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Principais teorias de comércio internacional Publicado em outubro 13 !""# $ 11 %oment&rios
'eorias ' eorias de %omrcio nternacional nternacional !""# * +ue gera o comrcio entre as na,-es. / discuss0o sobre as causas do comrcio internacional est& intimamente relacionada ao seu conteto hist2rico de orescimento do capitalismo comercial e industrial da nglaterra dos sculos 14 15 1# e 6s propostas ideol2gicas ideol2gicas das classes burguesas +ue de7endiam o livre8comrcio como uma possibilidade de ganhos globais para todos os +ue se envolvessem no comrcio9 Nesse sentido s2 haver& teorias mesmo cl&ssicas e neocl&ssicas com a cr:tica ao mercantilismo por /dam Smith e logo se desenvolveriam com ;avid
ec?sher @ertil *hlin Samuelson e os mais recentes incluindo8se tambm os desenvolvimentistas +ue ir0o criar uma teoria contr&ria 6s bases cl&ssicas e neocl&ssicas9 /ssim as teorias de comrcio internacional podem ser classiAcadas nos seguintes gruposB
/) Codelo %l&ssico e en7o+ue neotecnol2gicoD @) Codelo Neocl&ssico e en7o+ue neo7atorialD %) economia de escala concorrEncia imper7eita e novos modelosD e ;) inuEncia da demanda9 =) 'eoria do comrcio estratgicoB o protecionismo educadorGde Hist e a vis0o de
'er:amos uma primeira perguntaB * +ue gera o comrcio entre as na,-es. = essa pergunta seria respondida assimB o +ue determina o comrcio internacional s0o as vantagens comparativas (a di7eren,a entre os pre,os ou custos de produ,0o dos bens o7ertados entre os pa:ses)9 Sob esse aspecto ter:amos apenas duas teoriasB a cl&ssica +ue diI +ue s0o as vantagens absolutasG(/dam Smith) e a neocl&ssica +ue amplia esse conceito para o de vantagens comparativasG9 / partir da: ter:amos n0o mais teorias propriamente ditas mas modelos e cada modelo vai dar a sua deAni,0o devantagem comparativa, en7atiIando o peso deste ou da+uele 7ator no arranJo dos 7atores de produ,0o (terra capital trabalho) procurando analisar o +ue determina as di7eren,as de custos9. A) Modelo Clássico !a"ta#e"s a$sol%tas & !a"ta#e"s co'(aati!as / hist2ria das teorias do comrcio come,a com a obra de /dam Smith A Riqueza das Nações (1776) escrita contra a vis0o mercantilista9 =sta via o comrcio internacional como um Jogo de soma Iero isto um ganha e o outro perdeD e para a ri+ueIa da na,0o a receita era eportar mais e importar menos9 =ssa ideia de manter a balan,a sempre em super&vit reductio ad absurdum signiAca a anula,0o do comrcio internacional simplesmente por+ue se todos os pa:ses seguissem essa l2gica resolvendo eportar n0o haveria +uem comprasse n0o haveria mercado9
/dam Smith procurou demonstrar +ue havia possibilidades de ganhos globais no comrcio internacional n0o 7ocando nos interesses dos =stados e sim nas necessidades dos agentes econKmicos9 Para tal ele baseou sua an&lise na teoria do valor8trabalho segundo a +ual o trabalho +uem determina o valor dos bensD ou seJa o pre,o de um bem est& determinado pelo custo necess&rio para produIi8lo +ue por sua veI determinado pela produtividade do trabalho Las horas necess&rias para produIi8lo9 Seguindo essa l2gica +ue orientar& todo o percurso 7uturo das demais teorias cl&ssicas e neocl&ssicas o pa:s +ue tivesse vantagem absoluta (isto deAnido apenas no valor de horas8trabalho) para produIir determinado bem com menos custo poderia o7ert&8lo no mercado internacional por um pre,o menor9 Por outro lado ele importaria a+uilo no +ual tivesse desvantagem9 /o considerar o trabalho como o elemento di7erenciador o elemento determinante dos custos e por conseguinte do comrcio internacional essa teoria pressup-e +ue todos os outros pa:ses tem pleno acesso aos demais 7atores de produ,0o (terra capital insumos alm do trabalho) a concorrEncia per7eita n0o h& limita,-es institucionais e como apontou ;avid
determinariam uma maior ou menor produtividade9 *u seJa ele deu uma eplica,0o mais estrutural mais ampla +ue apenas o valor8trabalho para o 7ator determinante da di7eren,a dos custos e claro por conseguinte para o comrcio internacional9 O e"*o+%e "eotec"ol,#ico * en7o+ue neotecnol2gico vai surgir Justamente da cr:tica de +ue os e7eitos da tecnologia n0o est0o associados unicamente 6 produtividade9 / partir da: surgem os modelos da de7asagem tecnol2gicaG ( tecnolog gap) desenvolvido por Posner (1#41) e o do ciclo de vida do produtoG de ernon (1#M#)9 No modelo da de*asa#e' tec"ol,#ica argumenta8se +ue o processo deinova,0o tecnol2gica gera vantagem comparativa e inuencia o padr0o de comrcio internacional9 nuencia na medida em +ue os produtores 7ora do pa:s procurar0o imitar a inova,0o e o desempenho das eporta,-es depende de +uanto durar o tempo de de7asagem at a imita,0o9 * modelo de ciclo de !ida do (od%to 7oca a di7erencia,0o do produto +ue a7etaria o desempenho do comrcio eterior de um pa:s con7orme os trEs est&gios do ciclo de vida do produtoB inova,0o maturidade e padroniIa,0o9 Na primeira (inova,0o) a localiIa,0o do produto restringe8se aos mercados de altas rendas e as eporta,-es destinam8se aos pa:ses de gostos e rendas semelhantesD e a rivalidade baia9 Na segunda (maturidade) as eporta,-es passam a se direcionar para outros pa:ses na medida em +ueLagoraLos custos come,am a importar mais +ue as caracter:sticas do produto9 O& na terceira (padroniIa,0o) em +ue as eporta,-es Analmente atingem os pa:ses mais distantes economicamente a aguda rivalidade no sistema econKmico internacional 7aI com +ue o di7erencial de custos seJa o 7ator determinante de competitividade
@) Modelo "eoclássico * modelo neocl&ssico representado pelos trabalhos consecutivos de 3 economistasB >ec?sher8*hlin8Samuelson (1#1#81#3381#5) sendo +ue a contribui,0o individual de cada um para a 7orma,0o Anal da teoria n0o matria relevante a+ui9 @asta +ue se saiba +ue *hlin re7ormulou o trabalho original de >ec?sher en+uanto +ue Samuelson deu a 7ormata,0o matem&tica Anal9 * modelo parte da suposi,0o de igualdade tecnol2gica entre os pa:ses para argumentar +ue o +ue determinaria as vantagens comparativas seriam as di7erentes dota-.es (abundQncia ou escasseI) nos 7atores de produ,0o (terra
trabalho capital) entre os pa:ses e os di7erentes pre,os desses 7atores no mercado internacional9 /ssim um pa:s teria vantagem comparativa no produto +ue utiliIasse seu 7ator de produ,0o mais abundante seJa ele trabalho capital tecnologia etc99 Pa:ses ricos em trabalho eportariam produtos +ue usam esse 7ator com mais intensidade e logicamente importariam a+uele em +ue houvesse pouca disponibilidadeLcapital por eemplo9 * teste emp:rico dessa teoria 7oi 7eito por WassilR Heontie (1#T3) +ue analisou dados da matriI insumo8produto dos =U/ em 1#M9 Nesse estudo Acou claro +ue as eporta,-es embutiam menos capital por trabalhador +ue as importa,-esD ou seJa um pa:s industrial rico em capital a l2gica seria +ue eportasse mais capital +ue trabalho9 ;evido a isso seu trabalho Acou conhecido como o Paado&o de /eo"tie0 9 E"*o+%e "eo*atoial Seguindo o modelo >8*8S no sentido de +ue as vantagens comparativas s0o determinadas pela abundQncia ou escasseI dos 7atores de produ,0o o en7o+ue neo7atorial buscou en7atiIar a inuEncia dos ec%sos "at%ais (ane? 1#43) e do ca(ital 1%'a"o (Veesing 1#4T) como determinantes no comrcio internacional9 /ssim a inuEncia nas dota,-es dos recursos naturais especialmente importante para se entender os padr-es de vantagens comparativas dos pa:ses eportadores de commodities e demais produtos intensivos em recursos naturais inclusive semimanu7aturados em geral associados 6 pauta de eporta,0o dos pa:ses em desenvolvimento9 No caso da inuEncia do capital humano e do trabalho +ualiAcado como determinantes do comrcio internacional essa hip2tese tem sido mais aplic&vel nos pa:ses cuJos padr-es de comrcio altamente industrialiIado e n0o intensivos em trabalho 7:sico9 %) Eco"o'ias de escala2 co"co3"cia (e*eita e "o!os 'odelos No caso das economias de escala o argumento B +uando as 7un,-es de produ,0o apresentam retornos crescentes de escala os padr-es de comrcio e vantagens comparativas depender0o do tamanho a$sol%to do mercado do'4stico9 =conomia de escala a+uela +ue amplia as suas 7un,-es de produ,0o (por e9 as m&+uinas capital trabalho) obtendo8se um aumento da +uantidade produIida sem aumento proporcional dos custos de produ,0o9
/s pes+uisas mais recentes sobre economias de escala tem sido associadas aosnovos modelos de comrcio dentre os +uais os trabalhos baseados em estruturas de mercado de concorrEncia imper7eita de >elpman e Vrugman (1#5T) e a+ueles +ue as relacionam 6 idia de acumula,0o de eperiEncia economias de aprendiIagem como as da %hina9 / esse respeito a curva de aprendiIagemG cria para uma Arma ou setor uma vantagem comparativa +ue pode a7etar a estrutura nacional de vantagens comparativas (Vrugman 1#5)9 Uma das conclus-es +ue em um mundo no +ual os retornos crescentes eistem a vantagem comparativa resultante das di7eren,as entre os pa:ses (dota,0o de 7atores) n0o a única raI0o para a eistEncia de comrcio9 /s economias de escala criam um incentivo adicional e geram comrcio mesmo se os pa:ses 7orem idEnticos em gostos tecnologias e dota,0o de 7atoresG (>9 e V9 1#55)9 +uestion&vel a novidadeG desses novos modelos de concorrEncia imper7eita e economias de escala haJa vista +ue outros te2ricos J& abordaram esses temas em trabalhos anteriores9 No entanto o +ue se pode diIer +ue eles resultaram em um contraponto 6s teorias cl&ssicas de livre8comrcio e baio8grau de interven,0o estatal na medida em +ue seus argumentos 7undamentaram uma pol:tica comercial estratgica (=stado proativo)9 ;) De'a"da / an&lise da demanda como determinante do comrcio internacional de bens tem trEs hip2tesesB press0o de demanda similaridade de pre7erEncias e di7erencia,0o de caracter:sticas9 Na hip2tese da (ess5o de de'a"daG relaciona8se com as eporta,-es o n:vel de utiliIa,0o da capacidade produtiva levando em conta tambm o consumo privado os investimentos os gastos governamentais9 * argumento +ue +uanto mais utiliIada 7or a capacidade produtiva maior ser& a press0o da demanda interna para deslocar ao mercado interno os bens +ue seriam destinados 6 eporta,0o (CintI 1#4MD %ooper 1#M")9 / abordagem da si'ilaidade de (e*e3"ciasG de Hinder (1#41) e ;eardo (1#5) parte da idia de +ue gostos (+ualidade por e9) relativos ao consumo est0o associados 6 disparidade de renda9 = assim como dentro de um pa:s grupos de rendas semelhantes tem gostos parecidos pode8se supor +ue no mundo pessoas com rendas semelhantes teriam gostos mais pr2imos a esses do +ue 6s pessoas de um mesmo pa:s s2 +ue com rendas distintas9 =ssa
similaridade de pre7erEncias associada 6 similaridade do n:vel de renda entre os pa:ses seria um est:mulo ao comrcio internacional9 ;a: a idia de nichos de mercadoG9 Por Am a terceira hip2teseLdi*ee"cia-5o de caacteísticasLprop-e +ue os consumidores obJetivam dada a restri,0o de sua renda mais os atributos de um determinado produto +ue especiAcamente sua +uantidade9 /ssim o consumidor de um determinado pa:s n0o est& interessado em consumir umacal,a mas aquela cal,a9 sso resulta na seguinte hip2teseB pelo 7ato de eistirem pa:ses com gostos semelhantes em rela,0o a determinados produtos as empresas desses produtos tender0o a se estabelecerem em outros pa:ses visando aumentar sua produ,0o a um custo competitivo (Hancaster1#5")9 =) Teoia do co'4cio estat4#ico o (otecio"is'o 6ed%cado7de /ist e a !is5o de Ra8l Pe$is1 * livro8marco +ue inicia o debate te2rico8ideol2gico moderno entre livre8 cambistas e os protecionistas o de Fichte ! "stado #omercial $ec%ado de 15""9 Nessa obra ele apresenta a idia de uma necessidade de se criar uma na,0oaut&rcica ou seJa auto8suAciente pelo planeJamento estatal tanto das +uest-es puramente comerciais +uanto dos aspectos cambiais e de um territ2rio m:nimo 6 auto8suAciEncia econKmica9 / conclus0o +ue o livre8 comrcio n0o traI bene7:cios9 Hist (151) apesar de inuenciado pelas ideias de Fichte vai desenvolver uma no,0o menos radical de protecionismo isto um protecionismo n0o +uanto aos Ans em si mesmos como pretendia Fichte mas um protecionismo como meio para a estrutura,0o econKmica necess&ria a +ue pa:s Analmente concorresse no livre8mercado9 *utro conceito importante sua cr:tica ao individualismo cosmopolita de /dam Smith e por etens0o de toda a base te2rica cl&ssica e neocl&ssica9 =ssa cr:tica essencial para +ue ele desenvolvesse uma orienta,0o mais estratgica e nacional8interessada para as pol:ticas econKmicas desvinculando8as de um pretenso compromisso cient:Aco +ue era o preteto ideol2gico 6 auto8regula,0o do mercado9 Cas essas ideias protecionistas ir0o encontrar uma repercuss0o maior e mais recente no pensamento de
uma alta elasticidade8renda (ou seJa a renda variava muito em rela,0o 6 demanda por eles o +ue n0o acontecia com os produtos industrialiIados +ue n0o tinham seus pre,os reduIidos na propor,0o da demanda)9 Na verdade o +ue 7oi registrado era uma trans7erEncia de ganhos da peri7eria para o centro via um intercQmbio desigual9 =ssas ideias v0o inuenciar as pol:ticas dos pa:ses do terceiro mundo na dcada de T" incluindo a %=P/H ao introduIir os argumentos de um desenvolvimento industrial e de in7raestrutura interna dos pa:ses da /mrica Hatina alm de um =stado 7orte e intervencionista com pol:ticas mais aAnadas com as suas necessidades reais9 =ssas ideias podem ser entendidas como uma independEncia ideol2gica e te2rica dos pa:ses em desenvolvimento em rela,0o 6s bases cient:Acas do mundo industrialiIado +ue durante sculos governou a mentalidade comercial do mundo inter7erindo nas pol:ticas internas dos pa:ses mais pobres e em desenvolvimento9 = as bases para essa ingerEncia eram as pr2prias teorias cl&ssicas e neocl&ssicas +ue a despeito de todo o seu arcabou,o cient:Aco centravam8se numa vontade pol:tica +ue era a mesma dos pa:ses na poca da
TEORIAS DE
COM9RCIO INTERNACIONA/ ”
19
Nat | maio 24, 2010 às 4:13 am | Responder =u tenho uma prova de %omrcio nternacional amanh0 com o
!9
Ne!es | julho 13, 2012 às 3:37 pm | Responder Xostei bastante do resumo bastante útil9 N0o +uerendo ser critico & sua boa vontade enuncioa penas um ponto +ue a 7alta da teoria da vantagem competitiva das na,-es de Cichael Porter (1##") T[[[[[
o
:aciel | julho 14, 2012 às 12:12 am | Responder *l& NevesZ obrigado pelo coment&rio9 ;e 7ato 7altou apresentar os mais recentes9 Cas pretendo inserir em breve9 l\9
39
:OÃO CORREIA | janeiro 18, 2013 às 11:49 pm | Responder Cuito bom concordo com o Neves9 /cho +ue tambm deveria 7alar da 'eoria =cltica9 abra,o
9
;e"ildo /o(es A< :%lio | maio 14, 2013 às 11:05 am | Responder estou 7aIendo trabalho de economia internacional aJudem8me o +ue ser& gap.
T9
C1a'$al | setembro 24, 2014 às 5:34 am | Responder =ste documento e de grande uso para conheser o comercio internacionalo seu percurso ]muito obrigado
49
=eao | outubro 13, 2014 às 2:52 pm | Responder *i 7oi melhor teu resumo e con7rontarei o < C@/
M9
Do'i"#os Reis | janeiro 11, 2015 às 11:03 pm | Responder
'odas essas teorias s0o neo 7atoriais.
/E>ES | maro 19, 2015 às 8:50 am | Responder
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o documento e muito interessante pos tive umas lacunas antes sobre essas teorias9 mas depois de ter lido o documento pude perceber melhor9 muito obrigado9
Al$i"o A"t,"io | abril 11, 201! às 8:49 pm | Responder
#9
Cuito interessanteZ gostei da simplicidade +ue usaste ao elaborar o ducumento e pode tirar algumas duvidas9 aleu
:aciel | abril 14, 201! às 12:07 pm | Responder
o
*brigado pelo seu coment&rio /lbino /ntKnio9 DEIXE UMA RESPOSTA
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