LACAN
Jacques Lacan: 101 -1981. Oitenta anos de vda mais de cnqüenta deles envolvidos com a própria históra da psiquatra da psicanáse e da da intelectua francesa. Psquatra, pscanasta cínco; teórco mestre fundador da Escola Freudana de Pas e com a dssoução desta da Escola da Causa Freudana dretor da coleção "O Campo Freudano na editoa parsense Seu I atvo na vida acadêmca na· Escola Seu Prátca de Atos Estudos e na criação de um Depatamento de Pscanálse na Uni versd ver sdad adee de Vnc Vncenn ennes es ac acan an sem sempe pe atuou na transmissão oral da pscanálse (foam quase trnta anos de Semináros mas só em 1966, aos sessenta e cnco anos pubicou seu primeiro vro os Escritos reunindo tnta anos de anotações artgos comuncações etc. Naquee momento ee anda ea uma figua conhecda e respeita da apenas por seus pacientes alunos e co egas A apação de sua oba publicada mudou esse quadro. A partir da década de 1960, a pscanálse passou a ser antes e dpois de acan. Por que esse nome se tornou tão essencal? Por que se considea que a pscanáise perto de competar cem anos tem dos nomes de máxma mpor tância Sgmund Freud e acques Lacan? É em pate o que este liro procua res
ponder não atraés de uma apologa di reta mas com uma sée de artgos prod zdos po onze mpotantes pscanalistas acananos reunidos por Gérard Miler A maora dees exerce a pscanálise em Pars e todos são membros da mesma asso cação pscanaltca a Escola da Causa Freudana útima niciativa instiuconal de acan e todos também ensinam no De patamento de Pscanáise da nersidade de Pars VIII (Vncennes) A reunão destes trabalhos az do presente volume uma ntrodução novadoa à letura do mas céebre pscanalista da atualidade
ob a o de texto aceíve a blico mai alo e ávido o conhece a idéia do mete. Abodando e elcidando temas como o sujeito, o imagináio o sim bóico o Outo, o sintoma o tratamento a transfeência a psicanáise apicada o ins titucional o antasma e o sexo estes au tores abem para um público mais expres sivo principamente entre os estudantes as portas de um mundo admiavelmente novoo mundo do pensamento de Jacques Lacan - continu continuador ador da revoluçã revolução o iniciad iniciada a por Freud
J Z ·
.hrge Zaar Editor
Gérard M er (ognizo)
Lacan Textos de Mrie-Hélne BROUSSE, Scrg COTTET Claude LÉGER Jen-Dniel MATET Gérrd MILLER Dominiqe MLLER Frnço REGNA T Dnile SLVESTRE Mihe SLVESTRE Coette SOLER Mr STRASS
Tdção: Liz Foes
.luanbrt iblintca iital
Jrg Z E Ro de eo
A Michel Silvestre
Título origna Lacan radução auorizada da prmeira edição fancesa, publcada em 1987 por ÉdiioÍs Bordas de Paris Fança, na série "Phosophe Présente Copyrigh © Bordas, Pais 1987 opyright i da edção em íngua pouguesa: Jorge Zaha Edto Ltda ra Méxco 3 I soreoja 2003144 Rio de anero, R te! (02) 240-0225 fax (02) 262-5123 odos os dreios eervado. A reprodução não-autoriada desta publicação no todo ou em pate constitui volação do copyight (Le 5.988). Reimpressõe 1993, 999 ISBN:
8-710061-6
Sumário
Pefácio
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Sobre o autores
10
1.
Penso onde não sou, sou , sou onde ond e não pens penso o
SERGE COT 2 Que ouJro é esse esse então en tão ao ql q l sou mais ap apega que a mim mesmo?
24
CLAUDÉ.ÚGR 3. A verdadeira função do pai é unir um desejo
à lei
45
MAC 1AU 4 O ato falho por ex exce ceênc ência ia é o ato sexu sexua a
58
GfA L 5 o·sintoma é o
que muitas mui tas pessoa pessoass têm têm de mais real
68
JEAN-ANIL M 6. A fórm órmula ula do fanta antasma sma S Sa a
MARI-HáN BOU
8
7
A ransferência é amor que se dirige ao saber DANLE
e
92
MCHEL SVESE
8
Uma terapêuic terapêuica a como não há oura
102
COLEE SOLER 9.
Tão só como sempre esive em minha relação com a causa analíica
113
IQUE LER 10
Essass esquisiices abundanes nos Essa no s ex exos os psica psicanalí nalíicos icos
23
FANÇOIS REGNAULT
Para concuir
35
Referências bibliográficas
138
Prefácio
Esamos m 196. Jacqus Lacan puca su primro livro Não há exa o m dz qu no estava com pssa. tm sessenta e cinco anos. E anda ss pmo livro os Escritos, é uma coletâa de textos, artigos, omuncaçõs scalonados ao ongo d ina anos umosos umo sos são aquls- sus pacns pacns seus discípuos discípuos seus cole s que sam sam qu é Lacan. Lacan. Mas o púco, sse, sse , vai descobrilo nos os sssna. Lacan no sou le contnua. Pimro su abalho quotidiao a scans qu e vai prossegu aamn aé o dia de sua morte, em oba a qu es liga ligada da ua ob obra ra que se Depos os a ob 198 1 a 9 d stmo Dep od omparar à d Fud F ud e qu qu s nco ncona na ne as mai maiore oress dest destee sécul século o Na quarta capa de seus Escritos, Lacan evoca o nico debate sempre o msmo" ms mo" qu l conduiu e que que s oss prcso datá datál l se reconhe a po s o dat Lus". Lmrs dssa rferênca o o qu nconrar aqui la prieira vz a oba d Jacqus Lacan. scrvndo se pequeno liv, dsinado pi amnte aos studans quismos pca sse racionaliso Tanto paa atnd à eigê eigêncas ncas da coção Philosphie Présene", om m d númo d páginas, como por noss gosto ssal não es cvmos um manua atulhado d noas e dscu dscusss sss crític Preferios um vo d c museo. d modo nenhum alheado d preupas auais, da onação do campo m qu rabalhamos e qu Lc cha chaava ava o cam cam feu feudian diano. o. nanto fas necessário pra lr este liro u uco de aciência nd�pensvl paa ss tm para comprndr" de que o alista ele mém, tm necessidade. Um conceo apaece, s u uco ais d fca scarecido; uma argumnação precisa ser cotejada n s cva d uma outra psn p sn na mmóa... 7
8
Lacan
Mas, al d cos, paa comprdr imedatamente isso q o oo l diz, m m crto stdo ão srá prciso já sabr isso? Lac Lacan an psava p sava ssim ssim,, il à pró própa pa ma maira ira l laa qa qall o incoscit s mani oportidad idad à srsa Por nossa part, sp fsta, l smpr dixava oport ramos q o litor dscbra nas pás sins o q q s nha ao st dr d prto a obra d Lacn Acrsctmos m q s livo cja dção dirgi, mbora col ivo, ão dixa d sr o pro d ps disnas A cada m ca mas sialmn um capítlo capítlo Sr Cottt scrv o pmio, sobr o sjito, Clad Lér o sdo, sobr o imaiáo. Dvs a Mc Strass o tercio capítlo, sobr o Oo, sobr o simbólico a JaDnil Mat o qu diz rsito ao sitoma; a MaiHél Bross, o aasma Daill Michl Silvs abalam jtos sobr a trsrêcia. Coltt Solr scrv a pa sgine, sobr o próprio tratamo aalítico Tão só como sempre estve em minha relação com a causa analítica, o capílo qu se p paa sp sp cialmte cialm te do lr d Laca Laca o movi movimt mtoo udia udiao, o, é dvi dvido do a Do miiqu Millr. Fraois Rgalt m oi o rdator da última prt do livro, qu vai itir zr ma outra idéia sobr a chmada "psicnális aplica Qto a mim, tetei ilar, o capítlo qto, ssa propo sição lacaia q mitas vzs gou desprvid a dox: "ão há rla ção exl acquslai Millr, como s vê, o é m dos coautors do livo É mais qu isso Há mais d dz aos, s curo e eu emiário homa drio a Uivrs Uivrsiad iad d Paris VIII dsbravam o camiho d ma itra racioal ra cioal cosist cosistt t a obra d acq acqs s La Laca. ca. Cad Cadaa m dos redators dee liro egu, ou eguiu, ee so, oi mrcdo lo comtio q l z to dos Escrios como dos Seminários, tdo l cbido d Laca o crgo d lhs stalcr o texto. Como apr o qu e lro lh dv O icoscit dido como "sm roudidad, a riclaço "do sitoma ao asma, a dissio m éri, é ri, homoló ho mológic gic a esa, es a, do sigi sigicate cate do obj, o bj, do dslm dsl mto to da iércia, do dsejo do gozo, a diço d rs rsrêc rêcia ia como distia da ro, basic basicamt amt "pistêmica (diigida ao sb), a rticula ço lógica, a iserço clíica, ds oraõ d aliao d ço qu aé to haviam cado op opacs, acs, tc.: our t tua tuaõ õ ida a acqus-li Millr qu arm o uso cot o mio calítico que st liro dar a coecer a um públco so es u a a edio xausi xausiva va mrecia dse sio, qu roviie ccula m cópi d to t o i. Quo os rimos pa com a lr do qu a um ro jto, éramos to oz Hoj, qudo o liro li ro aprece etmo etmoss s cl Svs
prefácio
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Miche moreu inspradamente em 27 e agosto de 1985, em Tu cumã Agenina no fina de sua conrência sobre a clínica psicanalica. Este queno ivo é eicao a ele; u de sus úlim úlimos os exos poe poe ser ldo aqui Deois de fechado este voue alvez alguém eseje, à sua ma nia ossegui com Lacan orientar-se em sua bbliograia etc Pois en to saiba que poucos analistas há que lh sam o úeis em sua eitura quano Miche Silvese ÜÉRARD MILER
Sobre os autores A maiora do autore exerce a picanálie em Pari e todo ão membros da mema aociação picanalítica, a Ecola da Caua Freudiana úlma nicatva intitucional de Lacan e todo mém eninam no Deprta mento de Picanále da Unieridade de Pari VIII. M-HÉ BROUSSE, agrgação em filooa EA (Diploma de Etu do Aprofundado) do Campo reudiano profeora do SEP. S COT agregação em filoofia doutorado do Campo reudiano itnte na niveridade Autor de Freud e o sejo do sianalisa (Pr: Naarin 1982; Rio Jorge Zahar 1989) CUDE LÉGER, pquatra médco em exercco hoplar Setor de aalloi-Peet) JEAN-DANIE MATET piquiaa médico em exerccio oplar no Hopial Gille de CorbeilEonne GÉ MI atgo auno da S (cola Normal Suror) douto rado de floofa profeor aitente na niverdade Autor de ujouir du maréhal Petain (ar Seuil 1976) Pousseaujouir Poussea DoQUE M do Cam reudano pcóloga no opal qurol encarregad do Colégo Colé go reuano FÇOS RE GNA ULT , ango auno da S areao e ooa pro feor atente atente na nverdade Autor de Dieu es inconscien Par: Sel 985) D SVT méca encarregad de eq no S MICHEL IVEST (19401985) pquaa Auor de Deman a pchanalyse Par Navarn 1987) oEE SO tga alu S, aea e ooa dourado de pcologa. M AU pquiaa encaread de ulaóo n pal enRouelle
1
Penso onde não sou, sou onde não penso
Subversão do sujeito Perguntadoo por estuantes Perguntad estuantes de losoa como a psicanálise "dia fazer fa zer al guém gué m si e sua consciência, Lacan responeu-lhes com uma iada ia da digna de Alphonse Alais: "esfolandoo.. Esse dito pode servr de advertência a tod conceão que preenda ver no inconsciente uma zona de sombra, de opaciade muda como antuáro de onde o sujeito verdadeio, encerrao na prsão e inteioridade, otria salvação Em osição o sição a es conceão ago romântca romântca o ncon nconscient sciente e an construiu um inconsciente sem profundidade ode-se mesmo armar que ningum mais que ele prurou rejeitar uma vio simpista a "psique, assimia à ineoidade do sujeito cuja surfície exte seia o corpo. Essa imagiação, que aproveit muitas metáforas da esfera, foi objeto por part de can e um verdaeiro ra balho e dissação ao cabo do qual emergiu uma nova teoria do sujeito. A necessidae dessa nova teoria do sujeito como sujeit do incons ciente se imôs r diversas razõs Em prmeio luga, rque há um aradoxo em faar e sujeito do inconsciente! Juntar estes ois termos parece lo menos ilegímo quando se cola em pestva a orgem orge m flosóca o coneito e sujeito, ienticao a a tradção clássica ao sujeito da consciência uga a ansferência desta consciência a ela mesma, fo e tos as repreentçõs, fuamento da reexão e ia do ideaismo fosóco o "sujeito nte não poia e não er desalojao desalojao de u lugar l ugar no edifício fosófco fosófco la iciência o in conscient Mesmo se em referência explícita à losoa e mesmo à tra dição clássica e Deates a Hegel, que acan i jusic jusica a sua subvesão do sujeito 1
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Lac�n
Mas La não é lósofo. Ca à pscaál e ão à flosof elarr uma tr do sujeito adequada à exiêca eudaa, qe demosta qe "o e não é nhor em sa própia c". O paa fazer isso, o edismo devia ser ajusdo com dversas ds cipn; justamente qe itm uma foalção do icoscete, anas esada r Fred A esse so, Laca empego tos os re cus: o mete a osoa, mas anda a ligüística, a lógica o a to ogia, e is jusamete para assm ma descoa qe os segdores imiatos de Fred pra apaga o atea Com efeio, é em rção a poessivo deslamento da pscaálse reudiana paa a pscologia, e sobretdo paa ma ortoda do eu qe Lc reteea o iconien fredao de m modo qe faz ver o sjeito como dividido r se pópio discso ao est conceio de divo d sjeito é o resldo al de to um ajeo, que vai da leta de Fred ao esralsmo Um coceitochave asga o rgor desse ae o de sgica Gaças a ele, aca consege a prza qe cosste, r ma prte, em re fei o icosciene frediao à sa esra de lgagem, o qe é bem cohido, mas r o parte, qe é meos, em preseva a caegora de sjeio, afastada do estt esttralsmo ralsmo Mas de qe sjeito esamos atado? Se o seto fredao se caracte r ma fraa devida ao icos ciete, scede mbém qe o icoscee perrba a lso de a ts pêca do smeo a ele mesmo: o seo o sabe os pesameos qe o deteam está a o exemplo do soho o dos lapsos paa vercá lo, mas também o sioma ou a iibição, como ss de a adeqaço do sjei a si mesmo Ao def o ncoscete r pesametos e o r orças obscras ou represeaçõs ceíveis, ac recola o erreo da flosoa clássca a qesto do sjeito desses seos as ao fazê-lo, e pra ev o círclo vcoso da dpla coscêca, em o cdado de costr ma mldade do sjeo dada o sobre o sbevo, ms sobre a cer teza Por essa o, Laca recoe pradoee a Descres, sofo qe dcilete pode ser tido como precrsor pscalse om efet, é sob a égide do cogito casao qe aca se screve qdo aca "O sjet, o sjeo cartesao, é o pressposo do coscet (Écrils, p 939) Est recso a Descates é lgado ecessáro à colaço dÓ se do sjeto, e este desvo, rejeido o sje d psicologia, leva a ma dei ção do sjeo bado (qe aca escreve 8) a qldade de efe de ligagem e prodço sgicte
p o onde não sou
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Em 196, acan aa que o sujeto catesano dsinto do sueto do conhimento e "revalorzado lo inconscente passa à categoria de pre liar a ação pscanalíica Ornar? n2 29, p. 8). Ele subnha a r ênc de ma eoização do sueito para egrar a autonoma em rela ão à sicologa dos quao onceitos funaments da pscanálse: re ição, ansferênca plão e o nconiente Para ele conugam-e asm diversas onte rencentes a domínos do r até então ear earados ados 1. A losoa com o ogo caresino 2. Freud reinterpretdo graças à teoia do signicante 3 O melo esualisa que te defini um novo sueto não mas substânca ou snes snese e ma efeto e feto de uma comn comnatória atória sgnifican. sgnifican. 4 E enfm um sueo do fanasma relativo ao obeto do deseo.
Divisão Div isão do suj eito nto de parida da teora do sueito do nconsciente é evidente men .. freudiano o que a partr da exrênc exrêncaa anaít anaítca ca evdenca a dvsão a partção a Spaltung: "Que o ser do sueito sea partio ao meo reud não fez senão repeo sob tas as fom (Ornar? n° 29, p 9 Mas usaente essa foas são va vaáveis áveis e tomam empresao à terminologa da éa de Fud meáforas e magens que puderam exa viar seus letores. A Spalg euana é u temo utlado por reu na últma pate de sua ora para usticar o fato cínco que é a perverso fet chsa. Esta revela uma dupla sção do sueito a cxistnca de uma du pla afação contaitóa a ausncia de ns na muher e seu desmen tdo pea cração de u feiche que toa a mlher aceitável como obeto sexual Com efeto o feiche oa suráve ao feichista a castaço fe mnna ergindoa em causa de deseo Da reud ta a consqüna u uma "clivagm do eu que uma fenda no eu lesa de manera dfnta a ssibae de uma função de sín do eu a resto a rae em ouos termos é a raiae sexua a asração que é o pô es so Será o exemplo cnico o mas apto pa evdenar a so o sueto acanano como seito arrado lo fao a lnguagem? m to co é explcnte a essa refernca que Lacan toma empreso a sua cva gem. fetament ee nsst sobre o fato de ue reud esaca essa Salng num txto (cf por exempo Fihsmo, 1927) em ue ee a "basa numa vagem não do sueto mas o obeto fco esgnaa mente (Écris p 842) separação paração onee ao sueto u Essa oção ue Laan hama se do se e ee própro sob a aço o snante A o o eto en O
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Lacan
cona suas condiçõs de ssiblidade na esutua nte do de e não no colito psíquico, como teno ene dois des conios. O própro méto de Lan conduz a uma eleit de Fud at a faze ae o lugar do suito no coito. O textos eudan dit da uda tópica (a pat 1920) s sm valados a pr dos dois últmos e andes agos de Feud: lise termina e análise interminável e A clivagem d eu q mais utilim a "chave fálica. G à ineeção de Lan to evidente que os dfeentes "los sonalidade como diz (o "eu o "isso e o "sueu que na imagão pula s fantasiados desde Plao em cocéis mas ou menos alcianes) não s apaelhos consídos, dados "psíquicos que ndeiam de leis de oganiçõs ifeentes, e que tamuco de ve inpe es ivs obe a base psicogenéca que a mao pate d psicanals anglosxõ qusem im a pat de 1925. Nestes últ mos com efeito a "clivagem do eu ea equivalente à susição dos es tádioss esenciais da ibido à sua cxisência na vida psíquica como ou tádio tantos esíduos no ulassados, sbevivências acaicas. Assm a fa depessiva de Melnie Kle sucedeno à fase panóie e consuí sobe a b e ua clivagem do objeto: m/mau ciglobal. As conceõs psicogenécas de ivisão o sujeo, clusive even temene no póo Feud têm valo explicavo .. Que haja sobevivência os desejos fanis desublide dos desejos inncia que se om aos de ua iae mais aauecia quem e consá-lo? Ms o nto sobe o qua Lc tevém consiste e esc o funaento estal essa vo e o sua base hstóca ou de esáos. A é que é stável a casção. A ao tanto coológca como psico lógica a ivso o sujeito naa é se no se ce seu nento no copleo a csço isso é na teço o "goo a too se falte Lc leu Feu u ao mesmo tempo o o conu a cas ação e o inguage Da a coeação ene duas foas e a ou e puço o goo A pópia opaciae o sgncante f objo à s sibiie de u goo nãocaso. Assi coo essa opace toa i ssível a tspnca a consciênca coo ea pópa (Écrit, p. 8, toa issível u goo que não seja eenente do sfcte flco. É esse o funaeno euiao a aieção do sujeio ao sgncate. Es vio o sujeito to é eaente "consituva Écrits, p. 856 o póo esejo e no constituí se se copeene co isso u esobaento do qu o sujeto viia paece na busca e ua ssível moia d tenêncs. Eis que há ua upla oge ivsão o sueito e Lc: vso lo fato linguage cênca o signcte no esejo e dvso lo fato puso sexual, que é a conbuiço popente feu diana.
pes ond nã su
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Es osição que a tradção clássica qus reduzir àquela a alma do co ou àquela a ro e as paxõs não eria muco r his tasiaa no confito d du insnci "psíquicas o u e o isso. Já d co meço, Lacan mosu que ess duas insncas não em cu sem o terceiro simlco consttudo lo Ouo quer se ate das incaçõs imaginárias do eu quer se ate do isso do Es pulsional Sobretudo est se desdobra la ação da pulo de morte que conadiz o próio f da pul o a sfação do qu d cona sua sujeição à paav Tamm can r vezes interpretou o Es freudiano como o "8 brrao do sujeio r ess duas razõs: de uma p, a pulsão é aaves saa la pulsão morte como o mite mpr presente às suas ssibi iades de sfação; de oua pae o conceito freudiano de pulsão implica uma defnição do sujeio Enqnto Freud não dis senão de um con ceito amplo o do desejo Lacan o desdobra em demana e desejo (cf capí tulo 4) Es incidência do signiicant do Outro ao nvel mesmo a pulo reudiana mosa m que a pulo não é o istnto ms que o desejo do Oo condiciona os paradoxos do desejo Por isso Lacn e escrever que "é o conhimento da pulo que rmite construir com mais certe a o uncionmento dito r mim de ivião do sujeito ou de alienação (Os qut qutro ro conceitos fmentais da d a psicanális psicanálise, e, p 228 Daí o interess dos textos de Freud que ra acan demonstram a sbmiso a pulo ao signifcante esá m oge est de garantr a autonomia do sujeito Pelo conário não só o sujeito se aliena aos signicanes a demana como an es sujeio e apaga ou e esvanece o ato mesmo de de mana do amor Ela o esutua e nalmen e uta se objeto Es denição a ivio do sjeito como presso de desvaecimento ou de esaparcimento é aa acentuaa nas versõs ali o sujeito se deter mia como obje O cicuito mesmo mesmo a pulsão to ssíve ee ouas ess posição do sujeito que desapcendo como agente reapece como prouto gudo Freud o a a pusão aproveiar os eseitos caminhos gamáca rmie a revero do atvo ao passivo em necessiade e bisexualidade de costtucional iv uma bisexualida É poranto em razão mesmo de uma captura do sjei no signiicate que ão imias as ssibiliades dos dierentes res de rversão As sim a reversão do ativo sobe o passivo é central a rculação dos pres do/masoquisa e y/eiicionisa A inciência do signican do sujeito reledo como o er-se ver o ere ovir oi desca r Laca como referêcia maior a divião do sjeito Com efeito rce bse esses eemplos clicos que o sjeito o é considerao como ini ini vo e quem a rverão seia um dos aibuos que é ppiamete camado sjeito é um eeito o prouo de ma ogem sigiicte poto é ramete a própria esutura que oa esáio o o e a sbveo o o coceito de seit seito o
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Lacan
Disjj un Dis unçção do sujeito e do subjetivo esura da pulo eudana tanto nos elareu sobre a denição lacanana do sujeito como sujeito bardo lo siicnte. É preciso escentr a s que o sujeito laniano é deasdo as proedaes que lhe são odinaamente confeas la psicologi Não é a unidde sintéca as epesentaçõs Pelo conáo, Lacan desune ujeito e sub jeiviade: há epentaçs nconcien nconcientes, tes, anto a nto ão subjevaas subjevaas,, mas que puzem o sujeito do inconsciente A hieia, exemplo, ao mate ialza em t ou qual função copoal a epula inconsciente, demonst que se de sa com os s, ou com o baço, quando este se toa í gido Meho ainda, pode- susten que o subjetivo não etá do do a quele que fala A subjetvade está antes, esceve Lacan no seu Semnáio sobe s Psicoses, "pesente no eal O sujeito não nos apae subjetivo senão na medida em que o eal é o suposto fado da objevidade Oa, justamente a uo dissid La can ao oe à clica: aquela que mosa que o sentento da aliae pode muito bem dispna a existência objetva logo que a linguagem faça intusão na objetiviade esse títlo naa d mais senimento da eli de do que uma alucinação o sua ecusa e faze dela um fenômeno subjevo a títlo e uma pojeção picoógica Lacn seguino Feud conce a aucinação como eoo no o que não foi simbolzo em ouas palavas subjei vao po complexo a caação; dize que o sujeito mnene à sua ucinação ele e lalza nela, não econhecendo seu pópio ize nem sua pópia voz O "Ouo lhe fala Sem dúvida ee exemplo tomao à psicose adical, pois, nesse ca o a noção mesmo de subjetvie quetionaa Nem isso é menos eveado o "nomal, que geamene não econhe sua denência do Ouo, que o Ouo a lnguagm que o ejo do Ouo As ienticaç imaginias, ivaliaes com um semelhante, e e modo gea s as fomas fenomenai dependência o idal bm motam que a noma subjeva não e "no ujeito ese não consituiu senão um desvio plo Outo Ai que essa noma do sujeito eteja não no entimeno ubjetivo ma na eação exteio ao Ouo nem sempe ecapou à fiooa clásica Ma foi somene Descte que miu a epuação do sujeio ao memo tempo sua localzação imlica e sa edução a um só enunciao um sujeio epojao e toos o eus ouo psi�ológico o al al é o "peno cteiano que Lacan vai uiliza i psi�ológic o que Dctes? Pode-seia tom como uma iada humoíica ea conjunção e Feu e Dece ou e o inconciene com ee A
enso o onde o nde não ou p ens
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sujeito não-psicológico e tão radicamen distinto do cor que é o sujeito crtsiano. O aço propriamente lacanao consiste em destcr na construção carsina do "nso a isjunção que a consttu; a o sujeito e o subje tiv. Situa em váos níves. Lembremos que é sobre a bas e uma snço que Descrs eno mina real, a alma e o co que aparece a ceeza o cogito. A dis junço sss ois signcntes lmcor mit a emergênc st st ce: nso. Es ce é obta sobre a base não e um sr mas lo conáo e uma iluo eneralaa. É prec preciso iso lembrar ue a dúvid tato to na reeiç re eição ão de remete ao "gênio mligno ao Ouo engador. É ta to sar subjevo que vem à luz a verade do "penso logo existo ou em ous versõs penso, sou": isto é lo menos verdade dune o tem nssáo pr zê-lo no nsn nsnte te a enunciaço. Es clariade (ou clre) al só tem r equivalen a de um Deus crdor d verddes eteas que a esse ttulo não dem ser menos su jetivas. Só o Ouo é rantia verade. Disso cn reém ês momentos ue são três disjunçõs ou ex clusõs 1. Não há cee sem ilusão sem o significante do Ouro enganador 2. Não h "nso sem uma susnsão até exclusão de to saber é a disunção do r e da verade. 3. Pontuaidde dese sujeito no temo e necessário desvaneciment dest conseqüência desse enganchmento da certea a ua dúvi hirlica deis metfísica que se retoa em seu conário. Existe aí dz Lacan uma nalogia de esutur com o consciente é a esutura do que s fecha. O inconsciente é assm um sar ue no é exclusivo do sujeito mas que abha para seu apagamento Essa reeiço o sar como condição da emergência do seit crtesino é uma consante do ensino de Lacan. O enunciado cartsiano a esse resito revea-se r vezes próxio dos enunciados a cnica n sei não esou certo uvido são cortes reveladores no discurso d um efeito de sueito enquanto dividido É preciament preciamentee nes nesses ses enncio que se s e pe medir o priviégio do inconsciente Esmos longe de u penso kantno suposto der acopanr tas minhas representaçs longe abé do seito legisador das ei universais natureza ou da lirdade. Co Lacn é lo conáo a rejeição do saber no Outro e d a chave das relaçõs o sujeito ao inconsciente não coo em Jung a escie de saber préreexivo do e ordea o sueito a um saber d smbolos universais o seito definido o é e seu movimento de excs do saber e de sua reeição no Oto U não nso.
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Esse sujeito "pontul e evaescente, sem esssura psicológica, aco tece a Lac designá-lo como sujeito da ciência, em oposição a qual quer sujeto ds profunddades. Por sujeito da ciência, ee entede, obviamete, bem oua coisa que a subjeividade do sábo, o que tera reconduzdo a um reatvsmo cépco do conhecmento já reutado lo kantsmo Lacan pretende, pelo conrário não descobr a dmensão do subjetvo da ciêcia, ms as codiçõs de emergênca do desejo da cênca, e a esse títuo é que esse sujeito os ine ressa Esse sujeto é datado historcamente do momento em que a ciência rejeita to sar nãosubmss nãosubmssíve íve à demonstração matemática, e até fa ábua ras de todos os sares Esse momento é de fato para Laca emi netemete representado por Desces e a física clássca na medida em que, pela rejeição dos saberes anores e a disnção aica do pen meto e da extesão ele reduz a cênca ao que s matemáticas pemiem demos. Assim, quando Lacan diz que a ciênca é uma deooga a supressão do sujeito, não se deve r isso iss o crer que o sujeito está suprimido: ee voa, voa, como desjo de dominar a dvisão do sujeito, de nada querer saber do ozo Por a ee s dentifica ao sujeo frudiano como sujeito do nconsciente, que é um ão se, duvdo, e cujos efetos de verdade (apso sonho, etc.) não e mafesm seão na engaação do sujei sob ee mesmo. O que esá em jogo esa reconstução do eu do coscente não é nad meos que as reaçõs do ncocene com o dscso do Mese. Sem dúvda é atnômca essa reação... reação ... Ento ea é ambém com pemen. O que é com efeto ec o dejo de ceteza csao é o esejo o Mese isto é, a mpação do a exteor reduzdo à exten o Dede ogo, o desejo a cênca apece como rejeiço a verade mesmo es comda es abaho a r o ozo. Redua a veade a po sifcte, é excuído o fasma e o dsc do Mese é o avesso do dscuso aíico é que ese úmo o conáo o ozo o so de comado Mas ão se deve crer que o conen e o gow esja o mesmo ao e ue vv em hmo Quo L a Radiofonia, pretede que a histéca é o sujeto vdo, em ou paavas o oete em exercíco, ee situa o coce como omoêneo ao so o Mese. stéica convve m com o Mese! Co o u ea ecos o Mese na paee p prz u sar, reveo uma vez mas, a verdaeia atueza o sujeto o coen que é a v ee r e ozo "O extes É m vo cogto que v rs a o ou não sas drdo ao aber -
peso ond não u
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Sujeito da enunciação, sueio do enunciado A dvsão do sujeo em Lacan aparec como uma conseqüênca mediaa da ncdnca da lngüísca em sua dcfração do nconscne o sujeto do dscurso não se confun confunde de com o sujeo gramacal, nem com o locuto. Algumas modaldades da negação já examnada por Fud (por exemplo a denegação) colam bem em evdênca o apagameno do sujeo ou sua exclusão exclusã o em dferenes pos de dscurso e e o consgun a produçã produção o de um novo sjeo; sujeo da palavra c não sujeo pscológco ou gama cal. Assm é sufcente dzer "não lhe dr qu qu para que precsa mene a enuncação o fao de dzê-lo apague a própa mensagem que se esá eno Ceros enuncados ambguos o paaoxas ao exame dos lógcos ou dos gramácos se mnam com ess ess dsnção. Tomam po exemplo função de sjo ncd eo ne ex exvo vo fncês no "je crain qu' i/ mbém percebe-se e e m ne vienne* eceo e não venha) Asm mbém enncado coo eu eu mno dexa eu conúdo de vedade ndecdve ndecd ve aé a enncação seja cuddosamen descada do pópro enuncado A ss oso Lacan mosa e eu ue enunca eu da enun cção cçã o não é eu o enuncado u d o shter [aconado d emb agem] no nncado o desgn (Os quaro oneitos fndamenais d psianálise, 133. Podese dsng d sng com feo o nncdo foulado do ug on e é ss ssee ug ug feen s o luga lug a da vedd v edde e A nc nc o cefca ce fca d mo mn m na a uando vel vel nnção nn ção do d ngn o ns É n u d vdd ado no caso o Ouo sfnc eu no é foulo Eu mno a vê O s ncdo a coo mnoo d fo d a vedde Es snçã nd v s dé dé de sj ss nuncado cados s c nc ee esm m m s os s os ss nun s as vnscn e s a Ponual áv s sv s v a do çeno um sgnfc sgnfcn n úlm s o É s vsão o d Ns n s nnc é nç mea: é o cnáo n n É sc s vs é m v f s so s s çã çã os os snn s nns s P P sso s so é v v s fo e s dvsã cm lug v E p v a nsn nsn c a efo efo havd e guês e pícul, e· mim ele vai v". (. T) • Não
tduzi c
fre tmm mbígu:
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o nto de vsta segundo o qual o sujeto era napreensíve, sempre enre dos sgnfcantes represenando mesmo a falta de sgnfcante Da uma corida sem fm para nrpreação do nconscene cuja dervação não podia ser detda por nenhm sgnfcante úlo do sjeto. Nm artgo famoso, Jacqes-Alan Mer mosava com efeo qe exsta enre o sjeto e o sgnfcante ma relação para construr: construr: a sutura. "A sutura nomea a reação do sujeto à cad cadea ea de se ds dscur curso( so(. . ) Ee fgura a como eemento fatnte sob a esce de m lugarenene. Pos ao far, ele não está da pua e smplesmene asente (Cahiers pour l' analyse, n 1 p 46) Há sem dvda a ma ndetermnação do sjeto, que é ntrínseca e consttutva da reação do sjeto a seu próprio dscrso Qano a sso, não se rá confundr o que Lacan chama "o ser do sujeto "que é a sutra de uma fal (Oiar? n 29 p 10 com o que supre o sgncante falante ao Um A fal de Um não mpede aí a suplênca d formas de denfca ção sbjeivas assm o traço unáo do deal do e o até o qe Lacan va chamar o objeto a, objeto a, ee mesmo.
Sujeito suposto saber Essa ausênca de "Um sgnfcante tmo do sujeto faz an mais necessáos os empréstmos da flosofa cássca a Lacan. De uma parte, acan não consdera nunca o sujeto como m dado prmtvo mas como um efeto; já se vu, há um efeto de sujeto que é possível somente peos cotes do dscurso De outra pae esse sjeo qe não precede o dscrso mas que de agm modo não de dexar de dedzi-se deste, é sempre m "sujeto sposto. Reendo Arstótees na persctva da ansferênca e de sa foma zação, acan se apóa sobre o Hypokeimenon para jusmente dsctr a estênca de sujetos presmves por outros sjetos. Sem um saber sem um ugar de verdade v erdade representado, representa do, como se vu, por exempo, exempo , pelo Deus de Descartes nada assegua a estênca de sjetos Em ouos temos, é precso esse tercero qe const o saber no Ouo para que a noção de sujeto tenha um sentdo Da, o ema acanano da crítca da ntersubjetvdade: ntersubjetvda de: não se dedz o sujeto sujeto de otro sujeto, mas o sujeto é sposto peo sgnfcante que o represena junto a m Ouo Scilicet nº 1, p 19 Enão, nada reaça mas o sjeto do nconscente do ue a epeiênca da ansferênca e a ssção de um sujeto ao saber no Outro Com efeto, a ansferênca vem suprr, ao nve da suposção de um jeto o saber à sua fata no nconscente "O sujeto, pea tansfeênca,
p so onde não ou
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é susto ao r do qual consiste como sujeito do inconsciente, e é isto que é rsferido rsferi do sobre o anali analia" a" (Télévision, p 49). É is o saber sa ber que precede o sujeito e não o inveso. inves o. Não Nã o é o sar sa r que q ue é uma suposição; o sar esá no rl coo a ciência modea o revela as o que se sup é que um sujeito balhe nesse saber Somente a ex iência da análise rite d uma consistência não-religioa a essa sup sição A divisão do sujeito co isso é mais real ainda ela também e desde logo ela pode escrverse recorrendo aos signifcantes catesianos qu Lacan destorce: Não penso não existo.
Sujeito e objeto O cogito de Descartes conté claro segundo acan a antecipação do sujeito suposto saber mas sob condição de fazer aparecer uma aninomia a do ser e do pensamento cuja coincidênca fz lo conário a certea do ilósofo. O descolaento do nso e do existo vai constuir paa Lacan um outo momento de seu ensino e ua oua teoração da divisão do su jeito Não é soente a evidenciação do sujeito da enunciação que permit torcer num sentido inesperado o ogito. Que é que penso? Penso logo existo" Há o eu" do (eu) nso" e o eu" do logo (eu) existo podes sempre supor um sujeito ao enunciado logo eu existo" isso não prova que os dois eu" seja idênticos Mas acan aprveitando este bináro o disjunge usando os recursos oferecidos pela lógica modea (notdaente as leis de Morga sobre a dualidade entre a soma e o produto lógico). A negação da conjunção cte siana rmite escrever uma disjunção nova Ou eu não penso ou eu não existo". Esa oua formulação da alienação é feita para pôr em evidência o falso ser que é o eu ando que isto o ser e o sujeito com eeito faz dois. O revramento do cogito cartesiao obede pois a vária necessi dades Prieiro as considerações sobre o ser do sujeito são diada pelo cui ddo de não reduzir a divisão do sujeito a uma divisão pelo significante. A lógica do fantasa" faz efetvamente intrvr um objeto novo o objeto a (pronunciar objeto petit a) dito causa do desejo que é ao mesmo tempo a causa dessa divisão e a mpa que se oferece para tapar a breca abe pelo signiicante. A estrutura do fanama e a lógica do signiicant ranam
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uma articulação ligando à "condição d um objeto ( . . ) o momento de fading ou eclipe do sujei esteimente ligado Spaltug ou clivagem que ele sofre r sua surdinação a signicante (Écrits p 816) A aricuação desse fading do suio lo objeo e de sua clivagem lo sig nifcante se consói em Lan nos anos 965-1970. Deis,, es Deis e s dupla dupl a div divi i lo signi signicante cante e lo ob objeto é ditada ditada la próia história da psicanáli a segunda tópica freudiana lhe constii as premissas com a distinção do iso e do inconsiente Ela corresnde, r uma pte, à formaçõs do inconsciente e, r outra te, inércia do gozo. Essa duas entidades freudianas o, elas própias, clivadas o incons ciente la linguagem, e o isso lo dualismo pulsiona que situa na pulsão de mote a origem dos paradoxos do gozo im, uma dupla cação d resulta clivado pela linguagem, efeito Enfim, Enf de linguagem, o sujeito é, tamm, simples efeito de rda, is é dessas quedas do gozo que constituem os objetos a que ele se sustenta em seu ser. Assim, as consideraçõs sobre o objeto a e o gozo conduzem Lacan, a pat de 196, a situar o Dasein, isto é, o ser do sujeito, no que sutura a falt em se o objeto e não o nmeno A alienação do sueito pelo sig nifcante encontra um nto de rada no fantasma e escalmente no en quadramento do gozo que o objeo rmite Lacan retoma os próprios termos de Descrtes, m, o uga que lhes reseva e a função a desemnhada pela negação, o sentido vaa completamente. O ser do sujeito, estando desalojado do penso, é doa vante situado pela exriência analítica no gozo enquanto não interamente subeiváve. Da, a alteativa Amase eu penso? Então é preciso conclui, conforme a experiência nalítica anto não existo Afrmase: eu existo? É peciso concluir rtnto não penso Essa excusão lógica recobe um impssível confome à exriência seg o em seu ser como quando quando não se pensa, afma a nunca se fica ão sego can na asião A incompatibilidade incompatib ilidade do nso e do exis exi s adz, adz , prtant, prtant, no no pa no a ógica, a tensão freudiana do inconsciene e do iso, mas czandoos la linguagem não se trata mais de um confito de insâncias ou de aparelos, como se disse, mas de um redobrameno, pr casa da ingua gem, de uma imtênca por um mpossvel Mas a psicanálise, eno, vai em um senido ou em ouo? O gozo, esando baado o inconsciente, não podera se um em pra p ra a gozar Donde a fómua A psicnáise pstua que o incons ciente, onde o não existo tem sua substância, é invável lo não penso, enquanto se imagina senhor de seu ser, isto é, não ser inguagem (Ornicar?, nQ 29, p 4
ps ond onde e não su
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quee se e brandir w "não nso n so para se ficar ficar segur segur de um \ É dizer qu
ozo e clar ene pêntes incnsciente. O obje no qual o sujei vai se asgr de u r n ser en, mesmo sim, não um azi Inermente, o "n exis n qual o neutico ndu sua queixa, ã disn de nã er nr não em u falso ser Eneant, es dii, que tem estu de alteatia nã deixa idiferente o sujeit. Ene os dis é pris escolher Mas é wa eolha orçada: 1. Não se e n esclher is não de ao mesmo tem nr e ser, e o que se ganha de um lad rde-se do ou 2. Não importa que se escoha, rdese alguma ci Viu-se isto pra a filosoa "Es escolha do nmento enqnt t exclui o "exio do gozo, o qual"ex "exio qual "exit it é "não nso' (Scilicet, n° 1, p 58) Vêse que a aeva é dissiméca a exriência naítica com feito, ectoza essa escolha foada, is nã faz o impasse sobre o fan ma ma que escolheu escolheu cn cn o nsto ns to A psicanáse nã tem r funçã funçã olmar a hância subjetiva Pelo coário o discurso naíco s pe força a diviã d sujeito, mas esta divião não é idênca à enação Dio isso a picnái tamuco em ação de intalar o ujeit em seu desser ou coiá-lo a wna resignação de que a catação é o ímlo impotene Acetuando a destuição ubjea trameto lea antes a eparar o ujei a cadeia de seu discurso, isto é, dos sigicntes de sua falt em r Fazend io nessa sepação o aameto acentua a densidade do r: w Dasein é verdade que não conduz enão a situr o sujeit ao nível do desejo do uo, a deslar a fta ituandoe com a ao nível do de jo do Ou ode como neuótco, ele ão etaa Ess sepração é ou nome da diisão do ujeito Mas há de fato a ea ee aienação e separação, pois o atmento tende a ivi gr wn sentido da falta sobre o Ouro Em ouo teros nã se tem r quilnte a casação de m e a castção do Ouro É o que eprime a órua: "lo que o ujeito acaba eodo o do Ouo ua p 843) quialêcia ao que ele é como ujeito do incoiete Aim o ujeito não é mais quanidade evnecen ou iuso im síel de r acaçado que a cortina d liguagem deia rdido pa mpre, não mai rgunta a innito sobre o seu sr m pra mr ma epeso à qual Jacques-Alain Miler deu to o eu cace no no de Jacque Lacan o ujeio como rpo do el Em relação à rguna crtesiana: "que ou? e ua resa "uma oia t (res cogitans) h a lacaniaa "qe ou o djo do uo? e a rpo do re "o objeto a".
Que outro é esse então, ao qual sou mais apegado do que a mim mesmo?
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Ele,
sou
eu
Quando ele crtica o organinamsmo de Henr Ey, por asão do úlimo grande deba debate te da psquaa francesa francesa no pano pan o da ideooga, entenda-se , a saber, em Bonneva em 1946, Lacan ão dixa de marcar a daa embrando que dez anos anes ele fora autor de uma comuncação sobre o Estádio do espelho, pronunciada no momento mesmo em que ee anspu nha "as poas da psicanáse, acompanhando essa nvenção, com um es quemeno, o do exo de sua comuncação, o que he pemtu reelaborar esa questão por dvesas vees. A prmeia dessas asis lhe foi foecida por Heni Wallon, res ponsáve pela pae da Encyclopée Française consagrada à vda menta, que apareceu em 1938 e da qual ele confiou a Lacan a redação do captuo sobre a famía, iniulado: "O complexo, faor cncreto da pscooga famiar. Lembramos desde logo que o projeto de Lacan, segundo seus própros ermos, inha sdo, com seu Estádio do espelho de manifes aí a conexão e um cer númeo de relaçs imagiáas fundamenais num compor tameno exempla de uma cea fase do desenvolvmento. É cuioso verfica retroscivamene que com o ermo de com pexo Lacan se enha sevido de um conceto devido a Jung, desgnando uma unidade funcional do psqusmo e que ele aplica para definr udo que iga o cono das funçs orgânicas, das menos adapadas à mais ela boradas, borad as, aos fatores culturais com atculações no dreio, na hisóra, na demoafa para cujo estudo é úil o ineresse do psicanasta (Lacan, mais ade, fará mesmo desse conseho um dos eixos da fomação dos psica nalisas) 24
que outro é esse então
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uso feito por Lacan do termo "complexo é freudino no setdo de que vê a causa de efeito efeitoss psíqucos inconscientes, "fo "forma rmaçs çs do incons inco ns cene, tais como os sonhos, os atos fahos e os sintomas, mas este ábu o mbém de se enender num sendo econômico como quando se faa de compexo dustr A fmia é uma estrutura, tanto como é tamm um upo cujo eemeno fundamena não é o laço conatura do organismo à "ambiênca onde estão suspensos os enigmas do nstinto, mas a imago, soo é, uma repre s represen sentaçã taçãoo iconsciente, radicamente radicamente distinta do instino. A foma primora io é a mago mate, domnada, como as ou tras, peos faores cuurais e tomada num certo númeo e evenos, como o desmame Sabe-se que o desmame de ser uptua de uma grande bruta ldae, como r exempo na África onde a criança é anda mutas vezes carregada consntemente la mãe urane o óodo de amamentação aca a cann ef efinu em 1938, pos mas ma s a ad d vai abran abranda da essa as asse serç rção ão o desmame como aumatismo psíquco cuo mecanismo é a frustção: "Pe la prmeira vez, escreve ele, uma ensão vta se resove em itenção men al, aço pemnente conservao no psqusmo, de uma relação inerom pa, que se va reenconr na idade adula nos efetos de po anoréxico, oxc9míaco ou psicossomáco E a recusa dessa rupura que funa a imago do seo maeo O con uno s sensações, sobreudo propocepvas (a fusão or), funda a am bvalênca do vvdo que é do âmbo dessa suação "O ser que absove es todo absoro, e o complexo acaco lhe responde no enaçameno ma teo Traase e um verdadero canbaismo fusiona cuo vesgio se en cona ão freqüenemene na ade aula nos ogos amoosos vou comer você vo cê me meuu chuch chuchu! u! e o esmame é um al aumasmo, é que ee remee a ou privação brusca, pouco mas antga a a maz, ado assim a meda da prema uação o nascmeno Mas e, acn irá dfnr a posição do queno ser humano nesse instane como "defesa absouta da enaa no mundo, Hilosigkeit nsuperável S a imago que imprme no mais profundo do psqusmo o desmme congêno o homem pode explica a força, a rique za e a duração do sentimeno maeo Assm na medda em que esse complexo não corresponde a funçs vas, mas antes "à insufcência congênta dessas funçõe, é que se revela no homem a 'pusão de morte como Freud designou essa tendência ps quica que vsa o reoo 'ao seio da mãe A ambém acn encona apoo para sua ese na anorexia e nas oxcomanias orais Ee pode até igar aí odas as grades nosagias a humanidade "Mragem metfsica da ha monia uversal, abismo mísco a fusão afetia, uopia sia e uma uela otaitária, obsessão do praso perdido de antes do ascimento e da mas obscura aspração à more O segundo compexo a aprecer cronologicamene coresponde ao que acan chama nrusão "o upo dos senmenos sas É o meca O
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nsmo lo qual o queno ser humano va onher- um melhante: "A denação esía d onduts sas nesse estádo fuda num senmento do ouo que só e ser mal ondo m uma coneão amilies, es, p. orre de seu valor teramene magnáro" (Os complexs famili 32) Enonamos a o que Laan já sustenava em sua t de douto mento em medna (sobre um aso de paróa de auopunção", dora vante ondo omo o aso Amée") a r que a agressvdade é pr mordal mas su uma dentação prévia ao ouro omo semelhae É es dentação que Laan sua no esádo do eslo" e ele le sempre o mesmo valor além de todos os desenvolvmens que aburá des a es ategoria (ou regstro ou ada ordem) do iagnáro O esádo em quesão orresnde a delo do desmame é o o nimento la rança ene ses e dezoto meses de sua magem no es lo Esse momento é demaráve observase na jubação q a rança demons nesse nsate desvo Ds exprêna já desrta p Dar wn namente estudada r Henr Wallon oo eapa d desenvolvmento ndsnsável ra aeensão do esaço surasensora" Laan va azer o moento undador da unção do eu" Este eu" é uma maera at almente mas era de aduzr o ch reudano abuamente verdo o mo mo" em anês1 Para o La de 1938, o enômeno do espelo é sgnavo por duplo movo 1 . Seu estudo revela de oa dmonsava as tendênas que onst tuem enão a realdad d rança 2. A magem esulr um m smlo (o ermo é retomado de Her Wlon) des readad de seu vlor afevo lusóo omo a róa mage e r ouo ao de sua estrutura relexo da oa uan Se a busa de sua undd ata oove na rana as ormas em ue se rresen sua dntad a oa ms ntutva é enão dada a maem esr que a na o a jubação já assnlada enon t sua und menal ao ron o de d mago do duplo n unto a mae do selnt a maa à sua unção de exress vdade dsnadea na ança eções stura slres segundo um odo abtual aos anms omo os tnóoos já mosrara abundn temne Ms qundo a rança é submetda a essa suesão emonal ou motora não se dstnu da óa am; as nd es não az seno aesen ua ensão xnoa (d xnoata" aeão dv a u o sto) qu dtena a stra do mo. Antes de I
De Lc ir ulizr novamene o eo "m pa ão ambgüdade co o sueto.
deia
o "j far
qu tr é es etão
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sa idende, a criança confun ineimen com es ima gem que o forma, ao mesmo tem aiend
A inquietante estranhez Coprndese melhor como es n de inuo e deterir o que can denominará "o drama do ciúe Este ilica a inoduç de um terceiro, designado no texto de 1938 coo "tercei objeto, o ql vai substir a bigüidade esclr la concorrêcia nacida da inveja Es invidia retomaa de Santo Asti, do qu ca jamais bane qe ensio a enconou no curs de sua huaniddes, p a ciança, esctadoa de um irão as v anso ao sio ateo, diate de uma escla, uma aleativa e ue e decide para ela o dti da realidade, e r iss eso a ssibilidde de uturação, até o etilo de t o laço ia lteror: ou ela encona o objeto ateo agadoe à ru do re c irreediavelente rdid, e asi à desuição do ouo; ou rcoce ess otro c ua logo se ava a lua e a rsctia de u ssvel coat sial, isto ré ao pro d rda d bjet cobiçad Laca Lac a deixa deixa de r rcisr cisr que o utro utro at ate eo o r rão ão é uili zad de d euo: de r a ua irã como, e particulr, caso do queo Hans de Fu Fud d pd pdee ter ter efeito efeitoss vari variávei áveiss conf c onfor oree a éa de seu aarciet Desde eão se fez luar cu a regres reativa a es inão, uad sobrevé ante do f do desae, eso n rod dito ediio A caça invadida e eão den vover ilss quae rveras, u ua culabilidade ue s ostea s ritos obessivos Essa regres se encorá na idade adulta a pscse araica, onde o rseuid rá s ess caracterstics de ins Desse oo, o regist d iaiári, denido a artir do estái d eselo (di (diver ver iões iõe s et 93 936 6 e 1949) 1 949),, rmite a Lacn ref ref rçr
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certos eixos de seus rimes escritos sobre a aranóia em articula os comenáros qe fe em 1933 ara a revist revi st surrealisa Le Minotaure a o ósito do dulo crime das irmãs Pain Essa queso da qua se servirá mais tarde Jean Gene aa escever sua ea As Criadas 194 7), en enret retém ém a crôni crônica ca e não somente somente udiciáia da éca em ão do do horor horor da da atro atro mana cometida duas criadas duas irmãs, Christine e L�a Pain haviam assassinado cruelmente e sem motivo sério sua aoa e a filha durante um verdadeiro ranse mutilador com aecto de riual desregado A dimensão imagináia salta aos olhos se se de dier nessa sitaão de arelhas Assim da enucleaão das vítimas Lacan não deixa de observar o seu caráter exceional nos anas judiciáios; ele noa que é xutada literalmente a mas velha meáfora do ódio vou aancalhe os olhos" Descobrese
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.
qu ouro é es então
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mero mirio público a Homem do Lobo, já qndo começava a elarar a tr(a conceitul real do imbólco e imaginár. O dupl duplo o nce do que qu e Freu Freud d chama ncisismo ncisismo már mário io o eemplo mais coente disso é o nsitivismo da criança cujo vestígio se encontra nas maniestõs do sureu (a njunção) e nos casos de "delio de n scção E tos os casos o duplo é uma insânca malevolente qr o aur das tolices da criança quer o rguidor do psicótico, ou lo menos nquietane quando é o próprio Freud que é sureendido la própria iagem no releo de uma vidraça O duplo é uma "retição d idêntico e prova em si a nquietante esanhe que é mm uma esnha amiliadade. Temos disso eemplo não nã o raro raro com a gemelidade gemelidade monozigóca da qual se sa que tem ouos aços além dos somáticos O duplo se encona ligado no incons ciente a que Freud chaa "automatiso de retição nscrito além do prncípio de zer Es enômeno imagnário chega e seu térmno a ua das ormas mais esnhamente inquieantes da surstição o "au ohado A an gúsia suscida lo Unheimlich é ela sozinha resnsável pelo enô meno como marcando o retoo do ralcado Nesse sentido ela é "o que não engana coo dirá Lacan e de ao é o único sentento do qual teos certeza de partilhá-lo co ouos anais: a etologia e particular Konrad Lorenz nos troue as pvas disso A literatu tem ouo eemplo de Unheimlich com o Horla de Guy de Maupasnt Aqui em prero plano está a dimensão a angú angústia: stia: é esmo disso ua descrção entomológica Está na lebrança dos leitores que nesse caso o duplo te a particularidade de não ser visível mas toa ua consis tência imaginária proessiva que a aqui vai conduzir o herói ao suicídio Esse Horla cujos oneas evam em si a esnheza não esá aastado do que Lacan irá deinir coo objeo da angúsia ao qua vola reos Com eeto r não ser escularizável é inapreensível e portanto esá e t parte sepre lá s ao lado atrás adiante issível sabê lo; logo é o sujeito que ica ica ora ora de si até o gesto que vai partr o espelh es pelho: o: "se "se dú dúvid vidaa nenhuma nenhuma el elee não mo morreu En Eno o en enão ão vou ter de me aa ar r eu! A es série de reerências literárias encontradas no século XIX que culvou esse tipo de anástico poe-se acrescentar o William Wilson de Edgar Po, one o herói ve lieralente esbarrar no seu duplo que o a Essa sciação or vai eso acaear a práica de sicídios e ente e nte ao espelho espelho o exeplo ais céleb célebre re continua sendo sendo o do psiquaa G Ga Gatia tian n de Cléra Clérabault bault onde o sujeito sujeito te a iluso de "olhar "olhar a ore e fete
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So eu ou ele
Estes exemplos peitem talvez entender melhor como Lacan articula o duplo freudiano e sua dimensão nísica com o que ele chama complexo frateo". O delío a dois", descrto de modo original no século XIX por Lasgue e Falret, do qual as iãs Papin representam um caso, explica supeioente as relações que a pranóia entetém com este complexo" assim também, os temas de filiação fantstica, em que são centais a usur pação e a espoliação (delírios paafrênicos). De mo análogo, a esutura narcísica do delio se revela nos temas anóides da influência (cf Victor Tausk: Do aprelho de influenciar" assim como o espelho intrusivo que constitui pa cetos psióticos a televisão), do desdobramento (delrios de sósia) ou ainda de tas as tansmuções delirantes do corpo" segundo a expressão do próprio Lacan, de que reenconaremos mais adinte os desenvolvimentos a popósito do caso do Presidente Schreber de Freud Mais arde, Lacan vai d a essa dimensão narcísica da psicose o nome de regressão tópica ao Estádio do espelho". Já se esba aavés do fato que eu é um outo" a idéia de que a palava pode ser estranha ao sujeito, efeito estitmente imagino, culminando em uma fóula como: "É ele ou eu" acan á ainda mis longe ao demonsar a função de domínio desse moi cuja dimensão estnha mosta bem a exteiodade. O Esádio do espeho esclece assim as observações de Freud em Para inroduzir o narcisismo em 9 1 4 (texto escito em gnde parte pra refut as teses junguianas sobre a libido e a esquizofrenia) a popósito do delio de oservação Beobachung: Os doentes se queixam então de que são conhcidos tos os seus pensamentos, que são observadas e vigia das sus açs; eles são advertidos do funcionamento soerano (grifo nos so) dessa instância pelas voes que hes faam, de maneira característica, na terceia pssoa (agora ela ainda pensa nisso" agora ele es indo embo") Es queixa é justiicada, ela descreve a verdade existe efetiva mente e isso em todos nós na vida nol, uma força dessa ordem que obsrva obs rva ohece, oh ece, crit critica ica tods tods as nossas intenções " (p. 100 da edição francesa) Freud, nesse atigo, paticulia que no psicótico (pafrênico) a libido não fica ligada a objetos no fntsma, mas reflui sobre moi La can retomá a questão do desprendimento do objeto" (Objektverlust), enriquecendo-o com a contribuição metapsicológica de Melanie Klein, em pticul com a noção de mau objeto interior", na origem do despedaça mento a imagem do copo humano. O termo objeto absoluamente nã recobre aí o uso dele feito por Freud, que es aind em 1 9 1 4 em via de eaborr uma teoa das pulss tatase de objetos pciais, incluss imaginárias de objetos reais, ou
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invers inve rsam amen ente te ( . . . ) tomadas de objetos imaginários no interior de um recnto real" O recnto primordia é para a criança bem pequena o corpo mateo Os objetos ão se defnr r ua série de movimentos, de pro jeçs, introjeçs, expulss, de reinojeçs" sobre o modo de ncorpo ração e da rejeção que permitirão à criancinha construir sua realdade1, seu Umwelt que terá neessariamente para Melanie Klein a consstênca de uma unreal reality, por não poder dstinguir o imagnário do rel. Não obstant obs tantee , a não de contnente e de conteúdo, aavés da d a análse que Lacan ará, do sistema pnóde" da crancinha segundo Melane Ken, va permtir-lhe igurar as reações entre o especuar e as unções do moi e ardar o probema da junção do simbólico e do imagnário na consttu ção do real", pois não há inojeção que não seja do sgncante. Mas ca anda a questão da "prematuração especca do nasimeno no homem". Com eeto, o humano é o únco entre os anmas a não atngr sua maturidade sológic senão depos de mas de dez anos de exstênca, e a conservr por váios meses após o nascimento relexos seqüeres da sua vda ntrauterina, testemunhos da imaturação de seu sstema nervoso cen ra c os testes de Brazeton) Concebese enão que o Estádo do epeo possa ser esse drama cuja mpusão ntea se precipita pea nsucênca à antecipação", como escreve acan, sabendo que ele az bascur num gope a crança de uma apreensão imaginária fragmentada a uma imagem otaliária: Complemento ortopédco dessa suiciência nata, desse des concerto, ou desacordo consttutvo, lgado à sua prematuração no nci mento" Alguns etóogos A Gehen, em 1950) oam conduzdos a batzr o humano, o ser da ata" com o detae que a a concee para ees a speazação nos movimentos instntivos Lacan irá além dessa concepção da dscordânca pscomotora sobre a onstitução do moi e da superordade humana ligada à imatuação neuro ógca Com eeto, se a experênca do espeho revela, por attudes de m ponência ou de ntmidação comuns a ouas espécies anms, a iluso da totdade, ea ntroduz o ndvíduo à mragem do domínio de suas un ões", e ntes de conduz a uma síntese em too do moi (moqe) desem boca numa aenação dentiva, do tpo da que iga o senhor ao esavo: acan, auno de Kojve, leitor de Hege reerência manesta a pr de Proposições sobre a causalidade psíqica de 1946) considera eno a prematuração do nascmento, especíca do homem, como a doena e Melanie Klen: "A preira fase das relaões humanas é dmnada pr pulss sádc. ) . Nessa fase, cm efet a realdade exer esá chea sgud a mgçã d ors ( . . .) aa de bjets ds quas ea esra precsamete mesm tratmet sád gua a ue é peda a ngr. Essa rea nsu verdaderamete a realdade pmta d a anda mu quena" (A pscoterap d psicoses, 1930). I
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cda, a clpa feli da vda em qe o homem ao se distigi de sua essê própri priaa no noã ã de d e exisêcia exisêcia que ca descobre descobre sa exstêca exstêc a É mesmo da pró
Lacan irá finir o real.
scme d ao homem esse oqe d morte qe despot no magáo sob a foma de aessividade o homem dsguese dos oos ama sso qe, a consdea sa magem, l ela a signifiação mort fera, pos ela lhe é essencialmete arrebada" O que onuzirá Laan a eciar qe o moi o é sempre seo a metade do sujeito o qe permi eteder melhor rque o sueito está to preso a esse mi que é o revs timeto qe o possui e porqe, em t relaço humana, essa ligaço qe aca qifica de siete esá presete, aço de ada ma das exriêcias de impotêcia, em qe essa forma se modelou no sujeito: suserania do moi, servido do seito aca so, diversas vees, o sigificate paixo" (iclusive pa desga a paxo do sgfce qe submete o seito); mas, nas Prposições sobre a causaidade psíquica, servese ainda dele para rferir sa fot catesiana ao arcssmo Esta paxo de ser homem, direi qe é a paixo da ama por exelênia, arcisism, o qual mpõe sua estrutura a tos os seus deseos, mesmo aos mais elevados." Temse a tendêia de cosiderar o ncisismo como uma noção evidente den te por si; o voábulo voábulo até até sai s ai do dicioári dicioário o dos do s psianalis psianalis paa paa se ins i ns aar o disurso omm Fendose leitor de reud Laan se rroga sobre o proesso que, ao ível do maginário, ondu o psióo ao ponto temia d reaço da libdo do objeto exterior, ponto que orrpon ao espelho Compreendese que na origem a riança antes de se virar para obetos exterores, de vestilos om carga eróa, tome su próprio or po como objeto", objeto", mas m as como fia o movimen mo vimentto de reressão reressão qu ualiiaia a psicose? E, para começa, esá ligado a ma moação a prpia esutura do objeto? O
Moi - idea ideall - mo moii
aca vai consagrar todo m ao de seu esino a essa quesão da psiose, mas, ates de hegarmos aos resultados por ele alançados onvém que nos detehamos no apaelho de pensar" que lhe prmiti traçar, enr 1953 e 958, amihos à fracesa a ocepço freudiana do narisismo. Esse apaelho que os é apreseado na Observaã sbre o reóri de Daie Lagache é uma maqiaria óptia deriada da experinia dita do bqê vertido Evideteete a escolha de m dispositivo ópo não é estraha ao Estádio do espelho, cuja apresentação é e si msma ma
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experiência ópica admiindo, além de m objeo, uma imagem e m sis ema reetor qe é a condção sin qu non de m experiência: o olho do observador Mas o dispoitivo é imediamente puxad para o lado da psi canális can álisee e não do fanasm fanasmaa do cientfc cientfco: o: o Ouo Ou o não esá onde ond e se c cê que eseja, não em o lugar de qe vê ele não é senão aquele r qem a operação é efetiva, isto é, srfície refletidora qe toa ssvel u espaço aás do espelho. Com efeio, é r haver m erceiro lugar entre o mo e sua imagem que há m sjeio ssível: a captação imaginária ne cessia de uma testemunha para qe o Esádio do espelho possa fncionar como t. "No geso lo qual a criança ao espeo, virandose para qem a car rega, ala para o olhar da testemunha que clarifica, por vericála, o reonhecimeno da imagem, da assunção jubilante, onde r cero ela já etava." O tmpo de um olhar mas que implica um desvio: é preciso ne cessariamene que haja rda para qe isso advenha, e Lacan, referindo-a à forma mesmo (e ao nome) do imperfeio, indica ali uma redução qe não deixa de evar uma decanação por mergulho na liguagem. Pois esse "já esva sbstitui o erceiro na série significane que ele enca, habi tualmnte sob os auspícios mateos. ·
Vamos nerar no aparelho de Lacan para entder melor se fn cionamnto antes de er a qe conclsão ele chgou. Samos plas leis da ópca qe as imagens dem se or seme lhas a objeos, como r exemplo a miragem do oásis no deseo: As
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imagens óptis apre apren n diversi diversiades ades singulare singularess - agum agumas as são amente ob objevas jevas,, o as chamaas vs enquan enquanto to ouas o rais a r r ceos ados commse como ojetos e em r tomas r tais." Ess vão imagens vu: s a imagem r ta objeto pa um ouo sistema é um o p um ouo sistema é um ob vitua
Lacan tenta d co esse elo ua fora generalia o sádo o espeho; no ipde que queos ana na eáfora: será preciso a tologia para ultrapassar sua ieno Nã osne á para isso que ele tene is o que ret a experênca o uquê no sua analogia ana tôica (o hoenzinho que estra no hoe) ne eso sua referência à funço visual é, anes e tuo u operaor erco que visa isngr nas esrturas (ina)suevas o ianáro o silico A eáfora e queso co o aso e ores a o cor auz a vi so ele consanteente fragenaa al coo os sinoas hisrcos do cona e seu orte anaômico que segue as leis a linguage Soene a presença do espelho côncavo perite oter ua iage real o vaso ulto à visão dreta que a iluso e esar no lugar que ele deveria upar esando co ores (oeo real) a ancipaço alás á está inscri nesse sentido que u vaso eve fc co a artra pra cia pa ra servr à colaço do uquê "O processo e sua auraço psicolgica perite ao sujeito e ado moento e sua hisra inegrar efetivaente suas funções otors e chegr a u oínio e seu cor ento á
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uma coi: é m antes des momento de efevação que ele ma conhimento se co como toalidade, ao imagir a benç de domínio; domí nio; ee ani ani rno sob o completameno completameno des e é es e s ae ae cipão qe "imprimr o seu estio a todo exercício uerior do domínio motor efevo.
Espeho
Um passo mais e Lacn de afrmr que essa aventura escular orginl vai estruturar assim ta a "vida fantasmátca do ser humano Ele estca assim a não de ua rliae originl que não de ser objeto de deffinião alguma que em to co "no é boa nem má: é o que Freud de quaifica de julgamento de existência na Verneinung e que se de reduzr a uma formulação binária (O ou 1) A constituição do muno exerior do Umwelt dende pois das relaõs ene o magináro e o rea elas por sua vez dendendo da posião do sujeito ela mesma determinada lo signifi cane o qual é efei do mundo siico cuja impulsão se situa no uo fana fanasma sma vê-se ag agor ora a va constituir constituir um rurso que que o su sujeito jeito é adulto neuró neurótc tco o vi opor à realidade no regiso do não evidente no adulto reconhecimento ou até da rejeição: percebe-se a um dos elementos que conduzirão Lacan mais arde a fzer equivaer a aidade ao fanasma Verifica-se que o imaginro remee de uma pre à relação do sujeito com suas suas identificaõs fora oraora orass é o imagináro tal como funciona na nálise nál ise e de oua pa part rtee à rea reaão ão que o sujeio mantém com o real apon o a a a rca rc a narcí narcísica sica
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O nrcissmo funciona em dois níveis, que Lacan va s emnhr pa
dsnguir e aicul aicul:: um primeiro referente à magem col e que leva o sujeito a d sua própra forma a u Umwelt a origem do moi l (ealic; ele que Laca em s mongem óptica sia a nível da magem real; é o relexo da uidae do co no hoe, conaiamete aos ouos animais, sua rele no eslho costitui "uma ssibilidade tica ori original ginal q inu in u a segundo cissmo, aquele que fa com que o ouo, enquan a/ter ego vá confundi - e isso mis ou menos me nos confo confome me os mometos a vda com o idel do moi (Ichideal. Tratas e uma identifcação nrcísica ao ouo o sujeito vê o seu ser uma releão em relação a est ouo coo ideal. Esos is no que s convencionou camar as funçõs d moi elas desenha pra o homem (m tm, em certa medda, p os ou os amais) um pal ndaetal na imagem esula, foma orgil (Urich) do deal do moi e potanto da relação ao semelhnte Que é esse ideal do moi? O deal do moi é constitutivo de toa relação sbólica Lacn, desde 1948, a Agressividade em psicanálise, já lhe ssi aava a ção pacifcate ou coexão a "omativiae lbdal com a omavdade cultual cuja efcáca ele aibuía à imago tea Ele a detemia e segua como o que dee o maior ou menor au e r feição de coletde de aroximação do magiáio Tratase tao de uma um a instância simbólica comandan a ref referência à autorida é expl plcita cita - qualquer relação a outrem da qual pen penda da por outro outro lado la do o caráter mais ou menos satiatório da estrutação imaginária a, esa deção, e fecho "O idea o moi, sgudo a lei de aga, couz o sjeo a se esagada ao bor do mndamento O idel o moi é u a as é tm manão qudo ordea como sureu Laca, ao oduzr essa fução simbólca o magio d preciosa ndcaçã do prcesso da ase tal coo ele o conce etão, ão teo ada earao a dmesão do real em joo no atamento No homem enhuma reação aa qe seja erdadeamete efcz e colea pode se estalecer seão r nteédio de oua dimesão o simbólco) O que pretee eo meos tcamete, a aáse Isso ão o mpede de tear mosr como o imaio e o que enão ee chama o real fciona o esmo níel Nessa persctiva ele a meso até sostic sua mogem óca sbsttuio o eselho plao A) por um io que pemtiia fazer coi cd cets aes com objetos Sea a maera de mostr o que é a o ação do undo, e que os objetos reais e os objetos mags esão no eso lu. A coseqüêcia disso um acleto oo sobre obeto se Freud eteto bl ão é ota cosa seão
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maneia pea qua um obeo se confunde com a imagem que dele e os, divesamente e mais ou menos estrutuada". S não em, na asião em que produz seu meo ópico, a ssi bidade de aa do eal, é que Lacan segue ainda um camno não afas tado do que produz eno o Coégio de Patafísica, a sa, máquina de pensa que ee chama psicanáise divertida", em que, como em cada eapa de sua pesquisa, o uso metafóric metafórico o prec precede ede e r que não não dize anecipa, a confonação com o rea mesmo do atepao teórico. Resta que Lacan produziu com o esquema óptco uma mongem eórica apegada à técnica aalica, que compe o esquema de inersube ti vidad mostrando suas mificações no decurso do amento e coo a reação ao a/ter ego, a capua do moi idea, sevem para evar o sujeio ao campo onde e se hiposasia no ida do moi", isto é, o campo simbóio. No fundo, Lacan, nesses aos pelminares de seu ensino, viava ordena o imagináio e desobsi assm a técnica anatca que ape enava endência paa aavaca aqui o simbóico também podia te efeitos pacificantes
Uma peça destacada A passagem que Lacan faá faá depois da óptica ópt ica fís fís c caa para para a óptica geomérica he permtrá defini o objeto eferindoo ao visua, como ohar: mas eão os dispostvos que ele vai utiiza para sua demonstração escapaão o gressivamnte à noção de modeo para se oarem elementos mesmo da esutura. sse objeto que acan denomina objeto a, causa do desejo, encontra sua definiço a pair da imagem do copo, mas justamene do que h escapa. Tase de um objeto parcia (obeto da pulsão; termo reomado r Mani Kn de Kar Abraam) de uma peça desacada do dispositivo imaginando o copo". sse objeto é destcado das zonas eógenas e inscrev uma sre quas indefinida bico do seio, fezes, uina, fao, fonma, oha voz e até, nos dz Lacan, o nada". Sua paticuaidade é de nã se apres ap resent enta a como pate pate de uma totaidade totaidade que seia o copo copo e portnto po isso no tm imagem especua, propriamente faando, nem atedde. O esquema óptco á he esça as características com a função de brda de abertura do vaso", mas será preciso espea 1962 paa que Lacan dê a sua esutura, referindoa topoogia das supfícies. Eneto, a imagem especua não deixa de e ração com sse objeto ea h dá sua vstimen e isto se escreve i) a o é
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retomada de Subrsão sujio aléca dsjo texto no qual can, em 196, esda em cul o "pesso iagirio iagirio que, da imagem image m esular, vai à constição do moi no cinho da subjeivç lo signica sign icane, ne, i i é, é , o moi, nci ncio o dessa des sa captu captua a iagináia iagináia promo promoe e uma coniência imanen que deonhece o ço - maa do sig signi ni fcante fca nte que limita limi ta a realide do sueito sueito e, fazendo fazendo isso, isso , o aliena a liena no n o idea o moi, o qua resolve, rtanto, nes ço. Isso rmite fazer apecer o cam do simlco e seus efeitos no imaginário: o fato de haver uma dem ssível, uma conta, faz que o ima ginário s ordenar o real do organismo, tendo como efeio fazer eno aparer o obeo como cau do deseo Isso su aá que o Ouo, como "stio évio do puro sueito do signifcante tenha alguma relão a esse obeo a: es relão relão é tológica Podemos enão concer que a alriade origial é a do signicane, endo como conseqüência que s "u signicane represena m sueio para ouo signifcane, e qe o sueio esá essencialmene inscrio no resio maz e esemunha cam o Ouo Este Ouo é is a esse resio "esemunhaa a verda "esemunh verdade de ou lugar lu gar "onde isso se -' -' sem o qal "a ilusão a palavra n se istinguiria do fngimen que n la combava na eibição seual, é enano dferene isso A eologia mosa aina e um animal esá muias vezes afeio aos ogos de aproximação e rupua que constuem a "raa (exiiçã) Os imais em rigo fazem mesmo altear aiues e fuga e aessividade e evam a ança, nnca prém um anm fngirá fngr Assim, ele não eia pisas fals apagano seus aços, o que á sera pa ele "fazerse seio o signcae Seno mais eciso, Lan escreverá no Étourdi e os nimas em se servi de símlos, "com a dferena que esses smboos nnca são equvos
O
grafo do desejo
a meir o abalho e formaização oo r Lacan sre a inrsão o simlico no imagináro, pese esar sa colação sobre o grao opologia o plano rém amm comina, iagra na orgem essa isciplna r Eler e Haion), e Subersão sujeito e dialética
do desejo
O vecor vecor s(A) s(A) A e esi siaa a smissã o sueio sueio a signice ásehe o nome e "ca "caei eiaa signicane enq enquan uano o o ve vec crr inv invers ers reoo sore sore prmeir pr meir com pono e capinê capi nê fech fechaa A s(A), qe f reoo -
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a (r exemplo de uma fa n sua última palavra). Oa, i(a explica la sua dupa aculaão vtria que o moi não se comple senão r ser artculado não como 'eu sifte) do diurso mas como meton metonímia ímia d sua signiicação" I(A): idea do moi A: o lugar do tesouro de signicane S(A): a signfcação
I(A)
'
Vams adiante: "A nica fnção homogênea da consciência es na captura imaginária do moi pelo seu refexo escuar e na função de não reconhecimento e lhe contina ligada Posição do inconsciete Écrits, p 832 Lcan reb rebate ate a consciência consciência - as asee do cogito caes caesiano iano - so sobre bre o imagináro enuanto a relação ao outro lo fao mesmo da especularidade ue ge a agressiidade produz uma reação de senhor a esco ue instau não somente a seridão do moi mas uma sição de fundmenl nãoreconhecimento "A imagem escular é um erro; não é simpesmente uma ilusão um engodo da Gestalt catian catiante te cuja agressiidad agressii dadee d o acento ela é fundamentamente m erro enuanto o sjeito não se econhece a " (A identcação inédito .
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Esse não-conhment não-conhmento, o, ligado à imagem escular prende à dis simeia que ela implica lo fato mesmo do esho: dissimeia esquera reia de q se deobrem aços na neurose, incusive n confuo ene objeto do desejo e dema, distbio a lateraie q não cede senão lo corte do sujeito na análise, ou mais prisamente quando o sujeito se pruz do core do bjeto que delimi a demanda (oração tógica no plano projeúvo). O qe o neuróúco v no fansma é a imagem escur na medida em que a dissimeia que exse no sujeito entre demanda e objeto, em re lação com objeto e demana do Ouo, repruz aqla que é surada la imagem escl Poranto, em de se levar em conta duas dissimeias ao mesmo tem disúns e ssas em certos momentos d uma psi; e rtanto tem de se considerar que a função do moi incluindo o narcisismo deve ser disúnguid daqea que ela mas r uma capção devia a efeito do próo signicante, sobre o sjeito, a relação ao objeto toma na deman da, Cjo core é a ntenção da análise E rque a reação naísica esá ligaa esuralmente à relação ao objeo que ela recobre esta, ms como complemenar no núdo em qe o jeito mrcado de modo delével lo tço náro, não encon sua ba sujeito su se mas é u en engo godo do se senã nãoo na magem do co co co como mo consútuva, a reação ao objeto não sendo senão indrea, ulando aás do ouo o fan tasma naenl. Finalmente a relação escar só pode esa situada no pano a rea ção ao Oo qe na o sujei como sujeito do inconsciente E é ao si t o sjeto como cote do objeo a, ranto em relação à deciênca fn damental do Oo como lugar da palavra, ndo em evidência o ste que o sjeio encona nesse objto la estrutra o fanasma no nto em qe ecebe deste Oo a sua maca o aço unáo) que o disúngue ao su jeilo ao signicane, que emos medr o que se apaga da função sig ficte diante da rpção do objeto. Temos a ma supeposição de plnos que não se organiza senão por esaúcação no enso de Lacan Mas ceras intiçõs que casam desen olimentos ueriores aem aprecer ma organação com u fecho as sim a estuta do fantasma terá sido popost como plano projeúvo já em 1958 (Questão preliminar a todo tratamento ssível da psicose) enqano Lacan lhe demonsá a lógca e a opologa vários anos deis D mes mo modo ee reaá o cote d su ensino em u tempo prelima qe teia sdo consgado ao Estáio do espeo, e um segundo que teia decor rdo da descoa do sigificante na meia em qe a reação esc depende do fato qe o sujeito se constitui "no ga do Oto e de sa maca pelo signcane e que nessa oração há um resto Esse reso não é especula dissemos pois se retomamos a exeên a do eseo o qe escaia no moimento de iraa a cça no a
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ge da jubiação, p p aquel aquelee que a leva - di digamos: gamos: aquela que que a leva, is himente é a mãe fun fundan dando do sm no suj sujeit eitoo aém da próia próia iden iden ticação i(a) i(a) o reto à imagem, a função d l, cor escano qe L c va vaii f fer erir ir a doi doiss regisos do imagin imaginári árioo e do do rea. uma p ata do fao designdo a casação, nem que fosse rque, se o Ouo tem função de ohar primordia p o sujeito, este é n vestido de u valo fálco para a mãe; r ouo lado, o suj sujeit eitoo ten tenaa atingr rlmente, m o inteédio do Ouo, o que eaa à imagem esar, a r, o objeto de seu desejo, e é r n ser es víve v íve que o queno s srr humano he h e constitui, constitui , r divers diversos os fícios, fícios, a imagem Assim e se compler o esquema ópco, do objeto que lutua r asm dizer acima do vaso inveido, o qual simlza muito m o con nente nrcsico da lbido, que r intermédio do Ouo (eslo plano) de ser colado em relação com sua pópria imagem i(a) Enre os os ora uma "oiação comunican, essa mesma que Freu designa como a reversibidade bidina do co próprio ao objeto o que scapa dss movimento oscilatóro puz uma rbação que tem r nome a angús ia designaa r Lacan como "o sina da ntervenção do objeto a". ncontros, is, o Unhimlich euiano em que o duplo vem en cher a falta imaginária da casação r efeito do oar O ue Lacan for mula da segunte maneira: "O que temos dante de nós, que é nossa esáua, nosso rosto, nosso par de oos, dexa srgr a deno de nosso próo oar e o vaor da magem coma enão a mudar, obretudo se acontece que esse olar que apare no esho começa a não mais nos olr a nós mesmos, initium aura, a de um sentimento de estranheza que é a po ara p a angústia (A angútia, inédito) A ngúsa é um fenômeno de r, "iância em que a constituição d imagem esculr mosa su imite, limite d cena aginária, janela aber ta à vergem'� Dessa releitu da inuo artculada à função do objeto, Lacan ino duz dois elemetos novos a dialética da spração lo desl oen do desmae e o olar como pradigma do objeo lo eslamento o es lo O Unheimlich, al como dele se see Freud para definr a angúsia qu fá em sguia um sinal, indica a ntrusão de algo tão radicalmen ouo que não nã o há mesmo me smo senão sen ão o pprio nscimento nscim ento para compar comparação ação e s trumatsmo á, não é o d sepação com o seio, nem mesmo o da sepa ração com a placenta mae, mas o aspração num meio essencl mene ouo que é a atmosfera Pois a respito do desmae nuivo, ele já esá ligao na dialética do dejo e da emna, senão como se podera concebr s foras precssimas noexia? O esmame não mca a ptua e um laço com o Ouo, ele é o seu esboço e é nisso que ele t bm prouz prouz a angústi, angústi , dndo ao seio o u vo e objeto, objeto, sto é, r rio io veáe -
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Lacan
O segundo ponto dz respeito respeito ao olhar. Para contnuar contnuar no nível que nos ocupa, a saber, o iagnái iagnáio, o, com c om as referências referências e Lacan, isto é, o eslho sim eia pa com e a etologia é preciso introuzir a não de uma dupla simeia ple a teora da angústa De ma pate, a do olho, que va como par pro duzia pelo cruzamento (quiasma óptico) com suas conexõs corticais; e oua ou a parte, a que faz faz do próp própro ro olho ol ho um espel espelho, ho, o qu qual al confunde c onfunde aliás na na lngua olho olh o e olha: h inversão e miragem. Lacan refe refere-se re-se a Roger Cailloi Cailloiss para colar a partir de Méduse et Cie (196) a questão de intimidação pelos ocelos n insetos; com efeito os ocelos são sempre fronas como os olhos hmano e isso tem por efeito facinar animais cujo olhos so sgiais. Além do mais, esses simulacro corporais não reproduzem a forma dos olhos do animal mas a dos huma nos. Callois sup que o fascinw é ligao à forma ciula o elo, for paralisa, ralisa, adormece Ora os raos animais cuos olhos ão ma que hipnota, pa frona são as aves notuas (coruja, mho, etc.), aves de siniso agouro ou reencação de amas malevolentes. Enconamos de novo o "mau olhao já evocado a prosito o crme das imãs i mãs apin
Conseqüências clínicas Io nos leva a retoma novamene a queão da psioses na medida em que Lacan esacou na inrusão a dmensão do real é mesmo a operação que desecadeia a psicose, como veremos no captulo seguite a inter veção de um "pa re ali onde a função patea como imbólica (Nome oPai) não adveio ao luga do Ouo Daí resula resula a imoss imossibilidad ibilidadee para o sujeito de enconar um lugar o no Ouro. A esse Ouo repelido ao nnito vem pois e ubsituir uma multipli cidade de quenos ouos, imagem escular em abimo onde se ainham tnto os rivai morteros com as criaturas paródica do idel do moi (me galomaia qudo não ão n proceso de decomoição que isso im plica ombrs eêmers e icalculáveis cf. a Mmórias do preidet Schr Sc hreber eber e a leitur leituraa delas, fei por Freud e depois por aca). aca) . "É a fal do NomeoPai nese lugr (imbólico) que pelo buraco que abre no significado d incio à csca de maejamentos do signi procede o deasre crescen do imaiá ima iário rio até er atingido icante de onde procede o nvel onde signiicante e signif sign ifcado cado e esbiliam a meáor meáoraa delirante (Ques (Qu esion ion pr préli élimin minair airee à tout tr trai ait tmnt mnt po possibl ssibl ds psichoses, p. 577). Lacan reencona portnto agora o aorimo reudiao que az do de tentiva de cura cura Mas fal e é ea a queo queo preli prelimir mir pro pro lio uma tentiva pos r acan precir o que pe manter ea ebiliação do ima
que outro
é
es
ntão
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gináro, e a mesmo o eal, eal, do qal a aJa nos nos últimos anos de seu seu e e sino que sino qu e ele foma foma p o pa paran ranóico, óico, com o smico sm ico e o imagin ima gino o uma um a consistêcia em connude, con nude, à mane manera ra de ês laços de um nó de d e evo. paadgmáca ca nsso que ea mosa o nconsci nconsciente ente como a A psico é paadgmá céu arto, na expreso de Lan Mas o é ela a única estrutua a ape na bõs do imagináo, ao que convira deteinar que elas existem mm fo dos fenômenos esutuais, como exemplo na de mência, pe ou ni A noçõs cínicas abundam na oba de Laan sobe o imagnáo histeraa e na neu hister neuo o obsessiv Tomemos quase a acaso Para Pa ra a histérca: "Em busca sem descanso descanso do que é se uma mul m ulhe, he, ela não e senão engana u desejo, is esse desejo é o desejo do Outo cul de ão e tsfeio à idenicação ncísica que a tea epa ado a satsfaze um e ouo em sição de objeto. E no mesmo texto de de 1957, A psicanálise e seu ensino a posi do obsessivo Mas o gozo de que o sujeito é assim ( abicação do esejo) pvao é nsferdo a out imaginio que o assume como gozo de um estcul est culo o a sa, aquele que o sujeito sujeito ofee ofeece ce em sua jaula one com a paticipação de algumas feas o eal, as mais d vezes obida à custa de la ele posgue posgue a p pomessa omessa os execí execícios cios de ala eola e ola pelos quais fz sua povas de se vivo Nesse caso é a mote que tma is o scto o ouo imagio Etene-se a mncia que teve paa acan destc o imagiio tan paa paa faze faze a desobsução evada evada acima aci ma como co mo paa defii a junço j unço do simlico simli co e do magino a pespectiva pespectiva e aliea o ea ea em jogo a anle, coisa a qual ele e dedica desde o discuso e Roma em 1953 Função e cam campo po palava palava e da linggem em e m psicanálise psicanálise que se s e u u a ealização psicanalítica do sujeit Esse texto ces asptos tem valo naugual, não mais mítco no sento feudio como pa o Éi ou, como o foi o Esdio o eslo com a assunço do moi cena ved dea de aete ete pmi pmiva, va, mas tomada tomada o sujei sujeito to a anie ani e no diso di so que ea e a pod p oduz uz e até a mssibilidad mssi bilidadee em que o suje sujeito ito es de se se o Outo Out o dese iscuso "O sujeio não não � empenha empenha isso uma desposeso desposeso sempe maio desse se de si mesmo do qual à foça de pitas since que no deixam menos incente a iéia e eticçs que no chega a sol sua essência, de esoas e efesa que o medem a vacilação de sua estua de aplexos nacísicos, feitos sopos pa aimlo, ele acaba p eo eonhee nhee que que esse unca unca foi seno sua oba no imaginio i maginio e que esa oba o fusa de t ceeza. Pois nese abalho que ele fz de econstu la paa u outo ele encota a alienaço fuael que he fez costuíla como uma outa e que sempe o estinou pa le se ulta por um outro (Écrits, p 249).
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Lacan
Lacan enão tomou o encago nesses anos de seu ensno, de denuncar os efetos desasosos de uma concepção de tatamento conduzdo segundo o exo magnáio a part d noção de elação de objeto Chegará mesmo a quafcá-a d "antecâmara d oucura a produção artficia de um amor de tansfeênca "que nada dstngue do amor paixão ou, inversa mente do ódio.
A
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O
verd�deia função do pai é unir um desejo à lei
lugar do outro
Já no coeço de seu ensio, Lacan afra a anterioridade e a preeminência do Ou sob o sujeito eso antes do ascimeno de um fho, as reaçõs ene ses geni tores o organizadas la avra; elas se sia no meso qado das "ei da inguagem A circunsncias que presidira ao enco de seu pai e s m, sua prpria história, já foram ua constelação qe e cede até sua conceão "Isso fala dele de múltiplas maeiras Ele é aguarddo com epeaça ou com reio reio Ee se ime o é dese desejado jado,, assim coo de ser peida ajda da ciência pa sa vinda Não é indiferente o oento de sa che gada, qe sobrevenha r exemplo as o lto de m parente, o ia qe ele sceda a um mais velho com o ql fz uma diferença de idde sigifi cativa pra um dos geitore Será dotado de um noe sobre o ql cocor d os pais, e de ma maeira qe excede o querer de uns e de oo, de sobrenome, etc T uma história de geraçõ, ledas familires invads evere legados, esranças mai o meo clramete fomlads. É nesse banho, que é tudo meo idiferenciado, que vi ser mg lhado o queno ser hmo, e qe ee terá de "subjetivar, isto é, fzer a sa hitória para se achar aí, se rcoar a. Esse lugar ode se iscreve o "tesouro da líga que se diige ao sjeito é o qe Lacn deomia lugar d Outro Mito mais, portto, o qe servir à comicação e à compreensão as mensages a linguagem tem essencialmente por função intcar o sujeito. É ese efeito de idencação qe lhe pemiti i cluir-se na "ordem simbóica sitose como motal e sexao
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rimeira forma organda dee reo de conução ubjetiva rota r Lacan é, como á vmo, o Etádo do elho A crança, ians rmaura lo que é da aeão de ua undade, va are ender numa magem otalada dela mema, que ela nterceta Uma fgura areenta como uma magem deal dela mema, que a delumb, n jublação de um acabameno, ao memo em que ea magem não e senão e equvar na ua catação, rea nareenvel à qual ela não de não denicar, em jama conegur alcançála Para qu ee Etádo do eho ore, é reco que a ee eelho o Ouo dê uma moldura, que não e er de magen que e remeeram uma à oura ao nno, ma é de ordem mbólca É a aquteura no Ouo que ordena, organa o mundo magnário ao qual o ujeo e alena como Moi dando a regra e eu lme a eu jogo que ejam de mnênca, de rivaldade, de rada amoroa Ee Ouo em ua le róra, que acan, remando Ferdnnd de Sauure e Roman Jakobon, deenvoveu longamene como endo ró ra le do gnfcane A arcuação, a combnaória gnfcane o jo go de meáfora e meoníma, ão o que e encona na decoberta freu dana do nconcene e de ua ntaxe, t como Freud a decreveu no ê lvro eenca, a r: Interpretaão dos sonhos, O dito espirituoso e suas relações com o inconsciente e Psic Psicopatologia opatologia da vi vida da quotidiana quotidiana.. Se o emprego do ermo gnfcane e gnfcado reme ao Curso de lingüística geral de Sauure, é do exemlo de uma mbóca do don to cado ene homen, na orrênca o Argonaua, que e uen o gn fcne no relaóro de Roma: Po ee don já ão mbolo, no que mbolo quer der aco, e que ele são g!fcane do aco que con uem como gnfcado (Écrits 272). E uma aceão ma anoo lógca do que lngüíca que revalece na prmera denção do gnf can or acan acan Em 1957, em "A innca d lra no nconcne ou a rzão dede Freud, a defnçõe eenca que marcam ee pero que e ôde d zer lngüíco da eora lacanana, ão dad A dvergênca e cava com efeo ndamene com a eora do ngüa Inênca é coocada o bre o algormo algormo auuran auuran\ S/ - S gncane ore ore gn gnf fcado cado Ma enquano em Sauure do eemeno colocado am em relação, con uem a endade do gno, a vaiação de um ou outro não aerando ua coe ão, ara acn, é a bra que o eara que, elo core noduzdo no g no, fa oda a hória Ea barra é defnda como "reene à gn cação. O signifcante não representa o signcado Ele representa o suA
jeito para u outro signcante
Vê eá, drá por exemlo acan, num deero Vê acha uma n peda a Se você vo cê a oma como uma ncrição e não como al crição ore uma ped guma ecoriação fe elo veno, eu prmero movmeno há de er, sm dúvda, o de Ronon Cruoé vendo mrca de o na ha deerta. Fo
a vedara funão d pai
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m homem h omem qe q e escev esceve e sso, sso , dirá vê. E vê va pr pr a arr o qe q e ele is i s dize, até o qe ele qs dizer a vê Enão qe certo qe vê vai anda em a e va cometer tos os eos do mndo Pelo conáro, se enncando a cola n lga desse homem, qe não é senão o prto de sa imaginação, vê pa con otos sinas - da mesma mesma escita escita o o de ma otra es frontr esse sinal a otos critra - v vêê estará, com maior pr prob obabilidade, abilidade, no caminho onde estava estava Chamllion qndo descobri os hieróglifos Ele dispnha da articlação dos hieróglifos ente eles e de ma pedra qe continha m mesmo texto (é o sjeito ssto r Chamllion) escr to em três escritras diferentes (a dra de Rose. "Esse método se im , a atand tandse se do significante, significante, diz d iz Lacan Lacan , is i s qe a articlação, articlação, e o sa liento lient o sm cessr, lhe é em sma consb consbsta stanci ncia a nã não o se fal de artic articla la ção no mundo senão rqe existe o significante Oica?, nQ 24, p 13). A or oraçã ação o consiste con siste enão em e m deixa de lado o sign s igno o para para aceder aceder à or dem dos significantes qe represenm o sjeito caa m para m oo. Mas enão o sjeito não é mais, no exemplo, o egíio que terá traçado o signo na a, é o sjeito a qem vê vai abir qe essa mensagem de ordem dos hierógifos, a dra lhe chega do Outro, o Otro ndo aqi a ordem línga egípcia Metáfora Metáf ora e metonímia met onímia
Scede o meso com a lingagem inconsciente, aqela Scede aqela qe q e está está escrita escrita como ua lngagm no inconsciente. A ciência ds sonhos de Fred não prede de ouo modo, e a coparação com os hieróglifos é constante e Freud No se considerava ele m poco como o Chamllion do incons ciente? Pa Lacan Lacan,, o corte instaado no signo si gno cond por portanto tanto à atonomia do significte, a sua priaia sobre o signifcado e no mesmo tem a se redobramento, coo most o célebre desenhinho colado na "Instância da eta (Érits p. 49) onde se vê das rs igais encimadas por m HOMENS MULHERS". HOMENS
ULHERES
C
C
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Lacan
muito' o alcance do signcante ineesdo "Vê-se que sem estender muito' na exência seja somente redobrando a escie nomina la só justa siço de dois termos cujo sentdo complementar pace dever se consolida com isso a surpresa se produz r uma pcipitação de sentdo nesrada: na magem de duas ports iguais que sml com o mictóro oferido ao homem idenal para satisfazer sas necessidades naturas fora de sa casa o imperaivo que ele prece ptilhar com a grande maiora d comu nidades primitivs e que sbmete sua vida pública à leis da segregação urinára. Mas se assim nos aproximamos aavés as relaçõs que os signican tes enretm enretm acia da ba do do alg algormo ormo da no de cadeia signifcane signifcane dois ouros termos oiginários do mundo lngüsco, vêm precisa o seu funcionamento metáfora e metonia que assim em um tatamento escificamente lacaniano Na reórica clássica essas das fguras ligavam-se ao nsamento ló gico em qe o lutor qase sempre o ta cava senhor da signfcação oduzida Não assim para Lacan A metonmia está eseitamente ligada produzida pr aos significantes absração fei de sua signifcação. É sobre a "paavra "paavra r paavra da conexão conexão dos si siif ifca cates tes qe q e a metoníma se aia O exemlo de "ina veas tilizado or "rina veleos vem ilusá o sstenado pla observação qe é rro o veleiro ter uma vela só o que toa impossvel apreciar a imrncia da froa. "Vela não é m signi ficte conctdo a um signifcado navio mas enconase ligado a na vio como signifcte A metonmia enão parece ser mesmo figura de estilo que expicia a relação ene os signicantes na cadeia signicante Mas as das figras a eáf eáfo oaa é a que pmite pm ite sgir sgi r o sentido Um verso de Victor Hgo tiado de Booz adormecido gia a demons tação ta ção "Se feixe não era ava avaro ro nem odioso " A contigüid contigüidde de ene Bz B z e seu feixe podeia fzer evocar a metonmia mas o surgimento de sentido esecifica a iização do termo de metáfora r Lacan Ee insiste em que a meáfora não boa de das imagens isto é de dois significantes igal mente atalizados como na metonímia mas entre dois significtes "do qual se sbstituiu ao oo tomando seu lgar na cadeia significane o significte oculado permanecendo resente or sua conexão (metonmi ca) ao resto da cadeia (Écrts, p 507 Retomando m ttulo de Jn Tardieu Lacan sublna qe a fómla da meáfora é mesmo uma paara or uma oa. Nessa sbstução de m significate a oro o sentido não é salvaguardado peo conáio é aboido. O nome de Booz Bo oz não ressrge nunca como ea ates ates É o moento da perda do senido qe permite o advento de um novo sentido e esse senido que arece agora qando "o doador desaareceu co o dom é a fecundidade qe Booz nobre ancião recebe num contexto srado de seu advento à a ate tei ida dade de ·
vddeir função do pai
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A metáfor pa prticulrmente propíci con do sintom, como veremos, ms Lcn indic tmbém eficáci d metáfor tic pr relizr gnifcção d d pteidd pteiddee enquno el el reproduz o conte conte cimento mítico lo qul "Freud reconstituu o ndmento no inconsciente de todo homem, do mistério pteo (Écrits p 508). Encontros go o lcnce do Nome-do-Pi como metáfor. As les do grnde Ouo que fzem "o inconsciente estruturdo como um lngugem que, efetvmene, els conduzem o sujeito? A enconr n su dentcção limtes, preds lógcos. issoo fala fala o ensejo, dele e Se o Ouo é o lugr onde ns de tudo iss pr ele, não pode ser sem enr em função dimensão essencl d ver dde. O Ouo é evidentemente o grntidor d Lei e, or í, referênci tercer à verdde no encono com o semelhnte Ms se ele é grntdor do pcto simbólico nem por isso não deix de esbrrr num impossível, o de rticulr o que fund su própri grnti Ao mesmo título que pr s ciêncs o eorem de Gõdel, n lógic do significnte Lei pode con de tudo slvo do que orgin É impos sível defin definir ir verdde, qundo muto pode pode se tentr dizêl: " lvr não pode se reender el mesm, nem cnçr o mov movent ento o de ces cesso so à verdde,, coo um verdde objetiv verdde objetiv El não pode senão senão expressá-l expressá-l e isso, de um mneir ítc ("O mito individul do neurótico, Ocar?, n2 17-18).
O
outro da lei, o outro do desejo
Lcn prte dess mpossibilidde que fe o sujeito já no seu rtigo sobre Le mythe m ythe ind indivi ividue due du névrosé em 95. Se um plvr, n su definção, remete ous plvrs que, els tbém, remetem plvrs, o que nos d esutur sincrônc d lngu gem, nenhum relidde exeior ess lingugem dá signfcção. Con mente o sgno, o signfnte não é um mensgem ss é que não há sgnificnte que se signfque ele próprio. Que é então que de fzer prd n sgnicção, pos ue, como diz possível vel fzer sig signf nficr icr Lcn, n condição de flr or suciente tem, é possí não impor o que, não mor qul plvr? Se há sepre por pe d língu um plvr que fl pr fechr cdei sobre el mesm, o que significnte cnte últi último mo que se igul igulr r à su sig fz prr não é pornto um signifi nifcção, ms um função que Lcn retomndo Freud ch de função pte pte É o NomeNome-do-Pi, do-Pi, que por su operçã operção o elide o que ele ch Desejo d mãe, como figurndo o Ouo nteror p fzer pa um ordem orde m de d e sgnficção ue é sgnficção fálc
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Lacan
Que o Nome-doPa faça elsão do Desejo da mãe mosa sua pati culaidade respectiva A mãe "lacaniana esse Ouo anteor, é uma songem essencial mente nquiete. Para ela e o flho, nenhum sonho de completude no inte or de m vacúolo englobando-as cotados do mundo numa efusão m aventurada Suas idas e vinas, esas, repmendas encorajamento, todas as manifestações de sa yresença não têm nelas mesmas outro sentido que não o de seu carcho E necessáio a este mundo, feito ao deus-dará, im visível, enlouuecedor, um rincípio organizador Esse princípio é a previsível, pre fção patea E ela que é a chave da signcação a partir da qual o mundo inoerente az sentido.
Esse bitáio insensato do Nome-do-Pai é o que funda a Lei e per mite o setido a rtr do qal as significaçs se ordenam como sexuais Esse oedo-Pai é tanto ma ura fnção lógica, qe é ao mesmo tempo signifi significnte cnte o Outo e signifi s ignifican cante te do Outo Ela é a inscrição da lei fdamentl que rcobre as leis da ta simbólica as gerções o reconhe ciento do sujeito como sexuado e mol É esta função que metaforiza a obscura votade do Outro em desejo supotado pelo significate desejo que se abre à dialética do esejo do Oto e do desejo do sujeito Como se vê essa esttação e um Outo aterior e o sigicte dessa Lei se sita inteamente no regiso do simbólico Ela põe e osi ção scia as figas da realidae com a sua rticlariae o sas es qisitices próias qe so iadas lo sujeito paa enclas O qe o sigifca qe a relidade das rsonagens ateas o a tes no icida sobre as conseqüncis esse disositivo sibólico O vel recobrimeto do eixo simlico e das figuras da realiad da iossível iossí história o sujeito é o lugar de u rasgão de uma faa que o erótico recisa se emenhar ara encher Qe essa função aa seja ecaa ara a e or um oo que não seja o geitor que o rório ai se reele como é ieviel asete em relação à sa fnção sibólica etria o modo ticar pelo qal um sujeito vai organiz seu mito iii a obvia esss discordâncis Essa elaboaão qe acet o sibólico d cot da siiicao f ica elo rcobrimeto e das falts: a fa do sigicate e qe a mos ao qal coesonde o oedo-Pai de a te; de otra te a ossvel do órgão a rt do qal se rconhece os sexos A reiço os aos en os qe são tores dess órgão e os qe so ele esrovidos o toa se a fção sibólica ora resente so bre o fo e auscia ou asente sore o fndo de resença Isso faz e le ór óro o afe afeo o de cadciae cessel Es a s eseolieto a lia rea de Fred que o reco nhece seo a libio a libio asclia o qe reazimos elo fato e e é em relaç re lação ão a o falo que q ue o s dois sexos têm de se repartir. repartir. Lacan
a vedadeira funçã do pai
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reformulou isso ref iss o de d e modo mais sur surpr preendente, eendente, ao dzer que "A mulher não existe. É dizer que à insituição do NomedoPai com seu efeito de signifi cação fálica corresponde uma foraclusão do nome d' A muher. Obsevamos que essa tese d preeminência do simbólico que faz do omedoPai o significante d Lei, e do Ouo, um Ouo do desejo seria uma concepção idealizante, idealizante, se não restasse restasse a imssibil imss ibilida idade de lógica de designar esta falta no Ouro O NomedoPa com efeito é o correspondente simbólico dess falt, mas nem por isso ele sutura o que falta a esse Outro falta em dizer, que tem por nome: o go z o O omedoPai sepaa o sueio e o Ouo do gozo, faz do Ouo significante como do cor do sueito um deseto de gozo, exceto o gozo fálico, único permido pelo significante. Mas esse gozo fálico não é todo o gozo. Ele é o que do gozo é metaforizado, significanizado. A causa do gozo r ser fora do significante, não é porano causa sexual, e é desse asexual ase xual que qu e se funda o sexual sexu al Essa falta falta em dizer a causa do gozo é a fala do omedoPai que o neurótico imaginariza a propósito apontou ntou assim assim tão mal? ma l? de seu pa na queixa: "Por que ele nos apo
A
ngústia
aproxmação dess falha em que desfalece o significante é clinicamnte assinalada lo único afeto que, por não sr deslocado, não engana, a angúsia É a angústia que assinala a aproximaç aproximação ão do go g ooo enqu enquanto anto oposto ao se sejo jo.. É ela que se apodera do suito quando ele é lvado a se inerrog sobre o que lhe quer o Ouo. Fora desse momnto de vacilação o su eito assegura paa si um funcionamento homeosático graças ao fantasma. E o fantasma inconsciente ue determina para um sueito sua reali dad É o prisma arvés do qual ele aprende seu mundo, isto é, anto seu semhante como o parceiro sexual. O fansma é paa o sueio uma resposa que ele se costituiu pa obsta ao enigma do deso do Ouro, uma ressta prévia que oderíamos qualificar de resposa para odo serviço. Ela garante ao sujeio um lugr no Ouro e lhe dá a significação dess lugar Vêse portano a parte de mpão pra a fa no Ouo que é o fanasma, assim como sua pare, que lh é homogna, de suorte ao deseo. Ele instii u Ouo para o qua o suito saia o que ele é, mediane o que restalhe reper indefinidamente situaçõs m que l raliza sem sa ber sempre essa mesma resposta. Para um sueito, o encono do Outro, a possibilidade de se defrontar com uma novidade inesperada so pois como se vê singularmente limiados lo anmento em crculos assegurado pelos caminhos do fansma. A
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Lacan
Algumas vezes o mpreviso irompe o fantasma não mas sufcente para garantir os reenconos do sujeto consgo e eno vem a angústia e, ionalmene, o desencadeameno clínco da neurose, o apacmnto de sntomas perubadores do próprio sujeo. Esse desencadeamento se faz sempre lo lo encono do sujeto com com um gozo del delee desconhec descon hecdo do,, que não se dexa reduzi à signifcação fálica que o fantasma he gaane, resula do enconro de um gozo Ouo que no o que o sujeto julga domnar Não é raro o desencadeameno se acompanha de um sentmento de mtência diane desse mprevso Eno é o que se chama ordnariamene a dpresso, que não uma um a afecção afecção em s, mas denota o abalo do fanta fantass ma o desfa ecmento do sujeito e sua renúncia Assm um homem quaeno já endo por seu esforço obtido os bns aos quais julga er dreo, e a posição sia que lhe parece necessária necessária para para figurar no muno, senese, no momento de obter a situação tão sonhada, invadido r uma sensação sensação de vacuidade e nuti n utilidade, lidade, de tsteza tsteza e de nca nca pacdade Pa ele como paa antos ouos justamente quando tudo deva e podia estar bem é ncompreensíve nada dá ceo. Ou eno, a muher após er vivdo anos aguardando o mesmo homem, e afina chegar à sção de realzar o que era sua exgência mais insistente, fazêo abandonar tudo por ela, percebe que já não tem por ele o mínimo dese desejo jo mas, pelo con conáro áro,, uma mplic mplicância ância agravada com rpug nca É que a verdade do sujio não é a aprnsão, a partir de seus das de sua imagem, da qua vmos que ela duplicava no Moi a alinação prmera do Ouro Tano mais que, alm de ser enganadora e de deixar o sujeito na gnornca quano ao que funda o seu desejo, a imagem mpossvel de gar, no que seria uma domnação absoluta. A verdade do sujeito, o que o impele para a frene mas que aquilo arás do qul ele corre deve ser procurada em ouo uga que não o do deal, onde ele se faz amável aos olhos do Ouro, em ouo ua que não no deslizamento infinto da cadea signifcane onde se desejo va caamlar. Ela deve ser procurada do lado do nãosenso do NomedoPa e do real de um gozo que pra ele nsite através de múltiplos disfarces e reoques Se o neurótico dispõ dsse fntasma já pronopaavestr" para oferecer ao Outro pra obviar à angústa é a partir desse ponto de angústia que Lacan dsibu os tis clínicos d neurose, a saber fobia, obsessão, histeria Que faz ee da fobià? Uma placa giraória onde o objto fóbco chamado como signficante para suprir a fata do omedoPai, servndo de muralha ao gozo. Quanto ao ao obsessivo e ao histrico his trico eles têm com a angústia diante do desejo do Ouo uma estratégia diferente. O obsessvo to ma sobre s a cupa do pa, assegurando assim a este último uma função deazada do domíno. Ee fca diante do outro ao mesmo tempo no eor que desse domíno ele se siva p dee gozar e na espera de sua mt
a vrdadeira função do pa
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paa poder gozar por sua vez. Mediante sso, sus realaçs amorosas ou sias lhe escapam por não poderem aí alojar o meor goo e ele s econa repleto do sentimento de tédo produzdo r essa ufcação do Outro A histérica não se resgna ao priado fáco e quer um uo a quem não falte o sigificate de su gozo um Ouro que goze além do deisóro e sempre ág gozo fáco Ea introga o Mese para fazê-lo produzir esse saber sobre o goo sobre a qu ela quer mpera mas que sempre a desude
O
outro
na
psicose
impacto da dedêca em que o sueito se ecota em relação ao que acotee o Our leva Laca a apreeder a sicose eno a pt da esuta do Ouo isto é como efe de lguagem Ele rejeita as eoras que pretedem explcar a pscose por uma petubação das fuçs no inte� in te� ror de uma udade orgâica ou mesmo psico-orgânica Ee produz o co ceito de foracusão do NomedoPa para d coa dos efetos sobre o su jeto do desregramento da cadeia sigfcant maifesto os fenômenos clcos da pscose A foaclusão do Nomedoai é a ausêcia adcal dessa fução que signcantza sign cantza,, asfoma em deseo evado peo desfiadero do sigfi cate a obscura vontade do Ouo O Ouro coua o luga desegrado de uma vontade que submete o sueto aos caprchos de um gozo coa o qual ee ão de leva levaar ar enhum bal baluar uare e m t ou qual stuação de sua existência em que ee é chamado a u par um luga pmete simbóico asseguadose da função patea (e (e cono con o sexual empeho de seu se u ome uma rel relaçã açãoo socalizada servço servço mi mi tar ovado ec) ee não esá capactado a enfrena só o vazo faz eco à vaçõs do pa É o mometo dto do desencadeamento ao qua a can refere a dssolução do pé magináio que pemtia até então ao sueto sustenars a vda. Do poto de visa cnico essa situação de desecadeamento gada a um ecoo parcular do sueito é coutura e de fazerse em ão mpo qual momento da vida; mas é freqüente lo fato das soictações ue se lgam a que ela se produza o começo da dade adula sto é o mometo quado o sujeto deve deixa o meo protegdo de sua famla. Assim por exemplo ta sujeto masculno até então como tantos ou tos tmido e acanhado viuse de repente sm sar bem que circunst cas haviam concorrdo paa o fato na ocasão de uma fstnha rca
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Lacan
diversos estimulantes, pea prmeira vez na cama com uma parcea. A angústia o tomou, tomou , ee m m sentiment sentimentoo de estranhe estranheza za o mundo ambiente he parece esqusito, e de repente o retato pendurado na parede se p a in sul su l- -oo A exposão desse fenômeno qualificado como elementar em psiquia ria, esse sentimento biz de ansfomação do mundo e mbém dee mesmo, esss aucinaçs, vão determin, devido ao esado de pânico que susci, e peo comporamento desordenado que os acompanha, a hospi tazação É a então que uma conversa atena pe descob aguns fenômenos discretos, isoados, na infância ou no começo da adolescência Ao lado dees, o sujeito terá tdo vida pratcamente norma, avez até norma de reação p p mais no enido de que nada marcnte, nada que assinae sua reação cul a um deseo qualquer, é percepível A evoução pa ee como para ouos é ambém muito varáve Esse episódio pode se "encerr com um retoo ao esado anteror, sempre susceptvel de uma recaída qudo as circunstâncias d vda o conduzem a precisa se apoiar na invação ao pa Mas acontece ambém que esses fenômenos sotos, sem ligação uns com os ouos, seam retomados e inte grados na elaboração ds significações novas do mundo, onde têm eplica ção: e é o delíro como veremos a propósito do presiden Schreber de quem Freud nos faa em suas Cinco Psicanálises, o qual teve tes, gande urisa apreciado, uma carrera etremmente bilhane Assm por exemplo, nosso sueito poderá deduir que ee é obeto de uma gigtesca conspação inteaciona na qua ele esá envolvido em raão dos excepcionais dons que acabam de lhe ser revelados, e decide en tão dedca sua eistência a combater s eações dessa organzação que ele é o único a ter descoberto. Soznho quae todo o tem, acontece que ele convence uma pessoa afevamente próima dele, é o que se chama o delio a dois, onde a con vicção de um reforça a do ouo Devese not que esse derio a dois é ra r e, quase sempre, só um dos dois é o verdadeiro motor da elaração, o ouo deixdo de der ogo que se sepam Assim viuse uma idosa mãe com o fiho, que nunca se deim, vagarem nas estradas, persegui dos pela Máia, cus eações eles vi em toda parte O delírio a dois é ecepcionl rque tto é inablável a convicção do neurótico, assegu rndose, como dizia um deles, de uma realidade mais real do que a reali dade, impeeável aos gumentos como ao raciínio dos ouos, quanto à crenças que suportam essas convicçs são pouco convincentes peo fato de sua eema singuladde Assim se pe observr nos hospii psiquiátcos que os psicóticos não fazem upo, cad um ncerado em seu mundo
a vdadeira função do pai
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Poderíamos evar uma innidade de exemplos, cada um merecendo que se demore nee o que revea da consução da reaidade paa o ser humano, e confmando que é o fanasma, e não os órgãos sensriais, que organiza essa realidade. Peguemos o caso dessa muher jovem, que nunca inquieou s rda famiia, e que acaba de d à uz No momeno em que he em o recém nacido para a prmeira mamada, ea s sene invadida r um senimeno de pânco e r confusas snsaçs corais Vemhe a idéia de esar envenenado o seu eie, e o sorso da enfermera que he enega a criança lhe confma que ea esá cien do caso De um só go lhe vem à e móa uma infiidade de quenos faos, observaçs incidenas do a rido, d soga, que esclaecem a verdade atoz que ela acaba de descobrir Em quem ela e confia que não faça pare do complô? Só he resa bear ua aé que os médicos de planão, esupefats façam udo paa acalmá-a. Isso abre a quesão das subsiuiçs ao NomedoPa Já na Questão preliminar Lacan propõe, como moaidade possíve, a identcação imagiária ao desejo da mãe. É um fao cínico, como vmos, que o desenca demeno se produz quando o sujeio não pode s orden sobre a obedi ência ao discuso corene, sobre a miação de um amigo, enm sobre a submisão àquee ou àquea que he f a vezes do Ouo Es desencadeameno deixa o sujeio abero e oferecido à inusão caóca de um u m Ouo cujo cujo goo r não ter signf sign ficaçã icação o fálica, fálica, devido oraclusão é absouamene desregdo. A vonade de gozo inscria no Ouo fz reoo. É o que Lacan exprime na fómua: "O que é foracluso do simbólico faz reoo no real Isso se manifesa pela alucinação verbal e o fao de que udo fz sinal ao sujeio paa conforar sua convicção: odos s digem a ele e falam dele. Esse Ouo do qual vimos que efevamene esava fora do sujeio e falava dele passa no psicóico a ser percebido como esanho Voando do rea esse reoo se fz poro no significane pea auonomização e exerio riação da cadeia sob as espies das vozes e da peseguição Faz reoo m no corpo sob espéies de uma desorganização de suas sensa çõs ssim é que os psicóicos podem queixars de que paca neles múplas manobas, por inermdio de raios ou que se agride sua inegi dade coporal cona sua vonade. lguns, por exemplo airmam que hes implanam no cérebro dane o sono uma máquina que eeguiada pe os perseguidores diige seus aos e paavras Havia oura convencida de que durane seu sono vinham reilhe os ováios paa ecundálos e en cher o mundo de monsinhos eleguiados qe eram seus fihos naais. psicose pode asim desorganiza compleamene a imagem do cor po e um psicóic psicóico o conaa após er afundado numa piscina onde inha sido
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levo com ouos que a água neava r todos os oricios de u cor co r umulando-se no esmago pa lhe invadr invad r a caça caça e subr ao cé rebro, o que o ma de naar.
O trabalho do delírio
O fato fato de r objeo objeo da vonte de gozo goz o do Ouo coage o psicótco, pa para ra se surr um lugr no Ouo e rea seu gozo a pruzr o delíro. Com efeito a ese tamm é eudana, o delío é u tentativa cua, um balho de signifc elado lo sujeio pra pacfcar o gozo e resr pa si uma idendade. Schr é dsso desde Freud exemplo pradigmáco. hrer nessia o o seu balho delne para chegar ana a Schrer Sc consenir à vonde de gozo do Ouo. Acaa aceindo submeter- aos disso quer exeer sob sobre re ele. F piores ulajes que o Ouo ele esá cr disso se prcero passivo de Deus. Por sua megalomania ele se reconcila com esse Ouo inusivo não m prisr sor de psagem a desvl ção sua a ção ans nsfo fo aç ação ão em mulher mas ma s dessa vez ve z por uma u ma cau cau nobre nobre s não se aa de nada mes que ser a mãe de uma nova humndade o pai sendo Deus. Eis a os faos dios r Lacan de "empurra-à-mulher da psicose: r dever se consur uma idenidade fora da signifcação fálica a única a ga rn o nãosenso a meáfo paea o sujeio é cgido a realr o que a mefo paa foraclu "A mulher Tmém a um exemplo e ilus a dedicação nesária para a elaração de um aho delrane anqülzador pra o sujeio. Traa-se de uma mulher cua psicoe se desencadeou após uma inevenção gneco lógica pracada pr um amigo seu de longa a. Ao desrr o mundo es ansfomado. Exple o q ela chama "sinfonia dos cinco ntdos que evm pfeiene ·as sinfonas de SnSans como ela vercou deis. A revelação de um mundo maravilhoso inacessível rém ao co mum dos mos e o conrase ene esse mundo e a se rlie quot dana feia de ml-enendidos e de violência a fazem aplcr-se à sua e fa Como d verdade é suorina ao vero ela vai raças a seus exen sos conhecimens lngüíscos nvenr uma nova íngua compos de elemenos omados ao que pra ela são as língus da culu e da civilza ção; herco ego lam inglês alemão e ncês Essa língua nova da qul a música d feimene cona do senido deve sfoar a huma nidade e zer-lhe a felicidde Ela não gasa menos de dez anos pa com ple sua ora na soidão e na exlação feicine segua de uma misão
a veda vedaira ira funão do pa paii
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inomparvel. As esses dez anos, ela inicia aividades de pgrama ção de sua ob; e de sua convcção. A hospitalização imsta los e res públicos s faz reforçar sua crença e a ronduz ao balho, pa ar feiçoar essa lgua aé toá-la evidene a todos As cois enento toma ram ouo rumo, lo fato da obstnada incomeeno do mundo, e a for çaram a eir argumenar com veemência t que se toou rigo, pi vez r ou ela ala pa uma velha ve lha espingarda de caça A "cu da psicose não funda, como na neurose, um fantma rvin o d mpão à fal, e que sustenta o desejo. Ela não negatva o gozo, mas om ele rcilia o sueito, r fal de ronciar este último com us mehantes Ela o roncila sob esies de megalomania quando es gozo se inscreve d lao do signicante, sob as esies e mania qudo o co parcipa ds. Pelo menos ela não andona o sujeito, p re mar a expreso de Schrer, lgado r u Outo que retira absolua mente, deixando-o à sua snist encção de r real, resíduo putrefato e um mundo onde ele não tem lugar sofr free mais ma is fortemente, e não Es úlma sição é o melancólico que a so é raro que ele a rlze efetvamente lo lo suicídi suicídio o Falta examnar a quesão e ouas fomas de suplência além dessa do baho elrane la signicação Asim Lcan e, a prosito e Ja mes oyce, falar de sstituição pela escrita. Cola-se ainda a queso da crança psicóca, isto é, aquela que nem mesmo de obviar a foraclusão la identicação aginára Ela é num só gol enegue ao gozo capr choso do Ouo Nela se observam os mesmos fenômenos de inusão de vdora alterando com momentos de inércia, de abandono Quando é seu co que é ofertado à mortcação lo Outro, não é ra o recurso à auo mutlação para llilo Se Lcan disse que a psicanáli psicanálise se não devia ru ruar ar diane da psi psicose, cose, não é somen somene e rque rque ela ensina a peminência peminência do simbólico na consttui consttu i ção da realdade e um sujeito, mas am rque o psicanalisa e, dane do sujeio psicótco, sustena um lugar essencia Com efeito, ele não é nem reprentante habiiado da ordem na cidade nem aquele que a pr de seu sar exerce um r que constange o ouo a uma norma Reconhecer a pcularidade do psicótco, pea oração da ansfe rênca que existe emra suas crdenadas nã' nã'o sjam as da neurose, e rmit a esse sueito a paccação de um gozo custoso plos estagos que produz em sua vida ína e sial Quanto à crança psicótca, dá-s o mesmo Aí tam mitr uma condensação do gozo fora do c e fora da cadeia signcante de produz melhoras melhoras clínias clíni as consid cons ider erveis veis
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ato falho por excelência é o ato sexual
Não há relaço sexual Freud invenu a psicanálise uma o muito simples Aceiou d aenção à histórias suas aciens hiséric. Aceiou ouvilas, sem se fazer de mese, dilmene A hisérica, sase, é r definiçã difcil de surar Hiséricas as feiticeias que durante séculos foram condenadas à fogueira, hiséricas as ssess acosds, como em Loudun, hiséricas as nes que o século XIX findane medicava medicava de de maneira extmaa . . Mas de que dend dendee esse insuável? A hisérica não sa viver Mais exaamene, não sa gozar Ela o prlama, s mais diversas diversas formas, ao acusar o ouro mario, par paree méico, juiz e ser um incapaz Incaz de compree compreener ner aquilo de que que ela sofre, de equipararse ao ue ela reclama: um homem que sea mesmo homem A solicição hisérca não em graça O pior é que é verdaeira No que diz a hisérica há ar guardado. Sar", ermo ao ual Lacan á esue e que esá sempre presene no discurso os que ofrem O espan oso na hiseria é que esse sar incide sobre o imssível em jogo na e xualidade O que diz a hisérica o e ela rra sinoma com sendo ulo, não cesamos e nos confronmos com isso é o fa maciço e que aquilo não combina combina ene homens e mher m heres es que nunca combinou no pasad pasado o e qe oa coi se faa dese a arora os ems, em odas as liera ras? - e não não há h á azã azão o ala para para sur que no fu isso cobine me lhor Como reu, Lc oma a ério esse ao e daí ira as conüência convenenes A psicanáse é nm seno a práca qe se z desa
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o ato falho pr ce/énia
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cosatação ai fouada a eoia acanana: "Não há reação xa. Evdentemene não refe so ao ato x xal al - o que seri seriaa uma uma cuio amação, tendo em conta a incesant avidade xual do gêne umano um ano mas da relaçã xal Reação a ser enndida no sendo de aonia de compemenridade ene os sexos O que Lacan reme em sa fóua é a ração estrtra ene omem e muher coada em evidência a xuaidde Freud compando o amante ao ébrio faz observa que ees m con du exatmen os Quanto mais o ébio bb, mais ua ber, mais desejáve e toa o vinho O amante tende lo conrrio a se afastr ineutaveente dqa que ee cobiçava desde o momento em que de e gozr A psicanise reveava assim uma espanosa antpata aguma co na nate da prpra po exal não convém m dúvida, com a reaizaçã da tisfação compet Freud eva o c desses homens que não desjam as muheres que ees amam, e que não amam as muheres que ees desejam e ustra a existência de dus coentes: uma igada à "af "afet etvd vdade ade a outa out a à "sens idade Das sées que se combinam habituamente para defnr a attude dita noa, mas que sempre são distits e, r vezes antagônicas É que a reação que o sujeto enetém com seus objetos não é evden A escoha dos meiros objetos se faz no ambente famir do queno ser humano e contnua igada à exriência d satsfaçs tids na dendênca do ouo É o tempo d pimeas fxaçs afetvas T amente dsn é a egnd crente sensua poprimente fando, que na purdade se s e rene à outa precedente Agora rém que se pdea pas ao ato concreiza suas afeições, deparase a barei do ncesto que imde a concdência de afetvidade e sensuadade Daí a escoha de uma nova séie de objets exteoes, de substituos consídos peo meo dos pimeis objetos, e pa os qais atase agora de desocr a afeção que estes retêm O ste expca reud é que nguém consege fund s duas coen tes e que cada um peece "ssombrao r fanasmas incestuoss n conscens Nnca deremos amr compeamente o que desejos e s teremos o ecurso de enconr aceos A atividde sexu ca ss capchosa, marcada de um défcit que não é reabsorvido reud f passar ess inha de fratua ente a sexua dde e a cuta; Lacan ene a sexuadde e a inguagem A conseqüên ca do homem fa é que ee não tem mais nenhuma ssbidade de ach um acesso nãomediatzado ao sexua Paa ee mnterse a disjunção en t amor e deejo ente a suravaação do objeto de amor e o avmento do objeto de desejo To satsfação sexua se acompanhando necess mente de uma desvaozação do obet o que reeia a sasação aumen
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trá paradoxamente o vaor deste. Uma certa pte de proibição é porant necessáia para manter durável um laço (uma ligação) Uma cultura enquanto regula s relações enre homem e mulher não é senão a rede pela qual a satisfação é diferda. Um ostáculo é reuerdo pa ra aumenar a libido, e, qundo os obstáculos natais à satisfação deixa rm de ser suficientes, em todos os tems os homens ergir resistências convencionais para derem continuar a gozar do amor. Compreende-se o lugar que Lacan reservou ao amor cortês, a maneira mas elegant de se retira da nãorelação sexu, empurando pra o dia seguinte o que de todo o não se poderia mesmo conseguir naquele dia marcado Nada há mas jeito jeit fác il do que a sublimação. A sublimação, longe de se reduzr à a e à literatura, muito mais natural ao ser falante do que a sexulidade
Necessidade, desejo, demanda Para compreender o rquê da desarmonia, do desacordo de esruura que marcam a sexualidade, um termo serve de marco, o de desejo, que já indica haver no ceno do ser falante uma fratura, uma hiância Lacan coloca uma tpartição útil: a da necessidade, da demanda e do desejo Três teos heterogêneos que determinam sujeitos, objetos e modos de satsfação distntos Comer, beber, dormr podese imaginr a necessidade. Acontece que ela nunca encontada em esdo puro. Como diza Mx, a fome que se saisfaz com ce cozida e temperada não a mesma fome que se satisfaz com ce crua, comida com as mãos A demanda, quer dizer, a formu lação da necessidade, tem o interesse de inoduzir a ordem simbólica Mas a demanda ansfoma a necessidade, a oblitera, a opacifica. O ser falante faz a exriência de uma sujeição. O dese desejj o será o efeito dessa dendência gerada pela demanda, isto , o efeito do signficante sobre a necessidade. A demanda prodz um desperdio da nessidade; o desejo é o vestí gio desse desperdio, o resuldo de uma operação de subtação Da de manda, subtraindo a necessidade, sobra o dsejo, o que não está satuado da necessidde. Ene a necessidade e a demanda, há uma clivagem Como escreve Lacan em Subversão do sujeito e dialtica do desejo": o desejo se esboça na margem em que a demanda s raga da necessidade" (Écrits, p 814). Qua o objeto da necessidade, que a demanda em seguida irá trns por? E um objeto ao mesmo tempo pricular, não substituvel (a quem tem sono, não se pode propor que beba para satisfazêlo, mas ambém indfe renciado a quem tem sede, pe-se propor água ou suco de laranja) A
o ato flho
pr xcelência
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demanda sim pro uma oua dimensão, onde o impore não é o que se dá, não é mais o objeto mas qum o . No horizont horizontee de ta demanda há o amor o ser daquele que e que não se e cercar senão como a guma coi c oi difer diferente ente de tudo que é dado, senão como uma faa faa A fórmula de toda demanda será es na verde uco imra o que vê me d, se é vê quem o para mim Enqunto para a necessidade só não havia se não satisfaçõs particulres, desenha-se uma oura tsfação universal E em Lacn o amor i consistir jusme jusmente nte em e m " o que não se tem: um dom em que se nsfere oua coi além d paiculardade de todos os objetos A necessidde era condicionad a demand será incondicional e abrirá abr irá sobr sobree o insa insaciáv ciável el Na "Signicação do falo falo conf con ferência de de 1 95 958 8 pronuncida r Lacan direamente em alemão ele escreve que "a dem da anula a part particula icularida ridade de de tudo t udo que pe p e ser se r concedido, tn tnsfor sformando mando o em prova de amor (Écrits, p 69 1) Se a demnda não de ser senão incondcion a resito do ouo, o efeito des inadequação da demnda e da necessidade irá provar a an gústia, que se escreve na álgebra acanina S (A) signicante de uma falta no ouro Será que o ouo o que me falta, o que sou em minha singu larid lar idad ade? e? Vai eno Lacan evar o objeto objeto transici transicional onal o cob cobert ertor or velho, o lenço, a lúcia do qual a cr cranç ança a nunca se sepr sepra a e é como tmpa dessa angúsia garanndo a sujeito que pelo menos isso não he ará A demanda e o desejo que dela se destaca nos orientam pra um objeto singulr único que não tem compara comparação ção com coisa c oisa alguma alguma que não se pode ocar absoluo O objeto transicionl e amm o fetche dão uma idéi disso. Esse objeo absoluto crá marcado la maneira como se consttuir o que é um corte Esse objeto descado que Lacan denomnará a pequeno só a castção o põ em perspect perspectva va
A
experiência da castração
"casação Quem não conhece a conexão que existe ene esse termo e a deor freudiana? Mas, quando Freud pro a rgunta de r o que ela é que diz ele exatamente? Vejmos isso pa o menino A castração é uma surpresa O menino de começo esá persuaddo de que to mundo inclusive as mulheres possui um pênis Mesmo se ele sempre teve meninas jun dele, às vezes até nuas chega um momento em que toma efetivamene conhecimento do fao de que elas são "castradas E essa descobera da casação rnto de ameaça que ela implica para ele vale como uma ferida narcísica impede que ele se imagine o mais forte o maior inocável O menino tem, então diculdes com sua completude, A
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Lacan
explica Freud: ele esá desvalorido A castração mexe em sua image, mas ao esmo te, como Lacan explicará, é nesse nto que o enino vai se identificar, vai ele mesmo descobrir-se mais Aqui o termo "falo toma o seu sentido O falo de que fala a psicaná lise não é o pênis, não é o órgão: é um signifcante, o que simboliza esse órgão. Dissimeia decisiva: dos dois órgãos sexuais, só um, o masculino, enra e linha de conta, e isso para os dois sexos O falo funcionará como o equivalente geral, o próprio significante do desejo: não o ermo último, "metaf "met afísic ísico, o, do qual qu al tod todos os os o s ouos não nã o seriam seriam sen senão ão rento rentoss algo al go de cientes; as ele também um subsituto, um suplente, uma conseqüência da fala Da que o falo que verdadeiraente terá irncia será, em função de sua própria definição, o a ãe, o falo feminino Essa ferida narcsica, ligada para o sujeito à perda de uma parte valo rizada de seu corpo, não é a primeira de sua vida A psicanálise isola sem dificuldade das outrs experiências que todas as crianças atravessam: o desmame, perda do bico do seio que, embora rtncen à mãe, ampona de t modo a boca d criança que não é senão u par ela, e a prução das fezes A castração coloca em perspectiva a hisória do sujeio, ordea rettroativamente as rdas anteriores, revelaas meso como ais, e ante re cipa todas s que virão depois fazer srie. O objeto a de Lacan inscrevese ranto na linha certa freudiana Ca da objeto, enquanto valorizado pelo desejo, será um objeto desse tipo, perda, resduo, efeito de ua separação, de um corte O falo permanecendo o emblema de toda perda, o princpio da disjunção que distribui no mundo nossos objetos estiados. Da experiência de casação cada qual se sairá mais ou menos m. E sairse mal dela, para Freud, será por exemplo recusar tomar verdadei ramente conheciento do ato de que a mulher não te pênis. Exemplo do fetichisa Ele invena para si, de repente, substitutos reais ao falo que fala, objetos indispesáveis cujo testemunho ele reclama consantemente, e sem os quais para ele não há desejo É aliás um fato clínico coprovado que os fetichisas não supor a visão dos órgãos sexuais femininos, não supor t a fala Mas a aioria dos hoens, acrescena reud, ulapassa o fet chiso. Para Lacan, que dizia ser fundaentalmente perversa a sexualidade do acho, a coisa fica mais complexa: tos os homens são lvez fetichistas até quando se inclina para as ulheres! Pois que oua coisa os ocupa em seu desejo senão os substitutos do falo? Tudo se passa como se o corpo to do da mulher estvesse todo falicizado. O homem não se relaciona a ouo como pessoa, antes se relaciona ao objeto que o outro cont O a de Lacan terá esse valor um objeto que o ouo de incluir e a partir do qual se estabelece essa relação que estudaremos depois e que se cha o fan tasa.
o ato falh pr exeléncia
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Dito isso que acontce com s mennas as muheres? Se s admte que o complexo de Édi a exriência da castração, represnam para o menno uma casofe, casofe, que se passa com as que, q ue, afna de cons p até mas harmondas ao Édi, para as quais é difíci se sentire amçads d serem pivadas do que eas não têm? Jusamente a t um dos eixos dferença ene homens e muheres que a psicanái maca: a casão não funciona como limite nos dois casos, e isso no inroduz à escria lacaniana lacania na da difere diferença nça dos sexos sexo s
As fórmula fórmulass da sexuação sexu ação
A obra de Lacan é pontuada com etrinhas de uma ágebra que he é pró pria, e as chamadas fórmus de sexuação esão entre as mas céebres A que nessidade correspondem o que ee denominará seus "mateas? À necessidade de anuar a fantasmagoria, de reduzir a imagnrzação corr ativa de quaquer compreensão de formai a exprênca aníca para he d ntos de referênca seguros, inteamente smisíveis Vja mos como ee escreve em termos de função a não-reação sexu entre ho mem e muher Se o fao fao é um u m atr atrbuto buto único em reação reação ao qua s ordenam ordenam um u m e ou sexo,, cha chamemo memoss < uma um a função função te terr o fao, fao, e suponhamos uma dada t sexo Escrevamos evamos
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Lacan
regra. A castção, realizada na mulher, peite ao homem constitui-se como t, como semelhante aos outos homens: a casação é constitutiva de seu ser. E isso não pe ser oante do lado da mulher P ela, a casação é fato consumado ela não é mais castrá castrável vel,, e já que não há encono co a excão, constuição de um to do qual�a seia pate Lacan escreve 3 x (não existe um x tl que não x) e Vxx (não para to x, x Para Freud, a diferença homens/mulheres seguia pua e simplesmente a antom "A ntoma é o destino!, escrevia ele, parodiando uma ex pressão de Naleão Mas paa Lacn a diferença dos exos é de outa or dem elaborndo a lógica do complexo de Édi ele pro uma foai zção que não exclui que um re repr presen esentant tantee da pae masculna de nossa n ossa hu h u manidade se nscreva do lado Mulher d fóulas de sexução. E rec pramente. No homem, há um limite que fa consistência, na mulher não Com os homens, de imedato se tem a le do conjunto seja qual for o elemento, a be-se que terá a m
o ato falho pr exceléncia
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ser por exemplo - ana ana de contas cont as não é se senão não outr outro o nome nom e da casaç casação ão o NomedoPai; is é por por ee, ee, se assi assim m o quiser quiser a Mãe que os inter dtos o veiculados. O ado "Muher d fórmulas d xuação meteria nesse caso à focusão do NomedoPai à psicose Isso que tas mu heres são "oucas como não cessa d reti a x mauia? Isso mite em to caso etr sobre a conexão feminiidade/psicose re veada a clnica e que Lacan denominou efeito "empurraàmuer: sentimentos que o pacient tem de se transformar em muer (como no caso Schreber) de ser ameaçado r homens que odeiam sua integridade sica de ser netr netraado do e até engraviad engraviado o. . O gozo
Dante da diferença dos sexos o ser faante é funamentamente só. D Oo esá separado. Isso não o impede de imagin o contrário. Poré paa alm de t as srias qe el elee inveta paa paa s aguma coi insiste insis te e Lacan vai denomar gozo e qe a pscanálise não descobriu de um vez só. Em 1 9 1 1 , em Formulações referentes aos dos prncípios do nonamento psíquco, Feud supõe um esdio no qal o que govea ividade p�íuica do sjeito es subetdo só ao princpio iconsciet o paer E uma ei de aação e repusão a atividade menta de tudo q pde povar dor paa busc somente o que favoece o pazer Ness esáo o indvdo não se prepa co o qe é real rea o alciatóo objet jeto o só lhe l he int intee eessa ssa pelo pelo pr praz azer er q qee e eee lhe lh e . Des se Fred no desenvovimento do indvduo intervém u segdo seg do princpo princpo que peite pelo con coná áo o isolar o qe é rea rea ainda ain da q esse l se desagradáve. os é necessáo com efeito qe o seo sbssa no ndo que se dobe à suas les que eve em conta exigêc e não so necessaiaente agdves É o princpio de realidade El splaá o do pazer e o ndvduo irá aaptase apedendo a fazes e porante a ccula a toa atalhos e sa a ficar inteigent O pincpo de eaidade se opõe ao pincpio de pze as não o cont seo a ap apa aência ência ps semp sempre re a qeso paa o indi i ndiv vduo duo é obte pae pae segndo siplesmente peo m caminho qe nunca é o mas curto Fed acrescenta qe isso pemite copeender o lugar snglar qe sexldade cpa na economia psíqca. No ometo em que esta deve senr a uênca do pincpo de elde is modelarse às exigê cas o md m do o extrior extrior há h á o pero perodo do de latênca latênc a á evado evado acma acm a e as ex gêncas sposas orgânicas da sexualidade pssam r um peodo de bax até o se etoo na prde A sexualdade esano suba suba s exgê ex gê cas do pncpo de ealdade enqano as oas ões vais lhe so submetidas, cot a s ega s e ale oa pelo pco
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Lcan
de pazer. Ela ca mais róxima desse incípio e, elo fraco de nos orga nização nizaç ão psíquica, é o orr esse ess e buraco que o nmento, que chegara à esfea do racional, esrá semre ameaçado de regredir sob a domnação do pri cípioo de praze cípi prazer r Como C omo d Lacan, o rincíio de prazer é de fao um ncí io de homeósase: homeósase: o pres rimário rimário é aresenado r Fred como ani mado lo único deseo de maner no aelho síquico a menor ensão, o maior equilíbro. O, o qe a eoria analíica vai ser levada a oõr, conarimene à elaração de 1 9 1 1 ? Exaamene o conário Que o inconsciene não o de ao picíio de zer, que é coelaivo ele não de um equibio mas um ransoo consiuvo O iconsciene omará o seu valor r r não o que odece ao rincíio de razer, e que fca em seguida reprimido lo princípio de realiade, mas lo conráio o que nsgide fundamena fund amenamene mene o princíio de przer Não é pela emergênci de u a zer que manifesa o inconsciene, mas anes lo sofrimeno Em Além do princpio de prazer, Freud escobre a compulão de reição. Com ulsão de reção é a ensão que não desarece, que insise O incons ciene oa oa-se se o que não e ser rea reabsov bsovido ido na homeóss home óssee do prazer prazer Há uma diferença enre o que é ressendo como zer ao nível do moi, conscienemene, e o que saisfz qualquer cois no nível do incons iene. O que saisfz o sujeio no nível do inconsciene em as s cha ces de ser ressenido como desprazer lo moi. O coe consciene/incons ciene é refoçado r esse faor. O desprazer ressendo, r exemlo, e los neuróicos seia um razer que não pe ser percebido como al. Freud acrescená ali em no alguns anos mais arde, que przer e deszer sendo senmenos conscienes cam gados ao moi Em ouras aavras, são ermos inadequados aa o inconsciene. Tese que acan reomá valorzando o ermo gozo Falr de isfação inconsciene em como conseqüência rur a relação do sueio com o que o isz. "L onde vê sofre, alvez seja � que vê mis goza" eis o que ele core o risco de ouvir a sicnálise ancile vê não sa sa onde vê goza" "O gozo é o momeno que não posso dzer", escreve acn Não se ra de um momeno proxísico, al aquele em que a plavra deslece no orgasmo, or gasmo, m m um no n o que não sso lalizr. Posso dizer o que me fa fazz prazer não o que me faz gozar Talvez o gozo, ele mesmo esea m próximo do hoor Lembremos essa passgem do raameno do homem dos raos: relando a Freud seu errifcane fanasma (raos neram-lhe pelo ânus pa lhe rrem as en nas), ele se levna bruscamen e Freud vê em seu roso o horror de uma volúia que ele não conhecia O gozo nad em a ver com o prazer, pelo menos pelo fao de que o gozo isso não engaa engaa:: no o prze przerr e a dor
o ato falho
pr exceénia
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vão e vêm sem que não se ache a nada de f e quanto o gozo é para cad um, mesmo que o ignore, uma certza. O gozo rém é sempre sinônimo de complicação Se imrativo s o à ponsão à felicidade. O que Lacan chama "ber inconsciente são as complicaçs do gozo No caminho de seu gozo, o sujeito topa ne cessriamente sobre o sofimento É dele que se motiva o recalcamento. sujeito renuncia a suas satisfações pulsionais, e essa renúncia determin sua história. Pois, corelatvamente, h um retoo desse ralcado; o goz volta rém deslocado é o sintoma, um dos substtutos do gozo Decifrá-l nada é senão encontrar aí o gozo que está nele impicado e que não se ac como t . O gozo é interdito a do fato de haver as leis da palavra e da lin guagem, e se ter depositado u resto de gozo. Renúncia, de um lado, i venção de substtutos, do outro: um pequeno nefício é decantado, guma coisa de gozo consegue passr can consói sobre o modelo d masvaa o maisdegozar, um excesso de gozo tão dfil de lal como é a maisvalia no sistema das tas econômicas Lacan invete a perspectva freudiana sobre a libido ele a explica patr da castração, e a fz aprecer como falta Ao mesmo tem, dene gzo como uma substância, em oposição a essa falta, em oposição ao d sejo que o exprime Mas é pa ndicr aquilo com o qual estamos efet vamente lidando não o gozo, mas seu resíduo, passado lo civo do sig ficnte Esse maisdegozar não será precisamente sexuado, e á um foss que o separaá do que sera o gozo sexual, o gozo do Out sexo. D inexistência de relação sexual, savo imaginiamente, no mor, no qua o sujeito poderá viver s mragens de uma fusão, de uma completude c oua. E quando, em compensação, confrondo detamente ao gozo, e tegue t egue sem mediação simbólica a sus injunçs, le viver a pssibilidd de uma relação sexul no eal, isso será, como já vimos, a psicose O que Freud apontou com o termo de casação é o esvaziameto d gozo, tendo como complementos a existência de pontas de gozo cnce tads nos limites do copo, no que se cama pr exemplo de zoas e ns Se há liás o temo de mais-degoza que há a mercatil nificante conta goz E o que resta do gzo quando foi embora nós c mamos de desejo, o desejo eminentemente umano de prteger o sujei d gozo
O
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sintoma é o que muitas pessoas têm de mais real
Sintoma e palavra Que vem fzer, ndaga-se, aquele que prura m psicanalista, que lhe pede ele senão que compreenda seu sofrimento e, dentro do ssível, o alivie? Recenser os sintma n é contudo o prosit que oiena o psica nalista. Freu inicava isso no própro título e um de seu trabalhos: Inibição sintoma angústia: sintoma vem escrit no sngul Os psicanalistas então teriam uma clínica do sintoma e não dos sintmas, espalhados como costumam estar atavés da observação clínica É essa clínica que Jacques acan desenvolveu ao longo d to o seu ensino Sua formação em psiquiatria, seguindo os passos de Clérambault seu "único mestre em psiquiatra, foi determinante: "A felidde ao envoltório formal do sintoma, que é o verdaeiro aço clico do qual t mamos o gosto nos trouxe a esse limite, em que ele se evana encrespado, em efeitos de criação ("De nossos ntecedentes, Écrits, p 6) Mas é sobretuo a leitura e Freu na aurora e sua exiência alítica, que lhe va sustentar a renovação Isto pode até parecer esanho, hoje, ver Lacan elembrar a seus cole gas dos anos cinqüenta que um aam aamento ento psicanalítico s prime primero ro qe um sujeito fale a um psicanalis que, para ordena sa pática, escuta o qe se iz. Pois reud nã havia abadonao a hipnose em favo da regra fun damentl, que exige justamente do paciente que ele assie livemente, isto é que deixe ir a enunciação de seus pensaments a r de seu apare cimento as sucede que os psicanalistas tnham rcebido que isso não se faza tão livremente como teram gostado, e que muitos deles proessiva ente tnhm se eciido a rgr os amentos de "oua mneira, a
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o sintoma
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partir de não imrta o quê, a pair de indícios, r exemplo aduzndo os nentos" do paciente ou, anda ss resisêncis a amento E com is a imrância r ees abuída à lavra se tinha ruzido consideravelente. O es palavra r a verdade do sujeito até e sobretudo se as mais d vezes ele não a ronhece. Essa relação oblemáica do sujei consigo mesmo é a descor própria da psicanálse, que em conjun ção essa relão com o ndo dos sintos. É esse sendo que consttui probea pa o sujeito, que ele cusa, confore o c, que ele de se pror amm a subjev", emprndendo uma psicanálise s conce do sinma como fmação do inconiente num estatuto compve a do sonho do lapso ou do dio espirituoso é num prmero tem conmrânea em Lacan de suas elaraçõs sob a consti tuição do eu avés do Esádio do eslho O sintoma se faz plavra de uma erdade, de um ndo recacado (uma forma desviada de saisfação sexua) mas contnua ainda nes éa odução de um coro imagário ligado à sua constituição a da imagem do ouo. Em 1953, Função e cam da palavra e da linguagem" ancorndo lo contráio o incons ciente do lado da nguagem a palavra enqunto a articulad não se sus ten ms com o maginário mas antes de tudo lo sistema simbólico constído r es linguagem. O sinoma neurótico cujas relaçes com o sonho o evadas em jogo a estrutura da linguagem em ger e mais precisamene na paavra a relção do homem à linguagem. A fnção se fmaçs snmátcas deria r Freud, acomnase ssim de uma oua série de motaçõs leada lo simlco. O sintoma assim defindo aftase deitiamene de uma conceção naal do humano de que a medica no uso que faz desse termo ns ter conservado a abordagem O Estádio do espelho, dese 1936 tina inscrito o sujeito sujeito humano em rp rptr traa com o mundo mun do anal an al ao qual ele ecia disar a não de imagem O sinoma como formação do inconscien esrado esrad o como um u m a linguagem e acentuar acentuaráá a condição ma m a a acan can não reduzrá o sintoma só ao camo simlico o aço enedo o sintoma com o agnário lo menos o do coro e o re enqo imssíe a dizer continuará a er iterrogado mas ele le firmará dciida mene a surema
Sintoma Sinto ma e recalcamento
Mas qual é nessa ordem o esao do sintoma É sinal significane o sinicatio?
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sintoma não reenta alguma coi para lguém - alguém, su jeio incerto como o nota can can - e rta rtanto nto não cres cresnde nde na clica psicanalítca psicanalí tca a uma defição do sinal sin al,, o que ele e r em medicna med icna ou ou em psiquiaa. O stoma é um signiicante? um andame signicante no ntio em que ele presen o sujeito ra um ouo signicane, dele ém esando deslado O signicante, em cuj lugr veio o sntoma, é ignora do do sujeito ao mesmo tem que o represen Deslamento muio m terzado a metáor nicaçã Isto é, verdade que se enunca, O, o sintoma tamm é s� nicaçã verdade colada em orma E um eeio da anssição a brra do algoritmo Em ous paavs, é um eeito do ralcameno O sin s toma, sublnha Lacan no Semináro sobre as Psicoses (. 75), "é a língua do ralque para o neuócos particuarmen demonstvo p o his térco É uma oua maneira de erzr o sintoma signado r Freud como retoo do recalcado Sua signicação é a signiicação áia na me dda em que é o desejo que vem signicar o sntoma O que susten a r gunta do neurótico é o dejo azido la cadeia metonímica: este é o eeito des rgunta, enquanto o sintoma é o seu resultado Mas tomemos o exemplo de Dora e a leitura que Lan pro de seu sinoma aonia Do c primero de uma análise de histéra inter rompida que Freud descreve e comen em suas Cinco psicanáles é uma ma hstérica presa num esdo sintomáco patente O sntoma mais caro é representado por uma aonia que sobvém em cunsncias muio cuias no omento quando seu pai se ausenta e a se encona só com uma cer Sra K Dora hav havia ia dido ao pai para part partir ir em viagem com ele ele,, deixndo em em asa a mãe, pa se reunirem com o Sr e a Sr K ssos com as quis o p havia avado relaçs, quando esva gavemente dnte O pai encon trara junto à Sra K. comxão e apoio Qano a Sr K . , ele tera corte ado ora, o que um a cusado ele desmentiu energicmente Seja oo or, Dora sem úvida cliara as relações e seu pai com a Sa K por exemplo tomando tomando onta ont a dos lhos l hos dessa des sa senhora senhora pa pa deixála mas lvre, lv re, e s duas mulheres mannhm aliás relações mes, bsas em grnde oniança recípra Freud ele mesmo admi ter erdo sobre o objeto do desejo de Dor A básica dupliciade o objeo o desejo, ligaa a sua maz imagnára t omo o Estádio do espelho i evidencir não lhe apare Nesse balé de quao, qua o, obsera de seu lao Laan lendo len do Fre Fred d no Seminário I - Dora, o pa o Sr e a Sra K. - o eu de Dora é o Sr K. É enqnto el é este que os sintomas tomam o seu sentio denitvo A aona de Dora, sntoma que apre qundo dere o Sr K não está ligaa, como Freud hegra a O
o sintoma
s à su suaa aê aência ncia m a
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to de se encon s ente em
prnça da Sra. K. A rgun bre sua existência e se formular ai: que é r uma mulher? A conqüência des rgun rgun é a afonia afonia na n a prença prença S K Que é que o pai aba bandon ndonndo ndo a prria prria muher muhe r m m de , m lo conrio generoso com a Sra. K, ama ne úlma aé dela mesma? Du obseaçõs que s junm D uma prte Freud indica que no momento do Édi de D a imtência imtência do i esva n proênio b a forma de uma ve dnça. D oua parte o Sr K recera uma feda de , r ter dito que sua mulher não era nada p ele Dsdo-e si a rgun de ra que conjuga o que há niso de r mulher, com o desconhido d amor que lhe e indicar o pai Tudo o qu ela conse guiu entender da l da Sra. K com o pai em o da feação o que aparece sigicativo do ntido sexual de us sintomas orai (vômi t, afonia) que se irvem is co resultado de sua rgun. Sintoma e verdade
Se h uma dra de tue de psise é certamen esta: a verdade do sujeito e se entenr a parr d formaçõs do inconsciente sonhos, apsos,, ditos espirituosos apsos espirituosos sintoms . . . É a te eudiana. Lacan Lacan nunca ces sou de lemla No sintoma o inconsciete se manifes como verídico as tmm não bs escutálo rr conhecer mehor para que essa verdade se manifeste Ela não se deixa rohecer senão surpe dedo, indose. É ma deiição possível d sintoma aprentálo sepre como eigmáco. A vede sreende o r que o sujeito cr ssur ddo ao sintoma essa cacestica que Lacan qulicava ssi é "o que cludica O sujeio que o sitoma lhe dz resito, mas e r iso ele s o que ele é Lacn ova que a exeiêcia do psicnlista é essa relação muito pticulr de u sujeito a seu sr sobre si meso que se cr uciais para a psicanálise, inédito chma sioa (Problemas cruciais O que é que fz eigma fuentlente p o sujeito e que a verdade cobre? O que é esse rel não sabdo, segudo a expressão de cn? É o real do sexo, e m o que recobre o objeto al que caus seu desejo, isto é, o objeto a . siçãoo mític míticaa idlza idlza do psicalst psicalst Ssz exemplo A siçã dizi dele ue sempr sempree tih rzão rzão te o seu conanto na própr própra a desão da verdde t coo eva r Lacn. Es busca da verdde é sustetd lo paciete ua relação dissiética, na instuação do suje su jeititoo sus susto to sbe sberr. . . lo eos de sar disso u u uo is is ue ele
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Lacan
A prounda ambigdade de t asseção, sua dupla ace impca de fato uma men que cola ela mesma nes dimeno de verdade. La can ga o exemplo de um ouo psicalis Nnrg que se inogava sobre o ato de r o que deria mesmo imlir um piente a oer à análi paa ru o que ele chamava úde qndo de ato seu sin toma ea eito pa lh zer saçõs cr. Lan comenta assim a oi: o que motivou no paciente a pu da saúde do equilíbrio é justa mente sua intenção consciente Que abrigo lhe oerece o recurso à análise pa esler a z de seu ento quando algum desengonço sobre ém em ua unção sexal ou algum desejo exconjugal! Dd os i eos tems veica-se o paciente desejar desejar na o orm rmaa de uma susno povsóa de sua presença no seu la o conráio do q veio por como o to pimeio d sua análise não a restit restituiç uição ão de seu c eno mas qtroo concei conceitos tosf f�damenta picanálise, p 132). sua ruptua" (Os qtr
Sintoma e real
Não alm a Lacan iiciativas teóicas pa acar sus alunos da ten dência a uma psiclizaçã psiclizaçã mdicinição da psicaná psicanáse se sobe a qual pde escoeg todo aaista ainda que osse paa atende a demana de auxlo que se omula em to do sinoma azendo simética a relação do suJito e do analista Mas incnsciente não se terapi". Sita a oigem d sitma d lado de Kal Marx qad o discso mdico se oulha de sua oiem mítica do lado de Hiprates oa um deslamento pomisso N Smináio (inédito) De u discurso que não ngimento, Feud vlucináio d can (ambiüidade do temo seriangimento, seria evolução no cam sial ou no sentido da ica de Copico) te colado no imir plan como Marx a nção que os aos cmo sintomas É no camp ea ue sge o sintoma como o ue não vai É como unçã de siniit ue se enunc o sinma situado assm um eeito paicula d simlic n ral O mvmento a históa do eudasmo ao capilismo dtmiando o homem polio lhe z pde tudo de que ova Lacan sublinha assm nã sem ionia i nco em Max dessa passam que po move esse homem dspad d tdo a messias do utu stendose de do hm hmem em um ut ut ideal ideal a psica psicanális nálise e no n o prticul do cso cso deixa ze do nã bstate stma n lu em ue Max o colou miicandolhe send ao cnsid incnsciente e a maneia pela ual o homem za dele Os cientes não s sasazem com o que o E enttto o que eles sã ue els vivm sus póps sintmas dizem speito à saisaã
o intoma
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Freud não dzia menos. Lacan o evoca: "Eles " Eles não se contenam contena m com se es tado, mas asar disso, sendo ão pouco contentáveis, eles se contentam. Lacan in in oduziu nessa satisfaçã satisfação o paradoxal paradoxal a categora do impossív imp ossível, el, e ao or o rea ao ssível, o define precisamene como esse impossível Para Freud o rea aparecia como obsáclo ao prncípio de prazer o real estva qu e as as coiss não se arranj arranjam am logo, lo go, "como " como a mão que lá, r isso mesmo que esende para os objetos exteriores. Ms essa conceão do real é consi derada der ada restrtiva restrtiva dem demais ais por Lac Lacan an El Elee ins insiste iste sob sobre re a sep separa aração ção desse rel do campo do prncípio de prazer, "por sa dessexuaização, lo fato de quee su qu suaa onomia admie ad mie algo de de novo, qu quee é j ustamente o imossível imossí vel (O quatro quatr o conceit conceitos osfunmenta unmentais is de d e psicanálise, p. 159). relação ação sexual de qe q e o af aforismo orismo Esse imssível também concee à rel lacaniano nos lembra que não há. O sintoma aparece como a tentativa invadar essa prosição O sinoma indica qe á algma coisa não f cionando no campo do real, enunto o neurótico enconra seu gozo no sinoma, por menos satisfatóri satisfatório o que ele se seja ja O gozo, termo te rmo in in odzido pr Lacan, em referência ao que, em ireito, concee ao gozo dos bens, est do ado do objeto e assim se distinge do desejo É alis nisso que o sinto ma se distigue da ordem do desejo como sendo o gozo O próprio Fre especifica Lacan, avia estlecido a equivaência do sintoma e orgsmo. O sintoma constiti rtto essa anomalia no campo o ral em q consiste o gozo Essa relação ao gozo, o homem dela se qeixa, ms não reconhece.
De alguns sintomas Essa relação relação ao gozo é ifere iferente, nte, pa particular rticular para cada m concebe-se um um tipologi tipo logia a Ma Mass nem r isso é ma m a classifica classificação, ção, da qual é no novel vel qe el el prticipa e uma oa conceção do sintoma Na psicose, a fala a mefora patea, falta do Nomedo-ai em consideração o desejo a mãe, expõ o sujeito, r falta e m anteparo aos desfiles da cadeia sigificante que poss deter ma sigificação, a m gozo nãoreglao pelo Outro O exemplo as vozes acitórias inic bem a crença inabalável do psicótico em saealiade "le credia n ls O neurótico, esse, acreia no sintoma do qual veio exarse, "El edia nele, na meia em que jlga que o sintoma é caz de dize acredia acr alguma coisa, cois a, e qe bas bas dci dcifr frá-l á-lo o O sitoma do nerótico obsessivo se sustenta elo fto e "ue el nega ne ga o desejo desejo do Ou Ouo o for formano mano se fantasma fantasma ao acentr o impossível i mpossível o esvaecimeto o sjeito, ao asso qe o da histérica, como foi esenvol
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vdo para Dora, su que "o desejo não se manm a não la n sfação que se t a ao esqurse como obje Jacques-Alan Mller, num curso nulado Do sintoma a fantasma e volta nha mu m edencado a necessdade pros p can, na úlma pre de se ensno, de ma clca orenda a prtr fnsma e não somene do snoma, mas sempre mplcando sa rel. Freud, m cedo em s obra, rculou uma mpção do fanasma no snoma (Os fantasmas histéricos e s relação com a sualid, 1908) No nconscene, os fntmas são como rent s devaneos d uo, conscenes em esado de recalcado (aque hstérco, p exemplo) O objevo da análse de enão se smplcar em um "ar conene os fanasmas como cau dos snomas O que aparece de uma vez a Freud oma em Lacan, no níco de seu ensno, um caráer problemáco O snoma esá suado na ordem da nguagem, ao pso que o fnma é da ordem magnára (cf o esádo do eslho como maz o fsma) A dssoução contínua da undade egóca, o mag magnár náro, o, d seu maeral sg nfcae ao snoma: "É na desagregação da undade magnára que o eu consu que o sujeo encona o aeral sgncane de us snms Colando em cau o objeo real no fanma, a, arculação do suje brrado ao objeo (a), o objeo real cau do desejo, can resu ao faasma faasma uma causaldade sobre o sinom sino m Assm se desdob desdobra ra uma clí nca da rculação do fansma ao sgnfcane, que pas la ulzação do Ouro brrado, poador de uma fala fundamenal, dentcada como sgnfce (c) falo enquno a cíca do sgnfcan não tlzava senão o Ouro nãobarrado, S(A) Iso de lerse no grafo dejo (Écrits p fnasma, o su suje jeo o fala fala uco, conar conaramene amene ao sn snoma, oma, mas 817). Do fnasma, orena a exrênca analíca a o de se oar o seu ganho eenddo
O psicaalista, complemento complemento do sitoma sit oma Nuca Lac rooveu uma énca da scanálse cujo sendo de re vesse sdo sufcenemee denuncado elos aluos de Freud As rele xões or ele posas ao longo de seu ensno devem ser madas como aonaeos dados pelo seu dscurso sore a scanálse A sso não se recusou s bém ele prurou levar à ma conseqüênca os nos que ee desenvolva Se ra faclr sua leura reagrupamos ceras rele xs suas, não devemos esquecer que elas surgem em momens lógcos de sua elaoração coforme dsso dão esemunho os desenvolvmenos pre cedees Ir falr a um analsa insu esse fenômeno que nclu o suje e o aals a rnsferênca A nsauração da asferênca ode rur
o sintma
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lvo d ide do sintom, isso p n exriênci comum. Is n mpic que ee depr, ms ele vem s o que ai, e fc pre n tle de nsferência Pem per sintoms nsitórios, como o suto estives ndo à prv es Ou susto A inte do tmen n é cur, já L o rdv com Fre, no ntido em que es é obd r créimo Ordrimee cu é esse esto do suito nterior o precimento dos sintoms Como eri o psicnlist imn volt um ns neuse qudo jusmente e veio dizer relõs prculres do sujeio os signicnes cn es do desejo desejo que o constitu? Se o psiclst nuz n sfenci, juto d pciente como quee que , ele rece como o o esuo de sitom No mesmo do um sujeito psicnlis pr um out n é um "bio ts do burte ctegoris ns quis ele dispusesse d gvets pr ar sinoms psicóticos neurócos ou ouos cois que ele s evi se "enr no jogo sigifcnte. Não fcr preso o setio nem mesmo à metáfor ms o signicne é como um sh pr Lcn Um nh que ee lnç os psicnliss sem o que ees com o rsco de reforçr o sito qu se prodz a. Pois inuzr um mfor supementr d consisc o sim. Freud já verifc: ão rever o pcie o sdo dos sntoms qu quee v sr sso r e To Tovi vi ção rpêui rpê uic c obti sobr sobree o stom s tom viv o cnce cn ce d pscnáise pscnáise quo q uo à fm e isfão su esvi qu e rpsenv. D qulquer moo ão h ssibilid gum vfcr su resoução s o is ão cor em prero po su ção qustão o poo sr vo o suto N é em qu s resiscis pc um pcéi Lcn fz ss rssc scur do o o is No h ressc do o o su fer o s h resistc v o is cosrr isisc qu s fz ouvr os sioms. "A pris íic é r o copmo o sito o su p o sio é úc v ssív o psics Es cop ço o sm o psics s é possív e rzão próp s úo. O si suho "sr e vr if pc o "sr sber zo o s É o ugr ss coução o sr e sr e o ser de vre qu Lc rcohe como sinm í ico Da, ão prátc do pscs nh m esmscr svr o siom es rção o gozo É prção que susen o su rm O que o rótico g enco irigr su qu� ou s rgu u pscs é prção sus sos E esss eos qu co s sr rc c Qu Qu g g rici ític s per ofrcr seus sos à irço e o is e fgu
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como seu inteprean. É um pleno r que lhe é suposto lo nisnte, pleno saber sobre a causa de seus sintomas. É em lugar de grnde A que o nalsta está instaado como sujeito susto saber; é a ilusão que mle o sujeito a buscr sua verdade no analista como s ela já a sivesse dada e ele já a conhecesse de ante antemão, mão, e é tmm o que ofee ofeec c à "intevenção objetvante do naista, insiste Lacan Fingindo de objeto (a), causa do desejo do analinte, a pergunta abrese p ele: "Qu quer ele de mim? Se tratar o sintoma, no sendo em que s ta ua questão, e o objeto da interpretação, essa não deve aimentr o ndo, m aiar-se sobre a ambigüidade. Aimenr o sendo d ao sintoma "coninuide de sub sistir Ora, o que visa a mbigüidade da interpretação é redução do sentido do sintoma até o ponto inansponível do ralcento primordial Jogr com a ambigüidade é a única ssibilidade ofercida à intepretação, sublinha Lacan nos Seminrios sucessivos dos anos setn, única ssi bilidade ofercida à decifação do sintoma, dado em trmo de ógica modal com um "não cessa de se escrever do real Ao atenua o sentido do sintoma, o sujeito se acha prcialmente aliviado, a ponto de ser vezes tentado de satsfazerse com isso e inteomper sua anáise, oerando lo viés des nova tisfação u des lamento do dito sintoma Mas além do ganho obtido sobre seu sintoma, que pe tentar o sujeito a tomar seu nefício, a pergunta insiste com um "que quer ele de mim, além de meu m? Com efeito, todo aívio de sinoma impica uma fla em goza, d onde o sujeito se refere a recurso que ele enconta no fanasma. É r isso que todo ganho sobre o sintoma induz uma vacilação da relação que o sujeito enetém com o Outo "Que esu fazendo aqui nesse divã?, interogação que traduz a inolervel sus peia do neuótico que poderia não ser senão o insumento do gozo do Ouo A direção do aamento, enquanto regisa o desejo o anista, é aqui pticuaente soiciaa pa que possa ser discutido o seu resul tado
Saber fazer com seu sintoma
Se os tmos achados por Lacan de avessia do fntsma, de quea do objeto (a) do qu o naisa "tomava a apaência, renovaam em seu desenvolvimento as esctivas do atamento psicanítico, relegando a conceão do fim do atmento como identiicação ao anaisa do ado de seus avares, que se passa com o sintoma nesse momento de fim de anse? No Sminro de 1976-977 (L'insu q sait de /une bévue saile à mourre, pubicado em Oicar?), Lacan consiera dierentes destnos do
o sintoma
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sinma, escialmente o de ser conhcido. Conher seu sinoa significa r o que azer dele, sar esclrecê-lo, mnipulálo "O que o hoe aer com sua imagem corsnde a isso r alguns lados, e rite imainr a maneira coo se e dembaçar-se d sintoa" (Ornicar? n°s 12/13, p. 6). Sar coo lidar com seu sintoma seria u liite iposto à inençõs d aálise? Dsenvolvendo durte u ano de semiário a unção do sintoa esria em Jmes oyce (Joyce /e Sinthome), can havia esalido t a dimeno desse r lidr com" Esse limite não decore de ua incon sisência d exriência altica, mas do esatuto do sintoa no rl: O sintoma conserva um sentido no real" (Oicar? n 17 p 9) É o que pode rmitir ao analista intervir eventualente de aneira sibólica para dis solver o sintoma no ral A iguração tológica de u nó, o nó borromno, s enr e sua descrição, rmite a Laca situr o sintoa de oyce coo o e antinha juntos os crculos do rel, do iaginrio e do silico Essa apresentação é propícia para lientr que a análise não consiste na libeção do sina, as no ato de r por que se esá ebaraçado nele O m do aaento e su coroo de ifcação do regiso do gozo do sueio, rduz o sintoa n sua deterinação lo tsa e o cau A cura coo acrscio, produida la psicanlise encona ass sua orienação
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A fórmula do fantasma? SOa
Dos fantasm fantasmas as ao a o fanta fantasma sma
As palavras da psicanálise exisam aes de Freud. Inconscien, interpre tação, pulsão, ralcamento, esavam já na lngua quado Freud as foi bus c. Isso considerado, não h vabuário da psicanáse To as paavras do psicanalisa são comuns Simplesmente, Freud ansformou sua signi cação É a aceitação e rercussão dessa vravola no uso comum das paa vra - o discrso cor corrent rente, e, como Laca Lacan n o chamou qu quee marcam a pre pre sença e a extensão si da psica ps icaná nális lise e O fanama é um termo de psicanálse que, contraramene a outros, qualquer ssoa de achar famili, um desses termos que a psicanise não in inve vent ntou ou e des desde de 1836 empregado em piquaia com o sentido de aucinação rém impôs especialmente com desmentos de en tdo, na opinião comum e em certos cams do saber Ese sucesso faz apa recer uma difcuade da própria psicanie: a generaização do conceo indica efetivamente a indeterminação de sua significação, como das suas modadades de aparcimento e de utlzação no tratamento psicanaítico Esse conceito deturpado, qal é seu lugar? acan, no Seminário X, não o inc nos quao conceis fundmen tais da psicanise Paradoxalmente, é então um termo muito utiizado, até mesmo banalizo mas cuja imrcia não sera capita para a teoria analítica Por quê? A resa esá no fato de te te Freud Freud nventado nventad o a psi ps i canálisee a descort canális descortaa do consciente; o mod m odo o de aceso ao inconsciente passa a formaçõs, lapso, dito de esprto, sintoma e, sobretudo, peo osfantasmas fantasmas se opõem aos sonhos. sonho Ora, os Os devaeios são dos enquanto o sonho é noo, desenvolvem se no estado vgi vgi e precem od odec ecer er aos caprchos de seu autor, que sabe 78 .
a fórmula d fantasm antasma a?
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que ele mesmo é o u orgid, enqu o sonho su o sono e a rda dos pressos de conole conientes. Ao sonhador seu on lhe pece aleio tcido numa lógica a a sconhecida Pa quem en ga a us fansm estes s conecidos e familiares e chegam ve zes até a pvar vergonha r serem como costumam ser destoantes de us próprios alores Freud romndo a adição d chaes do nhos onde t signica ção corresnde a t sonho estuda o sono co mensagem mensagem cifr cifrda da com c om sto segundo leis pris a de elements como is desprovidos de sigiicação sinais constitutvos de um sistema cuj ntido o falta ndo não em aparer senão r sua articulação no texto do sonho. can sublinhou es redução do símlo ao signicante Os fantam rém não se decifram da mesma maneira: não constituem um ex organi zado las leis de codicação do inconsciente A osição entre o sonho esada al do inconscient e os fantasmas conientes ite explicar a excenicidade do conceito de fanasma em relação ao nto inaugural da psicá Entretanto num txto de 1 9 1 9 (Batem numa criança), iso é num mo qu e ele aalia s primeirs conquiss da picanálie ao a o verifcar verifcar mento em que as dculades subeqüens ao otimismo terautico dos começos Freud ele mesmo enceta o estudo do fanama e uma outra dirão. Recoheçamos desde logo que a atenção dedicada ao fasma é conseqüência já nesse momeno a vercação s embaraços inextricáveis de uma prática organizada exclusivamente a partir das formações inconsciente e dirigida para o tratamento dos sintomas. Lacan irá su blinhr ese alor de inércia do fnama em relação à ialétca do incons ciente onde emparelham em interação sinmas e interpreação inércia que Freud anta no slêncio que enole o fantsma na dculdade dos analisandos em falar dele em assiar sobre ele assim como em sua r manência até em sua resistência ao aamento Essa irada acada r Freud irá leá-lo à sua seguna toria do aparelho psíquico como amm ao noo dualismo pulsional iso é a uma micação a aragem do fanasma que os sfreudianos não irão manter mas à qual Lacan dará ta a sua amplitude Nese xto Freud reduz os fntmas a uma frae porato a um fantma; passando do plal ao singular ele passa tmm a exu rânca d formulaçs imaginárs (com múliplas riantes) à su e uma fórmula imssoal: "Batm numa crança Um fantasma único opõe se à pruçs ftasmáticas o que força a não mais arbuir no que con cee a estudo do fantasma prealência à imaginação maniestaa n proução de histias compensação às asperezas da ida mas a eidencir uma foulação condensaa que resula enigmática para o sueito embra deesse lhe ser familiar pr lhe apresenar seus mais próxmos deseos É
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Lacan
nese sentdo que Feud e ca na süênca falão de fantasma mental.
fanasma e então assum uma imrtâcia ans reda à formaçõs do csciente e lo fat de rcorr s diferentes gaz çõs neurótic, sendo encotrado é o que d Freu em esutus hsté cas obsessivas ou rvers em homen como em mulheres ele que ao mesmo tem valor de ba e de barrera ao abalho aalíic is na anál se derá pretender solar sua fórmula m não nterpretá-l As du orrênci do teo de faasma no sgular e no lu sim como a manera com que Freud observa como de u fatma o paciene pacien e ada ada e dizer dizer asim que o form formulou ulou disso vem o seu vlor vlor de ress ress absolut absolut·· desli desligada gada do sto de sua vida síquica síquica eram d d culdades que s uma nova abdagem que será a de ca deria des fazer ardagem fundada na diferenciação dos ês regisos do real do simlco e do magináro. O faasma passou a ser o nhor da avançada da psicaálise Ele exi gia a descorta de soluçõs que fazer de sua iéia frente ao rabalho analítico como Freud já se avia rguntado em seus úlimos textos particularmente em Anále terminad e anále interminável? A queso do fanasma emnhava a psicanálise quanto à sua alidade e quanto a seu esto em relação à ouas discipln Lacan i elaborar para o fan tasma u matea ndamenal E isso e servr de indcão: a va que ele esoheu p a psicaná lise é a da inovação e não a da retição Aquela também da trasmsão racional is o matea se apresena jusamente como uma fomulação esuturas que orgaim o desdobrameno dos fenômenos na clica aa líca O início do ensino de Lacan é como já vimos constuído r uma elaração toamente única no movimeno aaítco do imagáro o Estád eslh, e mm a Agressividade em psicanálise onde ele ana a relação do ser vivo a seu semeante Laca formula es reação como em eslho sobre o ndo de prematuração para o homem tal que afundada no despedaçameno funcional a crianca descob prmeiro na forma do ouo a unidade que lhe falta Lacan formaza essa reação do um ao ouo segundo u exo aa' relação a uma imaem do ouo ao ouo como imagem fazendo disso "a marca de fábca do eu sucessão de identficaçõ a ess imagens e pequenos ouos A unidade do eu enão escapa seme ao sujeito, no sen tdo em que ela não pe senão lhe ser devolvida r essa imagem O io e a enamoração são conseqüências disso para o eu e macam a relação aos emelhantes Prmero é conforme es exo aa' que o fanasma seá estudado r Lacan O
a fórmula d fantasma!
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('ute
(moi) a
@utre
esquema completo do que can eno chma a dialéica intersub jetiva - dito esq esquem uemaa L nos Escritos efe efeiv ivamen amene e p em em evidência, ao mesmo mpo que esta relação dual do eu a sua projeção a' (sua imagem ou a do ouo, isto é o ouo ouo semel semelhan han) ),, o eixo SA que vai do sujeio S ao lugar do ouo A, isto é o lugar onde o sujeito e enconr sua "determinação sgnfcante. O, o eixo aa coa o eixo SA: podese então denir o fntsma como o que vem fazer obstáculo a essa pegada do sujeito na cadeia signifcante Ee se inte como cenário imagiário construído a ptir das be ls formas gobais do co fre rente nte ao inconsciente defndo como ea teno Su S ujetouro, tesouró t esouró ds ignicantes; ele é rtnto relde ao nconciente, rebelde enquanto t à psicanálise, dendente do eu e de suas diferentes identficçs É niso que ele de se apresenr como uma novea, cenáo à dssição do sujeito e para gia do eu, que snteti zando eorescêncas magnáris do sujeito, aprecelhe como eu bem mais quedo, mis íntimo, e pmitelhe acreditre, r meio dsse ins trumento, senhor do seu przer A teoria esculr do nrcsismo mte expic as virvot anstvas preentes no fansma; quem come é co mdo, quem bate é bado, etc Du obsevaçs devem ser feits. acan não se limitrá a es preva lênca do maginário na eplcação do fntama, mas não abadonrá seu vaor imagnáo possve As hstras de mor ou de io que o sujeto naa pa si encontão na dmensão simblica do ftasma a matriz que n pr�ide à sua organzçO, qud9 a mca do eu, a luão de domínio as catezm em seus desevolv!entos Por oua parte, essa rdução do imagnáro ao esculr opea uma meira implifcação em relação a texos da lteratura analítca sfeudana que articulam ftsm e sntomas Melanie Ken, com efeito, considerando os fantasmas tis como se enuncam nos jogos e desenhos de cranças, tinhase dedcado a hes decifrr sgncações segundo uma eoria do simismo favrcendo os sgncados em demento dos sgnifcantes O estudo do fansma O
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equvala então a uma deiva d signifcações imagnáias Diane disso, o imaginio esular fcndo reduido a essa fórmua a-a', ova uma primeira formalização dess consuçs ansitivists, em que a inoje ção remete à projeção e recipramente que sufa a interpetação klei nianaa toandoa in nian in i ia a.. Enetnto, Enetnt o, a avançada avançada de seu ensi e nsin no vai v ai conduzi cond uzi acn acn a uma u ma uptu ra Se a teozação pelo imagináio pia explic sua inéia na relação intersubjeiva, a aribuição ao eu vnha topar contra s nareza enigmá tic Esse enigma, isto é, sua ausência de qualquer significação dedutível do texto de Freud Batem numa criança, remeta ao inconiente, mas do que ao eu Por outro lado, o funcionamento signicante do simlico, dando toal explicação do funconmeno d formaçs do nconsciente a pati de sua esttura significante a dferença do fntma era tant mais realçada porque não era ele, rebsorvível pela inrpeção D uma fórula homogênea do fanasa aa, compleament ima gináia, passase ao que fcaá sendo, n continuação, definitivamente o mata (80a),1 atea que unfica nua lga dois elementos heterog neos: u sujeto bardo bardo 8 8), ), que desde sua utili ut iliação ação por Lacan como sgno situa o sujeo na ordem sbólca correlato a u objeto a que to mrá m rá dver dversos sos vlores vlores um decorrente dessa abordagem imaginária fantasma faz dele um objeto imaginário o outro o sitrá como real isto é impossível pois que rdido. or consegunte a par da tese que exge que o inconscente seja esutuado como ua lnguage a cractestica intnsnvel do fantas a será de g ao sujeito do inconsciente um objet que lhe é fundamen ene esanho no sentido e que é não sgnifican; o sujeito nã está lgado ao objeo r nenhua relação natural nem r inteédo de ne nhua necessdade reud hava lis osdo que o fansa amarava ess duas co be dferenes que ão a satsfação de ua ona erógena co a represenção de um deseo É pon a pair da tea do sujeito do inconsciente que se edfica a reexão sobre o fansa Este co efeit é conseqüência necessáia do suje ao meso epo que consitu o lite no se fante do funciona ento sbólco Não há sujeito e fantsma mas o fnta é o que peme ao sueo pensar que escapa à supreacia do signficante
O fanasma fundamental
Se ua boa pre da vida fansática e deixa elcida pelas relaçs dus do eu e de seu duplo reud hava evidencado no já citado tigo d I O é
chamado pução e dsiga "as as relaçõs ssíveis en 8 e . Isto lê-e: 8
pução a .
a fórmula d fan anttasa/
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como a bua do fundamental no fansma o se resolve r a. Ele mosa que sua esua ue aves os cos clnicos não remete a su jitos parcuaes m ópra funç de sujei, q, omo r falante tomado no univer d linguagem, esá submedo to sujeito. Relen Batem numa crinça, Lc mosa que se a para Freud de ir o mo mento em q suge o sujeito do signicante, isto é, es momen qndo, prxístndo-le o universo d linguagem, ele advém como sujeito no mo meno em que e sob o signifcane que pas a reená-lo" O sjei toa-se is um signicante, que não era, anes des rão A cau do suito é a mesmo em sua qua. O sujeito não prxiste ao recacamento, mas s há sujeito recalcado No signicante algo supime o sjeito ue comea a exisr, mrcado rém lo signicante mese e sua lei Es fala em ser su uma rd de ser do suito: o objeto des taca ao mesmo tem, rdido. Esse momento da casão signicante é corlativo do ralcamen originário, conceito eudiano que Lc escreve ndo bra sob o 8 , com o fantasma fundamena; ao rcacamento originário esá liga a i dtificaão primeira. Disso rém doe amm o masoqismo pri mdil isto é, a sexualidade no ser falante Por o lado, Frud insise m rmr nesse texto que não há sexlidade anes do recalcato ue corriamente a Adler e Jung não se deve sexualizr os motivs do rcal co antes desse recalcamento u constit o sujito do incoie cmo bado, bado, pra ele não há sexalidade a sxulidade bioógica no é d sjito do iconsciente para uem ela é sempre tomada na ordem sim óia r dzer, edo psdo los desladeirs da castraço O fn tma fndamel screve o orgnismo rortndoo, lógica signi ct d casração Rordemos os ês tems destados r Fd o seu text, e de t so am três enunciados: Bam numa crinç", "O pi stá me tndo" "O pa paii e e nm menio ue eu de dete testo" sto" N náise, o anlindo admite a prmeira fórla e a bteç do zr disso ele t, com rticênci: é o fnsma fdmenl pro mnt dito, paa o ul Lc v o l do mio" iividl do neu óco, utlizdo o termo de mito à mira dos aopógs te os is Uvi-Sruss, como tntativa de escvr n só süêci m cadiço inái lógc. As vriávis do mito, e n nális vriávis d m fml sã ots nas tttivs d sr essa cdição rieira esse impossvl de dciir de is foa ossv d m reaço biária tr dis mts. É esse stido o ftsma tem esttra de cção mesmo não sedo uma ilo, mas m rl do uivero do disrso: ele d um fora ao imossvel d ço sxua Como Lévi-Sss irtou o estdo dos mitos o d ci fr s ss csçõs óic Lc 1919
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ando a ausência de referência para o fantasma fndamenta, mosa que indo além as orrêncas da realdade e nã se magdo l den-· de do puro ógco. Freud já tntara reconsur as etapas da eaboraço des nuncado. No atamen anaítico sob s nsstência os pacients havam rorado um primero enuncado: "O pai bate num menino que eu dets es frase o sujeito está psent no "qu eu detesto ndcador d sujito que d sua signifcação ao sigifcante "bater o único a arer n ês fra ses É u momento de rvaade dua com o semelhant aqu o rão ou a ã a outra criança: o exo aa' ainda é pvalente nesse tm que magin ginio io castiga um u m rival tstad tstado. o. Freud chama de imero: um pai ma Mas o momen crucia a construção do fantasma fundaental é o do "o a está me batendo tomando m nota que não e s ar senã de uma consução da anáse na medida em que em nenhum c s enun cado de chegar à conscência ee fo toamente afunado aos gos do recacamento Aqui o sujeito apare ao mesmo tem que está ndo ba tdoo peo pai td pa i O ver verbo bo "bater "bater está est á lgado lgado por Fre Freud ud ao signicant "amar. Sumda a oua cança o sujeito assume o proscênio como barrado pea fução patea O sujeto é pois causado eo signcante: "mas esse su eo é o que o sgnicante represena e ee não de reesenta nd senão paa ouro significante (crits, p 835) O sueito é "efeto e nsce dessa refeda oigna Ee nasce nessa "usção tempora primordia que é o "fading constitutivo de s identificação Ao temo do recacam�nto orgno do qua d testmunho essa ré hstóa do fantasma ronhece Freud um acance cínico $ra ao he asseu a generadade e ao afrma o caer unversa do Ed Lacan nos Escritos, define essa oração de consução do sueito como a opera ção de aenação O significante pruzindose no ugar do Ouo não ain da demca demcado do fz a sugir o sujeit su jeitoo do do ser se r ue ainda ain da não ds da paavra paavra mas é ao reço de deixáo escado mozado O que ali havia de pres tes a f [ ] ] o que ai havia desaparece or não ser mas que um sigfi cante (Érits p 840). JacuesAain Mier no aaho sore Lacan ao qua se dedca fz uns aos ressata o caráter de varive do sueto em can no sentdo ócomatemtco do termo A dentcação a esse sgnfcante prero o f desaecer não susiste senão um uraco na medida em que uma sg ate até um nome próp própr roo não od odend endoo se co conc nceb eber er sem rea reaçã çãoo a ouo snificante não poderia constituir um ser estve ao sujeito que ca reegado ao ono da cadeia signficate O recacamento orgnário ao fazer desaecer um significante faz do sueto esse buraco na cadeia sig ifcante Iteao ene dois sigfcates o sujeito busca representarse sto é ar esse uaco; ai intervém um ser de um ouo regso que não é o do scate com o qua o fantasma cua o desser do 8. Não econ
a fórmula d fan antasm tasma a!
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ndo seu lugar em A o conjunto signficante e havendo fala do elemeno ue o repree repreentara ntara uma vez r as o sujeio conva o fana fanama ma q re gula sua sição veland essa falta no Ouo r intesição de um ele men heterogêneo: a fómula uma cança é batida" vem upar o lugar delimiado la varável sujeito notemos ue o sujeio não aparece na fór mula, ele ana a susenta a enuncia ma não esá eente no enunciado ele sumiu dele. Baer" vrou um signifcne puro sem signcado e a frae não tem signfcação para o sujeito ue nada em a dzer a eu resito fora de sig nifcação ele apreena o objeto uando o sujeio é da ordem da repre enação A mongem do fanasma fundmenal é de fato fundamenal por város títulos meramente ele é conceente ao sueito do inconciente e pode-e nor a ausência do eu o ue o distngue das fntmagora onde ese eu é rei e ue dem como l de aca ficar batendo aui e ali indefni dam da mente Deis ele apreena o modo segundo o ual a casração oou para o sujeito E, enfm ele dá a chave da posição do sueio em relação à sexualidade e ao gozo Acompanhando o ndamento do nsmento de Freud ao longo de sua obra rcese ue já nos Três ensaios sobre a teoria sexalida ele assia a sfação pulsional e a uesão do masuismo at a afimação do masuismo pimordial A Sxulidade no ser falnte é de ordem pul sional e não biológica ela se regula pois não sobre o instinto mas sobre o fantsma ue é de esutura rersa no sentido em ue mite ao sujeio esconder a si mesmo a baa ue o anula sição paadoxal de obter satis fação com a dor de ue bater é aui sob sus diferente orncas ba ter ser batdo fazerse ater o indicador A fórmula do fansma apresena porto o objeto que causa o sejo de w sujeito e limita seu gozo: absolu ela é, dz Lacan um axioma sem efeito de significação Mas enuanto tal ela funciona como repao de sig nificação absolua e índice de verdade mitindo ao sueito defini o gozo dndo a maz dele O fanasma é tto a cena onde o sueito deve su em seu de seo é nesse sentido ue se pode cmálo de tecido ue vem d um pou co de seu ser ao sueito a ptr dessa colet de objeto efetuada sobre seu própo co uando d insérição na ordem simbólica ess objeto não pode reto ao sueito senão a pt de seu advento signifcante m não é cançado senão no fantasma A idenficação ao significante consói um sueito ue já não atende à ordem da necessidade e paa uem em consüncia o desjo surgido dessa ptura com o mundo do vivo opeda la entda no simblico a le crit its) s) - e resl le aa ma maa a diz Lacn (Posição do inconsciente Écr do de significnte a significante é um enigma O suje sujeito ito es est tu u
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rlmen - não o que ele dese deseja O fnm, fnm, ndicn como gor gor d wn sst o dejo e ult su nesciênc orgnái, vn a sueito seme do Ouo.
Fantasma e dese desejo jo Num texo dos Escritos "Knt com Sde Lcn d t su mplitude à relç do fnsm o sujeito Efetundo demonsção que sicnálise é um éic o desejo lém do rincio de zer, nto em su emer gênci rdclmene óskntin com condição de ler Knt com Sde isto é com ilinção que Sde à étc kntn, ele dois es uems destindos exlicr o fntsm sdino com existê mesm de Sde ondo s dus lógics. Ele retom nesse exto (ág. 774 dos Écrits) fórmul do fnsm (80) onde unço se lê desejo de e mos ue el é ticlente fácil de nimr n cso resene El a ricul efevmente o rzer o qul foi substituíd substituído o um insmento insmento obj obje eo o ) d d fó fó ul - à escie de divio susend do sujeito ordend l exriênc. D novo se encon í roriedde de recionmeno de elementos heteogêneos do fsm o mesmo temo que necessidde en tender s função como lógic de rr do sujeio Lcn en ex rticulrmente em que consiste conseqünci do reclcmeno originá rio b sobre o sujeito e or conseguinte divio do sujeito num escolh forçd d lieção O sujeito sicáise ou sujeio do inconsiente é um sujeito divi dido ene um sujeito tológico - a cn retom o temo kino sujeio gdo à busc do rzer guido or ns que lhe serim nt rlmene deudos e um sujeito brrdo o qul não coesonde bem lgum e de que o rzer não é dice de nenhum bem deermido como esá lo lém do rncio de rzer. "A lnh sinuo nscreve cde que rmite o cálclo do sujeito (Écrits, 775).
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a fórmula d fantasma?
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Nos extos de Sade, toudoes empgam os os meios paa obte d vm es divi d um suio em siç de pi eole mesmo esan esando do viciada viciada es ess s ecoa ecoa - en ene e a q q a vida, is iso o é, tdo o que mpe eseve na dição idental sio à idéia do Bem, e o que está além, esse no limite do desejo: "O que cama desejo basta paa faze com que a vida não tena ni em puz um covade O oado do fantasma diano é anto jusmente esse V a se enendido como vontade pua de divio do sujeio Es lógica do fantas ma é uma conção que mite acomarse com a divião do sujeio, no ablumente necesáio à odução do dejo, mas aibuindoa, lo viés dessa vontade, totlmente à vtima O otudo no lug de a , iso é, é , de d e objeto, objeto, ca inta intado do po po es divisão ao a o se emnh emnh em e m poduzi poduzi l a em um outro que lhe vai va i devolvêa devolvêa O fansma aticula ponto um objeo em sição de intumento e um sujeio desejante no mais vivo de ua divis: o que se aplica inteia mente a enunciado "batem numa ciança, a ciança sendo aquele que, como a vítima diana, toase o tado da divio do sujeito, o qul some como l, e "batem apesentando a o objeto caudo caudo dessa divio, objeo caua do deejo, escapndo, inerte, à dialética signicante É nio que to fantasma pode ser ser dito dito qua quanto nto à sua estrut estrutura ura perverso, perverso, o neuró tico ocilando de um pólo ao ouo Podese medi aqui a opercionlidade da dieença evidenciada po Lacan, enre o objeto que caua o desejo e o objetos deejados, até dee jáveis. O objeto em queão no antma não é o objeo lo qual meu coação upira, ma o objeto que está na bae da pópria capacidde de deej do ueito do inconsciente Enqunto o objetos do desejo se esifcam, es e, sua pasicidade e constituem constituem uma lita li ta eelit eelit pesa ns ma m a lh da odem simlica (nee entido, ão igniicne) os objetos cau do desejo ão em númeo inito e deles se de levantr a lit exautiva Pedidos quando da incrção signiicante do sujeito, eles coniuem a chave de acesso de um ueito a seu desejo O desejo se elucida pelo que o causa e não pelo que o preende saiazer. Efeuando em seu egundo equema um quarto de vo Lacn motra o delameno da lógica do fansma à vida de Sade: "Pra Sade, o 8, vê se ainal que como sueio é na ua deapição que ele ina, s coi tendo chegado ao seu temo Em sua vid, Sade suportou com contância a divião obe i memo que num século indulgente à eavagâncias do fidalgos conegue, sob o suceivo ees poltco, obte de cad um, atravé d peiden de Moneuil, eu encrceamento, ua desparição do mundo, até ua iena ção adminiativa: pra ee é opaca a cau de seu deseo enquanto no eu ma o tortuado em a decide obe ela
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Se a esut esut d seu fansma fansma é v ve e,, a lógic l ógicaa de sua vida o mosa classicament netico n elação qe enem m um dsj qe ele s manm p não tisfaz tisfaz-lo, -lo, m e d oa slção sl ção o a a sua oba oba E nsso obseva aan ele n é lodo s fanma.
O nsa não m oura aliade senão a de diuso Sade naa espera de u pode que o convesse e ao; o ue Feud já salienava a posio po sio de "ua "u a cinça esá sen sendo do baa ba a:: ver bae bae nua nu a cinça cinça baer nua crinça poduze as ssoas co esse nasa eeios o ene conários ao que espea o sujeio de seu ansa iso é, pzer A unção do nsa no se alane enuano ado é aze desa parece a diviso do sujeio e do objeo e copova a recus de se epre senr coo boneco anoado lo signiicane peendendo doinr seu desejo Mas o aeo de vegonha que uis vezes acopanha a enunciação peo lisando de seu a res já o cordaos do ao de esr esse anasa e desacodo co os vaores do sujeio No enno isso é a pova po va de ue o gozo go zo r ele oi oido do do a não n ão é o seu e si lhe ve do Ouo dine de seu paer desveado de seus ideais ue o z senr se nohuano e ue expica a reicência e ailhe a órula o su jeio prra desapaer "no no é ee ue ae nua cança ne a criaa ue é a cri a ou eno eno ee e ser os dois O a é "ua cadei acia (Écrits p 826) ue az pssa a uno iagáa da casaço de de seus ros ao ouo incuindoa o no ojeo a, e eno é o ojeo do desejo coo ojeo ausene e pe cioso ue o ve iaginzr coo deszandoa so o g e avorecendo eno a iaginizço lo "eu oe No ana a csaço ve pois regr o desejo as é a csaço agira Lacan eüeneene ligou o da áse ao ue ee chou "a a vessia do anasa anasa ue não deve se enenia coo c oo su sução ção do anas anas a o isdo no f do aeno no esá se ansa O fant fantasm asmaa
é aravessado quando o sujeito sabe alguma coisa de s aricuação ao
a fórmula d fa ntasm ntasma a?
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desejo Outro qu o fantasma fantasma nmental mcarava s é, quando ele não de mas ignor o que sigifica "não ser ouo senão o desejo do Ou . Ca eno a iluo d automa que o fansa lhe proiava: Ou ivaç a maginário da castração este ulava a fala no Ouo cons ttuindo um objeto ideado e u eu ideal A análise conduz o sujeio a esse n de proxiidade co su fan sa fundamental onde se revela a nature o desejo do Outro como sua incopletude Em "Subvero do sujeito e dialétca do desejo Escritos) Lacan estalece o funcionameno da análise coo sugiento pra o su jeio e análise de u "he vuoi? que pela naturea de eniga do desejo do aaisa o condu a enfrentar o que é o objeto e causa no seu desejo
Da pulsão ao fantasma: o lugar do real O fantaa não é u conceito funenta da psicanálise e no enato o ensio de Lacan à edida que avaçava lhe acentuava a irci té faer do acesso ao fntaa funen e su da travessia a alternativa lacaniana a ua teora da terinação d aálise e tero de retrada de sinoas ou eso de adpação, à aeia s-eudina Pono até ao qu Lacan conduz a resolução da poria feudiaa enunciada e Análise termina e anáse interminável, pono ligado a essa inovação que se chaaá "o Passe inovção que levá Lacn no f de sua vid a re e jogo paa a pojeção da psicaáise até a instituição que ele eso criara anos ates Quão séio é o que s dispua apce nos faos as é abé de monstrável: a partir do oento (Seiário de 191967 nttulado A lógica do fantasma) em que o fanasa esá e "função de axioa a ie ção do aaento eige u constução sse de f não e se resu e bhar unicaente sobe s forçs do inconciente viso que a posição do sujeito e relção ao que cu seu desejo não é oific plo trabaho sbre idenficações siificates As leis de dedução vriáveis reetendo à estrutura do consciente v le le para a redução dos sinos Mas o fantasma não está submeti a essas leis da interpretação. Não é inpeável poré pivô da ite ão, não sobe a vetene diaétic eundo sobre a repetição sini peção, peç cate, as enquanto ea é possibil po aor de ansfeência sobre sua vertente de eni portato reavivando a falta no Ouro O fans foece de fato ao nais a chave "do lur que ele upa para o sujeio É o eso que é desindo pelo ecdo óico e é o luar do rea (Or niar?, nº 29, p . 10)
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O matea do fanma é reenconrado is como um dos dos ele menos que esuuam o aamento analco, l como Lan o formali no diuso altico. Quao mais ele avança n via do maea a e ver seu maea dos Qto scsos, no mais o fanasma se vericou up uma sição fudame fudamental ntal na esutu da relação relação aalica aalica Um ouo argumeno rém rmie colar em evidência em que o fama se liga, na rsctva de Lacan no fundamento da psicanlise o que nos enja a mesmo tem eluciar a nature do bjeto a no ma temaa (Sa tem (S a). Es objeto com efeio já o denmos como objeo caus do desejo Lacan diversas vezes anou que es er a sua verdadera invenção em psicanli em referênc a Freud O aceno colado sobre o objeo a es cande toda a última parte de seu ensino crente is com a mncia cad vez maior aibuda ao fanasma no m da análise Ms ese objeo que o fama apresen o que é? Ou antes de onde vem? A pncpio imagináro, como Lacan aba p didir de seu caer real? Evamos Os quatro conceitos fndamentais da psicanálise. Um de les é a pulo Pois esse é um conceito que nes no de nosso desenvol vimento, pode nos ineress r mais de um moivo Para comear o ma ema que Lacn lhe d: 80 80D) D) - D valen valendo do a a Dem Deman anda da nã não o dexa dexa de ter nto em comum com o do fansma a) Como um e arcua ao ouo? Por outra par a puão é uma "monage "monagem m a qua s pode izer que em um produ: a pusão pruz objeo A caa pulsão coresnde um objeo resultado do rcoe que ela o no organismo O sujeio "isso fala dele iss se de a ele; e r isso diz Lacan isso o consui ns crevendoo no regiso simbólco Es invão esa Demand do Ouo "quando o sujeo a se desvnece converee na puo (Écrits p 817) empre prci em conseqüênca recod pelo sgnficane sobre o orâ nico Como Deman incodiciona do Ouo a pulsão pruz esss obje os a r pea e efeo de rd objes como s nãolzáves eles pdem er lis ms não udo São esses objetos que o fnsma na ligar ao sujeo objeos que de vem ser dsnguidos o do que a adi psicnalíca deiou na "relação de objeos objeo a real não é um objeo da neessidade nem um objeto do desejo como meonmco Não esuarizáve ele pde cau sar o desejo pr coner o vzo que a casaão oriina la aenaão si nicane O fansma s em são de dspr um suje vaabundo com mais rmeza na cadeia sgnifcane "Eles presenicam no próprio campo do peebdo a pe supimda pr ess dvsão do sujeio so é, pela opeão que ao brrálo o fz desejne como propene bdi nl Oicar? n° 28, p 13).
a fórmula do fantasm antasma a
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A ajetória d Lan sob sob o fantasa é exeplar do oviento que aniou seu ensino, leandoo na via do atea. Assi, do it feudiano do Édi oganizado do fantasa funda ental a pr d ralcaento orginário, ele ps a ua lógica do fan ta cujo esfoo é articula a casção sgnifcnte co o obje cau do desejo: necessário ao sujeito para se, algrado a falta e que o constitui consti tui ele lhe toa ssível ssível u gozo go zo para sepre parci parcial al e assexual, ass exual, no sentido em que ele se obté a partir de objetos que não se reparte segund seg undo o a linha divisória hoe- ho e-ulh ulher er
transferência é amor que se dige ao saber
A
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Deslamentos
A pátic psicnític esut de u esanho encono, o do psicnlist e seu psiclisndo Bsta esses dos p denir exiênci eso poque o psicnis não ei se excui d d coundde coundde - do gup gupo o que o cohe, co he, e o anaindo, p vi es encono, c cee ceez z sbe pe o enos, peviente, que t encontro é ssíve e que he é ofeecdo. O psicanist é o ug des ofe: u taento E pincpo, está ognizdo p isso. Está constituído p o que se espe dele par o que he de Se o psicnindo de isso é que ouos anes dele, o pecede . É tbé que sofe. Que confia seu soento o pscnist Aps u sécuo de itns e de idés vugds sobe psicná ise, todos sbe dsso E ess difuo cultu é o peio eeento sobe o qu o psicnndo bsei su confinç, peio n pscnáse, depos no seu pscnis, o seu escohido. Esses dos nisso envovidos o ps cnst e o psicnisndo vão ém é m ogo que inicido o pedento fic igdos nu eção que só cedeá no oento d su sepção. Es eação é o que se chm ns feênci A tnsfeênci esá já no coeo des eção nsce d confinç outogd pelo nindo e do sofento que otv su pv A tans feênci é o que, já no início d consstênc do pesso to nteo, o alf e o ôeg do ttento o tereno coo o chmv Feud onde neuose pe se esolve. A nsfeênci é ess densão escífic expeiênc, palpável pa quees que decide segui esse cnho, onde o sujeito p e jogo os ipsses de su exsênc, par que le seja evedas sus ões. 92
a transfecia é amo
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pova do econhecimen cultul da psicanálise está a lcance a mão, como já vimos paa o ftma; esá na ngua: a nga que, desde Feud, se eiqueceu com palavs, mas sobretud com significaõs into duzid la psicálise. Tansferênca é paav m comum O dcionáio compov É um desloen imeiro, de soas, é seu uso mais ntigo; objetos, em guida; de senmens, enfm, qudo a psicologia fm do sulo XIX dela ade Enetnto, pode- astr que o uso mais comum, mais esplho, o contex con texto to ma bnmen bnmente te evdo pa esa esa palav palav sê sênci nci esulta esu lta a psise, e eetid etidolhe olhe a iuência iuênci a A nto que o pf pfan ano o o usuáio usuáio não hesitou em estend estender er es signif signifc c psicnlíc psicnlícaa do substntivo ao pópio vebo. Quem já ão ouviu a prosito de um migo que tenha empeendido uma psicanálise Faz t ucos meses que ele comou, e já nsfee adoidado"? Esse uo é busivo, ms talvez, tamm, sinal de um sucesso semâço bseemos desde logo que a nsfeência é evaa imeio sob os os de uma esnha paixão paixão Caa um dos t usos, acima etomados ao dcionáio covém toal mente ao psicanalista Tnsfeência de ssos, efetvamente, qundo se de c admdo do eo gul e ssduo do psicnando a ene vis que nem empe o momentos alees; tnsfeência de objeto na esie do pagamento da sessõs, que não é somente ebuão de um tblho mas o dom, a desistênci, a da ou até a pivaão do m pó pio ao sujeito; nsfeência de sentmentos, enm, qundo o aameno os pova a surpesa do paciente que, emra pevendo, não os es ava assim A tnsfeência é is ntes de tudo a veficão de que uma coi cega a um lug onde não apecia antes, e que po se assim desla" (antes" ea nament peciso que ela estvesse em algum lug", alhu es), ela toma uma signicaão e uma funão inédits sigicaão e fn ão que se imm ao sujeio poque ele descobe que o que ele encont ssm é o que ele puava A náse, la via de tnsfeência peite uma adequaão ente a gun do sujeito e sua esposa Po isso é que o empego inicil po Freud do temo tsfeência" não concee a nenhuma das ês ssibldades que vimos de conside eud defne no nício, a tnsfeênca como m deslmento de palavra. É a plav plava a enunciaa plo anlisan anlisando do sem ele b be e ou inoduzia inoduzia pelo anli qundo ele te tee eaa , , que consttui o pmeo pme o sentido feudno da tnsfeência, o que pevalece, o eemplo, em sua oba A interpetação ds sonhos Essa palava" é oto tsfea de um lug da fla a um ouo, de um coneo onde ela é esada a um ouo onde é inesada A
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Vêse anto nes prmera aproxmaço que a ansferênca comple dos ouos rmos da pscanál m conhecdos ess mm: a s lv e o nconente O suto uele que fala; sobretudo na denç de Lcan es lug des desgno gno re ree en nta tado do r e avr q ele pronunca Chamemos Chame mos sso enquan um lugar Is nada m de surp surpree reenndente Pe s o lugar que ele upa numa fama m ou mau lho mogênto cua o segundo o mas mmado ho ou fha rmo ou r. ; de r o lugar q ele upa no banco da eola m ou mau aum .; m no estudo ou rregular o do a cachar" o do melhorando" ; e r o lugar que ele obtm numa empresa ou o que consegue no cor da amada (ou do ama); no tava seno um lug que lhe va m ou mal m onde ele n jamas no reprsendo r palav sgnfcan sgnfcans s assm como Lc Lcan an nos conv convda da a dzêlo Habtmente na vda" esse lugar esável: o sujeto dentcado e dentfcável. É prme es dentfcação que a análse revela ao sujeo, que sente cons esses dfeents luges que sua hsra o fez upar Mas prsamene a lvre palavra assatva" da análse acae mo caçõs O sujeto logo verca que esses lugars o detenados, mas alm do que ele ba dele deless e amm que no o o esáves nem nsáves: que ele resnsável, nto por sua hsóra pasda como la que vrá em resumo, que su desej desejo o a s encona para semp, mplcado Um desejo no qual nem seme se ronhece r lhe escaparm suas razõs Um sgncane deslado la nsferênca é uma paavra que escpa ao sujeto Ms o que esá dto, esá dto, não e volar p ás, o sujeto que ronheç ronheçaa que ele ele o repsnta repsnta queia ou não quera. quera. Cada qul econheceá faclmente no mecsmo assm descrto o lapso como ato f lho lo qual o lho bom deveá se acer como eventualmente o mau, e rprament onde o mau aluno rconeceá não nveja do m, cos nal, mas antes o sforço que aplcou para não apende, a onde ele pensava ngenuamente t scolhdo peuç e fcldde A ansferênca do snfcante mplca o ue fclmente se deduz do que precede que o sujeo se dvde conso mesmo, que ele não é senho do que dz. Ess nodom nodomíno íno da da palvr palvr conse conseqünc qünc assação assação lvr lvree é conção da ansferênca: sto é, que o suje possa dze o que não , mas no obsante urda. No que a nsfenc é o que faz conexo do sujeo ue fla com o nconscent que sae
a trans ansf feca é amo amor r
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Um sabr possível A hite do inconiente é nessária pa expicar a nsenci Pe até de que é num mesmo movimento q Freud, r uma parte veri cou em seus pcientes os surgimentos de lembranç e de palvras "s adas a que denominou susnsão de rcamen e r oua prte hitese do inconsciente se im. O inconsciente e neste ne ste nto r defido como c omo o luga lugarr onde são sã o gurdds em reserva s dermiçõs sueito e a nserência como o movimento o ress lo qual tais determinaçõs são revelads vr O inconsciente é is o ugr de um r Um sar que design o conjunto co njunto ds detinçõs detinçõs q regem regem a vida de um su sujeito jeito - um rr rém qe esc o sjeito Aroveimos amigüidde mântic do último ver pa mehor deimitr esse gr e enão diss sus relçõs com o sueito. É m sr que esc ao sueito no sentido de q ele o ignor É eidentemente m ignorânci mígu is incide sob tudo o que constiti o tido o próprio ser do sujei: o que ee esqueceu de sua histó r, dos contecimentos or ee vividos dos nmentos e dos ntimen tos que o constitm e que in o constuem É uma ignorância ativ m reeição: o qe ee preere não sr. Há uma escolh no reccmento um escolh recismente recismente discud la nálise e remn remnej ej l tnse tn serênci rênci Desde logo s e e essentir essentir que es últim - cso o seio se io de r ren en o ívio de seus soime soimenos nos imic igumente igumente m sr que não vem vem sem desr desrzer zer.. Ninguém melhor que o anais não r se nisndo s que verdd verddee pe não não ser ácil ácil de su surt rtr r Ms não é só la nserênci que o r do inconsciente de se mnies mni esr r Há na vi vi qotidin formações do inconsciente: lsos tos hos sonhos e tmm sintoms Esss ormçõs o signiicntes is no o eis iretmente de ingugem Els dizem gum coi Ad mitem m signiicção� n q o sjeio hesi em se reconher Por esses sonhos esss vrs esss tos esses comrtmenos o inconsciente se z rorr à o emrnç do sjeito quem esc o retendido domínio sore s própri eistênci Com isso e se ro duzi um sormento ms mm m curiosidde um quesionmeno qe ser é esse que me esc e qe enento me determin? Pr hver demn de nise são necessrios os dois: o sorimento e o questionmento A demn de náise demn de ju de ívio ms so sor ret etd do o m m demn demn um rgn rgn dr drigi igi o ni nist st em nção dsse ser sos o inconsciente Ningm interrog no vzio Qndo os sáios inteogm os stros é r srem qe ses movimentos so reidos or eis sm s
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dess bjetos um sr ganado e lei e caculável É a susiç cxnsiva ao r que fa deobri O indo não ineroga esel, m de qualquer mo dirige a um lug, o do Ouo, ode em de admiti que sua existência de ci Pois o lap não é o - como o o o ao ao fah faho o ou o nho r mais absos que pam: es manifçs inquiem o sujeio r rem "dee, mesmo qando ee ru se ronhecer a. São dele, e em a mengem sobre sua tima verde O ncio ansferência reside no conhimento lo sujeio des esho r. O que o sujei não sob sobre re si mesmo - desde q exis Ou Um Ou que, ta t r - é priso eduzir que quem sa é o Ou do ugr do inconsciene, e resnder a quem o eroga Vêse que a sferênca é o que oferece a alisa o ugar de onde ee de ouvir uee que nele cona, e de onde ele e respo responderhe nderhe isto é, interprea Esse lugr j designado o analisando, r pouco que o mia, esse es se ugar ugar a aia ia sbr sbree wn r mente sus suso, o, visto vist o que que no início ninguém o de ennciar Cl, o aalista não é adivinho nem telepa, n como seu pciene ele n o inconsciente Pe somente dizêo, isto é, difrr, decodi c o que as ssiõs do psicanalido (o maeri) contêm como mengens Por isso é conveniene que ele não seja surdo E isso no sigi ca somene que seus ouvidos estejm em m esdo Que ee entna o que he h e é dito mais eamente, eamente, que ee ee entena onha nenhu brre brrera ra a além d que he é dto nessa que ele não onha seu entenmeno econceitos, revençõs, opiniõs divess ou jug aressa ressaos, os, evient evientemente, emente, não ca cam m aqu aquii Deve mesmo ser menos a bnos o anist Igumene, ee deve mnterse fso a esfera dos nmentos e dos esdos de ma Pe o ciente ser gudo r seus soimenos e iõs, sso não é rão pra o psicnsta prihos nem rejeitáos Sua função não é de compio, nem mesmo de simaa nem compreeno; su funço con siste em mcr o que nsferncia ruz fora do inconscene ra a rever o esjo ssim veicuao ea pavr. O sa, como Lcn subinha, o em como gua su subjetii dde, bs a o cene Digamos, pra reisr, que o ns esa ms do ao objevie Ogi coo um quin de rou sgnctes inconsc entes, trnsfenc oe o conceberse e moo muto simpes Não h miso Só cocçs E o amr?
Eser que o ser nconscente es no princío nsferênca use ene os es eos e Freu Eneo é re
a tr tran ansf sfeêci é mor
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cso admti que es denç n é a ado adoad adaa lo uso comum o do "an públco. O uso comum es al regso lo dconáo conceente à pscalise desgna a sfencia coo nmen. Já n é mas um deslamen, é um ansrte, um anse amooso. A t nto que a nsferênca ssou a r equvaene d ópo nimeno. A ansfe rênca é amor sso merece denvovme denvovmento nto meiro, atase atase de dstingur essa veente da ansfe ansferrênca a ver ten psonal r osção à vertene dgda p o r inconscene do conjunto conjunto dos afetos afetos que surgem no atameno atameno Em seguda, cud cu d remos de precsar o que h com o analista Enm, remos cons consde derar rar a re ação que lga es duas vertenes da ansferênca. Que o ans prova no anando emõs e sentmentos, é fato já m conhdo Tos os sentmenos s ssíves na s maor vae dade e com ntensde exemamente utuan. Caro esá que sso de corre da evação nduzda la assação le de stuaçõs presentes ou asds. O etor de oust sa que a emão que acomanha um acon tmento surge com a evação da lembrança desse acontmento e de aé se xar em lemanças, r s mesmas anódnas, mas assadas, ou uando ua ndo espaç espaço o na lembrança lembrança do acont acontecmento ecmento cenal cenal chamado u mátco r Freud. Essas emõs não o senão os lados mas ou menos sgnfcatvos d alavra assava Não rtencem como tas à transferênca mas à re tção que é uma cracterstca da conduta do neurótco e lvez do ser hu mano em ge gerl rl O amor de ansferênca é oura cosa Esá gado à presença do ana sta e à função que ele upa no ratameno Prmero, Pr mero, e suceder que o amor dê dê lugar lug ar ao ao ódo - flase enão enã o de nsferênca negatva nento, ela em nada é negatva, ans mas d c de manobr o aalsta, e sem dúvda menos agradáve p ee D nto de vsa da sferênca, amor e o são equvalentes, são paxõs, xõs prod produzda uzdass aa ansf ansfer erênc. ênc. O anasdo ma seu asta r cau do que ele lhe confou quando dcdu comçr sua nás Obvamene, sso já esá mpcado a minima lo fato dee he fazer onnça É amm nduzdo lo conjunto das confdêncas fetas ao nalsta, qundo é levado a e dzer tudo sobre ee Isso é fác de con er por não esar mtad mtado o s à stuação antca O ensnante, o ade, o sábo, o paa, o amgo sucentemente dsponve são do mesmo mo do, em al a l ou qu são, ob objet jeto o de trns trnsfe ferên rênc caa de snmenos s ferencas ndo da afeção afeção amstosa ao amor aaxonado aaxonado O amante, ra se car no mas mdato, é uem recohe não somente o desejo do e m ada sus codcas seus dos como seus ores seus o
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tos como suas averss, suas recordaçs como seus ojetos. Não es a, contudo, o faor esimuane da ansfenca anaíca, em em pe seja seu cam. Quando o analisando analis ando coma com a sa anáse, o que ee con con w ao anaisa é, anes de udo e princpamente, o que ele não sa de s Senão, se ee o soubesse, que haveria a aender no atamento? O que ee não , como já vmos, é o que ele õ a seu nconscente e que "nsfee, com es susção, a seu anaisa Por ouas palavs ao começ o aameno o analndo con a seu analis como um de deso so em enveo fecha fechao o o que ele tem d mas querido e mas proso. Chamemos io: o n do de sua exsnca, a sgncação de seu ser, o segredo e a verdade d seu dese desejo, ou anda a enda do que consu o seu gozo É prso, efe vamente, a parada nesse jogo: v, senão a anáse se convere em ance fú, pra sals mundanos. Eis de que é nestdo o anals e que qu e encargo encargo he fo arbuído Mas vale que ee estej convenentemene preparado, sto é que ee tenhaa pass passado ado r es es exriênc exriênca a o necessáro necessáro mas ainda mesmo tenh que faça bom uso de seus nsumenos, sto é dos conceos, com os qus abalha. É a condção ra que o necessáo que sucene Com efeto, o que o anando he confiou, ao d a partida, obva mene o anasta dsso não sa nada O que ele sa, do r nconsc ente, só sa à medda que o sujeto o dz O anas só e saber o que o analsando dz sm entendê-lo rque prefee contnur a gnorálo rccá Paadoxmente, essa gnorânca do anasta he é até útl Permte qe ee não se dexe engoda sobre o mor que he é dedcado; rmtehe mantes afastdo dos senmentos dos quas é objeto Ee que causa esses sententos lo luga que ocupa, e não or suas qualdades Isso explca que ele surte tas sentmentos sem car demasado afetdo, e sem sntse obgado à rcprdade O anasa é somnt obrgado a responder É obgado a resnde ao o, o , em em termos termos de sabe saber r Ele reso resond nd n nte ter rre ret t par paraa faze faze dsse sab uma erdade que mude o sujeto Assm a osção do analsta e msm sua écnca, se já não so sples nem fács não dexa de ser dternadas mecansmos aconads pa stação naítca, e que se desdobam na tansferênca A únca csa que e de ear é enaa esses mcasmos, rao a qua Lacan de dca que só há resstênca or oba do anas ntteos eosção ção d sua subjt subjtd dde de dg dgmos mos ses Resst sul d n esds es ds d ama nt ntee o sujto que aa e o rto dssa paaa paaa a pt pt d ug ug onde ee ee a ena que s cham, deos de Lacan, o ug do Ouo
a tran transf sfeêca eêca é amor
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Sempre é a Ouo que a ssoa drge quando fala, mesmo qudo fala sozinha Quando faa sozinho evidentemente há uca probabi lidade lida de de de obter obter ressta a uci ucinçã nçãoo amm não nã o é ressa ressa Mas r ma espanso q preça quan e fala do mesmo mo a ous sui t é exceional esses ouos sueitos resnderem. A comunicação "in tersubjeva tersub jeva é n vida quotdiana um ogro Pode- evidenemente nsmitr infmaçõs como tmm se de êas em livro ou ouvilas no rádo Porém infomõs só têm vor infoivo na condição do apagameno do suio que as profere Qudo a inenção desse dogo faso não é infonr nem educ se ago pa d paavra do Outro h bituamene s den den Quem as ouve ou ve não de de deixr de de oder ou apr os ouvidos isto é deodecer Há uma única situação em que esse diáogo est no imite do sucesso: o m É mesmo o que mie definio: uma compreeno mútua e rí pra É exceion como comprovam os as em todos os tems o amor é ã o quanto é infeiz Isso expica nd ue o amor ssa guma vez reforçar os dicursos dos que educam e dos que ordenam A situaão analítica é distina desses dois aos siis chamados por Lcan resciv�ente dicurso d Univesidde e dicso do Mese O amor tamm es reente a, e peite a quem faa obter ress a suas rguns rém numa condção que o anals não e ncua aí como o ouo sujeto
É fci is simpiic as habituis eucubraçõs de ceos nisas
obre o que denominm "conaransferênca. Não há nenhuma sime ou rprdde na análse como ambém o anaindo não es submisso deendene d ssoa de seu analsa anisndo dende ãosomente de sua demanda de análse e do prêmo que ele vsa aí colado r ele como ambém está submetido só ao desejo que a o conduzu A ess esses es m mper pera avos vos e ão-so ão-some mente nte a eles eles o anal analst st es esáá gu gual al mene submetdo. Por sso é que s su sub betividde etividde deve ser d radcalmen te exclua. aals não é neuo como se cega a reeir de maera en gaadora, o ana ana st st es esáá compro compromed medoo no n o aamento do ado do suj sujeto eto e à vezes cona a vontde e o confoto do própro sueto, a quem acontee em certos casos prefer abandonar sua paraa antes de temnado o jogo Com efeto vmos que a ransferênca reusa sobre o deslamento o depósto do lado do anals de um sar suposo. Esse ber o sujeto nad sabe dele sa somente que le deve seu sofrmeno. E ele recorre ao anals quando espera que ao tomar conemento das razõs de seu sofmento este será supmdo. Porém, sar essas razõs não as supme obgatoramene. Pelo contáro: o sueto, agora já as conecendo deve dora do rava vante nte,, agr com com elas elas Su Suce cede de e sso é fá fác cll de admt admtr r que as ra ra zõs de um somento m saber, dem ser ão dolorosas quanto o snto ma qe odum qado ermanecam nconscentes recalcadas. Anal
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de conts, o reclcmento, e Freud já o escreve no princípio, é um mei de conforto. Qundo um sujeito demnd um nálise é por ter sido destruído o conforto entretido pelo reclcmento. Somente, o confir o nlis cus de seu desconforto eslecese um novo equilíbrio, que pruz um lívio usório. Esse equilírio de precer o sujeito que exij mnuten ção çã o de su ignorânci ignorânci nt nto o mis suporável que desde então, pr ele, é o Outro quem s: o que ele sbe, e que lhe confei, pois fique com ele. Clro, o nlisndo bem s que o desito confido o list con tu ser ser seu mis preci precioso oso bem o âmgo de seu ser e por isso é que, hbitulmente, não pretende romper relção. Ess relção, então, ele mtém. Ms seu impulsor não é mis convocção de um sber, su li gção o nlist se reduz gor o mor. O lisndo m seu nlist pr que ele se cle sobre o que lhe confiou. Sendo ssim, nsferênci se present sob dus vertenes, confli ttes. De um prte, susten o pelo do sujeito o sber incnsciente, e, de outr prte, sob o disfrce do mor, mntém o sujeito seprdo desse sber N primeir vertente, el mrc bertur do inconsciente, e, n se gund vertente, seu fechmento. Ess lteânci, esse btimento tempor, mrc com sus escnsões o desenvolvimento do mento. No entnto, o momento de fechmento não é prd do processo. O mor de nsferênci é um mteril, o mesmo título que ssocição post em ção, no discurso disc urso específco específco do tment tmento o livre como el, é post nlítico, do inconsciente A diferenç reside tãosomente ns resposs que anto esse mor, como ess ssocição, reclmm do nlist.
manobra da ransf ransferência erência (o exercício da transferência)
A
O sujeito dendo n psicnáise é levdo produzir, r su própr pvr, o sber inconsciente. Isso, evidentemente, porque su plvr nd tem de livre O inconsciente signific que o ser ser fln flnte te não não é livre nem com resito seus tos nem com respeito sus plvrs. É somente livre pr escolher concordr com eles. A neurose, o reclcmento, o sintom não sendo senão mnifestção d escolh invers: o sujeito de su própri verdde e de sus conseqüêncis. A situção nlític centu o exemo ess coção, que é divisão do sujeit suj eito o en enee o que ele c ceit eit nsr e dizer, e o que n ns s e dz . . . sem o sber. O lisndo lisndo é levdo verificr que não sbe o que diz verficr que s plvrs que pronunci são s de um outro. Pvrs ouvids n
a transf transfeência é amor
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infância, r exemplo, e que desde então pesam em suas condutas. Pesm tanto mais em suas condutas que ele esqueceu que elas provêm de um ouo desco corta rta do inconsciente - ar arur uraa - exige do anas anasta ta a a Es des n uma direta presença Es simples presença bsta habialmente habialmente para que o anaindo rceb rcebaa em suas próprias próprias palavras - eventualmente reto in erp rpre reta taçã ção o do sar sar incons madas ou subinhadas lo analista a ine · cien ciente te.. Quando cessa �ssa aberura do inconsciente, quando essa palavra in tativa interrom e se eleva a voz do amor ou em vez dela se terptativa terp estende o silêncio, a discrição 'não tem mais razão de ser. Aliás, não há necessidade do analisa se manifestar para que sua pre sença se acentue O amor é suficiente para lhe conferir um so maciço uma presença diremos nós, se precedente para o sujeito Clro, o sujeio p a encontrr alguns vesgios de seus amores infans, e o anais de tentar então, p su palavras, deslocar sus tisfaçõs, ou des marcarse disso. O caminho a percorrer peanece ainda a provação do go zo contido nesse amor, à qual se aga - fi fixaç xaçãão", dizia Freu Freud d - o su jeito Um desprendimen precisa se operar no sentido quase cirúrgico que reud não hesitava em uilizar freqüentemente em seus arigos sobre a éc nica psicanalíica, ao teno do qual o analisa será resduo do processo da tnsferência
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Uma terapêutica como não há outra
Associação livre e interpretação
Freud inventou, viu-se agoa, uma prática bem própria para aapahar o papagaio de Queneau. Ficase embaado ao sopro das paavras, e no en tanto esse "bláblá "bl áblábá bá fa menir o seu "bates papo, bates papo, papo, é só o que sabes faer, ao ponto de desfaer, ee, os sintomas, esses que motivaram a demandaa de uma psicanáise demand psicaná ise É a surpresa primeira, sempre nova Numa psicanálise, falase somente, e, no entanto, o copo ou o pensa mento ficam muddos com isso, ao menos em parte Portanto é necessário que seja o sintoma homogêneo ao que o reduz Jacques Lacan patiu daí: daí: "a inserção inse rção na expeiência d paavra dessa prática eudiana que ee fe sua A psicanálise evidentemente não é a primeira d história, nem a única, a não oper operar ar senão senão peo verbo verbo o reto retor,r, o comendor, comendor, o pasto pastor,r, o con fessor, fe ssor, o xamã, em determinado determinado caso caso o pubic pubiciário, iário, o compro comprovam vam mas o uso que ea e a fa fa do verbo, ese es e é único, sem precedente É sobre um articio de paavra paavra que ela conta, co nta, na "situação combinada, por p or ea insur insurada ada ente ente esses dois prceiros Àquee que se meteu na empreida, o psicanaisando, ela impõe a d associação ivre; ao psicanasta, deixa o encargo da interpreação Esse pa associação ivreinterpretação fixa o eixo da psicanáise, colocado pois no singuar Fa entender o que opera nesse dissitivo A pergun do neó fito curioso "Uma psicanáise, o que é?" junase à dos próprios psicana istas, sempre preocupados em dearcar os limites de sua prática e em apreender a essência de sua operação operação Curosa regra é a da assiação ivre, que ordena proferr os pnsa mentos seguindoos no fio de sua seqüência efeva sem omissão Fz mui to tempo que as buras da imainação inventram a muina de e 1 02
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nsamentos, os do outro Sob inução de Freud, o anaisando se põ o trabalho trab alho forçado de dizê-os, os pesameos, os seus. Sem escoha e sem descanso Lacan ieprea, em 1973, "dizer aseiras A toma como se repara nos despropósios inoporunos: "Não preste ateção, ão asneias Jusa mete o psicanaista pres aeção à aseiras enunciada por aquee que concorda conco rda em ir aém aém de quaquer quaque r cos coside ideraç ração ão de crência ógica, ógic a, acace a cace écnico ou conveniência mudaa de seus dios Aquee que se apica em neutalar a censura dos "isso ão se z, e em dscuidar dos idais da paavra paa vra poiciada Com isso, i sso, o que pode pode ee promeer-se? É ess essaa use use a rgunta D quaquer modo, isso não é iber i beraçã ação o alguma, pois os dios ibrados pea regra ão se reveam meos coraeios Dizer ão imra o qu o sentdo do verdadeiramete aeatório, é o que se reva imssve Nada menos ivre do que essa associação com iberdade imposa O anaisado ta a prova disso, preso como ee ica ere o que he reprime o dizr (pudor, vergonha, temores de tanserêcia, ec) e a obscura ircia que o recondu sempre sempre nas mesmas trihas para cravá-o o crcuo de suas rep içs, sacudido ene dizer demais e ão dizer o suiciete Pois sa coo for, fo r, dirá mas do que quer, mais do d o que sabe para para seu se u espo espo ou sua co usão, pode vaa, mas, em odos os casos, a inaige paara úima sempre fugirá à sua vigiância Nesse ogo do ane que passa de mão em mão, ee sorerá ee o Carís Carí s da compusão de dizer o que he he az emer só de psar ps ar em dizr e o Cia da mssibiida mssibiidade de de de dizer de dizer dizer ale alet tee o busis bus is reveando e escondendo ao mesmo empo isto ser imssve, co a asocia aso ciação ção ivre, não dizer a verd verdad adee á que egao e mera m m evam ve verd rdad adee msse ambé ambém m dizer dize r udo Ta é o camiho esio da reve reveação ação anaítc anaítcaa que ão se s e erea seão ao "equoco do su su o o Essa Es sa é de ao ao a descober descobera a de Fred od odas as essas as as rras r ua revea rev eação ção que muda tudo t udo Que cisa é essa eão acossada peo ado da paavra Dese Dese o incon inconscie sciee e diz Fred Fred Desencoa Desencoado, do, emieeme emi eeme o sohos, ee esá nos diz ee o ia da Interpretação dos sonhos, spre á, sempre idêico, indesrue seo, osciado ee voo e voade obscura intencioaida inte ncioaidade de iad peos peos euciados eu ciados do sujeio s ujeio dio de obscura Essa presença, mais eu mesmo do ue eu mesmo e para mim msmo descohecida que fa miha ua ocr paaras e meus aos sar do camiho cero cero,, que caiva miha codua a ia de repeição, que habi meus devaneios e precipia meu desio o que é É a pergu esma do aaisando Aém dos sinomas dos quais quer se curar, ee procua o i quiene estranho, esse ouro "exio que é ee mesmo Que sou u É uma demanda de saber; isso o que aca ez do sueito suposo sabr o pivô da transerêc transerêcia ia
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A resposa à rguna est subodinada a esta outra: como zer? Ora, essa opacidade não é apoximada senão pelas vias da palava analítica poranto não sem interpreta interpretação ção - e esta implica mais oa coisa as leis da lingagem lingag em sem a qal qal pode pode até haver exp expres ressão são - o mndo animal animal disso alavra vra p popria priament mentee falando. Essas leis lei s isolada isoladass regrgita mas não ala pelo lingüisa regem o destno da verdade is essa verdade qe o ana lisando deixa vazar com intemitências e qe o intérprete lhe restiti não é indizível nem anrquica Pode v à lz bastando ma intepretação mí nima para faêla "apaeser se obeecer às regras da decifração freu diana Com efeito não há revelação do sujeito sem o Oro O maiúsculo o Oo endereo e testemunha cuja dimensão d Lacan é exigida assim qe a palavra se e como verdade A palavra nos prop o paadoxo de ma comnicação na qua o sujeito "rece do Oo sa mensagem de ma foma invertda Esse mistéo decorre da ambigüidade que as pati clardadess do signiicante clardade signiicante - sa polivalênci valênciaa semân semântca tca e ses ses mos de prodçã prod ção o do signi signicado cado - imp impõem õem a todo todo ennciado ainda ain da qe fosse fosse ele el e redzido ao núcleo só da designação Pois se e digo e não é a mesma coi sa que apona com o dedo seja apenas "isso est simples ndice não deixará de oscilar ene o depreciativo o excamatvo e o ereca do "isso o qê? do "isso agora ou do "era isso enão!; e se quero dizer oportuno, pr exemplo dependerá de qem me inteomper qe ele oça o "opor ou "o porto e tenha a surpresa de m sentdo inespeado Essas Es sas supresa supresass de língua há inúmeras e bem mais elab el abor orad adas as disnsam em sa objetividade to consentimento do loctor O sujeito inconsciente esá aí sendo partejado mas tas srpresas só valem se recolhidas raicadas lo Ouo Dele com efeito dependerá que o bana na mesa de jan "passeme o sa seja tomado ates como a ireverência do imperatvo e sua acolhida deidirá da mensagem qe se ime com sendo do sjeito como também é o caso do tadilho e do dito espiritu so que somente o riso do ouvin sanciona A ética do bem dizer
Dessa esutura acan constuiu como sabemos m gafo ois vectores orindos nele se cruzam o primero vai do sjeio ao Outo como cadeia signiic sign iicant antee da deção enquanto o segundo orentado em em sentdo inverso voltaa do Outo e inscreve o "poder todo do ovinte no fehamento afi volt vlado rtoati vlado rtoativo vo da mensagem que de de escreverse daí em dante S( S(A} A} ler S de A maiúsclo sgniicado do Ouo1 I
Ver nota à
págia
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relação relaçã o analíica se s e inscre inscreve ve nessa ness a esuura esuura mas ma s o analisa enquano enquano inerprea leva à "segunda poência diz Lac, "o poder discricionáro do ouvine ao passo que a assiação livre à sua mercê a sobredetersujeio Ele E le opera opera o analisa efeiv efeivamene amene do lugar lugar do minação do sujeio Ouo, "esre da verdade que ele pe, à sua vonade recolher ou obli era e rar r Pois ese lugr é o mesmo mesm o de onde se se imp im p silê s ilêncio ncio,, e de onde o orá orá culo cul o decide decide do senido sen ido único únic o do escuad escuado o , a palavra não servindo menos em sua esuura às ine in enções nções do mes mestre tre como à do analisa D quanos sugerem, líico, educador, aé médico, a quem iner prea, o analista, vai a distncia do dizer o que deve ser ao dizer o que é Eless s e disinguem como a prescriç Ele prescrição ão que comanda se s e o à decif decifra raçã ção o do princípi cípio o disso enconraencon ra-se se a rejeição rejeição d écnicas da hipnose e da real No prin sugesão De Chrco e de Beheim a Freud, 1 disância se avia los recursos dos quis ese se priva Quesão de éica pois há necessidade de u m desejo o de ser o mese sendo conadiório ao do analisa, e Jacques Lacan minisrou durane um ano ineiro, um semináro sobre a Ética da psicanálise. Ela implica em deixar em susnso os objeivos do domínio ainda que imbuíos das melhores m elhores inençs, em fa favo vorr de uma u ma busca episê mica do ser, que faz da psicnálise uma erapêuica como não há oua Mas éica não não é deonologia Tem Tem incidênci incidênciaa écnica direa É que o in consciene como udo que fala, "supõe que o escuem. No se abre e não se fecha senão ao an d qum o inerroga A coisa freudina pois que ela fala, não é simplesmene uma coisa, e só vem à lu num inervalo do sujeio e do Outro Em vis disso o nis não poerá "lavarse as mãos por lhe incumbir já que ele lhe consiui o endereço, a própria posição do inconsciene Pareio do que babucia na palavra do anisando ele precisa em pregar "o sésamo do inconsciene Senhor da verdade não é pois o senhor único a bordo, porque esse séso tem função e palavra esruura de lin guagem,, e o inérree se for freudiano, fica submedo a ele l qual o guagem analisando Nesse "o que se ouve dizs Outra coisa, não o que o locur pô dizer É o princpio de oa inerprtação ano a do oráculo como a o paanóico A inrretação analica se distngue dessa por ser subordina decifração reg regrada rada O exemplo de Freud Freud nesse nes se pono é inconsávl inco nsávl a uma decifração Descriptzano os sonhos Freud não lê na borra de café e no ouvido a nenhuma inuição Ele segue o exo palavra por palaa no qu a mensagem se constrói segundo as regras denominadas r el "conden A
I Ese grafo, dito d "poto d capoê e para rprntar tato a esuura da palavra
omo a dinaçõ do gniado o igniicant. Não é rém o ua édula elmea uja ora tndida dá o grao do djo inconint.
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Lacan Lacan
sação e deslento" que e to o abalho" do nconscente. can deonsa sre ess reas jusmente as les da substução sgn cante, sob o duplo ex da etáfora e da eton São elas que notam nos enuncados do nalsando - os qas tê a objetvdade objetvdade do re gso possível - o ruo ruo de ua ua enuncação enuncação que que d out cosa Algua co qe se lê, co o paradoxo que o lut nem saba dzêlo s a bgüdade própra de todo enncado nguagero f do ser alante do lüente" segundo a expreso de Lacan (arlêtre), u ser dvdido sepre, ene enucado e enuncação Es resnde evdenteente la edação do Ouo, à rgunta: que quer dzer sso?" as seus caminhos são açados lo unconamento sgncante: é de suas ambgüdades" que se nscreve o de lado" da enuncação O nconciente reudano, então, toase à let, não à ntuição Es crba do nconsciente, o decrador está subedo à dscplna do s bóico, não aos ao s jogo jogoss de espelh espelhoo do a agná gnáro ro E, E , anals analsando ando ou o u ntér ntérpr prete ete não posso portnto saber nada, que não tenha a esutura da lnguage - no que, a pscanálse não é sagoga" e o trataento não é ncação Se o pscanasta recusa zerse agente do sgncane ese, não é para unrse ao slênco do êxtase stco ou da ascese, lunadora, as para ntrzr o sujeito nua técnca que não se acerca do rel senão à edda de sua étca, aquea do bedizer
A alienação analisante
A questão é pon saber que sorte a experênca reserva ao sueito que se deterna no aeno Pos o sueto não é ne o vvente ne eso a pessoa Piero não é senão u suposto; suposto a plavra, desde loo identiicável ao sniicado de seus ditos, e, coo a, regdo pela estutura sncante Or co o sncante não há nada que seja to devido à sua estuura binária que deterina que u sncante, vaos escrevêlo S1 não se distinue senão coprado a u outr, a escrever S2 ou a todos os outos se os quais o pieiro não te sentdo alu Desde enão, o a ti eso do sueto sorendo da identidade, no conhecete a t eso" de Sócrates será, dia o que disser, cordo e dos, patlhado entre o sinicante, se nenhu sentido pr ele eso, que o represent se lhe ier ier o que que ele ele é ide ident nti iica icaçã ção, o, diz a douina e o sentido sentido que que he ve do Ouo e é coando plo ouo sincan Por ouro lado, é essa esa esutura que presidiu à entrada do sueito na psicanáise Ela não se az se aua raão Quse sepre é ovada por ua cos (sintoa ou expiênca) que se põe ora de
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qualquer sentido possíve, ou, em outras paaras, sem que o sujeito saiba por qu Inscreamos essa "aguma cois como um significnte que re presena a parte desconhecida do sujeito O anaisando que se entrega as sim com ee ao dispositivo anaítico aa pa aquee que é susto, se não saber, peo menos poder azer à uz significantes supostos que lhe drão sentido É a própria esutura da ansferncia. De entrad, aém de suas es peranças de cura, o analisando "se prura, como se diz, em sua face ocula, mas paradoxalmente se remete com isso ou para isso a uma técnica em que sua divisão se consuma Logo que ee faa faa efetiamen efetiamente, te, faz faz a exrincia exrinci a de sua civagem ci vagem Ela o condena a osciar numa "escolha forçada ene o contrasenso de uma identifica identif icação ção que o petrifi petrifica ca is o signif significan icante te em si mesmo não nã o tem nenhuma espécie de sentido, é "diktat ceg cego o e uma busca busca de de senido senido que que não es menos em impasse: ela não reduzirá a parte do conasenso pri meiro da qual ela fica "quebrada num canto, e nunca fechará de novo sua pegada senão sobre uma parte de sentido, e pois somente por uco tempo A verdade que é "não-toda é ambém Eurdice "Recalcamento originá rio, diz Freud, designando com isso nada mais que a impossibilidde com o significnte de esgoar a signicação. Seja como for nessa escolha for çada a "alienação, diz Lcan, Lcan, relça relçand ndo o assim assim a defin definiçã ição o hegeina como no céebre "a bolsa ou a vida, uma parte, de ta maneira, esá r dida Curioso sujeito é esse que se descobre ao se consuir peo tratmento não se des-ventura, corado em dois, e na expectatia de seu ser Não é o bom sujeito unitário de antnho, do ogio e d d psicologia psicologia Como sujeito sujeito não como como iente ele não é nada nada (não (não é nado) nado) se não é rep reprresendo, qundo "isso fala dele, nos ditos onde se esconde, à espreia, o signifi cane desproido de sentido que lhe f bndeira sem he dizer o que é A conocação do segundo significte lhe drá sentido, mas somente em par te Serão pois preservados os deitos do contrasenso, sem que a opacidade do ser seja seja leand lea nd,, isto isto que sig sigifi ificado cado não é ref refer erente ente Anlisndo, m posso fica encdo algum tempo com os achados da associação e de sus emergências reeladoras, eas assim mesmo me prometem o destino de Orfeu o desaossamento O nsmento e o ser se excluem ão bem que um noo cogito om isso se promoe, compassado na lienação analisante, e do qua Lacn propõe a fórmula renovada que já (cf captulo 1: "o "ouu não não penso, ou não não existo Pois lá onde penso imos (cf (ssociação lire, sou o fuão fuão . cor coren endo do atrás de sua cauda Cast Castação ação pornto, pornt o, enquanto o ser a prt prtee de ser ser que que me cabe cabe per permn mnec ecee na espera E espeialmente não posso dier o que sou como ser sexuado, slo ao me "rpresenr como homem ou mulher, aparência pornto
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O que volta sepre ao mesmo lugar
Esse "lado Esse "lado sem fé da vere vere não nã o é poré porém m a útima útima paavra A psicanálise não faz "sursição do cepticismo e não obriga o analisando s a se mancar nas suas "mancadas. D fato, a fenomenologia da exiência im mais oua coisa; o retoo dos mesmos aços, e o fato de anar em círculos No seu curso, o blá-bláblá inceste inscreve em seu centro o sítio do que vola sempre ao mesmo lugar Efetivamente não obstante as in nits ssibilidades ars só la linguagem, os dis do sujeio não são cenífugos Têm seu cent de avidade, seu ponto de inércia Dizer sem pre a mesma coi é amm o que faz o analisando, mesmo sendo com dizeres diferentes Isso é t verdadeo que, a crer Freud, tos os sohos de uma análise, e rque não generali, toas as fomaçõs do inconsci ente, uma vez difradas, conduzriam ao mesmo núcleo inaovível Ora, o signicante r si s não era explcar essa gravitação do dzer aalindo Sua cau é outra A Oua coi, que, r não largar o inervalo significte, se per ce nos ditos do sujeito, esse signcado a mas que intefee com aquele engendrado tãsomente pela articulação dos significntes (S1S2), e que coma r se impor como um x (no sentido de uma incógnia) evelase não ser indeterminado, mas isso r outra coisa que ão o signicane, um real portanto portanto
Tudo passa, evidentemente, la lnguagem, mas tudo na estua não é significane Há a libido feudiana, que, em seus paraoxos, fica m longe do impulso vial Pra Feud, esse núcleo inovível no âago do inconscien é o fanasma, que em sua permanência ordena as pulss e o gozo do co Pa Lacan, volando sobre seus traços (rastos), é o que ela isola como objeto o fantasma, escto po ele: a. Esse objeto que jus mene faz as assaçs nã seem lives, que se imp como uma cons tnte assediada la rona de todos os dis analisados, sem o qual o su jeio não seria mais que o fanthe sem rmo do significante, que é ien cável a seu próprio se eis o que constitui o objevo dispuao de uma psicanálise. Ora a transferência em ato essa elidade sxua do incons ciente, numa operação dia de sepaação, a sgunda em que se assega a causação o sujei no taaento, e la qal ele escapa à vacilaçs e sua aenação. É ao encont a pesença efetva no icuso o x do dsejo (do Ouo) que ele acha a aída e sua aenação. fevente ele a e conhee sua equivalência ao que ele é como sujeito do inconsciene co I
Escrve- do maa: S(A) Sgnfia de uma fat o Oto.
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mo se vê quando ele chega a examina ou a realizar, al Empédocles plo seu suicídio a prova "pode ele perder-me? pela qual nteroga seu lugar no desejo do Ouro menos entreanto para sasfazêlo do que para volr à questão do seu ser "A expecatva desse ser em sua relação ao que desig namos como desejo do analsa eis o mpulsor verdadeo e útimo do que consttui a ransferência diz Lacan e essa é oua vertente não a relação ao sujeto suposto saber A intervenção do anaista no discuso do paciente deve responder à neessidade de atuala na ansferênca a quesão de seu desejo. Pois é so mente na condição que ele venha aí no lugar do x que derá ser deso brada a solução que ao analisando enrega seu ser Mas a resposta não é a do signcante que esse não traz senão a faa em ser ela é a do rea; é o fansma que responde à quesão do desejo mas precisamente ao úlmo termo seu objeo Ora o fanasma se m que possa se manifes na fenomenologia da experênca sob forma diversa (cenáos magináros ou frase-postuado do po batem numa criança) dende duplamente do real Enquanto ele volta sempre ao mesmo lugar na dialéca do sujeito (a da ressta) e en quanto também o objeto que a causa o desejo não é significante mas rea maisde-goza Esse objeto que foi aproximado no objeto da reação pr genial Lacan o escfica segundo as pulsões como sendo quáduplo seo excremento voz olhar São peças desacadas do copo lo fato de es o organismo preso à diaétca significante e em que se condensa um gozo que na atvidade da pulsão acaba por comnsar e restaurar a perda primária do loqüente É a função desse objeto na transferência que regula a marca do trat meno que decide de seu alcace erapêutco e de su resudo Efva mente é ele ue é convocado na ansferência para obturar a iância do su jeito enquanto o analisa ala paa a reabertura do inconscinte É ele ambém que sobredetermina o sintoma (como aiás o conjunto dos ditos do sujeito) de um maisde-gozar (satisfação diz Freud) que ste não faa e pornto resiste ao efeito terauico da palavra pos es não opera snão sobre a parte do sintoma que é mensagem Lá onde le é satsfaão ee não cede o sint sin toma a não não ser ser que o su sujei jeitto admita admita sp sparse arse de uma pa pate te de gozo a que ele obtém de seu fanasma É ele enfim que condciona a análise acabada
O pacto
distinção desss duas oper distinção operaç açõ õss em que se prduz prduz o suito suito ai ainaão naão e sep sep aç ação ão tem evidentemnt evidentemnt seu alcance tn tnco co sotudo no no A
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Lacan
conceente à tervenç do nal na escano discurso do paciente e sua temralidde. Sobre esse nto, sem dúvia samos que há lêmica: tem ao (stanrá ou tem vriável? A rgta é mais ampla que requisitos deve o psicalis ofece par haver chace d psiáise? Primeio, há o melo freudiao: a recu do ace-afae, o paciente deido, as enevistas paniicaas quanto a seu número, horário, dração, ro Ao aido é solicitado oder a uma "regularidade qe burrática assena nã sobre os imprevists da ispirçã, mas sbe a discipl disc iplina ina de de uma alavra alavra força forçada. da. O paciente ro ro chega, che ga, deitase, deitas e, fala e aga, com a certe que tem da pesenç ntual de seu anista. Tal é a descriçã do issivo adotado Freud e que aliás em pe prorroga, devese dizer, os hábitos médicos No que lhe iz resito, Freud sempre adveu seus discípulos pra não fazerem disso uma norma, julgadoo somente feio à sua medida, contingente rtato em tudo que não seja rediment e palav Inúmes nalistas enetano se enedram nisso sem remédio, alçandoo à digniade de um pradigma, que julgram inisnsável ao presso pres so sem sar s ar direit direit dizer r quê. quê . Qual é is esse pac sem o qual se esaa r fora da pática freudina? Por nã poer resder à r gunta, a Assiação Inteacional de Psicnáise (a A), essenciamente dirigida pelos norteamericanos, cou na prudência de um mimetismo de pur forma, que to obsessiva a prátca até à rotina A foi exemplr a posição de Jacques Lacan: as necessidades devem se julgr lo ao analico, não simplesmene lo hbio O ao é aquilo lo que o anlista se compromete a receber a investidr da nsferência pra se fazer a causa de u dzer do qual se esr que ele ssfça, faç bas tane. Isso o conduziu a mrcr a duração das sesss ao passo da tem rlade do sujeio. Pedra angular, ou ra scrável dz Lacan, o uso do m inica a conceão que se tem de se objeto Sempre mais egu lmenado n ssiação Intecional de Psicnális, vsto que progres sivamene foram sendo fixados, não só a duração das sessões, mas seu rit mo e seu número total, o em parão que se pretende subrair à erven ção do anaista é imsto co menosprezo do sujeito consderado es em sua alienação signcnte ou em sua causa real O primeiro sso é observar que o sujeito que se conclui de lavra não é sem o empo Não é somente que ele precise de epo para zerse, como, r exemplo, é preciso tempo pra desenvolver u slogsmo, pois nesse caso o em fica heterogêneo dos elementos a dedução, e isso esanho à conclusão. s metamorfoses do sujeito, ess, são homogêneas à emporalade em que se constitui a mensagem que as deerina Ignoram o tem espacazado dos relógios, ano quno os mos das funçs snus do vivee Odcem a u empo reversvo conado la
uma 'erapêuica como não há outa
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reoação do significan em sua eficácia, em que deve se coar a iner vção do analista. O sueio que s anecipa no movimeno de sua paavra não se apre de aí snão ao ermo da sua seqüência um movimeno rerógrado, do ua o fuuro aneio d a forma gramaica, e que o susde enre ae pação e só ao deis: el eá sido Ess empo comport um momeno viegiado o da escnsão, que al como uma pouação raifica o efeio e significado, pcipindo ou difeindo o momeno de concluir. Homo nea à inpreção, a escansão compe ao analis ao passo que sua ssa faz pono de capinê paa a mensagem A susnsão da sessão em que ela se reaiza não podeia poano ser diferene à rama do discurso paricuar do anaisando sem que haa faha diferene ra o sujeio A objeção segundo a qual sera necessário empo para o consciene é falaciosa, pois o inconsciee não conhece hora Tabaha o ideal, ele abalha ambém sem folga r que então não fazer sessão m fim? A menos que se compreenda que ela não é seão um empo de recepção do produo em que esse abalho é sancionado, sem o que ee e pede ou se seca Obviaene esse em reversivo, próprio à aienação do sujeio no gnificane, se combina na anáise com um rimo diferene, em que empos e fechameo do inconsciene vêm escandir seus momenos de aberura Pois o inconsciene ão fala sempre à vezes também oma foga. O empo necessário ao sujeio paa dizese não é porto homogêneo, em suas aeâncias de dize o verdadero e de siêncio de fecundidade e de esgo meno "Hiância, baimeno, uma aleância de sucção para segui cers dicaçõs de Feud, eis aí aquilo cuja expicação, coordeado-se com o mpo evesivo comandado peo simbóico é dada a função oburadoa o objeo em ação escilmene no amor de rasfeência, cujo efeio de chameo é ecohecido á há muio empo ois bem, essa pusação combina com a escansão do discurso do pa iene lo analisa Gealmene se considera como acerado que essa es asão visa um efeio de aberura do icosciee. De fao, mas na con ção de não esquecer que esse mesmo efeio ao auaizar a divisão do ueio reconduz "isso que o obua num em de fechameno que por e com o pimeiro, pemie ao fanasma que efeive sua consrução. Não há meio porano de oprar efeivamene com um empo meonômico, no noa ando ndo os momenos momenos da consução consução do suei sueio o e nã não o é de admir ue, a onde se fica preso isso não se possa conceber o fim da análise O ue o aaisa deve é seu ao, não seu empo.
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Lcan
Entrar En trar,, sair momentos os cuciais do atamento, atamento, do doss se dsing d singuem: uem: são a enrada enrada e a Dos moment ída. Jacques acan consruu o matea de cada um A questão de enada prece smples Ela se dvde enre por que olciar uma análise?" e a quem aceitar em análse?" Ressas já pre radas crculam dzendo, para a prmeira rque se sofre; para a segunda falsas, pelo menos de visão cura, pos é pessoas analsáves São, se não falsas, reso acrescenar que é somente quando o soimento do sntoma se abr à transferênca como drigda ao saber que o sueito fica analsável, se pelo enos ele acea, além dsso, submeter-se ao abalho de ransferênca No começo há a ansferênca" potanto, e seu matea dá o da en da Ele se avalia nas enrevisas prelminares, das quas se sabe que Jac ues Lacan faza uma regra. Ele se suscia ambém, pois a analsabldde o é uma aptdão, ela á é reoação do ato que p o analisa no lugar d cusa E o analisável não fará o analisado senão tendo enconado ese cero que em chance de responder" Se fo esse que se toma como ueto susto saber, não será esse o bom. A sada, agora. á onde Freud desste com a análse infna", Lacan dz fm de aná O nconscente ndestrutível e a casação irreduvel que ele ratfca d eud não mdem que fiquem as chances da análise acabada. É essa que, o aalisando, enega seu ser", não sem um resto seja dia a verdade No tamento,, com efeito, o analisando não faz somente a prova a casação. tamento Tbém verfca o objeto que ele é, o obetó causa de seu deseo, que ele umu a obgação de dzer, do momento que entou no dspostvo Dsse fm, que abre ao sujei a va do ato analico, Lacan constuiu um tea. Que se saba tão-somente tão-somente que ele se impõe como destução subetiva" quando, tendo condu zdo o analsndo à resposa que ee buscava, ela conseguu produzr o ncurável" que ele el e de dex xaa seu sueo asegura asegurado do de um u m sab saber er e que ele deve se atesa num procedmento insttuconal, denominado o passe" concebido por acques acan, para a provação e recolh mento dos dos testemunhos relatvos relatvos a esse momento em que q ue o analisando vra analisa
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Tão só como sempre estive em minha relação com a causa analítica
O deafo lacaniano
Lac jamais separo da prátca psicanalítca a r. É smente desse fato que vem a singlaridade de seu ensino. O ncisivo de u trabalho conceitual é antes de tdo devido à incidência constante de s práca. O que ele pu conciiar, ele mesmo lhe dva o nome de psicanálise em inteno" e psicanálise em extensão Que signfca isso? A psicanlse não é etea. Umdia ela nasceu, ouo d coe o sco de deparecer, o pblema de seu futuo está presente a o instan A psicanáise em exteno sustenta no exterior a existência da psicanlse psicanlse em inteno", essa qe fa os sujeitos se deitarem no divã As conferências, os argos, as publicaçõs, os congressos ou as insttiçõs psicanalíticas em ser os surtes dessa exensão: mantêm como tas a presença do inconsciente no cam sia. Mas essa duo se esutura a partir d psicanálise em intensão", da psicanálise do particular. A tensão implcad lo termo de extensão" é aquela induzida lo abalho feito sobre o inconsciente no pprio atameno Por seu retoo a Freud" ao qua ee consagrou se ensino, Lac ligou seu nome a do inventor d psicanlise Essa senha como ele mesmo a denomina nos Escros, veio coigir um desvio demasiado evidene pra reuian ian não aparer como em todas as viradas" É preciso ler A oisa freu para medr a importância de t proeto Mesmo quando não tiver comen tado dretamene os textos reudianos, a reerênca de Lacan a Freud no será menos presente, insistente, sempre viva ns entrelinhas Quando ver criado sua própria escola, ele vai ais pretendê-la reudiana", a Escoa Freudiana de Pars, e, mas tade ada, a Escola da Causa Freudan. As sim ambém, o Departamento de Psicanise, sua colão na editora Seuil,
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Lacan
a revisa Oicar? ou sua Fundação, odos enceo ao que ele designou como o Cam Freudino. Em Caracas, r asião do útimo seminário público que ee conduza, um no ntes de s morte, em 198, ele se di rige neses temos a seu audiório: "Vês em ser lacanianos, se quise rem Eu, eu sou freudiano Esse retoo a Freud então não de ser entendido como uma referên cia exteior ao ensino de Lacan, uma referência cultural, uma conibui de ber, que viria alimentar seu nsamento, sua conceitualição E o pivô a partir do qual se consuiu seu ensno E foi ele tamm que meteu Laca numa polêmica com a maior pare da comunidade psicanlítica É que ele considerava, como iá dizer num texto m irônico, Siuação psicanálise em 1956, que desde a morte de Freud os analists tentavam in nada menos que fazer o mundo esquer o alcance a deorta d in consciente Os analisas nunca compreenderam na d inconscien, é o que ele se divete em observar, dez anos deis Essa sição de exceção, que Lacan assumiu na comunidade anaítica, é sustena r uma ética a ética da própria psicanái Lacan a o moveu dante um ano inteiro num seminio, examente denomado A ética. A ele não fzia senão conceitualiza as incidências da psicanáise sobre a prátca o ensino, as instiuiçõs que ela gerava A psicanálise n duziu na siedade, n cultura, nos seres falantes como Lacn signa os homens, uma bscua, uma ruptua, uma "revolução A éca da psica nise é o que tena preserv no seio da exiência analítica es dien são do coe, do buraco "Eaborar o inconsciente, como se faz na psica nálise, nada é senão produzi a esse buaco (Semináo de Cracas, L'Âne, n2 ). Pode-se mcar peíodos no ensino de Lacan E isso tomado como referência as cisõs do movimento psicanlíico, cisõs essas das quais veremos que Lacan foi em os as vezes, a parada dispuada Jacques Aain Mier mosa isso perfeimene em seu tigo da Encyclopedia universalis: 953 a pimeira cisão, Lacn inoduz a proosição do ncons ciene esuado como uma linguagem; 96 a segunda cisão, acan começa a matemaiz seus con ceios, o sujeio bado, o a minúsculo, o gande Ouo; 974 de uma báscua inea no movimento lacio, que se solda pea refoa o Depmeno de Psicanáise; Laca toma como objeo os prpos fundmenos de seu discurso e especialmene a ripição re, simólico e imagino é mbém o momen da introdução opoogia boomena O própio Lcan sempre irou as conseqüências pa seu ensino desses momenos de báscula Assim é que ele irá inscrever, por exemplo, concre ene no curso de seu abalho um burco, reuzindo a uma nica
tão s como sempe estive
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sessão o que devera ser o semináro de um ano, o do Nome-dPa. i em 1963 no momeno de sua "excomunicação da Assação Inteional da Psicanálse. O ensino d Lan não intega somen es dmensão da rpu r sua temalidade, mas tamm r u coneúdo Seus prmeos den volvimentos sobre o imagináro, varrndo a idéia consideada oroxa e no entano aneudana de um eu insncia de síntese e de domínio, u vam de falsa a teoa que asva nos Esados Unidos: a ego-psicologia. A nvenção da categoa do rea vinha conadzer a taerosa idéa que a psicanálse adapa o sujeito à realidade A descoa de bjeto a, o objeo rddo para sempre, aniquava tas as usõs de reencono do objeo m, tos as ilusõs de felicidade genita A osição conceitu de Lc com o establishment freudiano incide de fato sobre a maior parte dos conceios analícos Em Situação d psic nálse em 1956 ele mosa, r exemplo, como os conceios reudianos o idêncos à esutua e à coisa e não corresndem à ntuição, como nsam os psicanalistas anglosaxõs L, onde para eses abundam ns tinto e necessidade, ele substtui o saber e a verdade. L onde eles anali sam a resistênca, ele deduz desejo a demanda L, onde se mulpcam imagens e afetos, ele elara o smlico Lá, onde tudo está reduzido ao eu, ele dstingue duas insncis dferentes: o eu e o sujeito, fazendo do sujeio uma instância de indeeminação, es mesma instância onde se im pica o inconsciente, o sujeito sem nome para se signifcar fazendo eco ao buaco implicdo pelo inconsciente na esutura Rupta, acn ambm a prlama los novos significanes que ele cra p expic a expeiência analítca o Ouo, o real, o gozo, a fora clusão, o Nomedoai Ma Mass o que talvez cau ainda maior maior surpresa pa para ra os psicanaisas não são to suas referências à filosofa ou à literatura qunto a volta à matemátics, à lógica, à topologia, à lingüísca Es quemas, afos, maas, figuras tológicas, é constane o seu cuidado de preserva no seio do discurso aítico o vor de enigma própro ao in conscien e de to possíve isso para o qua nde todo seu ensino: a trnsmissão d psicanálise Tal é efeivamente a osição que lhe coube ocup na históra do mo vimento psicalítico ouco a pouco ele foi levado a or à posição di orooxa da psicaáise anglosã sua própria conceão, e pois a pror m naturalmente uma oua foma de instituição psicanalítca, a elabora um ou mo de foação dos nalistas Fez isso, porém, porque a ins tituição reinante, a , a ssiação nteacional de Psicanálise, não ti nha podido podido admiti em se seuu seio uma um a conadição conadição a seus pró próp pos os prncípios prncípios Dessa história que gira em too da ssoa de L, podemos des aca quato ríodos: 1953 19591963, 19-1980 1980-1981. No meio desses prouziuse ua áscua ainda mais iotte do que as outs
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Lacan
aquela quando Lacan foi levado a construir sua própra Eola e isso fora da nstituição nteonal ronhecid
A ciso de 1953
A Assiação nteacional de Psicanálise fo crada r Freud, em Nuremrg, em 1910. A França era enão consderda r ele como "a naç menos dissta a acolher a psicanálise. O gru ancês de fao constitui a d um meio intelal e médico ostil à psicanálise. E esse mesmo gru era uco inclinado a guir Fud Hesiou em men cionr seu nome na capa de sua revisa, a Revista Francesa Psicanálise, e, qundo se constuu em assiação, a Sedade Pscnalista de Paris, hesitou em aderir à Assiação Inteacional. Ess hesitaçõs eram muio jusente tomadas r Freud como uma resisência à psicanálise. can chega a em 1934. Tem inta e ês anos. A inspidez teórica rivaliva com a mole instucional, e ele logo disingue r esses dois Família lia (Os complexsfamiliares). complexsfamiliares). Assim texos: o Estádio do espelho e a Famí não é de admr que o enconemos algus aos deis, em 949, enc gado de esalecer o regulameno e a doua de uma comiso de ensino Descobre-se enão um Lacan olmente el aos princpios da insi uição ortodoxa criada por reud. Ele defende a idéia clássica a análise iáica, a que coduz u aaisado até se or psicanalisa seguindo um prdimeto de graa e de rconhecimeno insitucional, que s u pqueno número de anaisas esá auorizado a drigir can reoa os ciéios defiidos pela Assiação Ineacion Uma análise diáica ee ser feia em doze meses, ês sessõs de ês quos de hora por semana E um analisa ão de "quaiicarse por s mesmo co o uo e psicisa s ue seja auizao por sua admissão à Siae Psi caaíica. A formação o aaisa em seundo lur iclui "a suisão e suas eiras aáises por ois nalisas suisores Enfim, o noel isa rcisa obter para aissão de sua candidaura à Sidae Psicanaíica ue "os psicanaisas uores dce saisfaóia sua formação, e apre sea "um tbalho oinal, comuicadoo numa ds reuiõs cieífics da Sidade a é o modelo a áise diáca das sides psicalíics fiia s à Associação Ieacional, isto é, de ods s siedes, slo a que aca ai ci eis Que eha sio ele mesmo que elau os exos a Siedade Psicaíica de Paris, aina em igor, ão de eixar e fzer soi, quao se cohcem os eentos ue sobrevião eis e
tão só como se semp mpre re es esiv ive e
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sa redação. Mas j se rce nesse reglaento o ago de Lacan ao ensino da psise. A qesão qesã o da foa foaçã ção o do analisa, por exemplo ex emplo es aí m marc marcada ada Oa prisamente a foação do analista es na enczlhada a psicanise em "inteno e da psicanlise em exeno. Ela dz resito à insição qe deve omla a se cargo e enetanto, ela dene de ma escolha "pessoal atcl a de se toa analista Da oação psicanals s pa a dendem o v da psicanlise e a aptdão e u psicanal ses pacienes Ess as qests foação do psicanalisa e écnica da psicanlise a aça çam m aal na histó hi stóa a da psican psicanlse lse ma ma linh li nhaa divisói div isóiaa ente duas conces A pmea cisão em 1953, nicia esse debate Na oigem aa-se da atua ao ao da Siedade Psicanalíica d Pas presidida por Lacan de m Instto de Psicanlse Psicanlse qe eve alva a Siedae S iedae de sas nç nções ões de ensino Lacan logo pressente o pigo de ma ítca ssoal da ie ção Escialmente rqe o deoso Sacha Nacht acabava de se azer no mea dietor desse Insto em condiçs no limite da legalidade Lacan tenta em ses esattos abrand "as exigências oais de assididade dos estdanes e insiste pelo conáio paa qe a sicanálise no ique "conada nm isolamento dona Ter em cona a "prmazia da ala va é o qe somene eve giar o ensino aimava ele Esss pncípios rém estavam longe da reupaão e uma ireção ciosa em conola antes e tdo seus estdantes sa oação o Institto Sacha Nacht im enão um reglmento muito estito e escolariade e ma óula de compomisso rticlnente inaceivel é então sme tda à assinata dos estdantes Quanto a Lacan é ele consierao o insti gaor da contestação O que e modo nenhm era exato ainda qe Lacan gozasse eetvamente da esma até da admiação dos que segia ses seminios sore os textos reuianos ea como or a SPP o emitiu de suas unções a 16 e unho e 3. ac edi emissão e no mesmo lnce reu sa qualidade de memro a Associaço n nte tea aci cional onal Conhece ele ento ma situaço qe vai se rerouzir ao longo e sua via uas iéias sa ação ssoal em sma sa rática ocam o reteto aa exclo da ociae Psicnalítica Como Hrtmnn o resiente a IA disse ele rório: "Estavam em casa sérios esvios da psicanálise didátca ou ainda Daniel Lagache "Toos esavam e acoro ara rejeita a técnica de acan É que acan havia tirao as conclusões e sa experincia analítca e tna rogressivamente saío o rígio quaro prescrito pla Associaço inteacional A raço das sessões e ém seu número na semana ou ana a uraço mesma da sicanálise o que a Associaço Inteacional cava os ads (standards) no tnhm valor ara ele Ele se explicou or oua part sobre as raões teóricas de uma tal ansormaço no seu relaório e Roma em setemro e : o
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Lc cn n
atamento especíco a cada sujeto deva se a únca cosa a oenta a posção do aasta. aa sta.
A excomunhão
acan poém po ém não dexo dexouu soznho a SPP. Patc po pouu enão com aquees aquees qu o havam acompanhado, em 1 8 de junho de 1953, na cação de uma nova seade: a Socedade Fancesa de Pscanáse paa onde se tanseu a mao pate dos aunos da aga escoa Imedatamente sugu a que questã stão o do econhecmnto econhecmnto da nova socd socdad ad pea Assocação Inteacona. Resuava sso do uga que a IPA desde sua undação Feud hava toma tomado do Vedade é que Feud conava com essa oganzação paa gaant a pscanse "cona os abusos de que ea pod a se objeto, uma vez toada popula. Mas gaan a pscanáse não gaant os pscaastas esse é o abuso que a IPA, dzendo-se otodoxa tnha patcado Pos Po s sempe apaece a ndagação ndagação de sabe se o aasa qu qu se va enconta, ou que se enconta eguamnte há vás anos, é um bom aasta. Nada jusamente pe gaant-o de uma vez paa smpe e aca sustentaá essa posção toda sua sua vda. A IPA essa essa nstitu nsti tu t gaana O eonhecmento oca e nstucona se az po ntemédo d socedad à qua cada anasta petence em seu país a IPA econhec soceades naconas de pscanáse, e no nteo de caa uma deas s ps canastas se aem econhece sua anáse ddátca, po sua omaçã Lacan que escapa dos eetos magnáos da soução IPA que tmna abcando pscanastas da "sucênca, pscanastas po uma oaçã nsttucona, po adeênca a uma pscooga mas do que po um pcus pessoal, o únco possíve, uma anse. A IPA antes homooga d oma Paa acan, esse sstema de econhemento não aa senão a concepção otoxa da pscanáse, aquea em que o magnáro a dn· cação ao anasta, a otcação do eu vnham amen a deooga d egopscooga. O taamento otodoxo pogamava assm uma nchação d magná mag náo, o, gaantndo o su sujeto cont conta a quaq quaque ue pção sntomátca. sntomátca. Me Me dante o que, quando o nconscente vnha a manfesase, pos evdnt mente nenhuma amadua nha capacdade paa coag-o o anasta p dea contena-se po te descobeto nsso uma ncapacdad do pacn paa se amoda aos quados e poanto à pscanáse A ego-psicoloia a pscooga do eu, esponda a ctéos sobetudo socas de adapação, d domnação dos aetos Po sso acan stuou essa coente no que chamo dscuso do Meste, o dscuso comum sobe o qua pousa quaque s
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ciedade com seus princpios de hierarquia e submissão ao consenso sial Se o dscurso do Mese tem como pretensão domesticar o inconsciene, o que a PA faz, a psicanálise essa, não pe senão sustenar a posição inversa. Sustena a posição do inconsciente. Assim definiu Lacan um novo discuso, o discurso do psicanalista que abre, este, a via do inconsciente. A da esutura feit de ruptuas, falhs, básculas. O discurso analtico vem como o avesso do discurso do Meste. ssa posição acarea a Lacan sr o nó do reconhecimento da Sie dade Francesa de Psicanálise pela IPA. A primeia soliciação de reconhecimento, em 1954, foi primeiramente obeto de um verdadeiro inquérito conduzido por uma comissão da Associação Inteacional nquanto os membros dessa comissão decidiam em maio de 1954 rejei essa liciação, Lacan começava o que se chamou seu Seminário. Durou tint anos,, e in anos iniciouse iciouse pelos pelos Escrios écncos é cncos de Freud. A SFP entregou em 1959 uma nova solicitação de liação à IPA. segunda comissão comissão de investgação investgação fixou suas condições, inegiávei inegiáveis: s: a reeição pura e simples de Lacan. Fezse isso em dois tems. m primeio lugar, pediuse, a ele pessoalmente, que se submetesse aos standards, e mantivesse as sesss de ês quartos de hora Deis a PA impôs um ultimato à SFP que Lacan não fosse doravante reco nhecido como analista didaa ssa notificação deveia ser efetiva em 3 de outubro de 1963 no mais rdar Era pura e simplesmente não mais o reconhecer como psicanaisa. No mesmo lance vivase impedir sua prá tica, desencoraar o paciente de recorrer a ele Restava à SFP gozar e pros perar de seu ensino, ainda que ele não mais figurasse em seu proama Uma moção dento da SFP ratficava o ultimato da PA Lac não figu mais na lisa dos membros efetivos habiliados à anáise didática e à supervisão"
A escola feudiana de Paris
stava Lacan de novo na origem de uma fratura no seio da comunidade analtica francesa A SFP foi dissolvida, quando á estava dividida em dois grus O primei primeio, o, uma u ma nova ortodoxia ortodoxia francesa, francesa, reconhecida de imedao imed ao pela A, daá a Associação Psicanalítica Francesa, a APF, que ptlh atuamente essa ortodoxia com o Instituto. O segundo daá a Escola Freu diana de Pais, ciada por Lacan após sua reeição, em 21 de unho de 196. excomunhão ão pela SFP que Lacan Lacan fez a ún ún Foi n o da seguinte a o d e sua excomunh sessão de seu Semináro sobre os NomesdoPai Tão só como sempre estive em minha relação à causa psicanalítica t é a fómula com a qua Lacan abre se to de Fundação da Esco
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Lcan
Feudana de Pars. Além da rsteza da qual é esemunho, essa fase az uma pmera esposa à quesão da ganta e do econhmeno do ps canalsa. Fcou claro pa Lacan que d po dante lhe ncumb a esponsab IP A e a gaana que ela ld l dade de fund uma Escola de Pscanálse foa da IPA sena pra a maoa dos pscanalsts. Ele faz questão potanto de epesena epe afma que o pscnalsa, mesmo fzendo pte de um gupo, es só, s no ato que consse em ece pacentes, como no ato que o conduz a ader a uma assação de pscanálse. Está s como sempe esteve ao lon go de sua ppa pscnálse Nenhum pscanalsta ddata ou supevso, nenhum gupo, nenhuma assocação nacon ou nteaconal basm para peenche essa soldão Em seu Ato de Fundação, Lacn esbelece os pncípos de sua Esco la O tabalho de nálse vem se opo a qulque legmação A fomação do pscanalsta eneano deve se assumda pela Escola. Ms a deção e o funconamento dessa Escola não mplcam heaqua alguma A pscaná lse ddátca sa dos sulcos nsttuconas para se defnr como pscanálse em ntensão ão se pode le o Ao de Fundação sem a Proposição de 9 de outubro de 1967. Nos nos que os sepaam Lacn defnu a fomulação de seus pincpos. A Proposição de 9 de outubro de 197 emege em uptua total com o establishment oodoo: "O analsta não se autoza senão po ele mesmo" é sem dúvda a ms célebe poposção dessa declação O pscnalsta não encona as azões de seu ato senão em sua ppa pscanálse Tatase paa Lacn de compeende o que se op no fm de uma análse, que Feud ele mesmo nha consdado um luga de pae dão um mpasse vefcando que o fm não tz solução paa a castação. acan salent esse fato e o ntega em sua eoa A pava é de pmacal mpotânca pa o nconscente, mas nem po sso se pode dze que seja tudo. Há no nconscene um mpossível de dze Tal é o nto de batente que Feud enconta e que Lacan eoza. O que é um mpasse no atamento ptcpa da natueza do nconscene, da fha que ele mplca. Apesentase então este engma como de aconte ce que uma pessoa endo endo pecebdo pecebdo em sua ppa ppa anáse anáse esse mpossíve mpossívell decda enetano fze dessa confontação o seu ofíco? Como compe ende e concetualza essa passagem da posção de pscanalsando à de pscanalsta? também como a nsttução pscnalítca pode ssum o que afnal de conas se faz sem ela, e que no entanto lhe dz espeto? O Passe é o pocedmento que Lacan inventa paa que a nsttução possa se encaega dessa passagem É s ao-depos que a scola ntevém O pscnalsta uma vez nstalado, como se dz, vem elaa com um outo s azs de sua nstalação. O Psse é o pocedmento que petende expl eos os o ue a acava meho codfc codfca a e legs leg sa a antes antes A nsala nsala-ca e
tão ó como sempr estive
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ção como analista de um sujeito recupera, graças a esse Passe, seu valor analtico, ao passo que já não era mais do que um presso institucional. A partir d, a formação do psicanalista toma uma dimensão m oua A conformidade se apaga diante da preupação da prática psicanaltica. A gora o analista encona, encon a, em ouro ou ro lugar dessa vez o impossvel inerente ao inconsciente Não mais para vendálo e escondêlo por standards que são anas respo resposts sts já prepara preparaas as mas para tenta tentarr sup suport ortáá-lo lo,, até endoss e ndossálo álo É isso que Lacan assinaa deste mo: A formação diz resito ao rl em jogo jo go na exriê exriência ncia"" Lacan se inscreve ainda em total ruptura com a orodoxia ao afirmar que a formação do analista de modo nenhum implica que o analist detenha um saber. Por um lado, insiste em que o analista possua os meios mentais de sua oração" que seja por exemplo informado", tanto em filosofia co mo em literatura, matemática, lingüstica e lógica. Por outro lado, arma, conforme Freud, que o analista não opera senão abordando cada indivíduo como novo", esquecendo o que ele possa já conhecer Pois o sar pa Lacan é distinto do conhecimento. O saber inconsciente é o que não se co nhece. Só a patir desse, o analista poderá funcionar. A formação do psicanalist não visa à aquisição de um estatuto, que se toaria puro estatuto de imponência. Isso é atestdo pelo funcionamento previsto da Escola Freudiana Os psicanists que possuem um ttulo da Escola não goam de nenhum poder particular, nem didático nem de deci são 0 analista com um ttulo nem por isso tem estatuto. Não é nem mais nem meno m enoss psicanalist psicanalist que os ouos ouos.. Lac Lacan an denomina esse ttulo ttulo gradus, ssim escificando que ele não implica hierarquia. Um gradus não é u grau. O gradus não dá naa ao analista, mas pelo contrário o obiga que se ddique ao trabalho. Pode até ser prstar testemunho sobre o Passe, sua ática, seus avanços teórico Lacan, iretor da Escola Freudiana, com prática, pr sse ttulo nã(dá nada, solicita. Mas esse procedimento do Passe, essa concepção da fomação do analista, esse funcionament funcionamento o da instituição, in stituição, longe estv estvam am de ser evidentes Pela primeira ve, entre os próprios alunos de Lacan, um desacordo nascia. Três analistas até eno fiéis pediram sua demissão no momento da vota ção dessa Proposição de 9 de outubro, em janeiro de 1969, por julgarem que os modos de designação e de promão analíticas propostas eram ncompatíveis com as garantias necssárias a uma atividade psicanaltica igorosa" igo rosa" Eles se foram, para constitu constituíre írem m em seguida o que chamaram de Quarto Grupo E não foi esse o único abao a sacudir o movimento lacaniano. O se gundo abalo aconteceu fora da Escola reudiana, deno do Departamento de Psicanálise, na Universidad de Paris VI. Esse Depaamento, que eistia desde a criação da niversidade, em 1968, havia sido conado a e can acan e m muto retcente dante do que se desen
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Lacan Lacan
oava a. Em 1974 ee decidiu reveáo. O Depaameno invocava o seu ensino? Decra ele então que a se havia aém do mas adquido o hábo de calase fic na a, abserse ou fa fazer uma psicanáise psic anáise coeiva e suma de via as cos cosas as ao que ee acredi acrediava ava ser necessáo a t tansmissão ansmissão da psicanáise. Um ensino a parir d psicnálise é po possí ssíve ve amou ao reorganiza o Deparameno e encrreg ouros aunos eus ene os quais Jacques-Aain Mier, Mi er, de fazer fazer a pva.
A dissolução A er ercei ceia a gand gandee rupura rupura prodz prodzu use se no ineror i neror da Escoa Esco a Freudiana mo ivadaa por ivad por dois pro probeas beas já enconrad enconrados os o Passe e o que Lacn Lac n inha inha de nominado em 1974, a propóso do Deparmeno de Pscanáise a "deb lidade ambiene Lacan em a impressão de ser abando abandonado nado por uma pae dos mem membro bross de sua Escoa a que ee censura suas elucubrações eóricas ou siples mene sua lergia men lergia Por seu lado esses não deoram deoram em e m denunciar denunc iar seu en sino a auori auoridad dadee de sua drão drão aé a espre esprer r sua ve vehic hice e Mas nngué n ngué enciona dessa dessa vez ve z deixar a Escoa Esco a Freudian Freudiana a ão ã o grande é seu renome re nome por por causa de Lacan! Prevendo as conseqüências dessa siuação bloqueada Lacan nça a surpresa Dde a dissoução de sua própra Escoa em 5 de janeiro de 1980, dev devolv olvend endo o a cada um a l lbe berd rdade ade Ass Assm m e eee recusa cons consur ur sua Escoa como "gru consodado em insução em deimeno do ds dssolu ção ve verd rdad adeir eiraa revoução cu c uu ura rall no undo curso d plavra. Essa dssolução lacniano evá dez meses paa ser eva Em sua cara de dssolução Lacan enreno não renunca Propõe umaa "our um "ouraa experência experência Fnda pos edaen eda enee uma um a nova escoa as pre isou enr pre enr dus vezes vez es ão vv v vaa era a opos oposção ção A segunda segu nda enava ena va deu cero A Escola da Causa Freudna represena oje a derradeira iniciava insuconal de Lacan a Escoa que Lacan legou aos alunos que o segura e aos que se junrm a ele após a disoução Ela pra ee repr re presen esenva: va: "a única saída saída ssível ssível e decene decene
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Essas esquisitices abundantes nos textos psicanalíticos
A verdade não-toda
Talvez não haja mais Sals como no século XVIII. H, rém no rádo na televisão nas s de conferências sufcientes enconos colóquos simpósios debat debates es ene enevista vistass estágios estágios sesss cong congress ressos os para que re re presentantes de disciplinas dversas ssam dizer a, cada um sua opinião No sulo XVIII, uma mu muher her lentosa reuna reuna o flósofo flósofo o desta, desta, o ateu at eu o escrtor o poeta o naturalista que rivalivam com suas luzes. Nas reu nis que atualmente lhes fazem as vezes e que o anmadas por u jo nais ou um moderador como se diz os especialstas vêm para ahar uns nos outos as suas especiadades. Há pouco tem pôde-se ouvir um debate sobre Don Jn. O de Molie. O especaista do sécuo XVII atou de recordar que na éa em que Moie o esceveu já três ou quao Don Jun circulavam nos palcos Ctou Trso de Molina as adaptaçs francesas engatou em Mozart Ke kegaard Puchkn e Lenau maginou o que sea Don Juan hoje com a rdadee de costumes e até sugeiu que Don rdad Don Juan poderia poderia ser ser uma mulh mulhe e Um pensado de inspração católca lembrou que isso dizia resito o maior drama regioso dos tempos modeos: Don Jn, diz ele, é o po blema de Deus. Um ateu mosou que a famosa épca: "Acedito que dois e dois são quatro Sganaeo e que quato e quao faem oito era uma profissão de ateísmo e traçou paaleo ente Mole e Espinosa Um maxista deduzu d fórmua: "grande senhor homem mau d versas consideções que situavam More na luta da burguesia ascenden te conta a astocaca decadente assnaado que a idéia segundo a qu
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Lacan Lacan
Don uan devia representar o nto de visa de Moire, ser simpático e
coquir a adesão do esctador, era uma vio mâtica, que num se tido o herói anuncava a u d forças vivas, marialistas, contra a trania da Igreja mas que preso aos preconceios de sua clase ee não conseguia sepr-se dees. A taa sobre o baco no início a peça era uma ausã à América ao nascimento do mercado mundia à deteminação em útima insncia a ecnomia Um psicanaista de serviço (r ão es reamente em serviç) darou que a peça, composta como um mistéio medieva, iusava anes aiou-see na ré répic pica: a: Ei! moa o mai mai cedo que Totem e tabu de Freud e aiou-s puder fico fuioso fuioso ao ao ver pais que vivem ta tant nto o quanto seus fihos, fihos , paa mosr que aí se enconva o assassato do pai para obter a sse das muheres. O Comendador de Pedra pai simico, era a angústia de cas tção sena diante da ameaça de ifcação como a Medusa segud baco. . . era a Freud; Fr eud; a muher com véus do fim era a Esge de Édi e o baco. circuação as muheres ou do signifcane. Um heideggeian subinhou que lo conário, era nessrio para Moire diante do unfo crtesiano da ciência ("ois e dois são quao) emba a diferença do ser e do sendo iusada a trada sobre a hi crisia diaética do ser e do pecer O joais sinetzador encantado com a colaboção concuiu o debate dizendo ue nunca se chega ao f com Don Juan que t as intepreções afina convergiam p a fórmua que ee popôs a todos r he paecer democráica Don Juan é um mito eteo. E isso, confessem não ea de esr cmo possíve para um herói de ue ma se havia ouvido far antes de Tso de Moina e de quem agumas muheres se queixam ue ee não psseia mais pes uas Não é que não haa naa a aproveir dess rápidas contribuiçs mas o incnveniene cmo vêem é que se fca com uma idéia ago fca do Don uan de Moire. Se a verdade consiste em poder dizer dea tud não o segue nada nada de ver verad adeo eo.. Pa Pa dize dizerr a ve verda rdade de cmo c mo se s e viu viu não se nã deve dizer tudo não se deve zêa toda, é preciso dizê-a não-toda. Aém d mais d tda ea aga sobre caa um a perguna Moire ee que uea der ao escrever on Jn? Quans vees sugiu essa perguna na expicação iteráa go ue a tese popos oa-se um tnto oigina esva Mire cnsciene de tudo iss? E vai en caa um iden tificase ao ciaã ean-Bapste Puen e tentr r imiação por mimetismo pr preçã cooc-se em seu ug pegoso exercício. O cuoso é conud ue ca um consegue isso acredi e menos con segu iss o ue pe mens msa ue a identicaçã nunca é da rem o impossíve
ea esqutce no texto pcanalíico
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Psicanálise Psicanál ise aplicada aplic ada A psicanálise aplica a obras de te iterárias, plásticas, msicais como tamm a aconteciments históicos, e cada vez mais, a fatos e gestos às ciades e aos cams aos animais e à sso, d freqüentemen es impressão de gratuidade na interptão, acompanhaa r uma ceeza da identficação. Instalase iante da oba, e descobrese um autor arás dela, acima, abaixo, ao ado dela Buscase, buscase, e acrediase ter achado. Enetanto, façam a exriência guine: reúnamse cinco dez o cem ssoas. Tome caa um uns paizinhos. Escrevam em caa pazi nho ao a, um ver u substantivo, um adjetivo os que passarem em sua caça Misrem tos ess izinhos nm chau iemnos em qüência um r um. Agora em erevêlos na ordem em qe os tirar. Com qnos jos gramaticais, vês agora obêm uma esie de tex, de ma. Pam em guida a um de vês, enha ou não par ticipado do jogo que o explique. Quem o imdirá de encoar a beezas, uma explicação convincente (crs, de aeu, marxisa reudana, ec. vejam acima) e de até rcer obsessõs fanasmas, preedos pelo "au tor"? to r"? E eneanto não existe autor M vês veificam que, se não exist autor e nem há amuco colaração de vários auores) nada mde que se suponha um sujeito ao ma O ma parece er sdo escro por um sujeio, e no enanto esse sujeo não é senã senão o aque aquele le que surge surge - no ca minho de caa paav dremos de cada sgnicane o poema Con fundese mesmo demas com o que se de chamar o asunto do pma. Pois m, esse ogo um uco surrelsa e que os suealsta cha ma jogo o Cav deam nome Caver er agradável agradável rque, no dia em que eles deam a esse jogo, o "cadáver agradável que surgu está mas próxmo d nerpretação no senüdo de Lacan do que odas as proeçs e consuções pscológcas do que mutas conbuçs nerdscplnaes Mas sobre o que basea Laan uma t alegação? Veam que lhe é pri mo necessáro supor a tas escros um sar nconscente A quesão de sar se X o Y qus dzer o que esá dto ca c a apagada apagada a par par dí. Par ser mas precso, ele estabele estabeleee o axoma á comenado: "O sgn s gnffcae rep repre re sen o sujeto para um ouro sgnfcante Somene, Somen e, es a: no exemplo dos do s paznho paznhoss mas ma s acma mencon menconado, ado, se há mesmo algum sujeo que sura da explcação do pma (o sueo esá no poema, não é aquele que o explca, ou anda, o sueto recebe a menagem do ema do Ouro, que não está aí, o sujeto assm susctado não esá lgado a nenhum corpo: ele é ldo, ma não fala, e não ouve. Pe se decentemene, para reomar o exemplo de Don Juan, supor a esse sujeto sção de clase, deseo fanasma, ec? Sm, por certo Por que não? E ava sase m que essa posção de classe, esse fansma etc, não -
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Lacan Lacan
o rais (ala-se aqu somente do D Ju de Mol) Em oas pala v, ão cam presos no n em que um sujeto geralmente e prende: um nconscente, um co, u lnguagem, uma voz, ou anda: a ordem sm lca não se a a a nenm magnáo, nem a nenuma rl. Donde a rmula pr de L que vrá de regra de méto para nos aá lse A pscanálse não se aplca no sendo prpo, senão como ata mento, e poanto a um sujeto que ala e ouve" (Écris p. 747) Ele acrescenta: Fora desse caso não e ser quesão senão de mé to pscanalítco, esse que ede ao dramento dos sgnfcantes sem rest nenhuma oma de exstnca pressusta d sgncado." A prmera ase mplca lteralmente que não se de apcar a psca nálse senão a um sujeto sobre o dvã, no atamento analítco. A segunda mplca que qu e ora ora desse caso caso case como que date de uma escrita a ser decrada, e que de modo nenhum se deve prurar compre ender (o sgnfcado) Ressurge a máxma: Seja cauteoso, não que compreender", que aiás vale também pa o tatamento pscanalítco O cado é o eeto do sgncante O sgncado, alás, não é o que se sgncado sgn compreende, é, dz Lacan, o que se lê no sgncate que se ouve (Sem náro XX, Mais. ainda p 47). Se, pos, se qusese egur a regra lacana com to o rgor, sso cara que não há obra de terára, pástca, musca, et., à qua sgcara sg se posa aplcar a pscaálse. E como esta regra mbém exge ser tomada lteraente, de preerênca a ser compreendda" em seu espírto, não se dev ter receo de evar avante esse rgor Esse rgor conduzra a se nterdtar t tentatva de aparecer o pscaasta de servço, que venha dzer aguma cosa sua E Jacques La can, r outo lado, não o a rádo nem à televsão para dr reas sobre a sexdade dos ranceses (Ao rádo e à televsão a que o, ele ez pscanálse teórca, um cuso a �as, em suma)
E Freud?
Ora, a adção pscanaltca costua most sobretudo o conáro, e se há quexa de alatóro nconsstente sobre a obras, os escos, as paa vra, os atos, os gestos, os bchos e as pesoas, não será porque os psca nass d tempo de Freud acm bom aplcr a pscanálse aos mtos e aos conos, à e à relgão, a cvzações ters? Cos ao acaso ak sobre o ncmento dos herós, Jung sobre a relgão e a aquma, Jones sobre Édpo e Hamlet, ek sobre a músca, etc Não será porque o pópro reud a, afna de cons, que fe o própro reud?
es esquisitices nos textos psicanalticos
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Deixemos de lado us erios popriamente teóios tais omo a Intepetaçã s snhs, Além d pincípi de pae a Metapsiclgia . . . imeiramente, a lo de "amentos foram oigidos sob o nome de Cinc psicanálises ino náises de asos po Feud Dr o Homem dos Los, o Homem dos Raos, Feud os teve sobe u divã; eles he alram, ele os ouviu, eles o esutaram, eles puderam ouvi-o, ee lhes fa lou Mas já o queno Hans, tavez Feud o ouvisse, em to so não o escutou, e o queno Has não lhe faou nem o ouviu, svo uma únia vez oi intermédio do pai que a "análise aonteceu Qunto ao presidente Shre, sujeito q faava e que ouvia (ouvia até vozes), não é senão te ee esrito que Fud o entendeu sem nuna lhe te faado nem visto. E no entanto de fato a existe uma autêntica exriênia aatia. Deixndo de lado os sujeitos que falam e ouvem, demos nos diveir om a enumeração das seguintes situaçs, que não são mais sujeitos do divã de Feud Sujeitos tendo sido "analisados Feud a títuo stumo, a partir de um nasma ou d uma ecoção ifanti: eondo da Vini Ghe Obs de rte "anaisaas Feud sem eeênia a agum sujeito nem a seu auto (ou aas): a Gadiva de Jensen um onto de Ho man o Més de Miheangeo "Sujeitos anaidos po Feud não tendo exisido ou endio Éd, Hamlet Ctees anidos Feud: o que não obtêm sueo o imi nososs up noso upb bil ili iad adee Reigi instituiçs, omçs siais nss Feu e ue não o sujeitos: ritianismo, jumo Igrej eéito ivição moea Cie da po Feu Rom Aten eo Enm oié Sunhmo go que e ue ee o e Feu n ou b o meto e um ujeito ue e oue ou b u dição de innte (ou bm ie i u e ne tó) Po m! é oíve ue Feud e egu ee diem poém io eigi eevçã e gum tnoõe sobe eitu ue do e pode ze Tomemos ns oi eemo ut eete ondo V oé Cemente eno d V jgu ue u nbbo (ie em iio iio utre Fe Feud ud)) he h eotdo eotdo u u n u ee etva em eu ço m é ee o o dzr do ujeito obe o u e óia Feud O eto e oniedo oo ne do o ( oi ãe et uo et e e teo e
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Lacan Lacan
como ancipaçã da teoria 1) a neuro obsesiva; 2) da homos xualia 3) da sublimaç 4) do fansma (batem numa crinç, is o "abue "bt sua ua ene os ábios) eno até or de Lnrdo da Vnci em conter elementos de resta à tra anaític Um q passa a ser uma estrura um esquema um "grafo. Moisés: nenhuma roração de inncia um rsoagem histórico e lendário ao mesmo tem a quem abui os cinco prmeros ivros da Bíia etc Um sujeit probemátco Pois m! querendo seguir Freud na vertente "apiada seá preciso acreditar que Moisés era egíio (a crítica cientíca não p nada meante) e qe oi assssinado (eucu braç br ação ão do histo histora rador dor aemão Selin S elin - can convidou a seu Seiáio m esasta hebraíta qe desmonou es eucubraçã) e agoa che ga a um impasse Se lo conário nisso é decifrada aguma coi como gmento d toria do Pai e de seus noms ma anáse dos nmas antsemítcos até como s Lacn uma incursão na étia da psicaná ise então o quadro ca uminado na boa prscva e a esut uta da obra é rcebida. O nome de Moisés convertese então em em sinônimo de psicaáise1
Lacan e as obras de arte
as ac c é que ee de? Não cmenta nnca agma obra de rte? er ddzirse ds prcípis acia encds qu ee ã apica a psicanise psicanise se a casos cnicos ds quais se ensino escri escrioo e ora ora esa rhad segundo essa essa visão visão enqao qe qe ee se rsari rsariaa a ar sbre obras de ae e evitara essas auss ierias u tias que ã reqüeeee inndem a certs aaisas um de encanmento? Od prém o que oje se pde er dee nenhm úco caso c ic sv o c Aimé (óia) anaid e sa te de psiquatra nma éa e qe ee aina não encnra qe dee an e qe ee pubica senã tardament nã sem reicência E cpesaã derseá enmerr ns Semnárs: Livr 11: s iões sbre a Carta rubada de Ed Edg grr P (ca (caps ps XXVI Reã ns Escrts). Havia na Idade Méda um ssta de nterptação da Sagrada Escrtur segundo quato sedos: teral, moral, aegórco agógco. Segundo a Igreja, Crsto a dzer o somete Mosés é meu pcuror (apcação) mas tbm Mosés fa de mm decfração de sgfcates) A pscaáse que pede segundo a deciração só utiza o sedo ter tera. a. 1
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Lvro III análise de Booz adormeci de Vicor Hugo (caps. XVII-XVIII) Livo V: análi do Balcão de Jean Jean Genet Lvo VI e lçõs sobre Hamlet (publicadas na revisa Ornicar n°s 2 a 27) T �o VII análses de Antígona e de dipo em Colona Colona de Sófles. Livro VIII análise de logia de Claudel (O refém, O pãoduro O pai
humilha)
Livro IX as análises sobre o quadro, a pinua Livro III III sobre o sinom sinoma a oyce Ao que se e acrescenr "Mide de Gde, publcado em 1958 e reomado nos Escritos.1 Na verdade parece (não esão ana oje publcados os os Seminários) que com exceç exceção ão de de oyce (oyc (oycee a ex exce ceçã ção! o!)) será mais nos anos 1955-1965 que ouve referência dele à lieraura ou lo menos a o Seria alvez rque o o su a cena e a cena esá óxma da psicanálise (a "cena primiva· a "oura cena do sonho)? Ra lena a ess respeo dz Lacan odos os aços que mosam que na esua mesma do fao de asssr a uma ça, á alga coisa que eva as prmers obseraçõs pela cança a copulação ena ( Oicar?, n 24 p 28) 24 28)
Do teatro
Essa razão enreano le paece ncomple A cena o ro no ero em Hamlet anes resnfca a "esrura de fcço da verade (ssm o eao no eao será mais veradero o que o eo sples e demonsra ra melor que romance, que a verde é sere a ordem da ficção Mas um ouro xo de ambém nos colar no camno É que a propó so do cono de Po, a Carta rouba os eos que nãosendo do eo é s longmen comenado r acan ele singe o rma e a narraço A nço nço com efeo reforça o daa co m comenáio se o q não avera encenação encenação ossível Em o palavras naa naa do ra podera ra aecer aecer na n a aenção da d a à cens e aos sons sem a lu lu naç nação ão ma pode de da claro se se pode pode dzer que a nação r ree a cad cena do pono de vsa de ca um dos aores ao reresenálo (Éit, p 12 Asim como "Hommage Marguere Dura oe o Ravssem de Li V Stein (Cadeos Renaud-Barau) e um prefáio à aduço do Éel du Prnte de Wedekind , (Gaimard). Se o MnJhrope de Mor Mor,, ve am amém ém o Ect p. 173-15. Deixase de ado aqu a floofa, para ó fala da obra de arte. 1
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Lacan Laca n
A n nção ção ea e a n no o a
função com c omoo o to, t o, de enqu en qua a a ca de ds-la (em cena) e como ess lues dadejans que fem aer o omo es ol e num quado um qulque eoque nvsível és que faem ve um câno num objeo oblongo qu não p den tc de ene (vejam a análse fea can d "nmofose dos Embadoes de Holn no Lvo XI do Semnáio), sua função a a de e ce ce o nconscene n conscene ou a esua Tomase aqu ans o exemplo das lçs de Ln sobe Hamlet. Sem segu o dehe de uma nálse que deve e l neo v mos mos que ela segue os pncpos do dema enuncado: não há pscná lise apicada em Hamlet, mas Hamlet concebido como a são de u adnmeno óco. Como ssim? As lçõs sobe Hamlet se escndem em ês o quato momentos es sencs: a elação de Hmle com o nsma de seu p com sua mãe com Oéia com Cláudo ou ee Com o sma apece od a dença ene Hamlet, p me e Édpo ça na Em Hamlet, a coisa es esáá u mas é o no no impo impo ee o pa esse a cohec cohecee e em desvendála desvendála Éd Éd esse não se (Ornar? 24 p 3) Dsso decoem evdeemene mca çõs a esua esua é d ma quesão de de culação culação Seuese noda noda un se ele s s eo p p que não ma o usupado seu seu o mene a un Um desejo cemene lhe imde de ze sso Que desejo? desejo? Oseem que a peuaço de Hmle odo o em so com o qe ele ele se eanh eanha a é um de dese sejo jo Esse desejo desejo esá esá m lone do seu se u se dese desejo jo sa me m e é o desej desejoo d mãe mã e (Ocar?, n 25, p 20). No é se Qe podeemos cl a esse poso mesmo concenndonos a cena de Hame dne de sa me? Não há mome em que de uma maea mais comple a óla óla o desejo homem é o sejo do Outro, seja mis sesel mas eizada anulando complemene o sujeo (Oar?, n 25 p 23) Hmle H mle esá esá sempe peddo peddo a hoa d o Ouo ss ss aaés aaés de t a ia aé o m (Ornar? ºs 26-27, p 4) Esse desejo dee es siado a p do que é a sa da de oque a sabe o oje (Ornar? 24 p 14) O dama do ojeo emno e aece n ola de ua cilizção so a oma de Helena é e leado le ado a se aue a ue com a desaç desaçaa de Oélia Oéli a (Oar? n 24 p 4) A mãe é o sjeo pmodi da demda Dialéca da demd e do desejo O sma doe elaço do sjeio a esse oeo ege o desejo e seão seá sado em m po áel ndeemiado -
ssas esquisitices s ttos psicanalfticos
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(toa)
Isso se desenha Lembramos qe g o sujeito, D: a demanda d: o esejo a o objeto; A o Oro 0: a relação de m termo àquilo qe lhe fa gon: a plsão Sa: o fntasma1 Isso é o fgmento do gro completo ao qual La aplica Hamlet. Aquilo de que está privado o seio, enetanto, o que é? "É o fo, e é do falo que o objeto toma a fção qe ele tem no fantsma e qe o desejo se onsui om o fantasma por supore (Oicar, n2s 26-27, p 11) Esse falo, falo, se s e é o objeto, objeto, é Ofél Ofél ia qe lhe lh e fa faz as a s vezes El E l a o é. Mas m segundo tempo nessa relação ao obeo assume a forma de ma disânia omada om ele Oféla é enão dssolvda como objeto de amor e od zda à louura. "Ofélia é o falo exerorizado, rejetado pelo sujeio en qnt símbolo signiane da vd v d (Ornicar?, n2s 26-27, p 18. Por entremetimento do deseo da mãe, é também o falo do ador qe Hamlet enon Esse falo o oo o tem D sua hesição pos seu obje, em ataálo Por enremetimento enfm de aere o irmão de Ofélia a qem amle se identifia omo a m semelhne (ele salta deno da fossa de Ofélia Of élia om Laer Laere e e o censra le l e vea o luto) luto ) - pelo efei efei do de delo lo om esse aere "há no fim de do defação ao falo mor (OrniNotar que S designa o sgnfcane. ão-baado quando confontado àquilo que ala no Ouo: S(A) (eu pa mal vngado exemplo, Ornicar?, nº 26-27, p 35) ele ece a aa da elação em O com aqulo do qu eá pvado I
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Lacan Laca n
car?, n2s 2627, p. 27). É a conseqüência da presença imanent do fo que
não der aprecer senão com a desaparção do próprio sujeito Caa etpa da demonsação (aqui resumida) está alicerçaa sobre uma réplica ou um jogo de palavras de Shakesare Por exemplo, Hamlet d: "O corpo está com o rei, mas o rei não está com o copo "Substi tuam diz Lacan "a palavra rei pla paava falo, e percebeão que é pre cisame cis amente nte isso de d e qe se ta ta o co co está compmetido nes nesse se caso do falo e quanto! ms lo conário o fao esse não tem comomisso l gum, escorregalhes entre os dedos (Oicar?, n2s 26-27 p 43) Não mam nem essa audácia nem e obscuridade Vê amm homem ou mulher tem que se haver com o fao Vê tamm, se falante, muitas vezes toma wna plavra r oua Ta é o segredo a intretação em psi canáise Vê bem vê que nada salvo wn lapso ou o inconsciente, nada pode substitur wn falo a um i E no entanto muitos vos da antiguidade dele zeram um deus desse falo Pouco imrta que ess coisas não se digam em um congresso, a menos que seja, jusament paa fazer .
A inverso lacaniana
Vá l que seja seja,, vês hão hão de dizer. Que ima im a sab saber er se Shakespea Shakespeare re pensou em tudo isso isso?? Nu Num m sentido, se ntido, é a respost respostaa que que vês ter terão ão aqui aqui ele não pensou (conscientemente) em tudo isso: ele nsou (inconscien temente) tudo sso Mas tudo sso são agmentos da toria psicanatica Enão uma peça de tatro escrita n éa elisatana rviria para fazer proedr uma uma eora eora inventada no século X? Exata Exatament ment PePe-se se até dizer por a que é a obra de arte qu se aplica à psicanálise e não o nverso A perspectva lacaniana potnto invert "subvete totalment a prátca ordináa das psicologas mesmo sendo estas de "inspiração psica nlítica signiicando isso apenas que o fator sexualade é tomado em s, e consderação U dedo de lua de classes pra quem_ se apregoa marxis, dois dedos de seo para quem se aprgoa euiano e pronto acabou1 se-ia até dizer qe se Mar sobe utilizar o Tmon Atenas a Poderse-ia Poder posito de sa teo da mercadoria foi como se aplicsse uma peça de Shkespeare à economa polítca E a razão de não haver conadição dos pontos de vist ediano e ista (sem flr dos ouos) é que eles não Não se aa de cica a hsóa leráia que ence à ciência sóca e que z espito bogrfa dos escoes s escoas, s coenes ec. Ea amém epaa ecessaamee com o problema d eeaço como oda ióra 2 Max: Le Capital, lvo I, . Ses . I p 137. Fed amém aa dea peça (Oricar 7, n° 24, p. 10). 1
essas esqustces nos exos pscanalíicos
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e encon na obra mas devem se artcula em oua pte em campos disno. deba ba clóquo clóquo ou smpóso, que lhes a mr a D a iluã de um de convergênca num mesmo poto Um uco dessa geomea da projeva inic in ic i i alá aos ttere eressa ssados dos que l pono pon o deve esa stuado no nnto mas que é ssível ssíve l perfeamete perfeamete fazer fazer a seu se u poso poso cos co suçs uçs e cálcu cá lcu los; a ilusão de um debate é querer mosar o pnto no nfnto dretamete no cam da vsão Da resula que odo debae como sam compor empre um ete que não vu esse to e que abre a ba ao ca de s quaos de hora paa forma que em sua opnão o probema está ao que lhe parece parece desde desde o co ma mall colado! colado! A consderaçs segutes de Laca sobre Hamle pem portato vr de exemplo de empreo d obras de a no ca cam m da pscaálse Hamlet ão é um rsoagem real "Se-se vecvelmete qua do se aa de obras de ate e escalmete d obra damátcas qe se esá ldado com caracteres no sentdo etenddo em francês Caraceres s é persas dos qas se spõe qe o autor coheça toda a co textra Ele textra E le tem t em a reputação reputação de ser capa capazz de os os comover como ver la trasmssão dos caaceres desse po e de s oduzr por essa salzação a uma realdade realda de qe esa es a para aé aém m do qe a obra de de arte nos of ofer erece ece Pos bem dre que aet já pssu pssu essa ess a propr propreda edade de de es es fz fzer er ser a que poto essa opã ecoadça em qualquer lar lar que aplcamos a cada cada psso ps so esontaeaete deve ser se ão refuada o meos receba com descofaça (Oicar 2 25 p 13). heró ró se me m e esão esão sedo é esamee dco à palavras do O he texto Devemos eão os persuad que o modo sob o qal uma obra os ate da maera maera mas pfda sto é o pao do ncoscete cosste ar rjo jo em sua s ua composção composç ão Esse Ess e é o outo outo sera se rador dor a qual peço em m a qe vês se pedem (Oicar? 2 25, p 15 Como vem de novo ecotramos a déa de ser tculado s fcate E mas mas:: Pr Prua ua as obras as t taçs açs ue frmam sobre sobre atr ão é aasar acace da obra com t" (Oriar? 2 25 p 15). Nessss cdçs: Ness c dçs: sso propós propósto to é mos mosa a e m Haet a tda d desejo do dese hmao com que damos a aáse (Oicar?, 2s 2627 p 7) E mas "A peça de Hamle é ma espéce de ape de rede de arapca em ue está artcado o dese d homem e precsaete as cordeads e Fred os revela a saber Édpo e a casaçã (Oricar? 2 24, p 24 ss resua que se Sakeseare preparou a rada pa ss desejo de ós qe somos deos o sfcte amet s represea c set pa sfcate a tera aaca Mas para ee a
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Lacan
le, no se aplica a psicanálise e menos a a clínica que consisia pr exemplo em conside-lo hiséico ou neuótico obsessivo "Sobre o desejo de Hamle, já se dise que e o deseo de um hiséri e lvez se seja ja de fao verdade. verdade. Tamm ese e se di dizer zer que é o desejo de um obsessivo é a aoo que ele esá esá empanu empanua ado do de severo seveross snomas sn omas ps ps casênicos casê nicos Em ve verd rdad ade e Hame é as duas coisas Esá E sá pura pura e simplesmene no luga desse desejo Hamlet no é u caso clínico Não é um ser real é um drama que apresena como uma plaa giaória em que se siua o de sejo (Ornicar?, n° 5, p 25). Com isso Lacan conadi dieamene Freud (e Jones) ue azia de amle um hs h sé é co co.. Ma Mass Lacan passa do: do: "ele é as das osas da ps ps análise aplcada a "ele não é nem uma cosa nem oura ue d lugr à ora aalica Não quer sso dier que amle seria genial demas, mu aima de nós paa se lhe apor uma denominação cla Não Hmlet é uma comsiçã maquiada de t manera ue hiseia ou nerose obss sva pem a enonrar escros seus snomas mas amm suas esr uras e suas les Se para ermnar me dsserem que a anlse de Laan não perm mpreender em Hmlet do, nem lê-lo dreo, nem mn-lo nem re resenl é preiso spnder ue eão conundindo duas ordens Primeiro, comreender emrem-se a queso não é ompreender Deis ler não se aa senão de ler, no sentido do sgniicane E praer não é menr uando se perebe, se adivinha saese, ue uma al armad lha esá prepaada para o deseo. Pe-se pensar que se não sse assm essa pa aia an eeo sobre s que a enconam? Para mnála, vs e agora a quesão é de monagem ou de encenação a qual é uma iner reaçã a leura de Laan será no mais nova quano ela se arula e m outro campo ã út qano era por exemplo para eonrd da Vn seu conheimen da gelogia ando ele pava uma mnha qua a represen-la iso é a cedr seu "ahe seu corpo, ao ue nã é s não um esr drmdo a sono solo numa praeleira de lvrs a leiura aan ara amém enrever ao aor omo se a râa de m ão que implicara enghameno de seu inonsene na t sçã, a insrçã de sua ga n quadro Hamlet uma obra de ae, à direa, isso se lê se reresena sus r e peade pr prer Do lado esuerdo, iss pgredir a psaálse Há um emp ra do di o clesaes
Para conclui
Em 1907, scr scrvndo vndo àqul qu qu l julgava tr condiçõs para para mancr
su mais fil discípulo - J ung , Frud Frud va os dolorosos comços da psicanális: "a falta d intrss d comprnsão d sus ais ínimos amigos; "os príos d angúsia quando l msmo acrditava sta n ganado, pruava "mios d toa ainda úil aos [sus] uma vda malo grada gra da dis, "a convicção cada vz mais frm qu s agarrava à intr prtação dos sonhos como a um rhdo num mar ncaplado nfim, "a crtza apaziguadora qu finalmnt s apodrou dl lh dizia "agua dar uma voz saindo da multidão dos dsconhcidos para rspondr à sua] Frud tv spr a prudência d não acrdir dmais m isonhos dias futuros, l cuja vida acabava quando o hoor nazista ia rbntar o mundo E, msmo sm aplar às suas dclaraçõs mais ssimists, va lmbrar o qu l também dizia a Jung, nss msmo fliz ano d 1907: "As ps pssoa soass simplsmnt não qu qur rm m sr s r sclar sclarcida cidass Por Po r isso é qu não compr com prn ndm dm as coisas mais si simpl mpls s ] . P Ps s ãosom ãosomnt nt continua continuarr a ab abalhar, alhar, discutr o mnos ssívl Só s podria dizr a um 'Vê é um imcil imcil A outro outro 'Voc 'Vocêê é um pat patif if [ ] Sabmo Sabmoss aiás aiás qu s tra trata ta d pobrs coiados qu têm medo d scândao, d prjudicar a carria, ou qu são contidos plo tmor d sus próprios rcalcamntos Acrscnava l com compaixão Só pmos spra qu ls moram ou fiqum lntamnt rduzidos a uma pquna minoria Lacan lvou a sério a subjtivdad d Frud Tomou como dado ssncial da história da psicanális o qu l chamou "o carátr sofrdor da prsonalidad d Frud, o sntimnto qu tinha l da necssidad d autoridad E por uma simpls rzão é qu uma part do futuo modlado por Frud tomou, por causa disso o aspcto d uma instituição ortodoxa,
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Lacan Lacan
autoritáia e burrática, a Intemaonal Psychoanalitic Assiation (IA) que o oviento lacaiao uou jusent contrabaaçar no udo. É o eso hoe que se coparava e 1910, e As per perspectivas spectivas de f teapêutica anaíica, a u ginecologs turco, priado da con aa e seus concidadãos, e precisando contentar-se e tar o pulso de sua dnte aavés do buaco de u tabiqe, inagando se algué sar quado a siedade am i conferir ao aalsta a autorade necessra para o exerccio exerccio e s so . . . e qe exigiu exi giu a Intematoal. Intematoal. Lacan, Lacan, no Semináio I, obrva que so nos rite vislubrar r que Fred, ao conrio do qe existe e ses escritos, usou concretaent o so de sa autoridade pa garant, julgava ele, o o da aálse". Esrão os psicanasas hoje preserados do que assediaa Freud? al ão fora desacredidas essas resistências exterores coo ele dzia? Ele distguia as resistências extrores e as interiores. saos arados cona as resstências introres vindas do pacene, explcava ee, r exeplo, na ntrodução à psicanálise as coo nos defendereos as resstências exterores? (Aliás), a ora de nossos inscessos den de s de fatores exteriores. E ele ava coo ilusação dessas ress tências e exteno o caso das fas dos pacientes: Nos casos freqüen tes e que a neurose te relação co ebros de ua esa falia o são não hesa ao escoer entre se próprio neresse e o restbeleceno do doent. Não é de adirar qe esposo não ace facente a ento que plica, coo ele prese co rzão, na reeação de ses pe cados. Ass nós oos, psicanalst, declnaos de oda censa qno nosso raento não obté sucesso o precs ser neropdo rqe a resistênca do o e reforça a de sa her. nfelzente, fezene para nós? Qando a revst freudna L ' Âne e e-zo e feereo de 986 a songe nacon sore Os organzo organ ses e a psicanáise à qna per pergn: gn: Se o seu (ou a sa cô cônnge 63% as pesso decsse fazer a anáse, qual sera sa ade? inteogadas respondera qe o pei e 0% aé o encorara, o sea 73% e resposs faoráeis! Tera Fred cado e co o scesso hoe rconhecdo à psicanáse? Cerene ee esperaa io do eeror do scso anaíco qano arrebatado a ega de enconr os ses dscpulos no Conesso e inocou ou co ses vo voos os o epo e po e qe q e pscnas pscna s Bpse, e 98 inoc e pscnandos seria legião n e qe as clínicas pscanac apoadas e ssentd peo sdo se pci coo ores na pr aera ee esa e próo e se eseo S dseaa qe a psca náse aen or definção ao que h e s sng no seio no dexse de ser enos derazad coo dzeos hoe, iso é coo caa e odo o e oo no cnho o aor núero sse e -
para conclu ncluir ir
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ser falantes lvres deis para serem levados lo seu destno a ouo luga. Freud legou aos psicanalistas sua conadição Sua solidão histórca é a solião deles de cada um o que Lacan fomulou magisalmente no instan te mesmo da fundação de sua Escola: Tão só como semp estve em mi nha relação à causa analítca." Es solidão rém que pretende só haver esrança no partcular não os separa de modo nenhum do que se de chamar a questão do númeo" e que um lvo d dvulgação geral como este fa ecor A psicanálise tem que ver com o número? É pciso resnder clara mente! Sim e não Não rque não ga o sujeitos senão um a um, não os soma eles não se somam Sim rque é precimente enquanto acolhe o particulr par ticulr num tm em que o univesal é dominante é que ela é suscetível suscetível de aglutinar multidõs A psicanáise não engendra ndes consideraçõs eânicas a psica nálise não faz promessas À trceia d inteogaçõs que para Kant "O que me é pemitido esa? resumem o interesse de nossa o Lacan não resnda na televisão: Esrem o que lhes agrad? Num sentdo só as usõs têm futuro Que se de eber que está chegndo, que nossos sintoms já não tenham modelado? Ganhei sem dúvid Pois que fiz ennder o que eu pensava do in consciente" vando em 1976 as luas avadas deno mesmo da comu anítica ítica - pa para ra não não fala falarr das das outa outass - Jacques Lac Lacan an não e rego rego nidade an zijava enento verdadeimene Pois que paa o Cm reuiano a única questo mrtante é aber em que condiçõs a exiência que o delimit continuará a pemit a emerg emergênci ênciaa do real ou o u seja nada mis que aquilo que Freud penava esta azendo aos noeameicnos a peste Nem é preciso esbugalhar os olos ao hoizonte pa veic que oe, como com o ontem não h psicanáise senão insuportável -
GM
Referências bibliográficas
O Seminário
Prime em seu domco des no hospal Sante-Anne na Escola Noal Sror e na Facldade de Dreo do nthéon, Jacqe Lacan mneve de r anos u sno oral conhecdo sob o ne de Semár do qal encarrego JacesAa Mller de estaler o cjn cjno o do exo. exo. Esse bo em cso á pblcao dos segnes segn es snáros snáro s (edora (edora Se; dz dzdos dos e pbcados no Brasl Bra sl r oge Zr Edor: Lvro I Os escitos técni d Feud L Lvr vro o l O eu n teor de Freud e n ténca d psicanále L Lvr vro o I, A psicoses vr vro o V A ética d psicanále vr vro o XI Os qtro conceitos fntais d psicanálie vr vro o X Mais ai ão N revs Onica? (edor Nvr) form pblcdos m pimira ve rã o os sáos segnes vr vro o XX XX R.S - Li Liv vo o XX L Sinhome v vo o XXV L' u que sai / un unee bvue, s' a/e à ue v vo o XXV XXV Dsoluion Escrtos Coletâea de s tinta eos gos cnferêncs o pr i "livo de an, pubido em 196 editora Sui. Há tamm uma vrsão rduzida m fomato de boo Tlvsão É o eo da missão ràizda m 73 po siço d pquisa da ORTF (Rádolvião da Franç) em q Jacqs Laan actaa rspondr a ma séi d pguna dirtas "ve elementae Sui 74)
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refe eênias ênias biblog rM rMc c
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D scose nóc em ss reções com sone Tese de doodo em medicina de aques Laan edtada la imea vez em outubo de 1932 (Se 1975; d. braseira Foense 197)
Os comexos fmres Refeito em volume o rtgo de enciclopd a encodado e 198 an entã pscalista bem jovem, paa um voume em que oupava um lugar no píulo "A amia Um es esto to pecurs pecurso o de se ensn en sno o (Navn (Navn 194 d baseira: Jog Zha Edito 9 A orentção cnan ess e ít íto o que se desenvolve em Pas, às quas-eias de tde o curso de Jaques É sob esse
nmerosss erências são feits n ste livro sse cuso que orent há Ala Mer, ao qual nmeros gns anos ano na Fç co foa d Fnç, o abalo dessa comunidade analtia chamda c Lacan o Campo Freu di diaano não esá entetnto editdo até aga e iua unimene sob a fo de foópis D Jcqes-A Me de-se, out o lado e od m sé de extos cfeências, aigos pubicados em voumes coletivos ou rvists e, aicaene, Ocar? n2 0 "Ensino d prsção de dntes nº 24 ncclopédia nº 2 " m outro can 29 "CS' Mas Mas esi esimnt mntee sob o estblecento dos do s Semáos de acan citemos iguaente Entrelien sr e Sémiire avec Fraçoi Aerm (Nava 195). No Bsi idicos tm o ro de A M Percurso de can (Joge Zar Edto 97 2 ed. 9
O Cmp Freudino São numeosas as pbcaçõs nscidas da ra de cn. Paa ficos n Fnça s n Cao Freudano assaemos a coeção qe tem esse nome di g ida acan de 96 9, n edito Seuil Nel fom pubicads ea de qarent obrs e uguo-se ctemete ua oa sée digda p acqes-Aain Mer A coeção O Cao Freano no Brs tm diigida r cqesAa Mier, teve iníc em 197 n edito orge Zhr. Quato pubiçõs ics nas quais cobo os auos deste io dem ser csdas: a vis Ornr j citda o magie L' Âne os cdeos nyca, ssi co a Carla a d oa d Caa Freudana. Os tês pimei ros ttuos eso scos no catáogo d edio Naa que mbm pubico lvos de numeosos dscpos de L.
O Cl Clip ip Um Cto de Ligação e de Ioação sobe Psnáise o CP foi cido ese ano as ua Navai 75 is). odos aquees que deseem doante obter fecis o foõs compes dem dgirse esse Cento.
Cp Fdano no Br Coeção dirigida pr Jacques-Alain e Judith Miller
Aain Juranv Juranville ille
Jacques acan, O Seminário Livo Os escritos técnicos de Freud O eu na teoria de Freud e na Livo técnica da psicanálise ! Livro 3 : As psicoses Livro 4: A relação de objeto Livro 7: A éica da psicanálise Livro 8: A transferência Livr Li vro o 1 : Os quato conceitos fundamentais da psicanálise Livro 7 O av�sso da psicanáise Livro 2 Mais ainda
Lacan e a Filosoa
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Clínica Lacaniana
Psicossomática e Psicanálise ISBN 85 -7110-066
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Jrge Zaha Zaharr Editor Editor