Aula 02 Realidade Brasileira e do Estado de Goiás p/ Polícia Científica de Goiás (todos os cargos)
Professor: Rodrigo Barreto
Realidade Brasileira e do Estado de Goiás Polícia Científica de Goiás Teoria e exercícios Prof. Rodrigo Barreto Aula 2
AULA 2 SUMÁRIO
PÁGINA
1. Aspectos da História Social de Goiás: o povoamento
1
branco, os grupos indígenas, a escravidão e cultura negra, os movimentos sociais no campo e a cultura popular. 2. Aspectos da história política de Goiás: a independência em
Goiás,
o
Coronelismo
na
República
Velha,
14
as
oligarquias, a Revolução de 1930, a administração política de 1930 até os dias atuais. Aspectos históricos e urbanísticos de Goiânia. 3. Questões comentadas
26
4. Lista de questões
53
5. Gabarito
70
1. Aspectos da História Social de Goiás: o povoamento branco, os grupos indígenas, a escravidão e cultura negra, os movimentos sociais no campo e a cultura popular. 02411066139
O povoamento em Goiás se deu por meio do contato entre os índios nativos da região e expedições que chegavam de outras regiões, como, por exemplo, São Paulo, em busca de ouro. Devemos ressaltar que nesse momento houve intenso contato entre as populações indígenas e as brancas e negras que chegavam com as bandeiras. É importante destacarmos que a região do atual estado de Goiás já era habitada mesmo antes da febre aurífera por índios nativos do local. Outro ponto que deve ser ressaltado é que a
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convivência entre os nativos e os bandeirantes ou colonos que chegavam ao local não foi plenamente pacífica: há relatos de conflitos violentos que em boa parte das vezes resultaram em grandes perdas principalmente para as populações indígenas.
O território goiano, na realidade, já era conhecido e até mesmo percorrido por bandeiras desde o primeiro século da colonização brasileira, mas seu povoamento só começou a de fato acontecer a partir da descoberta das minas de ouro no século XVIII. Esse povoamento foi extremamente irregular, uma vez que os mineradores não estavam preocupados em se estabelecer ou em desenvolver a região, mas sim em enriquecer rapidamente, por meio da exploração das minas.
A primeira bandeira que saindo de São Paulo e possivelmente chegando até os sertões de Goiás foi a de Antônio Macedo e Domingos Luís Grau (1590-1593). Posteriormente vieram as de Domingos
Rodrigues
(1596-1600),
que
teria
chegado
até
a
confluência do Tocantins com o Araguaia; de Afonso Sardinha (1598); de Belchior Carneiro (1607-1609), que teria rumado em direção ao norte; de Martins Rodrigues (1608-1613); de André 02411066139
Fernandes (1613- 1615); de Pedroso de Alvarenga (1615-1618); de Francisco Lopes Buenavides (1665-1666); de Antônio Paes (1671) e a de Sebastião Paes de Barros (1673).
Os
bandeirantes
tiveram
fundamental
importância
no
povoamento de Goiás. A descoberta de ouro incentivou uma rápida migração para as margens dos rios, iniciando o surgimento de pequenos povoados, alguns dos quais seriam elevados à categoria
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de vilas posteriormente. No entanto, quase que com a mesma velocidade que assistiu à sua ascensão, Goiás também pôde ver o declínio da atividade aurífera em seu território. Isso fez com que parte considerável de bandeirantes que ocupavam o território deixasse o local em busca de novas minas ou de outras atividades que naquele contexto lhes pareciam mais promissoras. Como a população branca que estava se estabelecendo era predominante formada por mineradores, a saída deles recrudesceu o caráter minoritariamente branco da população de Goiás naquele período.
Nesse momento que vai até o início do século XIX, a população goiana era composta majoritariamente por negros que haviam sido levados para a região pelos bandeirantes para realizar o trabalho braçal na mineração. Os indígenas, por sua vez, perderam parcelas consideráveis de sua população em razão dos conflitos com os bandeirantes e já não eram maioria no território. De acordo com o primeiro recenseamento oficial da região, datado de 1804, cerca de 85% da população goiana era parda ou preta – perfil que somente passaria a mudar com o desenvolvimento das atividades agropecuárias ao longo dos séculos XIX e XX. 02411066139
O minerador tipicamente patriarca patrocinava o comando de escravos em Goiás, além de existirem também os chamados “pretos forros”, que não eram exatamente escravos, mas que, por causa de sua fraca situação socioeconômica, acabavam em similar situação, dependendo dos empreendimentos e das vontades do homem branco. De acordo com Antonil, a movimentação populacional em direção às minas goianas foi multirracial, de maneira que, além de ser composta por brancos, negros e mulatos, “a mistura é de toda a
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condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos”.
Além de irregular e ao contrário do que se possa imaginar, o povoamento de Goiás se deu de maneira lenta e gradual. A população
da
época
colonial
foi,
em
razão
das
próprias
características da atividade aurífera, nômade, em grande parte. Essa característica foi realçada principalmente na época do declínio, quando muitos povoamentos foram praticamente abandonados. Mais uma vez destacamos que o início do povoamento em Goiás surge do ímpeto pela procura de ouro, ou seja, advém do próprio espírito mercantilista da época. Conforme o historiador Estevam, “ser minerador não era tão somente uma ocupação, mais que isto, era uma constante ‘aspiração dos habitantes’, na verdade um alto título de honra de que todos se orgulhavam e se esforçavam para ostentar”.
Todo esse processo ao qual estamos fazendo referência possui como marco, apesar da existência de outras bandeiras na região, conforme vimos anteriormente, as descobertas de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, em 1722, sua bandeira parte para 02411066139
Goiás. A importância dessa expedição está relacionada tanto à descoberta
de
ouro
quanto
às
particularidades
de
ser
um
assentamento com caráter mais definitivo. Conforme vimos na aula passada, atribui-se o nome Anhanguera à ideia de espírito maligno, depois que Bartolomeu Bueno teria ateado fogo num prato com aguardente. Apesar do acontecimento disso ser controverso, não se tratava de um truque original. Na realidade, essa prática era comum entre os bandeirantes.
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A bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva foi em direção a Goiás em 1722 e por cerca de três anos explorou o território goiano, buscando minas de ouro e também a Serra do Martírio, local lendário onde se acreditava haver um eldorado. No entanto, foi somente em 1725 que essa bandeira conseguiu encontrar ouro no rio Vermelho, próximo à antiga capital de Goiás. Bartolomeu retornou à região no ano seguinte, quando, ocupando o posto de capitão-mor regente das minas, fundou o arraial de Santana, elevado depois à categoria de vila como Vila Boa de Goiás. Segundo alguns historiadores, o nome Vila Boa derivaria do sobrenome Bueno, seu fundador.
A maior parcela dos grupos que habitava o território de Goiás antes
do
povoamento
advindo
das
migrações
oriundas
das
bandeiras e das minerações pertencia ao troncamento linguístico Macro-Jê, da família Jê (grupos Akuen, Kayapó, Timbira e Karajá). Além dele, outros três grupos faziam parte do tronco linguístico Tupi, família Tupi-Guarani (Avá-Canoeiro, Tapirapé e Guajajara). Apesar disso, em razão da pouca documentação confiável, é difícil saber com certeza o troncamento linguístico dos povos Goyá, Araé, 02411066139
Crixá e Araxá.
Sobre esses principais grupos indígenas de Goiás, destaca-se que: Goyá – Considera-se que os Goyá foram os primeiros índios que a bandeira de Bartolomeu Dias Bueno teria encontrado ao realizar a exploração aurífera. Ademais, também teriam sido os
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goyá que mostraram o local, Arraial do Ferreiro, em que Bartolomeu Dias Bueno estabeleceu seu primeiro assentamento. Habitavam a região da Serra Dourada, próximo a Vila Boa, e quatro décadas após o início do povoamento desapareceram daquela região.
Krixá
–
Habitavam
a
região
que
vai
de
Crixás
até
aproximadamente a área do rio Tesouras. Assim como os Goyá, também desapareceram no início da colonização do estado e não se sabe ao certo seu destino, sua cultura e sua língua. Acredita-se que foram dizimados tanto por conflitos violentos quanto por epidemias relativas ao convívio com o homem branco.
Araé - Infelizmente não há muitos registros a respeito dos Araé. Acredita-se, entretanto, que tenham habitado a região do rio das Mortes.
Araxá - Habitavam o local onde se fundou a cidade de Araxá, que pertencia a Goiás e atualmente faz parte do território de Minas Gerais. Kayapó – Subdividem-se em Kayapós do Sul, ou Kayapós 02411066139
Meridionais, e Kayapós Setentrionais. Habitavam todo o sul da capitania goiana. Eles possuíam aldeias na região de rio Claro, na Serra dos Caiapós, em Caiapônia, no alto curso do rio Araguaia e a sudeste, próximo ao caminho de Goiás a São Paulo. O território kayapó expandia-se fora dos limites da capitania de Goiás: a oeste, em Camapuã, no Mato Grosso do Sul; a norte, na região entre o Xingu e o Araguaia, em terras do Pará; a leste, na beira do rio São Francisco, nos distritos de Minas Gerais; e ao sul, entre os rios
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Paranaíba e Pardo, em São Paulo. Esses índios tinham atividades ligadas à horticultura, à caça e à pesca, além de serem conhecidos como povo guerreiro. Os kayapós resistiram fortemente à invasão de suas terras e, contra eles, ocorrem diversos conflitos. Os kayapós foram
vítimas de inúmeras
perseguições e grandes
massacres, sendo também praticamente extintos do estado de Goiás.
Akwen - Subdividem-se em Akroá, Xacriabá, Xavante e Xerente:
Akroá e Xacriabá - Habitavam longo território entre a Serra Geral e o rio Tocantins, as margens do rio do Sono e terras banhadas
pelo
rio
Manoel
Alves
Grande.
Estabeleceram-se,
também, além da Serra Geral, em solo baiano e nas ribeiras do rio São Francisco, nos distritos de Minas Gerais. Depois de vários conflitos com os colonos que se estabeleceram em suas terras, foram levados para o aldeamento oficial de São Francisco Xavier do Duro, construído em 1750. Os akroá foram dizimados mais tarde e os xacriabá encontram-se atualmente em Minas Gerais, sob os cuidados da Funai. 02411066139
Xavante - Seu território compreendia regiões do alto e médio rio Tocantins e médio rio Araguaia. Tinham suas aldeias distribuídas nas margens do Tocantins, desde Porto Imperial até depois de Carolina, e a leste, de Porto Imperial até a Serra Geral, limites das províncias de Goiás (antes da divisão) e Maranhão. Havia também aldeias na bacia do rio Araguaia, na região do rio Tesouras, nos distritos de Crixás e Pilar, e na margem direita do rio Araguaia. Na
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primeira metade do século XIX entraram em conflito com as frentes agropastoris que invadiam seus territórios e, após intensas guerras, migraram para o Mato Grosso, na região do rio das Mortes, onde vivem atualmente.
Xerente - Este grupo possuía costumes e língua semelhante aos Xavantes e há pesquisadores que acreditam que os Xerentes são uma subdivisão do grupo Xavante. Os Xerentes habitavam os territórios da margem direita do rio Tocantins, ao norte, no território banhado pelo rio Manoel Alves Grande, e ao sul, nas margens dos rios do Sono e Balsas. Também viviam nas proximidades de Lageado, no rio Tocantins, e no sertão do Duro, nas proximidades dos distritos de Natividade, Porto Imperial e Serra Geral. Seus domínios alcançavam as terras do Maranhão, na região de Carolina até Pastos Bons. Como os Xavante, também entraram em intenso conflito com as frentes agropastoris do século XIX e, atualmente, os Xerente vivem no Estado de Tocantins.
Karajá - Os grupos indígenas Karajá, Javaé e Xambioá pertencem
ao
tronco
linguístico
Macro-Jê,
família
Karajá,
compartilhando a mesma língua e cultura. Viviam nas margens do 02411066139
rio Araguaia, próximo à Ilha do Bananal. Ao longo do século XIX, entraram em conflito com as guarnições militares sediadas no presídio de Santa Maria, sendo que os Karajá de Aruanã são a única aldeia do grupo que atualmente vivem no Estado de Goiás.
Timbira - Eram bastante numerosos e habitavam uma vasta região entre a Caatinga do Nordeste e o Cerrado, abrangendo o sul do Maranhão e o norte de Goiás. Ao longo do século XIX, devido à
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expansão pecuária, entraram em conflitos com os criadores de gado que invadiam suas terras. O grupo Timbira é formado pelas etnias Krahô,
Apinajé,
Gavião,
Canela,
Afotogés,
Corretis,
Otogés,
Porecramecrãs, Macamecrãs e Temembus.
Tapirapés - Pertencem ao tronco linguístico Tupi, família Tupi-Guarani. Este grupo inicialmente habitava a oeste do rio Araguaia e eventualmente frequentavam a ilha do Bananal. Com o passar do tempo, se estabeleceram ao longo do rio Tapirapés, onde atualmente ainda vivem os remanescentes do grupo.
Avá-Canoeiro - Pertencentes ao tronco linguístico Tupi, os Avá-Canoeiro habitavam as margens e ilhas dos rios Maranhão e Tocantins, desde Uruaçu até a cidade de Peixe, em Tocantins. Entre meados do século XVIII e ao longo do século XIX, entraram em graves conflitos com as frentes agropastoris que invadiam suas terras. Atualmente, os Avá-Canoeiro do Araguaia vivem na Ilha do Bananal, na aldeia Canoanã, dos índios Javaés, e os Avá-Canoeiro do Tocantins vivem na Serra da Mesa, município de Minaçu.
Também é bastante difícil saber com exatidão o total da 02411066139
população indígena em Goiás quando começaram a chegar as bandeiras paulistas. Segundo alguns historiadores, a população indígena
goiana
também
é,
de
certo
modo,
resultado
de
movimentos migratórios, mesmo após a chegada das bandeiras paulistas. Isso parece ter acontecido com os Tapirapés, que teriam migrado do Rio Tocantins, em Goiás, para a margem esquerda do Araguaia,
em
Mato
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Grosso.
Percebe-se
então
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que
alguns
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povoamentos indígenas também se movimentavam pelo território, dificultando sua melhor caracterização.
Outro
grupo
que
merece
ser
estudado
a
fim
de
que
compreendamos melhor o povoamento de Goiás é o quilombola. Esse grupo está relacionado diretamente à história do povoamento e de ocupação do território brasileiro, não sendo diferente em Goiás. A importância deles esteve ligada à mão de obra escrava que, no caso de Goiás, passou a ser utilizada em minas, na época da ascensão da atividade aurífera.
A maior comunidade quilombola em Goiás é a kalunga ou calunga que conta com cerca de 5 mil habitantes no total. Os kalungas estão localizados nordeste de Goiás e contam com aproximadamente 250 anos de existência. Esse quilombola foi descoberto pela sociedade nacional somente em fins do anos 1960. Kalunga significa algo como lugar sagrado, de proteção, e foi justamente em um refúgio quilombola, que fica ao norte da Chapada dos Veadeiros, que os descendentes desses escravos conseguiram se refugiar. Os quilombos possuem identidade e cultura próprias e desenvolveram sua tradição por meio de uma 02411066139
junção de elementos africanos e europeus, marcado pela forte mistura de símbolos cristãos a africanos.
A comunidade kalunga divide-se em três comunidades que ficam em Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre de Goiás. A maior delas é a de Cavalcante, que conta com cerca de duas mil pessoas, habitantes das localidades do Engenho II, Prata, Vão do Moleque e Vão das Almas, sendo esta última a mais recente a se
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integrar
a
Cavalcante.
Atualmente
os
kalunga
são
a
maior
comunidade quilombola do Brasil.
Além dos kalungas, a Secretaria de Cultura de Goiás registra as seguintes comunidades quilombolas:
Acaba Vida - na mesma região de Niquelândia, ocupava terras férteis e era conhecido localmente. Ambrósio – existiu na região do Triângulo Mineiro. Teve mais de mil moradores, mas foi destruída por um massacre.
Cedro - localizado no atual município de Mineiros, possui cerca de 250 moradores que praticam ainda hoje a agricultura de subsistência. Forte – localizado no nordeste goiano, tornou-se povoado do município de São João d'Aliança.
Mesquita - localizava-se próximo à atual cidade de Luziânia, estendendo sua população para diversas localidades no seu entorno. 02411066139
Muquém – ficava próxima à atual cidade de Niquelândia e junto ao povoado de mesmo nome. Sabe-se que foi um importante grupo quilombola, mas há poucos documentos e informações a seu respeito. Papuã – na mesma região do Muquém, foi descoberto em 1741 e destruído anos depois pelos colonizadores.
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Pilar - próximo à cidade de mesmo nome, foi destruído durante confrontos. Os integrantes dessa comunidade planejaram matar todos os brancos do local, mas o plano foi descoberto antes e eles acabaram sendo impedidos.
Tesouras - no arraial de mesmo nome, tinha até atividades de mineração e um córrego inclusive chamado Quilombo.
Três Barras - tinha 60 integrantes, conhecidos pelos insultos e provocações ao viajantes.
São Gonçalo - próxima à Cidade de Goiás, era conhecida pelos ataques a roças e rebanhos de fazendas vizinhas.
Percebemos, assim, pessoal, que o povoamento de Goiás se deu sem planejamento, sendo irregular e instável. Apesar da rápida ascensão que sofreu durante o ciclo do ouro, considera-se que, de modo geral, ele foi gradual, uma vez que foi se modificando ao longo do tempo. Vemos ainda que o povoamento seguiu, em linhas gerais, o modelo de povoamento brasileiro, que se formou a partir 02411066139
do contato de três raças principais: branco, negro e índio.
Devemos lembrar ainda que as transformações na atividade produtiva também acarretaram modificações no povoamento do estado. No início do século XIX, por exemplo, quando a mineração já havia declinado, o povoamento de Goiás passou a se dar a partir da atividade agropecuária. Nesse período, foram para Goiás migrantes que não estavam mais interessados nas antigas áreas de
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exploração, mas sim em terras onde a agropecuária se desenvolvia. De acordo com Bertran, o número de habitantes em Goiás caiu 20% com a crise do ouro, mas, em 1830, o contingente demográfico novamente havia aumentado, não só por causa do crescimento vegetativo, mas também por causa das correntes migratórias interessadas na agropecuária. Como exemplo podemos colocar que, em 1824, Goiás possuía cerca de 60 mil habitantes e, em 1890, já havia atingido quase 230 mil.
Outro importante fator no incentivo à migração para Goiás foi a construção da Estrada de Ferro. A ferrovia transformou a produção agrícola em razão da ligação direta entre os produtores e os mercados consumidores. A construção acarretou ainda uma valorização fundiária, trazendo maiores contingentes demográficos para
a
região
proximidades
da
e
aumentando linha
férrea.
o
nível
de
urbanização
Posteriormente,
as
nas
migrações
aumentariam consideravelmente com a construção de Goiânia e com a Marcha para o Oeste, que contribuíram significativamente para o desenvolvimento do estado.
Desse modo, podemos concluir que a ocupação em Goiás 02411066139
atravessou basicamente as seguintes fases: ciclo do ouro, no século XVIII; ocupação agropecuária, no século XIX e, no século XX, com a urbanização e o desenvolvimento agropecuário, resultantes da construção da Estrada de Ferro, da inauguração de Goiânia e da colonização com a Marcha para o Oeste.
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2. Aspectos da história política de Goiás: a independência em Goiás, o Coronelismo na República Velha, as oligarquias, a Revolução de 1930, a administração política de 1930 até os dias atuais.
No final do século XVIII, com o declínio da atividade aurífera em Goiás, iniciou-se um processo de readequação à nova realidade, levando parte da população à agricultura de subsistência e a problemas econômicos. Diante disso, o governo português passou a incentivar
a
atividade
agropecuária
na
capitania,
entretanto,
inicialmente, em razão do medo de pagamento de dízimos, não houve grande interesse por parte da população. Ademais, muitos mineradores
não
possuíam
conhecimento
sobre
a
atividade
agropecuária e era praticamente inexistente qualquer ligação entre Goiás e os mercados consumidores.
A independência brasileira, em 1822, transformou a capitania de
Goiás
em
província,
concedendo-lhe
um
maior
grau
de
autonomia. No entanto, essa mudança não foi capaz de, naqueles 02411066139
primeiros
anos
socioeconômica
de de
independência,
Goiás,
apesar
das
alterar
a
mudanças
realidade políticas
e
administrativas que se formariam a partir dela. Goiás continuava isolado dos mercados consumidores, o que fazia com que os produtores agropecuários enfrentassem sem capacidade de solução o quadro geral de pobreza.
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Essa situação fez com que recrudescesse grande insatisfação política em Goiás, o que conduziu inclusive ao surgimento de movimentos separatistas na província. No norte goiano, já havia surgido um importante movimento liderado por Joaquim Teotônio Segurado. Os revolucionários elaboraram um plano com um governo
provisório
no
norte
da
província,
instalando-o
em
Cavalcante, independente do Sul de Goiás. Entretanto, o movimento não conseguiu prosperar e existiu por pouco tempo.
As próprias circunstâncias socioeconômicas do país não davam a
Goiás
as
condições
para
uma
política
satisfatória
a
seu
desenvolvimento. Além disso, o presidente da província era uma imposição do poder central, só que havia uma enorme distância entre a província de Goiás e o poder central. As escolhas do imperador gerava enorme descontentamento nas elites locais, o que aumentava as tensões políticas. Agravava o quadro a existência de membros no legislativo que frequentemente vinham de outras províncias, atendendo não aos interesses locais, mas sim aos do poder central.
Desse modo, percebemos que a independência não alterou 02411066139
imediatamente a vida socioeconômica goiana.
Assim como em
outras regiões, os reflexos da independência brasileira só viriam a ser sentidas com o passar do tempo na nova província. Todavia, podemos apontar que a formação das juntas administrativas foi um dos primeiros reflexos desse momento, dando a grupos locais a oportunidade real de disputa pelo poder. Esses grupos locais aos poucos formariam as elites goianas durante a república.
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Durante a República Velha, Goiás foi dominado por dois grupos dessa elite política: os Bulhões e os Caiados. Goiás era assim disputado principalmente por essas oligarquias rurais que buscavam ascender ao poder. Os Bulhões estiveram no poder do início da República até 1912 e os Caiados assumiram o poder com o declínio dos Bulhões e nele permaneceram até 1930, quando Vargas chega ao poder.
O principal líder dos Bulhões foi Leopoldo de Bulhões e o domínio desse grupo em Goiás se deu em razão de seus valores intelectuais próximos a outros destaques nacionais, como, por exemplo, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, Floriano Peixoto, Prudente de Moraes e Campos Sales. Além disso, havia fraca tradição política de outros grupos, o que possibilitou a ascensão de um grupo com maior estrutura e melhores relacionamentos.
Existe uma diferença interessante entre os Bulhões e os Caiados: enquanto estes eram pecuaristas e latifundiários, os Bulhões eram liberais e bacharéis. Esta oligarquia passou a ser mais fortemente pressionada com a eleição de Hermes da Fonseca para a Presidência da República, em 1910. O novo presidente combateu os 02411066139
Bulhões, que declinaram em 1912. Apesar de ter combatido os Bulhões, Hermes da Fonseca não se esforçou em modificar as estruturas políticas em Goiás. Na realidade, seu interesse era tão somente o de tirar os Bulhões do poder, colocando no lugar deles o grupo que lhe apoiava.
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Hermes da Fonseca colocou na condução de Goiás Eugênio Jardim, que contribuiu para que houvesse uma nova recomposição de forças na qual os Bulhões davam lugar aos Caiados, liderados por Antônio Ramos Caiado, o Totó Caiado. Havia nesse momento uma grande instabilidade política, uma vez que vários grupos oligárquicos disputavam o poder. Apesar do destaque dos Bulhões e dos Caiados, havia outros grupos como os Fleury, os Curado e os Jayme.
Importa ressaltar que Hermes da Fonseca não alterou as “regras do jogo” oligárquico, já que naquela conjuntura a ascensão de uma oligarquia apenas mudava o nome dos que estavam no poder. A verdade é que fosse quem fosse a oligarquia dominante sempre lutava para se manter no poder. Assim, a chegada dos Caiado
ao
poder
não
alterou
substancialmente
a
condução
ideológica da política em Goiás.
Os Caiado estiveram no poder de 1912 a 1930, quando ocorre a Revolução de Vargas. Com a chegada de Vargas ao poder, Pedro Ludovico Teixeira emerge no cenário político goiano. Pedro Ludovico foi indicado por Vargas para ocupar o cargo de interventor do 02411066139
estado, rompendo com as velhas oligarquias.
A vitória do candidato governista Júlio Prestes, nas eleições de março de 1930, derrotando a candidatura de Getúlio Vargas, que era apoiada pela Aliança Liberal, deu início a uma nova rearticulação de forças de oposição que culminou na Revolução de 1930. Os revolucionários de 30 tinham como objetivo comum impedir a posse de Júlio Prestes e derrubar o governo de Washington Luís.
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Dentre os jovens políticos que se uniram em torno do levante, destacavam-se Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha, Flores da Cunha, Lindolfo Collor, João Batista Luzardo, João Neves da Fontoura, Virgílio de Melo Franco, Maurício Cardoso e Francisco Campos. Além de derrubar o governo, esses líderes pretendiam reformular o sistema político vigente.
Pedro Ludovico foi personagem relevante na Revolução de 1930. Em 24 de outubro do mesmo ano foi determinada a sua remoção para a cidade de Goiás, mas durante o percurso veio a notícia da vitória da revolução. Quando chegou a Goiás a notícia de que Ludovico fora nomeado interventor, o governador, Brasil Ramos Caiado, divulgou a notícia, gerando boatos que tensionaram os conservadores em Goiás. Foi então que governo e cidadãos organizaram um sistema de defesa contra o intervencionismo. Eles criaram um batalhão paramilitar denominado Camisas Vermelhas, com um total de 300 homens. A ideia desse grupo era ser uma força auxiliar à polícia goiana contra a organização militar que daria apoio a
Ludovico.
Houve
conflitos
entre
as
forças
goianas
e
as
revolucionárias e, mesmo com o apoio de forças mineiras, Ludovico 02411066139
foi derrotado e preso.
Com
a
prisão
de
Pedro
Ludovico,
um
novo
levante
revolucionário partiu em direção a Goiás com o objetivo de libertá-lo e de tomar o governo goiano. O novo levante penetrou pelo sudeste do estado, ocupando as cidades de Cristalina, Planaltina, Santa Luzia, Vianópolis, Itaberaí, até chegar à capital. Ludovico é libertado pelo movimento revolucionário e toma o governo. Assim, é instalado
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o governo intervencionista em Goiás que teria a missão de desfazer a velha força das oligarquias, retirando do estado do ostracismo econômico em que se encontrava.
O intervencionismo em Goiás conseguiu, até certo ponto, romper a política oligárquica praticada na República Velha, embora os descendentes de determinados clãs permaneçam ativos na vida política goiana até hoje. A Revolução de 1930 trouxe para Goiás maiores níveis de integração com o restante do país, além de um pensamento que procurava o desenvolvimento e a modernização. A construção de Goiânia, um projeto concebido durante o governo Vargas, foi um importante marco no desenvolvimento do estado.
Na realidade, a antiga capital goiana estava em franca decadência que acompanhava o declínio das antigas oligarquias. Eram ainda fatores que a desfavoreciam: terreno acidentado e com montes;
clima
excessivamente
quente;
dificuldade
no
abastecimento de água potável; falta de esgoto e a falta de condições das habitações do local. Em 1933, Goiás era autorizado a contrair empréstimos com a finalidade de liquidar suas dívidas e iniciar a construção da nova capital. 02411066139
Para construir a nova capital, quatro locais foram indicados: Pires do Rio, Bonfim, Bata (Ubatan) e Campinas. Esses locais possuíam
os
pré-requisitos
para
sustentar
a
nova
capital:
disponibilidade de água, clima mais ameno, topografia adequada e proximidade com a ferrovia. Ainda em 1933, Campinas foi o local escolhido para a edificação. O território para a construção da nova capital foi obtido por meio de doações, permutas ou vendas. O
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desejo de mudar a capital não era só de Ludovico, mas também de Getúlio Vargas. Apesar disso, a mudança acarretou certa cisão entre os goianos, pois muitos ficaram descontentes.
O governo federal também tinha interesse em que a nova capital pudesse ser um centro absorvedor de mercadorias de várias regiões do estado, comercializando-as com as regiões urbanoindustriais do país. Isso também realçava a necessidade de se investir em infraestrutura, melhorando a comunicação de Goiás com os mercados consumidores do país. No momento da construção de Goiânia, o estado de goiás era essencialmente agrário, com uma população quase que estritamente rural e dedicada à agropecuária. Com a nova capital, os limites entre o rural e o urbano foram se estreitando,
desenvolvendo
aos
poucos
o
modelo
político
e
econômico do estado até os dias atuais.
A transferência dos órgãos governamentais para Goiânia se deu em 1935. A partir daí, iniciou-se a construção de novos prédios e habitações para funcionários. Em 1942, a cidade era oficialmente inaugurada. Cumpria-se, assim, um dos requisitos para a Marcha para o Oeste, dinamizando a demografia, a urbanização e a 02411066139
economia de Goiás. A inauguração de Goiânia incrementou a articulação do estado com importantes centros comerciais do país e melhorou a articulação interna do estado.
Goiânia, por representar uma nova possibilidade geográfica no interior do país, vivenciou elevada migração desde seu início. A existência de terras extensas e férteis era um fato preponderante para os imigrantes. Ao incentivar esses fluxos migratórios, a
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construção de Goiânia influenciou a transformação das estruturas socioeconômicas do estado.
Nos anos 1950, os proprietários de terra exerceram papel fundamental na vida goiana, comercializando glebas e reservando parte delas para vender aos migrantes de outras regiões do país. Com o interesse imobiliário fortalecido, foi só ao fim desse período que o planejamento urbano voltou a ter viabilidade. Assim, o interesse imobiliário foi capaz de alterar o planejamento inicial da cidade, uma vez que, pretendendo maximizar seus ganhos, não respeitava os limites entre urbano e rural, fazendo com que houvesse grande especulação imobiliária.
A partir de meados dos anos 1950, ocorre um novo padrão migratório em Goiás em razão da construção de Brasília. Com a capital federal transferida para o Centro-Oeste, nas proximidades de Goiânia, houve em Goiás rápido crescimento da população urbana com a consequente redução do contingente rural. Os investimentos federais em Brasília e no Entorno também transferiram parcelas da população rural de Goiás para essas regiões. Isso fez com que a população goiana passasse a se concentrar na região do entorno do 02411066139
Distrito Federal e na região metropolitana de Goiânia.
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Dito isso, pessoal, gostaria agora de tecer mais alguns comentários sobre a vida política de Goiás. As questões de concursos que analisei focaram no que foi colocado até aqui, mas, a fim de evitar surpresas na prova, colocarei mais alguns aspectos
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interessantes da história goiana. Eu sei que o conteúdo é denso e cansativo, mas é importante trabalharmos um pouco mais. Vamos lá! Tomem uma água, descansem um pouco e voltem!
Com o fim do Estado Novo, em 1945, o Poder Legislativo e a democracia eram reestabelecidos. A partir daí, houve uma profunda modificação na estrutura de Goiás com alterações de caráter político, social e econômico.
Devemos recordar que, com a Revolução de 1930, o Poder Legislativo, em todo o país, foi fechado. No dia 3 de maio de 1933, realizam-se eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou a Constituição de 1934. Todos os assentos goianos eram do Partido Social Republicano (PSR), de Ludovico.
Em Goiás, no entanto, a eleição para a Constituinte Estadual só aconteceria em outubro de 1934. Dos 24 deputados estaduais eleitos, 16 pertenciam ao PSR. Os outros deputados, ligados ao antigo regime das velhas oligarquias, representavam a coligação formada pelo Partido Democrata, composto pelos Caiado, e o Partido Libertador, organizado por Domingos Vellasco. 02411066139
Em Ludovico
1935, mais
a
Assembleia
uma
vez
Constituinte
governador
do
do
Estado
Estado,
elegeu
derrotando
Domingos Vellasco. Com o advento do Estado Novo, em 1937, a Assembleia de Goiás foi novamente fechada, voltando a se reunir apenas em 1947, ano da primeira legislatura após a ditadura varguista. Ludovico permaneceu à frente do governo estadual durante o Estado Novo na condição de interventor. Com a crise do
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Estado Novo e o aparecimento de novos partidos, Ludovico participaria intensamente da criação do Partido Social Democrático. Pouco tempo depois da queda de Vargas, Ludovico sairia do executivo estadual. Em dezembro de 1945, foi eleito senador.
Em 1950, Ludovico se candidataria novamente para o governo de Goiás, derrotando Altamiro de Moura Pacheco. Entretanto, dessa vez, ele governaria por apenas três, pois se desincompatibilizou para ser mais uma vez candidato ao Senado. Em 1954, consegue ser novamente eleito senador, permanecendo no Senado até 1969. Com o advento do bipartidarismo forçado pelo governo militar, Ludovico se filia ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) até que, com base no Ato Institucional nº 5, teve seu mandato cassado.
O regime militar, na realidade, impactou a política goiana de modo geral. Quando o golpe eclodiu, em 1964, ocorreu a deposição do então governador de Goiás, Mauro Borges, que apoiava João Goulart. Essa situação é particularmente interessante porque Borges já havia rompido com Goulart em 1963. O então governador chegou inclusive a apoiar o golpe militar de 1964, mas, após a edição do AI2, acabou sendo deposto. Nesse mesmo ano, o coronel Meira Matos 02411066139
foi nomeado interventor pelo governo militar. Sucederam-no, durante o período militar, o marechal Emílio Rodrigues Ribas Júnior (65-66); Otávio Lage de Siqueira (66-71); Leonino Ramos Caiado (71-75); Irapuan Costa Júnior (75-79) e Ary Ribeiro Valadão (7983).
Desses
foram
eleitos,
diretamente,
Otávio
Lage
e,
indiretamente, pela Assembleia Legislativa, Leonino Caiado, Irapuan Costa e Ary Valadão, o último governador de Goiás no período militar.
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O fim do regime militar seria marcado em Goiás pela eleição de Íris Rezende Machado (83-86). Íris Rezende ficou conhecido como
o
governador
dos
mutirões
que
eram
programas
assistencialistas com caráter populista e demagógico. Durante seu governo, houve muitas obras, como, por exemplo, a expansão da malha rodoviária e da rede elétrica, entretanto recaíram sobre seu governo acusações de corrupção e o endividamento do estado. Íris Rezende não chegou a completar todo o governo, pois foi nomeado Ministro da Agricultura de José Sarney.
De 1987 a 1991, após o governo iniciado por Íris Rezende, Henrique Santillo se torna governador eleito em Goiás. Ele defendia um amplo programa desenvolvimentista, mas suas atenções se voltaram para a saúde e o saneamento básico. Foi durante seu governo que ocorreu o desastre com césio-137. O acidente com o césio-137 foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. A contaminação teve início em 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma clínica abandonada, no centro de Goiânia. O instrumento foi encontrado por catadores de um ferro velho do local, que 02411066139
entenderam tratar-se de sucata. Foi desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas.
Esse acidente é considerado o maior acidente radiológico do mundo. A tragédia envolvendo o césio-137 deixou pessoas mortas em razão da contaminação pelo elemento e outras com sequelas irreversíveis. No âmbito radioativo, o Césio 137 só não foi maior que
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o acidente na usina nuclear de Chernobyl, em 1986, na Ucrânia, segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).
Após o governo Santillo, Íris Rezende é novamente eleito, governo o estado até 1994. Dessa vez, diante da péssima condição administrativa em que Goiás se encontrava, foi feito um grande esforço e o estado aumento em quase 20% sua arrecadação. Houve durante essa nova passagem de Íris Rezende uma tentativa de se recuperar a imagem de Goiás, que estava desgastada pelo fraco governo anterior e pelo desastre com o Césio-137.
Maguito Vilela governou o estado de 1995 a 1998, pautando sua administração pela diminuição da máquina pública, com privatizações com a da Cachoeira Dourada, além de ter conseguido avanços na educação e no saneamento. Durante seu período, o setor industrial foi fomentado e no setor rural conseguiu melhorar a rede elétrica. Seu governo também foi marcado por um escândalo na Caixego.
Marconi subsequentes,
Perillo de
governou
1999
a
o
estado
em
2006.
Pautou
seus
dois
mandatos
governos
por
02411066139
incentivos fiscais a empresas que quisessem se instalar em Goiás, incentivando com isso a industrialização do estado. Aos moldes de FHC,
introduziu
no
plano
estadual
a
reforma
administrativa
conhecida como Plano Estratégico Goiás Século XXI. Apesar de avanços econômicos durante seu governo, deixou grandes dívidas para seu sucessor.
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Alcides Rodrigues (2006-2010) assume o governo diante de dificuldades financeiras. Sua administração não foi capaz de resolver a situação administrativa do estado, apesar de ter tentado uma reforma administrativa que se daria pela extinção de vários órgãos, cargos e funções públicos; demissão de comissionados; redução de salários e fim de várias gratificações. No fim de seu governo, Alcides Rodrigues estava politicamente isolado, com o estado ainda em dificuldades administrativas, inclusive com problemas para pagar os servidores.
Marconi Perillo retornou ao governo de Goiás em 2011. De Alcides Rodrigues recebeu uma dívida pior do que a que havia deixado. Perillo então retomou os esforços de arrecadação e a diminuição da máquina pública a fim de conseguir honrar seus pagamentos.
Perillo
tem
pregado
a
meritocracia
e
o
desenvolvimento econômico do Estado, mas seu governo é acusado de pouco se preocupar com políticas sociais e de governar para as elites goianas.
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3. Questões comentadas 1) (UEG – Iquego – Técnico: Eletrotécnica - 2005) Os enunciados abaixo tratam da modernização no campo em Goiás. Leia-os atentamente e marque a CORRETA:
a) A modernização da agricultura em Goiás é resultado da expansão do capitalismo no campo. Essa modernização aumentou o deslocamento migratório de produtores rurais para o Estado, especialmente os grandes fazendeiros das regiões Nordeste e Norte do país.
b) A soja, tida como um dos principais produtos agrícolas goianos, foi introduzida junto com a modernização da agricultura e é cultivada em todo o estado, especialmente, nas regiões norte e nordeste de Goiás.
c) A modernização da agricultura goiana proporcionou, no final do século XX, o reaparecimento das antigas fazendas de engenho que dinamizaram o comércio da terra e melhoram as condições salariais do trabalhador no campo. 02411066139
d)
Nas
atividades
produtivas
intensivas,
a
tecnologia
avançada, a ocupação de toda área de propriedade e a utilização de mão de obra especializada são fatores que caracterizam a modernização no campo.
A modernização no campo é caracterizada pela introdução de métodos que aumentem a eficiência produtiva. Para isso, a
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modernização da tecnologia, a ocupação do solo fértil e a mão de obra cada vez mais especializada são fatores preponderantes. Letra d. 2) (UEG – Iquego – Técnico: Eletrotécnica - 2005) Assinale a proposição que justifique o crescimento da industrialização no Estado de Goiás:
a) A descentralização econômica e industrial brasileira e a implantação
em
Goiás
de
infraestrutura
(por
exemplo:
ampliação e pavimentação de rede viária e expansão de rede de
energia
elétrica)
são
os
principais
fatores
que
proporcionaram o desenvolvimento da indústria em Goiás.
b) Os projetos do governo federal que incentivaram a implantação industrial e a transformação das indústrias de extrativismo mineral e vegetal em indústria de produtos alimentícios, especialmente aquelas localizadas no norte do Estado, são os fatores que promoveram o aumento da industrialização em Goiás. 02411066139
c)
O
alto
índice
de
desemprego
e
a
criminalidade
impulsionaram o governo do Estado de Goiás a criar, nos anos de 1990, programas de incentivos para instalação de indústrias nacionais e internacionais, com a finalidade de geração de novos empregos.
d) A mão de obra especializada, o desenvolvimento do setor econômico terciário e a criação de cidades tecnopólos
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proporcionaram
a
implantação
de
indústrias
em
Goiás,
especialmente aquelas ligadas ao turismo e ao lazer.
A descentralização econômica, no Brasil, ganhou força a partir de 1930, com a chegada de Vargas ao poder. Nesse momento, diversas medidas para desenvolver estados interioranos foram tomadas, inclusive com a Marcha para o Oeste e a construção de ferrovias. Podemos também apontar a construção de Goiânia e, principalmente, de Brasília como
fatores importantes para o
desenvolvimento de Goiás. Ainda nesse contexto, os investimentos em infraestrutura, ao longo do século XX, foram fundamentais para que o estado pudesse se desenvolver. Letra a. 3. (UEG – Iquego – Técnico em Segurança do Trabalho – 2005) Sobre o fluxo migratório no Estado de Goiás é INCORRETO afirmar:
a) Nos últimos anos, destacou-se em Goiás um considerável fluxo migratório de sulistas, especialmente os gaúchos, em busca de terras para produção de grãos nobres, provocando mudança tecnológica e de relação de trabalho no campo. 02411066139
b) O fluxo migratório para Goiás dá-se também por parte da população mais carente que se instala em Goiânia, nas cidades
circunvizinhas
e
no
Entorno
de
Brasília.
Esse
fenômeno migratório é impulsionado, em grande medida, pela condição socioeconômica do migrante.
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c) Os fluxos migratórios para Goiás tem duas direções: uma para as regiões pouco povoadas, como o vale do Araguaia; e outra para regiões metropolitanas, como o Entorno de Brasília e o Aglomerado Urbano de Goiânia.
d) O processo migratório em Goiás foi anterior ao século XX. Ainda nos séculos XV e XVI, havia migração de paulistas e, especialmente, paranaenses para as regiões sul e sudeste do Estado de Goiás, com a finalidade de produção de grãos.
Na realidade, o fluxo migratório em Goiás começa a partir do século XVIII com a descoberta de ouro no território goiano e a intensificação
das
bandeiras.
Não
houve,
desse
modo,
fluxo
migratório de paulistas nos séculos XV e XVI. Nesse período praticamente só havia indígenas na região. Letra d. 4) (UEG – Iquego – Assistente de Laboratório – 2005)
Meu Goiás, meu Goiás Terra do Anhanguera E dos Carajás 02411066139
És um tesouro encantado No coração do Brasil És privilegiado Por riquezas mil Toda Pátria te bendiz, Goiás. (Nini Araújo. Meu Goiás)
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Sobre o povoamento branco de Goiás no século XVIII, é CORRETO afirmar:
a) Bartolomeu Bueno da Silva, sertanista protetor dos índios, foi o primeiro branco a chegar a Goiás.
b) Goiás ainda pode ser chamado de a Terra dos Carajás, tendo em vista a alta representatividade dos indígenas na demografia goiana.
c) A busca de riquezas minerais estimulou os bandeirantes paulistas a ocuparem o Centro-Oeste brasileiro.
d)
Pode-se
afirmar
que
a
Igreja
Católica
e
a
Coroa
Portuguesa apoiaram as guerras de extermínio movidas contra os indígenas em Goiás.
Conforme, a descoberta de ouro, durante o século XVIII, foi preponderante para que houvesse um intenso fluxo migratório, realizado pelos bandeirantes. Letra c. 5) (UEG – Iquego – Auxiliar de Manutenção – 2005) Sobre a 02411066139
população negra em Goiás, é CORRETO afirmar:
a) O trabalho escravo não foi utilizado na mineração, pois os proprietários das minas temiam que os negros roubassem o ouro garimpado.
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b) A única manifestação cultural genuinamente negra em Goiás é o espetáculo das cavalhadas em Pirenópolis.
c) Os remanescentes de quilombos em Goiás, como o dos Kalungas, significaram a resistência dos negros à escravidão.
d) Em Goiás, a escravidão negra no século XVIII foi substituída pela escravidão indígena, uma vez que o índio adaptava-se melhor ao trabalho agrícola.
Os quilombolas eram locais em que os escravos fugidos da escravidão se concentravam e resistiam. Letra c.
Aproveito essa questão para colocar informações sobre a cultura goiana.
A cavalhada foi introduzida, no Brasil, pelos jesuítas com o objetivo de catequizar os gentios e escravos africanos, mostrando nisto o poder da fé cristã. Por todo o Brasil, encontramos as cavalhadas sendo representada, em diferentes épocas. 02411066139
Em Pirenópolis, ela foi introduzida pelo Padre Manuel Amâncio da Luz, como um espetáculo chamado de "O Batalhão de Carlos Magno". Pirenópolis manteve forte esta tradição, já que os primeiros colonizadores desta antiga cidade mineradora eram, em sua maioria, portugueses oriundos do norte de Portugal, local onde mais se resistiu à invasão moura, e o caráter centralizador da população dominante viu com bons olhos o efeito separatista entre as classes sociais.
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As Cavalhadas de Pirenópolis, considerada uma das mais expressivas do Brasil, são um longo ritual de três dias seguidos, cujos preparativos começam uma quinzena antes, no início da Festa do Divino, que é marcada pela saída da Folia. Durante uma semana os cavaleiros se reúnem num campo, que não é o oficial, para ensaios das corridas que vão executar nos três dias do evento. Nestes dias, às quatro horas da manhã, a Banda de Couros, formada
por
um
saxofonista
seguido
de
vários
meninos
empunhando rústicos tambores de couro, executando cantigas melodiosas, percorrem a cidade a pé avisando a população, e principalmente os cavaleiros, que é chegada a hora de se levantar, arriar os cavalos e dirigir-se ao ensaio. Primeiro, parte de sua residência o último cavaleiro dos doze de cada exército e, seguindo uma hierarquia, vão de casa em casa, agrupando o resto da tropa, até que, por último junta-se a tropa, o Rei.
A hierarquia dos exércitos da Cavalhadas segue, tanto para os cristãos como para os mouros, a seguinte ordem: dos doze cavaleiros, temos no mais alto posto o Rei, abaixo deste temos o Embaixador e seguindo abaixo os dez restantes cavaleiros. O último 02411066139
cavaleiro só subirá de posto se houver morte ou desistência de algum outro acima, o mesmo acontece com o Embaixador, que só tornar-se-á Rei se o próprio Rei morrer ou desistir. Depois de reunido os dois exércitos, estes seguem em fila hierárquica, com o Rei a frente para a casa de um cidadão que se prontificou a lhes fornecer, por cortesia e respeito, o desjejum matinal, chamado de "Farofa". Neste vai e vem de cavaleiros cavalgando pelas ruas da cidade, não podem os cavaleiros cristãos se encontrarem com os
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mouros, a não ser na ocasião da Farofa e posteriormente no ensaio. Na Farofa é servido café, biscoitos, sucos, refrigerantes, bebidas alcoólicas e a "Farofa" propriamente dita, iguaria derivada das antigas tropas que vazavam os sertões, composta de farinha de mandioca e carnes secas. Os cavaleiros, nesta ocasião, rezam em grupo e dançam a Catira, uma dança folclórica onde se enfileiram frente a frente os 24 cavaleiros e, embalados por violas, pandeiros e canções, batem palmas e pés no ritmo cadenciado e típico. Após o agradecimento, que é feito em forma de cantilenas, ao dono da casa que ofereceu a Farofa, partem para o campo de ensaio.
No Domingo
do Divino é repetido o mesmo ritual de
recolhimento da tropa, só que ao meio dia, sem Banda e sem Farofa, e devidamente paramentados. A forma com que os cavaleiros se apresentam no campo oficial hoje, não são as mesmas de outrora. Antigamente os cavaleiros assemelhavam-se a oficiais de milícia, envergando farda militar de gala com galoneiras douradas e quepes de veludo, mas sempre cristãos em azul e mouros em vermelho, os reis e embaixadores usavam elmos de estilo romano. Hoje, com a criação de tecidos sintéticos e a nova estética carnavalesca, os Cavaleiros se apresentam um tanto mais 02411066139
luxuosos, chegando a usar elmos de metal dourado, para o caso do Rei e Embaixador mouro, e elmos prateados para os cristãos. Todas vestimentas são ricamente ornamentadas com plumas, metais polidos, pedras incrustadas, veludos, fitas e tecidos vistosos, e todos os cavaleiros sustentam longos mantos bordados e cravejados de lantejoulas multicores formando desenhos simbólicos das duas crenças, como o peixe ou a pomba branca para os cristãos e o dragão ou a lua e estrela para os mouros. Levam também uma
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lança, com fitas na ponta, uma espada e uma pistola com tiros de festim, para o combate. Os cavalos também são amplamente ornamentados, com patas pintadas, protegidos na fronte com metais polidos, e envergando plumas na cabeça.
6) Sobre a mudança da Capital do Estado de Goiás, marque a proposição INCORRETA:
a) Goiânia foi planejada pelo urbanista Lúcio Costa, que projetou uma cidade para 500.000 habitantes. b) A ideia da mudança da Capital surgiu no século XVIII e foi consolidada apenas no século XX.
c) Pedro Ludovico Teixeira mudou a Capital do Estado com apoio de Getúlio Vargas.
d) A ideia de mudança da Capital teve sua consolidação durante a década de 1930, no governo de Pedro Ludovico Teixeira.
Goiânia não foi planejada por Lúcio Costa. Na verdade, ele fez 02411066139
o plano urbanístico de Brasília. Cuidado para não confundirem isso. Letra a. 7) (UEG – Iquego – Técnico Superior – 2005)
“[...] a
mudança da capital não é apenas um problema na vida de Goiás. É também a chave, o começo da solução de todos os demais problemas. Mudando a sede de Governo para um local que reúna os requisitos de cuja ausência absoluta se
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ressente a cidade de Goiás, teremos andado meio caminho na direção da grandeza desta maravilhosa unidade Central”. (Relatório
apresentado
por
Pedro
Ludovico
Teixeira ao
presidente Getúlio Vargas em 1934. In: PALACIN, Luis. Fundação de Goiânia e desenvolvimento de Goiás. Goiânia: Oriente, 1976. p. 44)
Com relação à mudança da capital de Goiás na década de 1930, marque a alternativa INCORRETA:
a) De acordo com o texto citado, para Pedro Ludovico o objetivo explícito da mudança da Capital era promover o desenvolvimento
de
Goiás.
No
entanto,
implicitamente,
visava criar um novo centro de poder, afastando-se de seus adversários políticos.
b) Em termos econômicos, a construção de Goiânia foi uma estratégia
utilizada
por
Pedro
Ludovido
Teixeira
para
promover o desenvolvimento socioeconômico do Estado de Goiás. 02411066139
c) Ao afirmar que a cidade de Goiás não reunia condições para propiciar o desenvolvimento econômico de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira equivocou-se. No século XIX, graças à exploração
aurífera,
Goiás
era
um
dos
estados
mais
desenvolvidos do Brasil.
d) A construção de Goiânia expressou o desejo renovador advindo com a Revolução de 1930. Os revolucionários
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aspiravam romper com o passado, com as tradições e com o atraso representado pela cidade de Goiás.
Apesar da intensa mineração do século XVIII, Goiás não chegou a se desenvolver. No século XIX, quando já havia ocorrido o declínio do ciclo do ouro, Goiás enfrentava pobreza alarmante. Letra c.
8)
PALACIN,
GARCIA,
AMADO.
História
de
Goiás
em
documentos. (I. Colônia). Goiânia: Editora da UFG, 1995. p. 62.
Marque a assertiva correta:
a) O declínio demográfico, a partir de 1790, foi consequência direta da redução da atividade aurífera em Goiás, o que provocou a migração da população envolvida na atividade mineradora para outras regiões.
b) A diminuição da população em Goiás, a partir da década de 1790, foi decorrente da participação de Goiás na Guerra 02411066139
do Paraguai.
c) Na última década do século XVIII, Goiás foi afetado pela epidemia de varíola, que provocou grande mortandade em Meia Ponte e Jaraguá, explicando assim a redução da população.
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d) A redução da população no início do século XIX explica-se pelo fato de Goiás ter perdido a populosa região do Triângulo Mineiro para Minas Gerais.
O declínio da mineração aurífera no fim do século XVIII resultou na queda do fluxo migratório e, assim, diminuiu o contingente demográfico de Goiás. Letra a. 9) (UEG – Iquego – Técnico Superior – 2005) Líder de um movimento messiânico que muitos pesquisadores comparam a Canudos de Antônio Conselheiro, Benedicta Cipriano, a Santa Dica, tem seu centenário de nascimento comemorado nesta
semana.
Tida
como
santa
pelos
moradores
de
Lagolândia, Dica reuniu em torno de si, nos primeiros anos da década de 1920, uma legião de seguidores e logo passou a ser vista como uma ameaça pelo governo e pela Igreja. Ela já inspirou filmes e livros e sua memória é lembrada no decorrer desta semana em vários eventos. O POPULAR, Goiânia, 10 abr. 2005.
Sobre esse importante movimento social ocorrido em Goiás é 02411066139
CORRETO afirmar:
a) A Igreja Católica não apoiou o movimento político em torno
de
Santa
Dica,
mas
reconheceu
seus
milagres,
conseguindo sua canonização junto ao Vaticano.
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b) O Movimento de Santa Dica foi consequência do intenso processo de urbanização ocorrido em Goiás na década de 1920.
c) Movimentos messiânicos expressam a religiosidade do homem rural, entrando, assim, em contradição com as práticas ortodoxas pregadas pela Igreja Católica.
d) Santa Dica e seus adeptos auxiliaram a Coluna Prestes na sua
passagem
por
Goiás.
Por
isso,
o
movimento
foi
combatido pela Força Pública do Estado.
Segundo a prefeitura de Pirinópolis, “Dica nasceu em 17 de janeiro de 1903. Foi a única representação em Goiás do movimento messiânico ocorrido no Brasil. Nasceu na fazenda Monzodó, a 40 KM de Pirenópolis, no vilarejo da Lagoa, que deu origem ao atual município de Lagolândia. Desde cedo, Dica revelou seus dons especiais e manifestações mediúnicas. Aos 13 anos, Benedita cai enferma. Após tentar os recursos locais, chás e simpatias, é tida como morta ao final de três dias de prostração. “Ressuscita”, no entanto, ao lhe ser dado o 02411066139
tradicional banho dos defuntos.
A partir desse episódio ela chamou a atenção dos sertanejos locais que começaram a vê-la como portadora de algum tipo de poder. No princípio, Dica foi tida simplesmente como curandeira, diagnosticando males e lhes aplicando os remédios adequados. Após as primeiras curas, ela passou a ser acreditada também como
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milagreira, ao dar respostas que correspondiam às expectativas dos “fiéis”.
Mas, Dica sofreu a passagem de milagreira a profetiza, pois, começou a dar conselhos, transmitir ordens e prever o que aconteceria
em
breve.
São
os
milagres
e
profecias
que
transformaram a adolescente Benedita Cipriano Gomes em “Santa”, para aqueles que ali se achavam. Fez com que a propriedade rural se tornasse habitação permanente de um grande número de pessoas, originando mais tarde a “República dos Anjos” (atual Lagolândia).
A religiosidade desenvolvida por Santa Dica, juntamente com seus adeptos, consistia em conferências realizadas pela mesma e os anjos, que faziam parte da falange que ali vinha propor um novo modo de vida à população, ou mesmo para operar prodígios por intermédio daquela que era escolhida para tal. Há muitas histórias sobre milagres realizados por Dica. Conta-se que ela levitou, curou leprosos e outras enfermidades.
A romaria aumentava e a influência de Dica incomodava os 02411066139
políticos de Goiás, que temiam um episódio semelhante a Canudos. A “República dos Anjos” era um lugar que não obedecia às leis. O povo não pagava tributo e as fazendas deixaram de ter limites. Era uma espécie de comunidade socialista. No episódio conhecido como o “fogo” no 14 de Outubro de 1925, a guarda estadual atacou o povoado e Dica ordenou que todos se lançassem nas águas do Rio do Peixe para se salvarem.
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Segundo depoimentos das pessoas mais antigas da cidade, anjos aparavam as balas que castigavam o povoado para protegêlos. Outros dizem que Dica se lançou na frente das balas e as retia com os longos cabelos negros. Mais tarde, Dica foi presa e levada para a capital do estado, Goiás Velho.
O episódio só aumentou a fama de proteção celeste sobre a mulher. Em 1932, durante a Revolução Paulista, ela comandou um pelotão de 150 homens a São Paulo para defender a integridade nacional. Conhecidos como “Pés com palha, pés sem palha” (assim ela ensinava os matutos a marchar). Voltou sem baixas e com a patente de Cabo do Exército Nacional.
A história se tornou conhecida em todo país. Dica foi levada para Rio de Janeiro e São Paulo para testes mediúnicos na Federação Espírita. Um famoso jornalista do Diários Associados foi designado para provar a possibilidade de charlatanismo, o Jornalista Mário Mendes, que acabou se envolvendo afetivamente com a milagreira. Casaram-se e tiveram cinco filhos. Mais tarde, ela foi vendida (por 40 contos de réis) pelo próprio marido para outro homem. 02411066139
Por sua importância, Dica chegou a ser retratada numa pintura em nanquim por Tarsila do Amaral, um dos principais nomes do modernismo
brasileiro.
Dica
é
considerada
um
símbolo
do
movimento feminista em Goiás.
Dica morreu em 1970 acometida por um problema intestinal. Porém, seu misticismo permanece na cidade de Lagolândia. Há
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relatos de curas mesmo depois de sua morte. Na casa onde Dica morava, funciona um centro de reuniões espíritas, dirigido por Divina Soares, que se autointitula sucessora de Santa Dica”.
Podemos perceber, por meio do texto exposto, que os movimentos messiânicos estiveram relacionados à religiosidade do homem rural, entretanto essa ideia não se coadunava com as práticas mais ortodoxas da Igreja Católica. Letra c. 10) (UEG – 2004) Com a Independência, iniciou-se a passagem da ordem colonial à nacional. O grito do Ipiranga ecoou principalmente nas regiões centrais (Rio de Janeiro, Minas e São Paulo), mas o Brasil era um continente formado por inúmeras ilhas cercadas pelo desejo de afirmação de uma nova nacionalidade.
Acerca da vida econômica e social do Brasil no contexto da independência, é CORRETO afirmar:
a) Em Goiás, a independência motivou disputas entre as comarcas do sul e do norte, mas o separatismo não contou 02411066139
com o apoio do regime monárquico e foi controlado.
b)
O
projeto
de
emancipação
política
foi
negociado
amplamente pelas distintas regiões do país com base no compromisso de que as elites portuguesas seriam banidas da vida política.
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c) O crescimento da economia do café e os recursos advindos da produção do açúcar e do ouro formaram a base de sustentação de uma próspera economia nacional.
d) A atividade pecuarista permitiu que Goiás desempenhasse importante papel no abastecimento do Rio de Janeiro, o que garantiu o compromisso da monarquia contra os movimentos separatistas.
e) Os conflitos entre as comarcas do sul e do norte ganharam relevo durante a primeira metade do século XIX e assumiram a forma de uma guerra civil que só pode ser controlada com o auxílio de tropas vindas da Corte.
Em razão do descontentamento dos goianos com os ditames do governo central, houve um movimento separatista entre o norte e sul. Esse movimento, todavia, foi aplacado e não conseguiu prosperar. Letra a. 11) (UEG – Oficial da PM – 2005) O coronelismo foi a expressão do poder local na Primeira República. Sobre a 02411066139
estrutura de poder nesse período analise as assertivas abaixo e escolha a alternativa CORRETA:
I. O coronelismo apresentava-se como uma resposta à ausência do Estado. O poder familiar e pessoal assegurava a dominação tradicional, uma vez que inexistia uma ordem, propriamente, republicana.
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II. A partir de 1912, o poder em Goiás esteve concentrado nas mãos do domínio familiar (Caiados), que gerava, além de deputados e senadores, leis que atendiam, sobretudo, aos interesses particulares.
III. A partir de 1937, iniciou-se uma renovação política que afirmou
a
primazia
do
Estado
diante
dos
interesses
particulares, mas sob um regime político ditatorial, incapaz, portanto, de afirmar o sentido democrático do ideário republicano.
a) São corretas apenas as assertivas I e II.
b) São corretas apenas as assertivas II e III.
c) São corretas apenas as assertivas I e III.
d) Todas as assertivas são corretas.
O coronelismo foi um sistema de poder político que vicejou na época
da
República
Velha,
caracterizado
pelo
enorme
poder
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concentrado em mãos de um poderoso local, geralmente um grande proprietário, um dono de latifúndio, um fazendeiro ou um senhor de engenho próspero.
Em 1912, com a derrocada dos Bulhões, os
Caiados chegam ao poder. Esse grupo oligárquico dominou a política goiana até 1930. Com o Estado Novo, em 1937, o rompimento com as antigas oligarquias foi ainda mais brusco, entretanto o caráter autoritário do regime também desfigurava a democracia. Letra d.
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12) A cidade de Pirenópolis tem na Festa do Divino uma das suas principais atrações. Na relação entre festa e cultura pirenopolina, destaca-se
a) a preservação de uma tradição cultural recriada nos festejos que atraem turistas de todas as partes do Brasil.
b) o culto de tradições culturais seculares
imunes ás
influências do comércio e do turismo.
c) a ruptura com a tradição cultural marcada pela contínua invenção de novos rituais voltados para o mercado turístico.
d)
a
espontaneidade
dos
festejos
que
são
recriados
livremente pela população sem apelo ao seu suposto sentido original.
A Festa do Divino Espírito Santo é a maior manifestação popular de Pirenópolis. Essa festa mescla variadas manifestações com simbologias religiosas e profanas, de diversas origens e significados. Nota-se nessa festa a vontade de preservar a tradição, 02411066139
tornando-a um elemento atrativo para o turismo. Letra a. 13) (UEG – Soldado/PM – 2005) A formação econômica e social de Goiás decorreu da descoberta das Minas, que provocaram grande influxo populacional para a região. Nos idos da década de 1770, no entanto, já se percebia a diminuição de seu ritmo de produção e
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a) a substituição da extração do ouro pela pecuária que abastecia as cidades do entorno da região e a cidade do Rio de Janeiro.
b) o abandono da atividade mineradora, cujos rendimentos eram incapazes de manter o custo de manutenção dos escravos, o que provocou o expressivo aumento do número de alforrias.
c) o deslocamento da população para os núcleos urbanos em busca de novas oportunidades no setor artesanal e nas nascentes indústrias.
d) a queda dos rendimentos dos mineiros, que, na falta de outra atividade rentável, permaneceram na dura lida de lavrar a terra em busca do ouro.
Nas últimas décadas do século XVIII, já era notável a diminuição da atividade aurífera. Os mineradores, em geral, não se debruçaram em outras atividades, permanecendo em busca de novas jazidas. Letra d. 02411066139
14) (UEG – Soldado/PM – 2005) O brilho e a escassez do metal precioso são marcas de nascença do mundo goiano entre os séculos XVIII e XIX que, lentamente, foram apagadas pelos rastros das boiadas e pelos trilhos do trem. Nesse longo processo de formação, destaca-se o seguinte fator:
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a) A herança do período minerador permitiu a acumulação de capital suficiente para a formação de um grande rebanho bovino que permitiu a Goiás, no século XIX, transformar-se no principal criador de bovinos do Brasil.
b) A pecuária desenvolveu-se de forma extensiva e ganhou projeção graças à capacidade de deslocamento dos animais para os mercados consumidores.
c) O transporte ferroviário ingressou no território goiano no final dos anos de 1920, propiciando forte modernização da economia por meio da agroindústria.
d)
Vila
Boa
acompanhou
os
distintos
ritmos
do
desenvolvimento econômico de Goiás: da extração do ouro à implantação das ferrovias, a cidade manteve-se como polo de desenvolvimento econômico até o final de 1930.
A agropecuária em Goiás contou com a disponibilidade de terras extensas. Além disso, a própria natureza do produto (animal e capaz de se deslocar) foi fundamental para que os pecuaristas 02411066139
pudessem produzir e comercializar com mercados consumidores. Letra b. 15) (UEG – Soldado/PM – 2005) A mudança da capital mobilizou todas as atenções do Estado, pois se tratava de mudar a geografia política, alterando o lugar de encontro das atividades econômicas, administrativas e culturais. Entre os
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anos de 1933 e 1937, estruturou-se, ainda que timidamente, a nova capital de Goiás, cuja construção foi uma decorrência
a) da reorientação política ocorrida em Goiás após 1930. O interventor Pedro Ludovico, desejoso de restringir o poder das elites políticas fixadas na tradicional cidade de Goiás, comprometeu-se com a mudança da capital como chave para o seu governo.
b) do desejo explícito do presidente Getúlio Vargas de ocupar produtivamente as regiões interioranas, abandonadas pelas elites locais.
c) da crise econômica de 1929 que, regionalmente, afetou a cidade de Goiás: o número de falências e a desorganização da atividade pecuarista alimentaram o desejo de mudança da capital.
d) do desejo da população de reconstruir uma nova capital longe do clima insalubre que transformava a cidade em fator de risco para a saúde dos moradores. 02411066139
A mudança da capital para Goiânia significa uma aposta do novo
governo
na
modernização,
no
desenvolvimento,
na
urbanização e também a modificação da estrutura política que vigorava em Goiás até 1930, rompendo com as antigas oligarquias. Letra a.
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16) (UEG – Saneago – 2008) Um dos primeiros lugares ocupados pelos colonizadores brancos em Goiás foi a região do Rio Vermelho, onde se fundou o arraial de Santana, que depois passou a ser chamado de Vila Boa. O nome “Vila Boa” deriva de a) “bom selvagem”, referência à índole pacífica dos índios goiazes. b) “boa morte”, nome da primeira igreja construída no lugar. c) “boa lavra”, referência à grande quantidade de ouro encontrado na região. d) “Bueno”, sobrenome do “Anhanguera”, o fundador do arraial.
A Cidade de Goiás foi a primeira capital do Estado de Goiás. Nasceu com o nome de Arraial de Sant´Anna, em 1727, fundada pelo bandeirante paulista Bartolomeu Bueno da Silva. Em 1736 tornou-se vila administrativa, com o nome de Vila Boa de Goyaz. 02411066139
Seu nome advém do sobrenome de seu fundador. Letra d. 17) (UEG – Saneago – 2008) Apesar de escravizados, os negros
deixaram
fortes
marcas
folclórico-religiosas
cultura goiana como, por exemplo,
a) a Folia de Reis de Trindade.
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na
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b) as Cavalhadas de Pirenópolis.
c) as Congadas de Catalão.
d) a Procissão do Fogaréu na Cidade de Goiás.
O congado ou congada é uma manifestação cultural e religiosa afro-brasileira. Constitui-se em um bailado dramático com canto e música que recria a coroação de um rei do Congo.
Por volta de
1820, chegaram à Vila do Catalão escravos para o trabalho nas lavouras de café. Foram eles os responsáveis pela introdução da cultura das congadas na região. Letra c. 18) (UEG – Saneago – 2008) Na década de 1930, a capital de Goiás passou a ser Goiânia. A mudança da capital ocorreu porque:
a) uma lei federal proibia os estados de terem o mesmo nome de suas capitais.
b) era necessária uma capital que estimulasse o crescimento 02411066139
econômico do estado.
c) era necessária uma capital mais próxima do Oceano Atlântico.
d) era necessário preservar o patrimônio histórico da cidade de Goiás.
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Entre os fatores que motivaram a transferência da capital em Goiás, estava a preocupação com o desenvolvimento econômico do Estado. Letra b. 19) (UEG – Câmara Municipal de Valparaíso de Goiás – 2008)
Capital de Goiás foi eleita Desde o berço em que um dia nasceu Pela gente goiana foi feita Com um povo adotado cresceu.
OLIVEIRA, E. C. História cultural de Goiânia. Goiânia: Agepel, 2002. p. 26.
O trecho do poema acima faz referência ao intenso processo de
crescimento
demográfico
ocorrido em Goiás com a
mudança da capital e a inauguração de Goiânia. Outro fator que fomentou o crescimento demográfico de Goiás no século XX foi a
a) descoberta de ouro por Bartolomeu Bueno da Silva. 02411066139
b) fundação do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA).
c) construção de Brasília.
d) Revolução de 1930, comandada por Pedro Ludovico Teixeira.
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A construção de Brasília contribuiu para o crescimento de diversas cidades goianas, principalmente as localizadas no entorno do DF. Letra c. 20) (UEG- PC – Delegado – 2008) A implementação do regime militar em 1964 trouxe substanciais mudanças na política goiana. A elite econômica e política local que, desde o fim do Império controlava o poder político do estado, teve que
submeter
as
diretrizes
centralizadoras
do
governo
federal. Um acontecimento da política goiana durante o regime militar foi
a) a nomeação, por
meio de decreto presidencial, do
engenheiro Otávio Lage de Siqueira como governador de Goiás.
b) a nomeação de governadores desvinculados das famílias tradicionais que controlaram o poder político em Goiás, tais como os Caiado e os Bulhões.
c) a cassação do governador Mauro Borges Teixeira, em 02411066139
represália a sua atitude firme, em março de 1964, na defesa da permanência de João Goulart no poder.
d) a eleição indireta de Ary Valadão para governador de Goiás em 1978, o último governador do período da Ditadura militar.
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Em 1978, Ary Valadão foi escolhido indiretamente governador de Goiás. Ele foi o último governador durante o período militar no estado. Letra d.
4. Lista de questões
1) (UEG – Iquego – Técnico: Eletrotécnica - 2005) Os enunciados abaixo tratam da modernização no campo em Goiás. Leia-os atentamente e marque a CORRETA:
a) A modernização da agricultura em Goiás é resultado da expansão do capitalismo no campo. Essa modernização aumentou o deslocamento migratório de produtores rurais para o Estado, especialmente os grandes fazendeiros das regiões Nordeste e Norte do país.
b) A soja, tida como um dos principais produtos agrícolas goianos, foi introduzida junto com a modernização da agricultura e é cultivada em todo o estado, especialmente, 02411066139
nas regiões norte e nordeste de Goiás.
c) A modernização da agricultura goiana proporcionou, no final do século XX, o reaparecimento das antigas fazendas de engenho que dinamizaram o comércio da terra e melhoram as condições salariais do trabalhador no campo.
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d)
Nas
atividades
produtivas
intensivas,
a
tecnologia
avançada, a ocupação de toda área de propriedade e a utilização de mão de obra especializada são fatores que caracterizam a modernização no campo. 2) (UEG – Iquego – Técnico: Eletrotécnica - 2005) Assinale a proposição que justifique o crescimento da industrialização no Estado de Goiás:
a) A descentralização econômica e industrial brasileira e a implantação
em
Goiás
de
infraestrutura
(por
exemplo:
ampliação e pavimentação de rede viária e expansão de rede de
energia
elétrica)
são
os
principais
fatores
que
proporcionaram o desenvolvimento da indústria em Goiás.
b) Os projetos do governo federal que incentivaram a implantação industrial e a transformação das indústrias de extrativismo mineral e vegetal em indústria de produtos alimentícios, especialmente aquelas localizadas no norte do Estado, são os fatores que promoveram o aumento da industrialização em Goiás. 02411066139
c)
O
alto
índice
de
desemprego
e
a
criminalidade
impulsionaram o governo do Estado de Goiás a criar, nos anos de 1990, programas de incentivos para instalação de indústrias nacionais e internacionais, com a finalidade de geração de novos empregos.
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d) A mão de obra especializada, o desenvolvimento do setor econômico terciário e a criação de cidades tecnopólos proporcionaram
a
implantação
de
indústrias
em
Goiás,
especialmente aquelas ligadas ao turismo e ao lazer. 3. (UEG – Iquego – Técnico em Segurança do Trabalho – 2005) Sobre o fluxo migratório no Estado de Goiás é INCORRETO afirmar:
a) Nos últimos anos, destacou-se em Goiás um considerável fluxo migratório de sulistas, especialmente os gaúchos, em busca de terras para produção de grãos nobres, provocando mudança tecnológica e de relação de trabalho no campo.
b) O fluxo migratório para Goiás dá-se também por parte da população mais carente que se instala em Goiânia, nas cidades
circunvizinhas
e
no
Entorno
de
Brasília.
Esse
fenômeno migratório é impulsionado, em grande medida, pela condição socioeconômica do migrante.
c) Os fluxos migratórios para Goiás tem duas direções: uma 02411066139
para as regiões pouco povoadas, como o vale do Araguaia; e outra para regiões metropolitanas, como o Entorno de Brasília e o Aglomerado Urbano de Goiânia.
d) O processo migratório em Goiás foi anterior ao século XX. Ainda nos séculos XV e XVI, havia migração de paulistas e, especialmente, paranaenses para as regiões sul e sudeste do Estado de Goiás, com a finalidade de produção de grãos.
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4) (UEG – Iquego – Assistente de Laboratório – 2005)
Meu Goiás, meu Goiás Terra do Anhanguera E dos Carajás És um tesouro encantado No coração do Brasil És privilegiado Por riquezas mil Toda Pátria te bendiz, Goiás. (Nini Araújo. Meu Goiás)
Sobre o povoamento branco de Goiás no século XVIII, é CORRETO afirmar:
a) Bartolomeu Bueno da Silva, sertanista protetor dos índios, foi o primeiro branco a chegar a Goiás.
b) Goiás ainda pode ser chamado de a Terra dos Carajás, 02411066139
tendo em vista a alta representatividade dos indígenas na demografia goiana.
c) A busca de riquezas minerais estimulou os bandeirantes paulistas a ocuparem o Centro-Oeste brasileiro.
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d)
Pode-se
afirmar
que
a
Igreja
Católica
e
a
Coroa
Portuguesa apoiaram as guerras de extermínio movidas contra os indígenas em Goiás. 5) (UEG – Iquego – Auxiliar de Manutenção – 2005) Sobre a população negra em Goiás, é CORRETO afirmar:
a) O trabalho escravo não foi utilizado na mineração, pois os proprietários das minas temiam que os negros roubassem o ouro garimpado.
b) A única manifestação cultural genuinamente negra em Goiás é o espetáculo das cavalhadas em Pirenópolis.
c) Os remanescentes de quilombos em Goiás, como o dos Kalungas, significaram a resistência dos negros à escravidão.
d) Em Goiás, a escravidão negra no século XVIII foi substituída pela escravidão indígena, uma vez que o índio adaptava-se melhor ao trabalho agrícola. 02411066139
6) Sobre a mudança da Capital do Estado de Goiás, marque a proposição INCORRETA:
a) Goiânia foi planejada pelo urbanista Lúcio Costa, que projetou uma cidade para 500.000 habitantes. b) A ideia da mudança da Capital surgiu no século XVIII e foi consolidada apenas no século XX.
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c) Pedro Ludovico Teixeira mudou a Capital do Estado com apoio de Getúlio Vargas.
d) A ideia de mudança da Capital teve sua consolidação durante a década de 1930, no governo de Pedro Ludovico Teixeira. 7) (UEG – Iquego – Técnico Superior – 2005)
“[...] a
mudança da capital não é apenas um problema na vida de Goiás. É também a chave, o começo da solução de todos os demais problemas. Mudando a sede de Governo para um local que reúna os requisitos de cuja ausência absoluta se ressente a cidade de Goiás, teremos andado meio caminho na direção da grandeza desta maravilhosa unidade Central”. (Relatório
apresentado
por
Pedro
Ludovico
Teixeira ao
presidente Getúlio Vargas em 1934. In: PALACIN, Luis. Fundação de Goiânia e desenvolvimento de Goiás. Goiânia: Oriente, 1976. p. 44)
Com relação à mudança da capital de Goiás na década de 1930, marque a alternativa INCORRETA: 02411066139
a) De acordo com o texto citado, para Pedro Ludovico o objetivo explícito da mudança da Capital era promover o desenvolvimento
de
Goiás.
No
entanto,
implicitamente,
visava criar um novo centro de poder, afastando-se de seus adversários políticos.
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b) Em termos econômicos, a construção de Goiânia foi uma estratégia
utilizada
por
Pedro
Ludovido
Teixeira
para
promover o desenvolvimento socioeconômico do Estado de Goiás.
c) Ao afirmar que a cidade de Goiás não reunia condições para propiciar o desenvolvimento econômico de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira equivocou-se. No século XIX, graças à exploração
aurífera,
Goiás
era
um
dos
estados
mais
desenvolvidos do Brasil.
d) A construção de Goiânia expressou o desejo renovador advindo com a Revolução de 1930. Os revolucionários aspiravam romper com o passado, com as tradições e com o atraso representado pela cidade de Goiás.
8)
PALACIN,
GARCIA,
AMADO.
História
de
Goiás
em
documentos. (I. Colônia). Goiânia: Editora da UFG, 1995. p. 62.
Marque a assertiva correta: 02411066139
a) O declínio demográfico, a partir de 1790, foi consequência direta da redução da atividade aurífera em Goiás, o que provocou a migração da população envolvida na atividade mineradora para outras regiões.
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b) A diminuição da população em Goiás, a partir da década de 1790, foi decorrente da participação de Goiás na Guerra do Paraguai.
c) Na última década do século XVIII, Goiás foi afetado pela epidemia de varíola, que provocou grande mortandade em Meia Ponte e Jaraguá, explicando assim a redução da população.
d) A redução da população no início do século XIX explica-se pelo fato de Goiás ter perdido a populosa região do Triângulo Mineiro para Minas Gerais. 9) (UEG – Iquego – Técnico Superior – 2005) Líder de um movimento messiânico que muitos pesquisadores comparam a Canudos de Antônio Conselheiro, Benedicta Cipriano, a Santa Dica, tem seu centenário de nascimento comemorado nesta
semana.
Tida
como
santa
pelos
moradores
de
Lagolândia, Dica reuniu em torno de si, nos primeiros anos da década de 1920, uma legião de seguidores e logo passou a ser vista como uma ameaça pelo governo e pela Igreja. Ela 02411066139
já inspirou filmes e livros e sua memória é lembrada no decorrer desta semana em vários eventos. O POPULAR, Goiânia, 10 abr. 2005.
Sobre esse importante movimento social ocorrido em Goiás é CORRETO afirmar:
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a) A Igreja Católica não apoiou o movimento político em torno
de
Santa
Dica,
mas
reconheceu
seus
milagres,
conseguindo sua canonização junto ao Vaticano.
b) O Movimento de Santa Dica foi consequência do intenso processo de urbanização ocorrido em Goiás na década de 1920.
c) Movimentos messiânicos expressam a religiosidade do homem rural, entrando, assim, em contradição com as práticas ortodoxas pregadas pela Igreja Católica.
d) Santa Dica e seus adeptos auxiliaram a Coluna Prestes na sua
passagem
por
Goiás.
Por
isso,
o
movimento
foi
combatido pela Força Pública do Estado. 10) (UEG – 2004) Com a Independência, iniciou-se a passagem da ordem colonial à nacional. O grito do Ipiranga ecoou principalmente nas regiões centrais (Rio de Janeiro, Minas e São Paulo), mas o Brasil era um continente formado por inúmeras ilhas cercadas pelo desejo de afirmação de uma 02411066139
nova nacionalidade.
Acerca da vida econômica e social do Brasil no contexto da independência, é CORRETO afirmar:
a) Em Goiás, a independência motivou disputas entre as comarcas do sul e do norte, mas o separatismo não contou com o apoio do regime monárquico e foi controlado.
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b)
O
projeto
de
emancipação
política
foi
negociado
amplamente pelas distintas regiões do país com base no compromisso de que as elites portuguesas seriam banidas da vida política.
c) O crescimento da economia do café e os recursos advindos da produção do açúcar e do ouro formaram a base de sustentação de uma próspera economia nacional.
d) A atividade pecuarista permitiu que Goiás desempenhasse importante papel no abastecimento do Rio de Janeiro, o que garantiu o compromisso da monarquia contra os movimentos separatistas.
e) Os conflitos entre as comarcas do sul e do norte ganharam relevo durante a primeira metade do século XIX e assumiram a forma de uma guerra civil que só pode ser controlada com o auxílio de tropas vindas da Corte. 11) (UEG – Oficial da PM – 2005) O coronelismo foi a 02411066139
expressão do poder local na Primeira República. Sobre a estrutura de poder nesse período analise as assertivas abaixo e escolha a alternativa CORRETA:
I. O coronelismo apresentava-se como uma resposta à ausência do Estado. O poder familiar e pessoal assegurava a dominação tradicional, uma vez que inexistia uma ordem, propriamente, republicana.
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II. A partir de 1912, o poder em Goiás esteve concentrado nas mãos do domínio familiar (Caiados), que gerava, além de deputados e senadores, leis que atendiam, sobretudo, aos interesses particulares.
III. A partir de 1937, iniciou-se uma renovação política que afirmou
a
primazia
do
Estado
diante
dos
interesses
particulares, mas sob um regime político ditatorial, incapaz, portanto, de afirmar o sentido democrático do ideário republicano.
a) São corretas apenas as assertivas I e II.
b) São corretas apenas as assertivas II e III.
c) São corretas apenas as assertivas I e III.
d) Todas as assertivas são corretas.
12) A cidade de Pirenópolis tem na Festa do Divino uma das 02411066139
suas principais atrações. Na relação entre festa e cultura pirenopolina, destaca-se
a) a preservação de uma tradição cultural recriada nos festejos que atraem turistas de todas as partes do Brasil.
b) o culto de tradições culturais seculares
imunes ás
influências do comércio e do turismo.
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c) a ruptura com a tradição cultural marcada pela contínua invenção de novos rituais voltados para o mercado turístico.
d)
a
espontaneidade
dos
festejos
que
são
recriados
livremente pela população sem apelo ao seu suposto sentido original. 13) (UEG – Soldado/PM – 2005) A formação econômica e social de Goiás decorreu da descoberta das Minas, que provocaram grande influxo populacional para a região. Nos idos da década de 1770, no entanto, já se percebia a diminuição de seu ritmo de produção e
a) a substituição da extração do ouro pela pecuária que abastecia as cidades do entorno da região e a cidade do Rio de Janeiro.
b) o abandono da atividade mineradora, cujos rendimentos eram incapazes de manter o custo de manutenção dos escravos, o que provocou o expressivo aumento do número de alforrias. 02411066139
c) o deslocamento da população para os núcleos urbanos em busca de novas oportunidades no setor artesanal e nas nascentes indústrias.
d) a queda dos rendimentos dos mineiros, que, na falta de outra atividade rentável, permaneceram na dura lida de lavrar a terra em busca do ouro.
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14) (UEG – Soldado/PM – 2005) O brilho e a escassez do metal precioso são marcas de nascença do mundo goiano entre os séculos XVIII e XIX que, lentamente, foram apagadas pelos rastros das boiadas e pelos trilhos do trem. Nesse longo processo de formação, destaca-se o seguinte fator:
a) A herança do período minerador permitiu a acumulação de capital suficiente para a formação de um grande rebanho bovino que permitiu a Goiás, no século XIX, transformar-se no principal criador de bovinos do Brasil.
b) A pecuária desenvolveu-se de forma extensiva e ganhou projeção graças à capacidade de deslocamento dos animais para os mercados consumidores.
c) O transporte ferroviário ingressou no território goiano no final dos anos de 1920, propiciando forte modernização da economia por meio da agroindústria. 02411066139
d)
Vila
Boa
acompanhou
os
distintos
ritmos
do
desenvolvimento econômico de Goiás: da extração do ouro à implantação das ferrovias, a cidade manteve-se como polo de desenvolvimento econômico até o final de 1930. 15) (UEG – Soldado/PM – 2005) A mudança da capital mobilizou todas as atenções do Estado, pois se tratava de mudar a geografia política, alterando o lugar de encontro das
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atividades econômicas, administrativas e culturais. Entre os anos de 1933 e 1937, estruturou-se, ainda que timidamente, a nova capital de Goiás, cuja construção foi uma decorrência
a) da reorientação política ocorrida em Goiás após 1930. O interventor Pedro Ludovico, desejoso de restringir o poder das elites políticas fixadas na tradicional cidade de Goiás, comprometeu-se com a mudança da capital como chave para o seu governo. b) do desejo explícito do presidente Getúlio Vargas de ocupar produtivamente as regiões interioranas, abandonadas pelas elites locais.
c) da crise econômica de 1929 que, regionalmente, afetou a cidade de Goiás: o número de falências e a desorganização da atividade pecuarista alimentaram o desejo de mudança da capital.
d) do desejo da população de reconstruir uma nova capital longe do clima insalubre que transformava a cidade em fator de risco para a saúde dos moradores. 02411066139
16) (UEG – Saneago – 2008) Um dos primeiros lugares ocupados pelos colonizadores brancos em Goiás foi a região do Rio Vermelho, onde se fundou o arraial de Santana, que depois passou a ser chamado de Vila Boa. O nome “Vila Boa” deriva de
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a) “bom selvagem”, referência à índole pacífica dos índios goiazes. b) “boa morte”, nome da primeira igreja construída no lugar. c) “boa lavra”, referência à grande quantidade de ouro encontrado na região. d) “Bueno”, sobrenome do “Anhanguera”, o fundador do arraial. 17) (UEG – Saneago – 2008) Apesar de escravizados, os negros
deixaram
fortes
marcas
folclórico-religiosas
na
cultura goiana como, por exemplo,
a) a Folia de Reis de Trindade.
b) as Cavalhadas de Pirenópolis.
c) as Congadas de Catalão. 02411066139
d) a Procissão do Fogaréu na Cidade de Goiás. 18) (UEG – Saneago – 2008) Na década de 1930, a capital de Goiás passou a ser Goiânia. A mudança da capital ocorreu porque:
a) uma lei federal proibia os estados de terem o mesmo nome de suas capitais.
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b) era necessária uma capital que estimulasse o crescimento econômico do estado.
c) era necessária uma capital mais próxima do Oceano Atlântico.
d) era necessário preservar o patrimônio histórico da cidade de Goiás. 19) (UEG – Câmara Municipal de Valparaíso de Goiás – 2008)
Capital de Goiás foi eleita Desde o berço em que um dia nasceu Pela gente goiana foi feita Com um povo adotado cresceu.
OLIVEIRA, E. C. História cultural de Goiânia. Goiânia: Agepel, 2002. p. 26.
O trecho do poema acima faz referência ao intenso processo 02411066139
de
crescimento
demográfico
ocorrido em Goiás com a
mudança da capital e a inauguração de Goiânia. Outro fator que fomentou o crescimento demográfico de Goiás no século XX foi a
a) descoberta de ouro por Bartolomeu Bueno da Silva.
b) fundação do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA).
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c) construção de Brasília.
d) Revolução de 1930, comandada por Pedro Ludovico Teixeira. 20) (UEG- PC – Delegado – 2008) A implementação do regime militar em 1964 trouxe substanciais mudanças na política goiana. A elite econômica e política local que, desde o fim do Império controlava o poder político do estado, teve que
submeter
as
diretrizes
centralizadoras
do
governo
federal. Um acontecimento da política goiana durante o regime militar foi
a) a nomeação, por
meio de decreto presidencial, do
engenheiro Otávio Lage de Siqueira como governador de Goiás.
b) a nomeação de governadores desvinculados das famílias tradicionais que controlaram o poder político em Goiás, tais como os Caiado e os Bulhões. 02411066139
c) a cassação do governador Mauro Borges Teixeira, em represália a sua atitude firme, em março de 1964, na defesa da permanência de João Goulart no poder.
d) a eleição indireta de Ary Valadão para governador de Goiás em 1978, o último governador do período da Ditadura militar.
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5. Gabarito 1–D
2–A
3–D
4–C
5–C
6–A
7–C
8–A
9–C
10 – A
11 – D
12 – A
13 – D
14 – B
15 – A
16 – D
17 – C
18 – B
19 – C
20 – D
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