Desenvolvimento Pessoal e Social UFCD 6669 . HIGIENE E PREVENÇÃO NO TRABALHO Manual de Formação Susana Marques
Viseu, 2014
Índice Estrutura Programática................................................................................................................................. Saúde, doença e trabalho.............................................................................................................................. Doenças profissionais nos diversos sectores económicos............................................................................ Estatísticas de doenças profissionais e de acidentes de trabalho................................................................. Distribuição de acidentes de acordo com localização da lesão, tipo de lesão, hora de trabalho, região, sector de atividade, idade............................................................................................................................. Tipos de risco de acidente............................................................................................................................ Custos dos acidentes..................................................................................................................................10 Prevenção de acidentes...............................................................................................................................11 Ergonomia..................................................................................................................................................15 Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual.....................................................................25 Condições de trabalho: temperatura, ruído, humidade, ventilação, iluminação, poluentes químicos.......30 BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................................34
NOTA INTRODUTÓRIA Este manual tem como objetivo dotar os formandos de conhecimentos e aptidões necessárias para em contexto profissional reconhecer as situações de maior risco profissional,
conhecer
as
medidas
e
estratégias
de
higiene
e
prevenção,
os
equipamentos de proteção e a sinalização de segurança no posto de trabalho. Com efeito os formandos deverão no final do módulo Higiene e prevenção no trabalho dar resposta aos seguintes objetivos:
Define conceitos de saúde, doença profissional e acidente de trabalho.
Relaciona saúde com local de trabalho.
Identifica as principais causas das doenças profissionais e dos acidentes de trabalho.
Identifica e interpreta elementos relevantes das estatísticas de acidentes de trabalho.
Identifica as principais características de um posto de trabalho-tipo.
Caracteriza as condições de trabalho ideais e as formas de as conservar.
Reconhece as vantagens da proteção coletiva e individual.
Utiliza meios adequados de movimentação de cargas.
Identifica as regras de utilização de ecrãs de computador.
Estrutura Programática
A estrutura programática do curso de formação foi desenvolvida tendo por base as características do público-alvo, as suas necessidades de formação e os objectivos pedagógicos que se pretendem alcançar com a intervenção formativa. Os conteúdos programáticos a desenvolver visam, globalmente, o reforço do nível de conhecimentos e aptidões dos formandos, de forma a potenciar a melhoria do seu desempenho profissional. No âmbito do curso de formação, será prosseguido o seguinte plano de estudos: Saúde, doença e trabalho o Saúde o Doença profissional
o o o o
Acidentes de trabalho Doenças profissionais nos diversos setores económicos Estatísticas de doenças profissionais e de acidentes de trabalho Distribuição de acidentes de acordo com localização da lesão, tipo de
lesão, hora de trabalho, região, setor de atividade, idade o Tipos de risco de acidente o Custos dos acidentes o Prevenção de acidentes Ergonomia o Postos de trabalho: sentado, em pé, misto o Condições de trabalho: temperatura, ruído, humidade, ventilação, ilu
o o o o o
minação, poluentes químicos Técnicas de prevenção coletiva e individual Equipamentos de prevenção individual Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual Regras de utilização de ecrãs de computador
ÍNDICE
CAPITULO I SAÚDE, DOENÇA E TRABALHO
Saúde, doença e trabalho Existe uma estreita relação entre a ocupação profissional , na qual despendemos cerca de 2/3 do nosso tempo de vida, e a nossa saúde. Por conseguinte é normal que, hoje em dia, quando vamos ao médico, este nos pergunte qual a função que exercemos. Se por exemplo, efetuamos movimentos repetitivos, com posturas incorretas e sem pausas e mudanças de posição, a fadiga acumula-se, a nossa capacidade para o trabalho diminui e aumenta o risco de desconforto e de dor, contribuindo para a taxa de absentismo. Podem de facto, ser estabelecidas correlações entre fatores de trabalho e os acidentes de trabalho ou doenças profissionais. O trabalho deve exercer-se em condições adequadas, caso contrário, a saúde do trabalhador pode ser prejudicada. Saúde – Visa a criação de condições de trabalho que permitam atingir elevados padrões de bem estar físico, mental e social nos trabalhadores atuando na sua proteção relativamente aos riscos resultantes de fatores adversos no local de trabalho e na vigilância do seu estado de saúde. Trata-se de uma área multidisciplinar que intervém nas seguintes vertentes: Vertentes Segurança Higiene no trabalho Ergonomia Medicina no Trabalho Psicologia do trabalho
Intervenção Equipamentos e procedimentos Ambiente Relação homem – máquina, posturas e movimentos Homem Organização
SAÚDE NO TRABALHO Abordagem que integra, além da vigilância médica, o controlo dos elementos físicos e mentais que possam afetar a saúde dos trabalhadores, representando uma considerável evolução face às metodologias tradicionais da medicina do trabalho. DOENÇA PROFISSIONAL Doença em que se prova a relação causa-efeito entre a exposição a fatores de risco existentes no local de trabalho e o seu efeito nocivo na saúde de trabalhador, constando do diploma legal da Lista de Doenças Profissionais. ACIDENTE DE TRABALHO Acontecimento não intencionalmente provocado, de carácter anormal, súbito e inesperado, que se verifica no local e tempo de trabalho ou ao serviço do empregador, produzido, direta ou indiretamente, Lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte morte ou redução na capacidade de trabalho ou de ganho.
Doenças profissionais nos diversos sectores económicos A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) afirma que em Portugal, se estima que morre diariamente uma pessoa devido a acidente de trabalho ou doença profissional. Há a registar igualmente a ocorrência de “incapacidades temporárias ou permanentes, com pesados custos económicos e sociais para as pessoas e a sociedade em geral”. A nível mundial, acrescentou a ACT, as estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam para “mais de dois milhões de mortes relacionadas com o trabalho”. E, sublinhou, as doenças profissionais “continuam a ser, a nível mundial, a causa principal das mortes relacionadas com o trabalho”. Os principais sectores de atividades afetados por elevado número de acidentes de trabalho são: a Construção Civil seguido das Industrias Transformadoras como podemos constatar pelo quadro que se segue. A sinistralidade é maior nos setores da indústria transformadora e na construção, que no conjunto que no conjunto registaram quase metade das ocorrências do total de acidentes. Cerca de 48 % do total de acidentes de trabalho ocorreu com trabalhadores dos setores de atividade económica C (‘Indústrias transformadoras’) e F (‘Construção’). O primeiro destaca-se por ser o setor onde se registaram mais ocorrências (26,9%) e o segundo destaca-se por ser aquele onde se registou o maior número de ocorrências com consequência mortal (35,2 %) como pudemos observar no quadro n.º 4, respeitante à sinistralidade mortal. No entanto, a sinistralidade, em termos gerais, teve maior impacto no setor N (‘Atividades administrativas e dos serviços de apoio’) onde ocorreram 9 933,6 acidentes por 100 000 trabalhadores, seguido do setor E (‘Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição’) com 9263,9 acidentes por 100 000 trabalhadores.
Estatísticas de doenças profissionais e de acidentes de trabalho A ACT e o INE (Instituto Nacional de Estatística) têm desenvolvido diversos trabalhos de investigação no âmbito da Segurança, Saúde e Higiene no trabalho. Devido a esse exaustivo levantamento dos acidentes de trabalho em Portugal é possível classifica-los tendo em conta diversos parâmetros, nomeadamente: sector económico, localização da lesão, tipo de lesão, hora de trabalho, região, idade. Em Portugal na década de noventa do passado século morriam todos os anos uma média de cerca de 300 trabalhadores por ano, para além de cerca de 300.000 acidentes de trabalho com alguma gravidade! Atualmente temos cerca de 250.000 acidentes por ano e, segundo números da ACT , ocorreram 115 acidentes mortais em 2009, sendo que 59 tiveram lugar no sector da construção. Em 2008 foram certificados 4.841 novos casos de doença profissional dos quais 4.410 se referem a trabalhadores do Regime Geral e 431 a trabalhadores do Regime da Administração Pública. As mulheres continuam a ser mais atingidas pela doença profissional com 2.569 casos enquanto, que os homens registaram 1841. Em termos de manifestação clínica as doenças com maior incidência são as músculo esqueléticas que no seu conjunto representam 66,32% (2925 doenças) seguidas dos casos de hipoacúsia (surdez) que representam 12,97% (572 Casos) do total.
Distribuição de acidentes de acordo com localização da lesão, tipo de lesão, hora de trabalho, região, sector de atividade, idade
Tipos de risco de acidente São muitas as situações que podem provocar um acidente de trabalho. As mais comuns são: - Ascendência e ambiente social; - Falha humana (imprudência, irritabilidade, etc.); - Ato inseguro (não utilizar, ou utilizar erradamente, Equipamento de Proteção Individual, estacionar sob cargas suspensas, usar ferramentas em mau estado, etc.); -
Condição
perigosa
–
proteções
ou
suportes
de
máquinas
inadequados,
congestionamento dos locais de trabalho, ruído excessivo ou risco de incêndio. Pode-se igualmente separar as causas dos acidentes em dois fatores: Fatores materiais ou técnicos - Má organização do trabalho; - Deficiente proteção das máquinas; - Má qualidade dos equipamentos ou ferramentas; - Falta de Equipamento de Proteção Individual; - Utilização de produtos perigosos.
Fatores humanos - Ansiedade e stress; - Falta de integração do trabalhador no grupo de trabalho; - Alcoolismo e sonolência.
TIPOS DE RISCO DE ACIDENTE DE TRABALHO
Custos dos acidentes
Custos Diretos Custos Diretos ou Custos Segurados são as contribuições mensais pagas pelo empregador à Previdência Social. O empregador, pessoa física ou jurídica, é obrigado a contribuir sobre a folha de salários, da seguinte forma: 1%, 2% ou 3% sobre o salário de seus empregados, de acordo com o grau de risco da atividade da empresa; -
12%, 9% ou 6% exclusivamente sobre o salário do empregado, cuja
atividade exercida ensejar a concessão de aposentadoria aos 15, 20 ou 25 anos de contribuição.
No caso específico de construção civil as contribuições pagas mensalmente pelo empregador são: -
3% sobre o salário de seus empregados, devido ao grau de risco desta
atividade; -
12%, 9% ou 6% exclusivamente sobre o salário do empregado, cuja
atividade exercida ensejar a concessão de aposentadoria aos 15, 20 ou 25 anos de contribuição – GFIP.
Custos Indiretos Os custos indiretos ou não segurados são o total das despesas não facilmente computáveis, resultantes da interrupção do trabalho, do afastamento do empregado da sua ocupação habitual, danos causados a equipamentos e materiais, perturbação do trabalho normal e outros.
Prevenção de acidentes
Para além do custo em termos de perda de vidas e de sofrimento para os trabalhadores e as suas famílias, os acidentes afetam as empresas e a sociedade em geral. Diminuição dos acidentes significa também diminuição das ausências por doença, dos custos e das perturbações do processo produtivo. Além disso, permite às entidades patronais poupar despesas de recrutamento e formação de novo pessoal e reduzir os custos de reformas antecipadas e de prémios de seguro. Os escorregões, tropeções e quedas são a causa mais frequente de acidentes em todos os sectores, desde a indústria transformadora pesada ao trabalho de escritório. Entre os demais perigos, pode referir-se a queda de objetos, as queimaduras térmicas e químicas, incêndios e explosões, substâncias perigosas e stresse. Para prevenir acidentes no local de trabalho, as entidades patronais devem instaurar um sistema de gestão da segurança que inclua a avaliação de riscos e procedimentos de acompanhamento.
A consciencialização e a formação dos trabalhadores no local de trabalho são a melhor forma de prevenir acidentes, a que acresce a aplicação de todas as medidas de segurança coletiva e individual inerentes à atividade desenvolvida. Os custos dos acidentes de trabalho, para os trabalhadores acidentados e para as empresas, são elevadíssimos. Prevenir, quer na perspetiva do trabalhador quer na do empregador, é a melhor forma de evitar que os acidentes aconteçam. As ações e medidas destinadas a evitar acidentes
de trabalho estão diretamente dependentes do tipo de atividade exercida, do ambiente de trabalho e das tecnologias e técnicas utilizadas. Deve-se sempre: - Ter muito cuidado e seguir à risca todas as regras de segurança na realização de atividades mais perigosas; - Organizar o local de trabalho ou o posto de trabalho, não deixando objetos fora dos seus lugares ou mal arrumados. Se tudo estiver no seu lugar não se precisa improvisar perante imprevistos e isso reduz os acidentes; - Saber quais os riscos e cuidados que se devem ter na atividade que se desenvolve e quais as formas de proteção para reduzir esses riscos; - Participar sempre nas ações ou cursos de prevenção de acidentes que a empresa possa proporcionar; - Aplicar as medidas e dispositivos de prevenção de acidentes que são facultados, designadamente o uso de vestuário de proteção adequado, como as proteções auriculares para o ruído, óculos, capacetes e dispositivos antiqueda, e equipamento de proteção respiratória, entre outras; - Não recear sugerir à empresa onde se trabalha a realização de palestras, seminários e ações de formação sobre prevenção de acidentes.
PROTEÇÃO COLETIVA – Técnica em que se protege o conjunto dos trabalhadores, afastando-os do risco ou interpondo barreiras entre estes e o risco. As medidas de proteção coletiva, através dos equipamentos de proteção coletiva (EPC), devem ter prioridade, conforme determina a legislação . uma vez que beneficiam todos os trabalhadores, indistintamente Os EPCs devem ser mantidos nas condições que os especialistas em segurança estabelecerem, devendo ser reparados sempre que apresentarem qualquer deficiência. Vejamos alguns exemplos de aplicação de EPCs: sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou poeiras contaminantes do local de trabalho; enclausuramento de máquina ruidosa para livrar o ambiente do ruído excessivo; comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, fora da zona de perigo, durante o ciclo de uma máquina;
cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a esforços, caso venham a se desprender. PROTEÇÃO INDIVIDUAL - Técnica de proteção relativamente a um ou mais riscos aplicada diretamente ao trabalhador. Os Equipamentos de Proteção Individual não devem ser encarados como a principal medida de prevenção e proteção dos trabalhadores Relembremos a ordem de prioridade das medidas de prevenção e proteção, conforme é indicada pelo D.L. 441/91 e posteriormente na Lei 102/2009: 1. Medidas de engenharia 2. Medidas de carácter coletivo 3. Medidas de proteção individual Assim a última, a utilização de EPI’s deverá ser a ultima medida a adotar, apenas quando estiverem esgotadas todas as outras soluções. A utilização de EPI’s deve obedecer a dois critérios fundamentais: a seleção e os requisitos na utilização. A seleção de EPI’s deve ser realizada observando os seguintes aspetos: O tipo de riscos contra os quais se pretende proteger; A parte do corpo que se pretende proteger; O tipo de condições de trabalho; As características físicas do trabalhador: Os requisitos de utilização são os seguintes: Adaptabilidade Comodidade Robustez Leveza
Equipamentos de Prevenção Individual – EPI`S Existem EPIs para proteção de praticamente todas as partes do corpo. Veja alguns exemplos: Ouvidos: auriculares, que previnem a surdez, o cansaço, a irritação e outros problemas psicológicos. Deve ser usado sempre que o ambiente apresentar níveis de ruído superiores aos aceitáveis, de acordo com a norma regulamentadora.
Mãos: luvas, que evitam problemas de pele, choque elétrico, queimaduras, cortes e raspões e devem ser usadas em trabalhos com solda elétrica, produtos químicos, materiais cortantes, ásperos, pesados e quentes. Cabeça: capacete de segurança contra impactos, perfurações, ação dos agentes meteorológicos etc. Vias respiratórias: protetor respiratório, que previne problemas pulmonares e das vias respiratórias, e deve ser utilizado em ambientes com poeiras, gases, vapores ou fumos nocivos. Pernas e pés: botas de borracha, que proporcionam isolamento contra a eletricidade e humidade. Devem ser utilizadas em ambientes húmidos e em trabalhos que exigem contacto com produtos químicos. Tronco: aventais de couro, que protegem de impactos, gotas de produtos químicos, choque elétrico, queimaduras e cortes. Devem ser usados em trabalhos de soldagem elétrica, oxiacetilénica, corte a quente.
CAPITULO II
ERGONOMIA
Ergonomia A ergonomia surgiu em função da necessidade do ser humano cada vez mais querer aplicar menos esforço físico e mental, nas atividades diárias. Desde o primórdios da humanidade, com o homem primitivo, a ergonomia está presente na a necessidade de se proteger e sobreviver. O homem primitivo, sem querer, começou aplicar os princípios de ergonomia, ao fazer seus utensílios de barro para tirar água de poços e cozinhar alimentos, fazer utensílios para se defender ou abater animais. Mas, foi na revolução industrial que a ergonomia começou a ter mais visibilidade.
Nas
grandes
guerras
ela
teve
uma
importância
fundamental
no
desenvolvimento de armas e equipamentos bélicos (tanque russo). A ergonomia tem sido o fator de aumento de produtividade e qualidade do produto bem como da qualidade de vida dos trabalhadores, na medida em que a mesma é aplicada com a finalidade de melhorar as condições ambientais, visando à interação com o ser humano.
Posto de trabalho Sentado - Esta posição exige uma muscular bastante intensa por parte da coluna vertebral e do abdómen. O consumo energético nesta posição é inferior relativamente à posição de pé. A maior parte do peso do corpo, é suportado pelas nádegas e coxas. Os assentos e cadeiras devem por isso possibilitar pequenas mudanças na postura adotada de modo a retardar o aparecimento da fadiga. Na posição de sentado, o peso das pernas deve ser transmitido à superfície de apoio no solo através dos pés. Hoje em dia são inúmeros os trabalhos que implicam o trabalho na posição sentado. Esta posição de trabalho é normalmente adaptada em trabalhos que não necessitam de grande força física e podem ser realizados numa área limitada (normalmente secretária, balcão ou bancada de trabalho). Regra geral, a posição de sentado é mais confortável e bastante menos cansativa para os trabalhadores. No entanto, a permanência nesta posição por longos períodos de tempo também não é benéfica para os trabalhadores, sobretudo para a coluna que sofre normalmente uma ligeira curvatura e para as pernas que se encontram fletidas e isentas de movimento. Desta forma, facilmente se conclui que, se possível os trabalhadores que habitualmente trabalham sentados devem alterar de posição. A conceção do posto de trabalho no respeitante aos trabalhos na posição de sentado, deve por isso, obedecer a uma série de requisitos, nomeadamente: O trabalhador deve poder conseguir alcançar todos os objetos e ferramentas de que necessita para executar as suas tarefas (do inicio até ao fim do ciclo de produção) sem ter que efetuar movimentos bruscos ou efetuar grandes extensões dos braços ou mãos; Os trabalhadores deverão adotar uma posição que permita que a coluna vertebral se mantenha numa posição reta relativamente às coxas; A mesa (bancada ou superfície de trabalho) deve ser concebida de modo a estar mais ou menos nivelada pelos cotovelos e antebraços, de modo a evitar pressões desnecessárias; Caso haja necessidade de utilização de eletricidade, a mesa ou bancada de trabalho devem possuir tomadas de modo a evitar a passagem de fios através do chão;
A posição da cabeça deve ser neutra - ereta (a flexão ou extensão podem provocar diversas lesões no pescoço, cabeça e coluna) enquanto o trabalhador está a olhar para a tarefa que realiza;
Os ombros não devem estar sujeitos a pressões; A cadeira deverá ser bastante confortável. Deverá permitir a regulação dos apoios dos braços, costas e assento. Deve evitar-se uma postura incorreta muito comum, ou seja, o deslizamento anterior da bacia, que provoca uma curvatura na coluna, e consequentemente, aumento da tensão nos ligamentos espinais posteriores. Evitar a concentração de pressões excessivas causadoras de desconforto nas zonas apoiadas nas cadeiras (coluna vertebral, nádegas e coxas) – estas podem provocar dificuldades ao fluxo sanguíneo e contrações musculares.
Posto de trabalho de Pé - A posição parada de pé (parada de pé) é bastante fatigante porque exige muito trabalho estático por parte dos músculos envolvidos para manter essa posição. O coração está sujeito a maiores dificuldades para bombear o sangue para as diferentes extremidades do organismo. Os indivíduos que executam trabalhos dinâmicos em pé, geralmente apresentam menores níveis de fadiga relativamente aos que permanecem numa posição estática ou sujeitos a pouca movimentação. A postura bípede está intrinsecamente associada a trabalhos que exigem utilização de forças consideráveis e ainda deslocamentos do corpo. A manutenção desta postura implica a “utilização” constante dos músculos dorsais e do conjunto de músculos que controlam a posição da bacia.
São várias as profissões e tipos de trabalhos que implicam a permanência dos trabalhadores em pé, nomeadamente, linhas de montagem e embalagem de produtos, armazenamento, metalomecânica e restauração. A permanência em pé durante períodos de tempo muito longos, pode provocar diversas patologias, como por exemplo, dores nas costas, inflamações e inchaço das pernas, diversos problemas de circulação sanguínea e cansaço muscular. A seguir, apresentam-se algumas recomendações para evitar ou minorar os riscos derivados dos trabalhos realizados em pé:
O piso do local de trabalho deverá estar sempre limpo, desimpedido de obstáculos e nivelado;
Quando as características do trabalho ou tarefa especificamente obrigam o trabalhador à permanência em pé, deve dotar-se o posto de trabalho de um tapete anti fadiga;
O corpo do trabalhador deve permanecer direito permitindo liberdade de movimentos;
No horário de trabalho devem estar calendarizados pequenos intervalos ou pausas durante as quais os trabalhadores possam descansar na posição de sentados;
Colocação nos postos de trabalho de amparos verticais. Este tipo de apoio permitirá ao trabalhador encostar-se ligeiramente ao longo da realização das suas tarefas e, em simultâneo, reduzir a pressão exercida sobre as pernas e coluna vertebral (ainda que por curtos períodos de tempo);
O raio de acção dos movimentos executados pelos braços dos trabalhadores deve estar próximo do seu tronco de modo a evitar que haja necessidade dos trabalhadores se debruçarem e curvarem a coluna;
O raio de acção das mãos deverá estar compreendido a sensivelmente entre 20 a 30 cm do tronco.
O calçado de trabalho reveste-se de grande importância. Este deverá ser extremamente confortável e não possuir saltos.
Será importante que a bancada de trabalho se possa ajustar às diferentes alturas dos trabalhadores. Caso esta condição não se verifique (e caso haja necessidade), deve facultar aos trabalhadores um estrado ou pedestal – para elevar o trabalhador ou a bancada de trabalho (consoante a necessidade);
A altura dos objetos e ferramentas deve também ser adaptada à tarefa que o trabalhador realiza. Misto – As regras a aplicar no posto de trabalho misto, engloba as regras do trabalho em pé e do trabalho sentado. É misto, porque existem profissões exercidas de ambas as formas.
Movimentação de cargas: levantamento, transporte manual Apesar de muitas vezes se utilizar o transporte mecânico de cargas, o Homem continua a ser o meio de transporte mais importante. O transporte manual envolve todo o corpo e a sua elevação só pode ser realizada através da tensão de muitos músculos, o que pode provocar um grande desgaste físico. Mesmo que a carga a movimentar não seja pesada ou volumosa, o transporte manual é quase sempre um trabalho pesado, sobretudo quando há necessidade de elevação para plataformas ou de subir escadas. Visto que a capacidade de trabalho individual varia bastante, o desgaste físico e o trabalho pesado são noções relativas. (Uma tarefa pode ser executada facilmente por um jovem forte e saudável, mas essa mesma tarefa pode conduzir a um elevado desgaste quando executada por uma pessoa com mais idade ou com algum problema de saúde). O Empregador deve informar os trabalhadores dos riscos e das medidas a tomar para os evitar ou minimizar. Deve consultar os trabalhadores quanto à prevenção e fazê-
los participar na sua aplicação. Deve formar os trabalhadores em matéria de saúde e segurança no seu posto de trabalho. No que diz respeito à responsabilidade dos trabalhadores, estes devem observar rigorosamente as regras estabelecidas, prestando atenção à sua segurança e saúde, bem como à dos seus colegas de trabalho. Isto significa que devem: 1. Utilizar corretamente as máquinas, os aparelhos, os instrumentos, as substâncias e os equipamentos postos à sua disposição; 2. Servir-se corretamente dos equipamentos de protecção individual, que devem ser arrumados no lugar que lhes corresponde; 3. Deixar no local adequado os dispositivos de segurança próprios das máquinas e das instalações e utilizá-los corretamente; 4. Comunicar imediatamente à entidade patronal ou aos responsáveis toda e qualquer situação de trabalho que represente um perigo grave e imediato para a segurança e saúde, bem como qualquer defeito nos sistemas de proteção; 5. Colaborar em todas as tarefas impostas pela regulamentação de segurança e apoiar a entidade patronal, de forma a garantir um ambiente e condições de trabalho sem riscos para a segurança e saúde. O transporte manual de cargas envolve partes ou todo o corpo e, mesmo que a carga a movimentar não seja muito pesada ou volumosa, a baixa eficiência do sistema muscular humano torna este trabalho pesado, provocando rapidamente fadiga com consequências gravosas, nomeadamente aumentando o risco de ocorrência de acidentes de trabalho ou de incidência de doenças profissionais. Os estudos biomecânicos assumem particular importância nas tarefas de transporte e levantamento de cargas, comuns a um grande número de atividades, nas quais se inclui a indústria metalomecânica, responsáveis por várias lesões, por vezes irreversíveis ou de difícil tratamento, sobretudo ao nível da coluna. A coluna vertebral, devido à sua estrutura em discos, é pouco resistente a forças contrárias ao seu eixo. Quando se levanta a carga na posição o mais ereta possível, o esforço de compressão distribui-se uniformemente sobre a superfície total de vértebras e discos. Nesta posição consegue-se reduzir em cerca de 20 % a compressão nos discos, em relação ao levantamento na posição curvada. Existem dois tipos de levantamento de cargas no trabalho:
Levantamento esporádico: relacionado com a capacidade muscular; Levantamento repetitivo: onde acresce a capacidade energética do trabalhador e a fadiga física. Quando surge a fadiga? Durante o esforço muscular estático os vasos sanguíneos do tecido muscular são comprimidos e o fluxo de sangue diminui, assim como, o fornecimento de oxigénio e açúcar. A fadiga pode provocar consequências gravosas, não só porque reduz a eficiência do trabalho, como pode conduzir a acidentes. Normalmente, a sua frequência é elevada e aumenta para o final do dia de trabalho. Outros riscos associados à elevação e transporte manual de cargas A ocorrência de acidentes neste tipo de operação é consequência de movimentos incorretos ou esforços físicos exagerados, de grandes distâncias de elevação, do abaixamento e transporte, bem como de períodos insuficientes de repouso. RISCOS
• Queda de objetos sobre os pés; • Ferimentos causados por marcha sobre, choque contra, ou pancada por objectos penetrantes; • Sobre-esforços ou movimentos incorretos (de que pode resultar hérnia discal, rotura de ligamentos, lesões musculares e das articulações); • Choque com objetos; • Queda de objetos; • Entalamento PREVENÇÃO • Utilizar de preferência charriots; • Não transportar em carro de mão cargas longas ou que impeçam a visão; • Manter as zonas de movimentação de cargas arrumadas; • Sinalizar as zonas de passagem perigosas; • Utilizar ferramentas que facilitem o manuseamento da carga; • Tomar precauções na movimentação de cargas longas; • Adotar uma posição correta de trabalho, tendo em atenção os seguintes aspetos:
a) O centro de gravidade do trabalhador deve estar o mais próximo possível e por cima do centro de gravidade da carga; b) O equilíbrio do trabalhador que movimenta uma carga depende essencialmente da posição dos pés, que devem enquadrar a carga; c) O centro de gravidade do trabalhador deve estar situado sempre no polígono de sustentação; d) Adotar um posicionamento correto. Para tal, o dorso deve estar direito e as pernas fletidas; e) Usar a força das pernas. Os músculos das pernas devem ser usados em primeiro lugar em qualquer ação de elevação; f) Fazer trabalhar os braços em tração simples, isto é, estendidos. Devem, acima de tudo, suster a carga e não levantá-la; g) Usar o peso do corpo para reduzir o esforço das pernas e dos braços; h) Orientar os pés. Quando uma carga é levantada e em seguida deslocada, é preciso pôr os pés no sentido que se vai efetuar a marcha, a fim de encadear o deslocamento com o levantamento; i) Escolher a direção de impulso da carga. O impulso pode ser usado para ajudar a deslocar ou empilhar uma carga; j) Garantir uma posição correcta das mãos. Para manipular objectos pesados ou volumosos, devem usar-se a palma das mãos e a base dos dedos. Quanto maior for a superfície de contacto das mãos com a carga, maior segurança existirá. Para favorecer um bom posicionamento das mãos, colocar calços sobre as cargas.
Para levantar cargas
Para elevar carga acima da cabeça
Manter as costas direitas;
Não elevar de um só momento;
Dobrar os joelhos;
Colocar a carga sobre um banco ou
Exercer força com as pernas; Manter a carga junto ao corpo. Para elevar cargas aos ombros Elevar até à cintura Levantar a coxa para amparar a carga; Pegar por baixo da carga; Rodar a carga contra o peito e para cima; Elevar um dos lados em direção ao ombro mais próximo; Equilibrar a carga ao ombro.
uma mesa; Mudar ou ajeitar a forma de agarrar; Se necessário, colocar a carga em alturas sucessivas; Colocar um pé atrás e outro à frente do corpo. Para torcer ou rodar o tronco com carga A carga mantém-se parada; O tronco NÃO roda; Os pés rodam o corpo e a carga
Não sendo possível mecanizar o levantamento de cargas, para o levantamento manual, podem resumir-se algumas recomendações: RECOMENDAÇÕES • Posto de trabalho (bancadas, prateleiras, equipamentos, etc.) deve ser projetado tendo em conta a ocorrência de tarefas que obrigam a levantamento de cargas; • Limitar o levantamento de pesos a 20 kg, no máximo – (este valor, para levantamentos frequentes, resulta de estudos efetuados pelo NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health, USA), para levantamentos repetitivos em determinadas circunstâncias; • A carga deve possuir formas que facilitem pegar-lhe (furos laterais, pegas); • Manter a carga na vertical; • Manter os pesos, próximo do corpo; • Evitar torções do tronco; • Manter os pés e costas numa postura correta; • Evitar movimentos bruscos que provoquem picos de tensão; • Alternar posturas e movimentos; • Trabalhar em equipa.
Condições de trabalho: temperatura, ruído, humidade, ventilação, iluminação, poluentes químicos A Temperatura
Está cientificamente comprovado que a fadiga produzida por um trabalho de precisão, ou que exija concentração durante muito tempo, é grandemente atenuada pela boa circulação de ar seco e fresco na sala de trabalho. Pelo contrário, a temperatura
elevada
e
a
atmosfera
saturada
de
humidade,
podem
tornar
insustentáveis as condições de trabalho, com a consequente diminuição do rendimento. Em ambientes fechados onde trabalham várias pessoas, existe saturação do ar, o que leva a um maior dispêndio de esforço físico e mental. Torna-se, portanto, necessária a renovação constante do ar ambiente através da insuflação de ar fresco em quantidades doseadas convenientemente. A temperatura deve manter-se entre os 18º C e os 22º C, e a humidade entre os quarenta e os sessenta e cinco por cento, de forma a proporcionar condições ideais para o ambiente laboral. O Ruído
O ruído é um dos contaminantes com maior presença no mundo do trabalho. Aliás, é considerado por diversos estudiosos como o maior contaminante, em absoluto, dos locais de trabalho. Embora não seja mortal, pelo menos não diretamente, o ruído afeta gravemente para a saúde e bem-estar das pessoas. Para além da surdez, o ruído pode ainda produzir distúrbios cardiovasculares importantes e ainda é uma das maiores fontes de stress relacionado com o trabalho. Mas afinal o que é o ruído? Antes de mais o ruído é composto por Som. Uma definição possível para o Ruído é a seguinte: Ruído é um conjunto de sons desagradáveis, incomodativos ou perigosos capazes de alterar o bem-estar fisiológico ou psicológico das pessoas, capaz de provocar lesões auditivas que podem levar à surdez e de prejudicar a qualidade e a quantidade do trabalho. Em condições de exposição prolongada ao ruído por parte do aparelho auditivo, os efeitos podem resultar na surdez profissional cuja cura é impossível, deixando o trabalhador com dificuldades para se relacionar com os colegas e família , assim como dificuldades acrescidas em se aperceber da movimentação de veículos ou máquinas , agravando as suas condições de risco por acidente físico. A Humidade
Em ambientes de baixas temperaturas o corpo pode sofrer danos importantes, diretamente relacionados com o tempo de exposição às condições agressivas do meio e as condições de proteção corporal. No quadro dos ambientes térmicos frios importa ter em especial atenção o efeito do chamado choque térmico, que ocorre quando se verifica um abaixamento brusco da temperatura. Os sintomas incluem dores de cabeça, tonturas, confusão / desorientação e eventualmente perda dos sentidos / desmaio. Muita atenção então a quem realiza trabalho em câmaras frigoríficas, especialmente em dias quentes.
A Ventilação
O ar é vital para o homem devido à necessidade do oxigênio para o funcionamento do metabolismo. A movimentação natural do ar, através dos ventos e brisas auxilia o processo de troca de calor e umidade que o corpo humano realiza com o ambiente. A movimentação do ar por meios não naturais é proporcionada pelo uso de equipamentos de ventilação, de ar condicionado e de aquecimento. Alterando a velocidade, a pressão, a temperatura e a humidade do ar de um recinto é possível garantir condições ambientais favoráveis ao bem-estar do trabalhador. A Iluminação Uma boa iluminação constitui um fator importante no rendimento do trabalho. Num centro de informática, e em especial no bloco de exploração, este elemento adquire uma importância primordial. Essa iluminação deve ser necessária e suficiente; com efeito, se uma iluminação fraca ocasiona fadiga, uma iluminação excessiva provoca ofuscamento. Deve, por outro lado, ser uniformemente distribuída pelo bloco e manter-se constante, de forma a não provocar contrastes violentos de luz e sombra nem vincadas posições de claro e escuro. Para obtenção das melhores condições de visão, há que contemplar três fatores: • Rapidez de visão; • Acuidade visual; • Rapidez de acomodação. A conjugação destes três fatores conduz a um aumento do rendimento do trabalho até um ponto de otimização, o qual depende, obviamente, da natureza desse trabalho. A melhor iluminação para a sala do computador é a indireta, sendo vulgar o uso de lâmpadas fluorescentes. Deve, no entanto, ter-se o cuidado de usar difusores translúcidos, de forma a minimizar a possibilidade de reflexão nos diversos componentes do sistema informático. Os Poluentes Químicos Certas substâncias químicas, utilizadas nos processos de produção industrial, são lançadas
no
ambiente
de
trabalho
através
de
processos
de
pulverização,
fragmentação ou emanações gasosas. Essas substâncias podem apresentar-se nos estados sólido, líquido e gasoso.
No estado sólido, temos poeiras de origem animal, mineral e vegetal, como a poeira mineral de sílica encontrada nas areias para moldes de fundição. No estado gasoso, como exemplo, temos o GLP (gás liquefeito de petróleo), usado como
combustível,
ou
gases
libertados
nas
queimas
ou
nos
processos
de
transformação das matérias-primas. Quanto aos agentes líquidos, eles apresentam-se sob a forma de solventes, tintas, vernizes ou esmaltes. Esses agentes químicos ficam em suspensão no ar e podem penetrar no organismo do trabalhador por: VIA RESPIRATÓRIA - essa é a principal porta de entrada dos agentes químicos, porque respiramos continuadamente, e tudo o que está no ar acaba por passar nos pulmões. VIA DIGESTIVA - se o trabalhador comer ou beber algo com as mãos sujas, ou que ficaram muito tempo expostas a produtos químicos, parte das substâncias químicas serão ingeridas com o alimento, atingindo o estômago e podendo provocar sérios riscos à saúde. EPIDERME - essa via de penetração é a mais difícil, mas se o trabalhador estiver desprotegido e tiver contacto com substâncias químicas, havendo deposição no corpo, serão absorvidas pela pele. VIA OCULAR - alguns produtos químicos que permanecem no ar causam irritação nos olhos e conjuntivite, o que mostra que a penetração dos agentes químicos pode ocorrer também pela vista. Regras de utilização de ecrãs de computador Principais Queixas Perturbações oculares. Fadiga visual por esforços repetidos. Dificuldade de visualização para indivíduos com menor apetência visual Posturas forçadas Fadiga
por
solicitação
excessiva
das
capacidades
de
assimilação
e
concentração. Regras: 1. Colocar sempre o monitor de forma que esteja perpendicular á janela 2. Impedir que a luz do sol incida diretamente nos olhos do utilizador ou sobre o monitor
3. Localizar o posto de trabalho entre os pontos de luz artificial que se posicionam no tecto. 4. Colocar as fontes luminosas de iluminação indireta na proximidade imediata ou por cima do posto de trabalho. 5. Limitar a iluminação do plano de trabalho, na zona onde está o teclado aos seguintes valores:- 200 a 300 lux, quando se trabalha com um monitor de fundo escuro; - 300 a 500 lux, quando se trabalha com um monitor de fundo claro. 6. Garantir a ausência , no monitor, de reflexos e de excesso de brilho, suscetíveis de incomodo. 7. Assegurar uma iluminação dos documentos superior a 200lux, dado que este valor corresponde á iluminação mínima admitida para os trabalhos de escritório. 8. Eliminar qualquer fonte luminosa, na área correspondente ao angulo 30º, acima do nível dos olhos do trabalhador, de modo a evitar encadeamento
BIBLIOGRAFIA
Ribeiro, M., Ferreira, A., Barros, J. & Figueiredo, J. À DESCOBERTA DA TECNOLOGIA. Educação Tecnológica 7.º/8.º Anos. Porto Editora Rodrigues, C.(2006). Higiene e Segurança do trabalho: Manual Técnico do Formando. 1.ª Edição. Nufec. AEP-Associação Empresarial de Portugal. Manual Formação PME. Higiene e segurança no trabalho. http://www1.ci.uc.pt/pessoal/nunogdias/diversos/bibliografia.asp