tese do excesso culposo no estado de legítima defesa. Dado o brilhant bril hantismo ismo do crim crimina inalist lista, a, foi apla aplaudid udidoo pela assi assistên stência, cia, quando da enunciação do resultado. Doca Street declarara que matara por amor. Um grupo de feministas do estado do Rio de Janeiro organizou-se para conscientizar a população de Cabo Frio, de cujo seio sairiam os jurados que integrariam o conselho de sentença, pois o réu seria levado novamente ao Tribunal do Júri, já que o primeiro julgamento fora anulado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rio de Janeiro. Aproveitando-se do que dissera o réu, feministas se mobilizaram com o slogan “Quem slogan “Quem ama não mata”. Doca Street, desta vez, foi condenado a 15 anos de reclusão reclusão.. Logo conseguiu o benefício de trabalhar durante o dia (justo um playbo playboyy que jamais havia trabalhado), voltando para a prisão para dormir. Fingia trabalhar numa concessionária de automóveis. Não tardou a conquista da liberdade total. Eliane de Grammont foi morta por seu ex-marido – de quem se tinha separado havia cerca de dois anos – em público, enquanto cantava, numa boate. A filha de Glória Peres foi brutalmente assassinada por um casal, parece que em virtude do ciúme manifesto pela esposa. Ambos cumpriram parcela curta da pena e gozam de plena liberdade. A jornalista Sandra Gomide foi assassinada, com premeditação, o que constitui agravante penal, pelo também jornalista Pimenta (talvez malagueta), que responde ao processo em liberdade. Todos estes foram crimes de clamor público e, por isto, gravados na memória de grande parte da população. Há um caso que foge ao clamor público, valendo a pena mencioná-lo. O relato deste triste caso foi feito por uma ex-aluna e atual amiga da autora deste livro. Ela era garota de seus 8, 9 anos, quando da ocorrência do crime. Uma de suas tias paternas, casada, sofria violência de toda ordem da parte de seu marido. Depois de muitos anos de verdadeira tortura, tomou uma deliberação, a fim de ver-se livre daquele homem. Na época, uma mulher separada ou desquitada gozava de má reputação. O casal tinha um bar e, para auxiliar no trabalho deste pequeno negócio, haviam contratado um empregado. Em 52
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Heleieth I. B. Saffioti
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