Web Semântica e o HTML 5 Sidney dos Santos Souza¹ ¹Ftec | Faculdades Bairro Centro - Porto Alegre – RS – RS - CEP 90030-030
1. A Web Semântica A Semântica, segundo o dicionário, é a denominação dada ao estudo da significação das palavras.
Significado: é o sentido da palavra que provoca na mente do ouvinte ou do leitor uma imagem ou uma idéia. A Web Semântica é uma extensão da Web atual, que permitirá aos computadores e humanos trabalharem em cooperação. Interliga significados de palavras e, neste âmbito, tem como finalidade conseguir atribuir um significado (sentido) aos conteúdos publicados na Internet de modo que seja perceptível tanto pelo humano como pelo computador. Logo, a Web Semântica é nada mais nada menos, que uma web com toda sua informação organizada de forma que não somente seres humanos possam entendêla. Com as máquinas entendendo o conteúdo das páginas, as tarefas que antes eram feitas manualmente poderão ser automatizadas facilitando assim a vida de todos. A idéia da Web Semântica surgiu em 2001, quando Tim Berners-Lee, James Hendler e Ora Lassila publicaram um artigo na revista Scientific American, American , intitulado: “Web Semântica: um novo formato de conteúdo para a Web que tem significado para computadores vai iniciar uma revolução de novas possibilidades.” Ultimamente tem-se associado Web Semântica, como um próximo movimento da Internet.
2. Principal objetivo A Web Semântica propõe ajudar os computadores a "ler" e usar a internet. A grande idéia é bem simples, metadados adicionados a páginas, invisíveis as pessoas que lêem, mas claramente visíveis para os computadores, fazem com que eles possam interpretar o conteúdo da página. Metadados também permitem pesquisas na Web mais complexas e focadas, com resultados mais precisos. Estas ferramentas farão a Web - atualmente semelhante a um livro gigante - se tornar um banco de dados gigante.
3. W3C e o futuro da Web Semântica Assim como a World Wide Web, a Web Semântica é descentralizada - nenhuma organização ou agência controla suas regras e conteúdo. No entanto, algumas pessoas e organizações tomaram a frente no desenvolvimento das diretrizes e dos protocolos da
Web Semântica. Eles incluem o World Wide Web Consortium (W3C), seu diretor Tim Berners-Lee e suas organizações. Algumas áreas da World Wide Web já incorporaram componentes da Web Semântica. Incluem-se aí feeds de RSS, que usam RDF. Mas muito da função e praticidade da Web Semântica ainda estão em desenvolvimento, segue abaixo algumas dessas aplicações.
Freebase: Uma base de dados aberta, onde as pessoas criam dados e conectam esses dados entre si, onde são classificados por temas e sessões. Tem como objetivo ser um grande repositório de conhecimento humano, seguindo o estilo da wikipedia.
Powerset: Adquirida recentemente pela Microsoft, é um engenho de busca de linguagem natural. Pode processar perguntas por exemplo, porém ainda está em estado inicial.
Twine: Aprende sobre você e os seus interesses a partir do conteúdo que você cria e compartilha. Ainda está em beta.
AdaptiveBlue: Um plug-in que oferece links de acordo com o contexto da página que se está navegando. Trazendo informações relevantes sobre livros, música, filmes, vinhos, receitas e ações por exemplo.
Hakia: Apontado com um dos mais promissores engenhos de busca em alternativa ao Google, faz a análise de sentenças na hora de fazer uma busca.
Talis: Diferente dos outros exemplos da lista, Talis é uma plataforma para criação de aplicações semânticas na web. Os desenvolvedores podem criar, compartilhar e reutilizar informações nessa plataforma, que tem como objetivo facilitar o desenvolvimento das dessas aplicações.
TrueKnowledge: Tenta responder as suas perguntas a partir de uma base de dados com conhecimentos e conexões. Funciona parecido com o Powerset e está em beta privado por enquanto.
TripIt: Organize suas viagens, você poderá criar suas viagens e receber informações do flickr e wikipedia. Você também pode coletar informações na web e adicionar as suas viagens utilizando um plug-in, além de poder colocar seu calendário de viagens no Google Calendar por exemplo. Ainda é possível procurar por hotéis, vôos e aluguel de carros.
ClearForest: Uma companhia que aposta na abordagem top-down. Possui um plug-in chamado Gnosis que permite identificar pessoas, países, tecnologias, companhias, organizações, produtos e dados geográficos no texto que você está visualizando, o texto é marcado com uma cor de acordo com a categoria que pertence.
Spock: Você pode buscar por pessoas e obter informações associadas a elas, também é possível buscar pelo email, porém é necessário ser cadastrado.
Imagine como o Google seria mais preciso em suas buscas se toda a informação da web estivesse organizada de uma maneira sensata. Ou o que os calendários como do Yahoo poderiam fazer se você agendasse uma viagem: 2 dias antes – ou no momento que desejar – ele te avisaria que as passagens da companhia aérea que você usa freqüentemente já foram compradas e sua reserva já foi efetuada no hotel que você costuma ficar quando visita aquele determinado local.
4. Introdução ao html5 Desde 1999, o desenvolvimento da linguagem HTML ( HyperText Markup Language) ficou estacionado na versão 4. De lá pra cá, a W3C esteve focada em linguagens como XML (Extensible Markup Language) e SVG (Scalable Vector Graphics - o uso de gráficos vetoriais em navegadores). Enquanto isso, os navegadores estiveram preocupados em desenvolver suas funcionalidades, como exibir páginas em abas e oferecer a integração com leitores de RSS. Porém, recentemente organizações como Mozilla Foundation, Opera e Apple se uniram para atualizar o HTML e implementar nele novas funcionalidades. Quebrar as barreiras de compatibilidade na exibição de vídeos via internet, aprimorar o uso offline de aplicações web e exibir gráficos interativos com facilidade no browser estão entre os avanços permitidos pela evolução desta tecnologia que ficou uma década sem atualização. Outro ponto interessante é que o desenvolvimento do HTML 5 não é mais feita por uma grande organização como a W3C e sim por voluntários e d esenvolvedores da área. Logo os próprios interessados que querem que este projeto dê certo, estão na ponta. Isso trás conforto para os desenvolvedores que não estão no projeto, porque pessoas que conhecem os problemas estão tratando de criar soluções adequadas.
5. É chegada a hora da revolução? Com exceção do Internet Explorer (que promete mudar isso na sua versão 9), todos os navegadores já oferecem suporte à maior parte dos elementos do HTML5. Alguns desenvolvedores defendem a idéia de esperar pela popularização do IE9 para começar a usar a nova especificação. Outros (eu também) acreditam que toda nova tecnologia deve ser colocada em prática o quanto antes, e já começaram a utilizar o HTML5 junto com scripts que fazem os navegadores mais antigos reconhecerem as novas tags A Linguagem ficou muito tempo sem evoluir e as pessoas adotaram maneiras alternativas de resolver os problemas de programação na web", afirma o professor do departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP), Marco Aurélio Gerosa Apesar de o HTML não ter mudado desde 1999, já passamos por uma boa e recente transformação na forma como escrevemos páginas Web, conta Rodrigo Leme, coordenador de projetos web da agência Espiral Interativa. “Há aproximadamente quatro anos, praticamente todos os sites eram „diagramados‟ com a utilização do r ecurso de tabelas do HTML. Com a demanda por páginas mais leves, mais rápidas e com mais recursos, passamos a usar apenas a linguagem Cascading Style Sheet (CSS) para cuidar
da parte visual de um site, deixando assim o HTML apenas com o conteúdo estruturado”, explica.
6. Inovações do HTML5 Além da compreensão quanto à nova estrutura que os códigos html vão apresentar, um planejamento ligado à arquitetura de exibição de informação e o estudo sobre a importância e a hierarquia das informações e como elas devem ser exibidas no site será de extrema importância. Conhecer melhor o conteúdo do site auxiliará na construção da semântica do código e numa comunicação mais direta com os mecanismos de busca, como por exemplo, conseguir perceber mais claramente se numa lista será usado os tipos UL, OL ou DL, levando em consideração principalmente a ordenação e subordinação das informações na tela e na leitura dos mecanismos.
7. Conclusão A Web Semântica é tecnologia que ainda está em desenvolvimento e levará um tempo até que possa ser usada em larga escala. São grandes os esforços científicos e de órgãos para tentar criar padrões, alguns acham que a tecnologia nunca irá decolar, pois precisa de um grande esforço no caso da abordagem bottom up, já outros apostam na idéia de web como plataforma para criar novas aplicações e serviços que se comunicam para gerar conhecimento. Com HTML5 proporcionando um conteúdo mais estruturado e com a continuidade da evolução da web, na qual a organização de conteúdo (web semântica) será um ponto chave para o desenvolvimento de websites. As linguagens de desenvolvimento desses sites sofrerão uma adição de novos recursos dentre eles varias novas tags (marcações ou orientações para que o navegador saiba como exibir uma informação) que irão possibilitar a produção de paginas de forma mais concisa e que essas façam mais sentido para que os mecanismos de busca.
8. Referências http://pt.wikipedia.org/ http://informatica.hsw.uol.com.br/ http://www.tableless.com.br/ http://www.inovacaoenegocios.com http://www.infowester.com/ http://idgnow.uol.com.br/
9. Referências auxiliares http://www.inf.ufsc.br/~fileto/Disciplinas/INE6616-2010-3/ http://tableless.com.br/html5/