Laringite e Epiglotite Tabela 1. Laringinte e Epiglotite Laringite estridulosa Definição Laringite estridulosa ou
espasmódica é uma infecção virótica que se manifesta como parte de um quadro gripal ou complicação deste e que dura poucas horas. 3 meses a 3 anos de idade.
Epiglotite
Infecção grave supraglótica supraglótica envolvendo a epiglote.
Faixa Etária mais acometida Sinais/Sintomas
Pré-escolares de 3 a 6 anos de idade. Rouquidão ou afonia; tosse seca, Instalação abrupta; obstrução alta espasmódica, timbre metálico grave; febre alta; dor de (“tosse de cachorro”); afebril; não garganta; prostração; toxemia; inflamatória; estridor inspiratório; inspiratório; disfagia; voz abafada; ansiedade; pouca ou ausência de dor; com ausência de tosse e rouquidão. A quadro obstrutivo leve ou criança prefere ficar sentada, moderado (a (a). Geralmente é pior inclinada para frente com a boca à noite e dura poucas horas. semi aberta e pescoço hiperestendido.
Agentes Etiológicos
Parainfluenza, Influenza, Vírus Sincicial respiratório, Adenovírus.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico. Exame O diagnóstico é clínico. Deve-se visual das cordas vocais e áreas evitar o uso de abaixador de próximas. Poderá ser necessária língua na suspeita de epiglotite, laringoscopia laringoscopia indireta ou pois isto poderá precipitar uma encaminhamento encaminhamento para realização piora da obstrução. de laringoscopia direta ou O Raio X lateral do pescoço fibrolaringoscopia. fibrolaringoscopia. Será mostra, na metade dos casos, o examinada também a tireóide e alargamento da epiglote (sinal do os gânglios cervicais. Nas polegar). laringites obstrutivas pode-se O hemograma pode apresentar solicitar Raio X lateral do leucocitose e desvio a esquerda. pescoço o qual pode revelar o Em alguns casos deve-se estreitamento da laringe, encaminhar o paciente para geralmente na região subglótica, subglótica, realização de laringoscopia direta mas o diagnóstico é clínico e o ou fibrolaringoscopia. fibrolaringoscopia. Raio X dispensável. Difteria, edema angioneurótico, corpo estranho, inalação de gases tóxicos, laringomalácea, cistos e tumores laríngeos, papiloma laríngeo, abscessos retrofaringeo ou periamigdaliano ( b). Haemophilus B. Coloque um vaporizador ou Vacina anti- Haemophilus umidificador próximo a cabeceira Os contatos devem receber da cama da criança se ela estiver profilaxia com rifampicina r ifampicina com laringite estridulosa. Faça (20mg/Kg/dia) (20mg/Kg/dia) por 4 dias –
Diagnósticos Diagnósticos Diferenciais Diferenciais Prevenção
Haemophilus Haemophilus influenza influenza tipo B, Streptococcus, staphylococcus, pneumococo. pneumococo.
Tratamento Casos Leves
Tratamento Casos Graves
isso varias noites seguidas. Evitar respirar fumaças, poeiras ou vapores irritantes. Repousar ou diminuir suas atividades. Repousar sua voz o máximo possível. Beber bastante líquido (água, sucos, chá). Tomar banho de chuveiro com água quente (que faça vapor), respirando o vapor ou então respirar através de uma toalha umedecida em água quente. Nebulização a frio ou vaporização; hidratação oral; descanso da voz o máximo possível, analgésico, se necessário. Raramente o quadro obstrutivo torna-se grave. Pacientes que apresentam dificuldade respiratória e não melhoram com a vaporização devem ser internados ou mantidos em observação na emergência. O melhor é manter a criança no colo da mãe com oxigênio umedecido e hidratação oral ou endovenosa, caso necessário. Nebulização com oximetazolina a 0,025% (1ml diluído em 2 ml de soro fisiológico) ou com adrenalina (3 a 5 ampolas de 1ml de adrenalina a 1:1000 em igual volume de SF nebulizada com oxigênio em 5-10 minutos) a cada 2 a 4 horas. A dose de adrenalina racêmica é 0,25 a 0,75 ml da solução a 2,25% diluída em 5ml de SF. Dexametasona (0,5-0,6 mg/Kg) em dose única EV ou IM ou nebulização com budesonida (2mg/dose) é útil em casos mais graves. Deve-se monitorar a criança com oximetro. Apenas 3-5% dos casos exigem intubação.
máximo de 600mg/dia.
A epiglotite é sempre considerada grave sendo necessário encaminhamento para internação imediata. Utiliza-se oxigenioterapia, hidratação e antibioticoterapia. Deve-se efetuar a intubação ou traqueostomia em pacientes que não respondem adequadamente ao oxigênio apresentando piora da dispnéia e agitação. A tríade cianose, agitação e letargia é um marcador de intubação imediata. A infecção deve ser tratada com ceftriaxona, cefotaxima, ampicilina-sulbactam ou cloranfenicol endovenoso por 10-14 dias. EVITAR corticóides.
(a) Quando ocorre obstrução alta, à medida que a obstrução progride, surge progressivamente estridor inspiratório, dispnéia intensa, agitação, retrações e tiragem.
Nos casos muito graves, a criança torna-se cianótica, com fácies de asfixia, apreensiva. À medida que o quadro se agrava, a agitação é substituída por confusão e torpor. (b) A laringite diftérica, hoje mais rara, ainda deve ser suspeitada pela dor de garganta com toxemia, febre baixa, placas e membranas branco-acinzentadas bem aderidas, adenomegalia cervical volumosa e vacinação inadequada. A traqueite bacteriana ocorre geralmente após um quadro gripal que se complica com febre alta, tosse, rouquidão, dispnéia e esforço respiratório com sinais tanto de obstrução alta como baixa, estridor, toxemia. O paciente prefere ficar deitado e não tem dificuldade para deglutir. A expectoração é purulenta, freqüentemente com fragmentos de membrana mucosa. O quadro é geralmente grave exigindo intubação. o tratamento é feito com oxacilina associada a cloranfenicol ou a ceftaxime/ceftriaxone ou ampicilinasulbactam. Referências bibliográficas
1. de Oliveira RG. Black Book Pediatria Medicamentos e Rotinas Médicas. 3ª. ed. Belo Horizonte Black Book; 2005. 2. Ferrari, GF. Laringite, Laringotraqueite e Epiglotite. In: Rozov T. Doenças pulmonares em Pediatria. P. 153-89. São Paulo Atheneu; 1999. 3. Fleischer GR Laryngotracheobronchitis, Epiglotitis, Tracheitis. In: Fleisher GR & Ludwig S. Textbook of Pediatric Emergency Medicine. p.745-50. Washington Lippincott; 2000. 4. Peregrino S, Mazzarone M. Infecções Respiratórias Agudas. Portinho F. Principais Problemas Otorrinolaringológicos na Criança. In: Azor JL. Pediatria Essencial. 5ª. ed. Rio de Janeiro Atheneu; 1998. 5. Roosevelt GE. Acute Inflammatory Upper Airway Obstruction. In: Behrman, R.E.; Kliegman, R.M.; Jenson, H.B. Nelson textbook of pediatrics. p. 1405-9. 17ª. ed. Philadelphia Saunders; 2004 Perguntas a fazer Quadro 1. Perguntas a fazer
A criança apresenta destes problemas?
algum
Vá ao prontosocorro
A criança esta agindo de alguma das maneira abaixo?
Vá ao prontosocorro
- Dificuldade para respirar - Não consegue engolir
- Babando - Respirando pela boca - Esticando o maxilar - Arfando Os lábios e as unhas da criança estão ficando azuis ou escuro?
Vá ao prontosocorro
A criança ainda emite sons como a tosse de cachorro e tem dificuldade para respirar depois de você ter usado vapor por 15 minutos ou mais, ou Saído com a criança de casa, colocando-a sob o ar frio da noite por 15 minutos.
Vá ao médico
A criança faz um barulho alto de um assobio ou tosse de cachorro?
Ligue para o médico
Use o autocuidado