IBADEP I nstituto B íbli co da Assembléia de Deus En sino e pesquis a
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IBADEP - Inst ituto B íbl ico da Assem bléi a de Deus Ensino e Pesquisa Av. Brasil, S/N° - Eletrosiü - Cx. Postal 248 85980-000 - Guaíra - PR Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 E-mail: íbadep a ibadep. com Site: www.ibadep.com A lu no(a ): ................................................................................... DIGITALIZAÇÃO
ESDRAS DIG ITAL
E
PASTOR DIGITA L
Geografia Bíblica
Pesquisado e adaptado pela Equipe Redatorial para Curso exclusivo do IBADEP Instituto Bíblico das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus do Estado do Paraná. Com auxílio de adaptação e esboço de vários ensinadores Mapas T01 a T04: Extraído da Bíblia de Referência Thomp son, Frank Charles Thompso n, Mapas 1 a 16, São Paulo: Editora Vida, 1992. Mapas P01 a P15: Extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal, Donald C. Stamps, Rio de Janeiro: CPAD, 1995. Mapas T01 a T04 foram utilizados com a devida autorização da Editora Vida. Todos os direitos reservados. Os infratores estarão sujeitos às penalidades da lei. Mapas P01 a P15 foram utilizados com a devida autorização da Sociedade Bíblica do Brasil. Todos os Direitos Reservados. Os infratores estarão sujeitos às penalidades da lei.
9 a Edição - Abri l/2 007
Todos os direitos reservados ao IBADEP
Diretorias CIEADEP Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr.
José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra Israel Sodré - Presidente José Anunc iaç ão dos Santos - I o Vic e-Pr esi dente Moisés Lacour - 2o Vice-Presidente Ival Theo dor o da Silva - I o Secr etár io Samuel Azevedo dos Santos - 2o Secretário Simão B il ek - I o Teso ure ir o Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro
A E A D EP A R - Conselho Deliberativo Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr.
Israel Sodré - Presidente Ival Teodoro da Silva - Relator José Anunciação dos Santos - Membro Moisés Lacour - Membro Samuel Azevedo dos Santos - Membro Simão Bilek - Membro Mirislan Douglas Scheffel - Membro José Carlos Correia - Membro Perci Fontoura - Membro
A E A D EP A R
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Conselho de Administração
Pr. José Polini - Presidente Pr. Robson José Brito - Vice-Presidente Pr. Moysés Ramos - I o Secret ári o Pr. Edilson Hercílio do Tenório de Barros - 2o s Santos Siqueira - Secretário I o Tes our eir o Pr. Luiz Carlos Firmino - 2o Tesoureiro
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Cremos 1)
Em um só Deus,
et er na me nt e sub si st ent e em
três pessoas: O Pai, Filho e o Espírito Santo. (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29). 2 ) Na ins pir ação verba l da Bíblia Sagr ada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2Tm 3.14-17). 3 ) Na con cepç ão virgi nal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre mortosRm e8.34 suae At ascensão vitoriosa aos céus os (Is 7.14; 1.9). 4 ) Na pec ami nos id ade d o homem qu e o desti tuiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurálo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19). 5 ) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8). 6 ) No perdão perfeita recebidos sacrifício
d os pec ados , na sal vaçã o pre sen te e e na eterna justificação da alma gratuitamente de Deus pela fé no efetuado por Jesus Cristo em nosso
favor 5.9). (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 7 ) No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12).
8 ) Na nec es sid ad e e na poss ibi lid ade que te mo s de
viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que a (Hb viver9.14 como fiéis testemunhas do nos podercapacita de Cristo e IPe 1.15).
9 ) No bat is mo bíblico n o Espí ri to Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7). 1 0 ) Na atuali dade dos d ons espiritu ais distr ibuí dos
pelo Espí rit o Santo à Igreja para sua ed ifi cação, conforme a sua soberana vontade (ICo 12.1 12). 1 1 ) Na Segu nda
Vinda premi leni al de Crist o, em duas fases distinta s. Primeira - invisí vel a o mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da com Grande segunda para - visível corporal, suaTribulação; Igreja glorificada, reinare sobre o mundo durante mil anos (lTs 4.16. 17; ICo 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14).
12)Que todos os cristãos com pare cer ão ante o Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10). 13) No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15). 14) E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).
Metodologia de Estudo Para obter um bom aproveitamento, o aluno deve estar consciente do porquê da sua dedicação de tempo e esforço no afã de galgar um degrau a mais em sua formação. Lembre-se que você é o autor de sua história e que é necessário atualizar-se. Desenvolva sua capacidade de raciocínio e de solução de problemas, bem como se integre na problemática atual, para que possa vir a ser um elemento útil a si mesmo e à Igreja em que está inserido. Consciente desta realidade, não apenas acumule conteúdos visando preparar-se para provas ou trabalhos por fazer. Tente seguir o roteiro sugerido abaixo e comprove os resultados: 1. Devocional: a) Faça or ação de ag raproporcionar-lhe de ci me nt o a Daeus pela um suaa salvação e por oportunidade de estudar a sua Palavra, para assim ganhar almas para o Reino de Deus; b)Com a sua hu mi lda de e ora ção, Deus irá iluminar e direcionar suas faculdades mentais através do Espírito Santo, desvendando mistérios contidos em sua Palavra; c) Para melhor aproveitamento do estudo, temos que ser organizados, ler com precisão as lições, meditar com atenção os conteúdos. 2. Local de estudo: Você precisa dispor de um lugar próprio para estudar em casa. Ele deve ser:
a)Bem a rej ado e com boa il um in aç ão preferência, que a luz venha da esquerda);
(de
b) Isolado da circulação de pessoas; c) Longe de sons de rádio, televisão e conversas. 3. Disposição: Tudo o que fazemos por opção alcança bons resultados. Por isso adquira o hábito de estudar voluntariamente, sem imposições. Conscientize-se da importância dos itens abaixo: a) Estabelecer um horário de estudo extraclasse, dividindo-se entre as disciplinas do currículo (dispense mais tempo às matérias em que tiver maior dificuldade); b)Reservar, di ari amente, algum tempo para descanso e lazer. Assim, quando estudar, estará desligado de outras atividades; c) Concentrar-se no que está fazendo; d)Ado tar uma correta postura (se nt ar-s e à mesa, tronco ereto), para evitar o cansaço físico; e) Não passar para outra lição antes de dominar bem o que estiver estudando; f) Não abu sar das cap ac idad es físicas e mentais. Quando perceber que está cansado e o estudo não alcança mais um bom rendimento, faça uma pausa para descansar. 4. Aproveitamento das aulas: Cada disciplina apresenta características próprias, envolvendo diferentes comportamentos, a saber: raciocínio, analogia, interpretação, aplicação ou
simplesmente habilidades motoras. Todas, no entanto, exigem sua participação ativa. Para alcançar melhor aproveitamento, procure: a) Colaborar para a manutenção da disciplina na sala-de-aula; b)Parti cipar ativ ament e das aulas, dando colaborações espontâneas e perguntando quando algo não lhe ficar bem claro; c) Anotar as o bserva ções compl ementare s monitor em caderno apropriado. d)Ano ta r datas trabalhos.
de
provas
ou
entrega
do
de
. Estudo extradasse: Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve: a) Fazer diariamente as tarefas propostas; b) Rever os conteúdos do dia; c) Pre par ar as aulas da sem ana segui nte. Se constatar alguma dúvida, anote-a, e apresenta ao monitor na aula seguinte. Procure não deixar suas dúvidas se acumulem. d) Materiais que poderão ajudá-lo: s Mais que uma versão ou tradução da Bíblia Sagrada; y Atlas Bíblico; s Dicionário Bíblico; s Enciclopédia Bíblica; s Livros de Histórias Gerais e Bíblicas; s Um bom dicionário de Português; s Livros e apos til as que trat em do mesmo assunto.
e) Se o estudo for em grupo, tenha sempre em mente: v' A ne ce ss id ade de dar a sua co la bo ra çã o pessoal; ■S O direito de todos os integrantes opinarem. . Aproveitamento nas avaliações: a) Revise toda a matéria antes da avaliação; b) Permaneça calmo e seguro (você estudou!); c) Concentre-se no que está fazendo; d) Não tenha pressa; e) Leia atentamente todas as questões; f) Resolva primeiro
as ques tõe s mais acess íveis ;
g) Havendo tempo, revise tudo antes de entregar a prova.
Bom Desempenho!
Abreviaturas a.C. antes de Cristo. ARA Almeida Revista e Atualizada ARC Almeida Revista e Corrida AT Antigo Testamento BV Bíblia Viva BLH Bíblia na Linguagem de Hoje c. Cer ca de, apr oxi madame nte, cap. capítulo; caps. - capítulos, cf. confere, compare. d.C. depo is de Cristo. e.g. por exemplo. Fig. Figurado. fig. figurado; figuradamente, gr. grego hb. hebraico i.e. isto é. IBB Imprensa Bíblica Brasileira Km Símbolo de quilometro lit. literal, literalmente. LXX Septuaginta (versão grega do AT) m Símb olo de metro. MSS manuscritos NT Novo Testamento NVI Nova Versão Internacional p. página. ref. referência; refs. - referências ss. e os seguintes (isto é, os versículos consecutivos de um capítulo até o seu final. Por exemplo: IPe 2.1ss, significa IPe 2.1-25). séc. século (s). v. versículo; vv. versículos, ver veja
índice
Lição 1 - 0 Mundo Bíb li co ........................................ 13
Lição 2 - Geografia Física da
Palestina
.................... 39
Lição 3 - Geografia Econômica e Humana da Palestina.................................................... 71
Lição 4 - Geografia Política da
Palestina ................. 95
Lição 5 - A Ásia Menor e as Viagens do Apóstolo P a u l o .........................................................119
Referências Bibliográficas
........................................141
Ma pas Bíblicos .......................................................... 143
Lição 1 O Mundo Bíblico
O mundo bíblico situa-se no atual Oriente Médio e terras do contorno do Mar Mediterrâneo, mais precisamente na Mesopotâmia, nas planícies entre os rios Tigres e Eufrates. É ele o berço da raça humana. Na dispersão das raças após o dilúvio (Gn 10 e 11): t Sem povoou o sudoeste da Ásia; t Cão povoou a África, Canaã e a Península Arábica; í Jafé povoou a Europa e parte da Ásia.
O Fértil Crescente Se traçarmos uma linha curva partindo do Egito, passa ndo pela Pales ti na e a Síria Medit errâne a, e, seg uin do depois até ao Golfo Pérsico, teremos uma meia lua razoavelmente perfeita. ro mil anos, esse po der os o semicírculo Háem quat redor do deserto da Arábia, denominado "Fértil Crescente" abrigava grande número de cultura e civilizações ligadas umas às outras como pérolas e um colar. Dela irradiou luz clara para toda humanidade. Ali foi o centro de civilizações desde a chamada "Idade da Pedra até a Idade do Ouro" da cultura greco-romana.
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Como já vimos, a faixa de terra estreita que vai d e Ur, no sul da antiga Cal déi a, até proximidades do Nilo, é chamado então de Fértil Crescente.
as
Em algum ponto dessa imensa região, a hu man ida de teve o seu berç o, ante s e depois do dilúvio. Civilizações importantes, tais como a Sumé ri a, a Acádi a e a Aram it a, d era m inicio ao progresso e os levaram para outras partes da terra. Tigre e Eufrates, no Oriente e no Ocidente, ligavam-se por estradas reais, que passavam por Harã, Alepo, Damasco, Jerusalém e alcançavam o Egito. Caldéia, Assíria e Egito se tornar am potências. Essas potências disputavam em campo de batalha o domínio do mundo. Canaã estava no centro dessas potências entre a Mesopotâmia e o Nilo. A terra de Canaã era uma pas sag em obrigatória para assírios, caldeus e egípcios. Sendo assim, Canaã se tornou o centro do Fértil Crescente, terras disputadas pelas potências do Mundo Antigo. Por isto, o Velho Testamento registra muitas vezes Israel sendo ameaçado pelos assírios e caldeus, recorrendo ao poder militar do Egito e vice-versa. Quando Napolassar, auxiliado por Ciaxiares, rei dos persas, destruiu Nínive e sepultou ogran de Império Assí rio e lançou as bases do Império Caldeu, com capital em Babilônia, todas estas potências persegui ram Isra el e atacaram o Egito, e o Egito revidou também com suas tropas. Do poder dos gregos, Judá não se livrou; os romanos subjugaram Israel e destruíram Jerusalém em 70 d.C. e só foi restaurado o Estado Judaico em 1948 d.C. Desde que os judeus se implantaram na Palestina, no meado do século passado, o mundo todo passou a se despertar pelo Oriente Médio, e até
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mesmo os árabes, esquecidos por séculos, passaram a ocupar u m luga r pro em in en te1 entre a s nações. árabes se impõem pelo petróleo e os judeus pelo valor espiritual.
Os
retornou à terra que deu a Abraão e Israel à sua descendência em Deus possessão perpétua, conduzido pelo braço do Senhor, porque lhe está reservado por profecias, papel importante nos acontecimentos que precederão ao arrebatamento da Igreja, à Gna_ad_e Tribulação, à Volta de Cristo e o Milênio. Israel mais uma vez, ocupando o centro das atenções da terra e Jerusalém, sendo a coroa para todos os povos.
Limites do Mundo Bíblico Em termos gerais pode-se delinear a área do Mundo Antigo da seguinte maneira: Ao norte: começa na Espanha, passa pelo norte da Itália e Mar Negro e vai até ao Mar Cáspio; ® Ao leste: uma linha reta que parte do Mar Cáspio, e passando pelo Golfo Pérsico vai até o Mar Arábico; (§ ) Ao sul: uma linha reta que, partindo do Mar Arábico, vai à direção oeste, passando pela Etiópia e terminando no deserto da Líbia, no continente africano; ® Ao oeste: uma linha reta que parte do sul do deserto da Líbia e termina na Espanha, abrangendo o Egito e as regiões do norte da África. Em termos mais específicos diríamos que a referi da área fica si tuad a entr e lo ngi tud e 5 o oest e e 55° leste, e entre 10° e 45° latitude norte. 1Que se alteia acima do que o circunda; que sobressai.
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A Extensão do Mundo Bíblico No Mundo Bíblico encontram-se diversas regiões, áreas, países e acidentes naturais. Citaremos apenas alguns casos, dado o limitado espaço que temos. Mesopotâmia (Gn 24.10; Dt 23.4; At 2.9). Berço da humanidade. Não é verdade o que muitos manuais de História Geral declaram ser o Egito o berço da humanidade. A verdade está na Bíblia. Aqui existiu o Éden Adâmico. Na Mesopotâmia destacam-se dois países: s Babil ôn ia , de capital do mesmo nome. Outros nomes antigos: Caldéia (Ez 11.24); Sinear (Gn 14.1); Sumer. É o sul da Mesopotâmia. •/ A ss ír ia (Gn 2.14; 10.11). É o norte da Mesopotâmia. É hoje parte do Iraque. Capital: Nínive, destruída em 607 a.C. Ao oeste ficava o Reino de Mari. Os mitânios habitavam em volta de Haran, ao Norte da Assíria. Arábia. Capital: Petra (gr.) e Sela (hb.). Vai da foz do Nilo ao Golfo Pérsico. Local onde Israel peregrinou à procura de Canaã,. A parte da Península do Sinai era chamada Arábia Pétrea. A Lei foi dada nessa terra e o tabernáculo foi erigido pela primeira vez nesse lugar. A região de Ofir, fornecedora de ouro ficava possivelmente na Ará bi a (1 Rs 9. 28). Pérsia. Documentos desenterrados nas últimas décadas revelam-nos existirem duas Pérsias. A Grande Pérsia, localizada no sudeste de Elã é
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atualmente o Irã e a Pequena Pérsia limitava-se, ao norte, pela Magna Média. Em um sentido amplo, o território persa compreendia o Planalto do Irã, toda a região confinada pelo Golfo Pérsico, os vales do Tigre e do Ciro, o Mar Cáspio e os rios Oxus, Jaxartes e Indo. No tempo de Assuero, marido de Ester, as possessões persas estendiam-se da índia à Grécia, do Danúbio ao Mar Negro, e do Monte Cáucaso ao Mar Cáspio ao norte e atingia, ainda, o deserto da Arábia e Núbia. Elão.
Região além do Tigre, Babilônia, limitada ao norte pela Síria ao sul pelo Golfo Pérsico, ao oriente pela Pérsia. Hoje incorporado no Irã. (Gn 14.1; At 2.9).
ao oriente da e pela Média; e ao sudeste, Capital: Susã
Média. Esta região ao Cáspio norte edepartes Elão, daao leste da Assíria, ao sul ficava do Mar Armênia, e ao oeste da Pártia. Há uma única menção dos partas na Bíblia, em Atos 2.9, onde se faz referência aos povos representados em Jerusalém no dia de Pentecostes. ** Armênia. Em sua parte encontra-se o planalto chamado antigamente de Ararate (Gn 8.4) que por sua vez, localiza-se na Ásia Ocidental. É o lugar das nascentes dos rios Eufrates, Tigre e Aras. Síria. Mesmo que Arã (Não confundir com Harã). Capital: Damasco (Is 7.8). Seu território não é o mesmo da Síria moderna (At 11.26).
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Nos dias de Jesus tornara-se sede da província romana, da qual fazia parte a Palestina (Lc 2.2 ). A capital dessa provínci a e ra A n ti o a u ia . A Síria era na época gover nada por um le g ad o1 ro man o. Fenícia. Atualmente é o Líbano, em parte. Cidades principais: Tiro e Sidon. Os fenícios eram navegantes famosos e primitivos exploradores; fundaram Cartago, na África do Norte (hoje Túnis). Nosso alfabeto vem dos fenícios cerca de 1500 a.C. (IRs 9.26-28; Mt 11.22; 15.21). Egito. É o país mais citado na Bíblia Palestina. Em hebraico seu nome é 10.6). Teve várias capitais nos tempos Parte do seu futuro, profeticamente falando, Ezequiel 29.15. Fica ao norte da África.
depois da Mi.zraim (Gn bíblicos. está em
Etiópia. Fica ao sul do Egito. Segundo Gênesis 2.13, existia outra Etiópia na região norte da Mesopotâmia - a chamada Terra de Cush (hebraico). A profecia em Salmos 68.31 a respeito da Etiópia, teve seu cumprimento a partir de Atos 8.26 39, quando a fé cristã foi ali introduzida. É país de princípios cristãos até hoje. A Etiópia da Bíblia compreende hoje a Abissínia e a Somália. Líbia. Extensa região da África do Norte. Simão, o que ajudou Jesus a levar a cruz, era natural de Cirene - cidade da Líbia (Mt 27.32). 1 Na anti ga Ro ma, comissário d fiscalizar a administração das províncias.
o
Senado
encarregado
d
e
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Igualmente, no dia de Pentecostes estavam cireneus em Jerusalém (At 2.10). Ásia. A Ásia dos tempos bíblicos não era como o atual continente asiático atual, era uma província romana situada na parte ocidental da chamada Ásia Menor ou Anatólia (At 6.9; 19.22; 27.2; IPe 1.1; Ap 1.4,11). Capital dessa província: Éfeso. Toda a região dessa antiga Ásia Menor compreende hoje o território da Turquia. ■** Gré ci aNo ouAntigo Hél ad e (At 20. 2) Testamento, em. hebraico, é Java ou Iônia (Gn 10.4,5). A maior parte da Grécia Antiga era conhecida pelo nome de_Acaia_.(At 18.12); nome esse derivado dos aqueus - povo que a habitou. Na época do Novo Testamento a Grécia era constituída de estados isolados sob os romanos. Nesse tempo, sua capital política era Corinto, não Atenas. Em Corinto residia o procônsul romano. ** Macedônia (At 19.21). Ficava ao norte da Grécia. A antiga Macedônia é hoje parte do território de vários paí ses , a sab er : no rt e da Gré cia^ sul da^ Bu lgá ri a, Iugoslávia e parte da Turquia. O ministério do apóstolo Paulo ocorreu na Ásia Menor, Grécia e Macedônia, principalmente. A capital da Macedônia era Pella. Ilírico (Rm 15.19). Região européia onde Paulo ministrou a Palavra de Deus. É hoje a Albânia e parte da Iugoslávia. A parte principal da Iugoslávia de hoje é a antiga Dalmácia de 2Timóteo 4.10.
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Itália (At 27.1; Hb 13.24). País banhado pelo Mediterrâneo, situado ao sul da Europa. Em Roma, sua capital, foi fundado diminuto em 753doa.C., que mais tarde -viria aumser senhorreino absoluto mundo conhecido O Império Romano. Para a Itália Paulo viajou e pregou o Evangelho como prisioneiro. *■ Espanha (R m 15.24 ,28). Paulo manifestou o propósito de viajar para a Espanha. Segundo os estudiosos da Bíblia, a cidade de Társis mencionada em Jonas 1.3; 4.2; ficava ao sul da Espanha., sendo no tempo de Jonas o extremo do mundo conhecido do povo comum. Foi a Espanha grande perseguidora dos cristãos durante a Idade Média, especialmente através dos tribunais da sinistra Inquisição. Palestina ou Canaã. Região banhada
pelo
Mediterrâneo
ao
oes te, ten do ao nort e a Fe ní cia ea Síri a, e ao les te e sul da Aráb ia, s endo que ao sui também fica parte do Egito. As suas características serão estudadas detalhadamente mais adiante neste livro. Ilhas dos Gentios ou Ilhas do Mar. É designação aplicada na Bíblia às ilhas do Mediterrâneo e Mar Egeu, das quais as principais são: Creta, Chipre, Rodes, Patmos, Mitilene, Samotrácia e talvez Malta e Sicília, bem como de regiões mais re mo ta s1, pouco con hec ida s nos tempo s bíblicos.
1 Muito afastado
no espaç o; distante, distancia
do.
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Montanhas Uma vez que vamos estudar separadamente - na lição 2 deste livro - a Geografia da Palestina, trataremos neste tópico das mon tan has extrapalestínicas do Mundo Antigo relacionadas com a históri a bíblica. Desta s, as quat ro mais importantes são as seguintes: ■*' A r a r a t e . Fica no sudeste da Armênia; célebre pelo encalhe da arca de IMoé; tem cerca de 5.000 metros de altitude. Devemos notar, entretanto, que o texto bíblico em Gênesis 8.4 diz que a arca parou sobre "os montes de Ararate". Portanto ignora-se o local exato do pouso da arca, embora a tradição aponte a montanha mais alta da região como tal e cujo nome é Ararate. Sinai ou Horebe. Local izado no extr emo
sud oes te da Ásia,
na Pe ní ns ul a1 do Sinai, que tem fo rma tr ia ngu la r que é banhado por dois braços do Mar Vermelho chamados Golfo de Suez e Golfo de Ácaba, ficando este do lado oriental da península e aquele do lado ocidental. A península da sua natureza divide-se em duas partes: s Uma ao norte, predominante, deserta e com leves elevações; s Outra ao sul, na qual pr ed omi na m a to po gr af ia montanhosa, de elevações entre 1000 e 2000 metros de altitude cortada por vales de dimensões variadas, cobertas de alguma 1 Porção d e terra cercada de ág um, pelo qual se liga a outra terra.
ua por
todos os lados, me
nos
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vegetação em certas épocas do ano. É nesta região sul da península que se localiza o monte Sinai, também chamado Horebe. , No monte Sinai Moisés recebeu a Lei com a qual se firmou o pacto entre Deus e o povo de Israel, srcinando-se, assim, a nacionalidade hebraica com seus aspectos religioso e civil. No mesmo monte, uns poucos anos antes, Moisés teve a visão d a sarça arden te - quan do apascentava os rebanhos do seu sogro - e seis séculos depois Elias, o profeta, teve a visão de Deus (lRs 19) em que lhe foi revelado que, apesar da idolatria de Israel havia muitos joelhos em seu meio que não se haviam dobrado a Baal. Hoje o Sinai é conhecido pelo nome de Jebel-Musa, que significa "monte de Moisés". Líbanos. A cordilhei ra1 do s mon tes L íb an os , q ue corre para lel ament e à costa oriental d o Mediterrâneo, fica na parte ocidental da Síria, ao norte da Palestina, e apresenta-se em duas divisões: Líbano e Antelíbano. Esta divisão não é conhecida nas Escrituras Sagradas, mas vem desde os tempos da dominação grega e persiste até hoje. A cadeia de montanhas que fica ao oeste é conhecida como Líbano e a que fica ao leste como Antelíbano. ambasA as variana entre 1.900A ealtitude 3.300 de metros. suacadeias extensão direção norte-sul é de aproximadamente 180km e na direção oeste-leste varia entre 20 e 30 km em linha aérea. 1 Sistema de alta s montanhas que s e desenvolvem em grande extensão, geralmente paralelas e próximas ao litoral, lançando cadeias de montanhas secundárias.
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0 vale que separa as duas cadeias de montanhas toma nomes diferentes: v' Ao sul é ch am ad o vale do Leontes , por onde corre o rio do mesmo nome; •/ Pouc o mais para o nor te é co nhe ci do c om o o vale de Mispá. que se estende por entre os contrafortes das duas cadeias; ■s E do cen tr o para o nort e toma o nome de vale do Orontes, pois serve de leito para o rio do mesmo nome. No tempo de Josué o vale era conhecido simplesmente como vale do Líbano. Era famoso pela sua fertilidade. Nas encostas dos Líbanos cresciam os famosos cedros e as esbeltas faias, madeiras empregadas na construção do templo de Salomão, cobertura de navios, palácios dos reis, instrumentos musicais, enfim, por serem de grande duração. Os montes Líbanos são freqüentemente citados nas Escrituras. Seir.
Na realidade Seir não é um monte isolado e sim uma serra de montanhas que corre na direção norte-sul na região de Edom, na Arábia Ocidental (durante a dominação romana denominada Arábia Pétrea), entre o sul do Mar Morto e o estremo norte do Golfo Ácaba, cuja altitude varia entre 300 e 2.000 metros na encosta leste. pouco sistema, afastado ficadao monte serra, Hor, mas pertencendoUmao mesmo onde morreu Arão, irmão de Moisés, durante a peregr inação d e Isr ael em de man da1 à terr a da promessa. Nas montanhas de Seir, provavelmente na sua parte norte, habitava Esaú, na região central dos 1Em busca de; à procura de.
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montes Seir onde ficava a cidade-fortaleza Petra, também conhecida como Selá. posto militar guardião das fronteiras meridionais do Império Romano.
Questionário f
Assinale com "X" as alternativas corretas
1. O Mundo Bí bli co si tua-s e no atual: a)[H Continente Asiático e parte da Oceania b ) H Oriente Médio e terras d o cont orno d o Mar Mediterrâneo c)D Ocidente, precisamente no continente europeu d)De africano Oriente Próximo e terras do litoral do Golfo Ácaba 2. Na Mesopotámia, berço da humanidade, destacamse dois países: a)D Fenícia e Egito b)0 Egito e Babilônia c)[3 Babilônia e Assíria
d)D Espanha e Palestina 3. Célebre pelo encalhe da arca de Noé; fica no sudeste da Armênia. a)EH Monte Seir b)0 Monte Sinai c)D Monte Horebe d)Q3 Monte Ararate f
Marq ue "C" para Certo e "E " pa ra Errado
4.ICI A faixa de terra estreita que vai de Ur, no sul da antiga Caldéia, até as proximidades do Nilo, é chamado então de Fértil Crescente 5 . 0 O Egito foi o local onde Israe l peregr inou à procura de Canaã
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Rios Na vasta área do Mundo Antigo podemos considerar quatro rios importantes: Nilo, Tigre Eufrates e Jordão. Nilo. Com cerca de 6.500 km de comprimento, é 0 primeiro rio do continente africano e o segundo do mundo, tendo suas nascentes na região dos grandes lagos da África Equatorial, por onde se estende seus dois braços chamados Nilo Branco e Nilo Azul e seus afluentes. O Nilo corre na direção sul-norte através do Egito, desaguando no Mediterrâneo através de um vasto es t uá ri o1 de 250 km de largura, for mado pelo os três braços (que antigamente eram sete), denominado delta. As chuvas produzidas pelas nuvens formadas sobre o Oceano Índico e levadas pelos ventos sobre as cordilheiras da África Oriental e Equatorial faziam transbordar seus afl uent es, lev ando para o Egito ao al Nilo uv iã o2e fe rti li zan te das vertentes das montanhas. O transbordamento do Nilo nas regiões áridas do Egito e conseqüentes abundância das colheitas, notadamente na região do delta, era considerado pelos egípcios obras dos seus deuses. Caráter sagrado que o povo atribuía ao rio. A parte navegável ia até a Ilha Elefantina, antigamente chamada Yeb, 1.145 km ao sul de Cairo, junto da primeira catarata. Há mais cinco 1 Tipo de fo z em que o curso de água se abre mais ou menos largamente. 2 Dep ós ito de casc alh o, areia e argila que se form a ju nt o às margens ou à foz dos rios, proveniente do trabalho de erosão; alúvio.
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outras cataratas no alto Nilo que não permitem a navegação. Além de ser o ponto final da rota comercial, a Ilha Elefantina também era o posto militar mais avançado do governo egípcio na direção sul, pois as escavações nela efetuada mostram vestígios de fortificações que abrigavam guarnições militares. Provas iguais nos oferecem as ruínas da cidade de Siene (moderna Assuã), referida em Ezequiel 29.10, que fica em frente da ilha. Na mesma ilha ainda foram encontradas ruínas de colônias judaicas e documentos em papiro em que relatam acontecimentos entregrande 400 e quantidade 525 a.C., oferecendo novos dados sobre a dispersão dos judeus pelo mundo de então, suplementando, assim, a narrativa bíblica relativa ao assunto. ■*" T i g r e (gr .) ou H i d é q u e l (h b. ). Este é o rio que nasce nas montanhas da Armênia, corre na direção sudeste banhando o lado oriental da Mesopotâmia até juntar-se com o rio Eufrates, cerca de 160 km antes do Golfo Pérsico. Devido à mudança do leito do rio através dos tempos - pelos os meios naturais (inundações), e artificiais (canalização) - e também preferências de suas diversas nascentes, o percurso total do Tigre varia entre 1.780 e 2.300 km segundo os dados oferecidos pelos diversos autores. Nos tempos remotos ele desaguava diretamente no Golfo Pérsico, mas, devido ao aluvião formado na baixa Mesopotâmia, hoje despeja as águas no Eufrates que daí para frente recebe o nome de Shat-el-Arab. Em sua margem esquerda, na altura de seu terço superior, ficam as ruínas da antiguíssima
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cidade de Nínive, cuja história começa no terceiro milênio a.C., e no seu terço inferior, na margem direita, fica a cidade de Bagdá. Fora os primeiros capítulos de Gênesis, pouquíssimas são as referências bíblicas ao Tigre. Eufrates, o "Grande Rio". As suas nascentes acham-se no maciço montanhoso da Armênia. De início, o rio corre para o ocidente, chegando a uma distância de apenas 93 km do Mediterrâneo. Depois toma a direção sudeste, atravessando a célebre cidade de Babilônia a cerca de 140 km do seu estuário. O curso total deste rio também varia entre 2.880 e 3.330 km, segundo diversos autores. Aparentemente esta diferença se explica pelas mesmas razões citadas com referência ao comprimento do rio Tigre. Na época da maio r glória d o domí nio hebreu o rio Euf ra te s era o seu li mite nor des te . Também constituía o limite ocidental da Mesopotâmia extremamente fértil especialmente na região sul, ou baixa - Mes op ot âmi a, ta mbé m chamada Caldéia. Todos os anos os dois rios depositam uma faixa de terra no fundo do Golfo Pérsico fazendo-o recuar. Calcula-se que desde os tempos de Abraão, quando a sua cidade (ür) era porto marítimo, o Golfo Pérsico tenha recuado cerca de 250 km. m o noEufrates n os tempos desaguava També diretamente Golfo Pérsico. Hoje, cercaantigos de 160 km ao norte do referido Golfo junta-se com o Tigre e daí em diante é chamado Shat-el-Arab. Jordão. Este é o rio da terra santa, inúmeras vezes referido nas Escrituras Sagradas. É formado por
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várias nascentes nas encostas noroeste e oeste do monte Hermom - sendo quatro as principais: a Bareighit, Hasbani, Ledã e Banias - e corre na direção norte-sul. No seu percurso total, cerca de 340 km pelo leito s in u os o1, atr ave ss a doi s l agos - o de Merom (atualmente chamado Hulé) e o da Galiléia desaguando no Mar Morto. A peculiaridade do Jordão é que este é o único rio do mundo cujo leito é inferior ao nível do mar. A depressão começa desde 3 km ao sul das águas de Merom e continua cada vez mais acentuada até chegar chega a 426a 400 metros no Portanto, Mar Morto, cuja profundidade metros. trata-se de uma depressão de 826 metros sendo a mais profunda do globo terrestre. O Jordão nasce nas montanhas do Antilíbano, ao oeste do monte Hermom, e é o principal rio da Palestina, ele corre na direção nortesul, dividindo o estado judaico em duas partes diferentes deixando na região leste a Transjordânia e na região oeste, a terra de Canaã. Seu nome significa "decaimento" ou "aquele que desce"; e em virtude de sua grande sinuosidade, tem sido apelidado de "serpentina". No seu curso superior, ao norte, estão as fronteiras síri o-is raelen se e. jo rdan o-i srae len se. Nas ce nt es : Esse rio inicia-se nos montes do Antilíbano, (especialmente o Hermom) em cujos picos a neve cai o ano todo; e quando esta sofre a alta temperatura, torna-se líquida e vai se deslizando pela superfície da terra, ou se infiltrando pelas brechas do solo até formar as nascentes do rio Jordão. 1 Que apres enta curvas irre ondulante, tortuoso, flexuoso.
gulares, e
m sentid os
difer entes ;
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O início do rio propriamente dito começa através do encontro de quatro principais riachos: s Hasbani. É um riacho com cerca de 40 km de extensão, que mana de uma grande fonte chamada "Ain Furar", onde a altitude é de cerca de 520 metros acima do nível do mar, com cerca de 300 metros de profundidade. s Banias. Cujo nome significa "o deus da fertilidade". É o mais oriental de todos. Esse riacho nasce perto das ruínas de Banias - antiga Cesaréia de Filipe (Mt 16.13), no sopé do monte Hermom, onde a elevação é de 348 metros acima do nível do mar. s Ledã. Essa é a fonte central e mais volumosa. Está a 157 metros acima do nível do mar. Iniciase perto de Tel-el-Cadi, a antiga Dã da Bíblia. Trata-se de uma poderosa nascente que brota do solo naquele ponto. s Bareighit. Esse riacho é mais ocidental e mais alto, iniciando a 563 metros acima do nível do mar, e cujas fontes não se alimentam das torrentes do Hermom. Primeiro se encontram as vertentes, Banias e Bareighit, e logo após Ledã, e um pouco mais ao sul, esses três se ajuntam ao de Hasbani, e assim está formado o início do rio Jordão. Para um estudo mais detalhado, costumase dividir o curso do rio Jordão em três trechos, a saber: A Região das Nascentes, o Jordão Superior e o Jordão Inferior. s Região das Nascentes. Essa região, é exatamente a que acabamos de descrever nos seus aspectos mais setentrionais que se estende até o lago de Meron. Após a fusão das quatro nascentes já descritas, o Jordão atravessa uma
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planície pantanosa numa extensão de 11 km e entra no lago de Meron. A sua largura varia muito nesse trecho, e a profundidade varia de 3 a 4 metros. s Jordão Superior. Trata-se da parte que está entre o lago de Meron e o Mar da Galiléia, com uma extensão de 20 km. Esse trecho é quase reto, com uma caída de 225 metros, o suficiente para fazer com que as águas fiquem altamente impetuosas, causando enormes erosões. A velocidade das águas nesse trecho é tão grande, a ponto de quase 20 km adentro do Mar da Galiléia ainda dá para perceber a sua correnteza. A largura do rio nesse trecho varia entre 8 a 15 metros, onde o seu leito percorre um terreno rochoso entre uma vegetação média. v' Jordão Inferior. É a região que fica entre o Mar da Galiléia e o Mar Morto. Esse trecho mede cerca de 117 km em linha reta, e cerca de 340 km pelo leito tortuoso do rio, com uma largura que oscila entre 25 a 35 metros, indo 1 a 4 metros de profundidade. O declive desse trecho é de 200 metros, levando o rio a descer pre cip it adamente fo rmando me an dr os 1 e cascatas, alargando o vale até uma extensão de 15 km, como ocorre nas proximidades de Jericó. Há outros três grandes rios no Mundo Antigo, porém sem importância para a geografiar bíblica, são eles: Leontes e Orontes na Síria - o primeiro correndo no seu último trecho pelo limite norte de Canaã e o segundo banhando a cidade de Antioquia - e Tibre na Itália, em cuja margem esquerda fica Roma. 1 Sinuo sidade, rodeio, volteio etc.
de curso de
água, d e caminho,
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Desertos Na Bíblia encontramos várias referências a desertos, e isto em virtude das peregrinações dos patriarcas dee Moisés, do povo de guia Israeldo bem como formação o grande povo de Deus,da que se efetuou especialmente nos desertos do êxodo. A idéia de deserto entre os judeus abrangia três aspectos: s Yeshimon: deserto absoluto, onde não há possibilidade de sobrevivência animal ou vegetal; s
s
Heraboth: lugar devastado, desértico, em conseqüência de destruição. É o caso da cidade destruída pela guerra; Midbar ou Ara bah: deserto com certas possibilidades de vida animal e vegetal que, na época chuvosa do ano transformava-se em campo.
Os israelitas peregrinaram 40 anos em desertos destes aspectos. Aqui abordaremos os desertos extrapalestínicos, deixando os palestínicos para mais adiante (lição 2). Os desertos extrapalestínicos relacionados com as narrativas bíblicas podem ser divididos em dois grupos, tomando-se a linha Mar Morto - Golfo de Ácaba como divisória:
s
O grupo do oeste: Shur (Êx 15.22), que alguns identificam como o de Etam (Êx 13.20), estende-se pelo noroeste da Península do Sinai, ao largo da fronteira nordeste do Egito e costa oriental do Mar Vermelho (Golfo de Suez) à altura do seu terço superior;
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s
s
Sin, que é o prolongamento do anterior na direção sul da costa oriental do mesmo mar, abrangendo o terço médio da mesma; Sinai, que abrange toda a parte sul da
península incluindo o monte Sinai, bem como a parte oriental da mesma até o fundo do Golfo de Ácaba; s Parã, que cobre todo o centro da península, deslocando-se um pouco para nordeste da mesma; s Cades , ou Cades-Ba rnéia, pequena área que fica ao norte do Parã e leste de Shur; s Zim, fica ao leste de Cades. Estes dois últimos desertos constituíam o limite sul da Palestina, também conhecidos pelo nome de Negeb; s Berseba. Este é um pequeno deserto em torno da cidade de Berseba, o marco meridional da terra santa. A expressão "de Dã a Berseba" era maneira de definir a extensão norte-sul do território palestínico. O grupo do leste: s Idumeu, que fica ao sudeste do Mar Morto; s Moabe, ao nordeste do mesmo mar; s Quedemote, ao norte de Moabe; Diblat e Beser, cuja localização é desconhecida, são desertos de pouquíssima importância histórica.
Cidades O estudo das cidades do Mundo Antigo requer que as dividamos em dois grupos: extrapalestínico e palestínico (este será estudado na lição 4).
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*■ Cidades principais do grupo extrapalestí nico. Destacam-se neste grupo, pela sua importância e relação com os hebreus e com o cristianismo primitivo, as seguintes: 1. Ur. Situada no sul da Babilônia ou Caldéia, hoje chamada Mugheir (perto das escavações da antiga Ur). Cidade natural do patriarca Abraão; centro industrial, agrícola e comercial de grande importância; porto marítimo, segundo as descobertas arqueológicas (o Golfo Pérsico antigamente ia até Ur); antediluviana. Nas escavações arqueológicas de Ur temos as mais antigas evidências da cultura sumeriana. 2. Nínive. Segundo Gênesis 10.11 foi uma das antigas cidades da Assíria. Tornou-se a capital do mundo no período áureo do Império Assírio. Ficava a margem oriental do Tigre Superior, 50 km ao norte da confluência do rio Zabe com o Tigre. Foi tomada pelos babilônios em 612 a.C., terminando assim a sua glória. Dois dos livros proféticos do Antigo Testamento têm Nínive por objetivo: Jonas e Naum. 3. Damasco. Segundo os historiadores é "a cidade viva mais antiga da terra", localizada ao sul da Síria, no planalto oriental do Antelíbano. Através dos séculos tem sido a capital da Síria. Notável por se constituir centro estratégico para o comércio do Mundo Antigo, por tratar-se de
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um pont o de entro ncam ento 1 das estra das que comunicavam Egito e Arábia com Assíria, Babilônia e Roma (via Éfeso, na Ásia Menor). É citada freqüentemente nas Escrituras Sagradas em que as referências vão desde os dias das peregrinações de Abraão (Gn 14) até o tempo do apóstolo Paulo (Gl 1.17). 4. Mênfis. Os hebreus a conheciam pelo nome de Nofe (Is 19.13). A cidade mais importante do Egito setentrional que, segundo Heródoto, teria sido edificado por Menes, primeiro rei do Egito mencionado na história, localizada na margem ocidental do Nilo, cerca de 20 km ao sul de Cairo, atual capital do Egito. As pirâmides egípcias mais famosas ficam perto desta cidade. 5. Babilônia. A antiga e bela capital do famoso Império Babilónico, notável pelos seus maravilhosos palácios, jardins suspensos, muralhas quase inexpugnáveis2. Segundo Heródoto, historiador grego citado por J. D. Davis em seu Dicionário da Bíblia as muralhas que cercavam a "cidade maravilhosa" do Mundo Antigo eram duplas e tinham cerca de 28 metros de largura e até 112 metros de altura e 96 km de extensão, construída de tijolos com ar ma ssa 3 de betume com 250 torres e 10 0 por tõe s dega cobre. 1 Ponto d e junç ão de d ois ou mais camin hos, de duas o u mais coisas. 2 Inve ncí vel, indestr utív el, inabalável. 3 Mistura de um agluti nan te com areia e água, em pre ga da no assentamento de alvenaria, tijolos, ladrilhos, etc., da qual resulta uma massa de consistência mais ou menos plástica, que endurece com o tempo.
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Esta cidade foi edificada sobre as duas margens do rio Eufrates, em torno do local da torre de Babel, cerca de 500 km ao noroeste do Golfo Pérsico (250 km no tempo de Abraão, pois Ur, cidade do patriarca, era cidade marítima conforme provam as escavações em suas ruínas que hoje ficam a cerca de 250 km do fundo do Golfo Pérsico). As suas srcens pré-históricas remontam aos dias de Ninrode (Gn 10.8-9). Foi na cidade de Babilônia que Alexandre, o grande, terminou seus dias em 323 a.C. 6. Harã.
Poucos informes têm dessa cidade. Porém sabemos que ficava na região chamada Harã Naaraim, Padã-Arã, n o planal to set entr ion al da Mesopotâmia, onde permaneceram por algum tempo Tera e seu filho depois de deixarem Ur.. Entretanto, pelo que se pode concluir de alguns dados arqueológicos, tratava-se de um importante centro militar e comercial, ponto de convergência dos caminhos da Assíria, Babilônia, Ásia Menor, Egito (via Palestina) e Síria. 7. Tiro. Cidade antiga e muito imp orta nte na Fenícia. Con for me relatos de escri tore s e historiadores antigos (Heródoto e outros), sua fundação remonta a 2.750 anos foi a.C.edificada sobre um De início, a cidade pequen o pr om on tó ri o1,, tr ans fe ri nd o- se mais tarde para uma ilha mais próxima a fim de resistir melhor aos constantes ataques dos inimigos. Mas, Alexandre, o Grande, tomou a Ilha de Tiro em 332 a.C., depois de sete meses de cerco, tendo 1Cabo formado de rochas elevadas ou alcantis.
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const ruído um mo lh e1 atr avé s do estr eito que separava do continente. Foram os tírios navegantes e comerciantes famosos que mantinham relações com as mais distantes Foram queIXfundaram Cartago, na África regiões. setentrional, no eles século a.C. Na época de Davi e Salomão, o rei de Tiro - Hirão - manteve estreita amizade com Israel, ajudando com sua madeira e artífice a construir os palácios e o templo (2Cr 2.1-16). Foram as cidades fenícias: Tiro e Sidon, as únicas em território estrangeiro que Jesus visitou durante o seu ministério terreno (Mt 15.21-31). O nome moderno dessa cidade é Sur. 8. Sidon. Outra cidade importante e muita antiga da Fenícia, cerca de 30 km ao norte de Tiro, porto marítimo do Mediterrâneo, é freqüentemente referida na Bíblia. Foi arrasada, muitas vezes, pelos conquistadores, e reconstruída. Hoje seu nome é Saida. A importância desta cidade foi tão grande que os historiadores da antigüidade freqüentemente referia-se aos sidônios como sinônimo de fenícios. Um dos reis sidônios, Etbaal, era pai de Jezabel, a terrível mulher de Acabe, rei de Israel. 9. Atenas. Este é o nome da capital Ática, um dos estados da Grécia, fundada em 1156 a.C., que em 1834 tornou-se a capital de todo o reino da Grécia. Está cerca de S km de distância do mar Pireu., sendo seu porto comercial mais próximo Falero. 1 Estrutura marítima enraiz ada em t erra, e quebra-mar (q. v.), guia-corrente ou cais acostável.
que po de servir d e
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Atenas era célebre como centro da ciência, da literatura e das artes do Mundo Antigo, atraindo inúmeros estudantes de todas as regiões. As referências bíblicas a esta cidade são todas relacionadaslTscom PâliLo elas (At 17.15-18.1; 3.1).a obra missionária de 10. Éfeso. Cidade mais importante da costa ocidental da „Ásia Menor , cuja ori gem remo nta o séc ul o XI a.C., localizada na margem direita do rio Caister. cerca de 18 km da desembocadura deste no Mar Egeu, na província,de Lídia. Era a um só tempo o porto mais importante do Egeu Oriental, a capital da Ásia proconsular e o entroncamento das duas estradas mais importantes (leste-oeste e norte-sul) da grande península no tempo dos romanos. Seu magnífico templo consagrado à deusa Diana (Ártemis dos gregos), levou 220 anos para ser construído e tinha 55 metros de largura por 112 metros de comprimento. Seu teatro com capacidade para 25 mil pessoas assentadas e seu hipódromo eram de famõ mundial. Paulo, reconhecendo a importância estratégica de Éfeso, ficou ali durante dois anos e •rês meses (At 19.8-10) entre os anos 54 e 57 d.C., lealizando o seu maior trabalho missionário. 11. Roma. Cidade das mais antigas da Península itálica, edificada sobre sete colinas, na margem osquerda do rio Tibre, a 24 km da desembocadura deste no Mar Tirreno, na costa ocidental da península. A data de sua fundação, universalmente .)ceita, é 753 a.C. Famosa por ter sido a capital política e cultural do mundo por vários séculos.
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eterna" 1.000.000 anos e Filipenses,
No tempo do apóstolo Paulo a "cidade como é chamada - já possuía cerca de (um milhão) de habitantes. Paulo esteve preso em Roma durante dois dali esc reveu quatro epístolas: Colossenses e Filemom.
Questionário f
Assinale com "X" as alternativas corretas
6. Quatro rios mais imp or ta nt es do Mundo Antigo: a)[ZI Zabe, Eufrates, Jordão e Quisom b)CH Belus, Caister, Zabe e Banias c)Q Nilo, Tigre Eufrates e Jordão d)0 Caister, Banias, Tigre e Nilo 7. Segun do os ju deu s, o des ert o absol uto, onde não há possibilidade de sobrevivência animal ou vegetal é: a)D O Midbar b)D O Arabah c)D O Heraboth d) EU O Yeshimon 8. Cidade natural do patriarca Abraão, de grande importância econômica nos tempos bíblicos a)D Ur b)C] Damasco c)D Sidon d)D Nínive Marque "C" para Certo e "E" para Errado 9.|C I O rio Nilo tem cerca d e 6.500 k m de comprimento e é o primeiro rio do continente africano 10.Ly Paulo esteve preso em Roma durante dois anos e dali escreveu duas epístolas
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Lição 2________________ Geografia Física da Palestina
O nome "Palestina" deriva-se do termo Filistia, ou seja, a terra habitada pelos filisteus. Na Bíblia este nome é dado a uma faixa de terra ao sudoeste de Canaã, ao largo do Mar Mediterrâneo até ao Egito. Posteriormente, figuras como Plínio e Josefo, passaram a chamar por este nome toda a região de Canaã. E desde os tempos do domínio romano até os dias que precederam a fundação do moderno Estado de Israel, Palestina era o nome mais usado. Outros nomes são: Ca na ã ou Te rr a de Ca na ã (Gn 13. 12) ; Terra dos Amorreus; Terr a dos Hebr eus (Gn 40.15); Terr a de Israel o u Terr a dos Isr ael it as ( IS m 13.19; 2Rs 5.2; Mt 2.20); s Ter ra de Judá ou Jud éi a (Ne 5.14; Is 2 6.1; J o 3.22; At 10.39); s Terra da Promessa ou Terra Prometida (Hb 11.9); ✓ Terra S ant a (Z c 2.12; SI 78.54 - ARA); ^ Te rr a Fo rmo sa (Dn 8.9); s Terr a do Sen ho r (Os 9.3); s Terr a Glori osa (Dn 11.4 1). v'' / s ^
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Localizada no continente asiático, a 30° latitude norte, banhada pelo Mar Mediterrâneo (extremo leste) em toda a extensão do seu limite ocide ntal, m ai s ou m enos eqü idi stan te1 dos pon tos principais do Mundo Antigo, a Palestina constituía-se num centro de gravidade para o mundo e as civilizações da antiguidade. Do ponto de vista comercial ficava na rota obrigatória do tráfego entre o oriente e o ocidente, bem como entre o norte e o sul; e do ponto de vista político era passagem inevitável dos exércitos conquistadores das grandes potências ao seu redor, razão pela qual estas se interessavam por sua conquista e fortificação. Com isso, a Palestina sofreu devastações em repetidas ocasiões durante a sua história. @ Limite sul: Cades-Barnéia e o ribeiro el-Arish, na Arábia, el-Arish é o "rio do Egito" (Gn 15.18). @ Limite nor te: Síria e Fenícia. (§ Limite oeste: Mar Mediterrâneo. É na Bíblia chamado de Mar Grande (Dn 7.2). @ Limite les te: Síria e Arábia. Naturalmente estes são os limites médios ou prevalecentes da história política da Palestina, havendo épocas em que eles sofriam algumas modificações resultantes das conquistas ou perdas nas guerras.
Topografia O termo "Topografia" significa, literalmente, descrição de um lugar ou de uma região. A Palestina pode ser dividida em quatro seções, a saber: 1Que dista igualmente.
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s Planície da costa do Medite rrâne o; s Região mont anho sa centr al; s Vale do Jordão ; ■sPlanalto Oriental, o u zona mont anho sa
de
Gileade, na Transjordânia.
Planícies A palavra "planície" significa uma grande porção de terreno plano, enquanto que "planalto" significa uma grande porção de terreno plano sobre montes ou serras. Planície Costeira. Israel apossou-se das montanhas centrais, quando ocupou a terra prometida, e depois, fez tentativa esporádica de estender seu domínio até o litoral. M as esta região esta va oc upa da pela poderosa nação dos filisteus. Davi conseguiu contro lá-la por um momento, mas durante a maior parte da história israelita foram os filisteus que, a partir das suas cinco cidades, fizeram pressão em direção às colinas. Naquela época o litoral não era região particularmente atraente, e consistia em uma faixa de d u na s1, areia mi st urad a com b os que s e alg uns pântanos. Ao sul do monte Carmelo não apresentava grandes pontos naturais. Os filisteus não eram navegadores. O primeiro grande porto nesta faixa costeira foi o porto oficial de Cesaréia, construída pelo rei Herodes, o grande, não muito tempo antes do nascimento de Jesus Cristo. 1Monte de areia movediça formado pela ação do vento.
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Ao sul do monte Carmelo a área era chamada de Planície da Filistéia e Planície de Saron, ao norte do Carmelo Planície de Aser. Continuando para o norte a planície se restringe, mas em compensação oferece melhores portos naturais, a partir dos quais operavam os fenícios navegadores e comerciantes. Planície do Aco (ou Acre). A palavra Acre (hb. akko ) significa "areia que nte " (J z 1.3 1), e os Cr uz ad o s1 lhe deram o nome de "São João de Acre". Esta planície está na região do extremo noroeste da costa palestínica, ao sul da Fenícia e se estendendo até o monte Carmelo. No norte ela é mais estreita, medindo aproximadamente 5 km, e vai se alargando pouco a pouco, até alcançar 17 km ao sul. É irrigada por dois pequenos rios, a saber: o rio Belus ao norte e o rio Quisom ao sul, ao pé do monte Carmelo. As terras do exceção centro que montes são fertilíssimas, com da rodeia parte os praiana, onde as areias são muito quentes. Esta região coube por sorte a tribo de Aser (Js 19.25-28) que não conseguiu expulsar os cananeus. ■*" P l a n í c i e de Sa r o n . A palavra "Saron"
é semítica, e significa
"zona bosques". está entre o sul do monte de Carmelo e a Essa cidadeplanície de Jope. Ela se alarga na direção das montanhas da região central à medida que avança para o sul, medindo 85 km no sentido norte-sul, com uma 1 Expedição militar de caráter religioso que s Média, contra hereges ou infiéis.
e f az ia na Idad e
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largura que varia de 15 a 25 km, tendo a sua faixa mais estreita que se encontra nas proximidades do monte Carmelo. Esta planície tornou-se famosa por causa das variedades de flores e lírios que ali med rav am1 (Ct 2. 1- 2) . Planície da Filistia. Essa planície compreende a faixa de terra habitada pelos filisteus, que fica entre Jope e Gaza, no sudeste da Palestina, medindo cerca de 75 km de comprimento por 25 km de largura. As cinco cidades principais dos filisteus, fortemente muradas, Gaza, Gate e Ecrom. As três eram: primeiras eramAscalon, marítimasAzoto, e as duas últimas ficavam no interior. Tais cidades eram as fortalezas da planície. Planície de Sefelá. A palavra Sefelá, literalmente significa "terras boas" ou "mais baixas". Essa região propriamente é mais faixa de rochoso terra do que que uma planície; dita, trata-se de uma um altiplano corre da costa, rumo sudeste, se estendendo até a fronteira da tribo de Judá (Dt 1.7; Js 10.40; 12.8; 15.33; 2Cr 26.10; 28.18). Na sua região norte ela limita-se com a Filistia, ao sul com o vale de Aijalom e Berseba, e ao leste com as montanhas de Judá. Planície de Jezreel ou Esdraelon. O nome pro fét ic o dess a "Armagedom". Apesar dessa região ser classificada como vale, pela sua extensão e aspecto do conjunto, preferimos qualificá-la de planície. 1Crescer, vegetando; desenvolver-se.
regi ão
é
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Esse local encontra-se na confluência de três vales, o mais importante é o de Jezreel, que está situado entre os montes da Galiléia e os de Samaria, alargando-se para o noroeste até as fraldas1do monte Carmelo montes Os três val ese sulsedos fo rma m Líbanos. ao leste da imensa planície sep arada pelo monte Gilboa e o pe qu en o Hermo m. O do ce nt ro é o maior. É o Jezreel, que desce abruptamente para o Jordão. A entrada do vale está na cidade de Jezreel que foi a capital do Reino do Norte. A planície é cortada pelo rio Quisom do leste para o oeste, com destino ao Mar Mediterrâneo. O termo "esdraelon", é gr ego e não aparece na Bíblia, enquanto "Jezreel" aparece por 29 vezes no Antigo Testamento. Há quem pensa que Jezreel e Esdraelon não sejam o mesmo lugar. Em Jos ué 17.16 e 2Cr ôni cas 35.22 esse lugar é chamado de "Vale de Megido". Essa é a maior pl aní ci e de todo o Isr ael, med indo 4 0 km de comprimento por 20 km de largura. Essa regi ão foi na ve rd ad e o cel ei ro de Israel, especialmente nos tempos da monarquia. Suas terras eram abundantemente férteis, regadas pelas constantes chuvas, pelo orvalho que caia do céu e pelos rios. Alguns intérpretes vêem na palavra "Armagedom" uma transliteração do hebraico Armegido, que significa, coli na ou mont anha de Megido. Além dessas, existem outras planícies menores espalhadas pelo interior da Palestina, como a de Jericó, a de Dotam, a de Moabe, a de Genezaré etc. 1A parte inferior, as abas, o sopé (de serra, monte, etc).
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Vales Apesar de ser a Palestina, terra de muitos vales conforme disse Moisés, contentemos em estudar apenas alguns dos mais importantes (Dt 1 1 . 1 0 , 1 1 ):
1. Vale do Jordão. É uma depressão geológica; os lados seguem duas falhas paralelas da crosta terrestre até a depressão conhecida pelo nome de Arabá, terminando no Golfo de Ácaba. As falhas são a causa que explica o caráter íngreme1do vale. As praias do Mar Morto encontram-se 388 metros abaixo do nível do mar. A distância entre a linha do horizonte das montanhas de um lado para outro do vale é de 15 a 20 km. Nenhuma estrada importante percorre este vale, o que se explica pelo fundo difícil e continuamente interrompido pelo rio e seus afluentes e ainda pelas altas temperaturas estivais2. todamom a Palestina, que inicia Este no ésoopémaior 3 do vale montede Her (ex tre mo norte) e desce em direção sul, até terminar no Mar Morto. No seu ponto inicial esse vale é um tanto estreito medindo 100 metros; mas na medida em que vai se alargando ele cresce pouco a pouco. E logo um pouco abaixo do Mar da Galiléia ele mede 3 km, na região de Jericó ele chega até 15 km, e depois começa a estreitar-se novamente antes de chegar ao Mar Morto, seu ponto final. Por este grande vale corre o rio Jordão, do qual o seu nome deriva. 1 Dif ícil de subir; que tem forte declive; abru pto, es carpa do, nlcantilado 1 Referente ao, ou próprio do estio; calmoso, estivo, estio. ' Base (de mont anh a); falda.
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Este é o mais profundo vale de toda a face da terra, com 426 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo, em uma distância de 215 km em linha reta desde o monte Hermom até ao Mar Morto. Grande parte desse vale é de fertilidade exuberante, o que enriquecia a agricultura israelense. Este é o vale de maior contraste geológico da face da terra. Como já vimos, ele inicia no sopé do monte Hermom a 3.000 metros de altitude, e termina no Mar Morto com cerca de 426 metros abaixo do nível do mar, com a agravante deste ter aproximadamente 400 metros de profundidade. ele énasce, no fria, monte temperaturaOnde climática bastante em Hermom, virtude dasua neve, enquanto no seu término, no Mar Morto, a temperatura chega a 50° no verão. A natureza do terreno desse vale é das mais variadas que se pode imaginar. A sua vegetação não é muito diferente, produzindo até maçãs, pêras e uvas. 2. Vale Acor. A palavra "Acor" significa "perturbação". O nome desse vale deriva-se de Acã. Este vale fica entre as terras que pertenciam às tribos de Judá e Benjamim, ao sul de Jericó. Foi neste vale que ocorreu o triste episódio que envolveu a vida de Acã e sua família (Js 7.24-26). 3. Vale de Aijalom (Js 10.12). A palavra " A ij a lo m " significa "das gazelas". Este vale situa-se na região de Sefelá, 24 km ao noroeste de Jerusalém. Este vale tem uma extensão de 18 km de comprimento na direção do Mediterrâneo, por 9 km de largura.
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4. Vale de Escol (Nm 13.22-27). A palavra "Escol" em hebraico significa "cacho". Este vale fica ao oeste de Hebrom, e é muito famoso pela sua fertilidade especialmente na plantação de uvas. 5. Vale de Hebrom. Esse vale fica cerca de 30 km a sudoeste de Jerusalém, onde foi edificada a célebre cidade de Hebrom, em cujas cercanias fixou-se por longo tempo a família de Abraão.
Planaltos A definição de planalto é: uma grande extensão de terras sobre montanhas ou serras. A Palestina é geralmente vista com dois planaltos, a saber: s O Planalto Central, que existe como a con ti nuaç ão dos montes Lib a nos e se est ende pelo centro do país na direção norte-sul; e ^ O Planalto Oriental, que pode ser considerado como continuação do Antilíbano, andando na mesma rota do anterior. Ambos variam em altitude, medindo de 650 a 1.300 metros. *■ Planalto Cen tral. Esse planalto é compreendido pela região onde habitavam as tribos de: Naftali, Efraim e Judá. s O Planalto de Naftali, corresponde à região da Galiléia ao norte; ^ O Planalto de Efraim corresponde à região de Samaria, ao centro; e s O Planal to de Judá situa-se ao sul, entre Betei e Hebrom.
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Planalto Oriental. Esse planalto situa-se ao oriente do rio Jordão e também está subdividido em três partes diferentes, a saber: Basã, Também Gíleade conhecido e Moabe. como ■s Planalto de Basã. Auran, que se estende desde o sul do monte Her mom até o vale p or ond e corr e o rio Iarmuque. A fertilidade dessa região é mais apropriada para o plantio de trigo e pastagem para o gado. •/ Pl an al to de Gil eade . Que se situa entre o
s
Iar muq ueesta e éo uma Hebrom, tad o s im pea.lo Essasrio Jaboque; região cor fe rt il ís terras são famosas pela abundante produção do bálsamo, muito apreciado no período do AT (Jr 8.22). Essa região, é hoje chamada de Jordânia. Planal to de Moab e. Local iza -se ao leste da últ ima part e do cur so do rio Jo rd ão e do Mar Morto, indo até o rio Arnon. Esta região é um tanto rochosa entrecortado de prados e de lindas pastagens. Essa região levou esse nome em virtude de ter sido colonizada pelo filho de Ló (Gn 19.37).
Montes da Palestina Canaã
é
uma
terra
montanhosa
por
exc el ênc ia ; esta é a razão d a Bíblia cha má- la de "terra de montes e vales" (Dt 11.11). O núcleo centr al dos reinos encontra-se na região montanhosa ao longo do divisor de águas, que de um lado desce para o litoral e do outro para o vale do Jordão. Estas alturas atingem acima de 1.000 metros no seu ponto culminante, próximo a Hebrom.
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O decl ive de sapa rec eu há muito dando lugar a des cal vad os1 tabuleiros de ca lcário e terrenos pobres. A agricultura é praticada em terraços e em campos de animais. Na extremidade setentrional desta região certo números de colinas isoladas voltam à vizinha planície de Jezreel, a cadeia montanhosa retoma o seu caminho, avança na direção norte, elevando-se gradativamente à medida que se aproxima dos altos montes do Líbano. É constituída de patamares que geralmente se voltam para o sul ou sudoeste. Os mais baixos destes "degraus de escada" eram e são uma espécie de bacias férteis, separadas entre si por estéreis encostas de calcário. À medida que aum ent a a alt itu de, as plataform as tor nam-s e escal vadas e batidas pelo vento até constituírem uma área desolada e estéril, destituída das florestas que cobrem as encostas das montanhas mais altas ao norte. Toda esta parte forma a região da Galiléia, c'ls vez es s ub di vi di em alta e baixa il éi a. Os limites meridionais e da orientais da região são Gal claros. Mas ao norte a divisa se perde nas montanhas. Os montes da Palestina normalmente são divididos em dois grupos gerais, a saber: s Montes Palestínicos, que fic am ao oest e do Jordão; e s Montes Transjordânicos, que se loc ali zam ao leste do Jordão. I. Montes Palestínicos. i.l. Hermom. Este monte fica no extremo sul da cadeia dos montes Antilíbano, no limite sul da Síria e I alt a de vegetaç
ão; árido,
estéril,
calvo, e scal vado.
tempo
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extremo norte da Palestina, também, conhecido como monte Sirion e monte Senir. Devido à sua altitude que atinge pouco mais de 3.000 metros (os dados oferecidos pelos vários divergem consideravelmente à altitudeautores deste monte, oscilando entre 2.750quanto e 3.365 metros), há uma escassez de vegetação (exceto nas encostas inferiores onde a vegetação é extremamente rica). Sua cobertura é permanente de neve e gelo. Este monte se reveste de uma imponência1 majestosa, podendo ser avistado de muitas partes da Palestina, Síria, Arábia, Fenícia e Mediterrâneo. Durante o inverno o enorme véu de neve baixa até cerca de 1.500 metros. À medida que avança o verão a neve vai derretendo, formando fios de água e riachos que descem pelas encostas e regam as partes inferiores do monte e os vales, ficando no seu tríplice cume (formado por três elevações ou picos dispostos em triângulo) uma calota de gelo que reflete os raios solares, como um espelho, a distâncias enormes. Hermom tem um papel importante na formação do clima da região, principalmente da Palestina, como catalisador das correntes de ar quente e úmido vindas do Mediterrâneo e pr ec ip it ad or 2 das mesmas em forma do orva lho denso em áreas mais próximas e chuvas abundantes em regiões próximas e distantes. Isto, devido à baixa temperatura reinante em suas culminâncias. 1.2. Monte Tabor. Em hebraico significa "pedreira" ou simplesmente "montanha". Este monte está a 615 metros acima do nível do Mar Mediterrâneo e tem 1Que impõe admiração; majestoso, magnificente. 2 Atirar, lançar, a rr em ess ar
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120 metros de altitude, e fica totalmente isolado. I stá loca li zado n a Gali léi a, na parte nor des te da exuberante Planície de Esdraelon, tem uma distância ili' 10 km da cidade de Nazaré e 16 km do Mar da (i < 11i Ié i a. 1.3. Monte Gilboa. É mais que um monte, parece ser mais uina pequena cordilheira. O monte Gilboa tem 13 km ili1comprimento, com uma largura que varia entre 5 8 km; com cerca de 543 metros de altitude. Nele •hi■cul ti vam ol iv ei ras , fig ue ir as e al gun s ce re ai s que ii.io necessitam de muita umidade. 1.4. Monte Carmelo. Não é propriamente dito um monte, mas •.im uma pequena cordilheira, situada no Planalto i iMitral na direção oeste, fo rma nd o um pro mon tó ri o .ui sul da Planície do Acre, sendo a única parte da M.ilcstina que avança mar adentro, formando, ao imite, a baía do Acre onde está situada a atual i ui.ide de Haifa. Em se us fla nc os 1 existe m vá rias cavernas, i|iii> pelos seus as pe ct os in ter nos par ec em que já Im em habitadas. A cadeia montanhosa do Carmelo se ■ b l en de po r cer ca de 4 8 km, na di re çã o n or oe st euil< ste, des de as ma rg en s do Mar M ed it er râ ne o, ao mi I da baía de Acre, até à Planície de Dotã. estrito, i .li melo éEmo um pico sentido pri nc ipmais al des sa curo ta monte ca de ia nmiitanhosa, que alcança um máximo de 531 metros, i‘iii sua extremidade nordeste, e que fica cerca de 19 I m i distante da beira-mar.
r.uh: lateral de qualquer objeto; lado.
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1.5. Montes de Efraim. Trata-se de uma região localizada no Planalto Central, onde se localiza a tribo de Efraim, meia tribo de Manassés e um pouco da tribo de Benjamim. Esta região é também conhecida como "monte de NaftaIi", bem como norte de Israel e monte de Samaria (Js 20.7; Jr 31.5-6). Os mais importantes desses montes são: Ebal e Gerizim, conhecidos também como montes das bênçãos e monte das maldições (Dt 11.29; 27.1-13; Js 8.33). O mont e Ebal tem 300 met ro s e est mais de 100 metros acima do nível do Mar Mediterrâneo. 1.6. Monte Sião. Alguns entendem que significa "montanha ereta", outros dizem que é "estrutura", mas, não falta quem defende o significado "colina ressicada1 pelo sol". Este monte situa-se na região leste da cidade de Jerusalém, com aproximadamente 800 metros de altitude, sendo a montanha mais alta da cidade sagrada. Antigamente, nas proximidades deste monte estava a fortaleza dos jebuseus (2Sm 5.17; ICr 11.5). 1.7. Monte Moriá. Segundo a tradição judaica, este monte está localizado ao lado leste do monte Sião, medindo cerca de 800 metros de altitude. É de forma alongada, tendo na sua parte mais baixa o monte Ofel. A primeira vez que a palavra "Moriá" aparece na Bíblia é em Gênesis 22.2, e não se refere 1Tornar resseco; ressequir, ressecar.
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a um monte, mas, a uma região onde tem muitos montes; e foi em um destes montes o lugar em que Abraão iria sacrificar Isaque por ordem de Deus. 1.8. Monte das Oliveiras. Este monte está situado na região oriental da cidade de Jerusalém, separado da cidade pelo vale do Cedron. Ele faz parte de uma pequena cordilheira, com cerca de 3 km de comprimento. A distância deste monte até o centro de Jerusalém era de 15 estádios (Jo 11.18), cerca de 2.775 metros, "jornada de um sábado" (At 1.12). Betfagé"casa e Betânia neste monte, lietfagé significa do figo",estavam e Betânia, significa "casa da tâmara". Na encosta ocidental deste monte rstava o Jardim do Getsêmani. Nos tempos do AT, essa região de muita lisrtilidade, era coberta por grandes oliveiras, vinhedos, figueiras e outras árvores frutíferas e ui nament ais . A pal avra " Getsêmani" (hb.) significa ''prensa de azeite". 1.9. Áreas ao pé dos montes. Entre o litoral e as altitudes montanhosas rstende-se uma zona constituída de colinas baixas ,io pé das montanhas, outrora cobertas de florestas i‘ sic ôm or os 1. Hoje gran de parte dessa região i ultivada. 2.
Montes da Transjordânia. Os montes da Transjordânia são aqueles i|iie ficam ao lado oriental do rio Jordão, onde se i".labeleceram as tribos de Rúberi, Gade e a meia iiibo de Manassés. iiíínero de árvores da família das artocárpeas, espécie de Ii(i i i A ira, de oito a quinze metros de altura.
é
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A Transjordânia é uma região montanhosa semelhante à ocidental, porém mais elevada. A área é rica de água e fornece ótimas pastagens para grandes rebanhos de ovinos e bovinos. As montanhas sobem de 600 a 700 metros ao leste da Galiléia para quase 2.000 metros ao leste e ao sul do Mar Morto. Estas são cada vez mais chuvosas à medida que se elevam, constituindo uma faixa fértil entre o vale árido, de um lado, e o deserto arábico, do outro. 2.1. Montes de Basã. região nomontanhosa de Ao muita fertilidade, É que uma está situada Planalto Oriental. norte faz divisa com o monte Hermom, ao leste, limita-se com o deserto da Síria e parte do deserto da Arábia, e ao sul com o vale do Iarmuque e ao oeste com o rio Jordão e o Mar da Galiléia. Este monte é referido no Salmo 68.15. 2.2. Monte de Gileade. Este é mais um conjunto montanhoso, que vai do sul do rio Iarmuque e se estende até o Mar Morto. Toda sua extensão era de 90 km de comprimento, por 30 km de largura. O rio Jaboque divide esta região montanhosa, de leste a oeste, em duas partes quase iguais; ficando ao norte a tribo de Gade e ao sul a tribo de Rúben. Nos tempos de Jesus, esta região era chamada de Peréia. O nome "Gileade" tem srcem no encontro de Jacó com Labão (Gn 31.46-48), e logo após com o Anjo do Senhor (Gn 32). 2.3. Monte Nebo ou Pisga. Com 800 metros de altitude, este monte localiza-se a cerca de 15 km ao leste da foz do rio
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Jordão e por trás da Planície de Moabe, perto do Mar Morto. Alguns palestinólogos entendem que o monte Pisga (Nm 21.20) é um acidente geográfico do monte Abarim, que compreendia toda a região montanhosa, onde se localizava também o pico do monte Nebo. Calvário. Pequena elevação fora dos muros de Jerusalém. Fica ao norte, perto da Porta de Damasco (Lc 23.33). Calvário vem do latim " calvária" - crânio. Em hebraico é Gólgota - crânio, caveira (Mt 27.33; Jo 19.17). No local acima, em 1885 o general inglês Charles George Gordon descobriu um túmulo, cujas pesquisas revelaram nunca ter sido o mesmo ocupado continuamente. Passou a ser tido como o de Cristo.
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Questionário f
Assinale com "X" as alternativas corretas
1. O termo "T opo gr af ia " signifi ca, lit eralmente: a)D Grande porção de terreno plano b)[ZIDescrição de um lugar ou de uma região c)D Grande porção de terreno plano sobre montes ou serras d)D Conjunto de estados da atmosfera próprios de um lugar 2. O mais p rofund o val e de toda a face da ter ra, com 426 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo: a)Q Vale de Escol b)0 Vale do Jordão c)D Vale de Aijalom d)0 Vale de Hebrom 3. A ina é ger al ment eevista com dois os: a )Palest 0 O Planalto Oriental o Planalto de Uplanalt r b ) 0 O Planal to de Ur e o Planal to de Basã c)D O Planalto de Basã e o Planalto Central d ) 0 O Planalto Central e o Planalto Oriental f
Marqu e "C" para Certo e "E" para Errado
4.P=] A palavra "planalto" significa uma grande porção de terreno plano 5 . C O Plana lto O riental e stá subdivi dido em partes diferentes: Basã, Gileade e Moabe
três
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Hidrografia 1 O
sist ema hi dro grá fic o
da
Palesti na
é
talvez um dos m ais pob do aquela m undo. tempos patriarcais vemos o res quanto terraDesd teme os sido castigada pela seca. Mesmo com toda engenharia desenvolvida no atual Estado Israelense a terra ainda sofre com as terríveis secas, com exceção da orla marítima, onde as chuvas são mais freqüentes. Apes ar de todas estas deficiênci as, a Pale sti na é ch ama da na Bíblia de "terra que mana leite e mel" (Êx 33.3); " jardim regado" (Gn 13.10; Is 58.11); " terras das chuvas" (Dt 11.11); a " terra da abundância" (Dt 28.11). A hidrografia da Palestina pode ser dividida i:m três partes, a saber: Mares, Lagoas e Rios.
Mares Mar Mediterrâneo. Banha a Europa Meridional, a Ásia Ocidental, a África Setentrional e toda a costa ocidental da Palestina. Liga três continentes, Ásia, Africa e Europa e era o único mar navegado nos I( mpos bí bl ic os. A palavra "Mediterrâneo", não aparece na lUblia nenhuma vez, esse mar é mencionado na híblia com o nome de Mar Grande (Js 1.4); Mar ocidental (Dt 11.24); Mar dos Filisteus (Êx 23.31). Apesar de todos estes nomes, o termo mais usado na llíblia para se referir a este mar é "O Mar". 1 A palavra Hidrografia é formada por dois vocábu los gregos llldro" (água) e "graphein” (descrever); sendo assim, Hidrografia é a ciência que estuda as regiões aquáticas.
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Os gregos o chamavam de "Mar Grande", e os romanos de "Internum Maré”. Com uma extensão de 4.500 km, o Mediterrâneo é o maior dos mares internos. Neste mar estão as ilhas de Chipre (At 4.36; 11.19; 13.4; 15.39; 27.4), Creta (At 27.7,12 13,21; Tt 1.5) e Malta (At 28.1). Para os judeus, o Mediterrâneo constituía numa enorme defesa natural, em seu flanco ocidental, uma vez que na sua costa não havia nenhum porto exceto o da cidade de Jope. Mar Morto. Localiza-se no extremo sul do rio Jordão. Fica na foz do rio Jordão, entre as montanhas de Judá e as montanhas de Moabe, na região mais profunda do planeta. Não tem saída, mas produz uma imensa evaporação de aproximadamente oito milhões de toneladas de água por dia, o suficiente para controlar suas dimensões. No verão, a temperatura chega até Está situado entre Israel e a Jordânia, a 50°. uma distância de 24 km ao leste de Jerusalém. Tem cerca de 74 km de norte a sul e 16 km de leste a oeste, com um total de 930 km. O Mar Morto é prof undí ssi mo, medind o cerca de 300 metros de profundidade. Seu ponto mais profundo tem 410 metros. Fica a quase 369 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo, o que faz o mais baixo lençol de água do mundo. Ao longo da história, esse mar tem sido con heci do por div erso s nom es; e m alg umas passagens bíblicas ele é chamado de "Mar Salgado" (Gn 14.3; Nm 34.12), "Mar do Arabá" (Dt 3.17; 4.49), "M ar do Ori ent e" (Ez 47.18; J l 2.20 ; Zc 14 .8) . O Mar Mort o é um dos mais sa lga do s do planeta, sua água contém 25% de salinidade.
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Além do sal, existem em abundância nas águas desse mar outros elementos químicos como magnésio, cloro, potássio, cálcio, bromo e enxofre. ■*' M a r daO G a l i l é i a . Mar da Galil éia que não é pro pri ame nt um mar, mas um grande lago de água doce, está localizado ao lado norte da Palestina e é formado exclusivamente pelo alargamento do rio Jordão, num I recho do s eu curso. Com uma for ma o v al ad a1, nos lembra uma pêra. Este mar está aproximadamente a 18km ao sul do lago de Meron, e 96 km ao norte de Jerusalém. I stá a 212 me tr os a ba ixo do nível do mar Mediterrâneo, medindo aproximadamente 18 km de •umprimento e cerca de 14 km de largura. As suas margens que dão para o oriente .íío montanhosas, enquanto o seu lado ocidental e 11a parte noroeste estendem-se planícies férteis com (Idades que foram muito importantes nos tempos bíblicos. Tem em média 45 metros de profundidade; ii sua parte mais rasa não chega menos de 4 metros (1(5 pr ofun dida de; e a sua pa rt e m ai s fun da não vai .ilém de 50 metros de profundidade. Fic a s it uad o em uma gra nde bacia, (.lusada por uma grande falha geológica. Com águas ivermelhadas e turvas, deságua exausto sobre este Uiande lago de água doce o rio Jordão. Apesar disso, |t suas águas são relativamente limpas. Além do rio Jordão , ele recebe muitas Imites em suas margens. Entretanto, suas praias localizadas ao norte e ao leste são barrentas e i nchosas. O Mar da Galil éia nos te mpo s bíbl icos íipirece com vários nomes, a saber: 1 Ior nado oval.
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✓ Q u i n e r e t e (Dt 3.17; Js 13.27; 34.11). Esse vocábulo vem de " significa "cítara", pelo fato de parecer instrumento musical, que é ovalado, s
s
s
19.35; Nm Kinnor", que com este em forma
de uma pêra. Lag o de Gene saré (Lc 5.1; Mc 6.53). Ganhou esse nome, pelo fato de estar localizado em uma planície no seu ângulo noroeste chamada "Genesaré". Este nome significa "Jardim do príncipe". Tiberíades (Jo 6.1,23; 21.1) recebeu esse nome, por causa da cidade de Tiberíades, construída pelo rei Herodes Antipas, em homenagem ao imperador Tibério César. Mar da Galil éia (Mt 4.18). Esse nome lhe foi dado pelo fato de estar localizado em uma divisão política do Império Romano na Palestina, chamada de "Galiléia".
Lagos O únic o lago ex is te nt e em todo o t palestínico é o Lago de Merom; mencionado apenas duas vezes no livro de Josué (Js 11.5,7) com o nome de "águas de Merom". O seu nome atual é "Lago de Hulé" (nome árabe). Esse lago mede cerca de 8 km de comprimento por 6 km de largura, tendo 3 a 4 metros de profundidade, está a 2 metros acima do nível do Mar Mediterrâneo e a 280 metros acima do Mar da Galiléia, lugar aonde iam as águas que por ele passava. O seu nome signi fica li ter "superior", talvez pela sua posição geográfica, ao compará-lo com o Mar da Galiléia e o Mar Morto.
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As suas águas eram doces e produziam muitos pei xes. A sua part e nor te era i nóspita1, e icpleta de mosquito transmissor da malária. Antigamente, nas margens desse lago vi ja va 2 o papiro. Essepela lago engenharia não exi st edemais, porq ue foicetotalmente drenado Israel, ioduzindo-o a uns pequenos açudes.
Rios Todos os cursos de água da Palestina (com exceção do Jordão) são de pouca expressão. A palavra "Rio" no hebraico aparece em diversas lormas: s "Wadi", Trata-se de uma ravina3, ou de um leito seco onde só correm águas em seu leito no período do inverno ou de chuvas. S "Nãhãr", é o vocábulo normalmente usado para designar um rio comum. Os rios da Palestina são divididos em duas hiicias hidrográficas: tio Jordão,
Bacia do Mediterrâneo
e Bacia
l. Bacia do Mediterrâneo. 1.1. Belus. Esse não é propriamente dito um rio de .'i()uas perene, mas tão somente um "Wadi", que fica •,eco por quase dois terços do ano. Tradicionalmente irm sido identificado com o rio Sior-Libnate mencionado em Josué 19.26. Apesar de não ser identificado a localidade deste rio, muitos autores dizem que ele deveria estar ao sul da tribo de Aser, onde corria um riacho. I [Ti que não se pode viver. Ilrotar, produzir, lançar. 1I scavaç ão pr ovoc ada pel a enxur rada;
1
barranco.
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O nome "Belus" foi dado pelos gregos. Os judeus e os árabes o chamam hoje de "Nannã". 1.2. Quisom ou Kschon. de umdo rio e pode de águas rápidas, emTrata-se certos meses anoprofundo quase não ser atravessado. Este é o maior rio da Bacia do Mediterrâneo, e o segundo de toda a Palestina, perdendo somente para o Jordão. Esse rio nasce nas pequenas correntes dos montes Gilboa e Tabor, e vai recebendo águas de outras pequenas vertentes; correndo na direção noroeste do monte Carmelo, ele passa pela planície de Esdraelon; e em fim, deságua no Mar Mediterrâneo, na parte sul da baía de Acre. Sem muita certeza, alguns autores dizem que o seu nome significa "turvo e tortuoso". Em Juizes 5.19 esse rio é chamado de "águas de Megido". Em virtude do grande episódio que envolveu o profeta Elias e os profetas de Baal (lRs 18.40), é atualmente chamado de "Nah el Mukatta"
que significa "rio da matança".
1.3. Caná (Js 16.8; 17.9). Trata-se de um "Wadi" e não de um rio de águas perenes. Nascendo em Samaria, esse rio se estende pela planície de Saron irrigando suas terras em di reção a o mar Med it err âne o onde ter min a o seu curso. Tem esse nome, em vi rt ude do seu leito correr Efraim".nas proximidades da cidade de "Caná de 1.4. Gaás (2Sm 23.30; lCr 11.32). Aqui temo s um outro " Wadi”, que atravessa o território de Saron na direção lesteoeste ter mi nand o no Mar Mediterrâneo, nas proximidades da antiga cidade de Jope.
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1.5. Soreque (Jz 16.4). O nome "So req ue" signifi ca "vinha sele ta". Este também não é um rio perene, porém, um "Wadi". A palavra Soreque, indicava tanto um ribeiro quanto vale, deentre longe daum cidade Zorá.Asquelom e Gaza, não muito Este rio nasce nas montanhas de Judá, ao sudoeste da cidade de Jerusalém, e anda em direção noroeste findando o seu trecho no Mar Mediterrâneo entre Jope e Ascalom, na região setentrional da l ilistia. 1.6. Besor (ISm 30.9,21). A palavra "Besor" no hebraico significa "Refrigério". Este é o maior "Wadi" da Palestina, localiza-se nas vizinhanças de Ziclague, na região sul de Judá. Nasce no sul das montanhas de Judá, iiassa pelo lado sul de Berseba e precipita-se no Mar Mediterrâneo cerca de 8km ao sul da cidade de Gaza. 2. Bacia do Jordão. Compreende-se como Bacia do Jordão, .111ueIas fontes de água que deságuam no leito do rio lordão, e elas estão tanto na parte leste como oeste ilo Jordão. Na lição 1 es tud am os so br e o rio Jo rd ão e Muatros principais riachos. Agora, continuamos a ver mlros riachos importantes: 2.1. Querite. Aqui temos mais um dos muitos "Wadi" existentes na Palestina. Até hoje se discute a verdadeira localidade desse ribeiro de águas iiil o rm it en te s1. ' i,M11' aprese nta in terr upçõ es o u suspe nsõ es; não contínuo.
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Baseando em IReis 17.5, onde diz que esse ribeiro está ao oriente do Jordão, alguns autores identificam-no na margem oriental do Jordão. Porém, a maioria dos autores diz que tal ribeiro situa-se na margem Entende-se que ocidental. esse "Wadi" desce dos montes de Efraim e desemboca no Jordão, pela margem ocidental, um pouco ao norte de Jericó, depois de percorrer uma região agreste, povoada de corvos e águias. 2.2. Cedron (Jo 18.1). Trata-se também de um "Wadi" e não de um rio perene. Não passa de apenas um riacho com regime de inverno, que atravessa o vale de Josafá. O ter mo é apl ic ado tant o ao riacho ao vale por meio do qual flui. O seu nome significa "turvo", "melancólico" (no hebraico). Somente nos tempos chuvosos é que produz águas impetuosas. Nasce a 2 km ao noroeste de Jerusalém e, correndo na direção sudeste, passa ao lado da cidade dedeJerusalém, e deságua Mar Morto, numa distância 40 km, por um leitonoprofundo e sinuoso (1 Rs 2.37; 15.13 ; 2Cr 15.16; J r 31.40; 2Sm 15.23) . 2.3. Iarmuque. Apesar de não ser mencionado na Bíblia, este rio é o principal afluente na região leste do rio Jordão. O seu corpo é formado por três braços, sendo que o mais setentrional recebe abundantemente águas das vertentes orientais e meridionais do monte Hermom. O seu encontro com o rio Jordão ocorre 6 km ao sul do Mar da Galiléia. 2.4. Jaboque (Gn 32.22,23). Este rio nasce no sul do monte Gileade, a princípio corre para o leste, depois para o norte e noroeste, fazendo uma semi-elípse, até despejar
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'.uas águas no Jordão entre o Mar da Galiléia e o Mar Morto, após um trajeto de 130 km. O seu nome significa "o que derrama". 2.5. ArnonO (Is 16.2; Nmseu 21.13; Dt 2.24). nome no hebr aic o "murmúrio". Nasce nas montanhas de Moabe e ao leste do Mar Morto termina o seu leito. Formado por dois braços esse rio percorre 80 km. Primeiramente, esse rio separava os moabitas dos amorreus e depois os moabitas do lerritório israelita da Transjordânia. Em épocas de chuva é bastante volumoso, mas no rigor do verão ( hega a secar .
sig nif ic
Desertos Palestínicos Deserto da Judéia. As áreas localizadas do Leste dos montes de Judá ao rio Jordão e ao mar Morto formam o deserto da Judéia. Subdivide-se este em vários desertos sem importância: Maon, Zife e En-Gedi. Nessa árida região, perambulou Davi quando era perseguido pelo rei Saul. Eis mais alguns desertos de Judá: Tecoa e Jeruel. Nesse território, o rei Josafá obteve estrondosa vitória sobre as forças moabitas e ,-irnonitas. Nessa mesma região, o profeta Amós exerceu o seu ministério e João Batista clamou i ontra seus reticentes contemporâneos. Desertos de Jericó, Bete-Áven e Gabaom. O des erto de Jeri có fica no terr itór io henjamita. Esse desolado território forma, segundo descreve o pastor Tognini, um longo desfiladeiro inchoso de cerca de 15 km que desce de Jerusalém a lericó.
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Nessa área, há muitas cavernas, nas quais escondem-se malfeitores. Essa região serviu de cenário para a Parábola do Bom Samaritano, contada por Jesus Cristo. Bete-Áven e Gabaom são outros importantes desertos de Jericó. Em Gabaom, por exemplo, obteve Josué importante vitória sobre os inimigos dos israelitas.
Clima da Terra Santa Israel, geograficamente, localiza-se na faixa subtropical. Explica-se, portanto, a variedade de seu clima. Genericamente, contudo, apenas duas estações sobressaem na Terra Santa: a chuvosa seca. Ambas são acompanhadas, respectivamente, com muito frio e calor. O clima nas montanhas. Um país montanhoso, assim é Israel. Hebrom émais o ponto maismetros. elevado Jerusalém, do territórioporisraelita, com de mil seu turno, encontra-se a 800 metros de altura. Nas montanhas, o clima é fresco e bastante ventilado. No verão, esse quadro altera-se um pouco, em conseqüência das correntes de ar quente provenientes do Sul e do Ocidente. Na cidade santa, durante o inverno, a temperatura chega a 6 graus positivos, com neves e freqüentes geadas. No verão, os termômetros oscilam entre 14 e 29 graus. O clima no litoral. Encontrando-se ao ocidente do mar Mediterrâneo, Israel é bafejado por reconfortadoras e constantes brisas, principalmente à noite.
e a
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Durante o inverno, a temperatura baixa para menos de 14° em Gaza e Jafa. No pico do verão, os termô metro s ch egam a regi strar 3 4o ! Em algu mas localidades situadas mais ao norte, o inverno torna se insuportável. O clima no deserto. De uma maneira geral, nos desertos de Israel, as temperaturas oscilam, no verão, entre 43°, 47° e 50°. Inclui-se, nessa classificação, o Vale do Jordão. Ventos. As correntes de ventos que varrem o Oriente Médio encarregam-se da formação do clima da Terra Santa: As úmidas, do mar Mediterrâneo; As frias, dos montes do Norte; e As quentes, das regiões desérticas. Eis como os hebreus classificavam os ventos: ^ Sa fo n, portador de geadas; Quadim, faz crescer a vegetação; s O do Oeste encarrega-se das chuvas; e ^ D a r o m é mensageiro do calor.
s
Há, também, uma corrente de ar proveniente da Arábia, cognominada Sirô. Esses ventos são tão quentes que chegam a queimar a lavoura. Estações. Depreendemos de algumas passagens bíblicas (|ue, no Oriente Médio, havia somente duas estações: inverno e verão. Diz o profeta Isaías: "E/es serão deixados luntos às aves dos montes e aos animais da terra e •iobre eles veranearão as aves de rapina, e todos os ,mimais da terra invernarão sobre eles" (Is 18.6).
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Começava o inverno em outubro e estendia-se até o mês de março. Nessa época, os montes cobriam-se de neve. O ve rão ti nha o seu iní cio em abril e ia setembro. Oscolher agricultores aproveitavam bem essa estação para e preparar a terra. Chuvas. Ao contrário do Egito, as chuvas em Israel são abundantes. As primeiras chuvas começam em outubro e, constituem-se em fortes aguaceiros, notadamente, no litoral. Nas montanhas, as precipitações são fracas e finas. No deserto não chove. Alguns estudiosos, porém, acreditam que, no tempo de Herodes, o Grande, as chuvas não eram escassas nas regiões desérticas. Isto porque, ele construiu uma fortaleza em Massada com grandes cisternas, para captar água proveniente das chuvas. Eis a média das precipitações pluviais: 1.090 mm por ano. O orval ho con ti nua a cai r na Terra Santa. mesmo as áreas desérticas recebem essa dádiva dos céus. O orvalho de Hermom, por exemplo, é proverbial.
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Questionário >’ Assinale com "X" as alternativas corretas 6. Quant o ao Mar Morto, é INCER TO af irmar que: a) EU É prof und íssimo, medi ndo cerca de 300 metr os b)[H Em algumas passagens bíblicas ele é chamado de "Mar Salgado" c)Q É um dos mais salgados do planeta, sua água contém 25% de salinidade d)0 Os gregos o chamavam de "Mar Grande", e os romanos de "Internum Maré" /. O único lago existente palestínico é o Lago de: a)CU Ledã b|)KIMerom c)D Orontes d)Q Leontes
em
todo
o
território
H, Os rios da Palestina são divididos em duas bacias hidrográficas, a saber: a)CH Baci a da Gali léia e Bacia do Atlântico b ) 0 Bacia do Atl ântic o e Bacia do M ar Morto c)H. Bacia do Mediterrâneo e Bacia do Jordão d)EH Bacia do Jordão e Bacia do Golfo Pérsico ' Marq ue "C" pa ra Certo e "E " para Er rado '• £ j "Wadi", é o vocábulo hebraico normalmente usado para designar um rio comum III-[«'_] O Mar da Galiléia não é propriamente um mar, mas um grande lago de água doce
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Lição 3________________ Geografia Econômica edaHumana Palestina
Devido a variedade do clima e do solo a Palestina oferece também abundante variedade de produtos nos três reinos da natureza: vegetal,
Reino Vegetal No reino vegetal os produtos mais comuns <’ram o trigo, a oliva e a uva. Estes eram os elementos alimentação hebreus e "pão, lormavam obásicos trinômioda tão repetido nadosBíblia .i/eite, e vinho". Também era comum: cevada, lentilha, feijão, pepino, cebola, alho, mostarda, figo, melão e etc. Das plantas silvestres podemos citar: o i *dro, o pin hei ro , a fai a, o ca rv al ho , a acá ci a, a lulmeira, a murta, o lírio do campo e a rosa de mon. Embora em maior ou menor proporção, 11 (i(Ie - se en cont ra r toda est a fl ora pela ex te ns ão tot al Hn território palestino. Convém notar aqui que: 11 Na Judéia são mais comuns os olivais e vinhedos, que prosperam mesmo em terrenos pedregosos;
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■/ Em Sama ri a, são os bo sq ue s de ac ác ia s, c ed ro s e pinheiros; ■s Na Galiléia, os cereais, embora estes sejam também comuns nos vales e planícies de outras regiões.
Reino Animal Os animais palestínicos mais importantes eram: s A vaca, a ovel ha, a ca br a, a mula, o ca mel o, o jumento, o cavalo e o cão, na ordem dos
s
s
domésticos que serviam tanto para o alimento como para o trabalho e transporte; Corça, lebre, chacal, lobo, raposa, leopardo, leão, hiena, víbora, camaleão e outros na ordem dos selvagens, dos quais somente uns poucos podiam servir para o consumo; Perdiz, codorniz, pombo, galinha, avestruz, cegonha, rola, pelicano, corvo e tantas outras
aves; s Abel has e gaf anh oto s de v árias espécies, moscas, mosquitos, formigas, etc., na ordem dos insetos; e s Uma abundan te var ied ade d e peixes (ce rca de 43 espécies). Referência especial merece o gafanhoto que até hoje é consumido como alimento, especialmente pela classe pobre, e do qual João Batista se alimentava. Arrancando-lhe as asas e os pés, puxa-se a cabeça, comprimindo ao mesmo tempo o corpo, assim retirando-lhe os intestinos. Depois o corpo do gafanhoto é secado ao sol, tostado no fogo ou frito no azeite, e está pronto para o consumo.
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Reino Mineral Entre os metais o mais abundante parece tuses vizinhos. Assim, a Palestina comerciava os ■'.%us produtos com Sí ri a, Arábia, Egito e in in ci pal men te com a Fenícia (Ez 27.17).
Os Habitantes Primitivos da Palestina Bem da noschegada primórdios da história étnica i'|l«stina, antes de Abraão a terra entãoda ■li.ima da Canaã, a reg ião era o cu pad a por di ver sa s 11ihos conhecidas sob o nome geral de cananeus (Gn I ’ (>; 24. 3- 37) ; es sa s tri bo s er am dez , a pr inc ípi o, i 'Mluzindo-se para s ete no tempo da c on qu is ta (Gn i 18-21; Dt 7.1). Pelo que nos informa Moisés em Gênesis ui i 5 20, qu as e t od os os po vo s da reg iã o da Te rr a 'Li Pro mess a e ram da esti rpe2 cami ta, pois eram cndentes do filho mais moço de Cão, chamado 1.-ui,|ã. As cidades desses povos eram muradas e i"i i II Içadas, ca da uma ten do o seu pr óp ri o rei, l.lllO.
*11 1111'm, tronc o, li nh age m, raça, asc
en dê nc ia , cepa.
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exceto umas poucas que eram de natureza mais nômade. Esses reinos eram, geralmente, independente s e bastante bel ico sos 1 para alcançar a supremacia. reinos,subordinados e em certas épocas quaseAlguns todos desses eles, eram ao Egito. Os mais importantes deles são os seguintes: @ Ca nan eus . Ainda que esta designação seja, aplicada, na linguagem bíblica, a todos os povos da Palestina primitiva, no sentido mais restrito se limitava aos descendentes de Canaã que habitavam na costa do Mediterrâneo, desde a baía do Acre até Jope, ao norte da Palestina, desde o Mediterrâneo até o vale do Jordão, e ao longo do vale do Jordão até ao sul do Mar Morto. As provas arqueológicas nos dão a idéia desta distribuição. @ Am orre us. É outro povo descendente de Canaã, filho de Cão, embora alguns historiadores, baseados em Deuteronômio 1.44, o classifiquem como cananeus. Parece, porém, mais razoável fazer uma distinção entre os dois povos parentes. Os amorreus ocupavam no tempo da conquista à região ao sul e leste de Jerusalém e a vasta região montanhosa ao leste do Jordão, a Transjordânia (Nm 13.29). @ He teu s. Também estes são camitas, pois descendem de Hete, filho de Canaã e neto de Cão (Gn 10.15). Hoje são conhecidos como hiteus e hititas, nos registros históricos e arqueológicos. 1 Habituado
à guer ra.
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Parece que no tempo de Abraão era um povo que rivalizava com os cananeus e os amorreus em poder e número. Pelo que já se conhece deste povo, as áreas porestendiam-se eles ocupadas, em adiversas épocasnorte de sua história, desde Ásia Menor, da Palestina, Síria, indo até o rio Eufrates. Abraão os encontrou também em Hebrom (Gn 23). Heveus. Segundo Gênesis 10.15-17, este povo também era camita, pois descendia da família de Canaã, filho mais novo de Cão. Pouco se sabe de sua hist ória. Parece que não era muito n umer os o. Nos dias d e Jac ó uma colônia deles encontrava-se em Siquém. A área maior por eles ocupada, em mistura com algumas outras tribos, foi ao oeste de Hermom (Js 11.3; Jz 3.3). Jebuseus. Jebus ou Jerusalém era o único lugar onde luibitava este pequeno povo, pois não é mencionada mitra área oc upad a por eles. Porém, ainda que pequeno, era um povo valente. Enc as te la do na sua ci dadel a de Ofel (Sião?) resistiu aos ataques de Josué e seus exércitos, embora este lograsse aprisionar e matar a M'u rei (Js 10.23,24). 'f1 Pe rize us. Este era um dos povos que habitavam na ivrra de Canaã e que parece evidente não ter srcem i .imita, pr im ei ram ent e, por nã o co ns ta r o seu nome ii.i lista dos filhos de Cão em Gênesis 10.15-20, e i.nnbém por não ter o costume de murar as suas i idades, uma vez que a sua oc upa ção era a
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agricultura, como provam as escav ações arqueológicas, levando, portanto, um tipo de vida diferente. @ Re fa in Também s.
conhecidos como anaquins e emins (Js 11.21 e Dt 2.10-11). Também estes não parecem possuir qualquer parentesco com os cananeus. Habitavam em algumas regiões de ambos os lados do Jordão e de Hebrom, pertencendo a uma raça aborígene1de gigantes (Dt 2.10).
@ Gir ga zeu s. Segundo Gênesis 10.16, eram camitas. São várias vezes mencionados na Bíblia, mas não se sabe em que parte da Palestina habitavam. Alguns admitem que tenham ocupado alguma área na margem ocidental do Jordão, ou ao oeste de Jericó.
Os Habitantes Vizinhos da Palestina nos Tempos da Conquista pelos Hebreus Devido a posição geográfica da Palestina, vários foram os povos que se limitavam com ela. Alguns desses povos vizinhos eram francamente hostis ao povo de Deus, outros apenas desconfiados, e só uns poucos - como os fenícios - de atitudes cordiais. @ Am aleq uitas . Freqüentemente citados na Bíblia; sempre hostis ao povo de Deus; de srcem muito incerta. Era um povo numeroso e poderoso, nômade, cujo 1 Diz-se d e habitante de r indígena, nativo.
egião de
que é srcinário; autó
ctone,
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U:rritó rio principal hcava entre o Mar deserta entre o sul l dom ao leste (sul
era de gue rri lha s e pi lh ag en s1 e Vermelho ao sul, Neguebe (área da Palestina e Egito) ao oeste e do Mar Morto), (ISm 15.7).
antes do como seu extermínio2,Durante Deus vários usou séculos os amalequitas instrumentos para castigar o seu povo rebelde (Jz 1.12-13; 6.3-5). ^ Edomitas ou Idumeus. Estes são semitas, pois são parentes dos hebreus, descendentes de Esaú, irmão de Jacó. O cap ít ul o 36 de Gêne si s fala da nume ros descendência de Esaú que se estabeleceu na montanha de Seir, ou seja, na região entre o sul de Moabe e Mar Morto e o Golfo de Ácaba, que é um v.isto maciço montanhoso de cerca de 180 km de extensão, conquistado pelos aborígenes horeus onde llnresceram cidades como Elath (lRs 9.26), Ezion(..rber (Dt 2.8), Bosra (Gn 36.33) e Selá ou Petra ( J Rs 14.7), que foi a capital. Herodes, o de Grande, que de 10 anos sobre os ju us dura ntegovernou o domí nicerca o ro mano, i*i.i idumeu. Moabitas. Segundo Gênesis 19.37 os moabitas eram descendentes de Moabe, filho de Ló que era sobrinho di' Abraão. Portanto, também eles eram semitas. Apesar do parentesco, sempre foram Inimigos declarados dos hebreus, embora algumas v*ies demonstrassem boa vontade para com alguns drlfts - como no caso de Davi e sua família quando P*1!segu ido s por S aul (ISm 22. 3). i ui Lo praticad o pelas tro pas que oc upam cid ades ii i omb at es ; saq ue. .■nina total; ch acin a, ass ola ção , a ni qu ila me nt o.
con qui sta das
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Ocupavam o território ao leste do Mar Morto e do Jordão até a altura do rio Jaboque. Como fizeram os edomitas, também os moabitas recusaram a Israel passagem pelo seu território quando este já se aproximava de Canaã. Moabe foi reduzido à ruína por Nabucodonosor, para nunca mais se reerguer. Contudo, Deus honrou uma mulher moabita, Rute, escolhendo-a para bisavó de Davi, integrando, portanto, a linhagem de Jesus. É o que ameniza a triste memória daquele povo. @ Mid ian Eram itas . semitas, pois descendia de Midiã, filho de Abraão com Cetura (Quetura), (Gn 25.1-6). Antigas listas genealógicas árabes mencionam uma tribo por nome Ketura, dando como seu local de habitação as proximidades da cidade de Meca. Tudo faz crer que mais tarde se expandiram para oeste-norte, pois nos tempos de Moisés parece que a "terra de Midiã”, para onde este fugira do Egito e onde se casara (Êx 2.15-22), ficava ao leste do Sinai. Nos dias do patriarca Jacó, seu filho José foi vendido a uma caravana de mercadores midianitas que o levaram ao Egito, onde o venderam como escravo ao capitão da guarda de Faraó, Potifar (Gn 37.25,28,36). Parece, pois, tratar-se de um povo nômade que finalmente desapareceu. @ Am on ita s. Igualmente semitas, descendentes de Ló (Gn 19.38), viviam nômades na região da Transjordânia, ao norte do rio Arnon, entre o Jordão e o deserto arábico. Foram muito cruéis e vingativos para com o povo de Israel, atacando e pilhando muitas vezes por longos anos durante os períodos dos Juizes e do Reino.
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@ Sírios. Ao nordeste e norte da Palestina ficavam os domínios da Síria cujas relações com o povo de Deus foram ora fraternais, ora hostis. Sabemos que os sírios (ou arameus) aos quais nos tempos do Reino Unido de Israel eram organizados em pequenos reinos independentes, sempre conhecidos pelo nome de sua cidade principal, eram da estirpe semita. Três destes reinos sírios limitavam-se com a Palestina e em diversas épocas guerreavam com esta; eram eles: ^ Dama sc o e (o u Ar am -D amacom sc o)Israel; , que foi mais poderoso mais hostil para s Zobá (ou Aram-Zobá), situado ao oeste de Damasco, indo até Hamate (ISm 14.47); e •/ Maaca ( ou Ar am- Ma ac a), ao oest e de Zobá, in do até os limites da Fenícia (lCr 19.7-19). ^ Fenícios. Este foi um grande povo que habitava na estreita faixa de terra ao norte da Palestina, entre os montes Líbanos e o Mediterrâneo, desenvolvendo, I><*Ia navegação e comé rcio, uma v asta riqu ez a (Ez .>/). Este povo era camita (Gn 10.15-19), embora ■■na língua pertencesse ao gr upo s emita. As duas cidades que sobressaíam em 'Inerentes épocas eram Tiro e Sidon. As divindades iMlncipais dos fenícios eram Baal e Astarote, cujo 11 'ninado 1to se em se Israel e atingiu auge no de infiltrou Acabe que casou com a o princesa meia Jezabel.
Filisteus. Este povo, cuja srcem é desconhecida (umbora pela referência de Juizes 14.3, em que os lilrleus são chamados "incircuncisos", possa f '
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concluir-se que, não sendo semitas, deveriam ser camitas), ocupavam uma área de terra no extremo sul da costa palestínica e eram extremamente belicosos, razão por que Deus não permitiu que o seu ocasião êxodo seguisse caminho mais povo curtopor para Canaãdoque passava pelao terra dos filisteus (Êx 13.17). As cinco cidades fortificadas dos filisteus representavam os cinco estados independentes, mas confederados, e cujos nomes foram Asquelom, Gaza, Gat, Azdod e Ecrón. Na divisão da Terra da Promessa, a Filistia coube às tribos de Judá e Dã. Somente depois da morte de Josué é que Judá atacou a Filistia e tomou Gaza, Asquelom e Ecrón (Jz 1.18). Nunca foi possível uma paz permanente entre os filisteus e os hebreus. Estiveram em lutas constantes durante toda a história de Israel, isto é, durante os períodos dos Juizes, do Reino Unido, dos Dois Reinos e de Judá quando ficou sozinho na Palestina. Depois do cativeiro de Judá, a Síria anexou a Filistia e só depois das conquistas de Alexandre, o Grande, que destruiu Gaza, a última cidade fortificada que resistiu, que os filisteus desapareceram para sempre como povo. Além desses povos vizinhos mais próximos que apreciamos neste estudo, devemos mencionar os grandes povos mais distantes dos limites da Palestina e com os quais Israel teve relações diplomáticas, ou belicosas. São eles: s Os eg íp ci os ao sul, e s Babil ónico s e assí rios ao les te. Não nos deteremos nos detalhes da história dessas relações, uma vez que esta já foi abordada na parte referente ao Mundo Antigo.
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Questionário y
Assinal e com "X" as altern ativas corretas
I.
El ementos básic os da al ime nt aç ão dos hebreus: a ) B O tri go, a oli va e a uva b ) d O mel, o fei jão e a oliva c)CH O milho, o trigo e o arroz d ) D O arroz, o fei jão e a mandioc a Foi alimento de João Batista e até consumido, especialmente pela classe pobre
hoje
é
a)0 Hiena b)DChacal c)D Camaleão d ) 0 Gaf anhot o I. Ante s da chega da de Abr aão à Can aã, a região era ocupada por divers as tri bos con hec ida s sob o nome geral de: a)ED Assírios b)El Cananeus c)D Palestinos d)D Filisteus Marque "C" para Certo e "E" para Errado i
|l | Os amoni tas e os moabi tas são des ce nde nt es de i'có, neto de Abraão
I
I1 | Os refains também são conheci dos como anaquins f emins, e pertencem a uma raça aborígene de
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Cidades Palestínicas Abraão,
quando
chegou
à
Terra
da
Promessa (Canaã), já encontrou muitas cidades, das quais algumas são mencionadas no livro de Gênesis. Geralmente as cidades palestínicas antigas eram construídas sobre elevações ou mesmo montes, cercadas de muros defensivos de altura e largura variadas, com portas pesadas providas de trancas seguras, com torres de vigia sobre os muros e ainda uma vala1circulando-as por fora dos muros (Dt 3.5). palestínicas:Passemos em revista as principais cidades ® Je ri có . Segundo alguns pesquisadores, Jericó, se não é a cidade mais antiga do mundo, certamente é a mais antiga de toda a Canaã. Fica localizada na parte inferior do vale do Jordão, a 8 km deste na direção oeste, a 12 km ao norte do Mar Morto e 24 km de Jerusalém na direção leste; e, ainda, a 272 metros abaixo do nível do Mediterrâneo, junto à fonte de Elizeu ou Ain es-Sultan. No tempo da conquista de Canaã pelo povo de Israel, Jericó era uma cidade grande e bem fortificada, dominando a passagem do Jordão ao sudeste da Palestina à margem do caminho de Jerusalém para a Transjordânia. ^ H eb ro m . Situada ao sul das montanhas de Judá, ao oeste do Mar Morto, a 32 km ao sul de Jerusalém, figura também entre "as cidades mais antigas do mundo". 1 Vala profunda que s
erve par a de ma rca r terra s o u domínios.
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Seu nome primitivo foi Quiriate-Arba (Gn 23.2; 35.27; Js 14.15; Jz 1.10). Hebrom não é mencionada no Novo Testamento. Existe até hoje, inm o nome de el-Khalil, habitada em sua grande maioria por maometanos que construíram sobre a ■in ti g a cova de Ma cpela uma mesquita 1, on de vo da da 2 a en tr ad a de cr is tã os . Belém. Também é uma das mais antigas cidades dii Palestina. Situada a 10 km ao sul de Jerusalém, iid estrada que vai de Hebrom, numa colina de 700 metros de altitude nas montanhas de Judá, numa icgião sobremodo fértil.bíblico é Bethlehem-Efrata (que Seu nome '.ignifica "casa de pão") ou Belém de Judá, para distinguir de outra cidade de igual nome existente na Planície de Esdraelon. A primeira menção de Belém na Bíblia é iHativa nos tempos patriarcais, na morte de Raquel, .1 amada de Jacó, que ocorreu pouco ao norte desta i idade p or oca si ão do na sc im en to de Benj ami m (Gn is.16-19). Também ali nasceu Davi, o notável rei de Ijrael, e Jesus o Filho de Deus e Salvador do mundo. ^ Jo pe (Jaf a ou Ya fa ). É outra cidade das mais antigas da l'. destin a. Segun do al guns escri tores antig os lulestínicos e romanos - é até antediluviana. Segundo os registros egípcios o seu nome |.i eraa.C.), conhecido dias de Totmes I 'I i5 bemnos como nosFaraó de Faraó A III me (1490no tep e IV (( .irtas de Tel-EI-Amarna, 1370 a.C.). Situada cerca de 60 km ao noroeste de ii iusalém, na costa do Mediterrâneo, era o porto da I fi npl o mao met an o, impedida, proibida, interditada.
é
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capital israelita. Jope sofreu muitos ataques e arrasamentos dos exércitos inimigos através dos tempos, isto é, egípcios, assírios, gregos, romanos, turcos, cruzados e franceses. Porém, sempre voltou anorte, prosperar, juntoTel-Aviv, da velha Jope, do lado ergue-see ahoje, moderna o grande centro dos sionistas1judeus. Havia uma vila na Galiléia com o mesmo nome, Jafa, ou Jafia. 0
S iq u é m . Esta é mais uma das cidades antigas da Pal est in a, pois a sua hi stó ri a rem onta 2 a mais d e 2.000 anos a.C., nas peregrinações de Abraão. Fica situada entre os montes Ebal e Gerezim, na Samaria, bem no centro geográfico da Palestina, no fértil vale de Siquém e ali erigiu o seu primeiro altar na terra de Canaã após a aparição do Senhor que lhe declarou: "À tua semente darei esta terra" (Gn 12.6,7). Mais tarde, Jacó, ao voltar da Mesopotâmia, fixou-se ali e levantou um altar ao
Senhor (Gn 33.18-20). Nas cercanias de Siquém Jacó cavou um poço que se tornou célebre pelo encontro que se deu junto do mesmo entre Jesus e a mulher samaritana. Também ali foram enterrados os ossos de José trazidos do Egito (Js 24.32). Ainda em Siquém Roboão, filho de Salomão, foi coroado rei de Israel, mas, devido à sua imprudência e arrogância, o reino foi dividido, e Jeroboão, o rei das dez tribos revoltadas, fez de Siquém a capital do Reino do Norte (lRs 12). Conforme 2Reis 17.24 certamente também Siquém 1 Mo vime nto político e religios o jud aic o iniciado no séc. X IX, q ue visava ao restab elec ime nto, na Palest ina, de um Estado judai co, e que se tornou vitorioso em maio de 1948, quando foi proclamado o Estado de Israel. 2 Con ser to , refo rma, reparo.
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recebeu os colonos assírios que após a queda do Ueino do Norte estabeleceram-se nas cidades de Samaria e de cuja mistura com os judeus remanescentes resultou a raça samaritana. A cidade foi destruída e reconstruída várias vezes. Modernamente é chamada Neblús. Samaria. Fundada em 921 a.C. por Onri, rei de Israel e pai de Ac ab e, esta ci da de foi uma das mais Importantes e influentes na vida de Israel. Situada a 8 km ao noroeste de Siquém, num monte aproximadamente de 100 metros de ■ iltitude, rodea da de mural has qu ase i n ex pu gn á ve is 1 <■foicapital do Reino do Norte dur ant e 200 anos. Caiu sob o pod er da Ass ír ia em 722 a . C., tlnpois de um prolongamento do cerco que começou no tempo de Salmanasar V e terminou no de Sargão II. Hoje no local há uma pequena povoação por nome Sebustieh, rodeada de ruínas que estão sendo '■xploradas e estudadas por várias entidades .li queol ógi cas . Notáveis são os restos da chamada t ol un at a2 de Herod es", de dois qu il ôme tr os de extensão, que apesar dos dois mil anos decorridos lá <**.Lã o como testemunhas da antiga gl ória de .imaria. Nazaré. A 22 km do extremo sul do Mar da Galiléia, ii.i direção oeste fica a cidade de Nazaré onde ii.inscorreu a infância e a juventude de Jesus, razão IK-la qual Ele foi conhecido como Jesus de Nazaré, ilnje é a cidade palestina de maior proporção de ustãos entre os seus habitantes. invencível, indestrutível, inabalável. <■rie de c ol u na s di sp o st as s im et ri ca m en te .
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@ Ce sa réi a. Fica a 75 km ao noroeste de Jerusalém, entre Jope e o monte Carmelo, no litoral do Mediterrâneo. Foi construída por Herodes, o Grande, no localdeda Stantiga Torre ra to , cidadela e co gnodos min filisteus ada1 Cechamada sar éia em homenagem a César Augusto, imperador romano. Nos tempos do NT foi a cidade mais célebre da Palestina por tratar-se de sua capital política. Lá estava a sede de administração civil e militar da província romana. Os grandes edifícios, o templo, o anfiteatro, o hipódromo, os teatros, ruas pavimentadas, instalações de água e esgoto, etc, fizeram a glória da cidade, embora por pouco tempo. Foi ali que nasceu o célebre Eusébio primeiro historiador da Igreja Cristã e o primeiro geógrafo da Palestina. @ Cesaréia d e Filip o. O tetrarca Filipe deu este nome à antiga vila fenícia de Baal-Gade em honra a Tibério César, seu protetor. E para distinguí-la da Cesaréia do Mediterrâneo acrescentou-lhe o seu próprio nome. Ampliando e embelezando a cidade que se encontra ao sopé do monte Hermom; Filipe fê-la uma espécie de estância de veraneio para a aristocracia da época. @ Tib ería de s. Fica na margem ocidental do Mar da Galiléia (ou lago de Tiberíades) a 8 km de extremidades sul do referido mar. A cidade não é mencionada no AT e uma única vez seu nome aparece no NT (Jo 6.23). 1 Designar por
cognom e; apelid ar, alcunhar, chamar.
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Depois da destruição de Jerusalém veio a ser o centro do judaísmo na Palestina. Para lá foi transfe rido o Sin éd rio 1 e for am constr uídas m uita s si nag og as 2, fu nd and o- se a célebr e academia rabínica que preparou o Mischná, o Talmude Palestínico (também chamado Talmude de Jerusalém) que é uma coleção de tradições e interpretações do AT. @ Cafarnaum. Não há certeza absoluta do local exato de Cafarnaum. Sabemos, porém, que era cidade da costa noroeste do Mar da Galiléia, a principal entre outras tantas da região, posto militar rorriano (Mt 4.13; 8.5) e centro de recolhimento de impostos do império (Mt 9.9; 17.24). Mas o fato mais importante para os estudiosos da Bíblia é que Cafarnaum era a cidade residencial de Jesus, bem como do seu discípulo Pedro (Mt 9.1; 8.14-17). Também foi ali que o Salvador realizou o maior número de mi|agres e pronunciou os mais profundos ensinamentos. Jerusalém. "Lugar de paz", "habitação segura". Entre ís cidades mais célebres do mundo encontramos lerusalém. E no que diz respeito à história bíblica »■la ocupa o primeiro lugar. Esta posição privilegiada de Jerusalém não i‘stá em sua extensão, nem em sua riqueza ou expressão cultural e artística, e sim em sua profunda r ampla relação com a revelação, ou seja, no seu •■rntido religioso. I ntr e o s anti go s ju de us , trib una l, em Jer us alé m, for mad o por as questões icerdotes, anciãos e escribas, o qual julgava iiii nin ais ou admi nis tra tiv as refe ren tes a uma tr ibo 0u a U ma i hl ,i de, os crim es polí tico s i mp or tan te s, et c. A partir do exílio babilónico (séc. VI a.C.), local de reunião dos i-.i .lel itas, par a a lei tu ra da Bí bli a e a pr ece .
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Ela foi, de um modo especial, o cenário das manifestações patentes e evidentes do poder, da justiça, da sabedoria, da bondade, da misericórdia, enfim, da grandeza de Deus. Por isto as alusões proféticas e apostólicas a apresentam como o próprio símbolo do céu (Is 52.1-4; Ap 21). f
s
Nome. Durante a sua longa história, cerca de 4.000 anos, a cidade era conhecida por vários nomes, assim como: Urasalim, Salém, Jebus, Jerusalém, Sião, Cidade de Davi ou Cidade do Grande Rei, Cidade de Deus ou Cidade Santa, Cidade de Judá, Aelia Capitolina. Localização e Topografia. Jerusalém fica situada na parte sul da cordilheira central da Palestina, ou seja, nas montanhas de Judá, na mesma latitude do extremo norte do Mar Morto, a 21 km ao oeste do mesmo e a 51 km ao leste do Mediterrâneo. Está edificada sobre um promontório a 800 metros de altitude, subdividido série de fica montes elevações. Aoem lesteuma do promontório o valeou de Josafá ou Cedron que separa a cidade do Monte das Oliveiras. Ao oeste e ao sul fica o vale de Hinon (gr. Gehena ) que em certa época da história foi o "vale da matança", assim chamado por causa dos sacrifícios das crianças em holocausto ao ídolo Moloque (2Rs 23.10; Jr 7.31-34) e dos fogos que ardiam constantemente, consumindo o lixo da cidade, os de tri tos 1 dos hol ocaus tos pag ãos, etc. Daí, por analogia, a palavra grega Gehena - que significa "vale de Hinom" - veio a designar o lugar de castigo eterno dos condenados, o inferno (Mt 13.42; Mc 9.43-48).
1 Resíduo d e um a substância;
resto s.
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Costumes Os habitantes do Oriente Próximo, ou das terras bíblicas, sempre tiveram, como ainda têm, os seus estilos peculiares de vida, de expressão e de pensamento. Isto se deve às particularidades geográficas, étnicas e religiosas dos mesmos.
Família Hebraica Casamento. Os hebreus consideravam o casamento de srcem divina e de importância básica para a vida individual, social e nacional (Gn 1.28; 2.18). Segundo o ideal divino, o casamento havia de ser mon og âm ic o1 (Mt 19.1 -8) ; a poligamia e ra tolerada no Antigo Testamento, porém no Novo Testamento inteiramente repudiada. A concubinagem era tolerada nos casos de esterilidade mulher legítima, mas freqüentemente lambém foradadesta condição, especialmente entre os ricos, nobres e reis (Gn 16.2; 30.3,4,9; ISm 1.2; 2Sm 5.13; Jz 8.30; lRs 11.3). A posição da concubina sempre era de uma «■sposa sec un dá ri a, pois g er al me nt e era uma se rva (escrava) ou prisioneira de guerra, e poderia ser despedida em qualquer tempo e sem qualquer direito de amparo (Dt 21.10-14). Entretanto, a Bíblia não esconde os males da poligamia e da concubinagem. O casamento misto «•ra proibido em defesa da família, da tribo e da pureza da raça (Dt 7.1-4). ' Re gr a, costu me ou prátic a socia lme nte r egu lam ent ada segun do (|ual uma pessoa não pode ter mais de um cônjuge.
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Hav ia tamb ém o ca sa me nt o por le vi ra to 1, quando por morte do marido que não deixava filhos, o irmão deste deveria casar-se com a cunhada'viúva para suscitar descendência ao seu irmão falecido (Dt 25.5). **" Co n t ra t o de c a s a me n t o . Este, geralmente, era feito por terceiros pai do noivo, seu irmão mais velho, tio, ou algum amigo muito chegado, e só excepcionalmente pela mãe (Gn 21.21; 24.38; 34.8). Em alguns casos o próprio filho fazia a sua escolha, ficando, porém, com terceiros as negociações (Gn consultas 34.4). Estas consistiam nas quanto ao destino dos bens por força do enlace - que não poderiam enfraquecer a tribo e nem expor a moça ao desamparo (Nm 36); e nos acertos quanto ao dote que o noivo havia de pagar ao pai da moça (uma espécie de dádiva que compensava a perda da filha), geralmente oscilava entre 30 e 50 siclos e selava o contrato matrimonial, mas que podia ser efetuado também em forma de trabalho, como no caso de Jacó (Gn 29.15-20; 34.12; Êx 22.17; ISm 18.25; Gn 24.25-53). O dote da concubina era o preço da compra (no caso de serva ou escrava). Os casamentos consangüíneos entre os hebreus eram proibidos (Lv 18.1-18), embora fossem comuns entre os caldeus (Gn 20.12), egípcios, persas e outras nações orientais. Noivado. Este era o "primeiro ato" do casamento, porém tão importante que somente a morte ou infidelidade podiam dissolvê-lo. 1 Prá tic a socialmente institucionalizada do casamento de u viúva com o irmão de seu marido, ou a regra matrimonial que prescreve esse tipo de casamento
ma
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Desde o momento em que o noivo entregava à noiva, ou ao representante dela, na presença de testemunhas uma moeda com a inscrição "Seja consagrada (casada) a mim" - uma espécie de juramento - o jovem casal era (Rt 4.9 11) considerado casado, embora a sua vida conjugal se efetuasse só depois das núpcias (Mt 1.18) que, segundo o Talmude, poderiam ocorrer um mês depois para as viúvas e um ano depois para as virgens (no caso de Jacó duraram sete anos). Durante o noivado o homem era isento do serviço militar. Depois do exílio babilónico adotou-se o costume de lavrar um compromisso escrito. Núpcias. A festa de núpcias durava, geral ment e, sete dias (Jz 14.12), prolongando-se exce pci onal ment e, até catorze dia s. O noivo, sendo rico, distribuía roup a nup cial aos con vida dos (Mt 22.11). Sainée-^Tâ sua casa, acompanhado de seus amigos e vestido de sua melhor roupa, ao som de música e de cânticos ia à casa dos pais da noiva. Quan do as núpcias^ eram rea li zad as noite, as pessoas que acompanhavam o cortejo muniam-se de tochas (lâmpadas). Recebendo a esposa na casa dos pais desta, com rosto velado, acompanhada das bênçãos paternais, o esposo a conduzia, em cortejo ainda maior, para a casa de seus pais ou para a sua própria, onde se seguia o banquetenupcial depois(Mt o qual os noivos eram conduzidos à câmara 22.1-10; 25.1-13). Nos seis dias subseqüentes, as festas continuavam, embora mais resumidas. A lua de mel legal era de um ano, durante a qual o marido estava Isento das obrigações militares.
à
Divórcio.
A dissolução dos laços matrimoniais entre os hebreus era permitida como uma "necessidade cala mitosa", porém nã o apr ovad a, e mesmo repudiad a já na última parte do Ant igo T es ta me nt o (Dt 24.1; Ml 2.13-16) . Ta mb ém Jes us repudi ou o di vó rc io , exceto no caso de adu lt éri o (Mt 19.3-9). 0 divórcio tinha que ser efetivado por um documento escrito, chamado "carta de divórcio" que era entregue à mulher pelo marido (Dt 24.3; Mt 19.7), para lhe dar direito a um novo casamento. Se porém , viesse a divorciar-se do seu seg und o marido, ou mesmo se est e vi es se a mor re r, já não pod eri a reconciliar-se com o primeiro, uma vez se encontrava contaminada pela coabitação com outro h o m e m (Dt 24.4). O s fi lhos.
Estes eram considerados dádivas divinas (SI 127.3-5), especialmente os do sexo masculino. Por issoa esterilidade era julgada como uma falta do favo r de Deus. A herança era dividida somente entre os fi l h o s do sexo mascu li no. As fil has s olt eir as eram sustentadas pelos irmãos até que se casassem. Seu casamento podia ocorrer somente com alguém de d e n t ro da mesma t ribo. A primogenitura era honrada e respeitada entre todos os povos orientais. O primogênito re ce bia a porção do bra da dos bens pat erno s; com a m or te do pai, as su mi a a di re çã o da famí li a e as fun çõ es sac erd ota is da mesma (na época ant eri or à d oa çã o da lei mos aic a). Quanto à educação o pai era obrigado a ensinar-lhes desde cedo um ofício que lhe garantisse a subsistência (Nm 27; Dt 21.15-17). Áquila, Priscila e Paulosabiam fabricar tendas (At 18.1-3).
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Questionário f
Assinale com "X" as alternativas corretas
6. É a cidade mais anti ga de Canaã e segundo al gun s pesquisadores pode ser a mais antiga do mundo a)0 Cafarnaum b)[H Samaria c)D Nazaré d)El Jericó 7.
Quanto à Jer usal ém, é INCOE RENT E dizer que a)[U Era Sião, conhecida nomes, de assim Jebus, Cidadepor de vários Davi, Cidade Judá,como: etc b)0 Seu privilégio está em sua extensão, riqueza, expressão cultural e artística c)Q No que diz respeito à história bíblica ocupa o primeiro lugar d ) d Está entre a s cidades m ais célebres d o mundo
8. A festa de núpcias: a)0 Eram realizadas somente à tarde b ) D Durava geral mente um mês, prol ongando-s e excepcionalmente, até dois meses c ) 0 O noiv o, sendo rico, dist ribuí a roup a nupc ial aos convidados d ) d A lua de mel legal era de um mês e o mari do estava isento até das obrigações militares f
Marque "C" pa ra Certo e "E " pa ra Errado
9.ÍF1 Na família hebraica, a herança era dividida entre os filhos sem distinção de sexo 10. C A ci dade de Nazaré foi onde infância e a juventude de Jesus
tr ans co rr eu a
I
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A
Lição 4 ________________ Geografia Política da Palestina
Antes
dos
aspectos
geográficos
relacionados aqui com umasresumo fasesdo político-históricas, apresentamos aspecto ético dos hebreus, no que diz respeito, particularmente, à sua srcem.
Origem dos Hebreus Deus tomou um caldeu, Abraão, no sul da Babilônia, de srcem semita, para nele constituir um povo seu que viesse beneficiar todas as demais raças com a revelação que lhe daria do seu caráter, sua natureza e seu propósito (Gn 12.1-3). A data de nascimento de Abraão não é possível determinar com precisão, mas a época geralmente aceita é o ano 2.000 a.C. Com 75 anos de idade o patriarca deixou a sua cidade natal, Ur dos caldeus, ambiente idólatra e po li teí st a1, eLó emi gr ou emlocalizada co mp anao hi anoroeste de seu dapa i e seu sobrinho para Harã, Mesopotâmia. Algum tempo depois, morrendo seu pai Tera, Abraão deixa Harã com sua mulher Sara e seu sobrinho Ló e parte para Canaã ou Palestina, ao sudoeste de Harã, terra que Deus havia prometido 1 Religião em
que h á plural idad e de deuses.
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ao patriarca e sua descendência por herança perpétua (Gn 12.1-9). Não sabemos em que tempo também Naor, irmão de Abraão, fixou-se em Harã, mas tudo faz crer que foi ali que Abraão mandou buscar esposa para seu filho Isaque - Filho da Promessa, encontrando-a na pessoa de sua sobrinha-neta, Rebeca, ou seja, neta de seu irmão Naor. Mais tarde o neto de Abraão, Jacó, encontra na mesma parentela e no mesmo lugar as suas duas esposas - Lia e Raquel, filhas de Labão, irmão de Rebeca. Destas duas uniões e mais duas com as concubinas, Bila e Zilpa, que eram servas das suas esposas, nasceram a Jacó doze filhos, cujas famílias deram srcem às doze tribos de Israel. Depois de aproximadamente 100 anos de peregrinação na Terra da Promessa, Abraão morreu aos 175 anos de idade. Seu filho Isaque, seu neto Jacó, e os doze bisnetos com as respectivas famílias, habitaram na mesma terra, porém sem possuí-la, durante mais ou menos 215 anos, quando a tribo de Jacó desceu para o Egito onde já estava José, filho de Jacó, como primeiro ministro de Faraó. Nesta altura eram 70 os descendentes de Jacó em sua tribo. A área geográfica percorrida pelos três patriarcas durante as suas peregrinações na Palestina ficava entre Siquém, Betei, Hebrom e Berseba; portanto, a parte central e a do sul, próximo ao Naquela Egito. época da formação pré-tribal dos hebreus, a Palestina estava ocupada por vários povos, uns maiores, outros menores, sendo que o predominante era o cananeu. Durante a permanência dos israelitas (como são chamados os filhos de Israel ou Jacó) no Egito - que durou 215 anos, segundo a Septuaginta
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(tradução grega do Antigo Testamento) e 430 anos segu ndo Êxodo 12.40 - a_s^ doze tribos desenvolveram-se num grande povo que no tempo do Êxodo deve ter chegado a cerca de três milhões de segundo entendidos. Este pessoas, povo, que junto os do cálculos Sinai foidos constituído em nação, entrou em Canaã praticamente com o mesmo número de almas (cf. Nm 1.46 e 26.51). A áre a co nqu is tad a por Josué somada àquela que na Transiordânia já fora conquistada por Moisés, juntas não representava mais que uma sexta parte da área prometida por Deus a Abraão, que era desde o Egito até o rio Eufrates (Gn 15.18). Não foram conquistadas a Filistia, a Fenícia, as terras de Emate (Síria) e nem as partes de Edom e Moabe ao sul e leste do Mar Morto. Conforme Atos 7.2-4, Abraão habitava em Ur dos caldeus quando Deus o chamou para uma terra desconhecida. Mas, de acordo com o que Mois és relata n o ca pí tu lo 11 e 12 de Gên esi s, a chamada dele só se deu em Harã, após a morte de seu pai.
Alguns eruditos entendem que Moisés não narrou a chamada de Abraão em Ur porque o seu pai ainda vivia, visto que no regime patriarcal o filho não podia aparecer com proeminência enquanto o pai vivesse. Mas com a morte do seu pai em Harã, ele passa a assumir a chefia da expedição.
Divisão Política da Palestina
No AT foi a Palestina dividida entre as 12 tribos de Israel. Manassés (parcialmente), Gade e Rúben; ficaram ao leste do Jordão; Aser, Manassés (em parte), Efraim, Dã (em parte) e Judá; ficaram na área litorânea;
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Naftali, Zebulom, Issacar e Benjamim; estabeleceram-se na região central; Duas ficaram nas extremidades: Dã (Norte), e Simeão (Sul). A divisão política da Palestina mudou com o correr dos tempos e dos governos.
A Palestina e Jerusalém A Palestina teve várias capitais, a saber: Gilgal, no tempo de Josué (Js 10.15); Siló, no tempo dos juizes (ISm 1.24); Gilbeá, no tempo do rei Saul (ISm 15.34; 22.6); Je ru s a lé m , da época de Davi em diante (2Sm 5.6-9). Seu primitivo nome foi Salém (Gn 14.18), depois Jebus (Js 18.28) e por fim Jerusalém (Jz 19.10). Nos dias do Novo Testamento a capital política da Judéia era Cesaréia, não Jerusalém, como já mostramos. Mispá 40.8). Por pouco tempo foi capital, durante (Jr o cativeiro babilónico. Tiberíades. Foi outra capital da Palestina, isso após a revolta de Bar-Cóchega, em 135 d.C. ■*" J e ru s a l ém c o mo ca pi t al da Pa l es t in a. Fundada pelos hititas (Nm 13.29; Ez 16.3). Fica a 21 km ao oeste do Mar Morto, e a 51 ao leste do Mar Mediterrâneo. Nos tempos bíblicos tinha cinco zonas ou bairros: Ofel, ao sudeste; Moriá, ao leste; Bezeta, ao norte; Acra, ao noroeste e Sião, ao sudeste. Na distribuição da terra de Canaã, Jerusalém ficou situada no território de Benjamim (Js 18.28). Foi conquistada em parte por Judá, mas pertencia de fato a Benjamim (Jz 1.8,21). Tinha
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povo de Judá e Benjamim (Js 15.63). É chamada Santa Cidade, em Neemias 11.1; Mateus 4.5. Jerusalém saindo do jugo romano caiu em poder dos árabes em 637 d.C., e, salvo uns 100 anos durante as Em Cruzadas, daí sempre 1518 os turcos cidade conqu muçulmana. is tar am- na. Em 1917, os britâni cos ass umi ram o cont role, fic ando a Palestina depois sob seu mandato por delegação da então Liga das Nações. A par ti r de 1948 pas so u a ser ci dad e soberana (isto é, o setor novo), porém, na Guerra dos Seis Dias em 1967, foi reconquistada aos árabes, os quais dela tinham se assenhoreado na guerra de 1948. Reedificada sempre sobre suas próprias ruínas, Jerusalém permanece a Cidade Eterna do mundo, símbolo da Nova Jerusalém que se há de estabelecer na consumação dos séculos. Jerusalém será então metróp ole mundial. Isso, duran te o Milênio, quando estará vestida do seu prometido esplendor (Is 2.3; Jr 31.38; Zc 8.22). Nesse tempo Israel estará à testa das nações. Na Jerusalém de hoje nada pode ver-se da Jerusalém de Davi, de Salomão, de Ezequias, de Neemias e de Herodes. Tudo se acha sepultado sob os escombros de muitos séculos, sob metros e metros de entulho. ^ Cidades visitadas por Jesus. Nazaré (Lc 4.16) Betânia (Jo 1.28) ® Caná (Jo 2.1) Sicar (Jo 4.5) ® Naim (Lc 7.11) Cafarnaum (Jo 6.59)
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Betsaida (Lc 9.10) Corazim (Mt 11.21) Tiro e Sidom (Mt 15.21); Cesaréia de Fiiipe (Mt 16.13) Jericó (Lc 19.1) at> Emaús (Lc 24.13,14)
No Tempo da Conquista e dos Juizes Esse período tem sido datado entre 1400 a.C., o mais tardar. Se essa data posterior for aceita, isso já nos leva à chamada idade do ferro. Na época, os ganhos territoriais de Israel foram alternadamente desafiados e confirmados, enquanto os israelitas procuravam dominar os povos por eles conquistados, mas que se rebelavam. A fé dos hebreus consolidou-se em torno da adoração a Jeová, embora com período de ap os ta si a1. Emergi u daí uma notável f é mono teí sta , que estava destinada a exercer efeitos duradouros sobre a espiritualidade do mundo. Uma vez encerradas as campanhas da conquista, Josué repartiu a terra entre as doze tribos da seguinte maneira: A tribo de Levi não teria herança, mas teria 48 cidades entre as demais tribos por todo o território conquistado (Js 21.41). A parte de José, filho de Jacó, seria dividida entre os seus dois filhos, Efraim e Manassés, perfazendo, assim, outra vez o número de 12 as heranças na terra conquistada. Para facilitar a fixação da posição das 12 tribos na terra conquistada, dividimos a distribuição 1Abandono da fé de uma igreja, especialmente a cristã.
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delas em dois grandes agrupamentos: Tribos da Palestina Oriental, ou Transjordânia, e Tribos da Palestina Ocidental, ou Canaã propriamente dita. 1. Tribos da Palestina Oriental, ou Transjordânia. Estas são duas e meia: Rúben, logo ao norte de Moabe e ao leste do Jordão; Gade, ao norte de Rúben e ao leste do Jordão; Meia tribo de Manassés, ou Manassés Oriental, ao norte de Gade e ao leste do Jordão e do Mar da Galiléia. 2. Tribos da Palestina Ocidental, ou Canaã. Estas podem ser divididas em três grupos: Grupo do Norte - Naftali, Aser e Zebulom, entre Fenícia, Mediterrâneo e Jordão, ou Galiléia; Grupo do Centro - Issacar, Manassés Ocidental (meia tribo de Manassés), Efraim, Benjamim e Dã, ou mais tarde Samaria; ->• Grupo do Sul - Judá e Simeão, posteriorment e conhecida como Judéia. Durante o período dos Juizes esta divisão permaneceu praticamente a mesma, porém com menos precisão devido às misturas dos elementos das tribos pelo casamento e emigração de áreas mais desertas para as mais propícias à agricultura e pecuária, como no caso da tribo de Simeão que se confundiu com a de Judá.
.Divisão Política no Período do Reino Unido Neste período a Palestina possuía a sua maior área em toda a sua história, ou seja, aquela que fora prometida por Deus a Abraão. Foi quando, devido às conquistas de Davi e Salomão, o território hebreu estendeu-se desde Filistia, Berseba e o Golfo
de Ácaba (ou cidades de Ezion-Geber e Élate ao sul), até a Babilônia ao leste, abrangendo Edom, Moabe e Amon, até Hamate e Damasco, ou Síria ao norte (2Sm 8).
Os Reis de Israel O período dos Juizes terminou com o início da monarquia israelita, iniciada por Saul. A monarquia adquiriu maior ímpeto com o rei Davi, e atingiu seu ponto culminante de glória com o rei Salomão, filho de Davi. A partir de então as datas podem ser fixadas com exatidão. A era áurea de Salomão fica entre 961 e 922 a.C. Nesse tempo, Israel atingiu o máximo de sua extensão territorial, e Salomão desfrutou de um período pacífico.
Divisão Política no Período dos Dois Reinos Comocinsabemos, a morte de Salomão o rein o hebreu di u- se 1após em dois : 1. Reino do Norte ou de Israel. Com a capital inicialmente em Siquém e depois em Samaria, integrado pelas áreas ocupadas por 10 tribos, a saber: Dã (no extremo norte, ao pé do Hermom, para onde havia emigrado do sul devido à pressão dos filisteus e cananeus nos dias dos Juizes), Aser, Naftali, Issacar, Zebulom, Manassés Ocidental (meia tribo), Efraim e uma parte de Benjamim, ao oeste do Jordão, e Manassés Oriental (meia tribo), Gade e Rúben ao leste do Jordão. Recorde-se que a tribo de Levi não recebeu herança territorial na divisão da terra conquistada 1 Sepa rar, divid
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por ser tribo sacerdotal, mas 35 de suas 48 cidades que foram dadas aos levitas estavam localizadas na área do Reino do Norte. Com o culto idólatra estabelecido por Jeroboão - primeiro rei do Reino do Norte - em Dã e Betei, muitos dos levitas retiraram-se para Judá. E devido à incapacidade dos reis, às barreiras naturais - como o vale do Jordão e montanhas na vastidão territorial - que impediam o desenvolvimento de uma unidade política sólida, os reinos de Damasco, Hamate, Amon e Moabe sacudiram o jugo hebreu e um após outro recuperaram a sua independência. Assim os limites do território de Israel na parte norte voltaram ao que eram antes da época davídica. 2. Reino do Sul, ou Reino de Judá. Com a capital em Jerusalém, abrangendo o território das tribos de Judá, Simeão e parte de Benjamim. Como se vê, a área deste reino era muito menor e mais pobre que a do norte. As partes anteriormente subjugadas por Davi, comovoltaram algumasà cidades dos filisteus reduzindoe o reino de Edom, sua independência, se, assim, a extensão territorial da parte sul do antigo Reino Unido. Com a ascensão da Assíria, o Reino do Norte caiu nas mãos deste império e o povo foi levado em cativeiro em 722 a.C. (lCr 5.26; 2Rs 17.6) para nunca mais voltar às suas herdades. Em lugar do povo de Israel, os reis assírios colocaram populações de outras áreas conquistadas do seu império (2Rs 17.21-41), especialmente em Samaria e seus arredores (áreas de Efraim e Manassés) de cuja mescla com os remanescentes judeus originou-se a raça dos samaritanos; raça esta que evoluiu para uma seita que adotava apenas o Pentateuco, com variantes samaritanas, e cujo
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centro religioso era o templo construído no monte Ge rizim , formando u m si nc ret ism o1 relig ioso semp re hostilizado pelos judeus (2Rs 17.33).
A Palestina no Período de Judá Sozinho Depoi s da qu ed a do Reino do Norte, o Reino d e Judá pe rm an ec eu mais cerca d e 135 anos em seu território, bastante reduzido, e como tributário da Assíria durante maior parte desse período. Porém, com a ascensão da Babilônia sobre a Assíria veio o cativeiro de Judá pela Babilônia, ao templo de Nabucodonosor. A invasão ocorreu em 605 a.C., quando o rei de Judá era Joaquim. Judá foi reduzido a um estado de vassalagem e a maioria dos habitantes entre eles Daniel - foi levado em cativeiro para a Babilônia, de modo que aquela data assinala o começo dos 70 anos de cativeiro babilónico, embora a queda defi nit iva do rein o só oc or res se e m 587 a.C., com a destruição de Jerusalém. Em 2Crô nic as 32-36, o estu dant e po de encontrar um resumo dos acontecimentos deste período e assim perceber as circunstâncias em que se deu o término do estado judeu na Palestina.
1 Tendênc ia à unificação de id éias o u d e doutrinas diversific e, por vezes, até mesmo inconciliável.
adas
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Questionário y
Assin ale c om "X" as alterna tivas cor reta s
1. No Antigo Testamento foi a Palestina dividida em:
a)CH 2 tribos b)Q 7 tribos c)EI 12 tribos d)[H 14 tribos
2. Não possuía herança no Tempo das Conquistas: a)EH Tribo de Dã b)® Tribo de Levi c)[H Tribo de Naftali d)[U Tribo de Zebulom 3. Per íodo em que a Pal est ina pos suí a a sua mai or área em toda a sua história: a)0 Período dos Juizes b)0 Período do Reino Unido c)D Período dos Dois Reinos d)EH Período de Judá Sozinho y
Marque "C" p ara Ce rto e "E" p ara Errado
4.1£-1Logo após a mort e de Saul o reino hebreu dividiuse em dois: Reino do Norte ou de Israel e Reino do Sul ou Reino de Judá 5.1 Q Al guns eru dit os ent end em que Moi sés não narrou a chamada de Abraão em Ur porque o seu pai ainda vivia, pois no regime patriarcal o filho não podia aparecer com proeminência enquanto o pai vivesse
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Durante o Cativeiro e a Restauração Durante os 70 anos do cativeiro babilónico a Palestina como tal deixou de existir, senão como umainfluência província deda governos Babilônia fantoches subdivididadasemáreas setores de da Síria, Samaria e Judá. Os tributos pesados impostos pela Babilônia e a insuportável influência das populações pa gã s al iení genas1 a modificar o s costumes judaicos e a pureza racial entre os costumes judaicos e entre os rem an es cen te s2 (ex cet o na áre a de Judá no qu e diz re spe ito à mjjs oge naçã o3 das popu laç ões ), fizeram com que muitos judeus que ficaram na Palestina emigrassem mais tarde, como refugiados, para o Egito, pois temos referências bíblicas e descobertas arqueológicas que indicam este fato (Tafnes, Migdol, Nofe ou Mênfis e Patros, referida em Jeremias 44.1, e Ilha Elefantina). O cativeiro babijônico cessou com a supremacia da Pérsia sobre o Mundo Antigo. Quando odecretou rei persa, Ciro, ano subjugou rei qual da Babilônia, no mesmo uma leio pela foi dada permissão aos judeus que quisessem voltar para a sua terra, Judéia, reconstruir o seu templo em Jerusalém e restaurar o seu culto (2Cr 36.22,23). Isto aconteceu em 538 a.C., quando, então, começou o longo e penoso período da restauração do estado judeu na Palestina, ou mais propriamente nos limites reduzidos do antigo Reino de Judá. O panorama geográfico da nova comunidade judaica, restaurada sob a proteção persa e administrada por governadores nomeados 1Que ou quem é de outro país; estrangeiro. 2 Que remanesc e; restan te, re man ente . 3 Cruz amen to inter-racial; m estiç amen to, c aldeame nto.
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pela Pérsia - como foram Zorobabel e Neemias - era muito insignificante. O seu limite setentrional começava na margem ocidental do rio Jordão pouco acima de Jericó, e
4
passando ao norte de Betei findava em Jope, na costa do Mediterrâneo. O limite do flanco oeste partia de Jope e em direção sudeste ia até Hebrom. Ao sul o limite era uma linha entre Hebrom e Mar Morto na direção leste. E ao lest e o seu li mite e ra a cos ta o ci den ta l da parte noroeste do Mar Morto e a margem ocidental do rio Jordão até um ponto pouco ao norte de Jericó.
Entretanto, o fator importante era a cidade de Jerusalém, a antiga capital, no centro desta área. A sua reconstrução (notadamente o Templo e os muros da cidade) requereu muito sacrifício, polarizando as futuras esperanças pelo ressurgimento da vida nacional na Terra Santa.
A Palestina no Período Grego A domin açã o gr ega se cun dou 1 os per sa s em 331 a.C. com a marcha de Alexandre, o Grande, sobre Jerusalém. Porém, a situação políticogeográfica da Palestina não se alterou muito. Com a morte do grande conquistador macedônio, as áreas conquistadas passaram às mãos dos seus quatro generais, dos quais, dois - Ptolomeu e__Se]euco, respectivamente reis gregos do Egito e da Síria - passaram a disputar a Palestina. Por 122 anos, isto é, de 320 a 198 a.C., a Palestina permaneceu sob os ptolomeus do Egito. Durante este 1Auxiliar, ajudar (em funções); coadjuvar.
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período, por força da política helenizadora dos ptolomeus, os judeus aos poucos iam se fixando em outras áreas da Pajestina, como Gajjléia, Peréia (ou Transjordânia), etc. rra, ent em 19 8 a.C., An tí oc o, oNaGrgue an de quere eraEgit o o 6e oSíria rei selêucida da Síria, arrebatou a Palestina ao Egito. Porém a política de helenização dos selêucidas foi muito mais violenta que a aos ptolomeus, aliás, a dos ptolomeus era ape nas per sua si va, ao passo que a dos selêucidas foi de uma violência cruel. Com o re sultado da tira nia sac ríl ega 1 dos gr ec o-s ír io s ec lo di u2 a revolt a dos mac abe us, da famí li a dos has mon eus , que em 167 a.C. saiu vitorioso da luta. Seguiu-se, então, um período de independência sob o governo dos reis-sacerdotes.. macabeus até 63 a.C., quando o general romano Pompeu tomou a cidade de Jerusalém, permitindo, porém, que os macabeus continuassem na posse do trono até 40 a.C. quando Herodes, o Grande, (um idumeu) foi nomeado, pelo senado romano, rei da Jjjdéja.. Nesta altura a Judéia já não era apenas a antiga área do Reino de Judá, mas Judéia, Samaria, Galiléia, Traconites e Peréia.
Sob o Domínio dos Romanos - Divisão Política no Tempo do Novo Testamento A Palestina, sempre foi um lugar altamente estratégico. As nações do passado, como, egípcios, assírios, caldeus, medo-persas e gregos se valeram muito dessas vantagens; entretanto, quem mais aproveitou de tudo isto foram os romanos. 1 Us o profano d e pessoa , lugar ou objeto sagrado; 2 Vir à luz ; su rgir , apa rec er.
profanação.
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"Por seus territórios passavam as grandes estradas, que levavam a todas as partes do mundo; sendo assim, possuindo os romanos a Palestina, tinham na mão a chave do Oriente Médio". No ano 63 a.C., o general romano Pompeu, entrou em Jerusalém e através de um tratado possuiu o Estado judaico. No tocante a assuntos administrativos os romanos eram rígidos, mas, no tocante à religião eles eram bem flexíveis. Nos tempos de Cristo, a Palestina era dividida em cinco regiões diferentes que podemos chamar de distrito ou província. Três dessas regiões, ficavam ao ladcPõcídental do rio Jordão, e duas ficavam ao lado oriental. As províncias ocidentais são: Galiléia, no extcemo norte, Samaria, na região central e Judéia, no extremo sul da Palestina. Galiléia. Essa província ficava na região onde antes pertencia as tribos de Zebulom, Aser, Naftali e grande parte de Issacar. Estava localizada no terreno montanhoso ao norte de Samaria, sendo a mais setentrional de todas as províncias ao lado oeste da Palestina; o seu nome significa "rodar", ou "círculo". Limitava-se na parte sul com Sánrraria, ao leste com o rio Jordão, águas de Meron e com o mar que leva o seu nome; ao oeste, com o Mar Mediterrâneo e com a Fenícia. Essa província ficou famosa em virtude da exuberante fertilidade existente em suas terras, e das grandes variedades de plantas que ali me dr ava m1. Possui um clima com pl et ame nt e Iropical. Essa região mede aproximadamente 50 km de largura, por 100 km de comprimento. 1Crescer, vegetando; desenvolver-se.
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Samaria. Localizada na região central da Palestina, essa pr oví nc ia si tua va -s e ent re a __Judéia e cordilheira do Carmelo, a 60 km ao norte de
r $>
a
Jerusalém. Limitando-se no seu lado leste com o rio Jordão, oeste com o Mar Medjterrâneo, norte com a Galiléia e ao sul a Judéia. Era nos seus termos que se encontrava a famosa Planície de Saron, que na época era ocupada quase exclusivamente por gent_e pagã. Os samaritanos eram hostis para com os judeus. A srcem dos habitantes dessa região é descrita em 2Reis 17.24-33. Tinham construído um templo igualIReis ao de Jerusalém no Onri, montereiGerizim (Jo 4.20). Em 16.24, diz que de Israel, comprou um outeiro de um homem chamado Semer^ onde construiu a cidade de Samaria em honra ao antigo proprietário. @ Jud éia . Era a maior província da Palestina. Essa região consistia exatamente no que antes eram os territórios das tribos de Judá, Simeão, Dã e Benjamim. No decorrer da história houve muitas mudanças nos limites geográficos, entretanto, podemos descrever mais ou menos esses limites da seguinte forma: iniciando ao extremo sul da Palestina até ao norte onde se limita com Samaria, ao leste com o rio Jordão e ao oeste com o Mar Morto. Nesta divisão política ficava o centro religi oso do iudaLs mor a cidad e de Jer usal ém, onde foi construído o templo (At 1.8; 2.9; 8.1; Gl 1.22; Jo 3.22; Lc 1.65, etc).
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As províncias orientais são: Peréia Decápolis, cujas divisões políticas se localizam ao leste do rio Jordão. ®
e
Peréia.
divisão epolítica (província) limitava-se ao oeste doEssa rio Jordão uma porção nordeste do Mar Morto; ao sul com o rio Arnon. Sua capital era a çidiLd_e de Gadara, que não pode ser confundida com a cidade homônima da província de Decápolis. Nos tempos antigos essa região pertencia à tribo de Rúben, Gade e a meia tribo de Ma.nesses. A palavra "Peréi.a" vem do grego e significa "Terra d° além-Jordão". Apesar de não ser peloinferência, nome em referindo-a toda a Bíblia, essa divisão émencionada descrita por como "a outra banda do Jordão" (Mt 3.5-6; 4.15-25; Mc 3.7-8; Jo 1.28; 3.26; 10.40).
@ Decápolis. Esta província era um distrito que começava na Planície de Esdraelon, e se abria para o vale do Jordão se expandindo para o lado do oriente. Era composta de dez cidades, como sugere o próprio nome. A palavra "Decápolis" vem do grego "deca" que significa "dez cidades". Tratava-se de uma confederação de dez cidades unidas em um só costume e uma só cultura, isto é, cultura grega. Essas dez cidades eram: Hipos, que ficava na margem oriental do Mar da Galiléia; + Damasco, situada um pouco mais ao norte; Rafana e Canata, que ficavam extremo leste; Diom, Gadara e Citiópolis, que no se localizavam ao extremo oeste; Pela, Filadélfia e Gerasa, situavam-se ao extremo sul. 111
Do extremo norte ao extremo sul, a área cobria cerca de 190 km. Além dessas cidades, mais oito aldeias ao sul de Damasco foram acrescentadas por Ptolomeu, elevando o número total de dezoito cidades. Esta região é mencionada em Mateus 4.25; Marcos 5.20; 7.31. Como sabemos, em 63 a.C. Pompeu tomou a cidade de Jerusalém. Com este feito a Judéia dos macabeus passou a ser uma província romana. Porém, só em 37 a.C., quando Herodes, o Grande, passou a governar a Judéia em nome de Roma, é que o domínio romano como tal se fez sentir. Herodes supe ri nt end ia toda a área da Palesti na nesse tempo, inc lusi ve a região de Decápol is. Porém no ano 4 d.C., após a morte de Herodes, toda esta região foi dividida com os seus três sucessores, dando-se o nome de Tetrarquia a cada divisão territorial. Assim: A Herodes Arquelau - que levou o tít ulo de etn arc a1 - foi dada a tetrarquia d e Samar ia, abrangendo as áreas de Samaria, Judéia e Iduméia; A Herodes Antipas, a tetrarquia de Galiléia, compreendendo a Galiléia e Peréia; A Herodes Filipe a região de Basã, dividida em cinco distritos: Gaulanites, Batanea, Auranites, Ituréia e Traconites; e A Lisânias, que não era descendente de Herodes, o Grande, coube a tetrarquia de Abilene, localizada entre Líbano e Antelíbano, região pertencente à Palestina nos dias de Salomão. Entre 41 e 44 d.C. Herodes Agripa I, neto de Herodes, o Grande, como o advento de Calígula 1 Gove rnado r de p rovín cia, no B aixo-Império.
112
ao trono do Império Romano, governou sozinho sobre todo esse vasto território das quatro tetrarquias, com sede em Cesaréia, onde morreu ignominiosamente (At 12). Após a morte de Agripa I, a região recebeu uma nova divisão política, sendo dividida em duas províncias: Ao norte, a chamada Quinta Província, que se compunha das tetrarquias de Filipe e de Lisânias, governada por Herodes Agripa II; e Província de Judéia, abrangendo Judéia, Samaria, Galiléia e Peréia, governada por procuradores romanos, com sede em Cesaréia. Ambas permaneceram até o ano 70 d.C., quando do geral s juddeeusTito,sufliquidou ocada de pelo s romanos, asob revolta o comando novo o Estado judaico, anexando-o à Síria.
Breve Cronologia da Palestina Depois do ano 70 da nossa era, destruído o Templo e arras ada a cidad e de Jer usa lém, devastadas as cidades e povoações de toda a área da Judéia redu zid as à escr avo s fug iti vos o u cadáveres, a Palestina deixou de ter qualquer importância política. Só depois do ano 323 d.C., quando o Imperador Constantino abraçou o Cristianismo, porém, cessaram as perseguições aos judeus e cristãos e a Palestina gozou de alguma importância, mas com a decadência do Império Romano (476 d.C.) a Palestina foi relegada a um longo esquecimento até quase o fim da Primeira Guerra Mundial, quando os aliados invadiram e libertaram a Palestina do Império Otomano abrindo em seguida, com a famosa Proclamação de Balfour (1917), as portas do país à imigração judaica em ampla escala.
Desde a queda do Império Romano Ocidental até os dias atuais a Palestina esteve sob as mais variadas influências políticas, cujo quadro cronológico segue abaixo: 2 De 476 a 634: A Palest ina é uma proví nci a | long ínqu a e in si gni fi cant e do Impéri o Romano j Oriental como sede em Constantinopla.
_____________ ____________________________ ________________ )
2 De 634 a 750: É govern ada (so ber anos muçul manos ) do reino conquistados pelos árabes.
pelos califas I de Damasc o, i
1 De 750 a 960: Torna-se parte do governo sírio dos domínios árabes.
[ .
E De 960 a 1095: A P alesti na é domin ada pelo • calif ado egípc io. ,
--------------------------------------------------------------------------- 4
2
Período das Cruzadas parai li bertar a Terra Santa das mãos dos muçulmano s. j
'£
De
S
Gove rn am a Pale sti na os ■ mamelucos egípcios (forças militares egípcias: formadas pelos escravos).
De
1095
a
1187:
A Palestina torna-se do Império Muçulmano, sob a chefia de Saladino. De
1187
1250
a 1250:
a
1517:
--------------------------------------------------------------------------^
-
2 De 1517 a 1914: A Palestina faz parte do Império ; Otomano, estabelecido pelo sultão Selim I. ________________________________________________
1
__________________________________________________ J
Após a inv asão da Pale sti na pelos ali ados, a Ingl ater ra, emite uma de cl ar açã o oficial em 2 de novembro de 1917, pelo Secretário; _ do Exter ior Lord Balfour, apoiando a criaçao, nas aspirações do movimento sionista em toda a Palestina, de um lar para o povo judeu e que envidará o máximo esforço para a conquista desse objetivo", declaração esta que passou a ser! De
1914
a
1918:
114
i
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conhecida como a Declaração de Balfour. Já em 1918 inc rement ou-s e cons ide rav elmen te imigração dos judeus para a Palestina.
a■
j 1 De 1918 a 1948: Por d el egaç ão da Liga das j Nações, a Ing later ra assu me, em 1922 , o Man dat o ; da Palestina, cujo conteúdo responsabiliza "a ' Potência Mandatária por colocar o país em ; condições políticas, administrativas e econômicas I que garantam a instalação do lar nacional judeu e i o desenvolvimento de instituições autônomas" . No j mesmo mand ament o foram deli mit adas as ‘ frontei ras do país, excluind o a Tra nsj ordâ nia da . Pal esti na. O mand at o termi nou em 15 de maio de ; 1948, com a ret irada da admi ni st ra çã o bri tân ic a i que o cumpri u pro cur ando res ta ur ar o país co m a | col abor ação da Agênc ia Judai ca, que foi a própri a j organização sionista. I
I De 1948 a 1949: Em 29 de novembr o de 1947 a I Assembl éi a das Naçõe s Unidas, sob a presi dênci a j do eminente brasileiro Oswaldo Aranha, votou a ] resolução que recomendav a o est abel eci mento , na ; Pal esti na, de um Est ado Jud eu e de um Est ado 1 Árabe. Os árabes palestinianos, não conformados]
'
com a ades parti lha, logo daerapopul m iníc io a juda umaicasér ieque dej i hosti lid contra ação resistiu heroi camente, liqui dando, em poucos , meses, a provocação. Em 14 de maio de 1948 foi pro cl amado o Estad o de Israel com a estrut ura de ; república democrát ica, o primeir o gover no j au tô no mo ju da ic o em mais de 2.000 anos. No dia i seguinte, exatament e quando termina ram oj mandat o inglês na Pal esti na, os Esta dos da Liga ( Árabe - Jor dânia, Síria , Líbano, I raque, Egito e > Arábia Saudita - invadi ram o ter rit ório do Estado : de Israel com o pro pós it o de l iq uidá- lo. Est ava j defla grada a Guerra Isra elens e de Ind epend ênci a, | que só te rmi nou em 194 9 com a as si nat ur a de | 115
ar mi st íc io s1, em separ ado, com Egito, Jor dâni a, ; Líbano e Síria, depois de var ri das as for ças ■ at aca nt es nas três f rentes , resu lt ando em uma ! "amp li açã o da áre a do Estado al ém das front eir as \ propostas pelas Nações Unidas" na chamada í Res olu ção da Partilha. j S De 1949 a 196 7: Já em 1955 v ol ta ram a ; registrar-se incursões de bandos armados egípcios' no ter ri tó ri o i sraelense, saq uea nd o bens e matan do i cent ena s de jud eus, pr ovoc açã o que r esultou na j inv asão da Penínsul a do Sinai por Israel em ; outubr o de 1956, ter mina ndo por vencer o inimigo ■ e des tr ui r suas bases de penet raçã o. Porém, as | Nações Unidas c onstr anger am as forças i sraelen ses i a se ret ira rem às sua s f ron te ir as ante ri ores, sob í promess a de levan tar o bloque io egípc io à entrada j do Golfo de Ácaba, que impedia a navegação com o; port o de Eil at no extr emo sul do país, e guarnecer, , com força int ernac ional neutra, a fron tei ra com 1 Egito para fazer cessar as incursões provocadoras. I Te rmi no u, assim, a cha mada Guer ra do Sinai. De j fato as promessas foram cumpridas, mas dez anos; depoi s, a pedido do Egito, (al iad o da Síria, ; provocaretiradas dora dadatensão) forças int ernaci !\ foram fronteira asisraelense e em 5 onais de junho de 1967 Israel foi invadido pelos quatro ! países árabes si mult ane ament e - Síria, Jordâni a, j Egito e Argélia, arr ast and o cons ig o mais 8 Esta dos j árabes. Israel enfr entou os ini migos em três ; frent es - Síria, Jor dânia e Egito - destr uindo o 1 poder beligerante dos mesmos em cerca de 100 \ horas e ocu pan do tod as as ár eas ao oci den te do i Jor dão e quase toda a Pen ínsul a do Sinai. Medi ant e j a um apel o das Nações Unida s, no sent ido de ; 1 Suspen são das h ostilidades entre de um a con venç ão, sem co ntudo Suspensão de guerra.
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beligerantes como resultad o pôr fim à guerra; trégua.
ces sar fogo, a luta te rmi nou com grand es . vantagens para Israel que, sozinho, derrotou uma aliança de 12 nações. Por proposta da União Soviética a ONU apelou para que as forças israel enses volt assem às po sições anteri ores ao ; início do conflito, mas Israel respondeu que só aceitaria quaisquer discussões de condições de paz definitiva, direta e separadamente com seus vizinhos.
Questionário y
Assi nale com "X" as alternativ as c orre tas
6. Rei que sub jugou o rei da Babil ôni a e dec ret ou uma lei que dava permissão aos judeus voltar a sua terra a ) S Ciro b)D Faraó c)D Joaquim d)Q Nabucodonosor 7. Nos tempos de Cristo era a maior província da Palestina e lá estava a cidade de Jerusalém a)CH Samaria b ) U Galiléia c)S Judéia d)Q Peréia 8. A de cl aração: "a criação, nas aspirações do movimento sionista em toda a Palestina, de um lar para o povo judeu e que envidará o máximo esforço para a conquist a desse objetivo", é conhecida como a)® Declaração de de Belfort Balfour b)d Declaração c)[H Declaração de Baalate d)0 Declaração de Balaque 117
4> Marque "C" para Certo e "E" para Errado 9.1 fr| A Peréi a era uma co nf ed er aç ão de dez ci dades unidas em um só costume e uma só cultura 10.
C Em 14 de maio de 1948 foi pr oc la mad o o Est ado de Israel com a estrutura de república democrática
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Lição 5_________________ A Ásia Menor e as Viagens do Apóstolo Paulo Os aspectos bíblicos relacionados com a Ásia Menor são os da expansão missionária do Cristianismo no primeiro século da nossa era. Para se entender melhor esta expansão torna-se necessário apreciar, preliminarmente, a extensão dessa região, seu aspecto físico, bem como econômico e também político.
Situação e Extensão Ásia Menor, ou seja, a enorme península do extremo ocidental do continente asiático, fica entre o Mediterrâneo ao sul, o Mar Egeu ao oeste, o Mar Negro ao norte e os montes Taurus, que a limitam com Síria, Mesopotâmia e Armênia ao leste. Toda esta vastíssima região, cerca de 520.000 Km2, foi palco das muitas atividades missionárias do apóstolo Paulo e seus companheiros: Barnabé, Timóteo, Lucas, Silas e Tito. É muito provável que João, o mais jovem dos doze que andaram com Jesus, quando já em avançada idade, tenha terminado o seu ministério em Éfeso e que as sete igrejas da Ásia (Ásia, na concepção do Apocalipse de João, abrange a província romana com os antigos distritos de Mísia, Lídia, Frigia e Cária) tenham estado por algum tempo sob os seus cuidados. 119
Aspecto Físico É um planalto pedregoso, semeado de lagos de água doce e salgada, rodeado de cadeias de montanhas e poucos, de costa rios navegáveis são devidoacidentada. à natureza Os lacustre da península, e quase todos eles de curso relativamente pequeno. O maior deles é o Halis que percorre uma vasta área ao leste da península para finalmente desaguar no Mar Negro. Ao sul, despejando suas águas no Mediterrâneo, temos, na direção do leste para oeste, os seguintes: Píramo, Saros e Sidno. Às margens deste de último a célebre cidade de Tarso, terra natal Paulo,ficava o apóstolo, e um dos três maiores centros intelectuais do Mundo Antigo, sendo os outros dois - Atenas e Alexandria. Ao oeste, desembocando no Mar Egeu, há quatro rios dignos de referência: s Meandro, em cuja parte superior encontra-se o tributário Licos, nas margens do qual ficavam as cidades de Colossos e Laodicéia; s
Caister, que banha já quase na sua foz a célebre cidade de Éfeso; s Hermo, cujo tributário Pactolo banha as cidades de Filadélfia e Sardes; e v' Caico, em cuja margem direita, distando 20 km do Mar Egeu, ficava a antiga Pérgamo, capital de um antigo reino do mesmo nome e depois capital da província romana da Ásia, mais tarde suplantada por Éfeso. O clima da região é de grandes variedades, dadas as diferenças de altitude, os ventos dominantes e a configuração física. Entretanto, considerando apenas de um modo geral os fatores 120
temperatura e umidade, o clima na região norte, nas proximidades do Mar Negro, é frio e úmido, ao passo que nas partes sul e oeste é seco e tropical. Na parte central-leste predominam as chuvas e a temperatura amena. estradasobedeciam da Ásia Menor, mais remotas As épocas, a desde dois asrumos fundamentais com ramificações na direção nordeste, a saber: 1. Oeste-leste: partindo de Éfeso e passando por Laodicéia, Colossos e Apaméa, bifurcava-se para o nordeste rumo a Anatólia e Capadócia, e para sudeste, na direção de Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra, Derbe e Tarso, penetrando na Síria onde se entroncava com as vias mesopotâmicas e palestino-egípcias; 2. Sul-norte: acompanhando a costa do Mar Egeu desde Éfeso através de Esmirna, Pérgamo e Adramitio, indo uma das ramificações para os portos de Trôade e Tróia, embarcadouros para Macedônia e Grécia, e outra para as regiões de Bitínia e Ponto, na costa do Mar Negro. Inúmeras outras ramificações ligavam esses dois rumos fundamentais, como aqueles seguidos por Paulo na sua segunda viagem missionária quando de Listra dirigiu-se para a Bitínia, porém foi levado, por direção divina, rumo oeste, para Trôade.
Aspecto Econômico s Azinco, região cobre, é ric a em minére iosprata; como carvão, ferro, níquel sendo esta cobiçada pelos antigos assírios, provocando até guerras.
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•/ A pecuária é muito antiguidade, na parte principalmente a criação s A agr ic ul tur a vem em natureza do terreno
desenvolvida, desde a central da península, de ovelhas e cabras. ter cei ro l ugar, devi do à que é extremamente
pedregoso.
Aspecto Político Até onde a história permite estudar o aspecto político da Ásia Menor, verifica-se que lá pelo século XX a.C. grupos de tribos indo-européias penetraram na região central, ou Anatólia, algumas das quais eram conhecidas por nome de Hati. As chamadas "Tabuinhas Capadócias", descobertas em Kanish, refere-se a 10 pequenos principados existentes naquela região pelos idos de 1900 a.C. Cerca de 200 anos depois já havia um forte Reino Hitita na Ásia Menor que estendeu o seu domínio até a Mesopotâmia e que perdurou influente e dominantemente sob a forma de Império Hitita, com sua capital Carquemis, até o século VIII a.C., quando os assírios o derrotaram. Durante o domínio assírio, e depois babilónico e persa, pouco ou nada se sabe da longínqua península. Já no tempo das conquistas dos gregos, que etnicamente constituíram desde longa data o elemento principal da população ocidental da península, a região (de srcem jafética) foi dividida em várias províncias para melhor administração, divisão esta que posteriormente foi modificada em algumas áreas pelos romanos de modo que no tempo do apóstolo Paulo, ou da expansão do cristianismo da Palestina para o ocidente, os romanos já haviam feito os seus reajustes políticos na administração da 122
vasta região, reunindo várias das antigas províncias gregas e dando novos nomes a outras. Assim, por exemplo, Cária, Lídia, Mísia e partes da Frigia, eram chamadas simplesmente "Ásia", e outras partes da Frigia, como Pisídia e Licaônia, foram anexadas à Galácia.
Expansão do Cristianismo para o Ocidente Este estudo deve ser precedido de um rápido preâmbulo de atividades apostólicas na direção do ocidente de Jerusalém, antes da passagem dos missionários da equipe de Paulo para a Ásia Menor. Depois da ascensão de Cristo, o primeiro impulso evangelístico para fora de Jerusalém na direção dos gentios foi a viagem de Filipe - um dos sete diáconos da Igreja de Jerusalém, de srcem grega - para a Samaria, onde obteve um notável êxito. Assim, os samaritanos serviram de ponte entre os judeus e os gentios para a evangelização do mundo, pois, admitindo-se crentes dessa raça mista na igreja cristã, a porta estava aberta para a admissão dos gentios também. De Samaria, Filipe foi conduzido pelo Espírito Santo a um ponto de uma estrada que ia de Jerusalém para Gaza, ao sudoeste daquela, perto do Mediterrâneo. Foi ali que ele encontrou o ilustre Ministro da Fazenda da rainha de Candace, dos etíopes. Convertido, o etíope é logo batizado e leva o Evangelho para a sua terra no continente africano. Dali, via Azoto, Filipe viaja para Cesaréia, onde fixa residência (At 21.8,9).e evangeliza juntamente com suas filhas Também o apóstolo Pedro fez uma viagem curta, mas muito importante, porque assinalou a queda do muro de separação entre judeus e gentios. 123
Segundo Atos 9.32 notamos que o apóstolo passou em muitos lugares para finalmente chegar a Lida, situada poucos quilômetros ao sudeste de Jope, onde curou o paralítico Enéas e levou à conversão "todos que habitavam" naquela cidade e a vizinha localidade de Sarona (At 9.35). De Lida, a chamada de uma comissão enviada de Jope a propósito do falecimento da jovem Tabita ou Dorcas, Pedro vai a Jope, consola os que choram a perda sentida e ressuscita a jovem; e também ali "muitos creram no Senhor" (At 9.42). Em Jope Pedro hospeda-se na casa de um crente por nome Simão, junto à praia, e numa hora de oração no terraço tem uma visão que o autoriza ir aoficial Cesaréia, à casa romano de Cornélio, um gentio pois era do exército de ocupação da -Palestina - e ali pregar o Evangelho. Pedro obedece e pela graça de Deus opera maravilhas naquele local, resultando o seu trabalho em vários batismos que foram os primeiros entre os gentios (fora o eunuco etíope batizado por Filipe, o diácono, At 8). E assim estava o caminho aberto para a evangelização dos gentios (At 11.1-18). seguida surgeperseguição. um outro Este, movimento missionário Em por meio de uma além de judeus, também atinge os gregos em Antioquia da Síria De Jerusalém, a Igreja envia para lá o seu representante, Barnabé, que conclui pela autenticidade evangélica do movimento (At 11.19 24). Lembre-se então que Saulo, servo do Senhor, estava em Tarso. Este, depois da sua conversão, .
havia se novamente retirado para algum e lugar da Arábia, visitando Damasco Jerusalém, para finalmente refugiar-se em Tarso, sua cidade natal, pois havia sido prevenido sobre um plano assassino dos gregos de Jerusalém (At 9.29,30; Gl 1.21). 124
Trazendo Saulo para Antioquia da Síria (At 11.25), Barnabé prestou o maior serviço à causa das missões. A mão de Deus esteve com os seus dois servos de tal maneira que dentro de apenas um ano já havi a em Antioquia uma notável igreja, predominantemente com partiu uma competente equipe de obreiros,gentílica, de onde o primeiro movimento de missões estrangeiras. Desse movimento resultou o célebre apelido que passou a ser o qualificativo supremamente honroso dos crentes de todo o mundo - os seguidores de Cristo passaram a ser chamados de "Cristãos" (At 9.23; 13.1-3).
Primeira Viagem Missionária de Paulo Consolidado o trabalho evangélico em Antioquia, a igreja local, orientada pelo Espírito Santo, comissiona Barnabé e Saulo para a pregação das Boas-Novas ao mundo gentílico. Acompanha-os o jovem João Marcos, de Jerusalém (Ver descrição detalhada desta viagem em Atos 13.4-14.27). De Antioquia, descendo a serra da costa, os missionários chegaram ao porto marítimo de: @ Se lêu cia , na foz do rio Orontes, à 25 km de Antioquia, de onde tomaram um navio para a Ilha de Chipre, à 85 km ao oeste da costa da Síria, e famosa pelas suas antigas minas de cobre, desembarcando em: ® Salamina, porto oriental da ilha, onde havia várias sinagogas dos judeus nas quais os missionários pregaram Cristo. Dali, tomando sentido longitudinal da todas as povoações até
o Evangelho de Jesus o rumo leste-oeste, no ilha, foram pregando por chegar a: 125
0
P a fo s , capital da ilha e sede do governo proconsular romano, distante cerca de 160 km de Salamina. Ali os missionários enfrentaram um feiticeiro de nome Bar-Jesus ou Elimas, o qual estava tentando desviar do caminho da salvação o procônsul Sérgio Paulo, evangelizado por eles. Porém, Paulo (este é o nome pelo qual Saulo é conhecido daí por diante) repreendeu o feiticeiro ferindo-o com cegueira por alguns dias. Diante deste fato, o procônsul rendeu-se ao Evangelho. Daí os mensageiros das Boas-Novas navegam para o norte, na direção do continente da Ásia Menor, aportando em:
@ Pe rg e, capital da província romana da Panfília, devota da deusa Ártemis (a mesma que em Éfeso era conhecida como Diana). Para penetrar no continente era necessário atravessar a perigosa cordilheira dos montes Taurus que se levantam logo atrás da cidade, infestados de salteadores, mas adiante dos quais habitavam populações necessitadas do Evangelho da Graça. Não consta que na ida tivessem os missionários pregado o Evangelho nesta cidade, porém, sabemos que o fizeram na volta. Parece que na ida foram perturbados pela atitude de João Marcos que, não querendo prosseguir, voltou a Jerusalém, razão pela qual no início da segunda viagem missionária de Paulo este de forma alguma quis levar junto a João Marcos, não obstante a insistência de Barnabé. Esta atitude de Paulo redundou em separação entre ele e Barnabé na obra missionária (At 15.35-39). De Perge os dois missionários partiram para: @ Antioqui a da Pisíd ia, centro comercial e político daquela província. Paulo pregou por dois sábados na sinagoga local, despertando o interesse de 126
judeus e gregos. No segundo sábado, porém, impressionados pela enorme aceitação que a palavra dos missionários tivera entre os gentios, os judeus, incitando mulheres e autoridades, moveram uma tremenda perseguição contra os pregadores, a ponto de os expulsarem da cidade. Porém ali ficou uma igreja de Cristo. Dali os valorosos pregoeiros da verdade partiram para: @ Icô nio , quase 100 km ao leste de Antioquia, na estrada de Éfeso para Tarso e partes do Oriente. Depois de algum tempo de permanência e intensa atividade evangelística, também dali foram expulsos os missionários. Então foram para: ®
Listra, colônia 35 km do ao coxo, leste osde Icônio. Depois de romana, uma cura àmilagrosa homens de Listra quiseram tributar culto aos pregadores, e só a muito custo foi que Paulo cons egu iu dissuad i-lo s1 de tal int ento . Po rém , logo depois um grupo de judeus de Antioquia da Pisídia e de Icônio chegou a Listra e incitou o povo contra os missionários, sendo estes apedrejados e Paulo arrastado para fora da cidade comoe morto. Mas os discípulos cuidaram de Paulo o despediram, juntamente com Barnabé, para:
®
Derbe, à 32 km de Listra. Ali tiveram muita liberdade de pregar o Evangelho. Sendo esta cidade o ponto final desta primeira viagem missionária de Paulo. De Derbe poderiam voltar para Tarso e Antioquia da Síria com muito mais facilidade, porém Paulo, cheio de entusiasmo pela obra do Evangelho, preferiu voltar pelo mesmo caminho por onde haviam passado na ida, talvez
1 Tirar d e u m propós ito; despersua
dir;
127
desaconselhar.
estabelecendo mais outras igrejas das quais não temos notícias, como em Perge, Atália, etc, e confirmando os irmãos nos lugares onde havia deixado igrejas estabelecidas, inclusive elegendo anciãos para as mesmas. De Perge, na Panfília, 0
dirigiram-se para o porto de: A t á li a , de on de embarcara m pa ra a Antioquia d a Síria, ponto inicial de sua viagem. A igreja os recebeu com alegria e ouviu o relatório cheio de inspiração e gozo no Senhor pela operação patente do Espírito Santo na proclamação do Evangelho aos gentios.
Esta viagem ocorreu, segundo a melhor cronologia, entre os anos 46 e 48 d.C.
128
Questionário y
Assin ale com "X" as alterna tivas correta s
1. Enorme
peníns ula
do
e xtr emo
oci dental
do
continente asiático: a)0 Ásia Maior b)^ Ásia Menor c) □ Orien te M édio d)0 Oriente Próximo 2. Local onde Fil ipe deu o pri meir o evangelístico direcionado aos gentios: a)0 Perge b)Q Judéia c)0 Peréia d ) H Samari a
impu ls o
3. Ali os missionários enfrentaram um feiticeiro de nome Bar-Jesus ou Elimas: a) CU Selêucia, na foz do rio Orontes, à 25km de Antioquia b)CU Perge, capital da província romana da Panfília, devota da deusa Ártemis c)IKl Pafos, capital da ilha de Chipre e sede do governo proconsular romano d)[H Salamina, porto oriental da ilha de Chipre, onde havia várias sinagogas dos judeus y
Marque "C" p ara Ce rto e "E" p ara Erra do
4.1 H O ponto final da pr imei ra vi agem mis si oná ri a de Paulo foi em Antioquia da Psídia 5.1 Cl O aspecto físico da Asia Menor
é um planalto
pedregoso, semeado de lagos de água doce e salgada, rodeado de cadeias de montanhas e de costa acidentada 129
Segunda Viagem Missionária de Paulo A narrativa desta viagem encontra-se em Atos 15.36-18.22. Depois de aproximadamente três anos de ficaram intervalo, quais dois valorosos obreiros em durante Antioquiaospregando e ensinando, com muitos outros, a Palavra do Senhor, Paulo teve a inspiração do alto para fazer uma segunda viagem missionária pela Ásia, confirmando o trabalho realizado na primeira incursão evangelística naquela área. Certamente ele nem por sonho teria imaginado o alcance desta viagem no que diz respeito à penetração do Evangelho na Europa. As etapas desta divididas em três itinerários: 1. O da Ásia,_na ida; 2. O da Europa; 3. O da Ásia, na volta.
viagem
podem
ser
1. O itinerário da Ásia na ida. Ao preparar a segunda viagem, Paulo não concordou com Barnabé em levar de novo com eles João Marcos, pois este os havia deixado no meio da viagem pela sua inconstância. Isto trouxe uma contenda entre os dois obreiros, resultando a separação em duas equipes uma composta de Barnabé e João Marcos, que se dirigiu para Chipre, e outra de Paulo e Silas, jovem da Igreja de Jerusalém, que estava em Antioquia. De Antioquia, Paulo e Silas tomaram rumo ao norte, viajando por terra, para: ® Síria, ist o é, v is ita ndo os grupo s de crentes formados na região norte da Síria, de onde passaram ,para:
130
0
Cilic ia, cuja capital era Tarso. Lucas não menciona os nomes das localidades desta província, atingidas pelos missionários, entretanto, fácil é perceber que por lá já havia igrejas estabelecidas anteriormente, e por certo, o foram pelo próprio apóstolo durante a sua permanência em Tarso, antes da partida para Antioquia a convite de Barnabé. Atravessando os montes Taurus, chegaram a: @ Der be e Listra, que foram os pontos fi nais da primeira viagem. Em Listra Paulo encontrou o jovem Timóteo, que lhe pareceu apto para o trabalho missionário e o convidou para integrar a sua equipe. Partindo dali, depois de confirmar na fé os irmãos, foram passando pelas regiões da Frigia e da Galácia, talvez pretendendo visitar as igrejas de Icônio, Antioquia da Pisídia e outras, entretanto foram impedidos de alguma forma pelo Espírito Santo que os encaminhou para a Mísia. Dali julgaram conveniente ir e anunciar o Evangelho no extremo norte, isto é, província de Bitínia. Mas novamente o Espírito do Senhor lhes impediu o intento e eles desceram para a cidade marítima da Mísia, chamada: ® Trô ade , na costa do Eg eu. Foi ali que Paulo teve uma visão de um homem da Macedônia (parte da Europa que fica defronte da Mísia), pedindo que passasse aquela região e ali anunciasse o Evangelho. Assim os missionários chegaram conhecer a vontade de Deus e partiram para Europa, penetrando no Mundo Ocidental com a mensagem gloriosa de salvação dos pecadores. nota-se do livro de Atos -Nesta Lucasaltura - passa ao que uso odoautor pronome pessoal na primeira pessoa do plural - "nós", o que leva a crer que foi em Trôade que ele juntou-se aos três missionários a ajudá-los na obra. 131
2. O itinerário da Europa. De Trôade (na Ásia) navegaram para: @ Sa mo tr ác ia , que é uma ilha à 33 km da cost a. Ali não demoraram, certamente pela pressa do navio, prosseguindo para: 0
Neá polis , cidad e marítim a d o continente europ eu, porto que servia a importante cidade de Filipos, colônia romana. Também em Neápolis os missionários não demoraram, mas dirigiram-se imediatamente para:
@ Filipos, ponto in icial d e Paulo n a eva nge li zaç ão d a Europa, onde os missionários obtiveram magníficos resultados em suas pregações manifestas na conversão de uma distinta senhora chamada Lídia, da jovem adivinhadora e do carcereiro e toda a sua casa. Foi neste lugar que os pregadores das Boas-Novas sofreram as primeiras perseguições na Europa por parte das autoridades e dos prejudicados devido à conversão da adivinhadora, porém, Paulo e Silas foram presos. Mas, na providência de Deus, até a prisão teve resultados favoráveis para o Evangelho, pois o carcereiro veio a converter-se com toda a sua família. Deixando, assim, o princípio de um trabalho que foi o mais querido do grande apóstolo. Logo após foram para: @ Tessalôni ca, tendo passado por Anf ilópol is Apolônia, lugares em que não se detiveram por razões desconhecidas. Tessalônica era uma cidade histórica, grande centro comercial e militar, portanto, ponto estratégico para difusão do Evangelho. Paulo estabeleceu ali uma igreja composta dos judeus fanáticos. Os missionários Paulo e Silas (parece que Lucas e Timóteo haviam 132
e
ficado em Filipos para continuar o trabalho) seguiram, de noite, para: Beréia, à 80 km de Tessalônica, onde o Evangelho foi muito bem aceito. Entretanto, os judeus fanáticos de Tessalônica foram à Beréia e alvoroçaram o povo contra os missionários a ponto de Paulo ter necessidade de retirar-se via mar para Grécia, deixando os companheiros para trás, chegando a: @ Atenas, a impo rt ant e capital da cultura grega. Depois de uma rápida olhada pela cidade o apóstolo percebeu a idolatria dominante. Falando no ar eó pa go 1, fez u ma ex tr aor di nár ia defesa do cristianismo os filósofos Porém não o orgulho e perante a corrupção dos gregos. atenienses permitiam que estes aceitassem a mensagem do apóstolo. Dali o missionário dirigiu-se para: @ Corinto, met rópole comercial e política d a Grécia naquele tempo, situada à 70 km de Atenas. Nesta cidade, que foi o ponto final da sua segunda viagem missionária na direção do ocidente, Paulo permaneceu 18 meses. Também foi ali que o apóstolo conheceu o consagrado casal Priscila e Áquila, com os quais iniciou o trabalho em Corinto e depois também em Éfeso, tendo sofrido tremendas perseguições. 3. O itinerário da Ásia na volta. De volta para a Antioquia da Síria, Paulo embarcou no porto de Cencréia, à 13 km ao leste de Corinto, onde também já havia uma igreja, certamente estabelecida durante a estada do apóstolo em Corinto. Dali navegou em direção leste, 1 Lugar de
discu ssões
públicas e
de sen tenc iar as causas.
133
atravessando o mar Egeu, em companhia de Priscila e Áquila, para: 0 Éfe so, cap ital d a Ásia pr oconsular, junto à foz do rio Caister, famosa pelo seu teatro, seu hi pó dr omo 1 e seu col os sa l2 templo consagr ado à
0
deusa Diana (ou Ártemis). Nesta cidade ficou o casal de auxiliares do apóstolo que o acompanhou desde Corinto, ao qual, mais tarde, ajuntou-se ao jovem Apoio formando-se um gr upo qu e atuou eficientemente para preparar o terreno para o trabalho de Paulo que brevemente voltaria para lá. De Éfeso Paulo navegou diretamente para: Cesaréia, n a Palestina, d e onde sub iu p ara:
@ Jer usal ém, saud ando os que ir mãos d a havia igreja e relatando-lhes as maravilhas o Senhor operado durante os quase três anos (51 a 53) gastos na segunda viagem. De Jerusalém dirigiuse para: 0 Antioqui a da Síria , seu pon to d e partida pa ra todas as viagens.
Terceira Viagem Missionária de Paulo Depois de breve período de descanso, Paulo empreendeu uma terceira viagem missionária, descrita em Atos 18.23-21.8, partindo de: 0 Aati oqui a, novam ente, Paulo dirige -se, através das províncias de Cilicia, Galácia e Frigia, confirmando na fé todos os discípulos convertidos nos lugares anteriormente visitados, para: @ Éfeso que é o ponto principal de suas aten ções nesta viagem. Para evangelizar este centro da 1 Loc al onde s e realizam corrida 2 Enorm e, agi gant ado.
s de cavalos;
134
prad o.
província e suas adjacências, durante os seus dois anos de atividade nesta cidade, deve ter dado srcem às chamadas "sete igrejas da Ásia” referidas no Apocalipse (At 19.10). Excepcionalmente notável foi a atuação do apóstolo em Éfeso frente às perseguições e o alvoroço que o seu trabalho trouxe no seio daque la população. A cr end ic e1 devotada à deusa Diana sofreu sérios abalos. A feitiçaria perdeu seu prestígio pela queima pública de livros dos muitos convertidos em Éfeso. Finalmente teve que se despedir dos discípulos, aparentemente sob pressão de novas e mais violentas ameaças de perseguição, dirigindo-se para: 0
0
Trôade, onde esperou o seu novo compa nhei ro d e trabalho, Tito, que lhe trouxe notícias de Corinto, passando dali para Macedônia, provavelmente visitando os lugares em que na viagem anterior havia estabelecido igrejas. Dali desceu para: Corinto , onde pô s em orde m as irregularidades ocorridas na igreja e de onde escreveu as duas importantes epístolas aos Gálatas e Romanos, três meses depois de sua chegada, já os judeus novamente preparavam-lhe ciladas para eliminálo do cenário, e, a fim de despistar os seus al g oz es 2 vol tou pela costa do mar Eg eu, s ubi ndo até Filipos e dali talvez tinha ido ao Ilírico, província situada na costa do Mar Adriático da Macedônia. De Filipos regressou a Trôade, na Ásia, depois passando a Assôs, dirigiu-se para Mitilene, capital da ilha montanhosa do Egeu, e mais adiante para Samos, também ilha do mesmo mar, tomando rumo a Trojilo, promontório da
1Crença popular absurda e ridícula; crendeirice. 2 Algozar: martirizar , torturar, supliciar;
135
pratic ar morticínio.
costa da Ásia, e depois para Mileto, de onde o apóstolo manda chamar os anciãos de Éfeso dos quais se despede para sempre. Continuando, passou por Cós, Ilha de Rodes, Pátara, de onde navegou diretamente para Tiro, na costa da Fenícia, confortando irmãos de uma igreja cuja srcem não nos é conhecida. Prosseguindo, foi para Ptolemaida (ou Acra), visitando outro grupo de irmãos, e depois para o porto de Cesaréia, visitando o evangelista Filipe com as suas filhas, para chegar a Jerusalém, por ocasião da festa de Pentecostes., onde o amor dos irmãos o envolveu mas o ódio dos judeus o descobriu para.tirar-lhe a vida. .
Viagem de Paulo a Roma Ao concluir a sua terceira viagem missionária Paulo chegou a Jerusalém por ocasião da Festa de Pentecostes. O ódio dos judeus havia crescido diante dos sucessos do Evangelho pregado por Paulo. Reconhecida a sua presença em Jerusalém e particularmente no Templo, num acesso de cólera seus inimigos tentaram liquidá-lo. Se não fosse a pronta intervenção dos soldados romanos, por certo, naquela ocasião Paulo teria perecido. O apóstolo, vendo a impossibilidade de conseguir garantias na província, porque a tendência das autoridades romanas era não julgar a Paulo por tratar-se de uma questão religiosa, apelou para César, e por isto foi enviado a Roma na qualidade de prisioneiro. Partindo de Jerusalém deu-se o início da sua última viagem para o ocidente. Diante do perigo de ser arrebatado pe la tur ba 1 enfurecida de judeus 1 Multidã o em deso rdem.
136
fanáticos, o oficial da Torre de Antônia (parte da fortaleza de Birá junto ao Templo de Jerusalém) tomou a providência de conduzir o apóstolo de noite, sob forte guarda, até: 0
Anti pátride o u Antipatr is. Dali f oi rem etido p ara :
0
Ces aréia, ond e permaneceu pre so p or dois a nos, e depois partiu para Roma, tendo tido a oportunidade de pregar o Evangelho às autoridades romanas: Félix, Festo e Agripa. Na viagem, Paulo foi acompanhado de seus amigos Lucas e Aristarco (de Tessalônica). De Cesaréia navegaram para:
0
Sid on , ond e lhe s foi perm itido visitar o s amigos
0
crentes, partindo dali para: Mirr a, porto da provínci a de Lícia , na Ásia M enor. Neste porto fizera m a baldea ção1 para ou tro navio que, levado pelos ventos, foi até:
0 Bons Po rtos, na Ilh a de Creta, onde esper ara m melhorar o tempo. Navegando dali foram apanhados por uma tremenda tempestade que durante 14 dias mantiveram eles entre a vida e a 0
morte, naufragando nas proximidades da: Ilha de Melita, ou Malta, que se encont ra ao sul da Sicília, a grande ilha italiana. Depois de passarem alguns dias ali, tendo Paulo curado o pai do homem principal da localidade, Públio, e abastecidos dos víveres necessários à viagem embarcaram num navio alexandrino rumo à: Siracusa,
0
na
costa
oriental
da
seguiram para: Régio , já n a Península Itálica, de para:
1Passar (mercadorias) de um para outro navio.
137
Sicília.
Dali
lá navega ndo
0
Poté oli, pon to fina l da viagem marítima, onde acharam alguns crentes que solicitaram a sua permanência, ficando ali sete dias. As duas últimas etapas, antes de chegar a Roma, foram:
0
Pra ça d e Ápio e Três Venda s (At
28.15),
à 40 km
ao sudoeste de Roma, aonde vários irmãos vieram da capital do Império para receber o apóstolo e seus companheiros. Este gesto dos irmãos deu mais ânimo a Paulo, prevendo ele a vitória do Evangelho também em Roma, apesar de suas cadeias. Finalmente chega Paulo a: 0
Rom a, capital política e cult ural do Império. A li o apóstolo ficou preso durante dois anos, morando em casa particular alugada perto quartel pretoriano. Embora acorrentado a um do soldado, a sua prisão foi bastante suave. Dali Paulo escreveu as seguintes epístolas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Depois de longa espera Paulo foi absolvido e posto em liberdade.
Viagem de Paulo entre a sua Primeira e Segunda Prisão em Roma Há evidências claras, pelo que encontramos nas chamadas "epístolas pastorais", de que ele foi absolvido e que reassumiu o seu antigo trabalho de visitar as igrejas já estabelecidas e organizar outras novas, tendo sido preso novamente pouco depois. Este período entre a sua primeira prisão em Roma e a segunda, é coberto de incerteza quanto às suas atividades e os lugares onde elas foram exercidas. De modo que o itinerário que segue uma conjectura. 138
0
0 0
0
0
Colossos teria sido o s eu novo campo de trabalho, após a libertação da sua primeira prisão em Roma, segundo se conclui de Filipenses 1.22. Era uma cidade da Frigia, Ásia Menor, às margens do rio Lico, na rota terrestre entre o ocidente e o oriente. Ali havia uma igreja que teria sido fundada pelo trabalho de Epafras e Arquipo. Filip os ter ia sido o utro lugar visitado por Pau lo nesse período (Fp 2.24). Nic ópo lis, segundo Tito 3.1 2, teria sid o mais outro lugar visitado pelo apóstolo, situado na região grega de Epiro, no litoral do Mar Adriático. Mileto e Creta , lugares escala dos n a viagem de Jerusalém para Roma. Em Creta aparentemente Paulo desejava desenvolver trabalhos amplos para adiantamento da obra do Evangelho, mas teve que deixar os planos nas mãos de Tito. É o que se depreende de Tito 1.5 e 2Timóteo 4.20. Trôade. Pelo que se lê em 2Timóteo 4.13 , parece que Paulo teve que deixar apressadamente este lugar, pois pede ao seu jovem companheiro que traga a Roma, onde está preso, a sua capa e os pergaminhos1deixados ali.
@ Éfeso . A supo siç ão é que Paulo tenha sido preso em Trôade e levado para Éfeso para o interrogatório prévio, antes de ser remetido a Roma. O ministério de Paulo estava já no fim. Nero estava no trono do Império naqueles dias, e no delírio de sua loucura incendiou a cidade de Roma, atribuindo a culpa aos cristãos, o que provocou a terrível neroniana. o bravo soldado perseguição de Cristo pereceuCertamente na onda desta perseguição. 1(Latim
p e r g a m in a ) . Pele de animal preparada para se escrever.
139
Questionário ^ Assinale com "X" as alternativas corretas 6. As etapasemdatrês segunda viagem de Paulo podem ser divididas itinerários, a saber a)CU O da Europa na ida; da África e da Ásia b ) D O da Ásia; do Ori ente Médio e da Áfri ca c)(Xi O da Ásia na ida; da Europa e da Ásia na volta d ) 0 O da Eur opa na ida; da Ásia e da Europa na volta 7. Cidade que era o ponto de partida da primeira, segunda e terceira viagem de Paulo a)EU Roma b)D Atenas c)D Jerusalém d)K] Antioquia da Síria 8. Imperador romano que incendiou a cidade de Roma atribuindo culpa aos cristãos, usando de pretexto para perseguí-los. a)Q Tito b)[X] Nero c)D César d)0 Augusto Marque "C" para Certo e "E" para Errado 9.1 c I A cidad e de Cori nto foi o pont o i nici al de Paul o na evangelização da Europa 10.[ç] Ao concluir a sua terceira viagem missionária Paulo chegou a Jerusalém por ocasião da festa de Pentecostes
140
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Geografia Bíblica Mapas Bíblicos Mapas T01 a T04 foram utilizados com a devida autorização da Editora Vida. Todos os direitos reservados. Os infratores estarão sujeitos às penalidades da lei. Mapas P01 a P15 foram utilizados com a devida autorização da Sociedade Bíblica do Brasil. Todos os Direitos Reservados. Os infratores estarão sujeitos às penalidades da lei.
índice O Oriente Médio na Época dos Patriarcas ................. T01 O Êxodo e a Conquista de Cana .................................T0 2 Mapa Físico da Terra Santa.........................................T03 Jerusalém Atual (Centro) ............................................T04 O Mundo Antigo ........................................................... P01 Egito e Sinai ................................................................. P02 A Divisão das Tribos .................................................... P03 Os Reinos de Saul, Davi e Salomão .......................... P04 Os Reinos de Israel e Judá ......................................... P05 O Império Assírio .......................................................... P06 Impérios Babilónico, Persa e Grego .......................... P07 O Império Romano nos Tempos de Cristo .................. P08 Relevo da Palestina ...................................................... P09 Palestina nos Tempos de Jesus ................................... PIO Primeira Viagem de Paulo .............................................. P l l Se gunda Viag em de P au lo ........................................... P i l a ..............................................P12a Terceira P12 Viagem Viagem de P au de lo aPaulo R o m a .............................................. Jerusalém do Velho Testamento.................................. P13 Jerusalém nos Tempos de Cristo ................................ P14 Plantas do Templo descrito no livro de Ezequiel .........P15
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Plantas do Templo descrito no livro de Ezequiel Estas plantas se baseiam na visão de Ezequiel (capítulos 40 a 46) e não representam o templo de Salomão nem o segundo templo, construído depois do exílio. PLANO GERAL D
O TEMPL O
1. Muralha exterior (40.5;42.15-20) 2. Porta oriental (40.5-16) 3. Porta norte (40.20-23) 4. Porta sul (40.24-27) 5. Átrio exterior (40.17) 6. Pavimento (40.17-18) 7. Átrio interior (40.28) 8. Porta sul do átrio interior (40.28-31) 9. Porta oriental do átrio interior (40.32-34) 10. Porta norte do átrio interior J40.35-37) 11. Sala para lavar os animais (40.38) 12. Sala para os sacerdotes (40.44-46) 13. Templo propriamente dito (ver planta abaixo) 14. Edifício ocidental (41.12) 15. Salas do norte (42.1-10) 16. Salas do sul (42.10-11) 17. Pátios (46.21-22) 18. Altar (40.47; 43.13-17)
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'*■ O TEMPLO PROPRIAMENT E DITO (40.48-41.15) 1. Escada (40.49) 2. Colunas (40.49) 3. Pilares do vest íbulo (40.48 ) 4. Vestíbulo (40.49) 5. Pilares (41.1) 6. Salão central (41.2) 7. Pilares (41.3) 8. Lugar Santissimo (Santidade das Santidad es) (41.4 ) Sociedade!, Hihlk as Unidas I c)11"
9. Parede exterior (41.5) 10. Câmaras anexas (41.5) 11. Parede exterior das câmaras (41.9) 12. Espaço livre (41.9) 13. Muro (41.11) 14. Edifício ocidental (41.12) 15. Pátio fechado (41.12) 16. Parte do pátio fechado que fica para o oriente (41.14)
Gráfica LEX Impressos Gráficos, Edit oriais e Serigràficos em geral, Sinalização po r Recorte Eletrônico de Adesivos, Ar te F in al Br in de s P ro m oc io na is
Telefax: (44) 3642-1188 [email protected]
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