Manual 56 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Manual do Professor
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1. Introdução .................................................................................................................................... A renovação da Geografia, 4 Sala de aula para adolescentes: a aventura do conhecimento, 4 Proposta geral da obra, 4
4
2. Estrutura da obra ......................................................................................................................... Pressupostos teórico-metodológicos, 6 As atividades, 7
6
3. Conversa de professor para professor ...................................................................................... A linguagem cartográfica e o ensino da Geografia, 8 Os conceitos estruturadores da obra, 13 Sites interessantes, 15 Bate-papo com os autores, 15
8
4. Processo de avaliação ................................................................................................................
16
5. Procedimentos e tratamento didático das atividades ..............................................................
17
Unidade I
Bases da Geografia: sociedade, natureza e território
Capítulo 1
A Geografia e a linguagem cartográfica ................................................................
17
Capítulo 2
O sistema terrestre ................................................................................................
17
Capítulo 3
Climas e hidrologia terrestres ................................................................................
18
Capítulo 4
Os principais biomas da Terra ...............................................................................
18
Capítulo 5
As bases físicas do Brasil .....................................................................................
19
Capítulo 6
Sociedade industrial e meio ambiente ..................................................................
19
Capítulo 7
Fronteiras e mapas políticos .................................................................................
20
Capítulo 8
Caminhos da economia mundial ...........................................................................
21
Unidade II
O mundo geopolítico contemporâneo
Capítulo 9
A geografia da Guerra Fria .................................................................................
22
Capítulo 10
A superpotência ..................................................................................................
24
Capítulo 11
Potências mundiais ............................................................................................
24
Capítulo 12
Potências regionais ............................................................................................
24
Capítulo 13
Conflitos étnico-religiosos na Europa .................................................................
25
Capítulo 14
Conflitos étnico-religiosos no Oriente Médio e na África ....................................
26
Capítulo 15
A geopolítica do Brasil ........................................................................................
27
Unidade III Geografia econômica: as redes mundiais
Manual 56
Capítulo 16
A indústria e a produção do espaço geográfico .................................................
28
Capítulo 17
A produção agropecuária no mundo ..................................................................
29
Capítulo 18
Circulação e redes de transporte .......................................................................
29
Capítulo 19
Geografia da população .....................................................................................
30
Capítulo 20
O espaço urbano ................................................................................................
31
Capítulo 21
Geografia do lazer, do esporte e do turismo ......................................................
31
Capítulo 22
Blocos econômicos ............................................................................................
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Sumário
Unidade IV Desafios ambientais Capítulo 23 Geografia dos recursos naturais ...........................................................................
33
Capítulo 24 Impactos ambientais urbanos ...............................................................................
33
Capítulo 25 Meio ambiente e política internacional ..................................................................
34
Capítulo 26 A questão ambiental no Brasil ...............................................................................
35
Unidade V
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Geografia e mudança social
Capítulo 27 A geografia dos excluídos .....................................................................................
35
Capítulo 28 Saúde e políticas públicas .....................................................................................
36
Capítulo 29 Movimentos sociais e cidadania ............................................................................
37
Capítulo 30 Geografia do crime ................................................................................................
37
Capítulo 31 Cultura jovem e conflito .........................................................................................
38
Capítulo 32 O Brasil e os desafios do século XXI ....................................................................
38
6. Respostas das questões dos vestibulares e do Enem ............................................................
39
7. Atividades complementares .......................................................................................................
44
8. Textos complementares ..............................................................................................................
49
9. Bibliografia ...................................................................................................................................
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A renovação da Geografia A Geografia produzida no Brasil viveu nos últimos anos um intenso processo de renovação de seus postulados teórico-metodológicos. Foi grande o esforço da comunidade geográfica para compreender a realidade de forma mais dinâmica, considerando-se a totalidade das relações entre a sociedade e a natureza. É por isso que a disciplina tem reunido instrumentos de análise e de prática social que colocam no centro do debate questões como impacto ambiental, desemprego, falta de moradia, reforma agrária, direito à saúde e à educação. Essa renovação do pensamento geográfico brasileiro há muito extrapolou os muros da universidade. Um marco dessa mudança foi o Primeiro Encontro Nacional de Ensino de Geografia, promovido pela Associação dos Geógrafos Brasileiros, em 1987, em Brasília. Era a primeira reunião nacional específica para debater temas referentes ao ensino da Geografia. Desde então, inúmeros têm sido os fóruns de discussão de propostas alternativas às estruturas curriculares tradicionais de Geografia, centradas na reprodução do saber puramente disciplinar e conteudista, na memorização e no trabalho competitivo e individual. Podemos situar tais transformações da prática dos geógrafos no âmbito do movimento político mais amplo de redemocratização do país, encontrando ressonância nas tendências pedagógicas compromissadas com um ensino problematizador, crítico e voltado para a formação do cidadão. Ao colocar a atitude científica e a criatividade como eixo central do Ensino Médio, essas novas perspectivas pedagógicas identificam no estudo da Geografia um campo fértil para a formulação e a resolução de problemas, o que pressupõe uma permanente busca de respostas, ainda que provisórias, para as questões nucleadoras da disciplina.
Sala de aula para adolescentes: a aventura do conhecimento A sala de aula é um espaço privilegiado para o exercício da problematização. Acreditamos que o trabalho desenvolvido ali pode resgatar a capacidade dos jovens de inquietar-se, primeira condição para o movimento no sentido da aprendizagem. Somam-se a isto as oportunidades que podem ser oferecidas na sala de aula para que os alunos possam compreender questões e adequar-se e fazer uso das condições oferecidas para a busca de respostas. Esses são os sustentáculos que conduzem os estudantes a vivenciar, de forma cada vez mais plena, a aventura do conhecimento, permitindo-lhes não apenas estar no mundo, mas participar de sua construção e transformação. Mas a sala de aula de jovens adolescentes apresenta suas peculiaridades. Os adolescentes apresentam-se
abertos a novas experiências afetivas e emocionais e gostam de ser desafiados. Considerando essa condição de ser adolescente, tais descobertas e o contato com o real complexo — com todos os seus aspectos de ordem, ruptura, contradições, conflitos, complementaridades e inter-relações — alimentam nos jovens os seus próprios sonhos e desejos de transformação do mundo exterior e interior. É o encontro de suas competências com a construção de seu próprio código de ética e moral, de sua autonomia intelectual e consciência crítica. A presente obra didática foi planejada para oferecer suporte adequado ao professor que ensina Geografia para os jovens alunos que vivem a fase da adolescência. Com base na proposta do livro, o aluno é desafiado a operar o sistema lógico, colocando seu raciocínio em movimento e procurando encontrar um novo equilíbrio entre o poder explicativo de suas ferramentas da razão e as possibilidades de participação na vida social e afetiva.
Proposta geral da obra Essa obra é um convite para que os alunos assumam uma atitude de questionamento, dúvida e curiosidade, com o objetivo de encontrar respostas para questões nucleadoras que envolvem a vida social. Trata-se de uma proposta que busca atender a três necessidades dos jovens: • do ponto de vista do conhecimento, permitindo que eles demonstrem o domínio de compreensão da realidade que dá consistência ao seu posicionamento crítico; • do ponto de vista da habilidade do pensamento, permitindo que se exercitem na auto-avaliação da consistência lógica de seu posicionamento, ou seja, que testem, a partir da complexidade das relações sociais presentes no mundo, a logicidade de suas idéias; e • do ponto de vista afetivo e social, instrumentalizando-os conceitualmente para que possam identificar em sua problemática pessoal e existencial — ou seja, em sua singularidade — algumas idéias e dificuldades comuns entre seus colegas de turma assim como entre jovens de outras partes do mundo. Tendo em vista essas necessidades dos jovens, esse livro apresenta-se como um material de apoio didático interativo e participativo. A proposta do livro identifica, no âmbito da cultura geral e do conteúdo específico da Geografia, as grandes questões sobre as quais essa disciplina se propõe a refletir, em busca de esclarecimentos e respostas. O aluno é convidado a exercitar sua capacidade de questionamento e argumentação sobre esses conhecimentos, identificando neles o entrelaçamento do saber científico com as relações de poder e da informação, conforme a divisão em unidades temáticas descritas nos quadros a seguir.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1. Introdução
Unidade I – Bases da Geografia: sociedade, natureza e território Capítulos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1. A Geografia e a linguagem cartográfica 2. O sistema terrestre 3. Climas e hidrologia terrestres 4. Os principais biomas da Terra 5. As bases físicas do Brasil 6. Sociedade industrial e meio ambiente 7. Fronteiras e mapas políticos 8. Caminhos da economia mundial
Conceito estruturador*
Conteúdos atitudinais***
Conteúdos conceituais**
Espaço geográfico
• Nação • Estação-nação • Ciclo da reprodução ampliada do capital • Globalização da produção • Sistema financeiro internacional • Keynesianismo • Neoliberalismo • Tempo geológico • Tempo histórico • Ciclos naturais • Sistema terrestre • Bioma • Escala geográfica
• Disposição para manusear, interpretar e produzir informações • Interesse pela questão ambiental • Valorização do diálogo e da reflexão em sala de aula
* Idéia mais geral que organiza teoricamente a unidade. ** Idéias nucleadoras que permitem a compreensão dinâmica (relacional e gradativa) dos fatos geográficos. *** Conteúdos que envolvem conhecimentos e crenças (valores éticos), sentimentos e preferências (atitudes) e ações e declarações de intenção (normas ou regras de convívio social).
Unidade II – O mundo geopolítico contemporâneo Capítulos 9. 10. 11. 12. 13.
A geografia da Guerra Fria A superpotência Potências mundiais Potências regionais Conflitos étnico-religiosos na Europa 14. Conflitos étnico-religiosos no Oriente Médio e na África 15. A geopolítica do Brasil
Conceito estruturador
Conteúdos atitudinais
Conteúdos conceituais
Território
• Posicionamento pela paz mundial • Respeito às diferenças entre os povos e as opiniões alheias • Apreciação de manifestações artísticas • Disposição para manusear, interpretar e produzir informações
• Ordem mundial • Ideologia • Imperialismo • Guerra Fria • Potência • Superpotência • Hegemonia • Multipolaridade
Unidade III – Geografia econômica: as redes mundiais Capítulos 16. A indústria e a produção do espaço geográfico 17. A produção agropecuária no mundo 18. Circulação e redes de transporte 19. Geografia da população 20. O espaço urbano 21. Geografia do lazer, do esporte e do turismo 22. Blocos econômicos
Conceito estruturador Rede
Conteúdos atitudinais
Conteúdos conceituais • • • • • • • •
Cadeias produtivas Modelo de organização industrial Estratégias de controle geográfico Bloco econômico Dinâmica demográfica Fluxos migratórios Rede urbana Agentes da produção do espaço urbano • Tempo livre e lazer
• Postura crítica diante da sociedade de consumo • Valorização do diálogo e da reflexão em sala de aula • Apreciação de manifestações artísticas • Disposição para manusear, interpretar e produzir informações
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Unidade IV – Desafios ambientais Conceito estruturador
Capítulos 23. Geografia dos recursos naturais 24. Impactos urbanos 25. Meio ambiente e política internacional 26. A questão ambiental no Brasil
Ambiente
Conteúdos atitudinais
Conteúdos conceituais • • • • •
Impacto ambiental Socioesfera Política ambiental Ambientalismo Desenvolvimento sustentável
• Interesse pela questão ambiental • Apreciação e sensibilização pelas manifestações artísticas • Participação ativa em debates • Disposição para manusear, interpretar e produzir informações
Unidade V – Geografia e mudança social
27. A geografia dos excluídos 28. Saúde e políticas públicas 29. Movimentos sociais e cidadania 30. Geografia do crime 31. Cultura jovem e conflito 32. O Brasil e os desafios do século XXI
Lugar
Conteúdos atitudinais
Conteúdos conceituais • Estado do bem-estar social • Exclusão social • Políticas públicas • Desenvolvimento humano • Saúde pública • Política urbana • Movimento social • Reforma agrária • Tribos urbanas
• Posicionar-se politicamente • Respeito às diferenças e opiniões alheias • Apreciação de manifestações artísticas • Disposição para manusear, interpretar e produzir informações
2. Estrutura da obra Pressupostos teórico-metodológicos Essa obra tem como pressuposto que o Ensino Médio deve estar a serviço da inteligência e da recuperação dos significados humanos presentes nos conteúdos escolares, refazendo as teias de relações das nossas tradições e raízes culturais e da memória coletiva. Sob essa perspectiva, referências importantes para o planejamento da obra foram encontradas na Declaração Mundial sobre Educação para Todos (1990), nas Matrizes Curriculares de Referência para o Saeb (1999), nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1999), no documento básico da Matriz de Competências e Habilidades do Enem (1999) e numa extensa bibliografia que subsidia a reforma do ensino básico no Brasil (Coll, 1998; Perrenoud, 1999; Zabala, 1998; Zabala, 1999; Hernández, 1998). O desafio maior foi estruturar a obra tendo em vista as competências, operações mentais que o sujeito utiliza para estabelecer relações entre os objetos, situações, fenômenos e pessoas. Essas modalidades estruturais da inteligência transformam-se em habilidades no plano do “saber fazer”— seja no processo de leitura seja na realização das
atividades propostas no livro — e podem ser categorizadas em três níveis distintos de relações que se estabelecem entre o sujeito e o objeto do conhecimento: 1o) Nível básico de operações mentais, que torna presente o objeto do conhecimento para o sujeito por meio das ações de identificar, indicar, localizar, descrever, discriminar, apontar, constatar, nomear, ler, observar, perceber, posicionar, reconhecer, representar. o 2 ) Nível operacional de relações com e entre os objetos, que reúne os procedimentos necessários para associar, classificar, comparar, conservar, compreender, compor, decompor, diferenciar, estabelecer, estimar, incluir, interpretar, justificar, medir, modificar, ordenar, organizar, quantificar, relacionar, representar e transformar. o 3 ) Nível global, que envolve as operações mais complexas de aplicação de conhecimento e de resolução de problemas inéditos, o que exige as atividades de analisar, antecipar, avaliar, aplicar, abstrair, construir, criticar, concluir, supor, deduzir, explicar, generalizar, inferir, julgar e prognosticar. Tendo em vista esses pressupostos, as competências e habilidades exigidas e desenvolvidas nesse livro podem ser representadas pela figura que se segue.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Conceito estruturador
Capítulos
3
Tomar decisões diante de situações concretas, recorrendo aos conhecimentos geográficos e demonstrando capacidade de percepção e de estabelecimento de relações com a vida cotidiana, numa perspectiva interdisciplinar.
Atitudes
2
Problematizar o mundo contemporâneo, considerando a complexidade das relações sociais.
Procedimentos
1
Posicionar-se diante de dados e informações geográficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utilizando diferentes linguagens, em especial a cartográfica.
Conceitos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
COMPETÊNCIAS
HABILIDADES
A estrutura do livro foi planejada com o objetivo de preparar o aluno para a autonomia diante das inúmeras situações impostas pela vida social. Esse preparo envolve a problematização e o aprofundamento dos conteúdos fundamentais de Geografia, assim como a criação de oportunidades para que o jovem desenvolva sua capacidade de avaliar questões a partir de seus próprios valores, manipulando dados e informações de forma metódica, dinâmica e numa visão prospectiva. Para tal, a obra apresenta um conjunto de atividades diversificadas, que estão caracterizadas a seguir.
As atividades 1. Leitura cartográfica Nas aberturas de unidade, o aluno deverá se posicionar diante dos conteúdos que serão trabalhados. Para isto, ele será convidado a realizar uma leitura cartográfica, que explora as habilidades de extrair, analisar e interpretar informações a partir de diferentes figuras cartográficas. 2. Lição de cartografia Ao longo dos capítulos, o desenvolvimento da linguagem cartográfica tem prosseguimento com a Lição de cartografia, que propõe a interpretação ou a construção de figuras que estimulam a imaginação do aluno e complementam os sentidos do texto escrito. 3. Conexões Em Conexões, os conteúdos estudados nos capítulos são analisados de forma integrada e interdisciplinar, procurando-se respostas às indagações tanto no campo da reflexão do saber geográfico quanto na sua fronteira com
A. Extrair, analisar e interpretar informações a partir de mapas de diferentes projeções e escalas, perfis topográficos, blocosdiagramas, gráficos e representações esquemáticas. B. Estabelecer relações de ordem, de contradição e de complementaridade dos processos ambientais, econômicos, sociais, políticos e culturais das mais diversas realidades histórico-geográficas. C. Explicar as transformações provocadas pela revolução técnicocientífica e pelo desenvolvimento da sociedade urbanoindustrial, relacionando-as com os impactos ambientais, com a globalização da economia e com a atuação do capital financeiro e das grandes corporações internacionais. D. Analisar o arranjo geopolítico mundial em diferentes contextos históricos, associando e diferenciando sistemas políticoeconômicos e o papel dos Estados nacionais e dos organismos internacionais. E. Reconhecer e contextualizar grupos étnicos, culturais e sociais, respeitando as diferenças e destacando o Brasil, os países africanos e europeus, os Estados Unidos, a Rússia, a China, o Japão e os países do Sudeste Asiático. F. Inferir e julgar opiniões/pontos de vista de interesse geográfico expressos em diferentes tipos de linguagem, identificando e caracterizando interlocutores, épocas e lugares. G. Utilizar diferentes escalas de espaço e de tempo para explicar e criticar a relação sociedade/natureza, os padrões de saúde e o desenvolvimento das populações humanas, manifestandose por escrito, apresentando propostas e agindo.
outros campos do conhecimento. O aluno pode, ainda, aprimorar-se nas linguagens que representam as temáticas geográficas, ampliando sua capacidade de percepção e relacionando-as com a vida cotidiana. 4. Agora é com você! Estimula-se, sempre que possível, a tomada de decisão e a aplicação do conhecimento em situações da vida real. Para possibilitar tal encaminhamento, Agora é com você! contém orientações para levantar hipóteses e testálas, realizar levantamento de dados em órgãos públicos e arquivos de jornais, elaborar e aplicar entrevistas, registrar imagens (desenhar, fotografar, filmar), observar e descrever paisagens, entre outras atividades. 5. Ponto de vista Ao final de cada capítulo, são apresentados textos com diferentes posicionamentos a respeito do assunto estudado. O aluno é solicitado a confrontar os conteúdos aprendidos com as idéias dos diversos autores. 6. Questões dos vestibulares e do Enem Ao final de cada capítulo, uma bateria de exercícios foi selecionada para testar os conhecimentos dos alunos. A maioria das questões foi retirada dos principais vestibulares do país, sendo dada atenção especial às provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 7. De olho na mídia Para o fechamento de cada unidade, o aluno poderá aplicar os conhecimentos adquiridos para inferir e julgar opiniões e pontos de vista de interesse geográfico expressos em artigos de jornal, identificando e caracterizando diferentes interlocutores.
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A linguagem cartográfica e o ensino da Geografia O uso da linguagem cartográfica é uma poderosa ferramenta da Geografia e um objetivo permanente desta obra. No início de cada capítulo o aluno é desafiado a refletir a respeito de diferentes aspectos que envolvem a representação de dados espaciais pela Cartografia, relacionando-os com os temas que estão sendo estudados. Assim, esperamos que o jovem desenvolva a capacidade de análise e de síntese, ampliando sua habilidade de leitura e de interpretação cartográfica. Até o final do ensino fundamental, espera-se que o aluno tenha completado o seu processo de alfabetização cartográfica. Neste processo de aprendizado, as aulas de Geografia devem ter contribuído para o deslocamento crescente das relações topológicas e de vizinhança (distante/ perto, em cima/embaixo, esquerda/direita, interior/exterior, conectividade), com base no mapa corporal e nas habilidades sensório-motoras, para a compreensão de relações mais complexas que exigem o domínio do espaço representado em projeção euclidiana. No Ensino Médio, o desafio não é apenas utilizar os mapas e gráficos para a representação da informação geográfica, mas ampliar o repertório das ferramentas e procedimentos do tratamento cartográfico da informação para uma compreensão mais aprofundada do conhecimento geográfico. Assim, o uso da Cartografia deve ser intensificado, colocando o jovem, progressivamente, diante da tomada de decisão a respeito da linguagem cartográfica mais adequada para análise e avaliação dos padrões e processos geográficos. A presente obra didática oferece ao aluno a oportunidade de construir e empregar diferentes figuras cartográficas (croquis, blocos-diagramas, gráficos, cartogramas etc.). Gostaríamos de aprofundar a nossa conversa entre professores focando a discussão no uso da Cartografia no processo de ensino-aprendizagem do Ensino Médio. Para isto, selecionamos alguns aspectos da representação cartográfica que julgamos fundamentais nesta fase do ensino. Cartografia topográfica ou temática? Toda carta topográfica tem como objetivo representar com a maior precisão e detalhamento possível os elementos visíveis da paisagem e passíveis de localização geométrica. Segundo Cêurio de Oliveira (1993), a carta topográfica foi elaborada mediante um levantamento original, o que “inclui os acidentes naturais e artificiais, permitindo a determinação da planimetria e da altimetria”. Tendo em vista estas características da carta topográfica, ela tem sido largamente utilizada no processo de alfabetização cartográfica. Nas cartas topográficas, para tornar mais visível as formas de relevo, as cores são utilizadas para representar diferentes faixas de altitude (verde e amarelo para as planícies baixas e as colinas, sépia cada vez mais escuro nas montanhas, branco acima de 4 mil metros). Cartas topo-
gráficas que visualizam a topografia terrestre por meio deste sistema de representação cromática são denominados de mapas hipsométricos, amplamente utilizados no Ensino Fundamental. A Cartografia Temática tem um outro tipo de preocupação. Especializada na representação de um único fenômeno (formações vegetais, rodovias, localização industrial, por exemplo) ou de relações e dados geográficos não visíveis e de localização apenas qualitativa, a Cartografia Temática é uma linguagem de correlação e de síntese, elementos fundamentais da investigação geográfica. No Ensino Fundamental, a cartografia temática é pouco explorada. O mapa temático mais utilizado é o mapa político, no qual estão representadas as fronteiras entre diferentes países, regiões ou municipalidades. Neste caso, as cores variam de tonalidade para que sua repetição seja muito pequena e o contraste entre áreas vizinhas permita a identificação de cada elemento. Mas o repertório da Cartografia Temática é muito mais rico. É preciso ampliar o conceito de mapa, ainda muito associado ao conceito de carta topográfica. Mapa ou croqui? Um mapa originado da Cartografia Topográfica é, necessariamente, elaborado sobre uma quadrícula geométrica que permite a realização de medidas de direção e distância entre objetos geográficos. A localização da posição e das dimensões das formas do terreno deve respeitar o máximo de precisão possível. Naturalmente, a precisão do posicionamento nos mapas depende da escala cartográfica. Veja na tabela abaixo a margem de erro de posição em algumas escalas. Margem de erro em algumas escalas 1/5.000
1 metro
1/10.000
2 metros
1/25.000
5 metros
1/50.000
10 metros
1/100.000
20 metros
1/250.000
50 metros
1/500.000
100 metros
1/1.000.000
200 metros
Fonte: LIBAULT, André. Geocartografia, 1975.
A precisão de um mapa também depende do sistema de projeção adotado. Esta é uma das principais preocupações dos cartógrafos. Como projetar numa superfície plana a representação gráfica da superfície curva da Terra? Qualquer alternativa adotada irá provocar alguma deformação. Por causa disto, a Cartografia Topográfica vem desenvolvendo há muito tempo várias propostas de projeção cartográfica. Há projeções que procuram conservar as dimensões das áreas, apesar de distorcerem as formas do terreno. Outras projeções procuram manter a precisão do cálculo das distâncias, mas distorcem as áreas. No caso
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3. Conversa de professor para professor
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do nosso livro, procuramos adotar diversos tipos de projeções cartográficas, além da de Mercator (a projeção mais difundida no ensino de Geografia). A Cartografia Temática não tem como preocupação central a precisão na localização dos objetos geográficos. Como o objetivo da Cartografia Temática é possibilitar a visualização de processos e relações espaciais de interesse da Geografia, outras qualidades dos mapas são exploradas, como a exatidão e fidelidade das informações, com base na documentação existente sobre o assunto. Uma outra qualidade do mapa temático é a sua facilidade de comunicação por meio dos recursos da linguagem cartográfica. Por causa disto, há uma diversidade muito grande de figuras cartográficas utilizadas pela Cartografia Temática. A figura da Lição de cartografia da página 16 é um exemplo de um mapa esquemático. Neste caso, a preocupação é destacar apenas os aspectos mais importantes do assunto estudado. Figuras cartográficas com estas características são denominadas de croqui. Na periferia ou no centro? A escolha da projeção cartográfica não depende apenas de critérios técnicos, mas também é uma decisão que revela o ponto de vista a partir do qual o autor do mapa observa o mundo. Portanto, é ingênuo pensar que o mapa é neutro, sem nenhum interesse. Na página 20 do livro-texto (figura 1 da questão 3), temos um exemplo de mapa com esta projeção. O Brasil está representado na área periférica do mapa. Tratase do planisfério produzido pelo matemático e cartógrafo Gerhard Kremer Mercator, em 1569. Observe que Mercator desenhou uma quadrícula na qual os paralelos horizontais e o meridianos verticais são linhas retas de igual distância entre si. Este sistema tornou o uso deste mapa extremamente prático para a navegação, sendo amplamente utilizado pelos europeus em sua expansão marítima e comercial desde o século XVI. Traçando uma linha reta entre o ponto de partida e de chegada na folha com a projeção de Mercator, o navegante lê o rumo desta linha com o auxílio de uma bússola e mantêm o seu navio neste rumo. Como este mapa foi amplamente utilizado e difundido, sua forma de representar a superfície terrestre ficou muito conhecida. Muita gente chega até a pensar que o planisfério de Mercator é a representação correta da Terra. Porém, qualquer projeção resultará em alguma distorção da representação do planeta numa superfície plana. No caso de Mercator, como ele desenhou todos os paralelos do mesmo tamanho e manteve as mesma distância entre os meridianos, isto provocou enormes distorções, quanto mais se afasta da linha do Equador. Observe no mapa como a Groenlândia aparenta ser muito maior do que o Brasil, ainda que seja na realidade um pouco menor. Na figura da página 19 do livro-texto, o Brasil é o centro da projeção cartográfica. Apesar da distorção que isto provoca na forma dos continentes, este mapa permite uma maior precisão nos cálculos de distância de qualquer ponto da superfície terrestre em relação ao nosso país.
Tabela ou gráfico? Muita gente pensa que a Cartografia somente está relacionada com a leitura e a produção de mapas. Contudo, o uso e a elaboração de gráficos também são poderosos instrumentos de análise e avaliação do conteúdo da informação. Os dados utilizados na pesquisa geográfica podem ser de dois tipos: qualitativos e quantitativos. Os dados qualitativos referem-se às características dos objetos geográficos, tais como localização e distribuição no espaço, vizinhança e conectividade. Os dados quantitativos são resultado de medidas ou contagens efetuadas acerca dos fenômenos geográficos. Neste caso, por exemplo, os dados referem-se à distância entre os objetos geográficos, bem como à concentração ou dispersão, às médias, às freqüências e às flutuações. A principal questão que precisa ser respondida é se vale a pena ou não utilizar uma representação gráfica ou, simplesmente, realizar a leitura dos dados disponibilizados em tabelas. Observe a tabela abaixo. Trata-se da evolução do desemprego em países selecionados, entre 1991 e 2000. Evolução do desemprego em países selecionados (% da força de trabalho) País
1991
1995
2000
Argentina
5,8
18,8
15
Brasil
3,5
6,1
9,4
China
2,3
2,9
3,1
Coréia do Sul
2,3
2,0
4,3
México
2,2
4,7
1,6
Fonte: Organização Internacional do Trabalho.
Ao organizarmos estes mesmos dados em gráficos, torna-se possível a visualização de relações entre diferentes componentes da informação. No caso do gráfico de barras (abaixo), observa-se a comparação da proporção do desemprego nos países selecionados, ano a ano. No caso do gráfico de linhas (na página seguinte), a preocupação foi de representar a variação, ao longo do tempo. No eixo horizontal, observa-se a variação do tempo e no eixo vertical a variação da participação daquele país em termos percentuais. Evolução do desempenho em países selecionados 1991
%
1995
2000
20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0
Argentina
Brasil
China
Coréia do Sul
México
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Brasil – Evolução do desempenho (% da força de trabalho) % 20 18 16 14
Argentina Brasil China Coréia do Sul México
12 10 8 6
qual são localizados os objetos geográficos que se quer representar no mapa. Cabe ao cartógrafo escolher que características espaciais ele quer valorizar: conservação das distâncias entre lugares, proporcionalidade das superfícies, forma dos continentes ou alguma outra alternativa que, ainda que não garanta nenhuma destas características, represente um pouco melhor a realidade. Podemos agrupar os sistemas de projeção em 3 grandes grupos: as projeções azimutais ou zenitais, as projeções cônicas e as projeções cilíndricas. Veja a ilustração. Os sistemas de projeção cartográfica
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Que tipo de gráfico? A leitura e a elaboração de gráficos pode ser útil por diversos motivos. Ao permitir uma visão de conjunto, concentra a análise nos aspectos mais significativos da informação. Além disto, os gráficos facilitam a interpretação de dados quantitativos e qualitativos, numa perspectiva temporal e espacial. Há vários tipos de gráficos. Os mais comuns representam dados por meio de comprimentos, de áreas ou de volumes proporcionais. Os gráficos de barras e de linhas são bastante utilizados no estudo da Geografia. Tratam-se de sistemas de representação em coordenadas (eixos X e Y), no qual é possível estabelecer relações entre informações de um determinado fenômeno. Mas estes não são os únicos tipos de gráfico produzidos pelos geógrafos. Há muitas outras possibilidades, como a representação em gráficos circulares. Conhecidos por gráfico de setores, esta representação circular é ideal para comparar parcelas com o total. A construção de um gráfico de setores é simples. Considerando o total como equivalente a 360 graus, utiliza-se uma regra de três para a obtenção da medida em graus de cada parcela. Total = 360° Parcela = X° Desta forma, para se obter o valor em graus da parcela X°, será preciso a seguinte operação: X° = Parcela x 360° Total A divisão do círculo nas partes que compõe o todo é realizada com o uso do transferidor. Subdivide-se o círculo da parte maior para a menor, no sentido horário. Caso os dados já estejam em porcentagem, é muito mais fácil. Considera-se para isto que cada 1% equivale a 3,6 graus. Você pode observar na página 76 do livro-texto exemplos de gráficos de setor. Projetar a superfície do globo a partir de qual ponto de vista? As projeções cartográficas são utilizadas para desenhar no plano a quadrícula de paralelos e meridianos, na
Projeção cônica
Projeção cilíndrica
Projeção azimutal
Fonte: OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário cartográfico. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. p. 447-449.
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disto que, ao olharmos para um mapa não mobilizamos apenas a nossa capacidade de visualização da realidade a partir de sua representação gráfica. O mapa também exige capacidade de leitura dos códigos específicos da linguagem cartográfica. Em função das características dos fenômenos espaciais e da escala cartográfica adotada, os objetos geográficos são representados no mapa de três maneiras distintas: • Implantação pontual – na qual a superfície ocupada na folha de papel é insignificante, mas é possível localizar com precisão. Este é o caso da representação das capitais dos países, por exemplo, nos planisférios políticos; • Implantação linear – na qual o traçado de estradas, rios, dentre outros objetos lineares, é possível realizar com exatidão, apesar de a largura ser desprezível em relação ao comprimento; • Implantação zonal – na qual é possível delimitar uma área suficiente para manter a proporcionalidade com a área existente no terreno. Além de escolher qual é o modo de implantação mais adequado dos objetos geográficos, cabe ao autor do mapa utilizar os elementos da linguagem visual, tais como a forma e o tamanho dos objetos. O uso de cores e de símbolos também possui um forte poder de comunicação. Observe, no quadro abaixo, os componentes da linguagem cartográfica. Para a adequada leitura do mapa, é necessário observar atentamente a legenda, na qual se encontram indicados os símbolos e as informações necessárias para a análise das informações representadas.
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Nas projeções azimutais, cada ponto desenhado no mapa tem uma direção verdadeira (azimute) a partir do centro. É por isto que este tipo de projeção também é conhecido por projeção zenital. Além de as linhas irradiadas do ponto central do mapa corresponderem às mesmas direções destas linhas no ponto a partir do qual está sendo observado o globo terrestre, as distâncias do centro para cada ponto do mapa também são verdadeiras. É possível aplicar gráficos sobre mapas? Uma figura cartográfica cada vez mais utilizada é o cartograma, resultante da junção entre gráficos e um mapa. Além de desempenhar as mesmas funções das outras espécies de representação gráfica, o cartograma informa a posição geográfica das quantidades comparadas. Para a construção do cartograma, desenha-se um mapa de contornos de tamanho apropriado, com o menor número possível de detalhes. Devem ser indicadas tão somente as fronteiras do país ou da região considerada, os limites das áreas políticas mais importantes e os mais expressivos acidentes geográficos, como grandes rios e lagos, se for o caso. Mapas para ver ou para ler? O mapa é um documento que representa, a partir de um ponto de vista, características espaciais dos fenômenos. Mas o mapa não é simplesmente apreendido de modo intacto do papel para a mente do leitor. Pelo contrário, quando o leitor observa um mapa, exerce um papel ativo de decodificação, interpretação e avaliação. É por causa As duas dimensões do plano
(Y)
Duas dimensões do plano
(X, Y) posição do borrão no plano. (Ele está à direita e no alto.)
*
(X)
As seis modulações visuais sensíveis Tamanho
Pequeno, médio, grande com proporção
12345 12345 12345
Valor
Claro, médio, escuro
Granulação o el ar
ve rd e
ve
rm
Cor
am
el
ho
Textura fina, média, grosseira
Vermelho, amarelo, verde
Orientação
Horizontal, vertical, oblíqua
Forma
Retângulo, círculo, polígono estrelado
Fonte: MARTINELLI, Marcello. Gráficos e mapas; construa-os você mesmo. São Paulo: Moderna, 1998. p. 9.
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Há relação entre os dados? Uma questão importante para o estudo da Geografia é saber se há ou não alguma correspondência entre diferentes fenômenos ou situações. Quando observa-se, por exemplo, que a variação em um conjunto de dados é acompanhada pela variação em um outro conjunto, pode-se afirmar que existe correlação entre eles. Ou seja, a correlação revela a interdependência entre o aumento (ou diminuição) da variável X e o correspondente aumento (ou diminuição) na variável Y. Muitas vezes a comparação entre dados é uma tarefa difícil e exige cálculos complexos. Entretanto, por meio da representação gráfica, tais comparações podem ser rapidamente realizadas de maneira visual. A análise de correlações pode ser efetuada por gráficos de dispersão. Neste tipo de gráfico, uma variável X (renda per capita, por exemplo) é representada no eixo horizontal e uma segunda variável (% da população abaixo da linha de pobreza — com renda menor de 100 dólares, por exemplo) é representada no eixo horizontal. Os pontos distribuídos pela área do gráfico representam a combinação de valores destas duas variáveis. Nos gráficos de dispersão, quando há uma correspondência entre os valores de X e Y, os pontos distribuídos sobre a área tendem a se concentrar, aproximando-se de uma reta, o que traduz uma correlação perfeita. A forma de um círculo, ao contrário, sugere o afastamento cada vez maior da correlação entre as variáveis.
Diagramas de Dispersão Relação positiva perfeita
Nenhuma relação
Fonte: DI DIO, Renato Alberto Teodoro. Estatística. São Paulo: EPU, 1979. p. 117.
Mapa ou gráfico? A representação cartográfica permite a análise e a correlação geográfica entre dados. Os mapas e gráficos possuem enorme poder de comunicação da maneira como as informações estão organizadas no tempo e no espaço. Mas qual a diferença entre eles? Ao elaborar um gráfico, estamos estabelecendo correspondências entre dados para responder perguntas, tais como: o quê? quanto? quando? em que ordem? A partir do momento que introduzimos o componente locacional, mediante a definição de uma quadrícula de coordenadas geográficas numa superfície plana, não estamos mais produzindo apenas um gráfico, mas um mapa, acrescentando a este conjunto de questões uma outra muito importante: “onde?”.
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Um mapa-síntese ou uma coleção de mapas? A representação cartográfica atende a vários propósitos da Geografia, dentre eles, a visualização da ordem espacial e temporal dos fenômenos estudados. A necessidade de visualização é inseparável do poder de comunicação dos mapas. Para isto, é preciso respeitar as regras da linguagem visual, que considera as limitações do olho humano diante dos objetos ao seu redor. As cores sensíveis ao olho humano, por exemplo, são aquelas encontradas no arco-íris: violeta, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho. Sem dúvida alguma, as cores têm grande poder de comunicação visual e estão fortemente relacionadas com as emoções e os sentimentos humanos. Por causa disto, a combinação de cores nos mapas é intencional. Dependendo do tema, pode-se utilizar as cores para comunicar a idéia de contraste ou de combinação entre os fenômenos. É preciso também considerar a capacidade de percepção visual do olho humano, que consegue discernir de 5 a 7 cores, ao mesmo tempo. A grande maioria dos mapas temáticos procura apresentar de forma esquemática as questões que envolvem determinado assunto, superpondo num mapa-síntese todas as informações necessárias. Quando o conjunto de relações espaciais e temporais extrapolam os limites da percepção visual, a melhor solução é produzir uma coleção de mapas. Neste caso, obtém-se uma resposta visual instantânea para cada informação que se quer analisar. Veja o exemplo de uma coleção de mapas na página 53 do livro-texto.
A escolha de qual representação cartográfica é mais adequada depende do poder de síntese do assunto que se quer tratar. É possível, inclusive, aplicar gráficos sobre os mapas. Neste caso, eles são denominados de cartogramas. Veja um exemplo na página 335 do livro-texto.
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Os conceitos estruturadores da obra Os conteúdos conceituais do livro-texto são as idéias nucleadoras que permitem a compreensão dinâmica (relacional e gradativa) dos fatos geográficos. A idéia mais geral que estrutura a obra é a de espaço geográfico. Segundo Suertegaray (2002), “o espaço geográfico pode ser lido através de diferentes conceitos de paisagem, e/ou território, e/ou lugar, e/ou ambiente, sem desconhecermos que cada uma destas discussões contém as demais. Isto porque cada uma delas enfatiza uma dimensão da complexidade organizacional do espaço geográfico: o econômico/cultural (na paisagem), o político (no território), a existência objetiva e subjetiva (no lugar), a transfiguração da natureza (no ambiente)”. Na presente obra, cada unidade possui um conceito estruturador. Na Unidade I, “Bases da Geografia: sociedade, natureza e território”, o conceito estruturador é o de espaço geográfico. Na Unidade II, “O mundo geopolítico contemporâneo”, o conceito é o de território. Na Unidade seguinte, “Geografia econômica: as redes mundiais”, é o de rede. Na Unidade IV, “Desafios ambientais”, o conceito estruturador é o de ambiente. E, finalmente, na Unidade V, é o de lugar. Não é nossa pretensão esgotar este debate. Da forma como nossa obra foi estruturada, obtemos como resultado apenas uma das leituras possíveis da Geografia. Nesta parte da nossa “conversa entre professores”, apresentamos a seguir o posicionamento de alguns autores selecionados a respeito destes conceitos estruturadores. O conceito de espaço A natureza do espaço - Técnica e tempo; razão e emoção. Milton Santos. São Paulo: Hucitec, 1996. “Nossa proposta atual de definição da geografia considera que a essa disciplina cabe estudar o conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ação que formam o espaço. Não se trata de sistemas de objetos, nem de sistemas de ações tomados separadamente. Nem tampouco se trata de reviver a proposta de Berry & Marble (1968) fundada na teoria de sistemas então em moda e segunda a qual ‘todo espaço consiste em um conjunto de objetos, os caracteres desses objetos, os caracteres desses objetos e suas inter-relações’ (citados por J. Beaujeu-Garnier, 1971, p. 93).” O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo da história vão sendo substituídos por objetos fabricados, objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a
funcionar como uma máquina. Através da presença desses objetos técnicos: hidroelétricas, fábricas, fazendas modernas, portos, estradas de rodagem, estradas de ferro, cidades, o espaço é marcado por esses acréscimos, que lhe dão um conteúdo extremamente técnico. O espaço é hoje um sistema de objetos cada vez mais artificiais, povoado por sistemas de ações igualmente imbuídos de artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins estranhos ao lugar e a seus habitantes. Os objetos não têm realidade filosófica, isto é, não nos permitem o conhecimento, se os vemos separados dos sistemas de ações. Os sistemas de ações também não se dão sem os sistemas de objetos. Sistemas de objetos e sistemas de ações interagem. De um lado, os sistemas de objetos condicionam a forma como se dão as ações e, de outro lado, o sistema de ações leva à criação de objetos novos ou se realiza sobre objetos preexistentes. É assim que o espaço encontra a sua dinâmica e se transforma.” (p. 51 a 52) O conceito de rede Trajetórias geográficas. Roberto Lobato Corrêa. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. “Por rede geográfica entendemos ‘um conjunto de localizações geográficas interconectadas’ entre si ‘por um certo número de ligações’. Este conjunto pode ser constituído tanto por uma sede de cooperativa de produtores rurais e as fazendas a ela associadas, como pelas ligações materiais e imateriais que conectam a sede de uma grande empresa, seu centro de pesquisa e desenvolvimento, suas fábricas, depósitos e filiais de venda. Pode ser ainda constituído pelas agências de um banco e os fluxos de informações que circulam entre elas, pela sede da Igreja Católica, as dioceses e paróquias, ou ainda pela ferroviária de uma dada região. Há, em realidade, inúmeras e variadas redes que recobrem, de modo visível ou não, a superfície terrestre. As redes, em realidade redes geográficas, já foram organizadas com base em localizações e caminhos temporários das hordas primitivas. Estiveram presentes nos circuitos de troca de presentes das comunidades primitivas, assim como na organização espacial centralizada pela cidade cerimonial e suas aldeias tributárias e na organização comercial dos centros do mundo mediterrâneo. Roma organizou uma rede de cidades (Lugudunum, Argentoratum, Massilia etc.) e a Baixa Idade Média viu florescer uma rede de cidades, especialmente no norte da Itália e na Flandres. Na organização e expansão do capitalismo as redes geográficas assumem diversas formas de manifestação, tornando-se ainda progressivamente mais importantes. A divisão territorial do trabalho em escala crescentemente mundializada só é possível a partir de numerosas redes técnicas engendradas no bojo da expansão capitalista. Redes que se manifestam sobretudo em uma cada vez mais complexa rede urbana cujos centros são, do ponto de vista funcional, simultaneamente especializados e hierarquizados, focos, portanto, de diversos fluxos.” (p. 107-108)
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O conceito de território O mito da desterritorialização. Rogério Haesbaert. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. “Mesmo se privilegiarmos a definição mais estrita de Sack, do território como controle de processos sociais pelo controle da acessibilidade através do espaço, é imprescindível verificar o quanto este ‘controle’ muda de configuração e de sentido ao longo do tempo. Enquanto nas sociedades modernas ‘clássicas’, ou sociedades disciplinares, como afirmou Foucault, dominavam os territórioszona que implicavam a dominação de áreas (a expansão imperialista pelo mundo até ‘fechar’ o mapa-múndi em termos de um grande mosaico estatal é o exemplo de maior amplitude), o que vemos hoje é a importância de exercer controle sobre fluxos, redes, conexões (a ‘sociedade de controle’ tal como denominada por Deleuze (...).
Territorializar-se, desta forma, significa criar mediações espaciais que nos proporcione efetivo ‘poder’ sobre nossa reprodução enquanto grupos sociais (para alguns também enquanto indivíduos), poder este que é sempre multiescalar e multidimensional, material e imaterial, de ‘dominação’ e ‘apropriação’ ao mesmo tempo. O que seria fundamental ‘controlar’ em termos espaciais para construir nossos territórios no mundo contemporâneo? Além de sua enorme variação histórica, precisamos considerar sua variação geográfica: obviamente territorializar-se para um grupo indígena da Amazônia não é o mesmo que territorializar-se para os grandes executivos de uma empresa transnacional. Cada um desdobra relações com ou por meio do espaço de formas as mais diversas. Para uns, o território é construído muito mais no sentido de uma área-abrigo e fonte de recursos, a nível dominantemente local; para outros, ele interessa enquanto articulador de conexões ou redes de caráter global.” (p. 96-97) O conceito de ambiente Elementos de epistemologia da geografia contemporânea. Dirce Maria Antunes Suertegaray. Curitiba: UFPR, 2002. “O século XX assistiu à lenta transformação da conotação dos termos ambiente e ambientalismo, visto que, até meados do mesmo, as discussões relativas a essa temática ainda tinham uma concepção majoritariamente naturalista e científica. A evolução da alteração do conceito de meio ambiente pode ser assim observada nas seguintes palavras de Bailly e Ferras (1997, p. 115-166). ‘Em 1917, o meio ambiente, é para uma planta “o resultante de todos os fatores externos que agem sobre ela”. Em 1944, para um organismo “a soma total efetiva de fatores aos quais um organismo responde”. Em 1964, Harant e Jarry propõem “o conjunto de fatores bióticos (vivos) ou abióticos (físico-químicos) do hábitat”. Em 1971, segundo Ternisien: “Conjunto, num momento dado, dos agentes físicos, químicos e biológicos e dos fatores sociais suscetíveis de ter um efeito direto ou indireto, imediato ou a termo, sobre os seres vivos e as atividades humanas.” E aí está a palavra na moda, vítima da inflação jornalística...’ Na evolução do conceito de meio ambiente (envoronment, environnenment) observa-se o envolvimento crescente das atividades humanas sobretudo nas quatro últimas décadas, mas ele continua fortemente ligado a uma concepção naturalista, sendo que o homem socialmente organizado parece se constituir mais num fator que num elemento do ambiente. De maneira geral, e observando-se tanto o senso comum como o debate intra e extra-academia, a impressão geral que se tem é de que a abordagem do meio ambiente está diretamente relacionada à natureza, como se existisse um a priori determinante traduzido numa hierarquização dos elementos componentes do real, onde aqueles atinentes ao quadro natural estão hierarquicamente em posição mais importante e sem os quais não haveria a possibilidade da compreensão ambiental da realidade.
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O conceito de lugar O lugar no/do mundo. Ana Fani Alessandri Carlos. São Paulo: Hucitec, 1996. “O lugar é a base da reprodução da vida e pode ser analisado pela tríade habitante-identidade-lugar. A cidade, por exemplo, produz-se e revela-se no plano da vida e do indivíduo. Este plano é aquele do local. As relações que os indivíduos mantêm com os espaços habitados se exprimem todos os dias nos modos do uso, nas condições mais banais, no secundário, no acidental. É o espaço passível de ser sentido, pensado, apropriado e vivido através do corpo. Como o homem percebe o mundo? É através de seu corpo, de seus sentidos que ele constrói e se apropria do espaço e do mundo. O lugar é a porção do espaço apropriável para a vida — apropriada através do corpo — dos sentidos — dos passos de seus moradores, é o bairro, é a praça, é a rua, e nesse sentido poderíamos afirmar que não seria jamais a metrópole ou mesmo a cidade lato sensu a menos que seja a pequena vila ou cidade — vivida/conhecida/reconhecida em todos os cantos. Motorista de ônibus, bilheteiros são conhecidos-reconhecidos como parte da comunidade, cumprimentados como tal, não simplesmente prestadores de serviço. As casas comerciais são mais do que pontos de troca de mercadorias, são também pontos de encontro. É evidente que é possível encontrar isso na metrópole, no nível do bairro, que é o plano do vivido, mas definitivamente não é o que caracteriza a metrópole. A tríade cidadão-identidade-lugar aponta a necessidade de considerar o corpo, pois é através dele que o homem habita e se apropria do espaço (através dos modos de usos). A nossa experiência tem uma corporeidade pois agimos através do corpo. Ele nos dá acesso ao mundo, para Perec é o nó vital, imediato, visto pela sociedade como fonte e suporte de toda cultura, modos de apropriação da realidade, produto modificado pela experiência do meio, da relação com o mundo, relação múltipla de sensação e de ação, mas também de desejo e, por conseqüência, de identificação com a projeção sobre o outro. Abre-se aqui a perspectiva da análise do vivido através do uso, pelo corpo.” (p. 20-21)
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Entretanto, é notório o fato de que o emprego do termo meio ambiente parece ter se tornado incômodo a um segmento dos ambientalistas mais contemporâneos, pois que, como o evidenciou Porto Gonçalves (1989), o fato de a palavra meio também significar metade, parte, porção etc. denotaria a idéia do tratamento parcial dos problemas ambientais. Mesmo se esta leitura crítica apresente considerável coerência etimológica, não deixa de ser lastimável o fato de os geógrafos pouco terem lutado para explicar a especificidade e importância do termo meio no que concerne à sua significação científica; afinal, o emprego do mesmo em contexto ambiental constitui-se atualmente numa derivação, ou mesmo numa apropriação geral do conceito de meio geográfico. Há que se atentar também para o fato de que muitos geógrafos consideram o termo ambiente, ou meio ambiente, um ‘quase sinônimo’ do termo geografia, vendo no emprego de expressões tais como ‘geografia ambiental’ um reducionismo.” (p. 123-125)
Sites interessantes Relacionamos a seguir alguns sites que podem ser úteis no ensino de Geografia. Portal da Cartografia http://www.uel.br/projeto/cartografia Neste site, o professor poderá encontrar material para o aprofundamento da discussão da cartografia escolar, assim como suporte técnico para a produção cartográfica. IBGE Teen http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/index.html Este site foi criado pelo IBGE para atender às pesquisas do público estudantil. Nele, é facilitado o acesso às informações estatísticas do Brasil. Vale a pena conferir. ONU no Brasil http://www.onu-brasil.org.br/onu_brasil Trata-se de um portal que permite o acesso aos escritórios no Brasil dos organismos internacionais vinculados à ONU. Além de facilitar a localização dos sites oficiais destes organismos, é possível localizar muitos documentos, mapas e informações traduzidos para o português. Projeto de Ensino e Aprendizagem Global http://cyberschoolbus.un.org Este é o site do projeto de ensino e aprendizagem vinculado à ONU. Nas versões em inglês, espanhol e francês, é possível acessar inúmeras experiências de professores e alunos de diversos países, que compartilham os princípios da paz e da justiça social. Ciências do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas http://www.unep.org/science Neste site, o professor poderá encontrar inúmeros mapas e gráficos gerados a partir dos dados de organismos internacionais vinculados à ONU.
Bate-papo com os autores Nessa entrevista à editora, os autores expõem um pouco do que pensam a respeito do trabalho desenvolvido na elaboração dessa obra. As opiniões expressadas por cada um reflete o pensamento dos demais em relação aos diversos temas abordados. Leia os principais trechos da conversa. Editora: Para vocês, qual seria o papel do livro didático para o ensino da Geografia? Autores: Pensamos que o livro didático de Geografia não deva ser encarado como uma enciclopédia, que reúne todos os conhecimentos possíveis. Primeiro, que esta tarefa tem cada vez menos sentido diante da complexidade e da velocidade das transformações que o mundo está vivendo. Mas o principal é que acreditamos que o livro é simplesmente um material de apoio para a interação entre o conhecimento do aluno e o conhecimento científico. Por essa razão, tomamos como medida que o repertório e a linguagem do aluno são elementos fundamentais dessa nova pedagogia. É por causa disto que a obra de vocês foi estruturada com base em competências e habilidades? Em que isto diferencia este livro didático? Sabemos que um dos maiores desafios da educação nas últimas décadas tem sido romper com um saber conteudista e fragmentado, que não responde mais às demandas do século XXI. Cabe a nós, professores, desenvolvermos em nossos alunos uma aprendizagem significativa e adequada à nova realidade, construindo em conjunto as ferramentas que possibilitarão aos jovens fazer uma leitura adequada de seu mundo para, dessa forma, participarem, não como atores secundários da trama global, mas como edificadores de sua própria história e participantes ativos na construção de uma sociedade mais humana e igualitária. Para tanto, esse jovem do século XXI necessita dominar um conjunto de ferramentas que lhe permitirá ler e interpretar criticamente a realidade. O estudo por competências possibilitará uma aprendizagem significativa, pois, por meio da contextualização, o aluno é levado a desenvolver habilidades que lhe darão condições para aplicar conceitos nucleadores das diversas disciplinas escolares. Mas quais seriam estas competências? Interpretar enunciados, ler e interpretar mapas, gráficos e tabelas, posicionar-se diante de um acontecimento, distinguir os argumentos de um ou de outro autor, posicionar-se diante das contradições etc. Com essas ferramentas, associadas aos saberes específicos, temos certeza de que nossos jovens estarão aptos a participar de forma solidária e sensível na construção de uma sociedade mais justa. É lógico que este enfoque exige a incorporação de novos temas que estão sendo estudados pela ciência geográfica. Vocês poderiam dar algum exemplo? Entre os temas novos que apresentamos neste livro gostaríamos de comentar o que trata do tempo livre e do lazer.
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Mas como é possível trabalhar estas novas temáticas em um volume único? Em um volume único podemos apresentar temas contemporâneos que afligem a sociedade Ocidental e, depois, trabalhá-los na escala nacional. O Brasil não está à margem dos processos globais do mundo das finanças, da produção econômica, nem das decisões políticas. Compreender como esses assuntos nos afetam é fundamental para o posicionamento e escolha do seu próprio destino. Por isso, a seleção de temas é fundamental, em um volume único, no sentido de oferecer ao estudante elementos que o faça refletir sobre a relação entre forças internacionais e características nacionais, de modo a permitir que faça escolhas de modo consciente. Quem de vocês tem trabalhado com esse livro em sala de aula? Você? Como é ser autora e trabalhar com o próprio livro? Como os alunos recebem a proposta da obra em sala de aula? É muito gratificante. Percebo um grande envolvimento dos alunos em relação às atividades em que se colocam como participantes ativos do processo de
aprendizagem. Além disso, muitos alunos expressam que o livro permite uma compreensão mais adequada, pois tem um texto apropriado à compreensão dos jovens, permitindo-lhes assimilar mais facilmente os elementos constituintes dos processos de construção, tanto naturais quanto socioeconômicos, no planeta. Alguns capítulos em especial são muito motivadores para serem objeto de trabalhos em grupo, pois suscitam grande participação, como Cultura jovem e conflito, Geografia do crime e Geografia do lazer. Apesar de tantas inovações, também é preciso não perder de vista os conteúdos tradicionalmente trabalhados no Ensino Médio. Vocês tiveram esta preocupação? Produzir um livro não é uma tarefa isolada. Temos tido muito contato com os professores do Ensino Médio, assim como acompanhamos as tendências dos vestibulares e a experiência do Enem. Preocupados com isto, procuramos não perder de vista a discussão de vários temas que são reconhecidos socialmente como de responsabilidade da Geografia. Dentre eles, eu gostaria de destacar o fortalecimento do uso das ferramentas cartográficas no livro. Uma grande diferença entre o Ensino Fundamental e Ensino Médio está aí. Uma vez completada a alfabetização cartográfica, o aluno precisa dar um salto muito grande no uso da Cartografia como recurso da leitura geográfica. Para isto, ele terá que se exercitar pelos caminhos da Cartografia Temática. Acho que nossa obra oferece uma diversidade muito grande de situações para o aluno aprofundar o seu domínio da linguagem cartográfica.
4. Processo de avaliação A avaliação é um processo contínuo e sistemático que visa verificar em que medida os objetivos pedagógicos estão sendo atingidos. É uma prerrogativa do professor, que planejou sua proposta de ensino de Geografia e conhece os limites e possibilidades de seus alunos. Estes, por sua vez, podem participar ativamente da avaliação, se forem chamados a refletir a respeito de seus avanços no processo de aprendizagem e da qualidade do trabalho coletivo. A presente obra, por se tratar de um material de apoio ao professor, apresenta uma série de atividades que podem auxiliar no processo de avaliação. As unidades de abertura facilitam a avaliação diagnóstica, porque propiciam a identificação do repertório e das dificuldades dos alunos diante de um tema novo. As atividades distribuídas ao longo dos capítulos possibilitam a avaliação formativa, na qual o aluno, com a ajuda do professor, revê seus resultados e supera suas
dificuldades, seus bloqueios e suas lacunas de conhecimento. Essas atividades também fornecem dados que confirmam ou não a avaliação diagnóstica, que deve ser levada em conta ao longo de todo o processo. Por fim, as atividades reunidas no Ponto de vista e De olho na mídia fornecem subsídios para a avaliação somativa, que deve ser feita no final do processo de aprendizagem por meio da análise do que foi aprendido, e do levantamento dos pontos falhos da avaliação diagnóstica e da avaliação formativa. Para auxiliar o processo de avaliação, as atividades propostas no livro foram classificadas pelo nível de complexidade (básico = I, operacional = II, global = III), pela competência (1, 2 ou 3) e pelas habilidades (A, B, C, D, E, F, G). Desta forma, o professor poderá observar o desempenho de cada aluno, verificando possíveis dificuldades ou diferenças de ritmo da turma.
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A sociedade atual permite que algumas pessoas possam exercer seu tempo livre, escolhendo o que fazer. Porém, transforma grande parte das ofertas em mercadorias, abrindo mais uma frente de acumulação capitalista. É preciso insistir que a realização do tempo livre é um exercício de cidadania e que deve estar desvinculado do poder de comprar o acesso a uma área natural, a um filme ou coisa parecida.
5. Procedimentos e tratamento didático das atividades UNIDADE I Bases da Geografia: sociedade, natureza e território
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Leitura cartográfica — página 9 Competência e habilidade I.1.A Objetivo Extrair informações de mapas, correlacionando-as com processos naturais e seus impactos ambientais. Procedimento Nas atividades de abertura de unidade, o principal objetivo é verificar o repertório dos alunos em relação ao assuntos que serão tratados nos capítulos. O material cartográfico da atividade reúne informações a respeito do impacto provocado pelo tsunami em dezembro de 2004, na região do Índico. O professor também poderá observar as habilidades dos alunos com relação ao uso de mapas.
Procedimentos Espera-se que os alunos exercitem a interpretação de diversas escalas, diferenciando e relacionando as escalas cartográficas da geográfica, além de elaborarem textos síntese.
Ponto de vista — página 19 Competência e habilidade III.2.A Objetivo Comparar pontos de vista sobre o mesmo tema, confrontando teses e argumentos. Procedimentos Espera-se que o aluno perceba que no primeiro caso — Projeção de Peters — há um privilegiamento da representação dos países do hemisfério sul, enquanto no segundo caso — Projeção Azimutal centrada no Brasil — observa-se o mundo na perspectiva do nosso país.
Capítulo 1 — A Geografia e a linguagem cartográfica
Conexões — página 12 Competência e habilidade I.1.F Objetivo Aplicar os conhecimentos geográficos numa perspectiva interdisciplinar, valorizando a apreciação artística. Procedimentos Sugerimos que a leitura do texto seja feita em voz alta na sala de aula. Os alunos podem analisar o poema em grupos, mas a elaboração da conclusão deve ser um trabalho individual. Espera-se que a turma identifique nas estrofes selecionadas de Os lusíadas a exaltação de Camões ao empreendimento português de expansão marítima, sem precedentes na história.
Lição de cartografia — página 16 Competência e habilidade II.1.A Objetivo Ampliar o domínio da leitura e interpretação cartográfica, analisando um mapa esquemático. Procedimentos 1. Trata-se de um exemplo de mapa esquemático. O traçado do Japão é simplificado, sem muita preocupação com a exatidão e a precisão. 2. O mapa apresenta exemplos de todas estas formas de representação. Há fenômenos qualitativos, como os túneis e pontes (informações lineares), assim como fenômenos quantitativos, como é o caso do tamanho das cidades (informações pontuais). Agora é com você! — página 18 Competência e habilidade II.1.A Objetivo Esta atividade tem como objetivo desenvolver os procedimentos referentes à utilização dos elementos da cartografia.
Capítulo 2 — O sistema terrestre
Lição de cartografia — página 27 Competência e habilidade I.1.A Objetivo Construir um modelo que represente os fenômenos ocorridos na escala do tempo geológico. Procedimento Espera-se que os alunos consigam estabelecer uma relação de proporcionalidade entre quatro metros de papel (400 cm) e o tempo da história da Terra (4 bilhões e 600 milhões). Como para cada centímetro de papel deve ser representado 460 milhões de anos, os alunos irão perceber a dificuldade de representar os acontecimentos mais recentes. Ao comentar em sala de aula a atividade, é importante que a turma perceba que a dificuldade não é individual, mas do grupo, e que familiarizar-se com a escala geológica faz parte do processo de aprendizagem.
Conexões — página 34 Competência e habilidade III.3.G Objetivos Levantar hipóteses a partir da observação dos elementos contidos numa fotografia. Elaborar relatório com as conclusões da análise. Procedimentos O aluno deve observar certos aspectos importantes do terreno, que permitem constatar algumas evidências: o 1 . O terreno é sedimentar. o 2 . A presença das marcas sinaliza que havia umidade no terreno. o 3 . O animal que deixou as pegadas era um bípede. Além dessas constatações, os alunos podem levantar algumas suposições, por exemplo, sobre a existência de alimento ou água na região.
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Competência e habilidade II.3.B Objetivo Comparar pontos de vista sobre o mesmo tema, confrontando teses e argumentos. Procedimentos Espera-se que os alunos percebam as diferenças entre as duas teses sobre a evolução do planeta: atualismo e cataclismo. O debate a respeito desses dois pontos de vista pode ser organizado no formato de um tribunal. A classe, em conjunto, define os alunos que farão a defesa de cada posição e aqueles que atuarão como júri e juiz. O resultado do debate deve ser registrado no caderno, individualmente. Capítulo 3 — Climas e hidrologia terrestres
Agora é com você! — página 38 Competência e habilidade II.3.B Objetivo Tomar decisões diante de situações concretas, inferindo e julgando opiniões. Procedimentos Espera-se que o aluno formule suas próprias hipóteses e possa analisá-las, mediante os dados de previsões metereológicas coletadas dos jornais diários.
Agora é com você! — página 40 Competência e habilidade II.1.A Objetivo Analisar e interpretar informações, comparando representações esquemáticas com fotografias. Procedimentos 2. a) cúmulo-nimbos; b) cirros; c) estrato-cúmulos.
Agora é com você! — página 43 Competência e habilidade II.1.B Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações apresentadas no capítulo, estabelecendo relações de ordem e de complementaridade entre processos naturais. Procedimentos 1. Amplitude térmica anual é a diferença entre as médias de temperatura entre os meses mais quentes e frios de uma determinada área. Dependendo da amplitude térmica, determinadas culturas serão mais adequadas para as práticas agrícolas. 2. Para os alunos que moram próximos do mar, espera-se observações referentes à influência da brisa marítima. Com relação àqueles que moram no interior do país, espera-se observações referentes à elevada amplitude térmica anual.
Agora é com você! — página 44 Competência e habilidade II.1.B Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações apresentadas no capítulo, estabelecendo relações de ordem e de complementaridade entre processos naturais.
Procedimentos Tanto o clima equatorial quanto o clima tropical apresentam elevada insolação. Porém, no primeiro caso as médias de temperaturas são mais elevadas do que no segundo caso. Por sua vez, o clima tropical apresenta amplitudes térmicas anuais mais elevadas do que o clima equatorial.
Ponto de vista — página 48 Competência e habilidade II.2.F Objetivo Reconhecer o ponto de vista do autor do texto. Procedimentos Sugerimos que o professor exercite a leitura de textos argumentativos com a turma. Os alunos podem ser convidados a realizar a leitura em voz alta, promovendose uma discussão das idéias de cada parágrafo. Ao término da leitura, o professor poderá escrever no quadro as conclusões obtidas na atividade. Capítulo 4 — Os principais biomas da Terra
Agora é com você! — página 54 Competência e habilidade I.1.B Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações apresentadas no capítulo, estabelecendo relações de ordem e de complementaridade entre processos naturais. Procedimentos 1. A Biogeografia estuda a distribuição dos seres vivos na Terra, relacionando as características do meio físico ao surgimento de cada espécie. 2. O hábitat é o ambiente onde vive a espécie, enquanto o nicho ecológico é o lugar com as condições necessárias de alimentação e reprodução de cada ser vivo. 3. O ecossistema é um sistema de interações entre os seres vivos e o ambiente. Nos estudos da Biogeografia, os ecossistemas são reunidos em grandes agrupamentos denominados biomas.
Ponto de vista — página 57 Competência e habilidade III.3.B Objetivo Posicionar-se criticamente diante das idéias do autor. Procedimentos 1.Os alunos devem ser estimulados a expressar o seu próprio ponto de vista, considerando o que foi estudado no capítulo. O fundamental é que se estabeleça um ambiente de troca de idéias e que a justificativa de cada posicionamento seja compreendida pelos colegas. 2. Dentre as atividades econômicas que colocam em risco os domínios tropicais, espera-se que os alunos se refiram à expansão da agricultura mecanizada nas regiões de campos e savanas.
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Capítulo 5 — As bases físicas do Brasil
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Lição de cartografia — página 63 Competência e habilidade III.1.A Objetivo Ampliar o domínio da leitura e interpretação cartográfica, por meio da análise de climogramas. Procedimentos Segundo Martinelli (1998, p. 40), um climograma é um gráfico termopluviométrico que “considera a escala das precipitações à esquerda e a das temperaturas à direita [...] Esse tipo de gráfico permite a comparação entre vários tipos de regimes climáticos em vista de uma classificação”. Os climogramas destacados na atividade representam os seguintes padrões climáticos: • São Gabriel da Cachoeira: clima equatorial, com altos índices pluviométricos e temperaturas elevadas durante todo o ano; • Ilhéus: clima tropical úmido, com altos índices pluviométricos e temperaturas elevadas; • Goiânia: clima tropical típico ou semi-úmido, com estações secas (outono e inverno) e chuvosas (primavera e verão) bem definidas e temperaturas elevadas; • Juazeiro: clima tropical semi-árido, com índices pluviométricos baixos durante todo o ano e temperaturas elevadas; • Bagé: clima subtropical, com umidade regular durante o ano e queda acentuada da temperatura no inverno.
Agora é com você! — página 66 Competência e habilidade II.1.A Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações apresentados no capítulo, estabelecendo relações de ordem e de complementaridade entre processos naturais. Procedimentos 1. A foto a é da formação de cerrado, típica das áreas de clima tropical (com verão úmido e inverno seco). A foto b refere-se à Mata Atlântica, localizada nas encostas da Serra do Mar, no litoral brasileiro, caracterizado pelo clima litorâneo úmido (exposto à Massa Tropical Atlântica). A foto c é da Mata de Araucária, característica das áreas de Clima Tropical de Altitude ou do Clima Subtropical Úmido do Brasil meridional. Na fotografia d, observa-se uma formação de caatinga, que ocorre nas áreas de Clima Tropical Semi-árido do Polígono das Secas do Nordeste Brasileiro.
Ponto de vista — página 67 Competência e habilidade I.1.B Objetivo Reconhecer o ponto de vista do autor do texto. Procedimentos As atividades propostas na seção Ponto de vista visam aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da unidade na análise do pensamento de diversos autores. Elas foram programadas segundo um grau de dificuldade crescente.
Nesta primeira unidade, a habilidade exigida é de nível básico, uma vez que o objetivo da atividade é apenas identificar as idéias apresentadas no texto por Mário Guimarães Ferri. Capítulo 6 — Sociedade industrial e meio ambiente
Conexões — página 74 Competência e habilidade III.3.C Objetivos Aplicar conhecimentos geográficos para reelaborar o texto de forma crítica e estabelecendo relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido. Procedimentos Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que as idéias do cacique dos teme-augama anishnabai devem ser tratadas com muito respeito. A paródia é uma forma de reelaboração do texto, que será utilizada para a formulação de uma crítica à sociedade de consumo. Sugerimos que o texto original seja lido em sala de aula, e que os alunos procurem, em conjunto, identificar os seus aspectos essenciais. O resultado final do trabalho também pode ser apresentado para a classe.
Agora é com você! — página 75 Competência e habilidade II.3.B Objetivos Desenvolver a capacidade de observação e de coleta de dados de campo. Elaborar um relatório, de acordo com as instruções da atividade. Documentar iconograficamente a visita, por meio de ilustrações e fotos do local estudado (opcional). Procedimentos A atividade pode ser executada num estudo do meio. Seria interessante organizar a turma em três grupos, ficando cada equipe responsável por um dos itens do relatório. A observação de campo permite ao aluno buscar elementos concretos para compreender a dinâmica dos agentes externos modeladores do relevo. É importante salientar os seguintes aspectos: • o trabalho das águas correntes (construção e erosão); • a ação da mata ciliar no controle da erosão provocada pelas cheias; • a alteração do ambiente pela ação humana. Lição de cartografia — página 75 Competência e habilidade II.1.B Objetivo Ampliar o domínio da leitura e interpretação cartográfica, por meio da análise de uma série histórica de esboços de paisagem. Procedimentos Espera-se que o aluno perceba as diferenças entre dois momentos históricos distintos, identificando marcas na paisagem. Na primeira gravura, o horizonte da cidade aparece delineado por inúmeras torres de igrejas e há espaço disponível nas margens do rio. Já a cidade industrial é bem mais compacta, com elevada densidade habitacional. As chaminés das fábricas passam a dividir a linha do horizonte com as igrejas.
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Competência e habilidade II.1.B Objetivo Ampliar o domínio da leitura e interpretação cartográfica, por meio da análise de um mapa temático. Procedimentos Por meio da observação do mapa o aluno será capaz de obter as respostas. a) São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. b) Neste item o aluno deverá relacionar a localização de sua cidade e a área em que se encontra alguma hidrelétrica. c)Neste item também há a necessidade de se estabelecer uma relação entre o local próximo e as hidrelétricas.
Agora é com você! — página 80 Competência e habilidade I.1.B Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações apresentados no capítulo, estabelecendo relações de ordem, de contradição e de complementaridade dos processos econômicos, sociais e políticos. Procedimentos 2. De acordo com o texto, a presença humana na Terra pode ser dividida em cinco fases: a fase primitiva, na qual comunidades primitivas viviam da caça e da coleta; a fase agrícola; a fase comercial, caracterizada pela expansão marítima e comercial; a fase urbano-industrial, que teve início há 2 séculos; e o período técnico-científico, decorrente do desenvolvimento urbano-industrial. 3. A fase agrícola é marcada pela domesticação de plantas e animais. 4. No período técnico-científico a informação e os laços entre ciência e produção são cada vez mais estreitos. 5. Nesta resposta, espera-se que o aluno utilize os dados e informações a respeito do fluxo de energia na Terra para analisar a carga imposta ao ambiente pela sociedade industrial. A idéia central é a de que será preciso encontrar um caminho alternativo de desenvolvimento porque o atual padrão de consumo não tem sustentabilidade energética. 6. Mais da metade da superfície das terras emersas do planeta foi intensamente modificada pelas atividades humanas. Mesmo as áreas mais longínquas e inacessíveis já foram de alguma forma apropriadas pelas atividades humanas.
Conexões — página 80 Competência e habilidade III.2.B Objetivos Analisar o efeito de sentido do uso da linguagem figurada, aplicando os conhecimentos geográficos numa perspectiva interdisciplinar. Valorizar a apreciação artística. Procedimentos Sugerimos que a leitura do texto seja feita em voz alta, na sala de aula. Os alunos podem analisar o poema em conjunto, mas a elaboração da conclusão deve ser um trabalho individual. A canção trata de maneira figurada do ciclo de energia da natureza. O elemento de “amarração” do proces-
so é a fotossíntese, base da cadeia alimentar. Segundo o poeta, a luz do Sol também é o elo entre a atmosfera e a litosfera, por onde o rio passa, erodindo e sedimentando. Ao homem resta “ferir com a mão essa delicadeza”, provocando o impacto ambiental.
Ponto de vista — página 80 Competência e habilidade II.2.B Objetivo Comparar pontos de vista sobre o mesmo tema Procedimentos O aluno deverá ser capaz de localizar no texto as idéias principais, respondendo às perguntas solicitadas. 1. Na primeira questão, espera-se que o aluno identifique como “força endógena” a pressão exercida pelo manto na criação de formas estruturais e como “força exógena”, a energia solar por meio da atmosfera. 2. Nesta questão, o aluno deverá reconhecer que o relevo resultante da ação das “forças endógenas” sofre desgaste e esculturação de agentes das “forças exógenas”. 3. Nesta pergunta espera-se que o aluno demonstre compreensão a respeito ao ritmo das transformações terrestres na escala geológica de tempo que, muitas vezes, não é perceptível. Capítulo 7 — Fronteiras e mapas políticos
Conexões — página 86 Competência e habilidade III.2.D Objetivo Subsidiar a construção do conceito de ideologia. Procedimentos Esta atividade é uma situação desafiadora para a mobilização dessa habilidade. Como estímulo, sugerimos a releitura do boxe “O ideário nacional da Repúbica Francesa” e a apreciação da obra de Delacroix, A liberdade guiando o povo (p. 84). O aluno deve se sentir à vontade para elaborar suas próprias conclusões. Há evidências suficientes da forte influência do ideário francês na formulação da simbologia nacional da República brasileira. Caso julgue necessário dar continuidade a esse tipo de procedimento, sugerimos como atividade complementar a leitura crítica de manchetes de jornal. Os alunos podem pesquisar exemplos de manchetes com claro viés ideológico.
Agora é com você! — página 89 Competência e habilidade III.3.D Objetivo Incentivar o aluno a posicionar-se e a justificar suas posições diante de um questionamento que implica valores. Procedimentos Essa atividade permite conhecer um pouco melhor como cada aluno se coloca diante de um questionamento de natureza subjetiva. O respeito à diversidade de opiniões é condição fundamental para que se alcance o objetivo da atividade. O item 1 pode ser realizado oralmente. O item 2 permite que se trabalhe a diferença entre uma atitude
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ufanista e uma atitude consciente de respeito ao país, sem deixar de lado a crítica às desigualdades sociais existentes em nossa sociedade.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Competência e habilidade I.1.D Objetivo Reconhecer o ponto de vista do autor do texto. Procedimentos As atividades propostas na seção Ponto de vista visam aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da unidade na análise do pensamento de diversos autores. Elas foram programadas segundo um grau de dificuldade crescente. Nesta primeira unidade, a habilidade exigida é de nível básico, uma vez que o objetivo da atividade é apenas identificar as idéias apresentadas no texto por Hobsbawm. 1.O autor analisa o período do entreguerras. Para Hobsbawm, o Tratado de Versalhes não estabeleceu as bases de uma paz mundial estável, uma vez que os Estados Unidos, a Alemanha e a Rússia não participaram efetivamente dos acordos. 2. No período entreguerras, as potências européias perderam, paulatinamente, espaço político para as duas novas potências: Estados Unidos e União Soviética. Assim, podemos dizer que o mundo que emergia desse processo não era mais “eurocentrado” e “eurodeterminado”. Capítulo 8 — Caminhos da economia mundial
Agora é com você! — página 98 Competência e habilidade II.2.C Objetivo Desenvolver a capacidade de síntese e de extrair idéias centrais de um texto, a partir da análise das relações expressas em um mapa conceitual. Procedimentos 1. Espera-se que o aluno perceba que o Estado-nação cumpre um papel importante para o funcionamento da economia mundial. O elo entre o Estado-nação e a economia mundial é a burguesia (bancária, comercial e industrial), cada vez mais globalizada, ainda que mantenha a sede das empresas em determinados países. Um outro enfoque esperado para esta questão diz respeito à relação social entre diferentes classes (dimensão política) para a realização do lucro (dimensão econômica). 2. Os Estados Unidos tinham uma poupança de capital acumulada durante o período da II Guerra Mundial. O país utilizará estes recursos para apoiar a reconstrução da Europa Ocidental e do Japão, aumentando sua influência no mundo. 3. A Conferência de Bretton Woods, realizada em 1944, estabeleceu que o dólar americano seria utilizado como parâmetro para as transações internacionais, tornando os Estados Unidos os fiadores do sistema financeiro internacional. Quando ele foi rompido, em 1973, quando os Estados Unidos deixaram o dólar flutuar livremente no mercado, como qualquer outra moeda, a intenção era proteger a economia norte-americana de ter de arcar sozinha com a crise financeira internacional.
4. Os keynesianos acreditavam que o Estado tinha um papel regulador na economia, enquanto os neoliberais acreditam que o verdadeiro motor da economia capitalista é o mercado. 5. A Organização Mundial do Comércio (OMC) tem como objetivo principal a eliminação das barreiras não tarifárias ao comércio, promovendo o crescimento das relações comerciais internacionais. A OMC é um organismo internacional, com mais de 130 Estados-membros, com sede em Genebra, onde funciona o seu secretariado.
Conexões — página 98 Competência e habilidade III.2.D Objetivo Apreciar a manifestação artística, inferindo e julgando opiniões/pontos de vista de interesse geográfico. Procedimentos Como já vimos, a obra de arte não é só representação, é também resultado da busca incessante de uma linguagem que dê conta de representar a realidade para as pessoas que nela estão inseridas. É por isso que consideramos muito importante o desenvolvimento da capacidade de percepção do mundo a partir da expressão artística, entendendo-a como resultado da vida social num determinado lugar e tempo. No caso dessa atividade, a interpretação da obra de Dalí representa uma oportunidade para interferir ou transformar a perspectiva do olhar do jovem. Por isso, é muito importante que o aluno se sinta à vontade para expressar a sua opinião. É na apreciação do Belo que se desenvolve o gosto artístico, e a Geografia pode dar uma contribuição para esse desenvolvimento. Caso a turma encontre dificuldade para estabelecer uma interação com a obra, fazemos a seguir algumas considerações que podem ajudar o(a) professor(a) a construir esse caminho com os seus alunos. O pintor espanhol Salvador Dalí (1904-1989) segue uma trajetória artística que crê na força transformadora da imaginação. Fundou, com vários outros artistas, o movimento do surrealismo, cujo “Manifesto” foi divulgado em 1924. Em 1928, o poeta francês André Breton (1896-1966) publicou o livro O surrealismo e a pintura, lançando as base da teoria estética surrealista. Segundo Argan, a estética surrealista considerava que “a arte, pois, não é representação, e sim comunicação vital, biopsíquica, do indivíduo por meio de símbolos. Tal como na teoria e na terapia psicanalíticas, na arte é de extrema importância a experiência onírica, na qual coisas que se afiguram distintas e não-relacionadas para a consciência revelam-se interligadas por relações tanto mais sólidas quanto mais ilógicas e intrincáveis”. (Argan, 1992, p. 360) A respeito da pintura (óleo sobre tela) Criança geopolítica assistindo ao nascimento do novo Homem, de 1943, Harris (1997, p. 61) faz a seguinte análise: “o título deste quadro soa como uma paródia de todas as previsões otimistas feitas durante a Segunda Guerra Mundial sobre o ‘novo mundo’ que emergiria depois da derrota do fascismo. A geopolítica era uma ciência que estava na moda na década de 1930, focalizando os fatores geográficos que influenciavam os destinos dos estados, especialmente, sua localização nas grandes massas continentais da Terra. A presença de uma criança assistindo ao ‘nascimento’ de um homem adulto serve para abalar o conceito e reforçar o ceticismo do observador, compartilhado por Dalí. Como
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Ponto de vista — página 99 Competência e habilidade III.2.F Objetivos Desenvolver o hábito metódico de leitura ativa. Estabelecer relações entre uma tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. Procedimentos Segundo Barbosa (1990), a leitura é uma espécie de “escrita mental”. Na verdade, quando lemos um texto, nós o recriamos em nossas mentes, concordando, discordando, acrescentando, questionando as idéias do autor. Por sua vez, ao escrevermos, estamos construindo a nossa “leitura de mundo”. As atividades do Ponto de vista visam sempre a perspectiva do leitor ativo. No caso das atividades propostas, o item 1 exige do aluno o hábito de estudo metódico. É muito importante ressaltar a necessidade de ampliação do vocabulário e do uso do dicionário para o aprimoramento da leitura. O(A) professor(a) poderá indagar a turma sobre quem efetivamente elaborou o glossário e quais os termos selecionados. Quanto ao item 2, os alunos continuam a se exercitar no manuseio do texto, por meio da identificação das teses citadas e dos argumentos utilizados pelos autores para sustentá-las.
De olho na mídia — página 103 Competência e habilidade III.3.F Objetivo Aplicar os conhecimentos adquiridos para análise crítica do texto jornalístico. Procedimento Na seção De olho na mídia o aluno irá encontrar textos extraídos de jornais e revistas, relacionados com os temas desenvolvidos em cada capítulo deste livro. O texto de fechamento da unidade 1 destaca uma notícia — uso e conflitos dos recursos hídricos no Brasil. Espera-se que o aluno perceba que o aparecimento dos conflitos pelo uso da água são decorrentes da deterioração de sua qualidade, assim como da desigualdade de acesso aos recursos existentes.
UNIDADE II O mundo geopolítico contemporâneo Leitura Cartográfica — página 105 Competência e habilidade I.2.D Objetivo Extrair informações do mapa, correlacionando-as com aspectos da hegemonia americana. Procedimento Sugerimos que o professor comece a discussão da atividade chamando a atenção da turma para o fato de que a escolha da projeção cartográfica não depende apenas de
critérios técnicos, mas também é uma decisão que revela o ponto de vista a partir do qual o autor do mapa observa o mundo. Portanto, é ingênuo pensar que o mapa é neutro, sem nenhum interesse. No caso do mapa da abertura da unidade, a projeção está centrada nos Estados Unidos, permitindo a visão dos países a partir de Washington. Em seguida, a partir da atividade, é possível observar quais são os alunos que conseguem trabalhar com os elementos da legenda, identificando-os no mapa. Capítulo 9 — A geografia da Guerra Fria
Lição de cartografia — página 107 Competência e habilidade I.1.A Objetivo Utilizar diferentes formas de representação para analisar a formação territorial ao longo do tempo. Procedimentos A transposição dos dados organizados em um mapa para uma linha do tempo envolverá uma série de habilidades: extrair informações do mapa, definir uma escala para o intervalo de tempo (50 anos) e construir a representação gráfica. Sugerimos que a turma adote uma mesma escala: 2 mm para cada ano. Uma vez concluído o trabalho, os alunos poderão discurtir os resultados, comparando as duas formas de representação da expansão territorial dos Estados Unidos.
Conexões — página 110 Competência e habilidade III.2.D Objetivo Utilizar um cartaz de propaganda como fonte de conhecimento geográfico, identificando e relacionando recursos expressivos como marcas do tempo histórico. Procedimentos O mais importante nessa atividade é garantir que os alunos tenham oportunidade de chegar às suas próprias conclusões. Caso isso não ocorra, a discussão dos resultados obtidos será um bom momento para avaliação diagnóstica acerca do grau de compreensão do assunto por parte da turma. Espera-se que o aluno, com base nas idéias que estão sendo desenvolvidas no capítulo, consiga perceber o conteúdo ideológico da mensagem visual. O controle dos meios de comunicação de massa foi um instrumento essencial para a difusão dos ideais da Revolução Russa. É inegável que o anúncio publicitário em cores tem um poder de atração muito grande. No caso do cartaz, o fato de ele prender a atenção e conseguir uma rápida assimilação da mensagem está ligado à simplicidade da imagem e ao foco da idéia principal: o poder da libertação dos trabalhadores está em suas próprias mãos.
Agora é com você! — página 112 Competência e habilidade II.2.D Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações apresentados no capítulo, estabelecendo relações de ordem, de contradição e de complementaridade dos processos econômicos, sociais e políticos. Procedimentos Na Conferência de Yalta, os soviéticos tiveram uma grande vitória: dado o poderio militar dos soviéticos, os Estados
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uma galinha, o Novo Homem está saindo do globo, que tem uma pele mole diferente de uma casca. Mesmo os continentes são moles aparentemente, a ponto de se derreterem; misteriosamente. A África ocidental deixou cair uma lágrima. O toldo pontiagudo e a mulher apontando, ao mesmo tempo musculosa e emaciada, ajudam a dar ao quadro uma atmosfera bastante ameaçadora”.
Unidos tiveram de aceitar o domínio da União Soviética sobre o Leste Europeu. Porém, na Conferência de Potsdam, os soviéticos tiveram de aceitar a divisão da Alemanha e da cidade de Berlim entre os aliados, uma vez que os americanos já haviam testado a primeira bomba atômica.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Lição de cartografia — página 116 Competência e habilidade I.1.A Objetivo Fazer uso dos conhecimentos cartográficos para ordenar os acontecimentos ao longo do tempo em uma representação gráfica. Procedimentos Como vimos no capítulo, a Guerra Fria pode ser delimitada entre a construção do Muro de Berlim, em 1961, e a sua destruição, em 1989. O primeiro passo para representar esse período em uma linha do tempo é definir uma escala proporcional a essa seqüência de 28 anos. Para facilitar o trabalho, podemos considerar a escala de 1 centímetro para cada ano, totalizando uma linha do tempo de 28 centímetros. Espera-se que os alunos registrem, na seqüência de acontecimentos, o bloqueio aéreo de Berlim, a construção do Muro, a criação da Otan e do Pacto de Varsóvia, a crise do bloco soviético e a destruição do Muro de Berlim. Caso julgue necessário, o(a) professor(a) pode sugerir que os alunos ampliem o período a ser representado na linha do tempo, acrescentando os antecedentes da Guerra Fria, como as conferências de Yalta e Potsdam, a Doutrina Truman e o Plano Marshall. Os alunos podem ilustrar o trabalho, tornando sua leitura mais fácil com a utilização da linguagem visual. Segundo Erwin Raisz (1969, p. 329), a “linha de tempo” pode ser considerada uma espécie de mapa histórico, uma vez que esse tipo de representação gráfica permite a visualização rápida das informações a respeito de um determinado processo histórico.
Procedimentos A construção de quadros sinóticos será bastante estimulada ao longo dos capítulos. Consideramos uma habilidade importante para a formação do hábito de estudo metódico. A seguir, sugestões de quadros sinóticos para a atividade. FICHA TÉCNICA – Sobrenome do autor, nome: RIBEIRO, Wagner Costa – Referências bibliográficas: RIBEIRO, Wagner Costa. Relações internacionais: cenários para o século XXI. São Paulo, Scipione, 2000. DIVERSOS COMEÇOS DA GUERRA FRIA Marco histórico
Ano provável de início
Argumento
Revolução Russa
1917
O socialismo chegava ao poder e afrontava valores da sociedade capitalista.
Bomba atômica
1945
Foi uma demonstração de força dos Estados Unidos.
Política de Contenção, de Truman
Bloqueio de Berlim
1947
1948 e 1949
Divisão da Alemanha Construção do Muro de Berlim
Os Estados Unidos se propunham a proteger todos os povos livres contra tentativas de controle de regimes considerados (por eles) totalitários. Momento em que as duas superpotências deixaram claro seus antagonismos.
1949
Uma das conseqüências do bloqueio de Berlim.
1961
Foi o maior símbolo da Guerra Fria.
FICHA TÉCNICA
Agora é com você! — página 117 Competência e habilidade I.1.D Objetivo Diferenciar fontes e formas de documentação, levando o aluno a organizar o material coletado, de modo a facilitar sua consulta e utilização. Procedimentos Convém que o professor repasse, com os alunos, o encaminhamento da atividade, para esclarecer dúvidas referentes à elaboração de um dossiê, destacando tanto os procedimentos de pesquisa quanto os que envolvem a organização do material encontrado. Um dossiê deve apresentar capa, sumário, seções temáticas e conclusão. O material colhido pelos alunos pode complementar o assunto objeto de estudo. A organização do material e o seu uso na elaboração da conclusão são importantes procedimentos a serem observados pelo professor.
Ponto de vista — página 117 Competência e habilidade III.2.D Objetivo Estabelecer relação, no interior de um texto, entre um problema apresentado e a solução oferecida.
– Sobrenome do autor, nome: RIBEIRO, Wagner Costa – Referências bibliográficas: RIBEIRO, Wagner Costa. Relações internacionais: cenários para o século XXI. São Paulo, Scipione, 2000. DIVERSOS TÉRMINOS DA GUERRA FRIA Marco histórico Queda do Muro de Berlim Extinção da União Soviética
Assinatura dos acordos Salt 1 e Salt 2
Ano provável do fim
Argumento
1989
A vitória dos Estados Unidos ficou configurada no desmanche do bloco socialista.
1991
Com o fim da principal oponente dos Estados Unidos, a vitória norteamericana ficou consolidada.
1972 e 1979, respectivamente
Tratados de Limitação de Armas Estratégicas que permitiram o diálogo das superpotências em torno de objetivos comuns. Apesar da supremacia dos Estados Unidos, a Rússia ainda ocupa lugar de destaque no mundo.
A Guerra Fria não acabou
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Agora é com você! — página 123 Competência e habilidade I.1.D Objetivo Desenvolver no aluno a capacidade de síntese e de destacar aspectos nucleares do pensamento do autor do texto. Procedimentos O professor deve explicar ao aluno como se elabora um quadro sinótico. É importante lembrar que o quadro sinótico ressalta a idéia central do autor — Sobre o que o autor fala em seu texto? Que posição assume diante do questionamento suscitado? A idéia central é a que dá o significado de todo o raciocínio do autor.
Lição de cartografia — página 125 Competência e habilidade I.1.D Objetivo Utilizar os dados levantados no mapa para a elaboração de uma tabela. Procedimentos Os alunos deverão elaborar uma tabela com duas colunas: 1. Nome do país, 2. Número de intervenções. A turma poderá comparar os dados organizados no mapa e na tabela, procurando discutir qual foi a utilidade da atividade para o estudo do tema.
Ponto de vista – página 128 Competência e habilidade III.3.D Objetivo Estabelecer relação, no interior de um texto, entre um problema apresentado e a solução oferecida. Procedimentos Seria interessante que os alunos comparassem suas respostas às três questões. A discussão das idéias do texto permite retomar alguns dos principais pontos trabalhados no capítulo. 1. Em nenhum outro momento histórico um país assumiu o papel de destaque que os Estados Unidos possuem hoje, nas mais diversas áreas (tecnologia, cultura e geopolítica). 2. O poderio dos Estados Unidos é diferente daquele exercido, em outros momentos históricos, pelo Reino Unido ou por Roma, potências que souberam transformar seu domínio em consenso e princípios de governo aceitos por todos. O domínio dos Estados Unidos ainda não está consolidado. 3. Podemos destacar o seguinte trecho do texto, que evidencia alternativas para a hegemonia dos Estados Unidos: “incentivo a grupamentos de nações interessadas em parte em recuperar maior liberdade para a tomada de decisões regionais ou nacionais”. Capítulo 11 — Potências mundiais
Lição de cartografia — página 134 Competência e habilidade II.1.A Objetivo Interpretar a informação cartográfica, relacionando-a com o conteúdo do texto do capítulo.
Procedimentos Consideramos que a leitura de variadas figuras cartográficas é uma habilidade muito importante para o aprendizado da Geografia. Segundo Joly (1970, p. 73), a cartografia temática “é um maravilhoso instrumento de análise científica ou técnica do espaço geográfico”. Ela expressa graficamente relações espaciais que não são percebidas ou apreendidas de outra forma: objetos aparentemente isolados são colocados em relação sobre a superfície do mapa, resultando num significado, ou seja, num arranjo espacial. A leitura de mapas envolve, necessariamente, comparação, diferenciação e classificação dos objetos, além de análise das relações entre eles. O mapa da atividade complementa as idéias do capítulo. O texto comenta a questão da imigração, principalmente da Argélia, Marrocos e Tunísia, antigas colônias francesas. Faz também referência aos negócios de empresas francesas em várias partes do mundo, o que nos permite inferir que o país ocupa um posicionamento central no espaço das relações econômicas internacionais. Observa-se no mapa que, assim como a Alemanha e o Reino Unido, o território francês é um dos principais focos de atração da população imigrante, proveniente da África, da Península Ibérica e do Leste Europeu.
Ponto de vista — página 139 Competência e habilidade II.2.D Objetivo Reconhecer o ponto de vista do autor do texto. Procedimentos Sugerimos que o professor exercite a leitura de textos argumentativos com a turma. Os alunos podem ser convidados a realizar a leitura em voz alta, promovendo-se uma discussão das idéias de cada parágrafo. Ao término da leitura, o professor poderá escrever no quadro as conclusões obtidas na atividade. Capítulo 12 — Potências regionais
Lição de cartografia — página 145 Competência e habilidade II.1.B Objetivo Fazer uso da leitura cartográfica para ordenar os acontecimentos no tempo e no espaço. Procedimentos Sugerimos que o professor discuta esta atividade em sala de aula, estimulando os alunos a comparar os mapas. Algumas perguntas poderiam suscitar o debate na turma: Quais potências coloniais estiveram presentes no sul da África desde 1914? Qual foi a importância de cada uma delas na formação das atuais fronteiras políticas da região? As conclusões obtidas pela turma poderão ser sistematizadas pelo professor no quadro.
Agora é com você! — página 149 Competência e habilidade II.1.D Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações geográficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utilizando a linguagem do texto dissertativo.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Capítulo 10 — A superpotência
Procedimentos Como o espectro de comparações entre a África do Sul, o Brasil, a Índia e o Irã é amplo, sugerimos que os alunos discutam os dados da tabela antes da elaboração da redação. Os trabalhos finais poderão ser trocados entre os colegas e alguns textos lidos em voz alta em sala de aula.
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Intermon Endereço: Roger de Llúria, 15. Código Postal 08010 Barcelona – Espanha. Endereço eletrônico: www.energ.polimi.it/development/ org/di430htm
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Movimento Laici América Latina Endereço: Rua Vicolo S. Domenico, 11 — Centro. Cód. Postal: 37122 Verona — Itália Endereço eletrônico: www.univr-it/mlal
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Solidaridad Endereço: Goedestraat, 2. Código Postal: 3572-RT Utrecht — Holanda Endereço eletrônico: www.frans.solidaridad.antenna.nl
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Terra des Hommes Endereço: 31 Frank Thomas. Código Postal ch 1208 Genève — Suíça
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Cáritas Brasileira Endereço: SGAN – Módulo B – Q601. CEP 70830-010 Brasília — DF — Brasil
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Fundação Samuel Endereço: Vitorino de Moraes, 369 — Chácara Santo Antônio CEP 04714-030 São Paulo — SP — Brasil
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ponto de vista — página 150 Competência e habilidade II.2.E Objetivo Estabelecer relações entre o desenvolvimento econômico da Índia e características da política industrial do país. Procedimentos Com a leitura do texto, o aluno deverá ser capaz de identificar as principais idéias do autor, respondendo: 1. O poder público, desde a independência da Índia, em 1947, evitou a dependência do exterior (política de substituição de importações), controlou os investimentos do setor privado e investiu na indústria de base. 2. As indústrias pesadas e de bens de produção foram consideradas estratégicas para o desenvolvimento do país. Capítulo 13 — Conflitos étnico-religiosos na Europa
Agora é com você! — página 155 Competência e habilidade III.3.F Objetivo Despertar o interesse pelo trabalho de campo, relacionando os dados levantados na pesquisa com o assunto tratado no capítulo e com a vida cotidiana. Procedimentos Como destacamos anteriormente, a pesquisa é estimulada nesta obra como um processo privilegiado de aprendizado. A definição das questões a serem incluídas na pesquisa pode ser objeto de um trabalho coletivo coordenado pelo professor. Cabe também a este estabelecer os procedimentos para a redação final da pesquisa. Os levantamentos realizados pelos alunos podem enriquecer as discussões do texto do capítulo. Talvez os alunos encontrem dificuldade em localizar as organizações não-governamentais. Para facilitar a pesquisa, fornecemos a seguir os endereços de algumas ONGs ligadas à ajuda humanitária. Os alunos podem entrar em contato por carta ou correio eletrônico, solicitando as informações necessárias para o trabalho. Esses dados foram retirados do site www.rits.org.br, que possui uma lista bem mais extensa de ONGs que financiam projetos sociais. • Brot Für Die Welt Nome em português: Pão para o Mundo Endereço: Stafflenbergstrasse, 76. C. P. 70184. Caixa Postal 10 11 41 700 10 — Stuttgart — Deutschland Endereço eletrônico: www.brot-fur-die-welt.de • Canadian Catholic Organization for Development and Peace Nome em português: Desenvolvimento e Paz Endereço: 5633, Rue Sherbrooke est. Código Postal HIN 1A3 Montreal — Quebec — Canadá Endereço eletrônico: www.ned.org/wais/grants-top/folder.0042/rec.oo58.html
Conexões — página 156 Competência e habilidade III.3.F Objetivo Apreciar a manifestação artística, inferindo e julgando opiniões/pontos de vista de interesse geográfico. Procedimentos Tendo em vista a natureza do tema que nos propusemos a estudar, aproximamo-nos da fronteira entre a ciência e a arte. A obra de arte é mais do que representação, é também o resultado da busca incessante de uma linguagem que dê conta de representar a realidade para as pessoas que nela estão inseridas. Ela amplia, assim, a capacidade de percepção do mundo, possibilitando que as pessoas se identifiquem ou não com esta representação, que se recoloquem ou não no tempo em que vivem, entendendo melhor ou não como o seu cotidiano é determinado. O geógrafo, em geral, não acredita que exista alguma relação entre a ciência e a arte. Mesmo depois de muito rever os seus paradigmas epistemológicos, ainda trata o seu objeto de estudo — o Homem — com a mesma frieza que trata as rochas. Janson nos diz que “uma pintura sugere muito mais do que afirma. E, como no poema, o valor da arte encontra-se igualmente naquilo que ela diz, e como diz. Mas qual é o significado da arte? O que ela tenta dizer? Os artistas, em geral, não nos dão uma explicação clara, uma vez que a obra é a própria afirmação. Se fossem capazes de dizê-la em forma de palavras, então seriam escritores.” (Janson, 1996, p. 7)
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Lição de cartografia — página 160 Competência e habilidade III.1.E Objetivo Articular informações de forma sintética por meio de recursos da linguagem cartográfica. Procedimentos Um mapa esquemático é uma representação cartográfica simplificada, no qual os fenômenos são muito generalizados, privilegiando-se muito mais as relações e funções contidas no espaço estudado do que a forma dos objetos (Cêurio de Oliveira, 1993). Nesse sentido, o mapa esquemático é o equivalente, na linguagem cartográfica, do resumo ou sinopse de um texto. Sugerimos como primeiro passo da construção do mapa esquemático a escolha de uma forma geométrica bem simplificada do território iugoslavo, após a Segunda Guerra Mundial, dividido em seis repúblicas. Veja o mapa da página 16 (livro-texto) como exemplo. Em seguida, deve-se definir a legenda, com cores para os diferentes grupos étnicos e símbolos para as três religiões predominantes no país. A regra fundamental é que o resultado seja conciso; não se preocupe muito com a exatidão e a precisão. Veja, a seguir, um exemplo de mapa esquemático.
A Iugoslávia após a Segunda Guerra Mundial
ESLOVÊNIA (verde)
VOIVODINA (violeta)
CROÁCIA (vermelho)
BÓSNIAHERZEGOVINA (laranja)
MONTENEGRO (violeta) KOSOVO (laranja)
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MACEDÔNIA (amarelo)
Grupo étnico dominante
verde
Eslovenos
vermelho
Croatas
violeta
Sérvios
laranja
Muçulmanos
amarelo
Macedônios
Religião predominante Cristianismo ortodoxo Islamismo Catolicismo
Ponto de vista — página 160 Competência e habilidade III.2.F Objetivo Estabelecer relação entre uma tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. Procedimentos Ainda que não tenha sido solicitada a elaboração de um quadro sinótico, espera-se que os alunos o tenham incorporado em seus métodos de estudo. O(A) professor(a) pode observar se algum aluno fez uso desse recurso espontaneamente. 1. Com relação à primeira pergunta, espera-se que o aluno perceba que o autor está procurando argumentar contra a idéia do senso comum de que qualquer tipo de violência deva ser condenada — seja por qualquer causa política. 2. Para o autor, a morte de civis numa guerra pode ser inevitável, caso haja um objetivo maior. No caso do atentado terrorista, em geral, pessoas inocentes são mortas para que o fato exerça pressão contra inimigos mais poderosos. Capítulo 14 — Conflitos étnico-religiosos no Oriente Médio e na África
Lição de cartografia — página 168 Competência e habilidade I.2.E Objetivo Fazer uso dos conhecimentos cartográficos para ordenar os acontecimentos ao longo do tempo em uma representação gráfica. Procedimentos Como já vimos, a linha do tempo pode ser considerada uma espécie de mapa histórico, uma vez que esse
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SÉRVIA (violeta)
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Concordamos com este autor, por isso não há um gabarito para a resposta dessa atividade. O fundamental é que os alunos tenham a oportunidade de vivenciar a apreciação artística, estabelecendo conexões livremente com os conteúdos trabalhados no capítulo. Reproduzimos a seguir uma interpretação de Guernica, que pode auxiliar o(a) professor(a) no encaminhamento da atividade. “Em 1937, a situação política estava num ponto de ruptura. Depois de tolerarem o ameaçador rearmamento alemão e o golpe italiano na Etiópia, as democracias burguesas assistiam inertes à agressão fascista na Espanha [...]. Naquela turva atmosfera de medo e indecisão, inaugura-se em Paris uma grande exposição internacional, dedicada, como sempre, ao trabalho, ao progresso e à paz. A Espanha republicana participa com uma finalidade política: apelar à solidariedade do mundo livre, demonstrar que seu projeto correspondia ao desenvolvimento da democracia num país socialmente atrasado [...]. Mas, em abril, espalha-se a notícia de que os bombardeiros alemães, a serviço de Franco, haviam atacado a antiga cidade de Guernica, sem outro objetivo senão o de fazer uma carnificina e semear o terror entre a população civil. Imediatamente, Picasso decide que sua pintura será a resposta à vileza e atrocidade desse massacre. Assim, nasce, em poucas semanas, Guernica [...]. Picasso tem uma visão clara da situação: o massacre de Guernica não é um episódio da Guerra Civil Espanhola, e sim o anúncio de uma tragédia apocalíptica [...]. Em Guernica não há cor, apenas negro, branco, cinza [...]. No quadro o que existe é a morte [...] há simetria, perspectiva, gradação de valores, ritmo crescente de tons.” (Argan, 1992, p. 475).
tipo de representação gráfica permite a visualização rápida das informações a respeito de um determinado processo histórico (Raisz 1969, p. 329). Nesse caso, sugere-se que o trabalho seja ilustrado com uma série de mapas, do período de 1946 aos nossos dias. Espera-se que os alunos identifiquem como marcos importantes dos acontecimentos: a partilha da Palestina e a criação do Estado de Israel, em 1947; a Guerra da Partilha, entre 1948 e 1949; a Guerra do Canal de Suez, em 1956; a Guerra dos Seis Dias, em 1967; a Guerra do Yom Kippur, em 1973; a assinatura do acordo de Camp David, em 1979; a Intifada, em 1987; o Tratado de Oslo I, em 1994; e o Tratado de Oslo II, em 1995.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Conexões — página 171 Competência e habilidade III.3.D Objetivo Analisar recursos expressivos da linguagem figurada, relacionando-os com conteúdos da Geografia. Procedimentos Sugerimos que os poemas sejam lidos em voz alta na sala de aula. É preciso verificar a compreensão dos alunos a respeito dos diversos sentidos e pontos de vista dos autores. Espera-se que a turma perceba a repetição como recurso expressivo dos dois textos. No primeiro poema, a expressão “o combate está nas ruas” é repetida várias vezes, dando ritmo ao texto e tecendo relações entre diversos aspectos da luta do povo angolano. No segundo, é a palavra “alma” que estabelece a coesão textual e o efeito de sentido crítico à exploração da África pelos europeus. Pode-se solicitar aos alunos que apresentem suas conclusões sobre o estudo da África, tendo em vista os elementos contidos nos dois poemas. Seria interessante que o(a) professor(a) sistematizasse essas conclusões no quadro.
Agora é com você! — página 171 Competência e habilidade III.2.D Objetivos 1. Perceber que o Oriente Médio é uma das regiões mais instáveis do globo, e que seu estudo envolve temas diversos, sendo portanto destaque constante nos jornais do mundo todo. 2. Despertar o interesse pelo trabalho de campo, relacionando os dados levantados nas entrevistas com o assunto tratado no capítulo e com a vida cotidiana. Procedimentos As notícias selecionadas pelos alunos são excelente material para aprofundar e contextualizar a temática do capítulo. A pesquisa e a elaboração do relatório individual podem servir de instrumento para uma avaliação reguladora do processo de ensino-aprendizagem. Consideramos avaliação reguladora aquela que permite ao(a) professor(a) observar, por intermédio de inúmeros instrumentos, em que situação de aprendizagem encontra-se cada aluno num dado momento. É importante lembrar que cada aluno tem seu
ritmo e sua carga de conhecimentos prévios, e, por isso, eles se encontram em situações distintas de aprendizagem. Devido à complexidade do tema deste capítulo, o recurso de avaliar o “como estou caminhando em relação ao conjunto da turma” é fundamental nesse momento.
Ponto de vista — página 172 Competência e habilidade II.2.D Objetivo Comparar as idéias do autor com os conteúdos estudados no capítulo. Procedimentos Os alunos precisam identificar os principais fatores da “crise africana” analisados pelo autor. Espera-se que a turma consiga enumerar as idéias seguintes. • No poder há 40 anos, as elites africanas fracassaram no âmbito moral e estão associadas aos arrivistas e especuladores. • Os intelectuais e executivos africanos, competentes e honestos, não participam da vida política. • Os países ocidentais têm responsabilidade na “crise africana”: no processo de descolonização, eles apoiaram ditadores afinados com o alinhamento político exigido pelo cenário da Guerra Fria. • O “ajuste estrutural” imposto pelos organismos internacionais, na década de 1980, agravou ainda mais a situação, gerando um círculo vicioso que envolve o desperdício de recursos e a expansão de uma máquina administrativa ineficiente. Capítulo 15 — A geopolítica do Brasil
Agora é com você! — página 176 Competência e habilidade III.3.D Objetivos Conduzir o aluno a uma leitura atenta do texto, para que dele extraia idéias secundárias e específicas. Identificar no atlas a região descrita no texto. Explorar a criatividade, ao redigir uma versão pessoal dos acontecimentos descritos pelo autor e abordados no capítulo. Procedimentos A leitura atenta do texto proposto e o manuseio adequado do atlas são condições importantes para o bom resultado dessa atividade. Quanto à proposta de elaboração de uma versão pessoal dos fatos ocorridos, cabe ressaltar que, apesar de criativa, a redação deve considerar os elementos disponíveis para a elaboração do relato pessoal. Essa observação se faz necessária para que o(a) professor(a), ao fazer a avaliação, tenha claros os objetivos definidos para a atividade.
Lição de cartografia — página 179 Competência e habilidade I.1.A Objetivo Estabelecer as relações de ordem geopolítica da América do Sul, utilizando como ferramentas a cartografia e a pesquisa.
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Lição de cartografia — página 182 Competência e habilidade II.2.D Objetivo Estabelecer as relações do Brasil na ordem geopolítica mundial, utilizando-se das ferramentas da cartografia. Procedimentos Os comentários da atividade anterior (Lição de cartografia 1) também são válidos aqui. À medida que vão se transformando em produtores de mapas, os alunos se tornam mais críticos no processo de leitura cartográfica.
Ponto de vista — página 182 Competência e habilidade II.3.B Objetivo Comparar pontos de vista sobre o mesmo tema. Procedimentos Sugerimos que, inicialmente, os alunos procurem identificar as semelhanças e diferenças entre os pontos de vista dos dois representantes do governo. Em seguida, a turma poderia ser convidada a se posicionar sobre o tema em debate, considerando o que foi estudado no capítulo.
Como o conteúdo da unidade privilegia os circuitos econômicos, os fluxos populacionais e as redes de consumo, informação e entretenimento, o mapa da abertura ressalta as formas de representação dinâmicas por meio de linhas de fluxo e setas. As cores são utilizadas para diferenciar os tipos de fluxos e as espessuras das linhas indicam sua intensidade. Caso seja necessário reforçar a compreensão sobre essa forma de representação, o professor pode orientar os alunos a procurarem, em atlas escolares, diferentes tipos de mapas dinâmicos, associando-os com os temas tratados. Capítulo 16 — A indústria e a produção do espaço geográfico
Agora é com você! — página 192 Competência e habilidade II.3.B Objetivo Interpretar a evolução da paisagem expressa na figura, situando historicamente cada período representado. Procedimentos Sugerimos que o professor desenvolva uma aula dialogada, interrogando os alunos a respeito das características de cada momento representado na figura quanto à organização do espaço, fontes de energia e divisão do trabalho. A turma poderá ser incentivada a relacionar as observações feitas com os conteúdos estudados a respeito da indústria artesanal, manufatureira e maquinofatureira.
Conexões — página 192
De olho na mídia — página 185
Competência e habilidade III.3.B
Competência e habilidade III.1.D Objetivo Aplicar os conhecimentos para análise crítica do texto jornalístico. Procedimentos Espera-se que o aluno perceba o papel da manchete no texto jornalístico. Para isto, sugerimos que o professor estabeleça um ambiente de diálogo, ouvindo a opinião de diferentes alunos com relação à primeira impressão que tiveram ao ler a manchete e a mudança ou não de expectativa após a leitura do texto.
Objetivo Apreciar a manifestação artística, relacionando a obra com aspectos da sociedade de consumo. Procedimentos O foto-realismo é um ramo recente da pop art, que considera a sociedade de consumo sua matéria-prima e é baseada na mídia norte-americana que invadiu o mundo inteiro a partir da Segunda Guerra Mundial. De acordo com Janson (1996, p. 397), “ao preparar Sapatos novos para H, Eddy tirou uma série de fotografias da vitrine de uma loja de sapatos na Union Square, em Manhattan [...]. O que o intrigava era, obviamente, a forma como o vidro filtra (e transforma) a realidade cotidiana. Somente uma estreita faixa no canto esquerdo fornece uma estreita faixa desimpedida; tudo mais — sapatos, transeuntes, o movimento da rua, os edifícios — é visto através de duas ou mais camadas de vidro, todas em ângulos oblíquos à superfície do quadro. O efeito combinado desses painéis de vidro — deslocamento, distorção e reflexo — é a transformação de uma cena familiar numa experiência visual nova e surpreendentemente rica”. Note-se alguns elementos apontados por Jason a respeito da importância da obra de Eddy:
UNIDADE III Geografia econômica: as redes mundiais Leitura cartográfica — página 187 Competência e habilidade I.1.A Objetivo Introduzir a temática da unidade, relacionando formas de representação dinâmicas com o conteúdo das redes mundiais. Procedimentos A atividade dá continuidade à discussão da linguagem cartográfica, que é um objetivo permanente da obra.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Procedimentos Espera-se que o aluno já tenha compreendido que a cartografia é uma poderosa ferramenta de análise geográfica, devendo ser utilizada de forma permanente e dinâmica. Seria importante estabelecer com a turma alguns parâmetros técnicos para a elaboração do mapa: fonte mais adequada para se copiar a base cartográfica, título, cores e símbolos da legenda. A pesquisa sugerida pode complementar os conteúdos trabalhados no capítulo.
a) encontra-se no centro de influência dos Estados Unidos; b) tem como matéria-prima a vitrine de uma loja em Manhattan; c) é um jogo de espelhos entre a imagem na vitrine e a realidade da rua. Tais elementos podem ser considerados a própria expressão da sociedade de consumo, na qual a moda, o tipo de embalagem e o marketing se entrelaçam aos novos processos de trabalho em escala de produção vertiginosa. Cabe ao(a) professor(a) verificar quais desses aspectos serão considerados nas respostas dos alunos, realizando uma avaliação diagnóstica do aprendizado da turma.
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Lição de cartografia — página 196 Competência e habilidade II.2.B Objetivo Interpretar informações expressas no mapa. Compreender a dinâmica da atividade econômica na Alemanha unificada. Justificar a distribuição espacial da atividade industrial na Alemanha. Procedimentos Um dos aspectos importantes da atividade é destacar a distribuição espacial das indústrias nas áreas correspondentes às duas Alemanhas. Do lado oriental concentramse as indústrias pesadas e de tecnologia convencional, enquanto no lado ocidental concentram-se as empresas de tecnologia de ponta. Após a unificação, os maiores investimentos foram direcionados para o lado oriental, com o objetivo de recuperar a economia da antiga Alemanha socialista. Isso gerou protestos dos alemães ocidentais, criando um muro “psicológico” entre as duas partes da Alemanha.
Ponto de vista — página 197 Competência e habilidade III.3.C Objetivo Comparar pontos de vista sobre o mesmo tema. Procedimentos Sugerimos que os alunos discutam as semelhanças e as diferenças entre os pontos de vista. Em seguida, a turma poderia ser convidada a se posicionar diante do tema, considerando o que foi estudado no capítulo. O texto de Milton Santos é mais crítico do que o de Domenico De Masi em relação ao caráter perverso do processo de globalização. Um traço comum nos dois autores é a crença em um futuro melhor, mais justo e capaz de potencializar a criatividade humana colocada a serviço da própria população mundial. Capítulo 17 — A produção agropecuária no mundo
Conexões — página 201 Competência e habilidade III.3.E Objetivos Analisar o efeito de sentido do uso da linguagem poética, aplicando os conhecimentos geográficos numa perspectiva interdisciplinar. Valorizar a apreciação artística.
Procedimentos Sugerimos a leitura em voz alta do poema de Cora Coralina. A resposta também poderá ser elaborada em voz alta. Trata-se de um bom exemplo do sistema de agricultura familiar, praticado por comunidades rurais de Goiás.
Agora é com você! — página 204 Competência e habilidade II.2.G Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações geográficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utilizando a representação esquemática. Procedimentos a) A agricultura de jardinagem combina técnicas de irrigação, adubação orgânica, terraceamento e utilização intensiva de mão-de-obra. Na agricultura itinerante, a produção necessita de grandes extensões de terras disponíveis e com solos menos desgastados para a implantação de novas lavouras. Em função disto, a produtividade agrícola é muito baixa. b) O tipo A representa a agroindústria, que necessita de grandes investimentos de maquinários e insumos agrícolas, além de exigir enormes volumes de recursos energéticos. O tipo B refere-se à agricultura de jardinagem, que se caracteriza pelo uso intensivo de mão-de-obra. O tipo C representa a agricultura itinerante que, para existir, necessita de terras disponíveis para o pousio e/ou implantação de novas lavouras.
Ponto de vista — página 204 Competência e habilidade III.2.F Objetivo Reconhecer o ponto de vista do autor do texto. Procedimentos Sugerimos que o professor exercite a leitura de textos argumentativos com a turma. Os alunos podem ser convidados a realizar a leitura em voz alta, promovendo-se uma discussão das idéias de cada parágrafo. Ao término da leitura, o professor poderá escrever no quadro as conclusões obtidas na atividade. Capítulo 18 — Circulação e redes de transporte
Agora é com você! — página 211 Competência e habilidade II.2.C Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações geográficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utilizando a linguagem do texto dissertativo. Procedimentos 1. O comércio eletrônico é efetuado por meio da rede mundial de computadores. Ele tem se expandido enormemente uma vez que tornou acessível a informação dos fornecedores em qualquer lugar do mundo, baixando custos das operações comerciais e aproximando parceiros de diferentes países. 2. Os custos de transporte eram um obstáculo para um volume maior de trocas comerciais entre os países. Com a
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alização da distribuição da população por faixas etárias. A comparação de diferentes pirâmides só é possível quando os dados estão organizados em valores percentuais, padronizando todas as figuras numa base de igual superfície (100%). No caso das pirâmides selecionadas para análise, a referência para cálculo das porcentagens foi a população total de cada grupo por sexo; por isso, recomendamos que a comparação seja realizada entre as populações de homens e de mulheres, separadamente.
Lição de cartografia — página 214
Conexões — página 228
Competência e habilidade II.1.A
Competência e habilidade II.2.F
Objetivos Ampliar o domínio da leitura e interpretação cartográfica, por meio da análise de mapas de fluxos. Fazer uso da leitura cartográfica para ordenar os acontecimentos no tempo e no espaço. Procedimentos Sugerimos que o professor discuta esta atividade em sala de aula, estimulando os alunos a comparar os mapas. Algumas perguntas poderiam suscitar o debate na turma: Quais são os países, as regiões e/ou continentes mais importantes nos fluxos aéreos e marítimos? Quais cidades possuem uma localização estratégica para o desenvolvimento do transporte intermodal? As conclusões obtidas pela turma poderão ser sistematizadas pelo professor no quadro.
Objetivo Utilizar a obra de arte como fonte de conhecimento histórico-geográfico, identificando e relacionando recursos estilísticos do artista para expressar os acontecimentos. Procedimentos Os alunos já tiveram, até o momento, várias oportunidades de aprofundar seus conhecimentos geográficos por meio da apreciação artística. Espera-se que possíveis resistências ou dificuldades com esse tipo de atividade tenham sido superadas e a turma demonstre disponibilidade para interagir com a produção do artista. O(A) professor(a) poderá avaliar o desenvolvimento dessa capacidade pelos alunos. Retirantes (1944) faz parte de uma série integrada por mais três telas pintadas entre 1944 e 1945: Criança morta, Emigrantes e Enterro na rede. Segundo Fabris, “exposta em Paris em 1946, a série merece uma reflexão atenta de Germain Bazin, que não desconhece o impacto de Guernica na visão trágica de Portinari, mas redimensiona o fato, ao reconduzi-lo ao ‘processo de gestação duma personalidade artística’, próxima, a seu ver, de um Michelangelo. O que interessa a Bazin é destacar o ‘milagre de Portinari’, isto é, um tipo de expressão, no qual tudo ‘[...] é verdade, tanto na forma como no fundo’. O fato novo de sua arte é a interação do humano num estilo moderno. Se o ‘assunto’ nos comove, é por ser transmitido à nossa sensibilidade por uma caligrafia trágica: contrastes veementes de tons, dilaceramentos da linha, seccionamento das formas que, sem respeito pela figura, recompõem uma humanidade alquebrada pela dor”. (Fabris, Edusp, 1996, p. 112-114)
Ponto de vista — página 215 Competência e habilidade II.2.C Objetivo Reconhecer o ponto de vista do autor do texto. Procedimentos Sugerimos que o professor exercite a leitura de textos argumentativos com a turma. Os alunos podem ser convidados a realizar a leitura em voz alta, promovendo-se uma discussão das idéias de cada parágrafo. Ao término da redação, a turma poderá trocar as respostas das questões e discutir quais foram as conclusões obtidas na atividade. Capítulo 19 — Geografia da população
Lição de cartografia — página 220 Competência e habilidade II.1.G Objetivo Capacitar o aluno para o uso de gráficos em análises e sínteses dos perfis etários. Procedimentos Os gráficos são formas de representação de interesse crescente da Geografia, pois facilitam a correlação de dados sobre um plano cartesiano. Composta de dois histogramas — um para cada sexo — a pirâmide etária é uma representação gráfica que permite a rápida visu-
Agora é com você! — página 228 Competência e habilidade II.2.F Objetivo Ler e extrair informações de um texto. Relacionar o texto com os conceitos referentes às teorias populacionais estudadas no capítulo. Procedimentos Nesta atividade vamos relacionar o texto da jornalista com as teorias populacionais discutidas no capítulo. Ao analisar os dois textos, o aluno deve concluir que a fome resulta da distribuição irregular das riquezas e não da falta de alimentos.
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queda destes custos, tornou-se vantajosa a compra de determinadas mercadorias que antes necessitavam ser produzidas no nível local. 3. O uso de contêineres metálicos revolucionou o sistema de manuseio de cargas, agilizando a transferência das mercadorias entre os diferentes sistemas modais (ferrovia, rodovia, hidrovia, aerovia). 4. O transporte intermodal consiste em um sistema de combinação entre diferentes meios de transporte (modais), visando a agilidade no manuseio e na entrega de cargas.
Ponto de vista — página 229
Agora é com você! — página 242
Competência e habilidade III.2.G Objetivo Identificar as idéias centrais do texto, posicionandose diante dos argumentos do autor. Procedimentos Espera-se que os alunos identifiquem dois eixos centrais no discurso do entrevistado: o 1 ) o cenário demográfico europeu aponta para o esgotamento da oferta de vagas de emprego para trabalhadores tecnicamente não-qualificados no continente, associado à escassez de mão-de-obra mais especializada; o 2 ) o crescimento da União Européia pode forçar a “exportação de cérebros” dos países pobres, o que pode representar um impacto econômico muito grande nesses países.
Competência e habilidade II.2.C Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações geográficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utilizando a linguagem do texto dissertativo. Procedimentos 1. As megacidades são aquelas acima de 10 milhões de habitantes e encontram-se cada vez mais nos países pobres. As cidades globais comandam a economia internacional, sediando as empresas que lançam as inovações tecnológicas e comandam os serviços especializados da produção globalizada. 2. Segundo Milton Santos, o circuito superior da economia urbana é formado pelas atividades da indústria, do comércio de exportação e dos bancos. No circuito inferior, concentram-se as atividades de nível local, com uso intensivo de mão-de-obra e baixos investimentos, assim como a chamada economia informal. 5. e 6. Além do poder público — que realiza obras de infra-estrutura, cria conjuntos habitacionais e oferece serviços básicos — existem vários outros agentes: os proprietários de terra, os incorporadores imobiliários, a indústria da construção civil, o capital financeiro e os sem-teto. Sugerimos que o professor sistematize no quadro os papéis que os alunos conseguem identificar para cada um deles, considerando os dados coletados nos classificados de jornal de grande circulação.
Capítulo 20 — O espaço urbano Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Agora é com você! — página 235 Competência e habilidade II.2.E Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações geográficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utilizando a linguagem do texto dissertativo. Procedimentos 1. O excedente da produção agropastoril liberou uma parcela da população para outras atividades, aumentando-se a divisão social do trabalho e o desenvolvimento técnico. 2. Os operários das cidades industriais viviam em condições insalubres, o que acarretou o agravamento da saúde pública.
Conexões — página 240 Competência e habilidade III.3.B Objetivo Estabelecer relações temáticas e estilísticas de semelhança e de oposição entre duas pinturas de diferentes autores, ressaltando aspectos da vida urbana. Procedimentos Seria interessante desencadear uma discussão em sala de aula a respeito das preferências estilísticas dos alunos. Com qual das obras eles se identificam mais e quais seriam suas razões? A obra de Claude Monet expressa o objetivo do artista (quase uma obsessão) de apreender as sensações visuais mais sutis e fugazes. A Catedral de Rouen, nas proximidades de Paris, foi um tema de estudo do pintor. Monet estudou os efeitos luminosos na fachada da igreja ao longo de uma série de telas, como a que foi reproduzida no livro do aluno. A cidade, do francês Fernand Léger, por sua vez, “é uma paisagem industrial perfeitamente controlada [...] estável sem ser estática [...] cheia de otimismo e agradável excitação, evoca uma utopia mecanizada”. (Janson, 1996, p. 371) Sob a influência de Picasso, Léger foi integrante do movimento futurista e via no novo estilo cubista a inspiração para a busca da precisão geométrica e o equilíbrio sutil dos tempos modernos, movidos pelas máquinas.
Ponto de vista — página 242 Competência e habilidade III.3.B Objetivo Associar as informações contidas no texto com imagens de ilustrações ou fotos. Procedimentos O capítulo O espaço urbano procurou enfatizar quase todos os aspectos a respeito da cidade enumerados pela autora, em especial a sua dimensão do trabalho, da produção, do consumo, da arte e das lutas sociais. Esperase que os alunos consigam expressar essas idéias por meio da colagem de figuras. O resultado do trabalho pode ser discutido com os colegas em sala de aula. Capítulo 21 — Geografia do lazer, do esporte e do turismo
Agora é com você! — página 252 Competência e habilidade II.3.B Objetivos das questões 1 e 2 Coletar dados de campo para interpretação. Comparar dados, interpretá-los e elaborar um relatório conclusivo. Procedimentos Esse tipo de atividade tem um forte componente procedimental. A organização dos dados e o trabalho de comparação são instrumentos interessantes de observação. Além disso, é possível estender a observação a outros membros da família e, assim, analisar as disponibilidades para o lazer do conjunto familiar. Provavelmente os pais de muitos
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Ponto de vista — página 254 Competência e habilidade II.2.B Objetivo Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplicando os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. Procedimentos Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para desenvolver a habilidade de extrair informações de um texto, identificando o posicionamento do autor e suas argumentações. A realização da atividade é uma oportunidade para verificar quem ainda apresenta dificuldades nesse tipo de exercício.
Procedimentos Essa atividade foi extraída do vestibular da Unicamp. Seria interessante que o(a) professor(a), além de comentar a questão com os alunos, enfatizasse as características de alguns vestibulares discursivos. A questão possibilita que se identifique a evolução do sistema de transportes no decorrer do tempo. Os diversos sistemas incorporados na figura permitem ao aluno perceber o aumento da velocidade no mesmo tempo (km/h). O segundo item da questão provoca o aluno a relacionar “o aniquilamento do espaço pelo tempo” ao processo de globalização. Nesse ponto, o(a) professor(a) deve conduzir a discussão para a incorporação das novas tecnologias (telecomunicações e virtuais), presentes no mundo globalizado.
Agora é com você! — página 260 Competência e habilidade II.1.B Objetivo Utilizar diferentes formas de representação para analisar a formação territorial ao longo do tempo. Procedimentos A elaboração da linha do tempo envolverá a transposição dos dados organizados nos mapas das páginas 258 e 259, assim como as informações fornecidas no capítulo. O fundamental é estabelecer uma escala para o intervalo de tempo (50 anos) e construir a representação gráfica. Sugerimos que a turma adote uma mesma escala: 2 mm para cada ano. Uma vez concluído o trabalho, os alunos poderão discutir os resultados.
Agora é com você! — página 263 Competência e habilidade II.3.G Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações, aplicando os conceitos geográficos. Procedimentos Os alunos devem estar familiarizados em identificar o posicionamento dos autores dos artigos coletados. Espera-se que a turma possa debater a questão, comparando os diferentes pontos de vista.
Agora é com você! — página 265
Capítulo 22 — Blocos econômicos
Competência e habilidade II.2.D Objetivo Problematizar o mundo contemporâneo, considerando a diversidade de contextos entre os diferentes blocos econômicos. Procedimentos Se possível, sugerimos que a atividade seja feita em grupo. Os alunos poderão realizar uma síntese do que foi estudado no capítulo, elaborando um quadro com as principais características de cada bloco.
Agora é com você! — página 258
Ponto de vista — página 266
Competência e habilidade III.2.G Objetivo Ler e identificar no mapa os períodos e processos que promoveram o aniquilamento do espaço por meio do tempo.
Competência e habilidade III.3.F Objetivo Identificar uma tese, relacionando-a aos argumentos oferecidos para sustentá-la.
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alunos dispõem de bem menos tempo para o lazer do que os seus filhos. Por outro lado, se o(a) professor(a) estiver trabalhando com classes do período noturno, os resultados podem revelar um exíguo tempo de lazer dos alunos, permitindo que se conheça melhor a realidade de cada um. Objetivos da questão 3 Promover a reflexão sobre o mundo real e o irreal vividos por intermédio dos programas de TV. Estimular a consciência crítica diante dos programas exibidos pela TV. Procedimentos Essa atividade possibilita que o(a) professor(a) conheça a opinião dos alunos sobre a programação dos diversos canais de televisão e discuta com eles esse tema. Trata-se de um trabalho que estimula a reflexão, podendo levar a uma nova maneira de pensar e de ver o mundo criado pela TV. Para que a atividade atinja seu objetivo, é fundamental que as opiniões dos alunos sejam ouvidas e respeitadas. Utilizar os questionamentos que suscitam reflexões sobre a qualidade da programação e seus objetivos, os interesses por trás das notícias e a forma como os diversos meios enxergam a notícia são estratégias interessantes e que podem apresentar resultados positivos do ponto de vista tanto conceitual quanto procedimental e atitudinal. Objetivos da questão 4 Coletar dados de campo para interpretação. Comparar dados, interpretá-los e elaborar um relatório. Ressaltar a importância da atividade esportiva para a saúde e a formação integral do indivíduo. Procedimentos Essa atividade pode ser desenvolvida em conjunto com a área de Educação Física e Biologia, promovendo a interdisciplinaridade. A partir dos levantamentos realizados pelos alunos, o(a) professor(a) pode introduzir uma discussão em grupo sobre o que significa “ganhar ou perder” no jogo e na vida pessoal de cada um. É importante lembrar que, para os gregos, o exercício físico complementava as atividades intelectuais.
Procedimentos Espera-se que os alunos percebam que para o autor as críticas em relação à Alca não são consistentes. Para ele, uma “Alca possível” não seria nenhum grande projeto de integração hemisférica, e muito menos a realização perfeita e acabada de uma área de livre comércio, mas uma “colcha de retalhos”, segundo os interesses dos parceiros e setores envolvidos.
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De olho na mídia — página 270 Competência e habilidade I.2.D Objetivo Aplicar os conhecimentos para análise crítica do texto jornalístico. Procedimentos Neste fechamento de unidade, o aluno poderá explorar outros aspectos do texto jornalístico, comparando o lead com a idéia central da entrevista. Avaliando se o primeiro parágrafo de fato expressa as idéias principais da entrevista, o aluno poderá ir desenvolvendo consciência crítica em relação a este tipo de texto.
UNIDADE IV Desafios ambientais
Agora é com você! — página 278 Competência e habilidade I.1.A Objetivo Identificar dados e informações relevantes para os estudos geográficos, apresentando os resultados em textos dissertativos. Procedimentos 1. O Brasil possui grandes reservas de minério de ferro, manganês e bauxita, importantes recursos para o desenvolvimento da indústria siderúrgica. 2. A China e a Rússia também possuem grandes reservas de minério de ferro.
Agora é com você! — página 280 Competência e habilidade II.3.B Objetivo Utilizar diferentes linguagens para expor os conhecimentos geográficos. Procedimentos Os trabalhos dos alunos poderão ser expostos em sala de aula. Se for possível, alguns alunos poderão explicar o cartaz para a turma, identificando-se os traços comuns entre eles.
Ponto de vista — página 280 Leitura cartográfica — página 273 Competência e habilidade II.2.B Objetivo Introduzir a temática da unidade, relacionando-a com a representação cartográfica de dados nos modos zonal e linear. Procedimento A partir da análise do mapa, o professor pode explorar, em sala de aula, o repertório dos alunos a respeito do assunto que será tratado na unidade. Uma idéia interessante seria retomar as respostas das perguntas ao término dos capítulos, avaliando as mudanças ocorridas na compreensão dos alunos. Capítulo 23 — Geografia dos recursos naturais
Agora é com você! — página 275 Competência e habilidade I.1.B Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações geográficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utilizando a linguagem do texto dissertativo. Procedimentos 1. Recursos renováveis são aqueles que podem ser repostos pelos processos naturais. 2. Recursos não-renováveis são aqueles que apresentam estoques fixos e não se ampliam. 3. O uso da Biotecnologia e da Engenharia Genética pode repor estoques de recursos naturais para a produção das coisas de que precisamos. Porém, tal tecnologia é polêmica pelos riscos que pode provocar ao ambiente e à saúde humana.
Competência e habilidade II.3.G Objetivo Identificar o ponto de vista do autor, considerando as diferenças de lidar com o recursos ambientais. Procedimentos Sugerimos que os alunos discutam as diferenças de lidar com os recursos ambientais. Em seguida, a turma poderia ser convidada a se posicionar diante do tema, considerando o que foi estudado no capítulo. Capítulo 24 — Impactos ambientais urbanos
Agora é com você! — página 287 Competência e habilidade II.2.B Objetivo Identificar dados e informações relevantes para os estudos geográficos, apresentando os resultados em textos dissertativos. Procedimentos a) O efeito estufa é a retenção da radiação infravermelha nas baixas camadas da atmosfera. É grande o número de especialistas que reconhecem que as emissões de gases-estufa aceleram as mudanças climáticas globais, que poderão acarretar a elevação da temperatura do planeta e o derretimento das calotas glaciais. Estas mudanças provocariam a elevação do nível do mar, o que atingiria as atuais áreas costeiras, nas quais se concentram a maior parte da população mundial. b) A chuva ácida é decorrência da concentração, na atmosfera, de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio, liberados na combustão de petróleo e carvão mineral. Ao reagirem com a água das chuvas e formarem ácidos sulfúricos e nítricos, têm sido os responsáveis pela destruição de monumentos e fachadas das edificações.
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Agora é com você! — página 288 Competência e habilidade II.3.B Objetivo Identificar dados e informações relevantes para os estudos geográficos, apresentando os resultados em textos dissertativos. Procedimentos Poluição, em geral, é toda e qualquer forma de degradação física ou química de um ambiente. Inúmeros são os exemplos que os alunos podem indicar. Sugerimos que o professor faça uma lista no quadro, solicitando que os alunos expliquem as conseqüências de cada um deles para a vida na cidade.
Agora é com você! — página 289 Competência e habilidade II.2.B Objetivo Identificar e classificar dados e informações relevantes para os estudos geográficos. Procedimentos a) lixo orgânico — aterro sanitário; b) resíduos sólidos — reciclagem; c) lixo orgânico — aterro sanitário; d) resíduos sólidos — incineração; e) resíduos sólidos — reciclagem.
Agora é com você! — página 297 Competência e habilidade I.1.B Objetivo Identificar dados e informações relevantes para os estudos geográficos, apresentando os resultados em textos dissertativos. Procedimentos a) O principal debate na Conferência de Estocolmo foi a questão do desenvolvimento e crescimento econômico, envolvendo a questão ambiental. b) Um dos principais resultados da Conferência de Estocolmo foi a aprovação da Declaração das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente: proclamações e princípios.
Agora é com você! — página 300 Competência e habilidade II.2.B Objetivo Identificar dados e informações relevantes para os estudos geográficos, apresentando os resultados em textos dissertativos. Procedimentos a) Desenvolvimento sustentável é um conceito que procura integrar a preocupação com o meio ambiente às políticas de desenvolvimento. b)Sugerimos que o professor estimule os alunos a explicarem as convenções ambientais escolhidas. Durante a exposição, as principais características das convenções podem ser indicadas no quadro.
Agora é com você! — página 300 Ponto de vista — página 290 Competência e habilidade II.3.B Objetivo Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplicando os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. Procedimentos Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para desenvolver a habilidade de extrair informações de um texto, identificando o posicionamento do autor e suas argumentações. A realização da atividade é uma oportunidade para verificar quem ainda apresenta dificuldades nesse tipo de exercício. Capítulo 25 — Meio ambiente e política internacional
Agora é com você! — página 295 Competência e habilidade II.1.A Objetivo Ampliar a habilidade de leitura e interpretação cartográfica, por meio da análise de um bloco-diagrama que ilustra o assunto estudado no capítulo. Procedimentos Ao explicar o processo erosivo, os alunos devem lembrar que a menor perda de solo pela erosão ocorre nas áreas de mata. Já as áreas de plantio temporário apresentam a mais expressiva perda de sedimentos. As áreas de pastagem e de cultivos permanentes registram perdas bem menores do que as de cultivo temporário.
Competência e habilidade III.3.F Objetivos Analisar o efeito de sentido do uso da linguagem figurada, aplicando os conhecimentos geográficos numa perspectiva interdisciplinar. Valorizar a apreciação artística. Procedimentos O fundamental nesta atividade é garantir a livre expressão dos alunos, que devem se posicionar diante das idéias da autora com base nos conhecimentos trabalhados no capítulo. Espera-se que os alunos percebam os vários pontos de vista em relação à questão ambiental, diferenciando a leitura dos preservacionistas — que lutam contra a extinção das espécies —, a dos desenvolvimentistas e ecocapitalistas — que mesmo concordando com as idéias da autora, acreditariam que o atual modelo político-econômico está apto a propor alternativas para evitar a destruição da natureza e da diversidade cultural — e os ecologistas radicais — que não aceitariam a atitude passiva diante dos fatos citados pela autora.
Ponto de vista — página 301 Competência e habilidade III.3.G Objetivo Identificar as idéias centrais do texto, posicionandose diante dos argumentos do autor. Procedimentos Espera-se que os alunos apliquem os conhecimentos adquiridos no capítulo para interpretar o discurso nitidamente
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c e d) A ilha de calor é a área da cidade que apresenta temperaturas mais elevadas do que o seu entorno. Nestas áreas ocorre com maior freqüência as inversões térmicas, que prejudicam a saúde humana.
desenvolvimentista da liderança russa. Apesar de o autor reconhecer a necessidade de se considerar a questão ambiental dentro de um novo conceito de segurança global e de ser crítico à sociedade de consumo, ele propõe que se façam esforços para encontrar alternativas, porém mantendo o contexto político e econômico, no qual seu país ocupava posição de hegemonia. Capítulo 26 — A questão ambiental no Brasil
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Agora é com você! — página 306 Competência e habilidade III.3.F Objetivo Tomar decisões diante de situações concretas, recorrendo aos conhecimentos geográficos. Procedimentos Sugerimos que a turma se prepare para esta atividade, discutindo cuidadosamente as questões. O professor poderá indagar o que os alunos esperam encontrar na observação do intervalo da escola. As propostas de educação ambiental poderão ser comparadas e a turma escolher aquelas que maior impacto teria nos problemas detectados.
Agora é com você! — página 308 Competência e habilidade III.3.F Objetivo Tomar decisões diante de situações concretas, recorrendo aos conhecimentos geográficos. Procedimentos O(a) professor(a) poderá incentivar os alunos a expor seus argumentos, estabelecendo um ambiente de diálogo e respeito aos posicionamentos contrários. Antes de os alunos escreverem no caderno as conclusões, as principais idéias debatidas poderão ser sistematizadas no quadro.
identificando o posicionamento do autor e suas argumentações. A realização da atividade é uma oportunidade para verificar quem ainda apresenta dificuldades nesse tipo de exercício.
De olho na mídia — página 315 Competência e habilidade III.3.F Objetivo Aplicar os conhecimentos geográficos na leitura crítica do texto jornalístico. Procedimentos Sugerimos que o professor estabeça um ambiente de diálogo, incentivando vários alunos a manifestarem sua compreensão do texto. O fundamental é identificar o posicionamento do autor da matéria, o que nem sempre é uma tarefa fácil para os alunos. O trabalho coletivo pode ser um facilitador da tarefa, supervisionada pelo professor.
UNIDADE V Geografia e mudança social Leitura Cartográfica — página 317 Competência e habilidade II.1.A Objetivo Comparar mapas e refletir a respeito de sua importância para o conhecimento geográfico. Procedimento A comparação dos mapas é o ponto de partida para a discussão da temática da unidade, considerando a desigualdade de condições das mulheres de diversos países. A partir das informações colhidas, o professor poderá sugerir a discussão a respeito dos direitos humanos, explorando o repertório dos alunos no que se refere aos movimentos sociais. Capítulo 27 — A geografia dos excluídos
Agora é com você! — página 312
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Competência e habilidade III.3.G Objetivo Demonstrar capacidade de percepção e de estabelecimento de relações com a vida cotidiana, numa perspectiva interdisciplinar, tomando decisões diante de situações concretas. Procedimentos Sugerimos que a turma faça uma busca no site www.grupos.com.br a respeito de grupos de discussão sobre a questão ambiental. Com base no que foi estudado no capítulo, o professor poderá solicitar uma análise comparativa entre as propostas de cada grupo de discussão. A partir daí, a turma poderá ser incentivada a participar da lista, considerando o debate desenvolvido em sala de aula.
Competência e habilidade II.1.B Objetivos Comparar e relacionar dados e informações. Relacionar informações para a elaboração de relatório. Procedimentos A tabela a ser utilizada para a execução desta tarefa destaca os países que apresentam os 10 IDHs mais elevados, os 10 IDHs mais baixos e os 10 países com IDHs médios; neste caso, trata-se de países que apresentam IDHs mais elevados do que o do Brasil. Os 10 IDHs mais elevados permitem ao aluno identificar países que se encontram na Europa, na América do Norte e na Ásia (todos no hemisfério norte, excetuandose a Austrália). Já os 10 piores IDHs são todos países que se encontram no continente africano. Quanto aos que representam IDHs médios, a coluna reuniu países que devem ser comparados ao IDH brasileiro. Essa discussão permite ao aluno perceber a situação social do Brasil em relação a países subdesenvolvidos (Suriname), do antigo bloco socialista (Bósnia) e outros países latino-americanos, como Venezuela e Colômbia (neste caso, ressaltando-se os problemas relativos ao narcotráfico e às instabilidades políticas).
Ponto de vista — página 312 Competência e habilidade III.3.G Objetivo Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplicando os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. Procedimentos Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para desenvolver a habilidade de extrair informações de um texto,
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Capítulo 28 — Saúde e políticas públicas
Competência e habilidade III.3.F Objetivo Analisar o registro fotográfico em seu contexto histórico-geográfico, identificando marcas da desigualdade social. Procedimentos Nesta atividade, o professor pode destacar que a desigualdade social sempre existiu em nossa sociedade. O objetivo central do capítulo é levar à compreensão das especificidades da desigualdade no contexto de crise do Estado de bem-estar social. A discussão sobre a fotografia permite que os alunos estabeleçam relações entre diferentes contextos histórico-geográficos. O registro fotográfico de Militão é a própria expressão do sistema escravagista: é explícita a hierarquia na disposição do senhor branco diante de seus escravos; observam-se, também, os pés descalços e a postura de submissão dos homens negros. No livro O olhar europeu — o negro na iconografia brasileira do século XIX, Boris Kossoy (1994, p. 174-175) afirma: “... as fontes iconográficas, nas suas diferentes modalidades, nos informam não apenas acerca dos assuntos retratados, mas, principalmente, acerca dos seus próprios autores das representações, suas visões de mundo, suas mentalidades [...]. São múltiplas, também, as leituras que as imagens fotográficas proporcionam e é nisso que reside o desafio quando de sua interpretação [...]. As imagens da câmera, tradicionalmente aceitas como a expressão da verdade — posto que documentam a realidade material ‘tal como ela é’’ — , resultam, na verdade, de um complexo processo de criação, elaborado por seu autor: o fotógrafo. Deve-se ter em mente, pois, que a imagem fotográfica resulta de uma construção técnica, cultural e estética-ideológica. O que, de fato, nos interessa resgatar é o outro lado da imagem, ou seja, aquilo que não se encontra explícito iconograficamente. Partindo de tais pressupostos teóricos, pode-se então perceber em que medida as fotografias se constituem em importantes testemunhos históricos, sociológicos e psicológicos, posto que retratam, implicitamente, atitudes e intenções [...] A foto de Militão Augusto de Azevedo é contundente na medida em que ultrapassa o fato singular, antropologicamente identificável, trazendo à luz um significado implícito, revelador de uma realidade social no seu contexto social mais amplo.”
Analisar cartazes de propaganda em seu contexto histórico-geográfico, identificando marcas da política pública da época. Procedimentos Segundo Bertolli Filho (1996, p. 35), “a partir da instalação do Estado Novo, a administração sanitária buscou reforçar as campanhas de educação popular, criando serviços especiais para a educação em saúde. Unindo modernas técnicas pedagógicas e de comunicação com os princípios da medicina sanitária, os funcionários desse setor elaboraram cartazes e folhetos que chamavam a atenção pelas ilustrações coloridas. Elas poderiam ser entendidas mesmo pelas pessoas que não sabiam ler”. Nos dois cartazes a sífilis é associada à morte e à “promiscuidade”. Assim como a aids hoje, a sífilis era naquela época uma doença estigmatizada socialmente. Espera-se que os alunos se sintam à vontade para trocar idéias e expor dúvidas.
Ponto de vista — página 325 Competência e habilidade II.2.F Objetivo Identificar em um texto as referências ou remissões a outros textos (intertextualidade), aplicando conhecimentos geográficos. Procedimentos A autora destaca na obra de Milton Santos a relação entre lugar e cidadania, analisando suas implicações no processo de exclusão social. Sugerimos que as frases elaboradas pelos alunos sejam listadas no quadro, procurando-se agrupá-las por semelhança de sentido. O professor deverá estar atento para que se evitem cópias literais do texto, procurando incentivar a formulação pessoal dos alunos.
Agora é com você! — página 334 Competência e habilidade II.3.B Objetivo Identificar dados e informações relevantes para os estudos geográficos, apresentando os resultados em textos dissertativos. Procedimentos 1. Dentre as razões apontadas no capítulo, destaca-se a importância dos serviços de saúde e da política de saúde para o desenvolvimento das cidades. 2. Foi na Inglaterra daquela época que se desenvolveram as primeiras normas e legislação sanitária, que visavam o controle das epidemias que assolavam a população das cidades. A experiência inglesa serviu de referência para a legislação de outros países. 3. A Revolta da Vacina foi provocada pela resistência popular ao poder de polícia e de fiscalização que o poder central da República do Brasil assumiu para o controle das epidemias na capital do país. 4. Como o intercâmbio entre os países é cada vez maior, muitas questões que envolvem a saúde da população dependem de uma articulação global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) é o principal organismo internacional responsável por estas questões. 5. O SUS é o Sistema Único de Saúde. Trata-se da forma que estão organizados os serviços de saúde pública no Brasil, que foram integrados em um único sistema a partir da Constituição de 1988.
Ponto de vista — página 334 Competência e habilidade III.3.G Objetivos Aplicar os conhecimentos adquiridos no capítulo para interpretar o texto e posicionar-se em relação às idéias nele contidas. Procedimentos Sugerimos que as idéias levantadas pelos alunos sejam sistematizadas no quadro, construindo-se uma síntese geral da turma. Ao término da atividade, porém, é
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Conexões — página 324
imprescindível que cada aluno tenha registrado no caderno as suas conclusões. A saúde pública é um retrato de cada época. O autor faz referência ao recrudescimento de antigas pestilências, como o cólera, associando-o à crise do planejamento estatal excessivamente centralizado e normatizado.
Procedimento Seria importante que ocorresse a discussão na turma. Para isto, cada aluno poderia apresentar qual foi a sua interpretação da charge. Estudando com antecedência, o rendimento do aluno é muito maior.
Capítulo 29 — Movimentos sociais e cidadania
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Agora é com você! — página 338 Competência e habilidade III.3.F Objetivos Extrair dados e informações de um texto, posicionando-se diante dos argumentos do autor. Procedimentos Os alunos devem relacionar os temas que serão tratados no capítulo com as idéias do filósofo Jacques Bidet. O texto citado pode ser utilizado para uma atividade interdisciplinar com História. Discutir o período das grandes revoluções, suas lutas e analisar as contradições do mundo atual, que, apesar do desenvolvimento tecnológico, não consegue erradicar a exploração da mão-de-obra e resolver o problema das desigualdades sociais.
Agora é com você! — página 344 Competência e habilidade III.3.C Objetivos Extrair de um texto as causas relacionadas ao desemprego e intervir solidariamente propondo estratégias para combater o problema. Procedimentos Esta atividade permite ao professor contextualizar a questão do desemprego utilizando notícias veiculadas na imprensa local ou estadual. É importante relacionar o desemprego às novas formas de gerenciamento de produção e redução das oportunidades na indústria. A discussão de propostas para combater o desemprego merece atenção especial, e o professor tem papel fundamental na orientação sobre a viabilidade das propostas elaboradas pelos alunos.
Conexões — página 346 Competência e habilidade III.3.F Objetivo Reconhecer, no texto, índices que permitam identificar características da situação dos negros no Brasil, como a valorização da expressão artística da capoeira. Procedimentos Os alunos apresentam em sala de aula as suas respostas, procurando chegar a um consenso a respeito da expressão do texto que sintetiza a situação dos negros no Brasil. Várias respostas são válidas e possíveis. A palavra luta é repetida várias vezes e sintetiza bem a questão. Na esperança de vencer e Olha o negro são outras expressões que também podem ser escolhidas pelos alunos, dependendo da justificativa.
Agora é com você — página 347 Competência e habilidade II.3.F Objetivo Elaborar redação, considerando o léxico entre a gravura e os termos indicados.
Competência e habilidade III.3.F Objetivo Aplicação dos conhecimentos a respeito da discriminação social para discutir as idéias do texto e apresentar alternativas para as questões identificadas. Procedimentos Espera-se que os alunos percebam que a discriminação social é muito mais profunda do que a diferença de renda entre os diferentes grupos sociais. A reforma agrária tem sido uma política de resgate da justiça social no Brasil, com imenso impacto na qualidade de vida e com baixo custo por família assentada. Capítulo 30 — Geografia do crime
Agora é com você! — página 352 Competência e habilidade I.2.B Objetivo Identificar dados e informações relevantes para os estudos geográficos, apresentando os resultados em textos dissertativos. Procedimentos Sugerimos que o professor discuta em sala de aula o trabalho dos alunos, que podem comparar as respostas com os colegas, acrescentando e/ou complementando as informações mais significativas.
Lição de cartografia — página 354 Competência e habilidade II.2.B Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações relevantes para os estudos geográficos, articulando escalas geográficas. Procedimentos Espera-se que os alunos já tenham desenvolvido competências e habilidades necessárias para a articulação de diferentes escalas geográficas (nível local: comunidades indígenas; nível regional: países andinos; nível global: combate ao narcotráfico). Sugerimos que o professor enfatize as relações de ordem, complementaridade e contradição que envolvem a questão.
Ponto de vista — página 354 Competência e habilidade III.3.C Objetivo Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplicando os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. Procedimentos Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para desenvolver a habilidade de extrair informações de um texto, identificando o posicionamento do autor e suas
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Capítulo 31 — Cultura jovem e conflito
Conexões — página 360 Competência e habilidade II.3.F Objetivo Analisar recursos expressivos da linguagem figurada, relacionando-os com conteúdos da Geografia. Procedimentos Sugerimos que o texto seja lido em voz alta na sala de aula. É preciso verificar a compreensão dos alunos a respeito dos diversos sentidos e pontos de vista do autor. Objetivo 2 Valorizar a manifestação artística do movimento hip hop como uma forma de expressão dos jovens das periferias urbanas, aplicando os conhecimentos adquiridos no capítulo. Procedimentos Como vimos, o rap é uma música de protesto e de crítica ao sistema político e econômico vigente. Esperase que os alunos identifiquem no texto algumas marcas desse protesto: a insatisfação do jovem com o seu padrão de consumo e a contradição do capitalismo selvagem — “O seu status depende da tragédia de alguém”. Caso haja interesse da turma, o professor pode estimular a comparação dessa letra de música com as de outros raps.
Agora é com você! — página 360 Competência e habilidade III.3.C Objetivo Posicionar-se diante das idéias do texto, considerando os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. Procedimentos Sugerimos que os alunos comparem as suas respostas numa discussão em grupo, procurando identificar as conclusões comuns e as divergentes. Para finalizar a atividade, o professor pode registrar no quadro as principais idéias levantadas pela turma, sintetizando os conteúdos trabalhados no capítulo.
Ponto de vista — página 361 Competência e habilidade III.2.C Objetivo Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplicando os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.
Procedimentos Com a leitura do texto, espera-se que o aluno consiga relacionar os conteúdos trabalhados no capítulo com os novos elementos apresentados pela autora. 1. Espera-se que o aluno reconheça a especificidade da temática juvenil num país como o Brasil, marcado por profundas desigualdades sociais. 2. O aluno terá oportunidade de expressar sua opinião. Sugerimos que o professor possibilite a troca de idéias entre os alunos, valorizando o exercício argumentativo. Capítulo 32 — O Brasil e os desafios do século XXI
Conexões — página 363 Competência e habilidade III.3.C Objetivo Posicionar-se diante de dados e informações, tomando decisões diante de situações concretas. Procedimentos Espera-se que os alunos tenham desenvolvido a capacidade de ouvir e debater as idéias dos outros, demonstrando uma atitude de respeito aos posicionamentos divergentes. O professor poderá enfatizar o peso ou não do padrão de vida americano no “sonho de consumo” da turma.
Ponto de vista — página 367 Competência e habilidade III.3.B Objetivo Reconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplicando os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo. Procedimentos Os alunos já tiveram inúmeras oportunidades para desenvolver a habilidade de extrair informações de um texto, identificando o posicionamento do autor e suas argumentações. A realização da atividade é uma oportunidade para verificar quem ainda apresenta dificuldade nesse tipo de exercício.
De olho na mídia — página 371 Competência e habilidade III.3.B Objetivo Aplicar os conhecimentos geográficos na análise crítica do texto jornalístico. Procedimentos Sugerimos que o professor estabeleça um ambiente de debate, registrando no quadro as diferentes leituras realizadas pelos alunos. Nesta atividade, a turma poderá verificar qual foi a importância do estudo da Geografia para o desenvolvimento da leitura crítica do jornal.
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argumentações. A realização da atividade é uma oportunidade para verificar quem ainda apresenta dificuldades nesse tipo de exercício.
6. Respostas das questões dos vestibulares e do Enem Unidade I — Bases da Geografia: sociedade, natureza e território Capítulo 1 – A Geografia e a linguagem cartográfica
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4. a) Na projeção de Mercator, as menores distorções ocorrem próximas ao Equador, e as maiores distorções, nas áreas próximas do pólo. b) Ao desenvolvimento das navegações, quando as descobertas de novas áreas, o surgimento de colônias e a crescente circulação de mercadorias demandavam mapas melhores e mais exatos, que exigiram novas técnicas de orientação, mais precisos, por isso os mapas e cartas teriam de ser mais corretos e detalhados. c) Trata-se da rota C. A projeção de Mercator é cilíndrica, e o globo projetado no cilindro estabelece o princípio da ortodromia, ou seja, o arco de círculo máximo da superfície geográfica sobre o qual um navio segue uma sucessão de rumos ou rotas. 5. e
6. e
7. e
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10. O aluno deverá levar em consideração o mapa apresentado. Deverá elaborar um texto em que ressalte a expansão das fronteiras agrícolas para as regiões Centro-Oeste e Norte e as alterações no espaço em virtude dessa expansão. O surgimento de estradas, cidades e áreas de exploração madeireira ocorreu em virtude da apropriação do espaço geográfico pela sociedade. 11. Os satélites são utilizados para diversas formas de emissão de informações em tempo real da Terra, o que permite acompanhar a dinâmica climática, meteorológica, ambiental e movimentos da crosta com grande precisão. Além disso, a utilização das imagens geradas pelos satélites permite maior precisão na elaboração de mapas temáticos. 12. a) Trata-se de um processo social no qual o acesso aos espaços de maior ou menor valor é determinado pelo poder aquisitivo das pessoas. No contexto da produção capitalista do espaço, as áreas impróprias à ocupação humana ou distantes daquelas que têm melhor infra-estrutura básica e facilidade de acesso aos centros comerciais são reservadas às classes mais pobres. Nesse fenômeno, aliás, cabe salientar o que se chama de “especulação imobiliária”, isto é, o controle do acesso à terra por indivíduos e empresas que fazem dela uma fonte de lucros. b) As desigualdades sociais resultantes do processo histórico de concentração de renda. As populações com maior renda adquirem terrenos em áreas mais elevadas e com acesso aos bens e serviços ofertados pela cidade. Cabe às populações carentes o terreno com pior localização, à margem dos serviços ofertados pela cidade. 13. a
Capítulo 2 – O sistema terrestre 1. F, V, V, F, F 2. e 3. d 4. b 5. e 6. Soma = 35 (01 + 02 + 32) 7. a 8. c 9. d 10. d 11. e 12. a 13. d 14. a) São terrenos inconsolidados, com menor espessura das rochas de superfície, mais sujeitos à ação dos agentes endógenos expressos em fissuras resultantes da pressão interna revelada na forma de vulcões. b) O território brasileiro está na placa sul-americana. c) O território brasileiro encontra-se sobre uma placa composta por rochas consolidadas, de maior espessura, que absorvem os impactos tectônicos interiores.
Capítulo 3 – Clima e hidrologia terrestres 1. b 2. b 3. d 4. a 5. b 6. c 7. a 8. c 9. b 10. V, V, V, F, F 11. a) A crescente disponibilidade de equipamentos de sensoreamento remoto, satélites meteorológicos, estações de medição terrestres, aéreas e marítimas, favorece a criação de uma rede mundial de cobertura que consegue avaliar as mudanças climáticas em tempo real e de forma muito mais acurada. b) As previsões meterológicas acuradas são importantes no planejamento de atividades como agricultura e na prevenção e elaboração de planos de contingência contra enchentes, aspectos que favorecem o crescimento econômico, menor impacto material e principalmente a preservação da vida em casos de acidentes naturais. 12. b 13. c 14. d 15. c 16. c
Capítulo 4 – Os principais biomas da Terra 1. e 2. a) I. Taiga ou coníferas; II. Tundra; III. Florestas tropicais úmidas; IV. Savanas; V. Estepes ou pradarias. b) I. Pinheiros aciculifoliados; II. Musgos e liquens; III. Espécies latifoliadas; IV. Vegetação herbáceo-arbustiva; V. Formações de gramíneas. 3. b 4. b 5. 2 e 5 6. Soma = 10 (02 + 08) 7. e 8. O continente americano apresenta o seguinte quadro natural: Extremo norte: — clima: polar — vegetação: tundra. Norte: — clima: temperado frio — vegetação: floresta boreal ou taiga. Centro-Norte: — climas: temperado continental nas regiões interiores e oceânico nas áreas próximas ao mar — vegetação: pradarias e floresta temperada. A sul do Trópico de Câncer e norte do Trópico de Capricórnio: — clima: tropical e equatorial — vegetação: floresta tropical e equatorial. a) Floresta equatorial e tropical — extrativismo vegetal e extração de madeira. b) Extração de madeira da Taiga para produção de papel e celulose. 9. c 10. c 11. V, V, V, V, F
Capítulo 5 – As bases físicas do Brasil 1. d 2. b 3. a 4. b 5. a 6. a) Atuação da massa Polar atlântica (mPa). b) Massa Equatorial continental (mEa) e também a massa Tropical atlântica (mTa). c) No verão a massa Equatorial continental não encontra obstáculos e se expande por boa parte do território brasileiro. No inverno o avanço da massa Polar atlântica inibe a presença da massa Equatorial continental que fica restrita ao noroeste amazônico. 7. e 8. c 9. d 10. c 11. c 12. d 13. Os deslizamentos freqüentes nestas regiões se devem à ocupação irregular das áreas de encosta. Inicialmente a cobertura vegetal foi retirada, o que facilita o desmoronamento; além disso, essas áreas foram sucessivamente ocupadas por construções que não seguem as normas técnicas de engenharia, já que são áreas ocupadas por populações carentes, que constroem muitas vezes em regime de mutirão, sem conhecimento de normas técnicas adequadas para essas áreas. 14. a 15. a) Porque estas regiões se encontram em hemiférios diferentes e, portanto, enquanto é inverno no hemisfério sul (Luisiânia — GO) é verão no hemisfério norte (Roma – Itália).
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b) Luisiânia: — tropical: verões quentes e úmidos, invernos secos. Roma: — clima mediterrâneo: verões quentes e secos, invernos amenos e úmidos.
Capítulo 6 – Sociedade industrial e meio ambiente 2. e
3. V, F, V, V, F
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Capítulo 7 – Fronteiras e mapas políticos 1. b 2. c 3. e 4. b 5. A classificação leste e oeste remonta à ordem bipolar — Os Estados Unidos estabeleceram sua área de influência capitalista na porção ocidental, enquanto a URSS socialista estabeleceu sua área de influência na porção leste. Com o fim da velha ordem bipolar, a nova ordem mundial estabelece um domínio referente ao controle dos mercados mundiais e à distribuição irregular das riquezas. Nesse sentido a divisão norte/sul busca separar as áreas de maior ou menor concentração de riquezas. Sul; pobre; norte, rico. 6. a) A apropriação se dá quando esta sociedade estabelece as bases comuns de sua cultura como elemento de integração. Podem também se estabelecer como Estado-nação ao definirem um território — as bases físicas do Estado — um arcabouço legal — constituição — e um governo. b) A soberania deve ser compreendida como a propriedade ou qualidade que caracteriza o poder político supremo do Estado como afirmação de sua personalidade independente, de sua autoridade plena e governo próprio, dentro do território nacional e em suas relações com outros Estados. Desta forma é o Estado o representante supremo da soberania de um país. 7. a) Propriedade ou qualidade que caracteriza o poder político supremo do Estado como afirmação de sua personalidade independente, de sua autoridade plena e governo próprios, dentro do território nacional e em suas relações com outros Estados. b) As invasões realizadas pela Otan na Iugoslávia, a invasão norte-americana no Afeganistão e no Iraque. c) O desmantelamento da ordem política e jurídica de uma nação. O exemplo mais contundente é a desintegração do Estado iraquiano pós-invasão pelos Estados Unidos. 8. d
Capítulo 8 – Caminhos da economia mundial 1. c 2. c 3. e 4. b 5. b 6. d 7. d 8. e 9. e 10. V, F, F, V 11. d 12. a) Entre 1965/89 e 1980/89 os países desenvolvidos e os do Sudeste asiático apresentaram melhor distribuição de renda, enquanto nos países pobres da América Latina e África os dados acentuam a concentração de renda. b) O motivador foi a política de expansão da renda que ocorreu nos países conhecidos como Tigres Asiáticos — Taiwan, Cingapura, Coréia do Norte e a região de Hong Kong (hoje incorporada à China). 13. a) A tendência foi a formação de grandes corporações transnacionais que passaram a instalar suas filiais em países subdesenvolvidos, aliando os interesses em produzir mais e mais barato à ampliação dos mercados e ao aproveitamento dos incentivos fiscais ofertados pelos governos desses países. b) As empresas instalam-se em países pobres para aproveitar a mão-de-obra farta e barata e ampliar seu mercado consumidor. 14. e 15. a) As facilidades na transmissão e obtenção de informação por telecomunicações e informática favorece e acelera a capacidade de circulação de dinheiro na forma de investimentos, bem como é capaz de expandir as suas redes cada vez maiores e mais internacionalizadas.
Unidade II — O mundo geopolítico contemporâneo Capítulo 9 – A geografia da Guerra Fria 1. e 2. b 3. A Otan foi criada em 1949 para representar o braço geopolítico da Doutrina Truman, estabelecendo uma aliança militar dos países do Atlântico Norte contra possíveis intervenções da URSS. Em resposta à formação da Otan, a URSS criou o Pacto de Varsóvia, aparentemente com a mesma finalidade, ou seja, garantir a integridade geopolítica de sua área de influência. Com o decorrer dos anos, o Pacto de Varsóvia configurou-se como a base de sustentação pela força da influência da URSS no Leste Europeu. 4. d 5. V, V, F, F, V 6. d 7. a) A ordem da Guerra Fria estabeleceu a separação do mundo em dois blocos opostos. De um lado os países capitalistas e ocidentais regidos pelos EUA, enquanto o conjunto de países socialistas orbitavam ao redor da URSS. A velha ordem apresentava-se sustentada por forças antagônicas militarizadas e armamentistas. b) A chamada Nova Ordem Mundial caracteriza-se pela prevalência do sistema capitalista e pela disputa dos mercados mundiais. 8. a
Capítulo 10 – A superpotência 1. d 2. e 3. b 4. c 5. Os países eram assim classificados porque essa divisão expressava o mundo na época da Guerra Fria. De um lado os países ocidentais representavam a área de influência capitalista e norte-americana. Os chamados países do leste representavam a Europa oriental, área de influência da URSS. A classificação atual em norte e sul busca caracterizar a diferença socioeconômica entre os países. Vale salientar que não é uma classificação viável, já que na porção norte existem países pobres, assim como na porção sul existem países que apresentam alto grau de desenvolvimento. 6. a 7. A presença militar norte-americana na Europa está vinculada à participação do país na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Já na área 2, Oriente Médio, os motivos são a instabilidade geopolítica da região e assegurar o controle sobre as reservas de petróleo da península. 8. b 9. d 10. b
Capítulo 11 – Potências mundiais 1. c 2. a 3. c 4. A China localiza-se no coração da Ásia e seu crescimento econômico influencia sua hegemonia regional. Além disso, o país é detentor de excelente arsenal armamentista, o que lhe concede grande poder de liderança na porção asiática. 5. b 6. e 7. a 8. d 9. Os alunos devem ressaltar a expressiva participação da China como futura liderança regional e possivelmente mundial. Os dados populacionais, econômicos e militares expressam a importância do país no contexto mundial. 10. c 11. a
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b) Esses países adotam, em geral, políticas relacionadas à elevação de suas taxas de juros, para com isso atrair capitais de curto prazo. Os problemas principais dessa prática são a pressão inflacionária interna seguida de recessão econômica, achatamento salarial entre outros.
Capítulo 12 – Potências regionais 1. d 2. e 3. e 4. e 5. País 1: Paquistão; país 2: Índia; país 3: Bangladesh. Esta região apresenta conflitos étnicos hinduístas e islâmicos na região da Caxemira e conflitos entre hinduístas e sikhs no Punjab. 6. e 7. b 8. c
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Capítulo 13 – Conflitos étnico-religiosos na Europa 1. b 2. c 3. A monarquia parlamentarista concedeu maior autonomia para a região, permitindo livre expressão lingüística e cultural. 4. e 5. a 6. b 7. a) A Irlanda do Norte ou Ulster. b) Belfast é a capital da Irlanda do Norte ou Ulster, área em que ocorriam os mais fortes confrontos entre católicos (irlandeses do IRA) e protestantes (forças militares britânicas). 8. A região da Iugoslávia configura-se como um grande intrincado étnico-religioso-cultural. Foram mesclados nesse território católicos, cristãos ortodoxos, muçulmanos; utilizam-se dois alfabetos distintos, além de conjugarem na mesma região croatas, eslovenos, bósnios, montenegrinos, sérvios e macedônios. 9. a 10. c 11. b
Capítulo 14 – Conflitos étnico-religiosos no Oriente Médio e na África 1. a 2. d 3. b 4. a 5. a 6. c 7. a) A dominação colonial européia impôs ao continente africano um processo de artificialização de fronteiras que provocou a unificação num mesmo território de tribos historicamente rivais. Com a descolonização e a conseqüente manutenção das fronteiras coloniais, os países africanos não conseguem formar Estados nacionais sólidos. b) A África abriga dois sistemas agrícolas: a agricultura rudimentar, aplicada pelas famílias e comunidades locais para autoabastecimento, e o sistema de plantation, imposto pelos colonizadores. Países como Nigéria, Togo, Benin são produtores de café, cacau e cana para o mercado internacional. 8. b 9. a) O mosaico cultural, a posição estratégica como passagem entre a Europa e a Ásia, a ocorrência de extensas jazidas petrolíferas. b) Ele faz referência à questão israelo-palestina. Com o surgimento de Israel em 1948, os palestinos que ali viviam viram-se deslocados e sem expressão territorial, daí a menção de ocupação dos territórios por Israel. 10. b 11. a
Capítulo 15 – A geopolítica do Brasil 1. Porque o Brasil foi o único país a enviar tropas aliadas compostas por negros, brancos, mulatos, pardos e amarelos. 2. Antes da Segunda Guerra Mundial o Brasil não tinha definido um aliado preferencial, acatando influências dos Estados Unidos, da França e até da Alemanha. Após a Segunda Guerra o país alinhou-se temporariamente aos EUA. Durante o governo JK e nos governos seguintes houve uma preocupação em trilhar caminhos de autonomia diplomática. Um dos exemplos foi a posição brasileira contrária ao bloqueio econômico a Cuba em 1960. 3. O presidente Fidel Castro refere-se ao poder de veto concedido aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. A eles é dado o direito de vetar uma proposta e mesmo com apenas um veto a resolução não é encaminhada. Outra crítica do presidente cubano diz respeito à continuidade do bloqueio comercial a Cuba, desencadeado em 1960 pelo governo norte-americano.
4. d 5. De acordo com o mapa apresentado, a cidade de Brasília encontra-se cercada pelas maiores unidades militares representando todas as armas. Nesse sentido fica clara a intenção de garantir à cidade um esquema de proteção tanto contra ataques externos e muito mais para assegurar a paz e a ordem na capital da República. 6. a) O Sivam — Sistema de Vigilância da Amazônia — consiste na utilização de satélites para detectar invasões do espaço aéreo brasileiro e monitorar o movimento de aeronaves nas regiões Norte e Centro-Oeste. b) Criticou-se o fato de que a compra dos equipamentos não ocorreu de modo transparente, favorecendo capitais norte-americanos. Além do que não se tem certeza de que os radares funcionarão de forma adequada quando os aviões voarem a baixa altitude. Caso isso ocorra, os radares podem confundir as aeronaves com a movimentação natural da copa das árvores. 7. c 8. O mapa representa o Projeto Calha Norte. Esse projeto foi desencadeado em 1987 com vista a garantir a soberania das fronteiras norte do Brasil. Essa região é constantemente invadida por guerrilheiros colombianos, narcotraficantes, contrabandistas e garimpeiros. 9. a 10. a) objetivos: evitar a ação de contrabandistas; combater a ação do narcotráfico; preservar a soberania nacional na exploração dos recursos naturais da região; evitar a atuação de grupos guerrilheiros dos países vizinhos, em particular da Colômbia. b) fatores: rede urbana incompleta; redes de transporte precárias; baixa densidade demográfica; redes de comunicação insuficientes; floresta pluvial que dificulta a locomoção.
Unidade III — Geografia econômica: as redes mundiais Capítulo 16 – A indústria e a produção do espaço geográfico 1. c 2. a 3. e 4. a 5. c 6. d 7. b 8. Soma = 31 (01 + 02 + 04 + 08 + 16) 9. e 10. c 11. Os dados da tabela indicam a diminuição do parque industrial da região nordeste dos EUA, enquanto ocorre um significativo aumento do parque industrial localizado na porção oeste e sul. O parque industrial do nordeste corresponde ao da indústria tradicional, já os parques do oeste e sul correspondem aos dos tecnopólos. Enquanto a indústria tradicional sofre acelerado processo de automação, as empresas dos tecnopólos utilizam numerosa mão-de-obra de alta especialização. 12. A estratégia desencadeada por Bill Gates garantirá à empresa Corbis o monopólio das obras digitalizadas no futuro.
Capítulo 17 – A produção agropecuária no mundo 1. b 2. b 3. a 4. a 5. e 6. Soma = 06 (02 + 04) 7. c 8. V, F, V, V 9. a 10. a) Agricultura tradicional à esquerda e agricultura auto-sustentada à direita do gráfico. b) À direita o processo utiliza controle biológico de pragas, acarretando gradativo aumento da produção; à esquerda são utilizados defensivos químicos que provocam esgotamento do solo, ocorrendo ao longo do tempo diminuição da produção e choque ambiental.
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Capítulo 18 – Circulação e redes de transporte 1. e 2. c 3. V, F, V, F 4. b 5. b 6. b 7. e 8. b 9. a) Paisagem muito variada, apresentando grande diversidade em relação às suas funções e serviços oferecidos. b) Permitem escoamento rápido da produção, facilitando e agilizando as atividades econômicas. 10. a) Dois entre os seguintes argumentos: o território relativamente reduzido favorece o transporte rodoviário, mais barato para distâncias não muito grandes (até cerca de 300 ou 400 km); o clima muito rigoroso provoca o congelamento de alguns rios e portos litorâneos, estabelecendo limites para o transporte aquaviário; o alto nível de urbanização do país favorece o transporte rodoviário em função de sua flexibilidade, ao contrário do ferroviário, que é pouco flexível e caro para pequenas distâncias. b) Dois entre os seguintes argumentos: o alto custo de manutenção das rodovias, o que é um desperdício em um país subdesenvolvido; a necessidade de grandes gastos de divisas com importação de petróleo, resultante da opção rodoviária; o extenso litoral e a ausência de problemas de ordem climática favorecem um uso muito maior da navegação de cabotagem do que o verificado; a concentração da maioria da população e da economia do país em uma faixa próxima ao litoral justifica um uso maior da navegação de cabotagem do que o verificado; em decorrência das dimensões do território nacional, dever-se-ia privilegiar os meios de transporte mais baratos para grandes distâncias, como o ferroviário e o aquaviário; a importância da produção e exportação de mercadorias de baixo valor por tonelada (minérios, produtos agrícolas etc.), deslocadas por grandes distâncias até os portos litorâneos, exigiria uma maior participação da rede ferroviária. 11. c
Capítulo 19 – Geografia da população 1. d 2. a 3. c 4. c 5. d 6. c 7. a) No período entre o pós-Segunda Guerra e os anos 1970, os imigrantes estrangeiros na Europa Ocidental desempenharam os seguintes papéis: mão-de-obra para a reconstrução da Europa; ocupação de postos de trabalho que exigiam pouca ou nenhuma qualificação; desempenho de funções no mercado de trabalho que não interessavam à população nativa.
b) Entre os argumentos de ordem econômica destacam-se: o aumento da concorrência por postos de trabalho entre imigrantes e nativos; pressão “para baixo” dos níveis salariais em geral; atribuição da crise do sistema previdenciário público à presença crescente de trabalhadores imigrantes informais e/ou ilegais no mercado de trabalho. Entre os argumentos de ordem étnico-cultural destacam-se: a visão de que os imigrantes, permanecendo com os valores de seus países de origem, ameaçam os valores culturais nativos; medo de futuro predomínio numérico de outras etnias; receio de perda de hegemonia da língua nacional; conflitos de natureza religiosa. 8. d 9. a 10. a) Entre 1900 e 1970 pode-se observar na população brasileira altas taxas de natalidade (população rural) e redução das taxas de mortalidade (saneamento, vacinação), provocando aumento nas taxas de crescimento populacional ou crescimento vegetativo. b) A partir da década de 1970 ocorreu um rápido processo de urbanização que afeta, sobremaneira, os indicadores populacionais brasileiros. A urbanização provoca o controle espontâneo de natalidade com quedas nas taxas de natalidade e mortalidade, com conseqüente declínio das taxas de crescimento populacional. Isso se deve, entre outros fatores, aos casamentos tardios, maior nível de informações, planejamento familiar, acesso a atendimento médico e remédios, altos custos na criação dos filhos. 11. a) Guerra Fria (Muro de Berlim); Norte rico, sul pobre, globalização (Muro de Tijuana). b) Barreira que tenta impedir a entrada indesejada de populações pobres e mal qualificadas em países mais ricos dotados de sistemas econômicos mais desenvolvidos e sofisticados (xenofobia).
Capítulo 20 – O espaço urbano 1. b 2. e 3. e 4. Soma = 6 (02 + 04) 5. Soma = 9 (01 + 08) 6. Soma = 11 (01 + 02 + 08) 7. d 8. b 9. As características que conferem a determinadas cidades o papel de metrópole mundial são: concentração de grande poder de decisão econômica, política e cultural; presença das sedes de grupos empresariais com alcance global; funcionamento de bolsas de valores que operam com empresas nacionais e de outros países e cujo movimento tem conseqüências sobre o mercado produtivo e financeiro mundial; recepção de imigrantes de diversas partes do mundo, conferindo-lhe uma face cosmopolita; sede de grandes companhias do setor de comunicação e agências de notícias. Além disso, as metrópoles mundiais têm mais forte conexão entre si do que com os espaços nacionais nos quais se situam.
Capítulo 21 – Geografia do lazer, do esporte e do turismo 1. O aluno poderá indicar, entre outros fatores: a difusão mundial de um esporte regulamentado a partir de regras de origem inglesa; o papel das telecomunicações que, através da transmissão simultânea do evento, interligaram os cinco continentes; a presença de grandes marcas transnacionais como patrocinadoras das equipes; a organização do evento pela FIFA, um organismo internacional; o próprio processo de fragmentação que acompanha a globalização, representado na diversidade cultural das equipes. 2. b 3. a 4. a) Há muitas razões que explicam o crescimento da “indústria” do turismo. Entre elas, destacam-se as seguintes: transportes cada
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11. a) Duas dentre as justificativas: preservação dos empregos rurais; política de segurança alimentar, para evitar a total dependência da importação de alimentos; força política e capacidade de mobilização e pressão por parte dos agricultores dos países desenvolvidos; interesse em favorecer toda a cadeia de produção e circulação de produtos associada à agricultura (agronegócio); alto custo da produção agropecuária nos países centrais, especialmente na Europa e no Japão, o que torna essa atividade pouco competitiva frente aos países periféricos. b) Essa política restringe as possibilidades de venda de produtos da agropecuária brasileira no exterior, tanto em termos de exportações para os países desenvolvidos quanto para os países para onde eles exportam seus produtos subsidiados. 12. c 13. a) A análise do gráfico mostra que, no período considerado, houve aumento proporcional da área de plantations nos três países. b) Ainda hoje, as plantations ocupam extensas áreas na América Latina, na África e na Ásia. As variedades cultivadas destinam-se à geração de produtos destinados à exportação. As plantations ocupam áreas antes destinadas à agricultura de subsistência, reduzindo a produção de alimentos para as populações locais.
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vez mais eficientes e relativamente mais baratos, que encurtam distâncias e viabilizam o deslocamento de grandes massas de turistas; maior competitividade entre as empresas do setor (hotéis, agências de viagem etc.), que oferecem “pacotes” vantajosos aos consumidores; importância crescente do tempo dedicado ao lazer, sobretudo nos países de renda mais elevada. b) Entre as conseqüências positivas que o crescimento do turismo vem trazendo para os países receptores estão: o aumento do nível de emprego, sobretudo no setor de comércio e serviços; a melhoria na balança de pagamentos, beneficiada pela injeção de divisas provenientes do exterior; a melhoria da infra-estrutura; o aumento do intercâmbio cultural. Entre as conseqüências negativas estão a degradação ambiental de lugares sujeitos a intenso consumo turístico; a especulação imobiliária, que encarece terrenos e prédios nas áreas turísticas; a proliferação de atividades ilegais (prostituição, tráfico de drogas); a grande alteração da vida cotidiana dos moradores, que pode inclusive resultar em ameaça a culturas locais. 5. a) Os alunos poderão apresentar, entre outros fatores: popularização dos meios de transportes, cada vez mais eficientes e baratos. A agilização desse sistema, que encurta distâncias e viabiliza o deslocamento de maior número de turistas; competitividade acirrada entre empresas hoteleiras e agências de viagem, que oferecem “pacotes” vantajosos e variados aos consumidores. b) A importância econômica, para o país de recepção, do fluxo turístico indicado é: a melhoria da infra-estrutura; a melhoria na balança de pagamentos devido à entrada de divisas no país; e o aumento do nível de emprego, destacadamente nos setores de comércio e serviços. 6. Hoje, no mundo, uma das atividades econômicas mais promissoras é a do turismo, responsável pela movimentação de bilhões de dólares anualmente. Está dividida em vários ramos, entre os quais dois vêm se destacando: o turismo de negócios e o ecoturismo. No Brasil, dadas as suas características econômicas e naturais, esses dois ramos têm se desenvolvido muito. O turismo de negócios, restrito a determinados pontos do país — como, por exemplo, as regiões metropolitanas de São Paulo e Curitiba —, expandiu-se como conseqüência do desenvolvimento econômico ocorrido no país principalmente na década de 1990. As políticas econômicas adotadas pelos últimos governos promoveram a entrada de capitais estrangeiros em larga escala, visando principalmente à instalação de novas fábricas e do processo de privatização. Essa situação fez o Brasil entrar na rota dos negócios internacionais, o que aumentou o fluxo de “homens de negócios” no país. Já o ecoturismo se desenvolveu simultaneamente ao avanço das discussões sobre as questões ambientais e à ampliação da consciência sobre a importância da natureza para o bem-estar social. As características peculiares do quadro natural brasileiro, como a área da floresta amazônica, do pantanal mato-grossense, da Mata Atlântica, entre outros, chamaram a atenção não só dos ecologistas, mas também dos turistas nacionais e internacionais, interessados em conhecer novas áreas. 7. e 8. F, F, V, F 9. b 10. A intensidade dos fluxos dos Estados Unidos para todos os continentes reflete sua posição de potência econômica, política e cultural em nível mundial. O fluxo relativamente mais intenso para a América do Sul indica sua condição de área de influência imediata dos Estados Unidos. No caso da França, apesar de a abrangência dos fluxos ser também mundial, há maior intensidade daqueles dirigidos para a África, o que se explica pelo processo histórico de dominação colonial sobre extensas áreas do continente. 11. a
Capítulo 22 – Blocos econômicos 1. d 2. V, F, F, V 3. Soma = 25 (01 + 08 + 16) 4. V, F, V, V 5. e 6. e 7. b 8. d 9. c 10. F, F, V, F, V 11. a) O Brasil exporta para os Estados Unidos produtos agrícolas e minerais e importa alta tecnologia. Com vista à modernização do parque industrial brasileiro, a pauta de importações de maquinários tem sido expressiva. Em contrapartida, as exportações de bens primários sofrem restrições em razão de tarifas protecionistas estabelecidas pelo governo dos Estados Unidos. b) Em relação ao Mercosul, a posição brasileira é vantajosa, já que o país é o que abriga o maior parque industrial do bloco. Em relação à Alca e ao comércio de produtos industrializados, o país sofrerá forte concorrência de produtos canadenses e norte-americanos. Caso não sejam alteradas as legislações protecionistas impostas pelo governo norte-americano, as relações comerciais desiguais irão se acentuar. 12. e
UNIDADE IV — Desafios ambientais Capítulo 23 – Geografia dos recursos naturais 1. Soma = 44 (04 + 08 + 32) 2. a 3. c 4. Soma = 13 (01 + 04 + 08) 5. c 6. c 7. a) Má distribuição de renda, predomínio de jovens, população ativa pouco ou mal qualificada. b) Estados Unidos e Oriente Médio, respectivamente. 8. c 9. b 10. a) Possibilidades de respostas: Resposta 1: O petróleo é de origem orgânica, encontrado em bacias sedimentares. Sua origem remonta à Era Mesozóica, devido ao acúmulo de microorganismos animais e vegetais, em ambiente marinho, os quais sofreram um rápido soterramento, ficando assim em ambientes que impossibilitavam a sua decomposição. Resposta 2: Origem: O petróleo é de origem orgânica e também marinha, principalmente planctônica, isto é, resulta da deposição de organismos animais e vegetais microscópicos que habitam nas superfícies dos mares (plâncton), sendo encontrado em bacias sedimentares. Sua origem remonta à Era Mesozóica. Formação: A deposição desses organismos ocorria de acordo com as condições de oxigenação na superfície e com a falta de oxigenação no fundo das bacias, resultando num processo de putrefação incompleta. O sapropel, uma lama semiputrefata, foi transformando-se em petróleo durante um processo continuado de deposição de sedimentos, não só orgânicos, num ambiente que oferecia condições específicas de pressão e temperatura. b) Impactos: poluição das águas marinhas. No transporte do petróleo em grandes navios são comuns os acidentes que provocam vazamentos. Esses vazamentos causam danos aos ecossistemas marinhos atingidos. A queima do petróleo libera o gás carbônico, que constitui um dos gases mais poluentes da atmosfera, contribuindo, dessa forma, para a ocorrência do efeito estufa artificial. 11. d
Capítulo 24 – Impactos ambientais urbanos 1. a 2. e 3. b 4. Geração de calor a partir da queima de combustíveis fósseis. 5. a 6. a) Excesso de emissão de gases a partir da queima de combustíveis fósseis; expansão de áreas desmatadas; queimadas. b) Aquecimento de superfície sob as camadas de nuvem, geração de CO e CO2‚ que absorvem radiação.
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1. d 2. Soma 45 (01 + 04 + 08 + 32) 3. Soma = 12 (04 + 08) 4. c 5. a) Papel/papelão, vidro, plástico — material orgânico. b) Causam poluição das águas de rios, contaminação dos solos e mananciais. 6. e 7. b 8. c 9. c 10. Os padrões de consumo dos países ricos estão baseados no uso intensivo de fontes não-renováveis de energia, na baixa eficiência dos processos de aproveitamento dos recursos naturais e na redução indiscriminada da diversidade biológica. Tais padrões, se adotados pela maioria da população do planeta, podem agravar os problemas ambientais devido ao aumento de emissões dos gases estufa, e à poluição e contaminação do ar, da água e do solo pelos resíduos resultantes do uso ineficaz dos recursos naturais.
Capítulo 26 – A questão ambiental no Brasil 1. c 2. São extensas áreas deprimidas em relação ao relevo em torno, excessivamente pavimentadas e com poucos recursos investidos em obras de saneamento. 3. a) Excesso de material gasoso sulfuroso no ar. b) Corrosão de metal e concreto, alterações na fauna e flora. 4. e 5. a 6. V, F, V, F 7. d 8. Soma = 47 (01 + 02 + 04 + 08 + 32) 9. b
divisão por forças políticas de ideologias opostas (Guerra Fria). Originou-se após a Guerra do Vietnã, que foi motivada por uma questão interna (a luta pela reunificação do país) e, por influência externa, internacionalizou-se, com a entrada maciça do aparato militar norte-americano. No caso da Colômbia, a chance de que se desencadeie um processo semelhante é cada vez maior. A produção e o tráfico de drogas, além da expansão de atividades guerrilheiras de cunho socialista, são problemas internos que podem justificar uma internacionalização do conflito, na medida em que os Estados Unidos têm interesse em resolvê-los. A esses argumentos históricos que justificariam o uso do termo “vietnamização” para a situação da Colômbia, somam-se argumentos geográficos: em ambos os países os climas são caracterizados por altas temperaturas e pluviosidades; há florestas latifoliadas, hidrografia muito rica, espaços geográficos pouco articulados e integrados, produzindo sub-regiões com dinâmicas próprias – o que facilita a ação das guerrilhas e dos narcotraficantes. b) Para não correr o risco de o conflito colombiano disseminarse pelo território do Brasil, o governo brasileiro procurou deslocar um maior contigente militar para a fronteira colombiana, a fim de consolidar a ocupação da fronteira noroeste do país; a expansão e a consolidação do Projeto Calha Norte, mais recentemente, o controle da fronteira setentrional com o Projeto Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia, sofisticado sistema de controle, que se utiliza de equipamentos de alta tecnologia) e, no ano 2000, a criação do Plano Cobra.
Capítulo 31 – Cultura jovem e conflito
UNIDADE V — Geografia e mudança social Capítulo 27 – A geografia dos excluídos 1. e 4. d
2. e 5. b
3. Soma = 18 (02 + 16) 6. d 7. c
Capítulo 28 – Saúde e políticas públicas 1. c 2. c 3. c 4. a) Predomínio de jovens, altas taxas de natalidade e mortalidade. b) Diminuição nos efetivos populacionais. 5. a) Maior: Sudeste; menor: Norte. b) Maior concentração populacional. 6. a 7. Doenças disseminadas por mosquitos, típicas de regiões intertropicais e associadas às más condições sanitárias.
Capítulo 29 – Movimentos sociais e cidadania 1. e
2. b
3. b
4. e
5. V, F, F
6. a
Capítulo 30 – Geografia do crime 1. e 2. c 3. b 4. e 5. a) O termo “vietnamização” é utilizado, em Geopolítica, para designar um processo de perda de controle sobre um país e sua
1. c 2. V, V, V, F 3. a) Os versos expressam a situação de exclusão social vivenciada pela maioria da população das cidades grandes dos países pobres. A sociedade atual sofre a pressão para o consumo em oposição à concentração de renda propalada pelo sistema capitalista. b) A falta de perspectiva resultante de uma situação geral de exclusão; a dificuldade de acesso a melhores condições por meio do trabalho e da educação; a violência que assola grande parte da população jovem excluída do mercado consumidor etc. Para os professores: Este capítulo trata de uma temática nova, por isso não se encontram questões de vestibular disponíveis. É importante que o aluno compreenda que a música expressa as inquietudes de seu tempo.
Capítulo 32 – O Brasil e os desafios do século XXI 1. a 2. I e III 3. c 4. b 5. e 6. c 7. e 8. e 9. d 10. c 11. a) Grande concentração de renda, com baixo poder de consumo da maioria da população; falta de empregos; baixa qualificação, gerando salários baixos e pequena capacidade de consumo. b) Políticas públicas e privadas de investimentos na qualificação da mão-de-obra e na produção agrícola destinada ao consumo interno, melhoria das condições de vida, geração de empregos, distribuição de renda. 12. c 13. b
7. Atividades complementares Atividade de avaliação diagnóstica Para contribuir com a avaliação do que foi estudado, sugerimos a utilização das ilustrações a seguir como um fomentador de debates em sala de aula. Para isto, será preciso providenciar cópias das figuras para facilitar o trabalho dos
alunos, que, organizados em grupo, procurarão interpretar as imagens tendo em vista os conceitos e temas estudados. A partir da apresentação dos resultados dos grupos, o professor poderá sistematizar no quadro as principais conclusões da turma, identificando possíveis lacunas e dúvidas que ainda existirem.
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Capítulo 25 – Meio ambiente e política internacional
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Cartaz 1
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Cartaz 2
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Cartaz 3
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Cartaz 4
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8. Textos complementares Os textos dessa seção ampliam e aprofundam alguns temas abordados no livro. Eles podem ser utilizados para sua própria reflexão, como referência na preparação de aulas ou como subsídio para os alunos na preparação de seminários e outras atividades. Recomendamos que sejam utilizados complementarmente aos textos apresentados no livro.
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1. Problemas étnicos na Europa A Europa possui mais de 140 etnias, sendo que o número de Estados nacionais corresponde a cerca de 44. Sendo assim existem povos espalhados em diversos países, o que eventualmente determina conflitos armados ou políticos. Na Espanha, além da questão basca, estudada separadamente, as regiões da Catalunha e Andaluzia representam outros grupos étnico-nacionais de forte identidade e coesão. Considere-se ainda que o Tratado de Moncloa concedeu maior autonomia para essas regiões. A Ilha da Córsega, situada no Mar Mediterrâneo e pertencente à França, também apresenta movimento separatista bastante atuante, apesar de pouco divulgado. Na Bélgica, a região da Valônia — localizada no sul da Bélgica — é disputada pelos belgo-valões de fala francesa e pelos belgo-flamencos de fala holandesa. A constituição de 1971 estabeleceu três línguas oficiais na Bélgica: o flamenco, o francês e o alemão. Os diferentes grupos étnicos gozam de plena autonomia cultural. A porção oriental da Europa, o antigo bloco socialista, é a que apresenta maiores conflitos étnicos recentes. Em 1994, com o fim da ingerência soviética na região, a antiga Tchecoslováquia dividiu-se em dois países: a República Tcheca e a Eslováquia. A separação ficou conhecida como Revolução de Veludo, pois processou-se pacificamente por meio de um plebiscito, que determinou o fim da Federação. Um grande caldeirão étnico localiza-se na região do Cáucaso, reconhecida como a mais explosiva da atualidade na Europa. O Cáucaso é um conjunto montanhoso de formação terciária, localizado ao sul da Rússia, entre os mares Cáspio e Negro. Nas áreas mais elevadas e em sua porção norte estão incrustadas partes do território da Rússia, além das antigas repúblicas soviéticas da Armênia, Geórgia e Azerbaijão. O Cáucaso abriga uma grande conjugação de etnias, culturas e religiões responsáveis por fortes movimentos separatistas após a dissolução do Estado soviético. O caso mais violento ocorre na república autônoma da Tchetchênia, onde rebeldes islâmicos lutam historicamente por sua independência. No final de 2000 combates entre rebeldes e forças militares russas dilaceraram a capital Grosny. Foram lançadas cerca de 460 toneladas de bombas num único final de semana em Grosny. O interesse russo pela região está vinculado à grande quantidade de petróleo e à presença de oleodutos que vêm do
Azerbaijão e passam pela Tchetchênia. Em março de 2003 ocorreu um plebiscito realizado pelo governo russo em que a opção pela manutenção da Tchetchênia na federação foi vitoriosa. No Cáucaso não russo existem movimentos guerrilheiros na Geórgia, onde o povo ossétio e os abkhazios desejam independência entre a Armênia e o Azerbaijão, devido ao enclave de Nagorno-Karabbakh, área pertencente ao Azerbaijão, porém com maioria de população armênia.
2. Israel e o Estado palestino Em 2003, o Likud, partido ultra-radical israelense, aprovou a construção de um muro cercando os territórios palestinos. A construção do muro ressuscita a idéia dos bantustões criados pelo regime do apartheid na África do Sul. A intenção é clara: isolar as regiões palestinas, acentuando a segregação espacial, além de principalmente deixar preparado o projeto de controle militar israelense nas áreas que formarão o possível e desejado Estado independente da Palestina.
3. Colonização e racismo O estereótipo do escravo negro e inferior é fruto do processo colonial e do expansionismo capitalista a partir do século XVI. O sistema colonial imposto no século XIX estabeleceu fortes ideais de supremacia tanto econômica quanto cultural. Se a conquista da América, a partir do século XVI, tinha como pressuposto levar a fé cristã para os povos infiéis do Novo Mundo, a colonização na África e na Ásia não foi diferente. O europeu viu-se incumbido de levar a “civilização” às novas terras Muitas teorias pseudocientíficas foram criadas para legitimar a expansão colonialista. Uma das mais conhecidas foi o darwinismo social de H. Spencer, sociólogo inglês que aplicou a teoria evolucionista de Darwin para explicar a diferença entre as sociedades. Segundo Spencer, assim como na natureza, há um processo de seleção natural na sociedade que permite a sobrevivência dos mais capazes. Essa e outras teorias alimentaram a expansão colonial, dando-lhe não apenas um caráter determinista, mas também altruísta. A esse respeito, leia o que afirma Marc Ferro: Civilização e racismo “‘Acredito nesta raça’, dizia Joseph Chamberlain em 1895. Ele entoava um hino imperialista à glória dos ingleses e celebrava um povo cujos esforços superavam os de rivais franceses, espanhóis e outros. Aos outros povos, ‘subalternos’, o inglês levava a superioridade de seu savoirfaire, de sua ciência também: o ‘fardo do homem branco’ era civilizar o mundo e os ingleses mostravam o caminho. Essa convicção e essa missão significavam que, no fundo, os outros eram julgados como representantes de
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Em 1884, 15 nações européias, além dos Estados Unidados, promoveram a Conferência de Berlim, convocada pelo Primeiro-ministro da Alemanha Bismarck. Nesta conferência discutiram-se fundamentalmente formas de utilização dos rios Níger e Congo e a apropriação do continente africano. Estabeleceu-se posteriormente a utilização dos paralelos e meridianos e do traçado dos rios como divisores artificiais da partilha colonial. Com isso os europeus estabeleceram divisões internas em suas colônias, tanto para garantir controle militar quanto para estabelecer domínio em áreas de mineração do território conquistado. Com isso muitos grupos étnicos foram separados, enquanto outros sofreram com o processo de artificialização de fronteiras, pois as nações européias colonialistas, ao definir as divisas desses territórios, também separaram povos amigos e deixaram num mesmo território povos inimigos, com o claro objetivo de dificultar alianças que pudessem colocar em risco o processo neocolonial no continente. Além disso, os países europeus impuseram na África sua língua e sua história. Negligenciaram a tradição da história oral africana e impuseram uma educação ocidentalizada, além de práticas religiosas e administrativas. O malês Amadou Hampâté Bâ, em seu precioso livro Amkoulell, o menino fula, relata: “O fato de nunca ter tido uma escrita jamais privou a África de ter um passado, uma história e uma cultura. Como diria muito mais tarde meu mestre Tierno Bokar: ‘A escrita é uma coisa, e o saber é outra. A escrita é a fotografia do saber, mas não o saber em si. O saber é uma luz que existe no homem. É a herança de tudo aquilo que nossos ancestrais puderam conhecer e que se encontra latente em tudo o que nos transmitiram, assim como o baobá já existe em potencial em sua semente’”. A forma como foi executada a partilha da África explica bem a realidade africana do final do século XX. Primeiro, como continente espoliado em suas riquezas, e
segundo, como ocorre em diversos casos, grupos rivais lutam pelo poder num mesmo país, dificultando o estabelecimento de Estados nacionais coesos.
4. A África islâmica A África do Norte — a extensa faixa de terras do continente africano voltada para o Mar Mediterrâneo — sofreu forte influência dos povos árabes. Primeiramente, parte das tribos nômades naturais dessa região é etnicamente de origem semita e camito-semita. Depois, porque entre os séculos VII e VIII toda a porção norte foi invadida e anexada ao Império Turco-Otomano, resultando na expansão da religião islâmica e na difusão da língua árabe. No século XIX, a expansão neocolonial também pôs fim a diversos Estados islâmicos na África. Um exemplo é a região do Magreb, expressão árabe para designar “a terra do sol poente”. Localizada a noroeste da África, o Magreb abriga três países: Argélia, Tunísia e Marrocos, anteriormente parte do Império Turco-Otomano e que ao final do século XIX passaram a fazer parte do império colonial francês. Em muitas regiões da África, ocorreu um grande paradoxo: enquanto os muçulmanos haviam perdido o poder em detrimento do avanço colonial europeu, o islamismo conquistava cada vez mais adeptos. Tribos inteiras se converteram. A expansão da religião muçulmana pode ser compreendida como uma reação das comunidades africanas à imposição religiosa do colonizador, associada ao caráter universalista e altamente contestador do islamismo, especialmente em relação ao Ocidente imperialista. Como resultado da descolonização, parte das nações africanas foi dominada por elites locais que desencadearam regimes autoritários e corruptos, agravando as condições subumanas a que foram submetidas essas populações ao longo de sua história. Este contexto de crise política, na qual o Ocidente demonstrou cada vez maior interesse em integrar o continente como área de investimento do capitalismo internacional, associada à fome, às secas prolongadas e ao uso inadequado do solo, fez crescer a ampliação do regime islâmico em muitos destes países. Em alguns deles ocorreu o pleno domínio das comunidades muçulmanas, como é o caso do Marrocos, Mauritânia, Senegal, Somália etc., configurando uma integração religiosa bastante poderosa. Porém há outros países em que os muçulmanos são minoria, não conseguindo influir politicamente. As regiões em que os conflitos religiosos se instalaram são aquelas em que a sociedade se encontra dividida entre muçulmanos e outras lideranças políticas locais. Nestes casos os conflitos têm sido intensos, como os que ocorreram recentemente na Nigéria, Sudão e Argélia.
5. União Africana: um sonho possível? O continente africano sofre, ainda hoje, conseqüências manifestas do processo colonial. No início do século XX formavam-se as bases de um movimento pan-africano que tomou força a partir das lutas nacionalistas e de independência.
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uma cultura inferior, e cabia aos ingleses, ‘vanguarda’ da raça branca, educá-los, formá-los — embora sempre se mantendo à distância. Se os franceses também achavam que os nativos eram umas crianças, e sem dúvida os consideravam inferiores, suas convicções republicanas levavam-nos, porém, a fazer afirmações de outro teor, pelo menos em público, ainda que estas não estivessem necessariamente em consonância com seus atos. Todavia, o que aproximava franceses, ingleses e outros colonizadores, e dava-lhes consciência de pertencerem à Europa, era aquela convicção de que encarnavam a ciência e a técnica, e de que este saber permitia às sociedades por elas subjugadas progredir. Civilizar-se. (...) Assim, um conceito cultural, a civilização, e um sistema de valores tinham função econômica e política precisa. Não só aqueles países deviam assegurar aos europeus os direitos que definem a civilização — e que, na verdade, garantiam-lhes a preeminência —, mas a proteção desses direitos tornava-se a razão de ser, moral, entenda-se, dos conquistadores.” (Marc Ferro, História das colonizações; Das conquistas às independências. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 39-40).
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Um dos líderes do pan-africanismo foi Kwame N’Krumah, líder da independência e presidente de Gana (colônia inglesa, antiga Costa do Ouro) entre 1957 e 1966. N´Krumah defendia a idéia de que o fortalecimento econômico das nações africanas seria o único caminho para sua plena independência. Em um de seus discursos em 1965 N´Krumah soube perceber que as nações européias, mesmo concedendo a independência, não abririam mão de indiretamente manter sua influência econômica, dilapidando as riquezas do continente ao dizer: “a essência do neocolonialismo é que um Estado que é teoricamente independente e dotado de todos os atributos da soberania tem, na realidade, sua política dirigida do exterior”. Em 1964, foi criada no Cairo a Organização da Unidade Africana (OUA), com o objetivo de desenvolver a cooperação mútua e garantir a segurança entre seus países-membros. Apesar de tais objetivos, a OUA reforçou a fragmentação continental ao estabelecer a continuidade das fronteiras impostas pela colonização. Ou seja, a África descolonizada manteve as mesmas fronteiras artificiais impostas pelos colonizadores. Além disso, grande parte das elites locais que se assegurara no poder após a independência representava maiorias étnicas referentes à antiga configuração territorial. Esta resolução pode ser considerada a responsável pela instabilidade das fronteiras e pelas sucessivas guerras étnicas que caracterizam as nações africanas, principalmente na região subsaariana. Em setembro de 2002, os líderes africanos reuniramse em Durban, África do Sul, e colocaram fim à OUA, criando a União Africana (UA). Esta nova organização amplia o leque de objetivos para a integração do continente. A carta de abertura da UA propõe a criação de um Conselho de paz e segurança, com o objetivo de garantir a paz no continente. Este conselho, representado por cinco Estados africanos, terá poderes para intervir em guerras locais evitando atos de extermínio em massa, como tem ocorrido em diversos conflitos locais. Além disso, a UA terá como objetivo promover o desenvolvimento econômico e social, combatendo a fome e erradicando a pobreza em todo o continente africano. Vale saber se as medidas propostas serão colocadas realmente em prática e de que forma os países colonizadores contribuirão para inserir a África no contexto internacional, não como o continente dos excluídos, mas como participante de decisões multilaterais geopolíticas e econômicas.
6. As ramificações do crime organizado no Brasil De acordo com pesquisas divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa o triste posto de segundo país do mundo em número de homicídios, ficando atrás apenas da Colômbia, país que se encontra em estado de guerra desde os anos 1970. Os dados são assustadores: são assassinadas 27 pessoas em cada grupo de 100 mil por ano no Brasil. O mais preocupante é que as maiores vítimas são homens com idade entre 15 e 24 anos, em pleno vigor e possibilidades de futuro!
Quais motivos nos alçam a um pódio tão indesejado? Sem dúvida, questões como a desigualdade social, a péssima distribuição de renda e os baixos investimentos em educação e saúde devem ser apontados. Além disso, é necessário rever a política de segurança pública do país, cujas dificuldades estruturais para controlar a ação do crime organizado tem sido responsável pelo aumento dos índices de violência no país. Vejamos por quê. Desde o regime militar — de 1964 a 1984 — a polícia foi dividida em duas organizações. De um lado, a polícia civil, responsável pelo acompanhamento dos atos de violência contra os cidadãos e os patrimônios público e privado (homicídios, suicídios, roubos e furtos, por exemplo), tomando as providências para o encaminhamento dos processos criminais pela justiça. A polícia militar, por sua vez, é a responsável pela repressão ao crime e atos de violência, agindo quando o poder público julgue ser necessário preservar a segurança. Tanto a polícia civil quanto a polícia militar têm como comando a Secretaria de Segurança Pública de cada unidade da federação. Cabe ao governo federal a segurança das fronteiras internacionais e a presença das forças armadas em situações que os governantes avaliem como de risco à segurança nacional. Esta organização da segurança pública do país, herança do regime militar, tem sido amplamente debatida e questionada, à medida que a democracia brasileira vem se fortalecendo. Várias iniciativas estão sendo tomadas para aproximar mais a polícia da comunidade e criar novos laços com a sociedade civil. Há também iniciativas para integrar e até mesmo unificar as duas organizações policiais, para que a segurança pública tenha uma ação mais efetiva. Para isto, estão sendo realizados treinamentos conjuntos entre policiais civis e militares, e sendo aumentados os investimentos em equipamentos mais adequados e em salários dignos para os policiais. Além disto, há esforços para a modernização do nosso Código Penal e para a revisão do sistema prisional, que, em vez de integrar e possibilitar chances de recuperação, transforma-se numa verdadeira escola do crime. Contudo, todas estas ações não têm sido suficientes para a diminuição da ação do crime organizado. Pelo contrário, tem ocorrido uma escalada no consumo de drogas entre os jovens, tornando-os presas fáceis para as organizações criminosas. Por causa desta situação, a segurança pública brasileira está se transformando numa questão de Estado. Não é por acaso que o tema tem sido amplamente debatido na disputa eleitoral para a Presidência da República, por exemplo. Como o crime organizado encontra-se articulado numa rede mundial, o governo federal terá que se organizar para o planejamento e a integração das ações em todo o território nacional. Segundo o jornalista Carlos Amorim, autor do livro CVPCC — A irmandade do crime, não há na atualidade uma relação entre a população carente das favelas e o crime organizado: “As lideranças do crime organizado, intimamente relacionadas com populações carentes, foram encarceradas, mortas ou substituídas por uma nova geração de traficantes. (...) Depois de mais de 20 anos de tráfico
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rou a partir do Presídio da Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Nesse presídio, detentos comuns aprenderam táticas de guerrilha e de organização com os presos políticos da chamada Falange Vermelha, grupo de esquerda atuante durante o regime militar. Os procedimentos de guerrilha e organização levaram o Comando Vermelho a estabelecer um código próprio de honra e ética dentro dos presídios, orquestrando a partir desses espaços a ação criminosa fora dele. Nos anos 1980, o CV passou a organizar a distribuição de cocaína nos morros cariocas. A partir de então passou a organizar-se de forma hierárquica, buscando com isso o controle dos principais postos de vendas e distribuição de armas e drogas no Estado do Rio de Janeiro. Seguindo os passos da organização carioca, em meados dos anos 1990, surgiu em São Paulo o Primeiro Comando da Capital (PCC), também intitulado “o partido do crime”. O PCC tem fortes envolvimentos com o CV no Rio de Janeiro, e, segundo dados da Polícia Federal, controla cerca de 30 mil presos no estado de São Paulo. Nos anos de 2002 e 2003, estas organizações criminosas conseguiram estabelecer uma conexão perfeita, desencadeando uma rebelião coletiva em inúmeros presídios de São Paulo e do Rio de Janeiro. É um cenário de uma guerra declarada. Somente com investimentos sociais e melhorias das condições gerais de vida poderíamos frear o crescimento da atividade criminosa no país. De acordo com o Projeto Segurança Pública para o Brasil, do Instituto Cidadania do Governo Federal, “no caso brasileiro, uma vaga no sistema penitenciário custa, em média, R$ 800 por mês (alguns exemplos regionais: R$ 1,2 mil em Brasília; R$ 550 no Rio de Janeiro). Construir o espaço prisional necessário para abrigar um preso custa, em média, R$ 12 mil, em se tratando de uma unidade de segurança média, e R$ 19 mil para uma unidade de segurança máxima. Esses valores tornamse chocantes quando comparados com o custo de um aluno, por mês, em uma escola pública estadual da região Sudeste: R$ 75,00; e de uma casa popular construída em regime de mutirão em algumas regiões do país: entre R$ 4 mil e R$ 7 mil”.
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organizado, está no poder uma gente cuja média de idade é inferior a 30 anos. Além do mais, o negócio da droga no Brasil ultrapassou fronteiras do crime comum e chegou ao sistema financeiro e aos figurões da política”. Segundo dados da ONU, estima-se que em 2002 o tráfico internacional de drogas gerou uma renda de aproximadamente 800 bilhões de dólares. Este dado preocupa não apenas pelo volume, mas porque tal soma só poderia ser movimentada com amplo apoio do sistema financeiro internacional. O narcotráfico tem sido considerado a maior fonte de renda do crime organizado no Brasil. Os dados da Divisão de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal dão conta da apreensão de 146 toneladas de maconha e 8,4 toneladas de cocaína em 2002. Esses números assustadores explicam de alguma forma a presença do Brasil no esquema internacional da droga. Além de corredor de exportação e consumo, é do Brasil que partem os insumos básicos para a produção de cocaína, como o éter e a acetona. De centro distribuidor de droga para a Europa, o Brasil passou a ser também consumidor expressivo, pois segundo dados da Polícia Federal, o pagamento pelos serviços de transporte e envio da droga para o exterior a partir do Brasil passou a ser pago em espécie. Assim os traficantes, que anteriormente serviam de trampolim para a distribuição da droga principalmente para a Europa, iniciaram um ciclo crescente de distribuição interna. Além disso, o Brasil tem sido utilizado como a principal área de lavagem de dinheiro do narcotráfico no Cone Sul. De acordo com os dados obtidos pelo jornalista Carlos Amorim em seu livro, “o Banco Central recebeu 451 comunicações dos bancos a respeito de indícios de lavagem de dinheiro. Ainda segundo o BC, 200 remessas diárias de dinheiro para o exterior são monitoradas. Ou seja: a bagatela de 63.400 transferências por ano, aproximadamente, descontando sábados e domingos”. As facções brasileiras que lideram as atividades ilícitas nasceram em tempos diferentes, porém apresentam as mesmas características. Primeiramente surgiu o Comando Vermelho, que no final da década de 1970 se estrutu-
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