Programa de Educação Continuada a Distância
Manual de Shantala
Aluno:
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SHANTALA MASSAGEM INDIANA PARA BEBÊS Existe um hábito cultural na Índia, de muito amor e carinho, que você pode encontrar nas ruas e praças públicas: a SHANTALA sendo aplicada como num hábito cotidiano. Massagem não é privilégio somente de adultos, para aliviar tensões do cotidiano, mas é também de grande importância para os bebês. Ela proporciona relaxamento e bem-estar ao bebê A massagem apresenta movimentos de suaves compressões, lentos, com a pessoa que aplica a massagem realizando alongamentos por todo o corpo do bebê: peito, braços, mãos, barriga, pernas, pés, costas e rosto. Neste primeiro módulo vamos aprender um pouco mais sobre como a Shantala saiu da Índia e se espalhou pelo mundo, bem como tudo sobre o desenvolvimento do seu bebê e seus cuidados. No segundo módulo serão estudados os benefícios da Shantala, como ela age na criança. Em seguida, no terceiro módulo, vamos ver a preparação para realização da Shantala, bem como o passo-a-passo de suas técnicas de massagem.
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1. HISTÓRIA DA SHANTALA Não existem registros de como ela surgiu, apenas sabe-se que teve início no Sul da Índia, e era tradição uma mãe ensinar a filha a massagear seu bebê. A descoberta foi feita por um médico ginecologista e obstetra francês, Dr. Frédérick Leboyer. Em uma de suas viagens para a Índia, se deparou com uma cena habitual nas ruas de lá: uma jovem mãe, de nome Shantala, massageava seu bebê em plena rua de Calcutá. Ela era paralítica e o ambiente que ela estava era uma favela. O médico achou a cena de amor e carinho entre mãe e bebê maravilhosa, e pediu para fotografá-la. Ele observou que o ambiente era completamente hostil, mas a mágica da massagem, com seus movimentos lentos e harmônicos, fazia com que aquele local fosse transformado. Leboyer acompanhou aquela jovem mãe dias a fio, captando todos seus movimentos. Para a mãe aquilo era corriqueiro, mas para Leboyer aquela cena era mágica, e os movimentos e o toque eram precisos. Em plena década de 70 Leboyer lançou um livro mostrando as técnicas dessa massagem, que até então não tinha nenhum nome. Shantala foi escolhido por ele, pois era o nome da mãe que ele havia fotografado nas ruas de Calcutá, e que ilustrarão esta apostila. A partir de então, a Shantala vem tomando popularidade devido a seus efeitos. Na Índia esta prática faz parte dos afazeres diários das mamães.
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Figura 01 - Fonte: IMAGEBANK
Na Shantala os pais criam um vínculo maior de amor com seus bebês devido ao toque. Este é um tipo de comunicação, pois a criança se sente amada e protegida. O bebê é um espelho dos pais e irá refletir suas imagens, sendo os pais tranqüilos e relaxados ou sendo os pais tensos e nervosos. A proposta da Shantala é proporcionar ao bebê um ambiente de intimidade e conforto para que ele possa relaxar, e também uma oportunidade de aprofundar o vínculo mãe-filho e pai-filho.
Figura 02 - Fonte: Cooper (2007)
Shantala é contado puro, troca, cumplicidade, olho no olho. Seus efeitos são imediatos e a massagem dura em torno de meia hora.
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O toque afetivo é de fundamental importância para a criança, pois o toque promove equilíbrio físico-mental-emocional, gerando qualidade de vida. A Shantala alivia as cólicas, gases e prisão de ventre. É extremamente prazerosa, devido suas seqüências de movimentos lentos e que conduzem o corpo em uma direção certa, esta massagem ajuda o bebê a dormir melhor.
Figura 03 - Fonte: IMAGEBANK
O vínculo da mãe e do pai com o filho é o ponto-chave, portando, na hora da massagem preocupe-se mais em proporcionar satisfação ao seu bebê, e não ficar atento somente às técnicas, para que a sua massagem não fique mecânica e fria. Para realizar esta massagem a (o) mãe/pai deve se sentir-se bem tranqüila (o) e relaxada (o), pois tudo será passado para o bem-estar do bebê. Este é o melhor indício para realmente saber se os movimentos estão adequados.
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2. OS SENTIDOS DO BEBÊ Cada bebê ao ser tocado se entrega e relaxa. Esta é a lembrança que ele tem da sensação de estar dentro do útero. O tato da criança começa a se desenvolver quando a mãe entra na 16ª semana da gestação. O bebê, dentro da barriga da mãe, é tocado constantemente pelas estruturas do útero. Ele também sente as carícias que a mãe faz na barriga durante toda a gestação. Ao reviver este sentido, sendo tocado pela massagem, o bebê se sente seguro e protegido. A formação da imagem corporal do bebê é favorecida pela Shantala, pois pela massagem ele começa a ter a proporção do seu tamanho, de sua força, de sua flexibilidade. O bebê começa a sentir os pés, as mãos, as pernas e os bracinhos, descobrindo assim o espaço que seu corpo ocupa. Toda essa formação da imagem corporal faz com que o bebê desenvolva-se mais rapidamente, e faz com que ele conheça melhor seu corpo e explore mais o ambiente. Assim, a cada dia que passa ele toma mais consciência do seu corpo. Esta massagem faz com que todo funcionamento no organismo do bebê melhore. O relaxamento faz com que ele durma melhor e descanse. O intestino passa a funcionar melhor, reduzindo cólicas, gases e prisão de ventre. Os sistemas imunológicos e respiratórios ficam melhores devido à redução do estresse. Esta massagem auxilia no desenvolvimento neuropsicomotor. Toda mãe deve ter este momento diário com seu bebê através da Shantala. “Sim! Os bebês têm necessidade de leite. Mas muito mais de ser amados, e receber carinho. Ser levados, embalados, acariciados, pegos, massageados. Constitui para os bebês, alimentos tão indispensáveis, senão mais, do que vitaminas, sais minerais e proteínas.” (LEBOYER)
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Figura 03 - Fonte: IMAGEBANK
A realização da massagem ocorre com o bebê sem nenhuma roupa, deitado sobre as pernas estendidas da mãe. O local deve ser aquecido e de preferência com música relaxante. O deslizamento da massagem ocorre com o uso de óleo de origem vegetal. A Shantala dura de 15 a 30 minutos, dependendo da idade da criança e da aceitação ao toque. Os bebês começam a receber a massagem a partir de um mês de vida, respeitando apenas a cicatrização do umbigo. Nesses minutos preciosos de massagem os pais podem conversar, brincar e conhecer melhor o filho. O toque desperta confiança do bebê e o faz se sentir amado. Dê um tempo para você e seu bebê de pura intimidade. Esqueça os problemas diários e se concentre somente em relaxar e interagir com seu bebê, ambos vão sentir-se relaxados após uma boa massagem. 3. DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ É preciso saber em qual etapa do desenvolvimento que o bebê está para saber como melhor estimular.
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1º Mês
Figura 04 - Fonte: IMAGEBANK
A visão do bebê é limitada, enxergando somente o que for colocado próximo aos seus olhos. Mas ele já é capaz de reconhecer a voz e o cheiro da mãe. A cada mamada o bebê evacua, mas é um reflexo primitivo que no final do primeiro mês desaparece. Devido à imaturidade do aparelho digestivo a cólica é comum até os 3 meses. O sono do bebê varia em média 17 horas por dia. Sua mamada ocorre a cada duas ou três horas. O bebê se assusta com barulhos, sons altos e ruídos inesperados. O estímulo neste mês, além do toque para que ele relembre as sensações de quando estava no útero, está em conversar com ele e colocar o bebê para ouvir músicas. Este é o estímulo da comunicação que deve ser estabelecida o quanto antes. Peso e altura: Menino – 4,2 kg e 55 cm. Menina – 4 Kg e 53 cm.
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2º Mês
Figura 05 - Fonte: Blog do bebê
A visão do bebê melhora e neste mês ele já pode acompanhar pessoas e objetos. Alguns são estrábicos, pois os músculos que controlam os olhos ainda estão imaturos. É nesta fase que a mãe deve investir em móbiles coloridos para o berço, estimulando sua visão. Nesta fase ele já consegue emitir sons. Esboça sorrisos involuntários e acalma-se ao ouvir vozes e sons. Já tenta levantar o tórax com a cabeça, quando a criança deita de bruços é capaz de levantar o rosto. O bebê chora e sorri. O choro é por causa das cólicas e quase sempre com hora marcada: no final da tarde/começo da noite. Com a Shantala as cólicas podem ser amenizadas, melhorando o trato intestinal. Pode ser realizada no meio da tarde, para evitar sofrimentos à tardezinha. Ele ainda continua dormindo bastante, 15 horas por dia. Nesse período ele já pode passear e tomar banho de sol. Peso e altura: Menino: 5 kg e 57 cm. Menina: 4,8kg e 55 cm. 3º Mês
Agora o bebê está mais firme, consegue manter o pescoço ereto e apresenta total controle de cabeça. Segura objetos por mais tempo e tenta levá-los à boca.
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Já realiza sorrisos intencionais e responde aos estímulos recebidos, pois já reconhece os pais. É nessa etapa que as glândulas lacrimais começam seu funcionamento. Já consegue ouvir melhor. Conversar com o bebê durante a massagem ajuda a estimular a função auditiva. As cólicas começam a desaparecer nesse período. A criança já consegue se agitar com brincadeiras, já escuta músicas e brinca com suas próprias mãos. Nesta fase, a mãe pode oferecer objetos com texturas diferentes. Pode-se sentar o bebê amparado por almofadas. Deve-se brincar com gestos e palavras. Peso e altura: Menino – 57 kg e 61 cm. Menina – 55 kg e 60 cm. 4º Mês
Figura 06 - Fonte: IMAGEBANK
Agora o bebê já se encontra mais ágil. Ergue o tronco e a cabeça, apoiandose nas mãos. Vira-se de costas e se estica todo para alcançar os objetos.
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Ao ouvir a voz da mãe, vira a cabeça e os olhos a procura dela. Chora ao ser deixado sozinho. É este o primeiro sinal do desenvolvimento da sociabilidade do bebê. Nesta fase sua capacidade visual aumenta e quando segurado pela cintura consegue ficar em pé. Reconhece a voz dos familiares e deixa claro quando alguém não é do seu agrado. Demonstra preferência por brinquedos. Grita forte. Escuta conversa dos adultos, em silêncio. Quando os adultos param de falar ele emite sons. É nessa hora que a mãe deve favorecer a comunicação. Converse, conte histórias. Peso e altura: Menino – 6,3 kg e 62 cm. Menina – 6,1 kg e 61 cm. 5º Mês
Nesta fase o bebê chupa os dedos dos pés e brinca com eles. Brinca de esconder e fazer caretas. Reage quando colocado na frente do espelho. Acha graça de sua própria imagem. Já é capaz de diferenciar as cores. Pode ser estimulado na realização da Shantala com a utilização de abajur com luzes suaves, como o azul e o verde para acalmá-lo. Converse com ele durante a massagem, coloque músicas variadas, depois brinque com o bebê na hora do banho. Segura os objetos e consegue se arrastar para pegá-los. Transfere objetos de uma mão para outra. Tenta fazer força para sentar-se. Balbucia novos sons. Peso e altura: Meninos – 6,9kg e 63 cm. Menina – 6,7kg e 62 cm.
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6º Mês
Leva tudo o que pega na boca. Interessa-se pelas mãos e adora passear nos ombros. Pede colo esticando o bracinho e senta com apoio. A linguagem evolui a cada semana, já consegue repetir sílabas. Sua personalidade já começa a aparecer. Demonstra manhas e alegrias, descontentamentos e caretas, ansiedades e gritos. Já olha quando você o chama. Sua visão já está totalmente desenvolvida. Os primeiros dentes começam a aparecer (centrais e inferiores). Já come papinha. Nesta fase deve-se brincar bastante com ele, com brinquedos instrutivos como: caixas coloridas, potes vazios, balões. Coloque o alimento em suas mãos para estimular o tato com os diferentes tipos de texturas. Peso e altura: Menino – 7,5kg e 64 cm. Menina – 7,3kg e 63 cm.
7º Mês
Ensaia engatinhar, sem sucesso. Sua visão do mundo é mais ampla. Muda constantemente objetos de uma mão para outra. É curioso, explora os brinquedos, a casa e outras partes do seu corpo. Repete seus próprios sons. Estranha as pessoas e os objetos que não conhece, sente medo. Nesta fase você deve aproveitar a curiosidade dele ao som. Coloque variados sons na hora de realizar a massagem para estimular sua percepção sonora. Peso e altura: Menino – 8 kg e 66 cm. Menina – 7,7 kg e 65 cm.
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8º Mês
Figura 07 - Fonte: IMAGEBANK
Já consegue engatinhar, os quadris estão mais fortes. Senta-se sozinho. Já reconhece seu próprio nome e passa a entender o significado do não. Adquire mais dois dentinhos. Não dorme tanto quanto antes. Apenas três horas durante o dia. Muda de atividade com rapidez, não se concentra muito. É curioso e animado. Quando contrariado demonstra raiva. Ao realizar a massagem conte histórias e realize os movimentos de acordo com o ritmo da música. Peso e altura: Menino - 8,4kg e 68 cm. Menina – 8,2kg e 67 cm. 9º Mês
Sua maneira de ser fica cada vez mais clara. Chama atenção, pois sabe que é o centro dela. Acena com as mãos, associa palavras aos significados. A alimentação é variada, pois já morde e mastiga pedaços de alimentos. Agarra-se aos móveis e consegue se levantar. Joga os objetos no chão e observa-os cair. Adquire assim noção da dimensão e do espaço.
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O melhor estímulo é conversar com o bebê e explicar tudo o que acontece ao seu redor, seja na massagem, seja no banho, seja na refeição. Exemplo: “Agora vamos massagear seus dedinhos...” “Vamos massagear a mãozinha...” Mantenha-o em pé para fortalecer a musculatura. Peso e altura: Menino – 9,3kg e 71 cm. Menina – 9,1kg e 70 cm
10º Mês
Já senta e se levanta sozinho. Sua habilidade manual aumenta e já começa a definir qual vai ser a mão dominante. Troca passos com apoio. Tem a capacidade de apontar o que deseja, cai no choro quando não consegue o que quer. Já consegue dar tchau e falar papai e mamãe. As meninas se tornam mais femininas. Nesta fase deve-se estimular seu vocabulário, fale bastante com ele. Brincar com um telefone de brinquedo incentiva o bebê a soltar a língua. Peso e altura: Menino – 9,3kg e 71 cm. Menina – 9,1kg e 70 cm.
11º Mês
A sociabilização é intensa, já aceita brincar com outras crianças e ficar períodos sozinho. Atende a palavra dá, mas não solta o objeto. É ágil ao se mover, abre gavetas. Tem noção do que pode e do que não pode. Caminha com apoio e faz seu deslocamento segurando móveis. Trata os familiares com simpatia, mas pode ser tímido quando na presença de um estranho. As brincadeiras devem ser intensas, deixando o bebê livre. Pode também riscar com giz de cera em um papel.
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Nesta fase, a mãe e o pai devem segurar o bebê pelas mãos, ajudando-o a andar. Peso e altura: Menino – 9,6 K g e 73 cm e Menina – 9,4kg e 72 cm. 12º Mês
A concentração do bebê se acentua e ele brinca sozinho. Empilha blocos e encaixa objetos, sua coordenação motora está bem avançada. Entrega brinquedo quando pedem e lembra onde estão guardados. Ajuda a se vestir. É capaz de tirar sapatos e meias. A linguagem fica mais apurada. É a hora de estimulá-lo a comer e beber sozinho. Imite sons de bichinhos e converse bastante. Peso e altura: Menino – 10,0kg e 75 cm e Menina – 9,8kg e 74 cm. 4. CUIDADOS COM O BEBÊ •
Ao amamentar mantenha a calma. Deixe as mamas bem elevadas, sem a dobra debaixo do seio e comece sempre a amamentar pela mama em que o bebê mamou pela última vez, passando no meio da mamada para outro seio, sem dar intervalo durante a troca de seios;
Figura 08 - Fonte: Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal
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Geralmente as mamadas acontecem de 5 a 20 minutos de cada lado. Mantenha o bebê inclinado ao mamar e nunca deitado; Entre as mamadas, o intervalo mínimo é de, em média, 2 horas e o máximo de 3 horas; Após dez dias de vida dê água. Geralmente mineral (sem gás e cloro). Pode utilizar chá de erva-doce ou camomila; A mamãe deve beber preferencialmente muito líquido, chá de hortelã é ótimo para produção de leite; A mamãe também pode comer de tudo, desde que não lhe faça mal; A troca do dia pela noite é um problema. Durante o dia não deixe que o seu bebê durma mais de 3 horas seguidas; O bebê deve usar roupas confortáveis, que não o deixem com calor e nem frio. Deve-se ter o bom senso para que o bebê não use roupas muito quentes em períodos de temperatura elevada; Na hora da mamada, deixe o bebê bem à vontade, com poucas roupas se o clima estiver propício para isso; De dia é bom o bebê ficar em um ambiente claro (luz normal) e não exposto ao sol, de preferência ouvindo músicas suaves e sem ruídos e barulhos nocivos. A noite é necessário um quarto escuro e silencioso; As fezes logo após o nascimento ficam verde bem escuro, grudentas, parecidas com graxa, são as meconiais. Tornam-se esverdeadas com muco e mais tarde amareladas e pastosas; Crianças amamentadas no seio materno têm várias evacuações por dia, geralmente moles. Os anticorpos que caem no estômago são mortos pela acidez. Mas o bebê não tem o estômago tão ácido ainda, fazendo com que uma parte dos anticorpos que ele ingere juntamente com o leite consigam sobreviver e passe pela corrente sangüínea do bebê. Isto é importante para o sistema de defesa; Para cólicas a Shantala favorece o funcionamento do intestino, diminuindo-as. Se elas persistirem a funchicorea de 1m, dissolvida em
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10 gramas de chá, 4 vezes ao dia deve ser servida com 1 colher de cafezinho; •
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A exposição ao sol é essencial para o crescimento, mas nunca deve ultrapassar 40 minutos. Deve-se evitar os momentos em que o sol apresenta-se mais forte, entre as 10h da manhã até 4h da tarde; Não fique andando com o bebê pelos lugares enquanto ele não completar dois meses de vida. Sua resistência é baixa, sendo necessária a lavagem das mãos para pegá-lo; Próximo ao bebê fica proibido fumar, usar desinfetante, inseticida e varrer. Esperar de 30 min. até 2 horas para levar o bebê no local onde foram realizadas tais ações; A temperatura ideal do banho é entre 37 e 39 graus, e deve ser dado todas as vezes que for necessário; O bebê deve manter uma distância mínima de 3m dos aparelhos como TV, microondas, celulares, etc.; O umbigo deve ser limpo com álcool 70º após cada troca, passando uma gaze esterilizada em toda a volta, até dois dias após cair. Só é aconselhável a massagem Shantala após o segundo mês de vida, respeitando a cicatrização do umbigo e evitando qualquer tipo de inflamação e infecção; Nas assaduras deve-se tirar a fralda, limpar com cuidado o bebê com água morna. Não passe lenços umedecidos e nem loções higiênicas ou qualquer produto de composição química. Prefira polvilhos de amido de milho e pasta feita de pomada contra assaduras; Os canais lacrimais dos bebês são estreitos, ou fechados. Portanto, os olhos lacrimejam com facilidade. Lave-os bem com água boricada e faça uma massagem suave e circular no conduto lacrimal, localizado no canto interno dos olhos;
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Figura 09 - Fonte: IMAGEBANK modificado por Nádia D’Amico Ferreira (2008)
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O sistema imunológico imaturo favorece a instalação de fungos nas bochechas e na língua (sapinho). São manchas brancas e seu tratamento deve ser orientado pelo pediatra; Leites de vaca ou em pó proporcionam prisão de ventre. O intestino fica preguiçoso, demora dois ou três dias para funcionar. Geralmente endurecem e ressecam as fezes; Os soluços são comuns nos primeiros meses de vida. O diafragma (músculo logo abaixo do pulmão) ainda é pouco coordenado. Verifique se os pezinhos estão gelados, pois pode ser sinal de friagem; Tudo afeta a mucosa do nariz do bebê. É comum ele espirrar várias vezes sem estar resfriado. Após 3 ou 4 meses esse fenômeno vai diminuindo; Os regurgitamentos são sintomas de que o esôfago ainda está imaturo e deixa refluir uma parte do leite. Se o bebê estiver perdendo peso é aconselhável procurar um médico. Deve-se manter o bebê em pé após cada mamada, para que o esvaziamento seja mais rápido; A pele do bebê é sensível. Produtos químicos causam pequenas espinhas. Amaciantes e perfumes nas roupas devem ser evitados. Use somente sabão e sabonetes neutros e enxágüe bem; O choro sem razão aparente pode ser cólica. Um dos sinais disso é quando o bebê dobra os joelhos em direção ao estômago. A cólica 18
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dificilmente é perigosa, e não dura muito tempo. Elas são intensas por volta dos 3 meses de idade e geralmente desaparecem quando o bebê faz 4 meses; •
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Quando passa a cólica o bebê fica com a fralda cheia ou começa a eliminar gazes. Se houver algo bloqueando o intestino a criança fica dias sem evacuar e somente um exame médico para detectar esses problemas; Deve-se manter a criança sentada ao amamentar, isso evitará que ela engula muito ar; Alguns bebês apresentam intolerância ao leite de vaca. E também podem apresentar cólicas por esse motivo. A barriguinha fica estufada e dolorida. Ele chora forte e com gritos agudos. No choro ele engole ar e fica com gases, aumentando a dor. Deite-o de bruços para alívio da cólica. O aquecimento que a Shantala realiza na barriguinha faz com que alivie a cólica e evite mais desconforto.
5. O SONO DO BEBÊ No primeiro ano de vida o sono apresenta características próprias, pois o sistema nervoso está se amadurecendo. O sono é importante para a recuperação física e psicológica do organismo. Os ciclos do sono em um recém-nascido duram 60 minutos e gradativamente sobem para 90 minutos no decorrer de dois anos, até a idade avançada. O recém-nascido passa muito do seu tempo dormindo. Na primeira semana ele praticamente só dorme e não distingue dia e noite. Quando a gestante anda, o bebê que está no útero sente o embalo e dorme. Envolver o bebê com cobertas e balançar vão fazer ele se sentir no aconchego do útero, ele adora ser balançado e embalado. Passando a segunda semana os pais já devem ensinar ao bebê a distinção do dia e da noite. A melhor forma é diminuir os barulhos normais da casa à noite, 19 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
dando uma sensação de descanso e relaxamento, reduzindo assim o ritmo da criança. Com o tempo, ele aprenderá que a noite é para dormir. Já se pode notar uma grande alteração no número de horas de sono já no terceiro mês. Após os três meses os pais já podem ensinar ao bebê bons hábitos de sono. Isto influenciará na rotina de todos na casa. Deve-se ensinar o bebê a dormir sozinho o quanto antes É comum o bebê acordar à noite por estar com fome. Algumas crianças podem apresentar sono conturbado por diversos fatores. A fome é um deles. Deve ser observado se as mamadas oferecidas estão de acordo com a demanda da criança. Aos poucos a mãe e o filho vão se adaptando aos horários e mamadas gradativamente estabelecidos. MELATONINA: É um hormônio produzido pela glândula pineal. Este hormônio só é produzido durante o período escuro. A presença de luz deve ser alternada com períodos escuros para equilibrar o ritmo de sono-vigília, já que a claridade inibe a liberação da melatonina – é produzida em mínimas. Este hormônio é responsável pela sensação de relaxamento do organismo, avisando o corpo que é hora de dormir. O aumento da melatonina induz ao sono. Ela também é responsável pela manutenção da harmonia e do funcionamento do sistema imunológico (BALLONE, 2002).
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Figura 10 – Pineal gland = glândula pineal, local onde é produzida a melatonina. Fonte: PSIQWEB, 2002
CICLO DO SONO: O ciclo do recém-nascido é diferente dos adultos, pelo fato de que a cada duas/três horas acorda para se alimentar. Ao ser ajustado ao ciclo do dia e da noite esta diferença entre o sono-vigília do bebê vai diminuindo, se tornando parecido com o do adulto. É chamado ciclo circadiano o equilíbrio entre sono e vigília.
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100%
Nível máximo de atenção
Descanso, relaxamento. Liberação da Melatonina
Sono
Coma
Vigília
Nível de atividade do cérebro.
Euforia
Figura 11 – Sono/vigília. Fonte: Departamento de fisiologia e farmacologia – UFC
No adulto são encontrados dois estados: o sono não REM e o sono REM. O sono não REM tem 4 estágios. Ao realizar um eletroencefalograma, suas ondas se tornam sincronizadas à medida que a profundidade do sono aumenta. O sono REM dessincroniza o eletroencefalograma. É onde ocorre o movimento rápido dos olhos (rapid eyes movementes – REM). Segundo um artigo publicado no Departamento de Informática em Saúde (2003) os ciclos mais claramente identificados no bebê são: 1. Estado quieto – bebê fica quieto, com olhos fechados e a respiração regular. Não ocorrem movimentos oculares rápidos; 2. Estado ativo – o bebê apresenta grande atividade comportamental, mas com olhos fechados. Faz caretas, sorrisos e movimentos como se estivesse sugando. Movimentos lentos dos dedos e do corpo todo podem surgir. Aparecem movimentos oculares rápidos e respiração irregular;
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3.
Estado indeterminado – padrão pouco definido e não se encaixa em nenhum dos outros dois.
Figura 12 - Fonte: Departamento de Informática em Saúde (2003)
Idade:
Número aproximado de horas de sono:
Recém-nascido
16 a 20 horas por dia
3 semanas
16 a 18 horas por dia
Seis semanas
15 a 16 horas por dia
4 meses
9 a 12 horas mais duas sonecas (2 a 3 horas cada)
6 meses
11 horas mais duas sonecas (2 a 3 horas cada)
9 meses
11 a 12 horas mais duas sonecas (1 a 2 horas cada)
1 ano
10 a 11 horas mais duas sonecas (1 a 2 horas cada)
18 meses
13 horas mais uma ou duas sonecas (1 a 2 horas cada)
2 anos
11 a 12 horas mais uma soneca (2 horas)
3 anos
10 a 11 horas mais uma soneca (2 horas) Tabela 01 - Fonte: Departamento de Informática em Saúde (2003)
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A qualidade do sono da criança influenciará no seu crescimento. É na hora que ela está dormindo que noventa por cento do hormônio de crescimento é liberado. A memória também recebe influência do sono. 6. ESTIMULAÇÃO ATRAVÉS DA SHANTALA “O afeto é primordial desde o útero materno” AJURIAGUERRA (1970). O contato físico é uma das necessidades essenciais do ser humano, e se torna base para seu desenvolvimento. A pele não é só uma barreira de proteção, mas sim uma via de comunicação. O simples toque faz com que alterações fisiológicas e psicológicas aconteçam.
Figura 13 - Fonte: BLOSSON & BLERRY (2007)
O tato é um dos sentidos mais propício para o desenvolvimento psicomotor. O bebê demonstra sempre uma necessidade de estar em contato com a mãe. Mais tarde, vendo o tanto que aprendeu com o contato materno, ele começa a ampliar suas necessidades para um contato com pessoas de sua convivência. Crianças que são pouco estimuladas para o tato possuem maiores dificuldades de relacionamento e aprendizagem. Estímulos táteis são fontes de processamento das informações. A pele é estimulada para sente as sensações do meio. A pele também serve de: 24 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
* barreira imunológica, protegendo o organismo contra fungos, bactérias...; * proteção contra lesões e efeitos radioativos; * regula pressão e fluxo sangüíneo, além de regular a temperatura; * regenera e repara lesões diversas; * produz queratina; * elimina substâncias nocivas do organismo; * metaboliza gordura, água, sódio, potássio; * é reservatório de alimento e água, além de sintetizar compostos importantes (vitamina D e E). De um lado a pele reage realizando suas funções primárias, de outro ela comunica o mundo com o corpo, sendo um dos principais fatores para o desenvolvimento do indivíduo. Sua capacidade de comunicar o corpo com o meio externo ocorre quando esta reage a variados estímulos. A pele também reage a mudanças de comportamento. A maneira de ser do indivíduo está acumulada nas experiências cognitivas e emocionais que ele adquiriu durante toda a vida: sua maneira de agir, sua percepção, sua compreensão, sua forma de expressão. A concepção do meio em que o ser humano vive está baseada no tato. É considerado o sentido íntimo para que nós possamos manter nosso tônus muscular e sensorial, seja do sistema receptivo ou expressivo. Desde que o bebê nasce torna-se importante o toque para estimular seu desenvolvimento para toda uma vida. A relação mãe-criança se faz através desses estímulos táteis. A carga emocional e a estimulação através do tato de uma forma adequada juntamente com a afetividade criada, fazem com que o relacionamento social deste bebê se solidifique.
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Figura 14 - Fonte: Curso Shantala
É necessidade fundamental do indivíduo, a partir do momento em que nasce, o contato físico com a mãe. Isso é tão importante quanto se alimentar e respirar. “É preciso alimentar os bebês. Sem dúvida alguma. Alimentar a sua pele tanto quanto o ventre. E, além disso, nesse oceano de novidades, de desconhecido, é preciso evolver-lhe as sensações do passado. Só elas nesse momento podem oferecer-lhe um sentimento de paz, de segurança.” LEBOYER (1995)
Os bebês que recebem o toque materno se mostram, no futuro, mais seguros e capazes de lidar com situações da vida. O contato, além de ser um sinal de afeto e de intimidade, é também um meio de tranqüilizar e estimular o indivíduo em todos os aspectos. Até os dois anos de idade, o contato físico e afetivo faz com que o desenvolvimento do seu cérebro seja potencializado, garantindo assim uma evolução em sua aprendizagem. É esperado que a massagem modifique as células do cérebro, ative o organismo de forma física e psíquica – sensação de bem-estar geral. Através da Shantala o bebê passará a conhecer melhor o corpo e explorará o meio ambiente, é um canal de comunicação.
26 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
A massagem Shantala é uma experiência única. O emocional entre quem massageia e quem é massageado faz com que o vínculo emocional se torne de forma mais expressiva. Quando a criança nasce seu sistema nervoso ainda não está completamente desenvolvido.
Figura 15 - Fonte: Fisioweb
As bainhas de mielina (um isolamento que se encontra ao redor das fibras nervosas) ainda não estão formadas. Com isso, não ocorrem passagem dos impulsos do córtex para o sistema nervoso central.
Figura 16 - Fonte: Fisioweb
A mielização da medula espinhal encontra-se pronta e é o que torna possível os movimentos reflexos do recém-nascido, que serão estudados na seqüência.
27 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
A partir do momento em que o córtex e as bainhas se desenvolvem, fica estabelecida uma ligação com a medula espinhal. Os movimentos reflexos e em blocos diminuem.
Figura 17 - Fonte: Fisioweb “As primeiras semanas que se seguem ao nascimento são como a travessia de um deserto. Deserto povoado de monstros: as novas sensações que, brotadas do interior, ameaçam o corpo da criança.” (LEBOYER, 1995)
7. REFLEXOS DO BEBÊ A evolução do sistema nervoso central ocorre juntamente com as funções musculares e sensoriais. Isso vai favorecer o desenvolvimento de um movimento coordenado. Os reflexos são os primeiros tipos de movimentos para que a evolução ocorra, eles são importantes para o desenvolvimento sensório-motor. 28 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Um reflexo é a resposta da musculatura involuntária a algum estímulo sensorial. Cada sensação possui uma resposta muscular específica. Um reflexo presente demonstra indícios importantes do desenvolvimento e funções neurológicas da criança. Alguns reflexos desaparecem, outros permanecem até a vida adulta.
REFLEXO DE PROCURA OU QUATRO PONTOS CARDEAIS Quando a mãe vai amamentar o bebê e o bico do seio toca a região próxima da boca ele vira a cabeça em direção ao seio para poder introduzi-lo na boca e iniciar a sucção. Este reflexo inicia-se no nascimento e diminui a partir do quarto mês. Os bebês têm necessidade de se alimentar. Por isso tendem a mover a boca no sentido da alimentação, ficando de boca aberta prontos para mamar. Este é um reflexo que permite que o bebê aprenda de onde vem sua comida e que ele aprenda a antecipar a sua hora.
Figura 18 - Fonte: Blog do bebê
29 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 19 - Fonte: Blog do bebê
Figura 20 - Fonte: Blog do bebê
REFLEXO DE SUCÇÃO Está presente no nascimento e aos 4 meses passa a ser voluntário. É a continuação do reflexo de procura. Processos rítmicos de sucção são iniciados quando a criança coloca o bico do seio em sua boca e este tem contato com a língua. Com este reflexo ele aprende a associar a mamada à satisfação da fome.
30 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 21 - Fonte: IMAGEBANK
REFLEXO CRUZADO EXTENSOR Quando se estimula a planta (sola) do pé do bebê a perna flexiona (se encolhe) e a outra perna, que não recebeu estímulo, se estica. Está presente desde que nasce e para o resto da vida. REAÇÃO DE DEFESA OU DE SOBREVIVÊNCIA O bebê colocado de bruços (prono) já apresenta uma reação automática de extensão e lateralização da cabeça para liberar as vias respiratórias.
Figura 22 - Fonte: Blog do bebê
31 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
REFLEXO DE PREENSÃO PALMAR Qualquer estímulo dado na palma da mão ou nos dedinhos provoca o fechamento da mesma. Está presente em todos os recém-nascidos, e aos 30 dias de idade torna-se bem forte. Tende a diminuir e desaparece nos primeiros meses, entre o 3º e o 4º mês. A importância deste reflexo está na capacidade da criança, futuramente, obter a preensão voluntária. É também grande auxiliar na hora do bebê se locomover, pois garante o suporte de peso sobre a mão aberta para engatinhar.
Figura 23 - Fonte: IMAGEBANK
REFLEXO DE PREENSÃO PLANTAR A criança já possui este reflexo ao nascer. Quando pressionamos a planta do seu pezinho, abaixo da articulação dos dedos com o polegar, o mesmo curva-se para dentro. Este reflexo ajuda a amadurecer o cérebro, sendo importante na capacidade de ficar em pé e permanecer nesta posição. A capacidade de se manter em equilíbrio na posição em pé também é auxiliada por este reflexo. A marcha é a principal aquisição deste reflexo.
32 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 24 - Fonte: Ayurvedic baby massage
REFLEXO DE BABINSKI Depois de alguns dias de nascido este reflexo aparece, e se manifesta até que a criança aprenda a andar. Ao estimularmos a borda externa do pé (com a unha ou objeto pontiagudo) o dedão (dedo hálux) irá se dobrar e os demais dedos se abrirão em leque.
Figura 25 - Fonte: IMAGEBANK
Figura 26 - Fonte: Blog do bebê
REFLEXO DE SUSTENTAÇÃO OU DE SUPORTE Surge entre o primeiro e o terceiro mês e finaliza no oitavo mês. É provocado quando se apóia o bebê no solo. Este realiza a dorsiflexão das partes distais dos membros, devido ao contato das plantas dos pés com o solo (a perna do 33 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
bebê se dobra e se estica quando ele toca o pé no chão, tentando manter-se em pé). Teremos assim resposta dos extensores e flexores. Com isso ele tenta buscar a postura adequada. Este reflexo também interfere na capacidade de ficar em pé e se manter em equilíbrio. A marcha também é a grande aquisição deste reflexo.
Figura 27 - Fonte: Levy (1982)
REFLEXO DE MARCHA Ao segurar uma criança verticalmente, com as pontas dos pés apoiadas numa superfície, suportando a cabeça e em seguida deixando-a cair para frente, ela fará o movimento reflexo de marcha (até 4 a 6 semanas – após isso a marcha deverá desaparecer). Este reflexo tem interferência na posição ortostática (em pé) e nas reações de equilíbrio nesta postura. Ajuda a desenvolver a reciprocidade de membros inferiores na marcha (um pé após o outro).
34 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 28 - Fonte: Blog do bebê
REFLEXO ANAL Está presente no primeiro dia do nascimento. Com a criança de costas e bem relaxada, levanta-se as duas pernas até ficarem na vertical. Ao estimular a pele ao redor do ânus, os músculos do orifício anal se contraem, bem como os músculos das nádegas. REFLEXOS LABIRÍNTICOS TÔNICOS No ouvido interno encontramos um órgão responsável por nosso equilíbrio – o labirinto. Ainda em estudo, as reações produzidas pelo labirinto são: a) sempre que a posição do corpo for alterada, a cabeça move-se e retorna a posição vertical; b) ao erguer uma criança de 2 a 3 meses horizontalmente e de bruços (posição prona) apoiada por baixo do peito, ela levantará a cabeça; c) algumas crianças, antes desta idade, farão tentativas reflexas para erguer a cabeça; d) as alterações na posição da cabeça originarão alterações na posição do corpo; e) o labirinto atua como auxiliar na percepção de mudanças de velocidade. Desaparece no 6º mês para o aparecimento da reação de Landau. 35 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Com este reflexo o bebê vai adquirindo capacidade de iniciar o movimento de rolar e de apoiar-se sobre os cotovelos com quadris estendidos quando deitado de bruços (prono). Apresenta também capacidade de flexionar o tronco e os quadris para sair da posição que está deitada, de barriga para cima (supino), e adquirir a posição sentada. Causa extensão total do corpo, que causa interferência nas posturas sentada e de pé.
Figura 29 - Fonte: IMAGEBANK
REAÇÃO LABIRÍNTICA DE RETIFICAÇÃO Está presente desde o primeiro mês. Esta reação permite a elevação cabeça quando o bebê está deitado de bruços (prona). Inicialmente o bebê manter a cabeça na linha média. Isto iniciará um processo de elevação geral tronco e dos membros contra a gravidade. Começa na cabeça e alcançará quadris e joelhos por volta do sexto mês.
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36 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 30 - Fonte: Levy (1982)
REAÇÃO CERVICAL DE RETIFICAÇÃO Presente no nascimento, este reflexo desaparece no segundo mês. Quando se vira a cabeça do bebê para um lado, o tônus todo aumenta e o bebê então vira todo o corpo junto, num movimento de bloco.
Figura 31 - Fonte: Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal
REAÇÃO ÓPTICA DE RETIFICAÇÃO Quando os olhos se movem, a cabeça e o corpo giram em direção do objeto. Com as vias ópticas maturadas, mais ou menos nos seis meses de idade, inicia-se a reação de retificação pela visão.
37 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 32 - Fonte: IMAGEBANK
REAÇÃO DE LANDAU É uma combinação de reação de retificação com reflexos tônicos. Apresenta-se na criança mais ou menos em torno dos seis meses de idade. Quando a criança está deitada de bruços deve-se levantar ela apoiando-a com uma mão sob o tórax. A criança erguerá a cabeça, de maneira que a face esteja numa posição vertical. Após a elevação da cabeça, todo o tronco e as pernas dela irão se estender. Este reflexo pode ser tão forte que todo o corpo da criança é arqueado para trás. A ausência deste reflexo demonstra a falta de controle extensor do bebê.
Figura 33 - Fonte: Fisioweb
Figura 34 - Fonte: IMAGEBANK
REAÇÃO ANFÍBIA Na criança deitada de bruços (posição prona) deve-se erguer um lado para fazê-la girar. Deste lado, todas as articulações da perna se dobrarão e irão se erguer 38 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
lateralmente, enquanto a outra perna se desdobrará. É a preparação para engatinhar sobre o estômago com a ajuda dos braços e das pernas, e para o início de engatinhar com os quatro membros. Aos seis meses, esta reação aparece e dura a vida toda. A reação pode ser controlada conscientemente. Este é um reflexo que faz com que a criança se torne capaz de flexionar suas coxas e pernas para se arrastar, proporcionando a dissociação entre tronco, ombro e quadril.
Figura 35 - Fonte: Blosson & Blerry
REFLEXO TÔNICO CERVICAL (RTC) São denominados reflexos cervicais, porque a disposição da cabeça e do pescoço influencia no tônus muscular dos membros. Os reflexos que alteram o tônus muscular dos membros e se mantêm enquanto a posição da cabeça é conservada são chamados reflexos tônicos. Existem dois tipos: Assimétrico: existem estudos ainda para comprovar se o reflexo tônico cervical assimétrico é encontrado em crianças normais. Acredita-se que esse reflexo é achado desde 1 a 3 meses em algumas crianças normais. Outros autores acreditam que só pode ser encontrado em crianças portadoras de outras necessidades especiais. Portanto, em qualquer criança que for encontrado esse reflexo deve ser observado, principalmente quando o reflexo perdurar após o terceiro ou quarto mês. É um reflexo difícil de ser provocado. É notado quando a cabeça é virada para um dos lados, o braço deste mesmo lado é distendido para fora lentamente e o outro braço é dobrado. Quando a cabeça é virada para o lado 39 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
contrário o movimento dos braços se inverte. As pernas podem acompanhar o movimento, num menor grau do reflexo, flexionando-se e estendendo-se respectivamente. Este reflexo influencia nas seguintes situações futuras: - no acompanhamento visual; - no uso bimanual; - no rolar; - no engatinhar. Crianças com deformidades (luxação e subluxação do quadril...) não conseguem apresentar este reflexo. Isto pode interferir negativamente em seu desenvolvimento.
Figura 36 - Fonte: Levy (1982)
Simétrico: ocorre quando a cabeça da criança é inclinada para trás e ela estende os braços e flexiona as pernas. Quando a cabeça é inclinada para frente o movimento se inverte, flexiona os braços e estende as pernas. Este reflexo interfere nas seguintes ações futuras: - na capacidade de se apoiar nos membros superiores quando estiver deitado de bruços (prono); 40 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
- em atingir e manter a posição sobre as mãos e joelhos, quando estiver engatinhando; - ao engatinhar reciprocamente (primeiro um lado, depois o outro); - ao se equilibrar na posição sentada, quando olha para os lados; - no uso das mãos ao olhar um objeto. REFLEXO DE MORO Inicia-se no recém nascido, e termina dos 4 aos 6 meses de idade. Pode ser testado deslocando-se o centro de gravidade da criança, ou através de um estímulo visual ou sonoro. A resposta será abdução e extensão dos membros (os braços e pernas se abrem e se esticam) com extensão e abertura dos dedos, exceto as falanges distais dos indicadores (os dedos se abrem todos esticados). Em seguida acontece uma adução e flexão dos membros (os braços e pernas se encolhem aproximando-se do tronco). Este é um reflexo muito importante, pois auxilia na coordenação olho-mão, quando o bebê futuramente for pegar algum objeto. As reações de proteção também são desenvolvidas através deste reflexo, bem como as reações de equilíbrio quando a criança se encontrar na posição sentada.
Figura 37 - Fonte: IMAGEBANK
41 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
PLACING Nos membros inferiores pode ser testado levantando a criança e pressionando o dorso de um de seus pés contra a borda de uma mesa. A resposta é a flexão dos diversos segmentos da perna, trazendo o pé para cima da mesa. Quando a sola do pé entra em contato com a mesa ocorre a extensão da perna. Este reflexo tem início no primeiro mês de vida e seu final ocorre por volta dos 2 ou 3 meses. Nos membros superiores pode-se testar pressionando o dorso da mão sob a borda de uma mesa. O reflexo ocorrerá quando o bebê tentar colocar a mão para cima da mesa. Este reflexo ocorre no segundo mês.
Figura 38 - Fonte: Levy (1982)
REFLEXO DE GALANT Quando o bebê encontra-se de bruços (prono) deve ser feito um estímulo na lateral do dorso (costas). A resposta será a flexão do tronco para o lado estimulado. No primeiro mês esta resposta é fraca. Este reflexo desaparece no segundo mês. Este reflexo interfere no desenvolvimento do equilíbrio na postura sentada.
42 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 39 - Fonte: MONTAGU (1988)
REAÇÕES DE EQUILÍBRIO A liberação dos braços e das mãos como um papel de manutenção do equilíbrio é fundamental para o desenvolvimento motor normal. Com o tempo esta função é transferida para o tronco e para as pernas.
Figura 40 - Fonte: IMAGEBANK
REAÇÃO DE EXTENSÃO PROTETORA (REAÇÃO DE PÁRA-QUEDAS OU REAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO) Consiste em duas fases e ajuda a manter o bebê sentado. Na primeira fase o bebê estica os braços, o punho e os dedos para atingir o solo ou outro apoio.
43 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Na segunda fase a criança coloca o peso sobre o braço e a mão levantada para o apoio. Esta reação inicia-se em torno do 5º mês. Quando a criança está sentada, nota-se: - aos seis meses a proteção para frente; - aos oito meses a proteção para os lados; - aos dez meses a proteção para trás.
Quanto mais experiências sensório-motoras a criança tiver, maior o amadurecimento do seu sistema nervoso, incrementando seu desenvolvimento neuropsicomotor. 8. BENEFÍCIOS DA SHANTALA Já foi dito que a Shantala permite ao bebê vivenciar novamente as sensações do útero materno e desenvolver o vínculo entre ele e sua mãe. Além de aconchegado o bebê sente esta ligação direta com a mãe. Tocar é o mesmo que comunicar-se. A idéia da massagem é favorecer o contato-amor-carinho através da comunicação mão-pele mãe-filho, de uma forma atenta e tranqüila.
Figura 41 - Fonte: IMAGEBANK 44 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
São muitos os benefícios da Shantala e o mais importante deles é esse contato. Através dela se faz alongamentos e consegue-se trabalhar musculatura e articulação, além do estímulo dos reflexos permitindo bom desenvolvimento neuropsicomotor. A prática da massagem deve ser feita todos os dias, de 20 a 30 minutos. Quanto mais tempo a técnica for praticada, melhor o benefício. Aplicando manobras com as mãos pode-se favorecer o relaxamento, descongestionamento, estímulos, e pode causar bem-estar para o corpo. O funcionamento dos músculos faz com que eles rejeitem qualquer resíduo metabólico e toxinas. Isso tudo conserva o bebê em um estado de equilíbrio, estimula seu desenvolvimento motor, intelectual, fortalece seus músculos, tranqüiliza e favorece um sono tranqüilo. É importante lembrar que cada bebê reage diferentemente aos estímulos. Benefícios para quem aplica a Shantala: - estabelecimento de vínculo; - desenvolvimento da habilidade para tocar no bebê; - promove conhecimento do corpo do bebê; - aprende comunicação de sentimentos pelo toque; - promove segurança emocional; - contribui para formação da consciência corporal do bebê; - atua favoravelmente no combate às cólicas do bebê; - entra no clima da massagem e diminui seu hormônio de estresse. Para o bebê a Shantala proporciona: - aumenta a oxigenação dos tecidos; - estimula o fluxo de energia pelo organismo; - favorece a respiração (o organismo expele toxinas e revitaliza o corpo); - previne cólicas, prisão de ventre e insônia; - ação relaxante e tranqüilizante; 45 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
- atua diretamente no desenvolvimento psicomotor; - contribui para o contato afetivo do bebê e seu contato com o mundo externo; - melhora a qualidade do sono; - aumenta a percepção corporal do bebê; - fortalece o sistema imunológico do bebê; - melhora o sistema digestivo; - excelente para os sistemas circulatório e linfático (estimula circulação sangüínea local); - aumenta o ganho de peso; - alivia tensões e ansiedade; - melhora o sistema respiratório; - auxilia na diminuição do estresse na época da dentição. Com a Shantala a criança pode sentir seu corpo em toda a extensão. Passa a se alimentar melhor e seu sistema imunológico funciona perfeitamente. Em bebês prematuros a Shantala auxilia na diminuição do tempo de internação, pois estimula o ganho de peso. 9. HARMONIZAÇÃO ENERGÉTICA E TERAPÊUTICA
Figura 42 - Fonte: Ayurvedic Baby Massage 46 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Os movimentos e toque em seqüência da Shantala favorecem para acalmar o bebê e melhorar o funcionamento do seu frágil organismo. A terapêutica ocorre para alívio de cólicas, prisão de ventre, gases. Um sistema digestivo que não trabalha bem faz com que o corpo todo se desequilibre, tornando a criança irritada. A energia gerada por esses inconvenientes faz com que a energia da criança fique estagnada, favorecendo o aparecimento de doenças. Tensões acumuladas nas vértebras também são reduzidas com a Shantala. As articulações do quadril e os ligamentos até a base da coluna são relaxados, a fim de proporcionar ao bebê uma sensação de bem-estar.
Figura 43 – Fonte: Blog do bebê
A circulação sangüínea ativada e o equilíbrio do sistema nervoso facilitam no desenvolvimento da criança. Esta massagem também se encontra eficaz para prevenir neuroses e nervosismo, bem como acalmar crianças agitadas e hiperativas. Um sono tranqüilo e profundo também é de essencial importância para o equilíbrio do organismo.
47 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Este equilíbrio também é sentido na alma, pois a massagem fortalece o amor – o vínculo. O bebê se sente amado e demonstra isso no organismo, quando este encontra o equilíbrio. “A energia passa por você. E ela não é sua. E ela que a guia. Com a condição de você estar aberta e ser atenciosa. De algum modo, você é um instrumento. E essa força se comunicará melhor quanto mais distensa você estiver.” (LEBOYER, 1995)
O nascimento do bebê é visto como um grão que acabou de germinar. Quanto mais confortável e equilibrado é o meio que ele vive, maior será a árvore que esse grão se tornará. A Shantala favorece facilitar uma forma saudável e segura sobre as sensações após o nascimento do bebê. Todo esse estímulo de sua sensibilidade tem vínculo ativo para toda a sua saúde. A massagem deve seguir um ritmo, evitando desequilíbrios esporádicos. A falta de seqüência não suprirá as necessidades energéticas da criança e ainda prejudicará os tecidos do seu corpo, que ainda se encontram em processo de consolidação.
Figura 44 - Fonte: IMAGEBANK
48 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
A Shantala tem ação de forma sutil, regulando todos os processos vitais, influenciando mente e emoções sobre o corpo físico e proporcionando saúde. A aplicação deve ser seguida através da cabeça, peito, barriga, costas, braços e mãos, pernas e pés através de um roteiro completo. Em seguida um banho com temperatura agradável irá favorecer o relaxamento e o aproveitamento da massagem. No próximo módulo as técnicas serão explicadas com maior cuidado. 10. PRINCIPAIS APLICAÇÕES DA SHANTALA RELAXAMENTO É diretamente relacionado com massagem. Possui valor terapêutico para melhorar o bem-estar, equilibrar o indivíduo e trazer tranqüilidade. A Shantala ativa a circulação e ajuda a eliminar as toxinas. O benefício relaxante está diretamente ligado a redução do desconforto físico, aliviando possíveis dores. Ao mesmo tempo em que a massagem apresenta um efeito relaxante, apresenta o efeito tonificante em toda musculatura. Ao realizar a massagem com firmeza e com movimentos feitos do centro para as extremidades, ou de baixo para cima, nota-se uma preocupação com o sentido da energia do corpo humano.
Figura 45 - Fonte: IMAGEBANK 49 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
SAÚDE GERAL A combinação da massagem com alongamentos encontrados na Shantala preconizam benefícios com a saúde geral. Esta massagem está sendo analisada como coadjuvante para o tratamento em UTI’s, pois faz com que a saúde da criança se restabeleça mais rapidamente. CIRCULAÇÃO SANGÜÍNEA A melhora na circulação sangüínea é um benefício sistêmico (para o corpo todo). Com o aumento da circulação os tecidos são nutridos e a secreção das glândulas é intensificada. O retorno venoso também melhora, reduzindo assim a congestão. RESPIRAÇÃO A expansão do tórax aumenta consideravelmente, pois o bebê relaxa e se sente mais leve. A respiração melhora como conseqüência dessa mudança. Uma melhora na respiração faz com que a eliminação das toxinas se torne mais eficiente, e assim, o nível de fadiga fica reduzido. Conseqüentemente a condição geral do corpo melhora. A respiração fica equilibrada, se for o caso, há libertação da expectoração.
Figura 46 - Fonte: Blog do bebê
50 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
ORGÃOS DIGESTIVOS A melhora no fluxo sangüíneo para a pele e as extremidades ajuda também na melhora da circulação, influenciando também no processo digestivo. Os movimentos apropriados da Shantala ajudam a estimular a eliminação das fezes e dos gases. A facilitação da digestão e o alívio das cólicas e gases diminuem a dor/tensão intestinal. A Shantala não é indicada se o bebê tiver crises de diarréia, febre ou acabou de tomar vacina, pois ela estimula o sistema digestivo e altera a circulação do sangue. CAPACIDADE DAS FUNÇÕES ARTICULARES Grande sucesso na melhora das funções articulares e aumento do tônus muscular. Pode ser observada melhora na vascularização das articulações e os movimentos da criança. Aos poucos, a massagem faz com que toda a tensão muscular desapareça. Atua sobre os ligamentos, e o ponto principal da Shantala é a liberação total das tensões e o fluxo de energia. Se no início a criança está chorando, no final ela estará relaxada. Transforma o bebê em uma criança saudável em todos os aspectos.
PARALISIA A aplicação da massagem ajuda em crianças com problemas de paralisia e baixo tônus muscular (criança molinha – geralmente com síndrome de Down). Também auxilia no desenvolvimento de crianças com paralisia cerebral, e contribui com o tratamento de crianças autistas e hiperativas. Esta massagem dá auxílio ao pleno desenvolvimento das crianças que nascem prematuras. 51 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 47 - Fonte: PIPERREPORT
TRATAMENTO DE LESÕES A massagem é capaz de aliviar desconforto muscular e dores. Geralmente, as crianças podem apresentar lesões (quedas, mau jeito) quando iniciam seu processo de engatinhar e posteriormente caminhar.
SISTEMA HORMONAL Diminui os hormônios do estresse, promovendo um sono mais tranqüilo, reduzindo a quantidade de cortisol circulando no corpo (hormônio que em grande quantidade baixa a imunidade). Assim, também favorece a liberação do hormônio do crescimento. SISTEMA IMUNOLÓGICO Bebês mais tranqüilos mantêm o equilíbrio do sistema imunológico. Raramente o bebê que recebe a massagem diariamente adoece. SISTEMA LINFÁTICO Ajuda na drenagem linfática.
52 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
SISTEMA NERVOSO A pele é o órgão de comunicação que o bebê dispõe. O tato transmite uma infinidade de mensagens. Os estímulos externos são absorvidos pelo bebê e a mielinização das células nervosas cerebrais vai sendo favorecida. Os estímulos do tato, desenvolvidos ao longo da massagem, criam aspectos que auxiliarão na organização de bases fisiológicas e emocionais para o bem-estar futuro do sistema nervoso. 11. TOQUE SUAVE – TOQUE DE BORBOLETA O toque de borboleta é um toque carinhoso, introduzido no Brasil por Eva Reich. Apresenta uma filosofia bioenergética muito parecida com a Shantala, a diferença está na maior delicadeza do toque e na ausência de óleos, podendo assim ser feita desde os primeiros dias de vida. É uma técnica que proporciona troca de energia entre os pais e filhos através da carícia, favorecendo o desenvolvimento psicomotor e fazendo com que a criança cresça mais saudável. Esta massagem é as boas vindas que a mãe dá ao bebê, com um toque de borboleta, acariciando-o delicadamente. É um jeito gostoso de integração mãe-filho.
Figura 48 - Fonte: Blog do bebê
53 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Enquanto a criança é muito nova para receber a Shantala, pode-se utilizar esta técnica como primeiro contato. É de extrema delicadeza a massagem, só recebe leve pressão em dois pontos – na palma das mãos e nas solas dos pés (onde se encontra a projeção de todos os órgãos – reflexologia).
Figura 88 - Fonte: Departamento de informática em Saúde
Para começar lave as mãos, enxugue-as e esfregue-as (o que vai deixá-las quentinhas) fazendo com que a energia se concentre ali. A seguir, uma seqüência correta do toque de borboleta, baseado em artigos e imagens da Revista Mãe: todos os movimentos devem ser repetidos pelo menos 3 vezes.
54 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Seqüência de massagem – Toque de Borboleta (abaixo). (Revista Mãe Ideal)
1. Em primeiro lugar deve colocar as duas mãos no rosto do bebê e levemente descer até o queixo. Desça uma mão de cada vez, nunca tirar as duas mãos ao mesmo tempo do rosto da criança.
Figura 49 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
2. Em seguida coloque os dois dedos de cada mão no meio da testa, deslizando levemente. Retorne uma mão de cada vez à posição inicial.
Figura 50 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
3. Uma mão apóia a cabeça, e o dedo indicador da outra mão acaricia a sobrancelha, através de pequenos círculos.
Figura 51 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007) 55 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
4. Coloque dois dedos de cada mão na ponta do nariz e percorra o caminho até as orelhas. Retorne à posição inicial (uma mão de cada vez, mantendo pelo menos uma mão no bebê).
Figura 52 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
5. Segure a cabeça do bebê com uma das mãos. Faça com a outra mão pequenos círculos no queixo.
Figura 53 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
6. Segurando novamente a cabeça, passe os dois dedos da outra mão levemente sobre o osso que fica no meio do peito (osso esterno).
Figura 54 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
7. Vire a cabeça para o lado, e com a mão aberta acaricie da orelha até o ombro. Repita 3 vezes de cada lado.
56 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 55 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
8. Uma mão toca o bebê, e a outra massageia do ombro até a mão. Pressione o polegar na mão da criança, abrindo-a e virando-a para cima. Repita 3 vezes de cada lado.
Figura 56 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
9. Deslize as suas duas mãos sobre o bebê, começando do ombro e terminando no quadril.
Figura 57 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
10. Segure o corpo com uma mão. Com a outra mão deslize dois dedos desde o pescoço até os genitais. Se o umbigo não estiver cicatrizado não toque nele. Só faça o movimento e pule-o.
Figura 58 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
57 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
11. Enquanto uma mão segura, com a outra massageie e acaricie toda a extensão da perninha, começando pelos quadris e descendo até os pés. Nos pés faça uma leve pressão, começando da curva e terminando nos dedinhos. Repita do outro lado.
Figura 59 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
12. Com a criança deitada de bruços acaricie a cabeça, seguindo pela orelha até chegar ao ombro. Uma mão segura a criança e a outra faz o movimento, trocando após a repetição de 3 vezes.
Figura 60 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
13. Toque em um braço de cada vez, com leve pressão na palma das mãos.
Figura 61 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
58 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
14. Coloque as duas mãos sobre seu bebê, e começando pelos ombros desça até o bumbum. Retorne uma mão de cada vez à posição inicial.
Figura 62 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
15. Uma mão segura o bebê e a outra mão - com a ajuda de dois dedos - faz uma rotação ao redor de cada vértebra da coluna do bebê (de cima até em baixo). Esse movimento só se faz uma vez.
Figura 63 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
16. Segure o bebê com uma mão e deslize toda perna com a outra, pressionando levemente a sola do pé.
Figura 64 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007)
59 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
17. Finalize colocando o bebê no colo como um arco. Movimente-o da direita para a esquerda, ajudando na postura e equilíbrio do bebê. Este embalo dura um minuto.
Figura 65 – Fonte: Revista Mãe Ideal (2007) “No ventre da mãe, a vida era uma riqueza infinita. Sem falar nos sons e nos ruídos, para a criança todas as coisas estavam em constante movimento. Se a mãe se erguer e andar, se ela se virar ou inclinar-se ou erguer-se na ponta dos pés. Se ela debulhar legumes ou usar a vassoura, quantas ondas, quantas sensações para a criança. E se a mãe for descansar, pegar um livro e sentar-se, ou se deitar e adormecer, sua respiração será sempre a mesma e o barulho calmo, a ressaca continua a embalar o bebê.” LEBOYER (1995)
OBS: Quando o bebê vem ao mundo por um parto difícil, muitas vezes ele não gosta que toque sua cabeça. Nesses casos a massagem deve ser iniciada com o bebê de bruços (massagem pelas costas). A mãe deve entender melhor seu bebê para atender suas necessidades. Motivos para o seu bebê chorar: •
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Fome: a fome é uma das razões mais comuns para que o bebê chore. O estômago dele é pequenino, e não consegue segurar muita coisa. Quando o bebê chorar, tente amamentá-lo, pode ser fome; Conforto: alguns bebês não se importam que troquem suas fraldas, mas outros não aceitam nenhum desconforto. Se a fralda está apertada e a roupa está desconfortável eles choram;
60 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Deve-se verificar também se não está muito quente ou muito frio no berço, sentindo a temperatura de sua barriga (as mãos e pés costumam sempre ficar mais frios). •
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Colo: às vezes, o que ele quer mesmo é aconchego; Descanso: quando ele precisa sair de muita agitação seu choro é a única maneira para isso. Leve-o a algum local calmo e quieto, em seguida ele irá adormecer; Doença: o tom sai geralmente fora do normal – mais urgente ou aos berros.
12. TÉCNICAS DE MASSAGEM A seguir serão descritas técnicas de manobras básicas de massagem mais utilizadas na Shantala, baseados nos livros de GUIRRO (2004), CASSAR (2001) e LEBOYER (1995). DESLIZAMENTO SUPERFICIAL É o início da carícia. Ele ajuda a examinar os tecidos superficiais (sua temperatura, sua sensibilidade, tônus muscular). É o primeiro contato, ameniza o nível de estresse. As mãos de quem massageia devem estar relaxadas, para que sua sensibilidade no tato seja aguçada, identificando qualquer alteração na pele. A pressão não é muito leve nem pesada. É eficaz quando se quer induzir ao relaxamento. Melhora a circulação local e sistêmica. Seu principal efeito se faz via reflexa, produzindo uma sedação neuromuscular. Aconselha-se iniciar e finalizar a massagem com este movimento, pois ele tem a função de aumentar a sensibilidade da pessoa que está sendo massageada, tornando mais agradável as manobras que serão utilizadas.
61 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 66 - Fonte: Curso Shantala
DESLIZAMENTO PROFUNDO São técnicas parecidas com a anterior (deslizamento profundo) apresentando uma maior pressão. É favorita por alguns, pois se considera mais relaxante.
Figura 67 - Fonte: LEBOYER (1995)
A pressão profunda inibe os músculos e seus nervos sensoriais. Os impulsos nervosos que chegam da coluna aos terminais neuromusculares também são inibidos. Com isso a contração muscular ocorre de maneira mais fraca, portanto a musculatura relaxa mais. 62 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 68 - Fonte: LEBOYER (1995)
Esta forte pressão aumenta a circulação. O conteúdo das veias é drenado, aumentando o espaço para ocorrer o fluxo nas artérias. Quanto maior o fluxo sangüíneo, maior o suporte de oxigênio para as células. Este movimento de massagem não deve ter pressão excessiva para não criar um mecanismo reflexo de defesa. O deslizamento profundo favorece a pele, o tecido celular subcutâneo e melhora as condições de nutrição dos tecidos.
Figura 69 - Camadas da pele – note como as artérias e veias apresentam suas terminações bem próximas da superfície. Fonte: ENCICLOPÉDIA VIRTUAL – WICKPEDIA 63 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
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A PELE DO BEBÊ
Existem algumas diferenças da pele do bebê para a pele do adulto, vejamos a seguir: - a pele do bebê é menos resistente que a do adulto, porque é cinco vezes mais fina; - as erupções cutâneas são freqüentes na infância, pois os bebês têm dificuldades em diminuir sua temperatura pelo suor; - a produção do suor e do sebo tem funcionamento irregular, fazendo com que o obstáculo contra fungos e bactérias seja menos eficiente; - a pele da criança é mais sensível aos raios ultravioletas, pois a produção da melanina é mais lenta. Lave bem as mãos antes de limpar e trocar o bebê. Na aplicação do óleo para a massagem crie uma situação de divertimento para a criança. Quanto mais limpinha e seca a pele estiver, menor a chance de aparecer dermatites ou infecções adicionais. 13. ÓLEO PARA MASSAGEM Para a realização da Shantala utiliza-se um produto emoliente. O óleo é indicado quando apresenta uso infantil e testado dermatologicamente. Leboyer, em seu livro, cita que na Índia as mulheres usam óleo de mostarda no inverno e óleo de coco no verão. O óleo de coco é retirado diretamente do coco (processo caseiro), tem um cheiro fortíssimo de coco que se parece com cocada pura. É fino e frio, bom para ser utilizado no verão ou para pessoas que sentem calor. É um óleo fácil de penetrar no corpo e extremamente calmante. O destaque dos óleos obtidos de coqueiros é a elevada concentração de ácido láurico, portanto recebem a denominação de óleos láuricos. 64 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
O destaque é que este ácido é também encontrado no leite materno, sendo um dos principais componentes para o fortalecimento imunológico do bebê. Ele também indica sempre a utilização de óleo natural e rejeita a utilização do óleo mineral (produto secundário derivado da destilação do petróleo no processo de produção da gasolina). Este óleo é utilizado em grande escala na indústria cosmética. Quase nem penetra na pele e não apresenta as ações curativas e calmantes que um óleo natural proporciona. Os óleos vegetais são extraídos diretamente das plantas, sem processo químico, extraídos a frio, mantendo todas as propriedades medicinais dos óleos. Os óleos da natureza preparam o corpo para uma purificação fisiológica, desintoxicação e dissolução do estresse.
Figura 70 – Fonte: Aromalândia
Os mais comumente utilizados são: gergelim, azeite de oliva, girassol, amêndoas, coco, uva, abacate. No Brasil recomenda-se o uso do óleo de amêndoas puro. Em casos de cólicas acentuadas recomenda-se óleo de camomila. Propriedade dos óleos vegetais: AMÊNDOA DOCE (Prunus amygdalus var dulcis )
65 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
É poderoso hidratante e emoliente para o corpo e rosto. Geralmente é o mais utilizado. É rico em vitaminas A e B e penetra muito bem na pele. Tem ação suavizante e nutritiva. É o mais utilizado para a realização de massagens em geral, pela fácil aquisição. No mercado encontraremos o óleo de amêndoas doce misturado a outros óleos sintéticos. Não é muito aconselhável. O mais seguro é procurar uma farmácia de manipulação para adquirir o seu óleo natural. É extraído com prensagem a frio (melhor óleo e mais difícil de conseguir, atualmente existe uma grande quantidade de óleos sendo extraídos por processos químicos). Ele tem a cor amarelada e o odor e sabor suave e característico.
GERME DE TRIGO (Triticum vulgare ) É rico em vitamina E, regenera os tecidos. Apresenta uma quantidade significativa de nutrientes, sais minerais e ácidos graxos insaturados (fundamentais na prevenção de doenças).
Figura 71 – Fonte: Aromalândia
66 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
ABACATE (Persea gratissima) O Abacate é a fruta que possui a maior quantidade de proteínas e é rico em vitaminas C e E, ácido fólico e potássio. No Brasil, conseguimos obter este óleo no interior de Minas Gerais, extraído através de um processo artesanal usando calor. Este método mantém suas propriedades e dá origem a um óleo puro, igualmente produzido na Nova Zelândia (extração de óleo de abacate por prensagem a frio – altamente medicinal). SEMENTE DE UVA (Vitis vinifera ) É um óleo fino e de fácil absorção. Possui vitamina E e ácido linoleico (Ômega 6). É um excelente revitalizante. Este óleo puro é uma raridade, portanto é relativamente caro. O verdadeiro óleo de sementes de uvas possui uma cor verde escuro e um aroma que lembra uma mistura de nozes e oliva, com um toque de fundo típico de champagne. GERGELIM (Sesamun arientele l .) É um óleo denso e esquenta o corpo rapidamente. É bom para fazer massagem no clima frio, ou para pessoas que sentem muito frio. É um óleo bastante calmante. Possui ômega 3, ômega 6 e ômega 9. CALÊNDULA (Calendula officinalis ) Ajuda na recuperação das feridas, cicatrizes, queimaduras. Recupera os tecidos do corpo.
67 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 72 – Fonte: Aromalândia
ÓLEO DE OLIVA É um pouco mais frio que o óleo de gergelim e um pouco mais quente que o óleo de coco. Sensação de frescor, limpeza, equilíbrio. É extraído da azeitona.
Figura 73 – Fonte: Aromalândia
COCO (Elaeis guineensis ) É um óleo extremamente fino, que você retira facilmente no banho após a massagem. É um óleo frio, utilizado em dias de calor. Tem cheiro agradável e ação relaxante.
68 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
14. PREPARAÇÃO PARA A MASSAGEM Você vai precisar de: - óleo vegetal (importante para facilitar o deslizamento: evitar passar no rosto e nas mãos do bebê, pois ele sempre leva a mãozinha na boca); - uma toalha ou fralda por cima de um protetor que será o apoio do bebê (pode ser que o bebê urine durante a massagem); - fralda de pano seca para remover o excesso do óleo – se necessário travesseiros confortáveis, um para o apoio das costas e outro se quiser acomodar o bebê; - deixe algum brinquedo de estimação da criança por perto; - música suave; - ambiente aquecido. PREPARAÇÃO: - Sente-se no chão, com as pernas esticadas, costas eretas, ombros relaxados; - O bebê deve ser posicionado sobre sua perna, por cima da toalha (fralda); “Massagear a criança numa mesa, estando a mulher de pé ou sentada numa cadeira, é falsear o significado profundo. É pôr de lado a afeição.” (LEBOYER, 1995)
- Para estimular a sensibilidade tátil, pode utilizar toalhas e colchas de diferentes texturas, cores e temperaturas; - O bebê deve estar totalmente despido, e o quarto aquecido. Isso evitará que o bebê sinta frio e fique desconfortável. O bebê jamais deve sentir frio. Nos dias de muito calor dê preferência para massagens ao ar livre e depois a criança pode ficar alguns minutinhos despida ao sol (pela manhã);
69 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
- Não use anéis, relógios, pulseiras, brincos ou cordões compridos quando for fazer a Shantala; - Mantenha as unhas curtas e bem lixadas, para não correr o risco de arranhar e machucar o bebê; - Utilize roupas confortáveis que permitam seus movimentos. Isso tornará a aplicação da massagem mais prazerosa tanto para o bebê como para a mãe, ou a pessoa que aplica a Shantala; - Aconselha-se a realização desta massagem de manhã, podendo ser repetida à tarde antes do sono; - A criança não pode estar alimentada. Esta massagem não deverá ser feita depois da alimentação (mamadeira, peito ou alimentos). Quando a criança está fazendo a digestão toda a energia e circulação está concentrada ali. Se começar a massagem, atrapalhará a digestão; - Coloque o óleo em um recipiente bem próximo de você. Ele pode ser levemente aquecido (morno); - Passe óleo nas mãos e friccione uma na outra para aquecê-lo. Sempre o óleo deve estar previamente aquecido;
Figura 74– Fonte: Curso Shantala
- Inicie a massagem com as técnicas apresentadas a seguir. Sempre de dentro para fora (do tronco para as extremidades – braços e pernas) e de cima para baixo; - Fique concentrada no bebê durante a massagem toda, fixando bem seus olhos no da criança, favorecendo assim todo contato tátil e visual;
70 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
- Converse com a criança durante a massagem, mas converse bastante com o olhar. O silêncio ajuda na concentração e relaxamento. Deve-se buscar outras formas de se comunicar (com os olhos, com a mão, com o calor, com a música relaxante e ambiente); - Após a massagem deve-se banhar a criança. Isso promoverá um relaxamento profundo, além de livrar a pele do excesso de óleo.
15. SHANTALA – A SEQÜÊNCIA DE MOVIMENTOS “Em toda arte há uma técnica. Que é preciso aprender e dominar. A arte só aparecerá depois. De fato, ela está ali o tempo todo. Visto que, justamente, ela está além da existência. Mas no momento deixemos de nos preocupar. E vamos à técnica. Que é de grande precisão.” (LEBOYER, 1995)
Figura 75 – Fonte: LEBOYER (1995)
Este capítulo é inteiramente baseado no livro de Leboyer (1995), bem como as imagens que ele fotografou na ocasião em que esteve na Índia, sendo que foi ele quem observou, catalogou e deu nome à técnica, como foi explicado no primeiro módulo. 71 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Primeiramente você irá posicionar o bebê em decúbito dorsal (barriga para cima), em posição paralela à suas pernas, de modo que a cabecinha fique próxima aos joelhos. Em seguida deve-se banhar as mãos em óleo e iniciar os movimentos a seguir. Lembre-se sempre de manter a comunicação pelo olhar e de realizar os movimentos em um ritmo constante. Antes de iniciar, Leboyer recomenda em seu livro a seguinte afirmação: “Uma última palavra: é essencial que as duas mãos estejam relaxadas. Isto só será possível se os seus ombros estiverem livres de qualquer tensão. Isto só será possível se a sua respiração... Só assim as suas mãos irão trabalhar em harmonia entre si e com a criança. Não se esqueça: o bebê é um espelho. Ele devolve a você a sua imagem. A imagem da sua liberdade. Ou de suas tensões. Para libertar o outro é necessário ser livre você mesma. E, de resto, o outro, você mesma...” (LEBOYER, 1995)
TRONCO/PEITO Os movimentos no peito eliminam tensões na caixa torácica e ajudam a melhorar a respiração. Deve ser massageado do centro para fora, com as duas mãos. Coloque as mãos lado a lado no centro do peito do bebê. Deslize por todo o tronco e pela região da cintura (lateral). As mãos trabalham simultaneamente, mas em direção oposta. Tomar cuidado para não tirar totalmente as mãos de cima do bebê (sempre uma de cada vez).
72 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 76 – Aqui a mão desliza sobre o tronco, simultaneamente. Neste movimento a mão também massageia a lateral da criança. O movimento vem de baixo para cima. Fonte: LEBOYER (1995)
Esta próxima seqüência de movimentos vai trabalhar uma mão de cada vez. Coloque as duas mãos no quadril do bebê. Em seguida, a mão que se encontra no quadril esquerdo vai percorrer todo o tronco do bebê até o ombro direito (movimento cruzado). Quando chegar ao ombro, a outra mão que permaneceu no quadril direito vai começar a deslizar até chegar ao ombro esquerdo. Cada mão trabalha de uma cada vez, uma depois da outra, como se fossem ondas.
Figura 77 – Fonte: IMAGEBANK
73 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
A seguir esta mesma seqüência fotografada por Leboyer:
Figura 78 – Fonte: LEBOYER (1995) modificado pelo autor
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Figura 79 – Esta seqüência de movimentos é feita da seguinte maneira: a mão sai do quadril e vai para o ombro contralateral, voltando novamente para o quadril. Em seguida é a vez de a outra mão fazer este mesmo processo. Observe que quando a mão chega ao ombro, a lateral da mão da mãe (dedo minguinho) toca no pescoço da criança. Fonte: LEBOYER (1995) modificado pelo autor
Este movimento é de modo lento e leve. Este ritmo deve ser mantido, jamais deve acelerar (do começo ao fim da massagem). Quando se mantém a lentidão, a pressão que a mão exerce sobre o bebê costuma acentuar-se, de modo natural, sem intenção.
75 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
OS BRAÇOS Nesta seqüência segue de um lado, depois de todo o movimento (braço e mão), faz-se do outro lado. Segure o bebê lateralmente, e delicadamente você segura a mão para esticar o braço. Uma mão da mãe serve de suporte (segurará nos ombros) e a outra é que fará a massagem. Contorne o bracinho do bebê com a sua mão, fazendo um pequeno bracelete, começando pela mãozinha e descendo até o ombro. As mãos da mãe se revezam nesse movimento, percorrendo todo o braço da criança, de baixo para cima e de cima para baixo.
Figura 80 - Fonte: LEBOYER (1995)
76 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 81 – Fonte: LEBOYER (1995)
Figura 82 – Fonte: LEBOYER (1995)
As mãos trabalham agora em sintonia, as duas ao mesmo tempo (e não uma de cada vez como antes), em sentido inverso. Elas circundam o ombro e cada mão forma um bracelete. Esses dois braceletes se deslocarão da escápula (omoplata) até a mão do bebê e vice-versa. 77 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 83 – Fonte: LEBOYER (1995)
A mão faz um movimento de rosca ao redor do braço da criança, cada mão seguindo um sentido, como que se torcesse o braço. Chegando ao punho, as mãos voltam para o ombro e recomeçam.
Figura 84 – Fonte: LEBOYER (1995)
78 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 85 – Fonte: LEBOYER (1995)
Figura 86 – Fonte: LEBOYER (1995)
79 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 87 – Fonte: LEBOYER (1995)
O punho é importantíssimo. Demore nesta área. MÃOS
Figura 88 – Fonte: IMAGEBANK
A massagem nas mãos segue da seguinte forma: com o polegar, a mãe vai massageando a palma e percorre para os dedos. Depois a mãe dobra os dedos da
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criança (fechando a mãozinha), como que se bombeasse o sangue da palma para a extremidade.
Figura 89– Fonte: LEBOYER (1995)
Ao finalizar a massagem nas mãos, inicie a massagem no outro bracinho mudando o bebê para a outra lateral. A BARRIGA Aqui, enquanto uma mão trabalha a outra espera. Partindo da região do peito (onde as costelas nascem) a mão percorre até a parte de baixo da barriga. Este movimento parece ondas que irão esvaziar a barriga do bebê, ajudando na cólica e prisão de ventre.
81 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 90 – Fonte: LEBOYER (1995)
Uma de suas mãos segura os pés do bebê, segurando as pernas verticalmente esticadas. Agora a mãe usa o antebraço para fazer o movimento (sempre de cima para baixo).
Figura 91– Fonte: LEBOYER (1995)
AS PERNAS Exatamente como fez nos braços. A mão forma pequenos braceletes, agarrando a coxa, e uma após a outra sobem pela perna, chegando ao pé do bebê.
82 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 92 – Fonte: LEBOYER (1995)
Figura 93 – Fonte: LEBOYER (1995)
Em seguida, como no braço, comece a trabalhar em sentido inverso. As mãos trabalharão juntas, vindo do quadril em direção aos pés, em um movimento de rosca/torção.
83 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 94 – Fonte: LEBOYER (1995)
Persista no tornozelo e no calcanhar, são locais fundamentais. OS PÉS
Figura 95 – Fonte: Blog do bebê
Por fim massageie com o polegar a planta do pé do bebê seguindo até os dedinhos. Em seguida massageie com a palma da sua mão fazendo com que a massagem naquela perna finalize. Mude para a outra perninha e em seguida massageie o outro pé. 84 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 96 – Fonte: LEBOYER (1995)
COSTAS A massagem nas costas é um momento especial. É um local onde geralmente se demora mais. Coloque a criança de bruços. Antes, a criança ficava deitada paralela as suas pernas, agora ela ficará na transversal. A cabeça do bebê se encontrará a sua esquerda, e as perninhas à sua direita (conforme imagem abaixo).
Figura 97 – Fonte: LEBOYER (1995) 85 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Para realizar esta massagem é preciso cumprir três etapas. PRIMEIRA ETAPA: percorre as costas de um lado a outro. •
Coloque a mão nas costas da criança e nos ombros da criança;
•
As mãos vão para frente uma depois da outra;
Trabalhe com a palma de suas mãos por toda a largura das costas do bebê. Para frente e para trás. A maior pressão geralmente é para frente; •
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Aos poucos a mão vai se deslocando transversalmente;
Esse movimento vai acontecendo, começando pela região dos ombros, seguindo as costas todas até terminar nas nádegas. •
Figura 98 – Fonte: LEBOYER (1995)
SEGUNDA ETAPA: ao longo das costas. •
Neste movimento apenas sua mão esquerda vai trabalhar;
Coloque-a espalmada para percorrer as costas do bebê. O movimento será descer da nuca até as nádegas. Chegando às nádegas deve-se soltar o •
86 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
corpo do bebê e voltar novamente à nuca, para realizar o movimento de novo; Este movimento não é sutil, requer certa pressão e uma extrema lentidão. “Nesta mão há uma grande força. E você a vê, sente-a na mão abençoada.” (LEBOYER, 1995); •
•
Quanto mais lento e profundo, maior o efeito desse movimento;
Figura 99 – Fonte: LEBOYER (1995)
Figura 100 – Fonte: LEBOYER (1995)
87 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
A mão direita firmemente apóia a nádega, se opondo ao movimento da mão esquerda; •
As mãos trabalham harmonicamente, transmitindo ali a real energia e o dinamismo da Shantala. •
TERCEIRA ETAPA: ao longo das costas e até os pés. Movimento muito parecido com a segunda etapa. Continua a mão esquerda a percorrer as costas do bebê, só que desta vez ela não pára nas nádegas. Ela continua seu movimento através das coxas, pernas e calcanhares. Voltando ao seu ponto de origem (nuca) para realizar o movimento novamente. A mão direita segura os dois pezinhos para dar maior suporte e manter as pernas esticadas.
Figura 101 – Fonte: LEBOYER (1995)
88 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 102 – Fonte: LEBOYER (1995)
Figura 103 – Fonte: LEBOYER (1995)
89 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 104 – Fonte: LEBOYER (1995)
O ROSTO
Figura 105 – Fonte: IMAGEBANK
Retorne o bebê para a posição em que ele fique deitado paralelamente às suas pernas (posição inicial). Comece a massagear na fronte (testa). Iniciando do meio da testa, desloque seus dedos para os lados, contornando as sobrancelhas. Retorne para o meio para realizar novamente o movimento. Cada vez que o movimento é repetido ele se afasta um pouco mais, contornando os olhos, bochechas.
90 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 106 – Fonte: LEBOYER (1995)
A BASE DO NARIZ Os polegares levemente sobem de um lado e outro (ao mesmo tempo) para a base do nariz e voltam a descer. Sobem novamente e o movimento de vai e vem realiza a massagem. O movimento mais íntimo é de baixo para cima, com os dedos subindo novamente para a testa da criança.
Figura 107– Fonte: LEBOYER (1995) 91 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
AS COMISSURAS DO NARIZ E DA BOCA Com os polegares nos olhos da criança, fechando-os com sutileza. Os polegares descem e seguem as linhas do nariz, chegando à comissura da boca, ficando em baixo das bochechas.
Figura 108 – Fonte: LEBOYER (1995)
EXERCÍCIO COM OS DOIS BRAÇOS Para finalizar a massagem vamos realizar exercícios. O primeiro é com os braços. Segure os dois bracinhos do bebê e cruze-os sobre o peito. Torne a abri-los de volta na posição inicial. Torne a cruzá-los. Repita esse movimento.
Figura 109 – Fonte: LEBOYER (1995) 92 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
EXERCÍCIOS COM UM BRAÇO E UMA PERNA Segure um dos pés de um lado e a mão do lado oposto e faça com que eles se cruzem no tronco, como se o pé do bebê tocasse o ombro oposto e a mão do bebê tocasse a nádega oposta. Depois volte a posição e recomece o movimento. Após uma seqüência, faça do outro lado.
Figura 110 – Fonte: LEBOYER (1995)
PADMASANA OU LÓTUS OU POSIÇÃO DE BUDA Segurando os dois pés, cruzam-se as perninhas trazendo-as para a barriga. Depois faça o movimento contrário (abra, estenda e separe as perninhas) trazendo de volta à posição inicial. Este movimento finaliza nossa Shantala. Agora é partir para o banho.
Figura 111 – Fonte: NATURA
93 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Figura 112 – Fonte: LEBOYER (1995)
Figura 113 – Fonte: LEBOYER (1995)
Esses exercícios são de extrema importância e deve-se entender bem o sentido. A tensão muscular vai toda desaparecendo. Os exercícios completam o trabalho – ginástica passiva. Atuam sobre os ligamentos e distensões musculares.
94 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
“Ao cruzar os braços sobre o peito, você libera no bebê toda a tensão que poderia se manter nas costas. E, desse modo, liberar a caixa torácica e a respiração pulmonar. Ao cruzar um braço com uma perna, opor um ombro e o outro quadril, você faz com que a coluna vertebral se sujeite à urna inclinação e torção sobre o seu eixo, liberando simultaneamente a coluna de qualquer tensão. Ao cruzar as pernas sobre a barriga, no Padmasana, você provoca a abertura e o relaxamento das articulações da bacia, particularmente de suas junções com o sacro e a base da coluna vertebral.” LEBOYER (1995).
Figura 114 – Fonte: Blog do bebê
16. BANHO AROMATIZADO Finalizando a massagem é o momento do banho. O banho também tira o excesso de óleo que o corpo não conseguiu absorver, mas esta não é sua finalidade maior. O objetivo do banho é o completo bem-estar da criança. De sua liberação após a massagem. Ele completa o trabalho. A água é importante nessa etapa, deixe trabalhar com suas propriedades.
95 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Algumas tensões podem se manifestar no corpo da criança, e mesmo com a massagem não conseguem sair. Podem estar escondidas na coluna, nas costas, no pescoço, na nuca ou em parte do sacro. A água desaparecerá com tudo isso. Segure a criança pelas axilas, coloque sobre a água e a deixe flutuar. Não é necessário segurar o bebê, basta deixar seu corpo fluir na água, flutuando. A água conduz e faz o trabalho. Pode ser uma banheirinha, um recipiente. A água é morninha, um pouco mais quente que a temperatura do corpo.
Figura 115 – Fonte: LEBOYER (1995)
17. PARTICULARIDADES DA SHANTALA (dúvidas mais freqüentes) - QUANDO COMEÇAR A FAZER A MASSAGEM? Não se deve fazer a massagem sem que o bebê tenha completado pelo menos um mês. Pode-se apenas tocá-la com a massagem Toque de Borboleta. Assim mesmo, deve-se evitar tocar no rosto e barriga se a criança for muito novinha, principalmente se for prematura ou vier de um parto difícil.
96 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
- QUANTO TEMPO A MASSAGEM DURA? Em média de 20 a 30 minutos. Mas, como a mãe deve se concentrar na massagem e não no relógio deve deixar fluir. Com o tempo a massagem e o tempo vão se moldando. A cada semana o tempo pode ir aumentando até o equilíbrio.
Figura 116 – Fonte: Blog do bebê
- ATÉ QUE IDADE PODE-SE FAZER A SHANTALA? Devem-se aproveitar os meses em que a criança não se movimenta tanto. Até os 4 meses mais ou menos. No momento que você sentir que ela cresce e está muito arteira pode-se fazer a massagem quando necessário. Algumas literaturas trazem que a Shantala pode ser realizada até os nove anos.
Figura 117 – Fonte: LEBOYER (1995) 97 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
A aplicação da Shantala é bem aceita pelos bebês. Durante a massagem ele sorri, emite sons de satisfação.
Figura 118 – Fonte: Blog do bebê
É um momento mágico para a mãe se aproximar do seu bebê. É muito emocionante. Pode ser observado o desenvolvimento dia após dia, sentindo a diferença a cada massagem.
Figura 119 – Fonte: Blog do bebê
O vínculo afetivo cresce e ajuda a criança a desenvolver sua auto-imagem. A interação mãe e bebê se inicia na gestação e segue depois do nascimento. Os cinco sentidos (tato, olfato, paladar, visão e audição) ficam aguçados com a presença da mãe.
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A Shantala é essencial para a saúde mental do bebê e para que juntos encontrem prazer ao entrarem em contato um com o outro, mãe e filho. Estudos mostram que na hora da realização do banho a criança pode ser colocada em uma bacia menor, e posicionada de uma forma que lembre seu posicionamento no útero.
Figura 120 – Fonte: Ayurvedic Baby Massage
Figura 121 – Fonte: Ayurvedic Baby Massage
Quando o bebê apresenta cólicas não é só a dor que incomoda. É todo o processo da cólica, toda a tensão do corpo que ela acomete. A Shantala vem para 99 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
amenizar tanto a dor da cólica, quanto a dor no corpo. Os movimentos centrífugos da Shantala são essenciais para promover a circulação do sangue e melhorar a oxigenação dos tecidos. 18. O PAI NA SHANTALA E A PARTICIPAÇÂO NOS GRUPOS TERAPÊUTICOS Tem se tornado cada vez mais freqüente a utilização desta técnica para todos os benefícios que já estudamos. Grupos terapêuticos, de estimulação sensório-motor para bebês, vêm sendo formados com o intuito de que os pais possam aprender a técnica e praticá-la em seus filhos. No Brasil inteiro, grupos de pais procuram os benefícios da Shantala em cursos que demonstrem as técnicas. Cada vez mais o pai torna-se figura presente na realização da massagem. No passado, apenas a mãe tomava partido desta situação. Agora, a figura masculina vem se rendendo ao poder terapêutico da Shantala. Isto faz com que o vínculo com o filho se estreite cada vez mais. Os pais estão se interessando em tornar-se parte ativa nos cuidados e na criação do filho, quando ainda é bebê. Já é exceção aquela imagem que temos do pai desajeitado, que entrega o bebê para a mãe até que ele tenha uma idade mais avançada.
Figura 122 – Fonte: Clínica Mamãe e Bebê
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Geralmente o tempo que o pai tem para se dedicar ao bebê é limitado, à noite e final de semana. O pai chega cansado do trabalho e enfrenta situações de pressão financeira para a manutenção da casa. Isto, acrescido do comportamento maternal, faz com que o pai se afaste mais da criança. Atualmente nota-se uma aproximação dos pais em cuidar dos filhos com mais carinho e delicadeza. Um excelente instrumento para que este vínculo se crie mais calorosamente é a massagem. As pesquisas indicam que os bebês encontram ligação com seus progenitores logo no primeiro ano de vida. Se o pai não tem tempo para se dedicar ao filho, a massagem regular faz uma oportunidade para um contato mais prolongado com o recém-nascido, fortalecendo uma relação sadia e um vínculo mútuo.
Figura 124 – Fonte: IMAGEBANK
“Transformadas estão as mãos, hábeis, inteligentes. Delicadas e sensíveis. Animadas por um ritmo tão prudente quanto inevitável.A massagem fez-se dança. (...) Sim, longe de ser simplesmente um dos cuidados que dedicamos ao bebê, esta massagem é uma arte. (...) E esta arte é assim. Você pode ir a Calcutá, onde o acaso pôs Shantala em meu caminho. Mas será uma longa viagem” (LEBOYER, 1995).
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