VALÉRIA DE ARAÚJO ELIAS, GLÓRIA HELOISE PEREZ MARIA LÍV LÍVIA IA TOURINHO MORETTO LEOPOLDO NELSON FERNANDES BARBOSA BARBOSA
H orizontes da
PSICOL06IA
HOSPIALR
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA HOSPITALAR 1
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Tânia Rudnick Beatrz Schmid
Psicologia da Saúde e Psicoloia Hospitalar: Aspectos Conceituais e Prátcos
A regulamentação do exercício da prossão de pscólogo no Brasi ocorreu em agosto de 1962. No seu início, o trabalho encontrava-se basicamente vo tado para a área da clnca prvada e para a interce com as áreas educacona e organizacona. Historcamente essa sudvisão que consagrou essas grandes áreas permaneceu com demasiada frça durante longo tempo como três gran des carroschees da pscooga (Santos &JacóVela 2009) Em territóro naciona a atuação de pscólogos em nsttuções hospitala res vem sendo denomnada como psicooga hosptaar Tal terminooga rele te uma especicidde do conteto braseiro uma ve que não há ndicativos de sua ocorrênca em outros países Almeida & Maagris 20; onetto & Go mes 2005. Internacionamente quando se trata da nserção da pscologa no hosptal constatase a deimtação de uma área cujo oco de nteresse se refere a aspectos psicológicos e comportamentais da saúde fsica e menta desgnada coo psicooga da saúde a qual é reconhecida tanto do ponto de vista da
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O rabalho do psicólogo da saúde pode ocorrer em diferentes ocas tais como or ganizações não govenamenJas undades áscas de saúde, cenos de atenção psicos� soca, amulatóios e hosptais. Desse modo enende-se que a pscologa da saúde aange a auação em conexos e disposiivos de saúde, em derenes níves de aen ção , sendo o taalho nas insiuições hospialares apenas uma das possiiidades. A pscologa da saúde sugu como uma áea de auação no na dos anos de 1970 e, confome refeu Spnk (2003), paece ter emegido como uma cocha de realhos omada por teorias que pouco dialogavam enre si. Nessa época, alguns psicólogos já esavam inseidos em insiuições de saúde, soreudo hospiais ocais onde hava uma adapação do modeo cnico tradciona de atendimento psicoterapêutico consdean do agumas paticularidades como a reaiação de atendimentos em amuaórios ou de ntevenções uno ao leto dos enfemos (Sbosa, Zappe, Fatias, iorn, & Dias 204). No que d respeo orgem do campo da pscologia da saúde, é possvel assocáa a aguns os que epecutiam mundialmente como a poposição pea Oganiação Mundal de Saúde (OMS) em 948, do conceo de saúde como compleo bemesar fsco, menal e soca; porano, não sendo eso à ausênca de doença. par da inauguação desse novo conceto esa sadáve passa a er uma conotação mais com pea e setva que envove aspectos da históra e da experiênca de vda das pessoas além de sua petença socioeconômico-cuual (Srosa e a 204 Spink 2003). acionamente houve o resgate do conceito de saúde da OMS duante a década de 980 em ce premência de se consiir um sisema que reesse as aspações sociopolicas emergentes e de aende as necessdades de saúde da população de modo negal Nesse conteto f i rmulado enão, o Sisema Único de Saúde (SUS) o qua propõe que a atenção saúde deve se oerecida em deenes nveis prevenção po moção ratameno e eatação Ouossm, ncopoa o conceito da OMS na pespec tiva da integraidade na assistênca, no sentido de que a saúde não consise apenas na ausência de doença (Sbrosa e a. 204). A inseção dos psicóogos em equipes desde então passou a vorece a uma visão negra dos usuáios dos servços de saúde. Enteano nem a categoia possonal e nem a pópria áea de conhecimento apesentavam a pepaação necessária ao om aendimento dessa nova demanda Assim con rme ndcam Sosa et al (204), em oa se reconhecesse que o pscóogo em ce "a essas tansormações podera ano apresenta instrumentos como desenvolve práticas que auxlariam nos tês nveis de atenção em saúde, [ ] as práticas e a mação ofeecida ao pscólogo ainda eam in sucienes paa atende a essas novas demandas (p5) m decoência dessa siuação ainda coemporaneamente no Bas a psicooga da saúde esá descorindo novos 1
1 Níveis de atenção à saúde: de acordo com a Lei 8.080/990, as ações e os servços públos de saúde bem como os servços privados conveniados ou contratados qe integram o Sistema Únco de Saúde (SUS) devem estar organizados de forma regonalizada e herarzada considerando nveis crescentes de com-
Psiclgia da Saúde e Psicgia Hspitalar: Aspets Cnetuas Pátis
o b çã. - q ã hv mçã v mçã x m mb j m h (b , 214) N bjv í é b c h. m ã m b 0m h o h F (F) x h çõ .
As especificidades do contexto de saúde brasileio e a psicoogia hospitalar çõ vç B m v hó q í 195 198 çã à ô m ê (Rb 2 O ã mév z m q h gv m v ( M & B 27; B v & Gmã 212 Vh h L F L & 211) O m hê q v çõ bçã m m à vçã à mçã ( ) m É mm hó m h m m ç à q ã ó m m º 4.19 27 1962 v q mm mç ã 1952 94 m ã M N v mhm ó ç bm é Oé Tmó (m I O Tm) í Uv ã v m h B (N 25). D m h m m çã çõ ó b m mçã ã, q f m f x çã ó . E çã bm mçõ h. m m vz q m ó m h vm é m q m v çã à ã mó v m yb (1) m- q m m bém m v h ( í m h m ã m _
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çõ d úd, n pção d viço no nívi cundáio ou ciáio d nção. N iniuiçõ pincipl (m não nic) do poionl é vi com pnh incoênci píquic do uuáio nvovido m pocdimno médico com vi à pomoção à cupção d úd Conidndo dmnd pn d no setting omção pcíc do picóogo difn modidd d invn ção podm lid i como: ndimno picopêuico m muóio ou unidd d innço hopil, lição d gupo picopêuico ou gupo d picopoxi conuoi inconuloi, vlição dignóic picodignóico C dui qu Rolução CP n 03/2007 mém f mnção o hopi como poívl oc d ução p ou pcilidd picoogi clínic como con no xco gui º
[Pscólogo especiaista em pscologa cínca] Atua jno a eqpes mlpros sionais, identicando compreendendo e atando sobre tores emocionais ue intervêm na saúde geral do ndvduo especialmene em ndades báscas de sa de amblaórios e hospitais. Aa em contextos ospialares na peparação de pacientes pra a entrada permanência e alta ospialar nclusive pacientes term nas, parcpando de decisões com reaão à conda a ser adotada pea eqipe paa ofeecer mao apoo eqbrio e poteão aos pacienes e ses fmaes articpa de nsttes especcas de sade mental, cmo hospas-da nda des psquáricas e outros podendo ntervir em qadros pscopatológcos anto ndvda como grupamente auilando no dagnóstico e no esuema eapê co proposto em eqpe (CF 2007 p21) grfs nosss
D l mni conidndo oução do C qu v o o íuo poio n d pcii m picoogi, pc- qu o conxo hopi o é pndo como um pov ocl d ho do picóogo (no co d pciidd picoogi cnic) o como dnido d um á d conhcimno (no co d pcildd d picoogi hopi) Dc qu difn uo êm dicuido dqução d dnominção picoogi hopi po pu m um locl d ho não um á d conhcimo (Amid & Mlgi 2011; Cvho, 20 Co & Bonhod 2004; Goy 200 o , 204) Igumn conão inológic pod vi gmn puvi o cmpo poionl, o qu dicui o picóogo inido m iniuição hopi fmção d um idnidd d poion d úd (Cvlho 20). Com n inmno, conid vn dicui pco conci ui páico tnn à picologi d úd com o inno d ociá à ução do picóogo no conxo hopi, o qu á ido n ção gui
A psicologia da saúde e o contexto hospitalar N iniuiçõ d nino picoogi no conxo d úd pou nção po mio d udo d dicuõ o fm d u do pcóogo o n cii óico qu podim no u páic no novo cmpo, ndo um novo do, difn djá dicionl á clínic (o 2014) Em igo pui-
Psicologia da Saúe e sooga Hosptalar: Aspecos Coneiuais e ráticos
_o m 2003, k f q j osso q o sóogo v ss �s, ão s sgo s à zção o moo ío s bho os xos ossos s oç. Es ção oém, ogo-s omo osso omo so m mo. ssm, m óo o • ·oog s svov m o oxo hos o 1990 mo s ção sso sos vçõs m os âmbos os qs bhv om s os, fms om s, o mo. (bos ., 014) T ogm soog s o ms, vo sv osão soog hos soog s omo o om & Mgs 01; vo, 2013; so& Boho, 2004 Goyb 200 bos ., 204) soog hos o s os m sb soog s q ss vçõs qs m mb o q s s osmm s bss m vês, m v q o moo boméo om s sçõs hoss O mo soog s oo s ooção ms m à m q b mbém os vs mo so ção à s m& Mgs, 2011 Goyb 200 bos ., 2014. soog s o s bho om bg, om vs à s ção osso o sóogo m q s oção g s s oção o s ms bm s vs Mo 1980), q omo s omos o m oo obçõs ís, os ossos, sís soog, vso omoção mção s vção o mo s oçs, ção o og os gósos oos à s, à oç às sçõs ssos bm omo o fçomo os s ssm soog s objv om os os boógos, omo tms sos q m s oç. T ção o os sóogos s o mo s gms ss q mm sq mm, soog s s m omo m soog. go, é ção soog m vss s vs s m o g s o om o omomo ssos ss fms É m sv o à s osv m omoção s o qo o mo oç Um qo oo, soog s s oo o omomo omvo ms o q m fís ms o q oç m ss o os om o mo soog m qo g, fs àqs q so m m osção s ão s sg os s, os os omomos os fms os ossos s ohso, 1990).
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& Kucmicyk, 1986). A donç infccio como um impotnt u d mo imotlidd picmn dpcm No u lug, pinipi u d mot no duo ão o cânc donç diovu o dnt uomoilíico Além dito o dnvolvimnto tnológo no mint hoptl onduiu pdõ difn o cuddo d úd donç Em muito lug o pocdimnto médio f m ltdo onguindo du o tmpo d intnção hopil ou mut v é vitá- Dt f m, contiuiçõ piológic pm lvnt Dnvovmnto impotnt poilim o pimnto d pcolog d ú d Pimo o pogm d invtigção vêm dmontndo cd v m o lço nt o poo moioni ompotmnti oci com mudnç iológic nndo mudnç ioptológic; lém dio, cn cái do ttmnto pioógo. Dnt pnipi á d picoogi d úd nontm pomoção d d modicção d tilo háito d vd lção d do pcoógico ou d fto ognitivo om o poo úddonç t don tég d nntmnto (coping) invnçõ p mlhoá fn fto to poio oil. A invtgção m piologi d úd pod idnicd plo staus d úd ojtiv tutu tóic utiid Ito pod ito xplondo o uo d toi do tnntmnto pimo p ompnd o ico , gundo m ção com o pito o pin qu tão ndo tmnto d úd (nhu 983 RodiguMn 2003). A plição pái d picoog d úd inlui vlição do compotmnto d d qu compnd ducção p úd pomoção d úd itvnçõ qu vim dui ondu d ico à donç m como dui o fito d donç incmnt ondçõ p nntmnto d donç do pocdimnto médio vção d ntvnçõ d uiddo d úd inmnto d outo poion d úd m picoog d úd onuloi ouo poioni d úd O picólogo d d lhm m váo pono d plição pái incuin do um vidd d mco d uddo d úd Aum m nv dfnt, como n comunidd, n ogniçõ, junto gupo d uuáio d viço úd o mtd po ptoogi ou m vido tmno gupo d poion d úd ti como gnt comunitáio d úd dnt outo.
Considerações finais Mudnç nt n f m d o picóogo icul n á d úd vêm gndo tnfomçõ m u pái m dtmind épo tução do pólogo v potmnt cd n ppciv nic id n ntituiçõ hopitl, tulmnt mpitud nvov o saber psi ncitndo um ugnt ncumno d u dlimitçõ nto &Jó-Vil 2009).
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