Instrumentos de Recolha de Dados Entrevistas

Inve In vest stig igaç açãão qu qual alititat ativ ivaa Instrumentos de recolha de dados ENTREVISTAS

Rosa Antónia Tomás Ferreira

Matemática e Ensino 2011/12

Entrevistas  Recolha

de dados descritivos na linguagem do(s) próprio(s) participante(s) participante(s),, permitindo ao investigador entrar na perspectiva desse(s) participante(s).

 Conversa

mais ou menos formal

Estudos com observação participante



Entrevistas  Fonte

crucial de significados que revelam aspectos não observáveis (tais como sentimentos, perspectivas, significados, etc.)

 Devem

ser realizadas num ambiente de àvontade e confiança entre investigador e entrevistado A qualidade da entrevista depende muito do entrevistador





Entrevistas  As

entrevistas podem revelar-se muito úteis na clarificação de aspectos, vindos de respostas a questionários, observações ou outros instrumentos de recolha de dados, que se tenham tornado obscuros para o investigador

A

entrevista pode variar bastante no seu grau de estruturação, que depende do estudo

Não estruturada

Semi-estruturada Rosa Antónia Tomás Ferreira

Estruturada Matemática e Ensino 2011/12

Entrevista não-estruturada  Carácter

informal e muito aberto Desenvolve-se no fluir de uma conversa Ocorre muito frequentemente quando a observação é participante As questões colocadas emergem normalmente do contexto imediato da interacção Não existe um guião prévio para a entrevista – ir na onda… Rosa Antónia Tomás Ferreira


Entrevista não-estruturada: Pontos fortes O

investigador pode responder bem às diferenças individuais ou às mudanças situacionais  O investigador pode personalizar as questões para melhorar a comunicação  O investigador beneficia de um aumento da imediaticidade



Entrevista não-estruturada: Pontos fracos O

investigador necessita de muito tempo para conseguir obter informação sistemática  O investigador pode levar muito tempo para conseguir que as mesmas questões sejam abordadas por pessoas diferentes  O investigador tem de ter muito treino para que a entrevista tenha sucesso Rosa Antónia Tomás Ferreira


Entrevista semi-estruturada  Tem

um guião previamente elaborado que serve de orientação ao desenrolar da entrevista O investigador procura garantir que os diferentes participantes respondem às mesmas perguntas, estando, ao mesmo tempo, aberto a questões emergentes



Entrevista semi-estruturada O

investigador não está preso a uma ordem rígida para a colocação das perguntas, mas tem de as colocar todas Ao desenvolver-se, a entrevista adapta-se ao entrevistado O investigador continua a deter um grau elevado de liberdade na colocação das perguntas e na exploração dos contextos Rosa Antónia Tomás Ferreira


Exemplo



A aula

Dá exemplo de uma aula que tenhas gostado. Porquê? Houve alguma de que não gostasses? Porquê? Neste momento, em que tipo de aulas te sentes melhor? E pior? Na tua opinião, quais as que os alunos valorizam mais? E menos? No que diz respeito à preparação das aulas, houve alguma mudança nos teus hábitos de trabalho? Qual ou quais?



Tarefas

Neste momento, qual o tipo de tarefas que valorizas mais? Porquê? Há algum tipo que valorizes menos? Qual? Porquê? Que tipos de tarefas devem ser propostas aos alunos? Porquê? Que dificuldades sentes na preparação das diferentes tarefas? E na realização? Quais as que te dão mais prazer realizar? Em quais te sentes mais à vontade? Porquê? Houve alguma mudança na tua atitude, ao longo do ano, em relação ao tipo de tarefas a propor aos alunos? E em relação às metodologias a seguir? A opinião dos alunos, através dos questionários, entrevistas e atitude na aula influenciaram as tuas opiniões? De que forma?



Currículos

Como é que vês a integração das várias tarefas no currículo? Qual a tua opinião sobre os tipos de avaliação a que os alunos foram sujeitos? O que manterias e o que alterarias? O que mais te motiva na execução do currículo de matemática? Sentes algum constrangimento ao nível do currículo de matemática? De que tipo? E ao nível do currículo escolar? O que modificarias no currículo de matemática? E na escola?



Aprendizagens

Houve alguma situação, nos diferentes momentos de aprendizagem, em que os alunos te surpreendessem? Modificaste, de alguma forma, as tuas ideias sobre a forma como os alunos aprendem matemática?



Percurso pessoal

O que significou, para ti, a tua participação: na sessão prática dos fractais na conferência do mesmo tema na elaboração das tarefas nas sessões de reflexão O que significou, para ti, assistir a aulas de outros colegas? E assistirem às tuas aulas? Achas que valeu a pena esta experiência? Tenta dizer numa frase o porquê Em que moldes continuarias este tipo de trabalho colaborativo? O que modificarias? Rosa Antónia Tomás Ferreira


Entrevista semi-estruturada: Pontos fortes O investigador pode seleccionar temáticas para aprofundar durante a entrevista O investigador optimiza o tempo de que dispõe Não está fechada a possibilidade de introdução de novas questões É aconselhada de forma especial para grupos O investigador tem maior facilidade em tratar sistematicamente os dados obtidos Rosa Antónia Tomás Ferreira


Entrevista semi-estruturada O investigador pode desviar-se do foco da entrevista

Pontos fracos

Dificuldades usuais inerentes ao acto de entrevistar Rosa Antónia Tomás Ferreira


Entrevista estruturada Guiada

por um guião previamente construído Minimiza

a diferença entre as questões colocadas a diferentes entrevistados É apropriada quando há múltiplos entrevistadores As

perguntas são colocadas tal qual foram elaboradas e não há espaço para questões emergentes Rosa Antónia Tomás Ferreira


Entrevista estruturada As

categorias possíveis de respostas estão previamente definidas Quando o investigador controla o conteúdo de forma muito rígida e o entrevistado não consegue contar a sua história nos seus próprios termos, a entrevista perde o seu carácter qualitativo



Entrevista estruturada Pontos fortes Facilita a análise posterior de dados

Facilita a réplica do estudo



Entrevista estruturada Pontos fracos Reduz ou anula a possibilidade de aprofundar temas que não foram antecipados pelo entrevistador Reduz consideravelmente a flexibilidade e a espontaneidade das questões colocadas Muitas circunstâncias ou elementos pessoais deixam de poder ser considerados Rosa Antónia Tomás Ferreira


Entrevistas  De

um modo geral, O investigador pode usar entrevistas de vários graus de estruturação ao longo do estudo O investigador deve evitar que outras pessoas que não os participantes respondam às questões colocadas



Entrevistas O

investigador deve evitar sugerir uma resposta, dar pistas sobre se concorda ou não com a resposta obtida do entrevistado, ou interromper o entrevistado O investigador deve evitar interpretar o significado da pergunta que coloca Um papel essencial do investigador é o de um ouvinte atento Rosa Antónia Tomás Ferreira


Entrevista em grupo  Uma

entrevista realizada simultaneamente a um grupo de pessoas pode fornecer perspectivas que uma entrevista individual a cada pessoa dificilmente permitiria, além de fornecer informação sobre processos sociais



Entrevista em grupo  As

entrevistas em grupo colocam um desafio adicional ao investigador: iniciar a entrevista controlar as intervenções dos entrevistados para que não haja situações de domínio da conversa por parte de algumas pessoas



Entrevista com tarefas  Baseada

na realização de tarefas, apelando ao pensar alto do entrevistado  É usualmente combinada com a recolha de um certo tipo de documentos Produções escritas dos entrevistados sobre as tarefas propostas





Registo das entrevistas  As

entrevistas realizadas são normalmente gravadas em áudio (ou vídeo) e depois total ou parcialmente transcritas para posterior análise sistemática A utilização de registos áudio pode melindrar os entrevistados mas é essencial para que o investigador não perca a informação obtida nem as nuances dos tons de voz usados pelos entrevistados Rosa Antónia Tomás Ferreira


Registo das entrevistas A

utilização de registos vídeo, além dos constrangimentos anteriores – que se verificam ainda em maior grau – pode influenciar a interpretação do investigador por este ter também acesso a aspectos não verbais, podendo estes não ser importantes



Registo das entrevistas O

material de gravação deve ser de boa qualidade

É

preciso verificar as condições de funcionamento do material de gravação sempre que se regista uma entrevista Pilhas Teste prévio Plano B 



Registo das entrevistas  As

transcrições (entrevistas dactilografas) são os principais dados de muitos estudos e o seu formato varia muito A escrita das transcrições das entrevistas deve seguir os moldes gerais das notas de campo para as observações



 Pode

transcrever-se uma entrevista na íntegra ou parcialmente



Registo das entrevistas  Não

se deve deixar acumular gravações: deve-se transcrever as entrevistas o mais rapidamente possível para que informação informal recolhida possa ser integrada naquilo que constitui uma base de dados fundamental para o estudo

 Ter

consciência que uma transcrição demora muito, muito tempo e é uma empreitada muito difícil para o investigador Rosa Antónia Tomás Ferreira


Formato das transcrições Usar

um cabeçalho: nome do entrevistado, data e local da entrevista, outra informação relevante para relembrar o contexto da interacção – temática da entrevista Identificar quem fala e quando fala (parágrafos, linhas de separação…) Ao transcrever monólogos longos, convém fazer parágrafos para facilitar a análise posterior Deixar margens para escrever comentários e para posterior codificação Rosa Antónia Tomás Ferreira


Transcrição total ou parcial?  Tudo

depende de: Objectivos do estudo Número e tipo de instrumentos de recolha de dados Desvios do assunto… Investigador Tempo Prática Possibilidades

económicas… Rosa Antónia Tomás Ferreira


Notas de campo das entrevistas  Toda

a entrevista é também observação!

A

tomada de notas de campo no decorrer da realização de uma entrevista é, no mínimo, problemática A escrita de notas de campo pelo investigador ao mesmo tempo que coloca perguntas ao entrevistado pode gerar um grande constrangimento neste e distrair o outro! Rosa Antónia Tomás Ferreira


Instrumentos de Recolha de Dados Entrevistas

Recommend Documents