Evangelho dos Hebreus Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. O Evangelho segundo os Hebreus é um evangelho perdido, preservado preservado apenas em 1 fragmentos dos escritos dos Pais da Igreja. Igreja. Os estudiosos acreditam que ele foi composto provavelmente no século II, II, no Egito Egito.. Já outro grupo de pesquisadores inclui a datação desse evangelho entre os anos 65-100 .2 Originalmente, foi escrito em grego3 , embora outros historiadores e teólogos tenham sugerido que o idioma utilizado tenha sido o hebraico ou o aramaico aramaico..4 5 . Esta obra pode ser a mesma que as chamadas Evangelho dos Ebionitas e Evangelho dos Nazarenos.. Nazarenos
Índice
1 Contexto 2 Composição 2.1 Tradição Patrística 2.2 Estudos Modernos 3 Destinatário 3.1 Idioma 4 Gnosticismo 5 Ver também 6 Referências o o
o
Contexto Ver artigo principal: Antilegomena Tiago, o Justo, o primo de Jesus de Nazaré, Tiago, Nazaré , como o líder da seita seita judaica judaica que mais tarde se tornaria o cristianismo cristianismo.. O grupo inicial de cristãos estava localizados em Jerusalém Jerusalém,, proclamando que que Jesus era o Messias Messias prometido prometido e o Filho de Deus. Deus . Esses primeiros judeus cristãos foram chamados de de nazarenos nazarenos.. O termo Nazareno foi aplicado pela primeira vez para Jesus de Nazaré. Nazaré. Após sua morte, esse termo foi usado usado para identificar identificar a seita judaica que acreditava que Jesus era o Messias. Os especialistas sugerem que Mateus Mateus pertencia pertencia a esse esse grupo. Essa afirmação é baseada baseada no seu Evangelho Evangelho,, que tenta provar que Jesus era o Cristo prometido na literatura judaica.. Hoje esse Evangelho está presente no Novo Testamento judaica Testamento e é denominado Evangelho de Mateus. Mateus . Nele, há um conjunto de relatos sobre a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo. Mateus foi um coletor de impostos e seguidor de Jesus. Um dos pais da Igreja, Pápias, afirmou que Mateus compôs “as declarações (ta logia) em um estilo hebraico, e cada um registrou como foi capa z6 .
Orígenes escreveu: "O primeiro a ser escrito foi aquele segundo o coletor de impostos que posteriormente tornou-se apóstolo de Jesus. Mateus o publicou para os crentes oriundos do judaísmo, tendo ele sido composto em caracteres hebraicos”.
Eusébio também faz referência ao texto, explicando que os Apóstolos "escreveram forçados pela necessidade. Mateus, de fato, pregou primeiro aos hebreus. Como devia também partir para anunciar as palavras a outros, deixou por escrito na língua pátria o evangelho, suprindo a falta de sua presença por meio dos escritos junto daqueles dos quais se apartava”7 . Ireneu nos dá uma visão mais ampla da data e das circunstâncias em que o Evangelho de Mateus foi escrito, explicando que “Mateus, introduziu um evangelho escrito entre
os judeus ao estilo deles, quando Pedro e Paulo estavam pregando o Evangelho em Roma e fundando a igreja nessa localidade”.
Jerônimo escreveu que Mateus, o cobrador de impostos e, posteriormente, um apóstolo, compôs seu evangelho perto de Jerusalém para os cristãos hebreus. Em seguida, esse evangelho foi traduzido para o grego, mas a cópia grega foi perdida. O original hebraico foi preservado na Biblioteca de Cesareia, que Pânfilo de Cesareia diligentemente reunia. Os Nazarenos transcreveram uma cópia para Jerônimo, que ele usou em seu trabalho. Jerônimo ainda acrescenta que o evangelho de Mateus foi denominado o Evangelho dos Hebreus ou às vezes o Evangelho dos Apóstolos, e foi usado pelas comunidade dos Nazarenos. Este Evangelho dos hebreus é muito diferente do Evangelho de Mateus que se encontra na Bíblia8 .
Composição Tradição Patrística Houve uma forte tradição na Igreja primitiva, atestada por Pápias, Ireneu, Orígenes, Eusébio, Epifânio e Jerônimo, que afirmavam que Mateus tinha escrito o Evangelho na língua hebraica. Ireneu, Epifânio e Jerônimo relacionaram o Evangelho dos Hebreus com o evangelho de Mateus em hebraico. Na época de Jerônimo, muitos comentaristas acreditam que o Evangelho dos hebreus era o original do Evangelho de Mateus. Epifânio escreveu que: "Eles [os cristãos judeus] também aceitaram o evangelho de Mateus e, como os seguidores de Cerinthus and Merinthus, usavam apenas esse. Chamam-lhe o Evangelho dos Hebreus, pois na verdade, Mateus foi o único que no Novo Pacto expôs e declarou o evangelho em hebraico, utilizando o alfabeto hebraico". Papias, bispo de Hierápolis na Ásia Menor durante a primeira metade do século II, escreveu que Mateus compôs a logia em língua hebraica, e cada um interpretou-as como podia. Ele também observa que a história da mulher pecadora estava localizada originalmente no Evangelho dos Hebreus. Depois do comentário de Papias, só ouvimos algo acerca do autor do Evangelho com Ireneu em 185, que observou que Mateus havia escrito o Evangelho dos hebreus. Pantaenus, Orígenes e outros Pais da Igreja também acreditavam que Mateus escreveu o Evangelho dos hebreus. Além disso, ninguém da tradição patrística afirmou que Mateus escreveu o Evangelho grego encontrado atualmente na Bíblia.
Tradicionalmente, o Cristianismo ortodoxo acredita que o Evangelho de Mateus foi escrito por Mateus, o coletor de impostos. Existem várias controvérsias sobre essa visão dentro da área acadêmica. Para uma boa parte dos estudiosos do Novo Testamento, Mateus usou o Evangelho de Marcos e uma fonte comum, que também é encontrada no Evangelho de Lucas conhecida como Q. Esta solução é conhecida como a hipotese das duas fontes. Assim, é unânime entre os pesquisadores que o Evangelho de Mateus foi composto em grego em um momento posterior ao Evangelho de Marcos, e não em hebraico como Papias sugeriu. BH Streeter ainda argumentou que uma terceira fonte, conhecido como M, e também hipotética, está por trás do material em Mateus que não tem paralelo nem com Marcos nem com Lucas. Até o final do século XX, havia vários desafios e refinamentos da hipótese de Streeter. Em 1953, Parker colocou uma primeira versão de Mateus (aramaico M) como uma fonte primária. Os Pais da Igreja identificavam essa fonte como o Evangelho dos Hebreus.
Estudos Modernos Os estudiosos concordam que há uma ligação entre o Evangelho dos Hebreus e O Evangelho de Mateus. Apesar de, como Hans-Josef Klauck escreve, " o Evangelho dos Hebreus não deve ser equiparado a uma 'Pré-Mateus' ", estudos da evidência externa relacionadas a esse Evangelho mostraram que, entre os Nazarenos e os Ebionitas, existia um evangelho comumente chamado de Evangelho dos Hebreus. Ele foi escrito em aramaico com caracteres hebraicos. Sua autoria foi atribuída a São Mateus. Com efeito, enquanto o Evangelho dos Hebreus estava sendo distribuído e lido, os Pais da Igreja se referiam a ele sempre com respeito, muitas vezes com reverência. Eles aceitaram esse evangelho como sendo um trabalho de Mateus. Embora o consenso acadêmico ainda mantenha a primazia de Marcos, ou seja, o Evangelho de Marcos como a primeira fonte, alguns estudiosos modernos acreditam agora que o Evangelho dos Hebreus era a segunda fonte usada no Evangelho de Lucas, ajudando a formar a base para a tradição sinótica. Eles apontam que, na primeira seção do De Viris Illustribus (Jerônimo), encontramos o Evangelho de Marcos: ele foi o primeiro evangelho a ser escrito, servindo de base para os evangelhos mais tarde. Na seqüência, provavelmente foi composto à fonte Q. O documento Q seria uma coleção de ditos de Jesus Cristo (Logia), que circulou na igreja primitiva concomitantemente ao Evangelho de Marcos. Entretanto, esse documento Q deveria estar no topo da lista de Jerônimo, mas não é mencionado em nenhum lugar da sua obra. Pelo contrário, o primeiro documento não é Q, mas o Evangelho dos Hebreus. Apesar disso, o consenso acadêmico continua majoritariamente a favor da primazia de Marcos; e este consenso não foi seriamente contestado por especulações em torno das origens do Evangelho Hebraico. A existência do documento Q, e não do Evangelho dos Hebreus para resolver o problema sinótico, é altamente conjectural. No entanto, os argumentos em favor de Q como fonte primária de Mateus e Lucas continuam atraentes.
Destinatário Jerônimo identifica os leitores deste evangelho como judeus conservadores e observantes das práticas judaicas, distintos dos outros judeus que eram helenizados ou
que não eram tão rígidos na observância dos costumes; e também para quem a Septuaginta Grega foi traduzida do hebraico. Foi amplamente utilizado pelos seguidores de Hegésipo, Merinto e Cerinto, bem como pelos ebionitas e os nazarenos. De acordo com Jerônimo, São Panteno encontrou este evangelho na Índia, tendo sido levado para lá por Bartolomeu. Panteno fundou a Escola Catequética de Alexandria e foi responsável por grande parte da Biblioteca de Cesareia. Nessa biblioteca, foi preservada uma cópia do Evangelho dos Hebreus. Os Nazarenos de Beréia deram uma cópia a Jerônimo.
Idioma Ireneu acreditava que Mateus tinha publicado o Evangelho dos Hebreus na sua própria língua, enquanto Pedro e Paulo estavam pregando em Roma, estabelecendo assim as bases da Igreja. Hegesippus afirmou que foi escrita em siríaco. Eusébio também acreditava que o Evangelho foi escrito em hebraico como fez Nicephorus. Epifânio escreveu que os ebionitas utilizavam apenas o Evangelho dos Hebreus, onde foi utilizado o alfabeto hebraico. Jerônimo entrou em mais detalhes, confirmando que o Evangelho dos Hebreus foi escrito em hebraico. Ele explicou que o Evangelho dos Hebreus foi escrito no idioma caldeu e sírio, mas em estilo hebraico. Esse Evangelho havia sido traduzido para o grego, mas essa tradução tinha sido perdida. Assim, ele traduziu para o latim e grego. O original hebraico foi preservado na biblioteca de Cesaréia, que Pânfilo recolheu. Hoje quase todos os estudiosos concordam que o Evangelho dos Hebreus existiu em hebraico, grego e latim. Edwards, Nicholson, Hilgenfeld, Handmann e outros acreditam que ele foi escrito originalmente em hebraico e foi destinado para os leitores de hebraico. Outros, como Ehrman, acreditam que esse Evangelho foi composto provavelmente em grego.
Gnosticismo Os Carpocracianos eram um seita gnóstica cujo único texto sagrado era o Evangelho segundo os Hebreus.
Ver também
Evangelho dos Ebionitas e Evangelho dos Nazarenos - obras que podem ser a mesma que esta.
Referências 1. Ir para cima ↑ CAMERON, Ron Cameron. The Other Gospels: Non-canonical Gospel Texts. Westminster: John Knox Press, 1982 págs. 83-86 2. Ir para cima ↑ GEISLER, Norman e NIX, William. A Extensão do Canôn do Novo Testamento in Introdução Bíblica. São Paulo: Vida, 2006. pág. 119-122.
3. Ir para cima ↑ EHRMAN, Bart. Evangelhos Perdidos: As Batalhas pela Escritura e os Cristianismos que não chegamos a conhecer . São Paulo: Editora Record, 2008. pág. 15. 4. Ir para cima ↑ Jerônimo. Against Pelagius 3.2 5. Ir para cima ↑ SCHMIDT, Peter Lebrecht. Und es war geschrieben auf 6. 7. 8.
Hebraisch, Griechisch, und Lateinisch: Hiernymus, das Hebraer-Evangelium, und seine mitterlaterliche Rezeption. Filologia Mediolatina 5, 1998. págs. 49-93 Ir para cima ↑ Eusébio de Cesareia. História Eclesiástica: The Writings of Papias (em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 39. , vol. III. Ir para cima ↑ Eusébio de Cesareia. História Eclesiástica: His Review of the Canonical Scriptures. (em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 25. , vol. VI. Ir para cima ↑ "De Viris Illustribus - Matthew, surnamed Levi", em inglês.
EVANGELHO DOS HEBREUS, APÓCRIFOS, ESTUDO BÍBLICO, TEOLÓGICO.
A inquestionável antiga data deste Evangelho, o caráter da maioria das suas citações, não muito numerosos, o respeito com que é uniformemente mencionado por escritores primitivos, e a estima em que goza atualmente por estudiosos em geral, o Evangelho segundo aos Hebreus, merece atenção especial. Além da tradição, ao qual não é necessário atribuir uma importância muito grande, que representou o nosso Senhor ordenando aos seus discípulos a permanecer por doze anos em Jerusalém, é razoável supor que para os residentes das comunidades cristãs em Jerusalém e Palestina, um Evangelho escrito em sua própria língua (aramaico ocidental) seria logo uma necessidade, e esse Evangelho seria naturalmente usado por cristãos judeus da Diáspora. Judeus-cristãos, por exemplo, estabelecidos-se em Alexandria, poderia usar este evangelho, enquanto os cristãos nativos, como sugerido por Harnack, poderia usar o Evangelho dos egípcios, até que, naturalmente, ambos foram substituídos pelos quatro Evangelhos sancionados pela igreja. Não há prova, contudo, de que o evangelho era mais cedo do que os Sinópticos, muito menos que estava entre os préevangelhos de Lucas. Harnack, na verdade, por uma filiação de documentos para os quais parece haver mandado, dificilmente seria suficiente, colocando-o mais cedo entre 65 e 100 d.C. Salmon, por outro lado (Intro, Lect X) conclui que “o Evangelho do Nazareno”, longe de ser a mãe, ou até mesmo a irmã de um dos nossos quatro canônicos, só pode pretender ser uma neta ou sobrinha”. Jerome (AD 400) sabi a da
existência desse evangelho e diz que ele traduziu em Grego e Latim as citações que são encontradas em suas obras e as de Clemente de Alexandria. Sua relação com o Evangelho de Mateus, que por consenso quase universal é declarado ter sido escrito originalmente em hebraico (ou aramaico), tem dado origem a muita controvérsia. A visão predominante entre os estudiosos é que ele não era o original do Evangelho de
Mateus, que era uma tradução do grego, mas que era uma composição bastante cedo. Alguns, como o Salmon e Harnack, estão dispostos a considerar o Evangelho dos Hebreus de Jerônimo, para todos os efeitos, um quinto evangelho originalmente composto para cristãos palestinos, mas que se tornou de valor insignificante comparativamente com o desenvolvimento do cristianismo em uma religião mundial. Além de duas referências para o batismo de Jesus e algumas de suas frases, tais como: - “Nunca se alegre, exceto quando haveis de olhar para seu irmão no amor”, “Só agora a minha Mãe, o Espírito Santo, levou-me pelos meus cabelos para o grande monte Tabor” – que registra o aparecimento de nosso Senhor a Tiago, depois da ressurreição, apresentado por Paulo (1Cor 15:7), uma das provas do evento; mas é claro que Paulo poderia ter aprendido isso dos lábios do próprio Tiago, bem como da tradição comum, e não necessariamente a partir deste Evangelho. Este fato é o detalhe principal da importância que as citações deste evangelho acrescentam ao que já sabemos dos Sinóticos. Em outras divergências dos Sinópticos, onde os mesmos fatos são registrados, é possível que o Evangelho segundo os Hebreus possa incidir uma tradição mais cedo e mais confiável. Por outro lado, a maior citação, que dá uma versão da conversa de Cristo com o jovem governante rico, parece mostrar, como sugere Westcott, que os Sinópticos dão o mais simples e, portanto, a forma anterior da narrativa comum. Muitos estudiosos, porém, permitem que as poucas citações sobreviventes deste Evangelho devem ser levados em conta na construção da vida de Cristo. Os ebionitas deram o nome de Evangelho aos Hebreus de um Evangelho mutilado de Mateus. Isto traz-nos aos evangelhos heréticos.