HANSEN, HANSEN, João Adolfo. Adolfo. Alegoria Alegoria ― construçã construção o e interpretaç interpretação ão da metáfora. metáfora. São Paulo: Hedra !ampinas: Editora da "nicamp, #$$%.
A alegoria, &istoricamente, ora foi entendida como uma construção ornamental do discurso, essencialmente lingu'stica, ora como uma (ia do con&ecimento da (erdade contida no real e)tralingu'stico, sendo essencialmente espiritual. * prim primei eiro ro cas caso + o da aleg alegor oria ia dos dos poet poetas as e o segu segund ndo o a aleg alegor oria ia dos dos &erm &ermen eneu euta tas. s. A prim primei eira ra + clás clássi sica ca e etet-ri rica ca,, a segu segund nda a + medi medie( e(al al e eologal. *s gregos e romanos pensaram a alegoria como ornamentação de discur discursos sos fortes, fortes, da prátic prática a forens forense, e, e fracos fracos,, da prátic prática a po+tic po+tica, a, tendo tendo a alegoria um (alor imanente /(álida em si mesma0, não1transcendente, mesmo 2uando referente aos deuses, pois o mundo deles não + descon&ecido nem apartado do mundo dos &omens /p. #30.
4a alegoria dos poetas + uma sem5ntica de pala(ras /...0 a dos te-logos + uma sem5ntica de realidades supostamente re(eladas6 p. 7
A alegoria cristã medie(al fundamenta1se no 4essencialismo, ou a crena nos dois li(ros escritos por 8eus,9 o mundo e a ';lia6 /p. << = <#0
A partir do s+culo s+culo >?@, as duas compreenses da alegoria alegoria (ão se apro)imando, at+ se fundirem e confundirem numa s- no omantismo /p.
Já audelaire e)alta a alegoria como a 4má2uina1ferramenta da modernidade6 p. <7
So;re a alegoria ret-rica
Fuintiliano analisa a alegoria a partir da etimologia da pala(ra, concluindo 2ue a alegoria 4pode apresentar: a0 uma coisa /res0 em pala(ras e outra em sentido ;0 algo totalmente di(erso do sentido das pala(ras.6 P. #7
Assim, por um lado a alegoria associa1se G metáfora, G analogia e ao enigma, mas por outro alin&a1se G ironia, ao aste'smo /sarcasmo sutil0 e G par-dia. /p. #70
Na ret-rica, a alegoria + listada como tropo /figura de linguagem0 de transposição, Dunto com a metáfora, o sin+do2ue, a meton'mia e a ironia /por oposição0. P. 3$
A distinção ret-rica entre alegoria e metáfora + 2uantitati(a: a alegoria + uma cadeia de metáforas. Por isso, as regras ret-ricas da metáfora (alem para a alegoria. ais regras regulam o afastamento do sentido figurado, afastamento 2ue pode ser (eross'mil e decoroso ou in(eross'mil, incoerente ou &erm+tico, sendo os ltimos trIs condenados pela et-rica. /p. 3<0
A comparação atinge a imaginação pelo intelecto, pois, distinguido um elemento do outro, a comparação + l-gica. Já a metáfora atinge pela imaginação, pois aca;a mais ou menos radicalmente fundindo os elementos associados. P. 33 1 3 A comparação tem certo teor metalingu'stico, Dá 2ue 4e(idencia o procedimento ret-rico en2uanto o constr-i6 p. 3
Pensando a linguagem como entidade dotada de um ponto Cero de afastamento das coisas, os retores su;di(idiram as alegorias em 2uatro, de acordo com o grau de transparIncia entre pala(ra e coisa: alegoria
So;re a alegoria &ermenIutica medie(al
4o sentido pr-prio das coisas comparadas + a (ida eterna a &ist-ria, sua figura, o 2ue implica circularidade e repetição6 p. <#