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0^W3í pudermos entender por “estilo” o movimento originário da imaginação quando ele toma a fisionomia da troca. Mas eisnos já sobre o registro da história. A expressão é linguage linguagem, m, obra de arte, ética: todos os problemas de estilo, todos os momentos históricos cujo devir objetivo é constituinte desse mundo, de que o sonho nos mostra o momento originário e as as significações diretrizes para nossa existência. Não é que o sonho seja a verdade da história, mas, ao fazer surgir o que na existência é o mais irredutível à história, ele mostra ao máximo o sentid o que ela pode tomar pa ra uma liberdade que que a m M ainda não atingiu, em uma expressão objetiva, o momento momento de asm sua universalidade. Por isso é que o primado do sonho é absoluto para o conhecimento antropológico do homem concreto; mas a ultrapassagem desse primado é uma tarefa de futuro para o homem real - uma tarefa ética e uma necessidade de história: “Sem dúvida cabe a esse homem, inteiramente às voltas com o mal cujo rosto voraz e medular ele conhece, transformar o fato fabuloso em fato histórico. Nossa convicção inquieta não deve denegri-lo, mas interrogálo, nós, ardentes matadores de seres reais na pessoa sucessiva sucessiva de nossa quimer a... A evasão em seu semelhant e com imensas promessas de poesia será, talvez, um dia possível .”76 Mas tudo isso concerne a uma antropologia da expressão, mais fundamental, em nossa opinião, opinião, que q ue uma antropologia da imaginação; não está em nosso propósito esboçá-la hoje. Quise mos simplesmente mostrar tudo o que o texto de Binswanger sobre o sonho podia trazer a um estudo antropológico do imagi nário. O que ele trouxe à luz no sonho é o momento fundamental em que o movimento da existência encontra o ponto decisivo da divisão entre as imagens onde ela se aliena em uma subjetividade patológica e a expressão onde ela se conclui em uma história objetiva. O imaginário é o meio, o “elemento” dessa escolha. Podemos, portanto, indo ao encontro da significação do sonho no coração da imaginação, restituir as formas fundamentais da existência, manifestar sua liberdade, designar sua felicidade e •w.*;infortúnio, infortúnio, já que o infortúnio da existência inscreve-se sempre sempre MMà■ na alienação, alienação, e que a felicidade, na o rdem empírica, não pode ser senão felicid ade de expressão. 76. (NA.) Char (R.), Parta geformei op. cit, LV, p. 169.
1957 A Psicologia de 1850 a 1950 “La psychologie de 1850 à 1950”, tn Huisman Huisman (D.) e Weber (A.), Histoire de la phi losoph ie eur opé enn e, t. II: Tableau d e philosophi e contemporaine, contemporaine, Paris, Librairie Fischbacher, 1957, 1957, 33, rue de Seine, p. 591-606.
Introdução A psicologia do século século XIX herdou da Aufklárung a a preocu pação de alinhar-se com as ciências da natureza e de encon trar no homem o prolongamento das leis que regem os fenô menos naturais. Determinação de relações quantitativas, ela boração de leis que se apresentam como funções matemáticas, colocação de hipóteses explicativas, esfo rços através dos quais a psicologia tenta aplicar, não sem sacrifício, uma metodologia que os lógicos acreditaram descobrir na gênese e no desenvolvi mento das ciências da natureza. Ora, foi o destino dessa psi cologia, que se queria conhecimento positivo, apoiar-se sem- 2 ~ pre em dois postulados filosóficos: que a verdade do homem está exaurida em seu ser natural e que o caminho de todo conhecimento científico deve passar pela determinação de relações quantitativas, pela construção de hipóteses e pela verificação experimental. Toda a história da psicologia psicologia até o meado meado do século século XX é a história paradoxal das contradições entre esse projeto e esses postulados; ao perseguir o ideal de rigor e de exatidão das ciências da natureza, ela foi levada a renunciar aos seus postulados; foi conduzida por uma preocupação de fidelidade objetiva em reconhecer na realidade humana outra coisa que não um setor da objetividade natural, e em utilizar para reconhecê-lo outros métodos diferentes daqueles de que as ciências da natur eza poderiam lhe dar o modelo. Mas o projeto de rigorosa exatid ão que a levou, pouco a pouco, a abandonar seus postulados tomou-se vazio de sentido quando esses
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mesmos postulados desapareceram: a ideia de uma precisão objetiva e quase matemáti ca no domínio das ciênci as humanas não é mais conveniente se o próprio homem não é mais da ordem da natureza. Portanto, é a uma renovaç ão total que a psicologia obrigou a si própria no curso de sua história; ao descobrir um novo status do homem, ela se impôs, como ciência, um novo estilo. Ela precisou buscar novos princípios e desvelar para si mesma um novo projeto: dupla tarefa que os psicólogos nem sempre compreenderam com todo o rigor e que, com muita frequência, tentaram rematar com a economia; uns, ainda que percebendo a exigência de novos projetos, permaneceram ligados aos antigos princípios de método: as psicologias que tentaram analisar a conduta, mas que para fazê-lo utilizaram os méto dos das ciências da natureza o testemunham; outros não entenderam que a renovação dos métodos implicava a emer gência de novos temas de análise: assim, as psicologias des critivas, que permaneceram ligadas aos velhos conceitos. A renovação radical da psicologia como ciência do homem não é, portanto, simplesmente um fato histórico do qual podemos situar o desenrolar durante os últimos cem anos; ela ainda é uma tarefa incompleta a ser preenchida e, a esse título, perma nece na ordem do dia. Foi igualmente no decorrer desses últimos cem anoé que a psicologia instaurou relações novas com a prática: educação, medicina mental, organização de grupos. Ela se apresentou como seu fundamento racional e científico; a psicologia gené tica constituiu-se no quadro de toda pedagogia possível, e a psicopatologia ofereceu-se como reflexão sobre a prática psi quiátrica. Inversamente, a psicologia se colocou como questão os problemas suscitados por essas práticas: problema do sucesso e do fracasso escolar, problema da inserção do doente na sociedade, problema da adaptação do homem à sua profis são. Através desse laço apertado e constante com a prática, através dessa reciprocidade de suas trocas, a psicologia tor na-se semelhante a todas as ciências da natureza. Mas estas não respondem senão aos problemas colocados pelas dificul dades da prática, seus fracassos temporários, as limitações provisórias de seu exercício. A psicologia, em contrapartida, nasce nesse ponto no qual a prática do homem encontra sua própria contradição; a psicologia do desenvolvimento nasceu
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como uma reflexão sobre as interrupções do desenvolvimento;
a psicologia da adaptação, como uma análise dos fenômenos de inadaptação; a da memória, da consciência, do sentimento surgiu, primeiro, como uma psicologia do esquecimento, do inconsciente e das perturbações afetivas. Sem forçar uma exa tidão, pode-se diz er que a psicologia co ntemporânea é, em sua origem, uma análise do anormal, do patológico, do conflituoso, uma reflexão sobre as contradições do homem consigo mesmo. E se ela se transformou em uma psicologia do normal, do adaptativo, do organizado, é de um segundo modo, como que por um esforço para dominar essas contradições. O problema da psicologia contemporânea - e que para ela própria é um problema de vida ou de morte - é saber em que medida ela consegue efetivamente dominar as contradições que a fizeram nascer, através desse abandono da objet ividade naturalista, que parece ser sua outra característica maior. A essa pergunta a própria histór ia da psicologia deve responder.
O preconceito de natureza Sob sua diversidade, as psicologias do final do século XIX possuem esse traço comum, de tomar empres tado das ciências da natureza seu estilo de objetividade e de buscar, em seus métodos, seu esquema de análise. 1) O modelofisico-químico. É ele que serve de denominador comum a todas as psicologias da associação e da análise rAifc elementar. Encontramo-lo definido com a maior clareza na Logique, de J. S. Mill, e em seu Preface to James Mills Analysis . 1 Os fenômenos do espírito, assim como os fenôme nos materiais, exigem duas formas de pesquisa: a primeira tenta, a partir dos fatos, ter acesso às leis mais gerais, segundo o princípio da universalização newtoniana; a segunda, tal como t) ouv a análise química para os corpos compostos, reduz os fenôme nos complexos em elementos simples. Assim, a psicologia terá por tarefa encontrar, nos fenômenos do pensamento mais abstrusos, os segmentos elementares que os compõem; no 1. (N.A.) Mill (J. S.), A syst em of logic ratiocinative and induct ive , Londres, Parker, 1851, 2 vol. (Syst ème de logique deduct ive et induct ive, trad. L. Peisse, Paris, Ladrange, 1866, 2 vol. (N.E.).) Preface to Jam es Mill’s anal ysis of the phenomena of the human mi nd Londres, Longman’s, 1869.
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SÏÏKJtitt'
* U" princípio da percepção e do conhecimento da matéria, ela encontrará a sensação (“a matéria pode ser definida como uma possibilidade permanente de sensação”); no princípio do espírito e do conhecimento que o espírito tem de si mesmo, a psicologia descobrirá o sentimento. Mas esses elementos, em sua relação e em seu agrupamento, são regidos pela lei absolutamente geral da associação, já que ela é universal, mas somente as formas de aplicação nos diversos tipos de fenômeX• o nos mentais .2 2) O modelo orgânico. Não se busca mais definir o domí nio psicológico por coordenadas tomadas da física de Newton ou da química de Lavoisier; fazem-se esforços para se manter em vista a realidade humana definindo-a por sua natureza orgânica, tal como se a conhece depois de Bichat, Magendie, Claude Bernard. O psiquismo, tal como o organismo, é carac terizado por sua espontaneidade, sua capacidade de adapta ção e seus processos de regulações internas. té Bain, a partir de um estudo dos instintos ,3 Fechner, pela análise das relações entre estimulação e o efeito sensorial ,4 Wundt, retomandô o problema da atividade específica dos nervos ,5 todos ressaltaram esse tema essencial de que o aparelho psíquico não funciona como um mecanismo, mas m i como um conjunto orgânico cujas reações são originais, e, consequentemente, irredutíveis às ações que os desencadeiam. »^ É preciso, portanto, como dizia Wundt, substituir o princípio da energia material pelo princípio do acréscimo da energia espiritual. É nesse sentido que foram empreendidas, no final do século XIX, as pesquisas experimentais dos limiares abso lutos e diferenciais da sensibilidade, os estudos sobre o tempo de reação e sobre as atividades reflexas: em suma, toda essa constelação de estudos psicofisiológicos nos quais se buscava manifestar a inserção orgânica do aparelho psíquico. ____
2. A frase está manifestamente truncada. 3. (N.A.) Bain (A), The senses an d th e intellect, Londres, Longman’s, 1864.; (Les sens et l’intell igence, trad. E. Cazelles, Paris, Baillière, 1874 (N.E.).) 4. (N.A.) Fechner (T. G.), in Sachen der Psychophysik , Leipzig, Breitkopf e Härtel, 1877. 5. (N.A.) Wundt (W.), Grund züge der Physiologischen Psychologie, Leipzig, W. Engelmann, 1874. (Élé ment s d e psych ologi e physiol ogique, trad. E. Rouvier, Paris, Alcan, 2 vol., 2 S ed., 1886 (N.E.).).
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Foi a mesma inspiração orgânica que suscitou as pesquisas sobre as regulações internas do psiquismo: prazer e dor, ten dências, sentimentos, emoções, vontade. Para Bain, o prazer resulta da harmonia das sensações; a dor, de suas contra
dições e conflitos .6 É sob os fenômenos conscientes que Ribot busca o princípio dessas regulações que caracterizam a vida
ativa e a vida afetiva: em uma região onde o prazer e a dor ainda nem mesmo afloram, há um “inconsciente dinâmico” que trabalha, que elabora “na sombra das combinações incoe rentes ou adaptadas”; essa “subpersonalidade” envolve em sua profundeza a origem da grande trindade afetiva, constituída pelo medo, pela raiva e pelo desejo; são os três instintos procedentes diretamente da vida orgânica: instinto defensivo, ins tinto ofen sivo, instinto nutritiv o.7 o 3 ) O modelo evolucionista. A origem das espécies esteve, jv^JC na metade do século XIX, no início de uma renovação considerável nas ciências do homem; ela provocou o abandono do “mito newtoniano” e assegurou sua substituição através de um “mi to darwiniano”, cujos temas imaginários ainda não desaparece ram totalmente do horizonte dos psicólogos. É essa mitologia grandiosa que serve de cenário ao Système de philosophic de Spencer; nele, os Príncipes de psychologic são precedidos dos Príncipes de biologic e seguidos dos Príncipes de sociologic. A evolução do indivíduo ali é descrita, ao mesmo tempo, como um -íw» *« processo de diferenciação - movimento horizontal de expansão ^ para o múltiplo - e por um movimento de organização hierárquica WdJty» - movimento vertical de integração na unidade; assim procede---**«^ 3^ » ram as espécies no curso de sua evolução; assim procederão as sociedades no curso de sua história; assim procede o indivíduo ^ v no curso de sua gênese psicológica, desde o “feeling indiferen ciado” até a unidade múltipla do conhecimento .8 Jackson, para a neurologia, Ribot, para a psicologia pato lógica, retomaram os temas spencerianos. Jackson define a evolução das estruturas nervosas através de três princípios: ela se faz do simples ao complexo, do estável ao instável, do 6. (N.A.) Bain (A.), The emotions an d the will, Londres, Parker, 1859. (Les émotions et l a vo lo nt é , trad. P.-L. de Monnier, Paris, Alcan, 1885 (N.E.).) 7. (N.A.) Ribot (T.), La psychologie des sentiments, Paris, Alcan, 1897. 8. (N.A.) Spencer (H.), The principles of psychology, Londres, Longman’s, 1855. (Princi pes de psychologie, trad. A. Espinas e Th. Ribot, Paris, Baillière, 2 vol., 2aed„ 1875 (N.E.).)
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mais organizado ao menos organizado; o que implica, em pertencer a uma paisagem comum, e a mesma direção parece compensação, que a doença siga o caminho inverso ao da e s b o ç a r -se: trata-se de deixar de lado as hipóteses dem asiado evolução, e que ela se afronte, a princípio, com as estruturas amplas e gerais pelas quais se explica o homem como um setor mais instáveis e mais recentes, para progredir rapidamente na determinado do mundo natural; trata-se de retomar um exame | direção das estruturas mais sólidas e mais antigas; mas a mais rigoroso da realidade humana, ou seja, mais de acordo doença é também dissociativa: a supressão das estruturas com sua medida, mais fiel às suas características específicas, superiores provoca uma desintegração que descobre e libera mais apropriado a tudo o que, no homem, escapa às determi as instâncias inferiores .9 Ribot transferiu as análises neuro- ÇJpoV nações de natureza. Tomar o homem não no nível desse deno psiquiátricas de Jackson para os domínios da personalidade, minador comum que o assimila a todo ser vivente, mas no seu dos sentimentos, da vontade, da memória :10 nas amnésias, próprio nível, nas condutas nas quais se exprime, na co nsciên são as lembranças mais antigas e mais estáveis que permane cia em que se reconhece, na história pessoal através da qual cem, quando são varridas as mais recentes e as mais superfi ele se constituiu. ciais; nas alterações da vida afetiva, os sentimentos egoístas Janet,1 1 sem dúvida, permanece ainda bem próximo ao evo que são também os mais arcaicos reaparecem, assim como lucionismo e aos seus preconceitos de natureza; a “hierar quia surgem uma vez mais os automatismos, quando a vontade 1 das tendências” que se estende das mais simples e das mais desmorona, ou as estruturas inconscientes da personalidade, automáticas (tendência à reação imediata) até as mais com quando as formas lúcidas são obnubiladas. plexas e as mais integradas (ações sociais), a noção cie energia A importância do evolucionismo na psicologia deve-se, sem psíquica que se reparte entre essas tendências para ativá-las dúvida, a ele ter sido o primeiro a mostrar que o fato psicológico são temas que lembram Jackson e Ribot. No entanto, Janet não tem sentido senão com relação a um futuro e a um passado, m \ chegou a sair fora desse quadro naturalista dando como tema que seu conteúdo atual assenta-se sobre um fundo silencioso de à psicologia não as estruturas reconstituídas nem energias estruturas anteriores que o carregam de toda uma história, mas supostas, mas a conduta real do indivíduo humano. Por que ele implica, ao mesmo tempo, um horizonte aberto sobre o “conduta”, Janet não entende esse comportamento externo de eventual. O evolucionismo mostrou que a vida psicológica tinha que se esgotam o sentido e a realidade, confrontando-o com a uma orientação. Mas, para desligar a psicologia do preconceito situação que o provocou: é re flexo ou reação, não conduta. Há de natureza, restava ainda mostrar que es sa orientação não era k apenas força que se desenvolve, mas significação que nasce. conduta quando se trata de uma reação submetida a uma regulação, quer dizer, cujo desenrolar depende sem cessar do resultado que ela acaba de obter. Essa regulação pode ser interna e apresentar-se sob a forma de sentimento (o esforço A descoberta do sentido que faz recomeçar a ação para aproximá-la do sucesso; a alegria que a limita e a conclui no triunfo); ela pode ser externa A descoberta do sentido fez-se, no final do século XLX, por e tomar como ponto de referência a conduta do outro: a conduta caminhos bem diversos. Mas eles parecem, no entanto, já ê, então, reação à reação de um outro, adaptação à sua « : A’^Jackso?’ ? f ‘ff: ~conduta, e ela exige, assim, um desdobramento cuio exemplo Croonicm lectures on the evolutionand dissolution qf Rp19Hp Ho ir r a í(“Sur “SnrJÊÈÊÊÊÊÈÈÊÊÈÊÊÊÊm oio +' • e- dado j j pela i lmguagem i* j the nervous system, sustem, iinTh elancet. i sempre„ , 29 29 de marro março, 5 e 12 de ahrii abril de 1884. n The lancet mais típico que se desenrola
l’évolution et la dissolution du système nerveux”, trad. A. Pariss, Archives sui sses de neurologie et de psychiat rie, vol. VIII, 1921, ne.2, p. 293-302: vol. IX, 1922, ns 1, p. 131-152 (N.E.).) 10. (N.A.) Ribot (T.), Les mal ad ies d e la mé moir e, Paris, Baillière, 1878; Lès ma la di es de la volont é , Paris, Baillière, 1883; Les maladi es de la personnalité, Paris, Alcan, 1885.
(em col. com F. mBsBBÈËÊtL (NA. ) Janet (P.), Les obsessi ons et l a psych ast hé ni e Raymond), Paris, Al can, 1903, 2 vol. L es n é vr oses , Paris, Flammarion, 1909. e l an goisse à l’exta se. Élu des su r l es croyan ces et les sentim ents, Paris, can>1926. Les dé but s de l ’intell igence, Paris, Flammarion, 1935.
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como diálogo eventual. A doença, então, não é nem um de/íd£nein uma regressão, mas um distúrbio dessas regulações, uma altera ção funcional do sentimento: disso é testemunha a linguagem do psicastênico, que não pode mais regular-se pelas normas do diálogo, mas prossegue em um monólogo sem auditor; testemu nhas também são os escrúpulos dos obsessivos que não podem concluir suas ações, porque perderam essa regulação que lhes permite iniciar e concluir uma conduta. O surgimento das significações na conduta humana se fez igualmente a partir da análise histórica. “O homem”, segundo Dilthey, “não aprende o que ele é ruminando sobre si mesmo, ele o aprende pela história ” . 1 2 Ora, o que a história lhe ensina é que ele não é um elemento segmentar dos processos naturais, mas uma atividade espiritual cujas produções depositaram-se suces sivamente no tempo, como atos cristalizados, significações do ravante silenciosas. Para reencontrar essa atividade originária, será preciso endereçar-se às suas produções, fazer reviver seus sentidos através de uma “análise dos produtos do espírito destinada a nos dar acesso a um apanhado sobre a gênese do conjunto psicológico”. Mas essa gênese não é nem um processo mecânico, nem uma evolução biológica; ela é movimento próprio do espírito que é sempre sua própria origem e seu próprio termo. Portanto, não se trata de explicar o espírito por outra coisa do que por ele próprio; mas, ao se colocar no interior de sua atividade, ao tentar coincidir com esse movi mento no qual ele cria e se cria, é preciso, antes de mais nada, compreendê-lo. Esse tema da compreensão, oposto à explica ção, foi retomado pela fenomenologia que, seguindo Husserl, fez da descrição rigorosa do vivido o projeto de toda filosofia tida como ciência. O tema da compreensão conservou sua validade; mas, em vez de fundamentá-la em uma metapsicologia do espírito, como Dilthey, a fen omenologia estabeleceu-a sobre uma análise do sentido imanente a toda experiência vivida. Assim, Jaspers 13 pôde distinguir nos fenômenos pato12. (NA.) Dilthey [W.), Ideen über eine beschr eibende und zergliedernd e Psy- (1894), in Gesamm elte Schri ften, Leipzig, Teubner, 1924, t. • chologie geistige Welt. Ei nleitu ng in die Philosophie des Lebens, p. 129-240. 13. (NA.) Jaspers (K.), Al lgemeine Psychopath ologie, Berlim, J. Springer, 1913. (Psych opa t ho l ogi e gé né r al e, trad. A. Kastler e J. Mendousse, 3§ ed., Pans, Alcan, 1933 (N.E.).)
lógicos os processos orgânicos referidos à explicação causai, e as reações ou os desenvolvimentos da personalidade que envolvem uma significação vivi da de que o psiquiatra deve ter a tarefa de compreender. Mas nenhuma forma de psicologia deu mais importância à significação do que a psicanálise. Sem dúvida, ela ainda permanece, no pensamento de Fre ud , 14 ligada às suas origens naturalistas e aos preconceitos metafísicos ou morais, que não deixam de marcá-la. Sem dúvida, há na teoria dos instintos (instinto de vida ou de expansão, instinto de morte ou de repetição) o eco de um mito biológico do ser humano. Sem dúvida, na concepção da doe nça como regressão a um estádio anterior do desenvolvimento afetivo, re encontramos um velho tema spenceriano e os fantasmas e volucionistas de que Freud não nos poupa, mesmo em suas implicações sociológicas mais duvidosas. Mas a própria história da psicanálise fez ver esses elementos retrógrados. A importância histórica de Freud vem, sem dúvida, da impureza mesma de seus conceitos: foi no interior do sistema freudiano que se produziu essa reviravolta da psicologia; foi no decorrer da reflexão freudiana que a ^ r* análise causai transformou-se em gênese das significações, ——
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z,
14. (NA.) Freud (S.), Die Traumdeutung, Viena, Franz Deuticke, 1900. (L ’ i n - ter pr é t at ion d es r êves, trad. D. Berger, Paris, PUF, 1967 (N.E.).) D r ei A b h a n - dlungen zur Sexualtheorie, Viena, F. Deuticke, 1905. (Troi s essais su r l a thé ori e sexuelle, trad. Ph. Koeppel, Paris, Gallimard, col. “Connaissance de l’incons cient”, 1987 (N.E).) “Bruchstück einer Hysterie-Analyse”, Monatsschri ft f ür Psychiatr ie un d Neurologie, t. XVIII, 1905, ne4, outubro, p. 285-310, e ne 5, novembro, p. 408-467. (“Fragment d’une analyse d’hystérie [Dora]”, trad. M. Bonaparte e R. M. Loewenstein, Cinq psychanal yses, 2 ed., Paris, PUF, 1966, p. 1-91 (N.E.).) Totem un dTabu. Ei nige Übereinsti mmun gen im Seelenleben der Wilden un d d er Neurotiker, Viena, Hugo Heller, 1913. [Totem et t abou. Inter- pré tati on par la psycha nal yse de la vie sociale des peuples primit ifs et des né vr osé s, trad. S. Jankélévitch, Paris, Payot, col. “Petite Bibliothèque Payot”, ne77, 1965 (N.E.).) Vorl esungen zur Einführ ung in di e Psychoanal yse, Viena, Hugo Heller, 1916-1917. (Intr oduction à la psychan al yse, trad. S. Jankélé^tch, Paris, Payot, 1921 (N.E.).) Jenseits des Lustpri nzips, Viena, Internatio
naler Psychoanalytischer Verlag, 1920. (“Au-d elà du principe de plaisir”, trad. J. Laplanche e J.-B. Pontalis,Essais de psychanal yse, Paris, Payot, col. “Petite Bibliothèque Payot”, ns 44, 1981, p. 41-115 (N.E.).) D a s I c h u r u d d a s E s , Viena, Internationaler Psychoanalystischer Verlag, 1923. (“Le moi et le ça”, trad. J. Laplanche, Essai s de psychana lyse, op. cit., p. 219-275 (N.E.).) Neue Folge der Vorlesungen zur Einführung in die Psychoanalyse, Viena, Internationaler rences d ’int roduct ion à la Psychoanalytischer Verlag, 1933. (Nouvel les con fé Psychanalyse, trad. R.-M. Zeitlin, Paris, Gallimard, col. “Connaissance de l’inconscient”, 1984 (N.E.).)
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que a evolução cede seu lugar à história, e que o apelo à natureza sempre em dialética com seu próprio passado; ele o recalca no é substituído pela exigência de analisar o meio cultural. inconsciente, separa suas significações ambíguas; ele projeta atualidade do mundo real os fantasmas da vida 1) Para Freud, a análise psicológica não deve partir de uma sobre a — anterior; ele transpõe seus temas para níveis de expressão distribuição das condutas entre o voluntário e o involuntário reconhecidos válidos (é a sublimação); em suma, ele erige t odo o intencional e o automático, a conduta normalmente organi umconjunto de mecanismos de defesa que a cura psicanalítica zada e o comportamento patológico e perturbado; não há tem o encargo de girar reatualizando as significações do diferença de natureza entre o movimento voluntário de um passado pela transferência e pela ab-reação. homem são e a paralisia histérica. Para além de todas as 4) Mas qual é o conteúdo desse presente? Qual é seu peso diferenças manifestas, essas duas condutas têm um sentido: ante a massa latente do passado? Se ele não é vazio, ou a paralisia histérica tem o sentido da ação que ela recusa* instantâneo, é na medida em que ele é essencialmente a assim como a ação intencional tem o sentido da ação que ela instância social, o conjunto de normas que, em um grupo, projeta. O sentido é coextensivo a toda conduta. Ali mesmo V'Jlï: reconhece ou invalida tal ou tal forma de conduta. A dialética onde ele não aparece, na incoerência do sonho, por exemplo, do passado e do presente reflete o conflito entre as formas na absurdidade de um lapso, na interrupção de um jogo de individuais de satisfação e as normas sociais de conduta, ou palavras, ele também está presente, mas de um modo oculto. ainda, como diz Freud, entre o “id” e o “superego” ; o “ego” , com E o próprio insensato é sempre uma astúcia do sentido, uma os mecanismos de defesa, é o lugar de seu conflito e o ponto forma para o sentido vir à tona testemunhando contra ele fig onde a angústia faz irrupção na existência. No tratamento próprio. A consciência e o inconsciente não são tanto dois q. psicanalítico, o papel do terapeuta é, justamente, através de mundos justapostos; são, antes, duas modalidades de uma i um jogo de satisfação e de frustração, reduzir a intensidade mesma significação. E a primeira tarefa terapêutica será, do conflito, flexibilizar a dominação do “id” e do “superego”, através da interpretação dos sonhos e dos sintomas, modificar ampliar e abrandar os mecanismos de defesa; ele não tem o essa modalidade do sentido. A» A projeto mítico de suprimir o conflito, mas de transformar sua 2) Quais são essas significações imanentes à conduta, mas contradição neurótica em uma tensão normal. às vezes escondidas da consciência? São aquelas que a história Ao levar a seus limites extremos a análise do sentido, Freud q, individual constituiu e cristalizou no passado em torno de deu sua orientação à psicologia moderna; se ele foi mais longe «. acontecimentos importantes: o traumatismo é um transtorno que Janet e que Jaspers, é por ter conferido um estatuto das significações afetivas (o desmame, por exemplo, que trans objetivo à significação; ele buscou reapreendê-la no nível dos forma a mãe, objeto e princípio de todas as satisfações, em um símbolos expressivos, no próprio “material” do comportamen objeto que se recusa, em um princípio de frustrações); e quando to; ele lhe deu como conteúdo uma história real, ou melhor, o essas significações novas não ultrapassam e não integram as afrontamento de duas histórias reais: a do indivíduo, na significações antigas, então o indivíduo fica fixado nesse con sequência de suas experiências vividas, e a da sociedade, nas flito do passado e do presente, em uma ambiguidade entre o estruturas pelas quais ela se impõe ao indivíduo. Nessa medida, atual e o inatual, o imaginário e o real, o amor e o ódio, sinal pode-se ultrapassar a oposição entre o subjetivo e o objetivo, maior da conduta neurótica. O segundo tema da terapêutica entre o indivíduo e a sociedade. Um estudo objetivo das sigserá, portanto, a redescoberta dos conteúdos inatuais e das V ^vWjiificações tom ou-se possível. j significações passadas da conduta presente. y.& ~S W Ê S S & Í Ê Ê S ; l 3) Por mais assombrada que ela seja pelo passado, a con duta não deixa de ter um sentido atual. Dizer que um sintoma O estudo das significações objetivas reproduz simbolicamente um traumatismo arcaico implic que o passado não invada totalmente o presente, mas que o Esse estudo recobre um domínio do qual não podemos, presente se defenda contra sua reaparição. O presente está aqui, senão delimitar as regiões essenciais. ---------
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define a objetividade pela pregnância e constância das figuras; e ele substitui o processo causai por toda uma interação de forças entre o sujeito e o meio. O campo dinâmico do comportamento torna-se, assim, o objeto maior da psicologia. 2) Evolução e gênese. Essas estruturas de conjunto e as significações que habitam nelas evoluem no decorrer do devir individual. Para certos psicólogos, como Gesell ,1 7 a emergên cia das estruturas se faz na conduta por uma maturação surda dos esquemas fisiológicos. Para outros, como Kuo, ela se faz pela coesão progressiva de condutas segmentares e adquiridas que, pela força de iteração da facilitação, organizam-se em estereótipos gerais de condutas. 18 Entre essas duas formas extremas de interpretação, a psicologia genética, depois de Baldwin, busca levar em conta a maturação e a aquisição, o desenvolvimento necessário e o progresso ligado às circunstâncias. Pia get19 atribui o máximo ao desenvolvimento necessário das estruturas ao meèmo tem po biológicas e lógicas; ele busca mostrar no desenvolvimento das primeiras - desde as que são irreversivelmente orientadas e concretas até as que são reversíveis e abstratas, desde a reação imediata à operação técnica - um processo que refaz em sentido inverso a marcha da história das ciências - desde a geometria euclidiana até o cálculo vetorial e tensorial: o devir psicológico da criança não é senão o inverso do devir histórico do espírito. Em contrapartida, Wallon atribui o máximo ao meio, mostrando na individualidade psicológ ica não um dado, mas um resultado, como o ponto de interferência entre os movimentos centrípetos da emoção, da simpatia, da fusão afetiva, e os movimentos centrífugos da experiência do outro e do reconhecimento de si. O pensamento não é, portanto, o modelo lógico e já constituído da ação, mas é o ato desdobranfenomenal”
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do-se em um meio que se constitui como pensamento, através da intermediação do rito, do símbolo e, finalmente, da repre sentação.2 0 O devir psicológico não é o desenvolvimento de estruturas inteiramente preparadas, ele é a preparação efetiva de estruturas adultas; não se trata mais de evolução espontâ nea, mas de gênese ativa. 3) Performances e aptidões. Um outro problema colocado pela existência dessas significações objetivas é o de suas manifes tações, seu afloramento no domínio da observação. Ele se dá sob duas formas: a da performance, da realização, da Leistung, como dizem os alemães, e a da expressão. A psicologia tradicional era uma psicologia do virtual; as faculdades não se inscreviam nunca senão entre as possibili dades abstratas. É atualmente no nível mesmo do real, e no quadro por ele definido, que se buscam determinar as even tualidades do comportamento. Disso surgiu o princípio do teste, devido a Cattell e a Binet, e definido como uma prova estandartizada cujo resultado é estimado por comparação estatística entre os indivíduos a ele submetidos. Quanto às m crianças retardadas, Binet e Simon 21 foram os primeiros a buscar definir o “nível mental” de um indivíduo, em relação aos sujeitos de sua idade; o teste toma, então, a form a de uma escala de desenvolvimento. O imenso acaso dos testes mentais conduziu Spearman 22 a definir como critério de inteligência as únicas performances que se podem aferir sob a forma de testes: a inteligência seria um fator geral que, em um grau mais ou menos elevado segundo a natureza da prova, daria conta de uma parte das performances, em todos os testes de aptidões. A determinação da importância do “fator g" em tal ou tal prova se faz por uma elaboração estatística, um cálculo de correlações que estão na origem da análise fatorial. Mais -;
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Thurstone,23 Thomson e Vernon praticaram o método de análise multifatorial, que também, através do mesmo mé todo de análise estatística das performances, busca determi nar, ao lado, ou eventualmente no lugar do fator g, fatores polimorfos (aptidão verbal, compreensão espacial, aptidão numérica). Em todo esse movimento fatorial, a objetividade das significações só é mantida e garantida pela fragilidade das relações estatísticas que alteram sua necessidade e a despoJ tarde,
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jam de todo conteúdo efetivo. 4) A expressão e o caráter. Em compensação, as psicologias da expressão e do caráter esforçam-se em reapreender o conteúdo das significações na forma da necessidade indivi dual. Esse conteúdo individual aflora, em primeiro lugar, em na projeção sobre todos os fenômenos da projeção e ^sobretudo ---um estímulo pouco diferenciado, de interpretações que lhe emprestam um sentido imaginário: é o princípio das provas de Rorschach e de Muway (manchas de tinta, imagens de cenas humanas). Ele aflora ig ualmente nesses outros fenômenos de expressão constituídos pelos julgamentos que se têm de si mesmo, ou ainda pela image m que nós damos a nós mesmos (é esse domínio que os questionários de Heymans ou de Woodworth exploram). Há, aproximadamente, tantas caracte rísticas quantos forem os métodos de investigação. Mas devese notar o prestígio da grande oposição delineada por Bleuler entre o tipo esquizoide (tendência ao fechamento sobre si mesmo, ao autismo, à ruptura de contato com a realidade) e o caráter cicloide (tendência à expansão, à labilidade afetiva, ao contato permanente com o mundo exterior). Tal como o mundo verbal e o universo imaginário, o corpo mesmo detém um valor expressivo; essa ideia, desenvolvida por Klages, encontra sua validade tanto na estrutura geral do corpo quanto quanto era em suas suas maimcsuivuco manifestações jjatuiugx^. patológicas. O ?' corpo — aspecto~ morfológico Sheldon morfológico do do organismo organismo é posto por Kretschmer Kretschmer e Sheldon ,^ “eim'hnli'zp rnm em relação com a estrutura do coma do caráter: oo corpo “simboliza simboliza com , , j _ j „ a em uma unidade na qual pode decifr ar-se um estilo geral -------------
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Binet (A.) e Simon (T.), “Méthode nouvelle pour le d i a g n o s t i c du ^ 3 niveau intellectuel des anormaux”, An née psyc hol ogi que, t. XI, 19@f§j %í :' 191-244 22. (N A ) Soe tc* — . , opcaruian . arman hj. ( . E.), The The abilities nature and meaW~^^ ^ ^ ^ ^ S y ^ /-^ |-.M-A-l_7hurstone (L.), The vectors of mind, Chicago, University of Chicago abilit ies of man man. Their nat ure and 9 3 5 . Tinomson h o m s o n (lli.j, G . ), The of human ; ^acsh, 1iyjo. iiumu ability, L o n d r e s , 1ne factorial jact onai analysis uj merit, Londres, MacMillan, 1927. (Les apt it udes de Vhomm e, leur natur e et leur .. d i v e r s i ty of o f LLondon o n d o n PPress, ress, 1 9 3 9 . [L’anal yse factorielle factori elle des aptitud es hu University 1939. (L’analyse mesure, trad. F. Brachet, Paris, Conservatoire national des arts e t métiers, ^ 1936 (N.E.).) ■ Kai® fetrad. P. Naville, 3s ed., Paris, PUF, 1950 (N.E.).) ---------
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de reação psicocorporal”.24 Pela via da análise simbólica na qual os sinais corporais são lidos como uma linguagem, a psicanálise mostrou o caráter expressivo do corpo e denunciou a origem psicogênica de certas síndromes orgânicas; sis m tematizando essa pesquisa, Alexander25 pôde mostrar a liga ção de doenças como a hipertensão ou a ulceração das vias digestivas com as estruturas neuróticas que as provocam ou que se exprimem nelas. 5) Conduía e instituições. Expressas ou silenciosas, as signi ficações objetivas das condutas individuais são ligadas por um laço de essência à objet ividade das significações sociais: as obras de Janet, de Freud, de Blondel26 tentaram destacar esse elo. “Conduzir-se” só pode ter sentido em um horizonte cultural que dá â conduta sua norma (sob o aspecto do grupo), o tema, enfim, que a orienta (sob as espécies da opinião e da atitude): esses são os três grandes setores da psicologia social. O estudo das instituições busca determinar as estruturas de base de uma sociedade; isolar as condições econômicas com sua incidência direta sobre o desenvolvimento do indivíduo e sobre as formas pedagógicas, no sentido amplo, que Kardiner designa como “instituições primárias”; descrever a maneira como o indivíduo reage a essas instituições, como ele integra experiências, como ele projeta, enfim, os temas maiores sob a forma do mito, da religião, das condutas tradicionais, das regras jurídicas e sociais que se definem como “instituições secundárias”.27 Essa problemática definida com precisão por Kardiner está presente de maneira mais ou menos difusa em todos os estudos antropológicos, quer eles estudem as popu lações “primitivas” (M. Mead em Samoa, R. Benedict no Novo México, Linton em Madagascar), quer se esforcem em desafiar | eiras culturais mais desenvolvidas, como Linton em Plainville. 24. (N.A.) Sheldon (W.) em col. com Stevens (S.), The var ieties of temperament. A psychology o f constitutional di fferences, Nova Iorque, Harper, 1942. (Les var ié té s du temp é ra ment . Une psy ch olo gi e des d if fé ren ces consti tu ti onnell es,
Os problemas do grupo concernem, ao mesmo tempo, ao jogo de interação dos indivíduos que estão em presença direta uns dos outros, e à experiência - vivida por cada um dos membros do grupo - de sua situação própria no i nterior do conjunto. Moreno focalizou métodos de análise do grupo, pelos quais se determinam valências positivas ou negativas que unem e opõem os indivíduos em uma constelação caracterís tica do grupo. Ele tentou, inclusive, estabelecer, sob o nome de sociodrama, uma terapêutica de grupos, que permitiria, assim como na análise individual, um esclarecimento e uma atualização dos temas afetivos latentes, dos conflitos ou das ambivalências cujas relações manifestas são subentendidas, e que tornaria possível, por essa via, uma readaptação mútua, e uma restruturação afetiva do grupo.28 A análise das opiniões e das atitudes busca determinar os fenômenos coletivos que servem de contexto às condutas afetivas do indivíduo, assim como às suas operações intelectuais de percepção, de julgamento e de memória. Essas pesquisas são quantitativas antes de serem estruturais e se apoiam sempre na elaboração de dados estatísticos: mede-se, assim, a extensão de uma opinião através de investigações feitas sobre um grupo representativo de uma população em seu conjunto, ou ainda a força de uma atitude em um grupo de indivíduos, através do apego comparado que ele manifesta com relação a tal ou tal opinião. O caráter coletivo dessas opiniões e dessas atitudes permite extrair a noção de estereótipo, espécie de opinião gene ralizada e cristalizada que provoca, em função de atitudes preestabelecidas, reações sempre idênticas.29
O fundamento das significações objetivas Todas essas análises de significações objetivas situam-se entre os dois tempos de uma oposição: totalidade ou elemento; gênese inteligível ou evolução biológica; performance atual ou
trad. A. Ombredane e J.-J. Grumbach, Paris, PUF, 1951 (N.E.).) 25. (NA.) Alexander (F.), Psychosomatic medicine, its principl es and applica- 28. (N.A.) Moreno (J. L.), Who shall sur vive? Foundati on of sociometry, Nova tions, Nova Iorque, Norton, 1950. (Lam é deci ne psychosom at iqu e. Ses prin cipes et ses appli cations, trad. S. Horinson e E. Stem, Paris, Payot, 1951 (N.E.).) Iorque, Beacon Press, 1934. (Fond ement s d e l a sociomé tr ie, trad. Lesage e 'id Ê Ê Ê s é : 26. (N.A.) Blondel (C.), Introdu ction àla psychologi e collective, Paris, A. Colin j s B R Maucorps, Paris, PUF, 1954 (N.E.).) ns 102, 1927. v^9. (N.A.) Cantril (H.), Gauging public opinion, Princeton University Press, 27. (NA.) Kardiner (A.) com Linton (R.), Du Bois (C.) e West (J.), Psychological * i947. Allport (G. W.) e Postman (L.), The psychology o f rumor, Nova Iorque, fr onti ers of society, Nova Iorque, Columbia University Press, 1945. Henry Holt, 1947. Stoetzel (J.), Th é ori e de I’opini on, Paris, PUF, 1943.
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aptidão permanente e implícita; manifestações expressivas ginswanger, para H. Kunz, atingir, mais além da psicologia, o fundamento que lhe dá sua possibilidade e dá conta de suas momentâneas ou constância de um caráter latente; instituição ambiguidades: a psicologia aparece como uma análise empí social ou condutas individuais: temas contraditórios cuja dis rica da maneira segundo a qual a existência humana se of erece tância constitui a dimensão própria da psicologia. Mas cabe à no mundo; mas ela deve assentar-se sobre a análise exis psicologia ultrapassá-los, ou deve ela se contentar de des tencial da maneira segundo a qual essa realidade humana se crevê-los como formas empíricas, concretas, objetivas, de uma temporaliza, se espacializa e, finalmente, projeta um mundo: ambiguidade que é a marca do destino do homem? Diante então, as contradições da psicologia, ou a ambiguidade das desses limites, deve a psicologia liquidar-se como ciência "í significações que ela descreve, terão encontrado sua razão de objetiva e desviar-se em uma reflexão filosófica que contesta sua validade? Ou ela deve busca r descobrir fundamentos que, pflstii ser. sua necessidade e, ao mesmo tempo, sua contingência, na liberdade fundamental de uma existência que escapa, com se não suprimem a contradição, permitem ao menos dar conta -■f todo o direito, ã causalidade psicológica.31 dela? i . u JJaojç \ Æ SÈÉ Porém, a interrogação fundamental permanece. Nós mos-] Os esforços mais recentes da psicologia vão nessa direção tramos, no início, que a psicologia “científica” nasceu das e, apesar da diversidade de sua inspiração, pode-se resumir m W i contradições encontradas pelo home m em sua prática, e que, sua significação histórica deste modo: a psicologia não mais por outro lado, o desenvolvimento dessa “ciência” consist iu em busca provar sua possibilidade por sua existência, mas fun damentá-la a partir de sua essência, e ela não mais busca ■ p i um lento abandono do “positivismo” que a alinhava, no come- „ ço, com as ciências da natureza. Esse abandono e a análise suprimir, nem mesmo atenuar suas contradições, mas, sim, nova das significações objetivas puderam resolver as contra justificá-las. dições que o motivaram? Não parece, u ma vez que nas formas A cibernética está longe, assim parece, de um semelhante pro atuais da psicologia reencontramos essas contradições sob o + jeto. Sua positividade parece afastá-la de toda especulação, e se aspecto de uma ambiguidade que se descreve como coextenela toma por objeto a conduta humana, é para encontrar nela, siva à existência humana. Nem o esforço em direção à deter- j a um só tempo, o fato neurológico dos circuitos emfeecLback, minação de uma causalidade estatística, nem a reflexão an os fenômenos físicos da autorregulação e a teoria estatística tropológica sobre a existência podem ultrapassá-las realmen da informação.30 Mas, ao descobrir nas reações humanas os te; quando muito, podem esqu ivar-se delas, quer dizer, enconprocessos mesmos dos servomecanismos, a cibernética não trá-las finalmente transpostas e travestidas. retorna a um determinismo clássico: sob a estrutura formal O futuro da psicologia não estaria, doravante, no levar a sério das estimações estatísticas, ela deixa espaço às ambiguidades essas contradições, cuja experiência, justamente, fez nascer a dos fenômenos psicológicos e justifica, do seu ponto de vista, psicologia? Por conseguinte, não haveria desde então psicolo as formas sempre aproximadas e sempre equívocas do conhe gia possível senão pela análise das condições de existência do cimento que podemos ter. homem e pela retomada do que há de mai s humano no homem, Em um outro sentido, a ultrapassagem da psicologia se faz quer dizer, sua história. em direção a uma antropologia que tende a uma análise da existência humana em suas estruturas fundamentais. Rea JUCUa &MXMvv» C (^) £ «AcMjvílft,. OJ preender o homem como existência no mundo e caracterizar 1‘04 h í; ou iL 'Ç^ C6LuJLX - X jc /V.oo riT& V-f ta a. im *' cada homem pelo estilo próprio a essa existência é, para L. +*SLor%jLtJ*i j luc o uj í
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Daseins, Zurique,