Klara Dolynay Pankovych
O Estudo de Escalas em Piano um método de aprendizagem
Grácio Editor
Klara Dolynay Pankovych
O ESTUDO DE ESCALAS EM PIANO UM MÉTODO DE APRENDIZAGEM
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Ficha técnica Título: O estudo de escalas em piano — um método de aprendizagem Autor: Klara Dolynay Pankovych Capa: Frederico da Silva Coordenação editorial: Rui Grácio Design gráfico e paginação: Grácio Editor Impressão e acabamento: Tipografia Lousanense 1ª Edição: Setembro de 2009 ISBN: 978-989-96375-0-4 Dep. Legal: 298653/09 © Grácio Editor Avenida Emídio Navarro, 93, 2.º, Sala E 3000-151 COIMBRA Telef.: 239 091 658 e-mail:
[email protected] sítio: www.ruigracio.com Reservados todos os direitos
Nota introdutória: Dado serem escassos os recursos pedagógicos para o ensino das escalas em piano, procuramos apresentar, nesta brochura, um método de aprendizagem que ajude os alunos a perceber, dominar e gostar do «mundo das escalas». O método aqui apresentado é usado há muito tempo no sistema de ensino dos países de Leste e permite desenvolver competências num curto espaço de tempo. Ao Manuel Rocha, à Rosa Irene Ribeiro e à Beatriz Simões da Silva a minha gratidão pelo apoio e colaboração que deram na realização da presente brochura.
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I. INTRODUÇÃO
O
estudo das Escalas está previsto nos programas de Piano de todas as etapas do ensino básico e secundário. Contudo, o trabalho pedagógico desenvolvido em torno deste material não é elaborado a partir de um
princípio comum. No presente opúsculo pretendo dar a conhecer o método sequencial de assimilação da digitação das Escalas das diversas tonalidades. Observemos, primeiro, o seguinte quadro:
Armação de clave - sustenidos
Armação de clave - bemóis nº de sinais
MAIOR menor
Alterações
MAIOR menor
Alterações
Dó lá
--
0
Dó lá
--
Sol mi
fá
1
Fá ré
si
Ré si
fá dó
2
Si b sol
si mi
Lá fá #
fá dó sol
3
Mi b dó
si mi lá
Mi dó #
fá dó sol ré
4
Lá b fá
si mi lá ré
Si sol #
fá dó sol ré lá
5
Ré b sib
si mi lá ré sol
Fá # ré #
fá dó sol ré lá mi
6
Sol b mi b
si mi lá ré sol dó
Dó # lá #
fá dó sol ré lá mi si
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Dó b lá b
si mi lá ré sol dó fá
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movimento paralelo, se concentre no movimento da “mão guia”, a qual, em todo o conjunto de escalas, vai “indicando” qual o dedo da “mão satélite” que deverá ser recolocado. Analisando e comparando as fórmulas de digitação de todas as escalas, concluiremos que a sua variedade é constituída por duas regras de transferência e duas regras de recolocação. Assim, a recolocação nas escalas do grupo A obedece à seguinte regra de alternância dos dedos: 1, 2, 3/1, 2, 3, 4. Já no grupo B, a alternância ocorrerá na mudança das teclas pretas para as teclas brancas. O ponto de orientação para a recolocação dos dedos é, numas escalas, o dedo da “mão guia”, noutras – a disposição do teclado relativamente à qual ocorre a recolocação do dedo, isto é, a pertença da escala ao grupo de duas teclas pretas (dó#, ré#) ou de três (fá#, sol#, lá#). Estas noções básicas da digitação das escalas deverão ser transmitidas ao aluno, perante o instrumento, antes do início do trabalho de assimilação.
III. ESCALAS DO GRUPO A 1. Regra de Dó Maior O estudo da digitação deve iniciar-se pelo grupo A num total de catorze escalas: sete escalas maiores e sete escalas menores. Neste grupo, às escalas maiores e menores homónimas aplica-se a mesma digitação, o que facilita duplamente a tarefa de assimilação destas escalas. Em resultado da afinidade das fórmulas de digitação, poder-se-á agrupar as escalas do grupo A em dois subgrupos: um, composto por dez escalas (Dó, Sol, Ré, Lá e Mi, maiores e menores); outro, por quatro escalas (Si e Fá, maiores e menores). Todas as escalas do primeiro subgrupo têm as mesmas fórmulas de digitação, bastando assimilar o princípio de construção de uma destas escalas para construir as restantes (condicionalmente damos o nome de “Digitação em Dó maior” ou “Regra de Dó Maior”).
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onde precisa de fazer transferência do dedo: se a tecla se situa na zona de duas teclas pretas transfere-se o 3º dedo; se tal acontecer na zona onde se situam três teclas transfere-se o 4º dedo. A “Regra de Si maior” irá ser, também, utilizada na escala de Fá maior. Uma vez aprendidas as fórmulas de digitação das escalas do grupo A, estas de verão ser consolidadas nas aulas seguintes. Devem ser executadas as escalas maiores e menores homónimas; as escalas menores deverão ser executadas nas fórmulas harmónica e melódica.
IV. ESCALAS DE GRUPO B A etapa seguinte será a da aprendizagem de digitação das escalas do grupo B. Habitualmente os alunos têm dificuldade na abordagem dessas escalas, mas logo no início da aprendizagem da regra de digitação a dificuldade desaparece através da aplicação da regra de transição da tecla preta para a tecla branca. Este facto é tão notório que permite que logo na primeira aula, e sem qualquer preparação prévia, se possa executar, a partir da “mão guia”, qualquer uma das escalas do grupo com a digitação correcta. É necessário chamar a atenção para o seguinte aspecto: da regra de digitação das escalas do grupo B exclui-se a digitação para as escalas homónimas, porque a ordem das teclas pretas e brancas é diferente em cada escala; por isso, a digitação das escalas maiores e menores do grupo B deve ser estudada em cada uma das escalas.
1. Escalas Maiores Iniciaremos com as escalas maiores. Visto que a regra de transição é a mesma para todas as escalas encontramos as chaves de memorização de cada escala no movimento paralelo das duas mãos em simultâneo. Podemos dividir as cinco es-
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VI. ESQUEMAS DAS ESCALAS Depois de assimiladas as digitações de todas as escalas repetimos os seus grupos na ordem anteriormente estudada. Sugere-se a observação do seguinte esquema: 1. Escalas do grupo a (1º grau – tecla branca) (Regra de mudança (por baixo): 1, 2, 3 / 1, 2, 3, 4; ou 1, 2, 3, 4 / 1, 2, 3 e Regra de mudança (por cima)): 1. “Regra de Dó maior” - escalas Dó, Sol, Ré, Lá, Mi, maiores e menores
2. “Regra de Si maior” - escalas Si, Fá, maiores e menores
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c) Escala de Fá#
• em movimento ascendente: “Regra de Si maior”
• em movimento descendente: no grau Dó# - 3º dedo com 3º dedo; no grau Sol# - do 3º mudança com 4º
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Nota biográfica Klara Dolynay Pankovych nasceu na Ucrânia, tendo feito os seus estudos na Escola Superior de Música (piano), na cidade de Uzhgorod, e no Instuto Estatal de Pedagogia (música e canto) na cidade de Drogobych. É professora de piano desde 1986, estando actualmente a exercer em Portugal, na cidade de Coimbra. Na sua acvidade como professora conta com alunos laureados em concursos nacionais e internacionais.
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