27-0UT-2009 5/13/2018
l E -1_78-slidepdf.com 3 51 21 228 826 5 CarlosReis
17:47
Ovr.
~inge 6 roda do seu C [u.rto quem £'cir.l do! A lp e~ . d e h In l'n n o . era .... ~Iiil~i tam (rio CllDlO San'Petenbur est ' 21:. M .. 1:011:1 este c l i t : ll a , CQP!
P.02/l0
eslll .;.
nos dell, cm de I 'a ran ~c irlJ e re Ac e ' """,,~""iAJ m a lo ~ de murtl. 0 ' proprio X I I I ' ; ! q u e .q u i S'teTIISS!, IG m f I M I S it
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
1/79
27-DUT-2009 17:48
5/13/2018
C , M , SE SJ M E R A D EC L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35'
351 212288255
P,03/10
212288265
C a rlo s R eis V ivin a d e C am po s Fig ue ire d o
Caderno de Adequacao ao Ensino a Distancia da Obra .
I'
o CONHECIl\IIENTO DA LfI'ERATURA Introducao a os E stu do s Llterarlos
U n i ve r si da d e A b e r ta 1995
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
2/79
27-DUT-2009 5/13/2018
C , M , S ES I MB R A D EC L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
17:48
Jr.::'
J )
351 212288265
~ 1' ) 2 Q Q ~ ~ -
L ·~
vuLvJ
•
~U9(B?S)
R tI
..
Copyright
e
L~IVERSIDADE
AB£RTA -
1995
P a la c io C eia • R u a d a Escola P c li te c ni ca , 1 47 1250 Lisboa
DL: 86 517/95 ISBN: 972-674-149-1
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
3/79
27-0UT-2009 5/13/2018
17:48
3 51 2 12 28 82 65 1E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
C . M. SES I MBRA DECL
351
P . 06/ 10
212288265
IV. Texto literario e arquitextualidade 47
Objectives de aprendlzagem
49
Contetidos programaticos
49
1. 0 concelto de arquitextualldade
50
2. Modes do dlscurso e generos IiterQrios
52
3. 0 drama e 0 espectaculo taatral
S4
4. Crise e relativlsmo dos generos Iiterarios
55
Exercicios de aplicac;iio
56
Bibliogratia
complementar
V. A p o es ia lfrica
'61
O bje c tiv os d e a pr en d iz ag e m
63
Contelidos programliticos
63
1. A crialfao p~tie.a e a poesia li ri CJ I
63
2. Factores e elementos constitutivos
64
3. Verso livre e poesle experimental
65
E x e r c l e l o s de aplica£ao
67
Bibliografia
complementar
VI. A narrativa
6
da poesia lirka
literaria
71
Objectivos de aprendizagem
i3
C o n te u do s pro g ra m a tic o s
73
1. Narrativa
74 75
2. Narrador
e narrattvidade
e narratario 3. Niveis e categorias da narrativa
77
E xe re fc lo s d e a plic a ~ ao
78
Bibliografla complementar
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
4/79
27 -D U T- 20 0 9 5/13/2018
1 7: 49
C . M . SES I M B R A D EC L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35
3 51 2 12 28 825 5
P.0 7 /1 0
21228826j
VII. A evolu~ao Iiteraria 81
O bje c tiv os d e a pr en d iza g em
83
Conteudos
programattcos
83
1. A evolu~.iio literarfa
84
2. Fa cto re s d e constitui~ao periodolugica
86
Exercfcios de aplica~ao
87
Bibliografia
complementar
VIII. Os periodos llterarios 91
O bje c tivo s d e a pr en d iza g em
93
Coureudos p r o g r a m a t l c o s
93
1. Pericdus e s u bp er io d o s
U te r as :- io s
93
2. Classicismo e N e o d a s s i c i s m o
94
3. Pre-Romantismo
96
4. Reallsmo e Naturalismo
97
S. Modernismo
98
6. Relativismo e aetualidade
e Romantismo
e Futurismo
100
E xe rc lc io s d e a plic :a ~ a o
101
Bib liografia c o m p l e r n e n t a r
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
des penodos
literartos
5/79
27-0UT-2009 5/13/2018
17: 4'3
C , M, SES I MER~ DECL , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35'
3 51 2 12 28 82 65
P.08/10
212288265
Nota previa
E ste c a d e rn o d e a ptic a c a o c o nstiru i u rn in stru rn en to d e trabalho d e stin a d o a a d e q u a r a o bra 0 Conhecimento da Literature, adoptada como manual d a disciplina d e Introducao a os Estudos Literarios, a o s objectives e e srra te g ia s d o e n sin o a dlstancia. Instituindo-se como conjunto de procedimentos que pre s s u pc e m
a descontinuidade entre docentes e discentes
- u m a ve z q u e a re la c a o e n tre 0 pro fe sso r e o s se u s a lu n o s n a o se e sta be le c e n o e spa c o c o rn u m q u e e a sa la de aula -, 0 ensino a distancia solicita urna atitude de a u t o - a p r e n d i z a g e r n , apoiada em atitudes de trabalho especificas, Assim, u m a ve z que a o bra 0 Conhecimento da Literasura n a o fo i concebida, d e raiz, c o m o in stru m e nto pre pa ra do pa ra . 0 e n sin o a distimcia, 0 p re se n re c a d er no d e a p o io p ro p o e- se estabelecer a lig a c ao e n tre a o bra re fe rid a e 0 e s t u d a n t e e rn prc c e s so d e a u t o - a p r e n d i z a g e m , A organizac;ao d e ste c a d e rn o d e a po io m o tiva -se n o q u e fic a d ito , As sim , c a d a u rn d o s se u s c a pftu lo s in te g ra os seguintes cornponentes: 1. Objectives de aprendizagem, d is c rir ni na n d o u rn c o n ju n to d e c o m p e t s n c i a s
desejavelmente a t i n g i d a s
pe lo e sru da n te , n o t e m p o d a a u to -a p re n d iz ag e m ; 2. Conteudos programaticos, su m eria n do o s c o rn po ne n te s fu nd am e nta ls d e c ad a c apitu lo , 0 que, pe n n itindo urna sua identificacao e localizacac rapidas, sugere tambem 0 seu peso relativo na econamia do prograrna: obviamente que as sum arias enunciados consri t uem vias de acesso, mas nao substitutes da e xpla na ca o c irc un sta nc ia da d os c on te ud os pro gr am a tic os; 3. Exercicios de aplicaciio, pro po nd o
a c tivid ad e s c e stin a d as a te sta r a capacidade d e r efle xa o sabre as c on te L id os prc gra rn atic os e sta be le cid os, a cu vid ao es e m q ue o bvia m en te 0 e stu da n te n a o se limitara a re pro du zir o s c on te ud os d o m a n u a l adoptado":
4. Bibliografia
complementar, perrnltlndo fu n c a o d e contributes d e o utro s a uto re s.
A discipline conternplados
de Introducao no pragrama
(1
facultative
aprofundamenta
a o s Estudos Literarios s e r a i lust rada com urn conjunto
das rnaterias
explanadas,
de vid eo gra m as
em
sa bre te rn as
.
• Em regime de ensiao 3 dlstancia, as exerciclos de ~plica((ao podern consistir em b re ve s d i ss e rr 3o ; oe s , realizadas par iniciativa d o estudante, er n liga'i5.o com docentes e tutores que tratarfio de acompanbar e af erir a exe e:uc;ao desses cxercfcios.
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
6/79
27-QUT-2009 5/13/2018
17:49
C. M. SESIt1BRR DECL
35'
1E
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
3 51 2 12 28 82 65
P.09/10
212288265
'-"'
I. A literatura como instltuicao
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
7/79
1 7 -5/13/2018 0UT-2009
17:53
C. M. SESIMBRA
DECL , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
2'22o.8'i6[:; L
');:1 J),
v
3 51 2 12 28 82 65
P.01/11
.J
O b je c tiv o s d e a pr en d iza g e m D e po is d o e s tu d o
d e s ta u n id a d e
d id a c tic a
0
a lu n o d e ve e s ra r a pto a ;
1. Apreender 0 conceito de campo llte ra rio c om o vasto dom inic ra s a lg a fluidas, o n d e c a b e m s itu ac oe s d e hibrid ls m o.
de frontei-
2. Reconhecer a componente institucional do fenomeno literario. 3 . Articular algumas dirnensoes d a lite ra tu ra
(a s o c io c u ltu ra l,
a hlstdrica, a
estetica),
4. C c rn pre en d er 0 c o nc eito d e in stitu i~ ao lite ra ria tn sritu c io n aliza cio d a literature.
e id en tific a r fa cto re s d e
5. Fundamentar a dirnensao sociocultural da literatura.
6 . R e la c io na r a c o nstitu ic a o d o c a m po litera rio c o m a q u e sta o d o compromisso literario. 7. Identificar os principios 8- D is tin gu ir
e n tre lite ra tu re
que fundamentam
a arte pela arte.
alienante e l lt e ra t ur a
desalienante.
9. Distinguir entre escritor e autor e apreender conceitos correlates. 10. Reconhecer, em epocas d is tin ta s , os diferentes tipos de relal;j;ao do escritor
com
0 poder.
11. Explicar, a par do evoluir das sociedades, a evolucao do estatuto da autoria.
12 . E n u n c i a r motives d e u tiliza
e a s c on se qu en cia s
e heteronimia.
14. Identificar mecanismos e elementos envolvidos no processo de consolida( $ a o s o c i o c u l t u r a l d a im a ge m d o e s c r ito r , 15. Deflnir canone e e n un c ia r fa c to re s de c u ja a rtic u la d a a cc a o decorre a su a
tormaceo. 16. Explicar
0
contraprocesso da desconstrucao
do canone.
17. Indagar a capacidade da literatura para representar urna certa cosmovisao e a Hist6ria e m q u e e m erg e . 18 . Analisar modes d e re la c io n a rn e n to 19. E n u n c ia r n a te oria
d ife re n te s
rn o d a lid a d e s
d a lite ra tu ra
c o m a Histerta.
d e representacao
n a teoria platonica
C
aristotelica.
20. C orn pre e n de r a se n tid o d .a e xpr es sa o m e n s ag e m transhistdrica, 21. E xplica r
a run~ao catartlca
da o b ra l it er ar ia .
l3
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
8/79
2 7- 0I JT -2 00 g
C . M . SES I MBRA
1 7: 53
5/13/2018
35'
.l E
DEC L
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
3 51 2 12 28 82 65
P.02/11
212288265
Conteudos programaticos va rie s aspectos envolvidos
Neste cap i t ulo, sao a na lis ad os
n a valorizacao
d a c o rn -
Pro c u ra -s e in d a g a r 5e e a d e q u a d o e sa o q u e s t i o n a d o s o s fa cto re s q u e b e r n c o m o a sua relevancia em re rmo s historicos.
p o n e o T e in stltu c io n a l d o fe n o m en o literario. d e fin ir a lite ra tu ra s o b u m pris m a in stitu e io n a l perrnitern
essa definicao,
0 campo literario e as fronteiras da literarura - .'., .. .... "'.--
1.
'
1.1
A pre en de r
0
c o n c e ito
" --1
, -'. uma indagacao
'--' be le c e r
',-,.,.
,
~••. ~ ,
sabre se
a s fro n te ira s
cont ernp lar
literario i m p li ca:
d e c a m po
e
'~I~.·.;,~"·:-'-·~
posslvel
q u e d e l im ita m
a possibilldade
d e m a pc stu la c a o
au a te que p ont o 0 fe n6 m e no
e
possfvel
llte ra rio :
d e e xistire rn situ ac oe s hfbrid as,
esta-
q ue Im pe -
d e u rn c a m po literario c om fro ~ ie ira s rig id arn en te
delimitadas;
:'\ s a be r q u e e xiste m ....- ~
situ a c o e s
e m q ue a lg un s te xta s mudam d e est a desses m e s m o s textos;
a .q u e im plic a leituras d ife r e n te s
cn tica r a in te gra ca o, e m histo ria s d a lite ra tu ra e em a nto lo gia s litera. _- ria s, d e a u to re s m ais relev antes pa ra a H isto ria d a Cultura: que a f i cci onali dade,
("':'-',reconhecer
so
par si, nao i ndi ci a
0
caracter
lite.
"ra rio d e u rn te xto .
v.
1.2 No d e ba te sabre
as fronteiras d a Iiteratura ca bern ain da o utra s q u e s t c e s :
-
a d e te rm in ac ao d as fro n telra s d e u m a literatm:a n ~ o o aL em COoro n to co m o u tra literatura n a cio n a l e e m relac a o c o m o s m ovim en tos da hisl6ria
geral;
rt-, a integracao de e s c r ito r e s .. .. fe n 6m e n o s d e tra nsfe re nc ia
bilingues
em literaturas
o u re aju sta m en to
nacionais
d e id en tid ad e
e os
c ultu ra l.
A po n d e ra c a c d a lite ra tu ra c o m o d o m in ic proprio re la c io na -se , a n te s d e m ais, instit~~nal , c o m a valo riza ca o d a ~ _ ~ d o fc n6 m en o llterario e a in d agat,(ao a ce rc a d a c on dic do in stiTu cIO n'a ld a li te ra tu r a r ep ar te -s e po r, pe lo m e-
':l
n os . tre s a m bilo s
auronomos
m a s interactuantes:
soci ocult ural da literaiura, que the advern do facto de c o m o pr ati ca llu st ra ri va d e u m a c e rta ~S£!!.l1cia
"",\ a dimensao
_ ' s e r re c o n he c id a "
colectiva
das sociedades;
"--._--
'_ -1S
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
9/79
27 -D U T- 20 09 5/13/2018
1 7:5 3
C . M. SES I MBRCarlos R D E C L Reis " E -1_78-slidepdf.com
35
3 51 2 122 88 25 5
P.0 3/1 1
I
212288265
I'":' a .dim ensa o
bistorica
pa ra d a r te ste m un ho
que se traduz na sua capacidade
da literatura,
d o d e vir d a H isto ria
e d o H o m em ;
-- _'-. -- . ..
(':"1 a d irn e n siio
~....
._-.-.._._
e ste tic a
.. .
,..---
~ .-_,,_ ..-
da Iite ra tu ra ,
q u e a e vid e n c ia
de linguagem au, rnais p r op r ia m cm c,
c o m a fe n o rn e n o
como lingua.~m
literaril:
..,,_"~.~::::-=:;--...-- ...."_.-'.--".~
1,3
Rcconhecer a literature como instituj~ao llterarla implica identificar dos facrores de institucionalizacao da Iiteratura, nomeadarnente:
~s academias literarlas, 30
cujo modo de funcionamenio
1o n g o d o s te m po s, m as q u e nor m a l m ente
alguns
tern variado
a sse g u r a r a m
a llteratura
tambern
tern variado
uma certa estabilidace e notoriedade.
1.4 Outre factor de institucionalizacao da lheratura: .
o s pre m lo s
Iiterarios,
c u ja d ir ne n sa o
e alcance
a " O l O n i i o d o S i e ~ ' p o s , mas que, de qualqucr maneira, constituern mecanismos
de validacso
institucional
da literatura.
1.5 A pa r da s a ca d em ies e d os prem io s litera rio s pod em reconhecer-se outras actio vidades com capacidade de a f ir m a c s a o institucional da hteratura, nomeadam ente: i!. critica literaria
p ~ " e s e n ' t e , te rn institucicnal
que, desde meados do seculo XVIII ao memento sa frid o m u ra c o e s n o que d iz re spe ito a o pe so
de q u e se reveste,
1.6 Outra instancia de validacao institucional da literature: .
o s siste m as cullurara'a
f i i e r c i t u r a : a escolaridade obrigatoria,
utilizandc
textos literarios,
eviden cia do
d e e n sin o q u e c o n g re g a rn
na elabo raca o
0 processo
d e Iegitimacao ensina da lingua,
varies factores
__
0
de constituicao
. do s programas , ..-~,~ .. . - escolares . '-'" ,~
do
( ' {~'. n- . o. n e ,
-,,'_',
";
.... '
16
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
10/79
27-0UT-2009
17:5 3
5/13/2018
2.
C. M. SESIMBRA
DECL , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
~;;1 _ -' IL L 2 1 ' 1 " P Q v2 6v ~
P.04/11
3 51 21 22 88 26 5
)
A dimensao sociocultural da litaratura
2.1 Fundarnentar a dirnensao
sociocultu~~, da literatura implica:
e n te n d er a llte ra tu ra c o m o in stru rn e n to d e interven~iio s o c J a l; ~_
.
.•...
__
_,
__
"
,_",,_
".'.",--",_-'-"
,.".o,r-._.
""., ...•
-.
ln te rpre ta r, e m d ive rso s a u to re s e e po c a s, a s m o d o s e m q u e se c o n -tte{izaessa i n t e i v e . n ~ a o e re~qf.lt},c;~~-; v~iQ§,iq~9!Qg!c::~ssubj acentes:
porex.:-iioReaiiS;~,-~~"N~tura1ismo,o Neo-Realis;~,'--' ~
----"'.
~.- _
,
,.
2 _2 A e ste pro p6sito c o n ve m te r e rn mente
- :.:...;" ,::..:"
..
0 contribute
- '-'~'-
,.--,..~."'-::---.-~.-
de J ean-Paul S ar tr e, n o m e a-
darnente:
a s ua c on ce pc ao de_~gl..!lro.gIi~joli_t~_drioq u e e stim u la u m a pr atic a ~-.-'---.-'~-
-
literaria de tipo reallsta
-~!~
.
eqlle
a
recorre p r e d o m i n a n t e m e n t e
prnsa
a s su as c on ce pc oe s d e lin gu ag em -o _bj~ cto e llnguagem-instrumento; ---,~
.._",-<.-~,--' _..
'.
a su a te s e se g u n d o a q u a l a po esia linea na o p ed e d ese rn pe n ha r fu n 'S -i o m i H ta n te e e m p e n b a d a q ue e le a tribu i a pro s a narratlva.
..
' '-
.'
a
"~-'.
Deve-se, contudo, relativizar a s a flr m a co e s de S a rtre , C om e fe u o , a valoriZS,(faodas potenciaITilades pragmfticisoa p r o s a n a o d e v - e o b I T t e r a r 0 fa c to -& ~-
q u e a palavra p o ~ t i c a ; s e r i d o ' s i g n a , t a m b ~ ~ pede e vid e n c ia r do-poeta' nos'problemas-soCiaff'e id eo 16 gic 'o s d o se u te m po ,
0
'
e'nvolvTmento-
2.3 Nao existe uma relat;:ao biunfvoca entre a constituicao do campo litera rio e
'
........
0
compromisso literirio evide'nciado nas o br as lite ra ria s. S ob re esta q ~e s ta .o . M " a 1 g u m a s ideias a r et er : ~ -• ." e xis te rn d efin ic oe s q ue privile gia m a s fln alid ad es d e utilidade soc_ ial ,-, da literatufa-
.--
do Ie n o rn e n o Ii re r ar to :
,''';', e outras que afirmam a autonomla
\_'
i-~')a radicallzacao
-
,
"""_
dessa autonornia relativarnente a sollcitacoes de or-
d - e m s tf C i aT c c:in d u z a'c o n c e p ~ i~ d e ' li te r a tu r a · c - o n h e c i c i ; sob a ' d e s i g ~j;~~~~.dea~~ a I !.f .t_ e;p r a t i C a d a ' e d e f e n d id a e m deie-~i~.~~os momentos da hist6ria da literatura; "~ .. , .
.,-".',
,.- _ .
-.
17
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
11/79
27-0UT-2009 5/13/2018
17:54
C . M . SE S IM B R A D E C L .. E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
3 5 '.
3 51 2122 88 26 5
P.05/11
2 1 2 2 8 8 26 5
2 .4 U m a re fle xa o so bre a d im e n sa o so cio cu ltu ra l d a lite ra tu re d eve rs a te n ta r e m d ive rso s a spe c to s re la c io na d os c o m a e rn id ad e d o escritor, s en d o n e ce ss ar ia a pre en de r a lg un s c on ce ito s, ta is c om o : o conceito foucaultiano de autor,
a d i sju n ~ i io do autor e m r ela c ao
a p es so a c o n cr et e do escritor;
_
o s c o n ce ito s d e inten~ao do a u to r e fa la c ia intencional; .. - - ~.--.,~.,.~. .- ,._._-_.- .• ... ,..._ ..... _......... _ .... -..
o c o n c e iro d e .a~tor im~~i~.a_~9.:
2 .5 N a re la ~ ao q u e a o lo n g o d o s te m po s a r e ru a r -s e f u n d a rn e n t a lr n e n te : n o s rn e c a n ism o s d e c e n su ra na situ a ~ o
0
escritor m a nte ve c om
0
poder, d e v e
e auto-c~ns.!:_lra;
d o mecenatismo;
na evolu~ao do estatuto de autoria decorrente da evolucao das socied.ades e dos sistemas j u r f d i c o s : - · ·
..
2.6 A utiliza~ao de urn pseud6nimo arrasta consequencias socioculturais, tudo a dais niveis: _.-_ .._-
sobre-
· n u m pla n a fW lc io n a l · e n u m pla n o recepc:ional. . A caracterizacac de urn heterenhnc, conceiio mu i t o tnais complexo do que o de pseud6nimo, envolvea-ac~io conjugada de, pelo menos, tres factores:
· a d ete rm in ac ao d e u rn n .-~ om e._pro prio ; ._,-_ a configuraqao de uma identidade - - _ .. _ - . . _ .... _
aut6noma;
_ --
· a e n u n c ia c a o d e u rn esrilo especttico.
2.7 No processo de consolida~a~~ultural v o lv id o s , p el o menos, t re s e le m e n t os :
G :3
0
escritor:
0
editor;
_
__..
da imagem do escritor estso en-
~.publico.
t":)
18
0
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
12/79
27-0UT-2009 5/13/2018
C. M. SES I MERR DECL
17:54
3 51 2 12 28 82 65
l E
P.05/11
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
3~'
212288265
Im p orta te t em c o nta q u e outros e le m e n to s e a ti tu d e s p od e rn c o n dic io n a r a in se rc ao s oc io c ultu ra l d o e sc rito r; pa r e x., a e d i~ iio d o autor, a a de sa o d o e s c rito r a n ova s in stru m en to s d e e s c rit:(P r6 c e ss a d or d e textQ.),
-- -
a rec urso a in te rm e dia rie s. c om o sa o o s .ageDtes'nteririo~~""""''''~'.. . . . _ - " .. ~.--~,--.-,
..
,
'
2.8 Na formacao do canone e sta o e nvo lvid os, pe lo m e no s, tre s fa ctu re s: ....-~., . ".--.'-
a sel~~~~~i_,!~~~;
a continuidade; r:,
h~
,
_
,<" "; ; 1·
••
'hl"->c,.·
a formatividade
.
.....•.•...;," ../' .... '-.'r.'1.:-~• , ~ -; :
rC ~ , ; . •,
2 ,9 V a ria s a titu d e s e sta o e n vo lvid a s n o c o n tra pro c e s s o d e desconstrucao d o c s n o n e e sua consequente r e c o n s t r u c a o :
_
......
--
a contestacao des valores da chamada cultura octdental: ._ ........ - .. ,. ' .. ..... ~ .... " ,
, ,
.;.
.:~
,.~
a va lo riza c a o d e o b ra s e literaruras d i ta s m a r g in a i s a lu z d o c a n o n e e s ta be le c id o : ~ :.:..:.:.:;;..::::.:.::.::...._
..
_
a a c e ita c a o d a d. ife.. _re. . _n .-g ., .
3.
d o ponte d e vista e tic o, m o ra l e Iire ra rio :
a lte ra c o e s n a valol"3~ao d e d ete rm in ad as o bra s; e tc .
-
:\ o bra .lit.e :ra ~!a c O m o c ~ sm o v is .a o e s ig n a i ~~ !lI9 .g j~ " ", .,._-'
3.1 Sabre a questao da representagac lOS
importantes: .
representante .__" ----
,··-····
_-
Ilteraria convern destrincar a l g u n s concei-
- ......
e representado:
.. ··---R.· •• ,.,.;",.L _ ••
,,,.<,~,,-.-·,,,.,,,,.~,,,_,,
!:Q.~~:r..!~.~~ccional; perfei~ao imitativa;
< , _ _ ....
." • • .• .. •
a· ,·.. ".h, . • .
simula~ao. ,-'"
.•...
".,.,
. . ....1;1 . ........
' .
3.2 A co s m o Y !. s ao q u e urn escritor representa t r a d u z a sua r e l a c a e c o m 0 te m po e ; e s pa ~o hls"16 ric o s em que vive; tempo e espaco historicos em que sao apreenslveis grandes dominantes de sentido que c o n f e r e m solidez, coesao a xio lo gic a e coerencisepcca! ,
\
I ",
.1_"....... _•,.,•.~ o
~
.
~ ,._s·produ~6es-a-~ tfstlcas." . .~ I" .I, .. ~ _ ,_ " "
_.
--.
' .
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
13/79
2 7- D U T- 20 09
5/13/2018
17 :5 4
. M. SES I MBRA DECL 1E CarlosReis-1_78-slidepdf.com ~ J ~:!I
3.3
2 1 2 2 Q Q v2 6 ~ I
I,j
3 51 2 12 28 82 65
P.07/11
.)
0 d ia lo g o d a lite ra tu ra c om a H is to r ia e , n a m aier parte das ve ze s, fe ito de modo implicito. A e s te r e sp e it o convern atentar nalguns conceitos oriundos te o rico d e M . Bakhtine:
d o p e nos a mcron6to2Q.;._. ent'~' ;';') pl~!idisc?.!.s~.w.; ... . _.......
. E sse d ia lo g o pede ta m b er n s er expllcfto q u a n d o a literatura concretiza a in co rporacao d e te m as historicos, E 0 q u e ac o n te ce co m a e po pe ia , c o m a romance hist6ric o e co m 0 drama hi.~.~§!,i_c;o~,.
3.4 Falar de literatura como macro-signo portantes: ",---,,.
••
implica dominar a l g u m a s
no~oes im -
'oW"L
o conceitode imaginario e
0 de
imagmarto cultur-al;
a conceito de mensagem transhistorica; --. _ ,_, , - r
o conceitoingardiano
...
, .•. • __
,. ~ .'
. "" . •• .. " . &. -. u. .. .. . ·• . .: . __
de essencialldade,
+,--~--~
o seatido law da fun~lio catartica __
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
. .. .. .. .
da obra Iiteraria .
.,., d _·~."II" -nlI.~
14/79
27 -0 UT -2 00 9
5/13/2018
DECL , E c. M. SESIMBRRCarlos Reis-1_78-slidepdf.com
1 7: 5 4
35
3 51 2 12 28 82 65
P.08/11
212288265
Exercicios de apllcacao 1. L eia a te nra m en re
0
extracto d o te xto d e E c a d e Queir6s «A Ac a d e m ia
e a
L lte ra tu ra » tra ns crito e m o..E2~.h.:cir:t~~toa Li~~raty:ra(pp. :?,?.~49~)_,e descreva funcoes que pcdern s e r a tr ib u id a s a s ac ad em ia s, n o seio da institui9ao literaria. 2. Tendo e m a te nc ao
0
m e s m o texto, reflicta sabre a questao da originalidade
n a c ria c ao lit er ar ia , r ela c io n a n do -a c o m a a c tiv id a d e c u ltu ra l ~ . !i~ ~ ~ ~...~ g a s acadernias, 3. Tendo em atencao as reflexoes de Vergflio Ferreira e de Fernando Pessoa
s c o re o s c o nc e ito s d e !!!!udonlmia e d e heteronimia (cf. 0 Conhecimento pp . ~ ~ 1 : 1 2 2 ) i,ta be le ~ aa s--d Jl'a :'~ s fu n cio n ais e e ste tica s q ue perm ite rn d istin gu ir o s d ois c on ce ito s.
da Literature,
4 . T he o ph il e G a ut ie r e sc re ve u : « 56 ,:. q::.e ..E .~ 9_ .~ ~ _ ~ ~ .p _a ~ ~ n ~ ~v~er.~adeira~ ~ mente bek» •.Confronte a c o n c e p c a o estetico-cultural da literatura de onde a q u e T a s p a l a v r a s d ec o rre rn , c o m a no~ao e xpe nd id a po r Jo se Sararnago n o te xto «H istc ria e fic ~a o » (cf.O Conhecimento da Literatura, pp. 500-503), s e g u n d o a : q u a . 1 ' o r o m a n c e po de se rvir pa ra le va r a c abo u m a le itu ra crftica da Historia,
:! 1
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
15/79
27 -0 U T- 20 0g
5/13/2018
1 7 :5 5
C. ["1 .SE S I MBR A D EC L
• E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
'" 1 5 ' ~L 1 2 2 0 Q uu 26 " J
I
3 51 2 12 28 82 65
P.09/11
J
Bibliografla complementar B OU RD IE U . P ie rre -A eco nom ia da s traces simbolicas, Sa o Paulo, Perspectiva, 1982. C ANA R Y , R. H. e K OZ IC KI, H . (e d s.) - The W riring o f History. Literary Fo rm a nd H i st o ri c a l U n d er s ta n d in g , Madison, The Unlv, of Wisconsin Press, 1978. DUBOIS, 1. - L'tnstitution
de fa liuerausre, Bruxelles, Fernand Kathan/Editions
Labor.
197B .
GOSSMAN, Lionel -B et we e« H is to r y and Literature, Cambridge/London,
Harvard Univ,
P re ss , 1 99 0. HERNADI, Paul (ed.) - T he H o r iz on o f L it er a tu re , Lincoln, The Univ, of Nebraska Press,
1982. HERNADI, Paul (ed.) - W h a ! is Literaturel, Bloomington/London,
Indiana Univ. Press,
1978, LERNER, L. - T h e F r o nt ie r s o J L u e r at ur e , London, Basil Blackwell, 1988. LOPES, Silvina Rodrigues - A legitimaqao e m l ue ra t ur a , Lisboa, Cosmos. 1994.
M A IN GU EN EA U, D om i niq ue - Le c o nr e.r re de l 'oe u v re I it te rai re . E n o nc ia r io n , e cr iv a in , societe, Paris, Dunod, 1993.
V AS SIU E R-R E SS I, M i che le -Lc metier d'nuteur: tc riva ins , eo m po su eu rs et cineastes, a ute ur s d e thliirre er de radio-television, Paris, Dunod/Bordas, 1 98 2 .
...
22
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
16/79
27 -D UT-2009
5/13/2018
17:5 5
C . M. SES I MBRR DECL
3~1
1E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
3 51 2 12 28 82 65
212283265
II. A linguagem ltterarla
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
17/79
27-D UT-2009
5/13/2018
C . M . S E S Ir1 B R A D E C L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
17:5 5
3 51 21 22 88 26 5
P.IV11
35' 212288265
Objectives
de aprendizagern
De po ts d o e stu do d esta u n id a d e di dact i ca 1. Caracterizar
2 . E xplic a r
a lu n o d e ve e s ta r a pto a:
estepca d a literatura.
a dimensao . .: ~ " ...... . .. . . .-
0
"
,,"
" " ,"'
a fl;ln~!onalidade p~6pl'ia d a lin gu ag er n lite ra ria .
3. Destrincar
artesanal e uma concepcao
entre uma concepcao
d a e sc rita lite ra ria .
--
.-'...-.~ ...- ..,--.-
e n tre u m a c o nc epc ao fo n n aJ is ta
4. D istin g u ir
expressiva
- _._.
-,
.. ,._ ,., - -
d e Iiterariedadee
.• • - -
.. ~ .~ - ,~ ,,'
' ..• '-,
c e pc a o d e u te ra rie d ad e b a se a d a e m fa ctu re s hlstdrico-sociais
.
.-
5. E xplic ita r fe n 6m e n o
a fu n ~a o d e . t eo ri a d o s a cto s d isc u rsivo s lite ra rio ,
---_ po_ r- -q u e ....
6. E xpllc a r
ra za o
u rn a c o n -
_ ..• -: t
n a d e fin ic a o
do
d is cu rs o Iite ra rio po de s er e nte nd id o como u rn
0
quase-acto discursivo. ~ . ,'-
~
e le m en to s
7. Apreender
d is tin tivo s
e ntre d isc uI"S O literarto e di scurso
ltterarlo.
- a no~ao
h
8, Re la c io na r
de a m big u id a d e
re xto s llterarlo s . .
..
--._
.
-,;1000 "."
•••
n80
..--~~~
c o m a s propriedades
sernanticas
dos
-_ . ,-
9 - D istin gu ir e e xplic a r o s c o n c e ito s d e a m big uld ad e _ >. t..._....
e Indetermlnacao,
..:; :
.."
' • •'~
. .. . -
-
10. Distinguir e explicar as concertos de obra aberta e o_!Jraem movlmento. 11. Definir semiose literaria.,;" 12. Descrever
0
prncesso
semidsico
e apontar condicoes
necessarias
ao seu
born f u n c i o n a m e n t o . 13. Destrincar
a funcionalidade
especifica
como l U l . l P . r e l ~ . i . ~ . Q r ;
de entidades
emlssor e receptor; narrador e narratario, "'--r-"'-'-~" - ......_ ........ ........ ......." I_ . " -_ . .
' : ••
14. Reconhecer
a historicidade
da enunciacao
literaria,
15, Descrever slgno litera rio e 0 seu modo de funcionamento. 16. Reconhecer signica.
procedimentos
17, D e fin ir c o d ig o Ilte ra rto 18. Apreender
0 conceito
e categorias
literarias
investidas
de funt;:io
e sig n o Iiterario. de discurso
e definir 0 conceito
de disCUL'SOite-
rario. 1 9. D is tin g uir
entre informacao
s em an ttca e informa~ao estenca.
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
18/79
TO TA L
PA G.1i
3 51 21 228 826 5 C . M . SES I MBR A DEC L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
17:58
5/13/2018
351
P.01/20
212238265
Conteudos programatlcos Neste capitulo, pr o c e d e - s e
a uma r efle xa o
a bra ng en te
sabre teorias e conceitos-
-chave relacionados com a questao ca linguageni literaria e Indispensaveis pre e n s a o d o funcionarnento d o pr oc es so de s e m i o s e literaria.
1.
acorn-
A dimensao e s te r ic a d a l it er a tu r a
1.1 Sa be r e m q u e c o n siste a d i m e n sa o estetica c ia lite ra tu ra im p lic a sa be r q ue : e~crever indice de _._.,_,l.~ competencia _ ,_.... literatura requer um determinado ~ tecnico-artistica; _____.-_ ,
..~-.
a fun~ao do escritor S _
diferencia-se
ba rthe sia n o :
-
e s c re ve r
im plie a
lite ra tu ra
0
da do escrevente no sentido
pro po sito
d e c o n fig u ra r
u rn discurso
c am f u n c o e s especfficas e d ife re nte s d as d e o u tr os discurs~~--"--" _.
__.. "
....._.....
._,_ ...
1_"""';.',_,_'.a''''~ '.. I '·'·''''''····U.-''-·'-_·'·''''''''-
o d is cu rs o titerario po d e u ti li ze r procedirnentos d l S c . i i r s o s e vice-vers~':
dominant~s.I2.9.1A!!"QL _ ....
L2 A a u t o u o m i a estetlco-discursiva e tecnico-artfstica da tin g u a g e m confirmada pelo trabalho desenvolvido pela critlca genetlca,
l.3
,
literaria
e
De acordo com urna concepcao artesanal da escrita literaria, 0 escrltor labora com uma forte consciencla otieinal, depurando continuamente a s s u as produ< ; 6 e s a r t is t ic a s . A c o n c e p c a o e xpre s s lva
d a e sc rita
lite ra ria
a ss e n ta n o prin c iple
n e id a d e artfstica e e pe rfilha d a pe r e sc rito re s q ue a pa re n te m e nte . plarn po s sibilid a d e d e tra ba lha re rn o s se u s te xto s.
a
2.
...- .....' .." . ..
A
linguagem
d a e s po n ra -
n so c o nre rn -
Iiteraria
--
2.1 A postula.;ao da IIterariedade cnnstitui urn elernento importante para a defi. da linguagem"'"1ii'erarir No que a este concerto diz respeiic, convent ni<;30 '
27
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
19/79
27 -0UT -200 9 5/13/2018
17: 5 9
i E -1_78-slidepdf.com C . M . S E S I M BR 8 D E C L Reis Carlos
3 5 1 2 12 28 82 65
~L ' 2 2 8 1 ; 2 60 ;,1:
~~1 '),
a te n ta r n as pro po sta s te o ric a s e n un cia d as pe lo s Fo rm a lista s escola provern d u a s p ro po s ta s d ife rc n te s : u rn a, d e R om a n Ja ko bso n.privile gia d efe n d en d o
q u e. a lite ra rie d a d e
do 'discurso
liicrario:
outra, de Tynianov,
Ru sso s. D e sta
u rn a analise d e In d o le fo rr na lis ta ,
d epe n d e d a s pro prie d a d es
~---
relaciona
a literariedade
_ .-in ..trtn_ - -se_c,a"s .
com a enquadrarnento
receptive do fe n 6 m e n o l it e ta r io , em terrnos historicos e socioculturais _ T 't
te rn desenvolvido teorias
2.2 Os modern os estudos lite ra rio s
_ _. . . . . . -
que acentuarn a irn-
po rta nc ia d o c on te xte pragmatico e rn q u e d e c o rre a cor nunica cso literaria. A te o ria d o s ~ 1fr~ ~ i:;/~ visa d e m on stra r q u e a s a e ta s d isc u rs ivo s, pa ra
alern ca su a irn an e n c ia u ng u lstic a ,
po d crn
re a liza r
e xis te nc ia d e tres tipo s d e a eta s discursivos:
a c ~ Oe s. A u stin
postula a
-~
• os actos locuterios: actos ilccutdrlos;
OS
as actos perlocut6rios.
2 .3
0 d isc u rso lite ra rio po d e se r e n te n d id o c o m o u rn quase-acto discursive, perq ue nao e nu nc ia ve rd ad eira s a ss erc oe s, m a s a pe na s tm ita 0 a cto d e pro du zir essas assercoes.
Tarnb em e im po rta n te n ao e sq uc c e r q ue embora u rn te xto literario se ja , e m g e ra l, d e li be ra d a m e n te escrito c om o ta l, 1550 n a o lhe g a ra n te q u e assim seja recollheCiO b :Div ersos f a c l o ' f e s e t n s t a n c i a s d e se le c ca o m te ra g em n o pro ce sso d e c o r u a g r a r ; a o d e u rn te xto lite ra rio . E xiste q u a se se m pre vrn a e spe c ie d e re la c a o
contratual
e n tre a in sta n cia
li~erall~..9 . ~ ~ nd. o: t ex_..-I-.. to s li te ra rio s reconhecid~-;como pratk:'s receptiva e os....... -..,.. -_.~ .,,_ i nv ia bi li za r n a partlcipacao
"'_.'_.,~~._.... ,....
'.
interactiva
e im ed ia ta d o auditcrio:
,~",_ .."",,,,,,_,,.--,.,,~~,,,,,,,-7"'-""--.IQI"""'~"-
o be d ec em a pro c esses ela bo ra d os d e prepa ra ca o --
.
assentam
•
_~
,~ _~
~
.
na autoridade
" .
""
.• _ ,
,.
1.
c_ ._ _
._ .; . . ,. . . ..
•
c selec ca o ;
~t:_r'~'.---.'"~-·,·- ..-...---..,' ....... .....
. d:~~~. ~~~e. :. ~§,n.a ~i do~, ~"~!or) q~~P-~l~! .- .. .
e l a ' t : a c :'o r ih ~ c e r~ " ._ ." . ' . . ..... .• . ...... '. _ .. ........ ,
,,
,'''
2S
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
20/79
27-DUT-2009 5/13/2018
C . M . S ES 1 M B R R
17:59
3Jl
3 51 2 12 28 82 55
, E
P . 03/ 20
212283265
E le m en to s d e e la bo ra ca o fo rm a l ta ls c om o , e ntre o utro s, a d ispo sic ao grafica, a rim a , 0 ritrno a u a im ag istica co ntrib u ern pa ra 0 re co nhe cim e nto d a condi-
2 .4
ao litera r ia de urn deterrninado
2.5
DEC L
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
A c ara cte riza ca o semantlcas _
d a lin gu ag ern lite ra ria re m q ue ve r c om a s .£.r;Q P..Ij.~ 9'!!!~ S
do s seus discursos.
"_. .
-
texto,
. .._ 1
_ _
A f'-~ambiguidade
-
gerada pela polissemia n'ao _ ... __ ._~ __
c on stitu i, n um c on te xte e .__ ste tic o-ve rb al, u rn e le m en to pe rtu rb ad or d o pro ce ss o . c o rn u nic ativ o, a n te s 0 e nriq u ec e q u an do d es afia 0 leiter a descoberta d e multiples sentidos, -... . __....
--,
2.6
..
.. _,,, .. ,
Relaclonados
com a q u e s t a o da Ieitura cstao os f e n o r n e n o s da ambig".!.i~.!S.e e
i~.~~~~_5ao: d o po n to d e vista d a prim eira, o s se n tid o s c o n vive rn
da
Hterario; do ponte de vista da segunda, cabe ao leitor sentidos pcssiveis atraves da leitu ra, .
pluralmente
no discurso
concretizar '-'....
h
'0
""
.. ~
.
_...
. D e a c o rd o c o m u rn c o n c e ito c o n sa g ra d o po r U . E c o - 0 conceito d e o b ra aberta -, a o b ra lit er ar ia n a o se ap resent a a~a, n e m form~t~~m . . 0 -"
sernanticamente,
liao-s"em
cabendo
ao leiter colaborar
a b e n o ,"-
_.
na reconstrucao
de forrnas e sen-
-
Com esse labor de reconstrucao dos sentidos de obra relaciona-se
0
conceito
- _ . _ -e -m - .movimento.
de obra
••
3.
'_ of ••
~ -
••
---r-"" ,
-
.. .. ..
,
sernlose literaria \
.1 A lin g u a g e m rnais ampla
'-'
.-
interaccao
Iiteraria
c o ns titu i u rn domfnio pa rtic ula r n o c on te xte d o e spa go
do funcionamento
da linguagern,
envolvendo
urna complexa
E a articulacao desses varies sistern ate ria lizad a n a e nu nc ia ca o d e u m a m e nsa ge m
de varies ~!...~$" de.sig_ ~,s.
m a s (polissistema
lite ra rie ),
lite ra ria , q ue c on stitu i a se m lo se Iiteraria.
3.2 Pa ra q u e 0 processo s em i 6s ic o s eja b ern s uc ed id e e pre cis e q u e 0 e m isso r e re c e pto r d e u rn a m e n sa g em c o nd ivid arn u rn re po rto rio d e sig no s,
o autor o leiter
0
,.~----
de urn texto literario tunciona como Sell_emissor e concebe. 0 narrador. ..
fu n c io n a
_-
C Om o rece_gtpr e pede substituir-se
..
ao n- _ .a- , ~ r ~ ~ J A t U t . s e m , no
entanto, se confundir com e.le.
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
21/79
2 7- 0I JT -2 00 9 5/13/2018
1 7: 59
C. M. SESIMBR8 DECL Reis 1 E -1_78-slidepdf.com Carlos
35'
3 51 2 12 28 82 65
P.0 4 /2 0
212288265
3.3 A enunclacao
e u rn acto historicamerue
Iiterarta
"...--------_.
A inscricao his to ric a d a e nu nc ia ca o
lite ra ria
efectiva-se e m f U D ~ a o d e c6digos
e si~!!o~~~~~_r~E.iosu e estru tu ra rn a rnen sag em Os c6digos
c o rn u nic a tiva s
e a re la tiva
a r e pr e se n t a c a o
urn codigo assegurarn c6digos
litera ria .
sa o instaveis e historicamente
literarios
vin u elld ad es
situado.
--,-----
superaveis;
c o n ve n c lo n alid ad e semantics
contudo,
as
q ue c a ra c te riza m
e a eficacia
pragmatics des
literarios.
c o m maier indice d e n o r rn a tl vi d ad e
E m dominios tecnlco-literarios
e
possfvel
identificar codigos literarios precisos: c2.~Jgg__r.im~lj.co,c?d.!g_':!.~.!J_Q~!~9, c 6 d ig o m e t r ic o , c ~ !g _ g !. _~ ~ _ ~ _!1 j~ 9 ._ :. OA tr a tjv o tc. s, E ste s e outros c o d i g o s po d e r n cangregar-se n u r n h iP e rc O d ig o _
3.4
e
y _e ic .u .lo .d e .. .s .e m i o se : s ig n ifi ca e co~u!:l:i.s~- De acordo com uma p~oposta de ~~:~s Morris, 0 signo-e~~~~~ t~ipla dimensao: 0 ~igna
~p1
~a
dimensao ~e,_qlan~-
,
d im en sa o sintac.ti£~, ~
...
. .""
,,
•
dimensao pr a g m a t i c s_ . . .. ~"
. E passive) reconhecer,
......:..~
a tres nfveis fundamentals, certos signos literarios:
,,_,------3.4.1 Nurn primeiro nfvel de estruturacfio f6nico-Iingufstica
signos-objectos
"_,- . . . .
__
----_ .
• signos de ~io
-
..-
podernos encontrar:
(per exemplo, a ~lite~~~QJ;
......
(porexemplo, .
ar!.rTla,
0
~i!mo au 9 _ ~ ~ ! ! ' ~ ) _ ,
.•~------
3.4.2 N u m seg un do n fve l po de m o s e n co n tra r ca te g orias llterarias predo'i n a n t e s e m c e r t o s i e xt c s ( n ar ra t iv es , d ra m a tic os a u lfric o s): analepse, p a us a d e s cr it iv a , focaliza\fao
in te rn a, pe rso na g ern ,
e spa c o, sfrn bo lo , im a -
gens, alegoria, m e ia fo ra , te rn a, registos d o ciscurso,
3 .4.3
etc.
N u rn te rc eiro n ive l, m ul to m a is a b ra n ge n te ,
p'~ de po sm la r-se
lite __. ra rio
_
a ...__ o bra,_ _.,.literaria n a su a~ _...:_ g lo ba lid __ ade -..;..;r-----.~
c o m o sig na
30
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
22/79
27-0L lT-2009 5/13/2018
3.5
C. M. SESIMBRR DECL
18:0\ 3
l E
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35'
3 51 21 22 88 26 5
212288265
A funcionalidade dos codigos llterarios desenvolve-se em fun~ao da sua interaccao rectproca e ainda da sua interaccao com codigos paraliterarios (c6digos ideologicos, simbolicos, miticos, etc.). C6digos literarlos e signos llterarius paruciparn activamente n u m a prcdutividade d is c u rs iva c apa z d e a tin gir u rn c erto In dic e d e in fc rm a ce o e ste tic o-
literaria.
3.6 A comunicacao artistica encontra-se automatizada quando as mensagens enunciadas sa o facilmente descodificadaspOrlOr'fa"da trivializacfo dos meca-
-----.--E! efeitos
nismos de enunciacao que as geram. 0 recurso a signos e c6dig,os inovadores -
-
po de su pe ra r e ssa autornat1za~ao a tra ve s d a prodE£ao - ~ -- . , ,- , -
de s!!.rpre~ <
3.7 Abraham Moles operon uma dislin~ao fundamental entre infonna~ao se11lj»:; tlca e i~~.~.Sio. este.tica. A primeira e de natureza 16gica.'-~d~p;~p~nsao lltllitiria. A informacao estetlca constitui a d i m e n s a o qualitativa do discurso literario, conferindo significado artlstico a informacao semantica .
....
._,.. ,
31
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
23/79
27-DUT-2009 5/13/2018
18:00
C. M. SESIMBRR
DECL , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
3~1
3 51 2 12 28 82 65
P.06/20
212288265
Ex e r c i c i os de a p h c a c a o 1. To rn a n d o c o m o po n te d e pa rtid a a rcona c o s actos discursivos, explique em que term os 0 discurso de uma personagcm,
nurn romance
au num
drama, pede ser entendido como qJJ-...E.se;,£cr~.f!!$,£w1Y.f).,
2. De c la ra W illia m E m pso n : «U rn vo c a bu lo po d e te r ,:-:.~_D_9.~.,~~Tlti49§.~i5tin[OS;
varies sentidos rel acio n ad o s en [res T; ' v~- rio s s en tid o s que dependern
W;s d ~ "iitr OS Pa .r a
agregam
c o~ ~ ta r o S ' S e U " " s se n tio os; o u v ar ie s s e n 1i d o5 -q u e ., ~ e d e m od o q u e 0 vocabulo ~ ig nHlq u c u m a re la c a o o u u rn pro ce sso »
(Seven Types of Ambiguity, New York. New Directions, partir destas palavras -
e tanto quanta passive] com
0
1966, P: 5). A
apoio de exernplos
literarios -. reflicta sobre as virtualidades esteticas inerentes ao culto da am~iguidao.~nalinguagcm.liteI:a.rj~:~· . . 3. Ponderando 0 conceito de auromari?(1.~M no processo de cornunicacao l~a, analise as suas conexo~~ 'Com a problernatica da tia'di~~o e d a
inovacao literaria. Se necessario, re c o rra a in fo r m a~ o es q u e sobre esta questao se encontram
32 http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
no capitulo VII d' 0 Conhecimento da Literatura.
24/79
27-0UT-2009 5/13/2018
351 212288265 C . M . SESI M BRR DEC L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
18:00
~ ~ 1 2 1 2 ~ Lqvv~ 2 6 ~ J~
J
Bibliogra fia complernen tar ADAM, J.-M. e GOLDENSTEIN J.-P. =Linguistique e' discours iiueraire, Paris, Larousse, 1976.
A RON , Tho m as - Liuerature
t!l
litterarite. U n essai de m ise au point, P aris , L es B elle s
Lettres, 1984.
D E LAS, D . e FILLIOLET
J. - Linguistique
D OL E Z E L , L u bo m ir - A poetica C . G ulbe n kia n , 1990.
e r poetique, Paris, LaTo u sse, 1973.
ocidental.
Tradi~clO e inovaciio,
Lisboa,
Fund.
ECO, Urnberto - Obra aberta, Sao Paulo, Perspectiva, 1968, E C O , U m be rto
-
Trattato di semiolica generate, 6 . a e d., M ila no , B orn pia ni,
1978,
FOUCAULT, Michel - L'Archeologle du Savoir, Paris, Gallimard, 1969. GARRIDO GALlARDO,
M,A. (ed.) -La crisis de [aliterariedad, Madrid, Taurus, 1987.
JAKOBSON, Roman - Essais de linguistique gtnerale,
Paris, Ed. de Minuit, 1970.
L OT Mfu 'l". L - La structure du rare artistique, P an s . G a lli m ar d, 1973. POZUELO YVANCQS, J. Maria -La r eo r (a d el l en g u a je l it er a r ia , Madrid, Catedra, 1988.
...
P RATT, M arie L o uise - Toward a Speech Act Theory a/Literary Discourse, Bloomington, In dia n a
U n i v. P re ss , 1977 .
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
25/79
27-DUT-2009
5/13/2018
18 :00
. M . SES I MB R A D EC L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35'
3 51 2 12 28 82 65
P.08/20
212288265
ill. Texto literario e obra literaria
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
26/79
27-0UT -2009
5/13/2018
C.M.SESIMBRA DECL
lE'l: 00
'E
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35'
3 51 2 12 28 82 65
212288165
Objectives de aprendlzagern D e po ts d o estudo desta unidade didactica
1. Id en tific ar
c ar ac te rfs tic as
2 . R ela cio na r
0
0
a lu no d eve estar apto a :
d o texto literario.
c o nc eito d e fic cio na U da de
c orn o s c on ce ito s d e fin gim e nto
artfstico, mundo posslvel, veroslmllhanca
e intransitividade.
3. D is tin gu ir e n tre modeluaeao primaria e m o d e l iza c ao
secundaria.
4. Id en tific ar e le m en to s q u e , a rtlc u la d os e in te ra c tu an te s , g ara n te rn a c o erends textual global. 5. Reconhecer e articular diversos estratos que compoem a texto literario.
6 . D es cre ve r lO S
0
c o nc ei to d e in te rt ex tu a lid a de
a r t i c ul a ndo- o
c o m o s c o nc e i-
de dialogismo e pluridtscurslvidade.
7. Estabelecer a relacao entre texto literario e obra literaria,
8. Apreender as conexces entre texto, contexte e macrotexto. 9. Descrever a funcionalidade organlca do incipit e do explicit. 10 . D e s c re ve r
a fu n c io n alld ad e
s e rn a n tic o -pra g m atic a
d o titu lo e do subntulo.
11. Explicar a re le va n c ia e a diversidade de funcoes da eplgrafe e da dedica-
t6ria no e n q u a d r a m e n t o
do texto.
12. Descrever a funcionalidade pragmatics, historica e i de ol ogl c a de paratextos como 0 pretacfo e 0 posfaclo,
37
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
.
.
.
.
.'
-
27/79 "
~.
.~.'
'" _
2 7- DL l T- 20 09 5/13/2018
3 51 2 12 28 82 65 , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
C. M. SES IMBRA DECL
1 8: 00
35 12' 228826 5
Conteudos programaticos Neste capitulo, refle c te -se
sa bre a s c a ra cte rlstic as
d o texto lite rario , a s su as re la -
'Soes c o m 0 contexte e 0 m a c r o t e x t o e procllra-se sisremanzar o s e le m e n to s textu ais e paratextuais q u e contribuem pa ra a Instltucionalizacao d e u rn texto c o m o obra literaria o r g a n i c a e dotada de legitimidade historlco-cultural.
1. 0 texto literario
1. 1 En q u an to re su lta do a rtic ula do e e stru tu ra do d a en u n ciacao iiterarja,
0
texto
e detentor de certas c a r a c te r fs tic a s :
litera rio
c on fig ura u rn u nive rs e d e n atu re za fic clo na l: e vid en cia u m a coerencia s e m a m i c a e t ec n ic o -c o m p o s lt iv a;
e
u m a e n tid a d e p lu r is tr at ifi ca d a ;
c om pre en de u m a d im e nsa o virtu alm e nte Intertextual,
o m u n do
fic cio na l q ue a e sc rita llre ra ria c on fig ura po de re la clo na r-se COm 0 llterario que designs u m a m o d e l a t ; a o estetico-verbal. Esse fingim en te re m ere pa ra 0 caraeter n a o utllitario d o te xto Iiterario e a uto rlza -o a c on stru ir u rn mundo p o s sf ve ! ( (c o n s tr u ~ a o s e mio tic a e s pe c ffi ca c u ja exlstenfingimento
e meramente textual»). Esse m u n d o possfvel relaciona-se muitas vezes c o m a rn u n d o re a l atraves d a c a te g o ria c ia ve ro slm ilha nc a (q ua nd o e nc on tra m a s n o te xto Iite ra rio a re pre se n e a ca o d o q u e poderia te r a co n te c id o ), P or qu e n ao s e re fe re rn , d e fo rm a d ire cta , a u m a re alid ad e e xte rio r, o s te xt o s lite ra rio s
cia
dizern-se intransitivos. • De acordo com I. L o r m a n , que elaborou os c o n c e ito s ,
0
texro literario consti-
tu i u m a modeli2;a~io secundaria d o m u n d o , ista e , lim a c o n stru c a o q u e s e apoia no sistema modelizante primario que e 0 s is te ma linguistico.
1.2 V a d o s e le m en to s a ssegura rn a c o e r e n c i a de u r n t ex to l it er ar io : m e c an is m o s d e n atu re za l in g u is tic a
(regras mortologicas, articula-
coes sintacticas, etc.); procedimentos como: anaforas, c o n s tir u ic a o de isotopias, normas estilisticas, de m e [rica, de genero literario, etc.;
e fe ito s d e c om pa tib ilid ad e e c on siste nc la ln te rn a n o m u n do posstvel c on fig u ra do pe lo te xto Iite ra rio .
39
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
28/79
27-0UT-2009 5/13/2018
18:01
C. M. SESIMBRA DECL IE CarlosReis-1_78-slidepdf.com
351 212288265
P.11/20
3~1 212283265
1.3 0 lexto literario e u m a e ntid ad e plu ris tra tific ad a, sos estratos a rtic ula do s
is to e , composts po r d ive re ntre si.Apartir de u m a perspective fenomenologica,
R. In ga rd en d is tin g ue q ua tro e stra tc s: 1.3.1 0 estrato f6nico-lingulstico que In te g ra e le m e n to s e forrnacoes de natu-
reza fo ne rn atic a e fr as ic a (r im a , a lite ra ca o , m e tr o, ritrno, organizacao s in ta c tic a , e tc .);
1.3.2 0 esrrato das unldades de signinca~ao semanticos
do tcxto (arnbiguidades,
que c o n c e rn ra
simbolos,
imagens,
as elementos rnetaforas, etc.);
apresentadas que envolve e n t i d a d e s de c a r a c t e r i n te n c io n a l ( id e o l o g ia s , m ito s, pe rso na ge ns, e spa co s, etc.),
1.3.3 0 estrato das objectividades
1.3.4 0 estrato d o s a sp ec to s e sq u e m a tiza d o s,
a q u e le e m q ue se pro je c ta rn e reencontrarn componentes deduzidos dos resrantes estratos, A o pc a o por determinados procedimentos de estruturacao ou por estrategias discurstvas predetermina a fo rm a como a s entidades a pa re cem re pre se nta da s n a o bra , c on dic io nan do 0 acto receptive,
1. 4 E impo n a n te
o bse rva r q ue , e rn bo ra u rn d ete rm in ad o
de uma relativa saliencia, n e n h u m
estrato po ss a d e sfru ta r
e independents dos o u t r o s , uma vez que a
s u a e fic a c ia n a c o n s e c u c a o d a c o e re n c ia te xtu a l s o s e atinge e m c o nju g ac ao com os restantes,
1.5 A concepcao dinarnica de texto literario e a intertextualidade
resultar decorrern r e m o t a m e n t e pluridiscursividade. Na sequencia
dos c o n c e ito s bakhtinianos
da reflexao de Julia Kristeva
que dela pode de dialoglsmo
e
sobre a obra de B a khiin e ,
outros teorizadores debrucararn-se sobre 0 conceito de intertextualidade. Por e xe m plo , C esa re Se gre d istin gu e e ntre intertextualldade e Interdlscursividade
e G era rd G en ette pro po e a te rrn o a bra ng em e transtextualidade e a dia nta c in co m o d a lid a de s d e d ia lo g o tr an ste xtu a l: a in te rte xtu alid ad e
o plagic ou a alusao;
_-_.----------------.
4Q http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
._-- _ ..
n urn a a c e pc a o re srritiva q ue e n glo be a c ita t;a o ,
29/79
27-DUT-2009 5/13/2018
C . M . S E S IM B R t=ICarlos DEC L , E -1_78-slidepdf.com 3 51 2 12 28 82 65 Reis
18:01
212288265
351
isto e , a relacao do texto com os q u e pr efa clo s. po sfa ci os , etc.);
a paratextualidade,
P.1 2 /2 0
0
enqua-
dram (titulos, s ub tft ulo s,
a m e ta te xtu a lid ad e ,
isto
(critica e analise Iiterari a);e ,
a pro du c a o d e u rn te xto a c e r c a d e Dutro
isto e, a t r a n s f o r m a c a o
a hipertextualidade,
de urn texto primeiro
num texto segundo (como acontece, por exemplo, na par6dia); a arquitextualidade q u e corresponde s o e r e t u d o as relacoes do texto c orn n orm a s q ue e ve ntu alrn en te c um pra (pa r e xe m plo , n orm a s d e genera).
1.6
2.
A imagern do palimpsesto refere-se a possibilidade de descobrirmos, nurn determinado texto, «inscricoes» antenores, ja desvanecidas mas ainda recuperaveis,
Texto, contexto
e macrotexto
2.1 A existencia de u rn O U va rie s texto s literario s n ao e co ndi~ ao su ficiente para a existencia de uma obra llteraria. 0 passe que vai do texto a obra Iiteraria depende frequentemente ordem sociocultural.
de razoes de natureza estrutural e de razoes de
2 .2 A a rtic u la c a o d o te xto c o m
0
s eu c on te xto c on stitu i u rn f actor d ec isivo pa ra a
confirmaqao do seu estatuto de obra llteraria.
,,",,!
cenarlo historico-cultural
com
0
qual
0
Nurna acepcao mais estrita, 0 contexto de onde se extrai urn fragmento.
Entende-se pa r contexte
0
texto dialogs.
e
0
envolvimento textual mais ample
Par macrotexto entende-se 0 resultado da coerente agrega~ao de varies rexto s n urn a unidade rn ais a m pla .
3.
Texto litera rio e obra litera ria: re]a~oes de integra~o
3.1 A c o n f i g u r a ~ a o
de urna obra literaria, a partir de urn ou varios textos litera-
n o s, s clic it a d iv er so s r eq u is ite s que fa vo re ce rn a s ua organicidade e integracao
41
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
30/79
2 7- Cl UT -2 00 9
5/13/2018
1 8: 01
C. M. SESIMBRA DECL 1E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35<
P . 1]/ 20
3 51 2 12 28 82 65
212282265
c ultu ra l. D ois d os elementos texruais que fa vo re c e rn a o rg a n ic id a d e literaria
sa o 0 incipit
e 0 explicit.
D es ig n a-se pe r in cipit . 0 explicit assinala leitura, 0 explicit
se m a n tic o :
d a o b ra
0
0
lu g a r d e abertura
0 local de encerramento de necessariamenie urn rigido fecho
final do texto e
nao signifies
e le n a o anula a possibilidade
das consequencias
au c o m ec o d e u m texio .
pragmatlco-ideologicas
dade do s e u p ro lo n g a m e n to
d e abertura
para
0
plano
do texto nem a possibili-
noutros textos.
0 subtftulo s ao e le m e n to s de caracter paratextual e visarn iniegrar o te xto lite ra rio n u m c o n te xte c u ltu ra l e m q ue po de consrituir-se como ob ra
3.2 0 titulo e
literaria. Genette sisternatizou os titulos em dois tipos dorninantes:
titu lo s te m a tic o s: o s que remetem texto:
para elementos
tltulos rematicos: os que aludem
a caracteristicas
d e conreudo d o
de natureza
for-
mal, frequenternente a atributos de generos,
o su btftu lo , q ua n do e xiste , po de se r u rn e le m e n to a pro fu n da nd o -o
complementar
do titulo,
te m a tic am e n te , a v a n c a n d o u m a fiJia ~ a o d e g e n ero o u la te -
grande a obra Dum conjunto rnais ample.
3.3 A e pig ra fe e a dedicat6ria sa o o u tr os pa ra te xto s que contribuem a e n q u ad ra m en to d e u rn texto n u m io d o organico q u e e a o bra literaria:
para
esporadica, pode desernpenhar diversas funcoes: uma fun~o ternatica, urna fu n ~a o id e olo g ic a o u u m a f un~ ao m e r a m e n te r ev er en c ia l;
A epigrafe, sendo embers relativamente
A dedicat6ria
invoca, no limiar de urn texto, urn destinatario
cionou como inspirador (esietico, ideologico,
3.4
0 prefaclo
consritui
0 texto de apresenracao
econornico,
(do texto literaric,
que fun-
etc.) do texto.
do autor, de
u m a d eterrn in ad a o pcao estetica, etc.) e a su a pertinencia va ria em fun-;ao d a e pe e s e m q u e aparece e em f u n ~ a o de quem 0 sub screv e,
42 http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
31/79
27-0UT-2009 5/13/2018
18:01
C. M. SESIMBRR
" ., ~
DECL 1E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
351 212288265
2 1 1 2 2 " u · " L 6 5. cC
!
Exercicios de aplicacao l.S e c cn sid er ar m o s
0
te xto lite ra rio
c o m o e n tid a d e
c o n stitu fd a
po r va rio s
estratos a rtic u la d os e n tre s i, po d er e rn os o bs e rve r a fu nc io na lid ad e e s pe c ifica d e. a lg u rn o u a lg u n s d e s s e s e s tra to s. Te n d o e m (lte n ~a o 0 po e m a d e A n to n io G e d e a o «M oin ho s e m ve la s - (d. 0 Conhecimento da Literatura, n ele c o rn po n e n te s d e fndolejdnico-Ungu£.stica
p. 175), id en tifiq ue
e possivel deduzir efeitos de significa~iio ( ct. s a br e esta cimento da Literatura, pp. 177
d os q ua is
m a te r ia 0 Conhe-
5S.).
2 . A partir d a le ltu ra d o te xto d e C arlo s d e O live ira tra n s c rito e m 0 Conhecimento da Literatura
(p . 507) descreva
a rtic u la n d o-c
c o n c e iro s
co m
OS
conceito de intertextualldade,
d e dialogisma e d e pluridiscursividade.
3. Declara Vergflio Ferreira: «Urn livre rn u n d o ,
0
e
0
registo do
e le n a o po d e ernendar-se c o m o a ju ve n tu d e
!'lOSSO
dialogo com
q u e errarnos-
(d.
0
0
texto transcrlto em 0 Conhecimento da Literatura, pp. 508·509). A partir d a q u e la s '-'
pa la vra s
e d o q u e n e la s tra n s pa re c e
te xto m e n c io n a d o
ser reconhecida
-,
a
-
e q u e s e c o n firm a m
no
re flic ta a c e rc a d a c o n d ic a o demacro-signo q u e pe d e
obra literdria (cf, 0 Conhecimento
da Literatura,
pp . 150-151 e 198-200).
-
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
32/79
27-DUT-200g 5/13/2018
18:02
C. M. SESIMBRA DECL • E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
~JJr1
2 '~ ~L 3L Q '1v 6tr
3 51 2 12 28 82 65
P.1S/20
.)
Bibliografia complementar Communications,
19, 1972 (liL generico: Le fe.tre. De la thtorie
DIJK, Teun A. van -La
a la
recherche).
ciencia. del rerto, Barcelona, Paid6s, 1983.
ECO, Urnberto - Canceito de texto, Sa o Paulo. T A. Quciroz/Ed. da Un iv , de Sa o Paulo, 1984. GENETIE,
G. - P a li m p se st es . L a l ir rC r a tu .r ea u s ec o nd degre, Paris, Seuil, 1982.
G E N E T T E . G. - Seuils, P a ri s, S e u il , 1987. IN GA RD EN , R om a n -A obra deam IUeraria, L is bo a, Fu nd a~ ao C . Gulbenkian, 1973. Intertextualidades.
roc-rique, n.? 27, Coirnbra, Liv. Alrncdina, 1979.
LOTMAN, L - La. structure du tate artistique, Paris, Gallirnard, 1973. MJGNOLO, Walter - E iem enio s p ar a u na reo r{ a del rerro literaria; Barcelona, Ed. Critica, 1978.
R IC OE U R, P a u l - Du rare a I 'action. Essais d'hermeneutique, 1986.
II, Paris,
Ed . d u S eu il,
SEGRE, C. - P rin cip io s d e a nd lisis d el texio lirerariQ, Barcelona, Critica, 1985.
44
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
33/79
27-0UT-2009 5/13/2018
18:02
c. M. SES IMBRA ~ :j ~~I
DECL .. E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
'L1 1 ' 1L" LQ u? u2 6 1 = :
3 51 21228 82 65
)
IV. Texto literario e arquitextualidade
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
34/79
27-DUT-2009 5/13/2018
18:02
C. M. SES [MBRR DECL ... E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
3 51 2 12 28 82 65
Objectivos de aprendizagem Ap6s 0 estudo
desta unidade
1, A pre en de r
0
didactica
0 aluno deve estar
apto a:
c on ce ito d e: arquitextualidade
2. Relacionar 0 conceiro de generos do dlscurso com a condtcao social da
lin gu ag em
ve rb al.
3. D e fin ir e id en rific a r m o d o s lit er ar io s
fu n d a c io n a is .
4. D is tin gu ir e n tre m o do s literarios f u n d a c i o n a i s , modos derivados.
g e n e r o s d e dtscurso e
5. C a ra cte riza r g en ero literario. 6. Reconhecer
a interaccjo
n a c on flg ura ca o
dos conteiidos a representar
e dos contextos epocais
d os g en ero s Iite ra rio s dramatlcos, narratives e llricos.
7. Caracterizar subgenera llterario.
8. E nu nc ia r a s c a ra c te rfstic a s e sse n cla is d o d ra m a , m a n ife sta d as n os te xto s d ra rn atlc os e c on cre tiza da s n o e spe cta cu lo te atra l, 9. Explicar a dualidade
do texto dramatico.
10. E nu nc ia r a lg um a s d as c ara cte rfs tic as q ue d is tin gu em do modo drarnatlco,
0
m o d o n arra tlvo
11. E xplic ar a i l u s a o dramatica. 12. Descrever os tres nfveis compreendldos pelo hiperc6digo teatral,
13 , E xplic ar
0
c o nc e ito d e d e s c o n s t r u c a o g e n o lc g ic a
e re la c io n a -Io c o m a
crise des generos.
1 4. A rtic u la r
0
re la tivis m o
d o s g en ero s lite ra rio s com a s u a h is to r ic id a d e .
-
47
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
35/79
27-0UT-2009 5/13/2018
C . M . S ES I MB R A D E C L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
18:02
3 51 2 12 28 82 55
F'. 1 8/2 0
~12 ' 1pq L~· ~~
?!:.
LuU
L!
').J
~~
Conteudos programatlcos N e s te c a pitu lo ,
d ern on stra -s e
com o
e po s s fve l o rg a n iza r e d e strin c a r c o n c e ito s d o
c a m po te 6 ric o d a g en olo gia gem incorrer e m classificacces rfg id as e norrnativas d o s m od o s e d e s g en e ro s litera rio s, Su b ja z a e s ta reflexao 0 pre ssu po sto b as ic o d e q ue e ss es c on ce ito s s o fa ze rn se n tid o se se aten de r a o pro cesso tran sfo rrn ad or d a evolucao lite ra ria e a a rtic u la c a o d in a m ic a d o fe n 6 m en o lite ra rio c o m a H is to ria .
L
0 concelto de arquitextualidade
1.1
0 c o n c e i t o d e arquitextualidade d e G . G e n e tte
e d e s ig n s
q u e, an ic u la d a s re la c o e s
c o nju n to
a pa rtir d o t ra b al ho t eo r ic o
d e propriedades
g era is o u transcendentes
en tre sl, fo rm am u m a referenda g e ral c a pa z d e explic ar as
e xplic ita s
A s c a re g o ria s
0
e s ta b e le c e u -s e
o u Im plfc ita s
lite ra ria s
arquitextualidade
q u e a s te xto s rn a n te r n u n s com a s o utro s.
rn a is s u s c e ptive is
d e s e re rn e xplic a d as
s50 as modes, os generos e as s u b g e n e r o s
so b
0
s ig n a d a
literarios.
1.2 O u tra s c a te g o rla s po d e m s e r entendidas c o m o c a te g or ia s arquuextuais (por exernplo, 0 ve rs o, a s fig ura s d e re to ric a, c erto s re po rto rio s te m atic os, m itic os, simb olicos, etc.), C on ru d o , sa o o s m od e s, o s g e n ero s e o s su b g e n e ro s lite ra rio s q u e a prese n ta rn m aier po d e r d e ca te g o riza c ao a rq u ite xtu al d e vid o , em parte, ao facto de terern sido frequentemente e Aristcteles
.._ ....
ale aos actuais teorizadores
objecto de reflexao,
desde Platao
da literatura.
1.3 U rn a refle xao s o b r e o s m o d o s e o s g e n er o s Iiterarios d eve b ase ar-se n o pre ssu po sto fu n d am en tal c ia e vo lu c ao e transformacao d in arn ic a d o fe no m en o literario, passive! definir Erninio m u ito m ais
e descrever os generos Jiterarios cnquadrando-os nurn doample q u e e 0 d o s generas d o d is c u rs o . 0 c o n c e iro d e
g e n ero s d e d iscu rso pre n d e-se co m a c o n d i ~ a o so c ia l d a lin g u a g e m verb al e c o m a c o n ce pc ao d a lin g u a g e m COmo jo g o. Q ue r d izer: a lin gu ag em ve rba l e u rn a pra uc a e m in en te m en te s o cia l e i nte ra c ti va . a e spe cific id ad e d o s g en ero s literarios e c o n v e n i e n te relaciona-los com niveis e categorias gerais que as englobam. De acordo
P ar a r ne lh or c o r n pr e e n d e r
49
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
36/79
27-0UT-2009 5/13/2018
18:02
3 51 2 12 28 82 65
.l E C. M. 5E~,[r1BRA DECL CarlosReis-1_78-slidepdf.com
c o m a m od e rn a teoria da Iiteratura
d isiin gu em -se
tre s n fve is e c ate g oria s
gerais:
2.
.._
.
1-3.1
0
n ive l d os m o do s d o d is cu rs o ;
1.3.2
0
nlvel de s g e n e r o s literarios;
1.3.3
0
n ive l d os subgeneros literarios.
Modos do discurso e g e o e r o s llterarios
2 .1 E n te n d e -se po r m o d o s Ilte ra rio s ba s ic a m e n te a s c ha m a d o s m odos fu nd ac lo na ts d a literatura: m o d o lfrlc o , m o d o na r r a ttvo e m o d o dramatico. E sta d istin ca o n ao d eve se r e n c a ra d a c o m o rig id a me n te exclusive, u r n s ve z q u e e p os sfv el e n co n tr ar t ex ro s (li te ra rio s au pa ra lite ra rio s) q ue en cerra m m ais d o q ue u m a to na lid ad e m o d a l . Certas praticas discursivas sao de diffcil integracso nas representacoes modais referidas, E , par exemplo, 0 caso da epistola, do dhilogo ou do ensaio, gue
c o rrespo n d em a u rn a te n ta tive d e m o d e liza c ao d is cu rs iva s d o q u otid ia no .
lite ra ria a pa rtir d e pratic a s
Imports observar ainda que a triparticfio dos rnodos fundacionais nao abarca todas as possibilidades de formulacao modal que a discurso literario reallza,
s en do , a ss lm , po ss fve l fa la r d e modes derivados ( po r e x er n plo , 0 e le g ia c o , 0 novelistico, 0 historico, a biografico, etc.).
0
comico,
0
tragico,
1 3 possivel entender como modes derivados aquila a que Roman Ingarden '-'
charnou essencialidades,
2.2
as generos llte ra rio s s se c a te g o r ie s s u b st an t iv as q u e r epr es en ta m e ntid ad e s po r n atu reza in stave is e tra nsitc rias, su je ita s ao d evir d a H isto ria e d a C u ltu ra e d ota d as d e c a ra c te nstic a s
fo rm a is va ria ve lm e n te
n or m ativa s.
A mutabilidade histcrica cos g e n e r o s ltterarlos a ce niu ou -se so bre tu do depois do Rornantlsmo, quando a criacao literarla foi afecrada per atitudes e
va lo re s in ova d ore s e su bve rsivo s e m r ela t; ;a o a s c o n ve n c o e s .
50 http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
37/79
27-DUT-2009 5/13/2018
18:03
C , M , S E S I MB R A D EC L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35'
Os g en em s lite ra rio s textos epocais
3 51 2 1228 826 5
P.2121/28
21228826j
d e ve m se r e n te n d id o s e m e stre ita c o ne xa o c o m o s c o n -
em que emergern,
uma vez que eles traduzern
uma cosmovlsao
resultants do d ia lo g o com os valores, com as ideias e com a sociedade em q u e
o e sc rito r s e In te gra . A d istin c a o d o s g e n e ro s pa ss a n a o 56 pa r u m a caracterizacao e xpre ss a o m a s ta m be rn pe la a n alise d a fo rm a d o c o nte iid o.
d a forma d a
2 .4 A d is tin c a o poesia/prosa
n a o c on stltu l u m fa cto r d is tin tivo d o s g en ero s lite fa c to a ce ite e e m piric am e nte ve rific a ve l q ue a s g en ero s d o
r ar io s . C o n tu d o , e m o do d ra rn atic o se c on fig ura rn tanto e m pro sa c o m o e m ve rs o , q u e m uito s generos do modo narrative sa o enunciados em prosa e que, na sua esmagadora m aio ria , a s g e n e ro s d o m od o lfric o expre ssa m -se e m ve rso . Os generos do modo dramatic»
foram, ate
<10
seculo XVII, geralrnente
enun-
c ia do s e m ve rs o. A pa rtir d ess a a ltu ra , q ua nd o a s pre oc upa co es te m atic as e nvo lvia m u m a re pre s e n ta ca o sa tiric a d os c o stu m es d e u m a s o cie da de e m rn ud an ca , rn u ito s d os g en ero s dramaticos passa ra m a ser e n un cia d o s e m prosa. Embora os gem:ros narrativos m o d em o s s ec oe tig u re m
e m prose, e st a n a o c o ns titu i u rn a tribu to c o ng en ita m e m e re q ue rld o pe la m o do n arra tive . A u tiliza ~ ao d o ve rs o e m c e rto s g en ero s n arra tive s, c o m o a e pc pe ia e a s n arra tive s fo lc lo ric as, n ao po e e m c a u sa a su a c o n d ic a o m o d a l n a rra tive ,
i
d os te xt o s liric o s, q ue e n orm a lm e nte c u rta , re m ete pa ra u m a a titu d e d e c o n ce n tra c a o e m o u va e e xpre ssiva q u e se tra d u z u su alm e n te n a u tiliza /S ao d o ve rso , C o nve m atentar, n o entente, e m d o ts u po s d e c c nt a ml na c a o
A e xte n sa o
que
e
verificar nos textos lfricos: aquela que resulta na chamada poe-
possfvel
sia e m pro sa e u m a o u tra co n r am in acao q u e acontece q u a n d o a pc esia e m ve rso te n d e a narratlvlzar-se.
2.5 A c o nflg ura c a o
fo rm a l d o s g en e ro s e , e m p rm c lp io , e xp lic a ve t pe l a in te ra cc a o
de varies elementos:
.
e le m en to s
sem an tic e s,
factores pragmaticos, IiSO
.
q u e u n s g e n e ro s a c o lhe m e o u tro s n ao ;
q u e te m q u e ve r c o m a s po ssibilid ad es d e a c -
d os g en ero s sa bre o s se us re ce pto re s;
clrcunstancias
soclcculturats,
certos generos
e nao de outros,
que viabilizam
a popularizacao
de
Os subgeneros litenirios c o n st it u em p ar ti cu la ri za c o es , em c o n te xro s nistorico-
-c u ltu ra is
e spe c ffic o s ,
d a c a te g o ria
m ais a m pla q u e e
0
g en era
lite ra rio .
S 1
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
38/79
i~ 7 -0 U T - 2 0 m 5/13/2018
1 8: 0 4
C .M .S ES IM BR A DE CL AE CarlosReis-1_78-slidepdf.com )~. .JJ
3 51 2 12 28 82 65
P.0U19
212288263
3.
0 drama e 0 espectaeulo
3.1
A atencao c c n c e d id a
teatral
n e s te livre a o s te xto s
n a o c a be a q u i a pr o fu n d a r ,
como
e 0 caso
se ra pa rc ia l
d ram atic o s
tratar de urna reflexao que r e m e r e necessariarnente
para campos
po r s e
de estudo que
d a semiotics t ea tr al, c ia s oc lo lo g ia
do
tc atro , e tc .
3.2
Urna caracterizacao
dos textos pertencentes
fu nd am e n ta lrn en te
e m d ais irn po rta n te s
dramatlco
ao modo
deve atentar
a s pe c to s:
a o c o n tra rio d o q u e a c o n te c e c o rn a Ifrica e a n arra tiva , s o lic it a , e m prin c ipio ,
u m a a c tu a liza c a o
0 drama d o espectaculo tea-
a tra ve s
tral; pe d e a pro xim ar-se
o drama
e m fu n c a o • A c a ra c te riza c a o
d e d e te rm in a d a s
n u m d e te rmin a d o n u m e r o geralmente restritc.
0 drama
e
0
c a te g o ria s
uma vez que se e s tr u tu r a
q u e the s a o comuns.
m od a l d o drama pa s s a pe la va lo riza c a o
to s , re s o lvid o s
.
d a narrativa,
espectaculo
teatral
tempo
d e te n s o e s
e vivldos po r
sa o fenornenos
e c o n fli-
personagens
bumanos
em
instintlvcs,
atribuida ao directamente conexionados com 0 quotidiano. A relevancia teatro a o lo n g o d a H is to ria c u ltu ra l dos POVDS a po n ta pa ra 0 caracter u n ive rs a l, m as c u ltu ra l m en te d ive rsific a d o , d e u rn fe n 6 m en o m uito a n tig o .
3.3 Nurn texto dramaticc
coexistern geralrnente dais textos:
urn texto principal, u rn te xto s e g u n d o ,
enunciado pelas personagens; c o n stltu fd o
pe la s ln d ic a c o e s
e
c e n ic a s ,
A ple n a a rtic u la c a o d o s d a is texics d c i·s e n o espectaculo ta a tra l, o n d e 0 e s pe c ta d o r n a o re m a c e s s o d ire c to a o te xto se g u n d o , m a s a u m a Interpretacao d e s s e iexto s e g u n d o
pe lo s a g e n te s
d a representacao
teatral
a c to -
(encenador,
r es , e tc .).
o espcctaculo
teatral
a c tu a li aa d e te rr ni na d as
virtualidades
se en co n trarn
previstas
q u er n o teXIO s e g un do
(in dic ac oe s
disposi'iao
rnacroestrutural
52 http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
do texto principal
(divisao
expressivas
c e n ic a s ),
que
guer na
ern actos, cenas, etc.).
39/79
27-0UT-2009 5/13/2018
P.0 2 /1 9
DECL , E 3 51 21 228 826 5 CarlosReis-1_78-slidepdf.com
C. 11.SESIMBRR
18:05
351 212283265
3.4 D o c o n fro n to e n tre nan-attn e drama s o bre s sa e m e le m e n to s q ue lhe s s 50 c om u n s (pe rs on ag er n, a c~ ao , te m po , e spa c o ) e out r os q u e sa o e spe cffic os d o m o do d ra rn atic o . P or e xe rn plo : .
N a n arra tiva , a re pre s e n ta c a o pro ce ss a -s e po r rn e io d e u r n n a rr ad o r: nO d ra m a , a re pre se nta c a o re qu er a rn ed ia ca o d o e s pe cts c u lo te a tra l. A concretizacio
d a n arra tiva d a-se atraves d a lehu ra, g e ra lrn e n te efec-
tu a d a e m va ria s e ta pa s; a d o d ra m a e xig e performances muito e g era lm e nte c o n c e n tra d a s n urn te m po lim ita d o.
d ive rs ific ad as
o c a ra cte r ln te rve nc oe s
d es c ritiva s
im ita tive d a ac<;iio d ra m a tic s d ispe n sa a s
q ue na n a rr at iva s ao e fe ct ua d as pelo narrador,
sa o verificsveis
N ao o bs ta nte , m em en to s na r r a t i v a ,
e rn in en te m e nte
n a rra tive s
a e xis te n c ia situar;;;6es d e c o n ta m ln a g d o : n o d ra m a e a e xis te n c ia d e m e m e n to s d ra rn a tic o s
de na
3.5 U rn a spe c to c ru c ia l d a c a ra c te riza c a o d o d ra m a e a Ilu sa o dramatica, q u e c on siste b as ic am e nte n a te nta tiva d e a nu la r a d ista nc ia e rn oc io na l e ntre 0 e s pe c tador e a espectaculo, A ilusao drarnatica nem s em p re c c ns ti tu iu , na historia do teatro, urn objective a aringir,
3.6 A s e m i6 tic a
autonorno q u e
te a tra l constltul u rn d o rn fn io metocolcgicamente
se lnteressa pete estudo do hipercedlge ende tres niveis de cbservacao:
teatral.
Este hipercodigo compte-
a nfvel sistem leo - aquele em que sa o estabelecidos a s sign os, a s ca m b in a c c e s d e signos e os s e n ti d o s s u s ce p ti ve is d e r e pr e se n ta c a o teatral: o n ive t normativo - qu e leva a s ele cc io n ar c er to s signos em funlSaa d os g en ero s d ra m a tic o s e d a s epocas c ultu ra ls e m q ue sao a d o pta d o s : o nivel discurstvo - a q u e le e m q u e s e e s pe c if ic a d o s sig n o s d o nl v e l normative. actualizacao A activacao
e a o r g ar u za c ao
u m a d et er rn in a da
d os sig no s teatrais p r oc e s s a m - s e
e m fu n ~ a o d e
d u as i ns ta n cia s:
.
a insuncta c as e n tid ad es q ue tra n spc e rn 0 te xto d ra m a ric o pa ra e spe cta cu lo ie at ra l [ e n c e n a d o r e s , a c to r e s, e t c. );
0
em qu e se a instancta d o s c o rn po n e n te s d e o rd e m te c n ic o -a rtfs tic a s u po rta 0 e spe c ta cu lo te atra l (po r e xe m plo , a e s pa r;o c e nic o, a m a sc a ra , 0 g ua rd a-r ou pa , o s c an ar ie s, e tc .),
53
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
40/79
27-DUT-2009 5/13/2018
18:05
C. M. SESIMBRA DECL , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35'
4.
351 212288265
P.03/19
2 i2 2 8 8 2 6 5
Crise e relativismo
des generos literarlos
4.1 A partir d a e m e rg e n c ia , n o fin a l d o s e c u lo X IX . d e r n ov im e n t o s p os -s im bolist as , r n o d e rn i st a s e d e vanguarda te rn -s e ve rific a d o u m a e spe c ie d e c ris e d os generos literarios devido ao facto de esses movirnentos terern operado uma re n ova c s o d os e sq ue m a s tra d ic io na is d e distribuia;;:ao d os g en ero s, A lg un s lextos modificaram
de tal forma algumas caracterlsticas
genologicas
que e pOSSI-
ve l fa la r e m desconstrucao g en o 16g ic a , e xpre ssa o q u e re m e re , po r u rn la d e, pa ra u m a re la c a o fra g m em ad o ra d o su je ito c o m a lin g u a g e m e , po r o u tre , pa ra u m a c on ce pc ao d e e s cr it a Ii te r ar ia q u e re c u sa q u alq u er pro po sito d e e sta bilidade au c o e re n c ia , N o pla n o
te o ric o -c o n c e ptu a l
relativlzar tras.
as formulacces
te rn -se
verificado
g e n o lo g ic a s estabelecidas
alguma
te n de n cia
e mesmo
pa ra
para fixar au-
n a m e di.d a em que s a o c a te g o rie s q ue d ia lo g a m c o m c irc u n s ta n c ia s histo ric a s, c u ltu ra is, id eo l6 g ic a s e so c ia is pa r n atu re za m u ta ve is e m e sm o pe re cfve is.
4.2 0 relativismo dos generos c or npre en de -se
A re la tiviza c a o d o s g e n e ro s re la c io n a -se c o m pra tic a s lite ra ria s d e s n o ss o s d ia s q u e sao irr ed utive is a lim a r e f e r e n d a g e no lo g ic a e st ab ele c id a .
. M a ni.fe sta ~6 es d a ln sta bilid ad e q ue c ara cte riza a s g en ero s SaO a s te n ta tiv as pc s-m o de m is ta s pa ra re fa ze r e re c u pe ra r (i. e ., i n c l u i r n o c an on e) g en ero s e s ub ge ne ro s n arra tive s d es apa re cid o s o u po uc o re pu ta do s. No c a m po d a ie rm in o lo g ia a ssis ie -s e a o a pa re c im en to d e te rm o s d ifu so s (escrita, fiq:ao, texto, fragrnento) q ue re fle cte m a d es a g re g ac a o d as d esig na<;:oes genologicas.
N o q ue d iz re spe ito a os g e n e r o s liricos, 0 i m p u l s e de Iibertacao de n o r r n a s ou classificacoes d e g en er a o co rr eu ja n o s fin a is d o s e c u lo X IX , t e n d o - s e a c e n t u a d o ate a os n os s o s w as .
43
A e ve n tu a l po s tu la c s o d e g e n ero s n o vo s nao irnplica a n eg a'ia o e a to ta l su bs tiIUic;ao dos generos fixados pela tradi\fao. Esses g e n e r o s novas poderiarn c oe xis tir e c on sa gra r-s e n u rn pro ce ss o d e ha rm o n iza ca o d is cu rs iva . N os n os so s d ia s, d ife re nte m e nte d o q u e a co nte ce u ncutras e po c as , s ao produz i d a s narrativas q u e narmonizam d is cu rs os o s cila n te s e n tr e 0 fa c to e a tic ~ ao , po r is s o rn es rn o d es ig na do s pe lo te rm o facc;ao.
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178 54
41/79
2 7- 0U T- 2 00 9
5/13/2018
18 :0 5
C.M.SESIMBRR
351
DECL
'E
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
3 51 2 12 28 82 55
P.04/19
2 i2 2 3 3 2 6 5
Exerdcios de a p lt c a c a o 1. Num conhecido episodio d'O s M a ia s, Joso da Ega declara que «a f o r m a
pu ra d a a rte n atu ra lists d evia se t a m o n og ra fia , 0 e stu do se en dum tipo, d u m vlc io , d u m a pa ixa o , ta l qual c o m o se se tra ta sse d e u m c a s o patologic o , s e m pito re sc o e se m estilo ...» A concepcao e ste tic a a ssim e xpre ssa po de e xplic a r o pc o es po r c e rto (o u certos) generots) literariots); explicite c irc u n sta n c ia d a m en te a ra za o d e se r d e ssa s o pc o e s e fu n d a rn e n te a s u a reflexao tendo em aten~ao os suportes idealogicos gue caracterizarn
0
N atu ra lisrn o. R epo rte -se n ao s6 a s ln fo rm a c c es c o nr id a s n o capitulo IV d 'O C o nh ec im e nto d a L ite ra tu ra ( s o b r e t u d o pp. 2 46 -2 6 1), m a s tarnbern a s q ue n o c a pitu lo V lII se re fe re m a o N a tu ra lism o (pp. 443-452). 2. A n a lis e a s d ife re n c a s
e a s re la c o e s e xiste n te s e n tre t ex to d ra m a ti co e es -
pectaculo teatral e que entidades viabilizarn a transformacao do prirneiro no segundo.
55
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
42/79 usa
as;;2.4&
. : :U * i t :: l O L ' ; .'
SEU ~,...t:?
27 -Q U T- 20 0g
5/13/2018
18 :05
c. M. SESIMBRA
DECL , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
3 5 1 212 28 8 2 6 5
P.05/19
212288265
351
Bibliografia c o m p l e m e n t a r 1. Modos e generos llterarios
C O M BE , Do m in iq u e
- Poesie
el
rec u Vile rheto riq ue des g enres, Paris, J Corti, 1989.
F O W L E R , A. - K in ds o f L iter ature. A n Intro duc tio n to rile Theo ry o j G enres a nd M odes. C am brid ge , M ass., Ha rva rd Univ, P re ss , 1982 . FRYE, Northrop +Anaiomy a/Criticism. Four Essays, Princetcn, The Univ, of Prtnceton Press, ] 973 GARCIABERRIO,A.
c.
HUERTA CALVO, J. -L os g ene ro s luerarios: sistema y historia
(una introduccion),
Madrid, Catedra, 1992.
GARRlDO GALLARDO, Miguel A n g e l (ed.) - Ieo rta de los generos luerarios,
A rc c/L lb ro s, GENETrE,
Madrid,
1988 .
G. - Introduction iJ . l'architeae, Paris, Seuil, 1979.
G UIL L.E ]\, C la ud io - L iter atur e a s SyS tem . E ssa ys To wa rd th e Th eo ry o f Literary History, Princeton, Princeton Univ, Press, 1971. HAMBURGER,
Kate - Logique des genres liueraires, Paris, Seuil, 1986.
I- lE k NA D( , P a ul -Beyond Genre.N ew Direcuons in Literary Classification, Ithace/London, C o rn ell U niv, Press, 1972.
W o l!g a ng ~ An .a li se
KAYSER,
e inlerprela~iio d o o b ra lu er dr ia , 6 .& e d ., C o ir nb ra ,
Armenia
Amado, 1976.
S C HA EFFE R, J e a n-M arie - Qu'est-ce qu'un genre litteraire', Paris, Seuil, 1989. a
S IL V A, V. M d e Ag u ia r e - Teoria de Literatura, 8. e d., C o im b ra
s
A lm e din a,
1990.
WELLEK, R. e A. W A R R E N -Tearia da Literatura, Lisboa, Pub. Europa-America,
1962.
2. 0 drama e 0 espectaculo teatral DAWSON. S. W . - D ra ma a nd the D ra ma tic, London, Methuen, 1970.
DUVIGNAVD,
J. e V E INS TE J K A n d r e =Le thearre, Paris, Lib. Larousse, 1976.
ELAM: Kcir - The Semiotics of Theatre and Drama, London, M e t hu e n ,
F i S C H E R- L I C H T E ,
1980.
Erika - The Semiotics ofThearer, Bloomington, Indiana U n iv, Press.
1992. GIRARD, G.; OUELLET, R. e RIGAULT. C. - 0 u niv el" so d o te at ro , Coirnbra, Alrnedina, 1980.
J E AN, G e o rg es - Le rhedmz, P ar is , S eu il, 1977. K OW Z AN,
Ta d e u sz - L itter atu re e t spectacle, L a H ay e/P aris /w ars aw a,
M o u[Q l'I/P WN -
-Editions Scicntifiqucs de Pologne, 1975.
S Ii http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
43/79
27-DUT-2009 5/13/2018
DECL .. E 3 51 21 22 88 26 5 CarlosReis-1_78-slidepdf.com
18:06
. M. SESIMBR8
35'1
lA RT HO M AS ,
P ie rre -L e
P AV IS , P . - Diccionario Aires/Mexico,
langage d r a m au q u e ,
P.06/19
212288265
s a n a tu r e ,
ses p ro c ed es,
Paris, PUF.1980.
del teatro. Dramaturgia estetica semiologia, B a r c e l ona / B ue nos Paidcs, 1983,
RUFFINI. Franco - Semiotica del testo, l'esempio teatro, Roma, Bulzoni, 1978.
RY N G A E RT , J e a n - P ie r r e =Iniroduaion
a
l'analyse du thearre, P ar is , B or da s, 1 99 1-
UBERSFELD, Anne - Lire le theatre, Paris, E di t i ons Sociales, 1978.
..
57
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
44/79
2 7 -D UT - 20 09 5/13/2018
1 8 : 05
C. M. SESIMBRA
DECL , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
3 51 21 22 88 26 5
P.0 7 /1 9
3 5 1 2 '2 28 82 6 5
.. V . A poesia lirica
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
45/79
2?-Q UT-2009
5/13/2018
18 :05
C. M.SES[~lBRR DECL
351
.l
E
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
3 51 21 22 88 25 5
P.08/19
212288265
Obj ectivos de aprendizagem D epo is d o e stu do d esta u nid ad e d id ac tic s
0 a lu no
d eve e s ta r a pto a :
1. Apreender a senti do da expressao poesia lirica e relaciona-la
com a crla-
£80 poetics.
2. Reconhecer diferentes postulacoes d o u tr l n a r ia s forarn feitas sobre a poesia lirica.
3 . R ela cio n ar
0
R o m a n tism o
que ao longo da Histcria
c o m a Iibertacao d a pa la vr a p oe tic a.
4. Identiflcar a lg um a s pro prie da de s
fu nd am e nta ls do modo lfrico.
5. D istin gu ir e n tre autor empfrlco e sujeito poetico. 6 . E xplic ar
0
pro ce sso d e interiori7.a~ao le va d o a cabo pe lo s uje ito po e tic o
n a c ria ~ ao literaria, 7. Explicar a tendencia subjectiva evidenciada nos textos liricos. 8. Explicar
D
princfpio da motivacao que n o r m a l r n e n t e subjaz aos t ex to s l ir i-
cos.
9. Caracterizar
0
versilibrfsmo.
10. Enumerar algumas das caracteristicas da peesia experimental.
61
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
46/79
27 -D UT -2 0 09
5/13/2018
1 8 : 06
C . M . SES I M BRR
DEC L
iE
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
351
P.09/19
3 51 2 12 28 82 65
212288265
Conteudos programancos Apes breves consideracces sab re as dificuldades envolvidas na te n ta tive d e d e fin ir a poesia lirica e uma surnaria referenda a diversidade de postulacees dou trinarias q ue , sa bre a su a n atu re za e fu nr;;o es, a H isto ria re gisto u, e ste capitulo desenrola-se em t o me da en um eracao e explicacao d e fu n d am entais pro pried ad es d o m od o Iirico .
1.
A cria~ao poetica e a poesia linea
1.1 A expressao
poesia lirica refere-se ao conj unto de textos litersrios que pod e m se r in te g ra d o s n o m od o lirico. A existencia de diferentes concepcces do que e
0
acto da cria~ao poetics
d ific u lta a d e fin ic a o d e po e sia lfric a . N a o obstante e ssa d ive rsid ad e, pe de d ize r-s e q u e 0 po em a liric .o e , a nte s d e mais, 0 re su lta do d e u rn tra ba lho s ob re a lingua e uma activ a~ao dos recursos expressivos que ela encerra.
1.2 Ao Iongo da Histdria, a poesia lfrica fo i objecto de postulacoes doutrlnarlas muito divers as q u a n t o l su a natureza e a s funcoes que d e s e m p e n h a .
. 0 Ro m an tism o contribuiu declsiv amente pa ra a c h a m a d a liberta~io d a pa la vra po etic a a tra ve s d os va lo re s q ue d ifu nd iu .
1.3 E xiste m propriedades
q u e sao r e g u l a r m e n t e
ilu stra da s e m te xto s d o m o d o
lirico, embora nilo exclusivarnente neles:
1.3.1 a interiorizas:ao;
1.3.2 a subjectividade; 1.3.3 a mntivagjiu.
2.
Factores
e elementos constitutivos
d a po esia lfric a
2 .1 O s te xto s liric o s a c tu a liza rn u rn pro ce sso d e interioriza~ao, c e ntra da n um su je ito po etic o q ue c o n fig ura u rn d e te rm in a d o m u n do , 0 q u a l nao te rn d e reflectir exactamenre 0 real que Ihe d eu origem.
63
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
47/79
27-DUT-2009 5/13/2018
18:06
351 212288265
C. M. SESIMBRA
DECL , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
P.10/19
351 212223265
• 0 sujeito pnetico, a nao c on fu n dir c om 0 autor empirico, c o n sti tu i-s e p re c lsa m e n te n o pro ce sso d e inrerlorizacao linea.
2 .2
Os te xto s H ric o s e vid e n c ia rn
A fre qu en te
pre sen ce
u rn a a titu d e m arc a d a rn e n tc
d e u rn e u n o s te xto s
lfric o s
subjectiva.
po d e
tra d u zir
e ssa
subjectividade, Contudo, mesmo na ausencia ciaformulacao do eu atraves da
primeira p es s o a g r a rn a ti ca l, a su bje ctivid ad e m a nife sta -se n a e sc olha d e irn ag en s, rn etafo ra s e cu tro s re cu rso s tecnico-cornpositiv os. , Nao obstante essa sub jectiv idade, ou precisamente por causa d e l a , a poesia llrica pede constituir-se em fonte de c o n h e c i m e n t o , do que 0 discurso cienttfico au 0 filos6fico.
rnais eficaz e persuasiva
2 .3 D o po n te d e vista s e m a n t i c o e te cn ic o -c o rn po sitlvo , pelo principio da m o t i v a ~ a o .
o s r cx to s lfr ic o s re g ern -s e
· A motiva~iio poetics d e ve se r e n te n d id a c o m o u rn processo d e e vo c a c a o d e sentidos, r e n d e n d o a c o rn pe n sa r o u a superar a c on ve nc io na lid ad e q ue c ara cte riza o s s ig n os lingulsticos n a lin g ua ge rn c orre nte , tanto no plano f6nico como no plano semsnnco, constitui u r n fa c to r determinante pa ra a concretiz acao d a rn otivac ao po etic a, 0 rec urso a a rtiffc io s d e n atu re za Io nic o -e stilfstic a - c o m o, po r e xe m plo , a alitcra9ao, a rim a , 0 ritm o e 0 m etra - po d e d e se m pe n ha r u m a funr;ao m o tiva do ra q ua nd o c o ntrib u i pa ra a su ge sta o d e se n tid os n urn po em a .
A redundincia,
3.
VerSO livre e poesia experimental
3.1 0 ve rsilib rism o e u m a o po ;a o te c n ic o -fo r m a l que permite adequar 0 ritrno a flu id ez d os se n tld os re pre se n ta d os n o po em a e o be d ec e a o pro po sito d e m o tivar
0
discurso poetico d e forma irnprevisfvel,
· A poesia experimental
cultiva as caraterfsticas
grafematicas
da linguagem
verbal.
64
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
48/79
C. M. SESIMBRR DECL Reis 1 E -1_78-slidepdf.com Carlos
5/13/2018
35'
351 212288265
P.1V19
212288265
3.2 N o s n o ss o s d ia s, a poesia experimental c ru za -se c o m o u tra s lin g u a g e n s e materials artisticos: a pintura, a publicidade, a televisao, etc., havendo m e s r n o certos tipcs de poesia experimental que dispensarn A videopoesia
0
elemento verbal.
apoia-se nos recursos conjugados do video e da informatica e .
cultiva tecnices de textualizacao
electronica.
65
-
;
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
''
'.
_ _ .,
-,
._,-_
49/79
..
_---
2 7-Q UT-2009
5/13/2018
18 :07
C . M . SE S I M B R A DEC L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com ' : > 1 :i ;1
Ex ercicio s
.
"L ' 2 2 8 8 2 ' [ :
3 51 2 12 28 82 65
DJ
de ap l icaeao
0 po e m a d e Eugenio d e : A n d ra d e a se g u ir tra n sc rito e e xplicite o s te rm o s e m q u e nele se concretiza 0 processo de itueriorizaciio e a r epr es em a cio subjeciiva g u e caracterizam a poesia lirica:
1. L e is a te n ta rn e n tc
C a nc a o
o u ltim o
pa ss ar o
ca nta nos a l a m o s . A lu z fa tig ad a
tro pe ca n o s ra rn o s , A terra
e
apenas
m e m o r i a de labios. A h, canta, canta.
ro uxin ol d a a gu a. (de Mar de Setembro)
2. Considere
0
texto de Sophia de Mello Breyner Andresen iranscrito nas
pp. 510-511 d'O Conhecimenio da Liseratura: destaque e cornente 0 que n ele se re fe re a os c orn po ne nte s artesanais e aos c o m p o n e n t e s expressivas
d a e sc ri ta p oe it ic a, R ep or te -s e n a o a pe n a s a o q u e se e n c o n tra n o c a pitu lo V d'O Conhecimento da Literatura (sobretudo pp . 314·330), mas t a m b e m ao que, em termos gerais, diz respeito ao processo da escriia litertiria (pp. 107-110). 3. 0 a p a r e c i m e n t o
da p o e si a e x pe ri m e nt al traduz uma espectfica ccncepcao
da motiva~iio poetics. Tendo e m a te ne ao 0 q u e s e d iz n a s pp. 331-333
d'O C onh ecim ento da L iter atu ra ( e d e si gn a d ar n en te 0 e xe rn plo q u e n a p. 333 se en contra), refira-se tambern a activacao da subjectividade na po es ia e m q u es ta o ,
66
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
50/79
27-Q UT-2009
5/13/2018
C. M. SES I MBR~ DECL IE CarlosReis-1_78-slidepdf.com
18 :07
35'
3 51 2 12 28 82 65
P . 13/ 19
212288265
Bibliografia complementar BALPE, Jean-Pierre - L ire la p oesie o u: une la ng ue da ns ta us ses eta ts, P aris , A . C o lin , 1980.
B OU S ONO ,
C arlo s - Teo ria de L a ex presia n poetica, 7 , A ed., M a dr i d, G re do s, 1985,
2 vcls.
o
d is cu rs o d a p oes ia . P oe tiq ue, n ." 2 8, C o im b ra , A lrn ed in a, 1982 .
FRIE DR IC H, H u go - Th e Struc ture o f M odern P oetry. F ro m th e M id·N ineteenth
c o fh e
Mid-Twentietr: Century, Evanston, Northwestern Univ, Press. 1974.
G IRO L AM O,
C os ta n zo d i - Tearia e Prassi d e ll a V e T si ji c a zi o ne , B o l o g n a ,
[J
M u l in o ,
1976. IB ANE Z L AN GL OIS ,
Jo se M ig ue l-
L a c 1 ' ea c i 6 n p o et ic a , M a d r i d , Rialp, 1964.
LEFEBVE. M au ric e-J ea n
B ac cn nie re ,
- Structure du . discours de fa po esie et du reci) , Neuchatel, La 1971.
LEVIN, Samuel R. - Estrucsuras 1i1lgii.fsticas en fa poesia, Madrid, Ca te d r a , 1974.
M ARC HE S E . An g e lo - L 'officina della poesia. Principi di poetica, M il a n o , M o n d a d o r i , 1985.
....
M OL lNO, J e a n e TA MINE , Ja im e =Introduaion V e TS e l f ig u T e5 , Pa ris, PU F. 1982 .
Arnalda
a 1 'a na ly se li ng ui sti q ue d e fa p oe sie -I:
MOLINO. J. e G A R D E S - TAMlNE. J, - Introduction d l' a n aly se d e fa p oesie - II: D e la
strophe a ill c o ns rr uc ti on d u pl'Jeme, P ar is . P UF , 1988. R IF F ATE R R E , Michael - Semiotics of Poetry, Bloomington/London,
I ndi a na U niv, Press,
1978,
S H U M AK E R ,
W ayn e - An Approach t o P o et ry , E n gle wo od C liffs , P re ntic e H all, 1965.
67
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
51/79
2 7 -D UT - 20 09 5/13/2018
1 8 : 07
C . M . SE S I M B R A DEC L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
351
3 51 2 122 88 26 5
P.14/19
2' 2288265
VI. A narrativa literaria
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
52/79
27-0UT-2009 5/13/2018
C. M. SESIMBRA DECL
18:07
1E
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35'
3 51 2 12 28 825 5
P.15/1'3
212288265
Obj ectivos de aprendlzagem Depois do estudo desta unidade didactica 1. Apreender
0 sentido
0
aluno deve estar apto a:
das expressces narrative literaria e modo narrative.
2. Identificar algumas p ro pr ie d ad e s
fu n da m e n ta ls do modo aarratlvo.
3. Explicar a processo de exterioriza~ao que os textos narratives realizarn. objectiva que caracteriz a
4. Saber em que consiste a tendencia narratives.
in sta ur ad a pe lo s textos narratives.
5. Explicar a dinamica de sucessividade 6.
Caracterizar a narratividade
7. D ife re nc ia r
e ntre
autor
e explicar a sua capacidade
empfricn
os textos
e narrador
medelizante.
q u a n ta a o s e u e s ta tu to
ontologico e funcional,
"'-'
8.
Descrev er
9.
Re c o nhe c e r
0
e sta tu to o nto lo g ic o e fu ncio nal d o narratarto.
e d esc re ve r c a te g orie s fu nd arn en ta is d a n arra tiva como per-
s o na ge m , e s pa c o e a c c a o .
..
10. Identificar
precesses
11. Apreender
0
composttlvos
q u e c a ra c te r iz ar n
0
modo narrative,
conceito de perspectiva narrativa .
12. Disn ng uir e n tre rocaliza~iio o m n i se ie n te , fo c ali za .~ () i nt er n a e fo c aIi za .;.§ o externa, 13. Reconhecer marcas da subjectlvtdade 14. Diferenciar
narrador
do narrador,
heteradlegettco,
narrador
hcmodtegetico
e
narrador autodiegeticc.
IS. Articular a flccionalidade que caracteriza as narrativas literarias com a referencialidade que elas realizarn,
\
i
...
..
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
_.. ~
53/79
27-0UT-2009 5/13/2018
18:07
C. M. SESIMBRR
DECL .. E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
331
3 51 2 12 28 82 65
F'.16/19
212282265
Conteiidos programaticos E s te c a pit ulo incide sabre questdes atinentes a narratividade e n q u a n t o condicao e ss en cia l d os te xto s n arra uvo s: sa o a pre se nta da s a s pro prie da de s fu nd am e nta ls q ue d efin ern e s se s m e sm o s re xto s e descrev em-se a s c ate go ria s fu nd am e n ta ls d a n ar ra riva , bern co m o a lgu n s d o s processes com p ositi vo s q u e caracteriz am 0 m od o n a rrativo.
L
Narrativa e narratividade
1.1 A expressao narrative literarta refere-se ao conjunto de textos literarios que podem ser integrados no modo narrative.
o ~
modo narrative
engloba outras classes de textos n ao literarios: contudo,
0
que aqui nos interessa e uma certa classe de textos narratives, de natureza essencialrnente flcclcnal, designada tam bern como fic~ao narrativa
llterarla.
1.2 A narratlva hist6ria
liter-aria estrutura-se
e a plano do discurso -
em dais pianos fundamentals ~
q ue se arnculam
0
plano da
na instancia da narracao.
Dlstriouern-se por estes mveis, q u e devern ser e n ca rad os c o m o estratos fun-
c io na is in te ra c tivo s, a s c a te g orie s n arra tiva s: pe rso na g em , tempo, perspectiva
as textos
narrativa
e spa c o , a c c a o,
e pessoa.
narratives caracterizam-se par algumas propriedades fundamentais: trad uze rn u m a rela.~ao d e exteriorizaeao, conta a historia;
centrada num narrador que
implicam uma representaqao de tendencia objectiva;
contemplarn
procedlrnentos
q ue in stau rarn u m a dina r nica d e su ce s-
stvldade.
1.3 Diz-se que as textos narratives realizam urn processo de exterlortzacao,
porque neles, u m narrador, colocado numa s itu a c a o de alteridade em relacao a
his to ria , pro cu ra d esc re ve r e c on fig ura r u rn u nive rs e a uto no rn o.
73
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
b
54/79
27-D UT-2009
5/13/2018
18 :08
3 51 2 12 28 82 65
C. M. SES IMBR8 DECL • E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
351
P.17/l9
2 2238265
d a el(terioriUl~ao so e a nu la do q uan do 0 su je ito d a n a rra c a o s e
E s te p rin c ip ia
c e n tra sis te m atic a rn en te tlva Iirica.
n o se u u nive rse
literaria, a r epre se nta ca o
N a n a rr ati va
in te rio r, 0 q u e c o n d u z a u rn a narra-
c ara cte riza -s e
pa r u m a ten d en cia o b-
je ctiva , is to e , o s te xto s n a rra tive s d a o -n o s a c o nhe c e r a lg o q ue e objectivam e n t e d istin to d o su je ito d a narracao, Isso n a o im pe d e , c o n tu d o , q u e n e sse s textos se e nc cn tre m
m a rc as d e su bje ctivid ad e.
O s te xto s narrat i ves
d ese n vo lve m -se
f act or decisive d e a fir m a ca o
o te m po
e
0
pe lo prin clpio d a sucessivldade, cujo
tempo narrative.
n arra tive a ba re a tres te m po ra lid ad es
d istim a s m a s tnteracrcanres:
o tempo da histriria; o tempo do discurso;
o tempo da narracso.
1.4
A m od e la c a o
d is c u rsiva
d o te m po
pa s sa pe la integracao narrative
c ate go ria s, c om o , po r ex ernp lo, a ac~io, a pe rso n a g e m
e
0
e u m a c o nd ic a o e spe c ffic a d os te xto s n arratives . D a d a s a s
A n a r ra t iv id a d e
potencialidades modelizantes da narratlvidade,
ela pede ser concebida, em
te rm o s g e ra is, c o m o u m fa c to r fu n d a m en ta l d e re pre se n ta c a o e vo tu cso d o Homem e d a su a Hist6ria.
2.
Narrador e narratario
2 .1
0 a u t.o r e rn pfric o
.
d e outras
espaco,
e
u rn a e ntld ad e re al, c om e xiste nc ia
d o s e sta d io s d e
histo ric arn en te
a te sta da ,
e u m a entidade c o m e xis te n cia te xtu al, u rn «ser d e pa pe l» , criado
0 n a rra d o r pe lo a uto r;
2.2 0 narratario const i t ui
0
e
tambem uma entidade com exisiencia
destinataric im ed ia to
Nas narratlvas
epistolares,
0
purarnente textual e
d a narrativ a.
narratario identifica-se com
0
destinatario das
cartas. N o m o n 6J og o in te rio r, narrador e narratario convergcrn n u rn a ii ni ca entidade.
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178 74
55/79
35'
3"
3 51 21 22 88 26 5 DECL IE CarlosReis-1_78-slidepdf.com
C.M.SESIMBRA
5/13/2018
Niveis
e categorias
3,1 A p e r s o n a g e r n
P.18/19
212288265
da narrativa
e u m a c a te g oria fu nd am e n ta l d a n arra tiva (Iite ra ria e !' laO lite-
ra ria ), c on su tu ln do
n orm a lm e m e
0
e ixo e m to rn o d o q u a l g ira a a c 'iSo .
E nte n de r a personagem c o m o sig no sig nific a q ue e possfvel a sso cia -Ia a se nlidos tem:itico-ideoI6gicos.
A personagem situa-se n o rm alm en te n u m determinado espaeo q ue c om p re e n de , e rn prim e ira in sta nc ia , o s e le m e nto s fisic o s q ue c o rn po em 0 c e n ario e m que decorre
a historia,
Nu rn se n tid o la te , psico16gico_
0
c on ce ito d e e spa c o a bra n ge
0
e spa ~ o s o c ia l e
0
espaco
ac~ao o u t r a categoria A fu n d a mno en tamlnimo: l d a n aurn rra tiva c u ja sujeitos c o n c re tizaque cao a e depende dos seguintes elementos. ou mais desernpenharn, urn tempo em que
.,_.
se
desenrola e transforrnacfies
que facul-
ra m a pa ssa g e rn d e u rn e s ta d o a outre, A ac:~ao m a nife sta -se rativos.
d e fo rm a diversa nos v ar ie s g e ne ro s e subgeneros nar-
A ac~ao desenvolve-se emintriga q u a n d o os eventos se desenrolam de forma e n c a d e a d a e se e n c a m i n h a m pa ra u m d e se n la c e q u e a e n c e rra ,
3.2 A o e n u n c ia r u m a n a rra tiva , o n a rra d o r fo rm u la u rn d isc u rso e m q u e ISpa ssive ! detectar os pro c e s s os cornpositivos que caracterizam 0 modo narrative,
perspectiva narrativa eum desses pro c e s s e s e dlz respeito ao m od o c o m o a histo ria 6 c o n fig u ra d a e ve ic u la d a a tra ve s d a foca1iza~ao q u e po d e se r o m nisciente, interna e externa.
A
''.
A focaJiza~ao
adoptada
na enunciacao
des valorarivas e p os ic io n ar ne n to s
de uma narrativa
pode reflectir
atitu-
i de o lo g ic o s perfilhados pelo n arr ad or e /o u
p ela s p er so n ag e ns . A narracao
e
c o nfu nd ir c o m
0 acto
0
de enunciacao
do discurso,
urn processo
N a n ar ra ca o de u m a histcria,
0
a nao
n arra d or pro je c ta n o d isc u rso a su a su bje c ti-
vidade (intrusoes do narrador) atraves de registos subjectivos figuras
ficcional
a c to d e e sc rlta e xe rc id o pe lo a u to r.
(modalizacoes,
de estilo, adjectivacoes, etc.).
Dependendo
homodlegstlcn
da situacao
narrativa,
°
narrador
pode S C r heterodlegetico,
e autodtegenco.
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
56/79
2 7- 0U T -2 00 9 5/13/2018
1 8 :0 8
C. M. SESIMBRR
DECL J. E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35'
3 51 2 12 28 82 65
P.19/19
212288265
3,3 A fic cio na lid ad e
n ao e e xc lu s iv a d e s texios narrativos llterarios.
d a flce ncio tive evede fa ze r-se n os te rrn os d e d u asa dea tirnuda esn a rra uArnanalise e q uilibria tren alid o po sta s:literaria u rn a adtitu imanentista - q u e recusa quaisquer c o n e x c e s entre 0 mundo possfvel d a narrative e 0 rnundo real - e urna a t i t ude imedialista - que Ie a narrativa literaria como espelho d o re al.
..
76 http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
57/79 TOTRL PRG. 19
i" - O U T - 2 0 0 9 5/13/2018
18:09
C. M. SESIMBRR DECL
l E CarlosReis -1_78-slidepdf.com
3 jl
P.01/22
3 51 2 12 28 82 65
212283265
Exereicios de aplicacao c o m o e xe m plo 0 pa ss e d o r o m a n c e Cerromaiot; d e M a n u e l d a Fonseca, transcrito nas pp. 345-346 d'O C o nh ec im e n to d a L it er a tu r a, distinga 0 q ue n es se pa ss e pe de c on sid era r-s e vinculado a o plano d o discurso e 0 q ue n e le pe d e se r c o n sid era d o d o pla n o d a historia. Ressalv a-se 0 q u e na sua e xpo s ic a o deve ser objecto de p o n d e r a c a o : que a distin~ao proposta e xerce u m a fun~ao e m i n e n t e m e n t e exempltflcariva.
1. To m an d o
2. Te n d o em aten l,;a o a descrir;;io d a r e pr e s en t a ca o n a t u ra l is ta q ue s e e nc on tra no texto de E'ia de Queir6s «Idealismo e R e a l i s m o » (cf. 0 Conhecimento da Literatura, pp . 514.515) explicite 0 q ue n e ss a represen tac ao co n vo c a a a c tiva c a o d a s pro prie d a d e s fu n d a m en ta ls d o s textos narratives. 3. Reflicta sobre
0
c o n c e ito de ficcionalidade,
referido nas pp. 371-373
d ' 0 Conhecimento da Literatura; e relacione-o, q u an ta a o q u e te rn d e e spe cifico e q ua n ta a o q u e te rn d e c c rn u m , c o m 0 c o n c e ito d e fingimento (pp. 170-174).
17
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
58/79
27-DUT-2009 5/13/2018
18:10
P , 02/ 22
3 51 21 22 88 26 5 DECL • E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
C, M, SESIMBRA
3 5 1i 2 ' 2 2 8 3 2 6 5
Bibltografla complementar BAL, M ie ke - Teo ria de da fa N a rra tive
(un a Intro du cc io n
Madrid,
a la N a rra to lo gia ),
C A re d ra , 1 98 5,
C HA TM AN, S . - Scory and Discourse: Narrative SrrllClure N. Y, Cornell Univ, Press, 1978, Communications,
ill Fiction an d Film, Ithaca,
8, 1966 (lit. generico: L 'analyse structural du recit].
C OST E , D id ie r - Narrative as Communication, M in ne a po lis, 1989,
U niv, o f M in ne so ta
G E NE TTE ,
G e ra rd - Fiction e t d i ct io n , Paris, Seuil, 1991.
G E N E ITE ,
G . - Figures
GENETTE,
G, - Nouveau D isco urs du Reeit, P ar is . S eu il, 1983,
[JJ,
P re ss ,
P a ri s, S e u il , 1972.
L A NS E R , Su sa n S . - The Narrative Act. Point of VIew in Prose Fiction, Princeton Univ, Press, 1981.
P r i nc e t on,
M AR C HE S E , An g e lo - L' officina del race onto. S emiotica della narro. r i v i t a , M i l a no, M o n d a d o r i , 1983, MARTIN, Wallace - Recent Theories of Narrative, Ithaca/London,
-
Cornell Univ . Press,
1986, P R I N C E , G, - Narratology. The Form and Function of Narrative,
B erlin /Ne w
Y o rk!
/Amsterdam, M o u t o n , 1982,
RE IS, C arlo s e L OPE S, An a C ristin a M, - Diciondria de Narratologia, L iv . . AJ m e d in a , 1994,
R IM M ON ·K EN AN,
4, a ed, Ccirnbra,
S blo m ith - Narrative Fiction, Contemporary Poetics, L ondon/ N e w
Y o rk , M ethu en , 1983. S TA NZ EL , F. - A Theory ofNarraiive. C a m brid g e, C a m br id g e Univ, Press, 1984,
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
59/79
27-0UT-2009 5/13/2018
18:10
C .M .S ES IM BR R
3 51
lE DEC L CarlosReis-1_78-slidepdf.com
'i 1 " " "
LILL~v
Q
351 212288265
P.0 3/2 2
2':::O J
VII. A evolucao Ilteraria
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
60/79
27-DUT-2009 5/13/2018
C.11.SESIMBRA DECL
18:10
1E
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
351
3 51 2 12 28 82 65
212288265
Objectivos de aprendizagem De po is d o e stu d o d e sta u n id a d e d id a c tic a
0
a lu n o d e ve e sta r a pto a :
1. Artic u la r a q u e sta o d e s periodos literarios c o m uma c o n c e pc a o evolutiva d o fe no m e no lite ra rio .
2 . Re fe rir
0
pa pe l d es ern pe nha do pe la s gera~oes llterarias n a c o n fi gu r a ca o
dos perfodos literarios. 3. Reconhecer, no processo evolutivo do fen6meno literario, as transforma-
t;6 es q u e c on fe re rn a o s i s t e m a literario q u e 0 caracterizarn. 4. C o m pre en de r
0
dlnamlsmo
e a historicidade
a d la le ctic a e ntre convencao e in o va ~ iio e m q u e se m o ve
0
fen6meno literario. 5. Identificar astadios de evolucao no sistema lirerario. 6. Definir periodo literarlo. 7. Apreender
0 sentido
da.continuidade
e vid c n c ia d a na sucessso des perfo-
dos Ilterarios.
8. Definir
-
i I
0
c o n c e i t o de i d e o l o g i a .
9. Relacionar os sentidns ideol6gicos com
0 c a ra c te r
hlstdricn dos periodos
1ite r iri o s.
10. Bxplicar a capacidade de representacao axiol6gica que os temas detern.
11. Explicitar as c or re la co es e xis te nte s e n tre estrateglas Iiterartas e periodos literartos.
11 \
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
61/79
27-0UT-2009 5/13/2018
18:10
C. M. SES I MBRA DECL
, E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
351
3 51 2 12 28 82 65
P.05/22
212288265
Conteiidos programaticos Procede-se,
neste capitulo,
pa rtir d e u m a c o n c e pc a o diversos
aspectos
a uma reflexso
e vc lu tiva
relacionados
a s id e c lo g ia s ,
A evolucao literaria
1.1
0 debate
a
da evolucao literaria, s a o apresene identificacao d o s p er io d os literarios. n o rn e a -
o s te m as e a s e s tra re g ia s
1.
periodolcgicos
lite ra rio . De po is d e c o n si de ra d o s
com a questao
ta co s a lg un s factores d e c o nstitu ic a o d a m e n te
sobre os movimentos
d o fe n orn en o
em torno da questao
lite ra ria s .
dos perfodos literarios ganha pe rn n e n c ia
50-
bre ru d o a pa rtir d o te m po d o R o r n a n n s m o , A questao d os pe rio do s
lite ra rio s tern d ire c ta m e n te
a vc r c om u m a concepcao
e vo lu tiva d o fe n6 m en o literario. f u n d a m e n t a l s de configuracao de urn perfodo literario po de m ser 0 g ru po , a gera~ao. a t er n il ia , 0 cenaculo. a ac a d em ia o u a e sc o la , Alguns
dos factores
... 1.2
A e vo lu ~ ao
literaria n a o s e po d e desligar d os d is cu rs os
id eo lc glc os ,
das pra-
tic as a rtistic as, n em m e sm o d e d esc obe rta s d e in do le te cn ic o-c ie ntffic a, Determinados
eventos
na hist6ria
cultural podem pr o v c c a r
ou acelerar a afir-
m ac a e
d e u rn periodo llterarlo: u m a po le m ic s , u rn m an ife s to , u m a re vo lu ~ao,e tc . T ais a co n re cim e n to s e n vo lve m n orm a lm e n te u rn g ru po d e in divid u os
que coincldern em orientacoes e anseios sociais e estetico-literarios: a gera-
~iio literarta.
1.3 Sa o r n u ito s o s facto re s q ue explicam ria: po r cxernplo,
c o m un s ,
a pa r e c ir n c n to d e u m a g era ~iio literaorientacoes pedagoglcas, p r o b l e m a s d a g er ac ao precedents, e tc . 0
a d ata de n a s c ir n e n to ,
a desagregacao
N e rn s e rn pre a geracao lite ra ria c o rre s po n d e a u rn c o n ju n to c o e so e c o e re n te n e m s e rn pre pro ra g o n iza u rn a va n c o n o pro c e s s o d a e vo lu c a o lite ra ria . A c o n flitu a lid a d e dinamizacao
n a s re la c o e s
do processo
im e r-g e r a c io n a is
pr ovo ca
rr orm a lm e nte
e
a
literario.
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
62/79
27-D UT-2009
5/13/2018
18 :10
C . M . SES I MBR8 DEC L .. E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
3 51 2 12 28 82 65
P . 06/ 22
3 51 , 2 1 .2 2 8 32 65
1 A Entende-se
por evolut;:ao Iitararia
0 resultado
das transformacoes
g o d o s tem po s e a d iv e r s o s niveis atin gem a lin gu ag ern
que ao len-
lite ra ria .
Estas t ra n s fo r rn a c o e s
a r ti cu l am - s e com outras transforrnacoes (politicas, histo. r ic a s , c u lt u ra i s, eco n o m lcas , s o c ia is , e tc .), r e fle c ii n d o -s e e s sa i nt er ac c ao fu n d am e n ta lm e n re a o n ive l d as o p~ 6e s t em a tlc as e id eo l6 gic as . N a ev olucao d e u m a lite ra tu re
e
po s s lve l
id e n tific a r
e s ta d io s
q u e , e m prin -
c ip ia , d e c or re m da d ia le c ti cs e n tr e convencao e inova~ao e rn q u e se m ove fe n6 m e no lite ra rio .
0
1.4.1 N um primeiro m e m e n to d o processo e vo lu tivo , a e vo lu ca o m a n ife sta -SI! n a c o n te s ta c a o d e a s pe c to s c o n v e n c i o n a i s instituldcs. 1.4.2 N um segundo m e m e n t o , 0 q u e e ra in o va c a o po d e to rn a r-se e rn c o n ven~ao, c r i a n d o - s c , desse modo, urn estadio de relativa estahllidade no sistema literario.
1.4.3 0 te rc eir o m o m e n to d e u m c ic lo evolutivo corresponde normalmente a u rn e sta dio d e satura~o, iS10 e , u rn estadio d e estagnacao e d e in ca pa cidade para inovar .
.. 2.
Faetores d e c o n s ti tu t ca o pertodolegtca
2 .1 A s u c e s s a o d os pe rio d e s literarios e u m a d a s f o r m a s e m q u e e v ls fv el a d i n a m ic a d a evolu~ao literaria. E ss a s uc es sa o d eve ir nplic ar u rn a c e n a ecntinuidade, m a n i f e s t a d a , po r e xe m pia , e m in te rpe n etra co es e s ob re po sic ce s (e stilfs tic as , te m a tic as , etc.),
2.2 As dominantes constituicao
ideo16gicas e as op~oes tematicas constituern e identificacao dos perfodos literarios.
elementos de
A c o m p o n e n t e id e olc g ic a d e s pe rio d os llte ra rto s frequenrerneme e xplic a o s valo re s e po sic io n am en to s etico -cu ltu ra is q u e n eles po de rn o s en co ntra r, C on tu d o, n a o se d eve e n te n d er essa cortespondencia c o m o linear e univoca,
S4
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
63/79
5/13/2018 27-0UT-2009
Reis . M . SES I M BRACarlos DEC L , E -1_78-slidepdf.com
18 :11
3 51 2 122 88 26 5
351 212288265
2 .3 O s temas p rivile g ia d os
pe lo discurso lite ra rio e m d ete rm in ad os m em e n to s d a
evolucfio literaria evidenciarn vectores axiologicos vigentes: valores, comportamentos e tic o -CUltu ra is , etc.
A c apa cid ad e d e re pre se nta ca o a xic lc gic a q ue o s te m as d ete rn pre nd e-se d ire cra m en te c o rn a su a c o n d i c a o d e e n ti da d es abs tractas . .
Os temas sao entidades dotadas ainda de mo bilid a d e diatepica e dlacronlea,
is m e , a parec ern , d esaparec em e re apa rec em em d ife ren te s espa cos e te m po s h in o rico - cu l tu ral s .
2.4 Na constituicio
ou cerrogacao de certos rnovimentos titeranos assume espe-
c ia l re le vo a adopcao d e d e te rr n in a d a s e s tr a te g la s l it er a rt as e m a rtic u la ca o c om d om i na nte s ternaticas e i de o J6 g h; as . A pe s a r d e n a o se po d e r d ize r q u e e xiste u m a re la c a o lin e a r entre estrategias
literarlas e pe rfo d o s lite ra rio s, entre umas e out ros .
e legttimo a firm a r q ue e xis te m c orre la cc es
E pa r im e rm e dio d essa s e stra te gia s q ue a Iite ra tu ra a ssirn ila e ve ic ula o s prin cipais vectores ideologico-culturais
de uma dererminada
epoca .
..
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
64/79
2 7-D UT-20 09 5/13/2018
1 8 :11
C. M. SESIMBRACarlos DECL , E -1_78-slidepdf.com 3 51 2 12 28 82 65 Reis
P.0 8/2 2
3 31 2 1 22 88 26 5
Exerdcios de aplica~ao 1. A te n te n o te xto d e E c a d e O u e iro s «lc e a llsm o
e Re a lism o », tra n sc rito e m a C o nh ec im e nt o d a L it er a tu ra (pp, 514-515) e d e sta q ue 0 q u e nele traduz u m a c erta c on sc ie nc ia evolutiva, n o q u e a d in arn ica d e su cessa o d os m o vimentes literarios diz re s pe iro .
2. Tendo em atencao
0
mesmo texto e tambern a «Introducao» aoRomanceiro
d e G a rre n , id e n tifiq u e co rn po n e m es id e o lo g ic o s q u e , e m c a d a u rn deles, i n f o r m a m 0 d isc u rso d ou trin ario d os se u s a u to re s; n ao d eixe , c o ntu do . d e destacar
0
que distingue esses textos, no plano dos conteudos ideologicos
(d. 0 Conhecimento do . Liieratura, pp. 394 ss.)
86 http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
65/79
27-DUT-2009 5/13/2018
C. M. SESlt1BRA Carlos DECL .l E -1_78-slidepdf.com 3 51 2 12 28 82 55 Reis
18:11
3S
1
P.0 9 /2 2
212238265
Bibliografla complernentar BOUSONO, Carlos - Epocas luerarias y evolucidn. Edad Media, Romanricismo. tpoca Contemporanea,
D'HAE N,
Madrid, G r e d o s, 1981, 2 vols.
The a ; G ROBE R,
R.
e
LE THE N, H. (e d s.) - Convention and Innovation in J ohn B en ja m in s, 1989.
Literature, A m ste rd am /P hila de lphia ,
D U B O I S , J . e: alii - Analyse de la periodisaiion litteraire, P a ri s, E d i ti o n s U n iv er si ta ir es , 1972. G UIL L E N, C la u dio - Literature as System. Essays Toward the Theory o[Uterary History, P r i nc e t on, Princeton Univ, P re ss , 1 97 1. G U IL LE N, C . - Teorias de fa His/aria Literaria, M a drid , E spa sa -C a lpe , 1989.
J A V S S , H. R o be rt - Pour une eschetiq ue de La reception, P ar is , G a lli rn a rd , 19 78 . P 2Y RE , H en ri «Les generations iineraires, P ar is , B o iv in , 19 48. RAIMOND, Michel -Le
roman depuis la Revolutton, g, 8 ed., Paris.Armand
W E IS ST E IN . U lr ic h =Introduccion
Colin, 1981.
a 18 liieratura comparada, B ar ce lo n a , P la n ets . 19 75.
W E L L E K , Re n e - Concepts of Criticism, Ne w Haven/London, Yale Univ. P re ss . 196 3. VfE LL E K , Re n e e W ARRE N, Au stin - Teoria da liieraiura, L is bo a , P u b. E u ro pa -A m e ri ca ,
...
1962.
S7
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
66/79
2'7-0UT 200'3 5/13/2018
18 : 11
C . M . S E S 1 ~1BRH D E C L
35'
'E
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
351 212288265
P,10/22
212288265
VIII. Os periodos literarios
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
67/79
27-0UT-2009
18 :11
M . SES I M.P RR D EC L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
C,
5/13/2018
3~'
3 51 2 12 28 82 65
P.1V22
212288263
Objectivos de aprendizagem D epo is d o e stu do d esta u nid ad e d ld ac tic a
0
a lu n o d eve e sta r a pto a :
1. E nu nc ia r a lg un s d os a spe cto s histc ric o-c ultu ra is z al !: i:i oc o s p e rfo d o s Ii te r ar io s . 2. Identiflcar
0 modele
e nvo lvid os n a c ara cte ri-
cultural e literario adoptado pelo Classicismo e pelo
Neoclassictsmo. 3. Enunciar a lg um a s d as te nd en cie s te rn atlc as q ue e nfo rrn am e u ro pe u . 4. Relacionar a tematica literarias
0
Classicismo
privilegiada pelo Classicisrno corn as estrategias
cultivadas pelo discurso literario desse perlcdo.
5. E xplic a r a «Q ue re la d e s A nt i gos e d o s M o cer n o s » e referir a s s u as re pe rc u sso e s n o pla n o d a cria~ao e d a d ou trin a lite ra ria s. 6. Caracterizar com
0
0
Romantismo
em a rtic u la c a o com a Pre.Romantismo e
Ultra-Romantismo.
7.
Localizar no Pre-Romanttsmo a irrupcao de t e m a s e valores decisivos pa ra a fo rm a ca o d o R o m a n t i s m o .
8.
Apontar algumas rererincias
ideol6gicas que infonnaram
0
Romantismo.
t deologi c:a Explicar a heterogeneldade que perpassa pelo Romantismo. 10. C on tra sta r a c o nc e pc a o d e genero litera rio p er fi lh ad a p el o C l a ss ic is m o e 9.
a c o n c e pc a o
d e genero lite ra rio d efe nd id a pe lo R om a ntism o .
11. Retacionar 0 historicismo cultivado pelos rornantlcos c o m menta do romance bist6rlco e do drama historlco. 12. E xplic a r a s in ova c o e s q u e '
.....
0
desenv olv l-
inrroduziu n o tra ta me n to d a lingnagem literarla, a rtic u la n d o -a s com a liberta~io da linguagem e com a liberta~ao da imaginalj;ao Ievadas a cabo n es te te m po . 0
Romantismo
13. Caracterizar a Realismn. 14. Enunciar algumas opcoes tematicas privilegladas pelos escritores realistas, 15. Referir as estrateglas literarias que melhor servirarn os principles doutrin a rio s e id e o to g ic o s d o Raalismo. 16. Enunciar as afinldades que 0 Naturalismo 17. Ca ra c te riza r
0
Naturalismo
18. Explicar a cpcao nat urali st s 19. Explicar
0 esgotamento
mantev e com
do po n ro de vista das
SUi.lS
0
Realismo.
bases ideologicas.
pelo romance.
estetico-ideolcgico
do Naturalismo
nos finais do
seculo XIX.
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
91
68/79
27- 0UT- 2009
5/13/2018
18 :11
C . M . SE S I MB R A D EC L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35
3 51 2 12 28 82 65
212288265
2 0, A pre en de r
Q
c on ce itc d e modernidade e :a dualidade de a c e p c o e s que
0
caracteriza,
2 1. D ern arc ar
0
t em p o h is to r ic o -c u ltu r al d o Modernismo.
2 2 . E xplic ar a pro life ra ca o d e « ls m o s» ve riflc ad a n o te m po d o M o de rn ism o . 2 3. Ju stiflca r a in te ra cc a o d e o utras lin gu ag en s artfsticas c o m a lin gu ag ern lite ra ria , t ra d u zi da n o experimentalismo expressive modernista.
2 4. Id e ntific ar a lg u m a s o rie n ta co e s te m a tic as privlle g ia d as pe lo e sc rito r r no d er nlsta e relaciona-Ias com 25. Caracterizar
0
0
conceito de modernj~a~ao.
escritor moderno p r o c l a m a d o por Alvaro de Campos,
2 6 . Explicar a f r a g m e n t a s a o 27. Caracterizar
0
heteronlmica
Futurismo.
2 8. R ela cio na r 0 c u l r o d a a g re ssivid a d e -d is cu rs ivo s d a e ste tic a fu tu ris ts . 29. Explicar
0
e m Fe rn an do Pessoa
relativismo i n e r e n t e
c o m o s procedimentos
tecnico-
a s d en o m in ac oe s pe rio d olo g ic as .
...
92 http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
69/79
27-0UT-2009 5/13/2018
DECL " E -1_78-slidepdf.com c. M. SESII'1BRRCarlos Reis
18:12
3 51 2 12 28 82 65
P.13/22
Conteudos program.Uicos E ste c apfru lo c orn ec a e a caba co m alg u m as c o n sid eraq o es va n ta d o s
pe la n e c e s sid a d e
lite ra rie s.
e ste tic o-id eo lo gic as, c a ra c te riza rn
1.
rn e to d o lo g ic a
lite ra rio s,
Perfodos e subperfodos
Iiterarlos
1.1 A c a ra c te riza c a o
e denominar
sa o apresentadas
0Plioes te m atic a s
a s prin cipa ls
va rie s pc rio do s
relacio n ad o s
d e d e m arc a r
c o m essas c o ns id era c o es ,
D e a c o rd o
so bre o s pro blem as
o s periodos
a s c oo rd e na d as
e a s esrrategias lite ra ria s
d o C la s s ic isrn o
q ue
a o Fu tu rism o .
dos periodos Ilterarios d eve te r e m c o nta d ive rs o s a spe c to s
co rn a his to ric id ad e q ue o s d efin e e c om fe n6 m en os
q ue nao sao
Ie-
in d ife re n te s.
D e e n tre
e ss e s
a s pe c to s
c o n ve rn
culturais a salientar
as
seguintes: 1.1.1 A dinamica
pe rfc d o s
subperfodos 1.1. 2 D e vid o
que determina 0 aparecimento 0 apareclrnento tarnbern d e t e r m i n a r ali de penodos constituidos por d e r t v a c a o ,
de evolucao
lite ra rio s
llterarla
a c irc u ns ta n cia s
rio s n ao acontece
dos
pe d e
particulates,
a s u c e ss a o
d e fo rm a sincroniz ada
de
d o s pe rfo d o s
Iite ra -
e m to da s a s Iite ra tu ra s
n ac io -
nais. 1.1.3 Tarnbem e variavel a denominacdo s as lite ra tu re s n ac io n ais ,
1.1.4 Determ in ad os
Verifica-se abrange
frequentemente
caracterizacao
2
Classicisrno
inspire-
o u po r va lo re s e a titu de s pre va le c e n te s . que u rn pe rfo d o
p e r i odol ogl c a s
manifestacoes
n as s u as c o ord en ad as
1.2 A c a r a c t e r i z a c a o
n as d ive r-
c en an os cu ltu rais po dem pro du zir subperfodos
d os po r u rn a pe rso na lid ad e 1.1.5
d os pe rio do s llte ra rio s
te rn pc ra lm em e
diversas,
e xte n s o
que cab ern, todavia,
prln cipa ls .
de um perlodo literario deve, portanto, ser arttculada
d e o utro s p e r i odos
com
a
o u s u bp er io d o s .
e Neoclassicistno
2.1 0 Classiclsmo abarca um extenso lapso crono16gico que vai do seculo XVI a o se c u re XVIII e c o n vive , n e ss e s d o is se c u lo s , Com outros m o v l m e n t o s periodologicos.
9:3
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
70/79
27-0UT-2009 5/13/2018
18:12
, E 3 51 2 12 28 82 65 CarlosReis-1_78-slidepdf.com
C. M. 5E5 F1BRA DECL ~i:' J )
~ L~ I1 2 2 8 8 " { ,L,,~
o Ne o c la s s ie ls mo a fi rm a -s e p le n am e n te n o se cu lo X VIII, D um te m po c ulm . ra l q ue c o n fin a c o m 0 d o R o rn a nt is m o . • A d es ig n aJ ir80 d e Cla s s ic ls mo te rn q u e ve r c o m 0 le g a d o c la s s ic o , d a Gre c ia e Roms antigas, que a cultura europeia comeca a valorizar ja no seculo XV e
q u e ad o pta c o m o modele. C om o leg a ta rio d essa cu ltu ra , 0 ho m em d o R en as cim e n to im p oe -s e c o m o u rn a en tid a d e d o tad a d e c a p a c i da de intelecrual para g r a n d e s realizacces, a varies nfveis, No plan o literario , esta atm osfera pa ra a re fle xs o
d o u trin a ria ,
c la s sic a s e n o a p a r e c i m e nt o
2 .2
A lg u n s
d o s fu n d a m en ta ls
e m en talid ad e
c o n c re tiza d a
reflectem -se
n o a c o lhirn e n to
n a ten d en c ia d a d o a s poeticas
d e o u tr as ,
ve c to re s
te rn a tic o s
q u e e n fo rrn a m
a C la s s ic isrn o
e ur ope u sa o: a fin a lid a d e
m ora l
d a a rte ;
a literature entendida como procura da verdade, a irnita~ao da natureza.
A preocupacao
d e im ita r a n atu re za (fisica e h u m a n a ) e c s c la s sic o s d ete rm i-
non estrateglas literarias que reflectiam um proposito de r i g o r expressive, d e co n ten c ao d a e m oca o , d e m ed id a e e q u il ib ri a.
. 0 generos J ite ra rin s c on sa grs do s pe lo C la ss ic is m o e pe lo N e o cla ss ic is m o fo ra m a e po pe ia , a t r a ge di a , a o d e , a eplstola, a e c l c ga , a sa tira , a fabula, e t c . N a s e g u n d a m eta d e d o seculo X V ll e s ta la e m F ra n c a a c ha m ad a
«Q ue re la
a superto-
An tig o s e d o s M o d ern o s», u rn a q u erela en tre o s q u e pro clarn a vam rid a d e d o s M od e m os
c o n tra o s A n tig o s
d os A n tig o s
s a b re a s M od e rn o s .
A « Q u e re la
d o s A n tig o s
e o s q u e d e fe n d ia m
e d o s M o d e rn o s -
c o n s titu iu
dos
a s u pe rio rid a d e
u rn m om en to
em que
g erm i na ra rn , n o c am po d a c ria ~a o e d a d ou trin a literarias, n ovo s va l o r es , a ti tu d e s e prln ctpio s q u e pu n ha m e m q u es t
3.
aD
c s va lo re s, a titu d es e prin cfpio s
in stitu id os .
Pre-Romantismo e R o m a n t i s m o
3.1 A c ara cte riza ca o do R o m a n t i s m o tismo e a do Ultra-Remantlsmo
v a r n e m e a o flo re s c irn c n to tic o -id eo lo gic a s
implica a c a ra c te riza c a o d o Pre-Roman. - subperiodos que correspondern respecti-
e d eperecirn en to
d es s e e xte n so e c o m ple xo
94 http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
d as prin cipa ls pe rfo do
co ord en ad as
e s te -
lite ra rio ,
71/79
27-0UT-2009 5/13/2018
C. M. SESli1BR~ DECL
18:12
351
o
Pre-Rornantlsmo
para
corresponde
0 Romantismo
excessiva
, E
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
e evidencia,
da emocac
P.1S/22
3 51 2 12 28 82 55
212238265
a o tempo d e transicao d o Neoclassiclsrno a v alorizacao
por isso, duas atitudes opostas:
e da sensibllidade
e
0
rigor expresslvo e formal
de
pe n de r a eo c la ss ic o .
3.2
E n o te m po do Pre-Romantismo va lo re s e a e sc o Iha d e d e te rm in ad o s
que se ve rific a a defesa de determinados
te m as q u e se re ve la ria rn d ec isivo s pa ra a
fo rm a< _ ;a o d o Romantismo.
D e ve o bse rva r-se q ue a im ag e m cu ltu ra l q u e n orm a lrn en te se te rn d o Romantis mo a c e n t u a 0 se n tim e n talism o e a d ebilid a d e e rn otiva e d esc u ra u m a c a ra c -
te rfs tic a im p o rta nte d es te m o vim e nto Lernbre-se
-
tambern
a e ne rg ia vita l.
que do pontn de vista ideologico,
n a o foi histo ric a s, po liti-
0 Romanusmo
u rn m ovlm en to ho rn o g e n e o , u rn a ve z q u e a s c irc u n sta n c ia s c a s e sociais variavam d e pais pa ra pa is ,
ccnsthulu uma referenda ideologica in c on to rn ave l, te n do -s e, to d avia , ve rific ad o , n a m e s m a e po ca , m a n ife sta co e s id eo lo gic as d e sin al c on tra rio .
Para muitos
romanticos,
0
Liberalismo
. Na d e c o rre n c ia d e va lo re s q u e su bs c re via m , c o m o a a u te n tic id a d e e a libe rd ad e, o s ro m an tic os fo ra m p r o f u n c a m e n t e n a cio n alis ta s. E m r e l a ~ a o estreita c o m 0 n ac io na lism o , re fira -se a a t r a c c a o ro rn a n tic a pela H is to ria e e spe cia lm en te pe la Id a c e M ed ia .
3.3 0 histo ric ism o cultivado pelos r om a n tic o s e xplic a, e m c e n a m e d i c a , s en vo lvim e n to d e c erto s g en ero s e s ubg en ero s lite ra rlo s, e m particular, mance histdrico e 0 drama hist6rico.
A q ue s ta o d os generos qual arnplamente
c o n c e pc a o Classicismo
fo i, n es te te m p o d o Romantismo,
se reflectiu,
as romanticos
d e g e n e ra po s tu la d a e
0
nOS
0 0
dero -
u m a q ue s ta o s o bre a
nao podiam deixar de contestar
pe rio do s lite ra rio s pre ce d en te s
-
a 0
Neoclassicismo.
. A re c u sa e m a c e ita r
g e n e ro c o m o u m a lrnposicao arrificial d eu lu ga r it hibridiza~ao dos generos e a c o n f i g u r a c a o de subgenercs de r na tr iz r om a n tlca: 0 d ra m a ro m a ntic o, 0 d r am a h is td r ic o , 0 d ram a d e te rro r, e n tre QUIrOS-
a ro m a nc e his t6 ric o
0
desfrutou tarnbem d e um a a rn pla pro je cc ao n o R om a n -
t is rn o e u r o pe u .
95
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178 ..
72/79 _ ,.
,.,..,..
j"
4
•
a _._ l~r.
i
_, .,
~
.........
-
27 - D UT - 2 0 09 5/13/2018
1 8 :13
C. M. SESIMBRA DECL
1E
3 51 2 12 28 82 65
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35'
212288265
d o R o m an tism o fo i 0 in o va d o r tra ta m en to d a linevidenclado tanto nas opcces tecnico-ccmpositivas c o m o
3_4 U m a relevame c o n q u ista
guagem literaria
n a s e st ra te g ia s literarias a d o pta d a s . A i n o v a c a o d e q u e n e ste s a s pe c to s a lin g ua ge m irn po rta n te s
rn o vim en to s
d e libe rta c a o .
literaria fo i a lva tra d u z d o is
a libe rta c a o
d a Iin g u a g e m
e a libe r-
ta~iio da imaginasao.
4.
R e a lis m o
e N a tu ra lis m o
4.1
0 q u e se e n te n d e a q u i pa r R e a l i s m o e o pe rio d o d e te rm in a d a n a se g u n d a m eta d e d o se c u lo X I X .
A rela~ao do R e a l i s m o com a Romantismo
s up er ac so . C o m
..
0
Na tu ra lis mo ,
0
e
Iite ra rio
c o m o rig e m
be rn
uma relacao de o po s ie a o e de
Reallsmo m a n t e r n a l g u m a s a f i ni da de s ,
4.2 C o n tra ria m e n te a o R o m an tism o . 0 R e a lis m o d e te m u m a vis a o materiallsta d o s fa c to s e d o s fe n 6m en o s, va lo riza a o bs e rva c a o c o m o fo rm a d e c o n he c im e n t o E o e xe rc e a a n a lis e d e c o s tu m es c u nh o r e fc r m is ta .
c o m u rn a fin a lid a d e
d e crftica so c ia l d e
N es se s en tid o , 0 e s cr it o r r e ali st a t e n d e 2 privlle gia r a r e p r e s e nt a c a o s o s c o m o a vid a fa m ilia r, a vid a so c ia l e a vid a cultural. , As prefersncias te rn a tic a s do R e a l i s m o conduziram
lite ra ria s c on cre u za da s e m g en ero s c o m o u m a fin alid ad e
c ritic a s
d o ro m a n c e
a in d a n a c o n fig u ra c a o d e pe rs o n a g e n s
As
adopcao de e s tra te g ia s
romance e
0
c o n to , a ju sta d o s a
c ritic s.
A s po te n c ia lid a d e s
4.4
0
a
d e uni v e r -
a fin id ad es q ue
0
N a tu ra lis m o
e d o c o n i o realista e vid e n c ia m -s e e n a c o n s titu ic a o d e tipo s s o c ia is .
m an te m c o m
0
Realismo
sa o vis ive is a o
nivel das orientacoes anti-idealistas e a nt i - r or na nt i c a s , da flnalidade critica c re fo rrn ista , d a pre o cu pa c a o d e objectividade n a observacao d o re a l.
o
Na tu ra lis mo distancia-se d o R ea li sm o atraves d as b as es i de ol c gi c a s q u e 0 s us re nta m , n om e ad am e nte 0 positlvismo e 0 determtntsmo, d o s u n ive rs es q ue re pre se n ts e d as o p~ oe s tematicas q u e p ri vi le g i a.
96 http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
73/79
27-0UT-2009 5/13/2018
1 8 :1 3
C . M . S E S I M BCarlos R A D E C L Reis .. E -1_78-slidepdf.com
3 51 2 12 28 82 55
P.17/22
3 3 ; 2 12 2 88 26 5
o ro m an c e e t a r nb e m 0 p ri nc ip al g e n er o lirerario a d op ta do p elo N a t ur a l i s m o, pela razao de que deterrninados pr oc ed irn e nto s n a rr ativ es (como. po r exernpia , a analepse) pe rm ite m a o escritor n atu ra lista a s in cu rs oe s pe lo pa ssa do d as personagens. A partir d e ce rto m em en to , 0 N a t ura l i s mo deslizou para a c r u e l e c ho c a n te e xibic ao d e c na ga s, se m q ua lq ue r o utra fin alid ad e.
o
fin al d o se c u lo X IX testem un ho u tam bern 0 su rg im e n to d e m o vir ne nto s a rn stic os (c om o 0 Pa rn asia nisrn o ~ 0 Sirn bo lism o ) q ue a pre se nta va m c on ce p~6es alternativas a s concepcoes de criacao literaria defendidas pelo Realismo e pe lo N atu ra lis m o ,
5.
Modernismo e Futurismo
5.1 0 c o n c e ito de Modernismo
incide sa bre u rn consideravel lapso cronolcgico,
refere-se a varias latitudes geoculturais em tempos diferentes, c a ra c te riza -s e
par u m a g ra n d e d ive rs id ad e e e nc err a contradicoes.
A propria po liss ern ia d o vocabulo p o d e causar a l g u m a s dificuldades a . fixa-
g ao hlstonco-cuuural
d o Modemismo,
E possfvel, todavia, demarcar
0
t em p o h is to r ic o -c u lt u ra l
do M o d e r n i s m o
se
se atender ao conceito estetlco de modernidade, isto e, se se entender a modemidade como geradora de vanguard as e de atitudes de repugnancia pe-
lo s va lo re s b urgueses,
5.2 E m P o rtu g a l,
0
a pa re cim e n to d o M o de rn is m o a ss cc ia -s e a r el ev an c ia c u lt u ra l
exercida por algumas revlstas onde foram apresentadas as coordenadas esteticas e doutrinarias do Modemismo: O r p he u, C e nt au ro , E x ili o, C o nt em p o r ti -
n ea , A th en a, P re se nq a . O u tra d ific u ld a d e llferacao
n a c a ra c te riza c a o
de mcvirnentos
envolvidos
d o Modernismo te rn q ue ve: c o m a pro na dinarnica m o d e r n i s t a : a mulripllcgfio
de «ismos» que se iniciou nos finais do seculo XIX acentua-se no tempo do Modernisrno.
U rn desses « is rn o s» -
0
d a m en ta l d o M od e rn ism o:
ln tersec cio nisrn o pe ssc an o -
an un cia u rn tem a fu n-
a d a crise d e unidade d o s u je it o.
A diversidade de «isrnos» que compoe a M od crn ism o uma estreua inter:ac~iio de Iinguagens artisticas.
d ererm in ou
ta m bern
97
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
74/79
2 7- [i U T- 20 09 5/13/2018
1 8: 13
C . M . SES I MBRR DEC L , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
2'''''''Q26[: LLjv)
)
'I r
5,3
P.1 8/2 2
3 51 21 228 826 5
0 t e m p o ideolcgico
e civilizacional
de sujeitos em crise de unidade,
do Modernismo
estimula
a representacao
atravessados por duvidas, ansiedades e len-
s e e s internas.
o
e
no Ultimatum de Alvaro de Campos
artista proclamada
0
artiste novo e
moderno que experimenta sensacoes e se ntirn en to s q ue va o de u rn extrema a outro:
da euforia
modernists
e trlunfalista
21 0
tedio,
h auto-dlssolucao
e ao
s u ic id io . Em Fernando Pessoa a crise do sujeito e conduziram
a
fragmenta~ao
0
processo de auto-conhecrmento
heteronimica.
pelo M o d e r -
5.4 E m re la ~ a o d ire c ta c e rn a s te m as e c o m o s va lo re s preconizados nismo
neste perfodo uma recusa em adoptar
verifica-se
r epr es en ta ca o
prccedimentos
de
lite ra ria d e indole realists e m i m e tic a,
· 0 M o d e rn ism o
pre c e d e ,
so n fve l d a forma da expressao,
a u rn e xpe -
rimentalismo que introduz no discurso literario elementos de outras linguagens nso institucionalizadas como literarias (como a linguagem publicitaria, po r e xe m p lo ). · Ene d o m i n i o dos pro c e d ime n to s
expressivos inavadores e d e caracter experi-
mental lev ados a cabo pelo M o d e r n i s m o
que se pede falar da sua dimensao
vanguardtsta, · C on ve m , to d a via , re s sa lva r q u e , e m bo ra a s vanguardas tenham surgido n o te m po d o M o de rn isrn o, e la s u ltra pa ssa ra rn 0 ~ m bito d a c ria c a o e ste ttc a m edemista.
5.5 Ad opta nd o po sic c e s id eo lo gic a s d e su bve rsa o e pro vo ca c a o , tiva a agressividade (visfvel n o s manifestos), o rie n ta n d o -s e rista pa ra a re vo lta ,
o
Futurismo
vanguardistas,
Fu tu ris rn o c ul0 ho m e m fu tu -
co n fro n to e a ru ptu ra ,
adianta inovacoes tecnico-discursivas que visu m d estru ir a s coordenadas
tura pre-rnoccrnista
98
0
0
radicals,
estetlcas
e, de u rn modo geral, na cultura ocidental,
6.
Relatlvismo
e actualidade
6.1
U rn d o s problemas m e i o d o t o g i c o s d o s le va n ta e o d a d e n o m m a e a o .
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
claramente
vigentes
na litera-
desde Aristotcles.
dos period os literarios que a definicao
e caracterizacao
des perfo-
75/79
27-DUT-2009 5/13/2018
18:13
C. M. SESI MBRA DECL
, E
CarlosReis-1_78-slidepdf.com
35~
3 51 2 12 28 82 65
P.19/22
212288265
E n ec es sa ria a e ste r es pe ito relativizar, isto e , n a o e nt en d er c o m o n o rr na tiv os os testemunhos dos escruores.
A d esig n aca o a tribu fd a a o s p e n o d o s lu era rio s fu n c io na , a in d a q u e co m a lg u m a s lim i ta co es , c om o u rn in stru m en to d e tra ba lho .
6 .2 A s d esig na c oe s periodologicas s ao , po r n atu re za , re du to ra s e , po r is so , d ete m u m a u tilid a de relativa. Na o o S a in serca o im ed ia ta d e u rn texto n u m determ ina d o pen o d o q u e the co n fe re q u ali da d e artfstica: fr equentem ente e 0 in ve rs e q u e a c on te c e,
M u i to s r ex to s e e s c r it o re s sa o d e d iflc il in te gr a< ;io e m pe rio do s lite ra rto s. Is so a c on tece , sm to m atic am em e,
o distanciamento
co m escrito re s pro xim o s
temporal ajuda a definir e a ordenar
c1 0 0
n os so te m po .
campo literario.
A ertse das ideologias implica dificuldades na configuracao de periodos literarios, a q u e c o rro bo ra a directa l i g a ~ a o q u e 05 p er io d o s li te r ar io s m a n t e r n
c o rn o s ve cto re s id eo 16 gic os q ue
OS
estruturarn.
99
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
76/79
27-DUT-2009 5/13/2018
18:14
C. M. SESIMBRA DECL ... E CarlosReis-1_78-slidepdf.com ~r.
jJ
351 212288265
P.20/22
2 1 2 ' ) 8 8 ~ ~Lrv J I
L.
Exercicios de a pl i c a c a o 1. To rn an do c om o po nte d e pa rtid a
q ue se e nc on tra expla na do n as p p. 41 2.420 c ' 0 Conhecimento riaLiterature, reflicia sobre a que genericamente caracteriza 0 Classicism 0, sabre 0 que dele Sf! projects no Neoclassicisrno e sabre a que deterrnina a e sp ec ifi ci ca d e p er io d o 16 g ic a deste ultimo. 0
0 texto de Garrett transcrito nas pp . 512-513 d"O Conhec im e nto d a L it er atu ra . Explicite as directrizes de filiacao romantics que n ele se e n co ntram represen tad as, be rn como as sugestoes tematicas q u e
2. Lela atentarnente
the sao inerentes.
3 . L eia a te nta rn en te
0
te xto d e E < _ ;.a e Q ue ir6 s
tra n s c rito
n a s pp. 5] 4.515
d'O Procure distinguir nele 0 que pro ve rn d e ecca imoe ngtoen deric a Lam it ere nie a tu rare. alists u rn a Co orien hnta d aq uilo q ue se filia n os prin cipio s d o N a tu r ali sm o .
iranscriro nas pp. 516·519 d ' 0 C o nh ec im e nt o d a Lueratura. R ea lc e e e xplic ite 0 q u e n e le re m ete pa ra aspectos (ideologicos e te m a tic os , s ob re tu d o) d a constituicao do Modernismo.
4. Atente
no texio
de Alvaro
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178 100
de Campos
77/79
2 7-0UT-2 009
5/13/2018
1 8 :14
C. M. SESH1BRA
DECL , E CarlosReis-1_78-slidepdf.com
~k l J,
'L1 1 2 ~ QL u8 2 6 k
351 2 1 2 2 8 8 2 6 5
P . 21/ 22
.)
Bibliografia com ple men tar 1. Classlclsmc
e Neeclassicismo
B R A Y , Rene - L a [ o rm a ti on . de la do ctr ine c la ss iq ue en F ra nc e, P aris , L ib . N ize r, 195 7. H AZ AR D, P au l-L a
c ris e de fa c ons cienc e eu ro peenne (1 68 0·1 71 5) , P a ris , B o iv in , 1 93 5,
3 vo ls . PE Y RE , Henri - Qu 'esz-ce que le classicismei.
Paris, N iz ct , 1 96 5,
SILVA, V. M. de Aguiar e - «Para uma interpretacao do Classicismo», Coimbra, separ, do vol. I de Revista de Historia Liieraria de Portugal. 1962. SILVA, V. M. de Aguiar e - Teoria d o . Literatura, 8. a ed., Coimbra, Almedina, 1990.
TA P fE , Y -L . - B ar oq u e et c la ss ic is m e, P aris , P Io n, 1957 . WELLEK, Rene < D i sc ri m in a ti on s:
F u rt he r C o nc ep ts o /C r it ic is m , N e w H a ve n /L o n d o n ,
Y a l e Univ, Press, 1970. W I M S AT T , W l ill ia m
K. e BROOKS, Cleanth -
Crtuca litertiria. Breve historia, L i sb o a ,
Fund. Calouste Gulbenkian, 1971.
2, Pre-Romantismo e Romantlsmo BO N Y , Ja c q u e s - Lire le Romantisme, Pa ns, D u no d, 1992 . BOWRA, Maurice - T he R om a n ric Imagination, Oxford/New York, Oxford Univ Press, 1985. do Romantismo, Lisboa, E d. Verbo, 1986.
CLAUDON, Francis er alii -Enciclopedia
FERRAZ, M aria d e Lourdes A. - A ironia romimtica. E stu do d e um processo comuniauivo,
L isbc a , Im pre n sa N a cio na l-C asa FU RST, L ilia n R. - Romanticism
d a M oe d a, t987.
in Perspective, L on do n, M a cM illa n,
1 972 .
GUSDORF, Georges -Le Romaruisme, Pans, Payor, 1993, 2 vols, LOBO, Luiza (ed.) - Teorias poeticas do Romantismo, Porto Alegre, Mercado Aberto, 1987.
r. . f A . . "'l', Paul de - The Rhetoric o f R o m a 1 ' lt ic is m , New York, Columbia Uni v. Press, 1984.
M I C H A U D , G uy e P h. V a n TIE G H E M - L e R o m an si sm e , P a ris , H ac he tt e. 1 97 0. P E . Y R E , H e n r y - 1 7 tC 7 o du ~ ii o a o R o m a r ui sm o ,
::l,aed , Lisboa, Pu b. E u r o pa - A m e r i c a ,
1986.
TIEGHEM, Philippe Va n - Le romantisme dans {a iiuerature eurapeenne, Pans, Albin Michel,
1969.
W E L L E K , R ene - Concepts o f C r it ic i sm , Ne w H ave n/L an do n, Y ale U niv, P re ss , 196 3.
101
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
78/79
27 -0L lT -20 09 5/13/2018
18 :14
C. M. SF.SI 1 BRA DECL Reis 'E -1_78-slidepdf.com Carlos
35'
3 51 2 122 88 26 5
P.22/22
212288265
3. ReaUsmo e Naruraltsrno Paris, D u n o t , 1992.
BECKER. Colette = Lire le Rea li!:im e et le N tu ura iis me,
BESSlER-E .. 'ean (00.) - Roman; rea/ires, realismes, Paris, PDF, 1989.
BORNECQUE,
J.-H. e COGN'I.', P. -Realisme
et naiuralisme, Paris, Hachctte, 1969.
C H E V R E L , Y ves - L e n a su r a li sm e , P a ris , P U F. 1982. COGNY. Pierre (ed.) - L e N a t u ra l is m e ,
Paris, Union Generals d'Editions
(10 18). 1978.
F U R S T , L ilia n R . e N . S K R IN E , P e te r - 0 Naturalismo, L i sb o a , Lysia, 1975. LUKACS. G. - B alza c
et le r ea lis me fr an.r;a i.s , Paris, Francois Maspero, 1973.
LUKACS, G. - Problemas du rea Iism e, Paris, L'Arche Editeur, 1975. Poetique, 16, 1973 (tit. g e n e r i c o : Le discours realisre). TODOROV,
T, (ed.) - Lueratura
e realidade. Que
e
0
Realismo Z, Lisboa,
Pub.
Dom
Quixote, 1984.
W E L . L E K , Rene - C oncepts
4. Modernismo
af Crtticism. N e w H a ve n/L cn do n,
Y ale U niv, P re ss, 196 3 .
e Futurismo
B RA DB UR Y , M . e M C F A R l A N E , J. (ecs.) -Modernism . .A Guide to Europeanl.itenuure: 1890-1930, London, Pe ngui n
Books, 1991.
BORGER, P ete r - Theory O f lit e Avant-Gard«, M i n n e a po l i s,
Univ. o f M i nn e so ta
Press,
19B 4. Matei - Five Faces
CAl.JNESCU,
COMPAGNON, Antoine
oj Modernity
M o de rn is m,
- Les cinq paradoxes
Decadence,
le la modernise, Paris, Seuil, 1990.
E Y S T E I N S S O N , Astradur - The Concept O f Modernism, P re s s, 1 99 0. FABRIS,.Annateresa
A va nt -G ar de ,
Durham, Duke Univ, Press. 1987.
j (i U 'c h , P o s tm o d er ni sm ,
«Futurismo: u.mapoetica
Itha ca /L on do n,
C o rn ell U niv,
da modernidade, S ao P au la . Perspective,
1987.
FR IE DR iC H. H u go - The Structure of Modem P oe tr y. F ro m the Mid-Nineteenth Mid-Twentieth Century, Evanston, Northwestern Univ, Press, 1974. GUIMARAES, KARL,
Fernando
Frederick
~ Sim bo lism o,
R. - M odern
M ode.rnism o
and Modernism.
e V ang ua rda s,
The Sovereignty
Porto,
Lello,
10
th~
1992
of the Arlisl. ]885-1925,
N ew Y o rk, A the ne um , 198& . L.EFEBVRE, Henri «Iniroduaion POGGIOLl,
RcnB[O -
a
la moderniu; Paris,
Teoria dell'arte d'avanguardia,
Ed.
de Minuit, 1977.
Bologna, 1J Muli no,
1962.
102
http://slidepdf.com/reader/full/carlos-reis-178
79/79