METALÚRGICA SANTA RITA
A fim de fazer com que seus supervisores se atualizassem em relação às técnicas de relações humanas com seus subordinados, a Diretoria da Metalúrgica Santa Rita S.A. resolveu inscrever alguns deles em um curso de treinamento sobre estilos de gerência, realizado por uma conhecida entidade dedicada ao desenvolvimento gerencial. O curso previa duração de uma semana em tempo integral - cerca de 40 horas – entre aulas expositivas, debates e atividades grupais, exigindo total afastamento dos participantes de suas atividades normais de trabalho. Foram escolhidos os quatro melhores supervisores, como prêmio pela sua dedicação à empresa. Terminado o curso, o Diretor Industrial, Raimundo Correia Filho, chamou os quatro supervisores à sua sala de trabalho para perguntar-lhes a respeito de suas impressões pessoais sobre o curso e como poderiam aplicar na prática tudo aquilo que tinham aprendido. O primeiro a falar foi João Conrado, supervisor do Almoxarifado de Matériasprimas. Conrado foi taxativo: nunca em sua vida havia participado de um curso tão brilhante e tão bacana, no qual se sentira não um simples aluno em sala de aula, mas um participante ativo e importante. Contudo, ainda era cedo para poder opinar sobre sua aplicação na prática. O segundo supervisor, Pedro Saldanha, da Oficina de Manutenção, concordou com Conrado, nada chegando a acrescentar em suas observações. O terceiro supervisor, Jovêncio Batista, das Contas a Pagar, entrou em mais detalhes: aprendera coisas importantes sobre a natureza humana e sobre a motivação do comportamento humano, a teoria sobre a hierarquia das necessidades humanas, a teoria dos dois fatores etc. Na prática, teria que aprender a aplicar esses conceitos de forma ampla e de acordo com as diferenças individuais de seus subordinados. O quarto supervisor, Henrique Bueno, da Usinagem, reagiu de maneira completamente diferente e inesperada. Explicou que havia aprendido que o ser humano é uma criatura dotada de necessidades e que cria outras novas necessidades, trabalhando para satisfazê-las em parte, o que nem sempre consegue. Como o ser humano é um ser complexo, cada pessoa tem as suas necessidades muito individualizadas e o que é bom para uma pessoa pode não o ser para outra. Disse que estranhou muito a pergunta colocada pelo Diretor Industrial aos supervisores ali presentes. Como poderia responder àquela pergunta se como simples supervisor de uma seção não tinha poderes para alterar as políticas e os procedimentos da companhia. Deveria ser o Diretor Industrial ou o Diretor Presidente, ou ainda, o Gerente de Recursos Humanos quem deveria traçar a maneira pela qual cada Diretor, Gerente ou Supervisor deveria proceder em relação ao seu pessoal. Além do mais, ponderou Henrique, de tudo aquilo que aprendeu no curso pouco ou nada se falou em salário: e todas aquelas coisas bonitas, aqueles conceitos e teorias, não enchem a barriga de ninguém. Debate: Você já vivenciou em seu ambiente de trabalho alguma situação semelhante à apresentada?
Questões: 1. Com qual opinião de supervisor você mais se identifica? 2. Se você fosse o Diretor Industrial, qual resposta você daria para o Henrique? 3. Se você fosse o Gerente de RH qual seria a sua estratégia para resolver a questão levantada pelo Henrique? E como a implementaria? 4. Se você fosse o Diretor Presidente qual seria a sua estratégia para resolver a questão levantada pelo Henrique? E como a implementaria?