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0 MDEL FRAG -GATIERY
factores sociais, cultuais, espirituais, religiosos e éticos se enconarem nseri dos no odelo de enfermagem, ndcando como esse conhecimento ajuda o enfermero a compreender, apreciar, planear e implementar as ntervenções de e�feagem e a avaliar os respectvos resultados e efeitos. Tal como já foi afrmado, não tentámos abordar nesta monogafa as diversas dscipnas asso ciadas às ciências sociais Essa área de saber é muito vasta e, em qualquer caso tem havido nestes últmos anos uma considerável mstra e consão entre o c 'stumes e crenças siais dos dferentes grupos culturais, devidas em pate às vagens modernas, à crescente emgração e mgração e aos moventos de refugiados através de onteras naciona is. Só apontm s essas questões geras para mostrar como este tipo de conecientos e conunto com outos temas do currículo) contibui para uma compreensão dos seres humanos tal como eles se manifestam nas dversas A. Esta e saúe: eito sore o paéis. Os dferentes sistemas de cudados de saúde do mundo nteiro mostam que a cultra uencia a forma como a socidade da com a saúde e a doença Crenças e tadções cultuais muito arregadas afectam o compotamento do indvduo doente cooante a sua origem ética, por exemplo, as suas respostas à dor Os factores cultuais tam bém luencia a forma como as pessoas tatam dos doentes, o que resulta que, em determnadas sociedades, determnados tipos de defciência ou cetas oenças acarretem estigas consigo Os ctores sioculturais são por isso mportantes para a compreensão do compotamento de saúde de deerminado divduo e da diversidade de repostas das pessoas à doença e hospitalzação Para os que prestam cuidados de sa úde, nteressa especialmente o que acon tece ao papel e estuto dos ndvduos quando estes adoecem. TCO PSONS um sciólogo, decreveu este nómeno já em 966, no que denominou o «pape e doene», Este autor demonstrou que a ioria d sociedades dspensa a pessoa doente de algumas das suas obrgações e responsablidades contanto que ela satisfaça a correspondente obrigação de procurar cuidados médicos e c operar no processo de cura Em mutas partes do mudo há mesmo legsla çao que assega aos doentes deitos especias por exemplo, há esquemas governamentas que concedem baxa às pessoas empregadas, em conjunto com uma protecção para as difculdades nanceas causadas pela perda de saláio há muitas implica _ No etnto, tal como autores mais recentes _ foram contempladas na çoes soc1a1s que nao de PSOS. Esta não recohece a subjectividade contida na defnição de «saúde» e de doença», n m toma e m conta que a lgs doentes não se curam» enquanto outos podem nao querer cooperar com as tentativas para lhes devlver a saúde Claro que assu o papel de doente» impca muitas mudanças de pa · por exemplo, espera-se que uma mãe jovem receba cudados em vez de os pes presr, que u dector execuvo habitualente responsável por mutos epre gados se torne responsabilidade de outros, e que o advogado e o abahador
sejam tratados como iguais, a despeito de ocuparem posições sociais muito dferentes na vida real Estao e sae efeto nos relacionaentos. Não são apenas os papéis que mudam duante a doença e a hospitalzação como também os relacionameos. Por exemplo, o alto estatuto social dos médcos continua a refectrse na anea como cetos doenteutentes tendem a compotarse subservientemente paa com eles, submetendose à sua autoridade e aceitando sem questionar os seus conselhos. Tal comportaento também serve para refoçar a relação tra dicionamente assimética entre médco e doente Na realdade, há em to o sistema de cuidados de saúde u elaborado conunto de regras e expectativas sobre os tipos de interacção considerados apropriados entre os membros das diferentes profssões de saúde, e entre os técnicos e os doentes, embora isso esteja em rápida mudança Nos pases oidentais, muitos doentes querem agora algo mais do que infor mação desejam participar nas tomadas de decisão relatvas às opções de tatamento cHs (998) escreve
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[.]ser confronado com um doente que fez pesqusa biblráfca, esquadrnhou a Inene, fez um dagnóstco provsório e sabe o que quer do seço de saúde já não é um cenáro hpoéco pessoas esão melhor informadas sore a saúde e exse uma vaga de apoo e de proecção goeamenal para a campanha conduzda pelos lobbie de consumdores assocações de doenes, e ouras, no senido de uma maor e mlhr nformação de saúde e uma maor pacpação nas omadas de decisão
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não têm É inevitável que neste contexto haja outros doentes/ utentes que rtante mais impo vez cada pois É acesso ou vontade de procua nf ormação.
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que os en ermerosapreciem o nível de conhecentos da pessoa sobre as opções de tratamento, e a sua atitde quanto a m envolvento parilhado
Por outo lado, há ainda alguns pases em desenvolvimento em que a famdos lia alargada p1rtlha a responsabildade e a taref a f ísica de cdar do grupo
mental ousic entedoentes e / ou defcientes. É o que faz, com poucos recusos f ísicos ou fnanceios, podendo haver muito apoio emocional, social e espritual da f amí lia e, por vezes, a intevenção de um (
nos quadros e as condições respiratór ias são mais comuns nos gr� - 9µjdade e reças na I df há só . Não a vorecidos socioeconómcos mais desf s .·,. ' "� . \°)/ Y < como também nas taxas de mortalidade: um bebé nascido nU 1 •"
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MODELO E NFERAGE OPER-OTIERNEY
Os hospitais, tal como os ouos edifícios, reflectem o período da sua cons rução. Quando os hospitais mais antigos foram consuídos, muitos doentes permneciam na cama a maior parte do dia e, por isso, os saniários e casas de banho não dão uma resposta adequada e efcz às necessidades dos doentes ambulatórios de hoje. O mesmo se aplica ao espaço pra guardar as roupas: é importante que os doentes com permanências médias ou longas possam guar dar várias mudas de roupas de uso diáio que hes permiam tomar decisões quanto à sua aparência geral um aspecto da A exprimir sexualidade. A lgação entre as roupas e o estado de humor também ajuda a evitr condções como o tédio e a nstiucionização Nos hospitais mais nigos mbém seria muito apreciado um ambiente agradável par as disracções e refeições dos doentes ambulatórios ambientes esses que podem inuenciar as comuni car, cozer e beber e trabalhar e distrairse por exemplo A necessidade de financiamento para recuperação dos vehos hospiais ou custear edicios e equipmento novos que proporcionem um ambiente ade quado em que se atenda às As, exemplica a igação ente os factores ambien tais e os factores político-económcos que se ão apresentar na secção seguinte Ao discur os aspectos ambientais das ALs, poderseiam ci imensos exemplos que demonsam a forma como estes são afectados Deramse al guns exemplos lustrativos da sua relevância para as respirar comer e beber eiminar controar a temperatura do copo e mobiir-se No entnto os utilizadores do Modelo de Enfermagem RoperLoganTieey recohece rão outras aplicações apropriadas às diversas ccunstâncias.
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Político-conómicos É essenc ial que o enfer mer o t enha alguns c onhec imentos sobr e os f ac t or es polí
t ic o-ec onómic os (inc luido os f ac t or es legais) e a f orma c omo
eles nuen c iam as A Ls. ssim os f ac tor es polít ic os, ec onómic os e legais f or am int odu
z idos no modelo de enf er magem c omo f or ma de ajudar os enfer m
eir os a c om pr eender , apr ec iar planif ic ar e implemen ar as intev enções de enr magem, e a av alir os respec t iv os r esul ados. N ão se t entou a ar dessas dsc ipinas nest a mon gr afia �
A pena f or am enunc iados os t e?as ger ais par a most
r ar c omo est e t po de c onhec ment os (em conjunt o c om out os temas do c ur r í c ulo de enf er magem) c ont ibuem pr a a c ompr eensão dos ser es huos' l c omo se
manifest am nas dv er sas ac v idades de v ida.
Saúde e est o ec oóc o. T em-se c onv enc ionado que a saúde s eja c on sider ada da r esponsabiidade pr inc ipal das pr of issões de saúde, prof ssões e s sas que r ec ebem os lour os pela sua mehor ia e pela lu t a c on a a doença Eles mer ec em algumas honras t odav ia, r ec onhec e- se c ad v ez mis q
ue os g andes det er minant es da saúde e stão f ir mement e en aiz a dos nas r ealidades poí tic as
económicas e sociais dominantes; a saúde não é preocupação exclusiva do seriço de saúde mas sim um problema relacionado com todos os campos d �s poítcas gerais Por exemplo, o estatuto económico do grosso da populaçao de um país afecta indubitavemente as condições de vida e as que por seu tuno infuenciam a saúde e a incidência da doença É fícil conceber até que ponto a vida das populações do mundo ocidental era precária há cerca de 100 anos. Por exemplo, nos finis do século �' a expeciva de vida (um dos indicadores do estado d saude de um meno briânico era ao nascer de 41 anos e, para uma mena, de 45 e_ agora 74 e 79 anos res�ecivamente) Como resulado da industialização contínua a população ainda se estava a adapta à nova forma de vi a ubana e a a ra es sar por novos problemas económicos gerados pelo crescmento da dustr1a e 0 declíno da agriculura As cidades, mal construídas e mal planeadas a superpopulação, os fornecimentos de água imprópri (L co er e beber} e o saneamento insufciente ( eiminar} não favorecm a saude e as longas horas de abalho (A trabahar) por baxos salários em fábricas e minas mal ventiladas' e com maquiaria desprotegida, explicavam as mutilações devids . , a acidentes (A mater um ambiente seguro e a menor resstenc1a a mutas das infecções dominantes Tudo isso começou no entanto a mudar Saúe e acve pocesava Nos fnais do século dezanove hou ve um grande movimento de reformas sanitáias que, com apoi poítico c nao minou no Reino Unido na Pubic Heath Act de 1875. O Reo Udo estava soznho no cmp da reforma da saúde. Por essa épo a a ma ori dos ouos países indusializados estava a tomar as mesmas meddas legslatvas Esboçavase uma verdadeira cooperação internacional para tentar controlar as diversas pandemas, pois as fronteias nacionais não constiuíam barreiras para o alasamento das infecções Também pela mesma época houve uma consideravel actv1dade potca nalguns países industrializados que, em conjunto com a riqueza que ac m a nhava 0 boom económico da indústria foi dirigida a uma mehor habtaçao, foecimento de limentação mais egura e criação de condições para um educação melhor. Resulante destas melhores condições de vida deuse o declínio da incidência de várias infecções motais e o estado de saúde das massas come çou a melhorar, antes mesmo da descobea de medidas pre e tivas e cu vas específicas sob a forma de vacinação e produtos farmaceucos Também melhorarm as condições de trabaho nas fábricas Saúe os país usdos Muito do sucesso económio do mundo indusiaizado (que se refeciu na reforma do ambiente e numa maior saúde estava associado a acções parlmentares. No entnto a acção dos parlamento nacionais foi por vezes precipitada pelo rabaho de organzações namentais a funcionar' frequentemente, não a nvel nacionl mas l.• 'de' organzações nãogoveamentais fzeram muito para melhorar a sa
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Ü MODELO NFRGE OPR-ONT!ERNY
de fundo dos factores polticos e económicos com potencial influência em cada A factores esses que também inluenciam as ntervenções técnicas do ener meiro que ajuda as pessoas a praticar as suas AL de uma forma aceitável para cada indivduo e para a comunidade. Enrg nvulz
Processo de eeagem A enfermagem individualzada consegue-se através da uilização do processo de enfermagem que implica quatro fases: apreciar planear mplementar e avaliar (fig 3.7) «',processo» não é um modelo» nem wa <flosofia como é por vezes descrio mas simplesmente um modelo de pensamento lógico que tem de ser usado com um modelo explcito de enfermagem este o racional de termos inegrado o processo no nosso modelo de enfermagem Já apresentámos o racional do uso do nosso modelo de vida ·como base para o nosso modelo de enfermagem e a individualidade de vida deve perma necer na nossa mente nas quatro fases do processo Pacipaçãodo doete de o processo de eeagem Em todo o pro cesso e sempre que possvel o doene deveria tomar decisões sobre a realza ção de determnadas As e concordar em modicar possivelmente outras como medida de saúde e recuperação da doença O encorajamento de um sentido de responsabilidade pessoal pela saúde e pela protecção da autonomia aé mes mo na doença é cada vez mais considerado como um prncípio mpotnte nos modernos cuidados de saúde decorrendo da a ênfase em considerar a pessoa um «consumdor» ou uente e participante activo Claro que a participação não será possvel no caso de crianças por exemplo ou de uma pessoa conusa ou inconsciente Nesses casos os elementos da famlia ou ou tros signifcativos poderão participar na omada de decisão pelo doente de sempenhando talve algumas das A, como é geralmente o caso de pessoas tratadas nas suas próprias casas A participação do doene exige uma abordagem um tanto radcal da enfer magem tanto da pare dos dones como dos enermeros Toemos prmero os doentes no passado a maioria aceitava o ue lhes acontecia drante o tempo em que estava ao cudado do sistema de saúde pois presumiase que os médicos e enfermeiros é que sabiam» Com as mudanças sociais das úlimas décadas parcularmene a nfluênca dos mss media, cada vez ms doentes sabem o que lhes está a acontecer e 4uerem participar das disussões e decisões sobre a sua saúde e trameno No enano há nda pessoas nsuiciente mene assertivas para manesar o seu ineresse nessa paticipação e ouas que não a desejam Essas variações têm de ser respectivamente reconhecidas e aproveitadas pelo enfermero quer em relação à doença mental quer à doença
figur 37 A eam ndvdz.
fsica É importante que se sea especialmente perspicz ao falar com pessoas com iiculdades de aprendiagem ou de linguagem A prticipação do doene em repercussões na enfermage� que tambe e necessário reconhecer or exemplo a introdução de uma po1ca que pe uta a automecação tem vntagens evidentes para os dones em ermos de ne pendência e prepração para a alta; mas é ao mesm empo a or1entaç o que vem tansformar tradicional papel do enfermero como aquele ue a minisra os medicamentos) no de professor e supevisor É ompreen1vel que planeameno cuido e um trabao enosado de eqwpa especalmene com o farmacêuico se tornem essenc1a1s s Nae ieracva do processo de r g Tendo feo comenar gerais sobre processo de enermagem apresentamos algumas notas especf cas para cada uma das quato fases implicadas Embora se �e creva um po cesso com quatro fases ests só servem pra efeitos de descr1çao e scussao A descrição de quao fases sugere que elas so realzadas sequenc1alm nte _ mas na realidade as quatro são nteractvas portante que os e nfermeros 0 entendam desde o ncio por forma a que o seu pensamento nao s e toe de rgido e compatimenado uma ve que na prática o processo uncona forma dinâmica e neraciva com feedback permanente •
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Ar eciar A palavra
primira f as� .do (apreciação» tem sido geralmente adopt ada para a ecor;Ja ,
seu �esgaste processo de enfermagem P ensamos, todavia, que o ern s e pref e única v z uma � se real que e vidad uma ac e ideia d e con nu. «apri » paraencorajr o reconhecmeno sua nt e, por isso, para ncert eza sobre o que se inclui no act o de apreciar uso que amos à palavra, ela compreende:
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0 ODELO NFERMAGEM oPE-OGNTlENY
recolha de informação sobre a pessoa; revisão da informação recolhda identicação dos problemas da pessoa nas ; identifcação da ordem de prioridades dos problemas.
A inormação obtém-se a part de observações, entrevistas, exames, medi ções e testes, consoante for apropriado os dados obtidos na apreciação inicial formam uma lnha de base com a qual se compara a nformação subsequente. A medida que se estabelece uma relação com a pessoa, é provável que ela dê volntariamente mais informações e, na verdade, o enfermeiro fica a dispor de informação nova e complementar no decuso de cada contacto. A principal fonte de informação sobre -� pessoa é a própria pessoa. No entanto, as fontes secundárias {como chas de saúde e membros da família) são importantes, em especial no caso de crianças e pessoas desorientadas, inconscientes, com graves doenças mentais ou defcientes ouos membros da família, ou até mesmo m ntérprete, poderão se necessáios para o caso de pessoas de outos grupos étncos, especialmente se elas tiverem dfculdades de linguagem A informação avançada pela pessoa é classicada como subjecti va, ao passo que outros tipos de informação, por eemplo, resultados de medi das, são objectivas O uso de medidas objecvas está a assmir maior mpor tância na enfermagem, em parte como resultado da investgação por eemplo, sobre o uso de nstumentos que avaliam o risco de os doentes desenvolverem úlceras de pressão, e avaliação dos níveis de coma e níveis de dor} A apreciação inicia assme gande importncia na consução de uma base de dados para cada pessoa, embora, como já se dsse, ela seja só o princípio e não o fim da apreciação O prmeo encono ene enfemero e doente poderá ser na própria casa da pessoa, num lar, num ceno de saúde, antes ou drante o internamento hospitalar (quer pela urgência quer pela sta de espera) Seja qual for o local, a apreciação será feita, sempre que possível, na altra de admissão ao serviço de saúde. No que respeita ao hospital, a verdade é que muitas vezes só é possível recoher a informação várias horas após a admissão Assim, a «história da primeira fase», que dá informação suficiente para que os enfermeros comecem a tratar da pessoa, deverá ser segda logo que possível por m formulário de seg nda fase, mais pormenrizado. Há, todavia, algns teas sobre os quais é preciso recolher logo in0rmação. Qualquer perda de sangue ou ferida deverá ser imedatamente apreciada, sendo undamental a informação sobre úlceras de pressãoe escoriações Também é necessário que o pessoal fique ciente de qualquer senibilidade, alergas e medicamentos que se estejam a tomar. Sja qua r o l ocal, é importante resta toda essa noração Mutas autoridades fornecem agora formuláios onde a apreciação da enfermagem é registada. Os alunos de enfermagem podem ca consos com os diversos nomes udos: formulário para a apreci�ção de enermagem,
OD D RMü
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formulário para a apreciação do doente, hstória de enfermagem e prf do doente. Seja qual for o nome e o formato, o objectivo é registar dos t1pos diferentes de informação para nosso nteresse chamamos a uma «dados bo gráficos e de saúde e, à outra, «dados sobre as Actividades de Vi a na medida em que são afectados pela duração de vida, estado epende" c nde pendência e os cinco factores), que se debruçam sobre as rotnas habt a1s e os problemas reais da pessoa. Elaborámos formulários adequados ao regsto des tes dois tipos diferentes de dados, como se ilustra no Anexo 2. Quando os formulários foram elaborados pela prmera vez, a documeta ção de enfermagem estava muito pouco desenvolvida (pelo mens no eo Unido) para além do tradicional sistema Kardex e, na verdade, muta da nfor mação pormenorizada do doente era ainda comunicada oralmente, de enfer meiro para enfermeiro, duante a «passagem de seviço» e no decurso das interacções diárias Para ajudar os enfermeiros a compreender omo o noss modelo proporcionava um enquadramento para a documentaçao, _ 1ntroduz1 mos na terceira edição de The Element of Nusing (1990) uma sugestão de registo dos «dados biográficos e de saúde e os «dados sobre as Actividades de Vida» tendo feito alguns aperfeiçoamentos desde 1990 (Aneo 2) N entanto os serviços de saúde estão a introduzir muitos tipos diferentes de documenta�ão da informação do donte Os cuidados de saúde comunitá rios e hospitalares têm um interesse cada vez maior pelo desenvolvimento da documentação multdisciplina baseada em pacotes clíncos ou linhas de or entação clínicas, especcas por vezes do diagnóstico médico Por outro lado, algns regstos integrados e multidisciplnaes do doente baseiam-se em deter mnados problemas· esta abordagem foi defendda pela prmeira vez porWEED, em 969. O nosso odelo adaptase bem a essa abordagem e os enfermeiros poderão querer adoptá-lo como um enquadamento de base para um sistema de docuentação multidisciplinar Além disso concoitantes com estas mudanças de abordagem à docuen tação há, ago a, alterações no sistema de registo Quando introduzmos ela primeira vez o formulário, os registos eram feitos à m o e todo 1º. Reno ndo Agora o computador está a substitu-los e os regstos 1nformacos es tão a ser cada vez mais utilizados nos seviços de saúde, estando alguns acessíveis, tanto ao pessoal comuntário como ao hospitalar. Assi, os regstos de saúde estão hoje nua f de transição. Nal servços são unidisciplinares e noutros multidisciplinares No que respeta a esta monografia, o formulário descrito referese essencialmente ao registo undisciplnar que aponta a contibuição da enfeagem para o plano de cuida dos de saúde do utente. No entanto, se os enfereiros estverem bem esclar dos quanto à sua contribução para os cuidados do utente/doente, o fom áio poderá ser adaptado ao uso de m registo muldisciplna e/ou computadoJdo Seja qual for a abordagem e o formláro, a discussão conceptual qu sgu
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MODELO E NFERAGE OPE-OGA-TIEEY
terá utidade para os principiantes de enfermagem, pois desa-se a dumentar o resultado do contacto prossional com o doente/utente. Dadosbioácos e de saúde Os pormenores ioácos e de saúde da ssoa incluemoviamente itens como o nome, sexo, idade, local haitual de residência e pessoa ou pessoas a contactar quando o utente necessitar de assistência de um amigo ou memro da fanlia, ou quando o seu estado de saúde causar preocupação Sobrenome Nos pases identais é haitual u o sorenome, ou, no caso de u mulher casada, o nome de f do mrdo, mas isso ão aconte em todas as cuturs e os enfermeiros terão de prurar ajuda com tacto, sore a forma de s dirigir à ssoa que sea aceitávpara ela e, em segundo lugar pra poder oter com cilidade, a par do orenome, ququer informação rquivada. Relacionado com o sore nome está o uso d o lo Sr, Srª, Menna, Menno ou outro. Emora esses títulos permaneçam no uso corrente relações sociais cada vez mais diversifcadas e costumes sociais em mudança siificam que o enfermeiro tem de ter a arte de decidr se é ou não necessáio nquirir e/ou registar o título formal; e se é ou não necessário nqurr sore o estado civil e outros relacionamentos É claro que a pessoa poderá prestar espontaneamente essas informações. Primeiro nome É igualmente costume falar em «nomes de aptismo», mas devido aos costumes sociais em mudança, agora utlizase geralmente a ex pressão «primeiro nome». Os enfermeiros são cada ez mais orientados para perguntar aos doentes/utentes qual a forma de tatamento que preferem, uma vez que algumas pessoas usam um nome diferente do que consta na cetidão de nascimento e o uso de um nome familiar ajudálasá a manter um sentido de identidade pessoal. O uso dos primeiros nomes temse tornado mais comum ao longo das últi mas décadas tanto na vida social como até no raalho Tamém nos serviços de saúde se tem dvulgado o uso dos primeos nomes enre enfermeros e doentes/utentes, o que começou pela tentativa de criar uma atmosfera menos formal e mais acolhedora No entanto, vários projectos de investigação revela ram que o uso dos primeros nomes não é sempre aceitável, especialmente para a maioria dos doentes/utentes mais velhos, e em especia quando enram num hospital ou clínica, com todos os sentmeJts associados de perda de poder, estatuto e independência É de oa educa'ção que, no prmeiro contac to, o enfermeiro se drija ao utente com formaidade e de acordo com a sua norma cultural, sendo preciso tacto para assegurar que ele se sente sufciente mente àvontade para dizer com clareza qual a forma pela qual prefere ser tratado As pequenas descotesias assumem uma gande mportância para a pessoa vulnerável que se sinta doente, preocupada u perturada Idade Esta iformação é indicativa da fase de ida e é muito importante para o enfermeiro.
MOEO E EAGE
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Local habitua de residêcia. ém do endereço, está a tornar-se haitual registar o ipo de instalação da pessoa, informação essa que tem um nteresse particlar para os enfermeiros comunitários que fazem sustiuições nas visi tas domciárias às próprias casas das pessoas A anotação da forma de aces so» contituirá uma informação necessária ao enfermeiro comunitário que tem de saer como é que consegue entar nos casos em que, por exemplo, a pessoa não puder arirlhe a porta Em determinadas cicunstâncias, tamém terá interesse conhecer quem reside com o utente Claro que nas altuas de grande desemprego e de excedentes de taalho é om lemrar que nem todas as pessoas vivem permanentemente numa casa. Há pessoas que não têm <endereço fixo Poderão estar numa pensão, ou em residências providenciadas pelas autoridades loca is em que os semarigo podem pernoitar, ou poderão estar num arigo temporário para «mulheres maltrata das» mas, especialmente nas grandes áreas uranas, alguns semarigo pode rão dormir nas ruas É claro que a falta de um endereço permanente poderá ser determinada pela culua Nalgumas áreas do mundo há povos nómadas, «viajantes» e ciganos. E há agora cada vez mais refugiados, que ficaram sem lar devido à guerra ou a graves desastres naurais Contactos e outras pessoas significativas A lei exige que se saia quem é «o parente mais próximo que é, de m modo geral, a pessoa a contactar se a condição do doente/cliente der preocupações Isso é pertinente num contexto hospitalar mas tamém é apropriado se o utente estiver numa clínica para ma investigação nvasiva (por exemplo, um procedimento gastoenterológico), ou tiver a marcação para uma cirrgia de um dia, ou num contexto domiciliário como é o caso da enfermagem comunitária para alguém que vive só, ou é idoso, ou está vulnerável A pessoa a contactar é muitas vezes um cônuge, progenitor ou flho mas, com a mudança de cosmes, um adulto pode esco lher nomear um companhero ou amigo (o que poderá ser mesmo necessário se os verdadeiros parentes de sangue viverem longe}. Além do(s) contacto(s) nomeados), às vezes é impotante conhecer outas pessoas signfcativas em termos da rede socil e fontes de apoo, por exemplo parentes, dependentes, visitas, auxiliares e vizinhos Num contexto hospi�alar poderá ser necessáio registar quaisquer serviços de apoio que esvessem a se utilizados antes do inteamento fornecimento de refeições ao domicío ou visitas domicliárias de enfermagem comunitáia), com vista a preparar a sua retoma após a alta. Ocupaço ratase de uma informação valiosa Do ponto de vista da saú de, ela poderá ter contiuído para o prolema em apreço, como é o caso de acidente soido no aalho; nouos casos, poderá have r icapacidade de voltar ao emprego anterior, como é o caso de um acidente que cause paraplega E é claro que a nvestigação já demonstrou que a situação de desempregado não dá saúde mental nem fsica, nem qualquer emestar.
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OEO E NERMGEM
!lULO DE 1 NFERMAGEM KPER-N-TIERNEY
Religião/crenças e prátcas. A religião e outas crenças e, possivelmente, as respectivas práticas, constituem muitas vezes asstos muito pessoais e ínti mos que os utentes não desejam discutir. No entanto, há que regstar a infor mação relevante se tiver implicações para as intervenções de enermagem as sociadas ao plano de enfermagem Acontecmentos ou crises de vida, signicativas e recentes. Há por vezes interesse em registar acontecimentos sigfcatvos recentes como casamento ou parto Uma crise de vida recente (por exemplo, uma perda) poderá mpedir a recuperação Em qualquer caso é importante que o enermeiro tenha conhe cimento e compreensão para quaisquer acontecimentos graves e recentes na vida do utente Problema de saúde actual e razão para contactar o serviço de saúde É útil cohecer a percepção que o utente tem do seu problema actual de saúde e, sempre que for adequado, a percepção da família Perguntando-se sobre a razão de contactar o seviço de saúde podemos suscitar indicações sobre o nível de compreensão que a pessoa tem dos factores precipitantes ou, no outro exremo, da falta de cohecimentos e de entendimento Quando se tata de w internamento hospitalar, pode registarse a razão ou encamnhamento, e tam bém informação relevante sobre o diagnóstico, a stória médica e odas as alergias Também é costume regstar o endereço e o número de telefone do médico de famlia da pessoa Planfcação da alta. Ao fazer planos para a alta de um serviço de saúde está a recohecer-se como é importante considerar a necessidade de ensino de saúde, de reabilitação e de planear a alta desde o momento em que se entra no sistema Sempre que houver internamento hospitalar de casos que necessitam supervisão após a alta (por exemplo pessoas com determinadas doenças men tais ou idosos que têm alta de seviços de cuidados ntensivos), é fundamental que se estabeleça uma comunicação adequada e rápida com o pessoal comun tário Este resumo dá uma ideia do tipo de informação que se pode recolher na apreciação inicial Estes dados biográcos e de saúde deverão estar acessveis a todo o pessoal de enfermagem, quer a pessoa permaneça no seviço de saúde durante muito ou pouco tempo precar as Ls A segunda parte da apreciaço centra-se nas ALs: as roti nas habituais e os problemas reais do indivduo b uso das ALs na apreciação constitui o fulcro do nosso modelo de enermagem, sendo apreciada cada das As relevantes da pessoa no contexto dos ouos conceitos do modelo duração de vida, contnuum dependêcia/independência, cnco factores e, con sequentemente, individualidade de vida à guisa de pequenos exemplos, in cluu-se no Anexo 3 a apreciação relacionada com tês das 12 As) Os dados recolhidos no contexto dos cinco factores determnantes retra tam a pessoa na sua tegralidade Os que irão cuidar da pessoa precisam de cohecer as suas rotinas habituais é mportante o que a pessoa consegue ou
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não fazer de forma independente , se há ou não problemas ou desconfoo associado a qualquer AL e, a haver, se isso á foi sentido anteriormente e, em caso afrmatvo, o que se fez para lidar com isso O formulário onde se regista a inormação Anexo 2) não tem proposita damente uma esquadria para cada AL, o que permite ao enfermeiro utilizar da melhor maneira o espaço para cada utente/doente ordenando primeiro a infor mação em termos das ALs mais problemáticas, ou na ordem que parecer mais apropriada às circunstâncias, e não comentando as ALs individuais se isso não for relevante para o episódio em apreço Faremos, conudo, alguns comentáros gerais sobre cada AL •
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Aprecar a capacidade de manter um ambente seguro tem uma impor
tncia especial nos casos em que a pessoa é deficiente, física ou mental mente, ou tem um problema de aprendzagem. O enfermeiro precisa de saber se a pessoa tem ou não a noção dos perigos do meio e está ciente de como preven os acidentes. Apreciar o nível de segurança da resi dência é wa responsabilidade importante do enfermeiro que visita idosos ou famílias com crianças pequenas Aprecar as competêncas de comuncação é, para nós, uma necessida- de, a m de descobrir o ível de comunicação da pessoa, o que tem importância, quer sea em casa quer num centro de saúde ou num hos pital Na verdade, qualquer informação sobre as As é dada ou recebi da através da AL comunicar É muito impoante que os enfermeiros com um vocabulário técnico extenso se lembrem que nem todas as pessoas estarão familiarzadas com os termos médicos ou de enferma gem, por mais vulgares e simples que eles pareçam ao pessoal O enfermero deverá verifcar se a pessoa é reticente ou abera quando fala de problemas domésticos e de saúde Às vezes é possível discernir pela conversa se a pessoa tem uma natureza gegária ou tímida E, se o enfermeiro suspeitar que há uma deficiência ou disfunção a afectar a AL comunicar poderá tornarse talvez necessáio recolher iformação sobre um dos órgãos dos sentidos inalmente, ao apreciar esta AL, deverá solicitar-se e registar-se qualquer ormação geral sobre dores O racional de lga a dor à AL comunicar baseiase no facto de a dor ser uma experiência subectiva cua presença e grau nos é comunicado pelo comportamento verbal e não verbal da pessoa Dados adicionais sobre a dor que afectem A especficas por exemplo, dores abdomnais que afectem a AL comer e beber) deverão ser registados na respecva AL É óbvio que a capacidade para comunicar é fundamental sempre que os procedmentos recomendados requeiram m consentimento esclare cido A prec iar a re spr aço poderá requer er a contagem do número de respiações por minuto. Toda via, na maioria das pessoas, o eferme o
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MODEL DE lN
Ú MODEO DE NFRGE OPER-OG-TIRNEY
simplesmente se existe uma clara difcudade em respirar e perguntará se há roblemas de tosse ou falta de ar. Isso poderá dar ensejo a descobrir por sua vez se a pessoa fuma ou não e, em caso armativo quanto. O enfermero deverá tenar descobrir a percepção da pessoa quanto aos múltiplos aspectos nocivos do fumo e se a auda para aban donar ou reduzir o hábito de fumr será ou não bem acolhda. Torna-se necessária uma apreciação mais pormenorizada da respira ção sempre que o doente estea nconsciente sob o efeito de anestesia ou sofra de doença que afecte o sistema cardiopulmonar. Há que ter em conta que a informação sobre hemorragias (que não seam perdas de sangue numa específica; como por exemplo perda de sangue pela vagina que pertencerá à expressar sexualidade) deverão ser registadas na AL respirar, dado que no nosso modelo o sistema cardiopulmonar está atribuído a esta . Apreciar as rotinas de comer e beber é relativamente fácil dado que a maioria das pessoas gosta de falar sobre esta Quando tatamos pessoas com insuficiência ou excesso de peso é especialmente impor tante falar com elas sobre o que comem e também quando e quanto. Os enfermeiros necessitarão de nformação sobre a forma como as pes soas com determnadas incapacidades ldam com esta acividade. Quan do a pessoa se quexar de desconforto associado a comer e beber tor nar-seá necessáia uma apreciação mais especíca. Apreciar os hábitos de eliminação da pessoa é uma função da enferma gem embora a admissão no sistema de cudados de saúde possa não estar associada a dsunção intesnal ou uinária. Mas poderá haver um problema persistente por exemplo de obstipação possível de le vantar durante a apreciação. Mutas pessoas fcam embaraçadas por falar sobre a elminação e o enfermeiro tem de abordar o tem com sensibilidade formulando as perguntas cuidadosa e claramente a f de evitar o embaraço mas suscitando a inormação. Apreciar os hábitos de higiene pessoal e vestirse é algo que se torna possível ao obsevar os resulados dessas actividades roupas descuda das podem indicar difculdades fnanceas ou a falta de auto-esa que caracteriza a exaustão ou a doença ental O enfermeiro poderá descobrir práticas pouco higénicas relaconadas por exemplo com a 1vagem d ?s dentes ou com a falta de lavagem das mãos após a uiliza çao da saa. Com esse conhecimento o enfereiro pode planear inclur o ens�no apropriado no plao de enermagem. Há que notar que a aprecação da higiene pessoal e vestir-se deverá ncluir uma avala ção da condição da pele do doente (inclundo snais de fermentos que podem resultar de abuso físico) e se for adequado a apreciação do _ o de a e soa desenvolver úlceras de pressão O racional para n rs � aqw e que do ponto vista biológico no nosso modelo o clulo sistema tegumentar siua-se nesta
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Apreciar o controlo da temperatura do corpo implca muitas vezes t
rar a temperatura da pessoa quer em casa quer numa clnica ou hospi t, podendo toarse necessária um medida regular se a pessoa so er de pirexa ou hipotermia Há outras formas de apreciar esta AL: a observação poderá revelar erupções cuâneas transpração excessiva presença de pele arrepiada calafrios mãos e/ou pés excessivamente quentes ou frios. Aprecr a moblizão pode não implicar apenas observar que a pes soa não apresenta problems. Uma observação mais aprofundada po derá revelar por exemplo rigidez das aiculações ao levantarse após o sono algo comum nos idosos Pessoas com dores persistentes nas costas adptam muts vezes uma postua caracerística para minimi z o movimento da parte nferior do dorso Os outos problemas da mobilizção saltam geralmente à vista devendo o enfermeo conhecer a forma como a pessoa lida com eles. Há que obter informação porme norzada no caso de deficientes físicos para que o plano de enerma gem lhes mantenha o máxmo de ndependência incluindo o uso per manente de auxiliares de mobilzção. Aprecr a rotinas de trabalho e dtracão constitui uma pare unda mental da apreciação geral do doente Pela maneia como a pessoa fala dessas acividades o enfermeiro perceberá o que ela considera desaos ou o que é lhe aborrecido ou stressante. condições fsicas do local de trabalho podem ter conribuído para o acidente ou doença que precisa de atendmento na cínca ou internamento hospitlar. Por outo lado pode rever-se ou suspeitarse de dificuldades nas relações sociais de vido a problemas de personaldade ou doença mental No caso de pes soas em desemprego forçado será imporante conhecer as diiculdades inerentes a essa situação. Aprecr a AL exprimir sexualidade implica observar a forma como as pessoas exprmem geralmente o seu género por exemplo a forma de vestir o uso de cosmétic os e assm por diante. Não é costume ser neces sáio nem apropriado fazer uma apreciação específica a menos que os problemas ou potenciais problemas d pessoa esteam d alguma forma assdos à seldde ou ao sexo e reprodução; a maioria ds pessoas acha difícil falar com estranhos sobre esta tão ínma. No entanto o enermeiro que faz a observação perceberá sinais de expressão de sexualidade ou indicadores de ansiedades relcionadas com a A exprimir sexualidade. Com tcto o enfermeio poderá criar u aos fera em que a pessoa se snta capaz de discur problemas e doeças relacionadas com o sexo (caso seja pertnente) e em determads crcunstâncias toarseá necessári u a apreciação pormenorzda Apreciar as rotinas de sono tem ua grande mportncia na prea fase para que os efermeros recolham inormção relativa àsai' dades de enermgem desnadas a promover o sono ; essoas
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costumam contactar o pessoal de saúde por problemas específcos do sono, enquanto tais, mas, independentemente do motivo para contacta o serviço, é importante para a saúde haver um sono adequado. A pro moção do sono requer conhecimento das rotinas habiuais da pessoa e uso de quaisquer medicmentos Apreciar as necessdades dos morbundo consttui um papel impor tante do enfermeiro, tanto na comunidade como também nos hospi tais, lares e unidades de cudados paliatvs Embora tenhamos ncluído a AL morrer na nossa lista de 12 , a (
A apreciação não é uma actividade que se realize uma vez só, sendo reco lhidos dados adicionais à medida que os enfermeiros têm mais oportunidades para falar e obsevar as pessoas no decurso dos cuidados. Que os dados suple mentares seam obtidos e regstados diariamente, ou com menor frequência, é algo que depende de factores como a condição da pessoa, a duação da perma nência no hospital, clnica ou unidade de cuidados paliativs, ou da frequên cia das visitas, no caso de a pessoa estar em casa ou frequentar uma clínica Da mesma forma, a quantidade e tipo de informação recolhida sobre as ALs variará de acordo com as diversas circunstâncias, informação essa que poderá nem ser relevante Consequentemente, a apreciação não é uma rotina rígida realzada num determnado momento e num padrão fixo, mas uma ac tividade contnua que terá de se ajustar às circunstâncias de cada indivíduo A apreciação aplicase tanto às pessoas que estão no sistema de cuidados de saúde para vigilância ou manutenção de saúde como às hospitaliadas para investigações e/ou ratamento de doenças Alguns enfermeiros pensam que a identficação dos problemas dos doentes não se aplica à manutenção e promo ção da saúde, mas o obectivo de uma vida saudável é evitar que problemas potenciais se tornem reais, e o processo de problemas potenciais dos reais nas ALs é o mesmo que se aplica à Seja qual for o estado de saúde ou de doença, o eermeiro recolhe infor mação sobre as da pessoa ao mesmo tempo que toma necessariamente em conta a fase de vi da um dos componentes do modelo No nosso formuário Anexo 2) há um memorando para as «rotinas anteriores» da pessoa, sendo necessário recordar que estas terão sido moldadas pelos factores biológicos, psicológicos, sociocuturais, ambientais e políticoeconómicos outro compo nente do nosso modelo Lembramos ao enfermeiro o contnuum dependência/ /independência do modelo pelo título o que pod/não pode s er feito de forma
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MOEO E EAE
Ü MODELO E NFERAGE OPE-ONTIEREY
independente». E há uma ajuda, (
rotinas anteriores que a pessoa consegue fer de forma independente; que a pessoa não consegue fazer de forma independente mecansmos anteriores de copng; quais os problemas da pessoa, tanto reais como potenciais, nas ALs relevantes
Ide c os problemas do d vduo A identicação dos pr oblemas do indivíduo é a act ividade nal da f ase de apr eciação do pr ocesso de enf erma gem Tal como ficou dit o, o papel do enfermeiro é permitir que o doent � /ut ente evite, alivie ou r esolva, ou lide posit ivamente com os problemas r eas ou pot enciais) relacionados com as AL s. A presença de pr oblemas r eais como dor, per da de sangue, anorex ia, pi exia, depr essão a guda, culdades de apr en diza gem) poderá ser em muitos casos óbvia para a pessoa e par a o enf ermeio.
M as há que lembr ar que poder á haver um (
art erial alt a) ou u m (
para essas possibilidades irá assegurar que elas são explor adas durante o de curso da apreciação
Quando se t r ata de identicar pr oblemas potenciais, o maior conhecimen
to do enfer meio dos f act ores que predispõem à f alta de saúde e das complica ções da doença e do tatamento toa possível r ecolher nformação que o doent e poderá não presta espontaneamente O conceito de problema potencial r ealça também os aspect os de manutenção e pr omoção de saú de da enfer magem. O elenco circunstanciado dos problemas da pessoa, t al como foi determi nado pela apreciação de enfermagem, é cada vez mais referenciado como «dia gnóst ico de enfermagem A relutância da enfermagem em utilizar essa expr es são (pelo menos no Reino U nido) poderá dever-se a que o diagnóstico» d t ra dicionalmente r espeito ao papel do médico. M as o diagnóstico de enf erma gem é de fact o uma descrição dos problemas nas AL s de que as pessoas sof rem ao passo que o dia gnóst ico médico se debruça em geral sobre alterações patológicas. Uma pessoa com um diagnóstico médico pode até ter diversos dia s ticos de enfer ma gem. Nestes últ imos anos t emse feito bastante t rabalho, especiamente n�_Ç" -,
r ica do Not e, pra desenvolver um mét odo de classificação dc Ji�gÓq1
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Ü MODELO DE NFERAGE PER·ON-T!ERNEY
exerce essas actividades específicas, o enfermeio fará também muitas outas coisas-o que MELS (199) chama «a actividade diária do trabalho de enfer magem». Para executar as intevenções de efermagem os enfermeiros apoiamse numa amálgama de competências- que vão desde o escutar faar ' observar até o ajudar e, talvez até, o não ajudar deliberadamente d �rante o seu con: �acto com a pessoa ao longo do tempo. ode acontecer que algumas destas ntervenções espontâneas ou aparentemente triviais devam ser registadas. formulário deste modelo não tem uma secção com esta intenção e nós suge rmos o uso de uma folha de papel ou docwento separado que se poderia chamar
1 :�g em se não se puder demonstrar que os result ados apresentam algum bene f co para aqueles que foram sueitos a elas. A ssim, a quarta fase do processo
de enfer a?em a avaliação - é crucial e, por seu t urno, à medida que as c1rcunst an1a e problemas da pessoa mudam, ela proporciona uma base para uma aprec1açao e planeament o contí nuos De iní cio, a fase de avaliação do processo causou m uitos obst áculos aos enf ermeirº· Não de surpreender, visto que se t rat a de uma quest ão extrema � co ple o que não se aplica apenas ment e d1fc1l enf ermag em. Formulado �' de uma manea s plfcada, o ob ectivo da avaliação é descobrr se (e at é que o alcançados pont o) f oram ou na (ou estão a sêlo) os object ivos est belecidos Nesse sent ido, a avaliação corresponde a um t ipo co hecido como a«avaliaçã dos result ados>). A s competências ut ilizadas na avaliação são na sua essênciao semelant es às ut il _izadas na apreciação observa, perg unt ar, examinar, test ar e medr Na aprecação, estas são ut ilizadas parobt er os dados da li ha de base ao p _sso que, na avaliação, para descobrir sos object ivosaça dosest ão a ser ou n� alc�nçados: por ouas palavras, a avaliação implicaa comparação com um obecvo. Sempre que um object ivo é alcan ado, a int evenção de enf ermag em torna -e redundante �? ent anto, é necessário perg unt ar Ü object ivo traçado t erá s1do pouc� ab1c100 ?» A respost a poderá ser dada por uma nova pondera _ Na falt a de realização çao do obect vo n1c1al. satisfat ória do objec vo 0 enf ermeiro poderá perg u ta r:
DEO DE NE, E
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Elefoi parcialmente alcançado ou será necessáia mais formação antes de pensar prosseguir ou adapar a informação? O problema encontrase alterado, ou estabilzado, e deverseia pa rar a tevenção de enfermagem? O problema piorou e deverseia rever o objectivo e a intevenção pla neada de enfermagem? Será que o obecvo foi incorrecta ou inadequadamente formulado? O obectivo requererá ntevenção ou ntevençes de ouos elemen tos da equpa de cudados de saúde? A útima perguta reconhece que a conibuição dos outos téccos de uma equpa mulidisciplnar influencia e nterage inevitavelmente com a pró pria ntevenção, sendo raro que se possa isolar a intevenção de enfermagem, relacionando assim, dectamente o resutado com o input. Consequen temente, a fase de avaliação do processo de efermagem é dificultada pelas respecvas complexdades. Um desao poante para o fuuro da enferma gem será melhora e expandir as nossas competências de avaliação Defendemos a documentação em formato de processo, tal como se ilusa na fga 3.7 O objectivo da utlação das fases do processo é individuala a enfermagem A dividualização é um processo dinâco e a figura 3.8 ilus ao, ao utlizar o nosso modelo de enfermagem como quado conceptual. forma de pósescrito o objectivo de ndividualiza a enfermagem (aa vés da sua conceptualização na foma proposa neste captulo e da sua docu menação no formato de processo) não deverá consttuir ma meta únca A documentação pode azer grandes sasfaçes os enfermeros não abalham numa escala de 24 horas e de volta ao seviço podem ler o que se passou na sua ausência, o que conibu para u sentido de continuidade e paicipação. Na realdade é o registo escrito º1 computadorizado) que faz a prova da continudade. Os documentos podem ser elaborados por forma a que façam pare de um programa de controlo relacionado com a qualidade do seviço de enfermagem dêem formação factual aos gestores quando por falta de efermeos há que omir ins do plano de enfermagem dêem informação factual aos gestores quando, devido à falta de recu sos há que planear uma intevenção de enfermagem de seguda escolha dêem informação que possa ser ulzada para defesa contra as quexas dos doentes em conteo legal ajudem os enfermeiros a descrever a contribuição da enfermagem para o programa global de cuidados de saúde o que é especialmente mpor tante quando se faz um pedido de fnanciamento justifiquem a remuneração adequada do pessoal de enfermagem conibuam para base de dados da investigação em eferage
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desde o início posta inteiamente de pate po alguns círculos. Poderá agu mentar-se que os primeiros crticos dos modelos estavam simplesmente contra qualque forma de evolução que apaentasse ter uma nauez «académica» e po isso os modelos de enfermagem foam sumariamente ejeitados como mea «teoização de cadeia». Pelo contrário vê-se que as cticas mais recen tes ao modelo que se enconram na literatura sobe efemagem epresentam conribuições de maior seriedade paa um debate mais esclaecido sobe a forma como se pod e conceptualza «a naueza da enfermagem». Alguns dos escritos sobe os modelos centraamse apenas no poblema paicular da sua utilidade prátic (KY, 1993; LU, 19�8) mas incrementar o valor dos modelos está também a ser cada vez mais debatido no contexto global da consução do saber em enermagem Tas debates consituem um desao e ajudam a levantar problemas importantes sobe lhas de investigação para o avanço dos conecimentos e da pática da enfermagem. O artigo de DRAPER (1990) exemplfica os escitos mais pormenoizados e aalíticos sobre a «teoia da enfermagem» que começaram a emnar do Reino Unido nos anos 90. No entnto sobre a questão especíca do que se considera o valo dos modelos de enfemagem DRAPER concluu que pelo menos no ReinoUnido tem havido u adopção geralmente acíc dos enqudramentos ameicanos e pouco impacto comprovado dos modelos na enfemagem clíni ca CASH (1990} examinou mais de peo alguns desses quados teóicos e con cluiu: « que acontece (nos modelos de enfemagem é que a enfermagem é defiida de foma tão ampla que perde a sua identidade», Na verdade este autor foi ao ponto de propor que «a pocura desses esquemas deveá se eti ada da agenda dos teóricos de enfemagem» As opiniões de CASH (1990) e DAPER (1990) não consiuem críticas isola das. Outros sugeiram que os modelos de enfemagem podem ter sido mesmo pejudiciais paa a aquisição de cohecimentos de enfermagem na medida em que inibem o desenvolvimento de linhas teóricas altenaivas e mais utuosas CHALMERS e col. 1990) E emboa econhecendo que os modelos de enfrma gem podem ter constituído «um passo fundamental no incio do desenvolvi mento teóico da enfemagem BILE (1992) argumentou violentamente que eles se tonaam agoa edundantes na práica q popôs que o inuitivo de veia substitui «o empico» como via pincpal da constução teóica da pática da enfermagem. Tais argumentos esumem a polarização cescente enfemagem entre defensores das difeentes escolas de pensamento teóico No contexto norteameicano permaneceu uma polarização cescente de opiniões que duou mais tempo do que no Reino Unido e o ago de (1995) faz a hábil análise das tensões ente as pespecivas modeas (isto é essencialmente positivistas) e as pósmodenas tato em termos geais como especificamente em relação aos modelos de enfermagem «Na era pósmode na» obseva o «estes modelos foram encarados como ideias a everenciar
VAAÇÃO no MOEO
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a pesevar sem alteações e a uliza na sua pu eza.» Agora, nos anos 90, aponta a autora, os modelos de enf emagem estão a se depreciados c om o f undamento de que a «enf ermagem amadueceu e já não necessita de modelos concep uais para o desenvolvimento do sabe e da pática Ro encara a possibildade de uma ea subsequente ao pós-modernismo em que o pensa mento teóico da enfemagem adpte uma «losoa abeta e diversas for mas de teoização, e, neste cenário, argumenta REED, haveá um papel pema nente paa os modelos de ef ermagem.
Papel dos modelos de enfermagem Qual é então o papel dos modelos de enfemagem? Na verdade essa questão já foi espondida no capítulo inicial desta monogafia Tal como se explicou a os modelos de enfemagem paeciam (pelo menos aos pimeios enfemei ros teóicos americanos) uma forma frutuosa de tenta começar a pensa teo icamente sobre a enfemagem: eles propocionam uma forma de esponde à difcil questão «Ü que é a enfemagem?» Reflictase mais uma vez sobre o que os proponentes dos primeiros modelos de enfermagem faziam eamente se gundo a explicação de ELL (195) que disse Todos temos uma imagem pessoal (conceio) da práca da enfermagem. Por sua vez, esa magem pessoa nfluencia as nossas nerpreações dos dados as nossas decisões e acções Mas poderá uma discplna contnuar a desenvolverse quando os seus membros possuem tantas e tão dvrsas imagens pessoas? Os proponentes dos modeos conceptuas da prática procuram que nos conscencalzemos das nossas imagens pessoas de forma a começarmos a idenificar os pontos comuns das no ssas percepções sobre a naturea da prátca e a drgr-nos no sentdo de um conceto mehor defnido
Notese que ELL se refee a «conceito» no singula A ideia de sugi um úico conceito uficado de enfemagem uma «visão universal» da discipli na foi inicialmente encorajada po alguns enfemeiros teóricos (po exemplo lEHL e R 1980) Mas o facto de diferentes modelos teem sobevivido à passagem do tempo tem de ser intepetado como significando um valor pr cebido (ou pelo menos toleado) na coexistência de divesos quadros concep tuais na enfemagem e não como uma todapodeosa exigência de um único. Pelo contáio, tem havido esfoços paa sublinhar as semelhanças ente os enquad amentos existentes e, nos anos 80, eles foram condensados na iden � cação de quato conceitos- «pessoa, «ambiente, « saúde» e «enfemagem - que, no seu conjuto, constituem o que FA WCE I (1984) desceveu com< u «metaparadigma» da enf ermagem. Emboa esta conceptualização tea
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muito utilizada MELEIS e TRANGENSIN (1994) defenderam mais recentemente que interpretações muito diversas dos conceitos metaparadigmáticos e a escassez do seu desenvolvimento sistemático ao longo do tempo levanta agora a questão de se saber se será útil dar à disciplna da enfermagem uma definção coerente e uma direcção clara para o desenvolvimento dos cohecimentos. Então onde é que isto coloca hoje os modelos de enfermagem?
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Lugar (e natureza) dos modelos de enfermagem
Um dos problemas de tentar discutir o lugar dos modelos de enfermagem no mutável panorama da teoria de enfermagem é que muito do debate teórico desta disciplina tem sido seguido de perto por imprecisão e confusão terminolgicas Os modelos de enfermagem têm sido reridos como flosoas quadros conceptuais, paradigmas teorias grandes teorias e meta-teorias FAWCE (1995 continua a defender a expressão «modelos conceptuais de enfermagem» e a sua defnição introduzida mais atrs neste texto) auda a tornar a reflectir no quadro da presente discussão: Os modelos conceptuais são compostos por conceitos -que são palavras que descrevem as magens mentas dos fenómenos - e por poposções - que são afrmações qe expressam as relações ente conceitos. Um modelo conceptual, por consegnte é concebdo como m conjnt de concetos e de poposções qe ntegram uma confgração signicatv
(fAWCE 8)
FAWCE sublinhou consistentemente, que um modelo conceptual não é uma teoria Em contraste MEES (1997 tem um ponto de vista mais aberto que alarga o termo «teoria» aos quadros conceptuais e reeita a visão restrita que o reserva apenas para as afirmações verifcadas pela investgação No en tanto a insistncia de FAWCE sobre a difereniação entre modelos e teorias pode ter alguma utilidade Tal distinção faze em termos do nível de abstrac ção no contexto do que ela refere como (
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VAÇÃO, O OO
Behavioral System Model de Dorothy Johnson; Systems Framework de Imogene King Conservation Model de Myra Levine Systems Model de Betty Neuman Self-Care Framework de Dorothea Orem Science of nitary Human Beings de Martha Rogers Adaptation Model de Callista Roy.
De uma forma geral os autores americanos incluindo FAW não reconhecem os modelos de enfermagem com origem fora da América do Norte não estando pois o Modelo RoperLoganTierney includo nesta lista m problema importante na avaliação do nosso modelo é determinar se ele é ou não um vrairo modelo de enfermagem por outras palavras o Modelo de Enfermagem RoperLoganTierney obedece à definição do quadro conceptual de fAWCE? -
Será o Modelo RopeLogan-Tierney um veae modelo de enfermagem?
Ao considerar esta questão é importante ter em mente que o primeiro texto de FAWCE sobre modelos conceptuais só foi publicado em 1985 e nós quase não tínhamos literatura geral de apoio sobre «teoria da enfermagem» quando nos anos 70 começámos a trabalhar no nosso modelo Familiarizámo-nos com os primeiros modelos produzidos na América do Norte por exemplo, ÜRM, 1971; oERs 1970; RoY, 1970) porque conhec amos esses desenvolvimentos através dos contactos de Win OGAN com os Estados nidos da América e a descoberta de Nancy orER da publicação da «Concept formalization in nursing do Nursing Development Conference Group (1973 quando estava a elaborar a sua tese de doutoramento A !itera' tura teórica deste tipo era todavia rara nas bibliotecas britânicas de enferma gem dos anos 70. Tal como á reconhecemos, fomos realmente muto ifluen ciadas pelo enunciado de Virginia HENDESON dos princpios básicos dos cuidados de enfermagem publicado pela primeira vez em 1960 (HENDERSO, 190. No entanto esse trabalho não foi apresentado sob a forma de um mo delo de enfermagem p s e os primeiros modelos que estudámos davn poucas indicações sobre os princpios ou processos de conceptualzação que entram na construção de u modelo Na realidade teríamos mesmo ue fessar que achámos alguns modelos americanos difíceis de entender A base para o nosso próprio modelo não reside então na (teoria d en� magem» mas, tal como explicámos no princípio do Captulo 1 as ieias Çs: cas do Modelo RoperLoganTierney evoluíram isso sim, a partir de ,
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0 MODEO E NFERAGE OER-LOANTIERY
projecto de investigação sobre a experiência clínca na formação de enermagem que tinha sido iniciado por Nancy oPER nos princípios dos anos 70 {oER 1976a, 1976b, 1979. The Elements ofNursing não fi escrito com o objectivo primordial de contribuir para a literatura de enfermgem teórica, mas, tal como já explicámos destinava-se essencialmente a objectivos eduacionais e tinha o objectivo específico de apresentar um manual de ntrodução à enfermagem, no contexto de um quadro conceptual, para «ajudar os alunos a desenvolver uma forma de pensar a enfermagem para além das fronteras dos diferentes grupos de doenteutentes e diferentes seriços de cuidados de saúde». É claro que, para além disso, vimos as potencialidades do modelo para dar um enquadramento aos enfermeiros em exercício que os ajudasse no uso do processo de enfermagem, o que, na altura estava rapidamente a ganhar terre no na enfermagem britânica. É que sem um quadro concepual os enfermeros encontravamse em dificuldades para descobrir uma forma de operacionalizar o processo)> na prática. Encarámos realmente o modelo como um enquadra mento que ajudaria a enfermagem britânica a afastarse mais rapidamente da sua forte adesão ao modelo médico. Assm, tal como já foi explicado, o Modelo de Enfermagem RoperLoganTierney centrouse deliberadamente nos aspec tos independentes da enfermagem (isto é da iniciativa do enfermero embora não ignorndo as suas funções dependentes (isto é, prescritas pelo médico eas actividades intedependentes (isto é, interdisciplinares em que o enfermeiro se empenha. O modelo emergente o de Enfermagem RoperLoganTierneyestá des crito na presente monografia. Teríamos nós ou teremos nós justifcação para rotulálo de modelo de enfermagem? Será ele um verdeiro modelo de enfermagem? O princípio cental da definção de um modeloconcepual de FAWC (1984 é q�e ele deverá compreender um conjunto de conceitos e de afrmações que os ntegram numa configuração significativa Numa denção anterior e li geiramente diferente, IEHL e R (1980 colocaram uma ênfase semelhante na ideia de que um modelo de enfermagem tem de ser sist ematicamente cons truído e centrado à volta de um conjunto de conceitos logicamente relacio nados> É óbvio que a apreciação defnitiva quant ao Modelo RoperLogan -Tierney, preencher ou não os princípios fudamntai da conceptualização, tem de ser deixado à decisão dos leitores e críticos, nas defendemos que o nosso modelo preenche os requisitos conceptuais básicos O conjunto de conceitos» que constiuem o Modelo RoperLoganTierney são os cnco Componentes do modelo, tal como foram descritos noscapítu los precedentes, nomeadamente: Actividades de Vida (ALs Duração de vida •
VAIAÇÃO O MÓO
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Continuum dependência/idependência Factores que ifluenciam as Ls Enfermagem indvidualada (baseada na ddualdade de vda. .
Estes conceitos estão logicamente relacionados» ( e ROY, 1980 por exemplo, as ligações ene Ls e duação de vida e enre duração de vda e otinuum dependência/independência foram repedamen e destacaas nos dois capulos anteriores. Além disso, pode verse que os cco concetos do modelo integram uma «coguação sigcaiva» FAWC 98 . Embora a gura .1 seja uma orma simples de representar a configuaçao geral do Modelo RoperLoganTieey, é claro que só aavés d estudo do texto que a acompanha é que os leitores poderão entender as relaçoes enre duas ou mas das pates que compõem o modelo e compreender o odeo global, bem como os valores e suposições que tanto estão subacentes as partes oo ao todo. Nucà será de mas armar a mportâca de estudar o texo gado a este (ou a qualquer modelo de enfermagem. Por exemplo, é só a partr do texo que se compr ende que º model de de ar enfermagem s baseia desde o incio num modelo de vda. O raconal o «cuidar» com o «viver relecia a nossa consciência crescente d que a aude e a doença das pessoas estão inextricavelmente ligadas ao seu eslo de v da e, mas ainda, que as pessoas necessitam de enfermagem em ger l por peodos curtos e, consequentemente, o prncipal objectivo do efermer dvera ser o Poder n o parecer de pertubar mamente o estilo de vida estabelecdo. hoje um pensamento muito avançado mas esta era uma perspecv a ovadora _ uma pers no Reno Udo dos começos dos anos 70. E é teressante que sea petva da efermagem e dos doente/utentes que gou ímpeto nos anos que se seguiam e se adapta bem à evoluçã contempra ea dos cudados de tendencas uuras. saúde, no seu todo, e também s suas provaves Em ambos os modelos (isto é, o modelo de vida e o modelo de enferma gem, fulcro conceito pivot é descrito em term de A ct vidad de _ paa Vida sendo este nstrumento que escolhemos (como Jª explcamos conc�pualiar complexo processo de iver». s 12 são apresendas no centro do diagama do modelo (ig. 4.1 a fim de salientar a centraldade deste conceito, tanto para o «viver» como para o prestar cudo de efermagem. E, por sua ve, a maneira como denimos enf ermagem e congruete com esta conceptualiação nomeadamente que a enfermagem se centr no «ajudar as pessoas a evitar, aliviar, resolver ou lidar com problemas (re o potenciais nas suas ctividades de Vida• (RO e col., 1996, P· 35). Et" deuse que os problemas nas ALs dos doentes estavam cl r men e u ! nossa denição e eram reais ou potenciai, o que perma assª wl colocar tanta ênfase na prevenção e promoção de sade com na u ,� doentes com os seus problemas reais. Todos estes aspectos do 0
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Figura 4.1
M ODELO E NF ERAGE oPR OAN-T1RNEY
VAIAÇÃO DO MOELO
devidmente apreciadas pelo exame pormenorizado das anteriores descrições do modelo Outras fontes essenciais para a literatura sobre o Modelo Roper oganTieey (ver RP e cl) incluem os textos publicados em 1981 e 1983, um dos quais lusava o u so da versão inicial do modelo com o processo de enfermagem, enquanto o outro utlizava o modelo em diversos contetos de prátca; uma série de agos no Nusing M de 1983; capítulos do lvro KRHW e SALVAGE (1986) e, mais recentemente em textos americanos de HoNWALKE e EUMAN (1997) e M TY e LLIGOOD (1998). Fontes menos mportantes incluem numerosos rtigos em revistas de enfer magem que se referem ao nosso modelo {mais adiante mencionaremos u selecção deles) capítulos sobre o Modelo RoperLoganTierney em diversos manuais de enfermagem (por exemplo, GGLTON e CHR 1986, 2000 F 1990, 1996 PEARON e AUGAN, 1986 1996) e também um livro de NON (1992) baseado no nosso modelo Claro que as ntes secundárias que precedem a fonte principal de informação sobre o modelo (agora esta monograa) eso, por denição ultrapassadas e, infelzmente, a incapacida de de r buscar a versão mais recente do Modelo RoperLogan-Tierney tem sido uma característca habitual deste tipo de literatura É, claro está, uma literaua que permie uma apreciação do modelo e que não se baseia apenas nas nossas afirmações e refexões mas também (o que é importante) nas obser vações e críticas de outos que não fizeram nele um nvestimento pessoal
O Mdelo de E nt n agem Rper
sublinhad ob'ecfIV O
-L g an- Tieny
s e d"�cun·d . os os capí t ulos at eriores Reit erámo-los aqui c om o re recc1oar a ateção para a c onc e pt ual z i a ç ão que sub fa
z ao no!so mo d e o e para poderar se se poderá diz er ou ão que o Modelo de E erm�g em Roper Log a T ierey sat i lo de en �rmagem Defendemos que s az os equsios básicos de um m ode o nos
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so m . os gre d1es que f WCE (1984' 1995) 1"der odelo contém reament e todos " cou: omeadamet e' um claro . « conu • o de ntegram numaconcetos» e uma ex plicação def nida da f orma como eles se conf guração
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153
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1996
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Não há dúvida de que ao longo dos anos o Modelo RoperoganTieey se tornou muito cohecido no Reino Unido e noutras partes da Europa e que, até à data, e em resposta aos pedidos, o The Elements fNusing foi traduzido do inglês para oito línguas (holandês, estonano, fnlandês, alemão italiano lituano, português e espanhol) O modelo também atraiu alguns seguidores em partes mais distantes do mundo África Austrália América do Sul Índia e Extremo Oriente por exemplo o que fcamos a saber pelas vendas do Th E/ements Nusing ou por contactos diectos A recente nclusão do modelo em dos textos americanos (HloN-W ER e N, 1997; MR T oY e Lucoo, 1998) refecte o actual recohecmento norteamericano dest_ modelo de enfermagem britânico e, mais geralmente, o seu recohecmeno da crescente contribuição europeia para a enfermagem teórica No entanto embora haja indicadores de um nteresse generalzdo pl9 Modelo RoperoganTieey, é dfícil medir o impact de qualquer <lo de enfrmagem Os levantamentos feitos na América do Norte (qr eem HALL, 1979 }ACOBON, 1987) encontraram uma familiaridade co s conceptuais já bem implantados Menos cil i encontra provas do
154 Ü MODELO DE NFERAGE OPER-OGNTIERNEY directo. No Reno Unido,juK (988) comprovo qe, na sa maior pate, os modelos de enfermagem eram encaados como «problemas paraa sala de ala» embora em algns desses levantamentos também fossem considerados como enqadamentos para a apreciação do doente, sendo o Modelo Roper-Logan -Tierney m dos preferido nas áreas invesigadas Ao longo dos anos, o Modelo RoperLogan-Tieey tem sido mito ensi nado nas facldades britânicas de enfermagem e, em todos os locais onde tem sido posto em prática, temse tornado m dos mais poplares do Reino nido. É óbvio qe não se pode aferr até qe ponto o modelo tem tdo ma boa ilização, tendo á sido dito qe o presw�o «so do nosso modelo signi ca por vezes poco mais do qe a adopção da termnologia das sas na docmentação de enfemagem sem qe haa m so evidente dos ses otros conceitos Todavia, encontamse na lteraa algmas provas de bom so do modelo na prática e na formação, tendo enconado ao longo dos anos 40 atigos {pelo menos} qe descrevem a sa tlação No entanto, torna-se difícil fazer u bsca abrangente e sistemáca na literatra, dado o modelo ser raramente nomeado nos títlos o palavraschave o mesmo dectamente no corpo do artigo, embora o conteúdo, se apoie explícita o implcitamente na lista de ALs de Roper-LoganTieey o no modelo global.
Conibuição do modelo É impossível avaliar com obecvidade a conibção do Modelo RoperLogan Tierney para a teoria o prática da enfermagem Antes de examnar as pers pectivas expressas por otos, faremos a nossa própria avalação Qeremos salientar especialmente algns aspectos da sa conceptaliação da enferma gem qe se poderiam consdera novadores (senão úncos) na alta da pr mea pblicação, e qe anda reptamos com nteresseactal e ftro
Rs a a fag a ca / Cremos qe o modelo foi novador, pelo menos na GrãBretanha, ao oferecer ma forma de conceptalizar a enrmagem em qe se dava proemnência aos aspectos independentes da prática isto é, da iniciaa da enfermagem) em vez dos aspectos dependentes (isto é, delegados pelos médicos). Aavés da fação nas e na ndvidalidade dos doenteclientes, o modelo oferece ma forma de libetar a enfermagem da sa adesão de longa data ao modelo médico (isto é, focalado na doença) qe domino os cidados de saúde no mndo ocidental do séclo x Mas sblinhamos ao mesmo tempo a eseita
VÇÃO DO MODELO 155 relação entre as ALs e os sistemas corporais, o qe estabelece ma ligação clara entre a preocpação do médico com a condição de doença do tente e a preocpação do enfermero com necessidades mais amplas qe têm or�g m no efeito da doença nas ALs do doente. Deslgar a enfermagem da med1cna de forma mais radical seria spomos tão inaceitável como desadeqado Mas nem todos concordam com isto BIY (992 agmento qe o nos so modelo representa poco mais do qe ma mdança de rótlos: por e em plo, a nova rotlagem do sistema respatório na AL respia . relaçao a essas críticas, P (997) sgeri qe o Modelo RoperLogan-Terney tem sido excessivamente critcado como «ma abordagem orientada para a me dcina, materialista e redcionsta e adverti qe «pomos de parte, com. emasadodesembaaço, ao qe é smples e cl de compreenr, e qe nona bem em ligação com a prática médca O facto de o nosso modelo ser encaado (pelo menos por algns) como m enqadamento qe pode coexisti com o modelo médco pode anda vr a revelar-se dos ses pontos fortes pacla res, na medida em qe amenta a necessidade de médicos e enfermeiros (e na verdade todos os elementos da eqipa de cidados de saúde) tabalharem mais de peto nos cdados diários dos doentes, faias e comnidades
Da êfas a fat saú para a êfas a saú Da mesma forma afmaríamos qe a focalização do nosso modelo nas Acividades de Vida também oerece ma forma de mdar para a saúde a ênfase qe a enermagem coloca na falta de saúde. Embora o «orientação para a saúde á estivesse a ganhar terreno na altraem qe começámos a tabalhar no nosso modelo, a sa operacionalização era mito limitada na prática diária da enfermagem No f de contas, fo só nos nas dos anos 70 qe a Organa ção Mndal de Saúde começo a promover o conceito de Cidados de Saúde Prmários (OMS/CEF, 978). Agora, nos anos 90, os Governos de todo o mndo promovem os alvos de saúde reconhecendo-se qe os maiores ganhos no nvesmento com os cdados de saúde não resltam dos avanços médcos mas das mdanças de estilo de vida pessoal. Neste contexo, nada poderia ter mais relevância do qe m modelo de enfermagem cenrado no conceito de ALs Ele enqadra-se bem no conceito de «prátcas de enfermagem para pro moção da saúde Não aceitamos o argmento avançado por LI e HCK (996) de qe a ênfase na pr omoção de saúde é ncompatível com os paradigmas (como o nosso modelo) qe abarqem o processo de enfermagem e não o aceitamos devido à sa excessiva polaração Acreditamos qe o_nos so é m modelo interamente congente com ma ênfase cada vez ma n_q , estilo de vida sadável e de nteresse na Saúde Pública e, ainda, q p_co provável a inversão dessas tendências qe estão agora a ganha for·
156 Ü MODLO ENFRAG OPR-OGATIRNY
VÇÃ0 M0
Co mple xidade da en f er magem
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O Modelo Roper-LoganTieney tem o base deas que lhe vêm da prátca e ode ensa-se qe tem tldade rta aa autêntos enfemeos qe dem de essoas autêntas.
nosso moelo tamém teve e t em, uma contr ibuição qu � zn ( enc 1 m a s AL, uma f orma de apre a avés do conceit o de xdade d� 1ndvdualidade dos doentes, f amília e cciar a amplit ude e compledoença sao pr odto de um conjunto complexo de omunidades. A saúde e a nos e da respeca nteracção A inclusão de fact f actor es internos e ext er res biol ó g i co s e p si c ol ó g i c o s no mod :Io nao era nada de novo nos anos 7 0oe a r eevância dos fact ores soc z.oc ul :ur a z est �va a g anhar aceit ação na enferm ag e m A atenção aos f act or es mb1ent a s no est va todavia muito esenv olvida e não há qualquer duvda d e que a nclusao dos f act or es pol í t ic o-ec onmi co s no nosso modelo er nova para a época embor a f aça ag or a part e int eg ra ne dos sist emas d e cudados de saúde de t o
Embora a distância entre a teoria e a prática da enfermagem sea lvez inevitável e até deseável F e col, 1996), é pouco provável que uma teoria sem qualquer semelhança com a realidade e mistificada por uma lin guagem cifrada tenha qualquer impacto nos enfermeiros e m exercício. TIN (1996) acredita que a principal razão da reeição da teoria da enfermagem pelos enfermeiros no terreno é a percepção que se tem ge ralmente dos teóricos como enfermeiros alheios à prática percepção essa que é agravada por um «elitismo retórico Pelo contrário o realismo e a acessibidade do Modelo Roperogan-Tierney têm sido as razões do seu impacto e sobrevivncia
nfermagem individualizada
Críticas ao modelo
do o mundo.
T alvez a cont r ibuição mais d ir ect a do nosso m odeo f osse em t ermos do enqua�ramento que of er eci à operacionalização d o pr ocesso d e enfermag em ron1cament e, a su� adopçao explí cit a do pr ocesso d e enfer mag em pode muit o bem e ag or a r azao par a a sua r ejeição, pelo menos nos cr culos em que 0 descr edt o do r cesso de enf er mag em se t or n ou o dog ma mais r ecent e (VACOE T oav1a, ºs Ior es que subjazem à conceptuali zação de enf er mag e . ndvdualza a s1g cam essenciamente o mesmo que as ideias que acabar am por se descr t s em N e N ur sin g (SAL VG E, nada havendo no modelo _qu sea essencalment e " ncompat vel com os int er esses que se desenvolve r am mas r ecen emente na enf er mag em em t or no da i deia de «cuidar » e dos ideais de delegaçao d e r esponsabilidades
96 _.
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1990),
a aessível a teria da enfermagem
Sugerimos po ' que o Modelo RoperLogan-7ieey teve e continua a er _ para a enfermagem n a medida em que apresenta a uma onr1bu1çao pos1va «teora a enfermagem �ob uma forma acessível e aceitá vel para os enfermei ros pracantes. Temse dto que a careza da nguagem que envolve modelo refecte a clareza �o pesamento ocK e YD 1992). GIRT (1990) do modelo encoraou 0 reconhecimento �nsdera que a evdente simplicid ade entre teóricos e práticos O Modelo um terreno omum de comun1caçao Roper :Logan-T1erney parece refectir o que Mws (199) refere como repre senaçao core te da do abaho de enfermagem» NE (1992) conclui a sua aprec1açao do nosso modelo elogiando a sua fundamentação no real
Vamos agora observar com mais pormenor o que outros tm para dizer sobre o nosso modelo A opinão sobre o Modelo Roper-ogan-Tierney parece ter, de uma forma geral um saldo positivo pelo menos a avaliar pelas provas disponveis. A condenação aberta do modelo tem sido rara, pelo menos sob a forma de pubcação Um dos primeiros «ataques» publicados ao nosso mode lo veio de um médico britânico M CH 1984; ver também TIY 1984) embora a sua principal preocupação tenha sido aparentemente a documenta ção demasiado complicada em uso na sua enfermaria e relacionada com o modelo Na origem das suas críicas estaria na readade o processo de enfer magem e não o modelo E contraste uma das críti cas mais sonantes ao nosso modelo, e vinda do iterior dos crculos da enfermagem do Reino Unido, censurou a excessiva simplicidade e não a complexidade do modelo (WAH, 1991) A sua aparente falta novidade também á foi criticada tal como já mencionámos BnY (1992) não lhe enconrou qualquer conceptualzação nova e LISTE (1992) exprimiu um ponto de vista semelhante ao sugerir que o nosso modelo permite que os enfermeros preservem o staus quo ao não «pôr em causa os pontos de vista á estabelecidos Teremos de dexar que os leitores decidam por si próprios. piniões de enfemeis
Para além das perspectivas enconadas na liter atura publicada, ouros efe{ meiros têmnos dado pessoamente a sua opinião sobre o modelo que·Q
158
AVLIÇÃO D MDE
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Ü MDE DE NFERGE PER-NT!ERNEY
diálogo p�r casião das conferências quer aravés de correspondência. De iní _ a ma1or1a das preocupações e das críticas que nos chegavam eram sobre co, ormenores e viham dos efermeiros que tentavam mplementálo» na prá ca: por exemplo, perguntas como «m que se encaixará a perda de san gue?» ' Onde é que a dor entra no modelo?> lguns dos problemas mais que nos levantavam representavam preocupações mais gerais, por globas exemplo, qe modelo estaria «demasiado orientado para os hospitais» (em resposta, nos fzemos referências mais explícitas ao contexo comuitário em novas edções de The Elements of Nursing}, ou de que ele é «demasiado orien tado para os problemas» embora respondamos que essa não é uma crítica válida, visto qe explor mos comletamente a nossa conceptualização de pro blemas potenczas e reazs). Na realdade, estas preocupações tendem a desapa recer qudo o modelo é experimentado. Por exemplo, PAGE (995} conclui que a crtca de o nosso modelo estar exclusivamente preocupado com
té à data, ª crtica mais abrangente ao Modelo Roper-Logan-Tierney encon tra-se no vro de FASR intitulado Using Conceptual Nursing in Practice (FRSER, 990 996). Há, todavia, que notar que a primeira edição do livro de FRASER e c ncenra sobre a primera edição do modelo (980) embora nessa alura . esvese disponível a segunda edição de The Elements of Nursing 985 . O aperfeçoamento contíuo do modelo não é reconhecido e, na edição ;ter1or de F �sER (996) há na verdade poucos snais de qualquer refexão sera ou reconsderação da sua crítica inicial m dos pontos da críica de FRASER é o mesmo que tem sido frequentemente gd ao nosso modelo nomeadamente de que é muto orientado física e fis1olog1camente ste ponto tem sido referido ou aludido por alguns outros autores GG e H 986; L1, 9 f; MscHLL e col, 986; WH, 989). ssa crca mas comum e, no entnto aberamente rejeitada por NW (992) que, tendo escrito o livro The Roper-Logan-Tie Mode/ n Act1on consdera que a repetda ênfase do modelo em todas as dimensões isto � ' através do cnceito de factores que inuencam as ALs} permte devdamente as dmensões psicossociais dos problemas dos doentes, o que nao tem de resultar numa percepção estreitamente sica das suas necessdades nem das inte enções de eermagem Da mesma forma, pER (9:) aponta que, a despeto de o modelo dar tanta ênase aos factores «psicos soca1s» como aos factores sicos», os primeiros não foram simplesmente
explorados nos sistemas de apreciação do doente e planeamento dos cuidados que se dizem baseados no Modelo RoperLoganTierney Há mesmo evidências que sugerem que sempre que há uma tentativa de basear um sistema de apreciação num modelo de enfermagem as caractersticas do modelo não são exploradas por outras palavras, tratase de um problema dos modelos em geral e não especfco do nosso modelo GIS (998) investigou a rma como os enfermeros de duas enfermarias de um hospital do aís de ales Reino Unido) documentavam os problemas dos doentes numa das enfermarias uu-se o Modelo Roper-ganTieey e, na out, o sistema de autoauda de O O, 980). O esudo concluiu que neuma das enfermarias aplicou ecazmente os conceitos do modelo de enfermagem escolhido», ten dendo ambas a erimir os problemas dos doentes na terminologia médica convencional. análise de FRSER passa então a resumir as descrições publicadas do uso do modelo, salientando, por sua vez, aquelas que se centram nos passos da apreciação, idencação dos problemas, planeamento/mplementação e avaia ção fRASER dz ter encontrado apenas um estudo (A, 987) que tinha tentado tes um dos aspectos do nosso modelo e dá grande realce a esse faco, como se reecte na conclusão da sua apreciação globa do Modelo Roper -LoganTierney: Muitos [...] estudos demonstraram o uso do modelo na prátca, mas nenhum fez uma abordagem sstemátca de ecoa de dados e consequentemente não se pode dzer que testassem o modeo em acção Todava o facto de o modeo te sdo tão utlzado em dfeentes áeas da prátca demonstra a sua acetabdade perante os enfermeros brtâncos.
Perda de interee pelo modelo?
, a exstência Na última edição do seu livro, F RASE R (1996) sugere, n o entanto z esta ar autora f delo•. des mo ade de provas do «declío na p opuarid es a posterior modelo o sobre estudos novos do enconta ter não mação por os enquadramentos
1990, à excepção de uma comparação desfavorável com publicações americanos (PA, 1993). F RASE R ignorou na realidade algumas livro do seu edição seguda a desde 1990 sobre o modelo, sendo que após delo de o o M sobre imprensa na os mais artig blicado (F AS , 1996) têm-se pu
E nfermagem RoperLogan- T ierney. Os exemplos incluem: •
o já mencionado livro de NEwo (1992) sobre o M odelo RoperLo
-T ie e y em acção»; o relatório de M C A UGH (1992) sobre a util zação domodelo co D� instrumento educacional e de investigação;
160 •
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VAIAÇÃO,O MOLO
Ü MODELO NFRAGE OPER�ONTJREY
um estudo de caso (RW, 995)-de um doente que sorera enfre de mocárdo que mosa o nteresse do nosso modelo no encorajmento da exploração da sngulardade do doente e das necessdades parcula res dos elementos da famíla; a descrção de BELLMAN 996) de uma nvestgação sobre uma acção em que se usou o modelo para promover a prátca reflexva; a adapração do modelo, de DVS (997), cenrada na AL bizar-, para uso da enfermagem oropédca; a descrção de RS (99) da utldade do modelo para reflectr o seu própro envolvmento nos udados a um morbundo num lar· o relatóro de PLLN 998) sobre a utldade do modelo no cont xto dos cudados a doentes com estoma relatóro esse que salenta o nte resse de uma aprecação determnada pelas para ajudar os doentes a «�dqu:, manter ou restabelecer o máxmo de ndependênca»; a dscussao de }ONE 998) das necessdades de um doente submetdo a crurga da farnge através da focalzação pormenorzada nas cr bbr e cunicar.
;
Esta é penas uma selecção de publcações que, apoando o Modelo Roper LoganTerney, oram edtadas após a armação de FRAER 996) de uma dmnução do nteresse por ele. Claro que é mpossível avalar se o nível de nteresse está ou não a sub ou a descer, mas o facto de ele contnuar a ser menc ona o na lteratua, nclundo relatóros sobre o seu uso prátco sugere ue nao dmnwu ou pelo menos, é ceto que não se exnguu por completo o interesse nele. Os comentáros sobre o modelo tendem a ser mas posvos do que negat vos na maora dos relatóros publcados Há, é claro, algumas excepções. Scor { 9) pr xemplo, relata que o uso do Modelo RoperLoganTerney num proecto desnado a melhorar os planos de cudados numa undade de rea ltação acdente s vasculares cerebr as não conseguu «reflectr a flo sofia da reabiltação» nem «aumentar a ndependênca dos doentes». Que se t atasse d falhas do odelo ou de ncapacdade e explorar o modelo é ques ta que nao se pode Julgar devdamente Mas em qualquer caso quando se atr uem os resulta ?s dos doentes ao uso d modelo está a presumrse que é possvel tta emprcamente um modelo de enfermagem.
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prncpas ntenções do lvro de FRAER fo, admtdamente revelar o conhec mento acumulado a partr da invtigaçã sobre . uso prátco de modelos de enfermagem FRAER nota e bem que o Modelo RoperLoganTerney não susctou nvestgação, pelo menos na mesma medda de alguns ouros modelos amercanos) como os de Rov, ÜRM, joHNON e oGER que também são escrutnados no lvro de FRAER. No entanto, dado que no prncípo do seu lvro FRAER dene um modelo como «um conunto de concetos que an nã fa tta na prátca tálco nosso) parece um tanto conradtóro que as suas conclusões sobre o Modelo RoperLoganTerney sejam aparente mente determnadas pela preocupação por o modelo não ter sdo devdamente testado Isso levanta uma nteressante questão geral sobre modelos de enfer magem poderão e deverão eles ser testados
«Tes os modelos Relatvamente ao Modelo RoperLoganerney e a todos osmodelos concep tuas de enfermagem a questão de se saber se deverão e poderão) ser testados tornouse crucal para o debate sobre se lhes deverá ser dado um lugar perma nente na teora da enfermagem. A denção do que é um «modelo» e as pers pectvas sobre a forma como a teora se desenvolve são fundamentas para a dscussão desta questão Dendo por FAWCEI {984) um modelo conceptual não é uma teora e, consequentemente, pelo menos na sua globaldade não se pode testar empcamente um modelo. Na opnão de FAWEI, só se poderá consegur a avalação de um modelo concepual atavés do estudo do seu conteúdo em termos de explcação das orgens abrangênca de foco e de conteúdo, con gruênca lógca credbldade e contrbução para o conhecmento na enfer magem» (FAWEI 995). Insste que a «qualdade de um modelo de enfer magem tem de ser julgada prncpalmente aavés da dea de «credbldade, ao passo que a «qualdade de uma teora se artcula com a dea de adequação empíca (FAWCEI e DS, 986)
e
Preocupações com a fal de testes
A prncpal crítca de FRAER ao nosso modelo é qe ele não fo testado e, com este fundamento, a autora conclu que «a efcáca dos cudados de enfermagem que usam o Modelo RoperLoganTerney é anda especulatva». Uma das
Avaliar a credibilidade a O que FA wr quer signi car pela ideia de «credibilidade foi melh or explca deprincipal i vo object por tinha que artigo por KAHN e FAWE I 1995) num nunciar os pontos f racos da crí tica de DRA PE R 1993) ao artigo de FAWC', e (1992) sobre modelos concept uais. K e FA wcE I a rmam que a credibldad de um modelo conceptual exige provas de:
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Ü MODELO DE NERGE oPER-iO-TIERNEY
que quando os primeiros enfermeiros teóricos começaram a sua tarefa de «lutar conra o odo», tentando responder à pergnta de sempre: «Ü que é a enfermagem?. A pergunta «Ü que é a efermagem? é de natureza coneptual e um modelo de enfermagem é uma forma de coneptualizar o campo da enfermagem. Mui tos dos primeiros modelos de enfermagem sobrevivem ainda, são ensinados aos alunos e usados pelos enfermeros no terreno e pelos especialistas. Será interessante ver se os primeos modelos americanos dos meados do século X e o nosso próprio modelo continuarão a atrai interesse nos anos vindouros, se modelos mais recentes ão tomar o se lugar, ou se os modelos ficarão totalente fora de moda, acabando eventualmente consiados aos livros de história como uma <fase da enfermagem dos finais do sculo , a despeito de se reconhecerem como um «passo útil nas primeias fases de desenvolvi mento dos conhecimentos de efermagem. Se a ideia de modelos de enfermagem sobreviver, continuará a haver dis cussão sobre se a diversidade de modelos de enermagem - o que FAWC 1993) chama «pletora de paradigmas tem utilidade ou raz a cosão para a profissão 995) é ambivalente quanto a esta questão, pergntando se a coerência da ciência da enfermagem não estará a ser sacrifcada à diver sidade e se a diversidade será na verdade o que servirá melhor o bemesta dos doentes No entanto, RED não tem qualquer dvida quanto à questão de a enermagem necessitar ou não de uma conceptualzação de «alto nível Ela responde que a aticulação entre os pontos de vista da disciplina e as suposições subjacentes constitui um mecanismo necessário para o desenvolvimento dos conhecientos na enfermagem; todas as disciplinas argumenta requerem que o estudo do «especfico se undamente no «universa As «grandes teorias não têm de prejudicar a tarefa vital da invesigação na busca de «pequenas teorias e teorias de «meiotermo para a enermagem mas sem ela, não tem qualquer sentido para a existência desse novo conhecimento nem clareza sobre a ruo geral da evolução da discipla A perspectiva de RED para o século é que o pensamento moderno e pósmoderno coeistam na ciência da enermagem (o que denomia era neo moderna A esse respeito, as suas ideias relecten a eigência que tem vndo a fazer nestes limos anos que o apr fudamento da enermagem ultrapasse o dualismo e a discussão entre fcções (M e TGS 994 ) Na visão de uuro de , tanto o pensamento empírico como o não empíri co (conceptual) têm o seu lugar e as diversas formas de conhecmento não estão ordenadas hierarquicamente. Como diz esta autora, as abordagens que ligam o «emprico ao «teórico mudaram ao longo da história da ciência da enermagem e irão continuar a mudar. Qual é a palavra final de sobre os modelos de enfermagem? «Üs modelos de efermagem são mais do que um aefacto modernista, ama eles são arquépos da práca da efermagem
o
. VIÇÃO DO MODEO
165
Mas, advete ao mesmo tempo, eles deverão ser «abertos e modicáveis o o sistemas de conhecimento, argenta os modelos de enfer�agem terao 1 de continua a evoluir «a menos que, de exstentes passem a extt Esperamos que o nosso modelo de enfermagem continue a e olu atraves do respectivo uso e adaptações futuras Embora esta onograf1a a resent a nossa derradeira descrição do Modelo RoperLoganT1erney, esta nao precsa de ser a versão fnal
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anexo
1
Alterações nos diagramas representatvos dos modeos de 1976 a 1996
Modelos originas de Roper, 1976 As figuas Alla e Al.lb aprsentam os diagramas dos modeos produzdos por ROPE 1976) em Clínica/ Experience in Nurse Education. Tratava-se de uma monografia baseada na sua tes de Master of Science.
The Elements of Nursng 1980 (prmera edção) RPE, LGN TIY coaboraram no desnvovimnto dos modeos origi nais d RE e pubicaram os resutados das suas discussões eaboração em The Elements of Nursing, m 1980 Ta como já foi mencionado, o manua dstinavase fundamntament a introduzir os caoiros numa forma d «pn sar» a enfermagem uma bas teórica da prátca da nfermagem s diaga diaga mas das Figuras Al2a e A12b refectem o texto e difrm dos modeos origi nais d RE nos seguintes pontos: f
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Fiu 4 a Modeo de da (b modeo de enemage De �R N W _ Lngtone, dmbugo 99 he element o nn 3ª Chuc1U
·
7
MtO D G P-I
(a)
anexo
2
(b)
No Capítulo 3 já foi discutido em termos gerais o tipo de informação adequa da para a apreciação do doente e o delineamento de um plano de enfermagem. Nunca é de mais sublinhar que o presente formulário (construído inicialmente para a terceira edição d Th Elmts o Nurig) constitui apenas uma orientação Muitos serviços já elaboraram um, adaptado às suas circunstâncias especiais e este exemplo apenas oferece linhas de orientação de possível utlidade na utilização do modelo seja em contexto comunitário seja hospitalar Vale a pena fazer algumas afirmações sobre este documento: •
•
Figura A1.5 a) Modelo de vida; ( modeo de enferage De R N Lo w, TEEY A. 996, The e/eets o u 4ª e Ccl Ligoe Edbgo
Eemplo de um formulário para a aprecação do doente/utente e o pano de enfermagem
A página 1 inclui dados biográfcos e de saúde colhidos na prmera apreciação Não vulgar que estes se modifiquem durante um período limitado de tempo em que se requer cuidados de enfermagem mas, sempre que o episódio se prolonga num contexto comunitário ou num lar poderá haver alguma alteração biográfca por exemplo morte de cônuge ou de membro da famíla próxima/outro signficativo A página 2 inclui informação sobre as Actividades de Vida da pessoa (na medida em que refectem a respectiva fase de vida e estado de dependência/independncia na altura da apreciação actividades essas que são influenciadas por factores biológicos psicológicos socioculturas ambientais e político-económicos Na página encona se uma lsta para auxiliar a memória, mas poderá não ser releante colher nformação em todas as 12 ALs Por exemplo os enfermeiros tm de exercer o seu juízo profissional quanto à oportunidade de colher informação sobre as ALs no caso de o utente ter apenas um breve contacto com os serviços de saúde por exemplo, numa consuta esporádica (há geralmente uma entrevista prévia) numa clínica em que são feitos exames e m regime ambulatório por exemplo procedimentos gastroenterológicos) ou numa inesperada consulta externa a unidade de acidentados ou de urgência
18
NEXOS
Ó MDO D NFRG OP--T!Y
Data dae eda
AL
Rotias habtuas: o qe od/ão ode ser feto de oma dedete measmos de copn9 ateos
Objos
Pobmas do doete auasoteas {)
Iteeçõs de eemage adas lo eemeo e eaoadas om as ALs
RVISÃO S CONCTOS As 1 ALs
Mante um mbi�nte su� Comunicar espir e r Elmn Hgiene pessol e vest-se Conrolr a tprtur do co Moi1zço rlar e d1st1r-se Jpimir sexidade Domr Moer Duo de vid Depndênca/ndpndnci Bioóg1cos Pscolóicos Sociocu!uas Aets Poítco-oóm1cos
( 1
Pági 3 r-Ty e H Pul Llmit 20
Pgna oprLnTey © Hcort hss Umtd 20
1
Avaação
179
80
ANEXOS
o DL FRG)I lY
8
Medicçã presc Dt
lnteenções d nfermagem na preri ção mêdic o ut
Pão
Va de admaç
Fr
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Pági 5
-anTy © Harcou ubih Liile20
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182
Ü MO DEL DE NFERAGE PELN·TIENEY
Enquadramento 3 da apeciação
anexo
Equipm ento emprestdo Ag
Fnte
ewld
1
1
Consulas Cotactos/erevsas
Cnlôc
Ps qu fi cct
A apreiação, enquanto aspeco d o proesso d e enf ermagem, já foi disutida na página 132. T he El e1nents of N ur si ng (quarta edição) apresentava, e
separado e em pormenor a apreciação para cada uma das 12 ALs de Via : para demonstrar que uma vez f amiiarizado com os conceitos do modeo de enfermagem o enfermeiro poda faz er a apreciação das ALs relevantes dÕ doente em relação à duração de vda, ao estado de dependênci/ independência e aos cnco f actores. Neste anexo apresentam-se a penas exemplos do enqua drameno da quarta edição 0para a apreciação d e três das ALs: comer e bebe Caxa A3) comunicar (Caixa A3.2) e mobiliz arse Caxa A33) E stas IF nhas gerais são apenas auxiares de memória -indicativos do quadro concep � tua do enfermeo e é evidente que não seriam usadas neste f ormato n_o registo de um doente/utente.
Sevço de apoo
.
ntepção
As perguntas que o enf ermei o teria em mente durante a aprecação seriam
essencialmente:
Sço sal Almntç
uda dm1ha
Como é que a pessoa ida normamente com esta AL?
Que fatores nfluencam a forma como a pessoa desempenha esta A?
O
T erá esta pessoa dificuldades de longa data com esta AL e como é que'
Cudaspaatv p de da a
-
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Tapa panal Tapa de aa
---
Ou1rpoda
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-
Hspal d da
estas têm sido enfrentadas?
Sços de luad u Pagna 6 Ropr-Ln-T ey © Hcot Publis h8S Lie 20
que é que a pessoa pensa desta AL?
•
A pessoa terá actualmente problemas com esta AL, e quais; ou parec� prováve que os venha a ter?
184
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NEXOS
Ü MODELO E NFERAGE OPER-OANT!ERNEY
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15
186
Q MODELO DE NFER AGE OPER- OAN- T!ERNEY
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»
ÍNDICE REMISSIVO
A
1
1
Abuso 96, 2 Acidentas, mortes, 95, 97 Actvdades de Vida (ALs) apreciação da enfemagem 75 complexdade das 9 componentes do modeo 87 dependênca/independênca 0, 68 designação das 90 dração de vda 93, 69 enquanocomponentdomelo 5 actoes 05 56, 69 individadade de vida 69 piordades entre as 9 relação ene 9 eevânca das 92 revsões desde 980 67 Adolescenes 96 cdados ao� 96 promoção de saúde 09 Adta, idade 98 02 ageism 00
Agnóstcos 7 Ajdada, independênca, 03, 04 Álcoo 08 Amentos aspectos egosos 6 Ambientais qe infuenciam as As, actores, 06, 8 mane m ambiente segro 8 respira 9
Ansiedade 96, 2 Apreciação do processo de enemage1 ase de, Actvidades de Vda 75 docmentação 7 5 Apendzagem, dicldades específi de, dendêncaindendênca 0 dração de vida 95 Ates 7 Amosérca, poção, 9 Adção, pobemas de, dependênca/independênca 03 no idoso 00 B
Bebs 93 comncar 34 dependênca/ndependênca 70 l desenvolvimentoemional 9; : desenvolvimento nteeca 7 e classe soca 5 elimina 4, 42 mobzase 50 sono 58 Bolgcos qe inflencam as -A cores 69, 87, 06 come e beber 38 comnca 35 conola a tp cr _
192
ÍNDCE EISSIV
o MODEL E NFERAGE orE-G-TIEEY
dormir 58 eliminar 4 higiene pessoal e vestir-se 44 mancer um ambience seguro 0 mobilizarse 50 respirar 6 Bissexualidade 57 Boa uidados om a, 44 Bulimia nervosa 40 e
Cabeo, uidados om o 45 Cardiovasuarrespiratórial igação, 0 Católios 6 Cidadãoescad reações, 7 Cigarros, fumar 7,0 Cinétia Classe soia 75,5 Códigos deontológios 8 Cognitivo desenvovimento' 7 Coletas 78 Comer e beber, AL 8 apreiação de enfermagem 84 dependênia/independênia 86 duração de vida 4,00,84 faores polítioeonómios, 40 fatores psioógios ,, facores soiouturais 40,6 na gravidez 08 revisões do modeo 67 termorreguação 48 Computadores omuniação 5,5 Comuniar através da roupa, 4 dependênia/independênia 4,0 duração de vida 4,8 fatores ambientais 76 faores biológios 5 facores psioógios 5,, revisões do modelo 67 Comunidade 74 Condenialidade, 5 Contato visua, 4 Contato, omuniar através do, 4 Continuados, unidades de uidados 00 Concraepção 56, 57, 7, 08
e duração de vida 5,7,00 manter um ambiente seguro mobiizarse 5 morrer 64 vestrse 45 Demogras aterações Dentes uidados om os, 44 Dendênia/independênia relaionado om a AL omer e beber 84 Dependênia/ndependêniacnuu omer e beber 68 omuniar 8 ontroar a temperatua do orpo 4 eliminar 7, 8, fatores bioógios 70 higiene pessoa e vestirse 45 mobilizarse 68,0,04 morrer 05 no modeo de enfermagem 87, 0 no modeo de vida 7,66, 70 reaionado om a AL 4 Depressão 4,54,5,60,6 ,64,75,
Controlar a temperatua oporal, , 46 duração de vida 4,00 vestuário 45,4 Cping ontra o str meanismos de 54,88,
Corpora, linguagem, ,4 Costas, dores nas 0 Crianças , 4 abuso de , 6, ambiente edifado 78 brinar 5 asse soial 6 omer e beber ,40,4,6 omuniar 4,4 uidados às 5 defiiênias 5,5 dendêdendêna 67,70,0 dnvolvi1nto emoal 7 5, desenvolvimento inteetual 7, desenvolvimento sexual 56,6 dormr 58 eiminar 4,0 enfermagem de 0 enfermeiros esolares 6 exporação de 54 igiene pessoal e vescirs 4,6,0 jogo 54 manter u ambiente seguro 4 5, 6, mobilizar-se 50, 5 morrer 6,5,7
•
'
sstema de eduação 65 soialização 74, 4 temperatura do orpo 4,4 Cristãos 6,6 Cienias 6 Cuidados de saúde tendênias nos, Cuuris que nueniam as A tores ve1bén S or 7 D Deisão do doentes tonadas de, 5 Defeação 4,4, Defiientes omuniar 4, dependênia/ndependênia 68,0, 0,04
6,
) 1
r 1
1
Desastes 0 Desemprego 5, 5, 54, 66 Dreitos dos idadãos 80 Doumentação apreiação da efermagem 75 planos de enfermagem 75 Doença prevenção de 0 Doente papel de 4 partiipação do 5 Dor 8 Dormr AL 58 duração de vida 4,00 fatores psiológios 5, revises do modeo 68 Drogas, mau uso de , 0 Duração de vida omo omponente do modeo 65 enquanto omponente de modos Duração de vida relaionada om a AL omer e beber 4, 6, 00,84 omuniar 4 onoar a temperatua do orpo 4 dormr 4, 00 elminar 7 exprimir sexuaidade 4, 6
93
higiene pessoa e vesrse 6,7,00 manter um ambiente seguo 4-6 mobilizarse 00 morrer 5,7, 8,0 respirar rabalar e distraise 66, 8 E Ediado, ambiente 78 Eduação sistema de 65 Eliminar, AL, 4 dependênia/independênia 0 fatores ambientais 4 fatores psioógios 4,, giene pessoa e vestirse 4,4 Emergênia reanimação de 8 Emoionais que inlueniam as ALs facores 7, omer e beber omuniar 4 ontrolar a tempratura do opo 4 dormr 5 eliminar 4 higiene pessoa e vestirse 45 morrer 6 respirar 6 trabaar e distrairse 5 Energétios reursos, 8,78 Enfermagem individualzada/proesso de enfermagem 7 apreiação relaionada om a omer e beber 84 enquantoomnntedomlo 56 idosos 00 planeamento 75,76 revises 6 Enmagm igos deontolóo d 8 Enfermagem modelos de aperfeiçoameno permaente e teoria 48,56 futuro papel dos 6 pape 47 teste dos 6 vaor dos 45 ver tanibém Rop r-L og anTie eyde Enf ermag em, M odelo, 162",. E nfermag em, pla os de 175
194
Ü MODELO DE NFERAGE OPER·AN-TENEY
Enfermagem tedêcias da, 7 Eermagem teoria de, 6 Ergonomia 0, 0 Escolares, efermeiros, 6 Escolas 66 Espiritualidade 73, 7 Estado 7 Estadáprevidêcia 80 Estauto 7, Éticos que inlueciam as ALs factores
73, 3, 6, 8 comer e beber 0, 6 comuicar 3
íterdependêca do mundo 8 morrer 6 Eutasia, 6 Exerccio termorregulação, 8 Exprimir sexualidade AL, duração de vida , 6 revisões do modelo 68 F Faciais expressões 3 Factores ambientais 76 Facores ue iueciam as A 0,
6, 8
desenvolvimento emocional 68 revisões do modelo 6 ver !atnbém Biológicos factores; Eticos, factores Poltico-ecoó micos acores; Psicológicos acores Fala, problemas de 03 Falecimeto 6 Famlia preocupações do doete 8 Familia plaeameto 7, 0, 6 Famlias alargada cuidadores mooparenais papéis sociais 7, 7 Fecal eliminação ,3 Fertidade 7 Fibras ópticas Fsica deiciêcia 0 comuicar 3
ÍNIC' EISV
depedêcia/idependêcia 68, 03 e a duração de vida , 7, 8, 00 Fsica doeça ver mQé Iecções 0 Fsico abuso 2 Fósseis, combustveis 38, 78 Fumar 37, 8, 08, 0 Fudo das Nações Unidas para a Inân cia (UNCEF) G Geética heraça 6, Global interdepedência 8 Gravidez 7, 7, 08 Guerras 62, 8 H Habitação 78 Habitação protegida 0 Heterossexualidade 7 Higiene após o uso da saita 2 Higiee pessoal e vest-se AL, 3 comunicação não verbal 3,
dp ,003 duração de vida 6, 7, 00 elimar factores ambientais 6 facores socioculuras 3, 6 revisões do modelo 68 termorregulação , 6, Hindus 6 Hipotermia H ifecção po 6 Homos�xuaidade, 7
Hormofais, nveis termorregulação, Hormonal terapia de substituição 0 Humaitias iterveções 8
comer e beber 00 comunicar 3 coceito de duração de vida controlar a temperaura do corpo
, 00
cudados aos 00 depedêcia/indepedêcia 70, 03 unção itelectual 7 hgene soae vesà-se , 00, 03 incontinêcia 2 individualidade de vida 0 mater um ambiete seguro 3 mobilizar-se 03 morbilidade 00 morrer 0 trabalhar e distra-se 66, 0 mpostos 66 Individualidade de Vida, AL 27, 82 revisões do modelo 6 fecções comer e beber 3 duração de vida , exprimir sexualidade 6 higiee pessoal e ves-se 4 mater um ambiete seguro 30, 3,
32, 77, 78, 20
respirar 37 sóia 60 telectuais ue inluenciam as ALs factores, 7, 72, comer e beber 3, comucar 3 Ineratioal Coucil o Nrses CN)
6, 8
teret 3, 6, 6, J eov Testemunhas de 6 udeus 6 L
dosos adaptações emocioais 72 ambiente edicado 78
Lactêcia 0 laparoscopia, curgia por, ve ambm Bebés Crianças Lazer, tempos de 3,
95
Legais que influeciam as ALs, actores comer e beber 3 iternacionais 8 mater um ambiete seguro 3, 20 morrer 62 prtcas laborais 3 relações cidadãoestado 7 Lgua 6 Linguagem 32 Living wils
6, 8
Luz 7, 76,
M aer w ambieeo 30, 3, 76 duração de vida , factores ambietais 30, 8 actores psicológicos 3, 2 Mãos comuicação não verbal 3 lavagem das , 77 Médico-doete relação Médicos-efermagem, ligação do mo delo Menopausa 0 Metal saúde adolescetes 6, 7 comuicar 3 depedêcia/indepedêcia 03 e violência 3 espiritualidade 3, 7 religião 3, 7 soo stess
3, 3
tomada de decisão do doente violência 2 Metaparadigmticos, cceitos 7 Mobilizar-se AL 0 depedêcia/ndependênca 68, 03 duração de vida 68 actores ambientais , 7 actores biológcos 0, 0 manter um ambiete seguro 0 Modelo de efermagem 88 Modelo de vida activídades de vida (AL s) ver cvdades de V ida
defiições 2