FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES
PLANIFICAÇÃO DA FORMAÇÃO
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES
PLANIFICAÇÃO DA FORMAÇÃO
OBJECTIVOS DO MÓDULO: NO FINAL DO MÓDULO O FORMANDO DEVERÁ SER CAPAZ DE:
ÍNDICE
INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 4 O PLANEAMENTO DA FORMAÇÃO ............................................................................................5 O plano de sessão ................................................................................................................. 5 Finalidade do plano de sessão ........................................................................................... 6 Elaboração do plano de sessão ..........................................................................................7 Constituição do plano de sessão ...................................................................................... 10 Leitura do plano de sessão .............................................................................................. 11 CONCLUSÃO ...........................................................................................................................13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................14 DOCUMENTOS ANEXOS
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PLANIFICAÇÃO DA FORMAÇÃO
INTRODUÇÃO
Se tens um problema e apenas dispões de dez minutos para solucioná-lo, reserva os três primeiros minutos para planear a sua solução. Autor desconhecido
O planeamento é uma actividade essencial a qualquer profissional ou até mesmo para o próprio indivíduo enquanto membro de uma família. Ora vejamos, o que seria de uma casa se não existisse um planeamento prévio?! Ou o que seria do orçamento familiar se os membros da família não planearem a sua gestão? Assim sendo, também a formação e a aprendizagem requerem um planeamento cuidado e atento. Este será o tema deste novo módulo. Pretenderemos com ele desenvolver e promover a aquisição de competências técnicas indispensáveis à planificação de uma sessão de formação. Sendo uma unidade essencialmente prática, tentamos abreviar os seus
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O PLANEAMENTO DA FORMAÇÃO
Acompanhando a linha de pensamento dos módulos anteriores, a planificação é também uma actividade fundamental para a realização de um qualquer curso ou acção formativa. Também aqui poderemos evidenciar dois momentos: um primeiro, da responsabilidade e competência das entidades formativas e/ou de entidades superiores, às quais compete organizar e planificar toda a formação (identificar necessidades de formação, definir temáticas de estudo e elaborar programas de formação, caracterizar perfis de entrada e saída, formular objectivos gerais e organizar logisticamente a formação); e, um segundo momento, a cargo do profissional da formação – o formador – a quem compete organizar e planear as diversas sessões de formação. Assim, para que o formador possa planificar eficazmente as suas sessões é essencial o conhecimento adquirido anteriormente, estando agora capaz de reflectir, planificar e ajustar cada conteúdo aos objectivos, ao grupo e ao indivíduo em particular.
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indicações para o quadro de avaliação (como foi planeada, quais os conteúdos abordados e quais as metodologias utilizadas). Este instrumento é fundamental para a actividade do formador, devendo ser concebido com o máximo rigor, no entanto, tendo em atenção que não é necessariamente inflexível, mas sim deverá ser utilizado permitindo-nos, no momento da sessão, efectuar reajustamentos. Partilhando da opinião de Ferreira (2001), “ fazer
dele uma cartilha a que o animador, dócil e cegamente, se submete, é empobrecê-lo. ”
(152). A elaboração do plano de sessão permite ao formador reflectir sobre o desenvolvimento e execução do(s) módulo(s) da sua responsabilidade, dando-lhe a perspectiva clara sobre o que fazer, como fazer, o porquê fazer, como transmitir, qual o tempo disponível e quais os conhecimentos teóricos necessários. Obtidas respostas a estas questões e traçado o plano de realização da(s) sessão(ões) de formação, facilmente o formador:
ordena pedagogicamente os conteúdos a ministrar; define os objectivos pedagógicos a alcançar;
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Elaboração do plano de sessão
Aquando da elaboração do plano de sessão, o formador deverá ter em conta:
as características do grupo de formandos – quem são os formandos, qual o nível de habilitações, quais os estilos de aprendizagem, quais as suas motivações e expectativas, quais as suas necessidades. os objectivos do curso, módulo ou acção de formação – dever-se-á conhecer os objectivos gerais de forma a saber claramente quais os conteúdos a transmitir e, também, do que serão capazes os formandos no final da formação. a utilidade dos conteúdos para o contexto empresarial – é necessário aproximar os conteúdos e a aprendizagem, o máximo possível, do contexto real de trabalho, minimizando eventuais desfasamentos entre estes dois mundos que se querem próximos. as condições logísticas da formação – dever-se-á conhecer o local (sala) onde decorrerá a formação, avaliando as suas potencialidades de utilização, bem como os meios e os instrumentos ao seu dispor.
Após conhecimento destas condicionantes, o formador estará apto a conceber o(s)
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A introdução é necessariamente o momento de preparação dos formandos para a sessão. Será aqui que o formador poderá motivar os formandos, I preparando-os para os conteúdos e actividades a ser desenvolvidas ao longo da sessão. Este momento carece da definição de estratégias, de métodos e de técnicas pedagógicas a utilizar e, eventualmente, da concepção de recursos didácticos que considere pertinentes. A título sugestivo, expomos algumas propostas para a realização de uma boa introdução.
Informe os formandos sobre os objectivos da sessão – estes não deverão ter dúvidas sobre o que deles é esperado. Exponha claramente as ligações entre os conteúdos – o facto de assegurarmos a continuidade das sessões permite aos formandos a percepção da gradação dos conteúdos. Por outro lado, estas ligações poderão ser realizadas sobre a forma de revisão, verificando-se assim as condições para o prosseguimento ou não da aprendizagem. Relembre ou utilize experiências e interesses dos formandos – o facto de
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O formador é o principal e único responsável pela determinação do desenvolvimento da sua sessão, cabendo-lhe apresentar uma sequência lógica de conteúdos, promover a discussão entre todos os intervenientes, incentivar a participação de todos os formandos, propor actividades práticas e úteis e controlar a aprendizagem dos formandos, percepcionando dificuldades e progressos. A avaliação deve manter-se continuamente no plano de sessão, definindo-se os instrumentos de avaliação a utilizar, a realização da correcção e o tempo necessário à sua aplicação. Também para este momento, apresentamos algumas sugestões:
Apresente os conteúdos segundo uma sequência lógica de entendimento, dando a perceber aos formandos a sua progressão gradual. Tenha em atenção, pois esta sequência tem que fazer sentido para os formandos, devendo estar relacionada com os interesses dos mesmos e mostrar utilidade prática. Tenha em atenção a hierarquia da aprendizagem. Sabemos que aprendemos melhor se partirmos do simples para o complexo, do concreto para o abstracto. Divida os conteúdos em unidades de aprendizagem de forma a trabalhar progressivamente. Este item é especialmente relevante quando se tratam de temas mais complexos.
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Sempre que possível, realize uma síntese dos conteúdos abordados, dando ênfase aos tópicos mais importantes. Estabeleça as relações entre os diferentes conteúdos, mostrando de que forma é que poderão ser utilizados na prática e como poderão ajudar à resolução de problemas.
Constituição do plano de sessão
Um plano de sessão poderá conter vários campos, sendo estes ajustáveis ao que é pretendido. ENTIDADE FORMADORA
Normalmente, o plano de sessão é fornecido pela entidade formadora que usa um modelo próprio e personalizado, sendo aqui já identificada.
CURSO/MÓDULO/N.º DA SESSÃO
De modo facilitar a identificação do documento é importante que neste conste informações relativamente ao curso, ao módulo e ao número da sessão a que
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gerais (ver módulo 6). OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Este campo compreende a apresentação dos objectivos específicos (ver módulo 6).
MOMENTO
Tal como descrito anteriormente, o plano de sessão deverá dividir-se em três momentos: introdução, desenvolvimento e conclusão.
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
Neste campo deverão ser enumerados os conteúdos a abordar na sessão. Aqui não é pretendido uma descrição detalhada, mas sim uma apresentação por tópicos.
MÉTODOS / TÉCNICAS PEDAGÓGICAS
Os métodos e técnicas a utilizar na sessão deverão estar aqui expressos.
RECURSOS DIDÁCTICOS
Os recursos didácticos a utilizar durante a sessão deverão ser contemplados neste campo.
AVALIAÇÃO / TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO
E, por fim, o tipo de avaliação a aplicar e/ou as suas técnicas.
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MOMENTO
CONTEÚDOS
MÉTODOS
RECURSOS
AVALIAÇÃO
E TÉCNICAS
DIDÁCTICOS
E TÉCNICAS
TEMPO
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
Como podemos verificar, esta esquematização permite-nos uma leitura simples e intuitiva, constituindo-se um excelente instrumento de orientação.
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CONCLUSÃO
Nesta décima unidade formativa tivemos a oportunidade de analisar e reflectir sobre a importância da planificação na formação. No entanto, convém neste momento chamar a atenção de todos os futuros formadores ou formadores para o facto de que o sucesso de uma sessão ou módulo de formação não depende apenas de um bom plano de sessão. O plano de sessão, tal como foi mencionado anteriormente, é um bom instrumento de orientação, guiando o formador no seu caminho. Este deverá ser seguido com alguma flexibilidade, permitindo alterações sempre que necessárias. Por exemplo, se o formador sentir que há necessidade de reforçar determinado conteúdo, pois os formandos mostram algumas dificuldades no seu entendimento, este deverá optar pela realização de readaptações indo assim ao encontro das carências dos formandos. Esta poderá ser uma tarefa enfadonha, mas necessária. Podemos garantir que uma sessão devidamente planeada corre certamente melhor do que uma não planeada.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ferreira, P. T. (2001). Guia do animador – Animar uma actividade de formação (4.ª edição). Lisboa: Multinova – União Livreira e Cultural, S. A.. Oliveira, F. (2005). Preparação e desenvolvimento de sessões de formação (5.ª edição). Colecção Aprender. Lisboa: Instituto de Emprego e Formação Profissional.
DOCUMENTOS ANEXOS
A1. Modelos de Planos de Sessão
Modelo 1
Logótipo da entidade
PLANO DE SESSÃO
Curso:
Módulo:
Formador:
Data da Sessão:
N.º da Sessão: Local:
Horário:
PLANIFICAÇÃO DA SESSÃO OBJECTIVOS
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
METODOLOGIA
RECURSOS DIDÁCTICOS
DURAÇÃO
OBSERVAÇÕES
DESENVOLVIMENTO DA SESSÃO: Introdução Desenvolvimento Conclusão AnySolutions – Consultoria de Informática e Serviços de Networking Elisabete Barros
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Modelo 2
Logótipo da entidade
PLANO DE SESSÃO
Curso: Módulo: Objectivos:
MOMENTO
CONTEÚDOS
MÉTODOS/ESTRATÉGIAS
RECURSOS DIDÁCTICOS
AVALIAÇÃO
TEMPO
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
AnySolutions – Consultoria de Informática e Serviços de Networking Elisabete Barros
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