FREIRE, paulo Extensão ou Comunicação?
Tradução Tradução de Rosica Darcy de Oliveira 8ª ed.Rio de Janeiro,Paz e Terra,!8" !"p. #O $undo,%o&e,v.'() Universidade Federal de Uberlândia – UFU
Faculdade de educação * F+ED o-unicação ocial * Jornalis-o Disciplina/ o-unicação e Educação. Docen0e/ Drª Diva ouza ilva Discen0e/ Ela1ny ar-ona Pereira Paulo Re2lus 3eves Freire nascido e- Reci4e no dia ! de se0e-5ro de !', veio a 4alecer e- ão Paulo e- ' de -aio de !!6. Foi u- educador, peda2 peda2o2i o2is0a s0a e 4iloso 4iloso4o 4o 5rasil 5rasileir eiro, o, sua pra0ic pra0ica a did70i did70ica ca se 4unda4unda-en0 en0av ava a na pra0ica dial0ica co- a realidade. Paulo Freire se des0acou pelo seu 0ra5al9o na educação popular e pa0rono da educação 5rasileira e u- au0or de reno-e -undia -undial, l, -ui0o -ui0o aclaacla-ado ado e- pa1ses pa1ses co-o os E:+, E:+, onde onde se 0ornou 0ornou doutor honoris causa causa e- universidades co-o %arvard, a-5ri2e e O;4ord. O livro 4oi escri0o no 9ile e- !?8, co- o 0i0ulo ori2inal de => e 4oi 4oi lanç lançad ado o e- !?! !?! pelo pelo ins0 ins0i0u i0u0o 0o de capaci0aci@n e Inves0i2aci@n e- re4or-a +2r7ria, e- an0ia2o. O livro es07 dividi dividido do e- 0rAs 0rAs cap10u cap10ulos los.. O pri-ei pri-eiro ro cap10u cap10ulo lo 0ra0a 0ra0a da ori2eori2e- da palav palavra ra e;0ensão, Bue nada -ais do Bue al2o Bue es0endido a al2u-. Freire co-ple0a o capi0ulo Bues0ionando a e;0ensão enBuan0o a2en0e educador, e -os0ra Bue não se educa por e;0ensão, e;0ensão, pois ela não 2era Bues0iona-en0o Bues0iona-en0os se si- d7 do-inação a Bue- de0- con9eci-en0o e 0rans4or-a o ca-ponAs eu- ser passivo, s@ se educa a par0ir do -o-en0o Bue o 9o-e- 0e- sede de sa5er e poder de Bues0iona-en0o. O se2undo cap10ulo, por sua vez, a5orda a e;0ensão e invasão cul0ural e 0r7s re4le;Ces so5re a re4or-a a2r7ria e o papel do a2rno-o educador. 3esse cap10ulo, o au0or -os0ra co-o a e;0ensão re0ira o car70er 9u-ano dos ensina-en0os, Buando o a2rno-o, ou 0cnico, 4orça os ca-poneses Bue se adeBue- a 0eoria se- Bue a&a dialo2o. endo assi- o
a2rno-o invade a cul0ura do ca-ponAs e o 0rans4or-a e- . 3o 0erceiro e ul0i-o cap10ulo, ele 4ala so5re o 0i0ulo da o5ra e ressal0a a 0odo ins0an0e Bue o educador e educando precisa- de dialo2o para Bue não a&a e;0ensão, invasão cul0ural ou -anipulação e si- co-unicação. Paulo Freire coloca e- pau0a a 4or-a da educação no ca-po, analisando o 9ile, lu2ar onde es0ava vivendo Buando escreveu o livro, e diz Bue e;0ensão a 0rans-issão de sa5eres 0cnicos do a2rno-o ao ca-ponAs, ou do educador ao educando, e Bue a e;0ensão não 0e- sen0ido so5 a @0ica 9u-anis0a, &7 Bue para o 9u-anis-o o 9o-e- deve ser a2en0e 0rans4or-ador do seu -eio e a e;0ensão 4az co- Bue o a2ricul0or se&a 0rans4or-ado e, pois a e;0ensão -ecanizada e 0e- o processo de levar, 0rans4erir, deposi0ar, en0re2ar. Ou se&a, 97 al2u- Bue sa5e 0udo e 97 al2u- Bue não sa5e nada e 0e- Bue acei0ar 0udo calado. O au0or ressal0a a 0odo o -o-en0o a i-por0ncia do dialo2o e de Bue o ser precisa re4le0ir so5re o -undo e a si -es-o. Ta-5- 4ala da necessidade da práxis, Bue a sua pra0ica sendo re4le0ida para Bue o 9o-e- possa sair da “doxa” ( o senso co-u-, visão in2Anua e rasa so5re as coisas) e possa a0in2ir o “logos”, Bue por sua vez o verdadeiro sa5er. +ssi-, Freire conse2ue -os0rar a 0eoria i-pl1ci0a na e;0ensão, Bue desu-ana e con0raria ao dialo2o. endo assi-, a e;0ensão 0a-5- invasão cul0ural, Buando 4orça os ca-poneses a se -oldare- aos sa5eres 0cnicos dos a2rno-os, o e;0ensionis0a o invasor e o ca-ponAs 0e- seu espaço invadido. O au0or ressal0a Bue não se pode con4undir e;0ensão e educação, pois a educação necessi0a de 9u-anidade enBuan0o a e;0ensão 4ria e se -os0ra no in0ui0o de do-es0icação dos 9o-ens. 3esse sen0indo, o au0or Bues0iona o co-pro-isso do pro4issional co- a sociedade e acrescen0a a ur2Ancia do dialo2o, a necessidade da decisão pol10ica para a re4or-a a2r7ria, o peri2o do -essianis-o #valorização das 0cnicas e desvalorização do 9o-e-). Freire ressal0a 0a-5- Bue necess7ria a consolidação de u-a nova -en0alidade, Bue preciso pensar e Bue 0a-5- o a2en0e da -udança. Freire diz 0a-5- Bue a educação co-unicação, e co-unicação e;i2e dialo2o, sendo assi- a educação se da por -eio de 0rocas de in4or-açCes en0re pessoas e por isso não pode se ape2ar ao -odelo de e-issor a0ivo *
recep0or passivo. O dialo2o i-por0an0e, pois s@ assi- a educação vai ser -ais a5ran2en0e. O au0or conclui seu ensaio des0acando Bue preciso ver o 9o-e- e- sua in0eração co- a realidade. + 9is0oria 4ei0a pelos 9o-ens e por isso i-por0an0e Bue con9eça- sua pr@pria 9is0oria e cul0ura, para Bue assipossa- 0rans4or-ala. Para Freire, i-poss1vel dese&ar Bue o 9o-e- se adap0e, pois s@ poss1vel se adap0ar a al2o Bue &7 es07 4or-ado e a nossa realidade não es0a 4inalizada e i-u07vel. + o5ra re-e0e a 2randes pro5le-as vividos pela educação a0ual se analisar-os 5e-. O a2rno-o no caso seria os pro4essores e os ca-poneses os alunos. %o&e e- dia a educação es07 e- cons0an0e de4asa2e- pelo seu sis0e-a r12ido e 9ier7rBuico, Bue 4az co- Bue os pro4essores se&a- os e;0encionis0as e leve- seus sa5eres aos alunos de 4or-a parecida co- as escolas -edievais e os alunos por sua vez acei0a- 0udo de 4or-a passiva e pior, precisa- decorar 4or-ulas e 0odo o con0eGdo para eles. e não cu-prir co- essas e;i2Ancias e não conse2uir 0udo a0 as provas, ele ir7 ser punido co- no0as 5ai;as. + escola e os pro4essores pode- a0 0en0ar ser de 4a0o educadores, -as aca5a- sendo -eros e;0encionis0as, pois 0A- re2ras i-pos0as pelo 2overno Bue precisa- ser se2uidas. Hive-os nu-a poca de in4or-ação 47cil, -as os &ovens -al lee-, e Buando se dão ao 0ra5al9o de 5uscar in4or-açCes co- suas pr@prias pernas, acredi0a e- 0udo Bue vA, não sa5e Bues0ionar e con0inua 0endo u-a visão in2Anua so5re os 4a0os. $ui0as vezes se ac9a- in4or-ados Buando na verdade s@ con9ece- a visão de al2u- -eio de in4or-ação e as reproduze- do -es-o &ei0o Bue as rece5era-, se- acrescen0ar nada. o-parando o &ornalis-o co- as 0eses Freireanas, pode-os ver Bue o &ornalis-o in4eliz-en0e -ui0as vezes 0ende a e;0ensão, &7 Bue 0ra5al9a co-ediação de in4or-ação e apenas es0ende as in4or-açCes população. $ui0as vezes e-issoras de radio e 0elevisão, revis0as ou &ornais se aprovei0ada 4al0a de senso cri0ico da -aioria da população e a -anipula cons0an0e-en0e. Todavia, -ui0os -eios de co-unicação são educa0ivos e pro-ove- a di4usão da in4or-ação da 4or-a cer0a. a5e a população 0er discerni-en0o do Bue 5o- ou não para se consu-ir e sa5er aprovei0ar 0odos os pon0os de vis0a do &ornalis-o para se -an0ere- in4or-ados de verdade e não sere- -eros o5&e0os de -ano5ra.