PASTAS 1- Introdução São formas farmacêuticas semi-sólidas, destinadas a aplicação externa, que contêm uma elevada concentração de pós pós fina finame ment ntee disp disper ersos sos,, va vari rian ando do norm normal almen mente te este este conteúdo de 20% até 60%. São mais firmes e espessas que as pomadas, e geralmente menos gordurosas que elas. Podem ser úteis para absorver produtos químicos nocivos para bebês, tais como a amônia que as bactérias liberam da urina. São menos gordurosas que as pomadas porque o pó absorve os hidrocarbonetos fluidos. As pastas deixam um filme espesso, não-quebradiço, rela relati tiva vame ment ntee impe imperm rmeá eáve vel, l, que que pode pode ser ser opac opaco o e agir agir como um eficiente filtro solar. Esquiadores utilizam estas formulações na face para minimizar o efeito de desidratação exce ex cess ssiv ivaa prov provoc ocad adaa pelo pelo ve vent nto o e o bloq bloque ueio io dos dos raio raioss solares. Elevadas concentrações de pós tornam as pastas completamente diferentes das pomadas propriamente ditas, pois apresentam um ligeiro efeito secante, absorvendo os exsudados cutâneos (superfícies cutâneas úmidas). Os médicos costumam indicá-las para doenças da pele que possuem a tendência para a formação de crostas ou vesículas. São utilizadas para ações estritamente epidérmicas, pois a permea permeação ção cutânea cutânea é muito muito baixa. baixa. Por isso isso são mais Pag 1 de 7
empregadas como veículos de fármacos anti-sépticos e adstrigentes. 2- Tipos 2.1 Pastas preparadas com excipientes gordurosos • • • • •
Vaselina sólida Vaselina líquida Lanolina Ceras Silicones, etc
Exemplo: pasta de Lassar (óxido de zinco + amido + vaselina sólida) Utilizada como antisséptico, secativo e cicatrizante no tratamento de feridas e úlceras. 2.2 Pastas preparadas com excipientes hidrófilos •
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Gel de pectina ou metilcelulose, goma adraganta Gelatina-glicerinada, etc
Exemplo: •
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Pasta dental – contém CMC que é hidrossolúvel. Pasta d’água (óxido de zinco + talco + glicerina + água de cal) Utilizada como secativo, cicatrizante, antisséptico.
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3- Preparação das Pastas Geralmente as formulações de pastas contêm os seguintes componentes: PA na forma de pós Excipiente: aquoso ou oleoso Umectante (ex: glicerina) – evita a evaporação da água contida na formulação. Conservante: quando o excipiente é aquoso.
Técnica de preparação: Triturar os pós com a ajuda de um agente levigante e incorporar ao restante dos componentes da formulação, misturando bem até homogeneização. Levigação é a redução de uma substância insolúvel a partículas bem pequenas, por meio da trituração com água ou outro líquido adequado, até a formação de uma pasta homogênea, isenta de grumos perceptíveis. Os principais agentes levigantes são a água, o álcool, o propilenoglicol, a glicerina, o óleo mineral, óleo de silicone e outros óleos. Exemplos de pós utilizados em Pastas Enxofre Geralmente se utiliza os polissorbatos (20, 60, 80) ou lanolina como agentes de levigação (componentes responsáveis por auxiliar na diminuição das partículas dos pós). Óxido de Zinco, Carbonato de cálcio, Talco, Amido Pag 3 de 7
GÉIS 1- Introdução Consistem na dispersão de um sólido num líquido formando um produto translúcido ou transparente. São sistemas semi-sólidos nos quais o movimento do meio dispersante é limitado por uma rede tridimensional de partículas entrelaçadas ou macromoléculas solvatadas presentes na fase dispersa. São considerados dispersões coloidais (partículas entre 1nm a 1µm ). Um sistema coloidal formado por uma dispersão de uma substância sólida em um meio dispersante líquido é designado SOL. À medida que se adiciona mais colóides, o SOL líquido pode transformar-se em semi-sólido ou sólido, chamando-se GEL. Alguns colóides como o Veegum e o Aerosil apresentam propriedades tixotrópicas, ou seja, quando em repouso apresentam comportamento de GEL e quando em movimento um comportamento de SOL. Este fenômeno reversível de passagem SOL para GEL e GEL para SOL é denominado Tixotropia. 2- Tipos 2.1 Inorgânicos São sistemas bifásicos, constituídos por uma rede de pequenas partículas inorgânicas em suspensão (colóides liófobos). Ex: bentonita, alumina ou veegum, sílica coloidal Pag 4 de 7
2.2 Orgânicos São sistemas monofásicos, constituídos por macromoléculas orgânicas uniformemente distribuídas ao longo de um líquido, sem limite aparente entre a fase dispersa e o líquido dispersante (colóides liofílicos). Ex: carbopol, carboximetilcelulose, gomas Hidrogéis São géis que contêm água. Os componentes são dispersíveis ou solúveis em água. Exemplo: Inorgânicos: sílica, bentonita, alumina Orgânicos: CMC, alginatos, carbômeros Organogéis São géis que contêm hidrocarbonetos ou gorduras animais ou vegetais. Plastibase, PEG 4- Substâncias que formam “dispersão coloidal”
Aniônicas
Carboximetilcelulose sódica (CMC) Alginato de sódio Goma xantana Carbopol 940
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Não-iônicas
Hidroxietilcelulose (HEC) ou Natrosol Hidroxipropilcelulose (HPC) Hidroxipropilmetilcelulose (HPMC) 5- Técnica geral de preparação dos Géis Em geral as formulações contêm os seguintes componentes: P.A. solúveis Excipientes (colóide): carbopol em pH alcalino forma gel, ou sílica gel pulverizada (aerosil) usada para gel dental pois tem poder abrasivo Umectante Conservante: é indispensável o seu uso em preparações de géis, pois esta formulação tem alta concentração de água. Técnica: Dissolver o polímero em parte do solvente. Aguardar até que o polímero intumesça (absorve líquido e aumenta de volume) - hidratação Adicionar o restante do solvente e outros aditivos, sob agitação suave. Evitar incorporação de ar Manter o agitador no interior do gel Adicionar um anti-espumante permitido Preparação de Géis Carboméricos Aplica-se a mesma técnica geral de preparação Após a adição da água, neutralizar o gel (pH 7)
Neutralizantes: NaOH, KOH, NH 4OH ou trietanolamina Pag 6 de 7
Se for necessário re-acidificar o gel, utilizar o ácido fosfórico ou clorídrico, visto que produzem menos eletrólitos que os ácidos cítrico ou lático. Preparação de Géis de Celulose (ex: Natrosol) Aquecer a água e os demais adjuvantes Aspergir o polímero na água ainda quente Deixar em repouso até completo entumescimento Homogeneizar Importante: Preparar os géis base com antecedência Hidratar previamente gomas (goma xantana, goma arábica) e polímeros naturais Evitar a incorporação de ar Molhar o gelificante com PPG ou glicerina, para reduzir os grumos. Evite utilizar álcool (pode diminuir a transparência e a viscosidade) Aspergir o gelificante sobre a água com agitação suave Verificar o pH Emulsionar ativos lipossolúveis antes de incorporá-los ao gel
Conservação de Géis O conservante deve ser escolhido em função do agente gelificante e do pH da preparação
REFERÊNCIAS
Prista, L. N., Tecnologia Farmacêutica. Aulton M. E., Delineamento de Formas Farmacêuticas. Thompson J. E., A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos. Pag 7 de 7