SUMARJO
Lr. RO I -
0 EVANGELHO ESS~IO
DA PAZ
Credo da Sociedade Biogenica lntemacional - Introdul;3.o- Prefacio EdilJao d as B < X 1a s de Curo (1978) - 0 Evangelho Essenio d a P a z ,.\ Hist6ria do Evangelho Essenio da Paz. . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . LlVRO II -
OS LlVROS DESCONHECIDOS DOS ESS~IOS
Prefacio - Introdu~o - A Visao de Enoque: A Mais Antiga Reve. 50 - Extraido do Livro Essenio de Moises: Os Dez Mandamentos -
As ComunhOes
Fragmentos
wenio
-
Identicos
Do Livro Essenio de Jesus: A paz Setupla aDs
dos Manuscntos
do Mestre de Virtude -Fragmentos
do Mar Marto -
Do Livro
do Evangelho Essenio de
7
o
LIVRO I EVANGELHO ESSENIO DA PAZ
Tcxto aramaico do terceiro seculo e antigos textos eslovenos comparados,
traduzidos e organizados
Edmond Bordeaux Szekely
pcr
CREDO da Sociedade Biogenica lnternacional Ill'lhlalliOS que a nossa propriedade rnais preciosa \\ It
e
a Vida.
dll;1I1l0Sque mobilizaremos ladus as fon;:as da vida contra as for~as da
ttllllle
\, 1("lll1alllos que a compreensao 11111111,1 l"lHlperar;ao conduz
mutua conduz a mutua cooperar.;ao; que a a Paz e ()unico modo de sobrevivenda
a Paz; e q ue
d,l hUlll
preservaremos, em Jugar de desperdir.;a-Ios, que sao a heram;a de nossos filhos.
",I('(lit.lInos 1110.
que cvitaremos
nOS50S recursos
a poluir.;iio do nosso af, da nossa agua e do nOS50
prccondir;6es basicas da Vida.
AII{'ditamos que preservaremos a vcgela~iio do nossa planeta: a relva humilde IIIH' chegou h
t\,da_~;I~ tonIcs de ellngi;l.
h;lflllonia
l '
s,llX'r, qUI' l'slao llt-nlm l~I'm tOt'llUllc
IU'ls.
Aneditamos que () aprimoramcnto dOlvida e da humanidadc nesle plancta prccisa comel;ar com csfon;os individuais, como 0 lodo depende dus atolllos LIeque se compflC, An-editamos
na Patemidade
de Deus, na Matemidade
da Natureza e na Ir-
l11andade do Homem.
-
composto em Paris, em 1928. par Romain Rolland e Edmond Bordeaux Szekely,
Os e.lpfrito.sda verdade e da fal.sidade Pelejam no corariio do homem; A verdade na.l.cidada fame da Luz, A falsidade na.l.cidado pOfO da escuridiio. E assim como 0 homem herda a verdade Assim evitard a escuridiio, - extrafdo do Manual de Disciplina dos Pergaminhos do Mar Marto
10
INTRO()u<;:Ao
(11l,IM' dois mil allus sc passaram dcsde que 0 Filho do Homcm cnsinou I"
11111111111, a ven..lauc
c a vida
a humanidade.
Ell'
trouxe sadde para os docnlcs,
para os ignorantes e felicidade para os desgra~ados. Conquislou ,L I hurnanidadc e a totalidade da civiliza~ao do Ocidentc. Esse falo
It" d"lI;j II I I Ilk
• "'1'1'IOV.La clema vitalidade
Jas palavras do Mestre, e seu valor SUprl'ITlO
t'
III
I ) \-Illlll'l ido ucslc livro representa apenas cerea de urn ter~o dos manus\-'l lnplt'l()s que existem em aramaico nos Arquivos Sccretos do VatiCill1l1 I III ,'SIIlVl'110 antigo nos Arquivos Reais dos Habsburgos (hoje propricdadc
"11" I
iI " ~'(lvnllC) austr(aco).
IkVt'lllos a existcncia Jas duas versoes aos padres nestorianos, que, soh das hordas de Genghis Khan, viram-se obrigados a fugir do Orienle
I I'H'SS;U,
1',1l,I ,) (>Cidenle, levando eonsigo todas as antigas eserituras e lodos os fcones. (h antigos textos aramaicos datam do seeulo III d.C, ao passo que a velha \, I"llll'slnvena e uma tradw;ao desses textos. Os arque6logos ainda nao foram l IP,IIl'S de rceonstruir para n6s 0 modo exato com que os textos safram da 1',llntllla c foram parar nas maos dos padres nestorianos, no interior da Asia. N:1o lemos nada que acrescentar ao texto, que fala PO f si mesma. 0 leitor l"llldar com concentras;ao as paginas que se seguem sentira a vitalidade l'll'llla l' a evidencia poderosa das verdades profundas de que a humanidade lll'\l's,ila hoje mais urgentemente do que nunea "Ii a verdade dara testemunho de si mesma,"
I mUIf/',f, 1937 EDMOND BORDEAUX SZEKELY
13
PRErAClO
II EDI<;:i\O Di\S 1l0Di\S
!l h'Il,1! ( I Tl"Il'l'110 VnlUllll', A (!ui/llh'(J lill JIH'f'tlrudt', t:orrl'laciona os mi. til II, oil'r.ltll~ l' d('sl'ohrilllL'ntm lla (lc.squisa medica Illouema ella bioquf111k.1.
DE OURO (197S)
t
"IllUIIl.II oliiahr;m!(Clltc da Sockuadc
, f "
Biogenica
Imcrnacional,
0 M(}(fo H,\'.
demos do Evangelho Esse. e prfitica~ sobre 0 modo de apli. H t" 01,1".II, IOflll'L'1,'ndoinslnll;f!es concrctas tJ"
Cinquenta anos se pa.~saram dcsde a primeira publica~ao do Primciro Li~ vro do Evangelho £uenio do Paz, assim como da funda~ao da Sociedlldt'
senios a nossa vida cotidiana
a aplica~ao dos perenes Ensinamentos Es~ no seculo XX. Nesse tempo. () mundo SOrrell
uma guerra global dcvastadora
e, mais uma vez, enfrenta problema." aparen~
Biogenica Internacional, dedicada
temcnte insupeniveis
\',< 1 (/ llif/~hli(,(l, Cllfnprova os prindpios
\ h. 'Illllms:! vida difiria no scculo XX. Agora, numa edir.;:aoreccm-revisl
na forma de polui'rao planetaria, escassez de alimentos
e energia e tensoes cada vez maiores entre as filosofia.<>polfticas. E mesmo assim as palavras eternas de Jesus continuum a espargir sementes de paz e arnor em urn ffiundo conturbado.
Mais de dez milhoes de leitores absorveram
a mensagcrn do Evangelho Essenio desde 1928, e 0 numero deles cresce dia. riamente, Victor Hugo disse: "Nao h
originais,
operar
sua magia em urn mundo que precisa dela como nunca precisou em todo 0 correr da hisloria. ApOs mais de quarenta anos de extensa pesquisa sobre os eventos que transformaram toda a histaria do nos~o p1anela, 0 pesquisador serio tla verdade pode ler agora, alem do Primeiro Livro, os que a ele se seguiram: 0 Segundo
Livro: O~.Livros Desconhecidos dos Essinios e 0 Terceiro Livro: Munuscritos Perdidos du Irmwufade E.1".\'blia.1 Em 1975 rcgistrou-se
urn acontecimento
importante:
a publicar.;:ao looga.
mente esperada de () Des(."ohrimentodo Evangelho Essinio da Paz - Iivro que final mente responde as perguntas sobre 0 Evangelho Essenio que nos foram dirigidas durante u liltimo meio seculo, pruvenientes de todas as partes do mundo, 0 PrilTlciro Volume, intitulado A Busca Jos Eternos, publicado em 1977, tambem projeta luz subre a espantusa hist6ria do Evangelho Essenio, eo Segundo Volume, A Grande Experiincia, dcscreve 0 crescimento relam pago do movilTlcnto Essenio-Biogenicu,
urn renascimento
verificou no muntlo inteiro denlro da estrulura da Sodedade
espiritual
que se
Biogenica loter-
1. 0 Quarto Livro, Os En.rinament()s d(}s Eleitvs, foi publicado postumamente 1981.
14
em
15
"EI~ enviaram t:uradorel'. E urn delL'S era Jesus, () E.~sCnio, que carninhou entre os cnferrfM; e os pcrturbados, e tevou-lhes 0 conheci. mento de que precisavam para curar-sc. Alguns Jus que 0 seguiam puserarn por escrito 0 que se pas.~ou entre ele e os que sofriarn e and,lvam soorecarregaJos. Os AnciiitlS da Irrnandade ptlC'tizaram as palavfas e lornaram inesquccivel a histcSria do Curador de Homens;o Hmn Paslor. E quando. ufinal. chegou para os Irmaos 0 momento de dcixar 0 deserto e ir para oulro lugar. os manusnitos ficararn como sentinelas enterradal', guarda~ esqueciJos
da verdade elo.••.n a e viva.
Teve infcio urna era tenebnJS
negligenciados
dcbai:\o das sombras mutaveis do
o Dtscobrimento
do Evangt'lho Essinio
() EVANGELIIO EssfiNIO
I
DA PAZ
111.1' I, IllllilllS l.hlcntcs e aleijados se aproximaram
deJesus, pedindo-lhe:
. ,,1111< In lod;IS as r:oisas, dize-nos, par que sofremos destas pragas doloI '1'", qll(' Ililll 5011mssadios como os Qutros homens? Cura-nos, Mestre, I I 'I"' 1.11UI)l'1ll nos tornemos fortes e nao mais precisemos pennanccer flU I till t 11.1.Sahclllos que tens 0 poder de curar todos os tipos de doem;as. I I t III" lit' S;llall<15C de todas as suas grandes af1i~5es. Mestre, tern piedade I l l '
liS rt'sJlondeu: "Bem-aventurados sois vos, que tendl's fome da ver I''''~ I'll vos satisfarei com 0 pao da sabedoria. Bem-avenlurados sois
I I, 10
!jilt
h.lll'is, pois eu vos abrirei a porta da vida. Bem-aventurados
111 .1, "I,lIS rcjcitar 0 poder de Satanas, pois eu vos conduzirei
sois v6s,
ao reino dos
III" 11.1ll(lSSa Mile, onde 0 poder de Satamh nao pode entrar." I
d l 'S ,
pasmados,
perguntaram-lhe:
"Quem
e nossa
Mae e quais sao os
II ,1I11"S?E (lnde fica 0 seu reino?" VII.•s a Mile esla em vos, e vas estais nela. Ela vos deu
a luz:
ela vas d
Id,l 1'111l'la quem vos deu 0 vosso corpo, e a cIa, urn dia, 0 devolvereis. 11'1 11,lvl'Illurados sois vos que, urn dia. a conhecereis e conhecereis 0 seu 1 Itl", st' n.t;eherdes os anjos de vossa Mae e praticardes as suas leis. Em ,1 0 1 ,,1 1 -
til,
vos digo, quem faz essas coisas nunea vera doenr.;a. Pais a poder de
.I M,le eslfi acima de tudo. E ele destr6i Satana.s e 0 seu reino, e impera
••bll' IOllos os vossos corpos e todas as coisas vivas. "( ) .s:lngue que corre em nos nasceu do sangue de nossa Mae Terrena,
a
1I1fo'l1l' dela cai das nuvens; salta Jas entranha<; da terra; murmura nos riachos d I 11Itllllanhas; tlui, amplo, nos rios Jas planfcies; "
dorme' nos lagos; enfure-
I', pllderoso.
nos mares tempestuosos. "( l ill"que respiramos nasceu do h
, lIul nas alluras dos ceus; sussurra nos topos das montanhas,
eicia nas folhas
,II tllill'sta. cresce sobre os trigais; dorme nos vales profundos; arde no deserto. "/\ durcza dos nossos ossos oasceu dos ossos de nossa Mae Tcrrena, das Il~ h,IS c das pedras. Eles permanecem nus debaixo dos ceus enos cimos das ,".dl1hL'i ras; sao como gigantes adonnecidos nas encostas das monlanhas. "linl fdolllS erguidos no deserto, e estao ocultos na profundeza
I
da terra,
"/\ brandura dOlnossa carne oasteu da carne de nossa Mae Terrena; euja 'd llll'
se faz amare1a e vcnnelha
nos frutos Jas
alimenta
nas
I, II.ISJos campos. 19
"Nossas vfscera~ nasccrarn das vfseeras lie Ilossa Mile Terren" c est:\o cscondidas dos nossos olhos, como as profundczas invisfveis da terra. "A luz de nossos olhos e a audi~ao de nossos ouvidos nasceram das cores e sons de nossa Mae Terrena, que nos envoIvern como as ondas do mar en. volvern 0 peixe, como 0 ar turbilhonante envolve 0 passaro. "Em verdade vos digo, 0 Homem e 0 Filho da Mae Terrena, e dela recebeu o Filho do Homem todo 0 seu corpo, assim como 0 corpo de uma criancinha recem-nascida nasee do ventre de sua mae. Em verdade vos digo, estais unidos a Mae Tercena; ela esta em v6s, e v6s estais nela. Dela nascestes, nela viveis e a eia retomareis. Obedecei, portanto, as suas leis, pois s6 vive muito e e feliz quem honea sua Mae Terrena e the cumpre as leis. Pois 0 vosso halito eo halito dela; 0 vosso sangue e 0 sangue dela; os vossos ossos sao os ossos dela; a vossa came e a came dela; as vossas vfscems sao as visceras dela; os vossos olhos e os vossos ouvidos sao os olhos e os ouvidos dela. "Em verdade vos digo, se deixardes de cumprir uma unica de todas essas leis, se vierdes a causar dano a urn membro que seja do vosso corpo, estarcis totalmcntc perdidos em vossa penosa enfennidade, e hayed choro e ranger de dentes. Pois eu vos digo, a menos que seguirdes as leis de vossa Mae, nao escapareis a morte de forma alguma. E aquele que se aferrar as leis de sua Mae, a ele se aferrara tambem sua Mae. Ela cumra todas as suas pmgas, e ete nunca mais adoecera. Ela the dara uma vida longa e 0 protegera contra todas as at1i~oes; contra 0 fogo, contra a agua, contra a picada de serpentes vene. nosas. Pois vossa Mae vos deu a luz, mantem a vida dentro de v6s. Ela vos deu 0 seu corpo, e ninguem seniio ela vos curara. Bem-aventurado e aquele que ama sua Mae e repousa, tranqUilo, no ventre dela. Pois vossa Miie vos ama, ate quando vas afastais dela. E nao vos amara muito mais se voltardes de novo para ela? Em verdade vos digo, muito grande e 0 seu amor, maior que a maior das montanhas, rnais profundo que os mares mais profundos. E os que amam sua Mae nunca serao por ela desarnparados. Assim como a galinha protege os seus pintinhos, assim como a leoa protege os seus fi. Ihotes, assim como a mae protege 0 seu bebe recem-nascido, assim a Mae Terrena protege () Filho do Homem contra todos os perigos e contra todos os males. "Pois em verdade vas digo. males e perigos sem coma andam a espreita dos FiUms dos Homens. Belzebu, 0 principe de todos os demonios, a origem de todo 0 mal, anda a espreita no corpo de tOOosas Filhos dos Homens. Ele e a morte, 0 senhor de todas as pragas e, envergando vestes apraziveis, tenta e seduz os Filhos dos Homens. Promete riquezas, poder. palacios esplendidos, (rajos de ouro e prata e uma multidiio de criados, tudo; promete renome e 20
gltlria, fornic
vida'! Fica CllllOSI;O rnais algul1l 11;11lJ1(ll' l'USlIl
I" " 1II,'1I'~, H 111d;IS l'arn'gais em vos; e, :Issim, a pal:lvra e ()poder dc III" ••.. 1'1'Ill'tralll,porque lodos os tipos de mal e todas as especies dc I1I1I~'" IIIII Sllal1l(lratlaem vosso corpo e em vosso espirito. Sequiserdes t I 01'VJ,I1101 Iklls vivo e 0 seu poder vos penetrem, nao sujeis 0 corpo "t 1'111111; pOlS0 curpo e 0 tcmplo do espirito, e 0 espfrito e 0 templo II Il 1'lItllll';,i, portanlo, 0 tcmplo, para que 0 Senhor do templo 0 habite '1
'I UIIIhl}',il!" tlignn dele. I oil'I.UII'I,L1-VOS de tndas as tentll'roes do carpo e do esplrita, que pro." 01,S,II,IIl;\s,e rtx:olhei-vos a sombra do ceu de Deus, 1/, 11"••.. ,11vos, C logo. Pois em verdade vos digo, Salamis e suas pragas 1,,,I'1Il 1'1l'll.Jlulsospelo jejum e pela ora'rao. Ficai a sos e jejuai, e nao I I d 1l11l~Uc.ll1l n vosso jejum. 0Deus vivo 0 vera e grande sera a vossa 'U'I II ,I I~jl'juai ate que Belzebu e lodos os seus diabos se afaslem de , l••oIllsliSanjos de nossa Mae Terrena acudam e vos sirvam. Pais em • 1101,VlIS,!lgo, se nao jejuardes, nunca vos livrareis do poder de Satanas, I l"oI"s.lS Jllolestias que provem de Satamis. Jejuai e orai com fervor, Ulll0II I'\lda do Deus vivo para a vossa cura. Enquanto jejuarde.s, evitai I !llll'Stins lIulllens e procurai os anjos de nossa Mae Terrena, pois quem II" IlIll,'III.olllra. 1111(':Ii ° ar fresco da flore.stae dos campos, e ali, no meio deles, enconIt II I U ,111)0 do ar. Tirai os sapatos e as roupas e pennili que 0 anjo do ar " ,llv,ll ••.. a 1(ldo0 corpa. Em seguida, respimi longa e profundamente, a tIm d 'I'll' 'I allju tin ar seja levado para dentm de vos. Em verdade vos digo, 0 Ill" 01 ,1Olt'cll.pulsarado vosso corpo loda a sujidade que 0 maculava por fora 1'''1dl'uITll.E por esse modo todo mau-cheiro e todas as coisas impuras , Ifll('lao e sairao de v6s, como a fuma'ra do fogo ascende enovelada e se I' ,.I, lUIIIl:canodo ar. Pois em verdade vos digo, santo.eo anjo do ar, que IImp,1IlIdn 0 que e sujo e da as cOlsasmalcheirosa~ urn suave aroma. Nenhum h"iU' IIIIjue 0 anjo do ar nao deixe passar entrara a presen'ra de Deus. Em , Hl,uk, lollos predsarao nascer de novo pelo ar e pela verdade, pois 0 vosso , ,IIpll Il'spira 0 ar da Mae Terrena, e 0 vosso espfrito respira a verdade do Pal
°
I , I"sllal. '.1kpois do anjo do ar, pmcurai 0 anjo da agua. Tirai os sapatos e as 1"lIp.l'ie consenti que 0 anjo da agua vos cinja todo 0 corpo. Aninhai-vos 11I1,'u,unenteem seus brll'r0s envolventes e, quanlas vezes moverdes 0 ar com I I s"pm lantas vezes movei tambCm a agua com () corpo. Em verdade vos oillo"l,0 anjo da agua expel ira do vosso corpo toda a sujidade que 0 maculava 1"11lora e ppr dentm. E todas as coisas sujas e fetidas escorrerao para fora de VtI~,l'xalamente como as imundfcies das roupas lavadas em agua escorrem 23
para 1\)[;1t' St' pcrdt'lIlll
11'.1 1 11'\l'tlai lnllga c profundamenle. para que () anjo da luz do sol I 1,1IIIId d\'lllrll de vos e expulse do vosso corpo todas as coisas maiI I 1I1.1\qtle () lIlaculavam por dentro e pOI'fora. E todas as coisas 1".1<1ll'llll"as\e t'rgueriio de v6s, exatamenle como a escuridao da noite 11'11II1l" 0 hnlho do sol nascente, Pois em verdade vos digo, santo e 0 I. III dll 01que limpa todas as sujidades e da um suave aroma as coisas I I, II" I~ NlI1~llCmpode enlrar a presenrra de Deus que 0 anjo da luz do I II '1'1111.1lki,\al!o passaro Em verdade, todos terao de renascer do sol e I 1,,1<]i,1I.1 !Jilt'()corpo se aque~a a luz solar da Mae Terrena, eo espfrito II! • II Ilil Slll"rda verdade do Pai Celestial. I I "1111" ill!af, da agua e da luz do sol sao innaos. Foram dados ao Filho II 'Ill' Itl P,ll,1sl'rvi-Io e para que ell' possa ir sempre de urn para 0 outro. Ultll.1~'Il:JllIlentc, e 0 abrarrodeles. Como sao filhos indivisfveis da Mae III 1I,Illscparcis os que a terra e 0 ceu fizeram urn s6. Deixai que os tres t' 11111.10\ vm envolvam todos os dias e que eles vos habitem durante todo '1IlllIll]. 1',11('Ill Vt'rdade vos digo, 0 poder dos demonios e todos os pecados e 1111' 1 partirao it pressa do corpo abraryadopelos tres anjos, Assim como II" 1\11.'1 '111 de uma ca~a deserta a ehegada do dono da casa, urn pela porta, II , I" 1.1Idllda e 0 terceiro pelo telhado, cada qual onde se eneontra e pOI' III. II••. I' pmsiveI, assim fugiriio do vosso corpo todos as diabos do mal, I III II I'l'cauos passados e todas as impurezas e enfermidades que conspur. Illl II Il'lllplo do vosso corpo, Quando os anjos da Mae Terrena entrarem III II II t'orpo, de forma que os senhores do templo 0 reconquistem, lodos IIIIII dll'ims partirao a pressa pelo vosso halito e pela vossa pe1c,as aguas I 11i100d\ pt'la vossa boca e pela vossa pele, pelas vossas partes traseiras e III .I,I.I~.E vereis todas essas coisas com os olhos e cheifareis com 0 nariz e • IIII~t'OIllas maos. E quando todos as pecados e imundfcies tiverem safdo 1" !I~I) ,'orpo, ('Ivosso sangue se tamara tao pum quanto 0 sangue de nossa " Il'lIt'na e como a espuma do rio que folga a luz do sol. E 0 vosso halilo IUllldl;1tito puro quanta 0 h
ciuha rcccllI-nasdda comprccnde os l'nsinallll"ulos do rai l'lIquanto a mill'n,hl a liver akilado, banhado, assislidn, aoormet'idn c aiaoo. Enquanto a uiarl\i1 allloa C pequena, seu lugar e com a mac, a qllem predsa obedCl:cr. Quando chega :1 idade adulla, () pai a leva para trabalhar a sell lado no t:al11Jlo, t' il crian~a s(i volta para a mae ao soar a hora 00 jantar e da ceia. E agora 0 P;1l inslrui (1mho, para que ell' se lome ellperimentado nos trabalhos patcmos. I' quando () pai percebe que 0 filho comprecnde 0 seu ellsino e faz bern 0 Sl'lI Ir,lbalho, da-Ihl' wdos os seus haveres, a fim de que pertenr.;amao lilho queril!ll Ccslc continue 0 trabalho do pai. Em verdade vos digo, bem-aventurado C 0 filho que aceita 0 conselho de sua mae e se pauta por ell', E cern vezes mais bCITl-aventuradoe 0 filho que aceita 0 conselho de seu pai e tambem se pauta por ell', pois vos foi dito: 'Homa teu pai e tua mae para que os teus dias possam ser longos sobre a terra.' Mas e u vos digo, Filhos do Homem: Honrai vossa Mae Terrena e cumpri todas as suas leis, para que os vossos dias possam ser longos sobre a terra, e honrai vosso Pai Celestial para que a Vida Etema seja vossa nos ceus, Pois 0 Pai Celestial e cern vezes maior do que todos os pais pela semente e pelo sangue, e a Mae Terrena e maior do que toda~ as maes pelo corpo. E mais querido e 0 Filho do Homem aos olhos de seu Pai Celestial e de sua Mae Terrena do que 0 sao os filhos aos olhos de seus pais pda semente e pclo sangue e de suas mal'S pelo corpo. E mais sibias sao as palavras e as leis de vosso Pai Celestial e de vossa Mae Terrena do que as palavras e a vontade de todos as pais pela semente e pelo sangue, e de todas as maes pelo corpo, E mais valiosa tambem e a heran~a de vosso Pai Celestial e de vossa Mae Terrena, 0 reino etemo da vida terrena e celestial, do que lodas as heranr.;asde vossos pais pela semente e pelo sangue, e de todas as vossas maes pelo corpo. "E vossos irmaos verdadeiros sao todos os que fazem a vontade de vossa Pai Celestial e de vossa Mae Terrena, e nao vossos innaos pelo sangue. Em verdade vos digo, vossos irmaos vcrdadeiros na vontade do Pai Celestial e dOl Mae Terrena vos amarao mil vezes mais do que vossos innaos pelo sangue. Pois desde as tempos de Cairn e Abel, quando irmaos pelo sangue transgrediram a vontade de Deus, ji nao hi innandade verdadeira pelo sangue. E os innaos se avem com os innaos como estranhos, Portanto, eu vos digo, amai vossos irmaos verdadeiros na vontade de Deus mil vell's mais do que vossos irmaos pelo sangue. POlS a yassa PAl CELESTIAL E AMOR. POlS A yaSSA MAE TERRENA E AMaR. POlS a FlLHO DO HOMEM E AMOR. 26
I t~III,1I11111 que n i'
°
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nosso !'ai Cdcstial, Nao h<'lninguem Olindal'lllfl' v6s (jue pos.sa cOIllIHl'l'lldl'! luuo a ([Ul'mc rdim, Quem vos l'xpix: as l'snilUras fala-wI,s numa IInguil morta tie hllmcns 1T10rtoS. por inlcmlcdio do scu corpo adoenlado c mortal, Totios os homcns r"dcm cOlT1preende-lu,pois lodos estao adoentadns e lodos estao na morte, Nenhum ve a [uz da vida, 0cego conduz 0 cego relos cami n[lOsescums dos rccados, das doenl¥as e dos sofrimentos; e, ao cabo de ludo, todos cacm no po~u da morte, "Eu vos fui mandado pelo Pai, a fim de fazer a luz da vida brHhar diantc de vos, A jUl ilumina-se a si e i1umina a escuridao, mas a escuridao so sc conhece a si e nao conhece a juz. Tenho muitas oulras coisas para dizer-vos, mas ainda nao pooeis suporta-Ias. Pois os vossos olhos estao acostumados a escuridao, e a luz plena do Pai Celestial vos cegaria. Pm conseguinte, aind,l nan pcKieiscompreender 0 que vos digo sobre 0 Pai Celestial que me mandou para v6s. Segui, portanto, primeiro que tudo, as leis de vossa Mae Terrena, das quais vos falei. E quando os seus anjos tiverem limpado e renovado vossos corpus e fortalecido vossos olhos, sereis capazes de suportar a luz do nosso Pai Celestial. Quando puderdes olhar para 0 brilho do sol do meio-dia com o[hus finnes, podereis tambem olhar para a luz eegante de vosso Pai Celestial, mil vezes mais fulgido que 0 brilho de urn milhar de s6is, Mas como podereis o[har para a luz cegante do vosso Pai Celestial, se nao sois sequer capazes de suportar 0 brilho do sol ardenle? Crede-me, 0 sol e como a chama de uma vela ao lado do sol da verdade do Pai Celestial. Tende, portanto, fe, esperanl¥a e amor. Em verdade vos digo, nao desejareis a vossa recompensa. Se acreditais em minhas palavra~, acredilais nell' que me mandou, que e 0 senhor de tudo, e para quem lodas as coisas sao possfveis. Pois todas as coisa~ que sao im. possfveis para os homens sao possfveis para Deus. Se acreditais nos anjos da Mae Terrena e ubedeceis as suas leis, vossa f6 vos sustentani e nunea vereis doenl¥a,Tende csperan~a tambem no amor de yosso Pai Celestial, pois quem confia nell' nunca sera enganado e nunca vera a morte. "Amai-vos uns aos outros, pois Deus e amor, e assim saberao os seus anjos que trilhais os seus caminhos, E, enlao, todos os anjos entrarao a vossa presenlfa e vos servirao. E Satanas, com todos os pecados, enfennidades e impurezas, deixara 0 vasso corpo. Ide, fugi dos vossos pecados; arrependeivos; batizai-vos; para que possais rena.~cere nao pequeis mais." Nisso, Jesus leyamou-se. Todos os outros, porem, quedaram senlados, pois todo homem senti a 0 poder de suas palavras. Surgiu, entao, a lua cheia enlre as nuyens fnigeis e enyolveu Jesus em seu esplendor. E centelhas, Ian. ~adas para 0 alto, se desprenderam dos seus cabelos, e ell' ficou entre eles a luz da lua, como se pairasse no ar. E nenhum homem se moveu, nem se ouviu 28
d, II'IIlllllll lkks. E ninguc.'Tnficou sabetldo quanto tempo se havia HI" 1"'lSl' !('111IH) pat'llU. I III ()"lIldol,JI.'SIIScstendeu as maos para eles e disse: "A paz seja con" I p,lIlllI, 1.'l I1l10 um sopro de vento sacode 0 verde das arvores. I 1"11lllUI!lIll'lIlPllOlindaa companhia pcnnaneceu senlada, imovel, para, 1 lllll.l, dl'Slll..'r1ar no silcncio, urn homem depois do outro, como safdos Ill" h'liI'" s()lIho. Nenhum, porern, se dispOs a partir, como se as palavras ! 11lII, qlll' ,ll'olh;lrade deixa-Ios Ihes continuassem soando aos ouvidos. E '11II.I,'I.Ulls('ntados t;omo se estivessem prestando alen~ao a uma musica J '!I, II(" "I
P \l " , Hilltides, finalmente, como que tfmido, disse: "Como e born estar 1111I 1'111111: "I\u quisera que esta noite nao acabasse," E outros: "Eu quisera I' ,10 I (IvC.~se.~empreconosco." "Em verdade e urn mensageiro de Deus, I I 1'1.11111111 a l'speran~a em nossos c{)ra~oes,"E nenhum desejava regressar , I I, dl/t'lH[ll: "Nuo irei para casa, onde tudo e escuro e sem alegria. Por II" III,IIIIOS para casa, onde ninguem nos ama?" I I h'~ lalavam dessa maneira, pois eram qua<;etodos pobres, coxos, aleiI' I" , 111l't1tligos, desabrigados, desprezados em sua miseria, apenas tolerados I +l•IllllISt'r,u;i'lonas casas onlle se refugiavam por alguns dias. E ate alguns, III (IU'loIl1l lar c farrulia, disseram: "Nos tambem ficaremos convosco," Pois I dll 1Ilililt'I Ilsentia que as palavras daquele que se fora uniam a pequena 1IIII',II111ia com fios invisfveis. E todos se sentiam renascidos. Viam dianle I 1 11111 nllmtio brilhante, ate quando a lua se escondia nas nuvens. E no ,Ii..'lodos se abriam flores rnaravilhosa<;de maravilhosa beleza, as tl••" da alegria. I '1ll,lIIdoos raios brilhanles do sol surgiram sabre a orla do mundo, todos 1l11l,1l1l'jUC era 0 sol do reino vindouro de Deus. E, com ~mblantesjubilosos, .II 1I1!.lloIlI1-Se au encontro dos anjos de Deus. I ItlUitosimpuros e enfermos seguiram as palavras de Jesus e procuraram I 11l001.'l'IIS dos c6rregos munnurantes. Tiraram as sapatos e as roupas, jejuaI 1lI1"l'1I1regaram{)corpo aos anjos do ar, da agua e da luz solar. E os anjos III P \1 .1{' Terrena os abra~aram e Ihes possufram 0 corpo, assim por dentro "1I1l1pur fora. E lodos viram todos os males, todos os pecados e todas as itlll'lll\'/as deixa-Ios a pressa. I' IIIlalito de alguns tomou-se tao fetido como 0 que se soltados inleslinos, "I,-IIilStivcram uma descarga de catarro, e urn vomito malcheiroso e impuro 11I11l'1I'se de suas partes interiores. Toda.••essas impurezas Ihes flufam pela I"" ,I Fill outros, pelo nariz; em uutros ainda pelos olhos e pelos ouvidos. E 1I• (111'0de muitos exalou urn suor fetido e ahominavel, que Ihes inundou toda " '\ \ ,I
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I ,III 1I111110S 1I11'Ill!JmSirrornperam granJes tumores quentes, Jos quais Hlllt,l
se
"',.1 14111l'rIIKlas as abominalfoes c impurezas Jos seus pecados pas, I, 11l1l'O lh'ntl' que cai de uma montanha, saiu-Ihes em tluxo do corpo IIdllllll.uk dl' ahomin:ll;()cs dura,; e moles. E 0 solo em que tlufam as suas , [1,,111111, l' lao grande se lomou a fedentina que ninguem p<'l deperma.11 I liSdlahos Ihes :lbandonaram
os intestinos qual multidao de vennes,
tol"Il'lol111de raiv:l impotente. depois que 0 anjo da agua os expulsou I "l.'S dos HUms dos Homcns. E, logo, desccu sobre ell'S 0 poder do I' ,I. 1111solar, ceil's
morreram
ali mesmo, em conto~oes
desesperada<;,
,.
IOI,,~1'1'los pes do anjo da luz do sol. E todos tremiam de terror ao olhar
, 1.
1 ,lh'lI11ina-.:fiesde Satamis, dao;;quais tinham sido salvos pelos anjus.
I I 1Il1p,l~'as ;1Deus por haver-lhes I
1II'III1S,alormentados
enviado os seus anjos para liberta.los.
por grandes dores, nao queriam deixa.los;
lid" 0 "ill' faler, resolveram
e, nao
mandar urn dell's a Jesus, pois queriam mui.
11110II' In l"lmsigo. I 1I00.lIUI\1 dois safram
a procura
dele, viTam 0 proprio Jesus que se apro-
,I1,4'1.1 lIlargern do rio. E 0 corar;ao enche!l-se-lhes de esperan9a e alegria I 111.1"II,,' ouviram a sauda9aO: "A paz seja convosco." E muitas eram as
il."
I 11111.1' quI' de.sejavam fazer-Jhe mao;;,tornados de espanto, nao conseguiam I
III '1. Illlis nada Ihes acudia a mente. Disse-lhes, entao, Jesus: "Vim porque I Ii' lk mim." E urn dell'S gritou: "Mestre, precisaTI)os de fato, vern iiI ,.110" dl' nossas dares." Il"lIS falou-Ihes em panibolas:
"Sois como 0 filho pr6digo, que, por
10111111 .. i1111",cornell, bebeu e pa.ssou as dias em devassidao 1111 'U
I'. todas as semamLS, sem 0 conhecimento
e luxuria com os
do pai, contrafa novas df-
101 I l' l'shanjava todo 0 dinheiro em poucos dias. E os prestamistas 110'llIl'll'stavam
sempre
dinheiro, porque ()p:li dele possufa grandes riquezas e sempre
III I' l~'. lva. rcsignado,
as dfvidas. E debalde admoestava
0 pai com palavras
I'. I, IIlllhll. que nunca dava atent;ao as admonit;oes patemas, que Ihe pediam. II, 1,',111. que renunciasse as libertinagens sem tim e fosse para as campos, a tlill .Ii' vigiar 0 trabalho dos criados. E 0 filho sempre Ihe prometia fazer tudo " 1',11Ihe paga,;se as dfvidas antiga" mas, no dia seguinte, I'" 1I1,lISde setl' anos levou 0 filho essa vida dissoluta.
recomC9ava. E
Urn belo dia, por-em,
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pl,'rdl'nllo a p,Il'icnda,
,I, "', 11l1l~'lIl'llllHais Sl'lIl1o'l'U pai Ie pl'nlllil ilS tlivitlas, Puis qual~u:r I 111'.111.1 ,I II ",,' , ", l'nr tluro sde , ., anos como orden am as nossas ,_ leis, I II l'It, {'ll'l da4ui pm tliantc leu filho amanle e obedlenle, e nao
Clpai rCl:llSOlH,Ca p,l,l.:araos prc,slarniMa,s a,s I IIVIii,
nmlrafdas peln 1111'\0,'Sc ell continuar pa,l.:.ll1llo',dis,sc dc, 'nao 11<1\1('1fill, ,1 para (IS pccados de meu filho.' Enfurccidos pur lerern sido l'n~,IJLad" , 0 prestamislas
I "'111.111d ividas, pois sci que e dificil paga-Ias.' , 1'11,10('.IIUP(Itie seu pai e passou a vigiar, lodo~ os d.la<;,0 lrabalho , 110 .1.' st'U paL. E nunca os fazia trabalhar dcmals, pOlS se lembrav~
fiFeram do filho urn escravo para que puucssc, com a 10111111.1 d
lodos os oias, pagar-Ihes
(J
dinheiro que Ihes peJira emprcslado,
10 I
C('SS,II1111
cntJo, os comes, as hebes e as excessos de todos os dia~, Da manha ;\ Illlil
I 1"1'11" ll.lhalhl) pesado, ~ as anus pa:saram:, ~ os. be~s de ~eu p~: 1.1(1.1\Ie/. mais debalxo da sua mao, pOlS a ben~ao de seu p
com 0 suor do rosto, ell' aguou os campos, e todos os membros lhe dofalll' III razao do IrabaJho nao familiar,
E vivia de pao seco, e nada linha alllilt .1.1
proprias lagrimas para amolec~lo,
LlSI'U lrahalho, E, pouco a pouco, devolveu ao pai 0 decuplo de
E lres dias depois, sofria tanhl com 0 1.•101
C com 0 cansa~o, que disse ao seu amo: 'Nao posso mais trahulhar, lodos os mernbros me doem, Por quanto tempo pretendeis
pi I h,lIlj;lra TlOS sete anos. E quando 0 pai viu que 0 fil~o usava, bern 'II "I,lS l'Illt.!llS (ISseus ha\leres, disse-lhe: 'Meu filho, ve~o que mmh~
pOllIII'
atonncnlar-Illl
,.
1"I,
'Ale 0 dia em que, Com 0 Irabalho de tuas maos, me tenhas pago t(lda~ ,1 tua~ dfvidas; e quando Sell' anos tiverem desesperado
replicou,
chorando:
passado,
estara.~ livre.'
'Mas eu !laO consigo suportar
sell' dias, Tern piedade de mirn, pois todos os membros E 0 eredor maJvado gritou:
'Apressa
0 trahalho;
E
° !lIb"
dracma.'
enquanto
nem ml'~rtlll
me ardern e dot'lIl '
IIIII , \' 1I1IL'l'iade que sua dfvida fora perdoada qu~ndo ele nao pud,era (, I II,'US 0 abcllifoou com uma vida longa, mUllOs mhos :, rnUltas
se pudeste, por sete .1l10~.
nao tiveres pago todas as tua~ dividas,
Eo mho, com os membros fustigados
aos campos a tim de continuar
1'"IS dc era born para todos os criados e para lodo 0 ~ado,
ate a I1llilllil
I III 'f'llllb. jesus voltou-se III I' 11,111"lasp ara poderdes
pela doc, voltou, desespcrndll.
0 Irabalhu. Ja mal podia ter-se de pe poc Call.~a
do eansa~o e das dores, quando chegoll 0 setimo dia _ cambaleante,
para a casa do pai, E, atirando-se-Ihe
obediente em ludo, Livra-me
I II
aos pes,
e que serei teu filh"
leu cora~ao,' Assomaram
E vestiu-o com 0 lrajo de maior pr~o
e
E na manha do dia seguinte, deu ao filho uma
bolsa de prata para pagar aos credores quanto lhes devia, E quando 0 filho \lohou, disse-Ihe: 'Meu filho, como estas venda, e faeil, alra\les de uma vida de pandegas,
contrair dfvidas por sete anos, mas e diffeil paga-Ias com 0 tra-
balho pesado de sell' anos,' balho de sete dias,'
'Pai, ISrealmente pesado paga-las, ate com 0 tra-
E 0 pai advertiu-o,
dizendo: 'Desta vez te foi permitido
pagar tuas dfvidas em sete dias, em Jugar de sete anos, e 0 resto te foi perdoado, Mas presta aten~iio para que, no futuro, nao contraias novas dfvidas, Pois em 32
0trabalho p,e~ado ~ao 0 pagamento das dlVldas e a
.11'II I' Illclhor que 0 filho obed~a ao pai e vigil' os cnados ,e seu PaJ " " ser deveJor do credor malvado e mourejar e suar I venh 11111"'.III {l"e ".. 'Ih 11111'IVll para pagar suas dfvidas, Sera melhor, igualmenle, que os Fl os
lemo-nos, porque hoje recebi uma grande alegria, pais voltei a encontrar meu filho querido, que estava perdido.'
sois v6s mesmos,
III' d hks uo pai sao a terra e os ceus. Os criados do PaJ sao os ~Jos, 0 I" ilil p
lagrimas aos olhos do pai e ell', tomando 0 filho nos bra~os, disse: 'Rejubi-
durante lodo 0 dia festejaram,
() lilho pr6digo
1"1 I.• limdem6nios e enfennidades do vosso co~, e a sua ~ura, ~ bols~ I' .1I t\'I'I,hida do pai e 0 poder libertador dos anjos, ~ P~I e De~s, As
das maos do meu opressor, Pai, olha para rnim
e para os meus membros esgotados e nao endur~as
sao os pecados do passado, _0
• 1I1,llv,Hloe Satanas, As dfvidas sao as molestias,
disse: 'Pai, acredita em mim pela ullima vez, e perdoa todas as ofensa<; que Ie fiz, Juro-te que nunca mais viverei dissolutamente
para aquela gente enfenna e dlsse: "E~ vos compreender ~Ihor a palavra de Deus, OS
III" !II' l'Ollles c bebes e vida desregrada
0 dia de Sabado, em
que ninguem trabalha no campo, 0 filho, entao, reuniu 0 resto de suas fOrt;Hs e encaminhou-se,
Seja ludo isso a tua heran~a, conllllua a acres-
111'11I I'U poder regozijar-meem ti.' E quando 0 filh~ rece~u a heran~a I I" 1.1(1(111 as dfvidas de todos os devedores que nao POdl~ paga-lo,
passar leus dias e noites na farra, teras agora de trabalhar por sell' anos, Mlo Ie perdoarei
l'stOiOl'lll boas maos, Dou-te todo 0 meu gado, m,~ha casa, mi-
II I , IIlt'USlesouros,
111'11\\'111 IIbedeyam as leis de seu Pai Celestial '1"
e trabalhem
a par com os
III ~ell reina, do que se lornem devedores d~ Satan as, 0 senh~r da marte,
I
I 1".1" os pccados e de todas as doen~as, e sotrerem com dores e ~uor a!e I" ,I, 1Hpilgo todos os pecados, Em verdade v~s ~igo~ grandes e m~'los sao •. ' d s Por muitos anos cedestes as melta~oes de Satanas, Tendes " liS ]leca 0 , " d" d' , _ I" !,I\ltlles. heberraes e freqiientadores de prostIluta<;, e vossas IV,I,as pas ' I'lCaram, E ago" precisais pagamento e d,flcultoso I, I' mil ,IIp ",' paga.la<; eo '." " +
,11'1" Ntill vos deixeis, porlanlo, dominar pcla lmpaclenClaja
no tercclro dla, 33
l'lllllO II filho prouigo, Illas cspcrai, c.;OIll P.ll'j('l1l'ia,() sctimo dia santilkado por Deus, c dirigi-vos dermis com 0 cnra(Ji1ohUlllildc e obediente a presentra do vosso Pai Celestial, pam que ele vos pernoc os pecados e todas as dfvidas passauas. Em verdadc vos digo, vosso Pai Celestial vos ama eternamente, puis tambem vos permite pagar em sete dias as dfvidas de sere al)Os.Aqueles que devem os pccados e as doeni;as de sete anos, mas pagarn honestamente e persevemm ate 0 selimo dia, nosso Pai Celestial perdoa as dfvidas de todos os sete anos." "Se pecarmos sete vezes sete anosT', perguntou urn homem doente, que sofria horrivclmente. "Ate nesse caso 0 Pai Celestial nos perdoa todas as dfvidas dc todos os sete anosT' "8em-aventurados sao os que perseveram ate 0 tim, pois os dem6nios de Satanas lhcs inscrevem todos os malfeitos em um livro, 0 livro do vosso corpo c do vosso espirito. Em yerdade vos digo, nao ha urn unioo ato pecaminoso que nao esteja registrado, desde 0 princfpio do mundo, perante nosso Pai Celestial. Pois podeis escapar das leis feitas pelos reis, mas das leis de vosso Deus nenhum dos Filhos do Romem conseguc escapar. E quando entrardes a presenlfa de Deus, os diabos de Satanas deporao contra v6s com os vossos atos, e Deus vern vossos pecados escritos no livro do vosso corpo e do vosso espfrito e .'Ieentristecera em .'leucorai;iio. Mas .'Ievos arrependerdes de vossos pecados e, pelo jejum e pela ora9ao, procurardes os anjos de Deus, a cada dia que conrinuardes ajejuar e a orar os anjos de Deus apagarao urn ano de vossos malfeitos no livro do YOSSO corpo e do vosso espfrito. E quando a ultima pagina tambem for apagada e limpa de todos os pecados, entrareis a presemra de Deus, e Deus .'Iealegrara em .'leucorac;ao e esqueceni todos os vossos pecados. Ele vos libertara das garras de Satanas e do sofrimento; levar-vos-a para dentro de sua casa e ordenani que tooos os seus criados, todos os seus anjos, vos sirvam. Dar-yos-a uma longa vida e nunca vereis doeni;a. Ese, dali por diante, em vez de pecar, passardes os dias praticando boas alfoes, os anjos de Deus registrarao todas as vossas boas alfoes no livro do vosso corpo e do vosso espfrito. Em vcrdade vos digo, nenhuma boa ac;aopennanece em branco diante de Deus, desde 0 principio do mundo. Pois dos vossos reis e govemadores podereis esperar embalde a recompensa, mas vossas boas ac;6esnunca deixarao de ser recompensadas por Deus. "E quando entrardes a presenc;a de Deus, os seus anjos deporao a vosso favor invocando vossas boas ac;6es. E Deus as ve inscritas em vosso corpo e em vosso espfrito, e se alegra em .'leucorac;ao.Abeni;oa-vos 0 corpo,0 espfrito e todos os atos, e vos concede por heranc;a .'leureino terreno e celeste, para 34
que ndc vivais clcmarncnte. 8cm.aventurado e 0 que pode entrar no reino de Deus, pois nunea vera a morte." . E urn grande silencio caiu sobre as suas palavras. E os que se sentlam dcsalcntados recobraram as fori;as em razao delas e continuaram a jejuar e a orar. E 0 que falara primeiro dissc-lhe: "Perseverarei ate 0 setimo dia." E disse-Ihe igualmente 0 segundo: "Tambem perseyerarei sete vel.es ate 0 setimo dia." Respondeu-Ihes Jesus: "Bem-aventurados sao os que perseveram ate 0 fim, pois herdarao a terra." E havia muitos enferrnos entre eles, atormentados por dores atrozes, que mal conseguiam arrastar-se ate os pes de Jesus. Pois ja nao podiam andar sobre os pes. Disseram: "Mestre, somos dolorosamente atorrnentados pela dor; dize-nos 0 que devemos fazer." E mostraram a Jesus os seus pes, de ossos retorcidos e nodosos, e continuaram: "Nem 0 anjo do ar, nem 0 da agua, nem o da luz do sol aliviou os nossos sofrimentos, muito embora nos tenhamos batizado a nos mesmos, jejuado e orado, e seguido tuas palavras em todas as COlsas." "Em verdade vos digo, vossos ossos serao curados. Nao desanimeis, mas buscai a cura junto ao curador de ossos, u anjo da terra. Pois de la foram tirados os vossos 0.'1.'10.'1, e para la vo1tarno." E apontou com a mao para onde 0 correr da agua e 0 calor do sol haviam amolecido a terra em sua margem, transfonnando-a em lama argilosa. "Enfiai os pes no 1000, para que 0 abrai;o do anju da terra vus tire dos osso~ toda a impureza e toda a enferrnidade. E vereis Satanas e vossas dores fUgJrem ~o abrru;o do anjo da terra. E desaparecerao os nos dos vossos ossos, que serao endireitados, e todas as vossas dores se dissiparao." E os doentes seguiram suas palavras, pois sabiam que seriam curados. E havia tambem outras doentes que sofriam muito a conta de suas dores, .'Iebern persistissem no jejum. Suas fori;as se haviam exaurido e um grand.e calor os torturava. E quando se dispunham a levantar-se da cama para abelrar-se de Jesus, sua cab~a entrava a girar como se os sacudisse urn vento de tempestade, e rodas as vezes que tentavam erguer-se em pe tomavam a cair no chao. Jesus, eotao, encaminhou-se para eles e disse: "Sofreis porque Satanas e suas molestias vos supliciam 0 corpo. Mas nao temais, que 0 .'leupoder sobre vos findara rapidamente. Pois Satanas e como um vizinho colerico que entrou oa casa do .'leuvizinho enquanto este se achava ausente, tencionando carregar-lhe os haveres para a sua pr6pria casa. Mas alguem contou ao outro que 35
lIlillligo Ihe S:lljUeaVaa residcnda, e Il hUllWIIIvol!ou correndll p"r:l elisa. E quando 0 vizinho maldoso, depois de junt:lr ludo 0 que the llgradava, viu au lunge 0 dono aa casa voltando a pressa, irou-se muito par nao poder levar !lIdo e p6s-se a quebrar, estragar e destruir quanto havia ali. De modo que, ja que as coisas nao podiam ser suas, 0 outro tambem nao tivesse nada. lmediaI I
tllrncnte, por6n, entrou 0 dono da casa e, antes que 0 vizinho perverso levasse a cabo 0 seu intenta, agarrou-o e atirou-o para fora da casa. Em verdade vos digo, exatamente assim entrou Satana.~no vosso corpo, que e a habita~ao de Deus, E apoderou-se de tudo 0 que desejava TOubar:vosso alento, vassa sanguc, vossos ossos, vossa carne, vossos intestinos, vossos olhos e vossos ouviLlos.Mas com 0 jejum e a oralYaochamastes de volta a senhor do vosso corpo e as seus anjos. E agora Satanas v~ que 0 verdadeiro senhor do vosso corpo esta retomando, e que esse e 0 fim do seu poder. Por esse motivo, em sua ira, ele retlne mais uma vez as suas forlYaspara destruir-vos 0 corpo antes da chegada do senhor. Essa e a razao por que Satanas vos mortifica tao penosamente, pois sente que 0 seu fim chegou. Mas nao deixeis tremer 0 COr:l¥ao, pois logo surgirao os anjos de Deus para ocupar de novo suas habita~oes e rcconsagni.las como templos de Deus. E agarrarao Satanas e 0 lanIYaraodo vosso corpo com tadas as suas doenlYase todas as suas sujidades. E bem-aventurados sereis vos, pois recebereis a recompensa de vossa firmeza, e nunca mais vereis a doen~a." E havia entre os enfermos urn mais atormentado por Satamis do que todos os outros. Seu corpo era tao ressecado quanta urn esqueleto e sua pele tao amarela quanta uma folha que cai. Ja estava tao fraco que nau conseguia, nem mesmo com as maos, arrastar-se ate Jesus, e p6de apenas gritar-Ihe de longe: "Mestre, tern pena de mim, pois nunca, desde 0 princfpio do mundo, urn homem sofreu como eu estou sofrendo. Sei que foste, com efeito, mandado por Deus, e sei que, se 0 quiseres, pades expulsar imediatamente Satanas do meu corpo. as anjos de Deus acaso nao obedecem ao mensageiro de Deus? Vern, Mestre, e expulsa agora de mim Satan as, que se enraivece, furioso, dentro de mim e me atormenta." E respondeu-Ihe Jesus: "Satanas te atorrnenta tanto assim porque ja. je juaste muitos dias, e nao Ihe paga~ tributo. Nao 0 alimentas com todas as aborninayoes que ate agora tern poluldo 0 templo do teu espiritu. Atormenta~ Satamis com a fome e, por isso rnesmo, em sua raiva, ell' te aturmema tambem. Nuo temas, pois eu te digo, Satanas sera destrufdo antes que se destrua 0 teu corpo; p:lis enquanto jejua~ e oras, os anjos de Deus te protegern 0 corpo,
para que Salamis nao rossa destruir.te. E a raiva de Satamise impotente contra os anjos de Deus." Nissa, toaos se chegaram a Jesus e com altos gritus Ihe imploraram: "Mestre. tern compaixao dele, que sofre mais do que tados n6s, e, se nao expelires Satanas imcdiatamente do seu corpo, recearnos que ell' nao viva ate arnanhli." E Jesus Ihes respondeu: "Grande e a vossa fe. Fac;a-se de acordo com a v(Jssa fe, e logo vereis, freme a frente, 0 medonho semblante de Satana.se 0 poder do Filho do Homem. Pois bani rei de v6s 0 poderoso Satanas pela forc;a do cordeiro inocente de Deus, a mais fraca das criaturas do Senhor.0espfrito sagrado de Deus torna 0 mais fraco mais poderoso que 0 mais forte." E Jesus ordenhou uma ovelha que pastava no meio da relva. E colocou o leite sobre a areia aquecida pelo sol, dizendo: "Vejam, a energia do anjo da agua entrou neste leite. E, agora, a energia do anjo da luz do sol entrara. tarn bem."
E a leite se aqueceu pela fo,¥a do sol. "E agora os anjos da agua e do sol se juntarlio ao anjo do ar." E eis que 0 vapor do leite quente principiou a elevar-se lentamente no ar. "Vern e aspim pela boca a forlYados anjos da agua, da luz do sol e do ar, para que ela entre em teu corpo e expulse 0 Satanas que esta em ti." Eo homem doente que Satamis atonnentava aspirou profundamente para dentro de si 0 vapor esbmnquiyado que se elevava. "Satana.~deixani 0 teu corpo irnediatamente, eis que ha tres dias passa rome e nao encontra alimento dentro de ti. Saira de ti a fim de saciar a forne com 0 leite quente que se evapora, pais esse alimento agmda a sua vista. Sentira 0 seu cheiro e nao sera capaz de resistir a fame de tr~s dias que 0 tortura. Mas 0 Filho do Homem destruini 0 seu corpo, a firn de que ell' nao p()ssa mms atormentar ninguem." '
o corpo do homem doente, tornado de febre, fazia urn esforlYocomo se fosse vornitar, mas nao podia. E respirava com dificuldade, pais a sua respirallao se consumira. E ell' desrnaiou no colo de Jesus. "Agora Satamis Ihe deixara 0 corpo. Olhai para ele." E Jesus apantou para a boca aberta do homern doente. E ell'S viram, entao, com pasrno e terror, que Satanas safa da boca do homem na forma de urn venne abominavel e se encaminhava diretamente para (1 leile que levantava furnaya. Jesus, entao, tornou de dua~ pedras pontudas nas maos e esmagou-Ihe a caba;:a, e arnmcou do hornem doente todo 0 corpo do monstro, quase tao comprido quanto a homem. Quando 0 venne execravel saiu da garganta do homem doente, este recuperou imediatarnente 0 alento e, 37
nesse inslanlC, tmlas as suas dores cessaram. E fitaram os olhos, apavorados, no corpo de Satan