MAPEAMOS O ENEM: O QUE CAI NA PROVA DE PORTUGUÊS Analisamos todas as questões das 13 edições do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), de 1998 a 2011. Temos todas as estatísticas do exame, desde os assuntos que são mais cobrados são interpretação de textos, charges, textos publicitários, poemas, gramática e funções da linguagem. Sabendo o que mais cai, é mais fácil direcionar e potencializar seus estudos. Foque no mais importante e garanta a prova de português
A Universia Brasil, destrinchou todo o Enem. Analisamos todas as questões das 13 edições - foram 1090 questões! - e sabemos quais são as matérias que mais caem no exame. As provas de português somaram quase 300 questões durante os 13 anos. Sabendo o que mais cai, é mais fácil direcionar e potencializar seus estudos. O edital do Enem não cita autores, mas sim competências óbvias de um estudante de literatura.
CONFIRA ABAIXO O QUE MAIS CAI NO ENEM DE PORTUGUÊS : 1º lugar - Interpretação de texto . A razão pela qual ela é tão cobrada é simples. Num país em que mais da metade da população é analfabeta funcional, o exame nacional precisa cobrar esta competência do aluno . Além disso, a prova torna-se menos decorativa e mais lógica, privilegiando quem pensa e não quem decora. Entretanto, não pense que estas questões serão sempre pontos garantidos. Depois de horas de prova, o cansaço prejudica o entendimento textual. Além disso, a vivência e maturidade são qualidades testadas com esse tipo de questão. Portanto, deixe de lado o nervosismo e pense logicamente ao responder este tipo pergunta. Aja como um adulto, é isso que o Enem está demandando de você. 2º lugar - Modernismo Modernismo inclui não só o movimento, mas todos os poetas e escritores que fazem parte dele. Frequentemente, disponibilizamos conteúdo sobre este assunto: Semana de Arte Moderna , Oswald de Andrade, Carlos Drummond de Andrade , Clarice Lispector, Fernando Pessoa , Manuel Bandeira são artistas sobre os quais você pode ler aqui e garantir alguma questão no Enem deste ano. Uma promessa para este ano é Jorge Amado, já que em 2012 comemora-se seu centenário de nascimento. Fique ligado no portal para mais conteúdos modernistas! 3º lugar - Outros tipos de interpretação Tudo o que foi dito em interpretação de texto, obviamente, vale para este tópico. Mas aqui fala-se de interpretação de charges , publicidades, poemas, músicas, infográficos, gráficos e crônicas. Aqui está mais uma prova de que o Enem é basicamente interpretativo. Ou seja, quem souber ler e estiver calmo tem um terço da prova de português do Enem garantida. 4º lugar - Gramática A gramática era um assunto recorrente dos vestibulares em geral. Antes, ela caía assim: "esta frase é coordenada ou subordinada?". Agora, cai diluída em perguntas de interpretação de texto e não tão diretamente. Esta mudança fez com que muitos erroneamente pensassem que ela está extinta dos vestibulares. Mas ela não está. Fique atento a assuntos como figuras de linguagem, pronomes, colocação pronominal, vocativo, aposto, artigo, cojunção e o novo acordo ortográfico. 5º lugar - Variação linguística A variação linguística é uma matéria pouco estudada na escola e relativamente recente no estudo pré-universitário. Há quatro tipos de variações linguísticas: a história, geográfica, a sociocultural e situacional. A história, como o próprio nome diz, são as variações pelas quais uma língua passou ao longo de sua história. Por exemplo: antes de ser o que é hoje, o pronome "você" variou de "vossa mercê", "vossemecê", "vosmecê", "vancê". A variação geográfica se dá quando a língua varia de um lugar para outro. Por exemplo: no Brasil, falamos banheiro e em Portugal, casa de banho. A sociocultural é realçada mais ainda no Brasil, um país de grande desigualdade. Dependendo da posição social e cultural de alguém, fala-se diferente. Ou seja, é claro que um vendedor de bananas fala a se expressa distintamente de um doutor em Letras. É provável que a pessoa mais estudada fale
com um vocabulário mais amplo, respeitando mais as regras gramaticais, entre outros. Por fim, a última variação é a situacional. Falamos diferentemente em diversas situações. Uma pessoa normal fala de certa forma com um professor, com seu chefe, com sua namorada, com sua mãe. Mesmo que seja um vendedor de bananas, sem nenhum estudo, ele mudará seu registro para falar com alguma autoridade - mesmo que ele não esteja falando de acordo com as regras gramaticais vigentes em um certo país. A variação linguística mais cobrada no Enem é a geográfica .
6º lugar - Funções da linguagem Embora tenha caído pouco nos 13 anos, a tendência é que ele seja mais cobrado ao longo dos anos. A evolução percentual da matéria foi crescente. Portanto, é um assunto provável de ser cada vez mais demandado. Existem seis funções da linguagem. A primeira é a emotiva, função que destaca a o emissor. Esta mensagem centra-se nas opiniões, sentimentos e emoções do emissor; é um texto subjetivo e pessoal e escrito na 1ª pessoa do singular. A segunda função é a referencial, cujas características são: neutralidade do emissor, objetividade e precisão e uso da 3ª pessoa do singular. A terceira é a função apelativa, em que a mensagem é centrada no receptor. Normalmente, usa-se 2ª pessoa do singular ou plural nesta situação. A função fática é a quarta da lista: ela serve para transmitir o interesse do emissor em testar ou chamar atenção ao próprio canal da comunicação. Vulgarmente falando, é quando dizemos: "hein", "né", "alô", "hum", "ei", etc. A quinta função da linguagem é a poética, aquela que põe em evidência a forma da mensagem, que se preocupa mais em "como dizer" do que com "o que dizer". Suas características são: subjetividade, uso de figuras de linguagem e brincadeiras com o código. A última função é a metalinguística. Caracterizada pela preocupação com o código, este emprego linguístico pode ser definido como a linguagem que fala da própria linguagem. O QUE CAI NA PROVA DE LINGUAGEM, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS DO ENEM 2012 Universia Brasil explica tudo que deve cair na prova de Linguagem, Código e Tecnologias do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012 para que você direcione melhor seus estudos. A prova é tão ampla que, normalmente, se esquece de que existem conteúdos específicos . Por isso, fique sabendo o que deve constar no exame para que você possa direcionar melhor seus estudos e não perca tempo com assuntos que não cairão.
O que estudar para a prova de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias; 1 - Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação Nesta competência, é importante que você entenda bem sobre modos de organização textual. Ou seja, saber se é uma narração, uma descrição, uma dissertação; se está em primeira ou terceira pessoa; o tipo de narrador, etc. É necessário também saber como diferentes esferas (públicas ou privadas) produzem textos e quais as diferenças entre eles. 2 - Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade Aqui o Enem abordará questões que falam sobre linguagem corporal . Questões de vivência, como morar fora e identidade juvenil são possíveis temas. Fique atento também a mitos e verdades sobre os corpos masculino e feminino em nossa sociedade, exercícios físicos e saúde. O corpo e a expressão artística e cultural, o corpo no mundo dos símbolos e como produção da cultura (pense como o corpo dos homens e das mulheres foram mudando ao longo da história, principalmente devido a questões estéticas e possibilidades de alimento), condicionamentos e esforços físicos, esporte, dança, lutas, jogos e brincadeiras. 3 - Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania
O que o Enem pede nesta competência são conhecimentos sobre artes visuais, teatro, música e dança. Preste atenção nos conteúdos estruturantes destas linguagens artísticas, elaborados a partir de suas estruturas morfológicas e sintáticas (não se esqueça que a dança, o teatro, as artes visuais e a música são linguagens; por isso têm estruturas morfológicas e sintáticas da mesma forma que o português convencional).
4 - Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social, concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos É a boa e velha literatura. O edital não cita autores, mas sim competências óbvias de um estudante de literatura. Por isso, estude a literatura brasileira e portuguesa. Algumas questões, de acordo com o edital de 2011, devem estar relacionadas com outras artes. Por exemplo, uma pintura de Boticelli relacionada com algum poema de Camões, já que ambos são classicistas. 5 - Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos Aqui é importante entender como o texto, em toda a sua forma, constrói um sentido, ideia, ponto de vista. E, ao mesmo tempo, observar estruturas menores do texto e as relações lógico-semânticas entre elas. Ou seja, um texto tem uma ideia principal, macro; mas também tem pontos menores, ligados por estruturas gramaticais, para formar uma ideia macro. 6 - Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa Neste tópico é necessário que você saiba bem identificar formas de apresentação de pontos de vista de um autor, como ele organizou o texto dele e como ele trabalhou a profissão textual dele. Fique atento também ao papel social e comunicativo dos interlocutores e suas relações com propósitos comunicativos, espaço e tempo produzidos. 7- Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística Neste caso, é importante identificar e usar a norma culta, padrão da língua. Fique atento também para trabalhar e identificar elementos de referência pessoal, temporal, espacial, registro linguístico (formal ou informal), grau de formalidade, seleção lexical (seleção das palavras usadas num texto), tempos e modos verbais (futuro, pretérito; indicativo, subjuntivo). 8 - Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação: impacto e função social Nos outros tópicos, falou-se mais da língua na sua forma culta, padrão e escrita. Isto é, clássicos da literatura e arte. Aqui, é importante saber informações sobre a cultura de massa . Portanto, fique atento a textos digitais, caracterização dos interlocutores na comunicação tecnológica (ou seja, quem são aqueles que escrevem na rede?), os recursos linguísticos dos internautas e realizadores da cultura de massa e a função social das novas tecnologias. Como escrever uma redação de cinco parágrafos: Esse tipo de redação é muito comum nas escolas e pode ajudá-lo com as redações do vestibular. Confira algumas dicas de como desenvolver um bom texto. Uma é um dos formatos literários mais usados por escritores e estudantes no suporte de uma argumentação ou dissertação. O texto é construído a partir de um argumento, tese ou afirmação específica. A estrutura é muito simples e composta por: um parágrafo introdutório, três parágrafos de desenvolvimento e um de conclusão. A Introdução A introdução bem feita deve prender a atenção do leitor e apresentar a tese ou argumento que justifica o texto. É importante que nessa parte você dê breves explicações de como irá defender ou apresentar esse argumento nos outros parágrafos de desenvolvimento. Escreva claramente qual é seu objetivo e o que você está defendendo e apresentando. Um bom parágrafo de introdução deve ser criativo, conciso e demonstrar confiança.
O Desenvolvimento Os três parágrafos de desenvolvimento são normalmente chamados de “corpo” do texto. O principal objetivo é defender a tese com evidências e argumentos claros e sólidos . Cada parágrafo deve ter uma ênfase específica. Isso pode ser apresentado com uma breve frase no início de cada parágrafo. Isso facilita o entendimento do texto e o desenvolvimento de suas ideias e argumentos. Além disso, seus parágrafos devem conter exemplos de evidências daquilo que você está defendendo. Não se esqueça de fornecer créditos exatos de suas fontes e de ter fontes variadas. A Conclusão O parágrafo de conclusão esclarece novamente o objetivo do texto. Ele deve resumir brevemente os principais tópicos do texto e ligá-los às evidências apresentadas de forma que confirme o que você está defendendo. Se feito de forma criativa e confiante, o leitor poderá refletir e confirmar aquilo que você apresentou. Confira 5 coisas que sua conclusão DEVE ter: 1º Lembre todos os tópicos do trabalho: Lembrar aos leitores todos os tópicos que falou e argumentos que utilizou para confirmá-los. Faça isso de forma sucinta e objetiva. 2º Faça um resumo: Procure fazer esse resumo de forma criativa e inovadora, para que não seja apenas um repetição do que já foi abordado. 3º Sugira leituras completares: Sugira leituras complementares que o leitor pode usar para reforçar os pontos que você defendeu em seu texto. Faça isso explicando o quanto e porque seu argumento é importante para o leitor. 4º Sintetize o seu trabalho: Sintetize todo seu trabalho de maneira profissional e demonstre o quanto você entende do assunto, abordando o tópico de maneiras diferenciadas. 5° Seja confiante: Seja confiante e dê a seu leitor a impressão certa sobre sua capacidade intelectual. Confira 4 coisas que esse item NÃO DEVE possuir: 1º Propor ideias que não foram apresentadas: Propor novas ideias que não estavam enunciadas nas páginas anteriores. 2º Introduzir novas informações: Introduzir novas evidências ou informações. 3º Fazer um texto parecido com a introdução Fazer o texto de forma parecida ou similar à sua introdução. Lembre-se você já apresentou esse conteúdo durante todo o trabalho. 4º Ser dramático: Ser dramático. Na tentativa de enfatizar a importância de sua pesquisa, não seja sentimental, dramático ou sensacionalista. Apegue-se aos fatos somente.