Ficha de trabalho para Educação Literária │ Poesia trovadoresca (Cantiga de amigo)
Ficha de trabalho Poesia trovadoresca Duas cantigas de amigo – questionário com soluções [Esta cantiga inserese! tematicamente! no t"pico programático da variedade do sentimento amoroso #$
I D. Dinis
Ai fals'amig'e fals'amig'e sem lealdade, lealdade, ora vej'eu a gram falsidade com que mi vós há gram temp'andastes, ca doutra sei eu já por verdade 5
a que vós atal pedra lançastes lançastes..
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Amigo fals'e fals'e muit'encoberto, muit'encoberto, ora vej'eu o gram mal deserto com que mi vós há gram temp'andastes, ca doutra sei eu já bem por certo a que vós atal pedra lançastes.
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Ai fals'amig', fals'amig', eu nom me temia do gram mal e da sabedoria com que mi vós há gram temp'andastes, ca doutra sei eu, que o bem sabia, a que vós atal pedra lançastes. ! de colherdes ra"om seria da falsidade que semeastes.
1. %denti&ca! 'usti&cando! o tema da cantiga# 2. Elabora uma caracteriação psicol"gica a) da amiga b) do amigo# . E*plicita o sentido da +nica metá,ora presente no re,rão# .Ediç/es 010
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!"#$%&'! 1. 0 amiga 8uei*ase das traiç/es do amigo! acusandoo de ter como
prática enganar as namoradas# 2. a) 0 amiga apresentase angada e revoltada por causa do caráter traidor do amigo! 8ue ela sabe 8ue enganou outra# [9o d:stico &nal! a amiga e*prime o dese'o de 8ue ele acabe por colher o castigo merecido#$ b) ; amigo < caracteriado como ,also e dissimulado# . 0 +nica metá,ora presente no re,rão ocorre no seu verso &nal= >a 8ue v"s a tal pedra lançaste?! em >pedra?= tratase de uma metá,ora e*tremamente e*pressiva= do mesmo modo 8ue 8uem atira uma pedra a algu
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[Esta cantiga de amigo inserese! tematicamente! nos t"picos programáticos da con(dncia amorosa e variedade do sentimento amoroso #$
II D. Dinis
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# Amiga, faço#me maravilhada como pode meu amigo viver u os meus olhos nom pode veer ou como pod'alá fa"er tardada$ ca nunca tam gram maravilha vi% poder meu amigo viver sem mi$ e, par &eus, cousa mui desguisada. # Amiga, estad(e) ora calada um pouco, e lei*ad'a mim di"er% per quant'eu sei cert'e poss'entender, nunca no mundo foi molher amada come vós de voss'amig'$ e assi, se el tarda, sol nom culpad'i$ se nom, eu quer'en ficar por culpada. # Ai amiga, eu ando tam coitada que sol nom poss'em mi tomar pra"er, cuidand'em como se pode fa"er que nom já comigo de tornada$ e, par &eus, porque o nom vej'aqui, que morto gram sospeita tom'i, e, se mort', mal dia eu fui nada. # Amiga fremosa e mesurada, nom vos dig'eu que nom pode seer voss'amigo, pois hom', de morrer$ mais, por &eus, nom sejades sospeitada doutro mal del, ca des quand'eu naci, nunca doutr'home tam leal o falar, e quem end'al di", nom di" nada.
1. Esclarece a relação entre as duas pessoas 8ue dialogam na cantiga# .Ediç/es 010
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2. E*plicita! 'usti&cando! a cr:tica ,eita na primeira estro,e ou cobla# . Ae,ere as 8ualidades do amigo apresentadas pela segunda
interlocutora#
!"#$%&'! 1. 0s duas pessoas 8ue dialogam na cantiga são duas 'ovens mulheres!
sendo a segunda con&dente da primeira= esta contalhe do seu espanto por o seu amigo não ter regressado para estar 'unto dela! demorandose onde se encontra B = >como podalá ,aer tardada?! v# D# ; argumento do 8ual ela se serve para 'usti&car a sua admiração < liricamente de grande belea= >como pode meu amigo viver u os meus olhos nom pode veer?! vv# 4 e # 0 segunda interlocutora! a con&dente! sossega a amiga garantindolhe a &delidade do amigo B [se não veio ainda < de certea por8ue não pode$# 2. Aespondido parcialmente em -# 7as a amiga critica o amigo por ele não
ter ainda regressado para 'unto dela! não entende como ele pode viver sem ela#
. Para ela! ao amigo ausente não pode ser assacada 8ual8uer culpa# Ela
,alhe um grande elogio! mostrandose conhecedora do grande amor 8ue amiga ela tem G sua e caracteriando o como &el desculpao ou e*plica a sua ausHncia diendo 8ue se ainda não veio de onde está < por8ue não conseguiu no +ltimo verso da cantiga chega mesmo a dier 8ue 8uem disser mal dele não sabe o 8ue anda a dierI
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