NBR 12615 SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO POR ESPUMA Esta NBR fornece diretrizes para a elaboração de projetos de sistemas fixos, semi-fixos e portáteis de extinção de incêndios por meio de espuma mecânica Apli Aplica-s ca-see a insta instala laçõe çõess de produç produção, ão, armaz armazena enamen mento to e de manipu manipula lação ção de líquidos inflamáveis e/ou líquidos combustíveis, em áreas ou locais no interior de edificações ou a céu aberto. Para os efeitos desta Norma, são adotadas as definições a seguir: Agente extintor: - Produto utilizado para extinguir o fogo. Área de risco: - Área onde existem condições que podem dar origem a um incêndio. Aspersor: - Dispositivo utilizado nos chuveiros automáticos para aplicação do agente extintor. Bacia de retenção: - Região limitada por uma depressão do terreno, destinada destinada a conter todo líquido vazado. Câmara de espuma: - Dispositivo dotado de selo de vapor destinado a conduzir a espuma para o interior do tanque de armazenamento de teto cônico. Deslizador de espuma: - Dispos Disposit itiv ivoo desti destinad nadoo a faci facilit litar ar a aplic aplicaçã açãoo suave suave da espuma espuma sobre sobre lí líqui quidos dos combustíveis combustíveis armazenados em tanques. Dosador: - Equipamento destinado a misturar quantidades quantidades determinadas de “extrato formador” de espuma e água. Esguicho: - Equipamento destinado a formar e orientar o jato de um agente extintor. Espuma mecânica: - Agente extintor constituído por um aglomerado de bolhas produzidas por agitação da água com extrato formador de espumas (EFE) e ar. Estação fixa de emulsionamento: - Local onde se situam bombas, dosadores, válvulas e reservatórios de extrato formador de espuma (EFE). Estação móvel de emulsionamento: - Veículo especializado para transporte de extrato formador de espuma (EFE) e seu emulsionamento com a água. Gerador de espuma: - Equipamento que se destina a facilitar a mistura da solução com o ar para formação de espuma. Hidrante: - Equipamento destinado a alimentar com água ou solução de espuma as mangueiras para combate a incêndio. Linha de espuma: - Canalização ou linha de mangueiras destinada destinada a conduzir a espuma. Linha de solução: - Canalização ou linha de mangueiras destinada a conduzir a solução de espuma mecânica.
Mangueira: - Tubo flexível, fabricado com fios naturais ou artificiais, usado para canalizar água, solução ou espuma. Monitor: - Equipamento destinado a formar e orientar jatos de água ou espuma de grande volume. Neblina de água: - Jato de pequenas partículas d’água, produzido por esguichos especiais. Tanque: - Reservatório cilíndrico para armazenar combustíveis líquidos. Tanque vertical: - Tanque de base apoiada sobre o solo. Tanque de teto cônico: - Tanque com teto soldado na parte superior do costado. Tanque de teto flutuante: - Tanque cujo teto será diretamente apoiado na superfície do líquido no qual flutua. Torre de espuma: - Equipamento portátil destinado a facilitar a aplicação da espuma em tanques. Sistema de aspersão de espuma: - Sistema especial, ligado à fonte da solução produtora, estando equipado com aspersores de neblina para descarga e distribuição na área a ser protegida. Dispositivo de descarga: - Aplicam a espuma sob forma de neblina ou aplicam o agente extintor numa corrente compacta de baixa velocidade. Jato de linha de mangueira: - Jato de espuma de um esguicho que pode ser segurado e dirigido manualmente. Jato de espuma de monitor (Canhão). - Jato de grande capacidade de esguicho, que está apoiado em posição e que pode ser dirigido por um único homem. Monitor fixo (Canhão). - Dispositivo que lança jato de espuma e está montado num suporte estacionário fixo ao nível do solo ou em elevação. É alimentado com a solução mediante tubulação permanente ou por mangueiras. Monitor portátil (Canhão). - Dispositivo que lança jato de espuma e encontra-se num suporte móvel ou sobre rodas, de modo que pode ser transportado para a cena do incêndio. Aplicação por espuma: Tipo I – Deposita a espuma suavemente na superfície do líquido, provocando o mínimo de submergência. Tipo II – Não depositam a espuma suavemente, mas os aplicadores são projetados para reduzir a submergência e agitar a superfície do líquido. Tipo III – Utiliza equipamentos que aplicam a espuma através de jatos que atinjam a superfície do líquido em queda livre. Generalidades A espuma mecânica ou espuma de ar, para as finalidades desta Norma, deve ser entendida como um agregado de bolhas cheias de ar, geradas por meio puramente mecânicos, de soluções aquosas contendo um concentrado de origem animal, sintética ou vegetal. Sua densidade, sendo menor que a dos líquidos inflamáveis, permite que seja usada para formar uma cobertura flutuante, extinguindo, cobrindo e resfriando o
combustível de forma a interromper a evaporação dos vapores e impedir a sua mistura com o oxigênio do ar. A espuma mecânica não é considerada um agente adequado para incêndios em gases. Também não é aconselhável sua utilização em tanques contendo combustíveis líquidos de alta viscosidade, que tenham permanecido em queima por período prolongado. A espuma mecânica é condutora de eletricidade, portanto, jatos plenos deste agente extintor não devem ser usados contra equipamentos energizados. Os métodos propostos por esta Norma para se obter a espuma mecânica são: a) geração por meio de equipamentos portáteis do tipo bocal, para permitir a mistura de ar à solução de espuma mecânica: b) geração por meio de equipamentos fixos do tipo bocal, para permitir a mistura de ar à solução de espuma mecânica. A relação entre a quantidade de espuma produzida pelos equipamentos e a quantidade de solução de espuma, deve ser da ordem de oito vezes como o valor máximo e quatro vezes como o valor mínimo. O tempo de permanência da espuma sobre a superfície do líquido deve ser, no mínimo, de 15 minutos.
Estações de emulsionamento e Válvulas de controle A mistura de água com o extrato formador de espuma (EFE) pode ser feita por meio de estação fixa de emulsionamento ou estação móvel (viatura). Nas estações fixas ou móveis de emulsionamento, todas as válvulas de acionamento e distribuição devem possuir identificação clara, de modo a permitir sua operação rápida e perfeita.
Rede de tubulações e Sistemas de hidrantes A rede de tubulações deve ser projetada de acordo com as necessidades dos riscos a proteger, atendendo plenamente às vazões e pressões previstas. Deve ser instalada de modo que nas emergências, ela não venha a ser danificada pelo fogo ou explosão. Quando a rede for aérea, devem ser previstos suportes de apoio e meios que permitam, quando necessário, drenagem adequada. Os sistemas de hidrantes devem complementar os sistemas de espuma para tanques, e servirão para alimentar mangueiras e garantir a extinção de focos de incêndio em áreas adjacentes aos riscos previstos nos projetos. As vazões mínimas de água previstas para cada boca de descarga dos hidrantes devem ser da ordem de 900 L/min.
Sistemas fixos de extinção para líquidos inflamáveis em áreas fechadas Estes sistemas destinam-se a proteger estoques, assim como o manuseio de líquidos inflamáveis e combustíveis em interior de prédios e estruturas. Aplicações típicas seriam em áreas de estocagem, áreas sujeitas a grandes vazamentos, salas de bombas, tanques de mistura, etc., existentes em indústrias, usinas e refinarias. Quando o risco envolvido for constituído por líquidos inflamáveis, tais como álcool, acetona, éter, os quais são solúveis em água, devem ser usados espuma específica e equipamento adequado. A espuma suprida pelos sistemas de neblina deve formar rapidamente um lençol de cobertura e espalhar-se logo ao redor de obstáculos. A espuma suprida por dispositivos que produzam uma corrente compacta de baixa velocidade deve ter características específicas e encontrar-se dentro dos limites para tal foco de incêndio.
Sistemas de neblina de espuma para líquidos inflamáveis em áreas abertas (Proteção externa) Referem-se a sistemas que descarregam a espuma na forma de neblina para extinção de incêndios em vazamentos sob ou ao redor de estruturas, equipamentos, tanques horizontais e pequenos tanques verticais. A taxa mínima de aplicação da solução de espuma deve ser de 6,5 L/min/m². Para todos os sistemas, com operação automática ou manual, os controles devem estar situados em lugar acessível, suficientemente distantes do risco, de forma que possam ser manuseados com segurança.
Sistemas fixos para tanques de armazenamento em áreas abertas Refere-se a sistemas de espuma para a proteção de tanques verticais de armazenamento à pressão atmosférica, ao ar livre, contendo líquidos inflamáveis e/ou combustíveis, mediante câmaras fixas de espuma. Os sistemas devem basear-se no maior fluxo de solução para a proteção do maior tanque da área, mais as linhas de mangueiras suplementares necessárias. A quantidade de extrato formador de espumas (EFE) deve ser determinada, multiplicando-se o fluxo total em litros por minuto de cada tanque. O resultado deve ser somado à quantidade necessária para as mangueiras previstas e ao EFE necessário ao enchimento das tubulações. Deve haver uma quantidade de EFE suficiente para produzir a solução de espuma, para se encherem as tubulações instaladas entre a estação fixa de emulsionamento e o tanque mais distante. Quando o suprimento de água continuar após o esgotamento do EFE, podendo deslocar a solução de espuma das tubulações para o tanque, não é necessária quantidade adicional de extrato formador de espuma.
Sistemas de torres portáteis para tanques de armazenamento em áreas abertas Refere-se aos sistemas nos quais a espuma é aplicada através de torres portáteis, as quais devem ser consideradas como equipamentos de uso limitado. Estes sistemas exigem acessibilidade à área de tanques e um número adequado de homens para colocar e manter o equipamento em operação. Em alguns casos, são necessários caminhões especiais para o rápido transporte do equipamento ao local do incêndio. Em tanques de mais de 60 m de diâmetro, o uso de torres portáteis não é praticável devido ao número necessário de homens e equipamentos. A taxa mínima de suprimento para as torres portáteis de espuma deve ser, pelo menos de 4,1 L/min/m² da área da superfície do líquido do tanque a ser protegido. A quantidade de EFE deve ser determinada multiplicando-se a vazão total em litros por minuto para cada tanque. O maior valor resultante, deve determinar a quantidade necessária.