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Legenda: Retirada mecanizada do leite. Fonte: Shutterstock
Posteriormente, o leite é pasteurizado e processado em diversos tipos de classicação: integral, desnatado, semidesnatado etc. Também são gerados subprodutos como queijos, manteiga e iogurtes. Na cadeia produtiva do leite temos, basicamente, quatro etapas. Etapas da cadeia produtiva do leite
Insumos • Ração • Medicamentos • Material genético
Produção rural
• Criação do gado leiteiro • Ordenha • Separação do leite
Processamento • Coleta do leite • Pasteurização • Classificação e industrialização • Produção dos derivados
Varejo
• Comercialização em supermercados, mercearias, padarias • Produtos: leite, queijos, iogurtes
A seguir, conheça cada uma dessas etapas da cadeia de produção do leite. • Insumos – os insumos da cadeia do leite são produtos veterinários, ração, equipamentos
de ordenha e refrigeração, outras máquinas e equipamentos. • Produção rural – os animais são cuidados de modo a permitir a maior produção de leite
possível, e, em fazendas de alta produção, mais de uma ordenha por animal é feita por dia. • Processamento – o processamento do leite é feito em laticínios e tem a nalidade de
padronizar o leite, pasteurizar e transformar nos principais produtos de comercialização. Geralmente, as empresas envolvidas são grandes (muitas são multinacionais), cooperativas, grupos nacionais, pequenos e médios laticínios e miniusinas.
Curso Técnico em Agronegócio
Fonte: Shutterstock
• Varejo – o leite e seus derivados possuem uma ampla rede de comercialização que envolve
supermercados, padarias, mercearias etc. Entretanto, seu maior desao está em lidar com um produto altamente perecível, ou seja, que tem prazo de validade curto.
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Atenção
Por ser um produto muito perecível, a logística tem um papel essencial na cadeia produtiva do leite.
Geralmente, o que ocorre nos grandes centros é que os veículos que entregam também recolhem o material vencido para o devido descarte, aumentando, assim, signicativamente os custos dessa cadeia produtiva.
O
Informação extra
Para saber mais sobre o processo de coleta do leite, assista ao vídeo “Produção e coleta de leite”, disponível no AVA.
3. Cadeia de grãos O Brasil produz diversos tipos de grãos como milho, soja, feijão, arroz, café, entre outros. Os grãos têm particularidades em seus processos de acordo com o tipo de plantio e cuidados de produção.
Gestão da Produção e Logística
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De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2015), a estimativa de produção de grãos para a safra de 2015/2016 é de 223,5 milhões de toneladas. Os cinco principais tipos de grão são o arroz, o milho, a soja, o trigo e o feijão. Para ilustrar um pouco da cadeia de grãos, vamos estudar em mais detalhes a cadeia do milho e da soja, que são os principais grãos brasileiros. Além disso, essas cadeias são complementares, pois se utilizam do mesmo sistema, ou seja, compartilham terra, armazenagem e transporte. Milho
Ano Safra do 2014/2015 (mil toneladas)
%
Produção nacional
78.595
100,0
Principais estados produtores
Mato Grosso
17.782
22,6
Paraná
14.726
18,7
Mato Grosso do Sul
8.159
10,4
Goiás
8.073
10,3
Minas Gerais
6.785
8,6
Rio Grande do Sul
6.117
7,8
São Paulo
3.957
5,0
Santa Catarina
3.189
4,1
Bahia
2.818
3,6
Total
71.605
91,1
Legenda: Produção brasileira de milho. Fonte: Mapa (2015).
A região Centro-Oeste produz 43,3% da produção de milho brasileira e outros 30% são produzidos na região Sul. A produção do Centro-Oeste baseia-se no sistema de primeira safra e segunda safra, conhecida como “milho safrinha”, na qual o milho é plantado após a safra da soja, permitindo, assim, duas safras de grãos por ano. Analise a gura seguinte para também conhecer a dimensão da produção de soja, a qual funciona de forma muito similar à do milho.
Curso Técnico em Agronegócio
Soja grão
Ano Safra do 2014/2015 (mil toneladas)
%
Produção nacional
95.070
100,0
Principais estados produtores
Mato Grosso
27.869
29,3
Paraná
17.136
18,0
Rio Grande do Sul
14.688
15,4
Goiás
8.703
9,2
Mato Grosso do Sul
7.040
7,4
Bahia
4.239
4,5
Total
72.674
83,8
Legenda: Produção brasileira de soja. Fonte: Mapa (2015).
A produção brasileira de soja está concentrada nas regiões Centro-Oeste, com 45,9%, e Sudeste, com 34,4%. Quase metade da produção brasileira de soja e milho está no CentroOeste brasileiro, o que torna a região estratégica dentro do cenário do agronegócio. De um modo geral, podemos estabelecer ambas as cadeias no esquema apresentado a seguir. Cadeia produtiva de milho e soja Insumos • Sementes • Fertilizantes • Defensivos agrícolas • Máquinas e equipamentos
Produção rural • Plantio • Cultivo • Colheita • Armazenagem • Transporte
Varejo • Comercialização de grãos, produtos derivados e ração
Processamento • Esmagamento e industrialização da soja • Produção de ração animal • Industrialização do milho • Produção de biocombustíveis
Distribuição • Transporte e comercialização para o varejo • Exportação
A seguir, conheça cada uma das etapas das cadeias produtivas de milho e soja.
Gestão da Produção e Logística
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• Insumos – como toda produção agrícola, os insumos da produção de milho e soja são
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sementes, fertilizantes, corretivos, defensivos agrícolas, máquinas e equipamentos. Essas duas cadeias produtivas compartilham esses materiais, variando apenas a semente de plantio e as quantidades recomendadas. • Produção rural – a produção de milho e soja tem ciclos que envolvem etapas como
plantio, colheita, armazenamento e transporte para exportação ou para as indústrias de processamento. Os ciclos de plantio e colheita do milho e da soja por estado e por p eríodo do ano pode ser visualizado nas guras seguintes. JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
RO TO MA PI BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF
Plantio
Colheita
Legenda: Milho – 1.ª safra. Fonte: IBGE (2013).
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
BA MG SP PR MS MT
Plantio Legenda: Milho – 2.ª safra. Fonte: IBGE (2013).
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Colheita
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
RO TO MA PI BA MG SP PR SC RS MS MT GO DF
Plantio
Colheita
Legenda: Soja. Fonte: IBGE (2013).
• Processamento – apenas parte do processamento da soja e do milho é feita no Brasil. Grande volume da produção vai para a exportação in natura. No caso da soja, o
processamento é feito por meio do esmagamento do grão, o que gera óleo bruto e farelo de soja. O óleo bruto é posteriormente renado, gerando o óleo de cozinha, biodiesel ou lecitina. Esse processamento geralmente é dividido em agroindústrias de primeira e segunda transformação. Parte é usada para a produção de farelo destinada à ração animal. O principal processamento do milho é para produção de ração animal e para indústria de alimentos em geral. • Varejo – no Brasil os principais produtos consumidos no varejo são os óleos de cozinha e
o fubá de milho.
4. Cadeia sucroenergética Um setor muito importante da economia agrícola brasileira é o de sucroenergia. Esse setor é composto da produção de açúcar e álcool de cana e produção de energia elétrica por meio da queima do bagaço de cana.
O
Informação extra
Esse setor movimentou, na safra 2013/2014, cerca de 107 bilhões de dólares americanos (NEVES; TROMBIN, 2014).
Gestão da Produção e Logística
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O açúcar tem sido um dos principais produtos brasileiros desde o período colonial. E o cultivo da cana-de-açúcar, que, durante essa época, era feito na região Nordeste brasileira, atualmente está nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país. Desde os anos 1970, o Brasil tem desenvolvido biocombustíveis à base da cana-de-açúcar. O etanol foi utilizado como combustível para automóveis já na década de 1980. Entretanto, devido a problemas com a tecnologia e os preços, os anos 1990 viriam o quase desaparecimento desse tipo de combustível, que voltou com toda força neste século XXI, graças aos veículos com tecnologia exível e preços competitivos com a gasolina. Informação extra
O
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2015), cerca de 70% da cana-de-açúcar processada é utilizada para produção de açúcar. Isso se deve aos preços do açúcar no mercado internacional, que atualmente são mais vantajosos.
Recentemente as usinas começaram a utilizar o bagaço da cana-de-açúcar para queimar e gerar energia elétrica por meio de termoelétricas, gerando uma fonte de renda adicional. A seguir, conheça as etapas da cadeia produtiva sucroenergética. Cadeia produtiva sucroenergética
Indústria de insumos Produtores com contratos, produtores arrendatários e produção integrada de usinas
Produção rural
Produção de cana (2008-2009): 569 milhões de toneladas (SP = 60%) Agentes fomentadores Indústria de bens de capital
Cultivares de cana Agroquímicos Máquinas e implementos
Indústria processadora
No de usinas no Brasil: aproximadamente 350 No estado de São Paulo estão localizadas 59% desse total
De toda energia da cana
1/3 no caldo de cana para produzir açucar e etanol
Aproximadamente 35% consumo doméstico e 65% exportado
80% Mercado Aproximadamente consumo doméstico do açúcar e 20% exportado 3,7% da matriz energética nacional
Fonte: Santini, Pinto, Queiróz (2011).
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1/3 no bagaço
Mercado do etanol
Hidrólise
Bagaço de cana representa 10,8% da matriz energética nacional
1/3 na palha
Mercado da energia
A seguir, conheça mais detalhadamente as etapas da cadeia produtiva da cana-de-açúcar. • Insumos – envolvem adubos, corretivos, máquinas e equipamentos, defensivos agrícolas,
ou seja, os mesmos requisitos de qualquer produção agrícola moderna. • Produção rural – a produção de cana-de-açúcar é feita diretamente pelas usinas, em
suas propriedades ou, o que é mais comum, por meio do arrendamento de terras com pagamento de aluguel mensal aos proprietários.
Fonte: Shutterstock
A produção sucroenergética é uma cadeia integrada verticalmente, em que a usina responde por toda atividade até chegar ao distribuidor. Entretanto, algumas usinas podem cuidar do processo até o varejo, inclusive. • Processamento – o processamento da cana é feito por usinas, que produzem o açúcar, o
etanol e, ainda, geram energia para seu funcionamento e a comercialização do excedente. • Distribuição – a distribuição do açúcar é feita pelas usinas ao varejo nos diversos tipos:
renado, cristal, mascavo etc. Parte signicativa da produção nacional de açúcar é exportada.
Fonte: Shutterstock
Gestão da Produção e Logística
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A energia excedente comercializada é feita por leilões regulados pelo governo e encaminhadas via rede de transmissão para as concessionárias de energia.
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• Varejo – a venda do açúcar é feita em estabelecimentos como supermercados e mercearias
e a do etanol por meio de postos de combustíveis, adicionados à gasolina ou como combustível puro.
Encerramento do tema Neste tema estudamos os principais conceitos de cadeias de suprimentos e cadeias produtivas. Entendemos quem são os agentes pertencentes a essas cadeias e como se relacionam e estão envolvidos com a produção agroindustrial. Conhecemos também diversos tipos de cadeias produtivas que nos permitiram entender um pouco mais sobre a importância do agronegócio brasileiro. Conseguimos, assim, alcançar os objetivos de conhecer os tipos de produtos agropecuários por meio de suas cadeias de suprimentos e compreender o conceito e a caracterização dos principais atores envolvidos na cadeia produtiva e logística do agronegócio. No próximo tema vamos nos concentrar nos estudos dos sistemas logísticos e como estes se relacionam ao que aprendemos neste tema. Siga em frente e bom estudo!
Atividades de aprendizagem 1. Como você deniria a cadeia de suprimentos? a) Grupo de empresas que atuam em conjunto para entregar determinado tipo de produto. b) Grupo de empresas que produzem determinado tipo de grupo de produtos e que
possuem relação direta ou não. c) Sucessão de anéis ou elos de metal ligados uns aos outros. d) Ação ou efeito de suprir; acrescentamento, adição, suplemento. e) Processo de gestão de uma rede de negócios por um dos seus agentes. 2. Os transportadores têm um importante papel nas cadeias de suprimentos e produtivas.
Qual a denominação deles nessas cadeias? a) Agroindústria. b) Produção rural.
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c) Varejista. d) Intermediário. e) Consumidor. 3. Qual das cadeias produtivas a seguir possui o maior grau de integração vertical de suas
operações? a) Avicultura. b) Suinocultura. c) Sucroenergética. d) Bovinocultura de corte. e) Grãos. 4. A agroindústria tem buscado formas de diversicar sua produção, e uma delas vem a ser
a geração de bioenergia. Qual das alternativas seguintes apresenta uma cadeia produtiva que pode gerar bioenergia oriunda dos dejetos de sua produção? a) Grãos. b) Sucroenergética. c) Suinocultura. d) Piscicultura.
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e) Apicultura. 5. Entre os intermediários na cadeia de suprimentos, os agentes responsáveis pela comer-
cialização dos produtos agrícolas entre os produtores rurais e os mercados internacionais são conhecidos como: a) traders. b) elementos de produção. c) prestadores de serviço. d) terceirizados. e) varejistas.
Gestão da Produção e Logística
04
Sistemas logísticos
Tema 4: Sistemas logísticos Você sabia que é o sistema logístico que garante o bom funcionamento da cadeia de suprimentos? De nada adiantaria produzir se não conseguíssemos entregar os produtos aos clientes, não é mesmo? Não importa em que elo da cadeia de suprimentos a empresa esteja, ela depende da logística. Um produtor de milho precisa escoar sua produção do campo para o cerealista ou trader , a agroindústria necessita distribuir seus produtos no varejo. Portanto, sem os sistemas logísticos, as cadeias de suprimentos não poderiam funcionar. Neste tema você compreenderá a logística, como ela funciona e de que modo inuencia o agronegócio.
91 Fonte: Shutterstock
Ao nal deste tema, você será capaz de descrever e analisar as áreas de atuação da logística, conhecer os diferentes processos da logística e aplicá-los ao negócio rural e identicar as principais estratégias para armazenagem, manuseio, acondicionamento e transporte de produtos do agronegócio. Siga em frente e bom estudo!
Tópico 1: Conceitos fundamentais da logística Neste tópico você estudará os conceitos fundamentais da logística a partir da análise de três aspectos: conceito, evolução e o que compõe a logística. Ao nal você será capaz de compreender a importância da logística para as cadeias de suprimentos. Siga em frente e bom estudo! Gestão da Produção e Logística
1. O que é logística? 92
Muito tem sido tratado sobre logística, mas você saberia identicar ou conceituar o que é a logística? O Conselho de Prossionais de Supply Chain Management (CSCMP) é um dos mais importantes órgãos mundiais e que agrega prossionais e empresas de logística. Essa instituição deniu que logística é a parte do supply chain (cadeia de suprimentos) que planeja, executa e controla a movimentação e o armazenamento de matérias-primas, materiais semiacabados e materiais acabados, desde a sua origem até o seu local de consumo, de modo a atender as exigências do cliente nal (CSCMP, 2015).
Fonte: Shutterstock
A primeira coisa que precisamos entender são as palavras “planejar”, “executar” e “controlar”. Como vimos nos dois primeiros temas, planejar é projetar as metas que queremos alcançar e denir os passos que devemos seguir para atingir os objetivos. Feito o pl anejamento, devemos colocá-lo em execução e controlar essa execução para vericar se tudo está sendo realizado
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adequadamente conforme o planejado. O planejamento e controle também se relacionam com a movimentação e o armazenamento de cargas, que são duas atividades comuns no dia a dia do agronegócio. A movimentação corresponde ao transporte das mercadorias, e a armazenagem consiste na guarda temporária de produtos. Essa movimentação e armazenagem devem acontecer de forma eciente e dentro do prazo e a custos que permitam que as cadeias de suprimentos sejam competitivas. Essas atividades vão desde a primeira matéria-prima até o último produto acabado. Por m, o objetivo da logística é atender as exigências dos clientes. Conra, a seguir, a denição de logística no agronegócio.
A logística no agronegócio é o processo de planejar e controlar o transporte e a armazenagem dos produtos agropecuários, de forma eciente e economicamente viável, desde a produção rural, passando pelas agroindústrias até o varejo, onde se encontra o mercado consumidor. Assim, devemos entender que o transporte de uma fazenda de grãos até a trading (empresa de comercialização), o armazenamento pelas tradings, a movimentação do óleo bruto gerado a partir do esmagamento dos grãos e todas as atividades que envolvam o transporte e a armazenagem de produtos agrícolas e pecuários in natura, em processo ou processados, estão relacionados à logística no agronegócio.
2. Evolução da logística Onde e como surgiu a logística? A logística se originou na área militar e se aperfeiçoou ao longo dos séculos. A história da humanidade é repleta de guerras, e foi nesse contexto que a logística se desenvolveu. Alexandre, rei da Macedônia entre 336 a.C. e 323 a.C., assumiu o trono com apenas 20 anos e conquistou um império que se estendeu da Europa à Ásia, passando pelo Egito, no continente africano. Entre as suas inovações estava um planejamento logístico no qual soldados viajavam com pouco peso, e os recursos necessários para alimentação eram conseguidos à força por cavaleiros que invadiam as cidades por onde passavam seus exércitos. Isso permitiu que suas tropas marchassem 32 km por dia, em vez dos 5 km comuns à época. A logística militar da forma que conhecemos é tratada pela primeira vez como denição no reinado de Luiz XV, na França, onde desenvolveu o cargo do marechal de Logis, que tinha como função organizar a logística das tropas francesas. A independência de países na América, como Brasil e Estados Unidos, só ocorreu devido à diculdade de portugueses e ingleses, respectivamente, em enviarem tropas que pudessem vencer os povos americanos: a logística complexa e cara inviabilizou manter a guerra para que os países se mantivessem como colônias.
Gestão da Produção e Logística
93
Dica
O contêiner, uma das grandes invenções utilizadas nas guerras, hoje é utilizado para movimentar mercadorias. Criados originalmente para servirem de instalações médicas durante as guerras, atualmente são usados na navegação marítima e também em cargas aéreas.
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' Fonte: Shutterstock
Você sabia que a logística que conhecemos é chamada de logística empresarial e tem nos norte-americanos seus grandes desenvolvedores? Nos anos 1950 e 1960, as universidades de Michigan e Ohio desenvolveram os primeiros cursos sobre logística. A logística chegou ao Brasil na década de 1970, com o desenvolvimento da administração de materiais nas indústrias. Nos anos 1980 surgiam inovações, como o palete-padrão brasileiro, que mede 1 m por 1,2 m.
Legenda: Palete. Fonte: Shutterstock
Curso Técnico em Agronegócio
Os primeiros cursos efetivamente sobre logística no Brasil começaram no início da década de 2000 e se tornaram muito comuns nas universidades e nos cursos técnicos de todo o país. Os problemas logísticos nunca foram tão evidentes e discutidos como nos dias atuais.
3. Atividades da logística A logística é composta de diversas atividades. Aqui vamos discutir aquelas que são importantes para o agronegócio. A logística envolve quatro atividades principais: gestão de estoque, gestão de transporte, gestão de armazenagem e gestão de pedidos.
Gestão de estoques
Gestão de transporte
Gestão de pedidos
Gestão de armazenagem
Legenda: Atividades principais da logística.
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A seguir, conheça a função de cada uma dessas atividades da logística.
Gestão de estoques Os materiais podem estar em armazenados ou em processo. A gestão de estoque consiste na gestão da matéria-prima, dos materiais em processo e dos produtos acabados ao longo das cadeias de suprimentos. As decisões logísticas relacionadas à gestão de estoque envolvem: a determinação dos lotes de compra e produção, a quantidade de material armazenado e em processo, os índices de renovação de estoque, o tamanho do estoque de segurança necessário etc.
Gestão da Produção e Logística
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Fonte: Shutterstock
Gestão de transporte Sem o transporte, os materiais e os produtos não poderiam chegar ao cliente. É uma atividadechave da logística, pois, sem o transporte, ela não existiria. A gestão de transporte envolve todo um conjunto de decisões logísticas como: quando transportar, como transportar, tempo de transporte, equipamento a ser utilizado etc.
Fonte: Shutterstock
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Gestão dos pedidos Todo o processo logístico só existe se houver um pedido. Por isso, a gestão dos pedidos é uma atividade-chave da logística. Ela envolve o controle de todo o sistema informacional, desde a entrada do pedido, passando pelo seu processamento nos armazéns, pelas operações de transporte, até a entrega.
Fonte: Shutterstock
Gestão de armazenagem Envolve decisões de como guardar e movimentar os produtos nas áreas de estocagem. As decisões em logística que a envolvem são como armazenar e movimentar, de que modo fazer a separação dos pedidos, denir os tipos de estrutura e embalagens a serem utilizadas etc.
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Fonte: Shutterstock
Gestão da Produção e Logística
Informação extra
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Para saber mais sobre a logística, como equipamentos, inovação, estudos de caso de empresas e novidades, você pode acessar o portal da revista “Tecnologística”, em www.tecnologistica.com.br
Tópico 2: Sistemas estratégicos da logística no agronegócio Neste tópico vamos estudar dois sistemas fundamentais para a produção agroindustrial: transporte e armazenagem e conservação. Ao nal, você será capaz de identicar as principais estratégias para armazenagem, manuseio, acondicionamento e transporte de produtos em agronegócios. Siga em frente e bom estudo!
1. Transporte O transporte, como vimos, interliga os diversos elos em uma cadeia de suprimentos e produtiva. Tem a função de interligar os agentes e permitir que as trocas aconteçam entre um e outro ator da rede. O transporte no agronegócio pode ser essencialmente de cinco tipos: aéreo, dutoviário, ferroviário, rodoviário e aquaviário (marítimo e navegação interior).
Transporte aéreo O transporte aéreo é realizado por meio de aviões de carga e de passageiros. As aeronaves transportam cargas de alto valor agregado. Esse tipo de transporte é caro devido aos seus altos custos operacionais e de investimento, o que inviabiliza o transporte de grandes volumes, como é o caso dos grãos. Geralmente é utilizado no agronegócio para o transporte de frutas de alto valor e que têm vida útil curta, pelas quais os clientes pagam valores maiores.
Legenda: Avião de carga. Fonte: Shutterstock
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Transporte dutoviário O transporte dutoviário é realizado por meio de dutos. Esse tipo de transporte nada mais é do que o uso de tubulações especiais que permitem a movimentação de produtos entre dois lugares. Geralmente, são empregados para o transporte de líquidos e gases, como petróleo e gás natural. Commodities agrícolas não costumam utilizar esse tipo de transporte. Existem projetos no Brasil que pretendem usá-lo para o transporte de etanol.
Legenda: Dutovia. Fonte: Shutterstock
Transporte ferroviário O transporte ferroviário foi inventado no século XVIII e é realizado por locomotivas e vagões em dois trilhos paralelos. O trem tem como diferencial sua grande capacidade de carga, anal cada vagão pode transportar o equivalente a dois caminhões bitrem com capacidade de 80 toneladas de carga. No agronegócio é muito utilizado para o transporte de grãos, quando disponível na região. No Brasil, além desse uso, é empregado para o transporte de minério de ferro, combustíveis e alguns tipos de materiais semiprocessados, como bobinas de aço.
Legenda: Trem de carga. Fonte: Shutterstock
Gestão da Produção e Logística
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De acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT, 2013) , o transporte ferroviário é vantajoso para cargas com volume maior que 40 toneladas em qualquer distância, porém, entre 27 e 40 toneladas, compete ao transporte rodoviário, sendo esse de uso ideal para distâncias superiores a 500 km. Abaixo desse peso e distância, o transporte rodoviário é mais interessante. Entretanto, é importante destacar que a disponibilidade e o preço por tonelada por km são os fatores decisivos para denir qual sistema de transporte utilizar.
Transporte rodoviário O transporte rodoviário é o sistema mais tradicional empregado no agronegócio brasileiro, sendo realizado por rodovias e estradas. Esse tipo de transporte é realizado por caminhões, que podem ser de dois tipos: Caminhões rígidos
Caminhões combinados
Possuem a carroceria xa sobre o chassi do veículo.
São compostos de um caminhão chamado de cavalo mecânico e um equipamento de reboque. Esse conjunto recebe o nome de carreta, mas pode ter variações conhecidas como bitrem (dois reboques) e treminhão (três reboques ou mais).
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Legenda: Caminhão rígido. Fonte: Shutterstock
Como podemos observar na imagem anterior, o caminhão rígido tem a sua carroceria xada sobre o chassi, portanto não é possível modicar o tipo de carroceria. Esse caminhão é usado mais para o transporte dentro das cidades devido a seu menor comprimento. Um caminhão
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rígido geralmente transporta de 6 a 10 toneladas de carga se tiver um eixo apenas na traseira e de 10 a 14 toneladas se possuir dois eixos na traseira, sendo conhecido popularmente como caminhão “trucado’. No agronegócio, percebemos o uso de caminhões rígidos a médias distâncias para o transporte de suínos, aves, bovinos, além de produtos de hortifruticultura.
Legenda: Caminhão combinado – carreta. Fonte: Shutterstock
No caminhão combinado, conforme imagem anterior, a carroceria é independente do chassi do veículo, sendo estes ligados por um engate especial. A vantagem desse veículo é que o cavalo mecânico pode ser acoplado a diferentes tipos de carroceria, conforme a necessidade de transporte, conferindo exibilidade.
101 Atenção
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Praticamente, todos os tipos de transporte dentro do agronegócio são feitos por carretas, que podem transportar 27 toneladas com um eixo simples na traseira do cavalo mecânico e 31 toneladas se o cavalo mecânico for trucado. Nesse tipo de combinação, os chassis das correrias têm sistemas de freio que podem ser acoplados ao cavalo mecânico, por isso são chamados de semirreboques. Entretanto, alguns transportes, como o da cana-de-a çúcar, usam reboques tradicionais. Esses reboques e semirreboques são conhecidos comercialmente como implementos rodoviários.
O grande volume de grãos que precisa ser escoado tem levado ao surgimento de outras combinações de veículos de transportes nas estradas, como os bitrens.
Gestão da Produção e Logística
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Legenda: Caminhão combinado – bitrem. Fonte: Shutterstock
Os caminhões do tipo bitrem são compostos de dois semirreboques articulados, que permitem altas capacidades de carga, de 40 a 46 toneladas, dependendo do comprimento, de 21 ou 25 metros aproximadamente. Os produtores de grãos têm preferido a utilização desse tipo de veículo em suas operações de transporte.
Transporte aquaviário O transporte aquaviário é dividido em dois tipos: marítimo, realizado por meio dos mares por navios, geralmente interligando dois países; e navegação interior, ou transporte hidroviário, que é realizado por barcaças e trafega por hidrovias. O transporte marítimo também pode ser na costa de um país e, muitas vezes, adentrar os rios, como é o caso dos navios que adentram o Porto de Manaus (AM).
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Dica
Quando a viagem é feita na costa de um único país, o transporte marítimo ca conhecido como cabotagem.
Esse tipo de modal é utilizado para o transporte de produtos agrícolas em grandes quantidades, daí o principal uso para grãos. O transporte marítimo é o principal meio de transporte para exportação de produtos, pois tem o menor custo por tonelada transportado. Em geral, as cargas de produtos industrializados são transportadas em contêineres; já os grãos in natura são transportados a granel em navios dedicados, conhecidos como navios graneleiros.
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Legenda: Navio de carga – transporte marítimo. Fonte: Shutterstock
Legenda: Barcaça de carga – transporte hidroviário. Fonte: Shutterstock
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Legenda: Navio graneleiro. Fonte: Shutterstock
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Os navios graneleiros têm seus porões enchidos de grãos in natura. Alguns produtos, porém, podem ser transportados ensacados em sacos tradicionais ou em bags especiais para o transporte marítimo, conforme imagem a seguir, podendo ser transportados, dessa forma, grãos, areia, minério de ferro etc.
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O transporte hidroviário ainda é pouco utilizado no Brasil, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, porém é muito econômico, embora leve mais tempo. Cada silo de transporte de uma barcaça transporta 1.100 toneladas de carga, ou seja, o equivalente a 24 caminhões bitrens de 25 metros.
Legenda: Big bag. Fonte: Shutterstock
Considerando que uma barcaça tem em média oito silos, isso dá uma capacidade de carga de 8.800 toneladas, o que equivale 192 caminhões bitrens. Impressionante, não? Para se ter uma relação do custo, estudos realizados durante os anos de 2014 e 2015 denem que, em média, o custo da tonelada de grão transportada da região Centro-Oeste por km por caminhão até o porto é de 11 centavos de reais, enquanto em hidrovia é de apenas 1 centavo Porém, devido aos investimentos públicos insucientes em hidrovias, ao reduzido número de vias em condições de navegação, o sistema é pouco utilizado no Brasil, mesmo o país tendo a maior bacia hídrica do mundo (POMPERMAYER; CAMPOS NETO; PAULA, 2014; REIS; TOLOI; FREITAS, 2015).
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Leitura complementar
Conheça os principais equipamentos utilizados para o transporte de cargas do agronegócio no item 5 do material complementar.
2. Armazenagem e conservação No agronegócio, não basta cultivar e melhorar a produtividade. É necessário conservar e armazenar o que está sendo colhido com a nalidade de adequar suprimento e demanda, como vimos anteriormente.
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Atenção
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A armazenagem dos produtos geralmente é realizada em silos, como no caso dos grãos. Já produtos de origem animal são armazenados em câmeras frias após o processo de industrialização.
Os silos são grandes estruturas metálicas que podem armazenar os produtos a granel ou em sacas, podendo ser horizontais ou verticais. Devido aos custos de montagem dos silos e ao excesso de produção, atualmente produtores têm usado silos bolsas (bags), que são colocados diretamente sobre a área de produção. Legenda: Silo horizontal. Fonte: TGG (2015).
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Legenda: Silo vertical. Fonte: Shutterstock
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Legenda: Silo bolsa. Fonte: Shutterstock
Por que devemos armazenar? A armazenagem é um processo muito importante para todas as cadeias produtivas do agronegócio, por isso é fundamental que você tenha conhecimento técnico do que está armazenando. Produtos como café, trigo, milho, soja, carnes etc. têm características diferenciadas que devem ser levadas em consideração no momento da armazenagem, independentemente da etapa. Para entender um pouco mais sobre a importância da armazenagem, leia o texto a seguir.
Exemplo A armazenagem como estratégia na produção de grãos Durante muito tempo, o produtor rural de grãos acreditava que o seu papel era apenas pro duzir os grãos que o mercado necessitava e o cliente deveria se responsabilizar pelo escoa mento do produto que comprou.
Com o aumento da oferta e prossionalização no setor, os produtores começaram a se deparar com algumas mudanças, como: aumento da produtividade, competitividade de mercado, variação de preços de compra e padrões de qualidade requeridos.
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Assim, a soja comercializada antes da safra tinha um preço, durante a safra outro preço e no decorrer da entressafra um terceiro preço. Se o produtor não tivesse onde estocar o pro duto, teria de vender pelo menor preço na safra para garantir que o produto não perecesse. Como os produtores não tinham áreas de armazenagem, os grandes traders passaram a comprar a soja, descontar do produtor e utilizarem suas grandes áreas de armazenagem
para padronizar os grãos nos níveis aceitos internacionalmente, de 14% de umidade e, consequentemente, aumentar a sua lucratividade.
Alguns produtores começaram a perceber a importância de terem áreas de armazenagem que reduzissem o tempo de la que passavam nos armazéns dos traders e possibilitassem fazer a padronização da soja e, também, que permitissem estocar para vender no melhor momento, ou seja, quando o preço é maior. Você pode ver a reportagem sobre esse assunto no site: .
Como são muitos os tipos e as características de armazenagem e conservação, é importante que você conheça bem os tipos de armazenagem referentes às produções da empresa em que atua. Basicamente, a conservação de produtos agrícolas e pecuários requer atendimento de algumas características, conforme listado a seguir. • Classifcação – essa é uma importante atividade que existe nos armazéns; sua nalidade
é vericar as características dos produtos armazenados.
'
Dica
O que se pretende saber na classicação é se o produto está de acordo com as especicações combinadas (padrão de qualidade exigido pelo mercado).
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As amostras são retiradas por sondas pneumáticas ou manuais nos caminhões e enviadas para classicação em laboratório ou especialistas presentes dentro das plantas industriais e dos armazéns. • Limpeza – grãos possuem muitas impurezas,
então, antes do processo de armazenagem, é preciso fazer uma limpeza dessas impurezas usando equipamentos especícos. • Secagem – outra atividade que pode ocorrer
em armazéns é a secagem. Muitos grãos têm t êm alta taxa de umidade e, durante o processo de armazenagem, precisam passar por um processo de redução dessa. Muita umidade pode estragar os grãos durante o período em que cam armazenados. A secagem, geralmente, é feita por secadores industriais. • Movimentação – cada vez mais os grãos têm
sua movimentação realizada por sistemas automatizados, sendo possível controlar o carregamento e a vazão por sistemas computacionais, esteiras e elevadores de caneca que são usados nesse processo. Legenda: Secador de grãos. Fonte: Shutterstock
Elevadores de caneca
Sistema para elevação vertical de cargas. Recebe esse nome por ser composto de recipientes móveis que coletam o material e despejam a carga automaticamente ao alcançarem o nível superior.
Legenda: Exemplo de esteira de transporte.
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• Conservação – depende das características do
produto. As carnes, por exemplo, requerem câmeras frias para manter a refrigeração necessária para assegurar a inocuidade e qualidade do produto. Ao encerrar este assunto de armazenagem e conservação, é fundamental que você, como técnico em agronegócio, aperfeiçoe-se sobre as características e necessidades dos produtos com que vier a trabalhar.
Legenda: Elevador de caneca.
Atividades práticas
j
Você saberia dizer o que é mais importante para o produtor rural: produzir ou distribuir? Pense bem sobre o que aprendeu até aqui e relacione a importância dos sistemas de produção e da logística para o agronegócio.
Encerramento do tema Neste tema, estudamos os sistemas logísticos do agronegócio. Aprendemos um pouco sobre logística, como esta evoluiu ao longo dos anos e quais são as suas principais atividades. Também tivemos a oportunidade de conhecer os principais sistemas de transporte no agronegócio, bem como os equipamentos utilizados. Por m, vimos a importância da armazenagem e os tipos de equipamentos empregados para esse m.
Fonte: Shutterstock
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Buscamos, assim, atingir os objetivos de descrever e analisar as áreas de atuação da logística, conhecer os diferentes processos da logística e saber como aplicá-los ao negócio rural e de qu e modo identicar as principais estratégias para armazenagem, manuseio, acondicionamento e transporte de produtos do agronegócio. Dessa maneira, nalizamos a parte de sistemas logísticos e vamos agora discutir um pouco sobre os desaos da produção e da logística agroindustriais. Siga em frente e bom estudo!
Atividades de aprendizagem 1. Indique a seguir qual das atividades não corresponde a uma atividade da logística no
agronegócio. a) gestão de pedidos b) gestão de estoques c) gestão de armazenagem d) gestão de transportes e) gestão de equipamentos
2. Você precisa escoar uma produção de 100 mil toneladas de grãos. De uma forma geral, se
você pudesse escolher qualquer modo de transporte, qual você utilizaria, considerando a capacidade de carga? a) Aéreo. b) Rodoviário. c) Dutoviário. d) Ferroviário. e) Hidroviário.
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3. Por que você precisa de um secador para a armazenagem de grãos? a) Para misturar os grãos. b) Para aumentar o volume dos grãos. c) Para eliminar a umidade dos grãos. d) Para reduzir a umidade dos grãos. e) Para eliminar o pó presente nos grãos. 4. Os transportadores, visando aumentar a capacidade de transporte no agronegócio, têm
aumentado o número de semirreboques utilizados. Os caminhões mais comuns usados no transporte rodoviário possuem quantos semirreboques? a) Zero. b) Um. c) Dois. d) Três. e) Quatro. 5. O transporte realizado por embarcações na costa de um mesmo país é conhecido como: a) marítimo.
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b) rodoviário. c) aquaviário. d) dutoviário. e) cabotagem.
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Tópicos especiais sobre produção e logística
Tema 5: Tópicos especiais sobre produção e logística Neste último tema vamos tratar alguns aspectos importantes sobre a produção e o processo logístico que precisarão ser enfrentados por você, técnico em agronegócio, caso venha a trabalhar com operações de produção e logística. O objetivo dessa temática é fazer com que você entenda melhor o funcionamento dos sistemas de produção rural diante da ótica dos desaos enfrentados pelo setor.
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Siga em frente e bom estudo!
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Tópico 1: Os desaos da produção no agronegócio 114
Quando tratamos do agronegócio, muitos desaos têm sido enfrentados diariamente por empresas, produtores, prossionais, equipes de assistência técnica. Infelizmente, como a maioria das operações, o agronegócio tem sido centrado no custo em vez de na melhoria de processo. Quando pensamos em custo, temos a tendência de querer gastar o menos possível no processo e repassar responsabilidades.
Atualmente, o agronegócio tem se concentrado em como produzir mais gastando menos e repassando as responsabilidades. Assim, o que se considera responsabilidade de outros, como nanciamento e infraestrutura logística, ca aguardando respostas que, na maioria das vezes, não são dadas. Esse tipo de postura faz com que o agronegócio seja cada vez mais produtivo da porteira para dentro e cada vez menos eciente da porteira para fora. Você, como técnico em agronegócio, terá de pautar suas ações num ambiente comercial como esse. Se o agronegócio fosse mais orientado à melhoria de processos, poderia conseguir ganhos de escala e eciência logística e de produção ao mesmo tempo, portanto, mesmo que isso indicasse um custo maior, no futuro haveria ganhos de competitividade logística e de produção, que tornariam o agronegócio brasileiro altamente competitivo. Nesse contexto, vamos inicialmente discutir um pouco mais essa problemática no cenário da produção agroindustrial. Siga em frente e bom estudo!
1. Os gargalos nas operações agroindustriais As atividades de produção geralmente são controladas na operação, quando podem ocorrer restrições ou gargalos. O gargalo nada mais é do que a restrição ao uxo da operação. Suponhamos a seguinte operação:
Produção de soja: 1.000.000 t
Capacidade de transporte: 800.000 t
Capacidade de armazenagem: 500.000 t
Capacidade de esmagamento de soja: 1.000.000 t
Legenda: Operação de produção.
j
Atividades práticas
Antes de continuar, faça uma análise da operação anterior e responda: Você conseguiria saber qual o gargalo da operação?
Se observar atentamente, verá que a capacidade de armazenagem restringe o sistema, uma vez que se resume apenas à metade do que o sistema precisa uir. Isso faz com que o sistema se torne lento e só consiga processar 500 mil toneladas de soja, que é a capacidade
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de armazenagem, mesmo tendo capacidade de produzir 1 milhão de toneladas e esmagar 1 milhão de toneladas.
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Atenção
Esse gargalo afeta a operação de esmagamento, que trabalha apenas com 50% da capacidade de produção.
A solução para o problema seria o gerente industrial decidir dobrar a capacidade de armazenamento da esmagadora. Isso requer investimentos, e o gerente industrial precisaria saber se haveria demanda para toda a produção de óleo de soja e farelo que produziu. Por sua vez, se esse problema fosse resolvido, o gargalo também seria resolvido, mas criaria um novo gargalo, que é a operação de transporte, em que o gerente industrial poderia contratar mais veículos de transporte para resolver esse novo gargalo. Em síntese, a ideia de redução de gargalo é simples, mas as implicações nem sempre. Para toda ação, você gera o que chamamos de trade-of , ou seja, para cada solução geramos um novo problema para solucionarmos. Trade-of
É uma expressão inglesa que indica uma situação na qual você deve escolher entre duas coisas opostas ou que você não pode ter ao mesmo tempo.
Isso acontece porque as soluções nem sempre são lineares e precisamos tomar uma série de decisões que afetam custo e produtividade. Vamos exemplicar um pouco:
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Exemplo Imagine que você fez um investimento para aumentar a capacidade de armazenagem, mas
houve redução da demanda ou da produção agrícola e você cará com área ociosa e talvez não tenha o retorno do investimento ou, pior, terá capital preso a custos xos. No início da década de 2000, a General Motors acreditou que a demanda de automóveis brasileira seria muito grande nos anos seguintes e fez alguns investimentos em unidades
fabris. Entretanto, o cenário foi bem menos otimista e a empresa teve prejuízos. Consegue perceber a importância da demanda no efeito investimento? Portanto, é preciso ter cuidado na tomada das decisões que visem reduzir esses gargalos. É necessário entender que existe um conjunto de várias decisões que devem ser levadas em consideração ao mudarmos a capacidade de processo.
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2. O papel da mão de obra 116
Uma função que tem um papel importante na produção agroindustrial é a mão de obra. Sem esta, as operações não poderiam ocorrer. Na produção em larga escala, a quantidade de mão de obra tem diminuído devido à automatização. Atenção
`
O plantio e a colheita deixaram de ser manuais em grande parte das cadeias produtivas. Por outro lado, passou a exigir uma mão de obra mais qualicada, com capacidade de operar os novos equipamentos e tecnologias.
Algumas agroindústrias são muito automatizadas, como as usinas de açúcar e etanol, que têm pouca inuência da mão de obra no processo. Nos frigorícos, entretanto, embora tenham um grande número de sistemas automatizados, existe uma grande quantidade de mão de obra na linha de produção.
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O processo de gestão agrícola ou agroindustrial precisa conseguir adequar a sua mão de obra para atender os novos requisitos da produção moderna. No entanto, a baixa remuneração em algumas atividades e/ou baixo grau de instrução dos empregados ainda afeta em muito a competitividade das cadeias agroindustriais. Comentário do autor
d
O que podemos compreender é que o resultado que se vê, na prática, é um conjunto de operações sem oferta de mão de obra qualicada, por não atenderem as condições exigidas ou pela competição com outras cadeias que, muitas vezes, remuneram melhor.
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Esse trade-o de gestão precisa ser enfrentado pelos gestores e você, como técnico em agronegócios, pode vir a atender tanto a necessidade dessa mão de obra qualicada como vir a trabalhar como gestor de processo e ter de lidar com esses problemas.
3. Desaos da produção no agronegócio Quando analisamos a perspectiva da produção no agronegócio, muitos desaos precisam ser enfrentados. Embora o Brasil tenha uma alta produtividade em diversas cadeias produtivas, enfrenta desaos enormes no processo produtivo.
“[...] o agronegócio brasileiro enfrenta o desao de manter-se
competitivo e ao mesmo tempo corresponder às expectativas
acerca de sua capacidade de auto-sustentação” (SANTIAGO, 2013, p. 58).
Assim, o primeiro desao que precisa ser enfrentado é a grande dependência de insumos importados. Embora o Brasil tenha solos férteis, a produção em larga escala não permite que a produção seja feita considerando apenas a natureza do solo. Diversos componentes químicos são adicionados ao solo para que possa aumentar a produtividade e resistir ao um plantio continuo ano após ano. Atenção
`
Esses componentes, muitos importados, principalmente componentes de adubos e defensivos, encarecem o processo produtivo, sendo preciso encontrar maneiras para reduzir essa inuência.
Existe um movimento para redução dessa dependência. Segundo a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA, 2015), houve uma redução da importação de fertilizantes intermediários nos cinco primeiros meses de 2015 se comparado com o mesmo período de 2014, sendo as importações da ordem de 7.255 mil toneladas. Entretanto, armam que o Brasil deve continuar a depender de fertilizantes internacionais, pois a produção de fertilizantes demanda um alto investimento não disponível no país no momento.
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Outro desao é a redução do uso de pesticidas. Os defensivos agrícolas são necessários para permitir a produção em larga escala. As lavouras estão sujeitas a diversas pragas que podem comprometer toda a produção. O uso de sementes geneticamente modicadas pelos produtores de milho e soja foram adotadas como uma solução, mas é difícil saber efetivamente seus impactos e se são menores do que o dos defensivos agrícolas. Atenção
`
Assim, grupos de ambientalistas fazem pressões para a redução de seu uso, ao mesmo tempo em que grupos interessados pressionam pelo maior uso desses produtos. Esse enorme desao precisa ser superado, uma vez que a sustentabilidade é a palavra desse novo século, mas a produção crescente para atender a demanda também é indispensável.
A alteração climática é outro desao para a produção agroindustrial. O mundo vem sofrendo com o aquecimento global, e as variações climáticas afetam diretamente a agricultura, que depende de chuva em quantidades exatas e nos períodos certos e de temperaturas adequadas a cada tipo de plantio. Assim, o tempo cada vez mais desempenha um papel essencial no agronegócio.
Na pecuária, a qualidade das carnes será o grande desao da produção agroindustrial. A exigência por produtos mais saudáveis, com baixo teor de gordura, rastreamento dos animais do nascimento até a chegada da carne no varejo, o bem-estar animal e a condição do produto servido ao consumidor são desaos e correspondem à qualidade exigida nos mercados, que precisam ser enfrentados. A qualicação da mão de obra também é um desao a ser encarado. Como reduzir a rotatividade de empregados? Como obter empregados mais qualicados? Como aumentar a produtividade desses empregados, que está muito abaixo dos países do Primeiro Mundo? Além disso, como fazer com que esses empregados tirem o máximo proveito de todas as inovações e equipamentos de última geração utilizados na produção agrícola e agroindustrial? São perguntas a que precisamos responder e equacionar. Portanto, os desaos da produção no agronegócio são diversos, na maioria das vezes interdependentes, mas é de extrema importância que os envolvidos no processo unam forças para resolvê-los em prol de uma produção mais viável e sustentável. Siga em frente e bom estudo!
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Tópico 2: Os desaos logísticos da produção do agronegócio A logística tem sido apontada como a grande vilã da falta de competitividade das cadeias agroindustriais brasileiras. Todos os dias diversas matérias são colocadas nos jornais indicando os muitos problemas logísticos e como eles afetam o agronegócio. O que de fato podemos perceber é que existe uma série de problemas logísticos que parecem se repetir ao longo dos anos, sem uma solução aparente, e os projetos parecem caminhar a passos de “tartaruga”. Neste tópico vamos ver mais a fundo essa questão e tentar entender o papel da logística no agronegócio.
1. Os gargalos logísticos Como vimos no tópico anterior, o gargalo nada mais é do que a restrição ao uxo da operação. O primeiro gargalo logístico que temos é a falta de transporte, a má distribuição da matriz de transporte para fazer o escoamento das safras. No Brasil, cerca de 60% do transporte é realizado por caminhões (IPEA, 2010) e, como vimos, eles têm capacidade de carga inferior à dos trens, das barcaças e dos navios. A gura seguinte apresenta um comparativo entre as capacidades de cada modal de transporte. Comparativo modais de transportes
Navegação interior
Ferroviário
Rodoviário
1 comboio - 6.000 t (4 chatas e empurrador)
2,9 comboios Hopper 86 vagões de 70 t
172 carretas de 35 t
119
Fonte: CNT (2013b).
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Enquanto um comboio tem capacidade de 6 mil toneladas, as carretas trabalham com 35 toneladas e, mesmo com a adoção de caminhões do tipo bitrem, o modal hidroviário é mais competitivo. O ideal para o Brasil seria equilibrar sua matriz de transporte em relação aos países de primeiro mundo, conforme podemos ver na gura a seguir. Embora o caminhão não vá desaparecer do processo, isso traria uma redução dos custos da logística interna. Comparativo - matriz de transporte
e t r o p s n a r t e d s i a d o m s o d o ã ç a p i c i t r a P
80
60
40
20
0 Rússia
Canadá
Estados Unidos
Ferrovia
Brasil
Rodovia
Austrália
México
Hidrovia
Fonte: CNT (2013b).
Os Estados Unidos, por exemplo, nosso principal competidor no agronegócio, possui uma matriz de transporte muito mais equilibrada, e isso se reete nos custos de transporte interno. Informação extra
O
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, enquanto um transporte da soja do país, no ano de 2012, de Champaign, no estado norteamericano do Illinois, era transportado por 1.200 km por barcaças a um custo médio de 28 dólares, um transporte similar no Brasil, na mesma faixa de distância, tinha um custo de aproximadamente 70 dólares por caminhão (SALIN, 2013; USDA/AMS, 2014). De acordo com Salin (2013), os Estados Unidos transportam por ferrovia e hidrovia cerca de 96% da sua produção grãos.
O segundo gargalo logístico é a quantidade de infraestrutura logística. O Brasil tem 1.580.964 km de rodovias, e apenas pouco mais de 10% é pavimentada, ou exatamente 212.798 km
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(WORLD FACT BOOK, 2015). O país carece de infraestrutura para suas hidrovias. Segundo a CNT (2013b), o Brasil dispõe de uma bacia hidrográca de 63 mil quilômetros. Entretanto, apenas pouco mais de 20.000 km são de vias navegáveis.
Legenda: Hidrovia Tietê–Paraná. Fonte: Paraná Trade (2015).
Em 2012 foram transportados por hidrovia cerca de 80,9 milhões de toneladas, o que é pouco comparado com a necessidade de transporte brasileira. Em 2014, a Hidrovia Tietê–Paraná interrompeu suas operações devido à estiagem ocorrida na região Sudeste (SNA, 2015b).
O transporte ferroviário de cargas e passageiros opera ocialmente em 28.000 km (IPEA, 2010), mas muitos trechos são não operacionais. As obras em andamento ocorrem a passos lentos devido aos entraves burocráticos, à falta de dinheiro e de mão de obra. Além disso, o investimento enfrenta resistência de ambientalistas e processos de auditoria de contas que atrasam ainda mais essas obras e geram mudanças que, muitas vezes, tornam inviáveis a sua execução. Um terceiro gargalo logístico é a falta de estruturas de armazenagem. Isso causa um colapso da estrutura logística durante o período de safra e faz com que os grãos se percam por falta de áreas de armazenagem ou mesmo que sejam vendidos a preços baixos por não haver capacidade de armazenagem necessária para escolher um melhor momento de venda. Vencer esses gargalos é fundamental para o bom desenvolvimento do país.
2. A competição internacional As cadeias de suprimentos estão sujeitas a competição internacional. O custo do transporte brasileiro de grãos é cinco vezes maior do que o norte-americano. Como resultado, sobra mais dinheiro no bolso do produtor americano do que no do produtor brasileiro, mesmo com o valor da soja no porto sendo o mesmo.
A competição internacional pressiona o Brasil na direção de buscar investimentos e os agentes da cadeia de produtiva a buscarem soluções para reduzirem seus custos. A competitividade brasileira passa por investimentos maciços em logística e pela conscientização dos atores nas cadeias de suprimentos do agronegócio de que todos são responsáveis pelo processo logístico, e não somente os governos.
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3. Desaos da logística no agronegócio 122
Basicamente, são quatro os desaos da logística no agronegócio:
Melhorar o processo de escoamento da produção.
É preciso utilizar modais de transporte de grande capacidade, como ferrovias e hidrovias, e ao mesmo tempo melhorar a infraestrutura rodoviária.
Preparar a mão de obra para o boom logístico de que o Brasil precisa.
É necessário ter prossionais que entendam a competitividade internacional e conheçam as soluções utilizadas por outros países de sucesso.
Melhorar a rede de armazéns ao longo das cadeias de suprimentos.
É um desao que deve ser enfrentado e que não virá somente por meio de ação do governo. Algumas cooperativas e produtores rurais começam a entender a importância dessas áreas de armazenagem para os negócios e a investir na atividade. Melhorar a infraestrutura portuária.
A competitividade começa na capacidade de escoamento na saída dos produtos para o comércio internacional. Como os navios são de operadores privados, estes preferem transportar cargas para portos ecientes, que reduzem o tempo de atracação e, por consequência, aumentam o retorno. Assim, modernizar os portos brasileiros a padrões internacionais é um desao essencial da logística.
Informação extra
O
Se você quiser saber mais sobre os desaos da logística e como isso inuencia no agronegócio, pesquise o site do Instituto de Logística e Supply Chain. Lá você encontrará diversos materiais e artigos que tratam sobre o tema: .
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Encerramento do tema Neste tema estudamos os desaos da produção agroindustrial e da logística. Aprendemos quais são os principais gargalos que afetam a produção rural e o agronegócio. Além disso, pudemos evidenciar os desaos que temos de enfrentar em relação ao agronegócio brasileiro se quisermos continuar sendo competitivos no mercado.
Fonte: Shutterstock
Siga em frente para realizar a atividade de aprendizagem deste tema e, na sequência, siga para o encerramento desta unidade curricular.
Atividades de aprendizagem 1. Qual dos gargalos seguintes NÃO corresponde a um gargalo logístico? a) Infraestrutura. b) Falta de mão de obra especializada. c) Falta de áreas de armazenagem. d) Falta de hidrovias. e) Excesso de insumos vindos de mercados internacionais.
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2. A operação a seguir apresenta um gargalo. Indique qual e justique a sua resposta, apre -
sentando uma solução para o problema.
124 Produção de frango: 8.000 aves mês
Processamento na agroindústria: 7.000 aves mês
Capacidade de congelamento: 5.000 aves mês
Capacidade de venda 10.000 aves mês
3. Entre os diversos problemas relacionados com a mão de obra que afeta a competitividade
no agronegócio, qual é o mais importante/preocupante? a) Alta remuneração. b) Baixo grau de instrução. c) Desconhecimento dos equipamentos. d) Falta de comprometimento do empregado. e) Diculdade de encontrar trabalhadores que queira viver no campo. 4. Na exigência por produtos mais saudáveis, com baixo teor de gordura, o rastreamento
será um desao para quem? a) Pecuária. b) Agricultura. c) Indústria. d) Varejo. e) Distribuidor. 5. Complete a frase com a alternativa correta: “Melhorar o processo de escoamento da
produção é um desao _____________”. a) da produção b) agrícola c) logístico d) rural e) do varejo
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Encerramento da unidade curricular Chegamos ao nal da Unidade Curricular Gestão da Produção e Logística. No decorrer dos cinco temas, tivemos a oportunidade de estudar os fundamentos da produção, compreender mais sobre as atividades de planejamento e controle e como se relacionam à produção agroindustrial. Descobrimos o que são cadeias de suprimentos e cadeias produtivas e como as organizações se relacionam e competem em redes. Entendemos o papel da logística no agronegócio, compreendendo suas atividades e a sua função no agronegócio. No nal, estudamos os desaos da produção agroindustrial e da logística.
Esperamos que, dentro da sua formação de técnico em agronegócio, os conhecimentos aqui apresentados possam tornar o seu trabalho mais eciente e colaborar para o desenvolvimento das cadeias produtivas do agronegócio brasileiro. Os seus estudos não devem parar por aqui, e você deve buscar novos materiais e desaos que lhe permitam tornar-se um prossional cada vez mais capacitado para enfrentar os desaos atuais e futuros do agronegócio. Desejamos muito sucesso em sua caminhada!
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Gabarito Tema 1 Questão 1 a) A alternativa A está incorreta. Comercializar o trigo é uma função de marketing , como vimos
no tópico 3, que engloba o departamento de vendas. Cabe à administração da produção informar as quantidades em estoque e a previsão de produção. Reveja os tópicos 1 e 3. b) A alternativa B está incorreta. Controlar a quantidade de horas de trabalho para o
pagamento de horas extras é uma função de apoio relacionada aos recursos humanos. Cabe à produção utilizar a mão de obra respeitando a jornada de trabalho e horas extras da empresa de acordo com as necessidades da produção. Reveja os tópicos 1 e 3. c) A alternativa C está incorreta. As agroindústrias negociam com a função marketing e seu
departamento comercial. Cabe à produção entregar as quantidades vendidas de acordo com o seu uxo de produção e disponibilidade do cliente. Reveja os tópicos 1 e 3. d) A alternativa correta é a D . A administração da produção gerencia os insumos, o processo
produtivo e a entrega dos produtos. Assim, envolve controlar máquinas, equipamentos e o processo produtivo. e) A alternativa E está incorreta. Tornar a empresa mais competitiva é função de todos os
departamentos da empresa, e não apenas da produção. Reveja o capítulo para perceber como os conceitos apresentados contribuem para competitividade das empresas.
Questão 2 a) A alternativa correta é a A. O volume de uma usina de produção de açúcar e etanol é
alto para o maior aproveitamento da unidade produtiva. A variedade é baixa, visto que só se usa como matéria-prima a cana-de-açúcar e os produtos são essencialmente o etanol e o açúcar. A variação é alta porque, como vimos no texto, as usinas chegam a car quatro meses sem operação. A visibilidade é baixa haja vista o consumidor nal ter pouco acesso às usinas de açúcar e etanol. b) A alternativa B está incorreta. O volume de uma usina de produção de açúcar e etanol não
é baixo, visto que, para o maior aproveitamento da unidade produtiva, deve-se produzir em larga escala. A variedade não é alta porque só se usa como matéria-prima a canade-açúcar e os produtos são essencialmente o etanol e o açúcar. A variação não é baixa, porque as usinas não funcionam durante todo o ano. A visibilidade não é alta porque o consumidor nal tem pouco acesso às usinas de açúcar e etanol. Reveja o tópico 1 e o material complementar. c) A alternativa C está incorreta. O volume de uma usina de produção de açúcar e etanol não
é baixo, pois, para o maior aproveitamento da unidade produtiva, deve-se produzir em larga escala. A variedade realmente é baixa, pois só se usa como matéria-prima apenas
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a cana-de-açúcar e os produtos são essencialmente o etanol e o açúcar. A variação não é baixa, porque, se assim fosse, as usinas deveriam funcionar próximo da plena capacidade durante todo o ano, o que não acontece na prática. A visibilidade realmente é baixa porque o consumidor nal pouco tem acesso às usinas de açúcar e etanol. Você identicou corretamente duas das quatro situações, o que signica que ainda precisa estudar mais. Reveja o tópico 1 e o material complementar. d) A alternativa D está incorreta. O volume de uma usina de produção de açúcar e etanol
realmente é alto para o maior aproveitamento da unidade produtiva. A variedade é baixa, e não alta, pois só se usa como matéria-prima a cana-de-açúcar e os produtos são essencialmente o etanol e o açúcar. A variação também é alta porque, como vimos no texto, as usinas chegam a car quatro meses sem operação. Porém, a visibilidade não é alta visto que o consumidor nal não tem acesso às usinas de açúcar e etanol. Você identicou corretamente duas das quatro situações, o que signica que ainda precisa estudar mais. Reveja o tópico 1 e o material complementar. e) A alternativa E está incorreta. O volume de uma usina de produção de açúcar e etanol é
alto para o maior aproveitamento da unidade produtiva. A variedade realmente é baixa, pois só se usa como matéria-prima a cana-de-açúcar e os produtos são essencialmente o etanol e o açúcar. Entretanto, a variação não é baixa, porque, se assim fosse, as usinas deveriam funcionar próximo da plena capacidade durante todo o ano, o que não acontece na prática. A visibilidade realmente é baixa haja vista o consumidor nal ter pouco acesso às usinas de açúcar e etanol. Você identicou corretamente duas das quatro situações, o que signica que ainda precisa estudar mais. Reveja o tópico 1 e o material complementar.
Questão 3 a) A alternativa A está incorreta. A estratégia de produção só poderia ser considerada de
baixo para cima se o novo presunto fosse oferecido mediante a capacidade de produção em desenvolver um presunto de baixo teor de gordura. Nesse caso, essa capacidade ainda não existe. Reveja o tópico 3. b) A alternativa B está incorreta. Da mesma forma que a estratégia de baixo para cima, a
estratégia de produção só seria baseada em recursos se a função produção descobrisse que possui os empregados habilitados para o trato dos animais e a criação de suínos com pouca gordura. Além disso, precisaria ter os recursos industriais adequados, que não é o caso aqui também. c) A alternativa correta é a C. A estratégia de produção foi baseada numa decisão de
cima para baixo, ou seja, os administradores decidiram que iriam oferecer um produto diferenciado a partir do próximo ano e vão alterar a estratégia produtiva para atender a estratégia empresarial. d) A alternativa D está incorreta. A estratégia de produção só se basearia no mercado se fosse identicado pela função marketing um mercado que deseja comprar o presunto
de baixo teor de gordura e pudesse adaptar a estratégia de produção para atender esse mercado especíco.
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e) A alternativa E está incorreta. Se você respondeu essa alternativa, não compreendeu de
forma satisfatória o tópico 3. Sugerimos rever todo o tópico e discutir as dúvidas com seu tutor e nos fóruns de estudo.
Questão 4 a) Alternativa incorreta. Luz e fertilizante são insumos, mas a semente é uma matéria-prima,
pois será transformada, e a água também é um insumo. b) Alternativa incorreta. Luz é um insumo, e não uma matéria-prima. Fertilizante e água são
insumos, mas as sementes não. c) Alternativa incorreta. Luz, água e fertilizante são insumos, e não matéria-prima, pois são
complementares ao processo produtivo. d) Alternativa incorreta. Luz e fertilizante são insumos, porém sementes são matéria-prima e
a água é insumo. e) Alternativa correta. Luz, fertilizante e a água são insumos; e as sementes, matéria-prima.
Questão 5 a) Alternativa incorreta. Conceito de customização, e não de processo. b) Alternativa incorreta. Conceito de visibilidade, e não de processo. c) Alternativa correta. Essa é a denição de processo apresentada. d) Alternativa incorreta. Conceito de valor e serviço de Slack, e não de processo. e) Alternativa incorreta. Conceito de insumo, e não de processo.
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Tema 2 Questão 1 a) A alternativa A está incorreta. O carregamento da produção é essencial para o planejamento
e controle da produção, pois permite alocar recursos nas operações, como hora-máquina e hora-homem no processo de colheita. Se você errou, releia o tópico 1 do tema 2. b) A alternativa B está incorreta. O sequenciamento é uma atividade do planejamento e
controle da produção que objetiva estabelecer uma sequência de operações que deve ser seguida para gerar o produto nal, por exemplo, um produto agrícola que exige a preparação do solo, o plantio, a manutenção, a colheita, a distribuição, nessa sequência. Se você errou, releia o tópico 1 do tema 2.
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c) A alternativa C está incorreta. A programação é a atividade do planejamento e controle da
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produção que programa detalhadamente os movimentos e os tempos de início e nal de cada atividade na produção. Se você errou, releia o tópico 1 do tema 2. d) A alternativa D está incorreta. O monitoramento e controle da operação também é uma
atividade do planejamento e controle da produção responsável por monitorar e controlar as operações produção em andamento. Se você errou, releia o tópico 1 do tema 2. e) A alternativa correta é a E. Como vimos anteriormente, a gestão de estoques trata das
atividades de planejamento e controle de estoques, e não das atividades do planejamento e controle da produção.
Questão 2 a) A alternativa A está incorreta. Como estudamos, o custo de oportunidade é custo econômico
que temos quando optamos por determinada ação e, embora seja importante para uma a tomada de decisão do gestor, este não é o primeiro fator a se considerar no planejamento de capacidade. Reveja o tópico 2 desse tema. b) A alternativa correta é a B . Como vimos, quando precisamos lidar com o planejamento
da capacidade, a primeira etapa é entender os números referentes à demanda, se teremos mercado para os produtos. Assim, numa produção agrícola o primeiro passo seria vericar se vamos ter demanda para o milho que pretendemos plantar, por exemplo, e o quão conáveis são esses números. c) A alternativa C está incorreta. Como vimos, a atividade de armazenagem muitas vezes
não é pensada no processo de produção agrícola, entretanto, deveria ser um dos itens importantes no planejamento da capacidade. Reveja o tópico 2 desse tema. d) A alternativa D está incorreta. O capital de giro é aquele que a empresa utiliza para nanciar
sua produção. Entretanto, esse não deve ser o primeiro fator a ser levado em conta para o planejamento da capacidade, e sim para a manutenção das operações. Reveja o tópico 2 desse tema. e) A alternativa E está incorreta. Alocar os recursos com a operação a ser realizada é uma
atividade de carregamento da produção, que se trata de uma atividade do planejamento e controle de produção. Faça uma revisão dos tópicos 1 e 2 desse tema e tente novamente.
Questão 3 A alternativa correta é a E. Os passos para calcular a capacidade do projeto são: 1. Calcule o tempo de produção semanal.
Semana = 7 dias Horas trabalhadas por dia = 8 horas 7 X 8 = 56 horas/semana
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2. Calcule a capacidade de projeto.
2.000 litros de óleo por hora X 56horas/semana = 112.000 litros de óleo/semana
Questão 4 a) Alternativa incorreta. Toda operação tem uma oferta e demanda que são muito difíceis
de serem reguladas. O ideal seria que a quantidade produzida fosse a vendida. Assim, estoque de segurança é a quantia mínima existente em um sistema para que este não pare de funcionar. b) Alternativa incorreta. A capacidade de projeto é aquela estabelecida no momento do
planejamento da planta de produção. c) Alternativa correta. O Just-in-Time é um sistema de produção que visa à redução
de estoques, uma vez que o fornecimento é realizado no momento da produção e os produtos são fabricados sob encomenda e com rigoroso controle do tempo de entrega pela indústria. Além disso, foi a nomenclatura utilizada pelos ocidentais para adaptar o sistema Toyota de produção. d) Alternativa incorreta. Toda atividade de produção tem uma sequência de operações,
conhecida como sequenciamento, que deve ser seguida para gerar o produto nal. Assim, para um produto agrícola, geralmente a sequência é a preparação do solo, o plantio, a manutenção, a colheita e a distribuição. e) Alternativa incorreta. A sigla STP é utilizada para designar o sistema Toyota de produção,
ou seja, é reconhecida como sinônimo do sistema de produção japonês.
Questão 5 a) Alternativa correta. Estoques vinculam o dinheiro como capital de giro, reduzindo a
capacidade de investimento da empresa (verdadeiro); estoques representam custo de armazenamento e não aumentam necessariamente a competitividade da empresa (falso); estoques se tornam obsoletos com o passar do tempo (falso); estoques realmente podem trazer perigos no armazenamento, como é o caso dos inamáveis (verdadeiro). b) Alternativa incorreta. Estoques vinculam o dinheiro como capital de giro, reduzindo a
capacidade de investimento da empresa (verdadeiro); estoques representam custo de armazenamento e não aumentam necessariamente a competitividade da empresa (falso); estoques se tornam obsoletos com o passar do tempo (falso); entretanto, estoques realmente podem trazer perigos no armazenamento, como é o caso dos inamáveis (verdadeiro), e não é falso como na alternativa. c) Alternativa incorreta. Estoques vinculam o dinheiro como capital de giro, reduzindo a
capacidade de investimento da empresa (verdadeiro); estoques representam custo de armazenamento e não aumentam necessariamente a competitividade da empresa (falso), não sendo verdadeiro como está na alternativa; estoques se tornam obsoletos com o passar do tempo (falso), não sendo verdadeiro como está na alternativa; estoques realmente
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podem trazer perigos no armazenamento, como é o caso dos inamáveis (verdadeiro), não sendo falso como está na alternativa.
134 d) Alternativa incorreta. Estoques vinculam o dinheiro como capital de giro, reduzindo
a capacidade de investimento da empresa (verdadeiro), não sendo falso como está na alternativa; estoques representam custo de armazenamento e não aumentam necessariamente a competitividade da empresa (falso); estoques se tornam obsoletos com o passar do tempo (falso), não sendo verdadeiro como está na alternativa; estoques realmente podem trazer perigos no armazenamento, como é o caso dos inamáveis (verdadeiro). e) Alternativa incorreta. Estoques vinculam o dinheiro como capital de giro, reduzindo
a capacidade de investimento da empresa (verdadeiro), não sendo falso como está na alternativa; estoques representam custo de armazenamento e não aumentam necessariamente a competitividade da empresa (falso), não sendo verdadeiro como está na alternativa; estoques se tornam obsoletos com o passar do tempo (falso), não sendo verdadeiro como está na alternativa; estoques realmente podem trazer perigos no armazenamento, como é o caso dos inamáveis (verdadeiro).
Tema 3 Questão 1 a) A alternativa A está correta. A cadeia de suprimentos é um conjunto de empresas que
estão interligadas como elos em uma corrente que objetivam entregar determinado tipo de produto a partir de sua atuação em conjunto. b) A alternativa B está incorreta. Como vimos detalhadamente, essa denição corresponde
à cadeia produtiva e, embora muitos a tratem como igual à cadeia de suprimentos, você aprendeu que existem diferenças de conceitos. Se não percebeu, estude novamente o tópico 1 deste tema. c) A alternativa C está incorreta. Essa é a denição do dicionário sobre corrente, que nos
ajuda a chegar ao conceito de cadeia de suprimentos. Faça uma revisão do tópico deste tema antes de prosseguir. d) A alternativa D está incorreta. Essa é a denição do dicionário sobre suprimentos que nos
ajuda a chegar ao conceito de cadeia de suprimentos. Faça uma revisão do tópico deste tema antes de prosseguir. e) A alternativa E está incorreta. A gestão da rede de negócios é a gestão da cadeia de
suprimentos, ou seja, um conceito que visa apresentar às organizações que operam em rede a importância de gerenciá-la. Sugerimos rever todo o tópico 1 antes de prosseguir.
Questão 2 a) Alternativa incorreta. A agroindústria é responsável pelo processamento dos produtos
agrícolas e pecuários. Ela pode até contratar o transporte, mas essa atividade é realizada por um intermediário dentro dessas cadeias. Curso Técnico em Agronegócio
b) Alternativa incorreta. A produção rural é etapa de produção de matéria-prima para as
agroindústrias. Da mesma forma que as agroindustriais, o produtor rural pode contratar uma operação de transporte, entretanto esse permanece sendo um intermediário. c) Alternativa incorreta. O varejo é responsável pela comercialização dos produtos agrícola e
pecuários processados. d) Alternativa correta. O transportador é um intermediário na cadeia de suprimentos e
produtiva e tem a nalidade de ligar dois elos da cadeia. Assim, pode atuar entre a fazenda e a agroindústria e entre a agroindústria e o distribuidor ou varejista. e) Alternativa incorreta. O consumidor é o elo nal da cadeia de suprimentos e/ou de
produção. É aquele que adquire um produto ou serviço e remunera toda a cadeia.
Questão 3 a) Alternativa incorreta. A avicultura possui também um elevado grau de integração, em que
a agroindústria fornece os pintainhos e a ração para o produtor. Depois realiza o abate e os cortes e, nalmente, a distribuição dos produtos ao varejo. Todavia, entre as cadeias apresentadas na alternativa, essa não apresenta o maior nível de integração vertical. b) Alternativa incorreta. A suinocultura possui elevado grau de integração para os produtores
integrados, mas não com os independentes, que podem comercializar com o frigoríco que preferirem. A suinocultura apresenta uma agroindústria diversicada com processos de primeira e segunda transformações. c) Alternativa correta. A cadeia sucroenergética é a mais integrada de todas, pois a
agroindústria é responsável pelo plantio e pela colheita, pelo processamento e, em alguns casos, até pela comercialização. d) Alternativa incorreta. A bovinocultura possui um grau de integração menor. O gado
geralmente é produzido por produtores independentes que fornecem as agroindústrias. Essas, por sua vez, fazem processamento e encaminham para o varejo, que também é independente. e) Alternativa incorreta. As cadeias de grãos possuem baixo índice de integração e são mais
distribuídas como redes de parceiros que produzem, distribuem e processam esses grãos.
Questão 4 a) Alternativa incorreta. Nos grãos, a soja, por exemplo, pode ser usada apenas para a
produção de biodiesel, sendo gerada a partir do óleo, mas não é dejeto. b) Alternativa incorreta. As usinas sucroenergéticas, além do açúcar, podem produzir o etanol
a partir da cana-de-açúcar e a energia elétrica a partir do bagaço da cana, produzindo, assim, dois tipos de bioenergia, mas não são dejetos.
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c) Alternativa correta. A suinocultura produz biogás a partir dos dejetos dos suínos que
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geralmente é transformado em energia elétrica e, quando realizada a gestão correta dos dejetos, a energia gerada é suciente para garantir a produção dos animais. d) Alternativa incorreta. A piscicultura não produz bioenergia. Pesquisas têm sido realizadas
para analisar a possibilidade e viabilidade da geração de biogás dos dejetos oriundos da piscicultura, porém os resultados ainda são tímidos e não garantem a produção suciente. e) Alternativa incorreta. A apicultura também não produz bioenergia.
Questão 5 a) Alternativa correta. As traders, como o próprio nome diz, são empresas especializadas,
intermediárias, responsáveis pelo processo de comercialização da produção rural com os mercados internacionais, principalmente de grãos. b) Alternativa incorreta. A produção é o processo de transformação em si e composta apenas
de insumos e matéria-prima, não se relacionando com a comercialização. c) Alternativa incorreta. As traders não são prestadoras de serviço, pois compram a produção
dos produtores rurais e revendem a preços mais altos nos mercados, obtendo, assim, lucratividade. d) Alternativa incorreta. Terceirização é o processo de contratar empresa para prestação de serviços, entretanto, como dissemos anteriormente, as traders não são terceirizadas, pois
não prestam serviço, e sim são intermediárias no processo de compra e venda. e) Alternativa incorreta. Os varejistas são supermercados, restaurantes etc. e responsáveis
por comercializar produtos processados em quantidades pequenas.
Tema 4 Questão 1 a) A alternativa A está incorreta. Como vimos, a gestão de pedidos é processo inicial da cadeia
logística. Sem pedido não há produto, e sem produto não existe necessidade da logística. Faça uma revisão do tópico 1 do tema 4. b) A alternativa B está incorreta. Como estudamos, a gestão de estoques controla toda a
produção disponível, seja no plantio, na produção, nos armazéns ou no varejo. Faça uma revisão do tópico 1 do tema 4. c) A alternativa C está incorreta. Como vimos, a gestão de armazenagem é responsável pela
guarda das matérias-primas, dos produtos acabados e semiacabados na cadeia logística. Faça uma revisão do tópico 1 do tema 4.
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d) A alternativa D está incorreta. Como estudamos, a gestão de transportes é essencial à
cadeia logística, pois é responsável pelo escoamento da produção. Faça uma revisão do tópico 1 do tema 4. e) A alternativa E está correta. Os equipamentos, embora sejam importantes para a
produção, não correspondem a uma atividade logística.
Questão 2 a) A alternativa A está incorreta. Se você está transportando produtos em grandes volumes
e de baixo valor agregado, certamente o transporte aéreo não é para você, pois este é indicado para cargas de alto valor agregado. Faça uma revisão do tópico 2 antes de prosseguir. b) A alternativa B está incorreta. Se você pensasse do ponto de vista rapidez e exibilidade,
talvez estivesse certo, mas, se todos os sistemas de transporte estiverem disponíveis, o modo rodoviário não será uma boa escolha, pois tem pouca capacidade de carga e você tem um alto volume a transportar. Faça uma revisão do tópico 2 antes de prosseguir. c) A alternativa C está incorreta. O sistema dutoviário tem sido usado com sucesso para
combustíveis e gases, mas grãos têm características peculiares de umidade e necessitam de impulso, fazendo do transporte dutoviário uma forma não recomendada. Faça uma revisão do tópico 2 antes de prosseguir. d) A alternativa D está incorreta. O transportador ferroviário é uma alternativa muito boa,
devido ao volume de carga que pode transportar e aos baixos custos, a não ser que o modal hidroviário esteja disponível, e por isso esse não seria a nossa escolha. Faça uma revisão do tópico 2 antes de prosseguir. e) A alternativa E está correta. Se o modal hidroviário estiver disponível, este será sua
escolha. O seu grande volume torna os custos da operação do modal hidroviário pequenos e aumenta sensivelmente a competitividade da sua carga de grãos.
Questão 3 a) Alternativa incorreta. A função do secador, como o próprio nome diz, é secar, reduzir a
umidade. b) Alternativa incorreta. A secagem não aumentará o volume de grãos; pelo contrário,
reduzirá seu tamanho. c) Alternativa incorreta. O objetivo não é eliminar a umidade do grão, pois ele precisa de um
pouco de umidade, sendo este um dos requisitos da qualidade do grão: a taxa de umidade. d) Alternativa correta. A função da secagem é reduzir a umidade do grão para padrões
adequados e possibilitar a padronização dentro do armazém.
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e) Alternativa incorreta. Embora impurezas precisem ser eliminadas dos grãos, a secagem
está relacionada à umidade.
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Questão 4 a) Alternativa incorreta. Embora os caminhões possam ser rígidos, ou seja, sem um
semirreboque, apenas com a carroceria sob o chassi. Esse tipo de veículo é cada vez mais raro devido à baixa capacidade de carga disponível e aos altos volumes do agronegócio. b) Alternativa incorreta. Os caminhões com um semirreboque reinaram por muito tempo nas
estradas e no transporte rodoviário, mas passaram a ser substituídos por veículos com maior capacidade de carga. c) Alternativa correta. Os caminhões com dois semirreboques são os mais comuns
utilizados no transporte no agronegócio, pela sua capacidade de carga e operação um pouco mais cara para o transporte, porém mais barata para o transporte de grandes volumes, principalmente das traders. d) Alternativa incorreta. Os caminhões com mais três semirreboques, conhecidos como
treminhões, têm pouco uso pela diculdade operacional, podendo ser encontrados na produção agroindustrial da cana para o transporte em pequenas distâncias. e) Alternativa incorreta. Caminhões com quatro ou mais semirreboques não são viáveis
operacional e comercialmente.
Questão 5 a) Alternativa incorreta. É o transporte realizado por embarcações (navios) entre dois ou mais
países, conhecido também como navegação de longo curso. b) Alternativa incorreta. O transporte rodoviário é realizado por veículos automotores em
estradas e rodovias. c) Alternativa incorreta. O transporte aquaviário inclui o transporte marítimo e o transporte
hidroviário realizado por rios e lagos. d) Alternativa incorreta. É o transporte de líquidos e gases utilizando tubulações. e) Alternativa correta. É termo utilizado quando o transporte é realizado na costa de um
país tendo ou não a origem em um rio no interior deste.
Tema 5 Questão 1 a) A alternativa A está incorreta. A infraestrutura é um dos gargalos logísticos enfrentados no
agronegócio. Revise o tema 5.
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b) A alternativa B está incorreta. A mão de obra especializada é um problema em diversas
áreas produtivas, e o mesmo ocorre na logística, portanto também é um gargalo logístico. Revise o tema 5. c) A alternativa C está incorreta. A falta de áreas de armazenagem é um problema crônico no
agronegócio, sendo também um gargalo logístico. Revise o tema 5. d) A alternativa D está incorreta. Os sistemas de transporte utilizados atualmente são gargalos
logísticos, portanto a falta de hidrovias é um gargalo principalmente para o transporte de grãos. Revise o tema 5. e) A alternativa E está correta, pois a importação de insumos é um gargalo de produção
que encarece o agronegócio brasileiro, e não um gargalo logístico.
Questão 2 • A resposta a essa questão é que o gargalo está na capacidade de congelamento, pois é
a atividade com menor capacidade de processamento. A solução seria ampliar a área de congelamento. Como a demanda é maior do que a oferta, a ampliação não apresenta risco de investimento para a empresa.
Questão 3 a) Alternativa incorreta. Embora altas remunerações gerem problemas de caixa e
competitividade, a remuneração no operacional do agronegócio ainda é baixa. b) Alternativa correta. O baixo grau de instrução dos trabalhadores diculta a realização de
operações complexas e tem reexos diretos na competitividade. c) Alternativa incorreta. O desconhecimento dos equipamentos é decorrência da falta de
conhecimento gerada pelo baixo grau de instrução.
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d) Alternativa incorreta. A falta de comprometimento do empregado está relacionada a
fatores culturais e econômicos. e) Alternativa incorreta. Essa é uma realidade, mas, com as máquinas modernas no campo,
diminui muito a interação do homem.
Questão 4 a) Alternativa correta. O desao na pecuária será produzir produtos mais saudáveis, com
baixo teor de gordura, possibilitar rastreamento dos animais do nascimento até a chegada da carne ao varejo, o bem-estar animal e a condição do produto servido ao consumidor. b) Alternativa incorreta. A agricultura enfrenta desaos semelhantes, mas não relacionados
à produção animal. c) Alternativa incorreta. A indústria tem enormes desaos, mas a qualidade da matéria-prima
é essencial para produzir itens diferenciados, logo o desao é da pecuária.
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