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HOSPITAL MUNICIPAL E MATERNIDADE ESCOLA DR. MÁRIO DE MORAES ALTENFELDER SILVA Vila Nova Cachoeirinha
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PROTOCOLO DE PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS DA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA
ANO 2012
Prefeitura de São Paulo Secretaria Municipal de Saúde
HOSPITAL MUNICIPAL E MATERNIDADE ESCOLA DR. MÁRIO DE MORAES ALTENFELDER SILVA Vila Nova Cachoeirinha
PROTOCOLO DE PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS DA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA
São Paulo JUNHO/2012 4ª EDIÇÃO
Projeto Gráfico: Núcleo de Qualidade Diagramação: Núcleo de Qualidade Arte da Capa: Tatiana Magalhães Demarchi Tatiana Zacariotti de Freitas
Foto Capa: Rubens Gazeta
Coleção Protocolos HMEC 2012 © 2012 - Departamento Técnico Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva É permitida a reprodução parcial desde que citada a fonte. Av. Deputado Emílio Carlos, 3100 CEP: 02720-200 – São Paulo – SP Telefone: 3986-1051 Site: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/hospital_maternidade_vila_nova_cachoeirinha/
E-mail de contato:
[email protected]
Gilberto Kassab Prefeito da Cidade de São Paulo
Januario Montone Secretário Municipal da Saúde
Pedro Alexandre Federico Breuel Diretor de Departamento Técnico - HMEC
ORGANIZAÇÃO Dr. Fábio Tofoli Jorge Médico Psiquiatra do HMEC REVISÃO Dr. Flávio Freire de Castro Chefe do Serviço de Psiquiatria
FICHA DE DESCRIÇÃO / APROVAÇÃO DE MANUAL
Nome do Manual: PROTOCOLO DE PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS DA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA Finalidade: Servir de base para o atendimento em psiquiatria. Disponível: ( ) Admissão PS ( ) Agendamento/ (X) Alojamento Conjunto (X) Ambulatório ( ) Anatomia Patológica ( ) Arquivo ( ) Auditoria de Prontuário ( ) Banco de Leite (X) Biblioteca (X) Casa da Gestante (X) CCO / CMAT / REC (X) Comitê de Risco
( ) Comunicação ( ) Contabilidade ( ) Diagnóstico por Imagem ( ) Educação Continuada ( ) Engenharia (X) Ensino e Pesquisa ( ) Farmácia ( ) Faturamento ( ) Gestão de Pessoas ( ) Hotelaria ( ) Imunização
(X) Internação de Adultos e Hospital Dia ( ) Logística de Produtos para Ass. Hospitalar ( ) Medicina Natural e Práticas Complementares ( ) Nutrição ( ) Ouvidoria ( ) Patrimônio (X) Pré-parto (X) Pronto Socorro ( ) Protocolo e Autuação
(X) Qualidade ( ) Recepção para Internação ( ) Saúde do Trabalhador ( ) Serviços Técnicos Multidisciplinares ( ) Suprimentos ( ) Tecnologia da Informação ( ) Tráfego ( ) Internação Neonatal ( ) UTI Adulto ( ) Outros: ______________
ELABORADO POR: Nomes: Dr. Fábio Tofoli Jorge e Dr. Flávio Freire de Castro Funções: Médico Psiquiatra e Chefe do Serviço de Psiquiatria Data de Emissão: JANEIRO/2003
Revisão nº 4
APROVADO POR: Nome: Dra. Sandra Maria Barradas Marques Função: Gerente Assistencial
Data de Revisão: JUNHO/2012
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
PREFÁCIO À COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC – 2012 O Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha, que tem sob sua responsabilidade o atendimento à saúde perinatal e da mulher, em geral, de sua área de influência, em especial Zona Norte da Cidade de São Paulo, tem procurado ao longo dos seus 40 anos de existência propiciar às pacientes aqui atendidas a melhor qualidade possível dentro do amplo conceito de saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde. Procurando sempre atualizar-se e modernizar-se, quer no que diz respeito à sua área física, à aquisição de equipamentos e incorporação de novas tecnologias, à ampliação de recursos humanos e sua respectiva capacitação, a Maternidade Cachoeirinha tornou-se um marco em nossa cidade. Não bastassem esses aspectos, uma outra importante faceta a distingue, qual seja, a de elaboração de Manuais, contendo Protocolos de condutas destinados a responder à diversidade dos problemas das pacientes por nós atendidas. Torna-se, portanto, imperativo que suas equipes de Saúde comunguem, em cada área de atividade, de orientações padronizadas, que se transformam em verdadeiros guias para a prática diária. São os Protocolos que podem dirimir desde simples dúvidas do dia-a-dia até problemas mais complexos e de resolução mais laboriosa. Contudo, a elaboração de tais Protocolos que compõem os Manuais, deve refletir, por um lado, os mais rigorosos critérios da Medicina Baseada em Evidências e por outro ser de fácil compreensão e aplicabilidade para que se tornem realmente da máxima utilidade para a melhoria do atendimento às pacientes segundo as boas práticas de Saúde. Queremos agradecer a toda a equipe que arduamente trabalhou na elaboração destes Protocolos, procurando usar a criatividade individual associada à cultura institucional no sentido de representar um aprimoramento na nossa área de trabalho que estamos sempre buscando. Temos também a certeza de que estes Manuais não serão os últimos. Sempre haverá sugestões, novas incorporações, que farão um moto contínuo de novas publicações. Mas certamente também temos a convicção de que estes são o que de melhor temos a oferecer para o momento atual.
Dr. Pedro Alexandre Federico Breuel – Diretor de Departamento Técnico do HMEC - 2012 Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
PREFÁCIO À COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC – 2008 A arte médica desde seu início tem como principal objetivo não apenas a cura, mas também o cuidar. O termo "obstetrícia" vem da palavra latina "obstetrix", que é derivada do verbo "obstare" (ficar ao lado). Ficar ao lado de quem sofre é importante, pois a proximidade do ser humano é terapêutica. A indelicadeza no trato do ser advém da ignorância e do desconhecimento, em que as pessoas se escondem atrás de uma atitude pouco acolhedora para ocultar suas inseguranças. A humildade, o entendimento, a paciência, o carinho e o amor são qualidades imprescindíveis para o ser Médico. O conhecimento evolui com enorme velocidade, cada vez mais observamos na Medicina a transitoriedade de suas verdades e conceitos. O profissional médico que se formava 20 anos atrás, se não mantivesse contato com os novos trabalhos, apresentava um tempo médio de desatualização de 5 a 8 anos, hoje é necessário pouco mais de 2 anos para que isso aconteça. Tudo isso graças à grande demanda de trabalhos científicos, troca de experiências, enorme facilidade de acesso e divulgação da informação. Porém, criou-se a partir daí um outro problema: com tanta informação como separar o que é bom do que não o é? O Hospital e Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha tem em seu nome um dos principais objetivos desta instituição: o ensino. E não somente o ensino como transmissão de conhecimento, mas fundamentalmente como formação do ser Médico em sua integralidade na forma mais holística de seu entendimento: caráter, comportamento humanístico e relação médico/paciente. A integração de todas as áreas (a médica, para-médica, administrativa e comunitária) sumariza a ideia de que para crescermos e nos conhecermos melhor, a participação de todos é fundamental. A Instituição é o Todo, sendo nosso começo, meio e fim principal. Este manual vem coroar estas ideias, na busca desta integração e na efetividade da mesma. A atualização do manual tem por objetivos a revisão das informações, a democratização do acesso a essas e a homogeneização do conhecimento para todos aqueles que vivem a instituição, em especial aos médicos residentes e aos acadêmicos das várias escolas que aqui fazem seus estágios, sendo útil, também, a todos que tiverem interesse na busca da atualização de seus conhecimentos. E, por fim, gostaria de salientar, enaltecer e agradecer às equipes médicas e não médicas que escreveram e que organizaram a edição final deste manual para impressão. Muito obrigado! A nossa Instituição agradece.
Dr. Carlos Alberto Ruiz – Diretor de Departamento Técnico do HMEC – 2008 - 2011 Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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PREFÁCIO À COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC - 2007 O Artigo 196 da Constituição de 1988 garante a todo cidadão o direito à saúde e o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção e recuperação. A regulamentação do Sistema Único de Saúde – SUS – pela Lei 8.080, de 19/09/90, foi um desdobramento desse princípio constitucional, e sua implantação vem sendo orientada pelas chamadas Normas Operacionais (NOB 1991, 93 e 96; NOAS 2001 e 02; Pacto pela Saúde, de 2006). A Regulação Estatal sobre o Setor Saúde, comumente conhecida apenas como “Regulação”, surge como uma estratégia de gestão do SUS através dessas normas. Entre outras modalidades de Regulação, a NOAS 1991 colocou em pauta a Regulação Assistencial. Os Complexos Reguladores Assistenciais são estruturas que congregam um conjunto de ações regulatórias do acesso à assistência e constituem-se das Centrais de Regulação e dos Protocolos Assistenciais. Vale ressaltar que a Central de Regulação é uma ferramenta-meio cujo desempenho está diretamente relacionado com a resolutividade da rede de saúde, que por sua vez também depende da existência e da execução de bons Protocolos Assistenciais. Os Protocolos Assistenciais são divididos em Protocolos Clínicos e Protocolos de Regulação do Acesso. Os Protocolos Clínicos são "recomendações sistematicamente desenvolvidas com o objetivo de orientação de médicos e pacientes acerca de cuidados de saúde apropriados em circunstâncias clínicas específicas". (DENASUS, MS). Os Protocolos de Regulação do Acesso "são diretrizes para solicitar e usar, adequada e racionalmente, as tecnologias de apoio diagnóstico e terapias especializadas, incluindo medicamentos de alto custo, sendo um instrumento de ordenação dos fluxos de encaminhamentos entre os níveis de complexidade assistencial". Esse é o contexto que confere a real dimensão e o relevante significado deste trabalho técnico coletivo que ora vem à luz sob forma da COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2007, fruto estratégico da Gestão do Conhecimento Organizacional aliada aos talentos, competências e brilhantismos individuais dos profissionais que nela trabalham. A COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2007 conta com a indispensável e brilhante participação dos coordenadores científicos, diretores e gerentes das unidades assistenciais, de diversas profissões da saúde, nos volumes dedicados às respectivas especialidades da atividade-fim do hospital. Além disso, foi acrescida da valiosíssima contribuição dos diretores e gerentes das áreas administrativas, com volumes dedicados às rotinas que dão andamento eficiente aos processos das atividades-meio, garantindo o suporte necessário à realização de uma assistência clínica e cirúrgica de alta qualidade ao cliente-cidadão. A COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2007 é uma importante ferramenta para a regulação da qualidade da assistência, não apenas no sentido do padrão técnico-científico do atendimento dispensado, mas também quanto à eficiência e eficácia dos processos administrativos internos e principalmente quanto à equidade no acesso aos serviços hospitalares. Por isso foi opção desta gestão delegar a coordenação do projeto COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2007 à Dra. Maria Lúcia Bom Ângelo, nossa Assessora de Qualidade e Acreditação Hospitalar, a quem creditamos o merecido reconhecimento por ter cumprido competentemente mais esta árdua tarefa.
Dr. José Carlos Riechelmann - Diretor Geral do HMEC 2001 - 2007 Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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PREFÁCIO DO ORGANIZADOR Ita est vita hominum (Terêncio – c.195-c. 159) (Assim é a vida dos homens) AGNOSCO VETERIS VESTIGIA FLAMMAE (Virgilio; 70-19 A.C.) (Reconheço os Vestígios da Antiga Chama) O leitor terá em mãos um manual de fundamentação dos quadros psiquiátricos mais comuns na interface da psiquiatria com a ginecologia e obstetrícia, assim como se referenciar com situações corriqueiras na lida com a mulher, familiarizar-se com o uso de drogas com efeitos sobre o sistema nervoso durante a gestação, amamentação e puerpério, para um uso criterioso das mesmas. A literatura científica devidamente escrita julga-se própria e, atualizada. Este trabalho profícuo na área de ginecologia e obstetrícia apoiada em outras especialidades médicas e afins, passadas décadas de existência da maternidade, dão razões suficientes para, ao invés de reduzir seus especialistas e aqueles que vêm aqui se especializar, ao viés apenas da ginecologia e da obstetrícia, ampliar seus horizontes em outras especialidades, assim como fundamentar sua ética na lida diária com a mulher. A razão para esta extensão é fruto das evidências do atendimento e desta nova modernidade construída a partir da segunda metade do século XX, na esteira da chamada civilização do desejo, da estimulação das demandas de muitas naturezas, multiplicação das necessidades onde se alterou os gêneros de vida e os costumes. A saúde mental, por sua vez, nem se inicia na psiquiatria, nem termina com ela. A empreitada pela saúde mental não é patrimoniada por nenhuma especialidade médica. Pode começar por um bom atendimento de porta de entrada, pelo acolhimento, pela humanização em seu sentido amplo, como tanto se ressaltou nestes últimos anos, pela febre do conforto e melhoramento contínuo das condições de vida onde o bem estar tornouse paixão de massa, objetivo das sociedades contemporânea. Estamos convencidos que a saúde mental depende de variáveis que extrapolam os muros hospitalares, nem estas instituições de per si podem reproduzir o que na década passada se chamou de saúde mental, adernada por condições econômicas, educacionais, abandono familiar e governamental á necessidades fundamentais. Não existe uma única explicação para a saúde mental, mas várias e muitas. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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A Saúde Mental á nosso ver não pertence á nenhuma especialidade médica ou para-médica em particular, mas fruto de ligações extra-institucionais, como a casa, questões de desemprego, gravidez inesperada, segurança social, perspectiva de princípios éticos e morais validados socialmente e respeitados por seus representantes mandatários, dos governos e autoridades ou, investidos delas. Institucionalmente a saúde mental não está inserida num único lugar, mas na intenção que anima o conjunto dos trabalhadores desta instituição pública, pois este silêncio da alma, onde repousa a saúde mental, como entidade espiritual, como atividade neurológica, como função do psiquismo, necessita da escuta desta fala singular de cada indivíduo, anômico, que começa quando entra na maternidade onde a inovação e, as renovações podem deixar a marca de qualidade no atendimento á mulher diante de algumas de suas necessidades prementes, uma verdadeira política de marca institucional. A saúde mental extrapola a psiquiatria ou a psicologia, e por vezes uma parcela dependa de uma atendente que se colocou com ouvidos atentos e interessados naquela mulher dotada de complexidade vivencial. È assim que o melhor atendimento adquire uma escala mais ampla, que se constrói estruturalmente em torno de dois atores preponderantes, o servidor público e a população de consumo de bens de saúde. A relação fundamental para a Saúde mental é a da dimensão ética presente no laço intersubjetivo de qualquer funcionário, uma pessoa, com qualquer outra pessoa que procura esta instituição, por vezes como parceira trabalhosa que nos remete ao cuidar, curar, tratar, mas antes de tudo entendê-la de como nós ou tanto como nós, está vulnerável na vida. Como critério geral vale a força da afirmação de que a saúde mental está na preocupação com o outro, do servir, mais do que ser servido, que os sujeitos são únicos, singulares, afetados ou não pela dor. A fronteira do servir, portanto, não é o da dor, mas critérios amplos, éticos e morais intransferíveis onde, o espectro da dúvida, por vezes nos assombra, construindo-nos e descontruindo-nos constantemente. A saúde mental é antes este espectro de intersubjetividade que pode ser praticada, ora pela atendente, pela segurança, pela enfermeira, pelo médico, ou pode se fragmentar no curso intersubjetivo de qualquer um deles. A saúde mental em verdade é esta forma como qualquer um de nós, investidos ou não de autoridade, lidamos com a relação humana, e de forma muito particular, naqueles que nos procuram em estado de maior vulnerabilidade social, de sofrimento, onde devemos estar por inteiro e não apenas burocraticamente instalados, onde perdemos força, consciência e humanidade. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Quis, como coordenador do programa, desde o início separar a saúde mental da psiquiatria e da psicologia, para separar por fim, a saúde mental de qualquer aparato médico ou paramédico, e levá-la para o entendimento de que ela pertence a intersubjetividade de todos os indivíduos que vivem esta experiência humana da vida, do seu cotidiano, cujo elemento essencial é o cuidado com o outro que é necessário recriar, aprimorar em tempos tão sombrios pelos quais passamos, na busca de interesses comuns e solidários. A maternidade vem neste esforço por construir uma fundamentação ética de seus profissionais e pacientes, onde não há uma opinião ou teoria que seja superior ás demais, fomenta a participação, entroniza o cidadão neste espaço público dedicado á saúde, uma vez que não há uma fundamentação que seja tão perfeita como a do seu autor. Constrói-se a vida e a instituição. Para isso a diretoria, seus gerentes, qualquer funcionário e usuários, são convidados á conhecerem todo o leque, por inteiro, para tomar uma atitude participativa, menos passiva, capaz de assimilar e digerir o que se lhe diz. Desejou-se examinar as interfaces da prática ginecológica, obstétrica e neonatologia com mais rigor, nestas outras especialidades de apoio, no seio desta instituição e, cultivar o espírito científico na melhor de suas formas, na tradição desta casa de prática médica de excelência através de seus mais dignos representantes, pela recompensa literária de servir-nos de protocolos de conduta, pelos lustros do passado, para o presente e, para o futuro. Estes manuais e atualizações que se fazem expressam em protocolos de atendimento e conduta, ora apresentados, foram elaborados para que vivamente se discutisse no âmago da tarefa de ensino e assistência, uma padronização que se faz necessária, mesmo pelas inquietações que a acompanham, tomando a feição e os semblantes próprios do serviço do Hospital e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, à despeito da caleidoscópica leitura que se faz de condutas médicas, por vezes excludentes em vários serviços afins. Recebemos esta incumbência e entendíamos na primeira edição que a área da farmacologia afeita aos efeitos neurológicos e psiquiátricos que a prática em G.O. Encetava era um ponto importante para o bom manejo em situações de dúvida clínica-farmacológica e, fizemo-lo como mais um representante da honrosa tradição de cultivo da ciência médica desta casa e da preocupação constante de atualização. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Esta atualização reportava-se ao consolidado, portanto, das duas principais clínicas desta instituição, a ginecologia-oncologia e a obstetrícia, em seus devidos protocolos, lançando-nos na difícil tarefa de incluir, esta inquietação dos efeitos neurológicos e psiquiátricos das drogas utilizadas como conduta e advertência. Haveremos de lidar com o renome e prestígio dos protocolantes das condutas em G.O., sendo que temo-los, certamente, como tradutores das condutas mais adequadas na especialidade à nível nacional e internacional e adaptadas ao nosso meio-fim. É a terceira vez que co-escrevemos e juntamos as honras por escrever por esta casa, esperando sermos os colaboradores de uma obra maior, ou ainda, o Eco generoso da consagração dos editoriais aqui apresentados pelo intuito da complementaridade das informações contidas nestes protocolos, assegurando aos mesmos uma ampliação no contexto neurológico e psíquico, nas drogas utilizadas e de suas interações, e temas atuais problematizados, sempre que possível se fizerem disponíveis as informações e nossa experiência clínica. Ampliamos um passo, apresentando as patologias mais comuns na lida psiquiátrica com a mulher, gestante ou não. No início, pareceu-nos que, nos dirigiríamos unicamente ao grupo de Internos e Residentes da casa, mas o grupo de interesse da atualização aumentou, pela influência de longo alcance que os protocolos tomaram e pelo fato de que a Maternidade-Escola tenha tomado um tom inteiramente particular, que chama a atenção, na variedade e complexidade dos casos que se apresentam nesta maternidade, dedicada à gestação de alto risco, à oncologia, neonatologia e, portanto tendemos modernamente a pensar maior, tornar-nos universalistas dos conceitos daqui concluídos, alusivos, objetivos, não só como uma unidade prestadora de serviços comunitários, mas como instância de serviço de referência em G.O. de risco. Estamos livres em apreciar os resultados e ensinar a aprender, a importância da contribuição multidisciplinar e interdisciplinar de informações. Vale a pena o esforço. É sobre este esforço que a maternidade tem sua reputação de vanguarda comparada aos grandes centros obstétricos nacionais, em gestação de alto risco.
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O título de importância ninguém pode deixar de sentir, neste condensado de protocolos atualizados, posto que revela o trabalho silencioso diário dos profissionais da casa e seus residentes, que ora se encadeiam produzindo um efeito de conjunto. Estes protocolos são o resultado de um movimento, de outra forma, menos clara de penetrar, por onde se pretende praticar a melhor das medicinas possíveis no contexto atual, e que se preocupa á despeito deste, em fazê-lo ainda melhor, obra de espíritos grandes e inquietos, tomando o estímulo ao aperfeiçoamento, um imperativo moral e ético. Aqui nossos defeitos, são resgatados pelos trabalhos humanizados, contínuos, sacrificando-se as veleidades das aspirações individualistas com o fim de interpretar a totalidade do trabalho médico, na harmonia das relações, tomando o sentido de identidade e personalidade próprias, idealista das grandes magnitudes inspiradoras. Não se canta aqui o romantismo das mil e uma noites porquanto sabemos das dificuldades governamentais de traduzir o ideário médico de atendimento, mas procuramos impregnar com a significação humana, tudo que fazemos. Algumas configurações do poder político, assim como guinadas da economia globalizada nos distraia dos valores mais elevados, pretendendo-se em algumas hordas deste poder, o imperativo da mercantilização da medicina, diversificando a oferta na expectativa de adaptações dos compradores de serviços médicos, segmentando o mercado passando para um segundo plano o assalariado, e o próprio Estado, suplantados pelo poder dos mercados financeiros e dos mercados de consumo. Encontramos os abnegados, onde o culto de suas próprias personalidades é quase nulo, os idealistas críticos que nos auxiliam a combater os idealistas românticos, mas a influência dos doutos, homens de real saber, não só médico, mas humanista, exercem a influência decisiva na formação dos médicos mais jovens, como filhos adotivos, na esperança de que se interessem pela pesquisa das fontes primitivas das nossas heranças de grandes professores da ginecologia e da obstetrícia, pelo diálogo interdisciplinar competente, como no esforço de Sísifo, símbolo do mundo grego, condenado ao suplício famoso do rochedo de Sísifo: levar ás costas uma pedra até o cume de uma montanha, mas que despencava constantemente, num esforço contínuo, aparentemente e só aparentemente, inútil. Na Ilíada, no entanto, é tido como o mais astuto e sábio dos homens, pois nenhum esforço é inútil, se si justifica por boas causas e reta consciência do dever cumprido. Não é a vida que serve ás teorias, mas as teorias que servem á vida, diriam os clássicos. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Maquiavel diria que nossas equipes têm sua “moral da eficácia da ação”, Kant diria que elas têm a “moral do dever rigoroso e sistemático”, mas com qualquer deles, nossos profissionais criam um clima de tensão dinâmica, participativa onde a ética do dever se mistura com a ética da virtude, uma mistura bem sucedida de germânicos com latinos, diríamos, para lembrarmos da nossa história da civilização moderna. As publicações no âmbito da psiquiatria, da ginecologia, da obstetrícia, são cada vez mais numerosas, e estes manuais carecem de uma explicação: São voltados para o aprendizado norteado, dirigido, premente a circunstancia do aprendizado e daí sua especificidade em sua gênese. São feitos para consulta frequente. Nasce da elaboração e reelaboração de problemas concretos, fundantes, vividos nesta maternidade escola, e preparada para os acadêmicos e residente. Existem neles questões particulares, e fundamentos teóricos mais amplos, modelos de reflexão dos quais se aproximam a grande maioria dos profissionais em ginecologia, obstetrícia, neonatologia e as especialidades que lhes dão apoio. Os modelos teóricos estão articulados com as condutas mais aceitas nas áreas afins, razão de sua necessariedade e legitimidade.
Dr. Fábio Jorge Tofoli – Médico Psiquiatra do HMEC
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
SUMÁRIO 1. Objetivos............................................................................................. 1 2. Princípios Gerais................................................................................. 5 3. A Gravidez na Adolescência............................................................... 7 3.1. Fator de Risco Obstétrico........................................................... 16 4. A Adolescente e a Adolescência......................................................... 23 5. Disfunções Sexuais Mais Comuns...................................................... 43 5.1. Depressão........................................................................................ 45 6. Frigidez................................................................................................ 47 6.1. Causas da Frigidez..................................................................... 51 7. Transtorno de Desejo Sexual Hipoativo.............................................. 55 7.1. Subtipos...................................................................................... 56 7.2. Curso........................................................................................... 57 7.3. Investigando a Disfunção Sexual Primária................................. 57 7.4. Investigando a Disfunção Sexual Secundária............................ 57 7.5. Investigando a Disfunção Sexual Generalizada......................... 58 7.6. Investigando a Disfunção Sexual Situacionais .......................... 58 8. Impotência Psicogênica ..................................................................... 61 9. Transtorno Orgásmico Feminino ........................................................ 63 9.1. Subtipos...................................................................................... 63 9.2. Características e Transtornos Associados.................................. 64 9.3. Condições Associadas................................................................ 66 10. Vaginismo Não Orgânico.................................................................. 69 11. Dispareunia Não Orgânica – Cid 10.................................................. 73 12. Ninfomania e Satiríase..................................................................... 75 12.1. Características.......................................................................... 75 13. Entendendo a Neurotransmissão na Prática Ginecológica e Obstétrica................................................................................................ 77 14. Antagonistas de Receptores Muscarínicos; Hiperemese Gravídica e Exemplos de Antagonistas de Receptores Muscarínicos.................... 79 15. Hiperemese Gravídica e Exemplos de Antagonistas e Receptores Muscarínicos........................................................................................... 85 16. Agonistas dos Receptores Muscarínicos.......................................... 91 16.1. Indicações................................................................................. 94 17. Fármacos Estimulantes Ganglionares de Interesse em Ginecologia em Obstetrícia..................................................................... 97 18. Fármacos Bloqueadores Ganglionares............................................ 99 19. Catecolaminas................................................................................... 101 20. Antagonistas dos Receptores Adrenérgicos..................................... 105 21. A Serotonina...................................................................................... 111 21.1. Agonistas da Serotonina........................................................... 113 Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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21.2. Antagonistas dos Receptores da Serotonina............................ 117 22. Benzodiazepínicos (Bzd). Os Tranquilizantes e Indutores de Sono: Uma Visão Prática para o Ginecologista e o Obstetra............................ 121 23. Fármacos e Gravidez........................................................................ 127 24. Barbitúricos e Gravidez..................................................................... 314 25. Antidepressivos................................................................................. 317 25.1. Efeitos Sexuais Adversos com Antidepressivos....................... 335 26. Antipsicóticos e Gravidez.................................................................. 341 26.1. Efeitos Colaterais com A Ziprazodona...................................... 343 26.2. Eficácia Da Olanzapina e Efeitos Adversos.............................. 345 26.3. Nomes Químicos X Nomes Comerciais.................................... 350 26.4. Ácido Fólico............................................................................... 351 27. Cefaléias no Ciclo Grávido-Puerperal............................................... 355 27.1. Tratamento Sintomático em Emergências..................................... 365 27.2. Contraindicados: Ergotamínicos............................................... 366 28. Cefaléias Primárias na Gestação: Tratamento com Drogas Profiláticas............................................................................................... 369 29. Outras Cefaléias................................................................................ 373 30. Epilepsia e Gravidez......................................................................... 377 30.1. Gabapentina.............................................................................. 383 30.2. Efeitos Adversos....................................................................... 384 31. Acidentes Vasculares Cerebrais na Gravidez, Puerpério e Menopausa.............................................................................................. 387 32. Dependência de Drogas e Gravidez: Álcool, Tabaco e Ilícitas........ 389 32.1. Alcoolismo................................................................................. 393 32.2. Tabaco...................................................................................... 400 32.3. Maconha................................................................................... 404 32.4. Cocaína..................................................................................... 405 32.5. Cafeína...................................................................................... 406 32.6. Ecstasy e Anfetamínicos Correlatos........................................ 407 32.7. Inalantes.................................................................................... 411 32.8. Crack......................................................................................... 411 32.9. Heroína..................................................................................... 414 33. Ação das Drogas Utilizadas como Rotina do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia Sobre o Sistema Nervoso e sobre a Amamentação: Um Estudo Crítico dos Efeitos Colaterais.................. 417 34. Drogas e Amamentação.................................................................... 441 35. Atividade Física na Prevenção e Tratamento de Doenças Cardiovasculares na Pós-Menopausa.................................................... 461 35.1. Condicionamento Metabólico.................................................... 464 35.2. Atividade Física......................................................................... 465 35.3. Metabolismo Hormonal no Exercício........................................ 467 Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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35.4. Metabolismo Lipídico no Exercício........................................... 468 35.5. Efeitos do Exercício Físico sobre o Perfil Lipídico.................... 469 35.6. Mecanismos de Ação do Exercício Físico sobre o Metabolismo das Lipoproteínas......................................................... 472 35.7. Cuidados para A Prática de Exercícios.................................... 473 36. Eletroconvulsoterapia em Gestantes................................................ 475 37. Depressão e Gravidez....................................................................... 479 37.1. Depressão Pós – Aborto........................................................... 485 37.2. Tratamento com Antidepressivos.............................................. 491 37.3. Outras Drogas........................................................................... 496 37.4. Amamentação........................................................................... 497 38. Transtornos Bipolares de Humor e Gravidez................................... 499 39. Psicose Puerperal............................................................................ 503 40. Paralisias Faciais Periféricas na Gravidez....................................... 505 41. Anorexia Nervosa e Gravidez.......................................................... 507 42. Transtornos Orgásticos Femininos.................................................. 511 42.1. Subtipos................................................................................... 511 42.2. Características e Transtornos Associados................................ 512 42.3. Diagnóstico Diferencial............................................................. 513 43. Bioética e Ginecologia...................................................................... 517 44. Abortamento Legal – Pareceres....................................................... 523 44.1. Norma Técnica......................................................................... 523 44.2. Aspectos Legais....................................................................... 524 44.3. Objeção de Consciência.......................................................... 524 44.4. Atenção Humanizada ao Abortamento..................................... 525 44.5. Outras Ações da Política Nacional........................................... 526 45. Manejo de Pacientes em Surto Psicótico e Comportamento Agressivo e de Risco............................................................................... 527 46. Assédio Moral e Sexual em Mulheres: Aspectos Laborativos.......... 547 47. Violência Contra a Mulher................................................................. 553 48. A Dor................................................................................................. 565 48.1. Vias Nervosas Periféricas da Dor............................................. 567 48.2. A dor e suas vias no encéfalo.................................................. 568 48.3. Sistemas analgésicos.............................................................. 569 48.4. Tratamentos Atuais das Dores................................................. 573 48.5. Uso Durante a Gravidez e Lactação........................................ 574 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS….……………................................ 587
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1. OBJETIVOS ALEA JACTA EST (Caius Julius Caesar; 100-44 a.C.) (A Sorte Está Lançada) Desde o início de nossos trabalhos no Hospital MaternidadeEscola Vila Nova Cachoeirinha, sentimos a necessidade de estabelecer a correlação do uso de fármacos nos protocolos consolidados utilizados neste Hospital-Escola a partir do ponto de vista do Ginecologista e do Obstetra, reinterpretando o uso destes, na especialidade, e dar ênfase aos efeitos colaterais sobre o sistema nervoso central e o psiquismo, contribuindo assim aos subsídios neurológicos e psiquiátricos no entendimento mais amplo das farmacocinéticas destas drogas, dos efeitos colaterais, assim como considerações das mesmas na amamentação e seus efeitos sobre o RN. Acresce-se nesta terceira edição temas da ordem psiquiátrica de interesse no atendimento da mulher, juridicamente, na questão do aborto, na questão da violência, na questão da alienação parental,
drogadição,
assim
como
outros
aspectos
éticos
e
comportamentais na lida diária. Mantivemos a dispensação, portanto, do lado eminentemente farmacológico das drogas usadas em GO como unidade autônoma de tratamento, e as enquadramos na visão geral da clínica Neurológica e Psiquiátrica, pela busca dos seus efeitos sobre o Sistema Nervoso Central da mãe, do seu conteúdo gestacional, e puerpério. O Programa antitabagismo completou mais de dois anos nesta maternidade e cheio de vigor. O trabalho com a gravidez em adolescentes foi foco de nossa permanente atenção, atentando para os aspetos preventivos da mesma. Certamente aquém de poder concluí-la, a busca do impacto que sobre o Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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sistema nervoso central estão muitas delas, influenciam de forma decisiva as expressões clínicas que não devem passar despercebidas quando prescritas por médicos da área. O acordo da Diretoria, da Gerência médica, da Gerência de Ensino e Pesquisa de me indicar como organizador deste protocolo continua me dando, a oportunidade de saber mais, de me atualizar, agradecendo pelo crédito de saberem-me capacitado a executar esta tarefa, sendo que tampouco faltariam candidatos á altura deste empreendimento, nesta instituição de ensino e pesquisa. De qualquer modo, sabendo que este protocolo atingiria um público médico, em formação de residência e os já formados, foi lícito supor que deveria trazer as mais recentes aquisições de dados sobre o versado: Patologias psíquicas da saúde da mulher, e sistema nervoso em situações problematizadas. Votos favoráveis, a estas opiniões, deverão ser sufragados a despeito das reservas e falta de consenso de unanimidade por condutas em anos tomadas na prática obstétrica e ginecológica diária, pelos serviços distintos consultados. Não será, no entanto, maioria nos grandes temas que cercam as condutas na área de GO, da psiquiatria, que certamente não esgotará o interesse permanente de atualização como força impulsiva da área médica, em particular em hospitais escolas, onde estas lacunas da desinformação têm o sinônimo de falta de gosto. A
prática
médica
seria
monótona
sem
a
atualização,
conclamando este protocolo pelo médico compulsivo pela observação dos sintomas ligados à saúde da mulher, pelo interesse sobre o padecer psíquico, pela imaginação animada da quantidade considerável de sintomas que se acrescem quando se indicam tal ou qual medicamento, que a interveniência dos ciclos hormonais lhes causam, situações 2
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adversas da vida cotidiana, que se toca não apenas em um único nó ou numa única corda ao se prescrever o mais indicado dos medicamentos e adotar as mais pretensas condutas de apoio. Pela diretoria deste hospital, pelos Gerentes médicos, pela Diretoria do Centro de Estudos e Pesquisa desta entidade é que colocamo-nos dispostos a acompanhar, no coro esclarecedor dos eventos científicos desta casa, procurando distinguir a mulher como objeto de nosso interesse científico, posto que muito falamos a seu favor. Foi mergulhado no entusiasmo desta diretoria e de suas obras em prol do Hospital Maternidade-Escola Vila Nova Cachoeirinha, que vislumbramos a visão e a idéia de continuar contribuindo também, e se há neste gesto algo de digno, é graças ao exemplo recebido dos profissionais nesta instituição modelo, caminhando sobre as pegadas dos mais experientes, com a mesma probidade e o mesmo desígnio. Quanto a mim sinto-me demasiadamente orgulhoso por esta dívida de contribuir, demasiadamente feliz por mais esta oportunidade de me reconhecer entre estes ilustres pares de profissão, e parafraseando Nietzsche, para que não me considere um discípulo indigno de meus mestres. “Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime.” (Fernando Pessoa – Álvaro de Campos, 15-1-1928)
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2. PRINCÍPIOS GERAIS AMICUS CERTUS IN RE INCERTA CERNITUR (Quintus Ennius; 239-169 a.C.) (O Amigo Certo se Reconhece nas Coisas Incertas) Embora determine grandes alterações no metabolismo e na função endócrina, a gravidez não aumenta o risco de doença mental, a despeito de atendermos em nosso serviço transtornos incluindo distúrbios psicóticos, quadros depressivos, abandono do produto gestacional, comorbidades e outros transtornos mentais, necessitaram da atenção da equipe
de
enfermagem,
residentes,
pré-natalistas,
obstetras
e
ginecologistas, buscando ajuda e meios que facilitassem na identificação de fatores de risco para o período gravídico pueperal. Damos relevância a estes aspectos preventivos que não se restringem somente à assistência materna e fetal. Fatores específicos como baixa escolaridade, multiparidade, estado prévio do estado de saúde da mulher, desnutrição, uso de drogas incluindo-se aqui o tabaco e álcool, a falta de planejamento familiar, quando esta existe, arrastam consigo risco materno e fetal. No início da 6
gravidez a labilidade emocional, depressão e irritabilidade são bastante freqüentes, ocorrendo hipersensibilidade ao paladar, olfato e pica ou o desejo de algum alimento em particular. Assim, a gravidez não desejada, instabilidade emocional prévia da mãe, usa de drogas, podem potencializar depressões reativas como manifestação de experiências de vida adversa, como manifestação de doença francamente psiquiátrica, a depressão é um dos fenômenos mais freqüentes acompanhando a gravidez, que quando Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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graves podem levar ao suicídio. Por outro lado, as psicoses puerperais constituem num grave padecer da maternidade estando numa estatística em torno de 2.2 por 1.000 nascimentos. Paradoxalmente, o sentimento de bem estar incomum é um fato fisiológico mais comumente encontrado que tem fortes origens na intersecção de múltiplos fatores endógenos incluindo neurotransmissor, que veremos na sequencia. A ocorrência de distúrbios psiquiátricos gestacionais, durante o parto e puerpério é citado por vários autores variando entre 1.4 á 6.8 por 1.000 nascimentos. Neste seguimento,
o
parto
teve
maior
incidência
de
precipitação
de
sintomatologia psíquica anormal que exigisse intervenção, porquanto envolvem alterações mais súbitas e muito extensas, metabólicas, de equilíbrio endócrino, exaustão física, perda sanguínea e eventualmente infecções. Neste
particular
ressalte-se a ocorrência
de sintomas
combinados ou super ajuntados de sintomas prévios, e o parto é vivido como o elemento mais estressor de todo o processo. Os sintomas fóbicos e ansiosos guardam estreita relação ao parto e em particular em primíparas, baixa idade e solteiras. As relações afetivas mais estáveis influirão na atitude e na fisiologia em relação á gravidez, o parto e o puerpério.
Em
mulheres
jovens,
dependentes
e
imaturas,
as
responsabilidades da maternidade são antecipadas com medo e apreensão e crescem á medida que o parto se aproxima. Adolescentes e mulheres infantis, grávidas, têm reduzida capacidade de ternura e afeição e em muitos casos delegam aos avôs ou a terceiros as responsabilidades dos cuidados maternos.
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3. A GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA AMOR FATI (F. Nietzche; 1844-1900) (Amor do Destino) A gravidez nos primeiros anos de vida reprodutiva não é fenômeno recente na história da humanidade. De acordo com Neme 6
(2000) , na antiguidade consta que contratos de casamentos eram lavrados quando a menina se encontrava entre os 13 e 14 anos de idade, haja vista que a expectativa de vida dos cidadãos dessa época era inferior a 25 anos de idade. Como descreve esse autor, em meados do século XVII, começaram a surgir relatos, na literatura médica, de gravidezes muito precoces, como o caso de uma menina que deu a luz aos seis anos, em 1658, e de outra, que em 1884, deu à luz aos sete anos, por parto natural, a dois fetos do sexo masculino, natimortos, aqui no Brasil. Há que se 6
considerar, como enfatiza Neme (2000) que eventos como estes são excepcionais e traduzem situações de precocidade sexual endócrina associada a desordens de índole genética. No final do século XVIII, com as grandes mudanças ocorridas decorrentes da Revolução Industrial na Europa abriram-se um amplo campo às mulheres, em vários setores de atividades até então exercida somente pelos homens. Essas mudanças foram dividindo as mulheres, aos poucos, entre a profissão e a maternidade, aumentando no decorrer dos séculos a idade para a primeira gravidez (MONTEIRO, TRAJANO e BASTOS-2009)¹².
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Entretanto, até no início do século XX, a gravidez entre a idade de 12 a 19 anos ainda era considerada acontecimento habitual para os padrões culturais e para os costumes vigentes. Em 1922, por exemplo, Harris definiu a idade de 16 anos como o momento “ótimo” para o 6
nascimento do primeiro filho (NEME, 2000) . Somente a partir da terceira década do século XX, a taxa de fecundidade de meninas com idade inferior a 19 anos foi diminuindo, na maioria dos países, tornando a gravidez nessa faixa etária mal vista pela sociedade (PEREIRA, 2009)
8.
Porém, como relatam Heilborn ET AL (2009)
9
, a partir da
segunda metade do século XX, quando teve início o processo de separação entre sexo e procriação, uma profunda transformação dos costumes afetou comportamentos de homens e mulheres, em que a preservação da virgindade até o casamento foi perdendo seu significado moral. Neste contexto de transformação de comportamentos surgiu o fenômeno da “gravidez na adolescência” como elemento perturbador do desenvolvimento Cobliner (apud PEREIRA, 2009)
juvenil. 8
teceu importantes considerações
sobre os motivos pelos quais houve aumento no número de gestações em adolescentes no decorrer dos anos. Aspecto relevante para o autor foi a mudança ocorrida no controle exercido pelas famílias em relação aos filhos, que, por ter sido relaxado, deu-lhes maior liberdade de ação, procurando os pais ser o menos importuno para não se tornarem empecilhos na vida dos filhos. Este fato levou a um hiato entre eles, como comenta Pereira 8
(2009) , não havendo participação dos pais em nenhum evento social, em nenhuma programação, criando total desestruturação com relação aos períodos de lazer. A atividade sexual começou a ser despertado em um 8
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grupo despreparado, o que trouxe como conseqüência o aumento na incidência de gestações não programadas, bem como liberalização da sexualidade e a não conscientização da mesma. Além disso, não houve orientação para uso de anticoncepcionais para as adolescentes que praticavam sexo sem nenhuma proteção. Todos esses fatos levaram a uma explosão de gestações em adolescentes, com incidência no Brasil, em 2005, de 21,78%. 10
Dadoorian (2003) , bem relaciona o fenômeno da gravidez na adolescência às mudanças sociais ocorridas na esfera da sexualidade, as quais provocaram maior liberalização do sexo, sem que, simultaneamente, fossem transmitidas informações sobre métodos contraceptivos para os jovens. Uma pesquisa, publicada pelo Ministério da Saúde e realizada em amostra probabilística que abrangia população estimada em 60 milhões de pessoas, constatou diferença significativa no comportamento sexual entre os sexos, quando comparados dois momentos específicos. Em 1984, 35% dos meninos e 14% das meninas relataram ter se iniciado sexualmente antes dos 15 anos de idade, enquanto em 1998 os valores foram respectivamente, de 47% e 32% (BRASIL, 2010). Esses dados evidenciam que o início da atividade sexual tem sido mais precoce e que 7
esta mudança ocorreu principalmente entre as meninas . Essa atividade sexual precoce e desprotegida principalmente entre as meninas traz outra preocupação; o crescente número de gestações não planejadas, enfatizadas anteriormente, que incidem como “efeito colateral” da atividade sexual do adolescente. Esses jovens, pelas próprias características associadas à faixa etária, ainda não são capazes de avaliar, e principalmente assumir, o ônus dessa vida sexual ativa. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Desta forma, verifica-se que a gestação “indesejada” entre adolescentes sempre existiu, nunca, porém, com a freqüência hoje observada. Diante do exposto, conclui-se que, na atualidade, a gravidez no extremo inferior da vida reprodutiva tem sido objeto de preocupação de obstetras e pediatras, atentos às repercussões que o episódio grávidopuerperal poderia impor à mãe muito jovem e a seu concepto. Essa grande preocupação da sociedade em relação aos adolescentes é justificada por dados estatísticos alarmantes, divulgados pela impressa leiga e científica, referentes ao exercício da sexualidade na adolescência, que incidem como “efeito colateral”, no crescente número de gestações não planejadas. Fisiológica e bioquimicamente as alterações na gestação na adolescência não são apenas devido ao fator idade, existem riscos biológicos, porém psíquicos e sociais bastante importantes. Quanto ao fator idade, asseveranos Zenilda Vieira Bruno da Univ. Fed. Do Ceará, podemos considerar duas faixas etárias, a adolescência precoce de 11 a 15 anos e a tardia de 16 a 19 anos. È na primeira fase que ocorrem mais riscos. Um fator é a idade ginecológica que é menor, isto é, quanto menor a diferença entre a idade cronológica da paciente e aquela que teve a primeira menstruação maior o risco para a gestação, devido à imaturidade da vascularização uterina, o que acarretaria o parto prematuro ou uma placenta insuficiente. Porém esta faixa etária coincide com a maior não aceitação da gestação, maior postergação do início do pré-natal acarretando falta de orientação alimentar, tratamento de eventual anemia, infecções urinárias ou vaginais, pré-eclampsia e também mais trabalhos do ponto de vista psíquico-social.
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A gravidez na adolescência traz mais problemas em nosso meio devido ao início do pré-natal tardio do que esta se dar numa fase precoce da vida reprodutiva. O tipo de parto independe da idade. È comum acreditarem as adolescentes não tem “passagem adequada“ e que devem ter cesariana como escolha. É via de regra um fator estressor nesta faixa etária, mas estas têm exatamente a mesma freqüência da mulher adulta e mais uma vez, se há um bom e precoce pré-natal como orientação para o momento do parto, este ocorrerá sem problemas salvo quando existe a indicação obstétrica formal para o parto abdominal. Outro fator de preocupação das adolescentes grávidas são os riscos biológicos para o recém-nascido (RN) comprovadamente mais freqüente nesta faixa etária. A prematuridade e o baixo peso ocorrem mais em filhos de adolescentes do que de mulheres adultas. Estas são as principais causas de morbi-mortalidade em RN. Maior do que os riscos biológicos são os psicossociais. Em geral, a adolescente para de estudar e trabalhar tem sentimentos de diminuição de auto-estima, depressão e algumas vezes pensa até em suicídio. Vários trabalhos mostram que a baixa escolaridade, educação sexual é tanto causa como conseqüência da gravidez na adolescência. Sabemos que quanto menor a escolaridade maior probabilidade de ocorrer gestação e que esta faz com que a adolescente pare de estudar, por vergonha das amigas, pressão da escola e muitas vezes da família, por punição ou por acreditar que esta é a única maneira da jovem cuidar do seu filho, ou ainda pressão, ou ausência do parceiro. Os meninos, parceiros sexuais, destas jovens, não raras vezes, “abandonam o barco” da responsabilidade paterna sobre a adolescente e o concepto, ou em Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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muitas vezes, param de estudar para trabalhar, para tentar sustentar a nova família. A própria vida sexual entre os adolescentes muda. Em geral, a gravidez ocorre fruto de uma relação sexual desprotegida de um casal de namorados, ou entre adolescente e um adulto jovem, que resolvem “ficar” como é dito no meio da nossa contemporaneidade. Outras vezes, a gravidez é fruto de uma relação não formal e o parceiro não assume a gestação, e na maioria destes casos podem ocorrer tentativas de aborto provocado, que constitui crime. Como estas relações sexuais, em geral, são escondidas, as gravidezes é a prova visível de que estas estavam acontecendo. A situação desperta alguns sentimentos, na sua maioria, negativos, como medo, vergonha, desespero. Verificamos que a auto-estima da adolescente é mais baixa em grupos, que provocaram o aborto, acreditamos que esta não tem apoio do parceiro e se sente muito mal em ter que tomar esta atitude. A maioria das gestantes adolescentes para de estudar. A baixa escolaridade tem como conseqüência uma menor qualificação profissional e desemprego, levando a perpetuação de um ciclo pobreza quer material, quer espiritual. Muitas se unem em novos relacionamentos, buscando segurança material e afetiva, que em muitas é uma tentativa ilusória e por vezes mais problematizada. Paradoxalmente e diferentemente do seria de se esperar, em sentido genérico, a união conjugal de muitos adolescentes se estabelece, quando há continência no seio familiar de ambos e não é tão fugaz, quando após a gravidez a adolescente passa a morar com seu companheiro na casa de um dos pais e na maioria das vezes permanece com este por tempo variado. Observou o estudo da Universidade Federal do Ceará que 60 % das adolescentes tinham o mesmo companheiro cinco 12
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anos após a gravidez. Aquelas que abortaram estavam com o parceiro inicial em 40%, o que ainda é alto, visto que muitas vezes este aborto foi pela decisão do parceiro em não ter este filho. Verificou-se, naquele estudo, que 61% das adolescentes que pariram e 70% das que abortaram engravidaram novamente nos cinco anos seguintes da primeira gestação. Não foram fatores protetores para esta gravidez subseqüente: a faixa de idade, o fato de estar estudando, trabalhando, ou morando com os pais. Entretanto, quando as adolescentes tinham oito anos ou menos de escolaridade o risco de engravidar aumentava quase duas vezes (RR = 1,89). As adolescentes que eram casadas ou moravam com o companheiro engravidaram menos do que aquelas que não tinham uma união estável e aquelas que mudaram de companheiro engravidaram mais do que aquelas que se mantinham com o mesmo companheiro (RR = 1,4). No decorrer do tempo os grupos entre as que tinham filho e que abortaram ficaram bem parecidos. A grande maioria de todas as adolescentes engravidou novamente até cinco anos após, relacionando-se principalmente com baixa escolaridade, novos parceiros e uniões não estáveis. A probabilidade de nascimento de um bebê saudável é comprometida, pois a adolescente grávida também está em fase de crescimento. Durante a adolescência, os indivíduos ganham 50% do seu peso da fase adulta, 50% da massa esquelética e 20% da altura. Levantamentos nutricionais mostram que a prevalência mais alta de deficiências nutricionais ocorre durante a adolescência. Adolescentes grávidas apresentam taxa de mortalidade duas vezes maior do que mulheres adultas grávidas (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004, p. 15)¹¹. Percebe-se assim, que os estudos sobre a idade das adolescentes com relação à gravidez e partos são conflitantes e Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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encontram repercussão em vários estudos, alertando para o fato de os trabalhos não levarem em consideração as diferenças entre as populações estudadas e as metodologias de estudo que foram aplicadas. De acordo com Pelloso, Carvalho e Valsecchi (2002)¹², na América Latina, 3.312.000 crianças nascem a cada ano de mães adolescentes e no Mundo, de cada 100 adolescentes na faixa de 15 a 19 anos, cinco tornam-se mães anualmente. Santos Junior (2000)¹³, ressalta que houve um aumento nos partos na faixa etária de 10 a 14 anos, no período de 1993 a 1996, passando de 26.505 para 31.911 partos, e na faixa de 15 a 19 anos, nesse mesmo período, foi de 611.608 pra 675.839 partos. 4
Na opinião de Duarte (2005), ¹ , “estima-se que no Brasil, a cada ano, um milhão de adolescentes entre dez e vinte anos dão à luz, o que corresponde a 20% do total de nascidos vivos”. 30
Vitiello,
(1994 apud MAGALHÃES, 2009)
15
afirmou que 15
milhões de mulheres adolescentes dão à luz a cada ano no mundo, o que corresponde à quinta parte de todos os nascimentos do mundo. A maioria deles ocorre em países subdesenvolvidos. Na América Latina, por exemplo, como afirma o autor, a cifra está na ordem dos 48 milhões, com 8%
de
partos
anuais.
No Brasil, pesquisa do IBGE (BRASIL, 2000) revelou que o grupo de mulheres adolescentes -10 a 19 anos – representou 10,3% da população brasileira, e a proporção de gravidez nesta faixa etária foi de 23,5%, sendo 0,9% em menores de 15 anos e 22,6% em mulheres dos 15 aos 19 anos. Magalhães (2009)
15
também relata que em 2002, 18% das
adolescentes brasileiras tiveram pelo menos um filho ou estavam grávidas. Este percentual foi mais elevado nas pequenas cidades (24%) do que nas áreas urbanas mais desenvolvidas (17%). 14
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Esse autor destaca ainda, que o número de partos de jovens entre 10 e 19 anos realizados na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1999 foi de 705.312 mil (27% do total de partos), representando aumento de 67 mil partos em seis anos. 7
De acordo com Monteiro, Trajano e Bastos (2009) , diferenciais ainda mais expressivos são encontrados quando se introduz a variável “anos de escolaridade”. Aproximadamente metade das jovens de 14 a 19 anos sem nenhuma escolaridade já havia sido mãe, enquanto apenas 4% daquelas com 9 a 11 anos de escolaridade haviam engravidado alguma vez. Dados estatísticos em São Paulo dão conta de que em 2006, 100.631 mulheres com menos de 20 anos ficaram grávidas no Estado. No ano de 1998, este número foi de 148.019. O levantamento também aponta que a redução vem acontecendo ano a ano. Em 1999, 144.362 adolescentes engravidaram no Estado. Em 2000, esse número foi de 123.714. Em 2004, o número havia caído para 106.737 e, em 2005, para 104.984. O número de adolescentes que engravidaram em 2006 representa 16,6% do total de partos no Estado. Esse índice também já foi maior, de acordo com o levantamento. Em 2005, o número representava 16,9% do total. Em 2004, 17%; em 2003, 17,5%; e em 2002, 18,4%. De acordo com a Secretaria de Estado, os números diminuíram devido ao maior acesso da população a informações sobre como evitar a gravidez precoce e fatores educacionais ligados à sexualidade. Entretanto, Dados mais recentes apresentados no site do Ministério da Saúde (BRASIL, 2010) mostram que a quantidade desses procedimentos em adolescentes de 10 a 19 anos caiu 22,4% de 2005 a 2009. Na primeira metade da década passada, a redução foi de 15,6%. De 2000 a 2009, a maior taxa de queda anual ocorreu no ano passado, quando foram Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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realizados 444.056 partos em todo o País – 8,9% a menos que em 2008. Em 2005, foram registrados 572.541. Ao longo da década, a redução total foi de 34,6% (veja tabela 1). TABELA 1: PARTOS POR REGIÕES Região 2000 2005 2009 Variação 2000-2009. Norte 79.416 76.172 62.046 -21,90% Nordeste 249.057 214.865 159.036 -36,10% Centro-Oeste 52.112 43.362 32.792 -37% Sudeste 217.243 174.465 138.401 -36,30% Sul 81.530 63.677 51.781 -36,50% Fonte: Ministério da Saúde (BRASIL, 2010). 3.1. FATOR DE RISCO OBSTÉTRICO A adolescente tem mais probabilidade de apresentar síndromes hipertensivas, desordens nutricionais, desproporção fetopélvica e partos prematuros. A chance de ocorrência de óbito materno devido à gravidez, parto ou puerpério é duas vezes maior entre jovens de 15 a 19 anos quando em comparação com as de 20 anos ou mais, e cinco vezes maior 7
em menores de 15 anos (MONTEIRO; TRAJANO; BASTOS, (2009) . Na adolescência precoce entre 10 e 14 anos, é mais comum se encontrar distocia óssea pelo fato de a pelve não estar completamente formada, dificultando o parto vaginal. Andalaft Neto e Andalaft (2009)
17
enfatizam que os fatores de
risco para a ocorrência de gravidez na adolescência variam de acordo com a sociedade e os grupos sociais estudados. Segundo esses autores, os indicadores sugerem que a pobreza, os conflitos sobre a sexualidade e a dificuldade de acesso aos anticoncepcionais são os principais fatores de risco para a gravidez na adolescência. 16
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Acredita-se que o risco não seja somente biológico, mas determinado por um conjunto de fatores psicossociais, o que afeta o binômio mãe-filho, com repercussões médicas, sociais, familiares e emocionais. Para o governo do Estado e Município de São Paulo, assim também para nosso serviço o programa para reduzir os índices de gravidez na adolescência é uma meta a ser atingida admitindo-se que os números ainda são altos. Enquanto isso, a taxa de gravidez em mulheres adultas está caindo. Em 1940, a média de filhos por mulher era de 6. Essa média, calculada no ano de 2000 caiu para 2,3 filhos para cada mulher. Porém, em franca contradição, o mesmo não acontece com as adolescentes. Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2007), analisados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), e divulgados pela mídia, mostram que a mulher brasileira continua optando por ter menos filhos. A média, em 2007, era de 1,8 filhos/mulher. De acordo com a coordenadora do IPEA, Ana Amélia Camarano, a taxa de fecundidade continua caindo em velocidade acelerada. “Essa taxa de 1,8 está abaixo do nível de reposição, que é de 2,1 filhos/mulher. Desde 2004, a sociedade cruzou a linha de reposição, o que significa uma diminuição no número de crianças e aumento no número de idosos na população”, explicou. No entanto, segundo os dados do IBGE, desde 1980 o número de adolescentes entre 15 e 19 anos grávidas aumentou 15%. Só para ter idéia do que isso significa, são cerca de 700 mil meninas se tornando mães a cada ano no Brasil. Desse total, 1,3% são partos realizados em garotas de 10 a 14 anos. Neste contraste de informações segundo ainda o IBGE, entre 1993 e 1999 houve aumento de aproximadamente 30% do Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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número de partos feitos no SUS em adolescentes mais jovens, entre 10 a 14 anos. Entre os anos de 1996 e 2006, a média entre as meninas de 15 a 17 anos subiu de 6,9% para 7,6%. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o maior aumento desses casos foi verificado na Região Nordeste (1,2 ponto percentual), enquanto o Sudeste se manteve com os menores resultados. Nessa região, a proporção de adolescentes grávidas é 5,6%, metade do maior percentual, na Região Norte (11,2%). As complicações psicossociais relacionadas à gravidez na adolescência são, em geral, mais importantes que as complicações físicas. Fatos que enfatizamos, devem ser levados em consideração, inclusive pela equipe que faz o pré-natal seriam, por exemplo, o abandono do lar dos pais, o abandono pelo pai da criança, a opressão e discriminação social, a interrupção dos estudos e suas conseqüências futuras, tais como os empregos menos remunerados, a dependência financeira dos pais por mais tempo. Os
casamentos
ou
co-habitação
precoces,
motivados
exclusivamente pela gravidez, tem levado a uma maior taxa de separações. Alguns autores afirmam que as uniões contraídas antes dos 20 anos terminam em separação 3 a 4 vezes mais que nas uniões contraídas após os 20 anos. Os filhos de mães adolescentes, segundo Verena Castellani V. Santos, tendem a sofrer mais a negligência materna tem maior risco de serem adotados, são internados em hospitais mais vezes, e sofrem mais acidentes que filhos de mães adultas. Revela ainda que eles tenham um risco aumentado para ter atraso de desenvolvimento, dificuldades escolares, desordens de comportamento, abuso de drogas, e se tornarem 18
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também pais adolescentes. O índice de adolescentes e jovens brasileiras grávidas é hoje 2% maior do que na última década; as meninas de 10 a 20 anos respondem por 25% dos partos feitos no país, segundo o Ministério da Saúde. Estudo da Organização
Mundial
da
Saúde mostra
que
a
incidência de recém-nascidos gerados por mães adolescentes com baixo peso é duas vezes maior que o de mães adultas. A taxa de morte neonatal é três vezes maior. No Brasil, o parto é a primeira causa de internação de adolescentes no sistema público de saúde. Em 1996, 14% das jovens com menos de 15 anos já tinham pelo menos um filho; e de cada 10 mulheres que hoje têm filhos, duas são adolescentes. Sabemos que uma jovem pode muito bem se tornar mãe, se assim o quiser. As adolescentes mais velhas têm condições físicas para isto. A questão é diferente quando a adolescente é muito jovem, com idade abaixo dos 16 anos. Neste caso, podem ocorrer complicações tanto para ela como para o bebê, porque seu próprio corpo ainda está em processo de formação. Por isso - e pelas condições sociais, econômicas, psicológicas e de formação moral vinculada ao fato -, a gravidez da adolescente é considerada como gestação de alto risco. 16
De acordo com Monteiro et al (2009) , a ação preventiva da gravidez na adolescência faz-se por meio da educação sexual, do adiamento do início da atividade sexual e da contracepção. Esta, idealmente, deveria começar antes da primeira gestação. Caso contrário, deve-se tentar evitar a reincidência da gravidez durante a adolescência. De um jeito ou de outro, antes ou depois da primeira gravidez, faz-se mister planejar cada atividade para evitar dispersão de recursos e tempo e, principalmente para se obter sucesso nas atividades. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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A educação sexual deve ser a primeira a ser examinada, por uma questão cronológica. A adolescente precoce (menor de 16 anos) ainda apresenta, até o momento, baixa prevalência de gravidez na adolescência em comparação com a faixa de 16-19 anos. Este é o momento último para a educação, uma vez que a maioria já iniciou sua atividade sexual e a exerce sem contracepção em mais de 80% dos casos (MONTEIRO et al, 16
2009) . Para esses autores, o ideal seria que a educação sexual começasse com a instalação da menarca (média de 12,2 anos), informando à adolescente das transformações pelas quais seu corpo está passando, o que serviria de apoio psicológico para as dúvidas e angústias que acompanham a entrada neste período de transação. Pensa-se que a educação sexual nesse período é oportuna, ainda, para tentar retardar o início da atividade sexual, que na maioria das adolescentes ocorre apenas 2 anos após a menarca (por volta dos 14,5 anos), protelando a gravidez na adolescência, que ocorre em quase 70% dos casos no primeiro ano de atividade sexual, por falta de contracepção. É importante uma atitude franca diante da atividade sexual do adolescente, reconhecendo-a. Ignorá-la é dificultar as ações necessárias para prevenção da gravidez na adolescência. Deve-se oferecer a contracepção, hoje tecnicamente adequada, para a adolescente. A crítica ao uso de pílula anticoncepcional pela adolescente não procede. Note-se que, apesar de ser o método mais eficaz, não é obrigatória como forma de contracepção. Outros métodos, ainda que menos eficazes, podem e devem ser incluídos (métodos naturais, embora com falhas; preservativo, diafragma) (PAIVA; CALDAS; 18
CUNHA, 2009) . No passado, as brasileiras casavam-se e tornavam-se mães muito cedo. Parcos os recursos contraceptivos. Possivelmente, as avós ou 20
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bisavós de muitos de nós tiveram seus primeiros filhos com 13 ou 14 anos de idade. As mulheres casavam-se jovens, permaneciam exclusivamente no ambiente doméstico freqüentava pouco a escola, não tinham recursos, meios nem mentalidade para planejar sua vida reprodutiva. Não havia métodos confiáveis para evitar a gravidez e, geralmente, isso nem era cogitado. Vivia-se menos, havia muitas doenças "incuráveis", morria-se muito de parto e de complicações da gravidez e a própria estrutura familiar 4.
era diferente
Os métodos anticoncepcionais disponíveis nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) são a pílula comum, a minipílula (utilizada pelas mulheres durante a amamentação), a pílula de emergência (do dia seguinte), as injeções anticoncepcionais, as camisinhas masculina e feminina e o Dispositivo Intra-Uterino (DIU). Entre os métodos de contracepção definitivos, que eliminam as possibilidades de gravidez futura, estão as cirurgias, como a vasectomia (nos homens) e a laqueadura (ligadura de trompas nas mulheres), que são feitas após recomendação médica, e com legislação própria. "A primeira vez a gente nunca esquece. Mas para muitas adolescentes nem sempre essa lembrança está associada a uma saudável nostalgia. Divididos entre os hormônios e a responsabilidade, os adolescentes iniciam a atividade sexual cada vez mais cedo e aumentam a incidência da gravidez precoce, das doenças, dos abortos, dos desencontros amorosos". "Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo, embora soubesse do risco que corria ao não usar a camisinha todas as vezes que mantinha relação", dizem, surpresos, muitos adolescentes ao descobrirem a gravidez. Isto revela uma característica fundamental da mentalidade do adolescente: achar que as coisas só ocorrem com os outros. O resultado Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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desse comportamento de risco é que, dentre todas as mulheres que se tornam mães, 20% delas são adolescentes!A gravidez na adolescência é quase sempre uma gravidez não planejada e, por isso, indesejada. Desde
1970,
a
incidência
de
casos
tem
aumentado
significativamente, ao mesmo tempo em que tem diminuído a média de idade das adolescentes grávidas. Na maioria das vezes a gravidez na adolescência ocorre entre a primeira e a quinta relação sexual e elas procuram o serviço de saúde entre o terceiro e quarto mês de gravidez. O parto normal é a primeira causa de internação de brasileiras entre 10 e 14 anos de idade nos hospitais que têm convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde) em todos os Estados brasileiros. Do total de internações de meninas e jovens, de l0 a 14 anos, 16% foram relativas a partos normais ou cesarianas. O índice de gravidez na adolescência registrado no Brasil no ano de 1998 foi de 23,6% e por região verificou-se um percentual de 31,2% para região norte; 26,0% para o nordeste; 20,7% para região sudeste; 21,5% para região sul e 27,1% para a região centrooeste. A assistência ao adolescente na área da saúde sexual e reprodutiva foi qualificada como inadequada, por não existir ações voltadas a essa população em processo de abortamento, enfatizando também que as jovens não são acolhidas devidamente e com freqüência engravidam novamente. Entre as dificuldades que se constataram como barreira à promoção da saúde do adolescente está indicada a inexistência de políticas e programas eficientes, que atendam essa faixa etária. O desafio é propiciar ao adolescente acesso a serviços de saúde que ofereçam um atendimento integral, antes mesmo do início de seu primeiro intercurso, garantindo-lhes orientação e capacitação na lida com suas atitudes vivenciais e morais.
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4. A ADOLESCENTE E A ADOLESCÊNCIA ANIMAE DUAE, ANIMUS UNUS (Sidônio Apolinário; C. 430479). (Duas Almas, Um Espírito) Quando
se
buscou
conhecer
o
significado
do
termo
adolescência, verificou-se que seu conceito e compreensão variam de acordo com o tempo e o autor. Procura-se, no entanto, fugir dos significados que lhe são dados, como: aborrecência, rebeldia e atrevimento, e ao mesmo tempo superar a compreensão de adolescência pautada na idéia de que ser adolescente é viver um mundo de sonhos e fantasias. Partindo desses critérios, percebeu-se que a literatura existente possibilita entender que, até o século XIX, considerava-se que o indivíduo passava diretamente da infância para a idade adulta, sendo que havia apenas os termos “juventude” ou “puberdade”, que correspondiam às transformações físicas, não havendo referencias às emocionais. O conceito de adolescência é, portanto, bastante recente, datando do período entre o final da Primeira Guerra Mundial e o início da 9
Segunda, ou seja, entre 1918 e 1939 (TAKIUTI et al, 2009)¹ . De acordo 0
com Osório (2000) ² , essa fase da vida é hoje considerada uma etapa em si mesma, possuindo, desta forma, uma série de características peculiares, podendo ser definida como uma época em que aspectos biopsicossociais são transformados, de maneira que o biológico, o psicológico, o social e o cultural são indissociáveis, sendo impossível analisar um independente do outro Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Bock (2000)²¹, ao enfatizar a origem da palavra “adolescência”, afirma que esta tem uma dupla origem etimológica e caracteriza muito bem as peculiaridades desta etapa da vida. A palavra adolescência vem do latim ad (a, para) e olescer (crescer), significando a condição ou processo de crescimento, em resumo o indivíduo apto a crescer. Adolescência também deriva de adolescer, origem da palavra adoecer. Adolescente do latim adolescere, significa adoecer, enfermar (BOCK, 2001, p.16) ²¹. Tem-se, assim, nessa dupla origem etimológica, um elemento para pensar esta etapa da vida: aptidão para crescer (não apenas no sentido físico, mas também psíquico) e para adoecer (em termos de sofrimento emocional, com as transformações biológicas e mentais que operam nesta faixa da vida). Para a Organização Mundial de Saúde – OMS (apud FERREIRA, FARIAS, SILVARES, 2010)²²,a adolescência é definida como um período biopsicossocial que compreende a segunda década da vida, ou seja, dos 10 aos 20 anos. Esse também é o critério adotado pelo Ministério da Saúde do Brasil (BRASIL, 2007) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (BRASIL, 2007). Já para o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, o período da adolescência vai dos 12 aos 18 anos (BRASIL, 2007). A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) considera o termo adolescência como: “Um processo primariamente biológico que transcende a área psicossocial e constitui um período durante o qual se aceleram o desenvolvimento cognitivo e a estruturação da personalidade”. Abrange o período de 10 a 19 anos e compreende a pré-adolescência propriamente dita (15 a 19) (CROMACK; CUPTI, 2009 )²³.
24
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De modo geral, entende-se que a adolescência inicia-se com as mudanças corporais da puberdade e termina com a inserção social, profissional e econômica na sociedade adulta. No dicionário da Língua Portuguesa (FERREIRA, 2001)²², encontra-se o seguinte conceito para a adolescência: “O período da vida humana que começa com a puberdade e se caracteriza por mudanças corporais e psicológicas, estendendo-se, aproximadamente, dos 12 aos 20 anos”. A adolescência também pode ser vista por outra ótica, onde estaria pautada não como sendo um período cronológico, e sim um processo cronológico social. Adolescente pouco tem haver com a idade da pessoa. O individuo não é adolescente porque está entre os 11 e os 17 ou 18 anos. A adolescência é acima de tudo uma maneira psicológica de se enfrentar a vida. As
pessoas
são
adolescentes
porque têm
uma série de
características psicológicas que nos permitem classificá-las desta maneira. A própria duração do período médio da adolescência varia historicamente: há duas ou três gerações era dois ou três anos – dos 11 ou 12 até os 14 anos [...]. Atualmente o período da adolescência (estende-se) até os 18, 19 e 20 anos [...] a adolescência é uma conquista social... (GAUDÊNCIO, 2000, p. 8)
24
Segundo o artigo “Ações de enfermagem na educação e prevenção da gravidez na adolescência” elaborado com muita propriedade por Felipe Lopes de Souza, é coerente acrescentar, que a adolescência é acima de tudo, um período e um processo de construção de temas fundamentais que irão permear a vida adulta 25
.Para Marcelli e Braconnier (2007) , a adolescência é a idade da mudança, como indica a etimologia da palavra: adolescere, que significa “crescer” em latim. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
25
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Na
visão
de
Almeida
26
(2003) ,
a
melhor
definição
de
adolescência, e talvez o seu marco mais rigoroso, é a que a fixa como o momento em que se dá uma reaceleração do crescimento, afinal adolescência provém de adolescere: crescer, desenvolver-se. 27
Silva e Chinaglia (2000) , conceituam a adolescência como um “período de transição entre a infância e a idade adulta, caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta por marcantes transformações anatômicas, fisiológicas, mentais e sociais”. 28
Para Halbe, Halbe e Ramos (2000) , a adolescência é um estado psicossomático, pois existe uma íntima relação entre os componentes físicos e psicológicos do corpo. Em vista do impacto das forças sociais sobre a estrutura psicológica, ela pode ser considerada como
uma
fase
psicossocial,
sendo
um
passo
essencial
no
amadurecimento psicológico. Mas, a adolescência é um estado de confusão, que confundem os outros e o próprio adolescente. 22
Kalina e Laufer (apud FERREIRA, FARIAS, SILVARES, 2010) , entendem a adolescência como o segundo grande salto para a vida: o salto em direção a si mesmo, como ser individual. Esses autores distinguem
puberdade
de
adolescência.
Puberdade
refere-se
aos
fenômenos fisiológicos, que compreendem as mudanças corporais e hormonais,
enquanto
adolescência
diz respeito
aos
componentes
psicossociais desse mesmo processo. 15
Para Magalhães (2009) , o conceito de adolescência não se refere só às transformações físicas, mas também ao processo de adaptação psicológica e social inerente a elas. A forma de considerar e interpretar a adolescência, na visão desta autora, varia de acordo com a época e a cultura.É na psicologia que se tem encontrado grandes contribuições a respeito do processo da adolescência, fortalecendo a 26
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concepção desse fenômeno como sendo o resultado das interações dos aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais na definição das características da adolescência. 29
Na visão de Blos (2000 apud SATELES, 2009) , o conceito de adolescência é constituído por elementos de três ordens: o tempo, a natureza e a cultura; abrangendo fundamentalmente três dimensões: variabilidade histórica, biológica, mudanças de natureza física e psíquica do ser humano e cultural, com seus significados, funções e valores atribuídos a essa etapa da vida. 23
De acordo com Cromack e Cupti (2009) , a noção de adolescência tem suas raízes na Grécia Antiga. Segundo as autoras, Aristóteles considerou os adolescentes: “apaixonados, irascíveis, capazes de serem arrebatados por seus impulsos... [ainda que tenham] altas aspirações... se os jovens cometem uma falta, é sempre no lado do excesso e do exagero, uma vez que eles levam todas as coisas longes demais”. 22
Ferreira, Farias e Silvares (2010) , afirmam que registros na literatura, especialmente textos sobre educação, documentam algumas características associadas ao adolescente na história da humanidade. Os componentes psicológicos e fisiológicos fundamentais desse período sempre existiram nas pessoas, independente do período histórico ou cultural, embora nem sempre se reconhecessem as características específicas da adolescência. Segundo esses autores, somente nos séculos XIX e XX, acontecimentos sociais, demográficos e culturais parecem ter propiciado o estabelecimento
da
adolescência
como
período
distinto
do
desenvolvimento humano. Informações sobre a adolescência foram recolhidas por meio de estudos sobre as cerimônias de iniciação ocorridas Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
27
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em povos primitivos, prosseguindo com as especulações filosóficas ou textos literários ao longo da história da humanidade – que geralmente registravam as classes mais altas – e desembocando nos estudos científicos ocorridos a partir do século XX. Destacando o aspecto histórico da adolescência, Magalhães (2009)
15
, diz que: “Historicamente, encontram-se na Mesopotâmia
registros da adolescência como período bem definido, além de referências a essa etapa da evolução do ser humano na fase áurea da Grécia, na época do apogeu de Roma, durante a Renascença”. 22
De acordo com Ferreira, Farias e Silvares (2010) : Na Grécia Antiga, os jovens eram submetidos a um verdadeiro adestramento, cujo fim seria inculcar-lhes as virtudes cívicas e militares. Aos 16 anos, podiam falar nas assembléias. A maioridade civil era atingida aos 18 anos, ocasião em que eram inscritos nos registros públicos da cidade [...]. As moças faziam exercícios esportivos a fim de adquirir saúde e vigor para seu futuro de mães de família. Casavam - (se aos 15 ou 16 anos). Entende-se assim, que a fase da adolescência quase não existia na Grécia antiga, haja vista que as moças casavam-se muito jovens e os rapazes logo cedo eram envolvidos com a vida cívica, passando rapidamente da infância para a fase adulta. 30
Vitiello
(1994 apud MAGALHÃES, 2009)
15
também destaca que
em períodos históricos, nos quais as condições de vida são mais adversas, como Idade Média, grandes guerras, entre outros, a fase da adolescência se retrai e por vezes desaparece, passando o ser humano do final da infância para a fase adulta, sem a transição da adolescência. Entretanto, de modo geral, para esse autor, todo ser humano passa pela fase da adolescência, a qual ele conceitua como uma fase de 28
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transição, durante a qual se perde a criança e se pode adquirir um adulto. É neste período que a maturidade biológica e sexual é atingida, se define a identidade sexual e, potencialmente, é onde se define o espaço social de homem ou mulher. Percebe-se, nesta ótica, que entre a infância e a idade adulta, a adolescência é uma passagem, devendo-se ter muito cuidado com essa 25
fase de transição, pois, como assinalam Marcelli e Braconnier (2007) , costuma-se dizer erroneamente que o adolescente é ao mesmo tempo uma criança e um adulto; na realidade, ele não é mais uma criança e ainda não é um adulto. Esse duplo movimento, negação de sua infância, de um lado, busca de um status mais estável, de outro, constitui a própria essência da “crise”, do “processo psíquico” que todo adolescente atravessa. Diante do exposto, compreende-se que, por ser processo evolutivo biopsicossocial, que assume aspectos diferentes de acordo com as várias culturas, há dificuldades no estabelecimento de conceito único, amplo e universal para caracterizar o termo adolescente. Porém, independente dos critérios utilizados para definir a faixa etária, ou mesmo as formas de subdividir o período da adolescência, a classificação deve ser coerente com os objetivos de saúde que se pretendem alcançar. Ainda este mesmo artigo: Este acelerar da velocidade do crescimento, só comparado ao desenvolvimento do embrião durante a 26
gestação, de acordo com Almeida (2003) , acontece entre 10 a 16 anos. Nas meninas entre os 10 e 14 anos, sendo, em regra, a velocidade máxima atingida aos 12 anos; nos meninos, entre os 11 e os 16 anos, sendo, em regra, a velocidade máxima atingida aos 15 anos. Depois o crescimento desacelera, para parar, nas meninas por volta dos 19 anos e nos rapazes por volta dos 21 anos. Entretanto, sucedem todas as Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
29
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alterações físicas próprias da adolescência e puberdade, com uma ordem rigorosa, pois a variedade reside mais nas idades de começo e de conclusão do processo que na sequência dos seus fenômenos próprios 26
(ALMEIDA, 2003) . Do ponto de vista físico ou biológico, a adolescência abrange a fase de modificações anatômicas e fisiológicas que transformam a criança em adulto. O termo puberdade é utilizado para designar todo o processo de maturação biológica, inserido no período da adolescência (COLLI, apud 31
HOFFMAN e ZAMPIERI, 2009) . Hoffman e Zampieri (2009)
31
comentam
que a adolescência e a puberdade “são dois períodos em que a sexualidade emerge”. Whaley e Wong (1999 apud HOFFMAN E 31
ZAMPIERI, 2009) , consideram a puberdade o período em que ocorrem mudanças biológicas, tornando o indivíduo apto à procriação, e a adolescência a fase na qual acontecem mudanças sociais e psicológicas, percorrendo desde a puberdade à idade adulta. Silva e Chinaglia (2000)
27
destacam que são dramáticas as
modificações físicas e psicossociais que ocorrem no período da adolescência. Segundo eles: A maioria dos órgãos e sistemas desenvolve-se rapidamente durante essa etapa da vida, principalmente o sistema reprodutivo. As adolescentes contemporâneas atingem a maturidade física em época bem anterior àquelas da virada do século. A média de idade da menarca, por exemplo, tem apresentado um declínio de aproximadamente quatro meses a cada década, com tendência atual de estabilização (SILVA e CHINAGLIA, 2000, p. 1196) Em
27
contrapartida,
. como
afirmam
esses
autores,
o
desenvolvimento psicossocial parece não acompanhar o processo de maturação biológica. Do ponto de vista psicológico, a adolescência 30
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caracteriza-se basicamente pela aquisição da identidade adulta, do sentido de
individualidade,
da
separação
psicológica
da
família,
do
desenvolvimento cognitivo e pelo planejamento do futuro. 27
Silva e Chinaglia (2000) , dizem, ainda, que a adolescência é uma época de experiências em termos de comportamento, as quais, frequentemente, incluem a exploração da sexualidade. Todavia, esse processo dificulta, muitas vezes, a compreensão plena do significado e das conseqüências do exercício sexual, podendo trazer repercussões muito desfavoráveis à saúde da adolescente. Assim, a infrequência e a espontaneidade das relações sexuais tornam problemático, por exemplo, o uso de medidas anticoncepcionais efetivas e aumentam o risco de gravidez durante a adolescência. 32
Para Fierro (2000) , longe de ser um mero intervalo temporal entre duas idades que estariam supostamente mais claramente definidas, a idade infantil e a idade adulta, a adolescência constitui um período e um processo: a) de ativa desconstrução de um passado pessoal, e em parte tomado e mantido,
e,
por
outro,
abandonado
e
definitivamente
preterido;
b) de projeto e de construção do futuro, a partir de um enorme potencial e acervo de possibilidades ativas que o adolescente possui e tem consciência de possuir. Neste processo de recapitulação e de preparação, de acordo com esta autora, determinados temas vitais – a própria identidade, a sexualidade,
o
grupo
de
amigos,
os
valores,
experiências
e
experimentações de novos papéis – passam a ser preponderantes nas relações do adolescente com seu meio e em sua própria vivência fenomenológica, consciente, dos acontecimentos. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Durante a fase da adolescência, mudanças anátomo-fisiológicas (puberdade)
ocorrem
de
forma
abrupta.
Estas
mudanças
terão
repercussões no desenvolvimento psicossocial do adolescente. Assim, torna-se necessário conhecer como se processam tais transformações. 23
Segundo Moraes (2000 apud CROMACK e CUPTI, 2009) , no corpo dos adolescentes, ou melhor, do púbere, se processam largas mudanças hormonais, que aceleram o seu crescimento físico e também o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. O crescimento físico acelerado e não igualado – já que algumas partes do corpo se desenvolvem mais rapidamente que outras – surpreendem o adolescente que passa a não se reconhecer em seu próprio corpo. Seu esquema corporal ainda não se adaptou ao crescimento, de modo que ele começa a esbarrar em alguns objetos, a derrubar coisas, a abraçar forte demais as outras pessoas, porque perdeu, ou melhor, ainda não redimensionou a sua percepção de espaço, tempo e força, ao novo corpo que passou a possuir. O aparecimento de caracteres sexuais secundários reforça este ponto, influindo largamente na auto-imagem do adolescente, na forma como ele vê seu corpo modificado e em processo de modificação. As
questões
emocionais
são
de
suma
importância
na
adolescência, uma vez que têm uma influência direta e intrínseca na formação da identidade do adolescente, pois é um momento de transformação e readaptação na busca do eu, da identidade pessoal. Para que se conquiste essa identidade, será necessário que o adolescente desenvolva autonomia, confiança e iniciativa que será propiciada pelo contexto social. Neste período os conflitos se afloram; essa busca da identidade gera uma confusão de identidade. Para chegar a resolução desse conflito, o adolescente precisa trabalhar suas habilidades 32
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e organizar-se para formar esta identidade. Esta busca é saudável, desde que ao longo do seu desenvolvimento, na sua relação com o meio tenha havido o favorecimento à aquisição de experiências e valores que são primordiais na construção desta identidade (ALMEIDA e PIMENTA, 26
2002) . Mas, essas questões emocionais não se restringem somente ao âmbito da construção de sua identidade, pois há vários aspectos que permeiam as vivências emocionais desses adolescentes e que deverão ser consideradas. Sendo
as
emoções
as
forças
que
motivam
todo
o
comportamento, nenhum aspecto do desenvolvimento do adolescente é maior de idade importância do que sua vida emocional. Praticamente todas as suas dificuldades envolvem, obviamente, emoções. Não se pode entender um adolescente, a menos que se entendam suas maneiras de sentir paralelamente ao que pensa e faz. Na realidade, deve-se procurar compreender não somente as emoções que expressa, mas estar alerta para as emoções que tenta esconder. Os sentimentos a respeito de si mesmo e dos outros, bem como o julgamento que a seu ver os outros fazem dele, dominam toda a vida do adolescente (CAMPOS, 2001, p. 5152)
33
. Para considerar o ser humano em toda a sua plenitude, não se
pode restringi-lo somente aos seus aspectos biológicos e emocionais. Deve-se ir além, considerando, também o seu aspecto social. Redefinir a adolescência torna-se necessário, pois só assim se poderá compreendê-la como uma construção social. Ante o exposto, Gonçalves (2001) e Bock (2001)
21
chamam a atenção para a necessidade de se repensar a
concepção naturalizante de adolescência e adolescente, em que todas as características registradas neste período têm sido concebidas como inevitáveis
e
inerentes,
contribuindo
assim,
para
caracterizar
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a 33
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adolescência como uma fase repleta de problemas. Essa visão irá refletir na forma como os adolescentes são vistos pelos seus grupos, familiares, pares, etc. Fisiologicamente e bioquimicamente, no entanto, na gravidez, tanto em adolescentes quanto em mulheres adultas, a absorção, a distribuição, metabolismo e excreção de uma droga envolvem sua passagem por membranas celulares, representando esta o meio e a barreira à penetração dos fármacos. A ingestão oral é o método de administração mais comum, mais seguro, mais conveniente e mais econômico, com as limitações de requerer a cooperação do paciente, a biodisponibilidade e potencialmente errática e incompleta para fármacos pouco solúveis, e de absorção lenta, instável ou amplamente metabolizada pelo fígado e/ou intestino. Algumas drogas ilícitas utilizadas por dependentes químicos são compostos inalados, voláteis, com absorção praticamente instantânea no sangue, quando então se evita as perdas de primeira passagem hepática, atingindo também o feto rapidamente. Uma via de administração freqüente em ginecologia é a via da mucosa genital, cuja absorção também ocorre rapidamente, fato igualmente notável para as drogas ilícitas aspiradas pela mucosa nasal (cocaína, por exemplo). As demais vias de absorção de fármacos: sublingual, retal, intravenosa, subcutânea, intramuscular, intra-arterial, intratecal, tópica (pele, olhos), não serão aqui objeto de maiores explicações por serem de conhecimento amplo. Nas gestantes, o débito cardíaco, o fluxo sanguíneo regional e o volume tecidual total, determinam a taxa de liberação e a quantidade potencial de fármacos á serem distribuídos nos tecidos. 34
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Os órgãos de maior perfusão, portanto, são os mais atingidos por fármacos, potencialmente tóxicos, o que implica numa maior exposição do fígado, rins e em particular o cérebro. Em razão de muitos fármacos se ligarem ás proteínas plasmáticas, em particular á albumina e á alfa-glicoproteína, sendo esta ligação não seletiva, estes fármacos competem com substâncias endógenas, causando quadros específicos, como os que ocorrem com o risco de encefalopatia bilirrubínica em recém-nascidos pela ação da bilirrubina não-conjugada pelas sulfonamidas; mas de um modo geral, podemos dizer que os efeitos tóxicos das drogas dependem mais de suas concentrações livres que o ligado ás proteínas. Alguns tecidos são reservatórios de efeitos prolongados para determinadas drogas: citamos as gorduras, em relação aos barbitúricos e as tetraciclinas e, metais pesados para os ossos, onde parecem funcionar como reservatórios de liberação á longo termo. Escolhemos o sistema nervoso central para escopo do presente protocolo pelas peculiaridades do mesmo ás drogas lícitas, ilícitas, que comprometem a mulher e seu concepto. Havendo algumas barreiras funcionais que restringem a penetração de fármacos neste órgão hipervascularizado. Destacam-se as células endoteliais dos capilares do cérebro, com junções de oclusão contínuas; as células gliais pericapilares, a barreira hemato-encefálica dos plexos coróides. Desta forma, a lipofilia das drogas determina a maior facilidade com que entra no cérebro, através destas barreiras naturais. A placenta é outro "lócus" de transferência de fármacos importantes, já que podem as drogas causar malformações fetais entre outros eventos. Aqui também a lipossolubilidade das drogas, sua ligação protéica e o grau de ionização são determinantes gerais relevantes. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Como o plasma do feto é ligeiramente mais ácido que o da mãe, há migração iônica maior naquele. Barreiras naturais como a glicoproteína P limitam em parte a exposição do feto às drogas, mas não totalmente. A excreção de fármacos pelo leite materno, guarda a maior importância, pelo fato de gerar potencialmente efeitos tóxicos no lactente. A função renal íntegra é o foco principal na excreção de fármacos e seus metabólitos, não nos esquecendo, que o recém-nascido tem esta função mais reduzida comparada ao seu tamanho corporal. As características lipofílicas dos fármacos de modo geral dificultam suas excreções do corpo. Os metabólitos hidrofílicos têm sua excreção mais facilitada. A variação individual do metabolismo tem seu paralelo com as variações nas taxas de eliminação dos fármacos, assim como o perfil de concentração plasmática, com respostas diferentes de indivíduo para indivíduo, mesmo em doses padronizadas, além de grandes variedades de cunho genético demonstrados recentemente pela biologia molecular genética. As determinantes ambientais, como dietas alimentares e cofatores (p.ex. citocromo P450 inibidores da CYP3A- macrolídeos, inibidores de protease no tratamento do HIV, eritromicina, bloqueadores de cálcio, etc.), interagem com os fármacos determinando reações diferentes. Alguns antidepressivos como a fluoxetina e a paroxetina inibem atividades metabólicas específicas (CYP) de fármacos. Casos particulares envolvendo a mulher e suas taxas hormonais de estrógeno e progesterona estão os anticonvulsivantes, ácidos valpróico, e a carbamazepina, este último com potente ação enzimática sobre a epóxido-hidrolase. Da mesma forma quando as mulheres são orientadas a se utilizarem alternativas anticonceptivas quando do uso de rifampicina, porquanto os efeitos daquelas não poderem ser garantidos pela
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interferência enzimática desta, com efeitos adversos notáveis quer sejam físicos, psíquicos, ou legais. Um típico exemplo é o risco de efeitos adversos em alcoolistas pelo uso de paracetamol para o fígado, em razão de formação de metabólitos ativos. De um modo geral, lembrar que hepatopatias exacerbam os efeitos adversos de drogas, para as quais existem as primeiras passagens por este órgão, ou são por ele metabolizados. Como regra geral destes protocolos consolidados, vale dizer que o efeito farmacológico desejado pela aplicação correta da dosagem e do medicamento correto, pode resultar num efeito tóxico colateral relevante, efeitos não relacionados, sendo que o melhor atendimento no aspecto farmacocinético resulta dos princípios de escolhas múltiplas que possam ser feitas, modificação da posologia, ou mesmo suspensão da droga. Outra regra geral é a de que a segurança ou eficácia de um fármaco nunca é garantida. Estes argumentos de "per si", justifica a plena observação dos efeitos colaterais, interação de medicamentos e o potencial de risco á ser lançado, haja vista de qualquer fármaco, não importando quão inocente possa parecer, tem este potencial de causar danos, e o reconhecimento dos efeitos adversos é o preço que se paga por uma boa e segura terapêutica. A toxicologia é por si a matéria médica que estuda os efeitos adversos das substâncias químicas introduzidas no organismo. As drogas ilícitas e alguns medicamentos que são sugeridos em academias de ginásticas, são exemplos de químicas, que fogem da prescrição médica em nosso meio, com crescimento assustador, sem controle correto, e algumas das "bombas" fornecidas e vendidas em academias de ginásticas, estão sujeitas ao controle do Ministério da agricultura e não ao da saúde, o que dificulta ainda mais suas regulamentações e indicações. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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O médico deve avaliar sempre a possibilidade de que sinais e sintomas apresentados por seus pacientes possam dever-se á efeitos tóxicos de drogas prescritas como agentes terapêuticos. O medicamento usado na rotina da clínica ginecológica e obstétrica guarda uma exposição mais aguda que crônica, mas mesmo assim, alguns fármacos são utilizados de forma crônica na clínica, aumentando os efeitos cumulativos, de crescente interesse na área. Alguns efeitos colaterais são toleráveis, como a boca seca no uso de antidepressivos tricíclicos (tofranil, anafranil, etc.) e, outros podem suscitar efeitos tóxicos irreversíveis como as polineurites induzidas pelo metronidazol. O sistema nervoso central e periférico é comumente afetado pelos
compostos
químicos
e,
extremamente
sensíveis
á
lesões
irreversíveis, quando comparados com as do fígado, pele, pulmão, isto porque, as células do sistema nervoso são altamente diferenciadas e com baixa capacidade de regeneração. Os chamados efeitos teratogênicos das drogas, dizem respeito á carcinógenos químicos que interagem com o DNA em etapas múltiplas, gerando mutações. O feto é altamente sensível ás alterações mutagênicas e teratogênicas. Estas malformações decorrentes de teratógenos atingem as camadas germinativas do embrião e em particular os alvos prediletos, são: o sistema cardiovascular, osteolocomotor (áreas craniofaciais e dos membros) e o sistema nervoso. Os tecidos embrionários em proliferação interagem através de especificidades moleculares controlados geneticamente, onde o custobenefício de se administrar uma droga ganha extrema importância. Portanto, o fato da camada germinativa estar em franca proliferação é que torna mais suscetível a ação teratogênica de fármacos, que agem em um ou mais genes da programação celular em diferenciação. 38
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Considera-se
como
malformação
congênita
os
desvios
morfológicos do padrão normal presente ao nascimento ou logo após e teratógenos o agente capaz de gerar estes desvios morfológicos e/ou funcionais. São na verdade alterações morfogenéticas, por modificações moleculares, dos folhetos ou camadas embrionárias, em particular a partir da terceira semana quando o embrião tridérmico está formado e os que serão os futuros órgãos e sistemas iniciam-se a se formar, isto é, que a partir do embrião tridérmico é que forma e função vêm a se estabelecer. A ginecologia e a obstetrícia costumam dividir clinicamente a mulher grávida em três períodos gestacionais e os embriologistas o fazem em períodos embrionários e fetais, sendo o embrionário colocado nas primeiras 12 semanas ou primeiro trimestre, ou mais propriamente da terceira a quarta semana até oitava-nona semana. Se um órgão não se esboça em forma e função neste período, estamos diante de uma agenesia. Se o agente teratogênico agir no período fetal precoce que vai da nona até a décima-secunda semana ficamos com alterações ora de forma ora de função, ou ambas (atresias, estenoses, encurtamento, etc.). Uma grande parte das malformações é oriunda do mesoderma, considerado um folheto chave pela interação com os demais. A grande maioria dos fármacos administrados á gestantes atravessam a placenta e expõe o embrião e o feto em desenvolvimento aos efeitos farmacológicos e teratogênicos. Em síntese: O corpo humano tem uns mecanismos complexos de regulação, que para ter plena saúde precisa estar em excelente equilíbrio. Quaisquer disfunções físicas, químicas e principalmente emocionais podem dar inicio à instalação de uma série de sintomas e converter-se em doenças. Por isso, faz-se necessário compreender o processo de comunicação do nosso corpo, que se dá pelas células nervosas – os Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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neurônios – e seus transmissores. São eles que coletam as contínuas informações sobre o estado interno do organismo e de seu ambiente externo. Essas informações são avaliadas a cada atividade humana e passam a ser coordenada de forma apropriada à realidade e às necessidades de cada pessoa. Daí a necessidade de entender o papel dos neurotransmissores, substâncias químicas que se ligam aos receptores químicos dos neurônios e possibilitam que os impulsos nervosos de uma célula influenciem os impulsos nervosos de outra, permitindo que elas conversem entre si. Quando não há um nível adequado destas substâncias estes sinais podem romper, distorcer ou parar, traduzindo-se em vários sintomas. Todo nosso psiquismo, sentimentos, pensamentos e sensações contribuem para o nosso equilíbrio, ou seu reverso, assim como hábitos de vida, alimentação e fatores externos. Esse equilíbrio passa por um eixo chamado psico-neuro-imunoendocrinológico, e a ciência da psiconeuroimunocronologia estuda a interação entre o sistema nervoso, imunológico e endocrinológico, que estão interligados. A alimentação inadequada, o uso de álcool, drogas ilícitas e muitas das lícitas, tabaco, ansiedades e constante sobrecarga emocional, além dos fatores físicos externos, como poluição, temperaturas e umidade climáticas podem desencadear uma alteração para mais ou para menos dos neurotransmissores e, consequentemente, o desenvolvimento de diversas patologias, além de uma perda da qualidade de vida, isto porque o corpo humano desenvolve um grande número desses mensageiros químicos para facilitar a comunicação interna e a transmissão de sinais dentro do nosso cérebro. Quando tudo funciona adequadamente, as comunicações internas acontecem sem que sequer tomemos consciência 40
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delas (autonômicos). Porém, quando não há um nível adequado destas substâncias, estes sinais podem sofrer transformações, causando os mais variados sintomas. Há pessoas altamente dependentes do equilíbrio hormonal com uma grande ligação com os neurotransmissores – como os serotoninergicos, adrenérgicos e noradrenergicos, por exemplo. Com o avanço da idade ou durante a TPM, a mulher perde hormônios e, com eles, os neurotransmissores. Em algumas mulheres, o quadro é muito intenso e pode ser necessário o uso de hormônios, antidepressivos ou outras combinações farmacológicas continuamente para a diminuição das alterações de humor.
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5. DISFUNÇÕES SEXUAIS MAIS COMUNS A disfunção sexual pode se manifestar como epifenômeno das alterações ao nível de neurotransmissão, assim como uma diminuição da libido (falta de desejo sexual), ou como uma alteração da excitação. Nestes casos entra em jogo a inibição da sensação genital, a disfunção erétil, falta de lubrificação, ejaculação precoce ou retardada ou retardo ou ausência do orgasmo, a dor durante, antes ou depois do ato sexual, entre as queixas mais comuns. O projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Sociedade Brasileira de Urologia mostraram que 54% dos brasileiros, pelo menos 25 milhões de homens, sofrem com algum problema de ereção (2003). Essa pesquisa também mostrou com precisão a relação direta entre Disfunção Sexual e comorbidades
como diabetes, hipertensão,
depressão e problemas cardíacos. Para citar alguns exemplos de queixas e achados ligados a área da sexualidade e á neurotransmissores ou transtornos anatômicos constantes no CID, lembramos:
F52 – DISFUNÇÃO SEXUAL – CID.10 F52.0. Ausência ou Perda do Desejo Sexual
A perda do desejo sexual é o problema
Frigidez
principal e não é secundário a outras
Transtorno hipoativo de desejo
dificuldades sexuais como uma falha da
sexual
ereção ou uma dispareunia.
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Quer a perspectiva de relação sexual produz medo ou ansiedade suficiente F52.1. Aversão Sexual e
para que a atividade sexual seja evitada
Ausência de Prazer
(aversão sexual), quer as respostas
Anedonia (sexual)
sexuais ocorrem normalmente e o orgasmo é sentido mas existe uma falta do prazer apropriado (ausência do prazer sexual).
F52.2. Falha de Resposta Genital Impotência psicogênica Transtorno de: · ereção no homem · excitação sexual na mulher F52.3. Disfunção Orgásmica Anorgasmia psicogênica Inibição do orgasmo
O problema principal nos homens é a disfunção de ereção (dificuldade de desenvolver ou de manter uma ereção adequada para uma relação satisfatória). Nas mulheres, o principal problema é a secura vaginal ou falta de lubrificação. O orgasmo não ocorre ou é nitidamente retardado. Incapacidade de controlar
F52.4. Ejaculação Precoce
suficientemente a ejaculação para que os dois parceiros achem prazer nas relações sexuais. Espasmo da musculatura do assoalho
F52.5. Vaginismo NãoOrgânico Vaginismo psicogênico
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pélvico que circunda a vagina causando oclusão do intróito vaginal. A entrada do pênis é impossível ou dolorosa.
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A dispareunia (ou dor durante as relações sexuais) ocorre tanto na mulher quanto no homem. Pode comumente ser atribuída a uma causa F52.6. Dispareunia Não-
patológica local e deve então ser
Orgânica
classificada na rubrica da afecção
Dispareunia psicogênica
patológica em causa. Esta categoria deve ser utilizada unicamente quando não há outra disfunção sexual primária (por exemplo, vaginismo ou secura vaginal).
F52.7. Apetite Sexual Excessivo Ninfomania Satiríase 5.1. DEPRESSÃO A Depressão, como um dos mais importantes fatores de risco para as dificuldades sexuais, é responsável por boa parte destes sintomas, causando
desinteresse
pela
atividade
sexual,
conseqüentemente
comprometendo o desejo, além da incapacidade de sentir prazer, próprio do estado depressivo. Sem desejo, o ciclo do desempenho sexual fica impedido, já no seu início. Sem vocação para o prazer e sem o desejo, as fantasias sexuais não ocorrem e os estímulos não se efetivam. Não havendo desejo, a atividade sexual é pouca ou ausente, comprometendo o relacionamento como um todo e repercutindo em outras áreas da vida do casal. Por outro lado alguns dos fármacos comumente usados para Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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depressão ocasionam sintomas colaterais que mais acentuam que resolvem os sintomas apresentados. Alguns exemplos são bem claros e que iremos aprofundar mais em outro capítulo: • TRICÍCLICOS: Desipramina, Nortriptilina, Amitriptilina, Imipramina podem causar: Diminuição do Desejo, disfunção orgástica, atraso ou ausência de orgasmo, disfunção de ejaculação e disfunção erétil. • ISRS:
6
Citalopram,
Escitalopram,
Fluoxetina,
Fluvoxamina,
Paroxetina, Sertralina podem causar: Diminuição do desejo, disfunção orgástica, disfunção de ejaculação e diminuição da lubrificação. • Bupropiona: Aumento do desejo (comum) e diminuição de excitação (raro). • Nefazodone: Sem efeito no desejo e mínima disfunção orgástica. • Mirtazapina: Sem efeito no desejo e mínima disfunção de excitação. • Trazodone: Aumento do desejo, disfunção erétil e orgástica, priapismo (raro). • Venlafaxina: Diminuição do desejo, disfunção orgástica, disfunção erétil.
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6. FRIGIDEZ AUDIATUR ET ALTERA PARS (Ésquilo; 525-456 a.C.) (Ouça-se Também a Outra Parte)
Frigidez é a falta de desejo sexual tanto em homens e mulheres. Frigidez deve ser diferenciada da anorgasmia, onde ocorre a falta do orgasmo, mas na qual há o desejo sexual. De acordo com ginecologistas e sexólogos, como a Dra. Luciana Sereno França, hoje a "frigidez" é denominada como disfunção sexual feminina, ou alteração da função sexual, principalmente do desejo sexual, e esta disfunção se deve na maioria das vezes a bloqueios totais ou parciais da resposta psicofisiológica. A resposta sexual feminina, segundo a autora, se caracteriza pelo trinômio, desejo, excitação e orgasmo, e este bloqueio pode se inserir em qualquer uma destas fases. Quando se dá na fase do desejo, estamos diante de uma disfunção que chamamos de inapetência sexual, podendo ser conhecida como distúrbios da pulsão sexual ou distúrbios da libido. Parece ser esta alteração, nesta fase, a mais importante, pois é ela o início de toda a resposta sexual feminina. Já quando o bloqueio ocorre na fase de excitação, a disfunção está representada pela alteração na lubrificação vaginal. Se o bloqueio é na fase orgástica, consideramos como anorgasmia
feminina.
Esclarece que estatisticamente é difícil achar um exato percentual desta população, ou fazer um estudo randomizado desta população, pois além dos aspectos culturais, existe ainda uma série de preconceitos Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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considerados fortes. Fato que dificulta de forma bem acentuada, a confiabilidade das incidências apresentadas. Na rotina do consultório ginecológico e psiquiátrico, é uma queixa tão freqüente concorrendo com a leucorréia, os chamados corrimentos e alterações menstruais. Este fato se torna evidente à medida que as leucorréias e distúrbios menstruais já possuem um tratamento efetivo, pois as disfunções sexuais exigem uma abertura maior para serem expostas. Suas causas se classificam em orgânicas e psicológicas. Para o ginecologista não é difícil caracterizar quando a disfunção é determinada por fatores físicos particularmente ou e por fatores psicológicos quando nenhuma anomalia pode ser achada. É importante, no entanto, salientar que nas dispareunias (dor nas relações sexuais) há um componente orgânico importante, assim como nos casos de vaginismo (dor na relação sexual por contratura involuntária da musculatura perineal) e de anorgasmia (ausência de orgasmo), na qual o comprometimento na maioria das vezes é psicológico. Dentre as causas psicológicas, é preciso ressaltar as questões sócio-culturais (educação sexual castradora), fatores religiosos, tabus e crendices. Nas causas comportamentais, destaca – se a vivência sexual destrutivas,
violências
sexuais,
medo
de
engravidar,
experiências
obstétricas traumáticas, relações diádicas inadequadas (diálogo limitado com o parceiro). Estas inadequações além de criarem um ambiente sexual destrutivo, com freqüência pioram a comunicação do casal. É importante diferenciar bem as fases da resposta sexual, e identificá-las para uma correta instituição terapêutica, por exemplo, uma mulher durante o período do climatério pode estar com o desejo sexual adequado, o que não quer dizer que a fase de lubrificação estará também adequada. A apetência sexual é um fenômeno psicológico e nato do ser 48
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vivo, como a fome, a sede, e outros, enquanto a lubrificação é um fenômeno fisiológico. A apetência sexual pode variar, com aspectos econômicos, culturais, de crença religiosa, momento da vida no cotidiano, que são alguns dos fatores que influenciam diretamente o contexto, ou seja, há uma multifatorialidade envolvendo este aspecto da vida da mulher. A sociedade e sua mídia procuram explorar o corpo da mulher e do homem como atrativos para venda, como mercadorias, numa sociedade ao consumo ávido, que leve à uma sensação de bem estar, e o corpo da mulher aparece como um solicitante exponencial de conforto físico e psíquico, e a todo o momento com novos apelos e mecanismos erotizados, deixando pouco espaço para o florescimento de uma harmonia interior e de crescimento subjetivo. Este materialismo de primeira instancia, gerado no consumo, acompanha agora o mercado do espírito, da alma, da religiosidade, onde proliferam salvadores dos demônios e farmácias de felicidades. Para este mercado, qualquer sofrimento relacionado à frigidez se não entra na cadeia mercadológica é desprovido de todo sentido, onde os referenciais culturais, históricos estão esgotados da felicidade interior. É mais um segmento comercial a ser explorado, um objeto de marketing, onde as mulheres se podem ter a mão, com ou sem orgasmo, sem esforço, imediatamente, como condição necessária e suficiente do prazer masculino sem a reabilitação da sabedoria. A inapetência pode ser caracterizada, como primária, secundária ou adquirida. Na inapetência primária consideramos aqueles indivíduos que
nunca
tiveram
desejo
sexual,
comumente
conhecido
como
assexuados. É confundida com modo de ser de mulher. Já na inapetência secundária ou adquirida, o indivíduo tinha um desejo sexual constante, e de uma forma brusca ou lenta, este desejo deixou de existir.
Normalmente isto pode acontecer após
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acontecimentos traumáticos, como as frustrações, decepções afetivas, e outras situações que causam angústia e tristeza, usam de drogas, como a cocaína, antidepressivos, álcool, por exemplo, que apesar de ter um efeito excitante no sistema nervoso central, parece ter um efeito negativo no desejo sexual por interessar células nervosas e seus condutores bioquímicos de estímulos reflexos. Muitas
mulheres
reagem
desde
uma
aceitação
passiva,
emprestam o corpo para satisfação do parceiro, e outras de uma maneira geral, evitam o ato sexual, criando uma série de desculpas como costumamos conhecer, como uma dor de cabeça, psicossomatizando em outros níveis do físico e do psíquico a justificarem o desânimo sexual. A avaliação atenta para a cumplicidade dos pares sexuais evidencia ou não de que se trata de uma situação incômoda, problematizada e a que tipo de discurso se refere a queixa podendo com isto determinar-se quais as áreas comprometidas no relacionamento. No que diz respeito a este tipo de disfunção sexual, resta ressaltar a maturidade da mulher, ou do casal, em encarar esta alteração, como sendo um fato situacional, problematizador, se fechando e impedindo a melhoria do bem estar pessoal. As psicoterapias são úteis na elaboração dos conflitos pessoais envolvidos no movimento do desejo de mudança. (De acordo com a ginecologista e especialista em sexologia, Dra. Luciana Sereno França, hoje a "frigidez" é denominada como disfunção sexual feminina, ou alteração da função sexual, principalmente do desejo sexual, e esta disfunção se deve na maioria das vezes a bloqueios totais ou parciais da resposta psico-fisiológica. A resposta sexual feminina, segundo a especialista, se caracteriza pelo trinômio, desejo, excitação e orgasmo, e este bloqueio pode se inserir em qualquer uma destas fases. Quando se dá na fase do 50
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desejo, estamos diante de uma disfunção que chamamos de inapetência sexual, podendo ser conhecida como distúrbios da pulsão sexual ou distúrbios da libido. Parece ser esta alteração, nesta fase, a mais importante, pois é ela o início de toda a resposta sexual feminina. Já quando o bloqueio ocorre na fase de excitação, a disfunção está representada pela alteração na lubrificação vaginal. Se o bloqueio é na fase orgástica, consideramos como anorgasmia feminina. A especialista esclarece que estatisticamente é difícil achar um exato percentual desta população, ou fazer um estudo randomizado desta população, pois além dos aspectos culturais, existe ainda uma série de preconceitos considerados fortes. Fato que dificulta de forma bem acentuada, a confiabilidade das incidências apresentadas, acrescenta. Na rotina do consultório ginecológico, explica a médica, é uma queixa tão freqüente concorrendo com a leucorréia, os chamados corrimentos e alterações menstruais. Este fato se torna evidente à medida que as leucorréias e distúrbios menstruais já possuem um tratamento efetivo, pois as disfunções sexuais exigem uma abertura maior para serem expostas, compara. 6.1. CAUSAS DA FRIGIDEZ As causas de disfunções sexuais se classificam em orgânicas e psicológicas. "É difícil caracterizar qual disfunção é determinada por fatores físicos ou por fatores psicológicos". É importante, no entanto, salientar que nas dispareunias (dor nas relações sexuais) há um componente orgânico importante, assim como nos casos de vaginismo (dor na relação sexual porcontraturainvoluntária da musculatura perineal) e de anorgasmia (ausência de orgasmo), na qual o comprometimento na maioria das vezes é psicológico. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Dentre as causas psicológicas, é preciso ressaltar as questões sócio-culturais (educação sexual castradora), fatores religiosos, tabus e crendices. Nas causas comportamentais, a médica destaca as vivências sexuais destrutivas, violências sexuais, medo de engravidar, experiências obstétricas traumáticas, relações diádicas inadequadas (diálogo limitado com o parceiro). Estas inadequações além de criarem um ambiente sexual destrutivo,
com
freqüência
pioram
a
comunicação
do
casal.
É importante diferenciar bem as fases da resposta sexual, e identificá-las para uma correta instituição terapêutica, por exemplo, uma mulher durante o período do climatério pode estar com o desejo sexual adequado, o que não quer dizer que a fase de lubrificação estará também adequada. A apetência sexual é um fenômeno psicológico e nato do ser vivo, como a fome, a sede, e outros, enquanto a lubrificação é um fenômeno fisiológico Inapetência sexual. Segundo a sexologista, uns acham que "frigidez" é sinônimo de anorgasmia, para outros significa falta de excitação sexual e ainda tem os que agrupam todos os fenômenos da resposta sexual achando que "frigidez" é definida como a falta de desejo, de excitação e de orgasmo. Esta uniformidade terminológica contra-indica esta expressão na sexologia clínica moderna. É evidente que a apetência sexual varia de acordo com o grupo estudado e momento de vida desta sociedade. Alguns fatores influenciam diretamente neste contexto. Entre eles, é preciso destacar problemas econômicos, afetivos, culturais entre outros. Assim, ratifica a especialista, "numa sociedade que explora o corpo da mulher e do homem como atrativos para venda de produtos de grandes empresas, numa sociedade que nos consome todo o momento com novos mecanismos erotizados, deixa pouco espaço para as fantasias sexuais próprias do indivíduo." 52
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A inapetência pode ser caracterizada, como primária, secundária ou adquirida. Na inapetência primária consideramos aqueles indivíduos que
nunca
tiveram
desejo
sexual,
comumente
conhecido
como
assexuados. "É o modo de ser do indivíduo". Já na inapetência secundária ou adquirida, o indivíduo tinha um desejo sexual constante, e de uma forma brusca ou lenta, este desejo deixou de existir. Normalmente isto pode acontecer após acontecimentos traumáticos, como as frustrações, decepções afetivas, e outras situações que causam angústia e tristeza, uso de drogas, como a cocaína, antidepressivos, ansiolíticos, com forte influencia no sistema nervoso central, muitos com
um efeito negativo no desejo sexual por alterar o
funcionamento das células nervosas e seus condutores transmissores de estímulos reflexos. Muitas mulheres reagem desde uma aceitação passiva, emprestam o corpo para satisfação do parceiro, e outras de uma maneira geral, evitam o ato sexual, criando uma série de desculpas como costumamos conhecer, psicossomatizando ou justificando o desânimo sexual. As psicoterapias individuais e de grupo de casais voltados a este tipo de abordagem tem grande efeito de ajuste e reconhecimento de que áreas estão comprometidas no relacionamento. A maturidade da mulher, ou do casal, em encarar esta alteração, como sendo um fato situacional, problematizador para outras funções do casal, ajuda na resolução não só da situação objetiva à que se propõe à terapia, mas em seus conflitos pessoais e do casal (Bibliomed, Inc. 2002). Na absoluta maioria dos casos, o desinteresse pelo sexo está ligado a fatores psicológicos ou sociais, sendo um dos mais frequentes determinantes a monotonia conjugal. Também a educação que se recebeu a falta de diálogo entre os parceiros, as práticas sexuais pouco gratificantes e até a resistência em inovar acabam por minar o Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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relacionamento e facilitam o desinteresse. O próprio fato de envelhecer e as dificuldades do cotidiano podem interferir na satisfação sexual. A grande maioria é causada por vivências sexuais destrutivas, culturas empíricas ou religiosas. Frigidez pode ser causada por traumas de infância (abuso e violência sexual), medo de engravidar, ansiedade, experiências obstétricas traumáticas e na maioria das vezes relações didáticas inadequadas (falta de diálogo com o parceiro), muitas vezes causadas por timidez da mulher. Junto com a frigidez e a inapetência, vem uma série de problemas podem se tornar agravantes. A ansiedade e depressão são os primeiros dos sintomas, seguido de desinteresse e falta de apetite sexual. Leucorreias, alteração ou falta de ciclo menstrual, vaginismo (dor ou ardência nas relações devido à contração dos músculos vaginais) dispareunias. Porém a disfunção sexual feminina ou alteração da função sexual pode também facilitar a invasão de agressores externos, tais como micoses e bactérias, devido à falta de defesas pubianas, consequências da disfunções hormonais. Há também alguns casos de dores lombares e alterações de humor. Porém hoje em dia o maior dos agravantes é a fatalidade conjugal devido à falta de comunicação. O relacionamento acaba se perdendo, devido ao homem não compreender a parceira e ir buscar fora o que não tem em casa, ou da parceira, que não admite ter o problema.
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7. TRANSTORNO DE DESEJO SEXUAL HIPOATIVO A TERGO (Marcus Tulius Cícero; 106-43 a.C.) (Por Detraz) Características Diagnósticas. A característica essencial do Transtorno de Desejo Sexual Hipoativo é uma deficiência ou ausência de fantasias sexuais e desejo de ter atividade sexual (Critério A). A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B). A disfunção não é mais bem explicada por outro transtorno (exceto uma outra Disfunção Sexual) nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (inclusive medicamentos) ou de uma condição médica geral (Critério C). O baixo desejo sexual pode ser global e abranger todas as formas de expressão sexual ou pode ser situacional e limitado a um parceiro ou a uma atividade sexual específica (por ex., intercurso, mas não masturbação). Existe pouca motivação para a busca de estímulos e pouca frustração quando privado da oportunidade de expressão sexual. O indivíduo em geral não inicia a atividade sexual ou pode engajar-se apenas com relutância quando esta é iniciada pelo parceiro. Embora a freqüência das experiências sexuais geralmente seja baixa, a pressão do parceiro ou necessidades não-sexuais (por ex., de conforto físico ou intimidade) pode aumentar a freqüência dos encontros sexuais. Em vista de uma falta de dados normativos relacionados à idade ou gênero, quanto à freqüência ou grau do desejo sexual, o diagnóstico deve fundamentar-se no julgamento clínico, com base nas características Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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do indivíduo, determinantes interpessoais, o contexto de vida e o contexto cultural. O ginecologista ou o psiquiatra pode ter de avaliar ambos os parceiros, quando discrepâncias no desejo sexual levam à busca da atenção de um profissional. Um "baixo desejo" aparente em um parceiro pode refletir, ao invés disso, uma necessidade excessiva de expressão sexual da parte do outro. Por outro lado, ambos os parceiros podem ter níveis de desejo dentro da faixa normal, mas em extremos diferentes do continuum. 7.1.SUBTIPOS Os subtipos são oferecidos para a indicação de início (Ao Longo da Vida versus Adquirido) e fatores etiológicos (Devido a Fatores Psicológicos, Devido a Fatores Co Um desejo sexual reduzido freqüentemente está associado com problemas de excitação sexual ou com dificuldades para atingir o orgasmo. A deficiência no desejo sexual pode representar a disfunção primária ou pode ser a conseqüência de sofrimento emocional induzido por perturbações na excitação ou no orgasmo. Entretanto, alguns indivíduos com baixo desejo sexual retêm a capacidade para a excitação sexual adequada e orgasmo em resposta à estimulação sexual. Condições médicas gerais podem ter um efeito prejudicial inespecífico sobre o desejo sexual, devido a fraqueza, dor, problemas com a imagem corporal ou preocupações com a sobrevivência. Os transtornos depressivos freqüentemente estão associados com um baixo desejo sexual, podendo o início da depressão preceder, co-ocorrer ou ser a consequência do desejo sexual deficiente.
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Os indivíduos com Transtorno de Desejo Sexual Hipoativo podem ter dificuldades para desenvolver relacionamentos sexuais estáveis e insatisfação e rompimento conjugais. 7.2. CURSO A idade de início para indivíduos com formas Ao Longo da Vida de Transtorno de Desejo Sexual Hipoativo é a puberdade. Com maior freqüência, o transtorno desenvolve-se na idade adulta, após um período de interesse sexual adequado, em associação com sofrimento psicológico, eventos estressantes ou dificuldades interpessoais. A perda do desejo sexual pode ser contínua ou episódica, dependendo de fatores psicossociais ou do relacionamento. Um padrão episódico de perda do desejo sexual ocorre em alguns indivíduos, envolvendo problemas com a intimidade e formação de compromissos) para Transtorno de Desejo Sexual Hipoativo. 7.3. INVESTIGANDO A DISFUNÇÃO SEXUAL PRIMÁRIA, DEVE-SE QUESTIONAR: •
Doenças pessoais e familiares, hospitalização durante a
infância; •
Experiências sexuais infantis;
•
Atitudes e crenças dos pais e educadores sobre o sexo;
•
Conflitos pessoais.
7.4. INVESTIGANDO A DISFUNÇÃO SEXUAL SECUNDÁRIA, DEVE-SE QUESTIONAR: •
Perdas: emprego, parceiro (a), entes queridos; Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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• Conflitos relacionais; • Conflitos
pessoais:
incapacidade
de
envolvimento
e
relacionamento; • Ansiedade, medo, raiva, culpa. 7.5.
INVESTIGANDO
A
DISFUNÇÃO
SEXUAL
GENERALIZADA, DEVE-SE QUESTIONAR: • Condições
médicas:
endocrinológicas,
neurológicas,
cardíacas, renais, hepáticas, psiquiátricas. • Efeito
de
medicamentos,
especialmente
anfetaminas,
betabloqueadores, digoxina, interferon, metadona, cimetidina, indometacina, antidepressivos. 7.6. INVESTIGANDO A DISFUNÇÃO SEXUAL SITUACIONAIS, DEVE-SE QUESTIONAR: • O significado do sexo, num determinado relacionamento; • Conflitos no relacionamento com determinado (a) parceiro (a); Situações específicas: uso de drogas ou álcool falta de privacidade, filhos pequenos, etc. A pessoa deprimida pode não ter necessariamente dificuldade em "funcionar" ou em "chegar lá", mas a falta de ânimo, interesse e disposição até para pensar no assunto. Isso aumenta ainda mais a angústia porque a pessoa não consegue corresponder ao apetite de seu par. Assim, muitas vezes, apesar dos possíveis efeitos dos antidepressivos sobre a sexualidade, o restabelecimento do prazer e do ânimo produzido pelo desaparecimento da Depressão restabelece totalmente a função sexual.
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Quando a Disfunção Sexual se refere ao impulso, além dos problemas emocionais, o mais provável é que o problema esteja nos hormônios. A prolactina, hormônio responsável pela produção do leite materno, inibe os neurotransmissores que ativam o desejo sexual. Na menopausa as alterações hormonais são violentas, com significativa diminuição do estrogênio, o hormônio que intumesce a mucosa da vagina preparando a mulher para o sexo. Ao mesmo tempo diminui a testosterona, que existe também no organismo feminino, porém, em quantidades menores. Tanto o estrogênio, quanto a progesterona estão diretamente relacionados ao desejo sexual. Em cerca de 15% dos homens com mais de 40anos a testosterona diminui drasticamente. A terapia de reposição hormonal nessa fase da vida seja no homem ou na mulher, envolve um delicado equilíbrio, sendo necessário avaliar seriamente os aspectos 34
positivos e negativos.
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8. IMPOTÊNCIA PSICOGÊNICA PERFIDIOSUS EST AMOR (Ovídio: 43 a.C. – 184 a.C.) (O Amor é Pérfido) A Disfunção Erétil ou impotência de causa psicogênica (origem psicológica) pode se manifestar de várias maneiras, como ejaculação precoce ou retardada, dor ao ejacular e a própria impotência. Na mulher pode se manifestar em vaginismo, que é a falta de lubrificação ou transudação vaginal, para receber o pênis. Ambos os sexos podem apresentar perda da libido (vontade, desejo sexual), dispareunia (dor às relações sexuais normais), falta de orgasmo e fobias (medos) sexuais. Problemas orgânicos, como diabetes, câncer, arteriosclerose, lesões neurológicas, etc. levam freqüentemente a complicações de ordem psicológica, portanto, devemos tratar ambos os problemas. Assim, o indivíduo que sai de uma experiência desagradável, como a perda da ereção ao fazer sexo com uma mulher muito atraente, a ejaculação muito rápida na mesma situação anterior, faz com que o homem, na próxima relação relembre tais "fracassos" e fique esperando novamente por eles, até formar-se aí um circulo vicioso. O homem não tem como "fingir", simular uma ereção. Ou ele a tem ou não. Esta responsabilidade cria uma ansiedade (que poucos sabem lidar sem ajuda externa) que leva à repetição da decepção sexual. Também é importante ressaltar que vivemos num mundo onde existe, hoje, pornografia acessível a todos, em todas as idades. As situações vistas na tela, onde atores encenam sexo com uma "performance" invejável, são bastante artificiais quando comparadas às vivenciadas na "vida sexual real". Essa "ansiedade de performance" ou melhor, medo de falhar, ou de ser rápido demais ou de Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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não satisfazer, pode se tornar uns problemas obsessivos (manias) ao homem, que procura sempre um desempenho excepcional. Os fatores etiológicos, predisponentes (facilitam o aparecimento), precipitantes (desencadeiam) e mantedores da Disfunção erétil Psicogênica são principalmente: • Vascular: arteriosclerose, trauma, fuga; • Neurológica: Neuropatia diabética, esclerose múltipla, álcool, trauma medular,prostatectomia radical. • Hormonal: Hipoandrogenismo primário ou secundário. • Psicológica
(principalmente
em
jovens):
Ansiedade,
depressão, culpa. • Drogas:
maconha
(pode
provocar
esterilidade),
heroína, cocaína, barbitúricos, antidepressivos.
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álcool,
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9. TRANSTORNO ORGÁSMICO FEMININO CAMERA OBSCURA (Abu Ali al-Haitham; C.965-C.1040). (Câmara Obscura) Características Diagnósticas A característica essencial do Transtorno Orgásmico Feminino é um atraso, ou ausência persistente ou recorrente de orgasmo, após uma fase normal de excitação sexual (Critério A). As mulheres apresentam uma ampla variabilidade no tipo ou intensidade da estimulação que leva ao orgasmo. O
diagnóstico
de
Transtorno
Orgásmico
Feminino
deve
fundamentar-se no julgamento clínico de que a capacidade orgásmica da mulher é menor do que se poderia esperar para sua idade, experiência sexual e adequação da estimulação sexual que recebe. A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B). A disfunção não é mais bem explicada por outro transtorno do Eixo I (exceto outra Disfunção Sexual), nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (inclusive medicamentos) ou de uma condição médica geral (Critério C). 9.1. SUBTIPOS Os subtipos são oferecidos para indicar início (Ao Longo da Vida versus Adquirido), contexto (Generalizado versus Situacional) e fatores etiológicos
(Devido
a
Fatores
Psicológicos,
Devido
a
Fatores
Combinados), para Transtorno Orgásmico Feminino.
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9.2. CARACTERÍSTICAS E TRANSTORNOS ASSOCIADOS Não
foi
encontrada
qualquer
associação
entre
padrões
específicos de traços de personalidade ou psicopatologia e disfunção orgásmica em mulheres. O Transtorno Orgásmico Feminino pode afetar a imagem corporal, a auto-estima ou a satisfação com o relacionamento. De acordo com estudos controlados, a capacidade orgásmica não está correlacionada com dimensões vaginais ou vigor dos músculos pélvicos. Embora algumas mulheres com lesões da medula, remoção da vulva ou excisão e reconstrução vaginal tenham relatado orgasmos, uma disfunção orgásmica é encontrada com freqüência em mulheres com estas condições. Em geral, entretanto, as condições médicas crônicas como diabete ou câncer pélvico tendem mais a prejudicar a fase de excitação da resposta sexual, deixando a capacidade orgásmica relativamente intacta. A
ejaculação
precoce
(EP),
também
conhecida
como
ejaculação prematura ou pelo termo Latim ejaculatio praecox, é o problema sexual mais comum em homens afetando 20-30% deles. É caracterizada pelo déficit do controle voluntário sobre a ejaculação. Masters e Johnson definiram que um homem sofre de ejaculação precoce se ele ejacula antes da outra pessoa (mulher ou homem) atingir o orgasmo em mais de 50% de suas relações sexuais. Outros pesquisadores da área definiram a ejaculação precoce como no caso de o homem ejacular dentro de dois minutos de penetração; entretanto, uma pesquisa realizada por Alfred Kinsey nos anos de 1950s demonstrou que três quartos dos homens ejacularam dentro de dois minutos de penetração em mais da metade de suas relações sexuais. Hoje, a maioria dos terapeutas sexuais entende a ejaculação precoce como o déficit do controle sobre a ejaculação,
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interferindo com o bem-estar sexual ou emocional de um ou ambos os parceiros. Muitas definições para a ejaculação precoce foram propostas por investigadores individuais como Masters e Johnson e, mais recentemente, Waldinger. Além disso, muitas organizações profissionais, como a Associação da Psiquiatria Americana, Associação da Urologia Americana e a Associação Europeia de Urologia, propuseram as suas próprias definições. Essas definições incluem conceitos comuns como pequeno tempo de latência ejaculatória de cerca de 1-2 minutos, falta do controle sobre a ejaculação ou incapacidade de retardar a ejaculação, aflição pessoal, dificuldades interpessoais ou de relacionamento e insatisfação com a relação sexual. A definição mais utilizada é a do Manual Estatístico e de Diagnóstico dos Distúrbios Mentais: 1) ejaculação persistente ou recorrente com um mínimo de estimulo sexual anterior, ou rapidamente após a penetração e antes que a pessoa deseje; 2) causa aflição notável ou dificuldades interpessoais; e 3) não é exclusivamente causa A ejaculação prematura deve ser distinguida da disfunção erétil relacionada ao desenvolvimento de uma condição médica geral. Alguns indivíduos com disfunção erétil podem suas estratégias para atrasar o orgasmo. Alguns requerem uma prolongada estimulação (sem ser de coito) para desenvolver um grau de ereção suficiente para a penetração. Em algumas pessoas, o estimulo sexual pode ser tão grande que a ejaculação ocorre imediatamente. Problemas ocasionais com a ejaculação precoce que não são persistentes ou recorrentes ou não são acompanhados por estresse forte ou dificuldades interpessoais não são considerados como um problema real de ejaculação precoce. O médico também deve levar em conta a idade do paciente, experiência sexual, atividade sexual recente e o carinho da parceira. Quando os problemas com ejaculação precoce são Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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causados exclusivamente por uso de substâncias, uma "disfunção sexual induzida por substância" pode ser diagnosticada. As causas fisiológicas são extremamente raras e controversas, principalmente quando se fala em hipersensibilidade da glande ou alto reflexo ejaculatório. Portanto os fatores emocionais e de condicionamento é que são realmente considerados pelos especialistas. "É como aprender a chutar com a esquerda e a direita", afirma a ginecologista e terapeuta sexual Jaqueline Brendler, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. Ela afirma que, durante o "aprendizado sexual", o homem pode acabar se condicionado a gozar rápido. A iniciação sexual também é alvo de discussão. Muitos homens têm suas primeiras relações amorosas com prostitutas (que muitas vezes aceleram o ritmo da relação para acabar logo) ou em situações periclitantes (dentro de um carro, na casa dos pais da namorada). "Antigamente, gozar rápido era sinal de virilidade. De meio século para cá, a partir do momento em que a mulher passou a ter seu papel na relação, esse conceito começou a mudar. Os homens passaram a ter de acompanhar o ritmo da parceira e se tornaram mais frágeis vulneráveis", afirma minha colega, a psiquiatra Carmita Abdo, do HC. 9.3. CONDIÇÕES ASSOCIADAS • Problemas neurológicos, por exemplo, esclerose múltipla. • Prostatites • Desordens psicológicas • Problemas interpessoais • Estresse Tratamento medicamentoso
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Na década de 60 notou-se que os antidepressivos possuíam como efeitos colaterais o retardo ou a inibição completa da ejaculação e do orgasmo. Atualmente há uma variedade de antidepressivos no mercado que possuem menos efeitos colaterais e melhores resultados. Um medicamento representante dos antidepressivos, indicado para tratamento da EP, é a clomipramina. Este medicamento alcançou aumentos médios no tempo de latência de 2 a 7 minutos. Entretanto, os estudos com clomipramina relatam que 10 a 30% dos pacientes não respondem bem à droga. Pacientes com EP complicada por insuficiência erétil (dificuldade de ereção) não alcançam os mesmos resultados. As fluoxetinas e a paroxetina também apresentam efeitos da inibição ejaculatória. Estas drogas apresentam menos efeitos colaterais, parecem interferir muito pouco com o desejo sexual e com a ereção, no entanto não são tão eficazes quanto à clomipramina. Conclui-se que a clomipramina parece ser a opção mais eficaz para inibir a resposta ejaculatória, mas pode não ser bem tolerada por muitos pacientes, e deve ser bem avaliada sua indicação. A indústria farmacêutica acena com mais uma pílula mágica: a dapoxetina, que está em fase final de avaliação pela FDA (agência que regula drogas e fármacos nos EUA). Se aprovada essa nova droga, que é um antidepressivo de efeito de curto prazo (pode ser usado três horas antes da relação) poderá se transformar num blockbuster comparável ao Viagra --já que ainda não existe nenhum medicamento exclusivo para a ejaculação precoce.
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10. VAGINISMO NÃO ORGÂNICO CASUS BELLI (Roosevelt (1882-1945) (Razão para a Gerra) Vaginismo - Vaginismo é um espasmo da musculatura do assoalho pélvico que circunda a vagina causando oclusão do intróito vaginal. A entrada do pênis é impossível ou dolorosa. A
característica
essencial
do
Vaginismo
é
a
contração
involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo adjacentes ao terço inferior da vagina, quando é tentada a penetração vaginal com pênis, dedo, tampão ou especulo. A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno do Eixo I (exceto por outra Disfunção Sexual), nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral. Em algumas mulheres, até mesmo a previsão da penetração vaginal pode provocar espasmo muscular. A contração pode variar desde leve, induzindo alguma tensão e desconforto, até severa, impedindo a penetração. Os subtipos são oferecidos para indicar início (Ao Longo da Vida versus Adquirido), contexto (Generalizado versus Situacional) e fatores etiológicos (Devido a Fatores Psicológicos, Devido a Fatores Combinados) para o Vaginismo. Assim se expressa o CID 10: Vaginismo não-orgânico (F52.5) - Espasmo dos músculos que cercam a vagina causando oclusão da abertura vaginal. A penetração peniana
torna-se
impossível
ou
dolorosa.
Sinonímia:
vaginismo
psicogênico. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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A origem do problema é então psicológica e não orgânica, pois é provocado por um profundo receio da penetração vaginal, mesmo que na maioria dos casos seja um receio inconsciente. Este receio faz com que, perante simples tentativa de praticar relações, por vezes até quando uma mulher deseja recorrer à utilização de um tampão higiênico ou quando o médico pretende realizar um exame genital, seja desencadeado um reflexo,
automático
e
involuntário,
que
proporciona
a
contração
espasmódica dos músculos que rodeiam o terço externo do canal. Nestas condições, qualquer tentativa de penetração é, obviamente, dolorosa ou inútil, o que impossibilita a realização do coito. Deve-se referir que, como o reflexo responsável pelo espasmo muscular é automático, podem-se evidenciar mesmo quando a mulher manifesta certo grau de excitação sexual e tenta relaxar a musculatura voluntariamente, embora não o consiga, pois o receio da penetração, que origina o problema, desativa os circuitos dos neurônios encarregues de manter a musculatura vaginal relaxada ao longo da resposta sexual, uma condição indispensável para o coito. A origem do receio pela penetração pode ser muito distinta. Por vezes, é originado por um problema orgânico, por exemplo, uma infecção vaginal, um hímen imperfurado ou qualquer malformação anatômica da região genital, que possa ter provocado, em relações anteriores, um coito doloroso. Nestes casos, o espasmo da musculatura vaginal constitui uma reação de defesa que visa impedir a penetração e, consequentemente, evitar a dor, não sendo uma disfunção sexual. O problema é provocado quando esta circunstância provoca um condicionamento que, mesmo que a alteração tenha sido corrigida com o tratamento ou de forma espontânea, subsiste de maneira indefinida, determinando o desencadeamento de uma contratura espasmódica da musculatura vaginal sempre que a mulher se 70
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encontra perante a possibilidade de coito - origina um ciclo vicioso que, caso não seja tratado, prolonga o problema. Todavia, na maioria dos casos, a origem da disfunção não é orgânica, sendo provocada por fatores psicológicos, conscientes ou inconscientes. Por vezes, o receio pela penetração está associado a experiências traumáticas sofridas na infância, como uma violação ou uma história de abusos sexuais, podendo até ser provocada por situações desta natureza em que mesmo que não tenha afetado pessoalmente a mulher, foi acompanhada de perto pela mesma. Noutros casos, costuma ser provocada por conflitos intrapsíquicos profundos, relacionados com sentimentos
de
culpa
ou
vergonha
em
relação
à
sexualidade,
consequentes de uma educação opressora ou demasiada rígida neste âmbito, ou até por uma deficiente informação sobre a temática sexual que tenha gerado uma sensação de receio em perder a virgindade, de uma gravidez ou do padecimento de doenças venéreas. Independentemente da sua natureza, estes receios, embora estejam ligados ao inconsciente e dos quais
a
mulher
desconhece
a
sua
existência,
provocam
o
desencadeamento de um espasmo vaginal perante qualquer tentativa de penetração.
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11. DISPAREUNIA NÃO ORGÂNICA – CID 10 (Catão, o Velho; 234-149 a.C.) (Avalio todo o resto) A dispareunia (ou dor durante as relações sexuais) ocorre tanto na mulher quanto no homem. Pode comumente ser atribuída a uma causa patológica local e deve então ser classificada na rubrica da afecção patológica em causa. Esta categoria deve ser utilizada unicamente quando não há outra disfunção sexual primária (por exemplo, vaginismo ou secura vaginal). Dispareunia psicogênica. No entanto, o termo DISPAREUNIA refere-se à ocorrência de dor durante ou após o coito vaginal, causada por fatores orgânicos e/ou psicogênicos. Para ABDO (2000) quando os fatores orgânicos não estão presentes, a dispareunia pode ser entendida como causa ou manutenção de uma inibição relacionada à realização e manifestação da sexualidade feminina. A Dispareunia é a disfunção sexual na qual mais frequentemente encontramos causas orgânicas. As causas mais comuns de dispareunia são: • Processos inflamatórios (do tipo vulvo-vaginite, onde existem inflamações da vulva e da vagina), colpite (onde existe um processo inflamatório do colo uterino) ou anexite (situação na qual ocorre um processo inflamatório das trompas, dos ovários ou dos ligamentos suspensores do útero, genericamente denominados de "anexos uterinos"). • Modificações anatômicas da vagina: existem situações onde a vagina apresenta alterações de suas dimensões normais, tais como malformações vaginais (vagina dupla, septada, etc), as consequências de Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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cirurgias vaginais ou por traumas. 3) Alterações funcionais da vagina: é sabido que durante o ciclo de resposta sexual, na fase de excitação, a vagina alonga-se e alarga-se (principalmente nos dois terços superiores), permitindo assim melhor acomodação do pênis. Como consequência de uma infecção ou de uma cirurgia, pode ocorrer que restem cicatrizes vaginais que dificultem ou impeçam tal dilatação. Observa-se esse fato em algumas intervenções do tipo histerectomia total (remoção do útero), amputações do colo uterino ou qualquer outra condição que resulte na formação de cicatrizes que tornem inelásticas as paredes vaginais. 4) Alterações tróficas da parede vaginal: em algumas condições, onde exista acentuada baixa da taxa de estrógenos (na pós-menopausa, por exemplo), as paredes vaginais ficam mais delgadas e friáveis, tornando dolorosa sua dilatação. 5) Tumores pélvicos ou abdominais, que possam criar condições que dificultem a distenção da vagina durante o processo de excitação. É o caso dos miomas uterinos, por exemplo. Afastadas as causas orgânicas (processos infecciosos e/ou inflamatório do aparelho reprodutor feminino) teremos etiologicamente os fatores psicogênicos exclusivos, geralmente ligados ao comportamento agressivo da mulher em relação ao homem, conflitos de identidade e papel sexual e quadros fóbicos (caso de estupro anterior, por exemplo), que resultam na impossibilidade do ato sexual pela dor e inviabilizam a manifestação do papel sexual feminino. O tratamento da Dispareunia é o da causa específica. É extremamanete difícil associar dor ao prazer e, assim sendo, a mulher se afasta do parceiro, podendo levar a problemas conjugais de intensidade variada. Neste caso o tratamento deve ser feito em conjunto por um(a) ginecologista e um(a) terapeuta sexual. (Sylvia Faria Marzano Urologista, Terapeuta Sexual e Diretora do Isexp). 74
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12. NINFOMANIA E SATIRÍASE CIRCULUS VITIOSUS (Aristóteles; 384-322 a.C.) (Circulo vicioso) Ninfomania (em mulheres) ou Satiríase (em homens) é o ato de espontaneamente apresentar um nível elevado de desejo e de fantasias sexuais, aumento de frequência sexual com compulsividade ao ato, controle inadequado dos impulsos e grande sofrimento. Também pode ser chamada de Desejo Sexual Hiperativo (DSH). 12.1. CARACTERÍSTICAS A pessoa acometida da doença preocupa-se a tal ponto com seus pensamentos e sentimentos sexuais que acaba por prejudicar suas atividades diárias e relacionamentos afetivos. A ninfomania é considerada uma compulsão. Pensa-se que uma mulher com ninfomania deseja ter atos sexuais interminantemente, mas a realidade não possui qualquer ligação com tal mito. Uma mulher considerada ninfomaníaca pode na realidade, não conseguir satisfazer seus desejos sexuais e por isso sente a necessidade de ter vários atos sexuais seguidos, para uma tentativa de gozo e/ou orgasmo. O ato sexual é seguido por culpa e em seguida novo impulso para outro ato, assim como nas compulsões alimentares. É um dos sintomas de que são acometidas algumas mulheres que desenvolvem o transtorno de personalidade bipolar na fase maníaca, em contraposição à fase depressiva. Nas fases maníacas, que envolve delírio de poder e euforia, a paciente pensa que tem um poder de sedução Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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superior às outras mulheres e procura o sexo como mais uma fonte de alívio para seus dissabores, muitas vezes sexo de risco, sem nenhuma escolha de parceiro e via de regra sem o uso de preservativo. Ninfomania deriva das palavras gregas (nymphe) "moça, esposa" e (mania) "loucura". Um filme sobre o tema é Diário Proibido, baseado no livro Diário de uma Ninfoma de Valérie Tasso, escritora francesa que também foi prostituta e que relata a vida de uma nifomaníaca chamada Valéria
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13. ENTENDENDO A NEUROTRANSMISSÃO NA PRÁTICA GINECOLÓGICA E OBSTÉTRICA A informação nervosa transmitida através das sinapses e junções neuroefetoras faz-se através de uma química expressiva chamada neurotransmissor.Muitos dos fármacos utilizados em G.O, que agem sobre a musculatura lisa, sistema cardiovascular, glândulas produtoras de hormônios, sistema nervoso, junção neuromuscular, dependem das ações e integridade destes neurotransmissores. Nosso funcionamento autônomo, involuntário, inconsciente, depende dos mesmos. Esta enorme e complexa malha de nervos, músculos, gânglios, sinapses, pouco faria sem os neurotransmissores. A acetilcolina é o neurotransmissor das fibras denominadas colinérgicas.
A
noradrenalina
é
o
neurotransmissor
das
fibras
denominadas adrenérgicas. A adrenalina é o principal neurotransmissor do ser humano e pode ser encontrado liberado pela medula supra-renal, que não deixa de ser nem embriológica, nem anatomicamente, nem funcionalmente, um grande gânglio sofisticado. Uma das
ações dos
fármacos é poder, simular, inibir, antagonizar, fisiológica ou funcionalmente estes neurotransmissores e outros como a substancia P, glutamato, oxido nítrico, etc., modificando a resposta e recepção. Assim, um útero grávido com impulso adrenérgico, atingindo seus receptores alfa 1 o contraem e, com Beta 2 o relaxam. Órgão sexual masculino com estimulação adrenérgica em receptor alfa 1 ocorre ejaculação, e com impulsos colinérgicos ocorre ereção (sinergismo entre neurotransmissores).
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Insistimos um pouco mais neste conceito de mediação química porque afeta profundamente nosso conhecimento sobre os mecanismos de ação dos fármacos. Na transmissão adrenérgica estão envolvidos: a norepinefrina, a dopamina, e a epinefrina (esta a principal catecolamina - hormônio da supra-renal), cujas importâncias são decisivas na prática obstétrica e ginecológica por mediar e interagir com inúmeras drogas utilizadas na prática diária. Algumas drogas, como a cocaína e a imipramina são inibidoras do fenômeno de recaptação neuronal potencializando os efeitos neurotransmissores. Os receptores são distintos, e subdivididos, como por exemplo,
os
alfa-adrenérgicos
e
beta-adrenérgicos,
e
com
isto
desencadearem, ora respostas excitatórias potentes, ora com baixa atividade com um padrão inibidor. É o que ocorre com o propanolol que exerce um papel bloqueador seletivo beta-adrenérgico no coração. Da mesma forma a Clonidina interage com receptores alfa 1 e alfa 2, importante efeito anti-hipertensivo e com ação igualmente importante, nos receptores alfa 2 do sistema nervoso central, determinando sintomas sendo que, é desta forma, por mediação neuro-transmissora,
que o
sistema nervoso interfere tão drasticamente no sistema endócrino e, viceversa, representando um sistema complexo e altamente interligado. Logo as ações de determinados fármacos empregados em G.O., elucidam sintomatologias á distancia, como as que intervêm no S.N.C. Foi a época em que só estudávamos os efeitos neurotransmissores em venenos de cobras, cogumelos e centopéias; hoje este tipo de conhecimento é básico para a clínica diária, para medicamentos comuns e amplamente utilizados e, com efeitos no SNC, na gestação, amamentação e puerpério.
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14.
ANTAGONISTAS
DE
RECEPTORES
MUSCARÍNICOS; HIPEREMESE GRAVÍDICA E EXEMPLOS DE ANTAGONISTAS DE RECEPTORES MUSCARÍNICOS Os antagonistas dos receptores muscarínicos (naturais: atropina, escopolamina;
sintéticos:
homatropina,
tropicamida,
metilatropina,
ipatrópio, tiotrópio, pirenzepina, tolterodina, sendo este último empregado no tratamento da incontinência urinária) onde a atropina em doses terapêutica (0,5-1,0 mg) provoca leve excitação vagal, e a escopolamina (usada na cinetose), nas doses terapêuticas e mínimas já provocam depressão, sonolência, amnésia, fadiga, sono sem sono REM, euforia, alucinações, delírios, aproximando-se dos efeitos tóxicos induzidos pela atropina
em
doses
bem
maiores
(intoxicação
atropínica).
Os
antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, imipramina) e as fenotiazinas podem mimetizar uma intoxicação atropínica por antagonização aos receptores muscarínicos. Todos os antagonistas dos receptores muscarínicos em uso terapêutico actual têm os efeitos da atropina. Há entre eles diferenças de: a) potência; b) seletividade para os diferentes subtipos de receptores muscarínicos; c) efeitos e ações farmacológicas adicionais independentes do antagonismo dos receptores muscarínicos; d) anos e extensão de uso médico; e) quantidade e qualidade dos estudos científicos a que foram submetidos; f) farmacocinética; Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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g) práticas e hábitos médicos; h) interesse na sua exploração comercial; i) acesso por compra individual ou nos hospitais. As diferenças de a: são grandes, embora tenham poucas consequências se não forem acompanhadas de discriminação na afinidade para os diferentes subtipos de receptores muscarínicos. As diferenças de b: mais interessantes são as seguintes: a pirenzepina é o mais seletivo para os M1, e a darifenacina para os M3. Há outro antagonista não usado para os diferentes subtipos de receptores muscarínicos. A mambatoxina 7 (um veneno das cobras mamba) tem uma afinidade 1000 a 10000 mil vezes maior para os receptores M1 do que para qualquer outro tipo; a mambatoxina 3 tem afinidade preferencial para os M4 e a tripitramina é o composto talvez mais seletivo para os M2. Com exceção da mambatoxina 7 nenhum antimuscarínico é suficientemente seletivo para, isoladamente identificar um subtipo. É necessário calcular a potência de vários antagonistas. As diferenças de c: são importantes. A escopolamina causa sedação e amnésia. A difenidramina, o dimenidrato e a prometazina causam também sedação e são potentes antagonistas dos receptores H1 da histamina (esta ação é considerada como a principal para estes compostos e a ação antimuscarínica uma ação secundária ou lateral). A amitriptilina, a imipramina e a doxepina, medicamentos antidepressores, e a
cloropromazina,
medicamento
antipsicótico,
têm
também
ação
antagonista sobre os receptores muscarínicos, que é, obviamente acessória, já que o grande interesse destes medicamentos está nas ações responsáveis pela melhoria dos sintomas da depressão e da esquizofrenia, respectivamente.
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As diferenças de f: são importantes, mas em muitos casos estão muito mal estudadas. O exemplo mais nítido está na duração do efeito midriático e cicloplégico que é de 6 horas para a tropicamida, 1 dia para o ciclopentolato, 1 semana para a escopolamina e 10 dias para a atropina. As diferenças de g, h e i: são enormes. Há muito mais medicamentos
antagonistas
dos
receptores
muscarínicos
do
que
indicações terapêuticas. É necessário fazer uma seleção apesar de ser impossível chegar a um resultado inteiramente concordante. Em alguns casos os fatos e fundamentos científicos são claros; noutros casos não há fatos, mas há usos e costumes aceitáveis. A lista seguinte teve em conta as nossas condições locais e atuais. A lista elaborada para outro país poderia ser diferente. Também é datada porque há medicamentos que vão entrando, saindo e reentrando por decisões apenas de oportunidade comercial. A atropina (hiosciamina) é um medicamento essencial nas farmácias
hospitalares
sobretudo
nas
formas
farmacêuticas
para
administração parentérica. Praticamente desapareceu da venda nas nossas farmácias comunitárias onde ainda se encontram medicamentos que contêm misturas de alcalóides de beladona associadas a outros fármacos. Estas associações não fazem sentido. É preferível dispor de medicamentos apenas com atropina ou l-hiosciamina (o isômero mais potente da atropina), mas não tem havido o interesse comercial em mantêlos à venda em Portugal, recorrendo-se a outros antimuscarínicos ativos por via oral (ver adiante). A escopolamina (ensina) é também um medicamento presente nas farmácias hospitalares para administração parentérica, sobretudo na prática anestésica geral. Na farmácia de oficina justifica-se a sua presença Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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para o tratamento das cinetoses (enjôo do movimento) na forma farmacêutica oral ou de penso para aplicação cutânea. A 4ª edição do Prontuário
Terapêutico
(Setembro
de
2003)
não
refere
nenhum
medicamento com escopolamina disponível nas farmácias de comunidade portuguesas. Para o enjoo do movimento pode recorrer-se a outros antagonistas dos receptores muscarínicos como a difenidramina ou o seu derivado dimenidrato, ou à meclozina por exemplo. Estes antagonistas dos receptores muscarínicos são também antagonistas dos receptores H1 da histamina e, por isso, habitualmente descritos no capítulo dos antihistamínicos. Em Portugal, o dimenidrato é o mais utilizado. No Brasil igualmente o dimenidrinato (Dramin) é um medicamento utilizado como antiemético e antivertiginoso, principalmente os decorrentes de viagens e os da gravidez. A meclozina está também à venda em Portugal. A meclozina, que se costuma tomar para os enjoos durante as viagens e para as náuseas e vômitos, provoca anomalias congênitas nos animais, mas não foram detectados os mesmos efeitos nos seres humanos. Os antagonistas dos receptores muscarínicos mais usados no tratamento do tremulo e da doença de Parkinson são a benzatropina, o biperideno e o tri-hexifenidilo. Os antagonistas habitualmente usados nos colírios (formas farmacêuticas
para
aplicação
tópica
ocular)
são
a
atropina,
a
escopolamina, a homatropina, ociclopentolato e a tropicamida. O ipratrópio e o tiotrópio são os antagonistas utilizados em aerossol para aplicação tópica brônquica através de nebulizadores, no alívio do broncospasmo das doenças pulmonares obstrutivas crônicas. A pirenzepina e a telenzepina são os antimuscarínicos mais indicados para a inibição da secreção ácida do estômago, mas caíram em 82
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desuso porque os inibidores da ATPase H+-K+ da célula parietal do estômago, como o omeprazol, e os antagonistas dos receptores H2 da histamina, como a ranitidina, são mais eficazes. O marcado efeito relaxante muscular liso dos antimuscarínicos no tubo digestivo e nas vias urinárias é talvez o motivo mais frequente do seu uso. A butilescopolamina, o clidínio (está comercializado numa associação obsoleta e sem justificação em dose fixa com
um
tranquilizante, o clorodiazepóxido), a mebeverina e a dicicloverina (também chamada diciclomina, é muito usada em crianças, mas desaconselha-se o seu emprego antes dos 7 meses de idade) são habitualmente mais usados nas queixas intestinais enquanto que o tróspio, a oxibutinina, e a tolterodina nas queixas urinárias. Prevê-se que grande parte deste uso venha a ser dirigido para a darifenacina, zamifenacina e solifenacina. Estes novos compostos são interessantes porque são os primeiros em que se conseguiu uma seletividade nítida para os receptores M3. Não deixarão de causar xerostomia, midríase, obstipação e retenção urinária porque os receptores M3 estão envolvidos em todos estes casos. Fonte: FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Instituto de Farmacologia e Terapêutica (2004). Novos antipsicóticos (olanzapina, clozapina) são também potentes antagonistas de receptores muscarínicos e muito usados hoje na prática psiquiátrica. As apresentações transdérmicas de escopolamina utilizadas em cinetose provocaram psicose particularmente em crianças e idosos com freqüência nada desprezível. O vômito na gravidez (hiperemese gravídica), em particular, no primeiro trimestre da gravidez, quando requer terapia com antagonistas dos receptores muscarínicos Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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deve ser acompanhada dos cuidados de observação para o lado do sistema nervoso central, assim como xerostomia, sonolência, turvamento da visão, e descontrole comportamental imprevisível. Seu uso no trabalho de parto para produzir "tranqüilidade com sonolência" e "amnésia do parto" já está em franco desuso, com evidências de surtos psicóticos graves com sua administração.
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15. HIPEREMESE GRAVÍDICA E EXEMPLOS DE ANTAGONISTAS DE RECEPTORES MUSCARÍNICOS. CORAM PUBLICO (Diante do publico). A hiperemese (ou hiperêmese) significa, literalmente, "excesso de vômito na gravidez". Não é uma complicação muito comum da gravidez, e melhora bastante se o tratamento começar cedo. Ela dá sinais logo no princípio da gestação, com cinco semanas, e costuma começar a melhorar a partir da semana 16. Na maioria dos casos, na 20a semana, metade da gestação, ela já foi embora, mas há situações (raras) em que os vômitos persistem até o bebê nascer -- o que pode ser muito angustiante. Embora não seja muito comum, a hiperemese não chega a ser considerada rara. Afeta entre 0,5 e 2% das grávidas, e é a causa mais frequente de hospitalização no começo da gravidez, normalmente para tratar a desidratação. Se sua paciente: • Vomita várias vezes por dia • Vomita praticamente sempre que bebe ou come alguma coisa • Está emagrecendo • Não está conseguindo levar o seu dia-a-dia • Nada faz a náusea melhorar (não consegue nem usar medicamentos antieméticos porque os vômitos não permitem). É bem provável que esteja com hiperemese gravídica, apesar de que não existe uma definição única para a hiperemese. Há médicos que só a diagnosticam oficialmente quando a mulher emagrece mais de 3 kg em relação ao peso de antes da gravidez, ou entre 5% e 10% do peso do
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corpo. Ou então só dão o diagnóstico uma vez que a desidratação fique estabelecida. Mesmo que não haja emagrecimento, mas se os vômitos e enjoos estiverem insuportáveis, é preciso tomar condutas. O tratamento precoce pode evitar a hiperemese mais grave. Não confundir com a náusea
comum
da
gravidez.
Se o enjoo começou depois de nove semanas de gravidez, ou se é acompanhado de febre ou de dor, ele pode indicar alguma outra causa, como gastrenterite, infecção urinária, gastrite, úlcera, problemas de tireoide ou diabetes. A hiperemese praticamente torna a vida difícil para o período gravídico, podendo advir sintomas depressivos, sentimentos de solidão, desejo de afastamento das demais pessoas e do parceiro e cuidar de si mesma fica para segundo plano. O impacto da hiperemese persiste por bastante tempo. Há mulheres que não conseguem nem pensar em outra gravidez. Embora atinja mulheres grávidas há séculos e séculos, a hiperemese nunca foi explicada. Há vários fatores envolvidos, assim como no enjoo “normal” da gravidez, entre eles as mudanças hormonais. Mas os especialistas não sabem por que algumas mulheres têm mais tendência a sofrer de hiperemese que outras. Os fatores de risco são: • Gravidez de mais de um bebê • Ter mãe ou irmã que já tiveram hiperemese. • Já ter sofrido de hiperemese numa gravidez anterior. • Sofrer de enxaquecas ou de enjoos quando anda de carro, avião ou barco.
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• Ter alguma doença preexistente no fígado. • Ter problemas de tiroide. O tratamento deve ser iniciado assim que os vômitos começarem a atrapalhar mesmo a sua vida. O obstetra certamente pedirá alguns exames de urina e de sangue, para ver se há algum outro problema causando a náusea. Talvez peça uma ultrassonografia para verificar se há mais de um bebê ou se a placenta está em condições normais. É preciso estar sempre atenta aos sinais de desidratação: • Pouco xixi, ou xixi amarelo escuro. • Boca extremamente seca e olho sem brilho • Belisque o dorso da sua mão. Se a pele não voltar rápido para o lugar, procure o médico ou vá para o hospital. • Outros
sinais
preocupantes:
tontura,
dor
abdominal,
perturbações na vista, dor de cabeça, confusão mental ou presença de sangue ou bile no vômito. Mesmo que seu médico tenha preferido não dar remédio contra o enjoo, você vai precisar ser monitorada para evitar a desidratação e a desnutrição. Existem algumas complicações bem raras da hiperemese, como um tipo de encefalopatia, que é prevenível pela administração de vitamina B1. Existem medicamentos antieméticos (antivômito) que são usados para a hiperemese, até em forma de supositório. Além disso, quando o vômito é tão grave, fica difícil tomar comprimidos. Há alguns remédios em forma de supositório, injeção ou que dissolvem na boca. Os médicos também podem tentar remédios mais simples antes de recorrer aos especiais. Escolhas comuns são os anti-histamínicos Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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(antialérgicos), esteroides ou metoclopramida.
Você terá de ser
hospitalizada se o tratamento não estiver funcionando. No hospital, você ficará com um soro na veia para hidratação. Os remédios contra o enjoo também podem ser administrados pela veia, ou como injeção. Os medicamentos usados nesses casos são considerados seguros para a gravidez. A metoclopramida é um antagonista dos receptores D2. Além de possuir ações periféricas aumentando a motilidade do estômago e do intestino, contribuindo para o efeito antiemético. Seus efeitos sobre o trato gastrintestinal incluem: • Aumento da pressão do esfíncter esofágico inferior; • Aumento do tônus gástrico e estimulação da peristalse; • Relaxamento do esfíncter pilórico; • Aumento da peristalse duodenal. A combinação desses efeitos acelera o esvaziamento gástrico e reduz o tempo de trânsito no intestino delgado. O mecanismo envolvido neste processo parece estar relacionado com a liberação de acetilcolina no plexo mesentérico, resultando na contração da musculatura lisa. Exerce efeito antagonista da dopamina por meio do bloqueio dos receptores dopaminérgicos centrais (centro bulbar) e periféricos (zona de gatilho) (Ref: 11). Dessa forma, previne o vômito, agindo sobre o centro emético e diminuindo a sensibilidade dos nervos viscerais que transmitem os impulsos astrintestinais. Além disso, minimiza a estase que precede o vômito, ao facilitar o esvaziamento gástrico. Bloqueiam os receptores 5HT3 localizados no sistema trigeminovascular contribuindo para o combate à enxaqueca.
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As indicações inerentes a este fármaco envolvem disfunções decorrentes da diminuição da motilidade gastrintestinal, tais como: gastroparesia (estase gástrica), esofagite de Refluxo e dispepsia, náuseas e vômitos induzidos por intoxicação alimentar, uso de Hipnoanalgésicos, toxinas, radiação e quimioterapia, sendo útil no tratamento do refluxo gastroesofágico, sem provocar estimulação simultânea da secreção ácida gástrica. É indicada no preparo de pacientes que serão submetidos a exames radiológicos; na prevenção de vômito induzido por intubação e procedimentos
de
aspiração;
como
adjuvante
no
tratamento
da
enxaqueca, tanto pela ação sobre receptores de serotonina. Quanto
no
controle
dos
distúrbios
gastrintestinais,
que
geralmente ocorrem na crise e podem levar a má absorção dos medicamentos utilizados no tratamento. Pode ser usada na estimulação da lactação por aumentar os níveis séricos de prolactina. Tem sido usada no tratamento de varizes esofágicas em combinação com nitroglicerina, por reduzir a pressão venosa na região do esôfago. A metoclopramida também tem sido usada em associação com analgésicos como a aspirina ou o paracetamol no tratamento da enxaqueca. A metoclopramida pode ser administrada por via oral e parenteral. Domperidona (Motilium®) A domperidona também consiste em um antagonista dos receptores da dopamina, sendo utilizado como fármaco antiemético, aumenta a pressão do esfíncter esofágico inferior, portanto, inibindo o refluxo gastroesofágico, além de aumentar a motilidade gastrintestinal, sendo utilizada no tratamento de distúrbios do esvaziamento gástrico e no refluxo gástrico crônico. A via de administração é oral. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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O principal efeito adverso é o aumento da prolactina levando a galactorréia e ginecomastia. Raramente tem sido relatada a ocorrência de fenômenos extrapiramidais. Cisaprida: (Prepulsid®) (Cisapan®) A principal ação da cisaprida consiste no estímulo da liberação de acetilcolina no plexo mioentérico do trato gastrintestinal superior, o que aumenta a pressão do esfíncter esofágico inferior e aumenta a motilidade intestinal, embora não tenha ação antiemética central. A via de administração é oral. Dimenidrato: (Dramin®) Consiste em um fármaco anti-histamínico H1 da classe das etanolaminas, possuindo ação antiemética e utilizado para alívio da cinetose, principalmente se utilizado meia hora antes da viagem terrestre ou aérea, sendo também indicado para o controle da náusea, vômitos e vertigens associadas a outras doenças. De acordo com a apresentação pode ser administrado por via oral, intramuscular e endovenosa. A duração da ação varia entre 3 a 6 horas e os efeitos adversos incluem a sonolência e efeitos atropínicos (pode levar à retenção urinária).
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AGONISTAS
DOS
RECEPTORES
MUSCARÍNICOS A Acetilcolina é o neurotransmissor endógeno padrão agonista em receptores nicotínicos e muscarínicos. No sistema nervoso central, como o hipocampo, córtex e, tálamo são regiões com grande concentração de receptores muscarínicos. Todos os agonistas colinérgicos simulam os efeitos da acetilcolina nestes locais. As indicações clínicas de agonistas muscarínicos recaem primeiramente em oftalmologia, gastro e, com a intenção de aumentar o tônus da bexiga. Algumas drogas utilizadas em GO têm efeitos agonistas nos receptores muscarínicos, ou atuam como antagonistas nestes mesmos receptores, e ambos, os Agonistas e os Antagonistas têm ação sobre o SNC. O betanecol, por exemplo, é utilizado na retenção urinária do pós-parto e em casos de bexiga hipotônica, sendo que é esperada também ação sobre a função cognitiva do SNC. O gás Sarin, Soman, Tabun, tão em moda hoje, frente às guerras biológicas, são potentes agentes anticolinesterásicos, ou seja, agentes que prolongam a existência da acetilcolina. Na guerra médica contra as doenças alguns agentes desta linha são utilizados para o tratamento do glaucoma e outras situações oftalmológicas, distúrbios da motricidade digestiva e vesical, na miastenia gravis, etc. Inseticidas, organofosforados, como o paration, malation são da mesma classe e causam graves intoxicações. O SNC, o olho, o intestino, a bexiga e ureteres, e a junção neuromuscular são os locais preferenciais de agentes anticolinesterásicos. Os usos terapêuticos como a piridostigmina, a neostigmina e o ambenônio na miastenia gravis; a fisostigmina no glaucoma; a neostigmina no íleo Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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paralítico; bexiga atônica, na distensão abdominal e pseudo-obstrução de cólon, são os usos mais freqüentes, além da última geração para seguimento de Alzheimer (donepezil, rivastigmina e a galantamina) e têm proporcionalmente pouca indicação para casos em G.O. A atropina é um alcalóide, encontrado na planta atropa belladonna e outras de sua família, que interfere na ação da acetilcolina no organismo. Ele é um antagonista muscarínico que age nas terminações nervosas parassimpáticas inibido-as. ( ref: world health organization (march 2005). A
atropa
belladona
(ou
erva-moura
mortal)
fornece
principalmente o alcalóide atropina (dl-hiosciamina). O mesmo alcalóide é encontrado na datura stramonium, conhecida como estramônio ou figueirado-inferno, pilrito, ou ainda maçã-do-diabo. a atropina é formada por ésteres orgânicos pela combinação de um ácido omático (ácido trópico) e bases orgânicas complexas formando tropina (tropanol). Assim, a atropina e outras drogas antimuscarínicas têm sido utilizadas para proporcionar alívio sintomático no tratamento da urgência urinária causada por distúrbios vesicais inflamatórios de pouca gravidade. Todavia, a terapia antimicrobiana específica é essencial na cistite bacteriana. A oxibutinina é freqüentemente utilizada para aliviar o espasmo vesical após cirurgia urológica, como, por exemplo, prostatectomia. Além disso, mostra-se valiosa para reduzir a micção involuntária em pacientes com
doença
neurológica,
como,
por
exemplo,
crianças
com
meningomielocele. Nesses pacientes, a oxibutinina oral ou a instilação do fármaco na bexiga através de cateter parecem melhorar a capacidade e a continência da bexiga, além de reduzir a infecção e a lesão renal. A
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tolterodina, um fármaco antimuscarínico M3-seletivo, é disponível para uso em adultos com incontinência urinária. A imipramina, um antidepressivo tricíclico com fortes ações antimuscarínicas, tem sido utilizada, há muito tempo, para a incontinência em indivíduos idosos internados em asilos. Mostra-se moderadamente eficaz, porém provoca toxicidade significativa do sistema nervoso central. A propiverina, um fármaco antimuscarínico mais novo foi aprovado para essa finalidade. Os fármacos antimuscarínicos também têm sido utilizados na urolitíase, para aliviar o espasmo do músculo liso ureteral causado pela passagem
de cálculo.
Todavia, sua utilidade nessa condição é
questionável. A pralidoxima é administrada na forma de infusão intravenosa, 12 g durante 15-30 minutos. A despeito da possibilidade de envelhecimento do
complexo
fosfato-enzima,
relatos
recentes
sugerem
que
a
administração de múltiplas doses de pralidoxima durante vários dias pode ser útil em caso de envenenamento grave. Em doses excessivas, a pralidoxima pode induzir fraqueza neuromuscular e outros efeitos adversos. A pralidoxima não é recomendada para reverter a inibição da acetilcolinesterase por inibidores de carbamato. Fonte: Farmacologia 8
Basica e Clinica .
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16.1. INDICAÇÕES
Atropa belladonna
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•
Parassimpaticolítico
•
Antiespasmódico
•
Anti-secretor
•
Intoxicação por inseticidas (organofosforados)
•
Dilatador dos brônquios no colapso respiratório
•
Edema pulmonar
•
Midriático na dilatação da pupila
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•
Antídoto da eserina, pilocarpina, morfina, carbamato,
arecolina, organofosforados, clorofórmio, adubos químicos e inseticidas. •
Contaminação por gases neurotóxicos, como o Sarin, VX e
Soman. EFEITOS ADVERSOS: como qualquer bloqueador colinérgico causa secura de lábios, constipação intestinal, alucinações, tremores, fadiga, fotofobia, entre outros. A anestesia, no entanto, trabalha com esta área de compostos químicos, além de agentes que atuam especificamente nos receptores de acetilcolina nicotínicos, como agentes bloqueadores neuromusculares, efeitos curarizantes e bloqueios ganglionares. São adjuvantes da anestesia para cirurgias, em particular pelos efeitos de relaxamento da musculatura da parede abdominal. Em quadros de psicoses puerperais e sintomas psicóticos onde se faz necessária a convulsoterapia pelo ECT, drogas desta natureza são utilizadas para a prevenção de luxações ou fraturas de clavículas. A nicotina, como exemplo, que será tratada em especial no capítulo de dependência às drogas, tem sem dúvida relevante importância em G. O. pois apresenta toxicidade para mãe e RN, conduzindo à
dependência como veremos e, efeitos adversos na
gestação e no uso crônico. A nicotina em toda sua ação complexa e multissistêmica são capazes de estimular e dessensibilizar receptores, causando alterações cardiovasculares relevantes, pressóricas, suprarenais com descargas de catecolaminas em ação bifásica (estimulaçãodepressão), junção neuromuscular com bloqueio por dessensibilização de receptores, com ações acetilcolinérgicas e suas conseqüências.
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17. FÁRMACOS ESTIMULANTES GANGLIONARES DE INTERESSE EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA O Sistema Nervoso é intensa e extensamente afetado, e com doses tóxicas capazes de desencadear tremores e convulsões, atuação na árvore respiratória por estímulo bulbar e quimiorreceptores de corpos carotídeos e aórticos. Suas doses tóxicas se acompanham de depressão respiratória, por paralisia central e bloqueio de inervação periférica respiratória nos músculos. A dependência ao cigarro está condicionada ao mecanismo de múltipla indução neuro-transmissora de aminas biogênicas, dopamina e aminoácidos excitatórios. Há, portanto, na mulher grávida, um contínuo envenenamento do feto com repercussões multissistêmicas e síndromes de abstinência do RN em mulheres fumantes. O coração, fígado, rins e Sistema nervoso central e periférico são os alvos por excelência dos efeitos tóxicos da nicotina ou de seu principal metabólito, a cotinina. Cada cigarro fumado contém cerca de 12% de nicotina, sendo a dose fatal para adultos de cerca de 60 mg da base, tendo-se ainda que, cada cigarro contém cerca de 6-11 mg de nicotina que coloca em via sistêmica cerca de 1-3 mg de nicotina. A indústria do fumo tem elevado o teor de nicotina do cigarro pela seleção das folhas do fumo. A morte de RN por mães tabagistas ocorre com sintomas de dores, vômitos, sudorese, fraqueza acentuada, hipotensão, dispnéia, pulso fraco, colapso, convulsões e morte prematura por insuficiência respiratória aguda.
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18.
FÁRMACOS
BLOQUEADORES
GANGLIONARES. Sem muito interesse para a área de G. O ou Neurologia, tendo como protótipo o hexametônio, trimetofano e a mecamilamina, não serão aqui objetos de maiores considerações.
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19. CATECOLAMINAS A norepinefrina, a epinefrina e a dopamina atuam na regulação da grande maioria das funções fisiológicas do organismo vivo, cabendo aqui um real interesse no seu entendimento, dado suas ações estarem diretamente envolvidas na fisiologia e patogenia da mulher e do ciclo grávido-puerperal porquanto, muitas drogas utilizadas mimetizam seus efeitos, ou como agonistas ou como antagonistas das mesmas. As ações das catecolaminas e drogas simpaticomiméticas atuam sobre a musculatura lisa, vasos sanguíneos, no fluxo renal, mucoso, tecido glandular, glândulas do suor, intestinos, musculatura esquelética e cardíaca, metabolismo pancreático, hepático, hipófise, SNC, pulmões e toda a economia do corpo, por assim dizer, e seu conhecimento é de extrema importância na prática médica senso genérico e em G.O. em particular. Adrenalina, dietilpropiona, dopamina, dobutamina, isoprorenol, terbutalina, metanfetamina são alguns dos exemplos de compostos químicos utilizados, com atividade simpaticomimética, cujos receptores alfa e beta-adrenérgicos constituem os elementos mais importantes de resposta diferenciada de cada órgão-alvo. A adrenalina endogenamente liberada ou, por via medicamentosa, tem potente ação vasopressórica sobre o músculo liso vascular e outros, sobre o coração, atuando diretamente através de receptores beta-1 do miocárdio, tecido condutor e marca–passo, sobre o tônus intestinal reduzindo-o. Sua ação sobre os músculos uterinos varia de acordo com o tipo de receptor envolvido, a fase do ciclo sexual, o estágio da gestação, sendo estes efeitos, dosedependente. A adrenalina contrai ou não a musculatura do útero gravídico, Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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relacionada aos receptores alfa. No último trimestre da gravidez e no parto, a adrenalina inibe o tônus e as contrações uterinas. Agonistas como a ritodrina e a terbutalina têm sido utilizados para retardar o trabalho de parto prematuro, apesar de suas limitações. Suas ações sobre o sistema nervoso central mimetizam à de uma pessoa que leva um susto, com inquietação, sudorese fria, tremores, extremidades frias, ansiedade, distúrbio de esfíncteres, etc. Eleva a glicemia e lactatos, com secreção de insulina diminuída por efeito em dupla via inibitório, além de terem os musculares periféricos com diminuição na captação de glicose. A norepinefrina tem efeitos semelhantes no interesse ginecológico e neurológico. A dopamina guarda seu papel principal como neuro-transmissora central, mas são utilizados no Choque cardiogênico, séptico, estados cardíacos de baixo débito, e insuficiência cardíaca congestiva.
Dentre os
agonistas adrenérgicos seletivos encontram-se a ritodrina especificamente para uso como relaxante uterino, com o objetivo de interromper o trabalho de parto prematuro, podendo prolongar a gravidez e suas ações ainda não estão totalmente elucidadas em mulheres grávidas, havendo referências de aumentar a morbidade materna (Higby et al.). As terapias com magnésio, bloqueadores de Cálcio e indometacina, com o mesmo propósito, têm sido tentadas com resultados ainda não tão bem estabelecidos. Alguns agonistas adrenérgicos alfa –2, seletivos, como a Clonidina, a metildopa, utilizada como agentes hipotensores, dão como efeitos adversos, transtornos da esfera sexual, com diminuição da libido, impotência e/ou anorsgasmia confundindo-se com quadros de neuroses ou disfunções sexuais de cunho psicogênico.
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Agonistas adrenérgicos de dupla ação, alfa e beta adrenérgica, como a Anfetamina tem poderoso efeito sobre o SNC e aumento do tônus uterino. Seus derivados estão na mira das drogas ilícitas consideradas em capítulo à parte deste protocolo e, fazendo a preocupação dos G.O's, quando em grávidas e dependentes e/ou usuárias. Em sua suspensão via de regra, devem ser esperados sintomas de abstinência e depressão. Uma combinação inquietante para as equipes multiprofissionais é a associação de gravidez e o uso destes agonistas adrenérgicos, pois segue com alterações de comportamento, inquietação, tonturas, tremores, reflexos hiperativos, loquacidade, tensão, idéias suicidas, homicidas, irritabilidade, fraqueza, insônia, febre, distimias de humor, delírios, alucinações, estados de pânico, sobretudo em gravidez não desejada e sem continência social adequada.
O problema na gravidez das
intoxicações agudas põe em risco mãe e RN e constitui uma urgência médica, onde são necessários usos de sedativos, e acidificação da urina, com cloreto de amônio que, aumenta a excreção da droga; cuidados com a hipertensão gerada; contenção para a agitação e estados psicóticos concorrentes. A fenilpropanolamina entre nós ainda utilizada em regimes de perda de peso, hoje está proibida pelo FDA norte - americano e proibida sua venda. Passa no leite materno. O uso de catecolaminas como anoréticos centrais, tais como a fenilpropanolamina devem ser proscritos do receituário desta instituição ou como orientação desta, como método de redução de peso.
Outros da série incluem a metanfetamina, a
dextroanfetamina, a fentermina, a fenmetrazina, a dietilpropiona, o mazindol. Os efeitos adversos são intensos com potencial para o abuso, dependência, agravamento da hipertensão, distúrbios do sono, sendo que as evidências não as colocam como via de eleição no tratamento da Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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obesidade em mulheres e no pós-parto, quando muitas querem perder peso rapidamente. Medicamentos
aparentados
às
catecolaminas
(descongestionantes nasais, bronco-dilatadores), Alfa-metildopa (Aldomet), Antidepressivos Tricíclicos, Benzodiazepinas (Lexotan), Levo dopa, Tetraciclina, Cloropromazina (Amplictil, Largactil), Quinidina (Natirose).
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20.
ANTAGONISTAS
DOS
RECEPTORES
ADRENÉRGICOS São com freqüência utilizada e pela sua peculiaridade de atuar no SNC, em particular pelo bloqueio de dopamina, são aqui considerados enfaticamente. Seus efeitos recaem no sistema cardíaco e vascular como um todo e sistema nervoso central e periférico. Tem ação sobre a musculatura lisa alterando a resposta pressórica na posição ortostática, por antagonismo da vasoconstriçao compensatória. Foram os primeiros fármacos utilizados na hiperplasia prostática benigna e distúrbios miccionais, tinha por ação, tanto no homem como na mulher, o fato de bloquear os receptores alfa na musculatura da base da bexiga. Interferem no orgasmo e tem grande potencialidade de induzir tumores. A fentolamina é um destes derivados antagonistas alfa-adrenérgicos, em moda atualmente no controle da ereção masculina, responsável por seus efeitos colaterais como hipotensão ortostática, rubor, cefaléia, náusea, e contraindicação em pacientes com cardiopatia isquêmica. A propriedade farmacológica deste grupo químico tem uso na clínica obstétrica e ginecológica por estimular a contração uterina no pósparto. Alternativas como o sumatriptano e outros agonistas de receptores 5-HT, a ergonovina e a metilergonovina mostram-se úteis na prevenção e no tratamento da hemorragia pós-parto devido à atonia uterina, pela ação constritora nos vasos sanguíneos. Ainda na linha dos antagonistas de receptores alfa-adrenérgicos estão às preparações sintéticas da Ocitocina para intensificar a contração uterina, que pode prevenir a hemorragia uterina, e acelerar o trabalho de parto. A dinoprostona também inibe o Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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sangramento pós-parto. A bromocriptina, outro agente desta ampla gama de drogas interfere na lactação, como veremos. Medicamentos psiquiátricos também usados freqüentemente no nosso meio, na prática gineco-obstétrica como, a clorpromazina, o haloperidol, a fenotiazina, as butirofenonas, causam bloqueio importante dos receptores alfa-adrenérgicos. Os antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos como o propanolol, atenolol, metoprolol, isoproterenol, pindolol, são intensamente usados na cardiologia e tem grande importância nas situações de stress, regulando o ritmo cardíaco em particular, no exercício dinâmico. Esta classe de fármacos deve ser usada com cautela em mulheres asmáticas e afetam a recuperação da hipoglicemia em diabéticas dependentes de insulina, ou com labilidade glicêmica. Em mulheres em acompanhamento com esta classe de drogas é esperado encontrar-se aumentos da concentração plasmática de triglicérides e diminuição da LDL, fatos indesejáveis em hipertensas. Todos passam no leite materno e tem metabolismo hepático, e alguns têm excreção renal (atenolol, Esmolol, acebutol). Algumas mulheres queixam-se de extremidades frias durante o uso de antagonistas beta-adrenérgicos, assim como vêem pioradas as condições de condição de doença vascular periférica pré-existente. Comumente como efeitos adversos de antagonistas betaadrenérgicos no SNC, estão as queixas de fadiga, adinamia, insônia, e franca depressão. Estes sintomas devem ser considerados, antes de remeter suas pacientes ao psiquiatra. A suspensão da droga deve ser feita necessária e parcimoniosamente lenta. Durante a gravidez o uso desta classe de drogas vem aumentando motivo de preocupação, pois não há consenso. A fenitoína, o fenobarbital,
(anticonvulsivantes) e o tabaco,
diminuem as concentrações plasmáticas destes medicamentos. Os 106
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bloqueadores betas ou antagonistas beta são um grupo de fármacos que têm em comum a capacidade de antagonizar os receptores β (beta) da noradrenalina. Possuem diversas indicações, particularmente como antiarrítmicos e na proteção cardíaca após enfarte do miocárdio. Embora sejam anti-hipertensores eficazes, deixaram de ser indicados com essa finalidade. • Fármacos indicados para na arritmia cardíaca: Esmolol, sotalol. • Fármacos indicados na insuficiência cardíaca congestiva: Bisoprolol, carvedilol, metoprolol. • Fármacos indicados para o glaucoma: Betaxolol, carteolol, levobunolol, metipranolol, timolol. • Fármacos indicados para o enfarte do miocárdio: Atenolol, metoprolol, propranolol. • Fármacos indicados para a profilaxia da enxaqueca: Timolol, propranolol. O propranolol é o único indicado no controle do tremor, hipertensão portal e hemorragia de varizes esofágicas, e é usado juntamente com um bloqueador α no feocromocitoma (Rossi, 2006). O bloqueador beta pode ser usado para o tratamento de transtornos de ansiedade por terem efeito rápido, não viciarem e não causarem
tanta sonolência quanto os
benzodiazepínicos. Previne
taquicardia. É recomendado para episódios de fobia social e estresse póstraumático e tem potencial terapêutico para episódios de transtorno do pânico e fobia específica. Melhora o desempenho de artistas e estudantes antes de grandes apresentações ao controlar os sintomas físicos da
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ansiedade como batimento cardíaco acelerado (prevenindo taquicardia), respiração rápida, tremor e sudorese. Mulheres com sintomas de Pânico beneficiam-se com betabloqueadores tipo propanolol, timolol e metoprolol, assim como no tratamento da crise aguda de enxaqueca como veremos em capítulo dedicado á esta patologia. Mulheres com tremor essencial, também se beneficiam com propanolol. Um uso pouco freqüente entre nós é em síndromes de abstinência alcoólica; na prevenção de sangramento de varizes em alcoólatras com hipertensão porta e cirrose ou em acatisias (inquietação psicomotora induzidas por neurolépticos). As reações adversas que podem ocorrer com os bloqueadores beta são variadas, podendo ocorrer náuseas, vômitos, alterações do trânsito intestinal e dores abdominais. Em nível de efeito cardiovascular, podem verificar-se bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular, tonturas (eventualmente síncope) e possível agravamento da insuficiência cardíaca. Pode também se verificar depressão, insônia ou alucinações. Mesmo com os agentes com seletividade para o coração (β1) pode
ocorrer
bronco
espasmo,
especialmente
em
doentes
com
antecedentes de asma brônquica. Alguns bloqueadores beta podem também estar implicados em alterações metabólicas, tais como dislipidemias, podendo também verificar-se o surgimento de diabetes mellitus tipo 2. AÇÃO DO BLOQUEIO DE BETA-1
108
•
Redução de frequência cardíaca
•
Atraso na velocidade de condução no nódulo A-V.
•
Diminuição da força de contração (inotropismo negativo) Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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•
Redução de pressão arterial
•
Redução do volume sistólico
AÇÃO DO BLOQUEIO DE BETA-2. •
Vasoconstrição
•
Glicogenólise e gliconeogênese diminuída
•
Inibição da liberação de insulina
•
Antagonismo do tremor induzido por catecolaminas.
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21. A SEROTONINA Importa para estas considerações farmacológicas em G.O., por exercer funções como: •
Neurotransmissor poderoso do SNC.
•
Regulador de função em musculatura lisa
•
Regulador de função agregadora plaquetária.
Constituem neurotransmissores amplamente mobilizados na prática
ginecológica
com
medicamentos
tanto
agonistas
como
antagonistas, incluindo-se os que interferem na área neuropsíquica pela ativação de mecanismos complexos, tais como a depressão, ansiedade, distúrbios de pânico, distúrbios cognitivos, percepção sensorial, apetite, comportamento sexual, regulação da temperatura, secreção hormonal, Transtornos obsessivo–compulsivos (TOC), cefaléia, enxaqueca, psicoses e distúrbios do sono. Um congênere, a melatonina, além de reduzir a pigmentação cutânea, suprime a função ovariana. O ácido 5-Hidroxi Indol Acético (5-HIAA) retirado da urina e dosado por método cromatográfico líquido de alta eficiência (HPLC) é o maior metabólito da serotonina e também e particularmente utilizado no diagnóstico da síndrome e tumores carcinóides. Medicamentos como o acetaminofen, derivados da rauwolfia, inibidores da MAO, levodopa, imipramina, metildopa, fenotiazina, ACTH, etanol, 5 - fluor-uracil e guaiacolatos interferem em sua dosagem. A serotonina em si pode ser dosada também pelo método do HPLC, com a mesma indicação na elucidação de síndromes carcinoides sendo seus valores de referência pr este método de 26 a 165 ng/ ml (soro). Não se tem usado como indicador para transtornos de humor. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Os antidepressivos (imipramina, fluoxetina, etc.) que modificam os níveis de serotonina interferem com o coagulograma, sendo que temos como ideal que sejam suspensos por 48 horas quando medidas mais acuradas do Tempo de sangramento (TS), Tempo de protrombina (TP), e Tempo de protrombina ativado (TPA) e níveis de plaquetas estejam sendo acuradamente investigados, ou em distúrbios hemorrágicos. Em mulheres que vão se submeter á cirurgias e estejam em uso de um destes medicamentos elencados e que apresentarem coagulogramas alterados deverão ter os antidepressivos e fenotiazinas suspensos como orientação geral da psiquiatria. Uma referência no mínimo inquietante coloca nexo entre níveis baixos
de
serotonina
no
líquor
á
comportamentos
agressivos,
impulsividade e violência, incluindo o suicídio e curiosamente não á ideação suicida em si. Estudos genéticos com esta orientação vêm confirmando os achados liquóricos de neurotransmissores e seu nexo com comportamento agressivo. A buspirona, utilizada como ansiolítico e com propriedades antipsicóticas, é um agonista de receptores 5-HT e vem sendo largamente usado com este fim e para depressão. Em pacientes em depressão revertem-se abruptamente com os efeitos antidepressivos dos fármacos como a fluoxetina, ou outros inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS
ou
SSRI),
quando
se
diminuem
por
manipulação
e
propositadamente os níveis de serotonina no líquor. As dietas com baixo teor de triptofano diminuem os níveis de 5-HT cerebral sendo o inverso igualmente verdadeiro. A sibutramina constitui-se em outro inibidor de recaptação de serotonina utilizado em regimes de emagrecimento com conseqüências ainda incertas para os receptores. Inibidores da MAO (incluindo princípios ativos da erva de São João) estão em franco desuso, 112
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pelos efeitos hipertensivantes colaterais e, a reserpina como antipsicótico, foi abandonada. 21.1. AGONISTAS DA SEROTONINA A buspirona, gepirona, ipsaperona, sumatriptano, zolmitriptano, naratriptano, rizatriptano, seletivos para receptores 5-HT, são usados como ansiolítico e no tratamento da enxaqueca. Dedicaremos um capítulo especial para a enxaqueca. Náuseas e vômitos podem ser freqüentes na gravidez e o efeito colateral de agonistas de receptores de 5 - HT na mesma linha é um fator complicante de tratamento, que deve ser observado. Alguns sintomas no uso de medicamentos para enxaqueca, rotulados genericamente como ergotismo (fraqueza nas pernas, dores musculares, dormência e formigamento dos membros em particular dos dedos das mãos e pés), é fonte de desconforto á mulher em uso desta classe de medicamentos. Estes alcalóides do esporão de centeio estão contra-indicados na gravidez ou na possibilidade de, tendo em vista o potencial de aborto e dano fetal. Todos os alcalóides do esporão do centeio aumentam acentuadamente a atividade motora uterina e não são usados para indução ou facilitação do trabalho de parto. Imediatamente após o parto pode-se administrar pequenas doses de alcalóide do esporão do centeio com o fim de se obter uma acentuada resposta uterina, em geral, sem efeitos colaterais significativos. Na prática obstétrica os alcalóides do esporão do centeio são utilizados primariamente para evitar a ocorrência de hemorragia pós-parto, sendo a ergonovina e seu derivado semisintético a metilergonovina, as mais ativas, neste sentido, conforme E. Sandres-Bush e, S.E.Mayer, citados no Gilman-2003. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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O LSD é o agonista da 5HT de maior repercussão para o SNC induzindo
profundas
modificações
no
comportamento,
distúrbios
sensoriais, percepção e alucinações e será tratado juntamente com abuso de drogas psicotrópicas. A 5-hidroxitriptamina ou serotonina (5-HT) é uma indolamina produto da hidroxilação e carboxilação do aminoácido L-Triptofano na seguinte seqüência bioquímica: L-Triptofano-L-50H Triptofano - 5-OH Triptamina ou Serotonina. A Serotonina tem um efeito inibidor da conduta juntamente com um efeito modulador geral da atividade psíquica. Assim sendo, a 5-HT influi sobre quase todas as funções cerebrais, inibindo-a de forma direta ou estimulando o sistema GABA. É dessa forma que a Serotonina regula o humor, o sono, a atividade sexual, o apetite, o ritmo circadiano, as funções neuroendócrinas, temperatura corporal, sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas. Algumas pesquisas que procuraram embasar a teoria da depressão como dependendo de baixos níveis de Serotonina, tomaram como ponto de partida o fato de uma dieta suficientemente livre de Triptofano, a ponto de produzir um pico plasmático muito baixo deste aminoácido, resultava num estado depressivo moderado (Charney). O Triptofano, como vimos, é um precursor natural da Serotonina. Aminoácidos neutros, tais como a Tirosina, Fenilalanina, Leucina, Isoleucina e Valina competem com o Triptofano no transporte através da barreira
hematoencefálica.
Em
pacientes
com
depressão
grave
(anteriormente depressão endógena) se constata diminuição do Triptofano plasmático livre, e isso resulta num quociente Triptofano/Amino Ácido Neutro, geralmente diminuído. 114
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Este quociente é, então, inversamente proporcional ao escore obtido pelos pacientes na Escala de Hamilton para Depressão (De Meyer). Quanto mais deprimido, menor o quociente, ou seja, quanto mais deprimido, menor a proporção de Triptofano em relação aos aminoácidos livres. Quando essa relação está baixa, terapeuticamente significa que pode haver uma boa resposta da depressão à administração de Triptofano por via oral (Moller). Embora o Triptofano possa ser dosado em todos tecidos corporais,
só
adquire
significado
a
concentração
no
líquido
cefalorraquidiano (LCR). Esse precursor da Serotonina se encontra diminuído na depressão endógena ansiosa, sendo um importante indicador do risco de suicídio, e em alguns casos, de depressão grave com sintomas psicóticos. O resultado dos receptores serotoninérgicos centrais que mediam a resposta ao estímulo pré-sináptico se infere da dosagem da capacidade de união (B max) e da velocidade de dissociação destes receptores na plaqueta periférica (Kd = V max). Tanto nos pacientes com depressão grave quanto naqueles em crise de mania a recaptação de Serotonina está diminuída devido à diminuição da velocidade de dissociação dos receptores plaquetários periféricos (V max) (Meltzer). Este estado alterado dos receptores plaquetários se normaliza com o tratamento à base de lítio, o qual é capaz de aumentar V max. Há uma infinidade de provas neuroendócrinas utilizadas para avaliar a função serotoninérgica. Todas se baseiam na medição de um determinado hormônio pré e pós administração do precursor ou de um agonista da Serotonina. A injeção endovenosa, por exemplo, de 100 MG/kg. de L-Triptofano diminui a prolactina sérica em pacientes Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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depressivos graves (Heninger). Esta prova se normaliza com o tratamento com antidepressivos, do tipo desipramina ou amitriptilina (Charney). Também a administração de Triptofano por via oral diminui a prolactina e o hormônio de crescimento em pacientes depressivos não medicados (Koyama). Isto responderia a uma sub-sensibilidade de receptores, já que esta resposta não seria bloqueada pelo antagonista serotoninérgico ciproheptadina (Cowen). A resposta da prolactina também está diminuída depois da administração de fenfluramina, um agonista da Serotonina. Tal resposta é bloqueada por ciproheptadina e normalizada por lítio. Finalmente, a administração de 200 mg de DL hidroxitriptofano por via oral, pode aumentar os níveis séricos de cortisol em pacientes depressivos graves (endógenos) e maníacos não medicados. Igual resultado se obtém medindo o ACTH plasmático, mas não se acham diferenças em se medindo a Serotonina plasmática no LCR. Isso
se
deve
a
uma
hipersensibilidade
de
receptores
serotoninérgicos (no ser humano o tipo responsável pelo sistema são o 5HT1A y 5HT2). Esta resposta se normaliza com tricíclicos, mas não se normaliza com lítio (Meltzer, Koyama). Fonte: Psiqweb. Varias pesquisas têm sugerido também a participação dos mecanismos
serotoninérgicos
nos
Transtornos
de
Ansiedade,
particularmente nas crises de Ansiedade Generalizada. Esta participação seria um complemento da atividade noradrenérgica, como sugerem evidências neuroquímicas e farmacológicas. Por um lado os neurônios noradrenérgicas do Locus Ceruleus receberiam
um
input inibitório de fibras
originadas
nos
núcleos
serotoninérgicos da rafe, input que teria a função de modular as respostas de alarme mediadas pelo Locus Ceruleus no Ataque de Pânico. Por outro 116
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lado a evidência clínica surge do fato que as principais drogas efetivas no Ataque de Pânico, como a imipramina, por exemplo, não só têm ação em nível da recaptação de noradrenalina, senão também sobre a recaptação de 5-HT. De fato, durante muito tempo se pensou que os receptores plaquetários para a imipramina, estavam associados à recaptação da Serotonina. Existe bastante bibliografia sobre a ação terapêutica nos Transtornos de Ansiedade, de drogas com ação seletiva sobre a recaptação de serotonina, como a Fluvoxamina, por exemplo, (Den Boer). Por outra parte são já clássicos os trabalhos de Yaryura-Tobías sobre os transtornos serotoninérgicos e a eficácia terapêutica da clorimipramina, um potente inibidor da recaptação da 5-HT, nos quadros do Transtorno Obsessivo-Compulsivo. 21.2. ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DA SEROTONINA A cetanserina, ondansetrona, a dolasetrona, e a granisetrona são protótipo da série, e mostraram-se eficazes no tratamento da náusea induzida pela quimioterapia. A clozapina, e a amitriptilina exibem ações com as mesmas propriedades, sendo fármacos bastante usados em distúrbios psíquicos. A clozapina tem como antipsicótico atípicos menores
efeitos
extrapiramidal
(impregnação
neuroléptica
dos
antipsicóticos comuns). A risperidona nesta nova classe de antipsicóticos é
um
potente
antagonista
de
receptores
serotoninérgicos
e
dopaminérgicos associados. Processo semelhante ocorre com a Olanzapina e a Quetiapina, antipsicóticos atípicos, também, com reduzida ação extrapiramidal. A metissergida é utilizada na profilaxia da enxaqueca e cefaléias vascular tipo Horton, por mecanismo bioquímico mais complexo, não Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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tendo, no entanto, nenhum efeito na crise aguda: dores e formigamentos dos membros e abdômen, instabilidade motora, tontura, nervosismo, insônia, confusão mental, distúrbios produtivos psicóticos, fazem parte dos efeitos colaterais mais importantes e significativos no uso desta substância. Desta forma foram sendo substituídos por drogas de efeitos colaterais menos intensos para a mesma finalidade e praticamente abandonados. A
ciproheptadina
compartilhando
propriedades
com
a
prometazina, como antialérgico, tem sido pouco utilizada no nosso meio, para anular efeitos colaterais sexuais com antidepressivos da linha da Fluoxetina e da Sertralina. Compostos que agiam como antagonistas dos receptores de serotonina (5-HT) resultavam em efeitos ansiolíticos similares aos dos benzodiazepínicos. A hipótese serotonérgica da ansiedade foi corroborada pelas observações de que ansiolíticos benzodiazepínicos diminuíam a atividade de neurônios serotonérgicos. Entretanto, esta hipótese vem sendo revista em função dos resultados obtidos a partir de modelos animais que envolvem microinjeções de drogas diretamente nos sítios cerebrais. Nesse sentido, alguns estudos procuraram relacionar a atividade dos diferentes receptores serotonérgicos à ação de drogas agonistas e antagonistas de 5-HT. A matéria cinzenta periaquedutal (MCP) caracteriza-se como uma estrutura que está envolvida na integração das manifestações comportamentais e neurovegetativas relacionadas à aversão. Ela recebe conexões aferentes e eferentes de estruturas que estão funcionalmente separadas, as quais possuem papéis distintos nas respostas defensivas. Foi proposto, assim, que a MCP desempenha um papel maior que o de uma via final comum para as respostas defensivas. Ref: universidade federal de São Carlos – UFSCar. 118
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Antagonistas de los receptores 5-HT2 A cetanserina é um antagonista 5-HT2A/2C utilizado no tratamento da hipertensão. Ademais, seu antagonismo serotoninérgico tem afinidade para os receptores alfa 1, o que poderia contribuir para seus efeitos anti-hipertensivos. A clozapina é um antagonista 5-HT2A/2C
com
antipsicótico atípico que atua como grande
afinidade
pelos
receptores
dopaminérgicos. Como outros antipsicóticos atípicos conta com a vantagem de produzir menos efeitos extrapiramidais que los antipsicóticos típicos. A agomelatina é um novo antidepressivo que atua como agonista dos receptores de melatonina e como antagonista do receptor 5-HT2C. Antagonistas 5-HT3 Este grupo inclui drogas como a ondasterona, palonosterona e outras e que se utilizam no tratamento das náuseas e vômitos associados a quimioterapia, como já enfatizamos.
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22.
BENZODIAZEPÍNICOS
(BZD).
-
OS
TRANQUILIZANTES E INDUTORES DE SONO: UMA VISÃO PRÁTICA PARA O GINECOLOGISTA E O OBSTETRA. Não são poucas as oportunidades em que o G.O. tem que intervir e tomar conduta numa linha de medicamentos que é mais da área do neurologista e do psiquiatra, mais afeitos aos efeitos clínicos e adversos destas drogas. Vamos incluir aqui os Benzodiazepínicos pela freqüência em que são encontrados na prática e pelo potencial teratogênico para o feto os Barbitúricos e medicamentos anticonvulsivantes. A simples referência de ingestão de uma quantidade um pouco maior de benzodiazepínicos comumente prescritos, na porta de um PS de maternidade, traz com freqüência uma grande apreensão ao residente de plantão. No entanto, a capacidade de causar depressão respiratória fatal ou colapso cardiovascular desta classe de medicamentos mais modernos, está geralmente muito acima do que é ingerido em disponibilidade por uma paciente, com ingestão acidental ou proposital dos mesmos. Como agente sedativo que é, reduz a atividade, a excitação, produzindo sonolência onde o indivíduo é facilmente acordado. Há um grau bastante razoável de segurança na ingestão excessiva dos atuais benzodiazepínicos, a ponto de poder-se afirmar que, dificilmente levam á graus de comprometer funções cardiovasculares e respiratórias fatais. Haverá uma menor resposta a estímulos ambientais, da capacidade motora expressa pelas ataxias, relaxamento muscular, e diminuição dos reflexos. Neurolépticos e anti-histamínicos também possuem limiares altos para produzirem depressão acentuada do SNC, á ponto de causar
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depressão respiratória e comprometimento cardiovascular importante. O mesmo não se pode afiançar, no entanto, quando se tratar de barbitúricos. Foi com o clordiazepóxido (Psicosedin) na década de 50 que se inaugurou à era dos benzodiazepínicos, e todos os demais que o seguiram puseram mais em evidência seus poderes ansiolíticos que depressores importantes do SNC, para desgosto de muitos suicidas. Os benzodiazepínicos estão relacionados ao GABA (acido gamaamino butírico), um
neurotransmissor inibitório, responsável pelos
sintomas associados á ingestão dos mesmos: sedação, hipnose, diminuição da ansiedade, relaxamento muscular, amnésia e atividade anticonvulsivante. São potencialmente criadores de dependência, e neste caso há muitos relatos de dependência á droga lícita de origem iatrogênica (prescrita), havendo o médico de estar atento para não "criar" a dependência ou os efeitos supressivos da mesma manipulada consciente e oportunamente com o mesmo intuito de impedir o desenvolvimento de dependência ao fármaco. Muitos tratamentos se arrastam por anos, pela negligência médica de lidar objetivamente com sinais de dependência á droga que tenha prescrito, ou que mantém em prescrição, lotando indefinidamente suas agendas, mantendo cativos seus pacientes por erro e não por acerto de conduta. Este fato vem se mostrando assustador, quando lidamos com a dependência de drogas, tanto lícitas quanto às ilícitas.
Alguns
benzodiazepínicos
mantêm
uma
capacidade
anticonvulsivante maior que outros. É o caso do clonazepan (Rivotril), e o nitrazepan. Nas altas doses de benzodiazepínicos utiliza-se o Flumazenil para a reversão dos efeitos potencialmente mais perigosos. Muitos profissionais prescrevem benzodiazepínicos (BZD) com a intenção de diminuir o número de despertares noturnos, para a indução de 122
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sonolência, mas a maioria dos BZD , reduz as fases 3 e 4 do sono (sono profundo), diminuição da freqüência e duração do sono REM (sono de Movimentos Rápidos dos Olhos) altamente importante para o restauro de neurotransmissores e qualidade do sono definitivamente reparador. Esta regra não é universal entre os BZD, sendo que alguns, como o Zolpidem não suprime o sono REM, sendo útil como agente hipnótico. O que de fato ocorre é, um alongamento do período total de sono, o que não significa melhor qualidade no que respeita a fase REM e fase 4, por um aumento significativo
da
fase
2
(sono
Não-REM).
Há
uma
tendência
a
superficialização do sono com prolongamento, como dissemos, do tempo total. Especial atenção está o uso de BZD em crianças e alcoólatras e indivíduos com comprometimento de função hepática. Na dose usual são seguros para portadores de DPOC, e em dose maiores podem deprimir a ventilação alveolar com risco de hipóxia. Podem causar apneia durante anestesia, havendo cuidados especiais entre os anestesistas de saberem se o paciente utilizou algum opióide como pré-anestésico como dolantina. Cabe ao GO avisar o anestesista se houve prescrição desta classe de opióide anteriormente à entrada no centro cirúrgico e indução anestésica. Os BZD não se constituem em drogas de escolha para a apneia do sono, podendo vir a complicar seus portadores, onde esta classe de medicamentos está Contraindicada. Quando prescreverem BZD para "regular" o sono de seu paciente, tente colher dados se ela ronca. Pode-se facilmente transformar por relaxamento maior da musculatura respiratória, seu caso num quadro de apneia do sono, tendo como conseqüência hipoventilação, que em paciente pós-infarto, cardiopatas, e DPOC é de suma importância, não expô-las inutilmente ás suas complicações. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Todos
os
BZD
atravessam
a
barreira
placentária
com
concentrações cerebrais praticamente idênticas ás do plasma (modelo de duplo compartimento). A eritromicina, a claritromicina, o ritonavir, o itraconazol, a nefazodona e o suco de grape-fruit interferem no metabolismo dos BZD, diminuindo a enzima metabolizadora dos mesmos. A cimetidina e os anticoncepcionais orais inibem o processo de metabolização dos BZD no organismo. Muitos são os BZD no mercado: bromazepan, alprazolan, diazepan, lorazepan, temazepan, triazolan, midazolan, clonazepan, clorazepato, nitrazepan, flunitrazepan, etc. A escolha deve recair nos que tem rápido início de ação, sem ações residuais no dia seguinte, meia–vida curta, maior rapidez de biotransformação. Nestes aspectos um BZD utilizado como agente hipnótico é o triazolan e o alprazolan como ansiolítico, os que melhor preencheriam estes requisitos, e o flurazepan o pior. O lorazepan, temazepan, tem biotransformação lentas, levando à dependência com muita facilidade, ocupando conjugações como vias de metabolismo gerando conversões lentas até oxazepan. As reações indesejáveis dos BZD incluem fraqueza, cefaléia, desconforto
epigástrico,
diarréia,
dores
articulares,
torácicas
e
incontinência vesical. Efeitos paradoxais são relatados e com mais freqüência em crianças, pesadelos, loquacidade, ansiedade, irritabilidade, taquicardia, sudorese, amnésia, euforia, alucinações, depressão e suicídio. O triazolan em razão dos efeitos colaterais foi proibido no Reino Unido, e o FDA o autorizou em baixas doses como eficaz (0,125-0,25 mg.). O uso crônico, muitas vezes perpetuado por médicos, está associado à dependência de substancia lícita, e uso abusivo. Quanto maior o tempo de tratamento com BZD, maior a probabilidade de criação de dependência, e comportamento compulsivo para busca de medicamentos. Peca o 124
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profissional em reconhecer extemporaneamente a dependência, pois os sintomas de abstinência fazem recrudescer os sintomas que levaram os pacientes inicialmente á procurar o médico, e trazem intensificação dos sintomas, agora pela abstinência em si da droga prescrita. A administração de grandes doses pouco antes ou no decorrer do parto pode causar hipotermia, hipotonia e depressão respiratória no RN. O uso crônico pela gestante está ligado á efeitos de abstinência no RN. O risco de teratogenicidade sempre foi um dilema para o obstetra e o ginecologista, no uso de BZD. No entanto para os BZD vale a formulação mais geral para as drogas que não são formalmente contraindicadas na gravidez, ou seja, dependem da dose utilizada, a via de administração, o tempo de exposição, a idade gestacional, o estado clínico da gestante em particular cardiopatas, renais crônicas, desnutridas e, se a posição do fármaco cumpre tabelas e recomendações do FDA e do TERIS (Teratogen Information System), cujos critérios são complementares. Como vimos de um modo geral os BZD devem ser evitados na gravidez, não existindo, no entanto nenhuma contra-indicação formal. Pelos critérios do FDA alguns BZD, foram assim classificados: •
Alprazolan-D (Frontal)
•
Clonazepan-C (Rivotril)
•
Clordiazepóxido-D (Psicosedin)
•
Diazepan-D (Valium)
•
Lorazepan-D (Lorax)
•
Buspirona-C (Agonista Parcial de Receptor 5-HT)-
(Buspar) Os efeitos teratogênicos ou não, possíveis são: Hipotonia muscular generalizada (floppy), Síndrome de Abstinência, Lábio leporino Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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(0,4%), Fenda Palatina (0,2%), Diminuição de crescimento intra-uterino, Spina Bífida, Sindactilia, Malformações em membros. Foram de alguma forma relacionada ao diazepan, especificamente no uso por gestantes no primeiro trimestre da gravidez, Hérnia inguinal, Estenose pilórica e Defeitos cardíacos
congênitos;
No
segundo
trimestre
foram
associados
Hemangiomas e Alterações vasculares. Há igualmente na literatura relatos relacionando os BZP com abortos, retardo do crescimento intra-uterino e distúrbios de comportamento posteriores, como efeitos tardios. Enfim, os BZD, respondem por teratogenicidade morfológica e toxicidade neonatal dependendo dos critérios de uso elencados acima, respondendo por um risco baixo nas estatísticas do FDA norte americano: De 3.000 medicamentos
testados
somente
20
responderam
por
efeitos
teratogênicos comprovadamente e não eram BZD. Quanto á amamentação enfatizamos, os benzodiazepínicos genericamente constituem drogas de uso criterioso em doses elevadas ou uso prolongado. Seu uso pode provocar no lactente sedação, sucção fraca, ganho ponderal insuficiente e letargia. Evitar doses repetidas.
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23. FÁRMACOS E GRAVIDEZ (FONTE INFARMED. PT/PRONTUARIO/PESQCAP) Os fármacos tomados pela mãe podem atravessar a placenta e expor o embrião e o feto aos seus efeitos farmacológicos e adversos. Se for importante tratar a mãe sempre que necessário, protegendo o mais possível o seu filho, a prescrição de qualquer medicamento durante a gravidez só deverá, porém, ocorrer quando se admite que os benefícios para a mãe sejam superiores aos riscos para o feto. Os médicos, ao esclarecerem as grávidas, devem assegurar-se de que a sua informação está actualizada e baseada na evidência. Os efeitos prejudiciais dos fármacos no feto podem ocorrer em qualquer momento da gravidez e este conceito deverá estar presente sempre que se prescreva a uma mulher em idade fértil ou a um homem que pretende ser pai. Pode, no entanto, ser também prejudicial o receio excessivo do uso de fármacos durante este período, o que pode conduzir à situação de doença não tratada, à falta de cumprimento da terapêutica pela grávida, ao uso de doses sub-ótimas e/ou falências de tratamento, situações que podem ser fonte de risco para o bem-estar materno e afetar, de igual modo, o feto. É, por isso, importante conhecer o risco basal no contexto da prevalência de malformações induzidas por fármacos. A maioria das malformações congênitas ocorre em 2-4% de todos os nascimentos; mas de todas as gravidezes diagnosticadas, cerca de 15% resultam em perda fetal. Deve acentuar-se que a razão destas consequências adversas para a gravidez só é conhecida para uma minoria de incidentes. Poucos fármacos mostraram ser teratogênicos de forma Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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conclusiva no Homem, mas sem qualquer dúvida, nenhum fármaco é seguro no início da gravidez. Durante o primeiro trimestre, os fármacos podem produzir malformações congênitas (teratogênese), situando-se o risco maior entre a 3ª e 11ª semana de gravidez (fase de organogênese) devendo, sempre que possível, ser evitados. A ser necessário, preferir os já largamente utilizados, em vez dos novos, menos conhecidos, na menor dose eficaz, optando por formulações com um só fármaco, em vez de outras com dois ou mais componentes. Durante o segundo e terceiro trimestres podem afetar o crescimento e o desenvolvimento funcional ou ter efeitos tóxicos sobre os tecidos fetais. Se dados à mãe muito próxima do fim da gravidez, ou durante o parto, podem ter efeitos adversos não só na evolução do trabalho de parto como no recém-nascido, após o nascimento. As listas que se seguem incluem fármacos que podem ter efeitos nocivos na gravidez e indicam o trimestre e o fato de risco, de acordo com os critérios definidos pela Food and Drug Administration. São baseadas em dados humanos, mas a informação recolhida em animais é, por vezes, utilizada quando não existe outra mais pertinente. As definições usadas para os fatores de risco são as seguintes: • Categoria A - sem risco fetal; seguro para utilizar na grávida; • Categoria B - ausência de risco fetal, demonstrada em experimentação animal ou em estudos humanos; • Categoria C - risco fetal desconhecido, por falta de estudos alargados; • Categoria D - evidência fetal em animais, mas a necessidade pode justificar o risco;
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Categoria X - nociva para o feto; o risco ultrapassa o
•
benefício e, portanto, está contra-indicado na gravidez. Índice M - classificação com base em informação do
•
fabricante / titular da Autorização de Introdução no Mercado.
Fármaco
Observações
Trimestre
Toxicidade estudos Abacavir
Risco
em animais;
pode ocorrer acidose láctica,
Fator de
por
1º
D
1º
D
vezes
fatal. Recomenda-se se
use
que
apenas
quando o benefício Abciximab
potencial ultrapasse os riscos possíveis; não há informação disponível.
Acamprosato
Evitar.
C
Não há referências ao uso de acarbose Acarbose
durante a gravidez. 1º, 2º e 3º
BM
Não foi teratogénica nem tóxica para o Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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embrião em ratos e coelhos. O produtor recomenda evitar. Não
foram
observadas malformações fetais. Pode causar atraso do crescimento intrauterino, hipoglicemia
Acebutolol
neonatal
e
1º, 2º e 3º
BM
3º
C
3º
C
bradicardia. O risco é maior na hipertensão grave.
V.
Bloqueadores adrenérgicos beta. Aceclofenac
Acemetacina
Acenocumarol
V. Anti-inflamatórios não esteróides . V. Anti-inflamatórios não esteróides . V.
Anticoagulantes
Acidose Acetazolamida
D
orais .
renal;
tubular
aumento
risco
do de
1º, 2º e 3º
esquizofrenia;
130
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C
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interfere
com
o
desenvolvimento neuronal no feto. V. Inibidores anidrase
da carbónica
(3.4.1.4.). Acetilcisteína
Aceitável o seu uso
B
durante este período. Usar apenas quando o benefício potencial ultrapasse o risco; a
Aciclovir
CM
absorção é reduzida a partir da aplicação tópica. Risco
de
defeitos
cardíacos congénitos e septação do ductus arteriosus;
pode
afectar a hemostasia Ácido acetilsalicílico
e aumentar o risco de
hemorragia;
doses elevadas têm sido com
relacionadas aumento
C (D se usado em dose 1º, 2º e 3º terapêutica no 1º e 3º trimestres)
da
mortalidade perinatal,
intra-
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uterina,
atraso
do
crescimento e efeitos teratogénicos;
em
doses baixas (40-150 mg/dia)
pode
benéfico;
ser
perto
do
termo pode prolongar a gestação e o parto; o
encerramento
precoce do ductus arteriosus
e
hipertensão pulmonar persistente do
RN
ocorrer parte
podem
na da
última
gestação
como resultado do consumo materno de doses terapêuticas; a ser necessário um analgésico antipirético
ou usar
o
paracetamol. Não existem dados Ácido alendrónico
em
mulheres
grávidas; não deverá
132
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C
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ser
administrado
durante a gravidez; V. Bifosfonatos . Não
foi
observada
toxicidade Ácido aminocapróico
fetal
no
único caso em que foi
usado
no
C
2º
trimestre. A (C se for
Ácido ascórbico
O défice moderado
usada em
não põe problemas
doses
para a mãe ou para o
superiores às
feto.
necessidades diárias)
Não há provas de Ácido clavulânico
teratogenicidade;
BM
evitar, a menos que seja essencial.
Ácido
etidrónico Recomenda-se
(Etidronato de sódio)
CM
evitar.
A (C se usado Ácido fólico
Compatível gravidez.
com
a
em doses superiores às contidas na dieta diária de
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5 mg/dia) Desconhece-se se é perigoso; Ácido fusídico
usar
apenas
se
o
benefício
potencial
CM
ultrapassar os riscos. CM (D, se Ácido mefenâmico
V. Anti-inflamatórios não esteróides .
3º
usado no 3º trimestre ou perto do parto)
O
promotor
recomenda evitar, a Ácido nicotínico
menos
benefício seja
que
o
potencial
superior
C
ao
risco; não há informação disponível. Não há evidência de
Ácido ursodesoxicólico
perigo,
mas
tubo embriopatia valproato
134
BM
1º e 3º
D
recomenda-se evitar. Malformações
Ácido valpróico
1º
do neural; do
(miopia,
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estrabismo, astigmatismo, anisometropia, malformações cardíacas, craniosinostose, autismo); possibilidade
de
hepatoxicidade neonatal
e
hemorragia
por
hipofibrinemia;
o
suplemento
de
folatos 1 mês antes e durante, pelo menos, o
1º
trimestre
gravidez,
de
reduz
algumas malformações relacionadas com o tubo
neural.
diagnóstico gravidez,
Após de a
medicação antiepilética
não
deve ser alterada e aconselhar-se-á
o
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diagnóstico pré-natal com
recurso
à
ecografia
e
amniocentese
para
diagnóstico
de
anomalias associadas
aos
anticonvulsivantes. Ácido zoledrónico
Toxicidade
em
D
estudos animais. Teratogénico;
deve
usar-se contracepção eficaz, pelo menos 1 mês antes do início do
Acitretina
tratamento, durante o tratamento
e
1º, 2º e 3º
X
1º, 2º e 3º
DM
pelo
menos 2 anos após suspensão
do
tratamento. O
produtor
recomenda evitar e Adalimumab
usar eficaz
contracepção durante
tratamento menos, 136
e,
o pelo
durante
5
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meses após a última dose. Efeitos teratogénicos em estudos animais, referências isoladas de malformações em filhas
Adapaleno
de
que
mulheres
usaram
o
1º
X
fármaco; recomendase uma contracepção eficaz
durante
o
tratamento. Não foram referidas malformações graves,
Adrenalina
mas
as
doses
elevadas
podem
provocar
C
anoxia fetal. Experiência limitada; o Agonistas
5-HT1
serotonina
produtor
da recomenda evitar, a não
ser
benefício
que
C
o
potencial
supere o risco. Albendazol
É
teratogénico
em
1º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D
137
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
várias
espécies
animais;
até
obterem
se dados
humanos, considerar como teratogénico. Em ingestão regular é
teratogénico
(síndrome
fetal
do
álcool) e pode causar redução Álcool
do
crescimento;
é
provável
que
a 1º, 2º e 3º
ingestão
ocasional
X
de uma bebida possa ser
segura.
Pode
ocorrer síndrome de supressão nos filhos de mães alcoólicas.
Alfatocoferol
Nem o défice nem o
A ou C (se
excesso
usado em
foram
associados
a
doses
complicações
superiores às
maternas ou fetais
necessidades
durante a gravidez. Alfentanilo
138
Depressão respiratória neonatal;
diárias) 3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
estase
gástrica
e
risco de pneumonia de aspiração na mãe durante o parto. V. Analgésicos opiáceos. O
produtor
recomenda evitar por falta de informação disponível;
outros
fármacos Aliscireno
que
actuam no sistema 1º, 2º e 3º
CM
renina-angiotensina têm sido associados a
malformações
fetais
e
morte
neonatal. Almitrina
Contra-indicado.
D
Evitar, a menos que o
benefício
ultrapasse o risco. A Almotriptano
experiência
limitada
leva a que não esteja
1º, 2º e 3º
CM
definido se o número de
malformações
congénitas
e
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
139
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
abortos é diferente do da população não exposta, de forma a poder
concluir
definitivamente. Não
foi
toxicidade
referida fetal.
O
produtor recomenda evitar e usar apenas Alopurinol
se
não
houver
CM
alternativa segura ou a doença acarretar risco para a mãe ou para o filho. Alprazolam
V. Benzodiazepinas . Usar
Alprostadilo aplicação uretral)
(de
de
DM
contracepção barreira
se
acompanhante grávida.
a
está
DM
Aplicação
uretral exclusiva. O
uso
limitado
durante a gravidez Alteplase
não dá suporte a um 1º, 2º e 3º risco
teratogénico;
possibilidade
140
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
B
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
separação prematura placenta nas
da
primeiras
18
semanas.
V.
Estreptoquinase . Amantadina
Evitar; toxicidade em
CM
estudos animais.
Amicacina
V. Aminoglicosídeos.
Aminaftona
Contra-indicado.
2º e 3º
D C
Irritabilidade e apneia Aminofilina
neonatal;
V.
3º
C
Teofilina . Lesão
do
nervo
auditivo
ou
vestibular; o risco é maior
com
a e
estreptomicina será Aminoglicosídeos
provavelmente
reduzido
com
gentamicina tobramicina,
a 1º, 2º e 3º
e
D
a
mas
devem evitar-se, a menos
que
essencial caso
é
seja (neste
importante
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
141
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
medir
a
concentração sérica).
Amiodarona
Risco
possível
de
bócio
neonatal
e
hipotiroidismo;
usar
2º e 3º
CM
3º
C
apenas se não existe alternativa. Recomenda-se Amissulprida
evitar.
V.
Antipsicóticos. Amitriptilina
V.
Antidepressores
tricíclicos .
D
Não há informação disponível,
mas
recomenda-se evitar; o risco para o feto Amlodipina
deve ser ponderado contra
o
risco
de
CM
hipertensão materna não
controlada.
Bloqueadores
V. da
entrada do cálcio . Absorção Amorolfina
muito reduzida, mas o
142
sistémica produtor
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
recomenda
evitar;
não
existe
informação disponível. Pode
ser
administrado durante Amoxicilina
a
gravidez
sem
B
qualquer risco para o feto. Pode
ser
administrado durante Ampicilina
a
gravidez
sem
B
qualquer risco para o feto. Evitar a solução oral devido ao
elevado
conteúdo
de
propilenoglicol; Amprenavir
o
produtor recomenda usar
as
cápsulas
apenas
se
benefício
potencial
for
superior
C
o aos
riscos. Amsacrina
Evitar (teratogénico e Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D
143
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
tóxico
em
estudos
animais; pode reduzir a fertilidade). O Anacinra
produtor
recomenda
evitar;
deve
usada
ser
C
contracepção eficaz durante o tratamento. V.
Analgésicos
opiáceos , V. AntiAnalgésicos
inflamatórios esteróides
não e
C
V.
Paracetamol . Não foi encontrada qualquer
relação
entre o consumo de analgésicos opiáceos
Analgésicos opiáceos
e o aparecimento de
B ou D (se
malformações;
usados por
doses
em
elevadas
durante o parto pode produzir
depressão
respiratória síndrome
3ª
períodos longos ou em doses altas)
fetal; de
supressão nos RN de 144
mães
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
dependentes.
Anastrozol
Contra-indicado;
V.
Inibidores
da 1º, 2º e 3º
D
aromatase . Androgénios
Masculinização
do
feto feminino. Deprimem
1º, 2º e 3º
D
3º
C
1º e 3º
C
a
respiração neonatal; não há relação entre os Anestésicos gerais
efeitos
teratogénicos e os anestésicos em
gerais
exposição
de
duração;
em
curta
exposição crónica a relação é discutível. Em geral, seguros; com doses elevadas ocorre
depressão
respiratória neonatal, Anestésicos locais
hipotonia
e
bradicardia
após
bloqueio
para-
cervical ou epidural; metahemoglobinemia Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
145
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
neonatal
com
a
prilocaína
e
a
procaína; reduzir a dose de bupivacaína para uso intra-tecal; evitar
a
levobupivacaína
e
ropivacaína. Padrão
de
desenvolvimento Anfetaminas
anormal, redução do 1º, 2º e 3º
CM
aproveitamento escolar. Os
inibidores
do
apetite e redutores Anorexiantes
do peso
não
recomendados
são 1º, 2º e 3º
D
na
gravidez. Contra-indicados; Antagonistas receptores
dos podem
afectar
a
da pressão sanguínea e
angiotensina (ARA II)
1º
D
a função renal do feto.
Antiácidos
(contendo Uso
cálcio,
magnésio, seguro; os sais de
146
considerado
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
B
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
alumínio ou alginatos)
magnésio preferíveis
serão aos
de
alumínio na grávida obstipada.
O
bicarbonato de sódio é de evitar, pelo risco teórico de alcalose metabólica
e
de
retenção
hídrica
materna e fetal. Usar com precaução; os efeitos inotrópicos negativos dos antiarrítmicos
são
tendencialmente aditivos,
devendo
observar-se cuidados Anti-arrítmicos
redobrados se
usam
mais, nas
em
quando dois
ou
3º
D
especial
alterações
da
função miocárdicas; todos estes fármacos podem
induzir
arritmias em algumas condições;
a
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
147
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
hipocaliemia potencia o efeito próarrítmico
destes
fármacos;
estão
contra-indicados:
a
amiodarona,
a
lidocaína, propafenona, bloqueadores beta. Malformações fetais; Anticoagulantes orais
possível hemorragia placentar,
fetal
e
1º, 2º e 3º
X
1º, 2º e 3º
D
neonatal. Não há evidência de Antidepressores
agressão,
mas
os
inibidores irreversíveis produtores da
monoaminoxidase recomendam
(IMAOs)
evitar,
a menos que existam razões muito fortes. Não há evidência de
Antidepressores inibidores da MAO
reversíveis
perigo,
mas
os
produtores recomendam
evitar,
a menos que existam razões muito fortes.
148
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Usar apenas se o benefício for
potencial
superior
riscos;
não
evidência
aos há de
teratogenicidade; baixo
índice
de
Apgar e baixo índice Antidepressores
de desenvolvimento
inibidores
psicomotor;
selectivos da
possibilidade
recaptação serotonina (ISRS)
de
de prematuridade
ou
síndrome
de
2º e 3º
C
3º
B
privação no RN, em particular fluoxetina
com
a e
paroxetina; toxicidade
em
estudos animais com a paroxetina e o citalopram. Com a imipramina Antidepressores tricíclicos
foram
referidos
taquicardia, irritabilidade
e
espasmos
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
149
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
musculares no RN; os
sintomas
supressão
de foram
também
referidos
com a clomipramina e desipramina. Risco
de
hipoglicemia fetal/neonatal;
Antidiabéticos orais
insulina
a deverá
substituir
BM
os
antidiabéticos orais. Antidiarreicos
Não recomendados. Os
benefícios
C
do
tratamento ultrapassam
os
riscos para o feto; todos Antiepilépticos anticonvulsivantes
e
os
epilépticos causar
antipodem
dismorfia 1º, 2º e 3º
facial;
deve
encontrar-se
o
antiepiléptico
mais
eficaz para o tipo de epilepsia e usar a menor dose útil; o 150
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
risco
de
teratogenicidade
é
maior se for usado mais
do
que
um
fármaco; recomendase suplemento com ácido fólico 1 mês antes
e
até
semanas
12 após
concepção. Por períodos curtos não parecem induzir teratogenicidade; os produtores recomendam evitar a cetirizina, desloratadina, Anti-histamínicos H1
hidroxizina,
1º e 3º
loratadina e mizolastina
C
por
toxicidade embrionária animais.
Os
em anti-
histamínicos sedativos no final do 3º trimestre podem
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
151
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
causar
efeitos
adversos no RN. A
maioria
dos
produtores recomenda evitar; o está
cetorolac contra-indicado
durante a gravidez, período de dilatação e
parto.
O
uso
C (risco D, se usados em
regular pode originar Anti-inflamatórios não o encerramento do esteróides (AINEs)
ductus arteriosus in útero
e
3º
doses terapêuticas
possível
no 3º trimestre)
hipertensão pulmonar persistente do
recém-nascido.
Atraso no início do parto e aumento da duração do mesmo; o uso pontual é, em geral, seguro. O Antimaláricos
benefício
profilaxia
e
tratamento ultrapassa
152
da
o
1º e 3º
risco;
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
usar a primaquina só depois do parto. Antimetabolitos
Comprovadamente teratogénicos. Em
doses
1º
X
3º
C
2º e 3º
D
baixas
parecem ser seguros para a mãe e para o feto Antipsicóticos
e
não
são
teratogénicos;
perto
do termo devem ser evitados pelo perigo de
hipotensão
materna
e
efeitos
adversos no RN. Antitiroideus
Bócio. O
tratamento
infecção
VIH
gravidez
ajuda
da na a
reduzir o risco de Antivíricos
toxicidade para o feto por reduzir a carga
D
viral e a progressão da doença (embora não seja conhecido o potencial Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
153
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
teratogénico maior
da
parte
agentes
dos anti-
retrovirais);
as
opções terapêuticas requerem
a
avaliação
por
especialista. Usar com vigilância Apomorfina
por
ser
acentuadamente
C
emetogénica. Usar com precaução; Apraclonidina
pode
afectar
pressão
a
sanguínea
D
do feto. Evitar por falta de informação; Aprepitante
apenas
usar se
o 1º, 2º e 3º
C
benefício potencial for superior ao risco. Não há referência ao Aprotinina
154
uso
de
aprotinina
nem
ao
aparecimento
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
malformações. Recomenda-se evitar. Não existem dados
Arginina
BM
disponíveis; evitar. Não
existe
informação disponível; Aripripazole
o
produtor recomenda
C
usar apenas quando o
benefício
for
superior ao risco. Não
deve
administrado
ser a
grávidas, excepto se Artesunato+Mefloquina o benefício esperado for superior ao risco potencial
para
o
feto. Não representa risco para o feto de mães Aspartato de arginina
normais
ou
heterozigóticas, mas para
aquelas
com
B ou C (na mulher com fenilcetanilase)
fenilcetonúria, se o Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
155
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
consumo for elevado porque o aspartamo é
uma
fonte
de
fenilalanina. Usar apenas se o benefício
potencial
for superior ao risco; Atazanavir
risco
teórico
de
3º
C
2º
DM
hiperbilirrubinemia se usado no final da gravidez. Atraso
do
crescimento
intra-
uterino por aumento da
resistência
vascular,
mas
benefício
o da
terapêutica materna Atenolol
pode,
em
alguns
casos, suplantar os riscos para o feto; o RN
exposto
atenolol parto
perto deve
ao do ser
vigiado durante as primeiras 24 a 48
156
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
horas quanto a sinais e
sintomas
de
bloqueio adrenérgico.
V.
Bloqueadores adrenérgicos beta. Atomoxetina
Atorvastatina
Não existem dados disponíveis; evitar. Contra-indicado
na
gravidez;
V.
Inibidores
da 1º, 2º e 3º
C
XM
redutase da HMGCoA (Estatinas). O
produtor
recomenda evitar a menos Atovaquona
que
benefício seja risco.
o
potencial
superior Não
ao
C
existe
informação disponível. Atravessa a barreira Atracúrio
placentar mas não têm identificados
sido
C
efeitos
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
157
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
adversos
sobre
o
feto ou o RN, embora se recomende não utilizar
este
bloqueador
neuro-
muscular
no
trimestre
e
apenas
se
1º
usá-lo for
absolutamente necessário nos 2º e 3º trimestres. Desconhece-se se é perigoso;
Atropina
C
recomenda-se precaução. Experiência
clínica
muito limitada, mas o produtor recomenda Aurotiomalato sódio
de
o
uso
de
contracepção eficaz durante menos,
e,
C
pelo
6
meses
depois
do
tratamento. Azatioprina
158
Nas
doentes
transplantadas
e
1º, 2º e 3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
imunodeprimidas com
azatioprina,
não
devem
interromper
o
tratamento
se
engravidarem;
não
há evidência de ser teratogénica;
há
referências a partos prematuros e baixo peso ao nascimento, em
particular,
houver
se
associação
com corticosteróides; tem
sido
ainda
associada a abortos espontâneos exposição
após materna
ou paterna. V.
Azelastina
Anti-histamínicos
H1 .
Azintamida
Não existem dados disponíveis; evitar.
C
BM
Não existem dados Azitromicina
disponíveis;
o
BM
produtor recomenda Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
159
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
usar apenas se não existem
alternativas
disponíveis. Não existem dados
Aztreonam
BM
disponíveis; evitar.
Fármaco
Observações
Trimestre
Factor de Risco
Não foi encontrada qualquer Bacitracina
associação
com
malformações
em
uso
C
exclusivamente tópico. Toxicidade
em
estudos
animais; defeitos do tubo neural e morte em ratos;
Baclofeno
usar apenas se o benefício
CM
potencial for superior aos riscos. Foram referidas anomalias fetais; efeitos de supressão Barbitúricos
no
RN
e
depressão 1º, 2º e 3º
D
respiratória. V. Fenobarbital. Beclometasona
160
Não
existem
dados
que
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
suportem entre
a o
associação fármaco
malformações V.
e
congénitas;
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos) . V. Inibidores da Enzima de Benazepril
Conversão da Angiotensina
2º, 3º
DM
1º, 2º e 3º
D
(IECAs) Benfluorex
Contra-indicado. Foram referidas anomalias do
desenvolvimento
esqueleto Benserazida
de
ratos.
produtores
do Os não
CM
recomendam o seu uso em mulheres
em
idade
de
engravidarem. V. Levodopa. Pouca
Benzilpenicilina
probabilidade
causar danos fetais.
Benzilpenicilina
Pouca
benzatínica
causar danos fetais.
Benzoato benzilo
de
de
probabilidade
de
Contra-indicado.
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
B
B
C
161
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Evitar o uso regular (risco de sintomas
de
supressão
neonatal); usar apenas em situações como
bem
no
definidas,
controlo
de
convulsões. Risco reduzido de malformações tipo fenda palatina e lábio leporino; recomenda-se a realização Benzodiazepinas
de ecografia de nível 2. Doses elevadas durante a
1º, 2º e 3º
D
fase final da gravidez ou durante
o
parto
podem
causar hipotermia neonatal, hipotonia,
depressão
respiratória; dificuldades na alimentação
do
RN (bebé
mole). O diazepam e o clorodiazepóxido são os mais suspeitos. Não atravessa a placenta em Besilato atracúrio
quantidades
de significativas,
mas
recomenda-se usar apenas se o potencial benefício for superior ao risco.
162
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Pode influenciar a síntese de
colesterol
lipoproteínas Betametasona
e
no
de
feto.
V.
Corticosteróides
C
(sistémicos)
e
V.
Corticosteróides
(
intranasais e inalados) . CM (D se V.
Betaxolol
Bloqueadores
usado no
adrenérgicos beta.
2º e 3º trimestres)
Bezafibrato Bifosfonatos
V. Fibratos .
C
Os produtores recomendam
C
evitar. O produtor recomenda que
Bimatoprost
se
use
apenas
potencial
se
benefício
o
CM
for
superior ao risco. Não Biperideno
se
referências
encontram ao
seu
uso
CM
durante a gravidez. V.
Bisoprolol
Bloqueadores
adrenérgicos beta.
Bloqueadores
Não
há
provas
2º e 3º
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D CM
163
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
adrenérgicos alfa teratogenicidade; (pós-sinápticos)
recomenda-se usar apenas quando
o
benefício
potencial for
superior ao
risco. Aparentemente,
não
são
teratogénicos, mas podem causar
redução
crescimento Bloqueadores adrenérgicos beta
do
intrauterino,
hipoglicemia
neonatal
e
bradicardia; o risco é maior
CM
na hipertensão grave; os colírios oftálmicos reservarse-ão para situações em que a relação benefíciorisco seja clara. Algumas dihidropirinas e o diltiazem são teratogénicos
Bloqueadores da entrada do cálcio
em animais; podem inibir o parto; o risco para o feto tem
CM
de ser contrabalançado com o
risco
da
hipertensão
materna não controlada. Bloqueadores dos Serão receptores H2 da seguros; histamina 164
provavelmente utilização
pouco
racional na sintomatologia Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
BM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
dispéptica
comum
da
grávida. Não
Bloqueadores neuromusculares
foram
evidenciados
efeitos adversos no feto ou no RN.
Brimonidina
V. Apraclonidina.
Brinzolamida
V. Acetazolamida .
Brivudina
V. Aciclovir .
1º, 2º e 3º
Não há dados disponíveis.
Brometo
contracções uterinas. de
ipratrópio
Desconhece-se perigoso;
se não
D C
de Evitar; pode estimular as
distigmina
C CM
Benzodiazepinas .
Bromelaína
C
é há
C
informações disponíveis.
Brometo
de V. Bloqueadores da entrada
pinavério
do cálcio .
Brometo
de
piridostigmina Brometo
D
Evitar o uso regular; V.
Bromazepam
Brometo
B
CM
Usar apenas se o benefício potencial for superior aos
C
riscos. de Toxicidade
em
estudos
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
CM
165
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
tiotrópio
animais;
o
produtor
recomenda
usar
apenas
quando o possível benefício for superior ao risco. Bromexina
Aceitável.
B
Aparentemente não traduz Bromocriptina
risco significativo para
o
CM
feto. Brotizolam
V. Benzodiazepinas .
1º, 2º e 3º
D
Experiência clínica limitada em grávidas; quando em uso prolongado ou repetido de corticosteróides por via sistémica aumenta o risco de atraso do crescimento intra-uterino, mas não há Budesonida
evidência
de
atraso
crescimento
após
tratamento duração; provoca
do
de nos
vários
curta animais tipos
de
anomalias (fenda palatina, anomalias que
não
relevância
166
do
esqueleto)
parecem em
ter
humanos;
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
evitar. Buflomedil Buprenorfina Bupropiona Buserrelina
Não
se
dispõe
de
C
informação útil; evitar. 3º
V. Analgésicos opiáceos. Não
se
dispõe
B
de
C
informação útil; evitar. Evitar. Não
C estão
referidos
quaisquer efeitos sobre o
Buspirona
BM
feto após administração no 1º trimestre. Várias
malformações
congénitas; baixo peso de Bussulfano
nascimento;
o
produtor
recomenda
contracepção 1º, 2º e 3º
DM
durante o tratamento e até 6 meses depois no homem ou mulher. V. Ciclofosfamida . Butamirato
Fármaco
Não
se
dispõe
de
C
informação útil; evitar.
Observações
Trimestre
Factor de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
Risco
167
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Não
há
evidência
agressividade
de
fetal;
o
produtor recomenda que Cabergolina
se
interrompa
1
mês
D
antes de uma concepção programada
e
evitar
durante a gravidez. Usada com
moderação
não representa risco para o feto; em doses altas Cafeína
pode
produzir
aborto 1º, 2º e 3º
B
espontâneo, baixo peso de nascimento e redução do perímetro craneano. Não existe informação útil;
Calaguala
C
evitar. Durante a gravidez a dose
Calcifediol
diária recomendada é de 400 UI. O
Calcipotriol
A (D se usada em doses acima das recomendadas)
produtor
recomenda
que se evite sempre que
D
possível. Calcitonina salmão
168
de Não há referências que relacionem
o
uso
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
B
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
com
calcitonina
malformações congénitas. A (D se usada em doses
V. Colecalciferol .
Calcitriol
acima das recomendadas)
Desconhece-se
o
risco
potencial para o feto no 1º trimestre; durante o 2º e 3º trimestres os fármacos que actuam no sistema renina-angiotensina
Candesartan
podem
causar
fetais
e
(hipotensão,
lesões
neonatais disfunção
renal, oligúria e/ou anúria,
1º, 2º e 3º
D
oligohidramnio, hipoplasia craniana,
atraso
do
crescimento intra-uterino) e
morte;
descritos pulmonar,
foram
ainda
hipoplasia deficiências
faciais e contracturas dos membros. V. IECAs. Cânfora
Em uso tópico não foram localizadas malformações Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
169
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
congénitas;
só
é
potencialmente tóxica, e mesmo
fatal,
se
for
tomada em doses altas por via oral. Contra-indicado. Hipotensão neonatal, insuficiência renal in utero, no feto e no RN, em relação com a hipotensão redução
fetal
e
do
fluxo
sanguíneo
renal;
deformações da face ou
Captopril
crâneo e/ou morte; atraso do
crescimento
uterino,
1º, 2º e 3º
DM
1º e 3º
CM
intra-
prematuridade,
ductus arteriosus patente; nos casos em que for indispensável o uso do fármaco na mãe, recorrer à
dose
mais
baixa
possível. Malformações congénitas Carbamazepina
major, evocadas
170
respostas anormais
no
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
cérebro
auditivo,
estrabismo, astigmatismo, anisometropia; negativa
influência
no
peso
corporal, na altura e no perímetro
craneano,
atraso mental (síndrome da carbamazepina; íleo paralítico).
V.
Antiepilépticos. Carbasalato cálcico
V. Ácido acetilsalicílico. É
sempre
usada
1º, 2º e 3º
C
em
associação com a L-Dopa e as referências ao uso da
Carbidopa
associação
na
C
gravidez são poucas; se indicada
a
terapêutica,
não deve ser subtraída durante a gravidez. Bócio
neonatal
hipotiroidismo; Carbimazol
associado
a
com foi aplasia
2º e 3º
D
cutânea do RN; elevação de TSH. V. Antitiroideus.
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
171
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Carbocisteína
Evitar.
1º
Durante Carbonato
a
gravidez
C
a
de ingestão diária não deve
cálcio
A
ser superior a 1500 mg de cálcio. Evitar
no
1º
trimestre;
atravessa a placenta em Carboximaltose
estudos
férrica
influenciar
animais;
pode o
desenvolvimento
1º
DM
do
esqueleto. Atraso
Carteolol
do
crescimento
fetal. V.
1º
CM (D no 2º e 3º trimestres)
Bloqueadores
adrenérgicos
beta;
a
reduzida experiência na
Carvedilol
gravidez qualquer
humana
limita
avaliação
C
do
risco fetal. Cascara
Evitar.
Cefalosporinas
Celecoxib
172
BM
Não são conhecidas como perigosas. Teratogénico
e
tóxico
embrionário em animais; Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
BM
CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
os riscos potenciais, em caso de gravidez, não podem ser excluídos; as mulheres em idade fértil devem
usar
contraceptivos adequados, em caso de terapêutica; evitar. V. Antiinflamatórios
não
esteróides e V. Inibidores selectivos da Cox 2 . Cetazolam
V. Benzodiazepinas. Ausência
de
1º, 2º e 3º
D
efeitos
adversos para a grávida, a saúde do feto e do RN, num número limitado de exposições gravidez; Cetirizina
animais
durante estudos
não
efeitos
a em
revelaram
sobre
a
reprodução
e
genotoxicidade;
a
prescrição deve,
no
efectuada
a
B
grávidas
entanto,
ser com
precaução. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
173
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Refere-se teratogenicidade Cetoconazol
estudos
em
animais;
evitar-se
a
CM
deve
gravidez
durante o tratamento. BM ou D (se Cetoprofeno
V. Anti-inflamatórios não
usado no 3º
esteróides .
trimestre ou perto do parto)
Contra-indicado durante a gravidez, o parto e o Cetorolac
período expulsivo; V. Anti- 1º, 2º e 3º inflamatórios
não
CM (D se usado no 3º trimestre)
esteróides . Cetotifeno
V. Anti-histamínicos H1 . O
Cetrorrelix
produtor
evitar
C
recomenda
na
gravidez
CM
confirmada. Ciamemazina
V. Antipsicóticos .
C
Só os défices maternos
A (C se for
graves em vitamina B12
usada em
Cianocobalamina (hidroxocobalamina) podem
originar
megaloblástica
174
doses
anemia
superiores às
com
necessidades
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
diárias)
consequente infertilidade e RN de baixo peso. Não Ciclobenzaprina
são
conhecidas
referências
ao
relaxante
uso
muscular
3º
B
1º
D
durante a gravidez. Possibilidade de diversas malformações congénitas. Recomenda-se Ciclofosfamida
a
contracepção
eficaz
durante pelo menos 3 meses
após
administração a homens ou mulheres. Não Ciclopirox
são
conhecidas
referências
a
malformações
na
BM
sequência de aplicação cutânea. Aparentemente
não
qualquer Ciclosporina
há risco
teratogénico para o feto, excepto
o
atraso
crescimento prematuridade;
no
CM
ou o
uso
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
175
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
deste fármaco durante a gravidez
deve
ser
supervisionado
por
especialista. V. Inibidores da enzima Cilazapril
de
conversão
da
DM
angiotensina . Evitar;
Cilostazol
toxicidade
em
CM
estudos animais. V.
Bloqueadores
receptores
H2 ;
histamina
Cimetidina
dos da
evitar,
a
BM
menos que seja essencial pela
possibilidade
de
feminização. Usar
apenas
benefício
Cinacalcet
se
potencial
o for
C
superior ao risco; não há informação disponível.
Cinarizina
V. Anti-histamínicos H1.
C
Ciprofibrato
V. Fibratos.
C
Durante a gestação não Ciprofloxacina
parece estar associada a malformações congénitas
176
1º
CM (D para alguns autores)
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
graves;
os
dados
disponíveis em animais levam a contra-indicá-la durante a gravidez, em especial no 1º trimestre, até
porque
existem
alternativas mais seguras. É um fármaco usado na mulher, Ciproterona
apenas
em
associação estrogéneos;
com
D
contra-
indicado. Não se recomenda o seu
Cisaprida
CM
uso durante a gravidez. V.
Citalopram
Antidepressores inibidores selectivos da recaptação
1º e 2º
D
1º e 2º
DM
da serotonina. Evitar; Citarabina
várias
malformações congénitas em estudos animais. Contra-indicada
Citicolina
na
gravidez.
Citotóxicos
Podem
produzir
aborto 1º, 2º e 3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D X
177
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
espontâneo, perda fetal e malformações. Não
foram
efectuados
estudos em grávidas, pelo Citrato
de que o seu uso só deverá
potássio
ocorrer
A
quando
estritamente necessário e sob vigilância médica. Interferência Citrulina
com
o
crescimento ósseo; usar 1º, 2º e 3º
D
com cuidado. Não
é
recomendada
durante a gravidez; evitar a menos que o potencial benefício Claritromicina
seja
superior
aos riscos; não pode ser excluída a possibilidade
1º
DM
1º, 2º e 3º
C
1º e 3º
BM
1º
B
de efeitos adversos no desenvolvimento embriofetal com base em estudos animais. Cleboprida
Não usar.
Clemastina
V. Anti-histamínicos H1 .
Clenbuterol
Evitar
178
durante
o
1º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
trimestre;
o
uso
por
inalação tem a vantagem de
as
concentrações
plasmáticas
não
serem
provavelmente
tão
elevadas que afectem o feto. Clindamicina Clobazam
Desconhece-se
se
é
B
perigosa. V. Benzodiazepinas . V.
1º, 2º e 3º
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e
Clobetasol
D
Corticosteróides
C
(sistémicos). V. Clobetasona
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e Corticosteróides
C
(sistémicos). Efeitos
teratogénicos:
mola hidatiforme, aplasia da retina, sindactilia, pé Clomifeno
boto,
defeitos
de 1º, 2º e 3º
XM
pigmentação, microcefalia;
contra-
indicado. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
179
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Letargia
neonatal,
hipotonia, Clomipramina
cianose,
hipotermia;
V.
3º
CM
Antidepressores tricíclicos . V. Clonazepam
Antiepilépticos
Benzodiazepinas;
e íleo
D
paralítico. Tem sido usada em todos os
trimestres,
experiência
com limitada
relativamente ao 1º. Pode baixar
Clonidina
a
frequência
cardíaca fetal mas o risco
C
deve ser avaliado contra o risco
de
hipertensão
materna não controlada; evitar o uso intravenoso. Contra-indicada
Clonixina
na
gravidez.
D
Os estudos de segurança pré-clínica não mostraram Cloperastina
efeitos adversos sobre a função reprodutora, mas usar
180
só
se
for
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
indispensável
e
sob
controlo médico. Evitar; não existem dados
Clopidogrel
C
disponíveis. Malformações da árvore
Clorambucilo
genito-urinária;
evitar;
recomenda-se
fazer
contracepção
eficaz
1º, 2º e 3º
DM
3º
C
1º
D
durante a administração ao homem ou à mulher. Síndrome Cloranfenicol
do
cinzento.
bebé Efeitos
teratogénicos. Clorazepato
V. Benzodiazepinas .
dipotássico
Pode causar acidose na Cloreto amônio
de
mãe e no feto quando consumido em grandes quantidades
perto
C
do
termo da gravidez. O uso de suplementos de Cloreto potássio
de potássio na gravidez só deve
ocorrer
quando
B
estritamente necessário e
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
181
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
sob vigilância médica. V.
Benzodiazepinas;
o
uso desta benzodiazepina foi
associado
a
um
Clorodiazepóxido aumento
de
1º e 3º
D
malformações congénitas graves e a sintomas de supressão. Estudos
animais
não
demonstraram risco para Clorofeniramina
o feto e não há estudos
CM
controlados em grávidas. Evitar.
V.
Anti-
histamínicos H1 . Clorofenoxamina V. Anti-histamínicos H1 . Cloro-hexidina
Não
oferecer
B
qualquer perigo. V.
Cloropromazina
parece
C
Antipsicóticos
Eventuais
.
efeitos
3º
C
extrapiramidais no RN. Clorpropamida
V. Sulfonilureias
3º
Evitar; aceitável só para Cloroquina
profilaxia e se a viagem é inadiável; V. Antimaláricos
182
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
. Clorotalidona Clotrimazol
V. Diuréticos .
D
Não há contra-indicações
B
ao uso intravaginal. Evitar
o
uso
regular;
doses altas no final da Cloxazolam
gravidez
e
no
parto
podem causar hipotermia neonatal,
hipotonia
3º
C
e
depressão respiratória. Não existem dados que documentem o risco deste fármaco
Clozapina
na
gravidez; a
BM
utilização terá em conta a natureza e a gravidade da doença de base.
Codeína
Síndrome de privação no
C (D, se usada
RN; só utilizar apenas se
por períodos
for indispensável; evitar
Codergocrina Colecalciferol
3º
prolongados ou
no final da gravidez. V.
em doses
Analgésicos opiáceos .
elevadas)
Evitar;
o
seu
uso
na
gravidez exige vigilância. Durante
a
gravidez
C
a 1º, 2º e 3º A (D, se usado
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
183
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
ingestão diária não deve
em doses
ser superior a 600 UI de
superiores às
vitamina
D3
(colecalciferol); sobredosagem
recomendadas)
a acarreta
hipercalcemia prolongada, podendo
conduzir
ao
atraso mental e físico, estenose
aórtica
e
retinopatia na criança. Como não é absorvida, Colestipol
admite-se não ter efeito
B
sobre o feto. Usar
com
cuidado;
embora não seja absorvida, admite-se Colestiramina
poder conduzir a défice em
2º e 3º
B
vitaminas
lipossolúveis, quando em uso prolongado. Deve
ser
usada
cautelosamente durante a Colquicina
gravidez; o uso pelo pai antes da concepção não parece apresentar risco reprodutivo,
184
mas
pode
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
DM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
provocar
raramente
azoospermia. Os dados epidemiológicos
Contraceptivos
são sugestivos de não
orais
C
existir perigo para o feto. O benefício do tratamento
Corticosteróides (
intranasais
é superior ao risco; a
e utilizar
inalados)
só
benefício
quando potencial
o
C
for
significativo. Em
animais
fenda
palatina
anomalias
a
esqueleto parecem
provocam nível que
ter
e do não
relevância
em humanos; risco de diabetes
gestacional
Corticosteróides
hipertensão;
(sistémicos)
atraso
no
intra-uterino prolongado
risco
e de
crescimento em ou
1º
D
uso
repetido
por via sistémica; risco de insuficiência suprarrenal; usados
só
em
exacerbações da asma e na dose eficaz mais baixa Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
185
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
se
indispensáveis;
serem
usados
frequência,
a com
administrar
durante o parto; vigiar se há edemas. Cortisona
Evitar. Risco
teratogénico
trimetoprim Co-trimoxazol
é
D
1º e 3º
DM
(o um
antagonista dos folatos). Hemólise
1º
neonatal
e
metahemoglobinemia. Crotamiton
Evitar.
Fármaco
C
Observações
Dabigatrano etexilato
Deve toxicidade
Trimestre
evitar-se em
Factor de Risco
por
estudos
CM
animais. Não se conhecem efeitos nocivos relativamente ao
Dalteparina sódica
curso da gravidez e à
BM
saúde da criança antes e após o nascimento. Danazol
186
Evitar;
efeitos 1º, 2º e 3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
X
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
androgénicos
e
de
masculinização
do
feto
feminino. Não é um fármaco com Dapoxetina
indicação para uso em mulheres. Hemólise
e
metahemoglobinemia Dapsona
neonatal;
administrar
5
3º
CM
mg/dia de ácido fólico à mãe. Evitar de acordo com o Darbepoetina alfa
produtor;
não
há
C
evidência de perigo nos estudos animais. V.
Deflazacorte
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e
D
Corticosteróides (sistémicos). Não
se
referidos Dequalínio
teratogénicos,
encontram efeitos mas
só
deve ser utilizado durante
1º
CM
o 1º trimestre por razões ponderadas. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
187
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Derivados
da
cumarina
D (X para V. Anticoagulantes orais .
1º, 2º e 3º
o produtor)
Derivados ergotamínicos
Descongestionantes nasais
Vasoconstritores
e
uterotónicos;
contra-
D
indicados. Evitar, especialmente as formulações orais e na
C
grávida hipertensa. Teratogénico em estudos animais;
Desferroxamina
recomenda-se
evitar, a menos que o
CM
benefício potencial seja superior
aos
possíveis
riscos. Desconhece-se
a
segurança
a
gravidez; Desloratadina
durante só
deve
ser
usado durante a gravidez
C
nos casos em que os potenciais
benefícios
justifiquem os riscos. V. Anti-histamínicos H1 . Desmopressina
188
Efeito oxitócico reduzido no 3º trimestre; o uso
3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
BM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
durante a gravidez não constitui um risco fetal relevante. Desogestrel
V. Contraceptivos orais . V.
C
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e
Desonida
C
Corticosteróides (sistémicos). Pode influenciar a síntese de
colesterol
e
de
lipoproteínas no feto. V. Dexametasona
Corticosteróides
C
(intranasais e inalados) e Corticosteróides (sistémicos). Não há referência ao seu Dexbromofeniramina uso na gravidez, nem a
C
malformações congénitas. Dexcetoprofeno
V. Anti-inflamatórios não
C
esteróides (AINEs).
Dexibuprofeno
V. Ibuprofeno.
Dextrometorfano
V. Analgésicos opiáceos .
C
Dextropropoxifeno
V. Analgésicos opiáceos .
C
1º, 2º e 3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
189
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Diacereína
Contra-indicado.
C
O uso crónico pode levar a dependência neonatal; o risco de fendas labiais e/ou
palatina
e
de
malformações cardiovasculares não está confirmado no momento actual; o uso deve ser restringido às alterações psíquicas Diazepam
graves
ea
rebeldes; 1º, 2º e 3º
epilepsias
D
preconiza-se o uso da dose eficaz mais baixa, pelo período de tempo mais curto; doses altas no final da gravidez e no parto podem hipotermia
causar neonatal,
hipotonia
e
depressão
respiratória.
V.
Benzodiazepinas . Usar Dibunato de sódio
apenas
se
indispensável; não existe
C
informação disponível. Diclofenac 190
V. Anti-inflamatórios não
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
BM (D
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
esteróides .
usado no 3º trimestre ou perto do parto)
Não há referência ao uso Dicloxacilina
do
fármaco
e
aparecimento
BM
de
malformações congénitas. Não
é
recomendável
durante toda a gravidez, a Didanosina
não ser que o potencial benefício
clínico
sobreponha
se
1º, 2º e 3º
C
claramente
aos potenciais riscos. Desconhecem-se Didrogesterona
os
possíveis efeitos durante
C
a gravidez. Difenidramina
V. Anti-histamínicos H1 . V.
BM
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e Difluocortolona
Corticosteróides (sistémicos). Não devem ser corticosteróides
1º
D
aplicados tópicos
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
191
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
em grandes quantidades nem
durante
períodos
longos no 1º trimestre de gravidez. Não
há
referências
relacionando malformações congénitas Digoxina
com
os
digitálicos.
diferentes Pode
C
ser
necessário o ajuste de dose. Contra-indicado
na
grávida ou se há suspeita
Diltiazem
de gravidez. Teratogénico
DM
em estudos animais. O
uso
histamínicos Dimenidrinato
últimas
de
anti-
nas
duas
semanas
de
gravidez foi associado a
BM
fibroplasia retrolental nos filhos. Antiflatulento Dimeticone
frequentemente associado aos antiácidos. Não
192
há
relato
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
A
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
toxicidade
associada.
Compatível
com
a
gravidez. Há
referências
fibroplasia
retrolental
quando
Dimetindeno
os
anti-
histamínicos usados
a
C
foram
nas
2
últimas
semanas da gravidez. Atravessa a placenta; o Dinitrato
de
isossorbida
produtor recomenda evitar a menos que o benefício
CM
potencial seja superior ao risco. Não se dispõe de dados
Diosmina
C
úteis relativos ao seu uso na gravidez. Não há referências ao uso
Dipiridamol
deste
vasodilatador
C
durante a gravidez. Diprofilina
Dissulfiram
Irritabilidade
e
apneia
neonatal. Concentrações de
elevadas
acetaldeído
na
3º
C
1º
D
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
193
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
presença de álcool podem ser teratogénicas. Não
Ditranol
usar
durante
a
gravidez.
1º, 2º e 3º
D
1º e 3º
D
Não usar para tratar a hipertensão
durante
gravidez;
as
a
tiazidas
podem
causar
um
aumento
do
de
risco
defeitos congénitos, com Diuréticos
base
em
alargados.
estudos No
último
trimestre, o risco inclui trombocitopenia no RN, hipoglicemia, hiponatremia
e
hipocalcemia; evitar. Não Dobesilato de cálcio
há
informação
segura quanto ao seu uso
C
na gravidez. Em Docusato de sódio
uso
causar
crónico
pode
hipomagnesemia
C
na mãe. Evitar. Domperidona
194
De acordo com o produtor deve evitar-se.
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Usar Donepezilo
apenas
se
o
benefício for superior ao
C
risco. Contra-indicada (toxicidade
Dorzolamida
animais).
em
estudos
Pode
causar
1º e 3º
D
trombocitopenia neonatal. Antidepressores
V.
Dosulepina
D
tricíclicos . Não
Doxazosina
há
evidência
de
teratogenicidade,
mas
recomenda-se
usar
durante
a
gravidez,
BM
apenas se o potencial benefício for superior ao risco. Contra-indicada
Doxiciclina
na
D
gravidez. Não existem dados que
Dropropizina
documentem o risco deste
C
fármaco na gravidez. Drospirenona Etinilestradiol Duloxetina
+
Contra-indicado. O
produtor
recomenda
1º, 2º e 3º
D
3º
C
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195
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
evitar por toxicidade em estudos em
animais;
evitar
doentes
com
incontinência urinária. V. Antidepressores inibidores da recaptação da serotonina. Evitar
relações
não
Dutasterida
sexuais
protegidas.
causar
Pode
feminização
do
1º, 2º e 3º
X
feto masculino.
Factor Fármaco
Observações
Trimestre
de Risco
V.
Ebastina
Anti-histamínicos
H1
não
sedativos.
Econazol
Desconhece-se se é perigoso.
C
Usar apenas se não existir
Efavirenz
C
alternativa.
C
Experiência limitada de uso, Eletriptano
pelo que o produtor recomenda que
se
use
apenas
se
o
benefício potencial ultrapassar
196
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B
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
o risco. Emedastina
V. Anti-histamínicos H1 .
C
Só deve ser usada se for indispensável; Emtricitabina
ausência
malformações
de e
CM
embriotoxicidade em estudos animais. É
teratogénico,
causando
oligohidramnios, defeitos renais com anúria, contractura dos membros,
Enalapril
deformação
craneofacial pulmonar. enzima
e V.
de
hipoplasia
Inibidores
da
conversão
da
1º, 2º e 3º
DM
angiotensina . Enoxaparina sódica
Não
parece
apresentar
qualquer risco fetal ou para o
BM
RN.
Entacapona
Evitar; não existe informação disponível.
CM
Usar apenas se o benefício Entecavir
potencial for superior ao risco; toxicidade em estudos animais;
DM
é necessário usar contracepção
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197
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
eficaz durante o tratamento. Epinastina
V. Anti-histamínicos H1 .
B
Evitar; não existe informação
Eplerenona
disponível.
CM
Não há evidência de riscos e os Epoetina
alfa,
epoetina beta
benefícios provavelmente
ultrapassam os
riscos
de
CM
anemia e de transfusão na gravidez; evitar.
Eprosartan
V. Antagonistas dos receptores da angiotensina . Evitar;
Eptifibatido
usar
apenas
se
D
o
benefício potencial ultrapassar
C
os riscos possíveis. Evitar; oxitócica sobre útero grávido; pode ocorrer resposta idiossincrásica Ergotamina
na
mãe com
perigo para o feto; a associação 1º, 2º e 3º de
ergotamina,
cafeína
D
e
propranolol pode representar um risco acrescido para o feto. Eritromicina Ertapenem
198
Não se sabe se é perigosa. Não foram efectuados estudos em mulheres grávidas e os
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
B CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
estudos
em
animais
indicam
quaisquer
nefastos
quanto à
desenvolvimento
não efeitos
gravidez,
embrionário,
fetal e pósnatal. Recomendase, no entanto, que não seja usado na gravidez, excepto se o possível benefício for superior ao pontencial risco para o feto. V. Antidepressores inibidores Escitalopram
selectivos da recaptação da serotonina;
toxicidade
em
D
estudos animais. Não se dispõe de dados de uso da eslicarbazepina na grávida; estudos
animais
mostraram
toxicidade reprodutiva. Se a mulher a tomar eslicarbazepina fica
grávida,
Eslicarbazepina antiepiléptico
o
uso
deve
do ser
CM
reavaliado, usar a menor dose eficaz e, sempre que possível, em monoterapia no 1º trimestre; as
pacientes
devem
ser
avisadas quanto à possibilidade do
aumento
do
risco
de
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199
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
malformações. Não Esomeprazol
existe
disponível;
informação o
produtor
CM
recomenda precaução. Espasmolíticos
Não recomendados.
1º, 2º e 3º
C
Não foi estabelecida relação Espermicidas
entre o risco de espermicidas vaginais e as malformações
C
congénitas. Não Espiramicina
há
atribuam
referências à
que
espiramicina
C
quaisquer lesões fetais. Os diuréticos são, de um modo geral,
contra-indicados
na
gravidez; não há referências específicas
a
malformações
Espironolactona produzidas
pela Ocorreu
espironolactona. feminização masculinos
D
de em
fetos estudos
animais. Os inibidores da redutase da Estatinas
HMG-CoA diminuem síntese do 1º, 2º e 3º colesterol, outros produtos da
200
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
XM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
via biossintética do colesterol, componentes essenciais para o desenvolvimento fetal, incluindo a síntese de esteróides e das membranas celulares, podendo causar danos fetais. Contraindicadas na gravidez. Pode representar algum risco Estavudina
para
o
feto
em
C
desenvolvimento. Estazolam
V. Benzodiazepinas .
Ésteres etílicos Desconhece-se 90
o
1º, 2º e 3º potencial
do ácido efeito sobre o desenvolvimento
omega-3
D
C
fetal. Evitar.
Esteróides anabolizantes
Contra-indicados. Masculinização
feto 1º, 2º e 3º
D
feminino. Contra-indicado
durante
gravidez;
a
se
engravidar
Estradiol
do
durante
a
mulher a
terapêutica com estradiol, o
1º
X
fármaco deverá ser suspenso imediatamente. Estramustina
Evitar.
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
201
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Estreptomicina
Toxicidade no 8º par de nervos cranianos; não é teratogénica. Possibilidade prematura
de
de
primeiras Estreptoquinase
18
hemorragia
D
1º, 2º e 3º
D
1º, 2º e 3º
D
separação
placenta
possibilidade
2º e 3º
nas
semanas; teórica
fetal
durante
de a
gravidez. Evitar o uso pósparto,
pelo
perigo
de
hemorragia materna. Contra-indicado
Estriol
durante
a
gravidez. Risco de hemorragia no RN e
Etambutol
grávida
B
por
hipoprotrombinemia. Etanercept
Evitar;
não
há
informação
Etilefrina
Contra-indicada.
Etinilestradiol
V. Contraceptivos orais .
Etodolac
CM
disponível. 1º
X
Não há referências ao uso do
CM (D,
fármaco durante a gravidez,
se
mas o encerramento do ductus
3º
arteriousus in utero é sempre uma
202
D
consequência
possível,
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
usado no 3º trimestre
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
além da inibição do parto, do
ou perto
prolongamento da gravidez e da
do
supressão da função renal do
parto)
feto. Etofenamato
V.
Anti-inflamatórios
não
C
esteróides . Embriotoxicidade em estudos
Etofibrato
animais; o produtor recomenda
CM
não usar. Etomidato
V. Anestésicos gerais.
Etonorgestrel
V. Contraceptivos orais.
Etoricoxibe
V.
Anti-inflamatórios
3º
C C
não
esteróides .
1º, 2º e 3º
C
O produtor recomenda que se Everolímus
use apenas se o benefício
CM
potencial for superior ao risco; não há informação disponível.
Exemestano
V. Inibidores da aromatase.
1º, 2º e 3º
D
O produtor recomenda que se Ezetimiba
use apenas se o benefício potencial for superior ao risco;
CM
não há informação disponível.
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203
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Fármaco
Observações
Factor
VIII
coagulação
da
Pode
ser
Trimestre
Factor de Risco
usado
sempre que há défice
A
congénito. Evitar; usar apenas se
Famotidina
o benefício potencial suplantar
os
riscos
BM
possíveis para o feto. Não
se
encontram
informações
Febuprol
disponíveis quanto ao
C
uso na gravidez; evitar. Pouca
informação
sobre os efeitos do Felbamato
fármaco na gravidez humana;
o
CM
produtor
recomenda evitar. Pode inibir o parto; o risco para o feto deve Felodipina
ser ponderado contra o risco de hipertensão materna
não
controlada.
204
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Fenbufeno
V.
Anti-inflamatórios
não esteróides. Evitar
se
3º
C
1º
D
possível;
malformações
se
usada no 1º trimestre; pode causar redução Fenilefrina
do calibre dos vasos, produzindo
hipoxia
fetal e bradicardia no final
da
gravidez
e
durante o parto. Evitar; toxicidade em estudos
animais;
recomenda-se contracepção adequada
durante
a
administração; risco de malformações Fenobarbital
congénitas, (perímetro 1º, 2º e 3º craneano
D
reduzido,
dismorfismo
facial),
hipercalcemia neonatal;
atraso
do
desenvolvimento; hemorragia
ao
nascimento
e
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
205
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
dependência. Ausência de dados em humanos; embriotóxico Fenofibrato
em estudos animais; o produtor
CM
recomenda
evitar. V. Fibratos . A
maior
parte
estudos
dos
consideram
estes
antipsicóticos
seguros para a mãe e feto,
se
usados
ocasionalmente
em
doses baixas; outros Fenotiazinas
concluiram
que
as
fenotiazinas não são teratogénicas; evitar-se
B
devem
perto
do
termo pelo perigo de hipotensão materna e efeitos
adversos
neurológicos prolongados no RN. Por Fenotrina
segurança
não
durante
a
usar gravidez.
206
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Pouca
probabilidade
Fenoximetilpenicilina de causar danos fetais.
B
V. Penicilinas. Evitar; Fenspirida
não
há
dados úteis
B
disponíveis. B (D, se Bradicardia
fetal,
depressão respiratória
Fentanilo
neonatal.
V.
usado por 3º
períodos prolongados
Analgésicos opiáceos .
ou em doses altas)
Fenticonazol Ferro (parenteral)
Fexofenadina
Evitar.
C
Evitar.
V.
Carboximaltose férrica. V. Anti-histamínicos H1 . Embriotóxico estudos
Fibratos
1º
produtor
C
C
em
animais.
O
recomenda
CM
evitar. Contra-indicados; Fibrinolíticos
possibilidade
de 1º, 2º e 3º
D
separação prematura Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
207
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
da
placenta
nas
primeiras 18 semanas; risco
de
hemorragia
materna
ou
fetal
durante a gravidez ou após o parto. Toxicidade em estudos animais. Filgrastim
O
produtor
recomenda que se use apenas se o benefício
D
potencial for superior aos riscos. Evitar
nas
relações
sexuais
não
protegidas; Finasterida
pode
causar anomalias dos 1º, 2º e 3º órgãos externos
D
genitais do
feto
masculino. Não
se
informação produtor Fitomenadiona
dispõe
de
útil;
o
recomenda
que se use apenas se o benefício potencial for superior aos riscos; o uso de vitamina K
208
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
(fitomenadiona) durante numa
a
gravidez
situação
de
hipoprotrombinemia
e
prevenção de doença hemorrágica do RN é o tratamento de escolha. Recomenda-se evitar, Flavoxato
a menos que não haja
C
alternativa. Apesar de não serem conhecidas malformações Flubendazol
provocadas fármaco
pelo
na
humana,
C
espécie
não
se
recomenda o seu uso durante a gravidez. Flucloxacilina
V. Penicilinas.
B
Evitar; foram referidas múltiplas Fluconazol
anomalias
congénitas com doses elevadas (400 mg/dia) por prolongados,
1º
DM
períodos em
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
209
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
tratamento
para
a
coccidiomiase. Dose única de 150 mg não parece causar efeitos adversos na gravidez. Evitar, a menos que Flufenazina
seja
essencial.
V.
2º e 3º
C
Antipsicóticos. Evitar, de acordo com o produtor, a menos Flumazenilo
que
o
potencial
CM
benefício ultrapasse os riscos. V. Anti-histamínicos H1 Flunarizina
e
Bloqueadores
da
1º e 3º
C
entrada do cálcio . V. Fluocortolona
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e
Corticosteróides
(sistémicos) . Agente de diagnóstico. Fluoresceína
Atravessa a placenta após aplicação tópica ocular.
210
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
B
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
V. Fluorometolona
Corticosteróides
(cutâneos, oftálmicos,
1º
D
intranasais e inalados). Não há aumento do risco de malformações Fluoroquinolonas
nem
de
problemas
C
músculo-esqueléticos; não há risco fetal. Fluorouracilo
Teratogénico.
1º
X
Num estudo de cohort prospectivo,
não
foi
encontrado
aumento
do risco; em estudos Fluoxetina
CM
animais mostrou poder produzir
alterações
talvez permanentemente
no
cérebro. Flupentixol
V. Antipsicóticos . Não
se
dispõe
C de
informação útil quanto
Flupirtina
ao
seu
uso
C
na
gravidez; evitar. Flurazepam
V.
Benzodiazepinas;
1º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
XM
211
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
alguns
fármacos
do
grupo podem causar anomalias fetais. BM (DM, se Flurbiprofeno
V.
Anti-inflamatórios
não esteróides .
usado no 3º 3º
trimestre ou perto do parto)
V. Fluticasona
Corticosteróides
(intranasais e inalados) e
C
Corticosteróides
(sistémicos). V. Estatinas; o uso de Fluvastatina
fluvastatina
está
contra-indicado
1º, 2º e 3º
XM
durante a gravidez. V. Fluvoxamina
Antidepressores
inibidores
da
recaptação
da
CM
serotonina . Evitar no 3º trimestre; Folcodina
depressão repiratória e efeitos de supressão
3º
no RN.
212
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
O produtor recomenda Folinato de cálcio
que se use apenas se
CM
o benefício potencial for superior ao risco.
Folitropina alfa
Evitar.
C
Folitropina beta
Evitar.
C
O produtor recomenda evitar-se, a menos que Fondaparinux
o benefício potencial
CM
seja superior ao risco possível
-
não
há
informação útil. Em
experimentação
animal
provocou
perdas de implantação e
redução
sobrevivência
da numa
fase precoce pósnatal Formoterol
e do peso à nascença. Só
deverá
durante após
a
1º e 3º
D
usar-se gravidez ponderar
convenientemente
a
situação, em especial nos 3 primeiros meses Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
213
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
e
pouco
antes
do
parto. Toxicidade em estudos animais; Fosamprenavir
o
produtor
recomenda,
mas
DM
apenas se o benefício for superior ao risco. Porque o número de exposições no Fosfomicina
1º
humanas
trimestre
é
reduzido, o tratamento
BM
com o antibiótico deve ser
retardado
até
depois do período da organogénese. V. Fosinopril
Inibidores
da
enzima de conversão
2º e 3º
DM
da angiotensina . Frovatriptano
V. Agonistas 5-HT1 e Triptanos.
C
O produtor recomenda evitar; Fulvestrante
aumenta
incidência anomalias morte
214
em
a de 1º, 2º e 3º
fetais
e
estudos
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
DM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
animais. Furosemida
Fármaco
V. Diuréticos .
CM
Observações
Trimestre
Factor de Risco
Atraso no crescimento fetal em animais; a falta de dados não permite
uma
conclusão acerca da segurança
da
gabapentina durante Gabapentina
D
a gravidez; só deve ser usada durante a gravidez quando os potenciais
benefícios
justificam
os
riscos
potenciais para o feto. V.
Antiepilépticos
e
anticonvulsivantes.
Galantamina
Atraso
do
desenvolvimento
em
D
estudos animais. Ganciclovir
O risco teratogénico recomenda o uso na
1º, 2º e 3º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
DM
215
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
gravidez apenas em afecções
muito
graves, em doentes imunodeprimidos com infecções
por
citomegalovírus; assegurar contracepção
eficaz
durante o tratamento e até 90 dias depois, em ambos os sexos. O produtor recomenda evitar
Ganirrelix
na
gravidez
confirmada; toxicidade
1º, 2º e 3º
DM
1º
CM
1º
D
1º, 2º e 3º
D
em estudos animais. Não deve ser usado Gemfibrozil
durante a gravidez. V. Fibratos. Displasia
renal;
defeitos no rim fetal; Gentamicina
atraso do crescimento renal.
V.
Aminoglicosídeos . Gestrinona
216
Evitar.
Pode causar
virilização dos
fetos
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
femininos. Pode não inibir a ovulação em todas as mulheres. Não se recomenda o seu uso Ginkgo Biloba
durante
a
gravidez por falta de estudos realizados de
C
acordo com critérios validados. É
desaconselhado
pela
actividade
estrogénica e por falta
Ginseng
de indicações seguras que
justifiquem
C
o
seu uso. O produtor recomenda Glatirâmero (acetato)
evitar, a menos que o benefício
potencial
CM
seja superior ao risco. V.
Sulfonilureias; os
hipocligemiantes orais Glibenclamida
não estão indicados
CM
na diabetes durante a gravidez. Glicerol
Usar
apenas
em
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
217
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
situações pontuais. V. Sulfonilureias; os hipoglicemiantes orais Gliclazida
não estão indicados
CM
na diabetes durante a gravidez. V. Sulfonilureias;
os
hipoglicemiantes orais Glimepirida
não estão indicados
C
na diabetes durante a gravidez. V.
Sulfonilureias; os
hipoglicemiantes orais Glipizida
não estão indicados
CM
na diabetes durante a gravidez. Inibidores da dipeptidil peptidase 4 (DPP-4),
Gliptinas
contra-indicadas
na
C
gravidez. Não são conhecidos Glucagom
efeitos nocivos sobre
A
o feto ou o RN. Glucosamina
218
Evitar de acordo com
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
o produtor; não há referências ao uso do fármaco
durante
a
gravidez. Gonadotropina coriónica
Evitar.
C
Evitar
durante
a
gravidez pelo risco de aborto
ou
fetal;
anomalia
excluir
a
possibilidade de uma
Goserrelina
gravidez
antes
tratamento
e
contracepção hormonal
do
1º e 2º
D
fazer não
durante
o
tratamento. Halazepam
V. Benzodiazepinas .
1º, 2º e 3º
D
V. Halofantrina
Antimaláricos. Contra- 1º e 3º
C
indicada. Haloperidol
V. Antipsicóticos .
CM
Osteoporose materna Heparina sódica
após uso prolongado; 1º, 2º e 3º
B
os frascos multidose
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
219
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
contêm
álcool
benzílico
que
os
produtores recomendam evitar-se.
dever É
o
anticoagulante
de
escolha
se
estiver
indicado
durante
a
gravidez. Hidroclorotiazida
V. Diuréticos . Usar com precaução. V.
Hidrocortisona
1º, 2º e 3º
D
Corticosteróides
(intranasais
e
inalados)
e
C
Corticosteróides (sistémicos). Hidromorfona
V.
Analgésicos
3º
B
1º
C
em estudos animais; 1º
D
opiáceos. Não
recomendado;
não foram
Hidrosmina
encontrados
estudos
em grávidas. Hidroxicarbamida (hidroxiureia)
220
Evitar;
teratogénica
recomenda-se
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
contracepção antes
e
eficaz
durante
a
administração. Evitar para a doença reumática. usada
Quando
em
elevadas Hidroxicloroquina
doses e
por
períodos longos causa
C
alterações neurológicas interfere
e com
o
ouvido, o equilíbrio e a visão do feto. V.
Hidroxizina
Anti-histamínicos
C
H1 . Deve evitar-se. Evitar;
não
estabelecida
Hipericão
foi a
C
segurança do seu uso na gravidez. São
indutores
de
toxicidade fetal sem Hipoglicemiantes
disgénese. Evitar, a
orais
menos
que
seja
3º
CM
essencial; possibilidade
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
221
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
hipoglicemia neonatal. Hormona Paratiroideia
Evitar.
C
Hipertensão pulmonar persistente redução Ibuprofeno
do
do
amniótico;
RN;
líquido produção
fetal de urina. V. Antiinflamatórios
3º ou perto do parto
D
não
esteróides . Evitar; Idebenona
não
estabelecida
foi a
segurança do seu uso
C
na gravidez. Recomenda-se evitar; toxicidade em estudos Iloprost
animais;
deve
ser
usada
contracepção
eficaz
durante
DM
o
tratamento. O produtor recomenda evitar, a menos que o Imatinib
benefício seja
potencial
superior
D
aos
riscos.
222
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
V. Imidapril
Inibidores
da
enzima de conversão
DM
da angiotensina . Imidazóis (sistémicos) Imidazóis (tópicos)
Evitar.
C
Aceitável o seu uso durante a gravidez. Toxicidade
C
em
estudos
animais
descrita Imipenem
+ cilastatina;
Cilastatina
menos
para
a
evitar,
a
que
benefícios
os
CM
clínicos
potenciais ultrapassem os riscos. Imipramina
V.
Antidepressores
tricíclicos .
D
Não há evidência de efeitos
teratogénicos
ou tóxicos em estudos Imiquimod
animais;
o
produtor
recomenda
usar
apenas
se
potenciais
benefícios
ultrapassarem
C
os os
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223
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
riscos. Pode ser administrada
Imunoglobulina humana
contra
a
hepatite B
gravidez
profilaxia
para após
CM
exposição. Pode ser administrada
Imunoglobulina humana
na
contra
Varicela
a
à
grávida
saudável
dentro das 96 horas
C
após exposição. Não foram observados efeitos
adversos
no
Imunoglobulina
feto
humana normal
deve considerar-se a
ou
RNs,
mas
possibilidade
CM
de
aborto espontâneo. Suspender
após
diagnóstico gestação; Imunomoduladores
o de não
recomendados; aumentam
a
prematuridade
e
D
atraso do crescimento intra-uterino. Indacaterol
224
Não
se
dispõe
de
dados suficientes para
CM
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
fazer uma avaliação; o uso
só
deve
considerado benefício para
ser
se
o
esperado
a
mãe
for
superior ao possível risco para o feto. Indapamida
V. Diuréticos . Toxicidade
D em
estudos animais; usar apenas se o potencial benefício
ultrapassar
os riscos; não existe Indinavir
informação disponível; 3º risco
teórico
CM
de
hiperbilirrubinémia
e
de cálculos renais no RN, se usado no final da gravidez. Não se recomenda o
Indobufeno
C
seu uso na gravidez.
B (D se usado Indometacina
V.
Anti-inflamatórios
não esteróides .
3º
durante
mais
de 48 horas ou após
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as
34
225
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
semanas
de
gestação
ou
perto do parto) Evitar;
usar
contracepção adequada durante o
Infliximab
tratamento
e,
CM
pelo
menos, até 6 meses após a última dose. Inibidores
da
aromatase
Contra-indicados. Atravessam
1º, 2º e 3º
D
a
placenta
mas
escassos
os
disponíveis
são dados na
grávida; não há, até Inibidores da bomba ao de protões
momento,
evidência
BM
de
teratogenicidade, mas só devem ser usados se
forem
absolutamente necessários. Inibidores da enzima Evitar. Podem afectar de
conversão
226
da o controlo da pressão
1º, 2º e 3º
D
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
angiotensina
sanguínea
(IECAs)
neonatal e a função
fetal
renal;
e
possíveis
malformações craneanas
e
oligohidramnios,
que
podem ser associados a morte fetal in utero; recomenda-se a sua substituição por outro anti-hipertensor
logo
após o diagnóstico de gravidez. A associação de ácido clavulânico
à
amoxicilina aumenta 6 vezes a toxicidade hepática, pelo que se Inibidores
das
lactamases beta
recomenda precaução na
gravidez;
tazobactam se
à
contra
o
C
associa-
piperacilina a
P.
aeruginosa, mas nao se conhece toxicidade específica
na
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227
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
gravidez. Possível aumento do risco Inibidores
da
Monoaminoxidase (IMAOs)
de malformações, mas não há dados concretos disponíveis;
2º e 3º
DM
1º, 2º e 3º
D
recomenda-se evitar. V.
Antidepressores
Inibidores da MAO. Reduzem
os
níveis
plasmáticos
de
colesterol
e
de
lipoproteínas, inibindo a síntese de colesterol e de outros produtos da via biossintética do Inibidores redutase
da colesterol, da
CoA (Estatinas)
que
são
HMG- componentes essenciais
para
o
desenvolvimento fetal, incluindo a síntese de esteróides
e
das
membranas celulares; podem causar danos fetais administrados
228
se à
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
grávida; se a mulher engravidar no decurso da terapêutica deve suspender imediatamente e ser avisada
do
perigo
potencial para o feto anomalias congénitas. Risco
de
acidose
láctica, por vezes fatal na
grávida;
não
recomendados Inibidores
da durante a gravidez, a
transcriptase reversa não
ser
que
potencial
o
1º, 2º e 3º
C
benefício
clínico se sobreponha claramente
aos
potenciais riscos. Efeitos em
teratogénicos
animais
apenas
doses
várias
para
Inibidores selectivos vezes superiores às da Cox 2
de
uso
clínico
em
C
humanos; não existem dados
disponíveis;
não deve ser usado Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
229
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
na gravidez. Inosina pranobex
Deve
evitar-se,
segundo o produtor.
CM
As necessidades de insulina
devem
ser
avaliadas frequentemente
por
um diabetologista ou um médico com treino Insulinas
no
controlo
da 1º, 2º e 3º
B
doença; na insulina lispro
não
há
aumento
de
malformações congénitas.
Evitar
insulinas inaladas. Evitar a menos que existam
Interferões
ponderosas;
abortos
espontâneos
em
mulheres
com
esclerose múltipla; as mulheres
com
potencial
para
engravidar tomar 230
razões
DM
devem medidas
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
contraceptivas
bem
como os homens que pretendam ser pais. O Iodeto de potássio
uso
de
iodetos
como
expectorantes
está
contra-indicado
2º e 3º
D
2º e 3º
D
2º e 3º
D
na gravidez. Bócio Iodetos
neonatal
e
hipotiroidismo permanentes. Pode
ser
em Iodopovidona
absorvido quantidade
suficiente para afectar a
tiróide
fetal
causando bócio neonatal e hipotiroidismo. V. Antagonistas dos receptores
da
angiotensina; as substâncias Irbesartan
actuam
no
que sistema 1º, 2º e 3º
D
renina-angiotensinaaldosterona
podem,
durante o 2º e 3º trimestre, causar IR do Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
231
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
feto
ou
neonatal,
hipoplasia do crâneo e mesmo
morte
por
fetal;
precaução,
também não deve ser usado durante o 1º trimestre da gravidez, antes de uma gravidez planeada
fazer
mudança
para
a um
tratamento alternativo adequado. No caso de uma
gravidez
ser
diagnosticada,
deve
interromper-se
o
ibersartan imediatamente; se o tratamento mantido, crâneo e
for avaliar
o
a função
renal por ecografia. Isoconazol
V. Fluconazol .
D
Desconhece-se se é Isoniazida
perigosa, tuberculose tratada
232
mas
a não
é
C
mais
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
perigosa
para
a
grávida e feto do que o
tratamento
da
doença. Malformações craneofaciais
e
cardíacas; deve ser usada eficaz Isotretinoína
contracepção durante
pelo
menos 1 mês antes do tratamento
oral,
1º, 2º e 3º
X
durante o tratamento e pelo menos 1 mês após evitar
a
suspensão; também
o
tratamento tópico. Isoxuprina
Ispagula
Isradipina
Evitar; desconhece-se se é perigosa.
C
Não ser administrado a grávidas. V. Bloqueadores da entrada do cálcio .
C
O produtor recomenda Itraconazol
evitar a menos que a 1º, 2º e 3º
DM
situação atente contra Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
233
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
a
vida
da
mãe;
toxicidade em doses elevadas no animal; assegurar contracepção
eficaz
durante o tratamento e até
à
próxima
menstruação, uma vez terminado
o
tratamento. Ivabradina
Evitar; toxicidade em
Evitar;
não
referência
há a
malformações Lacidipina
CM
estudos animais
em
estudos animais; pode produzir
3º
C
uso; 1º
C
relaxamento
do músculo uterino no final da gravidez com inibição do parto. Evitar por insuficiência de dados quanto à Lactitol
segurança
de
desconhece-se se é perigoso.
234
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Probióticos Lactobacillus acidophilus
regularizadores flora
da
intestinal;
A
são
considerados geralmente seguros. Não existe informação
Lactulose
disponível;
sem
BM
problemas de uso. Induziu embrioletalidade precoce em coelhas; não se recomenda o seu
uso
nos
três
primeiros meses
Lamivudina
de
gravidez por falta de informação
útil
1º
CM
1º
DM
na
mulher grávida; pode ocorrer láctica,
acidose por
vezes
fatal. O
benefício
do
tratamento é superior Lamotrigina
ao risco para o feto; o risco teratogenicidade
de é
maior se for usado Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
235
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
mais
do
que
um
fármaco;
em
associação
com
o
ácido
valpróico
foram
descritas
dismorfias da cabeça com
hipertelorismo,
ponta nasal achatada, orelhas e
em
baixa,
malformadas implantação micrognatia,
boca arqueada com lábio
superior
fenda
fino,
palatina,
aracnodactilia, camptodactilia, defeito do
septo
dedos
articular,
em
martelo,
redução das pregas, atraso motor aos 6 meses, cariótipo 47, XXX.
V.
Antiepilépticos
e
anticonvulsivantes. Lanreotida
236
Evitar;
atraso
crescimento
do em
CM
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
estudos animais. Recomenda-se usar
não
durante
o
1º
trimestre; evitar nos outros
trimestres;
o
uso de doses altas a Lansoprazol
longo
prazo
foi
carcinogénico
em
1º, 2º e 3º
DM
ratos e ratinhos de ambos
os
produzindo
sexos, tumores
intestinais no fígado e no testículo. Não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos
que
seja
claramente necessário;
as
mulheres em risco de Lapatinib
engravidar ser
deverão
aconselhadas
utilizar
um
D
a
método
contraceptivo eficaz e evitar
engravidar
durante o tratamento com o lapatinib. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
237
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Latanoprost
O produtor recomenda evitar. Evitar; um
CM
metabolito
activo foi teratogénico em estudos animais; recomenda-se contracepção Leflunomida
eficaz
durante o tratamento 1º
CM
e, pelo menos, 2 anos após o tratamento nas mulheres
e,
pelo
menos, 3 meses no homem. Toxicidade estudos produtor Lenograstim
em
animais;
o
recomenda
usar apenas se os potenciais
C
benefícios
ultrapassarem
os
riscos. O produtor recomenda Lercanidipina
evitar;
não
há
CM
informação disponível. Letrozol
238
Contra-indicado
na
grávida. V. Inibidores
D
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
da aromatase . Leuprorrelina
Evitar;
teratogénica
em estudos animais. Toxicidade
D
em
estudos Levetiracetam
1º
animais;
evitar.
V.
Antiepilépticos
CM
e
anticonvulsivantes . Levobunolol
Levocabastina
V.
Bloqueadores
CM
adrenérgicos beta. V.
Anti-histamínicos
C
H1 . Não existem provas
Levocarnitina
de
teratogenicidade
C
em estudos animais. Levocetirizina
V.
Anti-histamínicos
H1 . Toxicidade
1º e 3º
C
em
estudos animais; não foram Levodopa
referidas
malformações
no
número
de
limitado
CM
gravidezes conhecidas em que foi Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
239
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
usado. Evitar. Levodopa
+ V.
Benserazida Levodopa
Levodopa;
Benserazida. + V.
Carbidopa
V.
Levodopa.
V. Carbidopa.
Levodopa
+ V.
Carbidopa
+ Carbidopa;
Entacapona
Levodopa;
C
V. V.
CM
Entacapona.
Levodropropizina
Não
se
de
informação útil; evitar V.
C
Quinolonas; deve
ser Levofloxacina
dispõe
considerado
contra-indicado, vez outras
que
uma
existem
CM
alternativas
mais seguras. O produtor recomenda Levofolinato cálcio
de que se use apenas quando o benefício for
CM
superior ao risco. Levomepromazina Levonorgestrel
240
V. Antipsicóticos . V. orais .
Contraceptivos
C C
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Controlar
a
concentração
sérica
materna de tireotrofina Levotiroxina sódica
e ajustar a dosagem se
necessário.
AM
A
concentração materna excessiva
pode
ser
prejudicial ao feto. V. Anestésicos locais; até ao presente não foram Lidocaína
evidenciadas
quaisquer
3º
C
malformações; usar se o
benefício
for
superior ao risco. Não foram observadas Lincomicina
quaisquer
B
malformações. Linezolida
Liotironina Lisado Escherichia klebsiela
Evitar;
não
há
informação útil. V.
Levotiroxina
sódica .
C
AM
de Não foram observados coli, efeitos
adversos
no
C
RN. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
241
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
pneumonias, polibacterianos V. Lisinopril
Inibidores
da
enzima de conversão
DM
da angiotensina . Evitar,
se
possível
(risco
de
malformações, incluindo malformações cardíacas - anomalia de
Ebstein);
possibilidade de bócio neonatal
e
hipotiroidismo; Lítio, sais
toxicidade neonatal do 1º, 2º e 3º
D
lítio - letargia e falta de coordenação entre a
sucção
e
a
deglutição; se houver necessidade
de
aumentar a dosagem no 2º e 3º trimestres, voltar rapidamente ao normal após o parto; recomenda-se
242
um
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
controlo apertado da litiemia
(risco
de
toxicidade no RN). Não
há
dados
disponíveis em grande Lodoxamida
número, mas não são
trometamol
sugestivos
de
associação
a
C
malformações. Loflazepato de etilo
V. Benzodiazepinas .
1º, 2º e 3º
D
Lomefloxacina
V. Quinolonas .
1º, 2º e 3º
D
Recomenda-se evitar Loperamida
por
falta
de
BM
informação disponível. V. Antivíricos. Evitar a solução
oral
pelo
elevado conteúdo em propilenoglicol; Lopinavir + ritonavir
produtor
o
recomenda
ainda que se evitem
DM
mesmo as cápsulas e comprimidos
pela
toxicidade em estudos animais.
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243
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Loprazolam
V. Benzodiazepinas . Embriotóxica
1º, 2º e 3º
D
em
estudos animais com múltiplos
da
dose
usada no homem. Não há Loratadina
associação
a
malformações
na
BM
espécie humana. Usar apenas
se
for
claramente necessário.
V.
Anti-
histamínicos H1 . Depressão respiratória Lorazepam
nos RNs expostos; V. 3º
DM
Benzodiazepinas . C (risco D se Lornoxicam
V.
Anti-inflamatórios
não esteróides .
usado 3º
doses terapêuticas no 3º trimestre)
Não foi estabelecida a segurança na mulher Losartan
grávida; nos animais 1º, 2º e 3º
D
podem ocorrer lesões e morte de fetos e
244
em
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
RNs;
no
2º
e
trimestre,
3º o
medicamento actua no SRAA
e
pode
provocar
lesões
e
morte fetal; a perfusão renal do feto humano começa
no
2º
trimestre e depende do
desenvolvimento
do SRAA. Evitar; teratogenicidade
em
humanos e animais.
Lovastatina
V.
Inibidores
redutase
da
da
1º
XM
HMG-
CoA . Lutropina alfa
Contra-indicada durante a gravidez.
D
Evitar a menos que Macrogol
seja essencial; não há
CM
informação disponível. Macrólidos Magaldrato
Não há efeitos lesivos para o feto. Não são conhecidos
A B
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245
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
efeitos lesivos para o feto. Não se sabe se a administração IV de curta Magnésio, sulfato
duração
na
eclampsia é inócua, mas
em
dose
excessiva
3º
C
pode
causar
depressão
respiratória neonatal. Não há referências à associação a defeitos congénitos,
mas
a
administração durante a gravidez só deve ocorrer
se
benefícios Maprotilina
os forem
superiores
ao
risco
para o feto; a ser usado
BM
deve
interromper-se semanas
antes
7 da
data prevista para o parto
para
evitar-se
sintomas irritabilidade
246
de para
o
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
RN. Evitar; peso Marijuana
e
redução
do
altura
ao
nascimento; da
atrasos 2º e 3º
aprendizagem
C
e
défices de atenção. Mebendazol
Evitar por toxicidade
CM
em estudos animais. Desconhece-se se é
Mebeverina
perigoso; recomenda-
CM
se evitar. Não usar na gravidez. Meclozina
V.
Anti-histamínicos
C
H1 . Evitar; foram referidas malformações genitais e cardíacas em fetos Medroxiprogesterona
de ambos os sexos. Não há evidência de efeito
adverso
1º, 2º e 3º
D
1º
CM
com
injecção depósito para contracepção. Mefloquina
Teratogenicidade estudos
em
animais;
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247
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
contra-indicada
na
gravidez. Contra-indicado.
Megestrol
V.
Progestagénios .
1º
D
1º
DM
3º
C
3º
C
Só está recomendada Melatonina
como hipnótico depois da menopausa. Evitar; recomenda-se contracepção adequada no homem
Melfalano
e na mulher durante o tratamento
com
o
fármaco. V.
Meloxicam
Anti-inflamatórios
não esteróides .
Melperona
V. Antipsicóticos . O produtor recomenda evitar a menos que seja essencial - em
Memantina
estudos
animais 2º e 3º
verificou-se
redução
C
do crescimento intrauterino. Menotropina
248
Evitar.
C
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Mepivacaína
V. Anestésicos locais. V.
Mequitazina
Mesilato
Anti-histamínicos
H1 .
de
di-
hidroergocriptina
Evitar; em
doses
elevadas
pode
C C
provocar aborto; pode ter efeitos lesivos para 1º, 2º e 3º
D
o feto mas não se sabe
se
é
teratogénico. Mesilato
de
di-
hidroergocristina Mesilato
de
Evitar;
usar
de
precaução
na
D
gravidez. di-
hidroergotamina
Contra-indicada.
D
Evitar; desconhece-se
Mesna
se é perigoso.
Mesoglicano sódico
V. Heparina sódica .
C B
Não foram referidos efeitos teratogénicos, Messalazina
não
obstante
atravessar a placenta em
BM
quantidades
desprezíveis;
usar
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249
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
com precaução.
Mesterolona
Contra-indicada
na
gravidez;
V. 1º
X
Androgénios . O uso crónico leva a dependência neonatal; RN pequeno para a Metadona
idade
gestacional; 1º, 2º e 3º
D
redução do perímetro craneano;
síndrome
de morte súbita. Metamizol magnésico
A
segurança
utilização
está 1º e 3º
D
definida. Contra-indicada;
a
insulina
é
normalmente
o
antidiabético
de
escolha Metformina
não
de
durante
a
gravidez se a dieta 1º, 2º e 3º isolada
não
BM
for
suficiente, para obter níveis de glicemia o mais próximo possível do normal para evitar
250
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
malformações fetais. Metildigoxina
V. Digoxina .
C
Perda Metildopa
fetal
aumentada;
baixo 1º, 2º e 3º
D
peso ao nascimento. Contra-indicada Metilergometrina
para
a indução do parto, no 2º e 3º estádios do
3º
C
parto e na eclâmpsia. Evitar, a menos que o potencial Metilfenidato
benefício
ultrapasse os riscos; experiência
limitada.
Toxicidade
em
C
animais. Metilprednisolona
Metipranolol
V.
Corticosteróides
(sistémicos). V.
1º
CeD
Bloqueadores
adrenérgicos beta Não parece aumentar o
Metoclopramida
risco
de
teratogenicidade.
C
Desconhece-se se é perigosa,
mas
o
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251
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
produtor
recomenda
que se use só se existirem
razões
compelativas. V.
Diuréticos
tiazídicos. usada Metolazona
Não
para
é
tratar
hipertensão
na
D
gravidez; pode causar trombocitopenia neonatal. V. Metopina
H1
Anti-histamínicos ;
não
se 1º e 3º
C
recomenda. Pode causar atraso do crescimento Metoprolol
CM (D se
intrauterino e redução do peso placentar; V.
1º, 2º e 3º
Bloqueadores
usado
no
2º
3º
trimestres)
adrenérgicos beta. Evitar; é teratogénico (anomalias Metotrexato
craniofaciais
e 1º, 2º e 3º
D
digitais); a fertilidade pode
252
ser
e
reduzida
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durante a terapêutica, mas este efeito pode ser
reversível;
produtor
o
recomenda
contracepção durante,
eficaz
e
pelo
menos, até 3 meses após o tratamento no homem e na mulher. Contra-indicado durante o 1º trimestre nas
doentes
tricomoníase, pode
ser
com mas
aceitável
durante o 2º e 3º Metronidazol
trimestres
se
as 1º
BM
terapêuticas alternativas falharam; evitando regimes de alta dosagem. Não há referências
a
malformações. Mexazolam Mianserina
V. Benzodiazepinas . V.
Antidepressores
tricíclicos .
1º, 2º e 3º
D C
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253
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Evitar, por toxicidade em estudos animais; deve Micofenolato mofetil
fazer-se
de contracepção
eficaz
durante o tratamento
1º
D
e até 6 semanas após interrupção
da
terapêutica. Evitar, a menos que seja
essencial.
Pequena Miconazol
quantidade
pode
ser
absorvida
pela
vagina
CM
mas
desconhece-se se é perigosa. O
uso
cesariana Midazolam
efeito
antes
da
tem
um
depressor
no
RN;
DM
V.
Benzodiazepinas . V.
Midodrina
Simpaticomiméticos.
3º
C
Só deve ser usada Milnaciprano
durante a gravidez se o
254
benefício
C
for
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
claramente
superior
ao potencial risco (não demonstrado)
de
teratogenicidade.
V.
Antidepressores. Contra-indicado.
Minociclina
V.
Tetraciclinas .
Minoxidil
Hirsutismo neonatal.
1º, 2º e 3º
D
3º
CM
Evitar por toxicidade em estudos animais; não foram referidas, até Mirtazapina
à
data,
consequências adversas
D
durante
gravidez
a
humana;
toxicidade em estudos animais. Evitar;
estimulante
uterino potente (tem sido Misoprostol
usado
por
induzir o aborto); pode 1º, 2º e 3º ser pode
DM
teratogénico e originar
nado-
mortos. Mizolastina
Evitar;
V.
Anti-
CM
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255
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
histamínicos H1 . Não foi estabelecida a segurança de uso na Moclobemida
gravidez;
V.
Antidepressores inibidores
C
da
monoaminoxidase . Toxicidade estudos Molgramostim
produtor
em
animais;
o
recomenda
evitar, a menos que o benefício
DM
potencial
seja superior ao risco. O produtor recomenda Mononitrato isossorbida
de evitar a menos que o benefício
potencial
CM
seja superior ao risco. Atravessa a placenta; não deve ser usado durante a gravidez, a Montelucaste
não
ser
que
seja
extremamente
CM
necessário, por falta de
estudos
controlados.
256
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Não há referências a malformações com o uso
terapêutico
morfina;
de
depressão
B
respiratória do recém-nascido (de 3º mães sintomas
supressão;
períodos longos ou em doses
toxicodependentes) com
se
usada por
neonatal; dependência Morfina
(D
altas)
de V.
Analgésicos opiáceos . Contra-indicada
na
gravidez; em animais não há evidência de Moxifloxacina
teratogenicidade
ou
redução de fertilidade,
1º, 2º e 3º
D
mas provocou lesões nas
cartilagens
de
suporte. O produtor recomenda Moxonidina
evitar;
não
há
CM
informação disponível. Multivitaminas
Não existem provas
A (o factor
de que o suplemento
de
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risco 257
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
de
vitaminas
possa
varia
prevenir a fenda labial
acordo
e/ou
com
do
palato;
o
de os
suplemento de folatos
excessos
nas
das
primeiras
semanas pode reduzir
vitaminas
o risco de defeitos do
individuais)
tubo neural. Não existe informação disponível;
Mupirocina
evitar,
a
CM
menos que o benefício seja superior ao risco.
Factor Fármaco
Observações
Trimestre de Risco CM
(D,
se usado Nabumetona
V.
Anti-inflamatórios
não
esteróides .
no
3º
trimestre ou perto do parto)
Nadifloxacina
258
Usar de precaução; evitar.
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
V.
Nadolol
Bloqueadores
adrenérgicos
beta.
Nadroparina cálcica Naftidrofurilo
CM
Não constitui risco para o feto.
B
Usar de precaução; evitar.
C
Usar
apenas
se
o
benefício
potencial for superior aos riscos; não deve ser dada à mãe para
Naloxona
reverter os efeitos dos narcóticos
BM
no feto ou no RN, a menos que a toxicidade seja evidente. Naltrexona
Usar
apenas
se
o
potencial
benefício for superior aos riscos.
CM
Contra-indicado na gravidez. V. Nandrolona
Androgénios
e
anabolizantes
D
(8.5.2.). BM
(D,
se usado Naproxeno
V.
Anti-inflamatórios
não
esteróides .
no
3º
trimestre ou perto do parto)
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259
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Evitar; não se dispõe de dados Naratriptano
seguros. V. Agonistas 5-HT1 da
C
serotonina. Evitar; Nateglinida
toxicidade
em
estudos
animais; usar a insulina durante a
D
gravidez em todos as diabéticas. V.
Nebivolol
Bloqueadores
adrenérgicos
beta.
Nedocromil sódico
V. Anti-histamínicos H1 .
CM
C
Não existe informação disponível; Nelfinavir
o produtor recomenda que se use
CM
apenas se for essencial. Não Neomicina
há
malformações
evidência
de
congénitas;
V.
C
Aminoglicosídeos . Não Neostigmina
há
evidência
de
malformações congénitas. Usar apenas se o benefício potencial
CM
for superior ao risco. Netilmicina
V. Aminoglicosídeos .
D
Recomenda-se evitar, mas poderNevirapina
se-á usar se estiver claramente indicada.
260
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CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Não
foram
malformações
encontradas congénitas
mas
pode inibir o parto; toxicidade em
Nicardipina
estudos
animais;
Bloqueadores
da
evitar.
V.
entrada
do
CM
cálcio . Nicergolina
Usar de precaução; evitar.
C
Não se dispõe de informação útil; o produtor recomenda que se use
Nicorandilo
só se não houver uma terapêutica
CM
mais segura. Não
instituir
terapêutica
de
substituição durante a gravidez. A exposição inadvertida de curta duração durante o 1º trimestre não causará provavelmente dano ao
Nicotina
feto.
consideram cuidadosa nicotina
Alguns que de em
a
autores 1º, 2º e utilização 3º
adesivos mulheres
C
de que
consumiam mais de 20 cigarros por dia poderá ter uma relação benefício-risco positiva. Nicotinato alfatocoferol
de
Não se dispõe de informação útil.
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C
261
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Evitar; só deve ser dada à grávida com hipertensão grave que não responde à terapêutica padrão; Nifedipina
risco
de
hipóxia
fetal
por
CM
hipotensão materna; não associar a sulfato de magnésio IV; V. Bloqueadores
da
entrada
do
cálcio . Nilvadipina
V. Bloqueadores da entrada do
CM
cálcio . Hipertensão pulmonar persistente
Nimesulida
do
RN;
redução
do
líquido
amniótico. Não deve ser usado
2º e 3º
C
durante a gravidez. Não foi encontrado aumento de Nimodipina
malformações; V. Bloqueadores
CM
da entrada do cálcio . Não se dispõe de informação útil; o produtor recomenda que se use Nistatina
só se não houver uma terapêutica
B
mais segura; a absorção intestinal é desprezível. Nitrendipina
262
V. Bloqueadores da entrada do cálcio .
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CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Não se recomenda o seu uso
Nitrofural
C
durante a gravidez. Pode provocar hemólise neonatal
Nitrofurantoína no feto com défice em G-6-PD, se 3º
C
usado perto do termo da gravidez. Não parece constituir perigo para Nitroglicerina
o
feto.
Não
existem
dados
B
suficientes que suportem o seu uso em pomada rectal. Evitar na gravidez, se houve uma
Nomegestrol
gravidez ectópica no passado ou
D
a mulher for portadora de quistos ováricos funcionais.
Nonoxinol
V. Espermicidas . Masculinização
Noretisterona
C dos
fetos
femininos e outras malformações; V. Contraceptivos orais .
Norfloxacina
O uso está contra-indicado no 1º trimestre; V. Quinolonas .
1º, 2º e 3º
D
1º
DM
Norgestrel
V. Contraceptivos orais .
1º
XM
Nortriptilina
V. Antidepressores tricíclicos .
1º
D
Fármaco
Observações
Trimestre Factor
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263
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
de Risco Atraso
do
desenvolvimento
fisiológico nos animais; possível Octreotido
efeito
no
crescimento
fetal; 1º, 2º e
recomenda-se que se use apenas 3º se
o
possível
benefício
BM
for
superior ao risco. Não parece estar associada a um Ofloxacina
risco acrescido de malformações;
CM
V. Quinolonas . A utilização terá em conta a natureza e a gravidade da doença de base; o produtor recomenda Olanzapina
que se use apenas se o benefício 3º
BM
potencial for superior aos riscos; letargia
neonatal;
tremor
e
hipertonia no RN. Olmezartan medoxomilo
O produtor recomenda evitar; V. Antagonistas dos receptores da angiotensina
Olopatadina
V. Anti-histamínicos H1 .
Ómega-3
Usar
ácido,
potencial for superior ao risco.
etilésteres
Não se dispõe de informação útil.
264
apenas
se
o
1º, 2º e 3º 1º e 3º
D
C
benefício
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CM
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Toxicidade em estudos animais; Omeprazol
os estudos em humanos levam a
CM
aceitar não ser teratogénico na espécie humana.
Omoconazol Ondansetrom
Evitar. Usar
1º apenas
se
o
benefício
potencial for superior aos riscos.
D BM B (C, se
Opiáceos
São indutores de toxicidade fetal
usados
sem
por
disgénese;
depressão
respiratória neonatal; efeitos de
períodos
supressão
longos
em
RN
de
mães 3º
dependentes; estase gástrica e
ou
em
risco de pneumonia por aspiração
doses
na mãe durante o parto.
altas
a
termo) Não se dispõe de informação útil;
Orlistato
usar com precaução.
Oseltamivir Oxatomida Oxazepam Oxcarbazepina
Evitar. Evitar;
CM CM
não
foi
definida
a
segurança na grávida. V. Benzodiazepinas (Diazepam) . Risco de teratogénese, incluindo alterações do tubo neural. V.
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C D D
265
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Antiepilépticos
e
anticonvulsivantes. Oxerrutinas
Evitar; usar apenas se não houver
C
alternativas.
Oxibuprocaína Usar com precaução.
C
Toxicidade em estudos animais; Oxibutinina
usar
apenas
se
o
CM
benefício
potencial for superior ao risco. Oxifedrina
Não se conhecem os efeitos na
C
gravidez. Pode causar constrição dos vasos
Oximetazolina
uterinos com redução do fluxo sanguíneo,
hipóxia
fetal
C
e
bradicardia. Oxitetraciclina V. Tetraciclinas .
Oxitocina
Contra-indicada.
1º,
2º e
3º 1º, 2º e 3º
D
D
Experiência de uso limitado na Oxitriptano
gravidez, pelo que se recomenda
C
evitar. Oxolamina
266
Usar apenas se indispensável; não existe informação disponível.
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C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Fármaco
Observações Evitar.
Trimestre
Factor
de
Risco
Toxicidade
em estudos animais; usar apenas se o benefício for Paliperidona
potencial
superior
ao
risco. Se
for
CM
necessário interromper durante a gravidez, reduzir progressivamente. V. Antipsicóticos. Evitar por falta de Palonossetrom
informação
C
disponível. Pancreatina
Desconhece-se se é perigosa. Evitar;
Pangamato de cálcio
não
A
existe
informação
C
disponível. Fetotóxico Pantoprazol
animais;
em produtor
D
recomenda evitar-se Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
267
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
a
menos
que
benefício seja
o
potencial
superior
aos
riscos. Não há evidência de malformações; doses elevadas por períodos prolongados podem causar renal
doenças ou
hepática
fetal Paracetamol
de 2º e 3º
consequências
B
fatais; a combinação com
a
di-
hidrocodeína é de evitar na gravidez, em especial junto ao parto pelo risco de síndrome
de
privação. O uso crónico como laxante pode levar a Parafina líquida
reduzida
absorção
de
vitaminas
CM
lipossolúveis.
268
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Evitar, com Paricalcitol
de
acordo
o
produtor;
toxicidade
em
C
estudos animais. V. Vitamina D. Parnaparina sódica
Desconhece-se se é
C
perigosa. Dificuldade respiratória, hipoglicemia, icterícia,
Paroxetina
de
síndrome supressão
neonatal.
CM
V.
Antidepressores inibidores
da
recaptação
da
serotonina . Peginterferão alfa-2a
Peginterferão alfa-2b
Evitar. V. Interferões
D
. Evitar. V. Interferões
D
.
Pegvisomant
Contra-indicado.
Penciclovir
Não deve ser usado,
1º, 2º e 3º
D C
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269
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
a
menos
benefício
que
o
potencial
ultrapasse o possível risco. Evitar se possível; cútis laxa e outras Penicilamina
malformações congénitas, referidas
1º, 2º e 3º
D
raramente. Penicilinas
Não há risco fetal.
B
Referências limitadas ao seu uso durante a gravidez; Penicilinas Inibidores lactamases beta
+ evitar, a menos que das o
benefício
C
potencial ultrapasse o possível risco. V. Inibidores
da
lactamase beta. Pentoxifilina
Evitar.
CM
Perfenazina
V. Antipsicóticos .
C
Evitar, usar apenas Pergolida
se
o
benefício
D
potencial for superior
270
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
ao possível risco. V. Perindopril
Inibidores
da
enzima
de
conversão
da
D
angiotensina . Permetrina Peróxido de benzoílo
Evitar. Usar
com
precaução. Usar
Picetoprofeno
C
apenas
C
em
caso de necessidade
C
imperiosa. Picossulfato de sódio Pidolato de cálcio + Colecalciferol
Usar
com
precaução. Aceitável.
C
Toxicidade
em
estudos Pilocarpina
evitar;
C
animais; é
estimulante
um
C
do
músculo liso. Pimecrolímus
Contra-indicado.
D
Pimozida
V. Antipsicóticos .
C
Pioglitazona
Toxicidade
em
CM
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271
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
estudos animais; o produtor recomenda evitar; a insulina é normalmente usada em
todos
os
diabéticos durante a gravidez. Piperacilina
V. Penicilinas . O
A
produtor
recomenda que se Piperacilina Tazobactam
+ use
o
tazobactam
apenas
quando
potencial
C
o
benefício
for superior ao risco. Não
há
clínica mas Piperazina
evidência
de o
perigo,
RCM
do
produto avisa de que deve
ser
evitada
1º
B
durante a gravidez, excepto com receita médica. Piracetam Pirantel
272
O
produtor
recomenda evitar. Evitar.
CM C
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Deve ser usada só Pirazinamida
nos
primeiros
meses
2 de
2º e 3º
C
tratamento. Só utilizar tendo em Pirenoxina
conta
a
relação
C
benefício risco. Usar
com
precaução;
Piribedil
pouca
informação
C
disponível. A (C se for usado Piridoxina
em
Compatível com a
doses
gravidez.
superiores às necessidades diárias)
Não Pirissudanol
existem
referências ao seu uso
durante
a
C
gravidez, evitar. Não foram referidos Piritinol
efeitos tóxicos sobre o
feto,
mas
o
CM
produtor recomenda Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
273
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
evitar. Contra-indicado
Pirlindol
na
D
gravidez.
B V. Anti-inflamatórios
Piroxicam
não esteróides .
(D,
usado no 3º 3º
trimestre
ou
perto
do
parto) Pivmecilinam
V. Penicilinas. Não
Plantago afra
deve
administrado
A ser a
C
grávidas. Não Plantago ovata
deve
administrado
ser a
C
grávidas. Não há referências Policresuleno
ao uso do fármaco
C
na gravidez. Não
existe
informação Polistireno de sódio
sulfonato disponível;
o
produtor recomenda
C
que se use apenas se
274
o
se
benefício
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
potencial for superior ao possível risco. Não foi observada Polimixina B
associação
a
B
malformações congénitas. Não se conhecem contra-indicações para
a
forma
de
aplicação oftálmica; Povidona
em
outras 2º e 3º
D
aplicações pode ser absorvido
iodo
suficiente
para
afectar a tiróide fetal. Não
se
conhece
qualquer Pranoprofeno
indicação
contrapara
a
C
forma de aplicação oftálmica. Contra-indicado Pravastatina
durante a gravidez; V. Estatinas .
Prazepam
V. Benzodiazepinas .
1º, 2º e 3º 1º, 2º e 3º
XM
D
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275
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Risco reduzido para o
feto
em
desenvolvimento; V. Prednisolona
Corticosteróides (intranasais
e
inalados)
e
C ou D
V.
Corticosteróides (sistémicos). Risco de atraso do crescimento Prednisona
intra-
uterino
em
tratamento sistémico prolongado.
D
V.
Corticosteróides. Toxicidade estudos
em animais;
recomenda-se evitar Pregabalina
a
menos
benefício seja
que
o
DM
potencial
superior
aos
riscos. V.
Fenobarbital
;
fazer profilaxia com Primidona
vitamina
K
D
(fitomenadiona) pela supressão dos 276
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
factores
da
coagulação dependentes
da
vitamina K. Procaterol
V. Formoterol . Se
tomados
1º e 3º
D
1º
D
pela
mãe à 8ª semana ou mais de concepção
Progestagénios
podem
provocar
virilização
do
fêmea,
um
feto efeito
dependente da dose. Antes semanas
das não
8 há
efeito virilizante. Desconhece-se se é Progesterona
perigosa; usa-se no
D
aborto repetido. Não se aconselha o Proglumetacina
seu uso durante a
CM
gravidez. Promegestona Promestrieno
Contra-indicada
na
gravidez. Não foi observado
D B
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277
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
efeito sistémico após aplicação vaginal do produto,
pelo
que
não está interdito em caso de gravidez. V. Anti-histamínicos
Prometazina
H1 . Evitar;
Propafenona
não
1º e 3º
C
existe
informação
CM
disponível. As
reacções
adversas, entre as Propifenazona Cafeína
+
quais
reacções
cutâneas
e
C
nefrotoxicidade desaconselham
o
seu uso na grávida. Em
comparação
com os antitiróideus é Propiltiouracilo
considerado
fármaco de escolha no
tratamento
do
hipertiroidismo gravidez menor
278
o 2º e 3º
D
da
(usar
a
dose
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
possível); bócio
referidos
congénito
e
hipotiroidismo. Propinoxato
O
3º
C
produtor
recomenda Propiverina
1º, 2º e
V. Espasmolíticos .
evitar;
redução
do 1º, 2º e
desenvolvimento esquelético
3º
DM
em
estudos animais. Tem sido associado a
atraso
do
crescimento intrauterino, bradicardia
e
hipoglicemia Propranolol
neonatais; o risco é maior na hipertensão grave.
Deve
suspenso
1
ser a
CM 2º e 3º
(D
se
usado no 2º e 3º trimestres)
2
semanas antes do parto
V.
Bloqueadores adrenérgicos beta.
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279
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Proteínosuccinilato de ferro
Não há referência a qualquer
contra-
B
indicação.
Prulifloxacina
1º, 2º e
V. Quinolonas.
3º
D
Encerramento defeituoso da parede
Pseudoefedrina
abdominal
referido
1º
D
em RN.
Factor Fármaco
Observações
Trimestre de Risco
Quetiapina
Usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos.
Quimotripsina Não há dados disponíveis.
C
V. Inibidores da enzima de conversão
Quinapril
da angiotensina . As
Quinolonas
fluoroquinolonas
evitadas
devem
DM
ser
durante a gravidez, na
ausência de dados específicos que documentem a sua segurança.
280
CM
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C
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Fármaco
Observações
Trimestre
Factor
de
Risco
Recomenda-se evitar; não Rabeprazol
existe
informação
C
disponível. Contra-indicado na grávida. Em animais observaram-se 1º, 2º e
Raloxifeno
abortos, defeitos do septo 3º
D
ventricular, hidrocefalia. V. Inibidores da enzima de
Ramipril
conversão da angiotensina .
Ranelato
de
estrôncio
Ranitidina
Contra-indicado na grávida. Desconhece-se
se
perigosa;
produtor
o
DM
D
é
recomenda evitar, a menos
BM
que seja essencial. A Rasagilina
segurança
estabelecida;
não o
está
produtor
CM
recomenda precaução. Evitar Reboxetina
por
falta
de
informação disponível; interromper
o
CM
uso, se ocorrer gravidez. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
281
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Usar na gravidez apenas se está Retapamulina
claramente
terapêutica
indicada
antibacteriana
C
tópica e for preferível à administração
de
um
antibacteriano sistémico. Reteplase
V. Fibrinolíticos.
Retinóides
Teratogénicos.
1º, 2º e 3º 1º
D X
As doses excessivas são teratogénicas em animais,
Retinol
mas é pouco provável que
A (X, se usada
seja perigoso em doses
em
terapêuticas;
superiores
o
défice
necessidades
probabilidade
diárias - acima
de
transmissão do VIH da mãe
de
para o feto e atraso do
UI/dia)
vida. O excesso de vitamina A (retinol)
(vitamina A)
pode
malformações
causar fetais;
a
C
grávida não deverá tomar mais de 2.000 UI diárias.
282
às
materno pode aumentar a
crescimento no 1º ano de
Retinoler
doses
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8.000
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Reviparina sódica
Recomenda-se evitar; não existe
informação
B
disponível. Evitar;
teratogénica
praticamente
todas
espécies
estudadas;
assegurar Ribavirina
em as
contracepção
eficaz
durante
administração durante
6
oral meses
e
1º
XM
após
tratamento na mulher e 7 meses após tratamento no homem. Rifamicina
Não usar na gravidez.
C
Evitar; as doses elevadas são
teratogénicas
em
estudos animais; risco de hemorragia Rifampicina
neonatal
se
administrada no 3º trimestre 1º e 3º por
CM
hipoprotrombinemia.
Dar
vitamina
K
(fitomenadiona) à mãe e ao bebé. Rilmenidina
Não efeitos
foram
encontrados
teratogénicos
ou
CM
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283
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
embriotóxicos nos animais, mas deve ser evitada. Não
Riluzol
há
informação
disponível. Evitar.
C
Não há estudos na mulher grávida e só deve ser usada se os potenciais benefícios Rimexolona
para a mãe justificarem o risco
potencial
para
CM
o
embrião ou o feto; vigiar sinais de hipoadrenalismo. Risedronato
Não pode ser usado. V.
de sódio
Bifosfonatos . Não
existem
D
estudos
apropriados
que
documentem o risco destes Risperidona
fármacos na gravidez; a
CM
utilização terá em conta a natureza e gravidade da doença de base. Não Ritonavir
existe
informação
disponível; usar apenas se o
benefício
potencial
BM
ultrapassar os riscos.
284
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Toxicidade Rivaroxabano
em
animais.
O
estudos produtor
C
recomenda evitar. Usar apenas se o benefício Rivastigmina
potencial for superior aos
C
riscos. Rizatriptano
V.
Agonistas
5-HT1
na
gravidez. Toxicidade
Rosiglitazona
C
serotonina. Contra-indicado
Ropinirol
da
em
1º
D
estudos
animais; evitar; a insulina é
C
o antidiabético de escolha durante a gravidez. 1º, 2º e
Rosuvastatina V. Estatinas .
Roxitromicina
Possível
3º
hepatoxicidade
materna. Toxicidade
em
XM
B
estudos
animais; usar apenas se o Rufinamida
benefício
potencial
ultrapassar os riscos; usar
CM
contracepção eficaz durante o tratamento. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
285
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Desconhece-se
a
segurança
a
durante
gravidez; só deve ser usado Rupatadina
durante a gravidez quando os
potenciais
justifiquem
os
C
benefícios possíveis
riscos. V. Anti-histamínicos H1 .
Fármaco
Observações
Trimestre
Factor de Risco
Probióticos Saccharomyces
regularizadores da flora
boulardii
intestinal,
BM
considerados
seguros. Usado por inalação reduzse a exposição fetal; se Salbutamol
ocorre associar
agravamento, um
corticóide
3º
B
inalado. Usa-se no parto prematuro. C (D, se Salicilatos
V. Ácido acetilsalicílico .
usado no 3º trimestre
286
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
ou
perto
do termo) Não se dispõe de dados suficientes para fazer uma avaliação; o uso só deve Salmeterol
ser
considerado
se
o
C
benefício esperado para a mãe
for
superior
ao
possível risco para o feto. O Saquinavir
produtor
usar
recomenda
apenas
benefício
se
o
potencial
for
BM
superior aos riscos. Não deve ser utilizada durante Saxagliptina
a
menos
gravidez que
a
seja
C
claramente necessário. V. sulfonilureias. Não foi demonstrada a sua
inocuidade
em
mulheres grávidas; usar Secnidazol
apenas
se o benefício
C
potencial for superior ao possível
risco
para
o
embrião ou o feto. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
287
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
V. Selegilina
Antidepressores
inibidores
da 2º e 3º
DM
monoaminoxidase . Não
há
referência
a
fetal
ou
toxicidade Sene
teratogenicidade, mas não deve
ser
usado
C
na
grávida. Senosido
A
Senosido B
+
Não devem ser usados na grávida a não ser com
C
precauções especiais. Evitar; não há referência
Serrapeptase
ao seu uso durante a
C
gravidez. Não está demonstrada a sua
inocuidade
em
mulheres grávidas; usar Sertaconazol
apenas após avaliação da relação
C
benefício
potencial/risco
possível
para o feto. Evitar. Restringir o uso a Sertindol
doentes
intolerantes
a
DM
outro antipsicótico.
288
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Evitar; não há dados que suportem
um
risco
teratogénico em animais, mas
diminuição
sobrevivência
Sertralina
da
neonatal
após
administração
a
ratas
fêmeas;
V.
CM
Antidepressores inibidores da
recaptação
da
serotonina . Usar Sevelâmero
apenas
benefício
se
potencial
o for
CM
superior aos riscos. O Sildenafil
produtor
evitar.
recomenda
Toxicidade
em
D
estudos animais. Evitar; não há referência Silimarina
C
ao seu uso durante a gravidez.
Simpaticomiméticos beta
Hipoglicemia neonatal.
3º
C
V. Estatinas ; não deve Sinvastatina
ser
usado
gravidez
durante -
a 1º, 2º e
anomalias 3º
XM
congénitas; as mulheres a Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
289
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
tomar sinvastatina antes da
concepção,
devem
interromper a terapêutica se quiserem engravidar, ou suspender logo que se confirme a gravidez. Não existem dados de uso Sirolimus
na gravidez pelo que não
CM
se recomenda o seu uso.
Sitagliptina
Toxicidade
em
estudos
animais;
o
produtor
recomenda
evitar;
a
insulina deve substituir a sitagliptina
durante
CM
a
gravidez. O Solifenacina
produtor
recomenda
usar de precaução por falta
de
informação
CM
disponível. Somatostatina
Não
existem
dados
disponíveis.
C
Não existe informação útil, Somatropina
mas conhece-se o risco teórico;
interromper
medicação
290
se
a
D
ocorrer
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
gravidez. B (D se V.
Sotalol
Bloqueadores
adrenérgicos beta.
usado no 1º e 3º
2º mês e 3º trimestre)
Não existem provas de que represente risco para
Sucralfato
BM
o feto ou a grávida com função renal normal.
Sulfadiazina Sulfametoxazol Trimetoprim
V. Sulfonamidas . +
B
Malformação espinhal.
1º
Risco teórico de hemólise neonatal; Sulfassalazina
devem
administrados suplementos
ser
à de
mãe 3º folatos
em dose adequada.
X
D,
se
usado perto
do
termo
Deve provavelmente ser Sulfato de magnésio evitado
durante
a
C
gravidez. Hemólise Sulfonamidas
neonatal,
metahemoglobinemia icterícia;
o
receio
e 3º de
B (D se usado perto
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
do
291
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
aumento
de
risco
de
termo)
icterícia nuclear no RN parece ser infundado. Hipoglicemia neonatal; a insulina é o antidiabético de escolha na diabetes da Sulfonilureias
grávida; a serem usados 3º antidiabéticos orais estes deverão
ser
suspensos
B (D se usadas perto termo)
dois dias antes do parto. Desconhece-se se causa agressão
Sulfureto de selénio
fetal
quando
administrado
à
grávida;
deve
só
mulher ser
usado na gravidez quando claramente necessário e
C
não deve ser usado para o tratamento
da
Tinea
versicolor durante
a
gravidez. Sulodexida
Evitar. Não
Sulpirida
C foi
acção estudos
demonstrada
teratogénica animais;
em pesar
C
em cada caso o benefício
292
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
do
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
potencial risco
e
o
para
o
possível feto;
V.
Antipsicóticos . Evitar; V. Agonistas 5-
Sumatriptano
Fármaco
CM
HT1.
Observações
Trimestre
Factor de Risco
Não há informação disponível; Tacalcitol
evitar, a menos que não haja
C
alternativa segura disponível. Tacrolímus
Toxicidade
estudos
animais; evitar. Não
Tadalafil
em
está
utilização
indicado na
C
para
mulher.
V.
Sildenafil . Não
foi
utilização estudos Tafluprost
toxicidade
estudada na
a
grávida;
animais
os
revelaram
reprodutiva,
desconhecendo-se
sua
o
mas risco
CM
potencial no ser humano, não deverá ser usado durante a gravidez,
a
não
ser
em
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
293
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
situações
absolutamente
necessárias. Evitar; possíveis desenvolvimento Tamoxifeno
usar-se
efeitos fetal;
contracepção
no
deve eficaz
durante o tratamento e durante
1º, 2º e 3º
DM
2 meses após suspensão. Não
Tansulosina Tegafur
indicado
para
utilização na mulher. +
Uramustina
está
1º, 2º e
Contra-indicado na gravidez.
3º
X
Usar apenas se o benefício Teicoplanina
potencial
for
superior
ao
CM
possível risco. Toxicidade Telitromicina
em
estudos
animais. Usar apenas se o benefício potencial for superior
DM
ao risco. Estudos animais não indicam efeito Telmisartan
teratogénico,
mas
fetotoxicidade. Não deve ser 1º, 2º e administrado
durante
o
1º 3º
D
trimestre, mas também no 2º e 3º porque os fármacos que
294
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
actuam
no
sistema
renina-
angiotensina-aldosterona podem causar danos e mesmo morte
do
feto
em
desenvolvimento. Estudos em ratos revelaram reabsorções Temazepam
incidência
aumentadas, de
costelas
D
rudimentares; encefalia, fusão e assimetria das costelas em coelhos; V. Benzodiazepinas .
Tenecteplase
V. Estreptoquinase .
Teniposido
V. Ciclofosfamida .
Tenofovir
Contra-indicado na gravidez.
Tenoxicam
V.
Anti-inflamatórios
CM 1º 1º, 2º e 3º
não
esteróides .
D D
C
Possível irritabilidade neonatal e
apneia;
preocupação Teofilina
efeitos
há quanto
depressores
alguma aos das 3º
C
xantinas na síntese de lípidos e dos sistemas neuronais em desenvolvimento.
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295
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Não há referências ao uso Terazosina
deste
fármaco
gravidez.
V.
durante
a
CM
Bloqueadores
adrenérgicos alfa. Usou-se para prevenir o parto Terbutalina
prematuro, mas não se indica actualmente; evitar as infusões
3º
BM
contínuas. Teriparatida
Evitar.
C
V. Bloqueadores adrenérgicos
Tertatolol
CM
beta. V.
Testosterona
Androgénios
;
masculinização do feto do sexo feminino. Coloração dentes
e
da
alteração ósseo;
defeitos 1ª
do
dentição
crescimento
possibilidade
podem
capacidade
D
e de
hipoplasia dos membros, pé boto;
3º
dos
hipospádias, hérnia inguinal ou Tetraciclinas
1º, 2º e
modificar fertilizante
a
1º, 2º e 3º
D
do
homem e reduzir a eficácia dos contraceptivos
orais
por
inibirem a hidrólise bacteriana
296
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
dos esteróides conjugados no intestino; toxicidade hepática materna com doses elevadas por via parentérica. Há referências de abortos e Tetracosactido
malformações grávidas
fetais
tratadas
em com
1º
D
tetracosactido. Só deve ser usada durante a Tetrizolina
gravidez,
após
correcta
avaliação da relação risco-
C
benefício. O produtor recomenda evitar a Tiagabina
menos
que
o
benefício
potencial seja superior
aos
DM
riscos. Aplasia
cutis;
o
propiltiouracilo deverá ser o Tiamazol
fármaco de escolha; a ser
D
usado, deve ser dada a menor dose possível. Tianeptina Tiaprida
Evitar;
não
há
informação
disponível. Não existem dados sobre os 3º
C C
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297
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
efeitos da tiaprida nas funções cerebrais do feto; em RNs de mães tratadas com doses altas só raramente foram descritos efeitos extrapiramidais; limitar a duração de uso durante a gravidez. No 1º trimestre podem causar um
aumento
do
malformações outros
Tiazidas
e
análogos
risco
de
congénitas;
riscos
incluem
hipoglicemia,
hiponatremia,
hipocaliemia,
trombocitopenia
e
morte
por
complicações
maternas; efeito directo sobre
1º, 2º e 3º
D
o músculo liso com inibição do parto;
evitar
durante
gravidez,
a
excepto,
eventualmente, na insuficiência cardíaca. Tibolona
Contra-indicada. Toxicidade
em
D estudos
animais; o produtor recomenda Ticlopidina
evitar;
usar
só
durante
a
C
gravidez se for absolutamente necessária. 298
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Não se dispõe de informação
Tilactase
C
útil.
CM (D, se V. Bloqueadores adrenérgicos
Timolol
beta.
2º e 3º
usado no 2º
e
3º
trimestres) Recomenda-se evitar no 1º
Tinidazol
trimestre.
Tinzaparina sódica
1º
CM
Recomenda-se evitar, a não ser que não haja alternativa
B
mais segura. Evitar; foi associado a efeitos teratogénicos
em
estudos
Tiocolquicosido animais com doses elevadas,
C
não se dispondo de dados em humanos. Tioconazol
Recomenda-se evitar. Toxicidade
Tipranavir
em
CM estudos
animais; evitar; usar apenas se o
benefício
potencial
C
ultrapassar o possível risco. Não se dispõe de informação; Tirofibano
o produtor recomenda só usar
CM
quando o benefício for superior Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
299
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
ao risco. Não foram descritos efeitos embriotóxicos ou teratogénicos em animais, mas não existem Tiropramida
estudos
na 1º
controlados
C
grávida; usar só se houver reconhecida
necessidade
e
sob vigilância médica. V. Levotiroxina sódica .
Tiroxina
Não se dispõe de informação; Tizanidina
usar
apenas
quando
o
CM
benefício for superior ao risco. C (D, de Tobramicina
acordo
V. Aminoglicosídeos .
com produtor)
Evitar;
a
benefício Tolterrodina
menos
que
potencial
o seja
superior aos riscos; toxicidade
D
em estudos animais e não existem estudos na grávida. Evitar, Topiramato
benefício
a
menos potencial
que
o seja
D
superior aos riscos; toxicidade
300
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
o
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
em estudos animais e não existem estudos na grávida. V. Antiepilépticos. Topotecano
Teratogenicidade e perda fetal em estudos animais. Evitar,
Toxina botulínica A
a
menos
essencial;
que
1º
seja
toxicidade
em
D
estudos animais. Embriotóxico
em
estudos
animais; deve ser evitado no
Tramadol
D
início
da
gravidez;
CM
V.
Analgésicos opiáceos . Tramazolina
Trandolapril
Nunca
foram
evidenciados
V. Inibidores da enzima de
DM
conversão da angiotensina .
Travoprost
Evitar durante a gravidez.
Trazodona
V. Antidepressores tricíclicos .
Trepibutona
B
efeitos nocivos na gravidez.
1º, 2º e 3º
Desconhece-se se é perigosa, evitar.
Tretinoína
Teratogénico;
(sistémica)
contracepção eficaz, desde 1 3º
deve
usar-se 1º, 2º e
D CM C
X
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301
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
mês antes do tratamento oral, durante e pelo menos 1 mês após suspensão. Se não forem usados pensos oclusivos, a absorção cutânea Tretinoína (tópica)
é
reduzida;
têm
entanto,
sido,
no
referidas
malformações congénitas após
1º, 2º e 3º
DM
uso tópico, provavelmente por maior absorção. Foi
encontrada
associação Tri-hexifenidilo
malformações
uma
possível
a
minor
num 1º
DM
grupo de grávidas. O produtor recomenda evitar. É teratogénica em animais; em humanos foi referido atraso do Triamcinolona
crescimento
fetal;
V.
D
Corticosteróides (intranasais e inalados)
e
Corticosteróides
(sistémicos). Triazolam Triflusal
302
V. Benzodiazepinas. Não se recomenda o seu uso na gravidez.
1º
DM C
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COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
O seu efeito na mulher grávida não está estabelecido, pelo Trimebutina
que não deve ser usado nos 1º três
primeiros
meses
C
de
gravidez. Trimetazidina
Desconhece-se se é perigosa,
Risco Trimetoprim
C
evitar. teórico
de
teratogenicidade
por
antagonista
folatos;
dos
ser é
1º
CM
provavelmente seguro. Foi
admitida
uma
possível
associação com malformações Trimipramina
com base num grupo de 5
C
crianças; V. Antidepressores tricíclicos . Não Triprolidina
há
evidência
de
malformações congénitas; V.
CM
Anti-histamínicos H1 . Experiência
limitada;
o
produtor recomenda evitar a
Triptanos
não ser que o benefício seja
C
superior ao risco. Triptorrelina
Os
produtores
recomendam
CM
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303
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
evitar. Não deverá ser usado; foram Tromantadina
referidos efeitos embriotóxicos 1º, 2º e e teratogénicos em estudos 3º
D
animais. Tropissetrom
Toxicidade
em
estudos
C
animais; evitar.
Factor Fármaco
Observações
Trimestre de Risco
Ubidecarrenona
Não se dispõe de informação útil.
C
Urofolitropina
Evitar.
C
Uroquinase
V. Estreptoquinase .
BM
Ursodesoxicólico, Não há evidência de perigo, mas ácido
recomenda-se evitar.
1º
BM
Não existem dados disponíveis de uso em mulheres grávidas; os estudos animais não revelaram Ustecinumab
efeitos
nefastos,
mas
por
precaução deve ser evitado o seu
uso
na
gravidez
e
as
mulheres em risco de engravidar
304
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
C
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
devem
usar
um
método
contraceptivo eficaz durante o tratamento e até 15 semanas após o tratamento.
Fármaco
Observações
Trimestre
Factor de Risco
Vacina contra a Usar durante a gravidez só difteria
e
o quando o risco de infecção
meningococo
C
materna é elevado. O uso é recomendado nas
Vacina contra a grávidas em risco a quem difteria, o tétano faltam as primeiras séries de e
a tosse imunizações ou nos quais o
convulsa
C
reforço foi dado há mais de 10 anos. A mulher com risco elevado de
Vacina contra a gripe
complicações
deve
ser
vacinada antes do início da
CM
época, qualquer que seja o estadio de gravidez.
Vacina contra a hepatite A
Pode
ser
administrada
à
grávida com elevado risco de
CM
infecção.
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
305
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
Vacina contra a Pode
ser
administrada
à
hepatite A e a grávida com risco de infecção hepatite B
CM
elevado.
Vacina contra a É preferível a administração hepatite B Vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b Vacina contra o meningococo Vacina contra o papilomavírus humano
CM
após o 1º trimestre. Não foram observados efeitos
CM
adversos no RN. Usar durante a gravidez só quando o risco de infecção
C
materna é elevado. Não é oportuna a vacinação durante a gravidez.
Vacina
O
pneumocócica
vacinação prevê uma dose
conjugada
única aos 13 meses de idade.
esquema
usual
de
Vacina pneumocócica
Pode ser usada na grávida.
CM
poliosídica Vacina contra o Não é oportuna a vacinação rotavírus
durante a gravidez
Vacina contra o sarampo 306
V. Vacinas vivas.
1º
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
X (C de acordo
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
com
o
produtor) Vacina contra a varicela
V. Vacinas vivas.
1º
CM
1º
CM
Vacina inactivada contra
a
encefalite provocada picada
por
Só
usar
após
cuidadosa
avaliação benefício-risco.
de
carraça Risco teórico de malformações Vacinas
vivas congénitas,
(sarampo, parotidite
mas
necessidade
de
a
vacinação
e pode exceder o possível risco
rubéola)
para o feto (caso da febre amarela).
Vacinas de vírus atenuados
As
vacinas
correntemente
vivas
usadas
não
B
causam efeitos teratogénicos.
Valaciclovir
Aceitável.
CM
Valeriana
Não se sabe se é perigosa.
C
Valproato semi- Risco de malformações, atraso sódico
do
desenvolvimento,
1º e 3º
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X
307
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
hemorragia
e
toxicidade
hepática neonatal; a mulher que
engravida
avisada
deve
das
possíveis
consequências, por
ser
aconselhada
especialista
e
vigiada
(medida da alfa-fetoproteína e ultra-sonografia no segundo trimestre). V. Antiepilépticos. V.
Valsartan
Antagonistas
dos
D
receptores da angiotensina . Não
Vardenafil
está
utilização
indicado na
mulher.
para V.
Sildenafil. Toxicidade Vareniclina
em
estudos CM
animais; o podutor recomenda evitar. Ossos
nasais
hipoplásticos;
condrodisplasia; malformações no SNC; risco de hemorragia; Varfarina
se for suspensa antes da 6ª semana de gestação evitar-se-
1º e 3º
á o risco de anomalias fetais; interromper o uso, 1 mês antes do
308
parto;
baixo
peso
de
Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
D
COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC 2012 – MANUAL DE PSIQUIATRIA
nascimento,
embriopatia,
morte fetal. Evitar, se possível durante toda a gravidez. Fazer profilaxia parto
imediata com
após
vitamina
o K
(fitomenadiona). Venlafaxina
Não
há
aumento
de
malformações major.
CM
V. Bloqueadores da entrada do cálcio ; não há referência a malformações Verapamilo
mas
deve
evitar-se a administração no 1º 1º
CM
trimestre; pode reduzir o fluxo sanguíneo uterino com hipóxia fetal. Malformações congénitas em 14,5%
das
expostas Vigabatrina
gravidezes (abortos
espontâneos); só deve ser 1º, 2º e usado durante a gravidez se 3º
D
for absolutamente necessário; pode reduzir o fluxo sanguíneo uterino com hipoxia fetal. Vildagliptina
Contra-indicada.
V.
Sitagliptina.
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C
309
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Vinburnina
Vinpocetina
Evitar.
Não
se
dispõe
de
C
informações úteis na gravidez. Evitar.
Não
se
dispõe
de
C
informações úteis na gravidez. O excesso de vitamina A pode
Vitamina A
causar malformações fetais; a grávida não deverá tomar mais
1º
C
de 2000 UI diárias. Vitamina D
Em
doses
elevadas
teratogénica nos animais.
é 1º, 2º e 3º
D
Factor Fármaco
Observações
Trimestre de Risco
Xilometazolina V. Oximetazolina .
C
Xipamida
D
V. Diuréticos e V. Tiazidas .
Factor Fármaco
Observações
Trimestre de Risco
Não constitui opção de escolha, mas Zafirlucaste
não
parece
ser
teratogénico
na
gravidez; o produtor recomenda que
310
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CM
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se
use
apenas
se
o
benefício
potencial for superior aos riscos. Não Zanamivir
há
informação;
o
produtor
recomenda que se use apenas se o
CM
benefício potencial for superior aos riscos. Usa-se na prevenção da transmissão materno-fetal de VIH com poucos efeitos adversos nos RN; o produtor
Zidovudina
recomenda reduzir a dosagem para 300-400 fracções
mg/dia, ou
via
1
oral
mg/Kg
em
CM
3
IV,
3-4
sobre
as
uso
na
vezes/dia. Não Ziprasidona
existem
consequências
dados do
seu
C
gravidez. Zofenopril
Zolmitriptano
V. Inibidores da enzima de conversão 1º, 2º e da angiotensina.
3º
Evitar; não se dispõe de dados seguros.
D
C
Não são conhecidos efeitos adversos Zolpidem
no feto ou no RN após exposição ao
BM
zoldipem durante a gravidez. Zonisamida
Toxicidade em estudos animais; usar
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CM
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apenas
se
o
benefício
potencial
ultrapassar o possível risco; deve usar-se contracepção eficaz durante o tratamento e mais 4 semanas uma vez este terminado. Evitar; Zotepina
não
referências
do
foram uso
localizadas do
fármaco
C
durante a gravidez.; V. Antipsicóticos . V.
Antipsicóticos
;
não
foram
Zuclopentixol localizadas referências ao uso do fármaco durante a gravidez.
312
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C
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24. BARBITÚRICOS E GRAVIDEZ Em 1903 é lançado o primeiro medicamento barbitúrico com o nome comercial de Veronal. Esta síntese foi realizada pelos cientistas alemães Emil Hermann Fischer e Joseph von Mering. Em 1912 é lançado o fenobarbital com o nome comercial de Luminal, como sedativo-hipnótico. Os barbitúricos eram usados de maneira até irresponsável no Brasil. Vários medicamentos para dor de cabeça, além da aspirina, continham também um barbitúrico qualquer. Assim, os antigos como Cibalena®, Veramon®, Optalidom®, Fiorinal® etc. tinham o butabarbital ou secobarbital (dois tipos de barbitúricos) em suas fórmulas. O uso abusivo que se registrou – muita gente usando grandes quantidades, repetidamente – de medicamentos, como o Optalidon® e o Fiorinal®, levou os laboratórios farmacêuticos a modificarem suas fórmulas, retirando os barbitúricos de sua composição. Hoje em dia existem apenas alguns produtos, usados como sedativo-hipnóticos, que ainda apresentam o barbitúrico butabarbital. Por outro lado, o fenobarbital é bastante usado no Brasil (e no mundo), pois é um ótimo remédio para os epilépticos. Finalmente, outro barbitúrico, o tiopental, é usado por via endovenosa, por anestesistas, em cirurgias. A legislação brasileira exige que todos os medicamentos que contenham barbitúricos em suas fórmulas sejam vendidos nas farmácias somente com a receita do médico, para posterior controle pelas autoridades sanitárias. A segurança dos benzodiazepínicos não encontra paradigma com os barbitúricos, que deprimem praticamente todos os tecidos excitáveis, em particular o sistema nervoso central, especialmente sensível Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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aos
mesmos.
Os
barbitúricos
têm
especial
efeito
euforizante,
anticonvulsivante, depressor da atividade cardíaca, aumentando o tempo total do sono com diminuição dos períodos de sono REM, aumentando rapidamente a tolerância diminuindo os efeitos terapêuticos, com efeitos cruzados com o álcool e outros depressores do SNC. O abuso e dependência são comuns e em muitas vezes induzidas iatrogenicamente. São
exemplos:
Tiopental,
secobarbital,
fenobarbital,
amobarbital,
aprobarbital, butabarbital, mefobarbital, metoexital, pentobarbital. Os barbitúricos distribuem-se em toda economia do corpo e atravessam rapidamente a placenta. São muito usados em anestesia e seu manejo torna-se bastante delicado. Suas meias-vidas encontram-se aumentadas durante a gravidez, por expansão de volume de distribuição. O álcool é um potente potencializador dos efeitos barbitúricos e a dupla, frequentemente escolhida por suicidas. Como interfere no metabolismo das vitaminas D e K, além de diminuir a absorção de cálcio, são responsabilizados por casos de anormalidade de coagulação em neonatos cujas mães fazem uso de fenobarbital. O mecanismo de ação dos barbitúricos é semelhante ao dos Benzodiazepínicos, atuam aumentando a atividade do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico – GABA, que induz a inibição do Sistema Nervoso Central (SNC), causando a sedação. Possuem, portanto, ação depressora do SNC, levando a diminuição do metabolismo cerebral, do consumo de oxigênio, do fluxo sanguíneo
cerebral,
com
consequente
diminuição
da
pressão
intracraniana, efeito benéfico em determinadas situações clínicas. Os barbitúricos são metabolizados no fígado, promovendo a indução enzimática, levando a tolerância e interferindo com a ação de outras drogas que dependem do sistema microssomal para a sua metabolização. 314
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Aumentam os metabolismos hormonais esteroides endógenos causando distúrbios desta natureza, ou sobre os anticoncepcionais trazendo eventualmente gravidez indesejável. É usado ainda hoje na convulsão da eclampsia, mas ainda o diazepan é mais seguro e utilizado na crise convulsiva de emergência. Os RN são extremamente sensíveis á este tipo de droga e não se recomenda seu uso na gestação. No entanto tem sido utilizado no tratamento da hiperbilirrubinemia e do kernicterus no neonato em razão de que os barbitúricos e em especial o fenobarbital, aumentam os níveis de glucoroniltransferase e da proteína Y de ligação com a bilirrubina. Outro aspecto importante quanto aos efeitos tóxicos refere-se ao uso dessas substâncias por mulheres grávidas. Essas drogas têm potencial teratogênico (capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez), além de provocarem sinais de abstinência (como dificuldades respiratórias, irritabilidade, distúrbios do sono e dificuldade de alimentação) em recém-nascidos de mães que fizeram uso durante a gravidez. Como vimos com o fenobarbital: Evitar; toxicidade em estudos animais; recomenda-se contracepção adequada durante a administração; risco de Evitar malformações congênitas, (perímetro craneano reduzido, no
1º, D
dismorfismo facial), hipercalcêmica neonatal; atraso do 2º e 3º desenvolvimento; hemorragia ao nascimento e dependência.
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25. ANTIDEPRESSIVOS De acordo com o livro Manual de Psicofarmacologia Clínica, de Irismar Reis de Oliveira e Eduardo Ponde de Sena (2006), os antidepressivos são drogas seguras quando usadas durante a gravidez e lactação. A doença afetiva, notadamente a depressão, é muito mais danosa ao desenvolvimento da gravidez e da criança no pós-parto do que a utilização de antidepressivos. Um grande número de prescrições feito hoje por médicos da área de G.O. inclui antidepressivos. Nos EEUU, 10-15% das prescrições são destinadas a afetar o SNC. Recentemente nos EEUU, abriu-se uma discussão sobre a possibilidade de antidepressivos levarem crianças e adolescentes a comportamentos suicidas e agressivos. O FDA e o National Institute forem Mental Health investiga mais de 400 relatos de casos envolvendo antidepressivos e respostas auto e heteroagressivas. Os casos, onde estão envolvidos o Prozac, Zoloft, Paxil, Luvox, Celexa, Wellbutrin, Remeron, Serzone, e Effexor serão alvos dos controles e possíveis incidências destes efeitos colaterais (Thomas Laughren, da FDApublicado pelo NY. Times em 21 de Junho de 2004). No nosso meio, os antidepressivos estão em alta, por uma ampla variedade de fatores socioeconômicos e familiares. A depressão marca mais acentuadamente as mulheres que a população masculina, tendo em vista os papéis dominantes que passaram a exercer na condução das famílias, com as inevitáveis pressões do psiquismo. A noção prática e disseminada tanto em obesidade, quanto na depressão, é que as drogas são as vias mais curtas para resolução de problemas que necessitam precisão diagnóstica e objetividade. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Pelo impacto negativo sobre a gestação e o concepto, a depressão e a ansiedade na gravidez tendem a ser tratadas com psicofármacos. A gravidez não protege a mulher desses transtornos nem de possíveis recaídas. Não é raro acontecer de um clínico se deparar com uma paciente com história de depressão, em uso de antidepressivo e eutímica quando recebe o exame positivo de gravidez. (Fonte: Psiqweb) Cohen et al. (2004) observaram, prospectivamente, 32 mulheres nessa situação, que optaram por descontinuar a droga. Dessas pacientes, 75% tiveram recaídas durante a gravidez, mais comumente no primeiro trimestre e naquelas com história de depressão mais crônica. Também é importante considerar que a depressão e a ansiedade na gravidez são fortes fatores de risco para o desenvolvimento de depressão pós-parto (Williams, 2005). Em revisão realizada por nós para embasar dissertação de mestrado, observamos que a Depressão Pós-Parto causa danos para a mulher, seu parceiro e seu bebê. Parceiros cujas mulheres apresentam esse transtorno relatam maior insatisfação no casamento (após o parto) e perda de intimidade com suas parceiras. Após serem acometidas de Depressão Pós-Parto, 31 % das mulheres mudam seus planos familiares reprodutivos e decidem não ter mais filhos. Mães deprimidas apresentam contato menos afetuoso com seus bebês e mostram-se mais hostis e introvertidas; e suas crianças mostram-se mais
irrequietas,
descontentes
e
esquivas,
além
de
apresentarem menos expressões faciais e vocalizações positivas. A depressão também interfere na lactação, fazendo com que as mães interrompam precocemente a amamentação. A depressão materna pós-natal não tratada pode ser um preditor de pobre competência social
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em seus filhos. Esses dados mostram a importância do tratamento adequado (Cantilino, 2003). Os antidepressivos têm sido utilizados há décadas e não há nenhum relato de malformação séria que esteja consistentemente associada ao seu uso. A maior quantidade de estudos na gravidez foi realizada com os tricíclicos e a fluoxetina. A nortriptilina é destacada entre os tricíclicos, por ter longa história de uso, relativamente poucos efeitos anticolinérgicos e uma faixa terapêutica de nível plasmático já bem conhecido. Este último fator é importante porque, com o aumento da volemia e do metabolismo ao longo da gestação, os níveis plasmáticos das drogas tendem a cair, podendo ser necessário o aumento das doses do antidepressivo em até 1,6 vezes para manter a eutimia. Contudo, pelo maior número de estudos mostrando segurança, facilidade posológica e baixo perfil de efeitos colaterais, grande parte dos autores sugere que o antidepressivo de escolha na gravidez seja a fluoxetina. Os outros ISRS também não parecem causar malformações. Nada tem sugerido que haja um aumento de defeitos congênitos quando da exposição a antidepressivos mais novos, como a venlafaxina, a mirtazapina e a nefazodona, mas os estudos ainda são em pequeno número (Cott et al., 2003; Einarson et aI., 2004; Kallen, 2004). Sintomas e complicações neonatais têm sido relatados em associação à exposição a antidepressivos no final da gravidez. Esses sintomas em geral são leves e transitórios, e acontecem em decorrência de efeitos diretos dos resíduos das medicações sobre o bebê ou de síndrome de retirada. A diminuição na dose das drogas nos últimos dias de gravidez poderia evitar esses sintomas, mas poria a mãe em risco de recaída. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Alguns antidepressivos deveriam ser evitados na gravidez. Os inibidores da monoaminoxidase podem exacerbar a hipertensão específica da gravidez e interagir com drogas tocolíticas, que são usadas para inibir trabalho de parto. A frequência de convulsões é maior nas grávidas que recebem maprotilina quando comparadas àquelas que usam outros tricíclicos (American Academy of Pediatrics, 2000). Durante a lactação, fluoxetina, citalopram e nefazodona devem ser usados com cuidado, uma vez que efeitos sobre o RN são descritos. Nesta fase devem-se preferir nortriptilina, sertralina e paroxetina; cada uma delas estudada em bom número de casos, sem efeitos observados no lactente. Em 1958, Kuhn reconheceu as propriedades antidepressivas da imipramina, utilizada ainda hoje em larga escala e eficiência, sendo que a utilização de antidepressivos passa hoje por inovações contínuas e seletividade nos neurotransmissores-alvo. A depressão é muito prevalente na mulher em alguma fase da sua vida e afeta esta população na proporcionalidade de eventos incluindo mudanças hormonais e condições próprias deste sexo. Geralmente trazem consigo uma alteração do ritmo de suas atividades, sono, apetite, função sexual, risco suicida, homicida, abuso de drogas ilícitas, álcool, acidentes, problemas trabalhistas, parcerias, etc. Estes quadros podem ser agudos, passageiros, leves e graves, ou se cronificarem por permanência dos motivos iniciadores. Podem, com muita frequência vir acompanhado de medo, pânico, disforias, obsessões, comportamentos de evitação, enclausuramento, conversivos histéricos, agressividade, hipocondria, alteração de comportamento, estados de obnubilação de consciência e verdadeiros estados psicóticos mais graves, sendo que o tratamento farmacológico, é hoje de muita valia e ajuda, na reversão destes casos. 320
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Há que se distinguir a depressão clinicamente significativa e com comprometimento funcional relevante, de situações frequentes da vida cotidiana, como a tristeza por perdas de várias naturezas (status social, namorada, entes familiares, trabalho, etc.), culpabilidade por situações específicas, desapontamentos, desmoralizações de cunho ético ou moral, quando a depressão é supradiagnosticada, supravalorada, e tratada no mesmo bojo das depressões maiores, com sentimentos de extrema tristeza, desespero, grande ansiedade, perda importante da concentração, pessimismo intenso, ausência de prazer para tarefas cotidianas, autodepreciação
importante,
agitação,
alterações
físicas
visíveis,
emagrecimento, libido zerada, comprometimento dos ciclos da vida diária. Sempre a decisão de tratar, cabe a relevância dos sintomas da síndrome depressiva, mais por sua gravidade. Não é incomum tratar-se da mesma forma sintomas leves, situacionais, com a mesma energia que uma depressão maior, organicamente estabelecida. Afora os tricíclicos, inibidores de recaptação de noradrenalina e agentes
facilitadores
da
serotonina
(imipramínicos,
amitriptilinicos,
doxepínicos, maprotilina, amoxapina), surgiram antidepressivos como o citalopran, a fluoxetina, a fluvoxamina, a paroxetina, a sertralina, e a venlafaxina,
com
atividades
seletivas
de
recaptação
de
neurotransmissores em particular a serotonina (ISSR), como vimos. Outros, considerados "atípicos" incluem a bupropiona, a nefazodona, a mirtazapina, trazodona, sendo que a eficácia desta classe mais recente não é superior às mais antigas (tricíclicos), tem uma relativa segurança e tolerância maior, e menores efeitos colaterais. Os inibidores da MAO estão em franco desuso (fenelzina, tranilcipromina, selegilina, erva de São João) pelos
efeitos
hipertensivantes.
Metabólitos
ativos
de
alguns
antidepressivos, como a fluoxetina (nor-fluoxetina), tem ação tão longa Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
321
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quanto dez dias (meia-vida de eliminação), fato a ser considerado quando se troca a medicação ou entra-se com alguma medicação cardiológica, por exemplo, bloqueio de captação de aminas com drogas de efeitos depressores cardíacos. Existe tolerância aos antidepressivos com o uso contínuo. Na interrupção desta classe de fármacos podem ocorrer sintomas como calafrios, coriza, mialgias, distúrbios do sono, irritabilidade, parestesias, sintomas gastrintestinais, mal estar que podem simular os efeitos iniciais dos sintomas antes do tratamento, por refletir um aumento de atividade colinérgico. Efeitos colaterais associados aos antidepressivos incluem: boca seca, gosto azedo ou metálico, desconforto epigástrico, obstipação intestinal, palpitação, visão embaçada, tontura, hipotensão ortostática, retenção urinária, fraqueza, fadiga, sudorese,
arritmias cardíacas,
convulsões com doses altas (bupropiona, maprotilina, tricíclicos), icterícia, leucopenia, exantema, ganho de peso (mais raro com os ISRS e bupropiona). A fluoxetina tem sido associada à náusea, inquietação psicomotora,
vômitos,
e
impotência
orgástica,
a
Trazodona
com
priaprismo. Parecem ser, em sua maioria, seguros durante a gestação, sendo a associação com teratogenia não convincentes. São secretados no leite materno. Na depressão grave da gravidez e lactação o ECT é uma opção convincente, segura e eficaz. Os RN mostram-se sensíveis aos efeitos tóxicos cardíacos em mães que amamentam com doses altas de antidepressivos. Os antidepressivos competem com diversos fármacos: fenitoína, fenilbutazona,
AAS,
fenotiazinas.
Os
barbitúricos
e
muitos
anticonvulsivantes como a carbamazepina, propanolol, antipsicóticos (clozapina, tioridazina, etc.), antibióticos, e o tabaco, aumentam o metabolismo hepático dos antidepressivos. 322
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O Lítio na gravidez e lactação deve ser contraindicado, á nosso ver, associado ao bócio neonatal, depressão do SNC, convulsões, hipotonia, anormalidades cardiovasculares no RN, especialmente, a malformação de Ebstein (malformação da tricúspide e defeito de septo). Desta forma:
Usar apenas se o benefício potencial for superior aos riscos; não há evidência de teratogenicidade; baixo índice de Apgar e baixo índice de desenvolvimento psicomotor; Evitar possibilidade de prematuridade ou síndrome de privação 2º
no e 3º C
no RN, em particular com a fluoxetina e paroxetina; trimestre toxicidade em estudos animais com a paroxetina e o citalopram. Com
a
imipramina
foram
referidos
taquicardia,
irritabilidade e espasmos musculares no RN; os sintomas de
supressão
foram
também
referidos
com
a
B
clomipramina e desipramina.
Nomes químicos x nomes comerciais x amamentação x meia vida aproximada Citalopran: cipramil, parmil (compatível com amamentação em doses habituais). Baixas concentrações no leite materno – (meia vida de eliminação de 36 horas). Citalopram é um Inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS). Eficaz para o tratamento da depressão, exceto os presentes nos ciclos rápidos do transtorno afetivo bipolar (antiga PMD). É uma medicação com poucos efeitos colaterais, pois atua muito na recaptação da serotonina e pouco sobre outros neurotransmissores. Como Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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é uma medicação que pode causar problemas no sono é recomendável que seja administrada pela manhã. Para os pacientes que sentem sono recomenda-se
a
tomada
pela
noite.
Não
pode
ser
usado
concomitantemente a um IMAO irreversível. Aproximadamente a cada 36 horas o organismo elimina a metade da medicação e, por isso, a dose diária é suficiente no tratamento da depressão. Depois de uma a duas semanas o organismo elimina a medicação com a mesma velocidade com que ele é reposto pelas doses via oral, alcançando assim o patamar de equilíbrio com uma concentração constante no sangue. Da mesma forma leva pelo menos duas semanas para o organismo eliminar a medicação do corpo. O citalopram é uma medicação bastante específica, atuando muito na inibição da recaptação da serotonina e pouco sobre outros neurotransmissores, isto significa que é uma medicação com poucos, ou quando presente, leves efeitos colaterais. A prática confirma isso. Ao contrário dos antidepressivos tricíclicos ou tetracíclicos sua interferência sobre o ritmo cardíaco é mínima, sendo assim recomendado para pacientes com este tipo de problema cardíaco. Os principais efeitos colaterais encontrados foram: dores de cabeça, insônia, sensação de cansaço, tonteiras, prisão de ventre e visão embaçada. Fluoxetina: daforin, eufor, fluxene, prozac (compatível com amamentação em doses habituais. Concentrações significativas no leite materno–meia vida de eliminação de 50 horas e de seu metabólito de cerca de 240 horas). O trabalho que levou à descoberta da fluoxetina começou na Eli Lilly em 1970, como um colaboração entre Bryan Molloy e Robert Rathburn. Era sabido na altura que o anti-histamínico difenidramina tinha alguns efeitos antidepressivos, pelo que o composto 3-fenoxi-3fenilpropilamina, estruturalmente similar à difenidramina, foi usado como ponto de partida. Molloy sintetizou dúzias de derivados, e os testes dos 324
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efeitos fisiológicos destes fármacos em ratos resultaram na descoberta da nisoxetina,
um
inibidor
seletivo
da
recaptação
da
noradrenalina
amplamente utilizado em experiências bioquímicas hoje em dia. Mais tarde, na esperança de descobrir um derivado que inibisse apenas a recaptação de serotonina, Wong propôs que se voltasse a testar esses compostos in-vitro quanto ao seu efeito sobre a recaptação de serotonina, noradrenalina e dopamina. Este teste, realizado por Jong-Sir Horng em Maio de 1972, mostrou que um composto (mais tarde nomeado fluoxetina) era o mais potente inibidor da serotonina da série. Gerou-se
uma
controvérsia
após
investigadores
da
lilly
publicarem um artigo intitulado "prozac (fluoxetine, lilly 110140), the first selective serotonin uptake inhibitor and an antidepressant drug (em português, prozac, o primeiro inibidor seletivo da recaptação da serotonina e um fármaco antidepressivo), implicitamente afirmando que a fluoxetina era o primeiro inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ssri). após dois anos, tiveram que publicar uma correção admitindo que o primeiro SSRI fosse a zimelidina, desenvolvida por Arvid carlosson e os seus colegas. a fluoxetina estreou-se no mercado belga em 1986 e foi aprovado pela FDA nos estados unidos em dezembro de 1987. A fluoxetina foi o quarto ssri a surgir no mercado, após a indalpina, zimelidina e fluvoxamina. contudo, os primeiros dois foram retirados devido a efeitos laterais, e uma campanha vigorosa de marketing pela eli lilly garantiu que na cultura popular, a fluoxetina fosse vista como um avanço tecnológico e associada com o título de primeiro ssri. Pacientes com alto risco de suicídio devem ser acompanhados de forma atenta por um especialista. sendo um medicamento sem indicações para uso pediátrico, outras formas de tratamento devem ser encontradas ao invés do uso de fluoxetina. o uso em pacientes com histórico de crises convulsivas deve ser cuidadosamente Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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avaliado. podem ocorrer em pacientes sensíveis a coceiras, Reações adversas:podem
ocorrer
náuseas,
diarreia,
xerostomia
,
hiperprolactinemia. Viragens maníacas ou psicóticas em indivíduos predispostos. perda de peso. confusão mental, ideias de suicídio, discinesias, trombocitopenias, ginecomastia, mastodinia, dismenorreia, sangramento vaginal. São reações mais comuns insônia, sonolência, ansiedade, nervosismo, fadiga, anorexia, náuseas, diarreia e tremores. Como a maioria dos serotoninérgicos, pode causar perda de libido. Urticária (com febre), leucocitose, artralgias, edema e até linfadenopatias. Nefazodona: serzone, meia vida bem curta de cerca de 3 horas (Uso criterioso na amamentação; alta ligação protéica / 99%, se necessário amamentar, fazê-lo após 3 horas da tomada). Nefazodone é um derivado sintético, pertencente ao grupo das fenilpiperazinas. O seu efeito antidepressivo decorre do bloqueio da neurotransmissão serotoninérgica por competição com os receptores de tipo II da serotonina (5HT) e por um bloqueio parcial leve na neurotransmissão alfa-adrenérgica. Não apresenta efeitos anticolinérgicos e nem anti-histamínicos. Em pacientes com mais de 65 anos, a nefazodona não provoca alterações na condução cardíaca e nem hipotensão ortostática. Provoca leve interferência na duração dos estágios do sono o que causa pequeno retardo na instalação da fase MOR ou REM. Administrada por via oral é rapidamente absorvida e alcança o pico plasmático em 1 a 3 horas. O equilíbrio cinético plasmático ocorre em 3 ou 4 dias com as doses terapêuticas usuais.A presença de alimentos retarda sua absorção e reduz sua biodisponibilidade em 20% (clinicamente não significativo). 326
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A nefazodona é bastante lipossolúvel, distribuindo-se por todos os tecidos (volume de distribuição 0,23 a 0,68l/kg). Metaboliza-se no fígado, originando dois metabólitos ativos, a hidroxinefazodona e a dietilhidroxinefazodona, e um metabólito com atividade seratoninérgica, a mclorofenilpiperazina. A meia-vida de eliminação no estado de equilíbrio cinético é de 2 a 4 horas, sendo os metabólitos eliminados, principalmente, pelos rins. Apresenta elevada ligação às proteínas plasmáticas: > 99%. Recomendase a redução da dose em pacientes com disfunção hepática ou renal. A resposta clínica máxima instala-se após quatro semanas de tratamento. Indicações: Síndromes depressivas. Depressão severa não psicótica. Dose: Inicial: 200mg/dia, subdivididos em duas doses; a dose pode ser aumentada gradualmente até atingir 600mg/dia, dependendo da resposta clínica. Manutenção: a dose é determinada no início tratamento: ensaios laboratoriais devem ser realizados durante o período de tratamento, que poderá estender-se por até um ano. Os pacientes com disfunção hepática ou renal devem ser observados cuidadosamente desde o início do tratamento. Superdose: Aumento de incidência e gravidade das reações adversas, em especial, sonolência e vômitos. O tratamento deve ser sintomático e de manutenção, em especial para hipotensão e sedação excessiva. Recomenda-se a lavagem gástrica, se a ingestão for recente. Reações adversas: Secura da boca, náuseas, sonolências, enjoos, astenia, constipação, cefaleia, diplopia e insônia, o que leva à interrupção do tratamento em cerca de 10% dos pacientes. Precauções: Possibilidade de tentativa de suicídio, exarcebação da mania/depressão em pacientes tratados com outros antidepressivos. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Evitar funções onde a falta de atenção aumenta o risco de acidentes (operar máquinas pesadas, dirigir veículos, etc.). O risco/benefício deve ser avaliado durante a gravidez e o aleitamento. Interações: Triazolam: reduzir sua dose quando se associa com nefazodona. Anti-hipertensivos: ocorrência de hipotensão ortostática e síncope (bloqueio alfa-adrenérgico). Anestésicos gerais: suspender a nefazodona vários dias antes da cirurgia. Contraindicações:
Hipersensibilidade
aos
antidepressivos
fenilpiperazínicos. Pacientes menores de 18 anos. Amitriptilina (Tryptanol) - compatível com amamentação até 150 mg/ dia. É excretada no leite materno, mas não foi detectada no soro do RN. Estima-se no leite 1% da dose materna. Observar sonolência e efeitos anticolinérgicos, sobretudo em tratamentos prolongados. Meia vida de 16 horas e do metabólito de cerca de 30 horas. Tem menor cardiotoxicidade que as imipraminas. Amitriptilina é um antidepressivo tricíclico, portanto da classe dos mais conhecidos medicamentos antidepressivos. Sua principal finalidade é o tratamento da depressão e pode demorar de duas a quatro semanas para começar a fazer efeito, enquanto os efeitos colaterais surgem muito rapidamente. Embora numa fase inicial do tratamento se verifique sedação, pode levar de uma a seis semanas até que seja atingido o efeito desejado. Além de antidepressivo, a amitriptilina atua também como bloqueador dos ataques de pânico (Transtorno do Pânico) e Transtorno de Ansiedade Generalizada. REAÇÕES ADVERSAS •
Secura da boca, o que propicia o aparecimento de cáries:
para contornar o problema a pessoa deve tomar pequenos e constantes goles de água e evitar comer açúcar.
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Obstipação (prisão de ventre) que deve ser regulado com
•
enriquecimento de fibras na dieta e não com laxantes. Tonteiras, zumbidos ou dores de cabeça, sedação ou
•
mesmo prostração. •
Ganho de peso rápido e aumento do apetite.
•
Taquicardia e crises hipertensivas.
•
Diminuição da libido.
•
Facilita o surgimento de crises convulsivas em pessoas com
•
Problemas de visão.
•
Sensação de cansaço e/ou fraqueza muscular.
•
Dormência da língua.
•
Movimentos involuntários dos músculos.
epilepsia.
Amamentação: alta concentração no leite materno – meia vida de cerca de 22 horas. Imipramina (tofranil, Anafranil): meia vida de 12 -30 horas. Tem efeitos depressores cardíacos. Efeitos colaterais: Os
efeitos
colaterais
devidos
à
ação
anticolinérgica
da
Imipramina são os mais frequentemente observados: secura da boca, constipação intestinal, sudorese, flush cutâneo, alterações na acomodação visual e/ou visão turva. Pode também ocorrer distúrbios da micção e casos isolados de midríase, glaucoma. Ocasionalmente, a Imipramina pode provocar efeitos psíquicos, fadiga, sonolência, alterações do sono, estado de ansiedade aumentado, sensação de inquietude e agitação, oscilação de depressão para hipomania ou mania, sintomas de delírio, tais como confusão acompanhada de desorientação e alucinações (particularmente em pacientes portadores da doença de Parkinson), ativação dos sintomas Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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psicóticos. Há relatos de casos isolados de agressividade. Dentre os efeitos colaterais neurológicos, ocorrem frequentemente tremores e, ocasionalmente, parestesia, sensação de formigamento, entorpecimento, sintomas
sugestivos
de
neuropatia
periférica,
cefaleia,
vertigens;
raramente podem ocorrer casos de ataques epilépticos. Há relatos de casos isolados de alterações do EEG, mioclonia, fraqueza, sintomas extrapiramidais, ataxia, distúrbios da fala. No sistema cardiovascular, ocorre
frequentemente
taquicardia
sinusal
e
alterações
do
ECG
clinicamente irrelevantes (alterações da onda T e do segmento ST) em pacientes portadores de funções cardíacas normais e hipotensão postural. Ocasionalmente, são observadas arritmias, distúrbios da condução (ampliação do complexo QRS e do intervalo PR, bloqueio do feixe atrioventricular), palpitações. Em casos isolados, ocorre elevação na pressão arterial, descompensação cardíaca, reações vasoespasmódicas periféricas. No trato respiratório são citados casos isolados de alveolites alérgicas (pneumonia) c/ ou sem eosinofilia. No trato gastrintestinal, ocasionalmente, ocorre náusea, vômito e anorexia e, c/ incidência ainda mais rara, estomatites, lesões na língua, distúrbios abdominais, hepatite c/ ou sem icterícia. As reações de pele incluem reações alérgicas (rash cutâneo, urticária), casos isolados de prurido, fotossensibilidade, edema (local ou generalizado), petéquias, perda de cabelos. Pode interferir no sistema endócrino e metabolismo, observando-se frequentemente: ganho de peso e ocasionalmente distúrbios de libido e impotência. Foram relatados casos isolados de aumento do volume das mamas, galactorréia, síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético, elevação ou diminuição nos níveis da glicose sanguínea, perda de peso. No sangue pode provocar, embora raramente, eosinofilia, leucopenia, agranulocitose, púrpura e trombocitopenia. Outras reações adversas incluem: dor 330
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abdominal, diarreia, insônia, cefaleia, nervosismo e ansiedade, tinnitus e febre. Amamentação: Baixas concentrações no leite materno. Observar sonolência
e
efeitos
anticolinérgicos,
sobretudo
em
tratamentos
prolongados. Sertralina (zoloft, tolrest, novativ): compatível com amamentação em doses habituais; baixas concentrações no leite materno–meia vida de cerca de 24 horas e de seu metabólito de 65 horas. A sertralina é eficiente para a depressão severa e para a distimia, uma condição menos severa e mais crônica de depressão. Em vários estudos duplo-cegos, a setralina foi consistentemente mais eficiente que o placebo, no que diz respeito à distimia e, comparável à imipramina em respeito a tal. A sertralina também a depressão em pacientes distímicos em um grau mais elevado em relação à terapia cognitivo-comportamental em grupo ou à psicoterapia interpessoal. Adicionando a psicoterapia à sertralina não se mostrou uma melhoria de resultados. Estes resultados também foram confirmados num seguimento por dois anos de grupos tratados com sertralina e tratados com terapia interpessoal. No tratamento da depressão acompanhada por transtorno obsessivo-compulsivo, a sertralina teve uma performance estatisticamente significativa em relação à desipramina, em relação a ambas as desordens. A sertralina foi equivalente à imipramina para o tratamento da depressão com transtorno do pânico co-mórbido, mas foi mais bem tolerado. O tratamento com sertralina de pacientes depressivos com transtorno de personalidade comórbido melhorou os seus traços de personalidade e a sua melhoria foi praticamente independente das melhorias da sua depressão. De acordo com vários estudos duplo-cegos, a sertralina é eficiente na melhoria dos sintomas da desordem disfórica pré-menstrual, Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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uma forma severa de tensão pré-menstrual. Melhoria significativa foi observada em 50–60% dos casos tratados com setralina contra 20-30% de casos tratados com placebo. A melhoria começou durante a primeira semana de tratamento, e em adição ao humor, irritabilidade e ansiedade, a melhoria foi refletida num melhor funcionamento familiar, atividade social e qualidade de vida geral. Alguns sintomas como a turgidez, inchaço abdominal e sensibilidade mamária, tiveram uma resposta menor à sertralina. Apesar dos bem conhecidos efeitos secundários sexuais da sertralina, uma melhoria significativa da função sexual foi conseguida pelo grupo que tomou sertralina comparado com o grupo a tomar placebo. Uma comparação em três vias, da sertralina, com um inibidor de recaptação de norepinefrina e antidepressivo tricíclico, a desipramina, e o placebo, demonstraram a superioridade da sertralina, enquanto que a desipramina não atuou melhor que o placebo. Tomar unicamente a sertralina durante a fase luteal, isto é, 12 a 14 dias antes da menstruação, mostraram funcionar tão bem como o tratamento contínuo. Apesar de o tratamento na fase luteal poder ser mais aceitável para os pacientes, existiu indicações de que pelo fim de um período de três meses se torna menos tolerado do que o tratamento contínuo. Os autores do estudo sugeriram que o tratamento contínuo pode permitir que a tolerância aos efeitos secundários se desenvolva mais rapidamente. Descobertas a partir de ensaios mais recentes (2006) indicam
que o tratamento contínuo com
doses
subterapêuticas de sertralina (25 mg contra os usuais 50–100 mg) podem ambos responder à maior eficácia e minimização de efeitos secundários. De acordo com a Pfizer, a sertralina é contraindicado em indivíduos que estejam a tomar inibidores da monoamina oxidase ou o antipsicótico pimozida (Orap). O concentrado de sertralina contém álcool e é, portanto contraindicado juntamente com dissulfiram. A informação de 332
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prescrição recomenda que o tratamento de pacientes mais idosos e de pacientes com deficiências hepáticas deve ser feita com cuidado. Devido à eliminação mais lenta da sertralina nestes grupos, a sua exposição à sertralina pode ser tão alta como três vezes a exposição média para a mesma dose. Entre os efeitos adversos mais comuns associados à tomada de sertralina e listados na informação de prescrição, aqueles que possuem uma maior diferença em relação ao placebo são a náusea (25% contra 11% para o placebo), falha na ejaculação (14% contra 1% para o placebo), diarreia (20% contra 10% para o placebo), boca seca (14% contra 8% para o placebo), sonolência (13% contra 7% para o placebo), vertigem (12% contra 7% para o placebo), tremor (8% contra 2% para o placebo) e libido diminuída (6% contra 1% para o placebo). Aqueles efeitos que mais frequentemente resultaram de interrupção do tratamento foram a náusea (3%), diarreia (2%) e insônia (2%). A sertralina parece estar associada com a colite microscópica, uma condição rara de etiologia desconhecida. A acatisia causada pela sertralina foi observada em 16% dos pacientes numa série de estudos de casos clínicos. Este fato e dados de outros relatórios notam que a acatisia começa logo após o início do tratamento ou após um aumento de dosagem, muitas vezes várias horas após a toma do medicamento. A acatisia normalmente desaparece após vários dias da administração com sertralina ter finalizado ou da dose ser diminuída. Em alguns casos, médicos confundiram a acatisia com ansiedade e aumentaram a dose de setralina, causando uma pioria dos sintomas dos doentes. Especialistas fazem notar que devido à ligação da acatisia com o suicídio e ao desconforto que causa ao paciente, que "é de vital importância consciencializar os clínicos e pacientes dos sintomas desta condição relativamente comum". Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Para períodos de tratamento com sertralina superiores a seis meses, para a depressão, os doentes mostraram um insignificante aumento de peso (0,1%). Similarmente, o longo tratamento, de 30 meses, com sertralina, para o tratamento de transtorno obsessivo-compulsivo, resultou num ganho médio de peso de 1,5% (1 kg). Apesar de a diferença não ter atingido significância estatística, o ganho de peso foi menor no caso da fluoxetina (1%), mas maior no caso do citalopram, da fluvoxamina e paroxetina (2,5%). Apenas 4,5% do grupo tratado com sertralina ganharam uma grande quantidade de peso (definido com um aumento superior a 7%). Este resultado compara favoravelmente com o placebo, com o qual, de acordo com a literatura, 3% a 6% dos pacientes ganharam mais de 7% do seu peso inicial. O grande aumento de peso foi apenas observado entre membros do grupo tratado com sertralina do sexo feminino. A significância desta descoberta não é clara visto que o grupo ter um número de pacientes reduzido. Depois de um tratamento de duas semanas levado a cabo com voluntários saudáveis, a sertralina aumentou ligeiramente a fluência verbal mas não afetou a aprendizagem de palavras, a memória em curto prazo, o estado de alerta, o tempo de fusão de cintilização, o tempo de reação com dupla escolha, a memória operacional ou a coordenação psicomotora. Apesar de uma classificação subjetiva menor, ou seja, a sensação de que a performance foi menor, não foram observadas diferenças clinicamente relevantes na performance cognitiva objetiva num grupo de pessoas tratadas à depressão com sertralina por 1,5 anos, comparado com controlos com pessoas saudáveis. Em crianças e adolescentes a tomar sertralina por seis meses para combater desordens de ansiedade, 18 em 20 medidas de memória, atenção e de estado de alerta permaneceram inalterados. a atenção dividida foi melhorada e a memória verbal sob 334
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condições de interferência diminuíram marginalmente. Devido ao grande número de medidas utilizadas, é possível que estas mudanças pudessem ter sido derivadas de efeitos probabilísticos. 25.1.
EFEITOS
SEXUAIS
ADVERSOS
COM
ANTIDEPRESSIVOS Tal como outros inibidores seletivo da recaptação de serotonina, a sertralina é associada com efeitos sexuais secundários, incluindo problemas de ereção e dificuldades em atingir o orgasmo. A frequência observada de efeitos sexuais secundários depende grandemente se estes são relatados espontaneamente pelos pacientes ou por solicitação médica. Tem havido vários estudos duplo-cego relativo a efeitos sexuais secundários que comparam a sertralina com placebo ou outros antidepressivos. Enquanto que a nefazodona e a bupropiona não apresentaram efeitos negativos no funcionamento sexual, 67% dos homens a tomar sertralina experimentaram dificuldades na ejaculação contra 18% antes do tratamento (ou 61% contra 0% noutro artigo). De maneira similar, num grupo de mulheres que inicialmente não tinham dificuldades em atingir o orgasmo, 41% adquiriram esse problema durante o tratamento com sertralina. Uma taxa de 40% de disfunção orgásmica (contra 9% para o placebo) foi observada num grupo misto num outro estudo. Problemas de excitação sexual, definidas como "lubrificação e tumefacção inadequadas nas mulheres e dificuldades de ereção nos homens", ocorreram em 12% dos pacientes tratados com sertralina, comparados com 1% para o placebo. O efeito de melhoramento de humor resultante do tratamento com sertralina contrabalançou estes efeitos secundários, de modo que o desejo sexual e satisfação geral com o sexo permaneceram inalterados quando comparados com o período antes do Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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tratamento. No entanto, sob ação do placebo, o desejo e a satisfação aumentaram ligeiramente. Amineptina: (survector): uso criterioso na amamentação. Risco de inibir prolactina. Observar sonolência e efeitos anticolinérgicos, sobretudo em tratamentos prolongados. Fluvoxamina (luvox): sem dados conclusivos sobre indicação de amamentação. Mianserina: (tolvon): compatível com amamentação em doses habituais. Baixas concentrações no leite. Mirtazapina (remeron): meia vida de 16-30 horas (sem dados concludentes do Min. da Saúde, para amamentação). Reboxetina (prolift): idem. Tianeptina (stablon): idem Trazodona (donaren): meia vida de 3- 6 horas (idem) Venlafaxina (efexor): meia vida curta de 3-6 horas, mas seu metabólito tem meia vida de cerca de 11 horas (uso criterioso na amamentação: sem dados disponíveis sobre a passagem para o leite, Min. Saúde). A depressão como sintoma na mulher a exigir intervenção médica deriva como resposta á situações estressantes, perdas, luto, circunstanciamento social e econômico adverso, fatores psicológicos, hormonais, gravidez, entre outros, levando a um sentimento de vazio, perda da capacidade de sentir prazer nas lidas comuns da vida diária, redução pelo interesse ambiental, diminuição do foco de atenção aos problemas gerais, fadiga fácil, vivida como uma perda de energia, lentificação, anedonia (falta de alegria para a vida), apatia, dificuldade de concentração, ansiedade e sintomas mais graves relacionando a depressão às psicoses. 336
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A incidência durante a gravidez está em torno de 10%, sendo fatores concorrentes á idade menor, á falta de suporte social, ter mais filhos, viver só e, quando a depressão ocorre durante a gravidez praticamente triplica o risco de depressão puerperal, estando ligada à falta de cuidados pré-natais, nutrição insuficiente, uso de drogas. No puerpério, o chamado "Blues", com incidência em torno de 70-85% dos transtornos depressivos caracteriza-se por labilidade do humor, choro fácil, quadros depressivo-ansiosos e com ocorrência maior no pós–parto imediato até a terceira semana. Há fatores hoje ligados ao "blues" antecedendo a própria gravidez, como estória de sintomas depressivos anteriores e transtornos disfóricos pré-menstruais mais evidentes. A depressão puerperal tem uma incidência menor, em torno de 10% com curso mais prolongado até aproximadamente o quarto mês do puerpério. Nestes casos vale sempre descartar a ocorrência de hipotireoidismo pós-parto. Sintomas como culpabilidade, depressão ansiosa, receio de causar malefícios ao RN, pensamentos negativos por antecipação e obsidentes dominam o quadro. As psicoses puerperais são situações mais graves com comprometimento maior do sensório, tem uma ocorrência ainda menor, em torno de 0,2% e tem prevalência no primeiro mês do puerpério, devendo merecer observação cuidadosa e seguimentos tardios, longitudinais, até a alta. Predomina a desorientação, a confusão mental, perplexidade, alucinações e distimias de ciclo rápido. É comum em primíparas. O ECT's tem aqui indicações precisas, de pouco risco materno e para o RN que é amamentado. Não há um conhecimento absoluto de contraindicações para a ECT, mas existem certas restrições: tumor ou infarto cerebral, histórico de infarto no miocárdio ou arritmias cardíacas, marca-passo
cardíaco,
aneurisma,
deslocamento
de
retina,
feocromacitoma e doenças pulmonares estão entre as condições Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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potencialmente perigosas, nas quais o uso da ECT é considerado de alto risco, requerendo precauções adicionais (Stevens et al., 1996). Ref: 46. A taxa de mortalidade associada à ECT é basicamente similar àquela associada aos procedimentos envolvendo anestesia geral, ou seja, um em cada cem mil casos tratados (1:100.000). Os eventos que resultaram em morte ocorreram quase que exclusivamente em função de complicações cardíacas. Mediante a observância das diretrizes de boa prática clínica, publicadas nos guias de referência, a ocorrência de complicações cardíacas sérias - como infarto do miocárdio, fibrilação ventricular, aneurisma - tornou-se rara, mesmo em pacientes com doença cardíaca preexistente (Zielinski et al., 1993). Quanto aos distúrbios cognitivos decorrentes do uso agudo da ECT, como amnésia retrógrada, anterógrada e confusão mental, admite-se amplamente que são transitórios e reversíveis e, na maioria dos casos, não representam problema clínico dominante. As disfunções cognitivas associadas à ECT, que muitas vezes são difíceis de ser diferenciada dos sintomas cognitivos da depressão, constituem-se em um componente sintomatológico extremamente desgastante para certos pacientes e devem ser sempre acompanhadas com cautela. Os estudos controlados de neuroimagem não apresentaram qualquer evidência de que a ECT possa causar danos cerebrais (NICE, 2003). Entretanto, as disfunções cognitivas associadas ao tratamento contínuo ou de manutenção com ECT ainda devem ser estudadas de maneira apropriada. Paroxetina,
sertralina
e
nortriptilina
apresentam
níveis
plasmáticos no RN em geral extremamente baixos ou indetectáveis; também não se observam reações adversas nos lactentes com essas medicações, são todos da categoria L2 de Rale. Os demais ADT e a venlafaxina mostram também níveis baixos ou indetectáveis no RN, e 338
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ausência de efeitos adversos, mas o número de estudos é ainda baixo. A fluoxetina (L3) pode atingir níveis plasmáticos altos no RN, causando vômitos, diarreia, cólicos e diminuição do sono. Existem evidências de que a fluoxetina via leite matemo pode causar diminuição da curva de pesocrescimento, com uma média de 392 gramas a menos no 6º. mês.
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26. ANTIPSICÓTICOS E GRAVIDEZ Esta é uma classe grande de fármacos de interesse na ginecologia e obstetrícia posto que atravessa a membrana placentária, é encontrada circulante no feto, líquido amniótico, bloqueando basicamente receptores dopaminérgicos (D2,), e ainda D1, D4, serotoninérgicos (5HT2A), e com alfa – adrenérgicos. Tem grande afinidade por gorduras e geralmente utilizam o metabolismo hepático para sua excreção. Os efeitos adversos notados são as distonias motoras, acatisias que corresponde a uma inquietação psicomotora bradicinesia e efeitos tardios. Os chamados antipsicóticos ditos atípicos, como a clozapina, olanzapina, quetiapina, e em doses baixas também a risperidona, desencadeia um menor número dos efeitos colaterais relatados. Uma alternativa para os quadros psicóticos na gravidez, em particular os de início súbito, tem no ECT (eletroconvulsoterapia) tão boa indicação quanto na depressão maior, com bons resultados e segurança. Os protótipos das fenotiazinas são: a prometazina (fenergan), com efeitos sedativos e anti-histamínicos, a clorpromazina (amplictil) cujas ações definiram o que veio a se chamar de "neurolépticos", úteis desde o início da
década de 50 até o presente no tratamento de distúrbios mentais
graves. A Tioridazina, a mesoridazina, a flufenazina, a trifluoperazina tem ação potente no sintoma e igualmente potente aparecimento de sintomas colaterais. Os neurolépticos atípicos, ou de 2a. geração, não podem ser classificados de sedativos ou incisivos, como se faz com os neurolépticos típicos, tendo em vista a diversidade de ação, ora cumprindo Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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um objetivo, ora outro. Esses novos medicamentos têm se mostrado um novo e valioso recurso terapêutico nas psicoses, principalmente naquelas refratárias aos antipsicóticos tradicionais, nos casos de intolerância aos efeitos
colaterais
extra
piramidais,
bem
como
nas
psicoses
predominantemente com sintomas negativos, onde os antipsicóticos tradicionais podem ser ineficazes. De forma ampla os Antipsicóticos Atípicos são definidos como uma nova classe desses medicamentos que causam menos efeitos colaterais extra-piramidais, ao menos em doses terapêuticas. Eles são os seguintes: Nome Químico - Nome Comercial AMISULPRIDA - Socian CLOZAPINA - Leponex OLANZAPINA - Zyprexa QUETIAPINA - Seroquel RISPERIDONA - Risperidal, Risperdol. ZIPRAZIDONA - Geodon ARIPIPRAZOL - Abylife A utilidade dos Antipsicóticos Atípicos já é considerada uma opção recente na história da terapêutica das psicoses. Pesquisas sistemáticas estabelecem como sólida a superioridade dos Antipsicóticos Atípicos, em algumas situações clinica, como por exemplo, a clozapina, entre outros, frente aos antipsicóticos típicos ou convencionais. A quantidade de efeitos colaterais ainda é muito intensa. Por exemplo, o seroquel: Os antipsicóticos atípicos como Seroquel afetam apenas certas partes do cérebro, bloqueando a entrada da serotonina, a dopamina, norepinefrina, histamina e muscarina. O benefício para os antipsicóticos 342
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atípicos é que eles são da
não formação do hábito e não são tão
agressivos como outros antipsicoticos da mesma linha.Some-se aos efeitos colaterais menos graves de Seroquel que são tonturas, sonolência, agitação, constipação, boca seca e ganho de peso. Os efeitos colaterais mais graves são reações alérgicas que são reveladas através de problemas respiratórios, inchaço da garganta, lábios, língua ou face e urticária. Outros efeitos são movimentos espásticos de membros e rosto ou febre, rigidez muscular ou batimentos cardíacos irregulares. E mais, os efeitos secundários graves de Seroquel incluem pancreatite, hiperglicemia, acidente vascular cerebral e sendo três vezes mais probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2, alguns pacientes em Seroquel desenvolveram Síndrome neuroléptico maligno (SNM). Enquanto a taxa de mortalidade para aqueles com SMN tenha diminuído, ainda é uma condição séria que resulta em insuficiência respiratória, colapso cardiovascular, insuficiência renal mioglobinurica, arritmias, rabdomiólise, pneumonia, convulsões ou difusa intravascular coagulação. 26.1. EFEITOS COLATERAIS COM A ZIPRAZODONA Pode também levar à Síndrome Neuroléptica Maligna, um complexo raro mas potencialmente fatal, foi relatada em associação com outros fármacos antipsicóticos, um risco potencial da ocorrência deste evento adverso durante o tratamento com ziprasidona não pode ser excluído. O controle da SNM deve incluir descontinuação imediata de todos os fármacos antipsicóticos. Discinesia tardia: Assim como ocorre com outros antipsicóticos, existe um potencial da ziprasidona causar discinesia tardia e outras síndromes extrapiramidais tardias após tratamento prolongado. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Se aparecerem sinais ou sintomas de discinesia tardia, deve-se considerar redução da dose ou descontinuação da medicação. Intervalo QT: A ziprasidona causa um prolongamento no intervalo QT de grau leve a moderado . Portanto, a ziprasidona não deve ser administrada concomitantemente com outros medicamentos que são conhecidos por prolongar o intervalo QT. Distúrbios
eletrolíticos
tais
como
hipocalemia
e
hipomagnesemia aumentam o risco de uma arritmia maligna e deve ser corrigido antes de o tratamento com ziprasidona ser iniciado. Se pacientes com doenças cardíacas estáveis forem tratados, uma revisão no eletrocardiograma (ECG) deve ser considerada antes do início do tratamento. Se sintomas cardíacos, tais como palpitações, vertigens, síncope ou convulsão ocorrerem, então a possibilidade de uma arritmia cardíaca maligna ocorrer deve ser considerada e uma avaliação cardíaca incluindo um ECG deve ser conduzida. Se o intervalo QT é > 500 ms, é recomendado que o tratamento seja interrompido. (ver Contraindicações). Convulsões: Assim como com outros antipsicóticos, recomendase cautela no tratamento de pacientes com histórico de convulsões. Uso durante a gravidez e a lactação: Estudos de toxicidade na reprodução demonstraram efeitos adversos no processo reprodutivo apenas com doses associadas à toxicidade materna. Não houve evidências de teratogenicidade. Uso durante a gravidez: Não foram conduzidos estudos em mulheres grávidas. Mulheres com potencial de engravidar que estejam recebendo ziprasidona devem, portanto, ser aconselhadas a utilizar um método contraceptivo adequado. Como a experiência humana é limitada, a administração de ziprasidona não é recomendada durante a gravidez, a
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menos que o benefício esperado para a mãe supere o risco potencial ao feto. Uso durante a lactação: Não se sabe se ziprasidona é excretado no leite materno. As pacientes devem ser advertidas a não amamentar se estiverem em tratamento com ziprasidona. Efeitos na habilidade de dirigir e de operar máquinas: ziprasidona (ziprasidona) pode causar sonolência. Os pacientes que forem dirigir ou operar outras máquinas devem, portanto, ser advertidos adequadamente. 26.2. EFICÁCIA DA OLANZAPINA E EFEITOS ADVERSOS Em conclusão: (1) o insucesso terapêutico esteve presente em 48% dos pacientes tratados com olanzapina, em comparação com 64% daqueles
tratados
com
haloperidol;
(2)
houve
mais
interrupções
prematuras do tratamento por falta de eficácia entre os pacientes tratados com haloperidol do que naqueles tratados com olanzapina; (3) a interrupção prematura do tratamento, devido a efeitos adversos, foi mais frequente nos pacientes tratados com haloperidol do que naqueles tratados com olanzapina; (4) o uso de anticolinérgicos foi necessário em apenas 15% dos pacientes tratados com olanzapina, em comparação com 4 advertências comparados aos 9% daqueles tratados com haloperidol.A síndrome neuroléptica maligna (snm): snm é uma síndrome complexa, potencialmente fatal, associada também a este medicamento antipsicótico, incluindo-se, portanto a olanzapina. As manifestações clínicas da snm são: hiperpirexia, rigidez muscular, estado mental alterado e evidência de instabilidade autonômica (pulso ou pressão arterial irregular, taquicardia, diaforese e arritmia cardíaca). Outros sinais adicionais podem incluir: elevação da creatinina fosfoquinase, mioglobinúria (rabdomiólise) e insuficiência renal aguda. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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As manifestações clínicas de snm ou presença de febre alta sem manifestações clínicas de snm requerem a descontinuação de todas as drogas antipsicóticas incluindo a olanzapina. O risco de discinesia tardia aumenta com a exposição em longo prazo às medicações antipsicóticas, deve-se considerar a redução da dose ou a interrupção da droga se sinais ou sintomas de discinesia tardia aparecerem em um paciente. Estes sintomas podem piorar temporariamente, ou mesmo aparecerem após a interrupção do tratamento. Provas de função hepática: ocasionalmente, têm sido observadas, especialmente na fase inicial do tratamento, elevações assintomáticas e transitórias das transaminases hepáticas tgp e tgo. raros casos de hepatite foram relatados, assim como, casos de
insuficiência
hepática
mista
ou
colestática
foram
relatados.
Convulsões: olanzapina deve ser usada cuidadosamente em pacientes com histórico de convulsões ou que estão sujeitos a fatores que possam diminuir o limiar convulsivo. Convulsões foram raramente relatadas em tais pacientes, quando tratados com olanzapina. Atividade anticolinérgica: a experiência durante os estudos clínicos revelou uma baixa incidência de eventos anticolinérgicos. Contudo, como a experiência clínica com olanzapina em pacientes com doença concomitante é limitada, devem ser tomadas precauções quando for prescrita a pacientes com hipertrofia prostática, íleo paralítico, glaucoma de ângulo estreito ou condições relacionadas.
Antagonismo
dopaminérgico:
a
olanzapina
exibe
antagonismo à dopamina in vitro, e, em teoria, pode antagonizar os efeitos da levodopa e dos agonistas da dopamina como com outras drogas antipsicóticas. Atividade geral no snc: devido aos efeitos primários da olanzapina serem no snc, deve-se tomar cuidado adicional quando for administrada em combinação com outras drogas que atuem centralmente, incluindo o álcool. Fenilalanina: a olanzapina orodispersível contém 346
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aspartame, que é uma fonte de fenilalanina. Efeitos cardiovasculares: as comparações entre os grupos olanzapina/placebo provenientes dos resultados agrupados de estudos clínicas placebos-controlados, revelaram que não há diferenças estatisticamente significantes na proporção de pacientes recebendo olanzapina/placebo que apresentaram alterações potencialmente importantes nos parâmetros do ECG, incluindo os intervalos qt, qtc e pr. O uso de olanzapina foi associado a um aumento médio de 2,4 batimentos por minuto na frequência cardíaca, comparado com nenhuma alteração entre os pacientes que utilizaram placebo. Esta tendência à taquicardia pode estar relacionada ao potencial da olanzapina em induzir alterações ortostáticas. Efeitos hemodinâmicos: olanzapina pode induzir hipotensão ortostática associada com vertigem, taquicardia, e em alguns pacientes, síncope, especialmente durante o período inicial de titulação da dose, provavelmente refletindo suas propriedades de antagonista a-1 adrenérgico. Os riscos de hipotensão ortostática e síncope podem ser minimizados ao se adotar uma terapia inicial com 5 mg de olanzapina administrada uma vez ao 11 dia. se ocorrer hipotensão, uma titulação mais gradual para a dose alvo deve ser considerada. Alterações dos lipídios: em estudos clínicos placeboscontrolados, alterações indesejáveis dos lipídios foram observados em pacientes tratados com olanzapina. Elevações significantes e, às vezes, muito altas (> 500 mg/dl) nos níveis de triglicérides foram observadas com o uso da olanzapina. Aumentos médios moderados no colesterol total também foram observados com o uso da olanzapina. Portanto, recomenda-se monitoramento clínico adequado. Eventos adversos cerebrovasculares (eac), incluindo acidente vascular cerebral, em pacientes idosos com demência: eventos adversos cerebrovasculares (ex. acidente vascular cerebral, ataque isquêmico transitório), incluindo mortes, foram relatados Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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em estudos com pacientes idosos com psicose associada à demência. Em estudos placebos-controlados, houve uma alta incidência de eventos adversos
cerebrais
em
pacientes
tratados
com
olanzapina
comparados aos pacientes tratados com placebo (1,3% versus 0,4%, respectivamente).
Todos
os
pacientes
que
apresentaram
eventos
cerebrovasculares tinham fatores de risco preexistentes conhecidos que estão relacionados com um risco elevado para os eac (ex. histórico de eac ou ataque isquêmico transitório, hipertensão, tabagismo) e apresentaram condições médicas concomitantes e/ou medicamentos concomitantes tendo uma associação temporal com os eac. a olanzapina não está aprovada para o tratamento de pacientes com psicose associada à demência. Hiperglicemia e diabetes mellitus: em pacientes com esquizofrenia, ocorre um aumento na prevalência de diabetes. Assim como com outros antipsicóticos, alguns sintomas como hiperglicemia, diabetes, exacerbação de diabetes preexistente, cetoacidose e coma diabético foram relatados. Recomenda-se monitorização clínica apropriada em todos os pacientes, particularmente em pacientes diabéticos e em pacientes que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes. Carcinogênese, mutagênese, danos à fertilidade e toxicidade animal: baseando-se nos resultados de estudos em ratos e camundongos, concluise que a olanzapina não é carcinogênica. Achados significantes em estudos de oncogenicidade foram limitados a um aumento na incidência de adenocarcinomas mamários em ratas e fêmeas de camundongo. Esse é um achado comum tratado com agentes que aumentam a secreção de prolactina Efeitos nos parâmetros hematológicos em cada espécie envolveram células sanguíneas circulantes e nenhuma evidência de citotoxicidade da medula óssea foi encontrada em todas as espécies estudadas. Gravidez (categoria c): não há estudos adequados e bem 348
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controlados com olanzapina em mulheres grávidas. As pacientes devem ser avisadas para notificarem seu médico se ficarem grávidas ou se pretenderem engravidar durante o tratamento com olanzapina. Dado que a experiência em humanos é limitada, esta droga deve ser usada na gravidez somente se os benefícios possíveis justificarem os riscos potenciais para o feto. Lactação: em um estudo em mulheres saudáveis, lactantes, a olanzapina foi excretada no leite materno. a média de exposição infantil (mg/kg) no estado de equilíbrio foi estimada ser 1,8% da dose
materna
de
olanzapina
(mg/kg).
As
pacientes
devem
ser
aconselhadas a não amamentarem no caso de estarem recebendo olanzapina. E
suposta
superioridade
terapêutica
não
se
vê
tão
acentuadamente nas melhoras clinicas dos pacientes crônicos, ou na menor escassez duvidosa de efeitos colaterais, mas também na prevenção das recaídas. Hoje é frequente o uso de formas de longa duração na forma decanoato, com tempo de ação de aproximadamente 30-40 dias. A clozapina deriva destes antipsicóticos chamados tricíclicos e contém as mesmas prerrogativas dos neurolépticos considerados clássicos; idem para a olanzapina e para a risperidona (um antisserotoninérgico misto) com quem partilha a farmacologia básica. Existem riscos para o neonato em mães que se utilizam antipsicóticos, mas são considerados de pouca ação na teratogenia. A risperidona pode produzir hiperprolactinemia importante e de um modo geral, os antipsicóticos aumentam os níveis de prolactina sendo que este efeito cessa rapidamente quando suspensos. Os neurolépticos e outros agentes que estimulam a secreção de prolactina devem ser evitados em casos de carcinoma de mama e em particular com metástases. Muitos neurolépticos reduzem a secreção de gonadotrofinas, estrogênios e progestagênicos contribuindo para a amenorreia observada Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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nestas pacientes. Inibem também a liberação de hormônio de crescimento e reduzem a secreção de hormônio liberador de corticotrofina (CHR). Há aumento de peso e pode ser esta situação, uma contraindicação para seu uso prolongado, em particular a clozapina e a olanzapina. A clorpromazina está relacionada a alterações de tolerância à curva glicêmica e á outros neurolépticos associados ao desenvolvimento de diabetes tipo II. É excretado no leite materno. Das butirofenonas a principal e mais estudada é o haloperidol. Seus sucessores são o penfluridol e a pimozida para ações prolongadas, mas ainda acanhadas na substituição ao haloperidol clássico. A forma decanoato é frequentemente usada no nosso meio pela praticidade em pacientes resistentes á medicação por via oral, negativista e nãocooperativos. A clorpromazina é utilizada com frequência em pacientes agitadas e comportamento agressivo, e juntamente com a prometazina, tornou–se uma conduta útil em OS e agitação psicomotora de risco. O ideal é suspender antipsicóticos duas semanas antes do parto com intuito de se evitar maiores efeitos sobre o RN em mães que os tomam. A maioria é compatível com a amamentação devendo-se observar criteriosamente o RN de mães amamentando e em uso destas drogas. 26.3. NOMES QUÍMICOS X NOMES COMERCIAIS Clorpromazina: amplictil (compatível com a amamentação em doses habituais) Levomepromazina: neozine, levozine (Observe sonolência e letargia no RN amamentado – não tem contra- indicação formal na amamentação) Tioridazina: melleril (para amamentação: idem a clorpromazina) 350
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Trifluoperazina:
stelazine
(idem
á
clorpromazina
para
amamentação) Amilsulprida: sociam (uso criterioso na amamentação: Sem dados disponíveis conclusivos). Flufenazina:
anatensol,
flufenan
–
uso
criterioso
na
amamentação. Haloperidol: haldol - compatível com amamentação em doses habituais (1-5 mg/ dia) Penfluridol: semap Pimozida: orap – Uso criterioso: sem dados conclusivos. Pipotiazina: piportil (e, L4) Clozapina: leponex: cuidados com dist. Hematológicos e convulsão. Olanzapina: zyprexa Quetiapina: seroquel Risperidona: risperdal, risperidon, zargus. Uso criterioso: estimula prolactina e sem dados conclusivos do Min. da Saúde na amamentação. Zuclopixol: clopixol 26.4. ÁCIDO FÓLICO O acido fólico pode diminuir risco de malformação congênita. Durante o VI Congresso da Sogesp (Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), realizado no mês de novembro 2006, o pesquisador húngaro Andrew E. Czeizel ministrou conferência sobre novas perspectivas de suplementação vitamínica na gestação. Em pesquisa recente Czeizel conseguiu provar a eficácia do ácido fólico na prevenção de defeitos do tubo neural. A experiência, desenvolvida na Hungria, é considerada ponto de referência decisivo na área de prevenção Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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de defeitos do tubo neural. Realizado com quase 5.500 gestantes, o estudo conclui que o uso de suplemento vitamínico, contendo 0,8 mg de ácido fólico, reduz o aparecimento de bebês com malformação do tubo neural, assim como do trato urinário e do sistema cardiovascular, além de diminuir os sintomas de enjoos, náuseas e vômitos durante o primeiro trimestre de gravidez. Também restringe a incidência de partos prematuros e melhora a qualidade do leite materno. De acordo com as pesquisas nacionais, em média, a cada 700 crianças que nascem no Brasil, uma apresenta defeitos congênitos. Entre elas estão as espinhas bífidas (defeitos na coluna vertebral) e a anencefalia (falha no desenvolvimento do cérebro), que leva a criança à morte. "Os dados disponíveis na literatura comprovam que a ingestão de ácido fólico apenas na dieta alimentar não reduz os riscos de defeitos. Já os suplementos são comprovadamente mais eficientes", garantiu o pesquisador, que é integrante do Centro Colaborador
para
o
Controle
de
Enfermidades
Hereditárias
da
Organização Mundial de Saúde da Hungria. Ele citou estimativa norteamericana que aponta para uma diminuição significativa em gastos hospitalares se todas as gestantes recebessem suplementação. "As vitaminas
do
Complexo
B
desempenham
papel
fundamental
no
metabolismo das células do nosso organismo. Há evidências de que baixos níveis de ácido fólico, vitamina B6 e vitamina B12, representam um fator de risco para o aparecimento de doenças cardiovasculares", concluiu Czeizel. A Vitamina reduz o risco cardíaco e de doenças psiquiátricas. Um estudo realizado pela Associação Americana do Coração, e publicado na revista Circulation revelaram que existe uma estreita relação entre o consumo de ácido fólico e a diminuição nos níveis de homocisteína, aminoácido sintetizado pelo organismo que, ao não ser bem metabolizado, converte-se em importante fator de risco para aterosclerose (placas de 352
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gorduras que bloqueiam as artérias). Junto com as vitaminas B6 e B12, o ácido fólico participa do metabolismo da homocisteína. Evidências epidemiológicas indicam que o excesso de homocisteína colabora para o aparecimento de doenças cardiovasculares e tromboses arteriais e venosas, as quais podem se agravar e até acabar provocando um infarto. Segundo o estudo, o papel do ácido fólico vai mudando conforme as etapas da vida. Na idade escolar, a sua carência pode levar à anemia nutricional. Nos adultos mais idosos, como o ácido fólico tem efeitos sobre o sistema nervoso central, o baixo consumo dessa vitamina ou os baixos níveis podem agravar problemas neuropsiquiátricos.
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27. CEFALÉIAS NO CICLO GRÁVIDO-PUERPERAL Abordamos neste capítulo o comportamento das cefaleias primárias, com enfoque especial na enxaqueca e na cefaleia tipo tensional e o ciclo gravídico-puerperal. Fazemos também comentários sobre algumas cefaleias secundárias (com substrato orgânico subjacente), que podem ocorrer com maior frequência neste período e que necessitam ser prontamente diagnosticadas e tratadas, uma vez que coloca em risco a vida da mãe e do feto. A partir de 1988, a International Headache Society (IHS) estabeleceu critérios diagnósticos para mais de 150 tipos de dor de cabeça, sendo de grande auxílio para o diagnóstico destas entidades. A história clínica criteriosa é a melhor ferramenta médica para diagnóstico correto, uma vez que, em se tratando das cefaleias primárias, não há nenhum exame subsidiário que possa ser útil na elucidação do diagnóstico. A enxaqueca (ENX) tem alta prevalência na população geral. Estudos epidemiológicos mostram que 17% das mulheres e 7% dos homens são portadores desta doença. Este tipo de cefaleia não aumenta o risco de complicação na gravidez (toxemia e complicações do parto), tão pouco para o feto (anormalidades congênitas). Relatos controversos na literatura mostram que ela aumenta a ocorrência de hipertensão arterial relacionada à gestação. A ENX apresenta-se sob duas formas clínicas, a saber: com aura e sem aura. A aura é definida como qualquer sintoma ou sinal neurológico focal que, sem dúvida, estejam sendo originados em estruturas do tronco encefálico ou substância cinzenta do córtex, com duração mínima de Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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quatro minutos e que, habitualmente, desaparecem em trinta minutos. A aura normalmente precede a crise, porém pode acompanhá-la ou mesmo se dar sem que a fase dolorosa ocorra. Na maioria das vezes, a aura relatada pelo paciente envolve a esfera visual, com a presença de escotomas,
embaçamento
visual
e
espectros
de
fortificação,
comprometendo um ou ambos os olhos. Podem ocorrer, contudo, auras com outras formas clínicas, como alterações motoras, sensitivas e distúrbios da fala. Mesmo que haja relato da sua ocorrência, sua presença não é obrigatória em todas as crises. A ENX sem aura é descrita como dor de origem idiopática, recorrente e manifestada por crises com duração de 4 a 72 horas. As características típicas desta cefaleia são: localizadas unilateralmente (em 60% das pacientes), qualidade da dor pulsátil, intensidade moderada a acentuada e geralmente acompanhada de náusea, vômito, fotofobia, fonofobia, e osmofobia. A dor é agravada pelas atividades rotineiras das pacientes. A cefaleia tensional (CTT) é descrita como episódios recorrentes de dor, que podem durar de alguns minutos a vários dias. Referida como sensação de aperto ou peso, de intensidade fraca ou moderada, localização bilateral (geralmente holocraniana) e que não piora com atividade rotineira. Raramente, acompanha-se de náusea, podendo haver relato de fotofobia e fonofobia discretas. Pode ser classificada do ponto de vista clínico em forma episódica e crônica. A primeira é de ocorrência ocasional, com crises relacionadas, na maioria das vezes, a vícios de postura. Na forma crônica, as crises ocorrem numa frequência superior a quinze dias/ mês e mais de 180 dias ao ano e sem relato de crises de enxaqueca concomitantemente.
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Faz parte dos critérios diagnósticos de ambas as entidades a realização do exame neurológico, que deve ser normal. A ligação entre ENX e hormônios femininos é um fato reconhecido há muito tempo. Em épocas passadas pensou-se até, pelas evidências, que a enxaqueca fosse doença hormonal: nítida preponderância no sexo feminino (4:1), início das crises ocorrendo na maioria das vezes à mesma época da menarca, dores mais intensas no período menstrual e mais da metade das mulheres ficando totalmente livres das dores durante a gestação. Além do fato das crises poderem desaparecer totalmente após a instalação da menopausa. Seguindo nesta mesma linha de raciocínio, sabemos que tratamentos hormonais (TRH ou uso de anticoncepcionais) podem modificar, para pior, a história natural da doença. No tocante ao comportamento da ENX e a gestação, a literatura nos mostra que 60% a 70% das mulheres ficam livres de suas crises durante os dois últimos trimestres da gravidez, notadamente aquelas que iniciaram sua história de enxaqueca concomitantemente com a menarca e que,
apresentavam
paroxismos
de
dor
relacionados
ao
período
perimenstrual. A forma clínica (com ou sem aura) parece não ser importante na predição de remissão durante o período gestacional. Embora, dentre as mulheres que pioram a frequência de suas crises neste período (4% a 8%), ou que iniciam suas crises na gravidez (10%) e que geralmente
o
faz
durante
o
primeiro
trimestre,
seja
composta
principalmente daquelas que apresentam a forma com aura. Durante este período de nove meses podem ocorrer alterações na apresentação clínica das crises de enxaqueca. Crises que nunca apresentaram aura, para crises com aura e vice-versa; bem como dores que eram tipicamente latejantes, que passam a ter características de dor em peso, aperto ou pressão, típicas da CTT. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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A interação enxaqueca/hormônios/gestação tem relação direta com os níveis de estradiol, flutuantes durante os ciclos menstruais normais e permanentemente elevados e constantes durante toda a gravidez. Os altos níveis séricos do estradiol também provocam alterações em neurotransmissores envolvidos na fisiopatologia da ENX, como: aumento
da
serotonina
plasmática
e
plaquetária,
aumento
na
concentração do ácido gama amino butírico (GABA) e encefalinas, bem como elevação na produção de opióide endógenos, que aumentam o limiar de disparos de áreas cerebrais que deflagram uma crise. Da mesma forma que o retorno do estradiol aos níveis habituais no período pós-parto é fator importante no desencadeamento e retorno das crises. Os níveis de progesterona, na gravidez não exercem qualquer papel de importância. A CTT também pode se apresentar na gestação de forma mais branda, com melhoria dos sintomas menos pronunciados, quando comparada à enxaqueca, sendo que apenas 28% das mulheres sentem este benefício. A piora da CTT clínica, quando ocorre, pode muitas vezes estar relacionada a alterações posturais decorrentes do crescimento progressivo do volume uterino. O grande dilema do binômio cefaleia e gravidez está relacionado ao risco de teratogenicidade. Estudos estatísticos revelam que 67% das mulheres norte-americanas tomam medicamentos de qualquer natureza durante a gestação e que 50% delas tomam durante o primeiro trimestre. Efeitos
adversos
de
qualquer
medicamento
estão
diretamente
relacionados com a dose utilizada, a via de administração e o tempo de exposição. A gravidade e a extensão dos efeitos teratogênicos também estão relacionadas com a fase gestacional onde ocorreu o contato com a droga. Vale ressaltar que na fase de pré-implantação fetal, que vai da concepção até uma semana após, o feto está relativamente protegido da 358
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ação de qualquer medicamento. Além dos efeitos teratogênicos que podem ocorrer, devemos levar em consideração antes de prescrevermos um fármaco, que a mulher grávida apresenta
alterações
metabólicas
que
irão
influenciar
tanto
na
concentração quantos na eliminação de qualquer droga utilizados através de: • Aumento do volume plasmático; • Aumento da sobrecarga cardíaca de 30 % a 50% ; • Aumento no fluxo renal em 40% a 50%; • Diminuição da albumina sérica de 20% a 30%; • Aumento do tecido adiposo e líquido extracelular; • Aumento do metabolismo dos medicamentos; • Aumento
do
clearence
renal,
com
necessidade
de
ajustamentos constantes nas doses, principalmente durante o último trimestre. Desta forma, recomenda-se que se consulte a recomendação do FDA como a do TERIS (Teratogen Information System). • Medicamentos e fase gestacional • Período pré-implantação: até 7 dias- sem problemas • Implantação (2 semanas): óbito fetal • Embriogênese
(2-8
semanas):
Teratogenicidade/
malformação • Crescimento fetal (> 8 semanas): retardo do crescimento, lesão de órgãos
formados e óbito fetal.
• Periparto: hemorragias, distonias uterinas, retardam mental, hipoglicemia neonatal.
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Tanto os medicamentos abortivos como os profiláticos utilizados no tratamento da enxaqueca devem ser evitados durante a gestação; não apresentam, entretanto, proibição formal. Devido ao fato de as crises terem tendência de diminuírem em frequência e intensidade após o primeiro trimestre, muitas mulheres podem conseguir alívio com medidas não-farmacológicas, que envolvam higiene de vida, tais como, repouso, bolsa de gelo e técnicas de relaxamento. O índice de melhora com estas medidas pode alcançar 73%. Entretanto, algumas continuam a ter crises de forte intensidade, associadas a náuseas e vômitos, e passíveis de desidratação, que podem acarretar problema materno-fetal de maior gravidade que o próprio uso de medicação abortiva da crise. O tratamento sintomático da crise deve ser instituído apenas se as medidas não-farmacológicas não alcançarem efeito desejável. A American Academy of Family Physicians e o American College of Physicians of American Society of Internal Medicine propõem analgésicos não-opióides e AINE (ácido acetilsalicílico, ibuprofeno, naproxeno, ácido tolfenâmico, associação de ácido acetilsalicílico, paracetamol e cafeína) como terapia de primeira linha. Agentes específicos para enxaqueca - diidroergotamina (intranasal), sumatriptano (oral ou subcutâneo), zolmitriptano, naratriptano, eletriptano, rizatriptano (orais) - são indicados para pacientes que não respondem a AINE ou têm crises graves. Ainda se recomendam antieméticos para vômitos e náuseas, considerados sintomas incapacitantes na crise de enxaqueca. Comparação
entre
analgésicos
não-opióides
e
anti-
inflamatórios não-esteróides, com e sem antieméticos ou cafeína, alcalóides do ergot e triptanos. AINE são agentes de primeira linha para tratamento de crises leves a moderada de enxaqueca ou crises graves a eles responsivas no 360
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passado. Evidências mais consistentes existem para ácido acetilsalicílico, ibuprofeno, naproxeno sódico, ácido tolfenâmico, diclofenaco e sua associação a cafeína, medicamentos que se mostraram superiores a placebo. Atribui-se à cafeína a propriedade de aumentar a velocidade de início de efeito de ácido acetilsalicílico, paracetamol, ibuprofeno e ergotamina. Nas
crises
leves
e
moderadas
de
enxaqueca,
ácido
acetilsalicílico supera o placebo. Sua associação à metoclopramida provou ser tão eficaz quanto a terapia com ergóticos e triptanos no alívio da dor em duas horas. Paracetamol também pode ser utilizado, Tendo eficácia bem demonstrada, tanto isoladamente quanto em associação com ácido acetilsalicílico e cafeína. Para alívio de dor em duas horas, paracetamol na dose de 1000 mg foi mais eficaz do que placebo (NNT=7,8; IC95%: 4,8-21,0). Em dose de 650 mg, Mostrou-se ineficaz. Não se observou diferença significativa entre ácido acetilsalicílico (1000 mg) e a associação de paracetamol e codeína (400 mg + 25 mg) no tratamento da crise, embora ambos tenham sido mais eficazes que placebo. Ensaio clínico randomizado e controlado por placebo30, envolvendo 1.357 pacientes com enxaqueca não-incapacitante, mostrou que a associação de paracetamol, ácido acetilsalicílico e cafeína (250 mg + 250 mg + 65 mg) aliviou significativamente a dor em relação ao placebo (NNT=3,8). Em presença de náuseas, metoclopramida (agente antiemético e pró-cinético) pode ser combinada a analgésicos não-opióides para acelerar a absorção destes últimos. Entretanto, não é recomendada rotineiramente em adultos e não deve ser administrada a pacientes. Mais jovens, pois pode causar distonia. Ondansetrona e congêneres, em monoterapia, não demonstraram eficácia em enxaqueca. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Uma das Revisões realizadas avaliou a eficácia da associação oral de ácido acetilsalicílico (650 a 900 mg) e metoclopramida (10 mg) em comparação a placebo, sumatriptano ou diidroergotamina. A associação apresentou efeitos comparáveis aos de sumatriptano por via oral e superiores
aos
de
diidroergotamina.
Em
ensaio
clínico
aberto
randomizado, a probabilidade de sucesso terapêutico com a associação de ácido acetilsalicílico e metoclopramida diminuíram à medida que a gravidade da incapacitação relacionada à cefaleia aumentou. Entre pacientes
mais
incapacitados,
apenas
26%
tiveram
suas
crises
controladas adequadamente com essa combinação. Em ensaio clínico piloto, randomizado, duplo-cego, cruzado (n=16), a associação de metoclopramida (10 mg) e sumatriptano (50 mg) foi comparada a sumatriptano mais placebo em pacientes com crises moderadas a graves não responsivas a triptanos. A associação aliviou ou fez cessar dor, em duas horas, em 44% das 16 crises, em comparação a 31% com sumatriptano isolado. As taxas de recidiva não diferiram significativamente entre as intervenções. Revisão sistemática de sete ensaios clínicos controlados por placebo encontrou limitadas evidências de melhora da dor com administração oral de ergotamina, isoladamente (1 a 6 mg) ou em associação a cafeína (100 mg). Ergotamina e seus derivados foram menos eficazes que sumatriptano. Não houve diferença entre uso isolado de ergotamina e em associação a metoclopramida sobre intensidade da cefaleia ou necessidade de medicamento adicional. Paralelamente, a incidência de efeitos adversos foi alta, em comparação com placebo, AINE e sumatriptano. Diidroergotamina pode ser útil em pacientes com crises de maior duração ou alta taxa de recorrência com uso
de
triptanos.
As
principais
vantagens
de
ergotamina
diidroergotamina são baixo custo e grande experiência de uso. 362
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e
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Complexa farmacologia, farmacocinética desfavorável, efeitos vasoconstritores generalizados e sustentados e alta frequência de abuso e cefaleias de rebote constituem as principais desvantagens desses fármacos. Atualmente, há extensa investigação sobre os efeitos de triptanos em crises de enxaqueca. Metanálise e revisões sistemáticas confirmaram a eficácia de sumatriptano oral, intranasal e subcutâneo no tratamento de crise única de enxaqueca em adultos. Ausência de dor em duas horas ocorreu com doses orais de 25 mg (NNT= 7,5; IC95%: 2,7142,0) e de 100 mg (NNT= 5,1; IC95%: 3,9-7,1). A maior dose determinou mais efeitos adversos, com NND§ de 7,1 (IC95%:5,0-11,1). Em análise de ensaios clínicos que o compararam a outros triptanos, o perfil de eficácia e de efeitos adversos foi geralmente similar. Ensaios clínicos adicionais30 mostraram superioridade de sumatriptano. Com uso subcutâneo de 6 mg houve o maior ganho terapêutico em uma hora. No entanto, a cefaleia pode recorrer em até 46% dos pacientes em 24 horas, provavelmente devido à menor duração de efeito. Outras limitações são necessidade de o paciente se auto-injetar, maiores incidência e intensidade de efeitos adversos, maior custo e restrições de emprego em presença de doenças cardiovasculares. No tratamento agudo de crises de enxaqueca associadas a período menstrual, Zolmitriptano oral aliviou a dor mais precocemente. Em 2 horas, houve alívio em 48% dos episódios tratados com o fármaco em comparação a 27% dos tratados com placebo (P < 0,0001), porém os efeitos adversos ocorreram em 16% versus 9% dos indivíduos, respectivamente. Zolmitriptano foi comparado à associação de ácido acetilsalicílico e metoclopramida no tratamento da crise enxaquecosa. Não houve diferença estatisticamente significativa (OR = 1,06; IC95%: 0,771,47; P = 0,72) entre o zolmitriptano e a associação quanto ao desfecho Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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primário – alívio de dor 2 horas após a administração. Uma análise post hoc mostrou que mais pacientes em uso de zolmitriptano apresentaram ausência de dor 2 horas após a primeira dose dada em três crises comparativamente aos que receberam a associação (OR = 2,19; IC95%: 1,23-4,03; P = 0,007). Ambos os tratamentos reduziram náusea, vômito, fono e fotofobia associados à enxaqueca e foram bem tolerados. Metanálise de dez ensaios clínicos evidenciou a eficácia de naratriptano em crises moderadas a graves em comparação a placebo, sendo o efeito proporcional à dose. Para o desfecho ausência de dor em quatro horas, naratriptano (2,5 mg) foi superado por rizatriptano (10 mg) e sumatriptano (100 mg). Propiciou alívio de dor comparável ao de zolmitriptano (2,5 mg). Porém apresentou menos efeitos adversos que os demais representantes, com incidência similar à do placebo. Ensaio clínico multicêntrico, duplo-cego e controlado por placebo evidenciou a eficácia de eletriptano para os desfechos alívio da dor em duas horas (NNT = 2,5 para a dose de 40 mg) e ausência de dor em duas horas (NNT = 4,4). O efeito foi proporcional às doses de 20 e 40 mg, mas não à de 80 mg. Teve início rápido com a dose de 40 mg (NNT = 20 em 0,5 hora; NNT = 5,3 em 1 hora). O perfil de efeitos adversos com a menor dose foi comparável ao do placebo. Comparado a zolmitriptano (2,5 mg), só evidenciou maior resposta analgésica com dose de 80 mg41. Em ensaio clínico randomizado e duplo-cego, eletriptano mostrou maior ausência de dor em duas horas em relação a naratriptano (35% vs. 18%; P < 0,001), menor uso de medicamentos de resgate (15% vs. 27%; P < 0,01) e resposta mais sustentada em 24 horas (38% vs. 27%; P < 0,05). Em estudo de análise de custo-efetividade entre eletriptano (40 e 80 mg) e sumatriptano (50 e 100 mg) para alívio de dor em duas horas, o tratamento com eletriptano resultou em menor custo por crise eficazmente tratada. 364
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Revisão do Clinical Evidence 4 não encontrou ensaios clínicos que evidenciassem efeitos de paracetamol, codeína, AINE, triptanos por vias oral ou nasal e antieméticos na enxaqueca de crianças e adolescentes. Os poucos ensaios clínicos existentes não têm qualidade metodológica adequada. Nessa condição, há sugestão da utilidade de paracetamol, ibuprofeno e sumatriptano (intranasal). Ref: 16 27.1. TRATAMENTO SINTOMÁTICO EM EMERGÊNCIAS Crises de enxaqueca graves, prolongadas e não-responsivas à automedicação são tratadas em serviços clínicos ou de emergência com diidroergotamina (via intravenosa ou intramuscular) ou sumatriptano (via subcutânea). Se houver insucesso terapêutico, Utilizam-se metoclopramida (10 mg, por via intravenosa), proclorperazina (10 mg, por via intravenosa) ou clorpromazina injeções intravenosas de 0,1 mg/kg, uma a cada 15 minutos). Raramente há necessidade de hospitalização em estados enxaquecosos. Neles se emprega diidroergotamina intravenosa, por três a quatro dias, suspendem-se todos os outros fármacos e administram-se líquidos intravenosos, especialmente se houver desidratação associada. As orientações do Ministério da Saúde, com Apoio Sociedade Brasileira de Pediatria e Febrasgo – Agosto 2000, para Drogas contra Enxaqueca e amamentação (Amamentação e Uso de Drogas) são as seguintes: AAS - compatível com amamentação em doses ocasionais. Evitar uso prolongado. Monitorar para anemia hemolítica, sangramento e acidose metabólica. DIPIRONA-Compatível com amamentação Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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ERGOTAMINA - Uso criterioso. Evite se possível. Pode causar ergotismo (vômitos, diarreia, convulsões) e suprimir lactação. Nos preparados comerciais está geralmente associado á cafeína, analgésicos, e antieméticos. ISOMEPTENO-Uso criterioso, Evitar se possível. PARACETAMOL - Compatível com amamentação PROPANOLOL - Compatível com amamentação. Monitorar o RN para efeitos colaterais como bradicardia, cianose, hipoglicemia. SUMATRIPTANA - Uso criterioso. Excretada no leite. Evitar se possível. Se for utilizada suspenda o aleitamento por 24 horas. Cefaleias primárias na gestação e drogas sintomáticas Analgésicos simples: B+(A): acetaminofen, cafeína AINES: B+(A): ibuprofeno, indometacina, naproxeno Narcóticos: B+(A): meperidina, metadona, morfina, codeína Corticosteróide:B+(A): prednisona Neurolépticos: C+(A) e metoclopramida:B+(A) Anti-histamínicos: B+(A ou C). 27.2. CONTRAINDICADOS: ERGOTAMÍNICOS De forma geral, os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES) e o acetaminofen podem ser utilizados. A aspirina em doses baixas apresenta baixo risco teratogênico; doses mais altas e próximas do parto, entretanto, podem estar associadas a sangramento materno-fetal. Os AINES devem ser utilizados apenas no primeiro e segundo trimestres, uma que podem aumentar o risco de sangramento, diminuir o volume de líquido amniótico, inibir o parto e provocar o fechamento prematuro do ducto arterial. A utilização
de
derivados
ergóticos
(tartarato
de
ergotamina
e
dihidroergotamina) e os triptanos devem ser evitados. A utilização de 366
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antieméticos, como a metoclopramida e a domperidona, por via oral, é segura e diminui a intensidade da crise, bem como alivia os sintomas de náusea e vômito. Qualquer medicação sintomática não deve exceder a três comprimidos por semana, para evitar cefaleias induzidas por abuso de analgésicos. A clorpromazina e o haloperidol (neurolépticos), utilizados por via endovenosa constituem excelentes armas para crises quando a via oral está contraindicada, quer pela ineficácia, já tentada pela paciente, como pela presença de vômitos. O tratamento profilático deve ser evitado como regra geral, ou instituído com critérios rígidos, sempre após explanação para o casal das possíveis complicações de seu uso.
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28.
CEFALÉIAS
PRIMÁRIAS
NA
GESTAÇÃO:
TRATAMENTO COM DROGAS PROFILÁTICAS Na profilaxia, a eficácia dos medicamentos é avaliada por diminuição de duração e intensidade das crises e seu espaçamento num período de dois a três meses. Apenas para alguns fármacos há evidências consistentes sobre eficácia na prevenção de enxaqueca. São usados antidepressivos tricíclicos, em doses inferiores às antidepressivas, com menor latência para o início de efeito analgésico. Em metanálise de trinta e oito ensaios clínicos randomizados, paralelos ou cruzados, controlados por placebo ou outro tratamento ativo, que avaliou eficácia de antidepressivos tricíclicos, antagonistas de serotonina e inibidores seletivos da recaptação de serotonina na profilaxia de enxaquecas ou cefaleia tensional, o tratamento com antidepressivos tricíclicos apresentou chance duas vezes maior de melhorar a dor (NNT = 3). Ensaio randomizado, duplo-cego e cruzado comparou amitriptilina a propranolol na profilaxia de enxaqueca, concluindo que a primeira reduziu significativamente gravidade, frequência e duração das crises, enquanto o segundo diminuiu apenas a gravidade das mesmas. Em revisão sistemática de 19 ensaios clínicos, inibidores seletivos de recaptação de serotonina mostraram resultados inconsistentes na profilaxia de enxaqueca. Anticonvulsivantes (carbamazepina, clonazepam, valproato de sódio e topiramato) apresentam-se moderadamente eficazes, porém seu uso é limitado por reações adversas e interações medicamentosas. Revisão sistemática que incluiu três ensaios clínicos controlados por placebo (n=350) avaliou especificamente a eficácia preventiva de ácido Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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valpróico. Observou-se redução de 50% no número de crises ou de dias com enxaqueca em aproximadamente metade dos pacientes. O NNT foi de
3,5
(IC95%:
2,6-5,3).
A
incidência
de
efeitos
adversos
foi
significativamente maior com o anticonvulsivante, sendo mais comuns náuseas, tontura e sonolência. Em ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, topiramato (100 e 200 mg/dia), administrado por 18 semanas, reduziu a frequência média mensal de crises, já no primeiro mês de profilaxia ( P<0,05). As taxas de resposta para o desfecho "mínimo de 50% de Beta-bloqueadores: C+(c): atenolol, nadolol, propanolol (melhor opção). Exceção: metoprolol-B+(A) Antidepressivos: C/D+(C/D): exceção: fluoxetina e sertralinaB+(A/C) Bloqueadores de canal de Cálcio: C+(C): verapamil, nifedipina, diltiazem, flunarizina,Divalproato de sódio: D+(D). “A redução na frequência mensal de crise” foram de 39% (com 50 mg/dia; P =0,01), 49% (com 100 mg/dia; P<0,001) e 47% (com 200 mg/dia; P<.001) em comparação ao placebo (23%). Parestesias, fadiga, náuseas e diarreia foram as principais causas de suspensão do tratamento com topiramato. Bloqueadores
beta-adrenérgicos
(propranolol,
metoprolol,
atenolol, nadolol e timolol) têm-se mostrado eficazes em numerosos ensaios clínicos, sendo considerado tratamento de primeira linha, especialmente em pacientes com enxaqueca associada a estresse. Apresentam boa tolerabilidade. O tratamento costuma durar seis meses e o efeito benéfico se prolonga por mais tempo. Bloqueadores de canais de cálcio (nimodipino, diltiazem, nifedipino, verapamil e nicardipino) mostram efeito inexpressivo e variável 370
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em relatos de casos e pequenos ensaios. Em geral, há redução da frequência de crises, mas a repercussão sobre sua intensidade é pequena. Podem decorrer semanas a meses antes de o benefício ser notado, o que reduz a adesão. Ensaios clínicos com agonistas alfa2-adrenérgicos (clonidina e guanfacina)
sugerem
mínima
eficácia,
não
havendo
evidências
conclusivas. Terapia
hormonal
na
fase
pré-menstrual
com
dose
relativamente alta de estradiol (1,5 mg/dia, sob forma de gel), associado ou não a progestógeno, tem valor limitado. Evidências apontam para ausência de benefício nas mulheres cuja enxaqueca não se relaciona a ciclo menstrual. Em ensaio clínico controlado por placebo, avaliou-se o efeito de 400 mg de vitamina B2 (riboflavina) por três meses. Houve redução significativa de frequência de crises e número de dias de cefaleia, com NNT de 2,3. Não houve relato de efeitos adversos graves. Para profilaxia de enxaquecas em crianças, o manejo do estresse é provavelmente benéfico. Não se conhece a eficácia de medidas medicamentosas nessa situação. Os resultados dos estudos contemporâneos, abaixo resumidos, fundamentam as decisões a serem tomadas em relação a tratamento agudo e profilaxia de enxaqueca. Embora propanolol seja o fármaco mais indicado, sua utilização pode estar relacionada com RN de menor tamanho para a idade gestacional. As mesmas precauções valem para o tratamento sintomático ou profilático da cefaleia tipo tensional (CTT). Para finalizar esta primeira parte, faremos rápidas considerações a respeito dos medicamentos utilizados no tratamento agudo ou profilático durante o período de aleitamento. A concentração de qualquer droga no leite é cerca de 1,2% daquela do sangue materno. A passagem de Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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qualquer medicamento para o leite materno está na dependência do seu grau de lipossolubilidade, do poder de ligação protéica, do seu peso molecular e do grau de ionização. Como regra geral, a enxaquecosa grávida deve evitar utilização das seguintes drogas durante o aleitamento: ergotamina, triptanos em geral e bromocriptina. Trabalhos recentes mostram que a utilização de sumatriptano, neste período, é segura se a mãe não amamentar por período de quatro horas após sua utilização. O uso de acetaminofen é seguro e preferível à aspirina. Entre os medicamentos preventivos, o propanolol pode ser utilizado com segurança nesta fase.
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29. OUTRAS CEFALÉIAS Algumas patologias do sistema nervoso central (SNC) têm ocorrência mais elevada durante a gestação, cabendo ao obstetra o seu reconhecimento, através da história clínica cuidadosa ou por alterações no exame físico da paciente. Um grande estudo envolvendo 79.301 parturientes, num período de dez anos, mostrou que a ocorrência de complicações na gestação por doenças cérebros-vasculares é rara e esteve pressente em apenas 24 delas (0,03%). Intrigantemente, a presença de hipertensão arterial, mesmo grave, parece não estar associada a maior risco de hemorragia cerebral durante a gestação. A incidência de hemorragia subaracnoidea (HSA) é ligeiramente maior neste período, quando comparada à população normal. Sua apresentação geralmente é dramática, com cefaleia muito intensa e de início súbito; geralmente acompanhada de perda de consciência, aparecimento de hipertensão arterial e rigidez de nuca. Esta situação pode mimetizar, a princípio, uma crise de enxaqueca de forte intensidade ou eclampsia. Nesta situação, a paciente deve ser submetida a exames de neuroimagem (NI), preferivelmente tomografia de crânio (TC), se o sangramento for recente, bem como a complementação do estudo com angiografia cerebral, imediata tomada de decisão, intervencionista ou não. Em algumas situações optamos pela ressonância nuclear magnética (RNM), por não envolver exposição aos Raios-X. A hemorragia cerebral (HC) é outro evento que, embora de ocorrência rara, tem incidência mais elevada neste período. Este fato pode ser devido á ação do estrógeno sobre as malformações vasculares. Outros fatores que aumentam a incidência de HC são a utilização de cocaína e Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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ingestão de álcool. Procedimentos de NI devem ser realizados, para elucidação diagnóstica. A Trombose venosa cerebral é outra situação que necessita diagnóstico pronto, em gestantes com hipercoagulabilidade ou no período puerperal. Não sabemos se os fatores de risco para trombose venosa profunda (TVP) estão ou não associados á trombose cerebral. A presença de cefaleia persistente, associada ou não a déficits neurológicos focais, pode sugerir tal entidade. O Pseudotumor cerebral é entidade de etiopatogenia ainda não totalmente esclarecida e que se apresenta mais comumente em mulheres em idade reprodutiva e com excesso de peso. Seu aparecimento também pode estar ligado á utilização regular de medicamentos, como por exemplo, algumas vitaminas e certos antibióticos. O quadro clínico é de síndrome de hipertensão intracraniana, com cefaleia, náusea, vômito e papiledema ao exame de fundo de olho. A hipertensão induzida pela gravidez, doença de conhecimento dos obstetras, ocorre em cerca de 10% a 14% das primigestas. No grau mais elevado apresenta-se com cefaleias de forte intensidade ("a pior dor da minha vida") e até crises convulsivas (síndrome HELLP e eclampsia). Seu tratamento consiste na normalização dos níveis pressóricos, com a utilização de anti-hipertensivos. Alguns estudos sugerem os seguintes sinais de alerta para que submetamos nossa paciente a investigação subsidiária, na presença de dor de cabeça: • Início ou piora das crises na gestação; • Alterações na frequência, intensidade e características da dor; • Alterações no exame neurológico;
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• Cefaleia diária de início recente; • Aparecimento de aura enxaquecosa atípica; • Presença de sinais neurológicos focais. Quando a investigação por procedimento de neuroimagem (NI) se fizer obrigatória devemos sempre que possível, observar os seguintes critérios: • Aguardar o terceiro trimestre ou realizar exame somente após o parto; • Utilizar método com maior sensibilidade para a patologia em questão e com menor irradiação; • RNM, se possível, pela menor taxa de radiação; • Evitar exposição, através da proteção do abdômen e da pelve; • Evitar a utilização de contraste; • Expor os riscos para a paciente e familiares. Tanto a ENX como a CTT são entidades que não interferem negativamente no ciclo gravídico–puerperal e são passíveis de tratamento clínico, sem que se coloque em risco a evolução da gravidez e o desenvolvimento normal do feto. Devemos ter sempre em mente que estas entidades apresentam evolução favorável neste período, com diminuição da frequência, intensidade e duração das crises, podendo as gestantes tornarem-se assintomáticas. No caso de persistência das crises, medidas não-farmacológicas são eficazes na maioria das situações, evitando-se desta forma a utilização de fármacos. "A abstenção do uso de fármacos é sempre a melhor opção durante a gestação". Entretanto, toda atenção deve ser voltada para a presença de sinais de alerta obtidos na anamnese ou no exame clínico/neurológico, que nos faça pensar numa cefaleia sintoma e talvez passível de investigação subsidiária. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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30. EPILEPSIA E GRAVIDEZ Das gestantes, entre 0,3% e 0,6% são epilépticas (1/200 gestantes). A gestação e o trabalho de parto habitualmente decorrem sem complicações, muito embora, com certo grau de incerteza na literatura, pareça haver uma maior incidência de intercorrências associadas ao período. Foram identificadas mais de 40 formas diferentes de epilepsias. A adesão ao tratamento é um problema relevante, porquanto prolongado na maioria das vezes e com efeitos colaterais e indesejáveis de muitos dos fármacos utilizados em seu controle. As complicações epilépticas na gravidez ocorrem em baixo percentual (< 2% dos casos), correspondendo a duas a três vezes superiores ao observado nas gestantes sem epilepsia. A presença de epilepsia não constitui condição de gestação de alto risco. Requerem, no entanto, maiores cuidados, frente ao histórico de crises antes do período gestacional, durante e depois, assim como a escolha dos fármacos mais adequados em cada um destes períodos. As convulsões são parciais quando se iniciam em um foco cortical e generalizado, quando envolvem ambos os hemisférios cerebrais. As manifestações de uma crise convulsivas dizem respeito ao local onde a corrente anômala é evocada no SNC. O tipo de convulsão é que determina a escolha do fármaco á ser utilizado na gravidez e, também a incidência de efeitos tóxicos para o feto. A gravidez, com variáveis nutricionais, níveis hormonais modificados, alteração
do
padrão
de
sono,
volemicos,
hipertensão,
distúrbios
metabólicos e suscetibilidade emocional exacerbadas, contribuem por vezes para iniciar, abrandar ou recrudescer episódios convulsivos. Situações pré-existentes ou concomitantes de cunho neurológico, tais Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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como meningeomas, malformações arterio-venosas, ou doença cérebrovascular, como as coagulopatias, arterites, cardiomiopatias, trombose venosa, encefalopatia hipertensiva, podem dar início a crises epilépticas durante o período gestacional. Sempre deveremos ter em mente a utilidade do melhor controle possível das convulsões durante a gravidez com o menor risco possível para o feto e gestação. As crises convulsivas que se iniciam durante a gravidez, não são muito comuns, respondendo por uma frequência de 20 a 30/ 100.000 gravidezes / ano. Na maioria das mulheres com epilepsia prévia á gestação tem durante o período gestacional uma frequência que pouco se altera (50%) e em cerca de 13% a 25% dos casos poderão ser abrandados os números de episódios convulsivos. Acréscimo ou piora na ocorrência das crises poderá ser observado em 5% a 37% das pacientes (Yerby, 1991; Livht e Sankra, 1999), mas este valor pode ser mais elevado (75%) nas pacientes que se apresentam refratárias ao tratamento clínico anteriormente ao período de gravidez; daí a necessidade de controle clínico anteriormente ao período gravídico. Geralmente esta piora situa-se no primeiro trimestre. O receio de mães epilépticas gerarem filhos anormais é infundado, pois mais de 90% delas, que são epilépticas e tomam anticonvulsivantes geram filhos normais e sem presença de malformações. O ácido fólico na dose de cinco mg/ dia deve ser prescrito precocemente, em mulheres grávidas sob uso de anticonvulsivantes por evidências de diminuir o risco de malformações e abortamentos. A terapia anticonvulsivante mais próxima do ideal é a monoterapia, em doses mínimas suficientes para o controle das crises. No entanto em potência todas as drogas anticonvulsivantes exercem efeitos teratogênicos, com opção para as drogas eficazes mais antigas, porquanto 378
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mais estudadas. Sempre que possível evitar a carbamazepina e o acido valpróico por evidências mais fortes de malformações. A toxemia gravídica, hiperemese, DPP, retardo de crescimento intrauterino, aborto, trabalho de parto prolongado, hipotonia uterina, apresentação pélvica e parto prematuro é três vezes mais frequente em mulheres epilépticas, comparadas á grupos controle normais. Ademais muitas das drogas antiepilépticas interferem nos fatores de coagulação II,VII,IX e X, podendo aumentar o sangramento, quando se ressalta a administração de Vitamina K antecedendo o parto. As
drogas
antiepilépticas
reduzem
os
efeitos
dos
anticoncepcionais, sendo que o índice de falha de eficácia é da ordem 8.5 vezes maior que na população geral, um dos fatores de gravidez não desejada. É recomendação de se usar anticonceptivos com pelo menos 50 mg de estrógeno, evitando-se as formulações de mini doses ou combinar método de barreira. Drogas utilizadas como antiepilépticas: Carbamazepina, Fenitoína, Valproato, Fenobarbital, primidona, etossuximida, primidona (antigas); gabapentina, lamotrigina, levetiracetam, tiagabina, topiramato, zonisamida (novas). A fenitoína (hidantal) é eficaz contra todos os tipos de convulsões parciais e tônico-clônicas, mas não contra as crises de ausência. Quando empregada por via EV em tratamento de urgência em nível de atendimento em PS, deve ser aplicada lenta sob risco de arritmizar o coração. Os efeitos tóxicos em administrações crônicas dão efeitos cerebelares e vestibulares, alterações do comportamento, aumento da frequência de convulsões, sintomas digestivos, hiperplasia gengival, osteomalacia, anemia megaloblástica, hirsutismo. A vitamina k é aqui profilaxia e tratamento de distúrbios de coagulação. A droga é compatível com a Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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amamentação. Observar o RN para efeitos colaterais como vômitos, tremores, cianose e sonolência, distúrbios hematológicos. O ácido Valpróico é compatível com a amamentação. Tem baixas concentrações no leite materno. Observar no RN efeitos colaterais como icterícias. O fenobarbital (gardenal) apresenta toxicidade relativamente baixa, barato, e uma das drogas mais eficazes e amplamente utilizadas como antiepiléptico, sendo seus efeitos tóxicos: a sedação, nistagmo e ataxia, hipoprotrombinemia onde a vitamina K se mostra útil. A anemia responde aos folatos e a osteomalácia á altas doses de vitamina D. São compatíveis com a amamentação: monitorar o RN para os efeitos colaterais. A primidona é eficaz contra convulsões parciais e tônico-clônicas e menos potente que o fenobarbital que é um de seus metabólitos ativos. Queixas comuns de efeitos colaterais são sedação, vertigem, tonteira, náusea, vômitos, ataxia, diplopia, nistagmo, podendo no RN ocasionar doença hemorrágica, anemia megaloblástica, osteomalácia semelhantes aos relacionados a fenitoína e fenobarbital. É compatível com a amamentação, segundo o Ministério da Saúde, com concentração significativa no leite materno. Monitorar o RN para os efeitos colaterais citados. A carbamazepina (tegretol) é usada para o tratamento de crises parciais e tônico-clônicas. No tratamento prolongado ocorre sonolência, vertigem, ataxia, diplopia, borramento visual, náusea, toxicidade hematológica grave com anemia aplástica, agranulocitose, retenção de líquidos. São usadas também em transtornos afetivos bipolares e trigeminoalgia. É compatível com a amamentação. Monitorar o RN para efeitos colaterais como vômitos, icterícia, sonolência. 380
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O clonazepan (Rivotril) é compatível com a amamentação. Monitorar para efeitos colaterais: Depressão do SNC, apneia. Diazepan:
compatível
com
a
amamentação
em
doses
esporádicas Etoxisuximida
tem
uso
criterioso
na
amamentação
por
concentrações significativas no leite materno. Monitorar o RN para efeitos colaterais: Hiperexcitabilidade e sonolência. Evite se possível. O estado de mal epiléptico no momento do parto não é de ocorrência superior àquela observada na população geral e está em torno de 1% a 2% das mulheres. O tratamento de escolha inicial é ainda o diazepan lento EV, podendo ser repetido após cinco minutos. O hidantal (fenitoína) deve ser evitado por sua ação inibitória da contração do miométrio, dificultando mais o trabalho de parto. Após a retirada do neonato e persistindo as crises tenta-se indução de coma barbitúrico com tiopental na dose de 100 a 300 mg, EV em dose de ataque, acrescentando 50 mg a cada 2 a 3 minutos até o controle total das crises. Nunca se esquecer de suplementar a gestante epiléptica em uso de antiepilépticos com acido fólico e vitamina K. O porcentual de gestantes que evoluem bem com estas recomendações é da ordem de 95%. O tratamento anticonvulsivante da eclampsia teve início no começo do século XX, tendo sido o sulfato de magnésio a primeira droga utilizada com esta finalidade. Ao longo do tempo vários esquemas foram propostos com esse objetivo, não havendo, contudo, consenso acerca de qual a melhor droga para o tratamento das convulsões eclâmpticas. Na
década
de
l980,
a
fenitoína,
um
anticonvulsivante
amplamente usado no controle da epilepsia, que não tem efeito sedativo, foi proposta para o manuseio de pacientes com eclampsia. Em 1990, apareceu o primeiro estudo comparativo do efeito anticonvulsivante do Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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sulfato de magnésio e da fenitoína. Nele, quatro de onze pacientes com eclampsia tratadas com fenitoína apresentaram recidiva de crise convulsiva, ao passo que de onze pacientes tratadas com sulfato de magnésio nenhuma teve recorrência das convulsões. Em 1995, um grande estudo multicêntrico internacional comparou a eficácia do sulfato de magnésio em relação ao diazepam e a fenitoína no tratamento de pacientes com eclampsia. Neste estudo, 388 mulheres foram tratadas com sulfato de magnésio e 387 com fenitoína. No grupo que usou sulfato de magnésio, 22 mulheres apresentaram recidiva das convulsões, ao passo que no grupo que usou fenitoína, a recidiva das crises ocorreu em 66 mulheres. Em estudo do ano de 2000, observou-se que, no grupo tratado com sulfato de magnésio, 19,5% das pacientes apresentaram recidiva de convulsões, ao passo que no grupo que usou fenitoína, 36,1% manifestaram novas crises (p<0, 05). As pacientes que foram tratadas com sulfato de magnésio apresentaram uma maior prevalência de hemorragia pós-parto (14,7%) que as que utilizaram fenitoína (2,7%) (p<0, 05). Em relação aos recém-nascidos, 17,0% do grupo de mães tratadas com sulfato de magnésio apresentaram desconforto respiratório, contra 11,8% no grupo que foi tratado com fenitoína (p>0, 05). Neste estudo, o sulfato de magnésio foi utilizado em dose de ataque de 5 g administrados por vias endovenosas, seguidas por doses de manutenção de 1 g por hora, em infusão venosa contínua. Para a administração da dose de ataque, 10 ml de sulfato de magnésio a 50% (5 g) eram diluídos em 100 ml de solução glicosada a 5% e infundidos a uma velocidade de 130 gotas por minuto. Na dose de manutenção, 10 ml de sulfato de magnésio a 50% (5 g) eram diluídos em 500 ml de solução glicosada a 5% e infundidos a uma velocidade de 28 gotas por minuto. Procurou-se não exceder a dose de 20 382
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g em 24 horas. a fenitoína foi utilizada na dose de ataque de 1.000 mg diluídos em 100 ml de solução glicosada a 5% e administrada a uma velocidade de 130 gotas por minuto. a dose de manutenção consistia de 200 mg da substância administrada por via endovenosa, a intervalos de 6 horas. Procurou-se não exceder a dose de 1.800 mg em 24 horas. Nos casos de recidiva das convulsões era feita administração de diazepam na dose de 10 mg por via endovenosa. As conclusões dos autores: o sulfato de magnésio mostrou-se mais eficaz que a fenitoína no controle e prevenção da recidiva de convulsões em pacientes com eclampsia, embora sua utilização esteja associada a maior prevalência materna de hemorragia pós-parto e desconforto respiratório neonatal. a fenitoína apresenta-se como droga alternativa para o tratamento de eclampsia nos casos em que houver contraindicação ao uso do sulfato de magnésio. 30.1. GABAPENTINA Gabapentina é um fármaco da classe dos anticonvulsivantes, análogo de gaba. Foi desenvolvido para o tratamento da epilepsia e eventualmente é utilizado para o tratamento de dor ocasionado pelos nervos periféricos. Provoca uma série de reações adversas, sobretudo fadiga, tonturas e sonolência, além disso, não pode ter seu uso interrompido de forma abrupta e afeta alguns exames laboratoriais como o amem n-multistick sg que resulta em falsos positivos para proteínas na urina. Apesar disso, parece possuir poucas interações medicamentosas. Foi aprovado pelo FDA em 1994 como coadjuvante para o tratamento de ataques parciais. em 2002 foi aprovado para tratamento da neuralgia pós-herpética, outras neuropatias e dores de origem nervosa. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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O fármaco não se liga a gabaa ou gabab, também não interfere na produção ou captação de gaba, apesar de sua estrutura ser semelhante a gaba. O cérebro apresenta sítios de ligação altamente seletivos para a gabapentina. 30.2. EFEITOS ADVERSOS Entre os efeitos adversos da gabapentina estão incluídas as sonolências, fadiga, aumento de peso, boca seca, transtornos gástricos, problemas de coordenação, fala confusa, problemas de memória, tremor ocular e distúrbios visuais. Uso na gravidez e lactação o fármaco é encontrado no leite materno. em humanos, ainda não é clara a relação do medicamento e gravidez,
todavia,
em
animais
o
medicamento
provocou
efeitos
teratogênicos. Pregabalina é um fármaco análogo de GABA, anticonvulsivo e antiepilético também utilizado no tratamento da dor periférica, ansiedade e fibromialgia. Em humanos, ainda não se sabe da sua excreção no leite materno.
Todavia,
em
ratas,
são
encontrados
concentrações
de
pregabalina em seu leite. Não existem datos sobre o efeito deste medicamento em mulheres grávidas. Em animais ocorrem danos fetais. Não há dados adequados sobre o uso de Pregabalina (Lyrica*) em mulheres grávidas. Estudos em animais mostraram toxicidade reprodutiva. O risco potencial a humanos é desconhecido. Portanto, a Pregabalina não deve ser utilizada durante a gravidez, a menos que o benefício à mãe justifique claramente o risco potencial ao feto. Métodos contraceptivos eficazes devem ser utilizados por mulheres com potencial de engravidar. Pregabalina é um medicamento classificado na categoria C de risco de 384
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gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Portanto, a amamentação não é recomendada durante o tratamento com Pregabalina.
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31. ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS NA GRAVIDEZ, PUERPÉRIO E MENOPAUSA As mulheres apresentam riscos de acidentes vasculares cerebrais relacionados á situações específicas, na gravidez, puerpério e menopausa. A literatura nos mostra um aumento de risco tanto para a isquemia como para a hemorragia cerebral. Em diferentes estatísticas há grande variação quanto ao grau de ocorrência de AVC durante a gravidez que varia de 1,5 até 13 vezes mais. Lanska e Kryscio (2.000) citado em "urgências em obstetrícia", analisando 21 estudos do período de 1941 a 1995 encontraram valores de 4,0 a 38,9 Avc’s por 100.000 partos. Webers, 1985, em estudo em Rochester, concluiu que o risco em mulheres grávidas é 13 vezes maior do que em mulheres não-grávidas em condições semelhantes (constatou 44 Avc’s isquêmicos em 100.000 gestações, contra 3 avc's entre 100.000 mulheres de 15 a 35 anos não grávidas, na mesma época e região). Por outro lado, trabalhos mais recentes questionam a magnitude deste risco, apontando índices significativamente menores, variando de 1,5 a 4 vezes. Em média, os principais estudos mostram que aproximadamente 8 mulheres grávidas em cada 100.000 tem Avc’s e ao redor de 25% destes Avc’s levam à morte. A hemorragia cerebral é uma das principais causas de óbito durante a gravidez e a hemorragia aracnoidéia é responsável por 20% das mortes neste estado. O risco de hemorragia é maior durante o parto, seguido pelo período do terceiro trimestre e depois pelo pós-parto (sttodley et al, 1998; Ursell et al, 1998; Stern, 2001.) As multíparas tem maior risco de Avc’s em particular isquêmicos. Alterações hematológicas, Eclampsia, Coriocarcinoma, Embolia de líquido Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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amniótico,
Angiopatia
cerebral
pós-parto,
Miocárdiopatia
periparto,
Trombose de seio venoso são as causas mais frequentes. As condutas á serem adotadas devem
visar os riscos teratogênicos das drogas
utilizadas, e tendo-se em vista os aspectos hemodinâmicos da gravidez, fazendo o diferencial de conduta frente a casos de Avc’s em mulheres nãográvidas. O AAS pode aumentar o risco de mortalidade fetal, retardo do crescimento
intrauterino,
intoxicação
congênita
por
salicilatos
e
hemorragia. Em baixas doses estas ocorrências são infrequentes. Outros anti-agregantes plaquetários não devem ser usados, por falta de experiência de observação dos efeitos colaterais elencados. O Warfarin está associado com 3% a 4% de malformações fetais, abortamento, parto prematuro e hemorragia. Deve ser evitado no primeiro trimestre e pode ser usado após, com maior segurança. Heparina pode ser indicada na gravidez (aparentemente não atravessa a barreira placentária), porém aumenta o risco materno de sangramento, trombocitopenia e osteoporose. (Brey, 1999).
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32. DEPENDÊNCIA DE DROGAS E GRAVIDEZ: ÁLCOOL, TABACO E ILÍCITAS O Álcool, o tabaco e as drogas ilícitas usadas durante a gravidez representam um dos maiores desafios e problema de saúde pública enfrentados hoje nos grandes e pequenos centros obstétricos do país. Encontramos o abuso de substâncias e dependência, seja em relação ao álcool, ao tabaco, opióides, canabináceos, cocaína, crack, solventes, ecstasy (anfetamínicos), e uma infinidade de drogas lícitas. É importante ressaltar que não é pelo fato de serem lícitas, que essas drogas são pouco ameaçadoras; a alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o órgão, as drogas ilícitas respondem por 0,8% dos problemas de saúde em todo o mundo, enquanto o cigarro e o álcool, juntos, são responsáveis por 8,1% desses problemas. Nesse sentido, muitos questionam a aceitação, por parte da sociedade, das drogas lícitas, uma vez que as mesmas são prejudiciais para a saúde e também causam dependência nos usuários. Assim, o critério de legalidade ou não de uma droga é historicamente variável e não está relacionado, necessariamente, com a gravidade de seus efeitos. Alguns até mesmo afirmam que esse critério é fruto de um jogo de interesses políticos, e, sobretudo, econômicos. O ginecologista depara-se com este problema em uma escala crescente em seus atendimentos, sem muitas vezes contar com as referências de programas de acompanhamento e suporte, tratamento e programas sociais para a estrutura familiar imersa na problemática de abuso envolvendo drogas e da mulher no domicílio e fora dele.
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Existe na literatura, índice esclarecedor da severidade do problema, compreendendo as adições de drogas em programas para grávidas, em particular adolescentes, obedecendo a histórias familiares e padrões sociais determinados, assim como o critério de danos antevistos nesta prática, por consultas rotineiras, com co-morbidades associadas, seja de ordem neurológica, psiquiátrica, seja de natureza sócioeconômica-familiar, custodiamento da família ou, de conselhos tutelares, que nos auxiliariam na assistência das necessidades deste grupo populacional. A adolescência representa um universo importante deste grupo populacional exposto ao consumo abusivo de drogas e, quanto mais precoce o início de droga-adição desta população, antes e no período grávido-puerperal, mais difícil é sua abordagem incisiva terapêutica, fincando na prevenção o balizamento positivo da problemática de abuso de drogas. A criminalização pelo envolvimento em ilícitos penais e o custodiamento representa um capítulo à parte neste processo, sendo que as adolescentes em uso de drogas são alvos fáceis de gravidez não desejada, tida então, como um transtorno a mais na dinâmica familiar e fator complicador na gravidez, que se torna de alto risco em muitas delas. A superlotação em unidades como a FEBEM (Casa) para meninas e adolescentes (unidades femininas) que se iniciam na criminalidade, através dos ilícitos das drogas, e outras infrações, crescem na proporção de 45% de déficit de alojamento, a confirmar o aumento crescente de meninas que entram nestas unidades, em comparação com meninos. No primeiro quadrimestre de 2004 entraram na FEBEM (Casa) 18,9% a mais de meninas que no mesmo período de 2003. Mais de duas cada dia entram nestas unidades, um número subestimado do universo de atos criminais, onde são protagonistas. Em senso geral, no entanto, vemos 390
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com pesar e realismo que, o papel da mulher no crime vem se alterando ano-a-ano em escala crescente. Tendo como fonte o Instituto Latino-americano para Prevenção de Delitos (ILANUD), em 2000, o roubo qualificado (à mão armada) representava 5% em meninas: em 2004 pulou para 36% nos primeiros cinco meses de 2004. O tráfico de drogas envolvendo meninas aumenta em média 15% ao ano, e progressivamente estão mais envolvidas no crime organizado
(Centro de Estudos e Ações sobre Crianças e
adolescentes-Brasília). O abuso de substâncias no período pré-gravidez destas meninas, guardam efeitos tardios de exposição, pelo stress que os acompanha, pela perda de suporte familiar, social, marginalização, seja como vetores genéticos,
ou
como
agentes
de
distúrbios
hormonais,
em
neurotransmissores e receptores neuronais, com repercussões somáticas neurológicas e psíquicas com efeitos tardios no concepto, seja celular seja funcionalmente,
em
nível
de
neuropeptídeos,
adenylciclases,
vasoativadores, fatores natriuréticos, entre outros. A neurotoxicidade pré-natal, persistente, imunotoxicidade com alteração profunda da função imune, alteração da função reprodutiva evidenciada por trabalhos recentes pela exposição à maioria das drogas consumidas pela nossa população mais jovem, tem repercussões asseguradas nos parâmetros neuro-comportamentais, por baterias de testes funcionais cognitivos e por sequelas nos fetos. Embora um grande aumento de ênfase sobre o consumo de drogas em gestantes vem se dando nos últimos anos, o provimento de programas de tratamento e as necessidades específicas de abordagem desta população, incluindo cuidados com o RN, falham em parte pela limitada informação, de setores não equipados profissionalmente sobre o Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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assunto, assim como o receio que a criminalização impõe na população a ser assistida; os trabalhos preventivos precários ainda implementados como políticas públicas de saúde, e o atendimento ambulatorial e domiciliar deficiente com programas específicos de atenção á famílias, através de formação de agentes comunitários treinados na lida com drogaadição. Desta forma os níveis preditivos e preventivos revelam-se pelo nível educacional, pela ênfase na política de redução de danos, e pela intervenção dos serviços de saúde. Quanto menor o nível educacional sobre o tema, menor a chance de sucesso na abstinência no período gestacional. Da mesma forma, os vínculos sociais adquiridos neste período, os padrões de consumo, são determinantes no curso da adição e abandono durante o período gestacional. Encontramos fatores de riscos sociais próprios não só no uso e abuso de drogas, como na manutenção durante o período de gestação, requerendo dos serviços especializados, um cerco intensivo de suporte, educacional, pedagógico, intervencionista, em particular em gestantes adolescentes. O estado marital, número de filhos pré-existentes, envolvimento afetivo com a gravidez e filhos, e ainda a própria gravidez desejada tem significantes papéis na prevenção e redução de danos. Um número estatisticamente significante nos dá conta de que usuária de drogas, assistidas por instituições especializadas, tem um menor número de gravidez indesejável, quando comparadas com o atendimento não enfocado neste particular, tido e havido em vários protocolos e estudos comparativos de instituições ambulatoriais e hospitalares. O impacto de informações, aconselhamento global, o pleno esclarecimento dos efeitos das drogas sobre a gravidez e o feto, incluindo a descontinuidade do uso e abuso, é bem aceito beirando taxas tão altas 392
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quanto 90% de aderência em programas de descontinuidade, mesmo que mais de 70% delas refiram desconforto de ordem física e psicológica na abstenção, ideias suicidas e abortos. O aconselhamento tem sido uma arma eficaz e o melhor meio de diminuir a reincidência e recaídas durante o período gravídico, e são as medidas de reasseguramento mais largamente empregadas com esta finalidade. Enfatiza toda a literatura, que cuidados pré-natais acurados e voltados para este aspecto de morbidade gestacional, já na primeira consulta, tem melhores evoluções que as negligenciadas, ou que por omissão de não se questionar este aspecto do uso de drogas durante as consultas de pré-natal. 32.1. ALCOOLISMO A questão do alcoolismo na gravidez vai muito além do que prescreve o CID-10 na categoria F 10: Transtornos mentais e de comportamento decorrente do uso de álcool. Vamos também aos dígitos que acompanham os F 10: F 10.0 – Intoxicação aguda F 10.1 – Uso nocivo F 10.2 – Síndrome de dependência F 10.3 – Estado de Abstinência F 10.4 – Estado de Abstinência com delirium F 10.5 –Transtorno Psicótico F 10.6 – Síndrome amnéstica F 10.7 – Transtorno Psicótico residual e de início tardio F 10.8 – Outros Transtornos mentais e do comportamento F
10.9 – Transtorno
mental e de comportamento não
especificado. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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A lista dos transtornos que atingem outros órgãos e sistemas é vasta, assim como a lista de transtornos físicos de natureza múltipla, psicológico, familiar, sociais, econômicos e jurídicos. A passagem do beber sem problemas para o beber problemático é um processo de curta interface. Se o beber é priorizado durante a gravidez torna-se duplo, porquanto envolve um elemento passivo neste processo: que
estará
vulnerável
às
consequências,
biológicas,
O feto e o RN, de
reações
fisiológicas em cadeia que Jellinek já definia em 1960, tardias. A herança genética e as mudanças metabólicas são fatores potenciais de vulnerabilidade da forma como na vida adulta, encaramos as bebidas alcoólicas. Esta vulnerabilidade inscrita tem hoje equivalência às propensões biológicas e da tolerância inata de ordem genética dos indivíduos, sendo alvo frequente das pesquisas mais recentes (Schuckit e cols.). Vem aumentando em nosso meio o consumo dito abusivo entre jovens na última década e concomitantemente um aumento de prevalência dos problemas relacionados á dependência e frequentemente nossa população jovem, em mais de 50% enquadra-se nos critérios do DSM-IV para abuso ou dependência de álcool. O álcool é subestimado na maioria das populações visitadas domiciliarmente (PSF). Encontramos no distrito que estudamos na Cachoeirinha um índice menor que 2%, de notificação, para uma prevalência em torno de 11% esperada de alcoolismo na mesma área (UBS vila Barbosa-distrito zona Norte). Em estudo realizado por Chou em 1994 mostrou-se que as mulheres alcoolistas são mais suscetíveis para certas doenças físicas comparadas com os homens, com aumento nos índices de doença depressiva, ansiedade e uso concomitante de outras drogas com o álcool (Brennam e cols,1993). 394
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As mulheres alcoólicas apresentam distúrbios múltiplos endócrinos, elevando os estrogênios na vigência de hepatopatia, aumento da prolactina, com maior prevalência de amenorreia, anovulação, disfunção na fase pós-ovulatória do ciclo, modificações ovarianas (Hughes, 1980, Moskovics, 1975; Valimalik, 1984) e antecipação da menopausa (Gavaler, 1985). Os níveis de cortisol sobem (Ylikahri, 1978, Rees, 1977). Elevação das catecolaminas e consequentemente da PA, alterações tireoideanas, GH, e vasopressina (Hegedus, 1984). A mulher tem maior suscetibilidade ao álcool que os homens em grande parte porque há nas mesmas um menor metabolismo gástrico (Lieber, 2000). Nos EEUU é a principal causa de demência e seu abuso leva á atrofia de substância branca e cinzenta do SNC. O álcool por si só é neurotóxico, sendo comum em nosso meio estar associado á desnutrição que potencializa seus efeitos deletérios, quando consumidos em doses altas. As mulheres jovens beneficiam-se pouco com as baixas ingestões de álcool positivas em relação aos acidentes coronarianos (efeito cardioprotetor), quando comparadas às mulheres com maiores riscos e mais velhas. Estudos epidemiológicos sugerem que o amplo consumo de vinho pelos franceses (em torno de 20-30 gramas/ dia de etanol) tem efeito cardioprotetor com diminuição de 10-40% do risco de distúrbio coronariano, em comparação às mulheres abstêmias. No nosso meio, o vinho, ainda não é a bebida preferida, e outras bebidas como a cerveja com teor alcoólico menor (4-6%), não exerce o mesmo efeito cardioprotetor, em função do abuso e bebidas destiladas, com teor de aproximadamente 40%, ficando as mesmas sujeitas á riscos maiores de arritmias, miocardiopatias e AVC's. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Lembramos que 2.4 litros de cerveja (4 - 6%), um copo de vinho (10-15%) de 1.5 dl e uma dose de 0,4 dl de licor (á 40%) tem o equivalente á 14 gramas de álcool (goodman & Gilman). O consumo de álcool é medido em unidades: Uma unidade equivale a 10 gramas de álcool. Para se obter as unidades-equivalentes de uma determinada bebida, é preciso multiplicar a quantidade da mesma por sua concentração alcoólica, chegando-se á quantidade absoluta da mesma. Neste caso 90 ml de vinho á 12% ou
350 ml de cerveja á 5% ou 50 ml de destilado á 40 %,
corresponde aproximadamente e respectivamente á 11, 17 e 20 unidadesequivalentes (volume X concentração),
gramas ou ainda a quantidade
absoluta de álcool em cada bebida (Ref: Usuários de substâncias psicoativas-CREMESP-2003). Para converter em unidades divide-se por 10 e, desta forma temos respectivamente: 1.1 uni// (vinho), 1.7 uni// (cerveja) e 2.0 unidades (destilado).
O efeito cardioprotetor diz mais
intensamente respeito aos vinhos por sua composição, tanino, flavonóides, antioxidantes e alta afinidade ás lipoproteínas de alta densidade (HDL). O HDL se liga ao colesterol levando-o de volta ao fígado para eliminação ou reprocessamento, reduzindo os níveis teciduais de colesterol. Desta forma os aumentos de HDL induzidos pelo etanol podem antagonizar os depósitos de colesterol nas paredes arteriais reduzindo o risco de infarto. Em doses maiores tem o efeito em J e aumentam igualmente os riscos para o sistema cardiovascular. Apesar destes efeitos cardioprotetores as pessoas NÃO devem ser encorajadas ao uso de bebidas alcoólicas posto poderem estar presentes predisposições genéticas e de comportamento para o abuso e dependência, hipertensão arterial, diabetes, e uso de múltiplas drogas. O consumo de 30 gramas de álcool/ dia aumenta em 1.5 a 2.3 MMHG a PA, e a tendência é aumentar sempre as pressões máximas e 396
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mínimas. Em gestantes com HAS, pré-eclampsia, diabetes, está formalmente contraindicado. O risco hipertensivo nas mulheres que bebem é maior que nos homens (Seppa et al. 1996). As arritmias atriais associadas ao uso crônico de álcool são taquicardia supraventricular, fibrilação, e flutter atrial. A taquicardia ventricular geralmente é responsável pelo maior risco de morte súbita em dependentes de álcool. O etanol exerce efeitos tóxicos sobre a musculatura cardíaca e esquelética. Aqui também a mulher tem maior sensibilidade á desenvolver miocardiopatia alcoólica que os homens (Urbano-Marquez et al., 1995). A abstinência continua ser o melhor tratamento. Os Avc’s são anormalmente elevados em pessoas que bebem de 40-60 gramas/ dia (Hansagi et al.199). Muitos casos de acidentes vasculares hemorrágicos em jovens ocorrem após algum "porre" (grandes bebedeiras). A causa geralmente está ligada á arritmias associadas á formação de trombos, episódio de hipertensão arterial sistólica, alteração do tônus da artéria cerebral, e trauma craniano. O consumo crônico de álcool foi implicado com a osteoporose e também mais intensamente nas mulheres. A síndrome Fetal alcoólica (SAF), inicialmente descrita na França em 1968 por Lemoine e al., ocorre em torno de 0.5 a 3 por 1000 nascimentos e, é a responsável por aproximadamente 5% de todas as anomalias congênitas (Sokol,1986). A síndrome é caracterizada por: a) Retardo no crescimento (persiste após o nascimento) b) Anormalidades faciais: fissura palpebral pequena, nariz curto, filtro labial longo e hipoplástico, lábio superior fino, face plana, prega epicântica. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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c) Alteração do sistema nervoso central: microcefalia, retardo mental, anormalidades motoras, tremores, hiperatividade, distúrbios de comportamento. Malformações cardíacas, anomalias ortopédicas e de genitália externa, além de distúrbios da audição, linguagem e fala A síndrome completa ocorre em 1/3 das crianças nascidas de mães alcoolistas crônicas com ingesta de 150 gramas de etanol/ dia. (West, 1984). O feto é mais suscetível aos efeitos do álcool no primeiro trimestre da gravidez, com maiores chances de ter uma circunferência craniana menor, baixo peso e pequena estatura (Rosset, 1990). Em estudo realizado por Stréissguth em 1991, observou o autor no seguimento de adolescentes
nascido
com
SAF,
em
razão
dos
distúrbios
de
comportamento, sociais, cognitivos, nenhum era independente em termos sociais e econômicos em suas vidas. A síndrome pode se manifestar de forma incompleta, com fenótipos parciais como Efeitos Fetais do Álcool (EFA), ou ainda distúrbios do neurodesenvolvimento relacionados ao álcool (DNDRA). A predominância da EFA tem sido observada maior que a SAF (Abel, 1995). O álcool é compatível com a amamentação em doses baixas (abaixo de 14 gramas ou uma taça de vinho). Está proscrita quando em doses elevadas e contraindicado, reduzindo o reflexo de ejeção de leite por bloqueio na liberação de ocitocina. Aproximadamente 500 recém-nascidos foram acompanhados em diferentes etapas de sua vida: ao nascer, aos 8 e 18 meses, aos 4, 7, 11, 14, 21 e 25 anos de idade. Essa amostra foi avaliada quanto à incidência de transtornos psiquiátricos e o uso de álcool pelas mães durante a gravidez. O uso de álcool pelas mães foi avaliado pela frequência e quantidade e pela ocorrência de episódios de uso pesado de álcool (cinco ou mais doses de álcool por ocasião). 398
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• 17,8% das mães relataram consumo pesado episódico de álcool durante a gravidez; • 37,5%
relataram
abstinência
ou
uso
em
pequenas
quantidades de maneira indefinida durante esse período. • 37,5 % fizeram uso moderado de álcool (uma dose por dia para mulheres). Os autores constataram que as chances de manifestação de seis tipos de doenças psiquiátricas classificados pelo DSM-IV (destaque para transtornos de personalidade e transtornos relacionados ao uso de substâncias) foram mais do que duas vezes maior entre os jovens que foram expostos ao uso pesado de álcool durante a fase pré-natal. Os pesquisadores sugerem que o uso de álcool durante a gestação é um importante fator de risco para a ocorrência de doenças psiquiátricas na prole em idade adulta. Autores de referência no assunto: Helen M. Barr, Fred L. Bookstein, Kieran D. O’Malley, Paul D. Connor, Janet E. Huggins, Ann P. Streissguth. O tratamento da Síndrome de Abstinência alcoólica em gestantes (SAA) de nível II, ou grave, onde estão presentes: agitação psicomotora intensa, tremores generalizados, sudorese profusa, cefaleia, náuseas com vômitos, hipersensibilidade visual, quadros epiléptiformes recentes ou de história pregressa, com contato alterado, desorientação temporo-espacial, ansiedade intensa, juízo crítico comprometido, agressividade, delírios, alucinoses é: • Repouso absoluto • Redução do estímulo audiovisual • Monitorização da glicemia e eletrólitos e hidratação Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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• Dieta leve ou jejum • Monitorização sintomatológica • Farmacoterapia • Tiamina 300mg IM/ dia (aumentar a dose em caso de confusão mental, ataxia e nistagmo (síndrome de Werneck)). • Diazepan: sedação com 10-20 mg VO de hora em hora ou clordiazepóxido 25-50 mg de hora em hora e monitorando crises convulsivas, quadro de insuficiência respiratória, agitação psicomotora. Se diazepan endovenoso: 10 mg lento em aproximadamente 4 minutos, suficiente para promover sedação, ou controle de crise convulsiva, controlando e tendo-se retaguarda para parada respiratória.
Retirar
gradualmente os sedativos e reavaliação constante dos sinais vitais e nível de consciência, em regime intensivo. • Haloperidol 5 mg vo/ dia na alucinose alcoólica ou delirium tremens. O que não fazer na SAA grave: • Hidratar indiscriminadamente • Administrar glicose, clorpromazina ou fenitoína • Administrar Diazepan endovenoso sem recurso para eventual parada respiratória. 32.2. TABACO O
Programa
antitabagismo
é
desenvolvido
no
Hospital
Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha em associação ao Programa do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde com seus mesmos preceitos desde 1998.
400
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O TABACO é tão comum na sociedade moderna, que quase todas as pessoas têm familiaridade com seus conceitos fundamentais. È lícita ainda, e seu uso intencional ou acidental. Muitos médicos preocupados em não criar dependência a seus pacientes fumam. Esta confusão, ou mais propriamente, este paradoxo existe porquanto o tabaco causa insidiosamente tolerância, abuso, dependência e abstinência, que vão sofrendo adaptações do usuário. Os diagnósticos de dependência são sindrômicos comportamentais e orgânicos, levando ao seu uso como adição à droga, ou seja, compulsivo. Os critérios são os mesmos das drogas ilícitas, sendo que a maioria dos adictos continua a usar cigarros de tabaco, apesar dos problemas significativos que vivem e conhecem. O tabaco como droga lícita tem alta disponibilidade social, custo acessível, potente iniciador de dependência, via de administração (fumada) com rápido acesso ao SNC (algo em torno de 7 segundos), com alta probabilidade de o hospedeiro experimentar prazer com sua intoxicação, sintomas psíquicos fortes de saciedade na abstinência, imersão na sociedade como droga "normal" e de atitudes comunitárias até bem pouco tempo ligada ao glamour e condicionantes de modelos de papéis sociais, com franco estímulo condicionado pela mídia. Seus apelos devem, antes de tudo serem negados, que afirmados. Dados do CREMESP nos dão conta de que o consumo diário de cigarros atinge 20,3% da população paulista em levantamento domiciliar do Cebrid/ unifesp de 1999. A idade média de início está em torno de 1314 anos. Estima-se que 60% daqueles que venham a fumar por mais de seis semanas irão continuar fumando por mais de 30 anos. O craving ou fissura deve ser fortemente encarado no tabagismo. A nicotina contida no tabaco tem efeitos complexos sobre o organismo, que leva á auto-administração, sendo hoje considerada a mais Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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evitável droga que mata ou que desencadeia doenças previsíveis e graves. É a droga mais perigosa entre todas que causam dependência. Segundo a American Psychiatric Association (1994) de 80% de fumantes que expressam sua vontade de parar de fumar, 35% deixam o tabagismo a cada ano e menos que 5% são bem sucedidos em suas tentativas de pararem sozinhos. O humor deprimido está associado à dependência da nicotina e por sua vez a depressão acentua as chances de síndromes de abstinência. A fumaça do cigarro tem mais de 4.7 mil substâncias tóxicas, entre monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, nicotina e alcatrão. O alcatrão, formado a partir da combustão dos derivados do tabaco,
por
exemplo,
é
composto
de mais
de
40
substâncias
cancerígenas. Entre elas, há substâncias radioativas, como o Polônio 210, resíduos de agrotóxicos, substâncias usadas para veneno de rato, como o fósforo P4/P6, além de arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, acetona e naftalina. O monóxido de carbono (CO) em contato com a hemoglobina do sangue dificulta a oxigenação e, consequentemente, ao privar alguns órgãos do oxigênio causa doenças como a aterosclerose. A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma droga psicoativa que causa dependência. Ela age no sistema nervoso central chegando ao cérebro em torno de nove segundos. Ela também aumenta a liberação de catecolaminas, que contraem os vasos sanguíneos, aceleram a frequência cardíaca, causando hipertensão arterial. O tabaco está relacionado à diminuição da fertilidade por diminuição do estradiol, que por sua vez interfere na maturação do óvulo e sua implantação. Mulher tabagistas tem em média menopausa precoce em 402
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torno de 1 a 1 1/2 anos por conta da diminuição do estradiol. Causa espessamentos placentários, aumentando a dificuldade de aporte de oxigênio aos tecidos fetais, contração dos vasos umbilicais, aumento da PA materna, com índices de 1/3 de aborto espontâneo maior que nas mães não tabagistas. Baixo peso do RN é regra, em torno de 100-300 gramas a menos ao nascer, considerando-se que cada cigarro fumado pela gestante contribui com 0,2% de diminuição do peso do RN ao nascer. Diminui a produção de substancia surfactante no pulmão do RN, sendo a mortalidade neonatal 1/3 maior que nas mulheres não fumantes. RN de mães fumantes apresentam no decorrer de suas vidas distúrbios de atenção e hiperatividade. Está também relacionados á redução de QI, distúrbios
de
comportamento,
morte
respiratória, parto prematuro, aborto,
súbita,
asma,
insuficiência
placenta prévia, ruptura de
membrana precoce, e DPP. Nas gestantes fumantes convém suplementar o aporte de vitamina B12, porquanto co-fator do desenvolvimento fetal, comprometido pela cianida, subproduto metabólico da nicotina, diminui sua concentração. A nicotina é excretada no leite materno, podendo causar efeitos como náuseas, vômitos, diarreia, taquicardia, sonolência e choque. Pode reduzir a produção de leite, e o consumo de mais de 10 cigarros/ dia/ com filtro é considerado tóxico para o lactente. A bupropiona é o antidepressivo de escolha, para os sintomas mais graves envolvendo o quadro de dependência e fissura, atuando como bloqueadora de recaptação de dopamina e noradrenalina com as contraindicações na gravidez elencadas no capítulo dos antidepressivos, acima.
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32.3. MACONHA Fumar maconha é inalar pelo menos 61 compostos canabinóides entre outros compostos químicos, mas o THC (tetrahidrocanabinol) é seu princípio mais ativo. Ela ainda pode ser comida, na forma de tortas (cake) ou tomadas como infusões (chás). Em nosso meio é a droga ilícita mais usada em vários estratos sociais. Produz alteração do humor, da percepção, motivação, apetite, redução da função cognitiva, percepção do tempo, tempo de reação, aprendizagem e memória, com interferência na coordenação motora e alterações comportamentais complexas como no sexo, pânico, alucinações e psicoses agudas. O quadro de ansiedade é bem marcante em usuários e a lentificação constante em usuários crônicos,
ou
mais
comumentemente
chamada
de
síndrome
desmotivacional, pelo abandono de escola, trabalho e metas escolhidas. Não há evidência de lesão cerebral irreversível com esta droga; são usadas com benefícios, como antieméticos, no alívio de sintomas colaterais
da
quimioterapia
antineoplásica,
são
miorelaxantes,
anticonvulsivantes, promovem a redução da pressão intra-ocular no glaucoma, sem, no entanto suplantar os tratamentos convencionais. Não há abstinência clinicamente demonstrada na prática diária. Foi, no entanto sugerida em estudos experimentais. Não há tratamento específico para abuso e dependência da maconha. Os maiores riscos ainda são os da criminalização. O haxixe é uma resina, parecendo uma goma, vendida em tabletes, produzida a partir da cannabis, dessecada e comprimida. É extremamente mais potente posto ter mais princípio ativo do THC. Tem uso milenar, assim como a maconha. O SKUNK (gambá, em inglês) é uma maconha com alto teor de THC, da ordem de 7 a 25 vezes maior, desenvolvida na Holanda e EEUU. 404
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32.4. COCAÍNA Obtida a partir do beneficiamento de uma planta nativa dos Andes, foi muito usada na Europa a partir do século XIX. Freud, que era adepto, consumia, prescrevia para a esposa, amigos e pacientes. O crack surgiu nos EEUU nos anos 80 e foi exportado rapidamente. É mais barato, se difundiu nas camadas mais baixas de menor poder aquisitivo e é extremamente lesivo para o SNC e poderoso para criar dependência e deterioração física e mental, com intensa associação com a criminalidade (vários assassinatos são realizados por conta de alguns trocados para comprar a droga). Esta droga traz vida curta aos usuários como nenhuma outra nos dias atuais, geralmente associadas à morte violenta, ligadas ao tráfico, comportamento criminal e abuso. A cocaína deriva da folha do arbusto da coca (Erytbroxylon Coca), do qual existem variedades como a boliviana (huanaco), a colombiana (novagranatense) ou a peruana (trujilense). A planta possui 0,5% a 1% de cocaína e pode ser produtiva por períodos de 30 ou 40 anos, com cerca de 4 a 5 colheitas por ano. Esta
substância
possui
propriedades
estimulantes
e
é
comercializada sob a forma de um pó branco cristalino, inodor, de sabor amargo e insolúvel na água, assumindo os nomes de rua de coca, branca, branquinha, gulosa, Júlia, neve ou snow. O pó é conseguido mediante um processo de transformação das folhas da coca em pasta de cocaína e esta em cloridrato. Regra geral, a cocaína é consumida por inalação, mas pode também ser absorvida pelas mucosas (por exemplo, esfregando as gengivas). Para, além disso, pode ainda ser injetada pura ou misturada com outras drogas. Não é adequada para fumar. A cocaína é, por vezes, adulterada com o objetivo de aumentar o seu volume ou de potenciar os Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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efeitos. Nestes casos, é-lhe misturada lactose, medicamentos (como procaína, lidocaína e benzocaína), estimulantes (como anfetaminas e cafeína) ou outras substâncias. Durante a gravidez o consumo de cocaína está associado a complicações imediatas como RN com baixo peso ao nascer, abortos espontâneos, e tardios como distúrbios cognitivos de longo prazo. Há uma tendência entre as usuárias de omitir seu uso durante o pré-natal: a abordagem deve necessariamente ser direta e enfática. O uso de Crack é extremamente comum em mulheres jovens em idade reprodutiva. Seus efeitos são ligados à sua eficácia como bloqueadores do sistema de transporte que recupera a dopamina nas sinapses, acentuando a estimulação dopaminérgica, induz bloqueio de recaptação de serotonina e noradrenalina. Provoca aumento de frequência cardíaca, pressão arterial, aumenta a atenção vigil, sensação de autoconfiança, bem estar, desinibição, euforia, paranóia, irritabilidade e aumento do risco de comportamento violento. A cocaína é usada com outras drogas, em particular com álcool, que o usam para evitar o efeito de irritabilidade que surge e pelo fato desconhecido dos usuários de que há uma interação bioquímica com o álcool, quando parte da cocaína é transesterificada em cocaetileno que é um potente bloqueador de recaptação de serotonina. Com alguma frequência surgem dependências múltiplas, envolvendo cocaína, álcool, tabaco, e tranquilizantes hipnóticos, por vezes fatais. Tem contraindicação formal na gestação e amamentação. 32.5. CAFEÍNA É o estimulante suave e a droga psicoativa mais utilizada no mundo, presente em refrigerantes, medicamentos, chá, chocolate. Aumenta a secreção de noradrenalina e comporta-se como estimulante 406
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central. Atravessa rapidamente a barreira placentária. Pela American Psychiatric Association (1994) não está incluída no grupo de estimulantes que causam dependência. Pode ser usada na gestação nas doses usuais. A ingesta de cafeína não foi identificada como fator de risco para prejuízo do crescimento intrauterino ou para a duração da gestação. 32.6. ECSTASY E ANFETAMÍNICOS CORRELATOS O Ecstasy (MDMA) é droga anfetamínico-relacionadas e tem propriedades farmacológicas da mescalina. São populares em festas "raves" em razão de fornecerem "energia", sociabilidade e aproximação sexual desinibida. É mais utilizada no meio de adultos jovens, que acreditam ser uma droga segura. No entanto, tem sérios efeitos tóxicos, agudos e crônicos, pelo excesso de ação simpaticomimética. Chamada droga de recreio ou droga de desenho, o Ecstasy é uma droga de síntese pertencente à família das fenilaminas. As drogas de síntese são derivados anfetamínicos com uma composição química semelhante à da mescalina (alucinógeno). Desta forma, o Ecsatsy tem ação alucinógena, psicodélica e estimulante. É, geralmente, consumido por via oral, embora possa também ser injetado ou inalado. Surgem em forma de pastilhas, comprimidos, barras, cápsulas ou pó. Pode apresentar diversos aspectos, tamanhos e cores, de forma a tornar-se mais atrativo e comercial. Esta variabilidade abrange também a composição das próprias pastilhas, o que faz com que, muitas vezes, os consumidores não saibam exatamente o que estão a tomar. Existem outras drogas de desenho entre as quais e podem referir o MDA ou o MDE e que apresentam nomes de rua como a pílula do amor, eva, etc. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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O Ecstasy atua mediante o aumento da produção e diminuição da reabsorção da serotonina, ao nível do cérebro. A serotonina afeta a disposição, o apetite e o sistema que regula a temperatura corporal, como vimos. Não se conhecem usos terapêuticos para esta substância, embora tenha sido experimentada, antes da sua ilegalização, em contextos de terapia de casal e psicoterapia pelos seus efeitos entactogénicos. É neurotóxica para o sistema serotoninérgico causando danos irreversíveis e permanentes, sendo frequente a fatalidade de óbito, causados por hiperpirexia, rabdomiólise, coagulopatias intravascular, necrose hepática aguda, arritmia cardíaca, AVC's, bloqueio dos canais de cálcio e suicídio. A dose tóxica é bem próxima da "recreacional" e há evidências amplas que não devem ser usadas no período grávido-puerperal em nenhuma hipótese.
Sua intoxicação é caso de urgência médica e tratamento
intensivo. As anfetaminas são substâncias de origem sintética e com efeitos estimulantes. São frequentemente chamadas de speed, cristal ou anfes. As anfetaminas, propriamente ditas, são a dextroanfetamina e a metanfetamina. Quando estão em estado puro têm o aspecto de cristais amarelados com sabor amargo. No entanto podem também ser encontrados sob a forma de cápsulas, comprimidos, pó (geralmente branco, mas também pode ser amarelo ou rosa), tabletes ou líquido. As anfetaminas, quando vendidas ilegalmente, podem ser misturadas com outras substâncias, tornando-as bastante perigosas. São, por vezes, chamadas de droga “suja”, dado que o seu grau de pureza pode ser de apenas 5%. São geralmente consumidas por vias orais, intravenosas (diluídas em água), fumadas ou aspiradas (em pó). A forma “menos” prejudicial e 408
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consumir anfetaminas são engolindo-as (não misturadas com álcool). A inalação danifica as mucosas do nariz e injetar é a forma mais perigosa de usar esta ou qualquer outra droga, dado que aumenta o risco de overdose e de problemas físicos ou contágio de doenças. As anfetaminas estimulam o Sistema Nervoso, atuando na noroadrenalina, um neurotransmissor. Os sistemas dopaminérgicos e serotonérgicos são também afetados. Imitam os efeitos da adrenalina e noradrenalina – permitem ao corpo efetuar atividades físicas em situações de stress. Têm
sido
principalmente
utilizadas
para
tratamento
da
obesidade, uma vez que provocam perda de apetite. Foram também bastante utilizadas para tratar depressão, epilepsia, Parkinson, narcolepsia e danos cerebrais em crianças. Existem vários produtos à venda no mercado: Benzedrine, Bifetamina, Dexedrine, Dexamil, Methedrine, Desoxyn, Desbutal, Obedrin e Amphaplex. A diretoria da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão responsável por regular os medicamentos no país, votou em 4/10/2011, pela proibição de três inibidores de apetite derivados de anfetaminas (anfepramona, femproporex e mazindol). Já o uso de medicamentos à base de sibutramina – que causou maior polêmica – foi liberado, mas sob controle maior de uso e de venda. As normas de restrição ainda serão definidas pela agência. A decisão dos diretores seguiu o relatório do diretor-presidente da ANVISA, Dirceu Barbano que estabeleceu a proibição da produção e o cancelamento de registros válidos e impedimento de novos registros de medicamentos baseados em anfepramona, femproporex e mazindol. A fenfluramina, a fenilpropanolamina não é comercializada mais nos EEUU, e outros inibidores centrais do apetite como a, a dietilpropiona, Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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o mazindol, são contraindicados na gestação e amamentação. Têm eficácia curta, efeitos efedrínicos e, desenvolve tolerância. Aparece com frequência após seu uso, depressão de moderada à grave como efeito rebote e risco suicida. A sibutramina, droga que aumenta a saciedade, é uma das principais substâncias utilizadas para pessoas no tratamento de pessoas com problemas de sobrepeso e obesidade. Desde março do ano passado (2010), elas passaram a ter um controle maior de prescrição e venda no Brasil, após um estudo indicar que o uso contínuo pode aumentar o risco de infarto e AVC (acidente vascular cerebral). Na Europa e nos Estados Unidos, o uso da droga é proibido. As análises sobre estes produtos disponíveis no mercado verificaram que eles são mais indicados para obesos sem histórico de doenças cardíacas, pacientes com diabetes, mulheres com ovários policísticos e aqueles com hepatite não alcoólica. Deve ser recomendada, inclusive, a descontinuidade do uso para pacientes que não responderam em quatro semanas ao tratamento com esta substância. A resolução não altera a indicação para pacientes com IMC (índice de massa corporal), igual ou acima de 30, que não tenha registro de doenças cardiovasculares. No entanto, logo (dia 3 de outubro de 2011) após o anúncio da decisão da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de proibir a venda de emagrecedores no Brasil de emagrecedores derivados de anfetamina (femproporex e mazindol, anfepramona), o vice-presidente da CRM-DF (Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal), anunciou que o conselho entrará com uma ação na justiça para tentar derrubar a resolução da agência.
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A Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) também informou, na mesma data que apoiará a ação. “Somos radicalmente contra a retirada da anfepramona, femproporex e mazindol porque não ficará no mercado para o tratamento dos pacientes obesos nenhum outro que tenha ação similar ou sequer parecida com estes os três medicamentos que estão sendo eliminados”. Controversa então a questão do ponto de vista médico e legal. 32.7. INALANTES Os inalantes são usados abusivamente. Voláteis á temperatura ambiente produzem alterações súbitas do estado mental e levam á lesões graves teciduais de caráter irreversível. As colas de sapateiro e de avião, que contém tolueno são as preferidas, mas ainda, desodorizantes de ambientes, esmalte, removedores, vernizes, tintas, propelentes, cimento de borracha, cimento de PVC, removedores de manchas, gás de isqueiros, acetona, querosene, gasolina, tetracloreto de carbono, são colocados comumente em sacos plásticos e inalados. Ocorrem arritmias cardíacas, depressão da medula óssea, degeneração cerebral intensa, lesões hepáticas graves, renais, inervação periférica. Alto Risco materno e fetal para lesões em múltiplos órgãos. Não possuem qualquer finalidade clínica. Usuários crônicos padecem de lesões neurológicas graves (Atrofia cortical e cerebelar) irreversíveis. 32.8. CRACK A base livre (freebase) e o crack (rock, pedra) são duas drogas estimulantes quimicamente iguais. Ambas são derivadas da coca, no entanto o seu processo de preparação difere: a base livre é conseguida mediante o aquecimento de uma mistura de cloridrato de cocaína com Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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éter. Quando o aquecimento é feito com bicarbonato de sódio, amoníaco e água, o produto final será o “crack”, que possui este nome devido aos barulhos crepitantes dos resíduos de bicarbonato de sódio quando aquecidos. Esta forma de cocaína torna-se passível de ser fumada. O efeito experimentado pelo consumidor depende, sobretudo da velocidade com que a concentração no sangue aumenta e não propriamente do nível da concentração da substância. Assim sendo, a ingestão pelo fumo tem um efeito mais acentuado, dado que penetra com rapidez nos tecidos pulmonares, atingindo facilmente o coração e depois o cérebro. Quando inalada, a substância tem que penetrar a membrana mucosa que é algo grossa e depois circular no sangue até ao coração, passando depois pelos pulmões antes de atingir o cérebro. Esta viagem obriga a uma diluição considerável da droga. Pode ainda ser feita a aspiração dos vapores da combustão, recorrendo-se para tal a utensílios como cachimbos próprios, tubos de vidro, canetas esferográficas, papel de alumínio, etc. Em 2008, foi publicada uma revisão sobre o perfil dos usuários de crack brasileiro, confirmando que realmente a maior parte dos usuários ainda é jovem, de baixa renda e do sexo masculino. O uso de crack nas classes mais altas, muitas vezes, poderia estar associado a comorbidades psiquiátricas, como os transtornos de personalidade e os de humor. Independente dos números, o que nos sensibiliza na expansão do uso de crack é a velocidade do deterioro da vida mental, orgânica e social do indivíduo. Não se pode deixar de citar o fenômeno das crianças (crack babies) intoxicadas por essa droga durante a gravidez. Sabe-se que o uso de crack durante a gestação pode desencadear abortos espontâneos, prematuridade, diminuição no crescimento do feto e outras alterações perinatais. Além disso, aqueles que nascem vivos podem apresentar 412
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retardo mental ou outros transtornos mentais e comportamentais que trarão sérias consequências para suas vidas
. 49
São comercializadas sob a forma de pedras brancas ou amareladas ou bolinhas semelhantes a grãos de chumbo (125 ou 300 miligramas). À semelhança da cocaína, pertencem ao grupo das substâncias simpático-miméticas
indiretas,
contribuindo
para
o
aumento
de
neurotransmissores na fenda sináptica e para o estímulo das vias de neurotransmissão, implicadas.
nas
Não
é
quais
a
conhecido
dopamina
e
noradrenalina
estão
algum
uso
terapêutico
destas
substâncias.Várias são as consequências deletérias para o recém-nascido associadas com o uso de cocaína/crack pela mãe. Após uma mamada, cuja mãe fez uso de cocaína recentemente, o bebê pode tornar-se irritado, hiperativo, demonstrando reflexos alterados, podendo apresentar vômitos e diarreia. Quanto maior e mais prolongada for a exposição do bebê à cocaína e ao crack, maiores serão as consequências nocivas. Casos de morte do bebê têm sido relatados, associados de forma direta ou indireta ao consumo dessa substância. Existem inúmeras complicações associadas ao uso da cocaína pelas mães, tanto durante a gestação quanto na amamentação. Seguramente,
essas
mulheres
NÃO
DEVEM,
SOB
QUALQUER
CIRCUNSTÂNCIA, AMAMENTAR SEUS FILHOS, enquanto estiverem fazendo uso de cocaína/crack. Além disso, é tremendamente comum que mulheres dependentes de cocaína/crack também façam uso de outras substâncias, como álcool, nicotina e maconha. O consumo de cocaína/crack durante a gestação está associado com várias complicações ao feto/bebê, tais como: malformações congênitas, diminuição do crescimento fetal, convulsões, infartos cerebrais Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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e hemorragia, déficits no sistema auditivo, morte súbita, arritmias cardíacas, enterocolites, e alterações comportamentais. De fato, a exposição dos bebês à cocaína provoca graves alterações do funcionamento cerebral, seja como resultado da hipoxemia (redução da oferta de oxigênio às células neurais) causada diretamente pelo consumo da droga, ou mesmo como resultado da reatividade cerebral modificada pela exposição a essa substância. Filhos de mães usuárias de cocaína durante a gestação podem apresentar, tardiamente, retardo do desenvolvimento mental e motor. 32.9. HEROÍNA Esta substância é um opiáceo, sendo, por isso, produzida a partir da papoila (de onde é extraído o ópio), que é transformada em morfina e mais tarde em heroína. Os principais produtores de papoila são o México, Turquia, China, Índia e os países do chamado Triângulo Dourado (Birmânia, Laos e Tailândia). Este alcalóide tem uma ação depressora do sistema nervoso. É comercializada em pó, geralmente castanha ou branca (quando pura) de sabor amargo. Foi, durante muito tempo, administrada por via intravenosa, mas o aparecimento da SIDA e os efeitos devastadores que esta teve nos heroinómanos, levaram à procura de novas formas de consumo. Atualmente opta-se também por fumar ou aspirar aos vapores libertados pelo seu aquecimento. No entanto, a preparação de uma injeção de heroína continua a ser um ritual, do qual fazem parte a colher e o limão. A heroína é frequentemente misturada com outras drogas como a cocaína (“speedball”), de forma tornar os efeitos de ambas mais intensas e duradouros.
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Em calão, a heroína possui várias denominações. Entre elas podemos referir heroa, cavalo, cavalete, chnouk, castanha, H, pó, poeira, merda, açúcar, brown sugar, burra, gold (heroína muito pura), veneno, bomba ou black tar. Os opiáceos atuam sobre receptores cerebrais específicos localizados no sistema límbico, na massa cinzenta, na espinal medula e em algumas estruturas periféricas. A morfina, um dos principais componentes da heroína é responsável pelos seus mais salientes efeitos. Funciona como um analgésico poderoso e abranda o funcionamento do Sistema Nervoso Central e da respiração. O
envenenamento
por
cogumelos
de
início
tardio,
habitualmente causado por Amanita phalloides, A. virosa, Galerina autumnalis ou G. marginata, manifesta-se dentro de 6-12 horas após a sua ingestão. Embora os sintomas iniciais incluam habitualmente náusea e vômitos, a principal toxicidade envolve lesão celular hepática e renal por amatoxinas, que inibem a RNA polimerase. A atropina carece de valor nessa forma de envenenamento por cogumelos. A hiperidrose é algumas vezes reduzida através do uso de fármacos antimuscarínicos. Todavia, o alívio é, quando muito, incompleto, talvez devido ao comprometimento frequente das glândulas apó crinas, mais do que das glândulas écrinas.
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33. AÇÃO DAS DROGAS UTILIZADAS COMO ROTINA DO SERVIÇO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA SOBRE
O
SISTEMA
NERVOSO
E
SOBRE
A
AMAMENTAÇÃO: UM ESTUDO CRÍTICO DOS EFEITOS COLATERAIS •
CORRIMENTOS VAGINAIS/VULVOVAGINITES
METRONIDAZOL: As
preparações
de metronidazol estão
disponíveis para administrações orais, intravenosas, intravaginal e tópica. Com exceção da placenta, o metronidazol tem boa penetração nos tecidos e líquidos corpóreos, e leite materno. Seu metabolismo oxidativo é induzido na vigência concomitante de fenobarbital e álcool. Nos tratamentos preconizados a cada 6-8 horas, as doses resultam em certo acúmulo do fármaco. Os efeitos colaterais raramente apresentam gravidade que leve à interrupção. Cefaleia, náusea, boca seca e gosto metálico são os mais comuns. Tontura, vertigem e muito raramente, encefalopatia, confusão mental, incoordenação motora, convulsões e ataxia justificam a interrupção do tratamento. O fármaco deve ser interrompido quando ocorram parestesias de membros e diminuição de sensibilidade. As reversões dos quadros neurológicas induzidas pelo metronidazol podem ser lentas ou irreversíveis. Urticária, rubor e prurido são indicadores deste tipo de sensibilidade. Tem efeito do dissulfiram e não deve ser tomado concomitantemente com álcool, durante o tratamento e até três dias após. A associação de metronidazol com drogas de efeito antabuse,
pelo
acumulo
de
acetaldeído,
podem
induzir
estados
confusionais e psicoses francas. Deve ser utilizado com cuidado nos pacientes com doença ativa do SNC, podendo precipitar a toxicidade de Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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pacientes psiquiátricos tomando Lítio. Estes efeitos colaterais podem ser mais graves na vigência de tratamento concomitante com cimetidina, por elevar os níveis plasmáticos e, portanto neurotóxicos do metronidazol. Em alcoólatras com distúrbios hepáticos como cirrose à dosagem deve ser diminuída e a observação redobrada. Seu uso não é recomendado no primeiro trimestre da gravidez. Foram descritos casos de neuropatia sensorial periférica com apenas 3 dias de uso oral nas doses recomendadas. Em epilépticas fazendo uso de fenitoína (hidantal), há um efeito sistêmico do metronidazol prejudicando o metabolismo por inibição enzimática microssomial com diminuição da concentração plasmática da fenitoína podendo precipitar convulsões. O Fenobarbital aumenta a excreção do metronidazol. A passagem sistêmica é fraca nos usos tópicos. Durante
a
amamentação
seu
uso
deve
ser
criterioso,
entendendo-se este criterioso que, tem níveis elevados no leite materno, gerar gosto amargo-metálico, com repercussões sobre o RN que pode apresentar perda de apetite, vômitos, discrasias sanguíneas, e alterações neurológicas como as descritas para a mãe, posto que passe com facilidade
a
barreira
hemato-encefálica
e
liquórica
e
apresenta
neurotoxicidade central e periférica. TINIDAZOL: os mesmos cuidados que metronidazol. Não está disponível nos EEUU (G.&Gilman-2003). Dar preferência a doses únicas nos tratamentos necessários e espaçar amamentação por 12 horas pelo menos. Também está contraindicado no primeiro trimestre da gravidez. SECNIDAZOL: Não há dados disponíveis na amamentação. Apresenta efeitos neurotóxicos. MICONAZOL absorção), 418
CREME
ISOCONAZOL
vaginal CREME,
(não
ultrapassa
TIOCONAZOL
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1.3%
de
CREME,
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TERCONAZOL
CREME
(pouca
absorção
como
o
clotrimazole),
CLOTRIMAZOL ÓVULOS E CREME VAGINAL (absorção de 3-10% vagina e menos de 0.5% na pele), NISTATINA CREME: compatíveis com amamentação. Nenhum efeito adverso sobre o feto humano foi atribuído ao uso vaginal de imidazólicos ou triazólicos. ITRACONAZOL: Categoria C na gravidez com as seguintes ressalvas: comprovada teratogenicidade e adenocarcinoma
em ratos,
sendo que seu uso está contraindicado na gravidez. Tem muitas interações com outros fármacos gerando toxicidade grave, como arritmias cardíacas fatais com cisaprida, quinidina, ou o astemizol. O itraconazol tem seus efeitos aumentados em concomitância com o alprazolan (frontal), buspirona (buspar), diazepan, fenitoína, midazolan da área neurológica, e tem efeitos diminuídos com carbamazepina (tegretol), fenobarbital (gardenal). Passa no leite materno. Meia vida longa de até 30-40 horas.Nefro e hepatotóxico. FLUCONAZOL: compatível com a amamentação nas doses usuais, segundo o protocolo do Min. da Saúde (amamentação e uso de drogas). Porém tem Meia vida de 25-30 horas; Passa no leite materno intensamente. Tem interações medicamentosas perigosas, da mesma forma que o itraconazol, comentado acima. Alguns dos efeitos colaterais: Cefaleia (1.9%), náusea (3.7%), vômitos (1.7%), erupções cutâneas (1.8%), diarréia (1.5%), alopecia, e relatos de óbito por insuficiência hepática (Jacobson et al, 1994).
Foi associado com deformidades
esqueléticas e cardíacas em 3 lactentes nascidos de 2 mulheres que tomaram altas doses do fármaco durante a gravidez (Pursley et al. 1996. Cit. Gilman, pág 978-2003). Deve ser evitado durante a gravidez. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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CETOCONAZOL: Segundo o protocolo do Min. Saúde é de uso criterioso, não especificando quais seriam estes critérios. No entanto, o cetoconazol, paradoxalmente, foi substituído nos EEUU pelo Itraconazol no tratamento de todas as micoses, exceto pelo custo. Isto porque o itraconazol tem espectro de ação expandido, carece da hepatoxicidade e da
supressão
do
corticosteróide
produzida
pelo
cetoconazol.
A
concentração deste no líquor é menor que 1% da plasmática total. Os efeitos colaterais são: náusea, anorexia e vômitos (aprox. 20%), erupções cutâneas, perda de cabelos, inibição de esteróides, com diversas anormalidades endocrinológicas, com 10 % de irregularidades menstruais, diminuição da libido, aumento das mamas, queda de testosterona, estradiol, cortisol plasmático estimulado pelo ACTH e produção de androgênios nas mulheres com síndrome de ovário policístico. Parece conveniente e prudente suspender o cetoconazol antes de procedimentos cirúrgicos. A hepatite medicamentosa induzida pelo fármaco é rara, porém potencialmente fatal. A hepatite pode ocorrer após alguns dias de tratamento, ou adiado para meses depois de tê-lo iniciado. O cetoconazol é teratogênico em animais, causando sindactilia. Seu uso na gestação NÃO é recomendado. E, devido à sua presença no leite materno em alta concentração, a lactação com seu uso NÃO é prudente. Logo, ser criterioso em relação ao cetoconazol, uma vez que tem resposta lenta á terapia, inúmeros efeitos colaterais, por vezes fatais, o mais prudente é não utilizá-lo na gestação e na amamentação, nem substituí-lo pelo fluconazol como prescreve o Min. da saúde, pelas razões atualizadas apresentadas acima em relação a este fármaco, ou com os cuidados em relação á vida media e tempo de depuração no organismo. As principais vantagens dos triazólicos atuais, quando uso de antifúngicos sistêmicos estão indicados, como o voriconazol, posaconazol 420
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e ravuconazol são as apresentações oral e intravenosa (das drogas antigas somente o fluconazol tinha estas características). Outro aspecto é o amplo espectro de ação, permitindo sua utilização na maior parte das infecções fúngicas. Por apresentarem espectro mais expandido do que os da anfotericina B podem ser utilizados empiricamente, ou seja, sem termos ainda o agente etiológico identificado. Os novos triazólicos são drogas relativamente mais seguras, com ressalvas, quanto à toxicidade em relação às drogas mais antigas. O voriconazol, por exemplo, é um antifúngico de amplo espectro com grande potência antifúngica. Esta ação em Aspergillus é 100 vezes maior que a de fluconazol, conferindo-lhe característica fungicida contra este patógeno. O voriconazol atua em quase todos os fungos, com exceção dos Zigomicetos, agentes da mucormicose ou zigomicose. Por estar disponível em formulação oral e intravenosa, permite terapêutica sequencial, ou seja, o doente que está grave começa a receber medicamento intravenoso e ao sair da situação de gravidade pode continuar o tratamento com comprimido em ambiente hospitalar ou comunitário. O voriconazol apresenta mais toxicidade que o fluconazol, principalmente efeitos adversos visuais, cutâneos e aumento de enzimas hepáticas. Entretanto as reações são transitórias e desaparecem com o uso continuado. O posaconazol, também um triazólico de 2ª geração, é uma droga de espectro superior, inclusive se comparado ao voriconazol. O uso do posaconazol estava limitado devido à formulação oral, mas com o recente desenvolvimento de uma formulação intravenosa é possível que novos estudos clínicos sejam desenhados, incluindo pacientes portadores de infecções graves. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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O ravuconazol apresenta evolução mais lenta em termos de pesquisa clínica. Também é droga de amplo espectro e recentemente obteve-se sua formulação intravenosa, o que possibilita seu ensaio em micoses invasivas. Como voriconazol, ravuconazol também evoluiu da molécula de fluconazol. Pelo que conhecemos de estudos de fase II, em candidíase esofágica seu potencial é semelhante ao do voriconazol, com o diferencial de apresentar uma longa meia-vida plasmática, o que possibilitaria um maior espaçamento de doses. Os principais efeitos adversos das drogas azólicas relacionam-se com intolerância gastrintestinal, hepatotoxicidade, hipersensibilidade e, para o cetoconazol em doses elevadas, ginecomastia e irregularidades menstruais. São drogas teratogênicas e não devem ser administradas a gestantes. Várias classes de drogas interagem com os azólicos, quer reduzindo os níveis séricos do antifúngico (rifampicina, isoniazida, fenitoína, fenobarbital, carbamazepina), quer elevando os níveis de outros fármacos (ciclosporina, digoxina, terfenadina, warfarina, benzodiazepínicos e inibidores de protease do vírus da imunodeficiência humana).
•
CERVICITES MUCOPURULENTAS
AZITROMICINA (macrolídeos): Compatível com amamentação, com concentrações significativas de cerca de 50% das concentrações séricas. Atravessa a barreira placentária com concentração no plasma fetal em cerca de 5-20% daquela na circulação materna. Não tem penetração no SNC e Líquor significativas. A concentração maior é hepática tendo meia vida curta de cerca de 1,5 hora DOXICICLINA é um
derivado semi-sintético oriundo das
tetraciclinas. São compatíveis com a amamentação. O tratamento de 422
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gestantes
com
derivados
das
tetraciclinas
pode
provocar
pigmentação nos dentes em seus filhos. O período de maior perigo para os dentes estende-se de meados da gestação até cerca de 4-6 meses do período pós-natal para os dentes anteriores decíduos e de poucos meses a 5 anos de idade para os dentes anteriores permanentes, quando há a formação da coroa dos dentes. Deposita-se no esqueleto durante a gestação e a infância. Em prematuros tratados com estes agentes, foi comprovada uma redução de 40% do crescimento ósseo, determinada pela medida da fíbula (cohlan et al. 1963 cit. Gilman-2003). Podem provocar elevação da pressão intracraniana e abaulamento tenso da fontanela (pseudotumor cerebral) em lactentes de pouca idade, mesmo quando administrada nas doses terapêuticas normais. ERITROMICINA (macrolídeos) atravessa a barreira placentária ligando-se às proteínas em cerca de 70-80% e atingindo 96% na forma estolato. Não tem penetração no SNC ou no líquor. As lesões hepáticas são as mais notáveis. Potencializa efeitos da Carbamazepina (tegretol) e ac. Valpróico (Depakene). O comprometimento auditivo transitório representa uma complicação potencial do tratamento, em particular com altas dosagens (4 gramas/ ev/ dia, e estolato por via oral). CIPROFLOXACINA (quinolonas): Tem elevada concentração no leite materno. Para o lado do SNC foram observadas, cefaleia leve e tontura. Raramente ocorreram, alucinações, delírio e convulsões, em particular em pacientes recebendo teofilina ou anti-inflamatórios não esteróides. Podem causar artropatias em várias espécies animais imaturos. Tradicionalmente tem sido contraindicado em crianças por esta razão. Também não são recomendados para mulheres grávidas. São inibidores do metabolismo da Teofilina podendo ocorrer toxicidade em consequência de concentrações elevadas de metilxantinas (Schwartz et Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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al.; 1998, cit.Gilman 2003). A administração concomitante com antiinflamatórios não-esteróides pode precipitar convulsões por mecanismo de deslocamento do GABA, no SNC. TIANFENICOL: Sem dados atuais. CEFTRIAXONA: (cefalosporina de 3a. geração) meia vida de 8 horas. A vida média no leite é 3 vezes maior que no plasma da mãe. Compatível
com
a
amamentação.
AMPICILINA:
(beta-lactâmicos)
Compatível com amamentação. Toxicidade direta mínima. Rara depressão medular, granulocitopenia e hepatite. NORFLOXACINA: Em 0,9-11% dos pacientes foram observadas cefaleia leve e tonturas. Mesmos cuidados que a ciprofloxacina em relação a artralgias e edema articular em crianças. SÍFILIS
•
PENICILINA G BENZATINA 2.400.000 UNI//S Compatível com amamentação. A injeção de 4.800.000 uni//s de penicilina G procaína pode resultar em uma reação imediata caracterizada por tontura, zumbido, cefaleia, alucinações e ás vezes convulsões. A ocorrência é citada em 1 para cada 200 pacientes. Azitromicina, eritromicina, tetraciclina, doxiciclina, ceftriaxonavide acima. A recomendação é que as gestantes tratadas devem fazer acompanhamento para controle de cura. O filho de uma mãe com sífilis pode apresentar cegueira, retardo mental, etc.
•
424
CANCRO MOLE
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SULFAMETOXAZOL: No sulfametoxazol ocorrência de cristalúria é devida à sua insolubilidade (pensar em hidratar bem). Pode ocorrer anemia hemolítica, agranulocitose, anemia aplástica (efeito mielotóxico direto), hipersensibilidade. Anorexia, náusea e vômitos de origem central mais provável ocorrem em 1-2%, Necrose hepática em 0,1%. No RN e, em particular em prematuros pode ocorrer deposição da bilirrubina livre nos gânglios da base e nos núcleos subtalâmicos causando a encefalopatia do Kernicterus. Não devem ser administradas a mulheres grávidas próximas ao parto (atravessam a placenta e são secretados no leite). Tem interação com anticonvulsivantes hidantoinatos com potencialização secundária. A associação com o Trimetropin torna o sulfametoxazol mais eficiente. Pode haver o desenvolvimento de déficit de folatos e megaloblastose, leucopenia e trombocitopenia. Podem causar para o lado do
SNC
cefaleia,
depressão
e
alucinações,
manifestações
reconhecidamente das sulfonamidas. O uso portanto na amamentação é vista com reservas e muito critério. Outros tratamentos propostos incluem: Terapêutica sistêmica •
Azitromicina: 1 g VO, dose única
•
Ceftriaxona: 250 mg IM, dose única
•
Eritromicina: 500 mg VO, de 6/6 h
•
Tianfenicol: 2 cápsulas de 500 mg VO, de 8/8 h
•
Tetraciclinas: 600 mg VO, de 6/6 h
•
Sulfato de Estreptomicina: 1 g/dia, IM
O tempo mínimo de tratamento é de 10 dias ou até a cura clínica das lesões e/ou adenite, que, em geral, ocorre após duas semanas de tratamento. Deve ser lembrado que tetraciclina e eritromicina, na dose de 2 Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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g diários por 15 dias, estarão tratando eventualmente outras DST (sífilis, gonorreia, uretrites por Chlamydia sp.) No caso de gestantes, não representa ameaça para a mãe nem para o feto ou neonato. No tratamento devem ser evitadas as tetraciclinas, o tiafenicol no primeiro trimestre de gestação e as sulfas nas últimas semanas de gestação. Eritromicina, à exceção do estolato, é um medicamento efetivo e isento de risco.
•
HERPES GENITAL
ACICLOVIR, VALACICLOVIR, FAMCICLOVIR: o aciclovir é disponível na forma de cápsulas, pomada e pó para constituir solução para uso endovenoso, o Valaciclovir e o famciclovir via VO. O valaciclovir é rapidamente convertido em aciclovir por via oral (hidrólise enzimática de primeira passagem intestinal e hepática). A vantagem é que o Valaciclovir aumenta a biodisponibilidade do aciclovir de 3-5 vezes. Concentra-se no leite materno, no líquido amniótico e na placenta. Os níveis plasmáticos no RN se assemelham aos maternos (Frenkel et al 1991; cit.Gilman 2003). A absorção da pomada contendo o fármaco é baixa. Baixa neurotoxicidade. Não foram constadas frequências excessivas de anormalidades em lactentes nascidos de mães expostas. Foi considerado seguro nas doses recomendadas. Em altas doses o valaciclovir tem sido associado à confusão mental, alucinose, nefrotoxicidade, e síndromes trobocitopênicas fatais, em imunocomprometidos. A via endovenosa apresentou efeitos colaterais renais e neurológicos mais amplos, com nefrotoxicidade, tremores, distúrbios
do
extrapiramidais
sensório, (Haefeli
mioclonias, et
al,
convulsões,
1993).
As
e
infusões
manifestações devem
preferencialmente bem lentas. 426
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ser
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O herpes genital pode levar a complicações como meningite e má formação do bebê, caso a mãe passe para o filho durante a gravidez. No Brasil, estima-se que de 10-12 milhões de pessoas sejam infectadas. A incidência maior se dá após os 18 anos ou em pacientes com vida sexual ativa. LINFOGRANULOMA
•
VENÉREO:
doxiciclina,
sulfametoxazol trimetropin, tianfenicol já vistos anteriormente. HEPATITE B: Vacinação compatível com amamentação
•
assim como soro e antiglobulinas. CONDILOMA ACUMINATUM
•
Podofilina (25%), Podofilotoxina (podofilox a 0,5%), 5-fluoracil em solução (a 1,2-5%) - Proibido em gestantes. Ácido tricloroacético: Pode ser usado em gestantes Imiquimod: induz a produção de interferon local; alta absorção. A segurança
em
gestantes
não
está
bem
estabelecida,
porquanto
respondem por efeitos sistêmicos de estímulo antigênico, mitógeno e citocínicos específicos. Induzem efeitos biológicos de longa duração. Uso tópico a 5%, tempo médio de regressão das lesões 8-10 semanas (Slade et al.;1998). Tempo de tratamento recomendado pelo protocolo: 16 semanas. Interferon: Nas aplicações locais (Intralesional) podem aparecer sintomas agudos de influenza, e leucopenia. A principal toxicidade do interferon
sistêmico
é
a
mielosupressão
com
granulocitopenia,
trombocitopenia, com neurotoxicidade que se manifesta por sonolência, confusão mental, distúrbios do comportamento, raramente convulsão, neurastenia debilitante com fadiga e perda de peso. Em crianças são Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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comuns as alterações de personalidade (Sokal et al., 1991) drogadependente. Sua segurança na gravidez não está estabelecida.
•
ESTROGÊNIOS E PROGESTOGÊNIOS
São drogas empregadas isoladamente ou combinadas, como anticoncepcionais, na TRH (Terapia de Reposição Hormonal), utilizados concomitantemente com Hormônio do Crescimento (GH) nos atrasos de desenvolvimento, ou com gonadotrofinas no hipogonadismo. O uso de antagonistas dos receptores estrogênios, de progestagênicos e inibidores de aromatases são utilizados para o tratamento de neoplasias hormôniosdependentes (câncer de mama, por exemplo) e utilizados no tratamento da infertilidade feminino e como abortivo. Este hormônio endógeno tem influência complexa em vários níveis da vida da mulher, e hoje se considera que são bem conhecidos na maioria de seus efeitos. Estrogênios naturais mais potentes são o 17 beta-estradiol, a estrona e o estriol. A
atividade
estrogênica
é
compartilhada
por
compostos
esteróides (estradiol, cipionato de estradiol, etinilestradiol, mestranol, quinestrol, estrona, sulfato de estrona, e equilina) e, compostos nãoesteróides (dietilbestrol, bisfenol, genisteína). Plantas e fungos contêm compostos desta natureza (flavonas, isoflavonas - genisteína, coumestano, lignanos) entre outros. As principais fontes de estrogênio circulantes na mulher pré-menopausa são os ovários, e nas mulheres menopausadas é o estroma do tecido gorduroso e supra-renal. O sistema nervoso central contém aromatases que podem produzir estrogênios via androgênios. A placenta sintetiza grandes quantidades de estrogênios. A urina da mulher grávida é uma fonte de estrogênios naturais. Os estrogênios são responsáveis pelas alterações que ocorrem na puberdade nas meninas, 428
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pelas características secundárias das mulheres, estimula o crescimento do útero, da vagina, das tubas uterinas, crescimento das mamas produzindo o crescimento dos ductos mamários, desenvolvimento do estroma e gordura, modela o contorno do corpo, a conformação do esqueleto, crescimento ósseo, fusão das epífeses, crescimento dos pêlos. Em homens, a deficiência de estrogênio pode causar hipergonadotropismo, atraso no desenvolvimento esquelético, macrorquidismo, aumento dos níveis de testosterona, altera o metabolismo dos carboidratos, lipídeos e a fertilidade (Grumbach e Auchus, 1999-cit. Gilman2003). As preparações de estrogênios podem ser usadas por via oral, parenteral, transdérmica, anéis vaginais, ou tópica. Nenhuma droga tem ocupado tanto a decisão médica de indicação, entre risco e benefício, que os estrogênios para cada paciente. Seu espectro de efeitos colateral não é em nada simplório: câncer (5-15 vezes), doença tromboembólica (3 vezes maior), alterações profundas do metabolismo dos lipídeos e carboidratos, hipertensão em doses maiores, acidentes hemorrágicos cerebrais (1,35 vez maior), doenças da vesícula biliar (2-3 vezes mais), náuseas, enxaquecas, alterações de humor, agravamento dos sintomas da endometriose.
Trazem
em
contrapartida
benefícios
incisivos.
Os
estrogênios podem induzir tumores de mama, carcinomas uterinos, ossos, rins, com riscos estimados em 5 - 15 vezes maior que em não usuárias e, incidência de anormalidades genitais em bebês de ambos os sexos cujas mães ficaram expostas aos estrogênios prescritos. O tempo e duração de reposição hormonal são bastante críticos: O risco de câncer de mama aumentava pouco mais de 2% para cada ano de tratamento (1-4 anos). O risco cumulativo era de 35% se tivesse durado mais que 5 anos (Collaborative Group on Hormonal Factors in Breast Cancer,1997; cit. Gilman 2003). Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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No Planejamento familiar quando o método escolhido é o anticoncepcional, são indicados os de uso combinado sendo que a maioria destes inclui etinilestradiol, sendo que os efeitos colaterais são dose dependente, estes estrogênios usados como anticonceptivos tem efeitos adversos maiores que os utilizados na TRH com doses menores usualmente. Estes fármacos têm cerca de 1/5 das dosagens contidas nos primeiros anticoncepcionais de mercado, sendo portanto mais seguros. A TRH hoje está indicada na profilaxia da osteoporose, sintomas vasomotores, e doença cardiovascular. Para o lado do sistema nervoso central os estrogênios produziriam efeitos benéficos na cognição e no retardamento da Doença de Alzheimer - DA (Green e Simpkins, 2000; cit. Gilman 2003), que não vieram a se confirmar em estudos prospectivos mais recentes (Henderson et al. 2000 e, Mulnard et al.2000) de modo que este efeito neuroprotetor é só uma hipótese, não confirmada. A terapia de reposição estrogênica foi proposta como ação preventiva
da
DA,
com
base
nos
mecanismos
neuroprotetores
demonstrados in vitro e em modelos animais. Os estrógenos exercem efeitos cerebrais mediante a transdução de sinais a partir de diferentes receptores da superfície neuronal, ativando fatores de crescimento, promovendo a liberação de neurotransmissores e aumentando o fluxo sanguíneo cerebral. Ainda, estudos experimentais sugerem que 17-bestradiol pode atenuar a neurotoxicidade promovida pelo b-amilóide em modelos celulares (Green et al., 1996). Estudos iniciais, em pequenos grupos de pacientes, sugeriram que a reposição hormonal breve pode exercer efeito benéfico sobre a cognição. Contudo, os resultados dos estudos maiores e randomizados em pacientes com DA derrubaram o entusiasmo inicial.
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Dois ensaios clínicos controlados não confirmaram a eficácia dos estrógenos no tratamento da DA (Henderson et al., 2000; Mulnard et al., 2000). Para avaliar o potencial preventivo dos estrógenos sobre o risco de DA, um grande estudo prospectivo multicêntrico foi realizado nos EUA (Women’s Health Initiative Study). Em estudo prospectivo multicêntrico de sete anos de duração realizado nos Estados Unidos (Women’s Health Initiative Memory Study), o tratamento hormonal combinado (estrogênio e medroxiprogesterona) foi comparado com a reposição estrogênica isolada, respectivamente em 4.532 e 2.747 mulheres com idades entre 65 e 79 anos e que não apresentavam sinais de comprometimento cognitivo. Os resultados foram altamente negativos no que se refere à suposta proteção dos estrogênios contra a DA: a reposição estrogênica simples não diminuiu o risco de demência ou de transtorno cognitivo leve, e o tratamento combinado resultou em aumento risco de ambas as condições (Shumaker et al., 2003 e 2004). Os estrogênios podem causar enxaqueca como descrevemos no capítulo pertinente. Muitos dos sintomas vasomotores da menopausa são diminuídos ou melhorados com os estrogênios. Após a década de 80 os estudos epidemiológicos associando estrogênio com carcinoma de endométrio, deram início e ênfase maior as TRH's e anticonceptivos com associações ou conjugados hormonais. Há, no entanto todo um protocolo para as TRH's e mesmo uso dos anticoncepcionais, com variáveis de caso para caso. A presença de útero, risco prévio de doença cardiovascular, elevação das lipoproteínas, nódulos mamários, hereditariedade, hipertensão, doenças neurológicas, etc., são relevados quando da opção de terapia hormonal. A escolha do progestagênio no uso combinado é parte da resolução médica, que Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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envolve a consideração dos efeitos adversos potencialmente ligados ao mesmo. Por outro lado os moduladores seletivos dos receptores heterogênicos e antiestrogênicos alteraram em muito os conceitos de seletividade tecidual dos órgãos alvos do efeito hormonal. O tamoxifeno, raloxifeno e o toremifeno são exemplos de compostos com atividade seletiva tecidual (Ossos, Cérebro, Fígado). Dada esta seletividade o tamoxifeno é também usado em mastologia, no CA de mama sem metástase, e pós-cirurgicas de mastectomia. Como antiestrogênico que é o tamoxifeno provoca um aumento de doenças tromboembólicas, fogachos, catarata, náuseas, cefaleia. (Fisher et al. 1998). O clomifeno, como antiestrogênicos é um antagonista deste hormônio, e tem sido usado na infertilidade e como alternativa nos CA's de mama. O norgestrel citado no protocolo do Serviço de ginecologia é um progestagênio com atividade biológica semelhante á progesterona. Tem marcante ação neuroendócrina hipotalâmica-hipofisária. No sistema nervoso central altera a temperatura corporal por ação central no centro termo-regulador
hipotalâmico.
Pode
induzir
ações
depressoras
e
hipnóticas (induzem o sono). Esta ação, sobre o eixo hipotalâmico– hipofisário tem ação positiva na anticoncepção com contraceptivos orais combinados
por
mecanismos
complexos
ainda
não
totalmente
desvendados. Como dissemos anteriormente os contraceptivos orais para o lado do sistema nervoso central inclui sintomas de cefaleia, hemicranias graves tipo enxaquecosas e alterações de humor e comportamento. Contraceptivos apenas com progestogênios, a cefaleia é o efeito neurológico mais frequente, além de aumento de peso, alterações significativas de humor com tendência à depressão, irritabilidade, razão de muitos encaminhamentos ao psiquiatra, tratando-se, portanto de efeito 432
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adverso da medicação que deverá antes ser questionado pelo G.O., antes do encaminhamento à outra especialidade, que por sua vez será medicada, com muita frequência, num ciclo de polifarmacia, com inúmeros efeitos colaterais somados. Os contraceptivos orais combinados são considerados de contraindicação
absoluta,
na
presença
ou
história
de
doença
tromboembólica, doença cérebro-vascular, IM, doença coronariana, hiperlipidemias congênitas, suspeita ou casos confirmados de carcinoma de mama, câncer do trato reprodutivo, neoplasias hormônio-dependente, sangramento vaginal de origem não determinada, gravidez suspeita ou confirmada, presença ou história de tumores hepáticos ou disfunção hepática, cirrose alcoólica, tabagistas com risco coronário. A vigência de epilepsia pode ser considerada como anticoncepção de situação especial com contraindicação relativa devendo àquela condição ser monitorada frequentemente com dosagem sanguínea dos fármacos anticonvulsivantes dosados no sangue periodicamente. Nas mulheres que amamentam somente os fármacos com progestogênios isolados devem ser preferidos, sobretudo injetáveis, patches,
e
implantes.
Os
combinados
estão
contraindicados
na
amamentação. • HIPERPROLACTINEMIA Há provas robustas dos efeitos da prolactina no comportamento em várias espécies animais. Associação de hiperprolactinemia com sintomas psiquiátricos está descrita na literatura. O primeiro sintoma descrito foi a ansiedade, ntecedendo o início da irregularidade menstrual associada à hiperprolactinemia. Outros autores confirmaram aumento de ansiedade e somatização na amenorréia Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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hiperprolactinêmica, assim como de hostilidade e depressão. Em relação a controles, homens hiperprolactinêmicos também mostraram mais ansiedade. Raramente, achados de hostilidade, ansiedade ou angústia não foram mais prevalentes em pacientes com aumento da prolactina. No atual estudo, a presença de sintomas psiquiátricos foi significativamente maior nos hiperprolactinêmicos. Ansiedade e depressão ocorreram em valores
percentuais
aproximadamente duplicados
em
relação
aos
controles. A presença de hiperprolactinemia em aproximadamente 80% dos indivíduos com algum tipo de sintoma psiquiátrico, aqui detectado, eleva esta condição hormonal a um fator de risco para ocorrência de distúrbios emocionais superior a três vezes o da população em geral. Sítios ligadores de prolactina no sistema nervoso central estão identificados no hipotálamo, plexo coróide e, em menor grau, na substância nigra. O papel da prolactina na patogênese dos distúrbios psiquiátricos pode
refletir uma ação direta do hormônio no sistema
nervoso central, um efeito indireto, através de outros hormônios gonadais ou adrenais, ou constituírem fatores independentes, resultantes da depleção de dopamina. Alguns viézes poderiam interferir na inter-relação sintomas
psiquiátricos/hiperprolactinemia,como
a
presença
de
hipogonadismo associado ao aumento da prolactina. Disfunção sexual está presente em 58% dos hiperprolactinêmicos, mais noticiada nos homens. É difícil dissociar efeito comportamental direto da prolactina das consequências do hipogonadismo. A simples informação a um paciente da presença de um tumor hipofisário também poderia gerar ansiedade ou depressão, dependendo da personalidade do paciente e do médico, e do contexto cultural. Na atual amostra, a similaridade de achados entre os portadores ou não de adenomas não confirma esta hipótese. Outros autores observaram mais 434
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ansiedade nas pacientes sem evidências deadenomas. Avaliando por outro prisma a mesma questão, Reavley e colaboradores observaram ansiedade em 54% de hiperprolactinêmicos, contra 27% em um grupo controle, constituído por portadores de outros tumores hipofisários; depressão esteve presente em 25% das hiperprolactinêmicas contra 27% dos controles. Depressão e diminuição da libido podem estar presentes de forma independente na hiperprolactinemia, sendo indefinida a relação entre esses achados, uma vez que a diminuição da libido pode resultar da hiperprolactinemia ou da depressão, ou ser causa da depressão. Há relatos de diminuição da angústia e aumento do bem-estar com a redução dos níveis da prolactina secundariamente ao uso da bromocriptina, assim como melhora da depressão com bromocriptina ou pergolide e melhora do bem-estar com quinagolide16. No entanto, constatando-se ausência de correlação entre a melhora nos escores da depressão e o grau de supressão da prolactina, foi sugerido que a bromocriptina pudesse ter efeitos independentes sobre a secreção hormonal e a depressão. Em pacientes deprimidos, sem aumento da prolactina, a bromocriptina já havia apresentado efeitos antidepressivos similares aos da imipramina. Sitland-Marken e colaboradores, revisando publicações onde a bromocriptina foi utilizada para o tratamento da depressão, observaram resultados positivos em todos os estudos. No
tratamento
das
hiperprolactinemias,
o
protocolo
de
atendimento de nossa instituição em ginecologia prescreve medicamentos agonistas dopaminérgicos: BROMOCRIPTINA: Interage com receptores dopaminérgicos. É agonista parcial e antagonista em várias áreas do SNC; provável agonista na inibição da secreção de prolactina. Menor potência emética do que a ergotamina. Na interação com receptores alfa adrenérgicos não tem efeito Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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agonista para estes receptores; antagonista ligeiramente menos potente que
a diidroergotamina
em
vários
tecidos.
É
contraindicado
na
amamentação. Remetemos nosso leitor ao capítulo de agonistas dos receptores da serotonina e dopaminérgicos. Têm sido associada a vasoespasmo coronariano, isquemia transitória do miocárdio, arritmias atriais e ventriculares em pacientes com fatores de risco coronariano. Podem causar parestesias, astenia, fadiga, sensação de aperto no peito, no pescoço e na mandíbula, sonolência, tontura, sudorese e náusea. CABERGOLINA: Igualmente contraindicado na amamentação. É um agonista do receptor da dopamina de ação longa (+/- 65 horas) , reduz os níveis de GH (hormônio do crescimento) e do IGF-1 (Hormônio do crescimento insulino-símile) e, seus melhores resultados foram obtidos em pacientes com tumores secretores de GH e prolactina (prolactinomas). É um derivado do esporão do centeio e maior afinidade e seletividade ao receptor dopaminérgico – 2 (D2) do que a bromocriptina (cerca de 4 vezes mais potente, Verhels et al, 1999). Tem menos tendência a induzir náusea, podendo causar hipotensão e tontura. Aprovada pelo FDA para tratamento da hiperprolactinemia. Tem se mostrado a mais promissora droga para este fim.
•
HIRSUTISMO
Tratamentos propostos do Protocolo do Serviço de Ginecologia: Bromocriptina e Cabergolina – vide acima. Prednisona: compatível com amamentação. A prednisona exerce diversas ações sobre o SNC, incluindo efeitos sobre o humor, comportamento
e
excitabilidade
cerebral.
De
maneira
geral
os
glicocorticóides conferem aos pacientes uma sensação de bem estar, elevação de humor e outros exibem alterações comportamentais mais 436
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pronunciadas como euforia, insônia, inquietação, aumento da atividade motora, ansiedade, ou francamente psicótico. É alta a ocorrência de psicoses e neuroses no Cushing, e melhora acentuada nos transtornos mentais incluindo psicose, no Addison, com a instituição de tratamento com corticóide, sem necessitar de nenhuma medicação estritamente psiquiátrica. Os tratamentos a longo termo geralmente cursam com atrofia do hipocampo e distúrbios amnésticos. As doses recomendadas no protocolo não consideradas doses suprafisiológicas, portanto compatíveis com efeitos adversos menores. Para se comparar dosagens no padrão do Lupus eritematoso a dose de prednisona é da ordem de 1 mg/ kg/ dia em doses
fracionadas,
quando
o
proposto
para
o
hirsutismo
no
hiperandrogenismo de origem adrenal é de 5 mg/ dia/ em dose única. No hirsutismo por hiperandrogenismo de origem ovariana o acetato de ciproterona do grupo dos antiandrogênicos de bloqueio de receptores, assim como o faz o acetato de megestrol. Efeitos como perda da libido, diminuição da potência sexual, sintomas de frigidez e baixos níveis de testosterona estão entre os efeitos esperados. As espirolactonas como representante dos antagonistas dos receptores de mineralocorticóides têm relevância clínica restrita, podendo, no entanto produzir hiperpotassemia fatal. Está claro que em pacientes alcoólicas
crônicas
com
cirrose
hepática
podem
induzir
acidose
metabólica, mas são de utilidade na diminuição da ascite grave, ICC, que pode acompanhá-las. Diminuição da libido, engrossamento da voz, impotência e frigidez e irregularidades menstruais, sonolência, letargia, ataxia, confusão mental e cefaleia são esperados, mesmo nas doses recomendadas.
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•
CLIMATÉRIO
O alcoolismo e o tabagismo formam parte dos critérios protocolares na avaliação da mulher menopausada. Em alguns sintomas desagradáveis, estão os fogachos onde são prescritos: Clonidina: Efeitos colaterais para o lado do sistema nervoso estão, a sedação, boca seca (em torno de 50%), e disfunção sexual que são menores quando a via de administração é transdérmica que oral. A dermatite de contato, no entanto é frequente por esta via. Há sintomas de abstinência da droga na interrupção abrupta. A clonidina se mostrou útil no tratamento de dependentes de narcóticos com efeito supressivo de abstinência, onde há compulsão á droga. A longo termo, no entanto, não se mostra eficiente. Cinarizina: membro do grupo dos bloqueadores de cálcio logo suplantado com esta finalidade no uso cardiológico, pela nifedipina, nimodipina, verapamil, etc. Os efeitos adversos ligados a cinarizina, tontura, cefaleia, rubor, disestesia digital e de face, movimentos involuntários, tremores tipo Parkinson, e musculatura orbicular da boca, náusea, prisão de ventre, e efeito sequestro sanguíneo na circulação cerebral foram deixando de lado esta medicação como primeira opção e cada vez menos utilizada.
•
SANGRAMENTO UTERINO DISFUNCIONAL
Selecionaremos das opções constantes do protocolo o citrato de clomifeno, análogos GnRH e Danazol para comentários. Clomifeno: Atua como antiestrogênicos, distinguindo-se dos moduladores seletivos dos receptores estrogênicos (MSRE) por serem antagonistas puros em todos os tecidos estudados e, com atividade
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agonista inversa em algumas circunstâncias. São indicados na infertilidade anovulatória. Tem custo baixo, administração VO e requer menor monitoração que outros protocolos. Visão embaçada, fogachos. Análogos
GnRH: Utilizados
para reduzir
os
efeitos
dos
estrógenos endógenos por bloqueio de síntese. Inibem com eficácia a síntese de testosterona pela inibição de LH. Sem dados sobre o SNC. Danazol: androgênio com virilização como um dos efeitos potenciais e em crianças o fechamento prematuro das epífises não permitem o uso crônico. Transtornos psicológicos e agressividade foram relatados com seu uso.
•
TRATAMENTO DE INFECÇÃO URINÁRIA NÃO COMPLICADA
Trimetropina+sulfametoxazol: efeitos adversos já comentados – Uso criterioso ou impeditivo na amamentação. Ofloxacina: Baixa excreção no leite. Desloca a bilirrubina da albumina em RN, aumentando o risco de icterícia e pode afetar o desenvolvimento da cartilagem de crescimento (Amamentação e drogas Min. da Saúde-2000). Para o lado do sistema nervoso (0,9-11%): cefaleia, tontura, raramente delírios, alucinações e convulsões (evitar associação com teofilina e anti-inflamatórios não-esteróides). Ressalvas que valem para as quinolonas em senso genérico.
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34. DROGAS E AMAMENTAÇÃO Enfatizamos no decorrer dos capítulos algumas drogas de uso protocolar de condutas pela ressalva que mereciam no aspecto de aleitamento materno, que foram presentemente atualizadas. Dados extensos foram abordados em "Amamentação e uso de drogas" do Ministério da Saúde, com apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria e Federação Brasileira das Sociedades de ginecologia e Obstetrícia em 2000 para onde remetemos o leitor, inicialmente, pelo abalizamento que ali foi realizado para um sem numero de drogas, carecendo, no entanto, da necessária atualização que se processou a seguir, porquanto muitos conceitos de drogas existentes até o ano 2000 e ali elencadas receberam trabalhos de pesquisas para o tripé: nutriz, lactente e, drogas. Novas orientações surgiram desde então, fruto destas pesquisas, assim como o aparecimento de novas drogas, numa dinâmica muito rápida de pesquisa neste campo que deve ser constantemente atualizado. O capítulo doze de Amamentação e uso de drogas, pela tradução efetuada do Serviço de Informações sobre drogas da Universidade da Califórnia traz 4 critérios e forma um corpo objetivo que acrescentado aos 3 critérios do protocolo do Min. da Saúde, a saber: Uso compatível, Uso "criterioso" e Uso contraindicado, complementa-o, valendo ressaltar que no Uso "criterioso" o que conta é a relação Risco/ benefício e não, Custo/ benefício.
•
CONTRAINDICADOS: NÃO DEVEM SER UTILIZADAS
NA LACTAÇÃO. Caso sejam indispensáveis para a saúde materna deve-se SUSPENDER A AMAMENTAÇÃO de forma temporária ou definitiva. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Agentes antineoplásicos e imunossupressoras (azotioprina, Ciclosporina,
Asparaginase,
Bleomicina,
Ciclofosfamida,
Cisplatina,
Citarabina, Clorambucila, Dacarbazina, Dactinomicina, Doxorubicina, Etopósido,
Fluoracila,
Isofosfamida,
Lomustina,
Mercaptopurina,
Metotrexato, Procarbazina, Vinblastina, Vincristina. Amantadina Amiodarona (eliminação lenta e risco de liberação de grande quantidade de iodo) Anti-lipêmicos (excluindo resinas) Aspirina (doses altas) Bromuro Cocaína Cloranfenicol (monitorar RN para hemólise e icterícia; risco de depressão medular) Cloroquina (toxicidade cardiovascular e neurológica, discrasias sanguíneas, lesões oculares; não é recomendada para mães epilépticas ou com miastenia gravis)
contra indicada para nutrizes e bebes com
menos de 2 meses. Se necessário utilizar monitorar enfaticamente. Clorpropramida:
Podem
ocasionar
icterícia
colestática,
agranulocitose, hiponatremia, hipoglicemia e coma. São contraindicados na gravidez e lactação. Clozapina Fenilpropanolamina: proibido nos EEUU. Contraindicação formal. Iodo de uso tópico Idandionas (anticoagulantes, como a fenidiona) Metamizol Metronidazol
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Mefloquina (alta toxicidade materno-fetal, ação longa); Preferir pirimetamina oral (0,5-1,0 mg/kg/dia) em bebês com toxoplasmose congênita associada a sulfadiazina oral (100 mg/kg/ dia) administrada por 1 ano.Não utilizar esta associação em gestantes. A artemisinina (lactona) e o artesunato (sal hemisuccinato hidrossolúvel da dididroartemisinina) são mais rápidos, eficazes e seguros comparativamente. Primaquina: meia vida curta (6 horas), rápida metabolização. Poupa bastante o fígado. É bastante inócua em doses habituais. Risco de metemoglobinemia. Deve ser testada a deficiência de G6PD antes de receber a droga. Radiofármacos Sais de ouro Drogas
Citotóxicas:
Todas
com
contraindicação
na
amamentação. POTENCIALMENTE PERIGOSOS: Apesar de não serem
•
absolutamente contraindicados, estes agentes devem ser utilizados com precaução e evitados se possível, particularmente em mães de recémnascidos. Acebutolol Álcool
(vide
capítulo
sobre
alcoolismo
atualizado,
neste
protocolo) Antibacterianos quinolonas (vide atualização, neste protocolo) Anticoncepcionais com estrogênio Anti-histamínicos/descongestionantes: Azelastina,
Cetirizina,
Cetotifeno,
Astemizol,
Ciproheptadina,
Azatadina, Clemastina,
Clorfeniramina, Dextroclorfeniramina, Doxilamina, Epinastina, Hidroxizina, Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Mequitazina – Preferir como primeira escolha: Loratadina / Difenidramina, Terfenadine, Prometazina. compatível com amamentação em uso breve. Atelenol (monitore o RN) Atovaquonas (antimalárico, Pneumocistose, corioretinite por Toxoplasma):
até
agora
não
foram
efeitos
tóxicos
na
mãe,
carcinogenicidade, mutagenicidade e teratogenicidade. Monitorar enzimas hepáticas. Azul de metileno: Evitar em prematuros e menores de 1 mês. Monitorar para hemólise e icterícia em vigência de deficiência de G6PD. Benzodiazepínicos (vide atualização neste protocolo) Citalopran Clindamicina (Risco de diarréia e colite pseudomembranosa) Clonidina Clortalidona Caridoprodol Diuréticos tiazídicos de ação prolongada ou altas doses Doxepin Ergotamina Etossuximida Fenobarbital (vide capítulo) Fluoracina Fluoxetina (preferir imipramina) Iodeto de potássio: Pode levar a acúmulo de iodo no leite materno e afetar a função tireoideana do RN. Lítio Meios de contrastes iodados (suspender a amamentação temporariamente) Nadolol (monitore o RN) 444
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Narcóticos (vide capítulo atualizado) Neostigmine (evite uso combinado com atropina) Nicotina (vide capítulo atualizado) Nitrofurantoína Pirimetamina (ação antifolato reversível prontamente com ac. Folínico; droga atualmente considerada de 2a. escolha como antimalárico). Não utilizar em associação com sulfadiazina em gestantes e na amamentação. Piroxican (compatível com amamentação no protocolo do Min.Saúde) Quinina: antimalárico relacionado ao cinchonismo, hipoglicemia e hipotensão (tríade clássica). Riscos oftalmológicos graves. Em altas doses causam malformações fetais comprovadas. Nefrotoxicidade. Passa no leite. Reserpina (pode causar congestão nasal no RN) Sotalol (requer monitoramento do RN) Sulfonamidas
(aumentam
risco
de
Kernicterus;
exige
monitoramento do RN, em particular prematuros, no 1o. mês de vida, nos RN com hiperbilirrubinemia, nos RN com deficiência de Glicose 6-fosfato). Evitar sulfadoxina, sulfametoxazol, sulfametoxipiridazina, sulfalazina. Tiabendazol: Risco potencial e estudos inconclusivos até o momento, quanto amamentação. Efeitos colaterais frequentes no SNC e hepatotoxicidade. Venlafaxina
•
PROVAVELMENTE SEGUROS EM DOSES HABITUAIS:
Não existe informação suficiente para assegurar absolutamente que este fármaco não tem efeitos adversos para o lactente amamentando. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Albendazol Artemisinina (antimaláricos) Artesunato Acido clavulânico Anfotericina B Antimoniato de meglumina Antagonistas de receptores H2 Antibióticos Gentamicina,
aminoglicosídeos
Kanamicina,
Neomicina,
(amicacina, Netilmicina,
Estreptomicina, Tobramicina.
A
Espectinomicina tem uso criterioso, por dados insuficientes). Anticolinérgicos (vide capítulo especial) Anticonvulsivantes (exceto etossuximida e fenobarbital) vide capítulo atualizado. Antidepressivos tricíclicos – evitar doxepina / Preferir imipramina e nortriptilina Anti-histamínicos (preferir loratadina, vide acima) Anti-inflamatórios
não-esteróides
(AAS
baixas
doses,
ac.
Flufenâmico, cetoprofeno, diclofenato, dipirona, ibuprofeno, naproxeno, paracetamol, piroxican) Azatioprina (imunossupressão pós-transplante) Azitromicina Aztreonan Barbitúricos (exceto fenobarbital) Cicloserina Claritromicina Clortetraciclina (< 14 dias) Codeína Descongestionantes orais (vide acima) 446
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Diuréticos tiazídicos de ação curta Doxiciclina (< 14 dias) Drogas antituberculosas Ergonovinas (tratamento breve) Espirolactonas Fenotiazinas Glibenclamida e metformina: Não se liga a proteínas plasmáticas, tem meia vida curta de cerca de 2 horas. Não é hipoglicemiante mesmo em grandes doses. Passa ao leite materno e é compatível com a amamentação preferencialmente após 2 horas da tomada. . Haloperidol Hidroclortiazida (doses baixas) Levamisol Lincomicina Lorazepan (vide atualização em benzodiazepínicos) Mebendazol Metimazol (< 20 mg/ dia) Metoclopramida (< 14 dias) Minociclina (<14 dias) Nefazodona Niclosamida Nifedipina (excretada no leite em baixas concentrações) Novobiocina Oxazepan Oxitetraciclina (<14 dias) Oxamniquine: Baixos níveis no leite materno. Sem evidência de mutagenicidade ou carcinogenicidade. Pamoato de Pirvínio Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Paroxetina Pipazepato: sem dados para amamentação. Piperazina Praziquantel: considerado seguro em crianças > 4 anos. Baixos níveis no leite materno. Não existem evidências de ser mutagênico ou carcinogênico. Proguanil: antimalárico com grande margem de segurança entre os análogos da biguanida. Alternativa mais segura que a mefloquina. Eficaz e bem tolerado. É considerado seguro para a gestação e amamentação. Propiltiuracil Quinidina (altas quantidades no leite materno) Sertralina Sumatriptan (vide atualização) Tetraciclina (<14 dias) Trazodone Verapamil
•
SEGUROS EM DOSES HABITUAIS (Potencialmente
seguros): doses habituais possuem um RISCO MUITO PEQUENO, devendo-se, no entanto manter em mente o potencial para reações alérgicas ou idiossincrásicas. Em outras referencias mais atualizadas constantes na literatura salientamos a de Roberto Gomes Chaves et al; Ref: 47 apud Rev Paul Pediatr. 2007; 25(3): 276-88.
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As drogas seguras obedecem aos seguintes acordos: Tabela 1A – Fármacos seguros para uso durante a lactação Classes farmacológicas Fármacos Analgésicos e anti-inflamatórios não esteróides: Acetominofen, azaprazone, celecoxib, cetorolaco, diclofenaco, fenoprofeno, flurbiprofeno, ibuprofeno, piroxicam, rofecoxib Analgésicos opióides e antagonistas: Alfentanil, buprenorfina, butorfanol, fentanil, meperidina*, nalbufina, naltrexona, propoxifeno, Bupivacaína, halotano, lidocaína, propofol, ropivacaína. Corticosteróides: Beclometazona, budesonida, hidrocortisona, prednisolona, prednisona, metilprednisolona. Anti-histamínicos: dimenidrinato,
loratadina,
Cetirizina,
desloratadina,
fexofenadina,
hidroxizine,
difenidramina, levocabastina,
olopatadina, prometazina, triprolidina. Antitussígenos e mucolíticos: Dextrometorfano, guaifenesina. Descongestionantes nasais Fenilpropanolamina Broncodilatadores: Albuterol, brometo de ipratrópio, isoetarina, isoproterenol, levalbuterol, pirbuterol, salmeterol, terbutalina. Antiasmáticos: Cromoglicato sódico, nedocromil. Anti-hipertensivos Benazepril, captopril, enalapril, hidralazina, labetalol,
metildopa,
mepindolol,
minoxidil,
nicardipina,
nifedipina,
nimodipina, nitrendipina, propranolol,quinapril, timolol, verapamil Diuréticos: Acetazolamida, espironolactona, hidroclorotiazida. Hipolipemiantes: Colesevelan, colestiramina. Antiarrítmicos: Digoxina, disopiramida, mexiletine, quinidina, propafenona. Aminas vasoativas Adrenalina, dipivefrin, dobutamina, dopamina. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Antiácidos: Cimetidina, esomeprazol, famotidina, hidróxido de magnésio, nizaditina, omeprazol, pantoprazol, ranitidina, sucralfato. Antieméticos
e
gastrocinéticos:
Cisaprida,
dimenidrinato,
domperidona, metoclopramida, ondansetron. Antidiarréicos: Kaolim, loperamida, pectina. Laxante: Bisacodil, docusato, laxantes salinos e osmóticos. Tabela 1b – Fármacos seguros para uso durante a lactação Antiparasitários: Permetrina, praziquantel. Antibióticos: Amicacina, amoxicilina, ampicilina, clavulanato de potássio,
azitromicina,
claritromicina,
aztreonam,
clindamicina,
carbenicilina,
clotrimazol,
cefalosporinas*,
cloxacilina,
dicloxacilina,
eritromicina, ertapenem, etambutol, floxacilina, furazolidona, gentamicina, imipenem, kanamicina, lincomicina, loracarbef, metronidazol, minociclina, moxifloxacin, mupirocina, nafcilin, nitrofurantoína, ofloxacin, penicilina G, piperacilina, polimixina B,rifampicina, sulfisoxazol, ticarcilina, tetraciclina, trimetoprim, vancomicina Antivirais: Antifúngicos
Aciclovir,
Cetoconazol,
fanciclovir, clotrimazol,
lamivudina,
valaciclovir,
fluconazol,
griseofulvina,
itraconazol, miconazol, nistatina, terbinafina, tinidazol Antimaláricos: Hidroxicloroquina, mefloquine, quinina Antidiabéticos: Insulina, gliburida, metformin, miglitol Antitireoideanos: Propiltiouracil Anovulatórios:
Etonogestrel,
levonorgestrel,
medroxiprogesterona, noretinodrel, noretindrona. Hormônios: Levotiroxina, liotironina, desmopressina, tirotropina. Anticoagulantes: Dalteparina, heparina, warfarin. Hipnóticos e ansiolíticos: Nitrazepam**, zalepton, zopiclone. 450
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Neurolépticos: Haloperidol, quetiapina, sulpiride. Antidepressivos:
Amitriptilina,
amoxapine,
citalopram,
clomipramina, desipramina, dotiepin, fluoxetina, fluvoxamina, imipramina, mirtazapina, paroxetina, nortriptilina, sertralina, trazodone. Anticonvulsivantes: Ácido valpróico, carbamazepina, fenitoína, fosfenitoína, sulfato de magnésio. Antienxaqueca; Eletriptan. Relaxantes musculares: Baclofeno, mivacúrio. Uterotônicos: Metilergonovina**, oxitocina. Adoçantes: Aspartame. Tabela 2 – Fármacos moderadamente seguros para uso durante a lactação Classes farmacológicas Fármacos Analgésicos e anti-inflamatórios: AAS, diflunisal, etodolaco, indometacina,
meloxican,
mesalamina,
nabumetona,
naproxeno*,
olsalazina, oxaprozin, tolmetin. Codeína, hidromorfone, hidrocodone, meperidina**, metadona, morfina, naloxona, oxicodone, pentazocina, tramadol, Anestésicos e indutores Articaína, dibucaína, mepivacaína, metohexital, óxido nitroso, procaína,
remifentanil,
sevoflurano,
tiopental,
Antiespasmóticos
Escopolamina, flavoxate, hiosciamina, metescolpolamina, oxibutinina Corticosteróides: Betametasona, dexametasona, fludocortisona, flunisolida, fluticasona, mometasona, prednicarbato, triancinolona Anti-histamínicos; Azelastina, trimeprazine Antitussígenos; Benzonatato. Descongestionantes nasais: Fenilefrina, pseudoefedrina* Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Broncodilatadores: Difilina, formoterol, teofilina Anti-hipertensivos: Acebutolol, amlodipina, atenolol, betaxolol, bisoprolol,
candesartan,
carteolol,
carvedilol,
esmolol,
fosinopril,
guanfacine, isradipina, levobunolol, lisinopril, metoprolol, nisoldipina, olmesartam, ramipril, sotalol, telmisartan. Diuréticos: Ácido etacrínico, furosemida, indapamida, manitol, torsemide, triantereno. Vasodilatadores: Isossorbida Antilipêmico: Ezetimibe, fluvastina, pravastatina. Antiarrítmicos:
Digitoxina,
diltiazem,
encainide,
flecainide,
procainamida. Laxantes:
Senna,
cáscara
sagrada,
óleo
de
castor,
polietilenoglicol. Antidiarréicos: Difenoxilato, paregórico. Antiácidos: Lansoprazol, rabeprazol. Antieméticos:
Dolasetron,
granisetron,
meclizine,
Atorvastatina,
fenofibrato,
genfibrosil,
proclorperazina, tropisetron Hipolipemiantes: sinvastatina. Trombolíticos: Alteplase Anticoagulantes
e
antiagregantes:
Dipiridamol,
enoxaparin,
epoprostenol, lepirudin, tinzaparina. Antiparasitários; Albendazol, ivermectina, mebendazol, pamoato de pirantel, tiabendazol. Antibióticos: Cefditoren, dalfopristina, daptomicina, diritromicina, doxiciclina, enoxacin, fosfomicina, gatifloxacin, isoniazida, levofloxacin, linezolida, lomefloxacin, meropenem, oxacilina, netilmicina, norfloxacin, pirazinamida, podofilox, quinupristina, rifaximin, streptomicina, sulfadizina 452
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de
prata,
sulfametoxazol+trimetoprim,
sulfassalazina,
telitromicina,
tobramicina. Antivirais Interferon beta 1A e 1B, nevirapina, oseltamivir, penciclovir, valganciclovir, zanamivir, zidovudina. Antifúngicos: Anfotericina B, caspofungin, sulconazol, terconazol. *uso por períodos curtos; **uso no pós-parto imediato. Antimaláricos: Atovaquone, proguanil, primaquina. Antidiabéticos:
Acarbose,
acetohexamida,
exenatide,
pioglitazona, pramlintide, rosiglitazona, glipizida. Anovulatórios:
Etinilestradiol,
etonogestrel,
drosperinona,
metimazol,
Corticotropina,
levonorgestrel**** Antitireoideano:
Carbimazol,
estrogênio, estradiol, gonadorelin, gonadotrofina coriônica, ganirelix, goserelin
implante,
FSH,
melatonina,
menotropina,
mifepristona,
octreotide, progesterona, somatropina, triptolerin, vasopressina. Hipnóticos e ansiolíticos: Alprazolam, buspirona, butabarbital, butalbital, diazepam, droperidol, estazolam, eszopiclone, flunitrazepam, flurazepam, halazepam, hidrato de cloral, lorazepam, meprobamato, midazolam, oxazepam, pentobarbital, prazepam, secobarbital, temazepam, triazolam, zolpidem Neurolépticos Aripiprazol, flufenazina, perfenazina, risperidona, Antidepressivos
Amitriptilina,
bupropiona,
duloxetina,
fluoxetina***, maprotilina, mirtazapina, moclobenida, Antiepiléticos: levertiracetam,
Fenobarbital,
oxcarbazepina,
gabapentina,
primidona,
tiagabina,
lamotrigina, topiramato,
vigabatrina, zolmitriptam. Antienxaquecosos:
Almotriptam,
frovatriptam,
isometepteno,
naratriptam, rizatriptam, sumatriptam. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Relaxantes
musculares:
Carisoprodol,
metaxalona,
metocarbamol, orfenadrina, toxina botulínica. Uterotônicos: Carboprost trometamina, ergonovina. Imunoglobulinas: Adalimumab, alemtuzumab. Antipsoriático: Antralina, tazaroteno. Imunossupressores: Azatioprina, mercaptopurina, metotrexate* Contrastes
e
radioisótopos:
Gadodiamina,
gadoteridol,
gadoversetamina, índio 111, iopamidol, ioversol 160-350, Vitaminas e análogos: Vitamina A, ácido nicotínico (B3), calcipotriene, calcitriol, doxercalciferol, tretinoína. Ervas e fitoterápicos: Alho, calêndula, camomila germânica, equinácea,
fenogreco,
ginko
biloba,
ginseng,
milk
thistle,(silybum
marianum), óleo de mameluca, óleo de prímula da noite, valeriane officinalis,Vacinas Antrax, cólera, febre amarela, hemófilus influenza B, raiva, toxóide diftérico, toxóide tetânico Outros: Ácido azelaico, adapalene, alendronato, alosetron, amantadina, anakinra, arginina, atropina, balsalazide, benzotropina, bismuto, brimonidina, calcitonina, capsaicin, carbidopa, condroitina, darifenacin,
deferoxamina,
dimetilsulfoxide,
dinoprostone,
donepezil,
epoetin alfa, etanercept, etanol, etidronato, fenazopiridina, fludeoxiglicose, fluocinolona+hidroquinona+tretinoína,fluoresceína, glicopirrolato,
glucosamina,
hidroquinona,
histamina,
glatiramer, latanoprost,
metacolina, metilbenzamida*****, metilfenidato, midodrine, misoprostol, montelukast, natalizumab, pilocarpina, risedronato, ritodrina, sacarina, sildenafil, sincalide, succimer, tacrolimus, tálio-201, tegaserod, tolteronid, ursodiol, violeta genciana, xenon-133, zafirlukast *uso por períodos curtos; **uso durante período neonatal; ***uso regular ou contracepção de emergência; ****uso como repelente 454
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Tabela 3 – Fármacos potencialmente perigosos durante a lactação. Classes farmacológicas Fármacos Analgésicos e antiinflamatórios não esteróides: Colchicina, naproxeno* Anti-histamínicos: Clemastina, doxilamina, tripelenamina. Mucolíticos: Iodeto de potássio Descongestionantes nasais: Efedrina, pseudoefedrina**. Anti-hipertensivos: Bepridil, doxazosin, flunarizina, fosinopril*, nadolol, prazosin, quinapril*, reserpina, telmisartan*, terazosin, valsartan. Vasodilatadores: Nitroglicerina, nitroprussiato, nitritos e nitratos. Diuréticos: Bendroflumetiazida Antianginosos: Nitratos, nitritos e nitroglicerina. Antiarrítmicos: Tocainide Anticoagulantes
e antiagregantes plaquetários: Argatroban,
ticlopidina. Antieméticos e antivertiginosos: Trimetobenzamida. Escabicida e pediculicida: Lindano. Antimaláricos: Pirimetamina, quinacrina. Antibióticos;
Ácido
nalidíxico,
cloranfenicol,
dapsona,
grepafloxacin, trovafloxacin. Antivirais Foscarnet, ribavirina, Imunossupressores Cisplatina, leflunomide, icofenolato, sirulimus. Antidiabéticos: Glimepirida, repaglinida. Antiprolactinogênicos: Cabergoline. Anorexígenos: Dexfenfluramina, dextroanfetamina, fentermina, sibutramina. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Uterotônicos: Metilergonovina**. Relaxantes musculares: Dantrolene, tizanidina. Compostos radioativos: Cobre 64, gálio 67, índio 111, iodo 123 e 125, iodo 131, tecnécio 99. Neurolepticos: Loxapine, mesoridazina, pimozide, ziprasidona. Antidepressivos: Lítio, nefazodone, tioridazida, tiotixeno. Antiparkinsonianos: Levodopa, pramipexazol, ropirinol. Antiepiléticos: Etossuximida, felbamato. Antimigrânea: Ergotamina. Antivertiginosos: Flunarizina Vitaminas Piridoxina*** Ervas: Cohosh preto, funcho (Foeniculum vulgare), sálvia (salvia officinalis) Vacina: Varicela Outros Atomoxetine, betanecol, diclomina, dorzolamida, doxepin creme, éter, formaldeído, hexaclorofeno, iodo-povidine, leflunomide, letrozol,
modafinil,
penicilamina,
solifenacin,
pimecrolinus****,
metilergonovina**, trastrumuzab*uso no período neonatal; **uso crônico; ***uso em altas doses; ****uso no mamilo. Contraste e radioisótopos; Bário, C-racloripe, gadopentetato, ioxenol, metrizamida, metrizoato. Antineoplásicos: Hidroxiuréia. Vitaminas: Vitaminas C, D, E, K, piridoxina. Sais minerais Sais ferrosos, sais de zinco, flúor. Ervas Erva de São João (Hypercurium perforatum) Vacinas Doença de Lyme, DPT, febre tifóide, hepatite A, hepatite B, influenza, meningocócica C conjugada, MMR, pólio oral, rubéola, varicela. 456
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Imunoglobulinas: Hepatite B, RHO. Outros Alopurinol, cafeína, carbamida, clorexedine, dornase, fator de coagulação VIIa, filgastrin, hilan G-F 20, infliximab, interferon alfa N3, injeções para alergia, lisina, nicotina adesivo/ goma/spray, pamidronato, pentosan, pentoxifilina, pimecrolimus, piridostigmina, teste tuberculínico (PPD).*exceto cefditoren; **períodos curtos; ***após um mês de vida, *uso no pós-parto imediato Estudo de revisão sobre efeitos adversos em lactentes de medicamentosutilizados pelas mães mostrou risco mais elevado de reações nos menores de dois meses (78%). Apenas 4% das reações ocorreram em lactentes maiores de seis meses, período de maior maturidade metabólica hepática e de menor ingesta láctea devido à alimentação complementar. Porém, Hale, classifica o risco de efeitos adversos para o lactente segundo a idade como: baixo risco (seis a 18 meses), risco moderado (dois a seis meses) e alto risco (prematuros, recém-nascidos, lactentes clinicamente instáveis ou com função renal debilitada). Tabela 4 – Fármacos contra-indicados para uso durante a lactação Classes farmacológicas Fármacos Analgésicos e antiinflamatórios: Antipirina. Antiarrítmico: Amiodarona. Anorexígenos: Dietilpropiona. Hormônios e antagonistas hormonais: Danazol, dietilestilbestrol, leuprolide, tamoxifeno. Metais pesados: Chumbo, mercúrio. Compostos radioativos: Estrôncio-89. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Hipnóticos: Brometos. Antiparkinsonianos: Bromocriptina. Antidepressivos: Doxepin. Antiepiléptico: Zonisamida. Antineoplásicos:
Busulvan,
ciclofosfamida,
citarabina,
clorambucil, doxorubicina, fluoruracil, metotrexate*, mitoxantrone, paclitaxel. Antipsoriático; Etretinato. Antiartrítico: Sais de ouro. Drogas de abuso: Ácido gama hidroxibutírico, maconha, cocaína, fenciclidina, heroína, LSD.Ervas Borage, chá de kombucha, cohosh azul, confrei, kava-kava Outros Dissulfiram, isotretinoína. *uso crônico Se houver transferência destes fármacos para o plasma. Ordenhar e descartar o leite não acelera de forma efetiva a eliminação da maioria dos fármacos excretados pelo leite. Desta forma, o conhecimento farmacológico pode auxiliar o profissional no momento da prescrição, devendo-se optar por fármacos com baixa transferência do plasma para o leite (Tabela 5) Métodos de determinação da taxa de transferência do fármaco para o leite materno A exposição do lactente ao fármaco pode ser estimada quantitativamente por meio de algumas medidas. As mais utilizadas são a razão leite-plasma e a dose relativa no lactente. Essas medidas tornam-se mais importantes quando as mulheres fazem uso de fármacos por longos períodos ou quando o fármaco em questão apresenta risco de dano à 458
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saúde da criança, mesmo após única exposição. A razão leite-plasma foi muito usada para estimar a quantidade do fármaco transferido para o leite. Ela consiste na razão entre concentrações do fármaco no plasma e no leite em estado de equilíbrio. Fármacos que podem alterar o volume de leite materno Efeito sobre o volume de leite Fármacos Aumento: clorpromazina,
Domperidona,
hormônio
de
metoclopramida,
crescimento,
hormônio
sulpiride, secretor
de
tireotropina, fenogreco. Redução: Estrógenos, bromocriptina, cabergolide, ergotamina, ergometrina,
lisurida,
levodopa,
pseudoefedrina,
álcool,
nicotina,
brupropiona, diuréticos, testosterona (Fonte: Lamounier et al, 2007).
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35.
ATIVIDADE
FÍSICA
NA
PREVENÇÃO
E
TRATAMENTO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES NA PÓS-MENOPAUSA GIUSEPPE S. DIOGUARDI, NABIL GHORAYEB, DANIEL Z. DAHER. O período da pós-menopausa e as doenças cardiovasculares (DCV) A menopausa é uma complexa situação biológica, natural ou não, na qual ocorre, como um dos fenômenos centrais, a redução dos hormônios sexuais, com consequente diminuição de efeitos benéficos destes hormônios na estrutura e função da parede vascular e também no metabolismo, principalmente dos lipídios e carboidratos. Em relação as DCV, a pós-menopausa caracteriza-se por um incremento progressivo de sua incidência e mortalidade, tornando-se a principal causa de morte das mulheres neste período da vida. Diversos estudos observaram características peculiares das DCV em mulheres, tanto em relação aos homens, como em relação a outras doenças e também a suas relações com a menopausa. O Estudo de Framingham, um dos mais importantes, investigou a incidência, prevalência, prognóstico e fatores de risco de DCV por mais de cinco décadas tanto em homens como em mulheres e em relação ao câncer, por exemplo, constatou que o risco de doença isquêmica do coração em mulheres é três vezes maior (24-32%) que o risco de câncer de mama (7-12,5%). Em relação aos homens observou-se um retardo de 10-20 anos para as manifestações das DCV nas mulheres, que vivem mais tempo e tem menor número de Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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eventos ateroscleróticos nas faixas etárias mais jovens, mas ao atingirem idades mais avançadas a incidência e mortalidade das DCV tende a igualar-se à dos homens. Esta diferença, que ocorrem principalmente em idades abaixo de 60 anos, acredita-se, possam ser devidas em parte ao efeito protetor cardiovascular dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários na idade fértil, enquanto o aumento da incidência das DCV em idades avançadas poderia ser devido, também pelo menos em parte, exatamente à perda desta proteção na pós-menopausa. Neste período alem da idade mais avançada (o principal fator de risco CV) há piora dos outros fatores de risco (FR) para DCV entre os quais podemos citar a intolerância à glicose, diabetes do tipo 2, hipertensão arterial, obesidade abdominal e perfil lipídico, com algumas características de intensidade e variabilidade desses FR diferente dos homens. Por exemplo, a hipertrigliceridemia pode atingir uma importância muito maior nas mulheres (4,5,6). As diferenças em relação ao sexo manifestam-se também clinicamente. No infarto agudo do miocárdio (IAM) a evolução na mulher, especialmente após os 60 anos, caracteriza-se por complicações mais severas e maior letalidade. Um dos FR que emerge no IAM em mulheres com idade inferior a 60 anos, além dos habituais, é a menopausa precoce. Efeitos benéficos dos estrógenos no sistema CV Os principais efeitos benéficos dos estrógenos sobre o sistema CV são: • Melhora do perfil lipídico • Potenciação do fator relaxante derivado do endotélio (óxido nítrico) promovendo vasodilatação • Efeito antioxidante no LDL-colesterol • Aumento da biossíntese da prostaciclina
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• Redução do fibrinogênio sanguíneo As DCV são atualmente um dos maiores problemas de saúde das mulheres na pós-menopausa. Medidas preventivas e curativas, em todas as faixas etárias, mas principalmente na Peri e pós-menopausa, são de extrema importância. Neste sentido, há muito tempo o uso de hormônios ovarianos tem sido indicado, mas os resultados têm gerado grandes controvérsias. Apesar destes efeitos protetores não há evidências de que a menopausa, ou seja, a redução acentuada destes hormônios seja FR independente para DCV. Alguns estudos sugerem que sim enquanto outros sugerem que não. Há maior consenso em
relação à menopausa precoce e
principalmente cirúrgica em plena idade fértil. Nestas condições não è de se estranhar que o papel dos estrógenos em modificar a ocorrência e evolução das DCV na pósmenopausa seja controverso. Apesar de alguns estudos mostrarem benefícios CV pela TRH, principalmente na melhora do perfil lipídico, estudos recentes, tanto em prevenção primaria como secundaria, mostram efeitos prejudiciais no sistema cardio-circulatório, com aumento da incidência e mortalidade de doença isquêmica do coração, doença cerebrovascular, trombose e embolia pulmonar. A atividade física por seu lado tem importante papel protetor contra as DCV (15-20), seja como fator independente, seja pelo efeito benéfico sobre outros fatores de risco CV. Muitos dos benefícios CV dos hormônios sexuais femininos podem ser conseguidos pela atividade física. Benefícios da atividade física na prevenção primária e secundária das DCV. A atividade física regular pode reduzir a morbidade e mortalidade por DCV. Dois mecanismos independentes atuam neste sentido. O primeiro é a própria melhora da condição cardio-respiratória que Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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reduz o risco para DCV de forma independente das modificações metabólicas, sendo um dos mecanismos a ação vasodilatadora direta pela liberação do óxido nítrico. O segundo, pelas modificações benéficas no metabolismo dos lípides e carboidratos, além da melhora da composição corporal, redução da obesidade, do estresse, do nível de catecolaminas e também do efeito benéfico na pressão arterial. Ambos mecanismos são resultados de exercícios dinâmicos, de grandes grupos musculares, de longa duração, pelo menos três vezes por semana, e proporcionais à intensidade. Entretanto, resultados positivos já podem ser observados com exercícios de baixa intensidade, mas com duração de pelo menos uma hora, diariamente, quando è alcançado o condicionamento metabólico. 35.1. CONDICIONAMENTO METABÓLICO O
condicionamento
metabólico
baseia-se
nos
mesmos
mecanismos do condicionamento físico, estando de fato a ele ligado. Por meio de grande quantidade de receptores e mecanismos de regulação, a vida é protegida por autovigilância contínua e automática. Quando um ponto fraco é descoberto em qualquer um dos tecidos, imediatamente são tomadas providências para o fortalecimento da posição colocada em perigo. A solicitação intensa da resistência muscular conduz, à reabsorção das reservas de glicogênio. Na fase de recuperação, o organismo não reage simplesmente com o restabelecimento do depósito aos seus antigos níveis, mas supercompensa, isto é, aumenta o efetivo do depósito. Evidentemente, trata-se de mecanismo de proteção para evitar nova depleção dos depósitos, no caso de repetição de grande solicitação muscular. A condição prévia para que tal aconteça é a ultrapassagem do limiar crítico de estímulo. Nessa forma de reação do organismo baseia-se
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todo o treinamento físico e os benefícios do condicionamento metabólico, no qual ha ativação dos caminhos metabólicos benéficos ao organismo. 35.2. ATIVIDADE FÍSICA Atividade física é o termo genérico de qualquer movimento muscular com gasto de energia gerando um trabalho. Exercícios físicos são atividades realizadas com repetições sistemáticas de movimentos orientados, com consequente aumento no consumo de O2 devido à solicitação muscular. Tanto atividade física não estruturada como a estruturada em exercícios físicos tem efeito protetor CV. Os exercícios físicos podem ser classificados de várias maneiras, dependendo das características da atividade física. Por exemplo, podem ser classificados quanto ao tipo de contração muscular se isométrica ou isotônica, quanto ao metabolismo, se aeróbio ou anaeróbio ou quanto à intensidade. Uma das classificações mais utilizadas é a de Mc Ardle que contempla a relação entre a intensidade da atividade física e o metabolismo. A intensidade é o rendimento da potência. É medida pelo consumo de O2 do organismo durante o exercício. Como existe relação linear entre o consumo de O2 e a frequência cardíaca para a maioria dos exercícios, a intensidade também pode ser medida por este método, ou seja, estimando-se o consumo de O2 pela frequência cardíaca. A intensidade é enunciada como percentual da capacidade máxima de consumo de O2 ou da frequência cardíaca máxima da pessoa. A classificação das atividades físicas quanto à intensidade costuma ser a seguinte: leve, até 70% da FCmáx, moderada, 70% - 85% e atividades vigorosas, acima de 85%. Metabolismo no exercício Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Metabolismo Muscular Para uma maior compreensão do metabolismo geral no exercício são importantes as noções do metabolismo muscular. A principal tarefa da musculatura é a contração e o consequente desenvolvimento da força. A contração muscular e também o relaxamento necessitam de energia, cuja fonte são os substratos orgânicos. O músculo deve transformar a energia química proveniente desses substratos em energia mecânica. A energia química é armazenada no músculo sob forma de derivados orgânicos de fósforo, na forma de ATP (adenosina trifosfato) ou CP (creatinofosfato). O processo de contração tem início com a chegada do estímulo do neurônio motor na da placa motora, liberação de acetilcolina, entrada de íons sódio dentro da fibra com consequente despolarização, saída de íons potássio, liberação de íons cálcio que ativam a miosina-ATP-ase que, na presença de íons magnésio decompõe o ATP fornecendo energia para o acoplamento actina-miosina, resultando a contração da fibra. Se o processo de contração continuar, o complexo actomiosínico ativa a decomposição de mais ATP. A contração muscular se caracteriza em qualidade, que é determinada pelo tipo de trabalho do músculo, se estático ou dinâmico, e em intensidade pela força, duração e repetições por unidade de tempo. A capacidade do músculo em executar trabalho depende do seu nível de condicionamento, fornecimento de oxigênio e de nutrientes. A modalidade de trabalho muscular desenvolvido determina o tipo de metabolismo. O trabalho muscular do tipo dinâmico tem metabolismo basicamente aeróbio, enquanto
que
o estático
tem
metabolismo
preponderantemente anaeróbio. A utilização de substratos é regulada pelo AMP cíclico. Esses conceitos são muito importantes para o entendimento
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das modificações lipídicas que ocorrem no exercício, pois a oxidação de lípides é exclusivamente aeróbica. No início de qualquer exercício e durante exercício intenso, o glicogênio muscular armazenado e a glicose sanguínea são as principais fontes de energia. No exercício prolongado e de intensidade inferior à máxima, os lípides fornecem 50% das necessidades energéticas, podendo esta porcentagem aumentar se houver necessidade. Os ácidos graxos são a principal fonte energética de origem lipídica. Os outros lípides, com exceção das vitaminas lipossolúveis, pouco ou nada contribuem para o metabolismo energético durante atividades físicas. Os ácidos graxos estão armazenados, na forma de triglicérides, principalmente no tecido adiposo, mas, também são encontrados, entre outros órgãos, no fígado, no coração, nos músculos esqueléticos e também nas lipoproteínas plasmáticas. A quantidade de ácidos graxos oxidados no exercício depende do tipo de solicitação ou trabalho muscular, da duração do esforço, da intensidade, da massa muscular envolvida, da composição corporal, da circulação sanguínea e da quantidade celular de mono-fosfato de adenosina (AMP). 35.3. METABOLISMO HORMONAL NO EXERCÍCIO Durante o exercício são liberados hormônios (adrenalina, noradrenalina, dopamina, serotonina, cortisol, hormônios hipofisários, tiroxina, paratormônio, insulina e glucagon, entre os mais importantes) que se constituem no primeiro mensageiro. O primeiro mensageiro estimula ou inibe a formação de AMP celular por meio das enzimas adenilciclase (estimulante) ou fosfodiesterase (inibidora). O AMP é o segundo mensageiro e responsável pelas reações bioquímicas. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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35.4. METABOLISMO LIPÍDICO NO EXERCÍCIO No tecido adiposo, o AMP cíclico ativa, por meio de uma proteínaquinase, lipases intracelulares que desdobram os triglicérides em glicerol e ácidos graxos livres. O glicerol é usado pela própria célula para formar glicose e parte dos ácidos graxos são usados para novamente formar triglicérides a partir do alfa-glicerofosfato proveniente da glicose. Os ácidos graxos que deixam as células adiposas se ligam à albumina plasmática em âmbito extracelular e são absorvidos pelos diversos órgãos, sendo oxidados ou utilizados para síntese de outros lípides. Os triglicérides plasmáticos carregados pelas VLDL, também liberam ácidos graxos durante o exercício físico. O processo ocorre no sangue, por ação da LLP e nos tecidos por ação de lipases celulares. O fígado absorve um terço desses ácidos graxos, sendo uma parte oxidada, outra parte metabolizada até corpos cetônicos e uma terceira parte utilizada na síntese de lipoproteínas. O tecido muscular absorve e oxida a maior parte dos ácidos graxos liberados durante o exercício. A quantidade absorvida e oxidada depende, além dos fatores relacionados ao exercício, também da taxa de oxidação dos ácidos graxos que já estavam armazenados nos músculos. O coração também absorve ácidos graxos para aumentar sua capacidade metabólica e, dependendo da duração do exercício, podem ser utilizados como fonte primária de energia. Nos exercícios, principalmente os de "endurance", há acentuada melhora de fatores que governam o fluxo e a capacidade oxidativa dos músculos esqueléticos. Estes fatores são: • Fluxo sanguíneo para os músculos e a capilarização;
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• Lipólise dos triglicérides no tecido adiposo e circulante e transporte dos ácidos graxos do sangue ao sarcoplasma; • Disponibilidade
e
taxa
de
hidrólise
dos
triglicérides
intramusculares; • Transporte dos ácidos graxos através da membrana da mitocôndria; • Ativação das enzimas da cadeia oxidativa • Adaptações hormonais, isto é, sensibilidade a catecolaminas e insulina . No organismo, em relação ao repouso, a taxa de oxidação dos ácidos graxos liberados do tecido adiposo e utilizados pelos músculos, fígado e outros órgãos, aumenta de 50 a 75% nos esforços de intensidade moderada e de até 85% nos esforços de grande intensidade. 35.5. EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE O PERFIL LIPÍDICO Na pós-menopausa há piora de um dos principais FR para DCV, os lípides, com aumento dos triglicérides, do colesterol total e LDLColesterol e redução dos níveis de HDL-C.
Sabe-se que este perfil é
melhorado por TRH, por medicamentos e por atividade física. Vários estudos foram efetuados avaliando a relação entre lípides, lipoproteínas e exercícios físicos Tanto a implementação de exercícios de alta como de baixa intensidade, realizados em faixas de 85 a 90% e em torno de 50 a 70% do consumo máximo de oxigênio (VO2 máx), respectivamente, podem induzir modificações favoráveis e consistentes sobre o perfil lipídico. Martin verificou que os níveis de HDL-C estavam elevados em atletas de "endurance". Thompson observou que os níveis de Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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HDL-C podem ser aumentados em pessoas previamente sedentárias que participam de treinamento aeróbico vigoroso. Outros autores como Cook, Desprès, King e Huttunen observaram alterações lipídicas favoráveis também com atividade física leve e moderada, praticada regularmente. É interessante saber que alterações favoráveis já podem ser observadas após uma única sessão de exercício. Na Seção de Cardiologia do Exercício e Esporte do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia também observa perfil lipídico favorável em mulheres atletas na pos-menopausa que apresentam HDL-C em níveis protetores, mesmo sem terapia de reposição hormonal. Em geral, os exercícios de alta intensidade reduzem os níveis plasmáticos de triglicérides e aumentam as lipoproteínas de alta densidade, representadas pelo HDL-C. Vários estudos revelam que os níveis séricos de colesterol total não são modificados por programas de exercício físico. Entretanto, o fracionamento das lipoproteínas mostra que, em geral, a atividade física regular leva a aumento do HDL-C e redução do LDL-C, efeitos contrários que podem se anular quando somente o colesterol total é determinado. As lipoproteínas de baixa densidade, representadas pelo LDL-C, evidenciam pouca ou nenhuma redução com o exercício. Entretanto, a avaliação absoluta dos níveis de LDL-colesterol (LDL-C) geralmente subestima o efeito cardioprotetor da atividade física, que pode induzir a alterações na composição química da LDL, por aumento de colesterol livre, ésteres de colesterol, fosfolipídio e aumento da relação lípide/proteína nessas partículas. Williams e cols, estudando os efeitos do exercício na perda de peso em homens moderadamente obesos, demonstraram redução plasmática de LDL pequenas e densas após sete meses de exercício, sem, entretanto alterar os níveis plasmáticos de LDL-C. Níveis aumentados de partículas de LDL pequenas 470
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e densas estão associados a risco aumentado de doença arterial coronária. Assim, mesmo que os valores de LDL-C não se alterem com o exercício, há efeito benéfico na redução do risco de doença arterial coronária. Beard e cols, estudando 80 indivíduos submetidos à dieta hipogordurosa intensa e sob programa de exercício físico, demonstraram "in vitro", redução significativa do potencial oxidativo das partículas de LDL, associada a aumento de seu diâmetro, e evidenciando tendência a mudança do fenótipo de LDL do tipo B em que há predomínio de LDL pequenas e densas, mais aterogênicas, para o fenótipo tipo A, em que há predominância de LDL grandes e menos densas, menos aterogênicas. Essas modificações estiveram correlacionadas à diminuição sérica das triglicérides. Outro fato importante em relação à melhora do perfil lipídico constitui o padrão inicial. Quanto pior o perfil lipoprotéico do indíviduo, maior será a probabilidade de melhora com o exercício. Indivíduos que apresentam inicialmente níveis baixos de triglicérides e elevados de HDLC não apresentam alterações expressivas com o exercício físico. Verifica-se que exercícios de baixa intensidade também podem atuar na redução do peso corporal, nos níveis plasmáticos de insulina em jejum e nos de HDL-C, elevando principalmente a fração HDL2. Os efeitos favoráveis do exercício físico sobre o perfil lipoprotéico são bem evidenciados em pacientes dislipêmicos (em geral hipertrigliceridêmicos puros, ou com hipercolesterolemia associada, e HDL-C baixo). Quando estes, sentindo sensação de bem-estar, geralmente conseguida com a realização de exercícios regulares, abandonam o rigor das orientações alimentares iniciais, observa-se piora dos níveis lípidicos, apesar da manutenção da atividade física. Assim, nos casos onde a dieta é continuada, o exercício atua como bom coadjuvante. Em relação aos Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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níveis da lipoproteína (a) - Lp (a), os dados de literatura são controversos, com alguns estudos demonstrando redução dos seus níveis com exercícios de resistência, enquanto outros não evidenciaram modificações. 35.6. MECANISMOS DE AÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE O METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS Os mecanismos responsáveis pela melhora do perfil lipoprotéico, decorrente da atividade física, são: aumento da atividade da lipase lipoprotéica
(LLP),
da
lecitina-colesterol-aciltransferase
(LCAT)
e
diminuição da atividade da lipase hepática (L). Além disso, a atividade física aumenta a sensibilidade à insulina com consequente redução da insulinemia, o que pode desempenhar papel importante sobre as lipoproteínas, principalmente nos indivíduos com obesidade do tipo abdominal, que apresentam intolerância à glicose, hiperinsulinemia e alterações das lipoproteínas plasmáticas, tais como o aumento das triglicérides, presença de LDL pequenas e densas e redução dos níveis de HDL-C. A melhora da sensibilidade à insulina encontrada nos indivíduos submetidos à atividade física regular aumenta o efeito antilipolítico da insulina no tecido adiposo, com consequente redução do transporte de ácidos graxos livres para o fígado pelo sistema portal. Há, assim, diminuição do suprimento de matéria prima para produção hepática de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) e apoproteína B, resultando em redução dos níveis plasmáticos de triglicérides. O aumento da atividade da LLP nos capilares dos músculos e tecido adiposo aumenta o catabolismo das partículas ricas em triglicérides (VLDL e Quilomícrons), também
contribuindo
para diminuição dos
níveis
plasmáticos
de
triglicérides. A redução dos triglicérides nos indivíduos que praticam 472
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atividade física favorece a menor formação de partículas de LDL pequenas e densas. As HDL são sintetizadas pelo fígado, pelo intestino, ou a partir da liberação de componentes de superfície das lipoproteínas ricas em triglicérides, mediada pela LLP, formando macroagregados moleculares discóides, precursores da HDL. A maior atividade da LLP encontrada nos atletas aumenta o catabolismo dos quilomícrons e das VLDL, com consequente aumento da produção de HDL nascente. A maior atividade da LCAT produz maior conversão de colesterol livre em esterificado, aumentando a produção de HDL2, fração responsável pela propriedade antiaterogênica da HDL. A diminuição de atividade da lipase hepática também contribui para elevar a fração HDL2, pois haverá menor hidrólise dos triglicérides e fosfolípides da HDL2, com menor formação de HDL3, lipoproteína mais densa, derivada da HDL2 por ação dessa enzima. 35.7. CUIDADOS PARA A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS Exame
médico
pré-participação
em
atividades
físicas.As
atividades físicas, principalmente moderadas e intensas, além dos grandes benefícios, também podem ter alguns riscos. Para estratificar riscos e benefícios é necessário um exame médico, que denominamos de préparticipação, onde além do estado de saúde, também é avaliada a capacidade funcional. As atividades físicas do ponto de vista médico são divididas em dois grandes grupos: 1. Atividade física supervisionada e a não supervisionada. A supervisionada é realizada com orientação e supervisão de médicos, è para pacientes, em locais apropriados e com infraestrutura para atendimento de urgência, como por exemplo, a reabilitação cardiovascular supervisionada. A não supervisionada fica a critério de profissionais não médicos, como professores de educação física, ou Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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mesmo da própria pessoa, quanto ao tipo, frequência e intensidade da atividade escolhida. Para atividades físicas não supervisionadas, em pessoas assintomáticas, as mulheres menopausadas devem ser submetidas aos mesmos exames médicos dos homens, com exceção da idade para ser efetuado um teste ergométrico, o qual é indicado após os 50 anos para as mulheres e 40 anos para os homens. Na nossa opinião, pelos conhecimentos
atuais
do
período
da
pos-menopausa,
um
teste
ergométrico talvez deva ser rotina em mulheres menopausadas, independente da idade. Adendo: A tríade da mulher atleta. Nos últimos 30 anos a participação em esportes atléticos por mulheres aumentou muito. Enquanto os benefícios desta participação ultrapassem em muito os riscos, uma nova síndrome emergiu em algumas destas atletas, A tríade da mulher atleta, onde coexistem três condições médicas distintas; desordens alimentares, amenorréia ou oligomenorreia e osteoporose ou osteopenia.
Esta síndrome ocorre quando o gasto de
grandes quantidades de energia pelo exercício vigoroso associa-se a nutrição inadequada resultando um balanço calórico muito negativo, que, percebido pelo hipotálamo, da inicio a uma cascata neuroendócrina adaptativa, com alterações no eixo hipotalamico-hipofisario-ovariano, resultando em acentuada redução de estrógenos causando, oligo ou amenorréia e na ovulação e como na menopausa precoce vem associada à infertilidade, redução de densidade mineral óssea e risco aumentado de fraturas. Em relação ao sistema cardiovascular, as consequências em longo prazo ainda são desconhecidas.
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36. ELETROCONVULSOTERAPIA EM GESTANTES O tema da eletroconvulsoterapia tem na sua aplicabilidade indicação restrita e supervisionada por profissionais afeitos em experiência á este recurso terapêutico de extrema utilidade em situações de depressões graves e surtos psicóticos, em particular no ciclo grávido puerperal, onde a indicação farmacológica ou é ineficaz ou contraindicada. A Câmara Técnica de Saúde mental do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, no parecer consulta No. 118.723/04 e do Conselho Federal de Medicina de No. 1640, longe da Escola Organicista de Kraepelin do século XIX, dos conceitos inadvertidos dos Conselhos de Psicologia, da burra camara dos deputados (que a localizou entre os procedimentos de tortura), dos filmes sensacionalistas, deram inteira citação e benefícios da eletroconvulsoterapia em situações específicas do padecer mental e das recomendações legais para tais procedimentos recomendados não só no Brasil, mas ao redor do mundo, como “método eficaz, seguro, internacionalmente reconhecido e aceito”(CFM-2002). Sua realização, indicação, e acompanhamento são da estrita responsabilidade dos médicos que dela participam em ambiente hospitalar e consentimento informado da paciente ou responsável legal, no seu impedimento. O procedimento deve ser reportado em prontuário médico. Ao contrário do que a população leiga, e curiosamente alguns profissionais da área de saúde mental costumam imaginar, a ECT continua sendo bastante empregada pela moderna psiquiatria. Na Europa em geral e, particularmente nos países nórdicos, a ECT tem sido a primeira indicação terapêutica nas tentativas sérias de suicídio.
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A eletroconvulsoterapia (ECT) é um tratamento biológico altamente eficaz e bem estabelecido para transtornos psiquiátricos, com efeitos colaterais relativamente benignos e tecnicamente muito bem empregados mediante o uso de anestésicos e relaxantes musculares. A ECT é usada principalmente para os quadros depressivos graves, com ou sem sintomas psicóticos, nos episódios de mania aguda e esquizofrenia, principalmente no tipo catatônica. Para pacientes com depressão grave e sintomas psicóticos, a ECT é a indicação mais efetiva, entre os tratamentos atualmente disponíveis, com início do efeito mais rápido que outros psicotrópicos (antidepressivos ou antipsicóticos). Quando se compara a ECT com psicotrópicos, de um modo geral, as evidências apontam para um benefício maior da ECT, frequentemente exercendo um bom efeito, num prazo curto, principalmente em relação ao risco de suicídio. Hoje em dia, as principais indicações de ECT referem-se ao tratamento dos episódios depressivos graves, principalmente aqueles com características psicóticas, na catatonia, nos episódios agidos do transtorno afetivo bipolar, seja de depressão ou de euforia (mania), na esquizofrenia com sintomas afetivos (esquizoafetiva); na Doença de Parkinson com depressão e na Síndrome Neuroléptica Maligna. O uso da ECT em idosos e em gestantes é reconhecidamente muito mais seguro do que a utilização de medicamentos. Indicações:
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•
Risco de suicídio.
•
Episódios depressivos resistentes.
•
Episódios depressivos graves com sintomas psicóticos.
•
Episódios depressivos em idosos. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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•
Episódios depressivos em gestantes.
•
Episódios maníacos em gestantes.
•
Episódios maníacos graves com sintomas psicóticos.
•
Episódios maníacos resistentes.
•
Depressão da Doença de Parkinson.
•
Síndrome Neuroléptica Maligna.
É alta a comorbidade da depressão com o abuso de substâncias, assim como é grande a exposição a comportamentos de risco, maior a mortalidade por doenças clínicas e, inegavelmente, é maior o índice de suicídio entre os pacientes afetivos bipolares, quando comparados à população geral. A recorrência dos episódios agudos é estimada em 70% a 90% dos pacientes, e a presença de sintomas subclínicos, mas incômodos, nos intervalos entre as fases, leva a importante prejuízo psicossocial. Falei sobre “custo cultural”, no sentido de reconhecer que determinadas considerações socioculturais podem influenciar a indicação terapêutica, muitas vezes ignorando o que estudos adequados podem esclarecer. (Olfson, 1998). Por tudo isso a ECT acaba sendo reservada aos casos de Depressão resistente ao tratamento medicamentoso. Encontram-se, na literatura, diferentes definições de Depressão resistente ao tratamento medicamentoso. De um modo geral significa a ausência de resposta clínica ou melhora parcial a, pelo menos, duas classes diferentes de antidepressivos, em doses e duração adequadas, na vigência do uso de um estabilizador de humor.
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A Eletroconvulsoterapia (ECT) é uma opção segura e eficaz para o tratamento das depressões uni ou bipolares, com risco reduzido de indução de ciclagem para euforia (Kramer, 2000).Na prática, entretanto, tendo em vista o fato do custo econômico dos pacientes tratados com ECT ser maior, assim como também ser alto o custo cultural, opta-se com frequência quase absoluta para o uso de outros procedimentos antidepressivos e antipsicóticos, quando, de fato, talvez a ECT fosse a primeira opção. Ref: 48.
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37. DEPRESSÃO E GRAVIDEZ. Uma das questões de evidência na lida com a mulher grávida é sem dúvida a depressão e constitui-se muitas vezes num dilema seja no período gravídico seja quando amamentando. Em relação à prescrição de medicamentos para grávidas, uma 7
revisão conduzida por Schou (1998) considerou que o tratamento à base de antidepressivos tricíclicos (ADT), e de inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS), estão justificados antes, durante e após a gravidez, sempre que for requerido; quer como tratamento de crises, quer como preventivo para pacientes de constatado risco emocional. Refere ainda, que nenhum outro tratamento curativo e profilático tem um risco mais baixo e uma melhor relação custo-benefício. A maioria dos pesquisadores é concordante com Schou quanto aos antidepressivos tricíclicos (ADT) e ISRS. O estado emocional da mãe, durante a gestação, influi no futuro bem estar emocional da criança que vai nascer ou, outras vezes, determinar até a interrupção da gravidez. De fato isso parece ter procedência científica, sugerindo-se uma correlação bioquímica complexa. Estudos retrospectivos em seres humanos (Weinstock, 2001) sugerem que o estresse materno crônico, durante a gravidez, se associa com os níveis elevados de Hormônio Liberador de Corticotrofina (corticotropin-releasing hormone - CRH), de Hormônio Adreno-Córticotrófico (ACTH) e de Cortisol. Esses
hormônios
podem
aumentar
a
probabilidade
do
nascimento de prematuros, de atrasos no desenvolvimento infantil e anormalidades comportamentais nas crianças. As anormalidades de desenvolvimento e de comportamento nos filhos poderiam ocorrer devido à Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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sensibilidade do cérebro fetal a esses hormônios maternos aumentados pelo estresse, assim como à ação danosa no cérebro do feto pelos glicocorticóides e neurotransmissores envolvidos pelas grandes tensões emocionais da mãe. São cada vez mais claras e inequívocas as pesquisas sobre os efeitos danosos da depressão da mãe durante a gestação sobre as futuras funções maternas no momento do parto e no período neonatal. A começar pela maior incidência de necessidade de analgesia em pacientes previamente deprimidas. Chung (2001) mostrou que as mulheres que tiveram níveis elevados de sintomas depressivos durante o terceiro trimestre, mais provavelmente necessitavam de anestesia peridural e maior incidência de partos cirúrgicos. Chung viu ainda que as crianças dessas mães deprimidas eram também mais prováveis de admissões em unidades de cuidados intensivos de recém nascidos. Tais resultados sugerem um possível relacionamento causal entre alterações psicológicas maternais na gestação e pré-parto, e complicações obstétricas e neonatais. Por outro lado, ocorrem no cérebro, grandes alterações no metabolismo, secreção e sensibilidade de receptores de ocitocina, um neurotransmissor elaborado inicialmente pela hipófise. Essa ocitocina de liberação central (no Sistema Nervoso Central) é o elemento bioquímico atualmente mais relacionado à expressão e comportamento maternal (Russell, 2001). Isso ocorre, diga-se de passagem, nos ser humano e nos animais, os quais parecem também ser envolvidos pelo espírito da maternidade. Outras mudanças nos diversos sistemas neuroendócrinos estão igualmente ligadas à lactação, à supressão da ovulação, ao apetite aumentado, e demais modificações gravídicas.
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Entendemos que a Depressão que apresenta uma mulher tem intensa correlação bioquímica, de graus variados (leve, moderado ou grave) com a única diferença de terem sido oportunistas e coexistentes. Portanto, o correto seria considerar o quadro como Depressão na Gravidez e não da gravidez. As constantes e periódicas mudanças hormonais, as alterações orgânicas
da
reprodução,
da
puberdade,
o
uso
prolongado
de
contraceptivos orais, as alterações orgânicas e existenciais do pós-parto e da menopausa contribuem, significativamente, para que as mulheres tenham duas vezes mais depressão que os homens (Parry, 2001). Com frequência observamos pacientes se queixarem ter apresentado depressão durante a gestação ou depois do nascimento de filhos e que, a depressão por vezes se mantinha ativa. Isso tem, de fato, uma confirmação em pesquisas. Avaliadas por McLennan (2001), 24% de parturientes manifestavam depressão 17 semanas depois do parto e até 17% delas continuavam deprimidas 35 meses depois (três anos). Um dos fatores que favorecem a depressão durante a gestação está o fato da gravidez não ter sido desejada. E essa depressão da gravidez persiste depois do parto. Das mulheres grávidas, 36% tinham história de gravidez não desejada. O estado afetivo dessas mães, certamente influi no estado de saúde das crianças. A necessidade do pronto tratamento psiquiátrico em mulheres grávidas com problemas emocionais decorre da noção sobre os efeitos do estresse, da ansiedade e da depressão sobre a evolução da gravidez, do parto, da futura função materna e, principalmente, da qualidade psíquica da criança que vai nascer. Trata-se, sobretudo, de uma atitude psiquiátrica predominantemente preventiva (Monk, 2001). Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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A incidência de depressão na gravidez mostra taxas mais elevadas até a 32a. Semana de gestação do que até oito semanas depois do parto. Evans (2001) é enfático ao dizer, textualmente, que os sintomas da depressão não são mais comuns ou severos após o parto do que durante a gravidez. Segundo essa pesquisa, realizada com 14.000 mulheres grávidas, a depressão depois do parto (puerperal) não pareceu ser uma síndrome distinta da depressão que pode acontecer durante o período da gestação. Sobre as dúvidas acerca das mulheres serem mais vulneráveis à doença psiquiátrica durante o período pós-natal, Evans concluiu que “a prevalência da doença depressiva não-psicótica no período pós-natal foi similar à prevalência na população geral”. De forma radical, mas convincente, afirma que não foi encontrada nenhuma evidência que justificasse categorizar, de forma distinta, depressão pós-parto da depressão de qualquer outra época da vida. Os sintomas mais comuns da Depressão Puerperal ou Depressão pós Parto são, geralmente mais brandos. Por exemplo: desânimo, insônia, apatia, falta de alegria, de apetite (algumas pessoas tem aumento de sono e de apetite), de desejo sexual, falta de vontade até mesmo de fazer coisas simples tipo tomar banho, assistir televisão ou ler um jornal. Ou seja, basicamente uma diminuição geral do nível de energia da pessoa. Ocorrem pensamentos pessimistas e repetitivos que não saem da cabeça. A pessoa perde o interesse por coisas que gostava de fazer ou por pessoas com as quais gostava de conviver. Parece que não consegue se concentrar numa leitura ou guardar na memória o que leu. Às vezes aparecem ataques de ansiedade com sudorese, palpitações e tremor, verdadeiros ataques de pânico, o que não quer dizer que se trate da Síndrome do Pânico.Também podem ocorrer Pensamentos 482
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Obsessivos: a pessoa sabe que eles não fazem sentido mas não consegue tirá-los da cabeça. Ideações como poder fazer mal ao bebê, machucá-lo com objetos pontiagudos ou poderia fazer mal a si mesmo. Esses pensamentos podem fazer parte da Depressão e não quer dizer que a pessoa também esteja sofrendo de quadro Obsessivo compulsivo. Problemas que antes eram resolvidos com facilidade se tornam tarefas pesadas e difíceis. Coisas que antes eram agradáveis se tornam sem graça. Muitas vezes aparecem pensamentos de "dormir e não acordar mais". Algumas pessoas se sentem como se estivessem separadas do mundo por uma redoma de vidro. Outras não conseguem nem sentir alegria nem tristeza ("sensação da falta de sentimentos"). Como isso ocorre numa época especialmente trabalhosa, com a chegada do bebê, toda essa a sensação de insuficiência e incapacidade é canalizada para pensamentos fixos de que a mãe não se acha apta para cuidar dele, para a culpa por estar dando trabalho a outras pessoas da família e para as auto-recriminações por não conseguir gostar do bebê como deveria. Mais um fator para aumentar a sensação de culpa, é que as pessoas esperam que a jovem mãe esteja muito feliz nessa fase de sua vida.A pele pode ficar ruim, os cabelos fracos, as unhas quebradiças, a boca seca, o intestino mais preso ou mais solto. De uma maneira bem simples, para entender melhor a depressão, entenda que o cérebro é formado por inúmeras células que se comunicam
entre
si
através
de
substâncias
químicas
chamadas
Neurotransmissores e por algum motivo eles não estão "circulando" como deveriam. Por isso você se sente sem pique, com a concentração e a memória fracas, meio "devagar" (algumas pessoas sentem na verdade agitação, ao invés de apatia) e com alguns dos outros sintomas descritos Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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acima. Alguns fatores podem favorecer o aparecimento de uma Depressão Puerperal ou Depressão pós Parto: •
Falta de suporte emocional, familiar e social.
•
Eventos de vida negativos durante a gravidez ou próximos
ao parto. •
Problemas pessoais, emocionais da mãe com relação à
maternidade. •
Gravidez não planejada ou não desejada.
•
Dificuldades conjugais.
•
Depressões anteriores.
•
Outras doenças psiquiátricas durante a gravidez.
•
Existência de Depressão em pessoas da família.
•
Problemas da Tireóide.
•
Ataques de Pânico na gravidez.
•
Bulimia ou de Anorexia.
Lembrando que uma Depressão Puerperal pode acontecer mesmo que a gravidez e o parto tenham ocorrido sem problemas e sem complicações, pois embora dificuldades pessoais, emocionais, financeiras, médicas da mulher ou do casal aumentem a probabilidade de ocorrer uma Depressão Puerperal, esta também pode ocorrer sem nenhum fator externo, principalmente no caso da mulher ter tido alguma fase depressiva anterior, ou no caso de existirem casos de Depressão em sua família. A Depressão Puerperal ou Depressão pós Parto não é sinal de fraqueza de caráter e nem passa somente com "pensamento positivo". A pessoa com Depressão geralmente está indecisa. Alguém tem que tomar decisões inclusive para iniciar o tratamento. Ás vezes é necessário pedir ajuda a uma mulher da família, enfermeira ou uma amiga da comunidade, 484
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pois a paciente pode não estar em condições de cuidar do bebê até que melhore da Depressão. 37.1. DEPRESSÃO PÓS – ABORTO Posto que o aborto seja legal, presume-se que deverá ser seguro. De fato, costuma identificar-se como um “direito” da mulher. Supõe-se que este direito, ou privilégio, liberta as mulheres da carga da gravidez não querida. Supõe-se que lhes proporcionam alívio - não sofrimento nem depressão. Um dos grandes problemas é que quando as mulheres se vêem assaltadas por suas próprias reações naturais ante a perda não entendem o que é que vai mal. Muitas mulheres vão a tratamentos para depressão, por se declararem deprimidas, ou por perceber-se ou a terceiros como tal. A demanda é maior quando se trata de depressões seguidas de situações como o óbito fetal e o aborto.A lembrança e os sentimentos sem resolver sobre o aborto convertem-se em fontes de pressão que podem surgir anos depois em formas inesperadas. As emoções sem resolver demandarão atenção cedo ou tarde, com frequência através do desenvolvimento de perturbações emocionais ou de comportamento. Somos intimidados por uma perspectiva de suicídio, atos de autodestruição havendo-se de resgatar no G.O. seu lado psiquiatra e humano. A mulher contemporânea está particularmente sujeita a deprimir-se, seja como quadro reativo por situações adversas, seja endócrino, seja por sua singularidade como mulher. Muitas comparecem ao nosso ambulatório com a sensação de vazio existencial, uma lentidão mental e física, abatimento profundo como nunca estivessem experimentadas algumas coisas diferentes
que não
fosse estar deprimida. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Tanto o aborto como o óbito fetal afeta sua estrutura, na exata medida da mulher ser o sujeito que dá vida à outros sujeitos e, em ambas as condições deixa de cumprir integralmente sua função de vida, numa situação que nem sempre dependeu de sua escolha. Recua dos seus projetos e seu percurso necessita de abrigo. Foge-lhe o discurso de mãe, muitas com dificuldades de enfrentar de novo, de fazer outra tentativa para não admitirem outra sensação de derrota. Ela está numa situação desprotegida, e o ato da gravidez um engodo na potencia de ser mãe, uma fragilização de sua posição estrutural. A maioria das vezes responsabilizase e a depressão nada mais é que o “merecido” sofrimento por isso. Muitos profissionais da área diante deste sentir, medicaliza, sem lhes permitir fazer o enfrentamento da situação, a elaboração da situação depressiva. O professor David Fergusson, um pesquisador na Escola de Medicina Christchurch, da Nova Zelândia, quis provar que o aborto não tinha consequências psicológicas. Surpreendeu-se ao descobrir que as mulheres que haviam tido abortos tinham uma probabilidade 1,5 vez maior de sofrer alguma enfermidade mental, e duas ou três vezes maior de abusar do álcool e/ou das drogas. Fergusson acompanhou 500 mulheres desde seu nascimento até a idade de 25 anos. “As que haviam tido um aborto tinham como consequência elevada índices de problemas de saúde mental, incluindo a depressão (46% de aumento), a ansiedade, os comportamentos suicidas e abuso de substâncias”, diz o informe publicado na Journal of Child Psychiatry and Psychology. O aborto é responsável de fato por toda uma série de problemas profundos:
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•
160% de aumento nos índices de suicídio nos Estados
Unidos, segundo os Arquivos de «Women's Mental Health», em 2001; •
Um aumento de 225% nos índices de suicídio na Grã-
Bretanha, segundo o British Medical Journal, em 1997; •
Um aumento de 546% nos índices de suicídio na Finlândia,
segundo os Acta Obstétrica et Ginecologia Scandinavia, em 1997. No total, o aumento na média do risco de suicídio nestes três estudos é de 310%. Outro estudo, na mesma linha, revela que inclusive quatro anos depois do aborto o índice de admissões psiquiátricas permanecia 67% mais alto que o das mulheres que não haviam abortado segundo os Archives of Women's Mental Health, de 2001. A vida corrida dos tempos atuais não comporta esboçar por muito tempo este olhar de afago a suspirante que abortou elogo pensamos e fazê-la desaparecer de nossa percepção, do nosso afago, porquanto a fila é longa. Um verdadeiro choque sensorial da nova modernidade, o desejo da velocidade, da liquidez da vida descrita por Baulmann. Aqueles que param para ouvir um uivo melancólico são só remanescentes dos antigos médicos. Enfim para que se lançar no mundo do outro e ouvir seu lamento, vê-lo elaborar sua dor, se ha tanta dor para se ouvir e com urgência, com a rapidez que o depressivo não tem.Medicamos, mesmo sabendo que vamos produzir um amortecimento e empobrecimento da vida afetiva, uma normalização coletiva do bem estar via farmacologia aplicada, sendo que a escuta é de outros tempos na contra mão da vida corrida. Construir um sentido no vazio que a abate é no mínimo confundir especialidades medicas e não humanas. Não temos o tempo que esta mulher que abortou ou que perdeu o feto necessita. São Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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necessidades de tempo diferentes na origem das apetências diferentes pelas coisas da vida no extremo da autonomia de cada um. O risco de depressão pós-parto e psicose durante os nascimentos desejados também se costuma ligar a um aborto prévio. Até oito anos de média após os abortos, as mulheres casadas sofrem um risco 138% maior de depressão clínica em comparação com as mulheres solteiras que levaram até o final sua primeira gravidez não desejada. Isto segundo a British Medical Journal de 19 de janeiro de 2002. Na categoria de abuso de drogas e álcool, vemos muitas mulheres que após o aborto tentam fazer frente a seu conflito e dor internos através de um risco de abuso de substâncias 4,5 vezes maior. As estatísticas recolhidas recentemente (Theresa Burke das Rachel's Vineyard Ministries, 2007);
na América do Norte revelam o
seguinte: •
55% das mulheres que haviam abortado informaram de pesadelos e preocupação com o aborto;
•
73% descrevem situações de voltar a revivê-lo;
•
58% das mulheres informam de pensamentos suicidas que elas relacionam diretamente com seus abortos.
•
68% revela que se sentem mal consigo mesma;
•
79% informam de culpabilidade, com incapacidade para perdoar a si mesma;
•
63% têm medo com respeito a suas futuras gestações e a maternidade;
488
•
49% têm problemas ao estarem próximas de bebês;
•
67% se descrevem como “emocionalmente adormecidas”.
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Existe uma oposição dos profissionais de órgãos ligados ao atendimento de depressões decorrentes de abortos e natimortos com gestantes e o dever de cumprimento da tarefa publica da rapidez com que este atendimento e sua qualidade devessem ser. As linguagens são diferentes. Não há tempo para formação de alguns simbólicos prescritos pela psicanálise ou para grupos de depressivos e melancólicos. A ordem social é atender e peca-se porquanto o discurso do outro, em particular, do depressivo é lento, foge da experiência possível daquele que atende em escala geométrica às dezenas. Se o discurso do outro é o que torna a experiência mais amena em termos depressivos, não encontramos ferramentas melhores de dispositivos discursivos que se encaixem no atendimento contemporâneo, sendo este substituído pela medicação farmacologicamente correta. É a via que vai do particular para o coletivo, onde a dialética com o individual não permite o deciframento do sofrer do outro. Não há linguagem que organize o corpo morto do bebe e, que reorganiza a mãe estruturalmente.
O
evento
traumático
que
antes
era
pessoal
e
intransferível passa a dar designação nos sintomas sociais, que revestem abuso de menores, pedofilias, abandono de menor incapaz, crianças deixadas no lixo das caçambas, causando depois, a perplexidade social nos noticiários, na violência inexplicável, no eterno retorno das causas e efeitos em natureza. Uma exaustiva revisão de muitos outros estudos e a experiência clínica indica que para muitas mulheres o início de disfunções sexuais e desordens alimentares, o aumento do tabagismo, álcool e drogas, as desordens de pânico e ansiedade, junto com relações de abuso se tornam formas de vida comuns como consequência de sua experiência com o aborto. Um efeito colateral, ato bárbaro, rupturas da normalidade social, Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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fenômeno emergente na sociedade do século XXI, ainda não inteiramente integrado na ordem discursiva, degradação social silenciosa, nem mesmo entendida presentemente. O aumento assustador dos casos de depressão como sintoma deste mal estar da sociedade do século XXI e são intoleráveis numa sociedade dada ao bem estar, a euforia mesmo que reduzida a algumas químicas, pois temos obrigação de ser felizes, não havendo lugar para esta depressão, esta dor de viver e aquelas que sofreram o abalo de verem seus produtos gestacionais mortos, nos rouba tempo e por isso a medicamos efusivamente, para colocar o luto de lado e como a fila está andando, oferecer outros prazeres ou a incapacitação à eles pela medicalização. Encontramos jubilosamente a solução, incompatível com o sofrimento por perdas, com a imagem oca da vida. Para sorte da indústria farmacêutica medicam-se comportamentos. Na lógica do século XXI o óbito fetal e o natimorto assim como a depressão materna cabe na fria estatística de uma infortunística, cujos números já foram muito maiores e que toda dimensão da depressão deva ser colocada na errancia da vida, no pleno utilitarismo da vida com suas raízes conceituais no século passado, Desta forma o m ister da psiquiatria será desconstruir sentimentos indesejáveis como a depressão em sentimentos valorizados socialmente e sempre rapidamente cambiáveis para não dar tempo para outras digressões que o movimento social nem permitiria parar para qualquer reflexão. Toda a serie de sintomas relacionados às reações de ajustamento á situações adversas, incluindo desta forma, as depressões por óbito fetal e morte neonatal seriam pragmaticamente e rapidamente substituídas onde a indústria farmacêutica trará suas formulas mágicas,
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como ocorreu com o Prozac, a pílula da felicidade, algo como o admirável mundo novo de Orwel. Transtornos da esperança, sofrimento psíquico, insônia, cansaço, perda de interesse na vida, culpabilidade, sensação de inutilidade são coisas do passado onde os psicanalistas ouviam, psiquiatras ouviam lamentos, psicólogos davam apoio e continência, familiares eram chamados a participar a participar de uma subjetividade que está em decadência na vida fluida contemporânea, old fashion diante da nova pílula da felicidade. O aborto é uma experiência de morte. É o falecimento do potencial humano, da relação, da responsabilidade, do apego maternal, da conectividade e da inocência. Tal perda raramente se experimenta sem conflito e ambivalência. Será? Escutemos então. 37.2. TRATAMENTO COM ANTIDEPRESSIVOS Retomemos por sua importância e uso cada vez mais frequente o uso de antidepressivos nestas circunstancias para melhor critério. A indicação principal para antidepressivos é depressão e, entre esses produtos, muitas drogas se mostram eficazes para o tratamento farmacológico da depressão em gestantes e lactantes, como dissemos anteriormente. Embora os antidepressivos de modo geral pareçam ser igualmente eficazes, os inibidores seletivos do recaptação da serotonina (ISRS) são frequentemente as drogas da escolha. Essa preferência devese, no mais das vezes, à sua segurança e aos efeitos colaterais menos incômodos (Majeroni, 1998). Justifica-se o tratamento medicamentoso frente os evidentes efeitos danosos dos transtornos da ansiedade e da depressão não Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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tratadas à mãe e ao feto, e a decisão para esse tipo de tratamento deve ser muito bem ponderado pelos médicos que assistem à gravidez. A primeira coisa, a saber, e que pode trazer conforto dos profissionais da área obstétrica, é que os transportes de radicais e substâncias antidepressivas da mãe ao feto, através da placenta, e das substâncias do feto à mãe intensificam-se, a partir da quinta semana da vida fetal (Iqbal, 1999). Esse conhecimento, comunicado ás gestante, alivia a angústia de muitas mães que faziam uso de medicamentos por ocasião de se saberem grávidas. De qualquer forma, as pessoas que desejam precaverse do uso de quaisquer produtos durante o primeiro trimestre de gestação, estarão satisfatoriamente protegidas se mantiverem essa postura entre a 5a. e a 12a. Semanas. Diante de dúvidas, quando dar ou não antidepressivos, e com receio justificado de não se saber o suficiente ainda, há uma tendência geral para indicação de tratamentos não-farmacológicos sempre que possível para o tratamento de transtornos da ansiedade e alguns poucos casos de depressão leve-moderada. A maioria desses tratamentos nãofarmacológicos se faz à custa da terapia comportamental e cognitiva. Entretanto, como pode se apurar na maioria das pesquisas recentes, se alguma medicação for exigida, as mulheres grávidas devem receber, preferentemente, antidepressivos (ADT e ISRS) para prevenir consequências mais desastrosas de sua doença emocional sobre si mesma, sobre a criança e sobre sua família. No Brasil, um estudo relativamente recente comparou os efeitos tóxicos de doses altíssimas de fluoxetina (de 8 a 16 mg/kg) e venlafaxina (40 e 80 mg/kg), administrado durante a terceira semana da gravidez em
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ratas e cães. A conclusão foi de que esses produtos podem reduzir o peso das crias (da Silva, 1999) quando as doses forem exageradamente altas. O uso dos antidepressivos durante a gravidez já foi analisado na secção dispensada aos mesmos, assim como sido avaliado com respeito às condições de segurança, pelo Teris e o FDA. Alguns relatórios anteriores sobre antidepressivos tricíclicos (ADTs) sugeriam a necessidade ajustar a dose durante a gravidez para manter concentrações terapêuticas no sangue. De fato, em relação aos ISRS, também parece haver necessidade de aumento da dose em grávidas à partir da 20a. à 27a. Semanas para se obter o mesmo efeito que nas pessoas não grávidas (Hostetter, 2000). Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), incluindo a fluoxetina, sertralina, paroxetina, fluvoxamina e citalopram, representam um avanço importante na farmacoterapia dos transtornos do humor e são os tratamentos da escolha para muitos quadros afetivos. Entre esses quadros incluem-se a depressão maior (ou grave), a distimia, o transtorno do pânico, o transtorno obsessivo-compulsivo, transtornos alimentares, e o transtorno disfórico pré-menstrual. Masand reviu os trabalhos sobre esse tema catalogados em Medline nos últimos 15 anos. A maioria dos autores pesquisados alega segurança na gravidez para os ISRS, notadamente para a fluoxetina. Os efeitos colaterais dos ISRS incluem distúrbios gastrintestinais, dor de cabeça, sedação, insônia em alguns casos, hiperatividade em outros, ganho ou perda de peso, a perspiração excessiva e disfunção sexual (Masand, 1999).A capacidade para determinar malformações fetais (teratogenicidade) e outros efeitos da medicação psiquiátrica no feto, recém nascido ou no lactente, deve ser muito bem discutida e considerada, em comparação com os riscos do não tratamento. A Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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medicação, quando requerida, deve ser mantida na dose mínima necessária para tratar adequadamente os sintomas incômodos e perigosos. Horváth (2000) analisou, na Hungria, dados referentes a 127 grávidas que procuraram aconselhamento genético por fazerem uso de medicação durante a gravidez. A maioria dessas mulheres (78%) procurou o serviço de orientação genética antes da 12a. Semana de gestação. As indicações principais para os tratamentos foram, por ordem de frequência, as
infecções,
transtornos
psiquiátricos
(depressão
e
ansiedade),
neurológicos (epilepsia), endócrinos (diabetes, hipertiroidismo), doenças cardiovasculares e problemas gastrintestinais. Os grupos principais das drogas utilizadas eram os antibióticos, analgésicos e antitérmicos, antidepressivos, antidiabéticos e anti-hipertensivos. Exames de ultrassom foram periodicamente realizados pelos autores no intuito de avaliar o desenvolvimento de malformações fetais em pacientes que faziam uso de medicações desde o primeiro trimestre da gravidez. Quando a paciente fazia uso de medicações múltiplas o risco de malformações aumentava, resultando em 6,3% dos casos. Em Milão, Addis (2000) examinou a possibilidade de risco aumentado para as malformações fetais devido ao uso do antidepressivo fluoxetina durante o primeiro trimestre da gravidez, mediante uma complexa meta-análise. Depois de analisados os dados, concluiu que o uso do fluoxetina, durante o primeiro trimestre da gravidez, não é associado com os efeitos teratogênicos no ser humano. O desenvolvimento intra-útero e peri-natal das crianças cujas mães fizeram uso de tricíclicos ou de fluoxetina durante a gestação não apresentou diferença daquelas crianças do grupo controle (que não usaram esses medicamentos). Em alguns neonatos, cujas mães foram 494
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tratadas com os antidepressivos perto do termo da gravidez, podem-se observar efeitos da substância e efeitos diretos da retirada delas (Wisner, idem). Outros estudos de meta-análise sobre efeitos adversos sobre o feto de medicações psicotrópicas analisaram dados de 12 anos; de janeiro de 1976 a fevereiro de 1998 (MEDLINE EMBASE). A conclusão foi de que nem os ISRS nem os ADT parecem causar anomalias e malformações congênitas, mas ambos podem ser associados com um risco aumentado pequeno de alterações menores, como por exemplo, a prematuridade e algumas complicações neonatais (Austin, 1998). Por
outro
lado,
os
benzodiazepínicos,
o
lítio,
os
anticonvulsivantes e a clorpromazina produzem uma taxa aumentada de anomalias congênitas assim como maiores problemas neonatais. O estudo ressalta ainda que, quando alguns psicotrópicos forem associados com anomalias congênitas e complicações Peri-natais, não devemos esquecer que a doença mental, por si mesma, pode também ser associada com um resultado adverso no desenvolvimento da criança. Foram acompanhadas 969 mulheres grávidas em uso dos antidepressivos em idade gestacional mais avançada. Dessas, mais da metade (531) usou somente inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS) e 423 usaram outros antidepressivos, e 15 usaram associações de antidepressivos (Ericson, 1999). • Observações de Ericson (1999) sobre 969 grávidas em uso de antidepressivos. • As mulheres que usaram antidepressivos eram mais velhas e fumavam mais que outras mulheres controle.
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• Pareceu haver um excesso de mulheres elevadas da paridade entre elas. • A frequência de nascimentos múltiplos era mais baixa do que esperada, com poucos nascimentos gêmeos nas mulheres que tinham usado ISRS. • A duração da gravidez entre as mães solteiras era mais curta que das casadas, mas não afetou a sobrevivência infantil. • As crianças nascidas eram um tanto mais pesadas do que esperados, notavelmente quando eram usados ADTs. • Nenhum aumento de malformações congênitas foi observado no período. Baseado nesses dados, Ericson conclui que o uso dos antidepressivos na gravidez adiantada não parece acarretar algum risco significativo para o bebê detectável durante o período neonatal. 37.3. OUTRAS DROGAS Aproximadamente um terço de todas as mulheres grávidas fazem uso de drogas psicotrópicas ao menos uma vez durante a gravidez. Embora as drogas psicotrópicas não sejam exaustivamente testadas, nem totalmente aprovadas pelo FDA (Administração para uso de Drogas e Alimentos dos EUA) para uso durante a gravidez, algumas mulheres continuam fazendo uso dessas medicações quando engravidam (Cohen, 1998). Os riscos do uso de drogas psicotrópicas durante a gravidez poderiam incluir os efeitos teratogênicos, o efeito tóxico neonatal direto, e o potencial para sequelas neuro-comportamentais quando se trata por um período mais longo. Mas também existem os riscos do transtorno
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psiquiátrico para a integridade feto-placentária e o desenvolvimento fetal do sistema nervoso central. As decisões clínicas para o tratamento psico-farmacológico na gravidez devem envolver, além do médico, também a mulher e seu companheiro, sempre tendo em mente que a omissão de tratamento adequado pode ser extremamente danosa para a mãe e para a criança. Os riscos e os benefícios da farmacoterapia para estas mulheres devem ser pensados separadamente para cada paciente. Normalmente o tratamento deve ser limitado às situações onde os riscos do transtorno emocional à mãe e ao feto são, presumidamente, maiores que os eventuais riscos do tratamento biológico. ECT é como salientamos acima, também, uma alternativa valiosa para tratar a Depressão da paciente grávida, bem como da Mania e Catatonia na gestação, principalmente levando-se em consideração a possibilidade da terapia medicamentosa oferecer algum risco ao desenvolvimento fetal, bem como considerando também os riscos inerentes ao próprio transtorno emocional para a gestação. As recentes pesquisas sugerem que é mínimo o risco, durante a gravidez, tanto da própria ECT quanto dos medicamentos usados durante o procedimento, tornando a ECT um recurso útil no tratamento psiquiátrico de gestantes (Lentz, 1997). 37.4. AMAMENTAÇÃO A maioria dos estudos procura relacionar concentração dos produtos químicos encontrados no leite materno e a concentração desses produtos do sangue da mãe (relação milk/plasma [M/P]). Apesar destes estudos serem em número já expressivo, há notavelmente poucos Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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relatórios
atestando
efeitos
adversos
nos
bebês
expostos
aos
psicotrópicos administrados às suas mães (Llewellyn, 1998). A maioria das investigações recentes demonstra a segurança do feto exposto a antidepressivos inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs) durante a gravidez. Todos os ISRSs relatados nos estudos foram excretados no leite materno, e níveis baixos foram detectados no sangue da criança (Misri, 2000). Entretanto, 74% por cento dos bebês de mães que usavam psicotrópicos não apresentaram nenhuma concentração detectada no sangue, ou poderia haver alguma concentração que se encontrava abaixo do limite de detecção do laboratório. Nos 26% restantes, as concentrações sanguíneas de psicotrópicos e/ou dos metabólitos ativos foram detectados. Em cada um destes casos, os bebês tinham sido expostos à medicação psicotrópica da mãe não apenas durante a gravidez, mas também na amamentação (Birnbaum, 1999). Sobre a concentração de psicotrópicos que eventualmente pode surgir no sangue da criança que amamenta em mãe que faz uso de psicotrópicos foi avaliado em relação à venlafaxina (Efexor®). Os dados preliminares mostram que a dose de Venlafaxina e de seu metabólito ativo foi de 9,2% da dose administrada à mãe (Ilett, 1998). Estes dados sugerem uma baixa incidência de toxicidade infantil e de efeitos adversos associados com o uso dos antidepressivos e de benzodiazepínicos durante amamentação, sugerem também que nenhum desses
medicamentos
parece
ser
mais
seguro
do
que
outro.
Consequentemente, a escolha do tratamento farmacológico durante a amamentação deve ser guiada pela restauração do bem estar psiquiátrico maternal.
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38. TRANSTORNOS BIPOLARES DE HUMOR E GRAVIDEZ. O tratamento de doenças psiquiátricas na gravidez é complexo, implicando decisões clínicas difíceis, sem contar-se com dados da literatura que embasem amplamente estas decisões. O transtorno afetivo bipolar é comum em mulheres em idade fértil, e há alto risco de ocorrência de manifestações clínicas na gravidez e no período pós-parto. O uso de psicotrópicos na gravidez é apropriado em muitas destas situações clínicas, mas nenhuma decisão é completamente isenta de risco. Um bom manejo da doença em relação ao uso de psicotrópicos na gravidez, para pacientes com transtorno bipolar, e para aquelas que desejam engravidar deve passar por um crivo crítico. Tendo em mente que a gravidez é um período bastante perigoso para mulheres com Transtorno Depressivo Recorrente e para sua família, é importante determinar o risco dos vários tratamentos para tais transtornos. O acompanhamento pré-natal é onde pode haver melhor oportunidade para detectar pacientes de risco emocional, bem como oferece melhores condições de tratamento e prevenção (Stocky, 2000). Os números de pacientes tratados para transtornos do humor têm sido cada vez mais crescentes. Uma grande proporção destes pacientes, particularmente com o diagnóstico da depressão maior (ou grave), são mulheres grávidas (Gold, 1999). No período do pós-parto, as mulheres com Transtorno Afetivo Bipolar apresentam um risco excepcionalmente elevado para manifestação de crises; sejam de euforia (mania), de depressão ou de ambas. Nesse último caso, quando a ocorrência de ambas formas de crises (maníacas e Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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depressivas) for quase simultânea, falamos em pacientes rápidos cicladores. Nas crises de depressão ou de euforia graves, as pacientes podem desenvolver um quadro com sintomas psicóticos e, desta feita, comprometer profundamente seu relacionamento com o bebê, não raramente colocando em risco a segurança dele. Um dos desafios clínicos principais nas mulheres com Transtorno Afetivo Bipolar (antiga PMD), é o manejo clínico dos casos que apresentam ciclos rápidos (euforia e depressão). O tratamento deve ser conduzido durante a gravidez e a continuar do tratamento no período pósparto. Entre pacientes com Transtorno Afetivo Bipolar com características de rápidas cicladoras, o tratamento da depressão é particularmente problemático. A dificuldade do tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar está no fato dos antidepressivos, normalmente empregados nas crises de depressão, poderem facilmente precipitar crises de mania nos pacientes considerados rápido cicladores (Leibenluft, 2000). Os estabilizadores do humor mais prescritos para essa finalidade têm, geralmente, efeitos antimanícos mais potentes do que efeitos antidepressivos, mas devem ser usados com a máxima cautela durante a gravidez. Em mulheres com poucos e isolados episódios de moderada severidade ou naquelas com Transtorno Bipolar Tipo II (onde prevalecem episódios de euforia), devemos ir retirando a medicação progressivamente (Alexis, 1998; Adele, 2000). Nunca o tratamento deve ser interrompido de forma brusca devido ao aumento do risco de recaídas. Caso a paciente toma lítio, este deve ser retirado em 3-5 dias depois do teste de gravidez positivo.
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Em casos de Transtorno Bipolar com episódios graves ou em casos de pacientes rápidas cicladoras, deve manter-se a medicação com as mínimas doses efetivas. Quando possível, devemos optar pela monoterapia (um só medicamento). Nas pacientes que utilizam estabilizadores do humor deve realizar-se
ecografias
a
cada
16-18
semanas
para
avaliar
o
desenvolvimento do coração e da coluna do feto. Além disso, devem ser monitorados os níveis de medicação a cada mês e medidos os eletrólitos no sangue, bem como os hormônios tireoideanos. Quando se decide interromper a medicação, é bom evitar fazê-la de forma brusca. Deve suspender o tratamento em 3-5 dias para evitar recaídas. O índice de recaídas nos 6 meses depois da interrupção do lítio é em torno de 50%. Entretanto, o lítio poderá ser reintroduzido no último trimestre da gravidez (Lee, 1998). A decisão de se interromper ou não a medicação deve levar em conta a historia clínica da paciente, bem como valorizar o risco/benefício da suspensão do tratamento. As consequências de uma recaída podem promover uma acentuada diminuição dos cuidados pessoais, um abandono do pré-natal
e acompanhamento
médico da gravidez,
impulsividade e consumo de álcool e tóxico, suicídio, etc. Para usarmos psicofármacos durante a gravidez, devemos levarse em conta quando o risco do abandono da medicação supera os riscos que apresenta o feto pela exposição aos fármacos. De qualquer forma, os psicofármacos devem ser evitados durante o primeiro trimestre. Nos casos de Transtornos Afetivos neste período, a ECT o método mais indicado. Ainda assim, nenhuma decisão está livre de riscos. Um plano individualizado de tratamento diminuirá esses riscos, tanto para a mãe como para o feto. Neste plano deve se incluir a necessidade ou não de Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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internação hospitalar nos caso da paciente se encontrar gravemente doente. Quando a paciente está em uso de estabilizadores do humor (carbonato de lítio, carbamazepina, valproato ou divalproato), devemos aconselhar sobre o uso de algum método anticoncepcional. Os pais devem ainda ser aconselhados sobre os riscos genéticos dos transtornos emocionais e, principalmente, sobre o alto risco de recaída de transtornos emocionais durante a gravidez e no período pós-parto. Interromper o lítio durante a gravidez pode ser a regra, porém, pode-se continuar o tratamento com outros estabilizadores em doses baixas. O lítio, entretanto, deve reintroduzido imediatamente depois do parto. Neste caso, se desaconselha terminantemente a amamentação. A amamentação será possível no caso de um tratamento estabilizador alternativo ao lítio.
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39. PSICOSE PUERPERAL. A psicose puerperal (puerpério é a fase que vai até 45 dias após o parto) não é uma psicose à parte: é uma psicose desencadeada pelo parto, assemelhando-se clinicamente às psicoses de curta duração. As psicoses iniciadas após essa fase recebem o diagnóstico de acordo com suas características específicas, não sendo mais classificadas como puerperais. O pós-parto é uma fase crítica para a mulher por causa das violentas mudanças nas taxas hormonais, além de todo o estresse que o parto implica. Verifica-se um aumento geral na incidência de distúrbios mentais nessa fase, principalmente para quem já sofreu algum problema psiquiátrico antes. A psicose puerperal ocorre na frequência de um ou dois partos para cada 1000. Ocorrem mais nas primíparas e mães solteiras. Não há relação dessa psicose com a idade da mãe nem com sua cor. Pacientes com transtornos bipolares ou pacientes que tiveram psicose no parto anterior devem tomar medidas preventivas. O início é súbito dandose em 1/3 dos casos na primeira semana após o parto e 2/3 no primeiro mês. A principal temática dos delírios da psicose puerperal está ligada ao bebê. Os temas mais comuns dos delírios são achar que o bebê não nasceu, foi trocado, está morto ou defeituoso. Tentativas de homicídio contra o bebê podem acontecer. A recuperação da psicose está diretamente ligada a história prévia da paciente. Sendo ela bipolar a recuperação do transtorno se dará de forma natural ou abreviada pelo tratamento. Sendo esquizofrênica o curso crônico prosseguirá com a possibilidade de certa acentuação durante o puerpério. Sem nenhuma história prévia a maior probabilidade é de que a Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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paciente se recupere completamente. O tratamento realizado é o mesmo para as psicoses em geral e o aleitamento materno precisa ser suspenso.
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40.
PARALISIAS
FACIAIS
PERIFÉRICAS
NA
GRAVIDEZ. A associação entre paralisia facial periférica (tipo Bell) e gravidez é considerada como uma desordem neurológica menor com etiologia desconhecida. Estudos de El-Ebiary (1971), Hilinger (1975), Hansen (1986) e Cunningham (1993) mostraram que as mulheres na idade reprodutiva são afetadas duas a quatro vezes mais que as mulheres não grávidas. A aparente predisposição das mulheres grávidas à paralisia facial tem sido atribuída ao alto conteúdo de fluido extracelular, inflamação viral e características de imunossupressão na gravidez, mas ainda existem muitas dúvidas. O início da paralisia de Bell é agudo e doloroso, e segundo alguns autores aumenta o risco de toxemia e hipertensão na gravidez, uma vez que a gravidez kpode acentuar o curso da doença.A recuperação geralmente é boa e a recorrência e a incidência bilateral é rara. O tratamento é sintomático com anti-inflamatórios.
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41. ANOREXIA NERVOSA E GRAVIDEZ Na gravidez, as mulheres apresentam comumente alterações no padrão alimentar habitual como desejo e/ou aversão a determinados alimentos. As alterações remitem após o término da gravidez, raramente causando riscos para a mãe ou para o feto. Transtornos alimentares, como bulimia e anorexia nervosa, também podem ocorrer na gravidez, o que aumenta o risco de complicações obstétricas e fetais. Acompanha maior incidência de hiperemese gravídica, menor ganho ponderal materno retardo do crescimento fetal intrauterino, prematuridade, recém-nato com baixo peso, desnutrição do bebê após o parto e depressão pós-parto. Grávidas com anorexia são também submetidas a cesariana com maior frequência. Portanto, o reconhecimento desses transtornos é muito importante. A abordagem do problema, porém, tem sido dificultada por sua raridade e pela escassez de estudos. Estima-se a prevalência entre 0,5% e 1% para anorexia nervosa e 1% e 1,7% para bulimia em adolescentes do sexo feminino.
Síndromes parciais, isto é, formas de transtornos
alimentares que não preenchem os critérios necessários para o diagnóstico de anorexia ou bulimia, são mais frequentes. Elas ocorrem com 5% a 10% de jovens do sexo feminino.
Pressupõe-se que a
prevalência desses transtornos na gravidez seja ainda menor pela frequência com que ocorrem alterações menstruais, hipossexualidade e isolamento social nas pacientes. A anorexia nervosa, por reduzir o peso da mulher para níveis de desnutrição, interfere diretamente no ciclo ovulatório, com redução dos níveis dos hormônios luteinizante e folículo estimulante e consequente Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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comprometimento da maturação folicular. As irregularidades menstruais são tão comuns que integram os critérios diagnósticos do DSM-IV e da CID-10 para o transtorno. Assim, a associação de anorexia e gravidez, além de pouco frequente, geralmente é insuspeitada. A reticência das pacientes anoréxicas em relatar seus sintomas, devido aos fortes sentimentos
de
vergonha
e
culpa,
contribui
para
dificultar
o
reconhecimento do transtorno. A hiperemese gravídica é uma síndrome marcada por vômitos incoercíveis no primeiro trimestre da gestação, proporcionando perda de peso e riscos à gravidez. A hiperemese gravídica estaria relacionada ao agravamento ou ao desenvolvimento de transtornos alimentares na gravidez, embora a prevalência destes em mulheres com hiperemese gravídica seja desconhecida. O antiemético de escolha para o tratamento da hiperemese gravídica é: dimenidrato + vitamina B6 (piridoxina). O tratamento da anorexia continua sendo difícil. Não há medicamentos específicos que restabeleçam a correta percepção da imagem corporal ou desejo de perder peso. Por enquanto as medicações têm sido paliativos. As mais recomendadas são os antidepressivos tricíclicos (possuem como efeito colateral o ganho de peso). Os antidepressivos inibidores
da recaptação da serotonina têm
sido
estudados, mas devem ser usados com cuidado uma vez que podem contribuir com a redução do apetite. É bom ressaltar que os pacientes com anorexia têm o apetite normal, ou seja, sentem a mesma fome que qualquer pessoa. O problema é que apesar da fome se recusam a comer. As psicoterapias podem e devem ser usadas, tanto individuais como em grupo ou em família.A indicação dependerá do profissional responsável. Por enquanto não há 508
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uma técnica especialmente eficaz. Forçar a alimentação não deve ser feita de forma rotineira. Só quando o nível de desnutrição é ameaçador. Forçar alimentação significa internar o paciente e fornecer alimentos líquidos através de sonda naso-gástrica. Geralmente quando se chega a isso se torna necessário também conter (amarrar) o paciente no leito para que ele não retire a sonda.
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42. TRANSTORNOS ORGÁSTICOS FEMININOS Vamos retomar em particular, dada sua importância, este item, no cuidado da mulher. A característica essencial do Transtorno Orgásmico Feminino é um atraso, ou ausência persistente ou recorrente de orgasmo, após uma fase normal de excitação sexual (Critério A). As mulheres apresentam uma ampla variabilidade no tipo ou intensidade da estimulação que leva ao orgasmo. O
diagnóstico
de
Transtorno
Orgásmico
Feminino
deve
fundamentar-se no julgamento clínico de que a capacidade orgásmica da mulher é menor do que se poderia esperar para sua idade, experiência sexual e adequação da estimulação sexual que recebe. A perturbação deve causar acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal (Critério B). A disfunção não é mais bem explicada por outro transtorno do Eixo I (exceto outra Disfunção Sexual), nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (inclusive medicamentos) ou de uma condição médica geral (Critério C). 42.1. SUBTIPOS Os subtipos são oferecidos para indicar início (Ao Longo da Vida versus Adquirido), contexto (Generalizado versus Situacional) e fatores etiológicos
(Devido
a
Fatores
Psicológicos,
Devido
a
Fatores
Combinados), para Transtorno Orgásmico Feminino.
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42.2. CARACTERÍSTICAS E TRANSTORNOS ASSOCIADOS Não foi encontrada qualquer associação entre padrões específicos de traços de personalidade ou psicopatologia e disfunção orgásmica em mulheres. O Transtorno Orgásmico Feminino pode afetar a imagem corporal, a autoestima ou a satisfação com o relacionamento. De acordo com
estudos
controlados,
a
capacidade
orgásmica
não
está
correlacionada com dimensões vaginais ou vigor dos músculos pélvicos. Embora algumas mulheres com lesões da medula, remoção da vulva ou excisão e reconstrução vaginal tenham relatado orgasmos, uma disfunção orgásmica é encontrada com frequência em mulheres com estas condições. Em geral, entretanto, as condições médicas crônicas como diabete ou câncer pélvico tendem mais a prejudicar a fase de excitação da resposta sexual, deixando a capacidade orgásmica relativamente intacta. Uma vez que a capacidade orgásmica em mulheres aumenta com a idade, o Transtorno Orgásmico Feminino pode ser mais prevalente em mulheres mais jovens. A maioria dos transtornos orgásmicos femininos são ao longo da vida, ao invés de adquiridos. Uma vez que aprenda a atingir o orgasmo, uma mulher raramente perderá esta capacidade, a menos que haja a interferência de uma fraca comunicação sexual, conflitos no relacionamento, uma experiência traumática (por ex., estupro), um Transtorno do Humor ou uma condição médica geral. Quando a disfunção orgásmica ocorre apenas em certas situações, uma dificuldade com o desejo sexual e a excitação sexual frequentemente está presente, além do transtorno orgásmico. Muitas mulheres aumentam sua capacidade orgásmica, à medida que experimentam uma maior variedade de estimulação e adquirem maior conhecimento sobre seus próprios corpos. 512
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42.3. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL O Transtorno Orgásmico Feminino deve ser diferenciado de uma Disfunção Sexual Devido a uma Condição Médica Geral. O diagnóstico apropriado é de Disfunção Sexual Devido a uma Condição Médica Geral, quando a disfunção é considerada exclusivamente decorrente dos efeitos fisiológicos de uma determinada condição médica geral (por ex., lesão da medula). Esta
determinação
fundamenta-se
na
história,
achados
laboratoriais e exame físico. Se tanto um Transtorno Orgásmico Feminino quanto uma condição médica geral estão presentes, mas o clínico determina que a disfunção sexual não se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos da condição médica geral, então se aplica o diagnóstico de Transtorno Orgásmico Feminino Devido a Fatores Combinados. Contrastando com o Transtorno Orgásmico Feminino, uma Disfunção Sexual Induzida por Substância é considerada exclusivamente decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., antidepressivos,
benzodiazepínicos,
neurolépticos,
anti-hipertensivos,
opióides). Se tanto Transtorno Orgásmico Feminino quanto o uso de uma substância está presentes, mas o clínico considera que a disfunção sexual não se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos do uso da substância, então se aplica o diagnóstico de Transtorno Orgásmico Feminino Devido a Fatores Combinados. Se a disfunção sexual é considerada exclusivamente decorrente dos efeitos fisiológicos tanto de uma condição médica geral quanto do uso de uma substância, aplicam-se os diagnósticos tanto de Disfunção Sexual Devido a uma Condição Médica Geral quanto de Disfunção Sexual Induzida por Substância. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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O Transtorno Orgásmico Feminino também pode ocorrer em associação com outras Disfunções Sexuais (por ex., Transtorno da Excitação Sexual Feminina), sendo que, neste caso, ambas as condições devem ser anotadas. Um diagnóstico adicional de Transtorno Orgásmico Feminino geralmente não é feito se a dificuldade para atingir o orgasmo é mais bem explicada por outro transtorno do Eixo I (Transtorno Depressivo Maior). Este diagnóstico adicional pode ser feito quando a dificuldade orgásmica antecede o transtorno do Eixo I ou é um foco de atenção clínica independente. Problemas
orgásmicos
ocasionais,
não
persistentes
ou
recorrentes ou não acompanhados de acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal não são considerados Transtorno Orgásmico Feminino. Um diagnóstico de Transtorno Orgásmico Feminino também não se aplica se os problemas se devem a uma estimulação sexual inadequada em termos de foco, intensidade e duração. Critérios Diagnósticos para F52.3 - 302.73 Transtorno Orgásmico Feminino A Atraso ou ausência persistente ou recorrente de orgasmo após uma fase normal de excitação sexual. As mulheres apresentam uma ampla variabilidade no tipo ou na intensidade da estimulação que leva ao orgasmo. O diagnóstico de Transtorno Orgásmico Feminino deve fundamentar-se no julgamento clínico de que a capacidade orgásmica da mulher é menor do que seria esperado para sua idade, experiência sexual e adequação da estimulação sexual que recebe. B. A perturbação causa acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal. C. A disfunção orgásmica não é mais bem explicada por outro transtorno 514
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do Eixo I (exceto outra Disfunção Sexual), nem se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral. Especificar tipo: Tipo Ao Longo da Vida Tipo Adquirido Especificar tipo: Tipo Generalizado Tipo Situacional Especificar: Devido a Fatores Psicológicos Devido a Fatores Combinados
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43. BIOÉTICA E GINECOLOGIA Fonte: Centro de Bioética CREMESP. Princípios bioéticos A Autonomia, não maleficência, Beneficência, Justiça e Equidade. A obstetrícia e a Ginecologia tratam das fases mais significativas da vida – nascimento, crescimento, reprodução e envelhecimento – e enfrentam dilemas éticos imprevistos em cada avanço do conhecimento médico. Sem sombra de dúvida, a revolução biológica desencadeada pela descoberta do DNA, por Waston e Crick, em 1953, criou as condições para o surpreendente movimento de inovação científica. Em decorrência disso, situações surgiram inéditas, não só para as pacientes, mas também para os profissionais de saúde. Os dilemas vão desde as necessidades básicas de saúde pública e direitos humanos, até as mais complexas consequências do aprimoramento técnico, como a utilização do genoma humano. É exatamente nesse ambiente de grandes avanços e de preocupações contraditórias que a bioética emerge. Como define Maria do Céu Patrão Neves, a bioética (1996)”é a ética aplicada a vida, um novo domínio da reflexão e da prática, que toma como seu objetivo específico as questões humanas na sua dimensão ética, tal como se formulam no âmbito da prática clínica ou da investigação científica, e como método próprio a aplicação de sistemas éticos já estabelecidos ou de teorias a estruturar”. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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O modelo de análise bioética comumente utilizado e de grande aplicação na prática clínica na maioria dos países é os “principalista”, introduzido por Beauchamp e Childress, em 1989. Esses autores propõem quatro princípios bioéticos fundamentais: autonomia, beneficência, nãomaleficência e justiça. O princípio da autonomia requer que os indivíduos capacitados de deliberarem sobre suas escolhas pessoais, devam ser tartados com respeito pela sua capacidade de decisão. As pessoas tem o direito de decidir sobre as questões relacionadas ao seu corpo e à sua vida. Quaisquer atos médicos devem ser autorizados pelo paciente. A Federação Internacional de Ginecologiae Obstetrícia (Figo), por meio do seu Comitê para Assuntos Éticos da Reprodução Humana e Saúde da Mulher, divulga, desde 1994, em um dos seus marcos de referência ética para os cuidados ginecológicos e obstétricos: O principio da autonomia enfatisa o importante papel que a mulher deve adotar na tomada de decisão com respeito aos cuidados de sua saúde. Os médicos deverão observar a vulnerabilidade feminina, solicitando expressamente sua escolha e respeitando suas opiniões. Em pacientes intelectualmente deficientes e no caso de crianças, o principio da autonomia deve ser exercido pela família ou responsável legal. O principio da beneficência refere-se à obrigação ética de maximizar o beneficio e minimizar o prejuízo. O profissional deve ter a maior convicção e informação técnica possíveis que asseguram ser o ato médico benéfico ao paciente (ação que faz o bem). Como o principio de beneficência proíbe infringir dano deliberado, esse fato é destacado pelo principio não-maleficência. Esse estabelece que a ação do médico sempre deve causar o menor prejuízo ou agravos à 518
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saúde do paciente (ação que não faz o mal). È universalmente consagrado através do aforismo hipocrático primum non nocere (primeiro não prejudicar), cuja finalidade é reduzir os efeitos aversão ou indesejáveis das ações diagnósticas e terapêuticas no ser humano. O princípio da justiça estabelece como condução fundamental da equidade: obrigação ética da tratar cada indivíduo conforme o que é moralmente correto e adequado, de dar a cada um o que lhe é devido. O médico deve atuar com imparcialidade, evitando ao máximo que os aspectos sociais, culturais, religiosos, financeiros ou outros interfiram na relação médico-paciente. Os recursos devem ser equilibradamente distribuídos, com o objetivo de alcançar, com melhor eficácia, o maior número de pessoas assistidas. Outro importante marco de referência ética para os cuidados ginecológicos e obstétricos do Comitê para Assuntos Éticos da Reprodução Humana e Saúde da Mulher (FIGO, 1994) assinala: Ao se oferecer os cuidados de saúde à mulher, o princípio da justiça requer que todas sejam tratadas com igual consideração, independentemente de sua situação socioeconômica. É importante constatar que os quatro princípios não estão sujeitos a qualquer disposição hierárquica. Se houver conflito entre si, no sentido de aplicá-los corretamente, deve-se estabelecer como, quando e o quê determinará o predomínio de um sobre o outro. Para exemplificar, é interessante registrar o que nos relatam Pedro Piva e Antonacci Carvalho (1993): “em um paciente com risco iminente de vida, justifica-se a aplicação de medidas salvadoras (diálise, amputação, histerectomia, ventilação assistida, transplantes etc.) mesmo que tragam consigo algum grau de sofrimento, prevalecendo assim o Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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princípio da beneficência sobre o da não-maleficência. O primeiro objetivo neste momento é a preservação da vida. Por outro lado, quando a paciente encontra-se em fase de morte inevitável e a cura já não é mais possível, o principio de não-maleficência prepondera sobre o da beneficência, ou seja, tomam-se medidas que proporcionam o alívio da dor em primeira instância. Se instituído nesta fase um tratamento mais agressivo, visando a cura (um transplante, por exemplo) além de eficaz, traria maior sofrimento. Uma paciente com câncer, sob quimioterapia, desenvolve uma pneumonia bacteriana e, por estar em fase depressiva, recusa-se a tomar os antibióticos prescritos. Os médicos responsáveis certamente não concordarão com tal recusa, que pode representar a morte da paciente. O principio da autonomia está sendo utilizado acima dos outros princípios. Em relação à criança, como dissemos anteriormente, o princípio da autonomia deve ser exercido pela família ou responsável legal. Entretanto, estes não têm o direito de forçá-las a receber tratamentos nocivos ou desproporcionalmente penosos, às vezes, por motivos religiosos. Consequentemente, os médicos devem intervir ou negarem-se a adotar condutas específicas quando as decisões dos pais ou responsáveis legais forem contrárias aos melhores interesses da criança. Tendo em vista a vastidão do assunto, concluímos com a narrativa de Daisy Gogliano (1993): “toda e qualquer terapêutica médica tem por fundamento e por pressuposto o repeito à dignidade humana, na tutela de direitos privados da personalidade e na relação médico-paciente, em que sobreleva o direito ao respeito da vontade do paciente sobre o tratamento; o direito do doente ou enfermo à dignidade e à integridade (físico-psíquica); o direito a informação que se deve fundar no consentimento esclarecido; o direito à cura apropriada e adequada; o 520
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direito de não sofrer inutilmente, na proporcionalidade dos meios a serem empregados, na diferenciação que se impõe entre terapêutica ineficaz e terapêutica fútil, isto é, na utilização de uma terapia racional e vantajosa, que
não
conduza
a
uma
terapia
violenta
e
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indigna”.
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44. ABORTAMENTO LEGAL – PARECERES Norma técnica não prevê mais BO para abortamento legal Documento do Ministério da Saúde integra Política Nacional de Direitos Sexuais e Reprodutivos, que trata também de planejamento familiar e reprodução assistida. O Ministério da Saúde lançou, no dia 22 de março, a Norma Técnica Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes, que traz como principal novidade a não exigência da apresentação do Boletim de Ocorrência (BO) Policial pelas vítimas de estupro para a realização de abortamento legal. 44.1. NORMA TÉCNICA A norma não trata apenas da interrupção da gravidez decorrente de violência sexual, mas aborda também a organização dos serviços de saúde, instalações, recursos humanos e registro de dados; normas gerais de atendimento de traumatismos físicos; apoio psicossocial às vítimas; anticoncepção de emergência; profilaxia para doenças sexualmente transmissíveis e infecção pelo HIV. O documento esclarece que as mulheres em situação de gravidez decorrente de violência sexual, bem como as adolescentes e seus representantes legais, devem ser esclarecidos sobre as alternativas legais quanto ao destino da gestação e sobre as possibilidades de atenção nos serviços de saúde. Também está claro na norma que as mulheres devem ser esclarecidas do direito e da possibilidade de manterem a gestação até o fim, com garantia dos cuidados pré-natais. Nesse caso, também têm Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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direito a receber informações sobre as alternativas após o nascimento, que incluem a escolha entre permanecer com a criança e inserí-la na família, ou proceder com os mecanismos legais de doação. 44.2. ASPECTOS LEGAIS De acordo com o Decreto-Lei n.º 2848, de 7 de dezembro de 1940, art. 128, inciso II, do Código Penal, o abortamento é permitido quando a gravidez resulta de estupro ou, por analogia, de outra forma de violência sexual. O Código Penal não exige qualquer documento para a prática do abortamento nesse caso, a não ser o consentimento da mulher. Segundo o Código Penal, art. 20, § 1º, “é isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, existisse, tornaria a ação legítima”. O Código Penal, no entanto, dispõe que é imprescindível o consentimento por escrito da mulher, que deve ser anexado ao prontuário médico. Já o Código Civil estabelece que, a partir dos 18 anos, a mulher é considerada capaz de consentir sozinha a realização do abortamento. 44.3. OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA De acordo com o artigo 28 do Código de Ética Médico é direito do médico, “recusar a realização de atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência”. Ou seja, o médico tem o direito de se recusar a realizar o abortamento em casos de gravidez resultante de violência sexual. No entanto, diz a Norma Técnica, é seu dever informar à mulher sobre seus direitos e, no caso de objeção de consciência, deve garantir a atenção ao abortamento por outro profissional da instituição ou de outro
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serviço. Não há direito de objeção de consciência em algumas situações excepcionais: • Risco de morte para a mulher; • Em
qualquer
situação
de
abortamento
juridicamente
permitido, na ausência de outro profissional que o faça; • Quando a mulher puder sofrer danos ou agravos à saúde em razão da omissão do profissional; • No atendimento de complicações derivadas do abortamento inseguro, por se tratarem de casos de urgência. 44.4. ATENÇÃO HUMANIZADA AO ABORTAMENTO A Norma divulgada no dia 22 de março integra várias medidas da Política Nacional de Direitos Sexuais e Reprodutivos que prevê ações de planejamento
familiar,
com
a
ampliação
da
oferta
de
métodos
anticoncepcionais reversíveis; a ampliação do acesso à esterilização cirúrgica voluntária; e a introdução da reprodução humana assistida no Sistema Único de Saúde (SUS). Também foi lançada, além da norma que trata do aborto legal, a norma de Atenção Humanizada ao Abortamento, que cria parâmetros de humanização e acolhimento para as mulheres que chegam aos serviços de saúde em processo de abortamento espontâneo ou inseguro. Todos os anos, no Brasil, ocorrem, de acordo com as estimativas, cerca de 1,4 milhão de abortamentos espontâneos ou inseguros, com uma taxa de 3,7 abortos para 100 mulheres de 15 a 49 anos. Como reflexo dessa situação, no ano de 2004, 243.998 internações no SUS foram motivadas por curetagens pós-aborto. São complicações
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decorrentes de abortamentos espontâneos e inseguros, geralmente mulheres pobres que chegam com hemorragia intensa ou infecção. As curetagens são o segundo procedimento obstétrico mais praticado nas unidades de internação, superadas apenas pelos partos normais. Já o abortamento é a quarta causa de óbito materno no país. Os dados mais recentes disponíveis de razão de mortalidade materna por causa, de 2001, apontaram 9,4 mortes de mulheres por aborto por 100 mil nascidos vivos. 44.5. OUTRAS AÇÕES DA POLÍTICA NACIONAL Dentre as medidas anunciadas pelo Ministério da Saúde consta a ampliação da oferta de métodos anticoncepcionais reversíveis no SUS, incluindo pílula combinada, minipílula, pílula de emergência e injetável mensal, além de diafragma e DIU. Quanto à ampliação do acesso à esterilização cirúrgica voluntária, a meta é aumentar em 50%, até 2007, o número de serviços de saúde credenciados para a realização de laqueadura tubária e vasectomia. Foi anunciada ainda a ampliação da oferta da reprodução humana assistida no SUS – cerca de 8% a 15% dos casais têm algum problema de infertilidade – mas que dependerá da estruturação dos serviços para assistência à infertilidade conjugal. A meta é que os serviços ofereceram também técnicas de reprodução assistida a casais com doenças genéticas ou infecto-contagiosas, como HIV e hepatite B, para evitar a transmissão das doenças para os bebês e/ou para os parceiros. Outra meta é reduzir em 15% os atuais índices de mortalidade materna e neonatal, até o fim de 2006. Atualmente, no Brasil, em cada 100 mil nascidos vivos, ocorrem 74,5 mortes de mulheres. No caso das crianças, a cada mil nascidos vivos, 18,3 morrem nos primeiros 28 dias de vida. 526
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45.
MANEJO
DE
PACIENTES
EM
SURTO
PSICÓTICO E COMPORTAMENTO AGRESSIVO E DE RISCO. CONDUTA EM AGITAÇÃO PSICOMOTORA COMPORTAMENTOS HIPERATIVOS •
Ansiedade;
•
Agressão verbal;
•
Agressão física;
•
Inquietação;
•
Discurso contínuo;
•
Nervosismo intenso;
•
Alterações do sono e apetite.
COMPORTAMENTOS HIPOATIVOS •
Tristeza;
•
Apatia;
•
Sentimento de desvalorização;
•
Auto incriminação;
•
Pensamento suicida;
•
Fuga;
•
Anorexia.
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FORMAS DE SOFRIMENTO MENTAL DELÍRIO: O paciente tem uma falsa crença que não muda com a argumentação correta e real. Mesmo sendo colocadas provas, ele continua a acreditar na mesma. Ex: •
Grandeza, riqueza, poder, místico, erótico e etc.
•
Acredita ser o diabo;
•
O remédio que lhe dão é para matá-lo;
•
Crê ser Deus;
•
Incorpora um artista famoso.
CONFUSÃO MENTAL • Origem orgânica: distúrbios metabólicos (hipo ou hiperglicemia); hipóxia; uremia. •
Duração breve e flutuante;
•
Agitação
psicomotora
com
sintomas
neurológicos
associados (tremores). ALUCINAÇÃO: Não existe objeto real, a vítima refere uma percepção inexistente (falsas percepções) auditiva, visual, olfativa, gustativa, tátil, sinestesia (bactérias, estômago engolindo outros órgãos). PSICOSE É uma doença muito grave da personalidade, envolvendo uma deterioração em relação ao senso de realidade e revelada por sinais de um grande desajuste à vida social.
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• Grave distúrbio da personalidade, impedindo severamente nas relações; • Fatores orgânicos (incluindo tóxicos), psicológicos ou ambos; • Grave desordem da percepção, memória e juízo crítico; • Não tem consciência de que tem desordem da personalidade; • Delírios, alucinações; • Precisam de hospitalização; • Conflitos anteriormente reprimidos são mobilizados. APRESENTAÇÕES MAIS COMUNS Distorções do pensamento Distorções da percepção Afetos inapropriados A origem: bioquímica, genética, psicossocial; condição clínica (tumor cerebral), TCE, (alterações metabólicas) ou ser induzida por substâncias (cocaína, LSD), (Álcool e etc.). ORGÂNICAS: • Delírio tremens, neoplasias, traumas e drogas. AFETIVAS: • Transtorno bipolar e suicida. ESQUIZOFRENIAS: (mente dividida) • Autismo, catatonismo, Paranóia.
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NEUROSE Doença de leve a moderada gravidade da personalidade em que a função do juízo não é gravemente afetada e em que o desajuste da vida é relativamente limitado. “NERVOSISMO” ( LEIGO ) •
Distúrbio
menos
grave
da
personalidade
(social,
vocacional e sexual); •
Fatores psicológicos (desordem funcional);
•
Desordem menor das funções da personalidade;
•
Consciência de desordem da personalidade;
•
Obsessões, compulsões e fobias;
•
Não precisam de hospitalização;
•
Conflitos são reprimidos.
PSICOLÓGICAS: •
Histeria;
•
Obsessões;
•
Compulsões
•
Fobias
•
Hipocondríase (fronteira com a psicose)
• Fronteiriço. EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA É um distúrbio urgente e sério de comportamento, afeto e pensamento que torna o paciente incapaz de responder as situações da vida e as relações
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Interpessoais. Assim, denominamos “intervenção em crises” a atenção especial dispensada pela equipe de socorro á vítima, a familiares, amigos ou outros espectadores na cena da ocorrência, que se encontrem em estado de crise. Definimos “crise” como a incapacidade do indivíduo em lidar com o estresse por meio de mecanismos habituais. Quando se defronta com um problema novo ou insuportavelmente angustiante, responde com um temporário estado de desequilíbrio emocional. As reações aos diversos agentes estressores dependem da capacidade emocional e física, variável em cada indivíduo. Assim
definido,
considera-se
a
crise
uma
situação
de
emergência, em que a pessoa põe em risco sua própria vida, a de outras pessoas e até a da equipe de socorro, em função da desorganização súbita ou rápida da capacidade de controlar seu próprio comportamento. •
Comportamento
suicida:
impulsividade
e
rigidez
do
pensamento. • Transtornos de ansiedade: sintomas somáticos • Transtornos da personalidade: Anti-social uso de drogas, Boderline ou limítrofe ( imprevisível, ausência de culpa e remorso). • Transtorno mental de causas orgânicas: mosaico de sintomas psíquicos e somáticos (delírios, alucinações, etc.). Associado a alterações somáticas. As causas comuns (intoxicações ou abstinências por uso de substância psicoativa,distúrbios metabólicos, síndromes neurológicas, infecções, TCE). • Delirium tremens - Síndrome de abstinência do álcool: alteração da consciência; desorientação no tempo e espaço e sobre si mesmo; memória, atenção e crítica diminuídas ou ausentes; tremores; alucinações Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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e delírios de fundo persecutório; sudorese,taquicardia,insônia e convulsão; sinal da linha. Ameaça a si mesmo e aos outros. • Intoxicação ou abstinência por substâncias de abuso: uso de uma ou mais substâncias psicoativas, deprimindo ou estimulando o SNC : depressão
respiratória,
sonolência,
insônia,
agitação,
depressão,
alucinação, delírio e coma. COMO INTERVIR? COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA • Visa ajudar a pessoa a sair da crise e voltar ao equilíbrio ou melhorar a qualidade de vida. PRIORIZAR INTEGRIDADE DA EQUIPE: A SEGURANÇA DE QUEM ATENDE Em qualquer etapa do atendimento a equipe pode solicitar apoio, caso julgue necessário e manter uma posição de segurança, enquanto aguarda a chegada dos policiais. Abordando a vítima • Iniciar a abordagem realizando a avaliação primária. • Observar a comunicação verbal e/ou não verbal (jeito, vestimenta, expressão facial, postura do corpo). • Focar na avaliação secundária as patologias, internações, medicações que faz uso e qual medicação já tomou hoje. • Tentar formar vínculo: agir respeitosamente, mostrar que está ali para ajudá-lo, identificar-se de maneira formal; • Manter o canal de comunicação aberto; 532
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• Ouvir atentamente; • Respeitar pausas silenciosas. Ao se comunicar Usar técnicas que possibilitem a confiança da vítima em nosso atendimento. • Para tanto devemos: Manter o olhar na vítima (mostrar interesse e vigília) Manter a escuta com atenção Evitar dar conselhos Evitar mentiras (rompe com vínculos de confiança) Evitar ameaças (não é tratamento de saúde); Não manipular a vítima para os interesses do profissional; Respeitar a todo o momento a fragilidade comportamental da vítima; Evitar promessas que não serão cumpridas; Procurar situar a vítima na realidade; Ficar atento para o jogo manipulador/ sedutor, agressões, tentativa de fuga; Chamar a vítima pelo próprio nome; Evitar apelidos / falsas intimidades; Conduta de contenção física Observação importante Solicitar autorização para contenção física ao responsável, quando houver. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Decidindo pela contenção física Critérios para tomada de decisão: •
Observar auto e/ou hetero agressão;
•
Incapacidade para o auto cuidado;
•
Localização de tempo e espaço afetados;
•
Discurso desconexo;
•
Alterações da senso percepção;
Quando a vítima colabora •
Caminhar com a vítima até a AM;
•
Manter vigilância para possível fuga e/ou agressão;
•
Conter a vítima após deitá-la na maca;
•
Observar cuidados para contenção física;
•
Orientar sobre a contenção, explicar que é para sua
segurança; TÉCNICA DE CONTENÇÃO FÍSICA MÉTODO • Definir o código de abordagem com a equipe; • Estabelecer vínculo; • Posicionamento discreto da equipe; • Contenção da vítima; • Fixação da vítima na prancha ou leito; TRANSPORTE DA VÍTIMA • Na ambulância, coloque os cintos reforçando a fixação da vítima na maca ou leito; 534
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• Vítimas colaborativas nunca devem ser transportadas sem a contenção. ATENÇÃO: Toda contenção física envolve riscos de agravos a outras doenças conhecidas ou não, da vítima. Agradecimentos ás equipes do Samu/ Zona Norte.
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TÉCNICA DE CONTENÇÃO FÍSICA IMOBILIZANDO O MEMBRO SUPERIOR
IMOBILIZANDO A CABEÇA E O TÓRAX
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IMOBILIZANDO A CABEÇA E O TÓRAX
IMOBILIZANDO O MEMBRO INFERIO
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IMOBILIZAÇÃO TOTAL ELEVANDO PACIENTE
FIXANDO A REGIÃO INFERIOR
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SUPERIOR
IMOBILIZAÇÃO TOTAL ELEVANDO DA PACIENTE
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CONTENDO O TÓRAX /TÓRAX CONTIDO
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REALIZANDO O NÓ
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NÓ PRONTO
PACIENTE CONTIDO
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O procedimento-padrão consiste em administrar um neuroléptico de alta potência como o haloperidol, na dose de 5 mg a 10 mg por via intramuscular (IM) que tem rápida absorção e independe de colaboração do paciente. O procedimento pode ser repetido a cada 30 a 60 min, até o controle dos sintomas de hiperexcitação, hiperatividade ou agressividade. A maioria dos pacientes responde a uma dose de 10 mg a 20 mg e não se recomenda que se ultrapasse os 50 mg/dia. Em face dos riscos de efeitos colaterais extrapiramidais, deve-se usar a menor dose necessária. Os principais efeitos colaterais como acatisia e distonia aguda devem ser tratados com antiparkinsonianos como biperideno de 2 mg a 5 mg por VO ou IM. CONDUTAS EM AGITAÇÃO PSICOMOTORA. Os neurolépticos de alta potência têm sido preferidos em relação aos de baixa, como a clorpromazina, para a tranquilização rápida, em virtude de menor risco de efeitos adversos como a hipotensão. As associações, muito utilizadas no passado, de dois neurolépticos mais a prometazina, chamadas de "cocktail", são hoje DESACONSELHADAS. Ref: Manual de condutas do Serviço Atendimento Médico de Urgência (Samu). OUTRAS CONDUTAS Um regime eficaz e cada vez mais usado em no Brasil consiste na associação do neuroléptico a um benzodiazepínico de ação rápida e potente, como por exemplo, o midazolan, na dose de 5 mg a 15 mg por via IM, ou 15 mg por VO. A vantagem desse regime está na redução da dose necessária de neurolépticos para controle da crise, diminuindo-se a exposição do paciente aos seus efeitos colaterais. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Principais intoxicações Medicamentos, cosméticos, inseticidas/ bebidas plantas. Pesticidas, alcoólicas. PRODUTOS DE LIMPEZA Detergentes Água sanitária Lustra - móveis Soda caustica Detergentes Água sanitária Lustra-móveis Soda caustica PLANTAS ORNAMENTAIS VIA INALATÓRIA E DÉRMICA Agrotóxicos o Inseticidas o Herbicidas o Fungicidas o Raticidas SÍNDROME COLINÉRGICA: “CHUMBINHO” Sinais e Sintomas – Intox. Chumbinho
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•
Náuseas, vômitos, diarréia;
•
Secreção brônquica, salivação, sudorese;
•
Miose ou midríase;
•
Bradi ou taquicardia; Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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•
Hiper ou hipotensão;
•
Confusão mental;
•
Sonolência, torpor ou coma;
•
Fasciculações e tremores;
•
Hiperglicemia;
•
Crises epilépticas;
•
Depressão respiratória;
•
Fraqueza muscular progressiva.
VIAS INALATÓRIAS Gases, gasolina e álcool. •
Fumaça
•
Monóxido de carbono
Sinais e Sintomas: Intoxicação por Monóxido de Carbono Fadiga; Tontura; Cefaleia; Náuseas; Desorientação e confusão; Nistagmo; ESCALA DE COMA DE GLASGOW A escala é utilizada para avaliar o nível de consciência do paciente a escala varia de 03 a 15 sendo que quanto mais baixa a pontuação, mais grave é o comprometimento neurológico do paciente •
Abertura ocular espontânea 4 pontos
•
Por estimulo verbal 3 pontos Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Por estimulo a dor 2 pontos
•
Sem resposta 1 ponto
•
Resposta verbal orientado 5 pontos
•
Confuso (mas ainda responde) 4 pontos
•
Resposta inapropriada 3 ponto pontos
•
Sons incompreensíveis 2 pontos
•
Sem resposta 1 ponto
•
Resposta motora obedece a ordens 6 pontos
•
Localiza dor 5 pontos
•
Reage a dor, mas não localiza 4 pontos.
•
Flexão anormal – decorticação 3 pontos
•
Extensão anormal - decerebração 2 pontos
•
Sem resposta 1 ponto
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46. ASSÉDIO MORAL E SEXUAL EM MULHERES: ASPECTOS LABORATIVOS. Fabio Tofoli Jorge O assédio moral e sexual está incrustado na estrutura social tanto como fator determinante, como ideário, costumes de uma época, mentalidade de ambiente de trabalho, instituição de poderes, e também como fator condicionante, posto que afeta o meio ambiente, o estado da técnica de trabalho e o acelerado avanço do saber científico e tecnológico que permite-nos vê-lo interferir fortemente, positiva ou negativamente no ambiente laborativo. O assédio moral e sexual vem tomando melhor forma, conteúdo, distinção e especificidade no seio Trabalhista, Bioético e de Direito, da mulher em particular, posta esta se encontrar extremamente vulnerável á ambos, como uma unidade particular identificável, como houvera 9
salientado Dürkheim , qual seja como um fenômeno, de que se trata, por extensão, de um conjunto de crenças e sentimentos comuns aos membros de uma sociedade que acaba por formar um sistema que tem vida própria, como uma concepção coletiva comum, posto que fortalece a oposição ás crenças, opiniões e valores corporativos da alta performance laborativa, aética, e de um relativismo amoral da contemporaneidade, onde o poder se apresenta de várias formas, ora como prestígio, ora como forma de coação física e mental, como aprovação corporativa social, posse, saber tecnológico, hierarquia, ou seja, que estas ordens se capacitaram para entender e defender melhor os assédios.
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Até a década de 80 eram poucos os países que adotavam normas de especificidade para o assédio moral, hoje considerada ilícito e inaceitável em ambiente de trabalho. Ainda hoje menos que 36 dos 192 componentes membros das Organizações das Nações Unidas tem especificidade legislativa sobre assédio sexual e um numero ainda menor sobre assédio moral, citado por Hugo R. Mansueti em seu Acoso sexual em las relaciones laborales (2006). O assédio moral e sexual é compreendido como elementos disjuntivos, desordenados, cujo conceito central é o de retirar da mulher a vida em sua dignidade. O drama do assédio como elemento de disjunção estrutural da pessoa, de sua personalidade, tem sua primeira parte remetida para as questões morais, antes mesmo de reconstruirmos toda sua polêmica estrutura. O assédio moral, muito antes de poder ser considerado um enunciado abstrato ou questão ética fundamental é, uma violação a um interesse juridicamente tutelado, sem conteúdo pecuniário, mas que deve ser preservado como um dos direitos mais importantes da humanidade: o direito à dignidade. A
Ginecologia
e
a
obstetrícia
com
seus
preceitos
de
humanização, consistência e qualidade de vida, dá ênfase vulnerabilidade da mulher e da sua natureza particular, ao valor da interação humana, à preocupação com os interesses das outras pessoas, uma inclinação para a verdade, a honra aos compromissos, á disposição de rejeitar determinados modos de agir, por serem injustos, desonrosos, ou egoístas, um ramo por assim dizer da ética das relações aplicadas, de casos do Direito civil e penal, da exclusão individual e social, nestes contidos, que compreende em sua lógica a dimensão do assediamento. Seu caminho reflexivo548
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analítico sobre valores inerentes á vida e á saúde, valores que dizem respeito á solidariedade, reconhece a trajetória das áreas onde a vida e a saúde é decidida, de menor para maior respeitabilidade nesta epopéia de convivência humana, onde se permeia o individual e o coletivo, o que se designa como “valor humano”, as assim chamadas saúdes mentais, sendo o assédio um dos seus desafios na modernidade de intensos interesses econômico-financeiros, poder, contraponto das desigualdades sociais e de qualidade de vida. O assédio é a condição de vitimização da mulher no seu ambiente, no espaço dos usos e costumes, pontuados historicamente, e no aspecto ético como abordagem universalizante. Este viés vocacional da ginecologia e obstetrícia é compartilhado com o Direito, que passou á lhe conferir, mundialmente, reconhecimento e perspectivas de soluções com intuito de preservar a autonomia do sujeito e a justiça. Não é sem motivo que enfatizamos isso, porquanto em muitas situações da lida do Direito, vemos a mulher coisificada, dependente de suas relações institucionais, de casamento, na vida cível, nos meandros das irregularidades justificadas na expectativa servil para terceiros, submetida á tratamentos entre seus pares, estranhos e hierárquicos no mínimo duvidosos eticamente, com magnitudes de maleficência que ultrapassa os limites da desumanização no ambiente doméstico e de trabalho, com a indiferença que o sistema lida com a diversidade da vida, da natureza, falsificando o fim e objeto pretendido da espécie humana, dotada de razão. O relacionamento tirânico junto à mulher, conhecido desde os tempos de senhor e escravo, entronizou nossos conceitos ético-jurídicos atuais e as narrativas, discursos, retóricas, das sociedades de fragilização Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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feminina, clamaram contra a hipocrisia, e denunciou vivamente os assédios, quer sexual, quer morais. A opressão assediadora contra a mulher tem um duplo aspecto: um legítimo e outro ilegítimo, que vai se configurando temporal e espacialmente, que invoca os pareceres de Hubert e Mauss em seu Essai sur la nature et la function du sacrifice. O assédio designa um problema, muitas vezes na proporção de uma violência, que não tem contrapartida, como nas tragédias gregas. O assédio rompe em síntese com o primeiro patrimônio da pessoa, qual seja, sua personalidade, que são os caracteres próprios do indivíduo, seu primeiro Bem, o que lhe pertence como primeira utilidade, posto que é o primeiro que serve para que a pessoa seja o que é e para continuar á sê-lo, para sobrevivência e adaptações ás condições do ambiente em que vive. O assédio comporta-se de maneira ritualística onde o elemento vitimário (neste particular, a mulher) se torna imerso em julgamentos de valor, de inferioridade, na ideia de rebanho como nas tragédias gregas (Ájax de Sófocles, Medeia de Eurípides, etc.); na ideia de sua arbitrariedade, dispostos nas categorias humanas sacrificáveis (mulheres, prisioneiros, escravos, crianças, um rei, pessoa que ocupa lugar de destaque na comunidade ou que seja fundamental para determinado trabalho invejado, mulheres descasadas, divorciadas, pessoas que oferecem pouco risco de vingança, indivíduo com pouco relacionamento 10
social que pode ser abatido sem perigo, etc.). Para Girard , dentre os critérios que preside a escolha da vítima está o de ser próximo do assediador. Os assédios não são como as vinganças de sangue (blood feud) dos 550
nossos
antepassados,
facilmente
identificáveis
na
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fatalidade
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específica da qual se nossos antepassados que se livravam com facilidade. O ato assediador deve escolher uma vítima, sem tendência a se alastrar na sociedade sob risco de ocorrerem represálias em cadeia, justiças feitas com a própria mão. A vingança fica então proibida, a exceção do elemento assediado, que se torna presa da incursão assediadora, num movimento circular, sem fim, até que resultados sejam conseguidos, via de regra com a traumatização psicológica do assediado ou de seu silêncio até mesmo para autoridades policiais. Muitos casos, não são nem sequer comunicados á autoridade policial. O isolamento progressivo da assediada (elemento vitimizada), noções de impureza e contágio remonta as religiões primitivas, bem relacionadas por Frazer
11
e Dürkheim, e por vezes achamos absurdo que
ainda permaneçam neste universo moderno das ameaças que pairam sobre relações humanas problematizadas. Somente esta profunda visão sobre o assédio moral, é que permitiria em parte desconstruir esta noção do efeito supremo da civilização laborativa sem a sensibilidade ao sofrimento, que decorre do trabalho assimétrico de relações de poder autoritário. É como se o assédio moral fosse em si inextinguível, como parte da tragédia humana e que á despeito das mudanças extremas das sociedades ele se mostra poderoso na vida de fundo das relações, como que na rabeira, por detrás do processo civilizatório, como fenômeno eterno.
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47. VIOLENCIA CONTRA A MULHER É um prejuízo muito comum entender que o fenômeno da violência à mulher é um resíduo do passado, uma reminiscência de antigas barbáries, sendo que uma infinidade de dados históricos dão conta de que a repressão á mulher em vários matizes no mundo todo se evidencia como uma prática, formando parte integrante de certos mecanismos inerentes inclusive
do
Estado
moderno,
quanto
nas
circunstancias
sociais
domésticas e circundantes. Uma prática corriqueira era falsear o princípio de convicção da violência, reconstituindo algo que não se configuraria na ordem da prova legal da mesma e tal como se produzia no século XVIII era característica do funcionamento da justiça. Borstein em Violence et agression sexuelle,
36
informa que os estupradores como forma de violência contra mulheres é uma categoria em alta vertiginosa. Esta passagem de um silêncio sepulcral para uma visibilidade ruidosa, este crime está presente como nunca nas investigações policiais, nos documentos da Justiça, nos artigos da imprensa, nos debates de opinião publica. O recrudescimento do medo, a reforma dos códigos, os pedidos de agravamento das penas se multiplicam, assim como as medidas
cautelares,
preventivas,
e
intermináveis
solicitações
de
tratamento para criminosos potenciais. O violento cedeu lugar à uma figura mais psicológica do pervertido desvairado, que mistura sangue ao desejo de poder e à sexualidade. A violência contra a mulher foi assim no decorrer dos séculos sendo menos tolerada, criminalizada, como mudança antes de tudo, cultural. O que se vê, não é apenas a quantificação da violência, mas seus limites ou a ausência deles, a maneira de julgá-los, já Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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que sempre foram submetidos à história e o conteúdo jurídico da mesma, cuja sensibilidade à violência à mulher nem sempre obedeceu aos mesmos critérios, já que estava atrelada e ainda está ao status de seus autores. Os ricos e os homens de prestígio social e com bons advogados pagam um preço diferente pelo mesmo crime que outros mais pobres e vulneráveis na escala social. A nossa história recente mostra clara e profundamente estes julgamentos, num emaranhado complexo de interesses. A vergonha inevitavelmente sentida pela vitima liga-se à uma intimidade devassada numa imagem que se oferece à ela, de publicidade nefasta possível, mobilizando o tema da sordidez, do aviltamento do contato, um mal que transpassa a vitima para transformá-la indelevelmente aos olhos dos outros, tanto mais dolorosa, quanto mais o universo do criminoso não se vê ameaçado por desvios jurisprudenciais aquiescentes. A vítima é que é condenada duplamente conforme o autor, expondo à plena luz aquilo que desliza na sombra do poder e da grana. Mesmo diante de fortes indícios materiais do crime, na queixa da vítima, nos sinais físicos da
violência,
nos
objetos
quebrados
e
utilizados,
testemunhos
concordantes, o não consentimento da mulher de prestar a queixa formal, como forma de medo, ou de sua vontade, acrescenta um obstáculo a mais à dissolução da violência, como instituição nas relações, fazendo-se um lento reconhecimento do sujeito infrator como ausente das atitudes perpretadas, ou seja, consciências distintas daquilo que a violência em si faz. Mistura-se ao infrator a figura da mulher, que se auto-suspeita merecedora da violência, como duvida à priori, que torna inapreensível seu
possível
terror
a
represálias,
sua
ilusão,
sua
submissão
ancestralmente colocada e incontrolada. Prefere muitas vezes relevar ao 554
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esquecimento, negligenciar a violência, cedendo a ela, mantendo o sistema de opressão o milenarmente imposto culturalmente. Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”. “A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduziram à dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens e impedem o pleno avanço das mulheres...” Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres, Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, dezembro de 1993. A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993) reconheceu formalmente a violência contra as mulheres como uma violação aos direitos humanos. Desde então, os governos dos países-membros da ONU e as organizações da sociedade civil têm trabalhado para a eliminação desse tipo de violência, que já é reconhecido também como um grave problema de saúde pública. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), “as consequências do abuso são profundas, indo além da saúde e da felicidade individual e afetando o bem-estar de comunidades inteiras”. Conhecida como Lei Maria da Penha a lei número 11.340 decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006; dentre as várias mudanças promovidas pela lei está o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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familiar. A lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar estrangular a ex-esposa. A lei alterou o Código Penal Brasileiro e possibilitou que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada, estes agressores também não poderão mais ser punidos com penas alternativas, a legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos, a nova lei ainda prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida. A nova legislação triplicou a pena para agressões domésticas contra a mulher, aumentou os mecanismos de proteção das vítimas e alterou o Código Penal, permitindo que agressores sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada. Pela lei, a violência psicológica também passou a ser considerada violência doméstica e a vítima pode ficar afastada do trabalho por seis meses sem perder o emprego, caso seja constatada a necessidade de manutenção de sua integridade física ou psicológica. Antes da sanção, processos que envolviam violência doméstica eram considerados de menor potencial ofensivo e levados a juizados criminais, em meio a processos de briga entre vizinhos e de acidentes de trânsito. Com a legislação, foram criados juizados especiais para cuidar do tema. Os dados divulgados pelo governo e pela Justiça nesses últimos cinco anos indicam que Lei Maria da Penha é eficaz, tendo evitado agressões e ajudado a punir os autores desse tipo de crime. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), até julho do ano passado (2010), foram sentenciados 111 mil processos e distribuídos mais de 330 556
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mil procedimentos sobre o assunto. Além disso, foram realizadas 9,7 mil prisões em flagrante e decretadas 1.577 prisões preventivas de agressores. No Brasil existem 70 juizados de violência doméstica. Além disso, existem 388 delegacias especializadas no atendimento à mulher, 193 centros de referência para tratamento das vítimas e 71 casas para que essas mulheres sejam abrigadas temporariamente. A mulher que sofre uma violência doméstica pode recorrer à Central de Atendimento à Mulher por meio do telefone 180. O serviço, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, registrou 734.416 atendimentos em 2010, sendo que 108.026 foram relatos de violência física, psicológica, moral ou sexual. Também foram registradas 58.714 ocorrências de lesão corporal e 15.324 de ameaças, o que corresponde a 55% e 14,4% do total O nome da lei é uma homenagem a farmacêutica e bioquímica cearense que sofreu diversas tentativas de homicídio por parte do marido. Em maio de 1983, ele deu um tiro em Maria da Penha, que ficou paraplégica. Após aguardar a decisão da Justiça e não ver resultados, ela entrou com uma ação contra o País na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Esse foi o primeiro relato sobre violência doméstica feito ao órgão na América Latina. Em 2001, o Estado brasileiro foi condenado, pela primeira vez na história, por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica. O marido de Maria da Penha foi condenado 12 anos depois do crime. Ele ficou preso por dois anos, em regime fechado, e hoje está livre. A violência numa visão íntima das mulheres a ela submetida transforma em irremediável trauma o que em outros tempos era principalmente vergonha moral e ofensa social. A violência do ponto de vista psiquiátrico cria uma vertente psicológica que se agrega à outras, mais visíveis no cenário social, tornado as consequências mais definitivas, Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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pondo em jogo o que a pessoa vive, a sua autonomia e identidade. A psiquiatria releva a vertente bastante pessoal da ofensa, na sua interioridade que esta forma de crime percorre o espaço mental atingindo o corpo e a parte mais incorporal da mesma, a importância dada ao sofrimento ocultado, uma devastação oculta, uma ruptura desta autonomia do ser, um tormento vívido. A história da violência guarda esta presença, da violência difusa, de sua extensão, de seus graus, de como a justiça tolera ou rejeita o ato brutal, na ausência da emoção declarada e da queixa formalmente ausente, tornando banal o ato. Paradoxalmente ainda é dos crimes menos condenados, pela sensação de legitimidade dos que utilizam a violência como meio de intimidação, falta de reconhecimento à mulher, ou sua proteção. É uma violência ainda no nosso meio, relativamente tolerada, com raridade de queixas, alusão insistente de ter o violento a posse da vítima, eixo pelo qual a violência se vê facilitada. A Lei Maria da Penha tem sido duramente criticada pois ainda mantém exposta a mulher à violências inclusive fatais. A violência dentro deste contexto marca como são numerosas, decisivas e nos lembram que seus julgamentos são indissociáveis de um universo coletivo e de suas mudanças, por onde ainda cursa uma longa travessia, um lento recenseamento de sua prevalência, que pudessem melhor definir o quadro sombrio que por vezes se apresenta, uma lógica que humilha, a que defende, a que julga, como elementos heterogêneos, múltiplos, implícitos, fazendo com que a violência nos seja familiar, na mulher e na ausência dela, se dissolva em erro ou pecado, onde a imagem desta mulher oprimida nos pareceu por tanto tempo legítima na história não muito longínqua, nem tão afastada. É mais uma violência, como a dos campos de futebol, das brigas de gangs, de vizinhos, de transito, banais. São vias de regra, severamente condenáveis nos escritos jurídicos e 558
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pouco penalizadas. Estamos pro9ntos para compreender a violência como outras brutalidades físicas ou até justificá-las, condenam e perdoam ao mesmo tempo, oscilando entre a indulgência, a tolerância e a repressão, um fato, no mínimo,
cruel. Seria um paralelo com a violência familiar
cotidiana que é preciso encarar. Tem esta coerência com o conjunto de violências universais, e não uma sensibilidade própria, uma fatalidade. Vivemos os matagais onde se escondem os bandidos, as ruas onde se dão os arrastões ao cidadão comum, parlamentos protegendo corruptos de várias siglas, a indolência de juízes na busca de ladrões descarados de colarinho e gravata, a nobreza política surrupiando o dinheiro publico, posto que esta instituição judiciária ou esteja dentro ou longínqua desta lida. Não há contas a acertar, afinal de contas, para gente tão ilustre. É coerente. Revelador dessa tolerância difusa do regime, evidenciando mais uma atitude de conjunto, modos particulares de fazer a ética pela moral que tem. A clemência real salvou os bancos insolventes com o dinheiro publico. O dinheiro lavado em paraísos fiscais não foi considerado de instrução criminal. Alguns, para não dizerem que não falaram de flores, tiveram sob suas cabeças o peso da espada da lei. A justiça tem, portanto um arsenal de amedrontamento, ela mais que ninguém poderia fazer tremer o incauto, o perigoso social, o criminoso, mas o gládio da justiça é para alguns apenas, no mesmo desprezo pelo corpo da mulher, como pelo corpo social, onde vemos a legitimização da mutilação, nessa violência que aflora incessantemente como modalidade do regime onde prevalece um lado insondável, de investigações não concluídas, processos não realizados ou não cumpridos como decorrência de julgados. A atrocidade do carrasco é para o pequeno. Estamos longe de fixar uma penalidade global unificada, que graduaria em qualquer circunstância julgamentos previsíveis e idênticos. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Leia-se; Dentre as matérias publicadas na época da morte de Ângela Diniz, artigo de Carlos Heitor Cony na revista Fatos e Fotos – Gente, assim descrevia o crime: “Eu vi o corpo da moça estendido no mármore da delegacia de Cabo Frio. Parecia ao mesmo tempo uma criança e boneca enorme quebrada... Mas desde o momento em que vi o seu cadáver tive imensa pena, não dela, boneca quebrada, mas de seu assassino, que aquele instante eu não sabia quem era”. O jornalista titubeia em sua opinião sobre o crime. De um lado, cita a Promotoria que acusava Street de libertinagem, cafetinagem, e conclui: "Mas outros cafetões, outros libertinos e safados não se tornaram assassinos". Por outro lado, em benefício do assassino, Cony entrevista o delegado Sérgio Paranhos Fleury, que afirma "[...] o único crime respeitável, que não condenaria com rigor, era o passional... Crime passional qualquer um comete, até eu". Cony conclui: "A chamada privação de sentidos provocada pela paixão pode fazer do mais cordial dos homens um assassino". O fato foi de conhecimento publico e midiático. Violência
doméstica
é
a
violência,
explícita
ou
velada,
literalmente praticada dentro de casa ou no âmbito familiar, entre indivíduos unidos por parentesco civil (marido e mulher, sogra, padrasto) ou parentesco natural pai, mãe, filhos, irmãos etc. Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra as crianças, maus-tratos contra idosos, e violência contra a mulher e contra o homem geralmente nos processos de separação litigiosa além da violência sexual contra o parceiro. Pode ser dividida em violência física — quando envolve agressão direta, contra pessoas queridas do agredido ou destruição de objetos e 560
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pertences do mesmo (patrimonial); violência psicológica — quando envolve agressão verbal, ameaças, gestos e posturas agressivas, juridicamente produzindo danos morais; e violência socioeconômica, quando envolve o controle da vida social da vítima ou de seus recursos econômicos. Também alguns consideram violência doméstica o abandono e a negligência quanto a crianças, parceiros ou idosos. Enquadradas na tipologia proposta por Dahlberg; Krug, na categoria interpessoais, subdividindo-se quanto a natureza Física, Sexual, Psicológica ou de Privação e abandono. Afetando ainda a vida doméstica pode-se incluir da categoria autodirigida o comportamento suicida especialmente o suicídio ampliado (associado ao homicídio de familiares) e de comportamentos de auto-abuso especialmente se consideramos o contexto de causalidade. É mais frequente o uso do termo "violência doméstica" para indicar a violência contra parceiros, contra a esposa, contra o marido e filhos. A expressão substitui outras como "violência contra a mulher". Também existem as expressões "violência no relacionamento", "violência conjugal" e "violência intra-familiar". Note que o poder num relacionamento envolve geralmente a percepção mútua e expectativas de reação de ambas as partes calcadas nos preconceitos e/ou experiências vividas. Uma pessoa pode se considerar como subjugada no relacionamento, enquanto que um observador menos envolvido pode discordar disso.
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Mulher no hospital depois que o marido dela a espancou Muitos casos de violência doméstica encontram-se associados ao consumo de álcool e drogas, pois seu consumo pode tornar a pessoa mais irritável e agressiva especialmente nas crises de abstinência. Nesses casos
o
agressor
pode
apresentar
inclusive
um
comportamento
absolutamente normal e até mesmo "amável" enquanto sóbrio o que pode dificultar a decisão do parceiro em denunciá-lo. Violência e as doenças transmissíveis são as principais causas de morte prematura na humanidade desde tempos imemoriais, com os avanços da medicina, disponibilidade de água potável e melhorias da urbanização a redução das doenças infecciosas e parasitárias, tem voltado o foco da saúde pública para a ocorrência da violência. Contudo como observa Minayo e Souza este é um fenômeno que requer a colaboração interdisciplinar e ação multiprofissional, sem invalidar o papel da
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epidemiologia para o dimensionamento e compreensão do problema alerta para os riscos de reducionismo e necessidade de uma ação pública. Estatisticamente a violência contra a mulher é muito maior do que a contra o homem. Um estudo realizado em São Paulo encontrou-se quanto à relação autor-vítima, que 1.496 (81,1%) agressões ocorreram entre casais, 213 (11,6%) entre pais/responsáveis e filhos, e 135 (7,3%) entre outros familiares. Esse mesmo estudo referindo-se acerca dos motivos da agressão, os chamados “desentendimentos domésticos” que se referem às discussões ligadas à convivência entre vítima e agressor (educação dos filhos; limpeza e organização da casa; divergência quanto à distribuição das tarefas domésticas) prevaleceram em todos os grupos, fato compreensível se for considerado que o lar foi o local de maior ocorrência das agressões. Para muitos autores, são os fatos corriqueiros e banais os responsáveis pela conversão de agressividade em agressão. Complementa ainda que o sentimento de posse do homem em relação à mulher e filhos, bem como a impunidade, são fatores que generalizam a violência. Há quem afirme que em geral os homens que batem nas mulheres o fazem entre quatro paredes, para que não sejam vistos por parentes, amigos, familiares e colegas do trabalho. A cultura popular tanto propõe a proteção das mulheres (em mulher não se bate nem com uma flor) como estimula a agressão contra as mulheres (mulher gosta de apanhar) chegando a aceitar o homicídio destas em casos de adultério, em defesa da honra. Outra suposição é que a maioria dos casos de violência doméstica são classes financeiras mais baixas, a classe média e a alta também tem casos, mas as mulheres denunciam menos por vergonha e medo de se exporem e a sua família. Segundo Dias o fenômeno ocorre Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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em todas as classes, porém mais visíveis entre os indivíduos com fracos recursos econômicos. A violência praticada contra o homem também existe, mas o homem tende a esconder mais por vergonha. Pode ter como agente tanto a própria mulher quanto parenta ou amigos, convencidos a espancar ou humilhar o companheiro. Também existem casos em que o homem é pego de surpresa, por exemplo, enquanto dorme. Analisando os denominados crimes passionais a partir de notícias publicadas em jornais Noronha e Daltro identificaram que estes representam 8,7% dos crimes noticiados e que destes 68% (51/75) o agressor era do sexo masculino (companheiro, ex-companheiro, noivo ou namorado) nos crimes onde a mulher é a agressora ressalta-se a circunstância de ser o resultado de uma série de agressões onde a mesma foi vítima. ³7
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48. A DOR (DIVINUM EST OPUS SEDARE DOLOREM - Hypocrates) "Nem existir é mais que um exercício de pesquisar de vida um vago indício, a provar a nós mesmos que, vivendo, estamos para doer, estamos
doendo."
Carlos Drummond de Andrade A importância da temática da dor psíquica para a Psicanálise é inquestionável. Tal afirmativa é feita por Freud (1905/1976, p. 302), ao expressar no artigo Tratamento Psíquico ou Mental: “é em geral verdadeiro que ao formarmos um julgamento das dores (que são normalmente consideradas fenômenos físicos) devemos ter em mente sua inequívoca dependência em relação a determinantes mentais”. Os leigos, segundo Freud (1905/1976, p.302), gostam de rotular essa espécie de influências mentais como “imaginação” e inclinam-se a demonstrar “pouco respeito por dores devidas à imaginação em contraste por ferimentos, doença ou inflamação. Mas isto é claramente injusto. Como quer que as dores sejam causadas – mesmo pela imaginação – elas próprias não são menos reais nem menos violentas por isto”. Embora ainda munido de uma linguagem eminentemente neurológica, no texto de 1895, Freud postula seu primeiro modelo de aparelho psíquico, denominado nesta época de nervoso ou neurônico, demarcando o essencial papel desempenhado pelo outro na constituição do sujeito psíquico. Nesse momento de seu pensamento, Freud (1976) afirma que o aparelho neurônico é constituído pelos sistemas φ, ψ e ω, Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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sendo estimulado desde o mundo externo e desde o interior do próprio corpo. O sistema φ está diretamente ligado às quantidades de energia externa, sempre sentidas pelo aparelho como muito intensas. Os neurônios φ são perceptivos; todavia, não estão em contato direto com o mundo externo. São protegidos deste contato pelos órgãos de sentido. Já o sistema ψ é um sistema de memória, isto é, seus neurônios são aqueles capazes de ser permanentemente modificados por ocorrências únicas, permanentemente influenciados pela excitação. Freud (1976) salienta ainda, que apenas os neurônios, os quais, após cada excitação, permaneçam em um estado diferente do anterior, são capazes de representar a memória e, consequentemente, são, também, responsáveis pelos processos psíquicos em geral. O interesse em definir melhor o componente psíquico do fato doloroso é curiosamente compartilhado por pesquisadores atuais em neurociências. Cientistas da Associação Internacional para o Estudo da Dor (International Association for the Study of Pain [IASP]), revela-nos Nasio, interrogam-se acerca da incidência do psiquismo na neurofisiologia da dor, ao considerarem o fator psíquico, cujos mecanismos encontram-se ainda inexplorados, uma das principais causas da emoção dolorosa. De qualquer forma Dor é uma sensação desagradável, que varia desde desconforto leve a excruciante, associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica e/ou emocional. A dor é mais que uma resposta resultante da integração central de impulsos dos nervos periféricos, ativados por estímulos locais. De fato a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial, ou descrita em termos de tal (definição da
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Associação Internacional para o Estudo da Dor - IASP). Distinguem-se basicamente duas categorias: A dor nociceptiva e a dor neuropática. Na dor nociceptiva há três tipos de estímulos que podem levar à geração dos potenciais de ação nos axônios desses nervos. • Variações mecânicas ou térmicas que ativam diretamente as terminações nervosas ou receptores. • Fatores químicos libertados na área da terminação nervosa. Estes incluem compostos presentes apenas em células íntegras, e que são libertados para o meio extracelular quando de lesões como os íons Potássio, ácidos. • Fatores libertados pelas células inflamatórias como a bradicinina, a serotonina, a histamina e as enzimas proteolíticas. 48.1. VIAS NERVOSAS PERIFÉRICAS DA DOR Há duas vias neuronais ascendentes para a dor: a lenta e a rápida. A via rápida ou do trato neoespinotalâmico é a mais recente evolutivamente. É
iniciada por
estímulos
mecânicos
ou
térmicos
principalmente. Ela utiliza neurônios de axônios rápidos (isto é de grande diâmetro), as fibras A-delta (12-30 metros por segundo). Esta é a via que produz a sensação da dor aguda e bem localizada. O seu neurônio ocupa a lâmina I da Medula Espinhal e cruza imediatamente para o lado contrário. Aí ascende na substância branca na região Antero-lateral até fazer sinapse principalmente no Tálamo (núcleos póstero-lateral-ventrais), mas também na formação reticular. A via lenta ou do trato paleoespinotalâmico é a mais primitiva em termos evolutivos. É iniciada pelos fatores químicos. Ela utiliza axônios Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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lentos de diâmetro reduzido e velocidades de condução de apenas 0,5 a 2 m/s. Esta via produz dor mal localizada pelo indivíduo e contínua. O seu neurônio ocupa a lâmina V da Medula Espinhal e ascende depois de cruzar para o lado oposto no trato antero-lateral, as vezes não cruzando. Fazem sinapse na formação reticular, no colículo superior e na substância cinzenta periaqueductal. Se por exemplo um indivíduo sofrer um golpe, a sensação de dor imediata é a rápida, devido às forças mecânicas que estiram o tecido conjuntivo onde se localizam receptores de dor. Esta dor dura apenas um tempo muito limitado. Mas à medida que o tecido morre e extravasa o conteúdo celular com diversas substâncias, e chegam à região danificada as células inflamatórias, a dor que permanece é a dor lenta. o feto começa a sentir dor a partir da 28° semana. 48.2. A DOR E SUAS VIAS NO ENCÉFALO As sensações corporais, táteis, térmicas e dolorosas convergem para o tálamo, que funciona como uma rede de interpretação sensitiva, em alguns de seus núcleos, alguns dos quais emitem projeções ao córtex cerebral, a partir do qual é possível a consciência da sensação dolorosa, ou seja, este é o momento neural após o qual a dor pode ser percebida. A dor mais significativa do ponto de vista terapêutico é quase sempre aquela que é produzida pela via lenta. A via rápida produz apenas sensações de dor localizada e de duração relativamente curta que permitem ao organismo afastar-se do agente nociceptivo, mas geralmente não é causa de síndromes em que a dor seja a principal preocupação terapêutica. A dor crônica tem origem quando os impulsos recebidos pela via lenta são integrados na Formação Reticular do tronco cerebral e no Tálamo. Já a
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este nível há percepção consciente vaga da dor, como demonstrado em animais a quem foi retirado o córtex. O Tálamo envia os impulsos para o Córtex somatosensor e para o Giro Cingulado. No córtex cingulado é processada a qualidade emocional ou afetiva da dor (sistema límbico), enviando impulsos de volta para o córtex somatosensor. É aí que se originam qualidades mais precisas, como tipo de dor, localização e ansiedade emocional. A dor tem um efeito de estimulação da maioria dos circuitos neuronais. Estes efeitos são devidos à ativação de circuitos ao nível dos núcleos intralaminares do Tálamo e das formações reticulares pelos axônios de tipo C (lentos) que aí terminam. A ativação por estas fibras das formações reticulares leva à ativação em spray do córtex cerebral, e principalmente do lobo pré-central, já que a formação reticular também é responsável pela regulação do estado de vigília. Esta estimulação traduzse num maior estado de alerta e excitabilidade do doente que sofre de dor, principalmente se esta é aguda. 48.3. SISTEMAS ANALGÉSICOS A intensidade com que pessoas diferentes sentem e reagem a situações semelhantes causadoras de dor é bastante variada. Esta variação deve-se não tanto a uma ativação diferente das vias da dor mas a uma facilidade diferente nos indivíduos na ativação das vias analgésicas naturais. A via analgésica principal tem 4 componentes principais de modulação para a percepção da dor, no ser humano: • As áreas cinzentas periaquedutais e periventriculares do Mesencefalo e Ponte superior, em volta do aqueduto de Sylvius enviam axônios que secretam encefalinas, que são opióides naturais (atuam no receptor dos opióides). Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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• Núcleos
Magno
da
Rafe
e
Reticular
Gigantocelular,
localizados na ponte inferior e medula superior, recebem os axônios das áreas periaquedutais, e enviam os seus para as colunas dorsolaterais da medula espinhal, onde liberam serotonina. • Núcleos de interneurônios na medula espinhal dorsal, localizados na substância gelatinosa, inibem a criação de potenciais de ação ao liberar encefalinas e endorfinas na sinapse local com os neurônios aferentes da dor. A analgesia produzida por esta via, que é total, dura de alguns minutos a horas. A inibição do sinal dá-se principalmente no nível do segmento da medula espinhal correspondente à origem da dor, mas também a outros níveis como nos próprios núcleos reticulares e talâmicos. Julga-se que este sistema permite uma regulação em feedback do nível da dor. A excitação excessiva da via da dor induz um aumento dos sinais analgésicos a nível talâmico reduzindo a intensidade percebida da dor. Outras áreas do cérebro, como as do sistema límbico, que faz o controle emocional, também estão envolvidas em estimular ou inibir as vias analgésicas naturais. Os núcleos paraventriculares do hipotálamo estimulam as áreas periaquedutais através da liberação de β-endorfinas (opióides naturais). Assim uma mesma lesão tecidual pode causar muito mais dor se for de causa desconhecida ou considerada pelo indivíduo como significativa, do que se for de causa conhecida ou tida por pouco perigosa. Além desta via específica para determinados segmentos espinhais, a hipófise produz também beta-endorfinas, que são liberadas para o sangue e para todo o cérebro, e podem ter importância na diminuição das sensações dolorosas em indivíduos com síndromes sistêmicas. 570
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Outros mecanismos analgésicos, propostos por Melzack & Wall (1965), de importância local. A estimulação de grande numero de fibras aferentes
Aβ
após
estímulos
táteis
no
mesmo
segmento
ativa
interneurônios produtores de encefalinas, que inibem as fibras C da dor. Virtualmente todas as pessoas conhecem e fazem uso do mecanismo contemplado pela teoria das comportas, mesmo que de maneira inconsciente. Quem nunca instintivamente massageou um local onde, em virtude de uma pancada, estava sentindo dor? A massagem estimula as fibras aferentes Aβ, que por sua vez levam a uma analgesia no local dolorido. A dor é sempre subjetiva. Cada indivíduo apreende a aplicação da palavra através de experiências relacionadas com lesões nos primeiros anos de vida. Os biologistas sabem que os estímulos causadores de dor são capazes de lesão tecidual. Assim, a dor é aquela experiência que associamos com lesão tecidual real ou potencial. Sem dúvida é uma sensação em uma ou mais partes do organismo mas sempre é desagradável, e portanto representa uma experiência emocional. Experiências que se assemelham com a dor, por exemplo: picadas de insetos, mas que não são desagradáveis, não devem ser rotuladas de dor. Experiências anormais desagradáveis (diestesias) também podem ser dolorosas, porém não o são necessariamente porque subjetivamente podem não apresentar as qualidades sensitivas usuais da dor. Muitas pessoas relatam dor na ausência de lesão tecidual ou de qualquer outra causa fisiopatológica provável: geralmente isto acontece por motivos psicológicos. É impossível distinguir a sua experiência da que é devido à lesão tecidual se aceitarmos o relato subjetivo. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Caso encarem sua experiência como dor e a relatem da mesma forma que a dor causada por lesão tecidual, ela deve ser aceita como dor. Esta definição evita ligar a dor ao estímulo. A atividade provocada no nociceptor e nas vias nociceptivas por um estímulo não é dor. Esta sempre representa um estado psicológico, muito embora saibamos que a dor na maioria das vezes apresenta uma causa física imediata. A abordagem que se faz da dor, atualmente, é que ela é um fenômeno ‘biopsicossocial’ que resulta de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, comportamentais, sociais e culturais e não uma entidade dicotômica. As civilizações antigas escreveram em placas de pedra os primeiros relatos de dor e o tratamento utilizado: pressão, água, calor e sol. O homem primitivo relacionava dor ao mal, magia e demônios. O alívio da dor era responsabilidade de feiticeiros, shamans e sacerdotes, que utilizavam ervas, rituais e cerimônias no manejo. Os gregos e romanos foram os primeiros a teorizar sensação e a ideia de que o cérebro e o sistema nervoso tivessem um papel na produção e percepção da dor. Aristóteles foi quem estabeleceu sua ligação com o sistema nervoso central. Apenas durante o Renascimento, entre 1400 e 1500 que foram encontradas evidências para esta teoria. Leonardo Da Vinci e seus contemporâneos acreditavam que o cérebro era o órgão responsável pela sensação. Da Vinci também acreditava que era a medula espinhal que transmitia sensações ao cérebro. Nos séculos 17 e 18, o estudo do corpo e das sensações continuou a ser uma fonte de descobrimento para os filósofos. Em 1664 o filósofo francês René Descartes descreveu o que hoje é conhecido como a via da dor. Descarte ilustrou como estímulos como fogo, em contato com o 572
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pé, viajam até o cérebro e comparou a sensação de dor com o soar de um sino. No século 19 iniciaram-se os avanços científicos para terapia da dor. Médicos descobriram que ópio, morfina, codeína e cocaína poderiam ser utilizados no tratamento do quadro. Essas drogas levaram ao desenvolvimento da aspirina, até hoje o analgésico mais comumente utilizado. No mesmo século, com o desenvolvimento da seringa hipodérmica as anestesias gerais e locais foram aperfeiçoadas e aplicadas durante cirurgias. 48.4. TRATAMENTOS ATUAIS DAS DORES TRAMAL ® ( Tramadol)que quimicamente corresponde ao Cloridrato de (+)- trans-2-(dimetilaminometil)-1-(m-metoxifenil)-ciclohexanol (Cloridrato de tramadol), é um analgésico potente de ação central. Atua da mesma forma que as endorfinas e as encefalinas, ativando, com suas moléculas, receptores ao nível das células nervosas, o que leva à diminuição da dor. Indicações: - tramal(tramadol): dores moderadas a severas de caráter agudo, subagudo e crônico. Contraindicações: - tramadol: hipersensibilidade ao cloridrato de tramadol. Intoxicações agudas pelo álcool, hipnóticos, analgésicos e psicofármacos.pacientes
em
tratamento
com
inibidores
da
monoaminoxidase (mao). Precauções: - tramadol O uso de TRAMADOL deverá ser feito com cautela em pacientes com hipersensibilidade aos opióides, principalmente em casos de nível reduzido de consciência de origem não estabelecida, distúrbios da função Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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respiratória e pressão intracraniana aumentada, exceto no caso de ventilação. Pacientes que tenham apresentado convulsões cerebrais em sua vida pregressa devem ser cuidadosamente avaliados durante o tratamento com TRAMADOL 48.5.
USO
DURANTE
A
GRAVIDEZ
E
LACTAÇÃO
:
TRAMADOL TRAMADOL somente deverá ser utilizado durante a gravidez quando houver indicação médica expressa, levando- se em consideração uma cuidadosa avaliação do risco/benefício. Caso o tratamento com opióides seja indicado durante a gravidez, a administração do produto deve limitar-se a dose única. A duração do tratamento durante a gravidez deve ser a menor possível, para evitar risco de dependência e sintomas de abstinência no neonato.Durante a fase de lactação, deve- se considerar que cerca de 0,1% da dose passa para o leite materno. Geralmente, não é necessário interromper a amamentação após dose única de 100 mg de cloridrato de tramadol. REAÇÕES ADVERSAS: - TRAMADOL Podem ocorrer náuseas, vômitos, secura da boca, tontura e sonolência. Reações adversas pouco frequentes podem ocorrer relacionadas à função cardiovascular: palpitação, taquicardia e sensação de colapso cardiovascular. Estas reações adversas podem ocorrer particularmente quando o paciente realiza esforços excessivos, após administração intravenosa de TRAMADOL. 574
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Embora de rara incidência, também podem ocorrer cefaleias, constipação, irritação gastrintestinal (p.ex. sensação de pressão no estômago) e também reações dermatológicas (prurido, exantema). Outras reações adversas de incidência muito rara incluem diminuição da capacidade motora, alterações no apetite e incontinência urinária. Em casos muito raros, TRAMADOL pode determinar distúrbios de origem psíquica, que variam de intensidade e natureza. O risco é mais evidente em uso prolongado e em pacientes com forte personalidade. Estes distúrbios incluem alterações no humor (geralmente euforia, ocasionalmente disforia), alterações na atividade (geralmente supressão, ocasionalmente elevação), e alterações na capacidade cognitiva e sensorial (p. ex., comportamento alterado, distúrbios de percepção). Casos
isolados
de
convulsão
cerebral
foram
relatados.
Entretanto, quase todos ocorreram após administração intravenosa de doses excessivas de cloridrato de tramadol e uso concomitante de medicação neuroléptica. Reações alérgicas que podem levar até o choque não podem ser descartadas.
Dependendo
da
sensibilidade
individual
e
da
dose
empregada, o cloridrato de tramadol pode levar à diferentes níveis de depressão respiratória e sedação (de ligeira fadiga à sonolência) que, entretanto, não ocorrem, quando o produto é administrado por via oral e retal, nas doses recomendadas para o alívio da dor moderada.
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ADVERTÊNCIAS: - TRAMADOL TRAMADOL NÃO É INDICADO PARA TRATAMENTO DA SÍNDROME AGUDA DE RETIRADA DE NARCÓTICOS. EXISTE TOLERÂNCIA CRUZADA COM OUTROS OPIÓIDES. Pacientes sob uso de TRAMADOL devem ser alertados quanto à realização de atividades que requeiram grande atenção, como operar máquinas
perigosas
ou
dirigir
veículos.
Este
fato
diz
respeito
particularmente ao consumo concomitante de bebidas alcoólicas, pois pode ocorrer potencialização dos efeitos indesejáveis de ambas as drogas. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: - TRAMADOL O uso simultâneo de cloridrato de tramadol e de substâncias que agem sobre o sistema nervoso central ou de álcool pode levar a uma potencialização das reações adversas em nível de sistema nervoso central. Casos isolados de convulsões foram observados em pacientes recebendo concomitantemente medicações neurolépticas. POSOLOGIA E INSTRUÇÕES DE USO: - TRAMADOL Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada, ajustando- a intensidade da dor. As doses usuais diárias recomendadas a seguir preenchem as necessidades da maioria dos pacientes, embora existam casos que necessitem doses mais elevada. Adultos e jovens com mais de 14 anos de idade: TRAMADOL Cápsulas 50 mg: 1 cápsula (50 mg) com um pouco de água; 576
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TRAMADOL Gotas : cerca de 20 gotas (50 mg) com um pouco de água pura ou açucarada. OBS.: Quando necessário, as doses acima poderão ser repetidas, 30- 60 minutos depois. TRAMADOL Ampolas 50 mg e 100 mg : por via intravenosa, o conteúdo de 1 ampola por injeção lenta ou em solução por gotejamento; por via intramuscular, o conteúdo de 1 ampola. TRAMADOL Supositórios 100 mg : por via retal, 1 supositório. TRAMAL RETARD Comprimidos 100 mg : 1 comprimido retard (100 mg) com um pouco de água, de preferência pela manhã e à noite. Dose diária : TRAMADOL deve ser administrado fora das refeições. Normalmente não se deve exceder doses de 400 mg/dia (correspondente a 8 cápsulas de 50 mg, 20 gotas x 8 vezes, 8 ampolas de 50 mg, 4 ampolas de 100 mg, 4 supositórios de 100 mg ou 4 comprimidos de Tramadol Retard 100 mg). Entretanto, no tratamento de dor severa proveniente de tumor e na dor pós- operatória severa, doses mais elevadas podem ser necessárias, sempre a critério médico. Dependendo da sensibilidade individual e com base no esquema posológico recomendado, o médico pode ajustar o intervalo entre as doses, que, no entanto, não deverá ser inferior a 6 horas. Nota : O esquema posológico recomendado serve como regra geral. Em princípio, deve ser selecionada a menor dose analgésica eficaz. O tratamento da dor crônica exige um esquema fixo de dosagem. Em casos de insuficiência renal ou hepática, a duração da ação do cloridrato de tramadol pode ser prolongada. É discutível se a posologia deve ser diminuída para idosos. Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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Em caso de recorrência da dor, o intervalo entre as doses deve ser prolongado. DURAÇÃO DO TRATAMENTO - TRAMADOL O tratamento com TRAMADOL deve ser efetuado apenas pelo período de tempo necessário, uma vez que não se pode afastar o risco de hábito quando utiliza- se TRAMADOL por períodos prolongados. Por esta razão, em casos onde se requer tratamento prolongado, o médico deverá estabelecer sua duração e fazer algumas interrupções (pausas) na administração do fármaco. CONDUTA NA SUPERDOSAGEM: - TRAMADOL Os sintomas aqui descritos são típicos de superdosagem e incluem: nível reduzido de inconsciência até o coma, episódios epiléticos generalizados, hipotensão, taquicardia, dilatação ou constrição de pupila, depressão respiratória até parada cardíaca. Estes efeitos podem ser suprimidos pela administração de um antagonista opiáceo (p.ex., naloxona) administrado cuidadosamente em pequenas doses repetidas, uma vez que a duração de seu efeito é menor do que a do cloridrato de tramadol. Além disso, devem ser empregadas medidas de cuidado intensivo, tais como intubação e ventilação assistida. No caso de convulsões considerar a administração de benzodiazepínicos. Também podem ser necessárias medidas para evitar queda de temperatura e depleção de líquidos. Lavagem gástrica pode ser útil em casos de intoxicação oral pelo cloridrato de tramadol. Conservação : Todas as formas de TRAMADOL devem ser conservadas à temperatura que não exceda os 30 ºC. 578
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Supositórios - Instrução para uso A EMBALAGEM DEVE SER MANTIDA EM LOCAL FRESCO. Para facilitar o manuseio destaque apenas a unidade a ser utilizada seguindo o picote. No caso de amolecimento do supositório por efeito do calor, recomenda- se mergulhar em um recipiente com água gelada a embalagem plástica, com a ponta para baixo. É importante que, antes da aplicação, as mãos sejam bem lavadas e, se possível, desinfetadas com álcool. A embalagem plástica de Tramadol supositórios possui um sistema de "pré- abertura" que facilita a retirada do supositório: afastandose as duas abas em sentidos opostos, o supositório sairá inteiro, pronto para uso. Para aplicar, afaste as nádegas com os dedos polegar e indicador e introduza o supositório. Em seguida, comprima suavemente uma nádega contra a outra por alguns segundos, a fim de evitar que o supositório retorne. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA LYRICA - PREGABALINA O ingrediente ativo, pregabalina (ácido (S)-3-(aminometil)-5-metilhexanóico), é um análogo do ácido gama-aminobutírico (GABA). Mecanismo de Ação Estudos in vitro mostram que a pregabalina liga-se a uma sub-unidade auxiliar (proteína alfa2- d) dos canais de cálcio voltagemdependentes no sistema nervoso central, deslocando fortemente a [3Hgabapentina. Duas evidências indicam que a ligação da pregabalina ao Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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sítio alfa2-d é necessária para a atividade analgésica e anticonvulsiva em modelos animais: (1) estudos com o enantiômero-R inativo e outros derivados estruturais da pregabalina e (2) estudos com a pregabalina em camundongos mutantes com ligação defeituosa do fármaco à proteína alfa2-d. Além disso, a pregabalina reduz a liberação de vários neurotransmissores, incluindo o glutamato, noradrenalina e substância P. O significado desses efeitos na farmacologia clínica da pregabalina não é conhecido. A pregabalina não apresenta afinidade por sítios de receptor, nem altera respostas associadas à ação de vários medicamentos comuns no tratamento de crises epilépticas ou dor. A pregabalina não interage com qualquer receptor GABAA ou GABAB; não é convertida metabolicamente em GABA ou em agonista GABA; não é um inibidor da assimilação nem degradação do GABA. A pregabalina inibe comportamentos relacionados à dor em modelos animais de dor neuropática e pós-cirúrgica, incluindo a hiperalgesia e a alodinia. A pregabalina também é ativa em modelos animais de crises epilépticas, incluindo as tônicas do extensor por eletrochoque máximo em camundongos ou ratos, crises clônicas induzidas pelo pentilenotetrazol, crises comportamentais e eletrográficas em ratos com abrasamento hipocampal e crises tônico-clônicas em camundongos audiogênicos DBA/2. A pregabalina não reduz a incidência de crises espontâneas de ausência na Epilepsia Genética de Ausência em Ratos de Estrasburgo.
Propriedades
Farmacocinéticas
A
farmacocinética
da
pregabalina no estado de equilíbrio é semelhante em voluntários sadios, pacientes com epilepsia recebendo antiepilépticos e em pacientes com dor crônica. Absorção A pregabalina é rapidamente absorvida quando administrada em jejum, com o pico das concentrações plasmáticas ocorrendo dentro de 1 hora após administração tanto de doses únicas como múltiplas. A biodisponibilidade oral da pregabalina foi estimada em 580
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>= 90%, sendo independente da dose. Após repetidas administrações, o estado de equilíbrio é alcançado dentro de 24 a 48 horas. O índice de absorção da pregabalina é reduzido quando administrado com alimentos, resultando numa diminuição da Cmáx de aproximadamente 25-30% e retardo do Tmáx em aproximadamente 2,5 horas. Entretanto, a administração de pregabalina com alimentos não apresenta efeito clinicamente significativo sobre o grau de absorção deste medicamento. Distribuição Em estudos pré-clínicos, observou-se que a pregabalina atravessa a barreira hematoencefálica em camundongos, ratos e macacos. O fármaco demonstrou atravessar a placenta em ratas e está presente no leite de ratas lactantes. Em humanos, o volume aparente de distribuição após administração oral é de aproximadamente 0,56 L/kg. A pregabalina não se liga a proteínas plasmáticas. Metabolismo A pregabalina sofre metabolismo desprezível em humanos. Após uma dose radiomarcada, aproximadamente 98% da radioatividade recuperada na urina foram da pregabalina inalterada. O derivado N-metilado da pregabalina, o principal metabólito encontrado na urina, foi responsável por 0,9% da dose. Em estudos
pré-clínicos,
não
houve
indicações
de
racemização
do
enantiômero S em enantiômero R da pregabalina. Eliminação A pregabalina é eliminada da circulação sistêmica principalmente por excreção renal como fármaco inalterado. A meia-vida de eliminação da pregabalina é de 6,3 horas. O clearance plasmático e o clearance renal são
diretamente
proporcionais
ao
clearance
de
creatinina
(vide
Propriedades Farmacocinéticas – Farmacocinética em Grupos Especiais de Pacientes). É necessário o ajuste de dose em pacientes com função renal reduzida ou submetidos à hemodiálise (vide Posologia – Tabela 1). Linearidade / Não-linearidade A farmacocinética da pregabalina é linear na faixa de doses diárias recomendadas. A variabilidade entre indivíduos é Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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baixa (<20%). A farmacocinética das doses múltiplas é previsível a partir dos dados para dose única. Portanto, não há necessidade de monitoração de rotina das concentrações plasmáticas da pregabalina. Farmacocinética em Grupos Especiais de Pacientes Raça A exposição ao fármaco pregabalina não é influenciada pela raça (caucasianos, negros, hispânicos e asiáticos). Sexo Estudos clínicos indicam que o sexo não tem influência clinicamente
significativa
sobre
as
concentrações
plasmáticas
da
pregabalina. Insuficiência Renal O clearance da pregabalina é diretamente proporcional ao clearance de creatinina. Além disso, a pregabalina é removida do plasma por hemodiálise de modo eficaz (após 4 horas de hemodiálise,
as
concentrações
plasmáticas
de
pregabalina
ficam
reduzidas em aproximadamente 50%). Como a eliminação renal é a principal via de excreção, é necessária a redução da dose em pacientes com insuficiência renal e suplementação da dose após hemodiálise. Insuficiência Hepática Nenhum estudo farmacocinético específico foi conduzido em pacientes com insuficiência hepática. Como a pregabalina
não
sofre
metabolismo
significativo,
sendo
excretada
predominantemente como fármaco inalterado na urina, a insuficiência hepática não deve alterar significativamente as concentrações plasmáticas de pregabalina. Idosos (mais de 65 anos de idade) O clearance da pregabalina tende a diminuir com o avanço da idade. Esta diminuição no clearance da pregabalina oral está relacionada com as reduções no clearance de creatinina associadas à maior idade. Pode ser necessária redução na dose em pacientes com função renal comprometida devido à idade (vide Posologia – Tabela 1). Dados de Segurança Pré-Clínicos Em estudos convencionais de segurança farmacológica em animais, a pregabalina foi bem tolerada nas doses clinicamente relevantes.
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Em estudos de toxicidade das doses repetidas em ratos e macacos, foram observados efeitos no SNC, incluindo hipoatividade, hiperatividade e ataxia. Foi comumente observado um aumento da incidência de atrofia retinal em ratos albinos com idade avançada após exposições prolongadas à pregabalina em doses >= 5 vezes a média de exposição
humana
na
dose
clínica
máxima
recomendada.
Teratogenicidade A pregabalina não foi teratogênica em camundongos, ratos ou coelhos. A toxicidade fetal em ratos e coelhos ocorreu somente em exposições suficientemente acima da exposição humana. Em estudos de toxicidade pré- e pós-natal, a pregabalina induziu toxicidade no desenvolvimento da cria em ratos, com exposições >2 vezes a exposição máxima recomendada para humanos. Mutagenicidade A pregabalina não é genotóxica, baseando-se nos resultados de uma bateria de
testes
in
vitro
e
in
vivo.
Carcinogenicidade
Estudos
de
carcinogenicidade de 2 anos com pregabalina foram realizados com ratos e camundongos. Nenhum tumor foi observado em ratos expostos a até 24 vezes o valor médio da exposição humana na dose clínica máxima recomendada de 600 mg/dia. Em camundongos, não houve aumento da incidência de tumores com exposições semelhantes a média da exposição humana,
mas
observou-se
um
aumento
da
incidência
de
hemangiosarcoma com altas exposições. O mecanismo não-genotóxico da pregabalina de indução de formação de tumores em camundongos envolve alterações plaquetárias associadas a proliferação de células endoteliais. Estas alterações plaquetárias não estavam presentes em ratos ou humanos baseado em dados clínicos em curto prazo ou longo prazo limitado. Não há evidências sugerindo risco a humanos. Em ratos jovens a toxicidade não diferiu qualitativamente da observada em ratos adultos. Entretanto, os ratos jovens foram mais sensíveis. Em exposições Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva Vila Nova Cachoeirinha PMSP-SMS
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terapêuticas houve evidência de sinais clínicos de hiperatividade do SNC e bruxismo e algumas alterações no crescimento (supressão transitória do ganho de peso corporal). Foi observado efeito sobre o ciclo do oistros com 5
vezes
a
exposição
terapêutica
humana.
Efeitos
neurocomportamentais/cognitivos foram observados em ratos jovens 1-2 semanas após a exposição >2 vezes (resposta acústica de sobressalto) ou >5 vezes (aprendizado/memória) a exposição terapêutica humana. Resposta acústica de sobressalto reduzida foi observada em ratos jovens, 1-2 semanas após exposição >2 vezes a exposição terapêutica humana. Nove semanas após a exposição, este efeito não foi mais observado. Dor Neuropática Pregabalina é indicado para o tratamento da dor neuropática em adultos. Epilepsia: Pregabalina é indicado como terapia adjunta das crises parciais, com ou sem generalização secundária, em pacientes a partir de 12 anos de idade. Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) Pregabalina é indicado para o tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) em adultos. Fibromialgia Pregabalina é indicado para o controle de fibromialgia. Pregabalina (pregabalina) é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à pregabalina ou a qualquer componente da fórmula. Não há dados adequados sobre o uso de Pregabalina em mulheres grávidas. Estudos em animais mostraram toxicidade reprodutiva (vide Dados de Segurança Pré- Clínicos). O risco potencial a humanos é desconhecido. Portanto, Pregabalina não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que o benefício à mãe justifique claramente o risco potencial ao feto. Métodos contraceptivos eficazes devem ser utilizados por mulheres com potencial de engravidar. Pregabalina é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este 584
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medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Uso durante a Lactação Não se sabe se a pregabalina é excretada no leite materno de humanos. Entretanto, está presente no leite de ratas. Portanto, a amamentação não é recomendada durante o tratamento com Pregabalina.
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