin juntouse a ele. De repente, com o estanho, as brumas ao redor dela não pareciam tão sinistras. Estava começando a ver como Kelsier podia andar à noite com tanta confiança. – Muito Muito bem – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou depois de um tem po. – Vam Va m os tentar outro me m e tal. Vin assenti assentiu, u, deixando deixando o estanho estanho aceso, ac eso, mas m as escolhendo escolhendo outro outro m etal para quei queim m ar tam também bém.. Quando fez isso, uma coisa muito estranha aconteceu – um monte de fracas linhas azuis brotou de seu peito, estendendo-se nas névoas rodopiantes. Ela se deteve, engasgando de leve e olhando paraa o própr par próprio io peit pe ito. o. A m a ior par parte te das li linhas nhas er eraa fina fina,, c om omoo peda pedaços ços de ba barba rbante nte tra translú nslúcc idos idos,, em bora um par fos f osse se grosso grosso como com o fios fios de lã. lã. Kelsier gargalhou. – Deixe De ixe esse e sse m eta etall e seu se u par por enquanto. e nquanto. Sã Sã o um pouco m ais com c ompli plica cados dos que os outros. – O quê...? – Vin pe perguntou, rguntou, seguindo as li linhas nhas azui azuiss c om os olhos olhos.. Elas aponta apontavam vam par paraa objeto obje toss aleatórios aleatórios.. Portas, janelas; j anelas; alguma algumass até apon a pontavam tavam para Kelsi Kelsier er.. – Che Chegar garee m os nele – ele e le prom pr omete eteu. u. – Apague Apa gue esse e sse me m e tal e tente te nte um dos últi últim m os dois. dois. Vin apagou o metal estranho e ignorou seu par, escolhendo um dos últimos metais. Ela imediatamente sentiu uma vibração estranha. Deteve-se. As pulsações não podiam ser ouvidas, mas ela podia senti-las percorrendo seu corpo. Pareciam vir de Kelsier. Olhou para ele, franzi fr anzindo ndo o cenho. ce nho. – Isso prova provavelm velm e nte é bronze – Ke Kelsi lsiee r e xpli xplicou. cou. – O m e tal m e ntal int intee rno par paraa puxar . Permite que você sinta quando alguém nas proximidades está usando alomancia. Buscadores, como meu irmão, usam isso. Em geral, não é muito útil... a menos que você seja um Inquisidor de Aço procurando por skaa brumosos. Vin em pali palidece deceu. u. – Inquisidore Inquisidoress podem usar a alom anc ancia? ia? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – São todos Bus Buscc a dore dores... s... não tenho ce certe rtezza se Bu Busca scadore doress são esc escolhi olhidos dos pa para ra ser serem em Inquisidores, ou se o processo de se tornar um Inquisidor garante o poder. De qualquer modo, já que o principal dever deles é encontrar crianças mestiças e nobres que usam alomancia indevidamente, é uma habilidade útil. Infelizmente, “útil” para eles significa “bastante
incôm in côm odo odo”” para nós nós.. Vin ia assentir, mas parou. A pulsação havia cessado. – O que a c ontec ontecee u? – ela per perguntou. guntou. – Come Com e ce ceii a queim ar c obre – Kelsier K elsier c ontou –, o par do bronz br onze. e. Que Queim imaa r c obre esc esconde onde o uso dos seus poderes de outros alomânticos. Pode tentar queimar agora, se quiser, ainda que não vá sentir muita coisa. Vin fez o que que ele lhe diss disse. e. A úni única ca m udança foi um um a leve vi vibraç bração ão em e m seu int inter erio ior. r. – O c obre é um m e tal c uj ujoo a pre prendiz ndizaa do é vit vitaa l – Ke Kelsi lsiee r com e ntou. – Ele a esc esconder onderáá dos Inquisidores. Provavelmente não temos com o que nos preocupar esta noite. Os Inquisidores vão presum pre sumir ir que som somos os nobres nobre s nascidos nasc idos da dass bruma brum a s que saíra sa íram m par paraa tre treinar inar.. Contudo, Contudo, se se algum algumaa vez você estiver em roupas skaa e precisar queimar metais, assegure-se de acender seu cobre primee iro. prim Vin assentiu de modo apreciativo. – De fa fato to – Ke Kelsi lsiee r prosseguiu – m uit uitos os nasc nascidos idos das brum a s m antê antêm m o c obre a ce ceso so o tempo todo. Ele queima lentamente, e o torna invisível para outros alomânticos. Esconde você do bronze, e a inda previne pre vine que outros manipulem m anipulem suas em e m oç oções. ões. Vin levantou a cabeç c abeça. a. – Ac Achei hei que iss issoo fosse int intee re ressássá-la la – Ke Kelsi lsiee r com entou. – Qua Qualquer lquer um que e stej stejaa queimando cobre é imune à alomancia emocional. Além disso, a influência do cobre cria uma bolha a o seu re redor. dor. Essa nuvem , c ham a da nuvem de cobr cobre, e, e sconde quem quer que e stej stejaa dentro dela dos sentidos de um buscador, ainda que isso não os torne imunes à alomancia em oci ocion onal, al, como faz fa z com vo você. cê. – Trevo Tre vo – Vin falou. fa lou. – É isso isso o que um esf esfum umaa ç ador fa fazz. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Se um dos nossos for notado por um busca buscador, dor, e le pode volt voltar ar pa para ra o covil c ovil e desapa de sapare rece cer. r. Eles também podem praticar suas habilidades sem medo de serem descobertos. Pulsações alomânticas vindas de uma loja no setor skaa da cidade seriam uma dádiva para um Inquisidor de passagem. – Mas você voc ê pode queim a r cobre c obre – Vin disse disse . – Por P or que e stava tão pre pr e ocupa ocupado do em e m e ncontra ncontrar r um esfu e sfum m aça açado dorr para a gangue? gangue? – Posso P osso queima queim a r c obre obre,, é ver verda dade de – Kelsi Ke lsiee r conc concordou. ordou. – Assim c om omoo você. voc ê. P odem os usar todos os poderes, mas não podemos estar em todos os lugares. Um líder de gangue de sucesso precc isa sabe pre saberr divi dividir dir a s tar taref efas, as, e spec specialm ialmee nte e m um tra trabalho balho tão gra grande nde quanto e sse. O procee dim proc dimee nto padr padrão ão é ter um umaa nuvem de cobr cobree todo o tem po no covil. Tre Trevo vo não fa fazz iss issoo sozinho: vários de seus aprendizes são Esfumaçadores também. Quando se contrata um homem como Trevo, pressupõe-se que ele proporcionará uma base de operações e uma equipe de Esfumaça Esfuma çadores dores competent com petentes es o bastante bastante para m antê-lo escondid escondidoo o tempo tem po todo todo.. Vin assentiu. Mas estava mais interessada na habilidade do cobre de proteger suas emoções. Prec Pr ecis isava ava consegu conseguir ir o suficient suficientee para m antê-lo queim queimando ando o tempo tem po todo todo.. Eles voltaram a caminhar, e Kelsier lhe deu mais tempo para que se acostumasse a queim quei m ar estanh estanho. o. A mente m ente de Vin, no no entanto, entanto, começ com eçou ou a divagar divagar.. Algo Algo não pareci parec ia... certo ce rto para para ela. Por que Kelsier estava lhe dizendo todas aquelas coisas? Parecia que lhe revelava seus segredos com fac f acil ilid idade ade dem de m ais. Exce Ex ceto to um, um, ela pensou, desconfiada. O metal com as linhas azuis. Ele ainda não voltou a ele . Talvez essa fosse a coisa que ele esconderia dela, o poder que guardaria para manter controle sobre so bre ela. Devv e ser De se r forte. forte. O mais poderoso dos oito oito..
Enquanto caminhavam pelas ruas silenciosas, Vin buscou hesitantemente o metal desconhecido em seu interior. Olhou para Kelsier e, cuidadosamente, queimou a substância. De novo, nov o, as lilinhas se se esp e spalharam alharam ao seu redor, re dor, apontand apontandoo para di dire reções ções apare a parent ntem em ente aleató alea tórias. rias. As lin linhas has se se m ovi oviam am com ela. A ponta ponta de ca cada da fio permanec perm anecia ia presa a seu peito peito,, enquanto enquanto a outra extremidade permanecia ligada a um lugar qualquer ao longo da rua. Novas linhas apareciam conforme Vin andava, e as antigas desvaneciam, desaparecendo atrás dela. As linhas tinham ti nham várias espessura espessuras, s, e alg a lguma umass eram era m m ais brilh brilhantes antes que que out outra ras. s. Curiosa, Vin testou as linhas mentalmente, tentando descobrir seu segredo. Focou em uma pequena, peque na, de apa aparê rênc ncia ia inoce inocente, nte, e de descobr scobriu, iu, ao se c once oncentra ntrar, r, que podia senti-las individualmente. Sentia quase como se pudesse tocá-la. Alcançou-a com a mente e lhe deu um leve Puxão. P uxão. A linha balançou e imediatamente algo voou pela escuridão na direção de Vin. Ela gritou, tentando tent ando pular pular para lo longe, nge, mas m as o obj obj eto – um um prego enferruj enfe rruj ado – voou voou diretam diretamente ente até ela. e la. De re repent pente, e, alg a lgoo agarrou agar rou o prego, desvi desviando-o e ati a tira rando ndo-o -o novamente novam ente na escuri e scuridão. dão. Vin se recompôs, a capa agitou-se ao seu redor. Ela perscrutou a escuridão e olhou para Kels Ke lsier, ier, que ria baixi baixinho. nho. – Eu devia sabe saberr que você tentar tentaria ia isso – ele disse. Vin corou de vergonha. – Vam Va m os lá – ele dis disse, se, tentando te ntando anim a nimáá -la -la.. – Não Nã o foi nada. nada . – O pre prego go m e ata atacc ou! – Aque Aquele le m eta etall dava vida a os obj objetos? etos? Isso que é um poder realm re almente ente incr incrív ível. el. –Na ve verda rdade, de, você voc ê m e io que atac a tacou ou a si me m e sm smaa – Ke K e lsi lsier er e xpli xplicou. cou. Vinn ficou Vi ficou cautelo cautelosame sament ntee parada, então então se j un unttou a ele, que que come c omeçava çava a percorrer per correr a rua de novo. – Eu explica explicare reii o que você fe fezz em e m um segundo – e le prom ete eteu. u. – P rim rimee iro, há a lgo que você tem que entender sobre a alomancia. – Outra re regra gra?? – É ma m a is um um a filosofia – Kelsi Ke lsier er e xpli xplicc ou. – Tem a ver c om c onsequê onsequência ncias. s. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – O que quer diz dizee r? – Toda a çã çãoo que fa fazze m os tem te m c onsequê onsequência ncias, s, Vin V in – Ke Kelsi lsier er dis disse. se. – De Descobr scobrii que tanto na alomancia quanto na vida, a pessoa que melhor julgar as consequências de seus atos mais suce su cess ssoo terá. P eguem os os,, por exem exe m pl plo, o, a queima queim a do peltre. peltre. Quais são são as a s consequências? consequências? Vin deu de ombros. – Você Voc ê fic ficaa m ais forte. for te. – E o que ac a c ontec ontecee se você estiver c a rr rree gando algo a lgo pesado quando qua ndo seu pelt pe ltre re a ca cabar bar?? Vin se deteve. – Suponho Suponho que vou derr de rrubar ubar a coisa. c oisa. – E, se for m uit uitoo pesado, pe sado, você va vaii se m a chuc chucaa r ser seriam iam ente ente.. Muitos Brum Brum osos Brutam ontes ignorara ig noraram m fe ferime riment ntos os ter terrívei ríveiss enquanto enquanto lut lutavam avam , só para m orrer dos m esm esmos os ferimento ferim entoss depois depois que o peltre peltre ac acabou. abou. – Entendo – Vin disse disse em e m voz ba baixa. ixa. – Rá – Rá!! Vin deu um pul puloo de susto, susto, levando as a s mãos m ãos aos a os ouvid ouvidos os aguçados. aguça dos. – Ai! – re r e c lam ou, olhando para par a Kelsier K elsier.. Ele sorriu sorr iu.. – Que Queim imaa r e stanho tam bém tem c onsequê onsequência ncias. s. Se a lgum lgumaa c ois oisaa produz um umaa luz ou um
som súbitos, você pode ficar cego ou aturdido. – Mas o que isso tem a ver ve r com c om esse essess dois últ últim imos os me m e tais? – O fe ferr rroo e o aç açoo dão a habilidade de m anipular outros m eta etais is a o seu re redor dor – Ke Kelsi lsiee r explicou. – Com ferro, você pode puxar uma fonte de metal para você. Com aço, você pode para longe. Ah, aqui estamos. empurrá-la para empurrá-la Kelsier Kelsi er se deteve, olhando olhando par paraa cima c ima.. Através das brum brumas, as, Vin Vin pôde pôde ver a ime imens nsaa m uralha da cidade assomando assoma ndo-se -se sobre sobre eles. e les. – O que e stam stamos os faz fa ze ndo aqui? – Vam os pra prati tica carr puxar ferro e empurrar aço – Kelsier disse. – Mas, primeiro, algumas coisas básicas. – Ele tirou algo de seu cinto: um tostão, a menor denominação de moeda. Segurou-a diante diante de Vin, colocando-se colocando-se de lado lado.. – Queime Queim e o aço, aç o, o par do m etal que queimou há alguns momentos. Vin assentiu. Mais uma vez, as linhas azuis se espalharam ao redor dela. Uma delas aponttava diretam apon diretam ent entee para par a a m oeda na m ão de Kel Ke lsi sier. er. – Tudo bem – ele diss dissee . – empurre-a. Vin alcançou o fio adequado e o empurrou levem ente. A m oeda salt saltou ou dos dos dedos de Kel Ke lsi sier er,, empurrou levem sendo atirada para longe de Vin. Ela continuou a se concentrar no objeto, empurrando empurrando a moeda no ar até ela bater na parede de uma casa nas proximidades. Vin foi atirada violentamente para trás, em um movimento súbito. Kelsier a segurou, impedindo que caísse no chão. Vin cam baleou e se endi e ndire reit itou. ou. Do out outro ro lado da rua, a m oeda – agora a gora livre livre de seu control controlee – despencou despe ncou no chã c hão. o. – O que a c ontec ontecee u? – Kelsi Ke lsier er pe perguntou rguntou para par a ela ela.. Elaa negou com a cabeça El c abeça.. – Não Nã o sei. Empurrei sei. Empurrei a a moeda, e ela voou. Mas quando ela acertou a parede, fui empurrada de volta. – Por P or quê? quê ? Vin franz fra nziu iu o cenho, ce nho, pensativa. pensativa. – Acho Ac ho que... ac a c ho que a m oeda nã nãoo podia ir para pa ra lugar nenhum , então entã o fui eu e u que m e m ovi. Kels Ke lsier ier assenti assentiu, u, aprovando. aprova ndo. empurra aço. Se você é muito mais – Rea Reaçã ção, o, Vin. Você usa seu própr próprio io peso quando empurra pesada pesa da do que a sua â ncor ncoraa , e la voar voaráá pa para ra longe de você você,, c om omoo a conte contecc eu c om a m oeda oeda.. Contudo, se o objeto for mais pesado do que você, ou se ele acertar algo que é, você será para longe. Com o ferro é similar: ou você será puxada na direção do objeto, ou ele empurrada para empurrada puxada na será puxado puxado na sua direção. Se seus pesos forem similares, vocês dois se moverão. Essa é a grande arte da alomancia, Vin. Saber o quanto você se moverá quando queimar aço ou ferro lhe dará uma maior vantagem sobre seu oponente. Você descobrirá que essas duas são suas habilidades habil idades mais m ais versáteis versá teis e úteis. Vin assentiu. puxada ou de seu – Agor Agora, a, lem bre bre-se -se – e le prosseguiu. – Nos dois c asos, a for forçç a da sua puxada empurrão se empurrão diretamente para se volta diretamente para você ou long longee de você. Você não pode pode girar cois coisas as com a sua mente, controlá-las para que vão para onde você quiser. Não é assim que a alomancia funciona, porque e sse não é o j eito que o m undo físico func funciona. iona. Qua Quando ndo você empurra empurra alguma coisa – seja com alomancia ou com suas mãos –, essa coisa se move diretamente na direção oposta. Força orça,, ação açã o e reaç re ação. ão. Entendeu? Entendeu? Vin assentiu novamente.
– Muito Muito bem – Kelsi Ke lsiee r disse, contente. c ontente. – Agora, Agor a, vam va m os saltar a m ura uralha. lha. quê ? – O quê? Ele a deixou parada na rua, boquiaberta. Vin o observou aproximar-se da base da muralha, então ent ão correu c orreu para alcançá-lo. – Você Voc ê é louco! louc o! – Disse em e m voz baixa baixa.. Kels Ke lsier ier sorriu. – Ac Acho ho que e ssa é a segunda ve vezz hoje hoj e que você m e diz isso. isso. Pre P recc isa fic ficar ar m ais a tenta... se você tivess tivessee escut e scutado ado os dem dem ais ais,, saberia que m in inha ha sanidade sanidade desapare desaparece ceuu faz tem tem po. – Kelsier K elsier – ela e la dis disse, se, olhando para pa ra o alt a ltoo da m ura uralha. lha. – Nã Nãoo posso... quero que ro diz dizee r, nunca usei alomancia aloma ncia de verdade ver dade ant a ntes es desta desta noite! noite! – Ve Ve rda rdade de,, m as você a pre prende nde rá rápido pido – Kelsi Ke lsiee r diss disse, e, ti tira rando ndo algo a lgo debaixo de baixo da c apa apa.. Pa P a re recia cia um cinto. – Aqui, coloque isso. Tem pesos de metal presos nele. Se algo der errado, provavelm prova velm ente c onseguire onseguireii pegar pega r você voc ê . – Prova P rovavelm velmee nte? – Vin perguntou, per guntou, ne ne rvosa rvosa,, prendendo pre ndendo o cint c into. o. Kelsier Kelsi er so sorriu, rriu, e derrubou de rrubou um grande lingot lingotee de m etal no chão. – Col Coloque oque o li lingote ngote bem em baixo de você você,, e lem bre bre-se -se de empurrar aço, não de puxar ferro. ferr o. Não pare de empurrar até até chegar che gar ao a o topo topo da muralha. m uralha. Com is isso, so, ele se agac a gachou hou e saltou. saltou. Kelsier disparou pelo ar, sua forma escura desapareceu nas brumas rodopiantes. Vin esperou esp erou por por um m ome oment nto, o, mas ma s ele não despencou despencou para para a m ort orte. e. Tudo estava em silêncio, até mesmo para seus ouvidos amplificados. As brumas rodopiavam rodop iavam brin brinca calh lhonas onas ao redor re dor dela. Tentando-a Tentando-a.. Desafiand Desaf iando-a. o-a. Ela olhou olhou para o lingot lingotee e queim queimou ou aço. aç o. A linha linha az a zul brilh brilhou ou com luz débil e fant fa ntasm asm agóric agórica. a. Ela se posicionou sobre o lingote, parando com um pé de cada lado do objeto de metal. Olhou paraa c im par imaa , para par a as a s bruma brum a s, e para pa ra ba baixo ixo pela últim últim a vez. Finalmente, respirou fundo e empurrou cont ontra ra o lingo lingote te com to toda da sua força f orça.. empurrou c
“Ele deve defender seus costumes, ainda que venha a violá-los. Será seu salvador, mas o chamarão de herege. Seu nome será Discórdia, mas o amarão por isso.”
Vin disparou pelo ar. Conteve o grito, lembrando-se de continuar empurrando apesar do medo. A empurrando apesar muralha de pedra era um borrão em movimento a alguns palmos de distância. O chão abaixo dela desaparec desapar eceu, eu, e a linha linha az a zul apont apontando ando para o lingo lingote te ficava ca cada da vez mais ma is fra fraca ca.. O que acontec acontecee se desap desapar arec ecer? er? Começou a ir mais devagar. Quanto mais fraca a linha ficava, mais a velocidade dela diminuía. Depois de alguns momentos de voo, reduziu até parar – e ficou flutuando no ar, sobre uma linha azul quase invisível. – Se Se m pre gost gostee i da vista vista daqui da qui de cim c imaa . Vin olhou para o lado. Kelsier estava parado a poucos metros; ela se concentrara tanto que não perceber perc eberaa que estava flutuando flutuando a alguns alguns palm palm os do do alto alto da m uralha. – Socor ocorro! ro! – e la diss dissee , c onti ontinuando nuando a empurrar desesperadamente, com medo de cair. As brum a s em ba baixo ixo dela giravam gira vam sem par parar ar,, com c omoo um oce oceano ano escur e scuroo de alm a lmas as condena c ondenadas. das. – Nã N ã o pre pr e cisa se pre preocupa ocuparr tanto – Ke Kelsi lsiee r e xpli xplicc ou. – É m a is fác fá c il se equilibrar no ar a r c om um tripé de âncoras, mas também é possível se virar com uma âncora só. Seu corpo está acostumado a se equilibrar. Parte do que vem fazendo desde que aprendeu a caminhar, se transfere para a alomancia. Enquanto permanecer imóvel, suspensa no limite de sua capacidade de empurrar , ficará estável; sua mente e corpo vão corrigir quaisquer desvios leves da base cent ce ntra rall da da sua ancorage a ncoragem m abaixo, im im pedi pedindo ndo que que caia c aia para pa ra os lados. lados. Mas, Mas, se estiver estiver empurrando mais alguma coisa, ou se movendo demais para o lado... bem, você pode perder sua ancoragem, e pode não ser mais capaz de empurrar diretamente. Daí você teria problemas: despencaria como um peso morto do alto de um poste muito alto.
– Kelsi Ke lsiee r... – Vin com c omeç eçou ou a fala f alar. r. – Espero Esper o que não nã o tenha m e do de alt a ltura ura,, Vin – Kelsi Ke lsiee r com c omee ntou. – Essa Essa é um umaa desvanta de svantagem gem e tanto para um Nascido das das Brum Brumas. as. – Eu... nã não... o... tenho... m e do... de a lt ltura ura – Vin dis disse se e ntre ntredente dentes. s. Mas tampouco e sto stouu acostumada a fi ficar car pendurada no ar a trinta trinta metros me tros da maldita maldita rua! Kelsier Kelsi er com começ eçou ou a rir, e Vin senti sentiuu um pux puxão ão em e m seu cinto, cinto, fazendo fazendo com que se m ovess ovessee no ar, na direção da muralha. Ele a segurou e a puxou sobre a ameia de pedra, colocando-a ao seu lado. Ele estendeu um braço por cima da muralha. Um segundo depois, o lingote disparou pelo ar, resvalando a extensão lateral da muralha, até parar na mão dele. – Bom tra tr a balho – ele e le disse. – Agora, Agor a, vam os desce desc e r. – Ele E le ati a tirou rou o lingote lingote sobre seus om bros, arre ar rem m essando essando-o -o nas escuras brumas brum as do out outro ro lado da muralha. m uralha. – Nós re realm alm e nte va vam m os lá for fora? a? – Vin per perguntou. guntou. – P ar araa for foraa das m ura uralhas lhas da cida cidade de?? À noite?? noite Kelsier Kelsi er so sorriu rriu do seu seu j eit eitoo irritante. irritante. E subiu subiu em uma das am eias. – Va ria riarr a for forçç a c om a qual você puxa ou empurra empurra é difícil, mas possível. É melhor simplesmente cair um pouco, e então empurrar para para diminuir a velocidade. Deixe-se cair mais um pouco, e então empurre empurre novamente. Se conseguir pegar o ritmo, chegará ao chão muito bem . – Kelsi Ke lsiee r – Vin V in falou, fa lou, aproxima aproxim a ndo-se da m ura uralha. lha. – Eu não... nã o... – Voc ocêê e stá no topo da m ura uralha lha agor agora, a, Vin – ele a lem brou, dando um passo no a r. Ele flutuou, equilibrando-se, como lhe explicara antes. – Só há duas formas de descer. Ou você pula, ou tenta tenta explicar explicar para aquela patrulha patrulha de guardas por que que um Nascido das das Brumas Bruma s precisa usar a escadaria. Vin virou virou-se, -se, preocupada, pre ocupada, notando notando o balançar de um a luz de lanterna nas na s brumas bruma s som som brias. Voltou-se para Kelsier, mas ele partira. Ela praguejou, inclinando-se sobre a muralha e olhando para as brumas. Podia ouvir os guardas falando em voz baixa entre si enquanto caminhavam ao longo da muralha. Kelsier estava certo: ela não tinha muita opção. Zangada, subiu na ameia. Não tinha medo de altura, mas quem não ficaria apreensivo parado no alto da muralha, olhando para baixo, para a própria condenação? condenaç ão? O coraçã cora çãoo de Vin salt saltava ava em seu peito peito,, e seu estôm estôm ago se revi re vira rava. va. Espero que Kelsi Kelsier er e steja fora do c aminho aminho,, pensou, conferindo a linha azul para ter certeza de que est e stava ava sobre o li lingot ngote. e. Então, pulou. pulou. Começou a despencar imediatamente em direção ao solo. Ela empurrou empurrou seu aço por reflexo, mas sua trajetória estava errada; caíra ao lado do lingote, não diretamente sobre ele. Consequentemente, seu empurrão a levou ainda mais para o lado, e ela começou a dar voltas no empurrão a ar. empurrou novamente – com mais força desta vez, inflamando seu aço. O Alarmada, ela empurrou esforço súbito a lançou para cima. Traçou um arco no ar, para o lado, pipocando no ar junto à muralha. Os guardas que passavam se viraram, surpresos, mas seus rostos logo ficaram indisti indi stinguíveis nguíveis quando Vin V in voltou voltou a ca c a ir. Com a mente confusa pelo terror, ela instintivamente estendeu a mão e puxou o lingote, tentando posicionar-se sobre ele. E, é claro, o objeto de metal disparou obedientemente na direção dela. Estou morta morta. Então seu corpo balançou, puxado para cima pelo cinturão. Sua descida ficou mais lenta, até que ficou flutuando tranquilamente no ar. Kelsier apareceu entre as brumas, parado, no chão,
abaixo dela; estava – é claro – sorrindo. Elee a deix El deixou ou cair os últi últim m os palm palmos os,, segurando-a segurando-a e col c olocando-a ocando-a em e m pé sobre o chão c hão de terra terr a macia. Ela ficou trêmula por um momento, respirando de maneira ansiosa e entrecortada. – Be Be m , isso isso foi diverti diver tido do – Kelsi Ke lsier er dis disse, se, despre de spreocupa ocupado. do. Vin não respon re spondeu. deu. Kelsier sentou-se em uma pedra próxima, obviamente dando tempo para que ela se recuperasse. Depois de alguns instantes, ela queimou peltre, usando a sensação de solidez que ele proporcc ionava pa propor para ra a c alm a r seus se us nervos. ner vos. – Você Voc ê se saiu sa iu bem – Kelsi Ke lsier er c om omentou. entou. – Quase Qua se m orr orri.i. – Acontec Ac ontecee com c om todo mundo m undo na prim pr imeir eiraa vez – Ele Ele asse assegurou. gurou. – Pux – Puxar ferro e empurrar aço a ço ar ferro são habili habilidades dades perigos perigosas. as. Você Você pode se em palar com c om um pedaç pedaçoo de metal m etal que que puxar na di direç reção ão puxar na de seu corpo, c orpo, ou ou pode pode pular e ficar m ui uito to lo longe nge da âncora, â ncora, ou com eter um umaa dúzi dúzia de erros. e rros. Min Minha ha experiência – apesar de limitada – me diz que é melhor chegar nessas circunstâncias extremas logo, quando alguém está observando você. De qualquer modo, eu suponho que tenha entendido por que é im porta portante nte para pa ra um a lom lomââ nti nticc o carr ca rree gar o míni m ínim m o possíve possívell de me m e tal em seu corpo. c orpo. Vin assentiu, então se deteve, levando a mão à orelha. – Meu brinco br inco – disse disse . – Terei Ter ei que par paraa r de usáusá-lo. lo. – Tem Te m tar tarra raxa xa atrá a trás? s? Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. – É só um peque pequeno no pingente, e a parte pa rte de trá tr á s é dobrada dobr ada pa para ra ba baixo. ixo. – Então tudo bem be m – Kelsi Ke lsiee r falou. f alou. – O m e tal de seu corpo, c orpo, ainda a inda que sej a m íni ínim m o, não nã o pode empurrado ou puxado.. Do contrário, outro alomântico conseguiria arrancar os metais de seu ser empurrado ou puxado estôm estô m ago enquanto enquanto você os queim queima. a. Bom saber sabe r , Vin pensou. – Tam Tam bém é por isso que os Inquisidore Inquisidoress podem anda andarr por aí a í tão confia c onfiantes ntes com c om aque aquele le par pa r de pregos de metal saindo de suas cabeças. O metal atravessa o corpo deles, então não pode ser manipulado por um alomântico. Fique com o brinco. É pequeno, então não poderá fazer muito com el ele, e, mas m as poderá poderá usá-lo usá-lo como arm a em e m uma em ergênci ergência. a. – Está bem be m . – Agora, Agora , pronta para pa ra ir? Elaa olhou El olhou par paraa cima c ima,, preparando-se prepar ando-se para salt saltar ar nov novam am ente, e ass a ssenti entiu. u. – Não Nã o vam os voltar voltar lá para pa ra cim a – Ke K e lsi lsier er fa falou. lou. – Venha. Venha . Vin franziu o cenho quando Kelsier começou a caminhar nas brumas. Quer dizer que ele está indo para algum lugar, afinal – ou será que decidiu vagar por aí mais um pouco? Estra Est ranham nhamente, ente, o desprendim desprendim ento amável am ável dele tornava m ui uito to difí difícil cil pre prever ver su suaa in intenções. tenções. Vin correu para alcançá-lo, não desejando ficar sozinha nas brumas. A paisagem ao redor de Luthadel era árida, exceto por algumas moitas e ervas daninhas. Espinhos e folhas secas – ambos cobertos pelas cinzas que caíram durante o dia – raspavam suas pernas enquanto cam ca m in inhavam havam . A vegetação vegetaçã o rasteira rasteira era tri tritu tura rada da pelos pass passos os deles, deles, im im óvel e um pou pouco co ens e nsopada opada pelo sereno ser eno da brum a. Ocasionalmente passavam por pequenos montes de cinzas que haviam sido transportados paraa for par foraa da c idade idade.. Na m a ior par parte te das ve vezze s, no e ntanto, a cinz cinzaa er eraa j ogada no rio r io Channere Channe rel,l, que atravessava a cidade. A água a dissolvia em algum momento – ou, pelo menos, era isso o que Vin achava. De outro modo, todo o continente estaria soterrado há muito tempo. Vin permaneceu perto de Kelsier enquanto caminhavam. Embora tivesse viajado para fora das cidades antes, sempre fizera isso como parte de um grupo de barqueiros – os trabalhadores
skaa que dirigiam barcos e barcaças de um lado para o outro pelas várias rotas dos canais do Império Final. Era um trabalho difícil – a maioria dos nobres usava skaa em vez de cavalos para puxar os bar barcc os pe pela la beir beiraa do rio –, m as havia um umaa c er erta ta li liber berdade dade em sabe saberr que e stava viajando, pois a maioria dos skaa – até mesmo os skaa ladrões – nunca deixava as plantações ou as cid c idades. ades. A constante movimentação de uma cidade para outra fora decisão de Reen; tinha obsessão por nunca fic ficaa r tra tranca ncado. do. Em ger geraa l, e le os leva levava va a lugar lugaree s a dm dmini inistrados strados por gangue ganguess do submund su bmundo, o, jam ais ficand ficandoo em um m esmo lugar lugar por mai ma is de de um ano. Ti Tinh nhaa que perm anece anecerr em marcha, sempre em movimento. Como se fugisse de algo. Kelsier Kelsi er e Vin conti continuaram nuaram ca cam m in inhando hando.. À noit noite, até a té as col c olin inas as áridas á ridas e as a s planícies planícies cobertas de vegetação rasteira adquiriam um ar ameaçador. Vin não falava, e tentava fazer o menor barulho bar ulho possí possível. vel. Ouvira his histórias tórias sobre o que a conte contecc ia longe de c asa asa,, naque naquele le horá horário, rio, e a s brum a s – m e sm smoo cobe coberta rtass pelo pe lo estanho, e stanho, com o estava e stavam m naque naquele le m om omee nto – fa fazziam -na se sentir como se estivesse sendo observada. A sensação ficou mais enervante conforme prosseguiam. Em pouco tempo começou a ouvir ouv ir ruídos ruídos na escuri e scuridão. dão. Eram Era m abaf abafados ados e fra fracos cos – est e stalos alos de de er ervas vas daninhas, daninhas, passos passos arrast arra stados ados ecoando nas brumas. Você só está sendo paranoica! , ela dizia para si mesma quando teve um sobressalto por caus ca usaa do som som m eio im im agin aginado. ado. Depois Depois de um tem po, no no entanto, entanto, não conseguiu conseguiu aguentar aguentar m ais. – Ke Kelsi lsiee r! – diss dissee , c om um suss sussurr urroo urge urgente, nte, que soava tra traiçoe içoeira iram m e nte alto a os seus ouvidos ouvi dos melho me lhora rados. dos. – Ac Acho ho que há alg a lgoo por aqui a qui.. – Oi? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. Pa P a re recc ia perdido pe rdido em pensa pensam m e ntos ntos.. – Acho Ac ho que algo a lgo está nos seguindo! – Ah! – ele e le fa f a lou. – Sim Sim,, você e stá ce c e rta rta,, é um espe espectr ctroo da brum br umaa . Vin parou de supetão. Kels Ke lsier, ier, no entant e ntanto, o, continuou continuou a andar. anda r. – Kelsi Ke lsiee r! – ela o deteve. dete ve. – Quer Q uer diz dizer er que eles e les são são reais? reais? – É clar c laroo que são sã o – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou. – De onde a c ha que sae saem m essa essass histórias? histórias? Vin estava estava em e m estado de de choqu choque. e. – Quer Que r dar da r um a olhada olha da nele? ne le? – Ke Kelsi lsiee r perguntou. pe rguntou. – Olhar o espectro da bruma? perguntou. – Você está... – DeteveDete ve-se. se. bruma ? – Vin perguntou. Kelsiier com Kels começou eçou a rir, cam inh nhando ando em su suaa di direç reção. ão. – Espec Espectros tros da brum a podem ser um pouco pe perturba rturbadore doress de se olhar olhar,, m a s são relat re lativ ivam am ente inofe inofens nsiv ivos os.. São São car c arni nice ceiros iros,, em su suaa m aiori aioria. a. Vam Va m os os.. Ele voltou a caminhar, fazendo sinal para que ela o seguisse. Relutante – mas morbidamente curiosaa – Vin curios Vin foi atrás dele. Kelsier Kelsier andava a ndava em e m rit ritm m o acelera ac elerado, do, levando-a levando-a ao a o topo topo de de uma coli colina na relat re lativ ivam am ente lim lim pa de ar arbus busttos os.. Agachou-se, acenando ac enando para que Vin fiz fizesse o mesm m esmo. o. – A a udiçã udiçãoo dele deless não é m uit uitoo boa – diss dissee , e nquanto e la se a j oelha oelhava va na ter terra ra áspe áspera ra e coberta de cinzas ao lado dele. – Mas seu olfato – ou, melhor, seu paladar – é bem acurado. Provavelme Pr ovavelment ntee est estáá segui seguindo ndo noss nossoo rast ra stro, ro, esp e spera erando ndo que que descar descartem temos os algo comestí com estível. vel. Vin estreitou os olhos na escuridão. – Não Nã o consi c onsigo go vê-lo vê- lo – disse, disse, procura proc urando ndo por um a figura f igura som sombria bria na brum br umaa . – Ali – Kelsier disse, apontando a pontando para pa ra um umaa coli c olina na plana pla na.. Vin franziu o cenho, imaginando uma criatura agachada no alto da colina, observando-a enquantoo ela a procurava. enquant proc urava. Então Ent ão a coli colina na se m oveu. Vin teve um sobressalto. O monte escuro – talvez com dez metros de altura e o dobro de largura – avançava com passo estranho e incerto, e Vin se inclinou para frente, tentando ver
melhor. – Inflam Inf lam e seu se u estanho esta nho – Kelsi Ke lsiee r sugeriu. suge riu. Vin assentiu, convocando uma explosão de poder alomântico extra. Tudo ficou imediatamente mais claro, e as brumas foram se tornando cada vez menos uma obstrução. O que viu a fez estremecer – fascinada, revoltada e mais do que um pouco perturbada. A criatura tinha uma pele enegrecida pela fumaça e translúcida, e Vin podia ver seus ossos. Tinha dezenas e dezenas de membros, e cada um deles parecia vir de um animal distinto. Tinha mãos humanas, cascos bovinos, patas caninas e outros que ela não conseguiu identificar. Os membros incompatíveis permitiam que a criatura andasse – ainda que fosse mais um bam bolea bolear. r. Ela ra rastej stejava ava lentam e nte, m ovendoovendo-se se c om omoo um a c e ntopeia desa desajj e it itaa da. Muit Muitos os dos m em bros bros,, na verdade, nem nem m esmo pareciam pare ciam fun funcio cionai naiss – brot brotavam avam da carne ca rne da cri cr iatu atura ra de um eito retorcido e não natural. Seu corpo era bulboso e alongado. Não era só uma bolha, no entanto... havia uma estranha lógica em sua forma. Tinha uma estrutura esquelética visível, e – estreitando os olhos melhorados pelo estanho e stanho – Vin V in achou ac hou que conse conseguia guia distinguir distinguir m úsculos transl tra nslúc úcidos idos e tendõe tendõess envolvendo e nvolvendo os ossos. A criatura flexionava uma massa confusa de músculos conforme se movia, e parecia ter uma dúzia de diferentes caixas torácicas. Ao longo do corpo principal, braços e pernas se penduraa vam e m â ngulos e ner pendur nerva vantes. ntes. E cabeças. Vin contou seis. Apesar da pele translúcida, podia distinguir uma cabeça de cavalo ao lado de uma de veado. Uma das cabeças se virou em sua direção, e Vin pôde ver um crânio humano. A cabeça posicionada no alto da espinha dorsal estava unida a algum tipo de torso to rso de ani a nim m al que, por sua vez vez,, se ligava ligava a um punhado de ossos ossos estranhos. Vin quase vom vomit itou. ou. – O quê...? quê ...? Como...? – Espec Espectros tros da brum a têm c orpos m a leá leáveis veis – Ke Kelsi lsiee r e xpli xplicc ou. – P odem m oldar sua pe pele le sobre qualquer estrutura esquelética, e podem até mesmo recriar músculos e órgãos se tiverem um modelo para imitar. – Quer Que r dizer dizer que...? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Quando Q uando e ncontra ncontram m um c adá adáver ver,, ele eless o envolve envolvem m e diger digeree m lentam e nte seus m úsculos e órgãos. Então, usam o que comeram como um padrão, criando uma cópia exata da criatura morta. Rearranjam as partes um pouco... tirando os ossos que não querem, ou acrescentando outros que querem em seu corpo... formando uma massa como a que você vê ali. Vin observou a criatura cambalear pelo campo, seguindo o seu rastro. Um pedaço de pele viscosa saía de dentro de sua barriga e se arrastava pelo chão. Está procurando proc urando por c heiros heiros,, Vin pensou. Seguindo o cheiro da nossa passagem . Parou de queimar o estanho, e o espectro da brum a novam e nte se tornou um m onte sombrio. som brio. Sua silhueta silhueta,, contudo, c ontudo, só só parec par ecia ia fa f a ze r aum a umee ntar a sua anormalidade. – São inteligentes, e ntão? – Vin perguntou. pe rguntou. – Se podem sepa separa rarr um um... ... um c orpo e coloc colocaa r os pedaçç os onde quisere peda quiser e m ... – Inteli Inte ligente gentes? s? – Kelsi Ke lsier er fa falou. lou. – Não, não nã o um tão j ovem quanto esse. e sse. Mais Ma is insti instinti ntivos vos do que inteligentes. Vinn estrem Vi estrem ece eceuu novam novam ent ente. e. – As pessoas pessoa s sabem sabe m dessa dessass coisas? Que Quero ro dize dize r, sem se m c ontar a s le le ndas? – O que quer diz dizee r por “ pessoa pessoas”? s”? – Kelsier questi que stionou. onou. – Um m onte de alom ânticos sabe sa be da existência dos espectros, e tenho certeza de que o Ministério também. Pessoas normais... bem, eles simplesmente não saem à noite. A maioria dos skaa teme e amaldiçoa os espectros da
brum a , ma m a s passa a vida inteira sem ter vis visto to um de verda ve rdade. de. – Sorte Sorte dele deless – Vin murm m urm urou. – Por P or que a lguém nã nãoo faz fa z a lgo a respeito re speito dessas cois c oisaa s? Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Não Nã o são tão tã o perigos per igosaa s. – Aquela Aque la tinha uma um a ca c a beç beçaa hum humaa na! – P rova rovavelm velm e nte e ncontrou um c adá adáver ver – Ke Kelsi lsiee r explicou. – Nunc Nuncaa ouvi fa falar lar de um espectro da bruma que tenha atacado um adulto saudável. É provavelmente por isso que todo m und undoo os deixa deixa em e m paz paz.. E, é claro, a alt altaa nob nobre rezza conce concebeu beu seu próprio próprio uso par paraa essas criaturas. Vin olhou para ele, intrigada, mas ele não disse mais nada, levantando-se e descendo a colina. Ela deu mais uma olhada na monstruosa criatura e se levantou, seguindo Kelsier. – Você Voc ê m e trouxe aqui a qui para ver iss isso? o? – Vin perguntou. per guntou. Kelsier começou a rir. – Espec Espectros tros da brum a podem par paree c er m ist istee riosos, m a s dificilm dificilmente ente m er eree c er eriam iam um umaa viagem tão longa. Não, estamos indo para lá. Ela seguiu o gesto dele, e pôde perceber uma mudança na paisagem em frente. – A estrada e strada im imper perial? ial? Anda Andam m os em c írc írculo ulo até a entr entraa da da cida cidade de.. Kelsier assentiu. Depois de uma curta caminhada – durante a qual Vin olhou para trás não menos do que três vezes para se assegurar de que o espectro da bruma não os estava seguindo – eles deixaram os arbustos para trás e entraram na terra lisa e compacta da estrada imperial. Kelsier se deteve, perscrutando a estrada em ambas as direções. Vin franziu o cenho, perguntando-se per guntando-se o que ele e le estava e stava fa fazze ndo. Então Ent ão el e la vi viuu a ca carrua rruagem gem.. Estava Estava estacion estacionada ada do out outro lado da est e stra rada, da, e Vin pôde pôde ver que um homem hom em aguarda aguardava va ao lado do do veículo veículo.. – Oi, Sa Sa zed – Kelsier K elsier diss disse, e, avanç a vançaa ndo. O hom hom em fez uma reverência. r everência. – Mestre Me stre Ke Kelsi lsiee r – disse, sua voz suave suave soou com c om for forçç a no ar a r noturno. Tinha um tom a gudo e fa falava lava com c om um so sotaqu taquee quase m elód elódico. ico. – Quase pensei que que ti tinha nha decid dec idid idoo não vir. – Voc Vocêê m e conhe conhece ce,, Saze – Kelsier K elsier dis disse, se, dando um tapinha j ovial no om ombro bro do hom e m . – Sou um exemplo da pontualidade. – Virou-se e apontou com a mão para Vin. – Essa criaturinha apreensi apre ensiva va é Vin Vin.. – Ah, A h, sim – Sazed diss dissee , fa f a lando de um j e it itoo lento le nto e bem pronunc pronunciado. iado. Ha Havia via a lgo estranho e stranho no sotaque dele. Vin se aproximou com cautela, estudando o homem. Sazed tinha um rosto comprid com pridoo e achatado a chatado e um corpo esbelto. esbelto. Era m ais alto alto até que Kel Ke lsi sier er – alto alto o bastante bastante para ser um pou pouco co anorma a normall – e seus braços eram er am in inus usit itadam adam ente longo longos. s. – Você é um ter terrisano risano – Vin com e ntou. Os lóbul lóbulos os de suas ore orelhas lhas e ra ram m a longados, e as orelhas em si cont contin inham ham pierc fincados por todo o perímetro. Ele usava as vestes coloridas e piercings ings fincados luxuosas de um mordomo de Terris: as roupas eram bordadas, com sobreposições em forma de V, alter alternando nando as três cores da casa ca sa de seu am o. – Sim Sim,, crianç cr iançaa – Sazed disse disse , inclinando a ca c a beç beçaa . – Já conhec c onhecee u muit m uitos os do me m e u povo? – Ne Nenhum nhum – Vin re respondeu. spondeu. – Mas sei que a alta nobre nobrezza pre prefe fere re m ordom os e c ria riados dos terrisanos. – É ver verdade dade,, c ria riança nça – Sa ze d conc concordou. ordou. Volt oltou-se ou-se par paraa Ke Kelsi lsiee r. – De Deve vem m os ir, Mestre Kelsier Kelsi er.. É tarde, e aind aindaa tem os um um a hora até Felli Fellise. se. pensou. Então vamos ve Fell Fe llise ise,, Vin pensou. Então v e r o impostor impostor que se passa por por Lorde Lorde Renoux. Re noux. Sazed abriu a porta da carruagem para eles, e fechou assim que subiram. Vin se acomodou em um dos assentos estofados enquanto ouvia Sazed subir no alto do veículo e colocar os cavalos em m ov oviim ent ento. o.
Kelsier permaneceu em silêncio na carruagem. As cortinas da janela estavam fechadas, paraa prote par proteger ger das brum a s, e um umaa peque pequena na lanter lanterna na,, m e io oculta, esta estava va pendur pendurada ada no ca c a nto. Vin se sentou bem diante dele – as pernas encolhidas sob o corpo, a capa a envolvendo, escondendo braçç os e perna bra pe rnas. s. Ela sem sempre pre faz iss issoo, Kelsier pensou. Onde quer que esteja, tenta ser o mais imperceptível ossívv e l. Tão ossí Tão tensa. tensa . Vin não se sentava, se acocorava. Não caminhava, rondava. Mesmo quando ela estava sentada em campo aberto, parecia tentar se esconder. É corajo c orajosa, sa, no entanto, entanto, Kelsier pensou. Durante seu próprio treinamento, ele não se dispôs a se jogar da muralha da cidade – o velho Gemmel fora obrigado a empurrá-lo. Vin o observava com seus olhos escuros e serenos. Quando percebeu a atenção dele, desviou o olhar, escondendo-se um pouco mais em sua capa. Inesperadamente, no entanto, ela falou. – Seu irm irmãã o – e la dis disse, se, c om um umaa voz que e ra quase um suss sussurr urro. o. – Você ocêss dois não nã o se dão m ui uito to bem bem.. Kelsier ergueu uma sobrancelha. – Nã Não. o. Nunc Nuncaa nos de dem m os, na ve verda rdade. de. É um umaa ver vergonha. gonha. De Devíam víamos, os, m a s... não conseguimos. – Ele é m a is ve velho lho do que que você voc ê ? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Ele bati ba tiaa em e m você com m uit uitaa fre f requênc quência? ia? – Vin perguntou. per guntou. Kelsier franziu o cenho. – Ba Ba ter em m im im?? Nã Não, o, ele nunca fe fezz iss isso. o. – Você Você o impedia im pedia,, então? e ntão? – Vin Vin questionou. – Talve Talvezz sej a por isso que ele e le não nã o gosta de você você.. Como escapava e scapava?? Você corr corriia, ou era si sim m pl plesm esmente ente mais m ais forte forte do que ele? – Vin, Mar Marsh sh nunca tentou tentou me bater. Discutimos, é verdade... mas nunca quisemos m achucar um ao a o out outro. Vin não não o cont c ontradis radisse, se, mas m as ele e le pôde pôde ver ve r em e m seus olh olhos os que que ela e la não acre ac redi ditava tava nele. Que vida... vida... Kelsier pensou, ficando em silêncio. Havia tantas crianças como Vin no submundo. su bmundo. É claro, a m aiori aioriaa m orria ant a ntes es de alca alcançar nçar a id idade ade dela. Kelsier Kelsier ti tinha nha tido tido sorte: sorte: sua sua mãe fora a engenhosa amante de um alto nobre, uma mulher esperta, que conseguira esconder de seu senhor o fato de ser skaa. Kelsier e Marsh haviam crescido com privilégios – considerados ilegítimos, sim, mas ainda assim nobres – até que o pai deles finalmente descobriu a verdade. – P or que m e e nsin nsinaa e ssas coisa coisas? s? – Vin V in perguntou, pe rguntou, int intee rr rrom ompendo pendo os pensam pe nsam entos de dele. le. – Sobre alomancia, quero dizer. Kelsier franziu o cenho. – Prom P rom e ti que o far f aria. ia. – Agora que conheç c onheçoo seus segre segr e dos, o que me m e im pede de fugir f ugir de você? voc ê? – Nada Na da – Kelsi Ke lsiee r responde r espondeu. u. Mais uma vez, seu olhar desconfiado lhe indicava que ela não acreditava na resposta. – Há m eta etais is sobre os quais você não m e fa falou. lou. No nosso enc encontro, ontro, no prim primee iro dia, você diss di ssee que er eram am dez dez.. Kelsier assentiu, inclinando-se para frente. – E são. Mas não nã o deixei de ixei de for foraa os últim últimos os dois porque quer queroo ocult oc ultaa r coisa coisass de você você.. Eles Ele s só são... difíceis de se acostumar. Será mais fácil se praticar com os metais básicos primeiro. Mas se quiser saber sobre os últimos dois, posso ensiná-la assim que chegarmos em Fellise. Os olhos de Vin se estreitaram.
Ke lsier Kels ier re revirou virou os olhos. olhos. – Não N ão e sto stouu tentando te ntando e nganá nganá-la -la,, Vin. V in. As pessoa pessoass serve se rvem m na m inha ga gangue ngue porque quer querem em , e sou eficaz porque porque elas podem podem confiar umas um as nas outras. outras. Não há desconfi de sconfiança anças, s, nem nem traições. – Exceto Exc eto uma um a – Vin sussurr sussurrou. ou. – A que te enviou para pa ra as Minas. Kels Ke lsier ier para pa rali lisou. sou. – Onde ouviu isso? isso? Vin deu de ombros. Kelsier suspirou, esfregando a testa com a mão. Não era o que queria fazer – queria coçar suas cicatrizes, aquelas que corriam ao longo de seus dedos e mãos e se enroscavam em seus braçç os na direç bra dire ç ão dos om bros. Mas resisti r esistiuu à vontade. vonta de. – Isso não é algo sobre o que valha va lha a pena fa falar lar – ele diss dissee . – Mas houve um tra traidor idor – Vin insist insistiu. iu. – Nã Nãoo sabe sabem m os com c er ertez tezaa . – Isso soou vago, m e sm smoo par paraa e le. – Além diss disso, o, m inhas gangues se baseiam na confiança. Isso significa que não há coerção. Eu vou lhe mostrar os últimos dois metais, e então você pode seguir seu caminho. – Não Nã o tenho dinheiro suficiente sufic iente para pa ra sobre sobreviver viver por conta c onta própria própr ia – Vin falou. fa lou. Kelsier Kelsi er rem exeu em e m su suaa capa c apa e pegou uma bol bolsa sa de m oedas. Jogo Jogou-a u-a no assento, assento, ao lado lado de Vin. – Três Trê s mil m il boxes. O dinheiro dinhe iro que peguei pe guei de Cam Camon. on. Vin olh olhou ou para a bol bolsa sa com c om desconfi desconfiança ança.. – Pe P e gue – Kelsi Ke lsiee r fa falou. lou. – Foi Foi você quem o mer m erec ecee u... pelo que ente entendi, ndi, sua alom a lomaa ncia está por trás trá s da m a ior parte par te do sucesso suce sso rece re cente nte de Cam Camon, on, e foi f oi você quem se arr a rriscou iscou empurrando ass empurrando a em oções do obrigador. obrigador. Vin não não se m oveu. Muito bem, bem , Kelsier pensou, levantando a mão e batendo no teto com os nós dos dedos para cham ar o cochei c ocheiro. ro. A carruagem parou parou,, e Saz Sazed ed logo logo apareceu aparece u na janela. j anela. – Dê a volt volta, a, por fa favor, vor, Saze – Kelsi Ke lsier er fa falou. lou. – Leve-nos Leve -nos de volt voltaa a Luthade Luthadel.l. – Sim Sim,, Mestre Ke Kelsi lsiee r. Segundos depois, a carruagem estava seguindo na direção da qual viera. Vin o observou em silêncio si lêncio,, mas m as parecia pare cia um pou pouco co m enos segura segura de si. si. Olhou Olhou para a bol bolsa sa de m oedas. – Estou fa falando lando sér sério, io, Vin – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – Nã Nãoo posso ter a lguém no m e u ti tim m e que não queira quei ra trabalhar com igo. Levar você de vol volta ta não é um ca cast stig igo; o; é como c omo as a s coisas coisas devem ser. Vin não respondeu. Deixá-la ir seria uma aposta – mas forçá-la a ficar seria uma ainda maior. Kelsier se sentou, tentando decifrá-la, tentando entendê-la. Ela os entregaria ao Império Final se partiss partisse? e? Ele Ele achava ac hava que não. nã o. Não era er a um a m á pess pessoa. oa. Só achava acha va que todos todos os dem dem ais eram . – Acho Ac ho que seu se u plano é um umaa loucura louc ura – ela dis disse se em e m voz baixa baixa.. – Assim com c omoo me m e tade do pessoal pessoa l da gangue. ga ngue. – Você Voc ê não pode der derrota rotarr o Im I m pér pério io Final. Final. – Nã Nãoo pre precc isare isarem m os fa fazze r iss issoo – Ke Kelsi lsier er diss dissee . – Só tem os que c onseguir um e xér xércc it itoo par paraa Yeden, e tomar toma r o palácio. – O Senhor Soberano Sober ano vai va i im im pedipedi-lo lo – Vin a ssegur ssegurou. ou. – Não Nã o pode derr de rrotáotá-lo: lo: e le é im imorta ortal.l. – Tem os o déc décim imoo prim primee iro m eta etall – Ke Kelsi lsiee r lem brou. – De Descobr scobrire irem m os um j e it itoo de m a tálo. – O Ministério Ministério é m uit uitoo poderoso. poder oso. Vão descobr de scobrir ir o seu exé e xérc rcit itoo e destruí-lo. de struí-lo. Kelsier se inclinou, olhando Vin nos olhos. – Confiou em e m m im o bastante ba stante par paraa pular do alt a ltoo da m ura uralha, lha, e eu pegue pegueii você voc ê . Vai Vai ter que
confiar em confiar e m m im dest destaa vez tam bém bém.. Ela obviamente não gostava muito da palavra “confiar”. Ela o estudou sob a fraca luz da lanter lant erna, na, perm per m anec anecendo endo quieta quieta tem tempo po suficient suficientee para que o silêncio silêncio se tornasse tornasse desconfort desconfortável. ável. Finalme nalment nte, e, agarr a garrou ou a bolsa bolsa de m oedas e a escondeu rapidam rapidam ente sob sob sua sua capa. c apa. – Eu vou ficar fica r – disse. – Mas não nã o porque conf confio io em você você.. Kelsier ergueu uma sobrancelha. – Por P or que, que , então? entã o? Vin deu de ombros om bros,, e parec par eceu eu perfeit perf eitam am ente honest honestaa quando falou. falou. – Porque P orque quer queroo ver no que isso vai dar. dar . Ter uma fort fortalez alezaa em e m Lu Lutthadel qual qualiificava uma um a casa c asa a um stat na alta nobreza. Contudo, status us na ter uma fortaleza não significava que se deveria viver nela, ao menos não em tempo integral. Muit Mu itas as fam fa m íl ílias ias mant ma ntiinham uma re resi sidência dência em uma das cidades cidades da periferia per iferia de Luthadel. Luthadel. Menos povoada, mais limpa e menos estrita no cumprimento das leis imperiais, Fellise era uma cidade rica. Em vez das impressionantes fortalezas reforçadas, era repleta de mansões luxuosas e casas de campo. Havia até mesmo algumas árvores enfileiradas em algumas ruas; a maioria era choupo, cujas cascas esbranquiçadas eram, de alguma forma, resistentes à descoloração das cinzas. Vin observou a cidade coberta pela bruma através de sua janela, a lanterna da carruagem fora apagada a pedido seu. Queimando estanho, conseguiu estudar as ruas nitidamente organizadas e bem cuidadas. Era uma área de Fellise que raramente se via; apesar da opulência da ci c idade, os cortiços cortiços eram er am not notavelm avelmente ente sim sim il ilar ares es aos de qualquer qualquer out outra ra cidade. Kelsier Kelsi er obs obser ervava vava a cidade através a través de sua j anela, franz fr anzin indo do o cenho. – Você desa desaprova prova o despe desperdíc rdício io – Vin a divi divinhou, nhou, sussu sussurr rrando. ando. O som alc alcaa nçou os ouvidos am pl pliado iadoss de de Kels Ke lsier. ier. – Vê a riqu riquez ezaa da cidade e pensa nos sk skaa aa que trabalharam para cr criiáá-la la – Em par parte, te, sim – Ke K e lsi lsier er diss disse, e, sua própr própria ia voz era er a m enos que um suss sussurr urro. o. – Há m a is, no entanto. Considerando-se a quantidade de dinheiro gasto, a cidade deveria ser linda. Vin inclinou a cabeça. – E é. é. Kelsier negou. – As ca casas sas a inda e stão m a ncha nchadas das de pre preto. to. O solo ainda a inda é e stéril e sem vida. As ár árvore voress aindaa dão folhas aind folhas m ar arrons rons.. – É clar c laroo que são sã o ma m a rr rrons. ons. De que cor deve deveria riam m ser ser?? – Verde Ve rdess – Kelsi Ke lsiee r re r e spondeu. – Tudo dever de veria ia ser se r verde ve rde.. Tentouu im im agin aginar ar ár árvores vores com fol folhas has verdes, mas m as a Verde?,, Vin pensou. Que ideia estranha. Verde? estranha. Tento imagem lhe pareceu estúpida. Kelsier certamente tinha suas peculiaridades – embora alguém que tivesse passado tanto tempo nas Minas de Hathsin tinha que acabar sendo um pouco estranho. Elee se virou na El na di dire reçã çãoo dela. – Antes que e u m e e squeç squeça, a, há m a is a lgum lgumas as c ois oisaa s que você deve deveria ria sabe saberr sobre alomancia. Vin assentiu. – Prim P rimeir eiroo – Ke Kelsi lsiee r c om omee ç ou – lem bre bre-se -se de queim a r todos os meta m etais is que e stão dentro de ntro de você e que você não usou até o fim da noite. Alguns dos metais que usamos podem ser venenosos se diger digeriidos dos;; é m elho elhorr não nã o dormir dorm ir com eles dentro dentro do seu estôm estôm ago. – Ce Ce rto – Vin falou. fa lou. – Além diss dissoo – Ke Kelsi lsier er prosse prosseguiu guiu – nunca tente queim ar um m e tal que não sej a um dos
dez. Já avisei que metais e ligas impuras podem fazê-la ficar doente. Bem, tentar queimar um m etal que que não seja sej a alo a lom m anti antica cam m ente saudável saudável pode pode ser letal. Vin assentiu assentiu solene solenem m ente. ente. Bom Bom saber sabe r , pensou. – Ah – Ke Kelsi lsier er fa falou, lou, volt voltandoando-se se novam e nte par paraa a j a nela nela.. – Aqui e stam stamos: os: a re recé cém madquirida Mansão Renoux. Você deve, provavelmente, tirar a capa: as pessoas aqui são leais a nós,, mas nós m as é sem pre bom ter cuidado. cuidado. Vin concordou completamente. Tirou a capa, deixando que Kelsier a guardasse em sua mochila. Então espiou pela janela da carruagem, espreitando através das brumas a mansão que se aproximava. O terreno tinha um muro baixo de pedra e um portão de ferro; uma dupla de guardas abriu caminho assim que Sazed se identificou. A estrada do lado de dentro era margeada por choupos e, no alto da colina em frente, Vin pôde ver ve r um a gra grande nde m ansã ansão, o, com um umaa luz fa fantasm ntasmagór agórica ica em a nando de suas j ane anelas. las. Sazed parou a carruagem diante da mansão, estendeu as rédeas para um criado e desceu. – Bem -vinda à Mansã Mansãoo Renoux, senhora senhor a Vin – ele e le disse, abrindo a brindo a porta e fa fazze ndo um gesto paraa a j udá par udá-la la a desc descer er.. Vin olhou para a mão dele, mas não a pegou. Em vez disso, desceu por conta própria. O terrisano terris ano não parece pare ceuu ofendido ofendido por por sua rec r ecus usa. a. Os degraus até a mansão eram iluminados por uma fileira dupla de postes com lanternas. Enquanto Kelsier descia da carruagem, Vin pôde ver um grupo de homens reunidos no alto da escadaria de mármore branco. Kelsier subiu os degraus em ritmo acelerado; Vin o seguiu, percc e bendo que o c hão e stava li per lim m po. De Devia via ser esf esfre regado gado com fr free quênc quência ia pa para ra im impedir pedir que a cinzaa o mancha cinz m anchass sse. e. Será que os sk skaa que trabalhavam no edifício edifício sabiam sabiam que o am o deles era um impostor? Como o “benevolente” plano de Kelsier para derrubar o Império Final ajudaria as pessoass com uns que limpava pessoa lim pavam m a quele queless degra degr a us? Magro e velho, “Lorde Renoux” vestia um rico traje e usava óculos aristocráticos. Um bigode ra ralo lo e c inz inzaa ti tingia ngia seu lábio, e – apesa a pesarr de sua idade – não usava benga bengala la par paraa se apoia apoiar. r. Ele fez uma mesura respeitosa para Kelsier, mas manteve um ar digno. Vin foi subitamente atingida ating ida por um fa fato to óbvio óbvio:: Este homem home m sabe o que e stá fazendo. fazendo. Camon tinha habilidade para se fazer passar por um nobre, mas sua vaidade sempre paree c er par eraa um pouco infa infanti ntill par paraa Vin. Ainda que houvesse nobre nobress c om omoo Cam Camon, on, os m a is impressionantes eram como esse Lorde Renoux: calmos e confiantes. Homens cuja nobreza estava em seu porte, não em sua capacidade de falar com desdém com quem estivesse ao seu redor. Vin teve que se controlar para não se encolher quando os olhos do impostor pousaram nela – ele par parec ecia ia m uit uitoo com um nobre nobre,, e e la for foraa tre treinada inada par paraa , inst instint intivam ivam ente ente,, evitar a a tenç tenção ão deles. – A ma m a nsão pare pa recc e estar e star m uit uitoo me m e lhor – Kelsi Ke lsiee r disse, aper a pertando tando a m ão de Renoux. – Sim im,, e stou im impre pressi ssionado onado c om o progr progree sso – Renoux re respondeu. spondeu. – Mi Minhas nhas e quipes de limpeza são bem eficientes... dê-nos um pouco mais de tempo, e a mansão ficará tão grandiosa que não hesitarei em hospedar o próprio Senhor Soberano. Kelsier começou a rir. – Essa – sim m seria uma um a festa f esta estranha. – Deu um pass passoo para trá rás, s, apont apontando para Vin Vin.. – Esta Esta é Essa si a j ov ovem em dam damaa sobre sobre a qual lhe lhe falei. Renoux a estudou, e Vin afastou o olhar. Não gostava quando as pessoas olhavam assim paraa e la – isso a fazi par f aziaa se perguntar pe rguntar c om omoo iam testátestá-la la e usáusá-la. la. – Va Va m os ter que fa falar lar m a is sobre iss isso, o, Ke K e lsi lsiee r – Renoux fa falou, lou, ac a c ena enando ndo com c om a ca cabeç beçaa na direção da entrada da mansão. – Já é tarde, mas... Kels Ke lsier ier entrou no edifício.
– Tar arde? de? Ah, a inda não é nem m e iaia-noit noite. e. P eç eçaa pa para ra seu pessoa pessoall pre prepar paraa r a lgo par paraa comerm com erm os os.. Lady Lady Vi Vinn e eu perdem perdem os o jant ja ntar. ar. Perder uma refeição não era novidade para Vin. Contudo, Renoux imediatamente acenou paraa a lguns cria par c riados, dos, que se puser puseraa m em m ovim ovimento. ento. Renoux entr entrou ou no e difício, e Vin o seguiu. Mas par parou ou na na ent e ntra rada, da, com Saz azed ed esp e sper erando ando pacientem pacientem ente atrás dela. Kelsier Kelsi er se deteve, vira virando ndo-se -se quando per perce cebeu beu que ela não os acom panhava. – Vin? – É tão... tã o... limpo – Vin com c omentou, entou, incapaz inca paz de pe pensar nsar em outra desc descriç rição. ão. Em seus golpes, golpe s, ela e la tinha visto ocasionalmente algumas casas de nobres. Mas esses trabalhos aconteciam à noite, na escuridão. Não estava prepara prepa rada da para par a a vi visão são bem il ilum umiinada que tin inha ha diante diante de si. si. O chão de mármore branco da Mansão Renoux parecia brilhar, refletindo a luz de uma dúzia de lanternas. Tudo era... novo. As paredes eram brancas, exceto as que estavam pintadas com os tradicionais murais de animais. Um reluzente candelabro cintilava sobre uma escadaria dupla, e os outros objetos de decoração da sala – esculturas de cristal, conjuntos de vasos com ram ra m alhet alhetes es de choupo – resplandec resplandeciam iam,, lilivres de fuligem fuligem,, de suj suj eira ou de mar m arca cass de de dedos. Kelsier começou a rir. – Be Be m , a re r e aç açãã o dela cor corre responde sponde m uit uitoo bem a os seus esforç esf orços os – disse disse ao a o Lorde Renoux. Vin permitiu que a levassem para dentro do edifício. Eles viraram à direita, entrando em um aposento cujas paredes brancas contrastavam levemente com os móveis e cortinas marrons. Renoux se deteve. – Talvez Ta lvez a dam a queira que ira se ref r efre resca scarr aqui a qui por um m om omee nto – disse disse para pa ra Ke Kelsi lsier er.. – Há a lguns assuntos de natureza... delicada que gostaria de discutir com você. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – P or m im im,, tudo bem be m – diss disse, e, seguindo Renoux Re noux na dire direçç ã o da outra porta porta.. – Sazed, por que não faz fa z com companhi panhiaa para Vin enquanto enquanto Lorde Lorde Renoux e eu e u conversam os os?? – É clar c laro, o, Mestre Ke Kelsi lsiee r. Kelsier sorriu, olhando para Vin, e ela soube, de algum modo, que ele estava deixando Saz azed ed para par a trás trá s para impedir que ela escut e scutasse asse atrás atrá s da porta. porta. Lançou um olhar aborrecido para os homens que partiam. O que era mesmo que você estava dizendo sobre “confiança”, Kelsier? Contudo, ela estava mais aborrecida consigo por ser excluída. Por que deveria se importar se Kelsier a excluía? Ela tinha passado a vida toda sendo ignorada ig norada e re rejj eit eitada. ada. Nunca se importara antes que que outros outros lílídere deress de de gangu ga nguee a deix deixassem assem de fora de suas reuniões reuniões de planej planej am ento ento.. Vin sento sentou-se u-se em um umaa das da s cadeiras cade iras mar m arrons rons rigi rigidam damente ente estofa estofadas, das, encolhendo encolhendo os os pés sob sob o corpo. Sabia Sabia qual era o problem problem a. Kel Ke lsi sier er vi vinha nha mos m ostrando trando muito muito resp re speit eitoo para com ela, faz fa zendoa se sentir muito importante. Estava começando a pensar que merecia merecia fazer parte de suas confidências confid ências secretas. secr etas. A risada de Ree een, n, no fundo fundo de sua m ente, descredi descre ditava tava ess e sses es pensamento pensam entos, s, e ela ficou sentada e aborrecida consigo e com Kelsier, sentindo-se envergonhada, mas sem saber exatam e xatamente ente o motivo. motivo. Os criados de Renoux lhe trouxeram uma bandeja de frutas e pães. Colocaram uma pequena peque na m e sa a o lado de sua c ade adeira ira e lhe de dera ram m um umaa taç taçaa de cr crist istaa l c heia de um brilhante líquido vermelho. Ela não sabia dizer se era vinho ou suco, e não tinha a intenção de descobrir. Mas pegou a comida – seus instintos não deixariam passar uma refeição grátis, mesmo que prepa pre para rada da por m ãos desconhe de sconhecida cidas. s. Sazed se aproximou e se posicionou atrás de sua cadeira, à direita. Ele esperou com uma postura post ura rígida, com a s m ã os cruzada c ruzadass diante do corpo c orpo e olhar fixo. A pose obviam obviamee nte pre pretendia tendia ser respeitosa, mas sua postura intimidadora não ajudou seu estado de espírito em nada.
Vin tentou focar no seu entorno, mas isso só a fez lembrar o quão rico era o mobiliário. Ela se sentia desconfortável em meio a tanta elegância; sentia como se fosse uma mancha negra em uma almofada limpa. Não comeu os pães por medo de derrubar as migalhas no chão, e ficou preoc pre ocupada upada que seus pés e per pernas nas – que se m a ncha nchara ram m de c inz inzas as enqua enquanto nto c am inhava pe pelo lo campo – sujassem os móveis. pensou. Por que eu dev Toda essa limpeza vem à custa de algum skaa , Vin pensou. Por devia ia me m e preoc preocupar upar em estra estragá-la? gá-la? No entanto, não conseguia se sentir indignada, pois sabia que aquilo era apenas uma fachada. “Lorde Renoux” tinha que manter um certo nível de elegância. De outro modo, levantaria levantar ia suspeitas. suspeitas. Além di diss sso, o, algo algo mais m ais a impedi im pediaa de se in indi dignar gnar com c om o desperdício. desperdício. Os criados er eram am fe felliz izes. es. Cumpriam seus deveres com profissionalismo eficiente, sem nenhuma sensação de tédio em suas tarefas. Ela ouviu risadas no corredor externo. Esses não eram skaa maltratados; se tinham ou não sido sido incluído incluídoss nos planos planos de Kels Ke lsier ier era e ra irre irrelevante. levante. Vin ficou sentada e se obrigou a comer as frutas, bocejando de vez em quando. Estava sendo uma longa noite, no final das contas. Enfim, os criados a deixaram sozinha, embora Sazed contiinuass cont nuassee parado pa rado bem atrás dela. Não posso comer come r assim assim,, finalmente pensou, frustrada. – Poder P oderia ia não nã o fica fic a r para pa rado do desse j eito atrás atrá s de m im im?? Sazed assentiu. Deu dois passos para frente, para se posicionar ao lado de sua cadeira, em vez de atrás. a trás. Adoto Adotouu a m esm esmaa pos postu tura ra rígi rígida, da, assomando assoma ndo-se -se sobre el e la, com c omoo fizera fizera antes. Vin franziu o cenho, aborrecida, então notou o sorriso nos lábios de Sazed. Ele olhou para ela, seus olh olhos os bril brilhara haram m com a brincadei brincade ira ra,, e foi f oi se sentar sentar na cadeira ca deira ao a o lado lado da dela. – Nunca Nunc a conhec c onhecii um ter terrisano risano com c om senso de hum humor or – Vin V in disse disse com c om sec secura ura.. Saz azed ed ergueu e rgueu uma um a so sobrance brancelh lha. a. – Tinha a im impre pressão ssão de que você voc ê não nã o conhec conhe c ia terrisano ter risano algum a lgum,, senhora senhor a Vin. V in. Vin se deteve. ouvi falar de um com senso de humor. Acredita-se que vocês sejam – Bem Bem,, nunca ouvi compl com pletam etamente ente rígidos rígidos e form f ormais. ais. – Só Só somos som os sutis sutis – Sa Sa ze d com entou. Ainda Ain da que est estiv ivesse esse sentado com um umaa pos postu tura ra ríg rígid ida, a, havia alg a lgo.. o.... rel re laxado nele. Era Er a com comoo se se sentisse tão confortável sentado adequadamente quanto as pessoas ficam quando estão descansando. É assi assim m que se espe espera ra que sejam. Os c riad riados os perfe perfeit itos, os, com completame pletamente nte leais ao Im Império pério Final.. Final – Algo a está e stá preocupa pre ocupando, ndo, senhora senhor a Vin? V in? – Sa Sa ze d perguntou, per guntou, enquanto ela e la o observava obser vava.. O quanto quanto ele sab sabe? e? Talve Talvezz nem mesmo m esmo imagine imagine que Renoux é um imposto impostor r . – Estava só me m e pergunta pe rguntando ndo com o você... você ... chegou che gou aqui – ela fina finalm lmente ente diss dissee . – Voc Vocêê quer diz dizee r, com o um m ordom o terrisano ter risano a c abou fa fazzendo par parte te de um umaa re rebelião belião que pretende pre tende der derruba rubarr o Im I m pér pério io Final? Final? – Sa Sa ze d perguntou per guntou com seu tom de voz sua sua ve. Vin corou. Apar Aparentem entemente, ente, ele estava estava m ui uitto bem in inform form ado. – Essa é um umaa per pergunta gunta intrigante, senhora se nhora – Sa Sa ze d prosseguiu. prosse guiu. – Ce Ce rta rtam m e nte, m inha situação situaç ão não é comum c omum . Diria Diria que cheguei aqui por causa da fé. fé . – Da fé fé?? – Sim Sim – Sazed Sazed confirm c onfirm ou. – Diga-m Diga- m e, senhora se nhora.. Em que ac a c re redit ditaa ? Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Que ti tipo po de pergunta pe rgunta é essa essa?? – Do tipo m ais importa im portante, nte, cre c reio. io.
Vin não diss dissee nada por um m ome oment nto, o, mas ma s ele ele obviam obviam ente esperava espera va por uma re resp spos ostta, então ela finalment finalme ntee deu de u de ombros om bros.. – Não Nã o sei. – As pessoa pessoass fr freque equentem ntem e nte diz dizem em iss issoo – Sazed diss dissee . – Mas de descobr scobrii que ra rara ram m ente é verdade.. Você ac verdade acre redi dita ta no Im pério Fin Final? al? – Acre Ac redit ditoo que sej se j a forte f orte – Vin falou. fa lou. – Im orta ortal? l? Vin deu de ombros. – Tem Te m sid sidoo até agor agoraa . – E no Senhor Sober oberano? ano? É o Avata vatarr Asc Ascee ndente de De Deus? us? Ac Acre redit ditaa que, com o o Min Minist istéé rio ensina, ele e le é a Centelha do Infinito? Infinito? – Eu... nunca pe pensei nsei sobre iss issoo antes. ante s. – Ta lvez deve devesse sse – Sa ze d a firm ou. – Se , a pós a sua a valiaç valiaçãã o, desc descobrir obrir que os ensinamentos do Ministério não servem para você, então eu ficaria encantado em lhe oferecer uma alt alter ernati nativa. va. – Que a lt ltee rna rnati tiva? va? Sazed sorriu. – Isso depe depende. nde. A c re rença nça c e rta é c om omoo um umaa boa c apa apa,, penso eu. Se lhe ser servir vir bem , a m anterá aquec aquecid idaa e segura. Se Se lhe cai ca ir m al, no entant entanto, o, pode pode sufoca sufocar. r. Vin se deteve, franzindo o cenho levemente, mas Sazed apenas sorriu. Enfim, ela voltou a atenção para sua refeição. Depois de uma pequena espera, a porta lateral se abriu, e Kelsier e Renoux re reto tornar rnaram am . – Agor Agoraa – Renoux diss dissee , enqua enquanto nto ele e le e Ke Kelsi lsier er se senta sentava vam m e um grupo de cr criados iados tra trazzia outra out ra travess travessaa de com comid idaa para pa ra Kelsi Kelsier er – vamos vam os dis discuti cutirr sobre essa criança. c riança. O homem hom em que você ia trazer traz er para in interpretar terpretar m eu herdeiro he rdeiro não virá, você di dizz? – Infe Inf e li lizzm ente – Kelsi Ke lsier er diss dissee , ataca ata cando ndo a com c omida. ida. – Isso com pli plicc a enorm e norm e m e nte as a s coisas – Renoux disse disse . Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Fa Fa re rem m os com que Vin V in seja sej a sua he herde rdeira ira.. Renoux negou com a cabeça. – Um a gar garota ota da idade de dela la poderia poderia herdar, mas seria suspeito que eu a escolhesse. Há vários primos legítimos na linhagem de Renoux que seriam escolhas muito mais adequadas. Já seria difícil o bastante fazer um homem de meia-idade passar pelo escrutínio da corte. Uma garota... não, muitas pessoas investigariam o passado dela. As linhagens familiares que forjamos sobreviverão a um escrutínio superficial, mas se alguém enviar mensageiros para investigar as posses dela... dela ... Kelsier franziu o cenho. – Além dis disso so – Renoux a cr cresc escee ntou. – Há outra questão. Se eu nom nomea easse sse um umaa j ovem solteira como minha herdeira, ela instantaneamente se tornaria a mão mais cobiçada de Luthadel. Lut hadel. Ser Seráá m ui uito to di difícil para ela esp e spio ionar nar se rece re ceber ber tant tantaa atençã atenção. o. Vin corou com a ideia. Surpree Surpreendent ndentem em ente, descobriu descobriu que ficava m ais abatida abatida conform e o velho impostor falava. Essa falava. Essa é a única parte do plano que Kelsie Kelsie r deu para mim. Se não puder fazer isso, qual será minha utilidade para a gangue? – Então, o que suger sugeree ? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. – Bem Bem,, e la não prec precisa isa ser minha herdeira – Renoux disse. – E se, em vez disso, ela for sim si m pl plesm esmente ente uma um a j ovem pare parent ntee que trou trouxe xe com c omig igoo para Lut Luthadel? hadel? Eu poss possoo ter prometi prom etido do aos pais dela (pr (prim imos os dis distantes, tantes, m a s fa favore vorecidos) cidos) que int introduzi roduziria ria a filha dele deless na c orte orte.. Todos
pre sumiriam presum iriam que m eu m oti otivo vo oculto é ca casásá-la la com um umaa fa fam m íl ília ia da a lt ltaa nobre nobrezza, c onseguindo, assim, outra conexão com os que estão no poder. No entanto, ela não chamaria tanta atenção... seria de posiçã posiçãoo infer inferio ior, r, e um pou pouco co rural. rura l. – O que e xpli xplica caria ria por que é um pouco m e nos re r e fina finada da do que outros m e m bros da c orte – Kelsier comentou. – Sem ofensas, Vin. Vin levantou a cabeça enquanto tentava esconder um pedaço de pão enrolado em um guardanapo no bolso da camisa. – Por P or que m e ofe of e nder nderia? ia? Kels Ke lsier ier sorriu. – Não Nã o importa im porta.. Renoux assentiu para si mesmo. – Sim Sim , isso funcionar func ionaria ia m uit uitoo m elhor elhor.. Todo Todo m undo acha a cha que a Casa Renoux vai, va i, em e m a lgum momento, se juntar à alta nobreza, então aceitarão Vin em seus eventos por cortesia. Contudo, ela, em si si,, ser seráá sem importância o bastant bastantee para par a que a m aior parte das pessoas pessoas a ignore. ignore. Essa Essa é a situ si tuaç ação ão idea ideall para o que que querem quere m os que ela faça fa ça.. – Gosto dis disso so – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – P ouca oucass pe pessoas ssoas espe espera ram m que um hom homee m da sua idade e com suas preocupações comerciais se ocupe em ir a bailes e festas, mas enviar uma jovem ocialite,, em vez de um bilhete de rejeição, será vantajoso para sua reputação. ocialite – De fa fato to – Renoux diss disse. e. – Ela pre precc isará de a lgum re refina finam m ento, no enta entanto... nto... e não só na aparência. Vin se agitou um pouco diante do escrutínio deles. Parecia que a participação dela no plano seguiria segui ria em e m fre frent nte, e, e ela repenti r epentinam namente ente perce per cebeu beu o que isso isso signi significava. ficava. Est Estar ar perto de Renoux Renoux a deixava desconfortável – e ele era um fal falso so nobre. Como reagiria a uma sala inteira cheia de nobre nob ress de verdade? ve rdade? – Tem Te m o que tere te reii que toma tom a r Sazed em e m pre prestado stado de você voc ê s por um tem po – Kelsi Ke lsiee r disse. – Está muit m uitoo bem – Renoux disse. disse. – Ele não é re reaa lm lmee nte m eu m ordom o, mas m as seu. se u. – Na ver verda dade de – Ke Kelsi lsiee r diss dissee – não a cho que e le sej a m ordom o de mais ninguém, ninguém , certo Sazed? Sazed inclinou a cabeça. – Um ter terrisano risano sem um a m o é com o um soldado sem ar arm m as, Mestre Ke Kelsi lsiee r. Te nho apreciado o tempo que estou servindo Lorde Renoux, e tenho certeza de que apreciarei retornar aos seus servi ser viços. ços. – Ah, ma m a s você não vai va i estar a m e u serviço ser viço – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou. Sazed levantou uma sobrancelha. Kelsiier ace Kels aceno nouu com a cabeça c abeça na direç direção ão de Vin. Vin. – Re Re noux está ce c e rto, Sazed. Sazed. Vin precisa pre cisa de algum a lgum tre tr e inam e nto, e conheç c onheçoo vários vár ios a lt ltos os nobres nobre s menos refinados do que você. Acha que pode ajudar a garota a se preparar? – Tenho Te nho certe ce rtezza de que posso ofere ofe rece cerr algum a lgumaa aj a j uda à j ovem dam a – Sazed Sazed disse. – Ótim Ótimoo – Ke Kelsi lsiee r fa falou, lou, coloca c olocando ndo o últ últim imoo bolo na boca e se leva levantando. ntando. – Estou feliz f eliz de que isso esteja acertado, porque estou começando a me sentir cansado. E a pobre Vin parece estar prestes a dormir em cima da sua travessa de frutas. – Estou bem be m – Vin diss dissee im imee diatam e nte, m as a af afirm irmaa ç ão foi leve levem m ente e nfr nfraa quec quecida ida por um bo bocej cej o sufocado. sufocado. – Sa Sa zed – Renoux disse –, você voc ê m ostrar ostraria ia a ele eless os quartos de hóspedes hóspe des apropr a propriados? iados? – É cla claro, ro, Mestre Renoux – Sa ze d re respondeu, spondeu, leva levantando-se ntando-se de seu a ssento com um movimento rápido. Vin e Kelsier seguiram o alto terrisano enquanto um grupo de criados retirava os restos da
refeição. Deixe refeição. De ixeii comida c omida para trás, trás, Vin notou, sentindo-se um pouco sonolenta. Não tinha certeza do que pensar a respeito r espeito diss disso. o. Quando chegaram ao topo da escada e entraram em um corredor lateral, Kelsier se aproximou de Vin. – Sint Sintoo tê-la tê- la exc e xcluí luído do naquela naque la hora hor a , Vin. Elaa deu El de u de ombros om bros.. – Não Nã o há ra r a zã o para par a que eu saiba sa iba de todos os seus planos. – Besteira Besteir a – Ke K e lsi lsiee r dis disse. se. – Sua dec decisão isão esta e sta noit noitee a fa fazz tão tão par parte te do grupo gr upo quanto qua nto qualquer qua lquer outro. A conversa particular que tive com Renoux, no entanto, era de natureza pessoal. Ele é um ator mar m aravil avilhos hoso, o, mas m as se sent sentee m ui uito to desconfortável desconfortável que que as pessoas pessoas saibam dos detalh detalhes es de com comoo tom to m ou o lugar lugar de Renoux enoux.. Eu garant gara ntoo a você que nada na da do que discut discutimos imos tem tem algu algum m a cois coisaa a ver com a sua parte par te do plano plano.. Vin continuou a caminhar. – Eu... acre ac redit ditoo em você você.. – Ótim Ótimoo – Ke Kelsi lsiee r diss disse, e, c om um sorr sorriso iso,, dando um tapinha no om ombro bro dela dela.. – Sa ze d, conheço o caminho até os aposentos dos hóspedes masculinos... fui eu, afinal, quem comprou este lugar. Posso ir sozinho até lá. – Está bem be m , Mestre Ke Kelsi lsier er – Sazed Sazed disse com c om um a ce ceno no respeitoso. re speitoso. Kelsier lançou um sorriso para Vin e seguiu corredor abaixo, com seu característico passo apressado. Vin o viu partir, e seguiu Sazed por um corredor diferente, pensando em seu treinamento alomântico, em sua discussão com Kelsier na carruagem e, finalmente, no que Kelsier dissera alguns momentos atrás. Os três mil boxes – uma fortuna em moedas – eram um peso estranho preso pre so em seu cint c into. o. Finalme nalment nte, e, Sazed Sazed abriu a briu um umaa porta para par a ela, adiantando-se adiantando-se para ac acender ender as lanter lanternas. nas. – Os lenç lençóis óis estão e stão li lim m pos, e nviare nviareii c ria riadas das par paraa pre prepar paraa r seu banho pe pela la m anhã anhã.. – Ele se virou, vi rou, entrega entregando ndo a vela ve la para ela. – Prec Pr ecis isaa de m ais alguma alguma cois coisa? a? Vin negou com a cabeça. Sazed sorriu, desejou-lhe boa noite e foi embora pelo corredor. Vin ficou parada por um momento, estudando o quarto. Então se voltou para o corredor, olhando m ais um um a vez ve z na dire direçã çãoo que que Kel Ke lsi sier er segui seguira ra.. – Sa Sa zed? – disse, disse, espre e spreit itando ando pelo pe lo corre cor redor. dor. O m ordomo parou, par ou, vi vira rando ndo-se. -se. – Pois P ois não, senhora senhor a Vin? – Kelsi Ke lsiee r – Vin V in disse, disse, em e m voz baixa baixa.. – É um bom hom homem em , não é? é? Sazed sorriu. – Um hom homem em m uit uitoo bom, bom , senhora senhor a . Um dos me m e lhores que c onheç onheço. o. Vin assentiu levemente. – Um bom hom homee m ... – diss dissee suave suavem m e nte. – Nã Nãoo a cho que j á tenha c onhec onhecido ido um de desses sses antes. Saz azed ed sorriu, curvou a cabeça ca beça re resp speit eitos osam am ente e parti partiu. u. Vin deixo deixouu que a port portaa se fechasse. fe chasse.
SEGUNDA PARTE REBELDES REBELD ES SOB UM CÉU DE CINZAS
No fundo, me preocupa pre ocupa que minha arrogância arrogância destrua a todos todos nós. nós.
Vin empurrou contra ra a m oeda e se lançou na bruma. brum a. Ela saiu saiu voando voando,, afast afa stando-se ando-se da ter terra ra e das empurrou cont pedraa s, elevando pedr ele vando-se se atra a través vés das da s escura esc urass corre cor rentes ntes do céu, cé u, com o vento agit a gitaa ndo sua capa c apa.. Isso é li liberdade berdade,, pensou, respirando profundamente o ar frio e úmido. Ela fechou os olhos, sentindo senti ndo o vento que passava. pa ssava. É É diss dissoo que sem sempre pre senti se nti falt falta, a, ainda que não soubesse . Abriu os olhos e começou a descer. Esperou até o último momento e jogou uma moeda. Quando a moeda acertou o chão de paralelepípedos, Vin empurrou empurrou contra ela levemente, reduzindo a velocidade de sua descida. Queimou peltre com um lampejo e alcançou o chão, disparando pelas tranquilas ruas de Fellise. O ar do final do outono era frio, mas os invernos em gerall eram gera era m su suaves aves no Domín Dom ínio io Central. Nem um úni único co floco de neve ca caía ía há alg a lguns uns anos. Ela atirou uma moeda para trás e a usou para se empurrar levemente levemente para cima e para a direita. Aterrissou em um muro baixo de pedras, quase sem perder o passo enquanto corria ao longo lo ngo do do topo topo do muro. Queimar Queim ar pelt peltre re m elho elhora rava va m ais do que que seus mús m úsculo culoss – aumentava aum entava todas todas as habilidades físicas de seu corpo. Mantendo a queima do peltre baixa ela tinha uma sensação de equilíbrio que qualquer arrombador noturno teria invejado. O muro virava para o norte, Vin parou na esquina. Ela se agachou, com os pés descalços e os dedos sensíveis agarrando a pedra fria. Com seu cobre aceso, para esconder sua alomancia, ela inflam inflam ou o estanho estanho para re reforç forçar ar seus senti sentidos dos.. Quietud Qui etude. e. Os choupos choupos form avam fil fileiras eiras imateriai ima teriaiss na bruma, bruma , como com o magros m agros skaa skaa em li linhas nhas de montagem. As casas de campo se erguiam à distância – cada uma delas murada, cuidada e bem guar guardada dada.. Havia Ha via m uit uitoo me m e nos pontos pontos de luz na c idade do que em e m Luthade Luthadel.l. Muit Muitaa s das ca c a sas eram apenas residências de temporada, e os donos estavam fora, visitando algum outro canto do Im pér pério io Final. Final.
De repente, linhas azuis apareceram diante dela – uma das pontas de cada uma delas indicando seu peito, e a outra desaparecendo na bruma. Vin imediatamente saltou para o lado, esquivando-se de duas moedas disparadas no ar da noite, deixando um rastro na bruma. Ela avivou o peltre e aterrissou na rua de paralelepípedos ao lado do muro. Seus ouvidos melhorados pelo e stanho c apta aptara ram m o som de algo ra raspando; spando; e ntão um umaa for form m a e scur scuraa disp dispaa rou no c é u, algum algu m as poucas linhas linhas azui azuiss apontavam apontavam para su suaa bol bolsa sa de m oedas. Vin derrubou uma moeda e se lançou no ar, atrás de seu oponente. Eles subiram por um momento, voando sobre o terreno de algum nobre que não suspeitava de nada. De repente, o oponente de Vin mudou de rumo no ar, virando-se na direção da mansão. Vin o seguiu, jogando a m oeda para trás em vez de queima queimarr ferro fer ro e puxar e puxar os os tri trincos ncos de de uma um a das janelas j anelas da mansão. m ansão. Seu oponente chegou primeiro, e ela ouviu um ruído surdo enquanto ele corria pela lateral do edifício. Sumiu um segundo depois. Uma luz brilhou, e uma expressão confusa apareceu na janela quando Vin girou no ar e empurrou a superfície aterrissou com os pés contra a parede da mansão. Ela imediatamente empurrou empurrando a vertica verti cal,l, desvi desviando-se ando-se levemente levem ente e empurrando a trava da mesma janela. Os vidros racharam, e ela disparou pela noite antes que a gravidade a reivindicasse. Vin voou pela bruma, forçando a vista para seguir sua presa. Ele jogou duas moedas nela, m as ela ela as empurrou para longe com desdém. Uma fraca linha azul caiu no chão – uma moeda empurrou para ogada – e seu oponent oponentee m oveu-se latera laterallm ente mais m ais um umaa vez. empurrou.. Mas a moeda foi empurrada empurrada na direção Vin jogou sua própria moeda e a empurrou empurrão de contrária à da terra, –resultado de um empurrão de seu oponente. O movimento súbito mudou a trajetóri traj etóriaa do salto salto de Vin, Vin, arrem arr em essando essando-a -a para o lado. lado. Ela Ela praguej pra guejou, ou, lançou outra outra m oeda para par a o lado,, usando-a lado usando-a para pa ra se empurrar e e voltar à sua rota. Mas, então, havia perdido sua presa. ela pensou, atingindo o chão macio bem atrás da muralha. Pegou algumas moedas Certo... ela Certo... na mão e jogou a bolsa quase cheia no ar, dando um forte empurrão na direção em que vira sua empurrão na presa pre sa desapa de sapare recc e r. A bols bolsaa sum sumiu iu nas brum a s, traça traç a ndo uma um a leve le ve linha alom a lomââ nti nticc a az a zul. De re repent pente, e, um pun punhado hado de moedas m oedas disp dispar arou ou dos dos arbustos arbustos à sua sua fre frent nte, e, corre c orrendo ndo na na di dire reçã çãoo da bolsa dela. Vin sorriu. Seu oponente havia presumido que a bolsa voadora era a própria Vin. Estava muito longe para ele ver as moedas que ela tinha na mão, assim como ele estava longe demais dem ais para el e la ver as a s moedas que que carre c arregava. gava. Uma figura escura saltou de trás dos arbustos, pulando sobre o muro de pedra. Vin esperou em si silêncio lêncio,, enquanto enquanto a fig f igura ura corria pelo muro e pass passava ava para o outro outro lado. Vin se lançou no ar, então jogou seu punhado de moedas sobre a figura abaixo. Ele imediatamente empurrou empurrou,, mandando as moedas para longe – mas elas eram apenas uma distração. Vin aterrissou diante dele, com duas facas de cristal zunindo fora da bainha. Ela atacou, cortante, mas seu oponente saltou para trás. Algo está e stá errado e rrado.. Vin se abaixou e se jogou para o lado enquanto um punhado de moedas empurrado para longe – caíam do cintilantes – as moedas dela, aquelas que seu oponente havia empurrado céuu nas mãos cé m ãos de seu adversário. adver sário. El Ele se virou virou e as a s atirou atirou na direção direçã o dela. Vin largou as adagas soltando um gemido baixo e lançando as mãos para frente, empurrando as moedas. Ela imediatamente foi atirada para trás, quando seu empurrão foi empurrando corre cor respon spondid didoo por seu oponente. Uma das moedas saltou no ar e ficou flutuando bem no meio dos dois. As outras desapareceram nas brumas, empurradas para o lado pelas forças conflitantes. empurradas para Vin avivou seu aço enquanto voava, e ouviu seu opositor grunhir enquanto era empurrado paraa trá par tráss tam bém . Ele E le a c er ertou tou o m uro. Vin se choc chocou ou contra c ontra um umaa á rvor rvore, e, m as a vivou o pelt pe ltre re e
ignorou ig norou a dor. Ela Ela us usou ou a m adeira para se apoi a poiar ar e cont contin inuou uou empurrando empurrando.. A moeda estremeceu no ar, presa entre a força amplificada dos dois alomânticos. A pressão pre ssão aum a umee ntou. Vin Vin cerr ce rrou ou os dentes, sentindo o pequeno peque no choupo dobra dobr a r atrá a tráss de si. O empurrão de seu oponent oponentee era e ra implacá implacável. vel. empurrão de Vin pensou, avivando aço e peltre, grunhindo levemente enquanto Não... Não ... sere serei... i... derrot de rrotada! ada! Vin aplicava toda a sua força contra a moeda. Houve um momento de silêncio. Então Vin cambaleou para trás, e a árvore rachou, dando um estalo no ar noturno. Vin caiu no chão, rodeada por lascas de madeira. Nem mesmo o estanho e o peltre foram suficientes para manter sua mente clara enquanto rolava pelos paralelepípedos até parar, atordoada. A figura escura se aproximou, as faixas da capa esvoaçando ao seu redor. Vin ficou em pé, cam ca m baleando, procurando pelas pelas facas fac as que tin tinha ha esquecido que deixar deixaraa cair. c air. Kelsier Kelsi er baix baixou ou o ca capuz puz e deu as a s facas fac as para ela. Uma Um a est e stava ava quebrada. quebra da. – Sei que é inst instint intivo, ivo, Vin, m as não pre precc isa coloc colocaa r a s m ãos par paraa fr free nte quando empurra ... empurra... nem tem que largar o que est e stiiver segurando segura ndo.. Vin fez uma careta na escuridão, esfregando o ombro e assentindo enquanto aceitava as adagas. – Bom Bom tra traba balho lho com a bolsa – Kelsier K elsier diss disse. e. – Você V ocê este esteve ve a ponto de de m e pega pe gar. r. – Não Nã o serviu ser viu para nada – Vin grunhiu. – Só e stá fa fazzendo iss issoo há a lguns m ese eses, s, Vin – e le dis disse, se, a nim nimaa do. – Con Considera siderando ndo iss isso, o, seu progree sso é fa progr fantásti ntásticc o. Mas e u re recom com enda endaria ria que e vit vitaa sse c om ompe peti tirr no empurrão com pessoas empurrão com mais pesadas que você. – Ele pausou, olhando a figura baixa e magra de Vin. – O que provavelm prova velm ente signi signific ficaa evit e vitaa r enfr e nfrenta entarr quase qua se todo mundo. m undo. Vin suspirou, alongando-se levemente. Teria mais hematomas. Pe Pelo lo me menos nos não serão visíveis.. Agora que os hematomas que Camon deixara em seu rosto finalmente haviam sumido, visíveis Sazed a aconselhara a ter cuidado. A maquiagem só conseguia disfarçar, e ela tinha que parecer uma j ovem nob nobre re “re “ refin finada” ada” se quisess quisessee se infil infiltrar na corte. c orte. – Aqui – Kelsier dis disse, se, entre e ntregando gando algo a lgo para e la. – Um a lem le m bra brança nça.. Vin pegou o objeto – a moeda que tinha sido empurrada empurrada pelos dois. Estava dobrada e achatada pela pressão. – Vej Ve j o você na m a nsão – Kelsi Ke lsiee r disse. rto,, ela pensou. Sou pequena, peso Vin assentiu, e ele desapareceu na noite. Ele e stá c e rto menos, e tenho um alcance menor do que qualquer um com quem provavelmente eu lute. Se atacar at acar alguém alguém de frente, vou v ou perder. De qualquer forma a alternativa sempre tinha sido seu método –lutar em silêncio, perm per m a nec necer er sem ser vist vista. a. Tinha que apr apree nder a usar a alom anc ancia ia do m e sm smoo j eito. Ke Kelsi lsiee r ficava dizendo que ela estava se desenvolvendo incrivelmente rápido como alomântica. Parecia acreditar que era por causa de suas lições, mas Vin sentia algo mais. As brumas... os passeios noturnos... tudo parecia certo certo para ela. Não estava preocupada em dominar a alomancia em tempo tem po de aj udar Kels Ke lsier ier cont c ontra ra out outros ros nascidos nascidos das brumas. bruma s. Era o seu outro outro papel pape l no plano plano que que a preocupava. Suspirando, Vin saltou sobre o muro para procurar por sua bolsa de moedas. Na mansão – não era a casa de Renoux, mas a de outro nobre – as luzes estavam acesas e algumas pessoas circulavam. Nenhuma delas se aventurava na noite escura. Os skaa temiam os espectros da brum a ; os nobre nobress devia deviam m ter im imaa ginado que o a lvoroço ti tinha nha sido ca causado usado por nasc nascidos idos das brum a s. Nenhum Ne nhumaa das duas possi possibil bilidade idadess era e ra a lgo que um umaa pessoa e m sã c onsciê onsciência ncia de desej sej ar aria ia
confrontar. Finalmente, Vin localizou sua bolsa, seguindo as linhas de aço até os galhos altos de uma árvore. Puxou-a levemente, fazendo-a cair em sua mão, e voltou para a rua. Kelsier provavelm prova velm ente ter teria ia deixado de ixado a bolsa para pa ra trá tráss – as duas dua s dúzias dúzias de tos tostões tões que c onti ontinha nha não nã o vali va liam am seu tempo. Contudo, durante quase toda sua vida, Vin mendigara e passara fome. Não podia se forçar forç ar a ser perdulária. Jogar Jogar moedas m oedas para salt saltar ar j á a deix deixava ava desconfort de sconfortável ável o bastant bastante. e. Por isso, usou suas moedas com moderação enquanto voltava para a mansão de Renoux e, em vez de utilizá-las, puxou utilizá-las, puxou e e empurrou edifícios e pedaços descartados de metal. O passo meio empurrou edifícios saltado, meio corrido, de um Nascido das Brumas era natural para ela agora, não precisava pensarr m uit pensa uitoo sobre seus movim m ovimee ntos ntos.. Como se sairia tentando fingir ser uma nobre? Não conseguia esconder suas apreensões, não de si mesma. Camon era bom imitando nobres por causa de sua autoconfiança, e esse era um atributo que Vin sabia que não tinha. Seu sucesso com a alomancia só provara que seu lugar era nos cantos e nas sombras, não andando por aí usando belos vestidos em bailes da corte. Kelsier, no entanto, se recusou a deixá-la desistir. Vin pousou de cócoras do lado de fora da Mansão Renoux, arfando levemente com o esforço. Olhou as luzes com uma leve sensação de apreensão. Você vai aprender, Vin , Kelsier ficava lhe dizendo. Você é uma alomântica talentosa, mas purrões rrões de aço recisará de mais do que em pu aç o para ser ser bem-suce be m-sucedi dida da entre a nobreza. Até Até que possa andar entre a sociedade com a mesma facilidade que o faz entre as brumas, estará em desvantagem.. desvantagem Soltando um suspiro silencioso, Vin ergueu-se, tirou a capa de bruma e a escondeu para buscá-la buscá -la de depois pois.. Então subiu os de degra graus us e e ntrou no e difício. Qua Quando ndo per perguntou guntou por Sa ze d, os criados da mansão lhe indicaram a cozinha, e ela se encaminhou para a seção separada e escondida escondi da da m ansão em que ficavam os aloja alojam m ento entoss dos dos cr criiados. Mesmo essa parte do edifício era mantida imaculadamente limpa. Vin estava começando a entender por que Renoux era um impostor tão convincente: não permitia imperfeições. Se mantivesse sua interpretação com a metade da eficiência com que mantinha a ordem em sua m ansão, então Vin duvi duvidava dava que algu alguém ém j am ais descobris descobrisse se o ardi a rdil.l. Mas,, pensou, ele deve ter alguma falha. Na reunião que tivemos há dois meses, Kelsier disse Mas que Renoux não passaria pelo escrutínio de um Inquisidor. Será que eles podem sentir algo de suas emoções, algo que o trairia? Essee era Ess e ra um probl problem em a pequeno, m as Vin não não o esquecera esquece ra.. Apesar do que Kels Ke lsier ier tinha tinha dit dito sobre honestidade e verdade, ele ainda tinha seus segredos. Todo mundo tinha. Sazed estava, de fato, na cozinha. Estava em pé ao lado de uma criada de meia-idade. Ela eraa alt er a ltaa para par a um a m ul ulher her skaa skaa – ainda ainda que ficar fica r perto per to de Saz Sazed ed a fiz fizesse esse parece pare cerr diminuta. diminuta. Vin Vin a reconheceu como membro do pessoal da casa; Cosahn era o nome dela. Vin se esforçara para m em oriz orizar ar os nom nomes es de to todo do o pessoal, pessoal, ainda ainda que foss fossee só par paraa m anter cont c ontrol rolee so sobre bre eles. Sazed a viu assim assim que ela e la ent e ntrou. rou. – Ah, senhora se nhora Vin. Volt Voltou ou bem be m a tem po. – Fez um gesto na dire direçã çãoo de sua ac a c om ompa panhante nhante.. – Estaa é Cosahn. Est Cosahn estudou Vin com ar profissional. Vin desejou voltar para as brumas, onde não a olhavam ol havam daquele jeit j eito. o. – É tem po suficiente suficie nte agora a gora,, cre c reio io eu – Sazed Sazed disse. – Prova P rovavelm velmee nte – Cosa Cosa hn concordou. conc ordou. – Mas não nã o posso fazer m il ilaa gre gres, s, Mestre Va Vaht. ht. Sazed assentiu. “Vaht”, aparentemente, era o título adequado para um mordomo terrisano. Sem sere serem m com compl pletam etam ente skaa skaa,, mas m as defi def ini niti tivam vam ente não sendo nobres, nobres, os ter terris risanos anos ocupavam ocupavam
um lu lugar gar m ui uito to estra estranho nho na na so sociedade ciedade imper imperial ial.. Vin estudou os dois, desconfiada. – Seu ca cabelo, belo, senhora se nhora – Sazed disse, com um tom de voz calm ca lmo. o. – Cos Cosaa hn vai va i cortá c ortá-lo -lo para pa ra você. – Ah – Vin disse, disse, levando le vando a m ã o à cabe c abeçç a . Se Se u cabe ca belo lo estava fic ficaa ndo com prido dem a is para seu gosto gosto;; embora, em bora, de algu algum m m odo odo,, duvid duvidasse asse que Sazed Sazed fos f osse se deixá-la cort c ortar ar com comoo um m enin enino. o. Cosahn apontou para uma cadeira e Vin sentou-se, relutante. Achava enervante sentar-se docilmente enquanto alguém trabalhava com tesouras tão perto de sua cabeça, mas não havia remédio. Depois de alguns segundos passando as mãos pelos cabelos de Vin, repartindo-o tranquiilam tranqu lamente, ente, Cos Cosahn ahn com eç eçou ou a cortar. c ortar. – Que belo c abe abelo lo – dis disse, se, quase pa para ra si m e sm smaa . – Gr Grosso, osso, com um bonit bonitoo tom negr negro. o. É uma pena vê-lo tão mal cuidado, Mestre Vaht. Muitas mulheres da corte morreriam por um cabelo desses... tem corpo suficiente para ondular, mas é liso o bastante para se trabalhar com facil fa cilid idade ade nele. Sazed sorriu. – Tem Te m os que nos assegura asse gurarr de que rec r eceba eba m e lhore lhoress cuidados no futuro f uturo – disse. disse. Cosahn continuou a trabalhar, assentindo para si mesma. Pouco tempo depois, Sazed se aproximou e se sentou diante de Vin. – Kelsi Ke lsiee r ainda a inda não nã o retornou, re tornou, eu pre pr e sum sumo? o? – Vin perguntou. per guntou. Sazed negou com a cabeça, e Vin suspirou. Kelsier não achava que ela tinha prática o suficiente para acompanhá-lo em suas incursões noturnas, muitas das quais fazia logo após as sessões de treinamento com Vin. Durante os últimos dois meses, Kelsier fizera aparições nas proprieda propr iedades des de um umaa dúz dúzia ia de c a sas nobre nobres, s, tanto e m Luthade Luthadell quanto em Fe ll llise. ise. Va ria riava va seu disfarc di sfarcee e os mot m otiv ivos os aparent apare ntes, es, tentando tentando cr criar iar um ar de confus c onfusão ão ent e ntre re as Grandes Gra ndes Casas. Casas. – O que foi? – Vin perguntou per guntou pa pa ra Sa ze d, que lhe lanç lançaa va um olhar c urioso. O terris terr isano ano inclin inclinou ou a ca cabeça beça levem levemente, ente, resp re speit eitos oso. o. – Estava m e perguntando pe rguntando se esta estaria ria dis disposta posta a ouvir outra outr a propost pr oposta. a. Vin suspirou, revirando os olhos. – Tudo bem . – Como se eu pudesse fazer outra coisa além de ficar sentada aqui . – Acho Ac ho que tenho a re reli ligião gião perf pe rfeita eita par paraa você – Saze Saze d disse disse , seu rosto norm a lm lmee nte estoi e stoico co revelou uma centelha de ansiedade. – Chama-se “Trelagismo”, em homenagem ao deus Trell. Trell era venerado por um grupo conhecido como nelazanos, um povo que vivia bem longe daqui, ao norte. Na terra deles, o ciclo do dia e da noite era muito estranho. Durante alguns meses do ano, era escuro a maior parte do dia. Durante o verão, no entanto, só ficava escuro por algumas horas. Os nelazanos acreditavam que havia beleza na escuridão, e que a luz do dia era mais profana. Eles viam as estrelas como os Mil Olhos de Trell que os observava. O sol era um único olho ciumento do irmão de Trell, Nalt. Uma vez que Nalt tinha um só olho, ele o fazia brilhar com m uit uitaa int intee nsid nsidaa de, par paraa ofusc ofuscaa r seu irm irmãã o. Os nela nelazzanos, no enta entanto, nto, nã nãoo se impressionavam, e preferiam venerar o silencioso Trell, que os vigiava até mesmo quando Nalt obscur obs curec ecia ia o sol. sol. Sazed ficou em silêncio. Vin não tinha certeza do que responder, então não disse nada. – É re reaa lm lmee nte um umaa boa re reli ligião, gião, senhor senhoraa Vin – Sa ze d prosseguiu. – Muit Muitoo gentil, e m esm o assim muito poderosa. Os nelazanos não eram um povo avançado, mas eram muito determinados. Eles mapearam todo o céu noturno, contando e classificando cada estrela principal. princ ipal. Os c ostu ostum m e s de deles les c om ombinam binam c om você você... ... espe especia cialm lmee nte a pre prefe ferê rência ncia pe pela la noit noite. e. Posso contar mais, se desejar.
Vin negou Vin negou com a cabeça c abeça.. – Está tudo bem , Sazed. Sazed. – Não Nã o se e nca ncaixa, ixa, então? e ntão? – Sa Sa ze d disse, fra f ranz nzindo indo o ce c e nho. – Ah, A h, bem be m . Ter Terei ei que pensa pensarr um pouco m ais. Obrigado, Obr igado, senhora senhor a ... acho ac ho que é m uit uitoo paciente pac iente com c omigo. igo. – P ensa ensarr um pouco m a is? – Vin per perguntou. guntou. – É a quint quintaa re reli ligião gião par paraa a qual tenta m e converter, Saze. Quantas mais pode haver? – Quinhenta Quinhentass e sesse sessenta nta e duas – Sa ze d re respondeu. spondeu. – Ou, pelo m e nos, esse é o núm númer eroo de sistemas de crença que conheço. Há, provável e infelizmente, outras que passaram por este mundo sem deixar traços para meu povo compilar. Vin se deteve por um instante. – E você tem todas essas essa s reli re ligiões giões memorizadas memorizadas?? – Tanta Tantass quantas qua ntas possível – Sa ze d disse. – Suas ora oraçç ões, c re renç nças, as, m it itologi ologiaa . Muitas são sã o bem be m paree c idas... rupturas par ruptura s ou seitas uma um a s das outras. outra s. – Mesmo Mesm o assim, assim , com o pode lem le m bra brarr de tudo isso? isso? – Tenho... Te nho... mé m é todos – Sazed Sazed expli e xplicc ou. – Mas, para pa ra que serve se rve iss isso? o? Sazed franziu o cenho. – A re respost spostaa devia ser óbvia, c re reio io e u. As pessoa pessoass são valiosas, senhor senhoraa Vin, e , porta portanto, nto, também suas crenças. Desde a Ascensão, há mil anos, muitas dessas fés desapareceram. O Ministério do Aço proíbe a adoração a qualquer outro que não o Senhor Soberano, e os Inquisidores vêm destruindo diligentemente centenas de religiões. Se ninguém se lembrar delas, ninguém se então elas simplesmente desaparecerão. – Que Querr diz dizer er – Vin diss dissee incr incrédula édula – que está tentando m e c onver onverter ter a re reli ligiões giões que e stão mortas há mil anos? Sazed assentiu. a ssentiu. Será que todo mundo envolvido com Kelsier é insano? – O Im pér pério io Final Final não nã o dura dur a rá par paraa sem pre – Saze Saze d disse em e m voz ba ba ixa. – Nã Nãoo sei se i se Mestre Kelsier será aquele que finalmente trará o fim, mas esse fim virá virá.. E, quando vier, quando o Mini Mi nist stér ério io do do Aço não m ais reinar, os hom hom ens desejar desej arão ão retornar r etornar às à s crenças cre nças de seus pais. pais. Nesse Nesse dia eles olharão para os Guardadores, e, nesse dia, devolveremos à humanidade suas verdades esquecidas. – Gua Guarda rdadore dores? s? – Vin per perguntou, guntou, e nquanto Cos Cosaa hn com eç eçaa va a c orta ortarr sua fr fraa nj njaa . – Há outros como você? – Nã Nãoo m uit uitos os – Sazed diss disse. e. – Mas alguns. O suficie suficiente nte par paraa tra transm nsmit itir ir a s ver verda dades des pa para ra a próximaa gera próxim ge raçç ã o. Vin ficou pensativa, resistindo ao desejo de se contorcer sob as tesouras de Cosahn. A mulher certamente não tinha pressa – quando Reen cortava o cabelo de Vin, terminava logo depois de umas poucas tesouradas. – Podem P odem os repassa re passarr suas sua s liçõe liçõess enquanto enqua nto esperam esper am os, senhora Vin? – Sa Sa ze d perguntou. per guntou. Vin olhou o terrisano, e ele sorriu de leve. Sabia que a tinha cativa; não podia se esconder, nem se sentar na janela, encarando a bruma. Tudo o que podia fazer era ficar sentada e ouvir. – Tudo bem . – Você Você c onsegue m e diz dizer er os nome nom e s de todas as a s dez de z Gr Graa ndes Casas Ca sas de Luthade Luthadel,l, em orde ordem m de poder? pode r? – Venture Ve nture,, Hasti Ha sting, ng, Elariel, Elar iel, Tekiel, Tekiel, Lek Le ka l, Erikeller Erikeller,, Erikell, Erikell, Haught, Ha ught, Urbain Urba in e Buvidas. Buvidas. – Muito Muito bem – Sa Sa zed fa f a lou. – E você é ? – Sou La Lady dy Va lette Renoux, prim primaa em quar quarto to gra grauu de Lorde Te ven Renoux, que é dono
desta mansão. Meus pais, Lorde Hadren e Lady Fellette Renoux, vivem em Chakath, uma cidade no Domínio Domínio Ocidental. Ocidental. Sua Sua principal principal exportação exportaçã o é a lã. Minha Minha fam fa m íl ília ia se dedi de dica ca ao com c omérc ércio io de de corantes, especificamente o vermelho cardinal, feito a partir dos caracóis comuns na região, e o amarelo do campo, feito de cascas de árvores. Como parte de um acordo comercial com seu primoo dis prim distante, tante, m e us pais pa is m e m anda andara ram m par paraa Luthade Luthadel,l, para pa ra que eu possa pa passar ssar a lgum tem po na corte. Sazed assentiu. a ssentiu. – E com c omoo se sente se nte a re respeito speito desta oportunidade? oportunidade ? – Estou surpr surpree sa e um pouco sobre sobreca carr rree gada – Vin diss dissee . – As pessoa pessoass pre prestarã starãoo a tenç tenção ão em mim porque esperam conseguir favores de Lorde Renoux. Já que não estou familiarizada com os costumes da corte, ficarei lisonjeada com a atenção. Vou me integrar à comunidade cortesã, mas me manterei tranquila e longe de problemas. – Suas habilidade habilidadess de m e m oriz orizaa ç ão são a dm dmirá iráveis, veis, senhor senhoraa – Sazed a elogiou. – Este humilde criado se pergunta quanto sucesso alcançaria se se dedicasse a aprender, em vez de se dedicar a evitar nossas lições. Vin o olhou. – Todos os “ hum humil ildes des c ria riados” dos” ter terrisanos risanos puxam tanta c onver onversa sa c om seus a m os quanto você? – Só Só os de sucesso. suc esso. Vin o encarou por um momento, então suspirou. – Sint intoo m uit uito, o, Sa ze . Nã Nãoo tenho int intee nçã nçãoo de e vit vitaa r suas li liçç ões. Eu só... a s brum a s... fic ficoo dist di stra raída ída algumas algum as vez ve zes. – Bem Bem,, por fe feli licc idade idade,, e honestam e nte, você é m uit uitoo rá rápida pida par paraa apr apree nder nder.. No e ntanto, os cortesãos passam vidas inteiras estudando etiqueta. Ainda que você seja uma nobre rural, há certas ce rtas coisas coisas que que deve de ve saber. – Eu sei – Vin falou. fa lou. – Não quero que ro cha c ham m a r a ate atençã nção. o. – Ah, nã nãoo há c om omoo e vit vitaa r iss isso, o, senhor senhoraa . Um a re recé cém m -c -chega hegada da,, de um umaa pa parte rte dist distaa nte do império? Sim, eles a notarão. Só não queremos deixá-los desconfiados. Você deve ser observada, e ent e ntão ão ignorada. ignorada . Se Se agi a girr com c omoo tola, tola, isso isso leva levant ntar aráá sus suspeitas. peitas. Ótimo.. Ótimo Sazed se deteve, inclinando a cabeça levemente. Alguns segundos depois, Vin ouviu passos no corredor. corre dor. Kelsi Kelsier entrou no no aposento, aposento, com um so sorriso rriso de de sati satisfaç sfação. ão. Tirou sua sua capa c apa de névoa né voa e se deteve de teve quando qua ndo viu viu Vin. – O que foi? – ela pe perguntou, rguntou, afundando af undando um pouco m a is na ca c a deir deiraa . – O corte c orte pa pare rece ce bom – Kelsi Ke lsiee r disse. – Bom tra traba balho, lho, Cosahn. Cosahn. – Nã Nãoo foi nada nada,, Mestre Ke Kelsi lsier er.. – Vin per percc e beu que a m ulher rubor ruboriz izou ou pela sua voz voz.. – Só trabalhei com o que tenho. – Espelho – Vin disse, disse, estendendo e stendendo a m ã o. Cosahn lhe entregou um. Vin o ergueu, e o que viu a fez ficar sem fala. Parecia... uma garota. Cosahn fizera um trabalho notável com o corte, conseguindo tirar as pontas salientes. Vin sempre sem pre achar a charaa que se seu cabelo ca belo fica ficass ssee m ui uito to comprido, comprido, ficaria ficar ia volum volumos oso. o. Cos Cosahn ahn fizer fizeraa algo a esse resp re speit eitoo tam tam bém bém.. O cabelo c abelo de Vin ainda ainda não est e stava ava m ui uitto longo longo – mal ma l cobria cobria su suas as orelh ore lhas as – m as pelo menos me nos estava assentado. assentado. Você não quer que pensem em você como uma garota , a voz de Reen advertiu. Mas, ao menos uma vez, pegou-se querendo ignorar aquela voz. – Ta lvez consi c onsigam gam os re r e alm e nte conve convertê rtê-la -la e m um umaa dam a , Vin! – Ke Kelsi lsier er dis disse se c om um umaa
risada, ris ada, rece re cebendo bendo um olhar reprovado re provadorr dela. – Mas prim primeir eiroo tem os que per persuadi-la suadi-la a não fr franzi anzirr o c enho com tanta fr free quênc quência, ia, Mestre Kels Ke lsier ier – Sazed Sazed obs obser ervou. vou. – Isso vai ser difícil – Ke Kelsi lsier er c om omee ntou. – Ela gosta m uit uitoo de fa fazze r c a re retas. tas. De qualque qualquer r m odo, bom bom traba trabalho lho,, Cosahn. Cosahn. – Ainda tenho te nho que fa f a ze r alguns a lguns re retoques, toques, Mestre Ke Kelsi lsier er – a m ulher diss disse. e. – Então conti c ontinue nue – Ke K e lsi lsier er fa falou. lou. – Ma Ma s vou furtar furta r Sazed por um inst instaa nte. Kelsier deu uma piscada para Vin, sorriu para Cosahn, então ele e Sazed saíram da sala – deixando Vin mais ma is um umaa vez ve z onde ela e la não poderia poder ia bisbil bisbilhot hotar ar.. Kelsier espiou a cozinha e viu Vin sentada e de mau humor em sua cadeira. O corte de cabelo estava realmente bom. Contudo, seus elogios tinham um motivo ulterior – ele suspeitava que Vin tinha passado muito tempo de sua vida escutando que não valia nada. Se tivesse um pouco m ais de autoconfia a utoconfiança nça,, talvez não tentasse tanto se esconde e sconder. r. Deixou que a porta se fechasse, voltando-se para Sazed. O terrisano esperava, como sempre, com tranquila paciência. – Com Comoo está indo o treinam tre inam e nto? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. – Mui Muito to bem , Mestre Ke Kelsi lsier er – Sa ze d re respondeu. spondeu. – Ela j á sabia a lgum lgumaa s c oisas do treinamento que recebeu de seu irmão. Além disso, é uma garota extremamente inteligente; perspica per spicazz e rá rápida pida para pa ra m e m oriz orizar ar.. Não Nã o espera espe rava va tais ta is habilidade habilidadess em a lguém que cre c resce sceuu nessas nessa s circunstâncias. – Muitas Muitas cria c rianç nças as de rua são esper e spertas tas – Kelsi Ke lsiee r disse. – As que não são, sã o, estão m orta ortas. s. Sazed assent a ssentiu iu solenem solenem ente. – Ela E la é e xtre xtrem m a m ente re reser servada vada,, e sint sintoo que não vê o valor va lor re real al de m inhas li liçç ões. É m uit uitoo obediente, obedi ente, mas m as é rá rápi pida da em e m expl explorar orar er erros ros e m al-entendi al-entendidos dos.. Se Se não nã o lhe lhe digo digo exatam ente quando e onde vam os nos nos encontra encontrar, r, frequent fre quentem em ente tenho tenho que que procurá-la procurá -la pela m ansão int inteira. eira. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Ac Acho ho que é um j e it itoo de e la m a nter um pouco do c ontrole sobre sua vida. De qualque qualquer r m odo odo,, o que que realm re almente ente quero saber é se ela est e stáá pronta pronta ou não. – Nã Nãoo tenho c e rte rtezza , Mestre Ke Kelsi lsiee r – Sazed re respondeu. spondeu. – Conh Conhee c im imee nto puro não é equivalente à habilidade. Não tenho certeza se ela tem... equilíbrio para imitar uma nobre, mesmo que seja uma jovem e inexperiente. Praticamos jantares, repassamos a etiqueta em conversações e memorizamos conversas fúteis. Ela parece hábil em tudo isso, em uma situação controlada. Saiu-se bem nos chás que Renoux ofereceu para alguns nobres. No entanto, não podem os dize dize r se ela re realm alm e nte c onsegue fa fazzer iss issoo tudo a té que a c oloquem oloquemos os sozinha sozinha e m um umaa fest fe staa cheia c heia de aris a risto tocr cratas. atas. – Que Queria ria que ela pudesse pra prati tica carr um pouco m a is – Ke Kelsi lsiee r diss disse, e, bala balança nçando ndo a c abe abeça ça.. – Mas a cada semana que dispendemos com os preparativos aumentam as chances de que o Ministério encontre nosso crescente exército nas cavernas. – É um umaa questão de equilíbrio, e ntão – Sa ze d dis disse. se. – De Deve vem m os espe espera rarr tem po suficie suficiente nte paraa re par reunir unir os hom homee ns que pre precc isam isamos, os, e nos m over rá rápido pido o ba bastante stante par paraa evitar ser serm m os descobertos. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Nã Nãoo podem os par paraa r por c a usa de um m e m bro da gangue gangue.. Ter erem em os que e ncontra ncontrarr outra pessoa par paraa ser nosso espi e spiãã o se Vin se sair m al. P obre gar garota... ota... quer queria ia ter ti tido do m ais tem po par paraa treiná-la melhor na alomancia. Mal cobrimos os primeiros quatro metais. Mas não tenho tempo suficiente!
– Se Se eu e u puder fa fazze r um a sugestão... – É clar c laro, o, Sa Sa ze . – Envie a c ria riança nça par paraa algum dos Brum Brum osos do grupo – Sazed Sazed disse. – Ouvi dizer dizer que Bris Brisaa é um abrandador eficaz, e os outros são certamente tão habilidosos quanto ele. Deixe que eles m os osttre rem m à senho senhora ra Vin como usar su suas as habilid habilidades. ades. Kels Ke lsier ier ficou pensati pe nsativo vo por um ins instante. tante. – É uma um a boa ideia, Saze. – Mas? Kelsier olhou para a porta, atrás da qual Vin ainda estava petulantemente tendo seu cabelo cortado. – Nã N ã o tenho te nho ce c e rte rtezza. Hoj e, quando está estávam vam os treinando, tre inando, entr entraa m os em e m um umaa c om ompetiçã petiçãoo de aço. A garota tem menos de metade do meu peso, mas contra-atacou decentemente, empurrar aço. de todo modo. – Pe P e ssoas difere dife rentes ntes têm for forçç a s dife difere rentes ntes na alom a lomaa ncia – Sa Sa ze d disse. disse. – Sim im,, m a s a va varia riaçç ã o e m ge gera rall não é assim tão gra grande nde – Ke Kelsi lsiee r dis disse. se. – Além dis disso, so, precc isei de m e ses e m ese pre esess para pa ra a pre prender nder com o m a nipul nipulaa r m e us us puxõe puxõess e empurrões empurrões.. Não é tão fácil quanto parece... mesmo algo simples como se empurrar para para o alto de um telhado requer entendimento de peso, equilíbrio e trajetória. Mas Vin... parece saber essas coisas instintivamente. É verdade que só consegue usar os primeiros quatro metais com habilidade, mas o progresso que fez é impressionante. – É uma um a garota ga rota espe especia cial.l. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Ela m e re rece ce ter m a is tem po par paraa apr apree nder sobre seus poder poderes. es. Eu m e sint sintoo um pouco culpado por tê-la metido em nossos planos. Ela provavelmente acabará em uma cerimônia de execução do Ministério com o restante de nós. – Mas essa e ssa culpa c ulpa não nã o o impedirá impe dirá de usá-la usá -la par paraa e spi spionar onar a ar arist istoc ocra racia cia.. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Nã Nãoo – diss dissee , em voz baixa baixa.. – Nã Nãoo im impedir pedirá. á. P re recisa cisare rem m os de c ada vanta vantage gem m que conseguirmos. consegu irmos. Só.. Só.... vigi vigiee-a, a, Saze. Saze. De agora em di diante, ante, você você agirá como c omo m ordomo e guardi guardião ão de Vin em todos os eventos em que ela for... não será estranho que leve um criado terrisano consigo. – Em a bsol bsoluto uto – Sazed c oncor oncordou. dou. – De fa fato, to, ser seria ia e stranho m a ndar um umaa ga garota rota da idade dela para os compromissos da corte sem um acompanhante. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – P rote rotejj a -a -a,, Saze. Ela pode ser um umaa a lom lomântica ântica poder poderosa, osa, m a s é inexpe inexperie riente. nte. Vou m e sentir um pouco menos culpado de mandá-la para esse antro da aristocracia se souber que você estará est ará com ela. – Eu a protege pr otegere reii com a m inha vida, Mestre Me stre Ke K e lsi lsiee r. Eu prom pr ometo. eto. Kelsier Kelsi er so sorriu, rriu, pous pousando ando uma m ão agradec a gradecid idaa no ombro de Saz azed. ed. – Tenho Te nho pena do home hom e m que se c oloca olocarr em e m seu ca c a m inho. Sazed inclinou a cabeça humildemente. Parecia inofensivo, mas Kelsier conhecia a força que Sazed escondia. Poucos homens, alomânticos ou não, se sairiam bem em uma luta com um Guardador cuja ira tivesse sido despertada. Essa era provavelmente a razão pela qual o Ministério perseguira aquela seita até quase a extinção. – Mui Muito to bem – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – Volt oltee par paraa seus ensinam e ntos ntos.. Lorde Ve nture vai ce celebr lebraa r um bail bailee no final final de semana sem ana e, pronta pronta ou não, Vin Vin estar estaráá lá.
Fico surpr surpreso eso com quantas naçõe naçõess se unir uniram am e m prol de nossos propósi propósitos tos.. Ainda há dissidentes, é claro – e alguns reinos, desgraçadamente, entraram em guerras que não pude conter. Mesmo Me smo assi assim, m, e ssa união geral é glor gloriosa iosa,, e até me mesmo smo ve vergonhos rgonhosa, a, de se c ontemplar ontemplar.. Gostaria que as nações da humanidade não tivessem requerido uma ameaça tão drástica para erceber o valor da paz e da cooperação.
Vin caminhava por uma das ruas da Fenda – um dos vários bairros miseráveis skaa de Luthadel – com o capuz erguido. Por alguma razão, ela achava o calor abafado do capuz preferível à luz verm elha opressora do sol. sol. Caminhava encurvada, o olhar baixo, mantendo-se próximo à lateral da rua. Os skaa com quem cruzava carregavam o mesmo ar de derrota. Ninguém levantava a cabeça; ninguém caminhava com as costas eretas ou sustentando um sorriso otimista. Nos bairros pobres, coisas assim assi m o fariam fa riam levant levantar ar su susp speit eita. a. Quase se esquecera de quão opressora Luthadel podia ser. Suas semanas em Fellise a acostumaram às árvores e à pedra lavada. Não havia nada branco – nenhum choupo, nenhum granito caiado. Tudo era negro. Os edifícios eram manchados pelas incontáveis e repetitivas chuvas de cinzas. O ar era repleto de fumaça das infames forjas de Luthadel e das milhares de cozinhas particulares dos nobres. Paralelepípedos, batentes e esquinas estavam cobertos de fuligem – os bairros pobres raram rara m ent entee eram era m lim lim po pos. s. É como... c omo... se as coisas c oisas fossem fossem mais brilhantes brilhantes à noit noitee do que de dia dia,, Vin pensou, protegendose mais em sua capa skaa remendada e dobrando uma esquina. Ela passou por alguns mendigos agachados nos cantos, com suas mãos esticadas esperando por uma esmola, suas súplicas
chegavam em vão aos ouvidos de pessoas que também estavam famintas. Passou por trabalhadores caminhando com as cabeças e os ombros baixos, com seus bonés ou capuzes vestidos para manter as cinzas longe dos olhos. Passou, por acaso, por esquadrões de guardas da Guarnição da cidade, caminhando com armadura completa – placa de peito, capacete e capa negra – tentando parecer o mais intimidadores possível. Este último grupo se movia pelos bairros pobres, agindo como a mão do Senhor Soberano em uma área que a maioria dos obrigadores achava repugnante demais para visitar. Os homens da Guarnição chutavam os mendigos para ter certeza de que eram realmente inválidos, paravam trabalhadores que passavam para inquiri-los sobre estarem nas ruas em vez de trabalhando, e perturba per turbava vam m quem m ais podiam . Vin se encolhe e ncolheuu enquanto enqua nto o grupo passava, passava , puxando ainda a inda ma m a is o capuz. Ela tinha idade suficiente para já ter filhos ou trabalhar em uma fábrica, mas seu tam anho a faz fa zia parecer pare cer m ais j ov ovem em . Ou seu disfarc disfarcee ti tinha nha funcionado funcionado ou aquele esq e squadrão uadrão em e m parti particular cular não est e stava ava in interessado teressado em procurar por embustes, pois a deixaram passar quase sem olhá-la. Vin dobrou a esquina, cam ca m in inhando hando por por uma um a vi viela ela cheia c heia de cin c inzzas, e se aproxi aproxim m ou do re refe feit itório ório no no fim do beco. Como a maioria das instalações desse tipo, a cozinha era suja e pobremente mantida. Em uma economia em qu quee trabalh rabalhadores adores raram rara m ent entee rece r ecebi biam am sal salários ários di direto retoss – se se é qu quee al a lgu gum m a vez recebiam –, as cozinhas tinham que ser mantidas pela nobreza. Alguns lordes locais – provavelm prova velm ente propr proprietár ietários ios de fá fábric bricas as e for forjj a s da re região gião – paga pagava vam m o dono da c oz ozinha inha par paraa proporcc ionar c om propor omida ida a os sk skaa a loca locais. is. Os tra traba balhadore lhadoress re rece cebiam biam fic fichas has de re refe feiçõe içõess pe pelo lo seu tempo e tinham um curto período de descanso ao meio-dia para comer. A cozinha central perm per m it itia ia que os ne negócios gócios m e nore noress não pre precisa cisassem ssem pa pagar gar os c ust ustos os com o for fornec necim imee nto de refe re feiições no local de trabalh traba lho. o. É claro que, uma vez que o dono da cozinha era pago diretamente, ele poderia embolsar tudo o que conseguisse economizar nos ingredientes. Segundo a experiência de Vin, a comida dos refeitórios era tão saborosa quanto água com cinzas. Felizmente, não tinha vindo para comer. Ela se juntou à fila na porta, esperando em silêncio enquantoo os tra enquant trabalh balhadores adores apresentavam a presentavam su suas as fichas de re refe feição. ição. Quando a vez ve z dela chegou c hegou,, Vin pegou um pe pequeno queno dis discc o de m a deir deiraa e o entre e ntregou gou para pa ra o ska ska a na porta porta.. Ele E le a c eitou a fic ficha ha c om um movimento tranquilo, acenando com a cabeça quase que imperceptivelmente para a direita. Vin seguiu na direção indicada, passando por uma sala de jantar imunda, com o chão coberto por cinza pisada. Quando se aproximou da parede do fundo, pôde ver uma porta de madeira lascada a um canto. Um homem sentado em frente à entrada a olhou nos olhos, assentindo levemente, e abriu a porta. Vin entrou rapidamente no aposento. – Vin, m inha quer querida! ida! – Brisa diss dissee , senta sentado do e m um umaa m esa no m e io do a posento. – Bem Bem-vinda! vi nda! Com omoo foi em e m Felli ellise? se? Vin deu de ombros, sentando-se na mesma mesa. – Ah – Brisa disse disse . – Quase Qua se esquec e squecii que interlocutora interloc utora fasc f ascinante inante você voc ê é. é . Vinho? Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. – Bem , ce c e rta rtam m e nte vou quere que rerr um pouco. – Brisa usava um de seus tra trajj e s extra e xtrava vagante gantes, s, o bastãoo de duelo bastã due lo repousava re pousava e m seu colo. c olo. A câmara era iluminada apenas por uma única lanterna, mas era muito mais limpa do que o salão do lado de fora. Dos quatro outros homens no aposento, Vin reconheceu apenas um – um aprendiz da loja de Trevo. Os dois à porta eram obviamente guardas. O último homem parecia ser um trabalhado trabalhadorr sk skaa aa norma normall – inclu inclusi sive ve com c om o casaco ca saco enegrec e negreciido e o ros r osto to suj sujoo de cin c inzzas. Seu Seu ar confiante, no entanto, indicava que era membro do submundo. Provavelmente um dos rebeld re beldes es de Yeden. Yede n.
Brisa levantou sua taça, batendo no vidro com o indicador. O rebelde lhe lançou um olhar sombrio. – Agor Agoraa m e sm smoo – Bris Brisaa diss dissee – você e stá se per perguntando guntando se e stou usando a lom lomaa ncia em você. Talvez esteja, talvez não. Isso importa? Estou aqui por convite de seu líder, e ele lhe ordenou que garantisse que eu estivesse confortável. E, lhe asseguro, uma taça de vinho em m inh nhaa m ão é absolutamente necessária para meu conforto. absolutamente necessária O skaa esperou por um momento, então pegou a taça e se afastou, murmurando sobre custos estúpi estúpidos dos e rec r ecursos ursos desperdiçados. desperdiça dos. Brisa ergueu uma sobrancelha e se virou para Vin. Parecia bastante satisfeito consigo mesmo. empurrou?? – ela perguntou. – Então, você voc ê o empurrou Brisa negou com a cabeça. – Se Se ria despe desperdíc rdício io de latão. latã o. Kelsi Ke lsier er lhe disse por que pediu que viesse aqui a qui hoje? hoj e? – Ele m e dis disse se par paraa obser observar var você – Vin V in disse disse , um pouco a borr borrec ecida ida por ter sido enviada envia da a Bris risa. a. – Disse Disse que não teria tem po de m e trein treinar ar em todo odoss os metai me tais. s. – Bem – Bris Brisaa diss dissee –, vam os com eç eçaa r, entã então. o. P rim rimee iro, você pre precc isa e ntende ntenderr que é mais do que mera alomancia. É sobre a delicada e nobre arte da manipulação. abrandar é – Nobre, Nobre , rea re a lm lmente ente – Vin ironizou. ironizou. deles – – Ah, você voc ê fala f ala com o um deles – Brisa disse. – Eles quem que m ? – Todos Todos os outros outros – Brisa explicou. – Viu V iu com o aquele a quele ge genti ntill skaa skaa m e tra tratou? tou? As pessoas pe ssoas não nã o gostam de nós, minha querida. A ideia de que alguém seja capaz de brincar com suas emoções, de que possa “misticamente” fazer com que façam certas coisas, os deixa desconfortáveis. O quee el qu e les não perc percebem ebem , e que você você deve perceber, é que manipular é algo que todo mundo faz. deve perceber, a verdade verdade,, a m anip anipul ulaç ação ão est e stáá no âmago âm ago das nossas nossas int inter eraç ações ões sociais sociais.. Reclinou-se para trás, erguendo o bastão de duelo e gesticulando levemente com ele enquantoo falava. enquant f alava. – Pe P e nse nisso. O que um hom homee m fa fazz quando tenta te nta conseguir c onseguir o afe a feto to de uma um a j ovem senhor senhoraa ? Ora, ele tenta manipulá-la para que o veja com bons olhos. O que acontece quando dois velhos amigos se sentam para tomar alguns drinques? Contam histórias, tentando impressionar um ao outro. Viver como um ser humano significa ter postura e influência. Não é uma coisa ruim; de fato, dependemos disso. Essas interações nos ensinam como responder aos outros. – Fez uma pausa,, apontando pausa aponta ndo para par a Vin V in com o bastão. – A dife difere renç nçaa entre e ntre Abr Abraa ndador ndadoree s e as a s pessoas norm nor m a is é que est estam am os cientes cientes do que estamos estam os fazendo. fazendo. Tam Tam bém tem temos os um um a leve... vantagem vantagem . Mas, essa essa vantagem é realmente muito mais “poderosa” do que uma personalidade carismática ou um belo conjunto de dentes? Acho que não. Vin não disse disse nada. na da. – Além diss dissoo – Bris Brisaa ac acre resce scentou ntou –, c om omoo m e ncione ncionei,i, um bom abr abraa ndador deve ter habilidades que vão muito além da capacidade de usar alomancia. A alomancia não permite que você leia mentes ou emoções. De certo modo, você é tão cega quanto os demais. Você dispara pulsos puls os de e m oç oções, ões, dirigidos a um a única pessoa ou a um umaa á re reaa , e seus alvos a lvos te te rã rãoo suas em e m oç oções ões alteradas... esperando produzir o efeito desejado. No entanto, os grandes Abrandadores são aqueles que podem usar seus olhos e instintos com sucesso para saber como a pessoa está se sentindo antes quee seja sej a abrandada antes qu abrandada.. – O que im importa porta com o estão estã o se senti se ntindo? ndo? – Vin disse, disse, tentando te ntando esconde e sconderr sua c ontra ontrarie rieda dade. de. – abrandá-los de Você vai abrandá-los de qualquer maneira, certo? Então, quando você o fizer, eles vão se sentir
comoo você quiser com quiser que se si sint ntam am . Bris risaa su susp spirou irou,, balançando balança ndo a cabeç c abeçaa negati negativam vamente. ente. – O que você diria se soubesse que abrandei você cê em três ocasiões ocasiões diferent difere ntes es durante nossa nossa abrandei vo conversa? Vin se deteve. – Quando? Qua ndo? – quis sabe saber. r. – Isso I sso importa? im porta? – Brisa pe perguntou. rguntou. – Essa é a li liçç ã o que você deve a pre prender nder,, m inha quer querida. ida. Se não puder ler como alguém está se sentindo, nunca terá um toque sutil com a alomancia emocional. Empurre emocional. algu guém ém com m ui uitta força, f orça, e até m esmo o m ais cego dos dos sk skaa vai perc perceber, eber, Empurre al de alguma forma, que está sendo manipulado. Toque Toque muito suavemente, e não produzirá um efeito que possa ser notado; outras emoções mais fortes continuarão a dominar seu alvo. Bris risaa sacudi sac udiuu a cabeç c abeça. a. – Tudo se base baseia ia e m ente entender nder as pe pessoas ssoas – prosseguiu. – Voc ocêê tem que ler com o a lguém está se sentindo, mudar esse sentimento empurrandodireçã çãoo adequada e ca canali nalizzar esse novo novo empurrando-oo na dire estado emocional em sua vantagem. Isso, minha querida, é o desafio no que fazemos! É difícil, m as os que conseguem conseguem fa fazzêê-lo lo bem ... A porta porta se abriu, e o skaa skaa m al-humora al-humorado do retornou, retornou, tra trazzendo uma garr garraf afaa cheia c heia de vinho. vinho. Ele Ele a colo colocou cou junt j untoo a uma taça na m esa di diante ante de Bris risa, a, e se dirigi dirigiuu para o outro outro lado do aposento aposento,, ao lado dos postigos que permitiam vigiar a sala de jantar. – Há e norm e s re recc om ompensa pensass – Brisa diss dissee c om um sorr sorriso iso tra tranquil nquilo. o. P iscou par paraa e la e se serviu de um pouco de vinho. Vin não tinha certeza do que pensar. A opinião de Brisa parecia cruel. Mas Reen a treinara bem . Se não ti tivesse vesse poder sobre essa c ois oisaa , outros ter teriam iam poder sobre ela a tra través vés dis disso. so. Ela começou a queimar cobre – como Kelsier lhe ensinara – para proteger-se de futuras m anip anipul ulaç ações ões por parte par te de Bris risa. a. A porta porta se abriu novam novamente, ente, e uma um a fig f igura ura fam f am il iliar, iar, usando usando um casac c asaco, o, entrou. entrou. – Ei, Vin – Ham H am diss dissee , com c om um a c eno a m ist istoso. oso. Aproxim Apr oximou-se ou-se da m e sa, olhando o vinho. – Brisa, você sabe que a rebelião não tem dinheiro para esse tipo de coisa. – Kelsi Ke lsiee r vai va i reem re em bolsá-los – Brisa Brisa disse, com c om um gesto de indifere indife rença nça.. – Sim Simplesm plesmente ente não consigo consi go tra trabalh balhar ar com a gargant gar gantaa seca. sec a. Como Como est e stáá a áre área? a? – Segura Segur a – Ha H a m re respondeu. spondeu. – Mas Ma s coloquei c oloquei Olhos de Estanho nas esquinas, por pre precc a uçã ução. o. Sua saída saída de em er ergência gência está atrás daquele alçapão alça pão no canto. canto. Brisa assentiu, e Ham se virou, olhando para o aprendiz de Trevo. – Está esfum e sfumaa ç ando aí a í atrás, atrá s, Cobble? Cobble? O garoto ga roto assentiu. assentiu. – Bo Bom m ra rapaz paz – Ha Ham m fa falou. lou. – Isso é tudo, então. e ntão. Agor Agoraa só tem te m os que espe espera rarr o dis discc urso de Kell. Brisa chec c hecou ou o reló re lógio gio de bolso. bolso. – Ainda faltam f altam a lguns m inut inutos. os. Peço Pe ço para pa ra algué alguém m lhe traz tra ze r um a taça ta ça?? – Pa P a sso. – Ham re respondeu. spondeu. Houvee um m ome Houv oment ntoo de silêncio. silêncio. Fi Finalme nalment nte, e, Ham Ha m fa falo lou. u. – Então... – Não Nã o – Brisa Brisa interrom inter rom peu. – Mas... – O que quer que sej se j a , não quere que rem m os ouvir. ouvir. Ham encarou o abrandador de modo irritado. – Não Nã o pode m e empurrar para para a complacência, Brisa.
Brisa revirou os olhos, tomando um gole do vinho. – O que foi? – Vin perguntou. per guntou. – O que ia dizer dizer?? – Não Nã o o encora enc orajj e , minha m inha querida que rida – Brisa Brisa avis a visou. ou. Vin franziu o cenho. Ela olhou para Ham, que sorriu. Brisaa suspi Bris suspirou. rou. – Só Só me m e deixe deixem m for foraa disso. Não Nã o estou no clima clim a par paraa um dos debates deba tes vazios vazios de Ham H am . – Ignor Ignoree -o – Ha Ham m diss dissee a nsi nsiosam osam ente ente,, puxando a c ade adeira ira um pouco m a is perto pe rto de Vin. – Então, estive pensando. Ao derrubar o Império Final, estamos fazendo algo bom, ou algo ruim? Vin se deteve. – Isso importa im porta?? Ham pareceu surpreso, mas Brisa deu uma gargalhada. – Boa Boa resposta r esposta – o abra a brandador ndador dis disse. se. Ham olhou para Brisa, então se voltou novamente para Vin. – É clar c laroo que importa im porta.. – Bem – Vin ponder ponderou ou –, a cho que esta estam m os fa fazzendo a lgo bom bom.. O Im pér pério io Final vem oprimindo os skaa há séculos. – Ce Ce rto – Ham Ha m conc concordou. ordou. – Mas, Ma s, há um proble problem m a . O Senhor Sobera Sober a no é Deus, D eus, ce c e rto? Vin deu de ombros. – Isso importa im porta?? Ham a encarou e ncarou.. Ela revirou os olhos. – Está bem be m . O Ministério Ministério afirm a firm a que e le é De Deus. us. – Na N a ver verdade dade – Brisa obser observou vou –, o Senhor Sober oberaa no é a pena penass um pedaç pedaçoo de Deus. Ele é a Centelha do Infinito; não é onisciente ou onipresente, mas uma seção independente de uma consciência consci ência que é . Ham suspirou. – Ache Ac heii que você voc ê não nã o quise quise sse participa pa rticipar. r. – Só e stou m e a ssegura ssegurando ndo de que todos tenha tenham m os fa fatos tos c orr orree tos – Bris Brisaa dis disse se animadamente. – De qualque qualquerr m odo – Ha Ham m prosseguiu. – De Deus us é o c ria riador dor de todas a s c oisas, ce certo? rto? É a força que dita as leis do universo, e é, portanto, a fonte definitiva da ética. É a moralidade absoluta. Vin pestanejou. – Vê o dile dile m a ? – Ham Ha m pe perguntou. rguntou. – Vej Ve j o um idi idiota ota – Brisa murm m urm urou. – Estou confusa – Vin confe conf e ssou. – Qual é o problem pr oblemaa ? – Af Afirm irmam am os que e stam stamos os fa fazze ndo a lgo bom – Ha Ham m diss dissee . – Mas o Se nhor Sober oberano ano – enquanto Deus – define o que é bom. Então, ao nos opormos a ele, estamos, na verdade, sendo define o maus. Mas, já que ele está fazendo a coisa errada, o mal, na verdade, conta como bem neste caso? Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – E então? e ntão? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – Acho Ac ho que você voc ê m e deu um a dor de c abe abeça ça – Vin disse. disse. – Eu avisei avise i – Brisa Brisa observou. obse rvou. Ham suspirou. – Mas não nã o acha ac ha que vale a pena pensa pensarr sobre sobr e isso? – Não Nã o tenho cer c ertez tezaa .
– Eu tenho – Brisa disse disse . Ham sacud sacudiiu a cabeça. cabeç a. – Ninguém por aqui a qui gosta gosta de um umaa dis discc ussão dec de c e nte e int intee li lige gente. nte. O rebeld re beldee skaa skaa ao canto c anto de de repente r epente se ani a nim m ou. – Kelsi Ke lsiee r está e stá aqui! a qui! Ham er ergueu gueu um um a sobrancelh sobrance lha, a, então se se levantou. levantou. – Pre P recc iso da darr um a ver verifica ificada da no perím pe rímetr etro. o. Pense P ense sobre iss isso, o, Vin. – Está bem be m ... – Vin disse disse quando qua ndo Ham Ha m pa partiu. rtiu. – Por P or aqui, Vin V in – Brisa dis disse, se, leva levantando-se ntando-se.. – Há post postigos igos na par parede ede pa para ra nós. Seja Sej a ge genti ntill e m e traga uma um a cadeira, c adeira, pod podee ser? Brisa não olhou para trás para ver se ela fazia o que lhe pedira. Vin se deteve, insegura. Com o cobre aceso, ele não podia abrandá -la, mas... Enfim, ela suspirou e levou duas cadeiras abrandá-la, paraa a later par lateraa l da sala. sa la. Brisa abriu a briu uma um a c om omprida prida e fina portinhol portinholaa na pa pare rede de,, revela re velando ndo a vist vistaa da salaa de j ant sal antar. ar. Um grupo de skaa encardido estava sentado nas mesas, vestindo casacos marrons de trabalho ou capas esfarrapadas. Era um grupo sombrio, com a pele manchada pelas cinzas e postura post urass caídas. ca ídas. No enta entanto, nto, sua prese pr esença nça na re reunião união signific significaa va que esta estavam vam disp dispostos ostos a escuta e scutar. r. Yeden estava sentado em uma mesa próximo à entrada da sala, com seu habitual e remendado casaco ca saco de trabalh traba lhador, ador, o cabelo cabe lo enca encara racolado colado cortado cortado curto durante durante a aus a usência ência de Vin Vin.. Vin esperava algum tipo de entrada triunfal de Kelsier. Em vez disso, no entanto, ele simplesmente saiu silenciosamente da cozinha. Parou perto da mesa de Yeden, sorrindo e falando em voz baixa com o homem por um momento, antes de se posicionar diante dos trabalhadores sentados. Vin nunca o vira naquelas roupas mundanas antes. Usava um casaco skaa marrom e calça parda par da,, com o vários vár ios dos dos presente pre sentes. s. O traj tra j e de Ke Kelsi lsiee r, no entanto, e ntanto, estava li lim m po. Nenhum Ne nhumaa fuli f uligem gem manchava o tecido, e, ainda que fosse do mesmo material áspero que os skaa normalmente usavam, não tinha remendos ou rasgos. A diferença era gritante o suficiente, Vin decidiu – se tivess ti vessee vi vindo ndo com um de seus traj es normais norm ais,, teria sido sido demais. dem ais. Kelsier colocou os braços para trás, e, lentamente, o grupo de trabalhadores se aquietou. Vin franziu o cenho, observando pelo postigo, admirada pela habilidade de Kelsier em tranquilizar uma sala de homens famintos simplesmente ficando diante deles. Estaria usando alomancia? Mesmo com seu cobre aceso, ac eso, ela ela sentia sentia uma... um a... presença vindo vindo dele. dele. Assim Ass im que o salão ficou em si silêncio lêncio,, Kelsier Kelsier com eç eçou ou a fal fa lar ar.. – P rova rovavelm velm ente ente,, a e ssa a lt ltura ura,, você vocêss j á ouvira ouviram m fa falar lar de m im – dis disse. se. – E nã nãoo e staria stariam m aqui se não fossem fossem ao menos m enos um um pou pouco co sim sim páti páticos cos à m in inha ha caus ca usa. a. Ao lado de Vin, Brisa Brisa deu um gol golee em e m seu vinho. vinho. – Abrandar – e tumultuar não são como as outras formas de alomancia – ele disse, em voz Abrandar e baixa.. – Com a m aior baixa aioria ia dos m e tais, empurrar empurrar ee puxar têm efeitos opostos. Com emoções, no entanto, pode-se frequentemente produzir os mesmos resultados independentemente de se estar abrandando ou abrandando tumultuando.. Isso não se aplica a estados emocionais extremos: a completa falta ou tumultuando de emoção ou a paixão absoluta. Contudo, na maioria dos casos, não importa qual poder você usa. As pessoas não são como pedaços sólidos de metal; em qualquer momento, elas terão uma dúzia de emoções diferentes se revirando dentro delas. Um abrandador experiente consegue am ort ortece ecerr tudo, tudo, meno me noss a em e m oção que quer quer qu quee sej a do dom m inant nante. e. Bris risaa se virou alegrem ente. – Rudd, Rudd, mande m ande a cr criada iada a zul, por favor. fa vor. Um dos guardas assentiu assentiu,, abrindo abrindo a port portaa e su suss ssurrando urrando algo para o homem home m do lado lado de fora.
o momento seguinte, Vin viu uma criada usando um vestido azul desbotado se mover pela m ul ulti tidão, dão, enche e nchendo ndo copos. copos. – Meus Abr Abraa ndador ndadoree s estão e stão m ist istura urados dos ao a o públi público co – Bris Brisaa diss dissee , sua voz com eç eçava ava a fic ficaa r distraída. – As criadas são um sinal, dizendo aos meus homens que emoções abrandar . Eles trabalhar trabalh arão, ão, ass a ssim im com comoo eu faç f aço.. o.... – Calou Calou-se, -se, concentrando c oncentrando-se -se enqu e nquanto anto obs obser ervava vava a m ul ulttid idão. ão. – Fadiga adiga... ... – suss sussurr urrou. ou. – Essa não é um umaa e m oçã oçãoo ne nece cessár ssária ia agor agora. a. Fom omee ... dist distra rai.i. Desconfiança... definitivamente não é útil. Sim, enquanto os Abrandadores trabalham, os Tumultuadores inflamam as emoções que queremos que a multidão sinta. Curiosidade... é disso que precisam agora. Sim, ouçam Kelsier. Vocês já ouviram as lendas e as histórias. Vejam o homem home m com seus próprios próprios olh olhos os e fiq f iquem uem im pressi pressionado onados. s. – Se i por que vier vieraa m hoj hojee – Ke Kelsi lsier er dis disse se em voz baixa baixa.. Fa lava sem gra grande nde par parte te da extravagância que Vin associava a ele, seu tom de voz era tranquilo, mas direto. – Doze horas por dia em uma fábrica, mina ou forja. Espancamentos, falta de pagamento, comida ruim. E, para quê? Para que possam voltar aos seus cortiços no final do dia e encontrar outra tragédia? Um am ig igoo morto m orto por um capataz c apataz descui descuidado. dado. Uma fil filha ha levada para pa ra ser o brinquedo brinquedo de de alg a lgum um nob nobre re.. Um irmã irmãoo morto pelas pelas mãos m ãos de um lorde que que est e stava ava tendo um um di diaa desagradável. desagra dável. – Sim Sim – Brisa Brisa suspi suspirou. rou. – Bom. Bom . Verm Ve rm e lho, Rudd. Rudd. Mande a gar garota ota de ve verm rm elhoelho-cla claro. ro. Outra Out ra cr criada iada ent e ntrou rou no salão. – Pa P a ixão e ra raiva iva – Brisa disse, sua voz e ra quase um m urm úrio. – Mas só um pouco. Só uma um a cutucada, cut ucada, um lem brete. Curiosa, Vin apagou seu cobre por um momento, queimando bronze em vez disso, tentando sentirr o uso da alo senti a lom m anc ancia ia por Brisa. Brisa. Nenhum Ne nhum pul pulso so vinha vinha dele. de le. pe nsou. u. Esquec É claro c laro,, ela penso Esquecii do aprendiz de Trev revoo – ele impede que eu sin sinta ta qualquer puls pulsoo Voltouu a queimar queim ar cobre. alomântico.. Volto alomântico Kelsier continuou a falar. – Meus am igos, você vocêss não estã estãoo soz sozinhos inhos nessa tra tragédia gédia.. Há m il ilhões hões e xata xatam m ente c om omoo vocês. E eles precisam de vocês. Não vim aqui para mendigar; já tivemos bastante disso em nossas vidas. Peço simplesmente que pensem. Onde prefeririam gastar suas energias? Forjando as armas do Senhor Soberano? Ou em algo mais valioso? Ele não e stá menc m encionando ionando nossos soldados, soldados, Vin pensou. Nem me mesmo smo o que aquele aqueless que se untarem a ele vão fazer. Não quer que os trabalhadores saibam dos detalhes. Provavelmente é uma boa ideia ideia – os que ele e le recrut rec rutar ar podem podem ser mandados mandados para o exérc ex ércit ito, o, e o resto não será será capaz c apaz de dar nenhuma informação informação específi e specífica. ca. – Sei por que e sto stouu aqui – Ke Kelsi lsiee r prosseguiu. – Você ocêss c onhec onhecem em o m e u a m igo Yede eden, n, e sabem o que que ele e le representa. re presenta. Cada Cada sk skaa aa na ci c idade sabe so sobre bre a re rebeli belião. ão. Talvez Talvez estej estejam am pensand pensandoo em se juntar a ela. A maior parte de vocês não fará isso... a maioria de vocês voltará para suas fábricas manchadas de fuligem, para suas forjas incandescentes, para seus lares moribundos. Voltarão porque essa vida terrível é familiar. Mas alguns de vocês... alguns de vocês virão comigo. E esses são os homens que serão lembrados nos anos vindouros. Lembrados por terem feito algo grandioso. Muit Mu itos os dos dos tra trabalh balhadores adores trocara troca ram m ol olhare hares, s, embora em bora al a lgun gunss só fica ficass ssem em enca encara rando ndo as tig tigelas elas de sopa meio vazias. Finalmente, alguém perto do fundo do salão tomou a palavra. – Voc Vocêê é um tol toloo – o hom homee m diss dissee . – O Senhor Sober oberaa no vai va i ma m a tátá-lo. lo. Não Nã o se re rebe bele le contra c ontra Deus em sua própri sua própriaa cidade. cidade . O salão ficou em silêncio. Tensão. Vin se levantou enquanto Brisa murmurava para si mesmo. No salã salão, o, Ke Kelsi lsier er não re respondeu spondeu por um m om omee nto. Finalm inalmee nte, e rgue rgueuu os bra braçç os e
arre ar regaçou gaçou as mangas m angas do casaco, casac o, revelando suas suas cicatrizes. cicatrizes. – O Se nhor Sober oberano ano não é nosso deus de us – dis disse se e m voz baixa. baixa . – E não pode m e m a tar tar.. Ele tentou, tent ou, m as fraca fra cass ssou. ou. Pois sou sou aquele aquele que ele e le nunca nunca pod poder eráá m atar. Com isso, Kelsier deu meia-volta, saindo do salão pelo mesmo caminho que viera. – Hum m m – Brisa disse. – Bem Bem,, isso foi um pouco dra dram m á ti ticc o. Rudd, traga de volt voltaa a c ria riada da de vermelho vermelho e mand m andee a de marrom. ma rrom. Umaa criada Um c riada vestid vestidaa de m ar arrom rom se mis m istu turou rou à mul m ulti tidão. dão. – Assombro Assom bro – Brisa disse. – E, sim, sim , orgulho. Abrande orgulho. Abrande a a raiva, por enquanto... A multidão permaneceu em silêncio por um instante, o salão estava estranhamente imóvel. Finalmente, Yeden se levantou para falar e dar um pouco mais de encorajamento, assim como uma explicação a respeito do que os homens deveriam fazer se quisessem ouvir mais. Enquanto falava, fa lava, os sk skaa aa re reto tornavam rnavam às suas refeições. refe ições. – Ve rde rde,, Rud Ruddd – Brisa diss dissee . – Hum m m , sim. Va m os deixa deixarr todos pensa pensati tivos, vos, e da darr um empurrãozinho de lealdade. Não queremos que ninguém corra até os obrigadores, não é? Kell empurrãozinho vem cobrin cobrindo do bem seus rastros, rastros, mas ma s quanto quanto menos me nos as autorid autoridades ades ouvire ouvirem m , melho m elhor, r, cer c erto to?? Ah, e quantoo a você, Yeden? quant Yeden? Est Estáá um pou pouco co nervos ner vosoo demais dem ais.. Vam Vam os abrandar isso, e levar embora suas preocupações. Vamos deixar apenas essa sua paixão; esperemos que seja suficiente para abafar abaf ar esse tom est e stúpi úpido do em su suaa voz voz.. Vin continuou a observar. Agora que Kelsier tinha saído, ela achou mais fácil se concentrar nas reações da multidão e no trabalho de Brisa. Enquanto Yeden falava, os trabalhadores do lado de fora pareciam reagir exatamente de acordo com as instruções murmuradas por Brisa. Yeden também mostrava os efeitos do abrandamento abrandamento:: estava mais confortável, sua voz soava mais confiantee enquant confiant enquantoo falava. f alava. Curiosa, Vin deixou seu cobre se apagar de novo. Concentrou-se para ver se podia sentir Brisa tocar suas emoções; estaria incluída em suas projeções alomânticas gerais. Ele não teria tempo de escolher indivíduos, exceto, talvez, Yeden. Era muito, muito difícil sentir. Mesmo assim, enquanto Brisa murmurava para si mesmo, ela começou a sentir as emoções exatas que ele descrevia. Vin não pôde deixar de se sentir impressionada. Nas poucas vezes que Kelsier usara a alomancia em suas emoções, seu toque tinha sido como um soco repentino na cara. Tinha força, m as m uit uitoo pouca sut sutil ileza. eza. O toque de Brisa era incrivelmente delicado. Ele abrandava algumas emoções, reduzindoabrandava algumas as, enquanto e nquanto deixava deixava out outra rass int intac actas. tas. Vin Vin achou ac hou que que podi podiaa senti sentirr os homens hom ens dele tumultuando tumultuando suas emoções também, mas esses toques não eram nem de perto tão sutis quanto os de Brisa. Deixou seu cobre apagado, observando os toques em suas emoções enquanto Yeden continuava seu discurso. Ele explicou que os homens que se juntassem a eles teriam que deixar suas famílias e amigos por um tempo – em torno de um ano –, mas seriam bem alimentados durante esse tempo. Vin sentiu que seu respeito por Brisa continuava a aumentar. De repente não estava mais tão incomodada por Kelsier ter se livrado dela. Brisa só conseguia usar um metal, mas obviamente tinha muita prática. Kelsier, como um Nascido das Brumas, tinha que aprender todas as habilidades alomânticas; fazia sentido que não estivesse tão concentrado em um só poder. Preciso Prec iso me assegurar de que e le me m e mande aprende aprenderr com c om os outros, outros , Vin pensou. Que sejam mestres em seus próprios poderes. Vin vol volto touu sua sua at a tençã ençãoo para a sala de j antar, quando Yede Yedenn parou de falar. fa lar. – Você ocêss ouvira ouviram m Ke Kelsi lsier er,, o Sobre obrevivente vivente de Ha Hathsi thsinn – diss dissee . – Os rum ore oress sobre ele são
verdadeiros; ele desistiu de sua vida de ladrão e dedicou sua atenção à rebelião skaa! Homens, estamos preparando algo grande. Algo que pode, de fato, acabar sendo nossa luta derradeira contra o Império Final. Juntem-se a nós. Juntem-se a seus irmãos. Juntem-se ao próprio Sobrevivente! O salão ficou em silêncio. – Ve rm elhoelho-vivo vivo – Bris Brisaa dis disse. se. – Que Quero ro que e sses hom homee ns parta pa rtam m sentindo-se a paixona paixonados dos pelo que ouvira ouviram m. – As em oçõe oçõess vão e sm smaa ec ecee r, nã não? o? – Vin dis disse se e nquanto um umaa c ria riada da usando roupa roupass verm elhas se se j unt untava ava à m ul ulttid idão. ão. – Sim – Bris Brisaa diss disse, e, senta sentando-se ndo-se novam e nte e fe fecha chando ndo a portinhol portinholaa . – Mas as lem bra brança nçass perm per m a nec necem em . Se a s pessoa pessoass a ssociar ssociaree m e m oçõe oçõess for fortes tes com um ac acontec ontecim imee nto, se lem bra brarã rãoo melhor dele. Alguns momentos depois, Ham entrou pela porta de trás. – Deu De u tudo certo. ce rto. Os hom ens estão e stão partindo pa rtindo revigora re vigorados, dos, e um núm númee ro deles de les ficou f icou para pa ra trá trás. s. Teremos um bom punhado de voluntários para mandar para as cavernas. Bris risaa sacudi sac udiuu a cabeç c abeça. a. – Nã Nãoo é o basta bastante. nte. Dox pre precisa cisa de a lguns dias par paraa orga organiz nizar ar essa essass re reuniões, uniões, e só conseguimos cerca de vinte homens em cada uma delas. Nesse ritmo, nunca conseguiremos dez m il a tem po. – Ac Acha ha que pre precc isam isamos os de m a is reuniõe r euniões? s? – Ha H a m pe perguntou rguntou – Vai ser difícil... pre pr e cisa cisam m os ser muito cuidadosos com isso, porque só os que podem ser razoavelmente de confiança são convidados. Brisa se sentou por por um ins instante. tante. Fin Finalm almente, ente, tomou tom ou o rest re stoo de seu se u vinho. vinho. – Não Nã o sei. Mas tem os que pensar pe nsar e m algum algumaa coisa coisa.. Por P or enquanto, e nquanto, vam os voltar voltar à loj lojaa . Acho Ac ho que Kels Ke lsier ier desej a avaliar o progresso da reuni re união ão dessa noite. noite. Kelsier olhava para o oeste. O sol do entardecer era de um vermelho letal, brilhando implacável implacá vel através de um cé céuu de fumaç fum aça. a. Logo abaixo, Kelsi Kelsier er pod podia ia ver a si silh lhueta ueta recortada re cortada de um pico escuro. Tyrian, a mais próxima das Montanhas de Cinzas. Estava Est ava no ter terra raço, ço, no telhado telhado da loja de Trevo, Tr evo, ouvi ouvindo ndo os os tra trabalh balhadores adores voltarem voltarem para su suas as casas nas ruas abaixo. Ter um terraço no telhado significava ter que limpar as cinzas de vez em quando, por isso a maioria dos edifícios skaa tinham telhados pontudos, mas, na opinião de Kelsier Kelsi er,, a vist vista em e m gera gerall vali valiaa um pou pouco co de esforço. e sforço. Abaixoo dele, os trabalhado Abaix trabalhadores res skaa skaa m ar archava chavam m em fil filas as desanimadas, desanima das, levantando levantando pequenas pequenas nuvens de cinzas a cada passo. Kelsier virou as costas para eles, olhando na direção do horizonte ao norte... na direção das Minas de Hathsin. Para onde e le v ai? ai? Pensou. O atium chega à cidade, mas então desaparece. Não é o inistério – temos vigiado – e nenhuma mão skaa toca o metal. Presume-se que vá para o tesouro. speramos que v á, pelo menos me nos.. Quando queimava atium, um Nascido das Brumas era virtualmente imbatível. E em parte era por isso que era tão valioso. Mas seu plano se centrava em algo mais do que apenas riqueza. Sabia quanto atium era tirado das minas, e Dockson pesquisara as quantidades que o Senhor Soberano distribuía – a preços exorbitantes – para a nobreza. Apenas um décimo do que era extraídoo das min extraíd m inas as aca a cabava bava nas na s mãos m ãos dos dos nobres. nobres. Noventa Nove nta por c ento do a ti tium um produzi produzido do no m undo er eraa e sto stocc a do, a no a pós a no, há m il anos. a nos. Com tanto metal, a equipe de Kelsier poderia intimidar até mesmo a mais poderosa das casas nobre nob res. s. O plano plano de Yeden Yeden de tom omar ar o palácio provavelm provavelmente ente devia parece pare cerr frívo f rívolo lo para m ui uittos –
e, de fato, estava condenado ao fracasso. Mas Kelsier tinha outros planos... Olhou para a pequena barra esbranquiçada que tinha nas mãos. O décimo primeiro metal. Ele conhecia os rumores sobre ele – ele os iniciara. Agora, só tinha que se aproveitar disso. Susp uspirou, irou, olhando olhando para par a o leste, na direç direção ão de Kre Kredik dik Shaw haw,, o palácio palá cio do Senhor Senhor Sobera oberano. no. O nome era terrisano; significava “A Colina das Mil Torres”. Apropriado, uma vez que o palácio imperial parecia um emaranhado de enormes torres negras fincadas no chão. Algumas das torres eram retorcidas, outras eram retas. Algumas eram grossas, outras eram finas como agulhas. Variavam em altura, mas todas eram altas. E todas terminavam em ponta. Kredik Shaw. Onde tudo terminara, há três anos. Ele precisava voltar. O alçapão se abriu, e uma figura subiu no telhado. Kelsier se virou, sustentando uma sobrancelha erguida, enquanto Sazed sacudia sua túnica e se aproximava com sua postura respeitosa característica. Até mesmo um terrisano rebelde mantinha a forma de seu treinamento. – Mestre Ke Kelsi lsier er – Sa Sa ze d disse, disse, incli inc linando nando a ca cabeç beça. a. Kels Ke lsier ier assent a ssentiu iu,, e Sazed Sazed se colocou ao seu se u lado, observa observando ndo o palácio imperial. impe rial. – Ah – disse disse para pa ra si mesm me smo, o, com o se entende e ntendesse sse os pensam pensa m e ntos de Ke K e lsi lsier er.. Kelsier sorriu. Sazed tinha se revelado uma descoberta valiosa desde o início. Guardadores eram um grupo necessariamente secreto, pois o Senhor Soberano os caçara praticamente desde o Dia da Ascenção. Algumas lendas afirmavam que a sujeição completa do povo de Terris pelo Soberano – incluindo os programas de reprodução e intendência – era uma consequência de seu ódioo pelos Guardadore ódi Guarda dores. s. – Eu m e per pergunto gunto o que e le pensa pensaria ria se soubesse que um Gua Guarda rdador dor está e m Luthade Luthadell – Kelsier disse. – A tão curta distância de seu palácio. – Vam Va m os torc torcee r para pa ra que ele e le nunca nunc a desc descubra ubra,, Mestre Ke Kelsi lsier er.. – Aprec Apr ecio io sua sua dis disposiçã posiçãoo em vir até a té esta e sta cidade c idade,, Sa Sa ze . Se Se i que é um risco. – É um bom tra trabalho balho – Sazed re r e spondeu. – E e sse plano pla no é per perigos igosoo para pa ra todos os envolvidos. envolvidos. De fato, simplesmente viver já é perigoso para mim, acho. Não é saudável pertencer a uma seita que o próprio Senhor Soberano teme. – Tem Tem e ? – Kelsi Ke lsiee r per perguntou, guntou, voltando-se voltando-se par paraa olhar par paraa Sa ze d. Apesar Ape sar da a lt ltura ura a cim a da média de Kelsier, o terrisano era ainda um palmo mais alto. – Não sei se ele teme alguma coisa, Saze. – Ele tem e os Gua Guarda rdadore doress – Sazed diss dissee . – De Definit finitiva iva e inexplica inexplicavelm velm e nte. Talve alvezz por causa de nossos poderes. Não somos alomânticos, mas... algo mais. Algo desconhecido para ele. Kelsier assentiu, voltando a olhar a cidade. Tinha tantos planos, tanto trabalho a fazer – e no centro ce ntro de tudo estavam os skaa skaa.. Os pobres, humil hum ildes, des, derrotados der rotados skaa skaa.. – Fa Fa lele-m m e sobre outra seita, Saze Saze – Ke K e lsi lsier er pe pediu. diu. – Uma Um a com poder poder.. – P oder oder?? – Sazed per perguntou. guntou. – É um ter term m o re relativo lativo quando a pli plicc ado à re reli ligiões, giões, c re reio. io. Talvez queira ouvir sobre o jaísmo. Seus seguidores eram bastante fiéis e devotos. – Fa Fa lele-m m e sobre ele eles. s. – O j a ísmo foi funda fundado do por um único hom homee m – Sa zed contou. – Seu nom nomee ver verda dadeir deiroo se perde per deu, u, e m bora seus seguidore seguidoress o cha cham m a ssem simple simplesm smee nte de “ o Ja” Ja”.. Ele foi assa assassi ssinado nado por um re reii local, local, por por pregar pre gar a di discórdi scórdiaa – alg a lgoo em que, aparent apare ntem em ente, era m ui uito to bom –, mas m as isso isso só só fez seus seguidores aumentarem. Os jaístas achavam que mereciam uma felicidade proporcc ional à sua devoç propor devoçãã o, e er eram am conhe conhecidos cidos por suas fr free quente quentess e fe fervor rvorosas osas m a nife nifestaç stações ões de fé. fé . Aparentem Aparentem ent ente, e, fal fa lar com um j aís aístta podia podia ser enervant enervante, e, j á que tendi tendiam a term inar quase quase todas to das as suas sentenças sentenças com c om “lou “louvado vado sej sej a Ja”. Ja” . – Isso é bom , Sa Sa ze – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou. – Mas Mas poder pode r é m a is do do que simplesm sim plesmente ente pala palavra vras. s.
– Ah, de fa fato to – Sazed Sazed concor c oncordou. dou. – Os j a íst ístas as er eraa m for fortes tes em e m sua fé. f é. As lendas lenda s dizem dizem que o Mini Mi nist stér ério io teve teve que eli e lim m in ináá-lo loss com pl pletam etam ente, j á que nenhum j aís aísta ta ace a ceit itou ou o Senhor Senhor Sobera Soberano no como Deus. Não viveram muito além da Ascenção, mas só porque eram tão ruidosos que era fácil caçá-los e matá-los. Kels Ke lsier ier assenti assentiu, u, então sorriu, sorr iu, olhando olhando para par a Sazed. – Você Voc ê não m e per perguntou guntou se se eu queria que ria m e conver c onverter ter.. – Mi Minhas nhas de desculpas, sculpas, Mestre Ke Kelsi lsiee r – Sa ze d diss dissee . – Mas a re reli ligião gião nã nãoo é ade adequada quada par paraa você, creio c reio eu. Tem Tem um ní nível vel de impetu impe tuos osiidade que o senhor senhor achar a charia ia atraent atrae nte, e, m as a teol teologi ogiaa lhe paree c er par eria ia simpli sim plista. sta. – Você está c om omee ça çando ndo a m e e ntende ntenderr be bem m dem a is – Ke Kelsi lsier er diss disse, e, ainda obser observando vando a cidade. – No fim, depois que reinos e exércitos caíram, as religiões ainda estavam lutando, não estavam? – De fa fato to – Sazed Sazed c oncor oncordou. dou. – Algum A lgumas as das re reli ligiões giões m a is resil re silientes ientes durar dur aram am até o séc sé c ulo quinto. – O que a s tornava tão forte f ortes? s? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. – Como fiz f izee ra ram m iss isso, o, Sa Sa ze ? O que da dava va a essas crenças tanto poder sobre o povo? – Não Nã o era e ra um umaa coisa só, cre c reio io eu – Sazed disse. – Algum Algumas as er eram am for fortes tes por ca causa usa de sua fé honesta, outras por causa da esperança que prometiam. Outras eram coercivas. – Mas todas tinham tinham paixã paixãoo – Kelsi Ke lsiee r com c omee ntou. – Sim, Mestre Ke Kelsi lsiee r – Sazed dis disse, se, c onfirm a ndo com c om a c a beç beça. a. – Essa E ssa é um umaa dec declar laraç ação ão bem ver verda dadeir deiraa . – É iss issoo o que per perdem dem os – Ke Kelsi lsier er diss dissee , olhando a c idade de c ente entena nass de m il ilhar haree s de habitantes, dos quais apenas um punhado ousava lutar. – Eles não têm fé no Senhor Soberano, sim si m pl plesme esment ntee o temem tem em . Não têm têm nada mais m ais em qu quee acre a credi dittar. – No que você acredit redita, a, se m e perm per m it itee pergunt pe rguntar ar,, Mestre Mestre Kel Ke lsi sier er?? você ac Kelsier ergueu uma sobrancelha. – Ainda não sei a o c e rto – a dm dmit itiu. iu. – Mas der derruba rubarr o Im pér pério io Final par parec ecee um bom começ com eço. o. Há alg a lguma uma relig religião ião em su suaa lista lista que inclua inclua assassin assassinar ar nob nobre ress como com o um dever sagrado? Sazed franz fr anziu iu o cenho, desaprovador. desapr ovador. – Cre Creio io que não, nã o, Mestre Ke Kelsi lsiee r. – Ta Ta lvez eu devesse de vesse funda fundarr um umaa – Kelsi Ke lsiee r diss dissee , com c om um sorr sorriso iso indolente. indolente. – Enfim Enf im,, Brisa e Vinn já Vi j á reto r etornaram rnaram ? – Che Chegar garaa m um pouco antes a ntes de eu subir aqui. a qui. – Bom Bom – Kelsi Ke lsiee r disse, assentind a ssentindo. o. – Diga a ele eless que desce de scere reii em um ins instante. tante. Vin estava sentada em sua cadeira estofada na sala de reuniões, as pernas dobradas sob o corpo, cor po, tentando tentando observar observa r Marsh Ma rsh de soslaio. soslaio. Ele se parecia tanto com Kelsier. Só era... austero. Não era zangado, nem irritável, como Trevo. Só não era feliz. Ele estava sentado em sua cadeira com uma expressão indecifrável no rosto. Todos os outros já haviam chegado, exceto Kelsier, e estavam conversando em voz baixa. Vin pegou Lestibournes olhando para ela e acenou para ele. O adolescente se aproximou e se agachou perto da cadeira dela. – Marsh Mar sh – Vin sussurrou sussurrou sob o murm m urm úrio gera ger a l da sala. sa la. – É um a pelido? – Nada Na da sem o cham cha m a do dos pais dele. Vin fez uma pausa, tentando decifrar o dialeto oriental do garoto. – Não Nã o é um ape apeli lido, do, então? entã o?
Lestibou Lesti bournes rnes negou com a cabeç c abeça. a. – Mas ele e le tinha um. um . – Qual Qua l era? er a? – Olhos de fe ferr rro. o. Os outros pa para rara ram m de usar usar.. P a re recia cia dem ais c om um fe ferr rroo nos olhos de verdade, né? Um Inquisidor. Vin olhou para Marsh novamente. A expressão dele era dura, seus olhos firmes, quase comoo se com se foss fossee m feitos de ferro. Mas podia ver por que as pessoas pararam de usar o apelido; a simples menção de um Inquisidor de Aço a fazia estremecer. – Obrigada Obr igada.. Lestibournes Lesti bournes sorriu. Era um gar garoto oto sér sério. io. Estranho, Estranho, intenso intenso e nervoso ne rvoso – mas m as sério. sér io. Ele Ele vol volto touu paraa seu banc par ba ncoo quando Kelsi Ke lsier er fina finalm lmee nte chegou. c hegou. – Tudo bem , gangue – disse. disse. – O que tem os? – Além de m á s notícias? notícias? – Brisa perguntou. per guntou. – Vam Va m os ouvi-la ouvi-las. s. – Já se passa passara ram m doz dozee sem a nas, e só conseguim c onseguimos os re r e unir cer c ercc a de dois mil m il home hom e ns – Ha Ham m falou. falo u. – Mesmo Mesmo que somem os os os núm núm eros que que a rebeli r ebelião ão j á tem , não vamos alcançar a m eta. – Dox? – Kelsi Ke lsier er per perguntou. guntou. – Podem P odem os faz fa ze r m a is re reuniões? uniões? – P rova rovavelm velm e nte – Doc Dockkson diss dissee de sua c ade adeira ira,, atr atráá s de um umaa m e sa re repleta pleta de li livros vros de registros. – Tem c er erteza teza de que quer c orr orree r esse risco, Ke Kelsi lsiee r? – Ye den pe perguntou. rguntou. Sua a ti titude tude melhorara nas últimas semanas; especialmente depois que os recrutas de Kelsier haviam começ com eçado ado a se ali a list star. ar. Como Ree Reenn sempre sem pre dissera, dissera, resul r esultado tadoss faziam faziam am ig igos os rapidam rapidam ente. – Já e stam stamos os em per perigo igo – Yede edenn prosse prosseguiu. guiu. – Há rum ore oress por todo o subm submundo. undo. Se continuarmos a fazer rebuliço, o Ministério vai perceber que algo importante está acontecendo. – Ele prova provavelm velm e nte e stá ce certo, rto, Ke Kell ll – Doc Dockkson conc concordou. ordou. – Além diss disso, o, há um núm númer eroo lim li m it itado ado de sk skaa aa dis dispost postos os a ouvir. ouvir. Luthadel é gra grande, nde, é ver verdade dade,, mas m as nossos nossos movi m ovim m entos aqui são são limitados. – Muito bem be m – Ke Kelsi lsier er diss dissee . – Então vam os com c omee ça çarr a a tuar nas outra outrass cidade c idadess da re região. gião. Brisa, pode dividir sua gangue em dois grupos efetivos? – Suponho Suponho que sim – Brisa Brisa responde r espondeu, u, hesitante. – P odem os ter um umaa equipe a tuando e m Luthade Luthadell e outra tra trabalha balhando ndo nas cida cidade dess das redondezas. Provavelmente consigo participar de todas as reuniões, presumindo que as organizemos de modo que não ocorram ao mesmo tempo. – Tantas Ta ntas reuniões re uniões vão nos expor e xpor ainda a inda ma m a is – Ye Yeden den disse. – E, por fa falar lar nis nisso, so, tem os ainda outro proble problem m a – Ha Ham m c om omee ntou. – Nã Nãoo devía devíam m os, supost sup ostam am ente, est e star ar traba trabalhando lhando para nos infil infiltrar trar nos escalõ esca lões es do Minis Ministério? tério? – Be Be m ? – Kelsi Ke lsiee r perguntou, pe rguntou, volta volta ndo-se par paraa Marsh. Ma rsh. Marshh negou Mars negou com a cabeç cabeça. a. – O Ministério Ministério é m uit uitoo fecha fe chado... do... preciso pre ciso de m a is tem po. – Não Nã o vai ac a c ontec ontecee r – Trevo Tr evo grunhiu. gr unhiu. – A rebelião re belião j á tentou isso. isso. Yeden Ye den assent a ssentiu iu.. – Tentam Te ntam os colocar coloca r espiões e spiões nos Mini Ministérios stérios Internos Inte rnos uma um a dúzia dúzia de vez ve ze s. É impossível. A sala ficou em silêncio. – Tenho Te nho uma um a ideia – Vin V in disse, disse, com c om a voz baixa baixa.. Kelsier ergueu uma sobrancelha. – Cam Ca m on – e la dis disse. se. – Ele E le e stava tra traba balhando lhando e m um golpe ante antess que você m e re recc ruta rutasse. sse. a verdade, o mesmo golpe que nos fez ser localizados pelos obrigadores. O cerne do plano foi
organizado por outro ladrão, um líder de gangue chamado Theron. Ele estava preparando um comboio falso para levar os fundos do Ministério para Luthadel através do canal. – E? – Brisa Brisa per perguntou. guntou. – Esses m esm os ba barc rcos os c a rr rree gar gariam iam os novos ac a c óli ólitos tos do Min Minist istéé rio par paraa Luthade Luthadel,l, par paraa a parte par te fina finall do tre treinam inam e nto dele deles. s. The Theron ron ti tinha nha um inform ante a o longo da rota rota,, um obriga obrigador dor menor, aberto a subornos. Talvez consigamos persuadi-lo a acrescentar um “acólito” ao grupo, a parti par tirr da sua base. ba se. Kelsier assentiu, pensativo. – Vale Va le a pena dar um umaa olhada nis nisso. so. Dockso Dock sonn rabi ra biscou scou algum algum a cois coisaa em uma fol folha ha com c om su suaa ca caneta-ti neta-tint nteiro. eiro. – Fa Fa re reii contato com c om The Theron ron para pa ra ve verr se o inform a nte dele de le ainda a inda é viáve viável.l. – Com Comoo vão nossos rec re c ursos? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. Dockson Dock son deu de om ombros. bros. – Ha Ham m enc encontrou ontrou dois e x-soldados inst instrutore rutores. s. As a rm a s, no enta entanto... nto... bem , Renoux e eu estamos estam os fazendo fazendo contatos contatos e iniciando iniciando acordos, mas m as não pod podem em os nos nos mover m over m ui uito to rapidam rapidam ente. Feli elizzm ente, quando quando as armas arm as chegare chega rem m , virã virãoo todas todas em m assa. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Isso é tudo, ce c e rto? Brisa limpou a garganta. – Eu... tenho ouvido m uit uitos os rum ore oress nas ruas, r uas, Ke K e lsi lsiee r – ele e le disse. – As A s pessoas pessoa s estão estã o falando fa lando sobre so bre ess e ssee seu décimo déc imo primeiro prime iro metal me tal.. – Bom Bom – Kelsi Ke lsiee r disse. – Não N ão e stá pre pr e ocupa ocupado do que o Senhor Sober oberaa no ouça? ouç a? Se ele estiver a tento ao a o que você está fazendo, será muito mais difícil... opor-se a ele. pensou. Não ac Ele não disse “matá-lo” “matá-lo”,, Vin pensou. Não acham ham que Kelsi Kelsiee r conseguir conse guiráá fazê fazê -lo. Kelsier apenas sorriu. – Não Nã o se pre pr e ocupe c om e le. Te Te nho tudo sob sob controle. c ontrole. Na ve verda rdade, de, pre pretendo tendo fa f a ze r um a vis visit itaa pessoall ao Senhor Soberano pessoa Sober ano nos próxim pr óximos os dias. dias. – Visita Visita?? – Yeden perguntou desconfortavelmente. – Vai visitar o Senhor Soberano? Você está lou... – Yeden se calou, então olhou para o restante da sala. – Certo. Esqueci. – Já está e stá pegando pega ndo o je j e it itoo – Dock Doc kson com entou. Passos pesados soaram no corredor, e um dos guardas de Ham entrou um momento mais tarde. Foi Foi até a cadeira de Ham e sussu sussurrou rrou uma breve m ensag ensagem em . Ham fra franz nziiu o cenho ce nho.. – O que foi? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. – Um incidente – Ham Ha m re respondeu. spondeu. – Incidente? Inc idente? – Dockson Dockson repetiu. re petiu. – Que tipo de incidente? incide nte? – Sa Sa be o covil c ovil onde nos reunim re unimos os há algum algumaa s sem a nas? – Ham Ha m dis disse. se. – Aquele Aque le em e m que Ke Kell ll nos contou contou pela prime pr imeira ira vez ve z seu plano? O covil c ovil de Camon Camon,, Vin pensou, ficando apreensiva. – Be Be m – Ham Ha m prosse prosseguiu. guiu. – Apa Apare rentem ntem e nte, o Ministério Ministério o encontr e ncontrou. ou.
Parec e que Rashek repre Parece representa senta uma facç facção ão c resc rescente ente na c ult ultura ura de Te rri rris. s. Um grande número de jovens pensa que seus raros poderes deveriam ser usados para mais do que o trabalho rural, a pecuária e a escavação. Eles são desordeiros, e até mesmo violentos – muito diferentes dos tranquilos e perspicazes filósofos e homens santos de Terris que conheci. Terão que ser vigiados de perto, esses terrisanos. Podem ser muito perigosos se oportunidade e moti motivaç vação ão lhes forem forem dada dadas. s.
Kelsier se deteve na porta, bloqueando a vista de Vin. Ela parou atrás dele, tentando ficar na ponta dos pés para pa ra ver o covil c ovil,, ma m a s havia ge gente nte dem de m a is no cam ca m inho. Só Só conseguiu c onseguiu ver que a porta estava pendurada pendurada,, estil estilhaça haçada da e com c om a dobradiça dobradiça su superior perior arrebentada. arr ebentada. Kels Ke lsier ier ficou f icou parado para do por um lon longo go mom m omento. ento. Fin Finalm almente, ente, voltou-se, voltou-se, olhando para Dock Dockson son e paraa e la. par – Ham Ha m e stá ce c e rto, Vin. Você Voc ê talvez não queira que ira ve verr isso. Vin ficou onde estava, olhando para ele, resoluta. Depois de um tempo, Kelsier suspirou, saindo da frente da porta. Dockson fez o mesmo, e Vin finalmente conseguiu ver o que eles estavam tampando. O chão estava repleto de cadáveres, os membros retorcidos sombreados e assombrados pela luz da soli solitár tária ia lanter la nterna na de Doc Dockkson. Ainda não esta estavam vam a podre podrecc e ndo – o a taque a conte contecc er eraa naquela manhã – mas havia cheiro de morte na sala. Cheiro de sangue secando lentamente, cheiro de mis m isér éria, ia, cheiro de de terror. terr or. Vin permaneceu na porta. Ela já tinha visto morte antes – vira-a com frequência nas ruas. Facadas em becos. Espancamentos em covis. Crianças mortas de fome. Certa vez, vira o pescoço pesc oço de um umaa velha ser quebr quebraa do por um lorde a borr borree c ido. O cor corpo po j a ze u na rua por trê trêss dias antes que que a equi equipe pe funerár f unerária ia skaa skaa fin finalm almente ente o ret re tirass irasse. e.
Mas nenhum desses incidentes tinha o mesmo ar de massacre intencional que ela viu no covil de Camon. Esses homens não tinham sido simplesmente mortos, tinham sido destroçados. Os membros estavam separados dos torsos. Cadeiras e mesas quebradas atravessavam peitos. Havia poucas partes do chão que não est e stiv ivessem essem cobertas por sangue sangue escuro e scuro e pegaj pe gajos oso. o. Kelsier olhou para ela, obviamente esperando algum tipo de reação. Ela ficou parada, vendo a morte, sentindo-se... paralisada. Qual deveria ser a reação dela? Aqueles homens a haviam maltratado, roubado, espancado. Mas também eram homens que a haviam abrigado, aceit ac eitado, ado, alim alim entado quando quando outros outros si sim m pl plesm esmente ente a teriam dado para os cafet cafe tões. Reen provavelmente a teria repreendido pela tristeza traiçoeira que sentia ao ver aquilo. É claro, ele sempre ficava zangado quando ela, ainda criança, chorava ao deixar uma cidade, recusando-se a abandonar as pessoas que passara a conhecer, não importando o quão cruéis ou indiferentes fossem. Aparentemente, não havia superado essa fraqueza. Ela entrou no aposento, sem derramar lágrimas por esses homens, mas, ao mesmo tempo, desejando que não tivessem tido um fim desses. Além disso, o sangue coagulado em si já era perturbador. Ela tentou se forçar a manter uma expressão impassível diante dos outros, mas se pegou apertando os dentes de vez em quando e afastando o olhar dos cadáveres mutilados. Quem quer que tivesse realizado o ataque tinha sido bem ... me m e ti ticc ulos uloso. o. Isso parec parecee e xtre xtremo, mo, me mesmo smo para o Minist Ministéé rio rio,, ela pensou. Que tipo de pessoa faria algo assim? – Inquisidore Inquisidoress – Dock Doc kson disse disse em e m voz ba baixa, ixa, aj a j oelha oelhando-se ndo-se a o lado de um c a dáve dáver. r. Kelsier assentiu. Atrás de Vin, Sazed entrou na sala, com cuidado para manter sua túnica afastada do sangue. Vin se virou na direção do terrisano, deixando que as ações dele desviassem a sua atenção de um cadáver particularmente macabro. Kelsier era um Nascido das Brumas, e Dockson era alegadamente um guerreiro capaz. Ham e seus homens estavam guardando a área. Os demais, no entanto – Brisa, Yeden e Clubs –, haviam ficado para trás. A área era perigosa demais. dem ais. Kelsi Kelsier er re resi sist stira ira até m esm esmoo ao desejo desej o de Vin Vin de acompa ac ompanhá-lo nhá-los. s. Mas trouxera Sazed sem hesitação aparente. A decisão, apesar de sutil, fez Vin olhar o mordomo com uma curiosidade renovada. Por que era perigoso para Brumosos, mas seguro o bastante basta nte par paraa um m ordom o ter terrisano? risano? Se ria Sa ze d um guer guerre reiro? iro? Como apr apree nder nderaa a lut lutaa r? Os terrisanos, supostamente, eram educados desde o nascimento por instrutores muito cuidadosos. O passo suave de Sazed e seu rosto calmo lhe deram poucas pistas. Mas ele não parecia chocado choca do pela pela ca carnifi rnificina. cina. Interessante Inte ressante,, Vin pensou, abrindo caminho entre os móveis destroçados, tomando cuidado paraa não pisar nos charc par cha rcos os de sangue, sa ngue, até a té che c hegar gar per perto to de Ke K e lsi lsiee r. Ele E le se a gac gachou hou ao lado la do de dois cadáveres. Um deles, Vin notou, em um momento de comoção, fora Ulef. O rosto do garoto estava contorcido e aflito, seu peito era uma massa de ossos quebrados e carne arrancada – como se alguém tivesse arrebentado sua caixa torácica com as mãos. Vin estremeceu, afastando o olhar olhar.. – Isso não é bom – Ke Kelsi lsiee r diss dissee e m voz baixa baixa.. – Inquisidores de Aç Aço, o, em ge gera ral,l, nã nãoo se preoc pre ocupam upam c om simple simpless gangue ganguess de ladr ladrões. ões. Ge Gera ralm lmee nte, os obrigador obrigadores es viriam c om seus soldados e levariam todos presos, então os usariam para dar um bom espetáculo em um dia de execução. Um Inquisidor só se envolveria se tivesse interesse especial na gangue. – Você Voc ê ac acha... ha... – Vin V in com eç eçou ou a dize dize r. – Acha A cha que pode ser o mesm m esm o de antes? a ntes? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Há c er erca ca de vint vintee Inquisido Inquisidore ress de Aç Açoo e m todo o Im pér pério io Final, e m e tade dele deless sem pre está fora de Luthadel. É muita coincidência que você tenha chamado a atenção de um deles,
escapado, e então seu antigo covil tenha sido atacado. Vin ficou parada, em silêncio, forçando-se a olhar para o corpo de Ulef para confrontar o seu pesar. Ele Ele a traíra, afin af inal, al, mas ma s por por um tem po ele ele quase havi ha viaa sido sido seu ami am igo. – Então – ela e la disse em e m voz ba baixa. ixa. – O Inquis I nquisidor idor ainda a inda sente m e u rastro? ra stro? Kels Ke lsier ier assenti assentiu, u, levantando-se. – Então é m inha culpa c ulpa – Vin disse disse . – Ulef e os outros... – É c ulpa de Cam Camon on – Ke Kelsi lsiee r dis disse se com firm e za . – Foi ele quem tentou e ngana nganarr um obrigador. obri gador. – Fez Fez um um a paus pa usaa e ol olhou hou par paraa ela. – Você vai ficar bem bem?? Vin ergueu o olhar do cadáver destroçado de Ulef, tentando permanecer forte. Deu de ombros. – Nenhum Ne nhum dele deless era er a m e u am igo. – Isso é um pouco insensível, Vin. – Eu sei – ela dis disse, se, com c om um a ce ceno no de ca c a beç beçaa tra tranquil nquilo. o. Kelsier a observou por um instante, e então cruzou a sala para falar com Dockson. Vin olhou mais uma vez para os ferimentos de Ulef. Pareciam obra de algum animal enlouqu enlo uquec ecid ido, o, não de um úni único co homem hom em . O Inquisidor deve ter tido ajuda, ajuda , Vin disse para si mesma. Nã Nãoo há c omo uma só pe pessoa, ssoa, mesmo um Inquisidor, ter feito tudo isso. Havia uma pilha de cadáveres perto da saída de emergência, mas uma contagem rápida lhe indicou que a maioria da gangue – se não toda ela – havia sido eliminada. Um único homem não poderia ter lidado com todos eles com rapidez suficiente... suficient e... poderia? dissera. Eles não segue Há muitas coisas que não sabemos sabe mos sobre Inquisidor Inquisidores es , Kelsier lhe dissera. Eles seguem m regras normais. Vinn estrem Vi estrem ece eceuu novam novam ent ente. e. Pass Pa ssos os soara soaram m nos degraus, e Vin ficou tensa, tensa, encol enc olhendo hendo-se -se e prepar preparando-se ando-se para fugi fugir. r. A figura figura fam iliar de Ham Ha m apare apareceu ceu na escadari esca daria. a. – O perím pe rímetr etroo está e stá seguro segur o – disse, disse, segura se gurando ndo uma um a lanter la nterna. na. – Não N ão há sinal de obrigadore obr igadoress ou de homens home ns da Guarni Guar niçã ção. o. – É o e sti stilo lo dele deless – Ke Kelsi lsiee r dis disse. se. – Que Quere rem m que o m a ssac ssacre re sej a de descobe scoberto... rto... de deixam ixam os m ort ortos os como com o um si sinal. nal. A sala caiu c aiu em si silêncio lêncio,, excet exce to por um m urm urmúrio úrio baix baixoo de Saz Sazed, ed, que estava parado par ado do lado lado esquerdo do aposento. Vin foi até ele, ouvindo a rítmica cadência de sua voz. Finalmente, ele parou par ou de fala f alar, r, aba a baixou ixou a ca c a beç beçaa e fe fechou chou os olhos. – O que foi isso? isso? – Vin perguntou per guntou quando ele er ergueu gueu o olhar novam ente ente.. – Um a ora oraçç ão. – Sa zed e xpli xplicc ou. – Um c anto fúne fúnebre bre dos c azz azzi.i. Tem a int intenç ençãã o de despertar os espíritos dos mortos e libertá-los de sua carne, para que possam retornar para a montanha das almas. – Ele se voltou para ela. – Posso lhe ensinar essa religião, se desejar, senhora. Os cazzi eram um povo interessante... muito familiarizados com a morte. Vin balançou a cabeça. – Agora não. Você V ocê fe fezz a ora oraçç ã o deles... dele s... é essa e ssa a re reli ligião gião na qual ac a c re redit dita, a, então? e ntão? – Acre Ac redit ditoo em todas elas. e las. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Nenhum Ne nhumaa dela delass contradiz contra diz as outras? outra s? Sazed sorriu. – Sim im,, fa fazzem iss issoo com fr free quênc quência. ia. Mas re respeito speito as ve verda rdades des por trá tráss de todas e las; e acredi acr editto na necess nece ssiidade de cada c ada uma um a delas ser ser relem relembrada. brada. – Então, com c omoo decide dec ide a ora oraçç ão de qual religião r eligião usar? usar ? – Vin perguntou. per guntou.
– Só pa pare recc e u... apr apropria opriado. do. – Sa zed re respondeu spondeu em voz baixa baixa,, olhando a c ena de m orte sombria. – Kell Ke ll – Dock Doc kson cham cha m ou do fundo da sala sala.. – Venha Ve nha dar da r um a olhada nis nisso. so. Kelsier se juntou a ele, assim como Vin. Dockson estava em pé junto ao longo corredor que serviaa como servi c omo dormit dorm itóri órioo da gangue. Vin Vin enfiou a cabeç c abeçaa lá dentro, esper esperando ando encontra encontrarr uma um a cena c ena similar à da sala comum. Em vez disso, havia um único cadáver amarrado em uma cadeira. Sob a luz fra fraca ca,, mal m al pôde pôde perce per ceber ber que os olhos olhos dele haviam haviam si sido do arrancados. arra ncados. Kelsier Kelsi er ficou parado, em si silênci lêncio, o, por por um m om omento ento.. – É o homem hom em que coloquei c oloquei no com a ndo. – Milev Milev – Vin assentiu. a ssentiu. – O que ac acontec ontecee u com ele ele?? – Foi m orto lentam e nte – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – Ve j a a quantidade de sangue no c hão, o m odo comoo seus com seus mem me m bros estão retorc retorcid idos os.. Ele Ele teve tempo tem po par paraa gritar gritar e se debater. – Tortura – Dock Doc kson concordou. conc ordou. Vin sentiu um calafrio. Olhou para Kelsier. – Deve De vem m os mudar m udar nossa base? ba se? – Ham per perguntou. guntou. Kelsiier nego Kels negouu lent lentam am ent entee com c om a cabeç cabeça. a. – Qua Quando ndo Tre Trevo vo veio a té e ste c ovil ovil,, usou seu dis disfa farc rcee tanto a o e ntra ntrarr quanto a o sair da reunião, escondendo o fato de que manca. É trabalho dele, como esfumaçador, assegurar-se de que não seja encontrado simplesmente perguntando-se pelas ruas. Nenhum dos membros desta gangue poderia ter nos traído... ainda devemos estar a salvo. Ninguém diss dissee o óbvio. Tampouco o Inquisidor deveria ter sido capaz de encontrar esse covil . Kelsier voltou para a sala principal, puxando Dockson de lado e falando com ele em voz baixa.. Vin ia segui-los, pa baixa para ra tentar ouvir o que diz diziam iam , m a s Sa ze d coloc colocou ou um umaa m ão e m seu ombro, para contê-la. – Se nhora Vin – e le dis disse, se, de desapr saprovador ovador –, se Mestre Ke Kelsi lsiee r quis quisee sse que esc escutássem utássem os o que está dizendo, ele não falaria em voz alta? Vin lançou um olhar furioso para o terrisano. Então alcançou seu interior e queimou estanho. O súbito fedor de sangue quase a afogou. Podia ouvir a respiração de Sazed. A sala não estava mais escura – de fato, a luz brilhante das duas lanternas fazia seus olhos lacrimejarem. E se tornou tornou consciente consciente do ar abafa a bafado do e sem vent ventiilaçã lação. o. E pôde ouvir, ouvir, clara c laram m ente, a voz de Dock Doc kson son.. – ... eu o c heque hequeii vár várias ias ve vezzes, com o você m e pediu. Você vai e ncontrá ncontrá-lo -lo a trê trêss rua ruass a oeste da Encruzilhada Quatro Poços. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Ham Ha m – disse disse em e m voz alta, fa f a ze ndo Vin se sobressaltar sobre ssaltar.. Saz azed ed olhou olhou para ela com ol olhar har desaprovador. Ele sabe algo de alomancia alomancia,, Vin pensou, decifrando a expressão do homem. Adivinhou o que eu e u estava fazendo. fazendo. – Sim Sim,, Kell Ke ll?? – Ham Ha m diss dissee , colocando coloc ando a ca cabeç beçaa para pa ra for foraa do quarto quar to dos fundos. – Leve Le ve os outros de volt voltaa para pa ra a loj lojaa – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou. – E se se j a cuidadoso. c uidadoso. – É clar c laroo – Ham Ha m prom ete eteu. u. Vin olhou para Kelsier, e então permitiu, ressentida, que a conduzissem para fora do covil, com Sazed e Dock Dockson son.. Devv ia ter pe De pego go a c arruagem arruagem,, Kelsier pensou, frustrado com seu ritmo lento. Os outros
odiam ter voltado a pé do covil de Camon . Queria queimar aço e começar a saltar até seu destino. Mas, infelizmente, era muito difícil perm per m a nec necer er im imper perce ceptí ptíve vell voando pela c idade e m plena luz do dia. Kelsier ajustou seu chapéu e continuou a caminhar. Um nobre a pé não era uma visão irregular, especialmente no distrito comercial, onde os skaa mais afortunados e os nobres menos afortunados se misturavam nas ruas – ainda que cada grupo fizesse o melhor possível para ignora ig norarr o outro. outro. Paciênc Pac iência. ia. A velocidade ve locidade não importa. Se sabem da exist ex istênc ência ia dele, ele e le já está morto. Kelsier entrou em uma praça em uma larga encruzilhada . Havia quatro poços, um em cada ca cant nto, o, e uma font fontee imens ime nsaa de cobre – a superfície superfície verde era er a craquel c raquelada ada e enegrecida pela pela fuligem – dominava o centro da praça. A estátua retratava o Senhor Soberano, postado dramaticamente em capa e armadura, e uma representação amorfa das Profundezas mortas na água a seus pés. pés. Kelsier passou pela fonte, as águas estavam repletas de flocos da recente chuva de cinzas. Mendigos skaa suplicavam nas calçadas, suas vozes deploráveis em uma linha tênue entre o audível e o incômodo. O Senhor Soberano apenas os tolerava; somente skaa completamente desfigurados podiam mendigar. Suas vidas penosas, no entanto, não causavam inveja nem ao menos aos skaa rurais. Kelsier jogou alguns tostões, sem se preocupar que isso lhe fizesse se destacar, e continuou a caminhar. Três ruas adiante, encontrou uma encruzilhada muito menor. Também estava apinhada de mendigos, mas não havia nenhuma bela fonte no centro de sua intersecção, nem as esquinas continham poços para atrair o tráfico. Os mendigos ali eram ainda mais patéticos – indivíduos lamentáveis, miseráveis demais paraa lut par lutaa r por um lugar e m um umaa pra praça ça m aior aior.. Crianç Crianças as e velhos desnutridos o c ham a vam c om vozes voz es apreensi apre ensivas; vas; home homens ns sem sem doi doiss ou ou mais m ais mem me m bros ac acocorava ocoravam m -se nas esquinas, esquinas, suas suas formas form as m ancha anchadas das de fuligem fuligem er eram am quase invi invisí síveis veis nas som som bras. Kelsier levou a mão instintivamente à sua bolsa de moedas. Siga em frente, frente , disse para si mesmo. Você não pode salvá-los, ao menos não com moedas. Haverá tempo para isso depois que o Império Final tiver acabado. Ignorando os choros lamentosos – que ficavam mais altos à medida que os mendigos percc e biam que ele os olhava –, Ke per Kelsi lsiee r obser observou vou um rosto de c ada vez. Só ti tinha nha vist vistoo Cam Camon on breve bre vem m ente ente,, m a s ac achava hava que o re recc onhec onhecee ria ria.. Mas nenhum dos rostos par parec ecia ia c om o dele dele,, e nenhum dos mendigos tinha a barriga de Camon, que ainda deveria ser notada apesar das semanas de fome. Ele não está aqui aqui,, Kelsier pensou, insatisfeito. A ordem de Kelsier – dada a Milev, o novo líder lí der de gangu ganguee – de faz f azer er de Camon Cam on um um m endi endigo go fora cumprida. c umprida. Dockso Docksonn fora verifi ve rifica carr para par a ter certeza. A ausência de Camon na praça podia simplesmente significar que conseguira um ponto melhor. Também podia significar que o Ministério o tinha encontrado. Kelsier ficou parado, em silêncio, por um momento, ouvindo os tristes gemidos dos mendigos. Alguns flocos de cinzas começaram começ aram a cair do céu. Algo estava errado. Não havia nenhum mendigo perto do canto norte da encruzilhada. Kelsier queimou estanho e sentiu cheiro de sangue no ar. Tirou os sapatos e soltou o cinturão. O fecho de sua capa foi o próximo, e a bela peça de vestuário vest uário caiu ca iu no no chão de para paralel lelepíp epípedos. edos. Feit Feitoo isso isso,, o metal m etal rem anesce anescent ntee em seu corpo estava na sua bolsa de moedas. Ele pegou algumas moedas na mão, e avançou cuidadosamente, deixando suas roupas descartadas para os mendigos.
O cheiro de morte ficou mais forte, mas ele não ouvia nada exceto a disputa dos mendigos atrás de si. Foi até a rua norte, imediatamente notando um estreito beco à sua esquerda. Inspirando, queimou peltre e entrou. O beco estreito e escuro estava entupido de lixo e cinzas. Ninguém esperava por ele – pelo m enos, ni ningu nguém ém com vi vida. da. Camon, o líder de gangue transformado em mendigo, estava pendurado em uma corda amarrada no alto. Seu cadáver girava preguiçosamente com a brisa, as cinzas caindo levemente ao seu redor. redor. Não fora enforcado e nforcado de de m aneira tradicio tradicional nal – a corda c orda fora am arra arrada da a um gancho e este fora enfiado em sua garganta. A ponta ensanguentada do gancho saía por baixo do queixo, e ele balançava com a cabeça inclinada para trás, a corda saindo de sua boca. Suas mãos estavam am ar arra radas, das, seu corpo ain a inda da gordo indi indica cava va sinais sinais de tortura. tortura. Isso não é bom. bom . Ele ouviu passos nos paralelepípedos atrás dele, Kelsier girou, inflamando seu aço e jogando um punhado de de m oedas. Soltando um gritinho, uma pequena figura se jogou no chão, suas moedas foram desviadas quandoo ela queimou quand queim ou aço. – Vin Vin?? – Kelsier disse. Ele praguejou, estendendo o braço e puxando-a para o beco. Olhou paraa a e squi par squina na,, obser observando vando os m e ndigos leva le vantando ntando a s c abe abeça çass ao ouvir as m oeda oedass c aindo nos paraa lelepípe par lelepípedos. dos. – O que e stá fa fazzendo a qui? – e le e xigi xigiuu sabe saber, r, volt voltaa ndo-se par paraa e la. Vin usava o m esm o sobretudo marrom e a camisa cinza de antes, embora tivesse tido o bom senso de usar uma capa comum com um com c om o capuz c apuz levant levantado. ado. – Queria Que ria ver o que estava e stava fazendo f azendo – ela e la disse, encolhe e ncolhendo-se ndo-se leve levem m ente diante da ira dele dele.. – Isso podia ser per perigos igoso! o! – Ke K e lsi lsiee r excla e xclam m ou. – No que você voc ê esta estava va pensando? pe nsando? Vin se se encolheu um pou pouco co m ais ais.. c ulpá-la por ser curiosa curiosa,, pensou, enquanto alguns mendigos Kelsier se acalmou. Não acalmou. Não posso culpá-la m ais coraj os osos os corriam pel pelaa rua at a trás das moedas m oedas.. Ela só... abrandando suas Kelsier paralisou. Foi tão sutil que ele quase não percebera. Vin estava abrandando emoções. Ele se voltou para ela. A garota estava obviamente tentando ficar invisível contra o canto da paree de. P a re par recia cia tão tímida, tím ida, ma m a s ele pôde ca c a ptar um brilho oculto de de dete determ rm inaç inaçãã o em seus olhos. Essa criança havia transformado sua capacidade de parecer inofensiva em arte. lsier ier penso pe nsou. u. Co Tão sutil! Ke sutil! Kels Como mo foi que e la ficou ficou tão boa tão rapidamente rapidamente?? – Nã N ã o pre pr e cisa usar a lom lomaa ncia ncia,, Vin V in – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , com c om suavidade suavidade.. – Nã Nãoo vou m ac achucá hucá-la -la.. Sabe diss disso. o. Ela corou. – Não Nã o pretendi... pre tendi... é só o hábit há bito. o. Ainda. – Está tudo bem – Ke Kelsi lsier er diss disse, e, apoia apoiando ndo um umaa m ão no om ombro bro de dela. la. – Só se lem bre bre:: não importa o que Brisa diga, é falta de educação tocar as emoções de seus amigos. Além disso, os nobre nob ress consid consider eram am um in insu sult ltoo usar usar aloma alomancia ncia em am bi bientes entes formais. form ais. Ess Esses es reflexos re flexos vão metê-la m etê-la em confusão se se não aprender a prender a cont c ontrolá-lo rolá-los. s. Ela assentiu, erguendo-se para observar Camon. Kelsier esperava que se virasse, enojada, m as ela e la ficou parada, para da, em e m si sillêncio, sust sustentando entando um um ol olhar har de sombri som briaa sat satis isfaç fação ão no rosto. rosto. Ke lsier ier pensou pe nsou.. Não import Não,, ela não é fraca Não fraca,, Kels importaa no que ela e la te te faça faç a acredit acre ditar ar . – Eles o torturara tortura ram m a qui? – ela per perguntou. guntou. – Ao ar a r livre? livre ? Kelsier assentiu, imaginando os gritos reverberando até os desconfortáveis mendigos. O
Mini Mi nist stér ério io gostava gostava de fa fazzer de seus cast ca stigo igoss bem vis visív íveis. eis. – Por P or que o gancho? ganc ho? – Vin perguntou. per guntou. – É um umaa m orte ritual, re reser serva vada da par paraa os pec pecaa dore doress m a is re repre preee nsív nsívee is: pessoas pe ssoas que usam m al a alom alom ancia. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Ca Ca m on era er a um alom ântico? Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – De Deve ve ter a dm dmit itido ido a lgo abom a bomináve inávell dura durante nte a tortura tortura.. – Ke Kelsi lsier er olhou para pa ra Vin. – De Devia via saber que você er era, a, Vin. Ele Ele a us usou ou int intencional encionalm m ente. Ela empalideceu levemente. – Então... o Ministério Ministério sabe que sou um a Nasc N ascida ida das da s Brum Brum a s? – Talve Talvezz. Depende De pende do que Cam Camon on sabia. sabia . Ele pode ter pre presum sumido ido que você voc ê e ra som somee nte um a Brumosa. Elaa ficou El f icou em si silêncio lêncio por um m ome oment nto. o. – O que iss issoo repre re presenta senta par paraa a m inha parte pa rte no trabalho, tra balho, então? e ntão? – Co Conti ntinuar nuarem em os c om omoo plane planejj a do – Ke Kelsi lsiee r a firm ou. – Só um umaa dupla de obrigador obrigadores es viu você no edifício edifício do Cantão, Cantão, e é necessário nec essário um um home homem m m ui uito to exce excepcio pcional nal par paraa perce per ceber ber que uma um a criada skaa e uma nobre bem-vestida são a mesma pessoa. – E o Inquisidor? Inquisidor? – Vin pe perguntou rguntou suavem suave m e nte. Kels Ke lsier ier não nã o tinha tinha respost r espostaa para pa ra is isso. so. – Vam Va m os – ele disse finalm f inalmente ente.. – Já cham c ham a m os muit m uitaa ate atençã nção. o.
Como seria se todas as nações – das ilhas do sul até as montanhas de Terris ao norte – estivessem unidas sob um único governo? Que maravilhas seriam alcançadas, que progresso seria eito se a humanidade renunciasse para sempre às suas disputas e se unisse? É dem demais, ais, e u suponho, até me mesmo smo para se ter e speranç sperança. a. Um império humano único, unificado? Nunca vai acontecer.
Vin resistiu à vontade de arrancar o vestido de nobre. Mesmo depois de meia semana sendo obrigada a usar um – por sugestão de Sazed –, ela achava o volumoso traje desconfortável. Apertava sua cintura e peito e caía no chão com várias camadas de tecido com babados, tornando difícil o andar. Sentia o tempo todo que ia tropeçar – e, apesar do vestido ser volumoso, sentia-se exposta, de tão apertado que era no peito, sem mencionar o decote. Embora mostrasse quase tanta pele quanto quando usava camisas normais, de botão, isso parecia diferente de algum modo. Mesmo assim, tinha que admitir que o vestido fazia uma boa diferença. A garota que estava paraa da diante do espe par espelho lho e ra um umaa cr criatura iatura e stranha e de desconhe sconhecc ida par paraa e la. O vestido azul azul-claro, com babados e rendas brancos, combinava com as presilhas de safira em seu cabelo. Sazed tinha dito que não ficaria feliz até que o cabelo dela estivesse pelo menos na altura dos ombros, mas mesmo assim insistiu para que ela comprasse as presilhas e as prendesse em seus cabelo ca beloss sobre sobre cada ca da orelha. – Em ge gera ral,l, os a ristocra ristocratas tas não e sconde scondem m seus de defe feit itos os – e xpli xplicc a ra ra.. – Em vez diss disso, o, os destacam. Chame a atenção para seu cabelo curto, em vez de pensar que está fora de moda, e eles podem podem ficar im pressi pressionado onadoss com a afirm a firmaç ação ão que está sustent sustentando. ando. Elaa tam bém us El usava ava um colar de safiras safira s – m odest odestoo para os padrões nobres, nobres, mas ma s vali valiaa m ais de de duzentos boxes. Era complementado por um bracelete de rubi, para acentuá-lo. Aparentemente,
a m oda do momento mom ento exigi exigiaa que se usasse usasse item item de cor di difer ferente, ente, para propo proporc rciionar cont c ontra rast ste. e. E isso tudo era dela, pago com os fundos da gangue. Se fugisse, levando as joias e os três mil boxes, poder poderia ia viver por déc décaa das. Era m a is tentador do que gostaria de a dm dmit itir. ir. As im image agens ns dos homens de Camon, seus cadáveres retorcidos e mortos no silencioso covil, a assombravam. Era provavelm prova velm ente o que a espe espera rava va se fic ficaa sse. Por que, então, então, não ia em bora? Virou as costas para o espelho, vestindo um xale de seda azul-claro, uma versão feminina aristocrata de capa. Por que não partia? Talvez fosse a promessa que fizera a Kelsier. Ele lhe mostrara o dom da alomancia, e dependia dela. Talvez fosse por seu senso de dever em relação aos demais. dem ais. Pa Para ra so sobreviv breviver, er, as a s gangues gangues pre precisavam cisavam que cada ca da um fiz fizesse esse sua sua parte. par te. O treinamento de Reen lhe dizia que aqueles homens eram tolos, mas sentia-se tentada, seduzida pela oportunidade que Kelsier e os outros lhe ofereciam. No fundo, não eram as riquezas ou a emoção do trabalho que a faziam ficar. Era a perspectiva oculta nas sombras – improvável e irracional, mas, ainda assim, atraente – de um grupo cujos membros realmente confiavam uns nos outros. Tinha que ficar. Tinha Tinha que saber se duraria, ou se era – como os suss su ssurros urros crescentes cre scentes de de Reen prometi prom etiam am – tudo tudo uma m enti entira ra.. Deu meia-volta e deixou o quarto, caminhando em direção à entrada da Mansão Renoux, onde Sazed a aguardava com uma carruagem. Tinha decidido ficar, e isso queria dizer que ela tinha que fazer sua parte. Chegara o momento de sua primeira aparição como nobre. A carruagem sacudiu com violência, e Vin se sobressaltou. O veículo prosseguiu normalmente, no entanto, e Sazed não se moveu de seu lugar no assento do motorista. Um som veio do teto. Ela avivou seus metais, ficando tensa, enquanto uma figura saltava da parte par te super superior ior da c a rr rruage uagem m e a ter terrissava rissava no e stribo bem ao lado da sua porta porta.. Ke Kelsi lsiee r sorr sorriu iu quando enfiou a cabeça pela janela. Vin sol soltou tou um sus suspi piro ro de alívi alívio, o, acom ac omodando-se odando-se em e m seu ass a ssento. ento. – Você Voc ê podia simplesm sim plesmente ente ter pedido uma um a ca carona rona.. – Nã Nãoo e ra ne nece cessár ssário io – Ke Kelsi lsiee r dis disse, se, a brindo a porta da ca carr rrua uagem gem e entr entrando. ando. Já e stava escuro do lado de fora, e ele usava sua capa de bruma. – Avisei Sazed que me deixaria cair em algum algu m m om omento ento durant durantee o percurso perc urso.. – E não m e disse? Kelsier deu uma piscada para ela, fechando a porta. – Ache Ac heii que você voc ê ainda a inda me m e devia um uma, a, pelo pe lo beco bec o sem ana pa passada ssada.. – Muito Muito adulto adulto da sua pa parte rte – Vin disse, disse, sem se m gra graça ça.. – Se Se m pre conf confiei iei muit m uitoo em m inha ima im a turidade turidade.. Então, está e stá prepa pre para rada da para pa ra esta noit noite? e? Vin deu de ombros, tentando esconder seu nervosismo. Olhou para baixo. – Com Como... o... ahn, com c omoo esto e stou? u? – Esplêndida – Kelsi Ke lsiee r dis disse. se. – Exatam Exa tam ente c om omoo uma um a j ovem lady. Não N ão fique ner nervosa, vosa, Vin; V in; o disfarc disfarcee est e stáá perfe pe rfeit ito. o. Por algum motivo, aquilo não soou como a resposta que ela queria ouvir. – Kelsi Ke lsiee r? – Sim Sim?? – Fa z algum tem po que quer queroo lhe pe perguntar rguntar um umaa c oisa – e la diss dissee , olhando pela j a nela nela,, ainda que tudo o que conseguisse ver fossem brumas. – Entendo que ache que é importante... ter um espião entre a nobreza. Mas... bem, realmente temos que fazer desse jeito? Não conseguiríamos informantes nas ruas para nos dizer o que precisamos saber sobre a política das
casas? – Ta lvez – Ke Kelsi lsiee r re respondeu. spondeu. – Mas e sses hom homee ns são cha cham m a dos “inf “inform orm ante antes” s” por um umaa razão, Vin. Cada pergunta que você faz dá a eles uma pista sobre seus reais motivos; cada encontro revela um pouco de informação que eles podem vender para mais alguém. É melhor confiar neles o mínimo possível Vin suspirou. – Nã Nãoo estou te m a ndando par paraa o pe perigo rigo de m odo im imprude prudente, nte, Vin – Ke Kelsi lsiee r dis disse, se, inclinando-se para a frente. – Precisamos de um espião na nobreza. Informantes, em geral, conseguem informações de criados, mas a maior parte dos aristocratas não é tola. As reuniões importantes important es acont a contec ecem em ond ondee os criados não não podem ouv ouvir. ir. – E você espe espera ra que eu e u sej a ca capaz paz de entra e ntrarr nessas ne ssas reuniões? re uniões? – Ta lvez – Ke Kelsi lsiee r diss disse. e. – Talve alvezz não. De qualque qualquerr m odo, a pre prendi ndi que é sem pre úti útill ter alguém infiltrado na nobreza. Você e Sazed poderão ouvir sobre temas vitais, que os informantes das ruas não acham importantes. Na verdade, só por estar nessas festas – mesmo que não ouça nada –, você nos consegu conseguirá irá informações. informa ções. – Com Como? o? – Vin perguntou, per guntou, franz fra nzindo indo o cenho. ce nho. – P re reste ste a tenç tenção ão na nass pessoa pessoass que par paree c er erem em int inter eree ssada ssadass e m você – Ke Kelsi lsier er explicou. – Essas serão as casas que vamos querer vigiar. Se prestarem atenção em você, provavelmente prestarã pre starãoo atençã ate nçãoo em e m Lorde Renoux; e só há um a ra r a zã o pela qual far f arão ão isso. – Arm Ar m a s – Vin disse. disse. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – A posi posiçç ão de Renoux com o com er ercia ciante nte de a rm a s o torna tornará rá valioso pa para ra aque aqueles les que estiverem planejando alguma ação militar. Essas são as casas nas quais precisarei focar minha atenção. Sempre há um sentimento de tensão entre a nobreza; é de se esperar que comecem a se perguntar per guntar quais ca casas sas e stão se volt voltando ando um umas as c ontra a s outra outras. s. Nã Nãoo há guer guerra ra a ber berta ta e ntre a s Grandes Gra ndes Casas Casas há m ais de de um século século,, mas m as a úl últi tim m a foi f oi devast devastadora. adora. P re recis cisam am os repetir repetir isso. isso. – Isso pode significar significa r a m orte de um m onte de nobre nobress – Vin com entou. Kels Ke lsier ier sorriu. – Posso P osso vive viverr com c om iss isso. o. E você? você ? Vin sorriu, apesar de sua tensão. – Há Há,, a inda, outra ra razzão par paraa você fa fazze r iss issoo – Ke Kelsi lsiee r prosse prosseguiu. guiu. – Em algum m om omento, ento, durante esse fiasco de plano que criei, pode ser que tenhamos que encarar o Senhor Soberano. Tenho a sensaç sensação ão de que quanto quanto menos me nos gent gentee precisarm pre cisarmos os colo coloca carr na presença pre sença del de le, m elho elhor. r. Ter uma skaa Nascida das Brumas escondida entre a nobreza... bem, isso pode ser uma vantagem poderosa. poder osa. Vin sentiu um arrepio. – O Senhor Soberano... Sober ano... vai va i estar lá esta e sta noite noite ? – Nã Não. o. Ha Haver veráá obriga obrigadore dores, s, m as prova provave velm lmee nte nenhum Inquisido Inquisidor... r... e ce certa rtam m e nte nã nãoo o próprio própr io Se Se nhor Soberano. Sober ano. Um U m a fe festa sta com c omoo esta não m er eree c e a ate atençã nçãoo dele. dele . Vin assentiu. Nunca vira o Senhor Soberano em pessoa – e nunca quis ver. – Nã Nãoo se pre preoc ocupe upe tanto – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – Mesm Mesmoo que você se e ncontre c om ele ele,, e stará a salvo. Ele não pode ler mentes. – Tem Te m ce certe rtezza ? Kelsier Kelsi er se deteve. – Bem Bem,, não. Mas se e le puder ler mentes, não faz isso com todos que encontra. Conheço vários skaa que fingiram ser nobres na presença dele... eu mesmo fiz isso algumas vezes antes... – Calou-se, olhando para suas mãos cobertas de cicatrizes.
– Ele o captur c apturou, ou, finalm ente – Vin disse, disse, em e m voz baixa baixa.. – E prova provavelm velm ente o fa fará rá de novo – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , dando um umaa pis piscc a da. – Mas não se preoc pre ocupe upe c om e le a gora gora... ... nosso obj objetivo etivo esta noit noitee é apr apree senta sentarr La Lady dy Va lette Renoux. Nã Nãoo precc isa fa pre fazzer nada pe perigoso rigoso ou incom um um.. Só fa façç a um umaa a par pariçã ição, o, e vá e m bora quando Sa zed diss di sser er.. Vamos Vam os nos preocupar em ganhar confi c onfiança ançass mai ma is tar tarde. de. Vin assentiu. – Boa gar garota ota – Kelsier K elsier diss disse, e, e stende stendendo ndo a m ã o e a brindo a porta porta.. – Estar Estaree i escondido e scondido perto pe rto da fortalez f ortaleza, a, observando obser vando e ouvindo. ouvindo. Vin assentiu, grata, e Kelsier saltou pela porta da carruagem, desaparecendo nas brumas escuras. Vin não estava preparada para o brilho da Fortaleza Venture na escuridão. O imenso edifício estava envolto por uma aura de luz enevoada. Conforme a carruagem se aproximava, Vin pôde ver que oito tochas enormes ardiam ao redor do edifício retangular. Eram tão resplandecentes quanto fogueiras, mas mais firmes, e havia espelhos posicionados atrás delas que as faziam iluminar diretamente a fortaleza. Vin teve dificuldade para entender o propósito daquilo. O baile aconteceria lá dentro – por que iluminar o exterior do edifício? – Col Coloque oque a c a beç beçaa par paraa dentr dentro, o, por fa favor, vor, senhor senhoraa Vin – Sa ze d diss dissee de c im imaa da carrua ca rruagem gem.. – Jovens Jovens senho senhora rass não não ficam fica m boq boqui uiaber abertas. tas. Vin lhe lançou um olhar duro, que ele não pôde ver, mas fez o que ele pedira, esperando com impac impaciiente nervosismo nervosismo que a car c arruagem ruagem para parass ssee na imensa im ensa fortaleza. fortaleza. Fin Finalm almente, ente, o veícul veículoo parou, par ou, e um ser serviça viçall dos Ve nture im imee diatam e nte abr abriu iu a porta porta.. Um segundo ser serviça viçall se aproxiim ou e oferece aprox ofere ceuu a mão mã o para para aj a j ud udá-la á-la a descer. Vin aceitou a mão dele, tentando com toda a graça possível tirar a saia pregueada e volumosa de seu vestido para fora da carruagem. Enquanto descia cuidadosamente – tentando não tropeçar –, ficou genuinamente grata pela mão estendida do serviçal, e ela finalmente entendeu por que se esperava que os homens ajudassem as senhoras a sair das carruagens. Não eraa um cost er costume ume estú estúpi pido, do, no fim fim das contas contas – a roup r oupaa é que era er a a parte est e stúpi úpida. da. Sazed entregou a carruagem e tomou seu lugar alguns passos atrás dela. Ele estava usando uma túnica ainda mais elegante do que seu traje normal; embora ainda mantivesse o mesmo padrãã o em for padr form m a de V, V , tinha tinha um cinturã cinturãoo e m a ngas largas lar gas envolventes. e nvolventes. – Siga Siga em e m fr free nte, senhora se nhora – Sa Sa ze d a ins instruiu, truiu, em voz baixa baixa,, logo atrás atrá s dela. dela . – Suba no tapete ta pete,, paraa que seu par se u vestido não se arr a rraste aste nos parale par alelepípedos, lepípedos, e siga até a té a porta princ principal. ipal. Vin assentiu, assentiu, tentando tentando engolir engolir seu se u desconforto. desconf orto. Seguiu Seguiu em fr frente, ente, passando pa ssando por por vários vá rios nobre nobress e damas em seus ternos e vestidos. Ainda que não estivessem olhando para ela, sentia-se exposta. Seus passos não eram nem de perto tão graciosos quanto os das outras damas, que pareciam belass e conf bela confortá ortáve veis is em seus vesti ve stidos. dos. As m ãos de dela la com c omee ç ar aram am a suar dentr dentroo das da s luvas de seda branc bra ncaa e azul azul.. Forçou-se a continuar. Sazed a levou até a porta, apresentando o seu convite para os assistentes. Os dois homens, vestindo os trajes negros e vermelhos dos criados, inclinaram suas cabeças e acenaram para que entrassem. Uma multidão de aristocratas estava reunida no vestíbulo, esperando para entrar no salão principal. O que estou fazendo?, fazendo? , ela pensou, freneticamente. Podia desafiar a bruma e a alomancia, ladrões e assaltantes, espectros das brumas e espancamentos. Mas encarar esses nobres e suas damas... dam as... fica ficarr ent e ntre re eles sob a luz, luz, visí visível, vel, incapa incapazz de se esconder... era aterr aterroriz orizante ante para par a ela. – Siga Siga adiante, a diante, senhora se nhora – Sa Sa zed disse, com c om voz tra tranquil nquiliz izador adora. a. – Lem Le m bre bre-se -se de suas sua s liçõe lições. s. Esconder-se Esconde r-se!! Encontr Enc ontrar ar um canto! c anto! Sombras, brumas, brumas, qualquer coisa!
Vin manteve suas mãos cruzadas rigidamente diante do corpo, seguindo em frente. Sazed andava ao a o lado lado dela. Olhando Olhando de soslai soslaio, o, ela pôde pôde ver ve r preocupaçã pre ocupaçãoo no rosto rosto norm normalm almente ente calmo ca lmo do terris terr isano. ano. Tudo o que ele lhe ensinara parecia fugaz – vaporoso como as E faz bem be m em e m se preoc preocupar! upar! Tudo próprias própr ias brum a s. Não Nã o conseguia conse guia se lem le m bra brarr de nom nomee s, costumes, costum es, nada na da.. Ela ficou parada no vestíbulo, e um nobre sustentando uma aparência arrogante em um terno preto se virou para olhá-la. Vin congelou. O homem a observou de modo desdenhoso, e se virou. Ela ouviu a palavra “Renoux” ser suss su ssurra urrada, da, e olhou olhou apreens apree nsiv ivaa para par a o lado. Várias mulheres olhavam olhavam para ela. E, ainda assim, parecia que não estava sendo vista absolutamente. Observavam o vestido, o cabelo e as joias. Vin olhou para o outro lado, onde um grupo de homens jovens a observava. Viam o decote, decote, o belo vest vestid idoo e a m aqui aquiagem agem , mas m as não a viam. Nenhum Ne nhum de deles les podia ver Vin, só podiam ver o rosto que e la e stava vestindo – o rosto que queria que vissem vissem.. Viam Lady Valett Valette. e. Era com comoo se Vin não não est e stiv ivesse esse ali. Com omoo se... est e stiv ivesse esse se escondendo, e scondendo, ocultando ocultando bem di diante ante de seus se us olhos olhos.. E, subitamente, sua tensão começou a diminuir. Ela soltou um longo suspiro para se acalmar, a ansiedade começava a desaparecer. O treinamento de Sazed lhe voltou à mente, e ela sustentou o olhar de uma garota assombrada por seu primeiro baile de gala. Ela se dirigiu para a lateral da sala, entregando seu xale para um assistente, e Sazed relaxou ao lado dela. Vin lhe lançou um sorriso sorriso,, entrando entra ndo no salão principal. Ela podia podia fazer isso. Ainda estava nervosa, mas o momento de pânico passara. Não precc isava de som pre sombra brass ou c antos – só prec pr ecisava isava de um umaa m ásc áscaa ra de saf safira iras, s, m a quiage quiagem m e tec tecido ido azul. O salão principal dos Venture era grandioso e imponente. Com quatro ou cinco intimidantes andares, o salão era várias vezes mais comprido do que largo. Enormes vitrais retangulares enfileiravam-se ao longo do salão, e as estranhas e poderosas luzes do lado de fora brilhavam através delas, inundando o ambiente com uma cascata de cores. Imensas colunas de pedra adornavam as paredes entre as janelas. Antes que as colunas tocassem o chão, a parede cedia, criando um arco que formava uma galeria de um andar sob as janelas. Dezenas de mesas com toalhas brancas estavam dispostas nessa área, sombreadas pelas colunas e pelo arco. Ao longe, no outro extremo do salão, Vin observou um balcão baixo, no qual havia um grupo menor de mesas. – A m esa de j anta antarr de Lorde Stra traff ff Ventur enturee – Sa ze d sussu sussurr rrou, ou, gesticulando na dire direçç ã o do balcão balc ão afa a fastado. stado. Vin assentiu. – E aquela a quelass luze luze s lá lá for foraa ? – Luz L uzee s oxídricas, oxídric as, senhor senhoraa – Sazed explicou. – Não N ão e stou certo ce rto do proce pr ocesso sso utiliz utilizaa do... a c al viva vi va pode, pode, de alg a lgum um m odo odo,, ser ser aquecida a quecida para que brilh brilhee sem derr derreter. eter. Uma orquestra de cordas tocava em um palco à esquerda, fornecendo a música para os casais que dançavam no centro do salão. À direita, mesas ostentavam travessas e mais travessas de comida, servidas por apressados criados vestidos de branco. Sazed se aproximou de um assistente e apresentou o convite de Vin. O homem assentiu, e suss su ssurrou urrou algo no ouvi ouvido do de um cr criado iado mais ma is j ovem ovem.. O segundo segundo criado fez um um a m esura para pa ra Vin Vin,, e a guiou pela sala. – Pedi P edi um a m esa peque pequena na e isol isolada ada – Saze Saze d disse. – Ac Acho ho que não é ne nece cessár ssário io se m ist istura urar r durante esta visita. visita. Apenas Apena s ser vi vist sta. a. Vin assentiu, assentiu, grata. gra ta.
– A m e sa isol isolaa da indi indica cará rá que é solt soltee ira – Sa ze d a a vis visou. ou. – Coma lentam e nte... a ssi ssim m que acabar, os homens virão tirá-la para dançar. – Você Voc ê não m e ensinou a danç da nçar ar!! – Vin V in disse, disse, em e m um suss sussurr urroo urgente. urge nte. – Nã Nãoo houve tem po, senhor senhoraa – Sa ze d com entou. – Nã Nãoo se pre preocupe ocupe;; você pode re recc usar usar,, resp re speit eitos osaa e di dire retam tamente. ente. Eles Eles vão presumir presum ir sim sim pl plesm esmente ente que você est estáá agit agitada ada por seu prim prim eiro baile, e não a incom incomodar odarãã o ma m a is. Vin assentiu, e o criado a levou até uma pequena mesa próxima ao centro do corredor. Vin sentou-se na única cadeira, enquanto Sazed pedia sua refeição. Em seguida, postou-se atrás da cadeira del dela. a. Vin ficou sentada empertigada, esperando. A maioria das mesas estava posicionada embaixo do arco da galeria – perto da pista de dança –, o que fazia com que um corredor se estendesse entre elas e a parede. Alguns casais e grupos passaram por lá, conversando tranquilamente. Ocasionalmente, alguém gesticulava ou fazia sinal com a cabeça, apontando paraa Vin. par Bem, Be m, essa e ssa parte parte do plano de Kelsier está e stá funcionando funcionando.. Estava sendo notada. No entanto, teve que se forçar para não se encolher ou afundar na cadeira quando um alto prelado passou bem atrás dela. Felizmente, não era o mesmo que conhecera, embora usasse a mesma túnica cinza e as m esm esmas as tatuagens tatuagens escuras escura s ao redor r edor dos olhos olhos.. Na ver verda dade, de, havia ha via um bom núm númee ro de obriga obrigadore doress na festa f esta.. Eles vaga va gavam vam pelos am bientes, misturando-se aos convidados. Contudo, havia um... desinteresse neles. Uma divisão. Eles pairaa vam ale pair aleaa toriam ente ente,, quase com o acom ac ompanha panhantes. ntes. A Guarni G uarnição ção vigia os skaa sk aa,, Vin pensou. Pe lo que parec parece, e, os obrigadores dese desempe mpenham nham uma pensou. Pelo unção similar para a nobreza. nobreza . Era uma visão estranha – sempre pensara nos nobres como indivíduos livres. E, verdade seja dita, eram muito mais confiantes do que os skaa. Muitos paree c iam e star se diver par diverti tindo, ndo, e os obrigador obrigadores es não pa pare recc iam agir re reaa lm lmente ente com o polí polícia cia,, ou mais especificamente como espiões. Ainda assim, eles eram. Perambulando pelos salões, untando-se unt ando-se às conv c onver ersas. sas. Uma lem lembrança brança const constante ante do Senhor Senhor Soberano Soberano e seu império impér io.. Vin parou de prestar atenção nos obrigadores – a presença deles ainda a deixava um pouco desconfortável – e, em vez disso, concentrou-se em outra coisa: nos belos vitrais. Sentada onde estava, est ava, podi podiaa ver alg alguma umass das janelas que que est estavam avam di diretam retament entee em e m frente e acim acima. a. Eram cenas religiosas, como muitas das preferidas pela aristocracia. Talvez fosse para demonstrar devoção, talvez fosse uma exigência. Vin não tinha certeza – mas certamente era algo que que Valet Va lettte tam tampou pouco co saberi saber ia, ent e ntão ão est e stava ava tu tudo do bem. bem . Felizmente, reconheceu algumas das cenas – a maior parte por causa dos ensinamentos de Sazed. O terrisano parecia saber tanto sobre a mitologia do Senhor Soberano quanto sobre outras reli re ligi giões, ões, embora em bora parece pare cess ssee est e stra ranho nho para ela que ele e le estudass estudassee um a reli r eligi gião ão que considera considerava va tão opressora. No ce centro ntro de vár vários ios vit vitra rais is e stava stavam m a s P rof rofundezas. undezas. Ne Negra grass – ou, nos ter term m os do vit vitra ral,l, violeta –, eram sem forma, com vingativas massas em forma de tentáculos estendendo-se por várias janelas. Vin observou a imagem, juntamente com as brilhantes representações do Senhor Soberano, e se descobriu um pouco paralisada pelas cenas na contraluz. per guntou-se. ou-se. As O que seriam?, seriam? , pergunt As Profund Profundee zas? Por que repre representá-las sentá-las tão sem for forma ma – por que não mostrá-las mostrá-las como realmente eram? Nuncaa se per Nunc perguntar guntaraa sobre a s P rof rofundezas undezas a ntes, m a s a s li liçç ões de Sa ze d a fiz fizee ra ram m pensa pensar r no assunto. Seus instintos lhe sussurravam que eram um embuste. Que o Senhor Soberano inventara a terrível ameaça que fora capaz de destruir no passado, “ganhando”, desta maneira, seu lugar como imperador. E, mesmo assim, ao contemplar aquela coisa horrível e retorcida,
Vin quase podia acreditar. tivesse existido? E, se tivesse, como o Senhor Soberano teria conseguido E se algo assim tivesse derrotá-la? Elaa suspi El suspirou, rou, sac sacudi udindo ndo a cabeç c abeça. a. Já est e stava ava com c omeç eçando ando a pensar com c omoo nobre. nobre. Admirando Adm irando a belezza da dec bele decora oraçç ão – pe pensando nsando no que sign significa ificava va –, sem dirigi dirigirr m ais que um pensa pensam m e nto passage passa geiro iro para par a a rique riquezza que a cria c riara ra.. Tudo era e ra,, simplesm simple smee nte, ma m a ra ravil vilhoso hoso e orna or nam m enta entado. do. As colunas na parede não eram meros pilares, eram obras de arte entalhadas. Grandes estandartes estavam pendurados no teto sobre as janelas, e a suave abóbada sobre o salão tinha vigas estruturais sobrepostas em cruz e arrematadas com cumeeiras. De algum modo, ela sabia que cada uma das cumeeiras era intrincadamente entalhada, apesar do fato de estarem distantes demais dem ais par paraa serem ser em vi vist stas as de baixo. E os dançarinos adornavam, talvez até ofuscassem, o ambiente requintado. Os casais moviam-se graciosamente, acompanhando a música suave com movimentos aparentemente natura natu raiis. Mu Muit itos os até conv c onver ersavam savam enquant enquantoo dançavam . As dam damas as se movi m oviam am li livrem vrem ente em seus vestidos – muitos dos quais, Vin observou, faziam seu próprio traje parecer simples em comparação. Sazed estava certo: cabelos compridos estavam certamente na moda, ainda que as m ul ulher heres es os usassem tanto sol soltos tos quanto quanto presos. Rodeados pelo majestoso salão, os nobres vestidos de gala pareciam diferentes, de algum m odo odo.. Dist Distiint ntos os.. Ser Seriam iam as m esm esmas as criatu c riatura rass que que espanca espancavam vam os seus seus am ig igos os e escraviz escr avizavam avam os skaa sk aa?? Pa Pare reciam ciam tão. tão..... perfeit perfe itos os,, tão bem-e bem -educados ducados par paraa com cometer eter atos tão horríveis horríveis.. Eu me m e pe pergunt rguntoo se alguma vez v ez já notaram notaram o mundo m undo ex e x terior , ela pensou, cruzando os braços sobre a mesa enquanto contemplava a dança. dança. Talvez não consigam ver além de suas fortalezas e eus bailes – como não conseguem me ver além de meu vestido e minha maquiagem . Sazed deu um tapinha em seu ombro, e Vin suspirou, adotando uma postura mais digna de uma dama. A refeição chegou logo depois – um banquete de sabores tão estranhos que ela teria ficado assustada se não tivesse comido coisas similares nos últimos meses. As lições de Sazed podiam ter om omit itido ido a danç dança, a, m as ti tinham nham sid sidoo bem be m e xtensas no quesit que sitoo eti e tiqueta queta à m e sa, pelo que Vin estava grata. Como Kelsier dissera, seu propósito principal esta noite era fazer uma aparição – e, por iss isso, o, era er a im importante portante que o fiz f izesse esse de m a neir neiraa ade adequada quada.. Comeu delicadamente, como fora instruída, e permitiu que fosse lenta e meticulosa. Não gostava da ideia de ser convidada para dançar; tinha medo de entrar em pânico novamente caso alguém falasse com ela. No entanto, a refeição não podia se estender por muito tempo – especialmente com as pequenas porções servidas para as damas. Ela logo terminou, e cruzou os talheres no prato, indicando que havia acabado. O primeiro prim eiro pretendente pretendente se aproxi a proxim m ou menos m enos de dois dois min m inut utos os mais ma is tarde. – La Lady dy Va lette Renoux? – o j ovem per perguntou, guntou, incli inc linando nando a ca cabeç beçaa leve levem m e nte. Usa Usava va um colete verde embaixo de um longo paletó escuro. – Sou Lorde Rian Strobe. Gostaria de dançar? – Meu senhor – Vin dis disse, se, aba abaixando ixando o olhar re recc a tada tadam m e nte. – É m uit uitoo gentil, m as e ste é meu primeiro baile, e tudo aqui é tão grandioso! Temo tropeçar no salão de baile por conta do nervosi ner vosism smo. o. Talvez da próxi pr óxim m a vez. vez...? ..? – É clar c laro, o, minha m inha senhora senhor a – ele diss dissee , com um a c eno cortê c ortês, s, e se re reti tirou. rou. – Muito Muito bem, bem , senhora senhor a – Sazed disse disse em voz baixa baixa.. – Se Se u sota sota que foi f oi magistra m agistral.l. Naturalm Natura lmee nte terá que dançar dança r com c om el e le no próximo próximo baile. baile. Cer Certam tamente ente ter teráá treinado até até lá, espero. Vin corou levem levem ente. – Talvez Ta lvez e le não nã o estej este j a pre presente sente.. – Ta lvez – Sa zed diss dissee . – Mas não é prová prováve vel.l. A j ovem nobre nobrezza gost gostaa m uit uitoo da dass diver diversões sões noturnas.
– Fa Fa zem iss issoo toda noite noite ? – P ra rati ticc a m e nte – Sa zed c onfirm ou. – Os ba bail ilee s são, a fina final,l, a princ principal ipal ra razzão pe pela la qual a s pessoass vê pessoa vêm m a Luthade Luthadel.l. Se a lguém e stá na c idade e há um ba bail ilee – e quase sem pre há –, e ssa pessoa costum costumaa par parti ticipa cipar, r, e spec specialm ialmee nte se for j ovem e solt solteir eiro. o. Nã Nãoo se e sper speraa que você parti par ticc ipe c om tanta fr frequê equência ncia,, m as prova provavelm velm ente ter teree m os que c om ompar parec ecer er duas ou três trê s vez ve ze s por sem se m a na. – Duas Dua s ou trê três... s... – Vin disse. disse. – Vou prec pr ecisar isar de m ais vestidos! Sazed sorriu. – Ah, já j á está pensa pensando ndo com o uma um a nobre nobre.. Agora, Agora , senhora, senhor a, se m e dá licença lice nça... ... – Licenç Lice nça? a? – Vin perguntou, virando-se vira ndo-se.. – Vou à sala de j a ntar dos m ordom os – Sa ze d e xpli xplicou. cou. – Um c ria riado do da m inha posiçã posiçãoo é , em geral, dispensado depois que seu amo termina de comer. Sinto ter de partir e deixá-la, mas aquela sala estará repleta de criados presunçosos da alta nobreza. Haverá conversas que Mestre Kelsier Kelsi er desej desejar aria ia que eu e u ouvis ouvisse. se. – Vai Va i me m e deixar de ixar aqui por m inha conta? c onta? – Até a gora e stá indo m uit uitoo bem , senhor senhoraa – Sa ze d fa falou. lou. – Nã Nãoo com ete eteuu nenhum gra grande nde erro... er ro... ou, pelo m enos, nenhu nenhum m que não fosse fosse esperado espera do de de uma um a dam a nova na corte. – Com Comoo o quê? – Vin Vin perguntou, per guntou, apree apre e nsiv nsivaa . – Discutirem Discutire m os mais m ais tarde. tar de. Só perm per m ane aneça ça em sua m esa esa,, toma tom a ndo o vinho – não deixem de ixem que encham sua taça com muita frequência –, e aguarde pelo meu retorno. Se outro jovem se aproxiim ar, recus aprox re cuse-o e-o com a m esma del deliicadez cadezaa que fez fe z com o prim prim eiro eiro.. Vin assentiu, hesitante. – Retornar Retor naree i em e m m a is ou m e nos um a hora – Sazed prom ete eteu. u. Ele fic ficou ou para pa rado, do, no e ntanto, como se esperasse por alguma coisa. – Ah, está e stá dispensado – Vin disse. disse. – Obrigado, Obr igado, senhora senhor a – disse, fa f a zendo um a m e sura e re reti tira rando-se ndo-se.. Deixando-a De ixando-a soz sozinha. inha. Não sozi sozinha nha,, ela pensou. Kelsi Kelsiee r e stá lá fora e m algum lugar lugar,, v igi igiando ando na noit noitee . O pensam pensa m ento a conf confortou, ortou, em bora de desej sej asse nã nãoo sentir o e spaç spaçoo va vazzio atrá a tráss de si de m a neir neiraa tão aguda. Maiss três Mai três j ov ovens ens se se aprox aproxiim ara aram m para conv conviidá-l dá-laa para dançar, m as cada ca da um del deles es aceit ac eitou ou sua educada recusa. Nenhum outro veio depois disso; provavelmente havia corrido a notícia de que não estava interessada em dançar. Ela memorizou os nomes dos quatro homens que se aproximaram dela – Kelsier iria querer saber – e passou a esperar. Estra Est ranham nhamente, ente, logo logo com eç eçou ou a se sentir sentir ent e ntediada. ediada. A sala est e stava ava bem vent ventil ilada, ada, m as ainda sentia calor sob as camadas de tecido. As pernas eram o pior, já que tinham que lidar com a roupa íntima que ia até o tornozelo. As longas luvas tampouco ajudavam, embora o material sedosoo toca sedos tocass ssee a su suaa pele suavemente. suavem ente. O baile continuava, continuava, e ela o obs obser ervou vou com int nter eresse esse por um tempo. tem po. Cont Contudo, udo, sua sua atençã a tençãoo logo logo se voltou voltou para os obrigadore obrigadores. s. Curiosamente, pareciam ter algum tipo de função na festa. Embora com frequência ficassem afastados dos grupos de nobres que conversavam, de vez em quando se juntavam a eles.. E, com eles com a m esma frequênci frequência, a, um grup grupoo int interrom errompi piaa a conv conversa ersa e com começ eçava ava a procu procurar rar um obrigador, obri gador, cham cha m ando-o com um gest gestoo resp re speit eitos oso. o. Vin franziu o cenho, tentando descobrir o que estava acontecendo. Depois de um tempo, um grupo em uma mesa próxima fez sinal para o obrigador que passava. A mesa estava muito dist di stante ante para que pudesse pudesse ouvir ouvir sem aj uda, mas m as com o estanho.. estanho.... primeiro, pensou, Buscou em seu interior para queimar o metal, mas se deteve. Cobre primeiro, acendendo o metal. Tinha que se acostumar com a ideia de deixá-lo aceso quase todo o tempo,
paraa não se e xpor. par Com sua alomancia escondida, queimou estanho. Imediatamente, a luz da sala tornou-se ofuscante, e ela teve que fechar os olhos. A música da banda ficou mais alta, e uma dúzia de conversas ao redor dela passou de zumbidos a vozes audíveis. Tentou se concentrar naquela em que estava interessada, a mesa era a que estava mais perto, assim que, depois de um tempo, ela conseguiu isol isolar ar as vozes vozes adequada a dequadas. s. – ... j uro que c om ompa partil rtilha hare reii a notí notícia cia do m eu noivado c om ele a ntes de m a is ninguém – uma das pessoas disse. Vin abriu um pouco os olhos; era um dos nobres sentados à mesa. – Muito Muito bem – disse disse o obrigador. obr igador. – Testem Te stemunho unho e dou fé f é dis disso. so. O nobre estendeu a mão e algumas moedas tilintaram. Vin apagou seu estanho, abrindo os olhos ol hos a tem po de de ver ve r o obrigador obrigador se afastar af astar da m esa, guardando algo – provavelm provavelmente ente as moedas m oedas – no bolso bolso de sua túni túnica ca.. Interessante Inte ressante,, ela pensou. Infelizmente, as pessoas dessa mesa logo se levantaram e seguiram caminhos distintos, não deixando ninguém perto o bastante para Vin espionar. Seu tédio retornou enquanto observava o obrigador cruzar a sala e se aproximar de um de seus companheiros. Começou a tamborilar na m esa, observando indo indolent lentem em ente os dois dois obrigado obrigadore ress até que perc pe rcebeu ebeu uma cois coisa. a. Reconhecia um deles. Não o que pegara o dinheiro antes, mas seu companheiro, um homem mais velho. Baixo e de traços firmes, ele tinha um ar autoritário. Até mesmo o outro obrigador obri gador parecia pare cia trat tra táá-lo lo com re resp speit eito. o. No iní inícc io, Vin pensou que a fa fam m il iliar iaridade idade vinha da vis visit itaa dela a o Cantão da dass Fina Finança nçass com c om Camon, e sentiu uma pontada de pânico. Mas então ela percebeu que não era o mesmo homem. Já o vira vira antes, mas ma s não ali. ali. Ele Ele era e ra... ... perce beu, estupefata. estupefata. Meuu pai, Me pai, percebeu, Reen o mostrara para ela uma vez, mas da primeira vez que vieram a Luthadel, há um ano; ele estava inspecionando os trabalhadores na forja local. Reen pegara Vin, fazendo-a se esgueirar lá para dentro, insistindo que tinha que ver seu pai pelo menos uma vez – ainda que ela não tenha entendido por quê. De qualquer modo, havia memorizado o rosto dele. Resistiu ao desejo de se encolher na cadeira. Não havia como o homem reconhecê-la – nem mesmo sabia que ela existia. Forçou-se a desviar a atenção dele, olhando para os vitrais. Mas não conseguiu observá-los muito bem, contudo, porque as colunas e a abóbada restringiam sua visão. Enquanto estava ali sentada, reparou em algo que não tinha visto antes – um balcão descoberto que corria por sobre a parede oposta. Era como uma duplicata do salão sob as anelas, só que seguia pela parte de cima da parede, entre os vitrais e o teto. Podia ver o m ovi ovim m ento lá lá em cim cima, a, casais c asais e pessoas soz sozin inhas has passea passeando ndo e cont c ontem em pl plando ando a festa abaix a baixo. o. Seus inst instin into toss a atraíram para o balcão, onde podia podia obs observa ervarr a fe fest staa sem ser vi vist sta. a. Tam Tam bém lhe daria uma visão maravilhosa dos estandartes e das janelas diretamente opostas à sua mesa, sem mencionar que poderia estudar as cumeeiras sem ficar boquiaberta. Saz azed ed lhe dissera dissera para ficar ond ondee estava, mas m as quanto quanto mais m ais tem tem po esperava, esperava , mais m ais seus seus olhos olhos se dirigi dirigiam am para o balcão oculto. oculto. Queria se levantar e se m over, estica esticarr as a s pernas e, talvez, talvez, deixádeixálas tomar um pouco de ar. A presença de seu pai – alheio a ela ou não – serviu apenas como m ais um um a m ot otiivaçã vaçãoo para ela deixar o salão princip principal. al. Parecee que mais ninguém v ai me ti Parec tirar rar para dançar , pensou. E fi fizz o que Kelsi Kelsiee r queria, fui vista pela nobreza. nobreza . Aguardou um um ins nstant tante, e, e ac acenou enou para um cr criiado. O rapaz ra paz se aproximou rapidamente. rapidam ente.
– Sim Sim,, Lady La dy Renoux? – Com Comoo chego che go lá em e m c im imaa ? – Vin perguntou, per guntou, a pontando para par a o balcã balc ã o. – Há esc escaa das a o lado da orque orquestra, stra, m inha senhor senhoraa – o ga garoto roto re respondeu. spondeu. – Le Levam vam a té o terraço. Vin assentiu, agradecendo. Então, determinada, levantou-se e dirigiu-se para seu destino. inguém lhe deu mais do que um olhar ao passar, e ela seguiu com mais confiança enquanto cruz cr uzava ava o salão até a escadar e scadariia. O corredor corr edor de pedra se enrolava para cim cima, a, curvando curva ndo-se -se sobre sobre si mesmo, me smo, os degraus curtos, curtos, mas íngremes. Pequenos vitrais, não maiores do que a mão dela, corriam ao longo da parede exterior – embora fossem escuros sem a contraluz. Vin subiu ansiosamente, consumindo sua inquieta energia, mas logo começou a ofegar por causa do peso do vestido e da dificuldade de segurá-lo sem tropeçar. Uma centelha de peltre queimado, no entanto, tornou sua subida sem esforço, esforç o, o su suficient ficientee para par a que não suasse suasse e arruinas a rruinasse se a m aqui aquiagem agem . A subida provou ter valido o esforço. O balcão superior era escuro – estava iluminado apenas por algumas lanternas de cristal azul nas paredes – e proporcionava uma vista surpreendente dos vitrais. A área estava tranquila, e Vin sentiu-se praticamente sozinha quando se aproxim aproxi m ou da grade de ferro fe rro ent e ntre re duas colunas, colunas, olh olhando ando para baix baixo. o. O piso piso de de pedra do andar de baixo for form m a va um padr padrãã o que ela não ti tinha nha notado, um ti tipo po de c urva cinz cinzaa de for form m a li livre vre desenhada sobre sobre um fundo branco. Brumas?,, ela se perguntou futilmente, inclinada contra a grade. A forma era, assim como o Brumas? suport su portee da lanterna atrás a trás dela, dela, intrin intrinca cada da e detalh detalhada ada – am bos ti tinham nham si sido do forjados forj ados em form a de cipós grossos e curvos. Dos dois lados, a parte de cima das colunas era entalhada com imagens de ani a nim m ais, que pareciam pare ciam congelado congelados, s, pre prest stes es a salt saltar ar do balcã balcão. o. – Agora, Agora , vej a , aí está e stá o problem proble m a em e m sair para pa ra e nche ncherr a taç taçaa de vinho. A voz sú súbi bita ta fez fe z Vin se se sobressalt sobressaltar e se vira virar. r. Um j ovem estava parado para do atrás dela. Seu Seu traj e não era o mais elegante que ela vira, nem seu colete tão brilhante quanto os dos demais. Tanto o casaco quanto a camisa pareciam grandes demais, e seu cabelo estava um pouco despenteado. Carregava uma taça de vinho, e o bolso externo de seu casaco se avolumava com um forma de um livro livro que que era e ra um pou pouco co grande dem ais para ser guardado ali. ali. – O problem a é – o j ovem diss dissee – que você re retorna torna e desc descobre obre que seu lugar fa favorito vorito foi roubado por uma moça bonita. Agora, um cavalheiro iria para outro lugar, deixando a dama em suas contemplações. Contudo, este é o melhor lugar do balcão. – É o único lugar próximo o bastante basta nte de um umaa lanter lanterna na para pa ra se ter te r um a boa luz de leit le itura ura.. Vin corou. – Sint Sintoo muit m uito, o, me m e u senhor. senhor . – Ah, vej a , agor agoraa m e sint sintoo c ulpado. Tudo por um umaa taç taçaa de vinho. Olhe, há ba bastante stante lugar paraa duas pessoas par pe ssoas aqui.... a qui.... é só você ir um pouco para pa ra lá. Vin se deteve. Poderia recusar educadamente? Ele obviamente queria que ela ficasse perto dele – sabia sabia quem ela era e ra?? Devia tentar tentar descobri descobrirr o nome dele, para cont contar ar a Kels Ke lsier? ier? Deu um passo para o lado, afastando-se, e o homem ocupou o lugar ao seu lado. Ele se apoiou contra uma coluna, tirou o livro do bolso e, surpreendentemente, começou a ler. Ele estava certo: a lanterna brilhava diretamente sobre as páginas. Vin o observou por um instante, m as ele parecia pare cia compl com pletam etament entee abs absort orto. o. Nem m esmo parou para ol olhá-l há-la. a. Ele não vai me mesmo smo prestar atenç atenção ão em mim? mim? Vin pensou, intrigada com o seu próprio desconforto. Talvez eu devesse ter usado um vestido mais bonito . O homem tomou um gole de seu vinho, concentrado no livro. – Você Voc ê sem pre lê nos bailes? – ela pe perguntou. rguntou.
O j ovem levant levantou ou o olh olhar ar.. – Se Se m pre que consi c onsigo go esca esc a par par.. – Isso I sso não vai va i contra o propósito de vir a um baile? – Vin questi que stionou. onou. – Por P or que c om ompa pare rece cer r a um baile se quer evitar socializar? – Você Voc ê tam bém está a qui em cim a – ele a ssi ssinalou. nalou. Vin corou. – Só Só queria quer ia uma um a vis vista ta breve br eve do salão. salã o. – Verda Ve rdade? de? E por que re recc usou todos todos os trê trêss home hom e ns que a c onvidara onvidaram m par paraa danç dançaa r? Vin se deteve. O homem sorriu e voltou ao livro. – Fora Foram m quatr quatroo – Vin bufou. – E rec re c usei porque nã nãoo sei dança danç a r m uit uitoo bem . O homem home m abaixou o liv livro ro levemente levem ente para ol olhá-la. há-la. – Sa Sa be, você voc ê é m uit uitoo menos m enos tímida tím ida do que par paree c e. – Tím Tímida? ida? – Vin per perguntou. guntou. – Nã Nãoo sou e u quem e stá e nca ncara rando ndo um li livro vro quando há um umaa ovem ov em sen senho hora ra parada ao a o seu lado, lado, sem sem nem m esmo ter se apresent a presentado ado adequadam adequadam ent ente. e. O homem ergueu uma sobrancelha, especulativo. – Agor Agoraa você e stá fa falando lando c om omoo m e u pa pai.i. Mui Muito to m a is atr atrae aente, nte, m a s igualm igualmee nte maldisposta. Vin o encarou. enca rou. Finalme Finalment nte, e, ele e le revirou re virou os ol olhos. hos. – Muito bem , deixede ixe-m m e ser um c a valhe valheiro, iro, então. e ntão. – Fez uma um a re rever verêê ncia for form m a l e re refina finada. da. – Sou Lorde Elend. La Lady dy Vale alett ttee Renoux, posso ter o pra prazzer de c om ompar parti tilhar lhar e ste balc balcãã o com você enquanto leio? Vin cruz cr uzou ou os braços. bra ços. Elend? Elend? Nome de famíl família ia ou nome própri próprio? o? Dev D evoo me m e smo me import importar? ar? le só quer seu lugar de volta. Mas... como sabia que recusei os parceiros de dança? De algum m odo odo,, suspeit suspeitava ava que Kels Ke lsier ier gostar gostariia de se int nteirar eirar dest destaa conversa em parti particular. cular. Estranhamente, não tinha nenhum desejo de afastar este homem como fizera com os outros. Em vez disso, sentiu outra pontada de aborrecimento quando ele ergueu novamente seu livro. – Ainda não nã o me m e disse por que pref pr efer eree ler a par parti ticc ipar do baile – ela e la disse. O homem suspirou, abaixando o livro novamente. – Be Be m , vej a só... Não Nã o sou exatam exa tam ente o melhor m elhor dança da nçarino rino tam pouco. – Ah – Vin falou. fa lou. – Mas – e le prosseguiu, e rgue rguendo ndo um de dedo do –, e ssa é só um umaa par parte te da ra razzã o. P ode ser que ainda não tenha percebido, mas não é difícil ficar enjoado dessas festas. Uma vez que se vai a quinhentos ou seiscentos bailes como esses, eles começam a ficar um pouco repetitivos. Vin deu de ombros. – Prova P rovavelm velmee nte apre a prender nderia ia a danç dançar ar m e lhor se pra pr a ti tica casse. sse. Elend El end ergueu uma um a sobrancelh sobrance lha. a. – Você Voc ê não vai va i me m e deixar de ixar volt voltar ar pa para ra m e u livro, livro, não nã o é m e sm smo? o? – Não Nã o pretendia. pre tendia. Ele suspirou, enfiando o livro novamente no bolso do casaco – que começava a mostrar sinais si nais de desgaste. – Be Be m , então. entã o. Quer Que r dança da nçar, r, em e m vez disso? disso? Vin ficou imóvel. Elend sorriu despreocupadamente. Senhor! Ou ele é incrivelmente despreocupado ou socialmente incompetente . Era preoc pre ocupante upante não saber sa ber de deter term m inar qual. – Pre P resum sumoo que iss issoo sej a um não, cer c erto? to? – Elend disse. – Bem ... pensei pense i que dever de veria ia convidar, c onvidar, á que estabelecemos que sou um cavalheiro. Contudo, duvido que os casais lá embaixo
apreciem que pisemos em seus pés. – Concor Concordo. do. O que e stá lendo? – Dilisteni Dilisteni – Elend disse. disse. – Ensaios – Ensaios do Monumento ouviuu falar? fa lar? Monume nto.. Já ouvi Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. – Ah, be bem m . Nã Nãoo é m uit uitoo c onhec onhecido. ido. – Inc Incli linou-se nou-se sobre a gra grade, de, olhando par paraa baixo. – Então, Ent ão, o que que acha a cha da sua primeira prime ira experiência e xperiência na corte? – É muit m uito... o... esm a gador gadoraa . Elend gargalhou. gar galhou. – Diga o que quis quisee r sobre sobr e a Casa Ve V e nture nture... ... ma m a s eles ele s sabem sabe m com o dar um umaa fe festa. sta. Vin assentiu. – Voc Vocêê nã nãoo gosta da Casa Ve nture nture?? – ela e la pe perguntou. rguntou. Ta Ta lvez essa e ssa fosse um umaa das riva rivali lidade dadess que Kels Ke lsier ier est e stava ava procurando. – Nã Nãoo par parti ticc ular ularm m ente ente,, nã nãoo – Elend re respondeu. spondeu. – Sã o m uit uitoo ostentos ostentosos, os, até m e sm smoo par paraa a alta nobreza. Não podem só dar uma festa, têm que dar a melhor festa. Não importa se seus criados ficam aos farrapos preparando-a, eles espancam as pobres criaturas como retribuição quandoo o salão não está perfe quand per feit itam am ente lim lim po na m anhã segui seguint nte. e. Vin inclinou a cabeça. Essas cabeça. Essas não são palavras palavras que que eu esperav esperavaa ouvir de um nobr nobree . Elend se deteve, parecendo um pouco embaraçado. – Mas, bem be m , não importa im porta.. Creio que seu se u terrisano ter risano a está proc procura urando. ndo. Vin olhou sobre o balcão. De fato, a figura alta de Sazed estava parado ao lado de sua mesa vazia, vaz ia, falando com um cr criado iado.. Ela deixou escapar um gritinho. – Tenho Te nho que ir – disse, virando-se vira ndo-se na dire dir e çã çãoo da esca e scada da.. – Ah, A h, bem be m – Elend Ele nd fa f a lou –, voltare voltar e i a ler ler.. – Fe z um m e io gesto ge sto de despe despedida, dida, m a s j á e stava com o liv livro ro aberto abe rto antes antes que ela e la descesse o primeiro prime iro degrau. Vin chegou ao térreo, térre o, sem sem fôl fôlego. ego. Saz Sazed ed a vi viuu imedi ime diatam atam ente. – Sint Sintoo muit m uitoo – ela dis disse, se, m ortifica ortificada, da, ao a o se aproxim a proximar ar.. – Nã Nãoo se desc desculpe ulpe c om omigo, igo, senhor senhoraa – Sazed diss dissee em voz baixa. ba ixa. – É tão inus inusit itaa do quanto desnecessário. Andar um pouco foi uma boa ideia, creio. Eu teria sugerido isso, mas você paree c ia m uit par uitoo nervosa. ner vosa. Vin assentiu. – É hora de irm ir m os, então? – É um m om omento ento a propr propriado iado par paraa nos re reti tira rarm rm os, se dese desejj a r – e le diss dissee , olhando par paraa o balcão. balc ão. – Posso P osso perguntar pergunta r o que esta estava va fa f a ze ndo lá em e m c im imaa , senhora? senhor a? – Que Queria ria ter um umaa vis vista ta m e lhor dos vit vitra rais is – Vin e xpli xplicou. cou. – Mas a c abe abeii c onver onversando sando c om alguém. Ele pareceu interessado em mim no início, mas agora acho que nunca pretendeu me dar muita atenção. Não importa... nem sequer parece importante o bastante para incomodar Kelsier com seu no nom m e. Sazed se deteve. dete ve. – Com Com quem e stava fa falando? lando? – Com Com o home hom e m naque naquele le canto, c anto, no balcã balc ã o – Vin falou. fa lou. – Um dos am igos de Lorde Ve Venture nture?? Vin ficou im im óvel. – Algum dele deless se cham c ham a Elend? E lend? Sazed empalideceu visivelmente. – A senhora senhor a estava e stava conver c onversando sando com c om Lorde Elend Ventur Ve nturee ? – Humm Hum m ... sim sim ?
– Ele a ti tirou rou para pa ra danç dançar ar?? Vin assentiu. – Mas não nã o acho ac ho que fa f a lava sér sério. io. – Ah, céus c éus – Saze Saze d disse. disse. – Tanto Ta nto esforç esfor ç o para par a m a ntêntê-la la no anonim a nonimato. ato. – Venture Ve nture?? – Vin perguntou, per guntou, franz fra nzindo indo o cenho. ce nho. – Com Comoo a Fortalez Fortale za Ve Venture nture?? – Herde He rdeiro iro do títul títuloo da casa c asa.. – Hum m – Vin m urm urou, re recc onhec onhecee ndo que prova provavelm velmee nte dever de veria ia esta estarr um pouco m a is intimidada do que se sentia. – Ele é um pouco irritante... de um jeito agradável. – Não Nã o devíam de víam os discutir discutir iss issoo aqui a qui – Sa Sa ze d disse. – Você Você está m uit uito, o, muit m uitoo abaixo a baixo da posiçã posiçãoo dele. Venha, vamos vam os nos re reti tirar rar.. Eu não devia devia ter m e reti r etira rado do para para j antar... Ele começou a andar, murmurando para si mesmo enquanto conduzia Vin até a saída. Ela olhou mais uma vez para o salão principal enquanto pegava seu xale, e queimou estanho, estreitando os olh olhos os contra a lu luzz, em busca do balcão. ba lcão. Elend estava segurando o livro fechado em uma mão – e Vin poderia jurar que estava olhando na direção dela. Ela sorriu, e deixou que Sazed a conduzisse até a carruagem.
Sei que não devia deixar que um simples vendedor ambulante me perturbasse. No entanto, ele é de Terris, de onde as profecias se originaram. Se alguém puder identificar uma fraude, não eria ele? Não obsta obstante, nte, continuo minha viage viagem, m, indo para onde os augúri augúrios os e scritos proclamam que encontrarei meu destino – caminhando, sentindo os olhos de Rashek em minhas costas. Ciumentos. Zombadores. Z ombadores. Cheios de ódio.
Vin estava sentada com as pernas cruzadas sob o corpo em uma das elegantes e confortáveis cadeiras de Lorde Renoux. Era bom estar livre do vestido volumoso, e usar novamente as tão fam iliare aress cami cam isa e calça. Mas o calmo descontentamento de Sazed lhe dava vontade de se contorcer. Ele estava paraa do do outro lado da sala par sala,, e Vin ti tinha nha a nít nítida ida im impre pressão ssão de que e stava enc encre renc ncada ada.. Sazed a questio quest ionara nara a fundo fundo,, anali ana lisando sando cada detalh detalhee de sua conversa com Lorde Elend. As perguntas perguntas de Saz azed ed haviam si sido do respeitos respeitosas, as, é claro, c laro, mas m as também tam bém havi haviam am si sido do enérgicas. O terrisano parecia, na opinião de Vin, excessivamente preocupado com a conversa dela com o jovem nobre. Não haviam falado realmente sobre nada importante, e o próprio Elend decididamente não era nada espetacular para um lorde de uma Grande Casa. Mas havia havia algo estranho nele – algo que Vin não admitira para Sazed. Ela se sentira... confortável com El Elend. end. Rec Recordando ordando a experiência, perce pe rcebeu beu que naqueles poucos poucos ins instant tantes, es, não havia sido, na realidade, Lady Valette. Nem Vin, pois esse papel – de tímido membro de gangue – era er a quase tão fa f a lso quanto quanto Valette. Va lette. Não, Nã o, e la simple simplesm smee nte for foraa ... quem quer que fosse fosse.. Tinha sid sidoo um umaa e xper xperiênc iência ia estra estranha. nha. De vez em quando sentia o mesmo quando estava com Kelsier e os outros, mas de um modo mais limitado. Como Elend havia conseguido evocar seu eu verdadeiro tão rápida e
completamente? Talvez ele tenha usado alomancia em mim! , pensou, alarmada. Elend era um alto nobre; talvez fosse um abrandador. Talvez tivesse havido mais na conversa do que ela pensava. Vin recostou-se em sua cadeira, franzindo o cenho. Estava com o cobre aceso, o que significava que ele não podia podia ter usado alomancia emocional nela. De algum modo, ele simplesmente conseguira que ela abaixasse a guarda. Vin recordou a experiência, pensando no quão estranhamente confortável se sentira. No retrospecto, estava claro que não havia sido cuidadosa o bastante. Serei mais cautelosa da próxima vez. Presumiu vez. Presumiu que se encontrariam novamente. Era de se esperar. Um criado entrou e sussurrou algo para Sazed. Uma rápida queima de estanho permitiu a Vin ouvi ouvirr a conversa – Kel Ke lsi sier er havi haviaa final finalm m ente retornado. r etornado. – P or fa favor, vor, a vis visee Lorde Renoux – Sa zed dis disse. se. O c ria riado do vestido de bra branco nco asse assenti ntiu, u, deixando a sala com passos rápidos. – O restante de vocês pode sair – Sazed disse calmamente, e os outros criados se retiraram. A silenciosa vigília de Sazed os forçava a permanecer esperando no tenso tenso aposento aposento,, sem fa falar lar ou se mover. m over. Kelsier e Lorde Renoux chegaram juntos, conversando em voz baixa. Como sempre, Renoux usava um rico traje cortado no estilo pouco comum do oeste. O ancião mantinha seu bigode grisalho apa apara rado do e a rr rrum umado, ado, e c am inhava com a r conf confiante. iante. Mesm o depois de pois de passa passarr a noite noi te toda toda ent e ntre re a nob nobre rezza, Vin se surpreendeu surpree ndeu novam novam ente com c om o porte porte ar aris isto tocr cráti ático co dele. Kelsier Kelsi er aind aindaa usava sua capa ca pa de bruma. brum a. – Sa Sa ze? – disse disse quando qua ndo entrou. – Tem Te m novidade novidades? s? – Te m o que sim, Mestre Ke Kelsi lsier er – Sa ze d diss dissee . – P ar aree c e que a senhor senhoraa Vin c ham ou a atenção de Lorde Elend Venture no baile esta noite. – Elend? – Kelsi Ke lsier er pe perguntou, rguntou, cruz cr uzaa ndo os braços. bra ços. – Não Nã o é o herde he rdeiro? iro? – Ele m e sm smoo – Renoux conf confirm irmou. ou. – Enc Encontre ontreii o ra rapaz paz há uns quatro qua tro a nos, quando qua ndo seu se u pai visi vi sito touu o oeste. oeste. Ele m e pare pa rece ceuu um pou pouco co inadequado par paraa algu alguém ém de sua posição. posição. pensou. Não é possí Quatro anos?, anos?, Vin pensou. Não possíve vell que e steja imitando Lorde Lorde Re Renoux noux há tant tantoo tempo. Kelsiee r só escapou Kelsi e scapou das Minas M inas há dois anos! Ela anos! Ela observou o impostor, mas – como sempre – foi incapaz de detectar uma falha em seu porte. – Quão Quã o atencioso ate ncioso foi o rapaz? ra paz? – Kelsi Ke lsier er pe perguntou. rguntou. – Ele a c onvidou para pa ra danç dançaa r – Sazed diss dissee . – Mas a senhor senhoraa Vin foi sábia o bastante par paraa declinar decli nar o convite. convite. Aparent Apare ntem em ente, o encontro deles deles foi obra do acaso.. ac aso.... mas m as temo tem o que ela tenh tenhaa cham ado a atenção dele. dele. Kelsier Kelsi er deu uma ris risada. ada. – Você a e nsin nsinou ou bem dem a is, Sa ze . No futuro, Vin, talvez de devesse vesse tentar ser um pouco menos encantadora. – P or quê? – Vin per perguntou, guntou, tentando tenta ndo esc esconder onder seu a borr borrec ecim imento. ento. – Ac Achei hei que queria que eu fosse apreciada. – Não N ão por um hom homem em tão im importa portante nte quanto Elend Ele nd Ventur Venture, e, cr crianç iançaa – Lorde Lor de Renoux disse. – Manda Mandam m os você pa para ra a c orte par paraa que pudesse e stabe stabelec lecee r a li liaa nça nças... s... nã nãoo par paraa c ausa ausar r escândalos. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Ve Ve nture é j ovem , elegível e legível e her herde deiro iro de um umaa c a sa poderosa pode rosa.. Um re relac lacionam ionam e nto com ele pode nos tra trazzer sér sérios ios proble problem m as. As m ulher ulheree s da c orte fic ficar ariam iam com c iúm iúmee s de você você,, e os homens home ns m ais velho velhoss desaprovar desaprovariam iam a diferença difere nça de posi posiçã ção. o. Você Você se afast af astar aria ia de grandes setores setores da corte. Para conseguir as informações que precisamos, é importante que a aristocracia a veja
comoo ins com insegura, egura, pouco im im port portante ante e, sobre sobretu tudo, do, nada am a m ea eaça çadora. dora. – Além diss disso, o, crianç cr iançaa – Lorde L orde Renoux disse disse –, é im imprová provável vel que Elend Venture Ve nture tenha te nha algum a lgum interesse real em você. Ele é conhecido por ser excêntrico: provavelmente só está tentando aumentar aum entar sua reputação, reputaçã o, agindo agindo conform conformee o inespera inesperado. do. provavee lmente e stá ce certo rto,, disse para si mesma, com Vin sentiu seu rosto corar. Ele provav severidade. Ainda assim, não pôde deixar de se sentir aborrecida com os três – especialmente com Kelsi Kelsier er,, por por sua atitu atitude de irrevere irreve rent ntee e despreocupada. – Sim – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – P rova rovavelm velm e nte é m e lhor evitar Ve nture c om ompletam pletam e nte. Tente ofendê-lo ou algo assim. Lance alguns desses seus olhares para ele. Vin pre present senteou eou Kelsier Kelsier com um ol olhar har aborrec a borrecid ido. o. – Esse m e sm smo! o! – Kelsi Ke lsiee r disse com c om um umaa gar garga galhada lhada.. Vin trincou os dentes, e se forçou a relaxar. – Vi m e u pai no baile esta noit noitee – diss dissee , e sper sperando ando ti tira rarr o foc focoo de Ke Kelsi lsiee r e dos outros de Lorde Vent Ve nture. ure. – Verda Ve rdade? de? – Kelsier diss dissee com int intee re resse. sse. Vin assentiu. – Eu o rec re c onhec onhecii da vez ve z que m eu irm ir m ão o apontou a pontou pa pa ra m im im.. – O que é iss isso? o? – Re Re noux perguntou. per guntou. – O pai de Vin é um obriga obrigador dor – Ke Kelsi lsier er c ontou. – E, a par paree ntem ente ente,, um bem im importa portante, nte, á que tem ac acess essoo a um bai baille como c omo esse. Sabe Sabe como c omo se cham a? Vin negou. – Consegue Consegue de descr screvê evê-lo? -lo? – Humm Hum m ... care ca reca ca,, olhos tatuados... Kelsier gargalhou. – Só Só me m e m ost ostre re quem ele é e m a lgum m om omee nto, está bem be m ? Vin assentiu, assentiu, e Ke Kels lsier ier se voltou voltou para par a Sazed. – Agora, Agora , me m e trouxe os nom e s dos nobre nobress que convidar c onvidaram am Vin para par a danç dançaa r? Sazed assentiu. a ssentiu. – Ela m e deu de u uma um a li lista, sta, Mestre Ke Kelsi lsier er.. Tam Ta m bém tenho alguns a lguns boatos inte inte re ressantes ssantes do ja j a ntar dos m ordomos par paraa cont c ontar ar.. – Bom – Kelsi Ke lsiee r diss dissee , olhando o re relógi lógioo de pêndulo no canto c anto da sala sala.. – Te Te rá que guar guardá dá-los -los até am anhã de m anhã, no entanto entanto.. Preciso Pre ciso ir. – Ir? Ir ? – Vin perguntou, per guntou, leva levantando-se ntando-se.. – Mas ac a c a ba de che chegar gar!! – Essa é a coisa engr engraç açaa da de se c hega hegarr e m a lgum lugar lugar,, Vin – ele diss dissee com um umaa piscadela pisca dela.. – Um a vez que se e stá lá, lá , a única c oisa que pode re reaa lm lmee nte fa fazzer é par parti tirr novam ente ente.. Vá dormi dorm ir um po pouco. uco..... você você parece par ece ca cans nsada. ada. Kelsier se despediu do grupo e saiu da sala, assobiando suavemente para si mesmo. Muito de despreoc spreocupado upado,, Vin pensou. E muito c heio de segre segredos. dos. No Normalme rmalmente nte diz quais amílias planeja atacar . ou m – Acho Ac ho que v ou mee reti r etira rarr – Vin di diss sse, e, bocej ando. Sazed a olhou com desconfiança, mas a deixou ir assim que Renoux começou a falar em voz baixa com ele. Vin subiu as escadas até seu quarto, colocou a capa de bruma e abriu as portass da sac porta sa c ada ada.. As brumas se espalharam pelo quarto. Ela inflamou o ferro, e foi recompensada com a visão vi são de uma um a fra fraca ca li linha nha de m etal azul azul que apontava apontava ao longe. longe. Vamos ver para onde está indo, Mestre Kelsier . Kelsier . Vin queimou aço, empurrando-se na direção da fria e úmida noite de outono. O estanho
aumentava sua visão e fazia com que o ar úmido fizesse cócegas em sua garganta quando empurrou com resp re spiira rava. va. Ela empurrou com mais força para trás, então puxou então puxou levemente os portões abaixo. A manobra a lançou em um arco ascendente por cima dos portões de aço, contra os quais novam am ente para se lança lançarr ainda mais m ais lo longe nge no ar ar.. empurrou nov empurrou Ficou de olho na trilha trilha az a zul ul,, que apont a pontava ava na direçã dire çãoo de Kelsi K elsier er,, seguindo-o seguindo-o longe longe o bast ba stante ante paraa per par perm m a nec necer er incógnita. Nã Nãoo leva levava va ne nenhum nhum m eta etall c onsi onsigo go – nem m esm o m oeda oedass – e m anteve o cobre queimando queim ando para escond e sconder er o uso uso da alomancia. aloma ncia. Teorica Teoricam m ente, só o som som pod poder eria ia alertar Kelsi Kelsier er de sua presença, pre sença, e ela se m ovi oviaa o m ais sil silencios enciosam am ente possí possível. vel. Surpree urpreendent ndentem em ente, Kelsier Kelsier não est e stava ava in indo do para a cidade. Depoi De poiss de passar pelo peloss portões portões das mansões, ele se virou na direção norte. Vin o seguiu, aterrissando e correndo em silêncio pelo chão áspero. Onde está indo?, indo?, pensou, confusa. Está rodeando Fe Fell llise? ise? Vai para uma das mansõe mansõess da eriferia da cidade? Kelsier continuou se dirigindo para o norte por um tempo, então sua linha de metal repentinamente começou a ficar mais tênue. Vin se deteve, parando ao lado de um grupo de árvores baixas e entroncadas. A linha desaparecia em ritmo veloz: Kelsier havia acelerado de repente. repent e. Ela Ela pragu pra guej ej ou ou,, começa com eçand ndoo a correr. c orrer. Adiante, a linha de Kelsier se desvanecia na noite. Vin suspirou, diminuindo o passo. Avivou seu ferro, mas mal foi o suficiente para captar um vislumbre dele desaparecendo novamente na dist di stância. ância. Jam ais o alcançaria. alcança ria. O ferro avivado, no entanto, mostrou-lhe algo mais. Ela franziu o cenho, continuando em frent fre ntee até a té chegar a uma um a fonte fixa fixa de m etal – duas pequenas pequenas barras barra s de de bronze bronze enfiadas e nfiadas no no chão a alguns palmos de distância uma da outra. Pegou uma delas e olhou para as brumas que rodopiavam rodop iavam ao norte. Ele e stá saltando saltando,, pensou. Mas quê ? Salt ra mais rápido do que caminhar, mas não pensou. Mas por quê? Saltar ar e ra paree c ia ter m uit par uitoo sentido fazer iss issoo no meio m eio do nada. na da. A menos... me nos... Ela seguiu em frente, e logo encontrou mais duas barras de bronze enterradas. Vin olhou paraa trá par trás. s. Era difícil diz dizer er,, à noit noite, e, m as par paree cia que a s quatr quatroo bar barra rass for form m a vam um umaa li linha nha que apontava apont ava di dire retam tamente ente para Lut Luthadel. hadel. pensou. Kelsier Kelsier tinha tinha uma um a capac c apacid idade ade m is isterio teriosa sa de se m over Então é assi assim m que ele faz faz,, ela pensou. entre Luthadel e Fellise com velocidade incrível. Ela presumira que ele estava usando cavalos, mas, pelo visto, ele tinha encontrado uma maneira melhor. Ele – ou talvez alguém antes dele – tinha ti nha feit fe itoo uma estrada alo a lom m ânti ântica ca entre as a s duas duas cidades. Ela agarrou a primeira barra – precisaria dela para amenizar sua aterrissagem se estivesse erra er rada da –, e se dirigi dirigiuu até o segundo segundo par par de barra bar ras, s, ar arre rem m essando essando-se -se no ar. Empurrou com força, avivando seu aço, atirando-se o mais longe no céu que conseguiu. Empurrou Enquanto voava, avivou seu ferro, procurando outras fontes de metal. Elas logo apareceram – duas fontes fontes dire diretam tamente ente ao norte, e m ais duas, duas, um pouco mais m ais long longe, e, de ca cada da lado dela. As que e stão ao lado são para c orreç orreçõe õess de curso curso,, percebeu. Teria que continuar se movendo para o norte se quisesse permanecer na estrada de bronze. Empurrou-se Empurrou-se levemente paraa a e squer par squerda da – m ovendoovendo-se se de m a neir neiraa a pa passar ssar dire diretam tam e nte entr entree a s duas dua s barr ba rras as a dj djac acee ntes do cam in inho ho princi principal pal – e logo logo se se lançou novam novam ente para a fre f rent nte, e, saltando saltando em ar arco. co. Conseguiu pegar o jeito rapidamente, saltando de um ponto para o outro, sem nunca se aproximar do chão. Em alguns poucos minutos, tinha encontrado o ritmo tão bem que mal teve que fazer alguma correção para os lados.
Seu progresso pela paisagem desgrenhada era incrivelmente rápido. As brumas sopravam, sua capa se agitava e sacudia atrás dela. Mesmo assim, forçou-se a acelerar. Passara tempo demais estudando as barras de bronze. Tinha que alcançar Kelsier; de outro modo, chegaria em Luthadel, Lut hadel, mas ma s não saberia para par a onde ir. Começou a se lançar de um ponto a outro em velocidade quase temerária, procurando desesperadamente algum sinal de movimento alomântico. Depois de uns dez minutos saltando, uma linha azul finalmente apareceu diante dela – apontava para cima, em vez de na direção das barra bar rass no chão. chã o. Suspirou Suspirou aliviada aliviada.. Então uma segunda linha apareceu, e uma terceira. Vin franziu o cenho, deixando-se cair no solo com um golpe surdo. Avivou estanho, e uma sombraa imensa sombr im ensa surgi surgiuu na noite noite diante dela, de la, seu topo cinti cintilava lava com c om bol bolas as de luz luz.. A muralha da c idade idade,, pensou, impressionada. Tão rápido? Fiz a viagem duas vezes mais rápido ráp ido do do que um homem a cavalo cav alo!! No e ntanto, isso sig significa nificava va que havia per perdido dido Ke K e lsi lsiee r. Fra ranz nzindo indo o ce cenho, nho, e la usou a bar barra ra que estava carregando consigo para se arremessar para o alto das ameias. Assim que aterrissou na pedra úmida, estendeu estendeu o braço e puxou e puxou a a barr barraa até sua m ão. Então Então se aproxi a proxim m ou do out outro ro lado da muralha, saltando e pousando de cócoras no corrimão de pedra enquanto perscrutava a cidade. E agora?, agora?, pensou, aborrecida. Volto para Fellise? Paro na loja de Trevo e vejo se ele esteve or lá? Ficou sentada, sentada, incerta, por um m ome oment nto, o, então então se atirou atirou da muralha m uralha e come c omeçou çou a percorre perc orrer r os telhados. Vagou sem destino, empurrando fechos de portas e pedaços de metal, ou usando a empurrando fechos barra bar ra de bronze – e puxando puxando-aa novamente para sua mão – quando era necessário dar longos saltos. Só quando chegou, percebeu que, inconscientemente, tinha ido para um destino específico. A Fortaleza Venture se erguia diante dela na noite. As luzes oxídricas estavam apagadas, haviaa apena havi apenass algum algum as tochas fant fa ntasm asmagóricas agóricas ardendo a rdendo perto dos pos posto toss da guarda. guar da. Vin aterrissou na cobertura de um telhado, tentando decidir o que a levara de volta àquela imens ime nsaa fortalez fortaleza. a. O vent ventoo frio agitava agitava os seus seus cabelo ca beloss e a ca capa, pa, e ela pens pe nsou ou ter ter sent sentid idoo algum algum as gotas de chuva na bochecha. Permaneceu ali por um bom tempo, sentindo os pés cada vez mais frios. Então notou um movimento à sua direita. Agachou-se imediatamente, avivando seu estanho. Kelsier Kelsi er estava sentado sentado em um tel telhado hado a m enos de três casas ca sas de dist distância, ância, ilum ilumiinado apenas pela luz a m biente. Nã Nãoo par paree cia têtê-la la notado. Estava obser observando vando a for fortaleza, taleza, o rosto dist distaa nte demais dem ais par paraa que ela e la pudess pudessee ler su suaa express e xpressão. ão. Vin o observou, desconfiada. Ele tinha rejeitado seu encontro com Elend, mas isso talvez o preoc pre ocupasse upasse m a is do que adm a dmit itia. ia. Um a súbita pontada de m e do a fez f ez ficar fica r tensa. te nsa. Estaria Estar ia aqui para matar Elend? O Elend? O assassinato de um alto nobre herdeiro certamente criaria uma tens tensão ão ent e ntre re a nobreza. nobreza. Vin esperou, apreensiva. Finalmente, Kelsier se levantou e partiu, empurrando-se do telhado paraa o ar. par ar . Vin der derrubou rubou sua sua barra bar ra de bronze bronze – iss issoo a delat de lataria aria – e correu c orreu at a trá ráss dele. Seu Seu ferro fe rro m os ostro trouu linhas azuis movendo-se ao longe, e saltou apressadamente através da rua, empurrando-se contra a grade de um bueiro, determinada a não perdê-lo novamente. Ele seguia na direção do centro da cidade. Vin franziu o cenho, tentando adivinhar o destino
dele. A Fortaleza Erikeller estava naquela direção, e era uma importante fornecedora de armamentos. Talvez Kelsier planejasse fazer algo para interromper o fornecimento, tornando a Casa Renoux mais vital para a nobreza local. Vin aterrissou em um telhado e se deteve, observando Kelsier perder-se noite adentro. Ele está se movendo mov endo rápido rápido de novo. nov o. Eu... Umaa m ão pous Um pousou ou em seu om om bro bro.. Vin gritou gritou,, saltando saltando para par a trás e avivando o peltre peltre.. Kelsier a olhava com uma sobrancelha arqueada. – Devia De via estar e star na ca cam m a , mocinha m ocinha.. Vin olhou para o lado, na direção da linha de metal. – Mas... – Minh Minhaa bols bolsaa de m oeda oedass – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , sorr sorrindo. indo. – Um bom ladr ladrãã o c onsegue rouba roubar r truques truq ues com tant tantaa fa facil cilid idade ade quant quantoo rouba tesouros tesouros.. Passei P assei a ficar fica r m ais cuidados cuidadosoo desde que m e seguiu na semana passada... no início, presumi que fosse um Nascido das Brumas Venture. – Eles têm a lgum lgum?? – Te Te nho ce c e rte rtezza que sim – Kelsi Ke lsier er dis disse. se. – A m aior par parte te das da s Gra Gr a ndes Casas tem ... m a s seu am igo El Elend não é um deles. Não Não é nem m esmo um brumos brumoso. o. – Com Comoo sabe? sabe ? Ele pode e star esconde e scondendo. ndo. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Ele quase m orr orree u a lguns a nos a trá trás, s, em um ata ataque... que... se houve um m om omento ento par paraa que demonstrasse seus poderes, teria sido esse. Vin assenti assentiu, u, ainda ainda ol olhando hando para baix baixo, o, sem enca encarar rar Kelsi Kelsier er.. Ele suspirou, sentando-se no telhado inclinado, com uma perna pendurada de lado. – Se Se ntente-se. se. Vin se sentou ao lado dele. Acima deles, as brumas frias continuavam a girar, e começava a garoar gar oar levem ente – o que não era m ui uito to di dife fere rent ntee da um id idade ade noturna noturna normal. norm al. – Voc ocêê não pode m e seguir a ssi ssim m , Vin – Ke Kelsi lsier er diss dissee . – Le Lem m bra bra-se -se da nossa c onver onversa sa sobre confiança? – Se Se confia c onfiasse sse em e m m im im,, me m e diria aonde a onde estava e stava indo. – Nã N ã o nec ne c e ssar ssariam iam e nte – Ke K e lsi lsiee r dis disse. se. – Ta Ta lvez eu só não nã o quisesse que você e os outros se preoc pre ocupasse upassem m c om omigo. igo. – Tudo o que você fa fazz é per perigos igosoo – Vin diss dissee . – P or que nos pre preocupa ocuparía ríam m os m a is se nos contasse cont asse esp e spec ecifi ifica cam m ente? – Algumas Algum as tare ta refa fass são ainda a inda ma m a is pe pe rigosas do que outra outrass – Kelsier diss disse, e, em e m voz baixa baixa.. Vin se deteve, então olhou para o lado, na direção que Kelsier estava seguindo. Na direção do centro da cidade. Na dire direçç ão de Kr Kredik edik Sha haw, w, a Col Colina ina das da s Mil Mil Torres. Torre s. O palác palá c io do Senhor Senhor Sober oberaa no. – Você Voc ê vai confr c onfrontar ontar o Senhor Senhor Sober oberaa no! – Vin V in disse, disse, com c om um tom de voz baixo. – Sem a na passada passa da você voc ê dis disse se que lhe fa f a ria um umaa visita visita . – “ Visi Visita” ta” é , talvez, um umaa pa palavr lavraa for forte te dem ais – Ke Kelsi lsier er dis disse. se. – Vou Vou para o palácio, mas sinceramente espero não encontrar com o Senhor Soberano em pessoa. Ainda não estou pronto paraa e le. De qualque par qualquerr form f orm a , você vai direto direto para a loja de Trevo. Tre vo. você vai Vin assentiu. Kelsier franziu o cenho. – Vai Va i te te ntar m e seguir se guir de novo, não nã o vai? Vin pausou, mas assentiu novamente. – Por P or quê? quê ?
– P orque quer queroo aj udar – diss dissee Vin, com c om voz fra fr a ca ca.. – Até a gora gora,, m inha pa parte rte niss nissoo tudo foi f oi essencialmente resumida a ir a uma festa. Mas sou uma Nascida das Brumas... você mesmo me treinou. Não vou ficar sentada e deixar que todo mundo faça o trabalho perigoso enquanto janto e vejoo as pessoas vej pessoas dançar dançarem em . – O que você está fa fazze ndo nesses nesse s bailes é im importa portante nte – Kelsi Ke lsier er obser observou. vou. Vin assentiu, olhando para baixo. Ela o deixaria ir, e então o seguiria. Parte da sua razão tinha a ver com o fato de que estava começando a sentir camaradagem por essa gangue, e isso não era com comoo nada que já j á tivess tivessee conh c onhec ecid ido. o. Quer Queria ia ser parte par te do que que estava acont ac ontec ecendo; endo; queria ajudar. No enta entanto, nto, outra pa parte rte dela sussu sussurr rrava ava que Ke Kelsi lsier er não esta estava va lhe conta contando ndo tudo. Ele talvez confiasse nela; talvez não. Mas ele certamente tinha seus segredos. O décimo primeiro metal e, por conseguinte, c onseguinte, o Se Se nhor Soberano Sobera no estavam estava m e nvolvi nvolvidos dos nesses segre se gredos. dos. Kels Ke lsier ier a ol olhou hou nos nos olhos olhos,, e deve ter perc pe rcebido ebido que que ela e la tinha tinha a int intenç enção ão de segui segui-lo. -lo. Suspi Suspirou, rou, recli re clinando nando-se -se para par a trás. trá s. – Estou falando fala ndo sério, sér io, Vin! Você Voc ê não pode vir com c omigo. igo. – P or que não? – e la per perguntou, guntou, abandona a bandonando ndo os fingim fingimentos. entos. – Se o que e stá fa fazzendo é tão perigoso per igoso,, não seria se ria m a is segur seguroo ter outro Nascido Na scido das Brum as na re retagua taguarda rda?? – Você Voc ê ainda não conhec c onhecee todos os me m e tais – Kelsier diss dissee . – Só Só porque você a inda não nã o me m e ensin e nsinou. ou. – Pre P recc isa de m a is tre treino. ino. – O m elhor tre treino ino é a prá práti tica ca – Vin disse. disse. – Meu Me u irmã irm ã o me m e e nsin nsinou ou a rouba roubarr m e leva levando ndo em arrombamentos. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – É muit m uitoo perigoso per igoso.. – Ke Kelsi lsiee r – e la diss dissee , c om um tom de voz sério sér io –, e stam stamos os plane planejj ando derrubar o Império Final . Não espero viver até o final do ano de qualquer modo. Você fica dizendo para os outros que é uma vantagem ter dois nascidos das brumas na equipe. Bem, não vai ser muita vantagem, a menos que realmente me deixe ser uma Nascida das Brumas. Quanto tempo vai me fazer esperar? espera r? Até Até eu “est “ estar ar pront pronta” a”?? Acho que isso isso nunca nunca vai acont ac ontec ecer er.. Kelsier Kelsi er a encar e ncarou ou por por um m om omento ento,, e sorriu. sorriu. – Qua Quando ndo nos c onhec onhecee m os, não nã o c onsegui fa fazzer c om que m e diss dissee sse um umaa pala palavra vra a m aior parte par te do tem po. Agora e stá me m e passa passando ndo serm ser m ões. Vin corou. corou. Fi Finalme nalment nte, e, Kels Ke lsier ier suspi suspirou, rou, rem exendo em su suaa capa c apa para pegar algo algo.. – Nã Nãoo a c re redit ditoo que e stou c onsi onsider derando ando iss issoo – m urm urou, da dando ndo pa para ra ela um peda pedaçç o de metal. Vin estudou a minúscula bola de metal prateado. Era tão brilhante e lisa que quase parecia umaa got um gotaa de lí líqui quido, do, ainda que fosse sólida sólida ao a o toque. toque. – Atium – Ke Kelsi lsiee r diss disse. e. – O déc décim imoo e m a is poder poderoso oso m e tal alom alomââ nti nticc o c onhec onhecido. ido. Essa conta vale mais do que toda a bolsa de boxes que lhe dei. – Esse pedac pe dacinho? inho? – ela per perguntou, guntou, surpr surpresa esa.. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – O a ti tium um só vem ve m de um lugar lugar... ... das Minas de Ha Hathsi thsin, n, onde o Se nhor Sober oberano ano c ontrola a produçãã o e a dist produç distribuiçã ribuição. o. As Gr Graa ndes Casas c onsegue onseguem m c om ompra prarr um umaa quantidade m e nsal de atium, e esse é um dos principais meios através do qual o Senhor Soberano as controla. Vá em frent fre nte, e, engul engula. a. Vin olhou o pedaço de metal, incerta de que queria desperdiçar algo tão valioso. – Nã Nãoo se pode ve vender nder iss issoo – Ke Kelsi lsier er diss dissee . – Ga Gangues ngues de ladr ladrões ões tentar tentaraa m , m a s for foram am
localizadas e executadas. O Senhor Soberano é muito cuidadoso com seu suprimento de atium. Vin assentiu, e engoliu o metal. Imediatamente sentiu uma nova fonte de poder aparecer dentro dent ro de si, si, esperando espera ndo para ser queimada. queima da. – Muito Muito bem – Kelsi Ke lsiee r disse, fica f icando ndo em pé. – Que Q ueim imee assim que eu e u com e ç ar a anda andar. r. Vin assentiu. Assim que ele começou a andar, ela buscou a sua nova fonte de força e a queimou. Kelsier pareceu esfumaçar levemente diante de seus olhos; então uma imagem transparente, quase espectral, surgiu nas brumas à frente dele. A imagem se parecia com Kelsier, e caminhava a apenas alguns passos à sua frente. Uma segunda imagem, ainda mais leve, se desprendeu a partir do duplicado de volta para o próprio Kelsier. Era como... uma sombra ao contrário. O duplicado fazia tudo o que Kelsier fazia – exceto quee a imagem qu im agem se movia movia antes Ele se vi virou rou e Kels Ke lsier ier seguiu seguiu o mesm m esmoo cam ca m in inho. ho. antes.. Ele A boca da imagem im agem com começ eçou ou a se mover. m over. Um segun segundo do depoi depois, s, Kelsi Kelsier er fa falo lou. u. – O ati a tium um per perm m it itee que você ante anteve vejj a um pouco o futuro. f uturo. Ou, pelo pe lo me m e nos, lhe perm pe rm it itee ve verr o que as pessoas vão fazer dentro de uns instantes. Além disso, ele amplia a sua mente, permitindo quee lide qu lide com a no nova va info inform rm açã açãoo e que que reaj re aj a m ais rápi rápida da e cal ca lm am ent ente. e. A sombra parou, e Kelsier caminhou até ela, parando também. De repente, a sombra a esbofeteou, e Vin reagiu instintivamente, erguendo a mão bem quando a mão verdadeira de Kelsier Kelsi er com começ eçou ou a se mover. m over. Defendeu Defe ndeu o gol golpe pe dele no meio me io do cam in inho. ho. – Enquanto estiver queim queimaa ndo a ti tium um – e le explicou – nada pode surpr surpree eender nder você você.. P ode suspender uma adaga sabendo com confiança que seus inimigos vão direto até ela. Pode se esquivar de ataques com facilidade, porque é capaz de antecipar onde o golpe vai acertar. O atium a torna quase invencível. Amplia a sua mente, tornando-a mais capaz de usar toda e qualquer qual quer inform inform aç ação ão nova. nova. De re repent pente, e, dezenas de outra outrass im im agens disp dispar arar aram am do corpo de Kel Ke lsi sier er.. Cada Cada uma salt saltando ando em direç direções ões disti distint ntas, as, alg a lgum umas as cam c am in inhando hando pelo telhado, telhado, outra outrass saltando saltando no ar. ar . Vin solt soltou ou o braço braç o dele, erguendo-se e dando um um pass passoo para trás, confusa. confusa. – Estou queim a ndo atium tam bém – Ke Kelsi lsier er diss disse. e. – P osso a nteve nteverr os seus m ovim ovimee ntos também, e isso muda o que vou fazer... o que, por sua vez, muda o que você vai fazer. As imagens refletem cada uma das ações possíveis que podemos empreender. – É c om ompli plica cado do – Vin diss disse, e, obser observando vando a m ist istura ura conf confusa usa de im image agens, ns, a s m a is antigas desaparecendo de maneira constante, e novas aparecendo a todo momento. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – A única m a neir neiraa de se de derr rrotar otar algué alguém m que e stej stejaa queim queimaa ndo a ti tium um é queim andoando-oo também. Dessa forma, nenhum dos dois tem vantagem. As im agens des desapare aparecer ceram am . – O que você fe fezz? – Vin perguntou, per guntou, c om um sobre sobressalto. ssalto. – Nada Na da – Kelsi Ke lsiee r disse. – Seu ati a tium um prova provave velm lmee nte ac a c a bou. Vin perc percebeu, ebeu, surpresa, que que ele e le estava estava ce certo rto – o atium atium se fora. fora . – Queim Que imaa tão tã o rápido! rá pido! Kelsier assentiu, sentando-se novamente. – Essa é, é , provave prova velm lmee nte, a for fortuna tuna que você torrou m ais rápido, rá pido, não é? é? Vin assentiu, aturdida. – Pa P a re recc e um de desper sperdício. dício. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – O a ti tium um só é valioso por c ausa da alom alomaa ncia ncia.. Se nã nãoo o queim á ssem os, não vale valeria ria a fortuna fortu na que vale. É cl c lar aro, o, uma vez que nós o queim queim am os os,, nós nós o tornam tornamos os ainda ainda mais m ais raro. É uma um a
re laçãoo int relaçã inter eressant essante... e... pergunte pergunte a Ham Ha m so sobre bre isso isso algum algum di dia. a. Ele adora falar f alar sobre a ec econo onom m ia do atium. De todo modo, qualquer Nascido das Brumas que enfrentar, provavelmente, terá atium consigo. consig o. Mas Mas são relutant r elutantes es em e m usá-lo. Além dis disso, so, não não o terão ter ão engol e ngolido ido ainda. O ati a tium um é fr frágil, ágil, e os sucos gástricos o arruínam em questão de horas. Então, é necessário equilibrar a linha entre a conservação conservaç ão e a efe e feti tivi vidade. dade. Se Se pare pa rece cerr que seu oponent oponentee est e stáá usando atiu atium m , então é m elho elhorr usar o seu também... mas tenha certeza de que ele não a está enganando para que sua reserva não acabe antes da dele. Vin assentiu. – Quer Que r dizer dizer que vai va i me m e levar le var c om você esta noit noite? e? – P rova rovavelm velm e nte vou m e a rr rree pende penderr – Ke Kelsi lsier er diss dissee , suspi suspira rando. ndo. – Mas nã nãoo vej o m odo de fazer você ficar para trás... só se eu amarrá-la, talvez. Mas estou avisando, Vin. Isso pode ser perigoso per igoso.. Muito perig igos oso. o. Não pretend pre tendoo encont enc ontra rarr o Senhor Senhor Soberano, mas m as pretend pre tendoo me m e esguei esgueira rar r Muito per dentro dent ro da fort f ortalez alezaa dele. de le. Acho que sei onde onde encont e ncontra rarr um a pista pista de como c omo derrotá-lo. de rrotá-lo. Vin sorriu, dando um passo adiante quando Kelsier acenou para que se aproximasse. Ele enfiou a mão em sua bolsa e tirou um frasco, entregando-o a ela. Era como um frasco alomântico normal, exceto que o líquido dentro tinha uma única gota de metal. Essa conta de atium ati um era m ui uitas tas vez vezes es maior m aior do que aquela que ele lhe lhe dera der a para par a prati pra tica car. r. – Nã Nãoo a use a m e nos que sej a obrigada – Ke Kelsi lsier er a a dver dverti tiu. u. – P re recc isa de a lgum outro metal? Vin assentiu. – Queim Que imei ei quase qua se todo o me m e u aço aç o para par a vir par paraa cá cá.. Kelsier lhe deu outro frasco. – Prim P rimee iro, vam va m os buscar busca r m inha bolsa de m oeda oedas. s.
Às vezes ve zes me pergunto se estou e stou fi ficando cando louco. louc o. Talvez seja devido à pressão de saber que, de algum modo, devo suportar a carga de um mundo inteiro. Talvez seja por causa das mortes que vi, dos amigos que perdi. Dos amigos que fui orçado a matar. De todo modo, m odo, às v eze ezess v e jo sombras me seguindo. Cr Criat iaturas uras escuras e scuras que não c ompre ompreendo endo nem dese desejo jo compreender. compree nder. Serão, tal talve vez, z, alguma alguma inve invenção nção da minha mente sobrecarregada?
Começou a chover logo depois que encontraram a bolsa de moedas. Não era uma chuva pesada, pesa da, m a s par paree cia dim diminui inuirr leve levem m ente a s brum as. Vin e strem e c eu, puxando o ca capuz puz e se agachando agac hando ao lado lado de Kels Ke lsier ier em um tel telhado. hado. Ele Ele não prestava prestava m ui uitta atenção a tenção no clim clim a, então ela fez o m esmo. Um po pouco uco de de umi um idade não machucaria ma chucaria – na verdade, provavel provavelm m ent entee aj a j ud udaria, aria, já já que a chuva encobri e ncobriria ria os ruídos ruídos de sua aproxi a proxim m aç ação. ão. Kredik Shaw estava diante deles. Espigões pontudos e torres escarpadas erguiam-se como escuras garras na noite. Variavam muito em espessura – alguns eram largos o bastante para alojar escadas e grandes salas, outros eram simples varas de aço apontando para o céu. A variedade conferia c onferia ao a o conjunt conj untoo uma si sim m etria reto re torc rcid idaa e desvi desviada ada – quase desequilib desequilibra rada. da. Os espigões e as torres tinham um aspecto agourento no meio da noite úmida e brumosa – como ossos de uma carcaça manchados de cinza, há muito tempo expostos à intempérie. Olhando para eles, Vin sentiu algo... uma depressão depressão,, como se só ficar perto do edifício fosse o suficient su ficientee para su sugar gar suas esperanças. espera nças. – Nosso N osso alvo a lvo é um c om omplexo plexo de túneis na ba base se de um dos espi e spigões gões m a is à dire direit itaa – Kelsier K elsier disse, sua voz quase inaudível com o barulho tranquilo da chuva. – Nos dirigiremos a uma sala bem no meio m eio do com c omplexo. plexo. – O que tem lá dentro? de ntro?
– Nã Nãoo sei – Ke Kelsi lsier er re respondeu. spondeu. – É o que va vam m os de descobr scobrir. ir. Um a vez a ca cada da trê trêss dias – e hoje não é um deles –, o Senhor Senhor Soberano Soberano visit visitaa essa câm c âm ar ara. a. Fica Fica nela por três horas, então sai. sai. Tentei entra entrarr ant a ntes. es. Há três anos. – O traba tra balho lho – Vin Vin sussurr sussurrou. ou. – Aquele Aque le em e m que... – Fui ca captura pturado do – Ke Kelsi lsiee r asse assenti ntiu. u. – Sim im.. Na Naquela quela é poca poca,, pensá pensávam vam os que o Se nhor Soberano estocava riquezas na sala. Não acho que seja verdade, agora, mas ainda estou curioso. As visitas dele são muito regulares, muito... estranhas. Há algo naquela sala, Vin. Alguma coisa importante. Talvez contenha o segredo de seu poder e de sua imortalidade. – P or que pre precisa cisam m os nos pre preocupa ocuparr c om iss isso? o? – Vin pe perguntou. rguntou. – Você tem o dé décim cim o primee iro me prim m e tal para par a derr de rrotáotá-lo, lo, certo? ce rto? Kelsier Kelsi er fra franz nziu iu o cenho levem levem ente. Vin esper esperou ou por por um a respos resposta, ta, mas m as ela e la não veio. – Falhe alheii em entr entrar ar na últ últim imaa vez, Vin – e le dis disse. se. – Ch Chee gam os pe perto, rto, m a s com m uit uitaa facilidade. Quando chegamos, havia Inquisidores do lado de fora da sala. Esperando por nós. – Alguém c ontou o que você voc ê s estavam estava m plane planejj ando? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – P lane lanejj a m os esse tra trabalho balho por m ese eses. s. Estáva Estávam m os super supercc onfia onfiantes, ntes, m as tí tínham nham os ra razzão paraa iss par isso. o. Mare Mar e e e u éra é ram m os os me m e lhore lhores... s... o traba tra balho lho deveria deve ria ter sido perfeito. perf eito. – Kelsi Ke lsiee r fez f ez uma um a pausa,, então pausa e ntão se virou para pa ra Vin. – Esta noit noite, e, nã nãoo planej pla nej e i nada. na da. Só vam va m os entra e ntrar... r... sil silee ncia nciare rem m os qualquer qual quer um que tentar tentar nos deter, deter, invadire invadirem m os a sala. Vin ficou quieta, sentindo a chuva fria em suas mãos molhadas e braços úmidos. Então assentiu. Kelsier sorriu ligeiramente. – Nenhum Ne nhumaa obj objee çã ção? o? Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. – Fiz Fiz você m e tra trazze r com c om você você.. Não Nã o estou em posi posiçç ão de obj objeta etarr agora a gora.. Kelsier Kelsi er deu uma ris risada. ada. – Ac A c ho que tenho passado pa ssado tem po dem de m ais com c om Brisa. Me par paree ce que não e stá tudo cer c erto to até a té que alguém alguém m e diga que sou louco. louco. Vin deu de ombros. No entanto, conforme se movia pelo telhado, sentiu novamente: a sensação de depressão vinda de Kredik Shaw. – Há a lgum lgumaa coisa, c oisa, Kelsi Ke lsier er – ela diss disse. e. – Este E ste palácio palá cio pare pa rece ce... ... erra er rado, do, de algum a lgum m odo. – É o Senhor Sobera Sober a no – Kelsi Ke lsier er re respondeu. spondeu. – Ele é um a bra brandador ndador incr incrivelm ivelmee nte poderoso, pode roso, aplacando as emoções de todos que se aproximam dele. Acenda seu cobre; isso a deixará imune. Vin assent assentiu iu,, queim queimando ando cobre. E a sens sensaç ação ão imedi ime diatam atam ente desaparec desapar eceu. eu. – Melhor? – Kelsier perguntou. pe rguntou. Ela assentiu novamente. – Tudo bem , entã entãoo – ele diss disse, e, e ntre ntrega gando-lhe ndo-lhe um punhado de m oeda oedas. s. – Fique per perto to de m im e m ant antenha enha seu ati atium à m ão.. ão.... em caso de necessidade. necessidade. Com isso, ele se lançou do telhado. Vin o seguiu, e as tiras de seu casaco espalharam a água da chuva. Ela queimou peltre enquanto caía, pousando no chão com as pernas reforçadas alomanticamente. Kelsier Kelsi er saiu corr correndo, endo, e ela e la o seguiu. seguiu. A velocidade velocidade com c om a qual estava estava corre correndo ndo atra através vés dos paraa lelepípe par lelepípedos dos m olhados ser seria ia im imprude prudente nte se seus m úsculos não estivessem c heios de pe pelt ltre re,, reagindo com precisão, força e equilíbrio. Ela correu em meio à noite úmida e brumosa, queim quei m ando estanho estanho e cobre – um para ver, outro outro para se esconder. Kelsier rodeou o complexo do palácio. Estranhamente, não havia muralha externa. É c lar laroo
que não. Quem ousaria atacar o Senhor Soberano? Um espaço plano, coberto de paralelepípedos, era tudo o que rodeava a Colina das Mil Torres. Nenhuma árvore, planta ou estrutura para distrair o olhar da perturbadora e assimétrica coleção de asas, torres e espigões de Kredik Shaw. – Aqui vam va m os nós – Kelsier K elsier suss sussurr urrou, ou, e sua voz foi levada leva da a té os ouvidos am pli plific ficaa dos pelo pe lo estanhoo de Vin. El estanh Elee se vi virou, rou, correndo corre ndo di diretam retam ente na direção direç ão de uma parte quadrada quadra da do palácio, paree c ida c om um abr par abrigo. igo. Enquanto Enqua nto se apr aproxim oximaa vam , Vin viu dois guarda gua rdass para pa rados dos em e m fr free nte a um ti tipo po de portão ornam entado. Kelsier se lançou sobre os homens em um piscar de olhos, abatendo o primeiro com um golpe de faca. O segundo tentou gritar, mas Kelsier saltou, acertando os dois pés no peito do homem. Atirado para o lado com o chute de força sobre-humana, o guarda se estatelou na paree de e ca par caiu iu no chã c hão. o. Ke K e lsi lsiee r esta estava va em pé um segundo depois, usando usa ndo seu se u peso pe so contra c ontra a porta paraa a bri-la par bri-la.. Uma fraca luz de lanterna iluminava um corredor de pedra do lado de dentro. Kelsier passou pela porta porta.. Vin dim diminui inuiuu seu e stanho e o seguiu, c orr orrendo endo m e io a gac gachada hada,, o c ora oraçç ão disparado. Nunca, em todo seu tempo como ladra, fizera algo assim. Sua vida fora de furtos e golpes, não de incursões e assaltos. Enquanto seguia Kelsier pelo corredor – seus pés e capas deixavam um rastro úmido na pedra lisa do chão –, ela desembainhou nervosamente uma adaga de cristal, agarrando o cabo enrolado em couro com a mão suada. Um homem apareceu no corredor diante deles, saindo do que parecia ser algum tipo de guarita. Kelsier saltou e deu uma cotovelada no estômago do soldado, depois o esmagou contra a paree de. Enquanto par E nquanto o guarda guar da caía c aía,, Kelsi Ke lsiee r entrou e ntrou na sala. sa la. Vin se juntou a ele no caos. Kelsier puxou Kelsier puxou um um candelabro de metal do canto até suas mãos, e começou a rodopiar em torno dele, abatendo um soldado após o outro. Os guardas gritavam, tropeçavam e agarravam bastões em um lado da sala. Uma mesa coberta com pratos meio comid com idos os foi empurrada em purrada para o lado lado enquanto enquanto os home homens ns tentavam tentavam abrir espaço. espaç o. Um soldado se virou na direção de Vin, e ela reagiu sem pensar. Queimou aço e atirou um punhado de m oeda oedas. s. Ela E la os empurrou empurrou,, e os projéteis saíram em disparada, fincando na pele do guarda, faz fa zendo-o cai ca ir. Ela queimou ferro, puxando puxando as moedas de volta para sua mão. Virou-se com o punho ensanguentado, espalhando metal pela sala e derrubando três soldados. Kelsier deu cabo do último, com seu bastão improvisado. Acabo Ac abo de matar m atar quatr quatroo homens home ns,, Vin Vin pensou, pensou, atôn atônit ita. a. Antes, Ree eenn sempre sem pre se enca encarre rregara gara das mortes. Houve um farfalhar atrás dela. Vin girou e viu outro esquadrão de soldados entrando pela porta diante dela dela.. Ao seu lado, Ke Kelsi lsier er lar largou gou o ca candela ndelabro bro e de deuu um passo. As quatr quatroo lanter lanternas nas da sala saltaram de seus suportes, correndo diretamente na direção dele. Ele desviou, deixando que as lanter lanternas nas se chocassem um umas as contra contra as outra outras. s. A sala ficou escura. Vin queimou estanho e seus olhos se adaptaram à luz do corredor lá fora.. Os guar fora guardas, das, no entant entanto, o, pararam parar am de supetão. supetão. Kelsier se postou entre eles em um segundo. Suas adagas reluziram na escuridão. Gritos ecoara ec oaram m . E, então, tudo tudo ficou ficou em si silêncio lêncio.. Vin ficou parada, cercada pela morte, as moedas ensanguentadas gotejando através de seus dedos paralisados. Ela segurava a adaga com força, entretanto – ainda que só para firmar seu braçç o trêm bra trê m ulo. Kelsier pousou uma mão no ombro dela, que se sobressaltou. – Era Eram m hom homens ens m a us, Vin – ele diss dissee . – Todo sk skaa aa sabe sabe,, no fundo de seu cor coraa çã ção, o, que o
m aio aiorr crime c rime de todo todoss é em e m pu punh nhar ar arm as em defesa do Impéri Im périoo Fi Final nal.. Vin assentiu, entorpecida. Sentia-se... errada. Talvez fosse a morte, mas agora que estava dentro do prédio, jurava que podia sentir o poder do Senhor Soberano. Alguma coisa parecia suas em oções, deixando deixando-a -a m ais depre depress ssiv iva, a, apesar a pesar do cobre. empurrar suas – Ve Ve nha. Tem os pouco pouc o tem te m po – Ke Kelsi lsier er c om omee ç ou a cor corre rerr de novo, salt sa ltando ando c om a gil gilidade idade sobre os cadáveres. Vin o seguiu. Eu o force forceii a me traz trazee r , ela pensou. Queria lutar como ele. Tenho que me acostumar com isso.. isso Entraram em um segundo corredor, e Kelsier saltou no ar. Deu um solavanco e saiu em disparada. Vin fez o mesmo, saltando, buscando uma âncora mais adiante e usando-a para se em pu purrar rrar no ar. Os corredores laterais passavam velozes, zunindo em seus ouvidos amplificados pelo estanho. Mais adiante, dois soldados apareceram. Kelsier golpeou o primeiro com os pés, deu m eia-vol eia-volta ta e cravou c ravou a adaga ada ga no pescoço pescoço do outro. outro. Am Ambos bos ca caíram íram.. Nenhum me metal tal , Vin pensou, aterrissando no chão. Nenhum dos guardas neste palácio usa Matabrumas, as, eles eram cham ados. Hom Homens ens tre treiinados para lu lutar tar contra alomânt alomâ nticos icos.. metal . Matabrum Kelsier deu uma guinada para um corredor lateral, e Vin teve que se apressar para acompanhá-lo. Ela avivou seu peltre, no intuito de que suas pernas se movessem mais rápido. Maiss à frente, Mai fr ente, Kelsier Kelsier se deteve, e Vin deu um so solavanco lavanco a fim de parar par ar atrás dele. À sua direita direita havia um arco que brilhava com uma luz muito mais resplandecente do que as pequenas lanternas do corredor. Vin apagou seu estanho, seguindo Kelsier pelo arco até a sala. Seis braseiros ardiam em chamas nos cantos de uma grande câmara abobadada. Ao contrário dos corredores, esta sala era coberta com murais gravados em prata. Cada um deles, obviamente, representava o Senhor Soberano; eram como os vitrais que vira mais cedo, só que m enos abstrato abstratos. s. Vin vi viuu uma m ont ontanha. anha. Uma Um a grande gra nde caverna. ca verna. Um a m ancha de luz luz. E algo muito escuro. Kelsier seguiu em frente, e Vin se virou. O centro da sala era dominado por uma pequena estrutu estru tura ra – um edifí edifício cio dentro dentro do edifício. edifício. Ornamentada, Ornam entada, com c om pedra ental entalhada hada e padrões fluidos fluidos,, a construção de um só andar parecia se alçar reverentemente diante deles. Considerando tudo, a câm câ m ar araa vaz va zia produz produzia ia em Vin um umaa est e stra ranha nha sensaç sensação ão de solenid solenidade. ade. Kelsier avançou, os pés descalços roçando no suave mármore negro. Vin o seguiu, agachada e nervosa; a sala parecia vazia, mas devia haver outros guardas. Kelsier se aproximou de uma um a grande gra nde porta porta de ca carvalho rvalho no no edifício edifício int inter eriior, sua sua superfície era e ra entalh entalhada ada com let letra rass que que Vin não reconh rec onhec eceu. eu. Ele Ele est e stendeu endeu o braço braç o e abriu a briu a porta. Um Inquisidor de Aço estava lá dentro. A criatura sorriu, com os lábios se curvando em uma expressão m is isterio teriosa sa sob os dois dois enorm enorm es pregos pre gos que que perfura pe rfuravam vam seus olhos olhos.. corra!” , enquanto a mão do Kelsier se deteve por um momento. Então gritou, “Vin, corra!”, Inquisi Inqui sidor dor avançava avança va e o agarra a garrava va pela garganta. Vin ficou paralisada. Ela viu dois outros Inquisidores com túnicas negras cruzando as entradas em arco. Altos, magros e carecas, eles também usavam pregos e intrincadas tatuagens do Ministério nos olhos. O Inquisidor mais próximo ergueu Kelsier no ar pelo pescoço. – Kelsi Ke lsier er,, o Sobrevivente Sobre vivente de Ha Haths thsin in – a cr criatura iatura diss dissee , com c om voz áspera ásper a . Então Entã o se virou para pa ra Vin. – E... você. Estive procurando por você. Permitirei que este aqui morra rapidamente se me diss di sser er que nobre nobre a gerou, ge rou, mest me stiça. iça. Kelsier tossiu, debatendo-se para respirar enquanto se agitava sob o aperto da criatura. O Inquisidor se virou, olhando Kelsier com seus olhos perfurados pelos pregos. Kelsier tossiu
novamente, como se tentasse dizer algo, e o Inquisidor, curioso, puxou-o um pouco mais para perto. per to. A mão de Kelsier cravou uma adaga no pescoço da criatura. Enquanto o Inquisidor cam ca m baleava, Kels Ke lsier ier deu um so soco co em e m seu antebraço, antebraç o, partindo partindo o os osso so com um estal estalo. o. O Inquisi Inquisidor dor o soltou, e Kelsier caiu no chão de mármore, tossindo. Lutando para respirar, Kelsier olhou para Vin com intensidade. – Eu disse disse corra ogandoo algo algo para ela. e la. corra!! – exclam ou, com voz rouca, j ogand Vin se se deteve, estendendo estendendo o braço braç o para pegar a bol bolsa sa de m oedas. Cont Contudo udo,, a bol bolsa sa ace a celerou lerou no ar. Subi Subitam tamente, ente, ela percebeu perc ebeu que Kelsier Kelsier não estava estava j ogand ogandoo para ela, e la, mas ma s nela nela.. A bolsa acertou Vin no peito. Empurrado peito. Empurrado pela pela alomancia de Kelsier, o objeto arremessou-a pela sala – fa fazze ndo-a pa passar ssar pelos dois Inquisid Inquisidore oress surpr surpresos esos – até que e la fina finalm lmente ente c a iu desaj des aj eit eitada ada no chão, escorregando no no márm m árm ore. Vin levantou a cabeça, ainda atordoada. Na distância, Kelsier ficou em pé. O primeiro Inquisidor, no entanto, não parecia muito preocupado com a adaga em seu pescoço. Os outros dois estavam parados entre ela e Kelsier. Um se virou em sua direção, e Vin ficou paralisada com seu olhar olhar horripilant horripilantee e anorm anormal. al. – CORRA! CORRA! – A palavra ecoou pela câmara abobadada. E, desta vez, finalmente, surtiu efeito. Vin ficou em pé, cambaleando – o medo a aturdia, gritava para ela, obrigava-a a se mover. Correu até a porta em arco mais próxima, sem saber se era por onde eles tinham vindo. Agarrou a bolsa de moedas de Kelsier e queimou ferro, buscando freneticamente uma âncora no corredor. Tenho que fugi fugir! r! Agarrou Agarr ou o prime primeiro iro pedaç pedaçoo de m etal que que viu e se j ogo ogou, u, lança lançando ndo-se -se do chão. chã o. Disp Dispar arou ou pelo pelo corredor corr edor em velo velocidade cidade descontrol descontrolada, ada, o terror aviv avivando ando seu seu ferro. fe rro. Deu uma guinada repentina, e tudo girou. Acertou o chão em um ângulo estranho – sua cabeça bateu contra a pedra áspera – e caiu de costas, atordoada, perguntando-se o que havia acont ac ontec eciido. A bols bolsaa de m oedas... algu alguém ém a puxara usando o metal me tal para forç forçáá-la la a volt voltar ar.. puxara,, usando Vin se virou e viu uma forma escura correndo pelo corredor. A túnica do Inquisidor se agitava enquanto ele pousava vagarosamente a uma curta distância de Vin. A criatura avançou, com seu rosto impassível. Vin avivou seu peltre, clareando sua mente e afastando a dor. Atirou algumas moedas, empurrando-as c empurrando-as cont ontra ra o Inquisido Inquisidor. r. empurrão de Vin repentinamente a Ele ergueu a mão e as moedas congelaram no ar. O empurrão atirou ati rou para trás, e ela caiu c aiu nas pedra pedras, s, escorregando. Ela ouviu as moedas caindo no chão assim que parou de deslizar. Balançou a cabeça, uma dúzia de novos hematomas ardia raivosamente por todo seu corpo. O Inquisidor passou por cima das moedas moe das espalhadas, espalhadas, cam in inhando hando na dire direçã çãoo dela dela em e m rit ritm m o suave. suave. Tenho que sair daqui! Até mesmo Kelsier tivera medo de encarar o Inquisidor. Se ele não podia luta luta r contra c ontra um , que chanc c hances es ela e la teria? ter ia? Nenhum Ne nhuma. a. Vin lar largou gou a bols bolsaa de m oeda oedas, s, fic ficou ou em pé e saiu cor corre rendo, ndo, entr entraa ndo pe pela la primee ira porta que e ncontrou. Não prim N ão havia ha via ninguém na sala, sa la, m as havia ha via um altar doura dourado do no centro. ce ntro. Entre o altar, os quatro candelabros nos cantos e a bagunça de outras parafernálias religiosas, o espaço estava lotado. Vin se virou, puxando puxando um candelabro para si, lembrando-se do truque que Kelsier usara antes. O Inquis Inquisid idor or ent e ntrou rou na sala e, e , quase se diver diverti tindo ndo,, ergueu er gueu a m ão, arranc ar rancando ando o candel ca ndelabro abro
delaa com um del um puxão alomântico. puxão alomântico. Ele é muito forte! forte! Vin pensou, horrorizada. Ele provavelmente estava se firmando com um uxão contra as braçadeiras da lanterna atrás dele. No entanto, a força de seus empurrões de uxão ferro fe rro era er a m ui uito to m ais poderosa poderosa do que a de Kel Ke lsi sier er.. Vin salt sa ltou, ou, empurrando -se levemente por sobre o altar. Na porta, o Inquisidor se aproximou empurrando-se de uma tigela sobre uma coluna baixa, pegando o que parecia ser um punhado de pequenos triângulos de metal. Eram afiados nos vértices, e cortaram a mão da criatura em uma dúzia de lugare lu gares. s. Ele Ele ig ignorou norou os os feri fer im ento entos, s, erguendo a m ão ens e nsanguent anguentada ada na direção direç ão dela. Vin grit gritou, ou, escondendo-s escondendo-see atrás a trás do altar altar enqu e nquanto anto as peças peça s de metal m etal se chocavam choca vam na parede par ede ao fundo. – Você Voc ê está pre presa sa – o Inquis I nquisidor idor disse disse , com voz áspe áspera ra.. – Venha Ve nha com c omigo. igo. Vin olhou para os lados. Não havia outras portas na sala. Espreitou-se, encarando o Inquisidor, e uma peça de metal disparou contra o seu rosto. Ela a empurrou empurrou,, mas o Inquisidor era forte demais. Teve que desviar e deixar o metal passar, ou o poder dele a prenderia contra a paree de. par Preciso Prec iso de algo para para bloqueá-lo. Algo que não seja feito de metal me tal.. Enquanto ouvia o Inquisidor entrar na sala, encontrou o que precisava – um grande livro encadernado em couro, situado ao lado do altar. Ela o agarrou e esperou. Não havia sentido em ser rica se morresse. m orresse. Pegou Pe gou o frasco fra sco de Kelsier Kelsier e engo e ngoli liuu o atium, atium, queimando-o queim ando-o em segui seguida. da. A sombra do Inquisidor rodeou o altar, e o Inquisidor real a seguiu um segundo depois. A som so m bra de ati a tium um abriu a mão m ão e um a chuv c huvaa de m in inús úsculas culas adagas disp dispar arou ou na na direção direç ão dela. Vin levantou o livro quando as adagas reais dispararam. Correu com o livro pelo trajeto da sombra bem quando as adagas de verdade voaram até ela. Pegou cada uma delas, com suas pontas afiada af iadass e chanf c hanfra radas das cra c ravandovando-se se profunda pr ofundam m e nte na ca capa pa de c ouro do livro. O Inquisi Inquisidor dor se se deteve, e ela e la foi re recom compensada pensada com o que que parec par ecia ia ser um ol olhar har de confus c onfusão ão no rosto rosto retorc retorciido da criatu c riatura ra.. Então Então um a ce cent ntena ena de sombras som bras disparou disparou do corpo dele. Pelo Pe lo Senhor Soberano!, Soberano! , Vin pensou. Ele também tinha atium. Sem parar para se preocupar com o que aquilo significava, Vin saltou por cima do altar, carregando o livro como proteção contra novos projéteis. O Inquisidor girou, seus olhos a seguira segui ram m enquant enquantoo ela escapava esca pava pelo corredor. Um esquadrão de soldados esperava por ela. Mas cada um deles tinha uma sombra-futuro. Vin se desviou desviou deles, deles, mal m al vendo onde onde suas suas arm ar m as ace a certavam rtavam , evitando, evitando, de de alg a lgum um m odo odo,, o ataque de doze homens. Por um momento, quase se esqueceu da dor e do medo – ambos foram substituídos por uma incrível sensação de poder. Ela se esquivou sem esforço, os bastões se agitando agit ando sobre sobre ela e la e ao seu lado, cada um deles errando err ando por por centí c entím m etros. El Elaa er eraa invencível. invencível. Abriu caminho entre as fileiras de homens, sem se incomodar em matá-los ou feri-los – só queria escapar. Quando passou pelo último, dobrou uma esquina. E um segundo Inquisidor, com o corpo se repartindo em imagens-sombras, deu um passo adiante, adiant e, ace a certando rtando algo algo afiado af iado em su suas as cos c ostel telas. as. Vin perdeu o fôlego por causa da dor. Ouviu um som repugnante quando a criatura arrancou arra ncou a arm a rm a de seu corpo; corpo; era uma um a vara de madeira m adeira com uma lâm ina de obsi obsidi diana ana afi af ixada na ponta. Vin levou a mão à lateral de seu corpo, cambaleando para trás, sentindo uma quantid quant idade ade assu assust stadora adora de sangue quente quente j orra orrarr da fe ferida. rida. O Inquisidor pareceu familiar. O primeiro, da outra sala, sala , pensou, em meio à dor. Isso ignifi igni fica... ca... que Kelsi Kelsier er e stá morto? morto? – Quem Que m é seu se u pai? – o Inquisidor Inquisidor perguntou. pe rguntou.
Vin m anteve a m ão nas costelas, costelas, tentando tentando est estanca ancarr o sangue. sangue. Era um fe ferime riment ntoo grande. Um ferime fe riment ntoo horrível. horrível. Vira outros outros assi assim antes. Sem Sem pre m atavam . Mas ainda estava viva. Pe viva. Pelt sua m ente confus c onfusaa penso pensou. u. Av ltre re,, sua Avivar ivar o peltre! Fez isso, e o metal deu força ao seu corpo, mantendo-a em pé. Os soldados se afastaram paraa deixa par deixarr o segundo Inquisidor se a proxim proximar ar dela pela later lateraa l. Vin olhou horr horroriz orizaa da par paraa os dois Inquisidores, ambos se dirigiam até ela, o sangue fluía entre seus dedos e pela lateral de seu corpo. O primeiro Inquisidor ainda levava a arma em forma de machado, o fio manchado de sangue. O sangue dela. Vou morrer , pensou aterrorizada. E então ela ouviu. Chuva. Era fraco, mas seus ouvidos amplificados pelo estanho captaram o som atrás dela. Deu meia-volta, lançando-se em direção à porta, e foi recompensada com a visão vi são de um ar arco co largo do out outro ro lado da da sala. A brum a se espalh espalhava ava pelo chão da sala, e a chuva acertava as pedras do lado de fora. Devv e ter sido por onde os guardas vieram De v ieram,, ela pensou. Ela manteve o peltre aceso, surpresa em ver o quão bem seu corpo ainda funcionava, e cambaleou até a chuva, instintivamente apertando o livro de couro contra o peito. – Está pensa pensando ndo e m esc escaa par par?? – o prim primeir eiroo Inquisid Inquisidor or pe perguntou rguntou atr atrás ás de dela, la, c om divertimento. puxou uma das muitas torres do palácio. Ouviu o Aturdida, Vin se voltou para o céu e puxou Inquisi Inqui sidor dor praguej ar enquant enquantoo se perdi per diaa no ar, ati a tirando-se rando-se na noi noite te escura. escura . As mil to torre rress se se erguera e rgueram m ao redor re dor dela. dela. Ela puxou Ela puxou uma uma delas, e depois se voltou para outra. A chuva estava forte agora, e tornava a noite negra. Não havia bruma para refletir a luz ambiente, e as estrelas estavam ocultas pelas nuvens. Vin não podia ver para onde estava indo; tinha ti nha que usar a aloma alomancia ncia para par a sent sentir ir as pontas pontas m etáli etálica cass das torre torres, s, e esp e sper erar ar que não houvesse houvesse nada no meio m eio do ca cam m in inho. ho. Chocou-se contra um espigão, agarrando-o e parando. Tenho que atar a ferida... , pensou, debilmente. Estava começando a ficar mais atordoada, sua cabeça estava enevoada apesar do peltre e do estanho. e stanho. Algo acertou o espigão acima dela. Vin escutou um grunhido baixo. Soltou-se no momento exato em que o Inquisi Inquisidor dor cortava o ar a r ao a o lado lado dela. Tinha uma chance. No meio do salto, puxou -se para o lado, na direção de uma torre puxou-se diferente. Ao mesmo tempo, empurrou empurrou o livro em suas mãos – que tinha pedaços de metal encravados na capa. O livro foi jogado na direção em que ela estava indo anteriormente, suas linhas azuis brilharam fracas na noite. Era o único metal que tinha consigo. Vin segurou o espigão seguinte com facilidade, tentando fazer o menor ruído possível. Perscrutou a noite, queimando estanho, a chuva se transformou em um trovão em seus ouvidos. Por cima, pareceu escutar o som de algo acertando uma torre na direção em que empurrara o livro. O Inquisidor caíra em seu truque. Vin suspirou, pendurada no espigão, a chuva encharcando Puxou ou levemente o seu corpo. Assegurou-se de que seu cobre ainda estivesse queimando. Pux espigão para se posicionar melhor, e arrancou um pedaço da camisa para atar o ferimento. Apesar da m ente aturdida, aturdida, não pôde pôde deix deixar ar de notar notar o quão grande era e ra o talho. talho. Ah, Senhor , pensou. Sem o peltre, teria ficado inconsciente há muito tempo. Estaria morta. Algo soou na escuridão. Vin sentiu um calafrio, levantando o olhar. Tudo estava negro ao seu redor. Não pode ser. se r. Ele não pode...
Algo acertou o espigão em que ela estava. Vin gritou, saltando para longe. Pux Puxou ou outro espigão, agarrando-se debilmente a ele, e imediatamente empurrou mais uma vez. O Inquisidor a empurrou mais seguiu, segui u, os baques soavam soavam à m edid edidaa que ele pulava pulava de esp e spig igão ão em e m espi espigão gão atrás dela. Ele me m e encontrou. e ncontrou. Não Não podia me ve v e r, nem me m e ouvir, ouv ir, ne ne m me sentir. Mas me encontrou e ncontrou . Vin acertou um espigão, segurando-o com uma mão, e ficou pendurada. Suas forças estavam quase esgotadas. esgotadas. Tenho... tenho que fugir... me esconder... Suas mãos estavam entorpecidas, assim como sua mente. Seus dedos resvalaram no metal frio e molhado do espigão, e ela sentiu que estava despencando na escuridão. Caiu com a chuv c huva. a. Mas percorreu uma distância curta antes de acertar algo duro – o telhado de uma parte especialmente alta do palácio. Aturdida, ela ficou de joelhos, arrastando-se em busca de um canto. Me e sconde sconder... r... me esc esconder... onder... me e sconde sconder... r... Arrastou-se fracamente até o vão formado por outra torre. Acocorou-se no canto escuro, em meio a uma poça de chuva misturada com cinzas, os braços enrolados em volta do corpo. Estava Est ava m ol olhada hada de chuva e sangue. Pensou, só por um momento, que talvez tivesse escapado. Mas uma forma escura aterrissou no telhado. A chuva estava diminuindo, e o estanho revelo re velouu a Vin um umaa cabeç c abeçaa com c om doi doiss pre pregos gos,, um corpo c orpo envol envolto to em um umaa túnica túnica escura. e scura. Estava fraca demais para se mexer, fraca demais para fazer algo mais do que tremer na poça de água, á gua, a roupa aga agarr rraa da à sua pele. pe le. O Inquis I nquisidor idor se virou em e m sua direçã dire ção. o. – Que c ois oisinha inha proble problem m á ti tica ca você é – e le dis disse. se. Avanç vançou ou um passo, m a s Vin m al podia ouvirr suas palavra ouvi pa lavras. s. Estava ficando escuro de novo... não, era a sua mente. Sua visão escurecia, seus olhos se fechava fe chavam m . Seu Seu ferime fe riment ntoo não doí doíaa m ais ais.. Não consegui conseguia... nem m esm esmo.. o.... pensar pensar... ... Ela ouviu um som, como galhos estilhaçados. E braços a levantaram. Braços mornos, não os braços da morte. Obrigou-se a abrir os olhos. – Kelsi Ke lsiee r? – sussurrou. sussurrou. Mas não era o rosto de Kelsier que olhava para ela, marcado pela preocupação. Era um rosto diferente, mais gentil. Ela suspirou aliviada, perdendo os sentidos enquanto os braços fortes a puxavam para mais perto, fazendo-a se sentir estranhamente segura no meio da terrível tempest tem pestade ade da noi noite. te.
Não sei se i por que Kw Kwaan aan me trai traiu. u. Me Mesmo smo agora, e sse fat fatoo assombra me m e us pensame pensamentos ntos.. Foi ele quem me descobriu; foi o primeiro filósofo de Terris a me chamar de Herói das Eras. Parece ironicamente surreal que agora – depois de sua longa batalha para convencer seus colegas – ele eja o principal homem santo de Terris a pregar contra o meu reino.
– Você a levou? – Doc Dockkson quis saber sa ber,, irr irrom ompendo pendo no apose aposento. nto. – Le Levou vou Vin par paraa Kr Kree dik Shaw? Ficou completamente maluco? maluco ? – Sim Sim – Kelsi Ke lsiee r re r e pli plicc ou. – Você Vocêss estavam esta vam c e rtos o tem po todo. Sou Sou um louco. Um lunático. Eu talvez talvez devesse ter m orrid orridoo nas Minas Minas e j am ais ter ter vol voltado tado para para in incom com odar nenhum de vocês! você s! Dockson se deteve, surpreso com a força das palavras de seu amigo. Kelsier deu um soco de frustração na mesa, e a madeira se estilhaçou com a força do golpe. Ainda estava queimando peltre e o m e tal o a j udava a re resis sisti tirr a os vár vários ios fe ferim rimentos. entos. Sua ca capa pa de brum a e stava em frangalhos, seu corpo tinha meia dúzia de cortes pequenos. Todo seu lado direito queimava de dor. Tinha Tinha um hem hematoma atoma enorm enormee al a li, e tinha tinha sorte sorte de não ter quebrado quebra do nenhuma nenhuma cost costela. ela. Kelsier avivou seu peltre. O fogo em seu interior lhe fez bem – deu foco à sua raiva e ao asco que sentia sentia de si m esm esmo. o. Um dos aprendizes aprendizes trabalhava rapi ra pidam damente, ente, atando um um a bandagem ba ndagem ao redor do corte maior. Trevo estava sentado com Ham em um dos cantos da cozinha; Brisa estava fora fora,, visit visitando ando um dos subúrbi subúrbios. os. – Pe P e lo Se Se nhor Soberano, Sobera no, Kelsi Ke lsier er – Dock Doc kson disse, disse, em e m voz baixa baixa.. Até Doc Dockson kson,, Kelsier pensou. Até me meuu amigo mais anti antigo go invoc invocaa o nome do Senhor Soberano. O que estamos fazendo? Como podemos encarar isso? – Havia Ha via três trê s Inquisidore Inquisidoress espera espe rando ndo por nós, Dox – Kelsi Ke lsiee r disse. Dockson empalideceu. – E você a deixou lá? deixou lá?
– Ela saiu sa iu antes de m im im.. Tentei Te ntei distra distrair ir os Inquisidore Inquisidoress o máxim m áxim o que pude, pude , mas... m as... – Mas? – Um U m dos três trê s a seguiu. Nã N ã o pude im impedir pedir.. Os outros dois Inquis I nquisidore idoress talvez ta lvez esti e stivesse vessem m só tentando tent ando me m anter ocupado para que o companheiro com panheiro deles deles pudess pudessee encont e ncontrárá-la. la. – Tr Três ês Inquisido Inquisidore ress – Doc Dockkson re repetiu, petiu, a ce ceit itaa ndo um umaa taç taçaa de conha conhaque que de um dos aprendizes. Tomou a bebida de um só gole. – Devem De vem os ter fe feit itoo muit m uitoo barulho ba rulho ao a o entra e ntrarr – Kelsi Ke lsiee r fa falou. lou. – Ou isso, ou já j á e stava stavam m lá por algum algu m a outra raz ra zão. E ainda não sabem os o que que há naquela sala! ainda não A cozinha ficou em silêncio. A chuva do lado de fora voltou a aumentar, atacando o edifício com fúri fúriaa recriminad re criminadora. ora. – Então... – Ham Ha m dis disse se – O que ac a c ontec ontecee u com Vin? Kels Ke lsier ier olhou par paraa Dock Dockson son,, e viu o pessim pessim is ism m o nos olho olhoss dele. Kels Ke lsier ier esca e scapar paraa por um triz triz,, e tinha anos de treinamento. Se Vin ainda estava em Kredik Shaw... Kelsier sentiu uma dor aguda no peito. Você a deixou morrer também. Primeiro Mare, agora Vin. Quantos mais você levará para a morte antes que isso acabe? – Ela pode esta estarr e scondida em a lgum lugar da c idade – Ke K e lsi lsier er c om omentou. entou. – Com m e do de vir à loja porque os Inquisidores estão atrás dela. Ou... talvez por algum motivo tenha voltado a Fellise. Talvez esteja lá fora, em algum lugar, morrendo sozinha na chuva . – Ha Ham m – Ke Kelsi lsiee r fa falou lou –, você e e u va vam m os volt voltaa r a o palá palácc io. Dox, pegue Le Lesti stibourne bourness e visite outras gangues de ladrões. Talvez um dos vigias deles tenha visto alguma coisa. Trevo, m ande um apre aprendi ndizz até a m ansão de Renoux Renoux para ver se ela e la foi para lá. O grupo so sollene come c omeçou çou a se m exer exer,, mas ma s Kelsier Kelsier não precis prec isou ou dec decllar arar ar o óbvi óbvio. o. Ele Ele e Ham Ha m não seriam capazes de se aproximar de Kredik Shaw sem dar de cara com patrulhas de guardas. Mesmo que Vin estivesse escondida em algum lugar da cidade, os Inquisidores provavelmente a encontrariam prime primeiro. iro. Ti Tinham nham que... Kelsier parou, e seu movimento súbito fez com que os outros se detivessem. Ouvira alguma coisa. Passos apressados soaram quando Lestibournes desceu correndo as escadas, entrando no aposento em que estavam, completamente encharcado pela chuva. – Alguém e stá chega c hegando! ndo! Lá for foraa , na noite! – Vin? – Ham Ha m per perguntou, guntou, espera esper a nçoso. Lestiibou Lest bournes rnes negou com a cabeç c abeça. a. – Home Hom e m gra grande. nde. Túnica T única.. É isso, isso, então. Eu trouxe a morte para a gangue – trouxe os Inquisidores Inquisidores diretamente diretame nte até eles e les . Ham ficou parado, segurando um um bast bastão ão de m adeira adeira.. Dockso Docksonn desembain desem bainhou hou duas duas adagas adaga s e os seis aprendizes de Trevo se dirigiram para o fundo do aposento com os olhos arregalados de pavor.. pavor Kelsier avivou seus metais. A porta dos fundos da cozinha se abriu. Uma forma alta e escura, com a túnica molhada, estava parada na chuva. Carregava uma figura enrolada em tecidos nos braços. – Sa Sa zed! – Kelsi Ke lsier er e xcla xclam m ou. – Ela está e stá muit m uitoo ferida fe rida – Sazed Sazed disse, entra e ntrando ndo rapidam ra pidam e nte no aposento, a posento, sua túnica ele elegante gante escorrendo água da chuva. – Mestre Hammond, preciso de um pouco de peltre. O suprimento dela está esgotado, creio. Ham saiu apressado enquanto Sazed colocava Vin na mesa da cozinha. A pele dela estava pegajj osa e pá pega páli lida da,, seu corpo c orpo pequeno pe queno com c ompletam pletam e nte ensopado. e nsopado.
É tão peque pequena na,, Kelsier pensou. Pouc Poucoo mais que uma criança. Como pense penseii e m lev levá-la á-la comigo? Ela tinha uma enorme ferida ensanguentada nas costelas. Sazed colocou algo de lado – um grande livro que carregava nos braços além de Vin – para pegar o frasco que Hammond lhe dava. Abriu-o e verteu o líquido pela garganta da garota inconsciente. O aposento permaneceu em si silêncio lêncio,, o som som da chuv c huvaa ent e ntra rando ndo pela pela porta ainda abert aber ta. O rosto de Vin ganhou um pouco de cor, e sua respiração pareceu se estabilizar. Para os sentidos alomânticos potencializados pelo bronze de Kelsier, ela começou a pulsar levemente, com um rit r itm m o não muito muito dife difere rent ntee de um segun segundo do bati batim m ento de coraçã cora ção. o. – Ah, bom – Sa zed fa falou, lou, desfa de sfazzendo a ata atadura dura im improvisada provisada de Vin. – Te m ia que o c orpo dela ainda estivesse muito pouco familiarizado com a alomancia para queimar metais inconsci in conscientem entemente. ente. Há esp e sper erança ança para ela, creio. cr eio. Mest Mestre re Cladent ladent,, precis prec isoo de uma um a panela pa nela de água á gua fervente, fe rvente, de algum algum as ataduras e da bol bolsa sa médica m édica que est e stáá no meu m eu quarto. Agora, rápi rá pido! do! Trevo assentiu, acenando para seus aprendizes fazerem o que fora instruído. Kelsier se encolheu enquanto enquanto obser observava vava Sazed Sazed trabalhar. O fe ferime riment ntoo era er a grave – pior pior do que qualquer qualquer um a que ele sobrevivera. O corte descia profundamente até o intestino; era o tipo de ferida que m atava lentam lentam ente, mas m as de modo m odo in inevit evitável. ável. Vin, no entanto, não era uma pessoa comum – o peltre podia manter um alomântico vivo muito tempo depois que o corpo tivesse cedido. Além disso, Sazed não era um curandeiro comum. Ritos religiosos não eram a única coisa que os Guardadores armazenavam em suas memórias misteriosas; suas mentes de metal continham vastas riquezas de informação sobre cultura, filosofia e ciência. Trevo mandou seus aprendizes saírem do aposento assim que a cirurgia começou. O procee dim proc dimee nto e xigi xigiuu um umaa quantidade a lar larm m ante de tem po, com Ha Ham m a pli plicc ando pre pressão ssão no ferimento enquanto Sazed costurava lentamente as vísceras de Vin. Finalmente, Sazed fechou o ferimento externo e aplicou um curativo limpo, então pediu a Ham que levasse a garota gentiilm ent gent entee para a cam c am a. Kelsier ficou parado, observando Ham levar o corpo fraco e flácido de Vin para fora da cozinha. Então, voltou-se para Sazed, interrogativamente. Dockson, a única outra pessoa ainda no aposento, estava estava sentado no canto ca nto.. Saz azed ed meneou m eneou a cabeça ca beça gravem gravement ente. e. – Nã Nãoo sei, Mestre Ke Kelsi lsiee r. Ta lvez e la sobre sobreviva. viva. P re recc isam isamos os m a nter seu suprim suprimee nto de peltre... peltre ... iss issoo aj udar udaráá seu c orpo a produzi produzirr sangue novo. Mesm o assim assim,, vi m uit uitos os hom homee ns for fortes tes m orrerem com ferim feriment entos os m enores do do que que este. este. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Cheguei tarde tar de dem de m ais, cre c reio io – Sa Sa ze d lam e ntou. – Quando descobr de scobrii que ela e la havia ha via deixado de ixado a mansão de Renoux, vim até Luthadel o mais rápido que pude. Usei uma mente de metal inteira paraa fa par fazze r a viage viagem m c om urgê urgênc ncia. ia. Mesm o assim, assim , fui lento dem a is.. is.... – Não, Nã o, meu m eu am a m igo – Kelsier disse. – Voc ê fe f e z bem esta noit noitee . Muito Muito melhor m elhor do que e u. Sazed suspirou, suspirou, então estendeu a m ão e passou os dedos pelo grande li livro vro que havia posto de de lado antes de começar a cirurgia. O volume estava molhado de água da chuva e sangue. Kelsier o observou, franz fr anzind indoo o cenho. c enho. – O que é iss isso? o? – Nã Nãoo sei – Sa zed diss dissee . – Enc Encontre ontreii no palá palácio, cio, enqua enquanto nto proc procura urava va pela c ria riança nça.. Está escrito em khlenni. Khlenni, a linguagem de Khlennium – a antiga terra natal do Senhor Soberano antes da Ascensão. Kelsier Kelsier se ani a nim m ou um pou pouco. co.
– Pode P ode tra tr a duz duzir? ir? – Talve alvezz – Sazed diss dissee , re repentinam pentinam e nte, pa pare recc e ndo m uit uitoo c ansa ansado. do. – Mas... não por enquanto, creio. Depois desta noite, precisarei descansar. Kelsier Kelsi er assent assentiiu, mandando m andando um dos aprendiz aprendizes prepara pre pararr o quarto para Saz azed. ed. O terris terrisano ano fez fe z um gest gestoo de agradec a gradecime iment nto, o, e subiu subiu as escadas, e scadas, fati fa tigado. gado. – Ele salvou m a is do que a vida de Vin esta noit noitee – Doc Dockkson diss dissee , a proxim proximaa ndo-se silenciosamente por trás. – O que fez foi estúpido, mesmo para você. – Eu tinha tinha que sabe saber, r, Dox D ox – ele diss disse. e. – Tinha T inha que volt voltar ar.. E se o ati a tium um re realm alm e nte esti e stiver ver lá? – Você Voc ê dis disse se que não está. e stá. – Disse – Ke Kelsi lsiee r conc concordou ordou c om um a ce ceno no de ca cabeç beçaa –, e tenho quase ce certe rtezza que nã não. o. Mas e se est estiv iver er er erra rado? do? – Isso nã nãoo é de desculpa sculpa – Doc Dockkson dis disse, se, za ngado. – Agor Agoraa Vin está m orr orrendo endo e o Se nhor Soberano foi alertado sobre a nossa existência. Não foi o suficiente causar a morte de Mare tentando entrar naquela sala? Kelsier se deteve, mas estava muito esgotado para sentir alguma raiva. Suspirou, sentandose. – Há a lgo mais, m ais, Dox. Dockson franziu o cenho. – Te Te nho evit e vitaa do fa f a lar sobre o Senhor Sober oberaa no para pa ra os outros – Ke K e lsi lsiee r diss dissee . – Mas... Ma s... estou e stou preoc pre ocupado. upado. O plano é bom bom,, m a s tenho te nho esse e sse ter terríve rívell pre pr e ssentime ssentimento nto de que nunca ter teree m os êxit ê xitoo enquanto ele viver. Podemos tomar o dinheiro dele, podemos tomar seus exércitos, podemos fazzêfa ê-lo lo sair da cidade... mas ma s ainda ainda m e preocupo pre ocupo de de não nã o sermos serm os ca capaz pazes es de detê-lo. Dockson franziu o cenho. – Está falando fa lando sério sér io sobre sobre e sse negócio ne gócio de déc décim imoo prime prim e iro me m e tal, então? entã o? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Há dois anos tento desc descobrir obrir um j eito de m a tátá-lo. lo. Já tentar tentaraa m de tudo... ele ignora ferimentos normais, e a decapitação só o irrita. Um grupo de soldados queimou a estalagem em que ele estava, durante durante um umaa das primeiras prime iras guerras. guerra s. O Senhor Senhor Soberano Soberano saiu de lá pouco mais m ais que que um esqueleto, e se curou em questão de segundos. As histórias sobre o décimo primeiro metal são as únicas que oferecem alguma esperança. Mas não consigo fazer funcionar! Por isso tive que voltar ao palácio. O Senhor Soberano está escondendo escondendo alguma coisa naquela sala... posso sentir isso. Não consigo deixar de pensar que, se soubermos o que é, seremos capazes de detê-lo. – Mas não nã o prec pre c isava leva levarr Vin V in com você você.. – Ela m e seguiu – Ke Kelsi lsiee r contou. – Fiquei com c om m edo que tentasse entr entraa r por c onta própr própria ia se eu a deixasse para trás. A garota é cabeça-dura, Dox... esconde bem, mas é absurdamente obsti obs tinada nada quando quer. quer . Dockson suspirou, então assentiu lentamente. ainda não – E ainda não sabemos sabem os o que há naquela sala. Kelsier olhou para o livro que Sazed deixara na mesa. A água da chuva o manchara, mas o volume obviamente havia sido feito para durar. Estava bem amarrado, para impedir que a água m ol olhass hassee suas folhas, folhas, e a capa ca pa era er a de couro c ouro bem bem curti curtido. do. tem os isso, isso, o que quer que r que seja. se ja. – Não Nã o – Kelsi Ke lsiee r finalm f inalmee nte disse disse . – Não Nã o sabem sabe m os. – Mas – Mas temos – Vale Valeuu a pena pena,, Kell? K ell? – Dock Doc kson perguntou. pe rguntou. – Essa fa façç a nha insana insana,, re r e alm e nte va valeu leu a pena que você e a m enin eninaa quase tivess tivessem em m orrido orrido?? – Nã Nãoo sei – Ke Kelsi lsiee r re respondeu spondeu honestam ente ente.. Volt oltou-se ou-se par paraa Doc Dockkson, enc encar arando ando os olhos do am igo. – Pergun Per guntte m ais uma vez assi assim m que souberm souberm os se se Vin vai vai ou não sobre sobrevi viver. ver.
TERCEIRA PARTE FILHOS DE UM SOL SANGRANDO
Muitos acham que minha jorna jornada da c ome omeçç ou em Khl Khlennium, ennium, essa grande c idade de maravilhas. maravil has. Esquec Esquecem em que eu e u não era rei re i quando quando minha minha busca começ c omeçou. ou. Longe Longe disso. disso. Creio que os homens fariam bem em recordar que minha tarefa não foi iniciada por imperadores, sacerdotes, profetas ou generais. Não começou em Khlennium ou em Kordel, nem veio das grandes nações do leste ou do feroz império do oeste. Começ omeçou ou em uma pequena peque na cidade sem se m importância importância cujo nome não signi signifi fica ca nada para para você v ocê.. Começou com um jovem, filho de um ferreiro, que não se destacava em nada – exceto, talvez, em ua habilidade de se meter em encrenca. Começ omeçou ou comigo.
Quando Vin despertou, a dor lhe dizia que Reen a espancara mais uma vez. O que ela tinha feito? Tinha sido amigável demais com um dos outros membros da gangue? Tinha feito um comentário com entário tol tolo, o, atraindo atraindo a ira do líder líder da gangue? Ti Tinha que perm per m anec anecer er qui quieta, eta, sem pre qui quieta, eta, ficando longe dos outros, nunca chamando a atenção para si. De outro modo, ele a espancaria. Ela tinha que aprender, ele dizia. Tinha que aprender... Mas a dor parecia forte demais. Pelo que podia lembrar, fazia muito tempo que não se machucava tanto. Tos ossi siuu levemente, levem ente, abrindo abrindo os olhos olhos.. Estava Estava deit deitada ada em um umaa ca cam m a confortável demais, dem ais, e um adolesce adol escent ntee esg e sgui uioo estava estava sent sentado ado em uma ca cadeira deira ao a o lado lado dela. pensou. Esse é o nome de Lestibour L estibournes nes,, pensou. Esse dele. le. Estou na loja loja de Trev Trevo. o. Lestibournes Lesti bournes se levantou de um salt salto. o. – Você Voc ê está ac acorda ordando! ndo! Ela tentou falar, mas só tossiu de novo, e o garoto rapidamente lhe deu um copo de água. Vin bebeu, agradecida, fazendo uma careta por causa da dor na lateral do corpo. De fato, ela
sentia como se seu corpo todo tivesse sido profundamente agredido. – Lesti Le stibourne bourness – ela fina finalm lmente ente ba balbuciou. lbuciou. – Nada Na da assim a gora – ele diss dissee . – Kelsi Ke lsier er m e deu outro nom e ; mudou m udou para par a Fa ntasm ntasmaa . – Fa Fa ntasm ntasma? a? – Vin perguntou. – Com Combina bina com c om você você.. Por P or quanto qua nto tem tem po dorm i? – Duas Dua s sem ana anass – o garoto gar oto respondeu. re spondeu. – Espere Espe re a qui. Saiu correndo corre ndo,, e ela e la o ouviu ouviu cham ar algu alguém ém ao longe. longe. Duas semanas? sem anas? Tomou outro gole de água, tentando organizar as lembranças confusas. A luz avermelhada do entardecer brilhava pela janela, iluminando o quarto. Colocou o copo de lado,, checando lado chec ando as costel costelas, as, e encont enc ontrou rou uma grande atadu a tadura ra branca branca.. pensou. Eu Foi onde o Inquisidor me ati atingiu ngiu,, ela pensou. Eu devia de via estar e star morta morta.. A lateral latera l de seu corpo tinha tinha vários hem hem atoma atomass e est e stava ava lí lívi vida da por causa c ausa do golpe golpe que levara levar a ao cair do telhado, e seu corpo tinha uma dúzia de outros arranhões, hematomas e cortes. No conjunto, sentia-se absolutamente terrível. – Vin! – Dock Doc kson exclam exc lam ou, entrando entra ndo no quarto. quar to. – Está Está acor a corda dada! da! – Quase Qua se – Vin V in disse disse com c om um gem ido, recostando-se rec ostando-se e m seu trave tra vesseiro. sseiro. Dockso Dock sonn começ com eçou ou a rir r ir e se aproxi a proxim m ou para sent sentar ar no banco de Lest Le stib ibournes. ournes. – De quanto você voc ê se lem bra bra?? – De quase tudo, ac acho ho – ela diss dissee . – Abr Abrim imos os c am inho pe pelo lo pa palác lácio, io, m a s ha havia via trê trêss Inquisidores. Eles nos perseguiram, e Kelsier lutou... – Ela se deteve, olhando para Dockson. – Kelsier? Ele está...? – Kell Ke ll e stá bem be m – Dock Doc kson disse. disse. – Esca Esc a pou do incidente e m m e lhor estado e stado do que você você.. Ele conhece o palácio muito muito bem, bem , graças graç as aos planos planos que que fiz fizem em os há há três trê s anos, anos, e ele.. e le.... Vin franziu o cenho quando Dockson se calou. – O quê? quê ? – Ele diss dissee que os Inquis I nquisidore idoress não nã o estava e stavam m m uit uitoo foc f ocados ados e m m atá atá-lo. -lo. De D e ixar ixaraa m um par paraa persegui-lo, per segui-lo, e m a ndar ndaram am dois a trá tráss de você. voc ê. Por quê? quê? Vin pensou. Será que simplesmente queriam concentrar sua energia no inimigo mais fraco primeiro? Ou há outra razão? Ela se sentou, pensativa, repassando os acontecimentos daquela noi noite. te. – Sazed Sazed – Vin V in disse disse por fim fim.. – Ele m e salvou. O Inquis I nquisidor idor estava e stava pre prestes stes a m e m a tar tar,, mas... m as... Dox, o que ele que ele é ? – Sazed? Sazed? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. – Essa é um umaa pe pergunta rgunta que eu prova provave velm lmee nte devia de via deixáde ixá-lo lo responder. – Ele está e stá aqui? a qui? Dockso Dock sonn negou com a cabeç c abeça. a. – Teve que volt voltaa r pa para ra Fe ll llise. ise. Bris Brisaa e Ke Kell ll e stão for fora, a, re recc ruta rutando, ndo, e Ha Ham m par parti tiuu há um umaa semana sem ana para pa ra inspecionar inspecionar nosso nosso exér exércit cito. o. Não volt voltar aráá em e m pelo m enos um um m ês. Vin assentiu, sentindo-se sonolenta. – Be Be ba o resto r esto de sua á gua – Dock D ockson son sugeriu. – Há a lgo nela para pa ra a j udar c om a dor. Vin ingeriu sua bebida, então deitou de lado e deixou o sono tomá-la novamente. Kelsier estava lá quando ela acordou. Sentado no banco ao lado de sua cama, com as mãos unidas e os cotovelos apoiados nos joelhos, observando-a sob a luz fraca de uma lanterna. Sorriu quando ela abriu os olhos. – Be Be m -vinda. Elaa imediat El im ediatam am ente pegou o copo de água no criado-mudo criado-m udo.. – Com Comoo vai o traba tra balho? lho?
Ele deu Ele de u de ombros om bros.. – O exé exérc rcit itoo e stá c re resce scendo, ndo, e Renoux c om omee çou a c om ompra prarr ar arm m as e suprim suprimentos. entos. Sua sugestão sobre o Ministério acabou sendo boa: encontramos o contato de Theron, e estamos perto de negociar um ac acordo ordo que que nos perm iti tirá rá colo coloca carr um dos nos nosso soss como com o acól ac ólit ito. o. – Marsh? Mar sh? – Vin perguntou. per guntou. – Ele fa f a rá iss isso? o? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Ele sem pre teve um uma... a... c er erta ta fa fascina scinaçç ão pe pelo lo Mini Ministério. stério. Se algum sk skaa a pode im imit itaa r um obrigador, esse skaa skaa é Marsh. Ma rsh. Vin assentiu, tomando mais um gole da água. Havia algo diferente em Kelsier. Era sutil – uma leve alteração em seu aspecto e atitude. As coisas haviam mudado durante sua enfermidade. – Vin – Ke Kelsi lsiee r dis disse, se, he hesit sitante ante.. – Eu lhe devo desc desculpas. ulpas. Qua Quase se a m a tar taraa m por m inha culpa. Vin bufou baixinho. – Não Nã o foi culpa c ulpa sua. Eu E u o convenci conve nci a m e leva levar. r. – Nã N ã o dever de veria ia ter sido capaz ca paz de m e c onvenc onvencer er – Kelsier K elsier diss disse. e. – Minha dec decisão isão origi or iginal, nal, de mandá-la de volta, era a correta. Por favor, aceite as desculpas. Vin concordou lentamente. – O que pre precisa cisa que eu e u faça fa ça agor agoraa ? O trabalho tra balho tem que seguir se guir em e m fr free nte, ce c e rto? Kels Ke lsier ier sorriu. – De fa fato. to. Assim que e sti stiver ver pronta pronta,, eu gost gostaa ria que volt voltaa sse pa para ra Fe ll llise. ise. Criam os um umaa história falsa de que Lady Valette está doente, mas os rumores começaram a surgir. Quanto antes puder puder ser vista vista em ca carne rne e os osso so,, melho m elhor. r. – Posso P osso ir ir am a m a nhã. Kelsier deu uma gargalhada. – Duvido, ma m a s logo pode pode rá ir. Por P or enquanto, e nquanto, apena a penass desca desc a nse. – Ele se levantou, le vantou, pronto para pa ra parti par tir. r. – Kelsi Ke lsiee r? – Vin pe perguntou, rguntou, faz fa zendoendo-oo para par a r. Ele se virou, olhando para pa ra ela ela.. Vin lutou para formular o que queria dizer. – O pa palác lácio... io... os Inquisido Inquisidore res... s... Nã Nãoo som somos os invenc invencíveis, íveis, som somos? os? – Corou. P a re recia cia e stú stúpido pido quando dizia dessa forma. Kelsier Kelsi er,, no entanto, entanto, apenas sorriu. sorriu. Pare P arece ceuu entender o que ela queria quer ia diz dizer er.. – Não, Nã o, Vin – ele dis disse se em e m voz baixa baixa.. – Estamos Estam os longe longe disso. Vin obs obser ervava vava a pais paisagem agem pass passando ando pela pela j anela da ca carrua rruagem gem.. O veículo, veículo, vi vindo da Mansão Renoux, tinha supostamente levado Lady Valette para dar uma volta em Luthadel. Na verdade, não mostrara Vin até se deter brevemente na rua de Trevo. Agora, no entanto, as cortinas da anela estavam abertas, mostrando-a novamente ao mundo – supondo que alguém se importasse. A carruagem fez seu caminho de volta a Fellise. Kelsier tinha razão: teve que descansar mais três dias na loja de Trevo antes de se sentir forte o bastante para fazer a viagem. Em parte, tinha esperado simplesmente porque temia ter que se debater para entrar em um vestido de nobre com seus braços machucados e a lateral do corpo ferida. Ainda assim, sentia-se bem por estar em pé novamente. Havia algo... estranho em simplesmente estar se recuperando na cama. Um tempo tão longo de descanso não seria dado a um ladrão normal; ou voltavam a trabalhar rapidamente ou eram abandonados à morte. Se não podiam tra trazze r dinheiro dinheir o para par a com c omida ida não nã o podiam ocupa ocuparr espaç e spaçoo no covil.
Mas esse não é o único jeito de que as pe pessoas ssoas v ive ivem m , Vin pensou. Ainda se sentia desconfortável com esse conhecimento. Não importava para Kelsier ou para os outros se ela esgotasse os recursos deles – não haviam explorado seu estado enfraquecido, haviam cuidado dela, cada um deles passando algum tempo ao lado de sua cama. O mais notável entre os vigi vi gilant lantes es tinha tinha sido sido o jovem j ovem Lest Lestib ibournes. ournes. Vin Vin nem m esm esmoo achava ac hava que o conhecia m ui uito to bem bem e, m esm esmoo assim assim , Kelsier Kelsier lh lhee di diss ssee que o garoto passara passara horas cuidando cuidando dela dela durant durantee o coma. com a. O que pensar de um mundo onde um líder de gangue se preocupa com os seus? No submundo, cada um era responsável pelo que acontecia a si mesmo – os elementos mais fracos de uma um a gangu ga nguee tinham tinham que ser abando a bandonados nados à m orte, para não impedir que os out outros ros ganhassem ganhassem o bastante para sobreviver. Se alguém fosse capturado pelo Ministério, era entregue ao seu destino e esperava-se que não traísse muito os demais. Não se preocupava com a própria culpa em col colocar ocar al a lgu guém ém em peri perigo go.. São tolos, tolos, a voz de Reen sussurrou. Todo esse plano vai terminar em desastre – e sua morte erá sua culpa, por não tê-los abandonado quando eu lhe disse para fazê-lo. Reen fugiu quando teve chance. Talvez soubesse que os Inquisidores a perseguiriam em algum momento por causa dos poderes que ela possuía sem saber. Ele sempre sabia quando parti par tirr – não foi por ac acidente, idente, e la pe pensou, nsou, que e le não foi m assa assacc ra rado do com o re resto sto da gangue de Camon. E, mesmo assim, ela ignorou os alertas de Reen em sua mente, e deixou que a carruagem a levassee até Fell levass ellis ise. e. Não N ão que se sentiss sentissee com compl pletam etam ente segura em seu posto posto na na gangue de Kelsi Kelsier er – de c er erto to m odo, seu lugar entr entree ele eless a e stava deixa deixando ndo c a da vez m a is a pre preee nsiv nsivaa . E se precc isassem m a is dela? E se pre se ela e la se torna tornasse sse inútil inútil para par a eles? e les? Tinha que provar que podia fazer o que precisavam que ela fizesse. Tinha eventos para compare com parece cer, r, uma um a sociedade na qual se se in infil filtrar. trar. Tinha Tinha m ui uito to trabalh trabalhoo a faz f azer er;; não podi podiaa se dar ao luxo lu xo de pass pa ssar ar m ais tem tem po dorm dorm in indo. do. Além disso, precisava voltar às suas sessões de treino alomântico. Apenas alguns meses foram necessários para que ficasse dependente de seus poderes, e ansiava a liberdade de saltar através da bruma, de puxar e empurrar , abrindo caminho através do céu. Kredik Shaw lhe m os osttra rara ra que não era er a invencível invencível – mas ma s o fato de de Kels K elsier ier ter sobrevivid sobrevividoo com pou pouco co m ais que que uns arranhões provava que era possível se sair muito melhor do que ela. Vin precisava praticar, ganhar força f orça,, até que pud pudesse esse escapar e scapar dos Inqui Inquisi sidores dores como com o Kelsier Kelsier fiz fizer era. a. A carruagem fez uma curva e se dirigiu para Fellise. A paisagem bucólica e familiar fez Vin sorrir para si mesma. Apoiou-se na janela aberta, sentindo a brisa. Com sorte, algumas pessoass pa pessoa passando ssando pela pelass rua ruass c om omenta entaria riam m que La Lady dy Va lette ti tinha nha sido vis vista ta pa passea sseando ndo pela cidade. Chegou à Mansão Renoux pouco depois. Um serviçal abriu a porta da carruagem, e Vin ficou surpresa ao ver o próprio Lorde Renoux esperando do lado de fora da carruagem para aj ud udá-la á-la a descer. – Meu Me u senhor? se nhor? – ela dis disse, se, dandodando-lhe lhe a m ã o. – Certa Ce rtam m ente tem coisa coisass m a is importa im portantes ntes de que tratar. – Besteira Beste ira – ele e le dis disse. se. – Um U m lorde de deve ve ter tem po para pa ra m im imaa r sua sobrinha fa favorita. vorita. Como foi o passeio? pa sseio? Ele nunca sai do personage personagem? m? Não perguntou sobre os outros em Luthadel, nem deu indi in dica caçã çãoo de que sabi sabiaa de seus ferime fe riment ntos os.. – Foi re refr free sca scante, nte, ti tioo – e la re respondeu spondeu e nquanto subiam os degr degraa us a té a porta da m a nsão. Vin estava grata pelo peltre que queimava levemente em seu estômago, dando forças a suas perna per nass ainda a inda fra f racc as. Ke Kelsi lsier er ti tinha nha lhe aler a lertado tado para pa ra nã nãoo usar usa r m uit uito, o, ou fica f icaria ria depe dependente ndente de seu poder,, ma poder m a s não via alt a lter ernativa nativa até a té que e sti stivesse vesse c ura urada. da.
– Isso é m a ra ravil vilhoso hoso – Renoux diss dissee . – Talve alvezz, assim que se sentir m e lhor, de devêsse vêssem m os almoçar juntos no balcão do jardim. Tem feito calor ultimamente, apesar da proximidade do inverno. – Se ria m uit uitoo a gra gradá dável vel – Vin dis disse. se. Antes, ti tinha nha a c hado o porte do nobre im impost postor or intimidador. Mas agora, uma vez que entrara no personagem de Lady Valette, experimentava a m esma ca callm a de ant antes. es. Vin, Vin, a ladra, ladra, não era nada para um ho hom m em com comoo Renou Renoux, x, mas Valet Valettte, a sociali er a out outra ra quest questão. ão. socialite te,, era – Muito bom – Renoux fa falou, lou, parando par ando na e ntra ntrada da do edifício. e difício. – Mas vam va m os deixar de ixar iss issoo para pa ra outro out ro dia... dia... por enquanto, enquanto, você você ce certam rtamente ente vai prefer pref eriir descansar de scansar de seu passeio. passeio. – Na ver verda dade, de, m eu senhor senhor,, e u gostaria de vis visit itar ar Sa ze d. Te nho alguns assuntos a discuti discutir r com o mordom mordom o. – Ah – Renoux diss dissee . – Você o enc encontra ontrará rá na bibl bibliot iotee c a, tra trabalha balhando ndo em um de m e us proj etos. – Obrigada Obr igada – Vin respondeu. re spondeu. Renoux assentiu, e se afastou, seu bastão de duelo batendo contra o chão de mármore branc bra nco. o. Vin fr franzi anziuu o c enho, tentando dec decidi idirr se e le er eraa com pletam e nte são. P oder oderia ia algué alguém m incorporar um personagem tão completamente? Você faz isso, isso , Vin se recordou. Quando se torna Lady Valette, mostra um lado completamente diferente di ferente de si mesma. Deu a volta, avivando o peltre para ajudá-la a subir a escadaria da ala norte. Abaixou a intensidade quando chegou ao topo, retornando ao estado anterior. Como Kelsier dissera, era perigoso per igoso avivar a vivar m e tais por um pe período ríodo m uit uitoo exte extenso; nso; um a lom lomââ nti nticc o poder poderia ia torna tornarr seu c orpo rapidamente dependente. Inspirou algumas vezes – subir as escadas foi difícil, mesmo com o peltre – e então seguiu pelo corr c orree dor até a té a bibl bibliot iotec ecaa . Sa Sa zed estava e stava senta sentado do em um umaa esc escriva rivaninha ninha ao a o lado de um peque pequeno no braseiro bra seiro de ca carvã rvão, o, do outro lado da pe pequena quena sala sala,, e scr scree vendo e m um umaa c ade aderne rneta. ta. Usa Usava va sua túnica tú nica padrã pa drãoo de m ordom ordomo, o, e uns óculos finos na ponta do nariz nar iz.. Vin par parou ou na porta, porta, observando o hom hom em que salvar salvaraa sua vida. Por vida. Por que está usando óculos óc ulos?? á o vi ler sem eles antes. antes . Ele parecia completamente absorto em seu trabalho, estudando periodi per iodicc a m e nte um gra grande nde volume sobre a m e sa e logo na sequênc se quência ia se volt voltando ando par paraa o cade c aderno rno paraa fa par fazze r anotaç a notações. ões. – Você Voc ê é um a lom lomââ nti nticc o – Vin disse disse em e m voz ba baixa. ixa. Saz azed ed parou, par ou, colocou colocou sua sua ca caneta neta na m esa e se vi virou. rou. – O que a fa fazz pensa pensarr isso, senhora Vin? – Che Chegou gou a Luthadel Lutha del rápido r ápido dem de m a is. – Lorde Renoux m anté antém m vár vários ios cava c avalos los m e nsage nsageiros iros ve veloz lozee s e m seus está estábulos bulos.. Eu posso ter usado um deles. – Você Voc ê m e enc encontrou ontrou no palác palá c io – Vin lem brou. – Ke Kelsi lsier er m e contou sobre o plano dele dele,, e e u c orr orreta etam m ente pre presum sumii que você o seguiria seguiria.. Localizzar você foi Locali f oi um gol golpe pe de so sorte; rte; um que quase m e tomou tempo tem po dem dem ais par paraa cons c onsegui eguir. r. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Você Voc ê m a tou o Inquisidor. Inquisidor. – Matar? Mata r? – Sa Sa ze d perguntou. per guntou. – Não, senhora se nhora.. É pre pr e ciso muit m uitoo ma m a is pode pode r do que possuo para matar uma dessas monstruosidades. Eu simplesmente... o distraí. Vin ficou parada na porta por um longo momento, tentando imaginar por que Sazed estava sendo tão tão am a m bí bíguo. guo. – Você Voc ê é um a lom lomââ nti nticc o ou não?
Ele sorriu, então puxou um banco ao lado da escrivaninha. – Por P or fa f a vor, sentese nte-se. se. Vin fez conforme o pedido, cruzando a sala e sentando-se no banco, de costas para uma imensa estante de livros. – O que pe pensar nsaria ia se lhe dissesse que nã nãoo sou um alom ântico? – Sa Sa ze d perguntou. per guntou. – Pe P e nsar nsaria ia que está m entindo – Vin respondeu. responde u. – Já m e viu me m e nti ntirr antes? a ntes? – Os melhor m elhores es m e nti ntirosos rosos são aquele a queless que dizem dizem a verda ve rdade de na m a ior parte pa rte das vez ve ze s. Sazed sorriu, encarando-a através dos óculos. – Isso é verda ve rdade, de, cre c reio io eu. Mesm o assim, assim , que provas pr ovas você voc ê tem de que sou um a lom lomââ nti nticc o? – Você Voc ê fe fezz c oisas que não nã o poderiam poder iam ser fe feit itaa s sem a lom lomaa ncia ncia.. – Ah? Um a Nasc N ascida ida das da s Brum Brum a s há dois me m e ses, e j á sabe sa be tudo o que é possí possível vel no mundo? m undo? Vin se deteve. Até recentemente, nem mesmo sabia muita coisa sobre alomancia. Talvez existissem mais coisas no mundo do que presumia. Pa lavras de Kelsier Kelsier.. Sempre há outro outro segredo. segredo . Palavras – Então – ela e la disse lentam e nte –, o que é exa exatam tam ente um “G “Guar uardador dador”” ? Sazed sorriu. – Agora, Agora , essa é uma pergunt perguntaa m ui uitto mais m ais int inteli eligent gente, e, senhora. Guardadores Gua rdadores são... arm az azéns. éns. essa é Lem bram os de de cois coisas, as, então elas podem podem ser usadas no futuro. futuro. – Com Comoo reli re ligiões giões – Vin com e ntou. Sazed assentiu. a ssentiu. – Verda Ve rdades des re r e li ligios giosaa s são minha m inha espec e specialidade ialidade em par parti ticc ular ular.. – Mas se lem le m bra de outras outr as coisas c oisas também tam bém ? Sazed assentiu. a ssentiu. – Com Comoo o quê? – Be Be m – Sazed Sazed disse, fecha fe chando ndo o livro livro que esta estava va estu e studa dando. ndo. – Idiomas, Idiom as, por exe exem m plo. Vin imediatamente reconheceu o livro coberto de glifos. – O livro que encontr e ncontrei ei no palác pa lácio! io! Como o conseguiu? c onseguiu? – Cruz Cruzei ei com ele e nquanto proc procura urava va por você – o ter terrisano risano c ontou. – Está esc escrito rito e m um idioma muito antigo, um que não é falado há quase um milênio. – Mas você voc ê o fa f a la? – Vin perguntou. per guntou. Sazed assentiu. a ssentiu. – O suficiente sufic iente para pa ra tra traduz duzir ir isso, isso, imagino. im agino. – E... quantos idiom idiomaa s você conhe conhece ce?? – Cento e sete setenta nta e dois – Sazed re respondeu. spondeu. – A m aior pa parte rte dele deles, s, com o o khlenni, nã nãoo é falada há muito tempo. O movimento unificador do Senhor Soberano, no século quinto, se assegurou disso. O idioma que o povo fala agora é, na verdade, um dialeto distante de Terris, o idio id iom m a da m in inha ha terra natal. Cento e setenta e dois, dois , Vin pensou, im im pre press ssio ionada nada.. – Isso pare par e ce ce... ... impossí im possíve vel.l. Um hom homee m não seria se ria ca capaz paz de lem bra brarr de tanta coisa. c oisa. – Nã Nãoo um hom homee m – Sazed a lem brou. – Um Gua Guarda rdador. dor. O que e u fa façç o é similar à alomancia, mas não é a mesma coisa. Você suga poderes dos metais. Eu... os uso para criar memórias. – Com Como? o? – Vin perguntou. per guntou. Saz azed ed m eneou a cabeça c abeça.. – Talve alvezz e m outra hora hora,, senhor senhoraa . A m inha e spéc spécie... ie... nós pre prefe ferim rimos os m a nter nossos segredos. O Senhor Soberano nos caça com paixão notável e confusa. Somos muito menos
ameaçadores do que os nascidos das brumas... mesmo assim, ele ignora os alomânticos e busca nos destruir, destruir, odiando odiando o povo de Terr Te rris is por nossa causa. c ausa. – Odiando? – Vin pe perguntou. rguntou. – Você ocêss são m ais bem tra tratados tados do que os sk skaa a norm a is. Rec ecebem ebem pos posições ições de respeit r espeito. o. – Isso é ve verda rdade, de, senhor senhoraa – Sazed Sazed c oncor oncordou. dou. – Mas, de ce certo rto m odo, os ska ska a são m ais livres. A maior parte dos terrisanos é criada desde o nascimento para ser mordomo. Poucos de nós sobraram, e os criadores do Senhor Soberano controlam nossa reprodução. Nenhum mordomo terrisano terris ano tem perm is issão são para ter fam fa m íli lia, a, ou gerar gera r fil f ilhos hos.. Vinn fez um Vi um a care c aretta. – Isso pare par e ce difícil de se c ontrolar ontrolar.. Saz azed ed fez fe z um umaa paus pa usa, a, com c om a m ão apoi a poiada ada na capa ca pa do grande livro. livro. – Nã Não, o, nem um pouco – ele diss dissee , fr fraa nz nzindo indo o c enho. – Todos os m ordom os ter terrisanos risanos são eunucos, criança. Presumi que soubesse disso. Vin par parou, ou, então então corou c orou furiosam furiosamente. ente. – Eu... eu... sinto muito... – Ve Ve rda rdadeir deiraa e segur seguraa m ente ente,, não nã o é pre precc iso nenhum a desc desculpa. ulpa. Fui castra c astrado do logo após a pós m e u nascimento, seguindo o padrão para aqueles que serão mordomos. Frequentemente penso que trocaria facilmente minha vida pela de um skaa comum. Meu povo é menos que um escravo... somos autômatos fabricados, criados por programas de reprodução, treinados desde o nascimento para satisfazer os desejos do Senhor Soberano. Vin continuou corada, amaldiçoando sua falta de tato. Por que ninguém lhe contara? Sazed, no entanto entanto,, não parecia pare cia ofendi ofe ndido do – ele nunca nunca pare parecia cia zangado zangado com nada. pensou. É o que os criad Provavelme Provav elmente nte seja se ja uma função de sua... condição condiç ão,, Vin pensou. É c riadores ores dev devee m querer. Mordomos dóce dóceis is e calmos c almos.. – Mas – Vin dis disse, se, fr fraa nz nzindo indo o c e nho – você é um re rebelde belde,, Sazed. Está lut lutaa ndo c ontra o Senhor Sobera oberano. no. – Sou um umaa e spéc spécie ie de desvio – Sa ze d contou. – E m eu povo nã nãoo é tão com pletam e nte subjugado quanto o Senhor Soberano pensa, creio. Escondemos os Guardadores embaixo de seu nariz e alguns de nós têm coragem até mesmo de interromper o treinamento. – Ele parou, e balançou bala nçou a ca cabeç beçaa . – Nã Nãoo é um umaa c ois oisaa fá fácc il il,, no enta entanto. nto. Som omos os um povo fr fraa co, senhor senhora. a. Ansiamos em fazer o que nos dizem, somos rápidos em nos submeter. Mesmo eu, a quem você chama de rebelde, imediatamente procurei uma posição de intendência e subserviência. Não somos tão corajosos quanto gostaríamos, creio. – Foi Foi coraj cor aj oso o bastante para pa ra m e salvar – Vin disse. disse. Sazed sorriu. – Ah, m a s há um e lem e nto de obediê obediênc ncia ia nis nisso so tam bém . P rom e ti a Mestre Ke Kelsi lsiee r que a m ant anteria eria em segu segurança rança.. Ah,, ela pensou. Tinha se perguntado se ele tinha um motivo para suas ações. Afinal, quem Ah arris ar risca caria ria a vi vida da sim sim pl plesm esmente ente para salv salvar ar Vin Vin?? El Elaa fi f icou sentada sentada por um m om omento ento,, pensati pensativa, va, e Sazed voltou para seu livro. Finalmente, ela falou de novo, chamando a atenção do terrisano. – Sa Sa zed? – Sim Sim,, senhora senhor a ? – Quem Que m tra traiu iu Kelsier trê trêss anos atrá a trás? s? Sazed pausou, então abaixou a baixou sua sua cane c aneta-tin ta-tinteiro. teiro. – Os fatos fa tos não estão e stão claros, cla ros, senhora. senhor a. A m a ior parte par te da gangue pre presum sumee que foi Mare Mar e , cre cr e io. – Mare Mar e ? – Vin perguntou. per guntou. – A esposa de Ke Kelsi lsier er?? Sazed assentiu. a ssentiu.
– Apa Apare rentem ntem e nte, e la e ra a única que poder poderia ia têtê-lo lo fe feit ito. o. Além dis disso, so, o própr próprio io Se nhor Soberano a implicou. – Mas ela e la não nã o foi enviada e nviada pa para ra a s Minas Minas tam ta m bé bém m? – Ela m orr orree u lá – Sazed c onfirm ou. – Mestre Ke Kelsi lsier er é re reti ticc ente a o fa falar lar sobre as Min Minaa s, mas sinto que as cicatrizes que ele traz daquele lugar horrível são muito mais profundas do que as que se vê em seus braç braços os.. Não acho ac ho que que ele chegou c hegou a saber se ela foi a tra traid idora ora ou não. – Meu irm irmãã o diz dizia ia que qualque qualquerr um pode tra trair, ir, se ti tiver ver a oportunidade c er erta ta e um m oti otivo vo bom o bastante. bastante . Sazed franziu o cenho. – Ainda que um umaa cois c oisaa dessa dessass fosse verda ve rdade, de, eu e u não gostaria gostar ia de viver ac acre redit ditaa ndo nisso. nisso. Parecee me Parec melhor lhor do que o que ac acontec ontecee u com Kelsi Kelsiee r: ser e ntregue ao Se Senhor nhor Soberano Sobe rano por alguém al guém que acredit ac reditava ava amar. – Kelsi Ke lsiee r está e stá difere dife rente nte ultim ultim a m ente – Vin com entou. – Pa P a re rece ce m a is reserva rese rvado. do. É porque se sente culpado pelo que aconteceu comigo? – Suspeito Suspeito que em e m par parte te sej se j a por isso – Sazed Sazed disse. – Contudo, ele tam bém e stá perc pe rcee bendo que há uma imensa diferença entre liderar um pequeno bando de ladrões e organizar uma grande rebeli re belião. ão. Não pode pode corre c orrerr os mesmos me smos riscos riscos que que corria c orria antes. O proce process ssoo o está está m udand udandoo paraa m elhor par elhor,, cre cr e io. Vin não tinha tanta certeza. Mas ficou em silêncio, percebendo, com frustração, o quanto estava est ava cans c ansada. ada. Até mesmo m esmo ficar sent sentada ada em e m um banco pare parecia cia extenuant extenuantee ago a gora. ra. – Vá dorm ir, senhor senhoraa – Sa ze d diss dissee , pe pegando gando sua c ane aneta ta e m a rc rcando ando c om o dedo o ponto que estava lendo. – Você sobreviveu a algo que provavelmente deveria tê-la matado. Dê a seu corpo o agradecimento que ele merece; deixe-o descansar. Vin concordou, cansada, se levantou e o deixou escrevendo em silêncio sob a luz do entardecer.
Às v eze ezess me pe pergunt rguntoo o que teria aconte acontecc ido se eu ti tive vesse sse fi ficado cado lá, naquela preguiç preguiçosa osa aldeia em que nasci. Teria me tornado um ferreiro, como meu pai. Talvez tivesse uma família, meus próprios filhos. Talvez outra pessoa tivesse que carregar este fardo terrível. Alguém que pudesse suportá-lo melhor do que eu. Alguém que merecesse ser um herói.
Antes de chegar à Mansão Renoux, Vin nunca tinha visto um jardim cultivado. Em roubos ou missões de reconhecimento, de vez em quando via plantas ornamentais, mas nunca dera muita atenção – como muitos dos gostos dos nobres, aquilo parecia frívolo para ela. Nãoo ti Nã tinha nha per percc ebido quão bela belass a s plantas podem ser quando ar arra ranj njaa das c om cuida cuidado. do. O balcão balc ão do ja j a rdim da Mansã Mansãoo Renoux era e ra um umaa e strutura oval e c om omprida prida com vist vistaa par paraa o ca c a m po abaixo. O jardim não era grande – exigia muita água e atenção para formar mais do que um estreitoo perímetro estreit perím etro ao redor r edor da parte de trás do edifício edifício.. Mesmo assim, era maravilhoso. Em vez dos tons brancos e marrons mundanos, as plantas cultiv cult ivadas adas tinham tinham core coress mais ma is fortes e vibra vibrant ntes es – tin tinham ham m ati atizzes de verm ver m elho elho,, lara laranj njaa e am ar arelo, elo, com as cores concentradas nas folhas. Os jardineiros as tinham plantado formando padrões intrincados e bonitos. Mais próximas ao balcão, árvores exóticas, com coloridas folhas amarelas, davam sombra e protegiam das chuvas de cinzas. Era um inverno muito ameno, e a maior parte das árvores ainda tinha as suas folhas. O ar era fresco, e o farfalhar dos galhos ao vento era relaxante. Quase relaxant re laxantee o bastante, bastante, de fato, f ato, para para fa fazzer Vin esquece esquecerr o quanto quanto estava estava aborre aborrecida. cida.
– Gostar Gostaria ia de m a is c há? – Lorde Renoux per perguntou. guntou. Nã Nãoo e sper sperou ou por um umaa re respost sposta; a; sim si m pl plesme esment ntee acenou a cenou para para um criad c riadoo se se apress a pressar ar em encher a xí xíca cara ra dela. Vin estava sentada em uma almofada de pelúcia, em uma cadeira de vime projetada para proporcc ionar c onfor propor onforto. to. Durante Dur ante a s últim últim as quatr quatroo sem se m a nas, c ada um de seus c apr aprichos ichos e dese desejj os tinha sido satisfeito. Os criados limpavam tudo, a vestiam, a alimentavam e até a ajudavam a se banhar. banha r. Renoux se e nca ncarr rree gar garaa de gar garaa nti ntirr que tudo o que ela quis quisee sse fosse fe feit ito, o, e ce certa rtam m e nte não esperava espera va que fiz f izesse esse nada extenuant extenuante, e, peri per igos gosoo ou mesmo me smo rem r em ot otam am ente inconveni inconveniente. ente. Em out outras ras pal pa lavra avras, s, a vida dela estava enl e nlouq ouquece uecedoram doramente ente ent e ntediant ediante. e. Antes, sua sua est estadia adia na Mansão Renoux era monopolizada pelas aulas de Sazed e pelo treinamento de Kelsier. Dormia de dia, tendo tendo contato contato mín m ínimo imo com c om o pessoal pessoal da m ansão. Agora, no entanto, a alomancia – pelo menos o tipo que fazia saltar noite afora – estava proibida par paraa e la. Seu fe ferim rimento ento e stava a inda pa parc rcialm ialmente ente c ica icatriz trizaa do, e se fiz fizesse esse m uit uitoo movimento o abriria novamente. Sazed ainda lhe dava aulas de vez em quando, mas o tempo dele era dedicado à tradução do livro. Passava longas horas na biblioteca, debruçado sobre as páginass com um e ntus página ntusiasm iasmoo pouco com c omum um.. Ele enc encontr ontrou ou uma nova font fontee de e rudi rudiçç ão ão,, Vin pensou. Para um Guardador Guardador,, iss issoo é rovavelmente tão inebriante quanto uma especiaria rara. Tomou seu chá com petulância contida, observando os criados mais próximos. Pareciam aves de rapina empoleiradas, esperando uma oportunidade para deixar Vin o mais confortável – e frustrada f rustrada – possí possível. vel. Renoux tampouco era de muita ajuda. A ideia dele de “almoçar” com Vin se resumia a se sentar e cuidar de seus próprios deveres – fazer anotações em cadernetas ou ditar cartas – enquanto comiam. A presença dela parecia importante para ele, mas ele raramente prestava muita atenção nela além de perguntar como fora seu dia. Ainda Ain da assim assim , ela est e stava ava se esforçando esforç ando para interpre interpretar tar o papel de nobre nobre em perti pertigada. gada. Lorde Renoux contratara alguns novos criados que não sabiam sobre o trabalho – não o pessoal da casa, m as j ar ardi dineiros neiros e pedreiros pe dreiros.. Kelsier Kelsier e Renoux estavam estavam preocupados que que as outra outrass casas ficass fica ssem em desconfiadas se não conseguissem colocar nem mesmo alguns criados-espiões nos jardins de Renoux. Kelsier não via isso como um perigo para o trabalho, mas significava que Vin tinha que manter seu personagem em tempo integral. Não posso acre acredit ditar ar que as pessoas v ivam assi assim m , Vin pensou enquanto alguns criados começavam começ avam a ret re tirar a comid comida. a. Como as nobres preenchem seus dias com tanto vazio? Não me admira que todos fiquem fiquem ansio ansiosos sos por aqueles aquele s bailes! bailes! – Sua e stadia está agr agraa dáve dável,l, quer querida? ida? – Renoux per perguntou, guntou, e spiando por sobre um umaa caderneta. – Sim Sim,, tio tio – Vin disse, disse, com c om lábios aperta ape rtados. dos. – Basta Bastante. nte. – Devia De via fazer f azer c om ompra prass mais m ais tarde tar de – Renoux disse, olhando para pa ra e la. – Talvez Ta lvez queir queiraa visitar visitar a rua Ke Kento nton? n? Com ompra prarr uns brincos novos par paraa sub subst stit itui uirr ess e ssaa bi bijj ut uter eria ia vulgar vulgar que est e stáá usando? Vin levou a m ão à orelha, onde onde ain a inda da levava o brinco de sua sua m ãe ãe.. – Não Nã o – respondeu. re spondeu. – Fica Ficare reii com esse esse.. Renoux franziu franziu o cenho, mas ma s não diss dissee m ais nada, pois pois um cr criado iado se se aproxi aproxim m ou e cham c ham ou a suaa atenção. su a tenção. – Meu senhor – o c ria riado do diss dissee par paraa Renoux –, um umaa c a rr rruage uagem m ac acaa ba de c hega hegarr de Luthadel. Vin se levantou. Essa era a forma de os criados dizerem que um membro da gangue havia chegado. – Ah, muit m uitoo bem – Re Re noux disse. disse. – Tra Tr a ga as a s visit visitas as aqui, a qui, Tawnson.
– Sim Sim,, me m e u senhor. senhor . Alguns minutos mais tarde, Kelsier, Brisa, Yeden e Dockson entraram no balcão. Renoux acenou discretamente para os criados, que fecharam as portas de vidro do balcão, dando privacc idade à gangue priva gangue.. Vá V á rios home hom e ns se posi posicc ionar ionaram am no interior, inter ior, vigiando par paraa se asse assegura gurarr de que as pessoas pessoas erra er radas das não tivess tivessem em a oportuni oportunidade dade de escutar a conversa deles. – Estamos Estam os inter interrom rom pe pendo ndo a re r e fe feiçã içãoo de você voc ê s? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. – Nã Não! o! – Vin diss dissee ra rapidam pidam ente ente,, im impe pedindo dindo a re respost spostaa de Lorde Renoux. – Sente entem m -se -se,, por favor. Kelsier Kelsi er foi até até a bei be ira do balcã balcão, o, olhando olhando par paraa os jar j ardi dins ns e cam ca m pos pos.. – Be Be la vista vista você voc ê s têm a qui. – Ke Kelsi lsier er,, iss issoo é ac aconselháve onselhável? l? – Renoux per perguntou. guntou. – Alguns dos j a rdine rdineiros iros são hom homens ens pelos quais não posso atestar. ate star. Kelsier deu uma gargalhada. – Se conseguire c onseguirem m m e re reconhe conhece cerr a e ssa distância, distânc ia, m e re recc e m m a is do que as a s Grande Gr andess Casas estão lhes pagando. Mas se afastou da beira do balcão mesmo assim, indo até a mesa e girando uma cadeira, sentando-se ao contrário. Ao longo das últimas semanas, ele quase voltara ao seu antigo modo de ser. Mas ainda ainda se vi viam am m udanças. Organizava Organizava re reuni uniões ões com m ais frequência, discuti discutiaa m ais seus seus planos com a gangue gangue.. Tam Ta m bém par paree cia dife difere rente, nte, m ais... pensati pensa tivo. vo. Sazed estava certo, certo , Vin pensou. Nos Nosso so ataque no palácio pode ter sido quase mortal para mim, mas mudou Kelsier para melhor . – P e nsam os em e m fa fazze r nossa re reunião união aqui e sta sem ana – Doc Dockkson disse –, j á que você vocêss dois raram rara m ent entee cons conseguem eguem parti particip cipar. ar. – Isso foi m uit uitoo a tenc tencioso ioso de sua pa parte rte,, Mestre Doc Dockkson – Lorde Renoux re respondeu. spondeu. – Mas sua preocupação é desnecessária. Estamos bem... nós não – Não Nã o – Vin inte inte rr rrom ompeu. peu. – Nã N ã o, nós não estamos. Alguns de nós precisam de informações. O que acont ac ontec eceu eu com a gangue? Como vai o recrut rec rutam am ento ento?? Renoux olhou para ela com desaprovação. Vin, contudo, o ignorou. Ele ignorou. Ele não é realme realmente nte um mesma. É só outr lorde,, disse para si mesma. É lorde outroo me membro mbro da gangue. Minha opini opinião ão conta tant tantoo quanto a dele! Agora que os criados se foram, posso falar como quiser. Kelsier Kelsi er deu uma ris risada. ada. – Be Be m , o cati ca tiveir veiroo a deixou de ixou um pouco pouc o ma m a is since sincera ra,, pelo me m e nos. fazer – – Não Nã o tenho nada na da para pa ra fazer – Vin confessou. – Isso está me deixando louca. Bris risaa colo colocou cou sua taça de vinho vinho na m esa. – Alguns achar ac hariam iam seu lugar luga r um tanto quanto invejá invej á vel, Vin. – Então já Então já devem devem estar loucos. loucos. – Ah, são quase qua se todos nobres nobre s – Kelsier dis disse. se. – Então, Entã o, sim, j á são bastante ba stante loucos. – O traba tra balho lho – Vin Vin recor re cordou. dou. – O que está e stá aconte a contecc endo? – O rec r ecruta rutam m e nto ainda está e stá muit m uitoo lento – Dockson Dockson falou. fa lou. – Mas Mas estam e stamos os me m e lhora lhorando. ndo. – Podem P odem os ter que sac sacrific rificaa r nossa segura se guranç nçaa par paraa c onseguir um núm númer eroo ma m a ior de hom homens ens – Yede Ye denn sugeriu. suger iu. Isso é uma mudanç mudançaa também , ela pensou, impressionada pela mostra de civilidade de Yeden. Começara a usar roupas mais bonitas – não um traje completo de nobre como Dockson ou Brisa, mas pelo menos casaco e calça bem cortados, com uma camisa abotoada embaixo, limpo da fuligem. – Isso não nã o pode ser evitado, Ye Ye den – Ke K e lsi lsiee r disse. – Felizm Felizm e nte, Ham Ha m e stá faz fa ze ndo um bom
trabalho com as tropas. Recebi uma mensagem dele há alguns dias. Está impressionado com o progree sso dos hom progr homee ns. Brisa fez uma careta. – Cuidado... Cuidado... Ha H a m m ond tende a ser um pouco otimist otim istaa sobre e sse tipo de cois c oisaa . Se o exér e xércc it itoo fosse com c ompos posto to por por m udos per pernetas, netas, ele e le elog e logiaria iaria o seu equi e quilí líbrio brio e suas habi ha bili lidade dadess auditivas. auditivas. – Gostaria Gostar ia de ver o exérc exé rcit itoo – Yeden Ye den disse ansi a nsiosam osam ente ente.. – Logo – Kelsi Ke lsier er prom ete eteu. u. – P re recc isam isamos os infiltrar infiltra r Mar Marsh sh no Min Minist istéé rio a inda e ste m ês – Doc Dockkson com c omee ntou, assentind a ssentindoo paraa Sa ze d enqua par enquanto nto o ter terrisano risano passa passava va pelos sentinelas e entr entraa va no balc balcão. ão. – Esper Esperee m os que Marsh tenha alguma luz sobre como lidar com os Inquisidores de Aço. Vinn est Vi e strem rem ece eceu. u. – Eles são um proble problem m a – Brisa re recc onhec onhecee u. – Co Considera nsiderando ndo o que um pa parr dele deless fe fezz com c om vocês dois, não invejo ter que tomar o palácio com eles lá dentro. São tão perigosos quanto os nascidos das brumas. – Mais – Vin disse, disse, em e m voz baixa baixa.. – Um e xér xércc it itoo pode re reaa lm lmente ente lut lutaa r c ontra e les? – Yede edenn pe perguntou, rguntou, desc desconfor onfortáve tável.l. – Quero dizer dizer,, supõe-se supõe-se que sej sejam am imortais imortais,, não é? é? – Marsh Mar sh encontra enc ontrará rá a re respost spostaa – Kelsi Ke lsiee r prom pr omee teu. Yeden se deteve, ent e ntão ão ass a ssenti entiu, u, aceit ac eitando ando a palavra de Kels Ke lsier. ier. Sim, ele realmente mudou, mudou , Vin pensou. Parece que nem mesmo Yeden conseguira resistir ao car c ariisma de Kels Ke lsier ier por mui m uito to tem po. – Enqua Enquanto nto iss issoo – Ke Kelsi lsiee r prosseguiu –, gost gostaa ria de ouvir o que Sa ze d de descobr scobriu iu sobre o Senhor Sobera oberano. no. Sazed se sentou, coloca colocando ndo o livro livro sobre sobre a m esa esa.. – Dire Dir e i o que puder puder,, em e m bora e sse não nã o sej se j a o livro que im imagine agineii que fosse a princ princípi ípio. o. Achei Ac hei que a senhora Vin tivesse recuperado o texto de alguma religião antiga... mas este é de natureza m ui uito to m ais mundana. – Mundana? Mundana ? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. – Como? – É um diár diário, io, Mestre Me stre Doc Dockkson – Sa ze d e xpli xplicou. cou. – Um re regis gistro tro que par parec ecee ter sido escr e scrit itoo pelo própr próprio io Senhor Sober oberaa no... ou, pelo m e nos, pelo hom homem em que se tornou o Se nhor Sober oberaa no. Até os ensinamentos do Ministério concordam que, antes da Ascensão, ele era mortal. Este livro contaa su cont suaa vi vida da ant a ntes es da batal batalha ha fin f inal al na Mina Mina da Ascensão, há m il anos. Em Em gera geral,l, é um re regi gist stro ro de suas viagens; uma narrativa sobre as pessoas que conheceu, os lugares que visitou e as provaçõe prova çõess pelas quais qua is passou durante sua busca. busc a. – Intere Inte ressante ssante – Brisa com c omee ntou. – Mas com c omoo isso isso nos aj uda? – Nã N ã o tenho te nho cer c ertez tezaa , Mestre Me stre La Ladria driann – Sazed re respondeu. spondeu. – Contudo, Contudo, entende e ntenderr a hist história ória re real al por trá tráss da Asc Ascensã ensãoo ser seráá úti útil,l, cre c reio. io. Ao A o m enos nos dar daráá a lgum lgumaa inform a çã çãoo sobre a m e nte do Senhor Sobera oberano. no. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – O Mi Minist nistér ério io deve de ve a c har que é im importa portante. nte. Vin disse que o encontrou e ncontrou e m um umaa espé espécc ie de altar no complexo central do palácio. – O que, é cla claro ro – Bris Brisaa obser observou vou – não c oloca nenhuma nenhuma dúvida em relação à sua autenticidade. – Nã Nãoo c re reio io que sej a um umaa fa falsi lsific ficaa ç ão, Mestre La Ladria driann – Sa ze d dis disse. se. – Con Contém tém um nível impressionante de detalhes, especialmente em relação a questões sem importância: como carregadores e suprimentos. Além disso, o Senhor Soberano que o texto descreve é um homem cheio de conflitos. Se o Ministério fosse inventar um livro para adorá-lo, apresentaria seu deus
com m ais ais... ... divi divindade, ndade, cre c reio io.. – Quero Que ro lê-lo lê -lo quando qua ndo term inar inar,, Sa Sa ze – Dock Doc kson falou. fa lou. – E eu e u – Brisa Brisa ac a c re resce scentou. ntou. – Alguns dos apr apree ndiz ndizee s de Tr Trevo evo de vez e m quando tra traba balham lham c om omoo e scr scribas ibas – Ke Kelsi lsiee r coment com entou ou.. – Pediremos que que faça f açam m cópi cópias as para cada c ada um de vocês. vocês. – Grupo Gr upo habilidoso habilidoso esse – Dock D ockson son observou. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Então, onde iss issoo nos deixa? O grupo se se deteve, de teve, e Dock Doc kso sonn fez fe z um gest gestoo de cabeç c abeçaa na direção direçã o de Vin. – Com Com a nobre nobr e za . Kelsier Kelsi er fra franz nziu iu o cenho levem ente. – P osso volt voltaa r a o tra trabalho balho – Vin a ssegurou ra rapidam pidam ente ente.. – Estou pra prati ticc am e nte cur curaa da agora. Kelsier trocou um olhar com Sazed, que ergueu uma sobrancelha. Ele verificava o ferimento dela periodicamente. Pelo jeito, não gostava do que tinha visto. – Ke K e ll – Vin V in disse –, esto e stouu fic ficaa ndo louca louca.. Cresci como ladra, lutando por comida e espaço. ão posso simplesmente ficar sentada e deixar que os criados me papariquem. – Além dis disso, so, tenho que provar que ainda posso posso ser se r útil útil para a gangue . – Bem – Kelsi Ke lsiee r fa falou. lou. – Voc Vocêê é um umaa da dass raz ra zões pela pelass quais qua is vie vie m os aqui a qui hoje hoj e . Há um baile neste fim de semana que... – Eu vou – Vin decidi dec idiu. u. Kelsier Kelsi er ergueu um dedo. – Escute Escute,, Vin. Você passou por m uit uitaa c ois oisaa ult ultim imam am e nte, e e ssa infil infiltra traçã çãoo pode ser perigosa. per igosa. – Kelsi Ke lsiee r – Vin V in respondeu re spondeu term ter m inantem e nte –, toda a m inha vida tem si sido do perig per igosa. osa. Eu vou. vida tem Kelsier Kelsi er não parece pare ceuu estar estar convencid convencido. o. – Ela tem que fa fazze r iss isso, o, Ke Kell ll – Doc Dockkson obser observou. vou. – P rim rimee iro, porque a nobre nobrezza vai começa com eçarr a ficar desconfiada desconfiada se el e la não come c omeçar çar a ir às fest fe stas as novam novament ente. e. Segun Segundo do,, precisam precisam os saber o que ela vir. Ter criados-espiões na equipe não é o mesmo que ter um espião ouvindo as fofocas fofoc as locais loca is.. Sabe Sabe di disso sso.. – Tudo bem , e ntão – Ke Kelsi lsier er fina finalm lmee nte c oncor oncordou. dou. – Mas tem que prom ete eterr que nã nãoo vai usar alomancia física até que Sazed autorize. Mais tarde, naquela noite, Vin ainda não conseguia acreditar em como estava ansiosa para ir ao baile. Estava parada, em seu quarto, examinando os vestidos que Dockson lhe trouxera. Depois de ser obrigada a usar o vestuário das nobres por um mês seguido, estava começando a achar os vestidos um pouco mais confortáveis do que antes. Não que não sejam se jam frívolos, frívolos, é c laro laro,, pensou, inspecionando quatro vestidos. Toda essa renda, as camadas de tecido... camisa simples e calça são muito mais práticos. Mesmo ass a ssim, im, havia algo especial nos vestidos – algo na beleza deles, como nos jardins lá havia algo fora. Quando observados como itens estáticos, como uma planta solitária, os vestidos eram apenas medianamente impressionantes. Contudo, quando pensava em ir ao baile, os vestidos ganhavam nov novoo sig signi nificado. ficado. Eram bon bonit itos os,, e a tornariam bon boniita. Eram a fac f acee que m os osttra raria ria para a corte, c orte, e queria escolher escolher o modelo certo cer to.. Eu me pergunto se Elend Ve ntur nturee estará lá ... Sazed não tinha dito que a maioria dos jovens aris ar isto tocr cratas atas parti pa rticipava cipava de tod todos os os bailes? bailes?
Pousou a mão em um dos vestidos, negro com bordados prateados. Combinava com seu cabelo, mas seria muito escuro? A maior parte das mulheres usava vestidos coloridos; os tons mais neutros eram reservados aos trajes masculinos. Olhou o vestido amarelo, mas parecia um pouco... ousado ousa do dem ais. E o branco bra nco era e ra m uit uitoo enfe enf e it itaa do. Sobrava o vermelho. O decote era mais baixo – não que ela tivesse muito o que mostrar –, mas era lindo. Tinha um pouco de renda, e mangas bufantes feitas de tecido translúcido em alguns lugares; gostava daquilo. Mas parecia tão... gritante. Pegou o vestido, sentindo o material suave su ave entre seus dedos, dedos, im im agin aginando-se ando-se com ele. Como cheguei a isso?, isso? , Vin pensou. Com essa coisa será impossível me esconder! Essas criações de organdi não são para mim. E, mesmo assim... parte dela ansiava em voltar ao baile. A vida cotidiana de uma nobre a frustra frust rava, va, mas m as suas lem lem brança brançass daquela daquela única noite noite er eram am sedut sedutoras. oras. Os belos belos casai ca saiss dançando, a atmos atm osfe fera ra e a m ús úsica ica perfe per feiitas, as mar m aravil avilhos hosas as janelas j anelas de cris cr istal tal... ... Nem pe perce rcebo bo mais m ais quando esto e stouu usando perfume pe rfume , deu-se conta, chocada. Agora preferia se banharr em á gua per banha perfum fum a da todos os dias, e os cr criados iados até pe perf rfum umava avam m suas roupa roupas. s. Era tudo sutil, é claro, mas seria o suficiente para entregá-la quando estivesse se esgueirando. Seu cabelo ca belo havia havia crescido cr escido,, e fora f ora cui c uidados dadosam am ente cortado pela cabeleireira ca beleireira de Renoux Renoux para que caísse sobre suas orelhas, cacheando levemente. Não parecia tão magra ao espelho, apesar de sua longa enfermidade; as refeições regulares a fizeram ganhar peso. Estou me tor tornando... nando... Vin se deteve. Não sabia o que estava se tornando. Certamente não uma nobre. Mulheres nobres não ficavam aborrecidas quando não podiam sair vagando pela noite. noi te. Mesm Mesmoo assim assim , não era er a m ais Vin, Vin, a garot gar otaa de rua. Era... Era ... Nascida Nas cida das Brumas. Vin colocou cuidadosamente o belo vestido vermelho sobre a cama, então cruzou o quarto paraa olhar pela j ane par anela. la. O sol esta estava va pre prestes stes a se pôr; logo as brum a s viriam – em bora bora,, c om omoo sempre, Sazed colocasse guardas para se assegurar de que ela não sairia em nenhuma traquinagem alomântica não autorizada. Não reclamara das precauções. Ele estava certo: sem vigi vi gilânci lância, a, ela e la provavelment provavelme ntee teria quebrado sua promessa prom essa há m ui uito to tem tem po. Captou um vislumbre de movimento à direita, e só conseguiu distinguir uma figura em pé no balcão balc ão do j a rdim rdim.. Kelsi Ke lsier er.. Vin ficou para pa rada da por um m om omee nto, então saiu sa iu do quarto. Kelsier se virou quando ela entrou no balcão. Ela se deteve, sem querer interromper, mas ele lhe lançou um de seus sorrisos característicos. Ela seguiu em frente, juntando-se a ele na grade de m adeira ent e ntalh alhada. ada. Ele voltou a olhar para o oeste – não para os jardins, mas para além deles. Na direção da vastidão, iluminada pelo sol poente, fora da cidade. – Não Nã o pare par e c e err e rraa do para par a você você,, Vin? – Errado? Err ado? – Ela Ela per perguntou. guntou. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – As plantas sec se c as, o sol abrasa abr asador, dor, o cé c é u negro negr o de fum f umaç açaa . Vin deu de ombros. – Com Comoo essas essa s coisas podem pode m e star ce c e rta rtass ou erra er radas? das? São São com c omoo são. – Suponho que sim – Ke Kelsi lsiee r conc concordou. ordou. – Mas ac acho ho que sua m e ntalidade é par parte te do que está errado. err ado. O mund m undoo não devia devia ser assi assim m. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Com Comoo sabe? sabe ? Kelsier colocou a mão no bolso do casaco e pegou um pedaço de papel. Desdobrou-o gentilmente e entregou-o a Vin.
Ela aceitou a folha, segurando-a com cuidado; era tão antiga e gasta que parecia prestes a rasgar nas dobras. Não continha palavras, só um velho desenho desbotado. Mostrava uma forma estranha – algo como uma planta, ainda que não fosse nenhuma que Vin tivesse visto. Era muito... frágil. Não tinha um caule grosso, e as folhas eram muito delicadas. No alto, tinha uma estranha coleção coleçã o de folhas de de cor diferente difer ente do resto. resto. – O nom nomee diss dissoo é flor – Kelsier K elsier diss dissee . – Co Costuma stumava va cr cresc escee r nas plantas, a ntes da Asc Ascee nsão. Descrições dela aparecem em antigos poemas e histórias... coisas que só Guardadores e sábios rebeldes conhecem agora. Aparentemente, essas plantas eram belas, e tinham um odor agradável. – Plantas P lantas com c om c heir heiro? o? – Vin perguntou. per guntou. – Como fruta f rutas? s? – Algo a ssi ssim m , c re reio io eu. e u. Alguns dos re relatos latos até a té af afirm irmaa m que e ssas flore floress se convertiam em frutas, antes antes da Ascensão. Vin ficou em silêncio, franzindo o cenho, tentando imaginar uma coisa dessas. – Esse dese desenho nho perte pe rtencia ncia à m inha esposa esposa,, Mar Maree – Ke Kelsi lsiee r diss dissee em voz baixa. – Doc Dockkson o encontrou nas coisas dela depois que fomos levados. Ele o guardou, esperando que reto re tornássem rnássemos os.. Deu para m im depoi depoiss que que escapei. esca pei. Vin olh olhou ou para a figu figura ra nov novam am ente. – Mare Mar e er eraa fa fascina scinada da pelo período pe ríodo pré pr é -A -Asce scensão nsão – Ke Kelsi lsiee r c ontou, ainda olhando fixam f ixam e nte por sobre os j a rdins. Na dist distânc ância, ia, o sol tocou o horiz horizonte, onte, fic ficaa ndo um ver verm m e lho ainda m a is profundo. prof undo. – Ela c olec olecionava ionava coisa coisass c om omoo e sse pape papel: l: desenhos de senhos e desc descriç rições ões dos velhos tem pos. Acho que que ess e ssaa fascinaçã f ascinaçãoo (junt (j untam am ente com o fato de de ela e la ter ter si sido do um um a olho olho de estanho) estanho) é part par te do que a levou até o submundo e até mim. Foi ela quem me apresentou a Sazed, ainda que, nessa época,, eu não época nã o o tenha incluí incluído do na gangue. Ele Ele não estava inter interessado essado em roubar. Vin dobrou o papel. – E ainda a inda guarda gua rda essa figura figura?? De Depois.. pois.... do que ela e la lhe fe f e z? Kelsier Kelsi er ficou em si sillêncio por um m om omento ento.. Então Então olhou olhou para ela. – Escuta Escutando ndo a trá tráss das porta portass de novo, não é? Bo Bom m , não im importa porta.. Suponho que sej a de conhecimento conhecim ento gera geral.l. No horiz horizonte, onte, o sol poente se tra transfor nsform m ou e m um umaa laba labare reda, da, sua luz a ver verm m e lhada iluminando nuvens e fumaça por igual. – Sim im,, guar guardo do essa flor – Ke Kelsi lsier er diss dissee . – Nã Nãoo tenho m uit uitaa ce certe rtezza do porquê porquê.. Mas... você deixa de amar alguém só porque essa pessoa o traiu? Acho que não. É isso que faz com que a traição mac m achuq huque ue tanto.. tanto.... a dor, a frustra frustraçã ção, o, a raiva... e eu e u ainda ainda a am a m ava. Ainda Ainda am a m o. – Como? Com o? – Vin V in perguntou. pe rguntou. – Co Com m o pode? E c om omoo pode c onfia onfiarr na nass pessoas? pe ssoas? Não Nã o apre a prendeu ndeu nada com o que ela fez com você? Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Ac Acho... ho... a cho que se m e de dessem ssem a e scolha entr entree a m a r Mar Maree – sabe sabendo ndo da tra traiçã içãoo – e nunca tê-la conhecido, escolheria amá-la. Eu me arrisquei e perdi, mas o risco ainda valeu a pena.. É o m e sm pena smoo com os a m igos igos.. A de desconf sconfianç iançaa é saudá saudáve vell e m nossa prof profiss issãã o... m as só a té certo ponto. Prefiro confiar nos meus homens que me preocupar com o que acontecerá se me traírem. – Isso pare par e ce tol toloo – Vin com entou. – A fe feli licc idade é tol tola? a? – Ke Kelsi lsiee r per perguntou, guntou, voltandovoltando-se se par paraa e la. – Onde O nde foi m a is feli fe lizz, Vin? V in? a m in inha ha gangue ou com Cam on? Vin não disse disse nada. na da. – Não Nã o tenho cer c erteza teza se Mar Maree m e tra traiu iu – Kelsi Ke lsiee r diss dissee , olhando novam nova m ente par paraa o pôr do sol. – Ela sem se m pre af afirm irmou ou que não nã o fez fe z iss isso. o.
– E ela foi m a ndada par paraa a s Minas, cer c erto? to? – Vin V in lem brou. – Nã N ã o faz f az sentido, se e la se aliou ao Senhor Sobera Soberano. no. Kelsier Kelsi er balançou a cabeç c abeça, a, ain a inda da olhando olhando ao longe. longe. – Ela apa apare recc e u nas m inas pouca poucass sem a nas depois de eu ter sido m anda andado do pa para ra lá... fom os separados separa dos depoi depoiss que que nos capt ca pturar uraram am . Não sei o que que ac acont ontec eceu eu nesse m eio-t eio-tem em po, ou ou por que ela foi mandada para Hathsin. O fato de ela ter sid sidoo mandada para a morte indica que talvez não tenha me traído, na realidade, mas... – Ele se voltou para Vin. – Você não o ouviu quando ele nos capturou, Vin. O Senhor Soberano... ele agradeceu a ela. Agradeceu por ela ter me traído. As palavra pala vrass dele... de le... dit ditas as c om um senso de honestidade tão estra estranho... nho... m ist istura urada dass com c om a for form m a c om que o plano foi traçado... bem, foi difícil de acreditar em Mare. Isso não mudou meu amor, no entanto... não no fundo. Quase morri quando ela morreu, um ano mais tarde, espancada pelos senhores de escravos nas Minas. Naquela noite, depois que o cadáver dela foi levado, eu tive o estalo. – Você Voc ê enlouque enlouquece ceu? u? – Vin perguntou. per guntou. – Não Nã o – Kelsi Ke lsier er re respondeu. spondeu. – Estalar Estala r é um ter term m o alom a lomââ nti nticc o. Nossos podere poder e s só são latentes late ntes no início. Eles só aparecem depois de algum acontecimento traumático. Algo intenso... algo quase mortal. Os filósofos dizem que um homem não pode comandar os metais até que tenha vist vi stoo a morte m orte e a rej r ej eit eitado. ado. – Então... quando qua ndo acontec ac onteceu eu com c omigo? igo? – Vin inda inda gou. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – É difícil difíc il diz dizer er.. Cresce Cre scendo ndo com c omoo cre c resce sceu, u, você voc ê prova provavelm velm ente teve oportunidade oportunidadess de sobra paraa ter um e stalo. – Ele asse par assenti ntiu, u, com o se par paraa si m e sm smo. o. – No m e u c aso, foi nessa noit noite. e. Sozinho nas minas, com meus braços sangrando do dia de trabalho. Mare estava morta, e eu temia ter sido o responsável... que minha falta de fé tivesse tirado suas forças e sua vontade. Ela morreu sabendo que eu questionava sua lealdade. Se eu realmente a amasse, talvez não tivesse nem m esm esmoo questio questionado. nado. Não sei. – Mas você voc ê não nã o morr m orree u – Vin com e ntou. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Dec De c idi que que ve veria ria o sonho dela de la tornado torna do rea r eali lidade dade.. Criaria Criar ia um m undo no qual qua l haveria have ria flore floress novamente, um mundo com plantas verdes, um mundo sem fuligem caindo do céu... – Ele se calou, então suspirou. – Eu sei. Sou louco. – Na ve verda rdade de – Vin V in disse disse em e m voz ba baixa ixa –, meio m eio que fa fazz sentido. Finalm Finalmente ente.. Kelsier sorriu. O sol mergulhava no horizonte, e, ainda que sua luz fosse uma labareda a oeste, as brumas começavam a aparecer. Não vinham de um lugar específico, elas apenas... surgiam. Estendiam-se como trepadeiras translúcidas, retorcidas, no céu – curvando-se para frent fre ntee e para trás, esti estica cando ndo-se, -se, dançando dança ndo,, derretend derre tendo. o. – Mare Mar e quer queria ia ter filhos – Kelsier disse de re repente pente.. – Quando Qua ndo nos casam ca sam os, há um a déc década ada e meia. Eu... não concordava com ela. Queria me tornar o ladrão skaa mais famoso de todos os tempos, e achava que não tinha tempo para coisas que me atrasariam. Provavelmente foi bom não termos tido filhos. O Senhor Soberano poderia tê-los encontrado e matado. Ou talvez não... Dox e os outros sobreviveram. Agora, às vezes, desejaria ter uma parte dela comigo. Um filho. Uma filha, talvez, com os mesmos cabelos escuros de Mare e sua teimosia. – Fez uma pausa e olhou para Vin. – Não quero ser responsável por algo que aconteça com você, Vin. Não outra vez. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Não Nã o vou passar passa r m a is tem po trancada tranc ada ne nessa ssa m ansã ansão. o. – Não, N ão, suponho que não. Se tentar tentarm m os segurá se gurá-la -la m ais, prova provavelm velm e nte vai a par paree ce cerr na loj lojaa
de Trevo uma noite, depois de fazer algo muito tolo. Somos muito parecidos, você e eu. Só... tenha cuidado. Vin assentiu. – Tere Te rei.i. Ficaram ali por mais alguns minutos, observando as brumas se concentrarem. Finalmente, Kels Ke lsier ier se levantou, alongando alongando o corpo. – Be Be m , se isso vale de algum algumaa coisa coisa,, estou feli fe lizz que tenha te nha decidido de cidido se j untar a nós, Vin. Elaa deu El de u de ombros om bros.. – Pa P a ra diz dizee r a ver verdade dade,, eu m e io que gostaria de ver ve r um a dessa dessass flores flore s pessoalme pessoalm e nte.
Pode -se diz Pode-se dizee r que as c ircunstân ircunstâncc ias me forçaram a deix deixar ar me meuu lar para trás – se ti tive vesse sse icado, eu certamente estaria morto agora. Naqueles dias – fugindo sem saber por que, carregando um fardo que não entendia –, presumi que me perderia em Khlennium e buscaria uma vida de indistinção. Lentame L entamente nte come c omeço ço a entende e ntenderr que o anonimato, como tantas outra outrass coisas, já já estava perdid pe rdidoo ara mim para sempre.
Ela decidiu usar o vestido vermelho. Era definitivamente a escolha mais ousada, mas paree c ia a c orr par orreta eta.. Af Afinal, inal, esc escondia ondia seu eu ve verda rdadeir deiroo atr atráá s de um umaa apa aparê rênc ncia ia a ristocr ristocrática ática;; e quantoo mais quant m ais vis visív ível el fosse fosse ess e ssaa apar aparência, ência, m ais fácil fác il seria para par a ela se escond e sconder. er. Um serviçal abriu a porta da carruagem. Vin respirou profundamente – o peito um pouco apertado pelo corpete especial que estava usando para ocultar suas ataduras –, aceitou a mão do homem e desceu. Alisou o vestido, assentiu para Sazed, e se juntou aos outros aristocratas, subindo os degraus da Fortaleza Elariel. Era um pouco menor do que a fortaleza da Casa Venture. Mas a Mansão Elariel aparentemente tinha um salão de bailes separado, enquanto a Casa Venture organizava seus encontros no enorme salão principal. Vin observou as outras nobres, e sentiu um pouco da sua confiança desaparecer. Seu vestido era bonito, mas as outras mulheres usavam muito mais do que belos vestidos. Seus cabelos longos e flu f luid idos os e seus ar ares es de aut a utos ossu suficiência ficiência combi com binavam navam com su suas as figura figurass enfeitadas. enfeitadas. Pree Pr eenchi nchiam am a parte par te super superior ior de seus vestidos c om cur curva vass volupt voluptuosas, uosas, e m oviam oviam-se -se c om e legâ legânc ncia ia no esplendor de rendas das pregas das saias. De vez em quando, Vin vislumbrava os pés de algumas mulheres, e elas não usavam simples sapatilhas como ela, mas sapatos de salto alto. – P or que não tenho um sapa sapato to desse desses? s? – per perguntou, guntou, em voz ba baixa, ixa, e nquanto subi subiaa m a s escadarias esca darias cobertas de tapetes.
– Saltos exigem prá práti ticc a pa para ra c am inhar inhar,, Senhora Senhor a – Sazed re r e spondeu. – Um a ve vezz que ac a c abou de aprender a dançar, seria melhor usar sapatos normais por um tempo. Vin franziu o cenho, mas aceitou a explicação. A menção de Sazed a respeito da dança, no entanto, aumentou seu desconforto. Lembrara-se da atitude fluida dos dançarinos no último baile. Cer ertam tamente ente não seri ser ia ca capaz paz de faz f azer er ig igual ual – mal m al conhecia os passo passoss básicos. básicos. pensou. Eles Não import importa, a, pensou. Eles não me m e v erão – ve v e rão Lady Valette. SupõeSupõe-se se que e la seja nova e insegura, e todo mundo pensa que esteve doente ultimamente. Fará sentido para ela ser uma dançarina ruim. Com esse pensamento em mente, Vin alcançou o topo da escada sentindo-se um pouco mais segura. – De D e vo dize dize r, Senhor enhoraa – Sazed com c omee ntou –, que par paree ce m uit uitoo m e nos nervosa ne rvosa desta ve vezz. De De fato, até parece animada. Essa é a atitude adequada para Valette, creio. – Obrigada Obr igada – ela e la re respondeu, spondeu, sorr sorrindo. indo. Ele estava e stava c er erto: to: estava animada. Animada por fazer estava animada. parte par te do tra trabalho balho novam e nte; a nim nimaa da, até m e sm smo, o, por e star de volt voltaa e ntre a nobre nobrezza, c om seu esplendor e graça. Chegara hegaram m ao edi e difício fício que que abrig a brigava ava o salão salão de bail bailes es – uma um a das da s várias alas baixas baixas que saíam da fortaleza principal – e um criado pegou seu xale. Vin se deteve por um momento na porta, esperando espera ndo enquant enquantoo Saz Sazed ed providenciava providenciava sua m esa e su suaa re refeiçã feição. o. O salão de baile Elariel era muito diferente do grande e majestoso salão Venture. O aposento escuro tinha apenas um andar, e, ainda que tivesse vários vitrais, todos estavam no teto. Claraboias circulares em forma de roseta brilhavam no alto, iluminadas por pequenas luzes oxídricas no telhado. Cada mesa estava arrumada com velas e, apesar da luz acima, havia uma penum bra int intim imist istaa e m toda a sala sala.. P a re recia cia... ... priva privati tivo, vo, a pesa pesarr da num numer erosa osa quantidade de pessoass no evento. pessoa eve nto. Esta sala obviamente tinha sido planejada para acomodar festas. Uma pista de dança ocupava o centro, c entro, em um ní nível vel mais m ais baixo baixo e melho m elhorr ilum ilumiinado do que que o rest re stoo do ambi am biente. ente. Havia duas fil fileiras de m esas circul circ ulando ando a pista: pista: a primeira prime ira alg a lguns uns ce cent ntíím etros acima, acim a, a out outra ra m ais para para trás, cerca cerc a de duas vez vezes es mais m ais alta. alta. Um criado a levou até uma mesa ao fundo da sala. Vin se sentou, Sazed tomou o lugar costtume cos umeiiro atrás dela dela e passaram a esp espera erarr que a refe refeiiçã çãoo chegasse. chegasse. – Como e xata xatam m e nte se supõe que vou conse conseguir guir a inform aç açãã o que Ke Kelsi lsiee r quer quer?? – e la perguntou per guntou em voz baixa baixa,, per perscr scrutando utando a sala e scur scuraa . As int intensa ensass cor coree s cr crist istaa li linas nas dos vit vitra rais is proj eta etavam vam padr padrões ões nas m esa esass e na nass pessoa pessoas, s, c ria riando ndo um umaa a tm tmosfe osfera ra im impre pressi ssionante onante,, m a s torna to rnando ndo difícil difícil dist distin ingui guirr os rost r ostos. os. Elend Elend est e star aria ia em e m algum lu lugar gar entre os participantes participantes da fe fest sta? a? – Alguns hom e ns a c onvidarã onvidarãoo par paraa danç dançar ar e sta noit noitee – Sa ze d dis disse. se. – Ac Aceite eite os convit c onvites... es... isso lhe dará um pretexto para procurar por eles mais tarde e se misturar em seus grupos. Não precc isa par pre parti ticc ipar das conve conversa rsas; s; só ouvir. Em bailes futuros, a lguns dos j ovens talvez passe passem ma lhe convidar para acompanhá-los. Então poderá sentar-se às mesas deles e ouvir todas as discussões. – Quer Que r dizer dizer,, fica fic a r sentada se ntada com um hom homee m todo o te te m po? Sazed assentiu. a ssentiu. – Isso não é incom incomum um.. Você Voc ê só dançar danç aria ia com c om e le essa e ssa noite tam bém . Vin franziu o cenho. Mas deixou o assunto para lá e voltou a inspecionar a sala. Provavelme Provav elmente nte nem está aqui – e le dis disse se que e vitava bail bailee s quando possí possívv e l. Me Mesmo smo que e steja, estará sozinho. Nem mesmo... Um baque surdo soou, como se alguém tivesse derrubado uma pilha de livros sobre a sua mesa. Vin se sobressaltou, voltando-se a tempo de ver Elend Venture puxando uma cadeira e
sentando-se com postura relaxada. Ele se reclinou na cadeira, dobrando-se na direção de um candelabro candelab ro atrás da da m esa, e abri a briuu um livro livro para para com começa eçarr a ler. Sazed franziu o cenho. Vin escondeu um sorriso, olhando para Elend. Parecia que ainda não se incomodava em pentear o cabelo, e estava mais uma vez vestindo um terno desabotoado. Seu traje não era maltrapilho, mas não era tão rico quanto os dos outros na festa. Parecia ter sido confeccion confec cionado ado para ser solto solto e cômodo, c ômodo, desaf desafiand iandoo a m oda tra tradi dicion cional al bem aj us ustada. tada. Elend folheou seu livro. Vin esperou pacientemente que reparasse nela, mas ele apenas continuou a ler. Finalmente, Vin ergueu uma sobrancelha. – Não Nã o m e lem bro de ter lhe dado da do perm pe rm iss issãã o para pa ra se senta sentarr e m m inha m e sa, Lorde Ve nture – disse. disse. – Nã Nãoo se pre preocupe ocupe c om omigo igo – Elend diss disse, e, sem leva levantar ntar os olhos olhos.. – Você tem um umaa m e sa grande. Há bastante espaço para nós dois. – Pa P a ra nós dois, dois, talvez – Vin disse. disse. – Mas Ma s não tenho te nho certe ce rtezza quanto a todos e sses livros. livros. Onde os criados colocar colocarão ão a m in inha ha refe re feição? ição? – Há um pouco de espa espaço ço à sua esquer e squerda da – Elend Ele nd disse disse distraidam distra idamee nte. A expressão de preocupação de Sazed aumentou. Ele deu um passo adiante, reunindo os livros e colocando-os no chão ao lado da cadeira de Elend. Elend El end continuo continuouu a ler. No ent e ntanto anto,, ergueu er gueu uma m ão e fe fezz um gest gesto. o. – Vê Vê,, agor agora, a, por que nunca re recor corro ro a c ria riados dos ter terrisanos. risanos. Sã o insup insuporta ortavelm velm ente e fic ficientes, ientes, devo dizer. – Sazed não nã o é insup insuportá ortável vel – Vin dis disse se c om fr frieza. ieza. – É um bom a m igo, e é, prova provavelm velm ente ente,, um homem home m m elh elhor or do qu quee você j am ais será, Lorde Lorde Vent Ve nture. ure. Elend finalmente levantou o olhar. – Eu... sinto sinto muit m uitoo – disse, disse, com c om um tom de voz sinc sincer ero. o. – Pe P e ç o desculpas. desc ulpas. Vin assentiu. Elend, no entanto, abriu seu livro e começou a ler novamente. Por que se sentou comigo com igo se se só queria ficar ficar lendo? – O que fa fazzia nessa nessass fe festas stas a ntes de ter a m im par paraa im importunar portunar?? – ela per perguntou, guntou, com c om um tom to m de voz incom incomodado. odado. – E c om omoo posso esta estarr im importunando portunando você você?? – e le per perguntou. guntou. – Que Quero ro diz dizee r, de ver verdade dade,, Valette. Só estou sentado aqui, lendo para mim mesmo. – Na minha mesa. Tenho certeza de que consegue uma para você... é o herdeiro Venture. minha mesa. ão que tenha sido claro quanto a esse e sse fato fa to dura durante nte nosso nosso últi últim m o encont enc ontro. ro. – Ver Verdade dade – Elend Ele nd concor c oncordou. dou. – Mesm Me smoo assi a ssim m , m e lembro de ter dito que os Venture eram lembro de muito irritantes. Só estou tentando me adequar à descrição. – Foi Foi você quem fe fezz a desc descriç riçãã o! – Convenie Convenientem ntem e nte – Elend disse, sorrindo sorr indo le le vem e nte enquanto e nquanto lia lia . Vin sus suspi pirou rou de frust f rustra raçã ção, o, fazendo fazendo uma ca care retta. Elend a ol olhou hou por sobre seu livro. livro. – Este é um vestido esplêndido. Quase tão bonito quanto você voc ê . Vin não soube o que dizer, ficando levemente boquiaberta. Elend sorriu maliciosamente, então voltou para seu livro, os olhos brilhando como se indicasse que fizera o comentário sim si m pl plesm esmente ente porque porque sabia que reaçã rea çãoo provocar provocaria. ia. Sazed permaneceu em pé perto da mesa, sem se incomodar em dissimular sua desaprovação. Mesmo assim, não disse nada. Elend era obviamente importante demais para ser repree re preendi ndido do por por um si sim m pl ples es mordomo. m ordomo. Vin finalm finalmente ente encontrou e ncontrou sua sua lí língua. ngua. – Com Comoo é que, que , Lorde Ve Venture nture,, um hom homee m ele elegível gível com o você vem a esse essess bailes sozinho? sozinho?
– Ah, nã nãoo ve venho nho – Elend diss disse. e. – Min Minha ha fa fam m íl ília ia e m ger geraa l tem te m um umaa gar garota ota ou outra na fila paraa m e a c om par ompanha panhar. r. O ingre ingresso sso desta noit noitee é de La Lady dy Stase Bl Blaa nche nches... s... é a quela de vestido verde sentada na fileira de baixo, diante de nós. Vin olhou do outro lado da sala. Lady Blanches era loira, e linda. Não parava de encarar a m esa de Vin Vin,, ocultand ocultandoo seu mal-estar. m al-estar. Vin corou, afastando o olhar. – Humm Hum m , não dever de veria ia estar e star lá, lá , com c om e la? – É prová prováve vell – Elend dis disse. se. – Mas, ve vejj a, vou lhe c ontar um segr segree do. A ver verdade dade é que não sou realmente muito cavalheiro. Além disso, não não a convidei: só fui informado sobre minha acompanhante quando subi na carruagem. – Entendo – Vin disse, disse, fra f ranz nzindo indo o cenho. ce nho. – Meu com porta portam m ento é , de todas a s for form m a s, deplor deploráve ável.l. Inf Infeliz elizm m e nte, tenho tendê tendência ncia a esses arrebatamentos de comportamento deplorável. Veja, por exemplo, minha predileção por ler na m esa de j ant antar. ar. Descu De scullpe-m pe-mee po porr um m ome oment nto; o; vo vouu buscar buscar al a lgo para para beber. Ele se levantou, guardando o livro no bolso, e caminhou na direção de uma das mesas em que as bebidas bebidas eram era m servi servidas. das. Vin Vin o obs obser ervou vou parti partir, r, ao m esm esmoo tem tem po incom incomodada odada e perplexa. pe rplexa. – Isso não é bom bom,, Se Se nhora – Sa Sa ze d disse, disse, em e m voz baixa baixa.. – Ele não nã o é tão mal. al. tão m – Ele a e stá usando, Senhor enhoraa – Sazed fa falou. lou. – Lorde Ventur enturee é fa fam m oso por sua a ti titude tude não convencional e desobediente. Muitas pessoas não gostam dele; precisamente porque faz coisas como essa. – Com Comoo essa? essa ? – Está senta sentado do com c om você porque sabe que iss issoo aborr a borree c e a fa fam m íl ília ia dele de le – Sazed c om omee ntou. – Ah, criança, não quero lhe trazer dor, mas deve entender o costume da corte. Este jovem não estáá roma est r omant ntiicam ent entee int ntere eress ssado ado em vo você. cê. É um sen senho horr j ov ovem em e arrogant arrogantee qu quee se irrit irrita com as rest re strições rições de seu pai; então se rebela, re bela, agindo agindo de form a rude r ude e ofensi ofensiva. va. Sabe Sabe que o pai vai acabar aca bar cedendo ce dendo se se agi a girr dessa maneira m aneira por tem tem po sufici suficiente. ente. Vin sentiu seu estômago virar. Sazed provavelmente está certo, é claro. Por que mais Elend me procuraria? Sou exatamente o que ele precisa – alguém de nascimento baixo o bastante para aborrec abor recer er seu pai pai,, mas inex inexperiente periente o suficiente suficiente para não não ver ve r a verda ve rdade de . Sua refeição chegou, mas Vin não tinha mais muito apetite. Começou a mexer na comida quando Elend regressou, colocando uma grande taça cheia de alguma bebida na mesa. Bebia enquanto lia. Vamos ver como reage se eu não interromper sua leitura , Vin pensou, aborrecida, recordan rec ordando do su suas as lilições e comendo com endo com a el e legância de uma dam a. Não era uma refe refeiição grande – consisti consistiaa princ principalm ipalmente ente de deliciosos vege vegetais tais pre prepa para rados dos c om m a nteiga – e, quanto m a is rápido terminasse, mais rápido poderia dançar. Ao menos não teria que ficar sentada com Elend Venture. O jovem lorde se deteve várias vezes enquanto ela comia, espiando-a por sobre seu livro. Ele obviamente esperava que dissesse alguma coisa, mas ela não o fez. Enquanto comia, no entanto, a raiva dela foi se apaziguando. Olhou para Elend, estudando sua aparência levemente desleixada, observando a ansiedade com que lia seu livro. Estaria realmente escondendo o sentido retorcido de manipulação que Sazed dava a entender? Estaria realmente usando-a? Qualquer um a trairá trairá,, Reen sussurrou. Todo mundo a trairá. Elend El end parecia tão... tão... autênt autêntiico. Parecia Par ecia uma um a pessoa pessoa rea r eall, não uma fac fachada hada ou um um a m áscara áscara.. E parecia querer que ela falasse com ele. Vin considerou uma vitória pessoal quando ele finalmente abaixou o livro e olhou para ela.
– Por P or que está a qui, Valett Vale ttee ? – perguntou. per guntou. – Aqui na fe f e sta? – Não, Nã o, aqui em e m Luthade Luthadel.l. – Porque P orque é o centr c entroo de tudo – Vin disse. disse. Elend franz fr anziu iu o cenho. ce nho. – Suponho Suponho que sej a . Mas o impér im pério io é um lugar gra grande nde pa para ra ter um c e ntro tão peque pequeno. no. Não Nã o acho ac ho que que realm re almente ente entendemos entendem os o quão grande é. Quanto tem tem po levou levou para chegar c hegar até aqui a qui?? Vin teve um m om omento ento de pânico, m as as lições lições de de Sazed Sazed vier vieram am ra rapi pidam damente ente à sua mente. m ente. – Quase Qua se dois mese m esess pelo canal, ca nal, com c om algum algumaa s parada par adas. s. – Um tem po m uit uitoo longo – Elend dis disse. se. – Diz Dizem em que se leva m eio ano par paraa viaj ar de um extremo do império ao outro, ainda assim, a maior parte de nós ignora todo esse trajeto exceto por esse e sse pequeno pe queno peda pe daço ço no ce c e ntro. – Eu... – Vin se calou. c alou. Com Ree Reen, n, havia pe perc rcorr orrido ido todo todo o Domíni Dom ínioo Ce Ce ntra ntral.l. Era o menor m enor dos Domínios, no entanto, e nunca visitara os locais mais exóticos do império. Esta área central era boa par paraa ladr ladrões; ões; e stranha stranham m ente ente,, o loca locall m a is próxim pr óximoo do Senhor Sober oberano ano tam bém e ra o que tinha ti nha mais m ais corrupção, sem m encionar os mais ma is ricos. – O que a c ha da cida cidade, de, então? e ntão? – Elend perguntou. pe rguntou. Vin se deteve. – É... suj sujaa – dis disse, se, c om honestidade honestidade.. Sob a luz frac fr acaa , um c ria riado do se apr aproxim oximou ou pa para ra re reti tira rar r seus pratos. – É suja e cheia. Os skaa são tratados de maneira horrível, mas acho que isso acontece em qualquer lugar. Elend El end inclin inclinou ou a ca cabeça beça,, lançando um ol olhar har estranho estranho.. Não dev devia ia te te r mencionado me ncionado os skaa. Isso não é muit m uitoo típico típico dos nobres . Elee se inclin El inclinou ou para a fre frent nte. e. – Ac Acha ha que os ska ska a daqui são tra tratados tados pior do que os da sua plantaç plantação? ão? Sem pre pense penseii que estavam est avam m elh elhor or na ci c idade. – Humm Hum m ... não tenho te nho certe ce rtezza. Nã N ã o ia aos a os cam ca m pos com m uit uitaa fr free quênc quência. ia. – Então, não nã o inter interagia agia m uit uitoo com ele eles? s? Vin deu de ombros. – Isso importa im porta?? São apena a penass skaa skaa.. – Vej a , iss issoo é o que sem pre diz dizem em os – Elend c om omee ntou. – Mas nã nãoo sei. Ta lvez e u sej a curioso demais, mas eles me interessam. Já os ouviu falar alguma vez entre si? Falam como pessoass norma pessoa norm a is? – O quê? quê ? – Vin perguntou. per guntou. – É clar c laroo que sim. sim . Com Comoo poderiam poder iam fa falar lar?? – Be Be m , sabe o que o Ministér Ministério io ensina. Ela não sabi sa bia. a. Mas Ma s se dizia dizia respeit re speitoo aos skaa skaa,, provavelme provave lmente nte não era e ra elogi elogioso oso.. – Tenho Te nho com o regra re gra nunca ac acre redit ditaa r com c ompletam pletam e nte em e m nada do que o Ministér Ministério io diz diz. Elend El end se deteve de novo, incli inclinando nando a cabeç c abeça. a. – Você Voc ê ... não é o que eu e u espera espe rava va,, Lady La dy Va Valette. lette. – Ra Ra ra ram m ente a s pessoas são. sã o. – Então, m e conte c onte sobre os skaa skaa das plantaç planta ç ões. Como Com o eles e les são? Vin deu de ombros. – Com Comoo os ska ska a de qualquer qua lquer outro outr o lugar. – Sã Sã o inte inte li ligente gentes? s? – Alguns são. são. – Mas não nã o com o você e eu, e u, certo? ce rto? – Elend perguntou. pe rguntou. Vin se deteve. Como uma nobre responderia?
– Não, Nã o, é clar c laroo que não. nã o. São São apena a penass skaa skaa.. Por P or que e stá tão intere ssado neles? ne les? Elend pareceu... desapontado. – Por P or nenhum ne nhum m oti otivo vo – disse, re r e costa costando-se ndo-se e m sua cade c adeira ira e a brindo seu li livro. vro. – Ac Acho ho que alguns algu ns daqueles home homens ns querem convi convidá-la dá-la para par a dançar. danç ar. Vin se virou, notando que realmente havia um grupo de jovens parado a poucos metros de sua mesa. Afastaram o olhar assim que ela os encarou. Uns instantes depois, um dos homens apontou para outra mesa; então se aproximou e convidou uma jovem dama para dançar. – Vá Vária riass pessoa pessoass a notara notaram m , m inha senhor senhoraa – Sa ze d diss dissee . – Mas nã nãoo se apr aproxim oximaa m . A presenç pre sençaa de Lorde Ve Venture nture os inti intim m ida, cre c reio. io. Elend bufou. – Deve De veria riam m sabe saberr que sou qualquer c ois oisaa m enos intim intim idador. Vin franziu o cenho, mas Elend apenas continuou a ler. Muito ler. Muito bem!, bem! , ela pensou, voltando-se novamente para os jovens. Olhou um deles nos olhos, sorrindo levemente. Alguns Alg uns m ome oment ntos os depoi depois, s, o jovem se aproximou. Falou Falou com ela em e m um tom de voz firm firmee e formal. – Lady La dy Renoux, sou Lorde Mele Melend nd Liese. Liese . Gostaria Gostar ia de danç dançar ar?? Vin deu uma ol olhada hada em e m El Elend, end, mas m as ele não levantou levantou a cabeç c abeçaa de seu lilivro. – Adoraria Adora ria,, Lorde Liese – Vin disse, disse, segura se gurando ndo a m ão do j ovem e se leva levantando. ntando. Elee a levou até a pi El pist staa de dança dança,, e enquant enquantoo se aproximavam aproxima vam , o nervosi nervosismo de Vin retornou. retornou. De repente, uma semana de prática não parecia o suficiente. A música parou, permitindo aos casais ca sais sair ou entra entrarr na pi pist sta, a, e Lorde Liese a gui guiou ou para fre frent nte. e. Vin combateu sua paranoia, lembrando a si mesma que todo mundo via o vestido e a posiçç ã o socia posi social,l, m a s não a e la própr própria. ia. Olhou nos olhos de Lorde Liese e , par paraa sua surpr surpree sa, viu apreensão. A música começou, assim como a dança. O rosto de Lorde Liese adquiriu uma expressão de consternação. Ela pôde sentir a palma da mão dele suando em suas mãos. Ora, ele está tão nervoso quanto eu! Talvez ainda mais. Liese era mais jovem do que Elend, mais próximo da idade dela. Provavelmente não tinha muita experiência em bailes – certamente não parecia que dançava muito. Ele se concentrava tanto nos passos passos que que seus movi m ovim m entos pareciam pare ciam rígi rígidos. dos. perce cebeu, beu, rel re laxando e deix deixando ando seu corpo se m over do m odo que que Sazed Sazed lhe Faz sentido, sentido, Vin per ensinara. Os experientes não me convidarão para dançar, não sendo tão nova. Estou abaixo da atenção deles. Mas por que Elend prestou atenç atenção ão em mim? Será simpl simplesm esmee nte c omo Sazed dis disse se – uma trama para irritar seu pai? Por que, então, ele parece interessado no que tenho a dizer? – Lorde Liese – Vin disse. disse. – O que sabe sobre Elend Venture V enture?? Liese Li ese levantou levantou a cabeça ca beça.. – Humm Hum m , eu... – Nã Nãoo se c once oncentre ntre tanto na danç dançaa – Vin dis disse. se. – Meu inst instrutor rutor diz que ela flui m a is natura natu rallm ente se não se tenta tenta com c om tant tantoo em penho penho.. Ele corou. Senhor Soberano!, Soberano! , Vin pensou. Quão inex inexperiente periente é este garoto? garoto? – Hum H umm m , Lorde L orde Ventur enture... e... – Liese Lie se dis disse. se. – Não N ão sei. É um umaa pessoa m uit uitoo im porta portante. nte. Mui Muito to m ais im im port portante ante do que eu. e u. – Não Nã o deixe a li linhage nhagem m dele int intim imidáidá-lo lo – Vin diss dissee . – Pe P e lo que vi, ele é bem inofe inofensiv nsivo. o. – Não Nã o sei, minha m inha senhora senhor a – Liese L iese dis disse. se. – A Casa Ve V e nture é m uit uitoo influente.
– Sim Sim,, bem be m , Elend não nã o faz fa z j us a essa e ssa re r e putaç putaçãã o. Pa P a re recc e gostar m uit uitoo de ignorar os que estão e stão em sua companhia... ele faz isso com todo mundo? Liese Li ese deu de ombros om bros,, dançando mais ma is natu natura rallm ente agora que est e stavam avam conversando. – Não Nã o sei. Você Voc ê ... pare par e c e conhec c onhecêê -lo me m e lhor do que eu, e u, minha m inha senhora se nhora.. – Eu... – Vin V in se c a lou. Ela sentia Ela sentia como como se o conhecesse bem; muito melhor do que deveria após dois breves encontros. Não podia explicar isso muito bem para Liese, no entanto. Mas, talvez... talve z... Renoux não disse disse que e ncontrou Elend uma ve v e z? – Ah, Elend é um am igo da fa fam m íl ília ia – Vin dis disse, se, e nquanto rodopiava rodopiavam m sob um umaa c lar laraboia aboia cristalina. – Ele é? é? – Sim – Vin diss dissee . – Meu ti tioo foi m uit uitoo am á vel e m pedir a Elend que m e vigi vigiasse asse ne nessas ssas festas, e até agora ele foi um encanto. Mas desejaria que ele prestasse menos atenção naqueles livro vross e m ais atenção atenção em e m m e apresent a presentar. ar. Liese Li ese se ani a nim m ou, e parec par eceu eu ficar um pou pouco co menos m enos ins inseguro. eguro. – Ah. Ora, Or a, isso faz fa z sentido. – Sim Sim – Vin disse. – Elend Ele nd tem sido com o um irm irmão ão m a is velho para pa ra m im dura durante nte o tem po que estou em Luthadel. Liese sorriu. sorr iu. – Pe P e rgunte rgunteii a você voc ê sobre sobr e ele e le porque por que ele e le não nã o fala fa la m uit uitoo de si mesm m esm o – Vin explicou. – Todos os Ve nture a ndam ca calados lados ult ultim imaa m ente – Liese c om omee ntou. – De Desde sde o a taque em sua fortaleza, há vários meses. Vin assentiu. – O que sabe sobre iss isso? o? Liese Li ese meneou m eneou a cabeça. ca beça. – Ninguém m e c onta na nada. da. – Olhou pa para ra ba baixo, ixo, obser observando vando os seus pé pés. s. – Da Danç nçaa m uit uitoo bem , Lady La dy Renoux. Deve De ve ter te r participado pa rticipado de m uit uitos os bailes em e m sua cidade c idade na natal. tal. – Não Nã o me m e lisonjeie lisonj eie,, me m e u senhor – Vin disse. disse. – Não, Nã o, é verda ve rdade. de. Voc V ocêê é tão... grac gr aciosa. iosa. Vin sorriu, sentindo uma pequena onda de confiança. – Sim – Liese diss dissee , quase par paraa si m e sm smo. o. – Você não é e m absoluto com o La Lady dy Shan disse... – Calou-se com um leve sobressalto, como se percebesse o que estava dizendo. – O quê? quê ? – Vin perguntou. per guntou. – Nada Na da – Liese diss dissee , fica fic a ndo ma m a is corado. cora do. – Sint Sintoo muit m uito. o. Não Nã o foi nada. nada . Lady L ady Shan, Shan , Vin pensou. Prec iso me lembrar deste de ste nome. nome . pensou. Preciso Interrogou Liese um pouco mais enquanto a dança progredia, mas ele era obviamente muito inexperiente para saber muita coisa. Sim, ele sentia que havia uma tensão crescente entre as casas; embora os bailes continuassem, havia mais e mais ausências, já que as pessoas não parti par ticc ipava ipavam m de fe f e stas ofere ofe recida cidass por seus rivais r ivais polít políticos. icos. Quando a dança terminou, Vin se sentiu satisfeita com seus esforços. Provavelmente não descobrira descobri ra nada de m ui uito to valo valorr para par a Kels Ke lsier ier – mas m as Liese era er a só o iní início. cio. Ela Ela chegaria chega ria até a té pessoas pessoas mais importantes. O que sign signif ifica ica,, Vin pensou, enquanto Liese a levava de volta para sua mesa, que terei que articipar de muitos mais desses bailes. bailes . Não é que os bailes em si fossem desagradáveis – especialmente agora que se sentia mais confiante na dança. Mas ir a bailes significava que teria menos chances de sair nas brumas. Não que Sazed me deix deixasse asse ir ir,, de qualquer mane maneira ira , pensou, soltando um suspiro interior, sorrind so rrindoo educadam ente enquanto enquanto Liese Liese faz fa zia uma m esura e se retirava.
Elend havia espalhado seus livros pela mesa, e seu recanto estava muito mais iluminado por vários candelabros – aparent apare ntem em ente surrupiados surrupiados de outra outrass mesas. m esas. pensou, pelo Bem Be m, Vin pensou, pe lo menos temos tem os o roubo e m comum c omum.. Elend estava debruçado sobre a mesa, fazendo anotações em um pequeno livro de bolso. ão levantou a cabeça enquanto ela se sentava. Sazed, ela observou, não estava em parte alguma. – Mande Mandeii o ter terrisano risano j a ntar – Elend diss dissee dist distra raidam idam ente e nquanto ra rabis biscc a va. – Nã Nãoo há necess nece ssid idade ade de que el e le pass pa ssee fom f omee enqu e nquanto anto você rodo r odopi piaa lá em e m baix baixo. o. Vin ergueu uma sobrancelha, observando os livros que dominavam sua mesa. Mesmo com ela à mesa, Elend empurrou um volume de lado – deixando-o aberto em uma página específica – e puxou outro para pa ra m a is perto. – Então, com c omoo foi o supracitado supra citado rodopio? r odopio? – ele pe perguntou. rguntou. – Na ve verda rdade, de, foi f oi bem diver diverti tido. do. – Ache Ac heii que não nã o fosse m uit uitoo boa nisso. – Nã Nãoo e ra – Vin c onfe onfessou. ssou. – P ra rati tiquei. quei. Você pode a c har e ssa inform aç açãã o surpr surpree eendente ndente,, mas ficar sentado no fundo da sala lendo livros no escuro não ajuda ninguém a se tornar um m elho elhorr dançarin dança rino. o. – Isso I sso é um umaa proposta? – Elend pe perguntou, rguntou, deixando de ixando de lado seu li livro vro e e scolhendo outro. – ão é próprio próprio de de uma um a dam a con c onvi vidar dar um homem home m para dançar, dançar , você você sabe. – Ah, eu não o af afaa staria de sua leitura – Vin diss dissee , vira virando ndo um li livro vro e m sua dire direçç ão. Fe z uma careta; o texto estava escrito com uma letra de mão pequena e intrincada. – Além disso, dançarr com dança c om você dest de strui ruiria ria todo todo o tra trabalh balhoo que acabo ac abo de faz f azer er.. Elend El end se deteve. Então, Então, finalm finalm ente levantou levantou a cabeç c abeça. a. – Traba Tra balho? lho? – Sim – Vin c onfirm ou. – Sazed e stava ce certo: rto: Lorde Liese a cha você int intim imidador idador e m e achou intimidadora por associação. Podia ser bem desastroso para a vida social de uma jovem dama se todos os homens acreditassem que ela está fora de alcance simplesmente porque um lorde irritante decidiu estudar na mesa dela. – Então... – Elend disse. – Então diss dissee par paraa e le que você simple simplesm smee nte esta estava va m e m ost ostra rando ndo os costu c ostum m e s da c orte orte.. Como se foss fossee um ... irm irm ão m ais velho velho.. – Irm Ir m ão m ais velho? – Elend perguntou, pe rguntou, fra fr a nz nzindo indo o cenho. ce nho. – Muito – mais velho – Vin falou, sorrindo. – Quero dizer, você tem, pelo menos, o dobro da Muito mais m in inha ha idade. O dobro da sua... Valette, tenho vinte e um anos. – O anos. A menos que seja uma menina muito m adura de dez anos, anos, não estou estou nem perto de ter o “dob “ dobro ro da sua idade”. – Nunca Nunc a fui f ui boa em e m m ate atem m ática – Vin disse, disse, distraidam distraida m ente ente.. Elend suspirou e revirou os olhos. Ali perto, Lorde Liese conversava tranquilamente com seu grupo de amigos, gesticulando na direção de Vin e Elend. Com sorte, um deles a convidaria paraa danç par dançaa r em e m bre breve. ve. – Con Conhec hecee um umaa tal de La Lady dy Shan? – Vin per perguntou guntou c om omoo quem não quer nada nada,, enqua enquanto nto esperava. Surpree urpreendent ndentem em ente, Elend ergueu o ol olhar. har. – Shan Shan Elar E lariel? iel? – Pre P resum sumoo que sim – Vin disse. disse. – Quem Que m é ela ela?? Elend voltou voltou para par a seu livro. – Ninguém im importante portante..
Vin ergueu uma um a sobrancelh sobrance lha. a. – Elend, posso estar e star fa fazze ndo isso isso há poucos m e ses, m as até a té e u sei que não se deve acreditar em um come c oment ntário ário com comoo esse. esse. – Be Be m ... – Elend disse disse . – Posso P osso estar com prom e ti tido do com ela ela.. – Você Voc ê tem um umaa noiva? – Vin perguntou, per guntou, e xaspe xaspera rada. da. – Nã Nãoo tenho m uit uitaa c er ertez tezaa . Nã Nãoo tem os fe feit itoo nada a esse re respeito speito há m ais de um a no. Provavelme Pr ovavelment ntee todo mundo se se esquece esqueceuu do assunt assuntoo a essa alt a ltura. ura. Magníficc o, Vin pensou. Magnífi Um momento depois, um dos amigos de Liese se aproximou. Feliz por se livrar do frustrante herdeiro Ventu Venture re,, Vin se levantou, levantou, ac aceit eitando ando a m ão do jovem j ovem lo lorde. rde. Enquanto Enquanto cam in inhava hava para par a a pistaa de danç pist dança, a, olhou para par a Elend e o pegou pe gou espiando-a e spiando-a sobre o livro. Ele im imedia ediatam tam ente volt voltou ou à sua pesquisa com ar declaradamente indiferente. Vin sentou-se à sua mesa sentindo um nível notável de exaustão. Resistiu à tentação de tirar os sapatos e massagear os pés; suspeitava que não seria muito próprio de uma dama. Silenciosamente, acendeu seu cobre, então queimou peltre, fortalecendo seu corpo e afastando um pou pouco co da fadig f adiga. a. Deixou que o peltre e depois o cobre se apagassem. Kelsier assegurara que, com o cobre aceso, ela não seria identificada como alomântica. Vin não tinha tanta certeza. Com o peltre queimando, suas reações eram muito rápidas, seu corpo muito forte. Parecia para ela que uma pessoa obser observador vadoraa seria se ria ca capaz paz de notar tais inc inconsi onsistênc stências, ias, sendo ou não nã o alom ântica ântica.. Com o peltre apagado, sua fadiga retornou. Vinha tentando não depender tanto do peltre. Seu ferimento só doía muito quando virava o corpo sem cuidado, e ela pretendia recuperar sua forçaa por conta forç conta própri própria, a, se pud pudesse. esse. De certo modo, a fadiga desta noite era boa – era o resultado de um extenso período de dança. Agora que os jovens olhavam para Elend como para um guardião, em vez de alguém com interesse romântico, não tinham escrúpulos em convidar Vin para dançar. E, com medo de fazer uma declaração política inadequada ao recusar, Vin aceitara todos os pedidos. Há alguns meses, teria rido da ideia de ficar cansada de tanto dançar. Mas os pés machucados, a lateral do corpo dolorida e as pernas cansadas eram apenas parte disso. O esforço de memorizar nomes e casas – sem mencionar o de manter uma conversa amena com cada parceiro de dança – a deixara mentalmente esgotada. pe nsou, soltando soltando Foi bom que Sazed Saze d me tenha feito usar usar essas sapatil sapatilhas has em ve v e z de saltos saltos , Vin pensou, um suspiro e tomando um suco gelado. O terrisano ainda não voltara de seu jantar. Surpreendentemente, Elend tampouco estava à mesa – embora seus livros ainda estivessem espalhados por todos os lados. Vin observou os volumes. Se parecesse estar lendo, talvez os jovens a deixassem em paz por um momento. Ela estendeu o braço, vasculhando os livros à procura de um candidato provável. O que mais a interessava – a pequena agenda de anotações encadernada em couro de Elend – não estava ali. Pegou um grande volume azul e puxou-o para o seu lado da mesa. Havia escolhido pela letra grande – seria o papel algo assim tão caro que os escribas precisavam amontoar a maior quantidade quanti dade poss possível ível de linhas linhas em e m ca cada da página? Vin Vin suspirou, suspirou, folhea folheando ndo o livro. livro. pensou. Apesar Apesar da letra grande, gra nde, Não posso posso acredit acre ditar ar que as pessoas pe ssoas le le iam livros livros tão grandes , pensou. cada ca da página página est e stava ava re repl pleta eta de pal pa lavra avras. s. Levar Levaria ia dias dias e di dias as para ler a cois coisaa toda. Ree Reenn a ens e nsin inara ara a ler para que fosse capaz de decifrar contratos, anotações e talvez bancar a nobre. Mas o seu treinam trein am ento não não se est estendera endera a text textos os tão tão grandes. gra ndes.
Prátic as his Prátic históri tóricc as na norma polí políti ticc a imperial , a primeira página dizia. Os capítulos tinham títulos como “O programa de governo do século quinto” e “A ascensão das plantações skaa”. Folheou o livro até o final, imaginando que ali estaria o mais interessante. O capítulo final era intitulado “Estrutura política atual”. Até agora, agora, leu, o sistema de plantações tem produzido um governo muito mais estável do que as metodologias prévias. A estrutura dos Domínios, com cada lorde provincial a cargo de seus kaa – e responsável por eles – engendrou um ambiente competitivo no qual a disciplina é duramente dur amente refor reforçada. çada. O Senhor Soberano aparentemente acha esse sistema preocupante, por causa da liberdade que dá à aristocracia. Contudo, a relativa falta de rebelião organizada é indubitavelmente atraente; durante os duzentos anos em que o sistema tem funcionado, não houve um grande levante nos Cinco Domínios Interiores. É c lar laroo que e sse sis sistema tema polí políti ticc o é apenas uma e xte xtensão nsão do grande gove governo rno teoc teocráti rático. co. A independência da aristocracia tem sido temperada por um renovado vigor no fortalecimento dos obrigadores. Não seria aconselhável para nenhum lorde, não importa o quão altivo seja, pensar em i mesmo como acima da lei. A visita de um Inquisidor pode ser feita a qualquer um. Vin franziu o cenho. Ainda que o texto fosse seco, estava surpresa que o Senhor Soberano perm per m it itiss issee tais dis discc ussões a nalíti nalíticc as em seu im impér pério. io. Rec Recostou ostou-se -se em sua c ade adeira ira,, segur segurando ando o livro, li vro, mas ma s não leu mais. m ais. Estava Estava m ui uitto exaus exa usta ta pelas horas que passara tent tentando ando tirar tirar in inform form aç ações ões de seus par parce ceiros iros de dança. dança . Infelliz Infe izm m ente, a pol polít ítiica não prestava atenção a tenção ao a o seu cans ca nsaç aço. o. Embora Em bora tivess tivessee fe feiito o melh me lhor or possíve possí vell para par a pare pa recc e r absorta a bsorta no livro de Elend, uma um a figura logo se se aproxim a proximou ou de sua m e sa. Vin suspirou, preparando-se para outra dança. Logo percebeu, no entanto, que o recémchegado não era um nobre, mas um mordomo terrisano. Como Sazed, usava uma túnica com desenhos em V sobrepostos, e gostava muito de joias. – Lady La dy Va Valette lette Renoux? – o home hom e m alto perguntou, per guntou, revelando reve lando um leve sotaque na voz voz.. – Sim Sim – Vin disse, disse, hesit he sitaa nte. – Minha Minha senhora se nhora,, Lady La dy Shan Elar E lariel iel requer re quer sua pre pr e senç sençaa à sua m e sa. Requer? Re quer?,, Vin pensou. Não gostou do tom e tinha pouca vontade de conhecer a ex-noiva de Elend. El end. Infeliz Infelizm ente, a Casa Elariel era um umaa das da s Grandes Casas Casas m ais poderosas poderosas – provavelme provavelment ntee não se tratava de alg a lguém uém que se pudesse pudesse recusar re cusar sem const constra rangi ngim m ento ento.. O terrisano aguar aguardava. dava. – Está bem be m – Vin falou, fa lou, le le vanta vantando-se ndo-se c om toda a gra graça ça de que er eraa c apa apazz. O terrisano conduziu Vin em direção a uma mesa próxima. A mesa estava bem frequent fre quentada, ada, havi haviaa cinco mul m ulhere heress sentadas sentadas em e m to torno rno dela, e Vin localiz localizou ou Shan Shan imedi ime diatam atam ente. Lady Elariel era obviamente a mulher escultural de longos cabelos escuros. Não estava parti par ticc ipando da c onver onversa, sa, m as par paree cia dom domináiná-la la do m esm o m odo. Seus braç br aços os cint c intil ilava avam m c om bracc e letes c or de lava bra lavanda nda que c om ombinava binavam m com seu vestido, e la lanç lançou ou um olhar desde desdenhoso nhoso paraa Vin quando ela par e la se apr aproxim oximou. ou. Aqueles olhos escuros, no entanto, eram penetrantes. Vin sentiu-se exposta diante dela – despida de seu belo vestido, reduzida à garota de rua mais uma vez. – Deem De em -nos licença lice nça,, senhora se nhorass – Shan disse. As m ulher ulheres es im imee diatam e nte fiz f izee ra ram m c om omoo lhes fora ordenado, levantando-se da mesa apressadamente. Shan pegou um garfo e começou a dissecar e devorar meticulosamente um pequeno pedaçç o de bolo. Vin ficou para peda pa rada, da, insegura insegur a , o terrisano ter risano se posicionou atrás atrá s da cade c adeira ira de Shan. – Pode P ode se senta sentarr – Shan falou. f alou. sentando. Nobree s trat Estou me sentindo como c omo uma skaa novam novamee nte nte,, Vin pensou, sentando. Nobr tratam am uns aos
outros outr os dessa forma também? també m? – Está em e m um umaa posição posiçã o invejá invej á vel, cria c riança nça – Shan Shan com c omentou. entou. – Com Comoo assim? assim ? – Vin perguntou. per guntou. – Dirij Dir ijaa -se a m im c om omoo “La “ Lady dy Shan” – Shan fa falou, lou, sem m udar o tom de voz voz.. – Ou, talvez ta lvez,, “Vossa Senhoria”. Shan aguardou, a guardou, com endo pequenos peque nos peda pedaços ços de bol bolo. o. Fin Finalm almente, ente, Vin disse: disse: – Com Comoo assim, assim , Vossa Senhoria? Senhor ia? – Porque P orque o j ovem Lorde Ve nture dec decidi idiuu usá-la usá -la em seus j ogos. Isso significa que você tem a oportunidade de ser usada por mim também. Vin franziu o cenho. L Lee mbre mbre-se -se de perm permanec anecer er na pe personagem. rsonagem. Você é a facilmente intimidável Valette. – Nã Nãoo ser seria ia m e lhor nã nãoo ser usada por ninguém ninguém,, Vossa Senhor enhoria? ia? – Vin diss dissee , cuidadosamente. – Bobage Bobagem m – Sha hann re respondeu. spondeu. – Mesm o um umaa simplória inculta c om omoo você de deve ve ver a importância importâ ncia de ser út útil il aos seus super superiores. iores. – Shan Shan disse, disse, m as suas palavras, palavr as, assi a ssim m com o o insul insulto to,, não tinham veemência; ela parecia simplesmente dar por certo que Vin concordaria. Vin permaneceu sentada, desconcertada. Nenhum outro membro da nobreza a tratara daquela maneira. É claro, o único membro de uma Grande Casa que conhecera até agora fora Elend. – Ac Acre redit dito, o, pelo seu olhar insí insípido, pido, que ac acee it itaa seu lugar – Shan prosse prosseguiu. guiu. – Faz bem , criança, e talvez eu a deixe se juntar ao meu séquito. Pode aprender muito com as damas de Luthadel. – Com Comoo o quê? – Vin Vin perguntou, per guntou, te te ntando afa a fastar star a irritaç irritaçãã o da voz. – Olhe pa para ra si m esm a, c ria riança nça.. Te m um c a belo que par paree c e que passou por um umaa doenç doençaa terrível, é tão magrela que seu vestido fica solto como um saco. Ser uma nobre em Luthadel exige... exig e... perfeição. perfe ição. Não isso Disse a úl últi tim m a palavra apont apontando ando depreciat deprec iativ ivam am ente para par a Vin Vin.. isso.. – Disse Vin corou. Havia um estranho poder na atitude aviltante dessa mulher. Com um sobressalto, percc e beu que Shan a fa per fazzia se lem bra brarr de alguns líde líde re ress de gangue que conhe conhecc er eraa . Como Com o Cam on, o último deles – homens que acertavam uma pessoa sem esperar resistência. Todo mundo sabia que resist r esistir ir a tais homens home ns só só piora pioraria ria o golpe. – O que quer de m im im?? – Vin perguntou. per guntou. Shan ergueu uma sobrancelha enquanto deixava o garfo de lado, com o bolo parcialmente comid com ido. o. O ter terris risano ano recolh re colheu eu o prato e se afa a fast stou ou com ele. – Você Voc ê é re r e alm e nte uma um a coisinha pobre de espírit e spírito, o, não é? é ? – Shan Shan perguntou. pe rguntou. Vin se conteve. Se nhoriaa quer de m im ? – O que Vossa Senhori – Eu lhe dire direii e m a lgum m om omento... ento... pre presum sumindo indo que Lorde Ve nture de decida cida c onti ontinuar nuar ogandoo com você. ogand Vin capt ca ptou ou um vi visl slum umbre bre de ódio quando quando Shan Shan disse disse o nome nom e de Elend. – Por P or enquanto e nquanto – Sha Shann prosseguiu – conte-m conte -m e sobre sobr e sua conver c onversa sa com c om e le esta e sta noite noite . Vin abriu a boca para responder. Mas... sentiu que algo estava errado. Captou apenas uma cent ce ntelha elha – não ter teria ia nem not notado ado sem o tre trein inam am ento com Bris risa. a. Uma Abrandadora? Interessante? Shan estava tentando tornar Vin complacente. Para que falasse, talvez? Vin começou a relat re latar ar su suaa conv c onver ersa sa com El Elend, end, sem sem re revelar velar nada de intere interess ssante. ante. Mas Mas ainda ainda havi ha viaa al a lgo estra estranho nho – algo no je j e it itoo com que Shan brinca br incava va com c om suas em e m oçõe oções. s. De sosl soslaa io, Vin viu o ter terrisano risano de Shan voltando da cozinha. Mas, em vez de voltar para a mesa de Shan, ele tomou outra direção.
Foi até a m esa de Vin Vin.. Parou Pa rou diante diante dela e com começ eçou ou a vasculhar vasculhar os liv livros ros de Elend. Elend. O que quer que ele e le queira, não não posso posso deixar que o encont enc ontre re . Vin se levantou subitamente, finalmente provocando uma reação em Shan, que levantou a cabeça, cabeç a, surpresa. surpresa. – Ac Acaa bo de lem bra brarr que m ande andeii o m eu ter terrisano risano m e e ncontra ncontrarr e m m inha m e sa! – Vin diss di sse. e. – Ele ficará fica rá preocupado se eu e u não estiver estiver sentada lá! – Ah, pelo am or do Senhor Sober oberaa no – Sha hann m urm urou e ntre ntredente dentes. s. – Crianç Criançaa , não há necessidade... – Sint Sintoo muit m uito, o, Vossa Senhoria Senhor ia – Vin falou. fa lou. – Pre Pr e c iso ir. Era um pouco óbvio, mas foi o melhor que lhe ocorreu na hora. Vin fez uma reverência e se retirou da mesa de Shan, deixando a mulher contrariada para trás. O terrisano era bom – quando Vin deu uns poucos passos, se afastando da mesa de Shan, ele a notou e continuou cam ca m in inhando hando,, com m ovi ovim m ento entoss im im pressi pressionant onantem em ente calmos. ca lmos. Vin voltou à sua mesa, perguntando-se se cometera um erro ao deixar Shan de modo tão rude. Mas estava estava ficando f icando cansada dem ais par paraa se import im portar ar.. Quando perc percebeu ebeu que outro outro grupo de de ovens a observava, sentou-se rapidamente, abrindo um dos livros de Elend. Felizmente, a estratégia funcionou melhor desta vez. Os jovens se afastaram depois de um tempo, deixando Vin em paz, e ela ficou sentada, relaxando um pouco com o livro aberto diante de si. si. A noite noite avançava, avanç ava, e o salão salão de baile baile est e stava ava lentam entamente ente com eç eçando ando a se esv e svaz aziar. iar. Os livros, livros, ela pensou, franzindo o cenho, pegando seu suco e dando um gole. O que o terrisano queria com eles? Examinou a mesa atentamente, tentando perceber se algo fora tocado, mas Elend deixara os livros em tal estado de desordem que era difícil dizer. Contudo, um livreto colocado embaixo de outro chamou sua atenção. A maior parte dos outros livros estava aberta em uma página específica, e ela tinha visto Elend lendo-os. Este livro em particular, no entanto, estava fechado – e ela não se lembrava dele tê-lo aberto. Estava ali antes – o reconheceu porque era muito mais fino do que que os outros outros –, então o terrisano ter risano não o vira. vira . Curiosa, Vin estendeu a mão e tirou o livreto debaixo do volume maior. Tinha uma capa de couro negro, e a lombada dizia Padrões c li limáticos máticos do Domínio do No Norte rte.. Vin franziu o cenho, revirando o livro nas mãos. Não tinha folha de rosto nem autor. Começava diretamente com o texto. Quando nos referimos ao Império Final em sua totalidade, um determinado fato é inequívoco. Para uma nação naç ão gove gov e rnada por uma divindade autopr autoproclamada, oclamada, o império tem ex experime perimentado ntado um número assustador de erros de liderança colossais. A maioria foi acobertada com sucesso, e só ode ser encontrada nas mentes de metal dos feruquemistas ou nas páginas dos textos banidos. Contudo, só é preciso olhar para o passado próximo para notar tais erros, como o Massacre de Devv anex De anex,, a revisã rev isãoo da Doutrina Doutrina das Profundezas, Profundezas, e a realocaç re alocação ão do povo renate. re nate. O Senhor Soberano não envelhece. Isso, ao menos, é inegável. Este texto, no entanto, se ropõe a demonstrar que ele não é, de modo algum, infalível. Durante os dias anteriores à scensão, sce nsão, a humanidade sof sofreu reu o c aos e a ince incerteza rteza causados por um c iclo sem fi fim m de reis, imperadores e outros monarcas. Seria possível pensar que agora, com um único governante imortal, a sociedade finalmente teria a oportunidade de encontrar estabilidade e iluminação. A notável falta desses atributos no Império Final é o descuido mais grave do Senhor Soberano. Vin encarou a página. Não conhecia algumas palavras, mas era capaz de captar o que o autor queria dizer. Estava dizendo... Fechou o livro e rapidamente o colocou de volta no lugar. O que aconteceria se os obrigadores descobrissem que Elend possuía um texto desses? Olhou para os lados. Eles estavam
ali, é claro, misturando-se com a multidão como no outro baile, marcados por suas túnicas cinzas e os rostos tatuados. Muitos estavam sentados às mesas com os nobres. Amigos? Ou espiões do Senhor Soberano? Ninguém parecia muito confortável quando um obrigador estava por perto. O que Elend está fazendo fazendo com um livro livro desses? de sses? Um nobre poderoso como ele? e le? Por que leria textos que falam mal do Senhor Soberano? Uma mão pousou em seu ombro, e Vin se virou, queimando peltre e cobre instintivamente em seu estômago. – Opa – Elend diss dissee , dando da ndo um passo para pa ra trá tráss e er erguendo guendo a m ão. – Alguém Algué m j á diss dissee o quão quã o agitada você é, Valette? Vin relaxou, relaxou, recos rec ostand tando-se o-se em su suaa ca cadeira deira e apaga apagando ndo seus seus metais m etais.. Elend Elend foi até seu lugar lugar e se sentou. – Aprec Apr eciando iando Heber He beren? en? Vin franziu o cenho, e Elend fez sinal com a cabeça para o livro grande e grosso diante dela. – Não Nã o – Vin V in disse. disse. – É ente entediante. diante. Estava só fingindo ler par paraa que os homens hom ens m e deixa deixassem ssem um pouco em paz paz.. Elend El end deu uma um a ris r isada. ada. – Agora, Agora , vej a , sua esper e sperteza teza vai deixáde ixá-la la sozinha. sozinha. Vin ergueu uma so sobrance brancelh lhaa enquant enquantoo Elend Elend com eç eçava ava a rec recol olher her seus liv livros, ros, empi em pilh lhandoandoos na mesa. Não pareceu notar que ela movera o livro do “clima”, e cuidadosamente o colocou no meio da pilha. de v eria falar para para ele e le sobre Shan – não até Vin afastou os olhos do livro. Provav livro. Provavee lmente não dev conversar com Sazed . – Acho Ac ho que m inha esper e sperteza teza fez fe z bem seu trabalho tra balho – ela e la disse, em e m vez disso. disso. – Afinal, e u vim ao baile baile para par a dançar. dança r. – Acho Ac ho a danç da nçaa supere supe resti stim m ada ada.. – Nã Nãoo pode per perm m a nec necee r af afasta astado do da cor corte te par paraa sem pre pre,, Lorde Ve nture nture;; é o her herdeir deiroo de uma ca casa sa mui m uito to important importante. e. Elee su El susp spirou irou,, espreguiça espreguiçando ndo-se -se e re recli clinando nando-se -se em e m su suaa ca cadeira. deira. – Suponho Suponho que estej e stejaa ce certa rta – disse, disse, com fr fraa nqueza surpre surpr e ende endente. nte. – Mas Ma s quanto ma m a is te te m po eu resis r esisti tir, r, m ais aborreci aborrec ido meu m eu pai pa i fica ficará rá.. Isso, Isso, em si si,, é um obje objeti tivo vo digno digno.. – Ele não é o único que você m a chuc chucaa – Vin falou. f alou. – E as a s garota ga rotass que nunca c onvidou para par a dançar porque está ocupado demais vasculhando entre seus livros? – Que e u m e lem bre – Elend diss dissee , coloc colocaa ndo o últ últim imoo li livro vro por sobre a pil pilha ha –, algué alguém m estava fingindo ler a fim de evitar dançar. Não acho que as damas tenham problemas em encontrar parce par ceiiros mais ma is am ig igáveis áveis do do que que eu. e u. Vin ergueu uma um a sobrancelh sobrance lha. a. – Nã Nãoo tenho proble problem m a porque sou nova e de baixa posi posiçç ã o. Suspeito que a s da dam m as m a is próximas próxim as do seu se u status têm têm proble problem m as em e m enc encontrar ontrar par parcc eir eiros, os, am igáve igáveis is ou ou não. Pe P e lo que sei, os nobres ficam desconfortáveis ao dançar com mulheres que estão acima de sua posição. Elend El end se deteve, obviam obviam ente busca buscando ndo um um cont contra ra-a -argume rgument nto. o. Vin inclinou-se para a frente. – O que a c ontec ontecee , Elend Venture Ve nture?? P or que se em e m penha tanto em e vit vitaa r seu se u dever? deve r? – Deve De ver? r? – Elend perguntou, pe rguntou, inclinando-se na dire direçã çãoo dela de la com c om postu postura ra sér séria. ia. – Vale alett ttee , isso não é dever. Este baile... baile... iss issoo é inconsequência inconsequência e di dist stra raçã ção. o. Uma perda de tem po. – E as a s mulher m ulheres? es? – Vin Vin perguntou. per guntou. – Ta Tam m bém são? – As m ulher ulheree s? – Elend re repe peti tiu. u. – As m ulher ulheree s são c om omoo tem pesta pestades. des. Sã o bonit bonitaa s de se
olhar e, algumas vezes, agradáveis de ouvir, mas na maior parte do tempo são um simples inconveniente. Vin sentiu que ficava ligeiramente boquiaberta. Então notou o brilho nos olhos dele e o sorrisinho sorrisi nho no canto de seus lábios lábios e se pegou sorrindo tam tam bém . – Você Voc ê fa fala la isso para m e provoc provocaa r! O sorriso sorriso dele cresce cr esceu. u. – Sou enca e ncantador ntador dessa m a neir neira. a. – Ele se leva levantou, ntou, olhando pa para ra e la af afee tuos tuosaa m e nte. – Ah, Valett alette. e. Não Nã o deixe deixe que a enganem para que se leve m ui uito to a sério sér io.. Não vale o esforço. e sforço. Mas, devo desejar-lhe uma boa noite. No futuro, tente não deixar que se passem meses entre os bailes que frequenta. Vin sorriu. – Pe P e nsar nsarei ei nisso. – P or fa favor vor – Elend diss dissee , c urva urvando-se ndo-se e re recc olhendo a a lt ltaa pil pilha ha de li livros. vros. Cam Cambale baleou ou por um momento, então recuperou o equilíbrio e colocou a cabeça do lado da pilha. – Quem sabe... um dia desses você você talvez consi consiga ga realm re almente ente me m e faz f azer er dançar da nçar.. Vin sorriu, assentindo enquanto o nobre dava meia-volta e partia, circundando o perímetro da segunda fileira do salão de bailes. Logo se encontrou com outros dois jovens. Vin observou curiosamente como um dos homens dava um tapinha amistoso no ombro de Elend, pegando metade dos livros em seguida. Os três saíram juntos, conversando. Vin não reconheceu os recém-chegados. Ficou sentada pensativa, quando Sazed finalmente apareceu por um corredor lateral, e Vin acenou para ele impaciente. Ele se aproximou apressado. – Quem Que m são aquele a queless home hom e ns com Lorde Ve Venture nture?? – Vin perguntou, per guntou, apontando na dire direçç ão de Elend. Sazed apertou os olhos atrás dos óculos. – Ora Or a ... um de deles les é Lorde L orde Jastes Lek Le ka l. O outro outro é um Ha Hasti sting, ng, em bora não saiba sa iba seu se u nome nom e . – Pa P a re recc e surpre sur preso. so. – As ca casas sas Le Lekka l e Ha Hasti sting ng são riva rivais is polí políti ticc a s da Casa Ve nture nture,, Se nhora nhora.. Os nobre nobress com frequência se encontram em festas menores, após o baile, para fazer alianças... – O terrisano se deteve, voltando-se para ela. – Mestre Kelsier vai querer ouvir isso, creio. É hora de nos retirarmos. – Concor Concordo do – Vin disse, disse, levantandoleva ntando-se. se. – Assim c om omoo me m e us pés. Vam Va m os. Sazed assentiu, e os dois se dirigiram para a porta da frente. – P or que de dem m orou tanto? – Vin V in perguntou pe rguntou enqua enquanto nto esper e speraa vam que um cr criado iado busca buscasse sse o xale dela. – Volt oltee i vár várias ias vezes, Se nhora – Sa zed diss dissee . – Mas você esta estava va sem pre da dança nçando. ndo. De Decidi cidi que seria mais m ais úti útill conversar conversar com os cr criado iadoss do que ficar para parado do ao lado lado de sua mesa. m esa. Vin assentiu, aceitando o xale, e ambos desceram as escadas atapetadas, Sazed vinha logo atrás dela. O passo de Vin era rápido – queria voltar e contar para Kelsier os nomes que memorizara antes que esquecesse toda a lista. Deteve-se logo abaixo, esperando que um criado trouxesse a carruagem. Enquanto isso, notou algo estranho. Um pequeno distúrbio acontecia a poucos m e tros, e ntre a s brum a s. De Deuu um passo a diante, m a s Sa ze d coloc colocou ou um umaa m ã o em seu ombro, impedindo-a. Uma dama não vagaria pelas brumas. Elaa al El a lca cançou nçou seu seu cobre c obre e seu estanho, estanho, mas ma s esperou – o dist distúrbi úrbioo se aproxim aproxim ava. Um guarda saiu das brumas, bruma s, puxando puxando uma pequena form a que se debat deba tia: um m enin eninoo skaa skaa com a roup r oupaa suja suj a e o rosto manchado de fuligem. O soldado fez uma ampla reverência para Vin, desculpando-se com ela enqu e nquanto anto se se aproxi a proxim m ava de um dos ca capi pitães tães da guarda. Vin queim queim ou estanho estanho para ouv ouvir ir
o que era dito. – Um ga garoto roto das da s cozinhas cozinhas – o soldado disse disse e m voz baixa baixa.. – Tenta Tentando ndo pedir pe dir esm e smola ola para pa ra um nobre nob re dent dentro ro de sua carruage ca rruagem m , que que tinha tinha parado para do par paraa esp e sper erar ar que os portõ portões es se abrissem abrissem . O capitão simplesmente assentiu. O soldado puxou o menino para dentro das brumas novamente, caminhando na direção do pátio distante. O garoto se debatia, e o soldado grunhia de aborrecimento, segurando-o com força. Vin o observou partir, a mão de Sazed ainda em seu ombro, com c omoo se tentasse tentasse detê-la. É claro c laro que não podia podia aj udar o m enin enino. o. Ele Ele não nã o devia... devia... Nass brum as, alé Na além m da visão das pessoa pessoass norm ais, o sol solda dado do de desem sem ba bainhou inhou um umaa ada adaga ga e cortou a garganta do menino. Vin se sobressaltou, chocada, quando os sons do garoto se debatendo cessaram. O guarda largou o corpo, depois agarrou-o por uma perna e começou a arra ar rast stáá-llo para lo longe. nge. Vin ficou par parada, ada, atu a turdi rdida, da, até que sua sua car c arruagem ruagem chegou. – Se Se nhora – Sa Sa ze d a instou, mas ma s ela simple simplesm smente ente não re r e agiu. pensou. Bem Eles o mataram mataram,, pensou. Be m ali ali,, a poucos passos de dis distância tância de onde os nobres espe esperam ram uas carruagens. Como se... a morte não fosse nada fora do normal. Apenas outro skaa abatido. Como um animal. Ou menos m enos do que que um anima animal.l. Ningu Ninguém ém abater abateria ia porcos no pátio pátio de de uma fortalez fortaleza. a. A pos postu tura ra do guarda enquanto cometia o assassinato indicava que estava irritado demais com o menino se debatendo para esperar por um local mais apropriado. Se alguém da nobreza ao redor de Vin percc e beu o a c ontec per ontecim imento, ento, nã nãoo pre prestou stou atenç a tenção, ão, pois todos m a nti ntinham nham suas c onver onversas sas enqua enquanto nto esperavam. Na verdade, todos pareciam um pouco mais tagarelas agora que os gritos haviam paraa do. par – Se Se nhora – Sa Sa ze d disse disse outra ve vezz, em purr purrandoando-aa para pa ra fr free nte. Ela se permitiu ser conduzida até a carruagem, sua mente ainda distraída. Parecia um contraste tão impossível. A agradável nobreza, dançando dentro de um salão que cintilava com as luzzes e os vestid lu vestidos. os. E morte mor te no pátio. pátio. Não Nã o se importavam im portavam ? Nã Nãoo sabiam? sabiam ? Este é o Im Império pério Final Final,, Vin , disse para si mesma enquanto a carruagem se punha em marcha. Não marcha. Não se esque esqueça ça das cinzas c inzas só porque v iu um pouco de seda. Se essas pessoas pe ssoas soubessem que é uma skaa, elas a abateriam abateriam com a mesma me sma facili facilidade dade que fi fizeram zeram com aquele pobre meni me nino no . Era um pensam pensamento ento dec decepcionant epcionantee – que a m anteve abs a bsorta orta durante durante toda a viagem de volt volta paraa Fellis par ellise. e.
Kwaan e eu nos c onhec Kwaan onhecee mos por acaso – no e ntant ntanto, o, e u suponho que e le usari usariaa a palavra “providência”. Conheci muitos outros filósofos terrisanos desde aquele dia. Eles são, cada um, homens de rande sabedoria e incrível sagacidade. Homens com uma importância quase palpável. Mas não Kw Kwaan. aan. Ele é , de c e rto modo, tão improváve improv ávell como c omo profeta quanto eu c omo he herói rói.. unca teve um ar de sabedoria cerimoniosa – nem mesmo era um erudito religioso. Quando nos conhecemos, ele estava estudando um de seus ridículos interesses na grande biblioteca Khlenni – creio que estava tentando determinar se as árvores podiam ou não pensar. Que ele iria ser quem finalmente descobriu o grande Herói da profecia de Terris é um assunto que teria me feito rir se os fatos tivessem acontecido de maneira um pouco diferente.
Kelsier pod Kelsier podiia sent sentir ir outro outro al a lom omânti ântico co pulsando pulsando nas nas brumas. brum as. As vibraç vibrações ões percorre perc orrera ram m o seu corpo como com o ondas ondas rítm rítm icas varrendo varre ndo uma cost costaa tranquila. tranquila. Eram fra fraca cas, s, mas ma s inequí inequívocas. vocas. Agachou-se sobre o muro baixo de um jardim, sentindo as vibrações. A volúvel bruma branc bra ncaa continuava a flutuar flutuar,, c om omum um e plác plácida ida – indi indife fere rente, nte, e xce xceto to a que e stava m a is próxim pr óximaa de seu corpo, que se enroscava na corrente alomântica ao redor de seus membros. Kelsier perscrutou a noite, avivando o estanho e procurando o outro alomântico. Pensou ter visto uma figura agachada no alto do muro, na distância, mas não pôde ter certeza. Reconheceu as vibrações alomânticas, no entanto. Cada metal, quando queimado, emitia um sinal distinto, reconhecível re conhecível par paraa quem ti tinha nha prática prática com o bronze. bronze. O homem hom em ao longe longe queimou estanho, estanho, assim assim como os quatro outros que Kelsier sentira se esgueirar ao redor da Fortaleza Tekiel. Os cinco Olhos de Estanho fechavam o perímetro, vigiando na noite, procurando por intrusos. Kelsier sorriu. As Grandes Casas estavam ficando nervosas. Manter cinco Olhos de Estanho de guarda não seria difícil para uma casa como a Tekiel, mas os nobres alomânticos se
re ssenti ress entiriam riam de serem sere m obri obrigados gados a cum pri prirr os sim sim pl ples es deveres dever es de guarda. guar da. E, se havia cinco Olhos Olhos de Estanho de vigia, as chances eram boas de que vários Brutamontes, Lançamoedas e Atraidores tivessem sido convocados também. Luthadel estava silenciosamente em estado de alerta. De fato, as Grandes Casas estavam ficando tão cautelosas que Kelsier vinha tendo dificuldades de encontrar brechas em suas defesas. Ele era um só homem, até mesmo os nascidos das brumas tinham seus limites. Seu sucesso até agora se devia ao fator surpresa. Mas com cinco Olhos de Estanho de vigia, Kelsier não seria capaz de se aproximar muito da fortaleza sem correr sérios riscos de ser localizado. Felizmente, Kelsier não precisava testar as defesas de Tekiel esta noite. Em vez disso, arrastou-se pelo muro, na direção do terreno externo. Parou perto do poço do jardim – queimando bronze para se assegurar de que não havia nenhum alomântico por perto –, aproximando-se de um arbusto para recolher um saco grande. Era pesado o suficiente para que tivess ti vessee que queimar queima r peltre peltre para pa ra levantá-lo e colocá colocá-lo -lo no no ombro. Deteve-se por um m ome oment ntoo em meio à noite, esforçando-se para ouvir os sons nas brumas, então carregou o saco na direção da fortaleza. Parou Pa rou perto de de um a grande gra nde varanda vara nda caiada ca iada j unt untoo a um pequeno espelho espelho d’ d’água. Então, Então, tirou tirou o sac sacoo do om ombro bro e deixou deixou o cont conteúdo eúdo – um cadáve c adáverr recé re cém m -m ort ortoo – cair no chão. O corpo – que pertencera a um tal de Lorde Charrs Entrone – rolou até parar de cara no chão, com dois ferimentos de adagas gêmeas brilhando em suas costas. Kelsier emboscara o homem home m m eio bêbado em um umaa rua, r ua, do lado lado de fora de um corti cortiço ço skaa skaa,, liv livra rando ndo o mund m undoo de outro outro nobre. Entrone, em particular, não seria lamentado – era famoso por seu senso retorcido de prazzer pra er.. Lutas de sk skaa a , por e xem plo, era er a m um umaa de suas diversõe dive rsõess favoritas. fa voritas. Era Er a onde passa passara ra esta noite. Entrone era, não por coincidência, um importante aliado político da Casa Tekiel. Kelsier deixou deix ou o cadáver cadá ver est e stendi endido do em seu próprio próprio sangue. sangue. Os j ar ardi dineiros neiros o encontrariam – e assi assim m que os criados se inteirassem da morte, nem toda a obstinação dos nobres manteria isso em silêncio. O ass a ssassi assinato nato provocaria provocaria um alarido, e a culp culpaa ime imedi diatam atam ente reca re cairi iriaa sobre a Casa Iz I zenry, rival da Casa Tekiel. A morte suspeita e inesperada de Entrone faria a Casa Tekiel ficar mais cautelosa. Se começarem a bisbilhotar, descobrirão que o oponente de apostas de Entrone na luta daquela daqu ela noit noite fora f ora Crews Geffenry – um homem home m cuj cujaa casa c asa havia havia pedido pedido uma fort fortee ali aliança ança com os Teki Tekiel. Cre Crews ws era um conhecido Nascido Nascido das Brum Brumas, as, e um lu lutado tadorr com c ompetent petentee com c om fa faca cas. s. E assim a intriga começaria. A Casa Izenry seria responsável pelo assassinato? Ou, talvez, a morte fora uma tentativa da Casa Geffenry de alarmar ainda mais os Tekiel – e assim encorajálos a buscar alianças com os nobres mais baixos? Ou, haveria uma terceira opção – uma casa que quisesse fortalecer a rivalidade entre Tekiel e Izenry? Kelsier saltou do muro do jardim, coçando a barba falsa que usava. Na verdade, não importava muito quem a Casa Tekiel decidiria culpar; o propósito real de Kelsier era fazê-los duvidar e se preocupar, trazer desconfiança e incompreensão. O caos era seu aliado mais forte paraa fom e ntar um par umaa guer guerra ra e ntre as c a sas. Quando Q uando a guer guerra ra fina finalm lmente ente viesse, c ada nobre m orto seria uma pessoa a menos que os skaa teriam que encarar em sua rebelião. Assim que se encontrou a uma certa distância da Fortaleza Tekiel, Kelsier lançou uma moeda e subiu nos telhados. De vez em quando se perguntava o que as pessoas nas casas abaixo pensavam pensa vam quando ouviam os passos vindos de cim a . Sabe aberia riam m que os na nascidos scidos das brum a s achavam seus lares uma estrada conveniente, um lugar por onde podiam se mover sem serem incomodados por guardas ou ladrões? Ou as pessoas atribuíam as batidas aos sempre condenáveis espectros das brumas?
Provav elmente Provavelme nte nem perc percee bem bem.. Pe Pessoas ssoas sãs e stão dormindo quando as brumas saem . Aterrissou em um telhado pontudo, recuperando seu relógio de bolso do lugar em que o escondera, olhou as horas e o guardou novamente – afastando de si o perigoso metal do qual o objeto era feito. Muitos nobres usavam metal ostensivamente, uma demonstração tola de bravura bra vura.. O hábit há bitoo fora for a her herda dado do diretam dire tam ente do Se Se nhor Sobera Sober a no. Kelsi Ke lsiee r, no entanto, e ntanto, não gostava de car c arrega regarr nenhum m etal – relógio, relógio, anel ou pul pulseira seira – desnecess desnece ssár áriio. Lançou-se novamente no ar, dirigindo-se para os Labirintos de Fuligem, um bairro pobre skaa no extremo norte da cidade. Luthadel era uma cidade enorme, alastrada; a cada década, mais ou menos, novos setores eram acrescentados, e a muralha da cidade era expandida com o suor e esforço do trabalho skaa. Com a era do advento dos modernos canais, a pedra estava ficando relativam relativamente ente barata bara ta e fác f ácil il de transportar. transportar. Fico imaginan imaginando do por que e le se preoc preocupa upa com a muralha muralha,, Kelsier pensou, movendo-se paraa lelam ente a os telhados da im par imensa ensa estrutura estrutura.. Quem atacaria? O Senhor Soberano controla tudo. Nem mesmo as ilhas ocidentais resistem mais. mais . Nãoo ha Nã havia via um umaa guer guerra ra de ver verda dade de no Im pér pério io Final há séc séculos ulos.. A “ re rebelião” belião” oc ocasional asional consistia em nada mais do que alguns milhares de homens escondidos nas montanhas ou cavernas, saindo para deflagrar ataques periódicos. Nem mesmo a rebelião de Yeden se baseava muito na força – contava com o caos de uma guerra entre as casas, junto com o erro estratégico da Guarnição de Luthadel, para ter uma oportunidade. Se chegassem a uma campanha de guerra extensa, Kelsier perderia. O Senhor Soberano e o Ministério do Aço poderiam dispor, literalmente, de milhares de soldados se houvesse a necessidade. É claro, havia outro plano. Kelsier não falava dele, mal se atrevia a considerá-lo. Provavelmente não teria nem mesmo uma oportunidade de colocá-lo em prática. Mas, se a ocasião chegasse.. c hegasse.... Saltou no chão do lado externo dos Labirintos de Fuligem, então se enrolou em sua capa de brum a e ca cam m inhou pela rua com pa passo sso confiante. conf iante. Se u contato c ontato estava e stava senta sentado do à porta de um umaa loj lojaa fechada, fumando silenciosamente um cachimbo. Kelsier ergueu uma sobrancelha; tabaco era um luxo caro. Ou Hoid era muito extravagante ou tinha tanto êxito quanto Dockson dera a entender. Hoid afastou o cachimbo calmamente e se levantou – embora isso não o tornasse muito m ais alt alto. o. O suje sujeiito carec car ecaa e m agrelo fez uma pro profund fundaa reverê reverênci nciaa em e m m eio à noi noite brumos brum osa. a. – Sa Sa udaç udações, ões, m e u senhor. senhor . Kelsier se deteve diante do homem, os braços cuidadosamente enfiados na capa de bruma. Ele não queria que um informante de rua soubesse que o “nobre” desconhecido com quem estava se encontrando e ncontrando tinha tinha as a s cicatriz cica trizes es de Ha Haths thsin in nos nos braços. braç os. – Voc Vocêê foi m uit uitoo bem re recc om omee ndado – Ke Kelsi lsier er dis disse, se, im imit itando ando o j e it itoo de fa falar lar a rr rrogante ogante de um nobre. – Sou Sou um dos melhor m elhores, es, m e u senhor. senhor . Qualquer um que sobreviva tanto tempo quanto você deve ser bom , Kelsier pensou. Lordes não gostavam da ideia de outros homens a par de seus segredos. Os informantes geralmente não viviam vi viam m ui uito. to. – Pre P reciso ciso sabe sa berr a lgo, inform ante – Kelsi Ke lsier er diss disse. e. – Mas Ma s prim pr imee iro, deve de ve j ura urarr que nã nãoo fa f a lar laráá destee encontro com ni dest ningu nguém ém . – É c lar laro, o, m eu senhor – Hoid H oid disse disse . Prova P rovavelm velm e nte quebr quebrar aria ia a prom essa ante antess que a noit noitee terminasse – outra razão pela qual os informantes não viviam muito. – Há, no entanto, a questão do pagam ento ento... ... – Você Voc ê ter teráá seu dinheiro, ska ska a – Ke K e lsi lsier er re repli plicc ou.
– É clar c laro, o, me m e u senhor – Hoid disse, disse, c om um rá rápido pido ace ac e no de c a beç beça. a. – Pediu P ediu inform infor m a ç ão a respeito da Casa Renoux, creio eu... – Sim im.. O que é sabido a e sse re respeito? speito? Com quais c asa asass e stá a li liada ada?? P re reciso ciso sabe saberr e ssas coisas. – Na ver verda dade, de, não há m uit uitoo o que sabe saber, r, m e u senhor se nhor – Hoid re r e spondeu. – Lorde L orde Renoux é muito novo na área, e é um homem cuidadoso. Não está fazendo nem aliados nem inimigos no momento; está comprando muitas armas e armaduras, mas provavelmente está adquirindo para uma ampla variedade de casas e mercadores para, assim, cativar todos eles. Uma tática sábia. Terá, talvez, um excesso de mercadorias, mas também terá um excesso de amigos, não é? Kels Ke lsier ier bufou. – Não Nã o vej o por que deve deveria ria paga pagarr por iss isso. o. – Ele ter teráá m uit uitaa m e rc rcaa doria doria,, m eu senhor – Hoid diss dissee ra rapidam pidamee nte. – O senhor poder poderáá fazer um bom lucro se souber que Renoux está registrando prejuízo. – Nã Nãoo sou m e rc rcador ador,, sk skaa a – Ke Kelsi lsier er dis disse. se. – Nã Nãoo m e im importa portam m os lucr lucros os ou re regis gistros! tros! – Deixe De ixe que e ngula essa. e ssa. Agora ele e le acha que sou de uma Grande Ca Casa; sa; é claro que se não tivesse tive sse uspeitado uspeit ado por causa da capa de bruma, não não merec me receria eria a reputação reputação que tem. – É clar c laro, o, meu m eu senhor se nhor – Hoid disse disse ra rapidam pidamee nte. – Há m ais, é cla claro... ro... Ah, agora ve verem remos. os. Será Se rá que as ruas sabem que a Casa Renoux Re noux e stá conec cone c tada aos rumores rumore s de rebelião rebelião?? Se alguém tivesse descoberto esse segredo, então a gangue de Kelsier estaria em sério perig per igo. o. Hoid toss tossiu iu baixinho, baixinho, estendendo a m ão. – Home Hom e m ins insuportá uportável! vel! – Kelsi Ke lsiee r re r e pli plicc ou, jogando j ogando um a bols bolsaa de m oe oedas das aos a os pés de Hoid. – Sim im,, m e u senhor – Hoid dis disse, se, c a indo de j oelhos e proc procura urando ndo c om a m ão. – P e ço desculpas, meu senhor. Minha visão é fraca. Mal posso ver meus próprios dedos diante do meu rosto. Esperto,, Kelsier pensou, enquanto Hoid encontrava a bolsa e a guardava. O comentário Esperto sobre a visão era, é claro, uma mentira – nenhum homem chegaria longe no submundo com tal impedimento. Contudo, um nobre que pensasse que seu informante era meio cego ficaria muito menos paranoico quanto a ser identificado. Não que Kelsier estivesse preocupado – usava um dos melhores disfarces de Dockson. Além da barba, usava um nariz falso, mas realista, juntamente com pl plataforma ataformass nos nos pés e maqui m aquiagem agem para tornar sua sua pel pelee m ais clara clara.. – Disse que há m a is? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. – Juro, ska ska a , se não nã o for bom bom... ... – Mas Ma s é, é , – Hoid H oid disse ra rapidam pidam e nte – Lorde Renoux está e stá consider consideraa ndo um a união entr entree sua sobri so brinha, nha, Lady Valett Valette, e, e Lorde Elend Venture Venture.. speravaa por isso... isso... Kelsier Kelsi er se deteve. Não deteve. Não e sperav muito ac – Isso é bobage boba gem m . Venture Ve nture e stá muito acima ima de Renoux. Renoux. – Os dois j ovens fora f oram m vist vistos os conversa conve rsando ndo largam larga m e nte, no bail ba ilee dos Venture Ve nture,, há um m ê s. Kelsier riu, pejorativo. – Todo mundo m undo sabe diss disso. o. Não Nã o significa significa na nada. da. – Não? Nã o? – Hoid perguntou. pe rguntou. – Todo Todo mundo m undo sabe que Lorde Elend Ventur Venturee fa falou lou muit m uitoo bem be m da garota para par a seus amig am igos os,, o grupo de de nob nobre ress filós filósofos ofos que que fre f requent quentaa a Pe Pena na Quebrada? Que brada? – Jovens fa falam lam sobre gar garotas otas o tem po todo – Ke Kelsi lsiee r c om omee ntou. – Nã Nãoo signi signific ficaa nada nada.. Devolva-me essas moedas. – Espere Esper e ! – Hoid H oid disse, disse, pare pa recc endo apre a preee nsi nsivo vo pela prim primeir eiraa vez. – Há m a is. Lorde Renoux e Lorde Venture têm transações secretas. O quê? – É ve verda rdade de – Hoid prosseguiu. pr osseguiu. – É um umaa notí notícc ia fr free sca sca... ... eu e u a ouvi há ape apenas nas um umaa hora hora.. Há
uma conexão entre os Renoux e os Venture. E, por alguma razão, Lorde Renoux pôde exigir que Elend Venture fosse designado para vigiar Lady Valette nos bailes. – Ele abaixou a voz. – Até m esm esmoo se sussu sussurra rra que Lorde Renoux Renoux tem algu algum m ti tipo po de... influ influência ência so sobre bre a Casa Venture. Kelsier pensou. Em voz alta, no entanto, disse: O que acontec aconteceu eu no baile baile esta noite? noite? Kelsier – Isso tudo parec pare c e m uit uitoo fra fr a c o, ska ska a . Não Nã o tem nada a lém de espec e speculaç ulações ões inúteis? – Não N ão sobre a Casa Renoux, m eu senhor – Hoid H oid disse. disse. – Te Te ntei, m a s sua pre preocupa ocupaçã çãoo com c om essa casa é sem sentido! Deveria escolher uma casa mais central na política. Como, por exemplo, a Casa Elariel... Kelsier franziu o cenho. Ao mencionar Elariel, Hoid estava dando a entender que tinha alguma notícia importante que valeria o pagamento de Kelsier. Parecia que os segredos da Casa Renoux estavam a salvo. Era hora de passar a discussão para as outras casas, para que Hoid não desconfiasse do interesse de Kelsier em Renoux. – Muito Muito bem – Kelsi Ke lsiee r concor c oncordou. dou. – Mas se isso não valer va ler m eu tem te m po... – Vale, Va le, m e u senhor. senhor . Lady La dy Shan Elar E lariel iel é um a Abr Abraa ndador ndadoraa . – Prova P rovas? s? – Eu a senti toca tocarr m inhas e m oçõe oções, s, m e u senhor – Hoid dis disse. se. – Dur Duraa nte um incê incêndio ndio na Fort ortalez alezaa Elariel, há há um a sem ana, el e la est e stava ava aca a calma lmando ndo as em oções dos cr criado iados. s. Kelsier começara esse incêndio. Infelizmente, não se espalhara além do alojamento dos guardas. – O que m a is? – A Casa Elar Elariel iel re rece centem ntem ente de deuu a e la per perm m iss issão ão par paraa usar seus poder poderee s e m eve eventos ntos da corte – Hoid disse. – Temem uma guerra entre as casas, e querem que ela faça qualquer aliança possíve possí vel.l. Ela sem pre c ar arre rega ga um fino enve envelope lope c om lasc lascas as de latão na luva dire direit itaa . Coloque um buscador busca dor per perto to dela e m um baile e ve verá rá.. Meu senhor senhor,, eu não m int into! o! Min Minha ha vida c om omoo inform in form ante depende unica unicam m ente da m in inha ha reput re putaç ação. ão. Shan Shan Elar Elariiel é um umaa Abrandadora. Abrandadora. Kelsier deteve-se, como se refletisse. A informação era inútil para ele, mas seu propósito original – averiguar as notícias sobre a Casa Renoux – já fora satisfeito. Hoid merecera suas m oeda oedas, s, sabe sabendo ndo diss dissoo ou não. Kels Ke lsier ier sorriu. sorriu. Agora Agora semear seme ar um pouco mais m ais de caos caos.. – E sobre a re relaç laçãã o secre sec reta ta de Shan c om Salm e n Te Te kiel? – Kelsi Ke lsiee r dis disse, se, esc escolhendo olhendo ao a o az a zar o nom nom e de um j ovem nob nobre re.. – Acha que ela usa seus seus podere poderess par paraa ganhar os favores favore s dele? dele? – Ah, c er ertam tam e nte, m e u senhor – Hoid diss dissee ra rapidam pidam ente ente.. Ke Kelsi lsiee r pôde ver o brilho de excitação nos olhos dele; ele presumia que Kelsier lhe dera um suculento pedaço de fofoca políti polí ticc a grá gráti tis. s. – Talve alvezz tenha sido e la que gar garaa nti ntiuu pa para ra Elar Elariel iel o a cor cordo do c om a Casa Ha Hasti sting ng sem ana passada passa da – Ke K e lsi lsier er m urm urou. Não Nã o havia tal acordo. ac ordo. – Muito Muito provavelm provave lmente ente,, me m e u senhor. senhor . – Muito Muito bem be m , skaa skaa – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou. – Você Você m e re recc eu a s suas m oeda oedas. s. Talve Talvezz e u o cha c ham m e em outra ocasião. – Obrigado, Obr igado, meu m eu senhor se nhor – Hoid disse disse , faz fa zendo um a m esur esuraa prof profunda. unda. Kelsier derrubou uma moeda e se lançou no ar. Enquanto aterrissava em um telhado, vislumbrou Hoid vasculhando o chão para pegar a moeda. Hoid não teve dificuldade em localizála, apesar de sua “visão fraca”. Kelsier sorriu e continuou seu caminho. Hoid não mencionara o atraso de Kelsier Kelsier,, mas m as em seu próximo próximo encont enc ontro ro não seria tão compree com preens nsiv ivo. o. Dirigiu-se para leste, até a praça Ahlstrom. Tirou sua capa de bruma, revelando a camisa esfarrapada que usava por baixo. Foi até um beco, onde deixou a capa e o casaco, e encheu as duas mãos mã os de de cinz cinzas as da esqui esquina. na. Esfregou os flocos flocos escuros e croca c rocant ntes es nos bra braços, ços, masca m ascara rando ndo
suas cicatrizes, e depois no rosto e na barba falsa. O homem home m que cam ca m baleou par paraa fora do bec becoo alguns alguns segun segundos dos m ais tarde era e ra m ui uitto dife difere rent ntee do homem que se encontrara com Hoid. A barba, antes arrumada, agora se projetava em um emaranhado despenteado. Algumas mechas haviam sido removidas, dando-lhe um aspecto desigual e doentio. Kelsier mancava, fingindo ser coxo de uma perna, e chamou uma figura paraa da nas par na s sombra som brass perto per to da sile sile nciosa fonte da pra praçç a. – Meu senhor? se nhor? – Kelsier perguntou pe rguntou com voz á sper speraa . – Meu senhor, se nhor, é você você?? Lorde Straff Venture, líder da Casa Venture, era um homem imponente, mesmo para um nobre. Kelsier pôde ver dois guardas parados ao lado dele; o lorde em si não parecia nem um pouco incom odado pela pelass brum a s – er eraa de c onhec onhecim imee nto ger geraa l que er eraa um Olho de Estanho. Venture Ventu re avanç avançou ou com pass passoo firme, firme , o bastão bastão de cana c ana batendo no chão ao seu lado. lado. – Está atra a trasado, sado, ska ska a ! – disse brusca brusc a m e nte. – Meu senhor, se nhor, eu... e u... eu... eu e u estava espe espera rando ndo no beco, bec o, me m e u senhor, senhor , com c omoo com binam binamos! os! – Não Nã o com c ombinam binam os nada dis disso! so! – Sint intoo m uit uito, o, m eu senhor – Ke Kelsi lsiee r diss dissee novam ente ente,, fa fazze ndo um umaa re rever verêê ncia e cambaleando por causa da perna “coxa”. – Sinto muito, sinto muito. Estava ali no beco. Não pretendia pre tendia fazêf azê-lo lo espera espe rar. r. – Não Nã o conseguiu c onseguiu nos ver, hom em ? – Sinto Sinto muit m uito, o, m e u senhor – Kelsi Ke lsiee r diss dissee . – Minha visão... não é m uit uitoo boa, boa , sabe. sa be. Mal posso ver minhas próprias mãos diante do meu rosto. – Obrigado pela dica, Hoid. Venture bufou, entregando seu bastão de duelo para um guarda, e esbofeteou Kelsier com força. Kelsier Kelsi er despencou no chão, segura segurando ndo a bochecha. bochec ha. – Sint Sintoo muit m uito, o, me m e u senhor – murm m urm urou novam nova m e nte. – Da próxim próximaa vez que me m e deixa deixarr esper e sperando, ando, será se rá c om o bastão bastã o – Venture Ve nture dis disse, se, corta c ortante. nte. Bem, Be m, sei se i onde ir da próxima ve v e z que prec pre c isa isarr de um cadáve c adáverr para jogar jogar no jardi jardim m de alguém , Kelsier Kelsi er penso pensou, u, fica ficando ndo em pé com esforç esforço. o. – Agor Agoraa – Ve nture diss dissee . – Va m os aos negóc negócios ios.. Que notí notícia cia im importa portante nte é e ssa que prom e teu m e dar? da r? – É sobre a Casa Erik Erikee ll ll,, m e u senhor se nhor – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – Sei que Vossa Se nhoria fe fezz acordos ac ordos com ele no passado. passado. – E? – Bem Bem,, m e u senhor senhor,, ele eless o e stão tra trapa pace ceaa ndo desc descaa ra radam dam e nte. Estão ve vendendo ndendo suas espadas e bastões bastões para a Casa Tekiel Tekiel pela metade m etade do preço preç o que que você vem pagando! – Tem Te m algum algumaa prova prova?? – Só pre precc isa olhar os novos ar arm m a m entos de Tek ekiel, iel, m eu senhor – Ke Kelsi lsiee r diss disse. e. – Min Minha ha palavra pala vra é ver verdade dadeira ira.. Nã Nãoo tenho nada a lém da m inha re reputaç putação! ão! Se nã nãoo tenho iss isso, o, nã nãoo tenho minha vida. E não estava mentindo. Ou, pelo menos, não completamente. Seria inútil para Kelsier espalhar uma informação que Venture poderia confirmar ou descartar com facilidade. Algo do que dissera era verdade – Tekiel estava dando uma ligeira vantagem a Erikell. Kelsier estava exagerando, naturalmente. Se jogasse bem suas cartas, poderia iniciar um racha entre Erikell e Venture, ao mesmo tempo em que deixaria Venture com ciúmes de Tekiel. E se Venture fosse até Renoux em busca de armas, em vez de até Erikell... bem, isso seria apenas um benefício colateral. Stra raff ff Ventu enture re bufou bufou.. Sua Sua casa c asa er eraa pod poder eros osaa – incr incriv ivelm elmente ente poderosa – e não dependia dependia de nenhuma indústria ou empresa específica para manter suas riquezas. Era uma posição muito
difícil de se alcanç difícil a lcançar ar no Impér Im pério io Fin Final, al, consider considerando ando os im im post postos os do Senhor Soberano Sobera no e o cust c ustoo do atium. O que também fazia dos Venture uma ferramenta poderosa para Kelsier. Se pudesse dar a est e stee homem home m a m ist stura ura certa ce rta de verdade e ficção... – Isso tem pouca uti utili lidade dade par paraa m im – Ve nture dis disse, se, de re repente pente.. – Va m os ver o quanto realmente sabe, você realmente sabe, informante. Conte-me sobre o Sobrevivente de Hathsin. Kelsier Kelsi er ficou sem sem palavras. – Pe P e rdã rdão, o, meu m eu senhor? se nhor? – Quer Q uer ser pa pago? go? – Ve Ve nture per perguntou. guntou. – Bem , contec onte-m m e sobre o Sobrevivente. Sobre vivente. Os rum r umore oress dizzem que ele di e le voltou voltou a Luth Luthade adel.l. – Sã o só rum ore ores, s, m eu senhor – Ke Kelsi lsiee r dis disse se ra rapidam pidam ente ente.. – Nunc Nuncaa vi e sse tal Sobrevivente, mas duvido que esteja em Luthadel... se, de fato, ainda vive. – Ouvi diz dize r que ele se j untou à rebelião re belião skaa skaa.. – Se Se m pre há tolos sussurra sussurrando ndo sobre a re r e belião skaa skaa,, me m e u senhor – Kelsi Ke lsier er diss dissee . – E sem pre há aqueles que tentam usar o nome do Sobrevivente, mas não acredito que algum homem possa ter sobrevivido às Minas. Posso buscar mais informações sobre isso, se desejar, mas temo que fique desapontado com o que eu encontrar. O Sobrevivente está morto; o Senhor Soberano... ele não perm pe rm it itee tais ta is desc descui uidos. dos. – É ve verda rdade de – Ve nture diss dissee pensa pensati tivo. vo. – Mas os sk skaa a par paree c em c onvenc onvencidos idos sobre esse essess rumores rum ores sobre sobre um “déc “décimo imo primei prime iro m etal”. Já ouviu ouviu falar di diss sso, o, inform informante? ante? – Ah, sim – Kelsi Ke lsiee r disse, dissim dissim ulando a surpr surpree sa. – Um a lenda, le nda, m e u senhor. senhor . – Um U m a sobre a qual nunca ouvi falar fa lar – Ventur Venturee c om omentou. entou. – E pre presto sto muita muita atenção nessas coisas. Isso não é uma “lenda”. Alguém muito esperto está manipulando os skaa. – Um a... conclusão c onclusão intere inter e ssante, m e u senhor – Kelsi Ke lsier er diss dissee . – De fa fato to – Ve nture c oncor oncordou. dou. – E, pre presum sumindo indo que o Sobre obrevivente vivente tenha morrido nas Minas, se alguém se apoderou de seu cadáver... seus ossos... há meios de imitar a aparência de um home homem m . Sabe Sabe do que que est estou ou falando? – Sim Sim,, me m e u senhor – Kelsi Ke lsiee r confirm c onfirm ou. – Inve Investi stigue gue iss issoo – Ve nture orde ordenou. nou. – Nã Nãoo m e im importa portam m suas fof fofoca ocas... s... tra traga ga-m -m e a lgo sobre so bre est e stee homem hom em , ou o que que quer que ele sej a, que lidera lidera os sk skaa aa.. Então receberá eberá alg algum um di dinh nheiro eiro Então rec meu. Ventu enture re deu m eia-volt eia-voltaa na escuri e scuridão, dão, acenando ac enando para seus hom homens ens e deix deixando ando um pensat pensatiivo Kelsier Kelsi er para trá rás. s. Kelsier chegou à Mansão Renoux algum tempo depois; o caminho de estacas entre Fellise e Luthadel tornava a viagem entre as duas cidades muito rápida. Não fora ele quem colocara as estacas; não sabia quem fora. Com frequência se perguntava o que faria se, enquanto viajava pelo ca c a m inho de estac e stacaa s, encontra enc ontrasse sse outro Nascido Na scido das Brum a s via via j a ndo na direç dire ç ão contrá c ontrária ria.. Provavelme Provav elmente nte ignor ignoraríamos aríamos um ao outr outroo , Kelsier pensou enquanto aterrissava no quintal da Mansão Renoux. Somos muito bons nisso. Espiou a mansão iluminada pelas lanternas através das brumas, enquanto sua capa de brum a re recc uper uperaa da se agitava suave suavem m e nte com o vento. A ca carr rrua uagem gem vazi vaziaa indi indicc a va que Vin e Sazed haviam retornado da Casa Elariel. Kelsier os encontrou lá dentro, esperando na sala de estar e fa fallando em voz baix baixaa com Lorde Renoux. Renoux. – Esse é um novo visual para pa ra você – Vin obser observou vou quando qua ndo Kelsi Ke lsiee r e ntrou na sala sala.. Ela ainda usava o vestido – um belo vestido vermelho –, embora se sentasse com uma postura pouco adequada para uma dama, com as pernas dobradas sob o corpo. Kelsier sorriu para si mesmo. Há algumas sem semanas, anas, e la teria ti tirado rado o ve vesti stido do assi assim m que
chegasse. Ainda vamos transformá-la em uma dama. Sentou-se, coçando a barba falsa manchada de ful f ulig igem em . – Fala sobre iss isso? o? Ouvi diz dizer er que a s bar barba bass logo vão volt voltaa r à m oda. Só e stou tentando te ntando m e m ant anter er na vanguarda. vanguarda. Vinn fez um Vi um a care c aretta. – Na va vanguar nguarda da da m oda dos m e ndigos ndigos,, talvez. – Com Comoo foi a noite, Ke K e lsi lsiee r? – Lorde Renoux perguntou. per guntou. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Co Com m o a m aior aioria ia das noit noitee s. Feliz elizm m e nte, par paree c e que a Casa Renoux pe perm rm ane anece ce li livre vre de suspeitas... embora eu mesmo seja uma espécie de preocupação para alguns nobres. – Você Voc ê ? – Re Re noux perguntou. per guntou. Kelsier assentiu enquanto um criado lhe trazia uma toalha úmida e morna para limpar o rostoo e os braços rost braç os – embora em bora não tivess tivessee ce certez rtezaa se estavam preocupados com seu conforto ou ou com as cinzas que poderia deixar nos móveis. Limpou os braços, expondo as cicatrizes esbranqu esb ranquiiçadas, e com começou eçou a tirar a barba. – P ar arec ecee que os sk skaa a e m ger geraa l se int intee ira irara ram m da hist história ória do déc décim imoo prim primeir eiroo m e tal – e le prosseguiu. prosse guiu. – Alguns A lguns nobres nobre s ouviram ouvira m os rum r umore oress cre c resce scentes, ntes, e os m a is inte inte li ligente gentess estão e stão fic ficando ando preoc pre ocupados. upados. – Com Comoo isso isso nos afeta? afe ta? – Renoux perguntou. per guntou. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Va m os e spalhar rum ore oress c ontrá ontrários rios par paraa fa fazze r a nobre nobrezza se c once oncentra ntrarr m a is e m si mesmas e menos em mim. Embora, divertida e ironicamente, Lorde Venture tenha me encorajado a procurar informações sobre mim mesmo. Pode-se ficar muito confuso com esse tipo de atuação... não sei como consegue, Renoux. – É o que sou – o kandr kandraa disse simplesm sim plesmee nte. Kelsier deu de ombros novamente, voltando-se para Vin e Sazed. – Então, com c omoo foi a noite? – Frustra Frustrante nte – Vin respondeu, re spondeu, com c om um tom de voz ma m a l-hum l-humora orado. do. – A senhor senhoraa Vin e stá um pouquinho abor aborre recida cida – Sa zed c om omee ntou. – Qua Quando ndo volt voltáá vam os paraa Luthade par Luthadel,l, ela m e contou os segredos segr edos que re reunira unira e nquanto dança da nçava va.. Kelsier Kelsi er deu uma ris risada. ada. – Nada Na da m uit uitoo inte inte re ressante? ssante? – Sazed j á sabia tudo! – Vin re repli plicc ou. – P asse asseii hora horass rodopiando e j ogando c onver onversa sa for foraa com aqueles hom hom ens, e foi tudo tudo sem valo valor! r! – Dific Dificil ilm m e nte ser seria ia sem valor valor,, Vin – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , a rr rraa nca ncando ndo o últ últim imoo peda pedaço ço de ba barba rba falsa. – Fez alguns contatos, foi vista, e praticou sua conversa. Quanto à informação... bem, ningu ni nguém ém vai lhe lhe dizer dizer nada import im portante ante ainda. Vam os dar dar tem po ao tempo. tem po. – Quanto Qua nto tem tem po? – Agor Agoraa que e stá se sentindo m elhor elhor,, poder poderáá par parti ticc ipar dos bailes com m a is re r e gular gularidade idade.. Depois de alguns meses, terá estabelecido contatos suficientes para começar a encontrar o tipo de informação de que precisamos. Vin assentiu, suspirando. Não parecia mais tão contrariada com a ideia de frequentar regularmente os bailes, no entanto. Sazed limpou a garganta. – Mestre Ke Kelsi lsiee r, sint sintoo que devo m e nciona ncionarr a lgo. Nossa m e sa c ontou com a pre presenç sençaa de Lorde Elend Venture a maior parte da noite, embora a senhora Vin tenha encontrado um meio de tornar tornar as a s atenções atenções dele dele m enos am ea eaçadoras çadoras para a corte.
– Sim Sim – Kelsi Ke lsiee r diss dissee –, agora a gora e ntendo. O que fa falou lou para par a a quela quelass pessoas, pe ssoas, Vin? Que Renoux e Vent Venture ure eram e ram am igo gos? s? Vin empalideceu levemente. – Com Comoo sabe? sabe ? – Sou m ist ister erios iosaa m e nte poder poderoso oso – Ke Kelsi lsier er dis disse se c om um ac acee no de m ã o. – De qualque qualquer r m odo odo,, todo todo mund m undoo pensa que a Casa Renoux e a Casa Ventu enture re têm ac acordos ordos com comer erciais ciais sec secre reto tos. s. Provavelm Provavel m ent entee presu presum m em qu quee Vent Venture ure est e stej ej a est estocando ocando armas. arm as. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Não Nã o queria quer ia que c hega hegasse sse tão longe... Kelsier assentiu, esfregando a cola do queixo. – Assim é a c orte orte,, Vin. As A s coisas c oisas saem sae m de c ontrole ra r a pidam pidamee nte. Mas Ma s isso não é um gra grande nde problem proble m a ... em bora signi signifique fique que ter teráá que ser m uit uitoo cuida cuidadoso doso ao li lidar dar com a Casa Ve nture nture,, Lorde Renoux. Renoux. Verem os que que tipo tipo de de re reaç ação ão eles e les vão vão ter aos a os coment come ntár ário ioss de Vin. Vin. Lorde Renoux assentiu. – De a c ordo. Kelsier Kelsi er bocej ou. – Agor Agora, a, se nã nãoo há m a is nada nada,, banc bancaa r o nobre e o m endigo e m um umaa noit noitee m e deixou terrivelm terrivel m ente cansado. c ansado..... – Há H á outra coisa coisa,, Mestre Me stre Ke Kelsi lsiee r – Sazed diss dissee . – No N o fim da noit noite, e, a senhor senhoraa Vin viu Lorde Elend Venture deixando o baile baile com c om os jovens j ovens lorde lordess das Casa Casass Lekal Lekal e Ha Hast sting ing.. Kelsier deteve-se, franzindo o cenho. – É uma um a com c ombinaç binação ão estranha e stranha.. – Foi Foi o que pensei pe nsei – Sa Sa zed concor c oncordou. dou. – P rova rovavelm velm ente ele só e stá tentando irritar o pai – Ke Kelsi lsiee r m urm urou. – Confra Confrater terniz nizaa r com o inimigo em público... – Talvez Ta lvez – Sa Sa ze d ponderou. ponder ou. – Mas os trê trêss pare par e c iam ser bons am igos. Kels Ke lsier ier assenti assentiu, u, levantando-se. – Investigue I nvestigue iss issoo m e lhor, Sazed. Há um umaa c hanc hancee de que Lorde Ventur enturee e seu filho estej e stejaa m tentando nos fazer de bobos bobos.. – Sim Sim,, Mestre Ke Kelsi lsiee r – Sazed disse disse . Kelsier deixou a sala, se espreguiçando e entregando sua capa de bruma para um criado. Enquanto seguia a escada leste, ouviu passos rápidos. Virou-se e encontrou Vin seguindo-o, segurando o deslum deslumbrante brante vestido vestido verm elho par paraa não tropeç tropeçar ar nos degra degraus us.. – Kelsi Ke lsiee r – ela e la disse em e m voz ba baixa. ixa. – Há algo ma m a is. Algo sobre o que eu e u gostar gostaria ia de fa falar lar.. Kelsier ergueu uma sobrancelha. Algo sobrancelha. Algo que ela e la não que que r que nem ne m Sazed escute e scute?? – No m eu quar quarto to – diss dissee , e ela o seguiu pela pelass e stac stacaa s a té o a posento. – Do que se tra trata? ta? – perguntou per guntou enquanto ela e la fe f e c hava a porta atrá a tráss de si. – Lorde L orde Elend – Vin V in disse, a baixa baixando ndo o olhar olhar,, pare pa recc e ndo um pouco e nver nvergonhada gonhada.. – Sazed á não gosta dele, então não quis mencionar isso na frente dos demais. Mas achei algo estranho essa noi noite. te. – O quê? quê ? – Kelsi Ke lsiee r perguntou, pe rguntou, curioso, cur ioso, a poiando-se e m sua escr e scrivaninha. ivaninha. – Elend estava e stava com c om um umaa pilha de li livros vros – Vin com c omee çou. desaprovador. Está se O primeiro nome, nome , Kelsier pensou, desaprovador. Está se apaixonando apaix onando pelo garoto. garoto. – Ele é conhe conhecc ido por ler m uit uitoo – Vin prosse prosseguiu guiu –, m a s a lguns da daquele queless li livros... vros... bem , quando ele se foi, dei uma olhada neles. Boa garota. garota. As ruas lhe deram de ram ao menos me nos bons insti instintos ntos.. – Um de deles les cham c ham ou a m inha atenç a tençãã o – ela dis disse. se. – O tí títul tuloo dizia dizia algum a lgumaa cois c oisaa sobre o clima, clim a,
mas o texto dentro dele falava sobre o Império Final e sua falhas. Kelsier ergueu uma sobrancelha. – O que diz dizia ia exata e xatam m ente ente?? Vin deu de ombros. – Alguma Algum a c ois oisaa sobre com o, uma um a vez que o Senhor Sober oberaa no é im imorta ortal,l, seu impér im pério io deveria deve ria ser mais avançado e pacífico. Kels Ke lsier ier sorriu. – O Livro Livro do Falso Amanhec Amanhecer er . Qualquer buscador pode citar o texto inteiro para você. Não achava que ainda existisse alguma cópia física. O autor, Deluse Couvre, escreveu alguns outros livros ainda mais condenáveis. Embora ele não blasfeme contra a alomancia, os obrigadores abriram abri ram uma exceç exceção ão no caso dele dele e o pendu pendurara raram m em um gancho do do mesmo me smo jeit j eito. o. – Bem – Vin fa falou. lou. – Elend tem um umaa c ópia. Ac Acho ho que um umaa da dass nobre nobress esta estava va tentando encontrar o livro. Vi um dos criados dela remexendo os volumes. – Qual Qua l nobre? – Shan Shan Elar E lariel. iel. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Ex-noiva Ex-noiva.. P rova rovavelm velm e nte e stava proc procura urando ndo algum algumaa coisa c om a qual cha chantage ntageaa r o garoto Venture. – Acho Ac ho que ela e la é um umaa alom ântica ântica,, Kelsi Ke lsiee r. Kelsier Kelsi er assent assentiu iu,, pensando dist distra raiidam ente sobre a in inform form aç ação. ão. – É um umaa Abr Abraa ndador ndadora. a. Ela prova provavelm velm ente teve um umaa boa ideia c om e sses li livros... vros... se o Amanhecc e r , sem mencionar a tolice de herdeiro Venture está lendo um livro como o Falso Amanhe carre ca rregá-lo gá-lo por por aí... aí... – É tão perigoso? pe rigoso? – Vin perguntou. per guntou. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Modera Mode radam dam ente ente.. É um li livro vro a nti ntigo go e, e , na ver verdade dade,, não nã o encor e ncoraa j a a re rebelião, belião, entã entãoo poderia pode ria passar. passa r. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – O li livro vro par paree c ia be bem m cr crít ítico ico a o Senhor Sober oberaa no. Ele per perm m it itee que a nobre nobrezza leia c ois oisaa s assim? – Na ver verda dade, de, e le nã nãoo “pe “perm rm it itee ” que fa façç am essa essass c ois oisaa s – Ke Kelsi lsiee r dis disse. se. – Mas algum algumaa s vezes ignora quando o fazem. Banir livros é um negócio complicado, Vin... quanto mais alvoroço o Ministério faz com relação a um texto, mais atenção ele chama, e mais pessoas ficarão Amanhec e r é não proibi-lo, tentadas a lê-lo. O Falso O Falso Amanhece é um volume substancioso, e ao não proibi-lo, o Ministério o condenou ao anonimato. Vin assentiu assentiu lentam lentam ente. – Além A lém diss dissoo – Ke Kelsi lsiee r dis disse se –, o Senhor Sober oberano ano é m uit uitoo m ais leniente c om a nobre nobrezza do que com os skaa. Ele os vê como os filhos de seus amigos e aliados há muito mortos, os homens que supostamente o ajudaram a derrotar as Profundezas. De vez em quando ele os deixa ter certos ce rtos gost gostos os como com o ler textos irr irrit itáve áveis is ou assassinar assassinar fa fam m il iliare iares. s. – Então... o livro livro não nã o é m oti otivo vo de pre pr e ocupa ocupaçç ão? – Vin perguntou. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. Amanhec er , pode ser que tenha – Nã Nãoo diria iss issoo tam pouco. Se o j ovem Elend tem o Falso Amanhecer sejam expressamente proibidos. Se os obrigadores tivessem provas disso, outros livros que sejam entregariam o jovem Elend aos Inquisidores... sendo nobre ou não. A questão é como se assegurar que isso isso aconteç aconteça? a? Se Se o herdeiro herde iro Ventu Venture re foss fossee exec execut utado, ado, iss issoo certam ce rtamente ente aume a ument ntar aria ia a confusão c onfusão polít política ica de Luthadel.
Vin empalideceu visivelmente. Sim,, Kelsier pensou com um suspiro interno. Ela definit Sim definitivame ivamente nte e stá se apaixonando por ele. Eu devia ter previsto. Mandar uma garota jovem e bonita entre os nobres? Um abutre ou outro ia se lançar sobre ela. – Não Nã o contei c ontei isso para par a que o m a tem os, Kelsi Ke lsier er!! – ela e la excla e xclam m ou. – P ense ensei,i, talvez... bem , ele e le está lendo livros proibidos, e parece ser um bom homem. Talvez possamos usá-lo como um aliado ou coisa coisa assim. Ah, criança criança,, Kelsier pensou. Espero que não se mac machuque huque muito quando e le a desc descart artar ar.. Devv ia se De se r mais esperta do que isso. – Nã Nãoo c onte com iss issoo – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , c om um tom de voz alt a lto. o. – Lorde Elend pode esta estar r lendo livros proibidos, mas isso não faz dele um amigo. Sempre existiram nobres como ele; ovens filósofos e sonhadores que acham que suas ideias são novas. Gostam de beber com os amigos e criticar o Senhor Soberano; mas, em seus corações, ainda são nobres. Nunca enfrentarão enfr entarão o sist sistem em a. – Mas... – Nã Não, o, Vin – Ke Kelsi lsiee r a int intee rr rrom ompeu. peu. – P re recc isa conf confiar iar e m m im im.. Elend Ve nture nã nãoo se importa conosco ou com os skaa. É um cavalheiro anarquista porque isso é elegante e excitante. – Ele m e fa falou lou sobre sobr e os sk skaa a – Vin diss dissee . – Que Queria ria sabe saberr se e ra ram m int intee li ligente gentes, s, e se a giam como pessoas de verdade. – E o inte inte re resse sse dele de le era e ra c om ompa passi ssivo vo ou inte inte lec lectual? tual? Elaa se deteve. El – Vê Vê?? – Ke Kelsi lsiee r per perguntou. guntou. – Vin, e sse hom homee m não é nosso aliado. De fato, lembro de ter não é dito claramente para ficar longe dele. Quanto mais tempo passar com Elend Venture, mais coloca colo cará rá nos nossa sa operaçã opera çãoo – e seus companheiros com panheiros de gangue – em e m ris risco. co. Entendi Entendido? do? Vin abaixou o olhar, assentindo. Kelsier suspirou. Por que suspeito que fi ficc ar longe de dele le é a últ última ima c ois oisaa que ela prete pretende nde azer? Maldição – não tenho tempo para lidar com isso agora . – Vá dorm ir um pouco – Kelsier K elsier fa falou. lou. – Fala Falare rem m os ma m a is sobre iss issoo depois.
Não é uma um a sombra. Essa c ois oisaa esc escura ura que me segue segue,, e que só e u posso ve verr – não é realme realmente nte uma sombra. É escura e translúcida, mas não tem o contorno sólido de uma sombra. É insubstancial – fina e disforme. Como se fosse feita de névoa escura. Ou de bru bruma, ma, talve talvez. z.
Vin estava ficando muito cansada da paisagem entre Luthadel e Fellise. Fizera a mesma viagem pelo menos uma dúzia de vezes durante as últimas semanas – observando as mesmas colinas marrons, as árvores desalinhadas e o tapete de vegetação rasteira. Estava começando a sentir sent ir como com o se pudesse pudesse id identi entificar ficar ca cada da solavanc solavancoo da est e stra rada. da. Participara de numerosos bailes – mas esse era apenas o começo. Almoços, piqueniques e outra out rass formas form as de ent e ntre rettenime eniment ntoo social social eram era m ig igualme ualment ntee popular populares. es. Com Com fre frequência, quência, Vin Vin viaj viaj ava entre as cidades duas ou três vezes por dia. Aparentemente, as nobres jovens não tinham nada m elho elhorr para fazer do que que ficar sent sentadas adas em ca carrua rruagens gens durante durante seis seis horas horas por dia. dia. Vin suspirou. Não muito longe, um grupo de skaa trabalhava perto de um canal, empurrando uma grande barc ba rcaa para Lut Luthadel. hadel. Sua Sua vida vida pod podia ia ser m ui uito to pio pior. r. Mesmo assim, sentia-se frustrada. Ainda era meio-dia, mas não havia nenhum evento importante até a noite, então não tinha para onde ir, a não ser voltar para Fellise. Ficava pensando no quão mais rápido faria a viagem se usasse o caminho de estacas. Sentia falta de saltar nas brum a s novam ente ente,, m a s Ke Kelsi lsiee r ainda e stava re relut lutante ante em continuar seu tre treinam inam e nto. Pe P e rm it itia ia que ela saísse por um curto período, cada noite, para manter suas habilidades, mas não tinha perm per m iss issão ão par paraa dar saltos e xtre xtrem m os e e xcitante xcitantes. s. Ape Apenas nas alguns m ovim ovimee ntos bá básicos sicos – geralmente empurrar e puxar e puxar pequenos pequenos obj obj etos sem sem sai sairr do chão. c hão. Estava Est ava com c omeç eçando ando a ficar ca cada da vez m ais frust frustra rada da com su suaa fra f raquez quezaa cont c ontín ínua. ua. Já haviam haviam se
passa do m ais de trê passado trêss m ese esess desde de sde seu e ncontro com o Inquisid Inquisidor; or; o pior do inver inverno no se for foraa sem um único floco floco de neve. Quanto tem tempo po levar levaria ia para se recuperar rec uperar?? Pelo Pe lo me menos nos posso ir aos bail bailee s , pensou. Apesar de seu aborrecimento com as constantes viagens, Vin começava a gostar de seus deveres. Fingir ser uma nobre era, na verdade, muito menos tenso do que o trabalho regular de um ladrão. É verdade que sua vida correria perigo se seu segredo fosse descoberto, mas, por enquanto, a nobreza parecia disposta a aceitá-la – e a dançar, jantar e conversar com ela. Era uma vida boa – um pouco sem emoção, mas seu regresso re gresso à alomancia, aloma ncia, cedo ce do ou tarde, consertaria isso. isso. Isso a deixava com duas frustrações. A primeira era sua incapacidade de reunir informação útil; estava ficando cada vez mais irritada quando evitavam suas perguntas. Estava adquirindo experiência o bastante para se dar conta de que havia muita intriga acontecendo, mesmo assim ainda não permitiam que fizesse parte daquilo. Mesmo ass a ssim, im, ain a inda da que su suaa pos posiiçã çãoo de forast f orasteira eira foss fossee in incôm cômoda, oda, Kelsier Kelsier tin inha ha confi c onfiança ança de que isso mudaria com o tempo. O segundo maior aborrecimento de Vin não era exatamente tão fácil de se lidar. Lorde Elend Venture estivera ausente em vários bailes durante as últimas semanas, e ainda não repetira o feito de passar a noite toda com ela. Ainda que raramente se sentasse sozinha agora, estava começando a perceber rapidamente que nenhum dos outros nobres tinha a mesma... profundidade de Elend. Nenhum deles tinha sua sagacidade divertida, ou reais.. Não como seus olhos olhos honesto honestoss e cur curios iosos. os. Os outros outros não parec par eciam iam reais com o ele. Nãoo par Nã parec ecia ia que e le a e stava e vit vitaa ndo. Mas Ma s tam ta m bém nã nãoo par paree cia fa fazzer m uit uitoo e sfor sforçç o par paraa passarr algum passa a lgum tem po com e la. perguntou ou enquanto enquanto a carruage ca rruagem m chega chegava va a Fell ellis ise. e. Elend Será que o interpretei mal?, mal? , ela se pergunt era muito difícil de compreender algumas vezes. Infelizmente, sua aparente indecisão não mudara o temperamento de sua ex-noiva. Vin estava começando a perceber por que Kelsier a avisara para evitar chamar a atenção de alguém muito importante. Por sorte, não se encontrava com Shan Elariel com frequência – mas quando isso acontecia, Shan aproveitava qualquer ocasião para ridicularizar, insultar ou menosprezar Vin. Fazia isso de maneira calma e aris ar isto tocr cráti ática ca,, até seu porte porte lem brava a Vin o quão quão inferior era ela. Talvez esteja começando a ficar muito ligada à minha personagem Valette , Vin pensou. Valette era apenas uma fachada; supunha-se que fosse todas as coisas que Shan dizia. Mesmo assim, os insultos doíam. Vin sacudiu a cabeça, afastando tanto Shan quanto Elend de sua mente. As cinzas tinham caíd ca ídoo dura durant ntee toda sua sua viagem até a cidade e, e , em bora tivess tivessem em para parado, do, seu seu efe e feit itoo era vi visí sível vel nos nos pequeno peque no re rede dem m oinhos e c orr orrente entess negr negraa s que se re revolvi volviam am pela pelass rua ruass da c idade idade.. Os trabalhadores skaa andavam de um lado para o outro, recolhendo a fuligem em caixotes e levando-as para fora da cidade. De vez em quando, tinham que se apressar para abrir caminho paraa a c a rr par rruage uagem m de a lgum nobre que passa passava va,, j á que nenhum veíc veículo ulo se incom incomodava odava em diminuir a velocidade para os trabalhadores. Pobrezinhos,, Vin pensou, passando por um grupo de crianças esfarrapadas que sacudia os Pobrezinhos choupos para que as cinzas caíssem e pudessem ser varridas – não ficaria bem que um nobre passasse passa sse por a li e c a íss íssee um m onte inesper inesperaa do de fuligem a cum ulada em sua c abe abeça ça.. As crianças sacudiam as árvores aos pares, fazendo cair furiosas descargas negras em suas cabeças. Cuidadosos capatazes com bastões caminhavam pela rua, de um extremo ao outro, para se assegurar que o trabalho continuasse. Elend e os outros, outros, ela pensou, eles não devem entender o quão ruim é a vida para um skaa. Vivem em suas belas fortalezas, dançando, sem realmente entender a extensão da opressão do Senhor Soberano.
Podia ver beleza na nobreza – não era como Kelsier, que a odiava por completo. Alguns nobres pareciam bem gentis ao seu modo, e ela estava começando a pensar que algumas das histórias que os skaa contavam sobre a crueldade deles devia ser exagero. E, mesmo assim, quando via acontecimentos como o da execução daquele pobre menino, ou as crianças skaa, tinha ti nha que se per pergunt guntar ar.. Com Comoo a nobrez nobre za não nã o via? via? Com Comoo não ent e ntendia? endia? Ela suspirou, afastando o olhar dos skaa enquanto a carruagem finalmente chegava à Mansão Mans ão Renoux. Renoux. Imediatam Im ediatamente ente notou notou uma grande reuni r eunião ão no pátio pátio int inter erno, no, e agarrou aga rrou um fra frasco sco novo de metais, preocupada que o Senhor Soberano tivesse enviado soldados para prender Lorde Renoux. Mas ela rapidamente percebeu que a multidão não era formada por soldados, mas por skaa em roupas simples de trabalho. A carruagem cruzou os portões, e a confusão de Vin aumentou. Caixas e sacos estavam empilhados entre os skaa – muitos dos quais manchados de fuligem pela recente chuva de cinzas. Os trabalhadores se alvoroçavam com a atividade, carregando uma série de carroças. A carrua ca rruagem gem de Vin parou diante diante da m ansão, e ela e la não esperou que Saz Sazed ed abris a brisse se a port porta. a. Salt Saltou ou do do veículo por conta própria, segurando o vestido e correndo até Kelsier e Renoux, que supervis su pervisio ionavam navam a operaçã opera ção. o. – Vã Vãoo m anda andarr m a ter terial ial par paraa as ca caver verna nass daqui daqui?? – Vin perguntou entredentes quando alcançou os dois homens. – Faça Faç a um umaa re rever verêê ncia ncia,, cria c rianç nçaa – Lorde L orde Renoux disse. – Mantenha Ma ntenha a s apar a parêê ncia nciass enquanto e nquanto estivermos sendo vistos. Vin fez como lhe foi ordenado, contendo seu incômodo. coisa com todas as – É c lar laroo que sim, Vin – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – Renoux Re noux tem te m que fa fazze r alguma coisa armas e suprimentos que vem reunindo. As pessoas vão começar a ficar desconfiadas se não vire vi rem m que ele as envia envia para par a alg a lgum um lu lugar. gar. Renoux assentiu. – Supost upostaa m e nte, esta estam m os m a ndando tudo pela pelass bar barcc a s do ca canal nal par paraa m inha plantaç plantaçãã o no Oeste. Mas as barcas vão parar para descarregar suprimentos – e muitos dos homens – nas cavernas da rebelião. As barcas e alguns homens seguirão em frente para manter as aparências. – Nossos soldados ne nem m m e sm smoo sabe sabem m que Renoux fa fazz pa parte rte do plano – Ke Kelsi lsiee r dis disse, se, sorrindo. – Acham que é um nobre que estou subornando. Além disso, será uma boa oportunidade para inspecionarmos o exército. Depois de uma semana ou mais naquelas cavernas, ca vernas, retornarem retornare m os para Lut Luthadel hadel em um umaa das barcas barc as de Renoux Renoux vol voltand tandoo para o Leste. Vin se deteve. – Nós? – pe perguntou, rguntou, re repentinam pentinam e nte, im imagina aginando ndo a s sem a nas na ba barc rca, a, obser observando vando o mesmo cenário tedioso, dia após dia, após dia, enquanto viajavam. Isso podia ser pior até do que ir e vir entre e ntre Luthadel e Felli ellise. se. Kelsier ergueu uma sobrancelha. – Pa P a re recc e preoc pr eocupada upada.. Apare Apa rentem ntem e nte, alguém a lguém está gost gostaa ndo de fre f requenta quentarr bail ba ilee s e festa f estas. s. Vin corou. – Eu só pensei pe nsei que devia fic ficar ar aqui. Que Quero ro diz dizee r, depois de todo o tem po que pe perdi rdi quando fiquei doente, eu... Kelsier levantou a mão, rindo. – Você Você va vaii fica fic a r; som os Yede Yedenn e eu que vam os. Pre P reciso ciso inspecionar inspec ionar as tropas, e Ye den vai se encarregar de vigiar o exército para que Ham possa voltar a Luthadel. Também levaremos meu irmão conosco, e o deixaremos no ponto de encontro com os acólitos do Ministério, em Vennias. Ainda bem que você voltou; quero que passe algum tempo com ele antes da nossa parti par tida. da.
Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Com Com Mar Marsh? sh? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Ele é um brum oso buscador. busca dor. Bronze é um dos meta m etais is menos me nos úteis, espec ialm ialmee nte para pa ra um ascido das Brumas completo, mas Marsh disse que pode lhe mostrar alguns truques. Essa será provavelm prova velm ente sua últim últim a c hanc hancee de treina tr einarr com c om e le. Vin olh olhou ou a car c aravana avana.. – Onde ele e stá? Kelsier franziu o cenho. – Está atra a trasado. sado. Coisa de família, suponho. suponho . – Ele deve che chega garr logo, crianç cr iançaa – Lorde Lor de Renoux disse. – Talve Talvezz queira de desca scansar nsar um pouco lá dentro? Tenho ti tido do muito descanso desc anso ultimame ultimamente nte,, ela pensou, controlando o aborrecimento. Em vez de entrar na mansão, ficou andando pelo pátio, observando os produtos e os trabalhadores que guardavam os supri suprim m ento entoss em ca carroça rroçass para trans tra nsport portáá-lo loss até as docas do canal loca locall. O terreno terre no era bem cuidado e, mesmo que as cinzas ainda não tivessem sido limpas, a grama cortada perm per m it itia ia que não tivesse que leva levantar ntar m uit uitoo o vestido para nã nãoo arra ar rastá-lo stá-lo pela pe la sujeir suj eiraa . Além disso, a cinza era surpreendentemente fácil de tirar das roupas. Com a lavagem adequada e um pouco de sabão caro, até mesmo um traje branco podia se livrar das cinzas. Por isso, a nobreza sempre tinha a roupa com aparência de nova. Era uma coisa simples e fácil que divid di vidia ia os skaa skaa e a ar aris isto tocr crac acia. ia. Kelsiee r e stá c e rto Kelsi rto,, Vin pensou. Estou c ome omeçando çando a gost gostar ar de ser uma nobre nobre.. E estava preoc pre ocupada upada com as m udanç udançaa s que seu se u novo estilo estilo de vida e stava encor e ncoraa j a ndo dentro de si. Antes, seuss probl seu problem em as eram era m relacio relacionado nadoss a coi c oisas sas como fome fom e e espan espancam cam ent entos os – agora eram er am a coi c oisas sas como viagens longas de carruagem e companheiros que chegavam tarde aos compromissos. O quee uma qu um a transform transformaçã açãoo como ess e ssas as faria em e m uma pess pessoa? oa? Suspirou para si mesma, caminhando entre os suprimentos. Algumas das caixas estariam cheias de arm ar m as – espadas, bast bastões ões de guerra, guerra , arcos arc os – m as o grosso grosso do material ma terial era de ali alim m ento entos. s. Kelsier Kelsi er di dizzia que form ar um exér exércit citoo exigia exigia mui m uito to mais ma is grãos do que que aç aço. o. Pass Pa ssou ou os dedos por por uma um a pilha pilha de ca caix ixas, as, com cuid cuidado ado para não rem re m over a cinz cinzaa que est e stava ava em cima. Ela sabia que uma barca seria enviada neste mesmo dia, mas não esperava que Kelsier Kelsi er foss fossee j unt unto. o. É clar claro, o, ele ele provavelmente provavelm ente não tom tom ar araa a decisão de ir ir até a té pouco pouco tem tem po atrá atráss – m esm o o novo e m ais re responsáve sponsávell Ke Kelsi lsiee r c onti ontinuava nuava sendo um hom homem em im impulsi pulsivo. vo. Talve alvezz fossee um bom atrib foss atribut utoo para um líd íder er.. Não tinha tinha medo m edo de incorporar nov novas as ideias, ideias, não importava quandoo lhe quand lhe ocorressem ocorr essem.. indolente. Estivv e int Talvez eu devesse pedir para ir com ele , Vin pensou, indolente. Esti intee rpretando a nobre or muito tempo ultimamente . Outro dia, pegara-se sentada com as costas eretas na carruagem, com uma postura empertigada, apesar do fato de estar sozinha. Temia estar perdendo seus instintos – ser Valette era quase tão natural para ela quanto ser Vin. Mas é claro que não podia partir. Tinha um compromisso com Lady Flavine, sem mencionar o baile Hasting – seria o evento social do mês. Se Valette estivesse ausente, seriam necessárias semanas para reparar o dano. Além disso, sempre havia Elend. Ele provavelmente se esqueceria dela se voltasse a desaparecer. Ele já a e squec squeceu eu,, disse para si mesma. Mal fal falou ou com voc vocêê nas últ últimas imas três festas. antenha a cabeça erguida, Vin. Isso é só outra fraude – um jogo, como os que fazia antes. Está c onst onstruin ruindo do sua reputação reputaç ão para conseguir c onseguir informaç informação, ão, não para fle fle rta rtarr e bri brinc ncar ar ..
Assentiu para si mesma, resoluta. Ao seu lado, alguns skaa carregavam uma das carroças. Vin se deteve, parando ao lado de uma grande pilha de caixas e observando os homens trabalhar trabalh arem em . Segund Segundoo Dockso Dockson, n, o recr re crut utam am ento do exércit exér citoo est e stava ava m elho elhora rando ndo.. pensou. Acho Estamos ganhando ganhando forç forç a , Vin pensou. Ac ho que a notícia está e stá se e spal spalhando hando.. Isso era bom – presum pre sumindo indo que não nã o se espalha e spalhasse sse muito rápi pido. do. muito rá Ela observou os carregadores por um momento, sentindo algo... estranho. Pareciam desconcentrados.. Depois de alg desconcentrados a lguns uns momento mom entos, s, foi ca capaz paz de determ deter m in inar ar a font fontee de distraçã distraçãoo deles. ão paravam de olhar para Kelsier, sussurrando enquanto trabalhavam. Vin se aproximou – mantendo-se do outro lado das caixas – e queimou estanho. – ...não, é ele ele,, com c e rte rtezza – um dos home hom e ns sussurr sussurraa va. – Vi V i as cica cic a triz trizes. es. – Ele é a lt ltoo – outro disse. disse. – É clar c laroo que é. é . O que e sper speraa va? – Ele fa falou lou na re reunião união em que fui re recr crutado utado – outro fa falou. lou. – O Sobre obrevivente vivente de Ha Hathsi thsin. n. – Havia ass a ssom ombro bro em su suaa voz voz.. Os homens se afastaram para reunir mais caixas. Vin inclinou a cabeça, então começou a se mover entre os trabalhadores para os ouvir. Nem todos estavam falando sobre Kelsier, mas um número surpreendente estava. Também ouviu várias referências ao décimo primeiro metal. pensou. Não é a rebelião que está ganhando adeptos – Kelsier está . Os Então é por isso, isso, Vin pensou. Não homens falavam dele em um tom de voz baixo, quase reverente. Por alguma razão, aquilo deixou Vin desconfortável. Nunca seria capaz de ouvir coisas similares ditas a seu respeito. Mesmo ass a ssim, im, Kels Ke lsier ier levava na esp e sporti ortiva; va; seu seu ego e go cari car ismá smáti tico co provavelmente provavelm ente ali a lim m entava ain a inda da m ais os rum rumores. ores. Eu me pe pergunt rguntoo se e le será se rá capaz c apaz de deix deixar ar isso isso para trás quando tudo tudo esti e stive verr terminado . Os outros membros da gangue obviamente não tinham interesse na liderança, mas Kelsier parecia gostar gos tar dela. Ele realm re almente ente deixaria a re rebeli belião ão skaa skaa to tom m ar cont contaa da si sittuaçã uação? o? Alg Algum um home homem m seria capaz de renunciar a esse tipo de poder? Vin franziu o cenho. Kelsier era um bom homem; provavelmente seria um bom governante. Contudo, se tentasse assumir o controle, isso teria cheiro de traição – um desrespeito às promessas prom essas que que havi haviaa fe feiito a Yeden. Ye den. Ela Ela não queria ver is isso so de de Kelsi Kelsier er.. – Valette Va lette – Kelsi Ke lsiee r cham c ham ou. Vin se sobressaltou, sentindo-se um pouco culpada. Kelsier apontou para uma carruagem que parava no pátio da mansão. Marsh chegara. Ela voltou enquanto a carruagem estacionava, e alcançou alca nçou Kelsier Kelsier ao m esm esmoo tem tem po que que Marsh. Kelsier sorriu, acenando com a cabeça na direção de Vin. – Só esta estare rem m os prontos par paraa par parti tirr daqui a pouco – diss dissee par paraa Mar Marsh. sh. – Se ti tiver ver tem po, poderia poder ia m ostrar à m enina a lgum lgumas as coisas? c oisas? Marsh virou-se para ela. Partilhava a constituição magra e o cabelo loiro de Kelsier, mas não era e ra tão bonito bonito.. Talvez fosse fosse a fa falt ltaa do sorr sorris iso. o. Elee apont El apontou ou para o balcão principal principal da m ansão. – Espere Esper e por m im lá em e m cim a . Vin abriu a boca para responder, mas algo na expressão de Marsh a fez voltar a fechá-la. Ele a fazia se lembrar dos velhos tempos, há vários meses, quando não questionava seus superiores. Ela se virou, deixando os três, e dirigiu-se para a mansão. Era um trajeto curto até o balcão. Quando chegou, puxou uma cadeira e sentou-se ao lado da grade de madeira caiada. O balcão, é claro, já tinha sido limpo da cinza. Lá embaixo, Marsh ainda estava conversando com Kelsier e Renoux. No horizonte além deles, além até mesmo da cara ca ravana vana que se espalh espalhava, ava, Vin podi podiaa ver ve r as a s colin colinas as erm er m as do lado lado de fora da ci c idade, iluminadas iluminadas
pela luz ver verm m e lha do sol. Apenas Ape nas alguns meses me ses int intee rpretando a nobre, nobre , e já acho ac ho que alguma coisa c oisa que não é cultivada Nunca pensara pensara na paisag paisagem em com comoo “erm a” du durant rantee os anos anos em qu quee viaj viaj ara com Ree een. n. é inferior . Nunca Kelsier disse que toda a terra costumava ser ainda mais fértil do que o jardim de um nobre . Ele pensava em recuperar essas coisas? Os Guardadores podiam, talvez, memorizar idiomas e religiões, mas não podiam criar sementes de plantas extintas há muito tempo. Não podiam fa fazze r a c inz inzaa par paraa r de ca cair ir ou a s brum as ire irem m e m bora bora.. O m undo re reaa lm lmente ente m udar udaria ia tanto se se o Im pér pério io Fin Final al se fosse? Além disso, o Senhor Soberano não tinha algum direito sobre tudo aquilo? Ele derrotara as algum direito Profundezas, ou era o que afirmava. Salvara o mundo, o que – de maneira retorcida – fazia com que fosse seu. Que direito tinham de tentar tirar dele? Ela se perguntava essas coisas com frequência, embora não expressasse suas preocupações paraa os dem a is. Todos par par paree c iam c om omprom prom e ti tidos dos c om o plano de Ke Kelsi lsiee r; a lguns até compartilhavam sua visão. Mas Vin era mais hesitante. Aprendera, como Reen lhe ensinara, a ser céti cé tica ca com o otimis otimism m o. E se havia um plano sobre o qual se podia ficar hesitante, era este. Contudo, ela estava passando do ponto em que questionava a si mesma. Sabia a razão pela qual permanecia na gangue. Não era o plano; eram as pessoas. Gostava de Kelsier. Gostava de Dockson, Brisa e Ham. Gostava até mesmo do estranho Fantasma e de seu tio excêntrico. Era uma gangue como nenhuma outra com a qual trabalhara antes. Ree n pergunt per guntou. ou. É uma boa razão para para deixar deix ar que a matem? mate m?,, a voz de Reen Vin deteve-se. Ultimamente vinha escutando os sussurros do irmão em sua mente com menos frequência, mas eles ainda estavam ali. Os ensinamentos de Reen, gravados nela durante dezesseis anos, não podiam ser descartados tão facilmente. Marsh chegou ao balcão alguns momentos depois. Encarando-a com aqueles olhos duros, então falou. – Apa Apare rentem ntem ente ente,, Ke Kelsi lsier er e sper speraa que eu pa passe sse a tar tarde de tre treinando inando você em a lom lomaa ncia ncia.. Vamos Vam os começ começar. ar. Vin concordou. Marsh a observou, obviamente esperando mais como resposta. Vin sentou-se em silêncio. ão é o único único que pode ser conciso c onciso,, amigo. amigo. – Mui Muito to be bem m – Mar Marsh sh dis disse, se, senta sentando-se ndo-se a o lado dela dela,, desc descaa nsando um bra braçç o na gra grade de do balcão. balc ão. A voz de de le soava um pouco m e nos aborr a borree c ida quando qua ndo prosseguiu. pr osseguiu. – Ke K e lsi lsier er diz que você passou muit m uitoo pouco tem te m po treinando treina ndo as habil ha bilidade idadess menta m entais is inter interna nas. s. Corr Correto? eto? Vin assentiu novamente. – Suspeito que m uit uitos os na nascidos scidos das brum as plenos negligenc negligenciam iam esse essess poder poderes es – Mar Marsh sh comento com entou. u. – E é um er erro. ro. Bronz Bronzee e cobre pod podem em não ser tão espalhafa espalhafattos osos os quant quantoo outros outros metais m etais,, mas podem ser muito poderosos nas mãos de alguém devidamente treinado. Os Inquisidores trabalham trabalh am com a m anip anipul ulaç ação ão do bronze, bronze, e os Brum Brumos osos os do do subm submund undoo sobreviv sobrevivem em por caus ca usaa da confiança no cobre. Dos dois poderes, o bronze é de longe muito mais sutil. Posso ensinar como usá-lo adequadamente... se praticar o que lhe mostrar, então terá uma vantagem que muitos nascidos das brumas dispensam. – Mas Ma s os outros nascidos na scidos das da s brum as não sabe sabem m queim ar cobr cobre? e? – Vin V in perguntou. per guntou. – De que serve aprender a prender sobre o bronze bronze se todo m und undoo com quem você luta luta é imune a esse poder? poder? – Ve Ve j o que j á pensa com o um dele deless – Mar Marsh sh com c omee ntou. – Nem N em todo mundo m undo é Na Nascido scido das da s Brumas, garota; de fato, pouquíssimos são. E, apesar do que seu tipo gosta de pensar, os Brumosos normais também podem matar pessoas. Saber que o homem que a ataca é um
Brutam rutamont ontes es em vez de um Lança Lançam m oedas pode pode salvar sua vida. vida. – Tudo bem – Vin cedeu. ce deu. – O bronze tam bé bém m a j uda a identifica identificarr nasc nascidos idos das da s brum a s – Mar Marsh sh dis disse. se. – Se você vir alguém usando alomancia quando não há um esfumaçador por perto, e não sentir nenhum pulso alomântico, então você saberá que essa pessoa é uma Nascida das Brumas... ou isso ou um Inquisidor. Em todo caso, deveria fugir. Vin assent assentiu iu em si silêncio lêncio,, o ferime fer iment ntoo na lateral de seu corpo c orpo latej latej ava levem levemente. ente. – Há gra grandes ndes va vantage ntagens ns e m queim queimaa r bronze, e m vez de simple simplesm smente ente sair por a í c om o cobre aceso ac eso.. Certo Certo,, você você se esfumaça esfuma ça us usando ando cobre... cobre... mas ma s de cert cer ta m aneira isso isso tam tam bém a cega. empurradas ou puxadas.. O cobre a torna imune a ter suas emoções empurradas ou puxadas – Mas isso isso é um a cois c oisaa boa. Marsh incli inclinou nou a cabeç c abeçaa li ligeiram geiram ente. – Ah? E qual ser seria ia um umaa vanta vantagem gem m aior aior?? Estar im imune une – e ignora ignorante nte – à pre presenç sençaa de um abrandador? Ou, em vez disso, saber – por causa de seu bronze – exatamente quais emoções ele está tentando suprim suprim ir? Vin se deteve. – É possível possível ver ve r algo a lgo tã tã o específ espe cífico? ico? Marsh assentiu. – Com cuida cuidado do e prá práti ticc a, você pode re reconhe conhece cerr m udanç udançaa s muit m uitoo pequena pe quenass nos movim m ovimee ntos alomânticos de seus oponentes. Pode identificar precisamente quais partes da emoção de uma pessoa um abr abraa ndador ou um Tum Tumult ultuador uador pre pretende tendem m influenc influenciar iar.. Ta Ta m bém ser seráá c apa apazz de diz dizer er quando alguém está avivando seus metais. Se ficar bem habilidosa, pode até mesmo dizer quando estão fica ficando ndo sem m etais etais.. Vin ficou pensati pe nsativa. va. – Com Comee çou a ver a s vantagens vantage ns – Marsh disse. – Bom. Agora A gora queim e bronz br onze. e. Vin o fez. Imediatamente sentiu duas pancadas rítmicas no ar. Os pulsos mudos percc orr per orree ra ram m seu c orpo c om omoo batidas de tam bore boress ou ondas no oce oceaa no. Era Eram m m ist istura urados dos e confusos. – O que e stá sentindo? – Marsh Mar sh perguntou. per guntou. – Eu... ac acho ho que há dois m eta etais is dife difere rentes ntes sendo queim queimaa dos. Um vem de Ke Kelsi lsiee r, lá em baixo; o outro outro est e stáá vi vindo ndo de você. você . – Bom Bom – Marsh Mar sh disse, disse, aprova a provando. ndo. – Você Voc ê tem te m pra prati tica cado. do. – Não Nã o muit m uitoo – Vin adm it itiu. iu. Elee arqueou El a rqueou um um a sobrancelha. – Não Nã o muit m uito? o? Já consegue c onsegue dete determ rm inar a origem or igem dos pulsos. pulsos. Isso exige prá pr á ti tica ca.. Vin deu de ombros. – Pa P a re recc e natura na turall para par a m im im.. Marsh ficou ficou em si silêncio lêncio por um m ome oment nto. o. – Muito Muito bem – disse disse depois de pois de um tem po. – E os dois dois pulsos pulsos sã sã o difere dife rentes? ntes? Vin se se conce c oncentrou, ntrou, franz fra nzin indo do o cenho. ce nho. – Feche Fec he os olhos – Marsh Mar sh disse disse . – Afa A faste ste outras outra s distra distraçç ões. Co Conc ncentr entree -se som somee nte nos pulsos alomânticos. Vin obedece obedeceu. u. Não era er a com comoo ouvi ouvirr – não rea r ealme lment nte. e. Teve Teve que se concent conce ntra rarr para pa ra di dist stin ingui guir r algo específico nos pulsos. Um parecia... que batia contra ela. O outro, uma sensação estranha, era como c omo se se a puxasse a puxasse a a cada c ada bat ba tid ida. a. – Um e stá stá puxando metal, não é? – Vin perguntou, abrindo os olhos. – Esse é Kelsier. Você puxando metal, está empurrando empurrando..
– Muito Muito bem – Marsh Mar sh disse. disse. – Ele está queim queimaa ndo ferr fe rro, o, com o lhe pedi pe di que fiz f izee sse, para pa ra que você pudesse praticar. Eu, é claro, estou queimando bronze. – Todos eles fazem f azem iss isso? o? – Vin perguntou. per guntou. – Par P arec ecem em dife difere rentes, ntes, quero quer o dizer dizer?? Marsh assentiu. puxão de metal de um empurrão empurrão de metal pela assinatura – É possí possíve vell dist distingui inguirr um puxão alomântica. Na verdade, foi assim que alguns metais foram originalmente divididos em categorias. ca tegorias. Não é int intui uiti tivo, vo, por por exem e xem pl plo, o, que o estanho puxe estanho puxe e enquanto nquanto o peltre empurre empurre.. Não pedi que abrisse os olhos. Vin os os fechou fe chou novam novam ente. – Conce Concentre ntre-se -se nos pulsos pulsos – Mar Marsh sh falou. fa lou. – Tente distinguir distinguir seus com c omprim primee ntos ntos.. Pode P ode notar nota r a dife di fere rença nça entre eles? e les? Vin franziu o cenho. Concentrou-se o mais que pôde, mas a sensação que tinha dos metais paree c ia... conf par confusa. usa. Indisti Indistinta. nta. De Depois pois de a lguns m inut inutos, os, os com prim primee ntos dos dife difere rentes ntes puls pulsos os ainda ain da pareciam o mesmo me smo para ela. – Não Nã o consi c onsigo go sentir nada – disse, disse, abatida. a batida. – Bo Bom m – Mar Marsh sh dis disse se ter term m inantem e nte. – Tive que pra prati tica carr seis m e ses par paraa dis disti tinguir nguir os comprimentos dos pulsos... se você tivesse feito isso na primeira tentativa, eu teria me sentido incompetente. Vin abriu a briu os olhos. – Por P or que m e pediu pe diu para par a fa f a ze r isso, então? – Porque P orque você pre precisa cisa pra prati ticc ar ar.. Se Se j á consegue c onsegue dis disti tinguir nguir puxar metais de empurrar m m etais etais... ... puxar metais bem , apare apa rentem ntem e nte tem talento. Talvez Ta lvez ta ta nto tale talento nto quanto Kelsier a nda com c omenta entando. ndo. – O que e u deveria deve ria ter vist visto, o, então? entã o? – Vin perguntou. per guntou. – Co Com m o tem po, você ser seráá c a paz de sentir dois c om omprim primee ntos dife difere rentes ntes de puls pulso. o. Meta Metais is internos in ternos,, com o bronze bronze e cobre, em it item em pul pulso soss mais m ais long longos os do do que m etais exter externos nos,, com o ferro fe rro e aço. A prática também lhe permitirá sentir os três padrões dentro dos pulsos: um para metais físicos fís icos,, um para m etais ment me ntais ais e um para os doi doiss metais m etais maio ma iore res. s. Comprim Comprimento ento de de pul pulso so,, grupo m etál etáliico e variação empurrão-puxão ... uma vez que saiba essas três coisas, será capaz de dizer empurrão-puxão... exatamente quais metais seu oponente está queimando. Um pulso longo que bata contra você e tenhaa um padrão rápid tenh r ápidoo será pelt peltre: re: o metal m etal físico físico de empurrão interno. empurrão interno. – Por P or que os nomes? nom es? – Vin Vin perguntou. per guntou. – Exter Externo no e interno? inter no? – Os m e tais vêm em grupos de quatro: pelos m e nos, os oit oitoo infe inferiore rioress fa fazze m iss isso. o. Dois metais externos, dois metais internos; um de cada empurra cada puxa.. Com ferro, você empurra,, um de cada puxa algo externo a você, com aço, empurra algo externo a você. Com estanho, puxa estanho, puxa algo algo dentro uxa algo uxa empurra algo de si m esma esma,, com pel pelttre empurra algo dentro de si. empurra algo – Mas bronze e c obre – Vin c om omentou entou –, Ke Kelsi lsiee r os cha cham m ou de m eta etais is int intee rnos, m a s paree c em que af par afee tam c ois oisaa s e xter xternas. nas. O c obre im impe pede de a s pessoa pessoass de senti-lo quando usa alomancia. Marshh negou Mars negou com a cabeç cabeça. a. – O c obre nã nãoo m uda seus oponente oponentes, s, m uda a lgo dentr dentroo de você m e sm smaa , e que tem um efeito em seus oponentes. É por isso que é um metal interno. O latão, no entanto, altera as emoções de outra pessoa diretamente: e é um metal externo. Vin assentiu, assentiu, pensativa. pensativa. Então se virou, olhando olhando na di dire reçã çãoo de Ke Kels lsier. ier. – Você Voc ê sabe m uit uitaa cois c oisaa sobre m e tais, mas m as é ape apenas nas um brum oso, certo? ce rto? Marsh assentiu. Não parecia que pretendia responder, no entanto. Vamos tentar uma coisa, então , Vin pensou, apagando seu bronze. Começou a queimar
cobre levemente para mascarar sua alomancia. Marsh não reagiu: em vez disso, continuou a olhar ol har para Kels Kelsiier e a cara c aravana. vana. Devv o e star invisí De invisívv el aos sentidos dele , ela pensou, queimando cuidadosamente tanto zinco quando cobre. Projetou-se, tal como Brisa a ensinara a fazer, e tocou sutilmente as emoções de Marsh. Suprimiu a desconfiança e as inibições dele, ao mesmo tempo que aumentou seu sentimento de melancolia. Teoricamente, isso o deixaria mais disposto a falar. – De Deve ve ter a pre prendido ndido em a lgum lugar – Vin diss dissee c om c uidado. Ele ve verá rá o que fi fiz, z, certamente. Vai ficar zangado e... – Tive o estalo e stalo quando era e ra m uit uitoo jovem j ovem – Marsh Mar sh disse. disse. – Tive m uit uitoo tem po para par a pra pr a ti ticc a r. – Assim com c omoo muit m uitaa gente – Vin com e ntou. – Eu... tive tive m e us moti m otivos. vos. Sã Sã o difíceis difíce is de de e xpli xplicc a r. – Se Se m pre são – Vin falou, f alou, aum a umee ntando levem leve m e nte sua pressã pr essãoo alomâ alom â nti ntica ca.. – Sa be o que Ke Kelsi lsier er pensa sobre os nobre nobres? s? – Mar Marsh sh per perguntou, guntou, vira virando-se ndo-se pa para ra e la, os olhos ol hos como com o gelo. Olhoss de aço Olho aç o, ela pensou. Como disseram. disseram . Assentiu em resposta. – Bem Bem,, sint sintoo o m esm o em re relaç lação ão a os obrigador obrigadores es – e le diss disse, e, af afasta astando ndo o olhar olhar.. – Far arei ei qualquer qual quer coi c oisa sa para par a fe feri-l ri-los os.. Eles levar levaram am nos nossa sa m ãe ãe... ... foi quand quandoo tive tive o est e stalo, alo, e foi f oi quando quando jurei jure i destruí-los. Então me juntei à rebelião e comecei a aprender tudo o que podia sobre alomancia. Os Inquisidores a usam, então eu tinha que entendê-la... entender tudo o que pudesse, ser o melhor que abrandando?? que pudess pudessee e... e ... você est e stáá m e abrandando Vin sobressaltou-se, apagando abruptamente seus metais. Marsh voltou-se novamente para ela, com a exp e xpress ressão ão fria. Fuja!,, Vin pensou. E ela quase o fez. Era bom ver que os antigos instintos ainda estavam ali, Fuja! mesmo que um pouco enterrados. – Sim Sim – disse disse hum il ildem dem e nte. – Você Voc ê é bo boaa – Marsh comento com entou. u. – Não teria perce per cebi bido do se se não nã o tiv tivesse esse come c omeça çado do a divagar divagar.. Pare Pa re com iss sso. o. – Já pare pa rei.i. – Bom Bom – Marsh Mar sh disse. disse. – É a segunda ve vezz que alt a lter eraa m inhas em oçõe oções. s. Nunca m a is faça faç a iss isso. o. Vin assentiu. – Se Se gunda vez ve z? – A prim e ira foi na m inha loja loj a , há oito me m e ses. É ve v e rdade. Por que não me lembre lembreii dele? – Sint Sintoo muit m uito. o. Marsh balançou balançou a cabeça ca beça,, e finalm finalm ente se virou. virou. – Você Você é um umaa Na Nascida scida da dass Bruma Brum a s... é o que fa fazz. Ele fa fazz a m esm a c oisa. – Estava olhando paraa Ke par Kelsi lsier er.. Ficaram em silêncio por alguns segundos. – Marsh? Ma rsh? – Vin V in perguntou. pe rguntou. – Como sabia que e u era e ra um umaa Na Nascida scida das Brum Brumas? as? Eu só sabia sa bia abrandar naquela naquela época. Marshh meneou Mars me neou a cabeça. ca beça. – Voc ocêê c onhec onhecia ia os outros m eta etais is inst instint intivam ivam ente ente.. Estava queim a ndo peltre e e stanho naquele dia... só um pouquinho, quase não dava para notar. Provavelmente conseguia os metais da água e dos talheres. Alguma vez se perguntou como sobreviveu quando tantos outros morreram? Vin se deteve. Sobrevivi a um monte de espancamentos. A vários dias sem comida, a noites
assadas nos becos durante a chuva ou no meio das cinzas... Marsh balançou a cabeça. – P ouca oucass pessoa pessoas, s, incluind incluindoo nasc nascidos idos das brum as, são tão sint sintoniz onizaa das com a alom anc ancia ia a ponto de ser seree m c a pazes de queim ar m eta etais is instinti instintivam vam e nte. Foi o que m e int intee re ressou ssou em e m você você... ... foi por isso que fiquei de olho em você e disse para Dockson onde encontrá-la. E... está empurrando m empurrando m in inhas has em oções de nov novo? o? Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. – Eu juro. j uro. Marsh franziu franziu o ce cenho nho,, obser observando vando-a -a com um de seus olhare olharess duros duros como com o pedra. – Tão Tã o austero auster o – Vin disse disse em e m voz ba baixa. ixa. – Como m eu irm ir m ão. – Eram Era m próxim próximos? os? – Eu o odiava – Vin sussurr sussurrou. ou. Marsh deteve-se, então se virou. – Entendo. – Odeia Ode ia Kelsi Ke lsiee r? Marshh negou Mars negou com a cabeç cabeça. a. – Não, Nã o, não o odeio. ode io. Ele Ele é fr frívol ívoloo e cheio c heio de si, mas ma s é m eu irm ir m ão. – E isso isso é o bastante? ba stante? – Vin perguntou. per guntou. Marsh assentiu. – Tenho... Tenho... dificuldade dific uldade e m e ntende ntenderr isso – Vin disse disse honestam hone stamee nte, olhando os ska ska a , as a s caixas ca ixas e os sacos. – Se Se u irmã irm ã o não a tra tratava tava be bem m , presum pre sumo. o. Vin assentiu. – E quanto a seus pais? pa is? – Marsh Mar sh perguntou. per guntou. – Um e ra nobre nobre.. E sua m ãe ãe?? – Louca Louc a – Vin falou. f alou. – Ouvia O uvia vozes. Ficou Ficou tão m al que m e u irm ão ti tinha nha m e do de nos deixar deixa r com ela. Mas, é claro, c laro, não titinha opção... Marsh permaneceu em silêncio, sem comentar. Como isso se voltou contra mim?, mim? , Vin pensou. Ele pensou. Ele não é um abrandador abrandador,, me mesmo smo assi assim m e stá conseguindo c onseguindo mais de mim do que conse consegui gui dele. Mesmo assim, era bom falar sobre isso, finalmente. Vin ergueu a mão, mexendo no brinco sem perceber. – Nã Nãoo m e lem bro diss dissoo – e la c onfe onfessou. ssou. – Mas Ree Reenn diss dissee que che chegou gou um dia e enc encontrou ontrou minha mãe coberta de sangue. Ela matara minha irmãzinha. De um jeito horrível. Em mim, no entanto, não tocou... exceto para me dar o brinco. Reen disse... ele disse que ela estava me segurando no colo, balbuciando e me proclamando rainha, com o cadáver da minha irmã aos nosso nos soss pés. Ele Ele m e ti tirou rou da m in inha ha m ãe ãe,, e ela fugi f ugiu. u. Ele Ele salv salvou ou a m in inha ha vida, vida, provavelmente. provavelm ente. Em parte par te por iss issoo fique fiqueii c om e le, suponho. Até quando a s c oisas iam m a l. – Balanç Balançou ou a c a beç beça, a, olhando ol hando par paraa Marsh Mar sh.. – Mesm Mesmoo assim, assim, você não nã o sabe a sorte de ter Kels Ke lsier ier com o irm irm ão. – Im a gino que sim – Mar Marsh sh c oncor oncordou. dou. – Eu só... gost gostaa ria que e le não tra tratasse tasse a s pessoa pessoass como joguetes. Sou conhecido por matar obrigadores, mas assassinar homens só porque são nobres... – Marsh negou com a cabeça. – Não é só isso, no entanto. Ele gosta que as pessoas o adorem. Tinha razão nisso. Mas Vin também detectou outra coisa em sua voz. Ciúmes? Você é o irmão mais velho, Marsh. Era o responsável – responsável – você se juntou à rebelião em vez de trabalhar com os ladrõ ladrões. es. Deve De ve machuc machucar ar saber saber que Kels Kelsier ier era aquele de quem todos gost gostavam avam . – Mesm Mesmoo a ssi ssim m – Mar Marsh sh diss dissee –, e le está m e lhora lhorando. ndo. As m inas o m udar udaraa m . A m orte
dela… o mudou. O que será isso?, isso?, Vin pensou, pensou, levantando levantando levem levem ente a ca cabeça beça.. Havi Ha viaa defini definiti tivam vam ente outra outra coisaa ali cois a li.. Dor. Uma Um a dor profunda, mais ma is do que que um home homem m devi deviaa sentir sentir por uma um a cunh c unhada. ada. Então é iss isso. o. Nã Nãoo era só “todo mundo” que gost gostava ava mais de Kelsi Kelsier er,, era uma pessoa em articula art icular. r. Alguém Alguém que voc vocêê amava. – De qualque qualquerr for form m a – Mar Marsh sh diss dissee , a voz fica fic a ndo m a is firm f irmee . – A a rr rrogânc ogância ia do pa passado ssado está no passado. Este plano dele é insano, e tenho certeza de que, em parte, está fazendo isso para enriquecer, mas... bem, ele não tinha porque ajudar a rebelião. Está tentando fazer algo bom... em bo bora ra provavelm provavelm ent entee vá aca acabar bar m ort orto. o. – Por P or que se j untar a iss issoo se tem te m tanta ce c e rte rtezza do fra f raca casso? sso? – P orque ele vai m e coloc colocaa r no Ministé Ministé rio – Mar Marsh sh falou. f alou. – A inform a çã çãoo que eu re reunir unir lá vai aj udar a re rebeli belião ão sécul séc ulos os depoi depoiss que que Kelsi Kelsier er e eu est e stiiverm os mortos. mortos. Vin assentiu, olhando para o pátio. Falou, hesitante. – Marsh, Mar sh, não a cho que a a rr rrogânc ogância ia estej e stejaa totalmente no passado. A maneira como ele está totalmente no se coloca colocando ndo entre os sk skaa aa... ... o jeit j eitoo que que come c omeça çam m a olhar olhar para ele... – Eu sei – Mar Marsh sh fa falou. lou. – Come Começou çou c om esse plano dele sobre o dé décim cim o prim primeir eiroo m e tal. ão cre c reio io que tenhamos tenham os que que nos preoc preocupar... upar... É só só Kelsier Kelsier j ogand ogando, o, como com o de cos c ostu tum m e. – Isso I sso faz fa z com que eu m e per pergunte gunte por que ele va vaii nessa viage viagem m – Vin questi que stionou. onou. – Estará Estar á lon onge ge da ação aç ão por mai ma is de de um m ês. Marsh balançou a cabeça. – Ele ter teráá todo um e xér xércc it itoo che cheio io de hom homens ens diante do qual a tuar tuar.. Além diss disso, o, pre precc isa sair da cidade. Sua reputação está crescendo descontroladamente, e a nobreza está começando a ficar muito interessada no Sobrevivente. Se começarem a correr rumores de que um homem com cicatrizes nos braços está hospedado com Lorde Renoux... Vin assentiu, entendendo. – Agora Agor a m e sm smoo – Marsh Mar sh prosseguiu –, ele e le está e stá se fa fazze ndo passar passa r por um par parente ente dist distaa nte de Renoux. O homem tem que partir antes que alguém o relacione com o Sobrevivente. Quando Kell voltar, terá que chamar pouca atenção... esgueirar-se para dentro da mansão, em vez de subir os degraus, e manter o capuz levantado quando estiver em Luthadel. Marsh calou-se, então se levantou. – De D e qualque qualquerr m odo, j á lhe e nsin nsinee i o básico. bá sico. Agora A gora só pre pr e c isa pratica pr aticar. r. Se m pre que e sti stiver ver com Brumosos, peça para que queimem seus metais para você se concentrar nos pulsos alomânticos. Se nos encontrarmos novamente, eu lhe mostrarei mais, mas não há nada mais que possamos possam os faz fa ze r até a té que você tenha pra prati ticc ado. Vin assentiu, e Marsh saiu pela porta sem se despedir. Alguns momentos depois, ela o viu se aproxim aproxi m ar de Kels Ke lsier ier e Renoux novam novamente. ente. Eles realme realmente nte não se odeiam odeiam,, Vin pensou, apoiando os dois braços na grade do balcão. Como será isso? Depois isso? Depois de pensar um pouco, decidiu que o conceito de amor fraterno era um pouco c om omoo o c om omprim primee nto dos pulso pulsoss alom ânticos que supost supostam am e nte deve deveria ria proc procura urarr – a lgo desconhec desconh ecid idoo demais dem ais par paraa ent e ntender ender no mom m omento ento..
“O Herói das Eras não será um homem, mas uma força. Nenhuma nação o reclamará, nenhuma mulher o possuirá, e nenhum rei poderá matá-lo. Ele não pertencerá a ninguém, sequer a si mesmo.”
Kelsier estava sentado, em silêncio, lendo enquanto o barco seguia lentamente pelo canal paraa o Norte. par Nor te. Às Às vezes ve zes me preoc preocupo upo em não ser o herói he rói que todos acham que sou , o texto dizia. Que prova temos? As palavras de homens mortos há muito tempo, só agora consideradas roféticas? Mesmo que aceitemos as profecias, só tênues interpretações as ligam a mim. Seria a minha defesa da Montanha de Verão realmente o “fardo pelo qual o Herói será mencionado”? eus vários casamentos poderiam me dar “vínculos sem laços de sangue com os reis do mundo”, e se olhar do jeito certo. Há dúzias de frases similares que poderiam se referir aos acontecimentos da minha vida. Mas, uma vez mais, tudo poderia ser apenas coincidência. Os filósofos asseguram-me que este é o momento, que os sinais foram cumpridos. Mas ainda me pergunto se não pegaram o homem errado. Tantas pessoas dependem de mim. Dizem que tenho o futuro do mundo inteiro nas mãos. O que pensariam se soubessem que o seu campeão – o erói das Eras, seu salvador – duvidou de si mesmo? Talvez não ficassem nem um pouco surpresos, afinal. De certo modo, é isso o que mais me reocupa. Talvez, em seus corações, eles duvidem – assim como eu. Quando me olham, veem um mentiroso? Rashek parec parecee pensar que sim. Se Seii que não de devia via deix deixar ar que um simpl simples es carre carregador gador me erturbasse. Contudo, ele é de Terris, de onde as profecias se originaram. Se alguém pudesse identificar uma fraude, não seria ele? Não obsta obstante, nte, continuo minha viage viagem, m, indo para onde os augúri augúrios os e scritos proclamam que
encontrarei meu destino – caminhando, sentindo os olhos de Rashek em minhas costas. Ciumentos. Zombadores. Z ombadores. Cheios de ódio. No fundo, pre pre ocupaocupa-me me que minha m inha arrogância arrogância destrua a todos todos nós. Kelsier so Kelsier solt ltou ou o lilivreto, sua sua cabin c abinee se sacudi sac udiaa levem levemente ente com c om os esforços dos dos rem adores do lado de fora. Estava contente que Sazed tivesse providenciado uma cópia dos trechos traduzidos do diário de viagem do Senhor Soberano antes da partida do comboio de barcos. Havia muito pouco o que fa fazze r dura dur a nte a viage viagem m. Felizmente, o diário era fascinante. Fascinante e estranho. Era perturbador ler palavras originalmente escritas pelo próprio Senhor Soberano. Para Kelsier, o Senhor Soberano era menos um ho hom m em e m ais um um a... criatu criatura. ra. Um a força f orça m ali align gnaa que preci prec isav savaa ser destruí destruída. da. Apesar disso, a pessoa apresentada no diário parecia completamente mortal. Questionavase e ponderava ponderava – pareci parec ia um ho hom m em profu profund ndoo e, até até m esmo, de carát cará ter. Ainda que seja me melhor lhor não confiar muito na narrat narrativa iva , Kelsier pensou, passando os dedos pela pá página. gina. Os homens raramente veem suas próprias ações como injustificadas . Mesmo assim, a história do Senhor Soberano fazia Kelsier se lembrar das lendas que ouvira – hist história óriass suss sussurr urraa das pelos sk skaa aa,, discuti discutidas das pelos nobre nobress e m e m oriz orizaa das pelos Gua Guarda rdadore dores. s. Dizia-se que antigamente, antes da Ascensão, o Senhor Soberano tinha sido o maior dos homens. Um lí líder der am a m ado, um um home homem m a quem se confiou confiou o dest destin inoo de toda toda a humanid hum anidade. ade. Infelizmente, Kelsier sabia como a história acabava. O próprio Império Final era o legado do diário. O Senhor Soberano não salvara a humanidade; em vez disso, ele a escravizara. Ler uma narra narrati tiva va em e m pri prim m eira m ão, ver as dúvidas dúvidas e lu lutas tas int inter ernas nas do Senhor Senhor Soberano, Soberano, só tornava tornava a história muito mais trágica. Kelsier pegou o livreto para continuar a ler, mas o barco começou a reduzir a velocidade. Olhou pela janela da cabine, contemplando o canal. Dúzias de homens seguiam pelo pequeno caminho paralelo ao canal, puxando as quatro barcaças e os dois barcos que formavam o comboio. Era uma forma eficaz, ainda que trabalhosa, de viajar; os homens que tiravam os barcc os do c a nal podiam m over c e ntena bar ntenass de quil quilos os a m a is de pe peso so do que se fosse fossem m obriga obrigados dos a carregar a carga. c arga. Os homens que puxavam tiveram que parar, no entanto. Adiante, Kelsier pôde ver um mecanismo de comportas, além do qual o canal se bifurcava. Um tipo de encruzilhada de cam ca m in inhos hos de água. Final água. Finalme Kelsier pensou. pensou. Suas Suas semanas sem anas de viagem havi haviam am ac acabado. abado. mente nte,, Kelsier Kelsier Kelsi er não esperou por um m ensageiro. Simplesme Simplesment ntee subiu subiu até o conv c onvés és e pegou alguma algumass m oedas de sua bol bolsa. sa. Hora pensou, deix deixando ando cair uma um a m oeda no chão Hora de ser se r um pouco ostentoso, ostentoso , pensou, de madeira. m adeira. Queimou Queimou aço e se empurrou no ar. empurrou no Lançou-se para cima de forma angular, rapidamente ganhando altura até que pudesse ver toda a fila de homens – metade puxando os barcos, metade caminhando e esperando seu turno. Kelsier voou em arco, derrubando outra moeda enquanto passava sobre uma das barcaças de empurrando contra ela ao começar a descer. Os soldados recrutados olharam suprimentos, e empurrando paraa c im par imaa , apontando aponta ndo com a dm dmira iraçç ão enquanto e nquanto Kelsi Ke lsier er pa passava ssava por sobre o canal. ca nal. Kelsier queimou peltre, fortalecendo seu corpo enquanto caía com um baque no convés do barcc o que lidera bar lider a va o com c omboio. boio. Yeden saiu de sua cabine, surpreso. – Lorde Ke Kelsi lsiee r! Já, ah, a h, chegam che gam os à enc e ncruzi ruzilhada lhada.. – Posso P osso ver que sim – Kelsi Ke lsiee r disse, contem c ontem plando a fila de bar barcc os. Os home hom e ns nas m a rge rgens ns dos canais conversavam animados, apontando para ele. Parecia estranho usar alomancia tão
claramente, em plena luz do dia, e diante de tantas pessoas. Não posso evit ev itar ar , pensou. Esta v isita ta é a última oportunidade oportunidade que os homens home ns terão te rão de me ve ver r pensou. Esta visi em meses. Preciso impressioná-los, dar algo a que possam se apegar, se é que tudo isso vai uncionar... – Va m os ver se o grupo das c a ver vernas nas che chegou gou pa para ra nos e ncontr ncontrar ar?? – Ke Kelsi lsiee r pe perguntou, rguntou, voltand vol tando-se o-se para pa ra Yede Yeden. n. – É c lar laroo – Yede edenn dis disse, se, m a ndando um c ria riado do puxar seu bar barco co pa para ra a later lateraa l do c ana anall e estender a prancha. Yeden parecia animado; realmente era um homem sério, e Kelsier resp re speit eitava ava iss sso, o, ainda ainda que lh lhee fa falt ltasse asse um pou pouco co de presença presença.. A maior m aior parte parte da minha m inha vida, v ida, tive tive o problema problem a contr c ontrário ário,, Kelsier pensou, divertido, saindo do barcc o com Ye bar Yeden. den. Muita Muita presença, presenç a, não muita muita seriedade . Os dois caminharam entre a fila de trabalhadores pelo canal. Perto dos homens, um dos Brutamontes de Ham – assumindo o papel de capitão da guarda de Kelsier – os saudou. – Che Chegam gam os à encr e ncruz uzil ilhada hada,, Lorde Ke Kelsi lsier er.. – P osso ver ve r que sim – Ke Kelsi lsiee r re repe peti tiu. u. Um denso bosque de bétulas e rguia rguia-se -se diante de deles, les, subindo uma ladeira até as colinas. Os canais eram afastados dos bosques – havia melhores fontes de madeira em outras partes do Império Final. A floresta era deixada em paz, ignorada pela m a ioria. Kelsier queimou estanho, estremecendo levemente com a luz do sol que de súbito cegava. Seus olhos se ajustaram à claridade, no entanto, e ele pôde captar detalhes – e um pouco de m ovi ovim m ento – na na florest floresta. a. – Ali – dis disse, se, lanç lançaa ndo um umaa m oeda no a r e a empurrando empurrando.. A moeda disparou em frente e acertou uma árvore. Respondendo ao sinal pré-combinado, um pequeno grupo de homens camuflados saiu por entre as árvores, cruzando a terra manchada de cinzas em direção ao canal. – Lorde Ke Kelsi lsiee r – o prim primee iro dos hom homee ns dis disse, se, o sauda saudando. ndo. – Meu nom nomee é Capit Capitão ão Demoux. Por favor, reúna os recrutas e venha comigo; o General Hammond está ansioso em vêlo. O “Capitão” Demoux era um homem jovem para ser tão disciplinado. Tinha apenas vinte anos, e liderava uma pequena tropa de homens com um nível de solenidade que poderia ter paree c ido arrogânc par arr ogância ia se fosse m e nos com pete petente. nte. Ke lsier ier pensou pe nsou.. Só porque eu Homens Home ns mais jove jovens ns do que ele e le lideraram soldados soldados em batalha, batalha , Kels era um almofadinha na idade dele não quer dizer que todo mundo seja assim. Veja a pobre Vin – só dezesseis anos e já rivaliz rivalizaa com c om Mars M arshh em e m seri se riedade. edade. Eles deram uma volta pela floresta – segundo as ordens de Ham, cada soldado seguia um caminho diferente para evitar deixar rastros. Kelsier olhou os duzentos homens que o seguiam, franzindo o cenho levemente. O rastro deles provavelmente seria muito visível, mas havia pouco o que fazer a esse respeito – os movimentos de tantos homens seriam quase impossíveis de mascarar. Demoux diminuiu o ritmo e acenou, e vários membros de sua tropa seguiram em frente; não tinham nem metade do senso de decoro militar de seu líder. Mesmo assim, Kelsier estava impressionado. Da última vez que os visitara, os homens estavam tipicamente desorganizados e descoordenados, como a maior parte dos skaa foras da lei. Ham e seus oficiais tinham feito um bom tra trabalho. balho. Os soldados afastaram alguns arbustos falsos, revelando uma fenda no chão. Era escuro lá dentro, e as paredes eram de granito cristalino. Não era uma caverna normal na encosta da
m ont ontanha, anha, mas m as um si sim m pl ples es rasg ra sgoo no chão que levava diretam ente para baix baixo. o. Kelsier parou, contemplando a rachadura negra na pedra. Estremeceu levemente. – Kelsi Ke lsiee r? – Yeden Yede n perguntou, per guntou, franz fra nzindo indo o cenho. ce nho. – O que foi? f oi? – Isso me m e lem bra a s Minas. Minas. Era Er a m assim assim... ... fendas fe ndas no chão. c hão. Yeden em pal paliideceu levem ent ente. e. – Ah. Eu, ah... a h... Kelsier Kelsi er gest gesticul iculou ou com desdém desdém.. – Sabia que iss issoo chega c hegaria ria.. De D e sci naquela na quelass cave c averna rnass todos os dias dia s por um a no, e sem pre saí. Eu as der derrot rotei. ei. Não têm têm nenhu nenhum m pod poder er so sobre bre m im . Para Pa ra provar suas palavras, palavras, avançou avanç ou e entrou na na fenda f enda est e stre reiita. Era larga o bastante bastante para que um homem passasse por ela. Enquanto descia, Kelsier viu os soldados – tanto os do esquadrão de Demoux quanto os novos recrutas – o observando em silêncio. Tinha falado alto intencionalmente, para que todos ouvissem. Deixe De ixe-os -os ver v er minha m inha fraqueza, fraqueza, e deix deixee que me ve vejam jam superando-a. Eram pensamentos corajosos. Entretanto, assim que submergiu da superfície, era como se estivesse novamente nas Minas. Esmagado entre duas paredes de pedra, buscando apoio para descer com dedos trêmulos. Frio, umidade, escuridão. O atium tinha que ser recuperado pelos escravos. escr avos. Os alomâ alomânt nticos icos poderiam poderiam ser m ais efet efe tiv ivos os,, mas m as usar a aloma alomancia ncia perto per to dos dos crist cristais de atium os estilhaçava. Então, o Senhor Soberano usava condenados. Obrigava-os a descer nas Minas. Mi nas. Obrigava-os Obrigava-os a se arra ar rast star ar para baix baixo, o, sem sem pre para pa ra baix baixo.. o.... Kelsier Kelsi er forçou-se a cont contin inuar. uar. Aquilo Aquilo não era e ra Haths Hathsin in.. A fenda f enda não nã o desceria desce ria durante horas, e não haveria buracos revestidos de cristal onde enfiar os braços arranhados e sangrando – estica esti cando ndo-se -se e procurando geodos geodos de atium atium em seu int inter erio ior. r. Um geodo; is isso so comprava compra va m ais uma semana de vida. Vida sob os chicotes dos capatazes. Vida sob o governo de um deus sádico. Vida sobb um sol que ficara so ficar a verm ve rm elho elho.. Ke lsier ier pensou. pensou. Eu Mudareii as coisas para os Mudare os outros outros,, Kels Eu as tornarei tornarei melhor me lhoree s! A descida foi difícil para ele, mais difícil do que teria admitido. Felizmente, a fenda logo se abriu em uma caverna mais larga, e Kelsier teve um vislumbre da luz abaixo. Deixou-se cair o restante do caminho, aterrissando em um chão de pedra irregular e sorrindo para o homem que estava parado, para do, esper esperando. ando. – Que infe inferno rno de entr entraa da você voc ê tem te m a qui, Ham – Kelsi Ke lsier er diss dissee , tira tirando ndo o pó das mãos. m ãos. Ham so sorriu. rriu. – Devia De via ver ve r o banheir ba nheiro. o. Kelsier gargalhou, movendo-se para abrir espaço para os demais. Vários túneis naturais parti par tiaa m da câ câm m ar ara, a, e um umaa pe pequena quena esc escaa da de c orda esta estava va pe pendura ndurada da até o pé da fe fenda nda par paraa facilitar a subida. Yeden e Demoux logo desceram pela escada até a caverna, suas roupas rasp ra spadas adas e sujas suj as da descida. Não era uma entrada fácil fá cil.. Essa, Essa, no entant entanto, o, era a ideia. – É bom vê vê-lo, -lo, Ke Kell ll – Ha H a m dis disse. se. Er Eraa e stranho vêvê-lo lo com c om roupa roupass de m a ngas. De fa fato, to, seus trajes militares pareciam um tanto formais, com linhas quadradas e botões na parte dianteira. – Quantos me trouxe? – Mais de duze duze ntos e quar quarenta enta.. Ham ergueu as sobrancelhas. – O rec r ecruta rutam m e nto está m elhor elhorando, ando, hein? he in? – Finalm inalmee nte – Ke Kelsi lsier er diss dissee , asse assenti ntindo. ndo. Os sol solda dados dos com eç eçaa ra ram m a che chega garr à c a ver verna, na, e vários dos ajudantes de Ham avançaram para ajudar os recém-chegados e encaminhá-los por um túnel lateral. Yeden se juntou a Kelsier e Ham.
– Esta c a ver verna na é surpr surpree ende endente, nte, Lorde Ke Kelsi lsiee r! Nunc Nuncaa e sti stive ve em um umaa de delas las pessoa pessoalm lmente ente.. ão m e adm admira ira que o Senhor Senhor Soberano Soberano ain a inda da não tenha encont e ncontra rado do os home homens ns aqui aqui embaix em baixo! o! – O c om omplexo plexo é c om ompletam pletam ente segur seguroo – Ha Ham m dis disse se orgulhosam ente ente.. – Há som somee nte trê trêss entradas, todas elas são fendas como essas. Com suprimentos adequados, podemos manter este lugar lu gar in indefini definidam damente ente cont c ontra ra forç forças as invasoras. invasoras. – Além dis disso so – Ke Kelsi lsiee r diss dissee –, e ste não é o único c om omplexo plexo de c ave averna rnass sob e ssas montanhas. Mesmo que o Senhor Soberano esteja determinado em nos destruir, seu exército passaria passa ria sem ana anass procura proc urando ndo por nós e não nã o nos encontra enc ontraria ria.. – Incríve Inc rívell – Ye Ye den diss dissee . Virou-se, Virou- se, olhando para pa ra Ke Kelsi lsier er.. – Estava e rr rraa do sobre você você,, Lorde Lor de Kelsier. Esta operação... esse exército... bem, está fazendo algo impressionante aqui. Kels Ke lsier ier sorriu. – Na ver verdade dade,, e stava c er erto to sobre m im im.. Ac Acre redit ditou ou e m m im quando iss issoo c om omeç eçou... ou... só estamos estam os aqui por sua caus ca usa. a. – Eu... acho ac ho que sim, sim , não? – Yeden Yede n disse, disse, sorrindo. sorr indo. – De qualque qualquerr m odo – Kelsi Ke lsiee r disse –, apre a precc io o voto voto de confia c onfiança nça.. Prova P rovavelm velm ente vai levar leva r um tempo até que todos esses homens desçam pela fenda... você se importaria de comandar as coisas cois as por aqui? Eu gost gostar aria ia de falar fa lar um pou pouco co com c om Ham m ond ond.. – É c lar laro, o, Lorde Lor de Ke Kelsi lsiee r. – Ha H a via re respeito speito – a té m e sm smoo um pouco de a dulaç dulaçãã o – na voz de Yeden. Kelsier fez um sinal com a cabeça para que fossem para o lado. Ham franziu levemente o cenho, pegando pegando um um a lanterna, lanterna, e seg segui uiuu Kelsi Kelsier para fora f ora da primei prime ira câm ara ara.. Ent Entrara raram m em um túnel lateral, e assim que se afastaram o suficiente para não serem ouvidos, Ham se deteve, olhando para trás. Kelsier Kelsi er parou, erguendo uma so sobrance brancellha. Ham fez um gesto gesto com a cabeça ca beça na direç direção ão da da entrada da da câm câ m ara ara.. – Yede Ye denn certa ce rtam m e nte está e stá mudado. m udado. – Tenho Te nho esse e fe feit itoo sobre a s pessoas. – Deve D eve ser sua hum humil ildade dade assom assombrosa brosa – Ha H a m c om omee ntou. – Estou fala f alando ndo sério, sé rio, Ke K e ll ll.. Como Com o faz isso? Aquele homem praticamente odiava você; agora ele o olha como uma criança idolatrando o irmão mais velho. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Yede edenn nunca foi par parte te de um umaa e quipe de ver verdade dade a ntes... a c ho que com e çou a pe perc rcebe eber r que realmente podemos ter chance. Em pouco mais de seis meses, reunimos uma rebelião maior do que ele jamais viu. Esse tipo de resultado pode converter o mais teimoso dos homens. Ham não parece pare ceuu convencido. convencido. Mas Mas finalm finalm ente deu de ombros om bros,, volt voltando ando a andar. a ndar. – Sobre Sobre o que queria que ria fa falar lar?? – Na ve verda rdade, de, eu e u gosta gosta ria de vis visit itaa r as a s outra outrass duas entra e ntradas, das, se for possí possíve vell – Kelsier falou. f alou. Ham assentiu, apontando para um túnel lateral e indicando o caminho. O túnel, como quase todos os demais, não fora cavado por mãos humanas; era um desenvolvimento natural do complexo da caverna. Havia centenas de sistemas similares de cavernas no Domínio Central, em bora a m aior parte deles não fosse fosse tão grande. gra nde. E só um – as Minas Minas de Hath Ha thsi sinn – tinha tinha geodos de at a tiu ium m. – De qualque qualquerr for form m a, Ye den e stá c e rto – Ha Ham m c om omee ntou, espr espree m endoendo-se se em um e spaç spaçoo estreito no túnel. – Você escolheu um lugar magnífico para esconder essas pessoas. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Vá Vários rios grupos re rebe beldes ldes têm usado e sses c om omplexos plexos de ca caver vernas nas na nass m ontanha ontanhass dura durante nte séculos. Estão assustadoramente perto de Luthadel, mas o Senhor Soberano nunca liderou uma
incursão de êxito contra ninguém aqui. Simplesmente ignora o lugar... uma de suas muitas falhas, provavelm prova velm ente ente.. – Nã N ã o duvido – Ha Ham m diss dissee . – Co Com m todos os ca c a ntos e gar garga galos los aqui e m ba baixo, ixo, seria ser ia um lugar desagradável para se lutar uma batalha. – Saiu da passagem, entrando em outra caverna pequena. peque na. Esta tam bém ti tinha nha um umaa fe fenda nda no teto, por onde passa passava va um umaa tênue luz do sol. Um a tropa de dez soldados estava de guarda no local, e bateu continência quando Ham entrou. Kelsier assentiu, aprovador. – Dez De z hom homens ens o tem po todo? – Em c ada um umaa das da s três entra e ntrada dass – Ham c onfirm ou. – Bo Bom m – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . Se guiu em fr frente ente,, inspec inspecionando ionando os sol solda dados. dos. Tinha a rr rree gaç gaçaa do a s mangas, deixando as cicatrizes à vista, e pôde perceber que os homens olhavam para elas. Não sabia realmente o que inspecionar, mas tentou parecer judicioso. Examinou as armas – bastões paraa oit par oitoo hom homee ns, e spada spadass pa para ra dois – e ti tirou rou a poeir poeiraa de a lguns om bros, em bora nenhum dos homens home ns usass usassee uni uniform form e. Finalmente, virou-se para um soldado que usava uma insígnia no ombro. – Quem Que m deixa sair das da s cave ca verna rnas, s, soldado? soldado? – Só Só homens hom ens que tenha tenham m um umaa ca carta rta c om o selo do próprio própr io Genera Gene rall Ham m ond, senhor! senhor ! – Se Se m e xce xceçõe ções? s? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. – Se Se m , senhor! senhor ! – E se eu e u quise quise sse sair sa ir agora a gora?? O hom hom em se deteve. deteve. – Ah... – Você m e de deter teria! ia! – Ke Kelsi lsier er diss disse. e. – Ninguém é isento, soldado. Ne Nem m eu, ne nem m seu companheiro com panheiro de de alo a lojj am ento ento,, nem um ofici oficial... al... ni ningu nguém ém . Sem Sem aquele selo, selo, não sai! sai! – Sim Sim,, senhor! senhor ! – o soldado responde r espondeu. u. – Bom Bom hom homem em – Kelsi Ke lsier er diss dissee . – Se Se todos os seus soldados soldados fore f orem m bons assim, Ge G e ner neral, al, então e ntão o Senhor Senhor Soberano Soberano tem boas razões razões para tem er er.. Os sold soldados ados estufar estufaram am o peito peito de leve com c om as palavras dele. – Cont Continuem inuem,, hom homee ns – Ke Kelsi lsiee r dis disse, se, a ce cenando nando par paraa Ha Ham m segui-lo enqua enquanto nto deixa deixava va o local. – Isso I sso foi f oi genti ge ntill da sua par parte te – Ha Ham m diss dissee em voz baixa. – Estava Estavam m espe espera rando ndo sua visi visita ta há semanas. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Só quer queria ia ve verr se e stava stavam m guar guarda dando ndo bem a fe fenda. nda. Agor Agoraa que tem m a is hom homee ns, quer queroo que coloque coloque guardas em ca cada da túnel túnel que leva leva a ess e ssas as cavernas ca vernas de saída. Ham assent assentiu iu.. – Pa P a re recc e um pouco extre e xtrem m o. – Fa ça o que e stou pedindo – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – Um único de deser sertor tor ou algué alguém m desc descontente ontente poderia poder ia trair tr air todos nós para o Senhor Sober oberano. ano. É bom que ac ache he que poder poderia ia defe de fender nder e sse lugar luga r se isso acontecesse, mas se houvesse um exército acampado do lado de fora, prendendo você aqui dentro, este exército seria absolutamente inútil para nós. – Tudo bem – Ham Ha m c oncor oncordou. dou. – Quer ve verr a ter tercc eir eiraa entr entraa da? – Por P or fa f a vor – Kelsi Ke lsier er diss dissee . Ham Ha m assenti assentiu, u, leva levando-o ndo-o até outro túnel. túnel. – Ah, m a is um umaa c oisa – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , de depois pois de da darr alguns passos. – Reúna um grupo de cem ce m home homens ns – to todos dos nos quai quaiss confia confia – e m ande-os percorre perc orrerr a flo flore rest sta. a. Se Se alg a lguém uém vi vier er procurar por nós, não ser serem em os ca capazes pazes de esc esconder onder o fa fato to de que vár várias ias pessoa pessoass passa passara ram m pela á re rea. a.
Contudo, precisamos confundir as trilhas para que não levem a lugar nenhum. – Boa Boa ideia. ide ia. – Sou cheio che io delas dela s – Kelsier K elsier diss dissee e nquanto entra e ntravam vam em outra câ câm m a ra ra,, m uit uitoo m aior do que as duas duas anterio anteriores. res. Não era uma caverna de entrada, mas, ma s, um um a sal salaa de treinam treinament ento. o. Havia grupos de homens armados com espadas ou bastões, combatendo sob o olhar de instrutores uniformizados. Os uniformes dos oficiais foram ideia de Dockson. Não podiam se dar ao luxo de vestir todos os homens – seria caro demais, e conseguir tantos uniformes levantaria suspeitas. Contudo, ver seus líderes em uniformes talvez ajudasse a dar aos homens uma sensação de coesão. Ham se deteve na entrada da ca caverna, verna, em e m vez de prossegui prosseguir. r. Olhou Olhou os sol soldados dados e falo fa louu em voz ba baixa. ixa. – Pre P recisa cisam m os fala f alarr sobre iss issoo em e m a lgum m om omento, ento, Ke Kell ll.. Os O s hom ens estã estãoo com c omee ç ando a se sentir soldados, mas... bem, são skaa. Passaram a vida toda trabalhando nas fábricas ou nos cam ca m pos pos.. Não sei bem com comoo vão se se sair quando quando estiv estiver erem em no cam po de de batalha. – Se fiz fizer erm m os tudo dire direit ito, o, não ter terãã o que lut lutaa r m uit uitoo – Ke Kelsi lsier er dis disse. se. – As Mi Mina nass são guardadas guarda das apena a penass por uns duz duzentos entos sold soldados... ados... o Senhor Senhor Sober Soberano ano não nã o pode deixar m uit uitos os hom hom ens ali para não dar pistas sobre a importância do lugar. Nossos mil homens podem tomar as Minas com fa facil cilid idade, ade, e se reti re tira rarr ass a ssim im que a Guarnição chegue. c hegue. Os outros outros nov novee m il talvez talvez tenh tenham am que encarar algumas tropas de guarda das Grandes Casas e os soldados do palácio, mas devemos contar com a superioridade numérica. Ham assentiu, embora seus olhos ainda mostrassem dúvidas. – O que foi? – Ke K e lsi lsiee r pe perguntou, rguntou, apoiando-se a poiando-se c ontra a boca li lisa sa e cr crist istalina alina da int inter ersec secçç ão de cavernas. c avernas. – E quando ter terem em os term ter m inado com c om e les, Ke K e ll ll?? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – Quando Qua ndo tiverm tiver m os nosso atium ati um,, darem os a cidade – e o exérc e xércit itoo – para Yeden. Ye den. E aí? – Isso é com c om Ye Yeden den – Kelsier K elsier dis disse. se. – Se rã rãoo m assa assacc ra rados dos – Ha Ham m diss dissee em voz m uit uitoo baixa baixa.. – De Dezz m il hom homens ens não poder poderão ão defender Luthadel contra todo o Império Final. – P re retendo tendo da darr a ele eless um umaa cha chance nce m elhor do que pe pensa, nsa, Ha Ham m – Ke Kelsi lsiee r c om omentou. entou. – Se puderm puder m os vira virarr os nobres nobre s uns contra os outros outros e dese desestabil stabiliz izaa r o governo... gove rno... – Talvez Ta lvez – Ham Ha m diss dissee , ainda não convenc c onvencido. ido. – Você c oncor oncordou dou c om o plano, Ha Ham m – Ke Kelsi lsiee r o lem brou. – Era iss issoo o que pre pretendíam tendíam os todo o tempo. Reunir um exército, entregá-lo a Yeden. – Eu sei – Ha Ham m fa falou, lou, suspi suspira rando ndo e a poiando-se na par parede ede da c a ver verna. na. – Ac Acho... ho... be bem m, é diferente agora, agora que venho liderando-os. Talvez eu não seja a pessoa ideal para estar a cargo disso. Sou um guarda-costas, não um general. Sei como se sente, meu amigo, amigo , Kelsier pensou. Sou um ladrão, não um profeta. Algumas vezes, ve zes, simplesmente simplesmente temos tem os que fazer fazer o que o trabal trabalho ho exige. ex ige. Kelsier colocou uma mão no ombro de Ham. – Fe Fe z um belo trabalho tra balho aqui. a qui. Ham se deteve. deteve. – Fiz Fiz?? – Trouxe Yede edenn par paraa subst substit ituir uir você você.. Dox e eu dec decidi idim m os que ser seria ia m e lhor re reve vezzáá-lo lo no comando do exército... dessa forma, a tropa se acostumará a tê-lo como líder. Além disso, precc isam pre isamos os de você e m Luthade Luthadel.l. Alguém A lguém tem que visi visitar tar a Gua Guarniç rniçãã o e re reunir unir inform a ç ões, e você é o único único com c om algu algum m cont contato ato mil m ilit itar. ar. – Então vou voltar voltar c om você você?? – Ham Ha m per perguntou. guntou.
Ke lsier Kels ier assenti assentiu. u. Ham pare parece ceuu cabi ca bisb sbaixo aixo por por um m om omento ento,, então relaxou, relaxou, sorrind sorrindo. o. – Finalm Finalmente ente fic ficaa re reii livre livre deste uniform e ! Mas Ma s acha ac ha que Ye Yede denn vai dar da r conta? c onta? – Voc ocêê m e sm smoo diss dissee que ele m udou m uit uitoo nos últ últim imos os m ese eses. s. E e le é re reaa lm lmee nte um excelent exce lentee adm admin inis istrador; trador; fez um belo tra trabalh balhoo com a rebeli r ebelião ão desde que m eu irmão irm ão parti par tiu. u. – Suponho... Suponho... Kelsiier sacud Kels sacudiiu a cabeça c abeça com pes pesar. ar. – Som Somos os poucos, Ham Ha m . Voc Vocêê e Brisa são os únicos hom e ns nos quais sei que posso confiar conf iar,, e precc iso de pre de você e m Luthade Luthadel.l. Yeden Yede n não é per perfe feit itoo para par a o traba tr abalho lho aqui, mas m as o exér e xércc it itoo será ser á dele de le em algu algum m m om omento ento.. Pode ser bom deixá-lo lilidera derarr por um tem tempo. po. Além di diss sso, o, iss issoo lhe lhe dará algo paraa fa par fazze r; está e stá fica f icando ndo um pouco inqui inquieto eto com sua posiçã posiçãoo no grupo. – Kelsier K elsier se dete deteve, ve, entã entãoo sorriu so rriu com graç graça. a. – Acho que tem ciúme ciúmess da atenção atençã o que que dou para os out outros. ros. Ham so sorriu. rriu. – Essa é uma m ud udança. ança. Começaram a andar novamente, deixando a câmara de treinamento para trás. Entraram em outro túnel de pedra sinuoso, mas este levava levemente para baixo. A lanterna de Ham fornecia a única luz. – Sa be – Ha Ham m diss dissee , após a lguns m inut inutos os de c am inhada –, há a lgo agr agraa dáve dávell neste lugar lugar.. Você provavelmente já percebeu, mas às vezes há beleza aqui embaixo. Kelsier não notara. Olhou para um lado enquanto andavam. Uma extremidade da câmara tinha sido formada por minerais que gotejavam do teto, finas estalactites e estalagmites – como pingentes suj sujos os –, que se m ist istura urava vam m par paraa for form m ar um umaa e spéc spécie ie de bala balaúst ústre re.. Os m iner ineraa is reluziam sob a luz de Ham, e o caminho diante deles parecia petrificado na forma de um rio fundido. Não,, Kelsier pensou. Nã Não Não, o, não ve vejo jo a be beleza, leza, Ham Ham.. Outros homens podiam ver arte nas camadas de cor e rocha fundida. Kelsier só via as Minas. Cavernas sem fim, a maioria delas direto para baixo. Fora forçado a se mover através de fendas, avançando na escuridão, sem uma única luz para iluminar seu caminho. Com frequência, considerara não subir de volta. Mas então encontrava um cadáver nas cavernas – o corpo de outro prisioneiro, um homem que se perdera ou que simplesmente desistira. Kelsier apalpava seus ossos e prometia mais para si mesmo. A cada semana tinha que encontrar um geodo de atium. A cada semana tinha que evitar a execução por espancamentos brutais. bruta is. Exceto na última última vez vez.. Não m ere erecia cia est e star ar vi vivo vo – devia devia ter si sido do morto m orto.. Mas Mare lh lhee dera um geodo de atium, prometendo que tinha encontrado dois naquela semana. Só depois que entregou o m in iner eral, al, descobriu descobriu que que ela m enti entira. ra. Seria espancada espanca da at a té a m orte no dia dia seguin seguinte. te. Espanca Espancada da até a té a m ort ortee di diante ante dele. Naquela Na quela noit noite, e, Ke Kelsi lsiee r ti tiver veraa o e stalo, adquirindo seus poder poderee s com o Na Nascido scido da dass Brum Brumaa s. aquelaa no aquel noiite, homens home ns morreram morrer am . Muitos homens. O Sobrevivente de Hathsin. Um homem que não deveria viver. Mesmo depois de vê-la morrer, não consegui decidir se ela me traíra ou não. Ela me deu o geodo por amor? Ou por culpa? Não, Nã o, ele e le não nã o podia ver ve r bele belezza nas ca c a ver vernas. nas. Outros O utros home hom e ns teriam ter iam fic ficado ado loucos nas na s Mina Mina s, tornando-se aterrorizados em lugares pequenos e fechados. Aquilo não acontecera com Kelsier. o entanto, sabia que não importavam as maravilhas que os labirintos escondessem – não importava o quão surpreendentes fossem as vistas ou a delicadeza das belezas –, ele nunca as
recon rec onheceria. heceria. Não com Mare m ort orta. a. Não posso posso mais pensar pe nsar nisso nisso,, Kelsier decidiu, enquanto a caverna parecia ficar mais escura ao seu redor. Olhou para o lado. – Tudo bem , Ham Ha m . Vá e m fr free nte. Diga-m Diga -m e o que está e stá pensando. pe nsando. – De ve verda rdade? de? – Ham dis disse se ansi a nsioso. oso. – Sim Sim – Kelsi Ke lsiee r responde r espondeu, u, resign re signaa do. – Tudo bem be m – Ham Ha m fa falou. lou. – Então, eis e is o que está m e pre preocupa ocupando ndo ultim ultimaa m e nte: os ska ska a são dife di fere rentes ntes dos nobre nobres? s? – É c lar laroo que são – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – A a ristocra ristocracc ia tem dinheiro e ter terra ra;; os sk skaa a não têm nada. – Nã N ã o falo f alo do ponto de vis vista ta e conôm ico. Estou falando fa lando sobre dife difere renç nças as física físicas. s. Sabe o que os obrigadore obrigadoress dizem dizem , cer c erto to?? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Bem , é ver verda dade? de? Quero Que ro diz dizer er,, os ska ska a re reaa lm lmente ente têm um m onte de filhos, e ouvi dize dize r que os arist aristocra ocratas tas têm têm probl problem em as em e m reproduz reproduzir. ir. A isto se chamava de O Equilíbrio. Supostamente era a forma pela qual o Senhor Soberano se ass a ssegurava egurava de que não nã o exist existis issem sem nob nobre ress demais dem ais para os sk skaa su sust stentarem entarem , e o jeit j eitoo pelo qual qual tinha certeza de que, apesar dos espancamentos e das mortes aleatórias, sempre haveria skaa suficient su ficientes es para par a pl plantar antar os alim alim ento entoss e trabalhar nas na s fábri fá brica cas. s. – Se Se m pre pre presum sumii que fosse f osse retórica re tórica do Minist Ministéé rio – Kelsi Ke lsiee r disse com c om since sincerida ridade. de. – Conheci Conhec i m ulher ulheres es sk skaa aa que ti tinham nham m a is de um umaa dúz dúzia ia de filhos – Ha Ham m c om omee ntou. – Mas não posso posso nom nomea earr nenhuma fa fam m íli liaa nobre import im portante ante com m ais do do que que três. – É apena a penass cultural. cultura l. – E a dife difere rença nça de esta estatura tura?? Dize Dize m que er eraa possí possível vel dis disti tinguir nguir um sk skaa a de um nobre só de olhar para eles. Isso mudou, provavelmente por causa da mestiçagem, mas a maior parte dos skaa sk aa é baixa. – Isso é nutricional. nutric ional. Os skaa skaa não com c omem em o suficiente. suficie nte. – E quanto à a lom lomaa ncia ncia?? Kelsier franziu o cenho. – Te Te m que a dm dmit itir ir que há um umaa dife difere rença nça física aqui – Ha H a m a ssegurou. – Os O s ska ska a nunca se tornam Brumosos, a menos que tenham sangue aristocrático em algum lugar das cinco últimas gerações. Isso,, pelo m enos, er Isso eraa verdade. ve rdade. – Os ska ska a pensa pensam m dife difere rente nte dos nobres, nobre s, Kell Ke ll – Ham Ha m diss dissee . – Mesm o esses e sses soldados são m e io tímidos, e esses são os corajosos! Yeden está certo sobre a população skaa em geral; ela nunca vai se rebelar. E se... e se houver realmente alguma diferença física em nós? E se os nobres estiverem certos em m nos gov gover ernar? nar? certos e Kelsier Kelsi er se deteve no meio m eio do cam in inho. ho. – Não Nã o fala fa la isso a sério. sér io. Ham tam bém paro parou. u. – Ac Acho... ho... que não. Mas m e pe pergunto rgunto a lgum lgumaa s vezes. Os nobre nobress têm a alom anc ancia, ia, c er erto? to? Talvez tenh tenham am si sido do feitos feitos para m andar. – Fe Fe it itos os por quem que m ? P e lo Senhor Senhor Sober oberaa no? Ham deu de de ombro om bros. s. – Não, N ão, Ha Ham m – Ke K e lsi lsier er a ssegur ssegurou. ou. – Isso não nã o está e stá ce c e rto. rto. Isso não está certo. Sei que é difícil Isso não de ver... as coisas têm sido desse jeito há muito tempo... mas alguma coisa muito séria está erra er rada da com c om o modo m odo de de vi vida da dos sk skaa aa.. Tem que acreditar nisso. em que
Ham se deteve, ent e ntão ão ass a ssenti entiu. u. – Vam Va m os – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou. – Quero Quer o visit visitar ar a outra entr entraa da. A semana passou lentamente. Kelsier inspecionava as tropas, o treinamento, a comida, as armas, os suprimentos, os batedores, os guardas e tudo o mais que conseguisse pensar. O mais importante: visitou os homens. Cumprimentou-os e encorajou-os – e assegurou-se de usar alomancia com frequência diante deles. Ainda que muitos skaa tivessem ouvido falar sobre “alomancia”, poucos sabiam especificamente o que se podia fazer com ela. Nobres Brumosos raramente usavam seus poderes poder es diante do povo, e m estiços tinham que ser ainda m a is cuidadosos. cuida dosos. Sk Ska a norm ais, m esm o skaa da cidade, não conheciam coisas como empurrar aço ou queimar peltre. Quando viram Kelsier voando pelos ares ou combatendo com força sobrenatural, atribuíam à “mágica alomânt alomâ ntica” ica” desconh desconhec ecid ida. a. Kel Ke lsi sier er não nã o se se import im portava ava nem ne m um pou pouco co com o mal ma l-e -ent ntendi endido. do. Apesar das ativi atividades dades da semana, sem ana, no entanto entanto,, nunca nunca esq e squece ueceuu sua sua conversa com c om Ham Ha m . Como pode até mesmo questionar se os skaa são inferiores? , Kelsier pensou, cutucando sua comida, sentado na mesa alta colocada na caverna de reuniões. A imensa “sala” era grande o bastante basta nte pa para ra c onter todo o e xér xército cito de sete m il homens, hom ens, em bora m uit uitos os ocupasse oc upassem m as c âm a ra rass laterais ou os túneis. A mesa alta estava em uma formação rochosa no fundo da câmara. Provavelme Provav elmente nte e stou me m e preoc preocupando upando de demais mais.. Ham era propenso a pensar em coisas que nenhum nenhu m out outro ro homem home m consi considera deraria; ria; esse esse era e ra apena apenass outro outro de de seus dil dilem em as filos filosóficos óficos.. De fato, f ato, já paree c ia ter e squec par squecido ido suas suas pre pr e ocupa ocupaçç ões anter a nteriore iores. s. Ria Ria com c om Ye Yede den, n, desfruta desf rutando ndo sua re r e fe feiçã ição. o. Quanto a Yeden, o desengonçado líder rebelde parecia satisfeito com seu uniforme de general, e passara a semana anotando tudo o que Ham falava sobre as operações do exército. Parec Pa reciia encaixar-se m ui uitto natural naturalm m ent entee em seu seuss deveres. De fato, Kelsier parecia ser o único que não estava aproveitando o banquete. As comidas desta noite – trazidas nas barcas especialmente para a ocasião – eram humildes para os padrões da aristocracia, mas eram muito mais elegantes que os alimentos com os quais os soldados estavam acostumados. Os homens saboreavam a refeição com alegre rudeza, bebendo sua pequena peque na parc pa rcee la de c e rve rvejj a e ce c e lebr lebrando ando o m om omee nto. E, mesmo assim, Kelsier se preocupava. Pelo que aqueles homens achavam que estavam lutando? Pareciam entusiasmados com o treinamento, mas isso também podia ser devido às refeiições regu refe re gullare ares. s. Realm Realment entee acr acredi edittavam qu quee m ere ereciam ciam derrubar o Im I m péri périoo Fi Final nal?? Achavam que os skaa eram inferiores aos nobres? Kelsier podia sentir as reservas deles. Muitos percebiam o perigo iminente, e só as regras estritas os impediam de fugir. Ainda que estivessem ansiosos para falar sobre o treinamento, evitavam falar sobre a tarefa final – a tomada do palácio e das muralhas da cidade, e o enfrentam enfr entamento ento da da Guarni Gua rniçã çãoo de Luthadel. Luthadel. supôs. Precisam Não acre acredit ditam am que terão êxit êx itoo , Kelsier supôs. Prec isam de c onfi onfiança. ança. Os rumores rumore s sobre mim ão um começo, mas... Deu um um a cotov cotovelada elada em Ham Ha m , para para cham ar sua sua atenção. – Há a lgum hom homem em a qui com problem a s de disciplina disciplina?? – Kelsi Ke lsiee r perguntou pe rguntou em voz baixa baixa.. Ham fra franz nziiu o cenho par paraa a est estra ranha nha pergunta. pergunta. – Há a lguns lguns,, é clar c laro. o. Penso P enso que sem pre há dissidentes em e m um grupo tão grande gr ande.. – Alguém em pa particular rticular?? – Ke Kelsi lsier er per perguntou. guntou. – Hom ens que quisera quiseram m pa partir? rtir? P re recc iso de alguém algu ém que tenha se dest de stac acado ado na opo oposi siçã çãoo ao que estam estamos os fazendo. fazendo. – Há a lguns na prisão pr isão agora agor a m e sm smoo – Ham Ha m com entou. – Alguém m a is? – Ke K e lsi lsier er questionou. – De pre prefe ferê rência ncia,, a lguém senta sentado do a um umaa m e sa que
possam os ver? possamos ver ? Ham penso pensouu por por um m om omento ento,, perscrutando a m ul ulti tidão. dão. – O hom homem em senta sentado do à segunda m esa esa,, c om m a nto verm ve rm elho. Foi pego pe go tentando esc escaa par há alguma alg umass semanas. sem anas. O homem em questão era esquelético e inquieto; estava sentado à mesa, com uma postura encurvada encurva da e so soli litária. tária. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Pre P recc iso de alguém a lguém um pouco m ais car c arismá ismáti ticc o. Ham coçou o queixo, pensativo. Então se deteve e apontou com a cabeça na direção de outtra m esa. ou – Bil Bilg. g. O grandalhã gra ndalhãoo sentado à quar quarta ta m e sa à dire direit itaa . – Já o vi – Kelsi Ke lsiee r disse. Bilg Bilg era er a um hom homee m m usculoso e barbudo, ba rbudo, usava usa va um c olete. – É e sper sperto to dem de m a is para pa ra ser insu insubordina bordinado do – Ha Ham m c ontou –, m as tem cr criado iado proble problem m as na surdi su rdina. na. Não Nã o acha ac ha que tem os chance cont contra ra o Im pério Fi Final. Eu o pre prenderia, nderia, mas m as não posso posso punir punir um homem por expressar temor... se eu fizesse isso teria que fazer o mesmo com metade do exércit exér cito. o. Além Além di diss sso, o, é um guerreiro guerr eiro bom bom dem demais ais para ser descartado desca rtado levianam levianamente. ente. – É per perfe feit itoo – Ke Kelsi lsier er diss disse. e. Que Queim imou ou zinco e olhou na dire direçç ão de Bi Bilg. lg. Ainda A inda que o zinco não lhe permitisse ler as emoções do homem, era possível, enquanto queimava o metal, isolar um único indivíduo para abrandá-lo ou tumultuá-lo tumultuá-lo,, assim como era possível isolar um único pedaçç o de m eta peda etall entre c ente entena nass para par a empurrar . Mesmo assim, era difícil separar Bilg de uma multidão tão grande, então Kelsier simplesmente focou na mesa inteira, mantendo as emoções dos homens que estavam lá “à mão” paraa usá par usá-las las ma m a is tar tarde. de. Então E ntão se levantou. le vantou. Lentam Le ntam e nte, a c ave averna rna fic ficou ou em sil silênc êncio. io. – Hom Homee ns, ante antess de par parti tir, r, gost gostar aria ia de e xpre xpressar ssar um umaa últ últim imaa ve vezz o quanto fique fiqueii impressionado com esta visita. – Suas palavras ecoaram pelo ambiente, amplificadas pela acústica natural da caverna. – Estão se tornando um belo exército – prosseguiu. – Peço desculpas por rouba roubarr o Gener Ge neraa l Ham Ha m m ond, ma m a s deixo de ixo um hom homem em m uit uitoo com c ompe petente tente no lugar dele dele.. Muitos Muitos de vocês conhecem o General Yeden... sabem de seus muitos anos servindo como líder da rebelião. Confio nas habilidades dele para treiná-los ainda mais nos deveres militares. Come omeçou çou a tumultuar Bil Bilgg e seus companheiros com panheiros,, inflam inflamando ando suas em oções, contando contando com o fato de que já sentiam desagrado. – É um umaa gra grande nde tar taree fa que peç peçoo a você vocêss – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , sem olhar Bi Bilg. lg. – Os sk skaa a de Luthadel – na verdade, a maioria dos skaa de todos os lugares – não têm ideia do que estão prestes pre stes a fa fazze r por e les. Nã Nãoo e stão cie cientes ntes do tre treinam inam e nto que e stão ague aguentando, ntando, nem das batalhas bata lhas que se pre prepa para ram m par paraa lut lutaa r. Cont Contudo, udo, colhe colherã rãoo a s re recc om ompensa pensas. s. Algum dia, e les os cham arã arãoo de heróis. heróis. Tumultuou ainda mais as emoções de Bilg. – A Gua Guarniç rniçãã o de Luthade Luthadell é for forte te – Ke Kelsi lsier er c onti ontinuou. nuou. – Mas podem os der derrotá rotá-la -la... ... sobretudo se tomarmos as muralhas da cidade rapidamente. Não se esqueçam por que vieram aqui. Não se trata simplesmente de aprender a brandir uma espada ou usar um elmo. Esta é uma revol re volução ução que o mund m undoo jam j am ais viu viu:: tra trattaa-se se de to tom m ar o gover governo, no, de de expul expulsar sar o Senhor Senhor Sobera Soberano. no. ão perca per cam m seu obj obj eti etivo vo de de vista. vista. Kelsier deteve-se. Com o canto dos olhos, pôde ver a expressão sombria dos homens na mesa de Bilg. Finalmente, em meio ao silêncio, ouviu um comentário murmurado na mesa – levado pela acústica da caverna a vários ouvidos. Kelsier franziu o cenho, virando-se na direção de Bilg. A caverna inteira pareceu ficar ainda mais quieta.
– Disse algum a lgumaa c ois oisaa ? – Kelsi Ke lsiee r per perguntou. guntou. Agora, Agora, o mome momento nto da dec de c isã isão. o. Ele E le v ai resistir resistir ou e acovardará? Bilg devolveu o olhar. Kelsier tumultuou tumultuou o homem com seu poder. Sua recompensa veio quando Bil Bilgg se levanto leva ntou, u, com o rosto ver verm m elho. – Sim Sim,, senhor – – o musculoso homem replicou. – Eu disse alguma coisa. Disse que alguns de nós não perderam o “objetivo” de vista. Pensamos nele todos os dias. – E por que iss isso? o? – Ke Kelsi lsiee r per perguntou. guntou. Os suss sussurr urros os c om omee ç ar araa m a a um umee ntar no fundo da caverna, enquanto os soldados passavam a notícia para os que estavam longe demais para escutar. Bil ilgg inspirou inspirou profundam ente. – Porque P orque,, senhor , acham ac hamos os que que est e stáá nos m andando para o suicí suicídi dio. o. Os exércit exérc itos os do do Im pério Final são maiores do que uma guarnição. Não importa que tomemos as muralhas; seremos m ass assacr acrados ados em alg algum um m ome oment nto, o, de de qu qualq alquer uer m aneira. Não se derruba um im péri périoo com alg algun unss milhares de soldados. Perfeit Pe rfeitoo, Kelsier pensou. Sinto muito, Bilg. Mas alguém precisava dizer isso, e certamente não seria eu. – Vej o que tem os um umaa dis discc ordâ ordância ncia – Ke Kelsi lsiee r diss dissee em voz a lt lta. a. – Eu Eu acredito nesses homens, hom ens, e no propósit propósitoo deles. – Eu a cr credito edito que você é um tol toloo iludido iludido – Bilg Bilg grit gr itou. ou. – E e u fui f ui um tol toloo ainda a inda m a ior ao a o vir paraa essa par essass m a ldi lditas tas ca caver vernas. nas. Se tem tanta c e rte rtezza da nossa cha chance nce,, por que ninguém pode parti par tir? r? Esta Esta m os presos pre sos aqui até que nos ma m a nde para pa ra a m orte orte!! – Você m e insu insult ltaa – Ke Kelsi lsier er re repli plicou. cou. – Sa be m uit uitoo bem por que os hom homee ns não têm perm per m iss issão ão pa para ra sair. P or que quer sair, soldado? Está tão ansioso a ssi ssim m par paraa ve vender nder seus companheiros para o Senhor Soberano? Alguns boxes fáceis em troca de quatro mil vidas? O rosto de Bilg ficou ainda mais vermelho. – Nunca Nunc a fa faria ria um umaa coisa de dessas, ssas, m a s ce c e rta rtam m e nte não nã o deixar de ixarei ei que m e m a nde par paraa a m orte tampou tam pouco! co! Este exérc exé rcit itoo é um desperdí desperdício. cio. – Isso I sso que fa fala la é tra traiçã içãoo – Ke Kelsi lsier er dis disse, se, obser observando vando a m ult ultidão. idão. – Não N ão é ade adequado quado que um general brigue com um homem sob seu comando. Há algum soldado aqui disposto a defender a honra desta rebelião? Imediatamente, duas dúzias de homens ficaram de pé. Kelsier observou um em particular. Era m enor que os demais, dem ais, m as tinha tinha o ardor ar dor sim sim pl ples es que Kels Ke lsier ier notar notaraa antes. – Ca Ca pit pitãã o Dem De m oux. Im ediatam ediatamente, ente, o jovem ca capi pitão tão deu deu um salt saltoo adiante. adiante. Kelsier pegou sua espada e a jogou para o homem. – Sa Sa be usar usa r um a espada e spada,, rapaz? ra paz? – Sim Sim,, senhor! senhor ! – Alguém tra traga ga um umaa a rm a pa para ra Bi Bilg lg e um par de c asa asacc os e sto stofa fados. dos. – Ke Kelsi lsier er volt voltou-se ou-se paraa Bi par Bilg. lg. – Os O s nobres nobr es têm um umaa tra tradiçã dição. o. Qua Q uando ndo dois deles de les têm tê m um umaa dispu disputa, ta, ac acer ertam tam iss issoo com c om um duelo. Derrote meu campeão, e está livre para partir. – E se ele e le m e derr de rrotar otar?? – Bilg Bilg perguntou. – Então você voc ê está e stá morto m orto – Kelsi Ke lsier er re respondeu. spondeu. – Estou morto m orto se fic ficaa r – Bilg Bilg disse, ace a ceit itando ando um umaa espa espada da de um soldado próxim pr óximo. o. – Ace A ceit itoo os termos. Kelsier Kelsi er assent assentiiu, fazendo fazendo sin sinal al para que afastas af astassem sem as m esas e abris abrissem sem espaço. Os homens home ns começaram a se levantar, aglomerando-se nas laterais para ver a disputa.
– Kell Ke ll,, o que está e stá faz fa ze ndo? – Ham Ha m sibi sibilou lou ao seu lado. la do. – Algo que pre pr e c isa ser fe feit ito. o. – P re recc isa ser ser... ... Ke Kelsi lsiee r, aque aquele le ga garoto roto não é pár páree o pa para ra Bi Bilg! lg! Confio e m De Dem m oux – é por isso is so que que o prom ovi –, mas m as el e le não é um grande guerre guerreiiro. Bil Bilgg é um dos m elho elhore ress espadachins do exército! – Os home hom e ns sabem sabe m diss disso? o? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. – É c lar laroo – Ha Ham m fa falou. lou. – Canc Cancee le iss isso. o. De Dem m oux é quase da m e tade do tam anho de Bi Bilg... lg... estáá em est e m desv desvant antagem agem em alcance, força e habil habilidade. Vai ser ser m ass assacr acrado! ado! Kelsier ignorou o pedido. Ficou sentado em silêncio enquanto Bilg e Demoux experimentavam suas espadas e dois soldados atavam as couraças de couro neles. Quando term inaram , Kelsi Kelsier ace aceno nouu com uma m ão, ind indiicando que que a bat batalh alhaa com começa eçass sse. e. Ham grunh grunhiu iu.. Seria uma luta curta. Os dois homens usavam espadas longas e pouca armadura. Bilg avançou com confiança, fazendo alguns movimentos de teste na direção de Demoux. O garoto, pelo m e nos, era e ra c om ompete petente nte – bloqueou os golpes, m as re revelou velou gra grande nde par parte te de suas habilidade habilidadess ao fazer f azer isso. isso. Inspiira Insp rando ndo profund profundam am ente, Kelsi Kelsier quei queim m ou aço e fe ferro. rro. Bilg brandiu a espada, e Kelsier empurrou a lâmina para o lado, dando espaço para Demoux escapar. O garoto tentou uma estocada, mas Bilg a deteve com facilidade. O guerreiro maior atacou com um empurrão, fazendo Demoux cambalear para trás. Demoux tentou saltar paraa desviar do últim par últimoo golpe, ma m a s foi lento dem ais. A lâm ina ca c a iu com ter terríve rívell ine inevit vitaa bil bilidade idade.. Kelsier avivou o ferro – estabilizando-se ao puxar um suporte de lanterna atrás de si – e agarrou os botões de ferro do colete de Demoux. Kelsier puxou puxou enquanto Demoux saltava, afast af astando ando o garoto garoto de Bil Bilg em um pequeno arco. arc o. Demoux aterrissou com um tropeço desajeitado, e a espada de Bilg acertou o chão de pedraa . Bil pedr Bilgg levantou leva ntou o olhar olhar c om surpr surpree sa, e um m urm úrio de assom assombro bro perc pe rcorr orreu eu a m ult ultidão. idão. Bilg grunhiu, avançando com a espada no alto. Demoux bloqueou o golpe poderoso, mas Bilg arrancou a arma das mãos do garoto com um golpe sem esforço. Bilg atacou novamente, e Dem oux levantou levantou a m ão em e m defe defesa sa insti instint ntiv iva. a. Kelsier empurrou empurrou,, segurando a espada de Bilg no meio do golpe. Demoux ficou parado, com a mão levantada, como se tivesse detido a arma com o pensamento. Os dois ficaram nesta posiçç ã o por um m om posi omee nto, Bi Bilg lg tentando for forçç a r a e spada par paraa fr free nte, De Dem m oux e nca ncara rando ndo sua mão com admiração. Endireitando-se um pouco, Demoux tentou forçar a mão para frente. Kelsier empurrou atirando ndo Bil Bilgg para trás. O guerrei guerre iro m aior caiu ca iu no no chão com c om um grit gritoo de empurrou,, atira surpresa. Quando se levantou, um segundo mais tarde, Kelsier não precisou tumultuar suas emoções para deixá-lo zangado. Gritou de ira, agarrando a espada com as duas mãos e correndo na direção de Demoux. Alguns home homens ns não sabe sabem m quando desistir desistir , Kelsier pensou quando Bilg golpeou. Demoux começou a desviar. Kelsier empurrou o garoto para o lado, tirando-o do caminho. empurrou o Então Demoux se virou, agarrou a própria arma com as duas mãos e atacou Bilg. Kelsier agarrou a arma de Demoux no meio do golpe e a empurrou com força, acelerando o aço com empurrou com uma po poderos derosaa queim queim a de ferro. f erro. As espadas se chocaram, e o golpe de Demoux, melhorado por Kelsier, arrancou a arma das mãos de Bilg. Houve um estalido alto, e o grande patife caiu no chão – completamente sem equilíbrio pela força do golpe de Demoux. A arma de Bilg ricocheteou no chão de pedra a uma curta distância.
Dem oux avançou, erguendo a arm a rm a so sobre bre o aturdido aturdido Bil Bilg. g. E, então, parou. Kelsi Kelsier quei queim m ou ferro, ferr o, com a int ntenção enção de empurrar a a arm ar m a para bai baixo xo,, para forçar força r o golpe golpe mort m ortal, al, mas Dem ou ouxx resistiu. Kelsier Kelsi er deteve-se. deteve-se. Este Este home homem m de devia via morrer morrer,, pensou, furioso. No chão, Bilg grunhiu baixo. Kels Ke lsier ier m al viu seu braço bra ço re retorcido, torcido, os oss ossos os destruídos destruídos pelo poderoso golpe. golpe. Estava sangra sangrando. ndo. Ke lsier ier penso pe nsou. u. É Não,, Kels Não É o bastante. bastante. Soltou a arma de Demoux. O rapaz abaixou a arma, encarando Bilg. Então, Demoux levantou levant ou as mãos mã os e as olhou olhou com asso assom m bro; seus bra braços ços tre trem m iam levem levemente. ente. Kelsier levantou-se, e a multidão ficou em silêncio mais uma vez. – Acha A cham m que e u os enviar e nviaria ia c ontra o Se nhor Sober oberaa no despre de sprepar paraa dos? – Kelsi Ke lsier er per perguntou guntou em voz alta. – Acham que eu os enviaria para a morte? Vocês lutam pelo que é justo, homens! Lutam por mim mim.. Não os deixarei desamparados quando marcharem contra os soldados do Império Final. – Kelsier ergueu a mão, segurando uma pequena barra de metal. – Já ouviram falar fa lar disso disso,, não? Conh onhec ecem em os rumores rumore s sobre sobre o décimo décim o primei prime iro m etal? Bem , eu o tenho... tenho... e eu eu o usar us arei. ei. O Senhor Senhor Soberano Soberano morrer m orrerá! á! Os ho hom m ens com começa eçaram ram a ovacionar. ovacionar. – Esta nã nãoo é nossa única fe ferr rraa m enta enta!! – Ke Kelsi lsiee r gritou. – Você ocês, s, sold soldaa dos, têm um poder inenarrável dentro de si! Ouviram falar das magias secretas que o Senhor Soberano usa? Bem, temos algumas próprias! Banqueteiem-se, soldados, e não temam a batalha que está por vir. Anseiem-na! A sala irrompeu em uma salva de palmas, e Kelsier fez sinal para que servissem mais cerveja. Alguns criados correram para ajudar a tirar Bilg do caminho. Quando Kelsier Kelsier se sent sentou, ou, Ham tin inha ha um a profund profundaa ruga na test testa. a. – Não Nã o gosto gosto disso, disso, Kell Ke ll – falou. fa lou. – Eu sei – Kelsi Ke lsier er diss dissee em voz ba baixa. ixa. Ham estava prestes a falar mais alguma coisa, mas Yeden se inclinou em sua frente. – Isso foi assom assombroso! broso! Eu... Ke Kelsi lsiee r, não sabia sabia!! De Devia via ter m e dit ditoo que podia passa passarr seus poderes poder es para pa ra os dem a is. Como, com c om e ssas habilidades, habilidade s, poderem poder em os perde per der? r? Ham colocou uma mão no ombro de Yeden, empurrando o homem de volta ao seu assento. – Co Com m a – orde ordenou. nou. Então, volt voltou-se ou-se par paraa Ke Kelsi lsiee r, a proxim proximaa ndo sua ca cadeir deiraa e fa falando lando em voz baix baixa. a. – Você ac acaba aba de m enti entirr para par a to todo do o meu me u exércit exér cito, o, Kell. Kell. meuu e – Não, Nã o, Ham Ha m . – Kelsi Ke lsier er diss dissee em voz ba baixa. ixa. – Menti para par a o me exérc xércit ito. o. Ham deteve-se. Então seu rosto rosto ficou mais m ais som sombri brio. o. Kelsier suspirou. – Foi só um umaa m e nti ntira ra par parcia cial.l. Eles nã nãoo pre precc isam ser guer guerre reiros, iros, só par paree ce cerr am e aç açaa dore doress por tem po suficie suficiente nte par paraa que possam possamos os pega pegarr o a ti tium um.. Co Com m iss isso, o, podem os suborna subornarr a Guarnição, e nossos nossos hom homens ens não ter terão ão que lut lutar ar.. Isso Isso é prati pra tica cam m ente a m esm esmaa coi c oisa sa que prometi prom eti a eles. e les. Ham não respondeu. – Antes de par parti tirm rm os – Ke Kelsi lsiee r dis disse se –, quer queroo sele selecc ionar a lguma lgumass pouca poucass dúz dúzias ias dos nossos soldados mais dedicados e dignos de confiança. Nós os mandaremos para Luthadel – sob o uram ento de de não revelar re velar a lo loca cali lizzaç ação ão do exércit exér citoo –, para que possam possam espalh espalhar ar a not notíícia do que aconteceu esta noite entre os skaa. – Então isso te te m a ver ve r com c om o seu ego? e go? – Ham Ha m re retruc trucou. ou. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Às ve vezzes tem os que fa fazze r c ois oisaa s que ac acham ham os desa desagra gradáve dáveis, is, Ha Ham m . Meu e go pode ser
considerável, considerá vel, m as tra trata-se ta-se de uma um a coi c oisa sa int inteiram ente difer diferente. ente. Ham permaneceu sentado por um momento, então se concentrou em sua refeição. Não comeu, com eu, no entanto entanto – ficou ficou apenas ape nas encara enca rando ndo o sangue sangue no chão c hão diante diante da m esa alt alta. a. Ke lsier ier pensou pe nsou.. Gostaria de poder lhe explicar tudo. Ah, Ham, Ham , Kels tudo . Tram as por trá tráss de tra tram m as, planos planos além além de planos. planos. Sem pre havi haviaa out outro ro segredo. segre do.
No iní inícc io, havia aquele aqueless que não acre acredit ditavam avam que as Profund Profundee zas foss fossee m um perigo sério, elo menos não para eles. Contudo, ela trouxe consigo uma influência maligna que tenho visto infectar quase todos os cantos da terra. Exércitos são inúteis diante dela. Grandes cidades se curvam ao seu poder. As colheitas colheitas se perdem e a terra morre. morre. É contra isso que lut luto. o. Este é o monstr m onstroo que tenho que derrotar derrotar.. Tem Temoo ter te r demorado de morado demais. de mais. á aconteceu acontec eu ta tanta nta destrui destruição ção que temo pela pe la sobreviv sobrevivênc ência ia da humanid humanidade. ade. Será esse o verdadeiro fim do mundo, como muitos filósofos predizem?
Chegamos a Terris no começo desta semana , Vin leu, e, tenho que dizer, achei a zona rural linda. As grandes montanhas ao norte – com seus cumes repletos de neve e coberturas florestais – e erguem como deuses guardiões sobre esta terra de fertilidade verde. Minhas próprias terras ao ul são, em geral, planas; acho que pareceriam menos lúgubres se tivessem algumas montanhas ara variar o terreno. O povo aqui é formado principalmente por pastores – ainda que lenhadores e fazendeiros não ejam incomuns. É uma terra pastoral, com certeza. Parece estranho que um lugar tão marcadamente agrícola tenha produzido as profecias e teologias nas quais o mundo inteiro se baseia atualmente. Escolhemos Escolhe mos um grupo de carre carregadores gadores terri te rrisanos sanos para nos guiar pelas difíce difíceis is passagens passagens nas montanhas. Entretanto, esses não são homens comuns. As histórias são aparentemente verdadeiras – alguns terris terrisanos anos têm têm uma habilidade habilidade ex e x c epc epcional ional que é muito intri intrigante. gante. De algum modo, eles e les podem pode m acumular ac umular suas for forçç as para usá-las usá-las no dia se se guint guinte. e. À noite, antes de dormir, passam uma hora deitados em seus sacos de dormir e, durante esse tempo, parecem icar repentinamente muito frágeis na aparência – quase como se tivessem envelhecido meio éculo. No entanto, quando despertam na manhã seguinte, tornam-se bastante musculosos.
parentem ente o poder dele parentemente deless tem algo a ve verr com os brace braceletes letes e brincos de me metal tal que sem sempre pre usam. O líder dos carregadores chama-se Rashek, e ele é um tanto quanto taciturno. Apesar disso, raches – inquisitivo como sempre – prometeu interrogá-lo, na esperança de descobrir exata ex atame mente nte como c omo est e staa maravilhos maravilhosaa capacida c apacidade de de estocar forças forças é obt obtida ida.. Amanhã come c omeçç arem aremos os a fase fase final da nossa nossa peregrin pere grinaç ação ão – as Montanhas Montanhas Distantes Distantes de Terris. li,, com li c om sorte, encontrarei e ncontrarei paz – tanto para para mim quanto para nossa pobre terra. Enquanto lia sua cópia do diário de viagem, Vin rapidamente chegou a várias conclusões. Primeiro era a firme crença de que não não gostava de ler. Sazed não dera ouvidos às suas reclamações; apenas dizia que ela não tinha praticado o bastante. Será que não via que ler dificil di ficilm m ente seria uma habi habili lidade dade tão prática prática quant quantoo manej ma nejar ar uma adaga ou usar usar alo a lom m ancia? Mesmo assim, continuou a ler, seguindo as ordens dele – nem que fosse só para provar teimosamente que era capaz disso. Muitas das palavras do diário de viagem eram difíceis para ela, e tinha que ir para uma área isolada da Mansão de Renoux, onde pudesse ler em voz alta, tentando decifrar o estranho estilo de escrita do Senhor Soberano. A leitura continuada a levou a uma segunda conclusão: o Senhor Soberano era muito mais chorão do que qualquer deus podia ser. Quando as páginas do diário não estavam cheias de anotações entediantes sobre as viagens do Senhor Soberano, estavam, em vez disso, repletas de contemplações internas e longas divagações moralistas. Vin estava começando a desejar jamais ter encontrado aquele livro. Suspirou, ajeitando-se na cadeira de vime. Uma brisa fria do início da primavera soprava pelos j a rdins, pa passando ssando pela pe pequena quena nasc nascee nte do ria riacc ho à sua e squer squerda. da. O a r e stava confortavelmente úmido, e as árvores a protegiam do sol da tarde. Ser nobre – ou mesmo se fingir de nobre – certamente tinha suas vantagens. Um som baixo de passos soou atrás dela. Era distante, mas Vin pegara o hábito de queimar um pouco de estanho todo o tempo. Virou-se, lançando um olhar dissimulado por sobre o ombro. – Fanta antasm smaa ? – dis disse, se, surpr surpree sa, quando o j ovem Le Lesti stibourne bourness a par paree c eu no c a m inho do ardim. – O que está fazendo aqui? Fantasm antasmaa par parou, ou, ruborizado. ruborizado. – Espera Esper a ndo Dox vir e fic ficar ar.. – Dock Doc kson? – Vin perguntou. per guntou. – Ele tam bé bém m e stá aqui? a qui? – Talve alvezz tenha notícias de Kelsi Ke lsier! er! Fantasma assentiu, aproximando-se. – Arm Ar m a s para par a guar guardar dar,, dar o tem po. Vin deteve-se. – Agora m e perdi. pe rdi. – P re recisa cisam m os re repar parti tirr algum algumaa s ar arm m a s – Fa ntasm ntasmaa diss disse, e, lut lutaa ndo pa para ra não fa falar lar em seu dialeto. di aleto. – Guar Guardar dar elas aqui por por um tem po. – Ah – Vin disse, disse, levanta le vantando-se ndo-se e alisando o vesti ve stido. do. – Eu devia ir vê-lo. vê -lo. Fantasma repentinamente pareceu apreensivo, corando novamente, e Vin inclinou a cabeça. – Há a lgo mais? m ais? Com um movimento súbito, Fantasma colocou a mão no bolso do colete e tirou algo. Vin avivou aviv ou seu seu peltre peltre em re resp spos osta, ta, mas ma s o item item er eraa simplesment simplesme ntee um lenço rosa rosa e branco. Fantasma Fantasma o entregou par paraa ela. e la. Vin o ace a ceit itou, ou, hesitante. hesitante. – Pa P a ra que é iss isso? o?
Fantasma corou novam novam ente, então então se virou e foi f oi em bora. Vin o viu partir, aturdida. Olhou o lenço. Era feito de renda suave, mas não parecia haver nada de incomum nel nele. e. Esse é um garoto estr e stranho anho,, pensou, guardando o lenço na manga. Pegou sua cópia do diário de viagem e começou a andar pelo caminho do jardim. Estava ficando tão acostumada a usar vestidos que quase não precisava prestar atenção para impedir que as camadas inferiores roçassem na vegetação rasteira ou nas pedras. Suponho que isso, em si, seja uma habilidade valiosa , Vin pensou enquanto chegava à entrada do jardim sem ter enganchado o vestido em um único ramo. Abriu a porta de vidro e parou par ou diante do prim pr imee iro cria c riado do que encontr e ncontrou. ou. – Mestre De Delt lton on c hegou? – pe perguntou, rguntou, usando o nom nomee fa falso lso de Doc Dockkson. Ele int inter erpre pretava tava o papell de um dos contatos com er pape ercia ciais is de de Renoux em Luthade Luthadel.l. – Sim Sim,, minha m inha senhora se nhora – o criado cr iado disse disse . – Está em e m re reunião união com c om Lorde Renoux. Vin deixou o criado partir. Ela provavelmente poderia ter participado da reunião, mas isso lhe pareceu mal. Lady Valette não tinha motivos para estar presente em uma reunião comercial entre Renoux e Delton D elton.. Vin mordeu o lábio inferior, pensativa. Sazed sempre lhe dizia que tinha que manter as aparências. Muito aparências. Muito bem, bem , ela pensou. Vou esperar. Talvez Sazed possa me dizer o que esse garoto maluco espera que eu faça com esse lenço . Foi até a biblioteca do andar de cima, mantendo um agradável sorriso, próprio de uma dama, tentando internamente adivinhar sobre o que Renoux e Dockson estavam conversando. Trazer as armas era uma desculpa; Dockson não precisava vir pessoalmente para fazer algo tão mundano. Talvez Kelsier estivesse atrasado. Ou, talvez, Dockson finalmente tivesse conseguido fazer contato com Marsh, o irmão de Kelsier, informando que, juntamente com os outros novos iniciados in iciados dos dos obrigadore obrigadores, s, devia devia che chegar gar lo logo go a Luthadel. Dockson Doc kson e Re Renoux noux podiam ter mandado me c hamar , pensou aborrecida. Valette frequentemente entretinha os convidados com seu tio. Balançou a cabeça ca beça.. Mesm Mesmoo que que Kels Ke lsier ier a tivess tivessee nomea nom eado do um um m em bro pleno pleno da gangue, gangue, os outros obviamente ainda a viam como uma criança. Eram amigáveis e receptivos, mas não pensavam pensa vam e m incluí-la. P rova rovave velm lmee nte não e ra int intee nciona ncional,l, m a s nem por iss issoo e ra m e nos frustrante. A luz brilhava na biblioteca à frente. De fato, Sazed estava sentado lá dentro, traduzindo as últimas páginas do diário de viagem. Levantou a cabeça quando Vin entrou, sorrindo e fazendo uma reverência respeitosa. observou. Por que os usou por aquele Tampouco está de óculos desta vez , Vin observou. Por aque le brev brevee período de tempo? – Senhora Vin – ele e le diss dissee , levantandoleva ntando-se se e pe pegando gando um umaa c a deir deiraa par paraa e la. – Como vã vãoo seus se us e stu studos dos do diário? diá rio? Vin olhou as páginas levemente presas que tinha nas mãos. – Be Be m , eu suponho. Não Nã o vej o por que tenho que m e pre pr e ocupa ocuparr em e m ler iss isso... o... deu cópias c ópias para par a Kell e Brisa Brisa também tam bém,, não deu? – É clar c laroo – Sa Sa ze d disse, disse, coloca c olocando ndo a ca c a deir deiraa dela de la ao a o lado da esc escriva rivaninha. ninha. – Contudo, Contudo, Mestre Mestre Kelsier Kelsi er pedi pediuu que que cada c ada m em bro da gangue lesse lesse ess e ssas as páginas. páginas. Está Está correto corr eto em fazer isso isso,, creio cre io.. Quanto mais olhos virem essas palavras, mais provável é que descubramos os segredos ocultos nelas. Vin suspirou levemente, alisando o vestido e se sentando. Sua roupa branca e azul era bonita
– e m bora destinada par paraa uso diár diário, io, er eraa a pena penass um pouco m enos luxuos luxuosaa do que um de seus vestidos de baile. – De Deve ve a dm dmit itir, ir, senhor senhoraa – Sazed diss dissee enqua enquanto nto se senta sentava va –, que o texto é surpr surpree ende endente. nte. Esta obra é o sonho de um Guardador. Ora, estou descobrindo coisas sobre minha cultura que nem su susp speit eitava! ava! Vin assentiu. – Ac Acabo abo de che chegar gar na pa parte rte e m que che chegam gam a Te rr rris. is. – Com sorte, a parte seguinte terá menos listas de suprimentos. Honestamente, para um deus maligno da escuridão, ele certamente consegue ser bem enfadonho. enfadonho . – Sim im,, sim – Sa ze d diss disse, e, fa falando lando com um e ntus ntusiasm iasmoo incom um um.. – Viu o que e le dis disse, se, como descreve Terris como um lugar de “fertilidade verde”? As lendas dos Guardadores falam disso. Terris agora é uma tundra de terra congelada; ora, quase nenhuma planta consegue sobreviver ali. Mas antigamente era verde e linda, como o texto diz. Verde e linda , Vin pensou. Por que v e rde seria li linda? nda? Seria c omo ter plant plantas as azui azuiss ou úrpura – algo apenas estr e stranho. anho. Contudo, havia algo no diário que a deixara curiosa – algo que tanto Sazed quanto Kelsier não tinham tinham querid queridoo mencionar. m encionar. – Ac Acaa bo de ler a par parte te e m que o Se nhor Sober oberaa no contr contrata ata uns c a rr rree gador gadoree s ter terrisanos risanos – Vin dis disse se cui c uidados dadosam am ente. – Falou Falou sobre sobre com c omoo ficam m ais fortes fortes durante o dia porque se deixam enfraquecer à noite. Saz azed ed pare pa rece ceuu subit subitam am ente desanimado. desanima do. – Sim Sim,, de fato. f ato. – Sa Sa be algo a lgo sobre sobre iss isso? o? Te Tem m algo a ver c om ser um Gua Guarda rdador? dor? – Te m – Sa zed c onfirm ou. – Mas iss issoo deve pe perm rm ane anece cerr um segr segree do, cr creio. eio. Nã Nãoo que não seja digna de confiança, senhora Vin. Contudo, quanto menos gente souber sobre os Guardadores, Guardadore s, menos me nos rum rumores ores se esp e spalharã alharãoo sobre sobre nós. É mel me lhor que que o Senhor Senhor Soberano Soberano com ec ecee a ac acre redi ditar tar que nos destruiu destruiu completamente, completam ente, de acordo a cordo com seu objet obje tiv ivoo nos últ últimos imos mil m il anos. Vin encolheu os ombros. om bros. – Tudo bem . Com sorte, nenhum dos segr segredos edos que Ke Kelsi lsier er quer que desc descubra ubram m os neste texto está relacionado com os poderes terrisanos... se estão, eu os deixei passar completamente. Sazed não dis disse se nada. na da. – Ah, bem – Vin disse, despre de spreocupa ocupada dam m e nte, folhea f olheando ndo as a s páginas pá ginas que a inda não nã o tinha lido. – Pa P a re recc e que e le passa pa ssa um bom tem po fala f alando ndo sobre os terrisanos. ter risanos. Acho A cho que nã nãoo podere pode reii aj udar com muita coisa quando Kelsier voltar. – Te m ra razzã o – Sazed dis disse se lentam ente ente.. – Ainda que e xpre xpresse sse iss issoo de m ane aneira ira um pouco melodramática. Vin so sorriu rriu descaradam descara damente. ente. – Ah, be bem m – Sazed fa falou, lou, sol soltando tando um suspi suspiro. ro. – Nã Nãoo de devíam víam os têtê-la la deixa deixado do pa passar ssar tanto tempo tem po com Mest Mestre re Bris risa, a, cre c reiio. – Os home hom e ns no diár diário io de viagem viage m – Vin disse. disse. – São Guarda Gua rdadore dores? s? Sazed assentiu. a ssentiu. – O que a gora c ham am os de Gua Guarda rdadore doress era e ram m m uit uitoo m a is com uns naquela na quela é poca poca;; talvez talve z até mais comuns do que os Brumosos são entre a nobreza moderna. Nossa arte é a chamada “feruquemia”, ela confere a habilidade de estocar certos atributos físicos dentro de pedaços de metal. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Você Voc ê s também tam bém queim am m eta etais? is?
– Nã Não, o, senhor senhoraa – Sazed dis disse, se, nega negando ndo c om a ca cabeç beça. a. – Fe ruque ruquem m ist istaa s não são c om omoo alomânticos; não “queimamos” nossos metais. Nós os usamos como depósitos. Cada pedaço de metal, dependendo do tamanho e da liga, pode armazenar uma qualidade física específica. O feruquemista conserva um atributo, e recorre a essa reserva posteriormente. – Atributo? – Vin perguntou. per guntou. – Como forç f orçaa ? Sazed assentiu. a ssentiu. – No texto, os c a rr rree gador gadoree s ter terrisanos risanos se e nfr nfraque aquecc em dura durante nte a noit noite, e, a cum ulando for força ça em seus bra brace celletes para us usáá-la la no dia dia seguinte. seguinte. Vin observou o rosto de Sazed. – É por isso que usa tantos ta ntos brinc brincos! os! – Sim im,, senhor senhoraa – e le conf confirm irmou, ou, a rr rree gaç gaçando ando as m a ngas. Sob sua túni túnicc a , usava grossos bracc e letes de fe bra ferr rroo ao re redor dor do antebr a ntebraa ço. – Mantenho a lgum lgumas as de m inhas re reser servas vas esc escondidas; ondidas; mas o uso de anéis, brincos e outras joias sempre foi parte da cultura de Terris. Uma vez, o Senhor Soberano tentou proibir que os terrisanos tocassem ou possuíssem qualquer metal; na verdade ver dade,, tentou tentou tornar o uso do metal me tal um privi privilégi légioo dos nobre nobres, s, e não nã o dos sk skaa aa.. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Isso é estranho e stranho – ela e la disse. – Ser Seria ia possíve possíve l pensar que a nobre nobrezza não ia querer usar usar m etais etais,, porque iss issoo os torna torna vulner vulneráá veis à alom a lomaa ncia ncia.. – De fa fato to – Sa zed c oncor oncordou. dou. – Con Contudo, tudo, tem sido um umaa longa m oda im imper perial ial a ce centuar ntuar os trajes de alguém com metal. Começou, eu suponho, com o desejo do Senhor Soberano de negar aos ter terris risanos anos o direit direitoo de toca tocarr m etal. Ele Ele próprio próprio começ com eçou ou a usar anéis a néis e brace bra celet letes es de m etal, e a nobreza sempre seguiu sua moda. Nos dias de hoje, os mais ricos com frequência usam metal como símbolo de poder e orgulho. – Pa P a re recc e um a tol tolice ice – Vin com e ntou. – Em ger geraa l a m oda é – Sazed fa falou. lou. – De qualque qualquerr m odo, a tra tram m a fa falhou. lhou. Muit Muitos os nobre nobress usam apenas madeira pintada de modo a parecer metal, e Terris conseguiu resistir ao descontentamento do Senhor Soberano quanto a esse assunto. É simplesmente impraticável impedir que mordomos manejem metal. Isso não impede que o Senhor Soberano continue tentando exterminar os Guardadores, no entanto. – Ele tem e você voc ê s. – E nos odeia. ode ia. Nã Nãoo apena a penass os fer f eruquem uquem ist istas, as, m a s todos os terrisanos. ter risanos. – Sazed apoiou a poiou a m ão em um trecho ainda não traduzido do texto. – Espero encontrar este segredo aqui também. inguém se recorda por que o Senhor Soberano persegue o povo de Terris, mas suspeito que tenha algo a ver com esse carregador; o líder deles, Rashek, parece ser um homem muito obsti obs tinado. nado. O Senhor Senhor Soberano Soberano fala fa la com fre frequência quência sobre sobre ele na narr narrati ativa. va. – Ele m enc enciona iona a re reli ligião gião – Vin com entou. – A religião r eligião de Te Terr rris. is. Algo sobre prof profec ecias? ias? Sazed negou com a cabeça. – Nã Nãoo posso re r e sponder e ssa per pergunta, gunta, senhor senhoraa , pois não nã o sei m ais sobre a re reli ligião gião de Ter erris ris do que você. – Mas você voc ê com c ompil pilaa re r e li ligiões giões – Vin falou. fa lou. – Não conhec c onhecee a sua própria pr ópria?? – Nã Nãoo – Sa ze d re respondeu spondeu sol solee nem e nte. – Vej a, senhor senhoraa , foi por iss issoo que os Gua Guarda rdadore doress foram criados. Há séculos, meu povo escondeu os últimos feruquemistas de Terris. Os expurgos do Senhor Soberano estavam ficando muito violentos; isso foi antes de ele começar o programa reprodutor. Antes, não éramos mordomos ou criados... não éramos nem mesmo skaa. Éramos algo a ser destruído. Mesmo assim, algo impediu que o Senhor Soberano nos aniquilasse completamente. Não sei por que... talvez pensassem que genocídio era uma punição gentil demais. De qualquer modo, ele conseguiu destruir nossa religião durante os dois primeiros
séculos de seu governo. A organização dos Guardadores foi formada durante o século seguinte, e seus m em bros se dedica dedicara ram m a descobrir o que que havia havia sido sido perdido perdido e recordar rec ordar para par a o futuro. futuro. – Com Com fe feruque ruquem m ia? Sazed assentiu, assentiu, passando os dedos dedos no bracelete brac elete de seu se u braço bra ço direit dire ito. o. – Este aqui a qui é fe f e it itoo de c obre obre;; perm per m it itee o arm a rm a ze nam ento de lem bra branç nças as e pensa pensam m e ntos ntos.. Cada Guardador carrega vários braceletes desses, cheios de conhecimento: canções, contos, orações, histórias e idiomas. Muitos Guardadores têm uma área particular de interesse – a minha é a religião –, mas todos nós lembramos a coleção inteira. Se apenas um de nós sobreviver, até a m ort ortee do Senhor Senhor Soberano, Soberano, então as pessoas pessoas no mund m undoo serão serã o capaz ca pazes es de re recupera cuperarr tudo o que que foi f oi tudo o que foi perdido. Ainda há perdido. per dido. – Ele se dete deteve, ve, entã entãoo baixou a m a nga. – Bem Bem,, não tudo coisas que est e stão ão faltando. f altando. – Sua Sua própria pr ópria re reli ligião gião – Vin disse disse em e m voz baixa baixa.. – Nunca Nunc a a enc encontra ontrara ram m , não é? é? Sazed negou com a cabeça. – O Senhor Sober oberaa no dá a e ntende ntenderr e m seu diár diário io que for foraa m nossos prof profee tas quem o conduziram até o Poço da Ascensão, mas até esta informação é nova para nós. Em que acreditavam? O que ou quem adorávamos? De onde esses profetas terrisanos vieram, e como previam pre viam o futuro? – Eu... sinto sinto muit m uito. o. – Vam os c onti ontinuar nuar a proc procura urar, r, senhor senhoraa . Enc Encontra ontrare rem m os nossas re respost spostas as em a lgum momento, creio. E mesmo que não consigamos, ainda teremos proporcionado um serviço de valorr incalculável valo incalculável para a humanid hum anidade. ade. Outras pessoas pessoas nos consi considera deram m dóceis e servis, servis, mas m as temos tem os lutado lu tado contra ele do nosso nosso modo. m odo. Vin assentiu. – Então, que outra outrass coisas consegue c onsegue a rm azena azenar? r? Forç Forçaa e lem bra brança nças. s. O que m a is? Sazed olhou olhou para ela. – Já fa falei lei dem de m a is, cre cr e io. Você Você e ntende a m ec ecââ nica do que fa fazzem os... se o Senhor Sober oberano ano m encionar ess e ssas as coi c oisas sas no texto texto,, não ficará fica rá confusa. – Visão – Vin disse, ergue e rguendo ndo a ca cabeç beçaa . – Por P or iss issoo usou óculos óc ulos por algum a lgumaa s sem a nas depois de pois de me resgatar. Precisava ver melhor naquela noite em que me salvou, então usou seu estoque. Aí passou algumas semanas com a visão fraca, até conseguir recarregar. Sazed não respondeu ao comentário. Pegou sua caneta, obviamente pretendendo voltar à suaa tradução. su – Há a lgo mais, m ais, senhora senhor a ? – Na ver verdade dade,, sim – Vin diss disse, e, ti tira rando ndo o lenç lençoo de sua m a nga. – Tem a lgum lgumaa ideia do que sej a is isso? so? – Pa P a re recc e ser se r um lenç lenço, o, senhora senhor a . Vinn ergueu uma Vi um a so sobrancelh brancelhaa bem bem-humorada. -humorada. – Muito Muito engraça engra çado. do. Tem Te m pa passado ssado tem po dem a is com Ke Kelsi lsier er,, Sazed. Sazed. – Eu sei – e le diss dissee c om um suspi suspiro. ro. – Ele m e cor corrom rom peu, c re reio. io. Apesar Ape sar dis disso, so, não nã o entendo e ntendo suaa pergunt su pe rgunta. a. O que há de di dife fere rent ntee nest ne stee lenço em parti particular? cular? – Isso é o que e u quero saber – Vin di diss sse. e. – Fantasma Fantasma m e deu de u há pouco tem tem po. – Ah, faz fa z sentido, então. – O quê? quê ? – Vin exigiu sa sa ber ber.. – Na N a socie socieda dade de nobre nobre,, senhora se nhora,, um lenç lençoo é o prese pr esente nte tra tradicional dicional que um j ovem dá a um umaa dama que deseja cortejar seriamente. Vin se deteve, olhando o lenço com espanto. quê ? Esse garoto está louco? – O quê?
– A m aior pa parte rte dos j ovens da idade dele é louca de algum algumaa m a neir neiraa , c re reio io – Sazed dis disse se com um sorriso. – Contudo, isso não é nem um pouco inesperado. Não percebeu como ele a encara enca ra quand quandoo entra na sala? – Só Só pensei pense i que ele e le fosse f osse assus a ssustador tador.. Em que está e stá pensando? pe nsando? É tão m ais jovem j ovem do que eu. e u. – O gar garoto oto tem quinz quinzee a nos, senhor senhora. a. Isso o torna a pena penass um a no m ais j ovem do que a senhora. – Dois – Vin diss dissee . – Com Completei pletei dez de ze ssete na sem a na passada pa ssada.. – Mesmo Mesm o assim, assim , ele não é m uit uitoo ma m a is jovem jove m . Vin revirou os olhos. – Não Nã o tenho tem po para par a as a s atençõe ate nçõess dele. dele . – Alguém poder poderia ia pe pensar nsar,, senhor senhora, a, que de dever veria ia apr apree c iar a s oportunidade oportunidadess que tem . Ne Nem m todo mundo é tão afortunado. e unuco, sua tola. tola. Vin se deteve. Ele deteve. Ele é um eunuco, – Sa Sa zed, sinto muit m uito. o. Eu... Saz azed ed fez fe z um si sinal nal com a m ão. – É algo a lgo que nunca c onhec onhecii o bastante para pa ra sentir falta, f alta, senhora se nhora.. Talvez Ta lvez e u sej a a for fortunado... tunado... a vida no submundo não facilita o sustento de uma família. Ora, o pobre Mestre Hammond está longe lo nge de sua esp e spos osaa há m eses. casado?? – Ham Ha m é casado – É cla claro ro – Sazed diss dissee . – Assim com o Mestre Yede eden, n, cr creio. eio. Eles prote protege gem m suas fa fam m íl ílias ias afastando-as das atividades do submundo, mas isso requer passar longos períodos de tempo afastados. – Quem Que m m ais? – Vin perguntou. per guntou. – Bris Brisaa ? Doc Dockkson? – Mestre Bris Brisaa é um tanto quanto... a utom utomoti otivado vado par paraa ter um umaa fa fam m íl ília, ia, c re reio. io. Mestre Dockson não fala de sua vida sentimental, mas suspeito que haja algo doloroso em seu passado. Isso não é incomum incom um nos sk skaa aa rura rurais is,, como com o ser seria ia de se esp e sper erar. ar. – Dock Doc kson é de um umaa plantaç pla ntaçãã o? – Vin perguntou per guntou surpr surpresa esa.. – É clar c laro. o. Nunca Nunc a passa o tem po conversa conve rsando ndo com seus am a m igos igos,, senhora? senhor a? conceiito estra estranho nho.. Amigos. Te Te nho amigos. amigos. Era um conce – De qualque qualquerr m odo – Sazed Sazed disse –, devo de vo prosseguir prosse guir com c om m e u trabalho. tra balho. Pe P e rdoe rdoe-m -m e por ser se r tão desint desintere eress ssado, ado, mas m as est e stou ou quase aca a cabando bando a tradução... tra dução... – É clar c laroo – Vin falou, fa lou, leva levantandontando-se se e alisando o vesti ve stido. do. – Obrigada. Obriga da. Encontrou Dockson sentado no estúdio de convidados, escrevendo silenciosamente em um pedaçç o de pa peda papel, pel, com um umaa pil pilha ha de docum entos per perfe feit itam am e nte orga organiz nizaa da na e scr scrivaninha. ivaninha. Usava o traje padrão de um nobre, e sempre parecia mais confortável nessas roupas do que os demais. Kelsier era arrojado, Brisa era imaculado e extravagante, mas Dockson... simplesmente paree c ia natura par na turall naquelas naque las roupas. roupa s. Ele levantou o olhar olhar quando ela ent e ntrou. rou. – Vin? Sint Sintoo m uit uito... o... devia de via ter pedido para pa ra que a c ham asse asse.. Por P or a lgum m oti otivo, vo, pre pr e sum sumii que estava fora. – Estou fora f ora c om fr frequê equência ncia ult ultim imam am e nte – ela e la diss dissee , fec f echando hando a porta a trá tráss de si. – Fiquei Fiquei em ca casa sa hoje; hoje ; ouvi ouvirr os nobres nobres tagarelar tagare lar no almoço pode ser um pou pouco co irritante. irritante. – Posso P osso im im agina aginarr – Dock D ockson son disse, disse, sorrindo. sorr indo. – Sente Sente-se -se.. Vin assentiu, entrando no aposento. Era um lugar silencioso, decorado com cores cálidas e madeiras densas. Ainda havia alguma luz lá fora, mas Dockson já fechara as cortinas e estava trabalh traba lhando ando sob a luz de velas.
– Alguma Algum a notícia de Kelsier K elsier?? – Vin perguntou per guntou a o se sentar se ntar.. – Nã Nãoo – Doc Dockkson disse, c oloca olocando ndo o docum ento de lado. – Mas é de se e sper speraa r. Ele nã nãoo ia ficar muito tempo nas cavernas, então mandar um mensageiro de volta teria sido um pouco estúpido... como alomântico, ele conseguiria voltar antes que um homem a cavalo. De qualquer modo, suspeito que atrasará alguns dias. É sobre Kell que estamos falando, afinal. Vin assentiu, e ficou em silêncio por um momento. Não passava tanto tempo com Dockson quanto passava com Kelsier e Sazed – ou mesmo com Ham e Brisa. Ele parecia um homem gentil, no entanto. Muito constante e muito esperto. Enquanto a maioria dos demais contribuía com algum tipo de poder alomântico, Dockson era valioso por causa da simples capacidade de organizar. Quando algo precisava ser comprado – como os vestidos de Vin –, Dockson se encarregava de fazê-lo. Quando um edifício precisava ser alugado, suprimentos adquiridos ou uma autorização garantida, Dockson fazia acontecer. Não estava no front , enganando os nobres, lutando nas brumas ou recrutando soldados. Sem ele, no entanto, Vin suspeitava que toda a gangue se despedaçaria. dissee para par a si mesma me sma.. Nã É um bom home hom e m , ela diss Nãoo vai se incomodar inc omodar se eu e u perguntar . – Dox, com c omoo era er a viver em e m um umaa plantaç plantaçãã o? – Humm Hum m m ... A plantaçã planta ção? o? Vin assentiu. – Você Voc ê cr cree sce sceuu em um uma, a, cer c erto? to? É um sk skaa aa rur ruraa l? – Sim – Doc Dockkson c onfirm ou. – Ou, pelo m enos, e ra ra.. Como e ra ra?? Nã Nãoo sei a o ce certo rto c om omoo responder, Vin. Era uma vida dura, mas a maioria dos skaa tem vidas duras. Eu não tinha perm per m iss issão ão pa para ra deixa deixarr a plantaç plantaçãã o ou m e sm smoo sair da c houpana c om omunit unitáá ria ria.. Co Com m íam os c om mais regularidade do que muitos skaa das ruas, mas trabalhávamos tão duro quanto os operários das fábricas. Talvez mais. As plantações são diferentes das cidades. Lá, todo senhor é seu próprio mestre. Tecnicamente, o Senhor Soberano é dono dos skaa, mas os nobres os alugam, e têm perm per m iss issão ão par paraa m a tar quantos quis quisee re rem m . Cada lorde só tem que se a ssegur ssegurar ar de entr entrega egarr suas colheitas. – Você Voc ê par paree ce tão... impassível im passível sobre iss issoo – Vin com e ntou. Dockson Dock son deu de om ombros. bros. – Faz um tem po desde que vivi lá, lá , Vin. Nã Nãoo sei se a plantaç plantaçãã o er eraa m uit uitoo tra traum umáá ti ticc a. Era apenas a vida... não conhecíamos nada melhor. De fato, agora sei que, entre os lordes das plantações, plantaç ões, o m e u era er a , na verda ve rdade de,, bastante bra brando. ndo. – Por P or que par parti tiu, u, então? entã o? Dockson Dock son deteve-se. deteve -se. – Um U m ac acontec ontecim imee nto – diss dissee , sua voz ficando fica ndo quase qua se m e lanc lancóli ólicc a. – Conhece Conhec e aque aquela la lei que dizz que um lo di lorde rde pod podee deit deitar ar com qual qualquer quer m ul ulher her sk skaa aa que desej e? Vin assentiu. – Ele só tem que m a tátá-la la assi a ssim m que term te rm inar inar.. – Ou logo depois de pois – Doc Dockkson diss dissee . – Rápido o suficie suficiente nte par paraa que e la não dê à luz nenhum filhoo m esti filh estiço. ço. – O lorde levou a m ulher que você voc ê am a va, então? e ntão? Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. – Não Nã o fa f a lo muit m uitoo sobre iss isso. o. Não Nã o porque nã nãoo consi c onsiga ga,, m as porque ac acho ho que ser seria ia inútil. inútil. Não Nã o sou o único skaa a perder a amada para a paixão ou mesmo a indiferença de um lorde. Na verdade, aposto que teria problemas em encontrar um skaa que não não teve um ente querido assassinado pela aristocracia. É só... o jeito que as coisas são.
– Quem Que m er eraa ela? e la? – Vin perguntou. per guntou. – Um a gar garota ota da plantaç plantação. ão. Co Com m o eu e u disse disse , minha m inha história história não é nada original. Lem Le m bro de... de ... me esgueirar entre as choupanas à noite para passar algum tempo com ela. Toda a comunidade nos ajudava, nos escondendo dos capatazes... eu não podia sair depois que escurecia, entende? Encarei Encar ei as brumas bruma s pela pela primeira prim eira vez ve z por ela, e ai a inda que mui m uito toss me j ul ulgass gassem em um id idio iota ta por por sair à noite, outros superaram suas superstições e me encorajaram. Acho que o romance os inspirava; Kareien e eu recordamos a todos que havia algo pelo que viver. Quando Kareien foi levada pelo Lorde Devinshae... o cadáver dela retornou na manhã seguinte para o enterro... algo simplesmente... morreu nas choupanas dos skaa. Parti na noite seguinte. Não sabia que havia uma vida melhor, mas não podia ficar, não com a família de Kareien ali, não com Lorde Devinshae nos vendo vendo trabalhar... traba lhar... Dockson suspirou, balançando a cabeça. Vin finalmente pôde ver alguma emoção em seu rosto. – Sa be – e le diss dissee –, à s vez ve ze s m e surpr surpree eende nde que ainda tentem os. Com tudo o que fiz fizer eram am conosco – as mortes, as torturas, as agonias –, seria de se esperar que desistíssemos de coisas comoo esperança com espera nça e am a m or. Mas não não desist desistimos. Os sk skaa aind aindaa se apaixon apaixonam am . Ainda Ainda tentam tentam ter suas fam fa m íl ílias, ias, e aind a indaa lu lutam tam.. Quero Quer o diz dizer er,, aqui estamos.. estam os.... lutando lutando a guerrinha guer rinha insana insana de Kell Ke ll,, resi re sist stind indoo a um deus que que sabem os que que vai massacra m assacrarr todos todos nós nós.. Vin ficou ficou sentada, sentada, em e m si sillêncio, tentando tentando compreender compre ender o horror do que ele e le descrevi descre via. a. – Eu... pensei pense i que tinha tinha dit ditoo que seu se u lorde era e ra gentil. – Ah, ele e le era e ra – Dock Doc kson disse. disse. – Lorde Lor de De Devinsh vinshaa e ra rara ram m ente e spanc spancava ava os ska ska a a té a m orte orte,, e só expurgava os velhos velhos quando quando a popul populaç ação ão est e stava ava com compl pletam etam ente fora de cont c ontrole. role. Tinha Tinha uma um a reput re putaç ação ão impecá im pecável vel entre entre a nobreza. nobreza. Você Você provavelme provavelment ntee o viu em algu algum m dos bail bailes; es; ele esteve recentemente em Luthadel para passar o inverno, entre as temporadas da plantação. Vin sentiu frio. – Dock Doc kson, isso isso é horrível! horr ível! Como Com o perm per m it itee m um m onst onstro ro desses de sses entre e ntre e les? Dockson franziu o cenho, então se inclinou levemente para frente, apoiando os braços na escrivaninha. todos a – Vin, eles ele s são todos ass ssim. im. – Sei o que alguns dos sk skaa a diz dizee m , Dox – Vin fa falou. lou. – Mas a s pessoa pessoass nos bailes não são assim. Eu estive com eles, dancei com eles. Dox, vários deles são boas pessoas. Não acho que percc e bem quão terr per te rríveis íveis as coisas c oisas são para pa ra os ska ska a. Dockso Dock sonn olhou olhou par paraa ela com c om um umaa expressão estranha. – Estou rea re a lm lmee nte ouvindo isso isso de você voc ê , Vin? P or que a c ha que estam e stamos os lutando lutando contra c ontra ele eles? s? ão percebe as coisas que essas pessoas, todas essas pessoas, são capazes de fazer? – Crueldade Crue ldade,, talvez talve z – Vin disse. disse. – E indifere indife rença nça.. Mas não são m onst onstros, ros, não nã o todos eles... ele s... não comoo o lorde com lorde da sua ant a ntig igaa pl plantaçã antação. o. Dockso Dock sonn meneou me neou a cabeça ca beça negati negativam vamente. ente. – Nã N ã o está e stá vendo ve ndo com c om c lar laree za , Vin. V in. Um nobre pode e stu stupra prarr e m ata atarr um umaa m ulher sk skaa a em uma noite e ser elogiado por sua moralidade e virtude no dia seguinte. Os skaa simplesmente não são pessoas para eles. As nobres nem consideram traição quando seus lordes dormem com uma mulher skaa. – Eu... – Vin não soube o que diz dizee r, c a da ve vezz ma m a is insegura. insegur a. Essa e ra um umaa ár áree a da cultura nobre que não queria confrontar. Os espancamentos talvez pudesse perdoar, mas isso... Dockso Dock sonn balançou a ca cabeça beça.. – Está de deixando ixando que a il iludam udam , Vin. Co Coisas isas com o e ssas são m e nos visí visíve veis is nas na s cida cidade dess por causa dos prostíbulos, mas os assassinatos ainda acontecem. Alguns bordéis usam mulheres de
nascimento muito baixo, mas nobre. A maioria, no entanto, simplesmente mata suas prostitutas skaa sk aa period periodicam icam ente para par a m anter os Inquis Inquisid idores ores calm c almos os.. Vin senti sentiuu uma um a pequena fra f raquez queza. a. – Eu... sei sobre os bordé bordéis, is, Dox. D ox. Meu irm irmãã o sem pre am e a çou m e ve vender nder pa para ra um de deles. les. Mas, só porque os bordéis existem, não significa que todos os homens os frequentem. Há muitos trabalh traba lhadore adoress que não visitam visitam as casa c asass de prostitu prostituição ição dos skaa skaa.. – Os nobre nobress são sã o dife difere rentes, ntes, Vin – Doc Dockkson disse c om seve severida ridade. de. – Sã o c ria riatura turass horríve hor ríveis. is. Por que acha que não me importo quando Kelsier os mata? Por que acha que estou trabalhando paraa de par derr rrubar ubar o gover governo no dele deles? s? De Devia via per perguntar guntar pa para ra a lgum dos m eninos bonit bonitos os com quem dança com que frequência dormem com uma mulher skaa que sabem que será morta algum tempo tem po depois depois.. Todos Todos já fiz fizera eram m is isso so,, em um m ome oment ntoo ou outro. outro. Vin abaix aba ixou ou o olhar. – Eles não podem ser re redim dimidos idos,, Vin – Doc Dockkson dis disse. se. Nã Nãoo par parec ecia ia tão apa apaixonado ixonado pe pelo lo tema quanto Kelsier; parecia apenas... resignado. – Não acho que Kell ficará feliz até que estejam todos mortos. Duvido que consigamos chegar tão longe, ou mesmo que possamos, mas eu, por exem pl plo, o, fica ficaria ria mais m ais do do que que feli f elizz em ver a so sociedade ciedade deles colapsar. colapsar. Vin permaneceu em silêncio. Não podem ser todos assi assim m , pensou. São tão bonitos, tão distint dist intos. os. Elend jamais tomaria tomaria e matari matariaa uma mulher m ulher skaa... não é? é?
Durmo apenas ape nas algumas horas por por noite noite . Dev De v em emos os prosseguir prosseguir,, viaj v iajar ar o máximo máx imo que pudermos a cada dia – mas quando finalmente me deito, encontro um sono esquivo. Os mesmos pensamentos que me preocupam durante o dia só se agravam com a tranquilidade da noite. E, ac acima ima de tudo, e u ouço os sons retumbantes v indos de c ima, os pulso pulsoss das montanhas. traindo-me a cada batida.
– Diz Dizee m que a s m orte ortess dos irm irmãã os Ge Geff ffee nry for foram am um umaa re retaliaç taliação ão pe pelo lo assa assassi ssinato nato de Lorde Entrone – Lady Kliss disse, em voz baixa. Atrás do grupo de Vin, os músicos tocavam no palco, mas a noite já avançava, e poucas pessoass dançava pessoa danç avam m. O círculo de pessoas que rodeava Lady Kliss franziu o cenho com a notícia. Eram cerca de seis, incluindo Vin e seu acompanhante – um tal de Milen Davenpleu, um jovem herdeiro de uma casa c asa meno me nor. r. – Klis Kliss, s, sér sério io – Mil Milen en diss dissee . – As ca casas sas Ge Geff ffee nry e Te kiel são aliada aliadas. s. P or que Te kiel assassinaria dois nobres Geffenry? – De fa fato, to, por quê? – Klis Klisss diss dissee , inclinando-se pa para ra fr frente ente de m odo c onspi onspira ratório, tório, seu enormee coqu enorm c oquee loiro loiro balançando balança ndo levem ente. Klis Klisss nunca nunca m os ostrara trara m ui uito to sens sensoo de moda. m oda. Era uma um a excelente fonte de fofocas, no entanto. – Lembra quando Lorde Entrone foi encontrado morto parecia ia óbvio nos jar j ardi dins ns de Tek Tekiel? iel? – ela e la pergunto pe rguntou. u. – Bem, Bem , parec óbvio que um dos inimigos da Casa Tekiel o matara. m atara. Mas a Casa Casa Geffenry Ge ffenry vem requerendo um um a ali aliança ança com Tek ekiiel. el..... aparentem aparentem ent entee uma facção dentro da casa pensou que se algo acontecesse para inflamar os Tekiel, eles ficariam m ais predispost predispostos os a buscar busca r ali a liados. ados. – Está diz dizee ndo que Ge Geff ffee nry m a tou um aliado Te kiel de propósito? propósito? – perguntou René, o acompanhante de Kliss. E enrugou a testa larga, pensativo.
Kliss deu um tapinha no braço de René. – Nã Nãoo se pre preocupe ocupe m uit uitoo com iss isso, o, quer querido ido – ac aconselhou-o, onselhou-o, entã entãoo volt voltou ou ansiosam e nte à conversa. – Não vê? Ao matar secretamente Lorde Entrone, Geffenry esperava conseguir a aliança de que precisava. Isso Isso lhe daria acesso às rotas de canais dos Tekiel para as planícies orientais. – Mas se der deraa m m a l – Mil Milee n diss dissee , pensa pensati tivo. vo. – Tek ekiel iel de descobr scobriu iu o ar ardil dil e m a tou Ardous A rdous e Callins. – Dance Da nceii com Ar Ardous dous alguma algum a s vez ve ze s no últim últim o bail ba ilee – Vin com c omee ntou. ntou. Agora Agora ele e le está morto m orto,, eu cadáver abandonado nas ruas do lado de fora de um cortiço skaa. – Verda Ve rdade? de? – Milen Milen perguntou. pe rguntou. – Ele era e ra bom bom?? Vin deu de ombros. – Nã N ã o m uit uito. o. – É – É tudo o que c onsegue perguntar perguntar,, Milen? Um home homem m está morto e só o que quer saber é se gostei dele mais do que de você? – Be Be m , agora agor a ele e le está e stá dançando danç ando com c om os verm ver m e s – disse disse Ty den, o últim últim o home hom e m do grupo. Millen deixou Mi deixou escapar escapa r uma um a ris r isada ada força forçada, da, mais m ais do do que que o come c oment ntár ário io m er erec eciia. As tentati tentativas vas de Tyden de fazer humor, em geral, deixavam a desejar. Parecia o tipo que se sentiria mais em casa ca sa com c om os rufiões rufiões da gangue de Cam on do que com os nobres nobres no salão salão de bail ba iles. es. É claro, c laro, Dox diz que, no fundo, todos são assim assim.. A conversa de Vin com Dock Dockso sonn ainda ainda domin dom inava ava seus pensam pensamento entos. s. Quando Quando começ com eçar araa a ir aos bailes, naquela primeira noite – a noite em que quase fora morta –, pensara sobre o quão falso tudo parecia. Como se esquecera daquela impressão original? Como se deixara envolver e começara a admirar a atitude e o esplendor deles? Agora, o braço de cada nobre ao redor de sua cintura a fazia ranger os dentes – como se pudesse sentir a podridão e m seus cor coraa çõe ções. s. Qua Quantos ntos sk skaa a Mi Milen len m a tar taraa ? E quanto a Ty den? Parec Pa recia ia o titipo que que apreciava apre ciava uma um a noit noite com c om putas. Mas, mesmo assim, continuava a jogar. Finalmente usara o vestido negro naquela noite, sentindo, de algum modo, necessidade de se diferenciar das outras mulheres, com suas cores vivas e sorrisos com frequência ainda mais vivos. Contudo, ela não podia evitar as outras companhias; Vin finalmente começara a ganhar a confiança de que sua gangue precisava. Kelsier Kelsi er ficar ficaria ia satisfeit satisfeitoo em saber que seu plano plano com re rellaç ação ão à Casa Tek Tekiiel estava funci f uncionand onando, o, e aquela não era a única coisa que conseguira descobrir. Tinha dúzias de pequenos fuxicos que seriam de uso vital vital par paraa os esforços da gangue. Um desses fuxicos era sobre a Casa Venture. A família estava se entrincheirando para o que se acr a credit editava ava ser um a prolongada prolongada guerra guerr a ent e ntre re as casas; ca sas; o fato de Elend estar estar parti participando cipando de de muito menos bailes do que antes era uma evidência disso. Não que Vin se importasse. Quando ele aparecia, em geral a evitava, e ela não queria falar com ele de forma alguma. As lembranças do que Dockson dissera a faziam suspeitar que poderia ter dificuldade em manter uma ati atitu tude de cortês c ortês com El Elend. end. – Mi Milen? len? – Lorde René per perguntou. guntou. – Ainda e stá plane planejj a ndo se j untar a nós na pa partida rtida de carttas am car a m anhã? – É clar c laro, o, René René – Milen Milen confirm c onfirm ou. – Você Voc ê não prom pr omete eteuu da últim últim a vez? – Ty den perguntou. pe rguntou. – Estarei Estare i lá lá – Milen Milen assegurou. a ssegurou. – Ac A c ontec ontecee u um im impre previs visto to da últim últim a vez ve z. – E não vai va i acontec ac ontecee r de novo? – Ty de denn questionou. questionou. – Sa Sa be que não podem pode m os jogar j ogar a m e nos que tenham tenham os um um quarto home homem m . Se Se você não for, f or, podem podem os convi convidar dar outra pessoa... pessoa... Milen suspirou, então levantou a mão, gesticulando bruscamente. O movimento chamou a atençãoo de Vin – ela atençã ela não nã o estava estava prest prestando ando mui m uita ta atenção atençã o na conv c onver ersa. sa. Olhou Olhou par paraa o lado, lado, e quase
pulou de susto susto quando viu um obriga obrigador dor se a proxim proximaa r do grupo. gr upo. Até agora tinha conseguido evitar os obrigadores nos bailes. Depois de seu primeiro encontro com um alto prelado, há alguns meses – e o subsequente confronto com um Inquisidor – ficara apree apreens nsiiva de se apro a proxi xim m ar de algum algum . O obrigador foi até a mesa, sorrindo de um jeito meio assustador. Talvez fossem os braços cruzados, com as mãos ocultas dentro das mangas cinzentas. Talvez fossem as tatuagens ao redor dos olhos, enrugadas na pele idosa. Talvez fosse o jeito com que aqueles olhos a miravam, como se pudessem ver através de seu disfarce. Não era simplesmente um nobre: era um obrigador , os olhos ol hos do Senhor Senhor Sobera oberano, no, aquele que apl a plicava icava Sua lei. O obrigador parou perto do grupo. Suas tatuagens o identificavam como um membro do Cantão da Ortodoxia, o principal braço burocrático do Ministério. Olhou para o grupo, falando com voz suave: – Pois P ois não? Millen pegou algum Mi algum as m oedas. – P rom e to m e enc encontra ontrarr c om e sses dois par paraa um umaa par parti tida da de c a rta rtass a m a nhã – dis disse, se, entregando as m oedas para par a o obrigador obrigador idoso idoso.. Parecia um motivo estúpido para chamar um obrigador – ou, pelo menos, foi o que Vin pensou. O obriga obrigador, dor, no enta entanto, nto, nã nãoo riu ou desta destacou cou a fr frivol ivolidade idade da dem a nda. Sim implesm plesmee nte deu um sorriso, sorriso, guardando guardando as moedas moe das com a m esm esmaa destreza destreza de qualquer qualquer ladrão. – Sou Sou testem unha disso, Lorde Mi Milen len – ele e le disse. – Sa Sa ti tisfe sfeit itos? os? – Milen Milen perguntou pe rguntou para par a os outros dois. Eles El es assent assentiira ram m. O obrigador obrigador deu m eia-vol eia-volta, ta, sem lançar um segun segundo do olhar olhar para Vin Vin,, e se afa a fast stou. ou. Ela Ela so solt ltou ou a respi r espira raçã ção, o, si silencio lenciosam samente, ente, observando observando a form a que parti pa rtia. a. perc ebeu. Se a nobreza os chama para Eles dev devee m saber tudo o que ac acontec ontecee na c ort ortee , ela percebeu. testemunhar coisas tão simples... simples... Quanto mais sabia sobre o Ministério, mais percebia quão esperto o Senhor Soberano fora ao organizá-lo. Eles testemunhavam cada contrato comercial; Dockson e Renoux tinham que lidar com obrigadores quase todo dia. Só eles podiam autorizar casamentos, divórcios, compras de terrenos ou ratificar títulos de herança. Se um obrigador não testemunhasse um acontecimento, este não tinha acontecido; e se um deles não selasse um documento, então ele bem que podia não ter sido escrito. Vin balançou a cabeça, enquanto a conversa passava para outros assuntos. Fora uma longa noite, noi te, e a m ente dela estava cheia che ia de inform inform aç ações ões para anot anotar ar no cam in inho ho de de volta volta a Fell elliise. – Desculpe De sculpe-m -m e, Lorde Mil Milee n – ela e la disse, coloca c olocando ndo uma um a m ão no braç bra ç o dele de le – em bora tocá tocá-lo a fizesse estremecer levemente. – Penso que talvez seja hora de me retirar. – Eu a ac a c om ompanha panhare reii até sua c ar arrua ruagem gem – ele diss dissee . – Isso nã nãoo ser seráá ne nece cessár ssário io – ela diss dissee c om doçur doçuraa . – Que Quero ro m e re refr free sca scarr e , de qualque qualquer r maneira, preciso esperar pelo meu terrisano. Vou me sentar à nossa mesa. – Está bem be m – ele diss dissee , assenti asse ntindo ndo respeitosam re speitosamee nte. – P ode ir se quiser, Va lette – Klis Klisss fa falou. lou. – Mas e ntão nunca sabe saberá rá as notí notícc ias que tenho sobre o Ministério... Vin deteve-se. – Que notí notícia cias? s? Os olhos olhos de Kliss Kliss bril brilhara haram m , e ela olhou olhou de relance r elance para o obrigador obrigador que se af afastava. astava. – Os Inquis I nquisidore idoress estão estã o zum zumbindo bindo com o insetos. Atingira Atingiram m o dobro da dobro da quantidade normal de bandos de ladr ladrões ões ska ska a nesses ne sses últim últimos os me m e ses. Nem Ne m m e sm smoo os faz fa ze m prisioneiros para par a e xec xecuç uções; ões; sim si m pl plesm esmente ente matam m atam to todos dos..
– Co Com m o sabe dis disso? so? – Mi Milen len per perguntou, guntou, cé c é ti tico. co. Ele par parec ecia ia tão e lega legante nte e nobre nobre.. Ninguém amais suspeitaria o que ele realmente era. – Te Te nho m inhas fontes f ontes – Klis Klisss disse, com um sorr sorriso. iso. – Ora O ra,, os Inquisid Inquisidore oress acha a chara ram m outra ganguee nest gangu ne staa m esm esmaa tarde. tarde . Um quartel-g quartel-gener eneral al não mui m uito to lo longe nge daqui. daqui. muito longe Vin sentiu um calafrio. Não estavam muito longe da loja de Trevo... Não, não podem ser eles. Dockson Doc kson e o resto são são espert e spertos os demais. Mesmo sem se m Kelsier Kelsier na cid c idade, ade, eles e les est e starã arãoo a salvo . – Malditos la la drõe drõess – Ty Ty den cuspiu. – Os m alditos sk skaa não sabe sabem m o lugar dele deles. s. A com c omida ida e as roupas r oupas que lhes dam os não são um roubo suficiente aos a os nossos nossos bols bolsos? os? – É surpr surpree ende endente nte que as cr criatura iaturass possam a té m e sm smoo sobre sobreviver viver c om omoo ladr ladrõe õess – dis disse se Carlee, a jovem esposa de Tyden, com sua habitual voz ronronante. – Não imagino que tipo de incom in com petent petentee se deixaria ser roubado por por um sk skaa aa.. Tyden corou, e Vin o olhou com curiosidade. Carlee raramente falava, exceto para dar alguma cutucada no marido. Ele marido. Ele dev de v e ter te r sido sido roubado. Um golpe, talve talvez? z? Armazenando a informação para investigação posterior, Vin se virou para ir embora – um m ov oviim ent entoo que que a col colocou ocou cara a cara c ara com uma rec recém ém -chegada ao a o grupo grupo:: Shan Shan Elariel. Elariel. A ex-noiva de Elend estava imaculada, como sempre. Seus longos cabelos castanhoavermelhados tinham um brilho quase luminoso, e sua bela figura só fez Vin se lembrar do quão magra estava. Cheia de si, de um jeito que tornaria insegura a mais confiante das pessoas, Shan era – como Vin est estava come c omeçando çando a perceber perce ber – exatament exatam entee o que a m aio aiorr parte da aris a risttocrac ocraciia considerava uma mulher perfeita. Os homens no grupo de Vin a saudaram respeitosamente com a cabeça, e as mulheres fizeram uma reverência, honradas em ter alguém tão importante participando da conversa. Vin olhou ol hou par paraa o lado, tentando tentando esca escapar, par, m as Shan Shan estava parada para da à su suaa fre frent nte. e. Shan sorriu. – Ah, Lorde Mil Milen en – dis disse se par paraa o a com panha panhante nte de Vin – é um umaa pena que seu e ncontro origin orig inal al desta desta noi noite te tenha ficado fica do doente. doente. Pare Pa rece ce que lhe lhe so sobrar braram am pou pouca cass opções. opções. Milen corou, o comentário de Shan o colocou habilmente em uma situação difícil. Defenderia Vin, atraindo, possivelmente, a ira de uma mulher muito poderosa? Ou, em vez disso, concordaria concordar ia com Shan e in insu sult ltar aria ia sua acompa ac ompanhant nhante? e? Optou pela saída covarde: ignorou o comentário. – Lady La dy Shan, é um pra prazze r que tenha se j untado a nós. – De fa fato to – Shan diss dissee , tra tranquil nquilaa m ente ente,, os olhos bril br ilhando hando de pra prazzer e nquanto obser observa vava va o desconforto de Vin. Mulher maldit maldita! a!,, Vin pensou. Parecia que toda vez que Shan ficava entediada, procurava por Vin V in para e nver nvergonhágonhá-la la por espor esporte. te. – Co Contudo ntudo – Shan prosseguiu –, sint sintoo não ter vindo para pa ra c onver onversar sar.. P or m a is desagr de sagraa dáve dávell que seja, sej a, tenho assu assunt ntos os a tra tratar tar com a criança c riança Renoux enoux.. Podem nos dar lice licença? nça? – É cla claro, ro, m inha senhor senhoraa – Mil Milen en dis disse, se, re retroc trocede edendo. ndo. – La Lady dy Vale alett ttee , obriga obrigado do pela companhia esta noite. Vin assentiu para ele e os demais, sentindo-se um pouco como um animal ferido abandonado pelo rebanho. Re rebanho. Realmente não queria ter que lidar com Shan naquela noite. almente não – La Lady dy Sha hann – Vin fa falou lou assi a ssim m que fic ficar araa m soz sozinhas inhas –, a cho que seu int intee re resse sse e m m im é infundado. Não tenho passado muito tempo com Elend ultimamente. – Eu E u sei – Shan re respondeu. spondeu. – P a re recc e que super superee sti stim m ei sua com petê petência ncia,, c ria riança nça.. Qua Qualquer lquer um pensaria que, uma vez que ganhou os favores de um homem tão mais importante que você, não o deixaria escapar tão facilmente. Ela não dev de v ia estar com c om ciúmes? c iúmes?,, Vin pensou, contendo um calafrio enquanto sentia o toque
inevit in evitável ável da al a lom omancia ancia de Shan em su suas as em oções. oções. Não Não de deve veria ria me odiar por ocupar seu lugar? Mas os nobres não agiam assim. Vin não era nada além de uma diversão momentânea. Shan não estava interessada em reconquistar o afeto de Elend; só buscava uma forma de se vingar do homem que a menosprezara. – Um a ga garota rota int inteligente eligente se c oloca olocaria ria e m um umaa posiçã posiçãoo na qual pudesse usar a única vantagem que tem – Shan prosseguiu. – Se acha que qualquer outro nobre importante vai prestar atenção em você, está redondamente enganada. Elend gosta de escandalizar a corte... e então, naturalmente, escolheu fazer isso com a mulher mais rústica e estúpida que pôde encontrar. Aproveite esta oportunidade, não terá outra tão cedo. Vin rangeu os dentes para não responder aos insultos e à alomancia; Shan obviamente era especialist especiali staa em e m obri obrigar gar as a s pessoas pessoas a ace a ceit itar ar qual qualquer quer abus a busoo que quisess quisessee com cometer. eter. – Agora Agor a – Shan falou f alou –, exij o inform infor m a ç ões sobre c er ertos tos textos textos que Elend tem te m em seu poder. pode r. ler,, não? Sabe ler Sabe Vin assentiu bruscamente. – Bom – Shan c onti ontinuou. nuou. – Tudo o que pre precc isa fa f a ze r é m em oriz orizaa r os títulos títulos dos livros... livros... não olhe ol he nas na s capas, ca pas, elas podem podem ser ilus ilusórias. órias. Leias Leias as primeiras prim eiras páginas, páginas, e depoi depoiss me m e in inform form e. – E se, em e m vez disso, disso, eu contar c ontar par paraa Elend E lend o que está plane planejj a ndo? Shan deu uma gargalhada. – Mi Minha nha quer querida, ida, você não sabe sabe o que estou planejando. Além disso, parece que está fazendo algum progresso na corte. Certamente percebe que me trair não é algo que possa sequer me trair pensarr em pensa e m fa fazze r. Com isso, Shan se afastou, reunindo imediatamente uma coleção de interesseiros nobres nos arredo arre dores. res. O abrandament abrandam entoo de Shan Shan enfraqueceu, e Vi Vinn sent sentiu a frus f rusttraç ração ão e a raiv raivaa cre crescerem scerem . Houve uma época em que simplesmente teria saído correndo, com o ego ferido demais para se incomodar com os insultos de Shan. Nesta noite, no entanto, desejou poder revidar. Acalme Ac alme-se. se. Isso é bom. Você se torno tornouu uma peç peçaa nos planos das Grandes Cas Casas as – grande arte da nobreza menor provavelmente sonharia com uma oportunidade dessas. Suspirou, voltando para a mesa agora vazia que partilhara com Milen. O baile desta noite acontecera na maravilhosa Fortaleza Hasting. Sua alta e redonda torre central era rodeada por seis to torre rress auxil auxiliares, cada ca da uma um a delas a pouca di dist stância ância do edifício edifício princi principal pal e conec conectada tada por uma um a ponte pênsil pê nsil.. Todas as a s sete torre torr e s eram er am a dorna dornadas das com c om padr padrões ões sinuosos de vidro vidr o colorido. O salão de baile ficava no alto da ampla torre central. Felizmente, um sistema de plataform plataf orm a s com poli poliaa s m ovim ovimenta entadas das por sk skaa aa e vit vitaa va que os convida convidados dos ti tivesse vessem m que fa fazze r todo o caminho até o andar superior. O salão em si não era tão espetacular quanto alguns que Vin visi vi sitara tara – apenas a penas uma câ câm m ar araa quadrada, quadra da, com tet tetoo abobadado abobadado e vitra vitrais is ao redor re dor do perím perímetro. etro. Engraçado c omo é fácil se ac acost ostumar umar , Vin pensou. Talvez seja por isso que os nobres conseguem fazer essas coisas tão terríveis. Estão matando há tanto tempo que isso já não os inquieta mais. Pedi Pe diuu a um cr criado iado que fosse fosse cham c hamar ar Saz azed, ed, e se sentou para descansar os pés. Gostaria que Kelsiee r se apressasse e voltasse logo Kelsi logo,, pensou. A gangue, incluindo Vin, parecia menos motivada sem ele por perto. Não que não quisesse trabalhar; a inteligência ágil e o otimismo de Kelsier simplesmente a ajudavam a seguir adiante. Levantou a cabeça casualmente, e seus olhos viram Elend Venture parado a uma curta dist di stância, ância, conv c onver ersando sando com um pequeno grupo grupo de j ovens nobres. nobres. Ela Ela ficou paral para lis isada. ada. P ar arte te dela – a par parte te de Vin – quer queria ia sair cor corre rendo ndo e se e sconde sconder. r. Cabe Caberia ria e m baixo da m e sa, com vestido e tudo.
Estranham Estra nhamente, ente, no entanto, entanto, descobriu descobriu que o lado Valet Va lettte er eraa m ais forte. Tenho que falar com e le le,, pensou. Nã Nãoo por causa de Shan, mas porque tenho que desc descobri obrirr a ve verdade. rdade. Doc Dockk son está Tem que estar. exagerando. Tem exagerando. Quando se tornara tão desejosa de confronto? Mesmo enquanto se levantava, Vin estava surpresa com sua firme resolução. Cruzou o salão de baile – conferindo brevemente seu vestido negro enquanto caminhava. Um dos companheiros de Elend lhe deu um tapinha no ombro, acenando com a cabeça na direção de Vin. Elend se virou, e os outros dois homens se afastaram. – Ora Or a , Va Va lette – disse quando qua ndo ela par parou ou à sua fre f rente. nte. – Cheguei Chegue i tarde. tarde . Nem Ne m sabia que e stava aqui. Menti Me ntiroso. roso. É c laro que sabia sabia.. Valette não perde perderia ria o bail bailee dos Hasti Hasting. ng. Como abordá-lo? Com omoo pergunt per guntar ar?? – Você Voc ê este esteve ve m e evit e vitaa ndo – ela fa falou. lou. – Não, Nã o, eu e u não nã o diria iss isso. o. Só tenho estado e stado ocupado. oc upado. Assuntos da Casa, Casa , você voc ê sabe sabe.. Além Alé m dis disso, so, eu a avisei que era rude, e... – ele se calou. – Valette? Está tudo bem? Vin percebeu que estava fungando levemente, e sentiu uma lágrima em sua bochecha. diota!,, pensou, sec diota! arruinar sua maquiagem! maquiage m! secando ando os olhos olhos com o lenço de Lesti Lestibournes. bournes. Vai arruinar – Vale Valett tte, e, e stá trem tr em e ndo! – Elend Ele nd disse pre preoc ocupado. upado. – Aqui, A qui, vam va m os até a té o terr te rraa ço tom tomaa r um ar fresco. fr esco. Ela deixou que ele a levasse para longe dos sons da música e das conversas, e saíram no ar escuro e tranquilo. O terraço – um dos muitos que se sobressaíam do alto da torre central Hasting – e stava vazi vazio. o. Um a única lanter lanterna na de pe pedra dra il ilum uminava inava par parte te da bala balaustrada ustrada,, e algum algumaa s plantas de bom gosto enfeitavam os cantos. As brumas flutuavam no ar, dominantes como sempre, embora o terraço estivesse próximo o bastante do calor da fortaleza para enfraquecê-las. Elend não prestou atenção a isso. Como a maioria dos nobres, considerava o medo das brumas uma tola superstição skaa – o que, Vin supunha, estava certo. – Agor Agoraa , o que é iss isso? o? – Elend per perguntou. guntou. – Vou a dm dmit itir ir que tenho ignora ignorado do você você.. Sint intoo muito. Você não merecia, eu apenas... bem, me pareceu que estava se enturmando tão bem, que não precisava de um causador de problemas como eu para... – Já dorm dor m iu com um umaa m ulher sk skaa aa?? – Vin perguntou. per guntou. Elend vacil vac ilou, ou, surpreso. surpre so. – É disso que se trata? tra ta? Quem lh lhee contou isso isso?? disso que – Já? – Vin Vin exigiu saber. sabe r. Elend não respondeu. Senhor Soberano. Soberano. É verdade v erdade.. – Se Se ntente-se se – Elend Ele nd disse, disse, puxando puxa ndo uma um a cade c adeira ira par paraa ela. e la. – É ver verda dade, de, não é ? – Vin disse, disse, senta sentando-se ndo-se.. – Já fe fezz isso. isso. Ele e stava ce certo, rto, vocês voc ês todos são monstros. – Eu... – Ele a poiou uma um a m ã o no braç bra ç o de Vin, ma m a s ela o puxou, só para par a sentir um a lágr lágrim imaa escorrer por seu rosto e molhar seu vestido. Levantou a mão, secando os olhos e colorindo o lenço de maquiagem. – Aconteceu quando eu tinha treze anos – Elend disse em voz baixa. – Meu pai pe pensou nsou que er eraa hora de eu m e torna tornarr “um hom homee m ” . Ne Nem m m e sm smoo sabia que iam m ata atarr a garota depois, Valette. Honestamente, não sabia. – E depois diss disso? o? – e la quis sabe sa ber, r, fic ficaa ndo zanga angada. da. – Qua Quantas ntas gar garotas otas j á assa assassi ssinou, nou, Elend Venture?
– Ne Nenhum nhuma! a! Nunc Nuncaa m ais, Va lette. Nã Nãoo depois que desc descobri obri o que a conte contecc eu da prim primee ira vez.
– Espera Esper a que eu e u acre ac redit ditee em e m você você?? – Não N ão sei – Elend E lend dis disse. se. – Olhe, O lhe, sei que é ele elegante gante e ntre a s m ulher ulheree s da c orte rotular todos os hom homens ens de brutos brutos,, mas m as tem que acre ac redi ditar tar em m im . Nem to todos dos nós so som m os assi assim m. – Ouvi diz dize r que er eram am – Vin observou. obser vou. – Quem Que m ? A nobre nobr e za rur rural? al? Va Va lette, eles e les não nã o nos conhec conhe c em . Têm Tê m invej a porque c ontrolam os a m aior parte dos sis sistem temas as de canais. c anais..... e pode ser que tenham di dire reit itoo de se sentir sentir ass a ssim. im. A inveja invej a deles não nã o nos torna torna pessoas terríveis terr íveis,, no entanto. – Que porc porcee ntage ntagem m ? – Vin perguntou. per guntou. – Quantos Qua ntos nobre nobress faz fa ze m essa essass coisas? – Talve alvezz um ter terço ço – Elend diss dissee . – Nã Nãoo tenho c e rte rtezza . Nã Nãoo são os tipos com c om os quais qua is passo pa sso m eu tem tem po po.. Queria acreditar nele, e esse desejo deveria tê-la deixado mais cética. Mas, olhando naqueles olhos – que sempre lhe pareceram tão honestos –, sentiu-se vacilar. Pela primeira vez desde que conseguia se lembrar, deixou completamente de lado os sussurros de Reen e sim si m pl plesm esmente ente ac acre redi dito tou. u. – Um ter terço ço – m urm urou. Tantos. Mas é melhor do que todos eles . Secou os olhos, e Elend olhou ol hou seu lenço. lenç o. – Quem Que m lhe deu de u isso? isso? – perguntou, per guntou, curioso. – Um pre pretende tendente nte – Vin respondeu. re spondeu. – É ele e le quem que m está lhe contando c ontando essas e ssas coisas c oisas sobre m im im?? – Nã Não, o, esse foi outro – Vin dis disse. se. – Ele... diss dissee que todos os nobre nobres... s... ou m e lhor, todos os nobres de Luthadel, são pessoas terríveis. Disse que as mulheres da corte nem consideram traição quando seus homens dormem com prostitutas skaa. Elend bufou. – Se u inform a nte pre precisa cisa c onhec onhecee r m e lhor a s m ulher ulheree s, e ntão. Eu a desa desafio fio a e ncontra ncontrar r uma dam damaa que não se incom incomode ode quando quando seu seu mar m ariido flerta flerta com c om out outra ra,, sej sej a skaa skaa ou nobre. nobre. Vin assentiu, inspirando profundamente e se acalmando. Sentia-se ridícula... mas também se sentia sentia em paz paz.. Elend Elend se aj a j oelh oelhou ou ao lado da da cadeira c adeira dela, ainda ainda obv obviam iamente ente preocupado. preoc upado. – Então – ela e la disse –, seu pai pa i faz fa z par parte te desse de sse terço? ter ço? Elend El end corou sob a luz tênu tênuee e abaixou a cabeç c abeça. a. – Ele gosta de todos os tipos tipos de am a m a ntes; ska ska a, nobre nobre,, não im importa porta.. Ainda penso sobre a quela noite, noi te, Valett Va lette. e. Gost Gostar aria... ia... não sei. se i. – Não Nã o foi sua culpa culpa,, Elend – e la disse. – Você Você e ra a pena penass um m e nino de trez tre ze anos, fa f a ze ndo o que o pai mandara. Elend El end afasto af astouu o olhar, olhar, m as ela j á vira a ra raiv ivaa e a culp culpaa nos ol olhos hos dele. – Alguém pre precc isa im impedir pedir que e sse ti tipo po de c oisa a c onteç onteçaa – diss dissee e m voz baixa, ba ixa, e Vin se assombrou com a intensidade de sua voz. Este é um home homem m que se import importaa , pensou. Um homem como Kelsier, ou como Dockson. Um bom homem. Por que não conseguem consegue m ver v er isso? isso? Finalmente, Elend suspirou, ficando em pé e puxando uma cadeira para si. Sentou-se, o cotovelo apoiado na balaustrada, passando a mão pelo cabelo despenteado. – Bem – e le obser observou vou –, você prova provave velm lmee nte não é a prim primee ira dam a que fa façç o c hora horarr em um baile, mas é a primeira que fiz chorar com quem sinceramente me importo. Minha proeza cavalh ca valheiresca eiresca alcanç alcançou ou novas novas profundidades. profundidades. Vin sorriu. – Nã Nãoo é você – ela diss dissee , re recc li lina nando-se ndo-se e m seu a ssento. – É só que... que ... e sses m ese esess têm tê m sid sidoo
cansati ca nsativos. vos. Quando soube soube dess de ssas as coi c oisas, sas, não consegui c onsegui li lidar dar com is isso. so. – A corr c orrupçã upçãoo em e m Luthade Luthadell prec pre c isa ser se r enf enfre rentada ntada – Elend diss disse. e. – O Senhor Sober oberaa no nem ne m m esm esmoo vê isso isso... ... não não quer ver. Vin assentiu, assentiu, então enca e ncarou rou Elend. tem m – Por P or que exa exatam tam e nte você voc ê tem m e evitado nos últ últimos imos tem pos pos?? Elend El end corou c orou novam novamente. ente. – Só Só ima im a ginei que tinha novos am igos suficie suficientes ntes para pa ra m a ntêntê-la la ocupada oc upada.. – O que iss issoo quer diz dizer er?? – Nã Nãoo gost gostoo de um m onte de gente c om quem tem passa passado do seu tem po, Va lette – Elend disse. – Você conseguiu se encaixar muito bem na sociedade de Luthadel, e eu, em geral, acho que jogos políticos mudam as pessoas. – Isso é fá fácc il de fa falar lar – Vin re repli plicc ou. – Espec Especialm ialmente ente quando se e stá no alto alto da estrutura políti polí ticc a . Pode P ode se dar a o luxo de de ignorar a política política... ... alguns de nós não nã o são tão afor a fortunados. tunados. – Suponho Suponho que sim. sim . – Além Alé m diss dissoo – Vin prosseguiu pr osseguiu –, você voc ê fa fazz o jogo j ogo político político tão bem be m quanto os dem a is. Ou vai va i me dizer que seu interesse inicial em mim não foi disparado pelo desejo de irritar seu pai? Elend El end ergueu as a s mãos mã os.. – Tudo be bem m , m e consider consideree devida devidam m ente ca casti stigado. gado. Fui um tol toloo e um im imbec becil il.. Coi Coisas sas de família. Vin suspirou, acomodando-se em seu assento e sentindo o sussurro frio da bruma em seu rostoo úmido de lágrimas. rost lágrima s. Elend Elend não era e ra um m ons onstro; tro; ac acre redi ditava tava nele. Talvez Talvez foss fossee uma tol ola, a, m as Kelsier a estava afetando. Estava começando a confiar nas pessoas que a rodeavam, e não havia ningu ni nguém ém em quem qui quisess sessee confi c onfiar ar m ais do que que em El Elend end Venture Venture.. E, quando não estava diretamente relacionado a Elend, ela achava os horrores do relacionamento entre nobres e skaa mais fáceis de lidar. Mesmo que houvesse um terço de nobres assassinando mulheres skaa, ainda havia, provavelmente, algo recuperável nessa sociedade. A nobreza não tinha que ser expurgada – essa era a tática deles deles.. Vin teria que se assegurar que esse tipo tipo de de cois coisaa não acont ac ontec ecesse, esse, não importava a li linhagem nhagem da pessoa. pessoa. pensou. Estou come Senhor Soberano, Soberano, pensou. Estou c omeçando çando a pensar c omo os outro outross – é quase c omo se eu achasse que podemos mudar as coisas. coisas . Olhou Olh ou para para El Elend, end, que que est e stava ava sentado de costas costas para as brumas. brum as. Pare Pa recia cia m elancóli elancólico. co. culpada. Não me admira que odeie Eu lhe tro troux uxee más lembranç lembranças as,, Vin pensou, sentindo-se culpada. Não tanto o pai. pai. Desej ou fazer fazer algo para aj udá-lo a se sentir sentir melho m elhor. r. – Elend – ela e la disse, cham c ham a ndo a atenç a tençãã o dele. dele . – Eles são com c omoo nós. Elee se deteve. El – O quê? quê ? – Os skaa skaa rur ruraa is – Vin disse. disse. – Você Você m e per perguntou guntou sobre sobre ele eless uma um a vez. Tive me m e do, então entã o agi a gi com o comportamento adequado a uma nobre... mas você pareceu desapontado quando não tive m ais o que dizer dizer.. Ele se inclinou para frente. – Então, você voc ê passava o tempo tem po com os sk skaa aa?? passava o Vin assentiu. – Muito tem po. Tem Tem po dem de m a is, se per perguntar guntar pa para ra m inha fa fam m íl ília. ia. P ode ser por iss issoo que m e mandaram para cá. Conheci alguns skaa muito bem... um velho, em particular. Ele perdeu alguém, uma mulher que amava, para um nobre que queria uma coisa bonita para seu diver di verti tim m ento not noturno. urno.
– Em sua plantaçã planta ção? o? Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça rapi rapidam dament ente. e. – Ele fugiu f ugiu e chegou c hegou até a té as a s terra terr a s do meu m eu pai. pa i. – E você o esconde e scondeu? u? – Elend perguntou, pe rguntou, surpreso. surpr eso. – Supostam Supostam e nte, os ska ska a fugiti fugitivos vos devem de vem ser executados exe cutados!! – Guarde Gua rdeii o se se gre gredo do dele – Vin contou. – Não Nã o o conhec conhe c ia há m uit uitoo tem po, mas... m as... bem be m , posso assegurar um a coi c oisa, sa, Elend: Elend: o amor am or dele era e ra tão forte quanto quanto o de qualquer qualquer nob nobre re.. Mais Mais forte que o da maiori m aioriaa dos que que vivem vivem aqui em Lut Luthadel, hadel, certam ente. – E a int intee li ligênc gência? ia? – Elend perguntou, pe rguntou, ansioso. – Ele Ele s pare par e c iam ... lentos? – É c lar laroo que não – Vin re repli plicc ou. – Eu diria, Elend Ve nture nture,, que conhe conhecc i vários vá rios sk skaa a m a is espertos que que você. você . Podem P odem não ter educa educaçã ção, o, mas m as ain a inda da são inteli inteligent gentes. es. E est e stão ão furio f urioso sos. s. – Furiosos? Furiosos? – ele e le perguntou. pe rguntou. – Alguns deles – Vin contou. – Pelo P elo j eito que são sã o tratados. tra tados. – Eles sabem sabe m , então? entã o? Sobre as desigualdade de sigualdadess entre nós e eles? e les? – Como não vão sabe saber? r? – Vin diss disse, e, e rgue rguendo ndo o lenç lençoo par paraa sec secaa r o na nariz riz.. De Deteve teve-se -se,, no entanto, notando quanta maquiagem havia nele. – Aqui – Elend diss dissee , entr entree gandogando-lhe lhe seu própr próprio io lenç lenço. o. – Cont Contee m a is. Co Com m o sabe e ssas coisas? – Eles m e conta contara ram m – Vin fa falou. lou. – Con Confia fiavam vam em m im im.. Sei que e stava stavam m fur furiosos iosos porque por que reclamavam sobre suas vidas. Sei que eram inteligentes por causa das coisas que escondiam da nobreza. – Com Comoo o quê? – Como a re rede de do subm submundo undo – Vin c ontou. – Os sk skaa aa a j udam os fugiti fugitivos vos a viaj a r pelos canais, de plantação em plantação. Os nobres não percebem porque nunca prestam atenção aos rostos dos skaa. – Intere Inte ressante. ssante. – Além diss dissoo – Vin prosse prosseguiu guiu –, há gangue ganguess de ladr ladrões. ões. Im a gino que e sses sk skaa a sej am ainda mais espertos, se são capazes de se esconder dos obrigadores e da nobreza, roubando as Grandes Gra ndes Casa Casass bem deba debaixo ixo do nariz do Senhor Senhor Soberano. Sobera no. – Sim im,, eu sei – Elend dis disse. se. – Eu gost gostaa ria de conhe conhece cerr um dele deles, s, par paraa per perguntar guntar c om omoo conseguem se esconder tão bem. Devem ser fascinantes. Vin quase continuou falando, mas mordeu a língua. Provav língua. Provavee lmente já falei falei demais dem ais.. Elend olhou para ela. – Você é fa fascina scinante nte tam bém , Vale alett tte. e. De Dever veria ia ter im imagina aginado do que não se deixa deixaria ria corrompe corr omperr pelo pe lo re rest stoo deles. Talvez Talvez sej sejaa capaz c apaz de corrompê corr ompê-lo -los, s, em vez di diss sso. o. Vin sorriu. – Mas Ma s – Elend diss dissee , levanta le vantando-se ndo-se –, pre pr e ciso ir e m bora bora.. Na N a ve verda rdade de vim à fe festa sta esta noit noitee com um propósito específico... alguns de meus amigos vão se reunir. É ve v e rdade! rdade!,, Vin pensou. Um dos homens com quem Elend se encontrou antes – aqueles que Kelsiee r e Sazed Kelsi Saze d acharam estr e stranho anho que fossem amigos am igos dele – era e ra um Hasting. Hasting. Vin se levantou também, devolvendo o lenço a Elend. Ele não o aceitou. – Talvez Ta lvez queir queiraa fic ficaa r com c om e le. Não Nã o pretendia pre tendia ser se r simplesm sim plesmente ente func funcional. ional. Vin olhou o lenço. Quando um nobre quer cortejar uma dama seriamente, ele lhe dá um lenço.. lenço – Ah! – ela e la exc e xclam lam ou, guardandoguar dando-o. o. – Obrigada. Obriga da. Elend sorriu, aproximando-se.
– Aquele Aque le outro hom homee m , quem que m quer que sej a , pode ter leva levado do vantage va ntagem m por causa c ausa da m inha tolice. Mesmo assim, não sou tão tolo para deixar passar a oportunidade de dar a ele um pouco de competi com petiçã ção. o. – Piscou, Piscou, fazendo fazendo uma leve reverê re verência, ncia, e volto voltouu para o salão salão de bail baile. e. Vin esperou por um momento, então deu alguns passos e entrou pela porta do terraço. Elend estava com os mesmos dois jovens de antes – um Lekal e um Hasting, inimigos políticos dos Ventu enture re.. Os trê trêss detivera detiveram m -se por um ins nstant tante, e, ent e ntão ão se di dirig rigiram iram para uma das escadas esca das situ situadas adas ao lado da sala. Essas esc escadas adas só lev levam am a um lugar , Vin pensou, entrando no aposento. Para as torr torree s auxiliares. – Se Se nhora Va Vall llee te? Vin sobressaltou-se, virando-se a tempo de ver Sazed se aproximar. – Já está e stá pronta par paraa ir? – ele per perguntou. guntou. Vin aproximou-se aproximou-se dele rapid r apidam am ente. – Lorde Elend Venture Ve nture ac acaa ba de desa desapar parec ecer er por aquela a quela esc escaa da, com c om Ha Hasti sting ng e Lek Le ka l. – Intere Inte ressante ssante – Saze Saze d disse. disse. – E por que... senhora se nhora,, o que aconte a contecc eu com c om sua m a quiage quiagem m? – Não Nã o importa im porta – Vin V in disse. disse. – Acho Ac ho que devia de via segui-los. se gui-los. – Esse é outro lenço, senhora? – Sazed perguntou. – Tem estado ocupada. outro lenço, – Sa Sa zed, está e stá me m e ouvindo? – Sim im,, senhor senhora. a. Suponho que poder poderia ia segui-los, se quis quisee sse, m as iss issoo ser seria ia m uit uitoo evide evidente. nte. ão creio que seja o melhor método para conseguir informação. – Eu não os seguiria a ber bertam tam ente – Vin diss dissee e m voz baixa baixa.. – Usa Usaria ria alom anc ancia. ia. Mas, precc iso da pre da sua perm pe rm iss issão ão para pa ra iss isso. o. Sazed deteve-se. – Entendo. Como Com o está seu se u ferim fe rimee nto? – Está cura c urado do há déc dé c a das. – Vin assegurou. a ssegurou. – Ne N e m o noto mais. ma is. Sazed suspi suspirou. rou. – Mui Muito to bem . Mestre Ke Kelsi lsiee r pre pretendia tendia re recom com eç eçaa r seu tre treinam inam e nto c om ser serieda iedade de a ssi ssim m que regressass re gressasse, e, de qual qualquer quer m odo odo.. Apenas... tenha tenha cui c uidado. dado. É uma cois coisaa ridí ridícula cula para par a se dizer dizer a uma Nasci Nascida da das Bruma Brumas, s, creio, creio, mas m as peço assim assim m esmo. – Tere Te reii – Vin prom prom e teu. – Eu o enc e ncontra ontrare reii naquele naque le terra ter raçç o em um umaa hora hora.. – Boa Boa sorte, sor te, senhora se nhora – Sa Sa ze d disse. disse. Vin já estava correndo em direção ao terraço. Dobrou a esquina e parou diante da balaust bala ustra rada da de pedr pedraa e das brum a s alé além m . O belo e rodopia rodopiante nte vazi vazio. o. Faz muito tempo tempo,, pensou, procura proc urando ndo em sua m a nga e a gar garra rando ndo um fr fraa sco de m e tais. Engoli Engoliuu c om a nsi nsiee dade dade,, e pegou um pequeno punhado punhado de de m oedas. Então Ent ão subiu subiu alegrem ente na bal ba laust austra rada da e se atirou nas brumas bruma s escuras. O estanho lhe deu visão enquanto o vento agitava seu vestido. O peltre lhe deu força enquanto voltava os olhos para a muralha que corria entre a torre e o edifício principal. O aço lhe deu poder quando jogou uma moeda para baixo, mandando-a para a escuridão. Saltou no ar. A resistência do ar revolveu seu vestido, e sentiu como se estivesse puxando um fa fardo rdo de tecido atrás de si, mas ma s sua sua alo a lom m ancia lhe deu força forç a suficiente suficiente para li lidar dar com c om is isso so.. A torre de Elend era a próxima; precisava chegar na ponte pênsil que a ligava à torre central. Vin avivou seu aço, empurrando-se um pou pouco co m ais alto, alto, então então lançou outra outra m oeda para pa ra trás. Quando Quando a m oeda ati a tingi ngiuu a muralha, m uralha, ela a usou usou para pegar pe gar impul im pulso so para fre frent nte. e. Chocou-se contra o alvo um pouco baixo demais – as dobras do tecido amortecendo o golpe –, m a s conse conseguiu guiu a gar garra rarr a borda da ponte a c im imaa . Um a Vin sem apr aprim imora oram m e nto ter teria ia ti tido do problem proble m a s para par a subir na ponte, ma m a s Vin, a alom a lomââ nti nticc a, conseguiu c onseguiu fac fa c il ilm m e nte.
Agachou-se em seu vestido negro, movendo-se silenciosamente pela ponte. Não havia guardas, mas m as a to torre rre à sua frente f rente tinha tinha um pos postto de guarda il iluminado uminado na base. pensou, olhando olhando par paraa cim cima. a. A to torre rre pare parecia cia ter vários quarto quartos, s, e alg a lguns uns Não posso posso ir por ali, ali, pensou, deles estavam com a luz acesa. Vin derrubou uma moeda e se catapultou para cima, então puxou uma guarnição de janela e se lançou, até aterrissar com suavidade em um peitoral de pedra. As venezianas estavam fechadas, e ela teve que se aproximar, avivando o estanho para escutar o que estava acont a contec ecendo endo lá lá dent dentro. ro. – ... bailes sem pre dura duram m a té tarde tar de da noit noite. e. P rova rovavelm velm e nte tere ter e m os que fazer f azer turno duplo. Guardas,, Vin pensou, saltando e empurrando Guardas empurrando o alto da janela, que balançou quando ela disp di spar arou ou pela pela lat later eral al da torre. Pegou P egou a base ba se do peito peitora rall da da j anela seguinte seguinte e a esca escalo lou. u. – ... não lam la m ento m eu atra a traso so – uma um a voz fa fam m il iliar iar diss dissee lá dentro. de ntro. Elend. – Aconte A contecc e que ela é m ais atraente do que você, Telden. Uma voz masculina gargalhou. – O poderoso pode roso Elend Ventur V enture, e, finalm f inalmee nte ca c a ptura pturado do por um rostinho bonit bonito. o. – Ela é m a is do que iss isso, o, Jastes – Elend diss dissee . – Te m um bom c ora oraçç ã o... aj udava sk skaa a fugiti fugi tivos vos em su suaa pl plantaçã antação. o. Acho que deveríam dever íamos os tra trazzêê-la la para conversar conos conosco. co. – Sem cha chance nce – disse um umaa voz masculina ma sculina prof profunda. unda. – Olhe, O lhe, Elend, não m e im importa porta se quer falar sobe filosofia. Que inferno, posso até beber uns drinques com você quando quiser fazer isso. Mas não vou vou deixar deixar que qualquer qualquer um venha se j unt untar ar a nós. – Concor Concordo do com Te Telden lden – Jastes disse. – Cinco Cinco são sã o o bastante. bastante . – Vej Ve j am bem – Elend ponderou ponde rou –, não nã o acho ac ho que estej e stejaa m sendo j ustos ustos.. – Elend... – outra voz diss disse, e, suplicante. suplica nte. – Tudo bem – Elend desis de sisti tiu. u. – Telden, Te lden, leu o livro que lhe dei? – Tentei Te ntei – Telden Telde n confessou. conf essou. – Mas é um pouco grosso. gr osso. – Mas é bom bom,, cer c erto? to? – Elend perguntou. pe rguntou. – Bom Bom o bastante – Telden Te lden concor c oncordou. dou. – Entendo por que o Se Se nhor Soberano Sobera no o odeia tanto. – Os trabalhos tra balhos de Redalevin Reda levin são m elhore elhoress – Jastes apontou. a pontou. – Mais concisos conc isos.. – Não Nã o quero quer o ser do contra contr a – com e ntou uma quint quintaa voz voz.. – Mas isso é tudo o que va m os faz fa ze r? Ler? – O que há de er erra rado do em ler ler?? – Elend perguntou. pe rguntou. – É um pouco aborr a borree cido – a quint quintaa voz falou. fa lou. Bom homem home m , Vin pensou. tudo.. – Abor Aborre recc ido? – Elend a dm dmirou-se irou-se.. – Cava Cavalheiros, lheiros, essa essass ideias, essa essass pala palavra vras, s, são tudo Esses homens sabiam que seriam executados por suas palavras. Não conseguem sentir a paixão deles? – Pa P a ixão, sim – a quinta voz diss dissee . – Utilidade Utilidade,, não. – Podem P odem os mudar m udar o m undo – Jastes Ja stes assegur a ssegurou. ou. – Dois D ois de nós somos som os herde he rdeiros iros das da s ca c a sas, os outros out ros três trê s são os segundos na linha linha de sucessão. – Algum dia, estare e starem m os no com c omando ando – Elend disse. – Se coloc colocaa rm os essas essa s ideias em e m prá práti tica ca – j ust ustiça iça,, dipl diplom omac acia, ia, m oder oderaa ç ão –, podem os exe exerc rcee r pre pressão ssão a té m e sm smoo sobre o Se nhor Soberano! A quinta voz bufou. – Voc ocêê pode ser o her herdeir deiroo de um umaa c asa poder poderosa, osa, Elend, m a s o re resto sto de nós não é tão importante. Telden e Jastes provavelmente nunca herdarão nada, e Kevoux, sem ofensa, dificil di ficilm m ente terá in influ fluência. ência. Não Nã o podem podem os mudar o mund m undo. o. – P odem os m udar a for form m a com o nossas nossa s casa c asass traba tr abalham lham – Elend E lend a ssegurou. – Se as ca casas sas paraa re par rem m de briga brigar, r, talvez ganhem ga nhem os algum a lgum poder re reaa l no gover governo; no; em e m vez de simple simplesm smee nte nos
sujeitar aos caprichos do Senhor Soberano. – A c ada a no a nobre nobrezza fic ficaa m ais fr fraa c a – Jastes c oncor oncordou. dou. – Nossos sk skaa aa per pertenc tencem em ao Senhor Soberano, assim como nossas terras. Os obrigadores dele determinam com quem podem os nos ca c a sar e no que deve devem m os ac a c re redit ditaa r. Até nossos canais ca nais são sã o oficialm of icialm e nte propr proprieda iedade de “dele”.. Assassi “dele” Assassinos nos do Mi Mini nist stér ério io m atam home homens ns que que falam fa lam m ui uito to abertamente, abertam ente, ou que que têm m ui uitto sucesso. Isso não é jeito de se viver. – Concordo Concor do com c om você – Te Te lden fa f a lou. – A taga tagare reli licc e de Elend sobre desigualda desigualdade de de c lasse me parece uma tolice, mas posso ver a importância de formar uma frente unida contra o Senhor Soberano. – Exatam Exa tam e nte – Elend disse. – É isso o que tem te m os que... – Vin! – uma um a voz suss sussurr urrou. ou. Vin sobressaltou-se, quase caindo do beiral da janela com o susto. Olhou ao redor, alarmada. – Aqui em c im imaa – a voz sussurrou. sussurrou. Ela olhou para cima. Kelsier estava pendurado em outro beiral de janela acima dela. Ele sorriu, so rriu, pis pisca cando ndo par paraa el e la, ent e ntão ão fez fe z um si sinal nal com a cabeç c abeçaa na di dire reçã çãoo da ponte ponte pênsi pênsill abaixo. abaixo. Vin olhou para o aposento de Elend, enquanto Kelsier saltava pelas brumas ao lado dela. empurrou e seguiu Kelsier para baixo, usando a mesma moeda para Finalmente, ela se empurrou desacelerar sua descida. – Você Voc ê volt voltou! ou! – ela e la disse ansio a nsiosam sam e nte enquanto e nquanto ater a terrissava rissava.. – Che Cheguei guei esta e sta tarde. tar de. – O que e stá faz fa zendo aqui? a qui? – Checa Chec a ndo nosso am a m igo ali a li – Kelsi Ke lsiee r dis disse. se. – Nã N ã o pare pa rece ce que m udou m uit uitoo desde de sde a últ últim imaa vez. – Últim Últim a vez? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Espiei o grupinho algum algumaa s vezes de depois pois que m e fa falou lou sobre e les. Nã Nãoo de devia via ter m e incom in com odado odado... ... não são um um a am a m ea eaça ça.. Só Só um bando de nobres nobres se reuni re unindo ndo para beber e debater. – Mas eles e les quere quer e m de derr rrubar ubar o Se Se nhor Soberano! Sober ano! – Dific Dificil ilm m e nte – Ke Kelsi lsier er diss dissee , com um umaa bufa bufada da de de despre sprezzo. – Estão fa fazze ndo o que os nobres fazem: planejando alianças. Não é incomum que a geração seguinte comece a planejar as coal coa liz izões ões de suas casas antes de de chegare c hegarem m ao poder. – Isso é difer dif eree nte – Vin disse disse . – Ahn? – Kelsi Ke lsier er diss dissee , divertido. – Já é nobre há tanto ta nto te te m po que consegue c onsegue a firm a r isso? Ela corou, e ele deu uma gargalhada, colocando um braço amigável ao redor de seus ombros. – Ah, nã nãoo fique assim assim.. Eles par paree ce cem m bons ra rapa pazzes, pa para ra nobre nobres. s. P rom e to nã nãoo m ata atar r nenhum deles, tudo bem? Vin assentiu. – Ta Ta lvez possam possam os encontr e ncontrar ar um umaa uti utili lidade dade par paraa e les... pare pa recc em ser m a is mente m ente a ber berta ta que os demais. Só não quero que fique desapontada, Vin. Ainda são nobres. Talvez consigam evitar ser o que são, mas m as isso isso não não m uda a natu nature rezza deles de les.. Exatamente Ex atamente c omo Doc Dockk son son,, Vin pensou. Kelsi Kelsier er presume o pior sobre Elend. Elend. Mas ela realmente teria algum motivo para pensar diferente? Para lutar uma batalha como a de Kelsier e Dockson, provavelmente seria mais eficaz – e mais recomendável para a mente – presumir que todos to dos os inimigos inimigos fossem fossem m alvados. – O que a c ontec ontecee u com sua m a quiage quiagem m , a propósi pr opósito? to? – Kelsi Ke lsier er per perguntou. guntou.
– Não Nã o quero quer o falar fa lar sobre iss issoo – Vin disse, disse, pensando pe nsando em e m sua conver c onversa sa com c om Elend. Elend. Por Por que tive que chorar? Como sou idiota! E o jeito que deixei escapar a pergunta sobre ele dormir com uma kaa… Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Tudo bem , e ntão. De Devíam víam os ir em bora bora... ... duvido que o j ovem Ve nture e seus companheiros com panheiros di discut scutam am algo relevante. Vin deteve-se. – Eu os ouvi e m trê trêss oc ocasiõe asiõess dist distint intas, as, Vin – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – P osso re resum sumir ir pa para ra você se quiser. – Tudo bem – ela diss dissee com um suspi suspiro. ro. – Mas Ma s disse disse a Sazed que o encontra enc ontraria ria na fe f e sta. – Volt oltee , e ntão – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – P rom e to não c ontar a e le que esta estava va e spi spiaa ndo por aí e usando us ando alomancia. aloma ncia. – Ele disse que eu podia – Vin se defe de fendeu. ndeu. – Ele disse? Ela assentiu. – Err Erroo m eu – Ke Kelsi lsier er fa falou. lou. – P rova rovavelm velm ente de devia via pedir par paraa Sazed lhe conse conseguir guir um umaa capa antes de deixar a festa... tem cinzas por todo o vestido. Eu os encontrarei na loja de Trevo. A carruagem deve deixar você e Sazed lá, e então prosseguir para fora da cidade. Isso manterá as aparências. Vin assentiu mais uma vez, e Kelsier lhe deu uma piscadela, antes de saltar da ponte para dentro dent ro das brumas. brum as.
No fim, fim, devo de vo confiar em mim me m e smo. Vi Vi homens home ns arrancarem arrancare m de seus interiores a c apacidade de reconhecer a verdade e a bondade, e não acho que eu seja um deles. Ainda vejo as lágrimas nos olhos de uma criança e sinto a dor de seu sofrimento. Se alguma vez ve z perder isso, isso, então saberei saberei que fu fuii além além da esperança de redenç redenção. ão.
Kelsier já estava na loja quando Vin e Sazed chegaram. Estava sentado com Ham, Trevo e Fantasma na cozinha, desfrutando de uma bebida noturna. – Ham Ha m ! – Vin V in exclam exc lam ou ao entra e ntrarr pela pe la porta por ta dos fundos. – Você Voc ê volt voltou! ou! – Sim Sim!! – ele e le disse, feli fe lizz, erguendo er guendo sua taç taça. a. – Pa P a re recc e que está for foraa há um umaa eter e ternidade nidade!! – Nem Ne m m e diga – Ham Ha m diss dissee , a voz since sincera ra.. Kelsier começou a rir, levantando-se para encher sua taça. – Ham Ha m e stá um pouco ca c a nsado de brinca brincarr de ge gener neraa l. – Tinha que usar uniform e – Ha Ham m re recla clam m ou, espr espreguiç eguiçaa ndo-se ndo-se.. Agor Agoraa usava seu c olete e calça ca lça cos c osttum umeiros eiros.. – Nem Ne m m esm esmoo os sk skaa das plantações plantações têm que suportar suportar ess e ssee ti tipo po de tortura. tortura. – Tente Tente usar um vestido de gala ga la um dia desses de sses – Vin V in com e ntou, sentando-se. sentando- se. Ha Havia via limpado lim pado a parte pa rte dianteira dianteira de seu vestid vestido, o, e não parec par ecia ia tão mal ma l quant quantoo tem tem er era. a. A ci c inz nzaa ain a inda da apare a parecia cia um pouco no tec tecido ido escur e scuro, o, e a s fibra fibrass e stava stavam m á sper speras as onde e la a s e sfr sfrega egara ra c ontra a pedr pedra, a, m a s quase não se notava. Ham gargalhou. – Pa P a re recc e que você se tornou um a m ocinha enqua enquanto nto estive estive fora f ora.. – Dific Dificil ilm m e nte – Vin re respondeu, spondeu, enqua enquanto nto Kelsi Ke lsier er lhe ofe ofere recc ia um umaa taç taçaa de vinho. Va Va c il ilou ou por um m om omee nto, então deu de u um gole. – A senhor senhoraa Vin e stá sendo m odesta odesta,, Mestre Ha Ham m m ond – Sa ze d diss disse, e, senta sentando-se ndo-se.. – Está
ficando bastante proficiente nas artes da corte... melhor do que muitos nobres de verdade que conheci. Vin corou, e Ham Ha m gargalhou nov novam am ente. – Humil Hum ildade dade,, Vin? Onde a pre prendeu ndeu um m a u hábito com o esse? esse ? – Nã Nãoo de m im im,, ce certa rtam m e nte – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , ofe ofere recc endo a Sa ze d um umaa taç taçaa de vinho. O terrisano ergueu a mão em recusa respeitosa. – É c lar laroo que e la não apr apree ndeu de você você,, Kell – Ham concordou. – Talvez Fantasma lhe tenha ensinado. Ele parece ser o único da gangue que sabe manter a boca fechada, não é, garoto? Fantasma corou, obviamente tentando evitar olhar para Vin. Terei que falar com ele em algum momento , ela pensou. Mas Kelsiee r está de pensou. Mas não e sta noite. Kelsi volta, e Elend não é um assassino – esta é uma noite para relaxar . relaxar . Passos soaram nas escadas e, no momento seguinte, Dockson entrou no aposento. – Um a fe f e sta? E ninguém m a nda m e cha cham m ar ar?? – Você Voc ê par paree cia ocupa ocupado do – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou. – Além Alé m diss dissoo – Ham Ha m a cr cree sce scentou ntou –, sabem sabe m os que é re responsáve sponsávell dem a is para par a be beber ber com um bando de patife patifess com o nós. – Alguém – tem que manter essa gangue funcionando – Dockson disse alegremente, servindo Alguém tem se de uma taça. Deteve-se, franzindo o cenho ao olhar para Ham. – Esse colete me parece familiar... Ham so sorriu. rriu. – Arra Ar ranquei nquei as a s manga m angass do casac ca sacoo do uniform e. – Você Voc ê não fe f e z iss isso! o! – Vin V in disse disse com c om um sorr sorriso. iso. Ham assentiu, parecendo satisfeito consigo mesmo. Dockson Dock son suspi suspirou, rou, aind a indaa enc enchendo hendo sua taça ta ça.. – Ham Ha m , essas e ssas coisas coisa s custam dinheiro. – Tudo c ust ustaa dinheiro – Ha Ham m dis disse. se. – Mas, o que é dinheiro? Uma representação física do conceito abstrato do esforço. Bem, usar aquele uniforme por tanto tempo foi um belo esforço. Diriaa que esse col Diri c olete ete e eu est e stam am os qui quites tes agora. Dockson só revirou os olhos. Na sala principal, a porta da frente da loja se abriu e se fechou, e Vin V in ouvi ouviuu Brisa Brisa saudar sauda r o apre a prendi ndizz de guarda gua rda.. – A propósito, Dox – Ke K e lsi lsier er diss dissee , com c om a s costas c ostas apoiada a poiadass em e m um ar arm m á rio –, vou pre precisa cisar r de algumas alguma s poucas poucas “representações “re presentações físicas físicas do conce conceit itoo de esforço” para pa ra m im. Gostaria Gostaria de alugar alugar um pequeno armazém para realizar algumas das minhas reuniões com informantes. – Isso prova provavelm velm ente pode ser a rr rraa nj njado ado – Doc Dockkson diss dissee . – P re resum sumindo indo que c onsi onsigam gam os manter o orçamento do guarda-roupa de Vin sob controle, eu... – Ele parou de falar, olhando paraa Vin. – O que fe par f e z com esse ve vesti stido, do, mocinha m ocinha!! Vin corou, encolhendo-se em sua cadeira. Talvez esteja um pouco mais perceptível do que eu imagi imaginava nava.. Kelsier gargalhou. – Tem que se a costum costumaa r com a roupa suj suja, a, Dox. Vin volt voltou ou a os deve devere ress de Na Nascida scida das Brumas nesta noite. – Inter I nteressa essante nte – Brisa com e ntou, entrando entra ndo na c oz ozinha. inha. – P osso sugerir suger ir que e vit vitee lut lutar ar c ontra três Inqui I nquisi sidores dores de Aç Açoo desta vez ve z? – Fa Fa re reii o me m e lhor possível possível – ela e la re r e spondeu. Brisa aproximou-se da mesa e escolheu uma cadeira, sentando-se com sua postura
cara ca racteríst cterística. ica. O homem home m corpul corpulento ento ergueu o bastão bastão de duelo, duelo, apont apontando-o ando-o para Ham . – Vej Ve j o que m eu período pe ríodo de re r e spi spiro ro intelectua intele ctuall chegou che gou ao fim f im.. Ham so sorriu. rriu. – Pe P e nsei em e m a lgum lgumaa s questõ que stõee s desagr de sagraa dáve dáveis is enquanto enqua nto estava esta va for foraa , e a s guarde gua rdeii para pa ra você você,, Brisa. – Estou m orr orrendo endo de cur curiosi iosidade dade – Bris Brisaa re respondeu. spondeu. Virou seu bastã bastãoo par paraa Le Lesti stibourne bournes. s. – Fantasma, bebida. Fantasma corr correu eu e serviu a Brisa Brisa um a taça taç a de vi vinho nho.. – É um ra rapaz paz tão bom – Brisa obser observou, vou, ace a ceit itando ando a bebida bebida.. – Qua Q uase se não tenho que cutuc cutucáá lo aloma alomant nticam icam ente. Se Se o rest re stoo de vocês, você s, rufiões, rufiões, fosse fosse tão am ável... Fantasma franziu o cenho. – Fa Fa vor não nã o brincar brinc ar sem . – Nã N ã o tenho te nho ideia do que ac acaa ba de diz dizee r, c ria rianç nçaa – Brisa re respondeu. spondeu. – Então, Entã o, simplesm sim plesmee nte vou fingi fingirr que foi f oi coer coerente, ente, e seguir em fre frent nte. e. Kels Ke lsier ier re revirou virou os olhos. olhos. – Pe P e rde rdendo ndo a forç f orçaa do aperto ape rto – disse. disse. – Sem ne nece cessi ssida dade de de cuida cuidado. do. – Enredar Enre dar o enre enr e do dos desem bar baraç aços os do dire direit itoo – Fa Fa ntasm ntasmaa asse assenti ntiu. u. – O que você vocêss dois dois estão balbuciando? ba lbuciando? – Brisa Brisa perguntou pe rguntou de m au hum or. – Se Se ndo o ser da bril br ilha hantez ntezaa – Fantasm Fanta smaa prosseguiu. – Cortar o ter de quer querer er iss isso. o. – Se Se m pre tendo que fa fazzer iss issoo – Kelsi Ke lsier er c oncor oncordou. dou. – Sem pre tendo o dese desejj o de ter o que tem os – Ha Ham m a cr cree sce scentou, ntou, sorr sorrindo. indo. – Bril Brilhante hante de desej des ej o de ele não ser. Brisa virou-se para Dockson, exasperado. – Acho Ac ho que nossos com panhe panheiros iros finalm ente fic ficaa ra ram m m a lucos, caro ca ro am a m igo. Dockson deu de ombros. Então, com um rosto perfeitamente impassível, disse: – Não Nã o ser é ser se r quere que rendo. ndo. Brisa ficou quieto, estarrecido, enquanto a sala explodia em gargalhadas. Brisa revirou os olhos ol hos,, indi indignado, gnado, sac sacudi udindo ndo a cabeç c abeçaa e m urm urmurando urando sobre sobre a infanti nfantili lidade dade declara de clarada da da gangu gangue. e. Vin quase quase se engasgou e ngasgou com o vinho vinho de tanto rir. rir. – O que você dis disse? se? – ela perguntou pe rguntou para par a Doc Dockkson quando ele e le se sentou ao seu se u lado. – Não Nã o tenho cer c ertez tezaa – ele c onfe onfessou. ssou. – Mas Mas soava soa va bem be m . – Não Nã o acho a cho que tenha dit ditoo alguma a lguma c ois oisaa , Dox – Kelsi Ke lsiee r disse. – Ah, ele e le disse algum a lgumaa coisa c oisa – Fa Fa ntasm ntasmaa com entou. – Só Só não quis dizer nada. nada. Kelsier gargalhou. – Costum Costumaa ser a ssi ssim m gra grande nde par parte te do tem te m po. Descobr De scobrii que é possí possível vel ignorar ignora r m e tade do que Dox diz e não se perde muita coisa... exceto, talvez, a reclamação ocasional de que se está gastando muito dinheiro. alguém tem que ser – Ei! – Doc Dockkson exc exclam lam ou. – P re recc iso assinala assinalar, r, m a is um umaa vez, que alguém responsável? Honestamente, do jeito que gastam... Vin sorriu. Até mesmo as reclamações de Dockson pareciam amáveis. Trevo estava sentado em silêncio perto da parede, parecendo tão grosseiro como sempre, mas Vin captou um relance re lance de sorriso sorriso em seus lábio lábios. s. Kelsier Kelsier levantou-se levantou-se e abriu out outra garr garraf afaa de vinho, vinho, enchendo as taçass de todos taça todos enquanto contava contava sobre os prepar pre parativo ativoss do exército exér cito sk skaa aa.. Vin sentia-se... contente. Enquanto bebia seu vinho, viu a porta aberta que levava à oficina escura. Imaginou, por um momento, que podia ver uma figura nas sombras – uma garota magrela e assustada, desconfiada, receosa. O cabelo da garota era desgrenhado e curto, e ela usava us ava uma cam c am isa si sim pl ples es e suja suja e calça m arrom arrom..
Vin lembrou-se de sua segunda noite na loja de Trevo, quando ficara parada na porta da oficina, no escuro, observando os demais compartilhando um bate-papo noturno. Realmente fora aquela garot gar otaa – aquel a quelaa que se escond e scondia ia na escurid e scuridão ão fri fr ia, observando as risadas risadas e a am a m iz izade ade com invej in vej a oculta, oculta, mas m as sem j am ais ous ousar ar se junt j untar ar a is isso so?? Kelsier Kelsi er fez algum algum com comentário entário jocos joc osoo que arranc ar rancou ou gargalhadas de todos todos os presentes. sorriso. Isso é me Você está cert ce rto, o, Kelsi Kelsier er , Vin pensou com um sorriso. Isso melhor lhor . Ainda não era como eles – não completamente. Seis meses não conseguiam silenciar os sussurros de Reen, e ela não conseguia se imaginar sendo tão confiante quanto Kelsier. Mas... finalm final m ente cons c onsegui eguiaa entender, pelo menos m enos um pou pouqui quinho nho,, por que ele trabalh tra balhava ava daquele j eit eito. o. – Tudo bem – Kelsi Ke lsiee r diss disse, e, puxando um umaa c a deir deiraa e se senta sentando ndo ao a o contrá c ontrário. rio. – P a re rece ce que o exércit exér citoo estará pront prontoo a tem tempo, po, e Marsh está está em seu posto posto.. Prec Pr ecis isam am os conti continuar com c om o plano. plano. Vin, notíc notíc ias do baile? – A Casa Tek ekiel iel e stá vulner vulneráá vel – e la c ontou. – Se us aliados se dis disper persam sam e os a butre butress se aproximam. Há boatos de que dívidas e negócios perdidos obrigarão Tekiel a vender sua fortaleza no final do mês. Não pode se dar ao luxo de continuar pagando os impostos que o Senhor Sobera oberano no exige pelo pe lo edifício. edifício. – O que ef efetivam etivam e nte eli e lim m ina um a Gr Graa nde Casa Ca sa inteira da cidade c idade – Dock Doc kson com e ntou. – A maior parte da nobreza Tekiel – incluindo Brumosos e nascidos das brumas – terá que se mudar paraa a s pla par pla ntaç ntaçõe õess para par a tentar re recc om ompor por as a s perdas. per das. – Bo Bom m – Ha Ham m com e m orou. Qua Qualquer lquer c asa nobre que puder puderm m os af afasta astarr da c idade torna tornará rá seus planos mais fáceis. – Ainda sobram sobra m nove Gra G randes ndes Casas Casa s na cidade c idade – Brisa Brisa observou. obse rvou. – Mas e stão com e ça çando ndo a m a tar uns aos a os outros à noit noitee – Ke Kelsi lsiee r dis disse. se. – Estão a um passo da guerra declarada. Suspeito que veremos um êxodo começar muito em breve... qualquer um que não est e stej ej a di disp spos osto to a ar arris risca carr ser assass assassiinado para m anter o domín dom ínio io em Lut Luthadel hadel partirá partirá da cidade por alg a lguns uns anos. – As ca c a sas forte f ortess não nã o pare pa recc e m m uit uitoo assus a ssustada tadas, s, no entanto e ntanto – Vin V in prosseguiu. – Ainda A inda estão e stão oferec ofer ecendo endo bailes, bailes, de de qual qualquer quer m odo odo.. – Ah, e les continuar continuarãã o a fa fazzer iss issoo até o fim – Ke Kelsi lsiee r a ssegurou. – Os bailes são gra grandes ndes pretextos pre textos par paraa e ncontra ncontrarr a li liados ados e fic ficaa r de olho nos ini inim m igos igos.. As guer guerra rass e ntre a s ca casas sas são essencialmente políticas e, por isso, exigem campos de batalha políticos. Vin assentiu. – Ha Ham m – Ke Kelsi lsiee r fa falou lou –, pre precc isam isamos os fic ficaa r de olho na Gua Guarniç rniçãã o de Luthade Luthadel.l. Ainda está planejj ando visita plane visita r seus se us contatos mil m ilit itaa re ress am a nhã? Ham assent assentiu iu.. – Nã Nãoo posso prom ete eterr nada nada,, m as devo conse conseguir guir re restabe stabelec lecer er algum algumaa s cone conexões. xões. Dê Dê-m -m e um pou pouco co de tem tempo, po, e descobrire descobrireii o que que os mil m ilit itar ares es sabem . – Bom Bom – Kelsi Ke lsiee r disse. – Gostaria Gostar ia de ir com c om ele – Vin pediu. Kelsier Kelsi er deteve-se. – Com Com Ha Ham m? Vin assentiu. – Ainda não nã o treinei tre inei com um Brutam Brutamontes. ontes. Ham Ha m prova provavelm velm e nte poderá pode rá m e m ostrar algum algumaa s coisas. – Você Voc ê j á sabe sa be com c omoo queima queim a r pelt pe ltre re – Kelsi Ke lsiee r lem le m brou. – Pra P rati tica cam m os isso. isso. – Eu sei – Vin fa falou. lou. Como poder poderia ia e xpli xplica car? r? Ha Ham m pra prati tica cava va exc exclusi lusivam vam e nte c om pe pelt ltre re;; deveria ser melhor nisso do que Kelsier.
– Ah, par paree de im importunar portunar a cr crianç iançaa – Brisa falou. f alou. – P rova rovavelm velm ente está c a nsada de ba bail ilee s e fest fe stas. as. DeixeDeixe-aa ser um a garot gar otaa de rua r ua normal norm al de novo, novo, por por um tem po. – Tudo bem – Ke Kelsi lsiee r dis disse, se, re revira virando ndo os olhos olhos.. Se rviu-se de outra taç taçaa de vinho. – Brisa, comoo seus Abra com Abrandado ndadore ress se se sai sairiam riam se você ti tivess vessee que partir partir por um tem tempo? po? Brisa deu de ombros. – Eu sou, é cla claro, ro, o m em bro m ais efe e feti tivo vo da e quipe. Mas Ma s eu os treinei; eles recrutarão bem eu os sem m im, esp e spec ecial ialm m ente agora a gora que as histó histórias rias sobre sobre o Sobrevi Sobrevivent ventee estão ficando popul popular ares. es. – A propósit propósito: o: pre pr e c isam isamos os fa falar lar sobre iss isso, o, Ke Kell ll – Doc Dockkson disse, fr fraa nz nzindo indo o ce cenho. nho. – Nã Nãoo tenhoo certez tenh ce rtezaa se gosto gosto desse desse m is isti ticismo cismo sobre sobre você e o décimo décim o primei prime iro m etal. – Podem P odem os discutir discutir isso m a is ta ta rde – Kelsi Ke lsier er fa falou. lou. – P or que per pergunta gunta sobre m e us hom homens? ens? – Bris Brisaa per perguntou. guntou. – Finalm inalmee nte fic ficou ou c om tanta invej in vej a do meu m eu senso im im pecá pecável vel de de m oda que decidiu decidiu me m e despedir? – P odeode-se se diz dizer er que sim – Ke Kelsi lsiee r c om omentou. entou. – Estava pensa pensando ndo em m andá andá-lo -lo subst substit ituir uir Yeden por alguns alguns meses. me ses. – Subst Substit ituir uir Yeden? Ye den? – Brisa Brisa perguntou, pe rguntou, surpreso. surpre so. – Quer que e u li lider deree o exérc exé rcit ito? o? – Por P or que não? – Kelsier devolve devolveuu a pergunta. pe rgunta. – Você V ocê é m uit uitoo bom em dar orde ordens. ns. – Dos bastidore bastidores, s, m e u ca caro ro – Bris Brisaa dis disse. se. – Nã Nãoo fic ficoo na fr free nte do palc palco. o. Or Ora, a, e u ser seria ia um eneral . Tem alguma ideia do quão burlesco isso soa? – Só pense niss nissoo – Ke Kelsi lsiee r pediu. – Nosso re recc ruta rutam m ento deve e star ter term m inado até entã então, o, e você poderia ser mais efetivo se fosse até as cavernas e deixasse Yeden voltar para preparar os contatos aqui. Brisa fra f ranz nziu iu o cenho. ce nho. – Suponho Suponho que sim. sim . – Indepe Inde pendente ndentem m ente diss dissoo – Kelsi Ke lsiee r falou, f alou, levantando-se leva ntando-se –, não ac a c ho que tenham te nham os tom tom a do vinho sufi vinho Fantasma,, sej sej a um bom garot gar otoo e busque busque outra outra garr garrafa afa de vinho vinho na adega, a dega, sim sim ? suficie ciente nte.. Fantasma O garoto assentiu, e a conversa passou para assuntos mais leves. Vin se acomodou em sua cadeira, sentindo o calor da estufa a carvão no meio do aposento, contente pela oportunidade de sim si m pl plesm esmente ente desfrutar a paz paz,, de não ter que se preocupar, preoc upar, lut lutar ar ou planej planejar ar.. Se Reen Re en pudesse ter conhecido conhec ido algo algo ass assim im,, ela pensou, distraída, passando os dedos em seus brincos. brinc os. Talvez então as coisas tivessem sido diferentes para ele. Para nós . Ham e Vi V in saíram no dia dia seguint seguinte para vi visi sitar tar a Guarnição de Lut Luthadel. hadel. Depois de tantos meses interpretando uma nobre, Vin pensara que seria estranho usar roupas da da rua r ua novamente. novam ente. Mas, Mas, na verdade, verdade , não foi. foi. Bom Bom,, era um pou pouco co diferente – não tinha que diferente – se preocupar em sentar adequadamente ou em andar de um jeito que o vestido não roçasse nas paree des ou no chão par c hão suj o. Mesmo Mesm o assim, assim , suas roupas r oupas m undana undanass ainda lhe par paree c iam natur naturais. ais. Usava uma camisa solta branca, enfiada dentro da calça marrom simples, e um colete de couro. Seu Seu cabelo c abelo ainda ainda cre c rescendo scendo ficou pre preso so sob sob um gorro. As pessoas pessoas nas ruas a tomariam tom ariam por um garot ga roto, o, embora em bora Ham não achass ac hassee que isso isso importava. E realmente não importava. Vin se acostumara a ter pessoas observando-a e avaliando-a, mas ninguém na rua se incomodava em lhe lançar sequer um olhar de relance. Trabalhadores skaa, nobres de baixo nascimento despreocupados, e até mesmo skaa bem situados como Trevo – todos a ignoravam. Quase me esqueci de como era ser invisível , Vin pensou. Felizmente, as antigas atitudes – olhar para baixo enquanto caminhava, sair do caminho das pessoas, encolher-se para não cham ar a atenção a tenção – voltaram voltaram com fa facil cilid idade. ade. TornarTornar-se se Vin, Vin, a skaa skaa das ruas, par parec ecia ia tão tão sim sim pl ples es
quanto recordar uma melodia antiga e familiar que se costumava cantarolar. Na v erdade erdade,, iss issoo é apenas outr outroo disf disfarce arce , Vin pensou enquanto andava ao lado de Ham. inha maquiagem é uma camada fina de cinzas, cuidadosamente esfregada nas bochechas. Meu vest ve stido ido é essa calça manchada para parece parecerr velh ve lhaa e usada. Quem, então, ela era de verdade? Vin, a garota de rua? Valette, a dama? Nenhuma das duas? Alg Algum um de seus am ig igos os realmente realm ente a conhecia? El Elaa rea r ealme lment ntee se conhecia? – Ah, com o sentia fa falt ltaa de deste ste lugar – Ha Ham m c om omee ntou, c am inhando a legr legree m ente ao lado dela. Ham sempre parecia feliz. Vin não conseguia imaginá-lo insatisfeito, apesar do que dissera sobre o tempo que passou liderando o exército. – É meio estranho – prosseguiu, voltando-se para Vin. Ele não andava com o mesmo ar cuidadoso de submissão que ela cultivara; nem mesmo paree c ia se pre par preocupa ocuparr em nã nãoo se desta destaca carr dos outros sk skaa aa.. – P rova rovavelm velm e nte não de dever veria ia sentir falt fa ltaa dest destee lu lugar... gar... quero diz dizer, Lut Luthadel hadel é a cidade m ais suj sujaa e abar abarrot rotada ada do Império Im pério Fin Final. al. Mas, Mas, há algo nela... – É aqui a qui que sua fa f a m íl ília ia vive? – Vin pe perguntou. rguntou. Ham bal balançou ançou a cabeça ca beça negat negatiivam vament ente. e. – Eles vivem e m um umaa c idade peque pequena na nas re redondezas. dondezas. Minh Minhaa e sposa é c ost osture ureira ira lá; diz paraa a s pessoas que fa par façç o parte par te da Gua Guarniç rniçãã o de Luthadel. Lutha del. – Se Se nte falta f alta deles? de les? – É cla claro ro que sim – Ha Ham m dis disse. se. – É duro... só consigo passa passarr a lguns m e ses seguidos c om eles... mas é melhor assim. Se eu for morto em trabalho, os Inquisidores terão dificuldade de rastrear minha família. Não contei nem para Kell em que cidade vivem. – Ac Acha ha que o Min Minist istéé rio se da daria ria a esse tra traba balho? lho? – Vin V in perguntou. pe rguntou. – Digo, você j á e staria morto. – Sou um brum oso, Vin... isso isso signific significaa que todos os meus m eus desc descee ndente ndentess terã ter ã o algum a lgum sangue nobre. Meus filhos podem se tornar alomânticos, assim como os filhos deles. Não, quando os Inquisi Inqui sidores dores mat ma tam um brum os oso, o, eles eles se assegura asseguram m de elim elim in inar ar sua prole tam tam bém bém.. O único único jeit je itoo de manter minha família em segurança é ficando longe deles. – Você Voc ê podia simplesm sim plesmente ente nã nãoo usar alom anc ancia ia – Vin sugeriu. suger iu. Ham neg negou ou com a cabeça. – Não Nã o sei se poderia pode ria fa fazze r isso. – Por P or causa c ausa do poder? poder ? – Nã Não, o, por c a usa do dinheiro – Ha Ham m dis disse se honestam e nte. – Brutam ontes, ou Braç Braços os de Peltre, como a nobreza prefere chamá-los, são os brumosos mais procurados. Um Brutamontes competente pode deter meia dúzia de homens normais, e pode levantar mais, suportar mais e se mover mais rápido do que qualquer outro músculo contratado. Essas coisas significam muito quando você tem que manter a equipe pequena. Misture uns dois Lançamoedas com uns cinco Brutamontes e terá um pequeno exército móvel. Há homens que pagam muito por uma proteção dessas. Vin assentiu. – Entendo que o dinheiro sej a tentador tentador.. – É m a is do que tentador tentador,, Vin. Minha fa f a m íl ília ia não nã o tem que viver em cor corti tiços ços aba abarr rrotados otados de skaa, nem tem que se preocupar em morrer de fome. Minha esposa só trabalha para manter as aparências... apar ências... eles eles têm um umaa vida boa para um sk skaa aa.. Assim Assim que eu e u tiv tiver er o suficient suficiente, e, parti par tire rem m os do do Domínio Central. Há lugares no Império Final que muita gente não conhece... lugares onde um homem com dinheiro suficiente pode ter a vida de um nobre. Lugares onde você pode parar de se preocupar e si sim m pl plesm esmente ente viver. viver. – Isso pare par e ce ce... ... atrae atr aente. nte.
Ham assent assentiiu, vira virando ndo-se -se e entrando em uma vi viaa m aior na direção direç ão dos port portões ões principais principais da cidade. – Tire Tireii e sse sonho de Ke Kell ll,, na ve verda rdade. de. Era o que ele sem pre diz dizia ia que quer queria ia fa fazze r. Só espero ter m ais sorte sorte do que que ele teve... Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Todo mundo m undo diz que ele e le era e ra ric rico. o. Por P or que não foi f oi em bora bora,, então? entã o? – Nã Nãoo sei – Ha Ham m re respondeu. spondeu. – Se m pre havia outro tra trabalho... balho... c ada um m aior do que o anterior. Acho que quando se é um líder de gangue como ele, o jogo pode ficar viciante. Em pouco tem te m po, o dinheiro não nã o pare pa recia cia im importa portar. r. De D e pois de de um tem po, ele ouviu diz dize r que o Se Se nhor Soberano est e stava ava guardando algum algum segredo de valo valorr in inca calcul lculável ável naquele sant santuário. uário. Se Se ele e Mare tivess ti vessem em id idoo em bora ant a ntes es daquele tra rabalh balho.. o.... Mas, bem, bem , não foram f oram . Não Nã o sei... sei... talvez talvez não não fos f ossem sem felizes vivendo vidas nas quais não tivess vessem em que se preocupar. preocupar . não ti A ideia pareceu intrigá-lo, e Vin pôde ver outra de suas “questões” tomando forma na m ent entee del dele. e. Acho Ac ho que quando se é um líder de gangue com comoo ele, e le, o jogo pode ficar viciant vic iantee ... Suas apreensões anteriores retornaram. O que aconteceria se Kelsier tomasse o trono imperial para si? Provavelmente não seria tão mau quanto o Senhor Soberano, mas... Vin lera o diário de viagens. O Senhor Soberano não havia sido sempre um tirano. Fora um bom homem antiigam ant gament ente. e. Um bom homem hom em cuj cujaa vida vida dera errado. er rado. energicamente. Ele fará a coisa certa Kelsiee r é diferente Kelsi difere nte,, Vin disse para si mesma energicamente. Ele ce rta.. Mesmo assim, vacilava. Ham podia não entender, mas Vin podia ver a tentação. Apesar da depravação dos nobres, havia algo inebriante na alta sociedade. Vin fora cativada pela beleza, pela m úsica úsica,, pela pe la danç da nça. a. A fa f a scina scinaçã çãoo dela não era e ra a m e sm smaa de Ke Kelsi lsiee r – não nã o estava e stava int intee re ressada ssada em jogos políticos ou mesmo em trapaças –, mas podia entender por que ele ficara relutante em deixar deix ar Lut Luthadel hadel para trás. Aquela relutância destruíra o antigo Kelsier. Mas produzira algo melhor – um Kelsier mais determinado, menos egoísta. Com sorte. É c laro laro,, seus planos anteriores c usta ustaram ram a v ida da mulher que amav amava. a. É por isso que odeia tanto a nobreza? – Ham Ha m ? – perguntou. per guntou. – Ke Kelsi lsiee r sem se m pre odiou os nobre nobres? s? Ham assent assentiu iu.. – É pior agora a gora,, no entanto. enta nto. todos eles, não importa quem – Ele m e a ssus ssusta ta de ve vezz em e m quando. P ar arec ecee quer querer er m ata atarr todos sejam. – Estou pre preocupa ocupado do com iss issoo tam bé bém m – Ha Ham m conf confessou. essou. – Esse ne negócio gócio de déc décim imoo primee iro m e tal... é quase c om prim omoo se ele estivesse fa fazze ndo de si m e sm smoo a lgum ti tipo po de hom homem em sagrado. – Deteve-se, então olhou para ela. – Não se preocupe muito. Brisa, Dox e eu já conversamos sobre isso. Vamos confrontar Kelsier, ver se podemos controlá-lo um pouco. Ele tem boas int intençõe enções, s, mas ma s tem tem a tendência de pass passar ar um pou pouco co do ponto ponto algu algum m as vezes. vezes. Vin assentiu. Adiante, estava a costumeira fila lotada de pessoas esperando permissão para passarr pe passa pelos los portõe portõess da c idade idade.. Ha Ham m e e la passa passara ram m em sil silênc êncio io pelo grupo sol solee ne – trabalhadores sendo enviados para as docas, homens que iam trabalhar em uma das fábricas do outro lado do rio ou no lago, nobres menores desejando viajar. Todos tinham que ter um bom motivo para deixar a cidade; o Senhor Soberano controlava rigidamente as viagens dentro de seu reino. pensou ao passar passar por um grupo mal ma ltrapi trapillho de crianças cr ianças carre ca rregando gando baldes baldes Pobrezinhos,, Vin pensou Pobrezinhos e escovas – provavelmente iam subir a muralha e limpar o líquen produzido nos parapeitos pelas
brum a s. Adiante Adiante,, pe perto rto dos portões, um ofic oficial ial pra praguej guej ou e em purr purrou ou um hom homem em par paraa for foraa da fila. O trabalhador skaa caiu com força no chão, mas ficou em pé depois de um tempo e se arrastou até o final da fila. Era provável, se não tivesse permissão para sair da cidade, que não fosse capaz de trabalhar naquele dia – e não ter trabalho significava não ter fichas de refeição paraa sua fa par f a m íl ília. ia. Vin seguiu Ham além dos portões, entrando em uma rua paralela à muralha da cidade, no fim da qual era possível ver um grande complexo de edifícios. Vin nunca vira os quartéisgenerais da Guarnição antes; a maior parte dos membros de gangue tendia a ficar a uma boa dist di stância ância dali dali.. Cont Contudo udo,, conforme conform e se aproxi a proxim m ava, fi f ica cava va impressi im pressionada onada pela apar aparência ência defe defens nsiv ivaa da construção. Havia grandes pontas de ferro no alto da muralha que cercava todo o complexo. Os edifícios lá dentro eram imensos e fortificados. Soldados postados nos portões olhavam os passantes passa ntes com c om hosti hostili lidade dade.. Vin deteve-se. – Ham Ha m , com c omoo vam os entrar entra r lá lá?? – Não N ão se pre preocupe ocupe – ele e le dis disse, se, par paraa ndo ao a o lado la do dela. de la. – Sou conhec c onhecido ido na Gua Guarniç rnição. ão. Além disso, não são tão maus quanto parecem... os membros da Guarnição só fazem cara feia para intimidar. Como pode imaginar, não são muito apreciados. A maior parte dos soldados aqui é skaa; homens que, em troca de uma vida melhor, venderam-se para o Senhor Soberano. Cada vez que há distúrbios de skaa em uma cidade, a guarnição local é atacada com dureza pelos descontentes. Por isso a fortificação. – Então... conhec c onhecee esse essess homens? hom ens? Ham assent assentiu iu.. – Não Nã o sou com c omoo Brisa ou Ke K e ll ll,, Vin... não nã o posso colocar coloc ar um umaa m ásc áscaa ra e fingir. Sou quem eu sou. Esses soldados não sabem que sou um brumoso, mas sabem que trabalho no submundo. Conheço a maior parte desses caras há anos; eles sempre tentaram me recrutar. Em geral têm melhor sorte recrutando gente como eu, que já são párias da sociedade, para se juntar às suas fileiras. – Mas você voc ê vai va i tra traí-los í-los – Vin Vin disse disse em e m voz baixa baixa,, puxando Ham Ha m par paraa o lado da rua rua.. – Tra T rair? ir? – ele e le pe perguntou. rguntou. – Nã Não, o, não nã o será se rá tra traiçã ição. o. Esses E sses hom homee ns são sã o m e rc rcená enários, rios, Vin. V in. São contra cont rattados para lu lutar, tar, e atac atacarã arãoo am ig igos os – e até parentes par entes – em um tu tum m ul ultto ou rebelião. rebelião. Sol Soldados dados aprendem a entender esse tipo de coisa. Podemos ser amigos, mas quando a luta começa, nenhum nenhu m de nós hesi hesittar aráá em e m m atar o outro. outro. Vin assentiu lentamente. Parecia... duro. Mas é assi assim m que a v ida é . Dura. Essa part partee dos ensiname ensina ment ntos os de Reen Re en não era e ra mentira mentira.. – P obre obress ra r a pazes – Ham H am c om omee ntou, olhando par paraa a Gua Guarniç rniçãã o. – P oder oderíam íam os usar usa r hom homens ens como eles. Antes de partir para as cavernas, consegui recrutar uns poucos que achei receptivos. O resto... bem, eles escolheram seu caminho. Como eu, só estão tentando dar a seus filhos uma vida vi da m elho elhor; r; a diferença difere nça é que estão disp dispos osto toss a trabalhar para pa ra e le a fim de faz fa zer is isso so.. le a Ham se volto voltouu para ela. – Tudo bem , quer algum algumaa s dicas dica s para par a queim queimaa r pelt pe ltre re?? Vin assentiu, ansiosa. – Os soldados, e m ger geral, al, m e deixa deixam m tre treinar inar c om ele eless – Ha Ham m fa falou. lou. – P ode m e obser observar var lutar; lu tar; queim queimee bronz bronzee para ver quando eu estiver estiver usando alom alom ancia. A primeira prim eira e m ais im im port portante ante coisa que precisa saber sobre os Braços de Peltre é quando usar seu metal. Percebi que jovens alomânticos tendem a sempre avivar seu peltre, pensando que quanto mais fortes ficarem, melhor. Contudo, nem sempre você quer acertar o mais duro que pode com cada golpe. A força é parte da luta, mas não é a única parte. Se você sempre acerta o mais forte possível, vai se
cansar mais rápido, e isso dará ao seu oponente informações sobre suas limitações. Um homem m da batalha, quando seu oponente está enfraquecido. E, esperto acerta com força máxima no fi no fim em uma batalha extensa – como uma guerra –, o soldado mais esperto é aquele que sobrevive m ais ais.. É o home homem m que sabe se controlar. controlar. Vin assentiu. – Mas você voc ê não nã o se ca c a nsa m a is de de vaga vagarr quando qua ndo usa alom a lomaa ncia ncia?? – Sim Sim – Ham Ha m conf confirm irmou. ou. – De fa fato, to, um hom e m com peltre suficie suficiente nte pode m a nter um umaa luta com eficác eficáciia qu quase ase m áxi áxim m a po porr horas. Mas Mas recorrer rec orrer ao peltre peltre dess dessee j eit eitoo requer prática, prática, e vo você cê ficará sem metal em algum momento. Quando isso acontecer, a fadiga o matará. De qualquer modo, o que estou tentando explicar é que, em geral, é melhor variar a intensidade com que queima o peltre. Se usar mais força do que precisa, pode se desequilibrar. Além disso, tenho visto Brutamontes que se apoiam tanto em seu peltre que descuidam do treinamento e da prática. O peltre a um umee nta suas habilidade habilidadess física físicas, s, m as não sua ha habil bilidade idade inata. Se não souber usar um umaa arma, ou se não tiver prática para pensar rapidamente em uma luta, você perderá, não importa o quão forte seja. Terei que ser muito cuidadoso com a Guarnição, já que não sabem que sou um alomântico. Ficará surpresa com o quão frequentemente isso é importante. Observe como uso o peltre.. Nã peltre Nãoo o aviva avivare reii só par paraa c onseguir for forçç a ; se eu trope tropeça çar, r, e u o queim a re reii para pa ra m e da darr um senso instantâneo de equilíbrio. Quando esquivar, talvez eu o queime para me ajudar a desviar com um pouco mais de rapidez. Há dúzias de pequenos truques que pode usar quando se sabe que é nece ne cess ssár ário io dar um impul impulso so.. Vin assentiu. – Tudo bem – Ha Ham m fa falou. lou. – Vam os lá, entã então. o. Dire Direii a os sol solda dados dos que você é filha de um paree nte. P a re par recc e j ovem o basta bastante nte par paraa sua idade idade,, e não pensa pensarã rãoo duas vezes. Obse Observe rve a lut lutaa e depoiss conversarem depoi conversar em os os.. Vin assent assentiiu novam novamente, ente, e os doi doiss se se aproxi a proxim m ar aram am da Guarnição. Ham ac acenou enou par paraa um dos guardas. – Ei, Be Be vidon. Tive Tive um dia de folga folga.. Se Se rte rtess está por aí? – Ele e stá a qui, Ha Ham m – Bevidon c onfirm ou. – Mas nã nãoo c re reio io que sej a o m e lhor dia par paraa prati pra ticc ar ar... ... Ham ergueu uma so sobrancelh brancelha. a. – Ahn? Bevidon troc trocou ou um olh olhar ar com um dos outros outros sold soldados. ados. – Vá busca buscarr o ca c a pit pitãã o – disse disse para pa ra o homem hom em . Alguns momentos depois, um soldado de aspecto atarefado se aproximou pela lateral do edifício, acenando assim que viu Ham. Seu uniforme tinha algumas faixas coloridas a mais e alguns algu ns pedaç pedaços os de de m etal doura dourado do no om om bro. – Ham Ha m – o rec re c ém -c -chega hegado do falou, fa lou, atrave atra vessando ssando o portão. portã o. – Ser ertes tes – Ha Ham m re respondeu spondeu c om um sorr sorriso iso,, ape aperta rtando ndo a m ã o do hom homee m . – Agor Agoraa é capitão? – Acontec Ac onteceu eu no m ês passado pa ssado – Se Se rte rtess assenti asse ntiu. u. Par P arou ou de fa f a lar e olhou Vin. Vin. – É minha m inha sobrinha – Ham H am a pre presentou. sentou. – Boa Boa m e nina. Sertes assentiu. – Podem P odem os falar fa lar a sós por um m om omento, ento, Ham Ha m ? Ham deu de ombros om bros e se deixou deixou levar levar para um lugar m ais reservado ao lado dos dos portões portões do do complexo. A alomancia de Vin permitia que ouvisse o que estavam dizendo. O que seria de mim em o estanho? estanho? – Olhe, Olhe , Ham H am – Sertes Ser tes falou. f alou. – Nã Nãoo poderá pode rá vir treinar tre inar por e nquanto. A Gua Guarniç rniçãã o vai va i estar... e star...
ocupada. – Ocupada Oc upada?? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – Como? – Nã Nãoo posso diz dizer er.. – Se rte rtess re respondeu. spondeu. – Mas... bem , re reaa lm lmente ente nos ser seria ia úti útill um sold soldaa do comoo você com você agora. – Pa P a ra com bate bater? r? – Sim Sim.. – Deve De ve ser a lgo sé sé rio se está e stá cham c ham a ndo a atenç a tençãã o da Guar G uarniçã niçãoo inteir inteiraa . Sertes ficou em silêncio por um momento, então falou em voz bem baixa – tão baixa que Vin teve que se esforçar esforç ar para ouv ouvir. ir. – Um a re rebelião belião – Ser ertes tes suss sussurr urrou. ou. – Bem a qui no Dom íni ínioo Centra Central.l. Ac Acaa bam os de sabe saber. r. Um exér exércit citoo de rebeld re beldes es skaa skaa apar aparec eceu eu e atac atacou ou a Guarnição de Holstep, Holstep, ao norte. norte. Vin sentiu sentiu um súb súbit itoo calaf c alafrio. rio. quê? – Ham excl – O quê? – e xclam am ou ou.. – Devem Devem ter vindo das cavernas daquela região – o soldado disse. – A última notícia é que as fortificações de Holstep estão aguentando... mas, Ham, são apenas mil homens. Precisam desesperadamente de reforços, e os koloss nunca chegarão a tempo. A Guarnição de Valtroux mandou cinco mil soldados, mas não vamos deixar isso com eles. Aparentemente é uma força grande de rebeldes, r ebeldes, e o Senhor Senhor Soberano Soberano nos deu perm is issão são para aj udar. Ham assent assentiu iu.. – Então, o que m e diz diz?? – Se rte rtess per perguntou. guntou. – Um a lut lutaa de ver verda dade, de, Ha Ham m . P a gam ento de batalha bata lha verda ve rdade deira ira.. Poder P oderíam íam os usar um hom homee m com suas habil ha bilidade idades. s. Posso P osso torná torná-lo -lo um ofic oficial ial agora m esm esmo, o, dar dar-lhe -lhe seu seu próprio próprio esquadrão. esquadrão. – Eu... eu tenho que pensa pensarr niss nissoo – Ha Ham m re respondeu. spondeu. Nã Nãoo er eraa m uit uitoo bom em esc esconder onder suas emoções, e sua surpresa pareceu pouco convincente para Vin. Sertes, no entanto, não pareceu percc e ber per ber.. – Não Nã o dem ore m uit uitoo – Se Se rte rtess falou. fa lou. – Planej Plane j a m os ma m a rc rchar har e m duas hora hor a s. – Nã Nãoo de dem m ora orare reii – Ha Ham m gar garaa nti ntiu, u, par paree c endo desc desconce oncerta rtado. do. – De Deixeixe-m m e leva levarr m inha sobrinha e buscar algumas coisas. Estarei de volta antes que partam. – Bom Bom hom homem em – Se Se rte rtess disse, disse, e Vin pode vê-lo vê -lo dar um tapinha no om bro de Ha Ham m. Nosso Nos so e xé xército rcito e stá ex expost postoo , Vin pensou, horrorizada. Nã Nãoo estão pront prontos! os! Supunha-se que tomariam Luthadel na surdina, rapidamente – não encarar a Guarnição de frente. Aqueles Aque les homens home ns vão ser se r massacrados! O que ac acontec ontecee u?
Nenhum home homem m morre pela minha mão m ão ou por meu m eu c omando sem que eu dese deseje je que ti tive vesse sse existido outro meio. Mesmo assim, eu os mato. Às vezes desejo não ser um realista tão maldito.
Kelsier colocou outro cantil em sua mochila. – Brisa, fa façç a um umaa li lista sta de todos os esconde e sconderij rijos os onde você e e u rec r ecruta rutam m os. Avis Avisee -os que o Mini Mi nist stér ério io logo logo consegui c onseguirá rá prisi prisioneiros oneiros que poderã poderãoo delatá-los. de latá-los. Brisa assentiu, abstendo-se desta vez de fazer qualquer observação. Atrás dele, os aprendizes corriiam por toda corr toda a lo lojj a de Trevo, reuni re unindo ndo e preparando prepar ando os su suprime priment ntos os que que Kels Ke lsier ier ordenara. ordenar a. – Dox, e ssa loj lojaa deve esta estarr segur seguraa , a m e nos que ca capture pturem m Yede eden. n. Mante Mantenha nha todos os trê trêss Olhos de Estanho de Trevo de vigia. Se houver algum problema, leve-os para o refúgio. Dockson assentiu, concordando, enquanto dava ordens apressadas para os aprendizes. Um já havia partido, levando um aviso para Renoux. Kelsier achava que a mansão estaria a salvo – só um grupo de barcaças partira de Fellise, e os homens que estavam nele pensavam que Renoux não era parte do plano. Renoux não deveria partir a menos que fosse absolutamente necessário; seu desaparecimento exigiria afastar tanto ele quanto Valette de suas posições cuidadosamente prepa pre para radas. das. Kelsier enfiou um punhado de provisões em sua mochila e a colocou nas costas. – E quanto a m im im,, Kell Ke ll?? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – Va i volt voltaa r par paraa a Gua Guarniç rniçãã o, c om omoo prom e teu. Foi um umaa boa ideia: pre precc isam isamos os de um inform in form ante lá dent dentro. ro. Ham fra franz nziiu o cenho ce nho,, apreensi apre ensivo. vo. – Nã Nãoo tenho tem po par paraa li lidar dar com seus ne nervos rvos agor agora, a, Ha Ham m – Ke Kelsi lsier er fa falou. lou. – Nã Nãoo pre precisa cisa enganar, só ser você mesmo e ouvir. – Nã Nãoo vou m e volt voltar ar c ontra a Gua Guarniç rniçãã o se estiver c om ele eless – ele diss dissee . – Eu ouvirei, m a s
não vou atac atacar ar home homens ns que que pensam que sou ali aliado ado deles. – Tudo bem – Ke Kelsi lsier er diss dissee sec secaa m ente ente.. – Mas since sincera ram m e nte e sper speroo que e ncontr ncontree um j e it itoo de não matar nenhum dos nossos soldados tampouco. Sazed! – Sim Sim,, Mestre Ke Kelsi lsiee r? – Quanta Qua nta velocidade ve locidade tem ar arm m a ze nada nada?? Saz azed ed corou c orou levem levem ente, olhando olhando para as vári vár ias pessoas pessoas que corriam c orriam pelo peloss corredores. corre dores. – Talvez Ta lvez duas ou três trê s horas. hora s. É um a tribut tributoo muit m uitoo difícil de ac a c um umular ular.. – Nã Nãoo é o basta bastante nte – Ke Kelsi lsier er c om omee ntou. – Ir Iree i sozinho. sozinho. Dox esta estará rá no c om omaa ndo até que eu volte. Kelsier deu meia-volta, então se deteve. Vin estava parada atrás dele com a mesma calça, gorro e camisa que usara na visita à Guarnição. Tinha uma mochila como a dele pendurada no ombro, e olhava para cima, desafiadora. – Vai Va i ser um a viage viagem m difícil, Vin – ele disse. – Você Voc ê nunca nunc a fez f ez nada assim a ntes. – Tudo bem . Kelsier assentiu. Tirou seu baú de debaixo da mesa, abriu e entregou a Vin uma bolsinha com cont contas as de peltre peltre.. Ela Ela ace a ceit itou, ou, sem com comentários entários.. – Engula cinco c inco contas c ontas dessas. dessa s. Cinco?? – Cinco – P or e nquanto – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – Se pre precc isar de m a is, m e avise par paraa que par parem em os de correr. – Corr Corree r? – a garota ga rota per perguntou. guntou. – Nã Nãoo vam os tom tomaa r um bar barcc o no canal? ca nal? Kelsier franziu o cenho. – Por P or que nós precisaríamos de um barco? nós precisaríamos Vin olh olhou ou par paraa a bolsa, bolsa, ent e ntão ão agarrou a garrou um copo de água e come c omeçou çou a engol engolir ir as contas. contas. – Assegur Asseguree -se de ter água suficie suficiente nte na m oc ochil hilaa – Ke Kelsi lsiee r diss disse. e. – Le Leve ve o m áxim o que conseguir carregar. – Afastou-se dela, andando até Dockson e colocando uma mão em seu ombro. – Faltam cerca de três horas para o anoitecer. Se nos esforçarmos, estaremos lá amanhã ao meio-dia. Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. – Pode P ode ser se r que haj a tem po o bastante. bastante . Talvez,, Kelsier pensou. Talvez pensou. A Guarnição Valtroux está só a três dias de marcha de Holstep. esmo cavalgando toda a noite, um mensageiro chegaria a Luthadel em menos de dois dias. Quando eu alcanç alcançar ar o exérc ex ércit ito... o... Dockson obviamente podia ler a preocupação nos olhos de Kelsier. – De qualque qualquerr m odo, o exérc exé rcit itoo é inútil pa para ra nós agora agor a – ele e le disse. – Eu sei – Ke Kelsi lsiee r c oncor oncordou. dou. – Tra Tratata-se se ape apenas nas de salva salvarr a vida da daquele queless hom homens. ens. Mandarei notícias assim que puder. Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. Kelsier Kelsi er deu meia-volt m eia-volta, a, queimando queim ando seu seu peltre. Sua Sua m ochi ochila la repent re pentin inam am ente ficou mais m ais leve, leve, como se estivesse vazia. – Queim Que imee seu se u peltre, peltre , Vin. Estamos Estam os parti par tindo. ndo. Ela ass a ssentiu entiu,, e Ke Kels lsier ier not notou ou um pul pulso so vindo vindo dela. – Infla I nflam m ee-oo – ordenou, or denou, pega pegando ndo duas dua s ca c a pas de brum a de seu baú e j ogando um umaa pa para ra e la. Colocou a outra e atravessou a cozinha, abrindo a porta dos fundos. O sol vermelho sobre suas cabeças estava brilhante. Os frenéticos membros da gangue se detiveram por um momento, voltand vol tando-se o-se para par a obs obser ervar var Kelsi Kelsier er e Vin deixare deixarem m o edifício. edifício. A garota se apresso a pressouu para andar ao a o lado lado de Kels Ke lsier. ier.
– Ham H am m e dis disse se que eu deve deveria ria usar o pelt pe ltre re só quando qua ndo prec pr ecisasse... isasse... diss dissee que é m e lhor ser se r sutil. Kelsier se virou para encarar a garota. – Nã Nãoo é hora de sut sutil ilezas. ezas. Fique pe perto rto de m im im,, tente m a nter o ritm ritmoo e a ssegure ssegure-se -se de não ficar sem pel pelttre. Vin assentiu, subitamente parecendo um pouco apreensiva. – Muito Muito bem – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou, respirando respira ndo profundam prof undam ente ente.. – Vam Va m os. Kelsier correu pelo beco com velocidade sobre-humana. Vin se colocou em movimento, seguindo-o até a rua. O peltre era um fogo vivo em seu interior. Aceso como estava, ela provavelm prova velm ente c onsum onsumiria iria as a s cinco cinc o contas conta s em m enos de um umaa hora hora.. A rua estava cheia de skaa trabalhadores e de carruagens de nobres. Kelsier ignorou o tráfego, disparando para o meio da rua, mantendo sua velocidade absurda. Vin o seguiu, sentin sent indo-s do-see ca cada da vez mais ma is preocupada so sobre bre em e m quê havia se m eti etido. do. pe nsou. ou. É claro, da últi últim m a vez que forçar forç araa Kelsi Kelsier er a leváevá-lla Não posso posso deixáde ixá-lo lo sozinho sozinho,, ela pens com ele, acabara m eio m ort ortaa em um leit leito por por mai ma is de de um m ês. Kelsier se movia entre as carruagens, abrindo caminho entre pedestres, descendo a rua como se fosse feita só para ele. Vin o seguia o melhor que podia, o chão virara um borrão sob seus pés, as pessoas passavam rápido demais para que pudesse ver seus rostos. Alguns deles gritavam depois que ela passava, com vozes aborrecidas. Um par deles, no entanto, quase engasgou enga sgou de sus susto to,, guarda gua rdando ndo silêncio. silêncio. As capas, capas , Vin pensou. É e stamos usando – é por isso que sem sempre pre as usamos. pensou. É por isso que as estamos Quando veem vee m as capas de brumas os os nobres nobres sabem que deve de vem m sair sair do caminho caminho . Kelsier virou, correndo diretamente na direção dos portões ao norte da cidade. Vin o seguiu. Kelsier Kelsi er não dim dim in inui uiuu a velocidade velocidade ao se aproxi a proxim m ar dos port portões, ões, e as a s filas filas de pess pe ssoas oas começ com eçar aram am a surgir. Guardas do posto de inspeção se voltaram com rostos surpresos. Kelsier saltou. Um dos guardas de arm a rm adura foi amassado am assado no chão, soltand soltandoo um gri grito to,, esmagado esm agado pelo peso alomântico de Kelsier enquanto o líder da gangue passava sobre sua cabeça. Vin inspirou, jogou uma m oeda para pa ra se impulsio impulsionar nar e salt saltou. ou. Esqui Esquivou vou-se -se com c om fac facil iliidade de um segun segundo do guar guarda, da, que olhava ol hava para par a cima c ima com su surpre rpresa, sa, enquanto enquanto seu companheiro com panheiro se se cont c ontorcia orcia no chão. empurrou a armadura do soldado, atirando-se mais alto no ar. O homem cambaleou, Vin empurrou mas permaneceu em pé – Vin não era nem de perto tão pesada quanto Kelsier. Ela saltou por sobre as muralhas, ouvindo os gritos de surpresa dos soldados que patrulhava patr ulhavam m no topo. Só podia espe espera rarr que ninguém a re reconhe conhece cesse. sse. Nã Nãoo era e ra prová provável. vel. Em Embora bora seu gorro tivesse escapado enquanto voava pelos ares, aqueles que conheciam Valette, a dama da corte, provavelment provavelme ntee nunca a li ligariam gariam a uma um a Nascid Na scidaa das Brum Brumas as usando usando calças sujas. suja s. A capa de Vin agitava-se raivosamente no ar. Kelsier completou seu arco antes dela e começou a descer, Vin logo o seguiu. Parecia muito estranho usar alomancia à luz do dia. Não natural, até. Vin cometeu o erro de olhar para baixo enquanto caía. Em vez dos reconfortantes redemoinhos de brumas, viu o chão muito abaixo. pensou, horroriz horror izada ada.. Feliz Felizm m ente, não nã o estava m ui uito to desorientada desorientada,, e empurrou a Tão alto!, alto! , Vin pensou, moeda que Kelsier usara para aterrissar. Reduziu a velocidade de sua descida até um nível admin adm iniist strá rável vel antes de saltar saltar na terra terr a coberta de cin c inzzas. Kelsier imediatamente seguiu para a estrada. Vin o seguiu, ignorando mercadores e viajantes. Agora que estavam fora da cidade, Vin pensou que Kelsier poderia ir mais devagar. Mas ele não o fez. Acelerou.
E, repentinamente, ela entendeu. Kelsier não pretendia andar ou mesmo correr até as cavernas. Elee pl El planej anej ava ir dispara disparado do por por todo o cam in inho ho até lá. Era uma viagem de duas semanas pelo canal. Quanto tempo levariam? Estavam se movendo rápido, terrivelmente rápido. Mais devagar do que um cavalo a galope, sem dúvida, mas certamente nenhum cavalo poderia manter um galope desses por muito tempo. Vin não não sentia sentia fadiga enqu e nquanto anto corria. Recorria a o peltre peltre,, passando passando só um um a parte do esforço e sforço paraa seu cor par corpo. po. Mal podia sentir suas pisada pisadass no chã chão, o, e c om um umaa re reser serva va tão gra grande nde de pe pelt ltre re sentia sent ia que poder poderia ia manter m anter a velo velocidade cidade por um bom tem po. Alcançou Kelsier, ficando ao seu lado. – Isso é m ais fác fá c il do que eu e u pensava. pensa va. – O pe pelt ltre re a um umenta enta seu e quil quilíbrio íbrio – Ke Kelsi lsiee r explicou. – Do c ontrá ontrário, rio, esta estaria ria trope tropeçç ando agora mesmo. – O que a c ha que e ncontr ncontrar arem em os? Na Nass cave ca verna rnas, s, quero quer o dize dize r. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Não Nã o fale. fa le. Poupe P oupe suas sua s forç for ç as. – Mas não nã o estou me m e sentindo nem um pouco ca c a nsada nsada!! – Ver erem em os o que diz daqui da qui a dezesseis hora horass – Ke Kelsi lsier er com entou, a ce celer lerando ando ainda m a is enquantoo se afa enquant a fast stava ava da est e stra rada, da, seguindo seguindo por por um ca cam m in inho ho latera laterall ao canal c anal Luth-Davn. Luth-Davn. Dezesse De zesseis is horas! horas! Vin afastou-se um pouco de Kelsier, dando-se espaço suficiente para correr. Kelsier aumentou sua velocidade até alcançar um ritmo enlouquecedor. Ele estava certo: em qualquer outro out ro cont c ontexto exto,, ela teria trop tropeç eçado ado facil fa cilm m ente na est estra rada da irregul irre gular ar.. Mas com o peltre peltre e o estanho estanho guiando-a, conseguia ficar em pé – embora fazer isso exigisse cada vez mais atenção, conforme escurecia e as a s bruma brumass saíam saíam.. De vez em quando, Kelsier atirava uma moeda e se lançava de uma colina para outra. Mas na maior parte do tempo corria em ritmo regular, sem se afastar do canal. As horas passavam, e Vin começava a sentir a fadiga que ele tinha dito que ela sentiria. Ela mantinha a velocidade, mas podia sentir algo no fundo – uma resistência interior, uma ânsia de parar e descansar. Apesar do poder poder do pelt peltre re,, seu corpo estava estava ficando sem sem força forças. s. Assegurava-se de nunca deixar a reserva de peltre acabar. Temia que, se isso acontecesse, a fadiga se apoderasse dela com tanta força que não seria capaz de voltar a caminhar. Kelsier também ordenara que bebesse uma quantidade descomunal de água, mesmo que não tivesse sede. A noite estava cada vez mais escura e silenciosa, sem nenhum viajante que se atrevesse a encarar as brumas. Passaram por barcos e barcaças atracados nos canais para passar a noite, assim como por acampamentos ocasionais dos viajantes, com suas tendas próximas umas das outras para se protegerem das brumas. Por duas vezes viram espectros das brumas na estrada, o primee iro deles prim de les ca c a usou um ter terríve rívell susto susto em Vin. Kelsi Ke lsier er simple simplesm smente ente passou por ele e le – ignorando ignora ndo os terríveis e translúcidos restos de pessoas e animais que haviam sido ingeridos, os ossos agora formando o esqueleto do próprio espectro. Mas ele continuou correndo. O tempo ficou difuso, e a correria chegou a dominar tudo o que Vin er eraa e fa fazzia. Mover-se Mover-se exi e xigi giaa tanta atenção atençã o que que ela e la mal m al se concent conce ntra rava va em e m Kelsi Kelsier er,, que que ia diante di ante dela nas brumas. brum as. Cont Contin inuava uava a colo coloca carr um pé na fre frent ntee do outro, outro, seu corpo perm anec anecendo endo forte – embora, ao mesmo tempo, se sentisse terrivelmente esgotada. Cada passo, por mais rápi rá pido do que que fosse, fosse, tornava-se uma um a tarefa tare fa.. Come Começou çou a ans a nsiar iar por descanso. Kelsier não lhe deu nenhum descanso. Continuava correndo, forçando-a a segui-lo,
mantendo uma velocidade incrível. O mundo de Vin tornou-se uma coisa atemporal de dor forçada e exasperação crescente. Reduziam o ritmo ocasionalmente para beber água ou engolir mais contas de peltre – mas ela nunca parava de correr. Era como... como se não conseguisse paraa r. Vin de par deixou ixou a exa exaust ustãã o dom dominar inar sua m ente ente.. Avivar o peltre e ra tudo. Ela nã nãoo e ra m a is nada. A luz a surpreendeu. O sol começava a nascer, as brumas desapareciam. Mas Kelsier não deixou que a iluminação o detivesse. Como conseguia? Tinham que correr. Tinham apenas... que... seguir... seguir... corre cor rendo.. ndo.... Vou morrer. Nãoo era Nã e ra a prim primee ira ve vezz que o pensa pensam m ento passa passava va pela ca cabeç beçaa de Vin enquanto e nquanto cor corria ria.. De De fato, a ideia estava rondando sua mente, cutucando seu cérebro como uma ave carniceira. Continuou se movendo. Correndo. Odeio correr , pensou. É por iss issoo que sem sempre pre v ivi na cidade cidade,, não no c ampo. Para que não tivesse que correr. Algo dentro dentro dela sabia que o pensam pe nsamento ento não faz fa zia nenhum senti sentido. do. Cont Contudo, udo, no no mom m omento ento a lucidez não era uma de suas virtudes. Odeio Kelsier também. também . Ele só conti c ontinua nua correndo. c orrendo. Quanto Q uanto tempo já se passou desde que o sol nasceu? Minutos? Horas? Semanas? Anos? Juro que não sei... Kelsier Kelsi er di dim m in inui uiuu o ritm ritm o até para pararr diante diante dela na est estra rada. da. Vin estava tão aturdida que quase colidiu com ele. Tropeçou, reduzindo a velocidade a duras penas, pena s, com o se ti tivesse vesse e squec squecido ido c om omoo fa fazze r outra c ois oisaa que não cor corre rer. r. P ar arou ou e e nca ncarou rou os próprios própr ios pé pé s, estupefata estupef ata.. pensou. Nã Isso está e stá e rrado rrado,, ela pensou. Nãoo posso ficar ficar parada aqui. aqui. Te Te nho que me m e move m over r . Senti entiuu que que com c omeç eçava ava a se m over novamente, novam ente, mas m as Kelsier Kelsier a segurou. Ela Ela luto lutouu para se livrar livrar dele, re resi sist stind indoo debil de bilm m ente. a lgo dentro dentro dela de la disse. disse. Re Descanse De scanse,, algo Relaxe laxe.. Você Voc ê esquec e squeceu eu como c omo é, é , mas é tão bom... – Vin! – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – Nã Nãoo a pague seu peltre peltre.. Mante Mantenhanha-oo queim queimaa ndo ou vai fic ficaa r inconsciente! Vin balançou a cabeça, desorientada, tentando entender o que ele tinha dito. – Estanho! – ele e le orde or denou. nou. – Avive-o. Avive- o. Agora! Agora ! Ela o fez. Sua cabeça ardeu com uma súbita dor que quase esquecera, e teve que fechar os olhos contra a luz do sol ofuscante. Suas pernas doíam, e seus pés estavam ainda piores. Mesmo assim assi m , a repe repent ntin inaa ond ondaa de perce per cepção pção sensorial sensorial rest re staurou aurou sua sanidade, sanidade, e ela pest pe stanej anej ou, olh olhando ando paraa Ke par Kelsi lsier er.. – Melhor? – ele perguntou. pe rguntou. Ela assentiu. – Aca A caba ba de fa fazzer algo incr incrivelm ivelmente ente inj injusto usto com c om seu c orpo – Ke Kelsi lsiee r e xpli xplicou. cou. – De Devia via ter desmoronado há horas, mas tinha peltre para mantê-lo em movimento. Vai se recuperar... vai ficar até melhor por se forçar desta maneira... mas neste momento tem que continuar queima qu eimand ndoo pelt peltre e perm permanece anecerr des despert perta. a. Pod P odem em os dormir dormir m ais tarde. tarde. Vin assentiu novamente. – Por P or que... que ... – A voz de dela la fa f a lhou enquanto fala f alava. va. – Por P or que pa para ram m os? – Ouça Ouç a . Ela ouviu. Ouviu... voze voze s. Grit Gr itos. os. Olhou Olh ou para ele.
– Um a batalha? ba talha? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – A cida cidade de de Holst Holstee p e stá a um umaa hora ao norte norte,, m a s a c ho que e ncontr ncontram am os o que procurá proc urávam vam os. Vam os. Ele a soltou, derrubou uma moeda e saltou por cima do canal. Vin o seguiu enquanto ele corria até uma colina próxima. Kelsier se agachou, espiando o outro lado. Então se levantou, encarando algo a leste. Vin subiu na colina, e viu a batalha – tal como era – com facilidade na distância. Uma mudança no vento trouxe os odores até seu nariz. Sangue. O vale lá embaixo estava semeado de cadáveres. Homens ainda lutavam do outro lado – um pequeno grupo maltrapilho, com roupas variadas, cercado por um exército muito m aior e uni uniform form iz izado. ado. – Chega Chegam m os m uit uitoo tar tarde de – Ke Kelsi lsier er fa falou. lou. – Nossos hom homee ns de devem vem ter a ca cabado bado c om a Guarnição de Hol Holst step ep e devem ter tentado tentado voltar voltar para par a as cavernas. ca vernas. Mas a cid c idade ade de Valt Va ltroux roux está está a poucos dias de distância, e a guarnição deles tem cinco mil homens. Esses soldados chegaram aqui antes de nós. Apertando os olhos, e usando o estanho apesar da luz, Vin pôde ver que ele estava certo. O exército maior usava uniformes imperiais, e a fileira de cadáveres era indicativa de algo, eles tinham emboscado os soldados skaa enquanto se deslocavam. O exército deles não tivera nenhuma chance. Enquanto observava, viu skaa começarem a levantar seus braços, mas os sold so ldados ados contin continuavam uavam a m atá-los atá-los.. Alguns Alguns dos dos cam pon poneses eses rest re stantes antes lutavam lutavam desesperada desesperadam m ente, m as caíam quase com a m esma rapi rapidez dez.. – É um m a ssac ssacre re – Kelsi Ke lsiee r disse irado. ira do. – A Guar G uarniçã niçãoo Valtroux Valtroux deve de ve ter re recc ebido ordens or dens de acabar ac abar com to todo do o grupo. grupo. – Deu um pass passoo adiante. adiante. – Kelsi Ke lsiee r! – Vin exclam exc lam ou, segura segur a ndo o braç bra ç o dele. dele . – O que e stá faz fa ze ndo? Elee se vi El virou rou para ela. – Ainda há hom homens ens lá em e m baixo. Meus home hom e ns. – O que va vaii faz fa ze r? Atacar Atac ar um exé exérc rcit itoo inte inte iro? Qua Quall o propósito propósito disso? disso? Se us rebelde re beldess não têm alomancia... aloma ncia... não não podem sair correndo corre ndo ra rapi pidam damente. ente. Não pode deter um exér exércit citoo int inteiro, eiro, Kelsier. Kelsier. Ele se soltou da mão dela; Vin não tinha forças para segurá-lo. Perdeu o equilíbrio e caiu no áspero chão negro, levantando uma nuvem de cinzas. Kelsier começou a descer a colina na dire di reçã çãoo do ca cam m po de de batalha. Vin conseguiu ficar de joelhos. – Kelsi Ke lsiee r – ela e la disse, trem tre m e ndo ligeir ligeiraa m e nte pela pe la fa f a diga. – Não Nã o somos som os invenc invencíveis, íveis, le le m bra bra?? Elee se deteve. El – Você Você não é invencível – ela sussurrou. – Não pode deter todos eles. Não pode salvar aqueles homens home ns.. Kelsier ficou parado, em silêncio, com os punhos fechados. Então, lentamente, abaixou a cabeça ca beça.. Na dist distância, ância, o massacr m assacree cont c ontin inuava, uava, em bora não sobrassem sobrassem m ui uito toss rebeldes. – As ca c a ver vernas nas – Vin sussurrou. – Nossas forç f orçaa s devem de vem ter deixa deixado do home hom e ns para par a trá trás, s, cer c erto? to? Talvez eles possam nos dizer por que o exército se expôs. Talvez possam salvar os que restaram. Os hom hom ens do Senhor Senhor Soberano Soberano certam ce rtamente ente vão procurar procura r o quartel-general quartel-genera l do do exércit exér cito.. o.... se é que á não estão tentando. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Tudo bem . Vam Va m os. Kelsier desceu até a caverna. Teve que avivar o estanho para ver alguma coisa na escuridão, iluminada apenas pela parca luz do sol refletida de cima. O raspar de Vin na fenda
acima soou trovejante em seus ouvidos amplificados. Na caverna em si... nada. Nenhum som, nenhumaa luz nenhum luz.. Ke lsier ier pensou pe nsou.. Ni Então ela estava errada e rrada,, Kels Ninguém nguém fi ficc ou para trás. trás. Kelsier soltou a respiração lentamente, tentando encontrar uma válvula de escape para sua frustração e sua raiva. Havia abandonado os homens no campo de batalha. Balançou a cabeça, negando o que a lógica lhe dizia no momento. Sua raiva ainda estava muito latente. Vin saltou no chão ao lado dele, sua figura não mais do que uma sombra para seus olhos. – Vaz Va zia – ele e le decla de clarou, rou, a voz ec ecoando oando na c ave averna rna.. – Estava e rr rraa da. – Não Nã o – Vin sussurr sussurrou. ou. – Ali. De repente, ela começou a correr com a agilidade de um gato. Kelsier a chamou na escuridão, rangeu os dentes e então se orientou pelo som por um dos corredores. – Vin, volte volte aqui! a qui! Não Nã o há nada... na da... Kelsier se deteve. Mal pôde distinguir um lampejo de luz à sua frente, no corredor. aldição! Como ela viu isso de tão longe? Ainda Ain da podia podia ouv ouvir ir Vin adiante. adiante. Kelsier Kelsier avanç avançou ou com m ais cuidado, cuidado, checando chec ando suas suas reser r eservas vas de metal, preocupado com alguma armadilha que pudesse ter sido deixada pelos agentes do Mini Mi nist stér ério io.. Enquanto se se aproxima a proximava va da lu luzz, uma um a voz cha cham m ou. – Quem Que m está a í? Diga a senha senha!! Kelsier continuou a andar, a luz ficando brilhante o suficiente para que pudesse ver uma figura na contraluz, empunhando uma lança no corredor em frente. Vin esperava na escuridão, acocorada ac ocorada.. Olhou Olhou para Kelsi Kelsier er de m odo int inter errogati rogativo vo quando quando ele pass passou ou ao seu lado. Ela Ela pare parecia cia ter se recupera re cuperado do da da falt f altaa de reser r eservas vas de peltre, peltre, por por enquanto. enquanto. Quando Quando finalme finalment ntee haviam para parado do paraa desc par descaa nsar nsar,, no entanto, enta nto, ela senti se ntira ra.. – P osso ouvir você você!! – o guar guarda da diss dissee ansiosam e nte. A voz soava leve levem m e nte fa fam m il iliar iar.. – Identifique-se. Capit Cap itão ão Demoux De moux,, Kelsier nossos. Não é uma um a armadilha armadilha . Kelsier percebeu. perc ebeu. Um dos nossos. – Diga a senha senha!! – De D e m oux ordenou. orde nou. – Não Nã o prec pre c iso de de senha – Kelsi Ke lsier er diss dissee , avanç ava nçando ando até a té a luz luz.. Dem oux abaixou abaixou sua sua lança. lança . – Lorde Ke Kelsi lsiee r? Você ve veio... io... quer dize dize r que nosso exérc exé rcit itoo teve ê xit xito? o? Kels Ke lsier ier ig ignorou norou a questão. – Por P or que não está e stá guarda gua rdando ndo a entra e ntrada da ali a li a trá trás? s? – Nós... pensa pensam m os que ser seria ia m a is de defe fensi nsivo vo nos re reti tira rarm rm os pa para ra o int intee rior do com plexo, m eu senhor. Não sobrar sobraram am m ui uito toss de nós. nós. Kelsier olhou para trás, na direção do corredor de entrada. Quanto tempo até os homens do Senhor Soberano conseguirem capturar alguém disposto a falar? Vin estava certa no fim das contas – precisamos manter esses homens a salvo . Vin se levantou e se aproximou, observando o jovem soldado com aqueles olhos tranquilos. – Quantos Qua ntos de você voc ê s estão aqui? a qui? – Ce Ce rc rcaa de dois mil – Dem oux disse. disse. – Nós... estáva e stávam m os erra er rados, dos, me m e u senhor. senhor . Sint Sintoo muit m uito. o. Kelsier olhou para ele. – Errados? Err ados? – Pe P e nsam os que o Gene Ge nera rall Yeden Yede n estava e stava agindo a gindo precipi prec ipitada tadam m e nte – Dem De m oux disse, disse, cora c orando ndo de vergon ver gonha. ha. – Ficam Ficam os par paraa trás. trá s. Nós. Nós..... pensam pensam os que que est e stávam ávam os sendo sendo lea leais is a você, você , e não nã o a ele. e le. Mas devíamos ter ido com o resto do exército. – O e xér xércc it itoo e stá m orto – Ke Kelsi lsiee r diss dissee c orta ortante. nte. – Reúna seus hom homee ns, De Dem m oux. Precisamos partir agora agora..
Na quela noit Naquela noitee , senta sentado do em um tronc troncoo de á rvor rvore, e, c om a s brum br umaa s se re reunindo unindo ao a o seu re redor, dor, Kelsier Kelsi er fin finalm almente ente se forçou f orçou a confront confrontar ar os acontec aconteciim ento entoss do dia. dia. Estava sentado com as mãos cruzadas, escutando os últimos e fracos sons dos homens de seu exército se preparando para deitar. Felizmente, alguém pensara em preparar o grupo para uma partida rápida. Cada homem tinha um colchonete, uma arma e comida suficiente para duas semanas. sem anas. Assim Assim que Kel Ke lsi sier er descobri de scobriss ssee quem fora tão pre previ vident dente, e, pretendia pretendia dar ao homem home m uma boa prom pr omoçã oção. o. Nãoo que houvesse m uit Nã uitoo par paraa se c om omanda andar. r. Os dois m il hom homens ens re restantes stantes incluíam um número deprimentemente grande de soldados que tinha ultrapassado ou estava muito longe de seu auge – homens sábios o bastante para ver que o plano de Yeden era insano, ou jovens o bastante basta nte para pa ra fic ficaa re rem m assustados. Kelsier balançou a cabeça. Tantos mortos . Haviam reunido quase sete mil soldados antes daquele fiasco, mas a maior parte estava morta. Aparentemente, Yeden decidira “testar” o exércit exér cito, o, atacando ataca ndo a Guarni Guar niçã çãoo Holst Holstep ep à noi noite. te. O que o levara levar a a um umaa decisão tão tol tola? a? Ke lsier ier pensou. pensou. Isso Eu,, Kels Eu Isso é minha m inha culpa. culpa. Ele lhes prometera ajuda sobrenatural. Promovera a si mesmo, tornara Yeden parte da gangue e falara com demasiada naturalidade sobre fazer o impossível. Era de se estranhar que Yeden tivesse pensado que poderia atacar o Império Final de frente, considerando a confiança que Kelsier lhe dera? Era de se estranhar que os soldados fossem foss em com ele, considera considerando ndo as prom promessas essas que que Kelsi Kelsier er fiz fizera era?? Agora os homens estavam mortos, e Kelsier era o responsável. A morte não era novidade paraa e le. Ne par Nem m o fr fraa ca casso sso – não m a is. Mas não c onseguia im impedir pedir que iss issoo lhe c a usasse um aperto no estômago. É verdade que haviam morrido lutando contra o Império Final, que era a melhor morte que um skaa podia esperar – contudo, o fato era que provavelmente haviam morrido esperando algum tipo de proteção divina de Kelsier... e isso era perturbador. Você sabia que isso seria duro , disse para si mesmo. Compreendia o fardo que estava colocando sobre si mesmo. Mas, que direito tinha? Até mesmo os membros de sua própria gangue – Ham, Brisa e os outros – presumiam que o Império Final era invencível. Eles concordaram em participar por causa de sua fé em Kelsier, porque ele lhes havia contado seu plano como se fosse um golpe de ladrões. Bem, agora o patrão estava morto; um batedor enviado ao campo de batalha, para bem ou para mal, pôde confirmar a morte de Yeden. Os soldados colocaram sua cabeça em uma lança, ao lado da da est e stra rada, da, junt j untam am ente com vários ofici oficiais ais de Ham . O trabalho estava acabado. Haviam fracassado. O exército se fora. Não haveria rebelião, nem toma omada da da cidade. cidade. Ouviu passos se aproximando. Kelsier levantou o olhar, perguntando-se se teria forças para ficar de pé. Vin estava deitada, encolhida, ao lado de seu tronco, dormindo no chão duro, usando apenas a capa de bruma como colchão. O uso extensivo do peltre cobrara seu preço da garota, e ela colapsara no momento em que Kelsier deu a noite por encerrada. Gostaria de fazer o mesmo. Mas era muito mais experiente com o uso de peltre do que ela. Seu corpo cederia em algum algu m m om omento ento,, mas m as ainda ainda cons c onsegui eguiaa cont c ontin inuar uar um pou pouco co m ais ais.. Uma figura apareceu entre as brumas, mancando na direção de Kelsier. O homem era velho, mais velho que qualquer um dos que Kelsier recrutara. Devia fazer parte da rebelião desde antes – um dos skaa que vivia nas cavernas antes de Kelsier tomá-las. O homem escolheu uma pedra grande ao lado do toco de Kelsier, sentando-se e soltando um su susp spiro iro.. Era incrível que que algu alguém ém tão velho velho conseguiss conseguissee se m anter em e m pé. Kels Ke lsier ier havia feit f eitoo o grupo se mover com passos rápidos, com a intenção de distanciá-lo o máximo possível do
complexo de cavernas. – Os home hom e ns vão dorm dor m ir ma m a l – o velho disse. disse. – Não Nã o estão estã o acost ac ostum umaa dos a fica f icarr nas na s bruma brum a s. – Eles não nã o têm m uit uitaa escolha e scolha – Ke K e lsi lsier er c om omentou. entou. O velho balançou a cabeça. – Suponho que não. – Ficou senta sentado do por um m om omee nto, com c om os olhos idosos ilegíveis. – Nã Nãoo m e reconh re conhece ece,, não não é? Kelsier se deteve, então meneou a cabeça negativamente. – Sint Sintoo muit m uito. o. Eu o rec re c rute rutei? i? – De c e rto modo. m odo. Eu era er a um dos ska ska a da plantaç plantaçãã o de Lorde L orde Tre Tresti sting. ng. Kelsier ficou levemente boquiaberto, finalmente vendo uma pequena familiaridade no hom ho m em ca carec recaa e de post postura ura cans ca nsada ada e, m esmo assim assim , de de al a lgu gum m m od odoo forte. forte. – O velho ve lho com quem m e sente senteii naquela naque la noite. Seu nome nom e era e ra... ... – Mennis. Me nnis. Depois De pois que m a tou Tresting Tr esting nos re r e ti tira ram m os para pa ra a s cave c averna rnas, s, onde os rebe r ebeldes ldes nos acolheram. Com o tempo, vários partiram para procurar outras plantações. Alguns de nós ficaram. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Você Você e stá por trá tráss disso, disso, não e stá? – ele e le disse, gesti ge sticula culando ndo na dire direçç ão do aca a cam m pam e nto. – Dos preparativos. Mennis deu de ombros. – Alguns de nós podem lut lutaa r, outros podem pode m fa fazze r outras outra s coisas. Kelsier se inclinou para frente. – O que a c ontec ontecee u, Mennis? P or que Ye Yede denn fez fe z iss isso? o? Menniss apenas balançou a cabeça Menni ca beça.. – Em bora se esper e speree que os jovens j ovens sej se j am tol tolos, os, descobri desc obri que um pouco de idade pode torna tornar r um homem ainda mais tolo do que quando era criança. Yeden... bem, ele era o tipo que se impress impre ssiionava com c om fa facil cilid idade. ade. Tant Ta ntoo por você quant quantoo pela reput re putaç ação ão que deix deixou ou para ele. Alguns Alguns dos generais achavam que seria uma boa ideia dar aos homens alguma experiência prática em batalhas, bata lhas, e im imaa ginar ginaraa m que um umaa incur incursão são noturna à Gua Guarniç rnição ão Holst Holstep ep ser seria ia um m ovim ovimee nto inteligente. Pelo jeito, era mais difícil do que imaginavam. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Mesmo Mesm o que tivessem ti tido do sucesso, suce sso, expor o exér e xército cito o teria inut inutil iliz izaa do para par a nós. – Eles a c re redit ditava avam m em você – Mennis diss dissee em voz baixa baixa.. – P e nsava nsavam m que não fracassariam. Kelsier suspirou, e recostou a cabeça, encarando as brumas inconstantes. Soltou lentamente a respiração, o ar se misturando com as correntes sobre sua cabeça. – Então, o que vai ser se r de nós? – Mennis perguntou. per guntou. – Vam os divi dividi-los di-los – Ke Kelsi lsier er dis disse se –, levá levá-los -los de volt voltaa a Luthade Luthadell e m peque pequenos nos grupos, e misturá-los entre a população skaa. Mennis assentiu. Parecia cansado – exausto –, mesmo assim não se rendia. Kelsier podia entender esse sentimento. – Lem Le m bra bra-se -se de nossa conve conversa rsa na plantaç pla ntação ão de Tre Tresti sting? ng? – Mennis perguntou. per guntou. – Um pouco – Ke K e lsi lsiee r disse. – Tentou Te ntou me dis dissuadir suadir de ca causar usar proble problem m as. – Mas isso isso não o deteve de teve.. – Causar problem a s é a única coisa na qual sou bom, bom , Mennis. Você Você se re r e ssente do que fiz lá, no que o forcei a se tornar? Menniss deteve-se, Menni deteve -se, ent e ntão ão assent a ssentiu iu.. – Mas, de c er erto to m odo, sou gra grato to por e sse re ressentime ssentimento. nto. Ac Acre redit ditaa va que m inha vida ti tinha nha
acabado... eu acordava a cada dia esperando não ter forças para me levantar. Mas... bem, encontrei propósito novamente nas cavernas. Por isso, sou grato. – Mesmo Mesm o depois do que fiz f iz com o exérc exé rcit ito? o? Mennis bufou. – Não N ão se dê tanta im importâ portância ncia,, j ovem . Aquele A queless soldados se soldados se mataram. mataram. Você pode ter sido a motivação deles, mas não decidiu por eles. Em todo caso, essa não é a primeira rebelião a ser massacrada. Nem de longe. De certo modo, você conseguiu muita coisa: reuniu um exército de tamanho considerável, e o armou e treinou além do que qualquer um poderia esperar. As coisas aconteceram um pouco mais rapidamente do que imaginava, mas devia ter orgulho de si mesmo. – Orgulho? Or gulho? – Kelsi Ke lsier er pe perguntou, rguntou, levantandoleva ntando-se se par paraa extr extraa vasa vasarr um pouco de sua a git gitaa çã ção. o. – Esse exército, supostamente, devia ajudar a derrubar o Império Final, não ser morto em uma batalha bata lha inútil inútil e m um vale a sem a nas de dist distânc ância ia de Luthade Luthadel.l. – De Derr rrubar ubar o... – Mennis olhou para pa ra c im imaa , fr franzi anzindo ndo o c e nho. – Rea Realm lmee nte e sper sperava ava fa fazze r uma coisa dessas? – É clar c laroo – Kelsi Ke lsiee r confirm c onfirm ou. – Por P or que m ais reunir re unir um exé exérc rcit itoo com o esse? esse ? – P a ra re resis sisti tirr – Mennis diss dissee . – P a ra lut lutar ar.. Foi por iss issoo que e sses ra rapazes pazes vier vieram am par paraa a s cavernas. Não importava se ganhavam ou perdiam, a questão era fazer alguma coisa, qualquer coisa, para lutar contra o Senhor Soberano. Kels Ke lsier ier se virou, franz fra nzin indo do o cenho. ce nho. – Espera Esper a va que o exérc exé rcit itoo perde per desse sse desde de sde o início? – Que Q ue outro fina finall teria te ria?? – Mennis Me nnis perguntou. pe rguntou. Ficou e m pé, bala balança nçando ndo a ca cabeç beça. a. – P odeode-se se começar a sonhar o contrário, rapaz, mas o Senhor Soberano não pode ser derrotado. Uma vez, eu lhe dei um conselho... disse para ser cuidadoso com as batalhas que escolhia lutar. Bem, percc e bi que e ssa bata per batalha lha valia a pena pena lutar. Agora, deixe-me dar outro conselho, Kelsier, Sobrevivente de Hathsin. Saiba quando desistir. Você fez bem, melhor do que qualquer um esperaria. Aqueles skaa mataram uma guarnição inteira de soldados antes de serem pegos e destruídos. Essa é a maior vitória vista pelos skaa em décadas, talvez séculos. Agora é o momento de se retirar. Com isso, o velho fez um aceno respeitoso com a cabeça e se dirigiu para o centro do acampamento. Kelsier ficou parado, estupefato. A estupefato. A maior vitória vitória vista vista pelos skaa em e m décadas... dé cadas... Era contra isso que tinha que lutar. Não apenas contra o Senhor Soberano ou contra a nobreza. Lutava contra mil anos de condicionamento, mil anos de uma vida em uma sociedade que rotularia a morte de cinco mil homens como uma “grande vitória”. A vida era tão desesperada para os skaa, que eles tinham se reduzido a encontrar conforto em derrotas esperadas. – Essa não nã o foi uma um a vitória, Mennis Me nnis – Kelsi Ke lsier er sussu sussurr rrou. ou. – Eu lhe mostrarei uma vitória. mostrarei uma Forçou-se a sorrir – não de alegria ou de satisfação. Sorria a despeito do luto que sentia pelas m ort ortes es de seus homens home ns;; sorria sorria porque era er a o que faz f azia. ia. Era com c omoo provava provava ao Senhor Senhor Soberano Soberano – e a si mesmo me smo – que não estava derrot derr otado. ado. Não, Nã o, não se re reti tira raria ria.. Ainda não nã o tinha tinha ac a c aba abado. do. Longe disso.
QUARTA PARTE DANÇARINOS EM UM MAR DE BRUMA
Estou ficando ficando muito cansado.
Vin estava deitada em sua cama na loja de Trevo, sentindo a cabeça latejar. Felizmente, a dor estava diminuindo. Ainda podia se lembrar de como acordara, naquela primee ira m a nhã ter prim terríve rível; l; a dor e ra tão for forte te que m a l conseguia c onseguia pensa pensar, r, m uit uitoo m e nos se m e xer xer.. ão sabia como Kelsier conseguia seguir em frente, liderando o resto do exército até um local seguro. Já fazia mais de duas semanas. Quinze dias inteiros, e a cabeça dela ainda ainda doía. Kelsier tinha lhe dito que era bom para ela. Que precisava praticar o “recurso de peltre”, treinando seu corpo para funcionar além do que se imaginava possível. Apesar do que ele lhe dissera, no entanto, Vin duvidava que alguma coisa que doesse tanto pudesse de algum modo ser “bom” paraa e la. par É claro, podia vir a ser uma habilidade bem útil. Ela conseguia reconhecer isso, agora que sua cabeça não latejava tanto. Kelsier e ela tinham sido capazes de chegar ao campo de batalha em um úni único co dia. dia. A viagem viagem de volta volta durar duraraa duas sem sem anas. Vin levantou-se, espreguiçando-se, cansada. Haviam chegado há menos de um dia. Kelsier provavelm prova velm ente fic ficar araa a cor corda dado do m e tade da noit noitee e xpli xplica cando ndo os ac acontec ontecim imee ntos par paraa os outros membros da gangue. Vin, no entanto, ficara feliz em ir diretamente para a cama. As noites que passara passa ra dorm indo na terr te rraa dura a fiz fizee ra ram m per percc e ber que um umaa c a m a conf confortá ortáve vell era er a um luxo com o qual qual com começa eçara ra a se acostuma acostumar. r. Bocej ou, esfregou as têmporas têm poras novam novam ente, vestiu vestiu um um robe e foi para o banheiro. Ficou Ficou feliz feliz em ver que os aprendizes de Trevo haviam se lembrado de preparar seu banho. Trancou a porta, tirou a roupa e entrou na água morna e levemente perfumada. Realmente tinha pensado, em algum momento, que aqueles odores eram desagradáveis? O cheiro a tornava menos
despercebida, é verdade, mas parecia um preço muito baixo a se pagar para se livrar da sujeira e do lodo que se acumularam durante a viagem. Ainda achava o cabelo comprido um incômodo, no entanto. Ela o lavou e o desembaraçou, perguntando-se per guntando-se c om omoo a s m ulher ulheres es da cor corte te c onseguiam m ante anterr a quele queless ca cabelos belos que che chegava gavam m até a cintura. Quanto tempo passavam sob os cuidados de uma criada, penteando-os e arrumando-os? Os cabelos de Vin não chegavam nem aos seus ombros e já a aborrecia deixá-los tão compridos. Eles voavam e acertavam seu rosto quando saltava, sem mencionar que proporcc ionava propor ionavam m a lgo que seus inimigos podiam a gar garra rar. r. Assim que terminou o banho, voltou para o quarto, vestiu algo prático e desceu as escadas. Os aprendiz aprendizes trabalhavam trabalhavam na oficina oficina e as cri cr iadas trabalhavam no andar de cima c ima,, mas m as a coz c ozin inha ha estava tranquila. Trevo, Dockson, Ham e Brisa estavam tomando o desjejum. Levantaram as cabeça ca beçass quando quando Vin entrou. entrou. – O que foi? – Ela diss dissee , ra rabugenta bugenta,, par paraa ndo na porta porta.. O ba banho nho ha havia via a li liviado viado um pouco a dorr de cabeça do c abeça,, mas m as sua sua nuca ai a ind ndaa latej latej ava de leve. Os quatro quatro hom homens ens troca trocara ram m ol olhare hares. s. Ham fa falo louu prim prim eiro. – Estávam Estáva m os discutindo o stat o status us do plano, agora que nosso empregador e nosso exército se foram. Bris risaa ergueu e rgueu uma so sobrance brancelh lha. a. Status?? É um jeito interessante de colocar a questão, Hammond. Eu teria dito – Status “inviabili “invi abilidade dade”” em vez disso disso.. Trevo grunhiu assentindo, e os quatro voltaram-se para ela, aparentemente esperando para ver sua sua reaç re ação. ão. Por que se incomodam tant tantoo com o que acho? , ela pensou, entrando na cozinha e pegando uma cadeira. – Que Querr algo par paraa com er er?? – Doc Dockkson per perguntou, guntou, leva levantandontando-se. se. – As c ria riadas das de Tre Trevo vo prepa pre para rara ram m a lguns roc rocaa m boles da baía ba ía para pa ra nós... – Ce Ce rve rvejj a – Vin V in disse. disse. Dockson Dock son se deteve. de teve. – Não Nã o é nem ne m m e io-dia. – Cerve Cervejj a. Agor Agoraa . P or fa favor. vor. – Vin inclinou-se pa para ra fr frente ente,, dobra dobrando ndo os bra braçç os na m e sa e descansando a cabeça sobre eles. Ham teve coragem de dar um um a gargalhada. gargalhada. – Re Re ssac ssacaa de pe pelt ltre re?? Vin assentiu. – Vai Va i passar – ele e le assegur a ssegurou. ou. – Se Se eu e u não m orr orree r antes a ntes – ela re resm smungou. ungou. Ham gargalhou de novo, mas a frivolidade pareceu forçada. Dox entregou-lhe uma caneca e se sent se ntou, ou, olhando olhando para par a os outros. outros. – Então, Vin. O que você acha? ha? você ac – Nã Nãoo sei – e la diss dissee , c om um suspi suspiro. ro. – O e xér xército cito esta estava va bem no ce centro ntro de tudo, c er erto? to? Brisa, Ham e Yeden passaram todo o tempo recrutando; Dockson e Renoux trabalharam nos suprimentos. Agora que os soldados se foram... bem, isso só nos deixa com o trabalho de Marsh no Ministério e os ataques de Kell contra a nobreza... e nada disso são coisas para as quais precc isam de nós. A gangue está re pre redundante dundante.. A sala ficou em silêncio. – Ela tem um j e it itoo depr deprim imente entem m e nte brusc bruscoo de e xpre xpressar ssar a c ois oisaa toda – Doc Dockkson comentou.
– Re Re ssac ssacaa de pe pelt ltre re c ausa iss issoo – Ham Ha m obser observou. vou. você voltou – Quando Qua ndo você voltou,, fa f a lando nisso? – Vin perguntou. pe rguntou. – Na noit noitee pa passada ssada,, depois que você foi dorm ir – Ha Ham m diss dissee . – A Gua Guarniç rnição ão m a ndou os sold so ldados ados tem tem porários de volta volta m ais cedo para par a que não tivess tivessem em que nos pagar pagar.. – Ainda estão e stão lá, então? e ntão? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. Ham assent assentiu iu.. – Caça Caç a ndo o resto re sto do nosso nosso exérc exé rcit ito. o. A Guarniç Gua rnição ão de Luthade Luthadell liber liberou ou as a s tropas de Va lt ltroux, roux, que estavam bem maltratadas pela batalha. A maior parte das tropas de Luthadel vai ficar fora por um bom tem po, a inda proc procura urando ndo re rebe beldes... ldes... apa apare rentem ntem e nte, vár vários ios grupos gra grandes ndes se separara separa ram m do nos nosso so exér exércit citoo princip principal al e fugira fugiram m antes que que a batal ba talha ha com eç eçasse. asse. A conversa caiu em silêncio mais uma vez. Vin bebeu sua cerveja, mais para dar coragem do que por acreditar que isso a faria se sentir melhor. Alguns minutos mais tarde, passos soaram nas escadas. escada s. Kels Ke lsier ier entrou na cozi cozinha. nha. – Bom dia par paraa todos – diss dissee c om sua anim a nimaa çã çãoo cost c ostum umee ira ira.. – Rocam Roca m boles da ba baía ía de novo, pelo que ve vejj o. Tre Trevo, vo, você re reaa lm lmee nte pre precc isa c ontra ontratar tar cr criada iadass m ais c ria riati tivas. vas. – Ape Apesar sar do comentário, agarrou um rocambole cilíndrico e deu uma grande mordida, então sorriu agradavelmente antes de pegar algo para beber. A gangue permaneceu em silêncio. Os homens trocavam olhares. Kelsier ficou em pé, apoiado apoi ado no arm ár ário io enquant enquantoo comi com ia. – Kell Ke ll,, tem os que conver c onversar sar – Dock Doc kson finalme finalm e nte disse. – O exér e xércc it itoo se foi. f oi. – Sim Sim – Kelsi Ke lsiee r disse, entre e ntre denta dentadas. das. – Eu perc pe rcee bi. – O traba tra balho lho está ac a c a bado, Ke K e lsi lsier er – Brisa Brisa dis disse. se. – Foi um umaa boa tentativa, m as fra f raca cassam ssam os. Kelsier deteve-se. Franziu o cenho, abaixando o rocambole. – Fra Fraca cassam ssam os? O que o faz fa z diz dizee r isso? – O exé e xérc rcit itoo se foi, f oi, Kell – Ham Ha m re repetiu. petiu. – O exé e xérc rcit itoo era er a ape apenas nas um a peç pe ç a dos nossos planos. planos. Tivem os um c ontra ontratem tem po, é verda ve rdade de... ... m as dificil dificilm m ente estamos estam os acabados acaba dos.. – Ah, A h, pelo pe lo am a m or do Senhor Sober oberaa no, hom em ! – Brisa diss dissee . – Como pode fic ficaa r aí par paraa do, mortos.. Não se importa com isso? tão animado? anim ado? Noss Nossos os hom hom ens est e stão ão mortos – Eu E u m e im importo, porto, Brisa – Kelsier K elsier dis disse, se, em um tom sér sério. io. – Mas o que e stá fe feit itoo está e stá fe feit ito. o. Temos que continuar. – Exatam Exa tam e nte! – Brisa diss dissee . – De Deixar ixar pa para ra lá esse e sse seu se u “tra “ trabalho” balho” insano. É hora de desisti desistir. r. Sei que não gosta disso, mas é a pura verdade! Kelsier colocou seu prato no balcão. – Não Nã o me m e abrande Brisa. Jamais mee abrande abrande,, Brisa. J amais m abrande.. Brisa deteve-se, levemente boquiaberto. – Tudo bem be m – disse disse , por fim f im.. – Não Nã o usare usar e i aloma alom a ncia ncia;; só usa usa re reii a verda ve rdade de.. Sa Sa be o que ac a c ho? Acho que nunca pretendeu pegar aquele atium. Acho que nos usou. Você nos prometeu riquezas paraa que nos juntássem par j untássem os a você você,, m as nunca teve a int intee nçã nçãoo de nos tornar torna r ric ricos. os. Isso tudo é pe pelo lo seu ego... para se tornar o líder de gangue mais famoso que jamais existiu. É por isso que isso que andou espalhando todos esses rumores, fazendo todo esse recrutamento. Você já conhece a riqueza... agora quer se tornar uma lenda. Brisa ficou em silêncio, sustentando um olhar duro. Kelsier ficou parado, com os braços cruzados, olhando para a gangue. Vários desviaram o olhar, seus olhos envergonhados provavam que tinham pensado o mesmo que Brisa. Vin era um deles. O silêncio persistiu, todos esperando uma refutação.
Pa ssos Pass os so soara aram m na escada esca da novam novam ente, e Fantasma Fantasma irrompe irrompeuu cozin cozinha ha adent ade ntro. ro. – Desej De sej osos que que se importa im portam m de pé par paraa ver ver!! Um U m a re r e união, na pra praça ça da fonte! f onte! Kelsier Kelsi er não parece pare ceuu surpre surpreso so com o anúncio do rapaz. – Um a re r e união na pra praça ça da fonte? f onte? – Ham Ha m diss dissee lentam e nte. – Isso signific significa... a... – Vam Va m os – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou, endireit endire itaa ndo o corpo. cor po. – Tem os que ver. ve r. – Pre P refir firoo não fa f a zer iss isso, o, Kell Ke ll – Ham Ha m fa falou. lou. – Evito Evito essas coisas c oisas por um m oti otivo. vo. Kelsier o ignorou. Colocou-se na frente do grupo; todos – inclusive Brisa – estavam vestidos com roupas e capas comuns de skaa. Uma leve chuva de cinzas havia começado, e flocos descuidados descui dados caíam do céu, como c omo fol folhas has cain ca indo do de uma um a árvore in invi visí sível. vel. Montes de skaa ocupavam a rua, a maior parte deles trabalhadores de fábricas ou moinhos. Vin só conhecia um motivo pelo qual os trabalhadores eram liberados e enviados para se reunir na praça central da da cid cidade. ade. Execuções. Nuncaa a ssi Nunc ssisti stira ra a nenhum a. Supost upostaa m e nte, todos os hom homens ens da cida cidade de – sk skaa aa ou nobre nobress – deviam assistir às cerimônias de execução, mas gangues de ladrões sabiam como permanecer escondidas. Sinos tocavam ao longe, anunciando o evento, e obrigadores vigiavam nas laterais das ruas. Eles entravam nas fábricas, nos moinhos e nas casas aleatoriamente, procurando por quem desob desobedec edecesse esse ao cham c hamado, ado, castigando castigando-os -os com a m orte. Reuni Reunirr ess e ssaa quantidade quantidade imensa im ensa de gente era um enorme empreendimento – mas, desse modo, coisas como essa simplesmente funcionavam funcio navam para provar quão poder poderos osoo o Senhor Senhor Soberano Soberano era e ra.. As ruas estavam ficando cada vez mais abarrotadas enquanto a gangue de Vin se aproximava da praça da fonte. Os telhados dos edifícios estavam lotados, e as pessoas enchiam as ruas, empurrando para frente. Nã Nãoo é possí possívv el que c aibam todos todos.. Luthadel não era como a maior parte das outras cidades; sua população era enorme. Mesmo que somente os homens estivess esti vessem em presentes, não não havi ha viaa com comoo todo todo mund m undoo conseguir conseguir ver as execuç e xecuções. ões. Mesmo assim, eles vinham. Uns porque era exigido, outros porque não tinham que trabalhar enquanto assistiam, e outros ainda – Vin suspeitava – porque tinham a mesma curiosidade m órbida que todos os hom hom ens possuí possuíam am . Conforme a multidão aumentava, Kelsier, Dockson e Ham começaram a abrir caminho paraa a ga par gangue ngue e ntre os c uriosos. Alguns sk skaa aa e xpre xpressava ssavam m re ressentime ssentimento, nto, e m bora m uit uitos os tivess ti vessem em ol olhare haress opac opacos os e com pl plac acentes. entes. Algun Algunss pareciam parec iam su surpre rpreso soss – até mesm m esmoo entusi entusiasm asmados ados – quando vira viram m Ke Kelsi lsiee r, e m bora suas cic cicatr atriz izee s não estivessem a vist vista. a. Esses a bria briam m c am inho ansiosamente. Depois de um tempo, a gangue chegou até a fila de edifícios que rodeava a praça. Kelsier escolheu um, apontando com um movimento de cabeça, e Dockson avançou. O homem na porta tentou barrar sua entrada, mas Dox apontou para o telhado, sacudindo sua bolsa de moedas sugesti sug estivam vam ente. Alguns minutos minutos mais m ais tar tarde, de, a gangue tinha tinha o telhado inteiro inteiro para pa ra si si.. – Por P or fa f a vor, Tre Tr e vo, nos esfumace – Kels Ke lsier ier disse disse em e m voz baixa. esfumace – O deformado artesão assentiu, tornando o grupo invisível para os sentidos alomânticos do bronze. Vin V in aproxim apr oximou-se ou-se da beir beiraa da do telhado, telha do, agac a gachandohando-se se e c oloca olocando ndo as a s mã m ã os no pequeno pe queno beiraa l de pedra beir pe dra e nquanto persc pe rscruta rutava va a pra praçç a abaixo. a baixo. – Tantas Ta ntas pessoas... pessoa s... – Voc Vocêê viveu toda sua vida e m c idade idades, s, Vin V in – Ha Ham m diss dissee , para pa rado do perto pe rto dela dela.. – Certa Certam m e nte á vi viuu mult m ultid idões ões antes. a ntes. – Sim im,, m a s... – Co Com m o podia explica explicar? r? A m assa c om ompa pacta ctada da e ins instáve távell não nã o se par paree cia c om nada que havi ha viaa visto visto.. Era enorm enorme, e, quase sem fim, seu rastro r astro enchendo todas todas as ruas que levavam
até a praça central. Os skaa estavam tão comprimidos, que ela se perguntava como tinham espaç esp açoo para respi respirar. rar. Os nobres estavam no centro da praça, separados dos skaa por soldados. Estavam perto do pátio da fonte ce centra ntral,l, que se er erguia guia c er erca ca de um m e tro e m eio do re resto sto da pra praçç a. Alguém construíra assentos para a nobreza, e ali estavam, como se fossem assistir a um espetáculo ou a uma corrida de cavalos. Muitos tinham criados segurando guarda-sóis contra as cinzas, mas a chuva era er a frac fr acaa o bastante bastante para que alguns alguns si sim m pl plesm esmente ente a ignorassem ignorassem.. Parados ao lado dos nobres estavam os obrigadores – os comuns, com túnicas cinza; os Inquisidores, de negro. Vin estremeceu. Havia oito Inquisidores, suas formas esguias destacandose uma cabeça acima dos obrigadores. Mas não era só a altura que separava as criaturas sombrias de seus primos. Havia um ar, uma postura diferente nos Inquisidores de Aço. Vin se virou, começando a estudar os obrigadores comuns. A maioria usava suas túnicas administrativas com orgulho – quanto mais alta a posição, mais elegante era a túnica. Vin apertou os olh olhos os,, queim queimando ando estanho, estanho, e reconh rec onhec eceu eu um rost rostoo moderada m oderadam m ente fam fa m il iliiar ar.. – Ali – ela disse, apontando. a pontando. – Aquele Aque le é m eu pai. pa i. Kelsier Kelsi er animou-se. – Onde? Onde ? – Na fr frente ente dos obrigadores obrigador es – Vin falou. f alou. – O m ais baixo, com c om a túni túnica ca com estola dourada. doura da. Kelsier ficou em silêncio. – Aque – é seu pai? – ele finalmente perguntou. Aquele le é Quem? – Dockson perguntou, apertando os olhos. – Não consigo ver os rostos deles. – Quem? – Tevidi Te vidiaa n – Kelsi Ke lsiee r disse. Prelado? – Dockson perguntou, chocado. – O Sumo Prelado? – O quê? quê ? – Vin perguntou. per guntou. – Que Quem m é esse? e sse? Brisa gar gargalhou. galhou. – O Sum umoo P re relado lado é o lí líder der do Mini Ministério, stério, m inha quer querida. ida. É o m ais im importa portante nte dos obrigadores do Senhor Soberano... tecnicamente, tem uma posição mais alta até do que os Inquisidores. Vin sentou-se, estupefata. – O Sum umoo P re relado lado – Doc Dockkson m urm urou, ba balanç lançaa ndo a c abe abeçç a . – Isso fic ficaa c a da vez melhor. – Olhem ! – Fantasm a disse de re repe pente, nte, apontando. a pontando. A multidão de skaa começou a se agitar. Vin presumiu que estavam compactados demais paraa se m over par overem em , m as a par parente entem m e nte esta estava va e rr rrada ada.. As pessoa pessoass c om omeç eçar aram am a re retroc trocee der der,, abrindo um largo corredor que levava até a plataforma central. O que os faria... faria... Então ela sentiu. O entorpecimento opressor, como um enorme cobertor apertado, deixando-a sem ar, roubando sua vontade. Imediatamente queimou cobre. Mesmo assim, como antes, jurava que podia sentir o Senhor Soberano abrandando abrandando,, apesar do metal. Sentia-o aproxim aproxi m ar ar-se, -se, tentando tentando fazêfazê-la la perder to toda da a von vontade, tade, todo todo o desejo, desej o, toda toda a força f orça da em e m oção. – Ele está e stá vindo – Fa Fa ntasm ntasmaa sussurrou, sussurr ou, agacha aga chado do ao lado la do dela. dela . Uma carruagem negra puxada por dois enormes garanhões brancos surgiu de uma rua lateral. Percorreu o corredor entre os skaa, movendo-se com uma sensação de... inevitabilidade. Vin viu várias pessoas serem feridas durante a sua passagem, e suspeitou que se alguém caísse no cam in inho ho da da car c arruagem ruagem , o veícul veículoo nem ao menos m enos reduziri reduziriaa a velo velocidade cidade enquanto enquanto esmagava esma gava a pessoa até a m orte orte.. Os skaa se apertaram um pouco mais enquanto o Senhor Soberano chegava, uma onda
visível percorreu a multidão, a postura das pessoas foi ficando caída enquanto sentiam seu abrandamento poderoso. O som dos sussurros e conversas ao fundo se apagou, e um silêncio abrandamento sobrenatural so brenatural se se apod a poder erou ou da da imensa im ensa praça. praç a. – Ele é tão poder poderoso oso – Bris Brisaa diss dissee . – Mesm Mesmoo no m eu m e lhor dia, só consigo a plac placaa r uns duzentos homens. Deve ter dezenas de milhares aqui! Fantasma olhou por cima do pequeno peitoral do telhado. – Isso me m e fa fazz quer querer er ca cair. ir. Só Só me m e deixa deixar... r... Então Ent ão se deteve. Sac Sacudi udiuu a ca cabeça beça,, com o se despertasse. Vin Vin franz fra nziu iu o cenho. Algo Algo pareci parec ia diferente. Tentou apagar seu cobre e percebeu que não podia mais sentir o abrandamento do Senhor Soberano. O sentimento de horrível depressão – a carência e o vazio – havia desaparecido estranhamente. estranham ente. Fantasma Fantasma levantou a cabeça ca beça,, e o resto r esto da gangue se endi e ndire reit itou ou um um pou pouco. co. Vin olhou ao redor. Os skaa lá embaixo não pareciam ter mudado. No entanto, seus amigos... Seus olhos encontraram Kelsier. O líder da gangue estava parado, ereto, encarando resolut resol utam am ent entee a ca carruagem rruagem qu quee se aproxim aproxim ava, com uma express expressão ão de concent concentraç ração ão no rost rosto. Ele e stá stá tumultuando nossas emoções, emoções, Vin percebeu. Está c ontr ontra-atac a-atacando ando o poder do Senhor Soberano. Soberano. Era obviamente uma luta para Kelsier proteger até mesmo seu pequeno grupo. Brisaa e stá ce Bris certo rto,, Vin pensou. Como podemos lutar contra algo assim? O Senhor Soberano abrandand ndandoo ce está abra está centenas ntenas de de mil milhar hares es de pessoas de uma vez! v ez! Mas Kelsier continuou se esforçando. Só por acaso, Vin acendeu seu cobre. Então queimou tumultuando as emoções daqueles ao seu redor. Era como se zinco e tentou ajudar Kelsier, tumultuando empurrando uma estivesse empurrando uma pare parede de imens ime nsaa e imóvel. Mesmo assim assim , deve ter aj udado udado,, pois pois Kelsi Kelsier er relaxo re laxouu levem levem ente e lhe lançou lançou um ol olhar har de agradec a gradeciim ento ento.. – Olhe – Doc Dockkson diss disse, e, prova provavelm velm e nte inconscie inconsciente nte da ba batalha talha invi invisível sível que ocor ocorria ria ao redor dele. – As carroças dos prisioneiros. – Apontou para um grupo de dez grandes carroças com grades que passava pelo corre dor atrás do Senhor Senhor Soberano. Soberano. – Re Re c onhec onhecee algum a lgum dele deles? s? – Ham Ha m diss disse, e, incli inc linandonando-se se para pa ra fr free nte. – Não Nã o uso o que vê – Fanta Fantasm smaa diss disse, e, pare pa recc endo inquieto. – Tio, está queim que imando ando de ver verdade dade,, certo? – Sim im,, m e u c obre está ac acee so – Tre Trevo vo dis disse, se, de m au hum humor. or. – Está e m segur seguranç ança. a. De qualquer modo, estamos longe o suficiente do Senhor Soberano para que não faça diferença. A praçç a é enorm pra e norm e . Fantasma assentiu, e obviamente começou a queimar estanho. Um momento depois, negou com a cabeça. – Não Nã o reconhe re conheçç o ningué ningué m . – Nã Nãoo este esteve ve e m m uit uitos os dos re recr crutam utam entos, no e ntanto, Fa ntasm ntasmaa . – Ha Ham m com e ntou, apertando os olhos. – Ve rda rdade de – Fanta antasm smaa re respondeu. spondeu. Em Embora bora seu sotaque per perm m a nec necee sse, esta estava va c lar laraa m e nte fazzendo um fa um esforço para par a não falar fa lar em seu dialeto dialeto.. Kelsier Kelsi er aproxi aproxim m ou-s ou-see da beirada, faz fa zendo sombra sombra nos ol olhos hos com uma m ão. – P osso ve verr os prisioneiros. Nã Não, o, não re recc onheç onheçoo nenhum dos rostos. Nã Nãoo são sol solda dados dos cativos. – Quem Que m , então? entã o? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – A ma m a ioria m ulher ulheree s e cria c rianç nças, as, pare pa recc e – Ke K e lsi lsier er re respondeu. spondeu. – As fam fa m íl ílias ias dos soldados? soldados? – Ha Ham m per perguntou, guntou, horr horroriz orizado. ado.
Kelsier nego Kelsi negouu com a cabeça c abeça.. – Duvido. Não teria te riam m ti tido do tempo tem po de identi ide ntific ficaa r os ska ska a m ortos. Ham fra franz nziiu o cenho ce nho,, parece pare cendo ndo confuso confuso.. – P e ssoas a lea leatórias, tórias, Ha Ham m m ond – Bris Brisaa fa falou, lou, com um suspi suspiro ro sil silenc encios ioso. o. – Exe Exem m plos. plos..... execuções exec uções ao aca a caso so a fim de pun punir ir os sk skaa aa por abrigar abrigar re rebeld beldes. es. – Nã Não, o, tam pouco iss issoo – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – Duvido que o Se nhor Sober oberano ano seque sequerr saiba saiba,, ou se importe, que a maior parte daqueles homens foi recrutada aqui em Luthadel. Provavelmente, só presum pre sumee que foi outra re rebelião belião do cam c am po. Isso... I sso... isso isso é um j e it itoo de fa fazze r todos se lem bra brare rem m de quem está no controle. A carruagem do Senhor Soberano subiu por uma plataforma até o pátio central. O ameaçador veículo parou bem no meio da praça, mas o Senhor Soberano permaneceu lá dentro. As carroç ca rroças as dos pris prisio ioneiros neiros estacion estacionar aram am , e um grupo de de obri obrigadores gadores e so sold ldados ados começ com eçou ou a descarregá-las. A cinza negra continuava caindo quando o primeiro grupo de prisioneiros – a m aiori aioriaa se debatendo de batendo debi debilme lment ntee – foi arrastado arr astado até a pl plataform ataform a elevada e levada central. c entral. Um Inqu I nquis isid idor or dirigia os trabalhos, indicando que os prisioneiros fossem reunidos ao lado de cada uma das quatro qu atro font fontes em form formaa de bacia da plataforma plataforma.. Quatro prisioneiros foram obrigados a ficar de joelhos – um ao lado de cada fonte – e quatro Inquisidores levantaram machados de obsidiana. Os quatro machados caíram e as quatro cabeças rolaram. Os corpos, ainda presos pelos soldados, foram mantidos até esvaziarem seu sangue nas bacias das fontes. As fontes começaram a cintilar, vermelhas, enquanto jorravam no ar. Os soldados jogaram os corpos de lado, e trouxeram m ais quatro quatro pessoas. pessoas. Fantasma af afast astou ou o olhar, olhar, enoja e nojado. do. – Por P or que... que ... por que Ke Kelsi lsiee r não nã o faz fa z algum algumaa coisa coisa?? Sa lvar e les, quero quer o dize dize r? – Nã Nãoo sej a tol toloo – Vin fa falou. lou. – Há oito oito Inquisidores lá embaixo... sem mencionar o Senhor Soberano em pess pessoa. oa. Kelsier Kelsier seria um id idio iotta em tent tentar ar algu algum m a cois coisa. a. pensou, u, lem lem brando-se de Embora eu e u não ficaria ficaria surpresa surpresa se ele e sti stivv esse pensando nisso, nisso , ela penso quando Kelsier estava prestes a enfrentar um exército inteiro sozinho. Olhou para o lado. Parecia que Kelsier estava se forçando a ficar atrás – as mãos segurando a chaminé ao seu lado com tanta força que os nós dos dedos estavam esbranquiçados –, para não sair correndo e impedir as execuções. Fantasma cambaleou até outra parte do telhado, onde pôde vomitar sem derramar bílis nas pessoass aba pessoa abaixo. ixo. Ham H am gem e u leve levem m e nte, e a té Tre Trevo vo par parec ecia ia e ntrist ntristee c ido. Dock D ockson son obser observava vava a cena solenemente, como se testemunhar mortes fosse uma espécie de vigília. Brisa apenas balança bala nçava va a c abe abeça ça.. Kelsier, no entanto... Kelsier estava irado. O rosto vermelho, os músculos tensos, os olhos queimando. Maiss quatro Mai quatro mortes, um um a delas, uma cr criança. iança. – Isso I sso – Ke Kelsi lsier er fa falou, lou, zanga zangado, do, ac a c ena enando ndo com c om a m ão na dire direçç ão da pra praçç a c entr entraa l. – Isso – Isso é nosso inimigo. Não há quartel, não há volta atrás. Isso não é um trabalho simples, que pode ser descartado descar tado quando quando nos nos depar deparam am os com cont contra ratem tempos pos inesperados. Mais quatro mortes. – Olhem par paraa ele eles! s! – Ke Kelsi lsier er e xigi xigiu, u, aponta apontando ndo par paraa os palc palcos os c heios de nobre nobres. s. A m aior parte par te deles de les pare pa recia cia ente entediada diada;; alguns até pare pa recia ciam m e star se divertindo, vira virando-se ndo-se e brinca br incando ndo uns com os outros enquanto as decapitações prosseguiam. – Sei que m e questionam – Kelsi Ke lsiee r diss dissee , voltando-se par paraa a ga gangue. ngue. – Acha Ac ham m que sou duro demais com a nobreza, acham que gosto demais de matá-los. Mas, honestamente, podem ver
aqueles hom hom ens rindo rindo e m e dizer dizer que não merecem morre orrerr pela min m inha ha espada? Só faço faç o jus j usti tiça ça.. merecem m Mais quatro mortes. Vin vasculhou os palcos com olhos amplificados pelo estanho. Encontrou Elend sentado entre um grupo de jovens. Nenhum deles estava rindo, e não eram os únicos. É verdade, muitos dos nobres faziam graça com a experiência, mas havia uma minoria que parecia horrorizada. Kels Ke lsier ier pross prosseguiu. eguiu. – Bris Brisaa , você m e pe perguntou rguntou sobre o a ti tium um.. Se re reii honesto. Nunc Nuncaa foi m eu obj objetivo. etivo. Reuni essa gangue porque queria mudar as coisas. Vamos nos apoderar do atium... precisamos dele paraa a poiar o novo governo... par gove rno... m as este tra trabalho balho não nã o é par paraa m e torna tornar, r, ou nenhum ne nhum de você vocês, s, rico. ric o. Yeden está morto. Ele era nosso pretexto... para que pudéssemos fazer algo bom enquanto fingíamos ser só ladrões. Agora que ele se foi, vocês podem desistir, se quiserem. Desistam. Mas isso não vai mudar nada. A luta vai continuar. Homens ainda vão morrer. Vocês só estarão ignorando ignora ndo isso. isso. Mais quatro mortes. – É tem po de ac a c a bar c om e ssa far f arsa sa – Kelsi Ke lsier er diss dissee , enca enc a ra rando ndo um de cada c ada ve vezz. – Se Se vam va m os fazer isso agora, temos que ser sinceros e leais conosco. Temos que admitir que não é por dinhei di nheiro. ro. É para par a deter isso isso.. – Apontou para o pátio com as fontes vermelhas: um sinal visível de m ort ortee para par a os milhar milhares es de skaa skaa que estavam estavam lo longe nge demais dem ais par paraa ver o que que est e stava ava acont a contec ecendo. endo. – P re retendo tendo c onti ontinuar nuar m inha lut lutaa – Ke Kelsi lsiee r diss dissee e m voz baixa baixa.. – P e rc rcebo ebo que a lguns de vocês questionam minha liderança. Acham que estou me promovendo entre os skaa. Sussurram que estou estou me trans transform form ando em out outro ro Senhor Senhor Soberano... Soberano... ac acham ham que meu m eu ego é m ais im im port portante ante paraa m im do que derr par de rrubar ubar o impér im pério. io. Parou de falar, e Vin viu culpa nos olhos de Dockson e dos outros. Fantasma se juntou novam nov am ente ao grupo, grupo, ainda ainda parece pare cendo ndo um pouco enojado. enoj ado. Mais quatro mortes. – Estão err e rrados ados – Kelsi Ke lsiee r disse em e m voz baixa baixa.. – Têm Tê m que confia c onfiarr em e m m im im.. Você Voc ê s me m e dera de ram m sua confiança quando começamos este plano, apesar do quão perigosas as coisas pareciam. Ainda Ain da precis prec isoo dessa dessa confi c onfiança ança!! Não Nã o im im port portaa como c omo as a s coisas coisas par pareç eçam am , não im im port portaa quão terríveis sejam sej am as persp per spec ecttiv ivas, as, temos tem os que que cont contin inuar uar lut utando. ando. Mais quatro mortes. O grupo lentamente se voltou na direção de Kelsier. Resistir à pressão do Senhor Soberano sobre suas emoções já não parecia tão difícil para Kelsier, embora Vin tivesse deixado que seu zinco se apaga a pagass sse. e. Talvez... talvez ele possa fazer isso , Vin pensou. Se, alguma vez, existir um homem capaz de derrot derr otar ar o Senhor Senhor Soberano, Soberano, esse homem home m seria Kels Ke lsier. ier. – Nã Nãoo e scolhi você vocêss pela c om ompe petênc tência ia – Ke Kelsi lsier er fa falou. lou. – Em Embora bora ce certa rtam m ente sej am habilidosos. Escolhi cada um de vocês especificamente porque sei que são homens de consciência. Ham, Brisa, Dox, Trevo... são homens com fama de honestidade, mesmo de caridade. Sabia que se esse plano tivesse êxito, eu precisaria de homens que realmente se importam.. Não, Brisa, isso não é por causa de dinheiro ou glória. Isso é por causa de uma importam guerra... uma guerra que temos lutado por mil anos, uma guerra que pretendo terminar. Podem ir, se quiserem. Sabem que eu os deixarei partir, sem perguntas ou exigências, se desejarem. No entantoo – diss entant disse, e, o olhar olhar ficando duro –, –, se ficare fica rem m , têm que prometer prom eter que vão parar para r de quest questio ionar nar m in inha ha aut a utorid oridade. ade. Podem P odem expressar preocupações pre ocupações sobre sobre o tra trabalh balhoo em si si,, mas m as não exist existirão mais m ais reuniões sussurradas sobre minha liderança. Se ficarem, vão me seguir. Entendido? Um por um, ele encar e ncarou ou os os mem me m bros da gangue. Cada Cada um deles assenti assentiu. u. – Nã Nãoo a cho que re reaa lm lmee nte questionam os você você,, Ke Kell ll – Doc Dockkson diss dissee . – Só e stáva stávam m os...
preoc pre ocupados, upados, e a cho que c om ra razzã o. O exér e xército cito era er a gra grande nde parte pa rte dos nossos nossos pla pla nos. Kelsier Kelsi er ac acenou enou com a ca cabeça beça em di dire reçã çãoo ao norte, norte, para os portões portões princi principais pais da cidade. – O que vê ao a o longe, Dox? – Os portões da cida cidade de?? – E o que está e stá difere dife rente nte neles ne les agora a gora?? Dockson Dock son deu de om ombros. bros. – Nada Na da for foraa do norm nor m al. Estão com c om um pouco de fa falt ltaa de pessoa pessoal,l, mas... m as... – Por P or quê? quê ? – Kelsi Ke lsiee r o interrom inter rom pe peu. u. – Por que estão e stão com fa falt ltaa de pessoal? pe ssoal? Dockson Dock son se deteve. de teve. – Porque P orque a Guar G uarniçã niçãoo se foi? f oi? – Exatam Exa tam e nte – Kelsi Ke lsiee r concor c oncordou. dou. – Ham Ha m diz que a Gua Guarniç rnição ão pode fic ficar ar for foraa , perseguindo per seguindo os remanesce rem anescent ntes es do noss nossoo exércit exér cito, o, por por meses, m eses, e só cerc ce rcaa de dez por cent ce ntoo dos home homens ns fica ficara ram m paraa trá par trás. s. Faz sentido... dete deterr re rebe beldes ldes é o ti tipo po de c ois oisaa pa para ra a qual a Gua Guarniç rniçãã o foi cr criada iada.. Luthadel Lut hadel ficaria expo e xpost sta, a, m as ningu ninguém ém j am ais atac atacou ou Luth Luthadel. adel. Ningu Ninguém ém j am ais faria isso isso.. Um entendimento silencioso atravessou os membros da gangue. – P ar arte te do nosso plano pla no par paraa tom tomar ar a c idade se c um umpriu priu – Ke Kelsi lsiee r prosse prosseguiu. guiu. – Tira Tiram m os a Guarnição de Luthadel. O custo foi maior do que esperávamos... muito maior do que devia ter sido. Eu desejaria pelos Deuses Esquecidos que esses garotos não tivessem morrido. Infelizmente, não podemos mudar isso agora... só podemos aproveitar a oportunidade que isso nos deu. O plano ainda está em pé... a principal força pacificadora da cidade se foi. Se a guerra entre as casas começar, o Senhor Soberano terá dificuldades para detê-la. Presumindo que queira quei ra.. Por alguma ra razzão, ele tende tende a se afast afa star ar e a deixar que a nobreza nobreza lute lute ent e ntre re si a cada c ada cem c em anos mais ou menos. Talvez pense que deixá-los pular uns nas gargantas dos outros os mantenha longe da própria garganta. – Mas, e se a Gua Guarniç rniçãã o volta volta r? – Ham pe perguntou. rguntou. – Se eu estiver ce certo rto – Ke Kelsi lsiee r diss dissee –, o Se nhor Sober oberaa no os m a nter nteráá per perseguindo seguindo os sobreviventes do nosso exército por vários meses, dando à nobreza a oportunidade de soltar um pouco da pre pressão. ssão. Só que vai se e ncontra ncontrarr c om um pouco m a is do que espe espera rava. va. Qua Quando ndo a guerra gu erra ent entre re as casas começa com eçar, r, vamos vam os us usar ar o caos para para toma omarr o palácio. palácio. – Com Com que exér e xército, cito, me m e u caro? ca ro? – Brisa Brisa perguntou. pe rguntou. – Ainda tem os alguns a lguns solda soldados dos – Kelsi Ke lsiee r lem brou. – Além Alé m dis disso, so, tem os tem po para pa ra re recc ruta rutar r m ais ais.. Ter Terem em os que que ser cuid cuidadoso adosos. s..... não podem podemos os usar usar as a s cavernas, cave rnas, então ter terem em os que que escond e sconder er nossas tropas na cidade. Isso provavelmente vai significar números menores. Contudo, isso não será um probl problem em a... você vocêss ver verão: ão: a guarnição vai volt voltar ar ce cedo do ou ou tar tarde. de. Os membros do grupo trocaram olhares enquanto as execuções prosseguiam lá embaixo. Vin estava sentada, em silêncio, tentando decidir o que Kelsier queria dizer com aquela declaração. – Exa Exatam tam ente ente,, Ke Kell ll – Ha Ham m diss dissee lentam e nte. – A Gua Guarniç rniçãã o vai volt voltaa r, e não ter teree m os um exércit exér citoo grande o bastante bastante para pa ra lu lutar tar cont c ontra ra ela. – Mas teremos o tesouro do Senhor Soberano – Kelsier disse, sorrindo. – O que sempre fala teremos o sobre so bre essas Guarnições, Ham ? O Brutam Brutam ont ontes es se deteve, ent e ntão ão sorriu tam tam bém bém.. – Que são m e rc rcená enários. rios. – Tom omaa r o dinheiro do Se nhor Sober oberano ano – Ke Kelsi lsier er fa falou lou – sig significa nifica tom tomaa r seu exé exérc rcit itoo também tam bém.. Isso aind aindaa pode dar ce certo, rto, cavalheiros. cavalheiros. Ainda Ainda podem podem os os fazer dar certo. fazer dar A gangue parec par eceu eu ficar f icar m ais confiante. confiante. Vin, Vin, no entanto entanto,, volto voltouu os olhos olhos na direção direç ão da praç praça. a. As fontes estavam tão vermelhas que pareciam completamente cheias de sangue. Acima de
tudo, o Senhor Soberano observava de dentro de sua carruagem negra. As janelas estavam abertas, e – com estanho – Vin mal pôde ver uma silhueta sentada no interior do veículo. Esse é o nosso ini inimigo migo ve verdadeiro rdadeiro,, ela pensou. Não a Guarnição de desaparec saparecida, ida, nem os nquisi nqui sidor dores es com c om seus machado mac hados. s. Aquele homem. home m. O do livro livro de viagens. Temos que encontrar um jeito de derrotá-lo, ou tudo mais que fizermos será inútil.
Creio que finalmente descobri por que Rashek se ressente tanto de mim. Ele não crê que um orasteiro como eu – um estrangeiro – possa ser o Herói das Eras. Crê que, de algum modo, e nganei os filósof filósofos, os, que uso as marcas do He Herói rói injust injustame amente. nte. Segundo Rashek, só um terrisano de puro sangue poderia ter sido escolhido como Herói. stranhame str anhamente, nte, me sin sinto to cada c ada v e z mais m ais determinado de terminado por causa c ausa de seu ódio. Preciso Pre ciso provar a e le que posso realizar realizar essa e ssa tare tare fa.
Um grupo subjugado retornou à loja de Trevo naquela tarde. As execuções duraram horas. ão houve denúncias, nenhuma explicação do Ministério ou do Senhor Soberano – apenas execução após execução, após execução. Assim que acabaram os cativos, o Senhor Soberano e seus obrigadores partiram, deixando uma pilha de cadáveres sobre a plataforma e a água sangrentaa j orra sangrent orrando ndo das das fontes. Enquanto a gangue de Kelsier voltava para a cozinha, Vin percebeu que a dor de cabeça não a incomodava mais. Sua dor agora parecia... insignificante. Os rocamboles da baía ainda estavam sobre a mesa, cuidadosamente cobertos por uma das criadas. Ninguém os comeu. – Tudo bem – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , tom tomaa ndo seu lugar de c ostu ostum m e , apoia apoiado do contr contraa o a rm á rio. – Vam os planej planejar ar is isso so.. Com Comoo devemos devem os procede proceder? r? Dockson Dock son recuperou rec uperou uma um a pi pilha lha de papéis pa péis no canto da sala, voltou voltou e se sentou sentou.. – Com Com a Guar G uarniçã niçãoo fora for a , nosso foco principal pr incipal se torna a nobreza. nobr eza. – De D e fa fato to – Brisa conc concordou. ordou. – Se re reaa lm lmee nte pre pretende tendem m os tomar tom ar o tesouro te souro c om uns poucos pouc os soldados, então certamente vamos precisar de alguma coisa para distrair a guarda do palácio e impedir que a nobreza tome a cidade de nós. A guerra entre as casas, portanto, é de suma importância. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u.
– Exatam Exa tam e nte o que penso. – Mas, Ma s, o que ac acontec ontecee quando a guer guerra ra e ntre a s ca c a sas ac acaa bar bar?? – Vin perguntou. pe rguntou. – Algum Algumaa s casas ca sas estar estarão ão no topo topo,, e terem tere m os que que lidar lidar com c om elas. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Nã Nãoo pre pretendo tendo que a guer guerra ra e ntre a s c asa asass ac acaa be j am a is, Vin... pe pelo lo m e nos não por um longo lo ngo tempo. tem po. O Senhor Sobera Soberano no dita dita as a s leis e o Minist Ministér ério io poli policia cia seus seguidore seguidores, s, mas m as a nobreza é quem realmente força os skaa a trabalhar. Então, se derrubarmos casas nobres suficientes, o governo talvez caia por conta própria. Não podemos lutar contra o Império Final em seu conjunt conj unto: o: ele é grande dem ais. Mas talvez talvez sej sejam am os ca capaz pazes es de esface esfa celá-lo lá-lo,, e de faz fa zer com que os pedaçç os lutem peda lutem uns contra os outros. outros. – Te Te m os que coloc colocaa r tensã tensãoo financ f inancee ira na nass Grande Gr andess Casas Casa s – Doc Dockkson disse disse , rem r em e xendo e m seus papéis. papéis. – A aristocra aristocracia cia é, é , antes de m ais nada, uma um a in inst stit itui uiçã çãoo financeira, e a fa falt ltaa de fund f undos os derruba qualquer casa. casa. – Brisa, podem pode m os usar a lguns de seus se us disfa disfarc rcee s – Kelsi Ke lsier er suger sugeriu. iu. – Até agor agora, a, fui o único do grupo trabalhando na guerra entre as casas... mas se vamos tentar tomar a cidade antes que a Guarnição reto re torne, rne, vam os prec precis isar ar aum aumentar entar nossos nossos esforç esforços os.. Brisaa suspi Bris suspirou. rou. – Mui Muito to bem . Só tem os que ser m uit uitoo c uidadosos pa para ra ter c er erteza teza de que ninguém m e reconheça re conheça ac acid identalme entalment ntee como c omo alg a lguém uém que eu não devia ser. Não Nã o posso posso irir a fe fest stas as ou eventos. eventos..... mas provavelmente posso fazer visitas solitárias às casas. – O me m e sm smoo vale par paraa você voc ê , Dox – Kelsi Ke lsiee r disse. – Im a ginei isso isso – Dockson Dockson respondeu. re spondeu. – Se rá per perigoso igoso pa para ra am bos – Ke Kelsi lsiee r c om omentou. entou. – Mas a veloc velocidade idade ser seráá esse essencia ncial.l. Vin continuará sendo nossa espiã... e provavelmente vai começar a espalhar algumas informações equivocadas. Alguma coisa que inquiete a nobreza. Ham assent assentiu iu.. – Deve De vem m os centra ce ntrarr nossas atenç a tenções ões no topo, então. – De fa fato to – Bris Brisaa c oncor oncordou. dou. – Se conse conseguirm guirmos os fa f a ze r as c asa asass m ais poder poderosas osas par paree c er erem em vulneráveis, então seus inimigos as atacarão rapidamente. Só depois que as casas poderosas elas quem caírem é que vão vão perceber qu quee são elas quem realmente mantêm a economia. A sala ficou em si silêncio lêncio por um segun segundo, do, então então várias vár ias cabeças cabeç as se volt voltar aram am para Vin Vin.. – O quê? quê ? – ela per perguntou. guntou. – Estão fa falando lando sobre a Casa Ve nture nture,, Vin – Doc Dockkson e xpli xplicc ou. – É a m ais poder poderosa osa das Grandes Casas. Brisa assentiu. – Se Se os Ventur V enturee caír c aíree m , todo o Im pér pério io Final Final sentirá o tre tr e m or. Vin ficou ficou em si silênci lêncioo por um m om omento ento.. – Nem Ne m todos são m á s pessoas – ela e la disse, por fim f im.. – Talve alvezz – Ke Kelsi lsiee r dis disse. se. – Mas Lorde Stra traff ff Ve nture c e rta rtam m e nte é, e sua fa fam m íl ília ia e stá no topo do Império Final. A Casa Venture precisa cair... e você já tem passe livre com um de seus membros mais importantes. Pensei Pe nsei que quisesse que eu e u ficasse ficasse longe de Elend Elend ,, ela pensou, incomodada. – Apena Ape nass ma m a ntenha os olhos abertos, abe rtos, cria c riança nça – Brisa fa falou. lou. – Vej Vej a se conse consegue gue que o rapa r apazz fale fa le das finança finançass de sua casa. ca sa. Encontre Encontre-nos -nos um um pon ponto to de apoi a poioo e far f arem em os o resto. resto. Como os jogos que Elend tanto odeia. odeia . No entanto, as execuções ainda estavam frescas em sua mente. Aquele tipo de coisa tinha que parar. Além disso, o próprio Elend dissera que não gostava muito de seu pai, ou de sua casa. Talvez... talvez pudesse pensar em algo.
– Vere Ve reii o que posso faz fa ze r – ela e la disse. Uma batida soou na porta da frente, atendida por um dos aprendizes. Alguns momentos m ais tar tarde, de, Saz Sazed ed – vest ve stid idoo com um umaa ca capa pa skaa skaa para esconder suas feições fe ições – entrou na na coz coziinha. Kelsier olhou o relógio. – Está adiantado, a diantado, Saze Saze . – Tento Te nto faz fa ze r disso um hábit há bito, o, Mestre Ke Kelsi lsiee r – o terrisano ter risano re r e spondeu. Dockso Dock sonn ergueu e rgueu uma um a so sobrance brancellha. – Um há hábit bitoo que m a is alguém podia adotar a dotar.. Kels Ke lsier ier bufou. – Se você sem pre che chega ga na hora hora,, quer diz dizee r que não tem nada m e lhor par paraa fa fazze r. Saze, como estão os homens? – Tã Tãoo be bem m quanto o e sper sperado, ado, Mestre Ke Kelsi lsier er – Sazed re respondeu. spondeu. – Mas não podem os escondê-los nos ar arm m az azéns éns de Renoux Renoux para sem sempre. pre. – Eu sei – Ke Kelsi lsier er dis disse. se. – Dox, Ha Ham m , pre precc iso que tra traba balhem lhem nesse proble problem m a. Há dois m il homens home ns que que sobraram sobrara m do noss nossoo exércit exér cito; o; quero quero que os tragam para Lut Luthadel. hadel. Dockkson assentiu, Doc a ssentiu, pensati pensa tivo. vo. – Encontra Enc ontrare rem m os um j eito. – Quer Que r que continuem os a treinátre iná-los? los? – Ham Ha m pe perguntou. rguntou. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Então E ntão ter terem em os que e scondê scondê-los -los em e m e squadr squadrões ões – e le diss dissee . – Não N ão tem os os re recc ursos par paraa treinar os homens individualmente. Diria... uns duzentos homens por equipe? Escondidos em cortiços perto uns dos outros? – Assegur Asseguree -se de que ne nenhum nhumaa equipe saiba das dem ais – Doc Dockkson diss dissee . – Ou que ainda pretende pre tendem m os tom tomar ar o palá palácio. cio. Co Com m nossos hom homee ns na c idade idade,, há um umaa c hanc hancee de que a lguns deles, eventualmente, sejam capturados pelos obrigadores por um motivo ou outro. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Diga a ca cada da grupo que ele foi o único que nã nãoo deba debandou, ndou, e que está sendo tre treinado inado novamente só para o caso de ser necessário em algum momento futuro. – Você Voc ê tam bém dis disse se que o rec re c ruta rutam m e nto precisava prec isava conti c ontinuar nuar – Ham Ha m diss dissee . Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Quero Que ro ter te r pelo pe lo menos m enos o dobro de sol solda dados dos antes de tentar c oloca olocarr isso em prá práti tica ca.. – Isso vai ser difícil – Ham c om omee ntou –, conside conside ra rando ndo o fra fr a c asso do nosso exérc exé rcit ito. o. – Que fr fraa ca casso? sso? – Ke K e lsi lsiee r pe perguntou. rguntou. – Con Conte te a ver verdade dade:: que nosso exé e xérc rcit itoo teve ê xit xitoo em neutralizar a Guarnição. – Embora Em bora a m aior par parte te dos home hom e ns te te nha m orr orrido ido faz fa ze ndo isso isso – Ham dis disse. se. – P odem os pular e ssa par parte te – Brisa fa falou. lou. – As pessoa pessoass e starã starãoo zanga angadas das c om a s execuç exe cuções... ões... isso isso pode pode torná-las torná- las mais m ais dispos dispostas tas a nos ouvir. ouvir. – Reunir m ais tropas tr opas ser seráá nossa princ principal ipal tare tar e fa nos poucos pouc os m e ses que se seguire seguirem m , Ham H am – Kels Ke lsier ier dec decidi idiu. u. – Não Nã o é m uit uitoo tem po – Ham Ha m fa falou lou –, mas ma s verei ver ei o que posso fazer. fazer . – Bom Bom – Kelsi Ke lsiee r disse. – Saze Saze , o bilhete bilhete c hegou? – Ch Chee gou, Mestre Ke Kelsi lsier er – Sa ze d diss dissee , ti tira rando ndo um umaa c ar arta ta de dentro de sua c a pa e entregando-a a Kelsi Kelsier er.. – E o que seria se ria iss isso? o? – Brisa Brisa perguntou, pe rguntou, curios cur ioso. o. – Um a m e nsage nsagem m de Mar Marsh sh – Ke Kelsi lsier er diss dissee , abr abrindo indo a c ar arta ta e re repassa passando ndo seu c onteúdo. – Elee est El e stáá na cidade e tem not notíci ícias. as. – Que notí notícia cias? s? – Ham Ha m pe perguntou. rguntou.
– Nã Nãoo diz – Ke K e lsi lsier er re respondeu, spondeu, aga agarr rraa ndo um roc rocaa m bole da baía baía.. – Mas de deuu inst instruç ruçõe õess de onde encontrá-lo esta noite. – Atravessou a cozinha, pegando uma capa skaa. – Vou explorar o lugar antes que fique escuro. Você vem, Vin? Elaa assent El assentiu iu,, ficando fica ndo em pé. – O re restante stante de você vocês, s, continue tra traba balhando lhando no plano – Ke Kelsi lsier er pediu. – De Dentro ntro de dois meses, quero que esta cidade esteja tão tensa que, quando finalmente se romper, o Senhor Soberano não seja sej a capaz c apaz de de j unt untar ar os pedaç pedaços os.. – Há a lgo que nã nãoo e stá nos c ontando, não é ? – Vin dis disse, se, a fa fastando stando o olhar da j a nela e voltando-se para Kelsier. – Uma parte do plano. Kelsier a olhou na escuridão. O ponto de encontro escolhido por Marsh era um edifício abandonado dentro das Torções, um dos bairros mais empobrecidos dos skaa. Kelsier havia localizado um segundo edifício abandonado em frente àquele em que iam se encontrar, e Vin e ele esp e sper eravam avam no últi últim m o andar, vi vigi giando ando a rua r ua e procurando por sinais sinais de de Marsh. – Por P or que m e pergunta pe rgunta iss isso? o? – Kelsi Ke lsiee r disse, por fim f im.. – P or c ausa do Se nhor Sober oberano ano – Vin diss dissee , pega pegando ndo um peda pedaço ço de m ade adeira ira podre do batente bate nte da j a nela nela.. – Se nti o poder de dele le hoj hojee . Nã Nãoo a c ho que os outros conse conseguira guiram m sentir, não comoo um Nascido das com das Brumas Bruma s consegue. consegue. Mas sei que que você tam também bém deve ter sent sentid ido. o. – Levantou Levantou a cabeça, olhando Kelsier nos olhos. – Ainda está planejando tirá-lo da cidade antes que tentemos tom to m ar o palácio, certo? ce rto? – Nã Nãoo se pre preocupe ocupe c om o Se nhor Sober oberano ano – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – O dé décim cim o prim primee iro m e tal cuidará dele. Vin franziu franziu o cenho. Lá fora, fora , o sol se punha punha com um bril brilho ho feroz fer oz de frust f rustra raçã ção. o. As brumas bruma s logo lo go chegariam chegar iam,, e su supos posttam ente Marsh chegaria che garia pouco tempo tem po depois. depois. O décimo primeiro metal , ela pensou, lembrando-se do ceticismo com o qual os outros m em bros da gangue gangue olhavam olhavam para el e le. – É rea re a l? – Vin perguntou. per guntou. – O déc dé c im imoo prime prim e iro me m e tal? É clar c laroo que é... é ... eu o m ostrei para pa ra você vocês, s, le le m bra bra?? – Não Nã o é o que quer queroo dizer dizer – ela e la disse. – As lendas lenda s são re r e ais? Está m entindo? Kelsier se virou na direção dela, franzindo o cenho de leve. Então sorriu. – É uma um a garota ga rota m uit uitoo direta, direta , Vin. – Eu sei. O sorriso de Kelsier aumentou. – A re respost spostaa é não. Nã Nãoo e stou m e nti ntindo. ndo. As lenda lendass são re reais, ais, e m bora eu tenha leva levado do um tempo para encontrá-las. – E aquele a quele peda pedaço ço de m eta etall que nos mostrou m ostrou é re r e alm e nte o déc dé c im imoo prime prim e iro me m e tal? – Acho Ac ho que sim – Kelsi Ke lsiee r disse. – Mas não nã o sabe com o usá-lo. usá- lo. Kelsier se deteve, então negou com a cabeça. – Não. Nã o. Não Nã o sei. – Isso não é m uit uitoo rec re c onfor onfortante. tante. Kelsier Kelsi er deu de ombros om bros,, vira virando ndo-se -se para par a olhar olhar pela janela. j anela. – Mesm Mesmoo que eu nã nãoo desc descubra ubra o segr segree do a tem po, duvido que o Se nhor Sober oberaa no sej a um problem proble m a tão gra grande nde quanto pensa pensa.. Ele é um alom ântico poder poderoso, oso, m as nã nãoo sabe tudo... se soubesse, estaríamos mortos agora mesmo. Ele não é onipotente tampouco... se fosse, não precc isaria exe pre executa cutarr todos aqueles aque les sk skaa a par paraa tentar a ssus ssustar tar a cida cidade de e deixá deixá-la -la subm submiss issaa . Nã N ã o sei se i o que ele é... mas acho que é mais humano do que deus. As palavras naquele livro de viagem...
são as palavras de uma pessoa normal. Seu poder verdadeiro vem dos exércitos e da fortuna. Se tirar ti rarm m os is isso so dele, dele, não será ca capaz paz de faz fa zer nada para par a impedi im pedirr que o império impér io entre em e m colaps colapso. o. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Ele pode nã nãoo ser um deus, m as... é a lgum lgumaa c oisa, Ke Kelsi lsier er.. Algo dife difere rente. nte. Hoj e , quando ele estava na praça, eu pude sentir o toque dele em minhas emoções mesmo enquanto queimava cobre. – Isso não nã o é possí possível, vel, Vin V in – Kelsi Ke lsiee r disse, negando ne gando com c om a c abe abeça ça.. – Se fosse, f osse, os Inquis I nquisidore idoress poderiam poder iam sentir a a lom lomaa ncia m esm o quando um e sfum aç açaa dor estivesse por per perto. to. Se fosse assim assi m , não acha a cha que teriam ca caça çado do e m atado todos todos os sk skaa Brum rumos osos os?? Vin encolheu os ombros. om bros. – Você sabe que o Se nhor Sober oberaa no é for forte te – Ke Kelsi lsiee r dis disse se –, e sente c om omoo se devesse ser capaz de senti-lo. Isso é tudo. Talvez ele esteja certo , ela pensou, tirando outro pedaço do batente da janela. Ele é um alomântico há mais tempo que eu, afinal. Mas... eu senti alguma coisa, não senti? E o Inquisidor que quase me matou – ele me encontrou na escuridão e na chuva de alguma forma. Ele deve ter e nti ntido do alguma coisa c oisa.. Deixou o assunto de lado, no entanto. – O Décim Dé cim o Prim P rimee iro Metal. Meta l. Não podíam os experim expe rimee ntántá-lo lo e ver ve r o que fa fazz? – Nã Nãoo é tão simple simpless – Ke Kelsi lsiee r e xpli xplicou. cou. – Le Lem m bra que lhe diss dissee par paraa nunca queim queimaa r um metal que não fosse um dos dez? Vin assentiu. – Que Queim imar ar outro m eta etall pode ser m orta ortall – Ke Kelsi lsier er fa falou. lou. – Até m esm o usar a propor proporçç ão errada em uma liga de metal pode deixá-la doente. Se eu estiver errado sobre o Décimo Prime Pr imeiiro Met Metal.. al.... – Ele o m a tar taráá – Vin disse disse em e m voz baixa baixa.. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. Então você v ocê não tem tant tantaa c erte erteza za quanto dá a e ntende ntender r , ela concluiu. De outr outraa forma, já o teriaa expe teri e xperi rime ment ntado ado.. – É isso o que que quer enc encontra ontrarr no livro de viage viagem m – Vin disse. disse. – Um U m a pis pista ta sobre com o usar o Décimo Primeiro Metal. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Tem Te m o que não nã o tenham tenha m os sorte a esse re respeito. speito. Até agora a gora,, o livro livro de viage viagem m nem a o me m e nos mencionou a alomancia. – Embora Em bora fa fale le com c om fr frequê equênc ncia ia sobre fe feruque ruquem m ia – Vin com c omee ntou. Kelsier Kelsi er ol olhou hou para ela enquanto enquanto se se apoi a poiava ava na j anela, com o ombro contra contra a parede. par ede. – Então Saze Saze d lhe falou f alou sobre iss isso? o? Vin abaixou a cabeç c abeça. a. – Eu... me m e io que o forc for c e i. Kelsier gargalhou. – Eu m e per pergunto gunto o que solt soltee i no m undo a o e nsi nsiná ná-la -la sobre a lom lomaa ncia ncia.. É c lar laroo que m eu treinador disse a mesma coisa sobre mim. – Ele estava e stava c er erto to em se preoc pr eocupar upar.. – É clar c laroo que estava e stava.. Vin so sorriu. rriu. Lá Lá fora, f ora, a luz do sol sol quase se fora, fora , e m ont ontes es diáf diáfanos anos de de brum a come c omeça çavam vam a se formar no ar. Erguiam-se como fantasmas, ficando lentamente mais espessas, estendendo sua preponder pre ponderânc ância ia confor c onform m e a noit noitee se apr aproxim oximaa va. – Sazed não teve tem po de m e c ontar m uit uitaa coisa sobre a fe feruque ruquem m ia – Vin dis disse se
cuidadosamente. – Que tipo de coisas ela pode fazer? – Esperou, nervosa, presumindo que Kelsier Kelsi er a pegaria m enti entindo ndo.. – A fe feruque ruquem m ia é c om ompletam pletam e nte int intee rna – Ke K e lsi lsiee r e xpli xplicc ou. – P ode propor proporciona cionarr algum algumaa s das coisas que conseguimos com peltre e estanho: força, resistência, visão... mas cada atributo tem que ser armazenado separadamente. Também pode amplificar um monte de outras coisas; coisas cois as que a aloma alomancia ncia não pode faz fa zer. Mem óri ória, a, velocidade velocidade fís físiica ca,, clarez clare za de pensam pensamento ento... ... até até algumas coisas estranhas, como peso físico ou idade física, podem ser alteradas pela feruquemia. – Então é m a is poder poderosa osa do que a alom a lomaa ncia ncia?? Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – A fer f eruquem uquem ia não nã o tem nenhum poder e xter xterno; no; não pode empurrar e puxar e puxar emoções, emoções, nem pode empurrar aço ou puxar ferro. E a maior limitação da feruquemia é que você tem que armazenar todas as habilidades extraindo-as de seu próprio corpo. Quer ser duas vezes mais forte por um tem po? Be Be m , você tem que passa passarr vár várias ias hora horass estando e stando e nfr nfraque aquecc ido para pa ra a rm a zena enarr a força. Quer armazenar a capacidade de se curar rapidamente? Então precisa passar muito tempo doente. Na alomancia, os metais em si são nosso combustível; em geral conseguimos fazer as coisas enquanto tivermos metal suficiente para queimar. Na feruquemia, os metais são apenas dispositivos de depósito; seu próprio corpo é o combustível real. – Então, é só roubar rouba r os depósi de pósitos tos de m e tais de outro, cer c erto? to? – Vin perguntou. per guntou. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Nã Nãoo func funciona... iona... os fe feruque ruquem m ist istaa s só c onsegue onseguem m a ce cessar ssar de depósi pósitos tos de m e tais que ele eless m esmos criaram. – Ah. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Então, Entã o, não. nã o. Eu não diria que a fe feruque ruquem m ia é m a is poderosa poder osa que a a lom lomaa ncia ncia.. Am bas têm vantagens e limitações. Por exemplo, um alomântico só pode avivar um metal até determinado ponto, então e ntão sua for forçç a m áxim a é li lim m it itaa da. Os fe feruque ruquem m ist istaa s não têm e sse ti tipo po de li lim m it itaa çã ção; o; se um feruquemista tem força suficiente armazenada para ser duas vezes mais forte durante uma hora, ele pode, em vez disso, escolher ser três vezes mais forte por um período mais curto... ou três vezes m esm esmoo quatro, quatro, cinco ou seis seis vezes vezes m ais forte por períodos períodos ainda ainda m enores. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Isso pare par e ce um umaa vanta vantagem gem m uit uitoo grande. gra nde. – Ve Ve rda rdade de – Kelsi Ke lsier er diss dissee , rem re m exe exendo ndo em sua ca c a pa e pega pegando ndo um fr fraa sco com c om vár várias ias contas c ontas de atium. – Mas nós temos isso isso.. Não importa que um feruquemista seja tão forte quanto cinco homens, ou tão forte quanto cinquenta homens... se eu souber o que ele vai fazer em seguida, vou derrotá-lo. Vin assentiu. – Aqui – Ke K e lsi lsier er diss disse, e, abr abrindo indo o frasc fr ascoo e pega pegando ndo uma um a da dass contas. c ontas. Pegou P egou outro fra f rasco, sco, este cheio de sol solução ução normal norm al de álcool, álcool, e jogo j ogouu a conta nele. – Tome um uma. a. Pode P ode precis prec isar ar.. – Esta noite? noite? – Vin perguntou, ace ac e it itaa ndo o frasc fr asco. o. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Mas é a pena penass Marsh. – P ode ser – e le dis disse. se. – Mas talvez os obrigador obrigadores es o tenha tenham m ca captura pturado do e o for força çado do a escrever aquela carta. Talvez eles o sigam, ou talvez o tenham capturado depois que ele a escreveu, e o torturado para descobrir sobre nosso encontro. Marsh está em um lugar muito perigoso per igoso... ... pe pense nse que ele e stá fa fazze ndo o m e sm smoo que você naque naqueles les ba bail ilee s, só que e m vez de nobres ele está rodeado de obrigadores e Inquisidores.
Vin est Vin e strem rem ece eceu. u. – Ac Acho ho que você tem ra razzão – dis disse, se, guar guardando dando a conta de atium atium.. – Sa be, algo deve esta estar r erra er rado do comigo... comigo... já nem paro sequer para par a pens pe nsar ar no quant quantoo iss issoo vale. vale. Kelsier Kelsi er não resp re spond ondeu eu imediat im ediatam am ente. – Tenho Te nho problem a s para par a esque esquece cerr o quanto qua nto vale – disse em e m voz baixa baixa.. – Eu... E u... – Vin se c alou, olhando par paraa a s m ã os dele. de le. Nor Norm m alm e nte Ke Kelsi lsier er usava ca cam m isas de manga longa e, agora, luvas; sua reputação estava tornando perigoso que suas cicatrizes características fossem visíveis ao público. Mesmo assim, Vin sabia que estavam ali. Como milhares de pequenos arranhões brancos, uns sobre os outros. – De qualque qualquerr m odo – Kelsi Ke lsiee r prosseguiu –, está e stá ce c e rta sobre o livro livro de viage viagens. ns. Eu esper e speraa va que mencionasse o décimo primeiro metal. Mas a alomancia sequer é mencionada em refe re ferê rência ncia à fer f eruqu uquem em ia. Os doi doiss podere poderess são são sim sim il ilar ares es em m ui uito toss aspectos; aspectos; o esperado espera do é que ele os comparasse. – Talvez Ta lvez tem e sse que algué alguém m lesse o livro e não quis revela re velarr que e ra um a lom lomântico. ântico. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Talve alvezz. Ta m bém é possí possível vel que a inda não ti tivesse vesse ti tido do o esta estalo. lo. O que quer que tenha acontecido nas Montanhas de Terris, converteu-o de herói a tirano; talvez também tenha despertado seus seus podere poderes. s. Não saberem sabere m os os,, creio cre io,, até que Sazed Sazed term ine a tradução. – Ele está e stá no fim? fim ? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Falta só um pouco... o pouco pouc o importa im portante, nte, e sper speram am os. Eu e sto stouu um pouco fr frustrado ustrado c om o texto até agora. O Senhor Soberano sequer diz o que deve realizar naquelas montanhas! Afirma que está fazendo algo para proteger o mundo inteiro, mas isso pode ser apenas seu ego falando. pensou. Parecee meio que o oposto, na Para mim, m im, ele e le não parec pare c e muito egoísta no texto te xto,, Vin pensou. Parec verdade.. verdade – De qualque qualquerr for form m a – Ke Kelsi lsiee r prosse prosseguiu guiu –, sabe sabere rem m os m ais assim que a s últ últim imas as par partes tes estejam estej am traduz traduzid idas. as. Estava ficando escuro lá fora, e Vin teve que acender seu estanho para conseguir enxergar melhor. A rua além de sua janela ficou visível, adotando a estranha mistura de sombra e luz, resultado da visão ampliada pelo estanho. Sabia que estava escuro, logicamente. Ainda assim, podia ver. ve r. Nã Nãoo com c omoo fazi f aziaa na luz norm al – tudo estava apa apaga gado do – m a s era e ra um umaa vis visãã o de todas as as formas. Kels Ke lsier ier chec c hecou ou seu relóg re lógio io de de bol bolso. so. – Quanto Qua nto falt fa ltaa ? – Vin perguntou. per guntou. – Meia hora – Ke Kelsi lsier er diss dissee . – P re resum sumindo indo que e le sej a pontual... do que e u duvido. Ele E le é m eu irmão, irm ão, no fim das da s contas. contas. Vin assentiu, mudando de posição para apoiar os braços cruzados no parapeito quebrado da anela. Em bora fos f osse se pequeno, sentia-se sentia-se confort c onfortável ável tendo o atium atium que Kels Ke lsier ier lhe dera. der a. Deteve-se. Pensar no atium a fez se lembrar de algo importante. Algo que a incomodara em várias ocasiões. ocasiões. – Você Voc ê nunca m e ensinou o nono meta m etal! l! – ela e la o ac a c usou, vira virando-se ndo-se.. Kelsier Kelsi er deu de om bros bros.. – Eu disse disse para pa ra você que não nã o era er a m uit uitoo importa im portante. nte. – Mesmo Mesm o assim. assim . Qual Qua l é? Algum Algumaa li liga ga de atium atium,, presum pre sumo? o? Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Não, Nã o, os dois últi últim m os me m e tais não seguem se guem o me m e sm smoo padrã pa drãoo dos oito oito básicos. bá sicos. O nono m e tal é o ouro.
– Our Ouro? o? – Vin per perguntou. guntou. – É iss isso? o? Eu podia ter expe experim rimee ntado há m uit uitoo tem po por conta própria. própr ia. Kelsier começou a rir. – A m enos que quis quisee sse fa fazze r iss isso. o. Que Queim imaa r ouro é um umaa expe experiê riência ncia um pouco... desconfortável. Vin estreitou estreitou os olhos, olhos, então então voltou voltou a ol olhar har pela j ane anela. la. Veremos Veremos,, pensou. – Vai Va i experim expe rimenta entarr de qualque qualquerr m a neir neiraa , não vai? va i? – Kelsi Ke lsiee r disse, sorrindo. sorr indo. Vin não respon re spondeu. deu. Kelsier suspirou, remexendo em sua mochila e pegando uma moeda de ouro e uma lima. – Você prova provavelm velm e nte devia ter um umaa dessa dessass – ele diss dissee , m ost ostra rando-lhe ndo-lhe a li lim m a . – Co Contudo, ntudo, quandoo recolh quand re colher er m etal por conta conta própri própria, a, queime só um um pou pouqui quinho nho prime primeiro, iro, par paraa ter cer c ertez tezaa de que é puro ou é a liga liga corre c orreta. ta. – E se não nã o for? for ? – Vin perguntou. per guntou. – Você sabe saberá rá – Ke Kelsi lsier er prom e teu, c om omeç eçaa ndo a li lim m a r a m oeda oeda.. – Le Lem m bra aque aquela la dor de cabeça que teve depois do uso prolongado de peltre? – Sim Sim?? – Metal Meta l erra er rado do é pior – Ke K e lsi lsier er diss dissee . – Muito pior. pior. Compr Compree seus m eta etais is sempre sem pre que puder puder... ... em toda cidade você vai encontrar um pequeno grupo de comerciantes que proporcionam metais em pó para alomânticos. Esses comerciantes têm interesse documentado em assegurar que seus metais sejam puros... um Nascido das Brumas maldisposto, com dor de cabeça, não é exatamente o tipo de cliente insatisfeito com quem alguém gostaria de lidar. – Kelsier terminou de limar e recolheu algumas pequenas lascas de ouro em um pedacinho de tecido. Pegou uma entre os dedos e a engoli engoliu. u. – Esse é bom – ele diss dissee , e ntre ntregando gando o tec tecido ido par paraa e la. – Vá e m fr free nte... só se lem bre bre:: queimar o nono metal é uma experiência estranha. Vin assentiu, repentinamente se sentindo um pouco apreensiva. Nun Nuncc a saberá se não experimentar , pensou, e enfiou as lascas minúsculas na boca. Engoliu-as com um pouco da água de seu se u cant ca ntil il.. Uma nova reserva de metal apareceu dentro dela – desconhecida e diferente das nove que conhecia. Olhou para Kelsier, respirou fundo e queimou o ouro. Estava Est ava em doi doiss lugares lugares ao m esm esmoo tem tem po. Podia se ver, e pod podia ia se ver. Uma delas era uma mulher estranha, mudada e transformada da garota que sempre fora. Essa garota tinha sido cautelosa e cuidadosa – uma garota que nunca queimaria um metal desconhecido se baseando apenas na palavra de um homem. Essa mulher era tola; tinha esquecido muitas das coisas que a fizeram sobreviver até agora. Bebia soluções preparadas por outros. Confraternizava com estranhos. Não vigiava aqueles que a rodeavam. Ainda era muito m ais cuidados cuidadosaa do que a m aior parte das pessoas, pessoas, mas ma s perdera m ui uito to.. A outra era alguém que sempre detestara em segredo. Uma criança, na realidade. Magra ao ponto de ser esquelética, solitária, cheia de ódio e desconfiada. Não amava ninguém, e ningu ni nguém ém a am a m ava. Sem Sem pre dissera dissera para si m esm esma, a, em si silênci lêncio, o, que que não se importava. Havia Havia alg a lgoo pelo que vale valesse sse a pena viver viver?? Tinha que have haver. r. A vida não podia ser se r tão patética pa tética quanto pare pa recc ia. o entanto, tinha que haver. Não havia nada mais. Vin era ambas. Estava parada em dois lugares, movendo os dois corpos, sendo tanto a garota quanto a mulher. Estendeu a mão hesitante, insegura – de ambas – e tocou o rosto, de ambas. Vin engasgou, e o efeito acabou. Sentiu uma corrente súbita de emoções, um sentimento de vazio vaz io e confusão. Não havia cadeira c adeirass no aposento aposento,, então ela si sim m pl plesm esmente ente se acocorou a cocorou no chão, chã o,
sentando-se sent ando-se de costas costas para a parede, par ede, abraç a braçando ando os j oelh oelhos os.. Kelsier Kelsi er se aproxim aproxim ou, abaixando abaixando-se -se para par a col c olocar ocar um umaa m ão no om om bro dela. dela. – Está tudo bem . – O que foi aquil a quilo? o? – ela sussu sussurr rrou. ou. – Ouro Our o e ati a tium um são com c omplem plem entos, assim com o os outros outros pare pa ress de m e tal – Kelsi Ke lsiee r disse. – O atium a deixa ver, ainda que marginalmente, o futuro. O ouro trabalha de maneira similar, mas lhee perm lh per m it itee ver o passado. passado. Ou, Ou, ao menos, m enos, dá um vi visl slumbre umbre de outra outra versão ve rsão de você m esm esma, a, se as coisas cois as foram f oram di dife fere rent ntes es no passado. Vin estremeceu. A experiência de ser duas pessoas ao mesmo tempo, de ver a si mesma duas vezes, vezes, havia havia sido sido perturbadora perturbadora.. Seu Seu corpo c orpo ainda ainda trem ia, e sua m ente não parec par ecia.. ia.... bem. bem . Feli elizzm ente, a sens sensaç ação ão est e stava ava desapare desaparece cendo ndo.. – Lem Le m bre bre-m -m e de escutá e scutá-lo -lo no futuro – ela e la disse. – Pe P e lo me m e nos quando for sobre alom anc ancia. ia. Kelsier gargalhou. – Te ntei ti tira rarr iss issoo da sua ca cabeç beçaa o quanto pude. Mas ti tinha nha que e xper xperim imenta entarr em a lgum momento. Você vai superar. Vin assentiu. – Já... Já ... quase pa passou. ssou. Mas não e ra ape apenas nas um umaa visão, Ke Kelsi lsier er.. Era real . Eu a toquei, a outra eu. – Pode P ode par parec ecer er que sim – Kelsi Ke lsiee r expli e xplicc ou. – Mas ela e la não nã o estava e stava a qui... eu não nã o consegui c onsegui vêvê la, ao menos me nos.. É um um a alu a lucinaçã cinação. o. – As visõe visõe s do atium não são sã o só alucinaç alucina ç ões – Vin disse disse . – As sombra som brass rea re a lm lmente ente m ostram o que as pess pe ssoas oas vão faz fa zer er.. – É verdade ver dade – Kelsi Ke lsiee r concor c oncordou. dou. – Não Nã o sei. O ouro é e stranho, Vin. V in. Não ac a c ho que alguém a lguém o entenda. Meu treinador, Gemmel, dizia que a sombra do ouro era uma pessoa que não existe... mas que poderia existir. Uma pessoa na qual você poderia ter se tornado se não tivesse tomado certas decisões. É claro, Gemmel era um pouco disparatado, então não tenho certeza de até que ponto acre ac redit ditar ar no que ele e le disse. Vin assentiu. Contudo, era improvável que quisesse descobrir mais sobre o ouro em algum momento próximo. Não pretendia nem mesmo queimá-lo novamente, se pudesse evitar. Cont ontin inuou uou sentada, sentada, deixando suas suas em oções se rec r ecuperar uperarem em por um m ome oment nto, o, e Kels K elsier ier volto voltou-se u-se paraa a j ane par anela. la. Depois De pois de um tem po, ele fe fezz um gesto. – Ele está e stá aqui? a qui? – ela per perguntou, guntou, ficando fica ndo em pé pé.. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Quer Que r fica f icarr aqui a qui e desca de scansar nsar m ais um pouco? Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. – Tudo be bem m , entã entãoo – e le diss disse, e, coloc colocaa ndo seu re relógi lógioo de bolso bolso,, a li lim m a e outros m e tais no paraa peito da j ane par anela. la. – Vam Va m os. Nãoo saíra Nã saíram m pe pela la j a nela – Ke Kelsi lsiee r quer queria ia per perm m a nec necer er discre discreto, to, e m bora essa par parte te das Torções fosse tão deserta que Vin não tivesse certeza de por que se incomodar. Deixaram o edifício edifí cio por por um conjunt c onjuntoo de escadas esca das falsas, falsas, e cruz cr uzar aram am a rua em si silênci lêncio. o. O edifício que Marsh escolhera estava ainda mais em ruínas do que aquele que Vin e Kelsier usaram como esconderijo. A porta da frente já não existia, embora Vin pudesse ver seus rest re stos os no no chão. O inter interio iorr cheirava c heirava a pó e fuligem fuligem,, e ela e la teve que segurar um espi espirro. rro. Umaa fig Um f igura ura parada par ada do outro outro lado da sala deu meia-volt m eia-voltaa com c om o som som.. – Kell Ke ll?? – Sou Sou eu – Ke K e lsi lsier er diss dissee . – E Vin. Conforme Vin se se aproxi aproxim m ou, pôde pôde ver Marsh se esgueirando na na escuridão. Era est e stra ranho nho vêvê-
lo, sentindo como se tivesse plena visão, mesmo sabendo que, para ele, Kelsier e ela não eram nada mais do que sombras. A parede ao fundo do edifício despencara, e a bruma entrava livremente no aposento, quase tão densa quanto do lado de fora. – Você Voc ê tem tatuage tatuagens ns do Minist Ministéé rio! – Vin V in disse, disse, enca e ncara rando ndo Marsh. Mar sh. – É cla claro ro – Marsh Ma rsh re respondeu, spondeu, com voz tão tão seve severa ra quanto sem se m pre pre.. – Tive que fa fazze r a ntes de m e j unt untar ar à ca cara ravana. vana. Tinha Tinha que que tê-las para inter interpretar pretar o papel de acól ac ólit ito. o. Nãoo era Nã er a m gra grandes ndes – ele e le estava e stava int intee rpr rpreta etando ndo um obriga obrigador dor de baixa posi posiçç ã o – mas m as o padrã pa drãoo era inconfundível. Linhas escuras rodeando os olhos, correndo pelo rosto como se fossem pedaçç os de re peda relâm lâm pagos. Havia H avia um umaa única li linha, nha, m uit uitoo m ais grossa, gr ossa, em e m ve verm rm elho vivo, corr c orrendo endo pela later lateraa l de seu rosto. Vin re recc onhec onhecee u o pa padrã drão: o: essa essass e ra ram m li linhas nhas de um obrigador que pertenc per tencia ia ao Cantão da Inquisiçã Inquisição. o. Mar Marsh sh nã nãoo só se infil infiltra trara ra no Mini Ministério, stério, c om omoo e scolher scolheraa o lugar lu gar m ais perigos perigosoo para fa fazzêê-lo lo.. – Mas você fic ficaa rá com iss issoo par paraa sem pre – Vin c om omee ntou. – São tão c a ra racc ter teríst ística icas... s... onde quer que você vá, será conhecido como um obrigador ou uma fraude. – É pa parte rte do pre pr e ç o que e le pagou par paraa se infil infiltra trarr no Ministér Ministério, io, Vin – Ke Kelsi lsiee r diss dissee e m voz baixa.. baixa – Nã Nãoo im importa porta – Mar Marsh sh fa falou. lou. – Eu não ti tinha nha m uit uitaa vida ante antess dis disso, so, de qualque qualquerr m ane aneira ira.. Então, Ent ão, podem podem os nos nos apressar? Sou esper esperado ado em out outro ro lugar lugar em breve. Obrigadores têm um umaa vida ocupada,, e só tenho alguns minutos. ocupada minutos. – Tudo bem – Kelsi Ke lsiee r disse. – Pre P resum sumoo que sua infil infiltra traçç ão corr c orree u bem , então? entã o? – Co Corr rreu eu bem – Mar Marsh sh diss dissee lac laconica onicam m e nte. – Bem dem a is, na ver verda dade... de... ac acho ho que m e distingui no grupo. Presumi que estaria em desvantagem, já que não tive os mesmos cinco anos de treinamento treinam ento dos dos outros outros acól ac ólit itos os.. Assegurei-m Assegurei-mee de respon r esponder der às questões questões o m ais corretam corre tamente ente possíve possí vel,l, e de fa fazze r m e us dever de veree s com c om pre precc isão. Contudo, Contudo, apa a pare rentem ntem ente ente,, eu e u sabia sa bia m a is sobre o Mini Mi nist stér ério io do do que alg a lguns uns de seus mem m em bros bros.. E cer c ertam tamente ente sou mais ma is com competent petentee do que que esse bando de recé re cém m -c -chegados hegados,, e os pre prelado ladoss not notar aram am is isso so.. Kelsier gargalhou. – Você Voc ê sem pre foi um c râ rânio nio de ferr fe rro. o. Marsh bufou baixinho. – De qualque qualquerr m odo, m eu c onhec onhecim imento ento – sem m e nciona ncionarr m inhas habilidade habilidadess c om omoo buscador busca dor – j á m e va valer leraa m um umaa re reputaç putaçãã o destac de stacaa da. Nã Nãoo tenho te nho cer c ertez tezaa do quanto qua nto quero que ro que os prelados pre lados pre prestem stem a tenç tenção ão em m im im;; o passa passado do que for forjj a m os soa um pouco inconsist inconsistee nte quando um Inquisidor está interrogando você. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Disse a e les que é um brum oso? – É clar c laroo que dis disse se – Marsh Mar sh falou. fa lou. – O Ministér Ministério, io, e par parti ticc ular ularm m e nte o Cantão da Inquisiçã Inquisição, o, recruta nobres Buscadores com diligência. O fato de eu ser um deles é suficiente para impedir que faça fa çam m m ui uitas tas per pergun guntas tas sobre sobre m eu passado. Est Estão ão fel fe liz izes es o bastante bastante por me m e terem tere m , apesar do fato fa to de de eu ser um pou pouco co m ais velho velho que que a m aiori aioriaa dos ac acól ólit itos os.. – Além diss dissoo – Ke Kelsi lsier er dis disse se –, ele pre precc isava c ontar a e les que er eraa um brum oso par paraa que pudesse e ntra ntrarr nas seitas m a is sec secre retas tas do Min Minist istéé rio. A m aior par parte te dos obriga obrigadore doress de a lt ltaa patente pate nte é c om ompost postaa de Brum Brumosos osos de um ti tipo po ou de outro. Tende Tendem m a ser fa favorá voráve veis is com a própr própria ia espécie. – Com bons m oti otivos vos – Mar Marsh sh disse, fa falando lando ra rapidam pidam ente ente.. – Ke Kell ll,, o Ministé Ministé rio é m uit uitoo m a is competent com petentee do que imagi ima ginávam návam os os.. – O que quer diz dizee r? – Eles usam seus Brum Brumosos osos – Mar Marsh sh re respondeu. spondeu. – E fa fazze m um bom bom uso deles. Têm bases
por toda a c idade idade:: estações estaç ões de abrandamento chama m . Cada Cada uma del delas as cont contém um par abrandamento,, como as chamam de Abrandado Abra ndadore ress do Min Miniist stér ério io,, cuj o único único dever de ver é estend estender er uma in influência fluência mit m itig igadora adora ao redor r edor deles, ac acalm almando ando e deprimindo deprimindo as emoções em oções de todo todo mundo na área ár ea.. Kelsier assobiou baixinho. – Quantas? Qua ntas? – Dúzia Dúzia s – Marsh Mar sh contou. – Concentra Conce ntradas das nas na s áre á reas as ska ska a da c idade idade.. Sabem Sabe m que os ska ska a e stão derrot derr otados, ados, m as querem se assegurar de que as a s coisas coisas contin continuem uem com comoo estão. estão. – Maldição! Maldiçã o! – Ke K e lsi lsiee r disse. – Sempre Sem pre pe pensei nsei que os skaa skaa dentr dentroo de Luthadel Lutha del pare pa recc iam ainda mais abatidos que os outros. Não me admira que tivemos tanto trabalho para recrutar. As em oções das pess pe ssoas oas estão sob abrandamento constante! abrandamento constante! Marsh assentiu. – Os Abr Abraa ndador ndadoree s do Mi Minist nistér ério io são bons, Ke Kell ll... ... muito bons. Melhores até do que Brisa. muito bons. Tudo o que fazem é abrandar o o dia todo, todo dia. E, já que não estão tentando conseguir nada em específico – e sim sim m antendo as em oções extrem as sob sob controle controle – são são m ui uito to di difíceis fíceis de de serem ser em notados. Cada equipe tem um esfumaçador para mantê-los escondidos, assim como um buscador, busca dor, par paraa e ncontra ncontrarr alom ânticos de passa passagem gem . Aposto que é onde os Inquisid Inquisidore oress conseguem um monte de pistas: a maior parte do nosso povo é esperta o bastante para não queim quei m ar quando sabe sabe que há um obri obrigador gador na área ár ea,, mas m as fica m ais relaxada nos bairros pob pobre res. s. – Você c onsegue um umaa li lista sta das esta estaçç ões? – Ke Kelsi lsiee r per perguntou. guntou. – P re recc isam isamos os sabe saberr onde esses Buscadores estão, Marsh. Marsh assentiu. – Vou Vou tentar. tenta r. Estou a c a m inho de um umaa esta estaçç ão a gora m e sm smo... o... eles e les sem se m pre fa fazze m troc trocaa de pessoall à noit pessoa noitee , par paraa m a nter o segr segree do de deles. les. Os post postos os super superiore ioress se int inter eree ssar ssaraa m e m m im im,, e vão me deixar visitar algumas das estações para que eu me familiarize com o trabalho. Verei se consigo a lista para você. Kelsier assentiu na escuridão. – Só... não sej a e stúp stúpido ido c om a inform a ç ão, está bem ? – Mar Marsh sh pe pediu. diu. – Te m os que ser cuidadosos, Kell. O Ministério tem mantido essas estações em segredo há algum tempo. Agora que sabem os sobre sobre elas, e las, tem temos os um um a import im portante ante vantagem. vantagem . Não desperdice is isso so.. – Não N ão despe desperdiç rdiçaa re reii – Ke K e lsi lsiee r prom ete eteu. u. – E quanto qua nto aos a os Inquis I nquisidore idores? s? De Descobr scobriu iu algo a lgo sobre eles? Marsh ficou ficou em si silêncio lêncio por um m ome oment nto. o. – Eles são... e stranhos, Ke Kell ll.. Nã Nãoo sei. P a re rece cem m ter todos os poder poderee s a lom lomââ nti nticos, cos, entã entãoo presum pre sumoo que for foraa m nasc nascidos idos das brum as. Nã Nãoo c onsegui desc descobrir obrir m uit uitoo sobre e les... e m bora saiba que envelhecem. – De ve verda rdade? de? – Kelsier diss dissee com int intee re resse. sse. – Então, não nã o são imorta im ortais? is? – Nã Nãoo – Mar Marsh sh fa falou. lou. – Os obriga obrigadore doress diz dizee m que os Inquisid Inquisidore oress são troc trocaa dos ocasionalmente. As criaturas têm vidas muito longas, mas em algum momento morrem de velhice. Os novos devem ser recrutados entre os nobres. São pessoas, Kell... só estão... mudadas. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Se podem m orr orree r de velhice velhice,, e ntão prova provavelm velm ente há outra outrass m a neir neiraa s de m a tátá-los los também. – Foi o que pense penseii – Mar Marsh sh c om omee ntou. – Ve re reii o que consigo desc descobrir, obrir, m a s não espe espere re muito. Os Inquisidores não têm muita relação com os obrigadores comuns... há tensão política entre os dois grupos. O Sumo Prelado dirige a igreja, mas os Inquisidores acham que eles deveriam estar no comando. – Intere Inte ressante ssante – Kelsi Ke lsiee r disse, baixi ba ixinho. nho. Vin prati pra tica cam m e nte podia ouvir sua m ente tra trabalha balhando ndo
nessa nova informação. – De qualque qualquerr m odo, prec pr eciso iso ir – Marsh Ma rsh fa falou. lou. – Tive que vir corr c orree ndo, e che chega gare reii atra atr a sado ao meu compromisso. Kelsier assentiu, e Marsh começou a partir, abrindo caminho entre os escombros, vestido com su suaa tú túni nica ca de obrigador. obrigador. – Marsh Mar sh – Kelsier o cham cha m ou quando Marsh Ma rsh alca a lcançou nçou a saída saída.. Marsh se vi virou. rou. – Obrigado Obr igado – Kelsi Ke lsiee r disse. – Só posso posso im im agina aginarr o quanto qua nto isso isso é perigoso. pe rigoso. – Nã Nãoo e stou fa f a ze ndo iss issoo por você você,, Ke Kell ll – Mar Marsh sh fa falou. lou. – Mas... apr apree cio o agr agraa dec decim imento. ento. Tentarei envi e nviar ar out outro ro bilhete bilhete ass a ssim im que tiver tiver m ais inform informaç ações. ões. – Tenha Te nha cuidado c uidado – Kelsi Ke lsier er pe pediu. diu. Marsh desapareceu na noite brumosa. Kelsier ficou parado no salão desmoronado por alguns minutos, minutos, vendo o irm irm ão partir. pa rtir. Ele não estav estavaa me menti ntindo ndo sobre iss issoo tampouco tampouco,, Vin pensou. Re Realmente almente se import importaa c om arsh. – Vam os – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . – De Devem vem os levá levá-la -la de volt voltaa à Mansã Mansãoo Renoux. A Casa Le Lekka l vai va i oferecer outra festa em alguns dias, e você precisará estar lá.
Às v e zes me meus us c ompanhe ompanheiros iros dizem que me preoc preocupo upo e questiono dem demais ais.. Mas ainda que duvide do meu mérito como herói, há uma coisa que jamais questionei: o bem maior da nossa missão. As Profundezas dev devee m ser destruíd destruídas. as. Eu as v i e as senti. O nome que lhe dem demos os é uma alavra fraca demais, creio. Sim, são profundas e insondáveis, mas também são terríveis. Muitos não percebem que são sencientes, mas eu senti sua mente, tal como é, nas poucas vezes que as confrontei diretamente. É um ser de destruição, loucura e c orrupção. De Destr struir uiria ia este mundo, não por rancor ou animosidade, mas simplesmente porque é isso o que faz.
O salão de baile da Fortaleza Lekal tinha forma interior de pirâmide. A pista de dança estava montada sobre uma plataforma com cerca de um metro de altura, bem no meio da sala, e as m esas estavam pos postas tas sobre sobre quatro plat plataf aform ormas as sim sim il ilar ares es ao redor re dor dela. Os criados criados corriam pelo peloss corredores corr edores ent e ntre re as plataform plataform as, servindo servindo o jant ja ntar ar dos ar aris isto tocr cratas. atas. Quatro níveis níveis de de balcões corri corr iam ao longo longo do per períme ímetro tro int interno erno da sala pira piram m id idal, al, cada ca da um mais perto do ponto mais alto, cada um mais próximo da pista de dança. Embora o salão principal princ ipal fosse bem il ilum uminado, inado, os balcõe ba lcõess era er a m cobe cobertos rtos pela pe la som bra dos que e stava stavam m a c im imaa . O desenho pretendia permitir que se visse a característica artística mais distintiva da fortaleza – os pequenos peque nos vitra vitrais is e m ca cada da balcã ba lcão. o. Os nobres Lekal alardeavam que, embora as outras fortalezas tivessem vitrais maiores, os da Fortaleza Lekal eram mais detalhados. Vin tinha que admitir que eram impressionantes. Vira tantas janelas com vitrais nos últimos meses, que estava começando a não prestar mais atenção nelas. As janelas da Fortaleza Lekal, no entanto, colocavam a maior parte das demais no chinelo. Cada vi vitral tral era uma extravagante e detal detalhada hada m ar aravil avilha ha de cor c or resp re spland landec ecente. ente. Anim Anim ais exóti exóticos cos
saltavam, paisagens distantes seduziam, e nobres famosos olhavam, orgulhosos, de seus retratos. Também havia, é claro, os desenhos habituais dedicados à Ascensão. Vin podia reconhecêlos com mais facilidade agora, e estava surpresa em ver referências a coisas que lera no diário de viagem. As colinas verde esmeralda. As montanhas pontiagudas, com linhas fracas no formato de ondas saindo do topo. Um lago profundo e escuro. E... a escuridão. As Profundezas. O ser ca caót ótiico da dest destruição. ruição. pensou. Mas... o que eram? Talvez o final do diário revelasse mais. Ele as derrot de rrotou ou,, Vin pensou. Mas... e ram? Talvez Vin balançou a cabeça, deixando o nicho da parede – e sua janela negra – para trás. Percorreu o segundo balcão, usando um vestido branco – uma roupa que jamais teria podido sequer imagin im aginar ar us usar ar durant durantee su suaa vi vida da como c omo skaa skaa.. As cinzas cinzas e a fuli fuligem gem fa fazziam tão parte de su suaa vida que achava que sequer tivesse tido contato com o conceito de branco prístino. O conhecimento fazia o vestido parecer ainda mais maravilhoso para ela. Esperava jamais perder isso is so – a sensação inter interio iorr de com comoo a vida fora antes. Isso Isso a faz f azia ia apreciar apre ciar o que tinha, tinha, mui m uito to mais ma is do que que a nobreza nobreza verdadeira ver dadeira parec par ecia ia fazer fazer.. Continuou caminhando pelo balcão, procurando sua presa. Cores cintilantes brilhavam pela anela retroiluminada, derramando luzes pelo chão. A maior parte das janelas resplandecia dentro de pequenos nichos ao longo do balcão, e, por isso, o balcão que tinha diante de si estava intercalado com bolsões de escuridão e cor. Vin não se deteve para estudar nenhuma outra anela; já tinha estudado o suficiente nos seus primeiros bailes na Fortaleza Lekal. Nesta noite, tinha negócios a tratar. Encontrou sua vítima parada no meio do corredor que levava ao balcão leste. Lady Kliss falava com um grupo de pessoas, então Vin se deteve, fingindo admirar uma janela. O grupo de Kliss logo se dispersou – geralmente só era possível aguentar Kliss em pequenas doses. A mulher de baixa estatura começou a caminhar na direção de Vin. Quando ela se aproximou, Vin se virou, como se estivesse surpresa. – Olá, Lady La dy Klis Kliss! s! Não Nã o a vi a noit noitee toda. Kliss se virou no mesmo instante, obviamente entusiasmada com a perspectiva de ter outra pessoa com quem fof fofoc ocar ar.. – Lady La dy Vale alett ttee ! – disse, ava a vança nçando. ndo. – Pe P e rde rdeuu o bail ba ilee de Lorde Cabe Cabe,, sem se m a na passa passada! da! Nã Nãoo por ca c a usa de um umaa re reca caída ída de sua doenç doe nçaa anter a nterior, ior, esper e spero? o? – Não Nã o – Vin falou. fa lou. – Passei Pa ssei a noite j anta antando ndo com m eu tio. – Ah A h – Klis Klisss disse, de desapontada sapontada.. Um U m a re recc a ída ter teria ia sid sidoo um a hist história ória m e lhor. – Bem Bem,, isso é bom.. bom – Ouvi diz dize r que tem a lgum lgumas as novidades novidade s inter interessa essantes ntes sobre La Lady dy Tre Tren-P n-Pedr edrii Delouse – Vin V in comentou, cuidadosamente. – Eu mesma ouvi algumas coisas interessantes nos últimos tempos. – Olhouu Kliss Olho Kliss,, dando a entender que est e stava ava dis dispost postaa a trocar troc ar fuxicos. – Ah, A h, isso! – Kli K liss ss disse disse , anim a nimaa da. – Bem , e u ouvi que Tren-Pedri não está nem um pouco interessada em uma união com a Casa Aime, embora seu pai tenha dado a entender que haverá completo bufão. um casamento em breve. Sabe como são os filhos de Aime. Ora, Fedren é um completo bufão. Interiormente, Vin revirou os olhos. Kliss continuou a falar, sem nem ao menos perceber que Vin também tinha algo que queria partilhar. Usar sutileza com esta mulher é quase tão eficiente quanto vender sais de banho para um skaa rural. – Isso é interessante – Vin comentou, interrompendo Kliss. – Talvez a hesitação de TrenPedri Pe dri venha da conexão da Casa Aime com a Casa Hasting. Hasting. Kliss Kli ss se se deteve deteve.. – Com Comoo assim? assim ? – Be Be m , todo mundo sabe sa be o que a Casa Hasting H asting está planej plane j a ndo.
– Ah, é? é? Vin fingiu estar embaraçada. – Ah. Talve alvezz iss issoo a inda não sej a sabido. P or fa favor, vor, La Lady dy Klis Kliss, s, e squeç squeçaa que e u diss dissee qualquer coisa. – Esquec Esquecer er?? – Klis Klisss dis disse. se. – Or Ora, a, j á está e squec squecido. ido. Mas, vam os, não par paree . O que quer dizer? – Não Nã o devia diz dizer er – Vin falou. fa lou. – É só a lgo que ouvi, se se m quer querer er,, me m e u tio tio falar fa lar.. – Se u ti tio? o? – Klis Klisss pe perguntou, rguntou, fic ficando ando m a is im impa pacie ciente. nte. – O que e le diss dissee ? Sabe que pode confi con fiar ar em e m m im. – Bem Bem... ... – Vin c om omee ç ou. – Ele diz que a Casa Ha Hasti sting ng e stá re realoc alocaa ndo um m onte de recursos para sua plantação no Domínio Sul. Meu tio está bem feliz... Hasting se retirou de alguns contratos, e meu tio espera consegui-los. – Rea Realoca locando... ndo... – Klis Klisss diss dissee . – Or Ora, a, e les não fa faria riam m iss issoo a m enos que e sti stivesse vessem m planejj ando sair plane sa ir da cida cidade de.. – Que Quem m pode c ulpáulpá-los? los? – Vin per perguntou guntou em voz ba baixa. ixa. – Que Quero ro diz dizee r, quem quer se arriscar a passar pelo que a Casa Tekiel passou? – Rea Realm lmente ente... ... – Kliss c oncor oncordou. dou. Estava quase tre trem m endo de a nsieda nsiedade de de e spalhar a s notícias. – De qualque qualquerr m odo, por fa f a vor, isso é obviam e nte apena a penass boato – Vin falou. fa lou. – É melhor m elhor não contar cont ar para pa ra ninguém ninguém.. – É clar c laroo – Kliss Kliss disse. disse. – Ah... m e dê li lice cença nça.. Pre P reciso ciso ir me m e re refr free sca scar. r. – É c lar laroo – Vin re respondeu, spondeu, obser observando vando a m ulher sair e m dis dispa para rada da em dire direçç ã o à s esca e scadas das do balcão. Vin sorriu. A Casa Hasting não estava fazendo tais preparativos, é claro; Hasting era uma das famílias mais fortes da cidade, e não era provável que se retirasse. No entanto, Dockson estava na loja forjando documentos que, quando entregues nos locais certos, implicariam que Hasting estava planejando fazer o que Vin dissera. Se tudo desse certo, a cidade inteira logo esperaria que Hasting se retirasse. Seus aliados fariam planos, e talvez até começassem a se retirar também. Os compradores de armas começariam a procurar fornecedores em outros lugares, temendo que Hasting não fosse capaz de firmar bons contratos quando partisse. Quando Hasting não se retirasse, isso os faria parecer não se indecisos. Sem seus aliados, suas entradas de dinheiro enfraqueceriam, e poderia vir a ser a próximaa casa próxim c asa a ca cair. ir. A Casa Hasting, no entanto, era uma das casas contra as quais era fácil lutar. Tinha reputação de usar subterfúgios em excesso, e as pessoas acreditariam em uma suposta retirada. Além disso, Hasting era uma forte casa mercantil – o que significava que dependia muito dos contra cont rattos para so sobreviv breviver er.. Uma Um a casa c asa com c om uma font fontee de renda r enda dominante dominante tão óbvi óbviaa tam bém tin inha ha uma fra fraquez quezaa óbv óbvia. ia. Lorde Hasting Hasting havia havia trabalhado duro duro para aum aumentar entar a in influ fluência ência de sua casa c asa nas últimas décadas e, ao fazer isso, levara seus recursos ao limite. As outras casas eram muito mais estáveis. Vin suspirou, virando-se e percorrendo o corredor, olhando o enorme relógio colocado entre os balcões do outro lado da sala. Venture não cairia tão facilmente. Mantinha-se poderosa através do simples poder da fortuna; embora participasse de alguns contratos, não dependia deles como as outras casas. Venture era rico e poderoso o bastante para que um desastre mercantil só o balançasse um pouco. De certo modo, a estabilidade de Venture era positiva – para Vin, ao menos. A casa não tinha fraqueza óbvia, então talvez a gangue não ficasse muito desapontada caso ela não
descobrisse nada que a fizesse ir abaixo. Afinal, não precisavam necessariamente destruir a Casa necessariamente destruir Venture; isso simplesmente facilitara o plano. O que quer que acontecesse, Vin tinha que ter certeza de que os Venture não sofreriam o mesmo destino da Casa Tekiel. Com a reputação destruída e as finanças desequilibradas, os Tekiel haviam tentado sair da cidade – e essa demonstração final de fraqueza fora demasiada. Alguns dos nobres Tekiel foram assassinados antes de partirem; o resto fora encontrado nas ruínas calcinadas de seus barcos, no canal, aparentemente atacado por bandidos. Vin, no entanto, não conhecia nenhu ne nhum m grupo de ladrões que se atrevess a trevessee a m atar tant tantos os nobres. nobres. Kelsier ainda não tinha conseguido descobrir que casa estava por trás dos assassinatos, mas a nobreza de Luthadel não parecia se importar muito com quem era o culpado. A Casa Tekiel se perm per m it itira ira enf enfra raquec quecer er,, e na nada da e ra m a is e m bar baraa çoso pa para ra a a ristocra ristocracia cia do que um umaa Gr Grande ande Casa que não podia se manter. Kelsier estava certo: embora grupos educados se encontrassem nos bailes, a nobreza estava mais do que disposta a apunhalar uns aos outros bem no peito se isso a beneficiass be neficiasse. e. Como as gangues de ladrões, ladrões , ela pensou. A nobreza realme realmente nte não é tão dif difee rente das essoas esso as com quem cresci c resci.. A at a tm os osfe fera ra só estava estava ficando mais m ais perigos perigosaa com su suas as sutil sutilez ezas as educadas. e ducadas. Sob Sob essa fachada fa chada havia tramas, assassinatos e – mais importante – nascidos das brumas. Não era por acaso que todos os bailes a que comparecera recentemente mostravam grande número de guardas, tanto com armadura quanto sem. As festas, agora, tinham o propósito adicional de advertir e medir forças. dissee para par a si m esm esma. a. Ape Elend está e stá a salvo salvo,, diss Apesar sar do que ele pe pensa nsa de sua família, família, eles ele s fize fize ram um bom trabalho mantendo sua posição na hierarquia de Luthadel. Ele é o herdeiro – eles o rotegerão dos assassinos. assassinos . Desejava que essas afirmações soassem um pouco mais convincentes. Sabia que Shan Elariel estava planejando alguma coisa. A Casa Venture podia estar em segurança, mas Elend era um pouco... distraído algumas vezes. Se Shan fizesse algo contra ele pessoalmente, poderia ou não ser um gol golpe pe importante importante cont c ontra ra a Casa Venture Venture – mas ma s certam ente seria contra contra Vin Vin.. – Lady La dy Va Valette lette Renoux – uma um a voz diss disse. e. – Ac A c re redit ditoo que estej e stejaa atra a trasada sada.. Vin se virou virou para ver El Elend end descans desca nsando ando em um ni nicho cho da parede par ede à sua esq e squerda. uerda. Ela sorriu, sorriu, olhando o relógio de relance, notando que, de fato, havia passado alguns minutos da hora que prom e ter teraa se enc encontra ontrarr com c om ele ele.. – De Devo vo ter m e c ontagiado c om os m aus hábitos de a lguns dos m eus a m igos – e la dis disse, se, entrando entra ndo no nicho. nicho. – Agora Agor a , vej ve j a , eu e u não nã o disse que er eraa um umaa c oisa ruim ruim.. – Elend falou, sorrindo. – Ora, eu diria até que é um dever da dama atrasar-se um pouco. Faz bem a um cavalheiro ser forçado a esperar pelos caprichos de uma mulher... ao menos era isso que minha mãe sempre costumava dizer. – P elo vist vistoo ela e la e ra um umaa m ulher sábia – Vin V in com c omentou. entou. O nicho er eraa lar largo go o suficie suficiente nte par paraa que apenas duas pessoas ficassem paradas lado a lado. Ela estava de frente para ele, com o balcão balc ão à e squer squerda da e um m a ra ravil vilhoso hoso vit vitra rall cor de lava lavanda nda à dire direit ita. a. Os pés dele deless quase se tocavam. – Ah, não nã o sei nada na da disso – Ele Ele nd disse. disse. – Afinal, Af inal, ela se ca c a sou com m e u pai. – Unindo-se Unindo-se,, desta for form m a, à c a sa m a is poder poderosa osa do Im pér pério io Final. Nã Nãoo há nada m uit uitoo melhor do que isso... embora, suponho que ela pudesse ter tentado se casar com o Senhor Soberano. Pelo Pe lo que soube, soube, no entanto, entanto, ele não estava em e m bus busca ca de uma um a espos esposa. a. – P e na – Elend com entou. – Ta lvez pare pa recc e sse um pouco m enos depr deprim imido ido se ti tivesse vesse um umaa
mulher em sua vida. – Acho Ac ho que isso depende depe nde da m ulher – Vin olhou de re r e lanc lancee par paraa o lado, quando qua ndo um peque pequeno no grupo de cortesãos passou por eles. – Creio que este não seja exatamente um local privado. As pessoass estão nos lançando pessoa lanç ando olhare olha ress estranhos. estra nhos. – Foi Foi você quem e ntrou aqui com c omigo igo – Elend Elend apontou. a pontou. – Sim Sim,, bem , não estava e stava pensa pensando ndo na fofoc f ofocaa que podería pode ríam m os com e ç ar ar.. – Que fof fofoquem oquem – Elend disse, endire e ndireit itando ando o corpo. c orpo. – Por P or que iss issoo deixará deixa rá seu pai pa i za za ngado? Elend El end negou negou com a cabeça c abeça.. – Nã Nãoo m e im importo porto m a is c om iss isso, o, Va lette. – De Deuu um passo a diante, fic ficaa ndo ainda m a is perto per to dela. de la. Vin pôde sentir sua re respiraç spiraçãã o. Ele E le fic ficou ou para pa rado do ali a li por um inst instaa nte, a ntes de fa falar lar.. – Acho que vou beijá beijá-la. -la. Vinn estrem Vi estrem ece eceuu de leve. – Não Nã o acho a cho que queir queiraa fazer f azer iss isso, o, Elend. – Por P or quê? quê ? – Quanto Qua nto realm re alm e nte m e conhec c onhece? e? – Não Nã o tanto quanto gosta gosta ria – ele c onfe onfessou. ssou. – Não Nã o tanto quanto devia, devia , tam pouco – Vin V in disse, disse, olhando nos olhos de dele. le. – Então m e conte c onte – ele e le disse. – Não Nã o posso. Não agora a gora.. Elend ficou parado por um momento, então assentiu levemente e se afastou. Saiu para o corredor corr edor do balcã balcão. o. – Então, vam va m os dar um passe passeio? io? – Sim Sim – Vin concordou, conc ordou, ali a liviada viada e um pouco desapontada de sapontada,, tam bém . – É o melhor m elhor – Elend E lend disse disse . – Esse nicho tem te m um umaa luz completamente horrível el para ler. completamente horrív – Nã Nãoo ouse – Vin a m ea eaçç ou, olhando o li livro vro e m seu bols bolsoo enqua enquanto nto se j untava a ele no corredor. corr edor. – Leia quand quandoo estiver estiver com out outra ra pess pessoa, oa, não com c omiigo. – Mas foi com c omoo nosso re relac lacionam ionam ento com c omee ç ou! – E é com o poderia poder ia term ter m inar tam bé bém m – Vin disse, disse, toma tom a ndo o braç bra ç o dele. dele . Elend sorriu. Não eram o único casal andando pelo balcão, lá embaixo, outros pares rodopiavam lentamente ao som da música suave. Tudo parece tão pacífico. E ainda assim, há poucos dias, muitas dessas pessoas estavam aradas, assistindo tranquilamente a mulheres e crianças serem decapitadas. Senti entiuu o braço bra ço de Elend, o calo ca lorr dele de le ao a o seu lado. Kels Ke lsier ier dizia dizia que sorria sorr ia tanto porque sentia sentia necessidade de pegar toda alegria que pudesse do mundo – para saborear os momentos de felicidade que pareciam tão raros no Império Final. Passeando ao lado de Elend, Vin pensou que começava a entender como Kelsier se sentia. – Valette... Va lette... – Elend disse lentam lenta m e nte. – O quê? quê ? – Quero Que ro que de deixe ixe Luthadel Luthade l – ele fa f a lou. – O quê? quê ? Elee se deteve, El de teve, vira virando ndo-se -se para par a olhar para ela. – Tenho Tenho pensado pe nsado m uit uitoo nisso. nisso. Pode P ode não per percc ebe eber, r, m a s a cida cidade de e stá fica f icando ndo perigosa. per igosa. Muito Muito perigosa. per igosa. – Eu sei. – Então E ntão sabe que um umaa ca casa sa peque pequena, na, sem a li liaa dos, não nã o tem te m lugar no Dom D omíni ínioo Centra Centrall neste ne ste momento – Elend disse. – Seu tio foi corajoso ao vir para cá tentar se estabelecer, mas escolheu
o momento errado. Eu... eu acho que as coisas vão ficar fora de controle muito em breve. Quando isso acontecer, não posso garantir sua segurança. – Meu tio sabe sabe o que está e stá faz fa zendo, Elend. Ele nd. – Isso é diferente diferente,, Valette – Elend assegurou. – Casas inteiras estão caindo. A família Tekiel não foi massacrada por bandidos... isso foi trabalho da Casa Hasting. Aquelas não serão as últimas mortes que veremos antes que isso passe. Vin se se deteve, pensando novam novamente ente em e m Shan. – Mas... você está em segur seguranç ançaa , certo? ce rto? A Casa Ve Venture nture... ... não é com o as outras. outra s. É estável. estáve l. Elend El end negou negou com a cabeça c abeça.. – Som Somos os ainda m a is vulner vulneráá veis que o re r e sto, Va Valette. lette. – Mas a for fortuna tuna de você vocêss é gra gr a nde – Vin V in falou. fa lou. – Não depe de pendem ndem de contra c ontratos. tos. – Eles podem não ser visí visíve veis is – Elend diss dissee e m voz baixa ba ixa –, m a s e stão lá, Va lette. Som omos os bons atore a tores, s, e os outros presum pr esum e m que tem os m ais do que tem os. Contudo, Contudo, com c om os impost im postos os que o Senhor Soberano cobra das casas... bem, a única razão pela qual mantemos tanto poder na cidade é atravé atravéss de de rendas. r endas. Rendas Rendas secret secre tas. Vin franziu o cenho, e Elend se aproximou mais, falando quase em um sussurro. – Min Minha ha fa fam m íl ília ia m iner ineraa o a ti tium um do Se nhor Sober oberano, ano, Va lette – ele dis disse. se. – É daí que vem nossa riqueza. De certo modo, nossa estabilidade depende quase por completo dos caprichos do muito perturbado Senhor Soberano. Soberano. Ele Ele não nã o gost gostaa de se preocupar em rec recol olher her o ati a tium, um, m as fica muito perturbado se o calendário c alendário de ent e ntre regas gas é in interrom terrompi pido. do. disse. Esse é o segredo; Descubra De scubra mais!, mais! , o instinto lhe disse. Esse segre do; é dis disso so que Kelsier precisa prec isa.. – Ah, Elend – Vin V in sussurrou. sussurrou. – Não Nã o devia m e conta contarr isso. – Por P or que não? – ele per perguntou. guntou. – Confio Confio em e m você você.. Olhe, Olhe , precisa pre cisa ente entender nder quão per perigos igosas as as as coisas são. O suprimento de atium tem tido alguns problemas ultimamente. Desde que... bem, alguma coisa aconteceu há alguns anos. Desde essa época, as coisas têm estado diferentes. Meu pai não nã o pode sati sa tisfa sfazzer a s cotas cota s do Senhor Senhor Sober oberaa no, e, da últ últim imaa vez ve z, isso isso acontec ac onteceu... eu... – O quê? quê ? – Bem – Elend diss dissee , par paree ce cendo ndo pre preocupa ocupado. do. – Vam os diz dizer er que as c oisas podem fic ficar ar muito feias para os Venture em pouco tempo. O Senhor Soberano depende daquele atium, Valette... é uma de suas principais formas de controle sobre a nobreza. Uma casa sem atium é uma casa que não pode se defender dos nascidos das brumas. Ao manter uma grande reserva, o Senhor Soberano controla o mercado, tornando-se extremamente rico. Ele financia seus exércitos tornando o atium escasso e, então, vendendo pequenas porções a preços exorbitantes. Se soubesse mais sobre a economia da alomancia, provavelmente isso faria muito mais sentido paraa você par você.. Ah, acredit acre ditee em e m mim. Entendo Ente ndo mais do que imagina. E agora sei muito muito mais do que deve dev e ria ria.. Elend parou, sorrindo agradavelmente quando um obrigador que caminhava pelo balcão passou por e les. O obriga obrigador dor os observou obse rvou e nquanto passa passava, va, com olhos pensativos pe nsativos dentro de ntro da teia de tatuagens. Elend se voltou para ela assim que o obrigador se foi. – Que Quero ro que par parta ta – re repe peti tiu. u. – As pessoa pessoass sabe sabem m que de dediquei diquei atenç a tençãã o a você você.. Co Com m sorte, vão presumir que é só para aborrecer meu pai, mas ainda podem tentar usá-la. As Grandes Casas não não terã terãoo nenhu nenhum m escrúpu escrúpullo em esma esmagar gar toda toda sua sua fam f am ília só para para chegar a m im e ao a o meu me u pai. Você Voc ê tem que ir. ir . – Eu... pensare pensa reii nisso nisso – Vin prom e teu. – Não Nã o há m uit uitoo tem po para pa ra pensa pensarr – Elend E lend adver a dverti tiu. u. – Quero Que ro que par parta ta antes a ntes que se envolva e nvolva demais dem ais com o que está está acont a contec ecendo endo nesta nesta cidade.
J á estou envolvida, Já env olvida, muito muito mais do que pensa pe nsa.. – Disse que pensa pensare reii nis nisso so – ela fa falou. lou. – Olhe, Elend, ac acho ho que deve deveria ria e star m a is preoc pre ocupado upado consig c onsigoo mesm m esm o. Acho Ac ho que Shan Elariel Elar iel vai tentar a lgo para atingi-lo. – Shan? Shan? – Ele Ele nd disse, disse, diverti diver tido. do. – Ela é inofe inofensiv nsivaa . – Não Nã o acho a cho que sej a , Elend. Você Voc ê pre precc isa ser m a is cuidadoso. Ele gargalhou. – Olhe par paraa nós... cada c ada um tentando c onvenc onvencer er o outro do quão ter terríve rívell é a sit situaç uação, ão, e ca cada da um tei teim m os osam am ente se negando ne gando a ouvir ouvir o out outro. ro. Vin se deteve, então sorriu. Elend suspirou. – Não Nã o vai m e ouvir, não nã o é? Há algo a lgo que eu e u possa faz fa zer pa para ra que parta pa rta?? – Neste Ne ste mom m omee nto, não – Vin disse em e m voz baixa baixa.. – Ve Ve j a , Elend, não nã o podem os sim sim plesm plesmee nte desfrutar o tempo que temos juntos? Se as coisas continuarem como estão, podemos não ter muitas outras oportunidades como essa por um tempo. Ele hesitou, mas finalmente assentiu. Ela podia ver que ele ainda estava preocupado, mas voltaram a passear, e ele deixou que ela gentilmente tomasse seu braço de novo enquanto caminhavam. Andaram por um tempo, em silêncio, até que algo chamou a atenção de Vin. Ela tirou ti rou a m ão do braço braç o dele, dele, e segurou su suaa m ão. Elend olhou para ela, franzindo o cenho, confuso, enquanto Vin batia com o dedo no anel que ele usava. – É me m e tal de verda ve rdade de – ela e la disse, um pouco surpre sur presa, sa, ape a pesar sar do que lhe haviam ha viam dit dito. o. Elend assentiu. – Ouro Our o puro. – Não Nã o se pre pr e ocupa c om om... ... – Alomâ Alom â nti nticc os? – Elend Ele nd perguntou. pe rguntou. Deu De u de om ombros. bros. – Nã Nãoo sei... se i... não são o tipo de coisa c om a qual alguma vez tive que lidar. Não usam metal nas plantações? Vin negou com a cabeç c abeça, a, apontando apontando um um a das presilhas presilhas em seu cabelo cabe lo.. – Madeira Made ira pint pintada ada – ela dis disse. se. Elend assentiu. – P rova rovavelm velm ente é um umaa atitude sábia – dis disse. se. – Mas, be bem m , quanto m a is pe perm rm ane anece cerr em Luthadel, mais vai perceber que pouco do que fazemos aqui é em nome da sabedoria. O Senhor Soberano usa anéis de metal; portanto, a nobreza também o faz. Alguns filósofos acham que é tudo parte do plano Dele. O Senhor Soberano usa metal porque sabe que a nobreza o imitará, dando, assim, poder aos Inquisidores sobre ela. – Voc ocêê c oncor oncorda? da? – Vin per perguntou, guntou, tom tomando ando o bra braçç o dele m a is um umaa vez e nquanto caminhavam. – Com os filósofos, quero dizer. Elend El end negou negou com a cabeça c abeça.. – Nã Nãoo – diss dissee , com um tom de voz m uit uitoo baixo. – O Se nhor Sober oberaa no... e le é ape apenas nas arrogante. Tenho lido sobre guerreiros que, há muito tempo, marchavam para as batalhas sem armaduras, supostamente para provar quão bravos e fortes eram. É como ele faz, creio... embora reconhecidamente em um nível muito mais sutil. Ele usa metal para alardear seu poder, paraa m ostrar o quão par quã o destem de stemido, ido, e não suj sujee it itoo a a m ea eaça ças, s, ele e le é em re relaç laçãã o a qualque qualquerr coisa que possamos possam os faz fa ze r. Bem Be m, Vin pensou , ele e stá dispo disposto sto a c hamar o Senhor Soberano Sobe rano de arrogante arrogante . Talve Talvezz consiga que admita um pouco mais... mais ... Elend parou, olhando para o reló re lógio gio.. – Tem Te m o que não nã o tenha m ais tem po esta noite, Vale V alett ttee .
– Tudo bem – Vin disse. disse. – Pre P recisa cisa se enc e ncontrar ontrar com seus am a m igos igos.. – Olhou para par a e le, tentando tenta ndo m edi edirr sua sua reaçã re ação. o. Elee não parec El par eceu eu m ui uito to su surpre rpreso so.. Apenas ergueu uma um a sobrancelh sobrance lha. a. – De fa fato, to, preciso. pre ciso. Você Voc ê é m uit uitoo observa obser vadora dora.. – Não Nã o é pre preciso ciso ser se r m uit uitoo observador obser vadoraa – Vin com c omee ntou. – Todas Todas as a s vezes que e sti stivem vem os nas fortalezas Hasting, Venture, Lekal ou Elariel, você saiu com as mesmas pessoas. – Meus a m igos de bebida – Elend diss dissee c om um sorr sorriso. iso. – Um grupo im imprová provável vel no cli c lim ma políti polí ticc o de hoj e , ma m a s que aj a j uda a irritar m e u pai. – O que fa fazze m nesse nessess encontros? enc ontros? – Vin perguntou. per guntou. – Discuti D iscutim m os fil f ilosofia, osofia, e m ger geral al – Elend E lend diss dissee . – Som omos os um grupo de j a notas... o que não é surpreendente, suponho, se conhecer alguns de nós. Falamos sobre o governo, sobre política... sobre sob re o Senhor Senhor Sober oberano. ano. – O que fa falam lam sobre ele ele?? – Be Be m , não gostam os de algum a lgumaa s coisas que ele tem fe feit itoo com o Im pé pério rio Final. Final. – Então você voc ê quer derrubá der rubá-lo! lo! – Vin dis disse. se. Elend lhe lançou um olhar estranho. – De Derr rrubáubá-lo? lo? O que lhe deu essa ideia, Va lette? Ele é o Se nhor Sober oberano... ano... é deus. Nã Nãoo podem os fa fazze r na nada da a despe despeit itoo do fa fato to de e le esta estarr no com ando. – Af Afastou astou o olhar enqua enquanto nto contiinuavam a andar. cont a ndar. – Não, meus me us am ig igos os e eu, nós nós só.. só.... desejam desej am os que o Império Im pério Fi Final sej sej a um pouco dife difere rente. nte. Nã Nãoo podem os m udar as coisa coisass agor agoraa , m a s talvez a lgum dia... pre presum sumindo indo que sobrevivamos ao próximo ano ou mais... estejamos em posição de influenciar o Senhor Soberano. – A fazer f azer o quê? – Bem Bem,, a quela quelass exe execuç cuções ões há alguns dias, por exe exem m plo – Elend diss dissee . – Nã Nãoo vej o nada de bom niss nisso. o. Os sk skaa a se re rebela belara ram m . Em re repre presália, sália, o Min Minist istéé rio exe executou cutou algum algumaa s c e ntena ntenass de pessoass ale pessoa aleaa tórias. O que iss issoo e stá fa fazze ndo alé além m de deixa deixarr a populaç populaçãã o a inda mais mais zangada? Então, da próxima vez, a rebelião será maior. Isso significa que o Senhor Soberano vai ordenar que ainda mais pessoas sejam decapitadas? Quanto tempo isso pode continuar até que não sobre nenhum skaa? Vin caminhou, pensativa. – E o que far f aria, ia, Elend Ele nd Venture Ve nture?? – ela fina finalm lmente ente diss dissee . – Se Se e sti stive vesse sse no com c omando. ando. – Nã Nãoo sei – Elend c onfe onfessou. ssou. – Te nho li lido do m uit uitos os li livros... vros... alguns que não de devia via ler ler... ... e não encontrei nenhuma resposta fácil. Tenho certeza, no entanto, de que decapitar o povo não resolverá nada. O Senhor Soberano está por aí há muito tempo... era de se esperar que tivesse encontrado uma maneira melhor. Mas, de todo modo, teremos que continuar isso depois... – Ele diminuiu o passo, voltando-se para olhar para ela. – Já é hora hora?? – Vin perguntou. per guntou. Elend assentiu. – P rom e ti que m e e ncontr ncontrar aria ia com ele eles, s, e e les m e io que espe espera ram m por m im im.. Talve alvezz possa dizzer que chegare di c hegareii atrasado... Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. – Vá bebe beberr com c om seus am a m igos igos.. Fica Ficare reii bem ... tenho m ais algum a lgumas as pessoas pe ssoas com c om quem pre preciso ciso conversar, de qualquer modo. – Precisava voltar ao trabalho; Brisa e Dockson haviam passado horas planejando e preparando as mentiras que ela supostamente ia espalhar, e estariam esperando espera ndo pelo pelo seu seu relato r elato na na loja loj a de Trevo depois depois da fest fe sta. a. Elend sorriu sorr iu.. – Talve alvezz e u não deve devesse sse m e pre preoc ocupar upar tanto. Que Quem m sabe sabe... ... c onsi onside dera rando ndo todas a s suas
manobras políticas, talvez a Casa Renoux logo seja um poder na cidade, e eu não serei mais do que um pob pobre re m endi endigo. go. Vin sorriu e ele fez uma mesura – lançando uma piscadela para ela – e se dirigiu para as escadas. Vin caminhou lentamente até a grade do balcão, olhando para baixo, para as pessoas quee dan qu dançavam çavam e j ant antavam. avam. Então ele não é um rev revolucionári olucionárioo , ela pensou. Kelsi Kelsiee r estav estavaa c erto novam novamee nte. Eu me ergunto se ele não se cansa disso. disso . Mesmo assim, não podia se sentir muito desapontada com Elend. Nem todo mundo era tão insano de pensar em derrubar seu deus-imperador. O simples fato de Elend estar disposto a pensarr por si mesm pensa m esm o o separ se paraa va dos dem ais; era er a um bom hom homee m , um que m er eree c ia um a m ulher que fosse fosse di digna gna de su suaa confiança. Infeli Infe lizzm ente, ti tinha nha Vin. Então a Ca Casa sa Ve ntur nturee minera sec secretame retamente nte o ati atium um do Senhor Soberano , ela pensou. Eles devem ser os administradores das Minas de Hathsin . Era uma um a po posi sição ção ass a ssus usttadoram adorament entee precá precária ria para uma casa est estar ar – as finanças finanças dependerem exclusivamente de agradar ao Senhor Soberano. Elend achava que estava sendo cuidadoso, mas Vin estava preocupada. Ele não estava levando Shan Elariel a sério – disso Vin tinha certeza. Deu m eia-vol eia-volta ta e desceu desce u até o andar principal. principal. Encontrou a mesa de Shan com facilidade; a mulher sempre se sentava com um grande grupo de nobres assistentes, presidindo como um lorde que conduz sua plantação. Vin se deteve. unca abordara Shan diretamente. Alguém, no entanto, precisava proteger Elend; ele era obviamente tolo demais para fazer isso por conta própria. Vin avançou. O terrisano de Shan estudou-a enquanto ela se aproximava. Era tão diferente de Sazed – não tinha o mesmo... espírito. Este homem mantinha uma expressão neutra, como uma criatura entalhada em pedra. Algumas damas lançaram olhares desaprovadores para Vin, mas a maioria delas – Shan incluída – a ignorou. Vin ficou parada desajeitadamente ao lado da mesa, esperando por uma pausa na conversa. ão houve nenhuma. Finalmente, deu alguns passos para se aproximar de Shan. – Lady La dy Shan? – perguntou. per guntou. Shan se vi virou rou com c om ol olhar har gélid gélido. o. – Não Nã o pedi para pa ra c ham á -la -la,, cam c am pe pesin sinaa . – Sim Sim,, ma m a s encontre enc ontreii alguns livros livros com o você... você ... – Nã Nãoo pre precc iso m a is dos seus ser serviços viços – Sha hann diss dissee , vira virando-se ndo-se.. – P osso li lidar dar c om Elend Venture sozinha. Agora, seja uma boa menina e pare de me incomodar. Vin ficou parada, atônita. – Mas, seu plano... pla no... – Eu disse disse que você não é mais necessária. necessária. Acha que fui dura com você antes, garota? Aquele Aqu ele foi meu me u lado lado bom bom . Tente Tente m e abo a borrec rrecer er agora. Vin murchou instintivamente diante do olhar depreciativo da mulher. Ela parecia... desgostosa. Zangada, até. Com ciúmes? Ela dev devee ter desc descoberto oberto,, Vin pensou. Ela fi finalmente nalmente perc percebe ebeuu que não e sto stouu simpl simplee sme smente nte ogando com Elend. Sabe que me importo com ele, e não confia em mim para manter seus egredos.. egredos Vin se afastou da mesa. Aparentemente teria que usar outros métodos para descobrir os planos de Shan.
A despeito do que dizia com frequência, Elend Venture não se considerava um homem rude. Era mais um... filósofo verbal. Gostava de testar e revirar uma conversa para ver como as pessoass re pessoa reagia agiam m . Assim com o os gra grandes ndes pensa pensadore doress da a nti ntiguidade guidade,, for forçç a va li lim m it ites es e experimentava experim entava m étod étodos os pouco pouco convencio convencionais nais.. É c lar laroo, ele pensou, segurando sua taça de brandy diante dos olhos e inspecionando-a, a maioria desses filósofos foi executada por traição depois de um tempo . Não eram exatamente os m odelos mais ma is exitosos exitosos.. A conversa polít política ica daquela noite noite com seu grupo grupo havia havia aca a cabado, bado, e ele se reti re tira rara ra com vários amigos para o salão de cavalheiros da Fortaleza Lekal, uma pequena câmara adjacente ao salão de baile. Era mobiliada com móveis em tons de verde-escuro, e as poltronas eram confortáveis; teria sido um belo lugar para ler, se estivesse de melhor humor. Jastes estava sentado diante dele, fumand fuma ndoo alegrem alegrem ent entee seu cachi ca chim m bo bo.. Era bom ver o j ov ovem em Lek Lekal al parecer parece r tão calmo. calm o. As úl últtim as semanas sem anas tinham tinham si sido do difíceis difíceis para ele. Guerra entre as casas, casas, Elend pensou. Que momento terrível. Por que agora? As coisas estavam indo tão bem... Telden voltou com a taça cheia alguns momentos depois. – Sa Sa be – Jastes Ja stes com e ntou –, um dos criados cr iados teria ter ia lhe trazi tr azido do outra bebida. be bida. – Quis estica esticarr as a s perna per nass – Telden Telde n disse, disse, ac a c om omodandoodando-se se em e m um umaa terc te rceir eiraa polt poltrona rona.. – E fle flertou rtou com não m e nos do que trê trêss m ulher ulheree s no ca cam m inho de volt voltaa – Jastes fa falou. lou. – Eu contei. Telden sorriu, tomando sua bebida. O homenzarrão nunca “se sentava” simplesmente – ele se largava. Telden podia parecer relaxado e confortável independentemente da situação, seus trajes elegantes e seus cabelos bem cuidados eram invejavelmente atraentes. Talvez eu devesse prestar mais atenção em coisas como essas , Elend disse para si mesmo. Valette suporta meu cabelo como é, mas ela gostaria mais se eu cuidasse dele? Elend frequentemente pensava em ir a um cabeleireiro ou a um alfaiate, mas outras coisas tendiiam a roubar sua atenção. tend a tenção. Ficava Ficava perdid perdidoo em seus estudo estudos, s, ou ou passava tempo tem po demais dem ais lendo, lendo, e acabava ac abava chega chegando ndo tar tarde de aos a os seus seus compromiss com promissos os.. De nov novo. o. – Elend e stá quieto e sta noit noitee – Telde eldenn obser observou. vou. Em Embora bora outros grupos de c ava avalheiros lheiros estivessem sentados na sala pouco iluminada, as poltronas estavam separadas o bastante para perm per m it itir ir conver c onversas sas privada pr ivadas. s. – Anda m uit uitoo assim ult ultim imam am e nte – Jastes Jaste s disse. disse. – Ah, sim – Telden Te lden falou, f alou, franzi fr anzindo ndo o cenho. ce nho. Elend El end os conhec conhecia ia o bastante bastante para entender a di dica ca.. – Agora, Agor a, vej a m , por que a s pessoas pe ssoas têm tê m que ser assim assim?? Se Se têm a lgo para par a m e diz dizer er,, por que simplesmente não dizem? – Polí P olíti ticc a , me m e u am igo – Ja Ja stes com entou. – Som Somos, os, se não nã o notou, nobre nobres. s. Elend revirou os olhos. – Tudo bem , e u dire direii – Jastes re repli plicou, cou, passa passando ndo a m ão pelos c abe abelos los,, um hábito ne nervoso rvoso que, Elend Elend tinha tinha certez ce rteza, a, cont c ontribu ribuía ía de al a lgum m odo para a calví c alvície cie cre c rescente scente do jovem j ovem am ig igo. o. – Tem pass passado ado mui m uito to tem tempo po com a garota ga rota Renoux Renoux,, Elend. Elend. – Há um umaa expli e xplica caçç ão simples sim ples para par a iss issoo – Elend disse disse . – Vej Ve j a , acontec ac ontecee que gosto dela. dela . – Isso não é bom bom,, Elend – Telden Te lden com c omentou, entou, balanç ba lançando ando a ca cabeç beça. a. – Nã N ã o é bom . – P or quê? – Elend per perguntou. guntou. – P a re recc e basta bastante nte fe feli lizz em e m ignora ignorarr as dife difere renç nças as de c lasse, Telden. Tenho Tenho vist vistoo você você flertar com c om m etade das criadas c riadas da sala. – Não Nã o sou herdeir her deiroo da m inha casa c asa – Telden Te lden falou. f alou. – E – Jastes a cr cresc escee ntou – essa essass gar garotas otas são de c onfia onfiança nça.. Minh Minhaa fa fam m íl ília ia as contr contratou; atou;
conhece m os suas conhecem suas casas, ca sas, seus seus passados passados e suas aliança alianças. s. Elend franz fr anziu iu o cenho. ce nho. – O que quer diz dizee r? – Há H á a lgo de e stranho nessa gar garota, ota, Elend – Jastes Ja stes fa f a lou. Se Se u nervosism ne rvosismoo habit ha bitua uall estava e stava de volta, vol ta, o cachi cac him m bo esquecido esquecido na mesa. m esa. Telden assenti assentiu. u. – Ela se a proxim proximou ou de você voc ê com c om m uit uitaa ra rapidez pidez,, Elend. Ela quer que r algum a lgumaa cois c oisaa . – Com Comoo o quê? – Ele Ele nd perguntou, per guntou, ficando fica ndo cada ca da vez ve z m ais aborr a borree c ido. – Elend, Elend – Jastes fa falou lou –, nã nãoo pode simple simplesm smee nte e vit vitaa r o j ogo dize dize ndo que não quer ogar. Ele o encontrará. Renoux se mudou para a cidade assim que as tensões entre as casas começaram a aumentar, e trouxe consigo uma parente desconhecida... uma garota que imediatamente começou a cortejar o mais importante e disponível rapaz de Luthadel. Não paree c e estranho par e stranho para pa ra você você?? – Na ver verdade dade – Elend obser observou vou –, eu e u me m e a proxim proximee i dela prim primee iro... ainda a inda que só porque e la tinha roubado meu lugar de leitura. – Mas tem que adm a dmit itir ir que é suspeito o quão ra r a pidam pidamee nte ela e la se li ligou gou a você voc ê – Telden Te lden falou. f alou. – Se vai se e nvolver c om nam oric oricos, os, Elend, pre precisa cisa ente entender nder um umaa coisa coisa:: pode brinc brincaa r com a s mulheres se quiser, mas não se deixe aproximar demais delas. É aí que os problemas começam. Elend El end negou negou com a cabeça c abeça.. – Valette Va lette é dife difere rente. nte. Os outros dois trocaram olhares, então Telden deu de ombros, voltando-se para sua bebida. Jastes, no entanto, suspi suspirou, rou, se levantou e se espreguiçou. e spreguiçou. – Be Be m , prec pre c iso ir para pa ra o salão. salã o. – Mais uma um a bebida bebida?? – Telden Te lden sugeriu. suger iu. Jastes Jast es negou com a cabeç c abeça, a, passando passando a mão m ão pelo ca cabelo belo.. – Sabe c om omoo m e us pais pa is são nas noit noitee s de ba bail ilee ... se não m e despe despeçç o de pelo m e nos alguns dos convidados, serei atormentado por isso durante semanas. O jovem lhes desejou boa noite, dirigindo-se para o salão de bailes. Telden tomou sua bebida,, olhando para bebida par a Elend. E lend. – Não Nã o esto e stouu pensando pensa ndo nela – Elend disse com c om irritaç irritaçãã o. – No que, que , então? entã o? – Na re reunião união dessa de ssa noite noite – Elend fa f a lou. – Não tenho ce c e rte rtezza se gost gostee i de com c omoo foi. – Bah – o hom homenzar enzarrã rãoo diss dissee c om um a c eno de m ã o. – Está pior do que Jastes. O que aconteceu com o homem que participava dessas reuniões só para relaxar e passar o tempo com os amigos? – Ele e stá pre preocupa ocupado do – Elend com e ntou. – Alguns de seus a m igos podem ac acaa bar na liderança de suas casas mais cedo do que esperam, e está preocupado que nenhum deles esteja prepa pre para rado. do. Telden Tel den fez um um a care c aretta. – Nã Nãoo sej a tão m e lodra lodram m ático – dis disse, se, sorr sorrindo indo e pisca piscando ndo par paraa a cr criada iada que vier vieraa ti tira rarr a s taças vazias. – Tenho a impressão de que tudo isso não vai dar em nada. Em alguns meses, vamos olhar para trás e nos perguntar por que tanto alvoroço. Kalee Te k iel não olhará Kal olhará para para trás, trás, Elend pensou. A conversa foi minguando, no entanto, e depois de um tempo Telden se despediu. Elend ficou sentado por um longo tempo, abrindo Os ditados da soc para ler um pouco, mas teve sociedade iedade para dificul di ficuldade dade para par a se conce concent ntra rar. r. Virou a taça taç a de brandy entre os dedos, dedos, mas ma s não não bebeu m ui uitto. Eu me pe pergunt rguntoo se Valette já foi ... Tentou encontrá-la depois que a reunião acabou, mas
apare ntem aparent em ent entee el e la est e stava ava em e m uma reuni reunião ão privada. privada. Essa garot garotaa, pensou preguiçosamente, é interessada demais em política para seu próprio bem.. Talvez estivesse apenas com ciúmes – em poucos meses na corte, ela já parecia mais bem competente do que ele. Era tão destemida, tão ousada, tão... interessante. Não se encaixava em nenhum nenhu m dos estereóti estereótipos pos da cort c ortee que ele fora f ora ens e nsin inado ado a espera esperar. r. Jast J astee s poderia estar c e rto rto?? , perguntou-se. Ela c ertame ertamente nte é dif difee rente de qualquer outr outraa mulher, mulh er, e deu a entender e ntender que há coi c oisas sas sobre sobre ela e la que que não sei. Elend tirou essa ideia da cabeça. Valette era diferente, é verdade – mas também era inocente, in ocente, de cer c ertto modo m odo.. Ansi Ansios osa, a, cheia c heia de ass a ssombro ombro e cora coragem gem.. Preocupava-se com ela; obviamente ela não sabia o quão perigosa Luthadel podia ser. Havia muito mais na política da cidade do que simples festas e pequenas intrigas. O que aconteceria se alguém decidisse enviar um Nascido das Brumas para lidar com ela e seu tio? Renoux tinha poucos contatos, e nenhum dos membros da corte pensaria duas vezes a respeito de alguns assassinatos em Fellise. O tio de Valette saberia tomar as devidas precauções? Ele se preoc pre ocupava upava com alom ânticos? Elend El end susp suspirou irou.. Tinha Tinha que ter certez c ertezaa de que Val Va lett ettee deix de ixar ariia a áre á rea. a. Era a única opção. opçã o. Quando a carruagem chegou à Fortaleza Venture, Elend havia percebido que bebera demais. dem ais. Parti Par tiuu para seus aposento aposentos, s, ansio ansioso so por por sua cam c am a e travess travesseiro. eiro. O corredor que levava ao seu quarto, no entanto, passava pelo estúdio de seu pai. A porta estava aberta, e a luz ainda estava acesa, apesar da hora avançada. Elend tentou caminhar sobre o carpete ca rpete sem fa fazzer ruí ruído, do, m as nunca nunca fora re realm almente ente mui m uito to di diss ssiim ul ulado. ado. – Elend? – a voz de seu pai pa i o cham cha m ou do estúdio. – Venha Ve nha aqui. a qui. Elend suspirou baixinho. Lorde Straff Venture não perdia muita coisa. Era um olho de estanho – seus sentidos eram tão agudos que, provavelmente, ouvira a carruagem de Elend se aproximar lá fora. Se não lidar com ele agora, ele simplesmente vai mandar os criados me inferni in fernizar zarem em at atéé que eu e u venha ve nha fala falarr com ele... Elend deu meia-volta e entrou no estúdio. Seu pai estava sentado em sua cadeira, falando em voz baixa com TenSoon – o Kandra de Venture. Elend ainda não estava acostumado com o corpo mais recente da criatura, que pertencera a um criado da mansão Hasting. Elend estremec estrem eceu eu quando a cri cr iatura o notou, notou, fez uma m esura e se re rettirou do do aposento aposento em si silênci lêncio. o. Elend se apoiou no batente da porta. A cadeira de Straff estava diante de várias estantes de livros – nenhum dos quais, Elend tinha certeza, o pai jamais lera. A sala era iluminada por duas lamparinas, lam parinas, quase quase totalm totalmente ente fechada fe chadas, s, deixando deixando escapar escapa r apenas a penas um re resq squí uício cio de luz. luz. – Esteve no baile esta e sta noite noite – Straff Straf f fa f a lou. – O que descobr de scobriu? iu? Elend esfregou a testa. – Que tenho tendênc tendê ncia ia a be beber ber m uit uitoo brandy bra ndy . Straff não achou graça no comentário. Ele era o perfeito nobre imperial – era alto, tinha ombros firmes, firm es, e estava sempre sem pre vestido vestido com col c olete ete e palet pa letóó de alfaiataria. – Encontrou Enc ontrou aquela... aque la... mulher m ulher novam e nte? – perguntou. per guntou. – Valette? Va lette? Hum m m , sim. Não N ão tanto ta nto tem tem po quanto eu e u gostar gostaria, ia, no entanto. e ntanto. – Eu o proibi de passar pa ssar seu tem te m po com e la. – Sim Sim – Elend disse. – Eu me m e lem le m bro. A expressão de Straff escureceu. Levantou-se e rodeou a mesa. – Ah, Elend – diss disse. e. – Qua Quando ndo vai super superaa r e sse seu tem per peraa m e nto infa infanti ntil? l? Acha Ac ha que não percc e bo que age per a ge tolam e nte só para par a m e irritar irritar?? – Na ver verdade dade,, super superee i m eu “ tem pe pera ram m e nto infa infanti ntil” l” há a lgum tem po, pai: simple simplesm smee nte
par e c e que m inhas inclinaç pare inclinaçõe õess natur naturaa is o incom incomodam odam a inda m a is. Gostar Gostaria ia de ter sabido dis disso so antes; eu poderia ter ter pou poupado pado muito muito esforço quando eu era m ais jovem . Seu pai bufou, então então pegou uma um a ca carta. rta. – Dit D itee i isso isso para pa ra Staxles há pouco. É o a ce ceit itee par paraa um c onvit onvitee de a lm lmoç oçoo com c om Lorde Tega egass amanhã. Se uma guerra entre as casas vier , quero ter certeza de que estamos em posição de destruir os Hasting o mais rápido possível, e Tegas pode ser um forte aliado. Ele tem uma filha. Eu gos gostaria taria que que você alm almoçasse oçasse com ela. – Pe P e nsar nsarei ei niss nissoo – Elend dis disse, se, dando um tapinha na c abe abeçç a . – Nã Nãoo tenho te nho ce c e rte rtezza do estado e stado em que estarei amanhã de manhã. Muito brandy, lembra? – Você Voc ê esta estará rá lá, Elend. Isso I sso não é um pedido. Elend se deteve. Uma parte dele queria responder ao pai, enfrentá-lo – não porque importassee onde ia almoçar importass almoç ar,, mas ma s por por caus ca usaa de alg a lgoo maio ma ior. r. Hasting Hasti ng é a segunda se gunda casa c asa mais poderosa da cidade. c idade. Se fi fizermos zermos uma um a aliança com c om eles, e les, juntos odemos impedir que Luthadel caia no caos. Podemos deter a guerra entre as casas, não inflamála. Era o que os livros haviam feito com ele – transformaram-no de um janota rebelde em um aprendiz de filósofo. Infelizmente, havia sido um tolo por muito tempo. Seria possível que Straff não tivesse percebido a mudança em seu filho? O próprio Elend estava apenas começando a percc e ber iss per isso. o. Straff continuou a encará-lo, e Elend afastou o olhar. – Vou pensar pe nsar sobre iss issoo – disse. disse. Straff acenou com a mão desdenhosamente, e deu meia-volta. Tentando salvar o que sob sobra rara ra de seu se u orgulho, orgulho, Elend Elend prosseguiu. prosseguiu. – P rova rovavelm velm ente não ter teráá que se pre preoc ocupar upar c om os Ha Hasti sting... ng... par parec ecee que e stão fa fazzendo prepa pre para rati tivos vos para par a deixar de ixar a cidade c idade.. quê ? – Straff perguntou. – Onde ouviu isso. – O quê? – No bail ba ilee – respondeu, re spondeu, despre de spreocupa ocupadam dam e nte. – Pe P e nsei que tivesse dit ditoo que não nã o descobrira desc obrira nada de im porta portante. nte. – Agor Agoraa , ve vejj a , nunca diss dissee nada do ti tipo. po. Só nã nãoo ti tinha nha vontade de com par parti tilhar lhar iss issoo c om você. Lorde Venture franziu o cenho. – Não Nã o sei se i por que a inda m e im importo... porto... qualquer qua lquer c ois oisaa que desc descobrir obrir tende a ser inút inútil il.. Te Te ntei treiná-lo na política, garoto. Realmente tentei. Mas, agora... bem, espero viver para vê-lo morto, porque e sta ca c a sa vai va i passar por m om omee ntos difíce difíceis is se se você voc ê assum assumir ir o controle. c ontrole. – Se Se i ma m a is do do que pensa, pe nsa, pai. pa i. Stra raff ff deu de u uma gargalhada, voltand voltando-se o-se para su suaa cadeira c adeira.. – Duvido, gar garoto. oto. Or Oraa , nã nãoo c onsegue nem m e sm smoo leva levarr um umaa m ulher par paraa a ca cam m a... da últi úl tim m a e úni única ca vez que que sei que tentou, e u m mesm esmoo tiv tivee que levá-l levá- lo a um bordel bordel.. Elend ruboriz r uborizou. ou. Cuidado dissee a si m esm esmoo. Ele e stá fazendo Cuidado,, diss fazendo isso de propósi propósito. to. Sabe o quanto issoo o incomoda iss incom oda.. – Vá par paraa a c am a , ga garoto roto – Stra traff ff dis disse se c om um a ce ceno no de m ã o. – Está com um aspe aspecc to terrível. Elend ficou parado por um instante, e finalmente seguiu para o corredor, suspirando baixinho consigo me m e sm smo. o. pensou. Esses fi Essa é a dif difee renç rençaa entre v ocê e ele eles, s, Elend Elend ,, ele pensou. Esses filós lósofos ofos que v ocê lê – e ram revolucionários. Estavam dispostos a se arriscarem, a serem executados. Você sequer consegue
enfrentar seu pai. pai. Caminhou cansado até seus aposentos – onde, estranhamente, encontrou um criado esperando espera ndo por por el e le. Elend franz fr anziu iu o cenho. ce nho. – Sim Sim?? – Lorde Elend, tem um umaa visi visita ta – o homem hom em diss dissee . – A essa e ssa hora? hor a? – É Lorde Jastes Lek Le kal, m eu senhor. se nhor. Elend El end incli inclinou nou a cabeça ca beça levem levemente. ente. O que, em e m nome do Senhor Soberano. Soberano...? ..? – Ele está e stá esper e speraa ndo na sala sa la de esta estar, r, pre pr e sum sumo? o? – Sim Sim,, me m e u senhor – o criado cr iado disse disse . Elend deu meia-volta, pesaroso, percorrendo novamente o corredor. Encontrou Jastes esperando impacientemente. – Jastes? – Elend pe perguntou, rguntou, ca cansado, nsado, enqua enquanto nto e ntra ntrava va na sala sala.. – Esper Esperoo que tenha a lgo muito important muito importantee para pa ra m e dizer. dizer. Jastes se agitou desconfortavelmente por um instante, parecendo ainda mais nervoso do que o norm norm al. – O quê? quê ? – Elend exigi e xigiuu saber, sabe r, perde pe rdendo ndo a paciê pa ciência ncia.. – É sobre a gar garota. ota. – Valette? Va lette? – Elend perguntou. pe rguntou. – Veio Ve io aqui para par a fa falar lar sobre Va Valette? lette? Agora Agora?? – Devia De via confia c onfiarr m ais em e m seus am a m igos – Jastes com c omee ntou. Elend bufou. – Co Confia nfiarr no conhe conhecc im imee nto de vocês vocês sobre mulheres? Sem ofensa, Jastes, mas acho que não. – Eu a segui, se gui, Elend Elend – Jastes Ja stes deixou escapa esc apar. r. Elend se deteve. – O quê? quê ? – Mande Mandeii seguire seguirem m a c ar arrua ruagem gem de dela. la. Ou, pe pelo lo m e nos, m a ndei que a lguém vigi vigiasse asse nos portõess da cidade portõe c idade.. Ela não nã o estava esta va na ca carr rruage uagem m quando o veículo ve ículo deixou a cidade c idade.. – O que quer diz dizee r? – Ele Ele nd perguntou, per guntou, franz fra nzindo indo o cenho ce nho profundam prof undam e nte. – Ela nã nãoo esta estava va na carruagem, carruagem , Elend – Jastes repetiu. – Embora o terrisano dela tenha apresentado os documentos para os guardas, meu homem se esgueirou e espiou pela janela da carruagem, e não havia ninguém lá dentro. A carruagem deve tê-la deixado em algum lugar da cidade. Ela é um umaa espi espiãã de uma um a das outras outras casas... c asas... está está tent tentando ando atingi atingirr o seu pai através de você. Criaram a mulher perfeita para atraí-lo... cabelos escuros, um pouco misteriosa e fora da estrutura política regular. Fizeram com que fosse de nascimento baixo o bastante para ser um escândaloo você escândal você se int intere eress ssar ar po porr el e la, e a m andaram se aproxim aproxim ar de você. – Jastes, isso é ridícu... – Elend – Jastes int inter errom rom pe peu. u. – DigaDiga-m m e m a is um umaa vez: c om omoo você a e ncontrou pe pela la primee ira vez? prim Elend se deteve. – Ela estava e stava no balcã balc ã o. – No seu lugar de leitura – Jastes diss dissee . – Todo m undo sabe que é onde você vai normalmente. Coincidência? Elend fechou fe chou os olhos. olhos. Não Valette não pode ser pode ser parte de tudo isso. Mas, ime imedi diatam atam ente, Valette.. Ela Ela não isso. Mas, outra out ra cois coisaa lh lhee ocorre ocorreu. u. Co Contei ntei para ela e la sobre sobre o atium! atium! Como pude ser se r tão estúpido? estúpido?
Nã o podia ser ver Não verdade dade.. Nã Nãoo podia a cr cree dit ditaa r que se deixa deixara ra enga enganar nar tão fa facc il ilm m e nte. Mas... ele poderia se arriscar? Era um filho ruim, é verdade, mas não era um traidor de sua casa. Não queria ver os Ventu Venture re ca caírem írem;; queria queria lidera liderarr a ca casa sa algum dia, então talvez talvez foss fossee capaz c apaz de de m udar as cois c oisas. as. Desejou boa-noite para Jastes, então voltou para seus aposentos com passo distraído. Sentiase cansado demais para pensar sobre a política das casas. No entanto, quando finalmente se deitou deit ou na cam c am a, descobri de scobriuu que não cons c onsegui eguiria ria dormi dorm ir. Depoiss de um tem po, levant Depoi levantou-s ou-see e cham ou um um cr criiado. – Diga a m eu pai que fa fare reii um umaa troc trocaa – Elend e xpli xplicou cou par paraa o hom homem em . – Ir Irei ei a o alm oço amanhã, como ele quer. – Elend se deteve, de pé à porta do dormitório, com seu robe. – Em troca – fin f inalm almente ente diss dissee –, diga diga a ele e le que quero que m e em e m prest prestee doi doiss espiões espiões que possam possam segui seguir r alguém para mim.
Todos os outros pensam que eu deveria ter executado Kwaan por ter me traído. Para dizer a verdade, provavelmente o mataria agora mesmo se soubesse onde ele se metera. Naquele momento, no entanto, simplesmente não pude. O homem se tornara uma espécie de pai para mim. Até hoje, não sei por que ele decidiu repentinamente repentin amente que eu e u não era o Herói He rói.. Por que se volto voltouu cont c ontra ra mim, denunciando-me denunciando-me par paraa todo todo o Conclave dos Portadores do Mundo? Preferir Prefe riria ia e le que as Profundezas ve vence ncessem? ssem? Ainda que e u não seja o esc escolhi olhido do – com comoo Kwaan Kw aan afirma agora –, minha presenç pre sençaa no Poç Poçoo da Asce Ascensão nsão ce c e rtamente não poderia pode ria ser pior do que o que aconteceria se as Profundezas continuassem a destruir o mundo.
Está quase quase no fim, fim, Vin leu. Podemos Pode mos v e r a c ave averna rna do nosso acam acampame pamento. nto. Lev evará ará algumas poucas horas mais de caminhada para alcançá-la, mas sei que é o lugar certo. Posso sentir de algum modo, vindo de lá de cima... pulsan pulsando, do, em minha mente. Está tão frio. Juro J uro que as próprias rochas são feit fe itas as de gelo, e a nev nevee é tão funda em e m alguns lugares que temos que cavar para abrir caminho. O vento sopra o tempo todo. Temo por Fedik – ele não é o mesmo desde que a criatura feita de brumas o atacou, e me preocupa que caia de um recipí rec ipício cio ou escorregue e scorregue em e m uma das muita muitass gretas de de gelo no chão. Os terrisanos, porém, são uma maravilha. É uma sorte que os tenhamos trazido, pois nenhum carregador comum teria sobrevivido à viagem. Os terrisanos não parecem se incomodar com o rio – algo em seu estranho metabolismo lhes dá a habilidade sobrenatural de resistir aos elementos. Será que “guardaram” calor de seus corpos para usar mais tarde? Não falamos falamos sobre sobre os poderes podere s deles, dele s, no entant e ntantoo – e tenho ce c e rteza de que Rashek é o culpado. c ulpado. Os outros carregadores olham para ele como para um líder, embora eu não ache que ele tenha
completo controle sobre eles. Antes de ser apunhalado, Fedik temia que os terrisanos nos abandonassem aqui no gelo. Mas não acho que isso acontecerá. Estou aqui pela providência das rofecias de Terris – esses homens não desobedecerão sua própria religião simplesmente porque um entr e ntree eles não gosta gosta de mim. m im. Finalme Final mente nte c onfr onfrontei ontei Rashek Rashek.. Ele não quis fal falar ar c omigo, é c lar laro, o, mas e u o for forcc e i. De Depois pois que desat de satou, ou, ele fal falou ou largamente largamente sobre sobre seu ódio por Khlenni Khlennium um e me meuu povo. Crê que conv convertemos ertemos o povo dele em pouco mais do que escravos. Acha que os terrisanos merecem mais – diz repetidamente que seu povo devia ser “dominante”, por causa de seus poderes sobrenaturais. Temo suas palavras, pois vejo alguma verdade nelas. Ontem, um dos carregadores ergueu um pedregulho enorme e o atirou para longe do nosso caminho como se não fosse nada. Nunca tinha visto uma façanha de força como essa em toda minha vida. Esses terris terrisanos anos podem ser muito perigos pe rigosos, os, c reio. Talve alvezz os tenhamos trat tratado ado inj injustamente. ustamente. Contudo, homens como Rashek precisam ser contidos – ele crê irracionalmente que todos os povos ora de Terris os têm oprimido. É um home homem m muit m uitoo jovem jove m para senti se ntirr tanto tanto ódio. Está tão tão frio. frio. Quando isso isso acabar, acho que eu gostaria gostaria de vive v iverr em um lugar onde é quente o ano todo. Braches Brache s me fal falou ou de lugar lugaree s assim, assim, ilhas ao sul, sul, onde as grandes montanhas criam fogo. Como será, quando tudo isso acabar? Serei apenas um homem comum novamente. Um homem sem importância. importância. Parec Parecee bom – mais desejáve desejável,l, inclusi inclusive ve,, que um sol quente quente e um céu c éu sem se m vento. Estou tão cansado de ser o Herói das Eras, cansado de entrar em cidades e encontrar hostilidade armada ou adoração fanática. Estou cansado de ser amado e odiado pelo que um unhado de velhos diz que farei algum dia. Quero ser esquecido. Obscuridade. Sim, isso seria bom. Se alguém estiver lendo essas palavras, saiba que o poder é um fardo pesado. Procure se desvencilhar de suas correntes. As profecias de Terris preveem que eu terei o poder de salvar o mundo. Elas sugerem, no entanto, que terei poder para destruí-lo também. Terei a habilidade de realizar qualquer desejo do meu coração. “Tomará para si mesmo uma autoridade que nenhum mortal deveria ostentar.” Os filósofos me advertiram de que se eu servir a mim mesmo com esse poder, meu egoísmo o manchará. Este é um fard fardoo que algum home homem m dev devia ia c arregar? É uma tentação à qual algum home homem m oderia resistir? Sinto-me forte, agora, mas o que acontecerá quando eu tocar aquele poder? Salvarei Sal varei o mundo m undo,, certamente c ertamente – mas m as quererei tomá-lo também? também? Muitos são os me meus us temore temoress e nquanto escre e screvv o com a cane caneta ta incrust inc rustada ada de gelo na v é spera do renascer do mundo. Rashek me observa. Me odeia. A caverna se encontra diante de mim. Pulsando.. Meus Pulsando Me us dedos tremem. treme m. Não de frio. frio. Amanhã, estar e staráá terminado. Vin virou a página ansiosamente. Mas a página de trás do livreto estava vazia. Voltou atrás, relendo as linhas finais. Onde estava a próxima parte? Sazed não devia ter terminado ainda. Vin se levantou, suspirando enquanto se espreguiçava. Terminara a última parte do diário de uma sentada, um feito que surpreendia até a ela própria. Os jardins da Mansão Renoux se estendiam diante dela, os caminhos cultivados, as árvores de galhos largos e o córrego tranquilo faziam deste o seu lugar favorito para ler. O sol estava baixo no céu, e estava estava come c omeçando çando a esfriar. Dirigiu-se para a mansão. Apesar do frio da tarde, mal podia imaginar um lugar como o que o Senhor Soberano descrevera. Vira neve em picos distantes, mas raramente a sentira cair – e ainda assim era, em geral, apenas lama congelada. Experimentar tanta neve dia após dia,
correr o perigo de que ela caísse sobre si em uma grande avalanche esmagadora... Uma parte dela desejava poder visitar tais lugares, independentemente de quão perigoso fosse. Embora o diário não descrevesse a jornada inteira do Senhor Soberano, algumas das maravilhas que ele incluía – os campos gelados ao norte, o grande lago negro, as cachoeiras de Terris – pareciam surpreendentes. Se ele desse mais detalhes de como as coisas pareciam! , ela pensou, aborrecida. O Senhor Soberano passava muito tempo se preocupando. Embora, ela tinha que admitir, estivesse começando a sentir um tipo estranho de... familiaridade com ele através de suas palavras. Achava difícil associar a pessoa em sua mente com a criatura sombria que causara tantas mortes. O que ocorrera no Poço da Ascensão? O que o teria mudado tão drasticamente? Tinha que saber. Chegou à mansão e saiu à procura de Sazed. Tinha voltado a usar vestidos – pareceria estranho se fosse vista usando calças por qualquer outra pessoa que não fosse membro da gangue. gangu e. Sorriu Sorriu para o mordomo m ordomo de Lorde Renoux Renoux ao pass passar ar,, subin subindo do as escadas e scadas ans a nsio iosam samente ente e dirigi di rigindo-se ndo-se para pa ra a bib bibli liot otec eca. a. Sazed não estava lá. Sua pequena escrivaninha estava vazia, a lamparina apagada, o tinteiro vazio. vaz io. Vin Vin franz fr anziu iu o cenho, aborrec aborr ecida. ida. Onde quer que esteja, é melhor estar trabalhando na tradução! Desceu as escadas, perguntando por Sazed, e uma criada indicou a cozinha principal. Vin franziu o cenho, percorrendo o corredor dos fundos. Fazendo fundos. Fazendo um lanche, lanc he, talvez? talve z? Encontrou Sazed sentado entre um pequeno grupo de criados, apontando para uma lista na m esa e falando em voz baix baixa. a. Não se deu conta da presença de Vin. Vin. – Sa Sa zed? – Vin perguntou, inter interrom rom pe pendo-o. ndo-o. Ele se vi virou. rou. – Sim Sim,, senhora senhor a Va Valette? lette? – perguntou, per guntou, inclinando levem leve m ente a ca cabeç beça. a. – O que e stá faz fa zendo? – Vendo os estoques de com ida de Lorde Renoux, senhor senhoraa . Em Embora bora tenha sido designado paraa a ssi par ssisti sti-la -la,, ainda sou m ordom o dele dele,, e tenho deve devere ress a cum prir quando não e stou ocupa ocupado do com out outra ra cois coisa. a. – Vai Va i voltar voltar logo à traduçã tra dução? o? Sazed inclinou a cabeça. – Traduçã Tra dução, o, senhora senhor a ? Está term ter m inada inada.. – Onde está a última par parte, te, então? e ntão? – Eu lhe dei de i – Sazed Sazed fa f a lou. – Não, Nã o, não deu de u – ela dis disse. se. – Esta parte pa rte ter term m ina na noit noitee anter a nterior ior à e ntra ntrada da na c a ver verna. na. – Este é o fim, fim , senhora senhor a . É o mais m ais longe que o diário diár io chega. che ga. – O quê? quê ? – ela exclamou. – Mas... Sazed olhou de relance para os outros criados. – De Devíam víam os fa falar lar sobre e ssas c oisas e m par parti ticc ular ular.. – e le deu m a is algum algumaa s ins instruç truções, ões, apontando para a lista, então acenou com a cabeça para que Vin se juntasse a ele enquanto saía da cozinha e se dirigia aos jardins laterais. Vin ficou ficou parada, para da, estupefa estupefata, ta, então então corre c orreuu atrás dele. – Não Nã o pode term te rm inar a ssi ssim m , Sa Sa zed. Nã N ã o sabem sabe m os o que aconte a contecc eu! – P odem os deduzi deduzir, r, cr creio eio – Sazed diss dissee , a ndando pelos c a m inhos do j a rdim rdim.. Os j a rdins ocidentais da mansão não eram tão opulentos quanto os que Vin frequentava, consistindo, em vez diss di sso, o, de de gram gra m a m ar arrom rom su suave ave e um ar arbus busto to ocasio ocasional. nal. – Deduz De duzir ir o quê? – Vin perguntou.
– Bem Bem,, o Se nhor Sober oberaa no deve ter fe feit itoo o que e ra ne nece cessár ssário io par paraa salvar o m undo, pois ainda estamos aqui. – Suponho Suponho que sim – Vin concordou. conc ordou. – Mas Ma s então entã o tomou tom ou o poder pa para ra si. Deve ter sido o que que aconteceu... ele não resistiu à tentação de usar o poder de modo egoísta. Mas, por que não há outro relato? Por que não fala mais de suas realizações? – Ta lvez o poder o tenha m udado dem a is – Sa ze d dis disse. se. – Ou talvez ele e le simple simplesm smente ente não tenha mais sentido necessidade de registrar. Alcançara seu objetivo, e se tornara imortal como efeit ef eitoo colateral. Manter Manter um di diár áriio para a pos posterid teridade ade se torna torna um tant tantoo redun re dundant dantee quand quandoo se vai viver vi ver para sempre, cre creiio. – É tão... – Vin rangeu ra ngeu os dentes de ntes de frustra f rustraçç ão. – É um fina finall muit m uitoo pouco sati sa tisfa sfatório, tório, Sa Sa zed. Ele sorriu, divertido. – Tom omee c uidado, senhor senhoraa ... torne torne-se -se m uit uitoo a pre precc iador iadoraa da leitura leitura,, e se tra transfor nsform m a rá e m uma erudita. Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. – Não Nã o se todos os livros livros que eu e u ler ter term m inar inaree m com o este! este ! – Se ser serve ve de c onsol onsoloo – Sa ze d com c omentou entou –, você não é a única que e stá desapontada de sapontada c om o conteúdo do diário de viagem. Não contém muita coisa que Mestre Kelsier possa usar... certamente não há nada sobre o Décimo Primeiro Metal. Sinto-me de certa forma culpado, já que fui o único que se beneficiou com o livro. – Mas não nã o há m uit uitoo sobre a re reli ligião gião de Te Terr rris is ta ta m pouco. – Nã Nãoo m uit uitoo – Sazed c oncor oncordou. dou. – Mas, ver verda dadeir deiraa e lam enta entave velm lmee nte, “ não m uit uito” o” é muito mais do que tínhamos antes. Só estou preocupado em não ter a oportunidade de transmitir esta informação. Mandei uma cópia da tradução para um lugar onde meus irmãos e irmãs Guardadores saberão procurar... seria uma pena se esse novo conhecimento morresse comigo. – Não Nã o vai – Vin disse disse . – Ah? Minh Minhaa senhor senhoraa repe r epenti ntinam nam e nte se tornou tor nou uma um a otimist otim istaa ? – Meu terrisano ter risano re r e pentinam ente se tornou um e ngra ngraçç a dinho? – Vin repli re plicc ou. – Ele sem pre foi, c re reio io – Sa zed diss dissee , abr abrindo indo um leve sorr sorriso iso.. – É um umaa da dass cois c oisaa s que fe fezz dele um pob pobre re m ordomo... ao menos me nos aos olhos olhos da m aior parte de seus mest m estre res. s. – Então eles e les devem deve m ter sid sidoo tolos tolos – Vin disse disse honestam hone stamente ente.. – Eu esta estava va inclinado a pensa pensarr iss isso, o, senhor senhoraa – Sa zed re respondeu. spondeu. – De Deve vem m os re retorna tornarr à m ansão; não não devem os ser ser vi vist stos os nos nos jardin ja rdinss quando quando as brumas bruma s chegarem chegar em , creio cre io.. – Eu estava esta va pre pr e stes a voltar a entra e ntrarr nelas. ne las. – Muitos nas equipes e quipes da propr proprieda iedade de não sabe sabem m que é um umaa Na Nascida scida das Brum Brumaa s, senhora se nhora – Saz azed ed disse. disse. – Ser Seriia bom m anter em e m segredo, crei cre io. – Eu sei – Vin disse, disse, dando da ndo meia m eia-volta. -volta. – Vam Va m os voltar voltar,, então. entã o. – Um be belo lo pla pla no. Andaram por alguns alguns m om omento entos, s, apreciand aprec iandoo a beleza beleza sutil sutil do jardim ja rdim ocidental. ocidental. A gram a era e ra m anti antida da cuidadosam cuidadosamente ente aparada apa rada,, e fora di disp spos ostta em e m agra agradáveis dáveis cam adas, os ar arbus busttos oca ocasi sionai onaiss acentuavam sua beleza. O jardim da área sul era muito mais espetacular, com o regato, as árvores e as plantas exóticas. Mas o jardim oriental tinha sua própria paz: a serenidade da simplicidade. – Sa Sa zed? – Vin disse disse em e m voz ba baixa. ixa. – Sim Sim,, senhora senhor a ? – Tudo isso isso vai mudar m udar,, não vai? va i? – O que quer diz dizee r espec e specifica ificam m e nte? – Tudo – Vin V in falou. fa lou. – Mesm Me smoo que não este estejj a m os todos mortos m ortos em e m um a no, os m e m bros da
gangue estarão trabalhando em outros projetos. Ham provavelmente voltará para sua família, Dox e Kelsier estarão planejando alguma nova leviandade, Trevo estará alugando sua loja para outra gangue... Mesmo esses jardins nos quais gastamos tanto dinheiro... pertencerão à outra pessoa.. pessoa Sazed assentiu. a ssentiu. – O que diz é prová provável. vel. No enta entanto, nto, se a s c oisas der derem em ce certo, rto, talvez a re rebelião belião sk skaa a e stej stejaa governando Luthadel daqui a um ano. – Talvez Ta lvez – Vin concordou. conc ordou. – Mesm o assim... assim ... as coisas c oisas vão m udar udar.. – É a natur natureza eza de tudo na vida, senhora se nhora – Sazed Sazed disse. – O m undo deve m udar udar.. gostoo da minha vida – Eu sei – Vin fa falou, lou, suspirando. suspira ndo. – Eu só quer queria... ia... Bem Bem,, eu re reaa lm lmee nte nte gost agora, Sazed. Sazed. Gosto Gosto de passar o tempo tem po com a gangu ga ngue, e, e gos gostto de treinar com c om Kelsi Kelsier. er. Am o ir ir aos a os bailes com Elend nos finais f inais de sem ana ana,, adoro a doro anda andarr por esse essess j ar ardins dins com você você.. Nã N ã o quero que ro que essas coisas coisas mudem . Não quero que que m in inha ha vida vida volte volte a ser com c omoo era há um ano. – Não Nã o prec pre c isa ser a ssi ssim m , senhora senhor a – Sazed falou. f alou. – Pode P ode m udar par paraa m elhor elhor.. – Nã N ã o vai va i – Vin V in disse disse ra rapidam pidam e nte. – Já e stá com c omee ç ando... Ke Kelsi lsier er deu a e ntende ntenderr que m eu treinamento já está quase terminado. Quando praticar no futuro, farei isso sozinha. Quanto a Elend, ele nem mesmo sabe que sou skaa... e é minha tarefa destruir a família dele. Mesmo que a Casa Venture não caia pelas minhas mãos, outros a botarão abaixo... sei que Shan Elariel está planejj ando a lgum plane lgumaa c oisa, e não c onsegui descobr de scobrir ir nada sobre suas tra tram m as. Isso é só o c om omee ç o, no entanto. Encararemos o Império Final. Provavelmente vamos fracassar... para ser honesta, não vejo como as coisas poderiam ser de outro modo. Lutaremos, faremos algo bom, mas não mudaremos muito... e aqueles de nós que sobreviverem passarão o resto da vida fugindo dos Inquisido Inquis idore res. s. Tudo está está m udando, Sazed, Sazed, e não posso deter. Sazed sorriu afetuosamente. – Então, E ntão, senhor senhoraa – ele e le dis disse se em voz baixa –, simplesm sim plesmente ente apr aproveite oveite o que tem . O futuro a surpreenderá, creio. – Talvez Ta lvez – Vin disse, disse, sem se m se convenc c onvencee r. – Só Só prec pre c isa ter espe espera rança nça,, senhora senhor a . Talvez Ta lvez m e re reça ça um pouco de boa sorte. sor te. Havia Ha via um grupo antes da Ascensão conhecido como astalsi. Eles afirmavam que cada pessoa era nascida com uma certa quantidade finita de má sorte. Então, quando um infortúnio acontecia, eles se ulgavam abençoados: pois, a partir de então, a vida deles só podia melhorar. Vin ergueu uma um a sobrancelh sobrance lha. a. – Pa P a re recc e um pouco simplório. sim plório. – Nã Nãoo cr cree io nis nisso so – Sa zed c om omee ntou. – Or Oraa , os a stalsi era e ram m bem a vanç vançaa dos; m ist istura uravam vam religião e ciência bem profundamente. Pensavam que cores diferentes eram indicativas de diferentes tipos de fortuna, e eram bem detalhados em suas descrições de luz e cor. Foi deles que herdamos nossas melhores ideias de como as coisas se pareciam antes da Ascensão. Tinham uma escala de cores, e a usavam para descrever o céu de mais intenso azul e as várias plantas em seus tons de verde. Além disso, considero a filosofia deles sobre sorte e fortuna bem reveladoras. Para eles, uma vida pobre era nada menos que um sinal da fortuna que estava por vir. Podia ser boa para você, senhora: poderia se beneficiar do conhecimento de que sua sorte não pode ser sempre ruim. – Nã Nãoo sei – Vin diss dissee , c ética ética.. – Que Quero ro diz dizer er,, se sua m á sorte é li lim m it itada ada,, sua boa boa sorte não seria limitada, também? Toda vez que algo bom acontecesse, eu ficaria preocupada de ter acabado aca bado com com m eu estoq estoque. ue. – Humm Hum m m – Sa Sa zed consi c onsider derou. ou. – Im agino que depe dependa nda do ponto de vista, senhora senhor a . – Com Comoo podem ser tão otimist otim istaa s? – Vin perguntou. per guntou. – Ta Tanto nto você quanto Kelsi Ke lsier er..
– Não Nã o sei, senhora se nhora – Saze Saze d respondeu. re spondeu. – Talve Talvezz nossas vidas tenham tenha m sido ma m a is fác fá c eis do que a da senhora. Ou talvez sej sejam am os simplesme simplesment ntee m ais tol tolos os.. Vin ficou em silêncio. Eles caminharam por mais algum tempo, voltando para o edifício, m as não não se se apress a pressara aram m. – Sa zed – e la fina finalm lmee nte diss disse. e. – Qua Quando ndo você m e salvou, naque naquela la noit noitee na c huva, usou feruquem fe ruquemia, ia, não? Sazed assentiu. a ssentiu. – De fa fato. to. O Inquis I nquisidor idor estava e stava m uit uitoo conce c oncentra ntrado do em e m você você,, e fui capa c apazz de m e esgue esgueira irarr por detrás dele e acertá-lo com uma pedra. Estava muito mais forte do que um homem normal, e meu golpe o atirou contra a parede, quebrando vários de seus ossos, suspeito. – Foi Foi isso? isso? – Vin perguntou. per guntou. – P ar arec ecee desa desapontada pontada,, senhor senhoraa – Sa ze d obser observou, vou, sorr sorrindo. indo. – Esper Esperaa va a lgo m a is espetacular espeta cular,, supo suponho? nho? Vin assentiu. – É só que... que ... você voc ê tem sido tão tão discre discreto to sobre a fe feruque ruquem m ia. Isso I sso a fa f a z pa pare recc e r m a is míst m ística ica,, acho. Sazed suspi suspirou. rou. – Há re realm alm e nte pouco a esc esconder onder,, senhor senhoraa . O único poder ve verda rdade deiro iro da fe feruque ruquem m ia – a habilidade de estocar e recobrar memórias – a senhora certamente já adivinhou. O resto dos poderes poder es não são dife difere rentes, ntes, na ver verdade dade,, dos poder poderee s que você c onsegue do peltre e do e stanho. Alguns Alg uns deles são são um pou pouco co m ais estra estranho nhos, s, como tornar um fe feruquem ruquemis ista ta mais m ais pesado pesado ou mudar m udar suaa idade, su idade, mas m as oferecem oferec em po pouca uca apl a pliicaç cação ão marc m arciial. – Idade? Ida de? – Vin perguntou, anima anim a ndo-se ndo-se.. – Você Voc ê pode se tornar torna r m a is jovem jove m ? – Na ve verda rdade, de, não, nã o, senhora senhor a – Sa Sa ze d explicou. – Lem Le m bre bre-se -se,, um fe feruque ruquem m ist istaa deve de ve tirar tira r seus se us poderes poder es de seu própr próprio io c orpo. P ode, por e xem plo, passa passarr algum algumaa s sem a nas c om seu c orpo envelhecido até o ponto de cair, e parecer dez anos mais velho do que realmente é. Então, pode retirar essa idade para parecer dez anos mais jovem pela mesma quantidade de tempo. Contudo, na feruquem fe ruquemiia, deve haver um equi equillíb íbrio. rio. Vin pensou nisso por um momento. – O tipo de m e tal que usa im importa porta?? – ela per perguntou. guntou. – Com Com o na alom a lomanc ancia? ia? – Ce Ce rta rtam m ente – Sa Sa ze d disse. disse. – O m e tal determ dete rm ina o que pode ser se r arm a rm azena azenado. do. Vin assentiu assentiu e cont c ontinu inuou ou a andar, a ndar, pensando pe nsando no que que ele e le dissera dissera.. – Sa Sa zed, pode m e dar da r um peda pedaço ço do seu se u me m e tal? – ela fina finalm lmee nte pediu. pe diu. – Meu m e tal, senhora? senhor a? – Algo que usa c om omoo e sto stoque que fe feruquê ruquêm m ico – Vin e xpli xplicou. cou. – Que Quero ro tentar queim queimáá -lo... talvez tal vez iss issoo me m e deix deixee us usar ar algu algum m a parte de seu poder poder.. Sazed franziu o cenho, curioso. – Alguém j á tentou isso isso antes? – Tenho ce certe rtezza de que algué alguém m deve ter tentado – Sazed fa falou. lou. – Mas, honesta honestam m ente ente,, não posso pensar pe nsar e m um e xem plo espec e specífico. ífico. Ta lvez lvez,, se proc procura urarr em m inhas m e m ória óriass das da s m ente entess de cobre... c obre... – P or que nã nãoo m e deixa tentar agor agora? a? – Vin perguntou. pe rguntou. – Tem a lgo fe f e it itoo de um dos m eta etais is básicos? básic os? Algo em que não nã o tenha nada m uit uitoo valioso estocado estoca do dentro? Sazed pausou, então levou a mão até um dos enormes lóbulos de sua orelha e tirou um brincoo muit brinc m uitoo pare pa recido cido com c om o que Vin usava. usava . Entregou-lhe Entre gou-lhe a dim diminut inutaa tar tarra raxa, xa, usada par paraa m a nter o brinco no lugar lugar.. – É peltre puro, senhora se nhora.. Estoquei uma um a quanti qua ntida dade de m oder oderada ada de forç f orçaa nela nela..
Vin assenti assentiu, u, engolin engolindo do a pecin pec inha. ha. Senti Sentiuu a re reserva serva alomâ alomânt ntica, ica, m as o pedaço pedaç o de m etal não paree c ia fa par f a ze r nada na da difer dif erente ente.. Queim Que imou ou peltre par paraa ver ve r o que ac acontec ontecia. ia. – Alguma Algum a coisa? c oisa? – Sa Sa ze d perguntou. per guntou. Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. Havia ia a – Não, Nã o, eu não... nã o... – Ca Ca lou-se. lou-se. Hav alg lgoo dife difere rent ntee ali, algum algum a coisa disti distint nta. a. – O que foi, senhora? senhor a? – Sa Sa ze d perguntou per guntou com um umaa ansie ansiedade dade pouco com c omum um e m sua voz. – Eu... posso sentir o poder poder,, Saze. É dé débil bil,, m uit uitoo a lém do m eu a lca lcance nce,, m as j uro que há outra out ra re reserva serva dentro de de m im, uma um a que só aparece apare ce quand quandoo estou estou queima queimando ndo seu metal me tal.. Sazed franziu o cenho. – É débil, você diz diz?? Como... se pudesse ve verr um umaa som sombra bra da re reser serva, va, m a s não a c essa essarr o poder em si? Vin assentiu. – Com Comoo sabe? sabe ? – É o que se sente quando se tenta usar os m e tais de outro fe feruque ruquem m ist istaa , senhor senhoraa – Sa zed disse, suspirando. – Eu devia ter suspeitado que esse seria o resultado. Não pode acessar o poder, porque e le não nã o pertenc per tencee a você você.. – Ah – Vin disse. disse. – Não Nã o fique m uit uitoo desapontada desa pontada,, senhora. senhor a. Se alom a lomââ nti nticc os conseguis conse guissem sem rouba roubarr forç f orçaa do meu m eu povo, já j á se saber sa beria. ia. Foi uma ideia esper e sperta, ta, no entanto. e ntanto. – Ele se virou, apontando a pontando para pa ra a m a nsão. – A carruagem chegou. Estamos atrasados para a reunião, creio. Vin assent assentiu iu,, e eles apert aper tar aram am o passo passo em di dire reçã çãoo à mansão. m ansão. Engraçado , Kelsier disse para si mesmo, enquanto se esgueirava pelo pátio escuro, diante da Engraçado, Mansão Renoux. Tenho que me esconder em minha própria casa, como se estivesse atacando a ortaleza ort aleza de algum nobre. nobre . Nãoo havia Nã ha via c om omoo evit e vitar ar,, entre e ntretanto tanto – não c om a sua re reputaç putaçãã o. Ke K e lsi lsier er,, o ladrã la drão, o, havia ha via sid sidoo distintivo o bastante; Kelsier, o instigador de rebelião e líder espiritual skaa, era ainda mais famoso. O que, é claro, não o impedia de espalhar seu caos noturno – só tinha que ser mais caut ca utelos eloso. o. Mais Mais e mais m ais fam íl ílias ias estavam estavam sain saindo do da da cidade, e as casas ca sas poderosas poderosas estavam estavam ficando cada vez mais paranoicas. De certo modo, aquilo os tornava mais manipuláveis – mas se esgueirar nas redondezas de suas fortalezas estava ficando muito perigoso. Em comparação, a Mansão Renoux era praticamente desprotegida. Havia guardas, é claro, mas nenhum brumoso. Renoux tinha que manter uma atitude discreta; tantos alomânticos o fariam se destacar. Kelsier se manteve nas sombras, abrindo caminho cuidadosamente pela empurrou um laterall leste latera leste do edi e difício. fício. Então Então empurrou umaa m oeda e su subi biuu até a saca sacada da do próprio próprio Renoux Renoux.. Kelsier aterrissou com suavidade, então espiou pelas portas de vidro da sacada. As cortinas estavam fechadas, mas pôde ver Dockson, Vin, Sazed, Ham e Brisa parados ao redor da escrivaninha de Renoux. O próprio Renoux estava sentado no outro canto do aposento, afastado das discussões. Seu contrato incluía interpretar o papel de Lorde Renoux, mas não queria se envolver envol ver m ais do que já j á est e stava ava no plano. plano. Kelsier meneou a cabeça. Seria muito fácil para um assassino entrar aqui. Terei que me assegurar de que Vin continue a dormir na loja de Trevo . Não estava preocupado com Renoux; a nature natu rezza do kandra kandra er eraa tal que não precis prec isava ava tem temer er a lâm ina de um assass assassin ino. o. Kelsier bateu de leve na porta, e Dockson foi abri-la. – E e le fa fazz sua surpr surpree eendente ndente e ntra ntrada da!! – Ke Kelsi lsiee r anunc anunciou, iou, entra e ntrando ndo no a posento e ti tira rando ndo
suaa capa su c apa de bruma. bruma . Dockson Dock son bufou, bufou, fec f echando hando as a s portas. – Você Você é re reaa lm lmente ente um umaa m a ra ravil vilha ha de se ver ver,, Ke K e ll ll.. Espec E specialm ialmente ente c om essa essass m a ncha nchass de fuligem nos joelhos. – Tive que enga engati tinhar nhar um pouco esta e sta noite noite – Kelsi Ke lsiee r disse, fazendo f azendo um sinal indife indifere rente nte com c om a m ão. – Há uma val valaa de drenagem dre nagem sem us usoo que que passa passa bem po porr baixo baixo da muralh m uralhaa de defesa da Fort ortalez alezaa Lek Lekal. al. Qualquer Qualquer um pensaria que eles e les a teriam tam tampado. pado. – Duvido que se pre preocupe ocupem m – Bris Brisaa dis disse, se, ao lado da esc escriva rivaninha. ninha. – A m a ior par parte te dos nascidos das brumas é orgulhosa demais para rastejar. Estou surpreso que esteja disposto a isso. – Or Orgulhos gulhosaa dem a is par paraa ra rastej stejar ar?? – Ke Kelsi lsiee r diss disse. e. – Bo Boba bagem gem ! Or Ora, a, eu diria que nós, nascidos das brumas, somos orgulhosos demais para não nos humilharmos rastejando... de uma não nos maneira digna, é claro. Dockson franziu o cenho, aproximando-se da escrivaninha. – Kell Ke ll,, isso isso não fa f a z nenhum sentido. – Nós, nasc nascidos idos das da s brum a s, não pre precisa cisam m os fa fazzer sentido – Ke Kelsi lsiee r diss dissee c om altivez altivez.. – O que é isso? – Do seu se u irm ã o – Dock Doc kson disse, disse, apontando a pontando para pa ra um gra grande nde m apa a ber berto to na escr e scrivaninha. ivaninha. – Chegou esta tarde, estava dentro do buraco de uma perna de mesa quebrada que o Cantão da Ortodoxi Ortod oxiaa cont contra rato touu Trevo Tre vo para consertar. – Inte Intere ressante ssante – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , a nalisando o m a pa. – É um umaa li lista sta das e staç stações ões de abrandam abra ndamento ento,, presumo? – De D e fa fato to – Brisa disse. – É um umaa bela desc descober oberta; ta; nunca nunc a ti tinha nha vist vistoo um m apa da c idade tão detalhado e cuidadosamente desenhado. Ora, não só mostra cada uma das trinta e quatro estações de Abrandamento, mas também os locais de atividade dos Inquisidores, assim como lugare lu garess que que preocupam os dife diferentes rentes Cantõ Cantões. es. Não tive tive m ui uita ta oportun oportunid idade ade de trabalh traba lhar ar com seu irmão, irmã o, mas ma s devo devo diz dizer que o home homem m é obviam obviam ente um gêni gê nio! o! – Quase Qua se difícil dif ícil de acr a creditar editar que é pa pare rente nte de Ke Kell ll,, não? nã o? – Dock Doc kson disse, disse, abr abrindo indo um sorr sorriso iso.. Tinha um bloco de notas diante de si e estava fazendo uma lista de todas as estações de abrandamento. Kels Ke lsier ier bufou. – Marsh Mar sh pode ser se r o gênio, gê nio, mas ma s eu sou o bonito. bonito. O que são esses e sses núme núm e ros? – Inc Incursõe ursõess dos Inquisid Inquisidore oress e data datass – Ha Ham m fa falou. lou. – Você vai notar que o e sconde sconderij rijoo da antigaa gangue de Vin está listado. antig listado. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Com Comoo dem ônios Mar Marsh sh conseguiu conse guiu roubar um m a pa com c omoo este? este ? – Nã Nãoo roubou – Doc Dockkson dis disse se enqua enquanto nto e scr scree via. – Ha Havia via um bil bilhete hete c om o m a pa. Aparentemente, os alto prelados o deram deram para ele. Estão muito impressionados com Marsh e querem que ele examine a cidade e recomende locais para novas estações de Abrandamento. Parece que o Ministério está um pouco preocupado com a guerra entre as casas, e querem enviar envi ar algu alguns ns abrandadores a m ais par paraa tent tentar ar m anter as a s coisas coisas sob sob control controle. e. – Devem De vem os ma m a ndar o m a pa dentr dentroo da per perna na da m esa conse conserta rtada da – Sazed Sazed e xpli xplicc ou. – Assi A ssim m que ter term m in inar arm m os a reunião, devo devo me m e esforçar e sforçar para copi copiar ar is isso so no menor me nor tem tem po pos possí sível. vel. E me memorizá-lo morizá-lo também também,, tor tornando-o, nando-o, assi assim, m, parte do registr registroo de cada Guardador , Kelsier pensou. O dia em que vão parar de memorizar e começarão a ensinar está chegando, Saze. spero que seu povo pov o esteja este ja pronto. pronto. Kelsier se virou, estudando o mapa. Era tão impressionante quanto Brisa dissera. De fato, Marsh havia se arriscado demasiadamente ao enviá-lo. Talvez um risco imprudente até – mas a
inform in form aç ação ão que cont c ontin inha... ha... Temos que devolver isso rapidamente , Kels Amanhã de manhã, se possível. possíve l. Ke lsier ier penso pe nsou. u. Amanhã – O que é iss isso? o? – Vin per perguntou guntou e m voz ba baixa, ixa, inclinando-se sobre o gra grande nde m apa e apontando. Usava um vestido de nobre: um traje de peça única um pouco menos enfeitado que um vestido de gala. Kelsier sorriu. Ele se lembrava do tempo em que Vin teria parecido assustadoramente desajeitada em um vestido, mas parecia estar tomando um gosto crescente por eles. Ainda não se movia exatamente exatamente como uma dama nobre de nascimento. Era graciosa – mas era a graça habilidosa de um predador, não a graça deliberada de uma dama da corte. Mesmo assim, os vestidos pareciam cair bem em Vin agora – de um jeito que não tinha nada a ver com o corte. Ke lsier ier pensou. Você sempre quis ter uma filha que pudesse ensinar a caminhar na Ah, Mare, Mare , Kels linha que separa a nobre e a ladra . Teriam gostado uma da outra; ambas tinham um traço oculto de não convencionalismo. Se a esposa dele ainda estivesse viva, talvez tivesse ensinado a Vin coisas cois as que nem m esm esmoo Saz Sazed ed sabia sobre sobre como c omo fin f ingi girr ser uma nob nobre re.. É claro, c laro, se Mare M are ainda estivesse estive sse viva, v iva, eu e u não estaria estaria fazendo fazendo nada disso. Não Não ousaria ousaria . – Olhe! – Vin dis disse. se. – Um a de dessas ssas data datass dos Inquisidores é nova... e stá m a rc rcada ada c om omoo ontem! Dockson lançou um olhar para Kelsier. Tínhamos que contar para ela em algum momento... – Era a gangue de The T heron ron – Kelsi Ke lsiee r disse. – Um Inquisid Inquisidor or os atac a tacou ou ontem à noite. Vin em pali palidece deceu. u. – Eu deveria deve ria re reconhe conhecc er e sse nome nom e ? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – A gangue de The Theron ron e ra pa parte rte da equipe que esta estava va tentando enga enganar nar o Mi Minist nistéé rio c om Camon – Vin disse. – Isso quer dizer que... provavelmente ainda estão no meu rastro. O Inquisidor a reconheceu naquela noite em que nos infiltramos no palácio. Deve saber quem é o pai dela. Felizmente, aquelas criaturas inumanas deixam a nobreza desconfortável – de outro modo, teríamos que começar a nos preocupar quanto a mandá-la frequentar os bailes. – A gangue ga ngue de The Theron ron – Vin com c omee ntou. – Foi... Foi... foi com o a última vez? Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. – Se Se m sobre sobreviventes. viventes. Houvee um si Houv silêncio lêncio desconfortável, desconfortável, e Vin parec ia visi visivelme velment ntee enj enjoada. oada. Kelsier penso pensou. u. Havia Havia pouco a fa fazzer além de seguir seguir em e m fre frent nte, e, no entanto. entanto. Pobre cria c riança nça,, Kelsier – Tudo bem . Como vam va m os usar este e ste ma m a pa? – Há a lgum lgumas as notas do Mini Ministério stério sobre a s def defesa esass das ca casas sas – Ha Ham m c om omentou. entou. – Se rã rãoo úteis. – Não Nã o pare pa recc e have haverr nenhum ne nhum padr padrãã o nos ataques ata ques dos Inquis I nquisidore idores, s, no entanto e ntanto – Brisa disse. – Eles El es provavelm provavelm ente vão aonde a inform inform aç ação ão os levar. – Vam os quer querer er evitar ser m uit uitoo a ti tivos vos per perto to das esta estaçç ões de abrandamento abrandamento – Dox disse, abaixando sua caneta. – Felizmente, a loja de Trevo não está perto de nenhuma estação específica... a maior m aior parte delas está está em e m bairros pob pobre res. s. – P re recisa cisam m os fa f a ze r m a is do que simple simplesm smee nte evitar a s estaç e staçõe õess – Ke Kelsi lsier er fa falou. lou. – Te m os que estar prontos para eliminá-las. Brisa fra f ranz nziu iu o cenho. ce nho. – Se Se fiz f izer erm m os isso, isso, corre cor rem m os o risco de j ogar de m ane aneira ira m uit uitoo imprude im prudente. nte. – Mas pense pe nse no dano da no que isso causar ca usaria ia – Kelsi Ke lsiee r disse. – Marsh Ma rsh fa f a lou que há pelo m e nos três Abrandadores e um buscador em cada uma dessas estações. São cento e trinta Brumosos do
Ministério... devem ter recrutado por todo o Domínio Central para reunir essa quantidade. Se forem todos eliminados de uma só vez... – Nós nunca va vam m os conseguir conse guir ma m a tar tantos assim – Doc D ockkson disse. disse. – P odem os usar o re resto sto do nosso e xér xércc it itoo – Ha Ham m fa falou. lou. – Eles e stão e scondidos e ntre os bairros bair ros pobres. pobre s. – Tenho um umaa ideia m elhor – Ke Kelsi lsier er suger sugeriu. iu. – P odem os c ontra ontratar tar outra outrass gangue ganguess de ladrões. Se tivermos dez gangues, cada uma com a missão de tomar três estações, podemos limpar a cidade dos Abrandadores e Buscadores do Ministério em poucas horas. – Te ría ríam m os que discuti discutirr o sincronism sincronismo, o, no e ntanto – Doc Dockkson obser observou. vou. – Bris Brisaa e stá c er erto: to: matar tantos obrigadores em uma noite é um compromisso importante. Não demoraria muito paraa que os Inquis par I nquisidore idoress retaliassem re taliassem . Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. Você está certo, Dox. O sincronismo será vital . – Você Você c uidar uidaria ia diss disso? o? Encontre a lgum lgumas as gangue ganguess adequa a dequada das, s, m a s esper e speree até de decidirm cidirm os o abrandamento.. m ome oment ntoo antes de de dar da r a eles as loca locali lizzaç ações ões das estaç estações ões de abrandamento Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. – Bom Bom – Kelsi Ke lsiee r disse. – Falando dos nossos sol solda dados, dos, Ham , com o vão as a s coisas com c om e les? – Melhor do que eu espe espera rava, va, na ver verdade dade – Ha Ham m fa falou. lou. – Eles passa passara ram m pelo tre treinam inam e nto nas cavernas, então são bastante competentes. E se consideram o segmento mais “fiel” do exércit exér cito, o, já que não seguira seguiram m Yede Yedenn na batalha batalha cont c ontra ra su suaa vontade. vontade. Brisa fez uma careta. – Um j e it itoo conve conveniente niente de olhar par paraa o fa fato to de que per perder deraa m trê trêss quar quartos tos de seu e xér xércc it itoo em uma tolice tática. – São bons home hom e ns, Brisa Brisa – Ham Ha m diss dissee c om firm e za . – Assim c om omoo aquele a queless que m orr orree ra ram m. ão fale mal deles. Independentemente disso, estou preocupado em esconder o exército como estamos estam os fazendo. fazendo..... não não vai demorar dem orar m ui uito to até que uma um a das equi e quipes pes seja sej a descoberta. descober ta. – É por isso que nenhum ne nhum dele deless sabe onde encontra e ncontrarr os outros – Kelsi Ke lsiee r disse. – Que Quero ro m enc encionar ionar algo a re respeito speito dos hom homee ns – Bris Brisaa diss disse, e, senta sentando-se ndo-se e m um umaa das cadeiras ca deiras da escriv escr ivanin aninha ha de Renoux. Renoux. – Posso ver a importância de enviar Ham m ond para trein treinar ar os sol soldados, dados, mas, m as, honestamente, honestam ente, qual a ra razzão para pa ra obrigar Dock Doc kson e eu e u a visitá-los? visitá-los? – Os hom homee ns pre precc isam sabe saberr quem são seus lí líde dere ress – Ke Kelsi lsier er diss disse. e. – Se Ha Ham m e sti stiver ver indisposto, alguém mais precisa assumir o comando. – Por P or que não você voc ê ? – Brisa Brisa perguntou. pe rguntou. – Só Só confie conf ie em e m m im – Kelsi Ke lsiee r disse, sorrindo. sorr indo. – É melhor m elhor assi a ssim m. Brisa revirou os olhos. – Confia Confiarr em e m você você.. Pa P a re recc e que estam e stamos os faz fa ze ndo muit m uitoo disso... disso... – Que Q ue sej a – Ke K e lsi lsier er o interrom inter rom peu. – Vin, V in, quais as a s notícias da nobre nobrezza ? Descobriu Desc obriu algo a lgo útil útil sobre a Casa Venture? Elaa se deteve. El – Não. Nã o. – Mas o bail ba ilee na sem se m ana que vem ve m ser seráá na Forta ortalez lezaa Ve Venture nture,, certo? ce rto? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. Vin assentiu. diriaa se soubesse algo? algo? Encontrou Kelsier olhou para a garota. Ela garota. Ela nos diri Encontrou os olhos dela e não maldita garota garota é uma um a menti me ntirosa rosa muito muito expe ex periente riente . conseguiu consegu iu dec decifrar ifrar nada neles ne les.. A maldita – Tudo bem – disse disse para pa ra ela ela.. – Conti Continue nue procur pr ocurando. ando. – Conti Continuar nuaree i – ela disse. Apesar do cansaço, Kelsier encontrou um sono esquivo naquela noite. Infelizmente, não
podia sair sa ir e per percc orr orree r os corr c orree dore doress – apena a penass alguns a lguns criados cr iados sabiam sa biam que ele e stava na m ansã ansão, o, e precc isava se m a nter discre pre discreto, to, agora agor a que sua re r e putaç putaçãã o estava esta va aum a umee ntando. Sua reputação. Ele suspirou, enquanto se apoiava na grade da sacada, observando as brum a s. De c er erto to m odo, as coisa coisass que e le fe fezz pre pr e ocupa ocupavam vam a té m e sm smoo a e le. Os outros nã nãoo o questionavam em voz alta, como ele pedira, mas podia ver que ainda estavam preocupados com sua fama crescente. É o me melhor lhor jeito. Posso não prec precisar isar de nada disso... mas, m as, se prec precisar isar,, fi ficare careii feliz de ter me dado ao trabalho. Umaa bati Um batida da suave so soou ou na porta. Deu m eia-vol eia-volta, ta, curioso, curioso, enquanto enquanto Saz Sazed ed enfiava e nfiava a ca cabeça beça no quarto. – P e ç o desc desculpas, ulpas, Mestre Ke Kelsi lsiee r – Sa ze d diss dissee . – Mas um guar guarda da veio m e ver e dis disse se que podia vê-lo vê -lo na var varaa nda. Estava E stava pre pr e ocupa ocupado do que alguém a lguém o descobrisse. desc obrisse. Kelsier suspirou, mas saiu da varanda, fechando as portas e as cortinas. – Nã Nãoo fui fe feit itoo par paraa o anonim anonimaa to, Sa ze. P ar araa um ladr ladrãã o, não sou nada bom em m e esconder. Saz azed ed sorriu e com c omeç eçou ou a se reti re tira rar. r. – Sazed? Sazed? – Kelsi Ke lsier er o cham c ham ou, faz fa zendo o terrisano ter risano se deter de ter.. – Não Nã o consi c onsigo go dorm ir... tem um umaa novaa propo nov propost staa para m im? Sazed abriu abr iu um largo sorriso, entrando no quarto quar to.. – É c lar laro, o, Mestre Ke Kelsi lsier er.. Ulti Ultim m a m e nte, e sti stive ve pensa pensando ndo que o senhor gostaria de ouvir sobre a Verdade dos bennet. Combina muito com o senhor, creio. Os bennet eram um povo altamente desenvolvido, que viviam nas ilhas do sul. Eram corajosos marinheiros e brilhantes cartógrafos; alguns dos mapas que o Império Final ainda usa foram desenvolvidos por exploradores bennet. A religião deles foi desenvolvida para ser praticada a bordo de navios que ficavam por meses no mar. O capitão era também o sacerdote, e nenhum homem tinha perm per m iss issão ão para pa ra com anda andarr a m enos que re recc ebe ebesse sse treinam tre inam e nto teológico. teológico. – Prova P rovavelm velmee nte não nã o tinham tinham m uit uitos os moti m otins. ns. Sazed sorriu. – Era Er a um umaa boa re reli ligião, gião, Mestre Me stre Ke Kelsi lsiee r. Basea Baseavava-se se na de descobe scoberta rta e no conhec c onhecim imee nto; para essas pessoas, fazer mapas era um dever sagrado. Acreditavam que assim que o mundo todo fosse conhecido, entendido e catalogado, os homens finalmente encontrariam paz e harmonia. Muitas religiões ensinam tais ideais, mas poucas, na verdade, conseguem praticá-los tão bem quanto os bennet. Kelsier Kelsi er fra franz nziu iu o cenho, recos rec ostand tando-se o-se na pare parede de ao a o lado das das cort c ortin inas as da vara varanda. nda. – P a z e har harm m onia – diss dissee lentam ente ente.. – Na ver verdade dade,, não e stou procur pr ocurando ando por na nada da dis disso so nesse momento, Saze. – Ah – Sa Sa ze d disse. disse. Kelsier Kelsi er ol olhou hou par paraa cim cima, a, encar e ncarando ando o teto. teto. – Poder P oderia... ia... me m e fa falar lar sobre os valla novam nova m ente ente?? – É c lar laroo – Sazed dis disse, se, puxando um umaa c a deir deiraa ao lado da esc escriva rivaninha ninha de Ke Kelsi lsier er e se sentando. sent ando. – O que esp e spec eciificam ente gostaria gostaria de saber? Kelsier balançou a cabeça. – Nã Nãoo tenho ce certe rtezza – e le dis disse. se. – Sint intoo m uit uito, o, Saze. Estou c om um hum humor or e stranho esta noite. – Se m pre está c om um hum humor or e stranho, cr creio eio – Sa ze d diss disse, e, dando um leve sorr sorriso iso.. – Contudo, escolheu uma seita interessante sobre a qual perguntar. Os valla duraram muito mais que qualq qua lquer uer out outra ra re reli ligi gião ão sob domínio domínio do Senhor Senhor Sobera oberano. no.
– É por isso que pergunto pe rgunto – Kelsi Ke lsiee r disse. – Eu... prec pr eciso iso entender entende r o que os fez fe z prosse prosseguir guir por tanto tem tem po, Saze. Saze. O que os manteve m anteve lu lutando? tando? – Eles era e ram m os mais m ais determ dete rm inados, cre cr e io. – Mas não nã o tinham tinham nenhum lí líde derr – Kelsier K elsier com e ntou. – O Senhor Soberano Sober ano m a ssac ssacrou rou todo o conselho religioso vallan como parte de sua primeira conquista. – Ah, eles e les tinham lí líder deree s, Mestre Ke Kelsi lsiee r – Sa Sa ze d disse disse . – Mortos, é ver verda dade, de, m a s líder líderes, es, no entanto. – Alguns hom e ns diriam que a de devoçã voçãoo dele deless não fa fazzia sentido – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – A pe perda rda dos líderes vallan devia ter abatido as pessoas, não tê-las tornado mais determinadas a prosseguir. prosse guir. Saz azed ed m eneou a cabeça c abeça.. – Home Hom e ns são mais m ais resil re silientes ientes que iss isso, o, creio. cr eio. Nossa cre c rença nça é gera ge ralm lmee nte ma m a is forte quando qua ndo deveriaa ser m ais frac deveri fraca. a. É ass a ssiim qu quee a esp espera erança nça fun f uncio ciona. na. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Quer Que r m a is inst instruç ruçõe õess sobre os vall va lla? a? – Nã Não. o. Obr Obrigado, igado, Saze. Só pre precc isava ser lem bra brado do de que existi existira ram m pessoa pessoass que lut lutar aram am m esmo quando quando parecia não haver m ais esperança. Sazed assenti assentiu, u, levantando-se. – Acho Ac ho que entendo, e ntendo, Mestre Ke Kelsi lsier er.. Boa Boa noite, então. e ntão. Kels Ke lsier ier assenti assentiu, u, dist distra raído ído,, deixando o terris terr isano ano se re reti tira rar. r.
A maiori maioriaa dos terris terrisanos anos não é tão má m á quanto Rashek Rashe k . No entant e ntanto, o, posso ve v e r que acre acredit ditam am nele, até certo ponto. Estes homens são simples, não filósofos ou eruditos, e não sabem que suas róprias profecias dizem que o Herói das Eras será um forasteiro. Só veem o que Rashek sustenta – que são um povo pov o oste oste nsivame nsivamente nte superior, e dev de v iam ser “dominantes” “dominantes”,, em ve vezz de subservientes. subserv ientes. Diante de tal paixão e ódio, até até bons homens home ns podem ser se r enganados.
Vin precisou retornar ao salão de baile dos Venture para lembrar o que era a verdadeira majestade. Visitara tantas fortalezas que começara a ficar insensível ao esplendor. Havia, no entanto, algo especial na Fortaleza Venture – algo que as outras fortalezas se esforçavam para ter, mas nunca conseguiam totalmente. Era como se Venture fosse o pai, e as outros, filhos bem ensinados ensi nados.. Todas Todas as fortalez fortalezas as eram era m belas, m as não havia havia com c omoo negar que esta era a m elho elhor. r. O enorme salão Venture, flanqueado por uma fileira de colunas enormes em cada lado, paree c ia ainda par a inda m a ior do que de costum costume. e. Vin não nã o conseguia c onseguia ente entender nder o porquê. por quê. P e nsou sobre iss issoo enquanto esperava que um criado pegasse seu xale. As luzes oxídricas normais brilhavam do outro lado dos vitrais, inundando a sala com fragmentos de luz. As mesas estavam imaculadas sob os beirais entre as colunas. A mesa do lorde, colocada no pequeno balcão ao fundo do salão, paree c ia tão ré par r é gia quanto qua nto sem sem pre pre.. É quase... pe perfeit rfeitoo de demais mais,, Vin pensou, franzindo o cenho consigo mesma. Tudo parecia levemente exagerado. As toalhas de mesa estavam ainda mais brancas e mais bem passadas que o norm norm al. O uniform uniform e dos cr criado iadoss parecia parec ia particularm particularm ente elegante. Em vez de soldados soldados norm normais ais nas portas, havia matabrumas de aspecto intencionalmente imponente, distintos pelos escudos de madeira e a falta de armadura. No conjunto, a sala fazia parecer como se a habitual perfeição Venture Ventu re ti tivess vessee aum aumentado. entado.
– Algo está err e rraa do, Sa Sa ze d – ela sussu sussurr rrou, ou, enquanto enqua nto o criado cria do prepar pre parava ava sua m esa esa.. – O que quer diz dizee r, senhora se nhora?? – o alto mordom m ordom o perguntou, per guntou, pa para rado do atrá atr á s dela. dela . – Há pessoa pessoass dem a is a qui – Vin diss dissee , per percc e bendo um umaa das coisa coisass que a incom odar odaraa . A parti par ticc ipaç ipaçãã o nos ba bail ilee s esta estava va dim diminui inuindo ndo nos últ últim imos os m e ses. Mesm o a ssi ssim m , par parec ecia ia que todo mundo tinha retornado para o evento dos Venture. E todos estavam usando suas melhores roupas. – Algo está ac a c ontec ontecee ndo – Vin disse disse em e m voz baixa baixa.. – Algo de que não sabe sa bem m os. – Sim im... ... – Sazed re respondeu, spondeu, tam bém e m voz baixa. baixa . – Sint intoo iss issoo tam bém . Talve alvezz eu e u deva ir ao jantar dos mordomos mais cedo. – Boa ideia – Vin c oncor oncordou. dou. – Ac Acho ho que posso pular a re refe feiçã içãoo desta noit noitee . Estam os um pouco atra a trasados, sados, e par paree ce que as a s pessoas j á com c omee ça çara ram m a conver c onversar sar.. Sazed sorriu. – O quê? quê ? – Lem Le m bre breii de um a época é poca e m que que jamais pularia uma refeição, senhora. jamais pularia Vin bufou. – Só fique fe feli lizz de e u nunca ter tentado e nche ncherr os bols bolsos os c om a com ida desse dessess bailes... acredite em mim, estive tentada. Agora, vá. Sazed assentiu e partiu para a sala de jantar dos mordomos. Vin procurou entre os grupos quee conv qu conversavam ersavam.. Nenhum sinal de Shan, felizmente , pensou. Infeli Infe lizzm ente, Kli K liss ss tam tam pouco est e stava ava à vista, então Vin tinha que escolher outra pessoa para fofocar. Avançou, sorridente, até Lorde Idren Seeris, primo da Casa Elariel e com quem dançara em várias ocasiões. Ele a reconheceu com um duro aceno de cabeça, e ela se juntou ao grupo. Vin sorriu para os outros membros do grupo – três mulheres e um outro lorde. Conhecia todos eles ao menos de passagem, e dançara com Lorde Yestal. Contudo, nesta noite, todos lhe lançaram olhares frios. – Nã N ã o venho ve nho à Forta ortaleza leza Ve Ve nture há algum tem po – Vin disse, a dotando a per personalidade sonalidade de garota de campo. – Tinha esquecido de como é majestosa! – De fa fato to – disse disse um a das da s dam as. – Com li lice cença nça... ... vou pegar pega r algo a lgo para bebe beber. r. – Irei Ir ei com c om você – uma um a das outras outra s dam a s acre ac resce scentou, ntou, e am a m bas deixar de ixaram am o grupo. Vin as observou parti par tir, r, fra f ranz nzind indoo o cenho. c enho. – Ah – Yestal Ye stal disse. disse. – Nossa re r e fe feiçã içãoo chegou. che gou. Vam Va m os, Triss? – É clar c laroo – a últim últim a dam da m a diss disse, e, j untando-se a Yesta Y estall enquanto enqua nto se se afa a fastava stavam m. Idren arrumou os óculos, lançando a Vin um olhar desanimado de desculpas, e se retirou. Vin ficou parada, estupefata. Não recebia uma recepção tão obviamente fria quanto essa desde seus primeiros prime iros bailes. bailes. O que está acontecendo?, acontecendo? , pensou, com nervosismo crescente. Seria isso obra de Shan? Poderia Pode ria v irar um salão inteiro inteiro contra mim? Não, Nã o, a quil quiloo não pa pare recia cia ce certo. rto. Te ria e xigi xigido do e sfor sforçç o de dem m ais. Além diss disso, o, a esquisit esquisitice ice não eraa só com re er relação lação a ela. Todos Todos os grupo gruposs de nobres nobres est e stavam avam ... difere diferent ntes es esta noite. noite. Vin tentou um segundo grupo, com resultado ainda pior. Assim que se aproximou, eles a ignorara ig noraram m no mesm m esmoo inst instante. ante. Vin se se sent sentiu iu tão tão desloca deslocada da que se ret re tirou irou,, fugindo fugindo par paraa pegar uma taça de vinho. vinho. Enqu Enquanto anto cam in inhava, hava, perce per cebeu beu que o primeiro prime iro grupo grupo – aquele aquele com c om Yestal e Idren Idre n – havia se re r e unido nova nova m ente c om e xata xatam m e nte os mesm m esm os mem m em bros. Vin se deteve, parada nas sombras do beiral do lado leste, perscrutando a multidão. Havia pouca gente danç dançaa ndo, e e la os re recc onhec onhecee u a todos com o ca casais sais e stabe stabelec lecidos idos.. P a re recc ia ha haver ver pouca re relaç lação ão entr entree os grupos gr upos ou m e sas. Em Embora bora o salã salãoo de ba bail ilee estivesse c heio, par paree c ia que a m aior parte dos presentes estava estava tent tentando ando claram clara m ente ignorar ignorar to todos dos os dem dem ais ais..
Prec iso dar uma olhada melhor Preciso me lhor nisso nisso,, pensou, andando até a escada. Pouco depois, ela saiu no comprido balcão que percorria perc orria a parede par ede sobre a pist pista de dança, da nça, com c om suas fam il iliares iares lanter lanternas nas azuis dando um tom melancólico e suave. Vin se deteve. O refúgi re fúgioo de Elend fica ficava va ent e ntre re a col c oluna una da direita direita e a pare parede, de, ilum ilumin inado ado por uma única lanterna. Ele quase sempre passava os bailes dos Venture lendo ali; não gostava da pompa pom pa e cir circc unst unstââ ncia que im pli plicc ava o anfitrião a nfitrião da fe festa. sta. O refúgi re fúgioo estava vazio vazio.. Ela Ela se aproxi a proxim m ou da grade, gra de, e então esticou esticou o corpo para cont contem em pl plar ar o outro extremo do grande salão. A mesa do anfitrião estava situada no mesmo nível dos balcões, e ela e la ficou chocada ao a o ver Elend sentado sentado ali, ali, j antando com seu pai. pai. O quê?, quê?, pensou, incrédula. Nunca, na meia dúzia de bailes em que estivera na Fortaleza Venture, havia visto Elend sentado com sua família. Lá embaixo, viu uma figura familiar, de túnica colorida, caminhando entre a multidão. Acenou Ace nou para para Saz azed, ed, mas m as ele e le obviam obviamente ente j á a havi haviaa vi vist sto. o. Enquant Enquantoo esperava espera va por ele, e le, Vin Vin pensou pensou ter ouvido uma voz familiar vindo do outro lado do balcão. Virou-se para conferir, encontrando a pequena peque na figura que não pe perc rcebe ebera ra a ntes. Kliss estava esta va fa falando lando c om um peque pequeno no grupo de lorde lordess menores. ela fal Ficou parada, par ada, espera esperando ndo Então era aqui que Kliss Kliss e sta stavv a , Vin pensou. Talvez Talvez ela falee comigo c omigo.. Fi que ou Kliss terminasse sua conversa, ou Sazed chegasse. Saz azed ed chegou c hegou prim prim eiro, deixando deixando a esca escada da quase sem fôl fôlego. ego. – Se Se nhora – disse disse em e m voz baixa baixa,, juntando-se j untando-se a e la perto pe rto da gra grade. de. – DigaD iga-m m e que de descobr scobriu iu algum a lgumaa c ois oisaa , Sazed. Este E ste bail ba ilee par paree c e... a ssus ssustador tador.. Todo Todo m undo está tão tão solene solene e frio. É quase quase com c omoo um funeral, funer al, não não uma um a festa. f esta. – É um umaa m e táf táfora ora a dequa dequada, da, m inha senhor senhoraa – Sazed c om omentou entou em voz baixa. – P e rde rdem m os um anúncio importante. A Casa Hasting disse que não vai celebrar seu baile habitual esta semana. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – E? Casas j á ca cance ncelar laram am bailes antes. a ntes. – A Casa Elar Elariel iel tam bém c anc ancelou. elou. Norm Nor m a lm lmente ente Tek ekiel iel viria na sequê sequência ncia... ... mas m as esta e sta ca c a sa está extinta. A Casa Shunah já anunciou que não dará mais bailes. – O que e stá dize dize ndo? – Pa P a re recc e, senhora se nhora,, que este e ste será ser á o último bail ba ilee em um tem po... talvez em um longo te te m po. Vin olhou para as magníficas janelas do salão, suspensas sobre os grupos independentes – e quase hostis – de pessoas. – É isso isso que está acontecendo – ela disse. – Estão finalizando alianças. Todo mundo está com seus amigos e adeptos mais fortes. Sabem que este é o último baile, então vieram para manter as aparências, mas sabem que não há tempo para politicagem. – Pa P a re recc e que é isso mesm m esm o, senhora. senhor a. – Todos vão fic ficaa r na def defee nsiv nsivaa – Vin diss dissee . – Rec Recua uando ndo par paraa trá tráss das m ura uralhas, lhas, c om omoo diss di ssem em os os.. É por isso isso que ninguém ninguém quer falar f alar com comig igo; o; tornam tornamos os Renoux Renoux uma forç forçaa m ui uitto neutra. ão tenho uma facção, e este é um momento ruim para apostar em elementos políticos aleatórios. – Mestre Me stre Ke Kelsi lsier er pre precisa cisa sabe saberr desta inform aç açãã o, senhora se nhora – Sazed dis disse. se. – Ele plane planejj ava se fingir de informante esta noite, novamente. Se estiver ignorante desta situação, isso causará um sério dano à sua credibilidade. Devemos partir. – Não N ão – Vin V in disse, vira virando-se ndo-se par paraa Sa ze d. – Nã Nãoo posso ir... não quando todos estão estã o fica f icando. ndo. Todos pensam que é importante vir e ser visto neste último baile, então não devo partir antes deles.
Sazed assentiu. a ssentiu. – Muito Muito bem. bem . – Você Você vai, Sazed. Alugue A lugue um a c ar arrua ruagem gem e vá diz dizer er a Ke Kell ll o que descobr de scobrim imos. os. Fica Ficare reii um pouco m ais, então e ntão partire pa rtireii quando isso isso não fiz f izee r a Casa Renoux pare pa recc er fr frac acaa . Sazed se deteve. dete ve. – Eu... não sei, se i, senhora. senhora . Vin revirou os olhos. – Apr Aprec ecio io a a j uda que tem m e da dado, do, m a s não nã o pre precisa cisa fic ficar ar segur segurando ando m inha m ão. Mui Muitas tas pessoass vêm à esses pessoa e sses bailes sem se m seus m ordom os para par a cuidar c uidar dela delas. s. Sazed suspi suspirou. rou. – Muito Muito bem, bem , senhora. senhor a. De D e vo retorna re tornar, r, no entanto, e ntanto, depois que locali loca lizza r Mestre Me stre Ke K e lsi lsiee r. Vin assentiu, despedindo-se dele, que se retirou pela escada de pedra. Vin se inclinou sobre o balcão no lugar lugar de El Elend, end, observando observando até que Saz Sazed ed apare a parece cess ssee lá em baix baixoo e desapare de saparece cess ssee na dire di reçã çãoo dos portões portões dianteiros. E agora? Me Mesmo smo que e ncontre alguém c om quem fal falar ar,, não há realme realmente nte nenhum motivo ara espalhar rumores. rumores. Teve uma sensação de pavor. Quem teria pensado que chegaria a gostar tanto da frivolidade dos nobres? A experiência era manchada pelo conhecimento do que os nobres eram capazes de fazer, mas, mesmo assim, tinha sido um... sonho desfrutar de tudo aquilo. Estaria presente em um baile daqueles novamente? O que aconteceria com Valette, a nobre nob re?? Deixaria de lado seus vestid vestidos os e m aqui aquiagem agem , e vol voltaria taria a ser simplesment simplesme ntee Vin Vin,, a ladra de rua? Provavelmente não haveria espaço para coisas como grandes bailes no novo reino de Kelsier, e isso talvez não fosse uma coisa ruim – que direito ela tinha de dançar enquanto outros skaa morriam de fome? Mesmo assim... era como se o mundo fosse perder alguma beleza sem as fortalez f ortalezas as e os dançarinos dança rinos,, os vestidos vestidos e as a s fest fe stivi ividade dades. s. Ela suspirou e se afastou da grade, olhando para o próprio vestido. Era de um azul profundo e brilhant brilhante, e, com c om desenho desenhoss circular circulares es em branco na base ba se da saia. Não tinha tinha mangas, m angas, mas ma s as luvas luvas de seda azul que usava passavam dos cotovelos. Antigamente, teria achado o traje frustrantemente volumoso. Agora, no entanto, parecia maravilhoso. Gostava de como era desenhado para realçar seu peito, e, ao mesmo tempo, acentuar seu torso fino. Gostava de como encaixava na cintura, abrindo-se lentamente para fora em um amplo sino que farfalhava enquanto caminhava. Senti entiria ria fa falt ltaa di disso sso – sentiri sentiriaa fa falt ltaa de tu tudo do isso. isso. Mas Mas Sazed Sazed est e stava ava ce certo. rto. Ela não podi podiaa deter a progree ssão do tem po, só podia progr podia desf desfruta rutarr o m om omento. ento. não vou deixar que fique sentado naquela mesa a noite toda, me ignorando , decidiu. Eu não Eu Vin deu meia-volt m eia-voltaa e perc percorre orreuu o balcã balcão, o, cumprime cum priment ntando ando Klis Klisss ao passar passar por ela. O balcão terminava em um corredor que dava uma volta e – como Vin deduzira corretamente – levava até a saliência em que ficava a mesa do anfitrião. Ficou parada no corredor por um momento, observando. Lordes e damas estavam acomodados com seus trajes régios, desfrutando o privilégio de terem sido convidados para se sentar com Lorde Straff Venture. Vin esperou, tentando chamar a atenção de Elend, e finalmente um dos convidados a notou e deu uma cotovelada em Elend. Ele se virou com surpre su rpresa, sa, viu viu Vin, Vin, e corou levemente. levem ente. Ela acenou para ele rapidamente, e ele se levantou, pedindo licença. Vin voltou para o corredor, para que pudessem conversar com mais privacidade. – Elend! – ela dis disse se quando qua ndo ele e ntrou no corre cor redor. dor. – Está sentado se ntado com c om seu pai! pa i! Ele assentiu.
– Este baile se tra transfor nsform m ou em e m um eve evento nto muit m uitoo espec e special, ial, Va Va lette, e m eu pa paii insist insistiu iu que e u obedecesse ao protocolo. – Quando Qua ndo terem tere m os algum tem po para par a conver c onversar sar?? Elend se deteve. – Não Nã o tenho cer c ertez tezaa de que ter teree m os. Vin franziu o cenho. Ele parecia... reservado. Seu traje habitual, levemente usado e amassado, fora substituído por um novo e elegante. Seu cabelo estava até penteado. – Elend? – ela dis disse, se, dando da ndo um passo para pa ra fr frente ente.. Elee levant El levantou ou a m ão, detendo-a detendo-a.. – As coisas coisa s mudar m udaram am , Valette. Va lette. pensou. Isso não pode mudar, não ainda! Não,, ela pensou. Não – Coisas? Coisas? Que “c “cois oisaa s”? Ele Ele nd, do que está e stá falando? fa lando? – Sou her herde deiro iro da Casa Ventur enturee – e le dis disse. se. – E tem pos perigosos pe rigosos estão e stão c hega hegando. ndo. A Casa Hasting perdeu um comboio inteiro esta tarde, e isso é só o começo. Dentro de um mês, as fortalezas estarão em guerra franca. Não são coisas que posso ignorar, Valette. É hora de eu paraa r de ser um tra par transto nstorno rno para pa ra m inha fam fa m íl ília. ia. – Está bem be m – Vin disse. disse. – Mas isso não signific significaa ... – Vale alett ttee – Elend a int intee rr rrom ompeu. peu. – Você é um tra transtorno nstorno tam ta m bé bém m . Muit Muitoo gra grande. nde. Nã Nãoo vou m enti entirr e di dizzer que nunca nunca m e import im portei ei com você... me m e import im portei, ei, e ain a inda da m e import im porto. o. Cont Contudo udo,, eu sabia desde o início – assim como você – que isso nunca seria mais do que um relacionamento passage passa geiro. iro. A verda ve rdade de é que m inha ca c a sa pre pr e c isa de m im im... ... e isso é m ais importa im portante nte do que você voc ê . Vin em pali palidece deceu. u. – Mas... Elee deu meia-vo El m eia-vollta para retorn retornar ar ao j ant antar. ar. – Elend – ela e la disse com c om a voz baixa –, por fa favor, vor, não nã o se afa a faste ste de m im im.. Elee se deteve, ent El e ntão ão virou na na di dire reçã çãoo dela. – Sei Sei a ver verdade dade,, Vale Valett tte. e. Se i que m entiu sobre quem você é. Nã Nãoo me m e im importo, porto, me m e sm smo... o... não estouu zangado, esto zangado, nem desapon desapontado tado.. A verdade ve rdade é que eu e u já j á espera esperava va isso. isso. Você Você só está... está... jogand j ogandoo o ogo.. Como ogo Como to todos dos nós nós.. – Ele parou, meneou m eneou a ca cabeça beça,, e deu m eia-vol eia-volta. ta. – Como Como eu. – Elend? – ela dis disse, se, indo atrá atr á s dele. – Não Nã o me m e fa f a ç a enver e nvergonhágonhá-la la em e m públi públicc o, Valette. Va lette. Vin se deteve, sentindo-se aturdida. E, então, estava zangada demais para estar aturdida – muito zangada, muito frustrada... e muito aterrorizada. – Não Nã o me m e deixe de ixe – ela e la sussurrou. – Nã N ã o me m e deixe de ixe você voc ê tam bé bém m. – Sint Sintoo muit m uitoo – ele dis disse. se. – Mas Ma s tenho que m e encontra e ncontrarr com c om m eus am a m igos igos.. Foi... Foi... dive divertido. rtido. E partiu. Vin ficou parada no corredor escuro. Sentiu-se estremecer silenciosamente, ela se virou e se dirigiu, cambaleando, de volta para o balcão principal. Ao seu lado, pôde ver Elend desejar boa-noit boanoitee pa para ra sua fa fam m íl ília ia e sair por um cor corre redor dor tra traseiro seiro e m dire direçã çãoo à pa parte rte priva privada da da fortaleza. Ele não pode fazer isso isso comigo. Não, Elend. Elend. Não agora... Cont ontudo udo,, uma voz vi vinda nda de dentro – uma voz que ela quase esq e squece uecera ra – começ com eçou ou a falar. fa lar. É claro que ele a deixou, deixou , Reen sussurrou. É laroo que a abandonou. Todo mundo m undo a trai trairá. rá. O que e u sussurrou. É c lar te ensi e nsinei? nei? Não!! , Vin pensou. É só a tensão polí Não políti tica. ca. Uma ve vezz que iss issoo ti tive verr ac acabado, abado, sere sereii capaz de convencê-lo a voltar...
Ree n sussurrou. sussurrou. Ele Eu nunca volt v oltee i para para você voc ê , Reen Ele não volt v oltará ará tampouc tampoucoo . A voz parecia tão real – era er a quase c om omoo se pudesse pude sse ouvi-lo ao seu se u lado. Vin se incli inclinou nou cont contra ra a grade gra de do balcã balcão, o, usando usando a barra ba rra de ferro fe rro com c omoo apoio, apoio, par paraa ficar f icar em pé. Nã Nãoo de deixar ixaria ia que ele a destruísse. Um a vida nas rua ruass não for foraa c apa apazz de quebr quebráá -la -la;; não deixaria deixar ia que um nobre cheio c heio de si fizesse fizesse isso. isso. Ficou Ficou se repe r epeti tindo ndo isso isso.. Mas por que isso doía muito mais do que a fome – muito mais do que um dos espancam espanca m ento entoss de Camon? Cam on? – Be Be m , Valette Va lette Renoux – uma um a voz veio de trá trás. s. – Kliss Kliss – Vin disse. disse. – Eu... não nã o estou com disp disposiçã osiçãoo para par a conve conversa rsarr agora a gora.. – Ah – Klis Klisss diss dissee . – Então Elend Ve nture fina finalm lmee nte a desde desdenhou. nhou. Nã Nãoo se pre preocupe ocupe,, criança... ele terá terá o que que m ere erece ce em e m breve. bre ve. Vin se virou, franzindo o cenho ao tom de voz estranho de Kliss. A mulher não parecia consigo consi go mesma me sma.. Parec Pa recia ia mui m uitto mais m ais... ... cont controlada. – Entre Entregue gue um umaa m e nsage nsagem m par paraa seu ti tioo por m im im,, sim, quer querida? ida? – Klis Klisss per perguntou guntou suavemente. – Diga que um homem como ele... sem alianças... pode ter dificuldade para conseguir informações nos próximos meses. Se precisar de uma boa fonte, diga-lhe para me procura proc urar. r. Sei de m uit uitas as coisas c oisas inter interee ssantes. – Você Você é um umaa inform ante ante!! – Vin V in disse, deixa deixando ndo de lado sua dor por um m om omee nto. – Mas, você é... é ... – Um a fof fofoqueira oqueira tol tolaa ? – a m ulher ba baixi ixinha nha per perguntou. guntou. – Or Oraa , sim, eu sou. É fa fascina scinante nte o tipo de coisa que se pode ouvir quando se é conhecida como a fofoqueira da corte. As pessoas vêm até você para espalh espalhar ar m enti entira rass óbvi óbvias; as; como as a s coisas coisas que que m e cont contou ou sobre sobre a Casa Hast Ha stin ingg semana passada. Por que queria que eu espalhasse tais inverdades? Estaria a Casa Renoux fazendo uma oferta pelo mercado de armas durante a guerra entre as casas? E mais... poderia Renoux estar estar por trás do recente rec ente ataqu a taquee às barca bar caça çass Hastin Hasting? g? Os olhos olhos de Kli K liss ss brilhar brilharam am . – Diga a seu tio que posso guardar guar dar sil silênc êncio io do que que sei... por um pe pequeno queno preç pr eço. o. – Tem Te m m e engana e nganado do todo e sse tem po... – Vin disse, disse, aturdida. a turdida. – É cla claro, ro, quer querida ida – Kli K liss ss disse, disse, dando um tapinha no braç br açoo de Vin. – É o que fa fazzem os aqui a qui na corte. Você aprenderá com o tempo... se sobreviver. Agora, seja uma boa menina e entregue a m ensag ensagem em , cert cer to? Kliss deu meia-volta, sua figura atarracada e espalhafatosa repentinamente pareceu um disfarc di sfarcee bri brilh lhante ante para par a Vin Vin.. – Espere Esper e ! – Vin V in disse. disse. – O que dis disse se sobre sobr e Elend E lend antes? a ntes? Que e le vai va i te te r o que m er erec ece? e? – Hum Humm m ? – Kliss dis disse, se, vira virando-se ndo-se.. – Or Ora... a... é iss issoo m e sm smo. o. Esteve per perguntando guntando sobre os planos de Shan Elarie Ela riel,l, não esteve e steve?? Vin pensou, pensou, com preocupaç preocupação ão cresce cr escent nte. e. Shan?,, Vin Shan? – O que e la está e stá planej plane j a ndo? isso,, minha querida, é um segredo caro, de fato. Eu poderia lhe dizer... mas o que – Agora, Agora , isso teria em troca? Uma mulher de uma casa sem importância como eu precisa encontrar sustento em algum lugar... Vin tirou tirou seu seu col c olar ar de safiras, safira s, a única única peça de j oi oiaa que estava usando. usando. – Aqui. Tome Tom e . Kliss aceitou o colar com expressão pensativa. – Humm Hum m , sim, m uit uitoo bonito, bonito, de fa f a to. – O que sabe sabe?? – Vin repli re plicou. cou. – Tem o que o j ovem Elend ser seráá um umaa das prim primee ira irass baixas ba ixas dos Ve Ve nture na guer guerra ra e ntre a s
casas – Kliss disse, guardando o colar em um bolso na manga. – É um azar... realmente parece ser um bom garot gar oto. o. Bom Bom dem demais, ais, provavelme provavelment nte. e. – Quando? Qua ndo? – Vin exigiu sa sa ber ber.. – Onde? Onde ? Como? – Tantas Ta ntas questões, m a s só um colar c olar – Kliss Kliss disse disse indolentem e nte. – É tudo o que tenho agor agora! a! – Vin diss dissee since sincera ram m e nte. Sua bolsa de m oeda oedass só continha alguns tost tostões ões de bronz bronzee par paraa empurrar metal. metal. – Mas Ma s é um segr segredo edo muito valioso, como eu disse – Kliss prosseguiu. – Ao dizer para você, muito valioso, minha vida poderia... furiosa. Estúpidos É isso! isso!,, Vin pensou, furiosa. Estúpi dos jogos jogos da arist aristoc ocracia! racia! Vin queimou zinco e bronze, atingindo Kliss com um poderoso golpe de alomancia emocional. Abrandou emocional. todos os sentimentos da mulher, exceto medo, então agarrou esse medo e Abrandou todos puxão firme. deu um um puxão firme. – Diga! – Vin grunhiu. Kliss engasgou, cambaleando e quase caindo no chão. – Um a alom a lomââ nti nticc a! Nã Nãoo admira que Renoux tenha tenha trazi trazido do uma sob sobrinha rinha tão distante distante com ele admira que paraa Luthade par Luthadel! l! – Fa Fa le! – Vin exigiu, dando um pa passo sso para fr free nte. – É tar tarde de dem ais pa para ra aj udáudá-lo lo – Klis Klisss diss dissee . – Nunc Nuncaa vende venderia ria um segr segree do de desses sses se houvesse uma chance de ele se voltar contra mim! – Diga! – Ele será se rá assa assassi ssinado nado por a lom lomââ nti nticc os de Elarie Ela riell esta noite – Kli K liss ss sussurr sussurrou. ou. – Já deve de ve esta estar r m ort orto.. o.... deveria acont a contec ecer er assi assim m que se ret re tirass irassee da m esa do lorde. lorde. Mas, se quer vingança vingança,, devia devia olhar na direção de Lorde Straff Venture também. – O pai pa i de Elend? – Vin pe pe rguntou, surpresa. surpre sa. – É c lar laro, o, cria c riança nça tol tolaa – Kli K liss ss disse. – Nã Nãoo há na nada da que Lorde Ventur enturee de desej sej e m a is do que uma descul desculpa pa para par a dar o títu título lo de de su suaa casa c asa para pa ra o sobrin sobrinho. ho. Tudo Tudo o que Venture teve que faz f azer er foi retirar alguns de seus soldados do telhado próximo ao quarto de Elend para que os assassinos de Elariel entrem. E, já que o assassinato ocorrerá durante um dos encontrinhos filosóficos de Elend, Lorde Venture conseguirá conseguirá se livrar livrar de um Hasti Hasting ng e de um Lek Lekal al também tam bém!! Vin deu meia-volta. Tenho que fazer alguma coisa! – É c lar laroo – Klis Klisss disse com riso abaf a bafaa do, ergue e rguendo-se ndo-se –, Lorde Lor de Ventur enturee vai se surpr surpree e nder nder.. Ouvi dizer que Elend tem alguns... livros muito selecionados em seu poder. O jovem Venture deviaa ser m ais cuidados devi cuidadosoo com o que diz diz para su suas as m ul ulhere heres, s, crei cre io. Vin se voltou para uma sorridente Kliss. A mulher piscou para ela. – Mantere Manter e i sua sua alom anc ancia ia em e m segr segree do, crianç cr iançaa . Só Só se assegure a ssegure de m e entre e ntregar gar o pagam paga m e nto amanhã à tarde. Uma dama precisa comprar comida... como pode ver, preciso de bastante. Quanto à Casa Venture... eu manteria distância deles, se fosse você. Os assassinos de Shan vão criar um um belo alvoroço esta noite. Não me surpreenderia se metade da corte acabasse no quarto belo alvoroço do garoto para ver qual o motivo do tumulto. Quando a corte vir esses livros que Elend tem... bem , vam va m os apena a penass dizer dizer que os obrigadore obriga doress ficar fic arão ão m uit uitoo interessados intere ssados na Casa Ventur enturee por um tempo. Pena que Elend já estará morto... não vemos a execução de um nobre há muito tempo! O quarto de Elend , Vin pensou desesperadamente. É onde dev devem em e sta star! r! Deu meia-volta, erguendo a saia e se movendo freneticamente na direção do corredor que deixara momentos antes. – Onde está indo? – Kliss Kliss perguntou, per guntou, surpr surpree sa. – Tenho Te nho que impedir im pedir iss isso! o! – Vin V in falou. fa lou.
Kliss deu Kliss deu um a gargalhada. – Já lhe disse que é tar tarde de dem ais. Ve Ve nture é um umaa for fortaleza taleza anti a ntiga, ga, e a s passagens passa gens que leva levam m aos aposentos dos lordes são quase um labirinto. Se não souber o caminho, vai acabar perdida por horas. Vin olhou olhou a sua vol volta, ta, sentindo-se sentindo-se desesper de sesperada ada.. – Além A lém diss disso, o, cria c riança nça – Kli K liss ss acre ac resce scentou, ntou, prepar pre paraa ndo-se par paraa pa partir. rtir. – O gar garoto oto não a ca caba ba de desprezá-la? O que deve a ele? Vin se deteve. Ela está certa ce rta.. O que dev devoo a ele? ele ? A resp re spos osta ta veio im im ediatam ediatamente. ente. Eu Eu o amo. amo. Com esse pensamento, recuperou as forças. Começou a correr, apesar das gargalhadas de Kliss. Tinha que tentar. Entrou no corredor e chegou às passagens. Contudo, as palavras de Kliss se revelaram certas: os escuros corredores de pedra eram estreitos e sem adornos. Nunca encontraria o caminho a tempo. O telhado, pensou. telhado, pensou. O quarto quarto de Elend Ele nd deve dev e ter uma sacada. Preciso de uma janela! Saiu correndo pelo corredor, arrancando os sapatos e tirando as meias. Correu o mais que pôde com c om o vestido. Proc Pr ocura urava va fr frene eneti ticc am e nte por um umaa j a nela gra grande nde o bastante basta nte para pa ra passa passarr por ela. Disparou Disparou por um corr corredor edor m ais lar largo, go, vaz vaziio exceto exc eto pelas tochas tochas que brilhavam brilhavam . Umaa im ensa j anela circul Um c ircular ar,, cor de lavanda, estava estava do outro outro lado lado do aposento aposento.. a imensa porta de Bom o bast bastante ante,, Vin pensou. Avivando aço, atirou-se no ar, empurrando empurrando a ferro fe rro atrás a trás de si. si. Voou Voou por um m ome oment nto, o, então então empurrou com força contra o marco de ferro da empurrou com anela. Deteve-se no ar, empurrando empurrando ao mesmo tempo para frente e para trás. Esforçou-se, flutuando no corredor vazio, avivando o peltre para não ser esmagada. A janela circular era enorme, enorm e, m as era er a principalm principalmente ente com pos posta ta por vidro. vidro. Quão resistent resistentee pod poder eriia ser? Muito resistente. Vin grunhiu com a força que fazia. Ouviu um estalo atrás de si, e a porta começou a ceder nos batentes. Tem... que... ceder!, ceder! , ela pensou irada, avivando seu aço. Pedaços de pedra caíram ao redor da janel ja nela. a. Então, com um crack , a janela se soltou da parede de pedra. Despencou na noite escura, e Vin disparou disparou atrás a trás dela. As brumas frias a envolveram. Ela puxou Ela puxou levemente levemente a porta dentro do quarto, impedindo-se de ir longe demais, então empurrou empurrou com força a janela que caía. A enorme janela girou embaixo dela, agitando as brumas, enquanto Vin saía voando direto na direção do telhado. A janela se espatifou no chão bem quando Vin chegou à beira do telhado, seu vestido tremulando loucamente no vento. Aterrissou no telhado de bronze com um golpe, sem conseguir se agacha a gachar. r. Sentiu Sentiu o metal me tal frio sob sob seus pés pés e m ãos. O estanho avivado iluminou a noite. Não viu nada fora do normal. Queimou bronze, usando-o como Marsh a ensinara, em busca de sinais de alomancia. Não haviaa nada – os assass havi assassin inos os tin tinham ham um esfum esfumaç açador ador com c om eles. Não posso procurar procurar pelo pe lo edifíc edifíc io todo! todo!,, Vin pensou, desesperada, avivando seu bronze. Onde estão? Então, estranhamente, pensou ter sentido algo. Um pulso alomântico na noite. Fraco. Escondido. Escondi do. Mas Mas era e ra o bastante. Vin se levantou e saiu correndo pelo telhado, confiando em seus instintos. Enquanto corria, avivou peltre e agarrou o vestido perto do pescoço, arrancando o traje com um único puxão.
Pe gou a bolsa Pegou bolsa de m oedas e o fra f rasco sco de metais m etais de de um bol bolso so escondid escondido, o, e ent e ntão ão – ain a inda da corre c orrendo ndo – rasg ra sgou ou o vest vestid ido, o, as anáguas, e a m eia-c eia-calça, alça, j ogand ogandoo tudo tudo de lado. Seu Seu corpete c orpete e lu luvas vas foram na sequência. Por baixo, usava uma camisa fina, sem mangas, e calções brancos. Corria freneticamente. Nã freneticamente. Nãoo posso chegar pensou. Por favor. Não che gar tarde tarde,, pensou. Por Não posso. Figuras se moviam nas brumas adiante. Estavam perto de uma claraboia do telhado; Vin passara passa ra por vár várias ias outra outrass similar similares es enqua enquanto nto c orr orria. ia. Um a das figura figurass a pontou para pa ra a cla clara raboia, boia, em pu punh nhando ando uma arm a que bril brilhava em su suaa m ão. Vin grit gr itou, ou, empurrando -se para longe do telhado de bronze e traçando um arco ao saltar. empurrando-se Aterrissou bem no meio do grupo surpreso, então jogou sua bolsa de moedas, rasgando-a em duas. As moedas se espalharam no ar, refletindo a luz da janela abaixo. Enquanto a chuva cintil cint ilante ante de m etal caía ca ía ao redor r edor de Vin Vin,, ela empurrou empurrou.. Moedas dispararam como um enxame de insetos, cada uma deixando um rastro nas brum a s. As figura figurass gritar gritaraa m quando as m oeda oedass ac acee rta rtara ram m suas c ar arne nes, s, e vá vária riass das for form m as escuras caíram. empurradas de Várias, não. Algumas das moedas foram desviadas, empurradas de lado por invisíveis mãos alomânticas. Quatro pessoas permaneceram em pé: dois deles usavam capas de bruma; uma delas era familiar. Shan Elariel. Vin não precisava ver a capa para entender; era a única razão pela qual uma mulher tão importante quanto Shan estaria na cena de um assassinato como esse. Era uma ascida das Brum Brumas. as. – Você Você?? – Shan perguntou, surpresa. Usava calça e camisa negras, o cabelo escuro preso paraa trá par trás, s, a capa c apa de brum br umaa pare pa recc e ndo quase e lega legante. nte. pensou. Isso não é bom. Dois nascidos das brumas brumas,, Vin pensou. bom . Começou a correr, desviando, quando um dos assassin assassinos os brandiu seu seu bast ba stão ão de duelo contra ela. e la. Vin deslizou pelo telhado, então se puxou se puxou para para parar, para r, girando girando com uma um a m ão apoiada apoiada no frio bronze. Estende Estendeuu o bra braçç o e puxou puxou as poucas moedas que não tinham se perdido na noite, atraindo-as para sua mão. – Matem -na -na!! – Shan excla e xclam m ou. Os dois hom homee ns que Vin derr de rrubar ubaraa gem iam no telhado. Não Nã o estavam mortos – na verdade, um estava tentando ficar em pé. Brutamontes Brutamont es,, Vin pensou. Os outros dois são provavelmente Lançamoedas. Lançamoedas . Como se para provar que ela estava certa, um dos homens tentou empurrar o frasco de m etais de de Vin par paraa long onge. e. Feliz Felizm m ente, não havia metal m etal suficient suficientee no frasco fra sco para lh lhee dar uma boa âncora,, e ela o segurou com fa âncora facil cilid idade. ade. Shan volto voltouu sua sua atençã atençãoo para a clara claraboi boia. a. pensou,, avançando avanç ando na direção direç ão dela. Não,, não vai!, Não vai! , Vin pensou O Lançamoedas gritou quando ela se aproximou. Vin derrubou uma moeda e a atirou nele. empurrou – mas Vin se ancorou contra o telhado de bronze e, avivando aço, Ele, é claro, a empurrou empurrou cont empurrou contra ra el e le com c om força. forç a. O empurrão de aço do homem – transmitido da moeda para Vin e dela para o telhado – o empurrão de lançou no ar. Ele gritou, despencando na escuridão. Era só um brumoso, e não podia se puxar de volta vol ta para par a o telhado. O outro Lançamoedas tentou atingir Vin com moedas, mas ela as desviou com facilidade. Infelizmente, não era tão tolo quanto seu companheiro, e soltou as moedas logo depois de empurrá-la. empurrá -la. Contudo, era óbvio que não podia acertá-la. Por que continuava...
O outro Nascido das Brumas!, Brumas !, Vin pensou, rolando enquanto uma figura saltava na escuridão, facas de vidro cintilando no ar. Vin mal conseguiu desviar, avivando peltre para recuperar o equilíbrio. Ficou em pé ao lado do Brutamontes ferido, que tentava se levantar, debilitado. Avivando peltre de novo, Vin acertou o ombro om bro no peito peito do do homem home m , jogand j ogando-o o-o de lado. O homem cambaleou, desajeitado, ainda segurando a lateral do corpo, que sangrava. Então tropeçou e caiu sobre a claraboia. O fino vidro pintado se espatifou quando ele caiu, e os ouvidos de Vin, V in, ampli am plifica ficados dos pelo estanho, estanho, puderam pudera m ouvi ouvirr grit gr itos os de surpresa surpre sa vindos vindos de baix ba ixo, o, seguidos seguidos por por um gol golpe pe quando qua ndo o Brutam Brutam ont ontes es ati a tingi ngiuu o chão. chã o. Vin olhou para cima, sorrindo malevolamente para a atônita Shan. Atrás dela, o segundo ascido das Brumas – um homem – praguejava em voz baixa. – Você Voc ê ... você... você ... – Shan Shan balbuciou, ba lbuciou, os olhos olhos ardendo ar dendo perigosam pe rigosam e nte de fúr fúria ia na noit noitee . Aceite Ac eite o aviso, av iso, Elend , Vin pensou, e fuja. É hora de eu partir . Nãoo podia e nca Nã ncara rarr dois nasc nascidos idos da dass brum a s de um umaa vez – não c onseguia nem der derrota rotar r Kelsier na maioria das noites. Avivando aço, Vin se lançou para trás. Shan deu um passo adiante – par parec ecee ndo dete determ rm inada – empurrando -se atrás de Vin. O segundo Nascido das Brumas se empurrando-se untou unt ou a ela. e la. contra o beiral do telhado perto Maldição!,, Vin pensou, rodopiando no ar e se empurrando Maldição! empurrando contra de onde quebrara a janela circular. No chão, figuras corriam de um lado para o outro com suas lanternas iluminando as brumas. Provavelmente Lorde Venture pensava que a confusão significava que seu filho estava morto. Ficaria surpreso. Vin se lançou no ar mais uma vez, saltando no vazio cheio de brumas. Ouviu os dois nascidos das brumas aterrissando atrás dela, então se impulsionou de novo. Isso não é bom bom,, Vin pensou, nervosa, enquanto percorria as correntes de ar por entre as brum a s. Nã Nãoo ti tinha nha m ais m oeda oedas, s, nem ada adagas gas – e e nfr nfree ntava dois na nascidos scidos das brum a s bem treinados. Queimou ferro, procurando freneticamente por uma âncora na noite. Uma linha azul, movendo-se lentamente, apareceu à sua direita. puxou a Vin puxou Vin a linha, mudando sua trajetória. Lançou-se para baixo, a muralha da Fortaleza Venture apareceu como uma sombra escura sob ela. Sua âncora era a placa peitoral de um guarda desafortunado, que se agarrava loucamente a um dos dentes das ameias para não ser na direção direçã o de Vin. Vin. uxado na uxado Vin se chocou contra o homem com os pés, então girou no ar brumoso, rodopiando para aterrissar na pedra fria. O guarda caiu na pedra e gritou, agarrando desesperadamente a pedra enquantoo outra enquant outra força forç a al a lom omânti ântica ca o puxav puxavaa. Sinto muito, amigo, amigo, Vin pensou, chutando a mão do homem para soltá-lo da ameia. Ele im edi ediatam atament entee foi f oi lançado para cima cima,, como com o se puxado se puxado por por um pod poder eros osoo cabo. ca bo. O som de corpos colidindo soou na escuridão acima dela, e Vin viu um par de formas flácidas cair no pátio dos Venture. Ela sorriu e saiu correndo pela muralha. Espero que tenha sid sidoo Shan.. Shan Vin saltou, aterrissando em cima da guarita dos guardas. Perto da fortaleza, as pessoas se reuni re uniam am , subi subindo ndo em su suas as carrua ca rruagens gens para para fugi fugir. r. pensou. Não pensei E assim come com e ç a a guerra gue rra entre as casas, casas , Vin pensou. Não pense i que seria eu e u que a iniciaria iniciaria oficialmente. Uma figura despencou sobre ela, vinda das brumas acima. Vin gritou, avivando peltre e saltando de lado. Shan aterrissou com destreza – as tiras de sua capa de brumas ondulando –
sobre so bre a guarit guarita. a. Em pun punhava hava duas adagas, ada gas, e seus olhos olhos respl resplandec andeciam iam de raiva. r aiva. Vin saltou de lado, rolando para fora da guarita, e pousando na muralha abaixo. Dois guardas se alarmaram, surpresos em ver uma garota seminua cair entre eles. Shan saltou na m uralha atrás deles, então então empurrou empurrou,, atirando um dos guardas na direção de Vin. O homem gritou quando Vin empurrou suaa placa pei peittoral tam tam bém – mas m as ele era m ui uitto mais m ais empurrou su pesado, pesa do, e ela foi j ogada de costa costas. s. Pux o guar guarda da para par a dimi dim inui nuirr sua velocidade, velocidade, e ele se chocou Puxou ou o contra a parte superior da muralha. Vin aterrissou com agilidade ao lado dele, então agarrou o bastão, bastã o, que j á rola rolava va das da s mã m ã os do homem hom em . Shan atacou com um clarão de adagas giratórias, e Vin foi obrigada a saltar para trás novamente. Ela novamente. Vin pensou, pensou, ansio ansiosa. sa. Treinara pou pouco co com c om adaga adagas; s; agora, desej de sejava ava ter Ela é tão boa!, boa! , Vin pedido um pouco m a is de prá práti tica ca pa para ra Ke Kelsi lsier er.. Brandiu o bastã bastão, o, m as nunca usar usaraa um umaa ar arm ma dessas antes, e seu ataque a taque foi f oi risí risível. vel. Shan golpeou, Vin sentiu uma ardência de dor na bochecha enquanto se esquivava. Derrubou o bastão, surpresa, levando a mão ao rosto e sentindo sangue. Recuou, cambaleando, vendo o sorriso no rosto de Shan. Então Ent ão Vin se se lem brou do do frasco. fra sco. Aquele Aquele que ain a inda da car c arrega regava va – aquele que Kels Ke lsier ier lhe lhe dera. de ra. Atium. Nãoo se preoc Nã pr eocupou upou em ti tirá rá-lo -lo do lugar em que o coloca c olocara ra na c int intura ura.. Queim Que imou ou aço, aç o, puxando a cont c ontaa de ati atium. um. O fra frasco sco se estil estilhaçou haçou e a cont c ontaa disparou disparou na direção direçã o de Vin. El Elaa a pegou com a boca e a tra tr a gou no ato. Shan se deteve. Então, antes que Vin pudesse fazer qualquer coisa, engoliu algo de seu próprio própr io frasco. fra sco. É claro c laro que que ela e la te te m atium! Mas, quanto teria? Kelsier não dera muito para Vin – só o suficiente para uns trinta segundos. Shan pulou para frente, sorrindo, seu longo cabelo escuro ondulando no ar. Vin cerrou os dentes. dentes. Não Nã o tinha tinha m ui uita ta escolha. e scolha. Queimou atium. Imediatamente, a forma de Shan disparou dezenas de sombras fant fa ntasm asmagóricas agóricas de atium. atium. Era um impasse entre as Nascidas das Brum Brumas: as: a prim prim eira que ficass fica ssee sem atium ficaria vulnerável. Não se podia escapar de um oponente que sabia exatamente o que outro ia fazer. Vin cambaleou para trás, mantendo os olhos em Shan. A nobre avançou, suas formas fantasmagóricas faziam uma bolha insana de movimento transparente ao seu redor. Parecia calma. Segura. Ela tem ati atium um o basta bastante nte,, Vin pensou, sentindo seu próprio estoque se esgotar. Prec Preciso iso escapar . De repente, uma sombra de pedaço de madeira disparou em direção ao peito de Vin. Ela desviou desvi ou par paraa o lado bem quand quandoo a flecha verdade verdadeira ira – aparent apare ntem em ente feit fe itaa sem pon ponta ta de metal m etal – passou pelo a r onde e stava par paraa da a ntes. Olhou na dire direçç ão da guar guarit ita, a, onde vá vários rios sol solda dados dos erguiam seus arcos. Praguej Pr aguej ou, olh olhando ando de relance re lance para pa ra as brumas. brum as. Ao faz fa zer iss sso, o, noto notouu um so sorriso rriso em Shan. Ela só está e sperando que me meuu ati atium um acabe acabe.. Que Querr que e u c orra – sabe que pode me alcançar . Havia só um um a alt a lter ernati nativa: va: atacar. ataca r. Shan franziu o cenho, surpresa, quando Vin avançou, flechas fantasmas acertaram as pedraa s um pouco a ntes de suas c ongêne pedr ongênere ress ver verdade dadeira irass che chegar garee m . Vin desviou-se e ntre duas flechas – sua mente amplificada pelo atium sabendo exatamente como se mover –, passando tão
perto per to que pôde sentir os proj é teis no ar e m c a da lado la do de seu se u corpo. cor po. Shan brandiu as adagas, e Vin se virou de lado, desviando de um golpe e bloqueando o outro com o antebraço, sentindo um corte profundo. Seu sangue jorrou no ar quando ela girou – cada gota desprendendo uma imagem transparente de atium –, avivou seu peltre e acertou Shan bem no estômago. Shan grunhiu de dor, dobrou levemente o corpo, mas não caiu. O atium está quase acabando, acabando , Vin pensou, desesperada. Só sobram alguns segundos. se gundos. Então, apagou seu atium, expondo-se. Shan sorriu com malícia, erguendo-se, empunhando a adaga com confiança na mão direita. Presum Pr esumiira que Vin estava estava sem ati atium um – e, portanto, portanto, presumira que estava exposta. exposta. Vulnerá Vulnerável. vel. Nesse Ne sse m om omee nto, Vin queim ou o últim últimoo resto re sto de ati a tium um.. Sha Shann se deteve de teve bre brevem vem e nte, confusa c onfusa,, dando a Vin um um a oportuni oportunidade dade quando uma flecha fa fant ntasm asmaa pass pa ssou ou pelas pelas brumas brum as sobre sobre elas. Vin pegou a flecha verdadeira que veio em seguida – a madeira granulosa queimando seus dedos – e a cravou no peito de Shan. A vareta se quebrou nas mãos de Vin, deixando aproximadamente uns três centímetros no corpo de Shan. A mulher cambaleou para trás, perm per m a nec necendo endo em e m pé. Malditoo peltre, Maldit peltre , Vin pensou, desembainhando a espada do soldado inconsciente que tinha a seus pés. Saltou para frente, rangendo os dentes com determinação, e Shan – ainda aturdida – levant evantou ou um um a m ão para empurrar a a espada. Vin soltou a arma – era apenas uma distração – enquanto cravava a outra metade da flecha quebrada no peito peito de Shan, Shan, bem ao lado da primeira. prime ira. Desta vez, Shan caiu. Tentou se levantar, mas um dos pedaços de flecha devia ter causado um dano sério ao coração, pois seu rosto empalideceu. Lutou por um momento, então caiu sem vida nas pedras. Vin ficou parada, respirando profundamente enquanto limpava o sangue da bochecha – só paraa per par percc e ber que seu bra braçç o e nsangue nsanguentado ntado só e stava deixa deixando ndo o rosto pior. Atrá Atráss dela dela,, os soldados gritavam, disparando mais flechas. Vin olhou para trás, na direção da fortaleza, despedindo-se de Elend, e então se empurrou na empurrou na noite.
Outros homens se preocupam se serão ou não lembrados. Não tenho tais temores; mesmo desconsiderando as profecias de Terris, tenho trazido tanto caos, conflito e esperança para este mundo que há poucas chances de eu ser esquecido. Preocupa-m Preoc upa-mee o que dirã dirãoo de mim. Historiadores Historiadores podem pode m fazer o que quiserem c om o passado passado.. Daqui a mil anos, sere sereii rec recordado ordado c omo o home homem m que prot protee geu a humanidade de um mal oderoso?? Ou serei oderoso se rei lembrado como o tirano tirano que arrogant arrogantem emente ente tento tentouu se conv converter erter em e m lenda?
– Não Nã o sei – Kelsi Ke lsier er diss dissee , sorrindo, sorr indo, enquanto enqua nto dava de om bros. – Brisa daria da ria um bom Min Minist istro ro do Sanea Saneam m ento ento.. O grupo gargalhou, embora Brisa simplesmente revirasse os olhos. – Honestam H onestam e nte, não sei por que sem pre sou o a lvo das da s piadas piada s de você vocês. s. Por P or que pre precc isam escolher escolh er a úni única ca pess pessoa oa digna digna desta gangue como c omo obje objeto to de de zomba ombaria? ria? – P orque orque,, m e u ca caro ro – Ha Ham m diss dissee , im imit itando ando o j eito de Bris Brisaa fa falar lar –, você é , de longe, o melhor “objeto” que temos. – Ah, por fa favor vor – Brisa disse, enquanto e nquanto Fantasm a quase c a ía no chã chãoo de tanto rir. rir . – Isso I sso está esse c ficando infantil. O adolescente é o único que achou esse come oment ntário ário engraç engraçado, ado, Hamm Ham m on ond. d. – Sou Sou um sold soldaa do – Ham Ha m dis disse, se, ergue e rguendo ndo a taç taçaa . – Se Se us engenhosos enge nhosos ataques ataque s verbais ver bais não nã o têm nenhum efeito sobre mim, pois sou muito estúpido para entendê-los. Kelsier gargalhou, com as costas apoiadas no armário. O problema de trabalhar à noite era que perdia as reuniões noturnas na cozinha de Trevo. Brisa e Ham continuavam com suas brincaa deir brinc deiras as habituais. Dox e stava senta sentado do na ponta da m e sa, olhando li livrosvros-cc aixa e re relatórios, latórios, enquanto Fantasma estava perto de Ham, ansioso, tentando fazer o melhor possível para parti par ticc ipar da c onver onversa. sa. Tre Trevo vo estava e stava senta sentado do em e m seu ca canto, nto, supervisi super visionando, onando, sorr sorrindo indo de vez em em quando, e em geral desfrutando de sua capacidade de fazer as melhores caretas da sala.
– Eu devia ir e m bora bora,, Mestre Ke Kelsi lsier er – Sazed dis disse, se, olhando par paraa o re relógi lógioo da par paree de. – A senhora senho ra Vin deve deve estar pronta pronta para parti partir. r. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Eu tam bém pre preciso ciso ir. Ainda tenho te nho que... A porta dos fundos fundos da coz c ozin inha ha se abriu de repent re pente. e. A si silh lhueta ueta de Vin aparece apare ceuu recortada re cortada nas brum a s escur e scuras, as, ve vesti stindo ndo nada na da m a is do que roupa roupass íntim íntim a s – um umaa ca cam m isa fina bra branca nca e c alç alções. ões. Ambos estavam manchados de sangue. – Vin! – Ham Ha m exc exclam lam ou, levantandoleva ntando-se. se. A bochecha dela tinha um corte longo e fino, e tinha amarrado uma bandagem no antebraço. – Estou be be m – ela e la disse, cansa c ansada. da. – O que a c ontec ontecee u com seu vesti ve stido? do? – Dock Doc kson im im e diatam e nte quis sa sa ber ber.. – Que Querr diz dizee r iss isso? o? – Vin per perguntou, guntou, de desculpandosculpando-se, se, segur segurando ando um e m ar araa nhado de tec tecido ido azul manchado de fuligem e rasgado. – Eu... o peguei no caminho. Desculpe, Dox. – P e lo Senhor Sober oberano, ano, gar garota! ota! – Bris Brisaa dis disse. se. – Esqueç Esqueçaa o vestido. O que a conte contecc eu c om você?? você Vin balançou a cabeça, fechando a porta. Fantasma corou violentamente vendo-a como estava, e Sazed se dirigiu até ela no mesmo instante, examinando o corte em seu rosto. – Acho Ac ho que fiz f iz a lgo erra er rado do – Vin disse. disse. – Eu... me m e io que mate m ateii Shan Shan Elar E lariel. iel. – Você fe fezz o quê? quê ? – Kelsier perguntou enquanto Sazed estalava a língua em desaprovação, deixando deix ando o corte m enor, na bochecha, de lado para desfaz de sfazer er a bandagem do bra braço. ço. Vin est estre rem m ec eceu eu de leve com c om as insp inspeç eções ões de Saz Sazed. ed. – Ela era e ra um umaa Na Nascida scida das Brum a s. Nós lutam lutam os. Eu venci. venc i. Você matou uma Nascida das Brumas completamente treinada? , Kelsier pensou, surpreso. al está pratic pratic ando há oito meses! mese s! – Mestre Ha Ham m m ond – Sa Sa ze d pediu –, poderia poder ia buscar busc ar m inha bolsa de cur curaa ndeir ndeiro? o? Ham assentiu, levantando-se. – P oder oderia ia tra trazze r a lgo par paraa e la vestir tam bém – Ke Kelsi lsier er suger sugeriu. iu. – Ac Acho ho que o pobre Fantasma está prestes prestes a ter um ataque do coração. coraç ão. – O que e stá err e rrado ado com c om iss isso? o? – Vin perguntou, per guntou, apontando com c om a ca cabeç beçaa para pa ra suas roupas. r oupas. – ão é m ui uito to m ais revelador do que que outra outrass roupas roupas de ladra que j á usei. – Sã Sã o roupas roupa s de baixo, ba ixo, Vin – Doc Dockkson explicou. – E? – É o princípio pr incípio da questão que stão – Dock Doc kson disse. disse. – Jovens dam da m a s não corr c orree m por aí a í em roupa roupass de baixo, não nã o importa im porta o quanto essas e ssas roupas roupa s possam possam par parec ecer er roupa roupass norm ais. Vin deu deu de om ombros bros,, sentando-se sentando-se enquanto enquanto Saz Sazed ed tira tirava va a bandagem de seu braço. bra ço. Par P arec ecia.. ia.... exausta. E não só por causa da luta. O que mais teria acontecido na festa? – Onde lut lutou ou com a m ulher Elar Elariel? iel? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. – Do lado de for foraa da Forta ortalez lezaa Ventur enturee – Vin diss dissee , aba abaixando ixando o olhar olhar.. – Eu... a c ho que alguns algu ns guardas guardas m e vi viram ram . Alguns Alguns dos nob nobre ress devem ter vi vist stoo também tam bém,, não tenho certez cer teza. a. – Isso vai tra trazzer proble problem m as – Doc Dockkson diss dissee , suspi suspira rando. ndo. – É c lar laro, o, e sse fe ferim rimee nto na bochecc ha vai ser bastante óbvio, m e sm boche smoo com m a quiage quiagem m . Since incera ram m ente ente,, você vocês, s, a lom lomââ nti nticc os... em m esmo se se preocupam preocupam em e m como vão parece parecerr no di dia seguinte a um umaa dessas de ssas lutas? lutas? seguinte a – Eu estava esta va m e io que conce c oncentra ntrada da em e m per perm m a nec necer er viva, Dox – Vin disse disse . – Ele só está e stá rec r eclam lam a ndo porque por que está pre preocupa ocupado do com c om você – Kelsier K elsier diss disse, e, e nquanto Ham H am voltava com a bolsa. – É o que ele faz. – Os O s dois fe f e rim rimentos entos re r e quer queree m pontos ime im e diatam e nte, senhor senhoraa – Sazed diss disse. e. – O do bra br a ço
chegou ao osso, creio. Vin assentiu, e Sazed esfregou o braço dela com um unguento anestésico antes de começar a trabalhar. Ela suportou sem muito desconforto visível – embora, obviamente, tivesse avivado seu peltre. Parecee tão esgotada Parec esgotada,, Kelsier pensou. Era uma coisinha de aparência tão frágil, na sua maioria só braços e pernas. Hammond colocou uma capa ao redor de seus ombros, mas ela paree c ia cansa par c ansada da dem de m a is pa para ra se importa im portar. r. E eu e u a leve lev e i a isso isso.. É claro, ela sabia muito bem que não precisava se meter nesse tipo de encrenca. Depois de um tem po, Saz azed ed term inou su suaa eficient e ficientee cos c osttura, e am a m arr arrou ou um um a bandagem nov novaa ao a o redor de seu braçç o. Ia a gora par bra paraa a bochec boc hecha. ha. – Por P or que lut lutar ar com um umaa Na Nascida scida das Brum Brumas? as? – Kelsi Ke lsiee r pe perguntou, rguntou, severo. seve ro. – Tinha que ter fugido. Não aprendeu nada com sua batalha contra os Inquisidores? – Nã Nãoo ti tinha nha c om omoo fugir sem dar a s c ostas par paraa e la – Vin contou. – Além diss disso, o, ela ti tinha nha mais atium do que eu. Se eu não atacasse, ela teria me alcançado. Tive que golpear enquanto estávamos estávam os em condi condições ções ig iguais uais.. – Mas com c omoo se m e teu nisso, nisso, antes ante s de m a is nada? nada ? – Kelsi Ke lsiee r exigi e xigiuu saber. sabe r. – Ela a a tac tacou? ou? Vin olhou olhou para seus pés. – Eu ataquei ata quei prim e iro. – Por P or quê? quê ? – Kelsi Ke lsiee r perguntou. pe rguntou. Vin ficou ficou em si silênci lêncioo por um m om omento ento,, enquanto enquanto Saz Sazed ed trabalhava em e m su suaa bochecha. – Ela ia m ata atarr Elend Ele nd – disse, disse, finalm f inalmee nte. Kelsier Kelsi er bufou de exasp exa sper eraç ação. ão. – Elend Ele nd Ve Ve nture nture?? Voc Vocêê ar arriscou riscou sua vida... arr a rriscou iscou o plano e nossas vidas... por e sse gar garoto oto tolo? Vin olh olhou ou para ele, encar e ncarando-o. ando-o. – Sim Sim.. – O que há de er erra rado do com você você,, garota? gar ota? – Kelsi Ke lsier er per perguntou. guntou. – Elend Venture Ve nture nã nãoo vale iss isso. o. Elaa ficou El f icou em pé, zangada. zangada. Sazed Sazed recuou re cuou e a ca capa pa caiu c aiu no no chão. – Ele é um bom hom homem em ! – Ele é um nobre nobre!! – Assim – – Vin exclamou. Acenou, frustrada, em direção à cozinha e à gangue. Assim como você v ocês! s! – – O que a c ha que isso é, Kelsier? A vida de um skaa? O que qualquer um de vocês sabe sobre os isso é, skaa? Roupas aristocráticas, perseguições noturnas, refeições completas e drinques ao redor da m esa com c om os amig am igos os?? Ess Essaa não nã o é a vi vida da de um sk skaa aa!! Deu um pass passoo adiante, adiante, encar e ncarando ando Kelsi Kelsier er.. Ele Ele pest pe stanej anej ou, surpreso surpreso com a expl e xplos osão ão dela. – O que sabe sobre ele eles, s, Kelsi Ke lsiee r? – ela per perguntou. guntou. – Quando foi f oi a últim últim a vez que dorm dor m iu em um beco, tremendo embaixo da chuva fria, ouvindo o mendigo perto de você tossir com uma doença que sabe que vai matá-lo? Quando foi a última vez que ficou acordado à noite, aterrorizado porque um dos homens de sua gangue poderia tentar estuprá-lo? Já se ajoelhou alguma alg uma vez vez,, morrendo m orrendo de de fome fome,, desejand deseja ndoo ter coragem de esfaqu e sfaquear ear o int integrant egrantee da gangue gangue ao seu lado lado só par paraa tomar toma r o pedaço pedaç o de pão dele? Já se acovardou a covardou diante diante do seu irm irm ão enqu e nquanto anto ele ele o espancava, espanca va, agradece agra decendo ndo to todo do o tem tempo po porque porque alguém alguém pelo menos me nos prestava prestava atenção ate nção em e m você v ocê ? Ficou em si silêncio lêncio,, arfando arf ando de leve, os m em bros da da gangu ga nguee a enca encara rando ndo.. – Nã Nãoo m e fa fale le dos nobre nobr e s – Vin diss dissee . – E nã nãoo fa fale le c oisas sobre pessoa pessoass que não conhe conhecc e. Vocêss não são skaa Você skaa... ... são apenas ape nas nobres sem tí títu tulos los.. Deu meia-volta, saindo do aposento. Kelsier a observou partir, surpreso, ouvindo os passos
dela na escada. Ficou parado, estupefato, sentindo um arrebatar surpreendente de culpa e vergonha. E, pela primeira prime ira vez, encontrou-se encontrou-se sem ter o que di dizzer er.. Vin não foi para seu quarto. Subiu até o telhado, onde as brumas se revolviam silenciosamente, na noite sem luzes. Sentou-se em um canto, sentindo a borda de pedra do telhado tel hado plano plano e a m adeira cont contra ra su suas as cos c ostas tas quase quase nuas. Estava com frio, mas não se importava. Seu braço doía um pouco, mas estava quase entorpecido. Era ela que não se sentia entorpecida o suficiente. Cruzou os braços, encolhendo-se e observando as brumas. Não sabia o que pensar, muito menos o que sentir. Não devia ter explodido com Kelsier, mas tudo o que acontecera... a luta, a traição de Elend... Elend... a faz f azia ia se se sentir sentir frus fr ustrada. trada. Prec Pr ecis isava ava ficar f icar brava bra va com alguém alguém.. Devv ia e star brava c onsi De onsigo go me mesma sma,, a voz de Reen sussurrou. Você que os deixou se aproximar. Agora, todos vão abandoná-la. Nãoo podia fa Nã fazzer a dor par paraa r. Só podia fic ficar ar senta sentada da e e strem ec ecee r e nquanto a s lágr lágrim imaa s caíam, perguntando-se como tudo desmoronara tão rapidamente. O alçapão alça pão do tel telhado hado se se abri a briuu com um rangi r angido do baixo baixo,, e a cabeç c abeçaa de Kels Ke lsier ier aparec apar eceu. eu. Ah, Se Senhor nhor Soberano! Nã Nãoo quero e ncaráncará-lo lo agora. agora. Tentou secar as lágrimas, mas só consegui cons eguiuu agravar o machucado m achucado recém rec ém -cost -costurado urado em su suaa bo bochecha. checha. Kelsier fechou o alçapão atrás de si, então ficou parado, alto e orgulhoso, encarando as brum a s. s. Ele Ele não merec me recee as coisas que eu e u disse. disse. Nenhum deles de les merec me recee . – Observar Obser var as brum br umaa s é re r e c onfor onfortante, tante, não nã o é? – Kelsier per perguntou. guntou. Vin assentiu. – O que e u lhe disse disse um umaa vez? As brum a s lhe lhe prote protegem gem , lhe dão dã o poder... poder ... lhe esconde e scondem m ... Olhou Olh ou para para baix baixo, o, então então se aproxi a proxim m ou e se agachou aga chou atrás dela, segurando segurando uma ca capa. pa. – Há a lgum lgumas as coisas c oisas das quais qua is nã nã o é possível se esconde e sconder, r, Vin. V in. Eu sei... eu tentei. tente i. Elaa ace El a ceit itou ou a capa, c apa, e a enrol e nrolou ou nos nos ombros. – O que a c ontec ontecee u esta noite? – ele perguntou. pe rguntou. – O que realmente acont contec eceu? eu? realmente a – Elend m e disse que nã nãoo queria quer ia m a is estar com c omigo. igo. – Ah – Kelsi Ke lsier er diss dissee , sentando-se sentando- se ao a o lado dela. de la. – Isso I sso foi antes ou depois de pois de você voc ê m a tar a exnoiva dele? – Antes – Vin contou. c ontou. – E ainda a inda assi a ssim m o protegeu? protege u? Vin assentiu, assentiu, fungando em e m si silêncio. lêncio. – Eu sei. Sou Sou uma um a idi idiota. ota. – Não Nã o m a is que o re resto sto de nós – Ke Kelsi lsiee r dis disse, se, com um suspi suspiro. ro. Olhou para pa ra as brum as. – Eu tam bém am ava Mare, Mare , mesmo m esmo depois depois que que ela me m e traiu raiu.. Nada pode pode m ud udar ar o que que eu e u sent sentiia. Acho ho que – E é por isso que dói ta ta nto – Vin Vin disse, disse, lem le m bra brando-se ndo-se do que Ke K e lsi lsiee r dissera disser a antes. a ntes. Ac inalmente in almente entendo e ntendo.. – Nã Nãoo se deixa de a m ar a lguém simple simplesm smente ente porque essa pessoa te m a chuc chucou ou – e le comento com entou. u. – Certam Certam ente tornaria tornaria as coisas coisas mais m ais fáceis fác eis se se isso isso acont ac ontec ecesse. esse. Ela começou a fungar novamente, e ele colocou um braço paternal ao redor dela. Ela se aproxim aproxi m ou, tent tentando ando usar usar o calo ca lorr dele para par a afa a fast star ar a dor. – Eu o am ava ava,, Kelsi Ke lsiee r – ela e la sussurrou. – Elend? Eu sei. – Nã Não, o, não Elend – Vin diss dissee . – Ree Reen. n. Ele m e batia, um umaa vez, e outra outra,, e outra outra.. Ele m e
xingava, gritava comigo, dizia que me trairia. Todo dia eu pensava no quanto eu o odiava. E eu o am ava. Ainda am o. Dói tant tantoo pensar pensar que ele se foi, mesmo me smo que sem pre dissess dissessee que parti pa rtiria. ria. – Ah, cria c rianç nçaa – Ke K e lsi lsier er diss dissee , abra abr a ça çando-a ndo-a.. – Sint Sintoo muit m uito. o. – Todo m undo m e de deixa ixa – e la m urm urou. – Mal c onsi onsigo go m e lem bra brarr da m inha m ã e. Ela tentou tent ou me m atar, sabe. Ouvia Ouvia vozes vozes em su suaa cabeç c abeça, a, e as a s voz vozes es a fizer fizeram am m atar m in inha ha irmãz irm ãziinha. Provavelm Provavel m ent entee ia m e m atar na seq sequênci uência, a, m as Reen Reen a det deteve. eve. De qu qualq alquer uer j eit eito, o, ela ela m e dei deixo xou. u. Depois disso, me apeguei a Reen. Ele partiu também. Amo Elend, mas ele não me quer mais. – Olhou para Kelsier. – Quando você vai partir? Quando vai me deixar? Kelsier Kelsi er pare parece ceuu ent e ntris ristecid tecido. o. – Eu... Vin, não sei. se i. Esse Esse tra trabalho, balho, esse e sse plano... Ela o olhou nos olhos, buscando os segredos por trás deles. O que está escondendo de mim, Kelsiee r? Algo tão perigoso assi Kelsi assim? m? Secou os olhos de novo, afastando-se dele, sentindo-se uma tola. Ele abaixou os olhos, balançando a cabeça. – Olhe, agora a gora você de deixou ixou sangue sangue sobre todo o meu me u belo, sujo suj o e fa f a lso tra trajj e de inform inf orm a nte. Vin sorriu. – Pe P e lo me m e nos, em pa parte rte,, é sangue sa ngue nobre. nobr e. Mandei Ma ndei bem be m c om Shan. Kelsier gargalhou. – Prova P rovavelm velmee nte está e stá cer c erta ta sobre m im im,, sabe. sabe . Não Nã o dou muit m uitaa c hanc hancee par paraa a nobre nobr e za , não é? é? Vin corou. – Ke Kelsi lsier er,, e u não de devia via ter dit ditoo aque aquelas las coisa coisas. s. Você ocêss são boas pessoa pessoas, s, e esse seu plano... bem , eu perc pe rcee bo o que está e stá tentando tenta ndo faz fa ze r pelos pe los sk ska a . – Nã Não, o, Vin – Ke Kelsi lsiee r fa falou, lou, nega negando ndo c om a ca cabeç beçaa . – O que diss dissee é ver verdade dade.. Nã Nãoo som somos os skaa sk aa de verdade verdade.. – Mas isso é bom – Vin com c omee ntou. – Se Se fosse fossem m sk skaa a c om omuns, uns, não ter teriam iam a e xper xperiênc iência ia ou a coragem de planej planej ar al a lgo assi assim m. – Eles podem nã nãoo ter expe experiê riência ncia – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – Mas têm cor coraa gem . Nosso e xér xércc it itoo perde per deu, u, é ve verda rdade de,, m a s e steve dis disposto posto – c om tre treinam inam e nto m íni ínim m o – a enf enfre rentar ntar um umaa for força ça superior. Não, os skaa não têm falta de coragem. Só de oportunidade. – Então é sua posi posiçç ã o, m eio sk skaa a, m e io nobre nobr e , que lhe lhe dá a oportunidade, Kelsier. E você escolheu usar essa oportunidade para ajudar sua metade skaa. Isso o faz digno de ser um skaa, se nada m ais fiz fizer er.. Kels Ke lsier ier sorriu. – Digno de ser um sk skaa a. Gostei de com o soa. De qualque qualquerr for form m a , talvez eu e u pre precc ise pa passar ssar um pouco menos de tempo me preocupando com quais nobres matar e um pouco mais me preoc pre ocupando upando com c om quais cam c am ponese ponesess aj udar udar.. Vin assenti assentiu, u, puxando puxando a capa c apa de encont e ncontro ro ao a o corpo, enquanto enquanto encara enca rava va as a s brumas. bruma s. Elas Elas nos rotegem... nos dão poder... nos escondem... Nãoo sentia que pre Nã precc isava se esc esconder onder há m uit uitoo tem po. Mas a gora gora,, depois das coisa coisass que dissera lá embaixo, quase desejava poder sumir como um punhado de bruma. Tenho que contar para ele. Pode significar o sucesso ou o fracasso do plano . Respirou profundam prof undam e nte. – A Casa Ve Venture nture tem um umaa fr fraa queza, Kelsi Ke lsiee r. Elee se ani El a nim m ou. – Tem Te m ? Vin assentiu. – Atium. Eles E les assegura a sseguram m que o m eta etall seja sej a coletado c oletado e entr entree gue... é a fonte da riquez r iquezaa deles. de les.
Kelsier se deteve por um m ome Kelsier oment nto. o. – É c lar laro! o! É com o conse conseguem guem pa pagar gar os im imposto postos, s, é por iss issoo que são tão poder poderosos... osos... Ele que alg a lguém uém cuid cuidee dess dessas as coi c oisas sas para ele... recisa que recisa – Kelsi Ke lsiee r? – Vin pe perguntou. rguntou. Ele olhou para ela. – Não... Nã o... faç fa ç a nada na da a m e nos que sej se j a nec ne c e ssár ssário, io, tudo tudo bem ? Kelsier franziu o cenho. – Eu... não sei se posso prom ete eterr a lgum lgumaa c oisa, Vin. Tenta entare reii e ncontra ncontrarr outro j e it ito, o, m as comoo as coisas com coisas estão estão agora, agora , Venture Venture tem que cair. ca ir. – Eu entendo. ente ndo. – Estou contente que tenha m e contado, c ontado, no entanto. enta nto. Ela assentiu. E, assentiu. E, agora, eu o traí também . Havia uma um a paz paz,, no entanto entanto,, em saber que não fizera fizera isso por despeito. Kelsier tinha razão: a Casa Venture era um poder que precisava ser derrubado. Estranhamente, sua menção à casa pareceu incomodar mais a Kelsier do que a ela. Ele ficou sentado, sent ado, encarando encar ando as brum brumas, as, estra estranham nhamente ente melancóli m elancólico. co. Come Começou çou a coçar c oçar o braço, absorto. absorto. pensou. Não é na Casa As cicatri cic atrizes zes,, Vin pensou. Não Casa Venture que e stá pe pensando nsando – é nas Minas. Ne Ne la la.. – Kelsi Ke lsiee r? – ela o cham c ham ou. – Sim Sim?? – os olhos olhos dele ainda a inda pare pa recc iam um pouco... ausentes a usentes enquanto e nquanto observava obser vava a s bruma brum a s. – Não Nã o acho a cho que Mar Maree o traiu. tr aiu. Ele sorriu sorr iu.. – Fico Fico fe f e li lizz que pense pe nse assi a ssim m. – Nã Não, o, re reaa lm lmente ente quer queroo diz dizee r iss isso. o. – Vin fa falou. lou. – Os Inquisido Inquisidore ress esta estavam vam e sper sperando ando por vocês quando chega chegara ram m ao centro c entro do palácio, certo? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Estavam Estava m e sper speraa ndo por nós tam bém . Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Você e eu lut lutam am os c om alguns guar guardas, das, fiz fizem em os ba barulho. rulho. Qua Quando ndo Mar Maree e eu e ntra ntram m os, estávamos em silêncio. Planejamos por um ano... fomos sigilosos, silenciosos e muito cuidadosos. Algu Al guém ém arm ou um um a arm a rmadi adillha para nó nós. s. – Mar Maree e ra um umaa a lom lomââ nti nticc a, ce certo? rto? – Vin pe perguntou. rguntou. – Eles podem ter sentido você vocêss chegarem. Kelsiier nego Kels negouu com a cabeça c abeça.. – Tínham T ínham os um e sfum aç açaa dor c onosco. Redd er eraa o nom nomee dele dele... ... os Inquisido Inquisidore ress o m a tar taram am no ato. Eu me questionei se ele era o traidor, mas não se encaixa. Redd nem sabia sobre a infiltração até aquela noite, quando fomos buscá-lo. Só Mare sabia o bastante – datas, horários, objetivo obj etivoss – para nos tra trair. ir. Além di diss sso, o, há o com c omentár entário io do Senhor Senhor Sobera oberano. no. Você Você não o viu, Vin. Vin. Sorrindo enquanto agradecia a Mare. Havia... honestidade nos olhos dele. Dizem que o Senhor Soberano não m ente. Por que precis prec isar aria? ia? Vin ficou ficou em si silênci lêncioo por um m om omento ento,, considera considerando ndo o que que ele e le diss disser era. a. – Ke Kelsi lsier er – fa falou, lou, lentam e nte –, a cho que os Inquisid Inquisidore oress podem sentir nossa alom anc ancia ia mesmo quando estamos queimando cobre. – Im possí possível. vel. – Fiz iss issoo e ssa noit noitee . P e rf rfure ureii a nuvem de cobr cobree de Sha hann par paraa loca locali lizzáá-la, la, j unto com os outros out ros assassinos assassinos.. Foi Foi como com o cheguei che guei até Elend a tem tempo. po. Kelsier franziu o cenho. – Deve De ve esta estarr engana e nganada. da. – Ac A c ontec ontecee u antes, a ntes, tam ta m bém – Vin V in contou. c ontou. – P osso sentir o toque do Senhor Sober oberano ano sobre
minhas emoções mesmo quando estou queimando cobre. E juro que quando estava me escondendo daquele Inquisidor que estava me caçando, ele me encontrou quando não devia ter sido capaz. Kelsier, e se for possível? E se se esconder, esfumaçando esfumaçando,, não for apenas questão de seu cobre estar ou não aceso? ac eso? E se depender do quão quão fort f ortee você é? é? Kels Ke lsier ier ficou pensati pe nsativo. vo. – Pode P ode ser se r possível, suponho. suponho. – Então Mar Maree não ter teria ia tra traído ído você! voc ê! – Vin dis disse, se, ansiosa. – Inquisido Inquisidore ress são e xtre xtrem m am e nte poderosos. poder osos. Aqueles Aque les que e stava stavam m e sper speraa ndo por você vocês, s, talvez tivessem sentido você voc ê s queim que imando ando metais! Sabiam que um alomântico estava tentando se esgueirar pelo palácio. Então, o Senhor Soberano agradeceu a ela porque foi ela quem os deixou evidentes! Ela era a alomântica, queimando estanho, que os levou até vocês. O rosto de Kelsier adquiriu uma expressão preocupada. Virou-se, sentando-se bem de frente para el e la. – Fa Fa ça iss isso, o, então. entã o. Diga que m e tal estou queima queim a ndo. Vin fechou os olhos, avivando o bronze, ouvindo... sentindo, como Marsh lhe ensinara. Lembrou-se de seus treinamentos solitários, do tempo que passara se concentrando nas ondas que Brisa, Ham ou Fantasma emitiam para ela. Tentou detectar o ritmo difuso da alomancia. Tentou... Por um instante, pensou ter sentido algo. Algo muito estranho – um pulso lento, como um tambor distante, diferente de qualquer ritmo alomântico que sentira antes. Mas não vinha de Kelsier. Era distante... longe. Concentrou-se mais, tentando descobrir de que direção vinha. Mas, de repente, ao se concentrar mais, outra coisa chamou sua atenção. Um ritmo mais familiar, vindo de Kelsier. Era fraco, difícil de sentir acima das batidas de seu próprio coração. Era uma bati batida da ousada, ousada, rápid r ápida. a. Abriu Abr iu os olhos. olhos. – Pe P e lt ltre re!! Está queim que imando ando pelt pe ltre re.. Kelsier pestanejou, surpreso. – Im possí possível! vel! – murm m urm urou. – De novo! Ela fec f echou hou os olhos olhos.. – Estanho – disse, disse, depois de pois de um inst instante ante.. – Agora, Agor a, aç a ç o; você m udou enquanto enqua nto eu falava fa lava.. – Maldição! Maldiçã o! – Eu esta estava va c e rta – Vin dis disse, se, a nsi nsiosa. osa. – É possí possível vel sentir pulsos alomânticos através do cobre! São baixos, baixos, mas ma s acho que você tem que se concent conce ntra rarr o bastante bastante para... para ... – Vin – Ke Kelsi lsiee r a int inter errom rom pe peuu –, não a cha que a lom lomââ nti nticc os tentar te ntaraa m iss issoo ante antes? s? Não Nã o ac acha ha que depois de mil anos, alguém teria notado que se pode perfurar uma nuvem de cobre? Eu tentei. ei. Eu me conce concent ntrei rei por horas em m eu m est estre re,, tentando tentando senti sentirr alg a lgoo através atravé s da nuvem nuvem mesmo tent mesmo de cobre dele. – Mas... – Vin falou. fa lou. – Ma Ma s por que...? que ...? – De Dever ver ter re relaç laçãã o c om a for força ça,, c om omoo você diss dissee . Inquisido Inquisidore ress podem empurrar e puxar com mais força do que qualquer Nascido das Brumas comum... talvez sejam tão fortes que podem super superar ar o meta m etall de outra pessoa pessoa.. – Mas, Kelsi Ke lsier er – ela dis disse se em e m voz baixa –, eu não nã o sou um Inquisid Inquisidor. or. – Mas você é for forte te – e le re respondeu. spondeu. – Mais for forte te do que ti tinha nha o dire direit itoo de ser ser.. Matou um umaa ascida das Brumas Bruma s experiente experiente est estaa noi noite! te! – Por P or sorte sor te – Vin falou, fa lou, corando. cor ando. – Só a engane e nganei.i. – Aloma Alom a ncia é feita de truques, Vin. Não, há algo especial em você. Notei no primeiro dia, quando lutou lutou contra m inh inhas as tentativas de empurrar e puxar e puxar suas suas emoções.
Ela corou. – Nã Nãoo pode ser ser,, Ke Kelsi lsier er.. Talve alvezz eu e u só tenha pra prati ticc ado m a is com bronze do que você você... ... e u não sei, se i, eu só... – Vin – Kelsi Ke lsiee r fa f a lou –, você a inda é m uit uitoo modesta m odesta.. É boa nis nisso... so... é m a is do que que óbvio. Se Se é por iss issoo que pode ver a tra través vés da dass nuvens nuve ns de c obre obre... ... bem , nã nãoo sei. Mas a pre prenda nda a ter um pouco de orgulho orgulho de si mesma me sma,, menin m enina! a! Se há alg a lgoo que posso posso lhe lhe ens e nsin inar ar,, é com comoo ser aut a utoconfi oconfiante. ante. Vin sorriu. – Vam os – ele dis disse, se, leva levantando-se ntando-se e e stendendo a m ã o par paraa a j udáudá-la. la. – Sa ze d va vaii se preoc pre ocupar upar a noit noitee toda se não deixá deixá-lo -lo ter term m inar de da darr pontos nessa boche bochecc ha m a c huca hucada, da, e Ham está ansioso para ouvir sobre a batalha. Foi um bom trabalho deixar o corpo de Shan na Fortaleza Venture, a propósito; quando a Casa Elariel souber que ela foi encontrada morta na proprieda propr iedade de Ventur V enture... e... Vin per perm m it itiiu que ele a pux puxasse, asse, mas m as olhou olhou para para o alçapão, alçapã o, apreens apree nsiv iva. a. – Eu... não sei se i se quero quer o desce desc e r ainda, a inda, Kelsi Ke lsier er.. Como posso enca enc a rá rá-los? -los? Kelsier gargalhou. – Ah, não se pre preocupe ocupe.. Se nã nãoo diz cois c oisaa s estúpidas de ve vezz em e m quando, ce certa rtam m e nte não se encaixa neste grupo. Vamos Vam os.. neste grupo. Vin hesito hesitou, u, então o deixou levá levá-la -la para pa ra o calo ca lorr da coz cozinh inha. a. – Elend, com c omoo pode ler le r em e m tem pos com o este? este ? – Jastes perguntou. pe rguntou. Elend ergueu os olhos do livro. – Isso me m e ac acaa lm lmaa . Jastes ergueu uma sobrancelha. O jovem Lekal estava sentado impacientemente na carruagem, tamborilando com os dedos no apoio de braço. As cortinas da janela estavam fechadas, em parte para ocultar a luz da lanterna de leitura de Elend, em parte para manter as brum a s do lado de for foraa . Em Embora bora,, Elend j am a is a dm dmit itiria, iria, a névoa rodopiante o deixa deixasse sse um pouco ner nervoso. voso. Nobr Nobres es não devia deviam m tem er tais c oisas, m as iss issoo não m udava o fa fato to de que a s brum a s densas densa s e pegaj pe gaj osas era e ram m bem assustador assustadoras. as. – Se Se u pai ficar fic aráá lívido quando voltar – Jastes observou, obse rvou, ainda a inda tam borilando. Elend deu de ombros, apesar do comentário o deixar um pouco mais nervoso. Não por causa de seu pai, mas pelo que acontecera naquela noite. Alguns alomânticos, aparentemente, estavam espionando o encontro de Elend com seus amigos. Que informações teriam reunido? Sabiam sob sobre re os liv livros ros que lera? ler a? Felizmente, um deles tropeçara, caindo pela claraboia de Elend. Depois disso, tudo virou confusão e caos c aos – sold soldados ados e pessoas pessoas da festa f esta correndo corr endo quase quase em pâni pânico. co. O primeiro prim eiro pensamento pensam ento de Elend fora para os livros – os perigosos, aqueles que, se os obrigadores descobrissem que possuíaa , o deixaria possuí deixa riam m em sér sérios ios a puros. Então, no meio da confusão, enfiara todos os volumes em uma mala e seguira Jastes até a saída lateral do palácio. Pegar uma carruagem e se esgueirar pelo pátio do palácio fora um ato extremo, talvez, mas fora ridiculamente fácil. Com a quantidade de carruagens fugindo da proprieda propr iedade de dos Ve Ve nture nture,, nem ne m um umaa única pessoa par parou ou para pa ra obser observa varr que o próprio pr óprio Elend e stava em uma carruagem c arruagem com c om Jast Jastes. mesmo. As pessoas v ão perce Devv e e star tudo De tudo terminado, agora, agora , Elend disse para si mesmo. As pe rceber ber que a Casa Venture não estava tentando atacá-las, e que não havia realmente perigo algum. Só alguns espiões descuidados. descuidados. Já devia ter retornado. Contudo, sua ausência conveniente do palácio lhe dera a desculpa perfe per feit itaa para pa ra c onfe onferir rir outro outr o grupo de espiões. Desta D esta vez, o próprio Elend os enviar e nviara. a.
Uma súbita batida na porta fez Jastes dar um salto, e Elend fechou seu livro, abrindo a porta da carr c arruagem uagem . Felt Felt,, um dos espi espiões-chef ões-chefee da Casa Ventu Venture re,, subiu subiu na na ca carrua rruagem gem,, assentin assentindo do com seu rosto aquilino aquilino e bigodudo bigodudo para Elend e, depoi de pois, s, para Jastes. – Be Be m ? – Jastes perguntou. pe rguntou. Felt se se sentou com a leveza apurada de sua esp e spéc éciie. – O e difício é ostensivam ostensivamee nte um umaa loj lojaa de c ar arpint pintar aria, ia, senhor senhor.. Um U m dos me m e us home hom e ns ouviu falar fa lar do lugar: é dirigido dirigido por um tal de Mestre Clade Cladent, nt, ca carpint rpinteiro eiro skaa skaa de razo r azoáve ávell habilidade. habilidade. Elend franz fr anziu iu o cenho. ce nho. – Por P or que o mordom m ordom o de Va V a lette viria para pa ra c á? – Ac Acham ham os que a loj lojaa é um umaa fa facha chada, da, senhor – Fe lt disse. – Esti Estive vem m os obser observa vando ndo de desde sde que o mordomo nos conduziu até aqui, como ordenou. Mas tivemos que ser muito cuidadosos... há vários vá rios post postos os de vigil vigilânc ância ia escondi e scondidos dos no no telhado e nos andares andar es de cim cima. a. Elend franz fr anziu iu o cenho. ce nho. – Um a pre pr e ca cauçã uçãoo estranha estra nha para pa ra um umaa simples sim ples loja loj a de um a rte rtesão, são, eu e u diria. Felt assentiu. – Isso não é nem m e tade tade,, senhor senhor.. Cons Conseguim eguimos os que um de nossos m elhor elhores es hom homens ens se esgueirasse para dentro do edifício... não cremos que o tenham visto... mas ele teve muita dificuldade para ouvir o que estava acontecendo lá dentro. As janelas estão trancadas e forradas paraa im par impedir pedir o som . Outra estranha preocupação, preocupação , Elend pensou. – O que a c ha que iss issoo quer diz dizer er?? – perguntou per guntou pa para ra Fe lt lt.. – De Deve ve ser um e sconde sconderij rijoo do subm submundo, undo, senhor – Fe lt fa falou. lou. – E um dos bons. Se não tivéss ti véssem em os vig vigiiado com c om atençã atenção, o, e com c om ce certez rtezaa do que que procurar procurar,, nunca nunca teríam teríamos os not notado ado os sinais sinais.. Meu palpite é que os homens lá dentro – incluindo terrisanos – são membros de uma gangue de ladrões skaa. Uma bem dotada e habilidosa. – Um a gangue ga ngue de ladr ladrões ões ska ska a? – Jastes perguntou. per guntou. – E Lady La dy Va Valette lette tam bém ? – Prova P rovavelm velmee nte, senhor se nhor – Felt assegurou. assegur ou. Elend se deteve. – Um a ... gangue ga ngue de ladr ladrões ões sk skaa a... – disse, atôni a tônito. to. Por Por que mandariam um de seus me membros mbros ara bailes? Para executar um golpe de algum tipo, talvez? – Senhor? Senhor ? – Felt perguntou. per guntou. – Quer Q uer que a taque taquem m os? Te Te nho hom ens suficie suficientes ntes para pa ra pega pegarr a gangue inteira. – Nã Nãoo – Elend dis disse. se. – Ch Chaa m e seus hom homee ns de volt voltaa , e não digam a ninguém o que vira viram m esta noite. – Sim Sim,, senhor – Fe Fe lt re respondeu, spondeu, desce de scendo ndo da ca c a rr rruage uagem m. – P e lo Se nhor Sober oberaa no! – Jastes diss dissee quando a porta da ca carr rruage uagem m se fe fecc hou. – Nã Nãoo admiira qu adm quee el e la não parecess parece ssee uma no nobre bre normal norma l. Não era po porr sua educação educaçã o rural.. rural.... não é nada m ais qu quee uma um a ladra! Elend assentiu, pensativo, sem saber ao certo o que achar de tudo aquilo. – Você Voc ê m e deve desc desculpas ulpas – Jastes disse. – Eu estava e stava ce certo rto sobre ela ela,, hein? – Ta Ta lvez – Elend Ele nd concor c oncordou. dou. – Mas... de c e rto m odo, estava e stava e rr rrado ado sobre ela tam bém . Nã Não estava tentando tentando me m e espi espionar... onar... estava estava só tentando tentando me roubar. – Então? – Eu... pre precc iso pensa pensarr sobre iss isso. o. – Elend diss dissee , e stende stendendo ndo o bra braço ço e ba batendo tendo no teto da carruagem para começarem a se mover. Ele se acomodou no assento enquanto percorriam o cam ca m in inho ho de volta volta para a Fortal ortalez ezaa Ventu Venture re.. Valett alettee não era e ra a pessoa que diss disser eraa ser. ser . Mas ele ele j á est e stava ava prepar preparado ado para essa notí notícia. Não
só as palavras de Jastes sobre ela o tinham deixado desconfiado, como a própria Valette não negara as acus ac usaç ações ões de Elend Elend mais m ais cedo, naquela naquela mesm m esmaa noite. noite. Era óbvio; óbvio; ela est e stiivera m enti entindo ndo paraa e le. Inter par I nterpre pretava tava um pape papel.l. Devia ter ficado furioso. Percebia isso, logicamente, e uma parte dele se lamentava pela traição. Mas, estranham estranhamente, ente, a em e m oção primár prim ária ia que que sentia sentia era e ra... ... alí alívi vio. o. – O que foi? – Jastes perguntou, pe rguntou, estudando Elend Ele nd com o cenho ce nho fra fr a nz nzido. ido. Elend balançou a cabeça. – Voc ocêê fe fezz com c om que m e pre preocupa ocupasse sse c om iss issoo por dias, Jastes. Eu m e sentia tão m a l que quase não conseguia conseguia fazer m ais nada... nada... tudo tudo porque porque pensava que Valett Valettee era uma traid traidora. ora. – Mas ela e la é . Elend, Elend, provavelm provavelmente ente ela est e stáá tentando dar um gol golpe pe em e m você! – Sim – Elend Ele nd concor c oncordou. dou. – Mas, pe pelo lo me m e nos, ela e la prova provave velm lmee nte não é um umaa e spiã de outra casa. Em meio a todas essas intrigas, manobras políticas e punhaladas pelas costas que estão acont ac ontec ecendo endo ul ulti tim m am ente, algo algo tão tão sim sim pl ples es como com o um roubo par parec ecee ligeiram ligeiramente ente refre re frescante. scante. – Mas... – É só dinheir dinheiro, o, Jastes. – Dinheiro é m e io que importa im portante nte para pa ra a lguns de nós, Elend. Ele nd. – Nã Nãoo tão im importa portante nte quanto Va lette. Aque Aquela la pobre ga garota rota... ... todo e sse tem po, deve ter se preoc pre ocupado upado com c om o golpe que ia tentar a pli plica carr em e m m im im.. Jastes Jast es ficou em si sillêncio por por um m om omento ento,, então finalme finalment ntee balançou ba lançou a cabeça ca beça.. – Elend, só você ficaria ia alivi aliviado ado em descobri descobrirr que algu alguém ém estava tentando tentando roubároubá-lo lo.. Prec Pr ecis isoo você ficar lembrá-lo de que a garota esteve mentindo todo o tempo? Você pode ter se ligado a ela, mas duvido que os sentimentos dela sejam genuínos. – Você Você pode e star c er erto to – Elend Ele nd adm a dmit itiu. iu. – Mas... Ma s... não nã o sei, se i, Jastes. Sint intoo com c omoo se conhecesse aquela garota. As em oções dela... dela... pareciam parec iam m ui uito to re reais, ais, m ui uitto honest honestas as para sere serem m fa fals lsas. as. – Duvido – Jastes com e ntou. Elend El end negou negou com a cabeça c abeça.. – Nã Nãoo tem os inform aç ações ões suficie suficientes ntes par paraa j ulgáulgá-la la a inda. Fe lt ac acha ha que ela é um umaa ladr ladra, a, mas deve haver outras razões para um grupo como esse enviar alguém para os bailes. Talvez seja apenas uma info nform rm ant ante. e. Ou, talv talvez ez ela seja sej a uma um a ladra... m as uma qu quee j am ais preten pretendeu deu me roubar. Passou muitíssimo tempo se misturando com os outros nobres; por que faria isso se eu era o alvo? De fato, passou relativamente pouco pouco tempo comigo, e jamais me pediu nenhum presente pre sente.. Ele se deteve – imaginando seu encontro com Valette como um agradável acaso, um acont ac ontec eciim ento que que havi haviaa ca caus usado ado uma um a reviravol reviravolta ta terrível em su suas as vidas. vidas. Sorriu, Sorriu, então então balançou ba lançou a cabeça. – Não, Nã o, Jastes. Há m a is a qui do que que esta estam m os vendo. Algo nela a inda não nã o faz fa z sentido. – Suponho... Suponho... que sim, sim , El – Jastes disse, disse, fra f ranz nzindo indo o cenho. ce nho. Elend se endireitou em seu assento quando um súbito pensamento lhe ocorreu – um pensam pensa m ento que fa fazzia suas sua s espec espe c ulaç ulaçõe õess sobre as a s moti m otivaç vaçõe õess de Valette Va lette pare pa rece cere rem m m uit uitoo me m e nos importantes. – Jastes – ele e le disse –, ela e la é sk skaa aa!! – E? – E m e e nganou... enga enganou nou a nós dois. Atuou com o par parte te da a ristocra ristocracc ia quase que perfe per feit itaa m e nte. – Um a aristocra a ristocrata ta inexperie inexpe riente, nte, talvez talve z. – Tinha uma um a ladr ladraa sk skaa a de ve verda rdade de com c omigo igo – Elend Elend excla e xclam m ou. – Pe P e nse nas na s perguntas per guntas que eu eu poderia poder ia ter fe feit itoo a ela. e la.
– Pe P e rgunta rguntas? s? Que ti tipo po de perguntas? pe rguntas? – P er erguntas guntas sobre com o é ser sk skaa a – Elend explicou. – Esse não é o ponto. Jastes, Ja stes, e la nos enganou.. Se não conseguimos ver diferença entre uma skaa e uma dama, isso significa que os enganou skaa não devem ser muito diferentes de nós. E, se não são tão diferentes de nós, que direito temos de tratá-lo tra tá-loss como com o faz fa zem os os?? Jastes deu de ombros. – Elend, Ele nd, não nã o acho a cho que e stej stejaa olhando isso em e m per perspec specti tiva va.. Estam os no m e io de um umaa guer guerra ra entre as casas. Elend assentiu, distraído. Fui distraído. Fui tão tão duro com ela e la esta noite. noite. Duro demais? de mais? Ele queria que ela acreditasse, total e completamente, que não queria nada mais com ela. Parte daquilo fora genuíno, pois suas próprias preocupações o convenceram de que ela não era de confiança. E ela não podia ser, não naquele momento. De qualquer modo, queria que ela deixasse a cidade. Pensara que a melhor coisa a fazer era romper o relacionamento até que a guerra gu erra ent entre re as casas acabass ac abasse. e. Mas, presumindo que e la não é realmente realme nte uma nobre, nobre , não há razão razão para que parta. parta . – Elend? – Jastes perguntou. pe rguntou. – Está pelo pe lo menos m enos presta pr estando ndo atençã ate nçãoo em m im im?? Elend ergueu o olhar. – Ac Acho ho que fiz um a coisa e rr rraa da esta noit noitee . Que Queria ria ti tira rarr Vale alett ttee de Luthade Luthadel.l. Mas, a gora gora,, acho ac ho que que a m ac achuq huquei uei sem sem m ot otiv ivo. o. – Maldiçã Maldição, o, Elend – Jastes exc exclam lam ou. – Alom Alomââ nti nticos cos e stava stavam m esc escutando utando nossas conve conversa rsass esta noite. Percebe o que teria acontecido? E se decidissem nos matar, em vez de apenas nos espionar? – Ah, A h, sim, sim , você voc ê está c er erto to – Elend Ele nd disse, asse assenti ntindo ndo distra distraidam idam e nte. – É m elhor que Va lette parta, par ta, de qualque qualquerr j eito. Qua Qualquer lquer um que fique per perto to de m im esta estará rá em per perigo igo nos dias que estão por vir. Jastes Jast es se deteve, de teve, seu aborrecim aborre cimento ento aumentando aum entando,, então finalm finalm ente gargalh gar galhou. ou. – Você Voc ê não tem te m j eito. – Eu m e e sfor sforçç o ao a o m á xim ximoo – Elend diss disse. e. – Mas, Ma s, fa f a lando sér sério, io, não nã o adianta a dianta se pre preocupa ocupar. r. Os espiões foram embora, e provavelmente foram perseguidos – e talvez até capturados – em meio ao caos. Agora sabemos alguns dos segredos que Valette está escondendo, então estamos em vant vantagem agem tam bém bém.. Foi Foi um um a noi noitte m ui uito to produ produti tiva! va! – É um j eito otim otim ist istaa de ver ve r as a s coisas, cre c reio... io... – Mais um umaa vez, m e e sfor sforçç o a o m á xim ximo. o. – Mesm Mesmoo assim assim,, ia se sentir m ais conf confortá ortável vel quando voltassem à Fortaleza Venture. Talvez tivesse sido uma tolice escapar do palácio daquele eito antes de ouvir os detalhes do que acontecera, mas Elend não estava exatamente pensando com calma naquele momento. Além disso, já havia combinado previamente de se encontrar com Felt elt,, e o caos c aos lhe lhe proporcionara proporcionara um umaa oportuni oportunidade dade perfe pe rfeit itaa para pa ra esca escapul pulir. ir. A car c arruagem ruagem cr cruz uzou ou lentam lentamente ente os portões portões dos Venture. Venture. – Você Voc ê devia ir em e m bora – Elend disse enquanto e nquanto descia de scia.. – Leve Le ve os livros. Jastes assentiu, segurando a mala, e se despediu de Elend enquanto fechava a porta da carrua ca rruagem gem.. Elend Elend esperou que o veículo veículo saíss saíssee pel pe los port portões, ões, então então deu m eia-vol eia-volta ta e perc percorre orreuu o resto do caminho até a fortaleza, os guardas dos portões, surpresos, deixaram-no passar com facilidade. A propriedade ainda estava iluminada. Os guardas já estavam esperando por ele diante da fortalez fort aleza, a, e um grupo correu correu pelas bruma brumass para para se encontrar encontrar com ele. E o cercaram cerca ram . – Meu senhor, se nhor, seu se u pai... – Sim – Elend int intee rr rrom ompeu, peu, suspi suspira rando. ndo. – P re resum sumoo que devo ser leva levado do até e le
imediatamente? – Sim Sim,, me m e u senhor. senhor . – Vam Va m os, então, entã o, Capitão. Capitão. Entra Ent rara ram m por uma port portaa privada, na lateral latera l do edifí edifício. cio. Lorde Lorde Straff Ventu enture re est estava ava em seu estúdio, falando com um grupo de oficiais da guarda. Elend podia ver, pelos rostos pálidos, que haviam recebido uma reprimenda firme, talvez até ameaças de açoites. Eram nobres, então Venture não podia executá-los, mas gostava muito das formas mais brutais de disciplinar. Lorde Ventu Venture re m andou os os sol soldados dados embora em bora com c om um ac aceno eno brusco brusco de m ão, e se volto voltouu para Elend, com olhos hostis. Elend franziu o cenho, observando os soldados partirem. Tudo parecia um pouco... tenso demais. – Be Be m ? – Lorde Ve Venture nture e xigi xigiuu saber. sabe r. – Be Be m o quê? – Por P or onde e steve steve?? – Ah, eu e u saí – Elend disse, despre despr e ocupa ocupado. do. Lorde Ve Vent nture ure sus suspi pirou. rou. – Bom. Col Coloqueoque-se se em per perigo igo se quis quisee r, ga garoto. roto. De c e rto m odo, foi um umaa pe pena na que a quela ascida das Brum Brumas as não o tenha tenha pegado. pe gado. Ter Teria ia me m e poupado de de m ui uitta frust f rustra raçã ção. o. não o – Nascida Na scida das Brum a s? – Elend perguntou, pe rguntou, franzi fr anzindo ndo o cenho. ce nho. – Que Nasc N ascida ida das da s Brum Brum a s? – Aquela Aque la que esta estava va planej pla nej ando assassinar a ssassinar você voc ê – Lorde Ve Venture nture re repli plicc ou. Elend pestanej ou, atônito. atônito. – Então... não nã o era er a só um a equipe e quipe de e spi spionage onagem m? – Ah, nã nãoo – Ventur enturee diss dissee , sorr sorrindo indo de m odo m e io m a li ligno. gno. – Um a equipe int intee ira de assassinos, enviada atrás de você e dos seus amigos. Pelo Pe lo Senhor Soberano!, Soberano! , Elend pensou, percebendo o quão tolo tinha sido ao sair sozinho. Nã Nãoo esperava que a guerra entre as casas ficasse tão perigosa tão rápido! Pelo menos, não para mim... – Com Comoo sabe que era e ra um umaa Nasc N ascida ida das da s Brum Brum a s? – Elend perguntou, pe rguntou, rec re c uper uperaa ndo-se ndo-se.. – Nossos guardas guarda s conseguira conse guiram m m a tátá-la la – Stra Straff ff diss disse. e. – Quando Q uando estava e stava tentando te ntando fugir. Elend franz fr anziu iu o cenho. ce nho. – Um a Nasc N ascida ida das da s Brum Brum a s? Morta por soldados com uns? – Arqueir Ar queiros os – Lorde Ve Venture nture c ontou. – Apa Apare rentem ntem ente ente,, pegara pega ram m -na de surpre sur presa. sa. – E o homem hom em que ca c a iu da minha m inha clar c laraa boia? – Elend perguntou. pe rguntou. – Morto – Lorde Ve Venture nture conf confirm irmou. ou. – Pescoç Pe scoçoo quebra quebr a do. Elend franziu o cenho. Esse home homem m ainda e sta stavv a viv vivoo quando fugi fugimos. mos. O que está escondendo, esc ondendo, pai? pai? – A Nascida Na scida das da s Brum Brum as. Alguém A lguém que conheç c onheço? o? – Eu diria que sim – Lorde Ventur enturee diss dissee , a c om omodandoodando-se se e m sua c ade adeira ira,, sem leva levantar ntar o olhar ol har.. – Era Shan Elariel. Elar iel. Elend franziu o cenho, surpreso. Shan? Shan?,, pensou, atônito. Estiveram comprometidos, e ela nunca nun ca m encionara que era e ra um umaa alo a lom m ânti ântica ca.. Isso Isso provavelm provavelmente ente signi significava ficava... ... Ela estivera plantada todo o tempo. A Casa Elariel talvez planejasse matar Elend assim que um neto Elar Elariiel nascesse para par a herdar he rdar o tít títul uloo da casa. c asa. Você está certo, Jastes. Não posso evitar a política ignorando-a. Faço parte de tudo isso há muito mais tempo do que presumia. Seu pai estava obviamente satisfeito consigo mesmo. Um membro importante da Casa Elariel fora morto na propriedade Venture, depois de tentar assassinar Elend... com tal triunfo, Lorde Venture ficaria insuportável por dias.
Elend suspirou. – Ca Ca ptura pturam m os algum dos assassinos com vida, então? e ntão? Straff nego negouu com a cabeça c abeça.. – Um c a iu no j a rdim quando e stava tentando fugir. Esca Escapou... pou... devia ser um Na Nascido scido das Brumas também. Encontramos um homem morto no telhado, mas não temos certeza se havia outros out ros na equi e quipe pe ou não. – Fez um umaa pausa. pa usa. – O quê? quê ? – Elend perguntou, pe rguntou, notando uma um a leve le ve confusã c onfusãoo nos olhos olhos do pai. – Na Nada da – Stra traff ff diss dissee , a ce cenando nando com a m ã o depr depree c iativam iativamente ente.. – Alguns dos guar guardas das afirmam que havia um terceiro Nascido das Brumas lutando contra os outros dois, mas duvido dos relatos... relatos... não era e ra um dos nosso nossos. s. Elend vacilou va cilou.. Um terc tercee iro Nascido Nascido das Brumas, lutando contra os outros dois... dois... – Alguém que talvez ta lvez te te nha fica f icado do sabendo sabe ndo dos assassinatos e tentou impedir im pedir.. Lorde Venture bufou. você?? – Por P or que um Na Nascido scido das Brum a s de outra ca casa sa tentar te ntaria ia protege pr otegerr você – Talvez Ta lvez só quisesse quisesse im impe pedir dir que m ata atassem ssem um hom homee m inoce inocente. nte. Lordee Vent Lord Venture ure m eneou a cabeça c abeça,, dando dando uma gargal gargalhada. hada. – Você Voc ê é um idi idiota, ota, garoto. ga roto. Entende iss isso, o, certo? ce rto? Elend El end corou e deu meia-vol m eia-volta. ta. Não parec par ecia ia que Lorde Ventu Venture re qui quisess sessee m ais alguma alguma cois coisa, a, então Elend foi embora. Não podia voltar para seus aposentos, não com a janela quebrada e os guardas por lá, então foi para o quarto de hóspedes, chamando um grupo de matabrumas para vigi vi giar ar do lado lado de fora de sua porta porta e na varanda var anda – por precauçã prec aução. o. Preparou-se para dormir, pensando na conversa que tivera. Seu pai provavelmente estava certo ce rto sobre sobre o terceiro terce iro Nascido Nascido das Brum Brumas. as. Não era er a ass a ssim im que as a s coisas coisas funcionavam funcionavam.. Mas... é o jeito que deviam dev iam ser. O jeito que poderia pode riam m ser, se r, talv talv e z . Havia tantas tantas coisas coisas que Elend Elend desejava desej ava poder faz f azer er.. Mas seu seu pai era saudável e jovem j ovem para um lorde com seu poder. Demoraria décadas até que Elend assumisse o título da casa, presum pre sumindo indo que sobre sobrevivesse vivesse até lá. De Desej sej a va poder ir a té Va lette, conve conversa rsarr c om ela ela,, explica explicar r suas frustrações. Ela entenderia o que ele estava pensando; por algum motivo, sempre parecera entendê-lo mel me lhor do que que qual qualquer quer um . E e la é uma skaa! skaa! Ele não conseguia deixar esse pensamento de lado. Tinha tantas perguntas, per guntas, tantas coisas c oisas que queria que ria de descobr scobrir ir sobre e la. Mais tar tarde de,, ele pensou, indo para a cama. Por enquanto, c once oncentre-se ntre-se e m manter a c asa unida.. As palavras que disse para Valette a respeito disso não tinham sido falsas – ele precisava unida se assegurar de que sua fam fa m íl ília ia sobreviv sobreviver eriia à guerra entre as a s casas. Depois disso tudo... bem, talvez conseguissem encontrar um jeito de superar as mentiras e os enganos. enga nos.
Ainda que muitos terris terrisanos anos ex expressem pressem c erto resse ressenti ntime mento nto por Kh Khlenium, lenium, também sente sentem m inveja. Ouvi os carregadores falarem com assombro das catedrais de Khlenni, com seus urpreendentes vitrais nas janelas e seus amplos salões. Também parecem gostar muito da nossa moda – nas cidades, vi que muitos jovens terrisanos trocaram suas peles e couros por trajes bem confeccionado confec cionadoss de cav caval alheiros heiros..
A duas ruas acima da loja de Trevo havia um edifício de altura incomum, se comparado com os que estavam ao seu redor. Era uma espécie de cortiço, Vin pensou – um lugar para famílias skaa morarem. Nunca tinha estado lá dentro, no entanto. Derrubou uma moeda e se lançou pela lateral do edifício de cinco andares. Aterrissou com agilidade no telhado, fazendo uma figura agachada na escuridão pular de susto. – Sou Sou só eu – Vin sussurr sussurrou, ou, cam ca m inhando em e m sil silêê ncio pelo pe lo telha telhado do inclinado. Fantasma sorriu para ela em meio à noite. Como o melhor olho de estanho da gangue, ele em geral ficava com as vigias mais importantes. Recentemente, aquelas durante as primeiras horas da noite. Era o momento em que o conflito entre as Grandes Casas costumava se transfo ransform rmar ar em lut utaa abert a berta. a. – Ainda e stão niss nisso? o? – Vin pe perguntou rguntou e m voz baixa, ba ixa, queim ando e stanho e per perscr scrutando utando a cidade. Havia uma um a névoa né voa brilh brilhante ante ao longe, longe, dando às brum brumas as uma um a luminescência est e stra ranha. nha. Fantasm antasmaa assenti assentiu, u, apontando apontando para par a a luz. luz. – Forta Fortaleza leza Hasti Ha sting. ng. Soldados Soldados Elariel Elar iel atac ata c ando esta e sta noite noite . Vin assentiu. A destruição da Fortaleza Hasting era esperada há algum tempo – haviam sofrido so frido meia me ia dúzi dúzia de at a taques de diferentes difer entes casas na úl últi tim m a sem semana. ana. Com os aliados aliados se se re rettirando e as a s finança finançass na bancarrota, banca rrota, era só quest questão ão de tem po antes antes que caís ca ísse. se. Estranhamente, nenhuma das casas atacava durante o dia. Havia um ar fingido de sigilo sobre a guerra, como se a aristocracia reconhecesse o domínio do Senhor Soberano e não
quisesse aborrecê-lo recorrendo à guerra diurna. Era tudo arranjado à noite, sob um manto de brum a s. – Quere Que rendo ndo querer isso isso – Fantasm Fantasmaa fa falou lou.. Vin se deteve. – Ah, Fantasma. Fantasm a. P oder oderia ia tentar tenta r fa f a lar lar... ... norm a l? Fantasma acenou com a cabeça na direção de uma estrutura sombria e distante. – Se Se nhor Soberano. Sobera no. Prová P rovável vel que gost gostaa da lut luta. a. Vin assentiu. Kelsi assentiu. Kelsiee r estava e stava ce c e rto. Não Não houve houv e muito clamor vindo v indo do Ministério Ministério ou do palácio com relação à guerra entre as casas, e a Guarnição está levando um tempo para voltar para Luthadel. L uthadel. O Senhor Soberano espe esperava rava pela guerra e ntre as c asas – e prete pretende nde deix deixar ar que sig sigaa eu curso. Como uma queimada, ateada para arrasar e renovar o campo. Mas, desta vez, quando um fogo se apagasse, outro começaria – o ataque de Kelsier à cidade. Presumindo que Marsh desc descubra ubra c omo de deter ter os Inquisido Inquisidores res de Aç Aço. o. Presumindo que consigamos tomar o palácio. E, é claro, presumindo que Kelsier encontre um jeito de lidar com o Senhor Soberano... Vin balançou a cabeç c abeça. a. Não Nã o quer queria ia pensar m al de Kels Ke lsier, ier, mas m as não via via como c omo tudo tudo aquilo aquilo ia acontecer. A Guarnição ainda não voltara, mas os relatos diziam que estava perto, talvez a uma semana ou duas de viagem. Algumas casas nobres estavam caindo, mas o cenário não parecia ser de ca caos os gera geral,l, como Kel Ke lsi sier er queria. O Im pério Fin Final al estava tensionado tensionado,, mas m as ela e la duvid duvidava ava que fossee se quebrar. foss quebra r. No e ntanto, talvez ta lvez aquele aque le nã nãoo fosse f osse o ponto. A gangue fiz fizer eraa um tra trabalho balho surpr surpree eendente ndente ao instigar a guerra entre as casas; três Grandes Casas inteiras já não existiam, e o resto estava seriamente enfraquecido. Levaria décadas para a aristocracia se recuperar de suas próprias disputas. decidiu. Mesmo Fizemos um traba trabalho lho incrível incríve l , Vin decidiu. Me smo que não ataquemos o palácio – ou que o ataque fracasse – teremos conseguido algo maravilhoso. Com os dados de Marsh sobre o Ministério e a tradução de Sazed do livro de viagem, a rebeli re belião ão teria informa ções novas e úteis úteis par paraa um a resis r esistência tência futura. futura. Não Nã o era o que que Kels K elsier ier tinha tinha desejado; não era a derrocada completa do Império Final. Mas, mesmo assim, era uma vitória importantee – uma important um a para pa ra a qual os sk skaa aa pod poder eriam iam ol olhar har por anos a nos com comoo fonte fonte de cora coragem gem.. E, com um sobressalto de surpresa, Vin percebeu que se sentia orgulhosa de ter feito parte disso. Talvez, no futuro, pudesse começar uma rebelião real – em um lugar onde os skaa não estivessem esti vessem tão submeti subme tidos. dos. Vin estava começ com eçando ando a entender que não era só Lut Luthadel hadel e suas Se e xisti xistirr um lugar assim... assim... Vin estações de abrandamento que tornavam os skaa subservientes. Era tudo tudo – os obrigadores, o trabalho constante no campo e nas fábricas, sua maneira de pensar, encorajada por mil anos de opressão. Havia uma razão para que as rebeliões skaa sempre fossem tão pequenas. As pessoas sabiam sabi am – ou pensavam pensavam que sabiam sabiam – que não era e ra pos possí sível vel lut lutar ar cont contra ra o Im pério Fin Final. al. Mesmo Vin – que sempre se vira como uma ladra “libertada” – acreditara no mesmo. Fora necessário o plano insano e impossível de Kelsier para convencê-la do contrário. Talvez fosse por isso que ele tinha estabelecido objetivos tão elevados para a gangue – sabia que só algo muito podiam resistir. desafiador os fa faria ria perceber perc eber,, de um j eit eitoo estra estranho nho,, que que podiam resistir. Fantasma ol olhou hou para para ela. A presença de Vin ainda ainda o deixava deixava desconfort desconfortável. ável. – Fa Fa ntasm ntasmaa – Vin V in disse disse –, sabe que Elend E lend rom r ompeu peu o re r e lac lacionam ionam ento com c omigo. igo. Fantasma assent assentiu iu,, ficando fica ndo levem levem ente ani a nim m ado.
– Mas – Vin disse, disse, lam la m enta entando ndo –, eu ainda a inda o am a m o. Sint Sintoo muit m uito, o, Fa Fa ntasm ntasmaa . Mas é a ver verda dade. de. Ele abaixou a baixou o olhar olhar,, entri e ntrist stec ecido ido.. – Nã N ã o é você – Vin V in prosseguiu. prosse guiu. – De ver verda dade, de, não é. É só que... be bem m , não nã o se pode esc escolher olher quem se ama. Acredite em mim, há pessoas que eu realmente queria não não ter amado. Não mereciam. Fantasm antasmaa assenti assentiu. u. – Eu entendo. ente ndo. – Ainda posso ficar fica r com c om o lenço? lenç o? Elee deu El de u de ombros om bros.. – Obrigada Obr igada – ela diss dissee . – Signi Signific ficaa m uit uitoo para par a m im im.. Ele levantou a cabeça e encarou as brumas. – Nã Nãoo sou ne nenhum nhum tol tolo. o. Eu... sabia que não ia ac acontec ontecee r. Ve j o coisa coisas, s, Vin. Vej o m uit uitaa s coisas. Ela colocou uma mão reconfortante no ombro dele. Vejo coisas... Uma declaração apropriada para um ol olho ho de de est e stanho anho como com o ele. – É alom a lomââ nti nticc o há m uit uitoo tem po? – ela e la perguntou. pe rguntou. Fantasm antasmaa assenti assentiu. u. – Tive o estalo e stalo com c inco anos. a nos. Mal me m e lem bro. – E desde essa é poca ve vem m pra prati ticc a ndo com o estanho? esta nho? – Pra P rati ticc a m ente ente.. – ele e le disse. – Foi uma um a c oisa boa par paraa m im im.. Deixar De ixar ver ver,, deixar de ixar ouvir, deixar de ixar sentir. – Tem Te m algum algumaa dica pa para ra m e dar dar?? – Vin perguntou, per guntou, e sper speranç ançosa. osa. Ele se deteve, pensativo, sentado na borda do telhado inclinado, com um pé pendurado na laterall do edifício. latera edifício. – Queim Que imar ar e stanho... Não Nã o é com c omoo ver. ver . É com c omoo não ve ver r . Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – O que quer diz dizee r? – Quando Qua ndo queim a – ele e le expli e xplicc ou – tudo vem . Muito Muito de tudo. Distra Distraçõe çõess aqui, ali a li.. Conse Conse gue o poder que quer, que r, ignorando as outras distraç distrações. ões. ignorando as pôde , tem que Se quer ser bom queimando estanho, estanho , ela pensou, traduzindo o melhor que pôde , aprende apr enderr a lidar lidar com as distr distraçõe ações. s. Não Não é o que se vê – é o que se consegue ig ignora norar r .. – Intere Inte ressante ssante – Vin com c omentou, entou, pensativa. pe nsativa. Fantasm antasmaa assenti assentiu. u. – Qua Quando ndo olhar olhar,, ve verr a s brum a s e ve verr a s c asa asas, s, e sentir a m ade adeira ira e ouvir os ra ratos tos lá em baix baixo. o. Escolh Escolhaa um, e não se dist distra raia. ia. – Bom Bom conse conselho lho – Vin falou. Fantasma assent assentiu iu,, então algo soou soou atrá atráss deles. Ambos se sobre sobress ssalt altar aram am e se abaix a baixar aram am , e Kelsier Kelsi er com começ eçou ou a rir r ir enquanto enquanto cruz cr uzava ava o telhado. telhado. – Rea Realm lmee nte pre precisa cisam m os enc encontra ontrarr um m odo m elhor de avisa avisarr as pessoa pessoass que e stam stamos os chegando. Cada vez que visito um ponto de espionagem, me preocupo que alguém caia de susto do telhado. Vin se se levantou evantou,, e sacudi sac udiuu o pó da da roupa. Estava Estava usando capa de brum bruma, a, cam c am is isaa e calça c alça;; há há dias não usava um vestido. Só os usava em suas aparições protocolares na Mansão Renoux. Kelsier Kelsi er est estava ava m ui uito to pre preocupado ocupado com assass assassin inos os par paraa deix deixáá-la la ficar fica r lá por mui m uito to tem tem po. Vin pensou, pensou, aborre aborrecida cida com a desp de spesa. esa. Pelo Pe lo menos compramos c ompramos o silênc silêncio io de Kliss Kliss,, Vin – Já é hora hora?? – ela per perguntou. guntou.
Ke lsier Kels ier assenti assentiu. u. – Quase, Qua se, pelo pe lo me m e nos. Quero Quer o faz fa ze r um a peque pequena na para pa rada da no ca c a m inho. Vin assentiu. Para seu segundo encontro, Marsh escolhera um lugar que supostamente estava explorando para o Ministério. Era a oportunidade perfeita para se encontrarem, já que Marsh teria uma desculpa para ir até o edifício à noite, buscando ostensivamente por qualquer ativi ati vidade dade alo a lom m ânti ântica ca nas redon re dondez dezas. as. Ter Teria ia um abra abrandador ndador consigo consigo grande parte pa rte do tempo, tem po, mas ma s haveria um espaço de tempo, perto da meia-noite, em que Marsh calculava que poderia estar sozzin so inho ho quase quase por uma hora. Não era e ra m ui uito to tem tem po para esca escapul pulir ir e vol voltar, tar, mas m as tempo tem po sufici suficiente ente paraa que dois sigil par sigilosos osos nascidos das brum br umas as lhe fiz f izee ssem um umaa rá rápida pida visita. visita. Despedira Despedi ram m -se de Fantasma Fantasma e se lançara lança ram m na noite. noite. Mas Mas não viaj viaj ar aram am m ui uito to pelo peloss telhados telhados antes que Kelsier descesse até a rua, aterrissando e caminhando para conservar força e metais. É me meio io estr e stranho anho,, Vin pensou, lembrando-se da primeira noite em que praticara alomancia com Kelsier. Nem Kelsier. Nem mesm m esmoo penso nas ruas vazias c omo assustadoras assustadoras agora agora.. Os paralelepípedos estavam escorregadios pela umidade das brumas, e a rua deserta desaparecia depois de um tempo na névoa distante. Estava escuro, silencioso e solitário; nem mesmo a guerra mudara muito isso. Grupos de soldados, quando atacavam, o faziam em bando, combatendo com batendo rapidam rapidamente ente e tentando in invadi vadirr as a s defesas de uma um a casa c asa inim inim ig iga. a. Mesmo assim, apesar do vazio noturno da cidade, Vin se sentia confortável. As brumas estavam est avam com el e la. – Vin – Kelsi Ke lsiee r disse, enquanto e nquanto ca c a m inhava inhavam m –, prec pre c iso lhe agra a gradec decee r. Ela se virou para ele, uma figura alta e orgulhosa em sua capa de bruma majestosa. – Agrade Agr adece cer? r? Por quê? – Pe P e las coisas c oisas que m e diss dissee sobre Mar Maree . Estive Estive pensa pensando ndo muit m uitoo sobre a quele dia... pensando pe nsando nela. Não sei se sua habilidade de ver através de nuvens de cobre explica tudo, mas... bem, me dá uma op opçã ção, o, e eu prefiro acreditar acreditar qu quee Mare não me traiu. não me Vin assentiu, sorrindo. Elee sacudi El sac udiuu a cabeç c abeça, a, pesaros pesar oso. o. – P ar arec ecee loucura loucura,, não? Co Com m o se... todos estes e stes a nos, eu e sti stivesse vesse espe espera rando ndo por um umaa ra razzão paraa c ede par ederr ao a o autoengano. autoe ngano. – Nã Nãoo sei – Vin com entou. – Antigam Antigamee nte, talvez e u ti tivesse vesse pe pensado nsado que você e ra louco, mas... bem, é nisso que consiste a confiança, não é? Um desejo de enganar a si mesmo? Você tem que calar essa voz que sussurra sobre traição, e só esperar que seus amigos não o machuquem. Kelsier deu uma gargalhada. – Não Nã o acho a cho que e stá me m e lhora lhorando ndo o argum ar gumento, ento, Vin. Elaa deu El de u de ombros om bros.. – Faz sentido para pa ra m im im.. A desc desconfia onfiança nça é re realm alm e nte a m esm a c oisa... só que a o contrá c ontrário. rio. Posso ver ver com comoo uma um a pess pessoa, oa, tendo que que escol e scolher her entre duas hipót hipóteses, eses, escolhe escolhe confiar. – Mas não nã o você? você ? – Kelsi Ke lsier er pe perguntou. rguntou. Vin deu deu de om ombros bros novam novamente. ente. – Não Nã o sei ma m a is. Kelsier hesitou. – Esse... seu Elend. Há um umaa cha chance nce de que ele simple simplesm smee nte e sti stivesse vesse tentando a ssus ssustátá-la la paraa que aba par a bandonasse ndonasse a cidade c idade,, certo? ce rto? Ta Talvez lvez te te nha dito aquelas aque las coisas c oisas para par a seu se u próprio própr io bem . – Ta Ta lvez – Vin concor c oncordou. dou. – Mas havia algo dife dif e re rente nte nele nele... ... no j e it itoo que olhava par paraa m im im.. Sabia que eu estava mentindo para ele, mas não acho que percebeu que eu era skaa. Provavelmente pensou que eu era uma espiã de uma das outras casas. De qualquer modo,
paree c eu honesto par hone sto em seu desej de sej o de se li livra vrarr de m im im.. – Talvez Ta lvez pense iss issoo porque j á estava e stava conve convencida ncida de que e le iria deixáde ixá-la. la. – Eu... – Vin se c alou, olhando olha ndo para pa ra a rua e scor scorre regadia gadia e suj sujaa de cinz cinzaa s enquanto e nquanto andava a ndavam m. – Não Nã o sei... e é sua culpa, c ulpa, eu e u sei. Eu cost c ostum umava ava ente entender nder tudo. Agora e stá tudo confuso. – Sim Sim,, bagunça bagunç a m os bem sua ca c a beç beçaa – Ke K e lsi lsier er diss dissee com um sorr sorriso. iso. – Não Nã o pare par e c e incom inc omodado odado com c om iss isso. o. – Não Nã o – Kelsi Ke lsiee r confirm c onfirm ou. – Nem Ne m um pouco. Ah, A h, aqui estam e stamos. os. Parou diante de um edifício largo e grande – provavelmente outro cortiço skaa. Estava escuro lá dentro; os skaa não podiam se dar ao luxo de ter lamparinas a óleo, e deviam ter apagado apaga do a fogueira fogueira no centro do do edifício edifício depoi depoiss de preparar prepar ar a ref r efeiçã eiçãoo notu noturna. rna. – Aqui? – Vin perguntou, per guntou, insegura insegura.. Kelsier assentiu, aproximando-se para bater na porta de leve. Para surpresa de Vin, a porta se abriu vacilante, vacilante, e o rosto rosto magro m agro de um sk skaa aa apar aparec eceu eu nas brumas. brum as. – Lorde Ke Kelsi lsiee r! – o home hom e m dis disse se em e m voz baixa baixa.. – Disse que viria visi visitátá-los los – Ke Kelsi lsier er fa falou, lou, sorr sorrindo. indo. – Esta noit noitee par paree ce ceuu um bom momento. – Entre Entr e m , entre e ntrem m – o hom homee m diss dissee , abrindo a brindo a porta porta.. De D e u um passo par paraa trá trás, s, com c om c uidado paraa não deixar par de ixar que nenhum ne nhumaa brum br umaa o tocasse toc asse e nquanto Kelsi Ke lsiee r e Vin entravam entra vam . Vin estiv estiver eraa em corti cortiços ços skaa skaa antes, mas ma s nunca nunca antes tin tinham ham pare parecido cido tão... tão... deprim deprim entes. O cheiro de fumaç fum açaa e dos corpos sem banho er eraa quase avass a vassalador, alador, e ela teve que apagar apa gar o estanho estanho paraa não se asf par asfixi ixiaa r. A luz tênue de um umaa peque pequena na estufa de c ar arvã vãoo m ostrava um m onte de pessoass j untas, dorm indo no c hão. Mantinham o a posento li pessoa livre vre de c inz inzas, as, m as e ra só o que podiam fa fazzer – m anc anchas has negr negras as a inda cobria c obriam m suas roupas, r oupas, as a s pare pa redes des e os rostos. Havia Ha via poucos pouc os móveis, sem mencionar escassos cobertores para repartir entre eles. Eu costumava c ostumava v ive iverr assim, assim, Vin pensou, horrorizada. Os covis das gangues eram iguais – às vezes mais abarrotados. Esta... era a minha vida. As pessoas acordaram ao perceber que tinham visita. Kelsier havia arregaçado as mangas, Vin notou, e as cicatrizes em seus braços eram visíveis mesmo à luz das brasas. Elas se destacavam claramente, desde seus pulsos até acima dos cotovelos, entrecruzando-se e sobrepondo-se. Os suss sussurros urros começara começ aram m im edi ediatam atament ente. e. – O Sobrevivente... Sobrevive nte... – Está aqui! a qui! – Kelsi Ke lsiee r, o Lorde Lor de das da s Brum Brum a s... Essa é nova nova,, Vin pensou, erguendo uma sobrancelha. Ficou para trás, enquanto Kelsier sorria e avançava para se encontrar com os skaa. As pessoas se reuniram em volta dele, com entusiasmo, estendendo as mãos para tocar seus braços e sua capa. Outros simplesmente o encaravam encar avam,, observand observando-o o-o com reverência. r everência. – Vim espa espalhar lhar espe espera rança nça – Ke Kelsi lsiee r dis disse se par paraa ele eless e m voz baixa. ba ixa. – A Casa Ha Hasti sting ng c a iu esta noite. Houve Hou ve m urmúrio urmúrioss de surpresa surpresa e adm admiiraç ração. ão. – Sei que m uit uitos os de você vocêss tra trabalha balhavam vam nas for forjj a s e fá fábric bricas as de a ço de Ha Hasti sting ng – Ke Kelsi lsiee r prosseguiu. prosse guiu. – E, honestam ente ente,, não sei o que iss issoo sig significa nifica par paraa você vocês. s. Mas é um umaa vit vitória ória par paraa todos nós. Ao menos por um tempo, vocês, homens, não morrerão diante das forjas ou sob os chicotes dos capatazes ca patazes Hast Ha sting ing.. Houve murmúrios entre a pequena multidão, e uma voz finalmente expressou a preoc pre ocupaç upaçãã o em voz a lt ltaa o bastante par paraa que Vin pudesse escutar e scutar..
– A Casa Ha Hasti sting ng se foi? f oi? Que Quem m vai nos alime alim e ntar ntar?? Tão assustado, assustado, Vin pensou. Nu ncaa fui assi assim... m... fui? pensou. Nunc – Mandar Ma ndaree i outro car c arre rega gam m e nto de c om omida ida – Kelsier K elsier prom e teu. – O suficie suficiente nte par paraa m a ntêloss por lo por um tem tempo, po, ao menos. m enos. – Tem Te m fe feit itoo tanto por nós – outro outro hom e m diss dissee . – Bob Bobaa gem – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – Se quis quisee re rem m re retribui tribuirr o fa favor, vor, ande andem m um pouco m a is ergui er guidos dos.. Tenham um pou pouco co menos m enos de de m edo. Eles Eles podem ser derr derrot otados. ados. podem ser – Por P or hom e ns com o você, você , Lorde Ke Kelsi lsiee r – um a m ulher suss sussurr urrou. ou. – Mas não nã o por nós. – Você ocêss se surpr surpree ende enderia riam m – Ke Kelsi lsier er dis disse, se, e nquanto a m ult ultidão idão com eç eçou ou a a brir e spaç spaçoo paraa que os pais trouxesse par trouxessem m os filhos pa para ra fr free nte. P a re recc ia que todo m undo no a posento quer queria ia que os filhos conhecessem Kelsier pessoalmente. Vin observou com sentimentos misturados. A gangue ainda tinha suas reservas quanto à fama crescente de Kelsier entre os skaa, embora m antiv antivesse esse a palavr palavraa e fiz fizesse esse silênc silêncio io quanto quanto a isso. isso. Ele realme realmente nte parec parecee se import importar ar c om e les les,, Vin pensou, vendo Kelsier segurar uma criancinha no colo. Nã colo. Nãoo acho ac ho que seja se ja apenas um espetáculo. e spetáculo. É como c omo ele e le é – ele e le ama o povo, pov o, ama os skaa. Mas... é mais como o amor de um pai pelo filho do que o amor de um homem por seus iguais.. iguais Seria isso tão errado? Ele era, no final das contas, um tipo de pai para os skaa. Era o nobre senhor que eles sempre deveriam deveriam ter tido. Mesmo assim, Vin não pôde deixar de se sentir incomodada enquanto observava os rostos sujos e fracamente iluminados daquelas famílias skaa, com seus ol olhos hos cheios de adoração adoraç ão e rever r everência. ência. Depois de um tempo, Kelsier se despediu do grupo, dizendo para eles que tinha um compromiss com promisso. o. Vin Vin e ele deix de ixar aram am o aposento aposento lotado lotado,, saindo saindo para o abençoado abenç oado ar fre fresco. sco. Kelsier Kelsier ficou em silêncio durante o trajeto para a nova estação de abrandamento de Marsh, embora andasse com um pou pouco co mais m ais de pressa do que que faz fa zia norm norm alm almente. ente. Depois de um tempo, Vin teve que dizer algo. – Você Voc ê os visit visitaa com c om fr free quênc quência? ia? Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Pe P e lo me m e nos umas um as duas dua s casas ca sas por noite. Quebra Que bra a m onotoni onotoniaa do meu m eu outro trabalho. tra balho. Matar nobres e e spal spalhar har falsos rumores rumore s , Vin pensou. Sim, visitar os skaa deve ser uma boa mudança.. mudança O ponto de encontro estava a poucas ruas de distância. Kelsier se deteve perto de uma porta enquanto se aproximavam, perscrutando a noite escura. Finalmente, apontou para uma janela levemente levem ente iluminada. iluminada. – Marsh Mar sh disse disse que deixa deixaria ria um umaa luz a ce cesa sa se os outros outros obrigadore obr igadoress se fossem f ossem.. – Janela Jane la ou esca e scadas? das? – Vin Vin perguntou. per guntou. – Esca Escada dass – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – A porta deve esta estarr destra destranca ncada, da, o Min Minist istéé rio é dono do pré prédio dio inteiro. Estará vazio. Kelsier Kelsi er estava certo c erto quanto quanto às duas coisas. coisas. O edi e difício fício não não cheirava c heirava a m ofo o suficient suficientee para estar abando a bandonado, nado, mas m as os andares andar es inferiores obviam obviam ente não er eram am ut util iliz izados. ados. Vin Vin e ele su subi bira ram m as escadas rapidamente. – Marsh Mar sh deveria deve ria ser ca capaz paz de nos dize dize r a re reaa ç ão do Ministér Ministério io com re relaç laçãã o à guerr gue rraa entre e ntre a s casas – Kelsier disse quando chegaram ao piso superior. A luz da lanterna tremeluzia através da porta,, e ele a a briu, ainda porta a inda fa falando. lando. – Com sorte, a quela Gua Guarniç rnição ão não volt voltar aráá logo. O dano está feit fe itoo em grande parte, par te, mas ma s eu gost gostar aria ia que que a guerra cont contin inuass uasse... e... Ele parou par ou na porta, bloquea bloqueando ndo a vista vista de Vin V in..
Ela avivou peltre e estanho imediatamente, agachando-se, esperando pelo ataque. Não havia ninguém. Apenas silêncio. – Não... Nã o... – Kelsi Ke lsier er sussu sussurr rrou. ou. Então Vin viu o escuro líquido vermelho que escorria e se juntava junto ao pé de Kelsier. Formou uma pequ pequena ena poça e ent e ntão ão começou com eçou a escorrer pel peloo prim prim eiro degrau. degrau. Ah, Senhor Soberano... Sobe rano... Kelsier cambaleou para dentro do aposento. Vin o seguiu, mas já sabia o que veria. O cadáver jazia no centro da câmara, esfolado e desmembrado, a cabeça completamente esmagada. Mal podia ser reconhecido como humano. As paredes estavam manchadas de sangue. Um corpo pode ter realmente tanto sangue? Era exatamente como antes, no sótão do covil de Camon Cam on – só que que com c om um umaa única vítima vítima.. – Inquisidor Inquisidor – Vin V in sussurrou. sussurrou. Kelsier, sem se importar com o sangue, caiu de joelhos ao lado do cadáver de Marsh. Ergueu a m ão, como com o se fosse fosse tocar o corpo esfolado, esfolado, mas m as perm anec aneceu eu parali par alisado, sado, atôn atôniito to.. – Ke Kelsi lsier er – Vin dis disse, se, c om urgê urgência ncia.. – Isso é re rece cente... nte... o Inquisid Inquisidor or a inda pode esta estarr por perto. per to. Elee não se m oveu. El – Kelsi Ke lsiee r! – Vin exclam exc lam ou. Kelsier estremeceu, olhou ao redor. Seus olhos se encontraram com os dela, e sua lucidez voltou. Ficou em pé. – Jane Janela la – Vin diss dissee , cor corre rendo ndo pelo quar quarto. to. De Deteve teve-se -se,, no enta entanto, nto, quando viu algo sobre uma m esi esinh nhaa ao a o lado lado da da parede. pare de. Uma perna de m esa de m adeira, mei me io escondi escondida da sob sob uma fol folha ha de papel branco. Vin Vin a agarrou agar rou enquanto enquanto Kelsi Kelsier er chega chegava va à j anela. Ele se virou, olhando olhando para par a o aposento mais m ais uma um a vez ve z, então saltou na noite. noite. Adeus, Ade us, Marsh, Marsh, Vin pensou, pensou, pesarosa, pesar osa, e seguiu Ke Kels lsier. ier. – “ Creio que os inqui inquisidores sidores suspeitam de m im im”” – Doc Dockkson leu. O pa papel, pel, um umaa única folha recuperada de dentro da perna de mesa, estava limpo e branco, sem manchas do sangue que sujj ava os j oelh su oelhos os de de Kels Ke lsier ier e a bain ba inha ha da capa c apa de Vin. Dockson continuou a ler, sentado à mesa da cozinha da oficina de Trevo. – Te nho fe feit itoo per perguntas guntas dem a is, e sei que e nviar nviaraa m a o m enos um umaa m ensa ensagem gem par paraa o obrigador corrupto que supostamente me treinou como acólito. Quero descobrir os segredos que a rebelião sempre precisou saber. Como o Ministério recruta nascidos das brumas para serem Inquisidores? Por que os Inquisidores são mais poderosos do que alomânticos normais? Qual é a fraqueza deles – se é que existe uma? Infelizmente, não descobri quase nada sobre os Inquisidores; embora a politicagem dentro das fileiras regulares do Ministério continue a me surpreender. É como se os obrigadores comuns nem mesmo se importassem com o mundo lá fora,, excet fora exce to pelo pre prest stíg ígio io que que adqu a dquiire rem m ao serem sere m os mais ma is espertos ou exito exitoso soss em apli aplica carr as a s leis leis do Senhor Soberano. Os Inquisidores, no entanto, são diferentes. São muito mais leais ao Senhor Soberano do que os obrigadores comuns; e essa, talvez, seja parte da divisão entre os dois grupos. Apesar disso, sinto que estou perto. Eles têm têm um segredo, Kelsier. Uma fraqueza. Estou certo disso. Os outros obrigadores sussurram, embora nenhum deles saiba o que é. Temo ter sondado demais. Os Inquisidores me seguem, me observam, perguntam por mim. Por isso, preparei este bilhete bil hete.. Talvez Ta lvez m inha ca c a utela sej se j a desnec de snecee ssár ssária. ia. Talvez Ta lvez nã não. o. Dockson levantou os olhos. – É... tudo o que que diz. diz.
Kelsier estava em pé do outro lado da cozinha, as costas apoiadas no armário, em sua posiçç ã o ha posi habit bitual. ual. Mas... nã nãoo havia levianda leviandade de e m sua post postura ura desta vez. Estava com os bra braços ços cruzados, a cabeça ligeiramente inclinada. Sua dor incrédula parecia ter desaparecido, substituída por outra em oç oção ão – um umaa que Vin de vez em quando via a rde rdendo ndo som sombria briam m e nte a trá tráss de seus olhos ol hos.. Norm alm almente ente quando falava da nobreza. nobreza. Elaa est El e stre rem m ec eceu eu sem querer querer.. De pé como c omo ele, e le, Vin Vin subi subittam ente notou notou as roupas roupas dele dele – a capa c apa de brumas cinza-escura, camisa de mangas compridas, calça da mesma cor. Na noite, a roupa servia unicamente como camuflagem. No aposento iluminado, no entanto, as cores escuras o tornavam ameaçador. Ele se endireitou, e a sala ficou tensa. – Diga a Renoux par paraa de desapa sapare rece cerr – Ke Kelsi lsier er dis disse se e m voz baixa, ba ixa, a voz com c omoo fe ferr rro. o. – Ele pode usar usa r a hist história ória que inventam inve ntam os para par a esse e sse ca c a so... que se “re “ reti tira ra”” par paraa suas terra ter rass por causa c ausa da guerra entre as casas... mas quero que esteja longe amanhã. Mandem um Brutamontes e um olho de estanho com ele, como proteção, mas diga para abandonar seu barco a um dia de viagem vi agem da cid c idade ade e ent e ntão ão volt voltar até nós. Dockson Dock son se se deteve deteve,, então olhou para Vin e os outros. outros. – Ok... Ok... – Mar Marsh sh sabia sa bia de tudo, Dox – Ke Kelsi lsiee r diss disse. e. – Eles o tortura torturara ram m ante antess de m atá atá-lo... -lo... é a ssi ssim m que os Inquisidores trabalham. Lançou as a s palavras no ar. Vin V in senti sentiuu um ar arre repi pio. o. O covil estava com c omprome prometi tido. do. – Pa P a ra o esconde e sconderij rij o de e m e rgê rgência ncia,, então? e ntão? – Dockson Dockson perguntou per guntou – Só Só você voc ê e e u sabem sabe m os a localização. Kelsier Kelsi er assent assentiu iu com firm firmez eza. a. – Que Quero ro todo m undo for foraa desta loj lojaa , incluindo a pre prendiz ndizes, es, em quinz quinzee m inut inutos. os. Eu m e encontrarei com vocês no esconderijo de emergência em dois dias. Dockson Dock son olhou olhou para Ke Kels lsier, ier, o cenho c enho fra f ranz nzido ido.. – Dois dias? dias? Kell, o que está e stá planej plane j a ndo? Kelsier se dirigiu até a porta. Abriu-a, deixando as brumas entrarem, e então olhou novamente novam ente para pa ra a gangue, ga ngue, os olhos olhos tão tão duros quanto qualquer qualquer pre prego go dos Inquis Inquisid idore ores. s. – Eles me m e ace a certa rtara ram m onde m ais doeria. doer ia. Vou fa f a ze r o m e sm smo. o. Walin abriu caminho na escuridão, apalpando através das cavernas estreitas, obrigando seu corpo a passar por fendas quase pequenas demais. Continuou descendo, tateando com os dedos, ignorando ig norando os inúme inúmeros ros arranhões arr anhões e cortes. Preciso Prec iso c onti ontinuar nuar,, prec preciso iso continuar continuar... ... A sanidade que lhe restava dizia que este seria seu último dia. Haviam passado seis dias desde seu último sucesso. Se fracassasse uma sétima vez, morreria. Preciso Prec iso continuar. continuar. Nãoo c onseguia ve Nã ver; r; e stava m uit uitoo a baixo da super superfíc fície ie par paraa c a ptar seque sequerr um m íni ínim mo vislumbre do reflexo de um raio de sol. Mas, mesmo sem luz, podia encontrar o caminho. Só existi exis tiam am duas direç direções: ões: para cim cimaa e para baix baixo. o. Movi Movim m ento entoss para o lado lado não tinham tinham importância, eram er am fa facil cilm m ente desconsidera desconsiderados dos.. Não podia podia se perder per der enquant enquantoo contin continuass uassee descendo. Enquanto isso, buscava com os dedos, tateando a aspereza delatora de cristais brotando. Não podia volta volta r desta de sta vez ve z, não até a té que ti tivesse vesse êxito, não até... a té... Preciso Prec iso continuar continuar . Suas mãos rasparam em algo macio e frio enquanto se movia. Um cadáver, apodrecendo entre duas rochas. Walin prosseguiu. Corpos não eram incomuns nas cavernas apertadas; alguns
dos cadáveres eram frescos, a maior parte era simplesmente ossos. Com frequência, Walin se perguntava per guntava se os mortos m ortos não era e ram m os sortudos, sortudos, na verda ve rdade. de. Preciso Prec iso continuar. continuar. Nãoo havia Nã ha via “te “tem m po” na nass ca c a ver verna nas, s, re r e alm ente ente.. Em ge gera ral,l, ele e le volt voltaa va pa para ra c im imaa pa para ra dorm ir – e m bora na super superfíc fície ie houvesse ca capata patazze s c om c hicotes, tam bém ha havia via com ida. Era e sca scassa, ssa, apenas o suficiente para mantê-lo vivo, mas era melhor que a fome que o assaltaria caso ficasse lá em baix baixoo mui m uito to tem tem po. ... Preciso Prec iso... Deteve-se. Detevese. Tinha Tinha o torso torso enfiado em um umaa fenda f enda est e stre reit itaa na rocha, e estava a pon ponto to de seguir seguir em frente. Contudo, seus dedos – sempre tateando, ainda que quase inconscientemente – contiinuaram apalpando as paredes. cont parede s. E haviam haviam encontrado algo. algo. Suas mãos tremeram de expectativa, enquanto sentia o afloramento de cristal. Sim, sim, eram era m eles eles.. Cresciam Cresciam em um padrão largo e ci c ircul rcular ar na parede; eram pequ pequenos enos nas bord bordas, as, mas ma s iam ficando gradualmente maiores em direção ao centro. Bem no centro do padrão circular, os cristais se curvavam para dentro, seguindo um pequeno buraco na parede. Ali, os cristais eram maiores, cada um com uma borda irregular e afiada. Como dentes ao redor da mandíbula de uma bes bestta de pedra. Inspirando e rezando para o Senhor Soberano, Walin meteu a mão na abertura circular do tamanho de um punho. Os cristais arranharam seu braço, marcando sulcos compridos e finos ao longo de sua pele. Ignorou a dor, forçando o braço ainda mais, acima do cotovelo, buscando com os dedos por... Seus dedos encontraram uma pequena rocha de cristal no meio do buraco – uma rocha Ali! Seus Ali! formada por misteriosas gotas de cristal. Um geodo de Hathsin. Agarrou-o ansiosamente, puxando-o para fora, arranhando o braço novamente enquanto o retirava do buraco forrado de cristais. Embalou a pequena rocha esférica, respirando pesadam pesa dam e nte de ale alegria gria.. Outros sete dias. Viveria por mais sete dias. Antes que a fome e a fadiga o enfraquecessem ainda mais, Walin começou a laboriosa escalada. Ele se espremeu entre fendas, subindo por saliências na parede. Às vezes tinha que se mover para a direita ou para a esquerda até que o teto se abrisse, mas ele sempre se abria. Havia, na verdade, apenas a penas duas duas dire direções: ções: par paraa cima c ima ou par paraa baixo. Ficou com o ouvido atento: já vira escaladores mortos, assassinados por homens mais ovens e mais m ais fortes fortes que esp e sper eravam avam para roubar um geodo geodo.. Feli Felizzm ente, não encontrou ni ningu nguém ém . Isso era bom. Era um homem mais velho – velho o bastante para saber que nunca deveria ter tentado tent ado roubar com c omiida do lorde de sua pl plantaçã antação. o. Talvez m ere erece cess ssee o casti c astigo. go. Talvez Talvez m er erec ecesse esse morre m orrerr nas Minas Minas de Hath Ha thsi sin. n. Mas não morrerei morre rei hoje, hoje , pensou, sentindo finalmente o cheiro do ar doce e fresco. Era noite lá fora. Ele não se importava. As brumas não o incomodavam mais – nem mesmo os espancam espanca m ento entoss o in incom comodavam odavam tanto agora. Estava Estava cansado c ansado dem dem ais par paraa se incomodar. incomodar . Walin começou a escalar a fenda – uma das dúzias no pequeno e plano vale conhecido como Minas de Hathsin. Então se deteve. Um homem estava parado diante dele, em meio à noite. Estava vestido com uma capa comprida, que parecia ter sido rasgada em tiras. O homem olhou para Walin, silencioso e poderoso poder oso em suas roupas r oupas negra ne gras. s. Então lhe estende e stendeuu a m ão. Wali Wa linn se encol enc olheu. heu. O homem home m , no entanto entanto,, agarrou agar rou sua sua m ão e o tirou tirou da fenda. fe nda. – Vá! Vá ! – o hom e m diss dissee e m voz baixa baixa,, em e m m e io ao turbilhão de brum a s. – A m a ior parte pa rte dos guardas está morta. Reúna o máximo de prisioneiros que conseguir e fuja deste lugar. Têm um
geodo? Wali Wa linn se encol enc olheu heu novam novam ente, levando levando a m ão ao a o peito. peito. – Ótimo Ótim o – disse disse o desconhec desc onhecido. ido. – Quebre Quebr e -o. Va Va i encontra enc ontrarr um a conta de m e tal dentro dentr o dele: dele : é muito valiosa. Venda-a no submundo de qualquer cidade que encontrar; vai ganhar o suficiente paraa viver por anos. par a nos. Vá, rápido! r ápido! Não N ão sei se i quanto tem tem po tem até que o alar a larm m e sej se j a dado. Wali Wa linn cam ca m baleou par paraa trás, confuso. confuso. – Quem Que m ... quem é você voc ê ? – Sou Sou o que você será em breve – o desconhecido disse, aproximando-se da fenda. As tiras você será de sua capa escura se enroscavam ao seu redor, misturando-se com as brumas quando ele se virou na direção de Walin. – Sou um sobrevivente. Kelsier olhou para baixo, estudando a cicatriz escura na rocha, ouvindo enquanto o prisioneiro se perdia pe rdia na distância. distânc ia. – E assim e sto stouu de volt voltaa – Ke Kelsi lsier er suss sussurr urrou. ou. Suas c ica icatriz trizee s ar ardiam diam , e as lem bra brança nçass retornaram. Lembranças dos meses passados se espremendo entre as fendas, dos braços arra ar ranhado nhadoss nas facas fac as cris cr istal taliinas, tentando tentando,, a cada c ada di dia, a, encont e ncontra rarr um geodo. geodo..... apenas um, um , para que pudesse c onti ontinuar nuar vivendo. Conseguiria realmente descer mais uma vez naquelas profundezas apertadas e silenciosas? Conseguiria entrar na escuridão de novo? Kelsier ergueu os braços, olhando para as cicatrizes, ainda brancas e destacadas. Sim. P elos sonhos sonhos dela, ele e le podia. Aproximou-se da fenda e se forçou a descer por ela. Então queimou estanho. Im ediatam ediatamente ente ouviu ouviu um estal estalid ido. o. O estanho iluminava a fenda embaixo de Kelsier. Embora ficasse mais larga, também se dividia, abrindo-se em todas as direções. Parte caverna, parte fenda, parte túnel. Logo pôde ver seu primeiro buraco cristalino de atium – ou o que restara dele. Os compridos cristais prateados estavam fra fratu tura rados dos e quebrados quebra dos.. Usar alomancia perto dos cristais fazia com que estilhaçassem. Por isso o Senhor Soberano tinha ti nha que usar escra e scravos vos,, não alomânt alomâ nticos icos,, para colet coletar ar ati atium um para ele. Agora, o teste ve verdadeiro rdadeiro,, Kelsier pensou, entrando ainda mais na fenda. Queimou ferro, e imediatamente viu várias linhas azuis apontando para baixo, na direção dos buracos de atium. Embora os buracos em si provavelmente não tivessem nenhum geodo dentro deles, os próprios cris cr istais tais emit em itiam iam leves linhas linhas az a zui uis. s. Tinha Tinha quanti quantidade dadess resi re siduais duais de ati a tium um.. Kelsier Kelsi er se concentro c oncentrouu em uma das linhas linhas azui azuis, s, e puxou e puxou de de leve. Seus ouvidos amplificados pelo estanho e stanho ouviram algo se esti e stilhaç lhaçaa r na fe fenda nda aba a baixo ixo dele. Kels Ke lsier ier sorriu. Quase três anos a nos atrás, parado para do sobre sobre os cadávere ca dáveress ensanguentados ensanguentados dos capatazes capatazes que havi ha viam am espancado Mare até a morte, notara pela primeira vez que podia usar ferro para sentir onde estavam os buracos de cristal. Mal compreendia seus poderes alomânticos naquela época, mas, então, ent ão, um plano com começou eçou a se formar form ar em su suaa m ent ente. e. Um pl plano ano de ving vingança. ança. Esse plano tinha evoluído, crescido para abarcar muito mais do que pretendia originalmente. Mas uma das peças-chave permanecera guardada em um canto de sua mente. Podia encontrar os buracos de cristal. Podia destruí-los, usando alomancia. E eles eram e ram o único único m eio de produzi produzir ati a tium um em to todo do o Império Im pério Fin Final. al. Vocês tentaram me destruir, Minas de Hathsin , ele pensou, descendo ainda mais pela fenda. Chegou a hora de retribui retribuirr o favor .
Estamos perto, agora. Estra Estranhame nhamente, nte, ne nessa ssa alt altura ura das montanhas, parec parecee mos fi finalmente nalmente livres do toque opressivo das Profundezas. Já faz um tempo desde que eu soube como era. O lago que Fedik descobriu está abaixo de nós – posso vê-lo daqui. Parece ainda mais estranho desta perspectiva, com seu brilho vítreo – quase metálico. Quase desejo ter permitido que ele pegasse uma amostra da água. Talvez o interesse dele tenha sido o que enfureceu a criatura de brumas que nos segue. Talvez... tenha sido por isso que decidiu atacá-lo, apunhalando-o com sua faca invisível. Curiosamente, o ataque me conforta. Pelo menos sei, desde então, que alguém mais a viu. sso signi signifi fica ca que não estou louc louc o.
– Então... ac a c abou? – Vin pe perguntou. rguntou. – O plano, quero que ro dizer dizer.. Ham deu de de ombro om bros. s. – Se os Inquisidores tortura torturara ram m Mar Marsh, sh, quer diz dizer er que sabe sabem m de tudo. Ou, pelo m e nos, sabem o bastante. Sabem que planejamos atacar o palácio, e que vamos usar a guerra entre as casas como cobertura. Nunca conseguiremos que o Senhor Soberano saia da cidade, agora, e certamente nunca conseguiremos que ele mande a guarda do palácio para a cidade. As coisas não parecem boas, Vin. Vin permaneceu em silêncio, digerindo a informação. Ham estava sentado de pernas cruzadas no chão sujo, recostado em uma parede de tijolos. O esconderijo de emergência era um porão frio e úm ido com apena apenass trê trêss aposento aposentos, s, e o ar cheirava a pó e cin c inzzas. Os aprendizes aprendizes de Trevo pegaram um dos quartos só para si, ainda que Dockson tivesse mandado embora todos os outros out ros criados antes antes de irem para o refúgi re fúgio. o. Bris risaa est estava ava para parado do do out outro ro lado. De vez em quand quandoo lançava um ol olhar har desconfort desconfortável ável para par a o chão sujo e os bancos cheios de pó, então decidia continuar em pé. Vin não entendia por que
ele se incomodava – seria impossível manter as roupas limpas enquanto estivessem vivendo no que era, essencialmente, um buraco no chão. Brisa não era o único que lamentava o cativeiro autoimposto; Vin ouvira vários dos aprendizes reclamando que quase preferiam terem sido pegos pelo Ministério. Mesmo assim, durantee os dois durant dois dias dias em que estivera estiveram m no porã porão, o, todo todoss permanec perm anecer eram am no refúgio, refúgio, exceto exce to quand quandoo era absolutamente necessário sair. Entendiam o perigo: Marsh podia ter dado aos Inquisidores as descrições e os pseudô pseudôni nim m os de cada ca da mem m em bro da gangue. gangue. Bris risaa m eneou a cabeça. ca beça. – Talve alvezz, ca cavalhe valheiros, iros, sej a hora de dar a oper operaa çã çãoo por e nce ncerr rraa da. Te ntam os com c om todas a s nossas nos sas forças, forç as, e, e , consider considerando ando o fato fa to de de que noss nossoo plano plano original original – reuni re unirr o exér e xército cito – ter term m ino inouu de m aneira tão trá trági gica ca,, eu diria diria que fizem fizem os um um trabalh trabalhoo mar m aravil avilhos hoso. o. Dockson suspirou. – Bem Bem,, c e rta rtam m e nte não poder poderee m os viver c om os fundos e conom iz izaa dos dura durante nte m uit uitoo tempo... especialmente se Kelsier continuar dando nosso dinheiro para os skaa. – Estava sentado à mesa, que era o único móvel do aposento, seus cadernos de contabilidade, anotações e contratos m ais im im port portantes antes organiz organizados em pi pilh lhas as diante diante dele. Fora Fora in incr criv ivelm elmente ente eficaz e ficaz em re recolh colher er ca cada da pedaçç o de papel peda pa pel que pudesse incr incrim iminar inar a gangue ou dar m ais inform a ç ões sobre o plano deles. de les. Brisa assentiu. – Eu, pe pela la prim primee ira vez, e sto stouu quer queree ndo m udar udar.. Tudo iss issoo tem sido diver diverti tido, do, delicioso, e todas to das essas outras outras em e m oções posit positiv ivas, as, m as trabalhar com Kelsi Kelsier er pod podee ser um pou pouco co desg de sgast astante. ante. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Não Nã o vai fica f icarr com c om a gangue gangue?? – De D e pende do próxim pr óximoo trabalho tra balho – Brisa dis disse. se. – Não N ão som somos os com c omoo as a s outras outra s gangues, ga ngues, sabe sabe... ... trabalhamos porque nos agrada, não porque nos mandam. Nos recompensa ser muito exigentes com os tra trabalh balhos os que que ace a ceit itam am os os.. As recompe rec ompens nsas as são grandes, mas ma s tam tam bém os ris riscos. cos. Ham sorriu, apoiando os braços atrás da cabeça, completamente despreocupado com a sujeira. – Isso m e io que m e fa fazz per perguntar guntar c om omoo ac a c a bam os neste tra trabalho balho em e m par parti ticc ular ular,, hein? he in? Ri Risco sco m ui uito to grande, recom re com pensa mui m uito to pequena. – Ne Nenhum nhumaa , na ver verda dade de – Bris Brisaa obser observou. vou. – Nunc Nuncaa ter terem em os aque aquele le a ti tium um a gora gora.. As palavra pala vrass de Ke Kelsi lsiee r sobre altruísm altruísmoo e tra traba balhar lhar pa para ra a j udar os sk skaa a for foram am todas m uit uitoo bonit bonitaa s, m as eu sempre sem pre esp e sper erei ei que que cons c onseguí eguíss ssem em os pôr a mão m ão naquele tesouro. tesouro. – Certo – Doc Dockkson diss disse, e, e rgue rguendo ndo os olhos de suas a notaç notações. ões. – Mas, va valeu leu a pena pena,, pe pelo lo m enos? O trabalho tra balho que que fiz fizem em os. os..... as cois c oisas as que cons c onseguim eguimos? os? Brisa e Ham se detiveram, então ambos assentiram. – E por iss issoo fic ficaa m os – Doc Dockkson prosseguiu. pr osseguiu. – O própr próprio io Kell Ke ll disse: disse: e le nos escolheu e scolheu porque sabia que tentaríamos algo um pouco diferente para conseguir um objetivo digno. Vocês são bons hom ho m ens. ens..... até até m esmo você, Bris Brisa. a. Pare Pa re de faz f azer er cara c ara feia para m im . Vin sorriu com a brincadeira familiar. Havia um sentimento de pesar em relação a Marsh, mas aqueles eram homens que sabiam ir em frente apesar de suas perdas. De certo modo, realm re almente ente eram er am com comoo os sk skaa aa,, no final final das contas. contas. – Um a guer guerra ra e ntre as c asa asass – Ha H a m diss dissee despr despree ocupa ocupadam dam e nte, sorrindo sor rindo para pa ra si. – Quantos Qua ntos nobres no bres acham qu quee vão morrer? morre r? – Ce Ce ntena ntenas, s, pelo menos m enos – Dock Doc kson respondeu, re spondeu, sem se m leva levantar ntar o olhar. olhar . – Todos mortos m ortos por suas próprias própr ias mãos m ãos nobre nobr e s gananc gana ncios iosaa s. – Vou adm it itir ir que ti tinha nha m inhas dúvidas sobre todo e sse fia fiasco sco – Bris Brisaa fa falou. lou. – Mas a interrupção que isso causará no comércio, sem mencionar a desordem no governo... bem, você
está certo, Dockson. Valeu a pena. – Por P or suposto! – Ham Ha m diss dissee , imit im itando ando a voz peda pedante nte de Brisa. Vou sentir falta deles , Vin pensou, pesarosa. Talvez Kelsier me deixe fazer parte do próximo trabalho. As escadas rangeram, e Vin se escondeu instintivamente nas sombras. A porta lascada se abriu, e uma forma familiar, vestida de negro, entrou. Levava a capa de brumas no braço, e seu rosto parecia incrivelmente esgotado. – Kelsi Ke lsiee r! – Vin exclam exc lam ou, dando um passo para pa ra fr free nte. – Olá, pessoal pe ssoal – ele diss disse, e, com c om voz c a nsada nsada.. pensou. Recc urso de pelt Conheço esse cansaço, cansaço , Vin pensou. Re pe ltre. re. Onde O nde ele e le estev e stevee ? – Está atra a trasado, sado, Kell Ke ll – Dock Doc kson disse, disse, ainda a inda sem leva levantar ntar os olhos olhos de seus se us livroslivros-ca caixa. ixa. – Eu m e e sfor sforçç o para pa ra m a nter a c onsi onsistênc stência ia – Kelsier K elsier dis disse, se, lar largando gando a c apa de brum a s no chão, esp e spreguiçando-s reguiçando-see e sent sentando. ando. – Onde est e stão ão Trevo Tr evo e Fantasma antasma?? – Tre T revo vo está e stá dorm indo no quar quarto to dos fundos – Doc Dockkson fa f a lou. – Fa ntasm ntasmaa foi com Renoux. Im agin aginam am os que que queria que ele e le levasse levasse nos nosso so melh me lhor or olho olho de est e stanho anho como com o vigi vigia. a. – Boa ideia – Ke Kelsi lsiee r diss disse, e, solt soltando ando um prof profundo undo suspi suspiro ro e fe fecc hando os olhos enquanto e nquanto se recos rec osttava na parede. pare de. – Meu ca c a ro – Brisa disse –, está e stá com c om um umaa apar a parêê ncia ter terríve rível.l. – Nã Nãoo é tão ruim quanto par paree ce ce... ... volt voltei ei com m a is ca c a lm lmaa , a té par paree i par paraa dorm ir algum algumaa s horas no meio me io do cam in inho. ho. – Sim im,, m as onde esteve esteve?? – Ham perguntou com severidade. – Estávamos morrendo de preoc pre ocupaç upaçãã o que esti e stivesse vesse fa fazzendo algo... a lgo... bem, bem , estú e stúpido. pido. – Na ver verda dade de – Bris Brisaa obser observou vou –, tí tínham nham os por c er erto to que esta estava va fa fazze ndo algo e stú stúpido. pido. Só nos perguntávamos o quão estúpido esse acontecimento em particular poderia ser. Então, o que quão estúpido foi? Assassinou o Sumo Prelado? Massacrou dezenas de nobres? Roubou a capa dos ombros do próprio própr io Se Se nhor Soberano? Sober ano? – Destruí De struí as Mina Minass de Hathsi Ha thsinn – Kelsi Ke lsiee r disse em e m voz baixa baixa.. O apos a posento ento ficou em e m si silêncio, lêncio, atônito. atônito. – Sa be – Brisa fina finalm lmee nte diss dissee –, é de se pe pensar nsar por que a e ssa altura ainda não aprendem apre ndemos os a não subesti subestim m á-lo. – Destruiu De struiu as minas? m inas? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – Como é possí possíve vell destruir as a s Minas Minas de Ha Hathsi thsin? n? Nã Nãoo são mais m ais do do que um pun punhado hado de fendas fe ndas no chão! – Bem, Bem , eu e u não nã o destruí de struí as m inas em e m si – Kelsi Ke lsier er e xpli xplicc ou. – Apenas Ape nas arr a rrebe ebentei ntei os crist cr istaa is que produzem ge geodos odos de ati a tium um.. – Todos eles? – Dockson Dockson perguntou, per guntou, aturdido. – Todos os que que conse consegui gui encontra enc ontrarr – Ke K e lsi lsier er a firm ou. – E foram for am vár várias ias ce c e ntena ntenass de bura bur a cos. Foi realmente muito mais fácil me mover lá embaixo, agora que domino a alomancia. – Cristais? Cristais? – Vin perguntou, per guntou, confusa. confusa . – Crista Crista is de ati a tium um,, Vin – Doc Dockkson disse. disse. – Eles Ele s produzem os geodos... ge odos... não ac acho ho que algué alguém m saiba como... e esses geodos contêm contas de atium dentro deles. Kels Ke lsier ier assenti assentiu. u. – Os O s cristais c ristais são sã o o m oti otivo vo pelo pe lo qual qua l o Se nhor Sober oberaa no não nã o pode m anda andarr a lom lomââ nti nticc os para pa ra uxar os geodos de atium. Usar alomancia perto dos cristais os faz se estraçalhar... e levarão séculos sécul os para crescer c rescerem em no novam vament ente. e. – Sé Sé culos durante dura nte os quais não produz pr oduzirã irãoo atium – Dock Doc kson acre ac resce scentou. ntou. – E, então, e ntão, você voc ê ... – Vin se ca c a lou. – Pus P us fim f im à produç produçãã o de a ti tium um do Im I m pér pério io Fina Final,l, pelo pe lo menos m enos pelos próxim pr óximos os trez tre zentos anos a nos
aproximadamente. Elend. A Casa Venture. Estão a cargo das Minas. Como o Senhor Soberano reagirá quando se se inteirar disso? – Se u louco – Bris Brisaa dis disse se em voz baixa baixa,, os olhos a rr rree gala galados dos – O a ti tium um é a ba base se da economia imperial... controlá-lo é uma das principais maneiras que o Senhor Soberano tem de manter controle sobre a nobreza. Pode ser que não consigamos pegar suas reservas, mas em algum momento isso terá o mesmo efeito. Seu bendito lunático... seu bendito gê bendito gênio nio!! Kels Ke lsier ier sorriu sorr iu com tris tristez teza. a. – Agrade Agr adeço ço os dois elogios. elogios. Os Inquisidore Inquisidoress já j á a tac tacar araa m a loj a de Tr Trevo? evo? – Não Nã o que nossos vigias vigias tenham tenha m vis visto to – Dockson Dockson respondeu. re spondeu. – Bom – Ke Kelsi lsiee r fa falou. lou. – Ta lvez não tenha tenham m c onseguido dobra dobrarr Mar Marsh. sh. Na m e lhor das hipóteses, eles talvez não saibam que suas estações de abrandamento abrandamento estão comprometidas. Agora, se não se importam, vou dormir. Temos muita coisa para planejar amanhã. O grupo se deteve. – P lane lanejj a r? – Dox fina finalm lmee nte per perguntou. guntou. – Ke Kell ll... ... está estávam vam os m eio que pensa pensando ndo que devíamos desistir. Provocamos uma guerra entre as casas, e você acaba de se encarregar da econo ec onom m ia imperial. impe rial. Com Com nos nosso so disfarc disfarcee e nos nosso so plano plano com c omprome promettid idos os... ... Bem Bem , honestam honestam ente não espera esp era qu quee faç façam am os mai ma is nada, certo? Kelsier Kelsi er so sorriu, rriu, fica ficando ndo em pé, cam ca m baleante, e parti pa rtindo ndo par paraa o quar quarto to de de trá rás. s. – Conver Conversar saree m os am a nhã. – O que ac acha ha que e le está plane planejj a ndo, Sazed? – Vin pe perguntou, rguntou, senta sentada da e m um banc bancoo ao lado da lareira do porão, enquanto o terrisano preparava a refeição da tarde. Kelsier dormira a noite noi te toda, toda, e aind aindaa não nã o desper despertara tara até agora. a gora. – Nã Nãoo tenho re reaa lm lmee nte ideia, senhor senhoraa – Sa ze d re respondeu, spondeu, prova provando ndo o guis guisaa do. – Em Embora bora,, neste momento, com a cidade tão desequilibrada, pareça a oportunidade perfeita para atacar o Im pér pério io Final. Final. Vin ficou pensati pe nsativa. va. – Suponho que a inda podem os toma tom a r o palá palácio... cio... é o que Ke Kell ll sem pre quis faz fa zer er.. Mas, se o Senhor Soberano foi avisado, os outros não vão querer que isso aconteça. Além disso, não parece que temos soldados suficientes para fazer muita coisa na cidade. Ham e Brisa não terminaram o recrutamento. Sazed deu de ombros. – Talvez Ta lvez Ke Kelsi lsiee r tenha te nha outros planos em e m re relaç lação ão ao a o Se Se nhor Soberano Sober ano – Vin V in meditou. m editou. – Talvez Ta lvez.. – Sa Sa zed? – Vin disse disse lentam lenta m e nte. – Você Voc ê re r e c om ompil pilaa lenda lendas, s, certo? ce rto? – Co Com m o Gua Guarda rdador, dor, re recc om ompil piloo m uit uitaa s coisas – Sa zed com entou. – Hist História órias, s, lenda lendas, s, reli re ligi giões. ões. Quando Quando eu era j ovem ovem,, outro outro Guar Guardador dador me m e rec r eciito touu todo todo seu conheciment conhecime nto, o, par paraa que eu eu pudesse a rm a ze náná-lo, lo, e então e ntão aum a umee ntántá-lo. lo. – Já ouviu sobre essa e ssa lenda do “Dé “D é c im imoo Prim P rimeir eiroo Metal” Meta l” da qual Kelsi Ke lsier er fa fala? la? Sazed se deteve. dete ve. – Não, Nã o, senhora. senhor a. Esta E sta lenda er eraa nova pa para ra m im quando a ouvi de Mestre Ke Kelsi lsier er.. – Mas ele e le j ura que é ver verdade dade – Vin falou. fa lou. – E eu... acr a credito edito nele, nele , por algum a lgum m oti otivo. vo. – É m uit uitoo possí possível vel que ha hajj a lenda lendass que e u nã nãoo tenha ouvido – Sa ze d c oncor oncordou. dou. – Se os Guardadores soubessem tudo, então por que continuar procurando? Vin assentiu, ainda um pouco incerta. Saz azed ed cont c ontin inuou uou a rem re m exer a so sopa. pa. Ele parec par ecia ia tão... tão... digno digno,, mesm m esmoo enquanto enquanto reali re alizzava uma
tarefa tão simples. Vestia sua túnica de mordomo, sem se preocupar em quão simples era o serviço que fa fazzia, substi substitu tuind indoo com fa facili cilidade dade os criados da gangue ga ngue que haviam ha viam si sido do despedidos. despedidos. Pass Pa ssos os rápidos rápidos so soar aram am na escada, e scada, e Vin se se em e m perti pertigou gou,, levantando levantando-se -se de seu banco. – Se Se nhora nhora?? – Sazed Sazed perguntou. pe rguntou. – Tem Te m algué alguém m nas esca e scadas das – Vin disse, aproxim a proximaa ndo-se da entra e ntrada. da. Um dos aprendizes – Vin achava que o nome dele era Tase – irrompeu porta adentro. Agora que Lestibournes se fora, Tase se tornara o principal vigia da gangue. – As pessoas pessoa s estão se re reunindo unindo na praça pra ça – Tase Ta se disse, gesti ge sticula culando ndo na direçã dire çãoo das esca e scadas. das. – O que foi? – Dock Doc kson disse, disse, saindo sa indo do outro aposento. a posento. – P e ssoas, na pra praçç a da fonte fonte,, Mestre Doc Dockkson – o gar garoto oto dis disse. se. – Diz Dizee m nas rua ruass que os obrigadores obri gadores estão estão planejando planej ando mais ma is exec execuções. uções. pensou. Não de Retal Re taliação iação pelas pe las Minas, Minas, Vin pensou. Não de morou muito. muito. A expressão de Dockson ficou sombria. – Vá a c orda ordarr Ke K e ll ll.. – P re retendo tendo obser observává-los los – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , a ndando pe pelo lo aposento, a posento, vestido com c om roupa roupass simples sim ples de skaa skaa e capa. c apa. O estômago de Vin revirou. De revirou. De novo? – Voc ocês ês podem fa fazzer o que quisere quiserem m – Ke Kelsi lsiee r diss dissee . P ar arec ecia ia m uit uitoo m e lhor depois do descanso prolongado; seu esgotamento se fora, substituído pela força característica que Vin sempre esperava dele. – As execuções são, provavelmente, uma retaliação ao que fiz nas minas – Ke Kelsi lsiee r prosse prosseguiu. guiu. – Vou obser observar var a s m orte ortess daquela da quelass pessoas... pe ssoas... porque porque,, indi indire retam tam ente ente,, e u as causei. – Não Nã o é culpa c ulpa sua, Ke K e ll – Dock Doc kson obse obse rvou. – É culpa c ulpa de todos nós nós – Kelsi Ke lsiee r disse abrupta a bruptam m ente ente.. – Isso não nã o torna o que fiz fizem em os erra er rado... do... mas, se não fosse por nós, aquelas pessoas não teriam que morrer. Eu, pelo menos, acho que o m ín ínimo imo que podemos podem os fazer fazer por aquelas pessoas pessoas é testem testem unh unhar ar su suaa pass passagem agem . Abriu a porta, subindo os degraus. Lentamente, o resto da gangue o seguiu – embora Trevo, Sazed e os apre a prendi ndizzes tivessem tivessem fica ficado do no refúgi ref úgio. o. Vin subiu os degraus com cheiro de mofo, juntando-se aos outros depois de um tempo em uma rua encardida no meio de um bairro pobre skaa. As cinzas caíam do céu, flutuando preguiçosa pre guiçosam m ente e m floc flocos. os. Ke K e lsi lsier er j á desc descia ia a rua rua,, e o re r e stante de deles les – Brisa, Ha Ham m , Dock D ockson son e Vin – apertou o passo passo par paraa alcanç alcançáá-llo. O esconderijo deles não estava muito longe da praça da fonte. Kelsier, no entanto, parou algumas ruas antes do destino deles. Skaa de olhos turvos continuavam andando, unindo-se à m ul ulti tidão. dão. Sinos Sinos soava soavam m ao lo longe. nge. – Kell Ke ll?? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. Kelsier Kelsi er incli nclinou nou a cabeç c abeça. a. – Vin, ouviu ouviu isso? isso? Ela fechou os olhos e avivou o estanho. Concentre-se Concentre-se,, pensou. Como Fantasma disse. Deixe de lado os passos e os murmúrios. Ouça sobre as portas batendo e as pessoas respirando. Ouça... – Ca Ca valos – ela diss dissee , reduz re duzindo indo o estanho e abrindo a brindo os olhos. olhos. – E carr ca rruage uagens. ns. – Carroç Car roçaa s – Kelsi Ke lsiee r dis disse, se, dirigi dirigindo-se ndo-se par paraa a later lateraa l da rua rua.. – As A s ca c a rr rroça oçass dos prisioneiros. Estão vindo por aqui. Olhou para os edifícios ao seu redor, então agarrou uma calha e começou a escalar a paree de. Bris par Brisaa re revirou virou os olhos olhos,, c utuca utucando ndo Doc Dockkson e a ce cenando nando c om a ca cabeç beçaa na dire direçç ão da frente do edifício, mas Vin e Ham – acendendo peltre – seguiram Kelsier com facilidade até o
telhado. – Ali – Kell Ke ll disse, disse, apontando a pontando para pa ra um umaa rua nã nãoo muit m uitoo longe dali da li.. Vin m a l podia podia ver a fila de carroç ca rroças as com grades dos pris prisiionei oneiros ros dirig dirigin indo-s do-see para a praça pra ça.. Dockson e Brisa entraram no telhado inclinado por uma janela. Kelsier ficou onde estava, paraa do na beira par be ira do telhado, contem c ontem plando as a s carr ca rroça oçass dos prisioneiros. prisioneiros. – Kell Ke ll – Ham Ha m diss dissee com c om seve severida ridade de –, no que e stá pensando? pensa ndo? – Ainda estam e stamos os a um a ce certa rta dist distââ ncia da pra pr a ça – respondeu re spondeu lentam lenta m e nte. – E os Inquisidore Inquisidoress não viaj viaj am com os pris prisio ioneiros neiros;; virã virãoo do palác palácio io,, como com o da última última vez vez.. Não deve haver m ais que que uma centena de soldados vigiando aquelas pessoas. – Ce Ce m hom homens ens são sã o bastante, bastante , Kell Ke ll – Ham Ha m c om omee ntou. Kelsier não pareceu ouvir suas palavras. Deu outro passo adiante, aproximando-se da borda do telhado. – Posso P osso deter iss isso... o... posso salvá salvá-los. -los. Vin parou ao lado dele. – Kell Ke ll,, pode ser que não ha hajj a m uit uitos os guardas guar das com c om os prisione prisioneiros, iros, mas m as a pra praça ça da fonte está a poucos quarteirões de distância. Está repleta de soldados, sem falar de Inquisidores! Ham, inesperadamente, não a apoiou. Deu meia-volta, olhando para Dockson e Brisa. Dox se deteve, ent e ntão ão deu de om ombros bros.. – Estão todos loucos? – Vin exclam exc lam ou. – Espere Esper e um m om omento ento – Brisa disse, aper a pertando tando os olhos. – Não sou nenhum ne nhum olho de estanho, e stanho, m as alg a lguns uns daqueles daqueles prisio prisioneiros neiros não não pare pa rece cem m um pou pouco co bem be m vest vestid idos os demais dem ais?? Kelsier paralisou, então praguejou. Sem aviso, saltou do telhado, caindo na rua abaixo. – Ke Kell ll!! – Vin o cha cham m ou. – O que...? – Então se dete deteve, ve, olhando sob a luz verm ver m elha do sol sol,, observando a lenta aproximação da procissão de carroças. Com seus olhos ampliados pelo estanho, estanh o, pensou pensou ter reconhecido re conhecido algu alguém ém sent sentado ado em uma das carroça car roçass da da fre f rent nte. e. Fantasma. – Kelsi Ke lsiee r, o que e stá aconte a contecc endo? – Vin exigiu exigiu saber, sabe r, disparando dispar ando até a té a rua ao lado la do dele. dele . Ele reduziu um pouco a velocidade. – Vi V i Renoux e Fa ntasm ntasmaa na prim primeir eiraa c ar arroç roçaa . O Mini Ministério stério deve ter a tac tacaa do o com boio de Renoux no canal... as pessoas naquelas gaiolas são criados, pessoal da casa e guardas que contratamos para trabalhar na mansão. O comboio no canal... canal... Vin pensou. O Ministério deve saber que Renoux era uma fraude. arsh confessou, confe ssou, no final final das contas. contas . Atrás deles, deles, Ham saiu do edifício edifício.. Bris Brisaa e Dock Dockso sonn demorar dem oraram am m ais par paraa os alcançar alcanç ar.. – Tem Te m os que agir a gir rápido! rá pido! – Kelsi Ke lsiee r disse, apre a pressando ssando o passo pa sso novame novam e nte. – Ke Kell ll!! – Vin dis disse, se, a gar garra rando ndo seu bra braçç o. – Ke Kelsi lsier er,, não pode salvá salvá-los. -los. Estão m uit uitoo bem vigi vi giados, ados, e estamos estam os em pl pleno eno dia dia no m eio da cidade. Só Só consegui conseguirá rá que o matem m atem ! Ele se deteve, indeciso, no meio da rua, voltando-se para Vin. Olhou-a nos olhos, desapontado. – Nã Nãoo ente entende nde do que se tra trata ta tudo iss isso, o, não é, Vin? Nunc Nuncaa e ntende ntendeu. u. Eu deixe deixeii que m e detivesse uma vez, na colina, junto ao campo de batalha. Não desta vez. Desta vez posso fazer algum algu m a coi c oisa. sa. – Mas... Ele soltou soltou o braço. bra ço. – Ainda pre pr e cisa a pre prender nder a lgum lgumas as coisas c oisas sobre am iz izaa de, Vin. V in. Espero que a lgum dia entenda e ntenda quais são.
E começou a correr na direção das carroças. Ham ultrapassou Vin, tomando outra direção, abrindoo cam in abrind inho ho entre entre os sk skaa que seguiam seguiam para a praça pra ça.. Vin ficou estupidamente parada por alguns segundos, sentindo a cinza cair, quando Dockson a alcançou. – É insanidade – ela m urm urou. – Não Nã o podem os faz fa ze r isso. Não som os invenc invencíveis. íveis. Dockson fez um careta. – Tam Ta m pouco som os indef indefee sos. Bris risaa chegou c hegou,, arfando, arf ando, e apontou apontou par paraa um a rua r ua lateral. – Ali. Pre Pr e c isam isamos os de um lugar onde eu e u possa ver ve r os soldados. Vin os os seguiu seguiu,, sentin sentindo do de repent re pentee uma vergonha mis m istu tura rada da à preocupaç preocupação. ão. Kelsiee r... Kelsi Kelsier jogou dois frascos vazios, depois de ingerir seus conteúdos. Os frascos cintilaram no chão, mas não chegaram a se quebrar contra as pedras. Entrou em um último beco, correndo por uma rua estranhamente vazia. As carroças dos prisioneiros seguiam na direção dele, entrando em uma pequena praça formada pela interseção de duas ruas. Cada veículo retangular estava cercado de grades; cada um deles estava estava lo lotado tado de de pess pessoas oas agora clara claram m ente fam fa m ili liar ares. es. Criados Criados,, sold soldados, ados, amas am as – alg a lguns uns eram era m rebeld rebeldes, es, mas a m aio aioria ria era pes pesso soas as comuns. comuns. Nenhum Nenhum deles merec mer eciia m orrer. Tantos skaa já morreram, morreram , ele pensou, avivando seus metais. Centenas. Milhares. Centenas de milhares.. milhares Não hoje. Não mais mais. Jogou Jo gou um umaa m oeda e salt saltou, ou, empurrando-se pelo ar em e m um ar arco co am pl plo. o. Os so sold ldados ados olh olhar aram am paraa c im par imaa , apontando aponta ndo para par a ele. e le. Kelsi Ke lsier er ate aterr rriss issou ou bem no me m e io deles. Houve um momento de silêncio, enquanto os soldados se viravam, surpresos. Kelsier se agachou agac hou entre entre eles, pedaços de cinz cinzas as caind c aindoo do céu. cé u. Então empurrou empurrou.. Avi vivou vou seu seu aço a ço com c om um grit grito, o, erguendo-se erguendo-se e empurrando empurrando para fora. A explosão de seus poderes poder es alom ânticos ar arre rem m e ssou os sold soldaa dos par paraa longe, pela pelass plac placas as peitora peitorais, is, a ti tira rando ndo um umaa dúzia dúz ia de homens home ns no ar, e faz f azendo-os endo-os se chocare choca rem m cont contra ra os com companheiros panheiros e as a s paredes. parede s. empurrando um grupo de soldados, e saiu voando na Os homens gritaram, Kelsier girou, empurrando direção de uma das carroças. Chocou-se contra ela, avivou seu aço e agarrou a porta de metal com as a s m ãos. Os prisioneiros recuaram, surpresos. Kelsier arrancou a porta com um estalo de poder aumentado aum entado pelo pelo peltre peltre,, e a j ogo ogouu na direção direçã o dos so solldados que que se aproxi a proxim m avam . – Vão! Vã o! – disse para pa ra os prisioneir prisioneiros, os, saltando para par a longe e a ter terrissando rissando com c om suavida suavidade de na rua rua.. Ele se vi virou. rou. E se viu cara a cara com uma figura alta usando uma túnica marrom. Kelsier se deteve, recuando enquanto a figura alta abaixava o capuz, revelando um par de olhos empalados com pregos. pre gos. O Inqui I nquisi sidor dor sorriu, e Ke Kels lsier ier ouvi ouviuu passos se se apr aproxi oxim m ando pelos becos. bec os. Dezena Dezenas. s. Centena Centenas. s. – Maldição! Maldiçã o! – Brisa pra pr a guej ou quando os soldados inundar inundaram am a pra praçç a. Dockson empurrou Brisa para um beco. Vin os seguiu, agachada nas sombras, ouvindo os soldados sol dados gritar gritarem em nas encr e ncruz uzil ilhada hadas. s. – O que foi? – ela quis sabe saber. r.
– Um Inquisido Inquisidor! r! – Bris Brisaa dis disse, se, a pontando par paraa um umaa figura c om túni túnicc a par paraa da diante de Kelsier. – O quê? – Dockson dis disse, se, ficando fic ando em e m pé. quê? – Dockson É uma armadil armadilha ha,, Vin percebeu, horrorizada. Soldados começavam a chegar na praça, saindo de esconderijos nas ruas laterais. Kelsi laterais. Kelsiee r, saia saia daí! Kelsier empurrou empurrou um guarda caído, atirando-se de costas em um giro sobre uma das carroças dos prisioneiros. Aterrissou agachado, observando os novos esquadrões de soldados. Muit Mu itos os deles deles levava levavam m bast bastões ões e não usavam ar arm m aduras. Matabrum Matabrumas. as. O Inquisidor se empurrou pelo ar cheio de cinzas, aterrissando com um estampido diante de empurrou pelo Kelsier. A criatura sorriu. É o mesmo me smo homem. home m. O Inquis I nquisidor idor da outra outra vez ve z . – Onde está a garota ga rota?? – a cria c riatura tura diss dissee em e m voz baixa baixa.. Kelsier ignorou a pergunta. – Por P or que só um de vocês? voc ês? – ele exigi e xigiuu saber. sabe r. O sorriso sorriso da criatu c riatura ra aum aumento entou. u. – Ganhei Ga nhei o sorteio. sorte io. Kelsier avivou peltre, correndo para o lado enquanto o Inquisidor desembainhava um par de machados de obsidiana. A praça estava se enchendo rapidamente de soldados. De dentro das carroças, podia ouvir as pessoas gritando. – Kelsi Ke lsiee r! Lorde Ke Kelsi lsiee r! P or fa f a vor! Kelsier praguejou baixinho enquanto o Inquisidor se lançava sobre ele. Estendeu a mão, uxando uma das carroças ainda cheias e arrancando-se no ar sobre um grupo de soldados. uxando Aterrissou e correu até o veículo, pretendendo libertar seus ocupantes. Quando chegou, no entanto, a carroça balançou. Kelsier levantou os olhos bem a tempo de ver o monstro com olhos de aço sorrindo para ele do alto do veículo. Kelsier se empurrou empurrou para trás, sentindo o vento da machadada perto de sua cabeça. Aterrissou com agilidade, mas imediatamente teve que saltar de lado, enquanto um grupo de sold so ldados ados o atacava. ataca va. Ao pousar pousar,, estendeu estendeu a m ão – puxando – puxando uma uma das carroças para se ancorar – e a porta de fer f erro ro que havia jogado j ogado antes. antes. A porta porta de grades voou pelo peloss ares are s e se chocou c hocou empurrou a empurrou contra o esquadrão de soldados. O Inquisidor atacou por trás, e Kelsier se afastou, dando um salto. A porta, ainda aos trambol tram bolhões, hões, resvalou resvalou pelo pelo chão e, ao a o passar sobre ela, e la, Kelsier Kelsier empurrou lançando ndo-se -se no ar. ar . empurrou,, lança Vin estava certa , Kelsier pensou, frustrado. Embaixo, o Inquisidor o observava, seguindo-o com seus olhos olhos antinatura antinaturais is.. Nã Nãoo dev devia ia ter feito isso. isso. Um grupo de soldados cercava os skaa que tinha libertado. Eu devia de via fugir fugir – tentar de de spis spistar tar o Inquisidor. Inquisidor. Já fiz isso isso ante ante s. Mas... não podia. Não faria isso, não desta vez. Havia se comprometido vezes demais antes. Mesmoo que is Mesm isso so lhe lhe custasse tudo, tinha que li liber bertar tar esses pris pr isio ioneiros. neiros. tinha que E, então, quando começou a cair, viu um grupo de homens atacando a encruzilhada. Tinham armas, mas não uniformes. Diante deles, havia uma figura familiar. Ham! Então foi foi para para lá que você v ocê foi foi.. – O que está a c ontec ontecee ndo? – Vin per perguntou, guntou, a nsi nsiosa, osa, fic ficando ando na ponta dos pés par paraa ve verr a praçç a . Lá e m baixo, a figura de Ke pra Kelsi lsiee r m e rgulhou novam e nte na lut lutaa , a ca capa pa esc escura ura ondulando
atrás dele. – É uma um a das da s nossa nossa s unidade unidadess de soldados! – Dock D ockson son falou. fa lou. – Ham deve ter ido busc busc áá-los. los. – Quantos Qua ntos?? – Form Form ava avam m grupos de c er erca ca de duzentos. – Então estão e stão em desva desvantage ntagem m num numéé ric ricaa . Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. Vin se levantou. – Vou para pa ra lá. – Não, Nã o, não nã o vai – Dock Doc kson disse disse com c om firm e za , agar a garra rando-a ndo-a pela c apa e puxandopuxando-aa de volt voltaa . – ão quero que se repita o que aconteceu da última vez que você enfrentou um daqueles monstros. – Mas... – Ke Kell ll se sairá bem – Doc Dockkson fa falou. lou. – Vai tentar ganha ganharr tem po par paraa que Ha Ham m li liber berte te os prisioneiros, então entã o fugirá. fugirá . Observe Obse rve.. Vin deu deu um pass passoo para trás. Ao lado lado dela, Bris Brisaa m urm urmurava urava consi consigo go mesmo. me smo. – Sim im,, estã estãoo c om m e do. Va m os nos conc concee ntra ntrarr niss nisso. o. Abrandar todo o resto. Deixá-los aterrorizados. É, um Inquisidor e um Nascido das Brumas lutando... não vão querer interferir nisso... nisso ... Vin ol olhou hou nov novam am ente para a praça pra ça,, onde onde viu um um so solldado lar largar gar o bast ba stão ão e sair correndo corre ndo.. Há perc ebeu, aj a j oelh oelhando-se ando-se ao lado de Brisa. Brisa. outras outr as maneiras mane iras de lut lutar ar , percebeu, – Com Comoo posso ajudar aj udar?? Kelsier desviou de novo do Inquisidor, enquanto a unidade de Ham enfrentava os soldados imperiai imper iaiss e começ com eçava ava a abrir cam ca m in inho ho até até as a s carroça car roçass de de prisionei prisioneiros. ros. O ataque divi dividi diuu a atenção atençã o dos soldados, que pareceram muito contentes em deixar Kelsier e o Inquisidor em sua batalha solitária. De um lado, Kelsier viu os skaa que começavam a lotar as ruas ao redor da pequena praça, a luta chamando a atenção daqueles que esperavam na praça da fonte. Kelsier podia ver outros esquadrões de guardas guarda s im im periais tentando tentando abrir abrir cam c am in inho ho até a lu luta, ta, mas m as os mil m ilhare haress de skaa skaa que abarrotavam as ruas dificultavam seriamente o avanço deles. O Inquisidor atacou, e Kelsier se esquivou. A criatura estava ficando cada fez mais frustrada. De um lado, um pequeno grupo dos homens de Ham alcançou uma das carroças e arrebentou o cadeado, libertando os prisioneiros. O resto dos homens de Ham mantinha os soldados sol dados ocupados ocupa dos enquanto os prisioneiros prisioneiros fugiam . Kels Ke lsier ier sorriu, olhando olhando para par a o Inquisid Inquisidor or irrit irr itado. ado. A cr criatura iatura grunhi gr unhiu. u. – Valette! Va lette! – uma um a voz gritou. Kelsier se virou, surpreso. Um nobre bem vestido abria caminho entre os soldados, na direção do centro da luta. Levava um bastão de duelo e era protegido por dois guarda-costas que o cercavam, mas não era atacado principalmente porque nenhum dos lados tinha certeza de quere qu ererr at a taca acarr um ho hom m em de evident evidentee sangue sangue no nobre. bre. – Va Va lette! – Elend Ventur enturee gritou de novo. Virou-se V irou-se pa para ra um dos solda soldados. dos. – Quem Que m orde ordenou nou o ataque ao comboio Renoux? Quem autorizou isso? Maravil Marav ilha ha,, Kelsier pensou, mantendo um olho cauteloso no Inquisidor. A criatura olhava paraa Ke par Kelsi lsier er com um umaa expre e xpressão ssão odiosa e re retorc torcida. ida. Continue me odiando, odiando , Kelsier pensou. Só tenho que aguentar o suficiente para que Ham liberte os prisioneiros. Então, poderei me livrar de você.
O Inquisidor estendeu a mão e decapitou casualmente uma criada em fuga que passava por ele.
– Nã Não! o! – Ke Kelsi lsiee r gritou, enquanto e nquanto o c adá adáver ver c aía aos pés do Inquisid Inquisidor. or. A cr criatura iatura a gar garrou rou outra out ra ví víti tim m a e levantou o machado. ma chado. – Tudo be bem m ! – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , a vanç vançaa ndo e ti tira rando ndo um par de fr fraa scos de sua bolsa. – Tudo bem . Quer Que r lutar c om omigo? igo? Va Vam m os! A criat cr iatura ura sorriu, sorriu, jogand j ogandoo a mul m ulher her captu c aptura rada da de lado e avançando avanç ando na na direção direçã o de Kelsier. Kelsier. Kelsier tirou as tampas e bebeu o conteúdo dos dois frascos de uma vez, jogando-os de lado. Os metais arderam em seu peito, queimando junto com sua fúria. Seu irmão, morto. Sua esposa, morta. Família, amigos e heróis. Todos mortos. pensou. Bem, Está me forçando a buscar vingança? v ingança?,, pensou. Be m, voc v ocêê a terá te rá.. Kelsier se deteve a poucos passos do Inquisidor. Com os punhos fechados, avivou seu aço em um enorme enorme empurrão empurrão.. Ao seu redor, as pessoas foram atiradas para trás por seus metais, ao serem atingidas por uma onda espantosa e invisível de poder. A praça – lotada de soldados imperiai imper iais, s, pris prisio ioneiros neiros e rebeldes r ebeldes – se abriu em um pequeno espaço livre livre ao a o redor de Kelsi Kelsier er e do Inquisidor. – Vam Va m os faz fa ze r isso, então – Kelsi Ke lsiee r disse.
Eu nunca quis ser temido. Se me m e arr arrepe ependo ndo de alguma alguma coi c oisa, sa, é do temor que tenho causado. causado. O medo me do é a ferrame ferrament ntaa dos tiranos. Infelizmente, quando o destino do mundo está em jogo, deve-se usar as ferramentas que e stã stãoo disponív disponív eis.
Homens mortos e moribundos despencaram no chão de paralelepípedos. Os skaa abarrotavam abar rotavam as ruas. Os pris prisio ioneiros neiros grit gritavam avam , cham ando seu seu nome. nome . O calo ca lorr do sol sol averm elhado queimava. E cinzas cinzas caíam ca íam do céu. Kelsier avançou, avivando peltre e brandindo suas adagas. Queimou atium, assim como o Inquisi Inqui sidor dor – e am bos provavelme provavelment ntee ti tinham nham o suficient suficientee para um lo longo ngo combate. comba te. Kelsier golpeou duas vezes o ar quente, atingindo o Inquisidor, seus braços um borrão. A criatura desviou no meio de um vórtice louco de sombras de atium, e então deu um golpe com seu machado. ma chado. Kelsier saltou, o peltre garantiu uma altura sobre-humana ao seu pulo, e passou por sobre a arm a. Est Estendeu a mão mã o e empurrou um grupo de de so sold ldados ados que que estava atrás a trás dele, lançando-se para empurrou um frente. fr ente. P lanto lantouu os dois dois pés no rosto do do Inquisid Inquisidor or e o chutou, rodopiando rodopiando para trás no ar. a r. O Inquisidor cambaleou. Enquanto Kelsier caía, puxou caía, puxou um um so sold ldado, ado, lança lançando ndo-se -se para par a trás. trá s. O sold so ldado ado saiu em di disp spar arada ada pela força forç a do puxão do puxão de de ferro, fe rro, e se precip prec ipit itou ou na na direção direç ão de Kels K elsier. ier. Os doiss hom doi hom ens voar voaram am no ar. Kelsier Kelsi er aviv avivou ou ferro, fe rro, puxando um grupo de soldados à sua direita, enquanto ainda puxav ainda puxavaa o puxando um outro soldado. O resultado foi um giro em volta de seu eixo. Kelsier voou de lado, e o soldado – preso pre so com o se por um c abo ao c orpo de Ke Kelsi lsier er – tra traçç ou um a rc rcoo am plo c om omoo um umaa bola na
outtra ext ou extrem rem idade de uma corrente. O infeliz soldado se chocou contra o Inquisidor, e ambos caíram contra as grades de uma carroça vazia. O soldado ficou inconsciente no chão. O Inquisidor ricocheteou na jaula de ferro e caiu de quatro. Um filete de sangue escorreu pelo rosto da criatura, cruzando as tatuagens de seus olhos, m as ele ergueu er gueu a cabeça ca beça,, sorrin sorrindo. do. Não parecia pare cia nem um pouco atordoado atordoado quando quando se se levantou. levantou. Kelsier aterrissou, amaldiçoando-se em voz baixa. Com uma incrível explosão de velocidade, o Inquisidor agarrou a carroça vazia, por duas barra bar rass da gra gr a de, e a ar arra ranc ncou ou das rodas. r odas. Maldição! A criatura girou e arremessou a enorme jaula em Kelsier, que estava parado a poucos metros. Não havia tempo para desviar. Havia um edifício bem atrás dele; se empurrasse empurrasse para contra-a cont ra-attaca acar, r, seria esmagado. e smagado. A jaula se precipitou em sua direção, e Kelsier saltou, usando um empurrão empurrão de aço para guiar seu corpo através da porta aberta da jaula que rodopiava. Espremeu-se dentro da cela, empurrando para fora em todas as direções, mantendo-se bem no centro da jaula de metal empurrando enquantoo esmagava enquant esma gava as a s par paredes, edes, até se libertar libertar com c om um salt salto. o. A jaula rolou e começou a deslizar pelo chão. Kelsier se deixou cair, aterrissando na parte inferior de um telhado enquanto a jaula parava lentamente. Através das grades, pôde ver o Inquisidor olhando para ele em meio a um mar de soldados lutando, seu corpo cercado por uma nuvem retorcida e em movimento de imagens de atium. O Inquisidor meneou a cabeça para Kelsier, em leve sinal de respeito. Kelsier empurrou com um gri grito to,, avivando avivando peltre peltre para não ser esma e smagado. gado. A jaula j aula explodi explodiu, u, a empurrou com parte par te super superior ior do m e tal voou pelos a re res, s, a s gra grades des for foram am solt soltas as em todas as dire direçç ões. Ke Kelsi lsiee r uxou as barras atrás de si e empurrou uxou empurrou as que estavam a sua frente, disparando um fluxo de metal contra o Inquisidor. A criatura levantou uma mão, desviando habilmente os enormes projéteis. Kelsier, no entanto, seguiu as barras com seu próprio corpo – lançando-se na direção do Inquisidor com um -se para o lado, usando um desafortunado soldado como empurrão de aço. O Inquisidor puxou empurrão puxou-se âncora. O homem gritou quando foi arrancado de seu duelo – mas se calou quando o Inquisidor empurrando cont saltou, empurrando contra ra ele e o esma e smagando gando no chão. empurrão contra O Inquisidor disparou no ar. Kelsier freou com um empurrão contra um grupo de soldados, seguindo seu inimigo. Atrás dele, a parte superior da jaula se chocou contra o chão, arrancando lascas de pedra. pe dra. Kel Ke lsi sier er se lançou contra contra ela e di disp spar arou ou para cim cima, a, atrás a trás do Inquis Inquisid idor. or. Flocos de cinzas passavam ao lado dele. Adiante, o Inquisidor se virou, puxando puxando algo que estava embaixo. A criatura mudou imediatamente de direção, lançando-se ao encontro de Kelsier. Uma colisão de frente. Má ideia para o cara sem pregos na cabeça . Kelsier puxou freneticamente um soldado, lançando-se para baixo enquanto o Inquisidor passava diagonalme di agonalment ntee por cima c ima dele. Kelsier avivou peltre, chocando-se contra o soldado que havia puxado havia puxado.. Os dois giraram no ar.. Feli ar Felizzm ente, o sold soldado ado não era er a um dos de Ham Ha m . – Sint Sintoo muit m uito, o, am igo – Kelsier disse casua c asualm lmee nte, empurrando -se para par a o lado. empurrando-se O soldado saiu em disparada, chocando-se, depois de um tempo, contra a lateral de um edifício, edifí cio, enquant enquantoo Kelsier Kelsier o usava para voar sobre sobre o cam ca m po de de batal batalha. ha. Lá em e m baix baixo, o, o esquadrão esquadrão principal princ ipal de Ha Ham m havia alc alcaa nça nçado do a últ últim imaa c a rr rroça oça de prisioneiros. Inf Infee li lizzm ente ente,, vár vários ios grupos gr upos
de soldados imperiais tinham aberto caminho entre os assombrados skaa. Um deles era uma grande equi e quipe pe de arqueiros a rqueiros – arm ados com flechas com c om pon ponta ta de obsid obsidiana. iana. Kelsier praguejou, deixando-se cair. Os arqueiros se prepararam para disparar contra a multidão que combatia. Matariam alguns de seus próprios soldados, mas o grosso do ataque atingiria os prisioneiros. Kelsier caiu no chão de paralelepípedos. Estendeu a mão para o lado, puxando puxando algumas barra bar rass caídas ca ídas da j a ula que de destruíra. struíra. Elas E las voaram voar am em sua direçã dire ção. o. Os arqueiros apontaram apontaram . Mas ele podi podia ver suas sombras sombra s de atium atium.. Kelsier soltou as barras e se empurrou de lado levemente, levem ente, perm it itiindo que que os ferros fe rros voassem voassem empurrou de entre os arqueiros e os prisioneiros que fugiam. Os arqueiros di disp spar arar aram am . Kelsier agarrou as barras, avivando tanto aço quanto ferro, empurrando empurrando a ponta de cada barra bar ra,, e puxando puxando a ponta oposta. As barras dispararam no ar, começando imediatamente a rodopiar como moinhos de vento furiosos e lunáticos. A maioria das flechas foi desviada pelas barra bar rass de fer f erro ro giratórias. gira tórias. As barras caíram no chão, entre as flechas dispersas e quebradas. Os arqueiros ficaram puxavaa levemente as paraa dos, estupef par estupefaa tos, enqua enquanto nto Ke Kelsi lsiee r saltava par paraa o lado novam ente ente,, e puxav Empurrou,, mandando as barras na direção dos barra bar ras, s, fa fazzendoendo-as as saltar no a r, diante dele dele.. Empurrou arqueiros. Deu meia-volta enquanto os homens gritavam e morriam, seus olhos procurando seu verdadeiro inimigo. Onde a cri c riatu atura ra está se escondendo? e scondendo? Contemplou uma cena caótica. Homens lutavam, corriam, fugiam e morriam – cada um com uma sombra profética de atium aos olhos de Kelsier. Neste caso, contudo, as sombras efetivamente dobravam o número de pessoas se movendo no campo de batalha, e só serviam paraa a um par umee ntar sua sensaç se nsaçãã o de confusã c onfusão. o. Mais e mais soldados chegavam. Muitos dos homens de Ham estavam mortos, mas a maioria estava se retirando – felizmente, podiam simplesmente descartar a armadura e se m is istu tura rarr na m ul ulti tidão dão skaa skaa.. Kelsier Kelsier estava m ais preocupado com a úl últi tim m a ca carroç rroçaa de prisionei prisioneiros, ros, onde estavam Renoux e Fantasma. A trajetória do grupo de Ham na batalha exigira que se movessem pela fila de carroças, de trás para frente. Tentar chegar primeiro em Renoux teria exigido passar pelas outras cinco carroças, deixando as pessoas presas lá dentro. Ham obviamente não pretendia partir até que Fantasma e Renoux estivessem livres. E, enquanto Ham lutasse, os soldados rebeldes aguentariam. Havia uma razão pela qual os Braços de Peltre também eram conhecidos como Brutamontes: não havia sutileza alguma em sua forma de lutar, nenhum puxão puxão de ferro ou empurrão empurrão de aço astuto. Ham simplesmente atacava com velocidade e força bruta, lançando inimigos para longe do seu caminho, derrubando suas fileiras, liderando seu esquadrão de cinquenta homens em direção à última carroça de prisioneiros. Quando alcançaram o veículo, Ham recuou para lutar contra um grupo de soldados inimigos, enquant enqu antoo um de seus home homens ns arrebentava arrebentava o cadeado cadea do da da ca carroça. rroça. Kelsier sorriu, com orgulho, seus olhos ainda procuravam pelo Inquisidor. Seu homens eram poucos, m a s os sold soldaa dos ini inim m igos pa pare recc iam visi visivelm velm e nte inqui inquiee tos c om a de deter term m inaç inaçãã o dos rebeldes skaa. Os homens de Kelsier lutavam com paixão – apesar de seus outros numerosos defeit defe itos os,, ainda tinham tinham essa vantagem . Isso é o que ac acontec ontecee quando fi finalmente nalmente são conv convee ncidos a lut lutar ar.. É o que está e scondido dentro de todos eles. Só é difícil de soltar... Renoux saiu da carroça e parou ao lado dela para supervisionar seus criados escapando da
aula. De repente, uma figura bem vestida surgiu do meio da turba, agarrando Renoux pela frent fre ntee de seu terno. – Onde está Vale alett ttee ? – Elend Ve nture e xigi xigiuu sabe saber, r, sua voz dese desesper speraa da c hega hegando ndo aos ouvidos amplificados pelo estanho de Kelsier. – Em que jaula ela está? Garoto, está começando a me incomodar de verdade , Kelsier pensou, empurrando-se através dos soldados que corriam para a carroça. O Inquisidor apareceu, saltando detrás de um grupo de soldados. Aterrissou no alto da jaula, balança bala nçando ndo a estrutura int inteir eiraa , em e m punhando um m ac achado hado de obsi obsidiana diana em c ada m ão e m for form ma de garra. A criatura olhou Kelsier nos olhos e sorriu, então enterrou um machado nas costas de Renoux. O kandra estremeceu, os olhos arregalados. O Inquisidor se voltou para Elend. Kelsier não tinha certeza se a criatura reconhecera o garoto. Talvez o Inquisidor pensasse que Elend fosse um m em bro da fam f am íl ília ia Renoux. Renoux. Talvez Talvez não se import im portasse. asse. Kelsier se deteve por um instante. O Inquisi Inquisidor dor levantou levantou o m ac achado hado para ataca atacar. r. Ela o ama. ama. Kelsier avivou o aço dentro de si, agitando-o, inflamando-o até que seu peito ardeu como as próprias própr ias Montanhas de Ci Cinz nzaa s. s. Empurrou-se contra os soldados que estavam atrás de si – atirando Empurrou-se contra dezenas deles para trás – e disparou na direção do Inquisidor. Chocou-se contra a criatura quando ela começa com eçava va a descarregar descarr egar o gol golpe. O machado se perdeu contra as pedras, a alguns passos de distância. Kelsier agarrou o Inquisidor pelo pescoço, quando os dois atingiram o chão; e começou a apertar com os músculos amplificados pelo peltre. O Inquisidor estendeu a mão, agarrando os braços de Kelsier, tentando desesperadam desesperada m ente se sol soltar. Marsh e stava c erto erto,, Kelsier pensou em meio ao caos. Ele teme por sua v ida. Pode ser morto.. morto O Inquisidor engasgou asperamente, os pregos de metal que se sobressaíam de seus olhos a poucos ce centí ntím m e tros do rosto de Ke Kelsi lsier er.. A seu lado, Ke Kelsi lsiee r viu Elend Ve nture c a m ba balea learr par paraa trás. – A gar garota ota está be bem m ! – Ke Kelsi lsiee r diss dissee , entr entree dente dentes. s. – Nã Nãoo e stava na nass ba barc rcaç aças as de Renoux. Vá! Elend El end se deteve, incerto; então, um de seus guardaguarda-cost costas as finalment finalme ntee apar aparec eceu. eu. O garot gar otoo se deixou ser ser levado. Não posso acredit acre ditar ar que acabe acabeii de salvar um nobre , Kelsier pensou, lutando para esganar o Inquisidor. É Inquisidor. É melhor me lhor que aprec apre c ie isso, garot garota. a. Lentamente, Lentam ente, com m ús úsculo culoss tensos tensos,, o Inquisi Inquisidor dor forçou forç ou Kelsier Kelsier a af afastar astar as a s mãos. m ãos. A criat cr iatura ura começou com eçou a so sorrir rrir novam novament ente. e. Eles são tão fortes! fortes! O Inquisidor empurrou empurrou Kelsier para trás, então puxou puxou um soldado, fazendo-se escorregar pelos par paraa lelepípe lelepípedos. dos. Bateu Bate u em um ca cadáve dáverr e se lanç lançou ou par paraa trá trás, s, fica f icando ndo em e m pé. Seu pesc pescoço oço estava vermelho por causa do aperto de Kelsier, e pedaços de carne foram arrancados pelas unhas unh as dele, m as ain a inda da sorria. Kelsier empurrou empurrou um soldado, lançando-se também. Ao seu lado, viu Renoux apoiado contra a carroça. Kelsier olhou o kandra nos olhos e assentiu de leve. Renoux caiu no chão com um suspiro, o machado nas costas. – Kelsi Ke lsiee r! – Ham Ha m gritou na m ult ultidão. idão.
– Vá! Vá ! – Ke K e lsi lsiee r lhe disse. – Renoux está e stá morto. m orto. Ham olhou para o corpo de Renoux, então assentiu. Virou-se para seus homens, gritando ordens. – Sobre Sobrevivente vivente – um a voz áspera áspe ra diss dissee . Kelsier deu meia-volta. O Inquisidor avançou, inflamado por seu poder de peltre, rodeado por um a nebli ne blina na de som sombra brass de ati a tium um.. – Sobre Sobrevivente vivente de Ha Hathsi thsinn – disse. disse. – Você Voc ê m e prom pr omete eteuu uma um a luta. Pre P reciso ciso mata m atarr m ais skaa skaa?? Kelsier avivou seus metais. – Nunc Nuncaa diss dissee que tí tínham nham os a c aba abado. do. – Então sorr sorriu. iu. Estava pre preocupa ocupado, do, e stava dolorido, m as tam tam bém entu entusi siasm asmado. ado. Durante Durante toda toda sua vida, vida, havia havia uma um a part par te dele que queria ficar fica r e lutar. lutar. Sem pre qui quisera sera ver se podia podia derr derrot otar ar um Inqui Inquisi sidor. dor. Vin est estava ava para parada, da, tentando tentando desesper desesperadam adam ente ver por cima c ima da m ul ulti tidão. dão. – O quê? quê ? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. – Pe P e nsei ter vis visto to Ele Ele nd! – Aqui? Isso parec par ecee um pouco ridí r idícc ulo, não acha a cha?? Vin corou. Provav corou. Provavelme elmente. nte. – Mesmo Mesm o assim, assim , vou tentar c onseguir um a vista m elhor elhor.. – Dirigiu-se para pa ra o lado do beco. bec o. – Tome Tom e cuidado c uidado – Dox disse. – Se Se aque aquele le Inquis I nquisidor idor vir você... você ... Vin assentiu, subindo pelos tijolos. Assim que conseguiu altura suficiente, perscrutou a encruzilhada em busca de figuras familiares. Dockson estava certo: Elend não estava em parte alguma. Uma das carroças – aquela da qual o Inquisidor arrancara a jaula – estava de lado. Os cavalos pisavam nela, presos entre a luta e a multidão skaa. – O que vê vê?? – Dox cha c ham m ou de baixo. ba ixo. – Renoux e stá ca caído! ído! – Vin dis disse, se, a per pertando tando os olhos e queim ando e stanho. – P a re rece ce que tem um m ac achado hado nas nas costas. costas. – Talve Talvezz nã nãoo sej a fa fatal tal para par a e le – Dock Doc kson disse, disse, enigm e nigmatica aticam m e nte. – Não Nã o sei muit m uitoo sobre os kandra. Kandra? Kan dra? – E quanto aos a os prisioneir prisioneiros? os? – Dox perguntou. pe rguntou. monte de skaa lá fora. – – Estão todos li livre vress – Vin falou. fa lou. – As jaulas ja ulas estão e stão vazia vazia s. Dox, há um monte de Parecia que toda a população da praça da fonte havia se aglomerado no pequeno cruzamento. A área ár ea form ava um a pequena depressão, de pressão, e Vin Vin pôde pôde ver m ilh lhar ares es de skaa skaa am ont ontoados oados nas ruas que que subi su biam am em to todas das as dire direções. ções. – Ham Ha m e stá livre! – Vin disse disse . – Não Nã o o vej ve j o... vivo ou morto... m orto... em e m lugar a lgum lgum!! Fa ntasm ntasmaa se foi tam bém bém.. – E Kell Ke ll?? – Dock Doc kson perguntou per guntou com urgê urgência ncia.. Vin se deteve. – Ainda está e stá lutando lutando com c om o Inquisidor. Inquisidor. *** Kelsier avivou seu peltre, golpeando o Inquisidor, tomando cuidado para evitar os discos planos de m eta etall que saltava saltavam m de seus olhos olhos.. A cr criatura iatura c am bale baleou, ou, e Ke Kelsi lsiee r e nter nterrou rou o punho em seu estômago. O Inquisidor grunhiu e esbofeteou Kelsier, derrubando-o com um só golpe.
Kelsier sacudiu a cabeça. O que falta para matar essa coisa?, -se para coisa? , pensou, empurrando empurrando-se ficar em pé e ret re trocedendo rocedendo.. O Inquisidor avançou. Alguns dos soldados tentavam procurar Ham e seus homens na multidão, mas muitos apenas ficaram parados. Uma luta entre dois poderosos alomânticos era algo comentado em sussurros, mas nunca visto antes. Soldados e camponeses ficaram ali, boquiabertos, boquiabe rtos, observando obser vando a bata batalha lha com c om a ssom ssombro. bro. Ele é mais forte forte do que eu e u , Kelsier reconheceu, olhando o Inquisidor com cautela. Mas força não é tudo. Kelsier estendeu a mão, agarrando pequenas fontes de metal, e arrancando-as de seus donos don os com um um puxão – tampas de metal, elegantes espadas de aço, moedeiras, adagas. Lançou puxão – as contra o Inquisidor – manipulando com cuidado os empurrões de aço e os puxõe os puxõess de ferro –, empurrões de mantendo seu atium ardendo para que cada peça que controlava tivesse uma multidão crescente de ima imagens gens de atium di diante ante dos olhos olhos do Inquisi Inquisidor. dor. O Inqu I nquis isid idor or praguej pra guejou ou baixin baixinho ho enquanto enquanto desviava desviava do enxam e de peça pe çass de m etal. Kelsi Kelsier er,, no entanto, usou os próprios empurrões empurrões do Inquisidor, puxando puxando cada item de volta, fazendo-os girar ao redor da criatura. O Inquisidor empurrou empurrou para fora todas as peças de uma só vez, e Kelsier as soltou. Assim que o Inquisidor parou de empurrar , no entanto, Kelsier puxou Kelsier puxou as armas de volta. empurrando suas placas Os soldados imperiais formavam um círculo. Kelsier os usou, empurrando peitorais, peitora is, balança balanç a ndo-se pa para ra trá tráss e par paraa fr free nte no ar. a r. As rápida r ápidass mudanç m udançaa s de posi posiçç ão deixa deixara ram m seu movimento constante, desorientando o Inquisidor, permitindo que empurrasse suas diferentes empurrasse suas peças peç as de m e tal onde quisesse. quisesse . – Fique Fique de olho na five fivela la do m eu c int intoo – Doc Dockkson pediu, pe diu, balanç bala nçando ando leve levem m e nte enquanto e nquanto se agarra agar rava va aos a os ti tijj ol olos os,, do lado de de Vin. – Se Se eu e u cair, me m e dê um puxão para me segurar, sim? puxão para Vin assentiu, mas não estava prestando muita atenção em Dox. Estava observando Kelsier. – Ele é incr incrível! ível! Kelsier balançava no ar, para frente e para trás, seus pés jamais tocando o chão. Pedaços de m etal zuni zunira ram m ao seu redor, r edor, resp re spond ondendo endo aos seus empurrões e puxõe empurrões e puxõess. Ele os controlava com tal habilidade que seria possível pensar que eram seres vivos. O Inquisidor os afastava com fúria, m as obviam obviamente ente estava tendo difi dificuld culdades ades em e m ac acompa ompanhar nhar todos todos eles. eles. Eu subestimei Kelsi Kelsiee r , Vin pensou. Presumi que e ra me menos nos habil habilidos idosoo do que os Brumosos orque abarcava coisas demais. Mas não é nada disso. Essa. Essa é a especialidade dele – empurrar e pux puxar ar com perfeit perfeitoo cont c ontrol role. e. E ferro e aço são os me metai taiss nos quais me treinou pessoal pe ssoalme mente. nte. Talve alvezz ele e le soubesse o tempo te mpo todo.. todo Kelsier girava e voava no meio de um redemoinho de metal. Cada vez que alguma coisa acertava o chão, ele a erguia novamente. As peças voavam em linha reta, mas ele se mantinha em m ov oviim ent ento, o, empurrando-se de um lado para outro, mantendo as peças no ar, disparando-as periodi per iodicc a m e nte contra c ontra o Inquis I nquisidor. idor. A criatura rodopiava, confusa. Tentou empurrar -se -se para cima, mas Kelsier disparou várias empurrá-las,, interrompendo o peças peç as de m e tal m aior aioree s na ca cabeç beçaa do Inquisido Inquisidor, r, e e le teve que empurrá-las salto. Umaa barra de ferro Um fe rro acerto ace rtouu a criatura criatura na cara. cara .
O Inquisi Inquisidor dor cam ca m baleou, o sangue sangue m ancha anchando ndo as tatuagens tatuagens na later lateral al de seu rosto. rosto. Um elm elmoo de aço o atingiu de lado, atirando-o para trás. Kelsier começou a lançar peças de metal rapidamente, sentindo que sua ira e sua fúria aumentavam. – Foi você quem m a tou Mar Marsh? sh? – gritou, sem se im importa portarr e m espe espera rarr um umaa re respost spostaa . – Estava presente quando eu fui condenado, anos atrás? O Inquisidor levantou uma mão protetora, empurrando empurrando o enxame seguinte de metal. Cam baleou par paraa trás, apoiando apoiando as costas costas na na car c arroça roça de metal m etal capotada. capotada. Kelsier ouviu a criatura grunhir, e um súbito empurrão empurrão de força percorreu a multidão, derruband derr ubandoo os so sold ldados ados e faz fa zendo com que as arm ar m as de m etal de Kelsier Kelsier se disp disper ersass sassem em Kelsier as soltou. Avançou correndo na direção do desorientado Inquisidor, empunhando um paraa lelepípe par lelepípedo do solto solto da rua. r ua. A criatura se virou na direção dele, e Kelsier gritou, descarregando um golpe com o paraa lelepípe par lelepípedo, do, sua forç f orçaa aum a umee ntada a inda ma m a is pe pe la fúria f úria e pelo pe lo peltre. Acerto Ace rtouu o Inquisi Inquisidor dor entre os olhos olhos.. A cabeç c abeçaa da criatu c riatura ra foi para trás, chocando-se cont c ontra ra o fundo da carroça virada. Kelsier atacou de novo, gritando, esmagando o rosto da criatura repetidamente com seu paralelepípedo. O Inquisidor uivou de dor, estendendo as mãos em forma de garras na direção de Kelsier, como se fosse saltar para frente. Então, de repente, ficou quieto, a cabeça se chocando contra a madeira da carroça. As pontas dos pregos que saíam pela parte de trás de seu crânio se cravaram cra varam na madeira m adeira com o ataque ataque de Kelsi Kelsier. er. Kelsier sorriu enquanto a criatura gritava de raiva, lutando para libertar a cabeça da madeira. Kelsier se virou de lado, buscando um objeto que vira no solo há alguns instantes. Chutou um cadáver, agarrando o machado de obsidiana do chão. A lâmina de pedra afiada brilhava sob o sol sol verm ver m e lho. – Estou feliz f eliz que tenha te nha m e conve convencido ncido a fa fazze r iss issoo – e le dis disse, se, em voz baixa. Então de deuu um golpe gol pe com c om as duas mãos mã os,, cravando cra vando o m ac achado hado no pescoço do Inquis Inquisid idor or e na m adeira atrás. O corpo do Inquisidor despencou no chão de paralelepípedos. A cabeça permaneceu onde estava, encarando com seus olhos estranhos, tatuados e não naturais – preso na madeira pelos próprios própr ios pre pregos. gos. Kelsier se voltou para a multidão, sentindo-se, de repente, incrivelmente cansado. Seu corpo coberto por dezenas de hematomas e cortes doía, e não sabia quando sua capa havia caído. Mas encarou os soldados, desafiador, com seus braços cheios de cicatrizes plenamente visíveis. – O Sobrevivente Sobrevive nte de Ha Hathsi thsinn – alguém algué m m urm urou. – Ele m atou um Inquisidor... – disse disse outro. E, então, o cântico começou. Os skaa nas ruas ao redor começaram a gritar seu nome. Os soldados olhavam ao redor, percebendo, horrorizados, que estavam cercados. Os camponeses começaram a pressioná-los, e Kelsier pôde sentir a raiva e a esperança deles. Talvez isso não tenha que ser como presumi , Kelsier pensou, triunfante. Talvez eu não tenha que... Então o golpe veio. Como uma nuvem cobrindo o sol, uma súbita tempestade em uma noite tranquila, como dedos apagando uma vela. Uma mão opressiva sufocou as emoções acumuladas dos skaa. As pessoas se encolheram, e seus gritos morreram. O fogo que Kelsier acendera neles eraa novo dem er demais ais.. pe nsou.. Tão perto... perto... ele pensou Diante deles, uma carruagem negra apareceu no alto da colina e começou a descer vinda da praça da fonte.
O Senhor Senhor Soberano Soberano chegara c hegara.. Vin quase se sol soltou tou dos dos tijolos tijolos quando a onda de depre de pressão ssão a ating atingiu iu.. Aviv Avivou ou seu cobre, c obre, m as – com o sem pre – ainda podia sentir levem leve m ente a m ã o opressi opre ssiva va do Senhor Sober oberaa no. – Senhor Senhor Sober oberaa no! – Dock D ockson son disse, disse, em e m bora Vin não soubesse soube sse dizer dizer se era e ra um umaa obser observaç vação ão ou uma maldição. Os skaa reunidos para ver a batalha conseguiram, de algum modo, abrir espaço para a carruagem car ruagem escura. O veículo veículo percorreu um corredor de pessoas pessoas na na di direç reção ão da praça praç a cob c oberta erta de cadáveres. Os soldados recuaram, e Kelsier se afastou da carroça caída, disposto a enfrentar a carruagem car ruagem qu quee se aproxim aproxim ava. – O que e le está e stá fazendo? f azendo? – Vin perguntou, pe rguntou, volta volta ndo-se pa para ra Dox, que esta estava va pendur penduraa do em em uma pequena saliência. saliência. – Por P or que ele e le não foge? Não é um Inqui Inquisi sidor.. dor.... não é algo contra contra o que se pode lutar! lutar ! – É isso, isso, Vin – Dock Doc kson disse, disse, assom a ssombra brado. do. – É isso isso o que ele e le estava e stava e sper speraa ndo. Uma Um a chanc c hancee de encar enc arar ar o Senhor Senhor Soberano... Soberano... um umaa chance c hance de provar uma um a dessas lendas lendas dele. dele. Vinn se virou Vi virou para para a praça. pra ça. A car carruagem ruagem havi haviaa parado. par ado. – Mas... – ela dis disse, se, em e m voz baixa baixa.. – O Déc Dé c im imoo Prim P rimee iro Metal. Meta l. Ele Ele o trouxe? – Deve De ve ter tra trazzido. Kelsiee r sem Kelsi sempre pre dis disse se que o Senhor Soberano era tarefa tarefa sua, sua, Vin pensou. De Deixou ixou o resto de nós trabalhando com a nobreza, a Guarnição, e o Ministério. Mas isso... Kelsier sempre planejou azer isso isso ele mesmo m esmo.. O Senhor Senhor Soberano Soberano desceu desce u da car c arruagem ruagem , e Vin V in se incli inclinou nou para fre frent nte, e, queimando queima ndo estanho. estanho. Elee parec El par ecia.. ia.... Um ho home mem. m. Estava vestido com um uniforme negro e branco, parecido com o traje de um nobre, mas muito mais exagerado. O casaco chegava aos pés, e arrastava no chão enquanto ele andava. O colete não era colorido, mas totalmente negro, ainda que acentuado por brilhantes marcas branc bra ncas. as. Como Com o Vin tinha tinha ouvido, seus dedos de dos cintilava cintilavam m c om a néis, o sím sím bolo de seu poder. pode r. Sou tão mais forte do que você , os anéis proclamavam, que não importa que esteja usando metal. Boni onito to,, com o cabelo ca belo negro negro e a pele pe le clara, clara , o Senhor Senhor Soberano Soberano era er a alt alto, o, magro ma gro e confi c onfiante. ante. E era jovem – mais jovem do que Vin esperava, mais jovem até do que Kelsier. Cruzou a praça, evitando os cadáveres, enquanto seus soldados forçavam os skaa para trás. De repente, um grupo abriu caminho entre a fileira de soldados. Usavam as armaduras desconjuntadas dos rebeldes, e o homem que os liderava era um pouco familiar. Um dos Brutam rutamont ontes es de Ham . – Pe P e la m inha esposa! e sposa! – disse disse o Brutam ontes, levantando leva ntando uma um a lança la nça e atac a tacando. ando. – Por P or Lorde Lor de Kelsier K elsier!! – Gritar G ritaram am os outros outros quatro. qua tro. Ah, não, não, Vin pensou. O Senhor Soberano, no entanto, ignorou os homens. O líder rebelde lançou um grito de desafio, então então cra c ravou vou sua sua lança em seu peito. peito. O Senhor Soberano continuou a caminhar, passando pelos soldados, com a lança se sobre sob ressain ssaindo do de seu corpo. c orpo. O líder rebelde vacilou, então agarrou uma lança de um de seus amigos e a cravou nas costas do Senhor Soberano. Mais uma vez, o Senhor Soberano ignorou o homem – como se ele e suas su as arm as não mere m erecessem cessem sequ sequer er seu desprez desprezo. o.
O líder líder rebelde r ebelde recuou, re cuou, e deu meia-volt m eia-volta, a, enqu e nquanto anto seus seus am ig igos os grit gritavam avam so sobb o mac m achado hado de um Inquisidor. Juntou-se a eles rapidamente, e o Inquisidor se ergueu sobre os cadáveres por um momento, cortando alegremente. O Senhor Senhor Soberano Soberano cont c ontin inuou uou em fre frent nte, e, com c om duas lança lançass saindo saindo de de seu corpo, como com o se não as notasse. Kelsier o esperou. Parecia esfarrapado em sua roupa skaa rasgada. Mesmo assim, se mostrou orgulhoso. Não se inclinou nem abaixou a cabeça sob o peso do abrandamento do Senhor abrandamento do Soberano. O Senhor Soberano parou a alguns passos de distância, com uma das lanças quase encostando no peito de Kelsier. A cinza negra caía levemente ao redor dos dois homens, e alguns pedaçç os rodopiava peda rodopiavam m c om o vento fr fraa c o. A pra praça ça c aiu e m um sil silêê ncio horr horrível ível – a té m e sm smoo o Inquisi Inqui sidor dor int inter errom rompeu peu sua terrível tar taref efa. a. Vin se incli inclinou nou par paraa fre frent nte, e, pendurada prec precar ariam iamente ente no tij tij ol oloo áspero. áspe ro. Façaa algo, Ke Faç Ke lsi lsier! er! Use o metal me tal!! O Senhor Soberano olhou para o Inquisidor que Kelsier matara. – Esses são m uit uitoo difíce difíceis is de subst substit ituir uir – Sua voz c a rr rree gada de sot sotaa que che chegou gou c om facili fa cilidade dade aos ouvidos ouvidos ampli am plifica ficados dos pelo estanho estanho de Vin. Mesmo com c om a distância, distância, pôde pôde ver Kelsi Kelsier er so sorrir. rrir. – Eu o ma m a tei uma um a vez – O Senhor Senhor Sober oberaa no disse, disse, voltando-se par paraa Kelsier K elsier.. – Voc ocêê tentou – Ke Kelsi lsiee r re respondeu, spondeu, c om voz alt a ltaa e firm e, ouvida e m toda a pra praçç a. – Mas não pode pode m e m atar, Lorde Tirano. Repre Represent sentoo o que que você nunca foi capaz de de m atar, não import im portaa nunca foi o quanto tente. Eu sou a esperança. O Senhor Soberano bufou de desprezo. Levantou um braço casualmente, e o descarregou em Kelsi Kelsier er com um gol golpe pe tão poder poderos osoo que que Vin pôde pôde ouvir ouvir o impacto impac to re ress ssoar oar em e m to toda da a praç praça. a. Kelsier Kelsi er ca cam m baleou e rodop rodopio iou, u, espirra espirrando ndo sangue sangue enqu e nquanto anto caía. – NÃO – NÃO!! – Vin gritou. O Senhor Senhor Soberano Soberano arra a rrancou ncou uma das lança lançass de seu corpo e a cra cravou vou no no peito peito de Kels Ke lsier. ier. – Que a s e xec xecuçõe uçõess c om omec ecem em – diss disse, e, da dando ndo m e iaia-volt volta, a, c am inhando em dire direçã çãoo à carruagem car ruagem,, arrancando arra ncando a segund segundaa lança e j og ogando ando-a -a de lado. lado. O caos se seguiu. Dirigidos por um Inquisidor, os soldados se viraram e atacaram a m ul ulti tidão. dão. Outros Outros Inquisi Inquisidores dores chegara che garam m da outra praça pra ça,, galopando galopando cavalo ca valoss negros e em pun punhando hando machados de ébano brilhando sob a luz da tarde. Vin ignorou tudo. – Kelsier K elsier!! – grit gr itou. ou. O cor corpo po dele de le esta estava va no lugar luga r e m que ca caíra íra,, a lanç lançaa c ra ravada vada no peit pe ito, o, o sanguee escar sangu e scarllate se espalh espalhando ando ao seu redor. re dor. Vin saltou do edifício. Empurrando algumas pessoas e jogando-se sobre o Não.. Nã Não Não. o. NÃO! NÃO! Vin massacre. Aterrissou no centro da praça estranhamente vazia – o Senhor Soberano se fora, os Inquisidores estavam ocupados com os skaa. Correu para junto de Kelsier. Quase nada restava do lado esquerdo do rosto dele. O lado direito, no entanto... ainda sorria levemente, o olho morto contemplando o céu vermelho-escuro. Pedaços de cinzas caíam sobre seu rosto. – Kelsier K elsier,, não... – Vin disse, as lágr lágrim imas as cor corre rendo ndo por seu rosto. Toc Tocou ou seu se u cor corpo, po, tentando te ntando sentirr seu senti se u pulso. pulso. Não havia nada. na da. – Você Você dis disse se que não podia ser se r m orto! – Ela gritou. – E quanto aos a os seus planos? pla nos? E quanto qua nto ao Déciim o Prime Déc Pr imeiro iro Metal? Metal? E quanto quanto a mim mim?? Ele não se moveu. Vin teve dificuldade para enxergar entre as lágrimas. É impossí impossívv e l. Ele eraa empre disse que não éramos invencíveis... mas isso era eu. Não ele. Não Kelsier. Ele er
invencível. Devv ia ter De ter sido. Alguém Alg uém a agarr a garrou, ou, e el e la se debateu, deba teu, chorando. – É hora de irm irmos, os, ga garota rota – Ha Ham m fa falou. lou. De Deteve teve-se -se,, olhando par paraa Ke Kelsi lsiee r, a ssegura ssegurando-se ndo-se com seus próprios olhos que o líder da gangue estava morto. Então Ent ão levou Vin Vin à força f orça.. Ela Ela cont c ontiinuava a se debater debi debilme lment nte, e, m as estava cada c ada vez m ais aturdida. No fundo de sua m ente, ouviu a voz de Reen. Ree n. Vê. Eu disse que ele a deixaria. Eu avisei você. Eu prometi prome ti a você v ocê... ...
QUINTA PAR P ARTE TE CRENTES CRENTE S DE UM MUNDO ESQUECIDO ESQUECIDO
Sei o que acontecerá se tomar a decisão errada. Devo ser forte; não devo tomar o poder ara mim mim mesmo. me smo. Porque eu e u vi o que aconte acontecc erá se eu o fizer.
dissera, só peç Para trabalhar comigo com igo,, Kelsier dissera, só peçoo que me prome prometam tam uma c oisa – confiem e m mim. Vin flutuava em meio às brumas, imóvel. Fluíam ao seu redor como um riacho silencioso. Acima, Acim a, adi a diante, ante, dos dos lados lados e abaixo. Tud Tudoo eram era m bruma brumass ao seu redor. Confie em mim, Vin , ele dissera. Confiou em mim o suficiente para saltar da muralha, e eu a eguei.i. Terá egue Terá que confi confiar ar em mim m im desta vez também. Eu pegarei pe garei você voc ê . Eu pegarei pe garei você voc ê ... Era como se não estivesse em lugar algum. Em meio às brumas, das brumas. Como Vin das brumas. invejava as brumas. Elas não pensavam. Não se preocupavam. Nãoo sofriam Nã sofr iam . pensou. Eu realme Confiei em você, Kelsier , ela pensou. Eu realmente nte confiei – mas me de deixou ixou cair cair.. Prome Prometeu teu que nas suas gangues não havia hav ia traiçõe traições. s. E quanto a isso? isso? E quanto à sua traiç traiç ão? Flutuava com o estanho apagado para ver melhor as brumas. Eram levemente úmidas e frias contra sua pele. Como a pele de um homem morto. pensou, olhando olhando para cim cima. a. Por Por que iss issoo importa, agora?, agora?, pensou, Por que alguma coisa import importa? a? O que disse para mim, Kelsier? Que eu nunca entendera realmente? Que ainda precisava aprender obre amizade? amizade? E quanto quanto a você? voc ê? Você Voc ê nem lutou lutou com ele e le.. Ele estava parado ali novamente, em sua mente. O Senhor Soberano o derrubou com um
golpe gol pe desdenhoso. desdenhoso. O Sobrevi Sobrevivent ventee m orre orrera ra com comoo qualquer qualquer out outro ro homem home m . É por isso isso que estava e stava tão hesitante hesitante em e m prometer prome ter que não me m e abandonari abandonaria? a? Desejou poder simplesmente... partir. Flutuar para longe. Transformar-se em bruma. Uma vez ela desejara liberdade – e então presumira que a tinha encontrado. Estava errada. Isso não eraa liberdade er liberdade,, esse pesar, esse buraco burac o dentro dentro dela. Era o mesmo que antes, quando Reen a abandonara. Qual era a diferença? Reen ao menos tinha sido honesto. Sempre prometera que partiria. Kelsier a guiara, dizendo para ela confiar e am ar, mas m as Reen Reen sempre sem pre fora sincero. sincero. – Não Nã o quero quer o ma m a is isso isso – sussurrou sussurrou para pa ra a s brum as. – Não Nã o podem simple simplesm smee nte m e levar le var?? As brumas não responderam. Continuaram a rodopiar, brincalhonas, despreocupadas. Sem pre m ud udando ando – e, de algum algum m od odo, o, sem sem pre as m esma esmas. s. – Se Se nhora nhora?? – uma um a voz insegura a c ham ou, vinda vinda de baixo. ba ixo. – Se Se nhora nhora,, é você voc ê aí em e m c im ima? a? Vin sus suspi pirou, rou, queim queimando ando estanho, estanho, então então apagou a pagou aço e deix deixou-s ou-see ca cair. ir. Sua Sua capa c apa de brum a se agitava enquanto descia; aterrissou silenciosamente no telhado sobre o refúgio. Sazed estava próximo, próxim o, ao lado la do da esca e scada da que os vigias vigias usavam usava m pa para ra c hega hegarr ao a o telhado. – Sim Sim,, Saze? Saze? – perguntou, per guntou, cansada ca nsada,, estende e stendendo ndo a m ão par paraa puxar as as três moedas que estava usando como âncoras para se estabilizar, como pernas de um tripé. Uma delas estava dobrada e retorcida reto rcida – a m esma m oeda que que Kels Kelsiier e el e la havi haviam am us usado ado para competi c ompetirr há vári vários os meses. – Sint Sintoo muit m uito, o, senhora senhor a – Sazed Sazed disse. – Sim Simplesm plesmente ente m e per perguntava guntava onde tinha ido. Elaa deu El de u de ombros om bros.. – É uma um a estranha e stranha noit noitee sil silenc encios iosaa , cre cr e io – Sa Sa ze d com e ntou. – Um a noite de lut luto. o. Centenas de skaa skaa havi haviam am si sido do mass ma ssac acra rados dos após a mort m ortee de Kelsi Kelsier, er, e m ais centenas foram pisotea piso teados dos em m eio à pre pressa ssa de fugir. – Eu m e per pergunto gunto se a m orte dele c hegou a sign significa ificarr a lgum lgumaa coisa – e la dis disse se e m voz baixa.. – Prova baixa P rovavelm velm ente salva salvam m os muit m uitoo me m e nos ska ska a do que fora f oram m m ortos. – Assassinados por hom e ns ma m a us, senhora. senhora . – Ham Ha m c om fr frequê equência ncia se pergunta pe rgunta se há mesmo essa coisa chamada “mal”. há mesmo – Mestre Me stre Ha Ham m m ond gosta de fa fazzer pe perguntas rguntas – Sazed com entou –, m as seque sequerr questiona a s resp re spos osttas. Há home homens ns maus ma us... ... assim assim com c omoo há homens hom ens bons. bons. Vin balançou a cabeça. – Eu e stava er erra rada da sobre Ke Kelsi lsiee r. Ele não e ra um hom homem em bom bom... ... e ra só um m entiroso. unca teve um pl plano ano para derrotar o Senhor Senhor Soberano. Soberano. – Ta lvez – Sa ze d ponder ponderou. ou. – Ou, talvez, não tenha ti tido do a oportunidade de leva levarr o plano a cabo. ca bo. Talvez nós nós não tenham os entendido entendido o plano. – Soa c om omoo se a inda ac acre redit ditaa sse nele – Vin se virou e se a proxim proximou ou da beir beiraa do telhado plano, enca e ncara rando ndo a cidade c idade e scur scuraa e sil silee nciosa nciosa.. – Acre Ac redit dito, o, senhora senhor a – Sazed afirm a firm ou. – Com Como? o? Co Com m o pode? Saz azed ed balançou a cabeç c abeça, a, aproxi a proxim m ando-se dela. – A cr crenç ençaa nã nãoo é simple simplesm smente ente um umaa c oisa par paraa os m om omee ntos fe feli lizze s e os dias brilhantes, creio. cr eio. O que é a cre c rença, nça, o que é a fé, se você não nã o conti continuar com ela depois depois do do fraca fra cass sso? o? Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Qua Qualquer lquer um pode a cr creditar editar em algué alguém m ou em algum algumaa c oisa que sem pre tem suce sucesso, sso, senhora senho ra.. Mas o fraca fra cass sso.. o.... ah sim, isso isso é di difícil fícil de se ac acre redi ditar, tar, certa ce rta e verdade verdadeiram iramente. ente. Difícil Difícil o bastante basta nte para pa ra ter va valor, lor, creio. cr eio. Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça..
– Kelsi Ke lsiee r não nã o mer m eree c e. – Você não quer diz dizee r iss isso, o, senhor senhoraa – Sa zed dis disse se ca calm lmam am e nte. – Está só zangada zanga da pelo que acontec acont eceu. eu. Est Está m achucada. – Ah, e u quer queroo diz dizer er iss issoo – Vin dis disse, se, sentindo um umaa lágr lágrim imaa e m sua boche bochecha cha.. – Ele não m erece no nosssa crença. c rença. Nunca Nunca merece m ereceu. u. – Os sk skaa aa pensa pensam m dife difere rente... nte... as lenda lendass sobre ele e stão c re resce scendo ndo ra rapidam pidam ente ente.. Te re reii que retornar aqui em breve para compilá-las. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Vai Va i reunir re unir história históriass sobre Kelsier K elsier?? – É clar c laroo – Sa Sa ze d confirm conf irmou. ou. – Eu com pil piloo todas as re r e li ligiões. giões. Vin bufou. – Não Nã o é de ne nenhum nhumaa re reli ligião gião que esta estam m os falando, fa lando, Saze Saze d. É sobre Ke Kelsi lsier er.. – Discordo. Discor do. Ele é c er ertam tam ente um umaa figura f igura religios r eligiosaa par paraa os skaa skaa.. – Mas, nós o conhecíamos – Vin dis disse. se. – Ele Ele não nã o era er a um profeta ou um deus. Era Era apena apenass um conhecíamos – homem. – Assim com c omoo muit m uitos os deles, dele s, creio cr eio – Saze Saze d respondeu re spondeu em e m voz baixa baixa.. Vin apena apenass balançou balançou a cabeç c abeça. a. Ficara Ficaram m em si silêncio lêncio por um m ome oment nto, o, obs obser ervando vando a noite. noite. – E os outros? outros? – ela fina finalm lmee nte perguntou. pe rguntou. – Estão discuti discutindo ndo o que fa fazze r a seguir – Sa ze d c ontou. – Creio que e stão de decidindo cidindo de deixar ixar Luthadel Lut hadel separ separadam adam ente e busca buscarr refúgi re fúgioo em out outras ras cidades. – E... você? você ? – De Devo vo viaj ar par paraa o norte norte... ... par paraa m inha ter terra ra nata natal,l, o loca locall dos Gua Guarda rdadore dores... s... par paraa que possa par parti tilhar lhar o conhec c onhecim imento ento que possuo. Devo De vo contar c ontar a os m eus irm irmãã os e irm irmãã s sobre o diário diá rio de viagem, especialmente as palavras a respeito do nosso ancestral, o homem chamado Rashek. Há muito o que se aprender nessa história, creio. Elee se deteve, ent El e ntão ão olhou olhou para ela. – Não Nã o é um a j orna ornada da que posso faz fa zer c om outra pessoa pessoa,, senhora. senhor a. Os O s loc locais ais dos Guarda Guar dadore doress devem permanecer em segredo, até de você. pensou. É clar É claro c laro,, Vin pensou. É c laroo que ele e le vai v ai embora também també m . – Voltarei Voltare i – ele prom pr omee teu. Claro que vai. Como todos os outros fizeram . A gangue a fez se sentir necessária por um tempo, mas ela sempre soube que terminaria. Era hora de vol voltar tar para par a as a s ruas. Hora de estar sozi sozinha novam novam ente. – Se Se nhora nhora... ... – Sazed Sazed fa f a lou le le ntam e nte. – Ouviu isso? isso? Ela deu de ombros. Mas... havia algo. Vozes. Vin franziu o cenho, andando até o outro lado do edifício. Ficaram mais altas, tornando-se facilmente perceptíveis até mesmo sem estanho. Reclinou-se sobre a beirada do telhado. Um grupo de skaa, talvez uns dez, estava na rua abaixo. Uma gangue de ladrões?, ladrões? , Vin se perguntou, per guntou, enquanto e nquanto Sa zed se j untava a e la. A quantidade de pessoa pessoass aum enta entava, va, à m e dida que m ais sk skaa saíam ti tim m id idam am ente de su suas as habitaç habitações. ões. – Ve nham – diss dissee um sk skaa a pa para rado do na fr free nte do grupo. – Nã Nãoo tem a m a s brum as! O Sobrevi obrevivent ventee não cham cha m ou a si mesmo me smo de Lorde das Brumas? Bruma s? Não disse disse que não tínham tínhamos os nada nada a temer tem er nelas? De fa fato to,, elas nos prot proteger egerão, ão, nos darã darãoo segurança. Nos N os dar darão ão poder, até! Enquant Enq uantoo mais m ais e mais m ais sk skaa deix deixavam avam su suas as casas ca sas sem sem re reperc percus ussão são óbvi óbvia, a, o grupo com começ eçou ou a aument aum entar ar cada vez m ais ais.. – Vá c ham a r os outros – Vin falou. fa lou. – Boa Boa ideia ide ia – Sazed Sazed concor c oncordou, dou, indo ra rapidam pidam ente pa para ra a s escada esc adas. s.
– Seus a m igos igos,, seus filhos, seus pais, suas m ãe ães, s, esposa esposass e am a ntes – o sk skaa aa dis disse, se, acendendo uma lanterna e levantando-a. – Eles morreram nas ruas nem a meia hora daqui. O Senhor Soberano não teve nem a decência de limpar sua matança! A multidão começou a murmurar, concordando. – Mesm Me smoo quando qua ndo a li lim m peza ocor ocorre rerr – o hom homem em diss dissee –, serã se rãoo as a s m ã os do Senhor Sober oberaa no que vão cavar as covas? Não! Serão nossas mãos. Lorde Kelsier falou sobre isso. – Lorde Lor de Ke Kelsi lsiee r! – vários vá rios home hom e ns concor c oncordar daraa m . O grupo esta estava va fic ficaa ndo ma m a ior, agora a gora,, com c om a presença de mul m ulheres heres e jov j ovens ens tam bém bém.. Um ra ranger nger na escada e scada anuncio anunciouu a chegada c hegada de Ham . Pouco depois, depois, ele ele foi f oi segui seguido do por por Saz Sazed, ed, Brisa, Dockson, Fantasma e, até mesmo, Trevo. – Lorde Lor de Ke Kelsi lsiee r! – procla pr oclam m ou o hom homee m lá em baixo. Outros ace a cender nderaa m tocha tochas, s, iluminando ilum inando as brumas. – Lorde Kelsier lutou por nós hoje! Matou um Inquisidor imortal! A multidão murmurou em acordo. – Mas então e ntão ele e le m orr orree u! – alguém a lguém gritou. Silêncio. – E o que fiz fizee m os para pa ra aj udáudá-lo? lo? – o líder per perguntou. guntou. – Muitos Muitos de nós estava e stavam m lá... m il ilhar haree s de nós. Nós ajudamos? Não! Esperamos e observamos, mesmo enquanto ele lutava por nós. Ficamos ali, estupidamente, e o deixamos cair. Nós o vimos morrer! Ou não? O que o Sobrevivente disse? Que o Senhor Soberano nunca poderia matá-lo realmente? Kelsier é o Senhor das Brumas! Ele não está conosco, agora? Vin se virou para os outros. Ham observava cuidadosamente, mas Brisa apenas deu de ombros. – O homem hom em é obviam obviamente ente m a luco. Um fa fanático nático re r e li ligios gioso. o. – Eu digo para pa ra você vocês, s, am a m igos! – gritou o hom homee m na rua rua.. A m ult ultidão idão a inda c re rescia scia,, e m a is tochas to chas eram er am ac acesas. esas. – Eu Eu lhes lhes dire direii a verdade! ver dade! L Lorde orde Kelsier aparece aparec e u para mim esta noite! noite! Disse que sempre sem pre est e star aria ia conosco. conosco. Vam os deixá-lo deixá-lo cair novam novam ente? – Não! Nã o! – veio ve io a resposta. r esposta. Brisa balançou a cabeça. – Não Nã o imagina im aginava va que ti tive vessem ssem iss issoo neles. nele s. Pena Pe na que sej se j a um grupo tão pequeno... pe queno... – O que é aquilo? – Dox perguntou. pe rguntou. Vin se virou, franzindo o cenho. Havia um clarão de luz ao longe. Como... tochas acesas nas brum a s. Outra a par paree c eu a leste, pe perto rto de um bair bairro ro pobre sk skaa a. Um a ter terce ceira ira a par paree c eu. Então uma quarta. Em quest questão ão de segun segundos dos,, parecia pare cia que toda a cidade est e stava ava bril brilhando. hando. – Se Se u gênio ma m a luco... – Dock Doc kson sussurr sussurrou. ou. – O quê? quê ? – Trevo Tre vo perguntou, per guntou, fr franzi anzindo ndo o cenho. ce nho. – Nã N ã o nos dem de m os conta c onta – Dox D ox expli e xplicou. cou. – O a ti tium um,, o exé exérc rcit ito, o, a nobre nobrezza ... não nã o era e ra iss issoo que Kelsier estava planejando. Este planejando. Este era o trabalho dele! Nossa gangue nunca derrubaria o Império Final... éramos muito poucos. A população inteira de uma cidade, no entanto... – Está dizendo dizendo que ele fe fezz iss issoo de propósi pr opósito? to? – Brisa Brisa perguntou. pe rguntou. – Ele sem pre m e fa fazzia a m esm a per pergunta. gunta. – Sazed int inter erviu, viu, um pouco atr atráá s. – Se m pre perguntava per guntava o que dava tanto poder pode r às re reli ligiões. giões. Toda Toda vez eu e u re r e spondi spondiaa o m esm o... – Sa ze d olhou paraa e les, inclinando a c a beç par beça. a. – Eu diz dizia ia que e ra porque seus cr crente entess ti tinham nham a lgo que os fa fazzia sentirr paixão. senti pa ixão. Algo... Algo... ou alguém. alguém . – Mas por que e le não nã o nos contou? – Brisa Brisa perguntou. pe rguntou. – P orque ele sabia – Dox diss dissee e m voz baixa baixa.. – Sabia de a lgo c om o qual j a m a is concordaríamos. Sabia que teria que morrer. Brisa balançou a cabeça.
– Nã Nãoo ac acre redit ditoo niss nisso. o. P or que entã entãoo se incom incomodar odar c onosco? Ele poder poderia ia ter fe feit itoo iss issoo por conta própria. Por que então e ntão se se incomodar... inc omodar... – Dox – Vin fa falou, lou, vira virando-se ndo-se.. – Onde é o a rm a zém que Ke Kelsi lsier er alugou, onde fa fazzia suas reuni re uniões ões com o inform inform ante? Dockson Dock son se deteve. de teve. – Não N ão é m uit uitoo longe, na ve verda rdade. de. Dua Duass ruas r uas a baixo. Ele E le diss dissee que quer queria ia que fosse per perto to do esconderi escon derijj o de em ergência.. ergência.... – Quero Que ro que m e m ost ostre re!! – Vin, V in, disse, disse, desce de scendo ndo pela later lateral al do edifício. e difício. Os skaa reunidos continuavam gritando, cada grito mais forte do que o anterior. Toda a rua ardi ar diaa com c om luz uz,, tochas tochas tre trem m eluz eluzin indo do transform transformavam avam as brisas brisas em um umaa cham c hamaa brilhant brilhante. e. Dockson a levou rua abaixo, enquanto o resto da gangue os seguia. O armazém era uma estrutura grande, quadrada e esquecida de uma seção industrial do bairro skaa. Vin se aproximou, avivou aviv ou pelt peltre re e ar arre rebent bentou ou o cadeado. cadea do. A porta se abriu a briu lentam lentam ente. Dock D ockson son leva levanto ntouu sua lanterna, lanterna , e a luz re revelou velou pilhas pilhas cintil cintilantes antes de metal. Armas. Espadas, machados, bastões e elmos brilhavam na luz – um incrível tesouro pratea pra teado. do. A gangue encarou enca rou o salão, salão, assom assom brada. Este é o motivo – Vin disse em voz baixa. – Ele precisava que a fachada de Renoux – Este comprasse armas em grande número. Sabia que a rebelião precisaria se quisessem tomar a cidade com su suce cess sso. o. Por que reuni re unirr um exér exércit cito, o, então? então? – Ham pergunt perguntou. ou. – Era só um um a fac f achada, hada, também tam bém ? – Por – Acho Ac ho que sim – Vin falou. fa lou. – Err Errado ado – um umaa voz disse, ec ecoando oando pelo ar arm m azém c a ver vernoso. noso. – Ha Havia via m uit uitoo m ais do que isso. O grupo se sobressaltou, e Vin avivou seus metais... até que reconheceu a voz. – Re Re noux? Dockson Dock son leva levant ntou ou ainda m ais sua lanterna. lanterna . – Mostre Mostre-se -se,, criatura cr iatura.. Umaa fig Um f igura ura se m oveu no fundo do arm az azém ém , perm anec anecendo endo nas som sombras. bras. Cont Contudo udo,, quando quando falo fa lou, u, sua voz era inconfundí inconfundível. vel. – Ele pre precc isava de um e xér xércc it itoo pa para ra ter um núcle núcleoo de hom homee ns tre treinados inados par paraa a re rebelião. belião. Essaa parte do plano Ess plano foi... foi... prej udi udica cada da pelos acontec acontecime iment ntos os.. Essa Essa er eraa só um um a parte do porquê de ele precisar de vocês, no entanto. As casas nobres precisavam cair para deixar um vazio na estrutura política. A Guarnição tinha que deixar a cidade para que os skaa não fossem massacrados. – Ele planej plane j ou tudo isso isso desde o com c omeç eçoo – Ham Ha m dis disse, se, com c om a ssombr ssombro. o. – Kelsi Ke lsiee r sabia sa bia que os skaa sk aa não se levant levantar ariam iam.. Havi Ha viam am est estado ado submeti subme tidos dos por por tem po demais, dem ais, e cond c ondici icionado onadoss a pensar que o Senhor Soberano era dono tanto de seus corpos quanto de suas almas. Ele entendeu que novo de nunca nu nca se rebel re belariam ariam...... não até até terem um novo deus. us. – Sim Sim – Renoux disse, dando da ndo um passo para pa ra fr free nte. A luz il ilum uminou inou seu rosto, r osto, e Vin engasgou e ngasgou de sust susto. o. – Kelsi Ke lsiee r! – exclam exc lam ou. Ham a segurou pelo pelo om om bro. – Cuidado, Cuidado, cria c rianç nça. a. Nã N ã o é ele. e le. A criatura olhou para ela. Usava o rosto de Kelsier, mas os olhos... eram diferentes. O rosto não tinha o sorriso característico de Kelsier. Parecia oco. Morto.
– P eç eçoo desc desculpas ulpas – ele diss dissee . – Essa ser seria ia m inha par parte te no plano, e e ssa foi a ra razzã o original pela qual Ke K e lsi lsier er m e c ontra ontratou. tou. Eu teria ter ia que tom tomar ar seus ossos assi a ssim m que estivesse m orto, e entã entãoo aparecer apare cer para seu seuss segui seguido dores res para lhes dar dar fé e força. f orça. – O que você é? – Vin perguntou, horroriz horr orizaa da. Renoux-Kelsier olhou para ela, então seu rosto brilhou, tornando-se transparente. Ela pôde ver seus ossos sob a pele gelatinosa. Isso a fez se lembrar de... – Um espectro e spectro da bruma. bruma. – Um U m ka ndra – a c ria riatura tura dis disse se e nquanto sua pele per perdia dia a tra transpar nsparêê ncia ncia.. – Um e spec spectro tro da brum a que... evolui e voluiu, u, você poder poderia ia dize dize r. Vin se virou, enojada, lembrando das criaturas que vira nas brumas. Carniceiros, Kelsier dissera... criaturas que digerem os corpos dos mortos, roubando seus esqueletos e imagens. As lendas são são mais verdadeiras verdadeiras do que eu e u pensava . – Você ocêss e ra ram m par parte te deste plano, tam bé bém m – o kandr andraa diss dissee . – Todos você vocês. s. Você ocêss se perguntam per guntam por que e le pre precc isava de um umaa ga gangue? ngue? Ele pre precisa cisava va de hom homens ens de virtude, hom homens ens que pudessem aprender a se preocupar mais com o povo do que com moedas. Ele os colocou diante de exércitos e multidões, deixou que praticassem a liderança. Estava usando vocês... mas também tam bém estava tre trein inando ando vocês. vocês. A criatura olhou para Dockson, Brisa e Ham. – Burocr Burocrata ata,, polí políti ticc o, ge gener neraa l. P a ra que um umaa nova naç naçãã o surj a, ser serãã o nec necessá essários rios hom homens ens com os talento talentoss indi indivi viduai duaiss de vocês. – O kandra kandra ac acenou enou com a ca cabeça beça na direção direç ão de uma grande folha de papel afixada em uma mesa não muito longe dali. – São instruções, para que sigam. Tenho outras coisas a fazer. Deu meia-volta, como se fosse partir, então se deteve ao lado de Vin, virando-se para ela com um rosto perturbadoramente parecido com o de Kelsier. Mesmo assim, a criatura não era comoo Renoux com Renoux ou ou Kelsier. Kelsier. Pare Pa recia cia sem paix paixão. ão. O kandr kandraa pegou uma um a bol bolsi sinha. nha. – Ele m e pediu par paraa lhe dar iss isso. o. – Col Colocou ocou a bols bolsaa na m ão de dela, la, entã entãoo seguiu e m fr frente ente,, enquantoo o re enquant rest stoo da gangue gangue se afa a fast stava, ava, dando-lhe dando-lhe um am pl ploo espaço para sai sairr do arm az azém ém . Brisa começou a caminhar até a mesa, mas Ham e Dockson foram mais rápidos. Vin olhou paraa a bolsinha. Estava... par Estava ... com m e do de ver ve r o que c onti ontinha. nha. Correu Corr eu para pa ra se j untar à gangue gangue.. A folha tinha o mapa da cidade, aparentemente copiado do que Marsh enviara. No alto, estavam escr escrit itas as algum algum as palavras. Me us amigos, v ocê Meus ocêss têm muito traba trabalho lho a fazer fazer,, e de deve vem m fazê-lo rapid rapidame amente. nte. De Devv em organizar e distribuir as armas deste armazém, então fazer o mesmo com os outros dois como este, localizados localiz ados em outro outross bairros bairros pobres. Há c avalos em e m um quart quartoo lateral para para facilitar facilitar a viagem. viage m. Uma vez que tenham distribuído as armas, vocês devem proteger os portões da cidade e ubmeter os membros restantes da Guarnição. Brisa, sua equipe fará isso – marchará primeiro contra a Guarnição, para que possa tomar os portões em paz. Há quatro Grandes Cas Casas as que detê detêm m uma um a forte forte prese presença nça mili militar tar na cidade. cidade . Eu as marquei no mapa. Ham, sua equipe lidará com elas. Não queremos outra força armada além da nossa dentro da cidade. Dockson, Doc kson, perm permaneç aneçaa na retaguarda, e nquanto aconte acontece cem m os ataques ini inicc iai iais. s. Mais e mais kaa virão aos armazéns quando as notícias se espalharem. Os exércitos de Brisa e Ham incluirão as tropas que treinamos, além de novas incorporações – espero – dos skaa que se aglomerarem nas ruas. Vocês precisam se assegurar de que os skaa comuns recebam suas armas para que Trevo possa liderar o assalto ao próprio palácio.
brandam am ent entoo já se As estações estaçõe s de a de abrand se for foram am – Renoux Re noux entregou e ntregou a ordem para nossas equipes de assassinos antes de trazer isto para vocês. Se tiverem tempo, enviem alguns dos Brutamontes de am para conferir essas estações. Brisa, seus abrandadores serão necessários entre os skaa, para encorajá-los. Acho Ac ho que é tudo. Foi um traba trabalho lho dive diverti rtido, do, não foi foi?? Quando se lembrare lembrarem m de mim, por avor, lembrem-se lembrem- se disso. disso. Lem Lembrem-se brem-se de sor sorri rir. r. Agora, Agora, movam-se movam- se rapidamente. rapidamente. Governem com sabedoria. O mapa m apa da cidade estava divi dividi dido do em di diversas versas zonas zonas marc ma rcadas adas com os nome nomess dos dos m em bros da gangue. Vin percebeu que ela e Sazed não haviam sido incluídos. – Voltarei Voltare i com o grupo que deixa deixam m os perto per to da nossa casa c asa – Trevo Tre vo resm re smungou. ungou. – Eu os tra trare reii aqui para qu quee rec r ecebam ebam su suas as arm as. – Come Começou çou a sair, mancando ma ncando.. – Tre Trevo? vo? – Ha Ham m pe perguntou, rguntou, vira virando-se ndo-se.. – Sem ofe ofensa, nsa, m a s... por que e le o incluiu c om omoo líder de exército? O que sabe sobre a guerra? Trevo fez uma careta, então ergueu a perna da calça, mostrando uma longa cicatriz serpenteante, que que corria c orria pela coxa c oxa e panturrilh panturrilhaa – obviam obviam ente a font f ontee de seu coxear. coxear . – Onde ac acha ha que conse consegui gui isso? isso? – ele dis disse, se, e se dispôs a andar a ndar.. Ham se virou virou novam novam ente, assombra assombrado. do. – Não Nã o acr a cree dit ditoo que isso está ac a c ontec ontecee ndo. Brisa balançou a cabeça. – E eu pre presum sumia ia que e u sabia algo sobre manipular as pessoas. Isso... isso é incrível. A economia está prestes a colapsar, e a nobreza que sobreviver logo estará em guerra em campo aberto. Kell mostrou a todos nós como matar Inquisidores... só precisamos derrubar os outros e decapitá-los dec apitá-los.. Quant Qua ntoo ao Senhor Sobera oberano... no... Os olhos se voltaram para Vin. Ela olhou para a bolsinha em suas mãos, e a abriu. Um saquinho saqui nho,, obvi obviam am ente cheio de contas contas de at a tiu ium m , cai ca iu em su suaa m ão, seguido seguido de de um a pequena pe quena barra barr a de m etal enrol enrolada em e m uma fol folha ha de papel. O Décimo P rimeiro Metal Metal.. Vin desdobrou o papel. pape l. leu. Seu dever original nesta noite seria assassinar os altos nobres que restavam na Vin, leu. Vin, cidade. cida de. Mas, Mas, bem, você me convence c onvenceuu de que que talve talvezz dev devam am viver. Nuncc a descobri Nun desc obri como este e ste maldito maldito metal me tal supost supostame amente nte deve de veria ria funcionar. funcionar. É seguro queimá-lo queimá- lo – não a matará – mas não parec parecee faz fazee r nada úti útil.l. Se e sti stive verr lendo iss isso, o, e ntão eu fra fracc assei e m descobrir como usá-lo para enfrentar o Senhor Soberano. Não acho que importe. As pessoas recisam de algo no que acreditar, e esse é o único jeito de dar isso a elas. Por favor favor,, não fi fique que zangada com comigo igo por abandoná-la. De Deram ram a mim uma prorr prorrogação ogação de vida. Eu devia ter morrido no lugar de Mare, há anos. Estava preparado para isso. Os outros ainda precisam de você. Você é a Nascida das Brumas deles, agora – terá que rotegê-los nos meses que virão. A nobreza mandará assassinos contra nossos incipientes overnantes do reino. Adeus. Ade us. Falare Falare i de você v ocê para Mare. Ela sempre sem pre quis ter uma filha filha.. – O que diz diz,, Vin? – Ham Ha m per perguntou. guntou. – Diz Diz... ... que nã nãoo sabe c om omoo o Dé Décc im imoo P rim rimee iro Meta Metall func funciona. iona. Se nte m uit uito... o... nã nãoo ti tinha nha certez ce rtezaa de com c omoo derrotar o Senhor Senhor Sobera Soberano. no. – Te m os um umaa c idade int inteir eiraa , c heia de pessoa pessoass par paraa lut lutaa r c ontra e le – Dox fa falou. lou. – Duvido
seriam ente que pos seriamente possa sa m atar to todos dos nós nós... ... se se não puderm os destruí destruí-lo, -lo, podem podemos os prendê-lo e j ogá-lo em um calabo c alabouço. uço. Os demais dem ais assenti assentira ram m. – Tudo bem ! – Doc Dockkson fa falou. lou. – Bris Brisaa e Ha Ham m , pre precc isam ir a té os outros ar arm m a zé ns e começar a distribuir as armas. Fantasma, vá reunir os aprendizes... precisamos que entreguem m ens ensagens agens.. Vam os os!! Todos começaram a se mexer. Logo, skaa que nunca haviam visto antes irromperam no armazém, empunhando suas tochas e contemplando com assombro a abundância de armas. Dockso Dock sonn tra trabalh balhou ou com ef efici iciência, ência, ordenando que alguns alguns dos dos recém rec ém -c -chegados hegados se se enca encarre rregass gassem em de distribuí-las, e enviando outros para reunir seus amigos e família. Os homens começaram a fazzer fil fa fila, a, rec r ecol olhendo hendo as arm as. Todo mundo estava estava ocupado, exceto Vin. Vin. Ela olhou para Sazed, que sorriu para ela. – Algum Algumas as vezes só tem os que e sper speraa r o tem po suficie suficiente, nte, senhor senhoraa – ele dis disse. se. – Então descobrimos por que exatamente estávamos mantendo a crença. Há um ditado do qual Mestre Kels Ke lsier ier gos gostava tava m uit uito... o... – Sem pre há outro segre se gredo do – Vin sussurrou. – Mas, Ma s, Sazed, Sazed, todo mundo m undo tem a lgo para par a fa fazze r, exceto exce to eu. Origi Originalme nalment nte, e, eu e u devia devia ass a ssassi assinar nar nob nobre res, s, mas ma s Kell não quer m ais que que eu e u faça faç a isso. isso. – Eles têm que ser ne neutra utrali lizzados – Sa ze d diss dissee –, m a s não nã o nec necessa essaria riam m e nte m ortos. Talve alvezz suaa m is su issão são fosse fosse si sim m pl plesm esmente ente m os osttra rarr ess e ssee fa fato to par paraa Kelsi Kelsier er?? Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. – Nã Não. o. Tenho que fa fazzer m a is, Saze. – Aga Agarr rrou ou a bols bolsaa , fr frustrada ustrada.. Algo am a ssou em seu interior. Abriu a bolsa e notou um papelzinho que não tinha visto antes. Pegou-o e desdobrou-o com delicadeza. Era o desenho que Kelsier lhe mostrara – a imagem de uma flor. Mare sempre a mantinha com ela, sonhando com um futuro onde o sol não fosse vermelho, onde as plantas fossem foss em verdes... Vin levantou o olhar. Burocrata, polít político, ico, soldado... soldado... há algo mais mais de que todo re re ino prec precisa. isa. Um bom assassino assassino.. Ela se virou, pegando um frasco de metal e bebendo seu conteúdo, usando o líquido para engolir engol ir duas duas cont c ontas as de ati a tium. um. Andou até a pi pillha de ar arm m as, pegando um pequeno pe queno maço ma ço de flecha flechas. s. Tinham pontas de pedra. Começou a quebrar as pontas, deixando cerca de um centímetro de m adeira em cada uma uma,, descar descarttando as hast hastes. es. – Se Se nhora nhora?? – Sazed Sazed perguntou, pe rguntou, preocupa pre ocupado. do. Vin passou por ele, procurando entre os armamentos. Encontrou o que queria em uma pequena peque na cota de m a lha, fe feit itaa c om gra grandes ndes a néis de m e tal e ntre ntrelaç laçaa dos. Solt oltou ou vár vários ios elos e los com c om uma adaga e os dedos ref reforça orçados dos pelo pelt peltre. re. – Se Se nhora nhora,, o que está e stá faz fa ze ndo? Vin caminhou até um baú ao lado da mesa, dentro do qual havia visto uma grande coleção de m etais em pó. Encheu Encheu sua bolsa bolsa com vários pun punhados hados de de pelt peltre re em pó. – Estou preoc pre ocupada upada c om o Senhor Soberano Sober ano – disse disse , pegando pe gando um umaa li lim m a da c a ixa e ra raspando spando várias lascas do Décimo Primeiro Metal. Deteve-se, olhando o metal prateado e desconhecido, então engoliu os flocos com um gole de seu cantil. Colocou mais alguns flocos em um de seus frascos de m etai etaiss de reserva. re serva. – Certam Certa m ente a re rebelião belião pode li lidar dar com e le – Sazed disse. – Ele não é tão forte f orte sem todos os seus criados, creio. – Você está e rr rrado ado – Vin dis disse, se, leva levantandontando-se se e c am inhando e m dire direçã çãoo à porta porta.. – Ele é
forte, Saze. Saze. Kels Ke lsier ier não nã o podia podia senti se nti-lo, -lo, não com o eu posso. posso. Ele não sabia. – Onde está indo? – Sazed Sazed perguntou pe rguntou atrás atrá s dela. dela . Vin se se det de teve na porta, vira virando ndo-se, -se, as brumas brum as se enros e nrosca cando ndo ao seu seu redor. re dor. – De Dentro ntro do c om omplexo plexo do palá palácio, cio, há um umaa câ câm m a ra prote protegida gida por soldados e Inquisido Inquisidore res. s. Kelsier tentou entrar lá duas vezes. – Ela se virou na direção das brumas escuras. – Esta noite, vou descobrir o que há lá dentro.
De c idi que sou grato pelo ódio de Rashek Dec Rashek.. Faz be bem m rec recordar ordar que há aquele aqueless que me abominam. Meu dever não é buscar popularidade ou amor; meu dever é garantir a sobrevivência da humanidade.
Vin caminhou em silêncio até Kredik Shaw. O céu atrás dela ardia, as brumas refletindo e difundindo a luz de milhares de tochas. Como uma cúpula radiante sobre a cidade. A luz er eraa am a m ar arela, ela, a cor que Kelsi Kelsier er sem sempre pre dizia dizia que o sol sol devia devia ter. ter . Quatro guardas nervosos esperavam na mesma porta de entrada que Kelsier e ela atacaram antes. Observavam a aproximação dela. Vin caminhou lentamente, em silêncio, pelas pedras úmidas de bruma, brum a, sua capa ca pa agi a gitand tando-se o-se solenem solenemente. ente. Um dos guardas apontou apontou um um a lança para ela, Vin parou bem na frente fr ente dele. – Eu sei – e la dis disse se e m voz baixa. ba ixa. – Você ocêss suportar suportaram am as fá fábric bricaa s, as m inas e a s for forjj a s. Sabiam que um dia os matariam, e suas famílias morreriam de fome. Então, vieram até o Senhor Soberano, Soberano, sentin sentindo-s do-see culp culpados, ados, mas ma s determ in inados, ados, e se j unt untar aram am aos guardas deles. Os quatro quatro homens hom ens trocaram trocara m ol olhare hares, s, confusos confusos.. – A luz atrás atrá s de m im vem de um umaa re rebelião belião sk skaa a m a ciç ciçaa – e la prosseguiu. – Toda a cida cidade de está se erguendo contra o Senhor Soberano. Não culpo vocês por suas escolhas, mas um tempo de mudança está chegando. Esses rebeldes podem usar o treinamento e o conhecimento de vocês. Vão at a té eles.. eles.... estão se reuni re unindo ndo na na Pr Praç açaa do Sobrevi Sobrevivent vente. e. – Na... Na ... Pra P raça ça do Sobre Sobrevivente? vivente? – um soldado perguntou. pe rguntou. – O lugar onde o Sobrevivente Sobre vivente de Ha Haths thsin in foi morto m orto ma m a is cedo, ce do, hoje hoj e . Os quatro quatro homens hom ens trocaram trocara m ol olhare hares, s, ins inseguros. eguros. Vin tumultuou as emoções deles levemente. tumultuou as – Não Nã o prec pre c isam m a is viver viver com c ulpa.
Finalmente, um dos homens deu um passo para frente e arrancou o símbolo de seu uniforme, então caminhou decidido pela noite. Os outros três vacilaram, então o seguiram – deixando deix ando Vin Vin com entrada livre livre para o palácio. Vin caminhou pelo corredor, passando, finalmente, pela mesma câmara da guarda de antes. Entrou, passando por um grupo de soldados conversando, sem ferir nenhum deles, e entrou no corredor seguinte. Atrás dela, os guardas reagiram à surpresa, soaram o alarme e irromperam pelo corredor, mas Vin saltou e empurrou empurrou os suportes das lanternas, lançando-se pelo corr c orree dor. As vozes dos homens ficaram distantes; nem mesmo correndo poderiam alcançá-la. Ela chegou ao final do corredor, deixando-se cair suavemente no chão, com sua capa ao redor do corpo. Continuou com passo resoluto e sem pressa. Não havia motivo para correr. Estariam esperando espera ndo por por el e la de qualquer qualquer j eit eito. o. Passou pelo arco para entrar na câmara central abobadada. Murais prateados cobriam as paree des, os braseiros par bra seiros ardia a rdiam m nos cantos, ca ntos, o chão chã o era er a de m á rm ore ne negro. gro. E dois Inquisidores bloqueavam seu caminho. Vin entrou silenciosamente no aposento, aproximando-se do edifício dentro do edifício que eraa seu objeti er obj etivo. vo. – Proc P rocura uram m os todo esse tem te m po – um Inquisidor disse disse c om voz á sper speraa . – E você voc ê veio até a té nós. Pela segunda vez. Vin parou a uns vinte passos da dupla. Cada um deles era quase meio metro mais alto do que ela, e am a m bos so sorriam rriam , confiantes. confiantes. Vin queimou atium, então tirou as mãos de baixo da capa, atirando dois punhados de pontas de flecha no ar. Avivou aço, empurrando empurrando poderosamente os anéis de metal enrolados frouxamente nas hastes quebradas das flechas. Os projéteis saíram em disparada, cruzando a sala. O Inquisidor líder gargalhou, erguendo a mão e empurrando desdenhosamente os mísseis. empurrando desdenhosamente Seu empurrão soltou os anéis das hastes, lançando os pedaços de metal para trás. As pontas empurrão soltou de flecha, contudo, seguiram em frente – não mais empurradas por trás, mas m as ain a inda da transportadas transportadas empurradas por por um im impulso pulso letal. O Inquisidor abriu a boca, surpreso, enquanto duas dúzias de pontas de flecha o atingiam. Várias atravess atravessara aram m com compl pletam etament entee sua carne, ca rne, cravando-se cravando-se na parede pare de de pedra que estava estava at a trás dele. Outra Outrass atingi atingira ram m seu companheiro com panheiro nas pernas. O Inquisidor líder estremeceu, entre espasmos, enquanto caía. O outro grunhiu, ainda em pé, m a s m a nca ncando ndo um pouco por ca causa usa da per perna na fe ferida rida.. Vin a vanç vançou, ou, a vivando seu peltre peltre.. O Inquisidor tentou bloqueá-la, mas ela enfiou a mão dentro de sua capa e jogou um grande punhado de pe pelt ltre re e m pó. O Inquisidor parou, confuso. Seus “olhos” não conseguiam ver nada além de um emaranhado de linhas azuis – cada uma levando a um grão de metal. Com tantos recursos de m etal concentrados em um só lugar, lugar, as lin linhas has eram era m prati pratica cam m ente ofusca ofuscant ntes. es. O Inquisidor girou, zangado, quando Vin passou por ele. Empurrou Empurrou o pó, mandando-o para longe, lo nge, mas m as ao a o faz fa zer is isso so,, Vin desem desem bain bainhou hou um um a adaga de vidro vidro e atacou. Na confusão de linhas linhas azuis e sombras de atium, ele não notou a adaga, e ela o acertou bem na coxa. Ele caiu, praguej pra guej ando com c om sua voz áspera ásper a . Ainda bem be m que funcionou funcionou,, Vin pensou, passando sobre o corpo do primeiro Inquisidor, que gemia. Não gemia. Não ti tinha nha certeza ce rteza de como c omo aqueles aque les olhos funcionavam . Vin jogou seu peso contra a porta, avivando peltre e atirando outro punhado de peltre para impedir que o Inquisidor captasse qualquer metal de seu corpo. Não se virou para continuar
lutando com eles – não com o trabalho que uma das criaturas dera para Kelsier. Seu objetivo, nestaa infilt nest infiltra raçã ção, o, não não era er a m atar, m as reuni re unirr inform inform aç ações ões e, então, fugi fugir. r. Vin irrompeu no edifício dentro do edifício, quase tropeçando em um tapete feito de alguma pele exótica exótica.. Franz Fra nziu iu o c enho, per perscr scrutando utando a câ câm m ar araa c om urgê urgência ncia,, busca busc a ndo o que quer que o Senhor Soberano escondesse lá dentro. pensou, u, desesper desesperada. ada. A Tem que estar aqui, aqui, ela penso A pist pistaa para derrot de rrotá-lo á-lo – o jeito de v e nce ncerr esta e sta batalha.. Contava com que os Inquisidores ficassem distraídos com seus ferimentos tempo o batalha bastante basta nte para pa ra proc procura urarr o segre se gredo do do Se Se nhor Soberano Sobera no e esca e scapar par.. A sala só tinha uma saída – a entrada pela qual viera – e uma lareira ardia no centro. As paree des e ra par ram m dec decora orada dass com tape tapeçç ar arias ias estra estranhas; nhas; pele peless pendura pe ndurada dass de quase todos os lugar lugaree s, os pelos tingidos em estranhos padrões. Havia algumas pinturas antigas, as cores desbotadas, as telas am are arelladas. Vin procurou rapidamente, com urgência, em busca de qualquer coisa que se provasse ser uma arma contra o Senhor Soberano. Infelizmente, não viu nada de útil; a sala parecia exótica, m as não extraordinár extraordinária. ia. De fato fa to,, era tão acolhedora acolhedora quant quantoo um estú estúdi dioo ou um um re reca cant nto. o. Era cheia c heia de objetos obj etos estra estranho nhoss e decora de corati tivos vos – como com o os chifre chifress de alg a lgum um anima animall exóti exótico e um est estra ranho nho par par de sapatos com solados muito planos e largos. Era uma sala de colecionador, um lugar para guardar lem brança brançass do do passado. passado. Sobressaltou-se quando algo se moveu perto do centro da câmara. Havia uma cadeira giratória perto da lareira, que se virou lentamente, revelando o velho enrugado que a ocupava. Calvo, com a pele manchada, parecia ter mais de setenta anos. Usava roupas caras e escuras, e franz fra nzia ia o cenho com ira para Vin Vin.. É isso isso, Vin pensou. Fracasse aqui. Hora de ir embora em bora.. pensou. Fracasseii – não há nada aqui. No e ntanto, quando ia dar m eia eia-volta -volta par paraa pa partir, rtir, m ãos á sper speras as a a gar garra rara ram m por trá trás. s. Ela praguej pra guej ou, deba debatendotendo-se se e nquanto olhava par paraa a per perna na e nsangue nsanguentada ntada do Inquisido Inquisidor. r. Mesm Mesmoo com peltre, ele não devia conseguir andar com aquilo. Ela tentou se libertar, mas o Inquisidor a segurava seg urava com força. – O que é iss isso? o? – o velho exigiu saber, sabe r, leva le vantando-se ntando-se.. – Sint Sintoo muit m uito, o, Senhor Senhor Sober oberaa no – o Inquisidor Inquisidor disse, respeitosam re speitosamente ente.. ovem em . Senhor Soberano! Soberano! Mas... eu o vi. Ele era e ra um homem j jov – Mate-a Mate- a – o velho ve lho disse, disse, ac a c ena enando ndo com a m ã o. – Meu Me u senhor se nhor – o Inquisido Inquisidorr fa falou lou –, esta e sta cria c riança nça é ... de espe especc ial intere inter e sse. P osso fica fic a r c om ela temporariamente? – Que e spec special ial int intee re resse? sse? – o Senhor Sober oberaa no pe perguntou, rguntou, suspi suspira rando ndo e nquanto se senta sentava va novamente. – De Desej sej am os fa fazze r um umaa petiçã petição, o, Se nhor Sober oberano ano – o Inquisid Inquisidor or diss dissee . – A re respeito speito do Cantão da Ortodoxi Ortodoxia. a. – Isso, de novo? – o Senhor Senhor Sober oberaa no disse, disse, ca c a nsado. – Por P or fa f a vor, m e u senhor – o Inquisidor pediu. Vin conti c ontinuou nuou a se deba debater ter,, avivando a vivando pelt pe ltre re.. O Inquisidor, no entanto, mantinha os braços dela presos contra as costas e seus chutes não eram de m ui uitta aj ud uda. a. Ele pensou, com frust frustra raçã ção. o. Ele é tão forte! forte!,, pensou, Então se lembrou. O Décimo Primeiro Metal, o poder dentro dela, formando uma reserva desconhecida. Levantou a cabeça, encarando o velho. É me melhor lhor que iss issoo funcione funcione.. Queimou o Décimo Primeiro Metal. Nada Na da aconte a contecc eu. Vin se debateu, frustrada, o coração na mão. Então o viu. Outro homem, parado bem ao lado do Senhor Soberano. De onde viera? Ela não o vira entrar.
Tinha barba e usava um traje grosso de lã, com capa forrada de pele. Não era uma roupa rica, m as era er a bem bem-fe -feit ita. a. Estava Estava para parado, do, em si silêncio lêncio,, parece pare cendo ndo... ... content contente. e. Sorria, Sorria, feli fe lizz. Vin inclinou a cabeça. Havia algo familiar naquele homem. Suas feições eram muito paree c idas c om a do hom e m que m ata par atara ra Ke Kelsi lsier er.. Contudo, este e ste hom homee m er eraa m a is velho... ve lho... e m a is vivo. Vin se virou para o lado. Havia outra figura desconhecida ao lado dela, um jovem nobre. Era um m erc ercador, ador, pela pela aparênci aparê nciaa de seu traje traj e – e m ui uitto rico. rico. O que está acontecendo? O Décimo Primeiro Metal se esgotou. Os dois recém-chegados desapareceram como fantasmas. – Mui Muito to be bem m – diss dissee o e nvelhe nvelhecido cido Senhor Sober oberano, ano, suspi suspira rando. ndo. – Con Concc ordo com seu pedido. Nós vam va m os nos encontra enc ontrarr dentr dentroo de vá vária riass horas... hora s... Te Te vidi vidiaa n já j á sol solicitou icitou uma um a re reunião união para pa ra discutir o que ocorre fora do palácio. – Ah – disse disse o segundo se gundo Inquisidor. Inquisidor. – Sim Sim ... será ser á bom par paraa ele e le estar e star lá. lá . Bom Bom,, rea re a lm lmente ente.. Vin continuou continuou a se debater de bater,, enquanto o Inquisid Inquisidor or a empurrava para o chão, e erguia erguia a m ão, empurrava para empunhando alguma coisa que ela não conseguia ver. Ele a atingiu, e a dor estalou em sua cabeça. Apesar do peltre, tudo ficou negro. Elend encontrou seu pai na entrada norte – uma porta menor e menos chamativa da Fort ortalez alezaa Vent Ve nture, ure, ainda que só se com para parada da com c om o maj m aj esto estoso so grande salão. – O que e stá ac acontec ontecee ndo? – Elend e xigi xigiuu sabe saber, r, coloc colocaa ndo o c a sac saco, o, c om o c abe abelo lo despenteado despentea do pelo sono. sono. Lorde Venture estava acompanhado de seus capitães da guarda e encarregados dos canais. Soldados e criados se espalhavam pelo corredor branco e marrom, correndo com ar de temor apreensivo. Lorde Venture ignorou ignorou a pergunt pe rguntaa de El Elend, end, cham ando um m ensageiro para que cavalg ca valgasse asse até as docas doca s do rio do do leste. leste. – Pa P a i, o que está e stá ac a c ontec ontecee ndo? – Elend re r e petiu. – Re Re belião ska ska a – Lorde Ve Venture nture re repli plicc ou. O quê?, quê?, Elend pensou, enquanto Lorde Venture acenava para que outro grupo de soldados Impossí possívv e l . Uma rebelião skaa em Luthadel... era impensável. Não teriam se aproximasse. Im disp di spos osição ição para tentar um ato ousado, ousado, er eram am apena apenas. s..... Valette é skaa , pensou. Tem que parar de pensar como os outros nobres, Elend. Tem que abrir os olhos. olhos. A Guarnição partira, tentando massacrar um grupo diferente de rebeldes. Os skaa tinham sido forçados a assistir àquelas execuções macabras há semanas, sem mencionar o massacre daquele dia. Haviam sido tensionados até o ponto de quebrar. Temadre previu isso , Elend percebeu. Assim c omo me meia ia dúzi dúziaa de teóricos polí políti ticc os. Dizem que o Império Final não pode durar para sempre. Com um deus no comando ou não, as pessoas algum al gum dia vão se ergu e rguer... er... Finalme Finalment ntee está acontecendo. acontec endo. Estou vivendo vive ndo isso! isso! E... estou e stou do lado errado. errado. – Por P or que os enca enc a rr rree gados dos cana c anais? is? – Elend perguntou. pe rguntou. – Estamos Estam os deixando a c idade – Lorde Ve Venture nture disse, lac la c onica onicam m ente ente.. – Abandonando Aba ndonando a for fortaleza? taleza? – Elend perguntou. pe rguntou. – Onde está e stá a honra niss nisso? o? Lorde Venture bufou.
– Isso não tem a ver com c ora orage gem m , gar garoto. oto. Te m a ver c om sobre sobrevivênc vivência. ia. Aque Aqueles les sk skaa a estão atacando os portões principais, massacrando os remanescentes da Guarnição. Não tenho intenção de esperar até que venham atrás de cabeças nobres. – Mas... Lordee Vent Lord Ve nture ure m eneou cabeça. cabeça . – Estam os parti par tindo ndo de qualque qualquerr m ane aneira ira.. Algo... ac a c ontec ontecee u nas na s minas m inas há uns dias. O Se nhor Soberano não ficará feliz quando descobrir. – Deu um passo para trás, acenando para o capitão de seu barco. Rebelião Re belião skaa, skaa , Elend pensou, um pouco atônito. O que era que Temadre advertia em seus escritos? Que, quando uma rebelião de fato viesse, os skaa matariam indiscriminadamente... Que a vida de todos os nobres correria perigo. Predisse que a rebe rebeli lião ão terminari terminariaa rapi rapidame damente, nte, mas que de deixaria ixaria pil pilhas has de c adáve adáveres res e m ua esteira. Milhares de mortos. Dezenas de milhares. – Be Be m , garoto? gar oto? – Lorde Ve Venture nture quis saber. sabe r. – Vá V á e orga organiz nizee suas coisas. c oisas. – Não Nã o vou parti par tirr – Elend Ele nd surpree surpre e ndeundeu-se se ao a o dize dize r. Lorde Venture franziu o cenho. – O quê? quê ? Elend levantou o olhar olhar.. – Não Nã o vou parti par tir, r, pai. pa i. – Ah, você voc ê vai va i – Lorde Ve Venture nture dis disse, se, enc e ncar arando ando Elend Ele nd com um daque daqueles les olhare olhar e s. Elend El end encarou enca rou aqueles olhos olhos – olhos olhos que não estavam irados porqu porquee se preocupavam com a segurança de Elend, mas m as porque Elend ousava ousava desafiá-los desafiá-los.. E, est e stra ranham nhamente, ente, Elend não se sentiu sentiu nem um po pouco uco acovardado. Alguém acovardado. Alguém tem que impedir isso. isso. A rebelião re belião pode faz fazee r algo bom, mas só e os skaa não insistirem em massacrar seus aliados. E é iss issoo o que a nobreza de deve veria ria ser se r – ali aliada ada de deles les contra o Senhor Soberano. Ele é nosso inimigo ini migo também. também . – Pa P a i, estou falando fa lando sério sér io – Ele Ele nd disse. disse. – Vou V ou ficar fic ar.. – Maldição, Maldiçã o, garoto! gar oto! Pre P recc isa insisti insistirr em e m zom ombar bar de m im im?? – Não Nã o se trata tra ta de bailes ou alm a lmoços, oços, pai. pa i. TrataTra ta-se se de a lgo muit m uitoo ma m a is im im porta portante. nte. Lorde Venture vacilou. – Nenhum Ne nhum c om omee ntár ntário io cínico? Ne Nenhum nhumaa galhof galhofa? a? Elend El end negou negou com a cabeça c abeça.. De re repent pente, e, Lorde Ventu Venture re so sorriu. rriu. – Fique, Fique, então, e ntão, garoto. ga roto. É uma um a boa ideia. Alguém A lguém devia m a nter nossa presenç pre sençaa aqui a qui enquanto enqua nto reúno nossas forças. Sim... uma ideia muito boa. Elend se deteve, franzindo o cenho de leve diante do sorriso de seu pai. O atium – meu pai está me deixando cair no lugar dele! E... mesmo que o Senhor Soberano não me mate, meu pai resume que morr morrere ereii na rebe rebeli lião. ão. De qual qualquer quer modo, fica fica livre de mim. Realmente Re almente não sou muito muito bom nisso, nisso, sou? Lorde Vent Ve nture ure riu consig consigoo mesm m esmo, o, virando-se. virando-se. – Pe P e lo me m e nos deixe-m deixe- m e alguns a lguns soldados – Elend disse. disse. – Pode P ode fica f icarr com c om a m a ioria deles de les – Lorde Lor de Ve nture fa falou. lou. – Se Se rá difícil o bastante par parti tirr com c om um barc barcoo nessa confusão. Boa Boa sorte, garoto. garoto. Diga Diga alô para o Senhor Senhor Soberano Soberano na m in inha ha aus a usência. ência. – Garga Ga rgalhou lhou nova nova m e nte, dirigindo-se dirigindo-se par paraa o gara ga ranhão nhão que j á estava e stava sela selado do do lado de fora f ora.. Elend ficou parado no salão, e repentinamente era o foco da atenção. Guardas e criados nervosos, percebendo que haviam sido abandonados, se voltaram para Elend com olhos
desesperados. Eu estou... no c omando omando,, Elend pensou, surpreso. E agora? agora? Do lado de fora, podia ver as brum a s arde a rdendo ndo com c om as luz luzee s dos incêndios. inc êndios. Vários Vá rios dos guarda gua rdass adver a dverti tiam am sobre a a proxim proximaç ação ão de uma um a turba de sk skaa aa.. Elend El end se aproxim aproxim ou da da porta aberta aber ta e contempl contem plou ou o ca caos os.. O salão salão atrás dele perm anec anecia ia em silêncio, enquanto as pessoas, aterrorizadas, percebiam a extensão do perigo. Elend El end ficou parado por um m ome oment nto. o. Ent Então deu m eia-vol eia-volta. ta. – Capit Ca pitãã o! – cham c ham ou. – Reúna suas for força çass e os cria c riados dos que sobra sobrara ram m ... não deixe ninguém paraa trá par trás... s... e m a rc rche he para pa ra a Fortalez Fortale za Lek L ekaa l. – Forta Fortaleza... leza... Lek Le kal, m eu senhor? se nhor? – É m ais defe de fensáve nsávell – Elend disse disse . – Além Alé m dis disso, so, am bos temos tem os poucos soldados... separa sepa rados, dos, seremos destruídos. Juntos, podemos conseguir nos manter. Vamos oferecer nossos homens para Lekal, Lek al, em troca de prot proteç eção ão para par a nos nossa sa gente. – Mas... me m e u senhor – o soldado soldado fa f a lou –, os Le Lekkal são sã o seus inim inim igos igos.. Elend assentiu. – Sim Sim,, ma m a s alguém pre precc isa faz fa zer a prim primee ira a ber bertura tura.. Agora, Agora , movam ova-se! se! O homem home m bateu conti continência, e saiu correndo corre ndo.. – Ah, e, e , capit ca pitãã o? – Elend disse. O soldado se deteve. – Escolha c inco de seus m elhor elhores es sol solda dados dos pa para ra for form m a r m inha guar guarda da de honra honra.. De Deixar ixarei ei você no com ando. ando..... esses esses cin c inco co e eu temos tem os out outra ra m is issão. são. – Meu senhor? se nhor? – o c a pit pitão ão perguntou, pe rguntou, confuso. conf uso. – Que m iss issãã o? Elend El end se virou na dire direçã çãoo das brumas. brum as. – Vam Va m os nos entrega entre gar. r. Vin acordou ensopada. Tossiu, gemeu, sentindo uma dor aguda na nuca. Abriu os olhos, aturdida – pestanejando para se livrar da água que haviam jogado sobre ela – e imediatamente queim quei m ou pelt peltre re e est estanho anho par paraa despertar completam c ompletamente. ente. Um par de mãos ásperas a ergueu no ar. Ela tossiu quando o Inquisidor enfiou algo em sua boca.. boca – Engula – ordenou, orde nou, torcendo torce ndo seu braç br aço. o. Vin gritou gritou,, tentando, sem sem sucesso, resistir resistir à dor. Fin Finalm almente, ente, engol e ngoliu iu o peda pedaço ço de m etal. – Agora, Agora , queime queim e iss issoo – o Inquisidor Inquisidor orde or denou, nou, torcendo torce ndo com m ais forç for ç a . Vin resistiu o quanto pôde, sentindo uma reserva desconhecida de metal em seu interior. O Inquisidor podia estar tentando fazê-la queimar um metal inútil, um que pudesse deixá-la doente – ou, pior, pior, m a tátá-la. la. Mas há formas mais m ais fáceis fáce is de matar uma um a pris prisioneira ioneira,, pensou em meio à agonia. Seu braço doía tanto que parecia que ia se soltar do corpo. Finalmente, Vin cedeu e queimou o metal. Imediatamente, todas as suas outras reservas desapareceram. – Bom – o Inquisidor disse, soltando-a soltando- a no chão. c hão. O c hão de pedr pedraa s estava e stava m olhado, cheio c heio de poçass do balde de água que havia poça haviam m j ogado nela nela.. O Inquisid Inquisidor or de deuu m e iaia-volt voltaa , deixando de ixando a ce cela la e trancando tranca ndo-a -a;; então então desaparec desapa receu eu por uma um a porta do outro outro lado da sala. Vin ficou ficou de j oelh oelhos os,, massageando m assageando seu braço, braç o, tentando tentando entender o que est e stava ava ac acont ontec ecendo. endo. eus metais! metais! Buscou desesperadamente em seu interior, mas não encontrou nada. Não podia sentir sent ir nenhum m etal, nem m esm esmoo o que engol engolira ira há algu alguns ns ins insttantes. O que era aquilo? aquilo? Um décimo segundo metal? Talvez a alomancia não fosse tão limitada quanto Kelsier e os outros haviam assegurado a ela.
Inspirou profundamente várias vezes, ainda de joelhos, acalmando-se. Havia algo... empurrando contra ela. A presença do Senhor Soberano. Podia senti-la, ainda que não tão empurrando poderosa poder osa quanto ante antes, s, quando m a tar taraa Ke Kelsi lsiee r. Mesm o assim assim,, não ti tinha nha c obre pa para ra queim queimaa r – não tinha como se esconder da mão poderosa, quase onipotente, do Senhor Soberano. Sentia a depressão retorcendo dentro dela, dizendo para desistir, para se render. Não!! , ela pensou. Tenho que sair daqui. Tenho que permanecer forte! Não Obrigou-se a ficar em pé e inspecionar os arredores. Sua prisão era mais uma jaula do que uma cela. Tinha barras em três dos quatro lados, e não tinha móveis – nem mesmo um colchonete. colchon ete. Havia duas out outra rass celas-j aulas na na sala, uma um a de ca cada da lado de de onde est e stava. ava. Haviam tirado a roupa dela, deixando-a apenas de roupa íntima – provavelmente para se assegurar de que não tivesse nenhum metal escondido. Contemplou a sala. Era comprida e estreita, e tinha paredes de pedra escura. Havia um banco no canto, mas, fora isso, a sala estava vazia. Se eu e u pudesse pudesse enc encont ontrar rar um único único pedaço pe daço de metal. m etal..... Começou a procurar. Instintivamente tentou queimar ferro, esperando que linhas azuis aparecessem – mas, é claro, não tinha ferro para queimar. Balançou a cabeça, mas a tentativa tola era simplesmente um sinal do quanto dependia da alomancia. Sentia-se... ofuscada. Não podia queim que imar ar e stanho para par a ouvir vozes. Não Nã o podia queim que imaa r pelt pe ltre re par paraa se forta f ortalec lecee r contra c ontra a dor no bra braço ço e na cabeç c abeça. a. Não Nã o podi podiaa queimar queim ar bronz bronzee para pa ra procurar alomâ alomânt nticos icos nas redondezas. redondezas. Nada. Na da. Nã N ã o tinha tinha nada. na da. severidade. Pode faz Você fu funcionava ncionava sem alomancia antes antes,, disse para si mesma, com severidade. Pode fazee r isso isso agora.. agora Ainda assim, procurou pelo chão de sua cela, esperando encontrar um prego ou alfinete perdido. per dido. Não Nã o encontrou e ncontrou na nada, da, e ntão voltou sua atenç a tençãã o para pa ra as barr ba rraa s. Mas não nã o conseguiu c onseguiu pensar pe nsar em um j eit eitoo de de arranca ar rancarr nem qu quee fosse fosse uma um a lasca lasca de ferro. f erro. frustrada. E não posso usar nada diss Tanto metal aqui, aqui, pensou, frustrada. E disso! o! Sentou-se no chão, encolhida contra a parede de pedra, tremendo de leve por causa da roupa úmida. Ainda estava escuro lá fora; as janelas da sala de vez em quando permitiam que alguns rastros de bruma entrassem. O que teria acontecido com a rebelião? E quanto a seus amigos? Achou que as brumas lá fora estavam um pouco mais brilhantes do que o normal. Tochas na noite? Sem estanho, seus sentidos eram fracos demais para dizer. pensou, com desespero. desespero. Presumi No que eu e u estava pensando? pe nsando?,, pensou, Presumi que teria sucesso suce sso onde Kelsie Kelsie r alhou? Ele sabia que o décimo primeiro metal era inútil . inútil . Tinha feito alguma coisa, era verdade – mas certamente não matara o Senhor Soberano. Ficou sentada, sentada, pensand pensando, o, tentando tentando descobrir descobrir o que acont a contec ecer era. a. Havi Ha viaa uma estranha fam fa m il iliarid iaridade ade no que o décimo primeiro metal lhe mostrara. Não por causa do jeito que as visões apareceram, m as por caus ca usaa do jeit j eitoo que que Vin se se sentira sentira quando quei queim m ara o metal. m etal. Ouro. O momento em que queimei o décimo primeiro metal pareceu com a vez em que Kelsiee r me fez queimar ouro. Kelsi ouro . Poderia o décimo primeiro metal não ser realmente “décimo primeiro”, no final das contas? Ouro e atium sempre pareceram um par estranho para Vin. Todos os outros metais que vinham vi nham em pare paress eram era m si sim m ilares – um m etal de base, e sua sua liga, liga, cada ca da um fa fazzendo coisas coisas opos oposttas. Ferro puxav Ferro Zinco puxavaa, latão empurrava Fazia sentido. Todos, Todos, exce e xceto to ati a tium um puxavaa, aço empurrava empurrava.. Zinco puxav empurrava.. Fazia e ouro. E se o décimo primeiro metal fosse, na verdade, uma liga de atium ou de ouro? Isso quer dizer... que ouro e atium não atium não são pareados. Faze m c oisa oisass diferentes. diferente s. Similares, Similares, mas m as diferentes. diferente s. São são pareados. Fazem
como... Como os outros metais, que são agrupados em bases maiores de quatro. Há os metais físicos: ferro, aço, estanho e peltre. E os metais mentais: bronze, cobre, zinco e latão. E... havia os m etais que que afe a fetavam tavam o tempo: tem po: ouro e sua liga, liga, atium atium e sua liga. liga. Isso significa significa que há outro metal me tal.. Um que não foi descoberto desc oberto – provave prov avelmente lmente porque ouro e atium ati um são vali v aliosos osos demais dem ais para para serem sere m forjados forjados em e m diferentes difere ntes ligas. ligas . Mas, para que servia aquele conhecimento? Seu “décimo primeiro metal” era apenas o par oposto ao ouro – o metal que Kelsier lhe dissera que era o mais inútil de todos eles. Ouro mostrara a Vin ela mesma – ou, pelo menos, uma versão diferente dela que parecia real o bastante basta nte para pa ra toca tocar. r. Mas Ma s tinha tinha sid sidoo uma um a simple simpless visã visã o do que ela e la poderia pode ria ter se tornado, tor nado, se ti tivesse vesse tido um passado diferente. O décimo primeiro metal fizera algo similar: em vez de mostrar o passado da própria Vin, mostrara imagens similares de outras pessoas. E aquilo lhe dizia... nada. Que diferença fazia quem o Senhor Soberano podia Soberano podia ter ter sido? Era o homem atual, o tirano que governava o Império Final, que que er eraa quem ti tinha nha que derrotar. der rotar. Uma figura apareceu na porta – um Inquisidor vestindo uma túnica negra, com o capuz levantado. levant ado. O rosto rosto dele estava nas sombras, sombra s, mas ma s a cabeç c abeçaa dos pregos se se sobressaíam sobressaíam . – É hora – disse. disse. O outro Inquisidor esperou à porta, enquanto a primeira criatura pegava um molho de chaves e se aproximava para abrir a porta de Vin. Vin ficou tensa. tensa. A porta porta rangeu, r angeu, e ela e la ficou de de pé em um salt salto, o, lança lançando ndo-se -se para par a fre f rent nte. e. Sempre fui lenta assim sem peltre?, peltre? , pensou, horrorizada. O Inquisidor a agarrou pelo braço quando ela passou, seus movimentos eram despreocupados, quase casuais – e ela podia ver o porquê.. As m ãos dele e ra porquê ram m sobre sobrenatura naturalm lmente ente rá rápidas, pidas, fa fazze ndo-a pa pare rece cerr ainda m ais lenta em comparação. O Inquisidor a obrigou a se virar, segurando-a com facilidade. Sorriu com maldade, seu rostoo mar rost m arca cado do de cicatri c icatrizzes. Cica Cicatri trizzes que pare pareciam ciam ... Ferimentos Fe rimentos de flechas flec has,, Vin pensou, surpre Mas... já se curaram? c uraram? Como Como pode ser? surpresa. sa. Mas... Debateu-se, mas seu corpo fraco, sem peltre, não era páreo para a força do Inquisidor. A criatura a conduziu porta afora, e o segundo Inquisidor recuou, olhando-a com os pregos se sobressaindo de seu capuz. Embora o Inquisidor que a levava ainda sorrisse, o segundo sustentou uma li linha nha reta na boca. boca . Vin cuspiu no segundo Inquisidor quando passou por ele, acertando-o bem na cabeça de um dos pregos. Seu captor a carregou para fora da câmara e através de um corredor estreito. Ela gritou por ajuda, sabendo que seu gritos – dentro de Kredik Shaw – seriam inúteis. Pelo menos conseguiu irr irrit itar ar o Inquisi Inquisidor, dor, que torceu torce u seu braço. bra ço. – Quieta – ele dis disse, se, enquanto e nquanto ela e la grunhia gr unhia de dor. Vin ficou em silêncio, concentrando-se na localização deles. Estavam, provavelmente, em uma das seções inferiores do palácio, os corredores eram compridos demais para estarem em uma torre ou um espigão. A decoração era luxuosa, mas as salas pareciam... sem uso. Os carpetes eram prístinos, os móveis não tinham marcas de esbarrões ou arranhões. Teve a sensação de que os murais raramente eram vistos, mesmo por aqueles que passavam pelos aposentos. Depois de um tempo, chegaram a uma escadaria e começaram a subir. Um dos espigões, espigões, ela pensou. A cada c ada degrau que subiam subiam , Vin senti sentiaa o Senhor Senhor Sobera Soberano no mais ma is próxi próxim m o. Sua Sua m er eraa presença apagava apaga va as a s emoções em oções dela, roubando roubando sua sua força f orça de vontade, vontade, deix de ixando-a ando-a at a turdi urdida, da, faz fa zendo com que
não sentisse nada além de uma solitária depressão. Soltou-se na mão do Inquisidor, sem se debater mais. Exigia toda energia simplesmente resistir à pressão do Senhor Soberano sobre sua alma. Depois de um curto tempo subindo uma escadaria em forma de túnel, os Inquisidores a abrandamento do levara evaram m até uma um a am a m pl plaa sala circular. circular. E, apesar do poder poder do abrandamento do Senhor Soberano, apesar de suas visitas às fortalezas dos nobres, Vin teve um breve instante para contemplar os arredores. O ambiente era majestoso como nenhum outro lugar que vira. A sala tinha a forma de um enorme cilindro achatado. A parede – havia uma só, que descrevia um amplo círculo – era toda de vidro. Iluminada por fogos do lado de fora, a sala brilhava c om a luz e spec spectra tral.l. O vidro e ra c olorido, e m bora nã nãoo re repre presenta sentasse sse ne nenhum nhumaa ce cena na específica. Em vez disso, parecia feito de uma única lâmina, as cores se estendendo e se fundindo fundin do em tril trilhas has longas longas e finas. Com Como... o... pe nsou, ou, assom assombrada. brada. Fluxos Como a bruma, bruma, ela pens Fluxos color c oloridos idos de bruma, correndo c orrendo em e m círculo c írculo por toda a sala. O Senhor Soberano estava sentado em um trono elevado, bem no meio da sala. Não era o velhoo Senhor velh Senhor Soberano Soberano – essa era er a a versão mais m ais jovem , o hom hom em bon bonit itoo que que m atara Kelsi Kelsier er.. Algum ti tipo po de impost impostor? or? Não Não,, posso senti-lo – assi assim m c omo pude senti-lo antes. Eles são o mesmo homem. Ele pode mudar de aparência, então? Parecer um homem jovem quando quer mostrar um rosto bonito? Um pequeno grupo de obrigadores de tú túnicas nicas cin c inzzentas e ol olhos hos tatuados tatuados conversava conver sava do outro outro lado da sala. Sete Inquisidores esperavam, como uma linha de sombras com olhos de ferro. No total to tal,, eram er am nov nove, e, cont c ontando ando com os doi doiss que escoltavam escoltavam Vin Vin.. Seu Seu capto c aptorr m ar arca cado do de cicatri c icatrizzes a entregou para um dos outros, que a segurou com força similar, o que tornava impossível escapar. – Com Comee ce cem m os com iss issoo – o Senhor Senhor Sober oberaa no disse. disse. Um obrigador comum se adiantou, abaixando a cabeça. Com um calafrio, Vin percebeu que o reconhecia. Sumo Prelado Tevidian, Tevidian , pensou, olhando para o homem careca. Me u... pai. pai. careca. Meu... – Meu senhor se nhor – Tevidi Te vidiaa n falou fa lou –, me per perdoe, doe, m as não nã o entendo. e ntendo. Já discutimos discutim os esse assunto! – Os Inquisid Inquisidore oress diz dizee m que há m a is a a cr cresc escee ntar – o Senhor Sober oberaa no diss dissee , c om voz cansada. Tevidi evidian an ol olhou hou para par a Vin, franz fra nzind indoo o cenho, c enho, confuso. c onfuso. Ele não sabe quem eu sou sou,, ela pensou. unca soube soube que era e ra pai pai. – Meu senhor – Te Te vidi vidiaa n falou, fa lou, afa af a stando-se dela dela.. – Olhe pela sua j a nela nela!! Nã Nãoo tem os coisas melhores para discutir? A cidade cidade inteira está rebelada! Tochas skaa iluminam a noite, e eles ousam ous am sai sairr nas brumas. bruma s. Blas lasfe fem m am em m eio ao tum tumul ulto to,, e atacam atac am as fortalezas fortalezas dos nob nobre res! s! – De Deixeixe-os os – o Se nhor Sober oberaa no fa falou, lou, c om voz indi indife fere rente. nte. P ar aree c ia tão... e sgot sgotaa do. Sentava-se com c om alt altiv ivez ez em seu trono, trono, mas ma s ainda ainda havia cansaço c ansaço em e m su suaa postura postura e em su suaa voz. voz. – Mas, meu m eu senhor! se nhor! – Tevidi Te vidian an disse. – As Grande Gr andess Ca Ca sas estão e stão ca c a indo! O Senhor Soberano agitou a mão, indiferente. – É bom purgá purgá-la -lass a c a da séc século, ulo, ma m a is ou menos. m enos. Isso I sso engendra enge ndra ins instabili tabilidade dade,, impede im pede que a aristocracia fique confiante demais. Normalmente deixo que se matem uns aos outros em suas guerras estúpidas, mas esses tumultos vão funcionar do mesmo jeito. – E... se os ska ska a vier vieree m a o palác palá c io? – Então e u li lidar daree i c om ele eless – o Senhor Sober oberano ano fa falou lou e m voz ba baixa. ixa. – Voc ocêê não questionará questi onará m ais isso. isso.
– Sim Sim,, me m e u senhor – Tevidi Te vidiaa n disse, disse, abaixa a baixando ndo a ca c a beç beçaa e re recua cuando. ndo. – Agor Agoraa – o Se nhor Sober oberaa no fa falou, lou, vira virando-se ndo-se par paraa os Inquisido Inquisidore res. s. – O que dese desejj am apresentar? O Inquisidor marcado por cicatrizes deu um passo adiante. – Se nhor Sober oberaa no, dese desejj a m os fa fazze r um umaa petiçã petiçãoo par paraa que a li lider deraa nça de seu Mi Minist nistér ério io seja tirada desses... homens, e dada aos Inquisidores de Aço, em vez disso. – Já dis discc uti utim m os iss issoo – o Se nhor Sober oberaa no lem brou. – Você e seus irm irmãã os são nec necee ssár ssários ios paraa tar par taref efaa s m a is im importa portantes. ntes. Sã o va vali liosos osos dem a is par paraa ser seree m de desper sperdiça diçados dos na simple simpless administração. – Mas – o Inquisidor diss dissee – pe perm rm it itir ir que hom homee ns com uns gover governem nem seu Min Minist istéé rio tem inadvertidamente permitido que a corrupção e o vício entrem no coração de seu próprio palácio sagrado! – Ac Acusaç usações ões vãs! – Te vidi vidian an re repli plicc ou. – Você diz essas essa s c ois oisaa s com fr frequê equência ncia,, Ka Kar, r, m a s nunca nu nca oferec ofereceu eu nenhum nenhum a pro prova. va. Kar se virou lentamente, seu estranho sorriso iluminado pela luz colorida e retorcida da paree de de vidro. Vin estre par estrem m e ce ceu. u. Aque Aquele le sorr sorriso iso e ra quase tão inqui inquiee tante quanto o poder aplacador do Senhor Soberano. Prelado. Rec – Prova P rova?? – Kar Ka r perguntou. pe rguntou. – Ora, Ora , diga-m diga- m e, Sumo Prelado. Reconh onhec ecee esta garot gar ota? a? – Bah, é cla claro ro que não! – Te vidi vidian an diss dissee c om um ac acee no de m ã o. – O que um umaa gar garota ota sk skaa a teria a ver com o governo do Mini Minist stér ério? io? – Tudo T udo – Ka Karr re respondeu, spondeu, volt voltaa ndo-se par paraa Vin. – Ah, sim... tudo. Diga ao Senhor Sober oberaa no quem é seu pai, criança. Vin tent tentou ou se se debater, de bater, mas m as a aloma alomancia ncia do Senhor Senhor Soberano Soberano era er a m ui uito to opress opressiiva, e as m ãos do Inquisi Inquisidor, dor, fortes for tes dem ais. – Não Nã o sei – conseguiu conse guiu diz dizer er,, entrede entr edentes. ntes. O Senhor Soberano ergueu levemente o corpo, virando-se na direção dela e inclinando-se paraa fr par free nte. – Nã N ã o pode m e nti ntirr par paraa o Senhor Sober oberano, ano, cr crianç iançaa – Ka K a r dis disse se com voz baixa e á sper spera. a. – Ele vive há séculos, e aprendeu a usar a alomancia como nenhum homem mortal. Pode ver coisas no jeito que seu coração bate, e pode ler suas emoções em seus olhos. Pode sentir o m ome oment ntoo em que mente. m ente. Ele Ele sabe... ah, sim. sim. Ele Ele sabe. – Nunc Nuncaa c onhec onhecii m eu pai – Vin diss dissee , teim teimosa. osa. Se o Inquisidor quer queria ia sabe saberr a lgo, e ntão, m anter o segredo parecia parec ia uma boa ideia. ideia. – Sou Sou apenas uma garota de rua. – Um U m a Na Nascida scida das Brum Brumaa s garota ga rota de rua rua?? – Kar Ka r per perguntou. guntou. – Ora O ra,, isso é int inter eressa essante, nte, não é, Tevidian? O Sumo Prelado se deteve, franzindo o cenho profundamente. O Senhor Soberano se levantou lentamente, descendo os degraus do dossel e caminhando na direção de Vin. – Sim Sim , me m e u senhor – Kar Ka r fa falou. lou. – Você Você sentiu a alom anc ancia ia dela de la m ais ce c e do. Sabe que é um umaa ascida das Brumas completa... uma incrivelmente poderosa. Mesmo assim, ela afirma ter crescido nas ruas. Que casa nobre teria abandonado tal criança? Ora, para ela ter uma força um... de seus pais deve ter dessas, deve vir de uma linhagem extremamente pura. Ao menos um... vindo de uma linhagem muito pura. – O que e stá querendo quer endo dizer dizer?? – Tevidi Te vidian an exigi e xigiuu saber, sabe r, em e m palidec palidecee ndo. O Senhor Soberano ignorou a ambos. Cruzou a sala, atravessando faixas coloridas de luz refletida no chão, e parou diante de Vin. pe nsou.. Seu Seu poder abrandador era era tão forte que ela sequer sent sentia ia terror – tudo tudo Tão perto, perto, ela pensou o que que sentia sentia era e ra um profund profundo, o, arrasador, arra sador, horrível lamento lam ento..
O Senhor Soberano estendeu suas mãos delicadas, segurando-a pelas bochechas, erguendo seu rost r ostoo para par a ol olháhá-la la nos olhos. olhos. – Quem Que m é seu se u pai, garota ga rota?? – ele pe perguntou rguntou em voz baixa baixa.. – Eu... – o desesper dese speroo retorc re torcia ia dentro de ntro dela. de la. Lam La m e nto, dor, desej dese j o de m orr orrer er.. O Senhor Soberano segurou o rosto dela bem perto do dele, olhando-a nos olhos. Naquele momento, ela soube a verdade. Pôde ver um pedaço dele; pôde sentir seu poder. Seu... poder divino. Ele não estava preocupado com a rebelião skaa. Por que se preocuparia? Se desejasse, podia m a ssac ssacra rarr ca cada da pe pessoa ssoa da cida cidade de por c onta própr própria. ia. Vin soube que essa er eraa a ver verdade dade.. Talvez levasse tempo, mas ele podia matar para sempre, incansavelmente. Não precisava temer nenhuma rebelião. Nãoo prec Nã pre c isaria nunca nunca.. Kelsi Ke lsier er c om omee ter teraa um ter terríve rível,l, ter terríve rívell engano. enga no. – Se u pa pai,i, c ria rianç nçaa – o Se nhor Sober oberaa no insi insisti stiu, u, sua e xigênc xigência ia c aiu c om omoo um pe peso so físico sobre sua alma. Vin falou falou sem pensar. – Meu... Me u... irm ir m ã o m e dis disse se que m e u pai pa i era e ra a quele hom homee m a li li.. O Sum umoo P re relado. lado. – Lá L á grim grimaa s rolaram por suas bochechas, ainda que, depois que o Senhor Soberano se afastou dela, não conseguis consegu isse se nem lem brar por que que est e stava ava chorando. – É um umaa m entira entira,, m eu senhor senhor!! – Tevidian Tevidian diss dissee , re r e troc trocee dendo. – O que ela sabe sabe?? É apena a penass uma criança estúpida. – DigaDiga-m m e com since sincerida ridade, de, Tevidian – o Se nhor Sober oberaa no diss dissee , c am inhando lentam e nte até o obrigador. – Já se deitou com uma mulher skaa? O obrigador vacilou va cilou.. – Eu segui a lei! le i! Se Se m pre m ande andeii matá m atá-la -lass depois! – Você Voc ê ... mente m ente – o Se Se nhor Soberano Sobera no falou, fa lou, como com o se esti e stive vesse sse surpreso. surpr eso. – Está inseguro. insegur o. Tevidian tremia visivelmente. – Eu... eu ac acho ho que e li lim m inei todas, m e u senhor senhor.. Ha Havia... via... ha havia via um umaa c om a qual fui m uit uitoo frouxo. Não sabia que era uma skaa no início. O soldado que enviei para matá-la foi muito leniente e a deixou fugir. Mas, no final, eu a encontrei. – Diga-m Diga- m e – o Senhor Sober oberaa no disse. disse. – Essa m ulher gerou ge rou alguma a lguma c ria rianç nça? a? A sala ficou em silêncio. – Sim Sim,, me m e u senhor – o Sum Sumoo Pre P relado lado disse. O Senhor Sobera Soberano no fechou fe chou os olhos, olhos, sus suspirando. pirando. Virou-se na direç direção ão de seu trono. – Ele é de você voc ê s – disse disse para pa ra os Inquisidore Inquisidores. s. Imediatamente, seis Inquisidores avançaram pela sala, uivando de alegria, puxando facas de obsidiana de bainhas sob suas túnicas. Tevidian ergueu os braços, gritando quando os Inquisidores caíram sobre ele, exultando com brutalidade. O sangue jorrou quando cravaram suas adagas uma e outra vez no moribundo. Os outros obrigadores recuaram, horrorizados. Kar permaneceu à margem, sorrindo enquanto contemplava o massacre, assim como o Inquisidor que segurava Vin. Outro Inquisidor também permaneceu de fora, embora Vin não soubesse sou besse por quê. quê . – Seu argum a rgum ento foi f oi provado, prova do, Kar Ka r – o Senhor Sober oberano ano fa falou, lou, sentando-se, sentando- se, ca c a nsado, em e m seu trono. – Parece que confiei demais na... obediência da humanidade. Não cometi nenhum erro. unca cometi um erro. Contudo, é hora de mudar. Reúna os altos prelados e traga-os aqui; arranquem-nos da cama, se precisar. Serão testemunhas de que garanto ao Cantão da Inquisição o comando e a autoridade sobre o Ministério. O sorriso sorriso de Kar Ka r aume a ument ntou. ou.
– A cria c riança nça m estiça ser seráá destruída destruída.. – É cla claro, ro, m e u senhor – Ka Karr a ssegurou. – Em Embora bora... ... ha hajj a algum algumaa s per perguntas guntas que dese desejj o fazer para ela, antes. Ela foi parte de uma equipe de brumosos skaa. Pode nos ajudar a localizar os outros... – Muito Muito bem – o Se Se nhor Soberano Sober ano concor c oncordou. dou. – É seu deve de ver, r, no final f inal das contas. c ontas.
Há algo mais m ais belo be lo que o sol? Frequente Fre quenteme mente nte e u o v e jo nasce nasc e r, pois meu me u sono inqui inquiee to em em eral me despert de spertaa antes antes do amanhecer. amanhec er. Cada vez que vejo sua tranquila luz amarela assomar no horizonte, fico um pouco mais determinado, um pouco mais esperançoso. De certo modo, é o que tem me mantido em marcha todo to do esse tempo.
Kelsie r, seu maldit Kelsie malditoo lunát lunático ico , Dockson pensou, fazendo anotações sobre o mapa, por que empre se manda no meio, me deixando para arrumar suas bagunças? Mas sabia que sua frustração não era real – era simplesmente um meio de não se concentrar na morte de Kell. Funcionava. A parte de Kelsi Kelsier er no plano plano – a visão, visão, a lid ider erança ança ca caris rism m áti ática ca – havia havia term ter m in inado. ado. Agora Agora era a vez de Dockson. Pegou a estratégia original de Kelsier e a modificou. Teve o cuidado de manter o caos em um nível administrável, racionando o melhor equipamento para os homens que pareciam mais estáveis. Mandou contingentes para capturar pontos de interesse – depósitos de comida c omida e água – ant a ntes es que os saques generali genera lizzados os to tom m assem assem.. Em resum resumo, o, fez o que que sem sempre pre fez: to tornar rnar os sonh sonhos os de de Kelsi Kelsier er rea reali lidade. dade. Ouviu um distúrbio na frente do aposento e Dockson levantou a cabeça quando o m ensageiro entrou entrou correndo corre ndo.. O hom hom em ime imedi diatam atamente ente o localiz localizou ou no no centro do do arm az azém ém . – Quais Qua is sã sã o as notícias? – Dock Doc kson perguntou, per guntou, enquanto o homem hom em se aproxim a proximaa va. O mensageiro balançou a cabeça. Era um jovem em uniforme imperial, embora tivesse tirado o casaco para cham ar m enos a at a tenção. – Sint intoo m uit uito, o, senhor – o hom homee m diss dissee e m voz baixa. baixa . – Ne Nenhum nhum dos guarda gua rdass a viu sair sa ir e ... bem , um dele deless afirm af irmou ou que a viu se se ndo levada leva da para pa ra o calabouç ca labouçoo do palác palá c io.
– Pode P ode tirá-la tirá -la de lá? lá ? – Dock Doc kson perguntou. per guntou. O soldado – Goradel – empalideceu. Até pouco tempo atrás, Goradel fora um dos homens do próprio Senhor Soberano. Na verdade, Dockson não tinha muita certeza de quanto confiava nele. Mesmo assim, o soldado – como ex-guarda do palácio – podia entrar em lugares que nenhum outro skaa poderia. Seus antigos aliados não sabiam que ele mudara de lado. Presumindo que realme realmente nte mudou de lado lado,, Dockson pensou. Mas... bem, as coisas estavam indo rápido demais agora para ter dúvidas. Dockson decidira usar o homem. Tinha que confiar e m seus instintos instintos iniciais. iniciais. – Be Be m ? – Dock Doc kson repetiu. re petiu. Goradel nego negouu com a cabeç cabeça. a. –Um Inquisidor a levou presa pr esa,, senhor. se nhor. Eu não nã o poderia pode ria li liber bertátá-la... la... eu não ter teria ia a a utoridade utoridade.. Eu não... eu... Dockson suspirou. Maldit Malditaa garot garotaa e stúp stúpida! ida!,, pensou. De Devv ia ter ti tido do mais senso do perigo. Kelsiee r deve Kelsi dev e têtê-la la contagiado. contagiado. Mandou o soldado embora, e olhou para Hammond, que entrava com uma grande espada de punho quebrado no ombro. – Está fe feit itoo – Ha Ham m diss disse. e. – A Forta ortalez lezaa Elar Elariel iel a c aba de c a ir. P a re rece ce que Le Lekka l ainda aguenta, ague nta, no entanto. Dockkson assentiu. Doc a ssentiu. – P re recisa cisare rem m os que seus hom homee ns che cheguem guem logo no palá palácio. cio. – Quanto antes entrarmos lá, melhores são nossas chances de salvar Vin. Contudo, seus instintos lhe diziam que seria tarde demais para salvá-la. As forças principais levariam horas para se reunir e se organizar; queria atacar atac ar o palácio com todo o exércit exér citoo em conj conjunt unto. o. A verdade era e ra que não podi podiaa se dar da r ao a o luxo luxo de desperdiçar homens em uma operação de resgate no momento. Kelsier provavelmente teria ido atrás dela, mas Dockson não podia se permitir fazer algo tão ousado. Como sempre dizia – alguém na gangue tinha que ser realista. O palácio não era um lugar alguém na que pudesse ser atacado sem uma preparação substancial; o fracasso de Vin provava isso. Ela teria que cuidar cuidar de si m esm esmaa por enqu e nquanto anto.. – Estar Estarei ei c om os hom homee ns a post postos os – Ha Ham m fa falou, lou, a ssentind ssentindoo e nquanto j ogava a e spada de lado.. – Prec lado Pr ecis isar arei ei de uma um a espada nova, no entanto entanto.. Dockson suspirou. – Você Voc ê s, Bruta Brutam m ontes, sem pre quebr quebraa ndo coisas. Vá lá ver ve r o que e ncontra ncontra,, então. entã o. Ham se afastou. – Se Se encontr e ncontrar ar Sa zed – Dock D ockson son gritou –, diga-lhe que... Dockson se deteve, sua atenção fora atraída para um grupo de rebeldes skaa que marchava paraa dentr par dentroo da sala, sa la, em e m purr purrando ando um prisioneiro com c om um sac sacoo de pano pa no na cabe c abeça ça.. – O que é iss isso? o? – Dock Doc kson exigiu sabe saber. r. Um dos rebeldes deu uma cotovelada no prisioneiro. – Acho A cho que é algué alguém m im importa portante, nte, senhor senhor.. Ve Ve io até a té nós desar de sarm m a do, pedindo pe dindo para par a ser tra trazzido até você. Nos prometeu ouro se fizéssemos isso. Dockso Dock sonn ergueu er gueu uma so sobrance brancellha. O home homem m pux puxou ou o saco, revelando re velando Elend Elend Vent Ve nture. ure. Dockson Dock son pestane pestanejj ou, surpre surpreso. so. – Você Voc ê ? Elend olhou ao redor. Estava apreensivo, é óbvio, mas se comportou bem, considerando a situação. – Já nos conhec c onhecee m os? – Nã Nãoo e xata xatam m e nte. – Doc Dockkson dis disse. se. Maldição. Não tenho tempo para pris prisioneiros ioneiros agora agora..
Mesmo assim, o filho dos Venture... Dockson ia precisar de influência com a poderosa nobreza quando a luta terminasse. – Vim ofe ofere rece cerr um a tré trégua gua – Elend Ele nd Venture Ve nture diss dissee . – Com Comoo é? – Dockson Dockson perguntou. per guntou. – A Casa Ca sa Ve Ve nture não re resis sisti tirá rá – Elend disse. – E provave pr ovavelm lmee nte posso convenc c onvencee r o re resto sto da nobre nob rezza a escutá-lo escutá-loss também tam bém . Estão Estão ass a ssus ustado tados. s..... não há nece necess ssid idade ade de m assacrá assacrá-lo -los. s. Dockkson bufou. Doc buf ou. – Não Nã o posso exatam exa tam e nte deixar de ixar for forçç a s hostis hostis arm ada adass na cidade c idade.. – Se destruir a nobre nobrezza , não nã o aguenta a guentará rá m uit uitoo tem te m po – Elend E lend ponderou. ponde rou. – Nós N ós controlam c ontrolam os a econo ec onom m ia.. ia.... o im im pério desm desmoronará oronará sem nós nós.. – Isso é m eio que o ponto c entr entraa l dis disso so tudo – Doc Dockkson re respondeu. spondeu. – Olhe, não tenho tempo... – Te m que me escutar – Elend Venture disse desesperado. – Se começar essa rebelião com caos e banho de sangue, vai perder. Estudei essas coisas; sei do que estou falando! Quando o impulso impul so do do conflito conflito ini inicial cial acabar ac abar,, as pessoas vão começ com eçar ar a procurar out outra rass coisas coisas para par a dest destruir. ruir. Vão se voltar voltar contra contra elas mesm m esmas. as. Prec Precisa isa manter o contr c ontrole ole sobre seus se us exé ex é rcitos. Dockson se deteve. Elend Venture era, supostamente, um tolo e um janota, mas agora paree c ia simplesm par sim plesmee nte... sério. sér io. – Eu o a j udar udaree i – Elend prosse prosseguiu. guiu. – De Deixe ixe as for fortalezas talezas dos nobre nobress e m pa pazz e conc concee ntre seus esforç esf orços os no Mini Minist stér ério io e no Senhor Sober Soberano... ano... eles e les são seus rea r eais is inimigos inimigos.. – Olhe – Doc Dockkson fa falou lou –, re reti tira rare reii nossos exé exérc rcit itos os da Forta ortalez lezaa Ve nture nture.. P rova rovavelm velm e nte não há necessi nec essidade dade de lu lutar tar cont c ontra ra eles agora que... – Mande Mandeii m e us sol solda dados dos pa para ra a Forta ortalez lezaa Le Lekka l – Elend contou. – Reti Retire re seus hom homee ns de todas as fortalezas nobres. Não vão atacá-los pelos flancos... estão apenas escondidos em suas todas m ansões, e preocupados. Provavelme Provav elmente nte ele e le está e stá c erto sobre isso isso . – Va Va m os considera consider a r... – Dock D ockson son se ca c a lou, perc per c ebe ebendo ndo que Elend E lend não nã o estava e stava m a is prestando presta ndo cil manter uma conve c onversa rsa com esse e sse tipo. tipo . atenção nele. Difí nele. Difícil Elend estava encarando Hammond, que voltava com uma espada nova. Elend franziu o cenho e arregalou os olhos. – Conheço Conheç o você voc ê ! Você e ra um dos home hom e ns resgata re sgatando ndo os cria c riados dos de Lorde Renoux que iam ser executados exe cutados!! Elend se voltou voltou novam novamente ente para pa ra Dock Dockson, son, re repenti pentinam nam ente ansi a nsioso oso.. – Conhec Conhecem em Va Valette, lette, então? e ntão? Ela lhes dirá que m e ouça ouç a m . Dockso Dock sonn e Ham trocara trocaram m ol olhare hares. s. – O que foi? – Elend perguntou. pe rguntou. – Vin... V in... – Doc Dockkson fa f a lou. – Vale alett ttee ... foi f oi até a té o palá palácc io há a lgum lgumas as hora horas. s. Sinto Sinto m uit uito, o, rapa r apazz. Provavelmente está no calabouço do Senhor Soberano neste momento... presumindo que ainda esteja viva. Kar jogou Vin de volta na cela. Ela atingiu o chão com força e rolou, a camiseta solta se enrolouu ao redor de seu corpo, até que enrolo que bateu com a cabeç c abeçaa cont c ontra ra a pare parede de do fundo. fundo. O Inquisidor sorriu, fechando a porta. – Muit Muitoo obriga obrigado do – diss disse, e, a tra través vés das bar barra ras. s. – Você nos aj udou a conse conseguir guir a lgo que estávamos tentando há muito tempo. Vin olhou para ele, os efeitos do abrandamento abrandamento do Senhor Soberano estavam mais fracos, agora.
– É um umaa infe infeli licc idade que Bendal não e stej stejaa aqui – Ka Karr prosse prosseguiu. guiu. – Ele ca caçç ou seu irm irmão ão por a nos, j ura urando ndo que Tevidian ha havia via ge gera rado do um m e sti stiço ço sk skaa a . P obre Bendal... Se o Se nhor Sobera oberano no tivess tivessee deix de ixado ado o Sobre Sobrevi vivente vente conos c onosco co para pa ra que pudéssem os nos nos vingar. vingar. Olhou Olh ou para para ela, balançando a cabeça ca beça perf perfurada urada pel pe los pregos. – Ah, be bem m . Ele foi vingado, no fim fim.. O re resto sto de nós ac acre redit ditou ou no seu irm irmãã o, m a s Benda Bendal... l... m esm esmoo assim assim não estava convencido... convencido... e encont enc ontrou rou você afinal a final.. – Meu irm ã o? – Vin disse, disse, lutando para par a fica f icarr em e m pé. – Ele E le m e vendeu? ve ndeu? – Vender Ve nder você você?? – Kar Ka r disse. – Ele m orr orree u jura j urando ndo para par a nós que você ti tinha nha m orr orrido ido de fom e há anos! Gritou noite e dia sob as mãos dos torturadores do Ministério. É muito difícil resistir às dores da tortura de um Inquisidor... algo que você logo descobrirá. – Sorriu. – Mas, primeiro, deixe-m dei xe-mee m os osttrar uma coi coisa. sa. Um grupo de guardas arrastou uma figura nua e amarrada. Cheio de hematomas e sangrando, o homem despencou no chão de pedras quando o empurraram para dentro da cela ao lado da de Vin. – Sazed? – Vin gritou, correndo até as grades. Sazed? – O terrisano caiu, aturdido, enquanto os soldados amarravam suas mãos e pés em uma pequena peque na ar argola gola de m eta etall presa pre sa a o chão. c hão. Fora tão e spanc spancado ado que m a l estava e stava consc consciente, iente, e e stava completamente nu. Vin afastou o olhar para não ver sua nudez, mas não sem antes ver o espaço entre suas pernas – uma cicatriz simples e vazia onde sua masculinidade deveria ter estado. disser era. a. Aquele ferime fe riment ntoo não era nov novoo – Todos os mordomos terrisanos são eunucos eunuc os,, ele lhe diss m as os hem hemato atom m as, cortes cortes e arranhõ ar ranhões es eram . – Nós o encontra enc ontram m os se esgueira e sgueirando ndo no palác palá c io atrás atrá s de você voc ê – Kar Ka r disse. – Apare Apa rentem ntem ente ente,, temia por sua segurança. – O que fiz fizer eraa m com ele ele?? – ela pe perguntou rguntou em voz baixa baixa.. – Ah, m uit uitoo pouco... a té a gora – Ka Karr re respondeu. spondeu. – Agor Agoraa , você deve e star se pe perguntando rguntando por que lhe c ontei sobre seu irm irmãã o. Ta Ta lvez ache ac he que sou um tol toloo em e m a dm dmit itir ir que a m ente de seu irmão se quebrou antes que arrancássemos o segredo dele. Mas, veja, não sou tão tolo para não admit adm itir ir um er erro. ro. Devíamos Devíam os ter ter cont controlado rolado a tortu tortura ra do seu seu irmão... irm ão... fazêfazê-lo lo so sofre frerr por m ais tem tem po. Esse realmente foi um erro. Sorriu perversamente, apontando para Sazed. – Nã Nãoo com e ter teree m os e sse e rr rroo de novo, c ria riança nça.. Nã Não... o... desta ve vezz vam va m os tentar um umaa tática diferente. Vamos deixá-la ver a tortura ao terrisano. Seremos muito cuidadosos, nos assegurando de que a dor dele seja duradoura e vibrante. Quando você nos disser o que queremos saber, paraa m os. par Vin estremeceu de horror. – Não... Nã o... por fa f a vor... – Ah, sim – Kar Ka r falou. f alou. – Por P or que não fica f ica um tem po pensando pensa ndo sobre o que vam va m os faz fa ze r com c om ele? O Senhor Soberano exigiu a minha presença... preciso ir para receber a liderança formal do Ministério. Começaremos quando eu voltar. Deu m eia-volt eia-volta, a, a túni única ca negra rodop rodopiand iandoo no chão. Os guardas o seguiram , provavelment provavelme ntee paraa se posicionare par posicionar e m na câm c âm a ra do lado de for foraa do aposento. apose nto. – Ah, Sazed Sazed – Vin V in disse, disse, enfia e nfiando ndo os joelhos j oelhos entre as gra gr a des da c e la. – E agora a gora,, senhora senhor a – Sa Sa ze d disse disse , com c om voz surpr surpree ende endentem ntem e nte lúcida. lúcida . – O que m e diz sobre correr por aí em roupas íntimas? Ora, se Mestre Dockson estivesse aqui, certamente a repreenderia. Vin levantou levantou a cabeç c abeça, a, surpresa. Sazed Sazed est e stava ava so sorrind rrindoo para ela. – Sa ze d! – fa falou lou ra rapidam pidamee nte, olhando pa para ra a saída a tra través vés da qual os guar guarda dass havia haviam m
parti par tido. do. – Está acor a cordado? dado? – Mui Muito to a c orda ordado do – ele diss dissee . Sua voz calm c alm a e for forte te e ra um c ontra ontraste ste m a rc rcante ante c om seu corpo mac m achu hucado. cado. – Sint intoo m uit uito, o, Sazed – e la fa falou. lou. – P or que m e seguiu? De Devia via ter fic ficado ado par paraa trá tráss e m e deixado fazer f azer coisas est e stúpi úpidas das sozinh sozinha! a! Ele virou uma cabeça ferida na direção dela, com um olho inchado, o outro encarando-a nos olhos. – Se nhora – dis disse, se, sol solee nem e nte –, j ure ureii a Mestre Ke Kelsi lsier er que a m a nter nteria ia e m segur seguraa nça nça.. O votoo de um terris vot terrisano ano não é fe feiito em vão. – Mas... devia de via saber sabe r que ser seria ia ca c a ptura pturado do – ela diss dissee , abaixando aba ixando a ca cabeç beçaa de ver vergonha. gonha. – É cla claro ro que eu sabia sabia,, senhor senhoraa – e le conf confessou. essou. – Or Oraa , de que outro j e it itoo ia conse conseguir guir que me trouxessem até você? Vin levantou a cabeç c abeça. a. – Traz Tra zê -lo... até a té m im im?? – Sim, senhor senhoraa . Há H á um umaa coisa que o Ministér Ministério io e m e u próprio pr óprio povo têm em c om omum um,, cre c reio. io. Ambos Am bos subest subestima imam m as coi c oisas sas que podemos podem os consegui conseguir. r. Fechou os olhos. E, então, seu corpo mudou. Pareceu... desinflar, os músculos ficando fracos fra cos e magros, m agros, a carne car ne pendendo flácida em seus os osso sos. s. – Sa Sa zed! – Vin exclam exc lam ou, aperta ape rtando-se ndo-se c ontra a gra grade de,, tentando alca a lcançá nçá-lo. -lo. – Está tudo bem be m , senhor senhoraa – e le dis disse, se, c om voz aterr ate rrador adoraa m e nte fr frac acaa . – Só pre preciso ciso de um momento para... reunir minha força. Reunir Re unir minha força força.. Vin se deteve, abaixando a mão, observando Sazed por alguns minutos. ... Poderia Pode ria ser ... Parecia tão fraco – como se sua força, seus próprios músculos estivessem sendo drenados. E talvez... armazenados em algum lugar? Os olhos de Sazed se abriram de repente. Seu corpo retornou ao normal; então seus m ús úsculo culoss contin continuara uaram m a cre c rescer, scer, tornando-se tornando-se grandes gra ndes e poderosos, poderosos, fica ficando ndo ainda ainda maiores m aiores do que que os de Ham . Sazed sorriu para ela com uma cabeça sobre um pescoço musculoso e carnudo; então rompeu facilmente as amarras. Levantou-se, um homem imenso, inumanamente musculoso – tão diferente do erudito magro e silencioso que ela conhecia. O Senhor Soberano falou da força deles em seu diário de viagem , ela pensou, assombrada. Disse que o homem home m Rashek Rashe k ergue ergueuu uma pedra pe dra e a jogou para longe do caminho c aminho . – Mas, tira tirara ram m todas as suas sua s joias! j oias! – Vin V in com entou. – Onde e sconde scondeuu seu m e tal? Saz azed ed sorriu, sorriu, agarra agar rando ndo as gra grades des que que separa separavam vam as duas celas ce las.. – Tive a ideia com c om você você,, senhora senhor a . Eu o engoli. – Com Com iss isso, o, arra ar ranc ncou ou as gra gr a des. Elaa correu El c orreu até a j aul aulaa dele, abraçando abraç ando-o. -o. – Obrigada Obr igada.. – É cla claro ro – e le dis disse, se, a fa fastando-a stando-a gentilme gentilmente nte e bate batendo ndo c om um umaa m ã o im imee nsa contr contraa a porta de sua c ela ela,, quebra quebr a ndo o cade ca deado, ado, fa f a ze ndo a j a ula se abr abrir. ir. – Rá Rá pido, agora, agora , senhora senhor a – Sazed disse disse . – Pre P recisa cisam m os colocá-la colocá -la e m segur seguraa nça nça.. Os doi dois guarda guardass que que haviam j ogado Saz Sazed ed na cela c ela apare a parece cera ram m na porta porta um segun segundo do depoi depois. s. Ficaram paralisados, encarando a imensa besta que estava em pé no lugar do homem fraco que haviam espancado. Saz azed ed deu de u um salt salto, o, segurando segurando uma um a das grades da j aula de Vin Vin.. Sua Sua fer f eruqu uquem em ia, no entanto entanto,, obviamente lhe dera apenas força, não velocidade. Avançou com passo desengonçado, e os guardas gu ardas com eça eçaram ram a correr correr,, grit gritando por por socorro. socorro.
– Va m os, senhor senhoraa – Sa ze d diss disse, e, j ogando a bar barra ra de lado. – Mi Minha nha for força ça nã nãoo vai dura durar r m ui uito to... ... o metal me tal que engoli engoli não não era er a grande gra nde o bastant bastantee para par a cont c onter er m ui uita ta carga ca rga feruquêm fe ruquêmica. ica. Enquanto ele falava, já começava a encolher. Vin se adiantou, saindo do aposento. A câmara dos guardas era pequena, com apenas duas cadeiras. Sob uma delas, no entanto, ela encontrou uma capa enrolada de um dos guardas do turno da noite. Vin a recolheu e a entregou paraa Sazed. par – Obrigado, Obr igado, senhora senhor a – ele e le disse. Ela assentiu, seguindo até a porta e espreitando. A grande sala do outro lado estava vazia e dois corredores afluíam dela – um para a direita, e um que se perdia na distância à sua frente. A paree de à esque par esquerda rda esta estava va re recobe coberta rta com tronc troncos os de m a deir deiraa , e o ce centro ntro do apose aposento nto tinha um umaa grande mesa. Vin estremeceu ao ver o sangue seco e o conjunto de instrumentos afiados coloca colo cados dos em fil filaa ao a o lado lado da mesa. m esa. Aqui é onde nós dois acabaremos acabare mos se não nos apressarmos apre ssarmos,, ela pensou, indicando para Sazed seguir em frente. Deteve-se Detevese quando um grupo de soldados soldados aparece apare ceuu no final final do corredor, corre dor, lid lider erado ado por um dos guardas de antes. Vin praguejou baixinho – teria ouvido com antecedência se tivesse estanho. Olhou para trás. Sazed estava mancando pela câmara da guarda. Sua força feruquêmica se fora, e os soldados obviamente o espancaram seriamente antes de jogá-lo na cela. Mal podia andar. – Vá, Vá , senhora senhor a ! – ele e le disse, ac a c ena enando ndo para par a ela. e la. – Fuja! Fuja ! Ainda tem muito o que aprende aprenderr sobre amizade, Vin , a voz de Kelsier sussurrou em sua mente. Espero mente. Espero que algum dia perc percee ba quais são... Não posso deixá-lo. deixá- lo. Não Não vou deixáde ixá-lo. lo. Vin avançou na direção dos soldados. Brandiu um par de facas de tortura da mesa, o aço brilhante e poli polido do cintil cintilaa ndo entr entree seus dedos. Saltou e m c im imaa da m e sa e se lanç lançou ou c ontra os sold so ldados ados que que chega chegavam vam.. Nãoo tinha alom Nã a lomaa ncia ncia,, m a s voou do m e sm smoo j e it ito, o, seus se us me m e ses de prá práti ticc a a a j udar udaraa m , apesa a pesar r da falt fa ltaa dos metai me tais. s. Cra Cravou vou uma fac facaa no pescoço de um so sold ldado ado surpreso surpreso ao cair. c air. Acertou Ace rtou o chão com mais força do que esperava, mas conseguiu desviar de um segundo soldado, que praguejou e a golpeou. A espada se chocou contra a pedra atrás dela. Vin rodopiou, esfaqueando outro soldado nas coxas.. O homem rec coxas recuo uouu de dor. São tantos, tantos, ela pensou. Havia pelo menos duas dúzias deles. Tentou saltar sobre um terceiro soldado, mas outro homem brandiu seu bastão, acertando-o nas costelas de Vin. Ela gemeu de dor, soltando a faca enquanto perdia o equilíbrio. Nenhum peltre a reforçou contra a queda, e ela acertou as pedras duras com um estalido, rolando até parar, aturdida, perto da parede. Lutou, sem sucesso, para ficar em pé. Ao lado dela, mal viu Sazed despencar enquanto o corpo dele ficava fraco de repente. Estava tentando armazenar força novamente. Não teria tempo suficiente. Os soldados logo estariam sobre ele. Pelo Pe lo me menos nos e u tentei tentei,, ela pensou, enquanto ouvia outro grupo de soldados atacando pelo corredor corr edor à di direita. reita. Pe Pelo lo menos, não o abandonei. Acho... Ac ho... acho que era o que Kelsi Kelsier er queria que ria dizer dizer .. – Valette! Va lette! – uma um a voz fa fam m il iliar iar exc exclam lam ou. Vin levantou a cabeça enquanto Elend e seis soldados irromperam pela sala. Elend usava roupa de nobre, um pouco mal ajustada, e carregava um bastão de duelo. – Elend? – Vin perguntou, per guntou, a turdida.
– Voc ocêê e stá be bem m ? – e le dis disse, se, pre preoc ocupado, upado, ava avanç nçando ando na dire direçã çãoo de dela. la. Então notou os sold so ldados ados do Min Minis isttér ério io.. Pare Pa reciam ciam um pou pouco co confus c onfusos os por por serem ser em confront confrontados ados por por um nob nobre re,, mas m as ainda estavam em número superior. – Vou Vou levar leva r a gar garota ota com c omigo! igo! – Elend dis disse. se. Suas palavr pa lavraa s era er a m c ora orajj osas, m a s obvia obvia m e nte não era nenhum soldado, e não usava armadura. Cinco dos homens que estavam com ele usavam us avam o verm elho Ventu Venture re;; hom hom ens da fortalez fortalezaa de Elend. Um, Um , no entanto entanto – aquel a quelee que est e stava ava à frente quando chegaram ao aposento – usava o uniforme da guarda do palácio. Vin percebeu que o reconhecia vagamente. O casaco do uniforme estava sem o símbolo no ombro. O homem estupefata. Aquele de antes, antes, pensou, estupefata. Aque le que c onve onvenc ncii a mudar de lado... O líder dos soldados do Ministério aparentemente tinha tomado uma decisão. Fez um gesto cortante, ignorando a ordem de Elend, e os soldados começaram a rodear o aposento, movendose para para cer cercar car o grupo grupo recém -chegado. – Valette, Va lette, prec pr ecisa isa ir! – Elend disse disse , com urgê urgência ncia,, erguendo er guendo o bastão ba stão de duelo. – Venha, Ve nha, senhora se nhora – Sazed Sazed disse, che c hegando gando ao a o seu lado, aj a j udandoudando-aa a fica f icarr em e m pé. – Não Nã o posso abandonáaba ndoná-los! los! – Vin falou. fa lou. – Mas prec pre c isam isamos. os. – Mas você voc ê veio ve io por mim m im.. Tem Te m os que fa f a ze r o m e sm smoo por Elend! Ele nd! Sazed negou com a cabeça. – Aquilo foi dife difere rente, nte, cria c rianç nça. a. Eu sabia que tinha um a c hanc hancee de salvá salvá-la -la.. Não Nã o pode a j udar aqui... aqui ... há há belez be lezaa na com compaix paixão, ão, mas m as é important importantee ter sensatez tam também bém.. Ela deixou que ele a ajudasse a ficar em pé. Os soldados de Elend avançaram, obedientes, paraa bloquea par bloquearr os soldados do Ministér Ministério. io. Elend esta estava va par paraa do na fr free nte, obviam obvia m e nte deter de term m inado a lutar. Tem que haver outro jeito!, jeito! , Vin pensou, desesperada. Tem que haver... Então viu, esquecida em um dos baús que estavam perto da parede, uma tira familiar de tecidoo cinza, tecid cinza, um a úni única ca fa faiixa, pendurada na lateral latera l do baú. baú. Ela se afastou de Sazed, enquanto os soldados do Ministério atacavam. Elend gritou atrás dela, del a, e arm as ressoaram ressoaram . Vin tirou as peças de roupa – sua calça e camisa – de dentro do baú. E ali, no fundo, estava sua capa de bruma. Fechou os olhos e procurou no bolso lateral da capa. Seus dedos encontrara encontraram m um úni único co frasco f rasco de vi vidro, dro, a tampa tam pa ain a inda da no lugar. lugar. Pegou o frasco, dando meia-volta, em direção à batalha. Os soldados do Ministério haviam recuado um pouco. Dois de seus membros estavam no chão, feridos – mas três dos homens de Elend também estavam caídos. O tamanho reduzido do lugar, por sorte, impedira que o grupo de Elend fosse rodea r odeado do no princípio. princípio. Elend El end estava suando, suando, com um corte no braço, braç o, o bastão bastão de duelo quebrado. quebrado. Agarrou Agarr ou a esp e spada ada de um ho hom m em no chão, chão, segurand segurandoo a arm ar m a com c om m ãos inexp inexperient erientes, es, encarando um um a força f orça m ui uitto maior. – Eu e stava er erra rado do sobre a quele a li li,, senhor senhoraa – Sazed dis disse se c om suavidade suavidade.. – Eu... peç peçoo desculpas. Vin sorriu sorriu.. Então Então abriu a briu a tam tampa pa do frasco fra sco e tragou tra gou os os metais m etais em um úni único co gole. gole. Mananciais de poder explodiram dentro dela. Fogos arderam, metais ressoaram, e a força retornou para seu corpo cansado e debilitado como um sol nascente. As dores se tornaram insignificantes, a tontura desapareceu, a sala se tornou mais brilhante, as pedras mais reais sob seus pés. Os soldados atacaram novamente, e Elend ergueu a espada com postura determinada, mas sem esperança. Pareceu completamente surpreso quando Vin voou sobre sua cabeça.
Ela aterrissou no meio dos soldados, mandando-os para longe com um empurrão dee aço. Os empurrão d soldados em cada lado dela se chocaram contra as paredes. Um homem brandiu um bastão, e ela o afastou com mão desdenhosa, então esmagou o punho no rosto dele, fazendo a cabeça do hom ho m em rodar para trás com um est estalo alo.. Pegou o bastão enquanto caía, girando-o e acertando a cabeça do soldado que atacava Elend. El end. O bastão bastão se quebrou, e ela o deixou deixou cair com c om o cadáver. ca dáver. Os soldados soldados de trás começ com eçar aram am a gritar, dando meia-volta e fugindo, enquanto ela empurrava mais dois grupos de homens contra empurrava mais as paredes. O último soldado que sobrou se virou, surpreso, enquanto Vin puxav puxavaa seu elmo para ela. Empurrou ela. Empurrou-- o de volta, esmagando-o no peito do homem e ancorando-se por trás. O soldado voou pelo corredor, na direção dos companheiros que fugiam, colidindo contra eles. Vin soltou a respiração de excitação, parada com músculos tensos entre os homens que Posso... ver ve r agora como Kelsier se viciou v iciou nisso nisso.. gemiam. Posso... gemiam. – Valette? Va lette? – Elend perguntou, pe rguntou, estupefa estupef a to. Vin salt saltou, ou, envol envolvendo vendo-o -o em um alegre abra abraço, ço, apert aper tando-o com força e ent e nterr errando ando o rost rosto no ombro dele. – Você Voc ê volt voltou ou – ela suss sussurr urrou. ou. – Você Voc ê volt voltou, ou, você volt voltou, ou, você volt voltou... ou... – Hum m , sim. E... vej ve j o que é um umaa Na Nascida scida das Brum a s. Isso é m uit uitoo inte inte re ressante. ssante. Sabe, Sabe , em em geral,l, é um gest gera gestoo de cort c ortesia esia contar contar aos am ig igos os coisas coisas como com o essa. – Sint Sintoo muit m uitoo – ela m urm urou, ainda a inda abra a braçç a da a e le. – Bem Be m , sim – ele e le dis disse, se, par parec ecendo endo dis distra traído. ído. – Hum m , Va lette? O que ac acontec ontecee u com suas roupas? – Estão ali a li no chão chã o – ela diss dissee , levantando leva ntando os olhos par paraa ele ele.. – Elend, com c omoo me m e encontrou? e ncontrou? – Se u a m igo, um tal de Mestre Doc Dockkson, m e diss dissee que e ra prisioneira no palá palácio. cio. E, bem , acontece que este gentil cavalheiro aqui – capitão Goradel, creio que este seja seu nome – era um soldado do palácio, e sabia o caminho até aqui. Com a ajuda dele – e como nobre de certa posiçç ã o –, conse posi consegui gui e ntra ntrarr no e difício sem m uit uitos os proble problem m a s, e entã entãoo ouvimos os gritos no corredor... E, humm, sim. Valette? Você se incomodaria de vestir suas roupas? Isso... me distrai um pou pouco. co. Elaa sorriu para ele. El – Você Voc ê m e enc encontrou. ontrou. – P or todo o bem que iss issoo fez f ez – e le diss dissee , ironica ir onicam m e nte. – Não N ão pa pare rece ce que pre precc isava m uit uitoo da nossa nossa aj a j uda... – Não Nã o importa im porta – ela e la disse. – Você Voc ê volt voltou. ou. Ninguém nunca volt voltou ou antes. ante s. Elend olhou para ela, franzindo o cenho levemente. Sazed se aproximou, trazendo as roupas e a capa de Vin. – Se Se nhora nhora,, precisa pre cisam m os ir. ir. Elend assentiu. – Nã Nãoo é segur seguroo e m nenhum a par parte te da c idade idade.. Os sk skaa a e stão se re rebela belando! ndo! – De Deteve teve-se -se,, olhando ol hando para ela. – Mas, Mas, hum hum m , você você provavelme provavelment ntee j á sabe. Vin assentiu, soltando-o por fim. – Eu aj a j udei a c om omee ça çarr iss isso. o. Mas está e stá ce c e rto sobre o perigo. pe rigo. Vá com Sazed... ele e le é c onhec onhecido ido de m ui uito toss lílídere deress rebeldes. Não o mac m achucarã hucarãoo enquanto enquanto ele respon r esponder der por você. você . Elend e Sazed franziram os cenhos, enquanto Vin vestia a calça. No bolso, encontrou o brincoo de sua m ãe brinc ãe.. ColocouColocou-oo na ore or e lha. – Ir com Sa ze d? – Elend perguntou. pe rguntou. – E quanto a você voc ê ? Vin vestiu a camisa. Então levantou a cabeça... sentindo, através da pedra, sentindo-o lá em cima. Ele estava lá. Muito poderoso. Agora, tendo-o encarado diretamente, tinha certeza de sua
força. forç a. A re rebeli belião ão skaa skaa est estava ava condenada enquant enquantoo ele vi vivess vesse. e. – Tenho Te nho outra tare ta refa fa,, Elend – ela e la disse, pegando pe gando a c apa de brum br umaa s das mã m ã os de Sazed. Sazed. – Acha Ac ha que pode der derrotá rotá-lo, -lo, senhora? senhor a? – Sazed Sazed perguntou. pe rguntou. – Te Te nho que tentar – ela e la diss dissee . – O déc décim imoo prim pr imee iro m eta etall funcionou, func ionou, Saze. Saze. Eu vi... algum a lgumaa coisa. cois a. Kel Ke lsi sier er estava conv c onvencido encido que que re revelaria velaria seu segredo. segre do. – Mas... o Se Se nhor Soberano, Sober ano, senhora se nhora... ... – Kelsi Ke lsiee r m orr orree u para pa ra ini inicia ciarr e sta rebe r ebeli liãã o – Vin V in disse disse c om fir firm m eza. – Te Te nho que ve verr o que acontece. Essa é a minha parte, Sazed. Kelsier não sabia, mas eu sei. Tenho que deter o Senhor minha parte, Soberano. – O Senhor Soberano? Sober ano? – Ele Ele nd perguntou, per guntou, surpr surpreso. eso. – Não, Nã o, Valette. Va lette. Ele é im imorta ortal! l! Vin est estendeu endeu os braç braços os,, segura segurando ndo a cabeç c abeçaa de El Elend end e puxando-a puxando-a para baix baixoo para que ele a beij a sse. – Elend, sua fa f a m íl ília ia entre e ntrega ga o ati a tium um ao Senhor Sober oberaa no. Sa Sa be onde e le o guarda gua rda?? – Sim – e le diss dissee , c onfuso. – Gua Guarda rda a s c ontas em um edif edifício ício do tesouro, a leste daqui. Mas... – Te m que se apodera apoderarr daquel da quelee ati atium um,, Elend. Elend. O novo governo governo vai precisar daquel da quelaa riq riquez uezaa e poder,, se não poder nã o quise quise r ser se r conquis c onquistado tado pelo pe lo primeir prim eiroo nobre que conseguir c onseguir ergue e rguerr um e xér xércc it ito. o. – Não, Nã o, Valette Va lette – Elend disse, negando ne gando com c om a ca c a beç beçaa . – Tenho Te nho que colocá c olocá-la -la em segur seguraa nça nça.. Vin sorriu para ele, então se virou para Sazed. O terrisano assentiu para ela. – Não Nã o vai m e dizer dizer pa para ra nã nãoo ir? – ela per perguntou. guntou. – Nã Nãoo – e le diss dissee em voz baixa. ba ixa. – Tem o que este estejj a c er erta, ta, senhor senhoraa . Se o Se nhor Sober oberano ano não for derrotado... bem, não a impedirei. Desejarei, no entanto, boa sorte. Virei ajudá-la assim que o jovem j ovem Ventu Venture re est estiv iver er a salvo. salvo. Vin assentiu, sorriu para o apreensivo Elend, então olhou para cima. Na direção da força som so m bri briaa que a aguarda aguardava, va, puls pulsando ando com depressão cansada. abrandamento do Queimou cobre, cobre , afast af astando ando o abrandamento do Senhor Sober Soberano. ano. – Valette... Va lette... – Elend disse em e m voz ba baixa. ixa. Elaa se vi El virou rou para ele. – Não Nã o se pre pr e ocupe – falou. fa lou. – Acho que sei com c omoo ma m a tátá-lo. lo.
Muitos são os me meus us temore temoress e nquanto escre e screvv o com a cane caneta ta incrust inc rustada ada de gelo na v é spera do renascer do mundo. Rashek me observa. Ele me odeia. A caverna se encontra diante de mim. Pulsando.. Meus Pulsando Me us dedos tremem. treme m. Não de frio. frio. Amanhã, estar e staráá terminado.
Vin se empurrou pelos ares sobre Kredik Shaw. As torres e os pináculos se erguiam ao seu empurrou pelos redor, como escamas sombrias de algum monstro fantasmagórico à espreita lá embaixo. Escuros, retos e ameaçadores, por alguma razão a fizeram pensar em Kelsier, morto na rua, com uma lança com pon ponta ta de obsidi obsidiana ana sai saindo ndo de de seu peito. peito. As brumas giravam e se contorciam enquanto ela as atravessava. Ainda eram densas, mas o estanho lhe permitia ver um leve brilho no horizonte. A manhã estava próxima. Embaixo dela, uma luz maior se acumulava. Vin se agarrou a um pináculo fino, deixando que o impulso a fizesse rodopiar no metal escorregadio, tendo uma visão completa da área. Milhares de tochas ardiam na noite, misturando-se e mesclando-se como insetos luminosos. Estavam Est avam organi organizzadas em e m grandes ondas, conver convergi gindo ndo para o palácio. A guarda do palácio não terá c hance hancess c ontr ontraa uma for forçç a dessas dessas,, ela pensou. Mas, ao e ntr ntrar ar lutando no palácio, o exército skaa selará sua ruína. Virou-se para o lado, o pináculo úmido por causa das brumas estava frio sob seus dedos. Da últi úl tim m a vez que que salt saltar araa pelos pinác pináculo uloss de Kre K redik dik Shaw haw,, estava sangra sangrando ndo e sem se m iconsciente. Sazed Sazed chegara para salvá-la, mas ele não poderia ajudá-la desta vez. Nãoo m uit Nã uitoo longe da dali li,, pôde ver a torre do trono. Nã Nãoo e ra difícil de loca locali lizzar ar;; um a nel de fogueiras ardentes iluminava seu exterior, uma única janela de vidro pintado do lado de dentro. Podia senti-lo lá dentro. Esperou por um momento, na esperança, talvez, de conseguir atacar
depois que que os Inqui I nquisi sidores dores saís sa íssem sem da sala. sa la. Kelsiee r acredit Kelsi acre ditava ava que o décimo déc imo prime primeiro iro me metal tal era a chave c have , ela pensou. Ela tinha uma ideia. Poderia funcionar. Tinha que funcionar. *** – A partir pa rtir deste de ste mom m omee nto – o Se nhor Soberano Sobera no proclam proc lam ou em voz a lt ltaa –, conce c oncedo do ao Cantão Cantã o da Inquisição o domínio organizacional do Ministério. Consultas que antes eram endereçadas a Tevidian Tevid ian devem devem agora se di dirig rigir ir para Kar Kar.. A sala do trono ficou em silêncio, o grupo de obrigadores de alto escalão aturdido pelos acontecimentos da noite. O Senhor Soberano agitou a mão, indicando que a reunião estava encerrada. Finalme Final mente! nte!,, Kar pensou. Levantou a cabeça, os olhos de pregos pulsavam, como sempre, causando-lhe dor – mas, nesta noite era a dor da alegria. Os Inquisidores esperavam há dois séculos, planejando cuidadosamente, animando sutilmente a corrupção e a dissenção entre os obrigadores obri gadores comuns. c omuns. E, finalm finalmente, ente, funcionara funcionara.. Os Inquisi Inquisidores dores já j á não se curvar curvariam iam aos ditado ditadoss de homens hom ens infe inferio riore res. s. Virou-se e sorriu para o grupo de sacerdotes do Ministério, sabendo muito bem o desconforto que o olhar de um Inquisidor podia causar. Já não podia ver, não como via antes, mas lhe fora dado algo melhor. Um controle da alomancia tão sutil, tão detalhado, que podia distinguir o mundo ao seu redor com surpreendente precisão. Quase tudo tinha metal – água, pedra, vidro... até mesmo corpos humanos. Esses metais eram muito difusos para serem afetados pela alomancia – mesmo assim, a maioria dos alomânticos alom ânticos sequer podi podiaa senti senti-los. -los. Com os olhos de um Inquisidor, no entanto, Kar podia ver as linhas de ferro dessas coisas – os fios azuis eram finos, quase invisíveis, mas desenhavam o mundo para ele. Os obrigadores diante dele eram uma massa fervente de azuis, suas emoções – desconforto, raiva e medo – eram mostradas em suas posturas. Desconforto, raiva e medo... tão doces, os três. O sorriso de Kar aumentou, apesar de sua fadiga. Estava desperto há muito tempo. Viver como Inquisidor esgotava seu corpo, e tinha que descansar com frequência. Seus irmãos saíam da sala, a caminho de seus aposentos, intencionalmente localizados perto da sala do trono. Dormiriam imediatamente; com as execuções mais cedo naquele dia, e a excitação da noite, estariam extremamente cansados. Kar, no entanto, ficou para trás, enquanto tanto Inquisidores quanto obrigadores partiam. Logo, restavam apenas ele e o Senhor Soberano, parados em uma sala iluminada por imensos braseiros. bra seiros. As fogue fogueira irass e xter xternas nas se a paga pagara ram m lentam e nte, e xti xtintas ntas pe pelos los c ria riados, dos, deixa deixando ndo a paisagem paisa gem negr negraa no vidro. – Finalm inalmee nte tem o que quer – o Se nhor Sober oberano ano diss dissee tra tranquil nquilaa m ente ente.. – Ta lvez agora a gora e u possa ter paz nesta questão. que stão. – Sim Sim,, Se Se nhor Soberano Sobera no – Kar Ka r disse, inclinando-se. inclinando- se. – Creio Cre io que... Um som estranho estalou no ar – um ruído seco e suave. Kar levantou a cabeça, o cenho franzido, enquanto um pequeno disco de metal repicou no chão, até se deter perto de seu pé. Ele recolh re colheu eu a m oeda, então olhou olhou a enorme e norme j anela, notando notando o buraqui buraquinho nho por onde onde ela e la entrara. entrara . O quê? Dúzias de moedas entraram pela janela, enchendo-a de buracos. Estalidos metálicos e
estalar estal ares es de vidro vidro ress re ssoara oaram m no ar. Kar re recuou, cuou, surpreso. surpreso. Toda a seção sul da janela se espatifou, estilhaçando do lado de dentro, o vidro enfraquecera pelas moedas até o ponto de romper. Fragmentos de vidro colorido rodopiaram no ar, espalhando-se diante de uma pequena figura vestida em uma tremulante capa de brumas e carregando um par de reluzentes adagas negras. A garota aterrissou agachada, deslizando um pouco sobre os cacos de vidro, as brumas ondulando pela abertura atrás dela. As brumas avançaram, atraídas pela alomancia, rodopiando ao redor do corpo da garota. Ela ficou agachada por um momento, como se fosse um arauto da própria própr ia noite. Então se levantou, correndo na direção do Senhor Soberano. Vin queimou o décimo primeiro metal. O eu-passado do Senhor Soberano apareceu como fizera antes, como se tivesse surgido das brumas, para ficar parado no tablado, ao lado do trono. Vin igno ignorou rou o Inquisi Inquisidor. dor. A criatu c riatura ra,, feli fe lizzm ente, reagiu re agiu devagar – ela estava na m etade dos degraus do tablado antes que ele a perseguisse. O Senhor Soberano, no entanto, ficou parado em silêncio si lêncio,, apenas ape nas observa observando ndo-a -a com expressão de int nter eresse. esse. Duas lanças no pe peit itoo nem o incomodaram incomodaram,, Vin pensou enquanto saltava a distância que a separava do alto do tablado. Não tablado. Não te te m nada a temer teme r das minhas minhas adagas. adagas. E era por isso que não pretendia atacá-lo com elas. Em vez disso, ergueu suas armas e as apontou apont ou dire diretam tamente ente na direção direç ão do coraçã cora çãoo do eu-passado. eu-passado. As adagas o acertaram – e passaram pelo homem, como se ele não estivesse ali. Vin cam ca m baleou para para fre frent nte, e, passando pela imagem ima gem,, quase quase caind c aindoo do tablado. tablado. Girou, atacando a imagem de novo. Mais uma vez, as adagas passaram sem causar danos. em mesmo uma ondulação ou distorção. Minha imagem de ouro ouro,, ela pensou, frustrada. Fui c apaz de tocátocá-la. la. Por que não consigo tocar esta? Obviamente não funcionava do mesmo jeito. A sombra ainda estava parada, completamente alheia aos ataques dela. Vin pensara que, talvez, se matasse a versão passada do Senhor Soberano, sua forma atual morreria também. Infelizmente, o eu-passado parecia ser tão insubstancial quanto uma sombra de atium. Ela falhara. Kar se chocou contra ela, agarrando-a pelos ombros com sua poderosa força de Inquisidor, o impulso impulso levando-a levando-a para fora do tablado. tablado. Ambos rolara rolaram m pelo peloss degraus. Vin gemeu, avivando peltre. Nã Nãoo sou a me mesma sma garot garotaa sem podere poderess que fez pri prisioneira sioneira há pensou com determ in inaç ação, ão, chut c hutando-o ando-o quando quando atingi atingira ram m o chão c hão atrás a trás do trono. trono. ouco, Ka Kar r , pensou O Inquisidor grunhiu, o chute dela arremessando-o no ar, fazendo-o soltar seus ombros. Sua capa ca pa de brumas brum as ficou entre entre as mãos m ãos dele, dele, mas m as ela se levantou levantou e escapou. Inquisidores! es! – Ve nham até mim! m im! – Inquisidor – – o Senhor Soberano gritou, ficando em pé. – pé. – Venham Vin gemeu quando a voz poderosa fez seus ouvidos amplificados pelo estanho doerem. pensou, cam baleando. baleando. Prec Tenho que sai sairr daqui, daqui, ela pensou, Precisar isarei ei descobrir de scobrir uma forma diferente de matá-lo... Kar a agarrou novamente por trás. Desta vez colocou seus braços completamente ao redor dela, e apertou. Vin gritou de dor, avivando seu peltre, empurrando para trás, mas Kar a obrigou empurrando para a ficar de joelhos. Agarrou-a com destreza pelo pescoço com uma mão enquanto prendia os braçç os dela bra de la na nass costas c ostas com c om a outra outra.. Ela lut lutaa va fe ferozm rozmee nte, deba debatendotendo-se se e contorc contorcendoendo-se, se, m a s ele a segurava com muita força. Vin tentou derrubar ambos com um súbito empurrão empurrão de aço
contra um trinco de porta, mas a âncora era muito fraca, e Kar apenas tropeçou. Ele manteve suaa presa. su pre sa. O Senhor Soberano gargalhava enquanto se sentava em seu trono. – Te rá pouco êxito c ontra Ka Kar, r, c ria riança nça.. Ele e ra um sold soldaa do, há m uit uitos os a nos. Sabe c om omoo segurar uma um a pessoa de modo m odo que não consig consigaa escapar e scapar,, não im im port portaa quão forte seja. sej a. Vin continuou a lutar, arfando para respirar. As palavras do Senhor Soberano se mostraram verdadeiras, no entanto. Ia acertá-lo com uma cabeçada, mas ele estava preparado. Ela podia ouvi-lo junto ao seu ouvido, sua respiração rápida quase... apaixonada enquanto a asfixiava. No reflexo da janela, viu que a porta de trás se abria. Outro Inquisidor entrou na sala, seus pregos brilhando no refle re flexo xo distorc distorcido, ido, sua sua túnica e scur scuraa se agitando. É isso isso, ela pensou, em um momento surreal, contemplando as brumas que entravam pela anela quebrada arrastando-se pelo chão. Estranhamente, não se enrolaram ao redor dela como normalme norma lment ntee faz f aziam iam – como com o se algo as estivess estivessee afa a fast stando. ando. Para Par a Vin, pare parece ceuu o testam testamento ento final final de sua derrot derr ota. a. Sinto muito, Kelsier. Fracassei com você. O segundo segundo Inquisi Inquisidor dor se col c olocou ocou atrás de seu com panheiro panheiro.. Então Então est e stendeu endeu a m ão e agar agarrou rou algo nas costas de Kar. Ouviu-se o som de algo rasgando. Vin caiu imediatamente no chão, arfando em busca de ar. Rolou, recuperando-se rapidamente graças ao peltre. Kar estava sobre ela, oscilando. Então despencou flacidamente de lado, esparramando-se no chão. O segundo Inquisidor ficou parado, segurando o que parecia ser um grande prego de metal – exatamente como os que os Inquisidores tinham nos olhos. Vin olhou para o corpo imóvel de Kar. A parte de trás de sua túnica estava rasgada, expondo um buraco que sangrava bem entre as omoplatas. Um buraco grande o bastante para um prego de m etal. O rosto rosto mar m arca cado do por por cicatri c icatrizzes de Kar Ka r est e stava ava páli pálido. do. Sem Sem vi vida. da. Outro prego!, prego! , Vin pensou, assombrada. O outro Inquisidor arrancou das costas de Kar, e ele morreu. morr eu. Esse é o segredo! – O quê? – o Se nhor Sober oberaa no gritou, leva levantando-se ntando-se,, o súbi súbito to m ovim ovimee nto a ti tirou rou seu trono paraa trá par trás. s. A cadeir ca deiraa de pedra pe dra c a iu pelos degraus, degra us, lasc lascaa ndo e quebra que brando ndo o már m árm m ore ore.. – Traiçã Tra ição! o! De D e um dos me m e us! O novo Inquisidor disparou na direção do Senhor Soberano. Enquanto corria, seu capuz caiu paraa trá par trás, s, dando da ndo a Vin um a visão de sua ca cabeç beçaa c ar arec ecaa . Ha H a via algo fa fam m il iliar iar no rosto r osto do re r e cé cém mchegado, apesar das cabeças de prego saindo na frente de seu crânio – e as macabras pontas de prego pre go saindo pelas pe las costas. c ostas. Apesar Ape sar da c a beç beçaa ca care reca ca e das roupas r oupas incom inc omuns, uns, o home hom e m se par paree c ia um pouco com Kelsi Kelsier er.. Não,, ela percebeu. Não Não c om Kelsie Kelsie r. perce beu. Não Marsh! Marsh subiu os degraus de dois em dois, movendo-se com a velocidade sobrenatural de um Inquisidor. Vin lutou para ficar em pé, recuperando-se dos efeitos de sua quase asfixia. A surpresa, surpre sa, no entanto, era m ais difícil difícil de de di dissi ssipar par.. Marsh est e stava ava vi vivo. vo. Marsh era um Inquisidor. Os Inquisidores não o estavam investigando porque suspeitavam dele. Pretendiam recrutá-lo! E, agora, parecia que ele pretendia lutar com o Senhor Soberano. Soberano . Tenho que ajudá-lo! Talvez... talvez ele conheça o segredo de como matar o Senhor Soberano. Ele descobriu como matar os nquisidores, afinal! Marsh chegou c hegou ao a o alto do tablado. tablado.
– Inquisidore Inquisidores! s! – O Senhor Sober oberaa no gritou. – Venham Venha m ... O Senhor Soberano se deteve, percebendo que algo tinha sido colocado do lado de fora da porta.. Um peque porta pequeno no grupo de pre pregos gos de a ç o, c om omoo a quele que Mar Marsh sh ar arra ranca ncara ra das c ostas de Kar,, empi Kar em pilh lhados ados no no chão. Pare Pa recia cia haver set setee deles. Marsh sorriu, a expressão pareceu assustadoramente com um dos sorrisos maliciosos de Kelsier. Vin chegou ao pé do tablado e se empurrou com uma moeda, lançando-se até o alto da empurrou com plataform plataf orm a . O horrível poder absoluto da fúria do Senhor Soberano a atingiu no meio do caminho. A depressão, a asfixia cheia de raiva de sua alma, atravessou o cobre, acertando-a como uma força física. Ela avivou o cobre, engasgando de leve, mas não pôde afastar completamente o Senhor Soberano de suas emoções. Marsh tropeçou tropeçou levemente, levem ente, e o Senhor Senhor Sobera Soberano no deu-lhe deu-lhe um bofetão mui m uito to par parec ecid idoo com o que matara Kelsier. Felizmente, Marsh se recuperou a tempo de se esquivar. Rodopiou ao redor do Senhor Soberano, estendendo a mão para agarrar as costas da túnica negra do imperador. Puxou-a, arrancando-a pela costura. Marsh ficou paralisado, seus olhos com pregos lhe conferiam uma expressão ilegível. O Senhor Soberano deu meia-volta, acertando o cotovelo no estômago de Marsh, lançando o Inquisidor para o outro lado da sala. Quando o Senhor Soberano se virou, Vin pôder ver o que Marsh vira. Nada. Na da. Cos Costas tas norm a is, em bora m usculosas. Ao c ontrár ontrário io dos Inquisid Inquisidore ores, s, o Se nhor Soberano não tinha um prego atravessando sua espinha. Ah, Marsh... Marsh... Vin pensou, abatida. Fora uma ideia inteligente, muito mais do que a tola tentati tent ativa va de Vin com o décimo décim o primei prime iro m etal – mas m as se provara provar a ig igualme ualment ntee in inút útil il.. Marsh finalmente atingiu o chão, sua cabeça batendo com força, deslizando até atingir a paree de. Ele par E le ficou f icou deit de itaa do contra a im imee nsa j a nela nela,, imóvel. im óvel. – Marsh! Mar sh! – e la grit gr itou, ou, saltando e empurrando-se na direção direçã o dele. Mas enquanto enquanto ela voava, o Senhor Soberano Soberano ergueu e rgueu a m ão distraid distraidam am ente. Vin sentiu sentiu um poderoso... alguma cois see chocando cont contra ra ela. Era como c omo um empurrão de c oisaa s açoo contra aç contra os m etais em seu estôma estômago go – m as é claro c laro que que não podia podia ser. ser . Kelsier Kelsier lhe lhe gara ga rant ntira ira que nenhum nenhu m alomâ alomânt ntico ico podi podiaa af afetar etar os metai me taiss que que est e stiv ivessem essem dent dentro ro do corpo de al a lguém guém.. Mas também dissera que nenhum alomântico podia afetar emoções de uma pessoa que estivesse queimando cobre. As moedas descartadas dispararam para longe do Senhor Soberano, espalhando-se pelo chão. As portas se soltaram de suas dobradiças, rompendo-se e afastando-se da sala. Incriivelme Incr velment nte, e, até pedaços pedaç os de vidro vidro colori colorido do tre trem m er eram am e se afa a fast star aram am do tablado. tablado. E Vin foi jogada de lado, com os metais em seu estômago ameaçando sair de seu corpo. Chocou-se contra o chão, quase inconsciente. Ficou deitada, aturdida, tonta, confusa, capaz de pensarr em pensa e m a pena penass uma um a coisa. c oisa. Quanto poder... As moedas soaram quando o Senhor Soberano saiu de seu tablado. Movia-se em silêncio, despojando-se de sua túnica rasgada e camisa, ficando nu da cintura para cima, exceto pelas oias que cintilavam em seus dedos e punhos. Vários braceletes finos, Vin notou, perfuravam a pele de seus antebr a ntebraç aços. os. pé. Lev Esperto,, ela pensou, lutando para ficar em pé. L Esperto eva-os a-os presos para impedir que que empurrem puxem xem dele. ou pu ou O Senhor Soberano balançou a cabeça, pesaroso, seus passos abriram trilhas nas brumas
frias que ent e ntra ravam vam pela j anela quebrada. Par P arec ecia ia tão forte, o torso torso mus m usculo culoso so,, o rosto rosto bonit bonito. o. Vin Vin podia sentir o poder pode r da a lom lomaa ncia dele quebr quebraa ndo suas em oç oções ões m al protegidas pr otegidas pelo pe lo cobre. cobre . – O que pensou, c ria rianç nça? a? – o Senhor Sober oberaa no perguntou pe rguntou em e m voz baixa. – Em m e der derrota rotar? r? Sou algum algum Inqu I nquis isid idor or com um, m eus podere poderess são são mer m eras as fabricaçõe fa bricações? s? Vin avivou peltre. Virou-se e começou a correr – pretendendo agarrar o corpo de Marsh e atravessar o vidro do outro lado da sala. Mas, então, e le estava ali, movendo-se com uma velocidade que fazia a fúria dos tornados le estava paree c er pre par preguiçosa. guiçosa. Ne Nem m m esm o c om o peltre tot totalm alm e nte aviva avivado do Vin poder poderia ia ganha ganharr dele dele.. Quase parecia indiferente quando a alcançou, agarrando-a pelo ombro e jogando-a para trás. Ele a arremessou como se ela fosse uma boneca, jogando-a contra uma das enormes colunas da sala. Vin buscava desesperadamente por uma âncora, mas ele expulsara todo o metal da sala. Exceto... Elaa pux El puxou ou um dos brac braceletes eletes do Senhor Senhor Soberano, Soberano, um dos que não perfura per furava va a pele dele. No m esm esmoo inst instante ante ele e le ergueu er gueu o braço, braç o, esquiv esquivando ando de seu puxão seu puxão,, fazendo-a girar desajeitadamente empurrões,, lançando-a de costas. Os metais em no ar. Acertou-a com outro de seus poderosos empurrões seu estôma estômago go se se retorce r etorcera ram m , o vid vidro ro estre estrem m ec eceu eu e o brinco brinco de sua mãe m ãe sai saiuu de sua sua orelh ore lha. a. Ela tentou girar e acertá-lo com os pés, mas se chocou contra a coluna de pedra a uma velocidade terrível, e o peltre falhou. Ouviu um estalo espantoso e uma punhalada de dor percc orr per orree u sua perna pe rna dire direit itaa . Caiu no chão. Não tinha vontade de olhar, mas a agonia de seu torso lhe dizia que sua perna estava em baix baixoo do corpo, dobrada dobrada em e m um ângul ânguloo im im provável provável.. O Senhor Soberano balançou a cabeça. Não, Vin percebeu, ele não se preocupava em usar oias. Considerando as habilidades e força dele, um homem teria sido tolo – assim como Vin fora – se tentasse te ntasse usar usa r as a s joias j oias do Senhor Sobera Sober a no com o âncor â ncora. a. Isso só perm per m it itira ira que ele e le controlasse c ontrolasse os saltos dela. Ele avançou, os pés amassando os cacos de vidro. – Ac Acha ha que é a prim primee ira vez que algué alguém m tenta m e m a tar tar,, c ria riança nça?? Sobre Sobrevivi vivi a incê incêndios ndios e decapitações. Fui apunhalado e cortado, amassado e desmembrado. Até fui esfolado uma vez, quase no princípio. Ele se voltou para Marsh, balançando a cabeça. Estranhamente, a primeira impressão que Vin tivera do Senhor Soberano retornou. Ele parecia... cansado. Exausto, até. Não seu corpo – aindaa era aind e ra m us usculo culoso so.. Era apenas a penas seu... seu... ar. Ela tentou tentou fica ficarr em e m pé, usando usando a col c oluna una de pedra para se apoi a poiar ar.. – Sou Sou Deus De us – ele disse. Tão diferente do homem humilde do diário de viagem . Deus us não us não – De – não pode ser morto – ele disse. – De – Deus não pode ser derrubado. Sua rebelião... acha que não vi outras como essa antes? Acha que nunca destruí exércitos inteiros por conta própria? O que é necessário para que parem de questionar? Por quantos séculos tenho que provar o que sou paraa que vocês, par voc ês, ska ska a idiotas vej am a verdade? ver dade? Quant Quantos os home homens ns tenh tenhoo que que m atar? idiotas,, vejam Vin gritou quando girou a perna para o lado errado. Avivou peltre, mas as lágrimas vieram aos seus olh olhos os mesmo me smo ass a ssim. im. Estava Estava ficando sem m etais etais.. Seu Seu peltre logo logo acabar ac abaria, ia, e ela não nã o tinha tinha como permanecer consciente sem ele. Apoiou-se na coluna, a alomancia do Senhor Soberano a pressi pre ssionava onava.. A dor em e m sua perna pe rna latej a va. Ele é fort fortee dem demais ais,, ela pensou, com desespero. Está ce certo. rto. É De Deus. us. No que e stá stávv amos ensando? – Como Com o ousa? – o Se Se nhor Sobera Sober a no perguntou, pe rguntou, agar a garra rando ndo o corpo c orpo flác f lácido ido de Marsh Ma rsh com c om sua
mão cheia de joias. Marsh gemeu levemente, tentando levantar a cabeça. – Como Com o ousa? ousa ? – o Senhor Sober oberano ano e xigi xigiuu saber sa ber m ais um a vez. – De Depois pois de tudo o que lhes dei? Eu os fiz superiores aos a os homens home ns normais! norm ais! Eu os tornei domin dom inantes! antes! Vin ergueu a cabeça. Através da névoa de dor e desespero, algo disparou uma lembrança dentro dela. Ele fica dizendo... ele e le fica dizendo que seu se u povo devia de via ser se r dominante dominante ... Buscou em seu interior, sentindo a última reserva do décimo primeiro metal. Queimou-o, olhando através de olhos cheios de lágrimas enquanto o Senhor Soberano levantava Marsh com uma mão. m ão. O eu-passado do Senhor Soberano apareceu perto dele. Um homem com capa de peles e botas pesa pesadas, das, um hom homee m c om bar barba ba e m úsculos forte f ortes. s. Nã N ã o um a ristocra ristocrata ta ou um ti tira rano. no. Não N ão um herói, nem mesmo um guerreiro. Um homem vestido para a vida fria das montanhas. Um pastor. Ou, talvez talvez,, um ca carre rregador. gador. – Ra Ra shek – Vin sussurr sussurrou. ou. O Senhor Senhor Soberano Soberano se vi virou rou ao ouvir ouvir a declara declaraçã çãoo dela. – Rashek – Vin fa falou lou novam e nte. – Esse é seu nom nomee , nã nãoo é ? Voc ocêê não é o hom homem em que escreveu o diário de viagem. Não é o herói que foi enviado para proteger o povo... você é o criado cr iado dele. O carre car regador gador que que o odiava. odiava. Ela se deteve por um momento. – Você Você... ... você voc ê o m a tou – ela e la suss sussurr urrou. ou. – Foi o que a c ontec ontecee u naquela na quela noit noitee ! É por iss issoo que o diár diário io para tão repentinam repentinamente! ente! Você Você m atou o herói herói e to tom m ou o lugar lugar dele. Foi Foi até a ca caverna verna no lugar lu gar dele, e re reclam clam ou o pod poder er para si m esm esmo. o. Mas... Mas... em vez de salvar salvar o mund m undo, o, você você assu assum m iu o controle. – Você Você nã nãoo sabe sa be de nada nada!! – ele e le grit gr itou, ou, ainda a inda segura se gurando ndo o corpo c orpo flá flácido cido de Mar Marsh sh com c om um umaa m ão. – Não sabe de nada na da disso disso!! – Você Você o odiava odia va – Vin V in prosseguiu. prosse guiu. – Acha A chava va que um ter terrisano risano devia ser o herói. he rói. Nã N ã o podia encarar o fato de que ele – um homem de um povo que oprimia o seu – estava cumprindo suas próprias própr ias lendas. lenda s. O Senhor Soberano levantou uma mão, e Vin de repente sentiu um peso impossível pressi pre ssionandoonando-a. a. A a lom lomaa ncia ncia,, empurrando empurrando os metais em seu estômago, ameaçava esmagá-la contra a coluna. Ela gritou, avivando seu último resto de peltre, lutando para permanecer consciente. As brumas se enrolaram nela, rastejando pela janela quebrada, através do chão. Do lado de fora, pela janela quebrada, ela podia ouvir alguma coisa ressoando fracamente no ar. Pareciam... pareciam gritos. Gritos de alegria, milhares em coro. Era quase como se estivess esti vessem em to torc rcendo endo por ela. e la. pe nsou. u. Sei o segredo do Senhor Soberano, mas o que isso me diz? Que O que importa?, importa?, ela penso ele era um carregador carregador?? Um criado criado?? Um terri terrisan sano? o? Um feruquemista. feruquemista . Ela olhou aturdida, e novamente viu o par de braceletes brilhando nos antebraços do Senhor Soberano. Braceletes feitos de metal, braceletes que perfuravam a pele dele em alguns pontos. Então... não podiam ser afetados pela alomancia. Por que isso? Ele supostamente usava metais comoo sinal com sinal de de bravata. bra vata. Não estava preocupado preoc upado que que al a lguém os empurrasse ou puxasse empurrasse ou puxasse.. Ou era o que ele afirmava. Mas e se todos os outros metais que usava – os brincos, os bracc e letes, a m oda que a nobre bra nobrezza im it itaa va – fossem f ossem m e ra dist distra raçã ção? o? Uma distração para impedir que alguém notasse aquele único par de braceletes que se enroscava ao redor de seus antebraços. Pode antebraços. Poderia ria ser realme realmente nte tão fácil?, fácil? , ela pensou, enquanto o
peso do Senhor Sobera Sober a no am e aç açaa va esm e smagá agá-la -la.. Seu peltre peltre estava quase aca a cabado. bado. Mal Mal podia podia pensar. Mesmo Mesm o assim assim , queimou ferro. fe rro. O Senhor Soberano podia penetrar em nuvens de cobre. Ela também. Eram iguais, de certo modo. Se ele podia afe a fetar tar m e tais dentro do corpo c orpo de um umaa pessoa, pe ssoa, talvez talve z e la tam bém pudesse pudesse.. Avivou o ferro. Linhas azuis apareceram, apontando para os anéis e braceletes do Senhor Soberano – todos todos eles, exceto os doi doiss em seus antebra antebraços, ços, perfuravam perfura vam su suaa pele. Vin queimou ferro, concentrando-se, empurrando empurrando o máximo que podia. Manteve o peltre avivado, lutando para não ser esmagada e, de algum modo, soube que não estava mais resp re spiira rando ndo.. A força empurrando contra ra ela era e ra forte dem ais. Não conseguia conseguia faz fa zer o peito peito subi subirr e empurrando cont descer. As brumas rodopiavam ao seu redor, dançando por causa da alomancia. Ela estava morrendo. Sabia disso. Já não podia sentir a dor. Estava sendo esmagada. Sufocada. Recorreu às brumas. Duas linhas linhas novas novas apare apa rece cera ram m . Ela Ela grit gritou, ou, puxando com uma força que jamais conhecera puxando com antes. Avivou seu ferro mais e mais, o empurrão do próprio Senhor Soberano lhe deu o apoio de empurrão do que precisava para puxar os braceletes dele. Raiva, desespero e agonia se misturavam dentro dela, e o puxão o puxão se se to tornou rnou seu único objetivo obj etivo.. O peltre peltre dela acabou. ac abou. Ele matou m atou Ke Ke lsi lsier! er! Os braceletes se soltaram. O Senhor Soberano gritou de dor, um som fraco e distante aos ouvidos dela. O peso repentinamente a soltou, e ela caiu no chão, arfando, a vista nublada. Os bracc e letes ensa bra ensanguenta nguentados dos a ce certa rtara ram m o c hão, li livre vress do c ontrole de Vin, e desliz deslizaa ra ram m pe pelo lo mármore até pararem diante dela. Ela levantou a cabeça, usando estanho para clarear a visão. O Senhor Senhor Soberano Soberano estava em e m pé no mesm m esmoo lugar, lugar, os olh olhos os arregalados arre galados de terror, os braços braç os ensanguentados ensangu entados.. Derrubou Der rubou Mar Marsh sh no no chão, correndo corr endo na dire direçã çãoo dela e dos brac braceletes eletes arranca arr ancados dos.. empurrou,, lançando-os para além do Contudo, com suas últimas forças – já sem peltre –, Vin os empurrou Senhor Soberano. Soberano. Ele deu m eia-vol eia-volta, ta, horroriz horrorizado, obser observando vando os bra brace celet letes es voarem voare m pela j anela quebrada. Na dist distââ ncia ncia,, o sol irrom pe peuu no horiz horizonte. onte. Os bra brace celetes letes despe despenc ncar aram am diante da luz verm elha, cinti cintiland landoo por por um m om omento ento antes de de caírem c aírem na cidade. – Não! – – o Senhor Soberano gritou, andando até a janela. Não! – Seus músculos ficaram flácidos, desinflando como acontecera com Sazed. Virou-se para Vin, zangado, mas seu rosto já não era mais o de um jovem. Tinha meia-idade, com traços maduros. Ele deu um passo na direção da janela. Seu cabelo ficou grisalho, e rugas se formaram ao redor de seus olhos como finas teias. Seu passo seguinte foi vacilante. Começou a tremer sob o peso da velhice, as costas encurvadas, encurva das, a pele flácida, o cabelo ca belo esca escass sso. o. Então, despencou no chão. Vin se deitou de costas, a mente nublada pela dor. Ficou ali por... um tempo. Não conseguia pensar. pensa r. – Senhora Senhor a ! – um a voz disse. disse. E, então, e ntão, Sazed esta estava va ao lado dela dela,, sua testa m olhada de suor. Derra Der ram m ou algo algo em su suaa gargant gar ganta, a, e ela e la engoliu engoliu.. Seu corpo soube o que fazer. Instintivamente avivou peltre, reforçando-se. Avivou estanho, e o súbito aumento de sensibilidade a despertou. Tossiu, olhando para o rosto preocupado de Sazed.
– Cui Cuidado, dado, senhor senhoraa – ele dis disse, se, exa exam m inando a per perna na de dela. la. – O osso está e stá fr fraa tura turado, do, e m bora paree ç a que e m a pena par penass um lugar lugar.. – Marsh Mar sh – ela disse, exausta e xausta.. – Vá ver Mar Marsh. sh. – Marsh? Mar sh? – Sa Sa ze d perguntou. per guntou. Então viu o Inquisidor Inquisidor que se m exia leve levem m ente no solo. solo. – Pe P e los Deuses Deuse s Esquecidos Esquec idos!! – Sazed disse disse , indo para o lado do home hom e m . Marsh gem gem eu, sentando-se. sentando-se. Esfre Esfregou gou o estôm estômago ago com um braç braço. o. – O que... que ... é aquil a quilo...? o...? Vin olhou para a forma esbranquiçada no chão não muito longe dali. – É ele. e le. O Senhor Sober oberaa no. Está morto. m orto. Sazed franziu o cenho, curioso, e se levantou. Usava uma túnica marrom, e trouxera uma simples lança de madeira consigo. Vin balançou a cabeça ao ver uma arma tão lamentável para enfrentar a criat criatura ura que quase quase m atara Marsh e el e la. É c laro laro.. De c erto modo, éram éramos os todos igual igualme mente nte inút inúteis. eis. Nó Nóss dev devíamos íamos estar e star mortos, não o Senhor Soberano. Arranquei os brace braceletes letes dele. de le. Por quê? quê ? Por que posso fazer fazer as coisas que ele e le podia fazer? fazer? Por que sou dife dife rente rente?? – Se Se nhora nhora... ... – Sazed Sazed fa f a lou le le ntam e nte. – Ele não nã o está m orto, creio. cr eio. Ele... ainda a inda está e stá vivo. – O quê? – Vin per perguntou, guntou, fr fraa nz nzindo indo o c enho. Mal podia pensa pensarr na naquele quele m om omento. ento. Mais tarde haveria have ria tempo tem po para re reso solv lver er su suas as dúvid dúvidas. as. Sazed estava certo – a figura idosa não estava morta. Na verdade, estava se movendo de maneira lamentável pelo chão, arrastando-se na direção da janela quebrada por onde seus bracc e letes haviam bra ha viam sid sidoo jogados. j ogados. Marsh ficou ficou em pé, recusando re cusando as atenções de Sazed. Sazed. – Eu me m e cura c urare reii rapidam ra pidamee nte. Vej Ve j a a gar garota. ota. – Aj udeude-m m e a leva levantar ntar – Vin falou. fa lou. – Se Se nhora nhora... ... – Sazed Sazed disse, desapr de saprovador ovador.. – Por P or fa f a vor, Sazed. Ele suspirou, dando-lhe sua lança de madeira. – Aqui. Apoie-se Apoie- se nisso. Elaa aceit El a ceitou ou,, e el e le a aj ud udou ou a ficar ficar em pé. Vin se apoiou na lança, mancando com Marsh e Sazed na direção do Senhor Soberano. A figura rastejante alcançara o extremo da sala, olhando para a cidade através da janela estilhaçada. Os passos de Vin quebraram cacos de vidro. As pessoas voltaram a gritar lá embaixo, em bora ela não pudesse pudesse vê-las vê- las nem saber o que estavam estavam aplaudi aplaudindo ndo.. – Ouç Ouçaa – Sa ze d diss disse. e. – Ouç Ouçaa , a quele que ter teria ia sid sidoo o nosso deus. de us. Ouve os gritos? Aqueles Aquele s gritos não são para você... esse povo nunca o aplaudiu. Encontraram um novo líder esta noite, um novo orgulho. – Meus... obrigadore obriga dores... s... – O Senhor Senhor Sober oberaa no sussurr sussurrou. ou. – Seus obriga obrigadore doress o esque esquecc e rã rãoo – Mar Marsh sh dis disse. se. – Vou gar garaa nti ntirr iss isso. o. Os outros Inquis I nquisidore idoress foram mortos pelas minhas próprias mãos. Ainda assim, os prelados reunidos viram você transferir o poder para o Cantão da Inquisição. Sou o único Inquisidor que resta em Luthadel. Eu governo sua igreja agora. – Não... Nã o... – o Se Se nhor Soberano Sobera no sussurr sussurrou. ou. Marsh, Vin Vin e Sazed Sazed se detiver detiveram am e cont c ontem em pl plar aram am o ancião. Na luz da m anhã, Vin pôde pôde ver uma m ul ulti tidão dão parada para da diante diante de um grande pódio, pódio, erguendo as armas arm as em si sinal nal de respeito. respeito. O Senhor Soberano olhou a multidão, e a compreensão final de seu fracasso o atingiu. Olhou
novam nov am ente para o grupo grupo que que o derrot derr otar ara. a. – Você Vocêss não nã o entende e ntendem m – ele e le gem ge m eu. – Não Nã o sabem sa bem o que fa faço ço pela hum humaa nidade nidade.. Eu era seu deus, mesmo que não queiram ver. Ao me matar, estarão condenando a si mesmos... Vin olhou para Marsh e para Sazed. Lentamente, cada um deles assentiu. O Senhor Soberano começ com eçou ou a tos tossi sir, r, e parec par eceu eu envelhecer envelhece r ain a inda da mais. m ais. Vin se se apoi apoiou ou em Saz azed, ed, apertando ape rtando os os dentes dentes por causa c ausa da dor na perna pe rna quebrada. – Trago Tra go uma um a m e nsage nsagem m de um am igo nosso nosso – ela disse em e m voz baixa baixa.. – Ele queria que ria que você voc ê soubess so ubessee que ele e le não está está m orto orto.. Que não pode pode ser m orto orto.. Ele Ele é a esp e sper erança ança.. Então Ent ão ergueu er gueu a lança e a cra c ravou vou bem no coração coraç ão do Senhor Senhor Soberano. Soberano.
Estranhamente, Estranhame nte, e m algumas ocasi oc asiõe ões, s, sinto paz int intee rior rior.. Seria possí possíve vell pensar pe nsar que de depois pois de tudo o que vi – depois de tudo o que sofri – minha alma seria um emaranhado retorcido de tensões, confusão e melancolia. Com frequência é assim. Mas, então, e ntão, há a paz. Eu a sint sintoo algumas v eze ezes, s, c omo agora, olhando por sobre os pe penhascos nhascos c ongelados e as montanhas de cris c ristal tal na tranqui tranquili lidade dade da manhã, contemplando c ontemplando um nasce nasc e r do sol tão tão majesto maje stoso so que ei que nenhum outro jamais será páreo para ele. Se há profecias, se há um Herói das Eras, então minha mente sussurra que algo deve estar dirigindo meu caminho. Alguma coisa está observando; alguma coisa se importa. Esses pacíficos ussurros me dizem uma verdade na qual desejo muito acreditar. Se eu falhar, outro virá e terminará meu trabalho.
EPÍLOGO
– A única coisa que posso c oncluir, Mestre Mar Marsh sh – Sa zed c om omentou entou –, é que o Se nhor Soberano era tanto feruquemista quanto alomântico. Vin franz fra nziu iu o ce cenho, nho, sentada sentada no alto de um edifício vazio vazio,, perto per to de de um bairr bairroo skaa skaa.. Sua Sua perna pe rna quebrada – cuidadosamente imobilizada por Sazed – estava pendurada no telhado, balançando no ar. Dormira a maior parte do dia – como, pelo jeito, fizera Marsh, que estava parado ao lado dela. Sazed levara a mensagem para o resto da gangue, contando para eles que Vin tinha sobrevivido. Aparentemente, não houvera nenhuma baixa entre os demais – o que deixava Vin feliz. Não retornara até eles, no entanto. Sazed lhe dissera que precisava descansar, e que estavam ocupados dem dem ais preparando prepara ndo o novo novo governo governo de Elend. – Um fe feruque ruquem m ist istaa e um alom ântico – Mar Marsh sh dis disse, se, e spec speculando. ulando. Ha Havia via se re recc uper uperaa do rapi ra pidam damente, ente, de fato fa to.. Embora Vin aind aindaa tivess tivessee hem he m atoma atomas, s, fraturas e cort c ortes es da luta, luta, el e le pare pa recia cia á ter curado as costelas quebradas. Agachou-se, apoiando um braço no joelho, encarando a cidade com pregos no lugar de olhos. pe rguntou. u. Como ele vê? vê ?, Vin se pergunto – Sim im,, Mestre Mar Marsh sh – Sazed explicou. – Ve j a , j uventude é um umaa das c oisas que feruquemistas podem estocar. É um processo bastante inútil... para armazenar a capacidade de se sentir e parecer um ano mais jovem, você precisa passar parte da vida se sentindo um ano mais velho. Com frequência, Guardadores usam essa habilidade como disfarce, mudando sua idade para enganar os outros e se esconder. Fora isso, no entanto, ninguém nunca viu muito uso também é nessa habilidade. Contudo, se um feruquemista também é alomântico, ele consegue queimar seus próprios própr ios e stoq stoque uess de m eta etal,l, li libe bera rando ndo a ene energia rgia int inter erior ior m ult ultipl iplica icada da por dez. A senhor senhoraa Vin tentou queimar alguns de meus metais antes, mas não conseguiu acessar o poder. Contudo, se você for capaz c apaz de de criar c riar est e stoqu oquee feruquêm f eruquêm ico e então queimá queimá-lo -lo para consegu conseguir ir poder poder ext e xtra... ra... Marsh franz fr anziu iu o cenho. – Não Nã o acom a com panho você, voc ê, Sazed. – P eç eçoo desc desculpas ulpas – Sazed diss dissee . – Essa é, talvez, um umaa c oisa difícil de e ntende ntenderr sem formaçã form açãoo anterior anterior em teori eoriaa alo alom m ânt ântiica e feruqu f eruquêm êm ica ca.. Deixe-m Deixe-m e ver se expli explico melh m elhor. or. Qual Qual é a principal diferença entre a alomancia e a feruquemia? – A a lom lomaa ncia ti tira ra os podere pode ress dos m eta etais is – Marsh Mar sh falou. f alou. – A fe feruque ruquem m ia ti tira ra os podere pode ress do próprio própr io corpo cor po da pessoa. pe ssoa. – Exa Exatam tam e nte – Sa ze d conc concordou. ordou. – Então, o que o Se nhor Sober oberano ano fa fazzia, pre presum sumo, o, er eraa combinar essas duas habilidades. Usava um dos atributos disponíveis apenas na feruquemia – m ud udar ar su suaa idade – mas m as o alim alim ent entava ava com c om alomancia alomancia.. Ao queimar um depósito feruquêmico que
ele m esm esmoo havia havia criado, c riado, ele de fato f ato criava um nov novoo metal m etal alom alom ânti ântico co para par a si... si... um um que o tornava tornava m ais jovem quand quandoo queim queim ava. Se m eu pal pa lpi pite te estiver estiver ce certo, rto, ele ele teria um su suprime priment ntoo ili ilim it itado ado de uventude, uvent ude, já j á que est e stava ava extrain extraindo do a m aior parte de seu poder do m etal em vez do próprio próprio corpo. Tudo o que precisava fazer era, ocasionalmente, passar um pouco de tempo sendo velho para consegui cons eguirr est e stoq oques ues feruquêm feruquêm icos para para qu queima eimarr e perm permanece anecerr j ov ovem em . – Então – Mar Marsh sh fa f a lou – só queim que imaa r a quele queless estoqu e stoquee s o fa fazzia ainda m a is jovem j ovem do que er eraa quandoo com quand c omeç eçou? ou? – Te Te ria que c oloca olocarr e sse exc excee sso de j uventude dentr dentroo de outro depósit de pósitoo fe f e ruquê ruquêm m ico, cr creio eio – Saze Saze d expli e xplicou. cou. – Vej Vej a, a alom alomaa ncia é m uit uitoo espeta e spetacc ular ular;; seus podere pode ress em e m ger geral al se e xpre xpressam ssam em estalidos e labaredas. O Senhor Soberano não queria toda a juventude de uma vez, então tinha que armazenar junto a si um pedaço de metal do qual pudesse extrair poder lentamente, m ant antendo endo-se -se j ov ovem em . – Os brac bra c e letes? – Sim Sim,, Mestre Mar Marsh. sh. No entanto, e ntanto, a fe feruque ruquem m ia dá re retornos tornos decre dec resce scentes; ntes; é nece ne cessár ssário io ma m a is do que a quantidade proporcional de força, por exemplo, para torná-lo quatro vezes mais forte que um homem comum, do que seria necessário para torná-lo simplesmente duas vezes mais forte. No caso do Senhor Soberano, isso significava que gastava mais e mais juventude para não envelhecer. Quando a senhora Vin roubou seus braceletes, ele envelheceu incrivelmente rápido porque seu corpo c orpo estava e stava tentando te ntando regre re gressar ssar a o estado esta do de velhi ve lhicc e no qual qua l deveria deve ria e star. Vin ficou sentada no vento frio da tarde, contemplando a Fortaleza Venture. Resplandecia de luz; luz; não não se passara nem um di dia, a, e El Elend end já j á se re reuni unira ra com os líd líder eres es skaa skaa e nobres, esboça esboçando ndo um códi código go de leis leis para su suaa nov novaa naçã na ção. o. Vin estava em silêncio, passando os dedos por seu brinco. Encontrara-o na sala do trono, e o colocara novamente no lóbulo machucado assim que começou a sarar. Não tinha certeza de por que o mantinha. Talvez porque fosse uma ligação com Reen e com a mãe que tentara matá-la. Ou, talvez, fosse simplesmente porque a lembrava das coisas que não conseguiria fazer. Havia m ui uito to o que aprender, apre nder, ainda, ainda, sobre al a lom omancia. ancia. Por P or m il anos, a nobreza nobreza sim sim pl plesm esmente ente acreditou no que os Inquisidores e o Senhor Soberano lhe disseram. Que segredos haviam guardado, que metais mantinham ocultos? – O Se nhor Sober oberano ano – e la fina finalm lmee nte dis disse. se. – Ele... só usava um truque pa para ra ser im imorta ortal,l, então. Isso Isso signi significa fica que não era e ra re realm almente ente um deus, certo? Era apena apenass sortu sortudo. do. Qualqu Qualquer er um que fosse tanto feruquemista quanto alomântico poderia ter feito o que ele fez. – P a re rece ce que sim, senhor senhoraa – Sa ze d c oncor oncordou. dou. – Ta lvez fosse por iss issoo que tem ia tanto os Guardadores. Ele caçava e matava feruquemistas, pois sabia que a habilidade era hereditária... assim como a alomancia. Se as linhagens de Terris alguma vez se misturassem com as da nobre nob rezza imperial, im perial, o resultado resultado poderia poderia ser um a cr criança iança capaz c apaz de de desafiá-lo. – Daí Da í os progr prograa m as de re reproduç produção ão – Marsh Ma rsh com c omentou. entou. Sazed assentiu. a ssentiu. – Ele pre precc isava ter c er erteza teza a bsol bsoluta uta de que os ter terrisanos risanos nã nãoo ter teriam iam per perm m iss issão ão par paraa se m is istu tura rarr com o populacho, populacho, ou poderiam poderiam pass passar ar su suas as habili habilidades feruquêm fe ruquêmiica cass latentes. latentes. Marsh balançou a cabeça. – Se Se u próprio própr io povo. Fez Fez coisas horríveis horr íveis com ele eless só para m a nter o poder. poder . – Mas – Vin diss dissee , fr franzi anzindo ndo o ce cenho nho –, se os poder poderee s do Se nhor Sober oberaa no vinham da mistura de feruquemia e alomancia, o que aconteceu no Poço da Ascensão? O que era o poder que o homem que escreveu o diário de viagem, quem quer que ele tenha sido, devia supostamente encontrar? – Não Nã o sei, senhora senhor a – Sazed Sazed disse em e m voz baixa baixa..
– Sua explica explicaçã çãoo não re responde sponde tudo – Vin com entou, bala balança nçando ndo a c abe abeçç a . Nã Nãoo conta contara ra sobre suas próprias habilidades estranhas, mas contara o que o Senhor Soberano fizera na sala do trono. – Ele era tão tão poderoso, Sazed. Eu podia sentir a alomancia dele. Foi capaz de empurrar metais dentro do meu corpo! Talvez pudesse ampliar sua feruquemia queimando seus estoques, m as como com o consegui conseguiuu fica ficarr tão forte na alomancia? aloma ncia? Sazed suspi suspirou. rou. – Te m o que a única pessoa que poder poderia ia ter re respondi spondido do a essa essass per perguntas guntas m orr orreu eu nesta manhã. Vin se deteve. O Senhor Soberano guardava segredos sobre a religião de Terris que o povo de Sazed procurava há séculos. – Sint Sintoo muit m uito. o. Talvez Ta lvez e u não devesse de vesse têtê-lo lo ma m a tado. Sazed negou com a cabeça. – Seu própr próprio io envelhe e nvelhecim cim e nto o teria ter ia m a tado logo de qualque qualquerr m ane aneira ira,, senhora se nhora.. O que fe fezz foi certo. Dessa maneira, posso registrar que o Senhor Soberano foi derrotado por um dos skaa que ele oprimia. Vin corou. – Re Re gist gistra rar? r? – É c lar laro. o. Ainda sou um Gua Guarda rdador, dor, senhor senhora. a. P re reciso ciso passa passarr e ssas coisa coisas: s: hist história órias, s, acont ac ontec eciim ento entoss e verdades. verdade s. – Nã Nãoo vai... fa falar lar m uit uitoo sobre m im im,, vai? – P or algum algumaa ra razzã o, a ideia de outra pessoa contando histórias sobre ela a deixava desconfortável. – Eu não m e pre preocupa ocuparia ria tanto, senhora se nhora – Sazed dis disse se com um sorr sorriso. iso. – Meus Me us irm ã os e eu estaremos muito ocupados, creio. Temos tanto a restaurar, tanto para dizer ao mundo... Duvido que detalhes detalhes sobre sobre você precis pre cisem em ser passados com m ui uitta urgência. Regis Registrare trareii o que que acont a contec eceu, eu, m as mant m antere ereii comigo comigo por por um tem po po,, se se desej ar. – Obrigada Obr igada – ela diss dissee , assenti asse ntindo. ndo. – Aque Aquele le poder que o Senhor Sober oberano ano e ncontrou na ca caver verna na – Mar Marsh sh c om omentou entou –, talvez fossee apena foss apenass alomancia. aloma ncia. Você di dizz que não há re regi gist stro ro de nenhu nenhum m alomâ alomânt ntico ico antes da Ascens Asce nsão. ão. – É de fa fato to uma um a possi possibil bilidade idade,, Mestre Me stre Mar Marsh sh – Sazed c oncor oncordou. dou. – Há m uit uitoo pouca pouc a s lendas le ndas sobre as origens da alomancia, e quase todas concordam que os primeiros alomânticos “apareceram “aparece ram com as brumas”. brumas”. Vin franziu o cenho. Sempre presumira que o título “Nascido das Brumas” era porque os alomânticos tendiam a fazer seu trabalho à noite. Nunca pensara que pudesse haver uma conexão mais forte. As brumas reage reagem m a alomancia. Elas se enrosc enroscam am quando um alomânt alomântico ico usa suas habilidades por perto. E... o que eu senti no fim? Era como se tirasse algo das brumas. O que quer que tenha fei fe ito to,, não cons c onsegui eguiria ria reproduz r eproduzir ir jam j am ais. Marsh suspirou, disposto a se levantar. Estava desperto há poucas horas, mas já parecia cans ca nsado. ado. Sua Sua cabeç c abeçaa pendia levemente, levem ente, como com o se o peso dos pregos a puxassem puxassem para baix baixo. o. – Isso... dói, Mar Marsh? sh? – ela per perguntou. guntou. – Os pregos, pre gos, quero quer o dizer dizer.. Elee se deteve. El – Sim Sim.. Todos os onz onze ... latej am . A dor re r e a ge de a lgum m odo às m inhas em e m oçõe oções. s. – Onze? Onze? – Vin perguntou, surpresa surpr esa.. Marsh assentiu. – Dois na c a beç beça, a, oit oitoo no peit pe itoo e um nas c ost ostaa s, para pa ra uni-los. É a única for form m a de m a tar um Inquisidor: tem que separar os pregos superiores dos inferiores. Kell fez isso por meio da decapitação, mas é mais fácil arrancando o prego central.
– Pensá P ensávam vam os que esta estava va m orto – Vin fa f a lou. – Quando Q uando e ncontra ncontram m os o corpo c orpo e o sangue sa ngue na abrandamento.. estação de abrandamento Marsh assentiu. – Eu ia m a ndar notí notícc ias de que ti tinha nha sobre sobrevivi vivido, do, m a s eles e les m e obser observar varaa m m uit uitoo de per perto to naquele primei prime iro dia. Não esp e sper erava ava que Kell Ke ll foss fossee agir tão rápi rá pido. do. – Nenhum Ne nhum de nós esper e sperava ava,, Mestre Mar Marsh sh – Sa Sa ze d disse. disse. – Nenhum Ne nhum de nós esper e speraa va. – Ele re reaa lm lmente ente c onseguiu, não é ? – Mar Marsh sh dis disse, se, ba balanç lançaa ndo a c a beç beçaa com a ssom ssombro. bro. – Aquele bastardo. Há duas coisas pelas quais nunca o perdoarei. A primeira é ter roubado meu sonho de derrubar o Império Final, e ter conseguido. Vin se deteve. – E a segunda segunda?? Marsh virou virou as cabeça ca beçass de de prego pre go na na direção direç ão dela. – Ter Te r se m ata atado do para par a fa fazzer iss isso. o. ra o – Posso P osso perguntar per guntar,, Mestre Mar Marsh sh – Sa Sa zed fa falou lou –, de quem que m e ra o cadáver que a senhora Vin abrandamento?? e Mestre Kelsier descobriram na estação de abrandamento Marsh contem contem pl plou ou a cidade. – Era Eram m vár vários ios cadá c adáver veree s, na ver verda dade. de. O proc procee sso para pa ra c ria riarr um novo Inquisido Inquisidorr é ... suj sujo. o. Pref Pr efiro iro não não falar f alar so sobre bre isso. isso. – É clar c laroo – Sa Sa ze d concordou, conc ordou, inclinando a c abe abeça ça.. – Você Você,, no entanto – Marsh falou –, poderia me contar sobre essa criatura que Kelsier usou paraa im par imit itaa r Lorde Lor de Renoux. Re noux. O kandra? – Sazed perguntou. – Temo que mesmo os Guardadores saibam pouco sobre – O eles. São parentes dos espectros das brumas... talvez até as mesmas criaturas, apenas mais velhas. vel has. Por caus ca usaa de sua reputaçã reputação, o, em geral prefe preferem rem perm permanece anecerr sem serem vi vist stas.. as.... embo em bora ra algum algu m as das casas nobres nobres os contratem contratem em ce certas rtas oca ocasi siões. ões. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Então... por que Ke Kell ll não fe f e z com que esse e sse ka ka ndra o substit substituíss uíssee e m orr orree sse em e m seu lugar? lugar ? – Ah – Sazed falou. f alou. – Vej a, senhor senhoraa , para pa ra um ka ndra int intee rpr rpree tar algué alguém m , ele e le prim primee iro deve de ve devorar a carne da pessoa e absorver seus ossos. Kandras são como espectros das brumas... não têm esqueleto próprio. Vinn est Vi e strem rem ece eceu. u. – Ah. – Ele e stá de volt voltaa , sabe – Mar Marsh sh disse. – A c ria riatura tura nã nãoo e stá m a is usando usa ndo o c orpo do m eu irmão.. irmã o.... tem out outro... ro... veio veio procurar por você, Vin V in.. – Eu? – ela pe perguntou. rguntou. Marsh assentiu. – Ele diss dissee a lgo sobre Ke Kelsi lsiee r ter te r tra transfe nsferido rido o contra c ontrato to para par a você a ntes de m orr orrer er.. Acre Ac redit ditoo quee a besta qu besta a vê com comoo seu seu m est estre, re, ago a gora. ra. Vinn est Vi e strem rem ece eceu. u. Aque Aquela... la... coisa comeu come u o corpo de Kelsi Kelsiee r. – Não Nã o o quero quer o por perto pe rto – ela diss dissee . – Vou ma m a ndándá-lo lo em bora bora.. – Nã Nãoo se a pre presse sse tanto, senhor senhoraa – Sazed c om omentou. entou. – Ka Kandra ndrass são cr criados iados c ar aros... os... é necessário pagá-los com atium. Se Kelsier fez um contrato extenso com um, seria uma tolice desperdiçar seus serviços. Um kandra poderia provar ser um aliado muito útil nos meses que estão por vir. Vinn negou Vi negou com a cabeça c abeça.. – Não Nã o me m e im porto. Não Nã o quero quer o essa c ois oisaa por aqui. a qui. Não depois de pois do do que ele e le fez. f ez. O trio ficou em e m si silêncio. lêncio. Finalme Finalmente, nte, Marsh se levantou, susp suspirando. irando.
– Se Se m e dã dãoo lic lic e nça nça,, preciso pre ciso me m e apr apree senta sentarr na for fortaleza... taleza... o novo re r e i quer que eu re repre presente sente o Minis Ministério tério nas negociaç ne gociações. ões. Vin franz fra nziu iu o cenho. ce nho. – Não Nã o vej o por que o Minist Ministér ério io prec pre c ise tomar tom ar pa parte rte de algum a lgumaa coisa. c oisa. – Os obriga obrigadore doress a inda são m uit uitoo poder poderosos, osos, senhor senhoraa – Sazed e xpli xplicc ou. – E são a for força ça burocrá buroc ráti ticc a m ais e fic ficiente iente e m a is bem be m tre treinada inada do Im I m pé pério rio Final. Sua Maj e stade ser seria ia sábia em tentar tent ar tra razzêê-lo loss para seu lado, lado, e rec r econh onhec ecer er Mest Mestre re Marsh pode pode aj a j udar a consegu conseguiir isso. isso. Marsh deu de om bros bros.. – É clar c laro, o, assum a ssumindo indo que eu e u estabe e stabeleç leçaa o controle c ontrole sobre o Cantão da Or Ortodoxi todoxiaa , o Ministério Ministério deverá... deverá ... m udar durante os próxi próxim m os anos. anos. Agi Agire reii devaga devagarr e com cuid cuidado, ado, mas m as quando term termin inar ar,, os obrigadores nem perceberão o que perderam. Os outros Inquisidores poderiam representar um probl problem em a, no ent e ntanto anto.. Vin assentiu. – Quantos Qua ntos e stão fora for a de Luthade L uthadel? l? – Nã N ã o sei se i – Marsh Ma rsh diss dissee . – Eu não nã o fui f ui me m e m bro da orde ordem m por m uit uitoo tem te m po antes a ntes de destruíla. Contudo, o Império Final é um lugar grande. Muitos falam em vinte Inquisidores no império, m as nunca nunca fui f ui capaz de de confi confirm rmar ar ess essee nú núm m ero. Vin assentiu enquanto Marsh partia. Contudo, os Inquisidores – embora perigosos – a preoc pre ocupava upavam m m e nos agora agor a que sabia o segre se gredo do deles. dele s. Esta Esta va preoc pr eocupada upada com outra coisa. c oisa. era seu Não sabem o que faço pe pela la humanidade. humanidade . Eu Eu era seu deus, me mesmo smo que não queiram ve verr. Ao me matar, estarão condenando a si mesmos... As últimas palavras do Senhor Soberano. Naquele momento, ela pensara que ele estava se referindo ao Império Final ao falar em “pela humanidade”. Mas já não tinha tanta certeza. Havi Ha via... a... m edo nos olhos olhos dele quando dissera dissera is isso, so, não orgulho. orgulho. – Saze? – ela per perguntou. guntou. – O que e ra ram m as P rof rofundezas? undezas? A coisa que o her herói ói do diár diário io de viagens supostamente tinha que derrotar? – Gostaria Gostar ia de sabe saber, r, senhora se nhora – Sa Sa ze d respondeu. re spondeu. – Mas, elas e las não nã o chega che gara ram m , não é? é? – Apa Apare rentem ntem e nte, não – Sazed fa falou. lou. – As lenda lendass c oncor oncordam dam que, se as P rof rofundezas undezas não tivessem sido detidas, o mundo teria sido destruído. É claro, talvez essas histórias sejam exageradas. Talvez o perigo das “Profundezas” fosse apenas o próprio Senhor Soberano... talvez a lu lutta do Herói fosse fosse si sim m pl plesm esmente ente de consci consciência. ência. Escolher Escolher entre domin dom inar ar o mund m undoo ou deixá-lo deixá-lo livre. Nãoo par Nã paree c eu c er erto to pa para ra Vin. Ha Havia via m a is. Ela se lem bra brava va do m e do nos olhos do Se nhor Soberano. Do terror. Ele diss dissee “faço”, não “fi fiz” z”.. “O que que faço pela humanidade”. Isso impli implicc a que ainda e stava azendo, o que quer que r que fosse. fosse. Estarão Estar ão condenando conde nando a si me mesmos... smos... Ela estremeceu no ar do anoitecer. O sol estava se pondo, tornando ainda mais fácil ver a iluminada Fortaleza Venture – escolha de Elend para quartel-general, no momento, embora pudesse se m udar par paraa Kr Kredik edik Sha haw. w. Ele ainda a inda não nã o decidi dec idira ra.. – Deve De veria ria ir até a té ele, e le, senhora se nhora – Sa Sa ze d com e ntou. – Ele Ele pre pr e cisa ver que está e stá bem be m . Vin não respondeu imediatamente. Encarou a cidade, observando a fortaleza brilhante no céu que escurecia. e scurecia. – Você Voc ê este esteve ve lá, lá , Sazed? Sazed? – e la perguntou. pe rguntou. – Escutou o disc disc urso dele? de le? – Sim im,, senhor senhoraa – ele re respondeu. spondeu. – Assim que de descobr scobrim imos os que não havia atium na naquele quele tesouro, Lorde Venture insistiu que devíamos buscar ajuda para você. Eu estava inclinado a
concordar com ele: nenhum de nós era guerreiro, e eu ainda estava sem meus estoques feruquêmicos. pensou. Depois Nenhum atium, atium, Vin pensou. De pois de tudo iss isso, o, não enc encontra ontramos mos ne nem m uma las lascc a. O que o Senhor Soberano fez com tudo aquilo? Ou... alguém chegou primeiro? – Qua Quando ndo Mestre Elend e eu enc encontra ontram m os o e xér xércc it itoo – Sa ze d prosse prosseguiu guiu –, os re rebe beldes ldes estavam massacrando os soldados do palácio. Alguns deles tentavam se render, mas nossos soldados não deixavam. Era uma... cena perturbadora, senhora. Seu Elend... não gostou do que viu. vi u. Quando parou diante diante de um sk skaa aa,, pensei que que iam si sim m pl plesm esmente ente matá-lo m atá-lo tam tam bém bém.. Saz azed ed se deteve, inclin inclinando ando ligeiram ligeiram ente a ca cabeça beça.. – Mas... Ma s... as a s coisas c oisas que e le dis disse, se, senhor senhora... a... os sonhos dele de um novo governo, gove rno, o j e it itoo com c omoo condenou o banho banho de sangue e o caos ca os... ... Bem Bem , senhora, senhora, tem o que não poderei repeti re petir. r. Gostar Gostaria ia de ter estado com minhas mentes de metal para poder memorizar as palavras exatas. Elee su El susp spirou irou,, balançando balança ndo a cabeça ca beça.. – De qualque qualquerr form f orm a , ac a c re redit ditoo que Mestre Bris Brisaa foi m uit uitoo influente par paraa aj udar a a ca calm lmar ar o tumulto. Uma vez que um grupo começou a ouvir Mestre Elend, os outros também o fizeram, e daí por diante... bem, é uma coisa boa que um nobre acabe sendo rei, creio. Mestre Elend dá certa ce rta legiti legitim m id idade ade à nossa nossa tomada tom ada de poder, e cr creio eio que que terem tere m os mais ma is apoi apoioo por parte da nobreza nobreza e dos mercadores merc adores com el e le no comando com ando.. Vin sorriu. – Kell K ell estaria e staria za ngado conosc conosco, o, sabe sa be.. Ele fe fezz todo todo o tra trabalho balho e , no fina final,l, nós coloca c olocam m os um nobre no trono. Sazed negou com a cabeça. – Ah, m as há a lgo ma m a is im im porta portante nte a c onsi onside dera rar, r, cre c reio. io. Não coloca c olocam m os apena ape nass um nobre no trono.. tron o.... col c olocam ocam os um homem bom no bom no trono. – Um hom homem em bom bom... ... – Vin repe re peti tiu. u. – Sim Sim.. Conhe Conheço ço alguns a lguns desse desses, s, agora agor a . Vin se ajoelhou entre as brumas, no alto da Fortaleza Venture. Sua perna imobilizada dificultava os movimentos à noite, mas a maior parte do esforço que fazia era alomântico. Só tinha ti nha que ter ce certez rtezaa de que su suas as aterris a terrissagens sagens fossem fossem parti particularm cularm ente suaves. A noite chegara, e as brumas a cercavam. Protegendo-a, escondendo-a, dando a ela seu poder... poder ... Elend Venture estava sentado em uma escrivaninha lá embaixo, sob a claraboia que ainda não fora consertada depois que Vin arremessara um corpo por ela. Não a notara lá em cima. Quem notaria? Quem veria uma Nascida das Brumas em seu elemento? Ela era, de certo modo, como uma das imagens de sombras criadas pelo décimo primeiro metal. Incorpórea. Algo que ter sido. oderia ter oderia Poderia ter sido... Os acontecimentos do dia eram muito difíceis de entender; Vin não tentara encontrar sentido em suas emoções, que estavam uma completa bagunça. Não fora até Elend ainda. Não fora capaz. Olhou para ele, sentado sob a luz de uma lanterna, lendo e anotando em seu caderninho. Suas reuniões mais cedo aparentemente haviam sido boas – todo mundo parecia disposto a aceitá-lo como rei. Marsh sussurrava que havia política por trás do apoio, no entanto. A nobreza viaa El vi Elend end como uma um a m ario arionet netee qu quee poderia poderia con c onttrol rolar, ar, e fac facções ções já j á est estavam avam apare aparecendo cendo entre entre a liderança skaa. Mesmo assim, Elend finalmente tinha a oportunidade de esboçar o código de leis com o qual tantoo sonhara. tant sonhara. Podia tentar tentar cr criiar a naçã naçãoo perfeit perf eita, a, tentar apl a pliica carr as a s teorias teorias filos filosóficas óficas que est e studara udara
por tanto tem po. Ha Haver veria ia per percc alç alços, os, e Vin suspeitava que e le ter teria ia que a ca cabar bar se conte contentando ntando com algo muito mais realista do que seu sonho idealista. Isso não importava, na realidade. Ele seriaa um bo seri bom m rei. É claro, c laro, se comparado c omparado com o Senhor Soberano, Sobe rano, até até um monte de ful fuligem igem seria se ria um bom rei... re i... Queria ir até Elend, entrar no aposento aquecido, mas... algo a detinha. Passara por muitas reviravoltas em sua sorte, muitas tensões emocionais – tanto alomânticas quanto não alomânticas. ão tinha mais certeza do que queria; não sabia ao certo se era Vin ou Valette, ou qual delas desejava ser. Senti entiaa frio nas brumas, bruma s, na na escuridão silencio silenciosa. sa. As brumas bruma s lhe lhe davam dava m pod poder er,, a prot protegiam egiam,, a escondiam escondi am ... mesmo me smo quando, na na rea reali lidade, dade, não queria nenhuma nenhum a das da s três três coi c oisas. sas. Não posso faze faze r isso. Aquela Aque la pessoa pe ssoa que e stev stevee com e le, aquela não sou eu. Aque Aquela la era e ra uma ilusão, um sonho. Sou a criança que cresceu nas sombras, a garota que deveria estar sozinha. Não mereço isso. isso. Não o mereç me reçoo. Estava Est ava ac acabado. abado. Como Como ela previ pre vira ra,, tudo tudo estava estava m udand udando. o. Na verdade verdade,, nunca nunca ti tinha nha sido sido uma nobre muito boa. Era hora de voltar a ser aquilo no que era boa. Uma coisa das sombras, não de fest fe stas as ou bail ba iles. es. Virou-se para ir embora, ignorando as lágrimas, frustrada consigo mesma. Ela o deixou, com os om om bros caídos caídos,, enquanto enquanto manca m ancava va pelo telhado telhado metál me tálico ico e desaparec desapar eciia nas na s brumas. bruma s. Mas, ent e ntão... ão... Ele morreu m orreu prometendo prome tendo que v ocê havia morrido de fome há anos . Com todo aquele caos, quase se esquecera das palavras do Inquisidor sobre Reen. Agora, no entanto, entant o, a lembrança lem brança a deteve. de teve. As brum brumas as passavam por ela, enrolando-se, enrolando-se, incenti incentivando vando-a -a.. Reen não a abandonara. Fora capturado pelos Inquisidores que procuravam por Vin, a filha ilegít il egítima ima do ini inim m ig igoo deles. Eles o torturar torturaram am . E ele morreu protegendo-a. Reen Re en não me trai traiu. u. Sempre Se mpre prome prometeu teu que far faria ia isso, isso, mas, no fim, não fez . Estava longe de ser um irmão irmã o perfe perfeiito, m as a am ara de qualq qualquer uer forma. form a. Volte.. Um su suss ssurro urro no fundo fundo de sua m ente falo fa louu com a voz de Reen. Volte Antes Ant es que pudesse pudesse se conv c onvence encerr do cont c ontrá rário, rio, mancou ma ncou o mais m ais rápido rápido que pôde pôde de volta volta para a cl c lara arabo boiia qu quebrada ebrada e j og ogou ou um um a m oeda no chão lá lá em e m bai baixo xo.. Elend se virou, curioso, olhando para a moeda, inclinando a cabeça. Vin se deixou cair um segundo mais tarde, empurrando-se para deter a queda, at a ter erris rissando sando apena apenass na na perna per na boa. – Elend Ve Ve nture – ela e la disse, levantando-se leva ntando-se.. – Há a lgo que quero que ro lhe diz dizee r há algum tem po. – Deteve-se, pestanejando para afastar as lágrimas. – Você lê demais. Especialmente na presença de damas. dama s. Ele sorriu, empurrando a cadeira para trás e abraçando-a com força. Vin fechou os olhos, sim si m pl plesm esmente ente sentindo sentindo o calor de seu abraç a braço. o. E percebeu que era tudo o que realmente sempre quisera.
ARS ARCANUM
Encontre extensas anotações do autor sobre cada um dos capítulos deste livro, juntamente com algumas cenas excluídas e informações detalhadas sobre o mundo do Império Final em www.brandonsanderson.com (e (em m in ingl glês). ês).
Tab Ta be la Alomân Alomântic ticaa de re r e fe ferê rên ncia ráp r ápid idaa
Metal Ferro Aço
Efeito
Título brumoso
Puxa metais Puxa metais Atraidores próxim próx imos os Empurr Em purraa metais Lançamoedas próxim próx imos os Amplia Olho de
Estanho sentidos Amplia Peltre habilidades físicas Abranda A branda Zincoo Zinc emoções Tumultua Latão emoções Esconde Cobre Alomancia Revela Bronze Alomancia
estanho Braç raços os de Peltre, Brutamontes Abrandador Tumultuador Esfumaçador Buscador
(Nota: Metais Metais exter externos nos estão em itál táliico. Metais que em e m purram estão em negrit negrito.) o.)
ÍNDICE ALFABÉT ALFAB ÉTICO ICO ALOM ALOM ÂNTICO
Abrandador – Brumoso que pode queimar zinco. Aço (metal de empurrão empurrão físico externo) – Uma pessoa queimando aço pode ver linhas azuis translúcidas apontando para fontes próximas de metal. O tamanho e o brilho da linha dependem do tamanho e da proximidade da fonte de metal. Todos os tipos de metais são mostrados, não apenas aço. O alomântico pode empurrar mentalmente uma dessas linhas e mandar a fonte de metal para longe de si. Um brumoso que pode queimar aço é conhecido como Lançamoedas. Atraidor Atraid or – Brum Brumos osoo que pode pode quei queim m ar fe ferro. rro. Bra raços ços de Pelt Pe ltre re – ve Brutam ont ontes. es. ver r Brutam empurrão mental Bronze (metal de empurrão mental interno) – Uma pessoa queimando bronze pode sentir quando as pessoas próximas estão usando alomancia. Alomânticos queimando metais nas redondezas emitirão “pulsos alomântico” – algo como batidas de tambor, audíveis apenas para uma pessoa queimando bronze. Brutamontes – Brumoso que pode queimar peltre. Buscador – Brumoso que pode queimar bronze. puxão mental interno) – Uma pessoa queimando cobre cria uma nuvem Cobre (metal de puxão invis in visível, ível, que que protege pr otege quem esti estiver ver dentro dela dos sentidos sentidos de de um bus busca cador. dor. Enquanto está dent de ntro ro desta “nuvem de cobre”, um alomântico pode queimar qualquer metal que desejar, sem se preoc pre ocupar upar que algué alguém m queim queimaa ndo bronze venha a sentir seus puls pulsos os Alom Alomânticos. ânticos. Como e fe feit itoo colateral, uma pessoa queimando cobre é imune a qualquer forma de Alomancia emocional ( abrandar ou ou tumultuar ). ). Esfumaçador – Brumoso que pode queimar cobre. Estanho (metal de puxão de puxão físico físico interno) – Uma pessoa queimando estanho consegue amplificar seus sentidos. Pode ver mais longe, sentir melhor os odores, e seu tato se torna mais apurado. Isso lhee perm ite penetrar nas brumas lh bruma s e ver m ui uito to mel me lhor à noi noitte do que que seria possí possível vel sem os senti sentidos dos ampliados. puxão físico externo) – Uma pessoa queimando ferro pode ver linhas azuis Ferro (metal de puxão translúcidas apontando para fontes próximas de metal. O tamanho e o brilho da linha dependem do tamanho e da proximidade da fonte de metal. Todos os tipos de metais são mostrados, não apenas fontes de ferro. O alomântico pode puxar mentalmente mentalmente uma dessas linhas para trazer a
fonte de metal em sua direção. Lançamoedas – Brumoso que pode queimar aço. empurrão mental externo) – Uma pessoa queimando latão pode tumultuar a s Latão (metal de empurrão emoções de outras pessoas, inflamando-as e tornando determinadas emoções mais poderosas. ão perm ite ler m ent entes es ou mesmo mesm o emoções em oções.. Olho de estanho – Brumoso que pode queimar estanho. empurrão físico Pe ltre (m Pel ( m etal de empurrão físico interno) – Uma pessoa queimando peltre amplifica os atributos físicos de seu corpo. Ela se torna mais forte, mais durável e mais habilidosa. O peltre também aumenta aum enta o senso de equi e quilí líbri brioo do corpo e a habi habili lidade dade de se recupera re cuperarr de fe ferime riment ntos os.. Tumultuador – Brumoso que pode queimar latão. Zinco (metal Zinco (m etal de de puxão mental ental exter externo) no) – Um Umaa pessoa queim queimando ando zin zinco co pode pode apl a plac acar ar as em oções puxão m de outras pessoas, persuadindo-as e tornando determinadas emoções menos fortes. Um alomântico cuidadoso pode abrandar todas as emoções, deixando, basicamente, que a pessoa sinta apenas o que ele deseja. Zinco, no entanto, não permite que o alomântico leia mentes ou mesmo as emoções.