IINTRODUÇÃO Á FARMACOLOGIA Farmacologia: É o estudo do modo pelo qual a função dos sistemas biológicos é afetada por 1. Farmacologia: É agentes químicos 2. Conc Concei eio o!! Inici Iniciai ai!! •Reméd •Remédio: io: É toda toda medida medida terap terapêut êutica ica utili utiliada ada para para comba combater ter um estad estado o patol patológi ógico. co. !".:#ç !".:#ç$e $ess %síquicas &terapia'( #ç$es )ísicas &massagem' e medicamentos. medicamentos. •*edic •*edicame amento nto:: É toda toda subst+ subst+nci ncia a químic química a que que tem ação ação profi profil,t l,tica ica(( terapê terapêuti utica ca e au"i au"ilia liarr de diagnóstico. •),rmaco: É toda subst+ncia quimicamente quimicamente definida que apresenta ação benéfica no organismo •-roga: É toda subst+ncia capa de alterar os sistemas fisiológicos ou estados patológicos( com ou sem benefícios para o organismo. •)orma farmacêutica: farmacêutica: É o modo que o medicamento medicamento se apresenta( apresenta( e".: gotas( capsula( comprimido comprimido etc. •)órmula farmacêutica: É o conunto de subst+ncias( em proporç$es adequadas( que comp$em o medicamento. •%rincípio ati/o &%#': &%#': 0ubst+ncia quimicamente ati/a respons,/el pela ação do medicamento. •eículo: •eículo: É a subst+ncia líquida que d, /olume a fórmula( não apresenta ação farmacológica. farmacológica. •!"cipiente: É a subst+ncia sólida que d, /olume a fórmula( não apresenta ação farmacológica. •*edicamento de marca ou referencia: é um medicamento ino/ador que possui marca registrada( com qualidade( qualidade( efic,cia terapêutica e segurança( compro/ados atra/és de testes científicos( registrado pelo órgão de /igil+ncia sanit,ria no país. 0ua principal função é ser/ir de par+metros para registros dos posteriores medicamentos similares e genéricos( quando sua patente e"pirar. • *edicam *edicamento ento genérico: genérico: é um medicame medicamento nto com a mesma mesma subst+nci subst+ncia a ati/a( ati/a( forma forma farmacêu farmacêutica tica e dosagem e com a mesma indicação que o medicamento original( de marca. ! principalmente( são intercambi,/eis intercambi,/eis em relação ao medicamento de referência( ou sea( a troca pelo genérico é possí/el. É mais barato porque os fabricantes de genéricos( ao produirem medicamentos após ter terminado o período de proteção de patente dos originais( não precisam in/estir em pesquisas e refaer os estudos clínicos que dão cobertura aos efeitos colaterais( que são os custos inerentes 2 in/estigação e descoberta de no/os medicamentos( /isto que estes estudos , foram realiados para a apro/ação do medicamento medicamento pela ind3stria que primeiramente obtin4a a patente. #ssim( podem /ender medicamentos genéricos com a mesma qualidade do original que detin4a a patente a um preço mais bai"o. •*edicamento similar: aquele medicamento que contém o mesmo ou os mesmos princípios ati/os( apresenta a mesma concentração( forma farmacêutica( /ia de administração( posologia e indicação terapêutica( pre/enti/a ou diagnóstica( do medicamento de referência registrado no órgão federal respons,/el pela /igil+ncia sanit,ria( podendo diferir somente em características relati/as ao taman4o e forma do produto( prao de /alidade( embalagem( rotulagem( e"cipientes e /eículos( de/endo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. 0eu registro só é liberado e publicado pela #n/isa mediante , apresentação dos testes de equi/alência equi/alência farmacêutica e de biodisponibilidade biodisponibilidade relati/a e"igidos pelo *inistério da 0a3de. 5o entanto( não é realiado o teste de bioequi/alência6. !ste !ste test teste e de bioe bioequ qui/ i/al alên ênci cia a gara garant nte e a inte interc rcam ambi bial alid idad ade e dos dos gené genéri rico coss e de/i de/ido do a isto isto os medicamentos medicamentos similares não são intercambi,/eis. intercambi,/eis. 67este 67este de bioequi/alência bioequi/alência consiste na demonstração de que o medicamento genérico e seu respecti/o medicamento de referência &aquele com o qual foi efetuada pesquisa clínica para compro/ação da efic,cia e segurança antes do registro' apresentam a mesma biodisponibilidade8 no organismo. #
bioequi/alência( na grande maioria dos casos( assegura que o medicamento genérico ou similar apresente a mesma efic,cia clínica e a mesma segurança em relação ao produto de marca. 8 9iodisponibilidade é uma medida da e"tensão de uma droga terapeuticamente ati/a que atinge a circulação sistêmica e est, disponí/el no local de ação. ;ndica a /elocidade e a e"tensão de absorção de um princípio ati/o em uma forma de dosagem( a partir de sua cur/a concentração
>?( =>>?( com a publi publicaç cação ão da Resol Resoluçã ução o R-@ R-@ 1?A<=> 1?A<=>>? >? e Resol Resoluçã ução o R-@ R-@ 1??<=> 1??<=>>?( >?( os medicamentos similares de/em apresentar os testes de biodisponibilidade relati/a e equi/alência farmacêutica para obtenção do registro para compro/ar que o medicamento similar possui o mesmo comportamento no organismo &in /i/o'( como possui as mesmas características de qualidade &in /itro' do medicamento de referência. # apresentação dos testes de biodisponibilidade relati/a para os medicame medicamentos ntos similare similaress , registrad registrados os segue segue uma ordem ordem de priorida prioridade( de( ou sea( sea( medicame medicamentos ntos considerados considerados de maior risco( como antibióticos( antibióticos( antineopl,sicos( antiretro/irais e alguns medicamentos medicamentos com princípios ati/os , realiaram esta adequação na primeira reno/ação após a publicação desta Resolução. Bs demais medicamentos de/erão apresentar o teste de biodisponibilidade relati/a na segunda reno/ação do registro( e até =>1A todos os medicamentos similares , terão a compro/ação da biodisponibilidde relati/a. #lém disso( os medicamentos similares passam por testes de controle de qualidade que asseguram a manutenção da qualidade dos lotes industriais produidos. 7odos os medicamentos medicamentos similares passam pelos mesmos testes que o medicamento genérico.
•9iodisponibilidade •9iodisponibilidade #dequada: #dequada: Referese 2 fração de uma dose ingerida de uma droga que tem acesso 2 circulação sistêmica( ou sea( corresponde a quantidade de f,rmaco disponí/el no organismo capa para e"ercer efeito terapêutico. •Reação ad/ersa: É qualquer resposta a um medicamento que sea "re#$%icial& "re#$%icial& n'o inencional inencional(( e que que ocor ocorra ra na! %o!e! normalmene $ili(a%a! $ili(a%a! em seres 4umanos para profila"ia( diagnóstico e tratamento de doenças( ou para a modificação de uma função fisiológica. •!feito colateral C !feito associado ao medicamento( que pode ser o obeti/o principal principal do remédio. !".: ##0 é um analgésico( antitérmico &antipirético'( #;5!( utiliado para dor. Dm dos efeitos associados é a diminuição da agregação plaquet,ria. B alcance do efeito terapêutico depende das /ias de administração( das características fisiológicas do paciente e do próprio %# do medicamento. %ara obser/ar o efeito terapêutico( é ideal que as Eplasm,ticasF ultrapassem a fai"a de EF a partir da qual o efeito terapêutico ser, obser/ado. #cima dessa fai"a to"icidade. #bai"o dessa fai"a efeito subterapêutico.
bioequi/alência( na grande maioria dos casos( assegura que o medicamento genérico ou similar apresente a mesma efic,cia clínica e a mesma segurança em relação ao produto de marca. 8 9iodisponibilidade é uma medida da e"tensão de uma droga terapeuticamente ati/a que atinge a circulação sistêmica e est, disponí/el no local de ação. ;ndica a /elocidade e a e"tensão de absorção de um princípio ati/o em uma forma de dosagem( a partir de sua cur/a concentração>?( =>>?( com a publi publicaç cação ão da Resol Resoluçã ução o R-@ R-@ 1?A<=> 1?A<=>>? >? e Resol Resoluçã ução o R-@ R-@ 1??<=> 1??<=>>?( >?( os medicamentos similares de/em apresentar os testes de biodisponibilidade relati/a e equi/alência farmacêutica para obtenção do registro para compro/ar que o medicamento similar possui o mesmo comportamento no organismo &in /i/o'( como possui as mesmas características de qualidade &in /itro' do medicamento de referência. # apresentação dos testes de biodisponibilidade relati/a para os medicame medicamentos ntos similare similaress , registrad registrados os segue segue uma ordem ordem de priorida prioridade( de( ou sea( sea( medicame medicamentos ntos considerados considerados de maior risco( como antibióticos( antibióticos( antineopl,sicos( antiretro/irais e alguns medicamentos medicamentos com princípios ati/os , realiaram esta adequação na primeira reno/ação após a publicação desta Resolução. Bs demais medicamentos de/erão apresentar o teste de biodisponibilidade relati/a na segunda reno/ação do registro( e até =>1A todos os medicamentos similares , terão a compro/ação da biodisponibilidde relati/a. #lém disso( os medicamentos similares passam por testes de controle de qualidade que asseguram a manutenção da qualidade dos lotes industriais produidos. 7odos os medicamentos medicamentos similares passam pelos mesmos testes que o medicamento genérico.
•9iodisponibilidade •9iodisponibilidade #dequada: #dequada: Referese 2 fração de uma dose ingerida de uma droga que tem acesso 2 circulação sistêmica( ou sea( corresponde a quantidade de f,rmaco disponí/el no organismo capa para e"ercer efeito terapêutico. •Reação ad/ersa: É qualquer resposta a um medicamento que sea "re#$%icial& "re#$%icial& n'o inencional inencional(( e que que ocor ocorra ra na! %o!e! normalmene $ili(a%a! $ili(a%a! em seres 4umanos para profila"ia( diagnóstico e tratamento de doenças( ou para a modificação de uma função fisiológica. •!feito colateral C !feito associado ao medicamento( que pode ser o obeti/o principal principal do remédio. !".: ##0 é um analgésico( antitérmico &antipirético'( #;5!( utiliado para dor. Dm dos efeitos associados é a diminuição da agregação plaquet,ria. B alcance do efeito terapêutico depende das /ias de administração( das características fisiológicas do paciente e do próprio %# do medicamento. %ara obser/ar o efeito terapêutico( é ideal que as Eplasm,ticasF ultrapassem a fai"a de EF a partir da qual o efeito terapêutico ser, obser/ado. #cima dessa fai"a to"icidade. #bai"o dessa fai"a efeito subterapêutico.
Bbs.: Reação ad/ersa e efeito colateral ocorrem na anela terapêutica. ?. )ia! %e a%mini!ra*'o: a%mini!ra*'o: É o modo pelo qual o medicamento é introduido no organismo. +., Cla!!iica*'o %a! ia! %e a%mini!ra*'o: a%mini!ra*'o: !nterais e %arenterais •
!nterais: quando o f,rmaco entra em contato com qualquer segmento do trato gastrointestinal !": ias oral( bucal( sublingual sublingual e retal
•
%arenterais: 0ão aquelas que não utiliam o tubo digesti/o. %odem ser di/ididas em parenterais diretas e parenterais indiretas
!": ias ias intra/en intra/enosa( osa( intramus intramuscula cular( r( subcut+n subcut+nea( ea( intradé intradérmic rmica( a( intraarte intraarterial rial(( intracar intracardíac díaca( a( intratecal( peridural( intraarticular G "arenerai! %irea! ias cut+nea( respiratória( respiratória( conunti/al( conunti/al( geniturin,ria( geniturin,ria( intracanal G "arenerai! in%irea! A DIF/R/NÇA NA A01ORÇÃO DO FÁRMACO /NTR/ A1 FORM FORMA A1FA 1FARM RMAC ACU UTI TICA CA1 1 3 FUNÇ FUNÇÃO ÃO DA FORM FORMUL ULAÇ AÇÃO ÃO / DA )IA )IA D/ ADMINI1TRAÇÃO • )atores que orientam orientam a escol4a escol4a da /ia de administração administração 1' %ropriedad %ropriedades es físicas físicas e químicas químicas da droga : sólida
•
ia oral C a maioria dos f,rmacos é absor/ida pelo trato gastrointestinal &principalmente pelo intestino delgado'( entram na circulação portal e fígado( antes de serem distribuídos para o organismo. @omo limitação dessa /ia( a biotransformação de primeira passagem &ou sea( absorção pelo intestino' redu a efic,cia de /,rios medicamentos e o suco g,strico do estMmago destrói a capacidade de absorção.-emorada primeiro /ai para o estomago depois intestino onde o %.# é absor/ido &corrente sanguínea @0'. -eglutição N esMfago Nestomago N no intestino( libera o %# N @0 )igado6 N coração N circulação sistêmica 6 )ígado: principal órgão relacionado com a biotransformação de medicamentos atra/és das enimas 4ep,ticas.
B %.# sai da região intestinal e cai na circulação entero4ep,tica( o fígado é o principal órgão relacionado com a biotransformação &modificação química' dos medicamentos. 5a maioria das /ees( a biotransformação inati/a o %#(em alguns casos e"istem %.# que são prédrogas só tendo
efeito após metaboliação. -o fígado o medicamento /ai para o coração e depois cai na circulação sistêmica. Bbs.: #bsorção C local onde o medicamento foi depositado ate atingir a @.0. Jimitaç$es da .B N ser 99( estar em coma( /omitar( tende a 4a/er um retardo na absorção da droga &média de ?> a L> minutos'( ;nati/ação metabólica ou formação de comple"os( espectro de reaç$es ad/ersas: do início ao fim do trato gastrointestinal
•
ia intramuscular( os f,rmacos podem ser 2 base de soluç$es aquosas &absorção r,pida' ou preparaç$es a base de depósito &absorção lenta'. B medicamento se dissol/e lentamente( sendo sustentada a dose por um período de tempo maior &curto a médio prao'( garantindo assim um efeito prolongado. # absorção é modulada por meio do flu"o sanguíneo e modulada atra/és de agentes e"ternos &massagem local e compressas de ,gua quente'. !ssa /ia mostrase mais segura em relação 2 intra/enosa e possui ação mais r,pida que a /ia oral. @ontudo( pode causar dor( desconforto e 4ematoma.
•
ia intra/enosa C 5esse caso( o medicamento é depositado direto na @.0 &sem absorção só distribuição'.
•
ia retal ou sublingual Csão mto r,pidas( por seram regi$es mto /asculariadas
!feito de primeira passagem &biotransformação' consiste na passagem do f,rmaco da lu intestinal p< o fígado( por meio da /eia porta( antes de atingir a circulação sistêmica( reduindo sua biodisponibilidade &ficando na fai"a subterapeutica'. 1ol$*'o "ara i!!o: aumentar a quantidade de %# ou mudar a /ia de administração •
ia intraperitoneal: não é muito utiliada de/ido 2 dificuldade de aplicação do f,rmaco. O /antaosa no processo de r,pida absorção atra/és da /eia porta de/ido 2 /asculariação peritoneal. %or essa característica( sua ação não é prolongada e nem r,pida. @omo des/antagem( pode ocasionar peritonite e dor intensa. Dtiliada em pacientes com insuficiência renal que necessitam de di,lise.
4. Liga*'o %a! Mol5c$la! %a! Droga! com a! C5l$la!
#s moléculas de uma droga desempen4am influencia química nos constituintes das células. Dma droga não funciona a não ser que estea ligada( essa ligação ocorre com estruturas proteicas. %roteínas al/o: !nimas( moléculas transportadoras( canais iMnicos( receptores. 6. Cla!!iica*'o %o! rece"ore! • Agoni!a!: são subst+ncias que se ligam aos receptores e os ati/a &são substancias capaes de ;ntrínseca P capacidade de uma droga em disparar uma resposta #gonista parcial: tem um efic,cia que é subm,"ima( ou sea( não c4ega 2 1>>Q( porém é superior a >. #gonista total: se liga( faendo com que o ní/el constituti/o sea ele/ado para ní/eis mais altos. B agonista total conseguir c4egar 2 uma resposta de 1>>QH pois ele ati/a um grande n3mero de receptores. •Anagoni!a!: são subst+ncias que apresentam efeito contr,rio ao do agonista( a efic,cia &capacidade de disparar uma resposta' dos antagonistas é igual a ero.
6., Anagoni!mo enre Droga!: 7Anagoni!mo 8$9mico: duas substancias interagem em solução e uma impede o efeito da outra( ou sea esse tipo de antagonista inati/a o agonista se combinando com ele em solução.
!n/ol/e uma interação química direta entre o antagonista e o agonista de forma a tornar o agonista farmacologicamente inati/o. Dm bom e"emplo est, no emprego de agentes quelantes que se ligam a metais pesados e( assim( reduem sua to"icidade. %or e"emplo( o dimercaprol se liga ao merc3rio e o composto inati/o é e"cretado na urina. 7Anagoni!mo "or lo8$eio %e rece"ore!: o antagonista se liga ao receptor e não dispara uma resposta &pd ser Re/ersí/el ou ;rre/ersí/el'. 65ão apresenta efic,cia intrínseca # #ntagonismo competiti/o re/ersí/el C um f,rmaco se liga de modo seleti/o a um receptor sem ati/alo( mas impedindo a sua ati/ação &por um agonista'.I, uma similaridade entre a estrutura química do antagonista com o agonista( os dois f,rmacos competem entre si ( uma /e que o receptor só consegue ligar um f,rmaco por /e. %ara re/erter esse quadro é necess,rio aumentar a concentração do agonista( restaurando a ocupação dos receptores por esse agonista. %or essa raão dise que o antagonismo é super,/el . #s características importantes do antagonismo competiti/o são: a' -es/io da cur/a da concentração efeito do agonista para a direita( sem alteração da inclinação ou do /alor m,"imo. b' Relação linear entre a raão de dose do agonista e a concentração do antagonista. c' !/idencias de competição a partir de estudos de ligação &binding'. # mel4or forma de a/aliar esta relação é por meio do e"ame de cur/as doseresposta &/er )ig. =.A'. 0e ti/ermos /,rias cur/as C a primeira sem antagonista e as outras com concentraç$es crescentes de antagonista C paralelas e cuo efeito m,"imo se iguala( temos um antagonismo re/ersí/el. Bu sea( o antagonista des/ia a cur/a para a direita( mas o efeito m,"imo continua a ser possí/el. @ontudo( é necess,ria uma concentração maior de agonista para alcanç,lo. # atropina é um e"emplo de antagonista re/ersí/el da acetilcolina.
Bcorre qdo o antagonista se dissocia muito lentamente( ou mesmo não se dissocia dos receptores. @omo consequência( não ocorre uma alteração na ocupação dos receptores pelo antagonista quando o agonista é adicionado. 9 #ntagonismo não competiti/o: bloqueia( em algum ponto( a cadeia de e/entos da resposta desencadeada pelo agonista. !sta alteração ocorre em algum ponto pós receptor Bcorre quando o antagonista bloqueia( em algum ponto( a cadeia de e/entos da resposta desencadeada pelo agonista. -essa forma( o antagonista não compete com o agonista pelo sítio de ligação no receptor( mas bloqueia o sinal que o agonista desencadeia. @ontudo( a cur/a doseresposta não é des/iada para a direita com esse tipo de antagonista e a concentração para se atingir metade da resposta m,"ima &potência' mantémse a mesma.
• Anagoni!mo i!iol;gico <$ncional=: é usado para indicar a interação entre dois f,rmacos agonistas que atuam de forma independente( mas que geram efeitos opostos. @ada um tende a cancelar ou reduir o efeito do e"emplo cl,ssico é representado por acetilcolina e adrenalina que apresentam efeitos opostos em /,rias funç$es corporais. # acetilcolina desacelera o coração( enquanto a adrenalina o acelera. # acetilcolina estimula os mo/imentos intestinais e a adrenalina os inibe. # acetilcolina gera constrição pupilar e a adrenalina dilatação etc. 7 Anagoni!mo armacocin5ico: o antagonista redu a concentração da droga ati/a &agonista' no seu sitio de ação. %ode ocorrer de /arias formas( a /elocidade de degradação metabólica do f,rmaco ati/o pode ser aumentada &e".: a redução do efeito anticoagulante da /arfarina quando se administra um agente que acelera seu metabolismo 4ep,tico( como o fenobarbital'. Bu a /elocidade de absorção do 7S; pode ser reduida( ou a eliminação aumentada.
II-
FARMACOCIN/TICA:
Farmacocin5ica é o Tcamin4oT que o medicamento segue no organismo de seres /i/os como 4umanos. )armacocinética C absorção( distribuição( metabolismo e e"creção C en/ol/em a passagem do f,rmaco atra/és de membranas. Bs mecanismos en/ol/idos na passagem do f,rmaco e as características físico químicas das moléculas e membranas irão influenciar todos esses processos. # membrana plasm,tica representa a barreira comum entre todos os tipos de difusão e transporte de f,rmacos.
# não ser que atue topicamente( o f,rmaco de/e ser absor/ido( penetrar no sangue e ser distribuído ao longo do organismo até alcançar o seu local de ação. B f,rmaco de/e( então( dei"ar o espaço /ascular e penetrar nos espaços intracelulares e
Jigados ao Jocal de #bsorção:
C0olubilidade &%ara que um f,rmaco possa ser C@irculação no local &B aumento do flu"o absor/ido com facilidade( é necess,rio que ele sangXíneo potencialia a /elocidade de sea lipossol3/el. %orém( com alguma absorção'. 4idrossolubilidade para que possaser dissol/ido em soluç$es aquosas'. C7ipos de formulação do medicamento.B CYrea de superfície de absorção = = = taman4o das partículas e a forma farmacêutica %ele:1(Zm < %ulmão:Z>m < 7S;:1=>m em que a droga é administrada influem na facilidade da dissolução. %ortanto( na /elocidade de absorção. Celocidade de dissolução
CpI
C@aracterísticas físicoquímicas
C*ecanismos de transporte C%resença de alimentos < *otilidade intestinal
,.2 *o/imentos de f,rmacos atra/és das barreiras celulares: • %ara atra/essar as barreiras celulares &mucosa( gastrintestinal( t3bulo renal( barreira 4ematoencef,lica( placenta'( os f,rmacos de/em atra/essar membranas lipídicas. • Bs f,rmacos atra/essam as membranas lipídicas principalmente por difusão passi/a e transferência mediada por transportadores. • # lipossolubilidade de um f,rmaco é o principal fator que determina a ta"a de difusão passi/a atra/és das membranas. B peso molecular é menos importante. • *tos f,rmacos são ,cidos ou bases fracasH seu estado de ioniação /aria com o pI( de acordo com a equação de IendersonIasselbac4. • @om ,cidos ou bases fracas( apenas a espécie apolar&a forma protonada de um acido fraco ou a forma não protonada de uma base fraca' pode difundirse atra/és de membranas lipídicasH isso acarreta a participação pelo pI. • # participação pelo pI significa que os ,cidos fracos tendem a acumularse em compartimentos com pI relati/amente alto( enquanto que as bases fracas faem o oposto. • B transporte mediado por transportador &e".: t3bulorenal( barreira 4ematoencef,lica( epitélio gastrointestinal' é importante para algunsf,rmacos que são quimicamente semel4antes a substancias endógenas ,.+ *odalidade de absorção: 5os processos passi/os( não 4, interferência ati/a das membranas e nem gasto de energia. 0ão e"emplos: • Di$!'o li"9%ica: É o processo mais freqXente de absorção. #s moléculas do soluto se distribuem a partir de qualquer região em que esteam mais concentradas para as regi$es em que esteam menos concentradas segundo um gradiente de concentração. #s moléculas do soluto( para atra/essarem as membranas biológicas por difusão simples( precisam presentar as seguintes características: serem apolares( lipossol3/eis e possuir peso molecular pequeno o suficiente para ser compatí/el com a membrana lipídica. •
Di$!'o a8$o!a: Bcorre atra/és de poros aquosos formados por proteínas da membrana c4amados aquaporinas. 5ela( tanto o sol/ente quanto os solutos se difundem. B sol/ente(
geralmente a ,gua( transporta consigo moléculas 4idrossol3/eis de pequeno taman4o( moléculas polares e certas apolares. #s forças respons,/eis pelo transporte são a pressão 4idrost,tica e a pressão osmótica. 5os "roce!!o! aio!( 4, interferência das membranas e gasto de energia. 0ão e"emplos: •
•
Tran!"ore aio:B soluto combinase com a proteína transportadora presente na membrana celular e mo/ese contra seu gradiente de concentração. %ara isso( e"iste a necessidade de energia( que é fornecida pela célula. É um processo seleti/o e pode 4a/er inibição seleti/a. Tran!"ore e!ic$lar: &pinocitose e fagocitose'.0ão os processos de absorção nos quais a membrana celular se in/agina e e/agina( respecti/amente( em torno de uma ou ais pequenas moléculas do meio e"tracelular e as engloba. !m seguida( formamse /esículas intracelulares que se destacam da membrana. %or esse modo( fagócitos al/eolares remo/em partículas que atingem os al/éolos
• • •
Bs medicamentos tem naturea acida ou b,sica( e podem ser encontrados na forma ioniada ou molecular( dependendo do pI do meio. )ormula molecular C mais absor/ido )ormula ;oniada C tem dificuldade de atra/essar a bicamada lipídica
!quação de Ianderson Iasselbac4
,.4 !"ercício: Je/ando em consideração apenas os /alores de pI do meio analise a seguinte situação: )oi adm .B um comprimido de ##0 cua p[a é ?.>( determine qual o local onde esse %# ser, mel4or absor/ido( estomago &pIP =(>' ou no intestino &pIP L.>'
Resp.: le/ando em consideração apenas o pI do meio(o ##0 ser, absor/ido de modo mais intenso pelo estomago.
2. DI1TRI0UIÇÃO # /elocidade com a qual uma droga atinge seu local de ação depende da sua ta"a de absorção e sua ta"a de distribuição( que determinam diretamente o período de latência do referido f,rmaco &tempo percorrido desde a administração do f,rmaco em um determinado local até a manifestação de seu efeito terapêutico'. !m termos pr,ticos( a absorção di respeito 2 passagem da droga de seu local de administração para o sangueH a distribuição en/ol/e o transporte da droga para os tecidos. #pós absorção ou administração de um f,rmaco na circulação sistêmica( ocorre sua distribuição no interstício e no meio intracelular. 0ua distribuição é influenciada por: \
-ébito cardíaco &quantidade de sangue eetado pelos /entrículos por unidade de tempo'
\
)lu"o sanguíneo regional
\
olume tecidual
;nicialmente órgãos com boa perfusão recebem a maior parte do f,rmaco( enquanto que a liberação para os m3sculos( a maioria das /ísceras( pele e gordura é mais lenta. @om e"ceç$es( como o cérebro( a difusão do f,rmaco no líquido intersticial ocorre rapidamente de/ido 2 naturea altamente perme,/el da membrana endotelial capilar. # distribuição tecidual de um f,rmaco é determinada pela capacidade que tem este ultimo em atra/essar barreiras biológicas multif,sicas &4idrofílicas e lipofílicas'. 0ão importantes determinantes desta capacidade:
\
Jipossolubilidade
\
-iferença de pI entre Jiquido intracelular e Jíquido e"tracelular.
\
Jigação 2s proteínas plasm,ticas
# maioria das proteínas circulantes no sangue é transportada acompan4ada de proteínas do plasma( assim como ocorre com os f,rmacos: a estrutura química dos f,rmacos sempre fa/orece uma interação com a estrutura química de proteínas plasm,ticas para o seu transporte /ascular. 0al/o em condiç$es não fisiológicas &dist3rbios renais'( as proteínas plasm,ticas dei"am o compartimento /ascular para serem e"terioriadas na urina &de/ido a seu grande taman4o em relação as fenestraç$es do glomérulo'. @om isso( concluise que( quando o f,rmaco encontrase ligado a proteínas plasm,ticas( este não dei"ar, o compartimento /ascular passi/amente. 7emse( então( duas fraç$es do f,rmaco circulante no sangue: uma fração ligada a proteínas plasm,ticas &sendo uma ligação fraca( nãoco/alente' e uma fração li/re( sendo esta capa de dei"ar o compartimento /ascular para seguir dados destinos &sitio de ação( biotransformação( e"creção'( podendo( assim e"ecutar seu mecanismo de ação. # fração li/re circulante do f,rmaco &)' ] também c4amada de fração ati/a( tendo então uma conotação que determina a 3nica forma da droga que age em seu sítio ati/o( sendo respons,/el( então( pelo efeito terapêutico da droga. 5esta forma( atendendo as situaç$es de solubilidade( o f,rmaco tem a capacidade de dei"ar o compartimento /ascular sem ser necess,rio ser e"traído por ação de outra enima. ^, a fração ligada do f,rmaco &%%)' pode ser c4amada fração de depósito quando ela est, temporariamente estocada no compartimento /ascular &temporariamente porque a ligação entre essas duas substancias se dê por uma interação fraca( em que a qualquer momento( para manter o equilíbrio da ação do f,rmaco( a ligação torna se re/ersí/el'. #lém desse termo( a fraçao ligada pode ser considerada também uma fração de transporte( uma /e que na forma ligada( uma minoria dos f,rmacos pode ser retirada do compartimento /ascular por órgãos metaboliadores ou e"cretores &fígado e rins'. %ara isso( o fígado apresenta em suas células proteínas estruturais capaes e"trair f,rmacos ligados a proteínas( por meio da quebra da ligação fraca entre eles( e ogar o f,rmaco para os 4epatócitos para sofrer metaboliação ou depuração &clearence 4ep,tico'. !sse mesmo mecanismo ocorre nos rins. B termo Ufração de depósitoV é( portanto( ustificado para circunstancias em que o f,rmaco em questão &pelo menos a sua maior parte' não sea remo/ido por órgãos etaboliadores ou e"cretores( quando este se encontra ligado a proteína plasm,tica. ^_ o termo Ufração de transporteV( utiliando ambos os termos para a fração ligada do f,rmaco( é utiliado nas circunstancias em que alguns f,rmacos &a minoria' pode ser e"traído por órgãos metaboliadores ou e"cretores( mesmo ligado + proteína plasm,tica. >roe9na! "la!m?ica! *uitos f,rmacos se ligam a proteínas plasm,ticas( principalmente 2 albumina no caso dos ,cidos( e 2 `1 C glicoproteína ,cida no caso das bases. # ligação geralmente costuma ser re/ersí/el. É importante frisar que a ligação de um f,rmaco 2s proteínas plasm,ticas limita sua concentração nos tecidos e em seu local de ação( /isto que apenas o f ,rmaco li/re est, em equilíbrio atra/és das membranas. #lguns fatores influenciam na ligação do f,rmaco 2s proteínas do plasma: \ Aini%a%e %o ?rmaco "ela "roe9na: quanto maior for a afinidade do f,rmaco pela proteína & d' menor ser, a concentração de droga li/re para atuar nos tecidos( quanto menor for a afinidade do f,rmaco pela proteína &Nd' maior ser, sua concentração na forma li/re no plasma. Concenra*'o %e "roe9na! "la!m?ica!: altos ní/eis de proteínas plasm,ticas( como ocorre( por \ e"emplo( na artrite em que aumentam o n3mero de alfa 1 glicoproteína ,cida( pode diminuir a quantidade de f,rmaco li/re. !m outros momentos( por e"emplo( no caso da 4ipoalbuminemia ocorre uma ele/ação da droga li/re.
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Gra%iene %e concenra*'o
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Fl$@o !ang$9neo Gr?ico! a !erem iner"rea%o!
o aumento da constante de dissociação &d' é in/ersamente proporcional 2 afinidade que um f,rmaco tem pela proteína plasm,tica. -essa forma( quanto maior o d menor ser, a afinidade do f,rmaco pela proteína estando presente em maior concentração na forma li/re.
-emonstração da proporcionalidade in/ersa entre a concentração de f,rmaco li/re no plasma e a concentração de proteína plasm,tica( neste caso( representada pela albumina.
!sclarece a saturação das proteínas plasm,ticas. 5a lin4a em /ermel4o fica claro que a partir daquele momento ocorre uma mudança de crescimento na concentração de f,rmaco li/re( que passa de um crescimento linear para um padrão de crescimento e"ponencial. ;sso ocorre pois( a partir deste momento( o f,rmaco não se liga mais a proteínas plasm,ticas o que fa com que todo o f,rmaco absor/ido ou administrado sea encontrado na forma li/re.
A1>/CTO1 CLNICO1 IM>ORTANT/1: >rinci"ai! Com"arimeno! •
%lasma C KQ do peso corporalH
•
Jíquido ;ntersticial C 1LQH
•
Jíquido ;ntracelular C ?KQH
•
Jíquido 7ranscelular C =QH
•
Sordura C =>Q
B90: #s substancias insol3/eis em lipídios estão principalmente confinadas ao plasma e ao líquido intersticial \ uando uma determinada droga é utiliada em concomit+ncia com outra e( esta outra apresenta um efeito competidor com a droga inicial pela proteína plasm,tica pode ocorrer um aumento da concentração da primeira droga na forma li/re( proporcionando( portanto( um efeito sinérgico. \ *uitas drogas apresentam grande afinidade pelos componentes dos tecidos se ligando rapidamente a eles. !stas drogam apresentam grande /olume de distribuição &d'. !stas drogas podem ficar armaenadas nos tecidos por longos períodos e ir sendo liberada na corrente sanguínea de forma gradual.
FATOR/1 BU/ ALT/RAM A DI1TRI0UIÇÃO •%ermeabilidade capilar •7a"a de perfusão tecidual •Jigação a proteínas plasm,ticas •-esnutrição •-istribuição no tecido adiposo •-iferença de pI
0arreira! i!!$lare! # distribuição de f,rmacos no 05@ a partir do sangue é peculiar( porque 4, barreiras funcionais que restringem a penetração dos f,rmacos nesse local crítico. Dma causa disso é que as células endoteliais dos capilares do cérebro tem unç$es de oclus$es contínuasH portanto( a penetração dos f,rmacos no cérebro depende mais do transporte transcelular que do paracelular entre as células. •
transporte paracelular: é a passagem de soluto atra/és das unç$es celulares . !sse transporte d,se a fa/or do gradiente &elétrico
•
transporte transcelular: é realiado atra/és de transportadores
)ol$me %e %i!ri$i*'o e "ro"rie%a%e! 9!ico-8$9mica! %a %roga #s propriedades físicoquímicas mais rele/antes da droga são: solubilidade em ,gua e lipídeos e capacidade de se ligar 2s proteínas &plasm,ticas ou teciduais' . @om base nestas propriedades( de/emos entender as seguintes definiç$es: •
olume de distribuição ele/ado indica que a droga ] distribuída a /,rias partes do corpo( com a permanência de pequena fração no sangueH
•
olume de distribuição pequeno indica que a maior parte da droga permanece no plasma ro/a/elmente como resultado da ligação +s proteínas plasm,ticas &J%%': enquanto o f,rmaco est, ligado + proteína plasm,tica( permanecer, confinado no compartimento /ascular( inabilitando a possibilidade de agir no seu sítio de ação.
•
uando se trata de e"creção e biotransformação( e"cetuase esta regra: tanto a fração li/re do f,rmaco quanto a fração ligada podem ser biotransformadas ou e"cretadas( independente de suas afinidades.
•
#lteração de f,rmacos em ní/el de distribuição entre dois componentes medicamentosos se d, principalmente por mecanismo competiti/o frente a sítios comuns de ligação proteica.
R/1UMO: # distribuição é o processo pelo qual um f,rmaco abandona C re/ersi/elmente C a corrente circulatória( passando para o interstício e
+. R/1/R)ATRIO *uitas drogas se acumulam em alguns tecidos em concentraç$es maiores que no fluido e"tracelular e em outros tecidos( l, elas estão ligadas a proteínas( fosfolipídios( íons... uando esta ligação é re/ersí/el( o local pode ser considerado como um reser/atório N R!-;07R;9D;_B . Dma ação terapêutica curta pode se torna longa de/ido ao processo de redistribuição. O!.: !m indi/íduos obesos( a quantidade de f,rmaco que pode ir para o tecido adiposo é muito grande. ;sso fa com que diminua a quantidade de f,rmaco q c4ega ao tecido al/o. B tecido adiposo( pode ser considerado um sequestrador de medicamento. /limina*'o: remoção do %# C o medicamento não /ai somente para o tecido al/o( ele /ai para outros tecidos também e pode causar efeitos colaterais &não preudiciais' e reaç$es ad/ersas &causa preuíos'. 4. 0IOTRAN1FORMAÇÃO @onceituase biotransformação como toda alteração química que os f,rmacos sofrem no organismo( o que geralmente ocorre por processos enim,ticos. 5o conceito lato da pala/ra( temos que
biotransformação é a transformação na estrutura química do f,rmaco( com o obeti/o de con/erter um f,rmaco lipossol3/el em 4idrossol3/el para assim ser e"cretado mais facilmente. ),rmacos pequenos ou que apresentam características polares( são facilmente eliminados pelos rins. !ntretanto( os f,rmacos em sua forma ati/a tendem a ser lipofílicos( a permanecerem não ioniados e( com frequência( ligados a proteínas. 0ubst+ncias com essas características são dificilmente e"cretadas na urina. -essa forma( um processo alternati/o que pode le/ar ao término da ati/idade da droga é o metabolismo. %or e"emplo( barbit3ricos lipofílicos( como o tiopental( teriam uma meia/ida muito longa(não fosse sua con/ersão metabólica em compostos 4idrossol3/eis. #ssim( muitos f,rmacos( para serem e"cretados( necessitam sofrer transformaç$es químicas. # biotransformação química de uma substancia fa com ela se torne inati/a( ati/a ou to"ica para o corpo. • #umenta a biotransformação: diminui o tempo de efeito • -iminui a biotransformação: aumenta o tempo de efeito 6%rofarmaco ou prodroga: precisa sofrer biotransformação 4ep,tica para ser um metabolito ati/o. 5a maioria das /ees ocorre o término da ação da droga(pela geração de um metabólito inati/o( seguida de umaeliminação mais r,pida da droga. 7ransforma o f,rmaco em uma subst+ncia mais polar( e portanto menos produtos sol3/eis em lipídios. @omo consequência le/a a uma menor reabsorção renal e maior e"creção *etabolismo é o conunto de reaç$es químicas que acontece no corpo. !mbora todos os tecidos ten4am capacidade de metaboliar f,rmacos(o principal órgão metaboliador( sem d3/idas( é o fígado. Butros tecidos que apresentam ati/idade metabólica importante incluem o trato gastrintestinal( pele( rins e plasma sanguíneo. # função da biotransformação tem( portanto( como funç$es: transformar a molécula lipofílica em 4idrofílica para facilitar sua eliminação renal &se o f,rmaco c4egar ao rim na forma lipofílica( ele ser, reabsor/ido para o sangue'H finaliar as aç$es terapêuticas da droga no organismo &por meio da eliminação da pródroga( que é uma subst+ncia farmacologicamente inati/a( tendo que ser biotransformada para realiar sua ação'H e ati/ar a pródroga. # modificação aumento da 4idrossolubilidade &e"cretado mais r,pido'( aumento ad polaridade das substancias. • %ara ser absor/ido( quanto mais lipossol3/el &fórmula molecular' mel4or • %ara ser eliminado quanto mais 4idrossol3/el &mais polar' mel4or !ssa biotransformação não acontece em uma 3nica etapa( mas sim em duas fases: &1' na primeira fase( ocasionase uma certa reati/idade na estrutura química do f,rmaco e &=' na segunda fase( 4, a conugação do f,rmaco a outras estruturas químicas. 5ão é regra para que um f,rmaco passe por essas duas fases( podendo passar apenas por uma delas. B próprio f,rmaco pode interferir no metabolismo de outro f,rmaco por meio de uma interação medicamentosa do tipo farmacocinética na biotransformação( podendo induir ou inibir enimas que atuam nesse outro f,rmaco que ser, metaboliado. JB@#;0 -! 9;B7R#50)BR*#_B ! !5;*#0 Bs principais órgãos en/ol/idos no processo de metaboliação são: fígado &principalmente'( pulmão( intestino e o próprio sangue( faendo uso das seguintes fraç$es enim,ticas: • )ração mitocMndrica &monoaminoo"idase *#B': biotransforma as aminas biológicas( que são: dopamina( noradrenalina( adrenalina( e KBItriptamina &ou serotonina'. #s *#B são enimas presentes na membrana das mitocMndrias que contribuem para um controle na concentração das aminas biológicas que ser/em como neurotransmissores. • )ração microssMmica &citocromo %AK>': *icrossoma é o nome que se d, a uma /esícula que se forma em um processo anormal de centrifugação de um 4omogeiniado de células( que por ter uma membrana lipofílica( formando uma estrutura esferóide( em particular do R!J. # fração microssMmica é( portanto( uma fração oriunda de um processo de fragmentação e sedimentação do retículo endoplasm,tico liso &R!J'. B citocromo %AK> é um comple"o enim,tico muito importante por biotransformar principalmente f,rmacos com alto grau de lipossolubilidade( que na sua maioria( atuam no sistema
ner/oso central &sendo necess,rio esse car,ter para transpor a barreira 4ematoencef,lica'. ),rmacos com essas características( se não fosse a ação do comple"o enim,tico citocromo %AK>( demorariam muito tempo para serem e"cretados &uma 3nica dose desse f,rmaco lipossol3/el poderia le/ar até 1>> anos para ser e"cretado se não fosse esse sistema enim,tico( que o fa em ? dias'. • )ração sol3/el &amidases( desidrogenases e transferases': fração que não est, contida em nen4uma organela( mas est, li/re no citoplasma. #s desidrogenase são enimas que realiam reaç$es de o"iredução. #s transferases transferem e conugam grupos químicos para fa/orecer a 4idrossolubilidade do f,rmaco para assim ser e"cretado. #s reaç$es de metaboliação ocorrem principalmente por meio de enimas localiadas no retículo endoplasm,tico &R.!.' agranular 4ep,tico. @omo os f,rmacos 4idrossol3/eis demoram ac4egar no R.!. C a não ser que dispon4am de sistemas de transporte específicos C o metabolismo 4ep,tico é mais importante para f,rmacos lipossol3/eis. #té porque( como dito( f,rmacos 4idrossol3/eis são facilmente e"cretados pelos rins. #s enimas encerradas nos R.!.s também são c4amadasenimas UmicrossMmicasV. -urante centrifugaç$es( os R.!.s se rompem e( como suas membranas tendem a se soldar( durante a 4omogeneiação( formamse /esículas c4amadas microssomos. B grupo de enimas microssMmicas mais importante no metabolismo de f,rmacos fa parte do sistema citocromo %AK>. Dma família de enimas que possuem um grupamento 4eme &como os citocromos da cadeia respiratória' e( por isso( se ligam ao o"igênio. 0ão( dessa forma( enimas en/ol/idas em reaç$es de o"idação. B sistema o"idati/o microssomal também metabolia ,cidos gra"os e"ógenos e esteróides. !m alguns casos( o f,rmaco só se torna farmacologicamente ati/o após ter sofrido metaboliação. %or e"emplo( o enalapril é 4idrolisado em sua forma ati/a enapril at. #s principais reaç$es pelas quais os f,rmacos de/em ser submetidas podem ser( didaticamente( di/ididas em duas fases:
4., Rea*e! %e a!e I &ati/ação ou alteração do f,rmaco': 4, uma alteração necess,ria para que se possa acontecer a segunda reação &que consiste em uma conugação'. !ssa fase de ati/ação não determina a ati/ação das propriedades terapêuticas da droga( ou sea( ele pode ter sua composição alterada mas não ser ati/ado. !ssa fase conota uma introdução para a = fase( ao passo que o f,rmaco tornase capa de receber a molécula a ser conugada a ele. !ssa fase( muitas /ees( é composta por /,rias reaç$es químicas associadas. #s reaç$es mais comuns da primeira fase são: o"idação( redução ou 4idrólise( e con/ertem o f,rmaco original num metabólito mais polar. Bs produtos destas reaç$es são( frequentemente( mais reati/os quimicamente. %ortanto( algumas /ees( os metabólitos da fase ; são mais tó"icos ou carcinogênicos que o f,rmaco original. 0ão reaç$es( por assim dier( preparatórias para as sínteses de fase ;;.
&o"idação C produtos h reati/os farmacologicamente ati/os C en/ol/e o sistema monoo"igenase C citocromo %AK> C que introdu uma molécula de o"igênio no medicamento'. #s reaç$es de fase ; mais frequentes são reaç$es de o"idação catalisadas pelo sistema citocromo %AK>. @ontudo( nem todas as reaç$es de o"idação en/ol/em o sistema citocromo %AK>. I, enimas nas
mitocMndrias ou sol3/eis no citosol que são respons,/eis pela metaboliação de um pequeno n3mero de compostos. B etanol( por e"emplo( é metaboliado por uma enima citoplasm,tica sol3/el( a ,lcool desidrogenase. Butras e"ceç$e ssão a tirosina 4idro"ilase que 4idro"ila a tirosina em -B%# e a onoamina o"idase C *#B importante no metabolismo das aminas simpaticomiméticas. #s reduç$es de fase ; também ocorrem tanto no sistema microssomal quanto não microssomal do metabolismo( sendo de ocorrência menos freqXente que as reaç$es de o"idação. Dm f,rmaco metaboliado por redução microssomal é o cloranfenicol( e por não microssomal( 4idrato de cloral. B metabolismo por 4idrólise também ocorre em ambos os sistemas microssomal e não microssomal. @omo e"emplo( temos as reaç$es com esterases inespecíficas de f,rmacos como a acetilcolina &/er @ap. 11'. obs.: eliminação présistema significa que o f,rmaco sofre metabolismo de primeira fase. 4.2 Rea*e! %e a!e II &conugação': é uma fase imprescindí/el para a e"creção do f,rmaco( pois o torna lipossol3/el. #s reaç$es de conugação são #s Reaç$es de fase = le/am a formação de uma ligação co/alente entre um grupo funcional no f,rmaco ou metabólito de fase 1 com:
Ycido glicurMnico: glicuronidação C adiciona um acido glicurMnico ao medicamento' 0ulfato Slultationa #mino,cidos #cetatos endógenos
7ais conugados geralmente altamente polares em geral são inati/os e rapidamente e"cretados. !n/ol/em a conugação &glicuronidação C adiciona um ,c glicurMnico a molécula do medicamento'( resultando( geralmente( em compostos inati/os. @om frequência( as reaç$es de fase ; introduem um grupo relati/amente reati/o(como uma 4idro"ila( na molécula &funcionaliação'( que ser/ir, como ponto de ataque para o sistema de conugação fi"ar um substrato endógeno como( por e"emplo( glicuronídio.@omo outros e"emplos de grupos funcionais de subst+ncias endógenas( temos metila( ,cido acético( ,cido sulf3rico e amino,cidos. !m geral( ambas as etapas diminuem a lipossolubilidade( aumentando( assim( a eliminação renal do f,rmaco que( caso contr,rio( poderia ficar indefinidamente no organismo. 0e o metabólito oriundo da fase ; for suficientemente polar( ser, eliminado pelos rins. !ntretanto( muitos metabólitos são lipofílicos demais para ficarem retidos nos t3bulos renais. Dma reação de conugação subsequente com um substrato endógeno resulta no aparecimento de compostos mais polares. !m geral( mais 4idrossol3/eis e terapeuticamente inati/os. # glicuronidação é a reação mais comum e mais importante de conugação. Bs recém nascidos são deficientes deste sistema de conugação( o que os torna particularmente /ulner,/eis a f,rmacos como o cloranfenicol. ),rmacos que , possuem um grupamento BI( I5 ou @BBI podem passar diretamente ao metabolismo de fase ;;. Bs conugados de f,rmacos( altamente polares( podem( então( ser eliminados pelos rins. # isoniaida &,cido isonicotínico' é uma e"ceção e sofre uma reação de fase ;; &acetilação' antes de passar por uma reação de fase ;( sendo( então( 4idroliada a ,cido nicotínico. Bbs.: 0e o medicamento é muito 4idrossol3/el ele é e"cretado sem biotransformação e"istem compostos que mesmo sofrendo reação de fase ; e ;; /ão para a /esícula biliar na região do intestino e são eliminado pelas fees. 0e as bactérias intestinais remo/erem o acido glicuronico a droga pode ser reabsor/ida. toler+ncia ao f,rmaco aumenta a biotransformação 4.+ Inera*'o armacol;gica #lguns f,rmacos agem nas enimas que os metaboliam( aumentando a ati/idade ou o n3mero de moléculas de enimas presentes. ;sto é denominado Uindução metabólica de enimasV e uma droga que apresenta este efeito é o etanol. I, f,rmacos( por e"emplo( capaes de induir aumento nos ní/eis de citocromo %AK>( o que pro/oca aumento da /elocidade de metaboliação do f,rmaco indutor( bemcomo de outros f,rmacos
biotransformados pelo sistema %AK>. %or outro lado( muitos f,rmacos podem inibir o sistema %AK> e( assim( potencialiar as aç$es de outros f,rmacos que são metaboliados pelas enimas do citocromo &p. e".( quinidina'. in%$ore! en(im?ico!:
inii%ore! en(im?ico!:
rifampicina (antibiótico)( carbamaepina ou fenitoína &antiepilépticos'( barbit3ricos & sedativos)( glutetimida (calmante) ( primidona &anticonvulsivante)( tabaco &cigarro) ( de"ametasona &corticóide)( etanol &,lcool etílico'( isoniaida &antiepiléptico'( omepraol &antiulceroso' e muitos outros.
alopurinol &anti-hiperuricêmico) ( cloranfenicol (antibiótico)( cimetidina (antiulceroso) ( ciproflo"acino &antibiótico'( de"tropropo"ifeno & opióide) ( dissulfiram &coadjuvante no tratamento do alcoolismo) ( eritromicina &antibiótico)( fluconaol &antimicótico)( fluo"etina &antidepressivo - Prozac) ( isoniaida (anticonvulsivante)( cetoconaol &antifúngico)( metronidaol &antiprotozoário) ( fenilbutaona (antiinflamatório) e /erapamil (antiarrítmico) ( antidepressi/os da classe dos inibidores da *#B( entre outros.
4.4 aore! inerno! e e@erno! na ioran!orma*'o • )atores ;nternos @onstitucionais: são fatores inerentes ao indi/íduo. 0ão eles: a. ;dade: tem maior peso quanto a biotransformação( principalmente os e"tremos de fai"a et,ria: os recémnatos &pouca maturação das enimas 4ep,ticas e função renal' e idosos &funç$es enim,ticas em processo de incapacitação'. b. !spécie &raça': os orientais( por e"emplo( tem uma deficiência da enima aldeído desidrogenase( tendo uma maior intoler+ncia ao ,lcool. c. 0e"o: as diferenças 4ormonais entre os se"os &testosterona no 4omem e estrógeno na mul4er' influenciam na biotransformação de alguns f,rmacos( sendo estes 4ormMnios indutores de algumas enimas biotransformadoras. d. %eso corporal: de uma forma indireta( influencia na absorção das drogas( armaenando de maneira e"agerada f,rmacos lipossol3/eis( aumentando demasiadamente seu /olume de absorção aparente. e. )ator genético: relacionado 2 transcrição de enimas biotransformadoras. • )atores ;nternos @ondicionais: são fatores transitórios que acometem o indi/íduo. 0ão eles:
a. !stado nutricional: a biotransformação é realiada por meio de enimas( que são oriundas de amino,cidos da dieta. B estado nutricional pode interferir na síntese dessas enimas biotransformadoras. b. 7emperatura corporal: as enimas são estruturas catalisadoras de reaç$es que são influenciadas( entre outros fatores( pela temperatura corporal. # ele/ação da temperatura normalmente acelera o processo de biotransformação. c. !stado patológico: patologias que acometem o fígado( por e"emplo( comprometem a biotransformação. d. Sra/ide: a modificação fisiológica e alteraç$es 4ormonais que acometem o organismo feminino durante esta fase( 4, uma interferência direta da biotransformação( como a progesterona( que predomina na gra/ide( estimula enimas biotransformadoras. • )atores !"ternos: influência do meio ambiente na biotransformação dos f,rmacos. 0ão eles:
temperatura( lu e tensão de o"igênio. 4.6 Meia-i%a
É o tempo necess,rio para a concentração de determinado f,rmaco no corpo ser reduida pela metade. *eia/ida &tj' é um par+metro deri/ado da depuração e do /olume de distribuição e /aria em função deles B tempo de meia /ida para um dado medicamento independe da concentração desse medicamento( a meia /ida esta relacionada com a cinética de e"creção e de acordo com as propriedades físico químicas das drogas. -ose de ataque C administrar de uma dose muito alta quando o paciente esta debilitado 6. /limina*'o "r5-!i!Emica: !liminação( do ponto de /ista farmacocinético( tem uma conotação diferente de e"creção: aquela representa o momento em que o f,rmaco foi inati/ado &menor biodisponibilidade'( perdendo seu efeito terapêuticoH esta representa o momento em que o f,rmaco( inati/ado ou não( dei"a o organismo por meio de órgãos &como os rins( pulm$es( sistema 4epatobiliar' ou por secreç$es e produtos metabólicos &sali/a( fees( urina( l,grima( suor( leite materno( secreção biliar( etc.'. # eliminação présistêmica( portanto( é sinMnimo de inati/ação do f,rmaco antes de cair em /ia sistêmica( que acontece durante o processo de primeira passagem que acontecem no fígado após a administração. -iferentemente do que é dese,/el que aconteça com as pródrogas( que de/em sofrer efeito de primeira passagem para sofrer ati/ação pré sistêmica. uando se trata de eficiência terapêutica( portanto( a ati/ação présistêmica da pródroga assim como a inati/ação de alguns f,rmacos é dese,/el. B90: Dma pródroga não é ati/ada necessariamente no fígado &ati/ação présistêmica'( podendo ser ati/ada em outros órgãos biotransformadores &como por e"emplo( os pulm$es'( que seria uma ati/ação sistêmica. uando se trata de efeitos tó"icos( essa eliminação présistêmica pode gerar metabólitos reati/os e ele/ar as concentraç$es sistêmica do f,rmaco( sendo necess,rio um auste posológico. . /@cre*'o # !"creção é sinMnimo para e"terioriação corporal. Bs órgãos que predominam na e"terioriação são os rins( mas pode ser au"iliado pelos pulm$es e sistema 4epatobiliar( bem como a eliminação pelas fees. -e forma secund,ria( temos a e"terioriação por meio da sali/a( muco( l,grima( suor( leite materno( etc. Bs f,rmacos podem ser eliminados inalterados ou con/ertidos em metabólitos. Bs órgãos e"cretórios &com e"ceção dos pulm$es' eliminam subst+ncias polares com mais facilidade. # /ia e"cretória mais importante é a renal( por meio da urina. Butras /ias e"cretórias incluem a bile(o intestino( os pulm$es( o leite etc. %rincipais /ias: ., )ia Urin?ria: i%ro!!olHei! # eliminação renal se d, pelos seguintes processos de: filtração glomerular( secreção tubular e difusão atra/és do epitélio tubular. Filra*'o glomer$lar : Bs f,rmacos penetram nos rins pelas artérias renais( as quais se di/idem para formar o ple"o capilar glomerular. # filtração é um processo passi/o para moléculas de pequeno taman4o ou bai"o peso molecular. Bs f,rmacos li/res &não ligados a proteínas' atra/essam a rede capilar para o espaço de 9okman como parte do filtrado glomerular. Bs capilares glomerulares permitem a difusão de moléculas de f,rmacos com peso molecular inferior a =>.>>> &moléculas pequenas' no filtrado glomerular. B f,rmaco em sua forma li/re( por e"emplo( é passi/amente filtrado. %ara ,cidos e f,rmacos conugados &na segunda fase da biotransformação' na forma aniMnica e bases na sua forma catiMnica( a secreção se d, de forma ati/a( como receptores específicos para estes f,rmacos. %ortanto( a secreção ati/a pode ser de dois tipos: secreção aniMnica ¶ ,cidos e conugados' e catiMnica ¶ bases'. uando estes estão na sua forma apolar( são reabsor/idos. %ara os f,rmacos ligados a proteínas plasm,ticas &J%%'( e"istem proteínas transportadoras que arrancam esses f,rmacos da fração de transporte para serem e"terioriados. # filtração glomerular passi/a( ou sea( para f,rmacos li/res( é produto da pressão sanguínea arteriolar( pressão glomerular e pressão oncótica:
Raros f,rmacos( como a 4eparina( são retidos. @omo a albumina não atra/essa li/remente a barreira( quando um f,rmaco se liga considera/elmente 2 albumina plasm,tica( sua concentração no filtrado é menor que a concentração plasm,tica. Dm f,rmaco como a arfarina ligase em Q 2 albumina e só =Q permanecem no filtrado. %ortanto( a depuração por filtração ser, muito reduida. 1ecre*'o e rea!or*'o $$lare!:. #té =>Q do flu"o plasm,tico renal são filtrados atra/és do glomérulo( de modo que( pelo menos >Q do f,rmaco podem passar para os capilaresperitubulares do t3bulo pro"imal. 5este local( os f,rmacos são transferidos para a lu tubular mediante dois sistemas transportadores independentes e relati/amente não seleti/os. Dm deles transporta ,cidos e( o outro( bases org+nicas. !sses sistemas podem reduir a concentração plasm,tica do f,rmaco a quase ero( transportandoo contra um gradiente químico. @omo( pelo menos( >Q do f,rmaco que c4ega ao rim é apresentado ao transportador( a secreção tubular representa o mecanismo mais efica para eliminação de f,rmacos pelos rins. # probenecida compete pelo mesmo sistema de transporte que a penicilina( diminuindo( dessa forma( sua eliminação. Di$!'o "elo ilra%o: medida que o filtrado glomerular atra/essa o t3bulo( a ,gua é reabsor/ida( sendo que o /olume que emerge como urina é apenas 1Q daquele filtrado.0e o t3bulo fosse li/remente perme,/el a moléculas de f,rmacos( Q do f,rmaco seriam reabsor/idos passi/amente. -eforma que f,rmacos com alta lipossolubilidade e( portanto( ele/ada permeabilidade tubular( são e"cretados lentamente. Bu sea( f,rmacos lipossol3/eis são mais reabsor/idos por atra/essarem mais facilmente as membranas das células tubulares. 0e( por outro lado( o f,rmaco for polar( o mesmo permanecer, no t3bulo e sua concentração aumentar, até ficar cerca de 1>> /ees mais alta na urina que no plasma &p. e".( digo"ina e antibióticos aminoglicosídeos'. *uitos f,rmacos( por serem ,cidos fracos ou bases fracas( alteram sua ioniação com o pI( o que afeta sua e"creção renal. B efeito de aprisionamento de íons( significa que um f,rmaco b,sico é mais rapidamente e"cretado na urina ,cida( /isto que o pI bai"o no interior do t3bulo fa/orece sua ioniação e( portanto( inibe sua reabsorção. %or outro lado( os f,rmacos ,cidos são mais facilmente e"cretados se a urina for alcalina. # alcaliniação da urina( por e"emplo( é usada para acelerar a e"creção da aspirina em casos de superdosagem. .2 Fecal: n'o a!ori%o e ile& !em a!or*'o o$ li"o!!olHei!. /@cre*'o iliar #s drogas e seus metabólitos que são e"tensi/amente e"cretados na bile são transportados atra/és do epitélio biliar contra um gradiente de concentração( e"igindo um transporte secretório ati/o. B transporte secretório pode se apro"imar de um limite superior em concentraç$es plasm,ticas ele/adas de uma droga &transporte m,"imo' e as subst+ncias com propriedades físicoquímicas similares podem competir para a e"creção atra/és do mesmo mecanismo. -rogas com um peso molecular N ?>>g
intestino( 4, uma grande possibilidade do mesmo retornar ao compartimento /ascularH caso estea 4idrossol3/el( permanecer, na lu do intestino até a sua e"creção'. B ciclo entero4ep,tico tem rele/ante import+ncia para 4ormMnios( seus an,logos sintéticos &como anticoncepcionais'e morfina. !ssas são subst+ncias que sofrem ação direta da flora intestinal( interferindo no destino que a droga /ai tomar após sofrer o ciclo. ;sso acontece quando o f,rmaco( na sua forma 4idrossol3/el( retorna ao intestino e sofre interaç$es com bactérias da microbiota intestinal( sofrendo alteraç$es químicas na sua estrutura( como o rompimento da ligação que o f,rmaco estabeleceu na segunda fase da sua biotransformação 4ep,tica &conugação'( apresentando no/amente um car,ter lipossol3/el( o que fa com que o f,rmaco retorne 2 corrente sanguínea( determinando um aumento do tempo de permanência do f,rmaco no organismo. B90: #pós ser administrado( o f,rmaco encontrase no 7S; com car,ter lipossol3/el. #o gan4ar a corrente sanguínea( ele apresenta passagem obrigatória pelo fígado( onde sofrer, ação de in3meras enimas que os biotransformarão. -urante este processo( o f,rmaco passar, por suas fases: &1' a primeira fase( em que este gan4a uma certa reati/idade( &=' e uma segunda fase( em que é conugado. 5esse processo( o f ,rmaco pode gan4ar um car,ter de 4idrossolubilidade para ser e"cretado. 5este momento( ele c4ega 2 /esícula biliar e desemboca na segunda porção do duodeno( alcançando no/amente o intestino. # possibilidade de o f,rmaco ser e"cretado pelas fees &de/ido ao fato de estar conugado e bastante 4idrossol3/el' seria muito grande se este não sofresse interação com bactérias intestinais( que interferem diretamente na conugação deste f,rmaco( tornandoo lipossol3/el( podendo assim ser reabsor/ido. !ste processo aumenta( portanto( o tempo de permanência do f,rmaco no organismo.
9etaglicuronidase produida pela microflora do intestino remo/e os glicuronideos( restaurando a forma original da droga que pode então reentrar na circulação 4ep,tica atra/és do sistema portal. B90: É de e"trema import+ncia o con4ecimento do processo précitado( principalmente quando nos referimos a interação antibióticos " anticoncepcionais. #ntibióticos como a tetraciclina e seus deri/ados comprometem( em grande escala( a flora normal do intestino. !sse fato diminui o tempo de permanência e efic,cia dos anticoncepcionais no organismo( uma /e que o tempo necess,rio &pre/iamente calculado farmacocineticamente' para a ação efica desse anticoncepcional é diminuindo( passando a apresentar efeitos sub terapêuticos e( portanto( não contracepti/os. # tetraciclina diminui população de bactérias que interferem diretamente na conugação deste f,rmaco( que o torna anticoncepcional lipossol3/el reabsor/í/el com isso anticoncepcional não é reabsor/ido e é e"cretado em maior quantidade o que diminui sua concentração no organismo. .+ /@cre*'o "$lmonar: Sases ou /ol,teis .4 Leie Maerno: efeitos to"icológicos no lactente .6 /@erc9cio: B paciente Senérico da 0il/a &KA anos' apresentou na 0ua )arm,cia a seguinte receita:
alium &diaepam' 1>mg Cuma cai"a: tomar 1&um' comp . ? " ao dia ¶ tratar dist3rbios psicossom,ticos'. 7randate &labetalol' =>>mg C uma cai"a: tomar 1&um' comp . = " ao dia &como agente anti 4ipertensi/o' 7agamet &cimetidina' =>>mg uma cai"a: tomar 1&um' comp . ? " ao dia 2s refeiç$es . &%ara o tratamento de 3lcera' #lguns betabloqueadores( como o Jabetalol &7randate'( sofrem uma forte metaboliação na passagem pelo fígado &efeito de primeira passagem'. )alase também de efeito de primeira passagem quando um f,rmaco é biologicamente inati/ado pela primeira passagem nas paredes g,stricas( no pulmão ou no sangue portal e( com isto( fica disponí/el uma concentração reduida no organismo . # metaboliação do Jabetalol depende fortemente da irrigação sangXínea do fígado. @imetidina &7agamet' bloqueia o sistema metaboliador citocromo %AK> no fígado e pode( além disto( reduir a irrigação sangXínea 4ep,tica. @om isto a concentração sangXínea do Jabetalol -iaepam é desmetilado pelo citocromo %AK> e o"idado a o"aepam. @imetidina &7agamet' aumenta e prolonga o efeito do diaepam atra/és do bloqueio do citocromo %AK>. @om isto diminui significati/amente a depuração plasm,tica &cerca de A>Q' e aumenta o efeito sedati/o. %arece também 4a/er uma redução do /olume de distribuição &aumento da concentração no compartimento central'. I, influência sobre a eliminação do metabólito ati/o da fase ;( desmetildiaepam. -e/e ser igualmente considerado que este metabólito pode e/entualmente alcançar concentraç$es( que podem ocasionar a redução da metaboliação do f,rmaco . # alternati/a é escol4er aqueles 9enodiaepínicos que não esteam e"postas a metaboliação da fase ;( como o o"aepam e loraepam. III-
Farmaco%inmica:
A farmacodinâmica (em estrito senso: dinâmica que o fármaco realiza no organismo) demonstra a innidade de modos pelos quais os fármacos interagem com seus sítios alvo (o que depende do seu mecanismo de ação). epois de terem sido administrados e a!sorvidos nos compartimentos orgânicos" quase todos os medicamentos alcançam a corrente sanguínea" circulam pelo corpo e interagem com diversos sítios especícos de ação. #or$m" dependendo de suas propriedades ou da via de administração" um medicamento pode atuar apenas em uma área especíca do corpo (por e%emplo" a ação dos antiácidos ca em grande parte connada ao est&mago). A interação com o sítio'alvo comumente produz o efeito teraputico deseado" enquanto a interação com outras c$lulas" tecidos ou *rgãos pode resultar nos c+amados efeitos colaterais (reaç,es medicamentosas adversas).
,. -ecanismo de ação : #odemos denir o termo mecanismo de ação como a atividade pela qual o fármaco desencadeia eventos que culminam com um efeito !iol*gico. ste pode ser classicado em dois tipos:
• -ecanismo de ação especíco: o fármaco interage" de forma especíca" com macromol$culas" como por e%emplo: #roteínas transportadoras (%: carreadores de colina'+emicolina: esta proteína $ responsável por fazer a captação da colina e do acetato na fenda sináptica" oriundos da que!ra da acetilcolina pela acetilcolinesterase" depois que a acetilcolina realizou o seu efeito de neurotransmissor" sendo recaptada por proteínas transportadoras de mem!rana da !ra pr$'sináptica para uma nova reutilização). ácidos nucleicos (%: antimicro!ianos !acteriostáticos ou !actericidas com ação de ini!ir o crescimento ou o desenvolvimento das !act$rias" respectivamente" interferindo no /A ou 0/A desses microrganismos) nzimas (%: ciclo%igenase: participa da cascata do ácido araquid&nico na formação das prostaglandinas) 0eceptores farmacol*gicos acoplados á proteína 1 (2 e 3 receptores4 receptores -uscarínicos): nesse caso" o fármaco reage com proteínas que são responsáveis por desencadear uma atividade em cascata. • -ecanismo de ação inespecíco: o fármaco e%erce ação so!re mol$culas muito pequenas ou at$ mesmo íons. 5uas propriedades são as seguintes: 6aracterizados por interagir com mol$culas simples ou íons (%: antiácidos). 0ealizam alteração da pressão osm*tica (%: sulfato de -g). 0ealizam alteração da tensão supercial (%: dimeticoma: utilizado para diminuir a tensão nas vísceras causada por gazes) Apresentam um alto grau de lipossolu!ilidade (%: anest$sicos gerais: clorof*rmio e $ter etílico).
2. Rece"ore!: sítios de ligação das subst+ncias transmissoras de sinais fisiológicos =.1 Jocaliação: • 7!@;-B SJ#5-DJ#R • 7!@;-B *D0@DJ#R • 7!@;-B 5!RB0B =.= %rincipais tipos de ligantes: • neurotransmissores: • IormMnios • autacóides =.? Bs receptores podem ser di/ididos em = grupos: a' Rece"ore! subcelulares ou inracel$lare!: o f,rmaco de/e entrar na célula &precisa ser lipossol3/el'( os receptores são nucleares e citoplasm,ticos.
0eceptores e%istentes no interior da c$lula" e não na mem!rana e%terna. #ara alcançá'los" o fármaco deve atravessar a !arreira lipídica dessas c$lulas" devendo ser" portanto" lipossol7veis. 6ontrolam" de maneira direta ou indireta" a transcrição gnica. 8s ligantes incluem +orm&nios ester*ides" +orm&nios tiroideanos" vit " Ac. retin*ico. 8s receptores são proteínas intracelulares" com isso" os ligantes devem penetrar nas c$lulas. 8s efeitos são produzidos em consequncia da síntese alterada de proteínas e" portanto" de início lento.
b' Rece"ore! memrana "la!m?ica: receptores acoplados a canais iMnicos &inotrópicos'( receptores acoplados a proteínas S &metabotropicos' e receptores com ati/idade enim,tica.
•
Rece"ore! Inor;"ico! - Canais iônicos não-dependentes de ligante: o fármaco pode se ligar diretamente a canais i&nicos (%: colinoceptores: nicotínicos e muscarínicos). 9uando estes receptores são estimulados" interferem diretamente so!re o eu%o e inu%o de um determinando íon. 5ão ini!idos por fármacos classicados como !loqueadores e ativados por ativadores.
5ote que quando 4, influ"o de substancias negati/as 4,4iperpolariação &efeito inibitório'H quando de substancias positi/as 4, despolariação &efeito e"citatório'.
• Rece"ore! meaor;"ico! 1-#c4 -? e -@ > A-#c).
Bs receptores metabotrópicos são normalmente encontrados em comple"os de proteínas que ligam funcionalmente o e"terior com o interior da célula e( uma /e ati/ados( afetam o metabolismo celular atra/és de enimas.
uando um receptor metabotrópico recon4ece e liga um neurotransmissor pro/oca a ati/ação coleti/a de enimas associadas 2 membrana( incluindo moléculas de sinaliação como as proteínas S. # ligação de um transmissor a um local de recon4ecimento do tipo metabotrópico pode ser comparada 2 ação iniciada por uma c4a/e de ignição do automó/el. 5ão abre a porta a íons( na membrana( tal como faem os receptores ionotrópicos( mas indu a r,pida formação de segundos mensageiros( e desencadeia uma sequência de acontecimentos bioquímicos. A proteína 1 $ uma proteína de mem!rana que consiste em trs su!unidades ( α" β e γ )" em que a su!unidade α possui atividade 1#ase e" quando se encontra em repouso (quando está ligada a 1#)" está ligada as outras su!unidades. 9uando a su!unidade alfa" so! estímulo da interação do receptor com o fármaco (primeiro mensageiro)" se ativa (trocando 1# por 1#)" ela adquire a capacidade de se mo!ilizar na mem!rana plasmática" separando'se das demais unidades" e alcançar a enzimas catalíticas como a fosfolipase'6 (#B6) eCou a adenilato ciclase" alterando a capacidade catalítica dessas enzimas. a) Dia da fosfolipase 6: esta enzima catalisa" a partir dos lipídios de mem!rana" a formação de dois mensageiros intracelulares: o trifosfato inositol (E#<) e o diacilglicerol (A1): ' 8 E#<" funcionando como segundo mensageiro" aumenta a concentração intracelular de cálcio: este aumento intracelular de cálcio desencadeia eventos como: contração" secreção" ativação enzimática e +iperpolarização de mem!rana. ' 8 A1 ativa proteína quinase 6 que controla muitas funç,es celulares" como o aumento da atividade catalítica da fosfolipase'A?" enzima perif$rica da face interna da mem!rana que cliva fosfolipídeios de mem!rana e dá início a cascata do ácido araquid&nico. 8 A1 pode interferir diretamente fosforilando uma proteína quinase. Al$m disso" a #F6 fosforila e ativa canais para a passagem de 6álcio do meio e%terno !) Dia da adenil ciclase: converte A# em A-#c" o qual ativa proteínas quinases (responsáveis por fosforilar e ativar outras proteínas intracelulares).
•
Receptor com ati/idade enim,tica & receptores ligados a quinases': o fármaco se liga a parte e%terna de um enzima e estimula ação catalítica da mesma. stão envolvidos principalmente em eventos que controlam o crescimento e a diferenciação celulares e atuam indiretamente ao regular a transcrição gnica. 8s receptores de vários +orm&nios (como a insulina) e fatores de crescimento incorporam a tirosina quinase em seu domínio intracelular. 5ão ini!idas por fármacos classicados como ini!idores.
+. 1TIO D/ LIGAÇÃO: #s drogas produem( em sua maioria( efeitos atra/és de sua J;S#_B a moléculas proteicas: Mol5c$la! "roeica!
CLA11/
/F/ITO
/J/M>LO
/n(ima!
;5;9;-BR!0
;nibição da reação normal
0in/astatina &inibidor IS* @o# redutase'
0D907R#7B )#J0B
%rodução anormal
*etildopa 0ubstrato falso &inibidor IS*@o# redutase'
%R-RBS#
%rodução de droga ati/a
@ortiona &pró 4idrocortiona'
;5;9;-BR!0
9loqueia do transporte
@ocaína &inibidor recaptação 5!'
0D907R#7B )#J0B
#cumulo natural
9JBD!#-BR!0
%ermeabilidade bloqueada
#miodarona canal 5ah'
&bloqueador
*B-DJ#-BR!0
#umento ou redução da probabilidade de abertura
-iidropiridina canal 5ah'
&modulador
#bertura
5;@B7;5# &agonista na@4Rs'
#ti/ação
7I@ & agonista @91'
*odulação iMnicos
-iaepam benodiaepínico'
Mol5c$la! ran!"ora%ora!
Canai! iKnico!
Rece"ore! %e #SB5;07# memrana o$ n$cleare!
#57#SB5;07#
4. )ARIÁ)/I1 DA FARMACODINMICA
se
metabólito
composto
de
não
canais
*etildopa &substrato recaptação de 5!'
droga
falso
&ligante
!"pressão gênica
!tinilestradiol &ligante recaptação estrogênio'
9loqueia dos mediadores
-anaol &bloquear recaptação de estrogênio'
• •
•
Aini%a%e: *ede a força de ligação entre droga e receptor e é determinada pelos tipos e n3mero de ligaç$es químicas. Reflete a tendência de um f,rmaco se ligar ao receptor. /ic?cia o$ eeio m?@imo: é a resposta m,"ima produida pelo f,rmaco. -epende de quantos comple"os f,rmacoreceptor são formados e da eficiência com que o receptor ati/adoprodu a ação celular. Bu sea( enquanto a afinidade é a tendência de um f,rmaco se ligar ao receptor( a efic,cia é a tendência de( uma /e ligado( esse f,rmaco modificar a função do receptor desencadeando uma resposta. ;ndependentemente da concentração do f,rmaco( atingese um ponto além do qual não ocorre mais nen4um incremento na resposta. 7emse( aí( respostaou efeito m,"imo. >oEncia o$ !en!iili%a%e: é a medida de quanto f,rmaco é necess,rio para desencadear uma determinada resposta. uanto menor a dose necess,ria para gerar tal resposta( mais potente é o f,rmaco. É calculada pela dose de f,rmaco que desencadeia K>Q da resposta m,"ima &!@ K>Eeffecti/e concentrationK>QF ou -! K>'. !m geral( os f,rmacos de alta potência apresentam alta afinidade pelos receptores( ocupando uma proporção significati/a destes( mesmo em bai"as concentraç$es.
6. INTENSIDADE DO EFEITO epois de esta!elecida a ligação do fármaco e seu receptor" a intensidade do efeito $ dada de maneira proporcional ao comple%o fármaco'receptor atendendo a certas e%igncias. Esto quer dizer que" quanto maior for o n7mero de mol$culas ligadas aos seus receptores (atendendo a propriedades como anidade" efetividade e ecácia)" mais intenso será o efeito gerado por esta interação.
8G5 : A potncia refere'se H quantidade de medicamento (comumente e%pressa em miligramas) necessária para produzir um efeito" como o alívio da dor ou a redução da pressão sanguínea" por e%emplo. %emplicando" se = miligramas da droga G alivia a dor com a mesma ecincia que ;I miligramas da droga A" diz'se" então" que a droga G $ duas vezes mais potente que a droga A. 6ontudo" maior potencia não signica necessariamente que uma droga $ mel+or que a outra. 8s m$dicos levam em consideração muitos fatores ao ulgar os m$ritos relativos dos medicamentos" como seu perl de efeitos colaterais" to%icidade potencial" duração da ecácia (e" consequentemente" numero de doses necessárias a cada dia) e custo. 8G5: A ecácia refere'se a resposta teraputica má%ima potencial que um medicamento pode produzir. %emplicando" o diur$tico furosemida elimina muito mais sal e água por meio da urina" que o diur$tico clorotiazida. Assim" furosemida tem maior ecincia" ou ecácia teraputica" que a clorotiazida. a mesma forma que no caso da potencia" a ecácia $ apenas um dos fatores considerados pelos m$dicos ao selecionar o medicamento mais apropriado para determinado paciente.
. A1>/CTO1 BUANTITATI)O1 DA INT/RAÇÃO /NTR/ FÁRMACO1 / R/C/>TOR/1 ., Alo "ara a*'o %a! %roga!: uma droga é uma substancia química que afeta a função fisiológica de modo especifico. #s drogas em sua maioria( são eficaes( porque se ligam a proteínas al/o particulares( que consistem em enimas( transportadores( canais iMnicos e receptores. # especificidade é recíproca: classes indi/iduais de drogas ligamse apenas a determinados al/os( e al/os indi/iduais recon4ecem apenas determinadas classes de drogas. 5en4uma droga é totalmente especifica nas suas aç$es. !m muitos casos( o aumento da dose afeta outros al/os diferentes do principal e pro/oca efeitos colaterais. .2 Di!in*'o enre liga*'o %e ?rmaco! e aia*'o %o! rece"ore! Bs receptores podem ser encontrados de duas formas ati/ados ou inati/ados. B agonista aumenta a afinidade e efic,cia para promo/er resposta celular. # efic,cia descre/e a tendência do comple"o f,rmacoreceptor a adotar o estado ati/o R6'( em /e do estado de repouso R'. Dm f,rmaco com efic,cia ero não apresenta nen4uma tendência a desencadear a ati/ação dos receptores e não le/a a uma resposta tecidual. Dm f,rmaco com efic,cia m,"ima &igual a 1' é um agonista pleno( enquanto os agonistas parciais estão situados no inter/alo > e 1. . CLASSIFICA!O DOS F"#$ACOS %&ANTO AO EFEITO A atividade intrínseca consiste no conunto de efeitos que foram desencadeados a partir da interação do fármaco com o seu sítio de ação. uas propriedades importantes para a ação de uma droga são a anidade e a pr*pria atividade intrínseca. A anidade $ a atração mutua ou a força da ligação entre uma droga e seu alvo" sea um receptor ou enzima. A atividade intrínseca $ uma medida da capacidade da droga em produzir um efeito farmacol*gico quando ligada ao seu receptor. -edicamentos que ativam receptores (agonistas) possuem as duas propriedades: devem ligar'se efetivamente (ter anidade) aos seus receptores4 e o comple%o droga'receptor deve ser capaz de produzir uma resposta no sistema alvo (ter atividade intrínseca). #or outro lado" drogas que !loqueiam receptores (antagonistas) ligam'se efetivamente (tem anidade com os receptores)" mas tem pouca ou nen+uma atividade intrínseca J sua função consiste em impedir a interação das mol$culas agonistas com seus receptores. '() Agonistas: possuem grande anidade ao seu receptor e" ao se ligar a este" e%ercem uma consequncia: desencadeia uma cascata de eventos (atividade intrínseca) que promove uma determinada ação. %istem trs tipos diferentes de agonistas: • Agonista pleno *ou total+: desencadeia um efeito má%imo" ocupando o numero má%imo de receptores ativos (e apenas estes) para desencadear o seu efeito. ste tipo de agonista impede tam!$m que os receptores ativos tornem'se inativos. • Agonista parcial: desencadeia um efeito parcial" uma vez que tem anidade tanto por receptores ativos (que realizam efeito !iol*gico) quanto por receptores inativos (que não realizam efeito)" diferentemente dos receptores agonistas plenos" que s* se ligam a receptores ativos. • Agonista in,erso: tem anidade apenas por receptores inativos" sem desencadear" portanto" um efeito !iol*gico (atividade intrínseca). ste tipo de agonista pode ser confundido com fármacos antagonistas. #or$m" a diferença !ásica entre am!os estão no fato de que um fármaco antagonista $ empregado no o!etivo de !loquear um atividade intrínseca (que geralmente" nos casos da administração desses fármacos" $
uma atividade e%acer!ada)4 á o agonista inverso não realiza o efeito por uma falta de competncia ou anidade deste por seus receptores. K.?Antagonistas: apesar de apresentarem anidade ao seu receptor" estes fármacos não tem a capacidade de desencadear uma resposta intrínseca a partir do seu sitio de ação. 8 seu o!etivo" na realidade" $ ustamente impedir a pr*pria atividade intrínseca. -uitas drogas aderem (se ligam) as c$lulas por meio de receptores e%istentes na superfície celular. A maioria das c$lulas possui muitos receptores de superfície" o que permite que a atividade celular sea inuenciada por su!stancias químicas como os medicamentos ou +orm&nios localizados fora da c$lula. 8 receptor tem uma conguração especíca" permitindo que somente uma droga que se encai%e perfeitamente possa ligar'se a ele J como uma c+ave que se encai%a em uma fec+adura. Lrequentemente a seletividade da droga pode ser e%plicada por quanto seletivamente ela se %a aos receptores. Algumas drogas se %am a apenas um tipo de receptor4 outras são como c+aves'mestras e podem ligar'se a diversos tipos de receptores por todo o corpo. #rovavelmente a natureza não criou os receptores para que" algum dia" os medicamentos pudessem ser capazes de ligar'se a eles. 8s receptores tem nalidades naturais (siol*gicas) mas os medicamentos tiram vantagem dos receptores. %emplicando" morna e drogas analg$sicas ans ligam'se aos mesmos receptores no c$re!ro utilizados pelas endornas (su!stancias químicas naturalmente produzidas que alteram a percepção e as reaç,es sensitivas). Mma classe de drogas c+amadas agonistas ativa ou estimula seus receptores" disparando uma resposta que aumenta ou diminui a função celular. %emplicando" o agonista car!acol liga'se a receptores no trato respirat*rio c+amados receptores colin$rgicos muscarínicos" fazendo com que as c$lulas dos m7sculos lisos se contraiam e causando !roncoconstrição (estreitamento das vias respirat*rias). 8utro agonista" o al!uterol" liga'se a outros receptores no trato respirat*rio" c+amados receptores adrenergicos 3?" fazendo com que as c$lulas dos m7sculos lisos rela%em e causando !ronco dilatação (dilatação das vias respirat*rias). 8utra classe de drogas" c+amadas antagonistas" !loqueia o acesso ou a ligação dos agonistas aos seus receptores. 8s antagonistas são utilizados principalmente no !loqueio ou diminuição das respostas celulares aos agonistas (comumente neurotransmissores) normalmente presentes no corpo. %emplicando" o antagonista de receptores colin$rgicos ipratrHpio !loqueia o efeito !roncoconstritor da acetilcolina" o transmissor natural dos impulsos nervosos colin$rgicos. 8s agonistas e os antagonistas são utilizados como a!ordagens diferentes" mas complementares" no tratamento da asma. 8 agonista dos receptores adrenergicos al!uterol" que rela%a os m7sculos lisos dos !ronquíolos" pode ser utilizado em conunto com o antagonista dos receptores colin$rgicos ipratrHpio" que !loqueia o efeito !roncoconstritor da acetilcolina. Mm grupo muito utilizado de antagonistas $ o dos !eta'!loqueadores" como o propranolol. sses antagonistas !loqueiam ou diminuem a resposta e%citat*ria cardiovascular aos +orm&nios do estresse J adrenalina e noradrenalina4 esses antagonistas são utilizados no tratamento da pressão sanguínea alta" angina e certos ritmos cardíacos anormais.
P. ANTAGONI1MO /NTR/ DROGA1:
B antagonismo entre drogas ocorre por meio de /,rios mecanismos: .1 #ntagonismo químico&interação em solução' .= #ntagonismo farmacocinético&uma droga q afeta a absorção( metabolismo ou e"creção da outra'. .? #ntagonismo competiti/o&ambas as drogas ligamse aos mesmo receptores'( o antagonismo pd ser re/ersí/el ou irre/ersí/el. @ur/as de doseefeito para um agonista na ausência e na presença de um antagonista
competiti/o. 0e( na ausência do antagonista( o agonista tem a cur/a # como sua representação gr,fica e se na presença da concentração " do antagonista a cur/a passa para a posição 9( então 1>" do antagonista deslocarão a cur/a para a posição @ e 1>>" para a posição -( uma /e que( multiplicando também por 1>a concentração do agonista( ele ter, de pro/ocar sempre o mesmo efeito &K>Q da resposta m,"ima' •
#57#SB5;0*B @B*%!7;7;B 0;*%J!0 &R!!R0W!J': #ntagonista ocupa o mesmo sítio do agonista no receptor. É super,/el baseado na re/ersibilidade da ligação. @ompetição regida pela UJei de #ção das *assasV.
#ntagonismo competiti/o re/ersí/el •
#57#SB5;0*B %BR #SB5;07# %#R@;#J BD -D#J;0*B: onde duas drogas que apresentam afinidades semel4antes pelos mesmos receptores( porém com ati/idades intrínsecas diferentes são associadas. uando isso ocorre( elas inicialmente atuam de forma sinérgica( de/ido a grande disponibilidade de receptores. %orém( quando se esgotam os receptores elas passam a atuar de forma antagMnica( ou sea( a que apresenta ati/idade intrínseca mais bai"a &agonista parcial' ocupa receptores e não atuam de forma muito efica atrapal4ando a ação do agonista total &ati/idade intrínseca mais alta'. %ara isso obser/e a figura abai"o:
#ntagonismo por agonista parcial ou dualismo
.A #ntagonismo não competiti/o&antagonista interrompe a ligação receptorefetor' a'5ão super,/el ou pseudoirre/ersí/el: 7ambém denominado #57#SB5;0*B @B*%!7;7;B ;RR!!R0W!J • #ntagonista ocupa o mesmo sítio do agonista no receptor • #ntagonista se dissocia lentamente do receptor de modo a ser essencialmente irre/ersí/el na sua ação
b' #lostérico negati/o •#ntagonista ocupa sítio distinto do agonista no receptor &sítio alostérico' •#ntagonista redu afinidade do agonista ariante de antagonista nãocompetiti/o: antagonista diminui efic,cia do agonista
.K #ntagonismo fisiológico&dois agentes produem efeitos fisiológicos opostos'.
#ntagonismo não competiti/o ou fisiológico.
DESSENSI.ILI/!O 0I1E#SENSI.ILI/A!O
E
Mm fármaco" normalmente" se liga ao seu receptor" desencadeia uma atividade intrínseca" resultando em um efeito !iol*gico. • Dessensibili2a3ão *Ta4ui5la6ia ou Do7n #egulation+ : acontece quando o fármaco" mesmo interagindo com o receptor" não responde ao sinal e não se modica quimicamente e" consequentemente" não desencadeia a atividade intrínseca" ine%istindo então qualquer efeito !iol*gico. ntão" diz'se que +ouve dessensi!ilização quando o receptor não reage" mesmo interagindo com o fármaco" de maneira aguda. Esso ocorre"
por e%emplo" com alguns corticoides utilizados na dermatologia que" depois de algum tempo de uso" mais e mais aplicaç,es do medicamento são necessários para realizar um efeito cada vez mais reduzido. • 0ipersensibili2a3ão *Supersensibili2a3ão ou &p #egulation+: ao contrario do tipo de interação e%planada anteriormente" na +ipersensi!ilização +á uma reposta e%acer!ada ou acentuada. Acontece" então" um efeito !em mais intenso e potente do que se era esperado da decorrncia da interação entre o fármaco ligante e seu receptor. • Toler8ncia: termo utilizado para uma adaptação de receptores H interação com o fármaco" sendo este utilizado á de modo cr&nico. 6om isso" o receptor dei%a de responder e não desencadeia mais um efeito !iol*gico. N o que acontece com as O!om!in+asP agonistas 3? de uso dos asmáticos (utilizada para realizar a !roncodilatação)" que tende a reagir com tolerância ao uso cr&nico" e%igindo um auste posol*gico ou at$ mesmo e%igindo a su!stituição da droga para um mel+or tratamento. A teoria que e%plica estes fen&menos encontra fundamento nos mecanismos de controle intracelular de e%teriorização dos receptores: e%istiriam então receptores ancorados na mem!rana plasmática assim como tam!$m e%istiriam receptores na mem!rana de vesículas citoplasmáticas" intracelularmente. 5eria preciso então um sinal diferenciado para que estas vesículas pudessem então e%teriorizar os seus receptores. 6om isso" conclui'se que no caso da dessensi!ilização" +averia um d$cit na produção dessas vesículas intracelulares contendo os receptores" enquanto que na +ipersensi!ilização" +á uma produção e%agerada e contínua desses receptores.
,Q R/C/>TOR/1 D/ R/1/R)A: Bcorrem quando um agonista pode e/ocar a resposta m,"ima em uma concentração que não acarrete a ocupação de todos os receptores disponí/eis. !sses receptores apresentam uma reser/a numérica.
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