UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
SEMINÁRIO 2 – PROJETO PROJETO DE LAYOUT DE CANTEIRO MEMORIAL DE CÁLCULO
BRASÍLIA / DF: OUTUBRO/2017
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO........................................................ ............................................................... .... 3
2
MEMORIAL DE CÁLCULO ....................................................... ............................................. 3
2.1 ÁREA DE ÁREA DE VIVENCIA VIVENCIA .......................................... ................................................................. ............................................. ..................................... ............... 3
2.1.1 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ............................................................ ........................................................................... ............... 3 2.1.2 VESTIÁRIO ............................................ ................................................................... ............................................. ........................................ .................. 4 2.1.3 LOCAL DE REFEIÇÕES............................................ ................................................................... ......................................... .................. 5 2.1.4 COZINHA, QUANDO HOUVER PREPARO DE REFEIÇÕES ..................... 6 2.1.5 ÁREA DE LAZER ..................................... ........................................................... ............................................. ...................................... ............... 6 2.2 ÁREAS ADMINISTRATIVAS........................... ADMINISTRATIVAS.................................................. .............................................. ......................................... .................. 7 2.2.1 Escritório administrativo (16m²) ................................................ ....................................................................... .......................... ... 7 2.2.2 Sala do engenheiro e estagiário (12m²) .......................................... ................................................................ ...................... 7 2.2.3 Mestre de obras e técnico de segurança do trabalho (9m²) ................................ ................................ 7 2.2.4 Banheiros (6m²) ............................................................. .................................................................................... ......................................... .................. 7 2.2.5 Sala de reuniões (mesmo local do escritório administrativo:16m²) ................... 7 2.2.6 Almoxarifado (36m²).................................. ........................................................ ............................................. ...................................... ............... 7 2.3 ÁREAS PARA ÁREAS PARA ESTOQUE DE DE MATERIAIS MATERIAIS........................................... .................................................................. .......................... ... 8 2.3.1 Estocagem de blocos cerâmicos c erâmicos (140,79m²) ........................... .................................................. ............................ ..... 14 2.3.2 Estocagem dos revestimentos rev estimentos cerâmicos (32m²) ............................................... ............................................... 15 2.3.3 Estocagem do cimento Porland (8,55m²) ........................................... ........................................................... ................ 15 2.3.4 Estocagem da cal (14,4m²) ......................... ............................................... ............................................. .................................... ............. 15 2.3.5 Estocagem da areia (50m²) ................................... ......................................................... ............................................. ........................... 16 2.3.6 Estocagem da argamassa colante (6m²) ................................................ ............................................................. ............. 16 16 2.3.7 Estocagem do aço (36m²) ............................... ..................................................... ............................................. ................................ ......... 16 2.3.8 Estocagem das fôrmas (29m²) .............................................. .................................................................... ............................... ......... 17 2.3.9 Estocagem de tubos (18m²)........................................... .................................................................. ....................................... ................ 18
2.3.10 Reservatório de água (5000L) ............................................................................. 18 2.4 ÁREAS DE PRODUÇÃO ...................................................................................................... 19 2.4.1 Central de argamassa (10,5m²) ........................................................................... 19 2.4.2 Reparo de fôrmas (21m²) ..................................................................................... 19 2.4.3 Armação (16m²).................................................................................................... 19 2.5 ÁREA DESTINADA À DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS ................................................................... 19
1 INTRODUÇÃO Neste documento, apresentamos os critérios, premissas e métodos utilizados para o dimensionamento das estruturas e compartimentos integrantes do projeto de layout de canteiro para a construção do Edifício Ondina, cuja obra já está em operação, em Juiz de Fora (MG).
2 MEMORIAL DE CÁLCULO 2.1 ÁREA DE VIVENCIA
2.1.1 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS As instalações sanitárias foram calculadas considerando que vinte e oito pessoas utilizarão essa área, onde dessas, vinte e três são homens e cinco são mulheres. As instalações sanitárias englobam lavatórios, vasos sanitários, mictórios e chuveiros para atender os funcionários. A NR 18 estabelece que os ambientes sanitários devem ser separados para homens e para mulheres. Ademais, as instalações sanitárias devem ser previstas para que o operário se desloque em uma distância máxima de 150 metros do ponto de trabalho até o sanitário. A NR 18 fixa as instalações mínimas sanitárias para atender os trabalhadores, onde deve constar um conjunto sanitário (lavatório, vaso sanitário e mictório) para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores, assim como um chuveiro para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores. Lembrando ainda que essas instalações devem ser concebidas em ambientes diferentes para homens e mulheres. Assim sendo, na tabela 1 abaixo constam as instalações sanitárias para a quantidade de operários considerada. Tabela 1 – Instalação sanitária para os operários QUANTIDADE DE PEÇAS DA INSTALAÇ O SANIT RIA PARA OS OPERÁRIOS Trabalhador Quantidade Lavatório Vaso sanitário Mictórios Chuveiros Homens 23 2 2 2 3 Mulheres 5 1 1 1 A NR 18 define que o vaso sanitário deve ter uma área mínima de 1m² (com 0,9m de largura e 1,10m de comprimento) com divisórias de no mínimo 1,80m de altura. A área
mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m² (porém será adotado a área de 1m², com 0,9m de largura e 1,10m de comprimento), com altura de 2,10m do piso. No caso dos mictórios, eles serão afastados em 0,6m entre si. As torneiras dos lavatórios, quando mais de 2, serão espaçadas de 0,60m. Abaixo, na tabela 2 constam ás áreas efetivas construídas. Tabela 2 – Instalação sanitária para os operários Área de equipamentos na instalação sanitária Área Largura Comprimento Trabalhador Pessoas Peça Qnt. Área (m²) total (m²) (m) (m) Lavatório 2 2 Vaso sanitário 2 2 Homens 23 Mictórios 2 2 12 3 4 Chuveiros 3 3 Circulação 1 3 Lavatório 1 1 Vaso sanitário 1 1 Mulheres 5 6 3 2 Chuveiros 1 1 Circulação 1 3
2.1.2 VESTIÁRIO Segundo NR 18 todo canteiro de obra deve conter vestiário para troca de roupa de trabalhadores que não moram no local. Além disso, o vestiário deve ser próximo aos alojamentos quando existir ou à entrada da obra, sem contato com o local das refeições. Em cada vestiário deve ter um armário individual e um banco para cada operário de no mínimo 30cm. Os bancos não foram dispostos de forma individual, sendo assim, foi efetuado o cálculo do comprimento mínimo de bancos no vestiário. A seguir, na tabela 3 consta o número de moveis para os operários considerados.
Tipo de vestiário Masculino Feminino
Tabela 3 – Vestiário Quantidade de móveis no vestiário Comprimento Comprimento Pessoas Armários Bancos equivalente de do banco banco (m) considerado 23 23 23 6,9 3,5 5 5 5 1,5 2
Quantidade de bancos 2 1
Para comportar os bancos e os armários e ainda ter espaço para movimentação, foi estimado que o vestiário deve ter o comprimento necessário para que seja possível a colocação dos bancos, ou seja, 30cm para cada operário e espaço para os armários. Assim sendo, na tabela 4 constam as dimensões do vestiário.
Tipo de vestiário
Pessoas
Masculino Feminino
23 5
Tabela 4 – Dimensões do vestiário Quantidade de móveis no vestiário Comprimento Comprimento Largura do Área total do equivalente de adotado do vestiário vestiário vestiário banco (m) (m) (m) (m²) 6,9 9 3 27 2 2 3 6
2.1.3 LOCAL DE REFEIÇÕES O local de refeições deve ser coberto e ter capacidade para atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições. Assim sendo, foi tomado como uma medida inicial satisfatória o uso da área mínima definida pela NB 1367 de 1m². A seguir na tabela 5 constam as dimensões adotada para o refeitório. Tabela 5 – Refeitório Características do refeitório Uso Comum
Área por Área total do Área dotada Largura Comprimento Pessoas pessoa refeitório para o refeitório (m) (m) (m²/pessoa) (m²) (m²) 28
1
28
30
5
6
2.1.4 COZINHA, QUANDO HOUVER PREPARO DE REFEIÇÕES Não haverá cozinha no canteiro de obra, uma vez que a refeição será terceirizada. Neste caso um restaurante será o responsável por fornecer alimentação aos funcionários. Onde essa refeição será o café da manhã e o almoço.
2.1.5 ÁREA DE LAZER A área de lazer será a mesma utilizada para as refeições, entretanto à essa área será acrescido 6m² para que se possa alocar duas mesas de pebolim (conhecido como totó) para o lazer coletivo dos funcionários em horário apropriado. Ademais, as mesas utilizadas para a refeição podem servir de apoio para jogos de dama, dominó, baralho, etc. Assim sendo, a área total destinada ao lazer será de 36m². A área total construída destinada ao lazer (refeitório considerado como área de lazer) será de 36m². Onde 6m² é utilizado para instalar duas mesas de pebolim. Assim sendo, as dimensões do refeitório estão no item anterior e os 6m² para a instalação das mesas será de Tabela 6 – Dimensões dos 6m² adicionais para lazer 6m² acrescentados ao refeitório para lazer Uso
Pessoas
Comum
28
Área de lazer, sem considerar o refeitório Largura (m) Comprimento (m) (m²) 6
2
3
2.2 ÁREAS ADMINISTRATIVAS
2.2.1 Escritório administrativo (16m²) O escritório administrativo será habitado por um apontador, um administrador e um gestor de recursos humanos. Os profissionais desse escritório, serão responsáveis pela supervisão de documentos relativos aos funcionários, controle de notas fiscais entre outras atividades administrativas. A área total do escritório administrativo será de 16m², sendo 4m de largura e 4m de comprimento.
2.2.2 Sala do engenheiro e estagiário (12m²) A obra contará com um engenheiro e um estagiário. A sala para ambos funcionários terá a dimensão de 12m², sendo a largura de 3m e comprimento de 4m.
2.2.3 Mestre de obras e técnico de segurança do trabalho (9m²) A sala do mestre de obras e do técnico de segurança do trabalho terá os equipamentos necessários para a realização dos seus respectivos trabalhos. A área total tem 9m², sendo 3m de largura e 3m de comprimento.
2.2.4 Banheiros (6m²) Para os funcionários da área administrativa será previsto dois banheiros, sendo um deles 3m² para uso feminino e outro de 3m² para uso masculino. Cada banheiro será composto de um vaso sanitário e um lavatório, não sendo utilizado o chuveiro.
2.2.5 Sala de reuniões (mesmo local do escritório administrativo:16m²) A sala de reuniões deve comportar o engenheiro, o estagiário, o apontador, o administrador, o gestor de recursos humanos, o mestre de obras e o técnico de segurança do trabalho, ao todo ela deve comportar 7 pessoas. Sendo assim, a sala terá a dimensão estimada em 2m² por trabalhador da área administrativa, o que resulta em 14m² de área. Para poupar espaço no canteiro de obra, a sala de reuniões será a mesma do escritório administrativo, área essa que é de 16m².
2.2.6 Almoxarifado (36m²) O almoxarifado será destinado ao armazenamento de equipamentos necessários para desenvolvimento de atividades, tanto da administração central como da execução da obra. Assim sendo, a área do almoxarifado será de 35m², com 5 m de largura e 7m de comprimento.
2.3 ÁREAS PARA ESTOQUE DE MATERIAIS Para proceder ao dimensionamento das áreas destinadas ao estoque de materiais, recorremos às áreas de alvenaria, de piso, de teto e de revestimento cerâmico que foram obtidas na etapa de orçamentação, já concluída e entregue ao cliente 1. As espessuras e traços utilizados correspondem também aqueles anteriormente orçados e constantes nas tabelas de composição entregues. Esses quantitativos das áreas estão resumidos na Tabelas 7 e 8 abaixo, para cada pavimento. A denominação constante nessas tabelas (ver figura abaixo) considera e apropria para cada pavimento as quantidades presentes entre cada par de lajes consecutivas, ou seja, o pavimento “garagem” é aquele que se situa no subsolo, abaixo
da primeira laje; o pavimento
“térreo” aquele acima da primeira laje e abaixo da segunda laje e assim consecutivamente, englobando os pavimentos “1º Tipo” e “2º Tipo”. O pavimento “cobertura” é aquele que
comporta o telhado e, portanto, não possui laje acima, mas é limitado abaixo pela 4ª laje. Agregamos os quantitativos das lajes dos três pavimento destinados às caixas d’águas, por
causa de seus pequenos tamanhos e semelhança e denominados esse pavimento fictício de “caixas d’água”.
Figura 1 – Denominação utilizada para os pavimentos
1 Valores
que foram objeto de avaliação, na forma do Seminário 1 desta disciplina.
Tabela 7 – Quantitativos para cada pavimento – alvenaria e argamassa Pavimento Garagem Térreo 1° Tipo 2° Tipo Cobertura Caixas d'água Total Espessura (mm) Traço
Áreas com emprego de argamassa (m²) Área de alvenaria Contrapiso e Reboco Chapisco Reboco Emboço (m²) regularização no teto 295,57 327,89 655,78 655,78 242,50 190,71 469,82 939,64 751,19 188,45 187,30 187,30 429,93 859,86 671,41 188,45 187,30 207,55 429,93 859,86 671,41 188,45 52,46 104,92 104,92 67,97 135,94 135,94 1.778 3.556 2.990,66 565,34 912,67 585,56 5 20 10 20 20 1:3 1:2:8 1:2:8 1:4 1:2:8
Tabela 8 – Quantitativos para cada pavimento – concreto e revestimentos cerâmicos Volume estimado de Áreas de revestimento cerâmico (m²) concreto (m³)* Piso Paredes Fachadas Garagem 45,92 Térreo 29,17 242,50 188,45 59,63 1° Tipo 28,62 187,30 188,45 59,19 2° Tipo 31,86 187,30 188,45 59,19 Cobertura 15,67 Caixas d'água 9,72 Total 145,29 617,10 565,34 193,67 Espessura (mm) Pavimento
* Considerando-se a laje acima, com vigas, e os pilares do pavimento
As áreas de chapisco, emboço e reboco da Tabela 7 são obtidas com a combinação das áreas de alvenaria com aquelas que receberão revestimento cerâmico. Multiplicando-se as áreas de chapisco, emboço, reboco e contrapiso por suas respectivas espessuras, é possível calcular o volume de cada um desses tipos de argamassa, com seu respectivo traço. Essa informação do traço é importante para que possamos quantificar, como faremos adiante, os quantitativos dos insumos utilizados na fabricação das argamassas, que são o cimento Portland, areia e cal. Antes disso, no entanto, é preciso calcular a quantidade de argamassa necessária ao assentamento dos blocos cerâmicos, o que se faz a partir da área de alvenaria. Considerando a junta com 1cm de espessura, temos o seguinte esquema modular para o assentamento:
Figura 2 – Esquema modular do assentamento dos blocos cerâmicos Assim, como cada módulo possui 0,2 x 0,2 = 0,04m², há o consumo de 25 blocos (1/0,04 = 25) para cada 1m² de área de alvenaria. Além disso, em cada módulo há o consumo de 0,351 x 10 -3 m³ de argamassa, pois (0,19+0,19+0,01) x 0,09 x 0,01 = 0,351 x 10 -3 m³. Portanto, como temos as áreas de alvenaria para cada pavimento, obtemos o consumo de blocos (cada módulo utiliza um bloco) e o volume de argamassa de assentamento, conforme mostra a Tabela 9 (mais adiante). Calculamos ainda a quantidade de argamassa colante necessária ao assentamento dos revestimentos cerâmicos. Como esse insumo será adquirido já misturado da indústria, buscamos informações a respeito do consumo de tal material no sítio eletrônico 2 do fabricante, que depende do tamanho das placas a serem assentadas e assim se mostra: Área da placa cerâmica Até 400 cm² De 400 até 900 cm² Maior que 900 cm²
2
Consumo ± 4,0 kg/m² ± 4,5 kg/m² ± 7,5 kg/m²
Disponível em https://www.weber.com.br/argamassas-e-rejuntes/produtos/argamassas-paraceramicas-internas-quartzolit/argamassa-cimentcola-interno-quartzolit.html. Acesso em 20/10/2017.
Nas fachadas, o revestimento será do tipo pastilha, que possui menos que 400cm² de área; para as áreas internas, admitiremos que as placas possuem mais de 900cm² (consumo de 7,5kg/m²). A partir das áreas de alvenaria e de revestimentos cerâmicos relacionados nas Tabelas 7 e 8, calculamos o consumo de insumos relacionados na Tabela 9 abaixo: Tabela 9 – Quantitativos de blocos e argamassas para cada pavimento Volume de argamassa (m³) Pavimento
Número de blocos Assentamento Revestimento* Chapisco
Garagem 8.197,25 Térreo 11.745,50 1° Tipo 10.748,25 2° Tipo 10.748,25 Cobertura 1.311,50 Caixas d'água 1.699,25 Total 44.450 Traço -
2,88 4,12 3,77 3,77 0,46 0,60 15,60 1:2:8
13,12 20,72 19,06 19,46 2,10 2,72 77,18 1:2:8
3,28 5,65 5,24 5,34 0,52 0,68 20,71 1:3
Argamassa colante Contrapiso e industrializada regularização (kg) 5,91 4,85 3.470,63 3,75 3.054,86 3,75 3.054,86 62,67 18,25 9.643,02 1:4 industrial
* Inclui paredes, piso e teto
Finalmente, a partir dos traços de cada um dos tipos de argamassa, podemos calcular o volume de cada um dos insumos (cimento Portland, areia e cal) a serem consumidos para cada tipo de argamassa (chapisco, reboco etc.), desprezando-se o volume de água adicionado na mistura (que, em regra, não é dosado e entra até dar o ponto à massa). Somamos, então, os quantitativos de todos esses tipos para obter o número total de insumos. Em posse das densidades da cal (1700 kg/m³) e do cimento Portland (1400 kg/m³) em seu estado embalado (em sacos), calculamos a massa a ser utilizada e, consequentemente, o número de sacos que devem ser estocados para cada pavimento. Ademais, somamos também a quantidade de revestimentos cerâmicos (fachadas e internos). Assim, podemos finalmente resumir os materiais utilizados na construção de cada pavimento, que estão descritos na Tabela 10.
Tabela 10 – Quantitativos dos insumos a serem estocados para cada pavimento Número Revestimento Areia Cimento Cal Pavimento de cerâmico (Sacos de 50kg) (Sacos de 20kg) (m³) blocos (m²) Garagem 8.198 97 248 18,82 Térreo 11.746 490,58 130 384 26,19 1° Tipo 10.749 434,94 116 353 23,53 2° Tipo 10.749 434,94 118 360 23,90 Cobertura 1.312 15,67 11 40 2,25 Caixas d'água 1.700 14 52 2,92 Total 44.454 1.182,44 486 1.437 97,61
Argamassa colante (sacos de 20kg)
174 153 153 4 483
Devemos dimensionar também a área necessária para a estocagem de aço e de fôrmas a serem utilizadas para a execução da estrutura dos pavimentos 2º Tipo, Cobertura e das Caixas d’água. Para quantificar a massa de aço e área de fôrmas necessárias a esse
trabalho, utilizamos estimativas apresentadas pelo livro Como Preparar Orçamentos de Obras, que nos dá:
ç = ∗ ç, em que
88 /³, 10 ç = {8883 100 /³, 10 Por sua vez, o mesmo livro nos dá
Áô = ∗ ô, em que a taxa de fôrma deve varia entre 12 a 14 m² para cada 1m³ de concreto. Assim, com a estimativa de volume de concreto anteriormente orçada, temos: Tabela 11 – Quantitativo de aço e fôrmas para cada pavimento Pavimento Garagem Térreo 1° Tipo
Volume de concreto (m³) 45,92 29,17 28,62
Aço (kg) 4.040,96 2.566,96 2.518,56
Área de fôrmas (m²) 642,88 408,38 400,68
2° Tipo Cobertura Caixas d'água Total
31,86 9,72 145,29
2.803,68 855,36 12.785,52
446,04 136,08 2.034,06
Para o dimensionamento da área a ser utilizada para cada um dos insumos, é importante definir como será o fluxo de entrada e consumo de materiais. Naturalmente, a administração de uma obra com grande área construída não adquire e estoca os materiais de uma só vez, de tal maneira que é importante definir a periodicidade e a quantidade da chegada de materiais. No caso do Edifício Ondina, existe a meta de se executarem 2 lajes por mês, com estrutura e alvenaria completos. No momento atual, estão sendo construídas a estrutura do 4º pavimento e a alvenaria do 1º pavimento. Conforme já colocado, devemos prever a estocagem de aço e de fôrmas para as últimas 4 lajes, o que abarca a laje de cobertura e as lajes de caixas d’água (que são pequenas e terão os materiais estruturais adquiridos juntamente com aqueles
da cobertura). No caso da execução da alvenaria, admitiremos que a chegada dos materiais (cimento Portland, cal, areia, revestimentos cerâmicos, blocos cerâmicos, argamassa colante) será quinzenal, ou seja, cada entrada de insumos será devida à execução da alvenaria de um pavimento completo. Esse planejamento é bastante factível, visto que se tratam de materiais básicos, que possuem muitos fornecedores. Além disso, é mais fácil controlar o estoque e desperdício dessa maneira. É importante ressaltarmos que a argamassa será rodada em obra (à exceção da argamassa colante para o assentamento dos revestimentos cerâmicos, que é industrializada). Para garantir o bom andamento da obra, sem falta de materiais, as quantidades referentes à execução de um pavimento poderão ser compradas com uma pequena sobra, para cobrir eventuais atrasos na entrega e também o desperdício. Supomos que esse quantitativo adicional terá sua estocagem coberta pelo fator de segurança adotado para as áreas de estocagem, de 1,5. Feitas essas premissas, dimensionaremos as áreas dos materiais de acordo com os maiores quantitativos de materiais, por pavimento. Analisando a Tabela 10, podemos ver que o pavimento que consome mais cada tipo de material é o Térreo. Como a alvenaria está sendo
construída atualmente no 1º pavimento (garagem), que possui vedação apenas nos limites do terreno, o dimensionamento servirá também para os materiais do próximo pavimento (térreo). Com os quantitativos dos materiais para esse pavimento, procedemos ao dimensionamento, conforme segue nas próximas subseções. É importante também exibirmos uma Tabela XX6 3, que relaciona as áreas empregadas para a estocagem de vários materiais, informação que utilizaremos para nosso dimensionamento. Tabela 12 - Áreas necessárias para estocagem de diversos materiais.
2.3.1 Estocagem de blocos cerâmicos (140,79m²) Cada pallet comporta 460 blocos cerâmicos, cada um com 2,9kg, com uma área de 1,1 x 1,1 = 1,21m². Assim, precisaremos de 26 pallets para acomodar os 11.746 blocos necessários ao pavimento Térreo. Utilizando um afastamento de 80cm entre eles e aplicando o fator de segurança (FS) de 1,5, serão necessários 39 pallets, que terá uma sobrecarga de
= (1,1+460∗2,9 0,8) (1,1+ 0,8) =369,53/²<400
3 Obtida
dos slides usados como notas de aula.
Assim, os 39 pallets de 1,1m x 1,1m espaçados a 80cm ocuparão uma área total de 140,79m² (com FS) e podem ser colocados sobre qualquer laje, com essa configuração.
2.3.2 Estocagem dos revestimentos cerâmicos (32m²) Segundo a Tabela 12, 100m² de revestimento cerâmico ocupam 4m², se forem empilhados com altura média de 1,6m. Assim, serão necessários 19,62m² para acomodar os 490,58m² desse material, que resulta em 29,43m², com a aplicação do FS =1,5. Utilizando 8 conjuntos de pallets de 2m x 2m (quatro pallets de 1x1 juntos como um quadrado), necessitaremos de 32m² para acomodar esse material. A sobrecarga é de 3200kgf/m², se considerarmos sua densidade como de 2000kg/m³.
2.3.3 Estocagem do cimento Porland (8,55m²) A Tabela 12 informa que 8,4m² abarcam 220 sacos de cimento (de 50kg), em pilhas que não podem exceder 10 sacos. Para os 130 sacos, precisaremos, então de 5,46m². Com a aplicação do FS = 1,5, 8,19m² são necessários. Utilizaremos, então, um módulo apoiado sobre pallets, de dimensões 4,5m x 1,9m (área igual a 8,55m²). Nesse caso, caberão 9 sacos em um sentido e 3 em outro (pois os sacos possuem dimensões de 50cm x 63cm x 15cm), totalizando 27 sacos por camada, de tal forma que a pilha terá 5 sacos de altura (com 135 sacos). É necessário acesso por todos os lados desse módulo, que atinge uma sobrecarga de 760,23 kgf/m² com 135 sacos e 1.140,35 kgf com 195 sacos (130*1,5=195, limite suportado pelo FS=1,5).
2.3.4 Estocagem da cal (14,4m²) Pela Tabela 12, são necessários 4,8m² para 200 sacos de 20kg de cal hidratada, em pilhas que não ultrapassem 15 sacos. Assim, necessitamos de 9,22m² para estocar os 384 sacos. Com FS=1,5, utilizamos 3 módulos apoiados sobre pallets, com dimensões 2,4m x
2m, o que resulta numa área necessária de 14,4m² e sobrecarga de 833,33 kgf/m², no uso máximo de 200 sacos por módulo.
2.3.5 Estocagem da areia (50m²) Para o estoque de areia, segundo a Tabela 12, são necessários 12,5m² para cada 10m³ do material, em um monte com tamanho médio de 80cm. Para os 26,19m² do pavimento térreo, aplicando-se o FS=1,5, são necessários 49,1m². Adotamos duas baias de dimensões 5m x 5m (50m²) para o estoque desse material, que terá sobrecarga máxima de 1.414,15kgf/m², aproximadamente.
2.3.6 Estocagem da argamassa colante (6m²) A Tabela 12 não possui informações a respeito da estocagem de argamassas colantes. Consultando o sítio eletrônico de um fabricante, obtivemos a informação de que os sacos de 20kg possuem dimensões de 25cm x 46cm x 10cm e não podem ser colocados em pilhas que excedam 1,5m de altura (15 sacos). Dessa forma, em um módulo de 1m x 1m, é possível acomodar 120 sacos (2 em uma dimensão, 4 em outra, com uma pilha de 15 sacos). Admitindo-se um erro nessa estimativa construída de 100%, iremos admitir que cabem 120 sacos em 2m², em pilhas que não possuam mais que 15 sacos de altura. Com FS=1,5 sobre a área de estocagem, são necessários 4,35m² para os 174 sacos do pavimento térreo. Utilizamos, então, 3 módulos apoiados sobre pallets de 2m x 1m, que requerem área total de 12,48m² e terão uma sobrecarga máxima de 1200kgf/m² em cada módulo.
2.3.7 Estocagem do aço (36m²) Para o estoque do aço, fixamos uma das dimensões em 12m, que é o comprimento máximo dos vergalhões comercializados. Admitindo que em 1m de largura são acomodadas 50 barras de 20mm, que têm massa linear de 0,558kg/m (isto é, massa total de 6,696kg por barra de 12m), e é possível empilhar 6 linhas de barras, então em cada módulo de 12m x 1m são acomodadas 300 barras de diâmetro 20mm, o que resulta em aproximadamente 2t em cada um desses módulos. Para os 3.659,04kg de aço dos pavimentos 2º Tipo e das caixas d’água, aplicando o
FS=1,5, seriam necessários aproximadamente 3 módulos de 12m x 1m , o que resulta em 36m² e sobrecarga de 152,46kgf/m².
Poderíamos usar também estantes com grandes prateleiras de 12m x 1m, o que economizaria espaço, e aumentaria a sobrecarga sem grandes problemas. A solução com área de 36m², no entanto, facilita a manipulação (com as barras no chão, é possível até mesmo andar sobre elas) e permite a fácil separação pelas bitolas das barras, que já são recebidas cortadas e dobradas.
2.3.8 Estocagem das fôrmas (29m²) Como o vão máximo da construção se aproxima de 7m, a forma de viga mais alta terá algo em torno de 70cm de altura. Fixamos, então, umas das dimensões em 7m. Admitindo que um lado da fôrma possua espessura de aproximadamente 5cm (2,5cm da espessura face + 2,5 de sarrafos enrijecedores – ver figura abaixo), em 1m de largura são acomodadas 20 fôrmas em pé (cuja altura varia: 30cm, 35cm, 40cm, 45cm, ..., 70cm ) e cujo comprimento não deve exceder 7m.
Figura 3 – Espessura das faces das fôrmas Assim, em um módulo prateleira de 7m x 1m com altura de 70cm, por exemplo, é possível acomodar aproximadamente 98m² de fôrma (sem desperdício de espaço e empilhamento perfeito). Se mantivermos uma estante com 4 prateleiras, de alturas 70cm, 50cm, 40cm e 40cm, pode-se acomodar em cada uma dessas estantes aproximadamente 280m² de formas para vigas ou pilares.
Para a estrutura a ser executada, a estimativa é o uso de 582,12m² de fôrmas (873,18m², com a aplicação do FS=1,5), para pilares, vigas e lajes. A laje do 4º pavimento possui 199,12m², com fôrmas de chapa compensada e que certamente serão reaproveitadas para a execução das lajes de caixas d’água (que somam mais 60,75m² de laje). Portanto, retirando do total de fôrmas (com FS) a parte referente às lajes do 4º pavimento e das caixas d’água, restam-nos
613m² de fôrma para pilares e vigas. Pra essas
fôrmas, destinaremos três módulos de estantes de 7m x 1, com 4 prateleiras, de alturas
70cm, 50cm, 40cm e 40cm (área total de 22m², com espaçamento de 5cm entre as prateleiras). Segundo a Tabela 12, para a guarda de 75 chapas de compensado, são necessários 4,5m². Assim, para 199,12m² de fôrmas para lajes (com FS=1,5, passa a 300m²), sabendo-se que as chapas de compensado possuem dimensões de 2,2m x 1,6m (3,52), serão necessárias 85 dessas chapas. Assim sendo, reservaremos para a guarda de fôrmas para lajes 2 módulos
de 1,6m x 2,2m, encostados um no outro (área de 7,04m²). 2.3.9 Estocagem de tubos (18m²) Já na fase de orçamentação, a instalação de esgotos foi feita por meio de destinação de verba, o que torna difícil estimar as quantidades de tubos hidráulicos e de esgoto que serão utilizados na obra. Como os tubos são comercializados com comprimento máximo de 6m, decidimos destinar uma área de 6m x 3m para a colocação de estantes com prateleiras que comportem os tubos, que deverão ser separados por diâmetro e tipo (hidráulico ou esgoto).
2.3.10 Reservatório de água (5000L) Para o reservatório, estima-se que cada operário consuma aproximadamente 80L de água por dia. Assim, para sermos conservadores, calcularemos o volume necessário para 2 dias, o que nos dá Volume = 2 * 28 * 80 = 4.480 L. O modelo comercialmente de reservatório disponível para comportar esse volume é a caixa d’água de 5000L.
2.4 ÁREAS DE PRODUÇÃO São necessárias áreas para a produção de argamassa, reparo de fôrmas e de armação.
2.4.1 Central de argamassa (10,5m²) A central de argamassa deve ser comportar duas betoneiras e a presença de operários em sua adjacência, com telhado que evite o contato do motor do equipamento com a chuva. Por isso, sabendo-se que uma betoneira ocupa em planta aproximadamente uma área de 1,8m x 1,1m, alocamos para a central de argamassa uma área de dimensões 3,5m x 3m (10,5m²).
2.4.2 Reparo de fôrmas (21m²) As fôrmas a serem utilizadas já foram preparadas, mas constantemente precisam de reparos. Repetindo o raciocínio de que as fôrmas terão uma dimensão máxima de 7m (por causa do maior vão de viga no projeto arquitetônico) e admitindo que o espaço deverá abarcar uma bancada central (que poderá ter 1m de largura e serra circular) que terá operários circulando nos corredores (de aproximadamente 1m) em torno de sua laterais, destinamos uma área de 7m x 3m (21m²) para essa produção.
2.4.3 Armação (16m²) Utilizando o mesmo critério que expusemos para a área de reparo de fôrmas, alocaremos uma área de 7m x 3m (21m²) para a produção das armaduras de aço.
2.5 ÁREA DESTINADA À DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS Para dimensionarmos a área destinada à disposição de resíduos, é necessário estimar a quantidade de resíduos a serem produzidos em cada etapa de laje. A quantidade de resíduos gerados no desenvolvimento das atividades da construção civil varia de acordo com a fase de implantação em que a obra se encontra. Portanto, partindo dessa premissa, para o cálculo da estimativa da geração de resíduos foi utilizada a metodologia proposta na tese de doutorado “ Metodologia
para a gestão diferenciada de
resíduos sólidos da construção urbana ”, cujo autor é Tárcísio de Paula Pinto, que estudou uma metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos da construção urbana.
O autor concluiu ao final de seu que a determinação da quantidade de resíduos gerados pode ser estimada por multiplicar a área total a ser construída por 150 kg/m², com a seguinte distribuição das quantidades deste nas classe da Resolução CONAMA nº 307/2002: •
Classe A: - alvenaria, argamassa e concreto: 60%; - solo proveniente de limpeza: 20%
•
Classe B (madeira): 10%;
•
Outros (classe B, C e D): 10%
Nesse contexto, realizamos a estimativa de geração total de resíduos, separada pela classe de resíduo. Para tanto, mais uma vez utilizaremos a laje de maior área, que é a do pavimento térreo, com 242,5m², o que nos dá 242,5*150 = 36.375 kg de resíduos. Vale ressaltar que consideramos que mais uma vez consideramos a periodicidade de uma quinzena para que ocorra o transporte desses resíduos para o local apropriado. O rateio do total de resíduos entre as classes está descrita na Tabela 13 abaixo, em que também estimamos a densidade de cada tipo: quanto menor a densidade, maior o volume de resíduos. Arbitramos também uma espécie de multiplicador para o volume do resíduo (analogamente ao coeficiente empolamento), que serve para considerar os espaços vazios no seu volume, que são gerados pelo modo como são dispostos. Naturalmente, resíduos granulares terão menos vazios que aqueles gerados por restos de fôrmas de madeira. Tabela 13 – Estimativa da quantidade de resíduos gerados na construção do pavimento térreo, por classe Classe Classe A (alvenaria, argamassa e concreto) Classe A (solo proveniente de limpeza) Classe B (madeira) Outros (classe B, C e D) Total
% de Massa Densidade Volume rateio (kg) (kg/m³) (m³) 60 21.825 20 7.275 10 3.638 10 3.638 100 36.375
2000 2000 500 500
10,91 3,64 7,28 7,28
Acréscimo Volume de volume com na vazios disposição (m³) (%) 20 13,095 20 4,365 100 14,55 100 14,55
Como se nota, os dois primeiros tipos de resíduos são granulares, razão que nos levou a estimar sua área de estoque de maneira semelhante ao procedimento adotado para o material areia (ver seção 1.3.5), com a demanda de 12,5m² para cada 10m³. Por sua vez, os dois últimos tipos de resíduos são descontínuos e discretos, com grande volume de vazios entre os materiais rejeitados (por isso arbitramos acréscimo de volume de 100% na disposição). Para esse caso, consideramos que o empilhamento possui altura média arbitrada em 1,2m. Assim, pelo volume estimado na Tabela 13, calculamos a superfície necessária para a estocagem. Os valores calculados estão na Tabela 14: Tabela 14 – Dimensões calculadas para as baias das classes de resíduos sólidos
Classe Classe A (alvenaria, argamassa e concreto) Classe A (solo proveniente de limpeza) Classe B (madeira) Outros (classe B, C e D)
Área de Área estocagem Dimensões Área total com FS calculada (m x m) (m²) (m³) (m³) 16,37 5,46 12,13 12,13
24,55 8,18 18,19 18,19
5x5 5x2 5x4 5x4
25 10 20 20
REFERÊNCIAS
PINTO, T. P. Metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos da construção urbana . São Paulo, 1999. 189p. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia De Construção Civil. Universidade De São Paulo. Escola Politécnica.
MATTOS, A. D. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos . São Paulo. Editora Pini, 2006 Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978
RESOLUÇÃO CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002 - Gestão dos Resíduos da Construção Civil. Publicada no DOU nº 136, de 17 de julho de 2002, Seção 1, páginas 95-96