ISBN: 85-7622-106-3
788576 221067
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Manual Litúrgico © 1992 Editora Cultura Cristã. Todos os direitos são reservados.
Ia edição - 1970 - 3.000 exemplares 2a edição - 1992 - 3.000 exemplares 3a edição - 2005 - 3.000 exemplares Revisão Denise Ceron Editoração Zenaide Rissato Capa Magno Paganelli
Manual litúrgico da Igreja Presbiteriana do Brasil I24m
Manual Litúrgico / Supremo Concilio da Igreja Presbiteriana do Brasil; 3.ed. - São Paulo: Cultura Cristã, 2005. 192p. ; 14x21cm. ISBN 85-7622-106-3 l.Eclesiologia 2.Liturgia Reformada. I.Título. CDD 21ed. - 285.003
Publicação autorizada pelo Conselho Editorial: Cláudio Marra (Presidente), Alex Barbosa Vieira, André Luiz Ramos, Francisco Baptista de Mello, Mauro Fernando Meister, Otávio Henrique de Souza, Ricardo Agreste. Sebastião Bueno Olinto, Valdeci da Silva Santos. - Rua Miguel Teles Júnior, 394 - Cambuci - 01540-040 - São Paulo - SP - Brasil - Caixa Postal 15.136 - São Paulo - SP - 01599-970 - Fone (0**11) 3207-7099 - Fax (0**11) 3209-1255 - www.cep.org.br -
[email protected] Editora Cultura Cristã
Superintendente: Haveraldo Ferreira Vargas Editor: Cláudio Antônio Batista Marra
Sumário Apresentação............................................................ luModelo O culto div ino.............................................................................
7
2o Modelo
A Ceia do Senhor....................................................................
17
3CModelo Profissão de fé e batismo de adultos (primeira fo rm a) .......
25
4" Modelo Profissão de fé e batismo de adultos (segunda forma) ........
35
5QModelo Admissão pública dos batizados na in fâ ncia ..........................
43
69 Modelo Batismo de crianças (primeira form a)...................................
49
7QModelo Batismo de crianças (segunda form a)...................................
57
8e Modelo Batismo de crianças (terceira form a)....................................
63
9ÇModelo Ordenação de ministros do ev an gelho..................................
69
10s Modelo Licenciatura de pregadores candidatos ao santo ministério
79
l l s Modelo Posse de pastor ....................................................................... 12e Modelo Ordenação e investidura de presbíteros regentes...............
85
91
13a Modelo
Ordenação e investidura de diáco nos.................................
99
14a Modelo
Organização de igrejas ........................................................
107
15a Modelo
Assentamento da pedra fundamental de um templo .........
115
16a Modelo
Dedicação de um templo .....................................................
123
17a Modelo
Bênção matrimonial (primeira forma) ................................
131
18a Modelo
Bênção matrimonial (segunda fo rm a) ................................
139
19a Modelo
Invocação da bênção matrimonial na ausência de ministro 145 20a Modelo
Bodas de p ra ta ...................................................................... 151 21a Modelo
Bodas de ou ro .......................................................................
157
22a Modelo
Ofício fúnebre....................................................................... 165 23a Modelo
Exclusão pública deum membro da igreja..........................
183
24a Modelo
Arrependimento público...................................................... 139
Apresentação
Num sentido, este Manual é basicamente o mesmo Manual do culto. Não poderiamos elaborar outro, pois este certamente foi ela borado por alguma comissão nomeada pelo Supremo Concilio e não pode ser modificado sem autorização, porquanto os Princípios de I iturgia da Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil preceitua: "Estes Princípios de Liturgia são Lei Constitucional da Igreja Presbiteriana do Brasil, só reformável nos mesmos trâmites da Constituição. E assim, pela autoridade que recebemos, de terminamos que estes Princípios de Liturgia sejam divulgados e fielmente cumpridos em todo o território da Igreja Presbiteriana do Brasil”.
Noutro sentido, este Manual não é o mesmo: (1) Ele está completamente reestruturado. Mudamos a ordem dos capítulos, crendo que, como agora está, se tornou muito mais funcional. O anterior era praticamente impossível de ser manuseado ou utilizado pelos ministros. (2) Entendemos ainda que Manual do culto é um título menos apropriado que Manual litúrgico, pois não trata do culto em si, mas de programas litúrgicos do culto. (3) Acrescenta mos, com o mesmo respeito aos Princípios de Liturgia da Constitui ção da Igreja (CI-IPB), alguns capítulos ou modelos, por exemplo. Posse de ministro, Bodas de Prata e Bodas de Ouro. Principal mente os ministros neófitos sentem dificuldade, em seus primeiros anos de pastorado, ao se defrontar com essas ocasiões. (4) Muda mos a fraseologia da segunda pessoa para a terceira do plural (vocês). Ela se adequa melhor a qualquer ambiente moderno. O ministro que quiser (e puder) fazer uso da segunda pessoa, pode fazer a conver são. O que está neste Manual, entendemos, são modelos que servi rão de orientação ao ministro. Dificilmente um veterano fará uso de modelos assim, porquanto já aprendeu sobejamente o que nós, neófitos, estamos ainda aprendendo; aliás, eles são os nossos mes tres nessas coisas. 5
Tudo o que fizemos foi de acordo com a legislação máxima de nossa Igreja Presbiteriana do Brasil. Também o fizemos visando a criar em cada ministro, em vez de constrangimento, um grande prazer em ter em mãos um manual litúrgico que o faça orgulhoso em consultar publicamente, seja no púlpito, seja em algum outro meio social. Fizemos o máximo que podíamos a fim de apresentar aos ministros de nossas igrejas o que, cremos nós, eles realmente merecem. Aliás, o que a Igreja Presbiteriana merece! São Paulo, outubro de 1992. Vaiter G. Martins
Editor
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O CULTO DIVINO
O culto divino () dirigente deve iniciar o culto convidando a igreja à
ORAÇÃO Senhor, Deus Altíssimo e em extremo glorioso, os céus proclamam a tua glória e o firmamento anuncia as obras das tuas mãos. Todo o céu e toda a terra estão cheios da tua glória. Neste momento, neste templo, tudo diz: glória! A nossa voz se une à voz de todos os seres angelicais na declaração de que a tua glória é o nosso supremo bem e prazer. Esquecemo-nos de nossa própria natureza pecamino sa — por um instante apenas! — para adorar a tua excelsa glória. I ,embramo-nos — com profunda gratidão! — de nossa gloriosa ori gem divina: criados à tua imagem e semelhança, para glorificar-te acima de tudo e de todos e desfrutar-te plena e eternamente. Ó Senhor, foi para isso, principalmente, que nos reunimos aqui hoje. Recebe a nossa humilde adoração, que é prestada somente a ti, ó Deus Triúno, pela bendita mediação de Jesus Cristo, nosso único e bastante Mediador e Senhor. Amém. O hino será anunciado assim:
— Cantemos em louvor ao Deus Triúno o hino 8 do Novo Cântico (por exemplo).
Adoração à Trindade 1 Grande Deus, o teu louvor Hoje, unidos, entoamos; Teu excelso e doce amor Com os anjos celebramos. E em adoração a ti, Vimos bendizer-te aqui. 9
2
Cristo, Salvador veraz, Com poder em nós domina! Tua graça e tua paz, O Senhor, ao mundo ensina. Redimido, em tua luz Vem fazê-lo andar, Jesus!
3
Santo Espírito eternal, Oh, dirige as nossas mentes Para, em comunhão real, Te buscarmos reverentes; E o nosso coração Se encherá de gratidão.
4
O Deus Trino, pois a ti Sejam, sem cessar, rendidas Pelos filhos teus aqui, Honra e glória sem medida. Infinito é o teu amor! Cantem todos teu louvor! Amém.
A leitura das Escrituras será anunciada desta form a:
— Vou ler para nossa instrução a Palavra de Deus como se acha em Isaías 6.1-7: “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos: toda a terra está cheia da sua gló ria. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio dumpovo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exér citos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado ”. 10
Depois da leitura, o povo será convidado a orar:
— Oremos.
ORAÇÃO Deus onipotente, nessa bela passagem deste ao profeta a bên ção de ver por nós a tua glória e majestade, nosso estado pecamino so, segundo a natureza humana, e a realidade consoiadora do perdão dos pecados. Ó Deus Triúno, em adoração, aqui, contemplamos pela fé as luas perfeições, e ficamos tão espantados como o profeta. Quem pode subsistir na tua presença? Adão se escondeu; Moisés se sentiu fulminado; Ezequiel pensou que morrería; Pedro pediu que te afas tasses dele, por ser pecador; Paulo clamou, cego: “Que devo fazer, Senhor?”; João, em Patmos, sentiu-se como se estivesse morrendo. Senhor, diante da tua grandeza e perfeição, batemos no peito e pedimos clemência. Perdoa a tua grei ora reunida. Dá-nos alento ante a visão de nossas terríveis imperfeições, e perdoa toda espécie de pecados — dos menores aos maiores; os pecados da língua, dos pensamentos, dos sentimentos, dos desejos, do dever não cumprido e dos feitos proibidos em tua santa lei. Lava e fortalece o teu reba nho. Em nome de Jesus. Amém. Em seguida , procede-se à leitura bíblica.
— Leiamos na Palavra de Deus o Salmo 51. “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniqüidade epurifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas trans gressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Peqtiei contra ti, contra li somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teufalar e puro no teu julgar. Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe. Eis que te comprazes na verdade no íntimo e no
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recôndito me fazes conhecer a sabedoria. Purifica-me com hissopo, eficarei limpo; lava-me, eficarei mais alvo que a neve. Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste. Esconde o teu rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniqüidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro em mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restituime a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. Então, ensinarei aos transgressores os teus cami nhos, e os pecadores se converterão a ti. Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça. Abre, Senho?; os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores. Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus. Faze bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém. Então, te agradarás dos sacrifícios dejus tiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; e sobre o teu altar se oferecerão novilhos. ”
Após a oração e a leitura, será anunciado e cantado o hino 61 (por exemplo).
— Cantemos em louvor a Deus o hino 67 do Novo Cântico. Coração quebrantado 1 Sonda-me, ó Deus, pois vês meu coração! Prova-me, ó Pai, te peço em oração. De todo o mal liberta-me, Senhor, Até da transgressão que oculta for. 2
Vem me lavar dos vis pecados meus, Conforme prometeste, meu bom Deus. Faze-me arder e consumir de amor, Pois quero te magnificar, Senhor. 12
3
Todo o meu ser não considero meu; Quero gastá-lo no serviço teu. Minhas paixões Tu podes dominar, Pois Tu, Senhor, vieste em mim morar.
4
Lá do alto céu o avivamento vem, E que comece em mim, seguindo além. O teu poder, as bênçãos, teu favor Concede aos que são teus, ó Pai de amor. Amém.
Depois do hino será pronunciado uni
SERMÃO Acabado o pronunciamento do sermão, far-se-á oração. O dirigente dirá:
— Oremos (pode ser lido em uníssono o Salmo 103).
EXALTAÇÃO A DEUS “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia. O Senhor faz justiça e julga a todos os oprimidos. Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel. O Senhor é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno. Não repreende perpetuamente, nem con serva para sempre a sua ira. Não nos trata segundo os nossos peca dos, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades. Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim 13
afasta de nós as nossas transgressões. Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem. Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. Quanto ao ho mem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar. Mas a misericórdia do Senhor é de eterni dade a eternidade, sobre os que o temem, e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos; para com os que guardam a sua aliança e para com os que se lembram dos seus preceitos e os cumprem. Nos céus, esta beleceu o Senhor o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo. Bendizei ao Senhor, todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra. Bendizei ao Se nhor, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que fazeis a sua vontade. Bendizei ao Senhor, vós, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio. Bendize, ó minha alma, ao Senhor.” Terminada a oração, cantar-se-á um hino, anunciado do seguinte modo:
— Louvemos a Deus, cantando o hino 88 do Novo Cântico (por exemplo). Amor perene
1 Amavas-me, Senhor, ainda cintilante Não irrompera a luz ao mando Criador! E nem o ardente sol, rompendo no levante, Trouxera à terra e ao mar a força fecundante. Meu Deus, que amor! Meu Deus, que eterno amor! 2
Amavas-me, Senhor, também quando, imolado, Por mim sofreu na cruz o meigo Salvador, O santo de Israel, o teu Cordeiro amado, Levando sobre si a culpa do pecado. Meu Deus, que amor! Meu Deus, que antigo amor! 14
3 Amavas-me, Senhor, quando atingiu meu peito O Espírito de luz, o meu Consolador. E com tesouros mil, de teu favor perfeito, Trouxe à minha alma a fé em que hoje me deleito. Meu Deus, que amor! Meu Deus, que antigo amor! 4 E sempre me amarás, porque jamais inferno Ou mundo poderão ao teu querer se opor, Ao teu decreto, ó Deus, ao teu decreto eterno, Ao teu amor, ó Pai, ao teu amor superno. Meu Deus, que amor! És sempre e todo amor! Amém. Acabado o hino , o dirigente dirá:
— Rendamos glória a Deus, em oração.
ORAÇÃO A ti, que és poderoso para nos conservar sem pecado e para nos apresentar ante a vista de tua glória, imaculados com exultação na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; a ti, único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja dada glória e magnificência, império e poder, antes de todos os séculos, agora e para todos os séculos dos séculos. Amém. Terminada a oração , anunciar-se-á um hino.
— Cantemos, com alegria e gratidão, o hino 135 do Novo Cântico (por exemplo).
Mais de Cristo 1 Mais de Cristo eu quero ter, Seu ensino receber, Ter da sua compaixão E da sua mansidão. 15
Mais, mais de Cristo! Mais, mais de Cristo! Mais do seu puro e santo amor, Mais do bondoso Salvador.
2 Mais de Cristo eu quero ouvir, Nos seus passos prosseguir, Sempre perto dele andar, Seu amor manifestar. O ministro co nvidará o po vo a se p ô r de p é e impetrará a bênção.
— Recebam, irmãos, a bênção de Deus: O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz. Amém. A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. Amém. Finalmente, dirigindo-se, à igreja, dirá
Irmãos, vão em paz!
16
2 a M o d e l o
A CEIA DO SENHOR
A Ceia do Senhor Instruções ao ministro O sacramento da Comunhão, ou Ceia do Senhor, deverá ser celebrado quando o ministro e os presbíteros regentes de cada igreja julgarem mais conveniente pa ra a edificação dos fiéis. As pessoas que não conhecerem os princípios fundamentais do Cristianismo, e as cpie viverem escandalosamente não deverão ser admitidas à mesa do Senhor. Pão e vinho, os elementos usados nesse sacramento, deverão estar convenientemente dispostos sobre uma mesa coberta com uma toalha branca. D epois de canta do um hino apropria do à ocasião, o ministro pr incipia rá a cerimônia da celebração da Ceia do Senhor, descobrindo os elementos e lendo as palavras da instituição desse sacramento em algum dos Evangelhos ou em 1 Coríntios 11.23-26, como se lê a seguir.
PALAVRAS DA INSTITUIÇÃO — Queridos irmãos, ouçam as palavras da instituição da Ceia do Senhor, reveladas por nosso Senhor Jesus Cristo a seu apóstolo Paulo e por este registradas na sua primeira epístola aos Coríntios 11.23-26: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus Cristo, na noite em quefoi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou tam bém o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu san gue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha”. 19
— Cantemos o hino 340 do Novo Cântico (por exemplo).
Santa comunhão 1 Disposta a mesa, ó Salvador, Estás presente aqui! Ministra o vinho, parte o pão, Tipos, Jesus, de ti. 2
Juntos, lembramos tua cruz; Por nós sofreste ali. Por tua graça divinal, Vivemos para ti.
3
Desperta, anima, enleva os teus, Fazendo-os discernir Que Tu presente, ó Cristo, estás Teu povo a dirigir.
4
Na Santa Ceia, ó grande Deus, Buscamos comunhão Contigo, nosso Benfeitor, Com todo vero irmão.
5
Sabemos que regressarás Em majestade e luz! Juiz supremo, eterno Rei, Oh, vem, Senhor Jesus! Amém.
Nesse momento, se o ministro ju lgar oportuno , poderá explicar e aplicar ctpassagem precedente, dando as seguintes ou semelhantes
INSTRUÇÕES — Na noite em que foi entregue, nosso Senhor instituiu para o seu povo o sacramento da Santa Ceia. Aqueles que, por sua vida escandalosa ou por sua ignorância das verdades fundamentais do Cristianismo, mostram não pertencer ao povo de Cristo não têm direito nem parte nesta mesa. Se partici passem destes elementos, receberíam maldição, e não bênção. 20
Vocês, porém, que se acham arrependidos de seus pecados, que desejam, com a ajuda de Deus, viver de forma santa, que crêem em Jesus Cristo e são membros do seu corpo, têm direito de partici par deste sacramento. Foi para vocês que nosso Senhor Jesus Cristo o instituiu. Ele quer que participemos do pão em sua memória, por que é símbolo do seu corpo ferido por amor de nós, e do cálice, símbolo de seu sangue vertido para a nossa salvação. Quer testemu nhar-nos, por este rito de amor perfeito, que nos amou, para que os nossos temores se desvaneçam (ver 1Jo 4.18). O Senhor é servido em que, por meio dessa ordenança, anun ciemos sua morte como preço de nossa vida e em que, até a sua segunda vinda, vejamos nessa ordenança um monumento da salva ção eterna que por ele têm todos os que descansam no seu sacrifício. Esta mesa é do Senhor. Como ministro seu, convido a participa rem desta Santa Ceia os membros professos desta igreja e os mem bros presentes, em plena comunhão, de quaisquer outras igrejas evan gélicas que confiam somente no sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo. “[...] nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão” (ICo 10.17). A cabadas as in s tr u ç õ e s , o m in istro c o n sa g ra rá os elementos pa ra o sacramento, po r meio de oração e ações de graça, dizendo:
— Como ouvimos, nosso Senhor Jesus Cristo, tendo tomado o pão, deu graças. Imitando o exemplo de nosso Senhor, rendamos graças a Deus.
ORAÇÃO DE CONSAGRAÇÃO Senhor, nosso Deus, nós te louvamos pela vinda de teu Filho a este mundo para nos dar a paz, a adoção de filhos teus e a herança da vida eterna. Graças te damos pelo favor que nos conferes de nos fazeres participantes do fruto da paixão e morte do Senhor Jesus Cristo. Ele morreu por nós, pecadores, e agora nos convida a nos sentar à sua mesa para comer o pão e bebermos aquela água viva de que nos fala no seu Evangelho. Aceita o nosso louvor pelo dom da vida eterna. Somos indignos, ó Deus, do teu favor. Indignos somos 21
ainda de scr leitos filhos e herdeiros da glória eterna, pela morte de Jesus e pela obra do Espírito Santo. Esclarece o nosso entendimento e aumenta a nossa fé, para que possamos compreender melhor o teu amor, que sobrepuja todo entendimento e é motivo dos louvores constantes dos anjos e santos que cercam o teu trono. Atraídos por esse amor, nós nos consagra mos ao teu serviço e à tua glória e, participando, segundo Jesus manda, da Ceia do Senhor, anunciamos a sua morte como preço pelo qual fomos resgatados da perdição eterna. Dá-nos uma fé firme e aquela disposição que mais convém aos que se assentam à mesa do Senhor, a fim de que possamos cumprir devidamente o preceito que ele deu na noite em que foi traído. Fazendo isso em memória de Cristo, seja aumentada a nossa fé, robustecida a nossa esperança e avivado o nosso amor para com o Senhor e para com todos os que o amam. Consagra para o nosso sustento espiritual a parte do pão e do vinho que vai ser usada neste sacramento, e seja este culto aceitável a ti, por amor dos merecimentos de nosso Senhor. Ouve-nos, ó Pai, porque te pedimos em nome de teu Filho. Amém. O ministro, então, tomando o pão, o partirá na presença do povo, dizendo:
— O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão e, dando graças, o partiu e o deu aos seus discípulos, como eu, mi nistrando em seu nome, distribuo este pão entre vocês, dizendo: O ministro distribuirá aos presbíteros o pão.
— “Tomai e comei. Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim” (cf. Mt 26.26 e Lc 22.19). O ministro, juntamente com os presbíteros, diante da mesa, pod erá distribuir o pão ou deixar pa ra faz ê-lo juntamente com o cálice. Depois de distribuído o pão, o ministro tomará também o cálice, dizendo: 22
— De semelhante modo, nosso Senhor tomou também o cálice, depois de haver ceado, e tendo dado graças, como há pouco fizemos em seu nome, o deu aos seus discípulos, dizendo: O ministro entregará as bandejas aos oficiais da distribuição.
— "‘Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim” (ICo 11.25b). Nesse momento, se o ministro achar próprio, exortará os comungantes, falando-lhes: da natureza e da utilidade desse sacramento; da graça de Deus, manifestada em Jesus Cristo; da obrigação de servir ao Senhor; da obrigação que os fiéis têm de andar conforme a vocação pa ra a qua l for am chamados; e do dever de, como eles têm professado ao Senhor Jesus Cristo, andar com ele e produzir boas obras. Será bom exortar também aqueles que são simples espectadores, falando-lhes: dos seus deveres religiosos; do peca do e do perigo de viver em desobediência a Cristo e de negligenciar o uso desse sacramento e do dever que têm de se unir aos crentes, na participação da Santa Ceia, o mais breve possível. Concluída a distribuição do cálice à igreja, o ministro o distribuirá aos presbíteros para que o tomem. Nunca se deve esquecer de p e rg u n ta r se alg um comungante fo i esquecido. Após, o ministro poderá convidar a igreja a pôr-se de p é par a uma oração.
— Oremos:
ORAÇÃO DE GRATIDÃO Deus onipotente e Pai misericordioso, nós te damos graças porque em tua infinita misericórdia nos deste seu unigênito Filho para ser o nosso mediador, sacrifício suficiente por nossos pecados, e nosso sustento espiritual. Louvamos o teu santo nome porque nos 23
'l i unia viva fé, pela qual somos feitos participantes dos teus beneIleios, e também porque, por tua graça, teu Filho Jesus Cristo instiluiu o sacramento da Ceia para reafirmar a nossa fé e confo rtar-nos na esperança da glória eterna. Concede, ó nosso Deus e Salvador, que, pela obra de teu divi no Espírito, o sacramento que acabamos de celebrar, em memória de nosso Senhor, concorra para fortalecer a nossa fé no Salvador e a nossa íntima comunhão com ele. E a ti, ao Filho e ao Espírito Santo seja dada toda honra, glória e poder, agora e para sempre. Amém. — Cantemos o hino 341 do Novo Cântico (por exemplo). Vera Páscoa 1 O Jesus, ó vera Páscoa, Suspirada dos antigos! O Cordeiro eterno e meigo, Digna-te assistir aqui! 2
Bom Jesus, ó Pão divino, Pela fé te recebemos. Es nas almas o alimento Que sustenta o nosso amor.
3
Bom Jesus, ó Vinho puro, De perene gozo a fonte, Faze que nossa alma viva Para ti, sempre de ti! Amém.
Depois do cântico, o ministro invocará a seguinte ou outra bênção:
BÊNÇÃO Ora, o Deus da paz, que ressuscitou dos mortos, pelo sangue do testamento eterno, a Jesus Cristo, Senhor nosso, grande Pastor das ovelhas, vos faça idôneos em todo o bem, para que façais a sua vonta de; fazendo ele em vós o que seja agradável a seus olhos, por Jesus Cristo; ao qual é dada glória pelos séculos dos séculos. Amém. A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comu nhão do Espírito Santo sejam com todos vós. Amém. 24
3 e M o d e l o
PROFISSÃO DE FÉ E BATISMO DE ADULTOS (primeira forma)
Profissão de fé
Instruções ao ministro Em ocasião própria, no decurso do culto público, o ministro receberá por profissão de fé as pessoas que tiverem sido aprovadas pelo Conselho, do modo seguinte: Dirigindo-se à Congregação, fa rá semelhante
COMUNICAÇÃO — Faço-lhes saber, irmãos, que o Conselho desta igreja exa minou e aprovou, para fazerem profissão de fé, os senhores... Dirá o nome das pessoas admitidas , mencionando em primeiro lugar os batizados anteriormente, e continuará:
— Destas pessoas, as primeiras (dirá o número) foram batizadas na infância, e as demais declaram desejar receber o batismo nes ta ocasião. Em seguida, o ministro chamará os professandos, dirigindolhes o seguinte
CONVITE — As pessoas mencionadas queiram apresentar-se. Depois que os professandos se tiverem apresentado diante do púlpito, o ministro lhes dirigirá as seguintes palavras de 27
ENSINO BÍBLICO — Nosso Senhor Jesus Cristo ordenou que seus servos fossem um só corpo com ele, unidos uns aos outros pela confissão da mes ma fé e pela esperança nas mesmas promessas. Ele mesmo disse: “[...] todo aquele que me confessar diante dos homens, tam bém o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32,33). O Espírito Santo também ensinou: “[...] com o coração se crê para justiça e com a boca se confes sa a respeito da salvação” (Rm 10.10). Visto como, pela graça de Deus, vocês se encontram resolvi dos a unir-se aos discípulos de nosso Senhor Jesus Cristo, profes sando publicamente a sua fé, exorto-os a que respondam com since ridade às perguntas que passo a fazer-lhes:
PERGUNTAS DE PROFISSÃO Pergunta — Vocês crêem em um só Deus que subsiste em três pessoas: o Pai, Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; o Filho, que foi concebido por obra do Espírito Santo e nasceu da virgem Maria, o qual morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação; e o Espírito Santo, santificador de nossa alma e doador da vida? Resposta — Cremos. — Vocês confessam que as Escrituras Sagradas do Antigo e do Novo Testamentos são a Palavra de Deus e a única regra de fé e prática dada por ele à sua igreja, e que são falsas e perigosas todas as doutrinas e cerimônias contrárias a essa Palavra, e todos os usos e costumes acrescentados à simples lei do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo? — Sim, confessamos. — Vocês confessam que foram concebidos em pecado; que, por natureza, são incapazes de cumprir perfeitamente a lei de Deus, inclinados antes a amar e fazer o que essa lei condena, tendo pecado muitas vezes por pensamentos, palavras e obras? 28
— Sim, confessamos. — Vocês confessam firmemente que o sangue de Cristo nos purifica de todo pecado, e que não há outro meio de alcançar o perdão e o poder santificador senão a graça de nosso Senhor Jesus Cristo e a obra do Espírito Santo, que Jesus dá a todo o que lho pede? — Sim, confessamos. — Vocês estão sinceramente arrependidos do mal que têm feito diante de Deus e resolvidos a fazer uso diligente de todos os meios de graça por ele ordenados para o bem de seu povo, e a seguir os precei tos de sua lei, deixando de fazer o que ele lhes proíbe em sua Palavra, e fazendo a sua vontade auxiliados por sua graça? — Sim, estamos. — E vocês prometem que, como membros desta igreja, se sujeitarão sempre à sua disciplina e às autoridades nela consti tuídas para o seu ensino e governo, enquanto forem fiéis às Sagra das Escrituras? — Sim, prometemos. O ministro continuará, então , dirigindo aos professandos as seguintes
INSTRUÇÕES — A profissão de fé e as solenes promessas que acabam de fazer diante de Deus e desta igreja, sendo sinceras, importam em uma aliança entre vocês e Deus, na qual ele promete ser o único Deus de vocês, e vocês prometem pertencer tão-somente a ele. No batismo (que alguns j á tiveram o privilégio de receber e que agora vai ser ministrado aos outros), Deus lhes dá um símbolo dessa santa aliança. A água do batismo não pode lavar o corpo e muito menos a alma de vocês. E um símbolo e, por isso, vocês devem entender claramente a sua significação, que é a lavagem do pecado e nossa união com Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu esse sacramento para ser, de nossa parte, um meio de professar a sua religião e, da parte do 29
Senhor, um meio de assegurar aos crentes as bênçãos do ato divino que justifica pelo sangue de Cristo e que regenera e santifica pelo Espírito Santo. Em seguida, o ministro orará, invocando a bênção de Deus para acompanhar o sacram ento do batism o que vai ser ministrado aos professandos que não tiverem sido balizados anteriormente.
ORAÇÃO Ó Pai eterno e onipotente, nós te louvamos pela promessa de perdão e santificação que nos fazes pela morte de Jesus Cristo, teu bendito Filho, e te rogamos que confirmes e seles essas graças aos teus servos, que aqui se acham, a fim de receberem o sacramento de iniciação em tua igreja visível — o santo batismo. E, agora que eles se consagram a ti, recebe-os debaixo da tua proteção. Sê o seu Deus e Salvador. Perdoa-lhes os pecados e santi fica-os pelo Santo Espírito. Acompanha com tua bênção o sacra mento do batismo que lhes vai ser ministrado em teu nome, batizan do-os, tu mesmo, com o batismo do Espírito. Tudo isso te pedimos pela mediação de Cristo, nosso Senhor. Amém. Então, o ministro batizará com água pura cada uma das pessoas que não tiverem sido batizadas legitimamente na infância, chamando cada uma pelo nome e dizendo:
— Eu o batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Nesse momento, pode-se cantar um hino, por exemplo, o 331 do Novo Cântico.
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Oração
1 Confirma, ó Salvador, A decisão feliz De quem, por teu amor, Deixar o mundo quis, E agora vem se batizar, Submisso e humilde ao teu mandar. 2 Aperfeiçoa em paz E em teu divino amor, O coração que faz Tal confissão, Senhor! E em tudo faze o meu viver Conforme, sempre, o teu querer! 3 Ó Protetor fiel, Amparador dos teus, Do inundo no tropel Conduz os passos meus! Nas tentações sê Tu, Senhor, O meu constante Defensor. 4 Nos sentimentos bons, Na comunhão veraz, Revela os ricos dons Que o teu poder nos traz; Mostrando ao mundo, assim, Jesus, Que é bom andar na tua luz. Amém. Depois, o ministro dirá aos novos professos:
— Agora, meus irmãos, estão admitidos a todos os privilégios da igreja de Cristo. Corram com paciência a carreira cristã e perseverem firmes na fé, pois nosso Senhor mesmo exorta cada um dos seus discípulos, dizendo: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. Amém. 31
Em seguida, concluirá com
ORAÇÃO Senhor e Salvador nosso, digna-te abençoar e confirmar os admitidos em tua igreja. Permite que a profissão que acabam de fazer seja fielmente cumprida pelo auxílio do teu Espírito Santo. Dá-lhes grande aumento de graça, de ciência e de fé para que sirvam de luz aos incrédulos e sejam aptos para toda boa obra e cheios do Espírito e da Graça. Faze que de agora em diante eles vivam na esperança da glória dos teus filhos e trabalhem para o bem das al mas que não te conhecem. Quando eles se sentirem fracos, faze que se tornem fortes no Senhor. Nas aflições desta vida, sê para eles consolação, refúgio e amparo. Aumenta-lhes, dia a dia, a fé pela leitura, pregação e meditação de tua Palavra. Santifica-os cada vez mais mediante a operação do Espírito Santo, no uso dos meios de graça, instituídos por ti. Ensina-os a orar incessantemente em viva fé no sacrifício e intercessão de Jesus Cristo. Sejam eles crentes fortes, cheios do gozo do Espírito Santo e de zelo pelo nome de Cristo, plenificados em boas obras, para que os incrédulos vejam neles uma demonstração prática das verdades do Cristianismo. Senhor Jesus, teu sangue os resgatou, e é somente pela tua mediação que eles se chegam ao Pai. Não os abandones jamais. Amém. Como encerramento fi ca bem cantar um hino forte, como o 93 do Novo Cântico.
Firmeza na fé 1
Somente ponho a minha fé Na graça excelsa de Jesus, No sacrifício remidor, No sangue do bom Redentor. 32
A minha fé e o meu amor Estão firm ados no Senhor, Estão firm ados no Senhor.
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Se não lhe posso a face ver, E pela fé que vou viver; Em cada transe a suportar Eu hei de nele confiar.
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A sua graça é mui real, Abrigo traz no temporal; Ao vir cercar-me a tentação, Me fortalece sua mão.
4
Quando a trombeta ressoar, Irei com ele me encontrar; E com os salvos cantarei Louvor eterno ao grande Rei!
NOTA —- “O batismo não deve ser administrado aos que estão fo ra da Igreja visível, e assim estranhos aos pactos da promessa; enquanto não professarem a sua f é em Cristo e obediência a Ele; porém as crianças, cujos pais, ou um só deles, professarem fé em Cristo e obediência a ele, estão, quanto a isto, dentro do pacto e devem ser batizadas .” Catecismo Maior, resposta à Pergunta 166.
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PROFISSÃO DE FÉ E BATISMO DE ADULTOS (segunda forma)
Profissão de fé Como ponto de partida da cerimônia , o ministro poderá conduzir a igreja, com participação especial dos professandos, a cantar um hino apropriado; por exemplo, o 334, do Novo Cântico. A conversão
1 Em cegueira eu andei e perdido vaguei Longe, longe do meu Salvador! Mas da glória desceu, o seu sangue verteu E salvou este pobre pecador. Foi na cruz, fo i na cruz que um dia eu vi Meu pecado castigado em Jesus! Foi ali, pela fé, que meus olhos abri E agora me alegro em sua luz!
2
Já ouvia falar dessa graça sem par, Que do céu trouxe Cristo Jesus! Mas eu surdo me fiz, converter-me não quis Ao Senhor que por mim morreu na cruz.
3
Mas um dia senti meu pecado, e vi Sobre mim o castigo da Lei! Apressado fugi, em Jesus me escondi, E abrigo seguro nele achei.
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Que ditoso, então, foi ao meu coração, Conhecer o excelso amor, Que levou meu Jesus a sofrer lá na cruz, E salvar este pobre pecador. 37
Presentes os professcmdos, dicmte do púlpito, lhes dirigirá o ministro as seguintes palavras de
ORIENTAÇÃO — Nosso Senhor Jesus Cristo ordenou que seus servos fossem um só corpo com ele, unidos uns aos outros pela profissão da mes ma fé e pela esperança nas mesmas promessas gloriosas. E visto como se acham presentes para professar publicamente a sua fé, exorto-os a responder às perguntas que vou fazer-lhes.
PERGUNTAS DE PROFISSÃO Pergunta — Vocês crêem em um único e verdadeiro Deus, que existe em três pessoas distintas — o Pai, o Filho e o Espírito Santo —, o qual do nada fez o céu e a terra e tudo o que neles há, e os mantém, governando todas as coisas, de modo que nada pode acontecer sem que seja da sua divina vontade? Resposta — Sim, cremos. — Vocês reconhecem que foram concebidos e nascidos em pecado; que por natureza são inteiramente incapazes de praticar o bem e inclinados para o mal; que têm muitas vezes pecado por pen samentos, palavras e obras, achando-se de tudo sinceramente arrependidos; e pedem perdão a Deus? — Sim, reconhecemos. — A sua fé se fundamenta unicamente no sacrifício consuma do por Cristo na cruz, na eficácia da sua contínua intercessão no céu e nas promessas que deixou nas Sagradas Escrituras? — Sim, é verdade. — Vocês confessam que o Senhor Jesus Cristo, sendo o eterno Filho de Deus, movido de compaixão pela desditosa sorte da nossa raça, fez-se Filho da virgem Maria, verdadeiro homem pelo poder de Deus, para tornar-se o único Redentor e Salvador dos homens; que ele cumpriu os preceitos da lei divina pela sua vida imaculada, e, na hora da sua morte na cruz, deu uma satisfação completa pelos 38
pecados de seu povo; que ao terceiro dia ressurgiu dos mortos em sinal de estar satisfeita a justiça divina; e que, tendo subido ao céu, alcançou, por sua intervenção, o resgate dos que nele crêem? — Sim, confessamos. — Vocês confessam também a necessidade de uma vida nova e santa, para agradar ao Senhor e provar a sinceridade da sua fé, e prometem fazer toda diligência para obedecer aos preceitos de Deus contidos nas Sagradas Escrituras, invocando sempre, para esse fim, o auxílio do Espírito Santo, sem o qual não poderão cumprir esses votos com fidelidade? — Sim, confessamos e prometemos. — E prometem que, como membros desta igreja, se submete rão à sua disciplina e às autoridades nela constituídas para o seu ensino e governo? — Sim, prometemos. O ministro continuará, então, dando as seguintes
INSTRUÇÕES* — Acabam de entrar em um solene pacto, em que o Senhor promete ser o seu Deus e o de sua posteridade, e vocês o aceitam como o seu único Deus e prometem pertencer-lhe. Doravante, vocês entram em plena comunhão com a igreja, cujos privilégios externos já estão confirmados pela escolha que vo luntariamente fizeram de Cristo e pela fé salvadora que nele profes saram, que são não mais simples herdeiros dos privilégios do pacto, mas também da própria salvação eterna. Acabam de aceitar e confirmar os votos e obrigações do batis mo e de declarar que são do Senhor. E vocês, os que ainda não receberam o sacramento do batismo, são agora separados formalmente do mundo, para tomar lugar como “concidadãos dos santos e da família de Deus”. * Se todos os professandos tiverem sido batizados anteriormente, omitir-se-á a par te das instruções que se refere aos não-batizados, e. no caso contrário, as que se referem aos batizados.
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Seja o batismo que lhes vai ser ministrado o “despojar-se da imundícia da carne” e o “revestir-se do Senhor Jesus Cristo”. Nesse mom ento o ministro batizará os que não tiverem sido batizados anteriormente, chamando cada um pelo nome e dizendo:
— Eu o batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito San to. Amém. O ministro fará, então, oração. Terminada esta, conservandose de pé, a congregação dirá
— Nós, oficiais e mais membros desta igreja, os recebemos cordial e jubilosamente em nossa comunhão, e suplicamos o auxílio de Deus para que possamos juntos procurar o bem-estar temporal e espiritual de nossos condiscípulos e “fazer bem a todos, mas princi palmente aos domésticos da fé”. — Cantemos o hino 86 do Novo Cântico (por exemplo).
Espírito do Trino Deus Espírito do Trino Deus, Opera em nós. Espírito do Trino Deus, Opera em nós. Quebranta-nos, consola-nos, Transforma-nos, transborda-nos! Espírito do Trino Deus, Opera em nós. Amém. Então, o ministro impetrará sobre os professos a seguinte
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BÊNÇÃO Ora, o Deus da paz, que trouxe dentre os mortos Jesus nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, vos faça idôneos em todo o bem, para que façais a sua vontade, fazendo ele em vós o que seja agradável a seus olhos, por Jesus Cristo, ao qual é dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém. Poder-se-á concluir com o hino 181 do Novo
Irmãos em Jesus 1. Bem-vindos, irmãos em Jesus, A nós, bem unidos na paz Que Cristo nos dá pela cruz, Com graça divina, eficaz. 2. Saudamos com santo prazer Aos crentes em nosso Senhor, Pois juntos queremos viver, Honrando o fiel Benfeitor. 3. De quanta ternura e amor Podemos aqui partilhar! E em Cristo, no riso ou na dor, Real comunhão desfrutar. 4. Unidos vivemos aqui; Unidos seremos nos céus Alegres, cantando ali A grande clemência de Deus.
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Cântico:
5 e M o d e l o
ADMISSAO PUBLICA DOS BATIZADOS NA INFÂNCIA
Admissão pública Poder-se-á cantar, no início, um hino; por exemplo, o 168 do Novo Cântico. Jesus amado
1 Quão doce fala ao coração Do pobre pecador O Nome que lhe traz perdão: Jesus, o Redentor! 2
Bendito sejas, ó Jesus! Em ti confiarei. Por mim morreste sobre a cruz, Jamais te deixarei!
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Jesus, eu quero em ti pensar, Pois teu amor me apraz. E ajoelhando-me a orar, Eu sinto a tua paz!
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Jesus, meu Rei, meu Salvador, Teu Nome quero ter Não só nos lábios, com fervor, Mas sempre no viver! Amém.
Os candidatos estarão diante do ministro, o qual dirá:
— Nós, pastor e povo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, conforme a promessa da vida que está em Jesus Cristo, a vocês, amados filhos e herdeiros da igreja: amor e paz de Deus Pai e de Jesus Cristo, nosso Senhor. Sem interrupção nos temos lembrado de vocês em nossas ora ções, desejando a saúde e a prosperidade do seu coração, persuadi dos de que a fé sincera de seus pais lhes é também concedida. 45
Ao passo que tantos outros alcançaram esses privilégios com grande custo, vocês nasceram livres, entrando na igreja por nasci mento, e foram selados na infância pelo batismo — selo da aliança. Para vocês tem sido de grande proveito ser membros da igreja; por isso, herdaram os benefícios da nova aliança; não somente a Lei e os Profetas, mas também a obra consumada em e por Cristo, a dispensação do Espírito Santo. Herdaram os oráculos completos de Deus, a educação da família cristã, as orações, a instrução e a disci plina da igreja de Cristo. PERGUNTAS
— Vocês aceitaram pessoalmente a Deus, o Pai, por seu Pai; a Deus, o Filho, por seu único Salvador; a Deus, o Espírito Santo, por seu Santificador e Consolador? — Sim, aceitamos. — Vocês prometem continuar nessa fé e, com auxílio da graça divina, cumprir todos os deveres dela, no uso diligente dos meios de graça, na sujeição às autoridades desta igreja, na paz e no amor dos irmãos? — Sim, prometemos. — Eu os exorto, diante de Deus, que faz vivas todas as coisas, e diante de Jesus Cristo, que sob Pôncio Pilatos deu uma boa confis são, que guardem este pacto sem mácula nem repreensão, até a vin da de nosso Senhor Jesus Cristo. Em nome da igreja e de Jesus Cristo, seu Senhor e cabeça, sejam bem-vindos. Eu os recebo à plena comunhão com o povo de Deus. A igreja poderá ser convidada (principalmente osprofessandos) a repetir em uníssono os seguintes textos bíblicos:
"‘Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o Senhor, que se compadece de ti” (Is 54.10). “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz” (Nm 6.24-26). 46
Em seguida o ministro fará
ORAÇÃO Pai celeste, nós te bendizemos porque desde o princípio in cluíste no pacto os filhos juntamente com os pais. Damos-te graças porque deste entrada a estes teus servos na igreja cristã por seu nas cimento e lhes concedeste as bênçãos da cultura cristã. Bendize mos-te porque lhes acrescentaste a graça especial do teu Espírito, de sorte que espontaneamente confessaram a tua verdade e consagra ram a sua vida ao teu serviço. Suplicamos-te que continues a obra começada neles, até o dia da redenção completa. Aumenta-lhes dia riamente os dons da graça: o espírito de conhecimento e de temor do Senhor. Concede-lhes a felicidade de promover a glória do Senhor e do seu povo. Socorre-os nas tentações desta vida e na provação da morte. Em nome de Cristo. Amém. Poder-se-á cantar um hino apropriado; por exemplo, o 32 do Novo Cântico
O Deus fiel 1 Tu és fiel, Senhor, ó Pai celeste, Teus filhos sabem que não falharás! Nunca mudaste, Tu nunca falhaste, Tal como eras Tu sempre serás. Tu és fie l, Senhor! Tu és fiel, Senhor! Dia após dia, com bênçãos sem fim , Tua mercê nos sustenta e nos guarda; Tu és fiel, Senhor, fiel assim, 2
Flores e frutos, montanhas e mares, Sol, lua, estrelas brilhando no céu, Tudo criaste na terra e nos ares Para louvar-te, Senhor, que és fiel. 47
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Pleno perdão Tu dás! Que segurança! Cada momento me guias, Senhor, E no porvir, oh! que doce esperança Desfrutarei do teu rico favor. Amém.
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BATISMO DE CRIANÇAS (primeira forma)
Batismo de crianças Instruções ao celebrante O batismo será sempre administrado por um ministro de Cristo, e nunca por um leigo. De ordinário, esse ato solene terá lugar no templo, em presença da congregação. Os pais não devem delongar, sem motivo justo, o batismo de seus filhos, e avisarão o ministro, com antecedência, do dia em que esperam trazê-los pa ra receber essa santa ordenança. Na ocasião própria, o m in is tr o dará conhecim ento à congregação de que batizará uma criança, e convidará os pais desta a apresentá-la, dizendo:
— Acha-se presente uma criança para ser batizada. Queiram os pais apresentá-la. Os pais apresentarão, então, a criança diante do púlpito, e o ministro lhes perguntará:
— É seu desejo consagrar a Deus este seu filho por meio do batismo? Após resposta afirmativa, o ministro prosseguirá, dando as seguintes.
INSTRUÇÕES AOS PAIS — O batismo é um sacramento da nova dispensação, instituído por nosso Senhor Jesus Cristo, no qual a aspersão com água, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é sinal e selo da nossa 51
união com Cristo, do resgate dos nossos pecados pelo seu sangue, da regeneração do nosso coração pelo Espírito Santo, de nossa ado ção como filhos de Deus e da ressurreição para a vida eterna. Por meio desse sacramento, as pessoas batizadas são solene mente admitidas na igreja visível e entram com Deus em uma alian ça em que ele promete ser o seu Deus e o de sua posteridade, e as pessoas batizadas prometem pertencer-lhe inteiramente. Vemos, pois, que nosso Deus não somente se apiedou de nós, admitindo-nos no número de seus filhos e na comunhão de sua igreja, mas também se compadeceu de nossa posteridade (Gn 17.7). E, embora os filhos dos crentes também pertençam à raça de Adão e tenham, por isso, uma natureza corrupta, Deus os aceita e os adota no número da queles que constituem o seu povo, em virtude desse pacto (1 Co 7.14). Assim, os filhos dos crentes não têm menos direito hoje ao sacramento do batismo do que a descendência de Abraão tinha ao rito da circuncisão. De outro modo a Escritura não daria aos filhos dos crentes o nome de santos (1 Co 7.14), com que na Sagrada Escri tura são designados os membros da igreja, nem tampouco nosso Se nhor os teria tratado nessa relação, dando-lhes a sua bênção e decla rando que “dos tais é o reino de Deus” (Mc 10.14). E agora que Deus concede a vocês o grande privilégio de lhe dedicar esse seu filho, exorto-os a que declarem a sua fé e reconhe çam solenemente os deveres que têm para com Deus e para com a sua igreja, em referência a essa criança, respondendo sinceramente às seguintes PERGUNTAS AOS PAIS
— Os irmãos crêem em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do céu e da terra? — Sim, cremos. — Vocês crêem em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Se nhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo, nasceu da virgem Maria, padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucifica do, morto e sepultado, ressurgiu dos mortos ao terceiro dia, subiu ao céu e está assentado à mão de Deus Pai, Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos? 52
— Sim, cremos. — Crêern no Espírito Santo, em uma só igreja universal, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e na vida eterna? — Sim, cremos. — Prometem que se o Senhor Deus for servido conservar a vida deste seu filho até a idade da razão, hão de instruí-lo na crença segui da pelo povo de Deus, como vem ensinada na Sagrada Escritura? — Sim, prometemos. — Prometem ensinar-lhe a ler para que leia por si mesmo a San ta Escritura; orar por ele e com ele; servir-lhe, vocês mesmos, de bom exemplo de piedade e religião, e esforçar-se, por todos os meios de signados por Deus, para criá-lo na disciplina e correção do Senhor? — Sim, prometemos. — Prometem ler com ele a Bíblia e trazê-lo à igreja com assi duidade, ensiná-lo desde a mais tenra idade a respeitar o culto divi no e participar dele? — Sim, prometemos. Então, o ministro pedirá a Deus que seja servido acompanhar com sua bênção o sacramento que vai ministrar, fazendo semelhante
ORAÇÃO Louvamos e bendizemos o teu nome, ó Deus, pela promessa que nos fazes de seres o nosso Deus e o Deus de nossos filhos; e agora te pedimos que confirmes a tua promessa em referência a essa criança, que aqui te é apresentada. Nós a dedicamos e a oferecemos a ti, pedindo-te que a recebas debaixo da tua proteção e sejas o seu Deus e Salvador. Regenera-a e santifica-a pelo teu Espírito Santo, e faze que, quando ela chegar ao uso da razão, te reconheça e te adore como seu único e verdadeiro Deus e Salvador, e te glorifique por todos os dias de sua vida. Incorpora-a na comunhão de nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de que tenha parte em todos os benefícios de sua morte, ressurreição e intercessão, como membro de seu corpo. Agra 53
da-te dar a tua bênção para acompanhar o sacramento do batismo, que lhe vai ser ministrado em teu nome, por amor de Cristo, nosso Redentor. Amém. Em seguida, o ministro batizará a criança com água pura, chamando-a. pelo nome e dizendo:
— Eu o(a) batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Acabado o batismo, o ministro fará semelhante
ORAÇÃO Graças te damos, ó Deus, porque não somente nos abençoas com os benefícios que conferes a todos os homens, mas também com as promessas e dons do evangelho. Rendemos-te graças porque nos chamaste para ser o teu povo; e tam bém nossos filhos, assinalando-os com este sacra mento do batismo. Portanto, Pai, embora indignos de teus favores, te suplica mos que protejas essa criança; confere-lhe as graças significadas neste sacramento. Não permitas que, quando crescer, se afaste de ti e de tua igreja. Dá-lhe o teu Espírito Santo para nela habitar. Por amor de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém. Poder-se-á cantar um hino apropriado; por exemplo, o 365 do Novo Cântico.
Convite às crianças 1 Oh! Vinde crianças! Cantai a linda história Do bom Messias, Rei dos reis, Jesus, o Salvador. 54
E repeti, com gratidão, A eterna e meiga exclamação: “Deixai as crianças que venham a mim”. 2
Pais crentes traziam A Cristo seus filhinhos, Mas quando alguém os impediu, Tentando os afastar, Ouviu-se a voz do Mestre, então, Dizer com grande compaixão: “Deixais as crianças que venham a mim”.
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Oh! Vinde crianças! Jesus deseja a todas A sua bênção conceder, E sua salvação! A voz de Cristo, o Bom Pastor, Repete ainda com amor: “Deixai as crianças que venham a mim”.
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BATISMO DE CRIANÇAS (segunda forma)
Batismo de crianças INSTRUÇÕES O ministro oficiante, depois de anunciar à Congregação que se acha(m) presente(s) uma (ou mais) criança(s), para ser batizada(s), convidará os pa is a trazê-la(s), dizendo:
— Irmãos, temos hoje uma criança (ou algumas crianças, con forme o caso) para ser batizada(s), e, para tal, convido os pais a trazê-ia(s) aqui para receber tão solene ato. Apresentada(s) a(s) criança(s), o ministro perguntará aos pais:
— Os irmãos declaram ser o seu desejo consagrar a Deus esse seu filho pelo batismo? Após resposta afirmativa, o ministro prosseguirá, com as seguintes
INSTRUÇÕES AOS PAIS A aliança contraída entre Deus e vocês, pelo seu batismo, com preende também a sua posteridade e lhes dá o privilégio de trazer ao Senhor esse(s) seu(s) fdho(s). Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu este sacramento para ser o rito de iniciação na sua igreja, o qual significa que, nascendo como nascem todos os homens, em pecado, necessitamos de ser purificados pelo seu sangue e pelo poder do Espírito Santo. Mas o fato de virem dedicar esse(s) seu(s) filho(s) a Deus im porta também o reconhecimento de certos deveres para com ele e para com a igreja em referência a essa(s) criança(s); deveres que devem reconhecer respondendo com sinceridade às seguintes 59
PERGUNTAS — Os irmãos prometem que se Deus for servido conservar a vida dessa(s) criança(s) até a idade própria, a(s) educarão na crença do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e em nossa santa religião, como é ensinada nas Escrituras do Antigo e Novo Testamentos? — Sim, prometemos. — Prometem encaminhá-la(s) pelas santas veredas da cruz, servindo-lhe(s) vocês mesmos de exemplo de piedade, e envidar to dos os esforços para livrá-la(s) de más companhias e de maus exem plos; ensinar-lhe(s) a Bíblia, e trazê-la(s) com vocês à igreja regu larmente; ensiná-la(s) a adorar ao Senhor com reverência e a esti mar como irmãos os demais membros da igreja? — Sim, prometemos. — Prometem orar com ela(s) e por ela(s); dar-lhe(s) ou man dar dar-lhe(s) a instrução e educação que puderem; criá-la(s) na dis ciplina e correção do Senhor? — Sim, prometemos. Então, o ministro continuará, dirigindo aos pais a seguinte
EXORTAÇÃO O Senhor nosso Deus prometeu ao seu povo ser o seu Deus e o Deus de sua posteridade (Gn 17.7), além de usar de misericórdia até mil gerações com aqueles que o amam e guardam os seus pre ceitos (Êx 20.6). Que essas promessas sejam para os irmãos moti vo de consolação e, ao mesmo tempo, incentivo para levá-los de contínuo ao trono do Altíssimo, a fim de suplicar-lhe a graça ne cessária para andar nos seus preceitos e cumprir os deveres que acabam de reconhecer. Em seguida o ministro fa rá oração, pedindo a bênção de Deus para acom panhar o sacram ento do batismo que vai ser administrado e a gi^aça divina para os pais, a fim de ajudá-los a desempenhar os seus deveres para com as crianças batizadas. Acabada a oração, o ministro perguntará aos pais de cada criança:
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— Qu al é o nome dessa criança?
Chamando cada uma pelo nome que os pais disserem, a batizará com água pura, dizendo:
— Eu o(a) batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Terminado, renderá graças a Deus, fazendo oração. Poder-se-á cantar um hino: por exemplo, o 363 do Novo Cântico.
Venham as crianças 1 Venham, venham as crianças Ao bendito Salvador, Que na cruz, ao resgatá-las, Revelou-lhes seu favor. Cristo agora. Cristo sempre Nos concede seu amor. 2
Venham, venham as crianças, Pois Jesus as convidou! Foi também por seus pecados Que na amarga cruz penou. Cristo agora, Cristo sempre Com ternura nos amou.
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Venham, venham as crianças Ao Senhor Jesus servir! Receber os seus conselhos, Sua santa Lei ouvir. Cristo agora, Cristo sempre Quer na luz nos conduzir.
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BATISMO DE CRIANÇAS (terceira (terceira forma) forma )
Batismo de crianças — Irmãos, alguns pais me procura pro curaram ram a fim de batiza bat izarr seus filhos. Enquanto se aproximam do púlpito, cantemos o hino (por No vo Cântico). exemplo, o 367 do Novo
Convite aos meninos 1 Vin Vinde menino ninos! s! Vin Vinde a Jesu Jesus! s! Ele ganhou-vos bênçãos na cruz! Os pequeninos ele conduz, Oh, vinde ao Salvador! Que alegria, alegria, sem peca pe cado do ou mal mal,, Reunir Reu nir-no -noss todos, afinal, Na san s anta ta Pát P átria ria celestial, celestial , Com Cristo, o Salvador!
2
Já, sem demora, a todos convém Ir caminhando à glória do além! Cristo vos chama, quer vosso bem, Oh, vinde ao Salvador!
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“Vinde meninos men inos!” !” — ele vos diz; Quer receber-vos no bom País; Quer conceder-vos vida feliz. Oh, vinde ao Salvador!
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Eis a chamada: “Vinde hoje a mim!” Não há no mundo mund o quem ame assim! Seu grande amor por vós não tem fim. Oh, vinde ao Salvador!
INSTRUÇÕES AOS PAIS — Ouçam o ensin e nsino o do Evangelho: “Então, lhe trouxeram [a Jesus] algumas crianças para que as tocasse, tocasse , mas os discípulos discí pulos os repreendiam. repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, isto, 65
indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, embar aceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade verdad e vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondolhes as mãos, as abençoava” (Mc 10.13-16). Observem que nosso Salvador mandou que lhe trouxes sem os pequeninos, e censurou aqueles que tentaram privá-los desse privilégio. Disse Jesus: “Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele” . Então, abraçou as crian cria n ças e, pondo sobre elas as mãos, as abençoou. Não Nã o duvi du vide dem m , port po rtan anto to,, mas conf co nfie iem m em C rist ri sto o p ara ar a que qu e ele receba o seu filhinho, nos braços da sua misericórdia, dan do-lhe a bênção da vida eterna e fazendo-o participante da na tureza divina. Lembrem-se: le O batismo significa que nós e nossos filhos somos concebi dos e nascidos em pecado, e não podemos entrar no reino de Deus sem nascer de novo. 28 O batismo testemunha e sela a nossa recepção na família dos filhos de Deus, o lavamento de nossos pecados por Cristo Jesus e a renovação de nosso coração pelo Espírito Santo. Eis por que somos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Apesar de nossos filhinhos não compreenderem ainda essas coisas, convém que sejam batizados porque assim como, sem o saber, são participantes da queda de Adão, também são recebidos em Cristo pela graça, segundo a qual Deus nos fala por Abraão, pai de todos os crentes, dizendo: “Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, alian ça perpétua”. Disso também testifica o apóstolo Pedro, dizendo: “Para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso Deus chamar”. Por isso Deus outrora mandou que os filhos do seu povo recebessem recebes sem a circuncisão circuncisã o como selo do pacto pacto da fé. fé. Ora, desde desd e que o batismo substituiu a circuncisão, os filhos dos membros da igre ja de C risto ris to devem ser batiz ba tizad ados os na qua q ualid lidade ade de herdei her deiro ross do rei re i no e do pacto de Deus. 66
PERGUNTAS AOS PAIS — Portanto, vocês, pais dessa criança, permanecerão fiéis ao pacto da graça, como é oferecido a vocês e a seus filhos? — Sim, pela graça permaneceremos. — Consagram essa criança ao Senhor para que ela receba a adoção como filha de Deus Pai, o perdão de seus pecados pelo sangue de Cristo e a regeneração de seu coração pelo poder do Espírito Santo? — Sim, pela graça consagramos. — Confiando nas grandes promessas de Deus, prometem criála na disciplina e correção do Senhor, servindo-lhe de exemplo cris tão; orando por ela e com ela; ensinando a ler a Palavra de Deus; instruindo-a desde os seus primeiros anos na natureza do pacto sob cujo amparo está; fazendo tudo quanto puderem para levá-la ao co nhecimento e à fé em Cristo, seu Salvador? — Sim, pela graça prometemos. Esta água é o testemunho de Deus de que o seu filho é culpado e impuro. A aplicação da água não tem virtude alguma em si, mas é apenas um símbolo do dom e da obra do Espírito Santo. Do mesmo modo que a água lava o corpo, também a graça divina torna puro e santo o coração. Roguemos, portanto, unanimemente, a presença e a bênção de Deus.
ORAÇÃO Pai nosso que estás nos céus, Pai do unigênito e bem-amado Filho, nosso irmão mais velho, tu, Senhor, és o nosso Pai e nosso Redentor: Pai da Eternidade é o teu nome. Atua paternidade é tipo e fonte da nossa, porque, por nos teres criado à tua imagem, nos coroaste com a dignidade de pais. Agora, portanto, olha para os teus servos que trazem aqui o seu filho para dedicá-lo ao teu serviço. Sendo eles pecadores, e tendo nascido em pecado, arrependidos bus caram expiação na cruz. Permite que façam inteligível e sincera mente os votos do batismo. Habilita-os a cumprir esses votos na instrução e na disciplina de seu filho; como nasceu da carne, assim também seja renascido do Espírito Santo; como o menino Jesus, se 67
fortifique no espírito e se encha de sabedoria. Sobre ele esteja atua graça, até que, na harmonia de toda graça cristã, chegue à idade de varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. Sirva ele a ti e à sua geração por todos os dias de sua vida na terra e, quando terminar sua carreira neste mundo, assente-se ele com Cristo na casa do Pai. Pedimos-te em nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cris to. Amém. Em seguida, o ministro batizará a criança com água pura, chamando-a pelo nome, dizendo:
— Eu o batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. O ministro, então, dirá:
A bênção do Deus da aliança, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, seja com vocês e com os seus filhos para sempre. Amém.
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9 e M o d e l o
ORDENAÇÃO DE MINISTROS DO EVANGELHO
Ordenação de ministros No dia determinado para a ordenação, reunido o Presbitério, um dos seus membros previamente nomeado pregará um sermão apropriado ao ato. O mesmo, ou outro membro nomeado pa ra presidir, recitará do púlpito o resumo das medidas preparatórias tomadas pelo Presbitério para a ordenação do candidato e, em seguida, exporá a natureza e importância dessa ordenação e procurará despertar no auditório os sentimentos próprios da solenidade desse ato, dando as seguintes ou semelhantes
INSTRUÇÕES O Senhor Jesus Cristo, sobre cujos ombros está o principado, que é chamado Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eter nidade, Príncipe da Paz, que é Rei e cabeça da igreja, havendo subi do ao alto e recebido dons para os homens, dotou a igreja com oficiais extraordinários e permanentes, para reuni-la e edificá-la. Os apóstolos, os profetas e os que possuíam o dom de línguas, o de curar e o de fazer milagres foram oficiais extraordinários em pregados a princípio por nosso Senhor e Salvador para reunir seu povo dentre as nações, conduzindo-o à família da fé. Esses oficiais e esses dons miraculosos cessaram há muito tempo. Eloje, o Senhor Jesus Cristo conserva em sua igreja os minis tros da palavra, ou presbíteros docentes, comissionados para pregar o evangelho, administrar os sacramentos e governar; os presbíteros regentes, encarregados de ajudar no governo; e os diáconos, cujas funções consistem na arrecadação das ofertas dos fiéis para fins pi edosos, no socorro aos que, na igreja, estão necessitados e no cuida do da ordem no culto. O oficio de ministro da palavra é o primeiro na igreja em dig nidade e utilidade. Na Escritura são dados diversos títulos àqueles 71
que o exercem, os quais exprimem diversos deveres. O ministro da palavra é chamado bispo, porque tem a superintendência do reba nho de Cristo; pastor, porque dá alimento espiritual ao rebanho; ministro, porque lhe cumpre ser grave e prudente, um exemplo para a igreja, e governar bem a casa e o rebanho de Cristo; anjo da igreja, porque é mensageiro de Deus; embaixador, porque é envia do a declarar a vontade de Deus aos pecadores e a rogar-lhes que, por meio de Cristo, se reconciliem com Deus; evangelista, porque anuncia as boas-novas de salvação aos ignorantes que estão a pon to de perecer; pregador, porque está constituído para proclamar o evangelho; doutor, porque expõe a Palavra, e com sã doutrina ad moesta e convence os contradizentes; e despenseiro dos mistérios de Deus, porque distribui a múltipla graça de Deus e as ordena ções instituídas por Cristo. Esses títulos não indicam diferentes graus de dignidade no ofí cio, mas descrevem todos o mesmo ministro. Achamo-nos aqui reunidos para ordenar mais um ministro da palavra. Deus mesmo é quem chama, faz os verdadeiros ministros da igreja e lhes concede os necessários dotes para o desempenho de seus deveres. A ordenação, portanto, não é o que faz o ministro ou lhe dá a capacidade para o ofício, mas é a admissão autorizada de uma pes soa devidamente chamada para desempenhar um ofício na igreja de Deus, admissão essa acompanhada de oração e imposição das mãos, segundo o exemplo apostólico. Acha-se presente para ser ordenado ministro do evangelho o senhor .......... , que terá a bondade de se apresentar. O candidato à ordenação se apresentará, então, diante do pú lpito e o Ministro que pre sidir lhe fa r á as seguintes
PERGUNTAS CONSTITUCIONAIS
1 — Você crê que as Escrituras do Antigo e do Novo Testamen tos são a Palavra de Deus, e a única regra infalível de fé e prática? — Sim, creio. 72
2 — Você recebe e adota sinceramente a Confissão de Fé e os Catecismos desta Igreja, como fiel exposição do sistema de doutri na, ensinado nas Santas Escrituras? — Sim, recebo. 3 — Você aprova e sustenta o governo e disciplina da Igreja Presbiteriana do Brasil? — Sim, aprovo e sustento. 4 — Você promete sujeitar-se a seus irmãos, no Senhor? — Sim, prometo. 5 — Você declara que, segundo o conhecimento que tem no seu coração, procura o Santo Ministério movido pelo amor de Deus e pelo desejo de promover a sua glória pela pregação do evangelho de seu Filho? — Sim, declaro. 6 — Você promete manter zelosa e fielmente as verdades do evangelho, a pureza e a paz da igreja, seja qual for a perseguição e oposição que contra você se levante por esse motivo? — Sim, prometo, com o auxílio de Deus. 7 — Você promete que, como cristão e ministro do evangelho, será fiel e diligente no exercício de todos os seus deveres pessoais ou relativos, particulares ou públicos, e se esforçará, pela graça de Deus, para adornar a profissão do evangelho por meio de sua con versação, e andar com exemplar piedade diante do rebanho sobre o qual Deus o constituiu bispo? — Sim, prometo, com o auxílio de Deus. 8 — Está pronto para tomar sobre si o cargo desta igreja, de conformidade com a declaração que fez ao aceitar o seu convite? E promete que, com o auxílio de Deus, desempenhará para com ela os deveres de pastor?* Na ordenação de evangelista omite-se a pergunta 8 e as que adiante são indicadas para ser dirigidas à congregação. Nesse caso , far-se-á a seguinte:
* Essa perg unta só de verá ser fe ita se o or de na ndo f o r as su mir o pasto rado da igreja onde se realiza a cerimônia.
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— Você aceita e empreende agora a obra do evangelho, e promete que, com o auxílio de Deus, será fiel no desempenho de todos os deveres inerentes à vocação de ministro de nosso Senhor Jesus Cristo? — Sim, aceito, com a graça de Deus. Na ordenação de pastores, serão dirigidas as seguintes
PERGUNTAS À IGREJA 1— E vocês, membros desta igreja de Jesus Cristo, continuam determinados a receber, como seu pastor, o senhor ......... , aqui pre sente, a quem convidaram para esse fim? Esperar o SIM da igreja. 2 — Prometem receber da sua boca, com humildade e amor, a palavra da verdade, e submeter-se a ele no devido exercício da disciplina? Esperar o SIM da igreja.
3 — Prometem animá-lo em seus trabalhos e ajudá-lo nos es forços que empregar para a instrução e edificação espiritual de toda a igreja? Esperar manifestação da igreja.
4 — E, enquanto ele for seu pastor, obrigam-se a dar-lhe a ma nutenção que lhe prometeram e a fornecer-lhe aquilo que vier a ser necessário para a honra da religião e para o seu conforto entre vocês? Depois que o povo houver respondido na afirmativa pelo levantamento da mão direita, ou com um SIM, o candidato se ajoelhará e o ministro que presidir o consagrará com oração epela imposição das mãos do Presbitério, segundo o exemplo apostólico, para o ofício do ministério. 14
ORAÇÃO DE ORDENAÇÃO Senhor Jesus! A ti foi dado todo o poder no céu e na terra! Tu és o eterno Filho do eterno Pai, e de tal modo amaste a tua igreja que, para redimi-la, te humilhaste até a morte de cruz e, para purificá-la, derramaste o teu próprio sangue. Damos-te graças por que foste servido dotar a igreja de ministros para instruir, admoes tar e consolar o povo, anunciando-lhe este evangelho glorioso, e por te haveres humilhado para exaltar-nos e teres derramado o teu próprio sangue para lavar-nos. Olha para nós em tua misericórdia, tu que és o único Profeta, Sacerdote e Rei do teu rebanho; dota com o teu Espírito Santo a este nosso irmão, a quem consagramos e ordenamos em teu nome para o ministério do evangelho, a fim de que pregue fielmente a tua Palavra para instrução do rebanho e destruição do erro e do vício. Concede-lhe, Senhor Jesus, a tua graça e dá-lhe sabedoria para confundir os inimigos da verdade, instruir os cegos e ignorantes e alimentar o rebanho na tua Palavra. Dá-lhe aumento de graça, ilumina-o pelo Espírito Santo, robustece-o na prática de todas as virtudes e governa e guia seu ministério para glória e louvor de teu santo nome, adiantamento do teu reino, fortalecimento da tua igreja e desencargo da sua consciência dian te de ti. E a ti, ao Pai e ao Espírito Santo, seja toda a honra, glória e louvor para sempre. Amém. Acabada a oração, levantar-se-á o ordenando, e o ministro que presidir e, depois, os outros membros do Presbitério, cada um por sua vez, lhe apertará a mão, dizendo as seguintes palavras:
— Nós lhe damos a destra de companhia para tomar parte conosco neste ministério. Então dirá o ministro que presidir:
— Agora proclamo e declaro regularmente eleito, ordenado e investido como pastor desta igreja o reverendo ................. , tudo se75
gundo a Palavra de Deus e em conformidade com a Constituição e Ordem da Igreja Presbiteriana do Brasil. Nessa qualidade, o reve rendo .......... tem direito a todo apoio, animação, honra e obediên cia no Senhor. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Feita essa proclamação, o novo ministro tomará assento em uma cadeira em fre nte ao púlpito, e aquele que presidir, ou algum outro previamente nomeado pa ra esse fim, dirigirá uma solene parênese ao pastor e à congregação, exortandoos aperseverar no desempenho dos seus deveres recíprocos.
PARÊNESE AO NOVO MINISTRO Atenda por você, meu querido irmão e conservo em Cristo, e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo o constituiu bispo, para pastorear a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu pró prio sangue. Ame a Cristo e pastoreie o rebanho de Deus, exercendo o pastorado não constrangido, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominador dos que lhe foram confiados, mas tornando-se modelo do rebanho. Torne-se padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza. Aplique-se à leitura, à exortação, ao ensi no. Não se faça negligente para com o dom que há em você. Medite essas coisas, e nelas seja diligente, para que o seu progresso a todos seja manifesto. Tenha cuidado de você mesmo e da doutrina. Persevere nessas coisas. Sofra com paciência, como bom soldado de Je sus Cristo, todas as aflições e perseguições que se lhe fizerem por causa da verdade. E, quando se manifestar o Supremo Pastor, rece berá a imarcessível coroa de glória (At 20.28; lPe 5.2-4; 1Tm 4.1216; 2Tm 2.2.)
PARÊNESE À CONGREGAÇÃO E vocês, cristãos, recebam este seu pastor e honrem-no. Lem brem-se de que Deus lhes fala por meio dele. Recebam a palavra que lhes pregar, de conformidade com a Escritura, não como palavra de 76
homem, mas, segundo de fato é, como Palavra de Deus (lT s 2 .13). Que aquele que lhes anuncia o bem e prega a salvação lhes seja agradável (Is 52.7). Obedeçam, pois, ao seu pastor e submetam-se a ele, porque velará por sua alma, como quem há de dar conta dela a Deus, para que o façam com alegria, e não gemendo, porque isso não lhes seria de nenhum proveito (Hb 13.17). Sustentem os braços dele para que não desfaleçam. Orem por ele para que seja uma bênção entre vocês, entre os seus fi Ihos e entre aqueles que os rodeiam. Amém. Acabada a parênese à congregação, o ministro que presidir encomendará a igreja e o seu novo pastor à graça de Deus e à sua santa guarda, fazendo
ORAÇÃO Acabada a oração, cantar-se-á o hino 282 do Novo Cântico (por exemplo).
A grande comissão 1 Disse Jesus: ‘‘Ide por todo o mundo, E pregai o eterno dom Da salvação que, com amor profundo, Dá o Deus gracioso e bom!” Tendo na cruz a afirmação do amor, Proclamai o dom do Redentor! Oh! Conquistai Almas perdidas, buscai O pecador enfermo, quase moribundo! Vamos, irmãos, levar Essa luz ao mundo inteiro! Vamos, irmãos, contar Que esse dom é verdadeiro! Vamos, irmãos, pregar Mui confiados no Cordeiro Que, na cruz, já fe z A nossa Redenção! 77
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Todos marchemos neste grande intento De pregar a salvação! Sem recuar, sempre mostrando alento. Sim, cumpramos a missão Que o Salvador, Cristo Jesus, nos deu! Ele está também no posto seu. Diz-nos o Rei: “Sempre convosco estarei!” Vamos, irmãos, bem firmes neste pensamento!
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Firmes, levemos a mensagem santa Do Evangelho de Jesus! Esta mensagem divinal, que encanta, Espargindo graça e luz! Cheia de bênçãos do glorioso Deus, Que conhece os escolhidos seus, Cheia de amor, Vem revelar o favor Da compaixão de Deus e dá-nos graça tanta.
Terminado o hino, o mesmo ministro que presidir, ou o novo ministro, pronunciará a
BÊNÇÃO APOSTÓLICA A graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos nós e com todo o povo de Deus, agora e sempre. Amém. Acabado o ofício de ordenação e investidura, os chefes das fam ílias da congregação que se acharem presentes, ou pel o menos os pres bítero s e diáconos, adiantando-se, darão a destra ao pastor, em sinal de cordial recepção e afetuoso respeito.
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10 e M o d e l o
LICENCIATURA DE PREGADORES CANDIDATOS AO SANTO MINISTÉRIO
Licenciatura No dia marcado para a licenciatura de um ou mais pregadores, candidatos ao santo ministério, estando reunido o Presbitério, o presidente fa rá o seguinte
ANÚNCIO Segundo a resolução tomada por este Presbitério, vão licen ciar-se como pregadores do evangelho, em prova para o santo mi nistério, os candidatos, senhores ................. Esses irmãos queiram apresentar-se. Os candidatos se apresentarão diante do Presbitério, e o pre side nte procederá, dando as seguintes
INSTRUÇÕES A Sagrada Escritura exige que quantos desejem ser ordenados ministros da palavra sejam previamente provados ou experimenta dos, a fim de que não aconteça que esse sagrado ofício seja confiado a homens fracos e indignos; e também para que as igrejas tenham ocasião de firmar melhor juízo a respeito do talento e habilidade daqueles por quem têm de ser instruídas e governadas. Paulo, instruindo Timóteo a respeito das qualificações que de vem ter um bispo, lhe diz em sua primeira epístola, capítulo 3, versículos 6 e 7: "não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo”. Na segunda epístola de Paulo a Timóteo, capítulo 2, versículo 2, também se lê: “E o que de minha parte ouviste através de mui tas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros”. 81
Assim, pois, os Presbitérios licenciam pregadores do evange lho, os candidatos ao santo ministério, para que, provando o seu talento e aptidão, e recebendo das igrejas um bom testemunho, pos sam ser ordenados em tempo devido para esse sagrado ofício. Este Presbitério, portanto, tendo examinado e aprovado nas diversas matérias exigidas para a licenciatura os senhores ....... , de terminou licenciá-los nesta ocasião. Pelo que, amados irmãos, visto que desejam ser licenciados pregadores do evangelho, exorto-os a que respondam com sinceri dade às perguntas que passo a fazer:
PERGUNTAS — Vocês crêem que as Escrituras do Antigo e do Novo Testa mentos são a Palavra de Deus, e a única regra infalível de fé e prática? — Sim, cremos. — Vocês recebem e adotam sinceramente a Confissão de Fé e os Catecismos desta Igreja como fiel exposição do sistema de dou trina, ensinado nas Santas Escrituras? — Sim, recebemos e adotamos. — Prometem submeter-se, no Senhor, ao governo deste Pres bitério, ou ao governo de qualquer outro Presbitério para cujas divi sas possam ser chamados? — Sim, prometemos, com o auxílio de Deus. Respondid as na afirm ativa às pergunta s precedente s, o presidente dirigirá uma oração apropriada ao ato.
ORAÇÃO Senhor nosso Deus, tu nos ensinas que o ministério deve ser confiado a homens fiéis e idôneos para ensinarem também a outrem. Serve-te habilitar os teus servos, aqui presentes, para proclamar as boas-novas da salvação aos seus semelhantes; seja manifesto o seu talento e aptidão; recebam das igrejas bom testemunho; possam ser consagrados ministros do evangelho. Para esse fim, ó Senhor nosso Deus, enche-os do teu Espírito Santo. 82
Senhor, tu nos ensinas a pedir mais trabalhadores para a tua seara. Rogamos te sirvas enviar esses teus servos, e suscites outros pregadores do teu evangelho dentre o teu povo, para que breve che gue o tempo em que a terra fique cheia do teu conhecimento como as águas cobrem o mar. Dá também sabedoria e zelo a todos os pregadores e ministros da tua santa Palavra, e permite que vejam seu trabalho abençoado por ti. Em nome de Jesus Cristo. Amém. Acabada a oração, e estando de pé os membros do Presbitério, o presidente dirigir-se-á aos candidatos:
— Em nome do Senhor Jesus Cristo e pela autoridade que ele deu à Igreja para sua edificação, nós os licenciamos para pregar o evangelho, como candidatos, em prova, para o santo ministério, onde Deus for servido chamá-los em sua Providência; e para esse fim, que a bênção de Deus descanse sobre vocês, e o Espírito Santo en cha o coração de vocês. Amém. Poder-se-á concluir com um hino — por exemplo, o 284 do Novo Cântico — e a bênção apostólica. Obediência
1 Nem sempre será para onde eu quiser Que o Mestre me quer enviar! E grande a Seara a embranquecer, Em que eu deverei trabalhar. Se, pois, a caminhos que nunca segui, Uma voz a chamar-me eu ouvir, Direi: Meu Senhor, confiado em ti, Estou pronto ao teu mando seguir. Estou pronto a fazer o que queres, Senhor, Confiado no teu poder! Estou pronto a dizer o que queres, Senhor, Sempre a ti pronto a obedecer! 83
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Palavras terás de amor e perdão Que aos outros eu deva levar. No triste caminho do vício estão Perdidos que eu deva ir buscar. Senhor, se a tua presença real Meu trabalho há de fortalecer, Darei a mensagem, bem firme e leal! Estou pronto a cumprir teu querer.
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Um canto modesto eu quero encontrar Na Seara do meu bom Senhor. Enquanto for vivo eu vou trabalhar Em prova do meu grande amor. De ti meu sustento só dependerá, E de tudo me hás de prover! A tua vontade a minha será, Estou pronto a votar-te meu ser. Amém.
BÊNÇÃO O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandec seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levan te o seu rosto, e te dê a paz. Amém.
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1 l s M o
del o
PO SS E DE PASTOR
Posse de pastor Essa cerimônia é específica para a posse que uma comissão do Presbitério dará a um pastor que for designado por tal órgão ou eleito pela igreja de sua jurisdição, conforme preceitua o artigo. 37 dos Princípios de Liturgia da Igreja Presbiteriana do Brasil.
No dia designado, a comissão do Presbitério comparecerá à igreja para o ato de posse de seu novo pastor. Então, o que presidir dirigirá à congregação reunida com o pastor a ser empossado as seguintes palavras:
— Em nome da Trindade soberana, esta comissão (dirá o nome dos membros), designada pelo seu Presbitério, se faz presente com a incumbência de dar posse ao novo ministro desta igreja, conforme as exigências constitucionais da Igreja Presbiteriana do Brasil. Portanto, eu convido o estimado irmão a estar diante deste púlpito para esta cerimônia e a responder às perguntas que passo a lhe fazer. PERGUNTAS AO PASTOR
— O irmão promete manter zelosa e fielmente as verdades do evangelho, a pureza e a paz desta igreja, seja qual for a perseguição e oposição que contra si se levante por esse motivo? — Prometo, com o auxílio de Deus. — Promete que, como cristão e ministro do evangelho, será fiel e diligente no exercício de todos os seus deveres pessoais ou relativos, particulares ou públicos, e se esforçará, com a graça de Deus, para adornar a profissão do evangelho por sua conversação e andar com exemplar piedade diante do rebanho sobre o qual Deus o constitui ministro (= bispo)? — Prometo, com o auxílio de Deus. 87
— Promete ainda estar pronto a tomar sobre si o cargo desta igreja, de conformidade com a declaração qne fez ao aceitar o seu convite? E promete que, com o auxílio de Deus, desempenhará para com ela os deveres de pastor? — Sim, prometo, com o auxílio de Deus. Em seguida , o que presidir a reunião dirigirá as seguintes
PERGUNTAS À IGREJA — E os senhores, irmãos desta congregação, continuam dis postos a receber, como seu pastor, o irm ão..........., aqui presente, a quem convidaram e elegeram para esse fim? — Sim, prometemos. — Prometem receber da sua boca, com humildade e amor, a palavra da verdade e se submeter a ele no devido exercício da disciplina? — Sim, prometemos. — Prometem animá-lo em seu trabalho, no esforço que empre gar para a instrução e edificação espiritual da vida de vocês? — Sim, prometemos. — E, enquanto ele for seu pastor, continuar a dar-lhe a manu tenção que lhe prometeram e a fornecer-lhe o necessário para res guardar a honra e o testemunho do evangelho e para o seu conforto entre vocês? — Sim, prometemos. — Cantemos o hino 329 do Novo Cântico (por exemplo). Instalação de pastor
1 Senhor da Igreja, atende A nossa petição! Que o teu trabalho siga Com grande animação. Os campos já branquejam, Convidam a ceifar, E os preciosos frutos Na Igreja a arrecadar. 88
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A ti, Senhor, compete Ceifeiros escolher. Que tudo realizem Conforme o teu querer. Os ânimos prepara, Inflama os corações E manda os bons obreiros Em grandes multidões.
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Se aquele que escolhemos Mandado foi por ti. Seu santo ministério Conduze sempre aqui. Confirma o pastorado Com bênçãos especiais, E dá-lhe, em ricos frutos, Divinas credenciais.
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Alenta-lhe a esperança, Aumenta nele a fé. Na lida, não permitas Que lhe vacile o pé. E cada vez mais forte, Mais cheio de fervor, A todos manifeste A graça do Senhor. Amém.
Em seguida, o dirigente fa rá oração ou convidará outro membro da. comissão previamente avisado e empossará o pastor em seu novo campo. O empossado assumirá a direção do programa litúrgico dos trabalhos, dando prosseguimento a estes.
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12e M o d e l o
ORDENAÇÃO E INVESTIDURA DE PRESBÍTEROS REGENTES
Ordenação de presbíteros Quando alguém tiver sido eleito presbítero regente, se não houver impedimento e a pessoa eleita declarar que aceita esse cargo, o Conselho da igreja designará o dia para a ordenação. No dia marcado, reunido o Conselho em presença da igreja e acabado o sermão, o ministro que presidir exporá concisamente a autoridade e natureza do ofício do presbítero regente, dando as seguintes
INSTRUÇÕES Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei e cabeça da sua igreja, pos suindo todo o poder no céu e na terra, tem dado à igreja oficiais ou presbíteros para governá-la em seu santo nome e de conformidade com a sua Palavra. Vê-se no Novo Testamento que o governo da igreja cristã está, por divina autoridade, a cargo de presbíteros. Destes, uns pre gam e governam, e são chamados ministros da palavra; outros só governam, e são chamados presbíteros regentes. Em prova disso, lê-se em 1 Timóteo 5.17: "‘Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com es pecialidade os que se afadigam na palavra e no ensino”. E, em 1 Coríntios 12.28, especificam-se “governos” entre os diversos ofí cios eclesiásticos. Os presbíteros regentes são representantes eleitos e imediatos do povo. Como tais, os vemos exortados na Escritura a velar sobre si e sobre o rebanho confiado a seu cuidado, a fim de que não entre nele qualquer corrupção de doutrina ou costumes (At 20.17,18,28, 35); e os encontramos em Jerusalém sentados em concilio com os apóstolos e outros presbíteros, representando as igrejas particulares, tomando parte nas deliberações e sendo chamados “os irmãos”. O decreto desse concilio começa, portanto, assim: “Os irmãos, tanto os apóstolos como os presbíteros, aos irmãos de entre os gentios em Antioquia, Síria e Cilícia, saudações” (At 15.23). 93
Assim, pois, compete aos presbíteros regentes tomar parte no governo, disciplina e superintendência das igrejas particulares a que pertencem e da igreja em geral, quando para isso chamados, conjun tamente com os pastores ou ministros da Palavra. No desempenho de seus deveres, e ainda em conjunção com os ministros e mais presbíteros das igrejas respectivas, admitem à comunhão os que crêem em nosso Senhor Jesus Cristo e estão arrependidos dos seus pe cados, velam com diligência sobre a vida e a doutrina dos membros da igreja, admoestam os que se portam desordenadamente, impe dem quanto lhes é possível a profanação do sacramento da comu nhão, exercem a disciplina entre os impenitentes, readmitem os arrependidos ao gozo de todos os privilégios da igreja cristã e, quan do eleitos pelos respectivos concílios, tomam assento nos Presbité rios, Sínodos e Assembléias Gerais de nossa igreja, onde lhes com pete deliberar e votar sobre todas as questões, juntamente com os outros presbíteros, ministros da palavra. 0 cargo de presbítero regente é, portanto, de grande importân cia e solene responsabilidade. Todos os que o exercem devem bus car em Jesus, de quem procede todo o poder e autoridade, a graça necessária para o cumprimento dos seus deveres, e os membros da igreja devem sustentar os braços desses seus eleitos, auxiliando-os e orando por eles. Vai proceder-se agora à ordenação e investidura dos irmãos ............... , por vocês eleitos para tomarem parte no governo desta igreja, como presbíteros regentes. Esses irmãos queiram apresentar-se. Logo que os presbíteros eleitos se apresentarem diante do púlpito, lhes dirá o ministro:
Visto como foram eleitos presbíteros regentes, por esta igreja e têm declarado aceitar esse cargo, exorto-os a que respondam sin ceramente às perguntas que passo a fazer-lhes: PERGUNTAS CONSTITUCIONAIS
1 — Vocês confessam crer que as Escrituras do Antigo e do Novo Testamentos são a Palavra de Deus, e que essa Palavra é a única regra infalível de fé e prática? — Sim, confessamos. 94
2 — Vocês recebem e adotam sinceramente a Confissão de Fé e os Catecismos desta Igreja como fiel exposição do sistema de dou trina ensinado nas Santas Escrituras? — Sim, recebemos. 3 — Vocês sustentam e aprovam o governo e disciplina da Igreja Presbiteriana do Brasil? — Sim, sustentamos. 4 — Vocês aceitam o ofício de presbíteros regentes desta igreja e prometem desempenhar fielmente todos os deveres desse cargo? — Sim, prometemos. 5 — Prometem, ainda, procurar manter e promover a paz, a unidade, a edificação e a pureza da igreja? — Sim, prometemos. Depois que os presbíteros tiverem respondido na afirmativa a essas perguntas, o ministro fará as seguintes PERGUNTAS AOS MEMBROS DA IGREJA
1 — E vocês, membros desta igreja, reconhecem e recebem estes nossos irmãos como presbíteros regentes? Esperar resposta da igreja. 2 — Prometem tributar-lhes toda honra, animação e obediên cia, no Senhor, a que, segundo a Palavra de Deus e a Constituição desta Igreja, lhes dá direito o seu ofício? Esperar resposta da igreja. Depois que os mem bros da igreja tiverem respondido a essas perguntas, levantando-se, erguendo a mão direita ou dizendo SIM, o ministro pro ced erá à consagração dos candidatos por meio de oração e imposição das mãos do Conselho. Para esse fim , os candidatos ajoelhar-se -ão e os oficiais pre sen tes por ão sua s mãos sobre a cabeç a dos candidatos, enquanto o ministro, impondo também as suas, fará uma 95
ORAÇÃO Senhor Deus, nosso Pai celeste, nós te damos graças porque, para melhor edificação da tua igreja, foste servido que nela houves se ministros de governo para promover a paz, a prosperidade e a boa ordem entre o teu povo, e assim também porque nos concedes neste lugar homens de boa reputação para o exercício desse cargo. Supli camos-te que te sirvas derramar o teu Espírito Santo sobre aqueles que agora ordenamos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, presbíteros regentes desta igreja, e lhes concedas as habilidades ne cessárias para o cumprimento de seus deveres. E tu, ó Jesus, que és o Bom Pastor, dá a esses teus servos cora gem e sabedoria para bem governar a tua casa, e aos membros desta igreja a graça de que necessitam para se submeter de boa vontade às admoestações dos seus presbíteros e para considerá-los dignos de honra por causa do seu trabalho. Adianta o teu reino, ó Senhor Jesus, e recebe agora esses teus servos, que em teu santo nome consagramos e ordenamos presbíteros regentes desta igreja, pois tudo te pedimos por amor do teu santo nome. E ao Pai, a ti e ao Espírito Santo louvamos e servimos agora e por todos os séculos dos séculos. Amém. Acabada a oração, levantar-se-ão os novos presbíteros, e o ministro lhes dará a mão, dizendo:
— Nós lhes damos a destra de companhia para tomarem parte conosco neste ofício. Em seguida , os demais membros do Conselho darão a destra, em silêncio, aos novos presbíteros. Depois, dirá o ministro:
Agora proclamo e declaro regularmente eleitos, ordenados e investidos no ofício de presbíteros regentes desta igreja os irmãos ...... , tudo segundo a Palavra de Deus e a Constituição e Ordem da Igreja Presbiteriana do Brasil. Declaro ainda que, como tais, têm eles direito a toda animação, honra e obediência, no Senhor. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 96
Em seguid a fa r á um a exorta ção adequada aos novos presbíteros e à igreja.
EXORTAÇÃO Amados irmãos, os senhores acabam de ser investidos no ofí cio de presbíteros regentes desta igreja. Solenes e importantes são os deveres que assumem, e tão-somente de Deus lhes pode vir a graça para viver como devem os que exercem ofício na Casa de Deus e cumprir os deveres do seu cargo. Recorram, pois, ao Senhor, e atendam por vocês mesmos e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os constituiu presbíteros regentes. No desempenho de seus deveres, “não repreendas ao ho mem idoso; antes, exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza” (lTm 5.1,2). Sejam mansos para com todos e corrijam “com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos la ços do diabo [...]” (2Tm 2.24-26). Finalmente, sejam exemplos de boas obras em tudo, e o Senhor será sempre com vocês. E vocês, os membros desta igreja, acolham, animem e respei tem esses seus escolhidos, para que possam cumprir bem e fielmen te os deveres do cargo para o qual acabam de ser ordenados. Sem o seu concurso e animação, serão inúteis todos os esfor ços para o desempenho do seu ofício. Lembrem-se de que são seus eleitos. Vocês acabam de recebêlos como presbíteros regentes e de prometer diante de Deus tributarlhes toda honra, animação e obediência, no Senhor, a que, segundo a Palavra de Deus e a Constituição e Ordem desta Igreja, lhes dá direi to o seu ofício. Deus os abençoe, pois, para que cumpram esses votos com fidelidade. Amém. Poder-se-á cantar um hino como parte da cerimônia; por exemplo, o 287 do Novo Cântico. 97
Igreja, alerta!
1 É tempo! É tempo, o Mestre está chamando já! Marchar, marchar, confiando em seu amor! Partir, partir, a salvação a proclamar, Cumprindo a ordem santa do bom Salvador! Marchar, sim, avante! Marchar, sim, erguendo o seu pendão real, avante! Sim, avante! Unidos sempre, firmes avançai! “Glória! Glória!” Eis que canta, a multidão! Consagrando todo o vosso coração, A Jesus obedecei, seu querer executai, Entoai louvores altos! Avançai!
2 “Queremos luz” — é o grito das nações pagãs Que vêm atravessando o imenso mar. Oh, vamos já levar-lhes novas de amor, Sem esquecer também aqui de semear. 3 Desperta, Igreja! E vem o teu dever cumprir. A todos faze a Cristo conhecer! A tua mão estende, com paciente amor, Ajuda-os, em Jesus, a vida receber. 4 Igreja, alerta! O dia prometido vem, No qual Jesus, o Salvador, virá! Por toda parte, o vitorioso Redentor Eterna glória e honra e louvor terá.
98
13e M o d e l o
ORDENAÇÃO E INVESTIDURA DE DIÁCONOS
Ordenação de díáconos No dia marcado, reunido o Conselho com os diáconos existentes na igreja, e depois do sermão, o ministro que presidir exporá concisamente a autoridade e a natureza do ofício de diácono, dando as seguintes
INSTRUÇÕES — Nosso Senhor Jesus Cristo, como Rei e cabeça de sua igre ja, foi servido que nela houvesse “socorros”, ou diáconos, que tives sem a seu cargo especial o socorro dos necessitados. Vê-se da Sagrada Escritura que a princípio os mesmos apósto los tinham a seu cargo todos os negócios temporais da igreja, visto como era diante deles que se depositava o produto do que se vendia com o fim de ser empregado no suprimento das necessidades indivi duais dos cristãos. Lê-se em Atos 4.34,35: “[...] nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, ven dendo-as, traziam os valores correspondentes, e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade”. De Atos 6.1-6 vê-se, porém, que, tendo crescido o número de discípulos, e havendo suscitado uma murmuração dos gregos con tra os hebreus porque as viúvas gregas eram desprezadas no servi ço diário, os doze, convocando a multidão dos discípulos, os con vidaram a que escolhessem dentre si sete homens de boa reputa ção, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, a quem constituíssem sobre esse negócio. Diz a Escritura que esse discurso agradou a toda a multidão e que, eleitos sete homens, foram estes apresentados aos apóstolos, que, orando, lhes impuseram as mãos. Tal foi a origem do diaconato na igreja cristã. Que esse ofício continuou a ser considerado necessário e im portante na igreja prova-o o fato de ser dirigida uma epístola por “Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cris 101
to Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos” (Fp 1.1). É feita também a descrição de suas qualificações em Atos 6.3 e 1Ti móteo 3 .8-10,12, 13. No primeiro desses textos, lê-se que os diáconos devem ser “homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria”; e no último: “[...] quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância. [...] Também sejam estes pri meiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exer çam o diaconato. [...] O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa”. Compete, pois, aos diáconos: N receber e guardar fielmente as ofertas da igreja para os pobres e para outros fins piedosos; 2e distri buir essas ofertas segundo o desígnio da igreja e as necessidades dos pobres; 3e zelar pela boa ordem no serviço divino e pela decência, limpeza e ordem no templo e suas dependências. No desempenho do seu ofício, eles são sujeitos à direção do Conselho de sua igreja. Os diáconos, portanto, são na igreja os ministros da distribui ção e caridade fraternal e da ordem no culto. —- Vai-se proceder agora à ordenação dos irmãos ...... , eleitos para o diaconato desta igreja. Esses irmãos queiram apresentar-se. Presentes os diáconos eleitos, o ministro lhesfa rá as seguintes
PERGUNTAS CONSTITUCIONAIS
1 •— Vocês crêem que as Escrituras do Antigo e Novo Testa mentos são a Palavra de Deus, e que essa Palavra é a única regra infalível de fé e prática? — Sim, cremos. 2 — Vocês recebem e adotam a Confissão de Fé e os Catecis mos desta Igreja como fiel exposição do sistema de doutrina ensina do nas Santas Escrituras? — Sim, recebemos. 3 — Vocês sustentam e aprovam o Governo da Igreja Presbite riana do Brasil? — Sim, sustentamos e aprovamos. 102
4 — Vocês aceitam o ofício do diaconato desta igreja e prome tem desempenhar fielmente todos os deveres desse cargo? — Sim, aceitamos e prometemos, com o auxílio de Deus. 5 — Prometem ainda procurar manter e promover a paz, a uni dade, a edificação e a pureza da igreja? — Sim, prometemos. Depois que os diáconos eleitos tiverem respondido na afirmativa a essas perguntas, o ministro fa rá as seguintes
PERGUNTAS AOS MEMBROS DA IGREJA 1— E vocês, os membros desta igreja, reconhecem esses nos sos irmãos como diáconos? Esperar resposta da igreja.
2 — Prometem tributar-lhes toda honra, animação e obediên cia, no Senhor, a que, segundo a Palavra de Deus e a Constituição desta Igreja, lhes dá direito o seu ofício? Esperar resposta da igreja. Depois que os membros da igreja tiverem respondido na afirmativa a essas perguntas erguendo sua mão direita, o ministro passará a consagrar os candidatos por meio da oração e da imposição das mãos do Conselho. O ministro fa rá a seguinte
ORAÇÃO Graças te rendemos, ó Senhor nosso Deus e Pai, por nos teres dado um Salvador poderoso na pessoa de teu bendito Filho e pela manifestação de teu grande amor para com os homens. Tu foste ser 103
vido que aqui se pregasse e se cresse o teu glorioso evangelho e se formasse esta igreja. Permite, pois, que esta mesma igreja sempre te bendiga e seja aqui um monumento de tua misericórdia. E tu, Jesus, que nos remiste por teu preciosíssimo sangue, tu que concedeste bens aos homens e hoje dotas esta igreja com esses teus servos, que agora ordenamos em teu nome para nela exercerem o diaconato, concede-lhes a sabedoria e prudência de que necessi tam para o exercício desse cargo; dá-lhes o teu Espírito Santo e ordena-os tu mesmo para que sejam fiéis no cumprimento dos seus deveres, pois tudo te pedimos por amor do teu santo nome. Amém. Acabada a oração , levantar-se-ão os novos diáconos, e o ministro lhes darei a destra, dizendo:
— Nós lhes damos a destra de companhia para tomarem parte conosco neste ofício. Em seguida, os presbíteros regentes e os diáconos darão a destra, cada um por sua ordem, aos novos diáconos. Depois, dirá o ministro:
Agora proclamo e declaro regularmente eleitos, ordenados e investidos no ofício do diaconato os senhores ..... , tudo segundo a Palavra de Deus e de conformidade com a Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil. Declaro também que, como tais, têm eles direito a toda animação, honra e obediência no Senhor. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Depois, o ministro fará uma exortação apropriada aos novos diáconos e à igreja.
EXORTAÇÃO Meus irmãos: Os senhores acabam de ser ordenados diáconos desta igreja, e compete-lhes, por isso, em harmonia com os outros diáconos e mais oficiais, promover e arrecadar ofertas dos fiéis para fins piedosos, especialmente para socorro dos irmãos enfermos e necessitados, e 104
fazer a devida distribuição das referidas ofertas. Nosso Senhor Je sus Cristo, que por amor de nós “se fez pobre” (2Co 8.9), e disse: “[...] os pobres sempre os tendes convosco” (Mc 14.7; Jo 12.8), olha com cuidado especial para os pobres, e foi por isso servido que em sua igreja houvesse “socorros”. Lembrem-se, pois, dos pobres, e vigiem sobre vocês mesmos para que o adversário não tenha ocasião de acusar o povo de Deus. Seja a sua conversação segundo o evangelho e sua vida um exemplo, visto como os deveres a que são chamados os cristãos no exercício da beneficência competem especialmente aos diáconos, como oficiais na Casa de Deus. Finalmente, exercitem bem o seu ministério para que ganhem maior grau e muita confiança na fé em Jesus Cristo (1 Tm 3.13). E vocês, os membros desta igreja, ajudem os seus escolhidos, segundo a declaração e promessa solene que acabam de fazer, para que possam bem cumprir os deveres do seu importante cargo. Eles são realmente as mãos da igreja para a administração da caridade fraternal. Façam que essas mãos sejam fortes. Sobretudo, orem por eles e animem-nos em todo o bem. Amém. Para concluir, o ministro poderá anunciar um hino; por exemplo, o 180 do Novo Cântico. Amor fraternal
1 Jesus, Pastor amado! Louvamos-te hoje, aqui, Unidos pela graça, um corpo só em ti. Contendas e malícias, que longe de nós vão, Nenhum desgosto impeça a nossa santa união. 2
Família unida somos, família de Jesus! Iluminados todos da mesma santa luz. A mesma fé nos une num só divino amor, E cheios de alegria servimos ao Senhor.
3
Num só caminho estreito Deus mesmo nos conduz, Só temos esperança no Salvador Jesus! Sua morte preciosa a todos vida traz; E pelo mesmo sangue nos vem a mesma paz. 105
4
Pois sendo resgatados por um só Salvador, Vivamos sempre unidos por mais ardente amor! Com simpatia olhando os erros de um irmão, Cuidando de ajudá-lo com branda compaixão.
5
Jesus, bondoso Amigo, ensina-nos a amar; E, como Tu fizeste, também a perdoar! Pois tanto carecemos do auxílio teu, Senhor! Unidos, graças damos por teu imenso amor. Amém.
106
14s M o d e l o
ORGANIZAÇÃO DE IGREJAS
Organização de igrejas A Comissão nomeada pelo Presbitério reunir-se-á previamente em sessão sob a presidência do relator e, depois de escolher um secretário, dará princípio aos seus trabalhos com oração. Em seguida, as pessoas que portarem transferência de outras igrejas serão admitidas e as que desejarem fa ze r pro fissão de fé serão examinadas. A comissão fa rá também a lista das crianças batizadas que acompanharem seus pais para a nova igreja; fará o programa dos exercícios para a organização da igreja; marcará o dia e a hora pa ra esse fim ; e, e depois de aprovara ala encerrará a sessão. No dia e hora previamente designados, a comissão reunirse-á no lugar do culto, e o ministro que a presidir fa rá
ORAÇÃO Santo, Santo, Santo, Deus onipotente, que eras, que és e que hás de ser. Tu és digno, ó Senhor nosso Deus, de receber glória, honra e poder, porque tu criaste todas as coisas, e pela tua vontade estas são e foram criadas. Grandes e admiráveis são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo poderoso; ju stos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos séculos! Quem te não temerá, Senhor, e não engrandecerá o teu nome? Só tu és santo, e todas as nações virão e se prostrarão ante a tua face. Bendito sejas, Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a grandeza da tua misericórdia, nos regeneraste para a es perança da vida e, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mor tos, para uma herança incorruptível, que não pode contaminar-se nem murchar, reservada nos céus para nós. Graças te damos, Senhor nosso Deus, porque nos livraste do poder das trevas e nos trouxeste para o reino do teu Filho, do qual nos dás agora um penhor, reunindo-nos aqui para a organização desta igreja. 109
Enche, Senhor, com o Espírito Santo a igreja que hoje aqui se organiza, a fim de que te sirva em unidade de coração e poder de testemunho. Ouve-nos, nosso Deus, por amor de Jesus Cristo, que vive e reina agora e pelos séculos dos séculos. Amém. Cantar-se-á, então, o hino 299 do Novo Cântico (por exemplo).
Renovação Fortalece a tua Igreja, Ó bendito Salvador! Dá-lhe tua plena graça, Oh, renova seu vigor. Vivifica, vivifica Nossas almas, ó Senhor! Amém. Em seguida, proceder-se-á à
LEITURA BÍBLICA “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preser var a unidade do Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef 4.1-6). Terminada a leitura, um dos ministros anunciará à congregação os passos dados pa ra a organização da igreja.
110
INSTRUÇÕES — Nosso Senhor Jesus Cristo constituiu neste mundo, para reunião e aperfeiçoamento dos santos, o reino da graça, ao qual cha mamos igreja. Pertencem a esse reino, ou igreja, aqueles que dentre todas as nações professam a religião de Cristo e aceitam a sua graça, junta mente com seus filhos. Como, porém, os membros de toda a igreja não se podem reu nir em um só lugar neste mundo para dar culto a Deus, constituem diversas igrejas locais ou particulares, em harmonia com o exemplo das Escrituras. Uma igreja local, portanto, é uma associação de cristãos professos e seus filhos para dar culto a Deus e viver piamente, de conformidade com as Escrituras, sujeitos ao governo legítimo do reino de Cristo, bem como para anunciar o evangelho e propagar o reino de Deus. O Presbitério d e ......... , tendo conhecimento de que neste lu gar residem alguns membros professos de diversas igrejas e de que outras pessoas desejam professar, nomeou-nos para organizarmos com esses irmãos uma igreja local. Em cumprimento de seu dever, portanto, esta comissão rece beu e achou em ordem a transferência dos irm ãos............. A comissão examinou também sobre sua fé e experiência os irmãos............. Esses irmãos foram admitidos à profissão pública de sua fé para constituir, juntamente com seus filhos e com os irmãos recebi dos por transferência e os filhos destes, a igreja d e ............. Então, um dos ministros receberá p or profissão de fé os que tiverem sido admitidos afazê -la e balizará as crianças que fore m apresentadas.
Seguir-se-á o cântico do hino 182 do Novo Cântico (por exemplo). 111
União fratern a
1
Que grande bênção é Estarem com amor, Irmãos, ligados pela fé, Louvando ao Salvador!
2
O mundo observará Tão santa e doce paz; E admirado ficará Com a bênção que ela traz.
3
Mandaste aos teus, Jesus, Da divinal mansão, O Santo Espírito que produz Tão plena comunhão. Amém.
Terminado este, o ministro que presidir convidará os membros da nova igreja a se levantar para responder à seguinte
PERGUNTA CONSTITUCIONAL — Prometem solenemente que andarão juntos, na dependência do poder de Deus, como igreja organizada, nos princípios da fé e da ordem da Igreja Presbiteriana do Brasil, e que tudo farão, quanto estiver em vocês, para conservar a pureza e harmonia de toda esta comunidade cristã? R esp ondida na a firm ativa essa p erg u n ta , o Ministro que pre sidir fa rá a seguinte
PROCLAMAÇÃO — Agora eu os proclamo e declaro constituídos em igreja, segundo a Palavra de Deus, a fé e a ordem da Igreja Presbiteriana do Brasil, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 11 2
A e le iç ã o de o fic ia is e os m ais e x e r c íc io s se rã o determinados pela comissão. Poder-se-á cantar o hino — 310 Novo Cântico. Quem salva é só Jesus
1 De Deus, ó eterna Igreja Que espalhas santa luz, Proclama aos pecadores: “Quem salva é só Jesus!” “Quem salva é só Jesus!” “Quem salva é só Jesus!” Proclama aos pecadores: “Quem salva é só Jesus!” 2
Aos presos, algemados, No mundo que seduz, Revela a esperança: “Quem salva é só Jesus!” “Quem salva é só Jesus!” “Quem salva é só Jesus!” Revela a esperança: “Quem salva é só Jesus!”
3
Atrai os que, perdidos, Mui longe estão da cruz. Vai, dize aos desgarrados: “Quem salva é só Jesus!” “Quem salva é só Jesus!” “Quem salva é só Jesus!” Vai, dize aos desgarrados: “Quem salva é só Jesus!”
113
15 a M o d e l o
ASSENTAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DE UM TEMPLO
Pedra fundamental Poderão ser convidados para essa solenidade os pastores das outras igrejas e as autoridades locais. O ministro dirá:
— “O nosso socorro está em o nome do Senhor, criador do cén e da terra” (SI 124.8). Visto como o Senhor Deus onipotente pôs em nosso coração o desejo de erigir um templo à glória do seu nome e nos auxiliou com os meios necessários para dar começo a essa obra, achamo-nos aqui para o assentamento, com alegria, da pedra fundamental deste edifí cio, certos de que há outro templo infinitamente superior, construído sobre o fundamento vivo e precioso, lançado pelo próprio Deus. Louvemos, pois, ao Senhor com o hino 18 do Novo Cântico (por exemplo). Deus dos antigos
1
Deus dos antigos, cuja forte mão Rege e sustém os astros na amplidão! O soberano, excelso Criador, Com gratidão cantamos teu louvor!
2
Desde o passado foste nossa luz, Sol que até hoje com fulgor reluz! Sê nosso Esteio, Guia e Proteção, Tua Palavra, lei e direção.
3
Da guerra atroz, do crime e assolação, Dos tempos maus de um inundo em confusão, Seja teu braço o nosso defensor, Pois confiamos sempre em ti, Senhor!
4
Teu povo, ó Deus, assiste em seu labor, No testemunho do teu grande amor. As nossas vidas vem fortalecer Para o teu nome sempre engrandecer. Amém. 117
Em seguida, o ministro lerá uma ou mais passagens das Escrituras, adaptadas ao ato. Se quiser ler as passagens seguintes, dirá:
— Ouçamos a descrição dos sentimentos do povo de Deus, por ocasião do lançamento dos alicerces do segundo templo, nos dias de Esdras: “Quando os edificadores lançaram os alicerces do templo do Senhor, apresentaram-se os sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com címbalos para louvarem ao Senhor, segundo as determinações de Davi, rei de Israel. Can tavam alternadamente, louvando e rendendo graças ao Senhor, com estas palavras: Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre sobre Israel. E todo o povojubilou com altas vozes, louvando ao Senhor por se terem lançado os alicerces da sua casa. Porém, muitos dos sacerdotes e levitas, e cabeças de famíli as já idosos, que viram a primeira casa, choraram em alta voz quando à sua vista foram lançados os alicerces desta casa: mui tos, no entanto, levantaram as vozes com gritos de alegria. De maneira que não se podiam discernir as vozes de alegria das vo zes do choro do povo: pois o povojubilava com tão grandes gri tos que as vozes se ouviam de muito longe" (Ed 3.10-13).
Até aqui a descrição de Esdras. Não percamos, porém, de vista o templo espiritual de que devemos fazer parte como pedras vivas. A respeito da sua pedra fundamental, está escrito em Isaias 28.16. “[...] assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada".
O apóstolo Paulo também escreve a respeito disso, em ICoríntios 3.11. “[...] ninguém pode lançar outro fundamento, além do que fo i posto, o qual é Jesus Cristo ”.
Pedro exorta, por isso, os cristãos, em sua primeira epístola, capítulo 2, versículos 4 e 5, a que se cheguem para o fundamento e sejam edificados em casa espiritual, com as seguintes palavras: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, 118
tamb também ém vós mesmos, mesmos, como pedra ped rass que vivem, vivem, sois sois edificados casa espiritual para para serdes sacerdócio santo santo,, a fim de ofere ferece cerd rdees sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Je sus Cristo Acab Ac abad ada a a leitura, o ministro m inistro conv co nvida idará rá o povo po vo a ora orar.
ORAÇÃO Senhor Deus onipotente, que inspiraste teu povo antigo com um santo júbilo por ocasião de serem lançados os fundamentos uo segundo templo, desce para abençoar-nos com tua presença e en che-nos de santa alegria e gratidão por nos teres concedido os meios para dar da r começo a este edifício edi fício que desejam des ejamos os erig e rigir ir à glória glór ia e honra honr a do teu santo nome. Continua a abençoar-nos a fim de que possamos ver concluída esta casa. Não deixes, porém, que nos esqueçamos do privilégi priv ilégioo que nos concede conc edess de nos chegarm cheg armos os mais para par a Cristo, Cristo , a pedra viva, angular, e preciosa prec iosa,, que q ue tu mesmo lançaste como funda fun da mento da tua igreja, a fim de sermos edificados sobre ele em casa espiritual e sacerdócio santo para te oferecer sacrifícios que te se jam aceitáveis aceitá veis.. Enche-nos Enche -nos do teu Espírito Esp írito Santo, perdoa per doa os nossos nosso s pecado pec adoss e aceita ace ita o culto cul to de louvor e ações de graças que ago agora ra te rendemos por ocasião do lançamento do fundamento material desta casa que destinamos ao teu serviço, pois tudo te pedimos por amor do Salvador que nos deste e que vive e reina agora a gora e sempre. Amém. Acab Ac abad ada a a oração, o ministro m inistro dirá:
— C o n tin ti n u em o s c a n tan ta n d o os lou lo u v o res re s ao no noss ssoo De Deus us.. No vo Cântico, Cânti co, por exemplo.) (Anunciar (An unciaráá então o hino 298 do Novo
A pedra pedra fundamental 1 Da Igre Igrejja o fun unda dame ment ntoo É Cristo, o Salvador! Em seu poder descansa E é forte em seu amor. 1199 11
Pois nele, alicerçada, Segura e firme está, E sobre a Rocha Eterna Jamais se abalará. 2
A pedra preciosa precios a Que Deus predestinou Sustenta pedras vivas Que a graça trabalhou. E quando o monumento Surgir em plena luz, A glória glória do edifício edi fício Será do Rei Jesus!
3
Neste Nes te edifício edifí cio santo Que visa ao teu louvor, Esteja a tua bênção, Rogamos-te, Senhor! Que muitos pecadores Aqui, em contrição, Se tornem templos santos De tua habitação. Amém.
O ministro, em seguida, fará um breve histórico da igreja a que pertencer o templo; dirá qual a significação da solenidade; mencionará os objetos que houverem de ser encerrados na pedra, lançando-os à proporção propor ção que os os for fo r nomeando, nomeando, no cofre cofre preparado prepar ado para par a esse fim ; dirá a razão de encerrar ali esses objetos e fará fa rá ler a ata da solenidade; solenidade; tampará tampar á o cofr cofre, e, que será soldado e levado em seguida para pa ra ser colocado colocado em uma cavidade aberta aberta para pa ra esse esse fim na pedra; tampá-lo-á com outra pedra, com argamas argamassa, sa, e declarará assentado assentad o o funda fun dam m ento en to do templo templo,, dizendo: dizendo:
— Agora, declaro assen assentada tada a pedra fundamental do templo que a igre igreja ja d e ....... começa a erigir neste lugar para a glória de nosso Deus. Seja o Senhor servido abençoar-nos abençoar-nos para que possamos ver este templo acabado e cheio de povo verdadeiramente convertido! 120
Depois disso, o ministro ministro dará apalavr pala vra a àspessoas pess oas que estiverem estiverem inscrita inscritass para pa ra saudar a igreja igreja ou fala fa larr sobre sobre a solenidad solenidade. e. Terminados os discursos, far-se-á oração, cantar-se-á um hino (que (que pode po de ser o 229 do Novo Cântico po p o r exemp ex emplo) lo) e o ministro invocará a bênção de Deus.
RENOVAÇÃO Fortalece a tua Igreja, O bendito bendi to Salvador! Salvador! Dá-lhe tua plena graça. Oh, renova seu vigor. Vivifica, vivifíca Noss No ssaa almas, ó Senhor! Amém.
BÊNÇÃO A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comu nhão do Espírito Santo sejam com todos vós. Amém. Sugestão — A ped pe d ra desti de stina nada da a essa ess a solen s olenida idade de pode po derá rá ter uma cavidade suficiente para receber um pequeno cofre de chumbo ou cob cobre re,, dentro do qual poderão pode rão ser s er lançados: um ou mais exemplares da Bíblia (um de cada tradução); um exemplar da Confissão de Fé; um da Constituição da Igreja um de cada cad a Catecismo Catecism o em uso; uso; um resumo histórico da d a igreja seguido segu ido de uma lista lista de nomes de todos os membros em plena ple na comunhão e da assinatura do pasto pa storr e mais oficiais da igreja igreja;; um exempl exe mplar ar do último último relatório apresentado apr esentado à igreja; um ou mais exemplares das atas do Sínodo ou do do Supremo Concilio C oncilio (as da última última e, se fo r possível, as das das pr ece de nte s); exemplares exemplares dos jorna jor nais is religio religiosos sos e dos jorna jor nais is do dia e uma ata da solenidade até o encerramento encerram ento do cofre cofre..
121
16 e M o d e l o
DEDICAÇÃO DE UM TEMPLO
Dedicação de um templo Poder-se-á cantar um hino, como, por exemplo, o 33 do Novo Cântico. Maravilhas divinas
1 Ao Deus de amor e de imensa bondade, Com voz de júbilo, vinde e aclamai! Com coração transbordante de graças, Seu grande amor, todos, vinde e louvai. No céu, na terra, que maravilhas Vai operando o poder do Senhor! Mas seu amor, aos homens perdidos, Das maravilhas ó sempre a maior. 2
Já nossos pais nos contaram a história De Deus, falando com muito prazer, Que nas tristezas, nos grandes perigos, Ele os salvou por seu grande poder.
3
Hoje, também, nós, bem alto, cantamos Que as orações ele nos atendeu; Seu forte braço, que é tão compassivo, Em nosso auxílio ele sempre estendeu.
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Como até hoje, e daqui para frente, Ele será nosso eterno poder, Nosso Castelo bem forte e seguro, E nossa Fonte de excelso prazer.
— O Senhor nos concedeu vida para vermos concluído este templo, e achamo-nos agora reunidos para o dedicarmos ao culto e ao serviço do Deus onipotente, Pai, Filho e Espírito Santo. Rogue mos-lhe, pois, que nos auxilie para que o façamos aceitável. 125
ORAÇÃO
A oração poderá ser fe ita pelo dirigente ou por alguém previamente escolhido e notificado.
Seguir-se-á a leitura das Escrituras. As passagens seguintes são muito apropriadas:
IReís 8.22,23,27-30
“Pôs-se Salomão diante do altar do Senhor, na presença de toda a congregação de Israel; e estendeu as mãos para os céus, e disse: O Senhor, Deus de Israel, não há Deus como tu, em cima nos céus nem embaixo na terra, como tu que guardas a aliança e a misericórdia a teus servos que de todo o coração andam diante de ti [...]. Mas, defato habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei. Atenta, pois, para a oração de teu servo e para a sua súplica, ó Senhor, meu Deus, para ouvires o clamor e a oração que faz, hoje, o teu servo diante de ti. Para que os teus olhos estejam abertos noite e dia sobre esta casa, sobre este lugar, do qual disseste: O meu nome estará ali; para ouvires a oração que o teu servo fizer neste lugar. Ouve, pois, a súplica do teu servo e do teu povo de Israel, quando orarem neste lu gar; ouve no céu, lugar da tua habitação; ouve e perdoa. ”
IReís 9.1-3
"Sucedeu, pois, que, tendo acabado Salomão de edificar a Casa do Senhor, e a casa do rei, e tudo o que tinha desejado e designara fazer, o Senhor tornou a aparecer-lhe, como lhe tinha aparecido em Gibeom, e o Senhor lhe disse: Ouvi a tua oração e a tua súplica que fizeste perante mim; santifiquei a casa que edificaste, afim de pôr ali o meu nome para sempre; os meus olhos e o meu coração estarão ali todos os dias. ”
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Poder-se-á cantar, por exemplo, o seguinte hino: 4 do N o v o C ânti co. Culto à Trindade
1 Deus está no templo! Pai onipotente! A seus pés nos humilhamos. Servos consagrados, Reverentemente, Ao Deus santo adoramos. Por favor, com amor, Espiritualmente Deus está no templo! 2
Cristo está no templo! Sumo benefício Por seu sangue nos foi dado. Ele, o bom Cordeiro, Foi o sacrifício Que expiou o vil pecado. Escolheu e sofreu O cabal suplício; Cristo está no templo!
3 Tu, que estás no templo, Preceptor divino, E os corações habitas; Tu, paciente Mestre, Dá-nos teu ensino, Aclarando as leis benditas. Que prazer conhecer A graça infinita! Sim, estás no templo! Amém. Acabada a leitura e cantado um hino, o ministro pregará um sermão apropriado, ao qual se seguirá: 12 7
O R A Ç Ã O D E D E D IC A Ç Ã O
Santo! Santo! Santo! Senhor Deus Todo-poderoso, que eras, que és e que hás de ser. Tu és sempre o mesmo, sem mudança nem sombra de variação. Tu mesmo assentaste os fundamentos da terra, e os céus são obra das tuas mãos. Preparaste o teu trono nos céus, e a tua glória é tanta que mesmo os serafins cobrem o rosto em tua presença divina. Bendito seja o teu nome santo, ó Deus de majestade infinita, porque, embora os céus dos céus não te possam conter, condescendes em morar com os filhos dos homens. Nos dias antigos foste ser vido ordenar que te edificassem casa, e quando esta se concluiu dis seste ao teu servo Salomão: “Eu santifiquei esta casa que me edificaste para nela estabelecer para sempre o meu nome, e nela estarão sempre os meus olhos e o meu coração”. Além disso, pu seste naquela casa o teu trono e o estrado dos teus pés, de sorte que o teu santuário ficou adornado de poder e de beleza. Por esse motivo o teu povo considerava que um dia nos teus átrios era muito melhor do que milhares em outra parte, e se alegrava, quando dizia: “Vamos à casa do Senhor” — porque o Senhor estava no seu santo templo e toda a terra guardava silêncio em sua presença. Alegramo-nos, ó Deus, porque ainda inscreves salvação sobre os muros e louvor sobre as portas do templo que o teu povo edifica e consagra ao teu serviço; gozamos da presença invisível de teu Espíri to Santo e possuímos os santos oráculos da tua palavra. Tu ordenas que nos reunamos para te prestar culto e determinas que os homens sejam salvos pela loucura da pregação. Além disso, fazes promessas preciosíssimas aos que se reúnem em nome do teu bendito Filho. Assim, pois, apresentamos-te esta casa que edificamos e a de dicamos solenemente a ti. Nós a consagramos ao teu culto, para a oferta de orações e ações de graças; para o sacrifício de corações contritos e humilhados; para a leitura e meditação da tua santa Pala vra; para a exposição dos oráculos celestes e para a ministração dos sacramentos instituídos por nosso Salvador. Faze, pois, desta casa habitação tua. Enche-a com a glória da tua presença. Permite que quantos transpuserem seus portais pos sam sentir de tal maneira a tua presença que sejam impulsionados a dizer: “Na verdade o Senhor está aqui!”. 128
Nós te suplicamos que alimentes com o pão da tua Palavra quantos vierem com fome e sede de justiça e te manifestes aos que se apresentarem desejosos de te conhecer. Recebe os pródigos que voltarem famintos, da terra seca e sem caminho, em busca da casa paterna, onde há pão em abundância. Sê o escudo e defesa dos per seguidos pelos dardos inflamados do maligno e concede-lhes livra mento. Dispõe em tua mesa pão e vinho do reino de Deus, para que os famintos se fartem e os sedentos se saciem. Ensina aos transgressores o teu caminho e faze que os pecadores se convertam a ti. Dá eficácia à tua Palavra para que ela lance por terra as fortalezas da increduli dade e abata as imaginações que se levantam contra o teu conheci mento. Abre os nossos olhos para que vejam as maravilhas da tua lei. Ordena os nossos passos segundo a tua Palavra e escreve a tua lei em nosso coração. Dá aos teus servos que aqui pregarem a tua Palavra a graça de recorrer a ti constantemente em busca de sabedoria e conselho. Fazeos poderosos nas Escrituras para que sejam perfeitos e estejam aparelhados para toda boa obra. Traze constantemente a este lugar multidões desejosas de conhecer a verdade e permite que, salvos em Jesus Cristo, passemos do culto e comunhão desta casa terrestre para a comunhão celestial da casa não feita por mãos, para a cidade cujo arquiteto e edificador é Deus. Tudo isso te rogamos, juntamente com o perdão de nossos pe cados, pela mediação de teu Filho, nosso Senhor. Amém. Terminada a oração, cantar-se-á um hino (por exemplo, o IS do Novo CânticoJ. Em seguida poderão ser ouvidas quais quer saudações. Deus dos antigos
1 Deus dos antigos, cuja forte mão Rege e sustém os astros na amplidão! Ó soberano, excelso Criador, Com gratidão cantamos teu louvor! 2 Desde o passado foste nossa luz, Sol que até hoje com fulgor reluz! Sê nosso Esteio, Guia e Proteção, Tua Palavra, lei e direção. 129
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Da guerra atroz, do crime e assolação, Dos tempos maus de um mundo em confusão, Seja teu braço o nosso defensor, Pois confiamos sempre em ti, Senhor!
4
Teu povo, ó Deus, assiste em seu labor, No testemunho do teu grande amor. As nossas vidas vem fortalecer Para o teu nome sempre engrandecer. Amém.
Após o cântico do hino, o ministro fa rá a seguinte declaração:
— Agora, declaro dedicada e consagrada esta casa de oração ao culto e serviço do Deus onipotente, Pai, Filho e Espírito Santo. Seja ele servido abençoá-la com a sua presença e com a conversão de multidões!
BÊNÇÃO A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós e com todos os servos de Deus, agora e sempre. Amém.
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17e M o d e l o
BÊNÇÃO MATRIMONIAL (primeira forma)
Bênção matrimonial Essa solenidade nunca se realizará antes de ser celebrado o casamento civil — único válido na República Brasileira — nem no caso de algum casamento contraído nos graus de consanguinidade ou afinidade proibidos na Palavra de Deus. Quando da realização do casamento religioso com efeito civil (artigo 20 dos Princípios de Liturgia da Igreja Presbiteriana do Brasil), o ministro representante da Igreja deverá ter em mãos: a) cópia do edital de proclamas fornecido pelo cartório civil comprovando a legalidade das providências tomadas pelos nubentes para a realização da cerimônia e confirmando a data do enlace; b) declaração do Cartório confirmando o cumprimento das form alidades legais; c) livro de atas próprio para a cerimônia de casamento. Da cerimônia civil lavrar-se-á ata, que será lida pelo ministro oficiante ou por pessoa por ele indicada e assinada pelo oficiante, pelos nubentes e testemunhas do ato. Esse ato precederá sempre a cerimônia religiosa. No dia e hora designados para a bênção matrimonial os nubentes se apresentarão diante do ministro, que dará princípio à solenidade, fazendo a seguinte ou semelhante
ORAÇÃO Senhor Deus Todo-poderoso, que instituíste o matrimônio para a felicidade do gênero humano, nós te suplicamos que nos auxilies com tua presença e concedas graça aos teus servos que vêm pedir a tua bênção para o seu casamento, a fim de que compreendam o ensi no da tua santa Palavra a respeito de seu novo estado e se compene trem dos deveres que aí ensinas a cada um deles e os executem. Concede-nos isso, ó Deus e Pai, por amor de Cristo. Amém. Terminada a oração, o ministro dará aos nubentes as seguintes 133
INSTRUÇÕES — O magistrado civil já os declarou casados, segundo as leis desta República. As leis obrigam em consciência a todos os cristãos naquilo em que não contrariam a revelação divina, e o magistrado civil é o minis tro de Deus encarregado de administrá-las (Rm 13.1,3,5; lPe 2.13,14). Estão casados, portanto. Como, porém, vêm pedir a bênção de Deus sobre o seu casamento, ouçam o ensino do mesmo Deus a respeito do seu novo estado. O casamento é a legítima e indissolúvel união de um homem e uma mulher, de conformidade com a ordenação de Deus. Deus mesmo o instituiu no Éden para conforto e felicidade do gênero humano, conferiu-lhe uma bênção especial (Gn 1.27,28), fez dele um tipo da união de Cristo com a sua igreja (Ef 5.25,27) e revelou os deveres que competem aos casados. Nosso Senhor Jesus Cristo honrou com a sua presença e com a operação do seu primeiro milagre uma festa de núpcias (Jo 2.3,11), e um seu apóstolo escreveu que fosse por todos tratado com honra o matrimônio (Hb 13.4). A continuação e estabilidade da paz e da felicidade em seu novo estado depende da atenção que cada um de vocês der ao cumprimento dos deveres respectivos que Deus lhes traça na Sa grada Escritura. Examinem esse precioso livro! Com ele aprenderá o marido, no amor, na proteção e fidelidade de nosso Senhor Jesus Cristo para com sua igreja, a fidelidade, a proteção e o amor que deve à sua mulher; e a mulher aprenderá, no amor, na fidelidade e na submissão da igreja cristã para com o seu esposo e cabeça, nosso Senhor Jesus Cristo, a submissão, a fidelida de e o amor que deve ao seu marido. “Maridos”, diz a Sagrada Escritura, “amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela [...]. Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama” (Ef 5.25, 28). Na epístola de Paulo a Tito (2.4), lê-se também que as mulheres devem amar seus maridos. No exemplo de Sara, digno de ser imitado, aprenda a mulher a reverência e submissão que deve ao marido. 134
O homem é a cabeça da criação, mas a mulher é a coroa. Não foi ela tirada da cabeça do homem como se houvesse de dominá-lo; nem de seus pés, como se houvesse de ser pisada por ele; mas do seu lado, para ser sua igual; de sob seu braço, para ser por ele amparada e protegida; de junto do seu coração, para ser o objeto de seu amor e o centro dos seus afetos. A Escritura ensina ainda que os casados devem sofrer com paciência um do outro as fraquezas a que a humanidade está sujeita por causa do seu estado decaído, e devem animar-se e consolar-se em todas as aflições e desgostos da vida; devem cuidar um do outro nas doenças e ajudar-se mutuamente a respeito de tudo o que perten ce a Deus e à sua alma imortal; e em todas as circunstâncias devem viver juntos. Para o cumprimento desses deveres necessitam do auxílio divi no. Supliquem-no constantemente e Deus abençoará o seu casamen to, não só agora, mas em todos os dias de sua união sobre a terra. Então, o ministro fa rá que os recém-casados unam as mãos, dizendo-lhes:
— Queiram unir as mãos. Em seguida, perguntará ao marido:
— H..., recebe esta mulher que tem pela mão, M..., por sua legítima mulher, com o propósito de a amar, honrar e defender, sustentá-la, cuidar dela e ser-lhe fiel em todas as coisas, por todo o tempo em que Deus for servido conservar ambos com vida? — Sim, recebo. E logo perguntará também à esposa:
— E você, M..., recebe este homem que tem pela mão, H..., por seu legítimo marido, para amá-lo, honrá-lo, cuidar dele, e serlhe submissa e fiel em todas as coisas por todo o tempo que Deus for servido conservar ambos com vida? — Sim, recebo. 135
Quando se fizer uso dos anéis, os noivos os apresentarão ao ministro, que os fa rá trocar entre os esposos ou entregará a cada um o que lhe fo r destinado, dizendo:
— Sejam para vocês estes anéis símbolo do amor, da pureza e da constância do verdadeiro amor conjugal. Lembrem-lhes, para sem pre, o cumprimento dos deveres que tão solenemente acabam de reconhecer na presença de Deus e destas testemunhas. Em seguida, o ministro fa rá que o marido e a mulher unam as mãos e, então, pronunciará a seguinte
BÊNÇÃO E eu, ministro de Deus no evangelho de seu Filho, os declaro constituídos em família na relação de marido e mulher, segundo a ordenação de Deus, e invoco sobre vocês a bênção do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Deus lhes dê sua graça, para cumprir as promessas que acabam de fazer, e abençoe o seu casamento não só agora, mas por todo o tempo em que os conservar com vida. “O Senhor vos abençoe e vos guarde; o Senhor faça resplande cer o rosto sobre vós, e tenha misericórdia de vós; o Senhor sobre vós levante o rosto e vos dê a paz” (cf. Nm 6.24-26). “[■••] o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mc 10.9) Depois o ministro fa rá
ORAÇÃO O Deus, nosso Pai celeste, nós te suplicamos que abençoes em seu novo estado os teus servos aqui presentes. Faze que se amem por todo o tempo que lhes concederes a vida e que seu amor não sofra mudança nem diminuição. Dá-lhes o teu Espírito Santo para 136
que vivam segundo a tua divina vontade. Permite que sejam aben çoados um no outro e ambos no conhecimento de Cristo, teu bendi to Filho, para que vivam juntos, na atitude de herdeiros da graça e da vida. Isso te pedimos pela mediação de Jesus Cristo, nosso Reden tor. Amém. Após a oração, poder-se-á cantar um hino; por exemplo, o 393 do Novo Cântico. União vital
1 Duas vidas, Senhor, se unem num só ser; Duas almas e dois nobres corações. Pelo amor e afeição querem já viver Sempre juntos na paz ou nas aflições. Abençoa , Senhor, esta santa união, Dando graça e favor, fa ze-a prosperar Na alegria, na fé , na consagração! E este amor verdadeiro vem confirmar.
2
Mais um lar que se faz cheio de vigor Do caráter cristão, base principal. Dá-lhe vida feliz numa união de amor, O mais forte, o maior laço conjugal.
3
Tu criaste, Senhor, para o nosso bem, A união que adorna esta vida aqui. De uma união mui feliz quantas bênçãos vêm A família dos teus filhos, glória a ti! Amém.
Encerrando, o ministro invocará sobre os circunstantes a
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BÊNÇÃO APOSTÓLICA A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês e com todo o povo de Deus, agora e para sempre. Amém.
Nota: — “É lícito o casamento a todas as classes de pessoas capazes de dar o seu consentimento ajuizado, mas é dever do cristão casar somente no Senhor. Portanto, os que professam a verdadeira religião reformada não devem se casar com infiéis, romanistas ou outros idólatras; e as pessoas não devem desposar-se em casamento com os que são notoriamente perversos em suas vidas ou mantêm heresias perniciosas ” (Confissão de Fé, cap. 24, §3).
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18e M o d e l o
BÊNÇÃO MATRIMONIAL (segunda forma)
Bênção matrimonial Presentes os nubentes e seus amigos, dirá o ministro:
— Invoquemos o auxílio de Deus.
ORAÇÃO Senhor nosso Deus, instituíste o matrimônio para a felicidade do gênero humano. Portanto, auxilia-nos com a tua presença e aben çoa o casamento dos teus filhos que se acham conosco. Esclarece-os para que compreendam os deveres do seu novo estado, indicados na tua palavra, e dá-lhes condição e disposição para cumpri-los por amor do teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. Amém. Terminada a oração, o ministro dirigirá aos nubentes as seguintes
INSTRUÇÕES Visto como vocês se acham casados de conformidade com as leis da República e vêm agora rogar a bênção de Deus sobre o seu casamen to, ouçam o ensino da Escritura a respeito do seu novo estado. Deus criou o homem à sua imagem e disse: “Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18). E Deus trouxe a mulher a Adão. E Adão disse: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne [...]. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.23,24). O matrimônio, assim instituído no Éden pelo Senhor Deus oni potente, foi confirmado nas bodas de Caná da Galiléia pela presença e pelo primeiro milagre de nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 2.3-11), que também disse em referência à indissolubilidade do casamento: “[...] o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mc 10.9). 141
Além disso, meus irmãos, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, recomenda ao marido o amor de Cristo para com a sua igreja como exemplo do amor que deve consagrar à sua esposa, e à mulher, a sujeição da igreja a Cristo como exemplo da submis são que a mulher deve a seu marido. Diz o apóstolo: “As mulheres sejam submissas ao seu pró prio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mu lher, como também Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu mari do. Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apre sentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coi sa semelhante, porém santa e sem defeito. Assim também os mari dos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jam ais odiou a própria carne; antes a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a Igreja; porque somos membros do seu corpo” (Ef 5.22-30). De tudo isso, podemos inferir com certeza que o casamento é agradável a Deus, nosso Salvador, e é um estado muito honroso para todos os casados que fielmente se amam. Então o ministro fa rá que os esposos juntem as mãos dizendo-lhes:
— Queiram unir as mãos. Nesse ponto o ministro tem em mãos os anéis. Entrega o da noiva ao noivo, e este passa, então, a repelir com o ministro, ou terá previamente decorado, as seguintes promessas feitas à noiva:
— E u , ........ , declaro, diante de Deus e destas testemunhas, que recebo você, ........ , por minha legítima esposa. — Ainda diante de Deus e destas testemunhas prometo dedi car-lhe amor; fazer tudo para honrar e cuidar de você: na alegria ou na tristeza; na bonança ou nas provações; na saúde ou na doença; na prosperidade ou na falta de tudo; na juventude ou na velhice. 142
— Prom eto ainda ser-lhe fiel em tu do; prometo jam ais abandoná-la, enquanto Deus nos conservar a ambos com vida. — Quero andar ao seu lado com toda dignidade. Que Deus me ajude a cumprir todo esse santo propósito. Amém. Em seguida o ministro entregará à noiva o anel do noivo. Ela, por sua vez, enquanto coloca o anel no dedo dele, pronunciará estas palavras:
— E u , ........ , declaro, diante de Deus e destas testemunhas, que recebo você, ........ , por meu legítimo esposo. — Ainda diante de Deus e destas testemunhas prometo dedi car-lhe amor; fazer tudo para honrar e cuidar de você: na alegria ou na tristeza; na bonança ou nas provações; na saúde ou na doença; na prosperidade ou na falta de tudo; na juventude ou na velhice. — Prometo ainda ser-lhe fiel em tudo; prometo ja m ais abandoná-lo, enquanto Deus nos conservar a ambos com vida. — Quero andar ao seu lado com toda dignidade de esposa leal. Que Deus me ajude a cumprir todo esse santo propósito. Amém. Poder-se-á cantar um hino;por exemplo, o 394 do Novo Cântico.
Perfeito amor
1 Perfeito amor, além do entendimento, Com devoção buscamos teu favor. Faze perfeito, pois, o casamento Dos filhos teus que se unem pelo amor. 2
3
Dá-lhes, Senhor, a mútua confiança E a fé constante em Cristo, o Salvador. As suas almas nutre na esperança De conservarem o mais puro amor. Dá que eles tenham forças e alegria Nos dissabores, lutas, provações! Que assim conservem juntos a harmonia, Perfeitos tendo sempre os corações. Amém. 143
Em seguida o ministro fa rá que os recém-casados unam outra vez as mãos e invocará sobre eles a seguinte
BÊNÇÃO O Deus de misericórdia, que instituiu o matrimônio para c forto e felicidade do gênero humano, dê a vocês a graça necessária para cumprir as promessas que acabam de fazer e abençoe o seu casamento não só agora, mas em todo o tempo em que os conservar a ambos com vida. “O Senhor vos abençoe e vos guarde; o Senhor faça resplande cer o rosto sobre vós, e tenha misericórdia de vós; o Senhor sobre vós levante o rosto e vos dê a paz.” Amém. “[...] o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mc 10.9). Depois o ministro fará oração, dizendo:
ORAÇÃO O Deus, nosso Pai, tu ouviste as promessas que os teus servos acabaram de fazer em tua presença. Dá-lhes tua bênção para que as cumpram. Sela no céu o que acaba de ser feito no teu santo nome. Não permitas que o amor desses teus servos sofra mudança ou dimi nuição, mas dá-lhes o teu Espírito para que vivam piamente, segun do a tua divina vontade. Sejam eles abençoados um no outro, e am bos no conhecimento de Cristo, teu Filho, para que sejam teus para sempre. Tudo te pedimos pela mediação de Jesus Cristo, nosso Re dentor. Amém. Então, o ministro concluirá invocando sobre o público a
BÊNÇÃO APOSTÓLICA A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês, agora e sem pre. Amém. 144
19e M o d e l o
INVOCAÇÃO DA BÊNÇÃO MATRIMONIAL NA AUSÊNCIA DE MINISTRO
Invocação da bênção Quando não fo r possível a presença do ministro para invocar a bênção de Deus sobre algum casamento, o presbítero ou pessoa acostumada a dirigir o culto poderá reunir a igreja ou a congregação para que esta rogue a Deus se sirva abençoar os recém-casados. A mesma pessoa acostumada a dirigir o culto poderá ler algumas passagens das Escrituras referíveis ao casamento e dirigir as orações. Para esse fi m se poderá observar a seguinte ou semelhante ordem: Os recém-casados levantar-se-ão diante da congregação e o esposo dirá:
— Viemos participar a esta igreja que acabamos de nos casar (ou nos casamos em tal dia) perante magistrado civil, e pedir-lhes as suas orações, para que Deus se sirva abençoar a nossa união e habilitar-nos a cumprir os deveres de nosso novo estado, indicados as Santas Escrituras. Se, porém, os recém-casados preferirem, poderão convidar uma pessoa que se levante com eles e dirija à congregação as seguintes ou semelhantes palavras:
— Acham-se diante de vocês os nossos irmãos F. e F. (ou o senhor F. e a senhora F.) que vêm participar a esta igreja que hoje (ou em tal dia) se casaram civilmente, e pedir as suas orações para que Deus se sirva abençoar a sua união e os habilite a cumprir os deveres de seu novo estado, indicados nas Sagradas Escrituras. Então, sentar-se-á o novo casal, e a pessoa que dirigir o culto dirá à congregação:
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— Acabam de ouvir, meus irmãos, a comunicação e o pedido de nossos irmãos F. e F. (ou do senhor F. e da senhora F.), que se casaram perante o magistrado civil, de conformidade com as leis desta República. Vocês sabem que o matrimônio foi instituído por Deus no tem po da inocência do homem, confirmado pelo ensino de nosso Se nhor, santificado pela sua presença e comparado por Paulo à união que subsiste entre Cristo e a sua igreja. Esse estado, portanto, não deve ser tomado imprudentemente, mas, sim, com reverência, dis crição e no temor de Deus. Nas Sagradas Escrituras, Deus ensina quais são os deveres dos maridos para com as suas mulheres e os das mulheres para com seus maridos, nas seguintes palavras: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Assim também os ma ridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a Igreja; porque somos membros do seu corpo. Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne” (Ef 5.25-31). “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo salvador do corpo.” De sorte que como “a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.” (Ef 5.22-24). “[...] a esposa respeite ao marido” (Ef 5.33). Terminada a leitura desses trechos das Santas Escrituras, a pe ssoa que dirigir o culto fa rá oração, dizendo:
— Façamos oração.
ORAÇÃO Pai santíssimo e misericordioso, Criador, Conservador e Re dentor dos homens, nós te suplicamos que abençoes o novo estado 148
dos teus servos que vêm pedir nossas orações e lhes concedas graça para cumprir fielmente os deveres conjugais, indicados em tua San ta Palavra. Une o coração deles na plena graça e afeição de um casa mento feliz. Permite que o seu amor não sofra mudança ou diminui ção. Abençoa-os um no outro e ambos no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo para que, herdeiros da graça da vida, vivam juntos durante toda a vida. Tudo te pedimos por amor de nosso Se nhor Jesus Cristo. Amém. Poder-se-á concluir, então, com o cântico de um hino apropriado; 395 do Novo Cântico, por exemplo. Amor no lar
1 Mui felizes nos correm os dias E depressa se esvai nossa dor! São benditas as sãs alegrias, Quando reina no lar doce amor! 2
Os caminhos pisamos juncados, Sim, juncados de ramos em flor! Surgem bênçãos de todos os lados, Quando reina no lar doce amor!
3
Saboroso é o pão que fruímos, Se o fruímos de nosso labor! Sim, contentes, em tudo sorrimos, Quando reina no lar doce amor!
4
Os pais crentes aos filhos afirmam As verdades da Lei do Senhor! E com obras o ensino confirmam, Quando reina no lar doce amor!
5
Se sentimos em casa a pobreza, Se há pobreza também ao redor, Suportável será, com certeza, Quando reina no lar doce amor!
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2 0
M
odelo
BODAS DE PRATA
Bodas de Prata O ministro oficiante poderá iniciar a cerimônia com o cântico de um hino de louvor; por exemplo, o 16 do Novo Cântico.
Louvor a Deus 1 Louvai a Deus, Soberano Senhor do que é feito. Louvai-o, sim, De vossa alma, tesouro perfeito! A Deus cantai E, com fervor, tributai Profundo amor e respeito. 2
Louvai a Deus Que vos faz prosperar dia a dia; E, com amor, Vos defende e abençoa a porfia. Lembrai, também, Que o poderoso vos vem Fazer feliz companhia.
— Bodas de Prata! Vinte e cinco anos de saudável vida a dois! Olhando para trás, olhando para o agora, olhando para a frente! Fe liz o casal que pode falar assim entre si e aos outros. Hoje é dia de ações de graças. Façamos
ORAÇÃO Deus gracioso e longânimo, tens sido clemente e paciente conosco, especial e especificamente com os irmãos, senhor ........ e senhora ........ , que vieram aqui hoje dizer-te muito obrigado. Com a gratidão trouxeram o seu gesto adorativo, chegando ante o trono da tua graça, humildemente, porém com intensa alegria. 153
Eles trouxeram também uma súplica, Senhor gracioso, pois continuarão dependendo da tua ação providente. Continua a cercálos com os teus fortes braços, dia e noite, em todo e qualquer lugar, em toda e qualquer situação, principalmente quando chegar a doen ça, o conflito; quando alguma nuvem escura toldar o seu viver. Em nome de Jesus. Amém.
LEITURA BÍBLICA — Teria a Palavra de Deus algo a nos dizer neste momento? Creio que sim. Não existe um momento sequer na vida humana em que a Palavra de Deus não tenha mais o que falar. Por exemplo: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tar de, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus ama dos ele o dá enquanto dormem. Herança do Senhor são os f i lhos; o fruto do ventre, seu galardão. Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade. Feliz o homem que en che deles a sua aljava; não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos àporta” (SI 127). "Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da olivei ra, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao Senhor! O Senhor te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel!" (Sl 128).
Geralmente, os casais que celebram suas bodas trocam nesse mom ento seus anéis por outros. Se assim for, o oficiante poderá entregar ao esposo o anel da esposa, para que, enquanto ele coloca-o no dedo dela, lhe dirija mais ou menos estas palavras:
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— Eu e você, ........ , andamos razoavelmente bem até aqui, com o auxílio do Altíssimo. Você bondosamente suportou em mim o que há de negativo. Muito obrigado! — Hoje quero que você saiba, perante Deus e esta igreja, que a amo — somente a você! — como minha dileta esposa. Quero con tinuar amando-a de todo o meu coração; quero continuar me esfor çando para ser-lhe um bom marido, amável e protetor, que a faça ainda mais feliz de hoje em diante. Que a experiência do passado nos faça mais sábios nos dias futuros. Com a graça de Deus. Amém. Que a esposa fa ça o mesmo, enquanto vai colocando o anel no dedo do esposo.
— Eu e você, ........ , andamos razoavelmente bem até aqui, com o auxílio do Altíssimo. Você bondosamente suportou em mim o que existe de negativo. Muito obrigada! — Hoje quero que você saiba, perante Deus e esta igreja, que o amo — somente a você! — como meu dileto esposo. Quero continuar amando-o de todo o meu coração; quero continuar me esforçando para ser-lhe uma boa esposa, amável e cooperadora, que o faça ainda mais feliz de hoje em diante. Que a experiência do passado nos faça mais sábios nos dias futuros. Com a graça de Deus. Amém. Então, o oficiante poderá invocar a bênção de Deus sobre o casal ajoelhado.
BÊNÇÃO “O Senhor vos abençoe e vos guarde; o Senhor faça resplande cer o rosto sobre vós e tenha misericórdia de vós; o Senhor sobre vós levante o rosto e vos dê a paz”. Para sempre. Amém. Poder-se-á cantar um hino; por exemplo o 395 do Novo Cântico. 155
Am or no lar
1
Mui felizes nos correm os dias E depressa se esvai nossa dor! São benditas as sãs alegrias, Quando reina no lar doce amor!
2
Os caminhos pisamos juncados, Sim, juncados de ramos em flor! Surgem bênçãos de todos os lados, Quando reina no lar doce amor!
3
Saboroso é o pão que fruímos, Se o fruímos de nosso labor! Sim, contentes, em tudo sorrimos, Quando reina no lar doce amor!
4
Os pais crentes aos filhos afirmam As verdades da Lei do Senhor! E com obras o ensino confirmam, Quando reina no lar doce amor!
5
Se sentimos em casa a pobreza, Se há pobreza também ao redor, Suportável será, com certeza, Quando reina no lar doce amor!
Concluir com a bênção apostólica sobre toda a igreja.
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espirito Santo sejam com todos vós” (2Co 13.13).
156
21
a
M
odelo
BODAS DE OURO
B o d a s d e O u ro Pode-se iniciar a cerimônia com a entrada do casal no templo, até o púlpito, ao som de um hino, como “Deus dos Antigos ", (18 do Novo Cântico ), cantado pela igreja.
Deus dos antigos
1 Deus dos antigos, cuja forte mão Rege e sustém os astros na amplidão! O soberano, excelso Criador, Com gratidão cantamos teu louvor! 2
Desde o passado foste nossa luz, Sol que até hoje com fulgor reluz! Sê nosso Esteio, Guia e Proteção, Tua Palavra, lei e direção.
3
Da guerra atroz, do crime e assolação, Dos tempos maus de um mundo em confusão, Seja teu braço o nosso defensor, Pois confiamos sempre em ti, Senhor!
4
Teu povo. ó Deus, assiste em seu labor, No testemunho do teu grande amor. As nossas vidas vem fortalecer Para o teu nome sempre engrandecer. Amém.
Podem-se ler trechos da Bíblia sobre o casal cjue vive bem e o estado da velhice.
“Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira 159
frutífera; teus filhos, como rebentos reb entos da oliveira, oliveir a, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao Senhor! O Senhor te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel!" (SI 128). “Coroa de honra são as cãs, quando se acham no caminho da justiç jus tiça" a" (Pv 16.31 16.31). ). “O ornato dos jovens é a sua força, e a beleza dos velhos as suas cãs” (Pv 20.29). — Que a igreja igre ja ore o re neste instante, dando dand o graças graça s ao Altíssimo Altíss imo por vidas vida s tão preciosas preci osas como as de d e nossos nosso s irmãos ancião a nciãoss e ............
ORAÇÃO Deus Altíssimo, este é um momento muito solene. Estamos diante da maturidade humana, da experiência pessoal e conjugal. Este casal tem muito a nos ensinar. O seu exemplo nos transmite segurança de que, mesmo como pecadores que somos, podemos vi ver bem. Quão vasto é o caminho do bem. Quão belo pode ser o caminho a dois. Aliás, Aliás, não mais a dois, pois hoje é quase uma multi dão a sua prole: filhos, filhas, genros, noras, netos e bisnetos. Lou vamos-te por estas pessoas que viveram e andaram na tua presença durante estes 50 anos de vida a dois. Em nome de Jesus. Amém. A segu seguir ir,, pode po de-se -se cantar ca ntar um hino hino,, como o 61 61 do Novo Cântico, ou música especial.
Ações de graças 1
Gra Graças do dou po por esta sta vida, Pelo bem que revelou, Graças dou pelo futuro E por tudo que passou. Pelas bênçãos derramadas, Pelo amor, pela aflição, Pelas graças reveladas, Graças dou pelo perdão. 160
2 Graças pelo azul celeste E por nuvens que há também, Pelas rosas do caminho E os espinhos que elas têm. Pelas noites desta vida, Pela estrela que brilhou, Pela prece respondida E a esperança que falhou. 3
Pela cruz e o sofrimento, sofrim ento, E, afinal, ressurreição, Pelo amor, que é sem medida. Pela paz no coração; Pela lágrima vertida E o consolo que é sem par, Pelo dom da eterna vida, Sempre graças hei de dar.
— Querido Quer ido casal de santos anciãos, ancião s, ouçamos ouçam os a vo vozz da Santa Escritura sobre sobre essa fase da vida humana. humana. Ouçamos a oração ansioansio sa e preocupada de um ancião: “Não me rejeites rejeite s na minha minh a velhice; quando me faltarem faltarem as forfor ças, não me desampares” (SI 71.9). — Porém, essa ess a oração oraçã o não revela reve la apenas apena s preocupa preo cupação, ção, mas também confiança no Altíssimo. Quem melhor que o ancião para saber disso? “Tu me tens ensinado, ó Deus, desde a minha mocidade; e até agora tenho anunciado as tuas maravilhas” (SI 71.17). — Não foi nessa ness a con confian fiança ça que um ancião aprendeu aprend eu algo tão importante sobre a providência divina? “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (SI 37.25). — Sim, é Deus D eus quem qu em assiste assis te a velhice velhi ce com sua benfa be nfazej zejaa mão e com seu coração de Pai eterno e bondoso. É ele “quem farta de bens a tua velhice, velhice, de sorte que a tua mocidade m ocidade se renova como a da águia” (SI 103.5). 161
— É por isso que o salmista salm ista fala da ve velhi lhice ce com palavras palav ras tão bonitas bonit as e comoventes: “O justo jus to florescerá flores cerá como a palmeira, cresc cr escerá erá como o cedro no Líbano. Plantados na Casa do Senhor, florescerão nos átrios do nos so Deus. Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça” (SI 92.12-15). — A velhice velh ice com Deus Deu s no coração coraçã o não é solitár soli tária ia nem amarga; não é, é, também, infrutífera. infrutífera. A Santa Escritura Escrit ura manda que honremos ho nremos e amemos os anciãos: "Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos” (lPe 5.5a). — Ora, o que vemos num casal ancião, ancião , que já viveu e andou um longo caminho, e pode ver o fruto do seu amor e do seu andar, rodeado pela prole e pela igreja que o respeita e o ama como casal amado e de bom exemplo? A Bíblia está certa e a experiência o confirma: a velhice, mormente a de um casal que continua o seu caminhar lado a lado, com Deus, é coisa linda e emocionante. — Este querid qu eridoo par, par, que hoje ho je celebr cel ebraa as suas bodas de d e ouro, ou seja, 50 anos a dois, merece todo o nosso apreço. Com eles quere mos glorificar ao Altíssimo e com eles queremos aprender sobre a vida a dois sem desgaste ou desilusão. — Oremos.
ORAÇÃO Deus Altíssimo, tu és o Deus, sempre o foste, deste casal de queridos anciãos. Viveram 50 anos juntos, com fidelidade e felici dade. Nem as lutas mais fortes puderam separá-los. Continuam an dando junto jun tos. s. Louvamos o teu teu santo nome por isso. isso. Que a sua velhi velh i ce seja feliz, e nós aprendamos com eles o bom viver diante da tua face. Assim, pois, sejam eles abençoados no restante do caminho; sejamos abençoados, lembrando sempre do seu exemplo, quando a nossa vida a dois estiver abalada e desgastada. Que eles continuem confiantes conf iantes no Deus que não se descuida descuid a da velhice do seu povo. povo. Em nome de Cristo. Amém. 162 16 2
Nesse ponto, pode-se cantar — a igreja toda — o hino 395 do Novo Cântico.
Am or no lar 1
Mui felizes nos correm os dias E depressa se esvai nossa dor! São benditas as sãs alegrias, Quando reina no lar doce amor!
2
Os caminhos pisamos juncados, Sim, juncados de ramos em flor! Surgem bênçãos de todos os lados, Quando reina no lar doce amor!
3
Saboroso é o pão que fruímos, Se o fruímos de nosso labor! Sim, contentes, em tudo sorrimos, Quando reina no lar doce amor!
4
Os pais crentes aos filhos afirmam As verdades da Lei do Senhor! E com obras o ensino confirmam, Quando reina no lar doce amor!
5
Se sentimos em casa a pobreza, Se há pobreza também ao redor, Suportável será, com certeza, Quando reina no lar doce amor!
Há vária s m aneiras de proceder no caso de haver a cerimônia de anéis. Uma delas delineamos a seguir. Os dois, olhando um pa ra o outro, em vez de promessas, darão graças a Deus pe la vida que viveram juntos. Assim:
— Senhor Deus onipotente, hoje podemos dizer, mais que nunca: muito obrigado! Não poderiamos fazer juntos esse trajeto sem a 163
tua bênção de alento, proteção, perdão, confiança e respeito. Chega mos até aqui; a tua boa mão nos susteve e nos amparou. Muito obri gado! Agora podemos estar certos de que continuaremos até que a morte nos separe — não sabemos se longe ou perto está esse dia. Sabemos que não nos deixarás no restante da jornada. Que o nosso viver ensine outros. Em nome de Jesus. Amém. Os dois, então, se vivarão para o celebrante, e este impetrará a bênção sobre ambos, de form a mui solene.
“O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz. Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei” (Nm 6.24-26). Em seguida, impetrará a Bênção Apostólica sobre toda a igreja — se fo r ministro.
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comu nhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2Co 13.13).
164
2 2 e M o d e l o
OFÍCIO FÚNEBRE
Ofício fúnebre (Primeira parte) No Velório No caso de falecim ento em consequência de m olé stia contagiosa, será dever cristão dos sobreviventes fa ze r o enterro com todas as precauções e sem acompanhamento, para que o mal não se propague. Esse ofício poderá ser fe ito , no im pedim ento ou ausência do ministro, por um presbítero regente, por um diácono ou po r um membro da igreja nomeado pa ra tal fim. A pessoa cpie houver de oficiar por ocasião do enterro, chegando à casa em que estiver o defunto, à hora designada para o serviço fúnebre, tomará lugar ao pé do caixão e recitará pausada e solenemente passagens da Escritura.
INTRODUÇÃO “Disse [...] Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente” (Jo 11.25,26). Em seguida, o oficiante convidará as pessoas a orar, dizendo:
— Oremos.
ORAÇÃO “Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus. Tu reduzes o homem ao pó e dizes: Tornai, filhos dos homens. Pois mil anos, aos teus olhos, são 167
como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite. Tu os arrastas na torrente, são como um sono, como a relva que floresce de madrugada; de madrugada, viceja e floresce; à tarde, murcha e seca. Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor, conturba dos. Diante de ti puseste as nossas iniqüidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos. Pois todos os nossos dias se passam na tua ira; acabam-se os nossos anos como um breve pensamento. Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oi tenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos. Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que te é devido? Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio. Volta-te, Senhor! Até quando? Tem compaixão dos teus servos. Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias. Alegra-nos por tantos dias quantos nos tens afli gido, por tantos anos quantos suportamos a adversidade. Aos teus ser vos apareçam as tuas obras, e a seus filhos, a tua glória. Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nos sas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos” (SI 90). Pode-se cantar um hino; por exemplo, o 185 do Novo Cântico. Glória vindoura
1 No tempo em que meu trabalho acabar El enfim de Deus a presença gozar, Ei quando a Cristo eu puder contemplar, Oh, quanta glória haverá com Jesus! Sim, haverá glória sem par, Junto a Jesus, glória sem fim! Oh, quando a Cristo eu puder contemplar, Glória, sim, glória haverá com Jesus!
2
No tempo em que Cristo, o meu Redentor, Tiver de dar-me o seu “vinde!” de amor, Transposto, enfim, o meu vale de dor, Oh, quanta glória haverá com Jesus! 168
3
No tempo em que meus irmãos for rever Lá nos fulgores do céu — que prazer! Sim, quando junto a Jesus for viver, Oh, quanta glória haverá com Jesus!
Então, o oficicmte procederá à leitura de algumas das seguintes passagens da Escritura, mediante esta ou semelhante declaração:
— Vou ler, para nos instruir e consolar, a Palavra de Deus “[...] eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros” (Jó 19.25-27). “[...] nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma po demos levar dele” (lTm 6.7). “O Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” (Jó 1.21).
ICoríntíos 15.20-58
“Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um ho mem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Por que, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos se rão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e po der. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimi gos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujei tas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. 169
Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mor tos? Se, absolutamente, os mortos não ressuscitam, por que se bati zam por causa deles? E por que também nós nos expomos a perigos a toda hora? Dia após dia, morro! Eu o protesto, irmãos, pela glória que tenho em vós outros, em Cristo Jesus, nosso Senhor. Se, como ho mem, lutei em Efeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos. Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não pequeis; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para vergonha vossa. Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que cor po vêm? Insensato! O que semeias não nasce, se primeiro não mor rer; e, quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente. Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado. Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes. Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dú vida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres. Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor. Pois assim tam bém é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em gló ria. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual. Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial. Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados sere mos todos, num momento, num abrir e fechar d’olhos, ao ressoar da última trombeta. Atrombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptí 170
veis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imor talidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede fir mes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” João 14.1-6
Jesus disse a seus discípulos: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu vou. [...] Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. João 11.21-27
“Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão. Mas também sei que, mesmo agora, tudo quan to pedires a Deus, Deus to concederá. Declarou-lhe Jesus: Teu ir mão há de ressurgir. Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurrei ção e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo.” João 5.24-29
“Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha pala vra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em 171
juízo, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. Porque assim como o Pai tem a vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo. E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do homem. Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida: e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.’' Apocalipse 20.11-15
“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles haviam. E foram julgados, um a um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” Apocalipse 21.1-4
“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” 172
Nov o Cântico Cânti co Hino 195 do Novo Dormindo no Senhor
1 Dormin mindo no no Se Senhor, Bendito é nosso irmão! Perante o trono, vencedor, Desfruta a salvação. 2 Dormindo Dorm indo no Senhor, Senhor, Liberto já do mal, Deixando o mundo e seu labor, Descansa em paz real. 3 Dormin Dor mindo do no Senhor, Senhor, Na glória gló ria de Jesus, Perante o grande Redentor, Nos céus, vivendo vive ndo em luz. luz. 4 Dormindo Dorm indo no Senhor! E doce assim morrer! Do crente a morte é sem terror, É ir com Deus viver. 5 Dormindo Dorm indo no Senhor, Ao pó seu corpo irá, Mas Deus, um dia, com poder O ressuscitará. 6 Os mortos morto s viverão! E os vivos, com fulgor, Ao teu encontro subirão! Oh, vem, Jesus Senhor! Aqu Aqui, i, se o oficiante oficiante achar conveniente, dirigirá aos circimstante circimstantess algumas palavras sobre a crença dos cristãos a respeito do estado dos mortos e sobre as esperanças e consolações do povo pov o de Deus. Acaba Ac abada da a prátic prá tica, a, far fa r -se -s e -á oração. O oficiante dirá: 173
Oremos.
ORAÇÃO Deus onipotente, com quem vivem os espíritos que daqui partem no Senhor e com quem as almas dos fiéis, depois de libertadas da carne, estão no gozo da felicidade: de todo coração te rendemos graças, porque te aprouve livrar esse nosso irmão das misérias deste mundo, e te rogamos que sejas servido, por tua clemência, completar o número número dos eleitos e apressar apres sar a vinda do teu reino para que nós, nós, juntam jun tament entee com aqueles aquel es que já partiram partir am deste des te mundo na fé verdaver dadeira do teu santo nome, alcancemos a nossa perfeita consumação e felicidade, tanto no corpo como na alma, em tua eterna glória. Tam bém te pedimos que te sirvas consol con solar ar a famí f amília lia do falecido fale cido e prote p rote jas a quantos quan tos dele dependiam depe ndiam neste mundo. Tudo isso te pedimos pela mediação mediaçã o do teu bendito bendi to Filho Jesus Jesu s Cristo. Cris to. Amém. Se o enter enterro rofo r fe ito it o em carro, termin te rminarar-sese-á á em casa ou onde fo f o r reali re aliza zado do o ve veló lóri rio o o serv se rviç iço o fúne fú nebr bre, e, salv sa lvo o quando qua ndo as pessoas pess oas encarregadas encarregadas do fun er a l fornecere forne cerem m carr carro o ao oficiante. oficiante. No primeiro prim eiro caso, caso, continuará continua rá o oficiante na form fo rma, a, pa p a r a ser se r usada no cemitério, no lugar onde com c omeça eça — “ Visto que o Onipotente, Onipotente, etc. no segundo segund o caso, caso, e se o enterro f o r feit fe ito o a pé, proced pro cederá erá como aqui se determina, determina, levando le vando o caixão e seguindo-o até o cemitério depois de pronuncia pronu nciarr a seguinte
BÊNÇÃO A graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos nós. Amém.
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Oficio fúnebre
(Segunda parte) parte) NO CEMITÉRIO Quando se houver chegado ao lugar da sepultura, enquanto se prepa pr eparar rar o corpo p a ra ser se r dado à terra, o ministro, ou quem suas vezes fizer, anunciará anun ciará um hino, hino, como o que segue. segue.
Hino 186 do Novo Cântico
O lar do céu 1 Oh, pens pensai ai nesse nesse lar lar lá do cé céu, Nas glorios glor iosas as moradas de luz, luz, Onde os crentes, felizes, desfrutam Da presença de Cristo Jesus. Oh, pensai! Oh, pensai! Oh, pensai nesse lar lá do céu, Lá do cé céu, u, lá do cé céu, u, lá do céu! Oh, pensai nesse lar lá do céu!
2
Oh, pensai nos amigos no céu, Que venceram a luta afinal, E nos cantos que sempre ressoam Na harmo har monia nia do lar eternal. et ernal.
3
Hei de ver, lá no céu, meu Jesus, Jes us, Face a face seu rosto mirar! E bem longe cuidados, tristezas, Para sempre com ele habitar. 175 175
4
Sem demora no céu estarei; Vejo o fim da jornada chegar. Meu bondoso Jesus lá me espera Para as bênçãos eternas me dar.
E, quando o caixão estiver posto na sepultura, o ministro dirá:
— Visto que o onipotente Deus foi servido, em sua providên cia, chamar para si a alma desse nosso irmão, entregamos seu corpo à terra, cinza à cinza, pó ao pó, na segura e certa esperança da res surreição para a vida eterna, mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo, segundo a obra poderosa pela qual pode sujeitar todas as coisas a si mesmo. Depois, dirá o oficiante:
— Oremos.
ORAÇÃO O Deus, Pai de nosso Salvador Jesus Cristo, que é a ressurr ção e a vida; em quem todo aquele que crê viverá ainda que morra, e todo aquele que vive e crê nele não morrerá eternamente. Conservanos ligados a ti pela ação eficaz do Santo Espírito, para que no últi mo dia sejamos achados aceitáveis em tua presença e recebamos a bênção que teu amado Filho há de pronunciar então sobre os que te amam e temem, dizendo: “Vinde, benditos filhos de meu Pai, possuí o reino, preparado para vós desde o princípio do mundo”. Concedenos isso, humildemente rogamos, ó misericordioso Pai, pelos mere cimentos de Jesus Cristo, nosso Mediador e Redentor. Amém.
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H i n o 1 92 d o Novo Cântico
No céu com Jesus
1 Junto ao trono de Deus, preparado, Há cristão um lugar para ti; Há alegria perene ao seu lado, Há profusas delicias ali; Sim ali, sim ali, De seus anjos fiéis rodeado, Numa esfera de glória e de luz, Junto ao Pai nos espera Jesus! 2
Os encantos da terra não podem Dar idéia do gozo dali! Se na terra os prazeres acodem, Tais prazeres se findam aqui. Mas ali, mas ali As venturas eternas concorrem Com o brilho perpétuo da luz, A tornar-te feliz com Jesus.
3
Conservemos em nossa lembrança As riquezas do lindo país, E guardemos conosco a esperança Duma vida melhor, mais feliz! Pois ali, pois ali O cristão, pela fé, sempre alcança As riquezas do Reino de luz, Prometidas por Cristo Jesus.
4
Quem quiser desfrutar da ventura Que no belo País haverá, E somente pedir de alma pura, Que de graça Jesus lhe dará. Pois dali, pois dali, Todo cheio de amor, de ternura, Desse amor que mostrou lá na cruz, Nos atende, nos ouve Jesus. 177
A bênção seguinte só será invocada quando o ato fo r celebrado por ministro.
BÊNÇÃO O Deus da paz, que ressuscitou dos mortos pelo sangue do testamento eterno a Jesus Cristo, Senhor nosso, grande Pastor das ovelhas, vos faça idôneos em todo o bem, para que façais a sua vontade; fazendo ele em vós o que seja agradável a seus olhos, por Jesus Cristo: a quem é dada glória pelos séculos dos séculos. Amém. Nota — O ofício fúnebre deve consistir principalmente na leitura de trechos da Escritura e atos de culto. O ministro não tem o dever de dizer se a pessoa, cujo corpo vai ser entregue à terra, morreu ou não impenitente, mas deve proceder de maneira que não se possa inferir de sua leitura ou palavras a salvação de pessoas cuja vida ou morte não tenha sido cristã. O único juiz, porém, é o Senhor.
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Ofício fúnebre de crianças
As observações fe ita s no com eço da página. 167 têm aplicação aqui.
INTRODUÇÃO Disse Davi: “Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o Senhor se compadecerá de mim, e continuará viva a criança? Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu? Po derei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim” (2Sm 12.22.23). “O Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21). Hino 194 do Novo Cântico
Morada feliz 1 Com Jesus há morada feliz, Prometida e segura nos céus. Avistamos o lindo País, Pela fé na Palavra de Deus. Com Jesus, no porvir, Viveremos no lindo País. Com Jesus, no porvir, Viveremos no lindo País.
2
Pacientes podemos penar, Se sofrermos por Cristo Jesus! Pois sem culpa, sem falta ou pesar, Viveremos no Reino de luz! 179
3
No descanso perfeito, eternal, Desfrutando o labor que passou, Cantaremos, em tom triunfal, Os louvores de quem nos amou.
Seguir-se-á uma ovação, podendo servir a primeira da fo r ma precedente (página 167). Então, o oficianteprocederá à leitura de algum as das seguintes passagens da Escritura, prece dendo a leitura esta declaração:
— Vou ler, para nossa instrução, as consoladoras palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, que se acham em... (declarará aqui o livro, o capítulo e os versos). Marcos 10.13-16
“Então, lhe trouxeram [a Jesus] algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondolhes as mãos, as abençoava.” Mateus 18.1-6
“Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, per guntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em ver dade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe. Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar.” 180
Apocalipse 20.11-15
Indicamos apenas a passagem porque já a transcrevemos na página 172. Nesse momento, se o oficiante ju lg a r conveniente, dirigirá aos circunstantes algumas palavras sobre a crença dos cristãos a respeito do estado dos mortos, e sobre as esperanças e consolações do povo de Deus. Acabada a prática, far-se-á oração. O oficiante dirá:
— Oremos.
ORAÇÃO O Senhor, nosso Deus e Salvador, que tão benigno te mos traste neste mundo para com os pequeninos: nós te rendemos gra ças porque foste servido recolher em teu seio mais um dos cordeirinhos do teu rebanho, livrando-o assim dos perigos e dos males a que todos estamos sujeitos neste mundo. Suplicamos-te que consoles aqueles que acabam de perder essa criança. Faze-nos sentir que a nossa vida é como a sombra que em breve se desvane ce ao mais leve sopro da aragem, para que sejamos todos levados a aceitar-te como único Salvador, enquanto temos tempo. Por amor de teu santo nome. Amém. Hino 366 do Novo Cântico
Jóias preciosas 1 Quando, ó Cristo, aqui vieres As jóias buscar, Entre as jóias, ricas jóias, Também quero estar. Como a bela estrela da alva, Desejo brilhar! Com Jesus, na sua glória, Também quero estar! 181
2
Vem olhá-las, vem guardá-las Com amor, ó Senhor! Todas ricas, todas lindas E em pleno fulgor!
3
Criancinhas, criancinhas Que amais a Jesus, Sois as jóias, ricas jóias Compradas na cruz.
Veja-se a observação a respeito do enterro fe it o em carro ou a p é na pá gina 174. O oficiante, se fo r ministro, dará a seguinte
BÊNÇÃO A graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos nós e com todo o Israel de Deus, agora e sempre. Amém.
NO CEMITÉRIO Observar-se-á no cemitério o disposto nas páginas 175 a 178.
182
23b M
odelo
EXCLUSÃO PÚBLICA DF. UM MEMBRO DA IGREJA
Exclusão pública Quando algum membro da igreja fo r condenado a ser excluído da comunhão, será a sentença publicada do modo seguinte: O pastor, dirigindo-se à congregação, dará as seguintes
INSTRUÇÕES — Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei e Legislador da sua igreja, deixou-nos, para remover qualquer dificuldade ou escândalo que aparecesse entre os súditos de seu reino, a seguinte lei, recordada no Evangelho segundo Mateus, capítulo 18, versículos 15 a 18: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüí-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus; e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.” Além disso, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, também nos diz, em sua primeira epístola aos Coríntios, capítulo 5, verso l l , o seguinte: “[...] não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais”. Para fazer parte de qualquer sociedade é necessário observar certas condições. Quando algum membro deixa de preenchê-las, deixa por isso mesmo de fazer parte dela. Na igreja ocorre o mesmo. Para fazer parte dela é necessário crer no que Deus é servido revelar-nos em sua santa Palavra e viver de conformidade com essa crença. Quando alguém, pois, manifesta não crer nas verdades revela das na Escritura ou vive na transgressão da lei de Deus, recusando185
se a ouvir os seus amigos cristãos e a igreja, representada por seus oficiais eleitos para esse fim, é claro que se deve proceder do modo indicado na Escritura, nas passagens citadas, e segundo o exemplo indicado nos cinco primeiros versículos do quinto capítulo da pri meira epístola aos Coríntios. E, assim como é público o ato pelo qual uma pessoa é admitida à comunhão da igreja, público deve ser também o ato pelo qual um indivíduo é declarado fora dessa comunhão. É meu rigoroso e triste dever, agora, como pastor da igreja e presidente do Conselho, relatar-lhes um desses casos de rebeldia e esquecimento de Deus. Refiro-me ao caso d e ................... (declare o nome da pessoa que deve ser excluída), que, tendo cometido .................. (o pecado) Declare resumidamente todos os passos dados para chamar o ofensor ao cumprimento de seus deveres e a dar satisfação pela ofensa. Depois, continue:
Como, porém, apesar de todos esses esforços, ele continua im penitente e recusa abandonar o seu pecado, o Conselho, em sua reu nião d e .................. Julgou necessário excluí-lo da comunhão desta igreja e designou esta ocasião para ser publicada a sentença. Então, o ministro dirá:
Assim, estando claramente provado que...................cometeu (declare a culpa), e como, apesar de nossas orações e admoestações, se recusa obstinadamente a ouvir a igreja e não tem manifes tado sinal algum de arrependimento, em nome e pela autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, o julgo e o declaro excluído da comu nhão da igreja. Exorto a vocês, também, meus caros irmãos, a que não tenham comunhão com ele a fim de que se envergonhe. Contudo, não o con siderem inimigo, mas admoestem-no sempre como se fosse irmão. No entanto, sejamos admoestados, por este e semelhantes exemplos, a temer ao Senhor e a examinar-nos com diligência, para que quem julga estar de pé veja que não caia; a fim de que, tendo verdadeira 186
comunhão com o Pai e seu bendito Filho Jesus Cristo, juntamente com todos os fiéis cristãos, permaneçamos nela firmes, até o fim. Depois disso, far-se-á oração, pedindo que Deus seja servido convencer e reformar iodos aqueles que foram expulsos da comunhão da igreja, e estabelecer e fo rtific ar todos os verdadeiros crentes. Dirá o ministro:
Desde que é Deus quem opera em nós tanto o querer como o fazer, segundo o seu beneplácito, invoquemos o seu santo nome e confessemos-lhe os nossos pecados. Oremos.
ORAÇÃO Ó Senhor Deus, justo e misericordioso, nós lamentamos os nossos muitos pecados diante de tua divina majestade e reconhece mos que temos merecido a dor e a tristeza causadas pela sentença que acaba de ser publicada. Se tu entrasses em juízo conosco todos nós seríamos banidos de diante dos teus olhos para sempre, por cau sa das nossas muitas e grandes transgressões da tua lei. Graças te damos, porque em tua infinita misericórdia nos deste o teu bendito Filho Jesus Cristo, que sofreu a pena que nós merecemos pelos nos sos muitos e graves pecados. Perdoa-nos todas as nossas transgres sões e faze que, de dia em dia, sintamos maior dor por te haver ofen dido, a fim de que, temendo os juízos que executas contra os obsti nados, nos esforcemos por te servir. Dá-nos tua divina graça para nos armar contra toda corrupção que há no mundo, a fim de que não nos tornemos participantes dos delitos daqueles que têm sido exclu ídos, e eles se envergonhem dos seus pecados. E, visto como não te deleitas na morte do pecador, mas, antes, no seu arrependimento e vida, e a tua igreja está sempre aberta para receber em seu seio aque les que voltam dos seus maus caminhos e se apartam das suas iniqüidades, nós te suplicamos que acendas em nosso coração um zelo piedoso, para que trabalhemos com o exemplo e por admoestações cristãs para trazer ao bom caminho aquele que acaba de ser excluído de nosso meio, juntamente com todos aqueles que andam desgarra dos por sua incredulidade ou desregramento. 187
Acompanha com a tua bênção este ato de disciplina para que tenhamos ocasião de nos regozijar outra vez por aquele que agora lamentamos e para que o teu santo nome seja louvado. Tudo te pedimos pela mediação de nosso Salvador Jesus Cristo. Amém. Em seguida, será pronunciada a seguinte
BÊNÇÃO O Senhor vos abençoe e vos guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre vós e tenha misericórdia de vós; o Senhor sobre vós levante o rosto e vos dê a paz. Amém. Nota: Esse ato deve ser realizado, de preferência, ao final do culto público.
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2 4 s M o d e l o
ARREPENDIMENTO PÚBLICO
Arrependimento público Quando alguma pessoa que tenha sido excluída da comunhão se sentir arrependida dos seus pecados e desejar ser readmitida aos privilégios da igreja, o Conselho, depois de obter provas suficientes de seu sincero arrependimento, a restaurará, segundo se determina na Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil (artigo 134, alíneas C, D). No dia designado para a restauração, e depois de terminadas as outras partes do culto público, o ministro convidará a pessoa excluída a apresentar-se diante do público, antes de pronunciar a bênção, e propor-lhe-á em presença da congregação as seguintes PERGUNTAS
— Você declara que, movido por um profundo sentimento de sua grande iniqüidade, confessa livremente o seu pecado, de ter se rebelado contra Deus e se recusado a ouvir sua santa igreja, e reconhece que foi justa e misericordiosa a sentença pela qual foi excluído da comunhão dos santos? — Sim, declaro, sinceramente. — E confessa agora, voluntariamente, o sincero arrependimento pela sua obstinação e pecado, e pede, humildemente, o perdão de Deus e de sua igreja? — Sim, confesso, sinceramente. — Você promete sinceramente que, pela graça de Deus, há de viver com toda humildade de entendimento e circunspecção, e que há de se esforçar por adotar a doutrina de Deus, nosso Salvador, ordenado a sua conversação, como convém ao evangelho? — Sim, prometo. Então, dirá o ministro:
Meu querido irmão: agora você tem no coração a segurança de que, sendo o seu arrependimento tal como confessou, já o Senhor o 191